PARANINFO DIGITAL
MONOGRÁFICOS DE INVESTIGACIÓN EN SALUD
ISSN: 1988-3439 - AÑO IX – N. 22 – 2015
Disponible en: http://www.index-f.com/para/n22/351.php
PARANINFO DIGITAL es una publicación periódica que difunde materiales que han sido presentados con anterioridad
en reuniones y congresos con el objeto de contribuir a su rápida difusión entre la comunidad científica, mientras adoptan una
forma de publicación permanente.
Este trabajo es reproducido tal y como lo aportaron los autores al tiempo de presentarlo como COMUNICACIÓN DIGITAL en
FORO I+E “Impacto social del conocimiento” - II Reunión Internacional de Investigación y Educación Superior en
Enfermería – II Encuentro de Investigación de Estudiantes de Enfermería y Ciencias de la Salud, reunión celebrada del
12 al 13 de noviembre de 2015 en Granada, España. En su versión definitiva, es posible que este trabajo pueda aparecer
publicado en ésta u otra revista científica.
Dificuldades da sistematização da assistência de
enfermagem
Autores Francisca Aline Arrais Sampaio Santos, Adna Nascimento
Souza, Adriana Gomes Nogueira Ferreira, Maria Aparecida
Alves de Oliveira, Roberta de Araújo e Silva, Deise de Paula
de Souza Siqueira
Título
Centro/institución
Ciudad/país
Dirección e-mail
Curso de enfermagem CCSST, Universidade Federal do Maranhão
(UFMA)
Maranhão, Brasil
[email protected]
TEXTO DE LA COMUNICACIÓN
Introdução
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) configura-se como
metodologia para organizar o cuidado, baseada no método científico1. Implantada
através do processo de Enfermagem (PE), compreende as seguintes fases: investigação
de dados, identificação de problemas de saúde do cliente, a instituição do plano de
cuidados, a implementação das ações planejadas e a avaliação2.
O Conselho Federal de Enfermagem instituiu a obrigatoriedade da SAE nas
instituições brasileiras de saúde, conforme Resolução nº 272. Tal resolução defende a
SAE como ação privativa e prioritária do enfermeiro, cabendo-lhe elaborar planos de
assistência3.
A falta de conhecimento dos enfermeiros sobre o processo é uma das barreiras
para sua adesão e execução nas instituições de saúde4. O objetivo foi identificar as
dificuldades que envolvem a Sistematização da Assistência de Enfermagem e verificar o
nível de conhecimento dos enfermeiros sobre a SAE.
Metodologia
Estudo transversal realizado nos hospitais do município de ImperatrizMaranhão, Brasil, sendo cinco unidades privadas e três públicas. Duas instituições não
aceitaram a realização da pesquisa, perfazendo um total de 143 enfermeiros na amostra.
Os critérios de inclusão foram: pertencer ao quadro de funcionários da
instituição e encontrar-se em pleno exercício de suas atividades. Os critérios de
exclusão foram: profissionais de licença maternidade e de férias.
Utilizou-se um questionário com questões sobre o perfil do enfermeiro e outras
relativas à SAE. Os dados foram coletados por meio de uma abordagem direta aos
profissionais no seu ambiente de trabalho. O período de coleta ocorreu nos meses de
novembro e dezembro de 2013.
Os dados foram apresentados por meio de tabelas com medidas de frequência
absoluta e relativas. A estatística descritiva básica foi utilizada para análise dos dados.
Os aspectos éticos foram respeitados.
Resultados
Verificou-se que em relação à idade, predominou a faixa etária de 24 a 29 anos
(43,5%). Quanto ao tempo de formação, constatou-se que 42% possuem de 4 a 6 anos
de graduação e que 54,5% concluíram o curso em instituição pública. A maioria dos
enfermeiros possuem especialização em alguma área (85%). Dos participantes, 80%
trabalham 40 horas por semana e 85% recebem de 3 a 4 salários mínimos.
Tabela 1: Distribuição das respostas dos enfermeiros em relação ao conhecimento sobre a
sistematização da assistência de enfermagem
Variáveis
Conhecimento da SAE
A partir da graduação
A partir da leitura de livros e acesso da internet
Ouviu falar
Definição da SAE
Marcaram a resposta correta
Erraram a resposta
Fases do Processo de Enfermagem
Marcaram a resposta correta
Erraram a resposta
Aplicação da SAE em algum paciente
Sim, mas não faz parte da sua rotina
Nunca aplicou a SAE
Costuma utilizar algumas etapas do PE
Associa o problema do paciente a algum diagnóstico
Ás vezes, quando o diagnóstico de enfermagem é comum ou
conhecido
Não, por que não tem muito conhecimento sobre diagnósticos de
enfermagem
Sim, está sempre associando o problema a um diagnóstico de
enfermagem
Não costuma utilizar diagnósticos de enfermagem
Conhece as taxonomias NANDA, NIC E NOC
Sim
Já ouviu falar, mas não conhece suas características ou formas
de aplicação
Já aplicou na sua rotina assistencial
Não
N
%
113
23
7
79
16
5
123
20
86
14
127
16
89
11
68
61
14
47,5
42,5
10
49
34,5
46
32
28
19,5
20
14
85
48
59,5
33,5
8
2
5,5
1,5
A tabela 1 mostra que 79% dos enfermeiros relataram ter conhecido a SAE na
graduação. Verificou-se que 47,5% já aplicaram a SAE em algum paciente, mas não faz
parte de sua rotina, em contrapartida, 42,5% nunca aplicou a SAE. Quando estão diante
de um paciente 34,5% associa o seu problema a algum diagnóstico de enfermagem. Dos
participantes, 19,5% estão sempre associando o problema a algum diagnóstico.
Ressalta-se que 100% referiram não existir SAE padronizada no seu local de
trabalho, além de não haver nenhum incentivo e apoio institucional para a utilização da
mesma, e ainda relataram a inexistência de capacitação sobre a SAE. A maioria dos
informantes (94%) nunca trabalharam em um local onde era obrigatório o uso da SAE.
Ademais, 49% referiram não a utilizar em sua rotina assistencial.
Tabela 2: Distribuição das respostas segundo as dificuldades para a realização da SAE.
Variáveis
Fases da SAE em que encontra dificuldades
Em nenhuma das fases
Diagnóstico de enfermagem
Prescrição de enfermagem
Encontra dificuldades em realizar o exame físico
Sim
Não
Dificuldades para a realização da SAE
Sobrecarga profissional
Alta demanda de pacientes
Falta de conhecimento sobre a SAE
Falta de apoio gerencial e administrativo
Manejo de instrumentos
N
%
60
54
29
42
38
20
20
123
14
86
87
35
10
9
2
61
24,5
7
6
1,5
Na tabela 2 verificou-se que 38% consideraram ter dificuldades no diagnóstico
de enfermagem e 20% na prescrição dos cuidados. A maioria não apresentou
dificuldades para realizar o exame físico em seus pacientes (86%).
Destacaram como principal dificuldade na realização da sistematização, a
sobrecarga profissional (61%), outros problemas foram a alta demanda de pacientes
(24,5%), a falta de conhecimento sobre a SAE (7%); a falta de apoio gerencial e
administrativo (6%) e o manejo de instrumentos (1,5%).
Foi unânime entre os profissionais (100%) que a utilização da SAE aperfeiçoaria
a assistência. A grande maioria estaria disposta a implementar a SAE no seu local de
trabalho (73%), 17% tentaria, mas acredita que encontraria rejeição por parte dos
funcionários que já estão acostumados a um modelo de assistência sem sistematização e
10% implementaria, mas acreditam que não receberia apoio.
Discussão
A maioria dos enfermeiros adquire os conhecimentos necessários para colocar
em prática o processo de enfermagem na graduação, mas ao se depararem com o
mercado de trabalho, observam que, muitas vezes, não há sistematização da assistência
e, por esses profissionais não mostrarem seu espírito crítico, ao invés de promoverem
mudanças, submetem-se aos costumes da instituição de trabalho5.
No que se refere ao acerto de questões sobre às fases do processo de
enfermagem, presume-se que hoje devido ao maior acesso de informações, por meio da
expansão dos meios de comunicação, ocorra maior promoção do conhecimento.
Ademais, é cada vez maior a conscientização da aplicação das etapas do processo entre
os enfermeiros, o que contribui também para o conhecimento do SAE6.
Em outro estudo também identificaram-se desafios quanto a
implementação da SAE, pois dos enfermeiros indagados, 88% apontaram problemas,
principalmente, em relação à sobrecarga de trabalho associada aos desvios da função e
ao número insuficiente de profissionais para o desempenho da atividade 7.
A execução da SAE depende também da chefia de enfermagem do serviço.
Alguns autores atribuem a falta de interesse dos auxiliares e técnicos de enfermagem,
por não estarem envolvidos na elaboração do PE. Inseri-los de forma mais efetiva no
planejamento assistencial de enfermagem, contribui para a viabilidade prática da SAE 8.
Conclusão
Percebeu-se a partir desses resultados que a implementação da Sistematização da
Assistência de Enfermagem no município de Imperatriz constitui-se de vários desafios,
entre eles: sobrecarga profissional, alta demanda de pacientes, falta de conhecimento
sobre a SAE, assim como a falta de apoio gerencial e administrativo. Outras limitações
identificadas no estudo para a implantação da SAE estão relacionadas ao
dimensionamento dos funcionários, a carga horária e a remuneração, que agem
diretamente na eficácia da implantação da SAE, pois estão ligadas ao estímulo do
profissional no seu local de trabalho. Fatores esses que precisam ser avaliados e
discutidos a fim de se obter resolução para que, de fato, a SAE possa ser implantada.
Bibliografía
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