1
UTP – Universidade Tuiuti do Paraná
PROPPE – Pró reitoria de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão
CURSO GESTÃO AGRÁRIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
DIEGO ALEXANDRE LOSSO
JEFERSON LUIS REZENDE
MARINA ZAMPIERI
PATRICIA MARIOTTI TEIXEIRA
ROBERTA FERREIRA OLIVEIRA
VIVIAN CRISTINA DOS SANTOS
Trabalho de Conclusão de Curso
Viabilidade de Implantação de Silvicultura de Pinus/Eucalipto
GUARAPUAVA - PR
AGOSTO - 2009
2
UTP – UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
PROPPE – Pró reitoria de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão
CURSO GESTÃO AGRÁRIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Trabalho de Conclusão de Curso
Viabilidade de Implantação de Silvicultura de Pinus/Eucalipto
Orientador: Prof. Daniel Cavagnari
Coordenador e Supervisor: Prof. Wilson Mendes do Valle
GUARAPUAVA – PR
AGOSTO - 2009
3
“Nenhuma empresa sobreviverá se
depender de gênios para administrála. Ela precisa ser capaz de ser
conduzida
por
seres
medianos.” (Peter Drucker)
humanos
4
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por estar conosco todo o tempo,
agradecemos também a nossa família que nos apoiou muito, agradecemos ao
Professor Daniel Cavagnari e ao Professor Wilson Mendes do Valle por nos orientar
para que esse trabalho fosse concluído com êxito e também agradecemos as
empresas que nos forneceram dados e informações para que esse trabalho pudesse
ser realizado.
5
DIEGO ALEXANDRE LOSSO; JEFERSON LUIS REZENDE; MARINA ZAMPIERI;
PATRICIA MARIOTTI TEIXEIRA; ROBERTA FERREIRA OLIVEIRA; VIVIAN
CRISTINA DOS SANTOS. VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE SILVICULTURA
DE PINUS/EUCALIPTO.Trabalho de Conclusão de Curso de Pós Graduação em
Gestão Agrária e Desenvolvimento Regional. Universidade Tuiuti do Paraná,
Guarapuava, 2009.
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi identificar qual a viabilidade econômica em se
investir em uma cultura que hoje é vista como um grande plano de negócio.
Porém, no que se refere ao diagnóstico apurado notou-se resultados
extremamente negativos no que diz respeito à taxa de retorno e ao VPL,
então, através desses resultados o objetivo foi apresentar um projeto de
viabilidade de implantação de silvicultura de pinus/eucalipto, com sua própria
viabilidade.
Para a coleta de dados utilizou-se dados estátisticos de órgãos públicos como
o IBGE e o Senar e também informações de outras empresas que trabalham
nesse ramo.
Palavras chaves: pinus, eucalipto, competitividade.
6
LOSSO,
DIEGO
ALEXANDRE;
REZENDE,
JEFERSON
LUIS;
ZAMPIERI,
MARINA;MARIOTTI-TEIXEIRA,PATRICIA;FERREIRA-OLIVEIRA,ROBERTA; DOS
SANTOS,
VIVIAN
CRISTINA.
IMPLANTATION
OF
PINE/EUCALYPTUS
SILVICULTURE. Work of Conclusion to Post Graduation Course in Agrarian
Management and Regional
Development.
Tuiuti
University of Paraná,
Guarapuava, 2009.
ABSTRACT
The aim of this paper was to identify the economic viability of investing in a cultivation
that is, nowadays, seen as a great business plan. In order to do that, statistic data
was collected from government agencies such as IBGE and SENAR and also, some
information from companies that work in this field was provided. Nevertheless,
analyses has shown extremely negative results when it comes to VPL and income
taxes. So, based on those results, the goal was to present a project where the
implantation of pine/eucalyptus silviculture was viable.
Key-word: pine, eucalyptus, competitiveness.
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – PRAGAS E DOENÇAS
19
TABELA 2 – RANKING DOS PAÍSES COM OS MAIORES
32
PLANTIOS FLORESTAIS EM 2005
TABELA 3 – PRODUTOS RELACIONADOS A
36
SILVICULTURA
TABELA 4 – PRODUTOS RELACIONADOS A
SILVICULTURA NA REGIÃO DE GUARAPUAVA
37
8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
09
2 SILVICULTURA DO PINUS
11
2.1 PLANTIO
11
2.1.1 PREPARO DO TERRENO
11
2.1.2 ESPAÇAMENTO
12
2.1.3 MÉTODOS DE PLANTIO
13
2.2 TRATOS CULTURAIS
13
2.2.1 LIMPEZA
14
2.2.2 COMBATE A FORMIGAS
14
2.2.3 REPLANTIO
14
2.3 TRATOS SILVICULTURAIS
15
2.3.1 PODA OU DESRAMA
15
2.3.2 DESBASTE
15
2.3.2.1 MÉTODOS DE DESBASTE
17
2.3.3 EXPLORAÇÃO
18
2.4 PRAGAS E DOENÇAS
19
3 ESTUDO DE MERCADO
23
3.1 MADEIRA PARA MÓVEIS
24
3.2 MADEIRA PARA CONSTRUÇÃO HABITACIONAL
26
3.3 MADEIRA COMPENSADA
27
3.4 COMPENSADOS DE PINUS
28
3.5 PRODUTOS DE MAIOR VALOR AGREGADO
29
4 MERCADO NACIONAL
31
5 MERCADO REGIONAL
36
CONSIDERAÇÕES FINAIS
39
REFERÊNCIAS
40
ANEXO 1- PLANILHA DE DESPESAS COM PLANTIO DE PINUS
42
ANEXO 2- PLANILHA DE DESPESAS COM PLANTIO DE EUCALIPTO 44
ANEXO3-
RESUMO
DE
RECEITAS
E
DESPESAS
PLANTIO 46
EUCALIPTO – VPL
ANEXO 4 – PLANILHA DE RECEITAS E DESPESAS
48
9
1 INTRODUÇÃO
Hoje é reconhecida a importância do setor agropecuário, no contexto
econômico da sociedade brasileira e mundial. Pode-se afirmar que esse é o setor
mais importante dentre todos os que existem no processo econômico. Isso se dá,
não pelo volume de recursos que movimenta, nem pelo número de empregos que
gera, mas, pelo simples fato, que é o único e fundamental a existir. O declínio do
setor primário para a economia representa o mesmo que não haver vegetais em
uma cadeia alimentar. Quando a fonte geradora de matéria e energia deixa de
existir, o colapso é apenas uma questão de tempo.
Porém, a "super-competitividade" que assola todos os setores da economia
mundial atingiu em cheio esse setor. A agricultura e a pecuária vivem hoje um
momento de crise, como jamais vista no setor, quando temos problemas de
estiagem associados a doenças impactantes, como ferrugem asiática, febre aftosa,
e ainda com super desvalorização do real em relação ao dólar prejudicando os
preços dos nossos produtos, além de ter proporcionado um custo de produção alto,
pois os insumos foram comprados a um cambio e o produto vendido a outro bem
inferior. Ficando o produtor a mercê de especulações e manobras de mercados
internacionais. E não há espaços para experiências e bem intencionados, há para
eficientes. Se você sai, entra outro em seu lugar.
Então, para sobreviver nessa nova realidade econômica, a palavra-chave
que surgiu é "competência administrativa". Para fazer um negócio sobreviver é
preciso fazê-lo dar resultado econômico suficiente para cobrir todos os gastos
ocorridos, remunere seu operador e gere lucro suficiente para que os investimentos
necessários à adaptação constante do negócio às mudanças na realidade
10
econômica sejam realizados.
Atualmente, com a maior abertura econômica do país e a gradual retirada
do apoio governamental, a agricultura exige do produtor rural um melhor
gerenciamento de seus negócios, afim de que possa atingir um novo patamar de
maior eficiência econômica para a propriedade como um todo.
O trabalho a seguir apresentado se refere ao diagnóstico de uma
propriedade rural, localizada no Estado do Paraná, para o ano agrícola 2008/2009.
Avaliando-se sua viabilidade econômica através de VPL e TIR.
Visto que estes números foram extremamente negativos, em seguida, será
apresentado um projeto de implantação de florestas de Pinus e Eucalipto, com sua
própria viabilidade, e como empreendimento melhorador os números da propriedade
como um conjunto.
11
2. SILVICULTURA DO PINUS (PINUS SPP.)
As
espécies
do
gênero
Pinus
são
amplamente
utilizadas
em
reflorestamentos no Brasil, devido principalmente ao seu rápido crescimento. A
madeira do pinus é usada em construções leves ou pesadas, na produção de
laminados, compensados, chapas de fibras e de partículas, na produção de
celulose e papel, entre outros. O P. elliottii também é muito utilizado para a
extração de resina. O pinus também pode ser utilizado na implantação de
quebra ventos.
2.1PLANTIO
2.1.1 PREPARO DO TERRENO
Como o preparo do terreno está ligado com as características da área
onde será realizado o plantio, geralmente as operações são realizadas na
seguinte ordem:
•
construção de estradas e aceiros
•
desmatamento e aproveitamento da madeira
•
enleiramento ou encoivaramento
•
queima das leiras
•
desenleiramento
•
combate à formiga
•
revolvimento do solo
•
sulcamento e/ou coveamento
12
As técnicas de cultivo mínimo e plantio consorciado têm sido adotadas
por muitas empresas a fim de diminuir os danos ambientais.
2.1.2 ESPAÇAMENTO
A escolha do espaçamento de plantio, na maioria dos planejamentos
florestais, tem sido fundamentada principalmente no uso final da madeira. O
espaçamento tem uma série de implicações do ponto de vista silvicultural,
tecnológico e econômico. Ele influencia as taxas de crescimento das plantas, a
qualidade das madeiras, a idade de corte, bem como as práticas de exploração
e manejo florestal e conseqüentemente os custos de produção.
A idade de corte e o espaçamento encontram-se também intimamente
relacionados, ou seja, os plantios em espaçamentos menores normalmente
exigem desbastes ou ciclos mais curtos de corte, pois a competição entre
plantas ocorre mais precocemente, antecipando a estagnação do crescimento.
A percentagem de árvores dominadas e mortas cresce com o avanço da idade,
causando um aumento da percentagem de falhas. Este fato ocorre com maior
intensidade e mais precocemente nos espaçamentos mais apertados. Um
número elevado de árvores dominadas pode refletir negativamente no volume
da madeira, estabilizando e até reduzindo o incremento médio anual.
Nos plantios de pinus, costumam ser utilizados os espaçamentos de 3m x
2m e 2,5m x 2,5m.
13
2.1.3 MÉTODOS DE PLANTIO
O plantio pode ser realizado através de dois métodos:
Plantio manual: consiste inicialmente no balisamento e alinhamento,
abertura de covas, distribuição de mudas e plantio propriamente dito.
Plantio mecanizado: consiste de um trator que transporta as mudas e
abre a cova com um disco sulcador enquanto um operário distribui as mudas.
Ao mesmo tempo duas rodas convergentes fecham o sulco. As mudas mal
plantadas são arrumadas por um operário que segue a máquina, sendo este
processo utilizado para mudas de raiz nua.
2.2 TRATOS CULTURAIS
Os tratos culturais visam à manutenção dos povoamentos, sendo
realizados após o plantio até o fechamento do dossel de copas. Estes tratos
têm como objetivo reduzir a concorrência por nutrientes, à luz e a umidade
impostas às plantas pela vegetação invasora.
Para o gênero Pinus, estes tratos estendem-se normalmente até os dois
ou três anos, com variação para as diferentes espécies do gênero e sob
diferentes condições de clima e até de solo.
14
2.2.1 LIMPEZA
A limpeza é realizada até que as plantas atinjam um porte suficiente para
dominar a vegetação invasora. Geralmente são feitas através de três métodos
principais:
•
Limpeza manual: através das capinas nas entrelinhas ou coroamento e por
roçadas na entrelinha.
•
Limpeza mecanizada: utilização de grades, enxadas rotativas e roçadeiras.
•
Limpeza química: utilização de herbicidas.
2.2.2 COMBATE A FORMIGAS
A prevenção ao ataque das formigas cortadeiras deve ser realizado
constantemente, através da vigilância e do combate na fase de preparo do
solo, na qual a localização e o próprio combate são facilitados.
As espécies mais comuns na região Sul são as dos gêneros Atta e
Acromyrmex, geralmente combatidas com iscas granuladas distribuídas nos
caminhos e olheiros.
2.2.3 REPLANTIO
O replantio deverá ser realizado num período de 30 dias após o plantio,
quando a sobrevivência deste é inferior a 90%.
15
2.3 TRATOS SILVICULTURAIS
2.3.1 PODA OU DESRAMA
Esta operação visa melhorar a qualidade da madeira pela obtenção de
toras desprovidas de nós. O controle do crescimento dos galhos, bem como
sua eliminação, é uma prática aplicada às principais espécies de madeira. Os
nós de galhos vivos causam menores prejuízos que os deixados por galhos
mortos, sendo que estes constituem sérios defeitos na madeira serrada.
Ocasionalmente as árvores também são podadas para prevenir a
ocorrência de incêndios florestais e para favorecer acesso aos povoamentos
durante as operações de desbaste, inventário e combate à formiga.
2.3.2 DESBASTE
Os desbastes são cortes parciais realizados em povoamentos imaturos,
com o objetivo de estimular o crescimento das árvores remanescentes e
aumentar a produção da madeira utilizável. Nesta operação, removem-se as
árvores excedentes, para que se possa concentrar o potencial produtivo do
povoamento num número limitado de árvores selecionadas.
Para determinar a intervenção, é preciso conhecer o incremento médio
anual e corrente da floresta. Quando o incremento do ano passar a ser menor
que o médio até a idade correspondente a ultima medição, (diminuindo,
portanto, a média geral da produção da floresta), este seria o ano para a sua
intervenção. Esta análise é possível mediante a realização de inventários
contínuos.
16
Nos desbastes, as vantagens em conseqüência da competição devem
ser, pelo menos em parte, preservadas. Assim, num programa de desbaste,
para rotações relativamente longas o número de árvores deve ser reduzido
gradativamente, porém a uma taxa substancialmente mais rápida do que seria
em condições naturais.
A seleção das árvores a serem desbastadas é caracterizada da seguinte
forma:
•
posição relativa e condições de copa (dominantes)
•
estado de sanidade e vigor das árvores
•
características de forma e qualidade do tronco
O principal efeito favorável do desbaste é estimular o crescimento em
diâmetro das árvores remanescentes.
A variação no diâmetro das árvores induzidas pelos desbastes é muito
ampla. Desbastes leves podem não causar efeito algum sobre o crescimento,
embora seja possível, em razão dos desbastes pesados, conseguir uma
produção constituída de árvores com o dobro do diâmetro que, durante o
mesmo tempo, elas teriam sem desbastes.
Os desbastes também tendem a desacelerar a desrama natural e a
estimular o crescimento dos galhos. A única vantagem disso é que os galhos
permanecem vivos por mais tempo e, desse modo, reduz-se o número de nós
soltos na madeira.
17
2.3.2.1MÉTODOS DE DESBASTE
a) Desbaste sistemático: aplicados em povoamentos altamente uniformes,
onde as árvores ainda não se diferenciaram em classes de copas, e se aplica
em povoamentos jovens não desbastados anteriormente. É mais simples e
mais barato. Permite mecanizar a retirada das árvores.
b) Desbaste seletivo: implica na escolha de indivíduos segundo algumas
características, previamente estabelecidas, variadas de acordo com o
propósito a que se destina a produção. As árvores removidas são sempre as
inferiores, dominadas ou defeituosas. Este método é mais complicado, porém
permite melhor resultado na produção e qualidade da madeira grossa.
c) Desbaste seletivo sistemático: este tipo de desbaste, além de favorecer
as melhores árvores, retirando-se a concorrência de árvores ruins, pode ainda
com a retirada de uma linha inteira, aumentar o volume retirado no desbaste e,
com isto, compensar os custos, aumentando-se a renda. Esta prática é
utilizada em algumas empresas do Sul do Brasil em plantios de Pinus spp.
De acordo com o peso dos desbastes, podem ser classificados em:
•
Desbaste baixo: quando a relação entre o volume médio desbastado e o
volume médio antes do desbaste for menor que 1.
•
Desbaste alto: quando a relação entre o volume médio desbastado e o
volume médio antes do desbaste for maior que 1.
•
Desbaste neutro: Quando a relação entre o volume médio desbastado e o
volume médio antes do desbaste for igual a 1.
18
2.3.3 EXPLORAÇÃO
A idade de corte refere-se ao tempo necessário para que uma floresta,
ou parte desta, cresça e produza ótima quantidade de madeira.
A definição técnica da idade de corte pode ser obtida em razão do
crescimento da floresta. Para isto, deve haver um acompanhamento por meio
de parcelas permanentes representativas, em que, de ano em ano são
medidos o diâmetro, a altura e o volume das árvores. Com isto, determina-se o
incremento médio anual (IMA) do volume da floresta, assim como o incremento
corrente anual (ICA). Quando o incremento do ano passar a ser menor que o
médio até a idade correspondente à última medição, tendendo, portanto,
abaixar a média geral da floresta, este seria o ano para a sua exploração.
Para fins industriais, as espécies do gênero Pinus geralmente são
cortadas em rotações que variam de 5 a 8 anos, por meio de cortes rasos ou
parciais.
19
2.4 PRAGAS E DOENÇAS
Doença
Características
Ação na
Planta
Controle
Tombamento
ou damping-off
Fungo:
Rhizothoctonia
solani
Fusarium
monoliforme
Fusarium
centricosum
Pythium
debaryanum
Ocorre nas
seguintes
condições:
Elevada
umidade,
irrigação e
chuvas
freqüentes.
Em solos com
má drenagem.
Elevada
densidade de
mudas.
Adubação
nitrogenada em
excesso .
Lesão fúngica
na base da
muda.
Na préemergência
parte das
sementes não
germinam.
Anelamento do
colo das
mudas.
Queda das
hastes.
Usar preventivo
de fungicidas no
primeiro mês de
produção de
mudas.
Evitar umidade
excessiva no
substrato.
Promover
arejamento
satisfatório das
mudas por meio
de
espaçamento
adequado.
Asfixia de
mudas
Fungo:
Telephora
terrestris
Telephora
caryophyllea
Telephora
fimbriata
As mudas têmse mostrado
amarelecidas e
até mortas.
Excessivo
Notam-se
enovelamento
basidiocarpos
de raízes.
marrons de
Exaustão dos
escuros a
nutrientes do
negros, típicos
substrato.
do fungo
Irrigação
basidiomiceto
insuficiente das
do gênero
plantas.
telphora,
Interrupção do
firmemente
fluxo de água e
aderidos ou
sais minerais
envolvendo as
porções basais
dos seus
caules.
A notoriedade
de S. Spinea
Anelamento de
hastes
demudas.
Apodrecimento
Aplicar a de
calda
bordaleza.
Aumentar o
espaçamento.
Promover a
ventilação.
Proceder as
desramas dos
povoamentos,
proporcionando
melhor
arejamento.
Remover os
órgãos
desramados
para evitar que
20
Pinus spp.,
previamente
danificadas por
chuvas de
pedra durante
verões
chuvosos.
Queima de
acículas
Fungo:
Cylindrocladium
pteridis
Ataca mudas
enviveiradas e
plantas no
campo até
quatro anos de
idade.
a penetração
do fungo
através das
feridas da
desrama
artificial,
azulamento da
madeira.
Seca das
pontas dos
galhos ou da
haste principal.
para evitar que
se transformem
em futuras
fontes de
inócula de S.
Spinea.
Evitar o
estabelecimento
de plantações
de Pinus spp.,
em áreas
castigadas por
chuvas de
pedra ou por
outras
adversidades
climáticas que
afetem a
espécie
plantada.
Evitar os
estresses
fisiológicos.
Acículas com
lesões de
coloração
amareloamarronzada,
medindo de 2 a
5 mm de
comprimento
Controlar com
causando mais fungicidas.
tarde o seu
anelamento.
Posteriormente,
as acículas
tornam-se
marrons pardas
e caem.
Manifesta-se
em plantas em
campo depois
dos 6 – 8
meses, e é
severa até os
10 anos de
idade.A doença
começa nas
acículas basais
21
na Patologia
Florestal, em
vista dos
estudos na subárea de
epidemologia e
controle
químico em
campo.
Amareliose
Fungo:
Armillaria
mellea
Geralmente
ocorre na
primeira
rotação, em
plantações de
pinus
estabelecidas
em áreas onde
havia floresta
natural ou
reflorestamento
com espécies
florestais
folhosas com
reconhecida
capacidade
multiplicadora
de inóculo do
patógeno em
regiões úmidas,
com
acículas basais
do tronco e
progride, de
modo
ascendente, na
copa.O
principal dano é
a perda de
incremento das
árvores
atacadas que
está
relacionada
com a
intensidade de
doença refletida
pela
percentagem
de copa
queimada ou
desfolhada. A
partir de 80%
de folhagem
afetada, a
planta tem
paralização de
crescimento ou
morre.
Limpar a área a
ser recém
Apodrecimento desmatada e
de raízes e de arada para o
porções basais plantio de pinus,
do tronco,
recolhendo-se
levando há
os restos de
maioria das
raízes, tocos,
vezes à
troncos e
morte.As
galhos da
árvores
vegetação
inicialmente
anterior,
exibem
apodrecidos ou
crescimento
não e queimávagaroso,
los ou
tornam-se
destinados à
amarelecidas e carbonização.
apresentam
Abrir trincheiras
exsudação de
ou valas,
resina na base isolando
do tronco e nas árvores
raízes.Queda
atacadas para
22
temperatura
moderada.A
doença pode
ser transmitida
de uma árvore
para outra
através do
contato
radicular.
acículas,
secamento de
terminais de
galhos e
finalmente
morte.
Geralmente a
doença é
observada a
partir de um
ano de idade
no campo. No
início ocorre
A doença
amarelecimento
geralmente
de toda copa,
ocorre a partir
Podridão de
com raízes já
de 1 ano de
Raízes
mortas devido à
idade.A
Fungo:
presença de
mortalidade
Cylindrocladium
resina
ocorre tanto em
clavatum
cristalizada em
plantas
suas
esparsas ou em
superfícies.A
reboleiras.
copa fica
marromferrugínea,
devido à
mortalidade de
acículas.Morte
da planta.
Inicialmente
manchas
amareladas,
diminutas, que
se expandem,
envolvendo
todo o diâmetro
Sua ocorrência
da acícula.
se dá por todo
Manchas de
Posteriormente
o Brasil, mas
Acículas
a mancha
não causam
Fungo:
necrosa-se e
grandes danos.
Davisomycella
fica com cor
As manchas
sp.
marrom
causadas
Lophodermiums
avermelhada,
despertam
sp.
sendo que, a
muito a atenção
partir do ponto
atacadas para
que a doença
não atinja as
árvores vizinhas
pelo contato
das raízes.
Evitar o plantio
de espécies
suceptíveis à
doença.
Abrir trincheiras
ou valas,
isolando
árvores
atacadas para
que a doença
não atinja as
árvores vizinhas
pelo contato
das raízes.
Evitar o plantio
de espécies
suceptíveis à
doença.
Não há
necessidade de
controle no
campo.No
Brasil ainda não
há ocorrência
em viveiros.
23
partir do ponto
necrosado, a
acícula morre.
Dos primeiros
sintomas à
morte, demorase cerca de um
ano.
3. ESTUDO DE MERCADO
A movimentação dos mercados de madeira e produtos derivados cresce em
termos mundiais, como mostram os números do comércio entre países exportadores
e importadores. As exportações mundiais de produtos florestais alcançam o valor
total das US$ 98 bilhões por ano (média 95-99), dos quais 15% provêm de países
em desenvolvimento (FAO, 2004). O aumento do comércio mundial se dá tanto em
produtos de menor grau de industrialização (madeira serrada, por exemplo), como
nos produtos com mais tecnologia agregada (painéis à base de madeira). Esta
tendência, entretanto, é mais evidente nos produtos de maior tecnologia e valor.
A madeira serrada e os compensados são produtos de tecnologia básica,
menor valor unitário de exportação, mas com grandes volumes comercializados.
São estes produtos que representam a base de crescimento para a produção e
exportação de países como o Brasil. Contudo, a crescente escassez em termos
mundiais, de florestas produtivas e de matérias-primas tem dificultado grandes
expansões da produção. Isto se verifica no Brasil, com a esperada redução da
disponibilidade da madeira de pinus.
Desta maneira, qualquer crescimento da produção à base de madeira será
baseada principalmente no aperfeiçoamento dos processos de industrialização da
24
madeira, com crescentes níveis de tecnologia, produtividade, qualidade de produto e
agregação de valor.
Algumas das principais atividades industriais que utilizam a madeira de
coníferas em geral e Pinus em particular, e geram produtos de valor agregado com
tecnologia e qualidade, são atividades tradicionais, mas que apresentam grande
potencial de aprimoramento. Entre estas, pode-se apontar a madeira proveniente de
florestas plantadas, especialmente de pinus, destinada à indústria de móveis e de
construção habitacional.
3.1 MADEIRA PARA MÓVEIS
A indústria moveleira, em especial a que produz móveis seriados, se
caracteriza
por
alta
velocidade
e
grandes
volumes
de
produção;
estas
características garantem sua competitividade. Para tal, a indústria requer matériasprimas com propriedades uniformes, especialmente densidade, cor e propriedades
que afetam a produção, tais como trabalhabilidade, colagem, e facilidade de
acabamento com tintas e vernizes. Outras características que são requeridas são
suprimentos constantes aos preços aceitáveis.
Estas qualidades podem ser
encontradas principalmente nas madeiras provenientes de reflorestamento – pinus e
eucalipto – mas também em madeiras nativas e nos painéis à base de madeira.
A produção brasileira de madeira serrada tem variado pouco, totalizando
cerca de 20 milhões m³ por ano nos últimos seis anos, sendo 22 milhões m³
produzidos em 2002. O consumo aparente é de cerca de 19,7 milhões m³ e destes,
estima-se que aproximadamente 3,5 milhões m³ de madeira serrada (15%) são
destinados às indústrias de móveis, com cerca de um terço deste volume tendo
origem em florestas plantadas, especialmente de pinus. O restante da produção é
25
composto de madeira serrada de espécies nativas, com uma pequena, mas
crescente contribuição da madeira de eucalipto.
Assim, do volume de madeira sólida utilizada pelo setor moveleiro,
especialmente na fabricação de móveis destinados à exportação, cerca de 1,2
milhões de m³/ano são de madeira de características uniformes e mínimos defeitos,
principalmente pinus.
O suprimento de madeiras nativas varia em função da disponibilidade ou
escassez das espécies em demanda, resultando em oscilações de preço. Neste
cenário dá-se a introdução de madeiras alternativas, geralmente menos-conhecidas,
substituindo as espécies tradicionais e garantindo o suprimento ao mercado.
Já o sub-setor de produção de móveis de madeira sólida de florestas plantadas,
especialmente destinados ao mercado de exportação, enfrenta uma escassez de
madeira de pinus em idade e dimensões para uso em serraria e móveis. Estudos
recentes estimam que já em 2003, tenha havido um déficit apreciável de toras de
pinus, de volumes da ordem de 11,3 milhões m³. Este déficit deste poderá crescer
rapidamente, chegando a mais de 27 milhões m³ por volta de 2020 (ITTO, 2004). O
problema no suprimento de madeira tem afetado o setor - nos últimos 12 meses, os
preços das toras de Pinus aumentaram em cerca de 40% enquanto no mesmo
período a taxa de inflação cresceu 10%.
Como solução temporária ao problema de suprimento de madeira, algumas
empresas estão importando madeira de outros países-membros do Mercosul,
principalmente Uruguai e Argentina. Uma solução mais definitiva passa pela
necessidade de plantio anual de 600.000 hectares de florestas, pelos próximos 10
anos. (MMA, 2004)
26
Como há incerteza da disponibilidade de madeira de pinus para a indústria
de móveis, verifica-se no mercado alguma disponibilidade de eucalipto serrado, de
boa qualidade, a preços relativamente competitivos. Em alguns pólos moveleiros,
uma certa substituição já é verificada, como em Colatina (ES), Ubá (MG) e
Arapongas (PR), que estão substituindo as madeiras nativas, seja por escassez,
preço ou pressão de agências ambientais.
3.2 MADEIRA PARA CONSTRUÇÃO HABITACIONAL
Tanto na região sudeste como na região sul do Brasil, a madeira usada na
construção habitacional, especialmente em estruturas de telhado, concentra-se em
10 a 12 espécies tradicionais. A escassez crescente destas madeiras e o seu alto
preço provocam sua substituição por outras madeiras, mais abundantes e
disponíveis a preços competitivos.
A demanda de madeiras como material de construção aumenta com a
expansão do setor, não só nos usos tradicionais (estruturas, pisos e esquadrias),
mas também como material principal, tendo o seu uso aumentado em paredes
externas e divisórias. Isto é visível tanto nos centros urbanos como também nos
condomínios rurais. Esta expansão tem requerido matérias-primas de características
uniformes, de amplo suprimento e baixo custo, características encontradas
principalmente em madeiras de florestas plantadas, homogêneas e de rápido
crescimento.
Usando-se critérios de seleção parâmetros como densidade e resistência
mecânica, um número crescente de madeiras, tanto nativas como de florestas
plantadas se prestam à construção, seja como tábuas, vigas, caibros ou ripas. As
27
madeiras de pinus e eucalipto, na forma de vigas laminadas e coladas, têm sido
usadas de forma crescente na construção de edifícios multiuso, com estruturas
leves, para diversos usos. Com métodos construtivos modernos, têm-se usado
painéis pré-fabricados, com montagem rápida no local de construção, e
acabamentos modernos, como gesso acartonado, de rápida instalação, de crescente
aceitação no mercado.
Outros nichos, mais específicos, podem ser encontrados na área estrutural,
que pode absorver madeiras de menor ou maior densidade e resistência mecânica,
para estruturas de pórticos leves, treliças, vigas laminadas e coladas, compostas
com painéis compensados, componentes estruturais e outros.
3.3 MADEIRA COMPENSADA
A produção anual de compensados no Brasil é da ordem de 2,6 milhões m³.
Isto significa cerca de 4,5% do total mundial, sendo a maior proporção destinada à
exportação.
Deste total, aproximadamente 40% são produzidos com madeira
tropical, e os outros 60%, com madeira de reflorestamento das regiões Sul e
Sudeste, principalmente pinus.
Segundo a mesma fonte, as exportações de compensados têm crescido em
média 16% ao ano desde 1990. O volume exportado em 2002 alcançou cerca de
1,8 milhão m³ - dos quais 1,06 milhões m³ de pinus - sendo o Reino Unido, os EUA,
a Bélgica e a Alemanha, os principais importadores do produto. Os dois mercados
primeiros absorveram 46% das exportações de compensado de pinus em 2002, com
preços entre US$150 e 250/m³.
28
Compensados de madeira tropical exportados alcançam a faixa dos 700 mil
m³ por ano.
Os últimos quatro anos mostram um crescimento significativo dos
volumes de exportação, bem como os preços médios do produto. Os principais
mercados importadores dos compensados de madeira tropical são os EUA e o
Reino Unido, que absorveram 61% do compensado de madeira tropical exportado
pelo Brasil em 2002.
O consumo nacional de compensados é de cerca de 880 mil m³, destinados à
fabricação de móveis (45%) e embalagens (17%).
No mercado interno os
compensados são principalmente de madeira tropical embora o compensado tipo
"combi" (face de madeira tropical e miolo de pinus) tenha importância,
principalmente no setor moveleiro.
A produção de compensados, seja para a
exportação ou consumo interno, é especialmente promissora para as madeiras de
reflorestamento, principalmente o pinus.
3.4 COMPENSADOS DE PINUS
Buscando agregar qualidade e valor ao seu produto, os produtores
brasileiros de compensados implementaram o PNQM - Programa Nacional de
Qualidade da Madeira, e para manter os mercados europeus, estão enviando
esforços para atender aos requisitos dos importadores da Comunidade Européia
(CE), adequando-se aos requisitos de uma marca de conformidade.
As
especificações da CE Marking (BM TRADA Certification Ltd) já estão sendo
aplicadas aos compensados brasileiros de pinus para exportação àqueles mercados.
A conformidade aos padrões requeridos pela CE Marking está sendo verificada por
29
meio de ensaios em diversos Laboratórios, ligados a Institutos de Pesquisas e
Universidades.
As exportações de compensados brasileiros de pinus somente no período
de janeiro a junho de 2004 totalizaram US$ 267 milhões, representando um aumento
de 94% em relação ao mesmo período de 2003 (US$ 137 milhões). Com estas taxas
de crescimento, pode-se estimar que as exportações do ano de 2004 poderão
exceder US$ 500 milhões, um aumento de 55% referente ao ano de 2003 (ITTO,
2004).
Em termos de volume, estima-se que as exportações de compensados de
pinus em 2004 possam alcançar 2,5 milhões de m³, com um crescimento de 1
milhão de m³ em relação a 2003. Este aumento das exportações pode ser atribuído
principalmente ao crescimento no setor da construção habitacional que se verifica
atualmente no mercado residencial norte-americano, que absorveu compensados
brasileiros de pinus no valor de US$ 150 milhões.
Segundo a mesma fonte, para o mercado europeu, onde a CE Marking
tornou-se obrigatória desde abril de 2004, as exportações dos compensados de
pinus oriundos do Brasil também cresceram significativamente na primeira metade
de 2004, alcançando um total de US$ 106 milhões.
3.5 PRODUTOS DE MAIOR VALOR AGREGADO
A produção de madeira serrada e seu beneficiamento é um setor que
apresenta as maiores possibilidades de agregar valor aos produtos, especialmente
aqueles destinados ao mercado de exportação. Entre estes, destacam-se os “blocks
& blanks”, que são blocos de madeira de pequenas dimensões e sem defeitos, tais
30
como nós e imperfeições visuais, de comercialização bastante recente, que surgiram
no mercado quando se iniciaram as exportações de pinus serrado, por volta de
1994/95.
Embora não estejam definidos em normas técnicas nacionais, são
bastante conhecidos no mercado internacional, sendo sua comercialização
basicamente para exportação. Destinam-se à confecção de molduras, esquadrias,
revestimentos, partes e peças aparentes de móveis, ou são vendidos diretamente
aos consumidores, para usos do tipo "do-it-yourself" ou bricolagem. Os "blocks"
podem ser emendados nos topos por meio de fingerjoint, formando peças mais
longas, conhecidas como "blanks".
O mercado de exportação pode requerer peças homogêneas e livres de
defeitos. Os "blocks" são resultado do rebeneficiamento da madeira serrada, com
ajuste de dimensões e eliminação de defeitos. Entre os defeitos proibitivos podem
ser apontados os nós, medula, quaisquer variações acentuadas de cor,
empenamentos e rachaduras de qualquer tipo. A secagem em estufa, equalizada
em 12% (base seca) de teor de umidade, é condição requerida pelo mercado. As
peças devem apresentar sobremedida para facilitar o seu ajuste às dimensões
finais.
As especificações dimensionais dos "blocks" são muito flexíveis: espessuras
entre 33 mm e 38 mm; larguras de 47 mm a 143 mm; e comprimentos acima de 150
mm. Isto resulta em grande rendimento da madeira, em cerca de 75% do volume
total seco em estufa. Os "blocks" são produzidos principalmente de madeira clara e
leve, e por esta razão o pinus é preferido.
Consultas feitas a fornecedores e
compradores diversos já indicaram que existe no mercado a possibilidade de
absorção também de "blocks" de eucalipto, leves e claros, desde que haja
uniformidade de cor e de densidade, além da ausência de defeitos.
31
A produção e exportação dos "blocks" está em expansão, já tendo sido
alcançados valores de cerca de US$ 390/m³ (CIF) (Draffan, 2002).
Os preços
internacionais variam bastante, entre US$ 200 e US$ 300/m³ (FOB) verificados em
1999, e também o volume de exportação do produto têm apresentado oscilações,
mas sua aceitação pelo mercado é encorajadora.
4 MERCADO NACIONAL
Segundo exportador do agronegócio nacional, perdendo apenas para a
soja, a indústria de base florestal é um dos setores mais produtivos, contribuindo
para a geração de 2,5 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos.
O Brasil é um dos países com o maior potencial florestal do mundo,
perdendo apenas para a Rússia. A capacidade sustentada para produção de toras
está estimada em 390,0 milhões de m3 anuais, sendo 62% provenientes de florestas
nativas e 38% de florestas plantadas. No entanto, das áreas nativas são consumidos
apenas 20% da capacidade da floresta, enquanto que das áreas plantadas são
consumidos volumes muito próximos da capacidade existente de 148,0 milhões de
m3 anuais. Os números de produção apontam para um volume de produtos de
madeira próximo de 30,0 milhões de m3 em 2004 e 2005 mais 15,0 milhões de m2
de pisos e 7,0 milhões de portas. Dos 30,0 milhões de m3 produzidos, 7,0 milhões
de m3 são exportados anualmente, fazendo com que o Brasil detenha uma
participação de 2,0% no comércio mundial de madeiras.
32
Ranking dos Países com os Maiores Plantios Florestais em 2005
Ranking
País
Superfície
Floretas
Floretas
Terrestre
Plantadas
Plantadas
(1000 ha)
(1000 ha)
%¹
1º
China
932.743
45.083
23,5
2º
Índia
297.319
32.578
17,0
3º
Rússia
1688.851
17.340
9,0
4º
Estados Unidos
915.895
16.238
8,5
5º
Japão
37.652
10.682
5,6
6º
Indonésia
181.157
9.871
5,1
7º
Brasil
845.651
5.242²
2,7
8º
Tailândia
51.089
4.920
2,6
9º
Ucrânia
57.935
4.425
2,3
10º
Irã
162.201
2.284
1,2
Outros
7.893.407
43.312
22,6
Total
13.063.900
186.733
100
Fonte: FAO, 2005
¹ % da área plantada no país em relação à área plantada no mundo
² Inclui somente florestas com pinus e eucalipto
Em 2004, a produção primária florestal do País somou R$ 8,5 bilhões, dos
quais 62% vieram da silvicultura (florestas plantadas) e 38% do extrativismo vegetal
(produtos coletados em vegetações nativas espontâneas). Os produtos madeireiros
representaram 84% do valor da produção extrativa vegetal e os não madeireiros,
16%.
33
Dos produtos da silvicultura que apresentaram crescimento entre os anos
de 2003 e 2004, a resina vegetal foi o destaque. Sua produção saltou de 50 957 t
para
53 390 t, ou seja, uma expansão de 4,77% (Gráfico 2). Além desse produto,
aparecem com aumento de produção, casca de acácia-negra (1,55%), lenha
(0,30%) e carvão (0,15%)
O volume de madeira para papel e celulose caiu 6,55%, enquanto o de
madeira para outras finalidades apresentou uma redução de 17,81%. Em razão
disso, o volume total de madeira produzida no segmento da silvicultura (87 515 161
m³) apresentou um recuo geral de 12,22%, relativamente ao registrado no ano de
2003.
FONTE: IBGE
No caso do carvão oriundo das florestas cultivadas, o principal estado
produtor, Minas Gerais, concentrou 76,14% da produção nacional em 2004.
34
O carvão proveniente da silvicultura apresentou um sensível declínio ao longo do
período de 1997 a 2002, mas esta tendência foi revertida em 2003, com o
crescimento de 7,70%, embora no ano seguinte o aumento tenha sido de apenas
0,15%.
Com relação à produção de carvão do extrativismo vegetal, destacaram-se os
estados do Mato Grosso do Sul, com 23,64% das 2 185 950 toneladas produzidas
no País em 2004; Minas Gerais, com 19,85%; Maranhão, 19,70%; Goiás, 15,36%;
Bahia, 10,54% e Paraná, com 6,24%.
Quanto à madeira em tora de florestas cultivadas (silvicultura), a quantidade
produzida em 2004, no País, somou 87 515 161 m³. Deste total, cerca de 53% se
destinaram à indústria de papel e celulose, e 47% para outras (movelaria,
construção civil etc). São Paulo foi o principal estado produtor de madeira em tora
proveniente de florestas cultivadas. Sua produção representou 27% do total
nacional, ao somar 23 628 909 m³.
No ranking da produção nacional de madeira para papel e celulose, o estado
de São Paulo foi o primeiro produtor, com 14 824 430 m³ produzidos, ou seja, cerca
de 32% do total nacional. Nas cinco colocações subseqüentes aparecem Santa
Catarina (6 306 325 m³), Paraná (6 300 320 m³), Bahia (5 318 263 m³), Espírito
Santo (3 911 206 m³) e Minas Gerais (3 241 220 m³).
No ranking da produção nacional de madeira em tora para outras finalidades
(movelaria, construção civil etc), originada de florestas plantadas, o estado do
Paraná foi o primeiro produtor com 11 423 356 m³ produzido, ou 27,70 % do total
nacional, que foi de 41 230 327 m³. Seguem-no, nas quatro colocações seguintes,
Santa Catarina, com 25,03% do total do País, São Paulo (21,35%), Rio Grande do
Sul (10,74%); e Minas Gerais (8,07%).
35
O maior produtor em 2004 foi o município paranaense de General Carneiro,
cuja produção correspondeu a 3,78% do total nacional.
O mapa acima mostra os dez maiores municípios produtores de madeira em
tora da silvicultura, considerando-se o total de madeira produzido, ou seja, a soma
das produções destinadas à fabricação de papel e celulose e para outros fins
(movelaria, construção civil etc). Observa-se que a atividade de produção de
madeiras de florestas plantadas concentra-se nas Regiões Sudeste e Sul. Na
36
Região Norte destacam-se os municípios de Almeirim, no Pará, e de Porto Grande,
no Amapá.
5 MERCADO REGIONAL
Produção dos produtos relacionados à silvicultura de 98/03 na região de
Guarapuava, Palmital, Campina do Simão, Canta Galo, Reserva do Iguaçu, Pinhão,
Foz do Jordão, Goioxim, Prudentópolis, Turvo e Candói:
Ano Base
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Safra
98 / 97
99 / 98
00 / 99
01 / 00
01 / 02
02 / 03
Total
Qtde
Qtde
Qtde
Qtde
Qtde
Qtde
Qtde
PRODUTO
UN
Carvão vegetal
kg
7.445.000 10.730.000 22.805.000 13.000.000 22.360.000 17.315.050 93.655.050
Erva-mate
kg
23.193.500 28.298.500 34.978.000 40.656.000 32.027.000 24.095.000 183.248.000
Toras de eucalipto
m3
4.800
Toras de pinus
m3
Lenha
4.000
3.800
7.900
13.250
40.000
421.000
557.500 1.087.100 1.488.600 1.149.600
683.300
5.387.100
m3
557.600
532.900
495.500
486.000
477.000
444.000
2.993.000
Mudas de Erva-mate
un
460.000 1.004.000
449.000
249.000
581.300
442.450
3.185.750
Mudas de Nativas
un
98.000
67.000
122.000
219.500
230.780
242.100
979.380
Mudas de Eucaliptus
un
307.000
638.000
431.500
533.700
807.300
935.500
3.653.000
Mudas de Pinus
un
70.000
760.000
900.800 1.121.400 1.630.000 1.380.800
5.863.000
FONTE: SEAB/DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL
6.250
37
Produção dos produtos relacionados à silvicultura de 98/03 na região de
Guarapuava:
Ano Base
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Safra
98 / 97
99 / 98
00 / 99
01 / 00
01 / 02
02 / 03
Total
Qtde
Qtde
Qtde
Qtde
Qtde
Qtde
Qtde
PRODUTO
UN
Carvão vegetal
kg
12.250.000 13.760.000 1.730.000 1.780.000 1.825.000 1.480.000 32.825.000
Erva-mate
kg
4.610.000 8.150.000 9.300.000 10.200.000 8.100.000 6.900.000 47.260.000
Toras de eucalipto
m3
2.500
3.200
Toras de pinus
m3
750.000
823.000
797.000 1.794.000 1.510.000
902.000 6.576.000
Lenha
m3
580.000
510.000
475.000
440.000
410.000
370.000 2.785.000
Mudas de Erva-mate
un
480.000
351.000
260.000
245.000
181.000
142.000 1.659.000
Mudas de Nativas
un
120.000
83.000
80.000
88.000
151.000
153.000
Mudas de Eucaliptus
un
650.000
Mudas de Pinus
un
2.600
3.200
4.000
9.500
25.000
675.000
155.000 1.610.000 1.250.000 1.020.000 1.029.000 5.714.000
2.200.000 3.385.000 4.890.000 7.940.000 10.680.000 12.435.000 41.530.000
FONTE: SEAB/DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL
Locais de comercialização dos produtos relacionados à silvicultura na região
de Guarapuava:
•
DL MANFIO LTDA
Av. M Ribas 4301
Guarapuava – Pr
Telefone: (42) 3624-0303
•
FLOEMA EMPREENDIMENTOS FLORESTAIS LTDA
Av. S C Ribas 635
38
Guarapuava – PR
Telefone: (42) 3624-1525
•
GOLDEN TREE REFLORESTADORA LTDA
Bosque 637
Guarapuava – PR
Telefone: (42) 3623-1096
•
SILVIPAN SILVICULTURA PLANEJAMENTO FLORESTAL LTDA
S Paulo 396
Guarapuava – PR
Telefone: (42) 3623-1815
•
VIVEIRO FORTE MERCOSUL
rod. BR 277 s/n km 347
Telefone: (42) 3624-1637
39
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O agronegócio vem dando ao pequeno e médio produtor rural formas de
diversificar suas propriedades adaptando-as a novas técnicas que visam uma
inclusão ao novo cenário de mercado o qual se obteve uma evolução gradual nos
últimos anos. Essa evolução que se apresenta aos produtores rurais exige uma
tomada de decisão com opções mais viáveis tanto economicamente como
ambientalmente, pois é fato que além de uma propriedade que vise o lucro através
da cultura e exploração da terra também deve-se avaliar sua sustentabilidade e
preservação.
Desse modo a avaliação de fluxo de caixa desta propriedade rural aqui
citada apresenta um retorno financeiro a partir do quinto ano de manejo das
espécies, tema deste trabalho, quando de acordo com o projeto acontece o primeiro
desbaste, sendo que haverá uma progressividade até o décimo quarto ano e
garantindo o retorno do investimento por parte do produtor.
Assim sendo, deve-se incentivar os produtores a procurarem uma
otimização de suas propriedades com técnicas e modalidades de cultivos
tradicionais aliadas as opções de reflorestamento aproveitando a topografia dos
terrenos acidentados, fazendo com que sua propriedade tenha total aproveitamento
com sustentabilidade.
40
REFERÊNCIAS
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
41
ANEXOS
42
ANEXO 1 – PLANILHA DE DESPESAS COM PLANTIO DE PINUS
43
1
DESPESAS COM PLANTIO DE PINUS
Preparo do
DESPESAS
terreno
Formiga
Plantio
Manual
R$ 6.300,00
R$ 2.295,00
1
Aceiro
2
Manutenção
R$ 1.004,40
3
Desrrama
R$ 669,60
4
Manutenção
R$ 334,80
R$1.620,00
5
Desrrama
R$ 334,80
R$ 2.700,00
6
Manutenção
R$ 334,80
R$ 540,00
7
Desrrama
R$ 334,80
R$5.400,00
8
Manutenção
R$ 334,80
R$1.552,69
R$ 1.887,49
R$ 5.709,45
R$ 5.709,45
R$10.109,17
R$10.109,17
Ano
9
Manutenção
10
Manutenção
11
Manutenção
12
Desbaste
13
Manutenção
14
Manutenção
15
Manutenção
16
Desbaste
17
Manutenção
18
Manutenção
19
Manutenção
20
Corte Raso
Mudas
Adubo
Herbicida
Diárias
Ass. Técnica
Total Geral
R$ 8.280,00
R$ 1.260,00
R$1.152,00
R$ 8.640,00
R$ 1.800,00
R$ 29.727,00
R$1.980,00
R$ 1.980,00
R$ 2.520,00
R$1.152,00
R$3.240,00
R$ 900,00
R$ 6.296,40
R$1.152,00
R$ 7.020,00
R$ 900,00
R$12.261,60
R$36.802,12
R$ 1.954,80
R$ 450,00
R$3.484,80
R$ 450,00
R$ 6.184,80
R$ 874,80
R$36.802,12
R$ 117.272,43
44
ANEXO 2 – PLANILHA DE DESPESAS COM PLANTIO DE EUCALIPTO
45
DESPESAS COM PLANTIO EUCALIPTO
Preparo do
Ano DESPESAS
terreno
Formiga
Plantio
1 Manual
R$ 6.300,00 R$ 2.295,00
1
Aceiro
R$ 1.980,00
2 Manutenção
R$ 1.004,40
Mudas
Adubo
Herbicida
Hydrogel
R$11.250,00 R$4.158,00 R$576,00 R$234,00
Diárias
Ass. Técnica
Total Geral
R$11.070,00
R$ 1.800,00
R$ 37.683,00
R$ 1.980,00
R$ 1.119,60
R$ 1.119,60
R$ 2.160,00
3
Manutenção
R$
765,00
R$ 354,60
4
5
Manutenção
Desrrama
R$ 334,80
R$ 2.250,00
R$ 450,00
R$ 2.764,00
6
7
Manutenção
Desbaste
R$ 1.238,00
8
Manutenção
9
10
Manutenção
Corte Raso
Plantio
Manual
Aceiro
Manutenção
11
11
12
R$ 6.300,00
R$ 1.980,00
R$ 2.295,00
R$ 1.004,40
R$ 784,80
R$ 5.014,00
R$
R$ 4.427,00
R$ 5.665,00
R$
R$
R$15.099,67 R$ 15.099,67
R$11.250,00 R$4.158,00 R$575,00 R$234,00
R$11.070,00
R$ 1.800,00
R$ 37.682,00
R$ 1.980,00
R$ 3.164,40
R$ 1.119,60
R$ 2.160,00
13 Manutenção
R$
765,00
R$ 354,60
14 Manutenção
15 Desrrama
R$ 334,80
R$ 2.250,00
R$ 450,00
R$ 2.764,00
16 Manutenção
17 Desbaste
R$ 1.238,00
18 Manutenção
19 Manutenção
20 Corte Raso
R$ 784,80
R$ 5.014,00
R$
R$ 4.427,00
R$ 5.665,00
R$
R$
R$15.099,67
R$ 15.099,67
R$
138.975,14
46
ANEXO 3 - RESUMO DE RECEITAS E DESPESAS PLANTIO DE EUCALIPTO VPL
47
RESUMO DE RECEITAS E DESPESAS PLANTIO DE EUCALIPTO VPL
ANO
RECEITAS
DESPESAS
RELAÇÃO B/C
1
R$ 39.663,00
R$
37.417,92
2
R$ 1.119,60
R$
996,44
3
R$ 1.119,60
R$
940,04
4
R$ 784,80
R$
621,64
R$ 49.754,25
R$ 5.014,00
R$
3.746,75
R$
37.179,27
R$ 79.688,81
R$ 5.665,00
R$
3.767,55
R$
52.997,61
R$
151.768,34
5
6
7
8
9
10
R$ 271.793,98
11
R$ 15.099,67
R$
39.662,00
R$
8.431,58
R$
20.893,45
R$
1.572,61
12
R$ 3.164,40
13
R$ 1.119,60
R$
524,91
14
R$ 784,80
R$
347,12
R$ 49.754,25
R$ 5.014,00
R$
2.092,17
R$
20.760,71
R$ 79.688,81
R$ 5.665,00
R$
2.103,78
R$
29.593,59
R$ 271.793,98
R$ 15.099,67
R$
4.708,15
R$
84.746,65
15
16
17
18
19
20
48
ANEXO 4
49
ANO
RECEITAS
DESPESAS
RELAÇÃO B/C
1
R$ 31.707,00
R$
29.912,26
2
R$ 6.296,40
R$
5.603,77
3
R$ 12.261,60
R$
10.295,08
4
R$ 1.954,80
R$
1.548,38
5
R$ 3.484,80
R$
2.604,05
6
R$
874,80
R$
616,70
7
R$ 6.184,80
R$
4.113,25
R$ 1.887,49
R$
1.184,23
8
R$ 27.948,38
R$
-
10
9
R$
-
R$
-
11
R$
-
R$
-
12
R$ 5.709,45
R$
13
102.770,17
R$
-
R$
-
14
R$
-
R$
-
15
R$
-
R$
-
16
181.965,14
17
R$ 10.109,17
R$
R$
R$
-
R$
-
-
18
19
20
2.837,42
R$
3.979,44
R$
17.535,16
R$
51.073,63
R$
71.629,90
-
R$ 662.438,09
R$ 36.802,12
R$
11.475,07
R$
206.551,33
R$
R$
R$
74.169,66
R$
346.790,01
975.121,78
117.272,43
50
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