XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação
22 a 24 de julho de 2015
O CASO DA BIBLIOTECA SETORIAL DE LETRAS E LINGUÍSTICA:
IMPLEMENTAÇÃO, ESTRUTURAÇÃO E GESTÃO
Inês
Conceição da
[email protected]
Silva.
Universidade
Federal
de
Goiás.
Introdução:
O objetivo deste trabalho é narrar a experiência de implementação,
estruturação e gestão de uma sala de leitura, que integrada ao Sistema de
Bibliotecas da UFG (Sibi/UFG), passa a funcionar como biblioteca setorial. A
integração surgiu da necessidade de padronização dos serviços para atender
adequadamente seu público. Os resultados tem se mostrado positivos,
considerando a ampliação de serviços disponíveis, além da normalização do
funcionamento - que garante um padrão de atendimento e serviços, a
ampliação de acesso e uso das coleções, promovendo a aproximação entre
bibliotecário-usuário, e melhorando a interação com a biblioteca. A
reestruturação do ambiente também trouxe melhorias quanto ao espaço físico,
mobiliário e atendimento prestado.
Relato da experiência:
A sala de leitura da Faculdade de Letras foi inaugurada em setembro de
1994, criada a partir da doação de professores e alunos da área, e de compras
financiadas pelo Centro de Línguas da unidade para suprir as necessidades
informacionais do corpo docente e discente. No entanto, tratando-se de uma
estrutura informal, faltava um sistema de gerenciamento – o que implicava em
perdas, e normativas que orientasse quanto ao funcionamento - que se
mostrava precário apesar da riqueza do seu acervo.
Assim, no ano de 2009 a direção da Faculdade propôs que a sala de
leitura se integrasse ao Sistema de Bibliotecas da UFG (Sibi/UFG). A partir
disto, seria possível atender às normas de atendimento, processamento,
desenvolvimento de coleções, capacitação e infraestrutura preconizadas pelo
Sibi/UFG.
Passado o processo burocrático de inclusão no sistema, iniciou-se em
novembro de 2009, o processamento técnico dos materiais bibliográficos da
sala de leitura. Em 2010, o acervo já se encontrava registrado no sistema de
gerenciamento Sophia. No entanto, era utilizado somente para localização das
obras, pois não havia sido efetivamente implantado. Era necessária a presença
de um bibliotecário concursado para dar prosseguimento à transição da sala de
leitura.
Com a chegada de uma bibliotecária concursada em janeiro de 2011, o
sistema foi implantado, e iniciou-se a liberação do material para que os
empréstimos fossem realizados via sistema. Os exemplares não localizados
foram sinalizados como “desaparecidos” no sistema. Neste momento, foi
possível notar a perda que a sala de leitura sofria por empréstimos não
devolvidos e pela falta de um sistema de segurança. Os colaboradores da
biblioteca foram orientados quanto às normativas do Sibi/UFG, e treinados para
uso e orientação do sistema Sophia.
No inicio do ano letivo de 2011, a Biblioteca Setorial de Letras e
Linguística iniciou seu funcionamento com os serviços de empréstimo
domiciliar informatizado - possibilitando serviços de renovação e reserva
online-, catalogação na fonte, orientações quanto à normalização de trabalhos
acadêmicos, além de dois terminais de consulta ao acervo. Embora houvesse a
aprovação das facilidades agora disponíveis, encontramos dificuldades quanto
à aceitação das normativas, como a guarda do material para permanência da
biblioteca, e das sanções, como o pagamento de multas.
Ainda em 2011, a biblioteca passou a funcionar aos sábados, para
atender aos cursos de pós-graduação e alunos do Centro de Línguas. Também
se iniciou o trabalho de adequação de acervo aos projetos pedagógicos, em
parceria com o conselheiro do curso, e trabalhando também na aproximação
entre docentes e biblioteca.
O acervo de teses e dissertações não havia sido catalogado. Esta
necessidade não havia sido apontada pelo fato do depósito legal deste material
já ser realizado na Biblioteca Central, e a partir de 2006 disponibilizados no
Banco de Teses e Dissertações da universidade. Porém, a freqüente e
crescente procura por estes materiais mostraram a necessidade de incorporar
teses e dissertações ao acervo, o que foi feito no ano de 2013 – até então os
empréstimos ainda eram realizados através de formulários impressos.
Em 2014, a biblioteca iniciou suporte às revistas cientificas produzidas
na Faculdade de Letras, além de atuar com as publicações da faculdade no
Repositório Institucional da universidade.
Cientes da necessidade de melhorias na estrutura física da antiga sala
de leitura, a direção da Faculdade já havia destinado um espaço para a
biblioteca no projeto do novo bloco da Faculdade de Letras.
A mudança e estruturação no novo espaço ocorreram entre os meses de
outubro e novembro de 2014. A biblioteca hoje ocupa uma área de 173,80 m2.
O novo ambiente é climatizado, iluminado, possui wi-fi, sala de estudo
individual e sala para a coordenação, além de sistema de segurança. A sala de
estudo individual também funciona como espaço de estudos 24 horas. O
acervo tornou-se mais bem distribuído e acessível. A sinalização também pôde
ser melhorada através de cores diferenciadas para indicar as seções da
biblioteca.
Considerações Finais ou Conclusões:
A integração da sala de leitura ao Sibi/UFG trouxe benefícios como a
normalização do funcionamento, a ampliação de acesso e uso das coleções,
promovendo maior aproximação entre bibliotecário-usuário, e melhorando a
interação com a biblioteca. Além disso, o novo espaço nos oferece a
possibilidade de ampliar o uso da biblioteca para aulas, exposições, oficinas e
atividades culturais, planejadas para acontecer em 2015.
Palavras-chave: Sala de leitura; Biblioteca setorial; Sistema de bibliotecas;
Gestão de bibliotecas.
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O caso da biblioteca setorial de Letras e Linguística