ZOOM
Este mês fica o registo de uma receção
feita, em Valadares, no ano de 1948, ao
valadarense José Diogo de Vasconcelos,
residente no Brasil, que se deslocou
à sua terra natal.
Na fotografia estão presentes alguns
elementos da Banda de Música de
Valadares, que também esteve presente.
São eles: atrás da esquerda para a
direita, Fernando da Silva, António da
Casa de Baixo (pai), o Luís da Eugénia,
o Jaime Latoeiro e o Laurentino Duarte.
De trás para a frente, um elemento
da Banda de Oliveira de Frades, que
veio ajudar, o Diamantino do Castro,
à frente, outro elemento da Banda de
Oliveira de Frades, o Herculano Duarte,
o Horácio Martins e, o mais novo, o
José da Cruz do Alqueve.
h
P R A RRIBA
Não há dúvida que o verão traz consigo vida,
alegria, cor, movimento, que alteram, em muito,
a pacatez da nossa terra nas demais alturas do
ano. Faz-nos recordar os tempos antigos em que
os caminhos nunca estavam vazios e a mocidade
enchia as nossas aldeias, alegrando o mundo rural.
Os que por razões de trabalho estão longe,
espalhados pelo país e pelo mundo fora, regressam
agora em força, procurando junto dos seus matar
as saudades de um ano inteiro, recordar lugares, cheiros,
sabores, respirar fundo, que o ar puro por estas paragens
ainda é de graça.
Não há dúvida de que, para esta roda-viva, contribuem também
muitas das iniciativas levadas a cabo pelas associações locais.
Uma verdadeira agenda estival, com as festas anuais em
quase todas as aldeias, com as actividades do Grupo de
Danças e Cantares da Serra da Gravia, que este ano trouxeram
os turcos e as suas tradições, do Grupo de Jovens Val´Amar
com o seu 4º Convívio, da Paróquia com a 2ª edição do dia
do Doente/Idoso, do Ecos da Gravia com o seu dia de aniversário,
do Centro Social com a magia e o hipnotismo, da Junta de
Freguesia com a Feira Anual e Mercado Tradicional, do grupo
Acoustica que dá uma mãozinha a todos, animando a festa.
É um ver se te avias. Pena é que algumas das actividades se
sobreponham, impedindo a adesão da população a todas.
P R A BA IXE
Não será difícil conciliar. Para isso se pensou a agenda Valadares
cultural, tentando evitar a dispersão. Tirando este senão, para
toda esta vida, para todo este trabalho associativo vai direitinho
o nosso
PRARRIBA
i
O crime violento aumentou em Portugal nos últimos
tempos. As razões não são conhecidas. Terão a
ver com a crise e a depressão que lhe está associada?
Parece uma razão demasiado simplista. Por dá cá
aquela palha não se esmurra, não se bate, não se
injuria, mata-se…. A vida não tem para estes
homicidas qualquer valor. Atente-se apenas, a
título de exemplo, no caso do indivíduo que
incendiou o elevador onde se encontrava a cunhada, uma
sobrinha e o seu segurança, atirando lá para dentro sacos de
álcool e um fósforo. A explicação que deu para este resultado
de três vítimas mortais, carbonizadas, é exemplar: só queria
assustar!
Na base desta animosidade estão promessas de negócio. Para
esta falta de valores, que nos remetem para os tempos das
sacholadas, às vezes mortais, por causa de um rego de água
entre proprietários vizinhos, só pode ir um imenso
PRABAIXE
4
20
Nº
lho
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12
20
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5€
0,9
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s
en
I. M
Nota de Redação
Sumário
Nota da Redacção ................................................... 3
Pontos de Vista........................................... 4 e 5
Mundo Real – S. Pedro Sul
S. Pedro do Sul
tem gabinete de apoio ao emigrante....................... 6
Ao sabor dos tempos
Este mês do ano contraria uma tendência cada vez mais evidente:
a desertificação. Uma desertificação que se acentua fortemente,
sobretudo, nas aldeias do interior.
Este mês, as aldeias enchem-se de gente, há movimento, há
correrias e gritos das crianças, há música, há festa, há muita
alegria.
Este mês de Agosto é uma amostra do que deveria ser, na realidade,
o país. Mas, infelizmente, a atual situação económica está a
Mundo Real – Oliveira de Frades
800 idosos do concelho
aderiram ao passeio sénior …...........................….. 8
“atirar” centenas de portugueses para fora de Portugal. São aos
Mundo Real - Vouzela
Espetáculo de solidariedade
ajuda animais abandonados ............................... 9
No nosso país é cada vez mais difícil os jovens conseguirem um
Mundo Real – Viseu
Viseu, cidade portuguesa
com melhor qualidade de vida …....................…… 10
Pela região de Lafões as festas da cidade de S. Pedro do Sul e
Mundo Real
ACROF
Mais de três décadas
a fomentar o desporto e a cultura ..................... 12
Mundo Real
Por Valadares
Grupo Turco
deu a conhecer tradições e cultura do seu país ... 13
Roteiros
Buçaco ……...............................................….... 15
Actualidade .................................................. 19
milhares, e cada vez mais, os que procuram noutros países o que
lhes falta no seu: um emprego, alguma estabilidade económica.
emprego permanente que lhes traga alguma estabilidade e em
breve esperam-se novas medidas de austeridade…
Este mês faz-nos esquecer um pouco tudo isto.
das vilas de Oliveira de Frades e de Vouzela proporcionaram
momentos de muita animação aos visitantes. Pelas aldeias, o
cenário é idêntico. As muitas festas e romarias proporcionam
momentos de alegria e descontração.
Valadares recebeu, este ano, um grupo folclórico vindo de
Istambul, Turquia, que deu a conhecer as tradições e a cultura
do seu país. Este género de iniciativas promove o intercâmbio
cultural entre os grupos, o visitante e o grupo anfitrião, muito
valioso e enriquecedor.
Ainda no distrito, em Viseu foi promovido, pelo segundo ano
consecutivo, a iniciativa Jardins Efémeros, que levou, durante
uma semana, ao Centro Histórico desta cidade uma atividade
cultural intensa e muitos espaços verdes. A iniciativa foi, uma vez
mais, muito bem acolhida pela população, tendo levado milhares
Um acontecimento / uma personalidade...
Vá para fora, por dentro!
Agosto, mês por excelência de férias, de paragem,
de dizer basta, de recarregar baterias, de mudar,
de nos reinventarmos…
Deixamos para trás um ano de trabalho intensivo, de
canseiras, de rotinas e procuramos alterar hábitos e
fazer tudo aquilo que prometemos fazer nas férias!
Saímos… da nossa casa, da nossa terra, do nosso
país! E, de nós? Do nosso lado mais amargo, mais
vulnerável, mais inquieto, será que também nos
conseguimos libertar?
Neste mês de descanso, seria bom descansarmos
também um pouco desta nossa dimensão menos
cor-de-rosa e irmos para fora, mas por dentro de
nós mesmos em busca da calma e do equilíbrio,
porque precisamos acreditar em nós e ter confiança
nas nossas capacidades.
Os mais batidos nas múltiplas vivências da vida
sabem que nada se faz sem esforço e que nada,
ou quase nada, cai do céu e mesmo que caia é
fundamental não o deixar cair “em saco roto”.
Zangados? Acho que estamos todos. Nada está fácil
e são muitas as famílias à nossa volta, algumas
bem perto de nós em amizade ou parentesco, a
viver em sérias dificuldades.
Direito a estarmos zangados? Temos todos, mas
também temos o dever de mudar a nossa vida
e não ficar à espera que alguém resolva por nós,
porque, ou muito me engano, ou se for o caso,
o melhor mesmo é esperarmos sentados. Todos
os momentos de crise, reza a História, criaram
grandes oportunidades, só temos de as identificar,
agarrar e vencer. Não temos muitas hipóteses e,
além disso, não podemos abdicar de ser felizes e
de criar crianças e jovens igualmente felizes.
Vamos mesmo ter de reaprender a viver a baixo
custo e com menos quantidade, mas acredito que
com mais qualidade. Por isso, da próxima vez que
sair, nunca se esqueça de viajar também pelo seu
lado de dentro!!
31 de Agosto de 1997– Morte de Diana, Princesa de Gales
A 31 de agosto de 1997, Diana, Princesa
de Gales, foi morta num acidente de
carro dentro do túnel da Ponte de l’Alma,
um túnel parisiense, juntamente com
o seu namorado, Dodi Al-Fayed e com
o seu motorista, Henri
Paul, enquanto estavam
a ser perseguidos por
paparazzi. O guarda-costas de Fayed, Trevor
Rees-Jones, foi o único
ocupante do carro que
sobreviveu ao acidente.
Uma investigação francesa
de dezoito meses concluiu,
em 1999, que o acidente
de carro que matou Diana
foi causado pelo próprio
chauffeur, que perdeu o
controlo do veículo em alta
velocidade enquanto estava embriagado
e sob forte efeito de anti-depressivos.
Desde fevereiro de 1998, o pai de Dodi, o
empresário Mohamed al-Fayed alega que
o acidente foi obra de uma conspiração,
executada a mando do Príncipe Philip,
Duque de Edimburgo, ex-sogro de
Diana. Entretanto, as ideias de Mohamed
foram desmentidas pela
mencionada investigação,
bem como pela Operação
Paget, que foi finalizada
em 2006.
U m n o vo i n q u é r i t o,
chefiado pelo juiz Scott
Baker, foi criado na Real
Corte de Justiça, em
Londres, a 2 de outubro
de 2007, sendo uma
continuação do inquérito
original criado em 2004.
O juiz decidiu, em abril de
2008, que Diana tinha sido
ilicitamente morta pela negligência do
motorista e dos paparazzi que seguiam
o casal.
DIAS INTERNACIONAIS…
•12 de Agosto–
Dia Internacional da Juventude
A 17 de Dezembro de 1999 a Assembleia-Geral
das Nações Unidas declarou 12 de Agosto como
Na
memória...
o Dia Internacional da Juventude, em resposta
•6 de Agosto de 1966–
à recomendação da Conferência Mundial de
Inauguração da Ponte
Ministros Responsáveis pela Juventude, reunida
Salazar, hoje Ponte 25
em Lisboa, de 8 a 12 de Agosto de 1998.
de Abril, em Lisboa.
Um “outro” olhar sobre
António Nazaré de Oliveira ..………….………....………… 21
de visitantes a esta parte da cidade.
•31 de Agosto–
•15 de Agosto de 1948–
Observatório …………………………………………………….…… 22
Mateus que conta já com 620 anos de existência. São 45 dias de
festa, onde ocorrem milhares de pessoas.
Dia Internacional da Solidariedade
A Coreia é dividida em
Efeméride proclamada pela Organização das
Coreia do Sul e Coreia
Um estudo da Deco revelou que Viseu é a cidade portuguesa
Nações Unidas (ONU) com o objectivo de
do Norte, separadas pelo
Saúde…..………………………………………………………………….24
onde se vive com melhor qualidade de vida, ocupando também
promover e fortalecer os ideais de solidariedade e
paralelo 38º N.
no ranking internacional a 10ª posição.
entrega ao próximo - nações, povos e indivíduos
Social............................................................28/29
Esse estudo reforça a ideia de que o interior do país é bom para
Ecos do Nosso Passado...........................................23
Gentes e Vidas.....................................................30
Baú de Memórias ……………………………………………………….31
(Capa: Paia fluvial do Vau, freguesia de S. João da Serra).
2
Mas a cidade está de novo em festa. Já começou a Feira de S.
de forma dedicada. A solidariedade foi
•19 de Agosto de 1965–
reconhecida como um dos valores fundamentais
Nascimento da actriz e
para as relações internacionais no século XXI,
cineasta portuguesa Maria
tal como atesta a Declaração do Milénio da ONU.
de Medeiros.
-
se viver, não pode é ser esquecido e abandonado.
Boas férias. Boa leitura!
por: Judite Almeida, Professora
A Redação
por: Inês Tavares
35
Diversos
Vende-se
Casa de habitação em
Pereiras – Oliveira de Frades
Vários anexos; Eira/
Canastro;
Com terreno (1500 m2);
Água de nascente
Contactar: 934 982 555
Telefones Úteis
S. Pedro do Sul
Câmara Municipal
232 723 003
Bombeiros Voluntários 232 720 110
Bombeiros Vol (S.C.Trapa)232 798 115
Bombeiros Salva. Pública 232 711 115
Guarda Naci. Republicana 232 720 060
Vende-se
Uma casa com loja e
primeiro
andar num quintal fechado
no fundo do lugar
do Covelo – Valadares
Contactos: 969 166 729
210 874 616
Vende-se
Moradia T 4 com quintal,
pronta a estrear.
àrea 200 m2
Situa-se a 5 km de Oliveira
de Frades.
Contato: 917535910
Vende-se
Caravana Adria (pouco uso)
para 3+1 (pessoas), com WC
(sanita tipo cassete),
frigorífico, fogão, antena TV,
avançado e engate rápido.
Preço: 7000,00€
Contacto: 962 332 582
Vende-se
Casa de habitação de r/chão
com loja (cave) e anexos
para arrumos, situada no
largo da capela, no lugar
do Preguinho, freguesia de
Valadares, concelho de S.
Pedro do Sul.
Contacto: 962 417 627
Ficha Técnica
Amigos do ECOS
João Rodrigues
Luxemburgo
20€
Serafim Francisco Rodrigues
Vilarinho
10€
Isabel Rodrigues Ferreira
Vilarinho
10€
Manuel José Rodrigues Loureiro
França
20€
Fernando de Jesus Rodrigues
Vilarinho
20€
Hilário de Matos
Brasil
100€
Diamantino de Matos
Sacavém
40€
Octávio Ribeiro
Corroios
10€
Manuel João de Jesus António
Valadares
10€
Maria da Piedade Vasconcelos
Estarreja
10€
Maria Olinda Vasconcelos
Montijo
30€
Judite Palma Ferreira
Tondela
10€
Rogério Gonçalves
Inglaterra
20€
Conceição Martins R. de Almeida
Paredes
10€
Centro de Saúde
232 720 180
Centro de Emprego
232 720 170
Centro Termal
232 720 300
Segurança Social
232 723 085
Complexo Desportivo
232 724 375
Posto Turismo
232 711 320
Biblioteca Municipal
232 723 601
Protecção Civil
232 723 280
João Eduardo Beato Serra
Manhouce
20€
Misericórdia
232 720 460
Adelino Almeida Pereira
Valadares
10€
Posto de Saúde S.C. Trapa232 798 008
Augusta Fernandes
Boavista
10€
Amarilis da Silva Tavares
Couço
10€
Alfredo Tavares Lopes
Podence
20€
Oliveira de Frades
Câmara Municipal
232 760 300
José Fernandes Oliveira
Prezinha
10€
Bombeiros Voluntários 232 760 230
Manuel Correia dos Santos
Vila Maior
20€
Guarda Naci. Republicana 232 761 236
António Henrique Silva
Montenegro
15€
Centro de Saúde
232 760 400
Celso Tavares Vasconcelos
Valadares
20€
Pavilhão Desportivo
232 760 302
José Casimiro Rodrigues
Covelo
20€
Cine-Teatro
232 760 301
Valentina Santos Sousa Mariano
Rinchoa
10€
Biblioteca Municipal
232 760 300
Brígida Benta Santos Sousa Gonçalves Damaia
10€
Central de Camionagem
232 760 304
Sara Santos Sousa
Freixo
10€
Misericórdia
232 760 330
Agostinho Tavares
Cruz de Pau
10€
Segurança Social
232 761 122
Manuel Joaquim Tavares
Torre Marinha 10€
Clinica KliFrades
232 762 762
Maria de Lurdes Tavares
Rana
10€
Vitor Lima
Seixal
10€
Ana Maria dos Santos Rosinha
Brasil
20€
Odete Gonçalves
Seixal
20€
José Soares Ferreira
Valadares
15€
Silvano de Almeida Vasconcelos
Brasil
10€
Idalina de Almeida
Valadares
10€
Viriato Correia
Canadá
40€
Aníbal Fernandes
Brasil
10€
Germano Fernandes
Lisboa
10€
Maria Fernandes
Valadares
10€
João Paulo Fernandes da Silva
Funchal
10€
Maria Lúcia Pinho
França
10€
Liliana Isabel Silvestre Martins
Manhouce
10€
Vouzela
Câmara Municipal
232 740 740
Bombeiros Voluntários 232 748 112
Guarda Naci. Republicana 232 740 730
Centro de Saúde
232 772 089
Segurança Social
232 748 052
Museu Municipal
232 740 579
Cine-Teatro
232 772 634
Parque de Campismo
232 740 749
Central de Camionagem
232 771 482
Posto de Turismo
232 771 515
E-mail: [email protected]
Telefones: 232 708 369 / 966 490 178
DIRECTOR: José Manuel S. Tavares (TE-100) DIRECTOR-ADJUNTO: José Manuel Paredes REDACÇÃO: Maria José Lindo (CP 8502); Noémia Gonçalves; Piedade
Loureiro; Otília S. Loureiro; Maria José Matela; Liliana Matos; Judite Almeida CORRESPONDENTES: Adelaide Gouveia – Paradela; Liliana Matos – Pedreira; Prazeres
A. F. Lopes – Covelo; Cecília Rodrigues – Vilarinho; Luís Soares – Preguinho; Ricardo Ferreira e José Fernandes – Sejães; José G. Almeida – Brasil; Lídia R. Almeida –
Valadares; Maria de Fátima Matos – Granja; José Correia – S. Cristóvão de Lafões; Gabriel Lomba – S. João da Serra FOTOGRAFIA: Maria José Lindo; José Manuel
Paredes PUBLICIDADE: Lídia R. Almeida COLABORADORES PERMANENTES: Alexandre G. Loureiro Vasconcelos; João Gonçalves; Paulo Adolfo; Olegário S. Ribeiro;
Moisés S. Sousa; Octávio de Sousa Ribeiro; José Manuel Gonçalves; José F. Tavares; Domingos Araújo; Marisa S. Monteiro; Isabel Rodrigues; Natália Isabel Vasconcelos
Loureiro; Inês Aidos; Custódio S. Sousa; Amélia Silva Teixeira; Celeste Santos; Paula Alegria; Aline Denise Maia; Helena Pinto; Dália Pereira ESPAÇO JOVEM: Judite
Almeida DESPORTO: Álvaro Barreto; Paulo Alexandre Tavares.
PROPRIETÁRIO E EDITOR: Centro Social da Freguesia de Valadares – Associação Cultural e Recreativa – Valadares – S. Pedro do Sul – 3660-673 Valadares
SPS – Pessoa Colectiva nº 501 177 647 – Presidente da Direcção: José Manuel S. Tavares SEDE, REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Centro Social da Freguesia de
Valadares – 3660-673 Valadares DESIGN E PAGINAÇÃO: Bruno Filipe Correia | www.sitempresas.net IMPRESSÃO: Tipografia Ocidental - Rua do Castelo nº17
Repeses - Viseu - 232 422 823
APOIO: Junta de Freguesia de Valadares PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 10,00€ Inscrito no I.C.S. com o nº 115722 Depósito Legal N. 52317/92
Todos os artigos assinados, ou sob pseudónimo, são da exclusiva responsabilidade dos seus autores
A tiragem do “Ecos da Gravia”, no mês de Junho foi de 1600 exemplares, não se registando quaisquer sobras.
34
Pontos de Vista
Ideias e Razões
UMA QUESTÃO DE FINANCIAMENTO
O problema do País resume-se a
uma questão de financiamento.
Costuma-se dizer em economia que
o nosso património (pessoal ou colectivo)
pode ser contabilizado como aquilo que
possuímos mais a nossa capacidade de
endividamento, isto é, aquilo que podemos
comprar a crédito.
O problema de Portugal é que
atingiu e ultrapassou o tecto máximo e
muito dificilmente vai poder aumentar a
sua dívida.
Este é o resultado de muitos anos de
sucessivos deficites nas contas, a empurrar
para o futuro a resolução do problema de
consumirmos mais do que produzimos, tanto
ao nível do Estado, como da sociedade civil.
Uma espécie de Letras a Pagar a 5 e a 10
anos, que governos de Cavaco a Sócrates
endossaram para quem vinha a seguir.
É, no entanto, uma ilusão, pensar
que agora podemos fazer sacrifícios, ficar
a pão e água, para conseguir reduzir a
zero nos próximos anos o que devemos ao
estrangeiro. O caminho é controlar as contas
do Estado e pôr a produzir a agricultura, a
indústria, o turismo e os serviços, de modo
a que consigamos controlar a dívida global
dentro de limites razoáveis, e a médio prazo,
pagar o que compramos no estrangeiro com
o que vendemos lá para fora. Mas dívida
sempre a teremos, o que queremos é que
ela volte para os 60% do PIB, como estava
antes da malfadada crise dos mercados
financeiros em 2008.
Há necessidade de produzir bens,
energia e serviços não só para os vender ao
estrangeiro mas também para evitar a sua
importação e consequente desequilíbrio da
balança comercial. Por exemplo, sabemos
quão pesada é a factura dos combustíveis
para Portugal e tudo o que se fizer para
a diminuir, desde as eólicas aos carros
eléctricos, deveria ser fomentado.
O PROBLEMA DA BANCA
Estão actualmente os Bancos
portugueses em condições de financiar a
economia para a produção destes bens?
Na realidade, a banca é dos sectores
que mais têm sido atingidos por esta crise.
Primeiro os colossais prejuízos provocados
pelo estoiro dos fundos mobiliários no
seguimento da falência do Lehman Brothers.
A seguir as imparidades (diminuição da
cotação) das acções que detinham nos
grupos económicos (EDP, GALP, BRISA) e
que valem hoje muito menos. Depois a
crise na construção civil e nas empresas em
geral que gerou um aumento substancial do
incumprimento, tendo deixado por pagar
muitos empréstimos. Agora, a exigência por
parte da comunidade europeia do reforço
dos seus capitais sociais que imobiliza fatias
importantes de dinheiro que poderia estar a
ser investido na economia. Por último, as
4
grandes dívidas do sector público empresarial
que não se vê como irão ser liquidadas.
Por estes motivos, não têm razão
os que à esquerda criticam os capitais
canalizados para o reforço dos capitais
dos Bancos, porque sem bancos sólidos,
não haverá capacidade de financiamento.
A Banca é dos sectores mais patrióticos do
nosso país. Já disso deu provas, evitando
por duas vezes a bancarrota em Portugal:
em 1977 e em 1983. Nesses tempos, com
grande ajuda da emigração com quem hoje
não podemos contar tanto.
Chegou agora também a hora de
ser compreendida e ajudada. Como? Diria
que as pessoas patriotas trariam os seus
capitais dos offshores do estrangeiro. Toda a
poupança, traduzida em depósitos nos balanços
dos bancos é bem vinda. O pagamento das
prestações de crédito também é condição
necessária. E assim criaremos condições
para que os bancos possam cumprir o seu
principal objectivo de financiar a economia.
O CRESCIMENTO ECONÓMICO
Tem-se diabolizado muito o
investimento feito através das parcerias
público-privadas, mas, o que é verdade, é que
sem elas, nós não teríamos as infraestruturas
que foram construídas: as rodoviárias, os
hospitais, as energias renováveis, etc. Eu
diria mesmo mais – é que o Governo não
tem alternativa e se quiser que o país não
fique parado, tem de voltar a chamar os
grupos privados para investir.
Parar toda a actividade económica
interna não é solução e já se viu que a recolha
dos impostos também está relacionada com
ela e que, sem actividade económica, não
há receita fiscal. Na construção e obras
públicas, por exemplo, estão a acabar as
últimas obras lançadas ainda no tempo do
governo anterior e obras novas - NADA! As
coisas vão ainda complicar-se mais…
Um outro aspecto importante é
o investimento nas EMPRESAS. Muito se
poderia dizer sobre este assunto. Fico-me pelo reforço dos capitais próprios dos
sócios e dos accionistas que tem de ser
incentivado. As empresas não podem ficar
só à espera do financiamento dos bancos.
Actualmente ninguém arrisca um tostão de
capitais próprios, estão sempre a contar
com a banca e /ou os fundos comunitários.
Existem hoje poucos empresários
à maneira antiga (os Alfredo da Silva ou
os Champalimaud) : os que reaplicam no
crescimento das suas empresas os lucros da
sua actividade – ano após ano a fazer a sua
empresa mais forte. A maioria dos actuais
empresários descapitaliza as empresas,
para comprar, na primeira oportunidade
o seu BMW ou o seu iate… Também aqui
o Governo poderia fazer alguma coisa:
por exemplo, isentar de IRC os lucros que
fossem reaplicados no aumento dos capitais
das empresas.
O apoio directo dos bancos aos
grupos económicos também não pode ser
retirado sob pena de perdermos as últimas
empresas competitivas a nível internacional.
Vou aqui só citar dois exemplos que nos ficam
próximos – A Martifer e a Visabeira. Retirar
a participação da banca no capital destas
empresas é a breve prazo arrastá-las para
uma incapacidade de auto-financiamento
das suas encomendas e o progressivo
esvaziamento da sua actividade, com o
consequente despedimento massivo de
milhares de trabalhadores. E não sei se
a Segurança Social estará em breve em
condições de pagar o desemprego de toda
a gente…
Existem outros bloqueios significativos
ao nível do investimento - no sector dos
transportes, por exemplo. Desde logo, pelas
enormes dívidas acumuladas. Este sector, que
está agora a ser dirigido por um Secretário
de Estado com origens em Valadares, é dos
mais difíceis porque gera prejuízos crónicos.
Penso que o Dr. Sérgio Monteiro é das
pessoas mais inteligentes e competentes
que conheço (passou como estagiário pela
CGD) e que é um economista capaz de dar
a volta às coisas. Para já, permitia-me dar-lhe um conselho: consolidar toda a dívida
feita na rede em infraestruturas. Se os
hospitais são investimento público porque
é que as carruagens não o são? E melhorar
as contas de exploração, inevitavelmente
também através do aumento das tarifas
para níveis suportáveis.
Aqui estamos chegados à renegociação
dos Quadros Comunitários de Apoio, que
poderiam ser chamados no futuro a financiar
estes avultados investimentos: nos transportes
e noutras actividades, como a economia
social, financiando o futuro lar de Valadares,
por exemplo.
Para concluir, pretendo deixar claro
que a austeridade por si só não é solução
nem caminho para a resolução dos nossos
problemas e que cada um de nós tem de
dar o seu contributo para produzir mais…
e gastar menos produtos estrangeiros.
Prefira nacional. Também é lógico que,
sem investimento não haverá crescimento
e, consequentemente, mais receita fiscal e
mais emprego.
Se isto se fará com a cooperação
de todos os partidos políticos, com o
empenhamento dos empresários e dos
trabalhadores, com uma efectiva solidariedade
europeia, com as medidas de investimento
propostas por François Hollande, se com um
novo Plano Marshal para a Europa, ainda não
se sabe. Talvez com tudo isto conjugado.
Oxalá!
Messias Sousa
33
Pontos de Vista
AGÊNCIA FUNERÁRIA DE S. PEDRO DO SUL, Lda.
Rua Além da Fonte Nº 212, 3660-462 S. Pedro do Sul
Telef: 232711043
Filial Vouzela: 232771839
Serviço Permanente: 917554462 / 918789283
Funerais | Transladações | Cremações | Artigos Religiosos
Tratamos de toda a documentação
Falecimentos
Faleceu, no Hospital de S. Teotónio em Viseu, no
dia 16 de Julho, a senhora Helena da Silva Loureiro,
com 81 anos de idade, viúva, natural e residente em
Valadares. Era mãe de Maria de Fátima, Eduardo,
Aurora, Felismina, António, Alexandrina, Alcina e
Maria de Lurdes da Silva Tavares.
O seu funeral realizou-se no dia 18, às 18h30, saindo
do salão paroquial, onde o corpo esteve em câmara ardente, para
a igreja de Nossa Senhora da Expetação. Após celebrada missa de
corpo presente foi a sepultar no cemitério local.
A toda a família, nomeadamente seus filhos, sentidos pêsames.
-//Faleceu na sua residência, no Preguinho, a senhora
Maria Custódia Ferreira de Almeida, com 56 anos
de idade, solteira, natural e residente no lugar do
Preguinho, freguesia de Valadares.
O seu funeral realizou-se no dia 12 de Julho, às
17h00, sendo celebrada, na capela de Preguinho,
missa de corpo presente, seguindo o cortejo fúnebre
para o cemitério de Valadares, onde foi a sepultar.
A toda a família, sentidos pêsames.
-//Faleceu na sua residência, na Gralheira, a senhora
Lucinda Ferreira White, com 84 anos de idade, viúva,
natural da Gralheira, freguesia de S. Cristóvão de
Lafões.
O seu funeral realizou-se no dia 31 de Julho, às
16h00, saindo da capela da Gralheira, onde o corpo
esteve em câmara ardente e foi celebrada missa
de corpo presente, para o cemitério de S. Cristóvão de Lafões,
onde foi a sepultar.
A toda a família, sentidos pêsames.
Hoje eu tive um sonho
“ Tu vês coisas e perguntas: porquê. Mas eu sonho coisas que nunca
existiram - e pergunto: porque não?” (G. Bernard Shaw)
Uma frase simples, mas com uma intensidade e voluntariedade tal que não pode
deixar ninguém indiferente.
E não podia ser mais adequada ao que sonhei e ao que escrevo hoje.
O tema remete-nos para o futuro, para o sonhar de acontecimentos que ao
existirem poderiam mudar o mundo e a vida dos que nele querem viver.
E o meu sonho também. No meu sonho existia amor; amor e respeito entre as
pessoas; paz e serenidade; entreajuda e reciprocidade.
Mas sonhei ainda uma coisa estranha.
Sonhei que na próxima geração o que os pais vão dar aos filhos é AMOR. Amor,
tempo para amar desinteressadamente, tempo para acarinhar, tempo para estar
presente, tempo de afecto, tempo de mimo e de colo.
Sim, porque amor é a única coisa que os filhos de hoje não têm dos pais.
Perdoem-me as excepções.
Mas a realidade é esta, na minha humilde opinião.
O Amor de hoje não se sente, vê-se – nas calças ou ténis de marca; no
telemóvel e iPOD, no carro, mal completam os 18 anos, nas horas tardias em que
os “escravos” dos pais os vão buscar à porta das discotecas…. O amor de hoje
não se sente, vê-se na materialidade das coisas que cada um possui ou
conquista aos seus pais.
Então, eu sonhei. Sonhei que as novas gerações vão dar aos seus vindouros
amor, amor sentido,
e não destrói; amor
coisas simples, pelos
pela delicadeza das
pelo sorriso e brilho
Sonhei que o ser vai
Agradecimento
Helena da Silva Loureiro
Seus filhos, genros, noras, netos e restante família, na
impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm, por este
meio, agradecer a todos os que estiveram presentes, ou que
de qualquer outra forma manifestaram o seu sentimento de
pesar, neste momento de grande dor e participaram no seu
funeral e missa de 7º dia.
A todos, muito obrigado.
(Funeral a cargo de: Agência Funerária Sampedrense Lda)
ou parecer.
E como será possível,
O amor de hoje não
se sente, vê-se na
materialidade das
coisas que cada um
possui ou conquista
aos seus pais.
o amor? (perguntará o
amor que faz crescer
pela vida, amor pelas
gestos, pela atenção,
palavras, pelos afectos,
nos olhos.
valer mais do que o ter
se não sabem o que é
leitor) Como poderão
dar uma coisa que não sabem o que é?
Não é verdade que em todas as gerações ouvimos dizer “eu quero dar ao meu filho
aquilo que não tive oportunidade de ter; que não me deram; que não consegui
ter; que os meus pais não me puderam dar, etc., etc., etc.”?
Então, foi simples, no meu sonho.
Tal como hoje, haverá quem invente, quem crie. Nesta geração criaram objectos,
que os pais deram sem saber o que estavam a dar, mas alguém os criou e muitos
Agradecimento
Maria Custódia Ferreira de Almeida
os deram sem saber, nada de nada.
Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente,
vem, por este meio, agradecer a todos os que manifestaram
o seu sentimento de pesar neste momento de grande dor e
participaram no seu funeral e missa de 7º dia.
A todos, muito obrigado.
brilho nos olhos; de paz…muita paz.
(Funeral a cargo de: Agência Funerária Sampedrense Lda)
No futuro, no meu sonho, Alguém começará a dar e a semear o Amor e esse
passará a ser moda, uma moda bonita de afecto e ternura; de sentimentos; de
E os pais vão dar Amor aos filhos, e vamos ter um futuro harmonioso, onde se
irá de novo valorizar o ser, em vez do parecer, o ser em vez do ter…
E quando o amor voltar, o “eu” não estará mais no centro da vida.
Na verdade, o amor vai fazer com que percebamos que existe o outro, também
ele com querer e sentimento, a querer sentir-se vivo, humano, respeitado, querido
Agradecimento
Lucinda Ferreira White
A sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente,
vem, por este meio, agradecer a todos aqueles que estiveram
presentes, ou que de qualquer outra forma manifestaram o
seu sentimento de pesar, neste momento de grande dor e
participaram no seu funeral e missa de 7º dia.
A todos, muito obrigado.
e amado. E aí o Amor multiplicar-se-á.
A lógica do eu quero, do ter, passará para a lógica do amor e que é a lógica da
graça e da gratuidade.
“Eu sonho coisas que nunca existiram - e pergunto: porque não?”
Não quero acordar.
Maria Fernandes
(Funeral a cargo de: Agência Funerária Sampedrense Lda)
32
5
Mundo Real /
São Pedro do Sul
ESSPS participa em
Concurso de Projetos
Tecnológicos
A Escola Secundária de S. Pedro do Sul
(ESSPS) esteve representada na 4ª edição
do Concurso de Projetos Tecnológicos –
APTIPRO, com trabalhos dos alunos do
Curso de Técnico de Eletrónica, Automação
e Instrumentação.
O concurso, que se realizou, no dia 10 de
julho, em Águeda, e cuja organização é da
responsabilidade da Associação Nacional de
Professores de Eletrotecnia e Eletrónica e
da Escola Superior de Tecnologia e Gestão
de Águeda, integrada na Universidade de
Aveiro, teve como finalidade a divulgação
da qualidade de formação adquirida pelos
alunos dos cursos profissionais da área da
Eletrotecnia, manifestada nos artefactos
tecnológicos concebidos e produzidos no
âmbito das provas de aptidão profissional.
Os alunos participantes apresentaram três
trabalhos a concurso: Linha de seleção
de peças; Automação de um processo de
reciclagem; Parque de estacionamento
automatizado.
Este último projeto foi selecionado pelo júri
para integrar os seis trabalhos finalistas.
Por votação dos participantes, valorizando a
qualidade global dos trabalhos apresentados,
a ESSPS recebeu a menção de “Escola
Preferida”.
CLDS promove
formação em Plano
de Negócios
Transformar ideias em potenciais negócios,
pela aprendizagem dos passos essenciais ao
desenvolvimento de um Plano de Negócios
eficaz num processo empreendedor, foi o
objetivo da ação de formação “Plano de
Negócios”, enquadrada no âmbito da ação
“Marketing Laboral” do projeto, promovida
pelo CLDS de São Pedro do Sul.
A iniciativa que decorreu, entre os dias
23 e 27 de julho, na sede do CLDS de
São Pedro do Sul, teve como público-alvo
“desempregados que queiram ou precisem
de desenvolver um Plano de Negócios como
ferramenta de criação de novos negócios”.
EPC participou no
Optimus Alive
Um grupo de sete alunos finalistas do curso
de Termalismo da Escola Profissional de
Carvalhais teve a oportunidade de trabalhar
num dos maiores festivais de música do país.
6
Durante três dias, duas equipas puseram à
prova as competências técnicas adquiridas
ao longo da sua formação na EPC.
Deste modo, três alunas trabalharam no
backstage do festival com a produção e com
os artistas e outros quatro no recinto, num
espaço direcionado para o público.
A iniciativa resulta de uma parceria entre
a EPC e a promotora do Optimus Alive, a
Everything is New, que levou à criação de
duas zonas de bem-estar, neste evento de
grandes dimensões.
S. Pedro do Sul tem
Gabinete de Apoio
ao Emigrante
S. Pedro do Sul já tem um Gabinete de
Apoio ao Emigrante. Assinado, no dia 28
de Julho, o protocolo entre o município e a
Direcção-geral dos Assuntos Consulares e
Comunidades Portuguesas, pelo Secretário
de Estado das Comunidades, José Cesário,
este novo serviço tem o objetivo de apoiar
e promover a integração da comunidade
emigrante residente no concelho. O Gabinete
de Apoio ao Emigrante, que tem como
destinatários emigrantes, ex-emigrantes e
descendentes, disponibiliza aos portugueses
informação gratuita sobre os seus direitos
nos países de acolhimento, apoio no regresso
e reinserção em Portugal, facilitando o seu
contacto com outros serviços da administração
pública portuguesa.
O Gabinete situa-se nas instalações da
Câmara Municipal, no Edifício Jardim, e vai
funcionar em colaboração com a Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades
Portuguesas (DGACCP).
Festival Vozes do
Magaio na serra do
S. Macário
A serra e a música tradicional marcaram mais
uma edição do Festival Vozes do Magaio. Numa
organização da Binaural – Associação Cultural
de Nodar, da Casa Recreativa Macieirense, da
Junta de Freguesia de Sul e da Associação
Cultural Recreativa e Desportiva da aldeia
da Rompecilha, a iniciativa, que decorreu
de 26 a 29 de Julho, este ano “surgiu, pela
primeira vez, associado à peregrinação anual
ao Monte de São Macário”, que se realizou
no domingo, dia 29.
Neste festival de música tradicional, os sons
da música tradicional estiveram a cargo
de grupos locais do maciço da Gralheira,
da serra de Montemuro e das montanhas
italianas do Gran Sasso.
Covas do Monte, Macieira, Sul, aldeias
Baú de Memórias
por: Octávio Ribeiro
plantadas nesta serra, e o alto do monte de
S. Macário foram os locais escolhidos para o
Festival, porque antigamente “Os romeiros
que vinham a pé das aldeias perdidas na
serra, chegavam perto do monte de São
Macário e eram recebidos com animados
bailes nas aldeias de Macieira, Sul, Aldeia,
Rompecilha, Sequeiros, etc. A romaria do
São Macário era um ponto de encontro entre
gente de terras distantes, em tempos em
que a mobilidade era limitada ao andar a
pé. A música das concertinas, dos tocadores
de instrumentos de corda e das vozes que
entoavam cantigas dedicadas ao Santo São
Macário protetor do juízo, envolvia aqueles
dias de festa”, refere a organização.
Foi no sentido de reativar “esta ligação
autêntica entre território, religião, cultura
musical e oral e comunidades rurais “ que
os promotores associaram o Festival Vozes
de Magaio a esta peregrinação.
Exposição mostra
potencialidades do
concelho
As potencialidades turísticas do concelho de
S. Pedro do Sul estiveram em exposição,
de 5 a 25 de julho, no Welcome Center em
Viseu do “Turismo do Centro de Portugal”.
Com 19 freguesias, o concelho alia património,
paisagens, história, arquitetura e gastronomia.
Para os organizadores da exposição, intitulada
S. Pedro do Sul… Com Vida, “o concelho de
S. Pedro do Sul é cada vez mais um destino
turístico de qualidade e eleição. A grande
vantagem deste concelho é a sua localização
geográfica e a quantidade de experiências
diferentes que pode proporcionar a quem
o visita. Num raio de 25 quilómetros,
os visitantes podem usufruir das águas
terapêuticas das Termas de S. Pedro do
Sul, a maior estância termal da Península
Ibérica, com programas inovadores de saúde,
beleza e bem estar; é possível desfrutar da
exuberância natural das serras da Freita,
Arada e S. Macário e das águas límpidas dos
rios Vouga, Paiva e Teixeira. As inúmeras
aldeias típicas de granito e xisto, o vasto
património arqueológico e os desportos de
aventura, que os parques naturais oferecem,
são também opções interessantes a ter em
conta quando se trata de fugir do bulício
dos grandes centros urbanos.
É possível afirmar, com toda a certeza,
que, a cada ano que passa, mais turistas
procuram o concelho para participar em
programas termais, passeios na serra, eventos
temáticos, atividades radicais, encontros
de empresas e associações e programas
lúdicos e pedagógicos”, referem.
CRÓNICAS AVULSAS
“As pessoas envelhecem quando deixam de sorrir”
Bernard Show.
Prémio Nobel da Literatura em 1925,Irlandês
O Ti Bernardino da Pedreira era um madeireiro
sério, com quem ninguém tinha dúvidas
em negociar. Atributo mais que abonatório,
outras singularidades o notabilizavam, a mais
saliente das quais era o modo desassombrado
com que retorquia ao mais pintado, fosse
qual fosse o seu estatuto social.
Num dia em que, pela segunda ou terceira
vez, abordou o Ti Custódio da Boavista,
para que lhe vendesse um pinheiro, com
que completaria uma camioneta de rolos,
ouviu dele mais uma negativa:
-- Homem, já lhe disse que não vendo! Ou
você está disposto a dar-me setecentos mil
réis pelo pinheiro?
-- Então não dou, c…? Até lhe dou mais.
Pois ele vale-os! Pegue lá um conto de réis
pelo pinheiro, c…!
E o carregamento ficou completo.
Os dois rapazes, seus regulares colaboradores
nos pinhais, desentenderam-se. Quando viu
o nariz do mais fracote a sangrar, o patrão
descontrolou-se:
-- Olha o que tu fizeste ao rapaz, c…! Então
isso faz-se?
Estendeu-lhe a vara de medir rolos nos
costados, com tanta força, que o condenado
agarrou na machada ao alto, e …
-- Ah, que se não fosse por ainda ser meu
parente, etc… etc…
-- Pois realmente, c…! Pois podias-me ter
matado podias, c…!
Como se bendissesse aquele raciocínio
milagroso, que lhe salvara a vida, ia repetindo:
-- Pois podias-me ter matado, podias…
Quando uma patrulha da GNR foi ter com
ele a um pinhal, onde trabalhava com os
seus ajudantes, o cãozito embirrou com as
fardamentas, e a autoridade preocupou-se:
-- Então, manda calar esse cão, ou não
manda?
-- Ora, pois o cão ladra, porque é a fala
dele. O que é que quer que eu faça, se o
animal não tem outro falar?
-- O senhor pensa que está a falar com
quem? Não sabe falar de outra maneira?
-- Pois eu estou a falar com pessoas iguais
a mim, de carne e osso como eu, ora o c…!
Abordado por uns engravatados que, ao
serviço da Nação, vieram ao lugar fazer
inquirições sobre os direitos (ou a falta
deles) de alguém que andava a beneficiar
de certo rendimento estatal, foi deste modo
que os informou:
-- Então não conheço, c…? Pois toda a gente
sabe que ele é um dos mais ricos cá do lugar!
Desenrolava-se o questionário, já aquele
“exclamativo” que, aquém e além, ilustrava
o colóquio, incomodava os senhores da Lei,
tentaram estes moderar o vocabulário:
-- O senhor não pode falar de outra maneira,
com pessoas que não conhece?
-- Pois eu tenho boca é para falar, falo como
eu sei, para os senhores e para as outras
pessoas, olha o c…!
-//Nas obras do combro da leira nova, na
Cavadinha, o grupo de três ensaiava o
melhor jeito de tombar a pedra grande,
quando o mestre Zé Ribeiro teve um repente:
debruçando-se, a toda a pressa, por sobre
o rochedo, fez soar algo parecido com um
pano a rasgar-se, e clamou:
-- Ora agarrem aí todos!
Um achou graça, o outro abespinhou-se:
-- Coma-o você, seu porco!
Ressentindo-se com o desabafo, o mestre
explicou-se:
-- Sabes do que é isto, meu amigo? É dos
comeres quentes…
O triunvirato retomou a tarefa de dar a
volta ao calhau, e o conflito esfumou-se…
No adro de cima, em manhã de domingo, os
barbeiros, pai e filho, atendiam a freguesia,
sobrante dos dois dias anteriores.
Mestre Zé Ribeiro era um cidadão “enxuto
de carnes” – como costuma ser dito pelos
brasileiros – e o Abel da Travessa quis
exibir-se:
-- Ó Ribeiro, você está mesmo a ficar com
a barriga colada às costas…
-- Pois estou, pois estou. E é colada às
suas costas…
Bem quis fugir o engraçadinho àquela
insinuação, mas ficou à vista que a barriga
era dum mas as costas eram doutro…
-//
Seu Baltazar, homem estudado e respeitável
autarca de carreira, atravessava o Largo das
Quintãs, quando o Ti António do Paredes o
interpelou:
-- Você não me arranja um terreno, para
eu despor uns tomates que eu tenho para
plantar?
Com a sua proverbial cortesia, seu Baltazar
deu a resposta:
-- Está bem, sr. António, está bem. Vá lá
plantando os seus, que eu planto os meus
atrás dos seus…
-//Na tasca do Serafim do Alqueve, no adro de
cima, o Abílio do Barro Vermelho mastigava
uma posta de carne dentro de metade de um
trigo, e meteu-se com o Ti Adolfo Soares:
-- Vocês não viram por aí o Formigão?
Sem precisar que acudissem por ele, o Ti
Adolfo foi concreto:
-- Olha, sque vinha ali no caminho do
Alqueve, para cá da casa do Jaime Latoeiro,
a cavalo num da Pedreira chamado Abílio,
sque vinha para este lado…
-//Ocorrera, em Stª Cruz, um facto grave em
que um homem matara a mulher. Não se
falava noutra coisa, os ajuntamentos que se
viam eram quase todos a falar no mesmo.
Em Valadares, a escola dos rapazes, num
dos seus intervalos lectivos, debatia o caso,
em sinédrio de ocasião:
-- Agora, ele vai preso! – voz unânime,
e repetida. E mais unanimidade ganhou
quando o Manel do Correia, à vista de perda
tão específica, sentenciou:
-- Sim senhor, vai preso! Vai preso, sim
senhor! Matou-lhe lá o ”tartarano” !
(Traduza quem quiser…)
Achado o veredicto, misturou-se o riso com
o aplauso, e da tragédia se fez comédia…
31
Gentes e Vidas
Manuel Fernandes
77 anos
Chão do Coto
Manuel Fernandes nasceu no dia 30 de Maio
de 1935 em Santa Cruz da Trapa, numa
família de seis irmãos. Frequentou a escola
primária em Santa Cruz da Trapa, onde
fez “o exame da 3ª classe aos 10 anos”.
Terminada a escola foi trabalhar para a resina
“recolhia as latas e passava-as para o barril”.
Um trabalho duro para o corpo franzino de
uma criança “as latas eram muito pesadas e
custava muito”. Mais tarde começou também
a na raspa. “Raspávamos os pinheiros para
recolher a resina”. Ganhava 12$00 por dia.
Trabalhou na resina até aos 13, 14 anos,
não se recorda com precisão. Nesta altura,
juntamente com um vizinho, começou a
trabalhar no carvão. “Íamos para o monte
da Landeira e do Dianteiro. Mas não era fácil.
Andar no monte todo o dia, cheios de sede,
porque nem sempre tínhamos nascentes
por perto e suportar aquele calor, era uma
vida triste e amargurada. E além disto,
porque havia muito gado e não queriam
que estragássemos o mato, os zeladores
às vezes tiravam-nos os enxadões e o
carvão. Depois tínhamos de ir à assembleia
de freguesia para nos darem os enxadões”.
O lucro dependia dos quilos de carvão que
conseguissem arranjar. Por isso, “havia dias
que se ganhava 15$00, outros 18$00…,
conforme”.
Após um ano decidiu abandonar esta tarefa
e arranjou emprego na empresa Castela
em Santa Cruz da Trapa, como servente
de caiador. “Fazíamos muitas obras, uma
delas o Campo de Jogos Almeida Sobrinho,
em Sta Cruz”.
30
Mundo Real
Tinha 16 anos quando foi, pela primeira
vez, com o pai para Lisboa, para a seca
do bacalhau. “O meu pai era escolhedor
de bacalhau e a minha tarefa era com o
carrito de mão passar o bacalhau para o
armazém. Ele estava a secar em cima de
arames e paus e o que estava seco nós
empilhávamo-lo no armazém e o que ainda
não estava era também recolhido e guardado
à noite e era posto a secar outra vez de
manhã. Estávamos lá aos quatro meses”.
No tempo em que não ia para a seca do
bacalhau dedicava-se “à arte”, ia trabalhar
na construção de casas.
Andou na seca do bacalhau dois anos.
“Quando vim, da última vez, viemos numa
camionete que parou em Fátima. Andavam
a construir a Basílica. Eram ainda só árvores
naquele recinto. Era tão diferente”.
De novo em Santa Cruz, começou a trabalhar
com o “Diamantino que era pedreiro”.
Faziam trabalhos por toda a parte. Um
dia ajustaram uma obra no Chão do Coto.
“Vínhamos todos os dias de bicicleta”. Nesta
altura, enamorou-se por uma menina, que
era filha dos donos da obra. “Gostámos um
do outro e começámos a namorar. Depois
fomos trabalhar para o Covelo e vinha
sempre vê-la ao fim do dia”.
O namoro terminou em casamento, tinha 19
anos. Pouco depois de ter casado ingressa
na vida militar. “Cumpri serviço militar na
Cavalaria 7, na Calçada da Ajuda. Estive lá
24 meses. Mas foram tempos bons”. Esteve
ainda na iminência de ir para as Colónias,
o que não se concretizou. “Eu era faxina
de um Primeiro e um dia ele disse-me que
eu ia ser chamado para ir para Angola. Eu
disse-lhe que era casado e já tinha um filho
e pedi-lhe para me livrar. Ele disse-me para
lhe levar uma certidão de como era casado
e tinha um filho e livrou-me”.
Cumprido o dever à Nação, foi trabalhar
outra vez para a “arte”. Agora por conta
própria. “Fazia trabalhos por todo o lado:
em Manhouce, Bustarenga,….”
A sogra que tinha ido para o Brasil ter com o
marido “que andava lá há mais de 40 anos”,
também o convenceu a ir. “A minha sogra e
os meus cunhados lá nos convenceram a ir
ter com eles e fomos. Partimos em janeiro
de 1961, altura em que roubaram o Santa
Maria. Nós fizemos a viagem no Vera Cruz”.
Quando chegou, os cunhados arranjaram
“uma freguesia para eu fazer a distribuição
de pão doce, bolos. Cada um tinha uma
clientela fixa, por isso não podia falhar”.
Vivia ainda longe e tinha de apanhar vários
meios de transporte até chegar à padaria
para iniciar a distribuição. “Saía de casa à
meia noite e à uma da manhã já estava a
carregar os bolos para sair. Nós tínhamos
um triciclo com três rodas que tinha uma
caixa grande onde levava os bolos. Dava a
volta e chegava a casa por volta do meio
dia”. Era uma tarefa árdua, já que percorria
muitos quilómetros para fazer chegar os
produtos à sua clientela. “Era cansativo.
Mas chegava a casa, estávamos em casa
dos meus sogros e a minha sogra sempre
me ajudou muito, tomava um banho, comia
e a maior parte das vezes ia ajudar os meus
cunhados na construção civil. Eles andavam
a construir um pavilhão e eu ia para lá e
tinha dias que dormia apenas duas horas e
muitos que nem dormia, era directo”.
Em 1965 regressa a Portugal. Instalou-se no Chão do Coto e decide arranjar um
contrato de trabalho para a França. “Fui
várias vezes a Arouca para conseguir um
contrato. Consegui e fui então para a França.
Lá arranjei trabalho para muita gente”.
Trabalhava nas obras e era já chefe de
equipa quando sofreu um acidente. “Estavam
a descer uma barra de ferro com 700 kg
eu estava a encostá-la às outras quando
o rapaz da grua a soltou. A barra caiu em
cima da minha mão esquerda. A sorte foi
ter uma outra barra pequena se não ficava
com a mão esmagada”.
Ficou com problemas na mão e após um ano
de baixa médica foi reformado. “Deram-me
uma pensão muito pequena e acabei por
vir embora”.
Cá, regressou às obras, tendo também
construído a casa onde mora hoje.
A saúde também lhe foi faltando e teve de
ser já submetido a diversas cirurgias. No
seu dia a dia vai fazendo alguma coisa na
agricultura, mas pouco, apenas para ajudar
a passar o tempo. “Já trabalhei muito e
passei por muito na vida, por isso agora já
é tempo de descansar um pouco”.
Aos 77 anos e com muitas histórias de vida,
agora vive só com a esposa. A casa é grande,
mas enche quando junta os seus seis filhos,
os 15 netos e os já sete bisnetos.
Em Manhouce
Ditoso Saber recria tradições
A Ditoso Saber, Associação
Cultural de Manhouce,
promoveu, uma vez mais,
a malha do centeio. Com a
qualidade que já habituou a
quem participa, foi recriada,
o mais fielmente possível, a
malha de outros tempos.
Na eira, as mulheres entoam
cânticos enquanto os homens malham o centeio. Nas pedras
(talhadas para o efeito) batem com as “fachas” do centeio, retiradas
dos “rolheiros”, até o grão se soltar e cair ao som das cantigas
tradicionais da aldeia.
Após esta tarefa, mais masculina, entram as mulheres em ação.
Com vassouras de mato e de giesta juntam o centeio, que depois
é “erguido ao vento” para sairem as impurezas.
Com a palha do centeio é improvisada, no terreiro, contíguo à eira,
uma mesa. Sobre ela é posta uma merenda, em que não faltam
as sopas de vinho, para retemperar as forças.
No final, a eira enche-se de gente, homens e mulheres que cantam
e dançam, alegres, as modas de roda e os viras.
Outrora a tarefa era árdua, mas o sentimento de partilha e entreajuda
era uma constante e, assim, no fim de um dia de labuta havia
sempre forças para cantar e dançar, como se este fosse um modo
de agradecer a vida, a amizade e o pão de cada dia.
São sempre de louvar iniciativas como esta, pois é assim que a
tradição se mantém viva na memória das comunidades.
Aniversário Ecos
A revista Ecos da Gravia
assinalou, no dia 28 de julho,
o seu vigésimo primeiro
aniversário. Para comemorar
a data, a Redação deste órgão
de informação organizou um
jantar convívio, que decorreu
no salão do Centro Social da
Freguesia de Valadares, onde marcaram presença assinantes,
colaboradores e anunciantes.
Após o jantar, o grupo valadarense Acoustica deliciou a plateia
com uma atuação de grande qualidade musical.
Foi uma noite muito agradável, que promoveu o convívio entre todos.
Estrada alcatroada
Paradela é hoje uma aldeia
diferente onde gostamos de
brincar. Brincamos em casa e
nas leiras mas brincamos muito
mais na rua com os nossos
amigos. É que as nossas ruas
agora não têm buracos!
O mês de Junho foi para
Paradela um mês festivo não só porque se comemorou o dia do
seu padroeiro, o S. Pedro, mas também porque, por esta altura,
aconteceu a realização de um sonho que parecia impossível: o alcatrão
chegou finalmente! As nossas ruas tornaram-se transitáveis, com
óptimos acessos às nossas habitações e a nossa aldeia recuperou
a dignidade merecida.
Mas esta realidade teve um rosto: Pedro Soares, o presidente
da Junta de Freguesia de Valadares. O Pedro na sua forma de
estar, de homem de luta, na defesa do bem-estar das suas gentes,
insistiu e persistiu junto da entidade municipal, que na pessoa do
seu presidente, o dr. António Carlos Figueiredo, esteve receptiva
permitindo a concretização desta obra.
Por todo o empenho, por acreditar, mesmo em tempos de
crise, as gentes de Paradela agradecem, publicamente, ao Pedro,
o nosso presidente.
Por: crianças de Paradela
Escuteiros
fizeram
acantonamento em Valadares
Nos passados dias 27/28/29 de julho, os escuteiros do agrupamento
1313 de S. Pelágio-Oliveira de Frades fizeram acantonamento em
Valadares e gostaram muito do espaço disponibilizado pela junta
de freguesia a pedido dos escuteiros de Oliveira de Frades. É um
espaço agradável, com uma bela vista sobre Oliveira de Frades.
Fizeram um percurso pela capela do Gamoal, o rio Almoínhas onde
almoçaram e saborearam a sua vista magnífica para o ribeiro e
a sua muita sombra. Também gostaram de participar na missa
dominical.
Foi uma boa experiência para os escuteiros do agrupamento 1313
de S. Pelágio-Oliveira de Frades que apreciaram muito estar em
Valadares e gostariam mesmo de lá acampar no próximo ano.
Francisco Teixeira
Agrupamento 1313 de S. Pelágio-Oliveira de Frades
Em S. Cristóvão de Lafões
Ruas limpas
As ruas da nossa freguesia estão com outra aparência! Os nossos
autarcas, mais uma vez, tiveram a brilhante ideia de mandar limpar
as ruas nas nossas povoações, fazendo-as parecer mais largas e
com outra dignidade.
As ruas são a sala de visita de qualquer povoação e mostra o
interesse, brio e o zelo dos nossos autarcas. Parabéns, tudo isto
é desenvolvimento.
Festa em honra de S. Bento
Celebrou-se, no lugar das Chousas desta freguesia, no dia 21 de
Julho, a festa em honra do seu padroeiro S. Bento. Pelas 11 horas
houve missa celebrada pelo pároco da nossa paróquia, Padre Elias
Raimundo, seguida de procissão. À tarde houve alegria. Após o
almoço, os filhos da terra com os seus convidados, conversavam e
tiravam as suas conclusões sobre a vida quotidiana. À noite, isso já
foi para a juventude, o arraial com o conjunto “João Paulo e Flávio”.
Parabéns aos mordomos.
Esta festa, talvez já centenária, não sabemos quem teve a culpa,
mas era no dia 21 de Março, mas o dia de S. Bento é a 11 de Julho
e é padroeiro da Europa, quem sabe no tempo dele já existiu a
União Europeia!...
O correspondente
José Correia de Almeida
7
Mundo Real / Oliveira de Frades
800 idosos do
Concelho aderiram
ao passeio sénior
e dos Membros dos Órgãos Executivos e
Deliberativos das Freguesias dos Municípios
abrangidos pela proposta de encerramento
dos seus tribunais, que decorreu no dia 28
de Junho, no Terreiro do Paço, em Lisboa,
em frente ao Ministério da Justiça.
Neste encontro liderado pela ANMP, onde
participaram os 54 Municípios visados pela
extinção dos tribunais nas Linhas Estratégicas
para a Reforma da Organização Judiciária,
foi entregue um documento à Ministra da
Justiça, Paula Teixeira da Cruz, com as
alterações propostas pela ANMP.
Exposição de Pintura
e Escultura no Museu
Municipal
Foi no passado dia 30 de Junho que cerca
de oito centenas de seniores do concelho de
Oliveira de Frades participaram no passeio
sénior, organizado pelo Município. O dia
começou com uma missa celebrada na Sé
Nova, em Coimbra, e continuou com um
almoço-convívio em Montemor-o-Velho e
animado pela Tocata do Rancho Folclórico de
Nespereira. Durante a tarde, os participantes
fizeram uma visita à praia de Buarcos,
Figueira da Foz.
“Esta iniciativa permitiu assim que esta faixa
etária desfrutasse de alegres momentos de
partilha, convívio e animação que certamente
ficarão na sua memória e contou com a
colaboração dos funcionários desta Autarquia
que, com o seu empenho, dedicação,
trabalho e, de uma forma alegre e divertida,
proporcionaram mais um dia diferente à
população sénior do nosso concelho.
O nosso agradecimento vai para todos os
que participaram neste evento (idosos,
colaboradores, Bombeiros Voluntários de
Oliveira de Frades e de Montemor-o-Velho e
Tocata do Rancho Folclórico de Nespereira) que
para além de contribuir para a socialização,
presta um importante papel na defesa desta
faixa etária, combatendo assim a solidão
e o isolamento a que, infelizmente, está
sujeita”, refere a organização.
Encontro em Lisboa
pela manutenção do
tribunal
Numa organização da Associação Nacional
dos Municípios Portugueses (ANMP), o
Município de Oliveira de Frades esteve
representado num encontro de eleitos das
Câmaras Municipais, Assembleias Municipais
8
Esteve patente de 4 de junho até 1 de julho,
na Sala de Exposições Temporárias do Museu
Municipal, a Exposição: abrir “locus solus”
da arte (um único lugar da arte).
Esta exposição de pintura e escultura,
organizada pelo Grupo de Educação Visual
do 8º ano do Agrupamento de Escolas de
Oliveira de Frades em coordenação com o
Município oliveirense, teve como objetivo
mostrar os trabalhos realizados durante o
ano letivo na referida disciplina.
Na parte da pintura, a exposição era constituída
por diversos desenhos, a lápis de cor, a guache
e acrílico, em que os alunos reinventaram
nesta última técnica os artistas de arte
contemporânea. Por sua vez, na escultura
os trabalhos apresentados eram bonecas,
com a aplicação de materiais tradicionais.
Festas do Concelho
com grande êxito
Social
Gastrónomos de Lafões.
Oliveira de Frades Capital Nacional
do Frango do Campo é uma iniciativa
conjunta entre o município, a Confraria
dos Gastrónomos da Região de Lafões e a
empresa avícola Campoaves, que pretende,
através da divulgação do frango do campo
a nível gastronómico, contribuir para o
desenvolvimento económico da região.
Associada à parte gastronómica, o certame
contou com vários showcookings com os chefs
João Moreira, Luís Almeida e Chakall, que
apresentaram diversos pratos confecionados
com o frango do campo.
Quanto à música, esta edição contou com
as presenças de Miguel Gameiro, da Banda
“The Piclkes”, “Banda Europa”, “Banda Play”,
também com a final do concurso de Karaoke”
e ainda com o “Spectaculum momento”
com Sérgio Lucas, a sua banda e o grupo
de dança da ACROF, encerrando em grande
com um espetáculo piro musical.
Também o desporto marcou presença com
os jogos tradicionais inter-freguesias, que
propiciaram noites divertidas e ainda o
Oliveira Racing Day, que trouxe grandes
acrobacias proporcionando momentos de
grande adrenalina a todo o público.
15º Torneio de
Natação Prof. Afonso
Saldanha
No dia 23 de junho, no âmbito do Circuito
Municipal de Escolas de Natação, decorreu o
15º Torneio de Natação Prof. Afonso Saldanha
na Piscina Municipal de Oliveira de Frades,
com o objetivo de despertar as crianças e
os jovens para o gosto de competição da
modalidade de natação.
A iniciativa contou com a participação dos
Municípios de Oliveira de Frades, Vouzela,
Mangualde, Nelas, Tábua, Aguiar da Beira,
Vila Nova de Paiva, Castro Daire, Associação
de Educação Física e Desporto de S. Pedro
do Sul e Associação ARCA (Carregal do Sal).
Fotografia
Biblioteca
As Festas do Concelho de Oliveira de Frades,
que decorreram de 11 a 15 de julho,
encerraram com um balanço muito positivo.
Com uma grande afluência de público,
incluíram na programação do dia 15, a 3ª
Mostra Gastronómica de Frango do Campo,
este ano com um maior impacto, já que
Oliveira de Frades foi proclamada, em Maio,
a Capital Nacional do Frango do Campo,
aquando do 15º Capítulo da Confraria dos
na
O átrio da Biblioteca Municipal recebeu de
1 a 31 de julho,
uma mostra
fotográfica da
autoria de José
Miguel Maia
Figueirinhas,
intitulada “Too
Many Days
Without Thinking”
(Demasiados dias
sem pensar).
a confraternizar, matar saudades e cimentar
amizades. Foi um convívio muito saudável
e muito divertido, que estas povoações têm
repetido ao longo dos anos.
Também no dia 12 a festa da Senhora da
Boa Viagem, na igreja paroquial onde os
nossos emigrantes deram graças por mais
um ano de bom regresso.
Em todas houve a parte religiosa com missa
cantada e procissão. Muitos dos nossos
conterrâneos que estão fora, estiveram
presentes, dando vida e animação às nossas
aldeias.
Foram dias e momentos vividos com muita
música e alegria.
Aniversário
Completou os seus 89 anos de idade, em
5 de Junho, o senhor Silvano de Almeida
Vasconcelos, valadarense residente em
Santos, Brasil.
Para assinalar a data, serviu um aperitivo na
sua residência a alguns familiares e amigos,
nomeadamente Dr. Raimundo Macedo, Dr.
Carlos Henrique Alvarenga, Dr. José Eduardo
Vasconcelos Fernandes, Dr. João Teixeira,
Dr. Dolores e sua esposa, Dr. Delfim, Dra.
Andreia, D. Alice, Maria da Glória Vasconcelos
e sua mãe Jorgina.
A organização da festa esteve a cargo da sua
secretária Maria Aparecida Almeida Santos.
A este conterrâneo, um abraço de parabéns.
Conclusão de curso
Concluiu o curso em Administração Pública,
neste ano letivo
de 2011/2012, na
Universidade de Aveiro,
a jovem Tânia Cristina
Fernandes dos Santos.
A jovem licenciada é
filha de Manuel Gomes
dos Santos e de Paula
Maria Fernandes Mota
da Boavista. É neta paterna de Lídia Gomes
Paraduça e de José Azevedo dos Santos (já
falecido), naturais do Carregal de Manhouce
e materna de Paulo Rodrigues Mota (já
falecido) e de Maria Augusta Fernandes
residente na Boavista.
-//Concluiu a licenciatura
em Enfermagem, a 16
de Julho de 2012, na
Escola Superior de Saúde
de Viseu, o jovem de
Valadares, Fábio Martins.
O Fábio é filho de José
Manuel de Pinho Martins
e Emília Balbina Lopes
Soares Martins, residentes em Valadares.
É neto materno de António Soares (já falecido)
e de Emília Braga e neto paterno de Olinda
de Pinho e Horácio Martins (já falecido).
-//Concluiu a licenciatura em
Enfermagem na Escola
Superior de Enfermagem
de Coimbra, no dia 13
de Julho, a jovem Sara
Isabel Silva Rodrigues, 22
anos, filha de José Pereira
Rodrigues e Dina Maria
Lopes Silva, residentes
em Valadares.
É neta materna de Arminda Lopes Ribeiro e
de José da Silva (já falecido) e neta paterna
de Maria Augusta Pereira e Manuel Rodrigues
(já falecido).
Para os jovens licenciados, desejos de uma
vida profissional cheia de sucesso.
Doentes
Por estarem a passar mal de saúde foram
sujeitos a internamento D. Mécia Pereira,
D. Idalina de Jesus Fernandes, Augusto
Fernandes Almeida, Maria de Lurdes Alves
Alexandre e, por acidente, Rafael Gomes
Pinho, de Paradela, o senhor Manuel Fernandes
do Chão do Coto, o senhor Manuel Soares
Ladeira, do Covelo e ainda o senhor António
Jacinto de Vasconcelos de Valadares. Já se
encontram todos em suas casas.
Para todos votos de um rápido restabelecimento.
Centro Social de
Valadares
Direção, Funcionárias e Voluntários
À Direção, Funcionárias e Voluntários do
centro Social de Valadares, que, durante
todos estes anos, apoiaram e ajudaram a
minha mãe, Helena Silva Loureiro, e a minha
tia, Custódia Rodrigues Ferreira, gostaria de
deixar o meu mais sincero agradecimento
e reconhecimento.
Estou muito grata a todas as funcionárias e
voluntários do Centro por todo o apoio que
dispensaram à minha mãe e tia. Estiveram
sempre disponíveis para prestar toda a
assistência necessária. Foram incansáveis
em todos os momentos, tanto nos bons
como nos mais difíceis. Desempenharam
as suas tarefas com grande competência,
profissionalismo e, sobretudo, sempre de
forma afetuosa e dedicada.
Tanto a minha mãe como a minha tia, e,
certamente, muitos dos nossos idosos,
se sentiram muito acarinhadas por estas
maravilhosas pessoas, sempre compreensivas e
amigas, que para além dos cuidados prestados
trazem consigo um pouco de Alegria.
Nunca será demais louvar a apoiar todo
o trabalho desempenhado pela Direção,
Funcionários e Voluntários, bem como o
empenho, a dedicação e a pertinácia de quem
começou com tão poucos recursos e ao longo
dos anos se organizou, desenvolveu, cresceu
e aspira, justamente, a abrir um Centro
de Dia, que, indubitavelmente, permitirá
continuar a melhorar, significativamente, a
qualidade de vida dos nossos idosos.
O enorme êxito com que o Centro tem
sido dirigido e o trabalho árduo e meritório
desenvolvido por toda a equipa não deixam
margem para dúvidas de que são capazes
de prestar um serviço de excelência e
profissionalismo e colmatar muitas das
carências desta população, maioritariamente,
envelhecida.
Um bem-haja a todos e desejos de muito
sucesso.
Maria de Fátima Tavares Meirinho
29
Social
Mundo Real / Vouzela
Batizados
Foi batizada, no passado dia 23 de Junho,
na igreja paroquial de Valadares, a menina
Carolina Almeida Dias. É filha dos nossos
conterrâneos de Paradela senhor Vítor
Manuel Rodrigues Dias e de D. Ana Cristina
Gouveia Tavares de Almeida. É neta paterna
do senhor Rui Rodrigues Dias e D. Maria
Augusta de Jesus Dias e neta materna do
nosso conterrâneo e anunciante de Paradela
José Tavares de Almeida e de D. Maria
Eufémia Gouveia de Almeida.
Foram padrinhos o senhor José Tiago Palma
Gouveia de Almeida e D. Susana Isabel
Bastos Silva.
-//-
do menino Marco da
Silva Martins realizado
também na igreja
do Nossa senhora
de Expectação de
Valadares. É filho de
D. Anabela Fernandes
da Silva e do senhor
Marcelo Coutinho
Martins e neto materno
do senhor Manuel Fernando da Silva Cipriano
(já falecido) e de D. Maria da Conceição
Fernandes da Silva e neto paterno do senhor
Francelino da Costa Martins e de D. Idalina
de Sousa Coutinho.
Foram padrinhos o senhor João Paulo
Fernandes da Silva D. Catarina Coutinho
Martins.
Ainda no mesmo dia 23
de Junho, na mesma
igreja paroquial de
Valadares, recebeu
o batismo a menina
L e o n o r Ro d r i g u e s
Ferreira. É filha dos
nossos conterrâneos
da Pedreira Vítor Manuel Soares Ferreira e
de D. Ana Sofia Rodrigues Caldeira e neta
paterna do senhor Manuel Rodrigues Ferreira
e D. Maria do Céu Soares Almeida Ferreira
e neta materna de D. Maria de Lurdes
Rodrigues Coelho Caldeira e do senhor José
Marques Caldeira.
Foram padrinhos seu tio senhor José Henrique
Soares Ferreira e D. Patrícia Ferreira Rodrigues.
No passado dia 4 de Agosto foi o batizado da
menina Inês Alexandra Almeida Vasconcelos
realizado também na igreja do Nossa
senhora de Expectação de Valadares. É filha
dos nossos conterrâneos do Vilarinho D.
Marina Alexandra da Conceição Almeida e
do senhor Mário José Ferreira Vasconcelos
e neta materna do senhor Luís Alberto
de Almeida e de D. Ana Maria Conceição
Almeida e neta paterna do senhor Alberto
Mário Pereira Vasconcelos e de D. Aldina
Rodrigues Ferreira Martins (já falecida).
Teve como padrinho o senhor Pedro Miguel
de Jesus Tavares e como testemunha D.
Maria Teresa Almeida Rosa.
-//-
-//-
No passado dia 22 de
Julho foi a vez de ser
batizado, na igreja
da Nazaré, Funchal,
o menino João Gonçalo
Andrade Silva. É filho
de D. Ana Isabel Barros
Andrade e do senhor
João Paulo Fernandes
da Silva e neto materno
do senhor José Manuel Geraldo Andrade
e de D. Teresa do Rosário Barros e neto
paterno do senhor Manuel Fernando da
Silva Cipriano (já falecido) e de D. Maria
da Conceição Fernandes da Silva.
Foram padrinhos o senhor João Alexandre
Nicolau e D. Anabela Fernandes da Silva.
Recebeu o sacramento
do batismo, no dia 04
de Agosto, na igreja
de Nossa Senhora
da Expectação de
Valadares, o menino
David de Andrade
Almeida, filho do
senhor Bruno Almeida e
de D. Sónia de Andrade.
É neto paterno dos nosso s conterrâneos
senhor Manuel Vasconcelos Almeida e de
D. Alice Maria Silva Sousa Almeida e neto
materno do senhor José de Andrade e de
D. Maria de Andrade. Foram padrinhos
seu tio Pedro Ricardo Sousa Almeida e D.
Cristine Bexiga.
-//-
-//No passado dia 28 de Julho foi o batismo
-//-
Também no dia 12 de Agosto, recebeu o
sacramento do batismo, na igreja paroquial
de Valadares, a menina
Diane Julia Lou Sousa
Barros. É filha de Ana
Cristina Soares Sousa
Barros e Patrique
Gomes Barros. A Diane
é neta materna dos
nossos conterrâneos
Rosa Maria Pinho
Sousa e de Abel da
Silva Sousa e é neta paterna de Prazeres
Gomes Barros e Horácio da Conceição Barros.
Foram padrinhos Adília de Jesus Barros e
Carlos Gomes Barros.
Parabéns a todos os páis e avós e que Jesus
proteja sempre estas crianças.
Primeira Comunhão
Foi, no passado dia
27 de Maio, que o
menino Marcelo Oliveira
Ferreira fez a sua
Primeira Comunhão,
na igreja de Bordonhos.
O Marcelo é filho de
José Carreiro Ferreira
e de Anabela Santos
Oliveira, a residirem em Várzea, S. Pedro
do Sul. É neto paterno de Armando da
Conceição Ferreira e de Maria Faustina Ferreiro
Carreiro (já falecida). É neto materno de
Fernando Lopes de Oliveira e de Maria Olinda
dos Santos Ferreira, natural de Vilarinho,
freguesia de Valadares.
Que este Jesus que o Marcelo recebeu pela
primeira vez, passe a ser o seu companheiro
de todas as horas.
Festas na freguesia de
Valadares
Nos meses de Julho e Agosto realizaram-se, uma vez mais, no Covelo, as festas
em honra de Nossa Senhora do Carmo e de
Nossa Senhora das Neves. Nos dias 3,4 e 5
de Agosto foi a vez da padroeira da povoação,
Nossa Senhora das Neves. No dia 7 de Agosto
as povoações de Granja, Pedreira e Boavista
celebrarem o seu padroeiro, São Caetano.
No dia 10 os emigrantes do Preguinho e do
Chão do Coto organizaram um jantar convívio
com todos os familiares e amigos, de modo
Centenas de pessoas passaram
pelo Festival de Doçaria
Centenas de pessoas passaram,
no fim de semana de 28 e 29 de
julho, pelo Festival de Doçaria
“Doce Vouzela”, que além da
vertente gastronómica contou
também com exposições e vários
espetáculos musicais.
O certame decorreu na Alameda
D. Duarte de Almeida e durante
dois dias os turistas e população
em geral puderam desfrutar do
melhor da doçaria regional trazida
por cerca de 20 produtores de
doces, vindos não só do concelho, como também de Oliveira de Frades e
S. Pedro do Sul.
Presente na abertura do Festival, José Cesário, Secretário de Estado das
Comunidades Portuguesas realçou a importância da iniciativa. “É nestas
alturas de crise que estas iniciativas são necessárias. Verifico que em
Vouzela há uma preocupação com os pequenos artesãos desta atividade
tão digna e que tanta gente atrai aqui, até porque Vouzela é a capital de
um dos melhores pastéis que temos em Portugal”, referiu.
Opinião também partilhada por Pedro Machado, Presidente da Turismo
Centro de Portugal, que destacou a vertente económica da iniciativa.
Satisfeito pela adesão das pessoas à iniciativa, Telmo Antunes, Presidente
da Câmara de Vouzela, salienta que esta iniciativa é para continuar “com
mais novidades e com maior qualidade”.
Novidade no cartaz deste ano foi o 1º Encontro de Colecionadores de
Pacotes de Açúcar, que reuniu 90 colecionadores na Av. João de Melo e a 2ª
Exposição de Cake Design, composta por 22 peças e cedida gratuitamente
pela Associação Nacional de Cake Design.
Estágio da equipa sénior
de andebol do Benfica
Pelo terceiro ano consecutivo, a equipa sénior de Andebol do Benfica realizou
em Vouzela um estágio de preparação para a época 2012/2013. De 5 a
11 de agosto, a comitiva, constituída por 24 elementos, entre atletas e
equipa técnica, desenvolveu treinos físicos para preparação da nova época.
O ponto alto do programa deste ano aconteceu no dia 11 de agosto, com o
jogo amigável entre o Benfica e o ABC de Braga, uma das melhores equipas
de andebol do país. A partida teve lugar no Pavilhão Gimnodesportivo de
Vouzela.
Do programa do estágio fez ainda parte uma visita às Festas do Castelo,
no dia 5 e a receção da comitiva no Salão Nobre, no dia 6.
O 3º Estágio de Andebol da equipa sénior do Benfica contou com o patrocínio
da Constálica, CPL – Serviços de Plantação e Limpeza, T&T, Meu Super e
com o apoio da Estalagem Quinta do Vale, Casa Museu Hospedaria, Sequeira
& Sequeira, Inatel Viseu, Visabeira – For Life, Município de S. Pedro do
Sul, Município de Viseu e Associação de Andebol de Viseu.
Espetáculo de solidariedade ajuda
animais abandonados
A Lexvis - Associação Cultural, Desportiva Círculo Judicial de Viseu, em
parceria com a Câmara Municipal de Vouzela, promoveu, no dia 6 de julho,
um espetáculo de solidariedade para angariação de fundos para alimentar
cães e gatos abandonados.
O evento que decorreu no Cine-Teatro de Vouzela foi marcado pelo sucesso,
tendo conseguido angariar 300 quilos de ração.
Este foi um evento musical em prol de uma causa a que se dedica Clara
Simões Fernandes, de Paços de Vilharigues, que, há 15 anos, acolhe
animais abandonados. Atualmente tem 60 cães e 30 gatos abandonados
e suportando os custos na sua maioria.
O espetáculo esteve a cargo de dois grupos musicais ligados à justiça,
criados no seio da Lexvis: o “Band’habilus” de música tradicional e o “Filios
Legis” de jovens talentos.
28
Mundo Real /
Disto e Daquilo
Viseu
Viseu cidade
portuguesa para se
viver com melhor
qualidade de vida
Trata-se pois de concorrência desleal em
relação aos proprietários de stands. Mas há
quem defenda que um proprietário de um
veículo pode anunciar a sua venda, pois não
é negociante de venda de viaturas usadas,
mas sim quer vender o que lhe pertence e
isso é que a Polícia Municipal tem de levar
em conta e averiguar se na realidade é
assim ou não.
Dia da Unidade da
GNR
É um estudo da Deco que o diz. Viseu lidera
na qualidade de vida entre 21 cidades
analisadas em 2011. A partir de uma lista
de vários critérios, foi pedido aos inquiridos
para indicar três que mais influenciam a
qualidade de vida na cidade e as respostas
ajudaram a atribuir pontos que totalizaram
sessenta e quatro, os quais mostram que o
Planeamento e Gestão Municipal é o critério
mais positivo para os viseenses. É a cidade
melhor avaliada quanto à mobilidade e
transportes e a quinta mais segura. No
tocante aos cuidados de saúde Viseu ocupa
o segundo lugar. No tocante ao emprego
é o principal aspecto negativo face aos
resultados nacionais. No fundo da lista está
Viseu apenas em relação à adaptação de
casas para o frio. No fundo da tabela está
Setúbal o que menos agrada, logo seguida
da cidade de Lisboa. Este estudo é um
motivo de orgulho para todos os viseenses
e se antes a cidade ocupava o 17º lugar
no ranking internacional, agora está em
10º lugar.
Polícia Municipal
fiscaliza viaturas à
venda na via pública
A Polícia Municipal de Viseu rebocou 10
viaturas que estavam à venda na via pública
junto ao Continente, tendo sido retiradas
por infração ao regulamento municipal. A
mesma recebeu queixas de que havia muitos
carros na zona de grande movimento e
alguns proprietários dos mesmos tiveram de
pagar a multa pelo bloqueamento no valor
de 60 euros. Para os que foram rebocados
a multa é mais elevada, já que o valor do
bloqueador se soma ao do reboque de 75
euros e do parque de 15 euros por dia.
10
A GNR de Viseu inaugurou o Auditório no Dia
da Unidade, um espaço que vem colmatar
a necessidade sentida pelos militares. O
Comandante da Unidade disse que o espaço
era originalmente dedicado ao exercício físico
(era um pequeno ginásio) e foi adaptado
às necessidades dos militares, tendo sido
transformado num auditório a usar em
ações de formação. O Coronel Eduardo
Seixas, há dois anos à frente do Comando
Territorial, fez um balanço positivo apesar
das dificuldades e problemas que surgem
no dia-a-dia, mas o grande desafio é lutar
contra todos os problemas que surgem. “A
criminalidade tem vindo a descer no distrito
e está abaixo da média nacional, o que não
quer dizer que não se trabalhe ainda mais
para a reduzir e para criar um sentimento
de segurança. Há um grande esforço para
garantir aquilo que é primordial, mais
concretamente a actividade operacional,
pois devemos e queremos estar presentes
nos locais onde a GNR é precisa”.
IV Mostra Social do
concelho no Parque
da Cidade
O Parque Aquilino Ribeiro, mais conhecido pelo
Parque da Cidade de Viseu, deu a conhecer
a IV Mostra Social, trabalho desenvolvido
por Associações e Entidades, que mostrou o
bom trabalho que é prestado na área social.
Ao longo de 3 dias as instituições presentes
e que trabalham na área social, deram a
conhecer o que levam a cabo no dia a dia junto
dos grupos mais vulneráveis da população,
seniores, crianças e pessoas portadoras de
deficiência. Este evento justifica-se numa
altura em que o País atravessa graves
problemas financeiros e económicos, e se
assegura qualidade do serviço prestado ás
populações por todas as instituições que
estiveram presentes na Mostra. Presentes
quase duas dezenas de instituições, permitiu
sensibilizar a comunidade em geral para
as questões da exclusão social e pobreza
e para as situações do envelhecimento das
populações.
Auto-Estrada Viseu/
Coimbra, para
quando?
Viseu continua a reivindicar a ligação em
Auto-Estrada para Coimbra. O presidente
da Câmara Municipal de Viseu, Fernando
Ruas, já reuniu com o Secretário de Estado
dos Transportes para tratar deste assunto
e prometeu não deixar cair a AE, por se
tratar de uma promessa pública. Numa
próxima reunião o projecto voltará a estar
em cima da mesa para ser discutido, uma
vez que o governante é da região, mais
concretamente de Mangualde e é preciso
esclarecer o Governo da importância da
obra. Vamos continuar à espera que esta
obra se realize num curto espaço de tempo,
pois a AEViseu-Coimbra é uma necessidade
para o trânsito rodoviário, uma vez que o
IP 3 não satisfaz em pleno e recentemente
os automobilistas tiveram obras em duas
pontes o que desesperava qualquer um que
fosse obrigado a transitar na mesma via.
Gala ANIM’ARTE
distinguiu 20
instituições e
personalidades
A Gala Ani´marte um espectáculo anual de
atribuição de prémios realizou-se na Aula
Magna do Instituto-Politécnico de Viseu
e contou com a actuação do Grupo de
Concertinas de Lafões e do Grupo de Fados
Senhora da Beira e 20 personalidades foram
premiadas. A Assoc. Humanitária Cultural
e Recreativa Beselguense – Penedono –
foi distinguida com o prémio Associação
Cultural; na categoria Mecenato Cultural foi
distinguida a Estrelas da Moda de Viseu; na
produção artística foi distinguido o Teatro
Mais mais Pequeno do Mundo. No desporto
foi distinguida a Equipa de Futsal feminino
Unidos da Estação de S.Pedro do Sul, além
de outras instituições. O Juiz Conselheiro
Armando Acácio Gomes Leandro, Pres. da
Comissão Nacional de Protecção de Crianças
e Jovens em Risco, de Tabuaço, recebeu o
Galardão na categoria de Prestígio-Carreira.
Todos os prémios são um reconhecimento
público do trabalho realizado por todo o
tipo de agentes culturais e sociais. A revista
ANI´MARTE é um projecto editorial do
GICAV que, ao longo de vários anos, tem
prosseguido um dos seus objectivos principais
através da divulgação de projectos culturais
e artísticos, quer colectivos ou individuais das
associações e artistas do distrito de Viseu.
O SINO
ANEDOTAS
Há muito tempo, quando a luz eléctrica ainda não iluminava as
nossas noites, quando não havia relógios digitais, quando não
se usavam relógios de pulso e os telemóveis não faziam parte
dos sonhos de ninguém, as horas eram contadas nas badaladas
do sino. Durante o dia, também o tempo era “medido” pelo
relógio da torre e pelo comboio do vale do Vouga.
O som do sino ficava na nossa memória e eram associadas
palavras, imaginando “conversas” entre todos os que se
ouviam, vindos de outras igrejas: uns mais finos, outros
mais graves, outros intermédios. Mais ou menos assim, do
mais agudo para o mais grave: “Tem lêndeas, tem lêndeas!”
“Eu tiro-lhas, eu tiro-lhas!” “Com quê? Com quê?” “Com um
farpão, com um farpão!”
E a história que vinha no meu livro da terceira classe, cujo
título era: “O relógio da saudade” e contava como um emigrante
matou as saudades do sino da sua aldeia, com um relógio,
cujo toque se assemelhava ao dele.
O sino tinha ainda como missão principal avisar as pessoas da
hora da missa, tocando uma hora antes, depois dava a picada
quando faltava meia hora e as três pancadas, quando o padre
estava a subir ao altar.
Tocava a rebate se era necessário juntar o povo, para acudir ao
fogo. Tocava, e toca, quando morre alguém, sabendo distinguir-se
se é homem ou mulher. E ainda um toque festivo nos baptizados.
Quem tocava eram rapazes que eram recompensados, pelo
padrinho do batizando, com algumas moedas.
Agora é tudo automatizado, já não é o sr. Vigário que puxa o
arame da janela da residência para chamar para a missa da
semana. Tudo bem. Mas, é que, durante a semana, nunca se
toca a meia hora antes e deixa de saber-se se há missa ou
não. (O meu Prabaixe!) Será que não dá para se programar
também, no domingo anterior?
Lembram-se desta quadra do nosso livro de leitura da escola?
Na altura não a percebi, mas mais vale tarde que nunca.
Sino, coração da aldeia,
Coração, sino da gente.
Um a sentir quando bate,
Outro a bater quando sente.
[email protected]
Horizontais: 1 – Rasto luminoso dos cometas. Pequenino (bras.)
2 – Declínio gradual e lento da febre. camada de coisas macias para
colocar frutos ou objetos frágeis (fig.). 3 – Pequeno marsupial da
América e da Austrália, do tamanho de um gato, com focinho pontiagudo,
orelhas nuas e comprida cauda escamosa. Política Agrícola Comum.
4 – Casamento. Pequeno pássaro brasileiro, da família dos Fringilídeos,
semelhante ao pardal. 5 – Ordem dos mamíferos adaptados ao meio
aquático, a que pertencem as baleias e os golfinhos, entre outros, e
que possuem barbatanas anteriores e uma barbatana caudal horizontal.
6 – Fruto do cajueiro. Substância que se põe no anzol para engodo
dos peixes. 7 – Vila do distrito de Aveiro famosa pelas suas enguias.
8 – Planta herbácea, da família das Crucíferas, cuja raiz é um pequeno
tubérculo comestível, de cor vermelha e gosto picante. Símbolo químico
do crómio. 9 – Parte da armação dos óculos que circunda a lente.
dor de ombro. 10 – Maquinismo para tecer. Quadril. 11 – Irmão
de Moisés e descendente de Jacob, foi o primeiro sumo-sacerdote de
Israel, segundo o Antigo Testamento. O mesmo que maçarico-real, ave
comum em Portugal durante o outono e o inverno (começa por “G”).
Verticais: 1 – Indivíduo ou conjunto de células reproduzido por
partenogénese tornando-se uma cópia física exata do dador. Metal
branco, muito maleável e dúctil, ótimo condutor da corrente elétrica,
muito usado em ligas de moedas, em joalharia e em fotografia. 2 – O
mesmo que salsa-dos-pântanos, planta herbácea, odorífera, da família
das Umbelíferas, espontânea ou cultivada, com um caule grosso e
suculento, e com subespécies cultivadas para fins culinários. Superfície.
3 – Hábito antigo e enraizado. Apor ao carro duas ou três juntas de bois
para subir encostas (tem a ver com cambão). 4 – Ato de desjejuar, o
mesmo que desjejum. Aparelho utilizado para compactar o solo (também
é nome de batráquio). 5 – Deus das sementeiras, entre os romanos
(também é nome do 6º planeta do sistema solar). 6 – Parte posterior
e superior do pescoço, sobre a vértebra chamada atlas. Assunto de que
se trata ou que se quer desenvolver. 7 – Macieza. 8 – Noventa e nove
(rom.). Tornar a selar. 9 – Pândega, farra, patuscada. O mesmo que
guelengue, mamífero artiodáctilo, da família dos Bovídeos, que habita
especialmente o Sul da África. 10 – Aquilo que atrai irresistivelmente
(fig.). Adstringência de certos frutos ainda verdes. 11 – Foi colonizado
e administrado por Portugal durante mais de 400 anos, passando para
a administração chinesa em 20 de dezembro de 1999.
por: Alexandre Loureiro
27
Mundo Real /
por Fernando Morgado
Viseu
Jardins Efémeros aliou natureza e cultura no centro histórico
Um pórtico de sete metros de altura a formar
um jardim suspenso, no topo da rua do
Comércio era a entrada para uma Praça D.
Duarte diferente, inundada de verde, com
jardins de oliveiras, romãzeiras, tapetes de
relva natural e sem trânsito.
Mas os jardins não se confinaram apenas
a este espaço. Houve mais espaços verdes
noutros locais da cidade, como um jardim
à luz da época romântica no Largo Pintor
Gata que tinha o objetivo de potenciar e
valorizar a Porta do Soar com esculturas
românticas, árvores, relva e heras.
Foi este o cenário que os viseenses e todos
os visitantes encontraram, de 17 a 22 de
Julho, em pleno coração do Centro Histórico
da cidade de Viriato.
No entanto, os Jardins Efémeros não trouxeram
apenas o verde. Proporcionaram também
seis dias de grande atividade cultural.
Na sua segunda edição, os Jardins Efémeros
apresentaram exposições, espetáculos de
música, teatro, cinema e oficinas. Mas nesta
iniciativa, que tem como objetivo dinamizar o
centro histórico, devolvendo-lhe vida, houve
muito mais para ver e ouvir: artes visuais,
gastronomia e livros, são alguns exemplos.
Os comerciantes deste centro histórico foram
também chamados a intervir, recebendo nos
seus estabelecimentos variadas exposições.
De salientar, nesta iniciativa, a realização
do mercado efémero, nos dias 20 a 22,
Diocese tem já dez diáconos permanentes
A diocese de Viseu tem, desde o dia 22 de
Julho, dez diáconos permanentes. Estes
foram os primeiros a serem ordenados na
diocese, numa cerimónia que decorreu na
Sé Catedral da cidade.
D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, na cerimónia,
salientou a responsabilidade dos novos
diáconos. “Numa proximidade muito pequena,
não aconteça que algumas paróquias tenham
de ser entregues ou confiadas a diáconos
permanentes. Neste momento, os diáconos
permanentes vêm colaborar com os padres,
um mercado de produtos endógeno muito
variado, proveniente de vários produtores
do distrito. Vender o que a terra produz e
dar a conhecer os produtos da região foram
os grandes objetivos da organização e dos
participantes deste mercado.
Foi grande a adesão do público à iniciativa e
a satisfação era recíproca. Quer organização,
quer os visitantes esperam pela terceira
edição do evento.
Numa organização da Cul de Sac em parceira
com a empresa Cria Verde, responsável pela
decoração do evento, a iniciativa contou com
o apoio da ADDLAP do Município de Viseu,
entre outras entidades parceiras.
com os presbíteros, e vêm sobretudo trabalhar
naqueles espaços para os quais o padre já
não tem tempo.”
Com a falta de vocações sacerdotais com
que a Igreja se tem vindo a deparar e a
“ocupação nas paróquias a aumentar”, D.
Ilídio realça que o diaconado “vem preencher
um lugar absolutamente importante”.
A cerimónia de ordenação foi integrada
na celebração dos 496 anos da dedicação
da catedral de Viseu e, segundo o site da
diocese de Viseu, os diáconos permanentes
ordenados, que iniciaram a sua preparação
formativa para o diaconado permanente há
cerca de 4 anos, são “todos homens casados,
a maioria em plena atividade profissional e
alguns aposentados, mas todos destinados
ao serviço da solidariedade, da justiça social,
dos pobres e doentes, à evangelização e à
pastoral das famílias”.
Requalificação ambiental das margens do rio Dão
Já tiveram inicio as obras de requalificação
ambiental das margens do rio Dão/Termas
de Alcafache. Numa área total de 15.145 m2,
tem um prazo de execução previsto de 365
dias é um investimento que ascende aos 700
mil euros por parte da Câmara Municipal de
Viseu. A obra está a cargo da EmpreigaldeEngenharia e Construção SA e prevê toda a
requalificação paisagística das margens do rio
Dão, iluminação pública, construção de parque
de lazer/merendas, arruamentos, passeios
e percursos pedestres. Na zona fluvial, é
realizado o melhoramento dos açudes, aumento
do espelho de água, infra-estruturas de apoio
à prática balnear, espaços de estar e lazer,
parques de merendas, percursos pedonais,
parque infantil e mobiliário urbano. O projecto
prevê a repavimentação quase total da área,
aumenta o estacionamento, ecopontos e ainda
novo mobiliário e beneficiação do espaço
utilizado por vendedores ambulantes. Um
benefício para as Termas de Alcafache cuja
visita recomendamos aos nossos leitores.
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Mundo Real
Educação
Associação Cultural e Recreativa de Oliveira de Frades
Mais de três décadas a fomentar o desporto e a cultura
São frequentes e já estão enraizados no panorama
cultural de Oliveira de Frades as múltiplas apresentações
dos grupos de dança, ginástica, teatro, ténis de
mesa…. da escola ACROF. A Associação Cultural
e Recreativa de Oliveira de Frades conquistou, ao
longo de mais de 30 anos, um lugar de destaque no
quotidiano dos oliveirenses, mas não só. Tornou-se
numa associação de referência em toda a região
de Lafões.
Com cerca de 100 alunos, desde os três aos 50 anos,
divididos pelas várias atividades, a ACROF “tem na
sua génese a dinamização de várias atividades tanto
a nível desportivo como a nível artístico (dança,
música, teatro) tentando envolver a população do
concelho desde os mais pequenos aos mais velhos,
trabalhando para eles e com eles. Por esta casa já
passaram diferentes gerações de Oliveirenses e
nenhum fica indiferente aos sucessos e retrocessos
desta instituição”, referem Clara Vieira e Júlia
Henriques, elementos da atual direção.
Fundada em 29 de Fevereiro de 1980, as preocupações
desta associação vão mais além da dinamização das
suas atividades. Existe uma forte vertente social. Há
uma grande preocupação com as pessoas. A atual
situação financeira do país pode colocar em risco a
participação das pessoas nas atividades da ACROF.
“Para fazer face à atual situação tentámos criar
soluções. Por isso a ACROF oferece um pacote de
benefícios para que as pessoas possam permanecer
connosco, para lhes dar a possibilidade de continuar
a frequentar as atividades de que tanto gostam.
Para além de não haver aumento nas mensalidades,
temos o desconto multi-atividade, para o sócio que
frequenta mais do que uma atividade; o desconto
família, para dois ou mais elementos que frequentam
atividades da ACROF; um desconto de dez por cento
para os sócios, que se traduz numa mensalidade
gratuita. E temos ainda descontos ao abrigo de
protocolos com clínicas médicas, óticas, de modo
a que os sócios tenham descontos nesses locais”,
explicam. Estas medidas mostraram já resultados
que deixam as responsáveis satisfeitas. “Verificamos
que não houve quebra no número de alunos, tem-se mantido. Isso era o que realmente se pretendia,
não queríamos que a crise afetasse assim a vida
das pessoas”.
Também em parceria com o Agrupamento de Escolas
de Oliveira de Frades, a Associação de Pais (APAOF),
o Município e Juntas de Freguesia do concelho,
está a promover uma campanha de recolha de
manuais escolares, que se destinam àqueles com
mais dificuldades económicas. Além de ajudar as
famílias com baixos recursos, este é também um
12
meio de “criar um espírito de solidariedade entre a
comunidade. No dia 1 de Setembro a ACROF abre
as portas da sua sede para distribuir manuais a
quem precisar”, adiantam.
Ainda em colaboração com outras entidades dão
apoio noutras vertentes. A Martifer, no âmbito do
centro Novas Oportunidades, a funcionar na empresa,
propôs-lhes um protocolo de cooperação. “A empresa
lançou-nos o desfio e aceitámos. Não houve aqui
quaisquer incentivos monetários. Aceitámos porque
era mais fácil as pessoas virem aqui inscreverem-se e pedir informações e nós queremos chegar a
toda a gente, queremos estar mais próximos da
comunidade. Mas temos protocolos com outras
empresas, que nos procuram para colaborarmos
com elas. As instituições vêm ter connosco, veem-nos como uma força viva”, afirmam.
Em relação ao futuro, a direção está com os “pés
bem assentes na terra. Não há lugar para grandes
investimentos, não nos podemos estender. A crise
afeta tudo e todos. A nossa preocupação é, pelo
menos, conseguir manter a ACROF com a mesma
dinâmica”, revelam.
A situação económica pode mesmo agravar-se
devido à nova lei das finanças para as associações.
“Essa lei vai trazer, a nós e a todas as associações,
muitas dificuldades financeiras. As associações são
instituições sem fins lucrativos, mas têm de ter
dinheiro para poder organizar as suas atividades. As
receitas provêm, apenas, das quotas dos associados
e de subsídio da Câmara e da Junta de Freguesia.
Agora esta situação com as finanças, o IVA, vai trazer-nos certamente grandes dificuldades”, asseguram.
Para a atual direção, que cumpre um segundo
mandato, estar à frente de uma associação com esta
dinâmica e idade é uma grande responsabilidade.
“São mais de três décadas de atividade e de história.
É uma associação com um impacto muito grande
na vida desta comunidade”.
Para Clara Vieira que, anteriormente, era apenas uma
espetadora atenta e uma admiradora do trabalho
desenvolvido pela ACROF, sentia, já nesta altura, a
importância do papel desempenhado pela associação
na comunidade. “Acompanhava a ACROF devido à
minha filha frequentar as atividades. Agora estando
aqui, neste lugar, reforço a ideia que tinha desta
associação. Não há quase ninguém desta terra que
não tenha passado pela ACROF, de várias formas.
Há aqui formação a todos os níveis. Ensina-se a
estar e ser grupo. Já ouvi, às agora pessoas adultas,
comentários a referir que aprenderam a estar em
grupo na ACROF. É sem dúvida uma escola para
a vida”.
Actividades desenvolvidas
pela ACROF:
- Aeróbica
- Ballet
- Danças Latinas
No que diz respeito às danças,
estes grupos fazem inúmeras
apresentações, não só nas
festas promovidas pela ACROF,
mas em vários locais a convite
de outras instituições ou
grupos. A sua mais recente
apresentação foi, durante
as festas da vila de Oliveira
de Frades, onde interagiram
com o espetáculo do cantor
Sérgio Lucas.
- Ginástica Infantil
- Ténis de Mesa (este grupo
tem-se destacado. Participa
em campeonatos distritais,
regionais e nacionais tendo já
alcançado grandes resultados
e arrecadado vários prémios)
- Teatro (Já foi a atividade com
mais impacto e dinamismo
dentro da ACROF. Com uma
paragem de alguns anos,
recomeçou recentemente
com um grupo de dez
elementos, mostrando, de
novo, um grande talento e
capacidade para as artes da
representação)
- Yoga
- Karaté Shotokan
- Vólei Sénior (este grupo
participa frequentemente em
competições, tendo também
arrecado vários prémios)
Corpos Sociais da ACROF
(biénio 2012-2014)
Direção
Presidente: Clara Margarida
Evangelista de Oliveira Vieira
Vice-Presidente: Ana Paula
Santos Marques Pinheiro
Secretário: Maria Júlia Anjos
Marques Henriques
Tesoureiro: António José
Cardoso Ferreira
Vogal : Susana Maria Santos
Loureiro
Assembleia Geral
Presidente: Hilário Anjos
Henriques
1º Secretário: Paula Maria
Fe r n a n d e s d e A l m e i d a
Rodrigues
2º Secretário: Érica Daniela
Dias Correia de Oliveira e Silva
Conselho Fiscal
Presidente: Jorge Manuel
Lopes Santos
Vogal: Isabel Maria da Silva
Nunes Farreca
Vogal: Filomena Maria Santos
Loureiro
PENSO…
E NÃO SEI SE DESISTO OU INSISTO!
O tempo finalmente melhorou. Pelo menos no
minho, os céus perderam a cor cinzenta, a brisa
fria que nos fazia tiritar em plena primavera e
verão seguiu para outras paragens e as pingas de
chuva que foram caindo desapareceram com as
nuvens. E, agora que o tempo de aulas terminou,
devia eu – como seria habitual – deixar-me
imbuir da paz e do silêncio dos corredores de
uma escola quase vazia, devia apreciar a frescura
sombria dos edifícios, a sensação de dever
cumprido, a descontração ligada ao sentimento
de pré-férias… Mas não! Neste final de ano
letivo 2011/2012, as escolas e os professores
enchem-se de incertezas, angústias, às vezes,
desespero… Quando pensávamos que, após a
Milú e as suas maldades, nada mais, ou pouco
mais nos poderia afetar a nós, classe humilhada,
maltratada, desprezada e achincalhada, eis que
vêm novidades terríveis e que, se nos afetam a
nós, terão infelizmente reflexos na educação no
nosso país. Sou professora e sou mãe, vivo estes
momentos nas duas perspetivas e quer uma e
quer outra me enchem de apreensão.
Sou professora. A escolha desta profissão fez-se
por acaso: uma fuga à matemática (a sempre
temida!), a escolha de um percurso de letras e,
depois, a inevitabilidade: prosseguir pela via do
ensino. Olhando para os vinte anos passados,
assinalo a ingenuidade de início de carreira, as
viagens longas para o Alentejo, o regresso ao norte
e a «casa». Centenas de alunos que nos passam
pelas mãos, rostos que se tornam indistintos, nomes
que esquecemos, colegas que desaparecem no
fundo da memória… Mas sempre pensei que, no
percurso da minha vida tal como deveria acontecer
com os outros, à medida que a idade avançasse,
aumentaria a experiência e, consequentemente,
a qualidade do meu trabalho, melhoraria as
minhas condições de vida, teria o necessário para
oferecer à minha (vasta) descendência – coisas
que eu via acontecer aos colegas mais velhos, às
pessoas da família. Porém, a nível profissional, as
deceções vão-se acumulando, com as sucessivas
perdas de dignidade, com as reduções salariais,
com o aumento do trabalho e do desgaste. E as
perspetivas, neste momento em que escrevo,
são as mais negativas: os horários desaparecem,
devido às medidas puramente economicistas
deste governo e começa a aparecer no horizonte
o fantasma, por todos temido, do desemprego.
E, para além desta perspetiva de âmbito pessoal,
acresce a realidade do costume: a diminuição da
qualidade do ensino, porque ninguém – pais e
sociedade – pode pensar que é possível manter
a qualidade do ensino com 30 alunos numa sala
de aula: o dito número de alunos por turma vai
prejudicar o melhor apoio a quem tem mais
dificuldades e prejudicar o tempo dedicado à
preparação de aulas, à correção de testes de
avaliação e, consequentemente, à própria avaliação
dos alunos. O senhor ministro não ficou satisfeito
com os resultados dos exames nacionais e está
à espera de melhorias, no próximo ano letivo?
Desengane-se, senhor ministro, os resultados vão
piorar, porque, para além do atrás referido, os
professores, nem ninguém, não são de ferro e o
desalento, a tristeza e a depressão não nos fazem
melhores profissionais! Vamos assistir, este ano,
ao seguinte cenário nas escolas do nosso país:
por um lado, turmas gigantescas e respetivos
professores assoberbados de trabalho; por outro
lado, professores – com 15, 20 anos de serviço,
do «quadro» - pasmando para a sua situação
inacreditavelmente precária, sem turmas, sem
alunos, à espera de uma qualquer vaga transitória
que lhe permita sair desse sentimento humilhante
de inutilidade e de ausência de esperança no
futuro. Uma perspetiva aterradora!
Sou mãe! E preocupo-me e muito! Os meus filhos
irão fazer parte de turmas de 30 alunos, bons ou
maus estudantes, mais ou menos disciplinados.
Os professores dos meus filhos terão de se
desdobrar por mais turmas e cada uma delas
com 30 alunos. Os professores dos meus filhos
terão de manter a disciplina na sala de aula,
terão de dar os conteúdos, não terão grandes
hipóteses de acorrer em quantidade e qualidade
às dificuldades que estes possam sentir. Os
meus filhos que frequentam o ensino secundário
vão deixar de ter turnos nas disciplinas com a
vertente prática de Biologia e Geologia e Física e
Química, disciplinas cujos conteúdos complexos
arrasam os estudantes menos preparados. Tudo
isto, «cozinhado» pelo nosso governo para poupar
uns milhões e, assim, hipotecar o futuro dos
meus filhos! Corrijo: dos nossos filhos! Sou mãe
e sei (mesmo sendo professora também) que
os professores dos meus filhos estarão pouco
disponíveis, pouco motivados, que estarão tristes,
desanimados, deprimidos. Sei de tudo isto e
não posso compreender, porque sou mãe, mas
não posso deixar de compreender, porque sou
professora. Vai ser complicado…
Sei que demasiados portugueses estão a passar
por dificuldades tremendas. Somos todos vítimas
de sucessivas más governações e da falta de
uma estratégia nacional, de uma visão de futuro
para o país. Mas somos também culpados pela
nossa ignorância, pelo nosso abstencionismo,
pela nossa indiferença, pelo «deixa andar» do
costume. Quero sacudir este pessimismo de cima
de mim! Procuro continuar a sonhar e penso
naquilo que gostaria que acontecesse. Gostaria
de viver num país em que os centros de saúde e
hospitais não fechassem e em que as crianças de
algumas regiões não tivessem de nascer numa
ambulância; gostaria de viver num país em que
as pessoas não precisassem de ir de madrugada
para ter uma consulta num centro de saúde que
fica a quilómetros de distância; gostaria de viver
num país onde os meus filhos pudessem beneficiar
da melhor educação/formação, para, depois e
de acordo com as suas capacidades, poderem
escolher o curso que os levasse à profissão dos
seus sonhos; gostaria de viver num país onde
eu não tivesse de dizer aos meus filhos que só
poderão ir para a Universidade X ou Y, porque
certamente não terei condições financeiras para
que eles possam frequentar uma outra instituição
superior; gostaria de viver num país onde os
meus filhos pudessem fazer as suas escolhas
profissionais e aí desenvolverem o seu trabalho,
contribuindo para a sua realização pessoal e
profissional, e para o desenvolvimento do mesmo
país; gostaria de viver num país onde nenhum
filho não tivesse de emigrar se não fosse por
gosto; gostaria de viver num país em que as
pessoas tivessem voz e erguessem essa voz nos
momentos fulcrais; gostaria de viver num país
onde a política servisse os cidadãos e os seus
interesses. Finalmente, gostaria de viver num
país onde, olhando para o futuro, eu pudesse
dizer: vale a pena viver em Portugal.
Inês Aidos, professora
25
Saúde
Mundo Real
Como organizar um piquenique ou
uma ida à praia…
para manter uma boa hidratação num dia
que se prevê activo. Não esqueça a água e
diversifique com sumos de frutas naturais,
chá frio ou leite.
Não se esqueça que a escolha da comida
que irá levar é fundamental para o sucesso
do piquenique. Por isso, aqui vão algumas
regras:
•Procure levar praticamente tudo
feito, para não estar com trabalho na hora
de comerem;
No campo, na praia, ou nos vários parques e
jardins espalhados pelo país, os Piqueniques
são iniciativas excelentes para desfrutar de
bons momentos em família e amigos.
Organizar um piquenique deve ser uma
tarefa agradável, e não mais um motivo de
stress, só por receio de se esquecer de levar
o essencial. Deixo-lhe algumas sugestões
para que o seu piquenique seja um sucesso…
Piquenique tem que ser sinónimo de
diversidade! Mas não leve a mercearia inteira!
•Um bolo caseiro, sanduíches e
frutas.
•Um bolo de laranja ou de iogurte
são opções óptimas, com a vantagem de
não exigir que seja grande profissional de
cozinha para ter sucesso
•Sandes variadas, no tipo de pão e
no recheio: pão de mistura, pão de sésamo,
ou outros, com queijo, frango, ovo cozido,
alface, tomate e cenoura ralada, fazem as
delícias de todos.
•Para a sobremesa, escolha fruta
variada. Pode também preparar espetadas
ou gelatinas com frutas.
•Biscoitos,
que
preparou
antecipadamente com a ajuda das crianças!
•As bebidas são indispensáveis
24
pois irão solidificar quando arrefecerem e
tornar-se desagradáveis;
•Não utilize alimentos confeccionados
com muita gordura pois podem pingar e
sujar tudo;
•Tudo o que possa ser comido à mão,
é óptimo. Pauzinhos de cenoura, sandes,
bolachas e biscoitos, etc.
•Não faça as sandes com ingredientes
tipo maionese pois, além de se degradarem
com o calor, o pão fica mole e com um
aspecto pouco apelativo;
•Coloque a comida e as bebidas no
saco térmico depois de colocadas as placas
É obrigatório:
•Não utilize molhos com gordura
frias no fundo;
•Organize a comida de forma a deixar
por cima aquilo que irá utilizar primeiro;
•Não coloque o saco térmico na mala
do carro, pois estará mais exposta ao calor.
O local ideal é no chão do banco de trás do
carro;
•Mantenha o saco térmico à sombra,
sempre que possível e evite abri-lo sem que
seja necessário.
Esqueça as tradicionais sandes de fiambre
queijo e fiambre até aos frutos secos, legumes
e fruta... atreva-se, puxe pela imaginação
e experimente.
Em vez de manteiga, use azeite (só por
dentro); em vez de maionese, faça um
molho de iogurte natural batido com um
pouco de pimenta ou alho esmagado e
salsa. Como conduto pode usar: atum,
frango, ovos mexidos, carne assada, peixe
(qualquer um, desfiado e sem espinhas),
legumes gratinados, legumes frescos, fruta
ou qualquer coisa que tiver no frigorífico.
Para contrastar com o conduto, ponha queijo,
Entre duas fatias de pão quase tudo
fica bem!
Numa sande cabe tudo, desde os habituais
Grupo turco deu a conhecer tradições e cultura do seu país
O Grupo de Danças e Cantares da Serra
da Gravia recebeu, entre os dias 03 e
06 de agosto, o Grupo Folclórico “UHOT
– ÜSKÜDAR Folk Dance Association” da
Turquia (Istambul).
Este Grupo foi fundado em 1981 e tem
como grande objetivo levar às mais
diferentes partes do mundo, a sua cultura
e tradições, facto que se orgulha de fazer
de uma forma muito ativa provada pelas
inúmeras atuações nos mais diversos países
(Espanha, França, Itália, Noruega, Suécia,
Holanda, Finlândia, Canadá, Inglaterra,
Estados Unidos, Estónia, Grécia, Alemanha
e Polónia).
Trata-se de um grupo formado por
46 elementos, todos muito jovens,
representando hábitos e costumes de
um povo em tantos aspetos diferentes de
nós (religião, hábitos alimentares, …), mas
extremamente simpáticos e prestáveis.
O Grupo esteve presente na Animação
Termal (Termas de S. Pedro do Sul) no dia
03 de agosto, no Jantar Convívio do Grupo
Val’Amar em Valadares, no dia 04 e no
Festival Internacional de Folclore integrado
nas Festas da Castelo em Vouzela, no dia
05 de agosto.
Valadares, através do Grupo de Danças
e Cantares da Serra da Gravia, procurou
receber este Grupo da melhor forma, à
semelhança do que tem vindo a fazer
em anos anteriores, permitindo que as
memórias perdurem sempre no seu lado
mais positivo e consigamos ter a coragem
e a humildade de nos unir em prol de um
objetivo comum.
Foi, sem dúvida, uma experiência
extremamente enriquecedora com um
balanço muito positivo em todas as suas
dimensões culturais, sociais e afetivas.
No entanto, o Grupo de Danças e Cantares
da Serra da Gravia não conseguiria trilhar
este caminho sozinho, pelo que, a Direção
agradece de forma carinhosa e sentida à
Junta de Freguesia de Valadares, à Direção
do Centro Social de Valadares (e às suas
funcionárias), ao Agrupamento de Escolas
de Santa Cruz da Trapa, à Câmara Municipal
de S. Pedro do Sul, ao Grupo de Jovens
Val’Amar, à Dona Alcina Duarte, a todos os
elementos do Grupo e a todos aqueles que
direta ou indiretamente contribuíram de
forma generosa quer através de géneros
alimentícios, dinheiro e/ou trabalho para
que este sonho fosse uma realidade.
Bem Hajam
Judite Almeida,
presidente da direção do Grupo de
Danças e Cantares da Serra da Gravia
rúcula, manjericão, cebolinho, uma mistura
de especiarias, noz-moscada...
Pode fazer sandes doces com qualquer fruta,
IV CONVÍVIO VAL’AMAR
com morangos, maçã cozida ou assada,
queijo e doce ou mel, canela... e dependendo
do recheio, pode acrescentar um pouco de
alho, orégãos, pimenta...
Abri-lhe o apetite? Então, prepare a merenda
e aproveite o bom tempo!
Divirta-se!!!
e queijo. Atreva-se a experimentar com
os ingredientes que tem no frigorífico.
Por Valadares
Aline Denise Maia,
Nutricionista
Pelo 4º ano consecutivo realizou-se, em Valadares, o IV Convívio Val’Amar desta feita, organizado pelo Grupo de Jovens Val’Amar e
pelo Grupo de Danças e Cantares da Serra da Gravia.
Foram muitos os que acorreram ao recintos de festas para o jantar-convívio e mais ainda os que chegaram e ficaram para ver a
animação da noite, constituída pelas atuações do grupo de danças e cantares da nossa freguesia e do Grupo Folclórico ÜHOT, vindos
de Istambul, Turquia. Todos ficámos maravilhados com os trajes, cultura e alegria que mostraram em palco, convidando à participação
do público presente. E para terminar a noite em beleza, foi a vez dos Acoustica fazerem magia com as suas vozes e instrumentos.
Pelo divinal jantar, o Grupo de Jovens Val’Amar agradece às cozinheiras e aos meninos dos grelhados; por todo o material simpaticamente
cedido sem entraves, agradecemos à Direção e funcionárias do Centro Social, à Direção dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de
Frades e à nossa Junta de Freguesia. A todos, o nosso incondicional bem-haja.
Sara Rodrigues, Grupo Val’Amar
13
História
por: Custódio Sousa, Professor de Filosofia
ECOS DO NOSSO PASSADO
Do antigo concelho da Trapa na Corografia Portuguesa do P.e António Carvalho da Costa
Em grafia atual, mas respeitando a estrutura frásica, reza
assim o autor da supracitada “Corografia Portuguesa e Descrição
Topográfica do famoso Reino de Portugal com as notícias das
fundações das Cidades, Vilas, e Lugares que contém; Varões
ilustres, Genealogias das Famílias nobres, fundações de Conventos,
Catálogos dos Bispos; antiguidades, maravilhas da natureza,
edifícios, e outras curiosas observações”, no capítulo XXIII do
Tomo II (dedicado ao centro do país), publicado em 1708, numa
obra em três tomos, escritos entre 1706 e 1712:
Quatro léguas a noroeste de Viseu,
em lugar áspero e fragoso, onde
começa a Serra de Manhouce, tem
seu assento a Vila da Trapa, que
consta de cento e sessenta vizinhos,
pessoas maiores quinhentas e
doze, menores cento e dez, com
uma Igreja Paroquial da invocação
de São Mamede, abadia que foi de
Padroeiros, e hoje está na Mitra
pelas muitas renúncias que tem
havido.
É abundante de caça, gado e
vinho; tem dois juízes ordinários,
três Vereadores, um Procurador
do Concelho, Escrivão da Câmara,
um Tabelião, um Meirinho, e duas
Companhias da Ordenança. O seu
termo tem estas Freguesias: S.
Pedro de Manhouce, Curado, que
apresenta o Abade de S. Mamede,
com cento e trinta e seis vizinhos, pessoas maiores trezentas e
dezasseis, menores oitenta.
São Salvador de Serrazes, Vigairaria do Padroado Real,
tem cento e noventa e seis vizinhos, pessoas maiores quinhentas
e vinte, menores cento e dez.
Santa Eulália de Baiões, Abadia do Bispo, tem cinquenta
vizinhos, pessoas maiores cento e sessenta, menores trinta.
São Carlos de Folgosa, Abadia do Padroado Real, tem
duzentos vizinhos, pessoas maiores seiscentas e dezoito, menores
cem.
Meia légua desta Vila para o Sul, e légua e meia de Vouzela
para o Norte, entre altíssimas serras de grandes matas, se levanta
um monte, em que está situado o Convento de S. Cristóvão de
Lafões, de Religiosos de S. Bernardo, que fundou D. João Peculiar,
Bispo do Porto, para Monges de S. Bento. Depois, pelos anos de
mil cento e vinte, foi ampliado por El-Rei D. Afonso Henriques,
e dado aos Monges de S. Bernardo com seu território próprio,
coutado pelo mesmo Rei, aonde os Abades têm toda a jurisdição
temporal, e espiritual ordinária, como senhores, e como se fossem
Bispos daquele seu território, que é pequeno, mas todo povoado
de muitas árvores, assim frutíferas de espinho, e das outras, como
loureiros, buxeiros, e murtas, que parecem um jardim mui vistoso,
e tem excelentes hortas.
Num projeto tão vasto e ambicioso (atente-se no título)
como pioneiro e dotado de tão escassos meios, como é este do
14
Padre Carvalho da Costa (1650-1715), não admira que surjam erros
e imprecisões; mas nada disso põe em causa a importância desta
peça monumental da historiografia portuguesa, unanimemente
reconhecida por quem se dedica à história local do século XVIII
como uma fonte incontornável.
Um exemplo do que acabámos de referir: o autor inclui
erradamente a freguesia de Folgosa (atual Fataúnços) no concelho
da Trapa e não menciona Carvalhais e Candal, referindo-as mais
adiante, quando trata das outras freguesias do concelho de Lafões,
onde atribui a Carvalhais 260 fogos (700 pessoas maiores de idade
e 200 menores) e ao Candal (que tinha um cura apresentado pelo
abade de Carvalhais) 40 fogos, sendo 150 maiores e 12 menores.
(1)
Não encontrámos qualquer documento que indique a data
da criação do município da Trapa. Na sua monografia “A Trapa”, o
Cónego José Simões Pedro diz apenas que “nem só o governo central
concedia carta foral a erigir concelhos no reino. Esse mesmo poder
era atribuído a ordens religiosas que dele usavam, por vezes, nas
suas terras coutadas, para as quais traziam colonos a povoá-las. Eram
(…) concelhos-enclaves adentro dos concelhos da Coroa. Por isso
não admira que até meados do século passado, aproximadamente
(este texto é publicado em 1-ª edição de 1956), coexistissem
nesta mesma região os concelhos de Lafões e da Trapa”. O que
sabemos é que o concelho da Trapa tal como o de Lafões, entre
outros na região, desaparecem com as reformas administrativas do
liberalismo. Manuel Barros de Mouro, no seu livro A Região de Lafões,
transcreve da Coleção de Leis de 1764 a relação dos concelhos e
vilas da comarca de Viseu,
onde se inclui ainda, entre
outros, a vila da Trapa
e seu termo. O decreto
de 6 de Novembro de
1836 em que aparecem
os três concelhos (S.
Pedro do Sul, Vouzela
e Oliveira de Frades)
extingue definitivamente
o concelho de Lafões e
algumas centenas de
outros, entre eles, o da
Trapa.
Fig.1- Edifício a que se refere o Cónego Simões Pedro na obra supracitada
quando diz: “Ainda hoje existe, e os habitantes mais velhos sabem onde
se encontra situado, o último edifício que servira de Câmara Municipal da
Trapa”.
Fig.2- Capa da obra “Corografia Portuguesa” do Padre António Carvalho
da Costa.
Fig.3- Antigo pelourinho do Município da Trapa num há muito esperado
restauro (e reposição, pouco credível), datada de 15.08.2009). Em geral,
uma coluna de pedra, colocada em frente aos Paços Municipais (Casa da
Câmara) ou das Cadeias Públicas das vilas ou cidades, assinalando a sua
criação e simbolizando a sua autonomia administrativa.
Nota (1): Aires Gomes Fernandes, Professor de História e Investigador
(Terras do Baroso, Ano III, nº 24) inclui estas duas freguesias no termo
da antiga vila da Trapa.
23
Observatório
A liberdade do diálogo
A ausência de constrangimentos internos
(impulsos incontroláveis ou doença psíquica) e
externos (coação ou a força de uma arma) criam
a absoluta sensação de liberdade, que dura
enquanto durar a facilidade de movimento e de
vontade. Ambos se deterioram com a idade, num
processo de aceitação pessoal e social. Contudo,
o desenvolvimento de todo o movimento humano
pode deparar-se com a desmesurada resistência
do meio natural ou cultural. Uma alta montanha,
um largo rio, uma densa floresta, uma remota
interioridade atira povoações para uma existência
comunitária natural, perfeitamente suportável, se
o Estado estender os seus suportes de assistência
social. Uma grande malha urbana, uma crescente
necessidade de consumo, uma forçada dependência
económica, uma escassez de oferta de trabalho,
condena milhares de pessoas a uma existência
comunitária não-natural, insuportável, mesmo
que o Estado estenda a sua esmola da caridade.
E a razão é porque os primeiros têm a natureza
ao seu dispor, os segundos, porque depressa se
apercebem que do cimento nada cresce. Agora
imagine-se que o Estado se afasta cada vez
mais destes espaços de existência comunitária.
No interior, encerra escolas, centros de saúde,
creches, tribunais, polícias; nas cidades, privatiza
escolas, hospitais, creches, segurança e a própria
justiça. O absoluto estado de abandono dos
primeiros cria uma sensação de injustiça; a quase
absoluta exclusão económica dos segundos cria
uma sensação de insegurança e desespero. Esta
ausência do Estado na existência das comunidades
naturais e não-naturais resulta de um fosso, cada
vez maior, entre representantes e representados,
entre políticos e eleitores, entre elites e populaça,
entre oligarquias e a população em geral. Esta
ausência do Estado é já resultado de uma outra
ausência, a do diálogo: em campanha eleitoral,
os políticos prometem mundos e fundos e, depois,
fazem o contrário do que disseram; na televisão,
as elites apresentam ideias reformistas, mas,
na realidade, tudo fica na mesma ou pior; na
vida das grandes empresas os donos do país
dizem que amanhã é que vai ser, mas os seus
“colaboradores” continuam a não usufruir das
mais-valias… E a primeira incomunicabilidade
reside exatamente aqui, uns falam e prometem, os
outros ouvem na ilusão de ser ouvidos. Mas, em
rigor, nada acontece. A estridência comunicacional
e informativa rouba-nos o diálogo e a confinada
liberdade do nosso espaço existencial.
“Vai-se perdendo a liberdade do diálogo.
Antigamente era natural, entre pessoas que
dialogavam, ir ao encontro do ponto de vista
do outro; hoje, pergunta-se logo pelo preço dos
sapatos ou do guarda-chuva. Qualquer conversa
cai fatalmente no tema das condições de vida e
do dinheiro.”(1) E o mais desesperante, segundo
o autor, é que a discussão destas condições nada
diz sobre as preocupações e sofrimentos de cada
um, mas rodopiam todas no mesmo tom geral,
o de querer ter e ser o que não se tem e não se
é. Lá para trás, foi a casa de um familiar e não
houve objeto do dito recheio que não soubesse
o preço e o valor; num jantar, num espaço que
Roteiros
por: Maria José Matela
me ultrapassava em etiqueta e luxo, a entrada
repentina de uma dondoca, com o seu vestido
escuro pintalgado e em roda, seguida da sua
serviçal negra, espantou-me pelo simbolismo
comunicacional da pose; nesse mesmo espaço,
a comunicação dos silêncios pelo olhar quase
absorviam a curiosidade e o interesse do diálogo,
mas, fatalmente, lá caíamos na maldição do
filósofo, o dinheiro e o poder. E, em rigor, tivemos
sempre dificuldade em colocarmo-nos no ponto
de vista do outro. É lá possível pensar somente
no trabalho, no dinheiro e no poder! É lá possível
imaginar-se daqui a dez anos de papo para o ar
sem fazer nenhum! É lá possível ter prazer da
bebida na conversa, sem pensar em mais nada!
É lá possível viver na materialidade, sem pensar
em Deus! Cada um na sua perspetiva, cada um
no seu enquadramento, cada um no seu mundito.
Terá havido verdadeira compreensão? Terá havido
verdadeiro diálogo?
Mas talvez estas ausências resultem de uma
letargia, de um cansaço, de uma estupidificação
televisiva, de um correr citadino sem sentido,
da lei da inércia. Quando os corpos repousam
no seu estado natural, mais nítidos e distintos
surgem a um externo olhar. Foi nesse inerte
abandono, ou desinteresse, que assisti ao mais
despudorado ataque à cidade. Nesse profundo
vale, verdejante e de águas límpidas, sem volta,
pois a estrada ali termina, alguém, em forma de
orgulhosa gente, obrigou-me a ouvir o que não
queria: a cidade é caótica, poluída, sem qualidade
de vida, asfixiante, má, competitiva, faz mal à
saúde das pessoas; a civilização mora aqui, na
natureza, neste espaço que é tudo e que é nosso,
neste olhar e sentir a natureza que somos. Fiquei
estonteado, não queria acreditar: então eles não
têm nada, nem escola, nem centros de saúde,
nem centros comerciais, nem farmácia, nem
cinema, nem correios, e dizem que têm tudo,
a própria civilização?! Tal diferença obrigou-me
a colocar-me no seu ponto de vista, obrigoume a reconsiderar todas as minhas convicções,
obrigou-me a um exercício de tolerância a que já
não estava habituado. Portanto, é nesta condição
de absoluta novidade e choque que o diálogo
poderá ser retomado. Quando sentirmos, indivíduo
e cidadãos, que as coisas não são inevitáveis,
que as alternativas, mesmo as económicas, não
se esgotam num (falso) dilema, que teimando
e resistindo é que podemos algum dia forçar
o outro a olhar o nosso ponto de vista, talvez,
somente aí, os políticos, os poderosos, as elites,
as oligarquias, as famílias, os indivíduos, por mais
estranhos que sejam, comecem verdadeiramente
a comunicar, comecem verdadeiramente a colocarse no lugar do outro, comecem verdadeiramente
a reconquistar a liberdade do diálogo.
Lugar à Poesia
BUÇACO
Apesar de todos conhecermos este local, de nome, se calhar desconhecemos como
surgiu aquele espaço, com aquelas características. Esta mata foi doada pelo bispo
de Coimbra, em 1628, aos Carmelitas Descalços, para construírem o seu “Deserto”,
À avozinha
em Portugal. Construíram o convento, capelas de devoção e ermidas de habitação,
Olhinhos azuis cor do Firmamento
O busto curvado sempre sorrindo
As faces rugadas pelo sofrimento
Pétalas de rosa que vão caindo
Anda ligeira como uma avezinha
Sempre em muitas lides ocupada
Mãos finas e secas, pobre velhinha
Pelos setenta anos a fronte nevada
Ergue-se das manhãs sempre aos alvores
Quando os galos cantam em sua aldeia
E em lágrimas a Deus e em ternos louvores
Aves traquinas nos ramos chilreiam
manifestando, em tudo, o maior despojo dos bens materiais.
Em 1644, ergueu-se uma Via Crucis (Via Sacra), a mando do Reitor da Universidade
de Coimbra, apenas com cruzes de madeira. Foram substituídas por capelas
representando os passos de Cristo, a mando do Bispo de Coimbra. São de especial
importância as estações do Pretório e do Calvário.
Também ali se deu a Batalha do Buçaco, em 1810. Entre 1888 e 1907, foi edificado
o Palace Hotel, cujo projecto se deveu a um italiano, Luigi Manini. É uma construção
romântica e nacionalista, cruzando com os estilos manuelino e renascentista.
A mata resultou da presença dos Carmelitas Descalços que tentaram representar
o Monte Carmelo, local originário da Ordem. Era proibido cortar ou desbastar as
árvores, protegidas pela Santa Sé.
É um local muito aprazível, onde podemos seguir vários trilhos, apreciando toda a
biodiversidade, respirando um bom ar, fruindo do silêncio e saindo cheios de boa
energia.
Seus enlevos os pequeninos netos
Meiga acaricia em doces festinhas
E encantada por entes tão diletos
Bendi-los feliz a querida avozinha
Fernando César,
S. João da Serra
Domingos Manso de Araújo,
mestre em filosofia
1- Walter Benjamim, Imagens de pensamento, Assírio &
Alvim, Lisboa, 2004, p.21
15
Formação
Formação Profissional – Formações
Modulares Certificadas
Considerando o atual contexto socioeconómico existente em Portugal, bem
como as dificuldades que se verificam no âmbito do emprego, a Formação
Profissional assume uma importância cada vez maior, tornando-se uma
ferramenta de apoio essencial à aquisição de novas competências ou
aperfeiçoamento das mesmas. De facto, mais do que nunca, é essencial
que os Recursos Humanos apresentem competências e conhecimentos
atualizados e que potenciem às entidades empregadoras apresentar soluções
de qualidade na prestação dos seus serviços.
Consciente dessa realidade, a Ambiformed – Ambiente, Higiene,
Segurança e Saúde no Trabalho, Lda, desenvolve desde o ano de 2005
Formação Profissional Certificada, disponibilizando a todos os seus clientes
e público em geral ações de formação certificada, passando a partir de
2006 a ser Entidade Acreditada.
Atualmente, a Ambiformed apresenta uma diversidade de oferta formativa
que permite responder às diferentes necessidades identificadas, quer no que
respeita a clientes da empresa, quer no que concerne o público em geral.
Neste momento, e reconhecendo que o nosso país atravessa um período
particularmente difícil, apresentando taxas de desemprego como nunca
antes, bem como dificuldades acentuadas na continuidade de empresas
(especialmente as micro e pequenas que representam a maioria do tecido
empresarial da região Dão Lafões), a Ambiformed aposta cada vez mais em
proporcionar Formação Profissional Certificada Gratuita, oferecendo
dessa forma uma possibilidade aos seus formandos de aumentarem as suas
competências e assim se tornarem peças mais fortes num mercado laboral
tao exigente. Apresentamos de seguida uma breve explicação referente a
este tipo de Formação.
Formações Modulares Certificadas
O que são?
- As Formações Modulares Certificadas são unidades de formação de curta
duração (UFCD), de 25 ou 50 horas, constantes do Catálogo Nacional de
Qualificações.
Objetivos:
- Aperfeiçoar conhecimentos e competências;
- Reciclagem e reconversão profissional;
- Aquisição de conhecimentos necessários à integração no mercado de
trabalho;
Destinatários:
- Adultos ativos, com idade igual ou superior a 18 anos, que pretendam
aperfeiçoar conhecimentos para o desempenho no mercado de trabalho;
- Desempregados
- Adultos que pretendam elevar as suas qualificações e concluir ciclos de
ensino (3º ciclo ou ensino secundário) ou inseridos em processos de RVCC;
Áreas de Formação Disponíveis
341 – Comércio
761 – Serviços de Apoio a Crianças e Jovens
762 – Trabalho social e Orientação
815 – Cuidados de Beleza
814 – Serviços Domésticos
862 – Segurança e Higiene no Trabalho
Documentação de Inscrição:
- Cópia de BI e NIF ou CC
- Certificado de Habilitações
- Comprovativo de situação profissional (empregado ou desempregado)
- Comprovativo de NIB
Funcionamento das ações:
- Horário Laboral ou Pós Laboral
- Nº mínimo de inscritos: 15 formandos
- Pagamento de subsídio de Alimentação €4,27/dia (mediante aproveitamento
no curso e para formação em horário pós laboral).
Para mais informações não hesite em contactar-nos.
Liliane Pimenta
Departamento de Formação Profissional da Ambiformed
Um (outro) olhar sobre
António Nazaré de Oliveira. Nasceu em
S. Pedro do Sul, em 1929. Licenciou-se
em Histórico-Filosóficas, apresentando
como dissertação “Lafões – Subsídios
para a sua História”. No Colégio de S.
Tomás de Aquino, iniciou a sua carreira
docente. Em 1956, foi um dos fundadores
do Colégio de Santos Agostinho, em
Viseu, que dirigiu durante 10 anos. Em
1971, procedeu à instalação e dirigiu a
Escola Preparatória D. João Peculiar, em
S. Pedro do Sul. Após 24 anos no Ensino
Particular, ingressou definitivamente
no Ensino Oficial. Na Escola Secundária
de Emídio Navarro se manteve como
Como avalia os seus tempos de menino?
Nasci em S. Pedro do Sul, no Bairro da
Negrosa. Perto de minha casa, ficava a Escola
e, entre esta e o Hospital, uma vasta área
conhecida por “O Terreiro”.
Casa, Escola, Terreiro foi o triângulo onde,
praticamente, se desenrolam a minha
infância. Nos tempos livres, jogávamos
futebol, quase sempre com a bola de trapos
(às vezes, lá aparecia uma bola de borracha)
jogávamos o pião, a bilharda, o berlinde e
outras brincadeiras da época, permutávamos
cromos de jogadores de futebol, na esperança
de completar a coleção que nos daria uma
bola a sério.
Na transição da infância para a adolescência,
estoirou a Guerra Mundial.
Quando da infância lembranças e imagens
de personagens e factos que já descrevi e
retratei em escritos nos jornais regionais.
Trilhou os caminhos que quis?
Penso que ninguém trilhou plenamente os
caminhos que quis. Não se definem de uma vez
para sempre os caminhos a seguir. É evidente
que é preciso “querer” seguir caminhos. Mas
há que conjugar o que se quer com aquilo
que é possível. A isto se chama realismo. A
vida nos vai mostrando, em cada momento
e circunstância, a diversidade de caminhos e
é aí que entra o nosso querer, mas também
a nossa racionalidade e, feita a escolha, a
nossa persistência. E não podemos esquecer
que os nossos caminhos se cruzam com os
caminhos dos outros.
Pela parte que me toca, procurei trilhar os
caminhos que me propus, nem sempre como
quis, mas como foi possível.
Gosta de ler? O que lê? Qual a obra
literária mais marcante?
Gosto muito de ler e a maior parte da minha
vida tem sido passada a ler, por gosto, por
formação e por profissão.
Na minha adolescência, deliciei-me com Júlio
Dinis, Júlio Verne, Emílio Salgari, Alexandre
Dumas e tantos outros.
Na fase imediata, as minhas leituras alargaram-se: Camilo, Eça, Torga, Aquilino, Vitor Hugo
e muitos outros.
Depois, por razões de formação académica
e profissional, mas sempre por gosto:
Filosofia, História, Psicologia, Sociologia,
Literatura, etc.
Qual a viagem da sua vida? E a que lhe
falta fazer?
A viagem da minha vida foi feita em 1959.
Nessa altura, dirigia eu o Colégio de Santo
Agostinho, em cujo internato tinha comigo
muitos alunos do Ultramar e do Brasil. Entre
eles, três filhos de um casal de portugueses
professor efetivo até à aposentação, após a qual recebeu
do secretário dos Recursos Educativos louvor publicado
no Diário da República “pela elevada formação científica
e pedagógica, permanente disponibilidade, excelente
relacionamento humano, total empenho e elevadíssima
competência profissional”. Culminou a sua ação na Escola
Emídio Navarro, com a investigação da sua História e a sua
publicação em livro, no ano do Centenário. Colaborador
de várias revistas, especialmente da revista “Beira Alta”,
nelas tem deixado variados trabalhos sobre a História da
Região de Lafões. Sobre este assunto tem publicado vários
livros. Nos jornais locais, escreveu variadas crónicas, sob
o título “Coisas e Gentes da Minha Terra”. Pelo conjunto
dos seus trabalhos, foi-lhe atribuído o “Prémio ANIM’ART
2004 – Investigação”
(o marido era Lafonense) radicados no
Brasil. Pela forma como eu e a minha mulher
tratávamos os seus filhos, quiseram oferecer-nos um longo passeio em sua companhia,
um périplo pela Espanha e Norte de África.
Como tínhamos casado há pouco tempo, foi
praticamente uma segunda lua-de-mel. Pelo
significado que tem, considero-a a viagem
da minha vida.
Quanto à segunda parte da pergunta “a
viagem que me falta fazer”, é melhor não falar.
Que manifestação artística mais o
impressiona?
A música. Mas também aprecio muito a
pintura, a escultura e a arquitetura.
Escolha o que mais gosta nestas artes.
Na música, a minha falta de cultura musical
torna-me difícil escolher. Gosto de boa música
clássica, (estou a lembrar-me dos “Coros de
Nabuco”, do “Bolero de Ravel”).
Gosto de música portuguesa dos anos 50/60,
do fado e das baladas, nomeadamente de
Coimbra (estou a lembrar-me do Zeca Afonso,
que foi meu colega).
Na pintura, na arquitetura e na escultura,
um só nome: Miguel Ângelo, com as pinturas
da Abóboda da Capela Sistina, a Basílica de
S. Pedro e a Pietá.
Como se manifesta a sua consciência
ambiental?
Como a de todo o cidadão que tem consciência
de que a vida não se limita à relação com os
outros, mas também à relação do homem
com o ambiente físico, que temos obrigação
de preservar e não degradar, até para que
ele não nos degrade a nós.
O desporto tem lugar na sua vida?
Como todo o jovem, pratiquei desporto.
Fiz parte das equipas de futebol, voleibol e
ping-pong que disputavam os campeonatos
da Mocidade Portuguesa, na qual todo o
estudante era obrigado a estar filiado. No
rio Vouga, praticava natação.
Passado o tempo de estudante do ensino
secundário, nunca mais pratiquei qualquer
desporto, continuei, contudo, a interessar-me por alguns desportos, nomeadamente o
Hóquei em Patins, na transição dos anos 40
para os anos 50, quando Portugal ganhava
em série campeonatos da Europa e do Mundo,
pelo ciclismo, especialmente nos tempos do
Alves Barbosa e do Joaquim Agostinho, e
pelo futebol, que é, praticamente, o único
desporto que, hoje sigo com interesse,
especialmente o Campeonato Nacional e
Seleção quando é chamada à liça.
Qual a sua maior virtude? E o seu maior
defeito?
É difícil responder, porque ninguém é bom
juiz em causa própria. Se virtudes tenho, uma
delas é a honestidade. Quanto a defeitos,
não sei se tenho consciência de todos eles,
que são bastantes. Já tenho cometido erros,
por impulsividade.
Na sociedade atual o que mais o aflige?
E o que lhe dá mais esperança?
Aflige-me tanta coisa! A crise económica e
social, o desemprego, a falta de perspetivas
para a juventude, a decadência de certos
valores morais fundamentais, a corrupção,
e não vale a pena dizer mais.
A minha maior esperança é que os portugueses
não percam a esperança.
Portugal é um país bom para se viver?
O seu belíssimo clima, as suas belezas naturais,
as caraterísticas do seu povo têm feito de
Portugal um país bom para se viver. Mas
já foi melhor. A crise que vivemos agravou
as condições de vida e a tranquilidade e
segurança, que era das coisas melhores que
tínhamos, começam a ser postos em causa,
nomeadamente a segurança de pessoas e
de bens. E o pior é que as condições de vida
tendem a agravar-se, sobretudo devido ao
desemprego.
Mas, olhando à nossa volta, é fácil de ver
que não há paraíso na terra.
Personalidades que mais admira?
De entre os já desaparecidos, é fácil encontrar
muitos: Sócrates (o filósofo) pela sua
honestidade; Aristóteles, pela sua inteligência,
Miguel Ângelo, Leonardo da Vinci, Luther King,
Madre Teresa de Calcutá e tantos outros.
De entre os vivos, prefiro não individualizar.
Admiro aqueles que põem a sua vida ao
serviço dos outros.
Que sonho(s) lhe falta realizar?
O meu maior sonho é que se realizem os
sonhos das minhas duas filhas e do meu neto.
Sente-se realizado no seu trabalho?
As pessoas que se sentem plenamente
realizadas são, em geral, pessoas pouco
exigentes consigo próprias.
Profissionalmente, posso dizer que me
sinto realizado no essencial e até onde me
foi possível. Mas poderia ter feito melhor
algumas coisas. E não fiz tudo o que gostaria
de ter feito, especialmente no domínio da
escrita e investigação histórica. Gostaria de
ter amplificado e unificado a diversidade dos
meus trabalhos numa vasta e abrangente
Monografia da Região de Lafões.
21
Crónica
Meu caro Felimon:
Eu sei!... Eu sei!... Há muito que
não aparecia por estas bandas. Tal como
o meu amigo Felimon, eram bastantes
os que padeciam com a minha ausência
mas eram mais ainda os que andavam
felizes por eu me ter ido embora!
Mas não aconteceu nem uma
coisa, nem outra. Não me fui, mas
também não estive. Não é que não me
faltasse vontade para ambas as coisas
ou para coisa nenhuma mas, pelo andar
da carruage, cá o velhote está como a
Toyota “veio para ficar”.
E perguntam vocês o que me
afastou durante todo este tempo do Ecos?
Pode ser inacreditável mas é
verdade. O que me terá afastado deste
propósito de escrever umas coisitas para
o Ecos? Nada de especial. Ou até foi.
Pensavam uns que andei aos ninhos e
caí por uma ribanceira, lá p’rós lados
da Fonte Rainha. Hum!... Nada disso.
Pensavam outros que andei de caganeira
por ter andado na Quelha do Silva a
abusar dos cagunços. Hum!... Nada
disso. Outros, ainda, julgavam que
desapareci no fogo, lá p´rás bandas
das Cavadas. Hum!... Nada disso. Há
ainda quem tenha pensado que a minha
ausência se deve a culpa do carteiro que
não trazia as cartas que lhe mandava.
Hum!... Nada disso.
Pois ficai sabendo que não apareci,
durante este tempo todo, porque não tive
tempo de aparecer. Andei entretido com
outros afazeres e não houve pachorra
para dizer disparates.
Mas deixemo-nos de intróitos e
caminhemos em direção aos meiilhos e
ao que importa.
Sei que por aí, por essa França
imensa, tudo está pintado cor de rosa.
Mau pintor foi Sarkozy e vai daí, toca
de arranjar quem pintasse melhor. Por
cá não se trata de pintar ou não pintar
o país às cores. Por cá, o importante
20
é fechar as fábricas e as empresas,
aumentar o número de desempregados,
subir impostos e taxas, não ter mão nos
preços (sobretudo nos combustíveis),
reduzir salários e pensões, enfim…
Preocupado não ando. Mas sintome um pouco apreensivo com as últimas
notícias que tenho lido no Correio da
Manhã. Tiros e navalhadas tem sido o
forte do pessoal neste país. Por quase
nada ou coisa nenhuma aqui vai disto.
Mata-se e esfola-se como se se bebesse
um copo d’auga. Balha-me Deus! Aí (ouvi
dizer que em Amiens) tamém andam uns
bravos à solta. Não sei nem imagino o
futuro dos nossos netos mas não vem
aí coisa boa.
Hoje andei no pasto. Andei quer
dizer. Orientei o pessoal porque trabalhar
já não trabalho. Ando à rasca das cruzes
e quase não me indireito. Mas inda
oriento a minha malta. Ponho tudo fora
da cama às seis da matina. E ai daquele
que arrequejar. Não come omolete de
chouriço ao almoço. Aqui, cá em casa,
é assim. E olha que me tenho dado bem
com este sistema. Se não fosse severo
com o pessoal já tinha as terras todas
a monte e, assim, ainda cultivo duas
leiritas. Tenho p´ra lá milho, rapaz!...
Estou a ouvir a sirene de Santa
Cruz. São os bombeiros. Ele cheira-me
a esturro. Rais parta esta bodega. Se
calhar anda o fogo na Boavista. Outra
vez? Fasta raio!
Alguém me chama. Ah!... São
os homens da Junta. Deixa-me lá ir ver
o que se passa. Ora bolas! A betoneira
não funciona!
Meu caro, tenho que me despedir.
Vou desenrascar a malta. Receba abraços
e cumprimentos deste sempre colega e
amigo
José Bernardo (de La Palisse)
Crónica
Actualidade
sul-americana, um som de uma Lisboa
multicultural e, por isso, mais rica.
Iniciativas como a do Programa Aconchego,
da responsabilidade da Câmara Municipal do
Porto, através da sua Fundação Porto Social,
que junta vidas e gera ambiente familiar.
Por cada idoso, que vive só, há um quarto
(quase gratuito), para um jovem estudante
viver. São experiências e conhecimentos que
se trocam, são amizades que se criam, são
um antídoto à solidão dos mais velhos e às
finanças pouco abonadas dos mais novos.
Um exemplo.
É inevitável! Ao falarmos de actualidade
não é possível esquecer o tempo difícil que
vivemos. Austeridade, desemprego, carga
fiscal demasiado pesada, tudo contribui para
uma atitude depressiva nacional. Ao menos
o sol não faltou na data marcada, minorando
os efeitos depressivos da crise, que já não
é só nossa, nem da Irlanda, nem da Grécia.
Os nossos vizinhos espanhóis, os italianos,
qualquer dia os franceses e, quem sabe, os
até agora inatingíveis alemães, todos sofrerão
arrastados por esta tempestade que varre
a zona Euro. Pena que esta Europa não se
defenda, unindo-se! Pena que a classe política
tenha deixado chegar os seus governados
a este nível de endividamento que agora
pagamos com juros usurários.
Por cá o governo procura agora diminuir
a despesa, já que o aumento da receita,
baseada no aumento dos impostos, não
correspondeu às expectativas. A fuga ao
fisco é cada vez mais palpável. Os nossos
emigrantes são os que mais se dão conta
disso. Para quem pede factura o produto
pretendido está esgotado, facto que os
surpreende, por não ser a realidade que
conhecem nos países de acolhimento.
A luta quanto à fraude e evasão fiscal parece
agora mais agressiva. Com o cruzamento de
dados entre as declarações de rendimentos
apresentadas pelas empresas e empresários
em nome individual e os registos bancários
relativos a pagamentos multibanco, a inspecção
fiscal conta apanhar nas suas malhas muitos
dos que recorrem à economia paralela.
1000 novos inspectores são esperados até
ao final do ano.
Simultaneamente o perdão fiscal parcial para
quem fez retornar a Portugal o dinheiro que
18
detinha ilegalmente no estrangeiro – 3,4
mil milhões de € - rendeu ao Estado 258,4
milhões de €.
O estudo sobre as fundações portuguesas,
que rondam as 800, pretendendo a extinção
ou a perda de apoio público relativamente
a cerca de 130, visando uma redução de
custos de 150 a 200 milhões de euros, foi
agora conhecido e é mais uma das imposições
da troika. Independentemente da valia da
maioria das fundações existentes, não é
compreensível que fundações de direito
privado sejam sistematicamente apoiadas pelo
Estado. Então uma fundação não pressupõe
a doação de um património suficiente para
prosseguir o fim para que o seu fundador a
criou? E não compete ao Estado reconhecer
legalmente apenas aquelas cujo fim seja
relevante e cujo património seja adequado?
Mas Portugal não é só o sufoco financeiro,
ou o país onde os arquivos são pouco seguros
(veja-se o caso dos papeis relativos ao negócio
dos submarinos), ou o país com maior rapidez
na obtenção de graus universitários, ou o
país em que se discute, vai para dois anos,
se é mais barato fornecer água engarrafada
aos deputados no Parlamento ou água da
torneira.
Felizmente é muito mais do que isso.
É um país inclusivo, acolhedor, solidário.
Iniciativas como a que resultou na formação
da Orquestra Todos, há cerca de um ano,
composta por 15 músicos, portugueses e
das comunidades estrangeiras em Portugal,
fazem a diferença, transformando o som
de Lisboa, que dão agora a conhecer no
seu primeiro disco, Intendente, (origem do
grupo), numa sonoridade que não é apenas
portuguesa, mas também africana, indiana,
Iniciativas como as de algumas Câmaras
Municipais (25), que dão voz aos munícipes
através dos chamados orçamentos
participativos. Um exemplo recentemente
noticiado é o da Câmara de Cascais,
que convocou os seus residentes para
apresentarem projectos que melhorassem
a vida das pessoas, a serem financiados
pela autarquia até um montante global de
2,1 milhões de €, sendo 300 mil € o valor
máximo por cada um dos 12 seleccionados
pela população (de um lote inicial de 286),
após campanha dos respectivos promotores.
Finalmente a participação portuguesa nos
Jogos Olímpicos – Londres 2012. Apesar
da falta de medalhas – apenas uma de
prata para a dupla Emanuel Silva/Fernando
Pimenta, na canoagem – esta foi a melhor
participação de sempre, em termos de
resultados, designadamente no badminton,
canoagem, ginástica, ténis de mesa, remo,
tiro e equestre. Portugal esteve presente
em 12 provas finais. Nestes 100 anos
de participação portuguesa (iniciada em
1912), Portugal arrecadou 23 medalhas,
apenas mais uma do que o nadador norte
americano Michael Phelps, que agora, aos
27 anos, abandonou as competições, sendo
considerado o melhor atleta olímpico de
sempre, com 22 medalhas, 18 delas de ouro.
E finalmente, finalmente, uma referência ao
Prof. José Hermano Saraiva, que faleceu
a 20 de Julho, com 92 anos de idade. Político
(foi ministro da Educação de Salazar e
Caetano), advogado, professor, embaixador,
mas, sobretudo, um comunicador nato, que
tão bem sabia chegar a casa de todos nós
através dos seus programas televisivos O
Tempo e a Alma e Horizontes da Memória
que, durante tantos anos, nos fizeram
companhia e nos transmitiram conhecimento.
Fica a saudade, fica a memória.
NG
19
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