Boletim Semanal sobre Tendências de Mercados | Ano XVII | 23/feveiro/2015
n. 563
EXPORTAÇÕES DE AÇÚCAR PARA A CHINA
CAEM QUASE 35% EM JANEIRO
A publicação dos dados mais recentes da secretaria de
Assim como observado com os volumes, na margem a queda
comércio exterior aponta uma forte desaceleração das
foi menor, na faixa de 33,49% frente ao volume de receita de
exportações de açúcar para a China. Somente em janeiro foram
US$ 100,60 milhões visto em dezembro de 2014. No total do
exportadas 196 mil toneladas da commodity, entre bruto, cristal
ano anterior o volume de receitas auferidas com as exportações
e refinado. Este volume é 34,81% inferior ao volume de 300,78
á China chegou a quase US$ 880 milhões. A média mensal de
mil toneladas exportadas em janeiro de 2014.
fluxo foi ao redor de US$ 73 milhões. Os números de janeiro
Na margem a queda é levemente inferior, na faixa de 28,89%
frente ao volume exportado de 275 mil toneladas em dezembro
ficaram abaixo da média do ano passado indicando a clara
tendência de desaceleração em curso.
de 2014. A média de 2014 entre janeiro e dezembro foi de 190
O preço médio de janeiro de 2015 foi de US$/ton 2.930,
mil toneladas. Portanto o volume exportado no primeiro mês de
indicando um crescimento de 14,77% sobre a rentabilidade
2015 se mostrou levemente superior em 3,13% diante da média
média de janeiro do ano anterior, em US$/ton 2.553. Na margem
do ano anterior.
o crescimento foi mais brando na faixa de 6,92% frente ao preço
No total de 2014 foram exportados para a China cerca de
2,28 milhões de toneladas. Neste ano de 2015
esperamos valores marginalmente inferiores a 2
milhões de toneladas. A desaceleração em curso
da China, que em 2015 deve ter um PIB de 7% e
em 2016, inferior a 6,8%, tende a impactar
fortemente a demanda local.
O volume de receitas auferido em janeiro foi
de US$ 66,9 milhões, 43,20% abaixo dos US$
117,78 milhões observados em janeiro de 2014.
médio de US$/ton 2.741 vistos em dezembro de 2014. A
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toneladas entre bruto, refinado e cristal. Este
volume é 10,5% superior ao volume de 2,14
milhões de tonelada exportadas em janeiro
de 2014.
Na margem o crescimento é mais
moderado, da ordem de 5,02% frente ao
volume de exportação de 2,25 milhões de
toneladas em dezembro de 2014. O volume
de janeiro de 2015 se aproximou muito do
rentabilidade média de 2014 foi ao redor de US$/ton 2.577
indicando o maior valor agregado visto nas exportações do
produto brasileiro.
volume exportado em julho de 2014, mês com maior fluxo de
embarque do ano com um montante de 2,49 milhões de
toneladas.
Pelo lado das receitas o comportamento foi exatamente o
Exportações de açúcar
oposto. O fluxo financeiro de US$ 836 milhões foi 2,02%
crescem 10% em janeiro
inferior aos US$ 854 milhões auferidos em janeiro de 2014.
De acordo com os dados mais recentes disponibilizados
pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) as exportações
totais de açúcar em janeiro foram de 2,36 milhões de
Na margem o fluxo se inverte, passando a ser positivo em
1,93% frente ao valor de US$ 820 milhões obtidos em
dezembro de 2014.
O preço médio de exportação em janeiro de 2015 foi de
US$/ton 2.823 o que indica uma elevação de
12,78% sobre o preço de US$/ton 2.503
pagos ao açúcar brasileiro em janeiro de
2014. Na margem este crescimento é mais
limitado, na faixa de 3,04% frente ao preço
médio de US$/ton 2.740 observado em
dezembro de 2014.
Mesmo assim o valor médio de exportação
de janeiro se mostrou 12,04% superior ao
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preço médio de 2014 como um todo onde a precificação
entre janeiro de dezembro oscilou ao redor de US$/ton
2.520. Esta valorização de 12% ocorreu somente em termos
nominais de valor, visto que ainda não foi calculado os
ganhos médios com o câmbio no período. No acumulado
do ano o câmbio já se valorizou 6,5%. Com isto os ganhos
de janeiro somam 19,28% entre valor nominal e oscilação
cambial.
Como a entressafra continua firme no centro-sul ao passo
que origens importantes da Ásia continuam relativamente
pouco competitivas, é esperada a manutenção do fluxo de
exportação brasileira acima dos 2,3 milhões de toneladas
pelo menos para o primeiro trimestre de 2015. Esperamos
também um preço médio de US$/ton 2.700 para o mesmo
período.
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