MENSAGEM À COMUNIDADE “É PARA A LIBERDADE QUE CRISTO NOS LIBERTOU (Gl 5, 1)” O período quaresmal convida os discípulos missionários a uma verdadeira conversão, para que o testemunho da liberdade em Jesus Cristo seja edificante e sustente a Igreja em sua missão de anunciar o Evangelho. A conversão implica recomeçar a partir de Jesus Cristo. Então, tenhamos os olhos fitos em Jesus Cristo, que, na cruz, se fez solidário aos que sofrem em nosso meio, especialmente com as injustiças. Nosso caminhar quaresmal não pode ser insensível a situações que atentam contra a dignidade da pessoa humana e seus direitos fundamentais, como o tráfico humano, tema da Campanha da Fraternidade deste ano. Os criminosos deste tráfico exploram pessoas em várias atividades: construção, confecção, entretenimento, sexo, serviços agrícolas e domésticos, adoções ilegais, remoções de órgãos e outras. As vítimas normalmente são aliciadas com falsas promessas de melhores condições de vida em outras cidades ou países. Por isso, o tráfico humano é frequentemente vinculado à migração, sobretudo quando o migrante está sob alguma forma de ilegalidade dentro ou fora do país. Assim, trata-se de um crime multifacetado, altamente lucrativo, silencioso, de baixíssimo custo e de poucos riscos aos traficantes, no qual a vítima tem a sua dignidade aniquilada, sem ter como enfrentar e lidar com a situação a que foi submetida, podendo ser vendida e revendida várias vezes, como se fosse mercadoria, objeto. Apesar da crueldade que se comete contra as pessoas no tráfico humano, só recentemente a sociedade em geral começou a conhecer a gravidade e dimensão deste problema social e a mobilizar-se para seu enfrentamento. O Estado Brasileiro, após a assinatura do Protocolo de Palermo, lançou, em 2006, o I Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (I PNETP). Agora, está em vigor o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (II PNETP), elaborado para o período de 2013 a 2016. Além disso, várias iniciativas de organizações da sociedade brasileira cooperam no enfrentamento ao tráfico humano. A Igreja já conta com pastorais para esse trabalho. Com esta Campanha da Fraternidade, a Igreja Católica se une a essas iniciativas, no intuito de potencializá-las e suscitar, em suas comunidades, reflexões e ações de combate a esta chaga social, de superação de situações de vulnerabilidade ao tráfico, de prevenção, proteção e inserção, observando-se o respeito à dignidade da pessoa humana e o implemento dos direitos humanos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais no convívio familiar, comunitário e social. No, entanto, a superação do silêncio das pessoas em situação de tráfico requer a valorização da palavra, da voz e da experiência vivenciada pelas vítimas, da nossa escuta qualificada e ativa, enquanto irmãos e irmãs em Cristo. OBJETIVO GERAL DA CF/2014: Identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humana, mobilizando os cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal, com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1. Identificar as causas e modalidades do tráfico humano e os rostos que sofrem com essa exploração. 2. Denunciar as estruturas e situações causadoras do tráfico humano. 3. Reivindicar, dos poderes públicos, políticas e meios para a reinserção das pessoas atingidas pelo tráfico humano na vida familiar e social. 4. Promover ações de prevenção e de res- gate da cidadania das pessoas em situação de tráfico. 5. Suscitar, à luz da Palavra de Deus, a conversão que conduza ao empenho transformador dessa realidade aviltante da pessoa humana. 6. Celebrar o mistério da morte e res- surreição de Jesus Cristo, sensibilizando as pessoas para a solidariedade e o cuidado com as vítimas desse mal. Fonte: Adaptado do Texto-base da Campanha da Fraternidade 2014. PG 2 NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL PENSANDO NA VIDA DE FÉ PRÁTICAS QUARESMAIS V igiai e orai para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26, 41). A Quaresma é um tempo favorável para alinharmos nossa vida aos planos divinos e revermos nossos relacionamentos. Continuam sendo hoje instrumentos eficazes de conversão as práticas quaresmais, que aperfeiçoam e humanizam os hábitos de relacionamento do cristão: (i) com Deus, pela permanência no Seu mistério, na oração; (ii) com a natureza e com o próximo, pela abertura aos demais e pela prática da caridade; e (iii) consigo mesmo, pelo autocontrole e jejum (cf. Mt 6,2-6;16-18). Orar é estendermos a mão a Deus, não para dobrar Sua vontade a nosso favor, mas para nos sintonizarmos com Ele, compreendendo o que é melhor para nós. É deixar Deus ser Deus, revelando Seu amor. É sair do vazio, reconhecendo precisar dos infinitos dons que só Deus tem e nos dá. Livres e conscientes, postemo-nos diante de Deus, que quer nos ouvir, sempre e de vários modos: pela Bíblia, pelas pessoas, pelos acontecimentos, por nossa consciência. Na quaresma, devemos avivar a intimidade com Deus. Oremos, atentos principalmente ao que Ele nos diz. A muitos, hoje isso soa anacrônico, mas restaura humildade e ternura, dociliza o coração, aproxima-nos de Deus, incita a fraternidade, e reforça a fé de que somos filhos de Deus. Jesus jejuava: cheio do Espírito Santo, venceu as tentações no deserto e cumpriu a vontade do Pai. Jejuar (ver Lc 4,2 e Mt 17,20) ajuda-nos a ordenar a mente, o coração, os olhos, a língua, a vencer tentações. O jejum nos lembra que somos pó (cf. Gn 3,19), sensibilizanos ao mistério da vida e questiona nossa própria razão de viver. O jejum quaresmal, muito mais que uma abstinência de alimentos, enriquece seu sentido quando se evita o desperdício, o consumo desenfreado, o esbanjamento e o orgulho, e mostra que a realidade extrapola o indivíduo, que as coisas materiais são simples meios, e não podem ser um fim, e que nossos anseios, necessidades e aflições não são o centro do universo. O jejum faz-nos descer do pedestal, abandonar o egoísmo e interesses próprios, em prol de um mundo fraterno. Afasta-nos de maldizer, denegrir e difamar, valorizar aparências e julgar por elas, contabilizar apenas o erro, desprezando as limitações e a boa vontade dos outros. Corrige-nos do imediatismo, do falso moralismo, do puritanismo e do perfeccionismo. A palavra esmola vem do grego, e significa ter piedade, pois provém da piedade divina, mas quando se doa apenas daquilo que sobra, soa mal e humilha, pois realça o poder de uns sobre a indigência de outros. A esmola quaresmal refere-se ao fruto do jejum, do sacrifício e das privações de cada um durante a quaresma, com a intenção de fazer oferenda, logo não pode limitar-se a um mero ato material, mas deve brotar de uma diligência atenta e constante, evitando o assistencialismo, que mantém diferenças, sustenta dependências, deteriora a cidadania, procura e se solidariza com os necessitados, participa de suas dificuldades e, de si próprio, oferece algo importante e significativo. Provoca-nos à solidariedade e à compaixão, movenos ao serviço, à presença participativa, ao voluntariado, à prática do bem e da justiça. PARA A QUARESMA DESTE ANO: Vivamos com fé a prática quaresmal da esmola, jejum e oração, na luta contra as tentações do ter, do prazer e do poder. Seja ela inteiramente voltada a Deus (Mt 6, 19-21), sem buscar os aplausos ou a admiração dos homens, mas a conversão, dando e pedindo perdão, e coroando a quaresma com uma boa confissão sacramental e a comunhão pascal. QUEM SAI GANHANDO, NA OFERTA DO DÍZIMO, É O PRÓPRIO DIZIMISTA! O dízimo é como a semente. Lançado em terreno fértil, germina e cresce, e, com o tempo, produz frutos bons e abundantes. Com a evangelização paroquial do dízimo, observa-se que cresce, no coração do dizimista e na comunidade participativa, o espírito de fraternidade e de amor ao próximo. Traços de caridade, generosidade e partilha, se evidenciam a cada dia. Essas pessoas perceberam o sentido e objetivo do dízimo. Descobriram que o dízimo é um ato de louvor. É um agradecimento a Deus, por tudo o que somos e temos. O dízimo é um compromisso com Deus, e com a Igreja. O dizimista é alguém que aprendeu a repartir. Seu dízimo é uma partilha dos bens de Deus, do que se tem e não do que sobra. Por isso, o dízimo deve vir, como diz a Bíblia, das nossas primícias, isto é, de nossos “primeiros frutos”. Deus não precisa de nossas coisas e do nosso dinheiro, mas quer nos educar à generosidade e à partilha. O dízimo nos leva a imitar Deus na generosidade: educa-nos para a vida de comunidade. O dízimo é um ato de fé em Deus e confiança na comunidade. “Quem semeia com largueza, com largueza colhe” (2 Cor 9,6). Se você já fez a experiência do dízimo: Parabéns! Persevere sempre... Se ainda não é dizimista: Não tenha medo. Faça a experiência e verá a promessa de Deus se cumprir na sua vida (Malaquias 3,1012). Ao final de tudo, você é quem vai sair ganhando! Dízimo é uma doação espontânea. O Dízimo que temos é o espelho da Comunidade que somos! NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL A PASTORAL PAROQUIAL CATEQUESE DA 1ª EUCARISTIA PREPARAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO As inscrições para a Catequese já estão abertas e as novas turmas terão início em 18 de Março. Para realizar a inscrição traga uma cópia da Certidão de Batismo e os dados completos da criança e dos pais. Maiores informações: www. pnsesperanca.org.br ou Secretaria Paroquial (5531-9519). Segue o quadro de dias e horários disponíveis com as respectivas Catequistas. Visando uma preparação remota para o Sacramento do Matrimônio, nossa Paróquia acolherá casais que desejam refletir e aprofundar a graça sacramental e o sentido da fé na constituição de uma comunidade de vida e amor. A preparação ocorrerá no dia 16 de Março, das 8h às 17h, nas dependências da Paróquia. As inscrições poderão ser feitas na Secretaria Paroquial (11) 5531-9519. CATEQUISTA Raquel ANOTE AÍ... A Secretaria Paroquial tem novo e-mail, embora o [email protected] também possa ser utilizado. Segue o novo endereço eletrônico para contato direto com a secretária, Sra. Magnólia: [email protected] DIA Terças-feiras HORÁRIO 17h00 - 18h15min Maria Helena Terças-feiras 18h30min - 19h45min Silvia Quartas-feiras 18h30min - 19h45min Marli Quintas-feiras 8h30min - 9h45min Rosa Quintas-feiras 14h30min - 15h45min MANHÃ DE ESPIRITUALIDADE CALENDÁRIO PASTORAL PAROQUIAL SEMANA DIA ATIVIDADE LOCAL HORÁRIO SEGUNDA 03 Feriado Carnaval Sem expediente TERÇA QUARTA 04 05 Feriado Carnaval Missa das Cinzas Sem expediente Igreja 20h QUINTA 06 Encontro do Presbitério c/o Cardeal Col. Agost. Mendel 9h às 13h SEXTA 07 Via Sacra Missa Abertura CF/2014 Igreja 17h30 São Judas 20h SÁBADO 08 Catequese da Confirmação Salão Superior 8h30 às 12h30 TERÇA 11 Espiritualidade da Quaresma (Padres) Confissão dos Pais da Catequese Conselho Pastoral Paroquial Salvatorianos Igreja Salão Superior 8h30 às 13h 20h15 20h30 QUINTA 13 Confissão Crianças Catequese Igreja 14h30 SEXTA 14 Via Sacra Igreja 17h30 SÁBADO 15 Celebração 1ª. Eucaristia Celebração 1ª. Eucaristia Igreja Igreja 10h 17h30 DOMINGO 16 Preparação para o Matrimônio Salão Paroquial 8h às 17h30 TERÇA 18 INÍCIO CATEQUESE 1ª Eucaristia Salas Inferiores Cf. Horário SEXTA 21 Via Sacra Igreja 17h30 SÁBADO 22 Preparação para Batismo Salão Paroquial 8h30 às 12h DOMINGO 23 Celebração do Batismo Igreja 9h30 TERÇA 25 Padres do Setor Conselho Pastoral Setor Santo Ivo Santo Ivo 9h 20h30 SEXTA 28 Via Sacra Pastoral do Dízimo Igreja 17h30 20h30 SÁBADO 29 Catequese da Confirmação Salão Superior 8h30 às 12h30 Espiritualizar a vida exige mais do que esgotar-se com jejuns e fechar os olhos para contemplar o céu. Demanda ter olhos para ver e saber captar as ocasiões propícias para a construção do Reino, encarar todos os encontros como oportunidades de liberdade e fraternidade. Para melhor compreendermos o mistério da fé, à semelhança da instigante pergunta no capítulo 25 de Mateus, Quando te vimos, Senhor?, convidamos você para participar de uma MANHÃ DE ESPIRITUALIDADE NO DIA 06 DE ABRIL. O horário será das 8h30 às 13h, com a celebração da Eucaristia, no Colégio N. Sra. Aparecida (CONSA). As fichas de inscrição estarão disponíveis na Secretaria Paroquial. Reflita, reze, revigore-se conosco! Segunda-feira: Grupo Gente Ativa das 13h45 às 17h30 (Salão Paroquial) Terça-feira: Pastoral da Caridade (14h às 16h) Segunda a Sexta-feira: Narcóticos Anônimos (20h às 22h - Salas Inferiores) Quarta-feira: Pastoral da Amizade (20h - Salão Paroquial) MISSA: Terça à Sexta-feira às 18h PG 3 PG 4 NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL 41 ANOS EVANGELIZANDO DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA! A FRATERNIDADE E O TRÁFICO HUMANO O outro é suficientemente importante para que por ele eu me torne uma pessoa que sofre?” (Papa Emérito Bento XVI). Diante dessa instigante questão, a Campanha da Fraternidade de 2014 trata do tráfico de pessoas, o mais ilegal e imoral do que os demais tráficos, pois seres humanos são traficados como se fossem “mercadoria”. É uma atividade vergonhosa para as nossas sociedades que se dizem civilizadas; uma das questões mais graves da atualidade, pois não há país livre do tráfico, seja como ponto de origem do crime, seja como destino dos traficados. O tráfico humano caracteriza-se pela ampla estrutura do crime organizado, com baixo custo e poucos riscos para os traficantes; ocorre em rotas nacionais e internacionais, pela invisibilidade ajudada pela falta de denúncia, pelo aliciamento com propostas de trabalho enganosas e a coação. Está principalmente voltado para exploração da força de trabalho em diferentes atividades, tais como exploração sexual, remoção de órgãos e adoções ilegais. A globalização com a competição econômica tem provocado migrações de pessoas em busca de melhores condições de trabalho e de vida, muitas vezes sujeitando-se a uma condição de ilegalidade. Essas pessoas tornam-se vulneráveis à ação dos traficantes. Visando o lucro acima de tudo, a globalização econômica gera uma massa de excluídos sujeitos à terceirização, à informalidade e a formas precárias de trabalho. O tráfico humano de hoje é fruto da cultura em que vivemos. “A cultura do bem-estar, que nos leva a pensar em nós mesmos, torna-nos insensíveis aos gritos dos outros; leva à indiferença a respeito dos outros; antes, leva à globalização da indiferença. Habituamo-nos ao sofrimento do outro; não nos diz respeito, não nos interessa, não é responsabilidade nossa! Peçamos ao Senhor a graça de chorar pela nossa indiferença, de chorar pela crueldade que há no mundo, em nós, incluindo aqueles que, no anonimato, tomam decisões socioeconômicas que abrem a estrada a dramas como este” (Papa Francisco – Lampedusa, 2013). Fonte: Adaptado do Texto-base da Campanha da Fraternidade 2014. ACESSE A COBERTURA COMPLETA DA Campanha da Fraternidade e Quaresma em nosso site: w w w.paroquiansesperanc a.org.br PARÓQUIA RENOVADA R enovamos o convite e contamos com sua adesão para auxiliar na Pastoral da Litur-gia. O intuito é oferecer formação específica a fim de que a comunidade celebre bem o mistério pascal, valorize mais o Ano Litúrgico, dê um sentido ministerial à Proclamação da Palavra e ao Canto Litúrgico, retrabalhe os gestos e símbolos próprios do espaço litúrgico e a sensibilidade necessária à espiritualidade de cada tempo litúrgico: o Tempo Comum, a Quaresma, o Tempo Pascal, o Advento, as Festas Litúrgicas, etc. QUERO PARTICIPAR MAIS ATIVAMENTE DA LITURGIA NOME COMPLETO: CONTATO (E-mail ou Telefone): MISSA NA QUAL GOSTARIA DE AUXILIAR: SÁBADO: ( ) 16H DOMINGO: ( ) 8H30 ( ) 11H ( ) 19H Ou entre em contato via e-mail: [email protected] ATENDIMENTO DA SECRETARIA: Segunda, das 13h30 às 17h30. Terça à Sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Sábado, das13h30 às 17h30. Acesse o site www.paroquiansesperanca.org.br NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL Ano XVII – Edição 185 – Março/2014 Tiragem: 1.000 exemplares • Periodicidade: mensal Distribuição: gratuita • Responsável: Cônego Dagoberto Boim • Projeto gráfico e diagramação: Minha Paróquia (minhaparoquia.com.br) • Impressão: GRÁFICA THEOTOKOS - (11) 99720-7558 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA Endereço: Av. dos Eucaliptos, 556 - Moema São Paulo, SP • CEP 04517-050 Tel/Fax.: (11) 5531-9519 • e-mail: [email protected]