Resíduos Sólidos Urbanos
O município de São Paulo gera diariamente 12 mil toneladas de lixo. Cada habitante produz, em média, 1 kilo de
lixo por dia. O projeto de coleta seletiva do lixo, supõem que com o auxílio da sociedade, os dejetos são
previamente separados em: vidros, metais, papéis, plásticos. Estes materiais são passíveis de reciclagem e
podendo recuperar as características necessárias para o consumo, voltam a ser utilizados pela sociedade. A
reciclagem permite a reutilização de matérias-primas, diminuindo a demanda por mais matéria, diminuindo o
consumo energético e protegendo o meio-ambiente de mais e mais dejetos, que levariam até milhões de anos para
serem decompostos pela natureza. (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, /s.d./)
Para uma tonelada de metais ferrosos reciclados, tem-se uma economia de 1100 a 1200 Kg de minério de ferro, de
420 a 450 Kg de carvão, 15 a 20 Kg de cal e 74% de energia. Ainda, a poluição do ar é reduzida em cerca de 85%
e a poluição das águas, em 76%. (URBAN, 1996)
Se recicladas, uma tonelada de latas de alumínio (50.000) economizam 4 toneladas de bauxita, 95% de energia em
relação ao processo primário de produção, além de uma enorme quantidade de água e de minimizar o impacto
ambiental negativo causado pela lama vermelha (resultante do processo primário), que é altamente poluente.
(URBAN, 1996)
Uma tonelada de papel reciclado, economiza 98.000 litros de água, de 17 a 20 árvores, 50% de energia, 50 vezes
menos água, reduzindo a poluição do ar em 95%, em relação ao processo originário, a partir de árvores. (URBAN,
1996)
O vidro, quando reciclado, gera, para uma tonelada, uma economia de 80Kg de petróleo, 20%da quantidade de
poluentes emitidos no ar, 50% dos poluentes despejados na água, além de uma grande quantidade de água e de
energia necessária para fabricar o vidro inicialmente. (URBAN, 1996)
O plástico reciclado consome somente 10% da energia necessária para produzir igual quantidade pelo processo
primário.
Os materiais orgânicos podem ser transformados em adubo orgânico pelo processamento em biodigestores em
usinas de compostagem. Entretanto, há uma categoria de materiais que não são recicláveis e são portanto
despejados em aterros sanitários. Estes são, por exemplo: porcelanas, celofane, isopor, pneus, cristais, lâmpadas
fluorescentes, embalagens longa vida (acartonados parafinados e com alumínio), madeira, papel higiênico,
aerosóis, papel carbono, pilhas, e filtros de ar de automóveis.
Pilhas e lâmpadas fluorescentes já tem tratamentos e processos de recuperação das substâncias perigosas,
entretanto, no Brasil há pouquíssimos lugares capazes de executar tais processos.
Os resíduos sólidos urbanos são compostos pelo lixo doméstico, comercial e institucional; pelas varrições e feiras
livres; pelo entulho de construção; pelos resíduos dos serviços de saúde e hospitalares, portos, aeroportos e
terminais ferro e rodoviários; pelos dejetos industriais, agrícolas e “especiais” (tóxicos).
As formas de disposição final para os resíduos urbanos são: o “lixão”, o aterro controlado e o aterro sanitário. No
“lixão”, os detritos são jogados em terrenos a céu aberto. São excelentes para o acumulo de aves de rapina, ratos e
bactérias de toda espécie. Infelizmente, as vezes servem como fonte de recursos para populações mais carentes.
No aterro controlado, os detritos recebem uma camada de terra, como recobrimento. Já no aterro sanitário, além
das camadas de recobrimento com material inerte, o chorume (líquido altamente poluente, proveniente da
decomposição) é recolhido e tratado, e os gases gerados pela decomposição do lixo são expelidos.
Além da separação dos recicláveis, das usinas de compostagem e dos aterros, há também os incineradores,
geralmente utilizados para os detritos hospitalares.
À Prefeitura Municipal cabe a coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos domiciliares, comerciais e
públicos. As demais formas são de responsabilidade do gerador, mas cabe à Prefeitura orientar, regulamentar e
fiscalizar, assegurando condições sanitárias e operacionais adequadas.
O lixo hospitalar, apesar de ser responsabilidade do gerador, acaba sendo coletado pela Prefeitura e incinerado.
No Brasil, 85% dos municípios tem abastecimento de água e 40% possuem redes de esgoto. São produzidas
diariamente, 100 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos. Apenas 28% do lixo coletado recebe algum tipo de
tratamento; destes, 23% são depositados em aterros sanitários, 3% é compostado, e 2% é reciclado. (URBAN,
1996)
Dos 4.425 municípios brasileiros, 88% lançam os resíduos a céu aberto e 12% depositam-nos em aterros. Aterros
controlados somam 86%, enquanto que apenas 10% são aterros sanitários e 4% são aterros especiais. Apenas 1%
dos municípios possuem usinas de compostagem, reciclagem ou incineração. (URBAN, 1996)
Todos os anos, o Brasil joga no lixo o equivalente a US$ 40 bilhões. Os índices do desperdício são alarmantes:
35% da produção de hortifrutigranjeiros, 33% da construção civil, 20% da produção de grãos, e de 20 a 50% da
água não chega aos consumidores. (URBAN, 1996)
Referências Bibliográficas
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PINTO, Tarcísio de Paula. Reciclagem de Resíduos de Construção e Possibilidades de Uso de Resíduos Reciclados em Obras
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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, SECRETARIA DE SERVIÇOS E OBRAS. Lixo: A Coleta Seletiva na
Escola. /s.n.t./.
SSM. Programa Bairro Limpo, (resumo). São José dos Campos, 1995.
URBAN. Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos, [apostila de dados]. São José dos Campos, 1996.
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