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PVP € 1,00
1 4 3 0 0 4
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ISSN 2182-1437
ISSN 2182-1437
7 7 2 1 8 2
7 7 2 1 8 2
2O15
JAN.
FEV.
MAR.
A Mente
O Cofre da, e para a Vida.
revista do cofre de previdência
dto.
esq.
n1
I I I serie
MENTE
ANO XIX
o mais fascinante
e complexo
dos cofres
FICHA TÉCNICA
PRESIDENTE: Tomé Jardim [email protected] | DIRECTORA: Luísa Paiva Boléo [email protected] | EDIÇÃO: Cofre de Previdência | CONSELHO REDACTORIAL: Tomé
Jardim / Francisco Pinteus / Elder Fernandes / Manuela Charrua / Catarina Santos / Vitor Luz | RESPONSÁVEL EDITORIAL: Ricardo Henriques [email protected]
IMAGEM DE CAPA: Andreia Gil | FOTOGRAFIA: Cláudia Peres | DIRECÇÃO CRIATIVA E DESIGN: Andreia Gil | PUBLICIDADE: Sara Ferreira | SECRETÁRIA: Sara Ferreira
COLABORADORES DESTE NÚMERO: António Pinto Almeida | Ricardo A. Santos | Cristina Coelho | João Viveiros | Sara Ferreira | Sónia Ferreira | José E. F. Boal | Francisco Santos
CONTACTOS DO COFRE: Rua do Arsenal, Letra E, 1112-8O3 Lisboa e Rua dos Sapateiros, 58, 11OO-579 Lisboa / Telefone: 213 241 O6O / Fax: 213 47O 476 [email protected]
NIF 5OO969442 / IMPRESSÃO: MULTIPONTO, S. A. / ISSN 2182-1437 / DEPÓSITO LEGAl: 324664/11 / REGISTO ERC: 119146 / PERIODICIDADE: Bimensal / TIRAGEM: 48 OOO / PVP: 1,OO€
*A redacção da revista Cofre não obedece ao novo Acordo Ortográfico
Pág. 4
ECLIPSE
No Campus de Ciência Viva
Pág. 6
Pág. 9
CARTAS
Entrevista
Maria Catarina Santos
Pág. 14
Tradições
De quem diz
o que pensa
Pág. 10 UNIVERSO
Residências
Universitárias
DOS JOVENS
ROMARIA
QUARESMAL
CÉREBRO
Pág. 22
EM SÃO MIGUEL
ODEITH
Pág. 24
Rapaz dos Pássaros
Consultório
Médico
O CÉREBRO
Descubra alguns factos ciêntificos
sobre este extraordinário orgão
Pág. 32
Pág. 29
Ir ao Alentejo e voltar
CONVERSAS
COM A BOLA
A origem de um génio DE ENCANTAR
Pág. 3O
EINSTEIN
2
E=MC
com o cante alentejano
Pág. 34
RECEITA
Sopa de espargos
EDITORIAL
TOMÉ JARDIM
Venerandos Sócios,
Apesar de já o ter feito na última revista do ano findo, não
quero deixar de reforçar os meus votos de um ano com
saúde, paz e amor para podermos ultrapassar com
optimismo as dificuldades surgidas no dia-a-dia.
Agradecer a todos os Associados as palavras de incentivo
recebidas para o ano em curso, obrigado pela confiança.
Para não a desmerecer vamos continuar a trabalhar com
afinco, como temos feito até aqui, para a valorização do
Cofre, no alargamento do seu conhecimento, levando aos
mais variados serviços públicos onde ainda é grande o seu
desconhecimento, as mais-valias oferecidas pela nossa
Instituição aos seus Associados. Não será um trabalho fácil,
tal como dissemos na apresentação do Orçamento para
2O15, a nossa perspectiva para o ano em curso, apesar da
abertura forçada às nossas remunerações, aposentações e
pensões, pela intervenção do Tribunal Constitucional, será
igualmente de grande dificuldade para todos, os novos
impostos ambientais e taxas entretanto criados vêm mantê-las. Todavia com a nossa força e vontade saberemos
mais uma vez ultrapassá-las.
Como podem constatar à vossa frente está a nossa Revista,
2
cofre
a primeira do ano e totalmente criada, elaborada e concebida no interior do Cofre unicamente pelos seus trabalhadores, razão pela qual chegou um pouco mais tarde à vossa
mão, por isso pedimos a vossa compreensão. Mas dizíamos, exceptuando a impressão efectuada pela tipografia
Multiponto S.A., sedeada na área do grande Porto, foi totalmente elaborada pelos trabalhadores do Cofre, é assim a
terceira série, um novo visual e grafismo, (já agora e para
aqueles que não conheçam este simbolo “ ” inserido no
grafismo da capa, significa partilhar). Como não pode
deixar de ser estamos orgulhosos por esse facto, não só
por esse, mas também pela redução de custos na ordem
dos 7O mil euros ano, esperamos que gostem.
Se me permitem em meu nome e do Conselho agradeço
ao Dr. Jorge Silva, sócio gerente da empresa Silva Designers, o carinho, a simpatia e o profissionalismo como
elaboraram a nossa Revista nestes últimos quatros anos.
Para além das rubricas habituais, temos a grande entrevista à conselheira Catarina Santos, com a qual se finaliza esta
fase de entrevistas aos membros do Conselho de Administração, seguir-se-á aos restantes membros dos Órgãos
Sociais, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal, com
excepção dos seus Presidentes os quais já as concederam
à Revista Cofre. Vamos ainda ler sobre um dos grandes
cérebros mundiais o cientista Albert Einstein; um artigo
muito interessante sobre a romaria quaresmal Micaelense
nos Açores. A nova rubrica “Quem é quem” esteve na
Residência Sénior de Vila Fernando para mostrar aos
nossos Associados quem são os trabalhadores do Cofre ali
colocados, a quem agradecemos o carinho e a dedicação
como tratam os nossos residentes; e a também nova
“Curiosidades” e várias notícias de eventos realizados nos
nossos espaços, residências seniores, universitárias, Vau e
Quinta de Santa Iria. A propósito da Quinta, vamos ali
realizar a semana temática da Páscoa e retomar uma
tradição antiga, hoje muito esquecida, por isso vamos para
alguns Associados reviver para outros dar a conhecer o
baile da pinha ou pinhata. Chamo a vossa atenção para a
rubrica “Curiosidades” onde se fala acerca deste baile. A
propósito os nossos Leitores com conhecimento e vivência
podem e devem escrever-nos a contar uma estória acerca
deste baile. Finalmente uma oferta para todos, trata-se de
um calendário pintado, com um tema que me é particular-
mente querido o Alentejo e o cante, pelo nosso associado
António Galvão, a quem em meu nome e do Conselho de
Administração agradeço. O cante alentejano, hoje património imaterial da humanidade a par do fado, trazem ao
mundo uma mais-valia para conhecimento de outras
áreas culturais existentes no nosso País para todo o
mundo. O investimento para a angariação de novos sócios
continua. Todavia todos nós devemos ajudar procurando
trazer para a família Cofre mais associados, mostrando ao
nosso colega do lado a vantagem em ser sócio, a vantagem
em combater juntos as dificuldades, devendo ter sempre
presente a máxima, “A união faz a força”.
Continuamos a aguardar pelas vossas notícias, (as quais já
todos sabem quais são). É verdade! Digam-nos alguma
coisa em relação às alterações da revista. E como já vai
chegar a vós depois da Páscoa, que ela tenha sido feliz.
Lembro a todos a realização, na nossa sede, da Assembleia
Geral no dia 27 de Abril às 19h3O.
Termino lembrando o associado Fernando Rocha perecido
no mês de Fevereiro e uma das suas frases “Unidos venceremos”, o signatário acrescenta-lhe: a solidão.
Com consideração pessoal.
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ECLIPSE DO SOL
Visto pela RTP no Campus de Ciência Viva
A equipa de reportagem do Telejornal Regiões da RTP
deslocou-se à Quinta de Santa Iria - Campus de Ciência
Viva - e levou a todo o país o eclipse do Sol ocorrido no
passado dia 2O de Março.
Foi uma excelente reportagem, tivemos assim todos
oportunidade de ver nos nossos ecrãs não só aquele
acontecimento, como também todo o espaço do
Campus, nomeadamente o Observatório, o Planetário e o
Auditório.
Aqui vos deixamos, para aqueles que não tiveram a
oportunidade de ver a reportagem televisiva, as fotos
alusivas àquele acontecimento.
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2O15 ANO INTERNACIONAL DA LUZ
Em 2O15, completam-se 1OO anos da teoria da relatividade
geral, de Albert Einstein. E os 11O anos da explicação do
efeito fotoeléctrico, também de Einstein e que lhe valeu o
Nobel da Física de 1921, anunciado no ano seguinte (neste
efeito, um fotão – uma partícula de luz –, ao incidir sobre
certos metais, arranca electrões que aí se encontram).
Outra data, entre outras: em 2O15 comemoram-se os 5O
anos da descoberta da radiação cósmica de fundo, a radiação emitida no Big Bang (ocorrido há 13.8OO milhões de
anos) e que banha todo o Universo. Por esta descoberta, os
norte-americanos Arno Penzias e Robert Wilson ganharam o Nobel da Física em 1978.
“Um Ano Internacional da Luz é uma oportunidade
tremenda para garantir que os decisores políticos tomam
consciência dos problemas que a tecnologia da luz pode
resolver”, sublinhou o presidente da comissão para a
celebração do Ano Internacional da Luz, John Dudley.
“A fotónica fornece soluções de baixo custo para desafios
que se colocam em várias áreas: energia, desenvolvimento
sustentável, alterações climáticas, saúde, comunicações e
agricultura. Por exemplo, soluções inovadoras na área da
iluminação reduzem o consumo de energia e o impacto
ambiental, ao mesmo tempo que minimizam a poluição
luminosa, para que todos possamos apreciar a beleza do
Universo num céu escuro”, acrescentou John Dudley,
citado num comunicado da Sociedade Internacional para a
Óptica e a Fotónica (esta é a ciência ligada ao processamento e à detecção de sinais de luz).
in Jornal Público | Teresa Firmino 27/12/2O13
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PERFIL
facetas
ENTREVISTA
por Luisa Paiva Boléo
Fotografia | Cláudia Peres
Conselheira
MARIA CATARINA
DOS SANTOS
Fale-nos um pouco da sua infância e juventude.
Nasci em Vila Real de Santo António, uma cidade encantadora que fica no extremo sudeste do Algarve. O Marquês
de Pombal foi o responsável pela criação da cidade em
1774. A minha juventude foi passada na Manta Rota, uma
bela localidade, com uma praia maravilhosa, onde passei
belos momentos, pois viver junto ao mar sempre foi para
mim muito importante. O meu pai era da Guarda Fiscal e
sempre procurou trabalhar perto de uma vila de fácil
acesso para que eu e o meu irmão prosseguissemos os
estudos.
Tive uma infância e juventude muito felizes, passadas
entre a praia e campo, uma vez que os meus avós maternos viviam numa zona muito aprazível. O contacto com a
natureza e as actividades campestres foram muito importantes na minha formação. Recordo o meu avô com muito
carinho (sem pretender descuidar-me da avó) com quem
partilhei momentos que me marcaram para sempre.
Recordo cheiros, sabores e as brincadeiras com o meu
irmão que me fazem sentir saudade. Temos pouca
diferença de idade por conseguinte partilhamos sorrisos,
lágrimas e felicidade.
Sei que já é avó embora pareça uma jovem do secundário.
Pratica desporto?
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Nasceu em Vila Real de Santo António no dia
2O de Outubro de 1959.
Trabalha na ATA, Sócia do Cofre desde 1996.
Delegada Sindical no Serviço de Finanças de
Algés. Exerce o cargo de TATA no referido
Serviço de Finanças. Começou a pintar na
adolescência, tendo algumas exposições
individuais e colectivas no seu percurso.
É verdade, fui avó muito nova, tenho três netinhos lindos
que são uma delícia. Sou do tipo de avó que faz algumas
vontades e gosto de oferecer livros, pois a leitura é muito
importante na sua formação. Até posso comprar um doce
e brincar com eles, mas na hora de castigar, sou mais mãe
que avó. Sou tolerante, porém, é sempre bom manter um
limite. Não pratico desporto, gosto de caminhar e dançar. A
dança garante saúde física e mental e sempre que tenho
oportunidade, nada como sacudir o esqueleto com uma
boa música.
Como foi o seu percurso profissional? Foi uma escolha ou
aconteceu trabalhar nas Finanças, agora ATA? Está em
Algés desde quando?
Após completar o liceu trabalhei num supermercado em
Monte Gordo, foi muito útil lidar com clientes, na maioria
estrangeiros, e desenvolvi o inglês e francês. Quando vim
morar para Lisboa, tinha as filhas pequenas, resolvi ficar
em casa e assim dei explicações durante alguns anos até
entrar por concurso público para as finanças em 199O.
Trabalhei durante quinze anos no edifício do IVA, na avenida João XXI, depois estive dois anos e meio em Mafra, foi
uma bela experiência, tanto profissional como pessoal.
Estou em Algés desde 2OO8. Vou a pé para o serviço, é o
que se chama qualidade de vida.
Tive uma infância e juventude muito felizes,
passadas entre a praia e campo, uma vez que
os meus avós maternos viviam numa zona
muito aprazível.
O contacto com a natureza e as actividades
campestres foram muito importantes na
minha formação.
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Para espanto meu, gostei da forma, das cores…
E assim começou a minha aventura no mundo das tintas.
Moro em Algés desde 1982, uma freguesia encantadora
com muito comércio tradicional e um belo jardim.
Quais sãos os seus gostos, viagens, tempos de lazer, associativismos?
Adoro viajar, conhecer e ver em detalhe lugares que me
são desconhecidos. Gosto de observar as pessoas, como se
comportam e passear pela nossa linda cidade de Lisboa.
Gosto de ler, pintar e ir ao cinema.
O associativismo é uma forma de participação na comunidade, um sentimento de partilha, que considero uma
forma de intervenção cívica, de aprendizagem em busca
da realização pessoal e enriquecimento emocional.
Como conselheira do Cofre desde 2O11 quais as principais
mudanças que se têm operado? Como avalia a sua experiência e participação?
Sou sócia do Cofre de Previdência desde 1996. Quando
entrei para a função pública não era de inscrição obrigatória, mas quando tomei conhecimento da instituição, fiz-me
sócia. Como conselheira tento participar em todas as
actividades e estar presente nas alterações inevitáveis às
necessidades económicas e sociais dos associados.
O património do Cofre tem que ter uma gestão eficaz e o
trabalho e espírito de solidariedade e cooperação do Sr.
presidente Dr. Américo Tomé Jardim, do qual muito me
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orgulho, tem dignificado o Cofre. Hoje estamos numa fase
de consolidação, procurando o rejuvenescimento da
massa associativa.
É uma pintora autodidacta? Como aconteceu e quando
podemos visitar a sua primeira exposição?
Comecei a pintar a óleo quase por “acidente”, no bom
sentido da palavra, devido a um casal alemão que morava
perto da minha casa na Manta Rota. O senhor pintava a
óleo e no regresso à sua cidade ofereceu-me algumas
bisnagas de óleo. Eu que já fazia muitos trabalhos em
carvão nos meus tempos livres, peguei numa madeira, pois
eu nem sabia o que era uma tela, e comecei a pintar um
pôr-do-sol. Para espanto meu, gostei da forma, das cores…
e assim começou a minha aventura no mundo das tintas.
Já fiz algumas exposições, uma das quais na Rua Nova do
Almada, nas antigas instalações do CCD. Atualmente estou
a pintar para que possam ver brevemente o meu trabalho.
Neste início de ano ainda difícil para os portugueses, que
palavras deixa aos nossos leitores?
As crises são momentos ideais para combater as dificuldades e conseguir transformações inesperadas, encontrando
rumos novos. O Cofre serve como um meio para necessidade dos sócios, espero que consigamos chegar a todos.
Tenhamos esperança em dias melhores.
CARTAS
de quem diz o que pensa
Suave entardecer
Do alto do Impasse observo o mar
Agitado pelo sopro do vento sul
Resplandecente pelo esplendor da luz solar
Salpicado de branco sobre o azul.
Velejando com o vento a favor
Surge do lado Este a nova nau
Réplica executada ao pormenor
Que passa agora em frente ao Garajau.
Com seus recortes naturais mas deslumbrantes
As desertas são mais nítidas ao sol-pôr
Eternas sentinelas vigilantes
Que a ilha mãe contempla com amor.
A escolha do meu curso foi uma decisão óbvia dado o meu à
vontade com computadores. Sempre foi a minha área de conforto e desde cedo comecei a escrever programas. Com 13 anos
comecei a minha carreira como programador e quando cheguei
à universidade já possuía algum conhecimento. O curso de Engenharia Informática é dividido essencialmente em duas áreas, a de
Engenharia e a de Informática, obviamente. Na primeira são
ensinadas alguma bases fundamentais para qualquer engenheiro, como a física ou a matemática. Na área de Informática é
ensinada a componente de Hardware, ou seja, a estrutura de um
computador e a componente de Software onde o aluno escreve
programas, aprendendo diversas linguagens de programação.
Apesar do meu conhecimento prévio o curso está ao alcance de
qualquer pessoa, quer saiba programar quer não. No entanto
vale a pena realçar que o trabalho é a chave. Um dos maiores
motivos de desistências do curso é a ideia errada que alguns
alunos têm do curso e acabam por ingressar pelo simples facto
de gostarem de jogar ou de serem utilizadores activos das redes
sociais. Porém, é mais do que isso e é importante o interesse pelo
funcionamento dos computadores dado que grande parte do
conhecimento adquirido parte da aprendizagem autodidata. A
FCT é das faculdades com maior reputação e foi a primeira a ter
o curso de Engenharia Informática em Portugal. Possui um leque
de professores excelentes e as matérias dadas conferem as
bases necessárias para entrar no mercado de trabalho, entrada
praticamente garantida dada a taxa de empregabilidade a rondar
os 99%.
João Almeida
Mestrado Integrado em Engenharia Informática na Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Na magia deste suave entardecer
Deixo enlear-me neste silêncio salutar
E procuro em verso enaltecer
Esta conjugação de terra, céu e mar.
José Luis Ferreira da Silva, sócio nº66181
As minhas palavras vão no sentido de agradecer, pelo excelente
ambiente que se vive na residência universitária.
Deparo-me, sempre que deixo o meu filho aos Domingos, com a
harmonia que existe em torno de quem lá vive e da alegria que
"pequenas" mensagens em papel, deixadas pelos residentes em
determinados locais da casa, espelham a saudade na hora de
partida de fim de semana, ou de regresso quando este finda.
Família não é só sangue, existem laços que sejam por vezes mais
fortes, a amizade, amor e o respeito, e estes sentimentos (co)habitam na residência.
Para mim deixar o meu filho é um acto de missão sofrida, mas
sei, que a partir do momento que ele está convosco, passa a
missão cumprida! O desalento não desaparece, mas aparece a
confiança e o alento de que sei que ele está bem.
Obrigada por tudo D. Fátima e sobretudo por cuidar tão bem
deles. Obrigada Cofre por esta residência.
Bem-hajam.
Claudia Marinho
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residencias
UNIVERSO
DOS JOVENS
RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS
Desde há cerca de dois anos que o Cofre tem em
funcionamento duas residências universitárias que
acolhem associados ou familiares de associados que
frequentem qualquer nível de ensino universitário e
pós-graduado ou ligados à vida académica. Situadas em
Lisboa e Porto, comportam um total de 42 estudantes.
A Residência Universitária de Lisboa situa-se entre a zona
da Praça de Espanha e Sete Rios, oferecendo uma localização privilegiada servida por inúmeros transportes
públicos que viajam para todas as zonas da cidade.
Com pisos para residentes femininos e outros para
residentes masculinos, a residência conta actualmente
com 16 raparigas e 1O rapazes, tendo capacidade para 27
estudantes. No seu interior dispõe de uma acolhedora
sala de estar e uma grande cozinha totalmente equipada,
comum a todos os residentes. Todos os pisos dos quartos
(individuais, duplos ou triplos), dispõem de casa de banho
partilhada. Para os momentos de convívio ao ar livre ou
para estudar ao ar livre, a residência dispõe, ainda, de um
terraço muito soalheiro que proporciona incontáveis
finais de tarde primaveris.
No Porto, a dois minutos do coração da cidade, a Residência Universitária é servida principalmente pelas ligações
que o Metro do Porto oferece, com trajecto directo ao
centro histórico da cidade, ao aeroporto, às cidades
vizinhas de Gaia e Matosinhos e todo o Polo Universitário.
Com capacidade para alojar quinze estudantes, sete no
piso feminino e oito no masculino, aqui os quartos são na
sua totalidade individuais.
O piso das áreas comuns tem ao dispor de todos, uma
sala de refeições com duas cozinhas e uma ampla sala de
convívio, de onde se pode observar, através das suas
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cofre
paredes de vidro, o jardim da residência.
Apesar da distância que separa as residências os serviços
oferecidos são comuns. Quartos mobilados com internet e
ar condicionado, salas de estar confortáveis com TV e internet, cozinhas totalmente equipada e espaços ao ar livre. A
limpeza diária dos espaços comuns e a semanal dos quartos está já incluída no valor da mensalidade. Pautadas por
um ambiente familiar e por serem geridas por uma equipa
de pessoas dinâmicas e dedicadas, os estudantes rapidamente a percepcionam como uma segunda casa com uma
grande família. Da mesma forma que se criam grandes
laços afectivos, também existem conflitos, como em
qualquer grande grupo. Mas a mediação proporcionada
pelos colaboradores ajuda ao saneamento das situações
que, sendo ultrapassadas asseguram uma maior capacidade de tolerância, compreensão e resiliência por parte de
todos.
Pretendendo que as residências sejam mais do que simples
dormitórios estudantis, desenhou-se um plano de actividades cujo objectivo contempla a promoção do desenvolvimento pessoal e social dos estudantes, dotando-os de
competências sociais e transversais que são hoje em dia
tão valorizadas no mundo laboral para o qual preparam a
sua entrada. Projectos de solidariedade, voluntariado,
iniciativas intergeracionais, tertúlias, workshops, passeios
temáticos e, claro, eventos de convívio entre estudantes
dentro da residência são alguns dos exemplos de iniciativas
pensadas para os nossos residentes.
Através desta vivência comunitária pretende-se deixar
algumas sementes nas suas vidas que possam crescer e
florescer quando estiverem a exercer as suas profissões e
em quaisquer outros espectros das suas vidas.
CURSOS FREQUENTADOS PELOS ESTUDANTES DE LISBOA E PORTO
Este ano lectivo observa-se uma grande diversidade de frequência académica dos residentes, conforme se pode observar
no quadro infra.
Direito
Engenharia Informática
Medicina Veterinária
Medicina
Marketing
Gestão
Pós-Doutoramento (PD)
Arquitectura
Ciências Politicas
Pós-graduação Farmácia
Engenharia e Artes
Técnico de apoio à gestão desportiva (ES)
Ciências da Tecnologia (ES)
Ciências Socioeconómicas (ES)
Economia (ES)
Optometria
Bioengenharia
Serviço Social
Linguas, literatura e culturas
Licenciatura Chengdu em Medicina Chinesa
História de Arte
Gestão Hoteleira - Restauração e bebidas
Gestão de Informação
Finanças e contabilidade
Engenharia de Materiais
Engenharia Biológica
Engenharia Ambiental
Economia
Contabilidade e administração
Ciências da Comunicação
5
3
2
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
2
3
4
5
6
Se desejar efectuar a sua pré-inscrição para o ano lectivo 2O15/2O16, basta preencher a ficha (existente no sitio do Cofre)
e enviar para os serviços do Cofre com os documentos requeridos. No final de Maio, após época de renovações dos actuais
residentes e sabendo o número de vagas, inicia-se o contacto com os associados inscritos, ainda que saibamos, que na
maioria das vezes, só em Setembro aquando da saída das colocações seja possível tomar uma decisão final.
Mas antecipe-se, as listas de espera são geralmente longas.
Desejamos muito sucesso a todos os estudantes que se encontram na usual azáfama estudantil até ao final deste ano
lectivo. Seja em Lisboa ou no Porto, visitem-nos.
Até breve com mais notícias.
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A ACÇÃO SOCIAL NO COFRE
por Cristina Coelho | Serviço Social do Cofre
O conceito de Acção Social faz parte integrante da Sociologia, que é a ciência que estuda os grupos sociais.
Em sentido lato, acção social é qualquer acção que afecta a
conduta de outros. Para além disso, é normal chamar-se
Acção Social aos programas e às ajudas proporcionadas
pelo Estado e outras instituições, que tem como objectivo
principal satisfazer necessidades básicas que de outra
forma não seriam concretizadas.
O Cofre de Previdência nasceu a 24 de Dezembro de 19O1
com o objetivo de dar apoio social aos seus associados,
nomeadamente proporcionar-lhes um enterro digno com
a atribuição do subsídio de funeral. Ao longo dos seus 113
anos o Cofre tem pautado a sua actividade no âmbito da
Acção Social, tendo para isso desenvolvido vários tipos de
apoio: arrendamento de casa própria, empréstimos para
aquisição de casa a juros mais baixos, criação de centros de
férias, criação de residências sénior, reembolso de vencimento perdido por doença.
Nos últimos anos foram ainda criadas bolsas de estudos,
bolsas sénior e outros apoios pontuais, de acordo com as
necessidades básicas dos sócios.
Um elemento essencial neste apoio tem sido a atribuição
do abono reembolsável, alguns dos quais com carácter
social e de apoio financeiro, a sócios que apresentam
dificuldades de vária ordem.
O Núcleo de Acção Social é um sector recente, que faz
parte do Departamento de Gestão dos Associados e Património e que tem mais visibilidade durante o período de
férias, em que são desenvolvidas actividades de Verão nos
Centros de Lazer. Contudo estão previstos outros projectos
que se encontram em fase de estudo. Os sócios, ao usufruírem das diferentes regalias que o Cofre lhes proporciona,
têm uma visão parcelar da Instituição, pois nem sempre
têm a noção de que toda a actividade do Cofre se integra
na área da Acção Social, independentemente duma regalia
ou outra assumir maior importância num contexto global.
Dessas acções, no terreno, daremos notícias pormenorizadas em próximas revistas Cofre.
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DE 26 DE JANEIRO DE 2O15
No passado dia 26 de Janeiro de 2O15 pelas 19hOO na Rua do Arsenal, decorreu a Assembleia Geral Ordinária presidida
pelo Dr. João Adelino Marques Pereira, para a apreciação e votação do Plano de Actividades e do orçamento ordinário
para o ano económico de 2O15. O Sr. Presidente da Instituição Dr. Tomé Jardim apresentou o Plano de Actividades e a Dr.ª
Gisela Martins, Coordenadora do Departamento de Gestão Financeira e Cobrança, o Orçamento. Concluídas as apresentações o Sr. Presidente da Mesa abriu à apreciação dos presentes, intervindo de entre eles, os Senhores associados Jorge
Ferraz, Carlos Galrão, João Malheiro, Rodrigues Lopes, Carlos Vieira e Rui Lopes. Concluídas as intervenções foi colocado
à votação o plano e orçamento com o resultado de 45 votos a favor, 8 contra e 4 abstenções, sendo assim aprovado por
maioria.
A Acta desta Assembleia ficará disponível para consulta no dia 15 de Abril de 2O15
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SEMANA
INTERNACIONAL
DO CÉREBRO
14 A 21 DE MARÇO DE 2O15
Mais poderoso do que um supercomputador, mas frágil e com pouco mais de um
quilograma, o cérebro é ainda largamente desconhecido. Cada um de nós transporta
consigo este órgão de enorme complexidade que assegura a nossa capacidade de
conhecer, decidir e interagir com o mundo que nos rodeia.
Nove instituições científicas abriram as suas portas para visitas do público e os seus
investigadores foram ao encontro dos estudantes em escolas de todo o país.
Os temas em debate foram variados: dos efeitos das drogas e do álcool à privação de
sono, passando pelo envelhecimento activo e pelos efeitos da aprendizagem no cérebro.
A celebrar 2O anos de existência, a Semana Internacional
do Cérebro teve inicio a 14 de Março, na Universidade do
Minho, com uma palestra sobre as maiores descobertas
das Neurociências nos últimos 2O anos por Nuno Sousa,
presidente da Sociedade Portuguesa de Neurociências.
Destacamos ainda a palestra sobre cérebro e dor, por
Daniel Pozza, investigador da Faculdade de Medicina do
Porto, que teve lugar na Alfândega do Porto no Domingo, 15
de Março.
Na Quinta-feira, 19 de Março, o Pavilhão do Conhecimento
convidou o público a esmiuçar a memória. Foram dados a
conhecer casos reais de pessoas que sofrem de Alzheimer
e lutam no seu dia-a-dia para recordar o passado, de
pessoas com uma memória tão prodigiosa que
dificilmente esquecem um pormenor, e ainda explorar a
ténue fronteira entre a verdade e a falsidade nas nossas
memórias. MemoravelMente foi a segunda de quatro
noites dedicadas à temática da saúde mental e do
melhoramento cognitivo.
Durante toda a semana, a secção "Saberás Tu..." do jornal i,
realizada em colaboração com a Ciência Viva dedicada ao
tema das neurociências.
A Semana Internacional do Cérebro teve a participação de
instituições científicas, museus e Centros Ciência Viva,
escolas e universidades de todo o país. Foi uma iniciativa da
Dana Alliance for Brain Initiatives, uma associação que
apoia programas de investigação e de educação na área
das neurociências.
Em Portugal, a Semana Internacional do Cérebro é
organizada há dez anos pela Sociedade Portuguesa de
Neurociências em colaboração com a Ciência Viva.
Todas as actividades foram gratuitas.
Programa completo em www.cienciaviva.pt
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A ROMARIA QUARESMAL MICAELENSE
por João Daniel Viveiros | DGAP | Fotografia Marco Oliveira
“Menos de duas horas ante manhã, estando o céu estrelado e claro, sem aparecer nuvem alguma,
se sentiu em toda a ilha um grandíssimo e espantoso tremor de terra, durou por espaço d’um
credo, em que parecia que os elementos, fogo, ar e água, pelejavam no centro d’ela, fazendo-a dar
grandes abalos, com roncos e movimentos horrendos, como ondas de mar furioso, parecendo a
todos os moradores da ilha, que se virava o centro d’ela para cima e que o céu caia, e acabando no
espaço do Credo ou de um Pater Noster e Ave Maria (…)”.
Frutuoso, G., Saudades da Terra. 2ª ed. Ponta Delgada. Instituto Cultural de Ponta Delgada, 1981, vol. II
O
terramoto de 22 de Outubro de 1522, aqui relatado
pelo historiador, sacerdote e humanista açoriano Gaspar
Frutuoso, representa a maior de todas as catástrofes naturais da história dos Açores e segunda de Portugal, ultrapassada apenas pelo terramoto de Lisboa de 1 de novembro de
1755.
Em consequência do terramoto de 1522, Vila Franca do
Campo, até então capital da Ilha de São Miguel, foi completamente arrasada, tendo perdido cerca de 5.OOO dos seus
habitantes e o estatuto, que nunca mais viria a recuperar,
de maior e mais importante cidade açoriana, perdido para
Ponta Delgada.
É neste palco de cataclismos naturais, vistos pelo povo
como uma punição divina pelos pecados do Homem, que
surgem as romarias quaresmais.
A tradição de romaria dos homens de São Miguel, de rogar
a protecção da Virgem e a intervenção Divina, resistiu à
passagem do tempo, encontrando-se ainda hoje bem viva
no coração e na alma dos habitantes daquela ilha.
De facto, todos os anos por altura das sete semanas da
Quaresma e, às primeiras horas de cada dia, filhos, pais,
avós, jovens e menos jovens, reúnem-se em ranchos, de
xaile às costas, com a tradicional cevadeira, ou mochila de
pano, lenço, o bordão na mão, o rosário ao pescoço e o
terço entre os dedos, com o objectivo de venerar a imagem
de Maria em cada igreja, capela e ermida de São Miguel.
Durante todo o percurso que liga os locais de oração, os
romeiros entoam, muitas vezes até à rouquidão e à exaustão, cânticos e rezas em penitência pelos pecados cometi-
14
cofre
dos. Suplicam pela benção de Deus e por mais um ano sem
que a Natureza reclame mais vidas. Muitos são também os
que vão nas romarias para cumprirem promessas feitas
em momentos de maior aflição.
Cada Rancho de Romeiros é composto por algumas dezenas de membros, pelo Mestre, Contra Mestre, por um ou
dois ajudantes, pelo Procurador das Almas, por dois Guias e
por um Cruzado.
O Mestre é a primeira de todas as figuras do Rancho, é ele
quem preside ao auto processional, quem dirige as
orações, quem oferece, quem suplica a Deus e à Virgem.
Ao Mestre deve-se obediência, é ele quem dá o sinal de
descanso e a ordem para retomar as preces. Ocupa o fim
do Rancho, é o último que à noite se recolhe e o primeiro
que na madrugada seguinte se apresenta para a nova
caminhada. É quem pede ao anoitecer, na freguesia ou Vila
onde chega, pousada para os irmãos Romeiros, é o que
agradece os favores recebidos, o responsável por qualquer
ocorrência e, por ser o primeiro entre todos, é também o
último a receber favores.
O Contra Mestre substitui o Mestre sempre que necessário,
seja por doença ou por qualquer outra impossibilidade.
O Procurador das Almas hierarquicamente está abaixo do
Mestre. Tem o seu lugar a meio do Rancho. É o responsável
por dirigir as preces e por rogar a aplicação delas. É a quem
compete receber os pedidos das orações feitos pelos
habitantes de cada freguesia por onde o rancho passa. É o
Procurador das Almas porque, de quando em quando,
manda por elas rezar todo o Rancho.
Os Guias vão à frente do Rancho. São os conhecedores dos
caminhos e aqueles que marcam o ritmo da caminhada.
Em geral, os Guias são os membros mais velhos do grupo.
O Cruzado é o romeiro mais novo do grupo, que segue à
frente do Rancho, entre os guias e é o responsável pelo
transporte da cruz de Cristo.
Nenhuma destas figuras de destaque do Rancho usa
qualquer marca que os diferencie dos restantes membros
do grupo. O traje do Romeiro é propositadamente semelhante para todos e é composto pelo xaile, lenço e cevadeira às costas com comida suficiente para meia jornada, pelo
bordão, o rosário e o terço. O bordão representa o ceptro
colocado nas mãos do manso cordeiro, enquanto que o
lenço, sobreposto por cima do xaile, simboliza a coroa de
espinhos. A cevadeira pretende representar a cruz transportada por Jesus Cristo até ao Monte Calvário. No final de
cada dia de caminhada, ao cair da noite, os Romeiros, que
se tratam entre si por irmãos, são recolhidos pelas famílias
residentes que lhes dão comida e guarida. Normalmente as
famílias que recolhem romeiros, são também as famílias
de romeiros que partem com outros grupos.
Na madrugada seguinte, geralmente por volta das 4 da
manhã, os Romeiros partem para mais um dia de caminhada e penitência e de oração.
Sejam eles das suaves colinas da Bretanha, ou dos terrenos
de lavoura de Santo António; sejam eles das freguesias
piscatórias de Rabo de Peixe ou da Ribeira Quente, acostumados à dura vida no mar; funcionários públicos de Ponta
Delgada ou lavradores de Algarvia, os homens de São
Miguel deixam o conforto dos seus lares e a companhia de
mulheres, mães e namoradas, para se fazerem à estrada,
aos milhares, e cumprirem, por mais um ano, a tradição
que os une a todos como irmãos e que é passada de geração em geração.
Não sendo porém, nem pretendendo ser um dos mais
conhecidos ou bonitos postais de visita da “Ilha Verde”,
como sejam as Lagoas das Sete Cidades, as Caldeiras das
Furnas, as hortenses ou até mesmo as simpáticas vacas
que pintam de branco e negro toda a paisagem, os Romeiros da Quaresma fazem e farão, porquanto o Homem tiver
fé em Deus e temor à Natureza, parte da cultura e da história das gentes de São Miguel, minha terra.
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QUEM É QUEM
Maria do Mar Cruz
Coordenadora Técnica | Residência de Vila Fernando
Comecei a trabalhar no Cofre de Previdência em Novembro de 2OO7,
como Directora Técnica do Lar de Vila Fernando.
O departamento que coordeno, depara-se todos os dias com situações
novas, delicadas e complexas em que é necessário agir, tendo em conta
o bem-estar dos trinta utentes da Residência e a tranquilidade dos seus
familiares. Para concretizar estes objectivos primordiais é necessário
apoiar toda a equipa de trabalho, contribuindo para a motivação, o bom
desempenho, a gestão, o diálogo e o afecto, conceitos tão importantes
nas unidades residenciais.
É muito gratificante fazer parte desta família, e deste modo contribuir
para a dignificação desta prestigiada Instituição.
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EQUIPA DE VILA FERNANDO
Primeiro plano, da esquerda para a direita:
1 – Natália Carralo, Técnica de Reabilitação, desde 2O1O.
2 – Maria de Fátima Madeira, Auxiliar de Acção Directa,
desde 2OO8.
3 – Helena Conceição, Auxiliar de Acção Directa, desde
2O14.
4 – Ana Maria Rolhas, Auxiliar de Acção Directa, desde
2OO6.
5 – Ana Paula Peixoto, Auxiliar de Acção Directa, desde
2OO7.
6 – Adélia Caixas, Auxiliar de Acção Directa, desde 2O14.
7 – Matilde Garcia, Auxiliar de Acção Directa, desde 2OO6.
8 – Dra. Maria do Mar Cruz, Coordenadora Técnica, desde
2OO7.
9 – Alzira Martins, Auxiliar de Acção Directa, desde 2O1O.
Segundo plano, da esquerda para a direita:
1O – Ângelo Lopes, Auxiliar de Serviços Gerais, desde 2O14.
11 – Maria de Fátima Brotas, Auxiliar de Acção Directa,
desde 2OO6.
12 – Maria Eglantina Malhado, Auxiliar de Acção Directa,
desde 2OO7.
13 – Paula Rolhas, Auxiliar de Acção Directa, desde 2OO7.
14 – Helena Sousa, Assistente Técnica, desde 2OO7.
15 – Miguel Neves, Auxiliar de Acção Directa, desde 2O14.
16 – Jorge Badalo, Operário Altamente Qualificado, desde
2OO6.
HOMENAGEANDO, SEM HOMENAGEM
Levanta-te povo de Portugal
Levanta-te minha pátria de Abril
Pátria minha de Abril violada
Levanta-te contra a tirania vil
Que te quer ver escravizada.
Pobre povo, meu povo traído
Levanta-te contra a bestialidade
E vem com teu cravo ferido
Gritar de novo por liberdade
“Mistura Grossa”
Fernando Rocha
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ADEUS A FERNANDO ROCHA
“ Aqueles de quem gostamos nunca morrem, apenas partem antes de nós….”
Um amigo e colega que dificilmente esqueceremos!
Fiel ao ideal social que defendia, demonstrado na sua forma de comunicar.
Gostei de te conhecer e de ter trabalhado contigo.
Vitor Calado Luz
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RESIDÊNCIAS SENIOR
residencias
O NATAL NAS RESIDÊNCIAS
N
o passado dia 13 de Dezembro, tivemos festa na
Residência. A Festa de Natal! Como tem vindo a ser tradição, começamos a preparar esta época natalícia com a
decoração da nossa casa. As decorações foram sendo
preparadas ao longo do mês de Novembro, não faltou a
construção da árvore de Natal com material reciclável,
desta vez feita com tampas de plástico.
Voltando à festa, a mesma começou com as boas vindas,
da parte da Dra. Céu, a todos os presentes, residentes,
família e convidados. Tivemos também o prazer de ter a
presença do Dr. Tomé Jardim, que se juntou à nossa festa,
e a quem agradecemos. O Coro “Cantus Certus”, do Tribunal de Contas, abriu o espectáculo. Abrilhantaram a nossa
festa com diversas canções Natalícias de vários pontos do
mundo e ainda nos convidaram a cantar e dançar ao som
dos sinos “ding, dong”. De seguida o Coro da nossa Residência entrou em cena, e para surpresa de todos, dançou uma
coreografia ensaiada pela Fisioterapeuta Mariana Moita. De
seguida, cantaram canções de Natal e outras tradicionais
do nosso país. E ainda com ajuda dos funcionários cantaram o Hino de Natal da Residência, escrito pela funcionária
Paula de Lacerda.
Fomos, por fim, todos convidados a partilhar um grande
lanche de Natal. Durante o Lanche convivemos com os
nossos familiares e amigos, tirámos muitas fotografias de
família e saboreámos iguarias Natalícias. Foi uma tarde
inesquecível, que queremos repetir.
Boas Festas e um óptimo ano 2O15.
Residência Sénior de Loures
Residência Sénior de Vila Fernando
Elvira Mendes, M.ª Luciett e Rui Araújo.
A chegada da Festa de Natal é sempre especial, este dia
reserva-nos grandes emoções e momentos que ficam
eternizados na nossa memória.
A alegria do Natal está em cada rosto, marcando talvez a
tristeza de outros tempos e originando o brilho da mais
sincera felicidade.
Somamos as nossas expectativas na vontade de ser felizes
e de continuar a ser uma família “A família da Residência
Sénior de Vila Fernando”.
Helena Sousa
cofre
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RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS
RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA DE LISBOA
RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA DO PORTO
UM JANTAR EM FAMÍLIA
NATAL NO PARAÍSO
Natal é sinónimo de estudo intenso e exames para os
estudantes universitários, mas apesar de a época ser de
dedicação aos livros os residentes da Residência Universitária de Lisboa conseguiram desfrutar e partilhar de um
jantar de Natal muito acolhedor e afável.
O espaço, a nossa sala de estar, estava decorado a rigor
como se da nossa casa se tratasse e a mesa grande e corrida estava sublime e cintilante.
A nossa ementa revelava as nossas tradições e por isso
não faltaram umas entradas deliciosas, assim como o
nosso tão típico bacalhau. Ainda assim houve espaço para
um prato de carne para os menos tradicionais.
Também os doces caseiros brilharam na nossa mesa,
sendo a estrela da noite as nossas tão portuguesas filhoses
de Natal que ao mesmo tempo nos proporcionaram um
convívio entre todos e uma iguaria deliciosa.
Por fim, depois de saborearmos uma ementa maravilhosa
e de muita conversa, o jantar terminou com a partilha de
um momento de humor que reabilitou forças e vontade
para regressar ao estudo.
O primeiro Jantar de Natal na ”Casa Paraíso”, como fazem
questão de dizer os estudantes da RUP, celebrou-se no dia
13 de Dezembro e começou com uma oração em conjunto,
onde todos os presentes deram as mãos e cada um foi
deixando a sua mensagem.
Devido à diversidade de tradições praticadas pelos
residentes e por serem naturais de diferentes regiões do
país, todos deram a sua sugestão.
O tradicional bacalhau foi assado na brasa, acompanhado
de batatas a ”murro”.
Quanto às sobremesas, houve um pouco de tudo, arroz
doce, aletria, sonhos, rabanadas, pudim, mousse de chocolate e biscoitos de gengibre.
No fim do jantar, iniciou-se a troca de prendas, baseada no
tradicional jogo do “Amigo Secreto”.
Residência Universitária de Lisboa
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Residência Universitária do Porto
CURIOSIDADES
O CÉREBRO
É A ESTRUTURA MAIS COMPLEXA E PERFEITA DE QUE SE TEM CONHECIMENTO
MAS GUARDA INÚMEROS E MISTERIOSOS SEGREDOS...
DESCUBRA O QUE É VERDADE E MITO SOBRE ESTE ÓRGÃO:
1 – Quanto maior o cérebro maior a inteligência?
Mito! O tamanho do cérebro não tem relação directa com a
inteligência. A inteligência é fruto da qualidade das conexões entre determinados neurónios e da eficiência de
complexas redes neurais. A massa encefálica de pessoas
inteligentes é anatomicamente igual a de qualquer pessoa.
Assim, o peso e o volume cerebral não apresentam variação significativa. Por exemplo, o cérebro de Einstein pesava
1,23 kg (a média para um adulto é de 1,4 kg).
2 – O cérebro é todo igual?
Mito! O Hemisfério Direito é mais criativo, intuitivo, relacionado com as capacidades visuais, enquanto o Hemisfério
Esquerdo é o dominante para linguagem (lida, escrita e
falada) e pelo raciocínio sequencial e lógico. Porém, de
acordo com certos especialistas, estudos recentes
mostram que ambos os hemisférios trabalham a lógica.
3 – O cérebro dói?
Mito! O cérebro não dói. Este órgão percebe e localiza os
incómodos causados por lesões em praticamente
qualquer região do corpo, mas não é capaz de sinalizar
insultos ocorridos nele diretamente. Quando temos
cefaleias mais conhecidas por enxaquecas o que dói são os
músculos, os vasos sanguíneos e as meninges.
4 – O cérebro do homem é diferente do da mulher?
Verdade! O cérebro feminino é mais leve e ligeiramente
mais pequeno, porém possui mais células nervosas, sendo
superior em actividades criativas, intuição, sensibilidade,
linguagem e senso de preservação. Já o cérebro masculino
é mais lógico, melhor em percepção visuo-espacial e mais
focado, desenvolvendo melhor habilidades motoras e
soluções pragmáticas.
in www.sitedecuriosidades.com
BAILE DA PINHA
O Baile da Pinha ou Baile da Pinhata envolve uma preparação, envolvimento de personagens e a feitura de trajes
com séculos de existência. Por se realizar no período da
Páscoa são igualmente conhecidas as ligações aos cristãos
e tinha como ideia principal a celebração, com alegria, da
chegada (ressurreição) do seu mestre Jesus.
O baile, como dissemos, realizava-se normalmente na
véspera da Páscoa, um período propício às reuniões familiares, sendo estes na maior parte das vezes a decorar com
rigor a sala onde se ia realizar o baile e a festa.
A abertura do baile era um momento solene, a chegada do
rei e da rainha, eleitos para o efeito, com toda a sua corte
vestida a rigor com os seus trajes à época. A primeira
dança era exclusiva do rei e da rainha seguindo-se toda a
corte seria, digamos, uma representação dos bailes da
corte realizados pelo povo.
No centro da sala encontrava-se a pinha de madeira, com
uma volumetria muito razoável, pendurada no tecto de
onde saíam fitas de várias cores, de entre elas a fita
responsável pela abertura da pinha. Todas as fitas eram
numeradas e vendidas a quem participava no baile.
No decurso da dança, o responsável vai indicando, arbitrariamente, o número da fita. A dança dura até a fita responsável acionar o mecanismo de abertura da pinha, e nessa
altura saem da fita duas pombas brancas e o prémio, o
reinado até ao baile seguinte.
É um momento emotivo, todos saúdam o novo rei e rainha
os quais serão coroados pelos seus antecessores e escolherão a sua corte, depois desta cerimónia prossegue o
baile ate ao nascer do sol.
Esta festa, digamos, tinha uma expressão importante no
Alentejo, hoje se não está extinta, pouco faltará; a nossa
intenção é reavivar esta e outras formas de convívio.
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CONSULTÓRIO MÉDICO
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O CÉREBRO
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CLARAMENTE
por António Pinto Almeida | Médico
O cérebro é o principal órgão do sistema nervoso e, nos
seres humanos, está localizado dentro da calote craniana.
O cérebro humano é particularmente complexo, sendo o
principal centro de regulação e controle de praticamente
todas as actividades corporais, permitindo ao indivíduo
identificar, perceber e interpretar o mundo que o rodeia.
Representa apenas 2% da massa corporal, tem um peso
aproximado de 1,3Kg e recebe cerca de 25% de todo o
sangue bombeado pelo coração.
Divide-se em dois hemisférios, esquerdo e direito, sendo a
conexão entre ambos feita pelo corpo caloso, que é
composto por fibras nervosas de cor branca (axónios
envolvidos em mielina) e responsável pela troca de informações entre as diversas áreas do córtex cerebral.
O hemisfério dominante, em 98% dos humanos, é o
hemisfério esquerdo, responsável pelo pensamento lógico,
analítico e pela capacidade comunicativa, onde se inserem
duas áreas específicas: a área de Broca, responsável pela
motricidade da linguagem, e a área de Wernick, que nos
permite compreender o que os outros dizem e nos faculta
a possibilidade de escolhermos as palavras correctas a
cada situação. O hemisfério direito é responsável pelo
pensamento simbólico e a criatividade.
Cada hemisfério cerebral é composto por um tecido de
localização interna-substancia branca, constituído pelos
axónios que interligam os neurónios e por um tecido mais
periférico-substancia cinzenta, que forma o córtex
22
cofre
cerebral, sendo este responsável por funções complexas
como a memória, atenção, consciência, linguagem,
percepção e pensamento, como veremos adiante.
Ambos os hemisférios possuem um córtex motor que
controla e coordena a motricidade voluntária: o córtex
motor do hemisfério direito controla a motricidade voluntária do lado esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto o
do lado esquerdo controla a motricidade voluntária do lado
direito. Sempre que, após um AVC, o doente fique com
uma paralisia ou com maior dificuldade em fazer movimentos, por exemplo, na metade esquerda do corpo, significa que o acidente vascular se localiza no hemisfério
direito.
O córtex cerebral é constituído, fundamentalmente, por
dois tipos de células: células de glia e neurónios, tendo as
células de glia a função principal de suporte e protecção do
neurónio, sendo os neurónios responsáveis pela condução
do impulso nervoso e considerados a unidade básica da
estrutura do cérebro e do sistema nervoso.
Os neurónios não estão em contacto directo entre si,
comunicando por sinapses químicas ou eléctricas (zonas
activas de contacto entre uma terminação nervosa e
outros neurónios e células), pela libertação de substâncias
químicas–neurotransmissores, ou impulsos eléctricos, que
possibilitam a transmissão dos estímulos nervosos.
O córtex cerebral divide-se em lobos cerebrais, cada um
com funções diferenciadas e específicas:
O hemisfério dominante, em 98% dos humanos, é o hemisfério esquerdo, responsável
pelo pensamento lógico, analítico e pela
capacidade comunicativa (...)
O hemisfério direito é responsável pelo
pensamento simbólico e a criatividade.
O Lobo frontal está associado à actividade motora, planeamento de acções e movimento, pensamento abstracto e
criativo, fluência do pensamento e linguagem, respostas
afectivas e capacidades emocionais, julgamento social e
atenção selectiva.
O Lobo parietal está associado à interpretação das sensações, como o tacto, a dor, a temperatura do corpo e a
orientação do nosso corpo no espaço.
O Lobo occipital processa os estímulos visuais e permite
reconhecer ou identificar objectos por associação e comparação, com dados anteriormente processados.
O Lobo temporal está associado ao processamento de
estímulos auditivos e, tal como no lobo occipital, por associação e comparação, permite reconhecer o que ouve.
Esta descrição muito sucinta do cérebro humano, permite-nos em parte perceber toda a complexidade que
comporta o seu funcionamento, que continua a ser alvo de
estudo pelas Neurociências.
Estamos habituados a encontrar unidades de medida para
fazer correlações, por exemplo, na medição de actividades
metabólicas.
E em relação à mente, que unidades teremos?
Citando o distinto Professor de Neurologia Alexandre
Castro Caldas, vamos conhecendo a importância que
algumas substâncias químicas (neurotransmissores),
como a dopamina, têm no processamento da informação
entre neurónios, responsáveis por muitas funções do
cérebro humano e envolvidos na linguagem, na posição
erecta, que nos distingue de outros primatas e no sistema
de arrefecimento do corpo humano, que nos permite
correr a maratona, coisa que os outros animais não conseguem fazer sem parar para arrefecer.
Existem muito outros neurotransmissores, como a serotonina, acetilcolina, glicina, etc, com extrema importância no
processamento de outra funções.
O que conhecemos, sobre o sono e os sonhos, da análise
de comportamentos diversos perante situações semelhantes, da análise científica sobre o que é a verdade e a
crença, do estudo das emoções e da razão, permite-nos
perceber o quanto estamos longe de obter respostas que
nos possam satisfazer.
Foi recentemente criado o Human Brain Project, em que
estão envolvidos mais de 2OO investigadores do mundo
inteiro, para tentar criar um simulador detalhado do
cérebro humano, que pretende ser uma réplica computorizada que explicará o funcionamento da mente. Será mil
vezes mais poderoso que os supercomputadores actuais.
Presume-se que sejam precisos 1O anos até se conseguir
mapear os milhões de neurónios e de sinapses que constituem o cérebro humano.
O uso que dele fazemos, será objecto de futuro artigo
nesta Revista.
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ODEITH
MURAL “RAPAZ DOS PÁSSAROS” RECEBE DISTINÇÃO
PARABÉNS ODEITH
Odeith o grafitter autor do mural sobre o tema do universo,
para o Campus de Ciência Viva Prof. Máximo Ferreira na
Quinta de Sta. Iria na Covilhã, foi distinguido pela plataforma “I Support Street Art”, como um dos melhores artistas
de 2O14 no panorama internacional.
O graffiti "Rapaz dos Pássaros", que decora o exterior do
Auditório José Afonso, em Setúbal, foi eleito como um dos
24 melhores murais do mundo.
http://www.odeith.com/
http://www.isupportstreetart.com/artist/odeith/
Mural "Rapaz dos Pássaros"
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ENCONTRO NA QUINTA
por Francisco Santos
No dia 10 de Janeiro decorreu o tradicional almoço do
encontro anual dos trabalhadores do Cofre.
Foi um excelente convívio entre trabalhadores e alguns
prestadores de serviços da nossa Instituição, havendo uma
interação entre todos e vários momentos de diversão.
O encontro começou logo pela manhã com uma agradável
partida de futsal no campo polivalente. Seguidamente
realizou-se o almoço na nossa sala de banquetes sendo
importante referir a colaboração de todos os colegas na
ajuda ao serviço de mesa, foi um trabalho repartido. O
espelho disso é que os nossos colegas da Quinta de Santa
Iria, apesar da preocupação para que a estadia de todos
fosse a melhor possível, conseguiram sentar-se à mesa
tendo assim a possibilidade de desfrutar parte do almoço
em plena confraternização.
Durante a tarde assistimos à magnífica actuação da
Academia de Música e Dança do Fundão e para terminar o
dia entrou em cena a peça “Os Animais no Espaço” criada,
realizada e protagonizada por vários trabalhadores do
Cofre de Previdência, sendo eles Anabela Marques, Ana do
Carmo, Beatriz Nabais, Bruna Carriço, Francisco Santos,
Joana Nabais, Helena Baeta, Marta Oliveira, Sara Ferreira,
Sónia Ferreira, Susana Inácio, Tânia Pinheiro, Prof. Máximo
Ferreira e Dr. Tomé Jardim.
Esta iniciativa é sem dúvida uma iniciativa de sucesso visto
que contribui para um maior enriquecimento entre
funcionários e para um ambiente de trabalho mais saudável e motivacional.
Aguardamos pelo próximo convívio.
Uma iniciativa de sucesso visto que contribui para um
maior enriquecimento entre funcionários e para um
ambiente de trabalho mais saudável e motivacional.
Peça “Os Animais no Espaço”
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HOMENAGEM A ORLANDO PIRES
Começou a trabalhar no Cofre no dia 18 Dezembro de
1979, dia em que festejava o seu aniversário. Trabalhou
todo o dia, embora na altura fosse dada dispensa da parte
da tarde aos funcionário aniversariantes. Passou pelos
diferentes departamentos do Cofre, tendo assistido às
diversas fases de modernização que a Instituição sofreu
ao longo daqueles anos. Integrou diversas vezes os órgãos
sociais do Cofre que foram responsáveis pela implementação de alguns benefícios, nomeadamente o Lar de
Loures e os centro de lazer do Vau e Quinta de Santa Iria.
Durante a fase de construção dos dois equipamentos de
lazer efectuou diversas deslocações feitas em serviço,
“quase aventuras” no caso das deslocações à Covilhã, pois
ainda não havia auto-estradas. As deslocações abarcavam
muitas vezes os fins de semana, com claro prejuízo para a
família, mas eram importantes para o desenvolvimento do
Cofre.
Os senhores Conselheiros e Miguel Pires, filho do homengeado
Passou a sua juventude em África e encontrou no Cofre
mais colegas com um percurso semelhante, pelo que
desde sempre existiu alguma cumplicidade devido a um
passado comum, recheado de recordações e partilhas. É
inclusivamente padrinho de baptismo de uma filha de um
colega, que tem neste momento 31 anos. Durante o
almoço de Natal dos funcionários que decorreu na Quinta
de Santa Iria, no passado dia 1O de janeiro, foi-lhe feita
uma pequena homenagem. Embora não tenha estado
presente, por se encontrar adoentado, o seu filho Miguel
Pires recebeu em seu nome, o pin de ouro, entregue em
representação do Conselho de Administração, pelo Dr.
Tomé Jardim, Presidente do C.A. do Cofre.
Todos os colegas se associaram a esta homenagem, desejando-lhe rápidas melhoras e muitas felicidades nesta
nova fase da sua vida.
O Presidente do C.A. abraça Miguel Pires
28
cofre
Por razões de impressão, foi cortada parte deste artigo na
edição anterior, pelo que voltamos a publicá-lo na integra.
O Conselho Redactorial
CONVERSAS COM A BOLA
por José Emanuel Fernandes Boal, sócio nº 797OO
D
esde pequeno que gosto de futebol e vibro com
jogadas espectaculares, os grandes remates e os vôos dos
guarda-redes. O futebol é um jogo de paixões e um jogo
de multidões. Não vos vou falar aqui de clubes, nem
sequer da selecção nacional que a todos os portugueses
une como nenhuma outra coisa. Fala-se quase sempre da
mesma forma de bola, girando os discursos à volta das
partidas: antevisões, comentários, reacções, conferências
de imprensa e entrevistas, em todos estes momentos
jogadores e treinadores dizem o mesmo. Também a
generalidade dos “politólogos” da bola, refiro-me basicamente à rádio e à televisão, não conseguem uma linha de
raciocínio não facciosa sobre a actuação das suas cores,
que são, como não, as melhores, pois ganham sempre
bem e só perdem devido a erros do árbitro, eterno bode
expiatório, ou a demérito próprio. Nunca os outros são
melhores, nós é que fomos piores.
Creio que se pode olhar para o futebol de outros ângulos.
Vou colocar-vos algumas perguntas que demonstram
que a bola pode ser fonte de saber não exclusivamente
futebolístico, bem como algumas constatações que creio
interessantes. Se há curiosidade, pode aprender-se muito
com o futebol. Em que ano terá sido o Rapid de Viena
campeão da Alemanha? Que dois países se envolveram
na chamada Guerra do Futebol? Por que motivo os
vice-campeões do mundo em 1978 se recusaram a
receber as medalhas após a final do torneio? Em que
clube jogavam os futebolistas que pagaram com a vida a
vitória num jogo, sabendo que se perdessem viveriam?
Deixemos os factos enciclopédicos de lado e especulemos sobre os equipamentos.
As camisolas de uma só cor são o padrão dominante nos
clubes, logo seguidas pelo padrão listado. Os demais têm
uma presença irrisória. Porquê? Mais curioso, porque
haverá tantos clubes que equipam com listas verticais e
tão poucos com horizontais?
Façamos um exercício de memória sem sair de Portugal.
Verticais: Porto, Setúbal, Leixões, Atlético, Marítimo…
Horizontais: Sporting e eventualmente algum mais.
Se pensarmos no futebol internacional, a desproporção é
semelhante, às listas horizontais do Celtic contrapõem-se
as verticais dos Atléticos de Madrid e de Bilbau, do Barcelona, da Juventus, do Inter, do Milan… Porquê, não faço a
mínima ideia, mas que é um facto não enciclopédico é. Se
pensarmos nas selecções nacionais, assistimos a um
esmagador predomínio da cor única como padrão. Ocorrem-me três selecções em que tal não acontece: Argentina, Paraguai e Perú. A desproporção torna-se mais curiosa se pensarmos que não há bandeiras unicolores e que
são muito poucas as selecções cujo equipamento não
tenha nada a ver com a bandeira… ocorrem-me duas:
Itália e Holanda. Serão as cores únicas mais patrióticas?
Termino com a constatação que creio mais interessante,
pois julgo estar associada a um dos encantos do futebol, a
imprevisibilidade. Pensemos em nós, pensemos no quão
longe chegámos na arte e na ciência, pensemos também
nos erros que cometemos ao longo da história. Somos o
que somos graças às palavras que dizemos e às coisas
que fazemos com as mãos, a primeira ferramenta do
intelecto. Ora, se pensarmos nas modalidades desportivas, e se excluirmos aquelas em que todo o corpo está
dentro das regras, que temos? Basquetebol, voleibol, os
hóqueis, o ténis, o golfe, o andebol, todas as modalidades
que envolvam máquinas ou animais… em todas elas são
fundamentais as mãos. Todas, menos o desporto mais
popular do mundo, o tal em que apenas um entre onze as
pode usar. Não é curioso?
cofre
29
O CÉREBRO DE EINSTEIN
A ORIGEM DE UM GÉNIO
por Ricardo A. Santos
Co-founder & Signal Processing Engineer at Gesto
A evolução do Homem levará a um aumento do volume do
cérebro? Ou talvez de apenas algumas partes? Será que
quanto maior o número de circuitos eléctricos, mais
eficiente é o cérebro? Ou o encurtamento das redes
neuronais tornará o pensamento mais rápido? Estas e
outras questões tentam ser resolvidas por neurocientistas
em todo o Mundo.
Assim começou esta busca entre a relação da inteligência
com a anatomia do cérebro. Surgiu um grande interesse
no estudo neuroanatómico dos grandes génios como o
matemático alemão Carl Friedrich Gauss (1777-1855) e o
psicólogo russo Ivan Pavlov (1849-1936), comparando a
anatomia entre pessoas dotadas e pessoas comuns, e
mesmo entre si, na busca do “padrão da inteligência”.
Para muitos, Albert Einstein é o físico mais célebre e dos
que mais contribuiu para o desenvolvimento da física
como hoje a conhecemos. De facto, as suas teorias foram
tão revolucionárias, que ainda hoje são utilizadas e postas
à prova nas mais variadas áreas, desde a física e cosmologia, à biologia e medicina. Einstein nasceu às 11h:3Om no
dia 14 de Março de 1879 e faleceu às 13h:OOm no dia 18 de
Abril de 1955, com 76 anos, vítima de um aneurisma da
aorta abdominal. O relatório da autópsia esteve desaparecido por mais de 18 anos.
Algumas horas após o seu falecimento, o seu filho Hans
3O
cofre
Albert permitiu a remoção do cérebro, cerebelo, tronco
cerebral e artérias cerebrais, para serem preservados e
estudados.
Antes do seccionamento em peças histológicas, o cérebro
de Einstein foi pesado (123Og), fotografado e dividido
anatomicamente em 24O blocos, 18O dos quais se encontram no Centro Médico Universitário de Princeton, mas o
maior agregado de lâminas microscópicas estão no Museu
Nacional de Saúde e Medicina, nos Estados Unidos.
Existem ainda alguns blocos de tecido em Ontário, Califórnia, Alabama, Argentina, Japão, Havai e Filadélfia, estando
as restantes porções do cérebro de Einstein em paradeiro
desconhecido. O corpo foi cremado, com exceção do
cérebro e dos olhos. O tecido cerebral e fotografias foram
analisadas por mais de 18 investigadores, resultando na
publicação de 6 artigos científicos.
O cérebro humano é dos órgãos mais complexos e a sua
total compreensão ainda está longe de ser alcançada. É
constituído por 2 hemisférios, o direito e o esquerdo,
ambos com 4 lobos: frontal, parietal, occipital e temporal.
Vários estudos descrevem as superfícies externas dos
lobos e as possíveis relações que possam existir com o
comportamento e a inteligência do ser Humano.
O cérebro de Einstein possuía características raras, e talvez
únicas, que podem estar relacionadas com a inteligência.
Começando pelo lobo frontal: o hemisfério direito, responsável pela actividade motora esquerda, está bastante
pronunciado. Esta característica incomum foi vista em
violinistas destros, tal como Einstein. O córtex pré-frontal,
incrivelmente bem desenvolvido, pode estar na origem
das suas extraordinárias capacidades cognitivas, inclusive
a sua produtividade em teorias, o que explica a grande
imaginação de Einstein, como colocar-se a si próprio a
viajar lado a lado com um fotão, ou estar fechado num
elevador a acelerar em direção ao espaço. Esta imaginação
pode também estar associada ao córtex parietal e occipital.
Einstein escreveu uma vez que o pensamento implica uma
associação de imagens e “sensações”, e por isso, na sua
visão, os elementos do pensamento eram não só visuais,
mas também “musculares”. Esta associação pode estar
relacionada com a considerável expansão do córtex motor
primário esquerdo e somatosensorial primário esquerdo.
Por outro lado, a visão espacial e o pensamento matemático de Einstein podem estar relacionados com os seus
lobos parietais.
É interessante notar que, apesar da aparência macroscópica, o cérebro não apresenta simetria nos dois hemisférios,
podendo mesmo ter funções diferentes em diferentes
áreas, responsáveis pelo controlo de diferentes partes do
corpo. Por exemplo, o lobo parietal inferior do hemisfério
esquerdo está relacionado com a linguagem, imagem
corporal e matemática, enquanto que o lobo parietal do
hemisfério direito ocupa-se com o processamento espaço-visual não-verbal; o lobo parietal superior esquerdo
está envolvido na atenção e orientação espacial, estando o
lobo parietal superior direito associado a imagens espaço-visuais. Uma característica do cérebro do Einstein é que o
lobo parietal superior direito é mais largo que o esquerdo.
De facto, os lobos parietais superiores, especialmente os
posteriores, estão funcionais durante a aritmética mental.
Nestes estudos deve ter-se em consideração que Einstein
já tinha 76 anos quando faleceu, e o seu cérebro já manifestava sinais de envelhecimento, levando a diminuição do
tamanho. De facto, o peso do cérebro de um idoso em
comparação com um adolescente tem uma diferença
cerca de 9%, pelo que o peso estimado para a sua juventude seria 135Og.
Numa última nota, propõe-se uma reflexão sobre a doação
do corpo à ciência, por este e muitos outros seres humanos, fundamental para o estudo da evolução e do desenvolvimento do cérebro humano. Mais estudos far-se-ão
deste e de outros génios que marcaram a história, na
tentativa de conhecer e compreender este tema tão
complexo: a origem de um génio.
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31
De encantar
Ir ao Alentejo e voltar com o cante alentejano
por Ricardo Henriques
Uma das boas notícias do final de 2O14 veio de Paris com
o reconhecimento, por parte da UNESCO, do cante alentejano enquanto Património Imaterial da Humanidade.
Salvaguardar a memória desta forma tradicional de canto
e transmiti-la a novas gerações foram as principais razões
da candidatura, mas as implicações turísticas também não
são de descartar. Ainda antes de saberem o resultado os
vinte e um homens que constituem o Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa viajaram até Paris para
cantar em frente à Torre Eiffel e celebrar a iniciativa da
candidatura promovida pela Câmara Municipal de Serpa e
a Entidade Regional de Turismo. O tema cantado foi Alentejo Alentejo e o esforço, como sabemos valeu a viagem.
Alentejo Alentejo é também o nome do documentário de
Sérgio Tréfaut, o realizador filho de um alentejano e de
uma francesa que realizou igualmente o filme informativo
de dez minutos que acompanhou a candidatura.
A longa-metragem de Tréfaut acompanha nove grupos
diferentes, de homens, de mulheres, de crianças e de
jovens, em localidades alentejanas como Castro Verde,
Cuba, Vidigueira, Baleizão ou Aljustrel. Além dos momentos musicais há depoimentos dos cantores, cenas do
dia-a-dia e a preparação de uma bela açorda pela cantora
que dá voz a Ó Baleizão, Baleizão e Vai Colher a Silva. Com
estreia comercial em 2O14 o filme tem percorrido o país
em sessões especiais comunicadas no sítio alentejoalentejo.com. Já em Janeiro deste ano foram lançados o DVD
e o disco da banda sonora, aconselhados para quem quer
entrar no cante ou simplesmente saber um pouco mais da
nossa história. Um exemplo: o Estado Novo instrumentalizou o cante para glorificar o folclore e as tradições, mas
O cante à lupa
Género musical de canto polifónico próprio do
Alentejo, usualmente cantado a cappella. “Modas”
é o nome que se dá às canções do cante que
originalmente eram cantadas pelos trabalhadores
agrícolas, ajudando a passar o tempo e a marcar o
ritmo de trabalho. O “ponto” é o elemento do coro
que dá o mote de arranque. Segue-se o “alto”, com
uma voz mais aguda, que remata as estrofes.
Os restantes membros do coro são as “segundas
vozes” e respondem ao diálogo melódico na
mesma tonalidade que o “ponto”.
32
cofre
capa do disco
este não só não se deixou “arrumar” (com modas contrapoder que denunciavam as más condições de vida) como
se tornou num símbolo do 25 de Abril com Grândola Vila
Morena.
Graças às poucas tabernas alentejanas onde ainda se
canta o cante de forma espontânea e às recolhas etnomusicais de Fernando Lopes-Graça e Michel Giacometti nos
anos 6O do século passado, existe hoje um cancioneiro
para (re)descobrir nas vozes dos cerca de 15O grupos de
cante que existem atualmente, sendo um dos mais antigos
aquele que foi a Paris, fundado em 1928. Um dos mais
recentes é o Bubedanas, constituído por catorze adolescentes, grupo que também entra no filme. O cante está
vivo e recomenda-se ouvir em todas as novas frentes,
sejam novas modas ou novas roupagens instrumentais
para modas de outrora. Além da banda sonora já referida,
vale a pena descobrir os discos Por Meu Cante (2OO4) de
António Zambujo, Moda Impura (2O12) dos irmãos Vitorino
e Janita Salomé e o bem fresquinho Campaniça do Despique (2O15) de Pedro Mestre.
Há mais de vinte anos que Mestre, cantor, compositor,
intérprete e construtor de viola campaniça, mantém vivas
as tradições musicais do Alentejo, tradições que evoca
neste seu primeiro disco em nome próprio, na companhia
de Janita Salomé, António Zambujo, elementos dos
Gaiteiros de Lisboa, o Rancho de Cantadores de Aldeia
Nova de S. Bento, os Cantadores do Sul e o Campaniça Trio,
entre outros “suspeitos do costume”. A viola campaniça,
instrumento tradicional com cordas de arame que acompanha os cantes a despique alentejanos (uma modalidade
do cante de improviso) está presente tanto nos temas
inéditos, da autoria de Pedro Mestre, como nas modas do
cancioneiro tradicional alentejano, num disco, todo ele,
verdadeiramente de encantar.
Oferta de António Galvão, sócio nº 66181
RECEITA
sopa de espargos
Fotografia | Cláudia Peres
Tempo de preparação: 45m (apróx.)
PREPARAÇÃO
Lave muito bem os espargos. Aproveite para retirar
algumas pontas que deverá reservar para a
guarnição final.
Corte os restantes espargos em pedaços, assim
como as batatas, as cebolas e o alho previamente
descascados.
Leve ao lume uma panela com água e quando
ferver, introduza os legumes. Deixe cozer até
estarem macios.
Retire do lume e triture tudo muito bem, passando
posteriormente o creme por um passador fino.
Adicione o sal e o azeite e leve novamente ao lume.
Introduza então as pontas dos espargos reservadas
e deixe ferver lentamente até estarem cozidos.
Quase no final da cozedura, salpique com a pimenta
preta. Junte as lascas de queijo parmesão e os
croutons.
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cofre
INGREDIENTES
2 molhos de espargos verdes (64Og)
2 batatas pequenas (3OOg)
2 cebolas médias (3OOg)
1 dente de alho
O,5 dl água
1 c. de sopa azeite (1Og)
1 c. de sobremesa sal (6g)
Pimenta preta q.b.
Lascas de parmesão
Croutons
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35
SABORES À CONVERSA
O ingresso numa residência universitária e o distanciamento de casa
traz consigo vários desafios. Urge uma necessidade de adaptação a um
novo espaço, novas rotinas e novas pessoas. A capacidade de assimilação da mudança torna as pessoas mais resilientes, mas há coisas que
são únicas, como é o caso da comida caseira das mães, pais e avós, uma
autêntica nascente de saudade. Aliando o lado afectivo da culinária ao
orçamento que os estudantes dispõem para poder organizar a sua
alimentação mensal, convidámos o chefe Flávio Marques, responsável
pela cozinha de uma unidade hoteleira, para nos ajudar a organizar um
workshop na RUL. Tendo conseguido encontrar espaço na sua preenchidíssima agenda profissional o chefe, com imensa disponibilidade e
motivação, desvendou segredos e receitas. Entre risotos e massas,
facas e panelas os residentes puseram mãos à obra e ajudaram a criar
pratos saborosos, saudáveis e de baixo custo. Durante os momentos de
preparação e degustação das iguarias os residentes tiveram oportunidade de pedir conselhos, esclarecer dúvidas e ouvir dicas do chefe.
Acima de tudo foi uma oportunidade para partilhar boa comida e boa
conversa sobre a vivência em comunidade.
O que o motivou a ser cozinheiro?
Foi o insucesso escolar, que me fez optar pelo ensino
profissional, entre os vários cursos que havia, acabei por
optar pela cozinha, achando que seria mais fácil acabar o
12º ano. Afinal estava enganado!
O que mais gosta e menos gosta na sua profissão?
O que mais gosto é do processo criativo dos pratos, em
contrapartida não gosto de não ter horários ditos normais.
Na sua opinião qual o perfil e características de um bom
cozinheiro?
Este deve de ser acima de tudo uma pessoa muito responsável e com grande sentido de higiene. Tem que ser forte
quer a nível físico como psicológico para lidar com o stress
inerente à profissão.
Após a conclusão do ensino secundário onde seguiu os
seus estudos?
Na Escola Superior de Hotelaria de Turismo do Estoril.
Enquanto estudante universitário, viveu na residência da
Escola Superior de Turismo, que experiência guarda?
Foi boa na medida em que temos que aprender a viver
36
cofre
numa pequena sociedade com grande sentido de partilha
e entreajuda.
No dia da realização do workshop conheceu a Residência
Universitária de Lisboa do Cofre, o que achou?
Fiquei super surpreendido com as condições que são excelentes, parece um pequeno hotel.
Que conselho deixa aos nossos estudantes?
Façam as refeições de casa em grupo, é mais rápido e sai
mais barato. Se todos partilharem alimentos, fazem
sempre refeições diferentes, e não se vão deparar com a
dúvida do que vão fazer para o jantar.
Além disso, é um bom momento para se reunirem todos e
socializar.
Para que os nosso estudantes possam comer bem e de
forma económica, o que recomenda?
Fazer pratos com pelo menos uma proteína, um hidrato de
carbono e leguminosas, dá para fazer dezenas de pratos
rápidos e baratos.
Se fosse uma receita, qual seria?
Petit gâteau.
INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE BAIXA, MÉDIA E ALTA TENSÃO
AR CONDICIONADO E REFRIGERAÇÃO
FABRICO E MONTAGEM DE ESCADAS, PORTÕES, VEDAÇÕES METÁLICAS E GRADES DE SEGURANÇA
VENDA, MONTAGEM, ASSISTÊNCIA E REPARAÇÃO DE ELECTROBOMBAS
ENERGIA SOLAR - PAINÉIS TÉRMICOS E FOTOVOLTAICOS
SISTEMAS DE BOMBAGEM E PRODUÇÃO DE ENERGIA
VENDA, MONTAGEM, REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
TODO O TIPO DE TRABALHOS DE METALOMECÂNICA E METALÚRGICA
SOLDADURA E TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES
CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DE ESTRUTURAS METÁLICAS INDUSTRIAIS
METALVIÇOSA | Herdade do Magarreiro 7150-999 Alandroal
[email protected]
TÉCNICAVIÇOSA | Parque Industrial, Lt. 204/205 7160-999 Vila Viçosa
[email protected]
PREÇÁRIO 2015
CENTRO DE LAZER DA PRAIA DO VAU - PORTIMÃO
Época Baixa
Época Média
1 fevereiro a 14 de maio
(exceto Carnaval e
Páscoa); 4 de outubro a 25
dezembro
Carnaval/Páscoa/Fim de Ano
15 de maio a 26 de junho; 5 de
setembro a 3 de outubro
27 de junho a 4 setembro
T0 (4 pax)
15,00€
27,00€
50,00€
T1 (4 pax) – Menor*
18,00€
32,00€
60,00€
T1 (4 pax) – Maior*
20,00€
35,00€
63,00€
T2 (5 pax) – Vista Terra
24,00€
46,00€
80,00€
T2 (5 pax) – Vista Mar
28,00€
50,00€
90,00€
Cama Extra
10,00€
10,00€
10,00€
Taxa de Balcão
5,00€
5,00€
5,00€
Tipologia
Época Alta
* 2 camas em beliche.
Valores por noite
Não será cobrado o valor da cama extra a crianças com idade inferior a 3 anos.
Carnaval – 13 a 16 de fevereiro, Páscoa – 20 de março a 4 de abril e Fim de Ano – 26 a 31 de dezembro.
Nos meses de fevereiro, março, abril, a época baixa de maio e em novembro, com exceção do Carnaval e
Páscoa, os associados têm um desconto de 30%.
OCUPAÇÃO MÍNIMA - 2 noites.
Encerramento do Centro de Lazer no mês de janeiro.
Está disponível o alojamento temporário para cães e gatos do empreendimento, pelo que os sócios
poderão levar os seus cães/gatos quando pernoitarem no Centro de Lazer. Preço: 3,00€/ noite.
Condições especiais de ocupação
2º APARTAMENTO - Nas épocas média e baixa, os sócios podem reservar mais do que um apartamento.
EXTENSÃO A FAMILIARES DE SÓCIOS - Fora da época alta, é permitida a ocupação do apartamento
sem o acompanhamento do sócio, ao cônjuge, descendentes maiores que façam parte do agregado
familiar do sócio e a ascendentes do sócio e do cônjuge, desde que se faça acompanhar de uma
declaração do associado a atestar o seu grau de familiaridade.
Horário de entrada (check in) - 16h e Saída (check out) - 11h
Av. João Paulo II, lote 16, Encosta do Vau, 8500-780 Portimão.
Telef. 282 460 010 | Fax 282 460 019
Coordenadas GPS:
37°7'28.88"N;8°33'28.06"O
As reservas poderão ser efetuadas por escrito (email, fax ou carta), por telefone (213241060) ou presencialmente nas
nossas instalações (09h-16h30, na Rua dos Sapateiros,n.º58; 09h-12h45 e 13h45-16h30 na Rua do Arsenal, Letra E,
Lisboa).
*Texto segundo o novo A.O.
CENTRO DE LAZER DA PRAIA DO VAU
Perguntas frequentes - Candidaturas época alta 2015
Qual o prazo limite de candidatura?
Até dia 24 de abril. As candidaturas rececionadas em data posterior, não serão consideradas.
Qual o período de ocupação?
Módulos semanais, sendo o mínimo 1 semana e o máximo duas, de sábado/sábado ou quarta-feira/quarta-feira.
Como posso efetuar o pagamento, em caso de atribuição?
O pagamento pode ser efetuado por transferência bancária, pagamento de serviços ou diretamente na Rua
do Arsenal e Rua dos Sapateiros.
Tenho que pagar na totalidade?
Não. O pagamento pode ser realizado da seguinte forma:
10% com a inscrição e os restantes 90% até cinco dias antes do início da ocupação;
10% com a inscrição, 20% até cinco dias antes do início da ocupação e os restantes até 8 prestações, devendo
neste caso indicar o NIB.
É possível fazer alterações em período de época alta após a atribuição?
Não é possível fazer alterações no período de época alta.
O que devo fazer em caso de desistência?
Deverá comunicar ao Cofre por escrito a vontade de desistir.
Em caso de desistência, há lugar a penalização?
Sim. A desistência da atribuição na época alta, mesmo que ainda não tenham sido objeto de pagamento,
será sempre considerada utilização efetiva nos concursos dos anos seguintes.
O ASSOCIADO DEVE TER EM CONTA OS SEGUINTES PRAZOS:
30 dias ou mais antes do início da utilização prevista, taxa de desistência;
15 dias ou mais antes do início da utilização prevista, 50%;
menos de 15 dias antes do início da utilização prevista, 100%.
Ficarão isentos da penalização referida, sendo cobrada apenas a taxa de desistência, somente aquelas que
forem justificadas por falecimento ou doença que implique internamento ou assistência hospitalar, dos
sócios ou seus familiares diretos.
Para os restantes períodos de época baixa e médias as reservas poderão ser efetuadas por escrito (email, fax ou carta), por telefone (213 241 060) ou
presencialmente nas nossas instalações (09h-16h30, na Rua dos Sapateiros,n.º58; 09h-12h45 e 13h45-16h30 na Rua do Arsenal, Letra E, Lisboa).
Nova Iorque
& Cataratas
do Niágara
5 a 12 de set.’15
Itinerário:
1º dia: Lisboa / Nova Iorque
2º dia: Nova Iorque / Cataratas do Niágara
3º dia: Cataratas do Niágara / Toronto /
Cataratas do Niágara
4º dia: Cataratas do Niágara / Nova Iorque
5º ao 7º dia: Nova Iorque
8º dia: Lisboa
Preço por pessoa:
Duplo (mínimo 20 participantes)
€ 2.399
Duplo (mínimo 30 participantes)
€ 2.160
Duplo (mínimo 40 participantes)
€ 2.049
Suplemento para quarto individual
€ 445
Condições
Inclui: avião (em classe económica, voos TAP) Lisboa /
Nova Iorque / Lisboa + assistência e transferes privados
aeroporto / hotéis / aeroporto + 4 noites de alojamento
no Hotel Hilton Manhattan East | 4 estrelas, em regime
APA + 2 noites de alojamento no Hotel Sheraton at Falls
| 4 estrelas, em regime APA + 5 refeições em restaurantes locais + visitas conforme itinerário acompanhadas por
um guia local + Seguro Multiviagens + acompanhamento
por um representante da Agência Abreu durante toda a
viagem + Serviço de bagageiros + ESTA + taxas de aeroporto, segurança e combustível (€ 408.42 - sujeito a con
a\PÎÊ^cPgPbW^cT[TXaPbSTbTaeXÎ^T8E0T\eXV^a
Exclui: despesas de carácter particular + tudo o que não
estiver devidamente mencionado como incluído no programa
Nota: os preços foram calculados com base nas tarifas hoteleiras vigentes. Poderão eventualmente ser alterados
RPb^bTeTaX
`dT\ePaXPÎÜTbbXV]X
RPcXePb=Ê^TUTRcdPmos qualquer tipo de reserva.
O passaporte tem que ter uma validade mínima de 6
meses à data da viagem.
Comum a todos os programas: Exclui despesa de reserva de € 29 por processo (e não por pessoa). Taxas sujeitas a alterações. Sujeito a disponibilidade.
Estamos em processo de adoção do novo acordo ortográfico.
SEGURANÇA E
COMPETÊNCIA
A Agência em que os
portugueses mais confiam
para viajar.
ESCOLHA
DO CONSUMIDOR
AGÊNCIAS DE VIAGENS
A Agência de Viagens
escolhida pelos portugueses.
Consulte as facilidades de pagamento em: www.cofre.org
Para mais informações e reservas:
Cofre: 21 324 10 60
Agência Abreu: 21 415 61 61
NA SUA LOJA ABREU | ABREU DIRETO Telef.: 707 20 1840 | Web: www.abreu.pt
Estamos em processo de adoção do novo acordo ortográfico
Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • Contribuinte nº 500 297 177 • 2015
revista do cofre de previdência
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