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Podcast – Pr. Marco A. Peixoto
Adoração diante da dor
Pr. Marco A. Peixoto
Jó, o homem mais rico da terra em seu tempo, possuía uma família numerosa e feliz. Deus
o amava e o via como uma pessoa íntegra, que sempre se desviava do mal. Satanás quis,
então, desafiar essa integridade, e Deus, porque conhecia seu servo, permitiu que o diabo
provocasse uma grande tragédia na vida de Jó, inclusive com a morte de seus filhos.
Aqui vemos um homem que mesmo diante da dor e de uma tragédia imensa não pecou
contra o Senhor nem Lhe atribuiu falta alguma. Se durante os dias de fartura, saúde e
prosperidade Jó revelou-se um homem íntegro e fiel a Deus, no dia da angústia ele
demonstrou o quanto O temia, pois, em meio a lágrimas de dor e gemidos na alma, foi
capaz de render-se aos pés do Senhor e bendizer o Seu nome.
“Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e, lançando-se em terra,
adorou; e disse: nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o
tomou; bendito seja o nome do Senhor.’’ (Jó 1: 20-21)
Que homem de Deus! Esse é o padrão de fé que deveríamos ter em nossos dias! Quantos
de nós, em situações semelhantes, conseguiríamos não reclamar e, mais do que isso, tirar
do peito palavras de adoração a Deus?
É claro que, como ser humano, Jó expressava sua dor e angústia diante das perdas. Mas
vamos lembrar que, no tempo de Moisés, foi em meio a privações e perigos do deserto que
o povo de Israel murmurou contra Deus. Porém, Jó, mesmo tendo perdido bens,
empregados e todos os seus filhos num único dia, foi capaz de adorar a Deus com o rosto
no chão, num gesto repleto de humildade diante daquele que é o Senhor da vida.
Todos podemos nos sentir entristecidos e angustiados diante da perda de quem amamos,
de algo importante que nos foi tirado ou mesmo frente às dificuldades diárias que
enfrentamos. Jó também sofreu muito. Quem não sofreria? O próprio Jesus, prestes a ser
crucificado, revelou sua agonia no Getsêmani, confessando que sua alma estava
profundamente triste — triste até a morte.
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Mas a despeito das tragédias que atingiram a vida de Jó, ele em momento algum foi
tomado pela amargura nem blasfemou contra o Senhor. Essa atitude traz uma grande lição
para nós, pois revela a grande diferença desse homem em relação aos seus (pretensos)
amigos, que interpretaram aqueles acontecimentos como prova de que Jó não era o
homem que todos pensavam ser. E quando, após ter passado por tantas perdas, Jó caiu
em terra, não foi para murmurar e blasfemar contra Deus, e sim para adorá-Lo.
Jó havia perdido tudo, estava nu, desprovido de suas riquezas e sem a presença e o amor
de seus filhos. Mas ele não olhou para sua carência e nudez com ressentimento e
amargura: ele percebeu a mão soberana de Deus no controle de sua história.
A atitude de Jó nos ensina que podemos passar por grandes dificuldades e angústias na
vida, mas, se formos fiéis ao Senhor, um dia voltaremos aos braços amorosos do nosso
criador. Afinal, o que nos aguarda é a vida eternal! E a vida eterna ninguém pode tirar de
nós! Glória a Deus por isso!
Jó estava consciente de que tudo que possuía era fruto da graça divina, e, por essa razão,
permanecia fiel ao Senhor, independentemente de suas perdas e de seu sofrimento.
Assim, Jó pôde resistir às adversidades malignas, usando armas poderosíssimas: a
adoração e o reconhecimento quanto à sabedoria divina, na qual depositou toda a sua
confiança — ele sabia que Deus dá e tira segundo a Sua soberana vontade. Então Jó O
adorou e reconheceu como Senhor absoluto, que sabe e vê todas as coisas.
Diante da dor, das perdas e de todas aquelas situações que não compreendemos,
devemos aprender a confiar no amor de Deus por nós. Portanto, quando você estiver
passando por momentos de privações e o sofrimento invadir seu coração, não murmure,
não se desespere nem blasfeme contra o Senhor! Apenas confie!
Muitos têm sido aprisionados pelos laços da murmuração. Vivem insatisfeitos, malhumorados, queixando-se de tudo. Se lhes perguntamos como estão as coisas, sua
resposta é uma listagem enorme de queixas.
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Não permita que a murmuração algeme a sua alma, tome conta de sua vida, impedindo
você de louvar e bendizer o nome de Jesus! Não permita que dos seus lábios saiam
lamúrias e queixas sem fim. Não permita que a falta de confiança em Deus tome conta de
sua vida. Louve, adore ao Senhor em todas as circunstâncias!
Deus não ficou indiferente, passivo ou alheio às agonias de Jó e estava ao seu lado
enquanto ele atravessava o seu ‘‘vale’’. Da mesma forma, Deus está com você quando
você enfrenta seus próprios vales de incerteza e dor. Nunca se esqueça de que nesses
momentos podemos caminhar seguros, pois Deus não nos abandona em momento algum.
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4 Texto Pastor Marco Peixoto