IMPRESSO ESPECIAL
CONTRATO Nº 9912152106
ECT/DR/DF
ABEn - Assoc. Bras. de Enf.
ACF CONIC - STO:
ISSN 1518-0948
10900586
2
Ajustando Contas / Pavilhão
3
A g e n d a da Presidenta
4
Ações Político-Administrativas
5
Gestão da Educação na Saúde
Assistência de Enfermagem no SUS 6 e 7
8
Informes
14º SENPE 9 e 10
Pós-Graduação em Enfermagem 11 a 13
Comitê Assessor de Enfermagem 14 e 15
Biblioteca Virtual em Enfermagem 16 e 17
Memória ABEn 18 a 20
Madonna da Cesta (detalhe)
Corregio
Por uma enfermagem propositiva na
interlocução com a comunidade científica
A Enfermagem cumpriu etapas históricas importantes para se constituir como área
profissional, técnico-científica e como disciplina/conhecimento especializado no cenário
da produção de ciência, tecnologia e inovação para a área da saúde que é um espaço de
produção de conhecimentos no campo das ciências da vida.
Uma conquista paradigmática nesta trajetória foi constituída pela incorporação da
Escola de Enfermagem do DNSP (EEAN/UFRJ) na Universidade do Brasil no ano de
1937. Este marco definiu sua posição no processo de trabalho da saúde e no seu próprio
processo de trabalho e apontou novas responsabilidades como área de atuação profissional.
Neste ano comemorativo dos 70 anos como profissão de nível superior os profissionais
da área precisam ter a capacidade coletiva de realizar uma criteriosa avaliação para acertar
no planejamento e operacionalização de iniciativas/ações portadoras de futuro para a
Enfermagem Brasileira e ocupar espaço político entre os formadores de opinião e os
formuladores de políticas, visando acumular força nos campos técnico, cientifico e político,
para vir a se constituir uma referência junto aos centros de decisão do País.
A Enfermagem deve ser propositiva no debate empreendido pela comunidade científica sobre
diretrizes para o desenvolvimento Científico e Tecnológico do Brasil, com ênfase na saúde e
educação, considerando que partilhamos da opinião que o conhecimento é estratégico na superação
dos graves problemas que se interpõem ao desenvolvimento econômico e social do Brasil.
O Brasil não alcançará este patamar sem elevar a escolaridade dos brasileiros,
redirecionar sua política de emprego e sem investir no incremento da produção de ciência
e tecnologia ao lado de outras prioridades sociais a serem conquistadas nas negociações
pela aprovação do PAC no Congresso Nacional.
Nesse sentido, aABEn apóia a proposição da SBPC incorporada como diretriz de Governo até
2007 de destinar 2% do PIB para Ciência,Tecnologia e Inovação. No entanto consideramos que
esta diretriz deve ser estendida ate 2025. Outro aspecto, fundamental para que o governo conquiste
coerência entre discurso e gesto diz respeito a não contigenciar recursos dos fundos setoriais.
Na atual conjuntura global, nacional e local é premente que as agências de fomento
revejam seus conceitos, políticas e instrumento administrativos e técnico-operacionais,
especialmente quanto à valorização da relevância social da intersetorialidade e da
incorporação da atividade interdisciplinar. Uma vez que na atual estrutura dos comitês, as
avaliações das agências operam quase 100% no campo unidisciplinar, tornando-se quase
impossível obter apoio para projetos interdisciplinares.
Quanto ao modelo de classificação acadêmica, a ABEn defende como prioridade para
o desenvolvimento das Políticas de Ciência eTecnologia que o CNPQ reestruture o modelo
atual que é centrado no pesquisador sênior e passe a adotar diretrizes estratégicas que
combinem políticas de incentivo ao desenvolvimento acadêmico para o pesquisador sênior
e para jovens pesquisadores.
Diante da relevância social da prática da pesquisa e da sua complexidade pela sua
natureza plural, a ABEn propõe uma agenda política transversal aos conteúdos de estudos,
pesquisas e à produção de conhecimentos, assim como na organização coletiva dos
pesquisadores de enfermagem com a seguinte pauta: i) Interdisciplinaridade na organização
do conhecimento; ii) Expansão da política de incentivo aos jovens pesquisadores no
doutorado e pós-doutorado, inclusive com ampliação de cooperação internacional; iii)
Desconcentração regional e combate a endogenia; iv) Inclusão das universidades das regiões
Norte e Nordeste; v) Fundos setoriais vi) Programa de fomento de longo prazo a partir da
Política e Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa para o SUS; vii) Combate as
desigualdades entre áreas e entre pesquisadores; viii) Área de conhecimento: revisão ou
nova tabela? ix) Pesquisa básica x pesquisa aplicada.
É com grande satisfação que a ABEn envia este número do jornal dedicado ao debate
sobre o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem que foi organizado coletivamente
pela ABEn-SC sob a coordenação de Lygia Paim.
Votos de muitos avanços para tod@s @s profissionais de enfermagem no ano de 2007,
em sua luta por desenvolvimento científico, tecnológico e especialmente por emancipação
política e social.
Diretoria da ABEn Nacional
Gestão 2004-2007
Demonstrativo de resultados
01/01 a 31/12/2006
RECEITAS OPERACIONAIS
R$ 491.468,76
Per-capita Associados
R$ 227.155,27
Congressos Stander CBEN
R$ 115.782,71
Sessao de sala/FNE
R$ 1.950,00
Confrat/Selos-80/Anos Aben
R$ 2.535,00
Receitas Financeiras
R$ 3.087,57
Receitas de Convenio
R$ 961,57
Receitas Diversas
R$ 3.276,86
Receitas de Publicidades
R$ 136.719,78
DEDUÇÕES RECEITAS C/ ASSOCIADOS
R$ 47.632,81
Devolução de cheques
R$ 3.216,00
Devolução de Assinatura Rebem
R$ 120,00
Ded/Receita Aben/RN Ex/Anterior
R$ 4.020,00
Devolução-per Capita/Associados
R$ 40.276,81
DESPESAS OPERACIONAIS
R$ 628.737,92
Despesas com Utilidade de Serviços
Despesas com Pessoal
R$ 80.264,60
R$ 148.440,49
Honorario Advogaticios
R$ 16.500,00
Serviços com Prof./Contratados
R$ 16.000,00
Impostos eTaxas
R$ 11.399,13
Despesas Gerais
R$ 350.460,23
Despesas Financeiros
R$ 5.673,47
DESPESAS COM DIRETORIA
R$ 16.802,76
Diretoria Executiva
R$ 15.150,25
Diretoria Div. Publicações
R$ 507,17
Diretoria de Educação
R$ 345,10
Diretoria de Assuntos Proficionais
R$ 704,61
Diretoria Cientifico Cultural
R$ 95,63
RESULTADO DO PERIODO/DEFICIT
E
X
P
Diretoria da ABEn
Presidenta: Francisca Valda da Silva
Vice-presidenta: Ivete Santos Barreto
Secretária Geral: Tereza Garcia Braga
Primeira Secretária: Ana Lígia Cumming e Silva
Primeira Tesoureira: Fidélia Vasconcelos de Lima
Segunda Tesoureira: Jussara Gue Martini
Diretor de Assuntos Profissionais: Francisco
Rosemiro Guimarães Ximenes Neto
CARTADEESCLARECIMENTODAABEnNACIONALAOSASSOCIADOS
Prezados senhores,
A Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) - Nacional, em atenção a
sua correspondência:
1º. Esclarece que no Estatuto anterior da ABEn, vigente até novembro de
2005 quando o novo Estatuto foi aprovado e entrou em vigor, os associados
tinham um vínculo anual que era efetivado a partir do pagamento da anuidade,
ou seja a associação era feita mediante o pagamento da anuidade do ano em
exercício, como por exemplo, se o interessado se associou no ano de 2004 e se
em 2005 não efetuou o pagamento da anuidade correspondente ao ano em
vigência automaticamente ele se desassociou, ou seja não é mais associado.
2º. Informa que no Estatuto atual da ABEn, em vigência desde novembro de
2005, o associado passa a ter um vínculo permanente, ou seja só deixará de ser
associado mediante um pedido formal de exclusão ou demissão da entidade. O
associado que não efetuar o pagamento da anuidade do ano em exercício será
considerado inadimplente e sofrerá as punições e cobranças previstas no Estatuto
e na legislação do país; como por exemplo, o interessado se associou no ano de
2006 e não efetuou o pagamento da anuidade de 2007, ele continuará no quadro
de associado mas na condição de inadimplente.
3º. Informa que estão sob o vínculo permanente somente os profissionais
e/ou estudantes que se associaram a partir do ano de 2006, considerando que
a atual legislação passou a vigorar apenas em novembro de 2005.
4º. Esclarece que os associados dos anos anteriores a 2006, que não efetuaram
o pagamento da anuidade referente ao ano de 2006, e portanto não tiveram sua
associação à ABEn renovada, não fazem mais parte do nosso quadro de associados,
considerando que até 2005 a vinculação era anual.
5º. Informa que todos os que se enquadram no item anterior (4º) estão
totalmente isentos das punições e cobranças previstas no novo Estatuto e na
legislação do país, e não se faz necessário á formalização do pedido de demissão/
exclusão do quadro de associados.
6º. Informa que os associados da ABEn, que se associaram (efetuaram o
pagamento da anuidade) no ano de 2006, e não têm interesse em manter sua
situação de associado, deverão dirigir-se à ABEn do Estado em que se associou
e formalizar seu pedido de demissão/exclusão do quadro de associados da
ABEn, conforme previsto no Estatuto em vigor.
7º. Esclarece que assim como a associação é feita via ABEn Seção/Regional
e não via ABEn Nacional, a solicitação de exclusão ou demissão também é feita
via ABEn Estadual/Regional. Assim, os pedidos de exclusão ou demissão deverão
ser remetidos/apresentados diretamente para a ABEn do Estado (cidade) em
que ocorreu a associação.
8º. Informa que aqueles que não efetuaram o pagamento da anuidade em
2006 não fazem mais parte do nosso quadro de associados, entretanto poderão
estar se associando à ABEn no decorrer do ano de 2007 através da ABEn
Estadual/Regional da cidade de sua residência e/ou mais próxima.
9º. Informa que para maiores informações e quaisquer esclarecimentos o
contato deverá ser feito diretamente com a ABEn Estadual/Regional.
E
D
ABEn - out.nov.dez. 2006
Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn- Nacional)
I
E
Diretor de Publicações e Comunicação Social: Isabel
Cristina Kowal Olm Cunha
Diretora Científico e Cultural: Maria Emília de Oliveira
Diretora de Educação: Carmen Elizabeth Kalinowski
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisas em
Enfermagem: Josete Luzia Leite
Membros do Conselho Fiscal: Marta de Fátima Lima,
José Rocha e Nilton Vieira do Amaral
ABEn - Jornal da Associação Brasileira de Enfermagem - Brasília/DF Ano 48..4
Conselho editorial: Diretoria Nacional da ABEn
2
Brasília, 30 de dezembro de 2006.
R$ (201.704,73)
N
T
E
SGAN Quadra 603 Avenida L2 Norte
Conjunto B Asa Norte CEP 70.830-030
Brasília DF - Fone (61) 225.4473 - Fax 226.0653
E-mail [email protected]
Site www.abennacional.org.br
Coordenação editorial e gráfica: UNA
Fone: (84) 9988-2812
E-mail: [email protected]
Jornalista responsável: Marize Castro
Diagramação e arte-final: Alessandro Amaral
OUTUBRO
oficial da ABEn;
02 e 03 de outubro – Participação na reunião do
FENTAS;
23 a 25 de novembro – Reunião do Conselho
Consultivo da Rede Unida em SP na pauta análise
de conjuntura, atualização de agenda;
- Despachos administrativos na sede da ABEn;
04 e 05 de outubro – Participação na 170ª reunião
do CNS;
10 a 14 de outubro – Reunião da Comissão Especial
Nacional de Julgamento do Premio Gente que faz
Saúde, para seleção entre os inscritos;
- CENRE – 2 planejamento e organização de
programação para o 58º CBEn, em Salvador-BA;
- Audiência com o Secretario da SGTES Dr.
Francisco Campos para avaliação da parceria ABEn/
SEGETS-MS e solicitação de apoio ao 58º CBEn;
16 e 17 de outubro – Participação na reunião do GT
da Residência Multiprofissional (RMS) no DEGES
para elaborar a minuta da Portaria que cria a CRMS;
- Participação na reunião no Gabinete do Ministro
da Educação entre o Prof. André Lázaro,
representantes do DEGES/SGTES, da CNRM-MEC
e o GT-RMS;
18 e 19 de outubro – participação na reunião do
172ª reunião do CNS;
30 e 31 de outubro – Participação na 8ª ROD;
NOVEMBRO
01 a 05 de novembro – Agenda de reuniões da ABEn:
ROD, CONABEn, AND ordinária e extraordinária;
05 a 10 de novembro – 58º CBEn na qualidade de
conferencista, presidente de mesa, coordenação de
reuniões, lançamento de livros, abertura da
Exposição Intinerante dos 80 anos da ABEn;
10 e 11 de novembro – 9ª ROD e 52ª Reunião
ordinária do CONABEn;
13 e 14 de novembro – Despachos administrativos,
operacionalização de projetos e da correspondência
DEZEMBRO
05 de dezembro – Participação na reunião da
Câmara de Ensino Superior do Conselho Nacional
de Educação (CNE), na pauta o debate em torno da
Liminar que concede apoio á solicitação do COFEN,
em relação a regulação da formação no momento
do estágio: enfermeiro de ser viço e o
acompanhamento de estudantes no horário de
trabalho; carga horária do estágio, outros;
06 a 08 de dezembro – Participação na oficina de
conselheiros de saúde sobre Financiamento e
orçamento da Saúde;
14 de dezembro – Seminário do Fórum Nacional
de Educação (FNEPAS) para planejamento da Agenda
de Oficinas Regionais, no RJ;
15 de dezembro – Audiência com o Prefeito de
Aracaju - PE sobre os desdobramentos do Contrato
ABEn-SE / SMS-Aracajú de 1998 a 2002, na mesa a
responsabilidade da prefeitura com os custos/
indenização das decisões judiciais;
18 de dezembro – Participação na reunião da CIRH/
CNS, na pauta Informes gerais, RMS, Abertura de
Novos Cursos de Graduação; Tele-saúde, Revisão
da Portaria 198/GM/MS-2004 da Política Nacional
de Educação e Desenvolvimento para o SUS; Plano
de transição da CIRH;
20 e 21 de dezembro – Despachos administrativos,
operacionalização de projetos e da correspondência
oficial da ABEn;
26 e 29 de dezembro – Despacho de Carta das
Entidades de Enfermagem às autoridades,
questionando a legitimidade da gestão atual do
COFEN para fazer a representação da Enfermagem
Brasileira, junto aos órgãos de governo;
ABEn - out.nov.dez. 2006
3
Deliberações 51º. CONABEn – 1 e 2 de
Novembro de 2006
• Apresentar projeto p/ apreciação e deliberação na
próxima reunião CONABEn.
2º SITEn – Simpósio Internacional sobre oTrabalho em
Enfermagem:
• Aprovado o projeto e orçamento;
• Aprovado o Tema Central: Organização do Trabalho
em Enfermagem: produção do conhecimento e ação
política;
• Aprovado a data: 22 a 24 de agosto de 2007;
• Aprovado o local: Foz do Iguaçu-PR.
Sistema COFEN/COREN
• Aprovado osTermos para Protocolo das Entidades de
Enfermagem pela Democratização do Sistema COFEN/
CORENs. Debate sobre Documento que deve ser
mediado por autoridades (MPF e Parlamentares).
14º SENPE – Seminário Nacional de Pesquisa em
Enfermagem:
• Aprovado o projeto e orçamento;
• Aprovado o Tema Central: Políticas de pesquisa em
Enfermagem;
• Aprovada a data: 29/05 a 01/06/2007;
• Aprovado o local: Florianópolis-SC.
11º SENADEn – Seminário Nacional de Diretrizes para
a Educação em Enfermagem:
• Aprovada a sede: Belém do Pará;
• Aprovado o Tema Central: (sugerido) Novos pactos
entre educação e saúde em prol da qualidade da formação
dos profissionais da saúde/enfermagem
• Aprovada a data: (prevista) 13 a 16/08/2008
• Aprovado o local: Centro de Convenções do Hotel
Sagres.
68ª SBEn – Semana Brasileira de Enfermagem (12-20
de maio de 2007)
• Aprovado o nome da Enfª. Jussara Gue Martini, 2ª.
Tesoureira da ABEn Nacional, para coordenar a 68ª. SBEn;
• Aprovado o tema central: Enfermagem: A dimensão
do cuidar.
I Seminário Nacional de Diretrizes para Enfermagem
na Atenção Básica em Saúde:
• Aprovada substituição de Congresso da Enfermagem
na Estratégia Saúde da Família para “Seminário Nacional
de Diretrizes para Enfermagem na Atenção Básica em
Saúde – SENABS”
• Aprovado o projeto e orçamento;
• Aprovado oTema Central:A integralidade das ações de
saúde: espaço de construção da enfermagem.
59º CBEn – Congresso Brasileiro de Enfermagem:
• Aprovado oTema Central: Integralidade: a enfermagem
na competência coletiva do cuidar em saúde
• Aprovada a data: 03 a 07 de dezembro de 2007
• Aprovado o local: Centro de Convenções Ulysses
Guimarães
• Aprovado o prazo p/ inscrição de trabalhos: ate 31/
08/2007;
• Aprovada a resolução sobre despesas com a diretoria
gestão 2007-2010 que tomará posse no 59º. CBEn.
60ª CBEn – Congresso Brasileiro de Enfermagem:
• Encaminhar calendário para apresentação de proposta
para sediar eventos para a ABEn Nacional;
4
ABEn - out.nov.dez. 2006
Repensar a ABEn – Fase 2
• Aprovada a realização de uma oficina durante a AND
Extraordinária, tendo como objetivo a construção coletiva
das diretrizes para Documento Base para abrir Consulta
Publica .
Deliberações da 3ª. AND extraordinária ABEn
Gestão 2004-2007 ( 2 a 3/11/2007)
Repensar a ABEn – Fase 2:
• Aprovadas as diretrizes construídas na oficina de trabalho
para que a CENRE-3 elabore o documento base para a
consulta pública;
• Aprovada a realização de uma Pesquisa Nacional sobre
os significados da ABEn para os profissionais de
enfermagem. Os resultados subsidiarão a elaboração do
documento base para as reflexões do Repensar
nacionalmente;
• Consulta Pública no site da ABEn Nacional com base
em documento elaborado pela CENRE Fase 3.
Deliberações da 2ª. AND ordinária ABEn Gestão
2004-2007 ( 4 e 5/11/2007)
Aprovado o Relatório Anual de Atividades da ABEn Gestão 2004-2007 período de agosto de 2005 a julho de
2006;
Aprovado o Balanço anual da execução financeira daABEn
e o Relatório daTesouraria da ABEn Nacional;
Aprovado orçamento ABEn para 2007;
Aprovado o relatório e Parecer do Conselho Fiscal da
ABEn Nacional
Aprovada a venda de Imóveis: ABEn-PR e ABEn-SE;
Aprovado que cada diretoria de seção elabore relatório
com a situação de regularidade das Sedes das Seções da
ABEn ;
Prêmio Haydeé Guanaes Dourado – Aprovada a criação
do prêmio;
Eleições ABEn - Gestão 2007-2010
• Aprovada a Comissão Especial de Eleição Nacional –
CEENac: Titulares - Jane Lynn Garrison Dytz (DF);
Sônia Alves (RJ); Marysia Alves da Silva (GO); Suplentes
- Cristina Gomes Ribeiro (MG); Maria Arindelita Neves
Arruda (DF).
• Aprovada a data da Eleição para o dia 19/09/2007;
• Aprovada a data Posse da Diretoria e do Conselho
Fiscal Nacional para o dia 06/12/2007.
Aprovação de relatórios de prestação de contas
• 8º SINADEn – Simpósio Nacional de Diagnóstico de
Enfermagem (João Pessoa/PB, 2006);
• 10º SENADEn – Seminário Nacional de Diretrizes
para a Educação em Enfermagem (Brasília/DF, 2006)
Deliberações 52º. CONABEn – 9 de Novembro
de 2006
ConvênioABEn-SE/SMS-Aracaju/SE -Aprovada Moção
do 58º CBEn solicitando ao Prefeito da cidade de AracajuSE que assuma as dívidas e as ações trabalhistas impetradas
pelos trabalhadores de enfermagem contra a ABEn;
58º CBEn – Congresso Brasileiro de Enfermagem
(Salvador/BA, 2006)
• Dado o prazo de 30 dias para a apresentação da Prestação
de Contas (parcial) para a ABEn Nacional;
• Aprovação da Prestação de Contas (final) remetida
para o próximo CONABEn.
Prêmio Haydeé Guanaes Dourado:
• Aprovação do Regulamento;
• Aprovação da Resolução de Normatização da
Premiação.
Sistema de Acreditação das EscolasVinculadas à ABEn:
• Aprovada a construção de proposição para o Sistema de
Vinculação de EEs à ABEn que fortaleça a proposta de
Acreditação das EEs – a ser submetido à apreciação do
CONABEn na próxima reunião agendada p/ março de
2007.
• Aprovada a vinculação de 3 escolas de nível superior e
4 escolas de nível médio:
1. Curso de Enfermagem da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais – PUC-MG – Núcleo de Betim
2. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades
Integradas de Patos de Minas
3. Faculdade de Enfermagem Nova Esperança da Escola
de Enfermagem Nova Esperança – FACENE
4. CursoTécnico em Enfermagem da Escola de Ciências
de Saúde de Patos de Minas – ECISA/Federação
Francisco Mascarenhas
5. Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal da
Paraíba
6. Curso Técnico de Enfermagem da Escola de
Enfermagem Nova Esperança
7. EscolaTécnica de Enfermagem Drª. Mirian Nóbrega
Exposição Itinerante dos 80 anos da ABEn:
• Aprovada a Resolução que estabelece Normas para a
Exposição Itinerante nos Estados pelas Seções e Parceiros;
• Aprovada a indicação da ABEn-RJ para curadora da
Exposição Itinerante;
• Aprovado o Termo de Compromisso a ser assinado
pelo DepositárioTemporário
• Recomendada a reprodução do material da Exposição
Itinerante :ABEn-SC/14º SENPE;ABEn-BA/58º CBEn.
Repensar a ABEn – Fase 2:
Definição da Agenda deTrabalho da CENRE 2007;
ABEn se associa ao FNEPAS no apoio a
Minuta da Câmara Interinstitucional de
Gestão da Educação na Saúde
O Governo Federal, através dos Ministérios da Saúde e da
Educação está apresentando uma Minuta de Decreto para a
Criação da Câmara Interministerial de Gestão da Educação
na Saúde, que inova o campo da regulação do Estado para
uma ação intersetorial as seguintes competências:
I - subsidiar a definição de diretrizes para a política de
formação profissional, tecnológica e superior, incluindo a
especialização na modalidade residência médica,
multiprofissional e em área profissional na saúde;
II - subsidiar a definição de critérios para a autorização,
reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos
superiores na área da saúde;
III - subsidiar a definição de critérios para a expansão da
educação profissional,
tecnológica e superior, incluindo a especialização na
modalidade residência médica, multiprofissional e em área
profissional na saúde;
IV - identificar as demandas quantitativa e qualitativa de
profissionais de saúde no âmbito do SUS, de forma a subsidiar
políticas de incentivo à fixação de profissionais de saúde
conforme as necessidades regionais;
V - identificar a capacidade instalada da rede de serviços
que integram o Sistema Único de Saúde, a fim de subsidiar a
análise de sua utilização no processo de formação de
profissionais de saúde;
VI - estabelecer diretrizes para a educação e assistência à
saúde na rede pública de educação básica.
A institucionalização da referida Câmara é um passo
concreto no processo de regulamentação do art° 200, inciso
III do texto constitucional que define a prerrogativa do SUS
de ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde.
O processo de pactuação e inscrição deste artigo na
Constituição Federal - CF/1988 que sustenta a participação
do MS e do Controle Social do SUS na regulação da Educação
em Saúde no País - é uma conquista da sociedade brasileira e tem como horizonte o aprimoramento do papel do Estado
na formulação, execução e avaliação das políticas específicas
de formação dos trabalhadores da área da saúde. É inaceitável
que passados quase dez anos da promulgação da CF, este artigo
ainda sem regulamentação pelo Congresso Nacional.
A ABEn entende que a criação desta Câmara ao propor
diálogo, construção de acordos e pactuação entre os diferentes
atores que protagonizam a formulação e operacionalização da
política pública de Educação em Saúde está sintonizada com o
paradigma contemporâneo que define outra lógica de
funcionamento das instituições e organizações sociais:
cooperação no lugar da competição, valores de solidariedade
no lugar de valores mercantis. Propostas como a desta Câmara
são pedagógicas na criação de espaço que articula, re-une
(religa), integra, compartilha ação política Intra-institucional
e Inter-setorial entre Ministérios, demais instâncias do Estado
e Sociedade.
Com este sentido, razão e objetivo o Conselho Nacional
de Saúde (CNS) e os Ministérios da Educação e da Saúde têm
dado passos importantes na direção da realização desta ação
intersetorial, debatendo pontos
divergentes, construindo acordos
e as primeiras orientações
ABEn apóia esta proposta,
normativas, como por exemplo,
a oficina conjunta que resultou na compreendendo a importância
Resolução CNS n. 350/2005,
sobre as diretrizes gerais para a da aprovação do Decreto
abertura de cursos; e a Portaria
Interministerial n. 2118/2005, Presidencial para o avanço da
que institui parceria entre o MEC perspectiva da Saúde e da
e o MS para a cooperação técnica
na formação e desenvolvimento Educação em Saúde como um
de trabalhadores para o setor da
bem público
saúde.
A ABEn apóia esta proposta,
compreendendo a importância da
aprovação do Decreto Presidencial para o avanço da
perspectiva da Saúde e da Educação em Saúde como um bem
público que sendo complexo requer uma ação inter-setorial
em conjunto com a sociedade para a institucionalização de
Políticas de Estado que supere e transforme a história de
Políticas de Governo (s) em nosso País.
Diretoria de Educação da ABEn Nacional –
Gestão2004/2007
ABEn - out.nov.dez. 2006
5
Doutores de enfermagem
qualificam a assistência de
enfermagem no SUS
Apropriar-se de sua condição nos Serviços de Saúde sempre foi parte nobre da formação de
enfermeiros desde os primórdios da enfermagem sistematizada no Brasil
os primeiros tempos da Enfermagem
Moderna no Brasil, os enfermeiros
exerciam funções na organização dos
Serviços Públicos de Saúde, e neles, a
particular expressão das equipes de
enfermagem. Até incumbiam-se da Educação
em Serviço e participavam decisivamente na
condução ética e técnica do desempenho dos
trabalhadores de enfermagem no contexto
normativo da instituição. Assim, se exemplificam o trabalho, tanto no Hospital Escola São
Francisco de Assis (HESFA), no Rio de Janeiro,
hoje uma Unidade de Serviço pertinente
administrativamente à Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), através da Escola de
Enfermagem Anna Nery (EEAN), uma das suas
Unidades de Ensino, Pesquisa e Extensão, como
também na primeira divisão em zonas com
Serviços de Saúde Pública, orientados e
assumidos pelas enfermeiras americanas em
missão no Brasil, e mais tarde continuadas pelas
enfermeiras formadas pela EEAN.
Apropriar-se de sua condição nos Serviços
de Saúde sempre foi parte nobre da formação
de enfermeiros desde os primórdios da
enfermagem sistematizada no Brasil. Os
Serviços no início do século XX reclamavam a
presença de uma enfermeira cuja formação
respondesse à organização da enfermagem,
qualificando-a, principalmente pela capacitação
dos trabalhadores do cuidado. Solicitavam por
contatos em cartas vinda de todo país,
diretamente à EEAN, oferecendo a criação de
vagas específicas a esse fim, às enfermeiras
recém-graduadas. As ex-alunas estavam com
alta chance de empregabilidade, o que de certo
modo, confirmava a positiva avaliação do ensino
que era ministrado. Embora a proposta inicial
centralizasse o sentido do saber ser enfermeira
6
ABEn - out.nov.dez. 2005
Reprodução
Escola de Enfermagem Anna Nery, no Rio de Janeiro
de Saúde Pública (enfermeiros no âmago do
DNSP e, mesmo mais tarde, fora desse
Departamento) o forte do ensino estava com
a liderança da enfermagem em a Saúde e a
providência de um hospital interligado
fisicamente (um túnel servia de ligação entre
o HESFA e a EEAN) ao tempo em que as
enfermeiras-docentes e alunas do Curso de
Graduação da citada Escola, iam e vinham entre
essas duas instituições, uma, o hospital-escola
onde os estágios em Serviço eram princípios
no currículo de enfermagem, cobrindo todos
os horários (manhã, tarde e noite, de domingo
a domingo, incluindo os feriados e dias
santificados).
Relembrar esse ponto de partida do ensino
e sua prática é trazer para os dias atuais esse
princípio respeitado na profissão e constatados
nos regulamentos das Escolas vinculadas às
Universidades, principalmente quanto a
Universidade mantém um hospitaluniversitário (HU).
Diante do número atual de HUs e a
convicção de que desde 1976 não há uma só
Universidade Federal que seja desprovida de
uma Escola de Enfermagem, também nos
traz como conseqüência, que os respectivos
HUs, podem contar, de modo geral, com a
assessoria do Corpo Docente do Curso de
Enfermagem.
Os ganhos de tal articulação são intensos
para ambos. A escola por expandir suas
perspectivas teóricas no encontro com uma
prática que lhe é receptiva; e o HU por
desenvolver a qualidade do cuidado que presta,
aliado à propostas inovadoras e ambiente em
continuadas possibilidades investigativas e
decisões coletivas de avanço da assistência à
saúde.
Até os anos 1990 e principalmente nos anos
1980, estudiosos da enfermagem como Lopes
(1989), Fernandes (1985) e Castro et al (1985)
discutiram em suas investigações científicas, a
ausência de familiaridades entre enfermeiros
de Serviços e o processo de investigação
científica alegando que as concepções emitidas
dos trabalhos científicos não são estruturadas
nos Serviços de Saúde e as pesquisas de
enfermagem são vistas de forma conflituosa.
São valorizadas, mas não absorvidas no contexto
de atuação profissional nos Serviços de Saúde.
Em algumas escolas pertinentes ao âmbito
universitário onde há hospitais próprios
provisionados pelo MEC, os seus regimentos
têm correspondência com os dos Departamentos de Enfermagem, no que diz respeito à
participação desta, em nível de direção do
Departamento de Enfermagem. Não se trata
de uma inovação no momento atual, desde
algumas décadas atrás, foram tentadas várias
formas de integração, articulação, enfim,
trabalhos coesos entre escolas de enfermagem
e Organização da Enfermagem nos Hospitais
de Ensino, em Universidades Federais. Na
UFBa, UFF, UFRJ, UFPr, UFSC, dentre outras,
temos inclusive artigos publicados que retratam
experiências valiosas tanto para o Serviço de
Saúde quanto para o Ensino de Enfermagem.
Muitas relataram especializações conjuntas, até
mesmo sob a forma de Residência em
Enfermagem.
Ao caminharmos em progresso de
enfermeiros com a pós-graduação, saímos dos
anos 60 quando a única alternativa pós-graduada
em enfermagem era a Especialização e
encontramo-nos em pleno desenvolvimento de
Doutorados e Pós-Doutorados, o que nos
impele a refletir sobre as novas possibilidades
de qualificação não só do ensino, mas também
do privilégio de ofertar mais e mais qualificação
às práticas de cuidado e pesquisa nos Serviços
de Saúde. São incontáveis os benefícios de uma
direção de enfermagem exercida por uma
enfermeira com o título de Doutor, cedida em
horas pela Escola de Enfermagem ao hospital,
no interesse mútuo da integração qualitativa
do conhecimento.
Vale refletir sobre a possibilidade construtiva
da ambiência pedagógica-assistencial e os
caracteres de uma organização e gerenciamento
dessa natureza no Serviço de Saúde.
Também vale repensar as produções
científicas que podem ser desenvolvidas de
modo convergente-assistencial, qualificando
com pesquisas as operações do cuidar em
enfermagem e estimulando o fluxo da
interlocução como objeto precípuo da
interdisciplinaridade.
Quem sabe, com o acesso do EnfermeiroDoutor ou mesmo Mestre, na Direção de
Enfermagem dos HUs, esteja chegando o
momento de ter como indicador de qualidade
de um HU, a concreta sistematização da
assistência e a universal linguagem dos
diagnósticos, qualquer que seja a visão teóricometodológica de um processo de enfermagem.
princípio de ter os Serviços
de Saúde como o lugar nobre
do aprender a aprender a
prática profissional de
enfermagem vem se
acentuando, de diversas
maneiras, ao longo do tempo
e dos avanços do ensino e do
exercício da Enfermagem
brevemente, tudo indica, será típico dos
hospitais de ensino estarem todos incluídos
nessa perspectiva de contar com mais esse
refinamento à sua Direção de Enfermagem –
Enfermeiros Doutores assumindo a pesquisa,
o ensino e a assistência. Já não é extemporâneo
que os pesquisadores ou outros enfermeiros de
Serviços de Saúde reflitamos sobre a Pesquisa
em Serviços de Saúde como uma necessidade
urgente, tal como adverte-nos Rodrigues Filho
(1989).
As mudanças se dão quando nós próprios
mudamos e esse movimento participativotransformador está em tempo de “chegança”.
O princípio de ter os Serviços de Saúde como
o lugar nobre do aprender a aprender a prática
profissional de enfermagem vem se
acentuando, de diversas maneiras, ao longo do
tempo e dos avanços do ensino e do exercício
da Enfermagem. Contudo, nunca tão próximo
de falar em busca de excelência, como agora,
ao ver doutores-enfermeiros assumindo a
Direção da Pesquisa, do Ensino e da Assistência
de Enfermagem nos Serviços da Rede de
Saúde, e, mais que antes estarmos diante de
delineamentos de pesquisas enraizados como
fortalecedores de processos convergentesassistenciais, tal como se mostram as discussões
trazidas ao cenário da investigação e cuidado
de enfermagem, por Trentini e Paim (20).
Se este é um dos atuais caminhos da
Enfermagem, os Doutores desta Área
Profissional em seu encontro com a Pesquisa
nos Serviços de Saúde também e
principalmente, ao investigar, possibilitam a
qualificação da Assistência na Rede SUS.
Referências
CASTRO, I.B. et al. Dificuldade na
incorporação do resultado de pesquisa na
prática de enfermagem. In Seminário Nacional
de Pesquisa em Enfermagem, 4 anais, São Paulo, 1985.
FERNANDES, J.D. A pesquisa na Escola de
Enfermagem da UFBA. Revista Baiana de
Enfermagem, Salvador, volume 1, n 2, p.46-69, dez
1985.
Não se trata de um retorno aos “velhos
tempos” mas de uma abertura de avanços
inigualáveis de um novo tempo, o tempo
presente, em que já não carecemos de doutores
em enfermagem exclusivamente na docência,
habitando os Departamentos de Enfermagem
das Escolas, mas sobretudo vivenciando as
pesquisas apropriadas aos Serviços de Saúde,
na Rede do SUS. Agora, circunscrita à HUs e,
LOPES, C. M. Subsidio para uma reflexão
acerca de aplicação de resultados de pesquisa
pelo enfermeiro. Revista Brasileira de Enfermagem,
Brasília, v. 42, n ¼, pág 128-133, jan-dez, 1989.
RODRIGUES FILHO, J. Pesquisa em Serviço de
Saúde, uma necessidade urgente, Cad. Saúde
publica, v.5, n1, Rio de Janeiro, jan-mar 1989.
Lygia Paim
Docente Livre da UFRJ
ABEn - out.nov.dez. 2005
7
I
n
f
Projeto - Documentário ABEn 1976-2006
A Associação Brasileira de Enfermagem gestão
2004-2007, e as Diretorias do CEPEn (ABEnNacional e ABEn-RJ), dando continuidade a uma
proposta que vem sendo construída desde a
gestão ABEn 1995-1998, intentam elaborar um
documentário onde deixe registrada e analisada a
sua história tanto do ponto de vista de uma
trajetória como do ponto de vista da imersão dos
fatos no cenário sócio político da realidade
brasileira D. Anayde Carvalho deixou patente em
seu documentário:1926-1976 a tarefa de
continuá-lo quando diz que: “a ABEn é o que são
os seus membros; sua força está na essência de sua
natureza, as seções estaduais, às quais aqueles estão
ligados. Sua história só será completa quando
incluir a história de cada uma dessas forças.
Enquanto tal não acontece, que os fatos aqui
narrados esclareçam os enfermeiros descrentes da
vitalidade e do dinamismo da ABEn e inspirem os
futuros colaboradores para que o ideal - ABEn continue a ser sempre uma grande realidade”
(CARVALHO, 1976).
Essa tarefa é tão ousada quanto cuidadosa,
requerendo um planejamento que dê conta do
levantamento e analise das fontes primárias na
perspectiva de que seja possível construir um
encadeamento lógico dos acontecimentos
contextualizados ,dando significado e visibilidade
o
r
aos fatos ou momentos que envolveram a ABEn.
Em assim pensando, resolvemos num primeiro
momento, com o intuito de atender a
resolução196/96 do Conselho Nacional de
Saúde,solicitar ao Comitê de Ètica da Escola de
Enfermagem Anna Nery,nascedouro da ABEn, a
aprovação da pesquisa o que foi aprovado em 24
de abril de 2007 A partir daí consultamos
Enfermeiras-professoras envolvidas na História da
ABEn a colaborar Com esta relação os capítulos
foram distribuídos e, afim de que o estudopesquisa tenha um padrão de elaboração
pretendemos trabalhar numa oficina em agosto na
sede da ABEn Após esta , daremos continuidade e,
é possível que no CBEn, em dezembro, já se tenha
algo mais concreto para prosseguimento......
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
Será realizada pelo Ministério de Ciência e
Tecnologia (MCT) de 01 a 07 de outubro de 2007
e terá como foco o Tema Terra. No contexto da
convocação feita pela ONU para o Ano
Internacional do Planeta Terra que teve o apoio de
191 países, e estará sendo comemorado a partir de
janeiro de 2007 com término em dezembro de
2009, e ênfase no ano de 2008
(www.yearofplaneteearth.org).
A coordenação do evento convida instituições
de pesquisa e ensino, universidades, Cefets,
m
e
s
escolas de todos os níveis, meios de comunicação,
secretarias estaduais e municipais de ciência e
tecnologia e de educação, museus e centros de
ciência, entidades científicas e tecnológicas,
ONGs, empresas, cientistas , professores,
estudantes, comunicadores da ciência e estimula
aos interessados a colocarem esta data em suas
agendas, divulgarem o evento e iniciarem o
processo de preparação da Semana Nacional de
Ciência e Tecnologia de 2007.
ABEn na 59ª Reunião Anual da SBPC
A ABEn na qualidade de membro da SBPC estará
com uma programação para a enfermagem na 59ª
Reunião Anual que acontecerá na Universidade
Federal do Pará, em Belém, no período de 8 a 13
de julho de 2007, com o tema central "Amazônia:
Desafio Nacional".
A ABEn-PA sob a coordenação da Profa.
Josete Luzia Leite Diretora do CEPEn
organizaram a seguinte Programação:
1) Mesa-redonda "Perspectiva da Pos
Graduação e da Pesquisa: o desafio da produção de
conhecimento da enfermagem para a Amazônia.
2) A Residência Multiprofissional em Saúde:
em busca de um novo modelo de Atenção à
Saúde.
Veja na integra a programação
www.abennacional.org.br
CALENDÁRIO ELEITORALABEn – 2007
Até 9 de Abril
Até 30 de Abril
14 de Maio a 11 de Junho
12 de Junho
13 a 20 de Junho
21 de Junho a 3 de Julho
4 a 13 de Julho
19 de Julho
19 de Julho
19 de Setembro
19 de Setembro
Até 21 de Setembro
Até 27 de Setembro
Até 28 de Setembro
8 de Outubro
11 de Outubro
AND/59º CBEn
6 de Dezembro
Até 30 dias da Posse da ABEn-NA
Até 30 dias da Posse da Seção
8
ABEn - out.nov.dez. 2006
Convocação da eleição pela Presidente da ABEn Nacional
Convocação de AGE e AGR para compor Comissão Especial de Eleição – Seção/Regional, a ser constituída por 3 Titulares e 2 Suplentes. Envio das
composições das Comissões Estaduais e Regionais para a Comissão Especial de Eleição Nacional.
Prazo para receber as inscrições das chapas
Divulgação do recebimento de inscrições
Prazo para impugnação de inscrição das chapas ou nome(s) de candidato(s)
Prazo para recurso de chapa ou nome(s) de candidato(s)
Prazo para substituição de chapa ou nome(s) de candidato(s)
Divulgação das chapas inscritas aptas
Prazo para o sócio quitar a anuidade de 2007 e ficar apto para votar (60 dias antes do pleito eleitoral)
Eleições entre 8h e 17h:00min
Apuração de votos (17h às 22h:00min)
Encaminhamento da apuração dos votos da Regional para a Comissão Especial de Eleição EstadualÞ Encaminhamento da apuração dos votos da Seção
para a Nacional (Seções que não possuem Regionais)
Aprovação dos resultados em AGE e AGR
Encaminhamento da apuração dos votos da Seção para a Nacional (Seções que possuem Regionais)
Divulgação dos resultados do pleito eleitoral
Prazo para recurso dos resultados da apuração
Homologação dos resultados do pleito eleitoral pela ANDÞ Eleição do Conselho Fiscal da ABEn Nacional
Posse da Diretoria e Conselho Fiscal da ABEn Nacional em AND
Posse da Diretoria dos Estados e do DF em AGE
Posse das Diretorias Regionais em AGR
Coordenadora do SENPE/Florianópolis - 2007
Marta Prado
Entrevista a
“As políticas em pesquisa
em saúde fazem parte do
cotidiano do pesquisador”
Entrevista concedida a ABEn Nacional
Ao reconhecer que o cerne da Organização de um Encontro Nacional de Pesquisa está nas escolhas
temáticas e que lhe coube coordenar o Grupo que se responsabiliza
pelo processo ligado a tais definições, que desafios estão mais presentes neste tipo de trabalho?
Para a Comissão deTemas de um evento
dessa natureza, o grande desafio está em
organizar um temário que dê visibilidade
ao conjunto do conhecimento produzido pela Enfermagem brasileira.Tal visibilidade não somente acerca das temáticas,
mas também dos referenciais teóricometodológicos que vem sendo utilizados. Ao considerar o tema central desse
evento – Políticas de pesquisa em Enfermagem, outro desafio se associa: o de
dar visibilidade aos modos de organização e desenvolvimento das pesquisas,
sua distribuição regional e dos pesquisadores, bem como dos recursos financeiros disponibilizados pelas agências de fomento nacionais e internacionais.
Quando relacionamos SENPE a
pesquisadores de enfermagem lidamos com um grupo possivelmente mais exigente no que diz
respeito a estrutura e funcionamento de uma organização de
evento científico. O que se mostra
de específico na coordenação temática considerado o público preferencial deste SENPE?
Organizar o temário de um evento cujo
público preferencial é composto de pesquisadores de enfermagem requer um
cuidado especial no tocante ao modo de
organização dos temas oficiais e mesas
temáticas, considerando as múltiplas
interfaces de interesse. Isso implica em
que possamos construir espaços de
discussão e aprofundamento não somente de temáticas específicas, como
também de questões inerentes ao
cotidiano do pesquisador – os referenciais teórico-metodológicos, além de
favorecer a discussão de questões emergentes. O SENPE precisa, ainda, ser um
espaço de fomento de relações solidárias, estimulando a articulação e a
cooperação entre grupos e pesquisadores com interesses afins. Nesse contexto, é preciso pensar em espaços de
convivência e aproximação, como são
as reuniões de interesse, os grupos de
trabalho, as reuniões de interesse associativo, dentre outras.
A expectativa sobre os convidados
internacionais e nacionais para os
temas oficiais é sempre densa por
parte dos que optam em participar de eventos como este. Que
implicações foram inerentes à
decisão sobre os convidados a discorrer sobre temas oficiais neste
SENPE?
O tema central desse SENPE - Políticas
de pesquisa em enfermagem exigiu da
Comissão deTemas uma ampla discussão
acerca da realidade que os pesquisadores
em Enfermagem vivenciam. Discutir as
políticas de pesquisa também exige
olhar para as interfaces necessárias e
imprescindíveis, de caráter interdisciplinar e multisetorial, para as diversas
instâncias que direta ou indiretamente
estão envolvidas no cotidiano do
pesquisador. Foi refletindo acerca das
múltiplas facetas dessa realidade que a
Comissão construiu uma estrutura
representativa dessa realidade, buscando
dar voz e vez aos mais diversos atores do
cenário da pesquisa em enfermagem no
Brasil. Assim, a Mesa Redonda I cujo
tema será Políticas de Produção de
Conhecimento foi composta para dar
voz a pesquisadores que desenvolvem
seu trabalho com diferentes modos
organizativos, a saber: pesquisador
vinculado a Instituto ou Serviços de
Saúde, pesquisador vinculado a Grupos
de Pesquisa/ Instituições de ensino, e
um pesquisador recém-doutor. Já Mesa
II - Políticas de Gerenciamento, a
intenção é a de ouvir a voz de agências
de fomento nacionais e estaduais, bem
como organismos governamentais
definidores de políticas de pesquisa em
saúde. A Mesa III vai discutir as Políticas
de Formação em Pesquisa e, nesse
contexto, a voz será de Programas de
Pós-Graduação em Enfermagem, de
aluno de Pós-graduação (bolsista CNPq
e que tenha sido bolsista IC) e de um
Instituto de Pesquisa ligado a um serviço
de saúde, com a mediação da CAPES,
órgão governamental definidor das
políticas de formação de pesquisadores
no Brasil. A Conferência de encerramento pretende ofertar aos participantes uma visão macro diagnóstica da
realidade da pesquisa de Enfermagem
no Brasil, de modo a contribuir para o
estabelecimento de uma Agenda
Nacional de Pesquisa em Enfermagem
da ABEn.
A questão política das pesquisas e
a participação da enfermagem na
ABEn - out.nov.dez. 2006
9
Coordenadora do SENPE/Florianópolis - 2007
Marta Prado
Entrevista a
10 ABEn - out.nov.dez. 2006
produção do conhecimento foram
consideradas temas centrais neste
SENPE. Trata-se de um tema que
emerge contemporaneamente
dos pesquisadores de enfermagem?
As políticas em pesquisa em saúde, de
modo geral, e em enfermagem, mais
especificamente, fazem parte do
cotidiano do pesquisador. O inquestionável avanço, tanto numérico quanto
qualitativo, das pesquisas em enfermagem no Brasil tem determinado questões prioritárias no que tange ao modo
organizativo e operativo dos pesquisadores e grupos de pesquisa. A crescente
demanda pela formação de pesquisadores, cada vez mais cedo e não limitada ao
nível de pós-graduação, vem determinando profundas transformações na
formação profissional em enfermagem
e exigindo novos modos de organização
e desenvolvimento das pesquisas. Em
decorrência, o número crescente de
pesquisadores vem determinando um
aumento também crescente da demanda
por recursos junto aos órgãos de fomento, implicando na definição de
prioridades de pesquisa em saúde e
enfermagem. Isso tudo, sem prescindir
da participação política da categoria nas
instâncias decisórias. Por tudo isso, o
tema central desse evento, e para além
dele, a construção de uma Agenda Nacional de Pesquisa em Enfermagem da
ABEn, é extremamente oportuno e
contemporâneo.
denadas se organizarão em temas
teórico-metodológicos de pesquisa, tais
como: pesquisas históricas, etnografias,
fenomenologias, estudos de caso,
representações sociais, estudos epidemiológicos, pesquisa convergenteassistencial, dentre outros.
Que temas transversais estarão
abordados como fundamentais
neste SENPE?
Num seminário que se propõem discutir
a produção do conhecimento como
foco, surge de modo muito especial
como tema transversal os referenciais
teórico-metodológicos da pesquisa. Isso
porque a aproximação de pesquisadores
por afinidades teórico-metodológicas
pode constituir-se numa possibilidade
de aprofundamento e fortalecimento da
pesquisa em enfermagem nos diferentes
enfoques. Por isso, nesse SENPE além
das áreas temáticas – definidas para a
inscrição de trabalhos, as Sessões Coor-
grupos e pesquisadores
A demanda de trabalhos científicos inscrita neste SENPE traz
características que retratam a
evolução da pesquisa de enfermagem no Brasil?
Certamente. Pela demanda de trabalhos
é possível traçarmos um perfil dos estudos, dos pesquisadores e dos modos de
fomento das pesquisas no Brasil. Também, podemos perceber áreas/temas
com maior volume de estudos, áreas/
temas emergentes ou incipientes, distribuição regional de pesquisadores e temas, modos de organização e produção
do conhecimento no Brasil. Todo esse
contexto deverá estar em foco na confe-
SENPE precisa, ainda,
ser um espaço de
fomento de relações
solidárias, estimulando a
articulação e a
cooperação entre
com interesses afins
rência de encerramento, contribuindo
para um desvelamento da realidade da
pesquisa em Enfermagem no Brasil.
O numero de pré-inscrições e outros contatos com a população
pesquisadora até então despertam novos significados ao mundo
da pesquisa de enfermagem? Qual
o sentido que se pode atribuir a
este processo inicial à concretização do SENPE?
A participação nos Seminários Nacionais
de Pesquisa tem sido, ao longo do tempo,
crescente. Isso tem sido reflexo do contínuo reconhecimento pelos Enfermeiros da importância de construção de um
conhecimento próprio e do amadurecimento da Enfermagem como ciência. A
crescente formação de pesquisadores
em Enfermagem no Brasil, com diferentes interlocuções – intersetoriais, interprofissionais e interinstitucionais, têm
provocado uma busca permanente por
espaços de consolidação e disseminação
da produção daí advinda. Isso implica dizer que não só estamos pesquisando
mais e melhor, como cada vez mais reconhecemos a importância e a necessidade
da interlocução entre pares e parceiros
para o avanço da pesquisa em Enfermagem no Brasil, de modo a contribuir com
a melhoria da qualidade do cuidado em
enfermagem, em particular, e da vida e
saúde da população brasileira, de modo
mais amplo.
O que você acrescenta aos leitores
deste Jornal quanto à realização
deste SENPE?
Em nome da Comissão de Temas,
gostaria de reforçar o convite à participação de todos os Enfermeiros nesse
SENPE, por reconhecê-lo como um
espaço privilegiado de intercâmbio de
pesquisadores. Nosso desejo é de que o
14º. Seminário Nacional de Pesquisa em
Enfermagem seja um palco para todas
as vozes, de todos os cantos do Brasil,
que se reconheçam como parceiros na
construção do Sistema Único de Saúde
no Brasil e na consolidação de seus
princípios. Para isso, a pesquisa e os pesquisadores precisam guardar afinidade
com a realidade de saúde da sociedade
brasileira, bem como, contribuir para a
consolidação do corpo de conhecimento
em Enfermagem.
Estratégias de ação da pós-graduação
da enfermagem brasileira
Proposições
o decorrer do ensino da pós-graduação na área da
enfermagem, as estratégias de ação têm sido discutidas;
entretanto no presente momento há necessidade de
atenção especial à cobertura da demanda em várias regiões
do país, principalmente norte e centro-oeste. Urge,
portanto, a necessidade de incentivar a formação de
pesquisadores através de criação de cursos de pósgraduação nas diversas regiões do país. O desempenho
da pós-graduação em Enfermagem está relacionado a mobilização da
comunidade, com apoio das Universidades e das diversas agências
de fomento do país. Desse modo, tem havido empenho das
Universidades e das diversas agencias para fortalecer a estrutura física,
recursos humanos e financeiros, mas ainda que têm sido insuficiente.
Este documento apresenta propostas de estratégias de ação
elaboradas pela Comissão de Avaliação da Enfermagem - CAPES/
PROPOSIÇÃO1
AMPLIAÇÃODAPÓS-GRADUAÇÃO
• Ampliar a Pós-graduação em Enfermagem
nas regiões centro- oeste e norte, com
Mestrado Interinstitucional (Minter),
Doutorado Interinstitucional (Dinter), entre
outros convênios.
• Incentivar as universidades das regiões norte
e centro-oeste para a criação de programas
de Pós-graduação;
• Incentivar os programas de Pós-graduação
(mestrados consolidados) com vistas à
expansão para o doutorado;
• Estimular os programas de pós-graduação
para criação de programas de pósdoutoramento;
• Identificar os programas / grupos de pesquisa
consolidados para implantar o pós doutorado;
• Construir estrutura institucional para
viabilizar o pós doutorado;
• Consolidar o pós doutorado dos programas
onde os mesmos já estão instalados;
• Realizar parcerias com Instituições
internacionais para fortalecimento do pós
doutorado;
MEC e coordenadores e vice-coordenadores dos 28 programas de
pós-graduação da Área das Universidades: UFC, UFRN, UFBa,
UFPB, UNIRIO, UERJ, UFRJ, UFF, UFMG, UFGO, USP/SP, USP/
RP, UNIFESP, UNICAMP, UNG, UFSC, UFRGS, UFRG, UEM,
UFP, UFSM para direcionar o ensino de pós-graduação em
Enfermagem. As proposições apresentadas foram discutidas e
aprovadas como Recomendações aos Programas de Pós-graduação em
Enfermagem, no Brasil, na reunião de maio de 2002, na Capes em
Brasília e revisada em novembro de 2006, em Salvador, Bahia. Cabe,
pois, a cada coordenador, discutir o documento no âmbito de sua
Universidade e definir estratégias de ação, conforme as diretrizes
dos Programas, das Universidades e da própria Capes/MEC. A
proposta das estratégias de ação tem como princípio as conquistas
realizadas tanto pelo sistema nacional de pós-graduação, quanto pela
Área da Enfermagem.
PROPOSIÇÃO 2
COOPERAÇÃONACIONALEINTERNACIONAL
• Estimular o avanço das pesquisas na área da
Enfermagem para o alcance da qualidade e
dos meios de divulgação (Qualis/Capes).
• Articular área de concentração com as
linhas de pesquisa e grupos de pesquisa;
• Discutir com a comunidade prioridades de
linha de pesquisa de cada região;
• Possibilitar seminário e/ou oficina de
discussão das "linhas de pesquisa" e
fortalecer essas linhas, a nível Nacional e
Internacional;
• Buscar apoio em Instituições que tenham
linhas de pesquisas já formadas e
intercambiar conhecimentos da área de
saúde e enfermagem;
• Fortalecer a capacitação em pesquisa dos
atuais pesquisadores dos programas de Pósgraduação;
• Fazer Seminário Nacional para discutir
"Qualis"de periódicos e "Qualis"/livros.
• Intercambiar com instituições de ensino e
pesquisadores de outros países para
incentivar a produção de conhecimento;
• Realizar Colóquios e eventos para relatos
de experiência (alunos e docentes) a
respeito dos intercâmbios nacionais e
internacionais (socialização);
• Convidar Professores visitantes para eventos
e bancas examinadoras com pesquisadores
de outros centros internacionais e nacionais
de pesquisa;
• Compartilhar experiência dos intercâmbios
com outros programas e mobilizar fóruns
regionais;
• Compartilhar as experiências obtidas no
pós-doutorado e doutorado sanduíche com
os pares nas instituições de ensino em
diferentes áreas de conhecimento;
• Estimular o desenvolvimento de pesquisas
multicêntricas; através da participação dos
doutorandos e dos pós-doutores;
• Elaborar propostas de projetos e
intercâmbios de Cooperação Nacional e
Internacional de acordo com a PNPG - 20052010/Capes;
• Estimular recursos humanos para
desenvolver pós-doc em Universidades
internacionais reconhecidas;
ABEn - out.nov.dez. 2006
11
• Estimular aluno para cursar o doutorado
sanduíche e pós-doc em universidades, com
visibilidade internacional;
PROPOSIÇÃO 3
AVALIAÇÃO DAPÓS-GRADUAÇÃO
• Avaliar os Programas de Pós-Graduação
recomendados pela CAPES anualmente e
trienal de acordo com as diretrizes da
Capes.
• Realizar visitas as Universidades, com
propostas de implantação de cursos novos Área de Enfermagem. Valorizar a avaliação
da CAPES para a busca de padrão
internacional da Enfermagem;
• Criar no âmbito local estratégias para
discutir os critérios da CAPES;
• Incluir no processo de avaliação outras
entidades/instituição relacionados com a
Enfermagem;
• Realizar interlocução com outras áreas de
conhecimento;
• Discutir os critérios de avaliação com a
comunidade e deliberar conjuntamente
(CAPES e comunidade acadêmica);
• Visitar todos os programas de Pós-graduação
em Enfermagem, reconhecidos pela Capes/
MEC, no sentido de promover a melhoria
dos relatórios anuais e dos Programas de
Pós-graduação.
PROPOSIÇÃO 4
FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
• Estimular novas estratégias de incremento
e formação de pesquisadores da enfermagem
- integração da iniciação científica com
mestrado, doutorado e núcleos de pesquisa
(docentes e discentes), doutorado sanduíche
e desenvolvimento de tecnologias na área.
• Incentivar a periodicidade de reuniões,
produção científica, inserção de alunos de
graduação e pós-graduação em grupos de
pesquisa;
• Incentivar os pós- graduandos a participarem
em bancas de trabalho de conclusão de curso
(TCC) e especialização;
• Co-orientar mestrandos e doutorandos para
iniciar orientação de TCC e IC;
• Incrementar orientações do corpo docente
em conjunto com aluno de IC/ME e DO;
• Propor cursos instrumentais de ensino e
pesquisa aos pós-graduandos bolsistas;
• Apresentar os trabalhos finais de
12 ABEn - out.nov.dez. 2006
disssertações e teses, sob forma de artigos;
• Incentivar alunos de pós-graduação publicar
papers.
PROPOSIÇÃO 5
PRIORIDADE DE PESQUISA
• Priorizar as pesquisas na área da
Enfermagem regional e nacional.
PROPOSIÇÃO 6
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
• Estimular os editores de revistas nacionais
a adotarem critérios universais para a
aceitação de pesquisas.
• Estimular a citação de trabalhos de
pesquisadores nacionais nas publicações
científicas nacionais e internacionais.
• Assessorar o processo de indexação e
inclusão no Scielo - divulgação no âmbito da
pós-graduação;
• Apoiar a ABEn a disponibilizar as teses e
dissertações (permitir o acompanhamento
dos avanços tecnológicos);
• Citar os pares na medida do possível nas
diversas publicações nacionais e
internacionais;
• Incluir (recomendar) nas normas da resenha
a citação de periódicos nacionais;
• Identificar a política do Medline para a
indexação das revistas de enfermagem
brasileiras;
• Treinar docentes e discentes para acesso o
Portal de Periódicos da Capes.
PROPOSIÇÃO 7
INTEGRAÇÃOENTREOSPROGRAMAS
• Ampliar a integração dos Programas com a
Comissão de Avaliação da CAPES.
• Manter encontros anuais e visitas a todos os
programas;
• Incentivar integração regional entre os
programas;
• Criar fóruns regionais com apoio da
CAPES;
• Integrar a política da CAPES com
programas/ universidades;
• Instituir reunião anual de coordenadores da
PG Enf, na CAPES, fora de eventos
científicos;
• Manter abertura de participação de todos
interessados na PG nas reuniões vinculadas
aos eventos, que seriam de cunho
informativo;
• Continuar a comunicação da Comissão, com
os programas de pós-graduação, através de
correio eletrônico, reunião e visitas e
estabelecer fóruns on-line.
PROPOSIÇÃO 8
INTEGRAÇÃO COM OUTRAS ÁREAS DE
CONHECIMENTO
• Identificar lacunas na área da Pós-Graduação
da Enfermagem brasileira - áreas
emergentes / inter / multidiciplinares.
• Desenvolver trabalho das comissões para
melhorar fluxo de alunos;
• Desenvolver estratégias para melhorar a
baixa produção científica internacional;
• Discutir questões da interdisciplinaridade
nos programas de pós-graduação;
• Discutir o Mestrado Profissional (MP) como
estratégia para preencher parte das lacunas/
MP do conhecimento dos enfermeiros da
prática.
PROPOSIÇÃO 9
POLÍTICA PÓS-GRADUAÇÃO NOS
PROGRAMAS
• Identificar dificuldades dos programas de
pós-graduação: financeiras, infra-estrutura,
qualificação do corpo docente, corpo
discente, publicações, articulação com outras
instituições;
• Discutir políticas internas nas IES sobre
recursos e materiais de pós-graduação nas
Universidades Federais com objetivo de
sanar ausência de uma política de PósGraduação e pesquisa pelas IES;
• Buscar a melhoria das condições de infraestrutura de pesquisa para os grupos de
pesquisa;
• Elaborar projetos para criar laboratórios de
pesquisa e de clínica para fortalecer diversas
linhas de pesquisa;
• Divulgar nos sites dos programas de pósgraduação os resultados obtidos ao longo do
ano.
PROPOSIÇÃO 10
GRUPOSDEPESQUISA
• Estimular a parceria entre os programas de
pós-graduação em Enfermagem com outros
programas, no Brasil e no exterior.
• Articular grupos de pesquisa de vários IES;
• Descrever com maiores detalhes os
objetivos dos grupos de pesquisa;
• Incentivar financiamento de pesquisa entre
diferentes instituições;
• Dar visibilidade a produção dos Programas
(publicações em eventos científicos).
• Criar uma rede dos grupos de pesquisa por
áreas temáticas (interesse) de enfermagem
que permita permuta contínua entre
pesquisadores nacionais e internacionais,
gerenciado pela CAPES, com maior
detalhamento dos grupos;
• Buscar a articulação entre área de
concentração (AC), das linhas de pesquisa
(LP), projetos de pesquisa (PP) dos
programas, dos núcleos de pesquisas ativos
e das dissertações e teses defendidas pelos
discentes, e das publicações conjunta
(docentes e discentes).
PROPOSIÇÃO 11
REDEDERELAÇÕES
• Estabelecer uma rede de relações entre os
diversos programas e com os pesquisadores
internacionais com vistas à elaboração de
pesquisas conjuntas e, conseqüentemente
publicações, ministração de cursos,
intercâmbios de visitas, consórcios,
programas de pós-doutoramento,
programas de doutorado sanduíche e cursos
internacionais.
• Possibilitar maior visibilidade dos programas
de pós-graduação junto a programas de
outros países e dentro do próprio país (em
outros idiomas);
• Estabelecer a rede de relações com as
entidades representativas da categoria,
incentivo ao foro como espaço de
interlocução e entre as fundações de
pesquisa;
• Manter e ampliar o Programa de
Qualificação docente;
• Incentivar o DINTER e MINTER para
estimular a parceria entre os programas;
• Fortalecer estratégias institucionais para o
domínio da língua estrangeira, com alunos
e docentes da pós-graduação.
• Estabelecer convênios nacionais e
internacionais selecionando adequadamente
o centro de excelência no país e no exterior;
• Organizar espaços específicos de discussão
de estratégias para o desenvolvimento dos
programas;
• Divulgar nos Fóruns regionais os programas
de professores visitantes para maior
•
•
•
•
aproveitamento de todos os docentes dos
programas, com uso de videoconferências;
Estabelecer política de articulação com
diversos organismos nacionais e
internacionais, tais como MS/CNPq/
FINEP/OPS/OMS/OEA/BID e outros.
Divulgar as políticas de financiamento dos
organismos nacionais e internacionais;
Dar visibilidade aos demais programas do
que ocorre nas representações, exemplo:
como os Centros Colaboradores da OPAS
no país podem contribuir para o
desenvolvimento da Enfermagem;
Buscar o fortalecimento da relação entre
orientando e orientador.
avanço do conhecimento da Enfermagem e da
Saúde.
O crescimento do número de programas
da Área de Enfermagem, em 2001, contava
com 16 Programas, sendo 16 cursos de
mestrado e 8 de doutorado; no momento atual,
em 2007, conta com 29 cursos de mestrado e
13 de doutorado com crescimento no total de
81,25%, sendo de mestrado, 81,25%, e de
doutorado, 62,5%. Dessa forma, as políticas de
incentivo para o aumento do número de alunos
titulados tanto no mestrado quanto no
doutorado é um processo histórico, em
construção.
PROPOSIÇÃO 12
EGRESSOS
• Implementar projeto para avaliar egressos
da pós-graduação – onde estão e o que estão
fazendo.
• Criar indicadores para avaliação de
egressos;
PROPOSIÇÃO 13
CONSULTORESDACAPES
• Atualizar o banco de consultores (de
pesquisas) da área de enfermagem, junto à
Capes;
• Elaborar projeto de avaliação dos egressos
da Pós-graduação.
• Realizar acompanhamento do banco de
consultores e qualidade dos pareceres;
• Selecionar os consultores pelas linhas de
pesquisa/ área de conhecimento;
• Instituir a regularidade anual de atualização
do serviço de consultores com calendário
previsto
PROPOSIÇÃO 14
REESTRUTURAÇÃODOTRABALHODOCENTE
• Promover discussão entre os docentes dos
Programas quanto a sua reestruturação
produtiva.
Baseado nas proposições acima descritas e
nas inúmeras iniciativas dos coordenadores de
pós-graduação, da comunidade acadêmica,
composta por docentes e discentes, a Comissão
de Avaliação da Área de Enfermagem/Capes
entende que o processo de formação de
recursos humanos é dinâmico.
Conhecer o SNPG no país é vital para o
Elaborado por
Comissão de avaliação da área da enfermagem-Capes/
MEC: Rosalina A. Partezani Rodrigues ( Representante
de Área).Alacoque Lorenzini Erdman, Isília Ap. Silva,
Josicélia Dumet Fernandes, Marta Júlia Marques Lopes,
Lucila Amaral C.Vianna, , Rosângela Silva Santos,
Thelma Leite de Araújo, Maria José D'elboux Diogo,
Josete Luzia Leite,Valéria L. Lunardi (2001-2003).
Rosalina A. Partezani Rodrigues (Representante de
Área) ,Alacoque Lorenzini Erdmann, Isília Ap. Silva,
Josicélia Dumet Fernandes,Thelma Leite de Araújo,
Maria José D'elboux Diogo, Josete Luzia Leite,Valéria L.
Lunardi.(2004-2006).
Coordenadores e vice-coordenadores de Programas de
Pós-Graduação em Enfermagem: (2001-2006) Dulce Ap.
Barbosa, Ana Maria Kazue Myadahira, Maria Cecília
Puntel de Almeida, Maria Lúcia do Carmo Cruz
Robazzi, Maria das Graças Carvalho, Renata Curi
Labate, Carmem Gracinda S. Scochi, Fernanda A. Cintra,
Maria Filomena Ciolim, Florence RomijnTocantins,
Nébia Maria Almeida de Figueiredo, MariaYvone Chaves
Mauro, Octávio Muniz da Costa Vargens, Maria Alice
Dias da Silva Lima, Ângela Tamiko Sato Tahara,Wilson
Danilo Lunardi, Bertha Cruz Enders, Denise Bouttelet
Munari, Cibele Andrucioli de Matos Pimenta, Mara
Regina S. Da Silva,Soraya Maria de Medeiros, Berhta
Cruz Enders, Claudia Mara de Melo Tavares, Ana Fátima
C. Fernandes,Maria Veraci de Oliveira,Roberta Cunha R.
Colombo, Maria de Lourdes Denardini Budó,Carmem
Lúcia Colomé Beck,Enirtes Caetano P. Melo, Beatriz
Guitton, Lídia Ap.Rossi, Maria Helena P.Marziale,
Carmem Gracinda S. Scchochi, Crisitna Maria Galvão,
Maria de O. Ferreira Filha,Vilma Dias D. Fontes, Crisitna
Maria G. de L. Parada, Maria de F. Mantovani, Inêz
Sampaio Nery, MariaYvone Chaves Mauro, Denize
Cristina de Oliveira, Regina Célia Goullner Zeitone,
Thais Aidar de Freitas Mathias, Sonia Silva Marcon,
Maria do Carmo Q. Avelar, Kazuko Uchikawa Graziano,
Renata F.Takahashi. Brasília (Elaborado em Maio de
2002/ Revisado em Novembro de 2006).
ABEn - out.nov.dez. 2006
13
Comitê Assessor de Enfermagem:
conquista coletiva e marco histórico
Foto: Acervo Comitê Assessor de Enfermagem
Momento da implantação do CA-EF,
em Brasília, em 20 de novembro de
2006. Da esquerda para a
direita: EmikoYoshikawa Egry;
Alacoque Lorenzini Erdmann e Lorita
Marlena Freitag Pagliuca.
Registramos com satisfação a criação e
implantação do Comitê Assessor Enfermagem
(CA-EF), marco histórico do desenvolvimento
e projeção da Enfermagem. Trata-se de uma
grande conquista da profissão e fruto do esforço
coletivo.
O CA-EF foi aprovado pelo Conselho
Deliberativo do CNPq em junho de 2006, tendo
a indicação de seus membros aprovada na
mesma instância em 20 de setembro próximo
passado com sua implantação no dia primeiro
do mês de outubro. A Professora Alacoque
Lorenzini Erdmann que era membro titular do
CA-MS foi mantida no CA-EF até junho de
2007, quando expira sua representação; a
Professora Lorita Marlena Freitag Pagliuca,
anteriormente suplente da Área de
Enfermagem no CA-MS, foi indicada membro
titular do CA-EF de outubro de 2006 a
setembro de 2009; a Professora Ieda de Alencar
Barreira, indicada como membro titular pelo
mesmo período, declinou da indicação não
chegando a exercer a função; e a Professora
Emiko Yoshikawa Egry recebeu a indicação de
membro suplente para o período de outubro
de 2006 a setembro de 2009. Porém, como o
14 ABEn - out.nov.dez. 2006
CA-EF foi criado com a composição de três
membros titulares e um suplente, o Conselho
Deliberativo, em 29/11/2006, indicou o nome
da Profa. EmikoYoshikawa Egry como membro
titular com mandato de dez.2006 a nov.2009.
E, neste ato, também indicou o nome da Profa.
Valéria Lerch Lunardi para membro suplente
no CA-EF com mandato de dez.2006 a
nov.2009, completando assim a composição
definida na sua criação, conforme divulgado na
página do CNPq em dezembro de 2006.
O CA-EF reuniu-se pela primeira vez em
Brasília no período de 20 a 24 de novembro de
2006 com a presença das Professoras Alacoque
Lorenzini Erdmann, Lorita Marlena Freitag
Pagliuca e Emiko Yoshikawa Egry e, como
resultado da primeira deliberação, a professora
Alacoque Lorenzini Erdmann foi indicada
coordenadora do CA-EF. Esta reunião teve
como pauta o julgamento dos processos de
bolsas de pesquisador (PQ), de auxílio a eventos
(ARV) e de bolsas de pós-doutorado fora do
país (PDE) e, também, a elaboração de uma
proposta preliminar de Política de Trabalho do
CA-EF para o triênio 2006 a 2009. Foram
discutidos os critérios de julgamento de PQ,
conforme disponíveis na página do CNPq, sendo
dada atenção aos critérios qualitativos. A
demanda para este edital foi de 123 processos
com 45 em término de vigência. Apresenta-se
em seguida quadro com a situação atual de
distribuição das bolsas da Área e a situação
desejável se cumpridos os critérios percentuais
de distribuição de 60% em bolsas de nível 1 e
40% em nível 2. Este quadro mostra que a Área
de Enfermagem tem uma demanda reprimida
nos níveis apontados como aqueles que
merecem ser ampliados. Estas mudanças vêm
sendo gradativamente corrigidas por ocasião
da renovação de bolsa dos pesquisadores,
segundo a disponibilidade de recursos e do
aumento do número de cotas para a Área.
Nível N Existente % Existente N Desejável % Desejável
1A
9
8,1
13
12
1B
14
12,6
16
14
1C
18
16,2
18
16
1D
8
7,2
20
18
2
62
55,9
44
40
Total
111
100
111
100
Quadro: Distribuição de bolsas disponíveis e desejáveis do CA-EF
segundo os diversos níveis. Brasília, 2006.
Os membros do CA-EF congratulam-se
com o presidente do CNPq, Professor Erney
Plessman Camargo; Professor Manoel Barral
Netto, Diretor de Programas Temáticos e
Setoriais; Professora Sofia Daher, Coordenadora Geral da Área da Saúde; Professor
Belmino Freitas de Salles Filho, Coordenador
de Saúde e com o pessoal técnico administrativo do CNPq pelo apoio demonstrado em
todos os momentos e instâncias em que
tramitou a criação deste Comitê. Desejamos
colaborar na construção de uma Enfermagem
forte apoiada na construção do conhecimento
e formação de recursos humanos diferenciados
que gerem impacto na ciência, no ensino e na
saúde da população.
Apresentamos a seguir a política de trabalho
do CA-EF para o triênio 2006-2009 – proposta
preliminar.
Os assessores do CA-EF, conforme o art.
2º. Do Cap. I da RN 22/2205, “... tratarão da
demanda espontânea e das ações contínuas,
relacionadas com as atividades regulares, dos
programas de formação de pesquisadores e de
estímulo à pesquisa científico-tecnológica”.
Assim, as Representantes do CA-EF
reconhecem a importância e a grandeza da
Área e comprometem-se com o desenvolvimento científico, tecnológico e inovação por
entender que estes sustentam a profissão e está
alicerçado em teorias e princípios pertinentes
ao campo da Enfermagem. Compreendem que
a prática de enfermagem centra-se no ser
humano, homens e mulheres, na sua
integralidade e que todo o conhecimento deve
levar em conta o respeito a sua dignidade e
cidadania, rumo ao desenvolvimento da
autonomia dos sujeitos e à sociedade mais
equânime.
E, por assim considerar, apresentam
algumas diretrizes que nortearão o trabalho
neste triênio:
1 Atender as políticas de desenvolvimento
científico, tecnológico e de inovação do
CNPq.
2 Assegurar o espaço político da Área da Enfermagem promovendo sua visibilidade e
reconhecimento.
3 Envidar esforços, em conjunto com a
comunidade de Enfermagem, para o
cumprimento da missão do órgão de
fomento.
4 Promover o avanço e consolidação da
ciência, impulsionando a tecnologia e a
inovação da Área da Enfermagem, mediante
análise e julgamento das propostas
apresentadas de modo responsável, sério e
comprometido com o fortalecimento da
Enfermagem Brasileira, bem como, do
estímulo, apoio e acompanhamento das
propostas que evidenciam a demanda de
interessados.
5 Participar das definições dos critérios de
julgamento, levando em consideração as
normas do CNPq, as especificidades da
pesquisa na Área e de seu modo produtivo,
bem como, aprimorar os processos
avaliativos vigentes (segundo a norma IS012/2005) no que se referem à definição
dos quesitos de avaliação qualitativa, quais
sejam: ter o título de doutor ou perfil
científico equivalente, enquadrado de acordo
com sua qualificação, experiência,
capacidade de formação de pesquisadores e
produção científica.
6 Participar das discussões de políticas de
desenvolvimento científico, tecnológico e de
inovação da Área em encontros de pesquisadores ou de eventos científicos, imprimindo um caráter pedagógico e buscando
contínua qualificação da investigação
científica da enfermagem brasileira.
7 Valorizar a política de desenvolvimento
equânime da Área de Enfermagem de todas
as regiões do País, respeitando as especificidades e potencialidades próprias.
8 Adensar as discussões acerca de linhas e
grupos de pesquisa, compartilhadas com a
representação da Área da Enfermagem na
CAPES, com o CEPEn-ABEn e outros segmentos afins, no sentido de estimular o
desenvolvimento plural da ciência e do saber
na Enfermagem.
9 Colaborar nos processos de capacitação de
futuros pesquisadores para a elaboração e
gerenciamento de projetos de pesquisa e de
recursos financeiros.
10 Contribuir para a projeção da profissão nos
espaços de discussão científica no exterior,
estimulando intercâmbios interinstitucionais.
11 Estimular o contínuo conhecimento do
estado da arte da ciência da Enfermagem
no âmbito internacional, para melhor conhecer e impulsionar o saber global na sua
diversidade.
12 Estar atento às metas e estratégias dos
Programas de Pós-Graduação de
Enfermagem, articulado com as diretrizes
de formação no nível de graduação, no
tocante ao desenvolvimento da produção de
conhecimentos em Enfermagem.
Finalmente, promover a busca incessante
do avanço da ciência, tecnologia e inovação da
Enfermagem mediante o aperfeiçoamento das
bases teóricas, metodológicas e conceituais que
embasam a pesquisa em enfermagem,
orientadas para resultados que dignifiquem o
ser humano em sua autonomia e liberdade,
consideradas as distinções de classe, gênero,
geração e etnia, ou seja, a diversidade social e
cultural.
Aproveitamos a oportunidade para lembrar
que no site do CNPq, www.cnpq.br estão
disponíveis informações sobre as diversas
modalidades de fomento, atentando para as
finalidades das mesmas, requisitos e prazos para
envio de solicitação, como também, das normas
e resoluções IS 012/20005 referente à Bolsa
de Produtividade em Pesquisa; a RN 022/2005
sobre Comitês de Assessoramento, Comitês
Temáticos, Núcleos de Assessores em
Tecnologia e Inovação e Consultoria Ad Hoc; o
Of. Circ. N° 0686/05 sobre o e-mail institucional do pesquisador e respectivo endereço para
cadastro; os Grupos de Pesquisa da área com
sua respectiva estrutura e produtividade; e, os
dados do Currículo Lattes, dentre outras.
Apresentamos os nossos agradecimentos
pelo constante apoio e reconhecimento
recebido por nossos pares e comunidade em
geral, na certeza de que a produtividade em
pesquisa continua marcada pelo compromisso
de fortalecer as bases de conhecimentos que
sustentam e engrandecem a nossa Área da
Enfermagem.
Alacoque Lorenzini Erdmann
Membro titular e coordenadora do CA-EF
[email protected] e
[email protected]
Lorita Marlena Freitag Pagliuca
Membro titular no CA-EF
[email protected]
Emiko Yoshikawa Egry
Membro titular no CA-EF
[email protected] e [email protected]
Valéria Lerch Lunardi
Membro suplente no CA-EF
[email protected] e
[email protected]
ABEn - out.nov.dez. 2006
15
Projeto de Estruturação, Desenvolvimento e
Implantação dos Componentes da Biblioteca Virtual
em Enfermagem*
* Projeto interinstitucional: BIREME; UFMG; UFRJ; EERP/USP; USP; UFF; UNIFESP; UFSC; UFJF; CEPEn-ABEn
Notas sobre a participação da ABEn no Projeto de Estruturação,
Desenvolvimento e Implantação dos Componentes da Biblioteca
Virtual em Enfermagem,1 organizado por Francisco Carlos Félix
Lana e Maria Piedade Fernandes Ribeiro.
Construir a Biblioteca Virtual em Enfermagem
em conformidade com os padrões, metodologia, componentes e tecnologias de informação
e comunicação utilizadas na BVS do Centro
Latino Americano e do Caribe em Ciências da
Saúde-BIREME/OPAS é o objetivo geral deste
projeto, que tem como objetivos específicos:
• coletar, selecionar e armazenar o material
convencional e não convencional produzido
em enfermagem, em nível nacional; propiciando o controle bibliográfico brasileiro da
produção científica gerada em enfermagem;
• inserir o material coletado na base de dados
BDEnf, descrevendo e indexando, em
conformidade com a metodologia LILDBI
Web;
• realinhar e adequar a base de dados BDEnf
às exigências das novas tecnologia de informação para acesso a textos completos, possibilitando a pesquisa “on line” agilizando o
acesso à informação e ao documento imediatamente;
• disponibilizar os textos completos do material coletado e inserido na base de dados;
• reunir a literatura nacional corrente e
retrospectiva da área, oferecendo subsídios
para avaliação da literatura produzida;
• disseminar a informação produzida na área
de enfermagem, normalmente ausente das
bases de dados, bibliografias e índices,
nacionais e internacionais;
• produzir a SCIELO Enfermagem, disponibilizando os textos completos dos artigos
publicados nas revistas nacionais de
enfermagem tendo como referência inicial
16 ABEn - out.nov.dez. 2006
•
•
•
•
•
•
os títulos indexados na BDENF e
na LILACS;
viabilizar que a SCIELO seja a
provedora do índice de impacto
das revistas brasileiras de enfermagem;
expandir o DECS – Descritores
em Ciências da Saúde, na área
de enfermagem com terminologia específica da área de enfermagem;
viabilizar a transferência dos dados contidos
na base específica de enfermagem para a
base de dados LILACS/BIREME;
dar continuidade às publicações das fontes
de informação da área: produtos impressos
gerados pelas bases de dados garantindo a
disseminação/divulgação;
permitir o acesso a todos os documentos
inseridos nas bases de dados da BVS Enfermagem, indicando a sua localização e acesso
seja através dos textos completos ou através
dos serviços de comutação bibliográfica;
disponibilizar informações de temas
específicos, atuais e de interesses sazonais
dos profissionais de enfermagem.
Estratégias de ação
Subprojeto 1
Realimento da Base de Dados BDENF –
Bibliografia Brasileira de Enfermagem
(UFMG)
Subprojeto 2
SCIELO Enfermagem – Periódicos brasileiros de
Enfermagem com Texto Completo (EERP-USP)
Subprojeto 3
Terminologia em enfermagem: expansão do
DECS na área de Enfermagem (UFSC)
Subprojeto 4
Bibliometria – a SCIELO como mensuradora
do fator de impacto das revistas brasileiras de
enfermagem (EEAN-UFRJ)
Subprojeto 5
Portal de Teses de Enfermagem (CEPEn-ABEn)
Subprojeto 6
Áreas Temáticas em Enfermagem (UFMG)
O Portal de Teses de Enfermagem ficou
sob a responsabilidade da Associação Brasileira
de Enfermagem (ABEn), por meio de seu Centro de Estudos e Pesquisas em Enfermagem
(CEPEn) que atua como um Centro Cooperante da Sub-Rede Brasileira de Informação em
Enfermagem (SUREnf), coordenada pela Biblioteca J. Baeta Vianna, da Faculdade de Medicina
da UFMG, parte integrante da Rede Brasileira
de Informação em Ciências da Saúde da
BIREME/OPAS/OMS. Tem como responsabilidade, coletar e ingressar na LILACS (Litera-
tura Latino Americana em Ciências da Saúde
– responsabilidade da BIREME), de acordo com
seus critérios de seleção, a produção científica
da área e coletar e ingressar na BDENF (Base
de Dados em Enfermagem) toda a produção
técnico-científica convencional e não
convencional em enfermagem e áreas
correlatas gerada na região Centro/Oeste. Na
medida que esses volumes chegam ao CEPEn,
são processados utilizando o aplicativo LILDBI,
de acordo com a metodologia LILACS e os
resultados são encaminhados ao centro
coordenador para os procedimentos de
conferência e ingresso nas bases de dados.
Dos Catálogos de Pesquisas e
Pesquisadores ao Portal de Teses
Em 1979, a ABEn criou uma biblioteca
depositária de teses e dissertações produzidas
nos cursos brasileiros de pós-graduação strictu
senso vinculados à área de enfermagem, além
de alguns volumes enviados, de forma
independente, por enfermeiros vinculados a
outros cursos de pós-graduação. O acervo conta,
atualmente, com aproximadamente 4.500
volumes e faz parte do DBENF e do LILACS
porém, de forma dispersa, não há como o
usuário acessar o acervo todo. Até o ano
passado, a consulta à base de dados do CEPEn
só era possível através de catálogos impressos
e/ou CD-ROM. Para consulta de algum
material do acervo, o usuário deve comparecer
diretamente ao CEPEn, em Brasília, no horário
comercial ou então solicitar cópia(s) por
telefone, fax ou uma mensagem à caixa
eletrônica do CEPEn (e-mail: cepen@
abennacional.org.br). Caso deseje a reprodução
de um ou mais trabalhos, o usuário deve fazer
um depósito bancário no valor do orçamento
elaborado pelo CEPEn ou pela secretaria da
ABEn e, posteriormente, enviar uma cópia
deste comprovante via fax ou correio. O(s)
volume(s) são enviados via correio para
residência do usuário.
Uma das metas do (CEPEn) tem sido
melhorar o acesso aos dados e publicações do
centro, portanto, a partir de maio de 2003,
tem disponibilizado gratuitamente, no site da
entidade, os catálogos referentes ao ano de
2002, para leitura e impressão (arquivo pdf).
Muitos sócios da ABEn não possuem
microcomputadores. Se cada CEPEn – Seção
tivesse um microcomputador, ligado ou não em
rede, a ABEn poderia disponibilizar este
serviço (a oferta de pesquisa bibliográfica) para
seu sócio e não-sócio. Para informatizar os
CEPEn-Seções seria necessário elaborar um
projeto de informatização para aquisição de
hardware/software e buscar fontes de
financiamento. Depois seria necessário oferecer
um treinamento para capacitar uma ou duas
pessoas de cada Seção no uso do micro e da
internet para realizar pesquisa bibliográfica.
Outra possibilidade seria a oferta de Full Text,
via internet, o que ampliaria o acesso do usuário
m 1979, a ABEn criou uma
Produtos e Serviços
Os seis subprojetos uma vez implantados
viabilizarão os seguintes serviços e produtos:
A) Disponibilização das bases de dados:
• MEDILNE
• LILACS
• BDEnf - Base de dados em Enfermagem –
base de dados referencial com a indexação
da revistas nacionais em enfermagem e a
produção nacional de literatura convencional
e não convencional;
• SCIELO Enfermagem – base de dados com
texto completo onde estarão disponíveis os
artigos das publicações periódicas da área,
produzidas no Brasil;
• Portal de teses em Enfermagem;
• DIEnf – Diretório de Instituições de Ensino
em Enfermagem;
B) Thesaurus em Enfermagem – terminologia
específica em enfermagem;
biblioteca depositária de teses
C) Índice de citações das Publicações
Periódicas Brasileiras de Enfermagem
e dissertações produzidas nos
D) Indicação do fator de impacto das
Publicações Periódicas Brasileiras de
Enfermagem
cursos brasileiros de pósgraduação strictu senso
vinculados à área de
enfermagem, além de alguns
volumes enviados, de forma
independente, por
enfermeiros vinculados a
outros cursos de pósgraduação
E) Disponibilização da textos de diversas áreas
temáticas em enfermagem
A ABEn considera este Projeto uma
experiência paradigmática e estruturante na
construção do futuro da Enfermagem no Brasil,
com perspectivas de expansão da visibilidade
da enfermagem brasileira no cenário da
comunidade científica internacional.
Especialmente no ano de comemoração dos 70
anos de incorporação da enfermagem na
Universidade do brasil.
Notas
ao acervo do CEPEn e diminuiria o tempo gasto
na pesquisa bibliográfica.
Objetivo do subprojeto do Portal de
Teses
Desenvolver e implantar um portal de teses
em enfermagem, garantindo o acesso e a
consulta gratuita aos resumos dos títulos
acadêmicos cadastrados no acervo do CEPEn.
1
EQUIPE DE ELABORAÇÃO: Abel Laerte Packer
(Bireme); Francisco Carlos Félix Lana (UFMG); Isaura
Setenta Porto (UFRJ); Isília Aparecida Silva (USP); Izabel
Cruz (UFF); Jane Lynn G. Dyts (CEPEn); IzabelCristina
Kowal Olm Cunha (UNIFESP/CEPEn); Joel Rolin
Mancia (UFSC); Marcio Bunte (UFMG); Maria
Antonieta R. Tyrell (UFRJ); Maria Helena Palucci
Marziale (EERP-USP); Maria Itayra de Souza Padrilha
(UFSC); Maria Piedade Fernandes Ribeiro (UFJF);
Marisa Monticelli (UFSC); Verônica Abdala (Bireme)
Diretoria da ABEn Nacional –
Gestão2004/2007
ABEn - out.nov.dez. 2006
17
A trajetória do Centro
de Estudos e Pesquisas
em Enfermagem
Buscamos, sucintamente retratar alguns destaques da trajetória do
Centro de Estudos e Pesquisa em Enfermagem (CEPEn) nos 80
anos da Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn com o objetivo
de registrar uma das marcas indeléveis na memória da Enfermagem
brasileira. O CEPEn desde sua origem destina-se a incentivar o
desenvolvimento e divulgação da pesquisa em Enfermagem, organizar
e preservar documentos históricos da profissão e rege-se pelas
disposições do Estatuto da ABEn e do Regimento do CEPEn.
Capa do livro lançado pelo CEPEn
A constituição do CEPEn tem, como pilar, a
proposta elaborada por Dra. Haydée Guanais
Dourado, da Comissão de Legislação da ABEn,
aprovada na Assembléia de Delegados do XXIII
Congresso Brasileiro de Enfermagem (Manaus,
1971). Essa proposta é hoje considerada bastante
avançada para a época. Em 1976, com a reforma
do estatuto da ABEn, o CEPEn estabeleceuse
como órgão da associação destinado a promover
e incentivar a pesquisa na área de Enfermagem.
Por sua vez, a Diretoria da ABEn reunida em
1978, propôs a realização de um Seminário de
Pesquisa em Enfermagem (SENPE) que veio a
tornar-se um dos eventos da maior importância
e significação para o calendário científico da
Enfermagem brasileira. Com este propósito, em
novembro de 1979 foi realizado o I SENPE,
sediado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão
Preto (SP), cuja temática central foi O Estado
Atual da Pesquisa em Enfermagem no Brasil.
Foi um Seminário do qual participaram 40
enfermeiros/docentes, indicados pelas Escolas
de Enfermagem de todo o país, conforme
solicitado pela ABEn. A caracterização deste
evento pioneiro, esteve na participação
intencional de pesquisadores de Saúde, vinculados
a abordagens fortalecidas nas Ciências Humanas
e Sociais. Algumas produções de conhecimento
em dissertações de Mestrado, à época, foram
apresentadas por seus autores e focalizadas como
objeto de debate, no olhar ampliado das Ciências
18 ABEn - out.nov.dez. 2006
Sociais. Foi uma primeira sinalização coletiva
da crítica ao modelo biologicista, e a inquietação
de seu dimensionamento social.
A partir deste, os demais SENPEs foram
realizados regularmente de dois em dois anos.
Podemos dividir sua história em três grandes
marcos representativos da trajetória da
Enfermagem brasileira, no que se refere ao
ouve um aumento
quantitativo de pesquisadores
na área de Enfermagem, em
conseqüência direta da
política de qualificação
profissional e do novo papel
assumido pela academia
desenvolvimento do campo da pesquisa e ao
seu papel na academia, na prática profissional
e na sociedade.
No primeiro marco – de 1979 a 1985 –
ocorreram quatro SENPEs: Ribeirão Preto
(1979), Brasília (1982), Florianópolis (1984) e
São Paulo (1985). Em Ribeirão Preto objetivouse conhecer e sintetizar a opinião dos
participantes sobre áreas prioritárias e
limitações da pesquisa em Enfermagem; o
debate foi aberto com quarenta enfermeiros
engajados em pesquisa e esse foi sobre
metodologia e linhas gerais de pesquisa. O de
Brasília em 1982, reuniu 30 convidados,
envolvidos com a pós-graduação e pesquisa de
enfermagem, ainda dispersas em suas buscas,
e muito incipiente nas relações com as políticas
e prioridades de pesquisa, em andamento nos
Órgãos de Apoio à investigação científica, no
âmbito federal, representados pelo CNPq e
Capes-MEC. Estava iniciando a vigência do III
Plano Básico de Desenvolvimento da Ciência
e Tecnologia (III PBDCT), e o CNPq e CapesDAU-MEC, congregaram esforços junto à
ABEn-CEPEn, para implementação de um
debate sobre Prioridades e Linhas de Pesquisa,
buscando as possibilidades de suas imbricações
e propostas de convergência em desdobramentos deste PBDCT, nos interesses da
pesquisa de Enfermagem. A época, as iniciativas
governamentais ainda não se legitimavam no
alcance de amplos saltos democráticos, pois
vigia a fase político-transicional também nessas
instituições. Assim, embora houvesse
prenúncios de mudança pela presença de
enfermeiras com pós-graduação, atuantes na
ABEn e lotadas temporariamente nesses
Órgãos, desenvolvendo projetos especiais de
redemocratização da educação e da pesquisa de
Saúde/Enfermagem, a transição ainda não era
tão clara e gerava inquietação para qualquer
tomada de decisão ainda que houvesse fortes
debates nesse SENPE. Afinal, em Brasília, no
Auditório da Sede da ABEn, pesquisadores de
Enfermagem discutiram sobre suas Prioridades
e Áreas de pesquisas emergentes além de
analisar a produção científica de Enfermagem
existente até então, face ao PBDCT/CNPQ.
No Seminário realizado em Florianópolis 181
enfermeiros, indicando uma franca ampliação
do interesse e da participação de Enfermeiros
no restrito círculo acadêmico de pesquisadores
em Enfermagem foram feitas reflexões sobre
alternativas de interpretação metodológica na
formulação do conhecimento. Deve-se atentar
para a consonância entre o debate profissional
e o evolver da pós-graduação e da pesquisa no
país que, naquele momento, vivia as primeiras
movimentações para encontrar a brecha para
o fim do ciclo ditatorial do governo militar.
Nesse período, um número crescente de
enfermeiras já discutia questões teóricas
concernentes à pesquisa em Enfermagem, bem
como um maior número já expressava a
necessidade de uma base científica e suportes
teórico-filósoficos para a realização das suas
práticas; levantam as limitações e dificuldades
da pesquisa ressaltando a crítica, mais evidente,
à falta de financiamento e as pressões das
instituições para a produção do conhecimento
em quantidade em detrimento da qualidade.
O segundo marco – 1988 a 1995 – destacase pela aproximação entre a pesquisa
acadêmica e o cotidiano da prática profissional.
Nesse período também foram realizados quatro
SENPE: Belo Horizonte (1988) cujo tema
central foi "Pesquisa e Serviço de
Enfermagem"; no Rio de Janeiro, em 1991,
com o tema "trabalho e pesquisa", a participação foi de 300 participantes que discutiram
sobre a pesquisa enquanto parte integrante do
processo de trabalho do enfermeiro docente e
de ser viço, bem como os fatores a ela
relacionados. Neste marco, o sétimo SENPE
aconteceu no Nordeste, em Fortaleza, (1994)
propondo-se a discutir o tema "Pesquisa, ensino
e assistência: o desafio profissional" e,
novamente o SENPE é sediado em Ribeirão
Preto (1995) com o tema "A pesquisa no
cotidiano da Enfermagem, a complexidade das
relações". Aqui não escapa a vinculação medular
com o novo momento democrático experimentado pelo Brasil, bem como a reverberação –
notadamente na área da Saúde – da recémocorrida VIII Conferência Nacional de Saúde,
que recoloca em debate, os princípios de Nova
Reforma Sanitária e a Saúde como um direito
universal, o que termina consagrado na
Constituição Federal de 1988 (denominada
Constituição Cidadã).
Houve um aumento quantitativo de
pesquisadores na área de Enfermagem, em
conseqüência direta da política de qualificação
profissional e do novo papel assumido pela
academia. Como conseqüência, as lideranças da
Enfermagem levantaram questões e
preocupações relativas aos tipos de pesquisa e
a sua orientação filosófica.
O terceiro marco – iniciado em 1999 –
delimita, mais claramente, os impasses, desafios
e necessidades com os quais a Enfermagem –
tanto em seu corpus profissional quanto acadêmico – se defronta a partir do enxugamento,
por parte do Estado, das políticas de saúde e do
redimensionamento do papel da universidade e
da pesquisa, no quadro nacional. Busca-se, nesse
momento, o fortalecimento e o enriquecimento,
tanto dos que ensinam, quanto daqueles inseridos
no campo profissional dos que atuam em Serviços
de Saúde, ou mesmo em assessorias ou
consultorias temporárias em Órgãos nas três
esferas das políticas governamentais. Cinco
Senpes ocorreram nesse período:Vitória (1997),
Gramado (1999), Belém (2001), Porto Seguro
(2003) e São Luís (2005). As discussões nestes
Seminários foram centradas nas necessidades da
profissão, enfatizada sua articulação com a
sociedade, com os temas: "Diretrizes para
pesquisa em Enfermagem"; "A interdependência do cuidar e do pesquisar na Enfermagem";
"A pesquisa no espaço da Enfermagem:
multiplicidade e complexidade"; "Interface da
pesquisa em Enfermagem: aproximando o ensino
e o cuidado com outros campos do conhecimento" e "A pesquisa em Enfermagem e sua
expressão na atenção à saúde", segundo a ordem
cronológica citada. Este marco tem se
caracterizado pelo desafio da democratização da
pesquisa e com esta, o esforço do desenvolvimento de uma base científica de conhecimentos para a prática da profissão. Constata-se
que o número de pesquisadores de enfermagem
vem aumentando, a organização de Grupos de
Pesquisa, solidificando-se e possibilitando o maior
intercâmbio entre grupos de pesquisa; por
conseguinte, a disseminação do conhecimento,
mobiliza-se em alguns importantes avanços, a
serem estudados, do ponto de vista, enfaticamente, qualitativo.
Observa-se, ainda, que embora na Enfermagem brasileira a pesquisa seja uma atividade
recente, há uma apreciável produção científica
já consolidada. A preocupação com o futuro e a
necessidade de fortalecimento e enriquecimento, tanto dos docentes quanto dos profissionais do campo assistencial, é uma marca dos
dias atuais e se coloca como desafio a ser
enfrentado, no presente.
A preocupação crescente com o relativo
distanciamento entre pesquisa e prática
profissional é temática relevante, mas que exige
conhecimento científico acadêmico e conhecimento científico aplicado, que não se esgota na
pesquisa cientifica, mas a toma como parte de
uma prática crescentemente qualificável. A
pesquisa aplicada, recentemente acentuada
como tal, em seu desenvolvimento na
Enfermagem, nos denominados Mestrados
Profissionais, reveste-se de importância para a
prática profissional, mas exige, também, a
superação das reservas (e porque não dizer do
preconceito)ainda persistente, entre aqueles que
insistem em posturas teoricistas e os que se
apresentam em discursos praticistas. Ambos
afastando-se da realidade da construção de uma
prática critico – criativa de mais suficiência em
adequação qualitativa continuada. O processo de
Cartaz do 13º SENPE
ABEn - out.nov.dez. 2005
19
re-tradução do conhecimento científico em
validações desse conhecimento de feição
tecnológica na prática cotidiana de enfermagem
exige coletivo esforço de todos os profissionais
para uma posição político – cientifica mais visível
no processo de trabalho, tanto do pesquisador,
quanto dos profissionais no campo da
enfermagem. Do contrário,como se vê,há um
vazio, falta uma ponte, no sentido de aproximar
a teorização das situações concretas colocadas
pelo campo de práticas profissionais; e, as
respostas sem esta ponte, não só se torna lenta
como possibilita seguir em sentido inverso, ao
de se apropriar do conhecimento existente para
enriquecer a prática profissional. Neste último
aspecto, poderíamos perguntar: qual o valor
atribuído, na prática profissional, à busca de
estudos, a freqüência a biblioteca para a leitura
de textos publicados nos periódicos brasileiros,
a estudos de situações sistematizadas no próprio
trabalho? Que significado ganham os resultados
de pesquisa de enfermagem e qual veiculo de
facilitação a sua absorção, vemos nos Serviços
de Saúde? Por outro lado, ainda poderíamos nos
Cartaz do 14º SENPE
20 ABEn - out.nov.dez. 2006
questionar sobre as pesquisas em desenvolvimento e a convergência dos estudos ao que se
mostra como desafio nos campos de práticas
profissionais?
Em junho de 2006 o Conselho Deliberativo
do CNPq, que antes tinha apenas Representante
de Área de Enfermagem, aprovou o Comitê
Assessor de Enfermagem-CA-EF e, em outubro
de 2006, a Enfermagem brasileira registra a
implantação deste Comitê considerado mais
um avanço histórico para a Enfermagem, que
vem situando-se progressivamente, face as
políticas publicas.
Para maio/junho de 2007, está sendo
preparada a organização do 14º Senpe em
Florianópolis, promovido pela ABEn - Seção
Santa Catarina, tendo como tema "Políticas de
pesquisa em Enfermagem". Tais políticas não
estão desvinculadas dos princípios democráticos,
na ABEn enfatizados pela condição de contínuo
incentivo e compromisso com a participação
de todos os que atuam exercendo a profissão.
O CEPEn, até então, possui um acervo que
demonstra, a construção científico-documental,
produzida nas pesquisas para titulações acadêmicas.
Dispõe, atualmente, de 4462 dissertações e teses,
publicadas em catálogos até 2005 assim
distribuídos: os volumes I à XVIII (1979-2000)
foram impressos e estão reunidos em CD-ROM
comemorativo aos 75 Anos da ABEn. Os catálogos
seguintes, volumes XIX à XXIV (2001-2005)
encontram-se disponíveis para pesquisa e
download no site da ABEn - http://www.
abennacional.org.br/public.html. Este, também
em CD-ROM, será lançado por ocasião do 14º
SENPE, a ser realizado em Florianópolis - SC,
comemorativo aos 80 Anos da ABEn. Pretendemos, com desempenho e determinação,
contando, principalmente, com o entusiasmo e
empenho da bibliotecária do CEPEn, fortalecer
em trabalho coletivo, a confecção de catálogos
que atualizem o acervo até o presente. Para o
catálogo de 2006 já foram registrados 84 trabalhos
existindo ainda uma quantidade de 378 novos
trabalhos aguardando registros.
E assim a Associação Brasileira de
Enfermagem cumpre sua missão de entidade
civil de livre adesão, presente no cotidiano da
Enfermagem Brasileira. Tanto pela memória,
como pelo resgate fotográfico de suas lutas e
realizações em prol do desenvolvimento da
Enfermagem como umas práticas sociais
essenciais, como trabalham de in-visível
Capa de CD-ROM lançado pelo CEPEn
articulação na busca de uma sociedade mais
solidária e justa.
Sabemos que uma profissão para exercer o
seu papel precisa de uma entidade de classe que
defenda todos os princípios da profissão com os
olhos na história e na pujança de um presente e
futuro arquitetado coletivamente. Desse modo,
a ABEn vem se colocando como parceira dos
usuários dos serviços profissionais da enfermagem
no contexto da saúde e, na defesa de políticas sociais
públicas transformadoras da nossa realidade.
É também por tudo isto que a ABEn, vive
na incansável luta pela defesa dos interesses da
categoria, nesses 80 anos, e nele, ao buscar as
transformações, transformou-se. Essa transformação, de caráter inconclusivo, é acorde com
uma sociedade, que necessariamente, está em
constante mudança, em ritmo acelerado,
exigindo agilidade de comunicação e proposições que atualizem as estratégias de luta, sem
perder de vista os sonhos da profissão, suas
tradições e seus preceitos éticos e legais.
Talvez seja este o mais significativo desafio
que a ABEn tenha que enfrentar nesses novos
tempos,em que é uma entidade de notoriedade
pelas têmperas adquiridas nestes seus tempos
octogenários.
Josete Luzia Leite
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisas em
Enfermagem da ABEn Nacional
Lygia Paim
Docente Livre da UFRJ
Download

Associação Brasileira de Enfermagem