Instituição Beneficente “A Luz Divina” (1956-2013) Palestras em comemoração aos 57 anos de fundação GRANDES VULTOS DO ESPIRITISMO “MEIMEI” - IRMA DE CASTRO ROCHA Jesus, quando ditou o Sermão do Monte, nos deixou o seguinte ensinamento: “Vós sois a luz do mundo – Resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus”. A luz desperta a nossa atenção. Até uma pequena borboleta segue instintivamente em direção à luz. Jesus é o farol de nossas vidas. Por vezes, dizemos: é difícil seguir o exemplo de Jesus, pois ele está muito distante de nós. Esta ideia está equivocada. É importante sempre mirar o mais alto, o nosso maior exemplo para que possamos chegar o mais próximo de sua perfeição. Todavia, a dificuldade de nos espelhar em Jesus não pode servir de justificativa para nossos erros ou de desestímulo à nossa evolução. Pautados nesta realidade, na consciência de nossa dificuldade em seguir o exemplo de nosso Irmão Maior é que buscamos aqueles que estão mais próximos de nós. No 57º Aniversário de “A Luz Divina” escolhemos falar sobre os Grandes Vultos do Espiritismo. O estudo não tem por objetivo estimular a idolatria, pois o Espiritismo não possui ídolos. O estudo objetiva homenagear a esses irmãos, que são exemplos a serem seguidos por todos nós. Foram pessoas dotadas de dúvidas, erros e anseios por melhorar. Indivíduos que percorreram estas paragens antes de nós, que palmilharam nossos caminhos e nos estimulam a seguir adiante, mesmo após sucessivos fracassos. Nossa homenagem se volta para Irma de Castro Rocha, mais conhecida por “Meimei”. Por quê falar de Meimei? Meimei, apelido como ficou conhecida, desencarnou aos 24 anos de idade. Nossa primeira impressão é de espanto: mas é uma menina? O que uma jovem pode nos oferecer? Sabemos, todavia, que a juventude é do corpo em que o espírito habitou na última encarnação. A imagem mais comum de Meimei é de uma jovem noiva de 22 anos de idade, no frescor de sua vida, com esperanças, brilho nos olhos e anseios pela maternidade. É esta a imagem que permanecerá nesta homenagem. Pequena Biografia Irma de Castro nasceu em 22 de outubro de 1922, na cidade de Mateus Leme, em Minas Gerais. Em 2013, ela completaria 91 anos e poderia estar vivendo entre nós. A maioria dos nossos homenageados nasceu no século XIX. Dado que, de certa forma, diferencia Irma de Castro dos demais. Ela desencarnou em 1º de outubro de 1946, quando estava prestes a completar 25 anos de idade. Alguns outros espíritos também desencarnaram cedo, como Eurípedes Barsanulfo, quando tinha 38 anos, em 1918. Irma de Castro nasceu em uma família de cinco filhos. Era aluna dedicada, inteligente e estudiosa, mas por problemas de saúde interrompeu seus estudos no 2º ano, que equivaleria hoje ao Ensino Médio. Era moça muito bonita, cujas fotos e relatos comprovam. Nas palavras do seu marido, Arnaldo Rocha, vivo e atuante na Doutrina Espírita (2013), vale a transcrição que ele faz na obra Meimei, Vida e Mensagem: “Que aparência tinha ela? AR: Morena clara, alta, mais ou menos 1,70m, cabelos pretos (como as asas da graúna), lindos, sedosos, ondulados e compridos, batia-lhe abaixo dos ombros; olhos grandes e negros, expressivos, vivazes, inteligentes; pele sedosa; possuía algo que me encantava: um leve e tênue buço, algo de lindo e maravilhoso; orelhas pequenas, pescoço heráldico; colo maravilhoso; era um tipo longilíneo; cabeça bem feita, possuía naturalmente uma pose e um “donaire” maravilhosos. Wallace, meu querido, não se escandalize, foi o mais lindo amor, mais lindo do que o amor de Heathcliff(*) por Catherine, no filme “Morro dos Ventos Uivantes”. Meimei era, se é que posso assim dizer, um misto de Scarlet O’hara, Ofélia de “Hamlet” e mais ciumenta do que o Mouro de Veneza... Porém, era ela a coisa mais linda, mais mimosa, mais cheirosa que Deus já fez... Quando se entristecia, ou ficava triste comigo, possuía um jeito lindo de arquear a sobrancelha direita. Era a coisa mais linda do mundo...” (*) Heathcliff é o personagem central da trama do filme, que ama Catherine Earnshaw, e por ela é amado... Irma de Castro conheceu Arnaldo Rocha aos 17 anos. Casaram-se quando ela tinha 20 anos. Ele tinha a mesma idade à época do casamento, era ateu e materialista, e se orgulhava disso. Meimei não teve filhos, a princípio, em razão de adaptações no casamento e, posteriormente, problemas de saúde impediram que se realizasse o sonho da maternidade. A impossibilidade de gerar filhos era uma frustração cármica para Meimei. Relatos indicam que ela tinha um filho imaginário e, quando estava a sós, falava com este filho. Todos nós temos as nossas frustrações cármicas, o que não distingue Meimei de nós. O que ela fez com a sua frustração, e o que fazemos com as nossas frustrações, no entanto, é o que distingue nossa fé e a nossa capacidade de transformação de uma experiência ruim num aprendizado feliz. Arnaldo Rocha explica em detalhes, em diversas palestras que profere como orador espírita, a origem do nome “Meimei”. Ambos, ele e Meimei, eram leitores vorazes de grandes obras, de autores conhecidos ou não. Certa feita leram um livro do autor chinês, Lyn Yutang, de quem tinham grande admiração. Arnaldo conta: “Meimei, após a leitura de “Um Momento em Pequim”, passou a chamar-me de meu “Meimei”, ou então de Chinesinho, pois eu possuía antigamente, quando mais novo, os olhos rasgados como um mongol, aliás, assim também ela me chamava.” Após a leitura da obra, identificando o significado da palavra Meimei, que era “Noiva Bem Amada”, Arnaldo passou a chamá-la assim. Irma de Castro tinha um apelido de família, que era “Naná”. Este apelido não agradava Arnaldo, que passou, então, a chamá-la de “Meimei”, e depois ela também passou a chamá-lo “Meimei”. Ruth Castro, a irmã de Irma, traduz o termo “Meimei” como “Amor Puro”. Durante toda a infância, Irma teve problemas em suas amígdalas. Tinha sua região glútea toda marcada por injeções. Logo após o casamento, voltou a apresentar o quadro, tendo que se submeter a uma cirurgia para extração dessas glândulas. Infelizmente, após a operação, um pequeno pedaço permaneceu em seu corpo, dando origem a todo o drama que viria a ter que enfrentar, pois o quadro complicou-se com perturbações renais que culminaram com hipertensão arterial e craniana. Também o relato de Arnaldo Rocha é que dá a dimensão do problema: “Seu organismo passou a ser minado pela infecção. Todo o tratamento fora inútil. Vieram perturbações renais – nefrite – que depois transformou-se em glomerulonefrite; perturbações hipertensivas arterial e craniana. A partir de julho de 1942, até sua desencarnação, na madrugada de 1º de outubro de 1946, ficava dia e noite em quarto escuro. Meimei sofria, motivada pelo estado hipertensivo de deslocamento das pupilas-cristalino e, com a marcha da enfermidade, ia perdendo a visão. Com o tempo somente possuía a visão lateral. Pedia-me para que eu me aproximasse bem junto de si para, com as mãos, “enxergar-me”. Nos dois dias que precederam seu desligamento já estava completamente cega. Você precisava ver a resignação, a humildade e a paciência. Dizia-me: “Ora, meu querido, eu sei que você não acredita, diz que isto é coisa de doido, porém eu vou para um lindo lugar; toda noite, minha Vovozinha vem conversar comigo, dizendo-me que Deus é muito bom, tenho até orado em sua companhia (isto, nos dias 29 e 30 de setembro)”. Os momentos finais foram muito dolorosos. Seus pulmões não resistiram, apresentando um processo de edema agudo, fazendo com que ela emitisse sangue pela boca. Seus últimos trinta minutos de vida foram de desespero e aflição. Mas, no final deste quadro, com o encerramento da vida física, seu corpo voltou a apresentar a expressão de calma que sempre a caracterizou. Meimei foi enterrada no cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte. Aproximadamente, cinquenta dias após a desencarnação da esposa, Arnaldo Rocha, profundamente abatido, acompanhado de seu irmão Orlando, que era espírita, descia a Av. Santos Dumont, em Belo Horizonte, quando avistou o médium Chico Xavier. Arnaldo não era espírita e nunca privara da companhia do médium, até aquele momento. Quase dez anos atrás haviam-no apresentado a ele, muito rapidamente. Ele devia ter pouco mais de doze anos. O que aconteceu ali, naquele momento, mudou completamente sua vida. E é ele mesmo quem narra o ocorrido: "Chico olhou-me e disse: "Ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio de saudades da querida Meimei"... Afagando-me, com a ternura que lhe era própria, foi-me dizendo: "Deixeme ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você guarda na carteira". E, dessa forma, após olhar a foto que Arnaldo lhe apresentara, Chico lhe disse: “Nossa querida princesa Meimei quer muito lhe falar!" E, naquela noite, em uma reunião realizada em casa de amigos espíritas de Belo Horizonte, Meimei deixou sua primeira mensagem psicografada. E, com o passar dos anos, Chico foi revelando aos amigos mais chegados que Meimei era a mesma Blandina, citada por André Luiz na obra "Entre a Terra e o Céu" (capítulos 9 e 10), que morava na cidade espiritual "Nosso Lar"; disse, também, que ela era a mesma Blandina, filha de Taciano e Helena, que Emmanuel descreve no romance "Ave Cristo", e que viveu no terceiro século depois de Jesus. Aspecto importantíssimo foi a primeira aparição de Meimei, ocorrida em 22 de outubro de 1946, somente 21 dias após o seu desencarne: naquele momento, Arnaldo de Castro deixou cair todas as suas armas de ceticismo. O evento foi a verdadeira “Estrada de Damasco”, de Arnaldo de Castro. “Era dia de reunião. Às 20h30, após leituras e preces, a primeira manifestação espírita por intermédio do Major; foi a querida Dalva de Assis. Minutos se passaram e por intermédio de nossa Alma Querida, em psicofonia sonambúlica, alguém saúda-nos com respeito, acanhamento e alegria: era Meimei. Falou, pareceme, quase mais de uma hora. Já havia dois dias que eu estava lendo o livro “Nosso Lar”. Em dado instante, Meimei, voltando-se para mim, falou: “Olha, meu querido Meimei-Sozinho, se Deus permitir-me, quem sabe, um dia poderei ter uma casucha em algum lugar parecido com o Nosso Lar, para aguardar você e aqueles que o Senhor trouxer para nossa companhia. Deu-me uma série de conselhos, mandoume que estudasse a doutrina e que retirasse toda e qualquer dúvida de meu espírito, lembrando-me que o Senhor iria permitir-nos permanecer juntos, desde que eu me dedicasse ao campo renovador que a doutrina iria, com o tempo, descortinando para mim, bem como iríamos, lentamente, reencontrando expressões de carinho e ternura “que você, meu querido, fez com que se afastassem, porém não nos deixaram a sós“. Auxílio às crianças Meimei não teve filhos, embora demonstrasse a ânsia por tê-los e sua vocação pelas crianças. Em 1954, André Luiz ditou a Chico Xavier a obra “Entre a Terra e o Céu” e, nesta obra, ditada apenas oito anos após o seu desencarne, há notícias de Meimei, como Blandina, coordenadora do Lar da Bênção. Na descrição dos capítulos IX a XI da obra referida, Clarêncio informa a atuação de Meimei no Lar da Bênção, consistente no resgate de crianças recém desencarnadas pelos mais diversos motivos: “O nosso educandário guarda mais de duas mil crianças, mas, sob os meus cuidados, permanecem apenas doze. Somos um grande conjunto de lares, nos quais muitas almas femininas se reajustam para a venerável missão da maternidade e conosco multidões de meninos encontram abrigo para o desenvolvimento que lhes é necessário, salientando-se que quase todos se destinam ao retorno à Terra para a reintegração no aprendizado que lhes compete”. Sobre sua própria condição, Meimei fala: “Não pude acariciar um filhinho em meus sonhos recentes de mulher, mas hoje sei que preciso reeducar-me no amor de mãe, consoante os débitos que contraí no passado. Realmente, sinto grande afeição pelas crianças, contudo, tenho igualmente enormes dívidas morais para com elas...”. Notícias do mesmo espírito Meimei à época do Cristianismo, também como Blandina. Em mensagem recebida em 2006, no Instituto de Difusão Espírita de Araras, este Espírito se manifestou da seguinte forma: Queridos irmãos, nos primeiros tempos do Cristianismo, os discípulos de Jesus saiam por todo o Império Romano, até então unificado, na gloriosa tarefa de Evangelização dos povos. Por sugestão do próprio Senhor, em sonho, a um dos seus seguidores mais fiéis, quando lembrou ao mesmo a sublime passagem em que Ele dizia: “deixai vir a mim os pequeninos”, teve início o trabalho de Evangelização da infância e juventude, sob a direção daqueles trabalhadores humildes e fiéis ao programa do Cristo e algumas senhoras simples, mas dedicadas da época. Desde então, temos meditado no que seria nosso mundo hoje, se os homens tivessem continuado com tão gloriosa tarefa, em toda a sua pureza dos primeiros tempos, não só aos pequeninos, mas também aos jovens e adultos de todas as épocas. Todos nós, irmãos queridos, temos sentido, de um modo ou de outro, o doce convite do Senhor: “Deixai vir a mim os pequeninos”. Nunca foi tão necessária e urgente a tarefa de Evangelização, principalmente nos dias que correm em que tão grandes transformações ocorrem por toda parte e que trabalhadores sinceros e leais do Cristo renascem com grandiosas tarefas a cumprir na reestruturação da vida em todo o Planeta. Nestes dias em que o homem é chamado a escolhas íntimas e mudanças profundas, onde muitos oscilam e titubeiam na luta entre a luz e as trevas íntimas, nunca foi tão grave e tão decisiva para nosso futuro as nossas decisões, as nossas escolhas, as nossas ações do presente. Somente a Evangelização, em seu profundo significado de transformação interior, de educação íntima, de esclarecimento e iluminação da alma, pode fortalecer as almas vacilantes, as “criancinhas” espirituais que somos todos e também fortalecer e despertar, o mais cedo possível, os trabalhadores do Cristo que aí já estão em grande número, como simples crianças, na grandiosa tarefa de reestruturação da vida planetária em sua essência mais íntima. Por isso, desejamos que este ano que se inicia seja dos mais profícuos nesta tarefa sempre sublime de Evangelização da criança, do jovem, do adulto e de todos nós, Espíritos imortais, filhos de Deus que somos, caminhando rumo aos Novos Tempos de um porvir de glórias que aguarda a todos nós, os que, decididamente combatem o “bom combate” com o Cristo e para o Cristo de Deus. Da serva humilde do Senhor que também vos acompanha nesta tarefa tão grandiosa. Blandina (Mensagem recebida na noite de 02 de janeiro de 2006, no Instituto de Difusão Espírita, em Araras, SP, Brasil.) Os livros São os seguintes livros psicografados por Chico Xavier e de autoria espiritual de Meimei: Título Ano Ordem Cronológica Pai Nosso 1952 47ª obra de Chico Xavier Evangelho em Casa 1960 62ª Cartilha do Bem 1962 70ª Amizade 1977 150ª Somente Amor 1978 166ª Deus Aguarda 1980 187ª Sentinelas da Alma 1982 210ª Palavras do Coração 1982 211ª O Grupo de Costura “Meimei” de “A Luz Divina” No início, as costureiras trabalhavam como voluntárias, na sala onde está, hoje, a Divulgação e a Biblioteca Circulante, na Sede. Em 24/03/1997, em novas instalações, o presidente Humberto inaugurou o grupo “Meimei”, na Rua Antônio Knittel, 57, em prédio próprio da Instituição. Em 1981 foram confeccionadas 2.300 peças entre camisas, blusas, saias e calças. O Grupo “Meimei” costurava as roupas para serem entregues na Campanha de Natal às crianças de 0 a 12 anos. Para as meninas: saia e blusa. Para os meninos: calça e camisa. Na década de 90, um grupo de irmãs que concluíram o Curso de Educação e Treinamento Mediúnico se reuniu e iniciou a confecção de conjuntos de Moleton, aproximadamente, 1.000 unidades/ano, para oferecer na Campanha de Inverno. No início, a Instituição adquiria as peças de moletom e mandava confeccionar fora da casa, trabalho que era custeado por este grupo de irmãs, médiuns na Instituição. A dedicação do grupo fez com que o presidente Humberto J. Rigon optasse por estruturar o Grupo de Costura Meimei, com equipamentos próprios e a confecção dos moletons passou a ser feita na Instituição. Por muitos anos, até fevereiro de 1997, a irmã Lydia Castro Berloffe foi a coordenadora e também uma das costureiras do grupo. Em março de 1997, assumiu a irmã Thereza Khouri. Posteriormente o grupo passou a ser dirigido pela irmã Cleide Finelli de Oliveira, até a extinção do Grupo, em 2010. O Grupo de Costura “Meimei” encerrou suas atividades de costura em abril de 2010. As costureiras de Meimei foram encerrando sua participação de trabalho voluntário, em virtude da idade e desencarnes. O presidente envidou todos os esforços, junto com Sra. Cleide Finelli de Oliveira, para encontrar voluntárias, mas não foi possível encontrar voluntárias para esse trabalho. Hoje, as roupinhas doadas nas Campanhas de Natal e de Inverno são compradas pela “A Luz Divina”, de Empresas de Confecções. A Área de Assistência Social mantém no Orçamento Anual os valores para essa aquisição. O Grupo de Costura “Meimei” se reunia todas as segundas-feiras, das 13h às 16h. O material era recebido em doação ou adquirido pela Área de Assistência Social. Prece de Meimei Senhor, fazei-me perceber que o trabalho do bem me aguarda em toda parte. Não me consintas perder tempo através de indagações inúteis. Lembra-me, por misericórdia, que estou no caminho da evolução com os meus semelhantes, não para consertá-los e sim para atender à minha própria melhoria. Induze-me a respeitar os direitos alheios a fim de que os meus sejam preservados. Dá-me consciência do lugar que me compete para que não esteja a exigir da vida aquilo que não me pertence. Não me permitas sonhar com realizações incompatíveis com os meus recursos, entretanto, por acréscimo de bondade, fortalece-me para a execução das pequeninas tarefas ao meu alcance. Apaga-me os melindres pessoais de modo que não me transforme em estorvo diante dos irmãos, aos quais devo convivência e cooperação. Auxilia-me a reconhecer que cansaço e dificuldade não podem converter-me em pessoa intratável, mas mostra-me, por piedade, quanto posso fazer nas boas obras usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que me atinjam a existência. Concede-me forças para irradiar a Paz e o Amor que nos ensinaste. E, sobretudo, Senhor, perdoa as minhas fragilidades e sustenta-me a fé para que eu possa estar sempre em Ti, servindo aos outros. Hilda Maria Francisca de Paula Palestra proferida em 11 de setembro de 2013, na Instituição Beneficente “A Luz Divina”