1. A Lei Nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, “Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento”, trazendo no seu artigo inicial a seguinte orientação: Art 1º. A disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou post mortem, para fins de transplante e tratamento, é permitida na forma desta Lei. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, não estão compreendidos entre os tecidos a que se refere este artigo o sangue, o esperma e o óvulo. Sobre um tema correlato, a Resolução do Conselho Federal de Medicina de nº 1.957/2010, assim se posicionou: IV - DOAÇÃO DE GAMETAS OU PRÉ-EMBRIÕES 1 - A doação nunca terá caráter lucrativa ou comercial. [...] VII - SOBRE A GESTAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO (DOAÇÃO TEMPORÁRIA DO ÚTERO) [...] 1 - As doadoras temporárias do útero devem pertencer à família da doadora genética, num parentesco até o segundo grau, sendo os demais casos sujeitos à autorização do Conselho Regional de Medicina. 2 - A doação temporária do útero não poderá ter caráter lucrativo ou comercial. Considerando a legislação vigente sobre os polêmicos casos que envolvem a chamada “barriga de aluguel”, é possível se afirmar corretamente que: a) os apelos com fundamentos religiosos têm diminuído o papel da legislação, permitindo que as mulheres, isoladamente, adotem a “barriga de aluguel”. b) as pessoas interessadas em se utilizar da gestação de substituição como forma de enriquecimento pessoal têm recebido o sistemático apoio moral da coletividade. c) a despeito do impacto midiático verificado principalmente nas telenovelas, a doação temporária do útero sofre restrições legais que tornam seu uso seletivo. d) por questões puramente éticas e espirituais, a “barriga de aluguel” é condenada pelas leis que regem a sociedade brasileira, caracterizando um quadro de atraso na medicina nacional. e) matar é um ato tolerável exclusivamente se a vítima assim o desejar e se tiver deixado para tal documento escrito e registrado em cartório. 2. Observe e interprete a charge a seguir. Disponível em:<http://gustavoacmoreira.blogspot.com.br/2012/10/a-direita-e-o-apartheid-algumasnotas.html>. Acesso em 30 jan. 2014 As lutas político-sociais enfrentadas pelas sociedades evidenciadas na charge, tiveram início praticamente dentro do mesmo contexto de elaboração e publicação da Resolução 217-A das Nações Unidas. As questões suscitadas em cada uma daquelas situações geopolíticas relacionaram-se aos temas abordados na Resolução 217-A, na medida em que: a) o documento da ONU procurou esgotar os aspectos de proteção à democracia e à forma republicana dos Estados nacionais. b) ao considerarmos as lutas das minorias sul-africanas e palestinas um incidente local sem repercussões internacionais, aplicam-se a elas os dispositivos da Resolução 217-A que são voltados para os problemas internos de cada nação. c) as ações de grupos armados como Al Fatah, no caso palestino, e do Congresso Nacional Africano, no caso sul-africano, impediram qualquer utilização da Resolução 217-A como instrumento de interpretação jurídica dos atos cometidos pelas facções em conflito, naquelas sociedades. d) os crimes contra a vida, a violação das liberdades individuais e coletivas e a discriminação étnico-racial explicitada em ambas situações, foram atos frontalmente condenados nos artigos da Resolução da ONU destacada no enunciado. e) comprometida exclusivamente com os aspectos legais da reconstrução do capitalismo ocidental no pós-guerra, a Resolução 217-A pouco ou nada pôde servir de instrumento de pacificação das tensões retratadas na charge. 3. Leia criteriosamente o extrato a seguir. No plano ideológico, a ECO-92 representou uma vitória das concepções defendidas pelos países do Sul. A Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento reafirmou a soberania nacional sobre o patrimônio ambiental, associou o desenvolvimento sustentável à erradicação da pobreza, explicitou as responsabilidades diferenciadas dos países desenvolvidos e condenou a discriminação comercial justificada em considerações ambientais. A Agenda 21, um plano de ação abrangente e longo prazo emanado da conferência, dedicou a primeira das suas quatro seções às relações entre meio ambiente e pobreza, saúde, comércio, dívida externa, consumo e população. MAGNOLI, Demétrio. O mundo contemporâneo. São Paulo: Atual, 2004, p.. Ao considerarmos as informações que foram expostas no texto e as associarmos aos nossos conhecimentos sobre a evolução das instituições político-administrativas e jurídicas do Brasil, podemos afirmar corretamente que: a) a Coroa portuguesa não conseguia exercer um controle formal sobre os seus territórios nos trópicos, situação que poderia ser facilmente verificada pela existência de divisões administrativas como as Capitanias Hereditárias. b) a aparente autonomia reinante nos níveis administrativo e jurídico da colônia, reforçada pela idéia de uma “terra de homens sem Fé, sem Lei e sem Rei”, não correspondia à realidade do centralismo português que buscava formas de conter desvios e desmandos. c) o centralismo jurídico lusitano era presente e eficiente, principalmente se consideramos a dispensa de quaisquer funcionários da Coroa para fiscalizar a administração e a aplicação da justiça na colônia. d) a despeito da relevância da economia agro-exportadora, não havia interações entre os juízes estabelecidos na colônia e os grandes proprietários locais, o que pode ser provado pela existência dos juízes de fora. e) o Ouvidor-Mor, analogamente ao que ocorre na atualidade com a Controladoria-Geral da União e a Presidência da Republica, se submetia aos poderes do Governador Geral e não podia atuar em questões que envolvessem a corrupção nos escalões da adminstração provincial. 4. A observação das imagens a seguir nos permite uma reflexão interessante sobre a evolução da legislação constitucional brasileira no que diz respeito às garantias dos apenados. O impasse apresentado nas fotos: a) seria plenamente justificado no contexto da Constituição de 1891, a primeira da República, conforme garantia o Art. 72, § 14, daquele documento. b) seria totalmente incompatível com os efeitos liberais do Ato Institucional Nº 5 de 13 de dezembro de 1968, principalmente com os seus artigos 9, 10 e 11. c) é abominável, em face da Constituição de 1988, principalmente pelo que está exposto nos incisos XLVII e XLXIX do Art. 5. d) é uma consequência direta do conteúdo previsto na Constituição de 1937, a Polaca, pois graças à influência de política de Getúlio Vargas, os detentos continuam a ser tratados exatamente como na ditadura do Estado Novo (1937-1945). e) reflete a realidade de uns poucos presídios do país cujos estados ainda se mantém fieis aos princípios da Constituição de 1946, particularmente no que foi disposto no seu Art. 141. 5. Leia atentamente o texto a seguir. O projeto atômico brasileiro esteve associado a uma perspectiva nacionalista desenvolvida durante a ditadura militar. Para alguns generais, possuir a bomba A era a única forma de assegurar ao Brasil uma posição hegemônica na América do Sul, historicamente disputada com a Argentina. Nos anos 1970, a tensão com Buenos Aires chegou muito perto de um conflito. Argentina e Brasil estavam sob o tacão dos generais, que traduziram política externa em sua própria linguagem militarista. ARBEX JÚNIOR, José. Guerra fria: o Estado terrorista. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2005, p.111. O extrato anterior reforça o fato de que para além da violação dos Direitos Humanos, das agressões aos fundamentos do Estado democrático de direito e do cerceamento da liberdade de expressão, os regimes discricionários latino-americanos, entre as décadas de 1960 e 1980 do século XX, foram muito além no campo das ações perniciosas. De acordo com o texto, no plano das relações internacionais, aqueles governos: a) estimularam a aproximação e a redução das tensões entre os principais blocos ideológicos em litígio, desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). b) pactuaram formas de convivência pacífica entre grupos étnicos rivais, forçadas pelo chamado terror nuclear. c) abandonaram a realpolitk, no plano diplomático, passando a abraçar condutas voltadas para o apoio as lutas ambientais e de contenção da geração de energia por meios perigosos ou poluentes. d) defenderam a corrida nuclear sob o argumento de que a grande potência atômica de então, os EUA, ofereciam grave ameaça às frágeis repúblicas latino-americanas. e) foram responsáveis por uma realpolitik que poderia arrastar o subcontinente e seus aliados para uma catástrofe de proporções inimagináveis. 6. Lei atentamente o fragmento do discurso proferido pelo deputado cearense, jornalista e escritor José de Alencar na seção da Câmara Geral em 13 de julho de 1871, no calor dos debates sobre a aprovação da Lei nº 2.040 de 28 de setembro daquele mesmo ano: Apresentei um projeto (de lei) em que coligi algumas medidas (abolicionistas) indiretas, de uma aplicação mais suave e, entretanto, de resultados mais eficazes. Esse projeto também passou despercebido....Nos relatórios que leu (o ministro) acha-se o pensamento que todos partilhamos que ressumbra do País inteiro; de extinguir pelo esforço comum, unânime e espontâneo da sociedade este mal que herdamos dos nossos antepassados.... Mas entre essa extinção plácida e natural e a extinção violenta por meios diretos como pretende o governo, há um abismo... Os retrógrados sois vós que pretendeis recuar o progresso do País, ferindo-o no coração, matando a sua primeira indústria, a lavoura. Disponível em:<http://fortalezas.no.comunidades.net/index.php?pagina=1750619358_1 4>. Acesso em 02 fev. 2014 Entre as perspectivas mais polêmicas envolvendo a abolição do trabalho escravo de africanos e afrodescendentes no Brasil, colocava-se a questão da inconstitucionalidade da medida. Isso porque: a) no seu Art. 179, a Carta Imperial de 1824 previa a defesa da propriedade como um direito dos cidadãos sendo, portanto, natural que parte dos legisladores questionassem a forma e os avanços decorrentes das lutas pela erradicação do trabalho escravo. b) a dependência da mão de obra escrava tinha um fundo puramente cultural e alterar tal tradição feria o próprio espírito de brasilidade, fragilizando a consolidação do Estado nacional. c) a igualdade de direitos entre indivíduos negros, livres ou escravos, dificultava o encaminhamento de uma política imperial para erradicação do trabalho escravo, nas recém-criadas áreas industriais. d) A participação de um enorme contingente de escravos negros na Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870) obstruiu a luta abolicionista, uma vez que os soldados-escravos eram menos combativos e sempre se envolviam em atos de insubordinação. e) a exploração do trabalho compulsório de negros e índios era biblicamente justificada e, por isso, não havia escopo legal para se abolir a escravidão sem um amplo debate com o clero católico. 7. Observe e interprete a charge a seguir. Disponível em:< http://taxiemmovimento.blogspot.com.br/2011/04/juiz-alberto-fraga-concedehabeas.html>. Acesso em 12 fev. 2014 A discussão atual sobre o controle da circulação das drogas lícitas e ilícitas, no Brasil, está em forte ebulição. Destaca-se dentro do contexto a polêmica decisão adotada pelo governo Uruguaio, no mês de dezembro de 2013. As posições mais liberais, bem como as mais restritivas, enfrentam-se num quadro em que: a) o Estado brasileiro, isolado dentro do continente americano na sua posição contrária a liberação da maconha, se vê pressionado por estudantes e intelectuais a adotar uma postura mais flexível em relação a comercialização e ao consumo da droga. b) a generalização da comercialização de maconha, no Brasil, encontraria amparo na Lei de Tóxicos de 2006, particularmente no seu Art. 33. c) os estudos controversos sobre o real impacto de algumas drogas sobre o organismo humano e sobre a própria sociedade, acabam por estimular posturas que se radicalizam tanto a favor quanto contra a liberação do consumo. d) as ações governamentais no sentido de relaxar a fiscalização sobre as chamadas drogas lícitas, têm gerado resultados positivos como a sensível redução do uso do crack nos centros urbanos do país. e) a noção de entorpecente ou droga ilícita tem se modificado principalmente a partir da assinatura de acordos bilaterais com os EUA para incrementar a importação de metanfetamina, largamente produzida no Sudoeste daquele país. 8. Considere a charge a seguir para auxiliar o raciocínio proposto pelo enunciado. Disponível em:<http://agencianota.blogspot.com.br201203movimento-de-jovens-inicia-acoescontra.html>. Acesso em 01 abr. 2013. O Brasil também se vê envolvido por impasses relativos ao descompasso entre as transformações das relações de produção e os trabalhadores inativos. Sob o ponto de vista legal, a situação assume um contorno ainda mais dramático se considerarmos: a) o descaso do Poder Público ao promulgar a Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003, em completo desacordo com os interesses dos que se aposentaram por invalidez. b) o notável aumento da expectativa de vida da população brasileira e as correspondentes medidas adotadas pelo governo, a pretexto de conter a evasão de recursos públicos, tais como o fator previdenciário. c) as estimativas atuais para o Brasil de uma população de mais de 15 milhões de habitantes com mais de 60 anos que, segundo as regras atuais para a aposentadoria, já deviam estar inativos. d) a ausência de um sistema previdenciário público capaz de oferecer garantias mínimas de sobrevivência aos inativos, bem como a proibição de contratação de planos de previdência privada. e) a violência natural dos inativos que, há tempos, têm promovido distúrbios e protestos seguidos de depredação do patrimônio público, principalmente como se verificou no Brasil, entre os anos de 1937 e 1945. 9. Considere o fragmento a seguir. [...] a livre concorrência é “a abertura jurídica concedida aos particulares para competirem entre si, em segmento lícito, objetivando o êxito econômico pelas leis de mercado e a contribuição para o desenvolvimento nacional e a justiça social”. A Constituição de 1988 dispõe sobre o princípio da livre concorrência no seu art. 173, § 4º: “a lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros”, sendo um princípio da ordem econômica e financeira que visa garantir a concorrência igualitária (a chamada situação de concorrência perfeita, sem as falhas de mercado), objetivando o equilíbrio e desenvolvimento do mercado, bem como a proteção ao consumidor. Disponível em:< http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=2813>. Acesso em 22 fev. 2014 Ao analisarmos a estrutura econômica do Brasil, à luz do que foi exposto no texto anterior, é correto se afirmar que: a) o país não preenche nenhum dos requisitos legais ou ideológicos que possam lhe conferir a condição de uma economia de base liberal. b) as alusões ao “país do futuro”, como queriam os dirigentes do Regime Militar (1964-1985), não tiveram respaldo pela dependência exclusiva da agricultura de exportação como base economia nacional, ainda na década de 80 do século XX. c) no plano do Direito, o país praticamente não evoluiu as suas instituições e, portanto, as leis internas e a aplicação das mesmas são as responsáveis pela exclusão do Brasil das economias liberais globais. d) sob o ponto de vista de jurídico, o Brasil se insere plano das economias liberais, embora uma forte presença do Estado ainda possa ser bastante visível em inúmeras instâncias de regulação e taxação das atividades produtivas e) o passado colonial continua a impedir o desenvolvimento brasileiro em moldes liberais, haja vista que os privilégios alfandegários exclusivos dos produtos lusitanos e ingleses ainda resistem às mudanças da economia. 10. Interprete corretamente a charge a seguir. Disponível em:< https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-akprn1/1010745_10201374109655100_1511034129_n.jpg>. Acesso em: 06 mar. 2014 Numa interpretação social, política e jurídica da mensagem do chargista, é possível se interpretar corretamente afirmando-se que: a) a sociedade brasileira com a sua vocação legalista e cordial seria, naturalmente, o mais novo palco para o clima de insatisfação e insurreição que se espalhou por vários pontos do planeta. b) o flagrante descontentamento do telespectador repousa na base legal que a Constituição de 1988, herdeira do liberalismo jurídico da Carta Republicana de 1967, dá aos movimentos populares, mesmo que envolvam violência de depredação gratuita do patrimônio público. c) a compreensão do fenômeno das manifestações de rua nas capitais brasileiras teria chegado à parte da sociedade nacional como algo ilícito ou na forma de simples ameaça ao seu status quo, enquanto a cobertura dada pela mídia aos protestos internacionais foi acolhida de maneira benévola. d) as manifestações que ocorreram e estão ainda ocorrendo pelo mundo afora são legitimas, enquanto as apelidadas “Jornadas de Julho”, em 2013, são exclusivamente fruto da mídia e de grupos terroristas fundamentalistas. e) o pacifismo característico da sociedade brasileira, como um todo, se viu confrontado com as manifestações de rua e a reação do telespectador é de medo que a imagem do país fique prejudicada globalmente, justo na proximidade da Copa Mundial de Futebol. 11. Observe a charge com atenção. Disponível em:< http://mazelasdojudiciario.blogspot.com.br/2010_07_01_archive.html>. Acesso em 08 jan. 2014. Muitas vezes criticada quando da sua aplicação, a garantia constitucional referida na charge e contida no Art. 5º da Carta de 1988, se consolidou em nosso país num contexto de construção da ordem política e social do Estado republicano, na: a) Constituição de 1937. b) Constituição de 1891. c) Constituição de 1967. d) Constituição de 1946. e) Constituição de 1934. 12. Considere a imagem e o texto do enunciado que se seguem. Disponível em:<http://www.humorpolitico.com.br/internet/internet-completa-25-anos>. Acesso em 13 mar. 2014. O caso de adultério pela internet pode ser classificado como um dos crimes de “facilitação”, dependendo das circunstâncias. A prática de crimes de pedofilia tem sido constatada com espantosa repetição, facilitada a escolha das vítimas em uma seleção lamentável e vergonhosa e com a utilização, depois, de recursos materiais altamente condenáveis. ROSA, Felippe Augusto de Miranda. Criminalidade e Violência Global. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003, p.45. Sobre o problema do crescimento dos crimes cometidos pela internet, como ferramenta ou espaço onde o delito se concretiza, assinale a alternativa correta. a) Com mais de 50% da população, nas mais diversas faixas etárias, sendo identificada como usuária da internet, tornou-se um desafio para a sociedade coibir o proporcional crescimento dos impasses e delitos no espaço virtual. b) A internet é um meio que atrai cada vez mais delinquentes ou situações de adultério, pois não há meio jurídico de controlar o seu uso pelos suspeitos, ao contrário do que ocorre com a interceptação da correspondência trazida pelos correios e da escuta telefônica. c) Não há uma legislação em âmbito federal que regulamente a utilização da comunicação eletrônica ou o acesso às redes sociais, facilitando assim qualquer ação no universo virtual mesmo contrariando as normas constitucionais e penais. d) O fato de não poder ser aplicado o Art. 244-B, da Lei 8.069/1990, para resguardar a integridade dos adolescentes, favorece a proliferação de crimes virtuais envolvendo esse público como vítimas. e) O aparecimento do mIRC e do ICQ, em fins de 2013, praticamente tirou qualquer possibilidade das autoridades governamentais de coibir a ação de criminosos que atuam por meio dessas novíssimas networks. 13. Considerado um princípio de direito internacional, é comum registrar-se sua influência na “Constituição Cidadã” e no Código Civil Brasileiro. Sua origem é o Direito Romano, todavia sua atualidade é inegável. Trata-se aqui: a) do Direito Natural de Luta Contra Toda Forma de Opressão. b) do Direito Comum de Livre Pactuação entre servos e senhores ou pacta sunt servanda. c) do princípio da legítima da defesa da mulher e da criança. d) do inviolável Princípio do Direito de Liberdade Consciência. e) do princípio geral conhecido como uti possidetis, ita possideatis. 14. Leia criteriosamente o fragmento abaixo exposto. Os teólogos se perguntavam. Se a natureza humana é cheia de defeitos, o que prevalece em Jesus? A parte de Deus ou a parte do homem? Tinha defeitos ou não tinha? Eles arquitetaram todo tipo de teorias. De acordo com uns, o homem é o mal, Deus é o bem. [...] Só que, com o passar de alguns séculos, de teoria em teoria, de tanto separar em Jesus a parte má do homem da parte boa de Deus, alguns cristãos resolveram deixar morrer o mau para libertar o bom. Então, eles se suicidavam não alimentando mais seu corpo, encarnação do mal. Chamavam-se “cátaros”, que significa puros. CLEMÉNT, Catherine. A Viagem de Théo. São Paulo: Schwarcz, 2002, p.126. . As constituições liberal-democráticas contemporâneas consagram o direito inviolável à liberdade de pensamento, de crença e de culto. Tal situação seria inconcebível no Ocidente cristão a cerca de 700 anos atrás e as consequências poderiam ser terríveis para os que ousassem, assim como os cátaros, a dar interpretações à margem dos saberes monopolizados pela Igreja. Tal condição de arbítrio e violência era favorecida principalmente: a) pela falta de cultura jurídica dos nobres, permitindo que os reis medievais assumissem o controle absoluto sobre a Justiça. b) pela laicização completa e reinante das esferas social e jurídica, garantindo à Igreja completa autonomia para acusar, processar e condenar os seus desafetos. c) pela natureza complexa e frágil da cadeia de relações políticas, favorecendo à ascensão da Igreja como instituição com poderes plenos e articulada à esfera jurídica, capaz de processar e condenar os seus supostos inimigos. d) pelo desinteresse dos magistrados medievais pelas questões teológicas do catolicismo, uma vez que tais juízes eram em sua maioria cristãos-novos. e) pela impossibilidade de se aplicar as normas do Direito Canônico em meio ao clero católico, majoritariamente analfabeto e desprovido de noções elementares do Direito. 15. Considere as informações contidas no fragmento abaixo. As políticas ambientais surgiram no Brasil de 1514 com Ordenações do Reino com capítulos dedicados a preservação dos recursos naturais, em 1605 a Primeira Lei de Uso e Preservação da Mata Atlântica, em 1802 surgem as Primeiras Instruções para reflorestar a costa brasileira e em 1808 é criado o Real Horto Botânico por D. João VI e, em 1861, D. Pedro cria em áreas desmatadas para o café, as Florestas que hoje formam o Parque Nacional da Tijuca e depois de várias outras ações o governo divulga em 2004 o Plano de Combate ao Desmatamento para conter o desmatamento da Amazônia e em 2008 o Plano Nacional de Mudanças Climáticas e passase a estudar, avaliar e combater as emissões de CO 2 e de outros gases geradores do aquecimento global com todos os distúrbios que ocorrem na natureza global. FEITOSA, Maria Dolores de Andrade. Dolores Feitosa: resiliente como a caatinga. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2013, p.148. . Pela interpretação do fragmento anterior é correto admitir-se o fato de que: a) Os impasses contemporâneos que cercam as políticas públicas voltadas para o meio-ambiente são consequência da histórica e absoluta falta de preocupação das autoridades com a preservação ambiental e dos recursos naturais. b) ao atribuir-se às autoridades governamentais a responsabilidade exclusiva de se ocupar da questão da proteção ambiental, perde-se a perspectiva histórica dos esforços já despendidos pelo Poder Público naquela direção. c) no passado colonial e imperial do Brasil as preocupações governamentais com a preservação ambiental foram maiores e mais efetivas do que na atualidade. d) as preocupações das autoridades portuguesas com a preservação ambiental eram consonantes à política colonialista de preservação das espécies nativas, tais como a cana-de-açúcar, o coco, o gado bovino e os muares. e) as políticas públicas de preservação ambiental no Brasil, entre os séculos XX e XXI, estimularam outros países a reverem suas posições sobre a questão como foi o caso da pronta e surpreendente adesão dos EUA ao Protocolo de Kioto (1997-1999).