SÃO LUIZ Temporada 2010~2011 © mário sousa A PAIXÃO DE SÃO JULIÃO HOSPITALEIRO AR DE FILMES SÃO LUIZ Temporada 2010~2011 A PAIXÃO DE SÃO JULIÃO HOSPITALEIRO AR DE FILMES ENCENAÇÃO INTERPRETAÇÃO ANTÓNIO PIRES MARIA RUEFF MAYA BOOTH MITÓ MENDES DAVID ALMEIDA GRACIANO DIAS MARCELLO URGEGHE ADAPTAÇÃO MARIA JOÃO CRUZ A PARTIR DO CONTO DE GUSTAVE FLAUBERT E OUTROS TEXTOS MÚSICA ORIGINAL 6 A 23 JAN QUARTA A SÁBADO ÀS 21H00 DOMINGO ÀS 17H30 SESSÃO COM INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA: 16 JAN, DOM, 17H30 SALA PRINCIPAL M/12 INTERPRETAÇÃO DANÇA PAULO ABELHO JOÃO ELEUTÉRIO ANDRÉ CABRAL X2 ROCK SUGAH FUNK SUPERVISÃO MUSICAL INTERPRETAÇÃO MÚSICA HUGO SILVA CENOGRAFIA JOÃO MENDES RIBEIRO FIGURINOS SILVIA GRABOWSKI CARACTERIZAÇÃO SANO DE PERPESSAC DESENHO DE LUZ VASCO LETRIA VÍDEO JOÃO BOTELHO FRANCISCO RATO (violino) SANDRA RAPOSO * (viola d’arco) RITA CARDONA** (viola d’arco) HUGO FERNANDES (violoncelo) JOANA OLIVEIRA (piano) CÂMARA E EDIÇÃO EDGAR ALBERTO APOIO COREOGRÁFICO PAULA CARETO CONSTRUÇÃO DE CENÁRIO LEONEL & BICHO ASSISTENTE DE GUARDA-ROUPA CARLA FREIRE COSTUREIRA DONZÍLIA FARIA FOTOS DE CENA MÁRIO SOUSA COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO ANA BORDALO DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO RITA SIMÃO PRODUTOR ALEXANDRE OLIVEIRA CO–PRODUÇÃO SLTM ~ AR DE FILMES AGRADECIMENTOS ACCCA – COMPANHIA CLARA ANDERMATT ANA ROMANA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE KYUDO CARLOS CARRILHO FERNANDO VENDRELL FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN / CENTRO DE ARTE MODERNA INIZIOMEDIA LOJA ÚTERO PRAGA ASSOCIAÇÃO CULTURAL MARIA MANUEL VILA-NOVA SMILING TEATRO NACIONAL D. MARIA II 2 APOIO À DIVULGAÇÃO estrutura financiada por APOIO MATERIAL DE MAQUILHAGEM * Sandra Raposo nos dias 6, 7, 13, 14, 15, 20 e 21 de Janeiro ** Rita Cardona nos dias 8, 9, 12, 16, 19, 22 e 23 de Janeiro © mário sousa © mário sousa A PAIXÃO DE SÃO JULIÃO HOSPITALEIRO AR DE FILMES JAN ~ 11 “Quanto ao mundo, que te mostrará ele, quando saíres? Em todo o caso, nada das aparências actuais.” A partir de um conto litúrgico, os pescadores de Ruão mandam, agradecidos por qualquer boa-ventura, erguer vitrais na Catedral da cidade, onde retratam a vida de São Julião Hospitaleiro. Nesse vitral, séculos mais tarde, Gustave Flaubert encontra a matéria para escrever um conto, impregnado de um ambiente mágico e negro, de parricídio e de medo. Amadeo de Souza-Cardozo, inspirado talvez pelas poderosas imagens descritas, copia escrupulosamente e ilustra esse conto, elaborando um conjunto de criações recentemente recuperadas em livro, pela Fundação Calouste Gulbenkian, por ocasião da exposição retrospectiva do pintor, em 2006. E é a partir desta obra - à qual se sobrepõem e entrecortam, como se de colagens sobre tela se tratasse, excertos de textos de autores que de alguma forma se atravessaram na vida de Amadeo de Souza-Cardoso, quer em trabalhos na mesma época, quer em livros de cabeceira; sem esquecer as próprias cartas do pintor - que António Pires constrói um espectáculo onde se conta a história de São Julião Hospitaleiro, um homem que nasceu príncipe e a quem foi fadado um destino com tanto de grandioso, como de trágico. Embriagado pela vertigem da caça, enquanto jovem, Julião encontra, apenas, satisfação no sangue derramado dos animais vivos. O confronto com os seus terríveis actos e a dura constatação de que estes o precipitam para o cumprimento de uma negra profecia, levam Julião a abandonar família e terra. Foge, seguindo um caminho que, crê piamente, o conseguirá manter distante e protegido do seu fado mas que, inevitavelmente, o levará ao ponto exacto a que pretende escapar: a morte de quem o fez nascer. É nesta luta, de um homem contra o seu próprio destino – tema transversal aos textos anteriormente trabalhados por António Pires –, que Julião se faz santo. Com música ao vivo e com dança (hip-hop), com um imaginário visual que nos reporta para os esquissos de Amadeo de Souza-Cardoso, A Paixão de São Julião Hospitaleiro é um percurso de uma vida ficcionada e um percurso inverso pelos trabalhos que a inspiraram. 4 © mário sousa Nota do Encenador António Pires A PAIXÃO DE SÃO JULIÃO HOSPITALEIRO AR DE FILMES JAN ~ 11 A ideia de fazer este espectáculo começou com um livro, uma réplica do conto de Flaubert ilustrado por Amadeo de Souza-Cardoso que me foi oferecida, há alguns anos, pela Maria Manuel (Manecos) Vila-Nova. Desde o primeiro momento, pude ver na obra um imenso potencial para ser transformada num espectáculo de teatro. Dadas as características desta história, interessou-me a possibilidade de poder fazer dela uma peça trágica, com uma personagem quase patética, em luta contra o seu próprio destino, o seu próprio fado. Prendeu-me, acima de tudo, o facto do protagonista ser um homem que, para se tornar santo, tem de passar pela mais hedionda barbárie: tornar-se assassino e matar os próprios pais. O seu percurso, em cada passo, como que permite uma análise do ser humano através de uma lupa. Por ser um conto, esta obra permitiu a continuidade do trabalho que tenho desenvolvido, em conjunto com a Maria João Cruz, no que toca a adaptação de textos não dramatizados para o teatro. Ao mesmo tempo, permite-me continuar o caminho que tenho construindo com os actores, explorando novas formas de se movimentarem, de contarem – e cantarem – a vida. O trabalho de Amadeo de Souza-Cardoso, as suas imagens poderosas, a sua capacidade de absorver e recriar as mais diversas fontes de inspiração, instigou-me a construir um espectáculo multi-disciplinar, no qual quis incluir, de forma muito presente, a música, a dança e até o cinema. As descrições dos animais no conto de Flaubert, combinadas com os desenhos de Amadeo, sugeriram-me imediatamente o movimento hip-hop; as imagens da caça e das incursões de Julião na floresta levaram-me aos quadros cinematográficos de João Botelho; e tudo isto, à cumplicidade habitual com os músicos Paulo Abelho e João Eleutério. Não é meu hábito fazê-lo mas, porque os espectáculos também são feitos de afectos, não posso deixar de agradecer ao Professor Jorge Salavisa. Por ter acreditado neste projecto quando ainda numa fase tão embrionária, por ter arriscado, por se ter mantido eclético e descobridor, como sempre fez enquanto programador. Não posso deixar de agradecer, também, a Aida Tavares, de quem tenho a certeza de ser a parte fundamental, embora invisível, desta programação. O agradecimento estende-se, evidentemente, a toda a equipa do São Luiz Teatro Municipal. 5 © mário sousa A PAIXÃO DE SÃO JULIÃO HOSPITALEIRO AR DE FILMES JAN ~ 11 Notas biográficas ANTÓNIO PIRES ENCENAÇÃO Desde 1990, António Pires tem vindo a desenvolver um trabalho que poderemos designar como teatro coreográfico, onde o texto e as imagens se fundem e funcionam como se de uma coreografia se tratasse. Ao longo de seu percurso artístico, tem apresentado trabalhos a convite de várias entidades, mas também tem sido o impulsionador de projectos onde assume responsabilidades de produção, assim desenvolve o seu trabalho na Ar de Filmes, estrutura de produção que ajudou a consolidar como Director Artístico para a área do teatro. Encenou entre outras peças: (2010) O princípe de Hamburgo de Heinrich von Klein, (CCB), Vida de Artista de Luísa Costa Gomes; (2009) Madame Butterfly de Giacomo Puccini (CAE - Figueira da Foz) dirigido pelo maestro Giovanni Andreoli, Romancero Gitano de Federico Garcia Lorca (ruínas do Convento do Carmo), Tosca de Giacomo Puccini (Festival de Sintra), dirigida pelo maestro Giovanni Andreoli; (2008) Say it with flowers de Gertrude Stein (Teatro das Figuras - Faro, Teatro Nacional São João - Porto e Lux Frágil - Lisboa); (2007) Moby Dick de Herman Melville, adaptação de Maria João Cruz (São Luiz Teatro Municipal); (2005) A morte de Romeu e Julieta de William Shakespeare (Teatro do Bairro Alto – Cornucópia); (2002) Dom Quixote, de Cervantes, a partir da versão de Aquilino Ribeiro (Teatro Maria Matos); (2001) Werther adaptação de António Pires a partir de A Paixão do Jovem Werther de Goethe (Teatro do Bairro Alto – Cornucópia), Entradas de Palhaços de Helène Parmelim (Teatro Nacional de São João e Teatro Taborda); 1999 O Aumento de Georges Perec (Pequeno Auditório do CCB); (1996) A list de Gertrude Stein (Teatro do Bairro Alto - Cornucópia). MARIA JOÃO CRUZ ADAPTAÇÃO Autora de várias peças originais, iniciou a sua colaboração com António Pires em 2002, com a adaptação do texto para Um D. Quixote - Musical, a partir do clássico de Cervantes, tradução de Aquilino Ribeiro. Desde então, tem mantido uma ligação regular com este encenador, na escrita de textos originais ou adaptações, de onde se destacam Vitória descobre o Jardim, original, em 2003; Os Lusíadas rumo ao Oriente, de Luís de Camões, em 2004, A Morte de Romeu e Julieta, de William Shakespeare, em 2005 e Moby Dick, de Herman Melville, em 2007. Maria João Cruz começou a sua carreira como jornalista, tendo trabalhado para diversos órgãos de informação, como CMR e Rádio Comercial, A Capital, Diário de Notícias e Público. Foi também autora e apresentadora de programas na Rádio Azul, CMR e Rádio Comercial. Trocou o jornalismo pela escrita e pelas artes cinematográficas, tendo tirado o Curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema, onde estudou Montagem e Argumento. Mais tarde, dedicou-se também ao Teatro, tendo escrito, entre outros, a peça infantil A Odisseia de Ulisses, adaptação em parceira com Patrícia Castanheira do clássico de Homero, encenada por António Feio. Como argumentista nas Produções Fictícias, desde 1995, foi autora, entre outros, de HermanJornal, As Fitas do Herman, HermanSF, Herman Enciclopédia, A Última Noite, e dos projectos Manobras de Diversão e Os Contemporâneos. Escreveu também para o suplemento O Inimigo Público. Fez a Direcção Geral das Manobras de Diversão TV e de O Inimigo Público TV, e a coordenação de guião do programa Os Contemporâneos. Foi ainda autora do guião da curta-metragem Dia Triunfal, de Rita Nunes; e fez a narração do documentário A Baleia Branca – uma ideia de Deus e do filme A Corte do Norte, ambos de João Botelho. 7 A PAIXÃO DE SÃO JULIÃO HOSPITALEIRO AR DE FILMES JAN ~ 11 PAULO ABELHO MÚSICA ORIGINAL Músico, compositor e produtor, tem um vasto currículo na produção discográfica de álbuns e no acompanhamento técnico de concertos de vários intérpretes. Em teatro, colaborou na sonoplastia de inúmeros espectáculos de Nuno Carinhas, João Lobo e Carlos Pimenta. Com António Pires colaborou na co-autoria da banda sonora para os espectáculos O Romance da Raposa, Lusíadas Rumo ao Oriente, Morte de Romeu e Julieta, Avalanche, Moby Dick, À descoberta das Américas, Say It With Flowers e Romancero Gitano. JOÃO ELEUTÉRIO MÚSICA ORIGINAL Músico, compositor e produtor co-fundador do Nucleoart – Síntese e programação para artes performativas. Em teatro, colaborou na sonoplastia de inúmeros espectáculos. Com António Pires colaborou também na co-autoria, com Paulo Abelho. da banda sonora de O Romance da Raposa, Lusíadas Rumo ao Oriente, Morte de Romeu e Julieta, Avalanche, Moby Dick, À descoberta das Américas, Say It With Flowers e Romancero Gitano. JOÃO BOTELHO VÍDEO Realizador, estudou na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Foi dirigente do CITAC e dos cineclubes de Coimbra e Porto. Foi professor na Escola Técnica de Matosinhos. É também Ilustrador de livros infantis e artes gráficas desde 1970. Estudou também Escola de Cinema do Conservatório Nacional e é crítico de cinema em jornais e revistas. Fundou a revista de cinema M. e iniciou a sua activade de realizador com duas curtas-metragens para a RTP e o documentário de longa-metragem Os Bonecos de Santo Aleixo para a cooperativa Paz dos Reis. Tem filmes premiados nos festivais de Figueira da Foz, Antuérpia, Rio de Janeiro,Veneza, Berlim, Salsomaggiore, Pesaro, Belfort, Cartagena, etc, e foi distinguido por duas vezes com o prémio da OCIC, da Casa da Imprensa e do Sete de Ouro. Todas as longas-metragens tiveram exibição comercial em Portugal, a maioria em França e algumas em Inglaterra, na Alemanha, em Itália, em Espanha e no Japão. Teve retrospectivas integrais em Bergamo (1996), com edição de uma monografia sobre a obra em La Rochelle (1998) e na Cinemateca de Luxemburgo (2002). Distinguido com a Comenda da Ordem do Infante, de mérito cultural (2005). JOÃO MENDES RIBEIRO CENÓGRAFO 8 Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais, entre as quais se destacam a Representação Portuguesa na 9ª e 10ª Mostra Int. de Arquitectura da Bienal de Veneza em 2004 e 2006, na 11ª Quadrienal de Cenografia e Arquitectura para Teatro de Praga, em 2007 e na 7.ª Bienal de Arquitectura de São Paulo em 2007. Foi reconhecido com diversos prémios nacionais e internacionais, entre os quais se destacam os Prémios Architécti 1997 e 2000, Lisboa; o Prémio Diogo de Castilho 2003 e 2007, Coimbra; o Premis FAD d’Arquitectura i Interiorisme 2004, Barcelona; IV Prémio Enor 2009,Vigo; Highly Commended, AR Awards for Emerging Architecture 2000, Londres e a nomeação para o European Union Prize for Contemporary Architecture – Mies Van der Rohe Award 2001, 2005 e 2011, Barcelona. Foi finalista da II e IV Bienal Iberoamericana de Arquitectura e Eng. Civil 2000 e 2004, Cidade do México e Lima e dos Premis FAD d’Arquitectura i Interiorisme 1999, 2001, 2002, 2004 e 2006, Barcelona. A sua participação na 11ª Quadrienal de Praga 2007 foi premiada com a Gold Medal for Best Stage Design. Em 2006 foi distinguido pela Presidência da República com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Em Setembro de 2008 foi-lhe atribuído o Prémio AICA 2007, da Associação Internacional de Críticos de Arte, pelo conjunto da sua obra. A PAIXÃO DE SÃO JULIÃO HOSPITALEIRO AR DE FILMES JAN ~ 11 SILVIA GRABOWSKI FIGURINOS Nascida em 1962 em Munique estudou Faculdade de Munique de Ciências Políticas. Começou a trabalhar em cinema em 1982, sendo um dos seus primeiros trabalhos o filme O nome da Rosa como assistente de Gabriella Pescucci. Desde esta data e até 1989 trabalhou em vários filmes e programas de televisão na Alemanha, destacandose nesta fase o filme Cobra Verde de Werner Herzog. Em 1989 mudou-se para Lisboa, e a partir de 1993 iniciou o seu trabalho no cinema português, trabalhando com realizadores como Manoel de Oliveira, João César Monteiro, José Álvaro Morais, João Botelho, João Mário Grilo, Alberto Seixas Santos, José Fonseca e Costa, Jorge Paixão da Costa, Teresa Villaverde, Marco Martins, Miguel Gomes, João Nicolau. VASCO LETRIA DESENHO DE LUZ Nasceu a 25 de Fevereiro de 1976. Além do curso técnico-profissional na Escola António Arroio, concluiu o Curso Profissional de Cameraman, Iluminação e Áudio da Escola Técnica de Imagem e Comunicação (ETIC/EPI), em Lisboa. Em 1996, foi assistente de produção no programa Minas e Armadilhas (SIC). Em 1998, foi assistente de realização na série televisiva Polícias. É, desde 1998, técnico de iluminação da banda UHF, tendo concebido o desenho e operação de luz de múltiplos espectáculos realizados pela banda em Portugal e no estrangeiro. Ocupa, desde 1999, as funções de Director Técnico da Companhia Teatral do Chiado. Fez operação de luz nas peças: Hedda Gabler de Henrik Ibsen, Fora de Jogo, de Israel Horovitz, O Pirata que não sabia ler de José Jorge Letria. Foi também responsável pelo desenho de luz das peças As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos (em cena); A Menina Júlia de August Strindberg, Um ouvido só para ele e Um olho para toda a gente ambas de Peter Shaffer, Oh que ricos dias de Samuel Beckett, Lendas do Mar de José Jorge Letria, O Mocho e a Gatinha de Bill Manhoff e A Casa da Boneca de Ibsen. ALEXANDRE OLIVEIRA PRODUTOR Sócio gerente da Ar de Filmes. Embora a sua carreira tenha estado, de início mais ligada à produção cinematográfica, a sua actividade na Ar de Filmes passou a ligar-se também à produção teatral. Exerceu também funções de programador da Cinemateca Portuguesa. Em teatro produziu (2010) A vida de Artista de Luísa Costa Gomes com encenação de António Pires, O príncipe de Hamburgo de Kleist com co-encenação de António Pires e Luísa Costa Gomes; (2009) Romancero Gitano de Frederico Garcia Lorca com encenação de António Pires, Deus, Pátria Revolução de Luís B. Gil e Luísa Costa Gomes e encenação de António Pires; (2008) Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente com encenação de António Pires, A farsa das Ciganas de Gil Vicente e Frederico Garcia Lorca, Say it with flowers de Gertrude Stein com encenação de António Pires; (2007) A noite dos Assassinos de José Triana com encenação de António Pires, Auto da Índia de Gil Vicente com encenação de António Pires, Moby Dick de Herman Melville com encenação de António Pires; (2005) Morte de Romeu e Julieta de William Shakespeare com encenação de António Pires. No cinema tem um vasto currículo como produtor, onde trabalhou com realizadores como Manoel de Oliveira, João César Monteiro, Werner Schroeter, entre outros, destacando-se o último projecto com a producção e digressão nacional de “Filme do Desassossego”, de João Botelho 9 AR DE FILMES CO-PRODUÇÃO A Ar de Filmes é uma empresa dedicada à criação de conteúdos culturais que se destacam pela qualidade e inovação artística. A produtora tem desenvolvido trabalhos, tanto na área do teatro, como do cinema, criando uma contaminação de linguagens. Esta empresa é apoiada com um subsídio anual do Ministério da Cultura, através do seu organismo Direcção Geral das Artes, tendo apresentado espectáculos nos teatros mais conceituados do país. Na área de teatro esta produtora conta com o trabalho do criador António Pires e subdivide-se em duas áreas: espectáculos concebidos para um público infanto-juvenil, com uma forte componente pedagógica, e espectáculos para um público mais abrangente e com uma linguagem mais experimental. O ano de 2010 foi marcado pelo sucesso de “Filme do Desassossego”, cuja digressão nacional excedeu todas as expectativas. A grande aposta da Ar de Filmes para o ano de 2011 será a abertura de um novo espaço, Teatro do Bairro, permitindo sedimentar o trabalho desenvolvido em Teatro, mas que acolherá várias artes performativas, onde o Cinema terá também um lugar de destaque. © mário sousa A PAIXÃO DE SÃO JULIÃO HOSPITALEIRO AR DE FILMES JAN ~ 11 SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL directora AIDA TAVARES adjunta de gestão MARGARIDA PACHECO secretariado de direcção OLGA SANTOS direcção de produção TIZA GONÇALVES (directora) SUSANA DUARTE (adjunta) MAFALDA SEBASTIÃO direcção técnica HERNÂNI SAÚDE (director) NUNO SAIAS (adjunto) PAULO MIRA (adjunto) iluminação CARLOS TIAGO RICARDO CAMPOS RICARDO JOAQUIM SÉRGIO JOAQUIM maquinistas ANTÓNIO PALMA JOÃO NUNES PAULO MIRA VASCO FERREIRA som NUNO SAIAS RICARDO FERNANDES RUI LOPES encarregado geral MANUEL CASTIÇO secretariado técnico SÓNIA ROSA direcção de comunicação MARIA VLACHOU (directora) CECÍLIA FOLGADO (adjunta) frente de casa NUNO SANTOS bilheteira CIDALINA RAMOS HUGO HENRIQUES SORAIA AMARELINHO assistentes de sala CARLOS RAMOS DELFIM PEREIRA DOMINGOS TEIXEIRA FERNANDO TEIXEIRA HERNÂNI BAPTISTA JOANA BATEL JOÃO CUNHA LEONOR MARTINS MAFALDA TAVARES PAULO REBELO SEVERINO SOARES segurança SECURITAS limpeza VIVALISA SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL RUA ANTÓNIO MARIA CARDOSO, 38; 1200-027 LISBOA [email protected]; TEL: 213 257 640 © mário sousa direcção de cena JOSÉ CALIXTO MARIA TÁVORA MARTA PEDROSO ANA CRISTINA LUCAS (assistente)