UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ROMANA DE SOUZA FRANCO AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ACUPUNTURA SOBRE O DESEMPENHO FÍSICO PELO TESTE DO BANCO DE HARVARD Mogi das Cruzes, SP 2012 UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ROMANA DE SOUZA FRANCO AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ACUPUNTURA SOBRE O DESEMPENHO FÍSICO PELO TESTE DO BANCO DE HARVARD Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Biomédica. Área de Concentração: Instrumentação Biomédica Orientador: Prof. Dr. Augusto Brandão d’Oliveira Mogi das Cruzes, SP 2012 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho ao meu pai Deodato de Souza Franco (In Memoriam), a minha irmã Claudia de Souza Franco que esteve ao meu lado com muito amor e carinho, que sempre foi um exemplo de garra e dedicação, ao meu companheiro e amigo Luiz Alfredo que nunca deixou de acreditar em mim e no meu trabalho. Em especial a minha mãe Maria Elena Ludin S. Franco que sempre acreditou em mim, foi ela que me encaminhou para área da saúde e me fez estar neste caminho. Quando comecei este mestrado minha mãe ainda estava bem, dizendo: força filha você irá vencer. Agora depois de dois anos e meio ela não se lembra de mais de nada pois, está com mal de Alzheimer, mas sei que no fundo do seu coração sabe o quanto lutei para terminar este trabalho, com muito esforço me dividindo entre cuidar dela, estudar e trabalhar. Te amo minha mãe e minha família. Grata por tudo. AGRADECIMENTOS Bendito seja senhor meu Deus por ter dado muita saúde, discernimento, coragem e muita luz nesta fase da minha vida. Quero agradecer as seguintes pessoas que muito contribuíram para este trabalho. Aos meus amigos, Luciana, Deris, Joice que compartilharam deste período de mestrado com muita amizade, carinho e dedicação. A coordenadora do Curso de Engenharia Biomédica Profª. Drª Annie France Frère, que devo muito respeito e carinho. Ao orientador Prof. Dr. Augusto Brandão d’Oliveira, meus agradecimentos. Ao meu querido ex-orientador Prof. Dr. Luciano Allegretti Mercadante que sempre acreditou no meu potencial e na minha verdade sobre a Acupuntura. A todos os professores, os funcionários do NPT/UMC. A Equipe de Bombeiros e a Polícia Militar da Cidade de Mogi das Cruzes, homens de garra que fazem do trabalho um serviço humanitário, lutando a favor da ordem e não olhando a quem. RESUMO Encontrar um método terapêutico que diminua o tempo de recuperação após um esforço físico e mantenha ou melhore o desempenho esportivo é bastante útil para indivíduos que apresentam demanda por atividades físicas. A acupuntura é uma técnica que pode diminuir o estresse, estimular a secreção de endorfinas, relaxar os sistemas cardiovascular e muscular e restaurar o equilíbrio homeostático. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da acupuntura sobre o desempenho esportivo. Foram selecionados 28 membros do corpo de bombeiros, divididos em dois grupos: O grupo controle (GC), composto de 14 indivíduos, não recebeu aplicações de Acupuntura. O grupo experimental (GE), composto de 14 indivíduos, foi submetido ao tratamento com acupuntura. A aplicação do tratamento ocorreu nos seguintes pontos: P10, VB34, R7, BP4, VC17 e ID3. Esta escolha foi feita com base nas funções energéticas, indicação e localização. Para melhorar a assertividade do tratamento foram utilizados apenas seis pontos, visando minimizar os conflitos de função energética, de tonificação e de sedação. A atividade realizada foi o teste do Banco de Harvard, que consiste em um banco com 50 cm de altura, que solicita esforço máximo dos voluntários. Cada indivíduo efetuou subidas e descidas no banco durante 5 minutos. A frequência cardíaca (FC) foi medida a 1.5, 2.5, 3.5 e 5.0 minutos após o inicio do teste. Para avaliar o desempenho esportivo foi medido também o Índice de Aptidão Física (IAF) antes e depois do teste do banco de Harvard, nos dois grupos. Os resultados foram avaliados pelo teste não paramétrico de Wilcoxson que apresentou p-valor 0,4326 para FC e 0,3281 para IAF, mostrando que não há diferença significativa entre os dois grupos. Entretanto, a análise da quantidade de subidas e descidas no banco de Harvard dos grupos GE e GC proporcionou um p-valor de 0,0010 sem alteração da FC indicando desempenho melhor dos voluntários do GE, que realizaram as sessões de acupuntura. Os resultados evidenciam que há efeito direto da Acupuntura sobre o desempenho esportivo dos voluntários submetidos ao tratamento. Mesmo havendo evidências científicas de que a Acupuntura é eficaz como instrumento para melhorar a desempenho físico, ainda é necessário avaliar o comportamento da pressão arterial e do VO2. Palavras-chave: Acupuntura, atividade física, melhora do desempenho, Teste Banco de Harvard. ABSTRACT Find a therapeutic method that reduces recovery time after physical exertion and maintain or improve sports performance is very helpful for people who have demand for physical activities. Acupuncture is a technique that can reduce stress, stimulate the secretion of endorphins, relax muscles and cardiovascular systems and restore the homeostatic balance. This study aimed to evaluate the effect of acupuncture on sports performance. We selected 28 members of the fire department, divided into two groups: The control group (CG), composed of 14 individuals, received no applications for Acupuncture. The experimental group (EG), composed of 14 individuals had undergone acupuncture treatment. The application of treatment occurred in the following points: P10, VB34, R7, BP4, VC17 and ID3. This choice was made based on energy functions, indication and location. To improve the assertiveness of treatment were used only six points in order to minimize conflicts of energy function, toning and sedation. The activity was conducted to test the Bank of Harvard, which consists of a bank of 50 cm, maximum effort seeking volunteers. Each individual made ups and downs on the bench for 5 minutes. Heart rate (HR) was measured at 1.5, 2.5, 3.5 and 5.0 minutes after the start of the test. To evaluate sport performance was also measured the Physical Fitness Index (LAI) before and after the test bench Harvard, in both groups. The results were evaluated by nonparametric Wilcoxson with p-value 0.4326 to 0.3281 for FC and IAF, showing no significant difference between the two groups. However, analysis of the amount of ups and downs in stock Harvard SG and GC yielded a pvalue of 0.0010 indicating no change in HR best performance of GE volunteers, who performed acupuncture sessions. The results show that there is a direct effect of acupuncture on exercise performance of subjects undergoing treatment. Even though there is no scientific evidence that acupuncture is effective as a tool to improve physical performance, it is still necessary to evaluate the behavior of blood pressure and VO2. Keywords: Acupuncture, physical activity, improving performance, test of Harvard Step Test. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Agulhas Sistêmicas e Ting...................................................................................27 Quadro 1: Descrição da sensação de De Qi relacionados as fibras nervosas dos músculo.....................................................................................................................................28 Figura 3: Ponto P10............................................................................................................29 Figura 4: Ponto ID3............................................................................................................29 Figura 5: Ponto VC17 ........................................................................................................30 Figura 6: Ponto VB34 ........................................................................................................30 Figura 7: Ponto BP4 ..........................................................................................................31 Figura 8: Ponto R7 .............................................................................................................31 Quadro 2: Descrição dos Pontos de Acupuntura – Pontos de Aplicação .............................32 Figura 9: Aplicação de Acupuntura ...................................................................................33 Figura 10: Aplicação de Acupuntura ...................................................................................33 Quadro 3: Resumo dos critérios usados para interpretação dos resultados dos testes estatísticos.......................................................................................................................34 Figura 12: Esquema básico que guia a seleção de um teste paramétrico ou não Paramétrico-Referência slides do curso de Estatística Aplicada à Biotecnologia,de Pedro da Silva Peixoto, IME-USP ..........................................................................................35 Figura 13: Resultados do teste não paramétrico de Mann-Whitney ........................................41 Figura 14:(a) Box Plot resultados do teste de Mann-Whitney (FC) na 1ª fase.........................41 Figura 15:(a) Box Plot resultados do teste de Mann-Whitney (IAF) na 1ª fase........................41 Figura 16: Resultados do teste não paramétrico de Mann-Whitney ........................................42 Figura 17: (a) Box Plot (FC) resultados do teste de Mann-Whitney na 2ª fase .......................42 Figura 18: (a) Box Plot (IAF)resultados do teste de Mann-Whitney na 2ª fase .......................43 Figura 19: Representação Gráfica (FC) 1ª e 2ª fase ................................................................44 Figura 20: Representação Gráfica (IAF) 1ª e 2ª fase ................................................................45 Figura 21: Resultados do teste não paramétrico Wilcoxon ......................................................45 Figura 22: Box Plot (FC) resultados do teste de Wilcoxon .....................................................45 Figura 23: Box Plot (IAG) resultados do teste de Wilcoxon ...................................................45 Figura 24: Representação Gráfica (FC) na 2ª fase ...................................................................46 Figura 25: Representação Gráfica (IAG) na 2ª fase .................................................................46 Figura 26: Resultados do teste não paramétrico Wilcoxon ......................................................47 . Figura 27: Box Plot resultados do teste Wilcoxon (FC)............................................................47 Figura 28: Box Plot resultados do teste Wilcoxon (IAF) .........................................................47 Figura 29: Resultados do teste não paramétrico de Mann-Whitney .........................................49 Figura 30: Box Plot resultados do teste de Wilcoxon nos dados da Tabela 7.3 ......................49 Figura 31: Resultados do teste não paramétrico Mann-Whitney nos dados da Tabela 4......................................................................................................................................51 Figura 32: Box Plot resultados do teste de Wilcoxon nos dados da Tabela 4 .........................51 Figura 33: Representação Gráfica dos dados da Tabela 5 ........................................................53 Figura 34: Resultados do teste não paramétrico Wilcoxon Tabela 5 ........................................54 Figura 35: Box Plot resultados do teste de Wilcoxon nos dados da Tabela 5 .........................54 Figura 36: Representação Gráfica dos dados da Tabela 6.........................................................56 Figura 37: Resultados do teste não paramétrico Wilcoxon nos dados da Tabela 6......................................................................................................................................65 Figura 38: Box Plot resultados do teste de Wilcoxon nos dados da Tabela 6 .........................65 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Representação Gráfica do Grupo (GC) nas 1ª e 2ª fases ........................................38 Tabela 2: Representação Gráfica do Grupo (GE) nas 1ª e 2ª fases ........................................39 Tabela 3: Subidas e Descidas dos GC e GE na 1ª fase antes da Acupuntura .........................48 Tabela 4: Subidas e Descidas dos GC e GE na 2ª fase ...........................................................50 Tabela 5: Subidas e Descidas dos GE e GE na 1ª e 2ª fase ...................................................52 Tabela 6: Subidas e Descidas dos GC e GC na 1ª e 2ª fase.....................................................55 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANOVA – Análise de Variância. BH – Banco de Harvard. CGRP - Gene da calcitonina peptídeo relacionado. FC – Frequência Cardíaca. FCB – Frequência Cardíaca Basal. FCM – Frequência Cardíaca Máxima. GC – Grupo Controle. GE – Grupo Experimental. IAF – Índice de Aptidão Física. MTC – Medicina Tradicional Chinesa. OIT – Organização Internacional do Trabalho. RPE – Taxa de Percepção do Esforço. UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................15 1.1 Objetivo .........................................................................................................17 2 ESTADO DA ARTE ..................................................................................18 3 BANCO DE HARVARD–HARVARD STEP-TEST ...............................22 3.1 Condição Física do Atleta após o Esforço Físico ..............................................................23 3.1.1 Cálculo do Índice de Aptidão Física – IAF..................................................................24 4 MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................25 4.1 Seleção da Amostra.............................................................................................25 4.2 Protocolo do Teste..............................................................................................25 4.3 Materiais...........................................................................................................27 5 OS PONTOS DE ACUPUNTURA-PONSTOS DE APLICAÇÃO.........28 5.1 Figuras da Localização dos pontos de Acupuntura............................................................29 5.2 Sessões de Acupuntura ......................................................................................................33 6 ANÁLISE ESTATÍSTICA ........................................................................34 7 RESULTADOS............................................................................................37 7.1 Medidas realizadas na 1ª e 2ª usando o protocolo do Banco de Harvard......................37 7.2 Resultados dos efeitos da Acupuntura sobre a (FC) e (IAF) .......................................40 7.3 Discussão dos efeitos da Acupuntura sobre a FC.....................................................48 8 DISCUSSÃO...................................................................................................................58 9 CONCLUSÕES..............................................................................................59 REFERÊNCIAS................................................................................................61 ANEXO .............................................................................................................65 “Mesmo quando tudo pede, um pouco mais de calma Até quando o corpo pede, um pouco mais de alma Eu sei, a vida é tão rara, a vida não para não.. A vida não para...” (Lenine – Paciência) 15 1 INTRODUÇÃO A Medicina Tradicional Chinesa é uma ciência que tem como atuação tratar o doente e não a doença. O nosso organismo é um sistema interligado e de acordo com os padrões de desarmonias podemos tratar o equilíbrio de todos os órgãos e vísceras. Isto significa que qualquer alteração da natureza implica uma alteração no organismo. Muitas pesquisas estão sendo realizadas com o objetivo de comprovar cientificamente os efeitos da Acupuntura no fortalecimento e relaxamento muscular, melhora das atividades aeróbica e efeitos neuroanatômicos e neurofisiológicos. A palavra Acupuntura origina-se do latim: acus (agulha) e punctura (picada) sendo uma disciplina da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) usada para equilibrar a saúde. De acordo com Ling-Shu (1995) o Huang Di Nei Jing, Tratado do Imperador Amarelo da Dinastia Ming, livro mais antigo da MTC, (aproximadamente de 475 a 221 A.C.) descreveu dois aspectos da filosofia chinesa, o Confucionismo e o Taoísmo. O Confucionismo é uma filosofia da organização social, que fornece à sociedade chinesa um sistema de educação de comportamento social. O Taoísmo observa a energia do universo, na qual estão envolvidas todas as coisas. Não existem sistemas isolados no organismo, todos são interligados e funcionam em equilíbrio. Isto significa que qualquer alteração da natureza sugere uma alteração no organismo (XINNONG, 1997). Na visão chinesa a função corpo-mente é o resultado da interação de determinadas substâncias fundamentais. Estas substâncias podem assumir vários níveis de “substancialidade”. Entre os níveis de substancialidade encontram-se o Corpo-mente. Qi é à base de todos os fenômenos do universo e proporciona uma continuidade entre as formas materiais e as energias tênues, rarefeitas e imateriais. Filósofos chineses de todas as épocas dedicaram-se a estudar os vários graus de materialização, ideia de agregação e dispersão do Qi (MACIOCIA, 1996). Os padrões sindrômicos orientais tratam sinais e sintomas clínicos provenientes das alterações do corpo Qi que se estendem ao corpo físico. Essas alterações são desarmonias. Esta visão oriental tem aplicação clara para a prática clínica em relação ao diagnóstico, tratamento, prognóstico e instrução ao paciente. O entendimento do estado do paciente, na relação meio ambiente em que vive, em um determinado momento fornece o esclarecimento do passado e do futuro, não sendo simplesmente uma questão de misticismo, mas de prática clínica. 16 Acredita-se que a eficácia da Acupuntura pode ser definida como terapia fisiológica coordenada pelo cérebro, que responde à estimulação dos nervos sensoriais periféricos, a estimulação é dada pela inserção de agulhas por via manual ou elétrica, e a consequente estimulação e revitalização de acupontos (pontos localizados nos meridianos ou canais de energia). Este princípio gera o processo de tratamento como alívio do estresse, controle das inflamações, decorrente do uso excessivo e repetitivo dos músculos e finalmente o alívio da dor, obtido pelo equilíbrio homeostático (WONG, 1995). A prática da Acupuntura, no Brasil, vem sendo ensinada desde 1958, como instrumento de ajuda e eficiência aos modelos convencionais na qualidade de vida. A Acupuntura está incluída no Catálogo Brasileiro de Ocupações, editado pelo Ministério do Trabalho em 1977, em convênio com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) (Ministério do Trabalho/OIT/UNESCO/BRA/70/550 nº 0.79-15 – Acupunturistas), no qual se prevê que o acupunturista execute o tratamento de distúrbios orgânicos, funcionais e de reabilitação. Não há proibição ao exercício de qualquer terapia alternativa. É livre, e livre também são os cursos de qualquer terapia alternativa. Estão tramitando diversos Projetos de Lei no Congresso Nacional com a finalidade de regulamentar atividade de terapias alternativas, principalmente as de Acupuntura. Alguns conselhos de classe profissional reconhecem a Acupuntura como especialização. Goldman e Ausiello (2005, 3000p.) A atividade física tanto quanto exercício são ações individuais de cada pessoa, enquanto o condicionamento físico refere-se à capacidade do indivíduo na realização da atividade física. Quando se pratica atividade física regularmente tendem a perder peso e possuem menor percentagem de gordura corporal do que os indivíduos sedentários, concordando com a observação de as pessoas fisicamente ativas consomem mais calorias, ao elevar a taxa metabólica em repouso após a atividade. Acupuntura tem feito parte da atividade física desde o inicio das civilizações chinesas; reconhecida pelo contínuo crescimento da popularidade dos esportes recreativos e das atividades de condicionamento físico, contribuindo pela melhora das lesões provenientes das artes marciais, mas também para evitar as lesões oriundas de esportes tanto em atletas amadores quanto em profissionais. Gentil (2005) avaliou o efeito da Acupuntura e da Moxabustão no desempenho físico. Os resultados mostraram que tanto a Acupuntura e Moxabustão, quanto a Acupuntura placebo, 17 em algum momento provocaram um aumento no tônus vagal (parassimpático) e diminuição da atividade simpática, ao nível cardíaco. Lima (1997) mostrou os efeitos de curto prazo da eletro-acupuntura no tratamento da capacidade e desempenho físico. Luna (2005) apresentou uma melhora estatisticamente significativa comprovada na força máxima dinâmica e na força explosiva de atletas. Raymond (2007) constatou que os efeitos da Acupuntura foram significantes na recuperação da fadiga do quadríceps de atletas. Os trabalhos de Dhillon (2008) constataram uma diferença significativa na taxa de percepção de esforço (RPE), entre a Acupuntura, Acupuntura placebo e controle. A prática esportiva de competição impõe um grande desgaste energético que exige certo tempo para recuperação do atleta na busca para melhora do seu desempenho. Encontrar um método terapêutico que diminuísse o seu tempo de recuperação e mantivesse ou melhorasse seu desempenho, seria relevante para o atleta. A outras categorias profissionais se aplicam as mesmas considerações acima. A Acupuntura como técnica para a diminuição do estresse, estimulando a secreção de endorfinas, relaxando os sistemas cardiovascular e muscular e restaurando os equilíbrios físico e autônomo (homeostase), o que inclui normalização das funções viscerais prejudicadas durante a agressão estressante através dos mecanismos neurohormonais. 1.1 OBJETIVO Este estudo tem por objetivo verificar os efeitos da Acupuntura após o esforço físico máximo visando a melhora do desempenho e suas variações na Frequência Cardíaca e no Índice de Aptidão Física, usando o teste do Banco de Harvard, que é um teste de condicionamento aeróbico. 18 2 ESTADO DA ARTE Dhillon et al. (2008), investigaram o efeito da Acupuntura no desempenho esportivo, através do ciclismo. O exercício ou competição física de alta intensidade induz a uma lesão muscular. O movimento mecânico intenso com várias contrações provoca danos nas estruturas das fibras musculares e causa a liberação de substâncias químicas nocivas como histaminas, bradiquinina e prostaglandina que ativam os nervos aferentes tipo III e tipo IV que levam os sinais de dor ao Sistema Nervoso Central. Os inchaços das fibras musculares ativam a sensação de dor periférica que é retransmitida também ao Sistema Nervoso Central. Os efeitos anti-inflamatórios geralmente são observados com o uso da Acupuntura, devido a sua habilidade de liberar aminoácidos no local e estimular a glândula pituitária que produz hormônios adrenocorticotrófico, ambos anti-inflamatórios endógenos. Muito dos efeitos da Acupuntura são resultados do mecanismo homeostático. No mesmo trabalho, selecionaram 20 atletas com idade entre 18 e 30 anos que apresentavam experiência na prática do ciclismo. O objetivo primário deste estudo foi examinar os efeitos da Acupuntura aplicada antes do exercício da bicicleta ergométrica num percurso de 20 km, comparando sessões de Acupuntura (A), Acupuntura placebo (B) e controle (C). Os acupontos utilizados foram: E36(ST36), VB34(G34), IG11(LI11), F3(LV3) e VG20(DU20). Todos os pontos salvo, o VG 20, foram inseridos bilateralmente com eletro estimulação de aproximadamente 2 a 4 Hz para provocar uma resposta de endorfina. A permanência das agulhas foi de 20 minutos. Na Acupuntura placebo os mesmos pontos foram estimulados manualmente, sem inserção de agulhas, durante 20 minutos. Os autores constataram uma diferença estatísticamente significativa na taxa de percepção de esforço (RPE), entre a Acupuntura (A), Acupuntura placebo (B) e controle (C). Seeod et al. (1993), apud Dhillon et al. (2008) demonstraram que a Acupuntura ativa os peptídeos vasoativos, substância P e calcitonina (CGRP) distribuídos ao redor dos nervos sensoriais dos tecidos periféricos. O (CGRP) modifica a liberação de mediadores inflamatórios podendo funcionar como um agente anti-inflamatório endógeno durante um exercício intenso. Karvelas et al. (1996), apud Dhillon et al. (2008) estudaram os efeitos da Acupuntura sobre o volume de oxigênio (VO2s) e na taxa de percepção do esforço (RPE), durante a execução do ciclismo por 10 adultos saudáveis. Os autores utilizaram os mesmos acupontos citados no trabalho anterior, entretanto apesar de obterem as taxas de oxigênio (VO2S) mais baixas no grupo controle e mais alta no grupo com Acupuntura, e as contagens da taxa de 19 percepção do esforço (RPE) mais baixas no grupo de Acupuntura e mais altas no grupo controle, nenhuma destas diferenças foi significativa e não houve nenhuma diferença em captação de oxigênio. De acordo com Santos et al. (2008), averiguaram a melhora na performance de quatro atletas de handebol do gênero masculino com idades de 15 e 17 anos, foram analisados dois tipos de testes: 1 teste pré Acupuntura e 1 teste pós Acupuntura ambos realizados em dois tiros de 100 metros cada um, padronizando um intervalo de 45 minutos para diminuir os efeitos da fadiga muscular. Foram utilizados os pontos B58, VB30, TA15, B17, P1 e pontos extras (mestre do quadril). Os quatros atletas tiveram uma melhora no seu tempo, sendo a média de melhora de 5,71% (DP=3,5), tendo um grau significativo da Acupuntura na melhora da performance de corrida em atletas de handebol. Ehrlich et al. (1992), estudaram 36 homens saudáveis divididos em 3 grupos, grupo (A) que receberam a Acupuntura, grupo (B) Acupuntura placebo e grupo (C) controle. Os grupos foram testados em uma bicicleta ergométrica. O grupo (A) recebeu o tratamento uma vez por semana durante cinco semanas, sendo que os resultados deste grupo (A) mostraram um limiar anaeróbico de 6,62%, maior aumento de 7,15% do volume de oxigênio (VO2s), sendo ambos os resultados significativos. Ling et al. (1995), investigaram os efeitos de liberação de ácido láctico durante exercício com níveis altos de consumo de oxigênio. Doze voluntários homens sedentários saudáveis se exercitaram durante 15 minutos. Os voluntários foram divididos em dois grupos, grupo (A) tratamento com Acupuntura e o grupo (B) placebo. Os autores notaram que os níveis de ácidos lácticos eram significativamente mais baixo 5 e 30 minutos após o exercício (6% e 14%) no grupo (A) que foi tratado com Acupuntura. Gentil et al. (2005,) avaliaram o efeito da Acupuntura e da Moxabustão no desempenho físico de 31 indivíduos do sexo masculino e feminino com idades compreendidas entre 30 e 60 anos, com hábitos sedentários, com queixa de cansaço, não portadores de doença. Os indivíduos foram divididos em três grupos: I (Acupuntura), II (Acupuntura placebo), III (controle). Os grupos I e II foram submetidos a 10 aplicações de Acupuntura e Moxabustão em pontos pré-estabelecidos e realizaram o teste ergoespirométrico em esteira. Os resultados mostraram que tanto a Acupuntura e Moxabustão, quanto a Acupuntura placebo, em algum momento provocaram um aumento no tônus vagal (parassimpático) e diminuição da atividade simpática, ao nível cardíaco. 20 No trabalho de Luna et al. (2005) as variáveis analisadas verificaram os efeitos da Acupuntura na força máxima dinâmica e explosiva, a resistência anaeróbica e a velocidade em uma população de atletas velocistas de alto rendimento. Foram avaliados dezesseis velocistas de ambos os sexos (5 masculinos e 9 femininos) com a idade aproximada de 16 e 27 anos. Utilizaram testes de campo (corrida de 30 m, salto horizontal parado, agachamento a 1 RM (uma repetição máxima) em 120º e corrida de 40 segundos). Foram aplicadas dezenove sessões de Acupuntura duas vezes por semana, durante dois meses e meio. Para avaliação foi utilizado o protocolo de Abranova baseado no método dermatoglífico (relativo aos padrões de configuração dos sulcos da superfície da pele, das pontas dos dedos, os quais caracterizam as impressões digitais) descrito por Cummins e Midlo (1942). O grupo apresentou uma melhora clinica significante em todas as variáveis e melhora estatisticamente comprovada (P<0,05%) na força máxima dinâmica e na força explosiva. Lima et al. (1997), estudaram os efeitos em curto prazo da eletro-acupuntura no tratamento da capacidade e desempenho físico. Vinte e sete homens jovens e saudáveis com idade de 19 anos foram aleatoriamente divididos em três grupos homogêneos, grupo (A) com acupuntura, grupo (B) acupuntura placebo e grupo (C) controle. Os voluntários do grupo (A) foram submetidos a cinco sucessivas sessões de eletro-acupuntura diariamente durante 20 minutos. Pontos utilizados: R3 (Tai xi), F3 (Taichong), E36 (Zusanli), VC4 (Guanyuan) e CS6 (Qihai). Os resultados antes e depois do tratamento foram comparados nas seguintes condições: repouso (R), exercício moderado (M), limiar anaeróbico (AT), exercício intenso (I), exercício máximo (MX) e recuperação (RC). Concluiu-se que no grupo de acupuntura não houve aumento das capacidades máximas e as respostas ventilatórias, cardiovasculares e a economia de movimento em M, AT, I e MX não melhoraram neste grupo. Raymond et al. (2007), estudaram o efeito transcutâneo dos acupuntos e sua excitação elétrica na recuperação da fadiga do quadríceps e relataram que após 3hs de contração contínua, o músculo cansado teve uma recuperação de 5% na tensão muscular após acupuntura. Wang et al. (1999) também relataram que obtiveram uma recuperação da fadiga do quadríceps com tratamento de acupuntura. Neste estudo um grupo de 17 adultos jovens com idades aproximadas 28 a 29 anos efetuaram exercícios isométricos de extensão de joelho. Foram colocados eletrodos nos acupontos: E36 (Zusanli), B57 (Chenshan), VB34 (Yanglingquan) e CS6 (Sanyinjiao) com excitação elétrica (TENS) de baixa frequência de 14Hz. Foi constatado que a medida de lactose no sangue diminuiu significativamente em ambos os grupos. 21 Yamamura et al. (1997), mostraram que há uma razoável correlação entre o mecanismo de ação da acupuntura e os conhecimentos neuroanatômicos e neurofisiológicos atuais. Sob este prisma, os autores analisaram a ação da acupuntura, no que se refere à propedêutica e à terapêutica, enfim, procuraram estabelecer uma explicação neurofisiológica da ação dos pontos de acupuntura. Chami et al. (1988), avaliaram a ação da Acupuntura na reação de hipersensibilidade do Tipo I no sistema respiratório, através das alterações histopatológicas no sistema respiratório de cobaias (Cavia Porcellus). Os autores desenvolveram um modelo experimental para analisar a inter-relação na fisiopatologia da doença entre a concha nasal, a traqueia e o pulmão, e as alterações ocorridas devido ao estímulo em alta frequência dos pontos de acupuntura. Foram utilizados os pontos: VG14 (Dazhui), B13 (Feishu), E36 (Zusanli). Os resultados comprovaram a eficiência do modelo experimental sendo que os estímulos dos acupontos produziram uma inibição da migração das células sanguíneas leucocitárias (eosinófilos) para os tecidos respiratórios estudados. Os estudos de Erthal et al. (2008), comprovaram a ação antinociceptiva da Acupuntura e da radiação laser de baixa potência no acuponto E36 (Zusanli). Os autores utilizaram ratos machos da linhagem Wistar, pesando entre 250 a 350 g. que receberam injeções de ácido acético e formalina. Os ratos foram divididos em 6 grupos: grupo A: controle, grupo B: recebeu estímulo de laser fora do ponto de acupuntura, grupo C: recebeu o estímulo no acuponto com laser desligado; grupo D: recebeu tratamento com agulhas de acupuntura; grupo E: recebeu tratamento com laser de baixa potência; grupo F: receberam ambos os estímulos (agulhas e laser) no acuponto. As análises estatísticas foram realizadas por meio de análise de variância (ANOVA) seguida pelo teste de Newman Keuls. A escolha do acuponto E36 (Zusanli) para essa pesquisa foi feita por sua ampla utilização na prática clinica em casos de dores. Os resultados mostraram que a estimulação a laser deste acuponto foi capaz de reduzir de forma significativa a contrações abdominais induzidas pelo ácido acético e formalina. Hübscher et al. (2008), investigaram a eficácia imediata da Acupuntura quando comparada à Acupuntura placebo e laserpuntura na melhora do desempenho físico e concluiu que a Acupuntura foi eficaz, melhorando a força isométrica dos quadríceps em atletas. Os resultados obtidos demonstraram que as implicações da Acupuntura não devem se limitar única e exclusivamente à melhora do desempenho físico de atletas como também à programas de reabilitação da função neuromuscular. 22 3 BANCO DE HARVARD – HARVARD STEP TEST Brouha et al. (1943), trabalhando nos Laboratórios de Fadiga de Harvard durante a Segunda Guerra Mundial desenvolveram o Banco de Harvard que é um teste de condicionamento aeróbico o qual consiste em um banco de 50cm de altura. Desde a descrição original o teste, tem havido variações no procedimento do mesmo, tais como a redução da altura do banco para indivíduos do sexo feminino. O Teste do Banco de Harvard (Harvard Step Test), conforme as referências de Keen & Sloan, 1958, Rocha &Caldas, 1978, Marins & Giannichi, 1996, é um teste de esforço de carga única com intensidade de consumo máximo de oxigênio e procura buscar a máxima potência desenvolvida do indivíduo. É um teste de esforço arriscado para indivíduos sem preparado físico, indicado para atletas profissionais. Para sua execução o indivíduo deverá fazer um breve aquecimento, pois é um teste cansativo, visa subir e descer durante 5 minutos. De acordo com Lamderwch, R. et al. (1998), o teste do Banco de Harvard consiste em um banco com altura de 50cm realizando subidas e descidas durante 5 minutos em 3 tempos. Uma vez terminado o teste afere-se 3 vezes a frequência cardíaca (FC). A primeira medida é feita no estante T1 1:30 (um minuto e trinta segundos), a segunda medida é feita no tempo T2 2:30(dois minutos e trinta segundos) e a terceira no tempo T3 3:30(três minutos e trinta segundos). Avaliaram um indivíduo com 63kg, estudante de Educação Física com atividade diária de caminhada. Realizaram o teste do Banco de Harvard permanecendo 5 minutos subindo e descendo completando um total de 192 subidas, e concluíram que o voluntário atingiu no índice de aptidão física (IAF) o nível de "Boa Aptidão” (entre 80 e 90) segundo a tabela de classificação de avaliação de HARVARD. Burnstein, et al. (2011) avaliaram a confiabilidade de vários testes de aptidão entre eles, o teste do banco de Harvard que tem sido usado na área esportiva de na área de gestão profissional. Neste trabalho eles usaram como amostra apenas 18 artistas do Cirque de Soleil e concluíram que este tipo de teste é bastante útil para avaliar o desempenho, tendo grande confiabilidade. No nosso caso, o teste do Banco de Harvard é o mais indicado, usaremos o protocolo de Brouha et al. (1943), pois solicita um esforço máximo dos voluntários classificando-os de acordo como os índices de aptidão em excelente >96, bom 96-83, média 82-68, média baixa 67-54, pobres <54. 23 Para o nosso trabalho esta característica é útil pois corresponde a submeter os voluntários ao desempenho máximo permitindo e testar se a Acupuntura é capaz de melhorar este desempenho. 3.1 CONDIÇÃO FÍSICA DO INDIVÍDUO APÓS O ESFORÇO FÍSICO A aferição da frequência cardíaca de acordo com o índice de Harvard, classificando a resistência do atleta em ótimo (acima 100), bom (80 a 100), regular (60 a 80) e fraco (abaixo de 60) visa estabelecer uma condição física máxima do indivíduo. Quando se pratica uma atividade física ou um exercício físico, o organismo ativa o sistema endócrino e o sistema imune, produzindo alguns hormônios neuropeptídios que são capazes de modular respostas imunes, assim como células imunes são capazes de produzir alguns tipos de hormônios, um deles o cortisol (VULCZAK e MONTEIRO, 2008). Pesquisas como a de Pelham et al, observaram a melhora da performance como a Frequência Cardíaca (FC) de um atleta de acordo com a carga utilizada no exercício, o tempo de execução, acompanhamento nutricional e psicológico. O aumento da massa muscular, retenção de nitrogênio, reservas de gorduras, concentração de hemoglobina irá depender muito se o atleta é usuário de medicamentos, os quais poderão ocasionar inúmeras reações adversas no buscar da melhora da performance (LISE et al., 1999). Durante o exercício, a musculatura ativa, recebe um fluxo sanguíneo maior e o coração recebe uma maior estimulação, comparativamente com o estado de repouso. As variáveis hemodinâmicas e a eficiência no teste de degrau, podem ser influenciadas pelos estágios de carga progressiva durante as subidas e descidas, tendo uma grande participação da musculatura e das articulações dos membros inferiores, percebendo-se alterações nas respostas destas variáveis durante o esforço, encontrando valores da (FC) em esforço na faixa de 80-85% da (FCM) máxima, caracterizando um teste submáximo, o que provavelmente não ocasione danos ao sistema (SOUSA et al., 2007). De acordo com Ventura (1999) é de fundamental importância que todas as pessoas que fazem exercícios aeróbios e anaeróbios tenham um controle do seu batimento cardíaco, pois conhecendo-se o batimento basal pode se preconizar o nível de batimentos cardíacos limiares. Quanto menor for o estado do batimento basal maior possibilidade do músculo involuntário (coração) estar adequadamente hipertrofiado. Em condições de uma hipertrofia cardíaca bem trabalhada a situação de frequência cardíaca em estado basal pode facilitar que o atleta atinja 24 mais demoradamente um estado anaeróbio, até se atingir este estado os batimentos cardíacos vão acontecendo lentamente, por isso é de fundamental importância o trabalho em steady state, que faz nosso músculo cardíaco entrar em regime de equilíbrio de oxigênio e consequentemente promovendo um trabalho muscular localizado, ou seja, um trabalho de força orientado objetivando hipertrofia cardíaca condizente com o esforço que o atleta faz, portanto quanto menor o batimento cardíaco em estado basal melhor o tempo de recuperação após o exercício. 3.2 CÁLCULO DO ÍNDICE DE APTIDÃO FÍSICA – IAF Segundo Souza et al (2009), aptidão física é um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite a cada um não apenas realizar as tarefas diárias, as ocupações ativas das horas de lazer e enfrentar emergências imprevisíveis sem fadiga excessiva, mas também ajuda a evitar doenças hipocinéticas. (COOPER, 1970, p. 35). A aptidão física é tratada conforme Nahas (2003) e Gaya, Silva (2003). A resistência cardiorrespiratória é um componente importante da aptidão relacionada à saúde (ApFRS). Cooper (1970, p.63) chamou a resistência cardiorrespiratória de "Capacidade Aeróbica" com a seguinte definição: Aeróbica refere-se a uma variedade de exercícios que estimulam a atividade do coração, dos pulmões durante um período suficientemente longo para produzir mudanças benéficas para o corpo. Correr, nadar, pedalar são exercícios tipicamente aeróbicos. De acordo com Brouha et al. (1943) o IAF é calculado pela fórmula: IAF = 100 x 300 / (2 *( B1+B2+B3)) onde tomamos Bi = (1/2) FCi , para i=1,2,3. FCi é a Frequência Cardíaca, em batimentos por minuto, no tempo i, Bi é o numero de batidas que o coração faz durante 30 segundos, que foram considerados os 30 segundos em torno do tempo i, isto é de 15 segundos antes até 15 segundos depois do instante em que foi medida a frequência cardíaca. 25 4 MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 SELEÇÃO DA AMOSTRA Foram selecionados vinte e oito (28) bombeiros do sexo masculino, todos adultos jovens considerados normais, idade entre 27 a 52 anos, com nível de atividade física moderada, sem histórico significativo de doença nos membros inferiores, na coluna vertebral ou problemas psíquicos. Os voluntários foram distribuídos da seguinte forma: 14 no Grupo Controle (GC) e no 14 Grupo Experimental (GE), informados a respeito de todos os procedimentos a serem realizados e assinaram o Termo Livre e Esclarecido de Consentimento para participação da pesquisa e Termo de Compromisso, como também a aprovação pelo Comitê de Ética (CEPUMC), processo CEP.: 005/2010, CAAE: 0005.0.237.000-10, de acordo com as normas estabelecidas pela Resolução 196/96 do conselho Nacional de Saúde. Os voluntários são da equipe do 1º.Sub-grupamento Bombeiros e da Polícia Militar da Cidade de Mogi das Cruzes, sob o comando do 1º Tenente Reinaldo de Almeida Nascimento e das prontidões Amarela/ Verde/ Azul (subdivisões de plantões), que nos colocou à disposição as dependências da Academia de Esportes do Corpo de Bombeiros. 4.2 PROTOCOLO DO TESTE Os testes foram realizados nas dependências da Academia de Esportes do Corpo de Bombeiros de Mogi das Cruzes e ocorreram em três etapas divididas em 1ª fase (coleta de dados antes das sessões de Acupuntura) e 2ª fase (coleta de dados após as sessões de Acupuntura, sendo que os voluntários do (GE) foram submetidos as sessões) conforme descrito a seguir e no item de 7.1 de resultados: 1ª ETAPA – Conforme planilha do (GC), vide Tabela 1 (p.38), na primeira fase do teste, na 1ª coluna mostra o número de voluntários, 2ª coluna idade, 3ª coluna altura, 4ª coluna peso antes do teste físico do Banco de Harvard, na 5ª coluna aferição da Frequência Cardíaca Basal (FCB) através do Oxímetro. Nas 6ª, 7ª e 8ª colunas aferimos a Frequência Cardíaca (FC) após realização do teste físico (sem aplicação de acupuntura) no Banco de Harvard com altura de 50 cm, efetuando subidas e descidas durante 5 minutos, FC (T1) 1 minuto e meio, (T2) 2 minutos e meio e (T3) 3 minutos e meio. Calculo do Índice de Aptidão Física (IAF) na 9ª coluna e na 10ª coluna a média das Frequências Cardíacas (FC). Na 11ª coluna o número de subidas e descidas durante a execução do teste do Banco de Harvard. 26 2ª ETAPA – Na planilha dos voluntários (GE), vide Tabela 2 (p.39), mostramos na primeira fase do teste, 1ª coluna mostra o número de voluntários, 2ª coluna idade, 3ª coluna altura, 4ª coluna peso antes do teste físico do Banco de Harvard, na 5ª coluna aferição da Frequência Cardíaca Basal (FCB) através do Oxímetro. Nas 6ª, 7ª e 8ª colunas aferimos a Frequência Cardíaca (FC) após realização do teste físico (sem aplicação de acupuntura) no Banco de Harvard com altura de 50 cm, efetuando subidas e descidas durante 5 minutos, FC (T1) 1 minuto e meio, (T2) 2 minutos e meio e (T3) 3 minutos e meio. Calculo do Índice de Aptidão Física (IAF) na 9ª coluna e na 10ª coluna a média das Frequências Cardíacas (FC). Na 11ª coluna o número de subidas e descidas durante a execução do teste do Banco de Harvard. Após os testes foram submetidos à aplicação Acupuntura, uma sessão por semana, no total de 8 semanas, com duração de 15 minutos de aplicação, utilizando os acupontos P10, ID3, VC17, VB34, BP4, R7. 3ª ETAPA – Após 8 semanas os grupos (GE) (GC) foram submetidos ao teste físico no Banco de Harvard, observando-se os mesmos critérios do teste anterior conforme 1ª etapa. As colunas 12ª, 13ª, 14ª, 15ª, 16ª, 17ª, 18ª, 19ª são referentes à 2ª fase dos testes, sendo que só o (GE) recebeu as aplicações de Acupuntura. 27 4.3 MATERIAIS Utilizamos para as sessões de aplicação da Acupuntura os seguintes materiais: agulhas de aço inoxidável de 0,25 x 0,30mm(agulhas sistêmicas) 0,8mm (agulhas Ting) com certificação ISO 9002, uso descartável e de uso individual, com tubos (mandris) de plástico, apresentadas em embalagens fechadas, algodão, álcool líquido a 70%. Para aferição da Frequência Cardíaca (FC) utilizamos o aparelho Oxímetro (aparelho destinado a medir de forma não invasiva a frequência cardíaca), monitora a pulsação (batimentos cardíacos antes, durante ou após o exercício), possui um emissor e um receptor de raios infravermelhos. Quando esses raios infravermelhos são emitidos através dos tecidos do dedo, o receptor indica a quantidade de raios absorvidos durante a sístole e diástole. Figura 1: Agulhas Sistêmicas e Ting Figura 2: Oxímetro 28 5 OS PONTOS DE ACUPUNTURA – PONTOS DE APLICAÇÃO Quando falamos da eficácia da Acupuntura como meio de tratamento, temos duas formas de classifica-las, uma científica outra energética. Na forma científica de acordo com Yun-tao Ma et al. (2006) o processo de inserção de agulhas segue alguns critérios: seleção de pontos, quanto será a profundidade a ser inserida, quanto tempo permanecerá a agulha em determinado ponto e também se haverá alguma manipulação para estimular os pontos. Quando fazemos uma estimulação, irá criar um estimulo nos tecidos mais profundos, como nos músculos fazendo com que o paciente sinta uma sensação de choque, ou melhor, (De Qi, estimulação energética) este efeito no local refere-se pelo tipo de fibras nervosas. Estas lesões causadas pela inserção de agulhas estimulam a epiderme, derme e os tecidos como fibras elásticas, colágeno, fáscia profunda, músculos esqueléticos e tecidos nervosos. As fibras nervosas, sensoriais como as fibras II, III e IV quando estimuladas produzem uma sensação de analgesia, sensação de dor, frio, pressão, calor e também movimento de expansão muscular (FILSHIE, J. 2002, p.84-86). Este fenômeno de estimulação de De Qi está representada no Quadro1: Quadro1: Descrição da sensação de De Qi relacionada às fibras nervosas nos músculos Tipos de Fibras Nervosas Aferentes Tipos de Sensação Entorpecimento, peso, pressão, dolorimento II, III Dolorimento,dor e formigamento IV Na forma energética a estimulação dos pontos de Acupuntura situados nos canais de energia ou meridianos correspondentes aos órgãos e vísceras, distribui a circulação de De Qi (energia vital) por todo organismo, esta manipulação podemos chamar de Tonificação (aumento e concentração de energia) e Sedação (diminuição e dispersão de energia). Os pontos aplicados neste trabalho não seguiram nenhum protocolo da literatura, mas sim pela minha prática clínica. A escolha foi feita também pelas funções energéticas, indicação e localização, sendo que foram utilizados poucos pontos, em número de 6, para não termos nenhum conflito de função energética, tanto na tonificação, quanto na sedação, quanto menos pontos melhor a assertividade do tratamento. No nosso trabalho os pontos estão de acordo com o meu objetivo de melhorar o desempenho físico, principalmente em relação ao número de subidas e descidas e também que pudessem contribuir em alguma diferença na Frequência Cardíaca (FC) e no Índice de Aptidão Física (IAF). Para tanto escolhi os pontos: P10/ ID3/ VC17/ VB34/ BP4/ R7, sendo que tonifiquei os pontos P10/ ID3/ VC17 para termos maior energia nas suas funções, ajudando principalmente no relaxamento muscular, 29 fortalecendo assim tendões, coluna lombar e membros inferiores. Nos pontos VB34/ BP4/R7 como estes trabalham muito a circulação de sangue (Xue) e circulação linfática (Jing Yie) a sedação foi necessária para potencializar a movimentação das circulações. As localizações estão apresentadas nas Figuras 3, 4, 5, 6, 7, 8 e no Quadro2 a discrição em relação à localização, função energética e indicação. 5.1 FIGURAS DA LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE ACUPUNTURA Figura 3: Ponto P10 Fonte: Atlas Gráfico de Acupuntura Seirin Figura 4: Ponto ID3 Atlas Gráfico de Acupuntura Seirin 30 Figura 5: Ponto VC17 Fonte: Atlas Gráfico de Acupuntura Seirin Figura 6: Ponto VB34 Fonte: Atlas Gráfico de Acupuntura Seirin 31 Figura 7: Ponto BP4 Fonte: Atlas Gráfico de Acupuntura Seirin Figura 8: Ponto R7 Fonte: Atlas Gráfico de Acupuntura Seirin Ponto R 32 Quadro 2: Discrição dos Pontos de Acupuntura 33 5.2 SESSÕES DE ACUPUNTURA As figuras 9, 10, ilustram as sessões de Acupuntura que foram realizadas na Academia de Esportes do Corpo de Bombeiros e a figura 11 mostra a execução do teste do Banco de Harvard. Figura 9: Aplicação de Acupuntura Figura 10: Aplicação de Acupuntura Figura 11: Realização do Teste do BH 34 6 ANÁLISE ESTATÍSTICA Para a análise estatística usamos o programa Bioestat 5.3(2012). A tabela 6.1 apresenta um resumo dos critérios usados para interpretação dos testes usados neste trabalho para investigação da significância estatística dos resultados. Quadro 3: Resumo dos critérios usados para interpretação dos resultados dos testes estatísticos SHAPIRO-WILK p-valor >5% Distribuição normal MANN-WHITNEY p-valor < 5% Há diferença estatisticamente significativa WILCOXON p-valor < 5% Há diferença estatisticamente significativa Os testes paramétricos se aplicam quando as variáveis apresentam uma distribuição normal. Quando este não é o caso, isto é, quando lidamos com distribuições que não são normais, ou esta é desconhecida, usamos os testes não paramétricos. Outra consideração fundamental, como ilustrada na Tabela 6.2, é que é necessário decidir se estamos lidando com amostras dependentes ou independentes, e se o número de variáveis é igual ou superior a dois. Testes não paramétricos também são usados quando o número de elementos de uma variável é muito pequeno (<15), mesmo quando o teste de normalidade acusa que a distribuição é normal. Isto pode ser considerado com uma abordagem mais conservadora. (TRIOLA, 2008, PEIXOTO, 2011). 35 Figura 12: Esquema básico que guia a seleção de um teste paramétrico ou não paramétrico - Referência slides do curso de Estatística Aplicada à Biotecnologia, de Pedro da Silva Peixoto, IME-USP. Conforme as planilhas da coleta de dados dos grupos (GC) e (GE), que contem todas as variáveis de interesse como as medidas de Frequência Cardíaca (FC), o Índice de Aptidão Física (IAF) e o número de Subidas e Descidas feitas em 5 minutos, seguindo o protocolo do Teste do Banco de Harvard de acordo com Brouha et al (1943), testamos se estas variáveis tinham distribuição normal, usando o teste de Shapiro-Wilk, para verificar a normalidade da distribuição de nossos dados. Neste teste se o p-valor for menor do que 5%, a distribuição não é normal, (TRIOLA, F.M. 2008, PEIXOTO, F.P.2011). Se este fosse uma distribuição normal usaríamos o teste t-estudant e ANOVA para verificar se haviam diferenças significativas entre as medidas de interesse. Se as distribuições não fossem normais, usaríamos um teste não paramétrico, seguindo o esquema ilustrado no Quadro 3. Como veremos na seção de resultados nossos dados não têm distribuição normal, e estamos interessados em comparar dois conjuntos de dados independentes, usaremos o teste de Mann-Whitney. Ao se escolher o teste de Mann-Whitney, sempre devemos observar o seguinte a) se a distribuição for normal, é melhor usar o teste t-Student para grupos independentes b) Devemos ter 4 ou mais elementos na amostra de cada grupo. Quando calculamos o p-valor, a interpretação é a seguinte: se o p-valor for menor que 5% há diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. No caso de amostras dependentes usaremos o teste de Wilcoxon. É comum se encontrar trabalhos envolvendo amostras de apenas cinco elementos as quais os autores utilizando o teste ANOVA, sem nem mesmo mencionar a normalidade ou não da distribuição, se a amostra não tem distribuição normal ou tem um número menor de elementos, faz se necessário usar testes não paramétricos, os quais permitem a consideração de amostras com elementos com número superior com apenas cinco elementos. Só se pode aplicar a ANOVA se é distribuição normal, isso nem sempre implica em trabalhos com amostra com um número maior de elementos. 36 Veremos que no nosso caso tínhamos apenas 14 elementos em cada grupo, e as distribuições não eram normais, e, portanto optamos em testes não paramétricos. Os testes não paramétricos desperdiçam parte da informação, e só são capazes de detectar diferenças estatisticamente significativas quando essas diferenças são suficientemente grandes. 37 7 RESULTADOS 7.1 MEDIDAS REALIZADAS NA 1ª E 2ª FASE USANDO O PROTOCOLO DO BANCO DE HAVARD. Realizamos medidas segundo protocolo do Banco de Harvard antes e após 8 sessões de Acupuntura nos voluntários denominados (GE). Estas medidas correspondem ao que denominamos medidas da primeira fase (1ª) e segunda fase (2ª) respectivamente. Concomitantemente realizamos medidas correspondentes nos voluntários do (GC) em cujos elementos, entretanto não realizamos nenhuma intervenção de Acupuntura. Testamos todas as variáveis medidas quanto sua à normalidade de sua distribuição, e concluímos que não poderíamos usar testes paramétricos. Para o estudo da normalidade usamos o teste ShapiroWilk. A seguir mostraremos os resultados obtidos para o estudo das amostras relacionadas com a investigação sobre o efeito da Frequência Cardíaca (FC), Índice de Aptidão Física (IAF) e sobre as Subidas e Descidas e o Desempenho Físico. Segue as planilhas da coleta de dados dos grupos (GC ) e (GE) nas 1ª e 2ª fases: Tabela 1: Representação Gráfica do grupo (GC) nas 1ª e 2ª fases 38 Tabela 2: Representação Gráfica do grupo (GE) nas 1ª e 2ª fases 39 40 7.2 RESULTADOS DOS EFEITOS DA ACUPUNTURA SOBRE A FREQUÊNCIA CARDÍACA E O ÍNDICE DE APTIDÃO FÍSICA. Analisamos através dos testes não paramétricos de Mann-Whitney os resultados das médias da Frequência Cardíaca (FC), Índice de Aptidão Física dos (GC) e (GE) nas 1ª e 2ª fases o teste do Banco de Harvard (BH). Através das figuras e das análises ilustraremos os resultados que não apresentaram uma mudança na (FC) estatisticamente significativa e também os resultados do (IAF) de acordo com a classificação do Banco de Harvard que nos mostrou que tanto o grupo (GC) quanto o (GE) nas 1ª e 2ª fases demonstraram algumas diferenças, averiguando que os grupos são regulares. Vamos ver a seguir os detalhes das análises dos resultados que foram feitos de acordo com a Quadro 3 e Figura 12. Algumas de nossas variáveis são normais, podíamos utilizar o teste paramétrico, mas foi decidido fazer testes não paramétricos, pois é uma abordagem mais conservadora principalmente quando o número de casos é pequeno. Tendo em vista que as maiorias das comparações teriam que serem feitas com testes não paramétricos, devido a não normalidade da maioria das variáveis e pequenos números dos elementos de cada amostra, isso traria também a vantagem da padronização do tipo de teste estatístico. De acordo com o Teste de Shapiro-Wilk os resultados das medidas da Frequência Cardíaca (FC) e do Índice de Aptidão Física (IAF), nos grupos (GC) e (GE), na 1ª fase e suas respectivas médias, mostram que a variável (FC) e (IAF) não seguem uma distribuição normal, pois o p-valor 0,0094 e 0,3791 demonstrando que isto é p-valor <0,05. . Assim sendo, temos que usar o teste não paramétrico adequado a dois conjuntos de medidas independentes, isto é, neste caso, o teste de Mann-Whitney. Os resultados desta análise estão mostrados na Figura 13. Foi obtido um p-valor 0,5503, como neste caso p>0,05 concluímos que não há diferença estatisticamente significativa. Através dos Box-plot representados pelas Figuras 14. e 15 pode observar como as variáveis estão distribuídas em relação à homogeneidade dos dados, valores máximos e mínimos. “Quando a caixinha (box) é muita pequena”, significa que os dados são muito concentrados em torno da mediana, e se a caixinha for “grande”, significa que os dados são mais heterogêneos (PEIXOTO, 2011). 41 Figura 13: Resultados do teste não paramétrico de Mann-Whitney Figura 14: Box Plot correspondente resultados do teste de Mann-Whitney (FC) na 1ª fase Figura 15: Box Plot correspondente resultados do teste de Mann-Whitney (IAF) na 1ª fase 42 As variáveis da (FC) e do (IAF) dos grupos (GC) e (GE), na 2ª fase de acordo com o teste de Shapiro-Wilk, tem uma distribuição normal com p-valores de 0,0784 e 0,4175 respectivamente, isto é p-valor >0,05, entretanto optamos por usar um teste não paramétrico adequado. Como dois conjuntos de medidas são independentes, usamos, neste caso, o teste de Mann-Whitney e obtemos um p-valor 0,5201. Como neste caso p-valor >0,05 concluímos que não há diferença estatisticamente significativa. Uma representação gráfica é mostrada na Figura 16. Os Box Plot correspondentes são mostrados nas Figuras 17 e 18, e indicam que depois da aplicação da acupuntura, os valores ficaram mais próximos da mediana. Figura 16: Resultados do teste não paramétrico de Mann-Whitney Figura 17: Box Plot (FC) correspondente resultados do teste de Mann-Whitney na 2ª fase 43 Figura 18: Box Plot correspondente resultados do teste de Mann-Whitney na 2ª fase Apresentamos os resultados das medidas da (FC) e do (IAF) do grupo (GC) nas 1ª e 2ª fases. Investigamos primeiramente se as variáveis correspondentes às medidas apresentaram uma distribuição normal, usando o teste de Shapiro-Wilk, a variável (FC) não segue uma distribuição normal, pois os p-valores foram 0,0094 e 0,0784, isto é para FC p-valor < 0,05. Assim sendo, temos que usar o teste não paramétrico adequado a dois conjuntos de medidas dependentes, isto é, neste caso, o teste de Wilcoxon conforme Figura 21 obtido o p-valor 0,3078 para (FC) e p-valor 0,5829 para (IAF) neste caso p-valor >0,05, e a representação gráfica das Figuras 19, 20 mostrando que não há diferença estatisticamente significativa. Os Box Plot correspondentes estão mostrados nas Figuras 22 e 23. 44 Figura 19: Representação Gráfica dos dados (FC) Figura 20: Representação Gráfica dos dados (IAF) 45 Figura 21: Resultados do teste não paramétrico de Wilcoxon (FC) (IAF) Figura 22: Box Plot correspondente resultados do teste de Wilcoxon . Figura 23: Box Plot correspondente resultados do teste de Wilcoxon 46 As variáveis (FC) e (IAF) do grupo (GE) nas 1ª e 2ª fases, apresentam uma distribuição normal, de acordo com o teste de Shapiro-Wilk, apresentando p-valores de 0,3791 e 0,4175, respectivamente, isto é p-valor > 0,05, e a variável (IAF) com os p-valores 0,2364 e 0,3875 com p-valor > 0,05. Mesmo sendo uma distribuição normal decidimos usar o teste não paramétrico adequado a dois conjuntos de medidas dependentes, pois o número de voluntários é pequeno, isto é, neste caso, o teste de Wilcoxon conforme Figura 26 obtendo o p-valor 0,4326 para (FC) e p-valor 0,3281 para (IAF) neste caso p-valor >0,05, mostrando que não há diferença estatisticamente significativa conforme representação gráfica das Figuras 24, 25. Os gráficos dos Box Plot correspondentes são mostrados nas Figuras 27 e 28. Figura 24: Representação Gráfica (FC) dos dados na 2ª fase Figura 25: Representação Gráfica (IAF) dos dados na 2ª fase 47 Figura 26: Resultados do teste não paramétrico de Wilcoxon (FC) (IAF) Figura 27: Box Plot correspondente resultados do teste de Wilcoxon Figura 28: Box Plot correspondente resultados do teste de Wilcoxon 48 7.3 ESTUDOS DA INFLUÊNCIA DA ACUPUNTURA SOBRE O DESEMPENHO ESPORTIVO. . Contamos os números de Subidas e Descidas que cada voluntário conseguiu fazer em um tempo determinado de 5 minutos antes e depois do teste do Banco de Harvard nas 1ª e 2ª fases da experiência. Fizemos isso para o (GC) e (GE). O grupo de (GE) foi submetidos a 8 sessões de Acupuntura, uma vez por semana, os resultados obtidos das análises estatísticas á qual revela a existência de um efeito estatisticamente significativo, confirma que o tratamento de Acupuntura melhorou significativamente o desempenho do (GE) em relação ao (GC). Este resultado é diferente daquele obtido da (FC) e (IAF) onde não se encontrou diferenças estatisticamente significativas. Descrições detalhadas das análises individuais das várias tabelas associadas às comparações feitas no caso das medidas de Subidas e Descidas são mostradas a seguir, juntamente com os valores calculados e gráficos correspondentes, que possibilitam uma melhor visualização dos mesmos. Os resultados dos números das Subidas e Descidas nos grupos (GC) e (GE) na 1ª fase, conforme o teste de Shapiro-Wilk corresponde a uma distribuição normal com os valores de p-valores 0,3109 e 0,4224, isto é, um p-valor >0,05, sendo dois conjuntos de medidas independentes temos que usar o teste não paramétrico neste caso, o teste de Mann-Whitney. Os resultados desta análise estão mostrados na Figura 30 calculada com os dados da Tabela 3. Foi obtido um p-valor 0,7304. Como neste caso p>0,05 concluímos que não há diferença estatisticamente significativa, o que pode ser visualizado na Figura 29. Tabela 3: Subidas e Descidas dos GC/GE na 1ª fase antes da Acupuntura Voluntários GC/1a Fase Voluntários GE/1a Fase (GC) (GE) SUBIDAS/DESCIDAS SUBIDAS/DESCIDAS V1 V15 121 151 V2 V16 107 130 V3 V17 145 142 V4 V18 148 138 V5 V19 133 131 V6 V20 127 126 V7 V21 140 130 V8 V22 117 123 V9 V23 148 143 V10 V24 135 145 V11 V25 158 132 V12 V26 106 148 V13 V27 147 149 V14 V28 147 142 132.08 136.58 MEDIA 49 Figura 29: Resultados do teste não paramétrico de Mann-Whitney nos dados da Tabela 7.3 Figura 30: Box Plot correspondente resultados do teste de Mann-Whitney 50 Na Tabela 7.4 e na Figura 7.4.1 são mostrados os resultados das médias das Subidas e Descidas dos grupos (GC) e (GE), na 2ª fase. Investigamos primeiramente se as variáveis correspondentes às medidas apresentaram uma distribuição normal, usando o teste de Shapiro-Wilk, mostrando que a variável não segue uma distribuição normal, pois o p-valor obtido foi 0,7187 e 0,0095, isto é p-valor <0,05. Assim sendo, temos que usar o teste não paramétrico adequado a dois conjuntos de medidas independentes, isto é, neste caso, o teste de Mann-Whitney. Os resultados da análise dos dados da Tabela 4 estão mostrados na Figura 32, o pvalor 0,0058. Como neste caso p-valor <0,05, concluímos que há diferença estatisticamente significativa. A Figura 31 representa os resultados do Box Plot correspondentes, e pode-se ver que depois da Acupuntura os valores estão mais próximos da mediana. Tabela 4: Subidas e Descidas dos (GC) e (GE) na 2ª Fase Voluntários GC/2a Fase Voluntários GE/ 2a Fase (GC) (GE) SUBIDAS/DESCIDAS SUBIDAS/DESCIDAS V1 V15 130 160 V2 V16 117 150 V3 V17 138 153 V4 V18 150 150 V5 V19 140 146 V6 V20 125 130 V7 V21 138 150 V8 V22 130 148 V9 V23 150 155 V10 V24 148 155 V11 V25 160 155 V12 V26 110 150 V13 V27 151 153 V14 V28 138 153 136.33 150.17 MEDIA 51 Figura 31: Resultados do teste não paramétrico de Mann-Whitney nos dados da Tabela 4 Figura 32: Box Plot correspondente resultados do teste de Mann-Whitney nos dados da Tabela 4 52 Na Tabela 5 e na Figura 33 mostram os resultados das medidas das Subidas e Descidas do grupo (GE), depois das sessões de Acupuntura e suas respectivas médias nas 1ª e 2ª fases. Usando o teste de Shapiro-Wilk, verificamos que a variável das Subidas e Descidas não segue uma distribuição normal, pois o p-valor obtido foi 0,4224 e 0,0095, isto é, p-valor <0,05. Assim sendo, temos que usar o teste não paramétrico adequado a dois conjuntos de medidas dependentes, isto é, neste caso, o teste de Wilcoxon, e, além disto, o número de voluntários da amostra é pequeno. Os resultados desta análise estão mostrados na Figura 34 calculada com os dados da Tabela 5. Foi obtido um p-valor 0,0010. Como neste caso p-valor <0,05 concluímos que há uma diferença estatisticamente significativa. Tabela 5: Subidas e Descidas dos GE/GE na 1ª e 2ª fase antes e após da Acupuntura Voluntários V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8 V9 V10 V11 V12 V13 V14 MEDIA GE/1a Fase GE/2a Fase SUBIDAS/DESCIDAS SUBIDAS/DESCIDAS 151 130 142 138 131 126 130 123 143 145 132 148 149 142 136.58 160 150 153 150 146 130 150 148 155 155 155 150 153 153 150.17 Figura 33: Representação Gráfica dos dados da Tabela 5 53 54 Figura 34: Resultados do teste não paramétrico de Wilcoxon nos dados da Tabela 5 Figura 35: Box Plot correspondente resultados do teste de Wilcoxon nos dados da Tabela 7.5 55 Na Figura 36 e na Tabela 6 mostram os resultados das medidas das Subidas e Descidas, nos grupos (GC), antes e após das sessões de Acupuntura e suas respectivas médias nas 1ª e 2ª fases. Usamos o teste de Shapiro-Wilk e constatamos que as variáveis correspondentes as medidas apresentaram uma distribuição normal, mostram que a variável das subidas e descidas seguem uma distribuição normal, pois o p-valor obtido foi 0,3109 e 0,7187, isto é p-valor >0,05. Como as amostras são pequenas, temos que usar o teste não paramétrico adequado a dois conjuntos de medidas dependentes, isto é, neste caso, o teste de Wilcoxon. Os resultados desta análise estão mostrados na Figura 37 calculada com os dados da Tabela 6. Foi obtido um p-valor 0,0843. Como neste caso p-valor >0,05, concluímos que não há diferença estatisticamente significativa. Os resultados do Box Plot mostram os resultados. Tabela 6: Subidas e Descidas do (GC) na 1ª e 2ª fases GC/1a Fase GC/2aFase Voluntários SUBIDAS/DESCIDAS SUBIDAS/DESCIDAS V1 121 130 V2 107 117 V3 145 138 V4 148 150 V5 133 140 V6 127 125 V7 140 138 V8 117 130 V9 148 150 V10 135 148 V11 158 160 V12 106 110 V13 147 151 V14 147 138 MEDIA 132.08 136.33 Figura 36: Representação Gráfica dos dados da Tabela 6 56 57 Figura 37: Resultados do teste não paramétrico de Wilcoxon nos dados da Tabela 6 Figura 38: Box Plot correspondente resultados do teste de Wilcoxon nos dados da Tabela 6 58 8 DISCUSSÃO Uma possibilidade de interpretação dos nossos resultados é a sugestão de que o fato da Frequência Cardíaca (FC) e o Índice de Aptidão (IAF) não terem sido alterados mesmo no grupo (GE) que conseguiu aumentar o desempenho físico após as sessões de Acupuntura, tenha se mantido constante devido aos efeitos benéficos da Acupuntura. Em outras palavras esta hipótese levantada estaria dizendo que o aumento estatisticamente significativo do efeito da Acupuntura no desempenho físico estaria provocando um efeito na Frequência Cardíaca (FC) e (IAF) de não subir simultaneamente ao aumento do desempenho. A influência da Acupuntura no desempenho físico tornou o grupo (GE) mais homogêneo. Fica evidente, quando analisa o Box Plot correspondente que a dispersão dos tempos de Subidas e Descidas ficou menor após a Acupuntura, quando comparamos com a dispersão antes da Acupuntura. Observamos também com a utilização de testes não paramétricos, tanto no caso de comparar duas amostras independentes ou duas amostras dependentes que as diferenças encontradas no desempenho, medido por meio da contagem do número de subidas e descidas, comparando-se os grupos antes e depois da aplicação da acupuntura, e também levando-se em conta os resultados do grupo de controle, eram estatisticamente significativos. Em relação à literatura podemos observar que em alguns casos os testes para determinar se as variáveis eram normais ou não, nem foram aplicados. Em muitas referências, ANOVA foi aplicada a amostras de apenas 5 elementos. Nestes casos o uso de testes não paramétricos seria necessário. No nosso trabalho procuramos fazer a escolha dos testes estatísticos de maneira mais correta e rigorosa, preferindo soluções conservadores, mesmo que isto significasse deixar de aproveitar todas as informações contidas nas amostras, caso se pudesse usar a informação de normalidade. Padronizamos em testes não paramétricos, devido ao número pequeno de amostras, o que significa adotarmos uma solução mais conservadora. Mesmo assim os efeitos encontrados são muito claros. Sugerimos que a partir deste estudo, sejam estudados maiores possibilidades de quantificar os efeitos da Acupuntura, além do desempenho físico, também no aspecto psíquico em atletas e em indivíduos praticantes de atividades físicas. 59 9 CONCLUSÕES Na literatura científica não encontramos nenhum artigo semelhante que objetivasse provar a eficácia da Acupuntura como agente de melhora do desempenho físico, usando o protocolo do Banco de Harvard como o instrumento das medidas dos efeitos. Nossos resultados evidenciam que esse efeito existe. Acreditamos que este trabalho teve seu objetivo obtido, e se constitua numa evidência científica de que a Acupuntura é eficaz como instrumento para melhorar a desempenho físico. Os resultados da investigação dos efeitos sobre a Frequência Cardíaca (FC) e o Índice de Aptidão (IAF) dos voluntários pertencentes dos grupos de controle (GC) e grupo experimental (GE) não revelaram efeitos importantes devido à intervenção da Acupuntura. As Frequências Basais foram muito semelhantes e não constatamos nenhuma diferença estatisticamente significativa entre elas. A comparação das médias da (FC) e (IAF) dos grupos (GC) e grupo (GE) na 2ª fase, de acordo com o teste de Shapiro-Wilk tem uma distribuição normal, com p-valores de 0.0784 e 0.4175 respectivamente, isto é p-valor >0,05, entretanto optamos por usar um teste não paramétrico adequado. Como dois conjuntos de medidas são independentes, usamos, neste caso, o teste de Mann-Whitney e obtemos um p-valor 0.5201. Como neste caso p-valor >0,05 concluímos que não há diferença estatisticamente significativa. A análise estatística realizada usando os testes não paramétricos revelou, entretanto, um forte efeito estatisticamente significativo que pode ser visto como um forte indicativo a efetividade da eficácia da Acupuntura no aumento do desempenho. Isto foi verificado por meio das medidas do número de Subidas e Descidas dos voluntários do grupo experimental (GE) que foram submetidos a 8 sessões de Acupuntura, e cujos resultados foram comparados com os resultados dos elementos pertencentes do grupo controle (GC), que não foram tratados com a Acupuntura. Usando o teste de Shapiro-Wilk, verificamos que a variável das Subidas e Descidas não segue uma distribuição normal, pois o p-valor obtido foi 0.4224 e 0.0095, isto é, p-valor <0,05. Assim sendo, temos que usar o teste não paramétrico adequado a dois conjuntos de medidas dependentes, isto é, neste caso, o teste de Wilcoxon, e, além disto, o número de voluntários da amostra é pequeno. Os resultados desta análise foi obtido um p-valor 0,0010. Como neste caso p-valor <0,05 concluímos que há uma diferença estatisticamente significativa. Mesmo confirmando um resultado estatisticamente significativo, precisamos nos aprofundar mais em estudos que nos leve ao conhecimento mais científico sobre a aplicação da Acupuntura. Verificando não só o desempenho físico através da frequência cardíaca como também em medidas de pressão, VO2. Abrimos um leque para averiguarmos uma melhor assertividade em relação aos estudos da Acupuntura que visa não só a melhora física como também, avaliarmos o 60 psíquico, sendo um estudo multidisciplinar na área da saúde, podendo agregar conhecimentos que irão acrescentar maiores possibilidades de tratamento. 61 REFERÊNCIAS BIOESTAT 5.3, disponível em: http://www.mamiraua.org.br/, acesso em 29 de junho de 2012. BROUHA, L, et al. Step test simple method of measuring physical fitness for hard muscular work in adult men. Rev Canadian Biol, vol.14, nº 01, p.31-36, 1943. BURNSTEIN, B.D. et al. Reliability of fitness tests using methods and time periods common in sport and occupational management. Journal of Athletic Training, vol.46 (5), p.505 (9), 2011. CHAMI F., YAMAMURA Y., YABUTA M.M., Efeito da Acupuntura no Tratamento da Rinite Alérgica. Rev. Paul Acupunture, 4:75-82. 1998. COOK, N.J. et al. Changes in adrenal ans testicular activity monitored by salivary sampling in males throughout marathon runs. J Appl Physiology, vol.55 (6), 634-638, 1986. COOPER INSTITUTI FOR AEROBICS RESEARCH. FITNESSGRAM. Manual de Aplicação de Testes. Faculdade de Motricidade Humana, Lisboa, 2002. CUMMINS,H., MIDLO, C.H., Palmar and plantar dermatoglyphics in primates.Philadelphia. Gente, 1942. 257p. DHILLON, S.M, et al. The Acute Effect of Acupuncture on 20-km Cycling Performance. Clin J Sport Med, 18(1): 76-80, 2008. EHRLICH, D. HABER, P., Influence of acupuncture on physical performance capacity and haemodynamic parameters. Int J Sports Med 13(6): 486–49 1992. ERTHAL, V. Estudo Experimental da Ação antinociceptiva da Acupuntura e da radiação Laser no acupunto E36 (Zusanli). In: 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica, 209-212, 2008. GENTIL D, et al. The effect of acupuncture and moxibustion on physical performance by sedentary subjects submitted to ergospirometric test on the treadmill. J Sports Med Phys Fitness, 45(1): 134-40 2005. GOLDMAN, L., AUSIELLO, D. Tratado de Medicina Interna. 22 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 3000p. GREENBERG, J. S. Administração do estresse. 6. ed. São Paulo: Manole, 2002. p.390. 62 GRUBER W, et al. Laser Acupuncture in children and adolescents with exercise induced asthma, Thorax; 57(3): 222-5, 2002. GUEDES, D.P & GUEDES, J.E.R. P: Exercício na Promoção da Saúde. Londrina, 1995. HÜBSCHER, M., VOGT, L., BERNHORSTER, M., ROSENHAGEM, A., BANZER, W., Effects of Acupuncture on Symptoms and Muscle Function in Delayed-Onset Muscle Soreness. The Journal of Alternative and complementary Medicine, vol.14 (8), 10111016, 2008. JIN, P. SHEN M., et al. Dr. Wu Liangcun's experience in treating primary liver cancer. J Tradit Chin Med, 27(3): 207-11, 2007. KARVELAS, B.R. et al. Acute effects of acupuncture on physiological and psychological responses to cycle ergometry. Arch Phys Med Rehabil, 77(12): 1256-9, 1996. LAMDERWCH, R. et al. Avaliação da Aptidão Física do Teste de Harvard. Universidade Católica de Brasília, Faculdade Dom Bosco de Educação Física, Departamento Gímnico Desportivo, 1998, disponível em: http://www.angelfire.com/ak2/jamalves/Banco.html. Acesso em 11 de agosto de 2012. LIAN, Y, et al. Atlas Gráfico de Acupuntura Seirin. São Paulo: Könemann, 2005.352p. LIMA, R. I. et al. Effect of electro acupuncture on physical performance of young men and responses to exercise, Rev. Paul. Acupunt, vol.3(1): 11-3, 1997. LING, J.G. et al. Investigation on the effects of ear acupressure on exercise-induced lactic acid levels and the implications for athletic training. American Journal of Acupuncture, 23(4): 309-313, 1995. LISE, M. L.Z. et al. O abuso de esteroides anabólico – androgênicos em atletismo. Ver. Ass. Med. Brasil, vol.445, n.4, 364-70, 1999. LUNA, M.P. et al. Efeitos da acupuntura na performance de atletas velocistas de alto rendimento do Rio de Janeiro. Fitness & Performance Journal, vol.4, n.4, p. 199 – 214 2005. MACIOCIA G. et al. Os Fundamentos da Medicina Chinesa. Roca , 1996.554 p. NAHAS, M.V. Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 3.ed. Londrina: Midiograf, 2003. 63 NIEMAN, D.C, NEHLSEN-CANNARELLA, S.L. Immune response to heavy exertion. Physiology, v. 82, n. 5, p. 1385–1394, 1997. SEEOD, N. et al. Immunomagnetic purification to facilitate DNA diagnosis of Plasmodium falciparum. J Clin Microbiol, 31(10): 2715-9, 1993. SOUZA, C.S.M., Ergometria e Ergoespirometria: abordagem ao teste de banco, disponível em: http://www.laafisc.com.br/files/artigos/art06.pdf. Acesso em 11 de agosto de 2012. SOUZA, A.M., A contribuição da Educação Física Escolar para o desenvolvimento da aptidão física relacionada à saúde, disponível em: http://www.efdeportes.com/efd139/educacao-fisica-escolar-para-a-saude.htm. Acesso em 26 de agosto de 2012. PEIXOTO, S.P., Estatística Aplicada à Biotecnologia, Pós Graduação em Toxinologia – Instituto Butantan, 2011. PRADY, L.S. et al. A systematic evaluation of the impact of STRICTA and CONSORT Recommendations on Quality of Reporting for Acupuncture Trials. PLoS ONE, 3(2): 1577, 2008. RAYMOND C. H., So, et al, Effect of transcutaneous electrical acupoint stimulation on fatigue recovery of the quadriceps. Eur J Appl Physiol. 2007. SANTOS, V.C. et al. Acupuntura na melhora da performance em atletas juvenis de handebol. Revista Saúde e Pesquisa, vol.1, n.3, p. 331-335, 2008. SOUSA M.S.C., LIMA A.C.L., SILVA J.A., SILVA G.C.C., PONTES L.M., LIRA F., Freqüência cardíaca e pressão arterial em diferentes cargas no ergômetro Banco de Cirilo em mulheres ativas. Fit Perf J.,6(3):156-61, 2007. TRIOLA, F.M., Introdução à Estatística, 10 ed. São Paulo: LCT, 2008. 791p. VENTURA, G.C., Frequência cardíaca ou em repouso, disponível http://www.copacabanarunners.net/perg0802.html, 1999. Acesso em 08 de agosto 2012. em: VULCZAK, A., MONTEIRO, M.C., Exercício Físico e Interações Endócrino-imunes, Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1., disponível em: http://www.unicentro.br Ciências da Saúde. 2008. Acesso em 26 de agosto de 2012. WILLMORE, J. H., COSTILL, D. L., Fisiologia do Esporte e do Exercício. 2 ed. São Paulo: Manole, 2010. 612p. 64 WONG, M., LING-SHU, A Base da Acupuntura Tradicional Chinesa, São Paulo: Organização Andrei , 1995. 562p. YATOMI, Y. et al. Sphingosine 1-phosphate induces platelet activation through an extracellular action and shares a platelet surface receptor with lysophosphatidic acid, J Biol Chem, 272(8): 5291-7, 1997. YAMAMURA, Y. Acupuntura Tradicional Chinesa - A Arte De Inserir. São Paulo: Roca, 1995. 627p. XINNONG, C., et al. Chinese Acupuncture and Moxibustion, Beijing: Foreign Languages,1997, p.282.