A prática da Educomunicação em ação intersetorial como estratégia de valorização da cultura local: um estudo de caso do projeto Mídia Jovem Samanta Daisy Pinheiro NASCIMENTO RESUMO Com o mercado globalizado, conhecer os principais aspectos culturais locais passa a ser fator decisivo para as organizações, com isso, estão se tornando parceiras e co-responsáveis pelo desenvolvimento social. O projeto Mídia Jovem apresenta-se como uma oportunidade das organizações, em uma parceria intersetorial, promover o desenvolvimento regional a partir de uma prática educomunicativa, disseminando entre os alunos valores relacionados à cultura local. Palavras-chave: Educomunicação. Comunicação. Globalização. Responsabilidade Social. 1. INTRODUÇÃO Vive-se, hoje, em um período de transição, uma reinvenção das organizações para que elas possam sobreviver às transformações advindas com o século XXI e superar as consequências desencadeadas pela globalização. Neste contexto, a dimensão cultural local torna-se importante fonte de inovação e, assim, ser um diferencial competitivo. As empresas, organizações da sociedade e do Estado estabelecem, dessa forma, parcerias e alianças para realizar suas práticas de atuação social. Para Fischer (2005), parcerias e alianças são entendidas como toda forma de colaboração ou trabalho conjunto que a empresa mantenha com outras organizações da sociedade e do Estado para realizar estas práticas de atuação social. Essas alianças são constituídas para elaborar e implementar projetos e programas que visam beneficiar uma comunidade, erradicar ou minimizar algum problema social, atender as necessidades de grupos carentes ou divulgar e defender uma causa de interesse público. (FISCHER, 2005, p.12) Cada ator estratégico (Governo, iniciativa privada e sociedade civil organizada) assume determinado papel em um projeto e se empenham em conhecer as vocações regionais dos vários territórios, de modo que possam impulsionar a dinâmica das organizações potencializando atividades e práticas socioeconômicas e culturas na região, como também o desenvolvimento regional e, mesmo indiretamente, o nacional. (HERSCHMANN, 2010). De outro lado, surgem os consumidores-cidadãos como fonte de pressões e mudanças para que as organizações sejam mais comprometidas com os interesses da população, preservação do meio ambiente, desenvolvimento social e local. De acordo com Porter (apud MURAD, 2007), os consumidores exigentes ensinam as empresas locais a melhorar seus produtos e serviços e as obrigam a melhorar de nível esses produtos e serviços, de forma que se traduz diretamente em valor mais alto para os consumidores. Ou seja, existe uma interdependência entre as organizações e toda a sociedade externa, inclusive outras instituições, com que se relaciona. Estes atores sociais, em cada caso, se requalificam-se, ora como consumidores, ora como produtores de informações, auxiliando nas estratégias corporativas e influenciando as políticas públicas em ONGs. (SA INSAULIEU E KIRSCHNER, 2006) A identidade uma empresa é influenciada pela cultura do seu entorno, bem como pelas instituições com as quais se relaciona, através de sequências de aprendizagem ou confrontações que surgem com este contato. Por sua vez, esta empresa reproduz esta sociedade, ao mesmo tempo em que a influencia propondo mudanças nos valores, gerando novas identidades e representações culturais, assim como transformações nas instituições com que se relaciona e sociabilidade profissional. Como resultado, uma sociedade nova é produzida. Dessa forma, de acordo com Carvalho (2005), as organizações passam a ser muito mais que um mero ente produtor, convertendo-se em entidade co-responsável pela construção de uma sociedade melhor, envolvendo funcionários, como também clientes, enfim, todo o meio ambiente que interage com a organização e que compartilha significados. 2. EDUCOMUNICAÇÃO EM UMA AÇÃO INTERSETORIAL Neste cenário, a Educomunicação propõe ações que envolvem comunidades ou instituições em programas destinados a ampliar a capacidade de expressão das pessoas. A Educomunicação aplicada ao mundo empresarial surge como o meio mais adequado para fazer das organizações ecossistemas comunicativos, âmbitos de participação e de aprendizagem que permitam às pessoas que os compõem, a possibilidade de auto-realização como seres chamados a uma vida significativa. Trata-se, portanto, de uma ação ética de comunicação, dirigida às pessoas e aos segmentos sociais envolvidos com a organização, e que busca desenvolvê-la como um ambiente de aprendizagem e crescimento, no qual cada indivíduo passa a ser um agente ativo e responsável de um projeto comum. (CARVALHO, 2005, p. 2) Nos espaços comunicacionais, esses sujeitos se tornam críticos, participativos, inserido ativamente na dinâmica do próprio meio social ao qual pertence, tornando-se capazes de avaliar suas próprias práticas, sendo as novas tecnologias da comunicação e informação utilizadas para redirecioná-las ao serviço do pleno exercício da cidadania. De acordo com Soares (apud VERONEZE, 2008), há dois extremos relacionados à educomunicação nas empresas atualmente. No ambiente interno da organização, a educomunicação não é realizada plenamente devido à existência de hierarquia e expectativa com relação ao comportamento dos funcionários, no entanto, podem ser realizados procedimentos que se aproximam do campo educomunicativo. No outro extremo, mais relacionado com o nosso objeto de estudo, está o apoio a projetos educomunicativos que atuam com o público externo. “Estão sendo realizadas atividades significativas à medida que o setor empresarial está descobrindo a ação de organizações sociais voltadas para o campo da educação pela comunicação.” (SOARES, apud VERONEZE, 2008. Disponível em no site do Nós da Comunicação). Para Carvalho (2005), a Educomunicação nas organizações tem como um dos objetivos buscar a integração entre pessoas e organização, através de unidades educativas, meios de comunicação e tecnologia da informação, processos e práticas organizacionais que levem a tal alinhamento. 3 ESTUDO DE CASO: PROJETO MÍDIA JOVEM O Mídia Jovem é um projeto de educomunicação executado através de uma parceria intersetorial entre o Instituto Recriando, Governo de Sergipe e a Oi Futuro. Desde o seu início, em julho de 2008, o projeto busca atender, preferencialmente, comunidades de baixa renda no Estado de Sergipe, com a missão de fomentar a democratização da comunicação e o engajamento social de adolescentes e jovens na faixa etária de 16 a 24 anos. Cada edição do programa tem duração de um ano e é dividido em oficinas com duração de, aproximadamente, dois meses, sendo elas: mídia impressa, rádio, audiovisual, web e fotografia. A 1ª edição do programa contou ainda com a oficina de animação. São nessas oficinas educomunicativas que os alunos aprendem a manusear as novas tecnologias de informação e comunicação que passam a ser instrumentos de estímulo à criatividade, participação social, para que estes alunos se tornem protagonistas no campo de interesse coletivo chamado mídia. Neste espaço, os alunos tem a oportunidade de debater temas que envolvem a cultura local. As técnicas de comunicação são o instrumento para o fomento de temas relevantes para o cotidiano daqueles jovens. Enquanto aprendem noções técnicas sobre os meios de comunicação, os jovens também são estimulados a produzir conteúdo relevante para a transformação social da cidade/bairro onde moram, a reavaliar o olhar repousado sobre a comunidade onde vivem, a identificar as potencialidades e deficiências da região e, o mais importante, são encorajados a adotarem uma postura pró-ativa e a engajar-se em ações que possam ajudar na transformação da realidade social do local em que vivem. Seção O que é o Mídia Jovem (www.midiajovem.se.gov.br) Sergipe é o menor dos Estados brasileiros com um território de 21.910 km² e, de acordo com o Censo 2010, sua população foi estimada em 2.068.031 habitantes, sendo que existem 311 mil dessas pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. Além disso, trata-se de um Estado ainda com características de uma população jovem, apesar da tendência de envelhecimento de sua população. De acordo com o gráfico, desenvolvido pelo IBGE, cerca de 11,5% da população se encontra na faixa etária de 15 a 24 anos. Os jovens escolhidos para participar do projeto são oriundos de famílias com baixa renda, regularmente matriculados em escola pública ou, então, que já tivessem concluído o Ensino Médio também na rede pública de ensino. Além desses requisitos, eram levados em consideração também o grau de mobilização do aluno, ou seja, sua vontade de transformar o meio em que vive. A metodologia adotada na presente investigação é o estudo de caso. Neste estudo, a unidade de caso foram as oficinas realizadas na 2ª edição do Mídia Jovem e, com base neste material, uma análise qualitativa do conteúdo educomunicativo, através de uma estratégia de construção iterativa de uma explicação. O conteúdo foi coletado nas mídias sociais do projeto, como o Twitter1 e o site do Projeto Mídia Jovem. Atualmente, o Projeto Mídia Jovem está na sua 2ª edição que iniciou no final de 2010, sendo desenvolvida pelo Instituto Recriando, ainda com a parceria do Governo de Sergipe e a Oi Futuro. Além da permanência do projeto nos bairros Santa Maria e Coqueiral, também começou a ser desenvolvido nas cidades históricas de Laranjeiras e São Cristóvão. Dessa forma, foram iniciadas, quatro turmas, sendo cada uma composta por 25 alunos. Nosso objeto de estudo foram as oficinas realizadas durante o mês de setembro de 2010 até o mês de abril de 2011, que são 1 O Twitter é uma rede social e servidor para microblogging, onde as pessoas postam pequenas mensagens do que elas estão fazendo no momento ou o que ela quer você preste atenção. divididas em parte teórica e parte prática, ressaltado o conteúdo direcionado à valorização da cultura local. 3.1.1 OFICINA DE FOTOGRAFIA Pólo Laranjeiras Na oficina de fotografia realizada em Laranjeiras, os alunos foram estimulados a expressar o tema da diversidade cultural, a utilizar a fotografia para revelar elementos visuais que falem sobre a cultura e a realidade na qual estão inseridos. Durante as aulas teóricas, os alunos puderam debater sobre temas como o reconhecimento do Patrimônio Histórico e Cultural, assim como sobre os atrativos culturais e turísticos da cidade de Laranjeiras, como o folclore, o centro histórico, celebrações religiosas, comidas e produtos típicos. Dessa forma, os jovens puderam refletir sobre o valor que cada um deles dá ao patrimônio cultural da região onde vivem. Na parte prática da oficina, os alunos puderam praticar os seus novos conhecimentos em fotografia também na festa popular da cidade de Laranjeiras chamada de Lambe Sujo, o momento em que índios caboclinhos se enfrentam em praça pública com os escravos foragidos. A oficina foi concluída com a exposição “Laranjeiras sob o olhar da juventude” que apresentou cerca de 50 imagens registradas durante as aulas práticas. Pólo São Cristóvão Durante as aulas teóricas, os educandos foram estimulados a analisar fotografias e reconhecer a mensagem que cada uma transmitia. Orientados sobre as técnicas utilizadas na fotografia, os alunos fizeram um passeio fotográfico de trinta minutos, para treinar as diversas configurações das câmaras através dos registros de cenas que mostrassem o povo, os monumentos históricos, as paisagens naturais e o cotidiano da cidade. São Cristóvão é a 4ª cidade mais antiga do Brasil e foi a primeira capital sergipana, por isso, possui importância na história e cultura do povo brasileiro. O Diretor do Museu Histórico de Sergipe (MHS), Thiago Fragatta, contou histórias, trouxe curiosidades e estimulou os adolescentes e jovens a perceberem São Cristóvão a partir de seu patrimônio histórico cultural e a sua valorização. Através de diversos passeios fotográficos pelas ruas, casarões e igrejas de São Cristóvão, os educandos tiveram a oportunidade de capturar mais imagens da cidade. A oficina foi concluída com a exposição “Revelando São Cristóvão” que apresentou as fotos que destacavam as belezas naturais, o potencial histórico e cultural e a realidade da cidade onde os alunos vivem. Pólo Coqueiral Na oficina de fotografia em Coqueiral, as pautas das fotos foram a valorização da cultura do bairro e a realidade vivenciada pelos moradores da cidade. Após dois meses de oficina que incluíram a apresentação de conhecimentos técnicos no campo da fotografia e de debates acerca de temas socialmente relevantes ligados à realidade do bairro, o resultado foi a exposição "Coqueiral em Cliques: revelando as nossas realidades" que reuniu 50 fotografias dos educandos do projeto. Os alunos escolheram como temas para a exposição moradores históricos, juventude, cultura Hip-Hop, artesanato, comunidade ribeirinha, abastecimento de água e saneamento básico. Dentre as fotos selecionadas para fazer parte da exposição estava a da educanda Yasmyn Menezes que destacou o tema da melhoria do saneamento básico. Em meio à fumaça gerada pela queima de pneus pelos manifestantes, a educanda registrou uma criança que observava os bombeiros tentando conter o fogo da manifestação. 3.1.2. OFICINA DE VÍDEO Pólo Laranjeiras Durante a parte teórica da oficina, os educandos do pólo Laranjeiras debateram sobre o tema identidade cultural. Na ocasião, O secretário de cultura de Laranjeiras, Irineu Fontes, comentou com os alunos sobre elementos da cultura local, a importância que os jovens têm na valorização da cultura local e as diferenças entre a cultura de massa e a cultura popular. Os alunos tiveram a oportunidade de praticar os conhecimentos técnicos adquiridos para a produção de um vídeo, durante o Encontro Cultural de Laranjeiras. Oportunidade também para colocar em prática o novo olhar adquirido no sentido de valorizar a cultura local. Os vídeo-documentários apresentado como produto final da oficina de vídeo relataram a história do Encontro Cultural de Laranjeiras, as diversas manifestações artísticas e culturais do município, e a vida do laranjeirense Cândido Aragonês, criador do 1º cartaz de cinema do Mundo. O documentário Cândido Aragonês foi apresentado junto a curta-metragens premiados em Cannes, um dos mais prestigiados festivais de cinema do mundo. 3.1.3 OFICINA DE WEB Pólo Laranjeiras Na oficina de web, pólo Laranjeiras, os educandos aprenderam a utilizar o computador e a internet como meio de expressão. Como trabalho final da oficina, eles decidiram construir uma rede social dos educandos do Mídia Jovem. O nome do site foi escolhido através da tradução livre para o inglês de Mídia Jovem Laranjeiras, que seria Laranjeiras Midia Young, abreviação Lamdy. No Lamdy, os alunos tem a oportunidade de trabalhar e expor sua opinião a respeito de temas relacionados ao local em que vive. A educanda Lizianny Vasconcelos escreveu, por exemplo, o post “Sou Laranjeirense” no seu blog ressaltando as potencialidades da cidade de Laranjeiras e a necessidade de mudanças na infra-estrutura local. 3.1.4 OFICINA DE MÍDIA IMPRESSA Pólo Coqueiral Os educandos do pólo Coqueiral receberam o psicólogo Aldo Rezende para debaterem sobre "Cultura de paz". Através de dinâmicas e jogos, os adolescentes e jovens foram estimulados a não ter medo de errar, a ter respeito ao próximo e a suas diferenças. Durante a parte prática da oficina, os alunos montaram o fanzine “Coqueiro Informativo” que abordou diversos temas do cotidiano dos adolescentes e jovens do bairro Coqueiral, a exemplo de cultura de rua. O alunos que trabalharam com o tema cultura de rua entrevistaram o rapper Hot Black, um b-boy (breaker-boy) e um grafiteiro. Em seguida, os alunos distribuíram 800 exemplares do “Coqueiro Informativo” no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), o posto de Saúde, a escola 8 de Maio, no Porto Dantas, as principais ruas da comunidade e, inclusive, dentro de ônibus coletivos. Na primeira edição do fanzine, os leitores conferiram matérias sobre o nascimento do bairro Coqueiral e movimentos e cultura de rua. Pólo Santa Maria Os educandos do bairro Santa Maria, que participaram da oficina de Mídia Impressa, receberam a presença de três representantes da Universidade da Paz (UNIPAZ) para debaterem sobre o tema cultura da paz. Os grupos produziram painéis com recortes de jornais e revistas usados para ilustrar as palavras-chave como compreensão, liberdade, respeito e preconceito, elencadas ao conceito de cultura da paz. Na parte prática da oficina, os alunos montaram o fanzine „Zoom - Aproximando e Mudando o Olhar' distribuído por eles pelas ruas da comunidade onde moram. Em 20 páginas, os educandos abordaram temas como a valorização da música popular sergipana, a cultura, o esporte e a arte no bairro. 3.1.5 OFICINA DE RÁDIO Pólo Santa Maria A identidade cultural foi um dos temas debatidos através da palestra da coordenadora de Educação Patrimonial da Subsecretaria de Estado do Patrimônio Histórico e Cultural (Subpac), Maíra Ielena Cerqueira, que trabalhou com os educandos o significado de cidadania, os benefícios e malefícios da globalização, inclusive como o uso das novas tecnologias pode contribuir e ao mesmo tempo dificultar a identificação e valorização das pessoas com a própria cultura. A palestrante contou a história do bairro Santa Maria e seu progresso como uma forma de despertar nos alunos a identidade com a comunidade em que vivem. Pólo São Cristóvão O produto final da oficina foi um spot, que consiste em pequenas propagandas com o objetivo principal de tornar pública alguma ideia ou produto. Para atender ao desafio de escolher assuntos atrativos e que retratem a realidade em que vivem, os jovens se reuniram em círculo e juntamente com a oficineira pautaram e discutiram diversos temas transversais, que culminou na escolha de assuntos relacionados com o universo juvenil como o folclore e o papel do adolescente na manutenção dessa cultura e de outros patrimônios históricos e culturais. 3. RESULTADOS E ANÁLISES O projeto Mídia Jovem é desenvolvido em um Estado (Sergipe) com uma população ainda jovem que está localizada em uma região (Nordeste) com grandes problemas na educação, altos índices de evasão e defasagem escolar, principalmente no ensino médio. Neste ambiente, o Mídia Jovem não substitui a escola tradicional, mas é um canal para a melhoria da educação por possibilitar a esses jovens meios para que possam se expressar em relação à sua realidade e se informar sobre diversos temas relacionados à cidadania. A análise do conteúdo educomunicativo apreendido e produzido pelos alunos no Projeto Mídia Jovem destacou temas que envolvem a valorização do local, inclusive seus aspectos culturais, históricos e a cultura de rua, como também valorizam o próprio povo que vive na região. Investir na valorização do local na solução de problemas sociais remete as essas organizações um forte compromisso com a sociedade, com o desenvolvimento social. Percebe-se com o material, o potencial desses jovens durante as produções, a criatividade, desenvoltura para realizar os trabalhos que, antes, não tinham oportunidade de descobrir suas próprias capacidades. A partir desse conhecimento, estes jovens vão desempenhar outros trabalhos, envolvendo conhecimentos de cidadania adquiridos ou mesmo técnicos e, dessa forma, devem movimentar a economia do Estado e do país. Em uma relação interdependente, as organizações também dependem do desenvolvimento social. Ou seja, ao investir em jovens e colaborar na construção de valores que estimulam de volta a valorização do local, observa-se a tendência das empresas deste novo século em potencializar o conhecimento e a economia local e que esta possa se estender a nível global a partir das novas tecnologias. Ou seja, o Mídia Jovem abre espaço para que vocações regionais. 4. BIBLIOGRAFIA 1. CANCLINI, Néstor G. Consumidores e cidadãos. Rio de Janeiro: UFRJ, 1995. 2. CARVALHO, Paulo Monteiro de. Educomunicação e a reinvenção da empresa do século XXI. 2005.Disponível em: http://www.rh.com.br/Portal/Comunicacao/Artigo/4002/educomunicacao-e-a-reinvencaoda-empresa-do-seculo-xxi.html Acesso em: 20 de janeiro. 3. FISCHER, Rosa Maria. Estado, Mercado e Terceiro Setor: uma análise conceitual das parcerias intersetoriais. 2005. Disponível em: http://www.cyta.com.ar/biblioteca/bddoc/bd_articles/334_fis.pdf Acesso em 12 de março. 4. HERSCHMANN, Micael. Comunicação, Cultura e Organizações. Rio de Janeiro. Unisul/EB. 2010. 5. MURAD, Eduardo. Organizações, Comunidades e Culturas Locais. Rio de Janeiro. Unisul/EB. 2010. 6. OLIVEIRA, Jair Antônio de. Pragmática das Relações Públicas. Intercom, 2002. 7. PEREIRA, Carlos Alberto M.; HERSCHMANN, Micael. Comunicação e novas estratégias organizacionais na era da informaçào e do conhecimento. Comunicação & Sociedade. São Bernardo, UMESP, n. 32, 2002. 8. _________________. Comunicação, cultura e gestào de organizações privadas e públicas na perspectiva do desenvolvimento local sustentável. Inteligência Empresarial. Rio de Janeiro, CRIE/UFRJ/ E-Papers, n. 15, abr. 2003. 9. SAINSAULIEU, R.; KIRSCHNER, A. M. Sociologia da empresa: organização, poder, cultura e desenvolvimento no Brasil. Rio de Janeiro: DP&A, 2006. 464p. 10. SOARES, Ismar de Oliveira. “Planejamento de Projetos de Gestão Comunicativa”, in COSTA, Maria Cristina. Gestão da Comunicação, projetos de intervenção, São Paulo, Paulinas, 2009, pg. 27-54. 11. _____________________. Educomunicação é tudo de bom para escolas, empresas e ONGs. 2009. Disponível em: http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=111&tipo=G Acesso em 21 de janeiro. 12. Entrevista do Prof. Ismar. VERONEZE, Ademir. Ismar Soares e a educomunicação nas corporações. 2008. Disponível em: http://educomambiental.blogspot.com/2008/11/ismarsoares-e-educomunicao-nas.html Acesso em 21 de janeiro. 13. www.midiajovem.se.gov.br 14. www.institutorecriando.org.br