CAMINHADA ADVENTO-NATAL
2008-09
Tema:
A Palavra encontra-te
1) Ideias base/Imaginário:
* Tema Arquidiocesano/Igreja Universal: “Encontrados pela Palavra” e S.
Paulo;
* Iniciativa da Palavra que vem até mim e me encontra, como encontrou
S. Paulo;
* Advento/Natal, tempo deste encontro com o Verbo/Palavra incarnado(a)
(verbum em latim significa palavra);
* Virar a página da Bíblia em frente ao altar como sinal de eu me querer
abrir a um Deus que me quer falar; um Deus que Se abre em primeiro
lugar a mim e Se vai revelando progressivamente até à revelação plena da
Sua Palavra, incarnada em Jesus Cristo, nascido em Belém;
* Uma Palavra que encontra todos, concretamente todas as famílias, e que
precisa de ser celebrada na comunidade para poder chegar a todos os
lares, casas, famílias (ligação ao triénio da família).
2) Cenário:
* Tela grande a toda a largura, por cima do altar ou à entrada do
presbitério, com a descrição do tema: “A Palavra encontra-te”;
* Construção de uma Bíblia em ponto grande (sensivelmente 1,50m
(largura) x 0,95m (altura) – Bíblia aberta) que será colocada de pé em frente ao
altar. Esta Bíblia terá a uma espessura proporcional ao seu tamanho e cinco
páginas, com a inscrição em cada uma delas de um versículo que resuma o
sentido da liturgia desse domingo do Advento e do dia de Natal, uma vez que os
domingos depois do Natal contarão com uma outra Bíblia, como adiante veremos.
Nos cantos das cinco páginas terá umas pequenas aplicações de velcro, de modo
a ajudar a prender essas páginas, à medida que vão sendo viradas;
* Esta Bíblia será levada pelos leitores desse dia (1ª leitura, salmo e 2ª
leitura) na procissão de entrada do 1º domingo do Advento, aberta numa primeira
página com a inscrição “Palavra de Deus”. Esta Bíblia será colocada de pé em
frente ao altar;
* Todos os domingos do Advento até ao dia de Natal, antes da 1ª leitura,
o leitor sobe, dirige-se para esta Bíblia, vira a página para o versículo
correspondente, fixando-a com a ajuda do velcro que se encontra no canto da
folha, e só depois vai para o ambão para proclamar a 1ª leitura. Durante este
gesto, pode cantar-se o refrão do hino do triénio pastoral da arquidiocese: “Jesus
é a Palavra de Deus Pai” (Az. Oliveira);
* As frases que estarão nas páginas abertas em cada domingo serão as
seguintes:
1º Advento: “Vigiai, porque não sabeis quando virá o dono da casa”
- “Não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meianoite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha; não se dê o caso
que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir” (Mc);
- Convite a não estar adormecido, mas a “vigiar”, a fazer Advento;
-
É
preciso
saber
encontrar
a
presença
do
Senhor
nos
acontecimentos e nos homens;
- É preciso transformar o tempo presente em tempo de actividade
missionária, tal como S. Paulo: “Fiel é Deus por quem fostes
chamados à comunhão” (1 Cr);
- Fazer Advento é estar alerta, esperar activamente Jesus que vem
a qualquer hora para se encontrar connosco;
- E não nos quer encontrar a dormir, quer-nos prontos a virar uma
página na nossa vida, quer que vigiemos e preparemos a Sua vinda
para que haja verdadeiro encontro com Ele, a Palavra incarnada;
- “Voltai, Senhor, por amor dos vossos servos e das tribos da vossa
herança. Oh, se rasgásseis os céus e descêsseis!” (Is).
2º Advento: “Preparai o caminho do Senhor”
- “«Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu
caminho. Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do
Senhor, endireitai as suas veredas’». Apareceu João Baptista no
deserto a proclamar um baptismo de penitência para remissão dos
pecados” (Mc);
- Para preparar a vinda, o encontro com o Verbo, temos de escutar
profetas como João Baptista, que nos convida a “preparar, a
endireitar, a abrir novos caminhos” (Is), mergulhando nas águas do
Jordão o que é preciso corrigir em nós (o que dificulta o nosso
encontro com a Palavra);
- Um meio de preparar o encontro com a Palavra, de virar uma
página na nossa vida, é celebrar a reconciliação. Reconciliados com
Deus, deixamo-nos encontrar por Ele, pela Sua Palavra, que é
caminho de conversão.
3º Advento: “ No meio de vós está Alguém que não conheceis”
- “No meio de vós está Alguém que não conheceis:
Aquele que vem depois de mim” (Jo);
- A palavra de João conserva toda a sua actualidade: no meio de
nós está Jesus Cristo, uma Palavra que nós não reconhecemos;
- Viver o Advento passa por reconhecermos a Palavra que está no
meio de nós e se quer encontrar connosco;
- O segredo deste encontro passa por descobrir Cristo na minha
vida e mostrá-Lo aos outros, como Aquele que nos dá a alegria
verdadeira e nos permite ser sinal de optimismo e esperança no
mundo de hoje (domingo da alegria);
- “Vivei sempre alegres… que todo o vosso ser – espírito, alma e
corpo – se conserve irrepreensível para a vinda de Nosso Senhor
Jesus Cristo” (1 Tes);
- “Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus,
que me revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num
manto de justiça” (Is).
4º Advento: “O Anjo Gabriel foi enviado a um Virgem”
- “O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia
chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem
chamado José. O nome da Virgem era Maria” (Lc);
- Enviando o Anjo Gabriel, Deus fala a Maria e, a partir dela, quer
falar-nos a todos, pela incarnação de Seu Filho, Jesus Cristo;
- A Palavra de Deus encontra-se com Maria e nela com toda a
humanidade;
- Deus revela a Maria que se quer encontrar com os homens,
nascendo no seu seio, como Verbo (Palavra) incarnado;
- Maria, aceitando ser Mãe do Salvador, encerra, desta forma, o
longo período da expectativa do encontro de Deus com a
humanidade (Cf. Rm);
- Pela sua fé, pelo seu “sim” generoso, Deus começa a habitar o
Seu Povo; a Palavra encarnada no seio de Maria encontra-nos;
- Maria, a Arca da Nova Aliança, inicia uma nova habitação que
permite a Deus encontrar-Se com e no coração de cada homem;
- Deus encontra-se plenamente connosco, desta forma, na Sua
Palavra incarnada, Jesus Cristo, Deus feito Homem.
Natal: “O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós”
- Leituras da Missa do Dia;
- O Verbo, Jesus, é a Palavra pela qual Deus se exprime,
exprimindo todo o seu amor por nós;
- Esta vinda da Palavra (Verbo) é a manifestação por excelência de
que Deus é Amor;
- “A Palavra encontra-te”, isto é, Deus encontra-te, conhece-te,
ama-te;
- “Encontra-te”, transforma-te e faz-te correr a anunciá-la sem
reservas, tal como S. Paulo, respondendo a esse amor;
- “Como são belos sobre os montes os pés do mensageiro que
anuncia a paz, que traz a boa nova, que proclama a salvação e diz
a Sião: «O teu Deus é Rei». Eis o grito das tuas sentinelas que
levantam a voz. Todas juntas soltam brados de alegria, porque
vêem com os próprios olhos o Senhor que volta para Sião” (Is);
- O tempo de Advento terminou. Agora é o tempo do encontro da
Palavra com cada homem, com cada mulher;
- Uma nova e definitiva página se virou para toda a humanidade;
- Agora é tempo de viver a Palavra e da Palavra, a Palavra
incarnada, em cada lar, em cada casa, em cada família, a Palavra
celebrada na comunidade.
* Com o Natal, no encontro com a Palavra incarnada, tudo se transforma,
até o próprio desenrolar da caminhada;
* No dia de Natal, a Palavra passa a ser uma realidade viva e presente
no nosso meio, Ela encontrou-nos e quer encontrar cada família da comunidade;
* Desta forma, trocar-se-á a Bíblia da caminhada por uma real, dentro de
uma arca, que ficará em frente ao altar durante o tempo de Natal. Este processo
poderá decorrer no contexto de uma encenação no dia de Natal num determinado
momento da celebração (a Palavra que nasce e nos encontra, aparecendo de
forma majestosa, por exemplo elevada num andor, inserido num contexto de
simbologia alusiva e encenada) ou noutro, de modo que uma família possa levála no gesto do envio final e na procissão final para sua casa, para ser vivida na
família, permanecendo lá durante toda a semana;
* Esta acção poderá surgir num contexto de uma dinâmica iniciada e
continuada durante este ano ou este triénio dedicado à Palavra;
* Assim, por inscrições, as famílias a partir deste dia, e numa iniciativa
paroquial intitulada “A Bíblia em nossa casa”, poderão ter a Bíblia da comunidade
em suas casas durante uma semana e sempre com uma ligação à comunidade,
passando no domingo a Bíblia para as mãos de outra família. Durante os
domingos do tempo de Natal, fazendo parte da caminhada deste tempo, virá
sempre ao domingo na procissão de entrada, dentro de uma arca, transportada
pela família que a acolheu em sua casa, será retirada da arca e exposta em
frente ao altar, saindo depois com outra família na procissão final, novamente
dentro da arca. Durante o tempo de Natal, o espaço em frente ao altar deverá
estar ornamentado com dignidade para poder receber a Palavra de Deus. O leitor,
no domingo da Sagrada Família e da Epifania, será convidado a proclamar a
Palavra de Deus no ambão, mas a partir da Bíblia da comunidade, sinal de que o
(tempo de) Natal reza a Palavra que ele próprio gerou e é a concretização e a
vivência dessa mesma Palavra na comunidade e nas famílias, a mesma Palavra
que nos encontrou e quer continuar a encontrar. No final do Evangelho, o
sacerdote ou o diácono leva novamente a Bíblia para o seu lugar em frente ao
altar;
* Depois do tempo de Natal, esta dinâmica d’ “A Bíblia em nossa casa”
poderá manter este elo de ligação e de comunhão com a comunidade de forma
visível e material apenas num domingo por mês a determinar. Assim, uma vez por
mês a família incorporar-se-á na procissão de entrada da celebração, colocará a
arca com a Bíblia junto à mesa da Palavra, num espaço preparado para o efeito,
saindo depois a família seguinte na procissão final, com a mesma Bíblia;
* A Bíblia deverá manifestar presença e a arca expressará a Palavra que
queremos guardar e transportar com todo o respeito, a veneração, a sacralidade,
no fundo, a arca que contém a nova aliança, Jesus Cristo;
* Durante a semana, as famílias serão convidadas a construir um altar em
casa para a Palavra, um espaço digno e belo para poderem rezar a Palavra no
lar, com os restantes familiares, individualmente, com os vizinhos…
* Poderão ser fornecidos materiais de ajuda às famílias (Ex: citações
bíblicas da liturgia do domingo; um subsídio/jornal “Comunidade” com propostas
de Lectio Divina para as leituras de S. Paulo; um pergaminho ou um caderno a
acompanhar a Bíblia na arca onde as famílias possam transcrever por exemplo as
cartas de S. Paulo de forma continuada…);
* No dia de Natal, no momento de se dar o Menino a beijar, a Bíblia
exposta, sinal da Palavra que nasceu e se encontrou connosco, pode ser
colocada debaixo do Menino, mostrando que beijar o Menino é beijar a Palavra,
que o Menino Jesus e a Palavra são o mesmo, tal como o Menino e a
manjedoura são a descrição perfeita do nascimento, do encontro, da incarnação
real de Jesus, Deus verdadeiro, entre os homens. Outras Bíblias e outras
imagens do Menino Jesus poderão repetir o gesto;
* As paróquias que tiverem por hábito oferecer alguma lembrança às
famílias no final da eucaristia do dia de Natal poderão fazer uma peça em barro
com esta figura: um Menino deitado numa Bíblia.
Sagrada Família:
- A Palavra encontra cada família, nasce e ganha vida no seio de
cada família: “Habite em vós com abundância a palavra de Cristo”
(Col);
- A Sagrada Família de Nazaré fala-nos de um Deus que não
deixando de o ser, pela incarnação de Jesus, pelo encontro de
Deus com a humanidade, um Deus que Se fez carne, que se fez
Palavra, insere-se, profundamente, na vida dos homens e das
famílias, a ponto de seguir em tudo as leis naturais do crescimento,
tanto no plano físico, como no da sabedoria e do conhecimento (Cf.
Lc);
- Ser família começa em casa, debaixo do mesmo tecto, espaço de
crescimento; ser família é uma atitude que deve ser partilhada e
assumida também na relação com as outras famílias;
- Convite a “ampararmos a velhice do pai e a não o desgostar
durante toda a sua vida” (Sir);
- O amor na família é uma resposta ao amor de Deus que se
encontrou com o homem;
- Amar os pais é reconhecer e retribuir o amor com que Deus nos
ama e que se expressou na incarnação do Verbo, daquela Palavra
que nos foi comunicada em Jesus;
- “Revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição” (Col);
- No dia da Sagrada Família, no momento de se dar o Menino a
beijar, a Bíblia exposta, sinal da Palavra que nasceu e se encontrou
connosco, pode ser novamente colocada debaixo do Menino,
mostrando que beijar o Menino é beijar a Palavra, que o Menino
Jesus e a Palavra são o mesmo, tal como o menino e a
manjedoura são a descrição perfeita da nascimento, do encontro, da
incarnação real de Jesus, Deus verdadeiro, entre os homens. Outras
Bíblias e outras imagens do Menino Jesus poderão repetir o gesto.
Epifania:
- A Palavra encontra-se com todos, sem excepção; “Os gentios
recebem a mesma herança prometida” (Ef);
- Sentir a alegria do encontro com a Palavra só se tornará
verdadeiramente real quando sentirmos que a Luz da Palavra já
encontrou e foi encontrada por todos;
- Os Magos representam os “encontrados” pela Luz da Palavra,
aqueles que sentindo e percebendo que a Estrela os encontrou,
seguem-na, procuram aproximar-se dela, para depois poderem levar
essa Luz, essa Palavra incarnada, a todos os que encontrarem
pelos caminhos;
- À semelhança dos Magos muitos outros foram vivendo este
encontro com a Palavra ao longo da história, tal como S. Paulo.
Hoje, é a nossa vez de o vivermos e nos deixarmos transformar por
esse encontro com a Palavra, que nos encontra e nos confronta
com a necessidade de a anunciar a todos;
- A estrela do Natal que os Magos seguiram pára por cima do
telhado de todas as famílias, ou seja, quer encontrar-se com todos;
- No dia da Epifania, no momento de se dar o Menino a beijar, a
Bíblia exposta, sinal da Palavra que nasceu e se encontrou
connosco, pode ser novamente colocada debaixo do Menino,
mostrando que beijar o Menino é beijar a Palavra, que o Menino
Jesus e a Palavra são o mesmo, tal como o menino e a
manjedoura são a descrição perfeita da nascimento, do encontro, da
incarnação real de Jesus, Deus verdadeiro, entre os homens. Outras
bíblias e outras imagens do Menino Jesus poderão repetir o gesto.
NOTAS:
1) Caminhada da Catequese: sendo esta uma proposta de caminhada para a
comunidade, a catequese também deverá encontrar formas simples de a
concretizar com as crianças e adolescentes da catequese. Desta forma, propõe-se
que cada comunidade paroquial, criando equipas de trabalho com catequistas e
por fases (1º - 4º; 5º - 6º; 7º - 10º), construa dinâmicas apropriadas para cada
fase/idade, relativas aos domingos do Advento, Natal e Epifania. Propõe-se que
este grupo de preparação crie uma dinâmica para a primeira catequese do tempo
de Advento que explique o sentido do Advento às crianças e adolescentes e
introduza a actividade do 1º domingo. Nos encontros seguintes, o catequista será
convidado a propor a actividade, integrando-a no contexto do encontro da
catequese. Para além das propostas concretas de cada actividade, este grupo de
trabalho poderá dar orientações e propor, se se justificar, uma adaptação da
sequência dos temas dos catecismos daquela fase, de acordo com a liturgia e a
actividade ou caminhada a realizar própria deste tempo.
2) Adquirir a Bíblia Grande da Caminhada: se alguém desejar adquirir a Bíblia da
caminhada já devidamente construída, conforme se pode verificar em anexo,
deverá
pedi-la,
até
ao
dia
31
de
Outubro,
para
o
seguinte
e-mail:
[email protected].
Elaboração: Paróquias do P.e Mário, P.e Francisco e P.e Paulino
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