FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E DE ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EM AUDITORIA, PERÍCIA E LICENCIAMENTO AMBIENTAL. 8,5 A INFLUÊNCIA DAS QUEIMADAS FLORESTAIS NO PROCESSO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS DE ÂMBITO JURÍDICO NO BIOMA CERRADO E AMAZÔNICO LESTE MATO-GROSSENSE. ANA PAULA FERRAZ DE LIMA [email protected] ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO ÁGUA BOA/2015 FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E DE ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EM AUDITORIA, PERÍCIA E LICENCIAMENTO AMBIENTAL. A INFLUÊNCIA DAS QUEIMADAS FLORESTAIS NO PROCESSO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS DE ÂMBITO JURÍDICO NO BIOMA CERRADO E AMAZÔNICO LESTE MATO-GROSSENSE. ANA PAULA FERRAZ DE LIMA ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO “Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Gestão, Auditoria, Perícia e Licenciamento Ambiental.” ÁGUA BOA/2015 DEDICATÓRIA Dedico em especial aos meus pais; Ana e Lázaro ao meu esposo Volmir e meu filho Gabriel e aos amigos de curso pela amizade. Dedico!!! RESUMO O estudo sobre o Bioma Cerrado e Amazônia no Leste Mato-Grossense foi realizado através de pesquisas bibliográficas em sites científicos, livros e revistas, para verificar a influência das queimadas ilegais no processo de mudanças climáticas. Os dados foram analisados descritivamente de acordo com os resultados de estudos disponibilizados pela SEMA-MT (Secretaria de Meio Ambiente de MatoGrosso) e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) entre os anos de 2000 e 2010. O Brasil possui grande incidência de queimadas, emitindo toneladas de gases de efeito estufa, na maioria dos casos queimadas ilegais. No estado de Mato Grosso a queima de biomassa vegetal é uma prática comum entre os agropecuaristas, para controle de ervas daninhas e limpar terrenos para plantios de diversas culturas. Este fato aliado à utilização do fogo para abertura de áreas de florestas colocou o estado em posição de destaque nacional de ocorrência de queimadas, ocupando o primeiro lugar no ranking das unidades federativas até 2008. Porém, ao analisar os dados de focos de calor entre os anos de 2008 e 2009 por Biomas, o mais atingindo é o Amazônico com mais de 60% dos focos de incêndio seguidos pelo cerrado, com 33% dos focos. Corrobando a hipótese de que o Bioma mais devastado seria o Cerrado. Já os números de focos de calor em áreas com desmatamentos já consolidados, revelam a necessidade de se buscar a regularização ambiental das propriedades e a emissão de autorização de Queima Controlada, visando que os focos não avancem em direção as propriedades vizinhas e em áreas legalmente protegidas. As queimadas e o desmatamento ilegal se destacam ao longo dos anos com o principal problema ambiental a ser resolvido pelo estado de Mato Grosso. Palavras-chave: SEMA, INPE, queimadas ilegais, desmatamentos, sazonalidade. SUMÁRIO INTRODUÇÃO........................................................................................... 05 CAPÍTULO I: REFERENCIAL TEÓRICO................................................... 10 CAPÍTULO II: METODOLOGIA.................................................................. 13 CAPÍTULO III: ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS............................... 16 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 23 REFERÊNCIAS........................................................................................... 25 INTRODUÇÃO Em grande parte do mundo as queimadas estão presentes, causando impactos globais e locais sobre a fauna, flora e a saúde da população. O Brasil possui grande incidência de queimadas, emitindo toneladas de gases de efeito estufa, na maioria dos casos queimadas ilegais. No estado de Mato Grosso a queima de biomassa vegetal é uma prática comum dos agropecuaristas, para controle de ervas daninhas e limpar terrenos para plantios de diversas culturas. Este fato aliado à utilização do fogo para abertura de áreas de florestas colocou o estado em posição de destaque nacional de ocorrência de queimadas, ocupando o primeiro lugar no ranking das unidades federativas. O estado de Mato- Grosso possui uma área total de 903.357km², ocupando o terceiro lugar em extensão territorial do País. Sendo o único estado brasileiro que tem representação de três biomas brasileiros em seu território. A Amazônia é o mais abrangente, com 480.215 Km², o Cerrado ocupa 354.823 km² e a menor área o Pantanal, com 60.885 km². O Bioma Amazônia ocupa a porção norte do estado com vegetação predominantemente florestal em especial floresta ombrófila, florestas estacionais, campinarana florestada. O Cerrado abrange 15 estados brasileiros e o Distrito Federal, localizado na porção central do estado, reúne formações florestais, entre elas: cerradão, florestas estacionais e principalmente savânicas com destaque para o cerrado, campo cerrado, campo limpo e campo de murundus. As fitofisionomias do Bioma Cerrado dependem de fatores edáficos, topográficos, além da ocorrência de fogo e perturbações antrópicas para sua distribuição e manutenção. Contudo, a fragmentação antrópica está intimamente ligada às atividades humanas em virtude da grande expansão da população, seus efeitos e consequências podem ser intensos ou sutis, imediatos ou lentos, evidentes ou ocultos, dependendo sempre da escala, da biologia da espécie e dos processos. Por muito tempo, acreditou-se que a floresta primária na Região Amazônica seria imune à presença do fogo. Entretanto, estudos mostraram que no passado a floresta era susceptível ao fogo e sofria incêndios em épocas de grandes secas. Existem indícios, dos últimos anos, de que a floresta primária Amazônica estaria 06 sofrendo a perda da resistência natural ao fogo, como uma consequência direta do aumento do desmatamento, do número de fogos originada pelos agricultores, através da conversão da floresta para agricultura ou pecuária, e das mudanças globais. O aumento na frequência do uso do fogo com fim de limpeza e de preparo de terreno para a atividade agropastoril pode ser citado como um dos principais fatores ligados à fragmentação em ambientes savânicos o qual afeta os fragmentos remanescentes. Pois, o estoque florestal de nutrientes na biomassa da camada rasteira para os ecossistemas de Cerrado em solos distróficos é muito menor do que em floresta amazônicas. O fogo é um fator de importância ecológica, nos ecossistemas de Cerrado. Por ser um agente regenerador natural da vegetação. Porém, ao iniciar-se por fatores naturais, pode ser benéfico para o bioma, pois contribui para a germinação de sementes, devido à quebra da dormência vegetativa onde a rápida elevação da temperatura causa fissuras na semente, favorecendo a penetração de água e iniciando o processo de germinação. Outro fator resultante dessa ocorrência são as formas retorcidas das árvores, fazendo com que suas gemas de rebrota ocorram lateralmente. As cascas espessas dos troncos funcionam como um mecanismo de defesa às queimadas. O cerrado apresenta um rápido poder de recuperação, rebrota em um curto período e atrai diversos animais herbívoros em busca de forragem nova. Algumas espécies, como os anus, carcarás e seriemas, seguem as queimadas e alimentam-se de insetos e répteis atingidos pelo fogo. Porém, quando ocorre por ação humana para os diversos fins. No entanto, a intensificação das queimadas pelo homem, sem o manejo adequado, tem ocasionado à degradação do ambiente, esgotamento das terras, erosão, perda da biodiversidade do cerrado, entre outros fatores negativos. (CERQUEIRA; FRANCISCO, 2012). Um efeito do fogo pouco discutido no estado é a influência das queimadas florestais. O Cerrado foi o Bioma onde se constatou a maior área queimada em 2008 e 2009 mais do que no Bioma Amazônia. Dentre os numerosos efeitos que as queimadas podem provocar em um ecossistema, o mais imediato é a elevação da temperatura local e alteração do ph, sendo que os maiores valores estão relacionados com a contribuição das cinzas resultantes da combustão de caules e de ramos das árvores mortas. 07 No estado de Mato Grosso, o Cerrado é o bioma mais devastado, com 56%, o que significa que do total de 62 municípios, 35 dos municípios de vegetação substituída por agricultura e pastagens. E o segundo lugar em devastação fica com o Bioma Amazônia mato-grossense, que apresenta índices significativos de desmatamento. Aproximadamente 24% dos municípios têm área desmatada, ou seja, do total de 74 municípios 18 apresenta substituição da área original por pastagens. Os Biomas, do presente estudo dependem da vegetação para manutenção de seus ecossistemas. A integridade dos processos biogeoquímicos, portanto, depende da contribuição das espécies vegetais, especialmente as arbóreas, para a contínua reposição do material decomposto via queda de serapilheira. Da mesma forma, a destruição das florestas por fatores como o fogo, desmatamento também pode afetar os ciclos biogeoquímicos, contribuindo para o efeito estufa e consequentemente para o aquecimento global. As queimadas florestais são a segunda maior fonte de emissões de gases do efeito estufa, as queimadas respondem por 18% a 25% dessas emissões, atrás somente das emissões provocadas pelo uso de energia. Portanto, o combate ao desmatamento e queimadas ilegais, seria a forma mais fácil e barata de mitigar a ação do aquecimento global. Mato Grosso teve seu processo de expansão econômica iniciado no ano de 1977 a partir de sua divisão territorial e administrativa. Ocupando atualmente a 14ª posição no ranking do PIB nacional, o que significa, a preços de mercado, um montante aproximado de produção de bens e serviços maior que U$ 20 bilhões anuais. Esse crescimento econômico reflete um perfil de ocupação do solo fortemente vinculado ao desmatamento. Até meados de 2007, cerca de 180 mil Km² de florestas e 150 mil Km² de cerrados foram desmatados em Mato Grosso, o que representa aproximadamente 35% e 42% das respectivas áreas originais. Apesar da expressiva diminuição do desmatamento nos últimos cinco anos, o Mato Grosso ainda encabeça o ranking dos estados campeões do desmatamento, sendo responsável por mais de 30% de todo o desmatamento registrado na Amazônia brasileira. A base de sustentação econômica de Mato Grosso esteve historicamente assentada na agropecuária desenvolvida em grandes propriedades. A economia 08 mato-grossense é conhecida por sua especialização na produção de bens primários, de origem agropecuária, voltados à exportação. Essa situação pode estar indicando a possibilidade do Estado poder continuar crescendo ao mesmo tempo em que inicia o caminho da sustentabilidade ambiental e socioeconômica. Sobre as implicações sociais e ambientais os principais questionamentos são feitos sobre crescimento econômico que pode estar distante de uma abordagem alinhada aos preceitos do desenvolvimento socioeconômico sustentável que necessariamente contemplariam objetivos múltiplos, como: nível de emprego de mão-de-obra, eqüidade na distribuição de renda, atenuação ou eliminação da pobreza absoluta, satisfação das necessidades básicas, preservação ou conservação do meio ambiente. Com o agravamento dos problemas ambientais em nível global, como as queimadas de florestas na Amazônia, o aumento de gás carbônico na atmosfera e seu consequente efeito no aquecimento do Planeta, o avanço das fronteiras agrícolas, em detrimento das áreas naturais entre outros tem aumentado muito o interesse dos pesquisadores e de toda a mídia em denunciar tais fatos e procurar soluções. O trabalho visa analisar a influência das queimadas no Bioma Cerrado e Bioma Amazônico no Leste Mato-grossense no processo de mudanças climáticas globais. Considerando que as áreas do Bioma Cerrado e Amazônico encontram-se ameaçadas pelo avanço da agricultura e pecuária, é importante avaliar o estado de conservação das mesmas. Assim, com o intuito de contribuir com estudos destes Biomas e verificar o percentual das queimadas florestais, serão analisados dados obtidos através de pesquisas para verificar a seguinte hipótese: Se o Bioma que tem suas áreas queimadas ilegalmente para avanço da agricultura e pecuária é o Cerrado sendo o que mais contribuem para o efeito estufa. O objetivo do presente estudo é alertar e conscientizar a sociedade de um modo geral, sobre as consequências do desmatamento e queimadas ilegais no Bioma Cerrado e Amazônico, para tanto, no Referencial Teórico será abordado às características gerais do Estado de Mato Grosso, desde extensão territorial, fitofisionomias ocorrentes e pontos negativos de se usar o fogo para limpeza de 09 pastagens tanto para o ambiente, como os seres vivos que dependem das mesmas para sobrevivência. No Capitulo II, a metodologia utilizada foi de pesquisa bibliográfica em sites científicos, livros e revistas. E no Capitulo III, os resultados obtidos através de estudos dos dados disponibilizados pela SEMA-MT (Secretaria de Meio Ambiente de Mato- Grosso) e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) entre os anos de 2000 e 2010, corroborou a hipótese de que o Bioma mais devastado seria o Cerrado. As queimadas e o desmatamento ilegal se destacam ao longo dos anos como o principal problema ambiental a ser resolvido pelo estado de Mato Grosso. Pois, com o avanço da agricultura e pecuária, aumenta ainda mais os impactos ao meio ambiente e a saúde da população. Por isso, a necessidade de intensificar medidas de controle de queimadas e incêndios florestais. Porém, as queimadas não devem ser uma preocupação somente da Secretaria do Meio Ambiente, mas de todo o conjunto da sociedade. CAPÍTULO I REFERENCIAL TEÓRICO 1.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS O estado de Mato Grosso tem representação de três biomas brasileiros no seu território. A Amazônia é o mais abrangente, com 480.215 Km² representando 53,6% da área, o Cerrado ocupa 354.823 km² o equivalente a 39,6% e a menor área é do Pantanal, com 60.885 km² representando 6,8% do total de uma área de 903.357km² que compreende o estado (MONTEIRO, 2011). O Bioma Amazônia ocupa a porção norte do estado com vegetação predominantemente florestal (floresta ombrófila, florestas estacionais, campinarana florestada). O Cerrado, na porção central do estado, reúne formações florestais (cerradão, florestas estacionais) e principalmente savânicas (cerrado, campo cerrado, campo limpo, campo de murundus). O Bioma Cerrado abrange 15 estados brasileiros e o Distrito Federal, com grande diversidade de formas fisionômicas, englobam formações florestais, savânicas e campestres (RIBEIRO; WALTER, 2008). A forma mais extensa, o cerrado sensu stricto, ocupava aproximadamente 65% da área geográfica do Bioma, enquanto que o cerradão ocupava apenas cerca de 1%. No restante da área original (34%), diversos outros tipos fitofisionômicos dividiam a paisagem. (MARIMONJUNIOR; HARIDASAN, 2005). A distribuição e a manutenção das diferentes fitofisionomias do Bioma Cerrado estão relacionadas com fatores edáficos e topográficos, além da ocorrência de fogo e perturbações antrópicas (EITEN 1972; OLIVEIRA-FILHO et al. 1990). A fragmentação antrópica está intimamente ligada à expansão das atividades humanas em virtude da grande expansão da população. (AQUINO & MIRANDA, 2008). Os efeitos e consequências da fragmentação podem ser intensos ou sutis, imediatos ou lentos, evidentes ou ocultos, dependendo sempre da escala, da biologia da espécie e dos processos ecológicos envolvidos (NOSS; CSUTI, 1997, apud AQUINO; MIRANDA, 2008). Um efeito do fogo pouco discutido no Cerrado é a influência das queimadas florestais. Segundo PERDIGÃO (2011), o Cerrado foi o Bioma onde se constatou a 11 maior área queimada em 2008 e 2009 mais do que no Bioma Amazônia. Dentre os numerosos efeitos que as queimadas podem provocar em um ecossistema, o mais imediato é a elevação da temperatura local (COUTINHO, 1978), e alteração do ph, sendo que os maiores valores estão relacionados com a contribuição das cinzas resultantes da combustão de caules e de ramos das árvores mortas (MIRANDA et al., 2004). O estoque florestal de nutrientes na biomassa da camada rasteira para os ecossistemas de Cerrado em solos distróficos é muito menor do que em floresta amazônicas (HARIDASAN, 2000). Segundo AQUINO & ALMEIDA (2008), o aumento na freqüência do uso do fogo com fim de limpeza e de preparo de terreno para a atividade agropastoril pode ser citado como um dos principais fatores ligados a fragmentação em ambientes savânicos o qual afeta os fragmentos remanescentes. Por muito tempo, acreditou-se que a floresta primária na Região Amazônica seria imune à presença do fogo. Entretanto, estudos mostraram que no passado a floresta era susceptível ao fogo e sofria incêndios em épocas de grandes secas. Existem indícios, dos últimos anos, de que a floresta primária Amazônica estaria sofrendo a perda da resistência natural ao fogo, como uma conseqüência direta do aumento do desmatamento, do número de fogos originada pelos agricultores, através da conversão da floresta para agricultura ou pecuária, e das mudanças globais. (MENDOZA et al, 2003). As queimadas florestais são a segunda maior fonte de emissões de gases do efeito estufa, tornando o combate ao desmatamento a forma mais fácil e barata de mitigar a ação do aquecimento global, segundo afirma um relatório publicado pela Global Canopy Programe, instituição ambientalista internacional, segundo o qual as queimadas respondem por 18% a 25% das emissões de gases do efeito estufa, atrás somente das emissões provocadas pelo uso de energia. (MIRANDA, 2010). Segundo FRANÇA e FERREIRA (2005), as queimadas antrópicas, que atingem o Brasil e os demais países de clima tropical intensificaram muito nas ultima décadas, o que tem causado grandes prejuízos, como danos á saúde da população humana, perdas de fauna e flora. 12 Como os Biomas do presente estudo dependem da vegetação para manutenção de seus ecossistemas (HARIDASAN, 2000). A integridade dos processos biogeoquímicos, portanto, depende da contribuição das espécies vegetais, especialmente a arbórea para a contínua reposição do material decomposto via queda de serapilheira (MARIMON-JUNIOR & HARIDASAN, 2005). Da mesma forma, a destruição das florestas por fatores como o fogo, desmatamento também pode afetar os ciclos biogeoquímicos, contribuindo para o efeito estufa e consequentemente para o aquecimento global (MIRANDA, 2010). Segundo a Coordenadoria de Mudanças Climáticas de Mato Grosso (CMCMT, 2010), o estado lidera o ranking nacional na produção de grãos e oleaginosas, possui atividade pecuária crescente e é o segundo maior Estado em termos de processamento de madeira na Amazônia, atrás apenas do Pará. Os efeitos das alterações no clima nessa região podem causar impactos significativos na economia do estado. SEMA (2009), destacou como prioritárias as ações que visem atenuar os impactos negativos dos incêndios florestais e queimadas ilegais junto à população e ao Meio Ambiente com a participação da sociedade na denuncia de ações criminosas. Assim, as medidas de adaptação também buscam combater os impactos das mudanças climáticas nas atividades econômicas, baseado em grande parte no setor agropecuário, prevenindo eventuais perdas econômicas e financeiras. Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (OLIVEIRA, CAMARGO, 2010), o objetivo geral da Política Estadual de Mudanças Climáticas é integrar o esforço global promovendo medidas para alcançar as condições necessárias à adaptação aos impactos derivados das mudanças do clima, contribuir para a redução das emissões antropogênicas de gases de efeito estufa. Como resultados esperados, o Governo do Estado busca a conscientização e sensibilização da sociedade como um todo em relação à degradação ambiental provocada pelas queimadas e incêndios florestais e, atenuar os impactos negativos dessas práticas ilegais junto à população e ao meio ambiente, além da redução do número de focos de calor no estado. CAPÍTULO II METODOLOGIA 2.1 ÁREA DE ESTUDO A área de estudo, o Estado de Mato Grosso se localiza na região Centrooeste do território brasileiro ocupa uma área de 903.357km², sendo o terceiro maior em extensão territorial do país. É o único a possuir características dos três biomas: Pantanal, Cerrado e Amazônia (figura 1). Apresenta relevo acidentado com altos planaltos, planaltos rebaixados, depressões e planícies fluviais são as principais unidades de relevo e seis diferentes tipos de clima. Além disso, Mato Grosso recebe um total pluviométrico médio anual entre 2.700 e 1.200 mm, os totais anuais de chuva diminuem de Norte - Noroeste em direção ao Sul - Sudoeste. O trecho Norte, incluído na Bacia Amazônica, concentra os maiores totais, enquanto em direção ao Pantanal, a diminuição é gradual, caindo até os 1.200 mm. Esta diminuição também se evidencia em direção ao Leste do Estado, onde os totais anuais variam ente os 2.000 e os 1.500mm, evidenciando o caráter tropical da área, com duas estações bem definidas, uma seca e outra chuvosa (FERREIRA, 2012). Os estudos serão realizados em uma porção do estado, O leste matogrossense apresentando as coordenadas (14º 41’S 52º 21’ W), o clima da região é tropical quente e sub-úmido, do tipo Aw, segundo a classificação de köpen, com temperatura média anual entre 24º C e precipitação anual de 1750 mm aproximadamente (FERREIRA, 2001). A vegetação de cerrado exibe árvores de médio porte, retorcidas, de folhas ásperas e casca grossa e rugosa. Normalmente não formam grupos compactos, e sim entremeados de vegetação baixa como grama e arbustos. A causa do surgimento deste tipo de vegetação é explicada por vários motivos, conforme os autores vão desde a pobreza do solo, normalmente muito ácido; passando pela irregularidade das chuvas, com longos períodos de seca; até a freqüência de queimadas. Para MARIMON-JUNIOR e HARIDASAN (2005), as fitofisionomias, predominante no leste mato-grossense é cerrado stricto sensu ocorrendo também cerradão, cerrado rupestre e mata de Galeria. 14 O cerrado é uma formação florestal de baixo e grande porte com teor médio de matéria orgânica nos horizontes superficiais do solo, recebendo resíduos orgânicos provenientes da deposição de folhas durante a estação seca (SANO; ALMEIDA, 1998). Os solos são bem drenados e de baixa fertilidade, ligeiramente ácidos e pertencentes às classes Latossolo-Vermelho-Escuro, Latossolo-VermelhoAmarelo e Latossolo - Rocho (SANO; ALMEIDA, 1998). Segundo MARIMONJÚNIOR e HARIDASAN (2005), o solo de maior ocorrencia é do tipo LatossoloAmarelo, distrófico (Ca <0,4 cmol g¹), álico (Al=2,6cmol ¹) e ácido (PH <5,0) ao longo do perfil. Figura 1: Mapa de Biomas do Estado de Mato Grosso. Fonte: SEMA (2012). 2.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os dados foram analisados descritivamente de acordo com os resultados de estudos disponibilizados pela SEMA-MT (Secretaria de Meio Ambiente de MatoGrosso) e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) entre os anos de 2000 até 2010 sobre os respectivos Biomas em estudo. Logo após uma criteriosa avaliação dos resultados foi feita uma comparação desses dados entre os Biomas, 15 Cerrado e Amazônia sobre o percentual das queimadas florestais, desmatamento e suas consequências. Desde 1992 a SEMA-MT monitora as alterações na cobertura vegetal do Estado, confeccionando dinâmica de desmate nos três biomas que ocorrem em seu território. A metodologia utilizada até 2007 foi baseada na identificação visual de polígonos de desmatamento a corte raso em imagens de satélite Landsat 5 e Cybers. Na dinâmica de desmate dos anos de 2008 e 2009 a SEMA inovou e passou a monitorar a degradação florestal, identificando as áreas florestais que estão sendo exploradas, mas que ainda não foram convertidas em corte raso. Esse procedimento envolve a geração de imagens fração e NDFI para o mapeamento de desmatamento e degradação florestal. O qual apresenta o resultado do monitoramento dos focos de calor realizado pela Coordenadoria de Geotecnologia, a partir dos dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais – INPE para o período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. CAPÍTULO III ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS 3.1 ANÁLISE DOS DADOS De acordo com os dados fornecidos pela Secretaria do Meio Ambiente (OLIVEIRA; CAMARGO, 2010), o estado de Mato Grosso dos anos de 2000 até 2008, ocupou o 1°lugar no ranking das unidades federativas com o que mais teve focos de calor, atingindo seu pico máximo em 2004 com 400.000 focos e caindo para 3°colocação em 2009. (Gráfico 1). Gráfico 1: Evolução dos focos de calor por Estado. Fonte: OLIVEIRA; CAMARGO (2010). Devido ao fogo ser um fator de reconhecida importância ecológica nos ecossistemas de cerrado. (COUTINHO, 1981). Segundo PERDIGÃO (2011), o Cerrado foi o Bioma onde se constatou a maior área queimada em 2008, totalizando 1.111.537,49 ha, na Amazônia 306.518,88 ha e no pantanal 66.444,38 ha. Assim, como em 2008, em 2009 o Cerrado foi o Bioma onde se constatou a maior área queimada, totalizando 402.582 ha, na Amazônia 111.759 ha e no pantanal 6.052 ha, conforme ilustrado nas figuras abaixo, 02 e 03 respectivamente. 17 Figura 02 – Área queimada por Bioma em 2008. Fonte: OLIVEIRA; CAMARGO (2010). Figura 03 – Área queimada por Bioma em 2009. Fonte: OLIVEIRA; CAMARGO (2010). 18 Porém, ao analisar os dados de focos de calor entre os anos de 2008 e 2009 por Biomas, o mais atingindo é o Amazônico com mais de 60% dos focos de incêndio seguidos pelo cerrado, com 33% dos focos e Pantanal com 10%%. (Gráfico 2 e 3). Corrobando a hipótese de que o Bioma mais devastado seria o Cerrado, o que pode está relacionado ao fato de que a quantidade de focos de calor em áreas menos desmatadas como na Amazônia. Apontando a necessidade de ações direcionadas para evitar o avanço do desmatamento. Já os números de focos de calor em áreas com desmatamentos já consolidados, assim como o Cerrado, revelam a necessidade de se buscar a regularização ambiental das propriedades e a emissão de autorização de Queima Controlada, visando que os focos não avancem em direção as propriedades vizinhas e em áreas legalmente protegidas. Gráfico 2:Focos de calor por Biomas2009. Fonte: OLIVEIRA; CAMARGO (2010). 19 Gráfico 3: Focos de calor por Biomas 2008. Fonte: OLIVEIRA; CAMARGO (2010). Os biomas Amazônia e Cerrado são protegidos pelo Código Florestal Brasileiro (Lei Federal nº 4.771/1965 e alteração com origem na Medida provisória nº 2.166-67/2001), que determina a conservação de 80% das áreas florestadas em propriedades rurais como reserva legal e 35% naquelas com fisionomias savânicas. De acordo com MONTEIRO (2011), em Mato Grosso é o Cerrado o bioma mais devastado, com 56% (35/62) com mais de 2.000 km² de vegetação substituída por agricultura e pastagens. O campeão do desmatamento é o município Paranatinga, com 9.000 km²; os municípios de Água Boa, Diamantino, Itiquira, Sapezal, Sorriso e Nova Mutum exibem mais de 5.000 km² de área desmatada. Contudo, a Amazônia mato-grossense apresenta índices significativos de desmatamento. Cerca de 24% (18/74) dos municípios têm área desmatada acima de 3.000 km². O mais desmatado é Brasnorte, com mais de 5.000 km², seguido de Canarana, Juína, Nova Ubiratã e Pontes e Lacerda. Todo o território está inserido no Arco de Desmatamento da Amazônia brasileira, formado pelos estados de Rondônia, norte de Tocantins e sul-sudeste do Pará, além do norte de Mato Grosso. Segundo números gerados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2010 foram registrados em Mato Grosso 279.807 focos de calor. No ano 20 passado, esse número caiu para 89.523 focos de calor registrados de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Segundo dados do INPE, este ano, de 1º de janeiro até esta segunda-feira (16.07.2011), pelo satélite AQUA UMD Tarde, foram detectados no Estado, 4.593 focos de calor. Nesse período, os municípios com maior número de focos de calor são: Nova Maringá, com 264 focos; Feliz Natal, com 232 focos; Gaúcha do Norte, com 222 focos; Nova Ubiratã, com 214 focos; Querência com 192 focos; e São Félix do Araguaia com 174 focos de calor. Para AZEVEDO (2009), não há alternativa para reduzir o desmatamento que não uma fiscalização mais próxima do ato e uma responsabilização melhor, enquanto não houver uma valorização econômica da floresta, não vai mudar. Ninguém desiste de desmatar, pois os habitantes colonizaram o Estado com o intuito de substituir a floresta, o pensamento é esse, estamos numa transição cultural. E nunca será só um instrumento que dará conta disso, pois o desmate é um fruto de uma história, de um contexto. OLIVEIRA; CAMARGO (2010), diz que em Mato Grosso, nos anos de 2008 e 2009, houve uma redução histórica na ocorrência de focos de calor comparando se com os anos anteriores. Na avaliação de focos nas proximidades de estradas e rodovia (Tabela 1). As ações diretas da SEMA, tanto no monitoramento quanto na fiscalização de queimadas, contribuíram. Porém, as ações de educação ambiental e monitoramento devem continuar a ser aperfeiçoada de forma a adequar a realidade observada. Contudo, ainda existem inúmeros desafios para a redução de queimadas ilegais, como por exemplo, a identificação de focos de calor em áreas legalmente protegidas como parques e principalmente em reservas indígenas, o que indica que as políticas públicas têm que ser revista e adequadas à realidade de cada área. (Gráfico 3 e 4). 21 Gráfico 4:Focos de calor por área de ocorrência 2008. Fonte: OLIVEIRA; CAMARGO (2010). Gráfico 5:Focos de calor por área de ocorrência 2009. Fonte: OLIVEIRA; CAMARGO (2010). O governo, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), vem realizando ações de prevenção, que incluem trabalhos voltados à Educação Ambiental nos meses mais críticos em relação às condições climáticas que vão de julho até setembro, com intensificação dos trabalhos de monitoramento, fiscalização e responsabilização. O período proibitivo atende a preocupação do Estado com o incremento na incidência de focos de calor. Mato Grosso já conseguiu reduzir em 22 9,72% o número de focos de calor em relação ao ano passado, no período de 01 de janeiro a 14 de julho. Entre as prioridades da SEMA estão as Unidades de Conservação e seu entorno, áreas de relevante interesse ecológico, áreas florestais, terras indígenas e áreas particulares e o patrimônio privado. CONSIDERAÇÕES FINAIS As queimadas e o desmatamento ilegal se destacam ao longo dos anos com o principal problema ambiental a ser resolvido pelo estado de Mato Grosso, neste contexto o monitoramento dos focos de calor, associados ao monitoramento das áreas queimadas e da qualidade do ar constituem subsídio essencial para a tomada de decisão pública e informar a população sobre os prejuízos ambientais e econômicos. Portanto, o combate ao desmatamento e queimadas ilegais, seria a forma mais fácil e barata de mitigar a ação do aquecimento global. As ações diretas da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), tanto no monitoramento quanto na fiscalização de queimadas, contribuíram. Porém, as ações de educação ambiental e monitoramento devem continuar a ser aperfeiçoada de forma a adequar a realidade observada. Contudo, ainda existem inúmeros desafios para a redução de queimadas ilegais, como por exemplo, a identificação de focos de calor em áreas legalmente protegidas como parques e principalmente em reservas indígenas, o que indica que as políticas públicas têm que ser revista e adequadas à realidade de cada área. O Plano Integrado de Prevenção às Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais propostos pelo secretário de Estado do Meio Ambiente incluem trabalhos voltados à Educação Ambiental e capacitação e monitoramentos nos meses mais críticos em relação às condições climáticas que abrange todo o Estado de Mato Grosso, com 141 municípios, totalizando 903.357 Km². No Plano estão definidas as estratégias de ação visando aperfeiçoar os recursos existentes, além de identificar quando, como e por quem deverão ser prevenidos, controlados e fiscalizados os incêndios florestais e as queimas ilegais. O estabelecimento do período proibitivo vem da preocupação do Estado com o incremento na incidência de focos de calor. As queimadas não devem ser uma preocupação somente da Secretaria do Meio Ambiente, mas de todo o conjunto da sociedade. Buscando integrar as ações, com o objetivo de ampliar a conscientização e sensibilização da sociedade, com relação aos problemas causados pelas queimadas à saúde da população e ao meio ambiente. 24 Os municípios nesse esforço, em especial no combate aos incêndios florestais em suas áreas de responsabilidade, e do trabalho desenvolvido pelo Centro Integrado de Multiagências de Coordenação Operacional (CIMAN), que reúne técnicos de vários órgãos estaduais e federais, com o objetivo de potencializar as ações de prevenção e combate a incêndios florestais no Estado, de forma conjunta e integrados. Por isso, espera-se com os dados obtidos sobre o percentual de área queimada no leste mato-grossense sejam úteis para subsidiar possíveis trabalhos relacionados a reflorestamentos em pequenos fragmentos e melhorará a divulgação dos resultados do monitoramento de focos de calor e servir como instrumento para a sensibilização da população mato-grossense visando à redução das queimadas ilegais. 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