1 ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS: ESTUDO DE CASO ÚNICO. ¹Flavia Joana Teixeira Candiotti, ²João Ricardo Coelho ³Euclides Reame Junior ¹,²Acadêmicos do Curso de Tecnologia em Logística da Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antônio Seabra - Fatec, Lins-SP, Brasil ³Docente do Curso de Tecnologia em Logística da Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antônio Seabra - Fatec, Lins-SP, Brasil. RESUMO Os medicamentos são produtos que exigem cuidados especiais desde a sua fabricação até a sua dispensação para o consumidor final. Por isto seus processos produtivos como manuseio, recebimento, armazenagem, distribuição e transporte devem ser monitorados por estarem ligados a minimização de custos e ao nível de serviço prestado ao cliente. Este trabalho tem por objetivo descrever o processo logístico de armazenagem de uma distribuidora de medicamentos bem como sua forma de compra. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o tema e um estudo de caso com abordagem descritiva, buscando demonstrar desde o momento inicial do pedido até o momento em que o mesmo é estocado, passando por todas as fases e com o objetivo de entender e posteriormente descrever todo o processo de armazenagem de medicamentos. O instrumento de pesquisa foi um questionário aplicado. Palavras-chave: Medicamentos. Processo logístico. Armazenagem. ABSTRACT Medicines are products that require special care since its manufacture to its availability to the consumer. Therefore their production processes like handling, receiving, warehousing, distribution and transportation should be monitored since they are linked to minimize costs and the level of customer service. This paper aims to describe the logistical process of storing a distributor of drugs and their way of shopping. A literature search on the topic and a case study was performed with descriptive approach, seeking to demonstrate from the initial request until the moment in which it is stored, through all stages and in order to understand and then describe any the process of storing medicines. The research instrument was a questionnaire. Keywords: Medicines. Logistical process. Storage. 1. INTRODUÇÃO Hoje no Brasil vem sendo observado um crescente avanço exponencial da logística não só na área do transporte, mas também em tudo o que se abrange a este tema como na armazenagem e na forma de distribuição dos produtos. A armazenagem de medicamentos é uma das etapas de suma importância de todo o processo produtivo deste ciclo logístico e requer alguns cuidados a mais sobre os outros tipos de produtos. O processo de armazenamento tem por objetivo garantir que os medicamentos sejam estocados nas qualidades necessárias para o seu manuseio e entrega da maneira correta e garantir sua disponibilidade na forma em que se necessita. O armazenamento feito de 2 modo inadequado pode afetar a qualidade dos medicamentos gerando problemas de intoxicação ao usuário final como também alguns custos financeiros pela perda destes. Por isto dá-se a importância de se ter um profissional farmacêutico responsável por essa área para garantia da qualidade do medicamento. Para se trabalhar com este tipo de produto deve-se requerer autorizações especiais, bem como cumprir as legislações vigentes para todo o processo, como para o seu manuseio e compra. Todo o local deve ser devidamente avaliado inclusive as variações de temperaturas para que a guarda dos medicamentos possam estar de acordo com o solicitado em cada tipo de produto para que não haja avarias ou alterações químicas dos mesmos. Este trabalho tem por objetivo descrever o processo de armazenagem de medicamentos, desde o momento em que é feito o pedido até quando o mesmo é estocado. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e um estudo de caso único, com a abordagem descritiva em uma distribuidora de medicamentos. O instrumento de coleta das informações foi um questionário com perguntas abertas. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 A ciência logística Na sua origem, o conceito de logística estava ligado às operações militares. Porém, ela sofreu uma expressiva evolução. Gerencialmente era tratada apenas com a função de transportar e armazenar materiais. Mas hoje atua em todo gerenciamento da cadeia de suprimentos. De acordo com Novaes (2007): Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. (NOVAES, 2007, p 35). O mesmo autor explica que o papel da logística nesse novo cenário está muito ligado ao produto, pois é função dela garantir que o consumidor receba o que necessita no tempo certo e com valor acessível. Para Ballou (2010) essa mesma logística estuda como a administração desses processos pode conseguir melhor desempenho nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, visando facilitar o fluxo de produtos. Segundo Hara (2011) a logística é a gestão de fluxos entre marketing e produção, e a separa em três subsistemas: logística de entrada, interna e saída. Ainda o mesmo autor define que cabe ao gestor de logística a programação, sequenciamento e implantação de atividades destinadas à movimentação e armazenagem de materiais. A logística, assim como toda outra área do conhecimento das ciências socialmente aplicadas tem que ser gerenciada de forma correta e eficiente para desta forma atingir seus objetivos. Em sua estrutura, há dois grupos de atividades funcionais. São as atividades primárias e as de apoio. 2.2 Grupo de Atividades A logística, para ser bem operacionalizada está dividida em dois conjuntos de atividades. São elas: atividades primárias e de apoio. Segundo Ballou (2010), as atividades primárias são: transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos; as atividades de apoio são: armazenagem, manuseio de materiais, embalagem de proteção, obtenção, programação de produtos e manutenção de informação. 3 2.2.1 Transporte Segundo Caixeta-Filho e Martins (2011) o transporte é uma das principais funções logísticas, além de representar a maior parcela dos custos logísticos na maioria das organizações. O seu bom funcionamento está ligado diretamente à satisfação do cliente. Portanto, é um ramo da logística que envolve a escolha do melhor modal de transporte, para transportar o maior número de mercadorias, com o mínimo custo e menor tempo possível. 2.2.2 Manutenção de estoques O estoque exerce um papel de grande importância dentro de uma empresa. É ele que mantém todas as matérias necessárias para a continuidade da produção, tornando-se essencial em uma gestão eficiente. Segundo Dias (2009) é necessário muito cuidado na manutenção de estoque, pois pelo simples fato de apenas aumentá-lo, isto não irá representar um lucro maior. Ele deve atender a demanda sem que haja parada e excesso na produção, que acabará ocasionando custos elevados para a empresa. 2.2.3 Processamento de pedidos Mesmo não tendo um custo elevado como as outras atividades primárias, está relacionado diretamente ao nível de serviço ofertado aos clientes, por isso é de extrema importância para o processo logístico. Segundo Arnold (2009) o processamento de pedidos representa várias atividades incluídas no ciclo do pedido do cliente. São elas: a preparação, a transmissão, o recebimento, a expedição do pedido e o relatório da situação do pedido. 2.2.4 Armazenagem Para Rodrigues (2011) armazenagem é o gerenciamento eficaz do espaço, de modo adequado e seguro, para a guarda de mercadorias que serão movimentadas, de forma rápida e fácil e que atendam as características dos produtos que ali serão armazenados. Ainda segundo o mesmo autor antes de aceitar uma contratação de um lote a ser armazenado, é preciso analisar a área, para saber se esta terá condições físicas para o armazenamento do produto. É necessário fazer a utilização de métodos modernos para que se torne possível o gerenciamento deste espaço de maneira eficiente, pois para cada produto diferente haverá uma necessidade de um armazenamento específico e apropriado. 2.2.5 Manuseio de Materiais Segundo Pozo (2010) manuseio de materiais, refere-se à movimentação dos produtos no local de armazenagem. Participa desde o processo de recebimento do item, incluindo a sua movimentação interna dentro do armazém, até a o momento de saída deste. 2.2.6 Embalagem de proteção A embalagem torna-se importante por proporcionar a movimentação dos produtos de modo a protegê-los e não danificá-los. Meirim (2005) explica que sobre o ponto de 4 vista logístico, uma embalagem deve permitir que os produtos sejam movimentados sem quebras ou avarias. Deve otimizar o espaço de armazenagem e facilitar o seu manuseio. 2.2.7 Obtenção A atividade de obtenção tem papel fundamental na logística, por representar boa parte dos custos, exigindo o bom funcionamento dessa operação. Se esta atividade não funcionar bem, poderá ter um aumento expressivo no custo de aquisição, ou caso a aquisição seja realizada em quantidades superiores as necessárias, teremos um aumento do custo de estoque. Segundo Pozo (2010) o suprimento é uma área de apoio logístico que auxilia no processo de compras para que o produto fique disponível no momento em que se necessita. 2.2.8 Programação de produtos Para acionar as atividades de produção e aquisição é necessário se ter um planejamento das quantidades a comprar e produzir. Segundo Arnold (2009) o planejamento e controle da produção analisam para cada produto, a previsão de demanda do mercado, as quantidades disponíveis em estoque e a capacidade produtiva instalada e disponível. 2.2.9 Manutenção de informação Segundo Pozo (2010) o sistema de informação é o que fará com que a logística obtenha bons resultados dentro da empresa. Obtendo sempre as informações necessárias sobre o rendimento da empresa se conseguirá um processo de dados estruturado para que esse sistema seja uma base de apoio para uma boa administração da organização. 2.3 BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS Segundo o Ministério da Saúde (1998) na armazenagem de medicamentos, os distribuidores dos produtos farmacêuticos devem obedecer ao manual “Boas Práticas de Fabricação e Controle de Produtos Farmacêuticos e Farmoquímicos” e também as indicações do fabricante do produto para que este se mantenha integro até o final da validade. O manual diz que os medicamentos com necessidades de armazenamentos especiais devem ser identificados rapidamente e serem armazenados conforme instruções do fabricante e da legislação vigente. Ainda conforme o mesmo manual é relatado que os medicamentos que forem encontrados contendo violação das embalagens ou com qualquer risco de contaminação dos mesmos devem ser separados imediatamente dos demais para que não sejam comercializados por engano. Todas estas operações devem ser registradas e arquivadas de modo que mantenha a integridade da empresa. Portanto, é indispensável que o ciclo logístico farmacêutico (aquisição, programação, armazenamento, distribuição e dispensação) onde se vise à área de armazenagem, tenha qualidade e planejamento adequado para disporem de medicamentos no momento certo, na quantidade certa e principalmente nos requisitos de qualidade necessários para que se atenda corretamente ao pedido do cliente. 5 2.3.1 Áreas de armazenamento Para Junior e Macedo (2012) as áreas de armazenamento devem ter capacidade suficiente para possibilitar o estoque ordenado de várias categorias de materiais e produtos, como: matérias-primas; materiais de embalagem; produtos intermediários; a granel e produtos terminados, em sua condição de quarentena; aprovado; reprovado, devolvido ou recolhido. Nas áreas de recepção e expedição os materiais devem ser protegidos das variações climáticas. As áreas de recebimento devem ser projetadas e equipadas permitindo que os recipientes de materiais recebidos sejam limpos antes de serem estocados. Segundo o Ministério da Saúde (1990) o pessoal envolvido na estocagem de medicamentos, tanto no seu manuseio, como no seu controle, devem possuir conhecimento e experiência para o trabalho ao qual se propõem. A chefia do almoxarifado deve ser exercida por um farmacêutico, por ser exigida perante a legislação específica tal responsabilidade pela guarda dos medicamentos. O farmacêutico responsável deve receber de seus superiores todo o apoio necessário para um trabalho eficiente, como exigem as boas práticas de estocagem de medicamentos. Tal apoio traduzir-se-á na autoridade e nos meios adequados que cada um deverá ter na esfera de suas atividades, para exercer efetiva e responsavelmente suas tarefas, recebendo os materiais e o pessoal necessário. Segundo Junior e Macedo (2012), durante a armazenagem é obrigatória à realização do controle da temperatura e umidade, registrada em planilha própria e arquivada na empresa. Atualmente podem ser encontrados no mercado sistemas e aparelhos que fazem o controle e armazenagem dos dados, inclusive com sistemas de alarmes que comunicam eventuais desvios a todos responsáveis pelo processo, para que as medidas corretivas sejam tomadas sem comprometer a qualidade dos produtos armazenados. Conforme a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (2003) foi definida algumas considerações gerais: Devem ser estocados sobre estrados, prateleiras, em local que não receba a luz direta do sol; Os medicamentos sujeitos a Controle Especial devem seguir a legislação e serem estocados em locais próprios. Produtos termolábeis devem ser estocados no refrigerador, com controle de temperatura; Ordenar os produtos conforme nome genérico, lote e validade; Afixar em local visível o nome do produto, nº do lote, prazo de validade. Se houver recebimento de dois lotes diferentes do mesmo produto, identificar e estocar separadamente; Não estocar medicamentos diferentes no mesmo estrado ou prateleira, assim, evitam-se possíveis trocas na hora da expedição; Materiais passíveis de quebra (frascos e ampolas) devem ser guardados em locais que são menos expostos a ocorrência de acidentes; Estocar rigorosamente por lote e por prazo de validade. Os medicamentos com datas de validade mais próximas deverão ficar à frente, para que sejam distribuídos primeiramente. 2.3.2 Instalações e equipamentos da empresa Para o bom funcionamento desse tipo de empresa, toda sua estrutura deve ser rigorosamente avaliada. Segundo, Junior e Macedo (2012) até a área externa deve estar 6 sempre limpa e sem acúmulo de lixo ao redor da empresa, para evitar a proliferação e infestação de insetos e roedores. De acordo com a 1ANVISA (2003) as instalações dos distribuidores farmacêuticos devem ser localizadas, projetadas, construídas, adaptadas e mantidas de forma que sejam adequadas às operações a serem executadas. Seu projeto deve minimizar o risco de erros e possibilitar a limpeza e manutenção, evitando assim a contaminação cruzada, o acúmulo de poeira e sujeira ou qualquer efeito adverso que possa afetar a qualidade dos produtos. Devem possuir também ambientes que quando considerados em conjunto com as medidas destinadas a proteger as operações de fabricação, apresentem risco mínimo de contaminação dos materiais ou produtos neles manipulados. 2.3.3 Separação Para Junior e Macedo (2012), é necessário certificar-se de que os colaboradores da área de separação estejam tomando o devido cuidado que a atividade requer, como: Verificar se a movimentação de pessoas está sendo feita com cautela, a fim de evitar avarias ou enganos no momento de identificação e separação do produto; Verificar se os recipientes utilizados para separação estão totalmente limpos e nunca sendo utilizados acima da sua capacidade de peso, volume e altura. Uma das causas frequentes de avarias dá-se pela inobservância deste item; Certificar-se de que no momento da separação produtos como xampus, cremes, géis, emulsões, gotas, xaropes e líquidos em geral, estejam sendo conduzidos sempre na posição vertical (em pé) para evitar vazamentos e contaminação de outros produtos. 2.3.4 Recebimento de mercadorias Conforme o Ministério da Saúde (1990), o recebimento dos produtos farmacêuticos tem de ser feito em local especifico, devidamente identificado e separado das demais áreas. O espaço deve ser amplo e adequado ao recebimento das mercadorias, com iluminação e ventilação corretas e área protegida dos raios solares e chuvas. O primeiro ponto a ser verificado no momento do recebimento é se a entrega da mercadoria corresponde ao pedido encaminhado ao fornecedor, para evitar que produtos não desejados ou que não demandem comercialização sejam adquiridos. Estando de acordo, primeiramente o Farmacêutico ou o colaborador capacitado deverá examinar as condições do veículo e acondicionamento da mercadoria para garantir que apenas produtos transportados em condições adequadas possam ser recebidos. Outra atenção que deve se tomar, é em relação às embalagens. Elas devem ser averiguadas de acordo com o artigo 3 da Portaria 802 de 1998, segundo os itens abaixo: Nome de produto farmacêutico – nome genérico e comercial; Nome e endereço completo do fabricante/ telefone do serviço de atendimento ao consumidor; Nome do responsável técnico, número de inscrição e sigla do Conselho Regional de Farmácia; Número do registro no Ministério da Saúde conforme no Diário Oficial da União, sendo necessários somente os nove primeiros números; Data de fabricação; Data de validade; Número de lote e a que unidade pertence; 1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária 7 Composição dos produtos farmacêuticos; Peso, volume líquido ou quantidade de unidades, conforme o caso. Segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária (1998) os produtos sujeitos a controles especiais, que são aqueles que agem no sistema nervoso central podendo causar dependência física ou química, deverão ser imediatamente identificados e destinados a local exclusivo trancado por chaves, separado das demais áreas e sob a responsabilidade do farmacêutico, com entrada restrita de funcionários. Deverão ser embalados, conferidos e acondicionados aos outros pedidos. Depois de embalados deverá conter a identificação do número de pedido do cliente. 2.3.5 Qualificação dos fornecedores e produtos O Ministério da Saúde (1998) explica que a qualificação dos fornecedores é fundamental para que o armazenador se certifique de que o processo de aquisição está sendo feito conforme determina a legislação: diretamente do detentor do registro do produto, e que esta empresa esteja autorizada e seus produtos sejam legalmente registrados no País. Neste contexto o farmacêutico deve se relacionar com o Departamento de compras/suprimentos de forma a avaliar cada fornecedor contratado, bem como os produtos a serem adquiridos desses fornecedores. Os fornecedores legalmente habilitados para vender produtos farmacêuticos devem possuir Certidão de Regularidade Técnica emitida pelo CRF (Conselho Regional de Farmácia) ou órgão responsável pela categoria do profissional competente, Licença Sanitária, possuir a AFE (Autorização de Funcionamento da Empresa), incluindo Autorização Especial (quando comercializarem medicamentos controlados). Além do Certificado de Boas Práticas de Fabricação da ANVISA válido. Todos os produtos devem estar regularizados junto à ANVISA. A regularidade dos produtos consiste no registro, notificação e cadastro, conforme a exigência determinada em legislação sanitária especifica para cada categoria de produto. É necessário que o distribuidor possua um Banco de Dados com documentação de cada fornecedor, garantindo que somente produtos de laboratórios autorizados sejam distribuídos, tendo assim a tranquilidade de não incorrer em fraude e contrabando de medicamentos. Segundo Junior e Macedo (2012), além da análise da documentação do fornecedor, o distribuidor também pode implantar em seu procedimento de qualificação de fornecedores uma lista de itens para averiguação das instalações dos fabricantes de forma a certificar-se de que ele atende às boas práticas de fabricação dos produtos, solicitando as adequações necessárias, bem como qualquer outro critério que julgar necessário pela empresa para garantir a origem e qualidade dos produtos adquiridos. 2.3.6 Qualidade dos medicamentos A garantia da qualidade, eficácia e segurança dos produtos farmacêuticos são baseadas nas diretrizes das Boas Práticas de Fabricação da indústria farmacêutica, entretanto o controle sanitário só é eficaz se abranger toda cadeia de medicamentos. A não observância nas condições adequadas para conservação armazenagem e transporte pode produzir deterioração física ou decomposição química do produto, resultando na alteração no período de validade do produto pela diminuição de sua atividade ou pela formação de produtos de degradação nocivos à saúde. Para a fabricação de medicamentos, um sistema de garantia de qualidade deve assegurar que todos os requisitos das BPF (Boas Praticas de Fabricação) sejam cumpridos, com relação ao desenvolvimento, produção, controle de qualidade, definições de responsabilidades e 8 realização dos controles necessários nas diferentes fases do processo produtivo. Deve assegurar também que os equipamentos estejam calibrados e os processos todos validados, que o pessoal seja treinado e qualificado, além de possuir um sistema de logística que garanta que os insumos e os medicamentos sejam armazenados, distribuídos e manuseados de modo que a qualidade seja mantida durante todo o prazo de validade dos mesmos. Além disso, é importante a realização de auto-inspeções regulares, que avaliem a efetividade do cumprimento do sistema de garantia da qualidade. A qualidade dos medicamentos é formada de forma contínua e tem base nas matérias primas e ingredientes de qualidade, além do controle contínuo dos processos de fabricação e controle no medicamento terminado através de análises. Ruiz e Osório (2008) explicam que para realizar o controle contínuo do medicamento no processo de fabricação, é necessário uma análise das características ao longo de um determinado período. As características citadas por esses autores são: composição, peso, volume, aparência, cor e uniformidade. Qualquer desvio deve ser identificado, para que ações preventivas e corretivas sejam adotadas, evitando a fabricação de produtos fora das especificações recomendadas. 2.3.7 Medicamentos termolábeis Corsini (2013) define os medicamentos termolábeis como produtos sensíveis a condições extremas de temperatura, e que se forem expostos a tais temperaturas podem danificar suas propriedades farmacológicas e seu efeito desejado. Enquadram-se nesse grupo os medicamentos utilizados na prevenção e cura de doenças crônicas como vacinas, ontológicos, insulina e outros. Ainda segundo o mesmo autor, a armazenagem e transporte desses medicamentos devem ser rigorosamente monitorados e é necessário seguir o sistema de gestão de qualidade definido pelas boas práticas de transporte, realizando o monitoramento da carga por um farmacêutico em conjunto com os funcionários para garantir que a estabilidade do medicamento e de seu controle sejam realizados anteriormente a entrega do medicamento ao usuário final. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (2003) é definido como deve ser feita a armazenagem desse tipo de medicamento: Os almoxarifados devem dispor de câmaras frias, refrigeradores com temperatura controlada entre 2º e 8ºC, com registro diário; A estocagem deve ser feita separadamente, por lote e prazo de validade, com registro de todas as retiradas; As retiradas devem ser programadas visando diminuir as variações internas de temperatura; Os refrigeradores devem ser mantidos limpos e arrumados, e devem ser utilizados somente para medicamentos. Não devem ser acondicionados alimentos e nem bebidas. Essas recomendações ainda são complementadas pelo Ministério da Saúde (1990) onde diz que: O local de estocagem deve manter uma temperatura constante, ao redor de 20ºC. As medições de temperatura devem ser efetuadas de maneira constante e seguras, com registros escritos; Deverão existir sistemas de alerta que possibilite detectar defeitos no equipamento de ar condicionado para pronta reparação. 9 2.3.8 Licitação Meirelles (2002) define licitação como um procedimento administrativo pelo qual a administração pública realiza os contratos de seu interesse. Através destes contratos é que serão selecionadas as propostas mais benéficas, e esse procedimento é desenvolvido através de uma sequência de atos vinculantes para a administração e licitantes, o que proporciona equivalência em oportunidade a todos os interessados pelo certame, atuando assim como fator de eficiência e moralidade nos negócios públicos. A Lei 8.666/93 da Constituição Federal que estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito da Administração Pública dispõe que as licitações deverão seguir os princípios básicos da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório e julgamento objetivo. Legalidade: Agir de acordo com a lei, ou seja, fazer tudo que a lei permite levando em conta o interesse público. Impessoalidade: Não pode existir discriminação, deixando claro que no procedimento licitatório, sejam todos os participantes dele tratados com absoluta neutralidade. A administração deve servir a todos, sem preferências ou aversões pessoais ou partidárias. Igualdade: Implica o dever não apenas de tratar isonomicamente todos os que participarem do processo, mas também o de dar a oportunidade de disputá-lo a quaisquer interessados. É proibida por lei a existência de cláusulas ou condições capazes de frustrar ou restringir o caráter competitivo da licitação Publicidade: Impõe que os atos e termos da licitação sejam efetivamente expostos ao conhecimento de quaisquer interessados. É um dever de transparência em prol de qualquer cidadão. Esse princípio ganhou mais espaço com a Lei 12.527/2011 de Acesso á informação que colocou como exceção o sigilo e não o contrário como era praticado. Moralidade: O procedimento licitatório terá de se desenrolar na conformidade de padrões éticos prezáveis. A licitação deve ser norteada pela honestidade e seriedade, de parte a parte. Probidade Administrativa: O processo de licitação deverá ser conduzido em obediência a moralidade, mas também as exigências de lealdade e boa-fé. Vinculação ao Instrumento Convocatório: obriga a Administração a respeitar estritamente as regras estabelecidas para disciplinar o processo. O edital é a lei interna da licitação. Julgamento Objetivo: O julgamento das propostas será objetivo. Sendo de competência da Comissão de licitação realiza-la em conformidade com os tipos de licitação e com os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório. 3. METODOLOGIA Foi realizada neste artigo uma pesquisa bibliográfica, que segundo Severino (2008) é aquela que se realiza através de registro de pesquisas anteriores, em todo tipo de documento. Utiliza-se de dados teóricos já trabalhados por outros pesquisadores e que estejam devidamente registrados. Também foi feito um estudo de caso com abordagem descritiva, por demonstrar o funcionamento de uma distribuidora de medicamentos, desde a compra até a entrega para seus clientes, passando por todas suas fases e com o objetivo de entender e posteriormente descrever todo o processo de armazenagem de medicamentos. Como explica Vergara (2000 p.47), “a pesquisa descritiva expõe as 10 características de determinada população ou fenômeno, estabelece correlações entre variáveis e define sua natureza.”. Yin (2005, p. 32) “define o estudo de caso como uma investigação empírica de um fenômeno contemporâneo dentro de seus contextos da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos”. O instrumento de pesquisa utilizado foi o de questionário semiestruturado. Assim, os entrevistados falam de maneira mais aberta sobre o funcionamento da parte de distribuição de medicamentos, como complementa ALENCAR (2000), que aponta vantagens nesse tipo de questionário, sendo fundamental que o entrevistado manifeste suas opiniões, pontos de vista e argumentos. 4. ESTUDO DE CASO 4.1. Descrição da empresa estudada A empresa estudada é uma estatal e está situada no interior de São Paulo. Uma das atividades realizadas por ela é a distribuição de medicamentos e insumos farmacêuticos. 4.2. Organograma A empresa estudada conta com cerca de 100 (cem) colaboradores, sendo que as áreas em destaque nesse estudo são finanças e saúde. Conta com 17 e 3 colaboradores respectivamente para cada setor. 4.3. Critério na escolha da empresa estudada A empresa foi escolhida por atender mais de setenta mil clientes na região noroeste do estado. Ela conta com mais de 100 colaboradores de forma direta. Além disso, possui mais de 200 tipos de medicamentos em estoque e cerca de 40 insumos farmacêuticos, cada um com sua especialidade. Realiza vários tipos de armazenamento e atende a todas as suas necessidades, assim como as variações de temperatura e estrutura para cada caso. 11 4.4. PROCESSO DE ARMAZENAGEM 4.4.1. Compra de medicamentos O processo de compra dos medicamentos começa com a necessidade das suas filiais. Elas passam até a central, onde são definidos quais, e quantos medicamentos serão adquiridos. A aquisição é efetuada através do pregão eletrônico que é realizada pela Coordenadoria de Saúde. Através desse pregão se cria Ata de Registro de preços, que é elaborada por esses órgãos cuja validade dessa ata é de 01 (um) ano, a partir da data da publicação no Diário Oficial do Estado. As filiais que irão utilizar da Ata de Registro de preços, constam na relação do Edital de Licitação. Cabe aos órgãos participantes verificar qual é o preço mais vantajoso para a Administração e efetuar a aquisição através de nota de Empenho (documento oficial do Estado), emitido pelo Setor de Finanças no Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro - 2SIAFEM - através do qual a despesa é contabilizada. Somente após a emissão deste documento o requisitante está apto a adquirir produtos ou contratar os serviços solicitados no Pedido de Empenho. Os pedidos dos medicamentos são efetuados trimestralmente pelas filiais subordinados a esta Central. O 3lead-time da entrega de medicamentos conta com cerca de 30 (trinta) dias desde o inicio do Pregão até o Registro de Preços, e um prazo de entrega de 15 (quinze) dias após a emissão da Nota de Empenho. As filiais também podem fazer a licitação e comprar os medicamentos à parte. Porém, na maioria das vezes, o método utilizado é a compra efetuada pela Central, pois como é solicitada sempre grande quantidade, os preços são reduzidos nos processos de licitações. 4.4.2. Recebimento na unidade As entregas chegam à subportaria, onde são conferidos o 4CNPJ e o prazo de entrega. Após a conferência, a entrada da mercadoria dentro da empresa é permitida e segue para o subsetor do almoxarifado. Nesta etapa, o almoxarifado analisa se valores e quantidades da nota fiscal conferem com o empenho feito na licitação desse produto. Podendo assim, dar prosseguimento no processo de recebimento. São verificados os medicamentos e insumos para saber se correspondem às especificações de cada produto, garantindo assim, qualidade e quantidade exata, de acordo com o estabelecido e contido na nota fiscal. 4.4.3. Armazenagem As áreas dos medicamentos e insumos farmacêuticos são separadas, contendo para o armazenamento dos medicamentos 100m² e de insumos 48m². Na área de recepção e expedição os materiais são protegidos das variações climáticas, o que permite que eles sejam recebidos em perfeito estado para serem estocados. A equipe envolvida na estocagem dos medicamentos, como no seu manuseio e controle, possui conhecimento e experiência para o trabalho ao qual se propõem. A chefia do almoxarifado é exercida por um profissional de logística. A empresa não conta com um farmacêutico responsável. 2 Sistema de Administração Financeira para Estados e Municípios; Tempo do processo. 4 Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. 3 12 Como recomendado por Junior e Macedo (2012), durante a armazenagem é obrigatória à realização do controle da temperatura e umidade que são registradas em planilhas próprias e arquivadas na empresa. Porém nesse caso, esse procedimento não é realizado. 4.4.4. Controle de estoque Por se tratar de uma empresa estatal o controle do estoque é feito por sistemas próprios do governo. São utilizados dois tipos de sistemas: o SIAFEM, usado apenas para as transferências contábeis. O 5SAM que foi recentemente implantando no órgão estatal. Foi desenvolvido especialmente para os diversos órgãos da administração pública do Estado de São Paulo e é integrado ao sistema da administração financeira. Utiliza a estrutura organizacional do SIAFEM, que trata da movimentação contábil e física dos produtos em estoque. Os relatórios de saídas, entradas e transferências são feitos mensalmente, sujeitos a conferência pelo Órgão da Secretaria da Fazenda que é responsável pela receita e despesa do Estado. Esse órgão exerce a função de tesouraria das finanças estaduais e realiza primordialmente as funções de controlar as arrecadações de tributos e controlar as despesas do Estado. Os valores dos dois sistemas devem ser iguais ao relatório que é feito mensalmente. Esse controle de estoque é realizado por 3 (três colaboradores). 4.4.5. Distribuição São dois os funcionários designados para essa área. Cada um recebe treinamento de 1 (um) mês para exercer essa função. Esse treinamento acontece sem a presença de farmacêutico responsável. Feito em local amplo, os colaboradores tem total controle para que a separação seja feita com cautela, evitando assim, avarias ou enganos no momento da identificação e separação do produto. Neste treinamento, cada um recebe informações sobre os nomes dos produtos, os locais onde estão armazenados e sobre a diferença de manuseio para cada tipo de produto (medicamento ou insumo farmacêutico). 5. CONCLUSÃO Foi observado o processo de logística com foco nas boas práticas de armazenagem em uma distribuidora de medicamentos e insumos farmacêuticos. Com isto concluiu-se que a logística farmacêutica é uma das áreas mais delicadas, pois envolve diretamente a saúde de seus clientes. As empresas deste ramo procuram conciliar um negócio lucrativo, sem a perda da qualidade. Foi realizada uma análise descritiva sobre a forma de atuação de uma distribuidora, sem propor intervenções para a realização de suas atividades. Analisando todos os processos desta distribuidora, foi identificado que o processo de compras se inicia com a necessidade dos clientes que são registrados em todas suas filiais espalhadas pela região. A distribuidora trabalha com compra centralizada, este procedimento otimiza o tempo de entrega, pois, é feita apenas para a central evitando mais deslocamentos e aumento no custo de frete. Como resultado identificou-se que o tipo de compra realizado pela distribuidora é vantajoso, pois reduz o valor unitário pago na aquisição dos medicamentos e insumos farmacêuticos. Porém, para que a compra seja feita desse modo, a empresa precisa contar com um sistema de armazenamento eficiente com base no que foi apresentado 5 Sistema de Administração de Materiais 13 neste artigo, a qual é realizada neste órgão em local amplo, arejado, organizado conforme a especialidade de cada medicamento e com a gerência de um profissional de logística. Durante a análise realizada, foi possível diagnosticar que mesmo que o órgão conte com profissionais de logística, ainda falta um farmacêutico responsável para cuidar dos medicamentos e a realização do controle de temperatura por aparelho especializado na área de armazenagem, para melhor avaliação da qualidade de cada produto armazenado. 14 Referências bibliográficas: ALENCAR, Edgard: Introdução à metodologia de pesquisa social. Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. ANVISA: Resolução - RDC nº 210.2003. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucao_sanitaria/210.pdf. Acesso em 07 de maio de 2013. ARNOLD, J. R. 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