1 UTP – Universidade Tuiuti do Paraná PROPPE – Pró reitoria de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão CURSO GESTÃO AGRÁRIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DIEGO ALEXANDRE LOSSO JEFERSON LUIS REZENDE MARINA ZAMPIERI PATRICIA MARIOTTI TEIXEIRA ROBERTA FERREIRA OLIVEIRA VIVIAN CRISTINA DOS SANTOS Trabalho de Conclusão de Curso Viabilidade de Implantação de Silvicultura de Pinus/Eucalipto GUARAPUAVA - PR AGOSTO - 2009 2 UTP – UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ PROPPE – Pró reitoria de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão CURSO GESTÃO AGRÁRIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL Trabalho de Conclusão de Curso Viabilidade de Implantação de Silvicultura de Pinus/Eucalipto Orientador: Prof. Daniel Cavagnari Coordenador e Supervisor: Prof. Wilson Mendes do Valle GUARAPUAVA – PR AGOSTO - 2009 3 “Nenhuma empresa sobreviverá se depender de gênios para administrála. Ela precisa ser capaz de ser conduzida por seres medianos.” (Peter Drucker) humanos 4 AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus por estar conosco todo o tempo, agradecemos também a nossa família que nos apoiou muito, agradecemos ao Professor Daniel Cavagnari e ao Professor Wilson Mendes do Valle por nos orientar para que esse trabalho fosse concluído com êxito e também agradecemos as empresas que nos forneceram dados e informações para que esse trabalho pudesse ser realizado. 5 DIEGO ALEXANDRE LOSSO; JEFERSON LUIS REZENDE; MARINA ZAMPIERI; PATRICIA MARIOTTI TEIXEIRA; ROBERTA FERREIRA OLIVEIRA; VIVIAN CRISTINA DOS SANTOS. VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE SILVICULTURA DE PINUS/EUCALIPTO.Trabalho de Conclusão de Curso de Pós Graduação em Gestão Agrária e Desenvolvimento Regional. Universidade Tuiuti do Paraná, Guarapuava, 2009. RESUMO O objetivo deste trabalho foi identificar qual a viabilidade econômica em se investir em uma cultura que hoje é vista como um grande plano de negócio. Porém, no que se refere ao diagnóstico apurado notou-se resultados extremamente negativos no que diz respeito à taxa de retorno e ao VPL, então, através desses resultados o objetivo foi apresentar um projeto de viabilidade de implantação de silvicultura de pinus/eucalipto, com sua própria viabilidade. Para a coleta de dados utilizou-se dados estátisticos de órgãos públicos como o IBGE e o Senar e também informações de outras empresas que trabalham nesse ramo. Palavras chaves: pinus, eucalipto, competitividade. 6 LOSSO, DIEGO ALEXANDRE; REZENDE, JEFERSON LUIS; ZAMPIERI, MARINA;MARIOTTI-TEIXEIRA,PATRICIA;FERREIRA-OLIVEIRA,ROBERTA; DOS SANTOS, VIVIAN CRISTINA. IMPLANTATION OF PINE/EUCALYPTUS SILVICULTURE. Work of Conclusion to Post Graduation Course in Agrarian Management and Regional Development. Tuiuti University of Paraná, Guarapuava, 2009. ABSTRACT The aim of this paper was to identify the economic viability of investing in a cultivation that is, nowadays, seen as a great business plan. In order to do that, statistic data was collected from government agencies such as IBGE and SENAR and also, some information from companies that work in this field was provided. Nevertheless, analyses has shown extremely negative results when it comes to VPL and income taxes. So, based on those results, the goal was to present a project where the implantation of pine/eucalyptus silviculture was viable. Key-word: pine, eucalyptus, competitiveness. 7 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – PRAGAS E DOENÇAS 19 TABELA 2 – RANKING DOS PAÍSES COM OS MAIORES 32 PLANTIOS FLORESTAIS EM 2005 TABELA 3 – PRODUTOS RELACIONADOS A 36 SILVICULTURA TABELA 4 – PRODUTOS RELACIONADOS A SILVICULTURA NA REGIÃO DE GUARAPUAVA 37 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 09 2 SILVICULTURA DO PINUS 11 2.1 PLANTIO 11 2.1.1 PREPARO DO TERRENO 11 2.1.2 ESPAÇAMENTO 12 2.1.3 MÉTODOS DE PLANTIO 13 2.2 TRATOS CULTURAIS 13 2.2.1 LIMPEZA 14 2.2.2 COMBATE A FORMIGAS 14 2.2.3 REPLANTIO 14 2.3 TRATOS SILVICULTURAIS 15 2.3.1 PODA OU DESRAMA 15 2.3.2 DESBASTE 15 2.3.2.1 MÉTODOS DE DESBASTE 17 2.3.3 EXPLORAÇÃO 18 2.4 PRAGAS E DOENÇAS 19 3 ESTUDO DE MERCADO 23 3.1 MADEIRA PARA MÓVEIS 24 3.2 MADEIRA PARA CONSTRUÇÃO HABITACIONAL 26 3.3 MADEIRA COMPENSADA 27 3.4 COMPENSADOS DE PINUS 28 3.5 PRODUTOS DE MAIOR VALOR AGREGADO 29 4 MERCADO NACIONAL 31 5 MERCADO REGIONAL 36 CONSIDERAÇÕES FINAIS 39 REFERÊNCIAS 40 ANEXO 1- PLANILHA DE DESPESAS COM PLANTIO DE PINUS 42 ANEXO 2- PLANILHA DE DESPESAS COM PLANTIO DE EUCALIPTO 44 ANEXO3- RESUMO DE RECEITAS E DESPESAS PLANTIO 46 EUCALIPTO – VPL ANEXO 4 – PLANILHA DE RECEITAS E DESPESAS 48 9 1 INTRODUÇÃO Hoje é reconhecida a importância do setor agropecuário, no contexto econômico da sociedade brasileira e mundial. Pode-se afirmar que esse é o setor mais importante dentre todos os que existem no processo econômico. Isso se dá, não pelo volume de recursos que movimenta, nem pelo número de empregos que gera, mas, pelo simples fato, que é o único e fundamental a existir. O declínio do setor primário para a economia representa o mesmo que não haver vegetais em uma cadeia alimentar. Quando a fonte geradora de matéria e energia deixa de existir, o colapso é apenas uma questão de tempo. Porém, a "super-competitividade" que assola todos os setores da economia mundial atingiu em cheio esse setor. A agricultura e a pecuária vivem hoje um momento de crise, como jamais vista no setor, quando temos problemas de estiagem associados a doenças impactantes, como ferrugem asiática, febre aftosa, e ainda com super desvalorização do real em relação ao dólar prejudicando os preços dos nossos produtos, além de ter proporcionado um custo de produção alto, pois os insumos foram comprados a um cambio e o produto vendido a outro bem inferior. Ficando o produtor a mercê de especulações e manobras de mercados internacionais. E não há espaços para experiências e bem intencionados, há para eficientes. Se você sai, entra outro em seu lugar. Então, para sobreviver nessa nova realidade econômica, a palavra-chave que surgiu é "competência administrativa". Para fazer um negócio sobreviver é preciso fazê-lo dar resultado econômico suficiente para cobrir todos os gastos ocorridos, remunere seu operador e gere lucro suficiente para que os investimentos necessários à adaptação constante do negócio às mudanças na realidade 10 econômica sejam realizados. Atualmente, com a maior abertura econômica do país e a gradual retirada do apoio governamental, a agricultura exige do produtor rural um melhor gerenciamento de seus negócios, afim de que possa atingir um novo patamar de maior eficiência econômica para a propriedade como um todo. O trabalho a seguir apresentado se refere ao diagnóstico de uma propriedade rural, localizada no Estado do Paraná, para o ano agrícola 2008/2009. Avaliando-se sua viabilidade econômica através de VPL e TIR. Visto que estes números foram extremamente negativos, em seguida, será apresentado um projeto de implantação de florestas de Pinus e Eucalipto, com sua própria viabilidade, e como empreendimento melhorador os números da propriedade como um conjunto. 11 2. SILVICULTURA DO PINUS (PINUS SPP.) As espécies do gênero Pinus são amplamente utilizadas em reflorestamentos no Brasil, devido principalmente ao seu rápido crescimento. A madeira do pinus é usada em construções leves ou pesadas, na produção de laminados, compensados, chapas de fibras e de partículas, na produção de celulose e papel, entre outros. O P. elliottii também é muito utilizado para a extração de resina. O pinus também pode ser utilizado na implantação de quebra ventos. 2.1PLANTIO 2.1.1 PREPARO DO TERRENO Como o preparo do terreno está ligado com as características da área onde será realizado o plantio, geralmente as operações são realizadas na seguinte ordem: • construção de estradas e aceiros • desmatamento e aproveitamento da madeira • enleiramento ou encoivaramento • queima das leiras • desenleiramento • combate à formiga • revolvimento do solo • sulcamento e/ou coveamento 12 As técnicas de cultivo mínimo e plantio consorciado têm sido adotadas por muitas empresas a fim de diminuir os danos ambientais. 2.1.2 ESPAÇAMENTO A escolha do espaçamento de plantio, na maioria dos planejamentos florestais, tem sido fundamentada principalmente no uso final da madeira. O espaçamento tem uma série de implicações do ponto de vista silvicultural, tecnológico e econômico. Ele influencia as taxas de crescimento das plantas, a qualidade das madeiras, a idade de corte, bem como as práticas de exploração e manejo florestal e conseqüentemente os custos de produção. A idade de corte e o espaçamento encontram-se também intimamente relacionados, ou seja, os plantios em espaçamentos menores normalmente exigem desbastes ou ciclos mais curtos de corte, pois a competição entre plantas ocorre mais precocemente, antecipando a estagnação do crescimento. A percentagem de árvores dominadas e mortas cresce com o avanço da idade, causando um aumento da percentagem de falhas. Este fato ocorre com maior intensidade e mais precocemente nos espaçamentos mais apertados. Um número elevado de árvores dominadas pode refletir negativamente no volume da madeira, estabilizando e até reduzindo o incremento médio anual. Nos plantios de pinus, costumam ser utilizados os espaçamentos de 3m x 2m e 2,5m x 2,5m. 13 2.1.3 MÉTODOS DE PLANTIO O plantio pode ser realizado através de dois métodos: Plantio manual: consiste inicialmente no balisamento e alinhamento, abertura de covas, distribuição de mudas e plantio propriamente dito. Plantio mecanizado: consiste de um trator que transporta as mudas e abre a cova com um disco sulcador enquanto um operário distribui as mudas. Ao mesmo tempo duas rodas convergentes fecham o sulco. As mudas mal plantadas são arrumadas por um operário que segue a máquina, sendo este processo utilizado para mudas de raiz nua. 2.2 TRATOS CULTURAIS Os tratos culturais visam à manutenção dos povoamentos, sendo realizados após o plantio até o fechamento do dossel de copas. Estes tratos têm como objetivo reduzir a concorrência por nutrientes, à luz e a umidade impostas às plantas pela vegetação invasora. Para o gênero Pinus, estes tratos estendem-se normalmente até os dois ou três anos, com variação para as diferentes espécies do gênero e sob diferentes condições de clima e até de solo. 14 2.2.1 LIMPEZA A limpeza é realizada até que as plantas atinjam um porte suficiente para dominar a vegetação invasora. Geralmente são feitas através de três métodos principais: • Limpeza manual: através das capinas nas entrelinhas ou coroamento e por roçadas na entrelinha. • Limpeza mecanizada: utilização de grades, enxadas rotativas e roçadeiras. • Limpeza química: utilização de herbicidas. 2.2.2 COMBATE A FORMIGAS A prevenção ao ataque das formigas cortadeiras deve ser realizado constantemente, através da vigilância e do combate na fase de preparo do solo, na qual a localização e o próprio combate são facilitados. As espécies mais comuns na região Sul são as dos gêneros Atta e Acromyrmex, geralmente combatidas com iscas granuladas distribuídas nos caminhos e olheiros. 2.2.3 REPLANTIO O replantio deverá ser realizado num período de 30 dias após o plantio, quando a sobrevivência deste é inferior a 90%. 15 2.3 TRATOS SILVICULTURAIS 2.3.1 PODA OU DESRAMA Esta operação visa melhorar a qualidade da madeira pela obtenção de toras desprovidas de nós. O controle do crescimento dos galhos, bem como sua eliminação, é uma prática aplicada às principais espécies de madeira. Os nós de galhos vivos causam menores prejuízos que os deixados por galhos mortos, sendo que estes constituem sérios defeitos na madeira serrada. Ocasionalmente as árvores também são podadas para prevenir a ocorrência de incêndios florestais e para favorecer acesso aos povoamentos durante as operações de desbaste, inventário e combate à formiga. 2.3.2 DESBASTE Os desbastes são cortes parciais realizados em povoamentos imaturos, com o objetivo de estimular o crescimento das árvores remanescentes e aumentar a produção da madeira utilizável. Nesta operação, removem-se as árvores excedentes, para que se possa concentrar o potencial produtivo do povoamento num número limitado de árvores selecionadas. Para determinar a intervenção, é preciso conhecer o incremento médio anual e corrente da floresta. Quando o incremento do ano passar a ser menor que o médio até a idade correspondente a ultima medição, (diminuindo, portanto, a média geral da produção da floresta), este seria o ano para a sua intervenção. Esta análise é possível mediante a realização de inventários contínuos. 16 Nos desbastes, as vantagens em conseqüência da competição devem ser, pelo menos em parte, preservadas. Assim, num programa de desbaste, para rotações relativamente longas o número de árvores deve ser reduzido gradativamente, porém a uma taxa substancialmente mais rápida do que seria em condições naturais. A seleção das árvores a serem desbastadas é caracterizada da seguinte forma: • posição relativa e condições de copa (dominantes) • estado de sanidade e vigor das árvores • características de forma e qualidade do tronco O principal efeito favorável do desbaste é estimular o crescimento em diâmetro das árvores remanescentes. A variação no diâmetro das árvores induzidas pelos desbastes é muito ampla. Desbastes leves podem não causar efeito algum sobre o crescimento, embora seja possível, em razão dos desbastes pesados, conseguir uma produção constituída de árvores com o dobro do diâmetro que, durante o mesmo tempo, elas teriam sem desbastes. Os desbastes também tendem a desacelerar a desrama natural e a estimular o crescimento dos galhos. A única vantagem disso é que os galhos permanecem vivos por mais tempo e, desse modo, reduz-se o número de nós soltos na madeira. 17 2.3.2.1MÉTODOS DE DESBASTE a) Desbaste sistemático: aplicados em povoamentos altamente uniformes, onde as árvores ainda não se diferenciaram em classes de copas, e se aplica em povoamentos jovens não desbastados anteriormente. É mais simples e mais barato. Permite mecanizar a retirada das árvores. b) Desbaste seletivo: implica na escolha de indivíduos segundo algumas características, previamente estabelecidas, variadas de acordo com o propósito a que se destina a produção. As árvores removidas são sempre as inferiores, dominadas ou defeituosas. Este método é mais complicado, porém permite melhor resultado na produção e qualidade da madeira grossa. c) Desbaste seletivo sistemático: este tipo de desbaste, além de favorecer as melhores árvores, retirando-se a concorrência de árvores ruins, pode ainda com a retirada de uma linha inteira, aumentar o volume retirado no desbaste e, com isto, compensar os custos, aumentando-se a renda. Esta prática é utilizada em algumas empresas do Sul do Brasil em plantios de Pinus spp. De acordo com o peso dos desbastes, podem ser classificados em: • Desbaste baixo: quando a relação entre o volume médio desbastado e o volume médio antes do desbaste for menor que 1. • Desbaste alto: quando a relação entre o volume médio desbastado e o volume médio antes do desbaste for maior que 1. • Desbaste neutro: Quando a relação entre o volume médio desbastado e o volume médio antes do desbaste for igual a 1. 18 2.3.3 EXPLORAÇÃO A idade de corte refere-se ao tempo necessário para que uma floresta, ou parte desta, cresça e produza ótima quantidade de madeira. A definição técnica da idade de corte pode ser obtida em razão do crescimento da floresta. Para isto, deve haver um acompanhamento por meio de parcelas permanentes representativas, em que, de ano em ano são medidos o diâmetro, a altura e o volume das árvores. Com isto, determina-se o incremento médio anual (IMA) do volume da floresta, assim como o incremento corrente anual (ICA). Quando o incremento do ano passar a ser menor que o médio até a idade correspondente à última medição, tendendo, portanto, abaixar a média geral da floresta, este seria o ano para a sua exploração. Para fins industriais, as espécies do gênero Pinus geralmente são cortadas em rotações que variam de 5 a 8 anos, por meio de cortes rasos ou parciais. 19 2.4 PRAGAS E DOENÇAS Doença Características Ação na Planta Controle Tombamento ou damping-off Fungo: Rhizothoctonia solani Fusarium monoliforme Fusarium centricosum Pythium debaryanum Ocorre nas seguintes condições: Elevada umidade, irrigação e chuvas freqüentes. Em solos com má drenagem. Elevada densidade de mudas. Adubação nitrogenada em excesso . Lesão fúngica na base da muda. Na préemergência parte das sementes não germinam. Anelamento do colo das mudas. Queda das hastes. Usar preventivo de fungicidas no primeiro mês de produção de mudas. Evitar umidade excessiva no substrato. Promover arejamento satisfatório das mudas por meio de espaçamento adequado. Asfixia de mudas Fungo: Telephora terrestris Telephora caryophyllea Telephora fimbriata As mudas têmse mostrado amarelecidas e até mortas. Excessivo Notam-se enovelamento basidiocarpos de raízes. marrons de Exaustão dos escuros a nutrientes do negros, típicos substrato. do fungo Irrigação basidiomiceto insuficiente das do gênero plantas. telphora, Interrupção do firmemente fluxo de água e aderidos ou sais minerais envolvendo as porções basais dos seus caules. A notoriedade de S. Spinea Anelamento de hastes demudas. Apodrecimento Aplicar a de calda bordaleza. Aumentar o espaçamento. Promover a ventilação. Proceder as desramas dos povoamentos, proporcionando melhor arejamento. Remover os órgãos desramados para evitar que 20 Pinus spp., previamente danificadas por chuvas de pedra durante verões chuvosos. Queima de acículas Fungo: Cylindrocladium pteridis Ataca mudas enviveiradas e plantas no campo até quatro anos de idade. a penetração do fungo através das feridas da desrama artificial, azulamento da madeira. Seca das pontas dos galhos ou da haste principal. para evitar que se transformem em futuras fontes de inócula de S. Spinea. Evitar o estabelecimento de plantações de Pinus spp., em áreas castigadas por chuvas de pedra ou por outras adversidades climáticas que afetem a espécie plantada. Evitar os estresses fisiológicos. Acículas com lesões de coloração amareloamarronzada, medindo de 2 a 5 mm de comprimento Controlar com causando mais fungicidas. tarde o seu anelamento. Posteriormente, as acículas tornam-se marrons pardas e caem. Manifesta-se em plantas em campo depois dos 6 – 8 meses, e é severa até os 10 anos de idade.A doença começa nas acículas basais 21 na Patologia Florestal, em vista dos estudos na subárea de epidemologia e controle químico em campo. Amareliose Fungo: Armillaria mellea Geralmente ocorre na primeira rotação, em plantações de pinus estabelecidas em áreas onde havia floresta natural ou reflorestamento com espécies florestais folhosas com reconhecida capacidade multiplicadora de inóculo do patógeno em regiões úmidas, com acículas basais do tronco e progride, de modo ascendente, na copa.O principal dano é a perda de incremento das árvores atacadas que está relacionada com a intensidade de doença refletida pela percentagem de copa queimada ou desfolhada. A partir de 80% de folhagem afetada, a planta tem paralização de crescimento ou morre. Limpar a área a ser recém Apodrecimento desmatada e de raízes e de arada para o porções basais plantio de pinus, do tronco, recolhendo-se levando há os restos de maioria das raízes, tocos, vezes à troncos e morte.As galhos da árvores vegetação inicialmente anterior, exibem apodrecidos ou crescimento não e queimávagaroso, los ou tornam-se destinados à amarelecidas e carbonização. apresentam Abrir trincheiras exsudação de ou valas, resina na base isolando do tronco e nas árvores raízes.Queda atacadas para 22 temperatura moderada.A doença pode ser transmitida de uma árvore para outra através do contato radicular. acículas, secamento de terminais de galhos e finalmente morte. Geralmente a doença é observada a partir de um ano de idade no campo. No início ocorre A doença amarelecimento geralmente de toda copa, ocorre a partir Podridão de com raízes já de 1 ano de Raízes mortas devido à idade.A Fungo: presença de mortalidade Cylindrocladium resina ocorre tanto em clavatum cristalizada em plantas suas esparsas ou em superfícies.A reboleiras. copa fica marromferrugínea, devido à mortalidade de acículas.Morte da planta. Inicialmente manchas amareladas, diminutas, que se expandem, envolvendo todo o diâmetro Sua ocorrência da acícula. se dá por todo Manchas de Posteriormente o Brasil, mas Acículas a mancha não causam Fungo: necrosa-se e grandes danos. Davisomycella fica com cor As manchas sp. marrom causadas Lophodermiums avermelhada, despertam sp. sendo que, a muito a atenção partir do ponto atacadas para que a doença não atinja as árvores vizinhas pelo contato das raízes. Evitar o plantio de espécies suceptíveis à doença. Abrir trincheiras ou valas, isolando árvores atacadas para que a doença não atinja as árvores vizinhas pelo contato das raízes. Evitar o plantio de espécies suceptíveis à doença. Não há necessidade de controle no campo.No Brasil ainda não há ocorrência em viveiros. 23 partir do ponto necrosado, a acícula morre. Dos primeiros sintomas à morte, demorase cerca de um ano. 3. ESTUDO DE MERCADO A movimentação dos mercados de madeira e produtos derivados cresce em termos mundiais, como mostram os números do comércio entre países exportadores e importadores. As exportações mundiais de produtos florestais alcançam o valor total das US$ 98 bilhões por ano (média 95-99), dos quais 15% provêm de países em desenvolvimento (FAO, 2004). O aumento do comércio mundial se dá tanto em produtos de menor grau de industrialização (madeira serrada, por exemplo), como nos produtos com mais tecnologia agregada (painéis à base de madeira). Esta tendência, entretanto, é mais evidente nos produtos de maior tecnologia e valor. A madeira serrada e os compensados são produtos de tecnologia básica, menor valor unitário de exportação, mas com grandes volumes comercializados. São estes produtos que representam a base de crescimento para a produção e exportação de países como o Brasil. Contudo, a crescente escassez em termos mundiais, de florestas produtivas e de matérias-primas tem dificultado grandes expansões da produção. Isto se verifica no Brasil, com a esperada redução da disponibilidade da madeira de pinus. Desta maneira, qualquer crescimento da produção à base de madeira será baseada principalmente no aperfeiçoamento dos processos de industrialização da 24 madeira, com crescentes níveis de tecnologia, produtividade, qualidade de produto e agregação de valor. Algumas das principais atividades industriais que utilizam a madeira de coníferas em geral e Pinus em particular, e geram produtos de valor agregado com tecnologia e qualidade, são atividades tradicionais, mas que apresentam grande potencial de aprimoramento. Entre estas, pode-se apontar a madeira proveniente de florestas plantadas, especialmente de pinus, destinada à indústria de móveis e de construção habitacional. 3.1 MADEIRA PARA MÓVEIS A indústria moveleira, em especial a que produz móveis seriados, se caracteriza por alta velocidade e grandes volumes de produção; estas características garantem sua competitividade. Para tal, a indústria requer matériasprimas com propriedades uniformes, especialmente densidade, cor e propriedades que afetam a produção, tais como trabalhabilidade, colagem, e facilidade de acabamento com tintas e vernizes. Outras características que são requeridas são suprimentos constantes aos preços aceitáveis. Estas qualidades podem ser encontradas principalmente nas madeiras provenientes de reflorestamento – pinus e eucalipto – mas também em madeiras nativas e nos painéis à base de madeira. A produção brasileira de madeira serrada tem variado pouco, totalizando cerca de 20 milhões m³ por ano nos últimos seis anos, sendo 22 milhões m³ produzidos em 2002. O consumo aparente é de cerca de 19,7 milhões m³ e destes, estima-se que aproximadamente 3,5 milhões m³ de madeira serrada (15%) são destinados às indústrias de móveis, com cerca de um terço deste volume tendo origem em florestas plantadas, especialmente de pinus. O restante da produção é 25 composto de madeira serrada de espécies nativas, com uma pequena, mas crescente contribuição da madeira de eucalipto. Assim, do volume de madeira sólida utilizada pelo setor moveleiro, especialmente na fabricação de móveis destinados à exportação, cerca de 1,2 milhões de m³/ano são de madeira de características uniformes e mínimos defeitos, principalmente pinus. O suprimento de madeiras nativas varia em função da disponibilidade ou escassez das espécies em demanda, resultando em oscilações de preço. Neste cenário dá-se a introdução de madeiras alternativas, geralmente menos-conhecidas, substituindo as espécies tradicionais e garantindo o suprimento ao mercado. Já o sub-setor de produção de móveis de madeira sólida de florestas plantadas, especialmente destinados ao mercado de exportação, enfrenta uma escassez de madeira de pinus em idade e dimensões para uso em serraria e móveis. Estudos recentes estimam que já em 2003, tenha havido um déficit apreciável de toras de pinus, de volumes da ordem de 11,3 milhões m³. Este déficit deste poderá crescer rapidamente, chegando a mais de 27 milhões m³ por volta de 2020 (ITTO, 2004). O problema no suprimento de madeira tem afetado o setor - nos últimos 12 meses, os preços das toras de Pinus aumentaram em cerca de 40% enquanto no mesmo período a taxa de inflação cresceu 10%. Como solução temporária ao problema de suprimento de madeira, algumas empresas estão importando madeira de outros países-membros do Mercosul, principalmente Uruguai e Argentina. Uma solução mais definitiva passa pela necessidade de plantio anual de 600.000 hectares de florestas, pelos próximos 10 anos. (MMA, 2004) 26 Como há incerteza da disponibilidade de madeira de pinus para a indústria de móveis, verifica-se no mercado alguma disponibilidade de eucalipto serrado, de boa qualidade, a preços relativamente competitivos. Em alguns pólos moveleiros, uma certa substituição já é verificada, como em Colatina (ES), Ubá (MG) e Arapongas (PR), que estão substituindo as madeiras nativas, seja por escassez, preço ou pressão de agências ambientais. 3.2 MADEIRA PARA CONSTRUÇÃO HABITACIONAL Tanto na região sudeste como na região sul do Brasil, a madeira usada na construção habitacional, especialmente em estruturas de telhado, concentra-se em 10 a 12 espécies tradicionais. A escassez crescente destas madeiras e o seu alto preço provocam sua substituição por outras madeiras, mais abundantes e disponíveis a preços competitivos. A demanda de madeiras como material de construção aumenta com a expansão do setor, não só nos usos tradicionais (estruturas, pisos e esquadrias), mas também como material principal, tendo o seu uso aumentado em paredes externas e divisórias. Isto é visível tanto nos centros urbanos como também nos condomínios rurais. Esta expansão tem requerido matérias-primas de características uniformes, de amplo suprimento e baixo custo, características encontradas principalmente em madeiras de florestas plantadas, homogêneas e de rápido crescimento. Usando-se critérios de seleção parâmetros como densidade e resistência mecânica, um número crescente de madeiras, tanto nativas como de florestas plantadas se prestam à construção, seja como tábuas, vigas, caibros ou ripas. As 27 madeiras de pinus e eucalipto, na forma de vigas laminadas e coladas, têm sido usadas de forma crescente na construção de edifícios multiuso, com estruturas leves, para diversos usos. Com métodos construtivos modernos, têm-se usado painéis pré-fabricados, com montagem rápida no local de construção, e acabamentos modernos, como gesso acartonado, de rápida instalação, de crescente aceitação no mercado. Outros nichos, mais específicos, podem ser encontrados na área estrutural, que pode absorver madeiras de menor ou maior densidade e resistência mecânica, para estruturas de pórticos leves, treliças, vigas laminadas e coladas, compostas com painéis compensados, componentes estruturais e outros. 3.3 MADEIRA COMPENSADA A produção anual de compensados no Brasil é da ordem de 2,6 milhões m³. Isto significa cerca de 4,5% do total mundial, sendo a maior proporção destinada à exportação. Deste total, aproximadamente 40% são produzidos com madeira tropical, e os outros 60%, com madeira de reflorestamento das regiões Sul e Sudeste, principalmente pinus. Segundo a mesma fonte, as exportações de compensados têm crescido em média 16% ao ano desde 1990. O volume exportado em 2002 alcançou cerca de 1,8 milhão m³ - dos quais 1,06 milhões m³ de pinus - sendo o Reino Unido, os EUA, a Bélgica e a Alemanha, os principais importadores do produto. Os dois mercados primeiros absorveram 46% das exportações de compensado de pinus em 2002, com preços entre US$150 e 250/m³. 28 Compensados de madeira tropical exportados alcançam a faixa dos 700 mil m³ por ano. Os últimos quatro anos mostram um crescimento significativo dos volumes de exportação, bem como os preços médios do produto. Os principais mercados importadores dos compensados de madeira tropical são os EUA e o Reino Unido, que absorveram 61% do compensado de madeira tropical exportado pelo Brasil em 2002. O consumo nacional de compensados é de cerca de 880 mil m³, destinados à fabricação de móveis (45%) e embalagens (17%). No mercado interno os compensados são principalmente de madeira tropical embora o compensado tipo "combi" (face de madeira tropical e miolo de pinus) tenha importância, principalmente no setor moveleiro. A produção de compensados, seja para a exportação ou consumo interno, é especialmente promissora para as madeiras de reflorestamento, principalmente o pinus. 3.4 COMPENSADOS DE PINUS Buscando agregar qualidade e valor ao seu produto, os produtores brasileiros de compensados implementaram o PNQM - Programa Nacional de Qualidade da Madeira, e para manter os mercados europeus, estão enviando esforços para atender aos requisitos dos importadores da Comunidade Européia (CE), adequando-se aos requisitos de uma marca de conformidade. As especificações da CE Marking (BM TRADA Certification Ltd) já estão sendo aplicadas aos compensados brasileiros de pinus para exportação àqueles mercados. A conformidade aos padrões requeridos pela CE Marking está sendo verificada por 29 meio de ensaios em diversos Laboratórios, ligados a Institutos de Pesquisas e Universidades. As exportações de compensados brasileiros de pinus somente no período de janeiro a junho de 2004 totalizaram US$ 267 milhões, representando um aumento de 94% em relação ao mesmo período de 2003 (US$ 137 milhões). Com estas taxas de crescimento, pode-se estimar que as exportações do ano de 2004 poderão exceder US$ 500 milhões, um aumento de 55% referente ao ano de 2003 (ITTO, 2004). Em termos de volume, estima-se que as exportações de compensados de pinus em 2004 possam alcançar 2,5 milhões de m³, com um crescimento de 1 milhão de m³ em relação a 2003. Este aumento das exportações pode ser atribuído principalmente ao crescimento no setor da construção habitacional que se verifica atualmente no mercado residencial norte-americano, que absorveu compensados brasileiros de pinus no valor de US$ 150 milhões. Segundo a mesma fonte, para o mercado europeu, onde a CE Marking tornou-se obrigatória desde abril de 2004, as exportações dos compensados de pinus oriundos do Brasil também cresceram significativamente na primeira metade de 2004, alcançando um total de US$ 106 milhões. 3.5 PRODUTOS DE MAIOR VALOR AGREGADO A produção de madeira serrada e seu beneficiamento é um setor que apresenta as maiores possibilidades de agregar valor aos produtos, especialmente aqueles destinados ao mercado de exportação. Entre estes, destacam-se os “blocks & blanks”, que são blocos de madeira de pequenas dimensões e sem defeitos, tais 30 como nós e imperfeições visuais, de comercialização bastante recente, que surgiram no mercado quando se iniciaram as exportações de pinus serrado, por volta de 1994/95. Embora não estejam definidos em normas técnicas nacionais, são bastante conhecidos no mercado internacional, sendo sua comercialização basicamente para exportação. Destinam-se à confecção de molduras, esquadrias, revestimentos, partes e peças aparentes de móveis, ou são vendidos diretamente aos consumidores, para usos do tipo "do-it-yourself" ou bricolagem. Os "blocks" podem ser emendados nos topos por meio de fingerjoint, formando peças mais longas, conhecidas como "blanks". O mercado de exportação pode requerer peças homogêneas e livres de defeitos. Os "blocks" são resultado do rebeneficiamento da madeira serrada, com ajuste de dimensões e eliminação de defeitos. Entre os defeitos proibitivos podem ser apontados os nós, medula, quaisquer variações acentuadas de cor, empenamentos e rachaduras de qualquer tipo. A secagem em estufa, equalizada em 12% (base seca) de teor de umidade, é condição requerida pelo mercado. As peças devem apresentar sobremedida para facilitar o seu ajuste às dimensões finais. As especificações dimensionais dos "blocks" são muito flexíveis: espessuras entre 33 mm e 38 mm; larguras de 47 mm a 143 mm; e comprimentos acima de 150 mm. Isto resulta em grande rendimento da madeira, em cerca de 75% do volume total seco em estufa. Os "blocks" são produzidos principalmente de madeira clara e leve, e por esta razão o pinus é preferido. Consultas feitas a fornecedores e compradores diversos já indicaram que existe no mercado a possibilidade de absorção também de "blocks" de eucalipto, leves e claros, desde que haja uniformidade de cor e de densidade, além da ausência de defeitos. 31 A produção e exportação dos "blocks" está em expansão, já tendo sido alcançados valores de cerca de US$ 390/m³ (CIF) (Draffan, 2002). Os preços internacionais variam bastante, entre US$ 200 e US$ 300/m³ (FOB) verificados em 1999, e também o volume de exportação do produto têm apresentado oscilações, mas sua aceitação pelo mercado é encorajadora. 4 MERCADO NACIONAL Segundo exportador do agronegócio nacional, perdendo apenas para a soja, a indústria de base florestal é um dos setores mais produtivos, contribuindo para a geração de 2,5 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos. O Brasil é um dos países com o maior potencial florestal do mundo, perdendo apenas para a Rússia. A capacidade sustentada para produção de toras está estimada em 390,0 milhões de m3 anuais, sendo 62% provenientes de florestas nativas e 38% de florestas plantadas. No entanto, das áreas nativas são consumidos apenas 20% da capacidade da floresta, enquanto que das áreas plantadas são consumidos volumes muito próximos da capacidade existente de 148,0 milhões de m3 anuais. Os números de produção apontam para um volume de produtos de madeira próximo de 30,0 milhões de m3 em 2004 e 2005 mais 15,0 milhões de m2 de pisos e 7,0 milhões de portas. Dos 30,0 milhões de m3 produzidos, 7,0 milhões de m3 são exportados anualmente, fazendo com que o Brasil detenha uma participação de 2,0% no comércio mundial de madeiras. 32 Ranking dos Países com os Maiores Plantios Florestais em 2005 Ranking País Superfície Floretas Floretas Terrestre Plantadas Plantadas (1000 ha) (1000 ha) %¹ 1º China 932.743 45.083 23,5 2º Índia 297.319 32.578 17,0 3º Rússia 1688.851 17.340 9,0 4º Estados Unidos 915.895 16.238 8,5 5º Japão 37.652 10.682 5,6 6º Indonésia 181.157 9.871 5,1 7º Brasil 845.651 5.242² 2,7 8º Tailândia 51.089 4.920 2,6 9º Ucrânia 57.935 4.425 2,3 10º Irã 162.201 2.284 1,2 Outros 7.893.407 43.312 22,6 Total 13.063.900 186.733 100 Fonte: FAO, 2005 ¹ % da área plantada no país em relação à área plantada no mundo ² Inclui somente florestas com pinus e eucalipto Em 2004, a produção primária florestal do País somou R$ 8,5 bilhões, dos quais 62% vieram da silvicultura (florestas plantadas) e 38% do extrativismo vegetal (produtos coletados em vegetações nativas espontâneas). Os produtos madeireiros representaram 84% do valor da produção extrativa vegetal e os não madeireiros, 16%. 33 Dos produtos da silvicultura que apresentaram crescimento entre os anos de 2003 e 2004, a resina vegetal foi o destaque. Sua produção saltou de 50 957 t para 53 390 t, ou seja, uma expansão de 4,77% (Gráfico 2). Além desse produto, aparecem com aumento de produção, casca de acácia-negra (1,55%), lenha (0,30%) e carvão (0,15%) O volume de madeira para papel e celulose caiu 6,55%, enquanto o de madeira para outras finalidades apresentou uma redução de 17,81%. Em razão disso, o volume total de madeira produzida no segmento da silvicultura (87 515 161 m³) apresentou um recuo geral de 12,22%, relativamente ao registrado no ano de 2003. FONTE: IBGE No caso do carvão oriundo das florestas cultivadas, o principal estado produtor, Minas Gerais, concentrou 76,14% da produção nacional em 2004. 34 O carvão proveniente da silvicultura apresentou um sensível declínio ao longo do período de 1997 a 2002, mas esta tendência foi revertida em 2003, com o crescimento de 7,70%, embora no ano seguinte o aumento tenha sido de apenas 0,15%. Com relação à produção de carvão do extrativismo vegetal, destacaram-se os estados do Mato Grosso do Sul, com 23,64% das 2 185 950 toneladas produzidas no País em 2004; Minas Gerais, com 19,85%; Maranhão, 19,70%; Goiás, 15,36%; Bahia, 10,54% e Paraná, com 6,24%. Quanto à madeira em tora de florestas cultivadas (silvicultura), a quantidade produzida em 2004, no País, somou 87 515 161 m³. Deste total, cerca de 53% se destinaram à indústria de papel e celulose, e 47% para outras (movelaria, construção civil etc). São Paulo foi o principal estado produtor de madeira em tora proveniente de florestas cultivadas. Sua produção representou 27% do total nacional, ao somar 23 628 909 m³. No ranking da produção nacional de madeira para papel e celulose, o estado de São Paulo foi o primeiro produtor, com 14 824 430 m³ produzidos, ou seja, cerca de 32% do total nacional. Nas cinco colocações subseqüentes aparecem Santa Catarina (6 306 325 m³), Paraná (6 300 320 m³), Bahia (5 318 263 m³), Espírito Santo (3 911 206 m³) e Minas Gerais (3 241 220 m³). No ranking da produção nacional de madeira em tora para outras finalidades (movelaria, construção civil etc), originada de florestas plantadas, o estado do Paraná foi o primeiro produtor com 11 423 356 m³ produzido, ou 27,70 % do total nacional, que foi de 41 230 327 m³. Seguem-no, nas quatro colocações seguintes, Santa Catarina, com 25,03% do total do País, São Paulo (21,35%), Rio Grande do Sul (10,74%); e Minas Gerais (8,07%). 35 O maior produtor em 2004 foi o município paranaense de General Carneiro, cuja produção correspondeu a 3,78% do total nacional. O mapa acima mostra os dez maiores municípios produtores de madeira em tora da silvicultura, considerando-se o total de madeira produzido, ou seja, a soma das produções destinadas à fabricação de papel e celulose e para outros fins (movelaria, construção civil etc). Observa-se que a atividade de produção de madeiras de florestas plantadas concentra-se nas Regiões Sudeste e Sul. Na 36 Região Norte destacam-se os municípios de Almeirim, no Pará, e de Porto Grande, no Amapá. 5 MERCADO REGIONAL Produção dos produtos relacionados à silvicultura de 98/03 na região de Guarapuava, Palmital, Campina do Simão, Canta Galo, Reserva do Iguaçu, Pinhão, Foz do Jordão, Goioxim, Prudentópolis, Turvo e Candói: Ano Base 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Safra 98 / 97 99 / 98 00 / 99 01 / 00 01 / 02 02 / 03 Total Qtde Qtde Qtde Qtde Qtde Qtde Qtde PRODUTO UN Carvão vegetal kg 7.445.000 10.730.000 22.805.000 13.000.000 22.360.000 17.315.050 93.655.050 Erva-mate kg 23.193.500 28.298.500 34.978.000 40.656.000 32.027.000 24.095.000 183.248.000 Toras de eucalipto m3 4.800 Toras de pinus m3 Lenha 4.000 3.800 7.900 13.250 40.000 421.000 557.500 1.087.100 1.488.600 1.149.600 683.300 5.387.100 m3 557.600 532.900 495.500 486.000 477.000 444.000 2.993.000 Mudas de Erva-mate un 460.000 1.004.000 449.000 249.000 581.300 442.450 3.185.750 Mudas de Nativas un 98.000 67.000 122.000 219.500 230.780 242.100 979.380 Mudas de Eucaliptus un 307.000 638.000 431.500 533.700 807.300 935.500 3.653.000 Mudas de Pinus un 70.000 760.000 900.800 1.121.400 1.630.000 1.380.800 5.863.000 FONTE: SEAB/DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL 6.250 37 Produção dos produtos relacionados à silvicultura de 98/03 na região de Guarapuava: Ano Base 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Safra 98 / 97 99 / 98 00 / 99 01 / 00 01 / 02 02 / 03 Total Qtde Qtde Qtde Qtde Qtde Qtde Qtde PRODUTO UN Carvão vegetal kg 12.250.000 13.760.000 1.730.000 1.780.000 1.825.000 1.480.000 32.825.000 Erva-mate kg 4.610.000 8.150.000 9.300.000 10.200.000 8.100.000 6.900.000 47.260.000 Toras de eucalipto m3 2.500 3.200 Toras de pinus m3 750.000 823.000 797.000 1.794.000 1.510.000 902.000 6.576.000 Lenha m3 580.000 510.000 475.000 440.000 410.000 370.000 2.785.000 Mudas de Erva-mate un 480.000 351.000 260.000 245.000 181.000 142.000 1.659.000 Mudas de Nativas un 120.000 83.000 80.000 88.000 151.000 153.000 Mudas de Eucaliptus un 650.000 Mudas de Pinus un 2.600 3.200 4.000 9.500 25.000 675.000 155.000 1.610.000 1.250.000 1.020.000 1.029.000 5.714.000 2.200.000 3.385.000 4.890.000 7.940.000 10.680.000 12.435.000 41.530.000 FONTE: SEAB/DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL Locais de comercialização dos produtos relacionados à silvicultura na região de Guarapuava: • DL MANFIO LTDA Av. M Ribas 4301 Guarapuava – Pr Telefone: (42) 3624-0303 • FLOEMA EMPREENDIMENTOS FLORESTAIS LTDA Av. S C Ribas 635 38 Guarapuava – PR Telefone: (42) 3624-1525 • GOLDEN TREE REFLORESTADORA LTDA Bosque 637 Guarapuava – PR Telefone: (42) 3623-1096 • SILVIPAN SILVICULTURA PLANEJAMENTO FLORESTAL LTDA S Paulo 396 Guarapuava – PR Telefone: (42) 3623-1815 • VIVEIRO FORTE MERCOSUL rod. BR 277 s/n km 347 Telefone: (42) 3624-1637 39 CONSIDERAÇÕES FINAIS O agronegócio vem dando ao pequeno e médio produtor rural formas de diversificar suas propriedades adaptando-as a novas técnicas que visam uma inclusão ao novo cenário de mercado o qual se obteve uma evolução gradual nos últimos anos. Essa evolução que se apresenta aos produtores rurais exige uma tomada de decisão com opções mais viáveis tanto economicamente como ambientalmente, pois é fato que além de uma propriedade que vise o lucro através da cultura e exploração da terra também deve-se avaliar sua sustentabilidade e preservação. Desse modo a avaliação de fluxo de caixa desta propriedade rural aqui citada apresenta um retorno financeiro a partir do quinto ano de manejo das espécies, tema deste trabalho, quando de acordo com o projeto acontece o primeiro desbaste, sendo que haverá uma progressividade até o décimo quarto ano e garantindo o retorno do investimento por parte do produtor. Assim sendo, deve-se incentivar os produtores a procurarem uma otimização de suas propriedades com técnicas e modalidades de cultivos tradicionais aliadas as opções de reflorestamento aproveitando a topografia dos terrenos acidentados, fazendo com que sua propriedade tenha total aproveitamento com sustentabilidade. 40 REFERÊNCIAS IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. 41 ANEXOS 42 ANEXO 1 – PLANILHA DE DESPESAS COM PLANTIO DE PINUS 43 1 DESPESAS COM PLANTIO DE PINUS Preparo do DESPESAS terreno Formiga Plantio Manual R$ 6.300,00 R$ 2.295,00 1 Aceiro 2 Manutenção R$ 1.004,40 3 Desrrama R$ 669,60 4 Manutenção R$ 334,80 R$1.620,00 5 Desrrama R$ 334,80 R$ 2.700,00 6 Manutenção R$ 334,80 R$ 540,00 7 Desrrama R$ 334,80 R$5.400,00 8 Manutenção R$ 334,80 R$1.552,69 R$ 1.887,49 R$ 5.709,45 R$ 5.709,45 R$10.109,17 R$10.109,17 Ano 9 Manutenção 10 Manutenção 11 Manutenção 12 Desbaste 13 Manutenção 14 Manutenção 15 Manutenção 16 Desbaste 17 Manutenção 18 Manutenção 19 Manutenção 20 Corte Raso Mudas Adubo Herbicida Diárias Ass. Técnica Total Geral R$ 8.280,00 R$ 1.260,00 R$1.152,00 R$ 8.640,00 R$ 1.800,00 R$ 29.727,00 R$1.980,00 R$ 1.980,00 R$ 2.520,00 R$1.152,00 R$3.240,00 R$ 900,00 R$ 6.296,40 R$1.152,00 R$ 7.020,00 R$ 900,00 R$12.261,60 R$36.802,12 R$ 1.954,80 R$ 450,00 R$3.484,80 R$ 450,00 R$ 6.184,80 R$ 874,80 R$36.802,12 R$ 117.272,43 44 ANEXO 2 – PLANILHA DE DESPESAS COM PLANTIO DE EUCALIPTO 45 DESPESAS COM PLANTIO EUCALIPTO Preparo do Ano DESPESAS terreno Formiga Plantio 1 Manual R$ 6.300,00 R$ 2.295,00 1 Aceiro R$ 1.980,00 2 Manutenção R$ 1.004,40 Mudas Adubo Herbicida Hydrogel R$11.250,00 R$4.158,00 R$576,00 R$234,00 Diárias Ass. Técnica Total Geral R$11.070,00 R$ 1.800,00 R$ 37.683,00 R$ 1.980,00 R$ 1.119,60 R$ 1.119,60 R$ 2.160,00 3 Manutenção R$ 765,00 R$ 354,60 4 5 Manutenção Desrrama R$ 334,80 R$ 2.250,00 R$ 450,00 R$ 2.764,00 6 7 Manutenção Desbaste R$ 1.238,00 8 Manutenção 9 10 Manutenção Corte Raso Plantio Manual Aceiro Manutenção 11 11 12 R$ 6.300,00 R$ 1.980,00 R$ 2.295,00 R$ 1.004,40 R$ 784,80 R$ 5.014,00 R$ R$ 4.427,00 R$ 5.665,00 R$ R$ R$15.099,67 R$ 15.099,67 R$11.250,00 R$4.158,00 R$575,00 R$234,00 R$11.070,00 R$ 1.800,00 R$ 37.682,00 R$ 1.980,00 R$ 3.164,40 R$ 1.119,60 R$ 2.160,00 13 Manutenção R$ 765,00 R$ 354,60 14 Manutenção 15 Desrrama R$ 334,80 R$ 2.250,00 R$ 450,00 R$ 2.764,00 16 Manutenção 17 Desbaste R$ 1.238,00 18 Manutenção 19 Manutenção 20 Corte Raso R$ 784,80 R$ 5.014,00 R$ R$ 4.427,00 R$ 5.665,00 R$ R$ R$15.099,67 R$ 15.099,67 R$ 138.975,14 46 ANEXO 3 - RESUMO DE RECEITAS E DESPESAS PLANTIO DE EUCALIPTO VPL 47 RESUMO DE RECEITAS E DESPESAS PLANTIO DE EUCALIPTO VPL ANO RECEITAS DESPESAS RELAÇÃO B/C 1 R$ 39.663,00 R$ 37.417,92 2 R$ 1.119,60 R$ 996,44 3 R$ 1.119,60 R$ 940,04 4 R$ 784,80 R$ 621,64 R$ 49.754,25 R$ 5.014,00 R$ 3.746,75 R$ 37.179,27 R$ 79.688,81 R$ 5.665,00 R$ 3.767,55 R$ 52.997,61 R$ 151.768,34 5 6 7 8 9 10 R$ 271.793,98 11 R$ 15.099,67 R$ 39.662,00 R$ 8.431,58 R$ 20.893,45 R$ 1.572,61 12 R$ 3.164,40 13 R$ 1.119,60 R$ 524,91 14 R$ 784,80 R$ 347,12 R$ 49.754,25 R$ 5.014,00 R$ 2.092,17 R$ 20.760,71 R$ 79.688,81 R$ 5.665,00 R$ 2.103,78 R$ 29.593,59 R$ 271.793,98 R$ 15.099,67 R$ 4.708,15 R$ 84.746,65 15 16 17 18 19 20 48 ANEXO 4 49 ANO RECEITAS DESPESAS RELAÇÃO B/C 1 R$ 31.707,00 R$ 29.912,26 2 R$ 6.296,40 R$ 5.603,77 3 R$ 12.261,60 R$ 10.295,08 4 R$ 1.954,80 R$ 1.548,38 5 R$ 3.484,80 R$ 2.604,05 6 R$ 874,80 R$ 616,70 7 R$ 6.184,80 R$ 4.113,25 R$ 1.887,49 R$ 1.184,23 8 R$ 27.948,38 R$ - 10 9 R$ - R$ - 11 R$ - R$ - 12 R$ 5.709,45 R$ 13 102.770,17 R$ - R$ - 14 R$ - R$ - 15 R$ - R$ - 16 181.965,14 17 R$ 10.109,17 R$ R$ R$ - R$ - - 18 19 20 2.837,42 R$ 3.979,44 R$ 17.535,16 R$ 51.073,63 R$ 71.629,90 - R$ 662.438,09 R$ 36.802,12 R$ 11.475,07 R$ 206.551,33 R$ R$ R$ 74.169,66 R$ 346.790,01 975.121,78 117.272,43 50