Organizadores Maria Rita Neto Sales Oliveira Anadel Aparecida Baptistella Ramon Augusto Ferrão Ministério da Educação Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) Política Institucional 2011 - 2015 Organizadores: Maria Rita Neto Sales Oliveira Anadel Aparecida Baptistella Ramon Augusto Ferrão Belo Horizonte Novembro - 2012 C397p 2012 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET-MG Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI : política institucional : 20112015 / Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET-MG ; organizadores: Maria Rita Neto Sales Oliveira, Anadel Aparecida Baptistella, Ramon Augusto Ferrão. – Belo Horizonte : CEFET-MG, 2012. – 119 p. Inclui referência. ISBN: 978-85-99872-19-2 1. Política institucional. 2. Desenvolvimento organizacional. 3. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. I. Oiveira, Maria Rita Neto Sales. II. Baptistella, Anadel Aparecida. III. Ferrão, Ramon Augusto. IV. Título. CDD: 658.2 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca - Campus I / CEFET-MG Ministério da Educação Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) Política Institucional 2011 - 2015 Belo Horizonte Novembro - 2012 Revisão de texto Maria Rita Neto Sales Oliveira Wesley Ruas Silva Mateus Mendes Capa Fabrício Henrique da Silva Passos Rodrigo Brasileiro Assunção Editoração Leonardo Guimarães Presidente da República Federativa do Brasil Dilma Vana Rousseff Ministro de Estado da Educação Fernando Haddad Secretário de Educação Superior Luiz Cláudio Costa Secretário de Educação Profissional e Tecnológica Eliezer Moreira Pacheco Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET-MG Diretor-Geral Prof. Flávio Antônio dos Santos Vice-Diretora Profa. Maria Inês Gariglio Chefe de Gabinete Prof. Henrique Elias Borges Assessores do Diretor-Geral Prof. Adilson Lopes de Oliveira Profa. Maria Rita Neto Sales Oliveira Profa. Vanessa Guerra Caires Diretor de Educação Profissional e Tecnológica Prof. Eduardo Henrique Lacerda Coutinho Diretora de Graduação Profa. Ivete Peixoto Pinheiro Diretor de Pesquisa e Pós-Graduação Prof. Gray Farias Moita Diretor de Planejamento e Gestão Prof. Márcio Silva Basílio (até 06/2011) Profa. Heloísa Helena de Jesus Ferreira (a partir de 06/2011) Diretor de Extensão e Desenvolvimento Comunitário Prof. Carlos Roberto Alcântara Rezende (até 09/2011) Prof. Paulo Fernandes Sanches Júnior ( a partir de 09/2011) Diretores de Unidades Campus I - Belo Horizonte Profa. Rute Ribeiro de Moraes Castro (até 09/2011) Prof. Wanderlei Ferreira de Freitas (a partir de 09/2011) Campus II - Belo Horizonte Prof. Tarcísio Antônio Santos de Oliveira (até 05/2011) Prof. Yukio Shigaki (a partir de 05/2011) Campus III - Leopoldina Prof. Júlio César Nogueira Gesualdo Campus IV - Araxá Prof. Vicente Donizetti da Silva Campus V - Divinópolis Prof. Luiz Carlos Gonçalves Campus VI - Belo Horizonte Prof. Márcio Silva Basílio (até 06/2011) Profa. Heloísa Helena de Jesus Ferreira (a partir de 06/2011) Campus VII - Timóteo Prof. Rodrigo Gaiba de Oliveira Campus VIII - Varginha Prof. Fernando Teixeira Filho Campus IX - Nepomuceno Prof. Josias Gomes Ribeiro Filho Campus X - Curvelo Maria Vitalina Borges de Carvalho Membros do Conselho Diretor Profa. Flávio Antônio dos Santos – Presidente Profa. Maria Inês Gariglio – Suplente Sr. Edmar Fernando de Alcântara – Titular Sra. Luciene Maria de Lana Marzano – Suplente Sr. Helton Andrade – Titular Sr. Lúcio Emílio de Faria Júnior – Suplente Sr. João Roberto Puliti – Titular Sr. Rodolfo Osório de Oliveira – Suplente Profa. Ana Lúcia Barbosa Faria – Titular Prof. Júlio César Nogueira Gesualdo – Suplente Prof. Eustáquio Pinto de Assis – Titular Profa. Tatiana Leal Barros – Suplente Prof. Magno Meirelles Ribeiro – Titular Sra. Sandra Lúcia Horta Neves – Titular Sr. Márcio Antônio Rosa – Suplente Sr. Mauro Lúcio Ribeiro da Silva – Titular Sr. Hamilton Silva – Suplente Sr. Cézar Augusto Fernandes de Araújo Filho – Titular Sr. Diego Santos de Oliveira – Suplente Apresentação Este Plano de Desenvolvimento Institucional do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – PDI 2011-2015 – define os rumos da instituição na forma de objetivos, metas e programas, a partir de princípios norteadores da política institucional para o período em pauta. O Plano funda-se nas dimensões legal, histórica, política e pedagógica da instituição. Considera suas características de instituição federal de ensino superior consolidada, com atuação nos âmbitos estreitamente relacionados do ensino, da pesquisa e da extensão, e com uma trajetória centenária na área da educação profissional e tecnológica no Estado de Minas Gerais. A construção deste PDI 2011-2015 teve como base os resultados do processo de avaliação institucional relativa ao período de 2004 a 2010 e que envolveu, entre outras ações, um diagnóstico da instituição à luz do PDI 2005-2010. Essa construção contou com a participação da comunidade, de um lado, por meio do atendimento a demandas de dados, informações e sugestões feitas pela Assessoria do Diretor Geral, e, de outro, por meio de reivindicações dos próprios sujeitos institucionais. Para tal, foram realizadas várias reuniões, discussões em eventos institucionais, além de consulta à comunidade sobre a versão resumida do Plano, divulgada no sítio eletrônico da instituição. Com isso, buscou-se viabilizar a manifestação das posições, dos interesses e dos anseios da comunidade que se traduziram no Plano ora apresentado. O PDI 2011-2015, cujas projeções se encontram aqui registradas, delineia a atuação do CEFET-MG no cenário educacional, nos próximos anos, reforçando sua função social de atendimento crítico às demandas societárias na área da educação tecnológica, e comprometendo-se com um projeto nacional de modernização inclusiva e desenvolvimento sustentável. Flávio Santos Diretor-Geral Siglas ABTU Associação Brasileira de Televisão Universitária AEPEX Assessoria de Ensino, Pesquisa e Extensão AMTECAnalogias e Metáforas em Tecnologia, Educação e Ciência ANDIFESAssociação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior ASCOM Assessoria de Comunicação Social BIC-Jr Bolsa de Iniciação Científica Júnior BIT Bolsa de Iniciação Tecnológica CAPESCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CCC Centro de Computação Científica CD Conselho Diretor CE Conselho de Ensino CEFET Centro Federal de Educação Tecnológica CEFET-MGCentro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais CFE Conselho Federal de Educação CNAM Conservatoire National des Arts et Métiers CNE Conselho Nacional de Educação CNE/CEB Câmara de Educação Básica do CNE CNE/CES Câmara de Educação Superior do CNE CNE/CP Conselho Pleno do CNE CNPqConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico COMUT Programa de Comutação Bibliográfica COPEVE Comissão Permanente de Vestibular COPLAN Coordenação Geral de Planejamento e Execução Orçamentária COPPECoordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos da UFRJ CPA Comissão Permanente de Avaliação CSIRO Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation DPPG Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação EJA Educação de Jovens e Adultos ENADE Exame Nacional de Desempenho de Estudantes ENEM Exame Nacional do Ensino Médio EPIEJAEducação Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos EPT Educação Profissional e Tecnológica Siglas EPTNM Educação Profissional Técnica de Nível Médio EXT Extensão e Desenvolvimento Comunitário FAPEMIGFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais FIAT Fabbrica Italiana Automobili Torino FIEMG Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais FONAPRACEFórum Nacional de Proreitores de Assuntos Comunitários e Estudantis FORCOPS-MGFórum das Comissões de Processos Seletivos de Minas Gerais GRD Graduação IBICTInstituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia IBM International Business Machine IC Iniciação Científica IDH Índice de Desenvolvimento Humano IFES Instituição Federal de Ensino Superior ISBN International Standard Book Number ISSN International Standard Serial Number IT Iniciação Tecnológica IUT Institut Universitaire de Technologie LACTEALaboratório Aberto de Ciência, Tecnologia, Educação e Arte LDB Lei de Diretrizes e Bases LUT Loughborough University of Technology MEC Ministério da Educação MEC/INEPInstituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do MEC NEAC Núcleo de Engenharia Aplicada a Competições PCDETPrograma de Capacitação dos Docentes do Ensino Técnico PDI Plano de Desenvolvimento Institucional PEPTProjeto Político-pedagógico da Educação Profissional e Tecnológica PGE Planejamento e Gestão PGR Pós-graduação PIT Pesquisa e Inovação Tecnológica PNAES Programa Nacional de Assistência Estudantil PNUDPrograma das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNE Plano Nacional de Educação Siglas PPG Pesquisa e Pós-graduação PQV Programa Qualidade de Vida PROEJA Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos PUC-MINAS Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC-RIO Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro RMIT Royal Melbourne Institute of Technology RSE S.p. A Ricerca sul Sistema Energetico SAE Society of Automotive Engineering SAES Seminário de Acesso ao Ensino Superior SCIELO Scientific Electronic Library Online SEAI Secretaria de Assuntos Internacionais SENEPTSeminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica SETEC Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica SIAPESistema Integrado de Administração de Recursos Humanos SINAESSistema Nacional de Avaliação da Educação Superior SiSU Sistema de Seleção Unificada SPM Setor de Preparação de Materiais TIC Tecnologias da Informação e Comunicação TRA Programas Transversais UEMG Universidade do Estado de Minas Gerais UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UFV Universidade Federal de Viçosa UNED Unidade de Ensino Descentralizada UNESP Universidade Estadual de São Paulo Uni-BH Centro Universitário de Belo Horizonte UNICAMP Universidade Estadual de Campinas USP Universidade de São Paulo UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná TABELAS, GRÁFICOS E QUADROS Tabelas Tabela I. 01 Tabela I. 02 Tabela I. 03 Tabela I. 04 Tabela I. 05 Tabela I. 06 Tabela I. 07 Tabela I. 08 Matrículas – 2005-2010 Oferta de cursos – 2005-2010 Grupos e bolsas de pesquisa – 2005-2010 Bolsas de assistência estudantil – 2005-2010 Cooperação acadêmica – 2005-2010 Qualificação dos docentes – 2005-2010 Qualificação dos técnicos administrativos – 2005-2010 Orçamento – 2005-2010 45 46 49 51 53 55 57 59 Gráficos Gráfico I.01 Matrículas Gráfico I.02 Oferta de cursos de EPT Gráfico I.03 Cursos de Graduação Gráfico I.04 Mestrados em funcionamento Gráfico I.05 Turmas de pós-graduação lato sensu em funcionamento Gráfico I.06 Grupos de pesquisa Gráfico I.07Bolsas de iniciação científica e iniciação tecnológica gerenciadas pela DPPG Gráfico I.08 Bolsas de IC-Jr gerenciadas pela DPPG Gráfico I.09 Bolsa permanência Gráfico I.10 Restaurante – refeições (subsídio e isenção) Gráfico I.11 Bolsa alimentação Gráfico I.12 Intercâmbio internacional docente Gráfico I.13 Intercâmbio internacional discente Gráfico I.14 Docentes Gráfico I.15 Qualificação dos docentes em 2005 Gráfico I.16 Qualificação dos docentes em 2010 Gráfico I.17 Técnicos administrativos Gráfico I.18 Qualificação dos técnicos administrativos em 2005 Gráfico I.19 Qualificação dos técnicos administrativos em 2010 Gráfico I.20 Orçamento 46 47 47 48 48 49 50 50 51 52 52 53 54 55 56 56 57 58 58 59 Quadros Quadro I. 01 Oferta de cursos Quadro II. 01 Área física em 2010 Quadro II. 02Cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio ofertados em 2010 Quadro II. 03 Cursos de Graduação em 2010 Quadro II. 04 Pós-graduação stricto sensu em 2010 Quadro II. 05Grupos de pesquisa no Diretório de Grupos do CNPq – 2011 Quadro II. 06 Principais ações da extensão em 2011 Quadro II. 07Acordos e programas de cooperação acadêmica internacional em 2011 Quadro II. 08 Programas gerais e por área – 2011-2015 43 68 69 70 71 72 79 83 88 SUMÁRIO INTRODUÇÃO I – HISTÓRICO A – Trajetória institucional B – Aspectos de síntese do histórico II – POLÍTICAS PARA 2011-2015 A – Diagnóstico 1 – Função social, finalidades e áreas de atuação acadêmica 2 – Gestão institucional – Organização administrativa 3 – Dados da caracterização institucional – 2010-2011 B – Objetivos, metas e programas C – Atuação de cada área 1 – Ensino 1.1 – Educação Profissional e Tecnológica 1.2 – Graduação 1.3 – Pós-graduação 2 – Pesquisa e inovação tecnológica 3 – Extensão e desenvolvimento comunitário 4 – Administração 4.1 – Planejamento e gestão 4.2 – Programas transversais D – Avaliação do desenvolvimento institucional REFERÊNCIAS 15 19 19 43 61 61 61 64 67 84 89 89 89 93 95 96 97 99 99 103 111 116 Introdução O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), para o período de 2011-2015, é apresentado com base nas orientações que nortearam o Plano anterior. Elas se referem às recomendações emanadas dos órgãos centrais da administração educacional do país para a confecção de um PDI, às particularidades do contexto histórico institucional e às próprias características do processo de construção coletiva do Plano. Na construção deste novo Plano, considerou-se, também, o diagnóstico institucional realizado, tendo-se por parâmetro o PDI 2005-2010. Decidiu-se manter a concepção de que um PDI é um plano estratégico que deve ser entendido como uma projeção, que se enraíza nas políticas e práticas vigentes na instituição, aprimora sua organicidade, sistematização e flexibilidade, e supera seu grau de qualidade. Tudo isso tendo em vista os objetivos e as metas defendidos e desejados para os próximos cinco anos. Assim, de um lado, este Plano leva em conta o novo Estatuto e as diretrizes dos órgãos colegiados definidas nos últimos cinco anos, nas áreas do ensino, da pesquisa, da extensão e da administração. De outro, sugere aprimoramentos, inclusive nos projetos político-pedagógicos dos cursos nos diferentes níveis e modalidades de ensino ofertados pela instituição, resguardada sua construção pelos grupos diretamente envolvidos com a execução e avaliação de cada um deles. Com base no exposto, no processo de elaboração do PDI, entendido como o registro formal da realidade atual e da realidade projetada para os próximos cinco anos, inicialmente foram reafirmados os princípios que vêm norteando a trajetória institucional, nos últimos anos. Em relação ao Plano anterior, eles foram objeto de pequenas adaptações, tendo em vista, sobretudo, as conquistas já consolidadas e o aprimoramento de sua clareza redacional. São eles: • valorização do caráter humanista e tecnológico da instituição, em prol da educação tecnológica, promoção da cidadania e rejeição de políticas e práticas de exclusão; PDI | CEFET-MG 15 • continuidade da valorização dos servidores como o maior patrimônio da instituição; • articulação entre as áreas do ensino, da pesquisa, da extensão e da administração e entre os componentes internos de cada uma; • compromisso com a atuação integrada criticamente às demandas regionais, nacionais e internacionais, à luz de projetos de desenvolvimento sustentável; • consideração do caráter plural que permeia as políticas e práticas de uma instituição universitária; • respeito ao caráter contraditório das relações e ações institucionais e busca de sua síntese; • democratização da gestão; • transparência político-administrativa e avaliação contínua; • busca permanente de síntese entre centralização e descentralização na definição de políticas e em sua implementação; • racionalização administrativa balizada por eficiência e eficácia, controle e flexibilidade. Na construção democrática e coletiva deste PDI, desde o início do ano de 2010, a comunidade vem sendo informada e demandada a participar do processo. Para o recebimento das contribuições, criou-se o e-mail [email protected]. As contribuições se mostraram mais expressivas após o II Worshop de Planejamento & Gestão, realizado em novembro de 2010, quando se teve oportunidade de apresentar aos participantes o resultado da etapa de diagnóstico institucional então concluída. O diagnóstico teve por base os relatórios dos processos de autoavaliação institucional, sua síntese a partir da análise do alcance das metas previstas no PDI 2005-2010, e o processo de avaliação institucional externa pelo qual a instituição recebeu o conceito quatro. No início deste ano, foi divulgada, via sítio institucional, a primeira versão dos objetivos, metas e programas do presente Plano que incorporava as contribuições então recebidas por parte dos sujeitos institucionais, quer individualmente, quer por meio de seus setores. 16 PDI | CEFET-MG O documento atual incorpora, de forma geral, as novas contribuições encaminhadas à Assessoria do Diretor Geral, que expressam as posições, os interesses e anseios da comunidade. Cuidou-se para que ele fosse sintético em sua visão de futuro, para se evitarem detalhamentos e fragmentações que prejudicassem seu caráter de flexibilidade ou a clareza na compreensão das definições gerais da política institucional. Em seu conteúdo, o presente Plano é bastante abrangente como um documento de referência do histórico, da situação atual e projetada para os próximos cinco anos. O documento envolve dois capítulos correspondentes ao histórico e às políticas para para 2011-2015. Em termos formais, partes deste documento como, por exemplo, partes do histórico institucional, foram importadas de dois outros textos oficiais – PDI 2005-2010 e Projeto de Transformação do CEFET-MG em Universidade Tecnológica. A construção e redação do PDI 2005-2010 ficaram sob a responsabilidade da Assessora do Diretor Geral – Maria Rita Neto Sales Oliveira – que realizou o trabalho em equipe, juntamente com a Presidente da CPA – Anadel Aparecida Baptistela – e o estagiário da Assessoria – Ramon Augusto Ferrão. A apreciação continuada deste PDI 2011-2015 pela comunidade é condição indispensável para a efetivação sempre melhorada das propostas institucionais para os próximos anos, aqui sistematizadas. No entanto, elas só poderão materializar-se se a instituição alcançar, cada vez mais, novos patamares orçamentário e financeiro, nos próximos cinco anos. PDI | CEFET-MG 17 I - Histórico A – Trajetória institucional Trata-se aqui da trajetória do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais tendo-se em vista as perspectivas plausíveis de seu desenvolvimento institucional, à luz do contexto atual da instituição. Isto implica, necessariamente, uma leitura dessa trajetória a partir da função social e das finalidades institucionais expostas neste documento. Tem-se também como pano de fundo o compromisso com os princípios gerais da política institucional já apresentados. Nesse sentido, essa leitura, que se assume como sendo determinada por esse compromisso, busca identificar aspectos estruturais da instituição que lhe sejam pilares para sua continuidade em marcos condizentes com os princípios definidos. Obviamente, não se desconhece que o fio que se puxa da história da instituição vem marcado por outros com os quais interage, muitas vezes de forma contraditória, mas, exatamente por isso, indica uma realidade que vem sendo possível construir, tendo-se em conta o jogo de forças e interesses diversos que permeiam as políticas e práticas institucionais. Não se desconhece, também, que aspectos adversos deverão ser continuamente superados para o alcance dos objetivos e metas definidos neste Plano. Isso posto, o CEFET-MG é uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES), caracterizada como instituição multicampi, com atuação no Estado de Minas Gerais. Fruto da transformação da então Escola Técnica Federal de Minas Gerais em Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, pela Lei n. 6.545 de 30/06/781, alterada pela Lei n. 8.711 de 28/09/93, o CEFET-MG é uma autarquia de regime especial, vinculada ao MEC, 1 Essa lei foi regulamentada pelo Decreto n. 87.310 de 21/06/82 que, por sua vez, foi revogado pelo Decreto n. 5.224 de 01/10/04. Segundo este último, os CEFET são instituições especializadas “na oferta de educação tecnológica, nos diferentes níveis e modalidades de ensino com atuação prioritária na área tecnológica”. Importa acrescentar que, no ano de 2004, o Decreto n. 5.225 de 01/10/04, que altera dispositivos do Decreto n. 3.860 de 09/07/2001 que dispõe sobre a organização do ensino superior, inclui explicitamente todos os CEFET na categoria de instituições de ensino superior, ao lado das universidades. PDI | CEFET-MG 19 detentora de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didática e disciplinar; é uma instituição pública de ensino superior no âmbito da educação tecnológica, abrangendo os níveis médio e superior de ensino e contemplando, de forma indissociada, o ensino, a pesquisa e a extensão, prioritariamente na área tecnológica e no âmbito da pesquisa aplicada. Por sua atuação, o CEFET-MG foi se consolidando em uma instituição de reconhecida excelência, como centro de formação tecnológica de profissionais que atuam no setor produtivo, na pesquisa aplicada e no magistério, particularmente, do ensino técnico. O papel que a instituição exerce vai além da formação profissional e envolve o diálogo crítico e construtivo com a formação social brasileira, no sentido: da assimilação crítica e construção da cultura, de conhecimentos e de novas tecnologias; e da relação entre a escola e o setor produtivo e de serviços. Nesse contexto, a pesquisa e a extensão desenvolvem-se por projetos que resultem no fortalecimento e aprimoramento do programa geral de educação tecnológica da instituição. O êxito que vem alcançando demonstra que a instituição responde, de forma apropriada, à formação do cidadão voltado para a participação social, a pesquisa, a produção científico-tecnológica e o exercício profissional relacionados com o desenvolvimento societário inclusivo e sustentável, nas esferas cultural e socioeconômica. A área geográfica de atuação institucional mais imediata é o próprio Estado de Minas Gerais. Situado na Região Sudeste, Minas é o maior Estado em área dessa região e, de acordo com dados do Censo 2010 (Brasil, 2010) contava, nesse ano, com uma população de 19.159.260 habitantes – 10,32% da população de todo o Brasil, 185.712.713 – distribuídos em 853 municípios. Essas características do Estado, além de outras de ordem socioeconômica, cultural e ambiental, cujo conhecimento mais detalhado demanda contínua pesquisa de cenário, vêm sendo contempladas na oferta educacional do CEFET-MG e, de acordo com a política institucional aqui defendida, deverão ser consideradas sempre que a instituição se propuser a expandir essa oferta. 20 PDI | CEFET-MG No geral, essas características envolvem o fato de o Estado apresentar uma diversidade regional considerável, semelhante à do próprio país. Segundo a classificação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em 2000, Minas Gerais apresentava o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,773, situando-se, portanto, entre os Estados de médio desenvolvimento, ou seja, com índices entre 0,5 e 0,8 (PNUD, 2005). Isto implica um IDH relativo à 9ª posição no conjunto dos 27 Estados da Federação, representando, no período de 1991 a 2000, um crescimento de 10,9% desse índice no Estado. Entre os fatores que mais determinaram esse crescimento está, em terceiro lugar, a Educação, cujos índices relativos à escolaridade da população aumentaram, enquanto a taxa de analfabetismo diminuiu. No entanto, as taxas bruta e líquida de matrícula na educação superior no país ainda são inferiores, respectivamente, a 50% e 33% da população de 18 a 24 anos, conforme dados do Plano Nacional de Educação (Plano Nacional de Educação – PNE 2011-2020) para o decênio 2011-2020. O CEFET-MG tem sua sede em Belo Horizonte, cuja região metropolitana compreende trinta e quatro municípios. A instituição possui três campi em Belo Horizonte e sete nas regiões: da Zona da Mata (Leopoldina), do Alto Paranaíba (Araxá), do Centro-oeste de Minas (Divinópolis), do Sul de Minas (Varginha e Nepomuceno), do Rio Doce (Timóteo) e da Região Central do Estado (Curvelo). Além desses dez campi, encontra-se em fase de implantação o campus de Contagem, também na região metropolitana de Belo Horizonte, cuja inauguração está prevista para 2012. Dentro de sua política de democratização da educação profissional técnica de nível médio, a instituição mantém convênios de cooperação técnico-pedagógica com prefeituras do Estado, para oferta de cursos técnicos. Encontram-se em desenvolvimento convênios com as Prefeituras Municipais de Itabirito, Contagem, Vespasiano, Betim e Poços de Caldas. Desde sua criação como Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais, com base no Decreto n. 7.566 de 23/09/1909, editado pelo Presidente da República Nilo Peçanha, a instituição, que começou a funcionar em 08 de setembro de 1910, instalada na capital do Estado, Belo Horizonte, PDI | CEFET-MG 21 passou por várias denominações e funções sociais. No entanto, desde 1910, a escola comprometeu-se com a construção de práticas educativas e processos formativos que vão ao encontro de seu papel e das demandas que lhe foram sendo postas, no decorrer de sua história. A política praticada veio se pautando pelo reforço do caráter público da instituição, além da crescente busca de integração entre o ensino profissional e o acadêmico, entre cultura e produção, entre ciência, técnica e tecnologia. Em 1941, em função da Lei n. 378 de 13/01/1937, que reestruturou o Ministério da Educação e Saúde Pública e transformou as escolas de aprendizes artífices em liceus profissionais, a Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais transforma-se no Liceu Industrial de Minas Gerais. No ano seguinte, por força do Decreto n. 4.073, de 30/01/1942, a instituição transformou-se em Escola Industrial de Belo Horizonte, e, ainda no mesmo ano, pelo Decreto n. 4.127 de 25/02/1942, conforme Fonseca (1962, p. 483), “subia de categoria” passando a se denominar Escola Técnica de Belo Horizonte. Posteriormente, a partir da Lei n. 3.552 de 16/02/1959 que estabelece a nova organização escolar e administrativa dos estabelecimentos de ensino industrial do Ministério da Educação e Cultura e do Decreto n. 796 de 27/08/1969, a escola é transformada em Escola Técnica Federal de Minas Gerais. Em 1969, a escola é autorizada a organizar e ministrar cursos de curta duração de Engenharia de Operação, com base no Decreto n. 547 de 18/04/69. Em 1971, implantam-se os cursos de Formação de Tecnólogos e, em 1972, os primeiros cursos superiores de Engenharia de Operação Elétrica e Mecânica. Assim, com funções inicialmente relacionadas à oferta educacional para o ensino primário e, posteriormente, para a formação do auxiliar técnico e do técnico de nível médio, a instituição foi assumindo em sua trajetória o papel de instituição de ensino superior, com a oferta de cursos nesse nível de ensino. Em 1978, conforme mencionado, a Escola Técnica Federal de Minas Gerais foi transformada no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – instituição federal de ensino superior pública –, passando a ter como objetivos a realização de pesquisas na área técnica industrial 22 PDI | CEFET-MG e a oferta de cursos técnicos industriais, de graduação e pós-graduação, visando à formação de profissionais em engenharia industrial e de tecnólogos, de licenciatura plena e curta para as disciplinas especializadas do 2º grau e dos cursos de tecnólogos, além de cursos de extensão, aperfeiçoamento e especialização na área técnica industrial. Os cursos de Engenharia de Operação Elétrica e Mecânica foram extintos e, em 1979, começaram a funcionar os cursos de Engenharia Industrial Elétrica e Mecânica, com cinco anos de duração. Estes últimos foram reconhecidos pela Portaria MEC n. 457 de 21/11/1983. A partir de 1981, iniciou-se a oferta de cursos para Formação de Professores da Parte de Formação Especial do Currículo do Ensino Médio, tanto na sede, em Belo Horizonte, quanto no interior do Estado e em outras Unidades da Federação. Vários cursos foram ofertados em convênios com a Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, instituições da Rede federal de educação tecnológica e outras instituições de ensino superior. Tais cursos foram individualmente reconhecidos. Em 1982, pelo Decreto n. 87.310, de 21/06/1982, que regulamentou a Lei n. 6.545 de 30/06/1978, o CEFET-MG passa a ter atuação em toda a área tecnológica, porém exclusivamente nessa área, e seu ensino superior é definido como sendo diferenciado do ensino universitário. Neste mesmo ano, pelo Decreto n. 87.411 de 10/08/1982 e pela Portaria MEC n. 003 de 09/01/1984 foram aprovados, respectivamente, o Estatuto e o Regimento Geral da instituição. O Regimento Geral também prevê atividades de pesquisa e pósgraduação, a serem desenvolvidas pela instituição. Estas estiveram até o início da década de 90 sob a gestão da Assessoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (AEPEX), órgão da Diretoria Geral. Na década de 1980, as atividades de pesquisa ainda foram tímidas. Quanto à pós-graduação, em julho de 1987, pela Resolução CD n. 005 de 07/07/1987, o Conselho Diretor (CD) aprovou a criação de cursos nesse nível de ensino, com base na proposta do mestrado em Educação Tecnológica, que começou a funcionar em caráter experimental em 1988, envolvendo um convênio com a Loughborough University of Technology (LUT), na Inglaterra. O PDI | CEFET-MG 23 projeto original foi reconstruído, dando origem, já no início da década de 1990, ao mestrado regular na mesma área. Na oferta da pós-graduação lato sensu, ressalta-se o programa de Capacitação dos Docentes do Ensino Técnico (PCDET), desenvolvido de 1988 a 1996, em convênio com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Esse programa envolveu vários cursos, muitos deles interdisciplinares. Participaram dos cursos professores de escolas técnicas e agrotécnicas federais de todo o país, além dos professores do próprio CEFET-MG. Em síntese, durante a década de 1980, a instituição foi desenvolvendo projetos e ações no ensino, na pesquisa e na extensão, visando à consolidação de suas finalidades como instituição federal de ensino superior no âmbito da educação tecnológica. Sua característica peculiar de verticalização da oferta educacional pública e gratuita do nível médio ao superior implicou, no entanto, a ênfase no então Ensino de 2º Grau. Em 1987, houve a interiorização da oferta do ensino de 2º grau, quando o CEFET-MG implanta a primeira Unidade de Ensino Descentralizada (UNED), em Leopoldina. Destaca-se que, nessa década, o ensino profissional de nível médio foi redefinido pela Lei n. 5.692 de 11/08/1971 e dispositivos legais correspondentes. Vale lembrar que até essa data a lei que regulamentava o ensino médio no país – a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1961: Lei n. 4.024 de 20/12/1961 – garantira a equivalência entre o ensino acadêmico e o profissionalizante, envolvendo a articulação horizontal entre os ramos de ensino – secundário, técnico e normal – e a articulação entre qualquer um desses ramos e o ensino superior. Com a Lei n. 5.692, foi implantado o ensino profissionalizante compulsório para todo o ensino médio, denominado Ensino de 2º Grau. Mesmo após a supressão desse caráter compulsório, pela Lei n. 7.044 de18/10/1982, o CEFET-MG continuou com a oferta do ensino técnico integrado ao médio de natureza acadêmica. Nas décadas seguintes – 1990 e 2000 – a história da instituição foi sendo construída nos marcos da legislação e de uma política e prática institucionais que tiveram como eixo sua consolidação como IFES, no 24 PDI | CEFET-MG âmbito da educação tecnológica, contemplando, de forma relacionada, o ensino, a pesquisa e a extensão. Em 1993, novos objetivos foram formulados para os Centros Federais de Educação Tecnológica, pela Lei n. 8.711 de 28/09/1993, que altera a lei de 1978, ampliando-se a autonomia dos Centros para a realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão relativas a toda a área tecnológica, sem a explicitação da exclusividade dessa área enquanto campo de atuação institucional. Nesse mesmo ano, foi elaborado o Plano Institucional do CEFET-MG, que contou com participação da comunidade interna e de representantes da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e do MEC. Esse documento passou a nortear a política e a maior parte das ações institucionais. À época, foi definida como missão institucional “Promover a formação do cidadão – profissional qualificado e empreendedor – capaz de contribuir ativamente para as transformações do meio empresarial e da sociedade, aliando a vivência na educação tecnológica e o crescimento do ser humano, consciente e criativo, aos princípios da gestão pela qualidade no ensino, pesquisa e extensão, visando o desenvolvimento econômico e social do país.” (CEFET-MG, 1993). Marcadamente influenciada pela cultura institucional e pelo contexto da época, a missão definida acaba por transcender o pólo da visão mercadológica que lhe é presente, em favor do pólo da humanização e da cidadania, por meio da ênfase a este último nos 13 princípios definidos no mesmo Plano: a tecnologia a serviço do homem, a valorização do ser humano, a preservação de valores éticos, a satisfação da sociedade, a integração escola-governo-sociedade, a educação tecnológica continuada, a pesquisa tecnológica, o equilíbrio entre desenvolvimento e meio ambiente, o gerenciamento descentralizado, a administração participativa, o crescimento contínuo da imagem institucional, a ênfase na qualidade da informação e a formação humanística e científica. Neste caso, afirma-se: “(...) educação tecnológica pressupõe desenvolvimento humano. Portanto, desde os programas das disciplinas, o currículo escolar, até as menores ações do dia-a-dia deverão refletir, explicitamente, esta postura de equilíbrio e de harmonia” (CEFET-MG, 1993). PDI | CEFET-MG 25 No ensino de nível médio, a orientação da Lei n. 5.692 de 11/08/1971 relativa ao Ensino de 2º Grau profissionalizante prevaleceu na instituição até 1997, quando, pela reforma do ensino técnico, tal como estabelecido pelo Decreto n. 2.208 de 17/04/1997, inviabilizou-se a oferta do ensino técnico integrado ao ensino médio. A partir de 1998, deflagrou-se o processo de implantação dessa reforma, implicando três modalidades de oferta nesse nível de ensino: concomitância interna (ensino médio da educação básica e técnico da educação profissional concomitantes, com duas matrículas por parte do aluno, na própria instituição), concomitância externa (ensino técnico para alunos matriculados no ensino médio em outras escolas – cursos técnicos modulares –) e subseqüente ou pós-médio, ou seja, ensino técnico para egressos do ensino médio. Em 2004, com a edição do Decreto n. 5.154 de 23/07/2004, que regulamenta a possibilidade, presente na Lei n. 9.394 de 20/12/1996, de oferta dos cursos da educação profissional técnica de nível médio (EPTNM) na modalidade integrada, a instituição iniciou a construção teórico-prática do Projeto político-pedagógico da educação profissional e tecnológica (PEPT) visando à construção dos projetos de cursos de EPTNM, paralelamente e em consonância com a construção do PDI 2005-2010. O novo ensino integrado foi implantado no primeiro semestre de 2005. Atualmente, das trinta e nove ofertas de cursos de EPTNM, trinta e cinco são na modalidade integrada. Destas, vinte e três cursos são ofertados, também, nas modalidades de concomitância externa e/ou subseqüente simultaneamente, quatro ocorrem exclusivamente na modalidade subseqüente e dois são ofertados na modalidade do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA). Os cursos de EPTNM na modalidade integrada e PROEJA obedecem, hoje, ao regime anual e, em sua grande maioria, os cursos nas modalidades concomitância externa e subseqüente, também obedecem ao regime anual, restando apenas cinco cursos dessas modalidades em regime semestral. Acrescente-se a esse contexto, que os cursos de EPTNM 26 PDI | CEFET-MG na modalidade integrada funcionam no turno diurno e os cursos nas modalidades concomitância externa, subseqüente e PROEJA funcionam no turno noturno. Nessas condições, o PEPT, visando a atender as políticas institucionais contidas no PDI 2005-2010, vem desenvolvendo uma concepção educacional que contempla em seus cursos de EPTNM: o atendimento à formação cidadã e à preparação para o mundo do trabalho, e a perspectiva da integração e verticalização do ensino, tendo em vista os cursos de graduação e mestrado, particularmente aqueles vinculados aos departamentos acadêmicos da instituição. Nessa trajetória de implantação e desenvolvimento dos cursos de EPTNM, a instituição vem se consolidando com um ensino de excelência no desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras, o que a coloca como referência nacional nesse nível de ensino. No nível superior, no campo da formação de professores, em 1994, a instituição solicitou ao Conselho Federal de Educação (CFE) o reconhecimento de seu curso de Licenciatura Plena para Graduação de Professores da Parte de Formação Especial do Currículo do Ensino Médio, o qual foi obtido segundo a Portaria MEC n. 1.835 de 29/12/1994. A partir da LDB de 1996 e dispositivos legais que lhe sucederam, a estrutura organizacional e o currículo do ensino médio e dos cursos de formação de professores, para esse nível de ensino, sofreram modificações, o que caracterizou a oferta de formação de professores para esse nível de ensino nos CEFETs como sendo relativa às disciplinas das áreas científica e tecnológica. Em 1998, foi apresentada ao MEC uma nova proposta de formação de professores na forma do Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes, disciplinado pela Resolução CNE/CP n. 002 de 26/06/1997. Pelo Parecer CNE/CES n. 214 de 24/02/1999, o CNE manifestou-se favorável à autorização da implantação do referido programa, que conta com oferta regular e gratuita desde 1999. Em 2004, o programa foi avaliado com conceito A por Comissão de Avaliação do MEC, para efeito de seu PDI | CEFET-MG 27 reconhecimento, tendo recebido parecer favorável do CNE, em dezembro de 2004 – Parecer CNE n. 342 de 17/12/2004 – e sendo reconhecido em 2005, conforme Portaria n. 2.372 de 05/07/2006. Continuando a ampliar suas ações no nível superior de ensino, em setembro de 1995, a instituição iniciou a oferta do curso de Tecnologia em Normalização e Qualidade Industrial. Em 2001, o curso foi reconhecido pelo MEC, segundo a Portaria MEC n. 2.858 de 13/12/2001, recebendo o conceito B. Quanto ao curso de Tecnologia em Radiologia, o início de seu funcionamento se deu em agosto de 1999 e seu processo de reconhecimento junto ao MEC ficou em tramitação até 2005, quando, por força da Portaria MEC 3.722 de 21/10/2005, o curso foi reconhecido para efeito de expedição e registro dos diplomas dos que o concluíram até 31 de dezembro de 2005. Seu reconhecimento pleno se deu em 2006, pela Portaria MEC 88 de 10/10/2006. A partir de 1999, passou-se a oferecer também o curso de Engenharia de Produção Civil, com a duração de cinco anos. Em sua concepção, verificase a busca por uma integração dos conhecimentos de Engenharia Civil e Gestão de Sistemas de Produção. O curso foi avaliado com conceito B no geral e em cada um dos três itens, ou seja, corpo docente, organização didático-pedagógica e infraestrutura, e reconhecido pelo MEC conforme Portaria MEC n. 4.374 de 29/12/2004. Os cursos de Engenharia Industrial Elétrica e Mecânica, que tiveram início em 1979 e foram reconhecidos em 1983, foram reavaliados em outubro e dezembro de 2004, recebendo, respectivamente, os conceitos A (A nos itens corpo docente e organização didático-pedagógica e B no item infraestrutura) e B (B em todos os três itens) pelas comissões de avaliação do MEC. Em 2007, com a reestruturação curricular, esses cursos passaram a se denominar Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica. Desde 2005 a instituição iniciou o processo de interiorização da graduação, passando a oferecer o curso de Engenharia de Controle e Automação, no campus Leopoldina. Esse curso, que se encontra no conjunto dos cursos previstos no PDI 2005-2010, representou uma das conquistas da interiorização da oferta educacional da instituição, agora, no âmbito 28 PDI | CEFET-MG do ensino superior. No ano de 2006, teve início a oferta do curso de Engenharia de Automação Industrial, no campus Araxá, consolidando ainda mais esse processo de interiorização. Em 2006, tal como previsto, foi implantado o bacharelado em Química Tecnológica em Belo Horizonte. Além disso, em consonância com uma das metas do PDI 2005-2010, o Conselho de Ensino deliberou pela não criação de novos cursos superiores de tecnologia e a transformação dos existentes em cursos de bacharelado, conforme Resolução CE n. 86 de 06 de abril de 2006. Com isso, em 2007, a instituição passa a ofertar o curso de Administração, cujo projeto resultou da proposta de transformação do curso de Tecnologia em Normalização e Qualidade Industrial em bacharelado. Com o curso de Administração, a instituição, tradicionalmente voltada para a área tecnológica, começou a diversificar a oferta dos cursos superiores de bacharelado em outras áreas. Na área das engenharias, incrementando seu programa de expansão na oferta da educação profissional e tecnológica, no nível da graduação, foram implantados: em 2007, o curso de Engenharia da Computação em Belo Horizonte; em 2008, o curso de Engenharia de Materiais, também em Belo Horizonte e o de Engenharia Mecatrônica, no campus Divinópolis; em 2010, o curso de Engenharia Ambiental em Belo Horizonte e o curso de Engenharia de Minas no campus Araxá. Em 2011, na direção da diversificação de sua área de atuação, preservada a predominância da área tecnológica, a instituição inicia a oferta do curso de Letras, mas com ênfase em tecnologias da edição, na modalidade bacharelado. O projeto desse curso busca interfaces com outros campos de estudo tais como a comunicação social, administração de empresas e a engenharia de computação, sem perder de vista o horizonte próprio da formação em letras. Encontram-se, ainda, em tramitação nos conselhos, os processos de criação dos cursos superiores de Engenharia Civil (campi Varginha e Curvelo), Ciência da Computação (campus Contagem) e Sistema de Informação (campus Divinópolis). PDI | CEFET-MG 29 No âmbito da pós-graduação, desde 1991, o mestrado em Educação Tecnológica deixou de ter o caráter experimental, sendo aberto processo seletivo não restrito aos professores da casa e constituindo-se uma turma de alunos que agregou aqueles que haviam iniciado o curso em caráter experimental. Em 1993, o mestrado em Educação Tecnológica foi reestruturado, passando a envolver duas áreas de concentração, uma na própria área da Educação Tecnológica e outra em Sistemas Flexíveis de Produção. Esta última sofreu nova reestruturação em 1994, passando a se denominar Manufatura Integrada por Computador. Em 1994, por recomendação da CAPES, a coordenação do curso entendeu ser necessário fazer um projeto de reestruturação geral do programa, transformando-o em um mestrado em Tecnologia com as duas áreas de concentração já existentes. O projeto, denominado Plano de Recuperação, foi aprovado pela CAPES em 1995. Em 1997, o programa foi credenciado, segundo a Portaria MEC n. 490 de 27/03/1997 e continuou sendo objeto de freqüentes avaliações externas e internas, sofrendo modificações curriculares sempre em atendimento a essas avaliações. Como fruto dessa avaliação contínua, o mestrado em Tecnologia foi sendo desativado, a partir de 2005, quando deu origem a dois novos cursos, aprovados pela CAPES: Educação Tecnológica e Modelagem Matemática e Computacional. Em 2006 e 2007, respectivamente, dois novos programas foram aprovados pela CAPES: mestrado em Engenharia Civil e em Engenharia de Energia. Em 2008, foram aprovados os mestrados em Engenharia Elétrica e em Estudos de Linguagens que iniciaram suas atividades em 2009. A pós-graduação stricto sensu apóia-se na política de formação vertical do profissional no âmbito da educação tecnológica conduzida pela instituição e, ainda, em dois outros pilares: a pesquisa e a pós-graduação lato sensu. No âmbito da pesquisa, a pós-graduação stricto sensu sustenta-se em uma estrutura consolidada, envolvendo, em 2011, 57 grupos de pesquisa, todos cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 30 PDI | CEFET-MG Os alunos da pós-graduação, da graduação e do ensino médio participam desses grupos e de projetos de iniciação científica nas áreas de atuação institucional, financiados por um total de 326 bolsas gerenciadas pela Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação relativas a bolsas de iniciação científica e tecnológica e de iniciação científica júnior. Na instituição, as bolsas têm contado com o financiamento de agências oficiais de fomento – o CNPq, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) – ou com financiamento proveniente de convênios com empresas tais como a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e a FIAT Automóveis S/A. A instituição conta ainda com um núcleo responsável por competições tecnológicas, o Núcleo de Engenharia Aplicada a Competições (NEAC). Esse Núcleo envolve professores e alunos em competições promovidas pela Society of Automotive Engineering (SAE), tais como: Mini Baja, Fórmula SAE e Aerodesign. Ainda no âmbito da pesquisa, destacam-se os laboratórios próprios dos grupos de pesquisa que contam com computadores e outros equipamentos de informática, mantidos atualizados, geralmente, com recursos captados junto às agências de fomento. Freqüentemente, é nesses laboratórios que os alunos e pesquisadores desenvolvem suas atividades. Entre esses laboratórios, destacam-se o Centro de Computação Científica (CCC), utilizado por todos os grupos de pesquisa, construído a partir de convênio entre o CEFET-MG e a International Business Machine (IBM) e o Laboratório Aberto de Ciência, Tecnologia, Educação e Arte (LACTEA) por seu caráter inovador na comunidade, desde 1995, como um espaço formativo e de democratização da ciência e da tecnologia. Este último tem por objetivo fundamental contribuir para a construção de novas perspectivas na Educação em Ciência, Tecnologia e Arte. Seu trabalho concretiza-se num ambiente de desenvolvimento de projetos de amplo acesso pelo aluno que nele encontra enriquecimento de sua formação pessoal e profissional, recebendo apoio financeiro da instituição sob a forma de bolsas. Nesse sentido, o LACTEA contribui para a capacitação humanístico-tecnológica dos alunos, estimulando o desenvolvimento de projetos científicos e tecnológicos voltados, entre outros, à apresentação PDI | CEFET-MG 31 de produtos e protótipos técnicos em mostras e exposições diversas. Entre estas, situa-se a Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações (META), realizada na própria instituição. Em síntese, o LACTEA oferece um espaço que estabelece um círculo virtuoso entre prática e reflexão teórica, contribuindo, também, para uma política de popularização da ciência e da Tecnologia. O laboratório está vinculado a uma das linhas de pesquisa do mestrado em Educação Tecnológica. Quanto à pós-graduação lato sensu – especialização –, ela vem sendo ofertada desde o final da década de 1980, tal como mencionado. O programa correspondente prevê uma estreita interação nos âmbitos organizacional e curricular, entre o ensino e a extensão. Assim, sua administração é levada a termo pelos órgãos centrais da instituição ligados à pós-graduação e à extensão. Em 2010, a instituição contava com 14 cursos aprovados nos conselhos. Entre eles, cumpre destacar a especialização em Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, por seu caráter singular. O curso é financiado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC (SETEC/MEC) e gratuito para os alunos, como parte do PROEJA. Além dos cursos de especialização, no caso da extensão, há projetos de fundamental importância para o cumprimento da função social da instituição, com ênfase na extensão comunitária e envolvendo a formação do aluno em suas interfaces com o mundo do trabalho. Na direção particular da formação empreendedora, tem-se o projeto de Apoio ao desenvolvimento de projetos tecnológicos, em que se tem a participação da incubadora de empresas. Outro destaque refere-se às ações de cooperação técnica, com projetos articulados com o ensino e a pesquisa, em conjunto com prefeituras e empresas públicas e privadas. Em reforço a essas iniciativas, a participação dos alunos em atividades de extensão foi formalmente definida pela aprovação das Normas gerais para atividades de extensão, contidas na Resolução CD n. 004 de 16/02/2004 – que prevê em seu artigo 16: “É permitida a participação de alunos regulares do ensino médio e profissional, de graduação e pós-graduação stricto sensu em Atividades de Extensão”. 32 PDI | CEFET-MG Do ponto de vista da política geral da extensão, até 2007, a atuação da área ocorria em torno de dois programas: o programa de Desenvolvimento de ações de extensão e o programa de Relações escola-empresa. O primeiro envolvia projetos nas áreas tecnológica, comunitária e cultural, e o segundo contava com os projetos de Acompanhamento de estágios, Formação empreendedora e acompanhamento profissional. Fruto de avaliação contínua, a partir do segundo semestre de 2007, a extensão passou a se organizar em torno de três programas: Extensão comunitária e cultural, Cooperação técnica e prestação de serviços, e Desenvolvimento estudantil. Nesse contexto, de 2008 em diante, a política da área passou a ser referida, de forma mais contundente, às políticas das instituições de ensino superior integrantes do Fórum de Pró-reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras e encontra-se orgânica à política expressa no Plano Nacional de Extensão Universitária, publicado em novembro de 1999, o qual define como diretrizes para a extensão: a indissociabilidade com o ensino e a pesquisa; a interdisciplinaridade; e a relação bidirecional com a sociedade. Para consecução de sua função fundamental, a de dar respostas às necessidades da sociedade, o trabalho de extensão das instituições públicas de ensino superior, contempla áreas temáticas, tais co mo: comunicação, meio ambiente, cultura, saúde, direitos huma nos, tecnologia, educação, trabalho. As ações, em cada área temática, são executadas segundo linhas programáticas definidas, com o cuidado de ser estimulada a interdisciplinaridade, o que supõe a existência de interfaces e interações temáticas. Além disso, a extensão universitária passa por um processo de sistematização, no qual se insere a implementação de um sistema de informação de base nacional e um sistema de avaliação contínuo e prospectivo. Dentro disso, a área da extensão e desenvolvimento comunitário passou a se orientar, de forma mais próxima, por três documentos básicos definidos no Fórum de pró-reitores: o mencionado Plano Nacional de Extensão Universitária; Sistemas de dados e informações – base operacional; PDI | CEFET-MG 33 e Avaliação da extensão universitária, que estão disponíveis no sítio eletrônico http://www.renex.org.br, na seção documentos. Nessas condições, as atividades de extensão vêm sendo realizadas sob várias formas, entre as quais programas, projetos, cursos e eventos. Enfatizam-se o apoio e a interação com as políticas públicas voltadas para a sociedade, em especial para as comunidades de baixa renda, permitindo a ampliação do acesso ao saber e o desenvolvimento tecnológico. Além disso, envolvem a qualificação profissional e a educação permanente, a disponibilização de novos meios e processos de comunicação e produção, a parceria técnica e transferência de conhecimentos, a inovação, além de projetos ligados à educação inclusiva e permanência do aluno na escola. As atividades de ensino, pesquisa e extensão são reforçadas por intercâmbio sistemático do CEFET-MG com instituições brasileiras ou do exterior. Esse intercâmbio envolve desde atividades interinstitucionais relativas a eventos científicos nacionais ou internacionais, co-orientações de trabalhos de conclusão de pós-graduação stricto sensu, bancas de concurso e de conclusão de mestrado e doutorado, até convênios de cooperação acadêmica envolvendo, particularmente, ensino, pesquisa e atividades de relação escola-comunidade em vinculação com políticas de inclusão. Para o desenvolvimento das ações de cooperação internacional, a instituição definiu, entre seus programas, já presentes desde seu PDI 2005-2010, o programa de Inserção nacional e internacional, vinculado à Diretoria Geral, e reestruturou a Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAI). Nesta, encontra-se em implementação uma série de ações com o objetivo de fortalecer a mobilidade externa discente e docente, para as quais os programas de pós-graduação stricto sensu e a pesquisa contribuem expressivamente. No intercâmbio nacional, entre as instituições brasileiras com quem se mantém algum tipo de cooperação, encontram-se: as Universidades Federais de Minas Gerais, Ouro Preto, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro – Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (COPPE) –, Santa Catarina, São João del Rei e Viçosa; as Universidades Estaduais de Minas Gerais e São Paulo; as Pontifícias Universidades Católicas de 34 PDI | CEFET-MG Minas Gerais e do Rio. Além dessa cooperação, a instituição mantém intercâmbio com outras instituições nacionais o que também ocorre sistematicamente pela participação, particularmente, dos pesquisadores do CEFET-MG, em atividades de outros cursos de pós-graduação do país e pelo desenvolvimento de pesquisas interinstitucionais. Salienta-se, ainda, que todas as bancas de exame de defesa de dissertação na instituição contam, obrigatoriamente, com pelo menos um examinador externo. Os programas de mestrado promovem regularmente os Seminários de abertura dos semestres letivos e os Seminários de progresso dos alunos, com a participação de doutores pesquisadores de outros programas, além de outros eventos significativos, como o Encontro interinstitucional de pesquisa em educação e pós-graduação. Exemplo de outras atividades semelhantes encontra-se no Seminário de educação tecnológica (SENEPT), promovido desde 2005 pelo mestrado em Educação Tecnológica, envolvendo a participação de professores e alunos de toda a comunidade institucional e de várias instituições do país, entre as quais a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Outra atividade significativa é o seminário Diálogos sobre o trabalho. Trata-se de um evento realizado com as Faculdades de Educação e de Engenharia da UFMG, o mestrado em Educação da PUC-Minas, a Faculdade de Educação da UEMG e o Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH). Com apoio da FAPEMIG, professores e pesquisadores nacionais e internacionais são convidados para participação nesse Seminário. Como produto do evento já foram editadas três coletâneas publicadas pela Papirus, Editora da UFMG e Editora da PUC. Na realização interinstitucional de projetos de pesquisa, em nível nacional, destaca-se a participação de alunos de pós-graduação stricto sensu de outras instituições brasileiras nas equipes do CEFET-MG. Nessa participação encontra-se, por exemplo, em 2009, estágio de aluno do mestrado profissional no Ensino de Ciências da Universidade Estadual do Amazonas, realizado no laboratório do grupo de pesquisa PDI | CEFET-MG 35 Analogias e metáforas em tecnologia, educação e ciência (AMTEC). Há também a participação de doutorandos da UFMG em projetos de pesquisa coordenados por doutores do CEFET-MG e projetos construídos formalmente como projetos interinstitucionais. Entre eles, registramse, a partir da segunda metade da década de 2000, os projetos: Estudos hidrogeológicos e gestão de manaciais de água subterrânea em sistemas de abastecimento de água, Processo de escolarização e culturas escolares em Minas Gerais, A capacitação de trabalhadores da construção civil, e A formação de professores para o ensino técnico, todos em parceria com a UFMG; e o projeto Por uma teoria e uma história da escola primária no Brasil, em parceria com a UNESP-Araraquara. De especial importância, por sua amplitude e valor social, há que se referir ao projeto Formação e produção científica e tecnológica na educação profissional integrada à educação de jovens e adultos (EPIEJA). O projeto iniciou-se em 2006, com previsão de término em 2010. Trata-se de projeto de pesquisa, aprovado pela CAPES/SETEC, sob a coordenação do CEFET-MG e com a participação das instituições: UFMG, Universidade Federal de Viçosa (UFV) e o atual Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais. O projeto deu origem, em 2009, a um dos grupos registrado no Diretório de Pesquisa do CNPq, tal como consta em quadro correspondente apresentado neste documento. Vários outros projetos que envolvem cooperação interinstitucional encontramse vinculados aos mencionados grupos, o que pode ser constatado pela análise do diretório em pauta. Na perspectiva de apoio a ações de políticas de inclusão, e ainda no âmbito das ações interinstitucionais, também se encontra, sob a coordenação da instituição, o Fórum Estadual Permanente para a Educação das Relações Étnico-raciais, promovido pela Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais e Secretarias Municipais do Estado. Entre as atividades desenvolvidas com instituições internacionais, po dem-se citar convênios de cooperação acadêmica multidisciplinar com instituições de ensino tecnológico no exterior, entre as quais a já mencionada LUT, na Inglaterra, ainda na década de 80. 36 PDI | CEFET-MG Já nas décadas seguintes, tem-se, como exemplo, a cooperação entre o mestrado em Engenharia Civil e a Universidade de Edimburgo, Escócia. Como fruto dessa cooperação, que passou a ocorrer de forma mais ampla em 1997, registra-se o desenvolvimento do Projeto experimental para avaliação do comportamento e resistência de estruturas em alvenaria. Ainda ligado a esse mestrado, encontra-se, no campo da Engenharia Ambiental, o projeto de Elaboração de modelos de otimização e simulação de sistemas de recursos hídricos de larga escala com análise econômica, em cooperação com os departamentos de Engenharia Civil e Ambiental e Economia e Recursos Naturais da Universidade da Califórnia. Particularmente, na década de 2000, registra-se, com a França, o desenvolvimento de projeto e produção conjunta na área de ecoconcepção e qualidade ambiental das construções, envolvendo pesquisadores do CEFET-MG e da École National Superieure dês Arts et Métiers. Outro exemplo é a cooperação com a Universidade Politécnica de Valência, Espanha, em pesquisa e produção científica nas áreas de gestão de recursos hídricos e águas subterrâneas, desde 2004. Muito importante para o atendimento a sua função social, tem sido, também, o intercâmbio sistemático da instituição com outras de ensino tecnológico na Alemanha, desde 1995: as Fachhochschulen, atualmente denomiadas Hochschulen. Existem três convênios em operação, firmados com as Universidades de Ciências Aplicadas de Munique, Karlsruhe e da Ostfalia. Nos três casos, a cooperação é mais intensa em atividades de intercâmbio de alunos de graduação. De 2005 a 2010, 61 alunos dos cursos de graduação participaram de programas de mobilidade externa como estagiários em empresas de tecnologia em áreas correlatas a seus cursos de graduação, enquanto também aceitos como alunos especiais das universidades locais. Analogamente, 54 alunos estrangeiros foram recebidos como alunos especiais e realizaram estágios em projetos de pesquisa desenvolvidos na instituição. No caso da Universidade de Ciências Aplicadas de Karlsruhe, há também a cooperação na área da pesquisa, implicando a participação em projetos conjuntos por parte do CEFET-MG, da UFMG e de organismos de fomento da Alemanha. No ano de 2009, foram firmados acordos com as seguintes instituições: Institut Universitaire PDI | CEFET-MG 37 de Technologie 1 (IUT) de Grenoble, França, e Ricerca sul Sistema Energetico (RSE S.p.A.) de Milão, Itália. Os acordos têm como objetivo o intercâmbio de estudantes, docentes e docentes pesquisadores nas áreas de ciências exatas e da terra (química) e engenharias (engenharia de materiais). O Pró-África (Edital CNPq) é outro projeto de cooperação interinstitucional que envolve grupos de pesquisa do CEFET-MG, das Universidades Federais da Paraíba e de Campina Grande, da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em cooperação com universidades africanas (Senegal, Nigéria, Argélia, África do Sul e Tanzânia), para pesquisa em materiais de construção de baixo custo e baixo consumo energético. Como um dos produtos das ações da SEAI, em 2008, foram realizadas viagens de caráter técnico-científico ao exterior por cinco doutores à Universidade da Califórnia e à Universidade de Ciências Aplicadas de Munique; pelo Diretor Geral à Austrália, em atividade de cooperação com os centros de pesquisa australianos Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO) e Royal Melbourne Institute of Technology (RMIT); e por dois outros pesquisadores ao Egito e México, como missões científicas relacionadas a projetos de pesquisa em andamento na instituição. Em 2009, três pesquisadores das áreas da educação e da linguística visitaram instituições de educação superior em Portugal e na Hungria. Ainda nesse ano, seis outros participaram de intercâmbio no exterior. Em 2010, a instituição contava com treze parceiros internacionais. Recentemente, foram formalizados acordos de cooperação com insti tuições de educação tecnológica, na França e na Espanha. É importante destacar que a SEAI tem como um de seus pontos de apoio o potencial de ampliação da cooperação internacional, vez que vários pesquisadores da instituição possuem experiência internacional, via doutorado pleno ou sanduíche, em centros de excelência como Concordia University, Delft University of Technology, Florida State University, University of California, Imperial College, University of Edinburgh, École Central de Paris. 38 PDI | CEFET-MG No contexto da divulgação internacional da Ciência & Tecnologia, convém registrar a participação institucional, juntamente com a Universidade de Edimburgo, na organização do VII International Seminar on Structural Masonry for Developing Countries, em 2002. Em 2006, 2008 e 2010 foram realizados o I, II e III Simpósio Internacional Trabalho, Relações de Trabalho, Educação e Identidade, organizados pela instituição juntamente com a UFMG, a UEMG e a Universidade de Paris/Conservatoire National des Arts et Métiers (CNAM), França. Os dois primeiros simpósios ocorreram no CEFETMG e o terceiro na Faculdade de Educação da UFMG. Ainda no contexto da divulgação, pesquisadores da instituição participam como revisores dos periódicos: Journal of Irrigation and Drainage Engineering (ISSN 0733-9437), Environmental Modeling and Software (ISSN 1364-8152), Journal of Water Resources Planning and Management (ISSN 0733-9496), Water Resources Research (ISSN 0043-1397), Finite Elements in Analysis and Design (ISSN 0168-874X), Journal of Structural Engineering (ISSN 0733-9445), e Computer Applications in Engineering Education (ISSN 1061-3773). Na divulgação nacional da Ciência & Tecnologia, salienta-se a realização da Semana de Ciência & Tecnologia, instituída a partir de 2005, e que se constitui em um amplo evento que congrega toda a comunidade institucional, com a participação de pesquisadores de várias instituições mineiras e de outros Estados. Em 2006, esse evento foi realizado juntamente com a I Jornada científica em educação profissional do mercosul, promovida pelo MEC e realizada no CEFET-MG, em Belo Horizonte. Além da Semana de Ciência e Tecnologia, entre os veículos de socialização e intercâmbio dos saberes construídos no âmbito acadêmico, seja da própria instituição, seja de outras instituições de ensino e pesquisa, o CEFETMG conta com uma cartela de atividades periódicas em todas as áreas. Entre essas atividades, cumpre evidenciar alguns eventos relacionados a questões de inclusão social, como os seminários Diversidade cultural e inclusão social na educação tecnológica, Seminário PROEJA, Educação profissional em unidades prisionais. Além disso, em relação aos veículos em mídia impressa, salienta-se a edição e publicação da revista Educação PDI | CEFET-MG 39 & Tecnologia, desde 1994, de periodicidade semestral. Esta foi registrada no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), em maio de 1997 (ISSN-1414-5057). Ao completar 15 anos de existência, em 2010, a revista passou por uma transformação em sua política editorial e assumiu um novo projeto gráfico tendo em vista aumentar o rigor científico de seu conteúdo, modernizar sua forma e, consequentemente, qualificá-la melhor no Qualis de periódicos da CAPES. Cadastrado na Agência brasileira do International Standard Book Number (ISBN), o CEFETMG, por meio de sua gráfica, também publica livros de diferentes autores, embora predominantemente da própria instituição. Como pode ser constatado, ao longo da década de 1990 até a atual, a instituição foi se transformando e expandindo com modificações em seus objetivos, em sua estrutura organizacional, em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, na natureza dos cursos ofertados, entre outras. Essas modificações ocorreram gradativamente, reiterando seu caráter de instituição educacional pública e gratuita de alta qualidade e configurando-a, pouco a pouco, como instituição universitária. Também com base nos dados apresentados, a partir do início da segunda metade da década de 2010, esse desenvolvimento institucional assume características de desenvolvimento acelerado, em todas suas áreas de atuação, com especial relevo para a expansão do ensino de graduação, da pesquisa e da pós-graduação stricto sensu. Toda essa atuação institucional atende a um público quantitativa e qualitativamente expressivo, de forma que, no início deste ano de 2011, contava-se com mais de 14.000 matrículas, considerando seus vários cursos, além das matrículas isoladas nos cursos de pós-graduação. Segundo dados do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE), em abril de 2011, o quadro de pessoal da instituição constitui-se de 681 professores ativos do quadro permanente, com a expressiva maioria em dedicação exclusiva, e envolvendo 196 doutores e 362 mestres. Quanto ao quadro de técnicos administrativos, a instituição conta com 555 servidores efetivos, envolvendo mais de 190 pósgraduados, entre mestres, doutores e especialistas. 40 PDI | CEFET-MG Essa situação é fruto do investimento que a instituição tem feito, há muito, na qualificação e capacitação de seus recursos humanos. Em 1989, o Conselho Diretor deliberou favoravelmente pelo afastamento dos docentes para cursar pós-graduação. Em 1995, foi aprovada, neste mesmo conselho, a Resolução CD n. 032 de 29/09/1995 relativa ao programa institucional de capacitação docente, indicando as áreas preferenciais de capacitação. Posteriormente, foi aprovada a Resolução CD n. 009 de 14/04/1997 estendendo aos técnicos administrativos o direito de afastamento e investimento em capacitação. No período de 1999 a 2003, a instituição promoveu um curso de suplência, oportunizando a todos os servidores técnicos administrativos, do nível de apoio e operacional, a possibilidade de concluir o curso fundamental e cursar o ensino médio. Em 2005, teve inicio o programa institucional de Apoio à graduação e à pós-graduação propiciando aos servidores técnicos administrativos condições para cursarem a graduação e, também a eles e aos docentes, a pós-graduação, em instituição privada de ensino. Ao lado das atividades de capacitação, a instituição desenvolve outras atividades voltadas ao desenvolvimento de recursos humanos, tais como as congregadas pelo programa Qualidade de vida (PQV). Este teve início em 2006 e busca, primordialmente, a promoção o bem estar e a integração dos servidores. Em 2010, o calendário das atividades envolveu danças, yoga, ginástica localizada e oficinas de cerâmica e pintura. Em termos de estrutura física, a instituição teve também um grande crescimento. Na segunda metade da década de 2000, graças à política de investimentos por parte do Governo Federal, desenvolveram-se obras de melhoria e ampliação de suas edificações. Entre elas, registra-se, em abril de 2009, a inauguração do novo restaurante universitário no campus II e, em setembro do mesmo ano, a inauguração do novo prédio da biblioteca e do restaurante no campus I. No interior, em 2010, houve a inauguração do novo campus Divinópolis e do campus Curvelo. Nessas condições, em 2010, a instituição possuía área total de 354.371 m² e área construída de mais de 129.823 m², distribuídas por seus dez campi, além de mais de 78.437 m² de terreno relativo ao novo campus Contagem, que se encontra PDI | CEFET-MG 41 em implantação. Registre-se que a inauguração do novo campus Varginha ocorreu neste ano de 2011. A infraestrutura acadêmica, propriamente dita, conta com um Sistema de Bibliotecas composto de dez unidades, uma em cada campus de Belo Horizonte e do interior. O Sistema é mantido integrado via o sistema de gerenciamento SOPHIA, para o compartilhamento do acervo entre os campi. Além de livros e periódicos, o acervo inclui normas técnicas, catálogos, mapas, monografias, dissertações e teses, equipamento e material audiovisual, totalizando, no início de 2011, 34.590 títulos e 91.567 exemplares, com concentração na área tecnológica. Embora ainda necessitando de ampliação, sobretudo em função da expansão institucional nos últimos anos, esses números são fruto de uma política para a biblioteca implantada em 2005. Esta visou, entre outras metas, exatamente a ampliação do acervo das bibliotecas. Nesse sentido, fora definido um investimento para a área que, no período de 2009 a 2011, envolveu, para cada ano, respectivamente, R$ 395.000,00, R$ 736.982,18 e R$ 700.000,00. Para a ampliação do acervo da biblioteca a instituição vem contando, também, com recursos, ainda que modestos, advindos de órgãos de apoio e fomento à pesquisa e à pós-graduação. Além de funcionar com três modalidades de empréstimo, o Sistema de Bibliotecas oferece aos usuários diversos serviços, tais como: consulta ao acervo, reserva e renovação on-line; orientação à pesquisa; realização de levantamento bibliográfico; catalogação na fonte; treinamento de usuários; comutação bibliográfica (COMUT); auxílio e treinamento para acesso às bases de periódicos CAPES, Scielo, web of science, entre outras. Ainda em relação à infraestrutura acadêmica, ressalta-se que, desde o início da década de 2000, vêm-se adquirindo novos equipamentos e modernizando os laboratórios que atendem a diferentes cursos técnicos e superiores. Para tal, têm sido importantes os projetos de pesquisa que captam financiamento junto às agências oficiais de fomento, federais e estaduais. 42 PDI | CEFET-MG B – Aspectos de síntese do histórico 1 – Institucionalidade O Quadro a seguir apresenta a evolução histórica da Instituição, desde a sua criação como Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais, em 1909, explicitando a oferta de cursos consoante o grau de autonomia, a política institucional e a legislação em vigor. Evidencia, ainda, o desenvolvimento do CEFET-MG na oferta do ensino técnico, de graduação e de pósgraduação ao longo do tempo. Quadro I.01 – Oferta de cursos (Continua) Institucionalidade Cursos e início da sua implantação, segundo grau de autonomia, política institucional e legislação 1909 Escola de Aprendizes e Artífices de MG Instituição de Ensino Técnico 1941 Liceu Industrial de MG 1910 Ensino técnico 1942 Escola Industrial de BH 1942 Escola Técnica de BH Instituição Federal de Ensino Técnico 1959-1977 Escola Técnica Federal de MG 1971 Formação de tecnólogos Ensino médio (2º grau – técnico integrado) 1972 Engenharia de Operação Instituição Federal de Ensino Superior A partir de 1978 Centro Federal de Educação Tecnológica de MG (CEFET-MG) 1979 Engenharia Industrial e não mais Engenharia de Operação 1981 Formação de Professores da Parte de Formação Especial do Ensino Médio (Esquema I e Esquema II) PDI | CEFET-MG 43 (Conclusão) Institucionalidade Instituição Federal de Ensino Superior A partir de 1978 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CEFET-MG Cursos e início da sua implantação, segundo grau de autonomia, política institucional e legislação 1988 Mestrado em caráter experimental: Educação Tecnológica (ET) Cursos de especialização (PCDET)* 1991 Mestrado em caráter regular: ET 1993 Mestrado em ET com 2 áreas de concentração: ET e Sistemas Flexíveis de Produção 1994 Mestrado em ET com 2 áreas de concentração: ET e Manufatura Integrada por Computador (CIM) Mestrado em Tecnologia e não mais Mestrado em ET, mantidas as 2 áreas de concentração* 1995 Licenciatura Plena para Professores e Especialistas de Disciplinas do 2° Grau e dos Cursos Superiores de Tecnologia e não mais Esquemas I e II Cursos de Tecnologia* 1998 Ensino médio nas modalidades: concomitância interna (técnico e médio), concomitância externa (técnico modular), subsequente (técnico pós-médio) 1999 Engenharia em geral e não mais apenas Engenharia Industrial Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes e não mais Licenciatura 2005 Ampliação e diversificação dos cursos de mestrados Ensino técnico integrado e não mais técnico na modalidade concomitância interna 2007 Diversificação da oferta de bacharelados, mantida a área tecnológica como área predominante *A oferta, do PCDET, do Mestrado em Tecnologia e dos Cursos de Tecnologia foi desativada, respec tivamente em 1997, 2005 e 2007. No caso do Mestrado, a desativação da sua oferta deu origem aos Mestrados em Educação Tecnológica e Modelagem Matemática e Computacional ambos com apenas uma área de concentração. 44 PDI | CEFET-MG 2 – Ensino A Tab. I.01 e o Gráf. I.01 apresentam o número de matrículas registradas por ano, desde 2005. Não obstante às oscilações registradas no período, observa-se o aumento geral do número de estudantes matriculados, condizente com a expansão do número de cursos, com a criação de novas unidades de ensino e com a política institucional de oferta de cursos técnicos integrados. Tab. I.01 – Matrículas – 2005-2010 Ano Matrículas 2005 13.115 2006 12.664 2007 13.088 2008 12.485 2009 13.156 2010 13.964 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e COPLAN. A Tab. I.02 evidencia a evolução da oferta de cursos regulares em todos os níveis de ensino. Observa-se um significativo crescimento do número de cursos ofertados no ensino técnico, na graduação e na pósgraduação stricto sensu. Registrou-se, ainda, uma redução do número de cursos de pós-graduação lato sensu durante o quinquênio 20052010, em vista do período de reestruturação e do desenvolvimento de novo marco regulatório. Contudo, há a expectativa de restabelecimento e consolidação do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu, em patamar ajustado às metas institucionais*. * Nesse sentido, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão aprovou 12 projetos pedagógicos de cursos de pós-graduação lato sensu nos anos 2010 e 2011, a serem implantados conforme demanda e viabilidade. PDI | CEFET-MG 45 Gráf. I.01 – Matrículas 16 13,1 13,1 12,7 14,0 13,2 12,5 1:1.000 12 8 4 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e COPLAN. Tab. I.02 – Oferta de cursos – 2005-2010 Ano Ensino técnico Graduação Pós-graduação lato sensu Pós-graduação stricto sensu 2005 28 07 17 02 2006 28 09 17 03 2007 28 11 17 03 2008 34 13 12 04 2009 39 14 10 06 2010 39 16 02 07 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e Diretorias de EPT, GRD e PGR. 46 PDI | CEFET-MG Gráf. I.02 – Oferta de cursos de EPT 45 36 45 27 36 39 39 34 28 28 28 39 39 2009 2010 34 28 28 28 2005 2006 2007 18 27 9 18 0 9 0 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e Diretoria de EPT. 2005 2008 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e Diretoria de EPT. 18 15 18 12 15 9 12 6 9 3 6 0 3 0 Gráf. I.03 – Cursos de graduação16 14 13 16 11 9 7 14 13 11 9 7 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e Diretoria de Graduação. 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2010 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e Diretoria de Graduação. PDI | CEFET-MG 47 8 7 I.04 – Mestrados em funcionamento 7Gráf. 6 6 8 5 7 4 6 3 3 3 3 3 2006 2007 6 2 5 2 4 1 3 0 2 7 4 4 2 2005 2008 2009 2010 1 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e Diretoria de Pós-graduação. 0 Pesquisa e Pós 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e Diretoria de Pesquisa e Pós Pós-graduação. Gráf. I.05 – Turmas de pós-graduação lato sensu em funcionamento 20 15 20 17 17 17 17 17 17 12 10 15 10 12 10 5 10 0 5 2005 2006 2007 2008 2009 2 2010 2 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e Diretoria de Pesquisa e Pós Pós-graduação. 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e Diretoria de Pesquisa e Pós Pós-graduação. 48 PDI | CEFET-MG 3 – Pesquisa Ao longo dos últimos anos houve evidente expansão do número de grupos de pesquisa cadastrados no CNPq, de bolsas Iniciação Tecnológica, de Iniciação Científica e, especialmente, de Iniciação Científica Júnior, conforme reflete os concentrados esforços em Tab. I.03. Esse fato prol da expansão da pesquisa científica e tecnológica no CEFET-MG, consolidando as bases necessárias para o estabelecimento de uma instituição universitária plena. Tab. I.03 – Grupos de pesquisa no CNPq e bolsas cadastrados de pesquisa gerenciadas pela DPPG – 2005-2010 Bolsas gerenciadas pela DPPG Ano Grupos IC-Jr IC/IT 26 2005 17 22 2006 26 51 75 2007 31 86 140 2008 40 96 140 2009 54 96 180 2010 58 146 180 Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação (DPPG). IC/IT – Iniciação Científica e Iniciação Tecnológica; IC-Jr – Iniciação Científica Júnior. Gráf. I.06 – Grupos de pesquisa em atividade 54 60 50 40 40 31 26 30 20 58 17 10 0 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação. 2010 PDI | CEFET-MG 49 180 150 120 146 96 86 96 90Gráf. I.07 – Bolsas de iniciação científica 51 e iniciação tecnológica 60 26 30 180 146 0 150 2005 2006 2007 2008 2009 2010 (DPPG). 120 Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação 96 96 86 90 51 60 26 30 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação (DPPG). Gráf. I.08 – Bolsas de IC-Jr 200 150 140 22 200 0 2005 150 100 50 180 75 100 50 180 140 2006 2007 140 2008 140 180 180 2009 2010 Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação (DPPG). IC--Jr ––Iniciação IniciaçãoCientífica Científica Júnior Tecnológica; IC/IT e Iniciação IC-Jr – Iniciação Científica Júnior. 75 22 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação (DPPG). IC--Jr – Iniciação Científica Júnior 50 PDI | CEFET-MG 4 – Extensão – Assistência estudantil Houve expressiva intensificação de investimentos no âmbito da Estudantil (Tab I.04). Além das bolsas de Permanência e Assistência Alimentação, registrou-se significativo crescimento do número de estudantes contemplados com subsídio ou isenção do valor das refeições. Destaca-se, ainda, o aumento do quantitativo de refeições oferecidas diariamente, com a expansão e a implantação de novos restaurantes escolares. Tab. I.04 – Bolsas de assistência estudantil – 2005-2010 Restaurante - refeições Ano Permanência Alimentação (subsídio e isenção) 2005 218 1337 138 2006 493 2213 162 2007 599 2608 210 2008 977 2322 427 2009 1098 4178 325 2010 939 5960 1012 Fonte – Coordenação Geral de Desenvolvimento Estudantil. Gráf. I.09 – Bolsa permanência 11 12 9,8 9,4 10 1:100 8 6 4,9 6 4 2,2 2 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte – Coordenação Geral de Desenvolvimento Estudantil. PDI | CEFET-MG 51 59,6 60 50 Gráf. I.10 – Restaurante - refeições Graf. I.10 - Restaurrante - refeições (subsídio e isenção)* 41,8 ubsídio e isenção) i * (su 59,6 40 1:100 60 50 1:100 40 30 20 10 30 20 22,1 26,1 23,2 41,8 13,4 10 22 2,1 0 2005 13,4 2006 26,1 23,2 2007 2008 2009 2010 Fonte – Coordenação Geral de Desenvolvimento Estudantil. 0 2005 200 06 2007 2008 2009 9 2010 FFonte – Coordennação Geral de Deesenvolvimento Estudantil. * Programa universalizado em abril de 2009 no campus II e em setembro de 2010 no campus I. Em 2008, o restaurante do campus II estava em reforma. Gráf. I.11 – Bolsa alimentação* 12 10,1 10 1:100 8 6 4,3 3,3 4 2 1,4 1,6 2005 2006 2,1 0 Fonte 2007 2008 2009 2010 – Coordenação Geral de Desenvolvimento Estudantil. *Programa Programa existente somente nos campi que não possuem restaurantes. 52 PDI | CEFET-MG 5 – Cooperação acadêmica internacional O CEFET-MG passou, no período 2005-2010, por um processo de crescimento e amadurecimento das atividades de internacionalização (vide Tab. I.05). Salientam-se, nesse sentido, os aumentos dos números de acordos internacionais e de estudantes intercambistas. Tab. I.05 – Cooperação acadêmica – 2005-2010 Ano Acordos 2005 Intercâmbio docente Intercâmbio discente Enviados Recebidos Enviados Recebidos 5 – – 4 1 2006 5 – – 5 – 2007 6 – – 2 – 2008 7 8 – 8 – 2009 12 7 8 24 33 2010 13 6 7 18 20 Fonte – Secretaria de Assuntos Internacionais. Gráf. I.12 – Intercâmbio internacional docente 10 8 8 8 7 7 6 6 4 2 0 2008 2009 2010 Enviados Recebidos Fonte – Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAI). PDI | CEFET-MG 53 Gráf. I.13 – Intercâmbio internacional discente 33 35 28 24 18 21 14 7 20 8 5 4 2 1 0 2005 2006 2007 Enviados 2008 2009 Recebidos Fonte – Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAI). 6 – Recursos Humanos 2010 importantes ações de incentivo Durante os últimos anos foram instituídas à capacitação, o que culminou no crescimento do número de docentes qualificados, conforme Tab. I.06. Atingiu-se, em 2010, o índice de 79,5% de docentes titulados com mestrado ou doutorado – número que chegará a 85% no final de 2011, com a obtenção de títulos de docentes em capacitação. Em decorrência destes indicadores, observa-se a necessidade de uma política de incentivo à capacitação para docentes que possuem apenas mestrado, de forma a elevar a proporção de doutores na Instituição. Além disso, a tabela denota a necessidade de incentivo aos estágios de pósdoutorado, consequência do aumento percentual do número de doutores, o que se articula com a melhoria dos programas de pós-graduação e com o desenvolvimento dos grupos de pesquisa. 54 PDI | CEFET-MG dos docentes Tab.I.06 – Qualificação – 2005-2010 Especialistas Mestres Doutores Graduados Ano Total N % N % N % N % 2005 489 54 204 41,7 153 31,3 78 16,0 11,0 2006 554 46 8,3 191 34,5 198 35,7 119 21,5 570 41 2007 7,2 177 31,1 223 39,1 12922,6 2008 606 37 6,1 156 25,7 250 41,3 163 26,9 2009 639 31 4,9 140 21,9 283 44,2 185 29,0 2010 683 28 4,1 112 16,4 345 50,5 198 29,0 Fonte – Relatórios de Gestão 2005-2010 e Coordenação Geral de Administração de Pessoal. Gráf. I.14 – Número de docentes permanentes (efetivos) 700 600 554 570 2006 2007 606 639 683 489 500 400 300 200 100 0 2005 2008 2009 2010 Fonte – Relatórios de Gestão 2005-2010 e Coordenação Geral de Administração de Pessoal. PDI | CEFET-MG 55 Gráf. I.15 – Qualificação dos docentes permanentes em 2005 Pós-graduados 89,0% Graduados 11,0% Especialistas 46,9% Doutores 17,9% Mestres 35,2% Fonte – Relatórios de Gestão 2005-2010 e Coordenação Geral de Administração de Pessoal. Gráf. I.16 – Qualificação dos docentes em 2010 Pós-graduados 95,9% Graduados 4,1% Especialistas 17,1% Mestres 52,7% Doutores 30,2% Fonte – Relatórios de Gestão 2005-2010 e Coordenação Geral de Administração de Pessoal. Destaca-se ainda a ampliação do nível de titulação do corpo técnicoadministrativo, em especial, de especialistas e mestres (vide Tab I.07). As políticas de incentivo à capacitação deverão ampliar as oportunidades para a especialização e a obtenção de títulos de pós-graduação stricto sensu no nível de mestrado. 56 PDI | CEFET-MG Tab. administrativos dos técnicos I.07 – Qualificação 2005-2010 Nível Nível Mestres Doutores Graduados Especialistas médio Ano Total fundamental % N % N % N % N % N N % 80 1 2005 416 41 9,9 14835,6 130 31,2 19,2 16 3,9 0,2 2006 436 39 8,9 157 36,0 129 29,5 95 21,7 15 3,6 1 0,3 2007 469 37 7,9 205 43,7 158 33,7 52 11,1 16 3,4 1 0,2 2008 504 34 6,7 228 45,2 150 29,9 73 14,5 18 3,5 1 0,2 2009 544 34 6,3 232 42,6 152 27,9 104 19,1 21 3,9 1 0,2 2010 555 96 17,3 149 26,8 119 21,5 161 29,0 28 5,0 2 0,4 Fonte – Relatórios de Gestão 2005-2010 e Coordenação Geral de Administração de Pessoal. Gráf. I.17 – Técnicos administrativos 600 500 416 436 2005 2006 469 504 544 555 2009 2010 400 300 200 100 0 2007 2008 Fonte – Relatórios de Gestão 2005-2010 e Coordenação Geral de Administração de Pessoal. PDI | CEFET-MG 57 Gráf. I.18 – Qualificação dos técnicos administrativos em 2005 Ensino Médio 35,6% Graduados e Pós-graduados 54,5% Graduados 57,3% Especialistas 35,2% Doutores 0,5% Ensino Fundamental 9,9% Mestres 7% Fonte – Relatórios de Gestão 2005-2010 e Coordenação Geral de Administração de Pessoal. Gráf. I.19 – Qualificação dos técnicos administrativos em 2010 Ensino Médio 26,8% Ensino Fundamental 17,3% Graduados e Pós-graduados 55,9% Graduados 38,4% Doutores 0,7% Especialistas 51,9% Mestres 9% Fonte – Relatórios de Gestão 2005-2010 e Coordenação Geral de Administração de Pessoal. 58 PDI | CEFET-MG 7 – Recursos orçamentários a Tab. I.08 apresenta a evolução do orçamento Na esfera da gestão, anual, de 2005 a 2010, incluídas as despesas de pessoal. Tab. I.08 – Orçamento – 2005-2010 Ano Valor (R$) 2005 88.943.311,73 2006 106.438.514,35 2007 122.376.373,89 2008 136.115.113,66 2009 172.885.569,09 2010 197.634.650,73 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e COPLAN. Gráf. I.20 – Orçamento anual do CEFET-MG 197,6 1:1.000.000 200 172,9 150 122,4 136,1 106,4 100 88,9 50 0 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte – CEFET-MG em números 2005-2010 e COPLAN. 2010 PDI | CEFET-MG 59 II - Políticas para 2011-2015 A - Diagnóstico 1 – Função social, finalidades e áreas de atuação acadêmica O CEFET-MG tem como função social relacionar-se criticamente às demandas societárias relativas a: • formação do cidadão crítico, competente e solidário no exercício profissional técnico e tecnológico, sobretudo nas áreas de sua atuação e capaz de participar ativamente nos demais setores da vida social, interferindo na construção de um projeto de nação democrática e igualitária; • participação no desenvolvimento científico, tecnológico e socio cultural inclusivo e sustentável, pela contribuição institucional ao desenvolvimento da inovação tecnológica e da pesquisa, particularmente aplicada, relacionadas ao contexto nacional, em especial ao da Região Sudeste e do Estado de Minas Gerais; • construção de políticas e ações de extensão, em que se equilibram o pólo da prestação de serviços públicos e disseminação da cultura com o pólo da integração escola-comunidade e a construção cultural; e • sua própria construção como uma instituição pública e gratuita que seja protótipo de excelência no âmbito da educação tecnológica. A instituição assume-se como uma IFES que tem a responsabilidade de ser partícipe da transformação social comprometida com um projeto de modernidade inclusiva e de desenvolvimento sustentável, pautada pelos valores da competência científico-tecnológica, da autonomia, da ética, da igualdade e solidariedade humanas. Nesse sentido reconhece, também, seu dever da prestação de contas à sociedade e de se autoavaliar na busca contínua de cada vez mais elevados padrões de excelência educacional, particularmente na área tecnológica. PDI | CEFET-MG 61 O exposto que expressa a prática atual e as práticas projetadas para os próximos cinco anos, encontra sua explicitação mais detalhada nas finalidades que estão presentes no Artigo 2º do novo Estatuto da instituição, aprovado pela Resolução CD n. 069 de 02/06/2008: “I – produzir, transmitir e aplicar conhecimentos por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, de forma indissociada e integrada à educação do cidadão, na formação técnico-profissional, na difusão da cultura e na criação científica e tecnológica, filosófica, artística e literária; II – estimular o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, a criação e o pensamento crítico-reflexivo, a solidariedade nacional e internacional, com vistas à melhoria das condições de vida da comunidade e à construção de uma sociedade justa e democrática; III – formar cidadãos, diplomar e propiciar a formação continuada de profissionais nas diferentes áreas de conhecimento, visando ao exercício de atividades profissionais e à participação no desenvolvimento da sociedade; IV – estimular o conhecimento dos problemas da sociedade, em particular os nacionais e regionais, na perspectiva de buscar soluções para as necessidades e demandas sociais; V – assegurar a gratuidade de ensino, entendida como não-cobrança de anuidade, taxas ou mensalidades nos cursos de oferta regular ministrados na instituição.” Assim, tem-se como síntese: Função social da instituição Promover a educação com excelência, na área da Educação Tecnológica, do nível técnico à pós-graduação, mediante atividades de ensino, pesquisa e extensão que propiciem, de modo crítico competente e solidário, a formação integral de cidadãos e profissionais capazes de contribuir para o desenvolvimento inclusivo e sustentável. 62 PDI | CEFET-MG Finalidades • Produzir, transmitir e aplicar conhecimentos por meio do ensino, da pesquisa e da extensão. • Estimular o desenvolvimento da ciência e tecnologia, a criação e o pensamento crítico-reflexivo e a solidariedade. • Formar cidadãos e propiciar a formação continuada de profissionais. • Estimular o conhecimento dos problemas da sociedade, objetivando suas soluções. • Assegurar a gratuidade de ensino. Nessas condições, a instituição vem buscando atender à demanda de técnicos de nível médio, de ensino superior, de professores, de espe cialistas e de pós-graduados na área tecnológica, contribuindo não apenas para a expansão da economia mineira, mas para o processo de desenvolvimento cultural e socioeconômico do Estado e do país. Essa demanda é contemplada por suas atividades de ensino, pesquisa e extensão que se fortalecem com as parcerias, os acordos e outras ações interinstitucionais nos âmbitos nacional e internacional, além da divulgação científico-tecnológica, das políticas e práticas na área da comunicação social. Conforme já exposto, o CEFET-MG atua na Educação Profissional Técnica de Nível Médio e, em conformidade com a Resolução CNE/CEB n. 03, de 9/07/2008, que dispõe sobre a instituição e a implantação do Catálogo nacional de cursos técnicos de nível médio, desenvolve, atualmente, atividades nos seguintes eixos tecnológicos: ambiente, saúde e segu rança; controle e processos industriais; informações e comunicações; infraestrutura; produção cultural e design; recursos naturais. No ní vel superior, também conforme expresso, no âmbito da educação tec nológica, a instituição desenvolve atividades predominantemente nas áreas das engenharias, ao lado das áreas das ciências exatas e da terra, ciências humanas, ciências sociais aplicadas e linguística, letras e artes. PDI | CEFET-MG 63 Nesse contexto, especial relevo deve ser atribuído à política de aten dimento aos discentes, cujas linhas gerais estão apresentadas neste documento. Também se encontram expressas no documento as políticas e programas correspondentes a cada uma das áreas de atuação – ensino, pesquisa e extensão – além da área de apoio, a administração. 2 – Gestão institucional – Organização administrativa O modelo de gestão institucional praticado pela instituição pode ser caracterizado como gestão por princípios e objetivos. Isto significa que os princípios, os objetivos e as metas gerais norteiam a política da instituição, materializada em programas com seus respectivos objetivos. Entre os princípios gerais, salienta-se a importância da participação como ferramenta de gestão. Quanto à organização administrativa, ela se encontra definida no Estatuto atual, aprovado pela Resolução CD n. 069 de 02/06/2008. O Estatuto busca contemplar as condições administrativa e acadêmica do CEFET-MG, cuja realidade supera as definições do antigo Estatuto. De acordo com o Capítulo IV do Estatuto atual, a organização administrativa da instituição compreende: • Órgãos colegiados superiores: Conselho Diretor e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão; • Órgão executivo superior: Diretoria Geral; • Órgãos colegiados especializados: Conselho de Educação Profissional e Tecnológica, Conselho de Graduação, Conselho de Pesquisa e Pósgraduação, Conselho de Extensão e Desenvolvimento Comunitário, Conselho de Planejamento e Gestão; • Órgãos executivos especializados: Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica, Diretoria de Graduação, Diretoria de Pesquisa e Pósgraduação, Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário, Diretoria de Planejamento e Gestão; 64 PDI | CEFET-MG • Órgãos colegiados das unidades: congregações de unidades; • Órgãos executivos das unidades: diretorias de unidades; • Órgãos de controle: Auditoria Interna; • Órgão seccional: Procuradoria Federal; • Órgãos colegiados de coordenação de curso: colegiados de curso; • Órgãos administrativos necessários ao funcionamento das atividades fim da instituição, organizados por áreas do conhecimento: departamentos, no âmbito do ensino superior, e coordenações de áreas, no âmbito do ensino profissional e tecnológico; • Órgãos administrativos necessários ao funcionamento das atividades meio da instituição; • Órgãos suplementares, vinculados à Diretoria Geral, e órgãos comple mentares, vinculados às demais diretorias. Como parte do processo de implantação do novo Estatuto, a Resolução CD n. 122 de 21/11/2007, alterada pela Resolução CD n. 039/11 de 04/04/2011, aprovou a reorganização administrativa da instituição no âmbito das diretorias, que passaram a ter a estrutura a seguir: Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação • S ecretaria da Diretoria de Pesquisa Pós-graduação •C oordenação geral do programa de pós-graduação lato sensu •C oordenação geral de programas de fomento à pesquisa e pós-gra duação •C oordenação geral de inovação tecnológica e propriedade intelectual •C oordenação geral de divulgação científica e tecnológica PDI | CEFET-MG 65 Diretoria de Graduação • Secretaria da Diretoria de Graduação • Coordenação geral de avaliação de ensino de graduação • Coordenação geral de desenvolvimento e acompanhamento da graduação • Coordenação geral de programas de fomento à graduação Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica • Secretaria da Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica • Coordenação geral de avaliação de educação profissional e tecnológica • Coordenação geral de desenvolvimento e acompanhamento da educação profissional e tecnológica • Coordenação geral de programas de fomento à educação profissional e tecnológica Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário • Secretaria da Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário • Coordenação geral de programas de extensão e desenvolvimento comunitário • Coordenação geral de transferência de tecnologia • Coordenação geral de atividades culturais • Coordenação geral de desenvolvimento estudantil Diretoria de Planejamento e Gestão • Secretaria da Diretoria de Planejamento e Gestão • Coordenação geral de administração de pessoal • Coordenação geral de desenvolvimento de recursos humanos • Coordenação geral de planejamento e execução orçamentária • Coordenação geral de administração e finanças • Coordenação geral de convênios, contratos e prestação de contas • Coordenação geral de infraestrutura e desenvolvimento • Coordenação geral de laboratórios • Prefeitura 66 PDI | CEFET-MG 3 – Dados da caracterização institucional – 2010/2011 Caracterização geral • I nstituição centenária. •A utarquia de regime especial, vinculada ao MEC, detentora de autonomia administrativa, científica, patrimonial, financeira e disciplinar. •D esenvolve, de forma indissociada e verticalizada, o ensino, a pesquisa e a extensão, na área da educação tecnológica, abrangendo os níveis médio e superior de ensino. •A tuação no Estado de Minas Gerais, com 10 campi. No início de 2011 • 1 .236 servidores efetivos • 6 81 professores: 82% doutores e mestres • 5 55 técnicos administrativos: 191 pós-graduados, incluindo doutores, mestres e especialistas • 1 4.059 matrículas (nível médio: 7.593; graduação: 5.812; pós-graduação lato sensu: 95; mestrado: 559) PDI | CEFET-MG 67 Inserção regional Infraestrutura física Quadro II.01 – Área física em 2010 Campus I II Localização Belo Horizonte Construída (m²) Total (m²) 43.541,73 29.990,00 41.525,65 77.090,00 III Leopoldina 9.251,46 17.986,02 IV Araxá 5.961,78 53.613,84 V Divinópolis 8.180,04 35.916,73 VI Belo Horizonte 4.269,25 4.723,17 VII Timóteo 5.368,85 26.074,37 VIII Varginha 5.549,56 54.981,00 IX Nepomuceno 2.496,68 6.552,00 X Curvelo 3.678,69 47.444,00 XI Contagem* – 78.437,50 129.823,69 432.808,63 Total Fonte – Relatório de Autoavaliação do CEFET-MG – 2010. * O campus de Contagem passará a funcionar a partir de 2012. As obras estão em fase de construção. 68 PDI | CEFET-MG ÁREAS DE ATUAÇÃO ACADÊMICA Ensino Quadro II.02 – Cursos de educação profissional técnica de nível médio em 2010 Curso Início da oferta Campus Edificações 1979 II,IV,VIII e X Eletromecânica 1981 I, III, V e VII Eletrônica 1981 I e IV Eletrotécnica 1960 I,III,IX e X Equipamentos Biomédicos 2005 I Estradas 1965 I Informática 1989 II,III, VII e VIII Informática para Internet 2007 V Mecânica 1944 I,III,IV e VII Mecatrônica 2006 I,VIII e IX Meio Ambiente 1999 IeX Metalurgia 2007 VII Mineração 1992 IV Produção de Moda 1996 V Química 1999 I e VII Rede de Computadores 2010 II e IX Transportes e Trânsito 2001 I Turismo e Lazer 1998 I Fonte – Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica – Agosto de 2011. PDI | CEFET-MG 69 Quadro II.03 – Cursos de graduação em 2010/2011 Curso Engenharia Elétrica Engenharia Mecânica Início da oferta 1979 Campus II II Formação Pedagógica de Docentes* 1981 VI Tecnologia em Normalização e Qualidade Industrial** 1995 II Engenharia de Produção Civil Tecnologia em Radiologia** Engenharia de Controle e Automação Engenharia de Automação Industrial Química Tecnológica (Bacharelado) Administração Engenharia de Computação Engenharia Mecatrônica Engenharia de Materiais Engenharia de Computação Engenharia Ambiental Engenharia de Minas Letras (Bacharelado) 1999 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Fonte – Diretoria de Graduação – Agosto de 2011. * A formação de docentes é ofertada na forma de Programa. ** Os cursos de tecnologia foram desativados em 2007. 70 PDI | CEFET-MG II II III IV I II II V I VII I IV I Quadro II.04 – Pós-graduação stricto sensu em 2010 Mestrado Início da oferta Educação Tecnológica Modelagem Matemática e Computacional 2005 Engenharia Civil 2006 Engenharia de Energia 2007 Engenharia Elétrica Estudos de Linguagens Engenharia de Materiais 2008 2010 Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação – Agosto de 2011. PDI | CEFET-MG 71 Pesquisa Quadro II.05 – Grupos de pesquisa no Diretório de Grupos do CNPq – 2011 (Continua) N° Grupo Área de conhecimento Linha de pesquisa / Temática Início da atuação 01 Teoria e metodologia do ensino tecnológico Ciências Humanas: Educação Processos formativos em educação tecnológica 1994 02 Estudo de compósitos através do método dos elementos finitos Emprego de compósitos na engenharia civil, Modelos computacionais em elementos finitos para compósitos 03 Grupo de estudos em energia Controle com alto desempenho de máquinas elétricas e acionamentos industriais, Con versores estáticos e sistemas autônomos de geração de energia, Eficiência e qualidade de energia, Eficiência energética em edifícios, Monitoramento e diagnóstico de falhas em equipamentos, Proteção de redes de distribuição 04 Técnicas de processa mento de sinais, teleco municações aplicação de wavelets, processa mento multitaxas. Reconhecimento de padrões, processamento de imagens. Sensoriamento Remoto, Sinais Biomédicos * 05 HVAC&R – Heating, ventilation, air conditioning and refrigeration 72 PDI | CEFET-MG Engenharias Sensoriamento remoto e geoprocessamento, Técnicas de processamento de sinais e aplicações, Telecomunicações Aproveitamento de energia, Aquecimento solar; Cogeração, Fotovoltáico, Geração heliotérmica – eletricidade, Motores de combustão interna, Refrigera ção comercial e industrial, Simulação energética de edificações, Simulação numérica e métodos computacionais aplicados à termo-fluidodinâmica, Sistemas de ar condicionado, Sistemas de bomba de calor, Sistemas de termoacumulação, Transferência de calor em escoamentos bifásicos 1997 (Continua) N° Grupo 06 AMTEC –Analogias e metáforas na tecnologia, educação e ciência 07 08 INFORTEC – Núcleo de pesquisa em linguagem e tecnologia Área de conhecimento Ciências Humanas Sistemas inteligentes 09 Engenharia de desempenho de sistemas computacionais 10 FORQUAP –Formação e qualificação profissional Ciências Exatas e da Terra Ciências Humanas Linha de pesquisa / Temática Fundamentos e práticas educativas no ensino de ciência e tecnologia; Linguagem, cognição e tecnologia Aprendizagem mediada por computador;Leitura, escrita e novas tecnologias;Literatura e novas tecnologias 1999 Estruturas de dados sucintas, Medições de desempenho na Internet e na web, Modelagem, avaliação e análise de sistemas computacionais, Redes complexas 2002 Processos formativos em educação tecnológica Fundamentos e práticas educativas no ensino de ciência e tecnologia LACTEA – Interações sóciotécnicas 12 Usinagem 13 Modelamento matemático e otimização Estudos de problemas de otimização combinatória, Métodos matemáticos de otimização Geociências Complexos alcalinos carbonalíticos, Ensino de geologia, Geologia da faixa Brasília, Geologia estrutural, Sensoriamento remoto e geoprocessamento, Tratamento de minérios 14 Textura superficial de peças usinadas, Usinabilidade dos materiais, Usinagem dos materiais Ciências Exatas e da Terra 15 Simulação, geoprocessa mento e sistemas de transporte 1998 Agentes inteligentes, Engenharia de software, Métodos matemáticos aplicados a sistemas inteligentes, Sistemas de informação 11 Engenharias Início da atuação 2002 2004 Métodos e técnicas de simulação de sistemas, Sistemas de informação geográfica, Sistemas de transporte PDI | CEFET-MG 73 (Continua) N° Grupo 16 GEA – Grupo de eletromagnetismo aplicado 17 Núcleo de engenharia de confiabilidade e manutenção de sistemas 18 Tecnologia de alimentos 19 Grupo de estudos em sistemas complexos Área de conhecimento Engenharias Ciências Agrárias Ciências Exatas e da Terra 20 21 22 23 Linha de pesquisa / Temática Início da atuação Eletromagnetismo aplicado 2004 Análise de confiabilidade de sistemas; Análise de falhas em materiais; Confiabilidade de sistemas energéticos 2005 Modelagem computacional de processos, Qualidade de alimentos, Tecnologia de produção de alimentos Processos estocásticos, Sistemas granulares, Sistemas quânticos Sistemas dinâmicos Métodos matemáticos aplicados, Sistemas dinâmicos clássicos, Sistemas dinâmicos quânticos NEMHE – Núcleo de estudos de memória, história e espaço Fundamentos e práticas educativas no ensino de ciência e tecnologia; História, ciência e educação profissional; Processos formativos em educação tecnológica Ciências Humanas Materiais e processos Biomateriais, Metalurgia física e caracterização de materiais, Processo de fabricação (soldagem) Mecânica computacional aplicada Inteligência computacional, Laminação, Método de elementos finitos - mecânica dos sólidos não-linear, Método de elementos finitos generalizados 24 Modelagem e controle de sistemas mecatrônicos 25 Discurso, cultura e poesia 74 PDI | CEFET-MG Engenharias Aproveitamento de energia, Automação de processos, Processos de fabricação, Robótica e visão computacional, Sistemas de controle, Vibrações mecânicas Linguística, Letras e Artes Discurso, cultura e tecnologia 2006 (Continua) Área de conhecimento Linha de pesquisa / Temática N° Grupo 26 Análise e modelagem de sistemas ambientais Avaliação e manejo de sistemas ambientais, Modelagem de sistemas ambientais 27 Desenvolvimento e adequação de materiais de construção sustentáveis Compósitos de matrizes à base de cimento, Concreto celular autoclavado, Fibrocimentos sem amianto, Resíduos agroindustriais como matérias-primas de materiais de construção 28 Fabricação mecânica Automação e robótica, Processos de soldagem, Processos de usinagem Engenharias Modelagem numérica de estruturas e materiais Análise térmica de materiais e estruturas, Dinâmica nãolinear, Geometria computacional e padrões de projeto, Sistemas estruturais 30 RECICLOS –Resíduos sólidos industriais Ambiência e conforto térmico; Escória de aciaria - aplicações em obras de engenharia; Reciclagem, resíduos sólidos industriais; Resíduos de corte de granito - aplicações em engenharia civil; Resíduos do processamento de ardósia aplicações em engenharia civil 31 AVACEFETMG Educação a distância, Formação de professores, Laboratório de informática, Software educativo 32 PROGEST 33 LOGOS – Logística, organizações e sustentabilidade 29 34 Ciências Humanas Ciências Sociais Aplicadas Arquitetura e construção sustentável CEFETRANS 2007 Formação e qualificação profissional Engenharias 35 Início da atuação Gestão de processos, Gestão financeira, Sustentabilidade da cadeia de suprimentos 2008 Eco-concepção arquitetônica, Emprego de materiais sustentáveis, Racionalização construtiva ArcPav – Pavimento arqueado, Estudos geotécnicos em pavimentação, Operações de transporte PDI | CEFET-MG 75 (Continua) Área de conhecimento Linha de pesquisa / Temática N° Grupo 36 Eletromecânica Materiais e processos de fabricação, Projeto de máquinas e processos de fabricação Engenharia de materiais e processos Aplicação e desenvolvimento de materiais, Caracterização de materiais, Desenvolvimento de técnicas e materiais sustentáveis, Otimização dos processos de beneficiamento de materiais, Otimização dos processos de fabricação, Simulação computacional por elementos finitos, Tecnologias de elaboração da linguagem acadêmica 37 Engenharias Secagem solar 39 Letramentos, processos discursivos e tecnologias* Linguística, Letras e Artes Escrita, leitura e processos interdiscursivos 40 GRAAL – Grupo de redes, automação e algoritmos Ciências Exatas e da Terra Processamento de sinais, Redes de computadores, Redes industriais, Sistemas embarcados 42 Educação e ciência NEFIQC – Núcleo de estudos em física e química computacional 76 PDI | CEFET-MG 2008 Projeto, construção e análise de secadores 38 41 Início da atuação Ciências Humanas Cotidiano escolar, Formação de professores Ciências Exatas e da Terra: Química Estudos de metabolismo e transporte de derivados do losartan, Ferramentas computacionais aplicadas à modelagem de sistemas,Identificação e classificação automáticas de evidências químicas em bancos de patentes, Planejamento racional de fármacos aplicado a doenças neurodegenerativas,Técnicas computacionais para análise conformacional 2009 A partir de maio de 2009 (Continua) N° Grupo Área de conhecimento Linha de pesquisa / Temática 43 Nanotecnologia e nanomateriais Ciências Exatas e da Terra; Química Biomateriais, Estudo nanoestrutural de materiais poliméricos, Síntese e caracterização de nanodispositivos magnéticos baseados em ferritas e ciclodextrinas, Sistemas de liberação controlada por dissociação iônica, Uso de surfactantes catiônicos como inibidores de corrosão...,Utilização do pósitron como sonda subnanométrica no estudo da matéria condensada 44 Apoio ao planejamento da coleta seletiva solidária Engenharias: Engenharia de Materiais e Metalúrgica Coleta seletiva solidária 45 GPIT – Grupo de pesquisa e inovação tecnológica Engenharias: Engenharia Mecânica Inovação tecnológica 46 Tratamento de água, efluentes e rejeitos Engenharias: Engenharia Sanitária Manejo de resíduos e rejeitos 47 Controle, automação e energia Engenharias: Engenharia Elétrica Energia alternativa,Inteligência computacional, Modelagem e simulação de sistemas dinâmicos,Sistemas eletrônicos e mecânicos aplicados a controle e automação 48 FICITEC – Filosofia da ciência e da tecnologia Ciências Humanas: Educação Filosofia da ciência e da tecnologia 49 Grupo de pesquisa e desenvolvimento em alvenaria estrutural Engenharias: Engenharia Civil Análise e projeto de estruturas em alvenaria;Materiais, Componentes da construção e processos construtivos em alvenaria. 50 PIIM - Pesquisas interdisciplinares em informação multimídia Ciências Exatas e da Terra: Ciência da Computação Análise do discurso midiático, Linguística aplicada, Processamento de imagens digitais, Recuperação de informação multimídia, Semiótica, Sistemas de informação multimídia, Visão computacional Início da atuação A partir de maio de 2009 PDI | CEFET-MG 77 (Conclusão) N° Grupo Área de conhecimento Linha de pesquisa / Temática 51 Desenvolvimento de biopolímero para aplicações tecnológicas Engenharias: Engenharia de Materiais e Metalúrgica Biomateriais, Biopolímeros, E-Lixo, Embalagem inteligente, Neuroimplantes 52 Otimização e Projeto de Algoritmos Ciências Exatas e da Terra: Ciência da Computação Heurísticas, Otimização Combinatória, Projeto de Algoritmos 53 Núcleo de energias alternativas e eletrônica industrial Engenharias: Engenharia Elétrica Aproveitamento de resíduos sólidos em geração de energia elétrica, Células combustíveis Paralelismo de Inversores 54 Formação e produção científica integrada à EJA Processos formativos em educação tecnológica Ciências Humanas: Educação A Lógica da ciência e o desenvolvimento tecnológico, As Linguagens no mundo da ciência e da tecnologia, Ciência, Tecnologia e sociedade, Divulgação científica, O Ensino e a formação técnica e tecnológica 55 Ciência, tecnologia e linguagem 56 Tecnopoéticas – Poéticas, telemáticas, cibernéticas e impressas Lingüística, Letras e Artes: Letras Discurso, cultura e tecnologia 57 NEAB – Núcleo de pesquisa e estudos afro-brasileiros Ciências Humanas e Ciências Sociais Processos formativos em educação tecnológica Início da atuação A partir de maio de 2009 Fonte – Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação – Agosto de 2011. * Nome dos grupos quando criados: N°4 - Técnicas de processamento de sinais N°39 - Processos discursivos e novas tecnologias Não consta da lista um dos grupos de pesquisa de 2010, pois o docente que o coordenava saiu da Instituição. 78 PDI | CEFET-MG Extensão Quadro II.06 – Principais ações da extensão em 2011 (Continua) Programa e atividades Início Extensão comunitária e cultural Coral CEFET Minas Sediado no campus I, é composto basicamente por alunos e ex-alunos dos cursos oferecidos pela Instituição, contando também com a participação de funcionários e pessoas da comunidade externa. 1964 Programa NEAC Apoio a projetos e montagens de protótipos pelos alunos da Instituição, visando a competição nacional e internacional. 2004 Grupo Assum Preto Realização de estudos e pesquisas folclóricas, focados na divulgação da dança e da música folclórica por meio de apresentações artísticas, didáticas, gincanas, formaturas e shows beneficentes na região. 2005 PROMINP – Formação de mão de obra para a indústria nacional de petróleo Cursos para a formação de mão de obra para a indústria nacional do petróleo, voltados para as áreas de exploração, produção, transporte marítimo, abastecimento, gás e energia e de transporte dutoviário. Telecentro Promoção da inclusão digital e oferecimento de ambiente de estudo e aprendizado para a comunidade, minimizando a exposição dos jovens a situações de risco. Festival de Arte e Cultura Realização anual com o objetivo de abrigar e fomentar manifestações culturais e artísticas produzidas no âmbito da instituição ou fora dela. Gestão em canteiro de obras PROGEST, selecionado para o PROEXT 2007, cujo objetivo é a capacitação de trabalhadores da construção civil para atuarem como encarregados, mestres-de-obras e gestores das diferentes atividades dos canteiros de obras. Alunos, supervisionados por professores, realizam os cursos de capacitação. Curso de aperfeiçoamento em Metalurgia no Vale do Aço Capacitação técnica de pessoal de nível médio. Janela para o Trabalho Realização de atividades sobre o mundo do trabalho na rede de ensino de Contagem-MG (3° ciclo regular e EJA) e nas unidades da FUNEC. Polo presencial de bacharelado e licenciatura em Língua Brasileira de Sinais Formar tradutores, intérpretes e professores para o ensino da língua brasileira de sinais. 2006 2007 2008 PDI | CEFET-MG 79 (Continua) Programa e atividades Início Extensão comunitária e cultural Ciclo de palestras Outros Olhares sobre a Ciência Ampliação do conhecimento de jovens e adultos da região do Vale do Aço sobre temas científicos e tecnológicos. Curso de Libras para servidores do CEFET-MG Ampliação do conhecimento e difusão da língua brasileira de sinais. Jornada da Rede Franco-Lusófona, Ergologia, Trabalho e Desenvolvimento Discussão das bases teóricas e práticas da articulação trabalho/desenvolvimento, do ponto de vista ergológico, visando a organização e funcionamento da Rede Ergologia. Núcleo de estudos Afro-brasileiros Produção de saberes, formação de docentes e promoção de atividades. Operação Brasil 10 Promoção do intercâmbio sóciocultural Brasil/ França, junto às populações menos favorecidas, por meio de reforma e ampliação de creches em BH. PROEJA FIC – Programa de Educação de Jovens e Adultos – Formação Inicial Continuada Qualificação de alunos da EJA das escolas municipais de Belo Horizonte, Betim, Campo Belo e Itabirito com cursos de pedreiro e soldador. Programa Revelando Talentos (Modulos I, II e III) Cursos de ceramista, pintura imobiliária e info- inclusão digital, para portadores de síndrome de down e de outras necessidades especiais. Programa de seminários científicos e tecnológicos (PROSCITEC) em Timóteo Ampliação dos conhecimentos extracurriculares dos alunos dos cursos profissionalizantes. Feira de Educação Ambiental do campus IX Divulgação do Programa Coleta Seletiva Solidária e Educação Ambiental das comunidades interna e externa, em Nepomuceno. Programa Astronomia no Vale do Aço: um novo olhar para o céu Promoção da cultura e da educação científica na comunidade do Vale do Aço, por meio de palestras, sessões de observação, visitas de escolas locais e encontros. Ciranda: atividades lúdicas e culturais Oficinas de vivência de jogos e brincadeiras, cantigas e danças para alunos de 6 a 14 anos de escola municipal de Curvelo. Curso de Atualização para docentes na área de matemática Atualização dos conhecimentos de matemática para docentes do município de Timóteo. 80 PDI | CEFET-MG 2009 2010 (Continua) Programa e atividades Início Extensão comunitária e cultural Curso Uso de indicadores e informações na administração pública municipal voltada para resultados Capacitação de gestores municipais, coordenado pela Agência Metropolitana da RMBH, contemplando municípios da região. PROEXT Difusão da tecnologia de secagem para produção de alimentos desidratados. Azimute Norte Desporto Orientação no CEFET-MG Difusão da prática do desporto associada aos conhecimentos de geografia, biologia e educação física. 2010 2011 Cooperação técnica e prestação de serviços Incubadora de Empresas do CEFET-MG – Nascente Apoio ao desenvolvimento de projetos tecnológicos da cultura empreendedora, pela geração de novas empresas, postos de trabalho e fluxo contínuo de inovações. Apoio técnico-pedagógico junto às prefeituras municipais Implantação, desenvolvimento, acompanhamento e avaliação de cursos de educação profissional técnica de nível médio em Itabirito, Contagem, Vespasiano, Betim e Poços de Caldas. Arranjo produtivo local (APL) – Pedra Sabão Realização de ações na região de Ouro Preto e Mariana, para beneficiar pequenos empreendedores sem acesso a tecnologias de produção. Programa Artes e Ofícios Colaboração com Prefeitura Municipal de BH na construção da formação educacional dos alunos da rede municipal de ensino, preparando os alunos concluintes do ensino fundamental para a participação no processo seletivo para ingresso nos cursos de nível médio da instituição. Avaliação do Programa Segundo Tempo Avaliação, monitoramento e colaboração de professores para os Núcleos do Programa em Minas Gerais. Elaboração de laudos técnicos de imóveis sinistrados Preparação de laudo técnico de imóveis sinistrados para mutuários da Caixa Econômica Federal. Observatório e laboratório de moda Desenvolvimento de atividades multidisciplinares e interinstitucionais para observação e realização de projetos experimentais inovadores, voltados para o setor de confecção do município de Divinópolis. Sul América Avaliação de patologias em construções residenciais. 2000 2005 2007 2008 PDI | CEFET-MG 81 (Conclusão) Programa e atividades Início Cooperação técnica e prestação de serviços Cefet Solidário Colaboração com outras Instituições para reformulação de instrumentos legais e gerenciais, adequando-os à legislação vigente e às necessidades e realidade das instituições. Convênio com a Fundação Cultural e Educativa Água Viva Cooperação mútua para o desenvolvimento de ações e serviços de radiodifusão em frequência modulada, de caráter educativo, sem fins lucrativos. Materiais cerâmicos e suas aplicações Consultoria para implantação do Museu das Minas e do Metal na praça da Liberdade em BH. Mobilidade urbana no município de Betim Desenvolvimento, aperfeiçoamento e implantação de sistemas de gestão da mobilidade urbana, no município de Betim. Curso de qualificação profissional para eletricistas de linhas de transmissão e subestação – Método linha viva Formação de técnicos em eletrotécnica e colaboradores da empresa Engelmig. 2009 2010 Desenvolvimento estudantil Bolsa Alimentação Almoço ou jantar subsidiados ou custeados, oferecidos no restaurante estudantil. 1980 Bolsa Permanência Suporte financeiro continuado aos estudantes de comprovada carência econômica que apresentem dificuldades para manter os gastos com suas despesas escolares. 1981 Bolsa Emergencial Suporte financeiro aos estudantes cuja condição de permanência na escola encontra-se temporariamente comprometida, em função de dificuldades sócioeconômicas. 1995 Bolsa de Complementação Educacional Suporte financeiro continuado e complementação de aprendizagem mediante o desenvolvimento de atividades afins aos conhecimentos teóricos do curso em que o estudante está matriculado. 1999 Fonte – Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário – Agosto de 2011. 82 PDI | CEFET-MG Inserção internacional Quadro II.07 – Acordos e programas de cooperação acadêmica internacional em 2011 (Continua) Instituição Assinatura Abrangência Hochschule München (Universidade de Ciências Aplicadas de Munique) – Alemanha 07/03/1997 Intercâmbio de estudantes, docentes e docentes pesquisadores da área das engenharias. Ostfalia Hochschule für Angewandte Wissenschaften (Universidade de Ciências Aplicadas da Ostfalia) – Alemanha 20/11/1997 Intercâmbio de estudantes e docentes da área das engenharias. Hochschule Karlsruhe (Universidade de Ciências Aplicadas de Karlsruhe) – Alemanha 24/11/1997 Intercâmbio de estudantes, docentes e docentes pesquisadores das áreas das ciências exatas e da terrra (química), engenharias, e lingüística, letras e artes. PEC - G (Programa Estudante Convênio de Graduação) – Brasil 12/12/2007 Formação de estudantes de graduação da área das engenharias, oriundos de países em desenvolvimento, parceiros diplomáticos do Brasil. IASTE (International Association for the Exchange of Students for Technical Experience) 18/11/2008 Intercâmbio de estudantes para estágio remunerado no exterior nas áreas das ciências exatas e da terra (química), ciências sociais aplicadas (administração), engenharias e lingüística, letras e artes. KIT (Karlsruher Institut für Technologie) de Karslruhe – Alemanha 04/02/2009 Intercâmbio de docentes pesquisadores de diversas áreas. Central do Estudante – Brasil 03/2009 Formação de estudantes de nível médio, oriundos de diferentes países. CNAM (Le Conservatoire National des Arts et Métiers) de Paris – França 26/05/2009 Intercâmbio de docentes pesquisadores de diversas áreas. ELTE (Eötvös Lórand University) de Budapeste – Hungria 01/06/2009 Intercâmbio de estudantes, docentes e docentes pesquisadores das áreas das ciências humanas (educação) e lingüística, letras e artes. IUT 1 (Institut Universitaire de Technologie 1 ) de Grenoble – França 08/09/2009 Intercâmbio de estudantes, docentes e docentes pesquisadores das áreas das ciências exatas e da terra (química) e engenharias. PDI | CEFET-MG 83 (Conclusão) Instituição Assinatura Abrangência RSE S.p.A. (Ricerca sul Sistema Energetico) de Milão - Itália 18/09/2009 Intercâmbio de estudantes e docentes pesquisadores das áreas das ciências exatas e da terra (química) e das engenharias. UAI (Universidad Abierta Interamericana) – Argentina 19/11/2009 Intercâmbio de estudantes, docentes e docentes pesquisadores dos níveis médio e superior de diferentes áreas. Universidade do Porto – Portugal 19/11/2010 Intercâmbio de estudantes e docentes pesquisadores de diversas áreas. Université Lumière – Lyon 2 – França 2011 Intercâmbio de estudantes e docentes pesquisadores da pós-graduação na área de lingüística, letras e artes. Universidad de la Coruña 2011 Intercâmbio de estudantes e docentes pesquisadores da pós-graduação na área das engenharias. Fonte – Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAI) – Agosto de 2011. B – Objetivos, metas e programas Com base no histórico institucional e no diagnóstico realizado, o qual levou em conta a apreciação dos objetivos do período de 2005-2010 e o novo contexto institucional, foram definidos objetivos e metas gerais para o período de 2011-2015. A atuação institucional, no período anterior, enfatizou características de expansão com qualidade, incluindo ampliação da capacitação de seus recursos humanos, de preservação da autonomia, e de investimento dirigido para sua transformação em universidade especializada. Já este PDI 2011-2015 enfatiza outras propriedades, sem se desviar do projeto maior de transformação da instituição em Universidade Tecnológica. Em síntese, o PDI 2011-2015 se pauta pelas propriedades de consolidação e superação dos avanços alcançados, na direção dessa transformação e pelo caráter de organicidade em relação a políticas de inclusão e inserção social. Os objetivos e metas gerais que se delineiam para os próximos cinco anos, foram definidos como a seguir. 84 PDI | CEFET-MG OBJETIVOS GERAIS 01. C onsolidar e prosseguir com o desenvolvimento da cultura de aprimoramento e ampliação da atuação institucional, com a definição de marcos regulatórios e a avaliação contínua em todos os níveis e setores da instituição. 02. C onsolidar, ampliar e aprimorar, continuamente, as políticas sociais e as ações relativas à educação inclusiva e à proteção ambiental, atendendo criticamente às demandas societárias no campo da educação tecnológica. METAS GERAIS 01. M anter-se na condição de IFES verticalizada, assegurando a excelência no ensino, na pesquisa e na extensão. 02. R eforçar as características institucionais de IFES universitária, espe cializada na área tecnológica, visando a sua transformação na Uni versidade Tecnológica Federal de Minas Gerais. A política geral da instituição para o período em pauta materializase nas políticas específicas das quatro grandes áreas, estreitamente relacionadas: as três áreas de atuação institucional – o Ensino, englobando a educação profissional e tecnológica (EPT), a graduação (GRD) e a pósgraduação (PGR), a pesquisa e inovação tecnológica2 (PIT) e a extensão e desenvolvimento comunitário (EXT) – além da área da administração, aqui entendida como planejamento e gestão (PGE) e considerada essen cialmente como área de apoio às demais. Em cada uma dessas áreas, foram estabelecidos princípios e programas específicos que buscam atender aos princípios gerais, à função social e finalidades institucionais e aos objetivos e metas gerais, para os próximos cinco anos, definidos neste texto. 2 A pesquisa e a pós-graduação estão sob a gestão de uma única Diretoria, razão pela qual os pro gramas nas áreas estão organizados conjuntamente. Conforme se pode constatar pelos princípios correspondentes, isto não significa que a pesquisa se relaciona apenas ao nível de ensino de pósgraduação. PDI | CEFET-MG 85 As políticas das áreas mencionadas estão sob a responsabilidade das diretorias de: Educação Profissional e Tecnológica, Graduação, Pesquisa e Pós-graduação, Extensão e Desenvolvimento Comunitário, Planejamento e Gestão. Os programas das áreas agrupam-se em torno dos programas gerais evidenciando a interrelação entre as áreas institucionais. Os programas são os mediadores entre os princípios, a função social, as finalidades relativos à política institucional geral e os objetivos e metas estabelecidos para o período em pauta. Para efeito de seu desenvolvimento, os programas específicos em cada área poderão ser subdivididos em programas menores a serem definidos à medida que se mostrarem necessários a sua consecução. Os programas das áreas envolvem objetivos ou metas também específicos e que deverão orientar a definição de ações e produtos a serem desenvolvidos, tendo-se a participação da comunidade como elemento fundamental em sua definição. Dada a polissemia dos termos objetivos, metas e ações, o que implica sentidos e tratamentos diferentes a eles atribuídos, em diferentes contextos, para efeito deste PDI, entende-se por: • objetivos: ganhos político-pedagógicos e físico-materiais que se espera alcançar. Os objetivos possuem um caráter mais amplo em relação às ações institucionais e contemplam os propósitos relativos ao que se espera manter ou transformar, por meio de ações de aprimoramento, fortalecimento, consolidação, implementação, expansão ou diversifi cação e avaliação. Os objetivos específicos de cada programa são considerados metas, quando descritos na forma de produtos a serem obtidos, facilitando sua apreciação quantitativa e subsidiando diretamente o acompanhamento e a avaliação do desenvolvimento institucional; • ações: o que se realiza para o alcance dos objetivos. A rigor, cada ação é um sub objetivo, expressando o entendimento de que cada objetivo específico de um programa e, por extensão, os objetivos gerais, são conquistados de forma processual, e, assim, as ações são integradas pelos objetivos que lhes são correspondentes. Do ponto de vista de 86 PDI | CEFET-MG formulação, as ações se expressam por verbos que indicam, com muita clareza, atividades a serem realizadas. As ações e os produtos a serem desenvolvidos pelas áreas serão formulados e administrados pelas diferentes chefias e diretorias, tendo-se a participação como ferramenta de gestão. PROGRAMAS Pelo desenvolvimento dos programas do período 2011-2015, a instituição dará continuidade a sua trajetória, projetando a expansão e crescente melhoria institucional para os próximos cinco anos. A seguir estão explicitados os seis programas gerais com os programas específicos correspondentes. Os programas serão identificados por um código em que: os algarismos romanos indicam os programas gerais, as letras indicam a área/subárea em que um dado programa específico se situa – educação profissional e tecnológica (EPT), graduação (GRD), pós-graduação (PGR), pesquisa e inovação tecnológica (PIT), extensão e desenvolvimento comunitário (EXT), planejamento e gestão (PGE). Os programas transversais, que se referem a mais de uma área de atuação institucional, são indicados pela sigla TRA. Os algarismos arábicos indicam o(s) objetivo(s) ou meta(s) correspondente(s) a cada programa; quando mais de um (a), as indicações serão separadas por ponto. PDI | CEFET-MG 87 Quadro II. 08 – Programas gerais e por área – 2011-2015 (Continua) Programas gerais I Desenvolvimento e fomento do ensino Área Objetivos específicos Programas específicos EPT 01.02 Desenvolvimento e fomento da educação profissional e tecnológica GRD 01.02 Desenvolvimento e fomento da graduação PGR 01 Desenvolvimento e fomento da pósgraduação stricto sensu PGR 02 Desenvolvimento e fomento da pósgraduação lato sensu Fomento à pesquisa PIT II III IV Desenvolvimento e fomento da pesquisa e extensão Inclusão e inserção social Avaliação e regulação 88 PDI | CEFET-MG 01 Iniciação científica Política de inovação tecnológica EXT 01 Cursos de qualificação e capacitação profissional EXT 01.02 Fomento ao empreendedorismo EXT 01.02 Extensão social e cultural TRA 01 Educação inclusiva e sustentável e desenvolvimento estudantil TRA 02 Educação a distância TRA 03 Inserção nacional e internacional TRA 04 Avaliação institucional EPT 03 Marcos regulatórios da educação profissional e tecnológica GRD 02 Marcos regulatórios da graduação GRD 03 Avaliação da graduação PGR 01 Gerenciamento de programas de qualificação e capacitação de docentes EXT 01 Marcos regulatórios da extensão PGE 04 Marcos regulatórios e rotinas de gestão (Conclusão) Programas gerais V VI Desenvolvimento de recursos humanos e melhoria da infraestrutura Comunicação e cooperação Área Objetivos específicos Programas específicos PGE 01.02 Valorização, ampliação e aprimoramento dos recursos humanos PGE 01.03 Consolidação, ampliação e modernização dos processos de gestão PIT 02 Desenvolvimento da produção e divulgação científica e tecnológica EXT 01 Cooperação técnica e prestação de serviços PGE 01.03 Desenvolvimento das TIC TRA 04 Aperfeiçoamento da comunicação e da gestão da informação Educação profissional e tecnológica (EPT), Graduação (GRD), Pós-graduação (PGR), Pesquisa e inovação tecnológica (PIT), Extensão e desenvolvimento tecnológico (EXT); Planejamento e gestão (PGE), Programa transversal (TRA). C – Atuação de cada área 1 – Ensino 1.1 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA (EPT) A política de educação profissional e tecnológica envolve princípios específicos que norteiam a estrutura e dinâmica curricular dos cursos ofertados. Com base nos princípios gerais da política institucional, os princípios da EPT são entendidos como o núcleo das diretrizes para a área. Eles abrangem os âmbitos, estreitamente relacionados, da gestão, o didático-pedagógico geral e o âmbito correspondente à organização e à dinâmica dos componentes curriculares relativos aos planos dos cursos ofertados e a serem ofertados. PDI | CEFET-MG 89 Princípios No âmbito da gestão • Transparência no processo decisório. • Respeito à discussão coletiva e às instâncias deliberativas. • Autonomia, respeitando-se a legislação vigente. • Diálogo permanente com as determinações legais e demais documentos de referência. • Diálogo com os interesses da comunidade interna (servidores e alunos) e com as demandas sociais. • Valorização dos profissionais da educação e dos demais sujeitos institucionais. • Valorização discente com a garantia de igualdade de condições para acesso e permanência na instituição. No âmbito didático-pedagógico geral • Ensino de boa qualidade, mediante a formação crítica do aluno e o desenvolvimento de sua autonomia intelectual e produtiva, em consonância com valores éticos, políticos, estéticos e sociais e visando à formação integral, o que implica: * formação tecnológica e não apenas técnica; * estreita relação entre formação geral e formação profissional; * integração entre teoria e prática, possibilitando ao aluno a com preensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, e a aplicação dos conhecimentos construídos na escola às situações da vida cotidiana na sociedade, no trabalho e em outros contextos; * formação para o exercício profissional e para a possível continuidade de estudos; 90 PDI | CEFET-MG * formação não restrita à sala de aula, possibilitando a prática e a ampliação dos conhecimentos adquiridos, mediante experiências em espaços e momentos de formação externos, como cursos extracurriculares, seminários, feiras, atividades culturais; * avaliação processual, orientada à melhoria da qualidade de ensino. • I mportância qualificada de cada componente curricular. •C oncepção de matriz curricular distinta de uma simples grade curricular. • P erfil de conclusão do aluno que atenda aos dispositivos legais, aos princípios aqui estabelecidos e às expectativas institucionais de formar cidadãos capazes de se exercitarem e aprimorarem intelectual e tecnicamente e de participarem de forma ativa da vida socioeconômica, política e cultural do país. •A companhamento do aluno egresso como forma de enriquecer a história da instituição e facilitar a tomada de decisões político-pedagógicas e institucionais futuras. •A utonomia das coordenações para propor modificações que visem à melhoria do ensino. •A valiação institucional permanente, orientada à melhoria da qualidade do ensino. No âmbito da estrutura e do funcionamento curricular •C onstrução dos planos dos cursos, observando-se os dispositivos legais e os princípios aqui estabelecidos. • E quilíbrio entre os tempos político e pedagógico, ou seja, consideração do tempo técnico necessário para a construção dos planos dos cursos, sem perder as oportunidades de recursos para a melhoria da educação profissional. • Equilíbrio entre a unidade e a diversidade, garantindo-se a unidade, pela observância dos princípios estabelecidos, e a diversidade, pelos princípios da liberdade, autonomia e flexibilidade, tendo em vista as características particulares e diferenciadas das condições curriculares desejáveis. PDI | CEFET-MG 91 • Respeito aos limites objetivos – recursos disponíveis – e busca de sua superação, com vistas ao atendimento dos objetivos previstos. • Aumento gradativo do componente curricular de formação profissional, no decorrer do currículo dos cursos técnicos, de forma a se partir de uma formação geral predominante e, gradualmente, dar lugar a uma formação específica maior, proporcionando aos alunos atividades que o familiarizem com o mundo de trabalho, tais como: visitas técnicas, seminário de graduação e de conclusão de curso. Programas EPT 01.02 • D esenvolvimento e fomento da educação profissional e tecnológica EPT 03 • Marcos regulatórios da educação profissional e tecnológica Objetivos ou metas 01. C onsolidar a oferta, em nível de excelência, da EPTNM nas modalidades: integrada; concomitância externa; subsequente; e integrada, na educação de jovens e adultos (EJA). Esta meta implica a oferta da EPTNM com conteúdo politécnico, visando ao preparo para o exercício profissional, à continuidade dos estudos e à formação cidadã. Implica também fortalecer a história da instituição e seu papel na interlocução com a sociedade. 02. E xpandir a oferta mantendo o nível de excelência na EPTNM. Esta meta implica: a expansão da oferta e o reforço aos projetos de desenvolvimento e fomento da EPTNM (acompanhamento pedagógico, atualização contínua dos projetos político-pedagógicos dos cursos, avaliação da EPTNM, monitoria, integração curricular, elaboração e disponibilização de material didático, apoio à organização de eventos); implementar projeto de educação tutorial júnior a partir de 2012. 92 PDI | CEFET-MG 03. C oncluir o processo de definição de marcos regulatórios da EPTNM e submetê-los à avaliação continuada. A meta envolve a aprovação dos seguintes regulamentos, até o início de 2012: estágio curricular dos cursos; Diretoria de EPT; coordenação pedagógica; colegiados de curso e de formação geral; coordenações da EPTNM; e coordenação de programas de estágio. 1.2 – Graduação (GRD) Tal como no PDI 2005-2010, o ensino de graduação, para o período de 2011-2015, deverá contemplar princípios específicos além daqueles relativos à política geral da instituição, entre os quais alguns são qualificados de forma mais particular, tendo em vista a natureza da área. A rigor, os princípios aqui apresentados são os mesmos registrados no PDI anterior, acrescidos de novos, tendo em vista os rumos institucionais do período de 2005-2010 e os projetados para os próximos cinco anos. Princípios • Ensino público, gratuito e de excelência. • Inserção da instituição nos sistemas nacionais de ensino, pesquisa e políticas públicas para a educação superior. • Gestão democrática, participativa, transparente e eficaz. • Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. • Articulação estreita entre metas acadêmicas e administrativas. • Promoção de educação com valores democráticos e de cidadania com responsabilidade ambiental. • Tomada de decisões, definição de critérios e metas com perspectivas estratégicas. • Valorização da dedicação integral dos docentes ao ensino, pesquisa e extensão. • Valorização do corpo discente com a garantia de igualdade de condições para acesso e permanência na instituição. PDI | CEFET-MG 93 • Valorização dos profissionais da educação e dos demais sujeitos insti tucionais. •C onstrução de projetos político-pedagógicos de cursos em consonância com a realidade local e nacional, buscando uma estreita relação entre formação geral, técnica e humanística. •A valiação e acompanhamento do ensino por meio da análise de in dicadores, buscando a melhoria contínua das condições de oferta dos cursos de graduação. • Valorização e promoção da mobilidade acadêmica para o corpo docente e discente em instituições nacionais e internacionais visando à ampliação da cooperação interinstitucional e o enriquecimento curricular. Programas GRD 01.02 • Desenvolvimento e fomento da graduação GRD 02 • Marcos regulatórios da graduação GRD 03 • Avaliação da Graduação Objetivos ou metas 01. Consolidar o desenvolvimento e a diversificação da graduação, com o aproveitamento sustentável dos recursos na criação, até 2015, de sete novos cursos, nas áreas das engenharias, ciências exatas e da terra e ciências humanas, envolvendo os campi de Belo Horizonte e do interior. 02. E levar a qualidade dos cursos de graduação: alcançar conceito quatro na avaliação do MEC, para todos os cursos, até o final do período e, progressivamente: diminuir a repetência e evasão; ampliar a cooperação intra e interinstitucional de ordem nacional e internacional; contribuir para a mobilidade acadêmica discente e docente nos âmbitos nacional e internacional. A meta envolve também concluir o processo de definição dos marcos regulatórios e submetê-los à avaliação contínua. 94 PDI | CEFET-MG 03. A primorar continuamente os projetos político-pedagógicos dos cursos, adequando-os à legislação vigente, à vocação institucional e às demandas societárias, aumentando-lhes a flexibilidade e ampliando a oferta de experiências extraclasse em sua estrutura curricular. 1.3 – Pós-graduação (PPG) Da mesma forma que nas outras áreas, a política de pós-graduação vai ao encontro da política geral da instituição, reiterando, particularmente, o princípio da integração entre o ensino, a pesquisa científica e tecnológica aplicada e a extensão, em prol do desenvolvimento sustentável. Princípios • Comprometimento com a realidade regional e nacional. • Integração da pesquisa e pós-graduação com as atividades de ensino em todos os níveis e de extensão. • Transparência dos programas e ações de pós-graduação, pesquisa e inovação. • Valorização do pesquisador e dos demais sujeitos institucionais. • Qualidade social nas atividades de ensino e investigação científica e tecnológica. • Valorização discente, com a garantia de igualdade de condições para acesso e permanência na instituição. • Ensino para a formação e o aperfeiçoamento de profissionais, técnicos e pesquisadores de alto nível. • Busca de atualização contínua nas áreas do conhecimento. • Desenvolvimento da capacidade de análise e de crítica, do espírito científico e do pensamento reflexivo por parte dos sujeitos institucionais. • Divulgação de conhecimentos culturais e científico-tecnológicos através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação. PDI | CEFET-MG 95 Programas PGR 01 • Desenvolvimento e fomento da pós-graduação stricto sensu • Gerenciamento de programas de qualificação e capacitação de docentes PGR 02 • Desenvolvimento e fomento da pós-graduação lato sensu Objetivos ou metas 01. C onsolidar e expandir a pós-graduação stricto sensu, o que significa: elevar o número de mestrados para 10 e implantar três doutorados, garantidas sua aprovação e recomendação pela CAPES; consolidar e ampliar os programas institucionais de fomento à pós-graduação; consolidar e ampliar a participação em programas e ações externas de fomento. 02. D esenvolver a pós-graduação lato sensu, ou seja: ampliar a oferta de cursos de especialização em áreas estratégias em adequação às condições institucionais e às demandas societárias; continuar com o apoio à educação profissional técnica integrada na modalidade da educação de jovens e adultos, por meio da formação de especialistas na área, ligados às redes públicas de ensino; garantir infraestrutura específica para até 20 turmas anuais. 2 – Pesquisa e inovação tecnológica A área da pesquisa e inovação está estreitamente relacionada ao ensino e à extensão, mas, particularmente, ao ensino de pós-graduação, do qual é um dos pilares principais. Isso tendo em vista, sobretudo, o fato de que no Brasil a pós-graduação é condicionada à pesquisa ou à denominada ambiência de pesquisa na instituição. Assim, a pesquisa e a pós-graduação estão sob a responsabilidade da Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação e se desenvolvem sob os mesmos princípios. 96 PDI | CEFET-MG Programas PIT 01 • Fomento à pesquisa • Iniciação científica • Política de inovação tecnológica PIT 02 • D esenvolvimento da produção e divulgação científica e tecnológica Objetivos ou metas 01. A primorar e expandir a pesquisa e a inovação tecnológica, ou seja: reestruturar o programa institucional de Fomento à pesquisa (PROPESQ); ampliar em 50% o número de grupos de pesquisa cadastrados no Diretório do CNPq; garantir, progressivamente, que todos os docentes doutores da instituição estejam integrados a pelo menos um grupo; ampliar as cotas de bolsas de iniciação científica e tecnológica, envolvendo alunos da graduação e da educação profissional técnica de nível médio; ampliar a produção intelectual e elevar sua qualidade, em consonância com os padrões vigentes no país; consolidar a política de inovação tecnológica, incentivando a produção de patentes ou marcas e aprimorando processos de identificação, proteção e registro de produtos ou marcas. 02. F ortalecer a visibilidade científico-tecnológica do CEFET-MG, nos âmbitos nacional e internacional, o que envolve: elevar o conceito da revista Educação & Tecnologia no Qualis da CAPES e incluí-la na Scientific Electronic Library Online (SCIELO); criar dois novos periódicos com foco nas áreas das engenharias e ciências exatas. 3 – Extensão e desenvolvimento comunitário (EXT) A extensão universitária assumiu funções diferenciadas ao longo do tempo, ultrapassando a visão de apenas estar disseminando o conhecimento, prestando serviços ou difundindo a cultura. A extensão PDI | CEFET-MG 97 está numa dimensão de um processo educativo cultural e científico, articulando-se ao ensino e à pesquisa de forma indissociável. Com isso, amplia-se a relação transformadora entre a instituição de ensino e a sociedade, visando ao desenvolvimento e socialização da cultura e do saber acadêmico. Conhecedor de seu papel em relação às atividades de extensão, a instituição está e estará conduzindo sua política de extensão, no sentido de canalizar iniciativas que favoreçam a aproximação de todos que fazem parte da comunidade acadêmica e que atendam, principalmente, aos princípios apresentados a seguir. Princípios • Comprometimento com a realidade regional e nacional. • Integração da extensão com as atividades de ensino e pesquisa. • Respeito à diversidade cultural. • Valorização dos profissionais da educação e dos demais sujeitos institu cionais. • Construção coletiva e democrática das atividades de extensão. • Valorização da participação discente nas atividades de extensão, efetivada por processo de integração curricular. • Equilíbrio da prestação de serviços e disseminação do conhecimento com a integração escola-comunidade e construção cultural. Programas EXT 01 • Cursos de qualificação e capacitação profissional • Marcos regulatórios da extensão • Cooperação técnica e prestação de serviços EXT 01.02 • Fomento ao empreendedorismo • Extensão social e cultural 98 PDI | CEFET-MG Objetivos ou metas 01. C onsolidar e ampliar as atividades da extensão em sua relação com o ensino e a pesquisa, no contexto da interação com a sociedade, fortalecendo os programas da área: Extensão social e cultural; Cooperação técnica e prestação de serviços; Cursos de qualificação profissional; Fomento ao empreendedorismo; Marcos regulatórios da extensão. 02. R eforçar a relação ensino e extensão na EPT e na graduação, oferecendo, progressivamente, atividades referentes à relação ensino e extensão nesses níveis de ensino. A oferta deverá corresponder, respectivamente, a cinco e 10% das cargas horárias dos currículos dos cursos técnicos e de graduação. 4 – Administração 4.1 – Planejamento e Gestão (PGE) A área da administração assume um caráter muito particular, uma vez que é considerada a área central de apoio a todas as atividades-fim, desenvolvidas nos âmbitos do ensino, da pesquisa e da extensão. Nesse sentido, tem como função principal interagir com as demais áreas, através do planejamento de ações que visem à otimização do uso dos recursos humanos, materiais e financeiros e ao apoio técnico-administrativo eficiente e eficaz às atividades da instituição. Também de forma coerente com a política geral da instituição, a política da área da administração busca integrar e formalizar suas ações, considerando-se as dimensões humana, tecnológica e organizacional que constituem o todo da administração institucional. A atuação da área busca solucionar dificuldades presentes e melhorar a habilidade, por parte dos sujeitos institucionais, de antecipar e resolver problemas. Isto deverá ser concretizado pela gestão sistematizada das áreas ligadas aos objetivos finalísticos da administração: comunicação e arquivo; execução orçamentária; financeira e contábil; limpeza; manutenção de prédios e instalações; material e patrimônio; obras civis; recursos PDI | CEFET-MG 99 humanos; segurança do trabalho; processamento de dados; vigilância e administração dos serviços gerais. As ações da área estão integradas em quatro programas abertos e flexíveis, devendo, portanto, serem compreendidos em sua totalidade maior, a ser detalhada com a participação dos sujeitos institucionais que atuam diretamente na área, à medida que forem sendo desenvolvidos e novas demandas forem se apresentando. A política de uma gestão moderna implementada e consolidada em 2005-2010 será mantida e aperfeiçoada. Essa política tem como propósito maior garantir a qualidade na prestação de serviços, habilitar os servidores a se tornarem agentes de transformação dos métodos e processos de trabalho, otimizando os meios para executá-los. São seus pilares os seguintes pressupostos: • a potencialidade dos servidores e sua capacidade de atendimento aos anseios da comunidade; • a seriedade e o profissionalismo dos técnicos que exercem atividades públicas; • o desenvolvimento e o crescimento das equipes institucionais de trabalho como fatores de fundamental importância para obtenção da efetividade das ações a serem realizadas; • o alcance de bons resultados por mudanças de atitude, além de mudanças de técnicas e ferramentas; • a implantação de programas de modernização passando pelo treina mento e capacitação dos servidores, buscando torná-los aptos a res ponder a desafios; • a sinceridade, a honestidade e a probidade como os patamares das ações institucionais. Esses pressupostos relacionam-se aos princípios da política de adminis tração apresentados a seguir. 100 PDI | CEFET-MG Princípios • Valorização dos servidores e dos demais sujeitos institucionais e investimento em sua capacitação. • Administração participativa e transparente. • Estilo compatível com a política geral da instituição, com base no entendimento de que os princípios gerais nela estabelecidos devem permear todas as ações da administração institucional. • Reconhecimento de que as normas burocráticas levam em conta princípios políticos, éticos, humanísticos e técnicos. • Estímulo à iniciativa individual de busca da melhoria contínua nos processos de trabalho, no relacionamento interpessoal e no alcance dos objetivos institucionais. • Adoção de uma postura pessoal e profissional de permanente busca de superação das expectativas dos usuários dos serviços administrativos. • Condução do processo de gestão com delegação de autoridade equivalente às responsabilidades atribuídas às unidades organizacionais. • Busca da eficiência na circulação das informações. • Realização dos trabalhos por meio de equipes multidisciplinares, buscando a convergência de idéias e de metodologias, mas respeitando a pluralidade e a coordenação participativa. • Desenvolvimento dos trabalhos, observando-se a integração das atividades de planejar, realizar, controlar e atuar corretivamente. • Atendimento aos padrões do bom desempenho, apreciando-os para a revisão e tomada de novas decisões. • Persistência na realização dos objetivos traçados, mas com predisposição à mudança e ao aperfeiçoamento contínuo. PDI | CEFET-MG 101 Programas PGE 01.02 • Valorização, ampliação e aprimoramento dos recursos humanos •C onsolidação, ampliação e modernização dos processos de gestão, incluindo infraestrutura e recursos acadêmicos, entre outros aspectos PGE 01.03 • D esenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) PGE 04 • Marcos regulatórios e rotinas de gestão Objetivos ou metas 01. C onsolidar, ampliar e aprimorar os recursos institucionais nos âmbitos humano e físico-material, incluindo as tecnologias da informação e comunicação (TIC). Isto envolve: o aprimoramento e a valorização dos recursos humanos e das condições de infraestrutura, envolvendo os recursos das TIC, nos âmbitos da gestão e de apoio às atividades acadêmicas. A meta implica também a ampliação contínua do acervo das bibliotecas, em consonância com as necessidades docentes e discentes, e, particularmente, a finalização da implantação e consolidação dos campi do interior. 02. M anter e ampliar o quadro de pessoal da instituição, tendo em vista a garantia da manutenção e elevação contínua da qualidade da atuação institucional. 03. P lanejar e mapear os processos de gestão, estabelecendo ferramentas computacionais e métricas, tendo em vista o acompanhamento e a melhoria mensuráveis da atuação institucional, nos âmbitos acadêmico e administrativo propriamente dito. 04. A primorar e atualizar os marcos regulatórios e as rotinas administra tivas. Esta meta envolve a consolidação do novo estatuto e a criação e implementação de estratégias de avaliação contínua dos marcos e rotinas. 102 PDI | CEFET-MG 4.2 – Programas Transversais (TRA) Conforme mencionado, os programas transversais referem-se, cada um, a mais de uma área. Dois deles – Educação inclusiva e sustentável e desenvolvimento estudantil e Aperfeiçoamento da comunicação e gestão da informação – envolvem entre outras, as políticas institucionais relativas, respectivamente, à política de atendimento aos discentes e à política de comunicação e acesso. A política de atendimento aos discentes do CEFET-MG encontra-se em consonância com o Decreto n.7.234 de 19/07/2010 que dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) e institui uma política de Estado nessa área e, no âmbito interno, está contemplada pela Resolução CD n. 083/04 de 13/12/04 que aprova o regulamento da política de assuntos estudantis. Tal política é desenvolvida, em grande parte, pelas Seções de Assistência ao Estudante, existentes nos campi de Belo Horizonte e do interior que, desde 2005, são administradas pela Coordenadoria de Assuntos Estudantis, criada pela Resolução CD n. 082/04 de 13/12/04. Em 2007, pela Resolução CD n. 122/07 de 21/11/2007, a Coordenadoria passou a denominar-se Coordenação Geral de Desenvolvimento Estudantil ligada à Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário. Essa vinculação deverá ser repensada, nos próximos anos, a partir da experiência de outras instituições universitárias e do Fórum Nacional de Proreitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE). A política em pauta é concretizada por programas, projetos e ações que contribuem para a garantia de cinco eixos: “I. democratização do acesso de estudantes de baixa renda, de portadores de necessidades especiais e de segmentos sociais excluídos da escola pública e gratuita através de medidas e programas que estimulem e garantam esse acesso; II. permanência do estudante na escola e a conclusão de sua formação com qualidade por meio de apoio socioeconômico, psicossocial e educacional; III. melhoria da qualidade do ensino, por meio de programas sócioeducativos e de assessoramentos a professores, dirigentes, órgãos colegiados, PDI | CEFET-MG 103 educandos, que contribuam para a formação integral dos estudantes; IV. democratização da educação e dos programas sociais, fomentando a participação da comunidade escolar nas proposições, execuções e avaliações, com transparência na utilização dos recursos e nos critérios de atendimento; V. conhecimento da realidade da Escola e de seu público, através de estudos e pesquisas, a fim de subsidiar avaliações e propostas de revisão das diversas políticas da instituição.” (CEFET-MG, 2004). Os estudantes oriundos das classes sociais de baixa condição socioeco nômica constituem público predominante e prioritário, ao qual se destina a grande maioria das ações desenvolvidas. As atividades de caráter eminentemente educativo são dirigidas a todos os estudantes, podendo alcançar também os demais segmentos da comunidade escolar, independentemente de sua origem socioeconômica. Com base no exposto, para o período de 2011-2015, são previstas a ampliação dos programas e ações já existentes e a implementação de novos, apresentados a seguir: • Fomento à implementação de políticas de inclusão/democratização do acesso. • Fomento à implementação de políticas de atenção à diversidade. • Programa de Alimentação escolar/restaurante estudantil, a ser estendido a todos os campi. • P rogramas de bolsas: Alimentação, Complementação Educacional, Per manência, Emergencial. • Programa de moradia estudantil: diagnóstico de demanda e modelos. • Programa de saúde física e mental. • Orientação psicossocial. • Ações socioeducativas de prevenção e pesquisa em torno de temáticas variadas como juventude, mundo do trabalho, sexualidade, saúde física e mental, diversidade, meio ambiente, além de incentivo à participação dos estudantes em atividades de pesquisa e extensão. 104 PDI | CEFET-MG Ao lado disso, deverão ser consolidadas e ampliadas as práticas de orientação dos Núcleos de Apoio ao Ensino, que visam, entre outros aspectos: • orientar o estudante sobre a organização, o funcionamento e as normas acadêmicas da instituição; • orientar o estudante com relação aos limites e possibilidades de sua trajetória escolar, principalmente em relação a: ambientação ao meio escolar, apreensão e compreensão de práticas didático-pedagógicas referentes a transmissão, aquisição e avaliação de conhecimentos em cada disciplina; • orientar o estudante quanto a métodos e técnicas de estudo; • integrar a escola com a família do estudante, promovendo um intercâm bio de informações, a fim de melhor acompanhá-lo; • promover o atendimento ao estudante de forma integrada com outros especialistas – psicólogos, assistentes sociais – para um tratamento mais adequado das questões individuais e/ou coletivas referentes ao processo de formação escolar; • obter melhor compreensão das variáveis na inter-relação professoraluno, aluno-aluno, aluno-turma, aluno-escola; • contribuir no processo de formação escolar do estudante, a fim de fa vorecer posicionamentos quanto a sua trajetória de formação profis sional; • disponibilizar apoio pedagógico aos docentes na elaboração de planos de ensino e instrumentos de avaliação escolar; • promover discussões e apoiar eventos sobre questões curriculares em geral. No caso da política de comunicação e acesso, parte-se do reconhecimento de que a instituição lida diretamente com um amplo contingente de sujeitos institucionais. Sob essa condição, precisa-se contar com uma política de comunicação que, além de informar ao público os serviços que presta à sociedade, cumpra seu papel estratégico de integrar os diversos PDI | CEFET-MG 105 segmentos da comunidade e os órgãos executivos e deliberativos da instituição, em prol dos princípios de transparência e participação que devem nortear a gestão de toda instituição pública. A instituição preza por uma política de comunicação clara, ética, democrática e eficiente, voltada para aproximar e fortalecer o relacionamento entre a instituição e seus públicos prioritários – servidores, alunos, entidades parceiras, imprensa e comunidade em geral. Entre os objetivos dessa política está a organização do fluxo de informações de interesse público sobre a instituição, para fazê-lo chegar de maneira compreensível aos grupos com os quais se relaciona. No intuito de construir uma política de comunicação institucional, em consonância com a proposta de política de comunicação para as IFES, o CEFET-MG tem participado de eventos, como o 1º e o 2° Encontros nacionais de rádio, televisão e assessorias de comunicação das IFES, realizados em 2003 e 2004, respectivamente. Nesses encontros, discutiram-se as propostas contidas na Carta de Ouro Preto (ABTU, 1998) encaminhada ao Ministério das Comunicações, como subsídio para elaboração da nova Lei da comunicação eletrônica de massa. A carta explicita as limitações financeiras e estruturais que comprometem as políticas de comunicação institucional das IFES, bem como os princípios que devem nortear as atividades de comunicação social no âmbito dessas instituições e da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES). A intenção é a de que se possa construir uma política de comunicação institucional de caráter público, democrático e participativo, que apóie o atendimento aos compromissos de ensino, pesquisa e extensão das IFES. Nesse sentido, a política de comunicação institucional, em continua construção, assumiu, na segunda metade da última década, o objetivo particular de garantir maior organicidade às ações da área. Estas são, em sua maioria, desenvolvidas pela Assessoria de Comunicação Social (ASCOM), órgão responsável pelo gerenciamento das atividades jornalísticas e de relações públicas na instituição, além do suporte ao Setor de Preparação de Materiais (SPM), e a confecção de material promocional. 106 PDI | CEFET-MG Na vigência do PDI 2005-2010, as ações e ferramentas de comunicação institucional interna e externa, tanto em mídia impressa quanto eletrônica, foram consolidadas e aprimoradas, buscando inserir a instituição no uso das chamadas mídias sociais. Atualmente, a política de comunicação institucional materializa-se por atividades próprias da área, em suas subáreas de jornalismo, publicidade e relações públicas. Entre elas, destacam-se as atividades a seguir: • atualização do sitio eletrônico institucional; • produção do jornal, CEFET-MG é Notícia: veículo mensal impresso, no formato tablóide, com tiragem de 2.500 exemplares; • gerenciamento dos perfis da instituição nas mídias das redes sociais na Internet, com atualização permanente de conteúdo: twitter (Cefet_mg), orkut (Cefet-MG – Perfil Oficial), facebook (Ascom Cefet-MG), youtube (TVCEFETMG) e flickr (www.flickr.com/photos/cefetminas); • gerenciamento do canal de atendimento à comunidade, o Fale Conosco: canal de interação em moldes similares a uma ouvidoria , com acesso disponível na página principal do sítio do CEFET-MG (www.cefetmg.br); • realização de workshops (Media Training) voltados para preparação de alunos e professores em situações de entrevista com os veículos de comunicação; • promoção e apoio logístico a eventos institucionais por meio de serviços como cerimonial, cobertura jornalística e fotográfica. Nos próximos cinco anos, por parte da ASCOM, planeja-se manter os serviços que já vêm sendo prestados além de implementar novas estratégias de aperfeiçoamento da comunicação e, consequentemente, do relacionamento com os públicos prioritários. Assim, para o período 2011-2015, são previstas: • atualização das notícias da seção Acontece no Campus da Web TV Capes: esse veículo foi implementado em dezembro de 2010, em parceria com a Capes, com o intuito de transmitir informações sobre pesquisa, cursos e outras atividades dessa agência, para professores e alunos; PDI | CEFET-MG 107 • melhoria na comunicação interna, incluindo duas ações que deverão ser realizadas em conjunto: * criação do grupo de correspondentes de comunicação, com represen tação de todos os campi, responsável pela efetivação das diretrizes da política de comunicação institucional, * criação de newsletter, em parceria com as coordenações gerais de pessoal e de desenvolvimento de recursos humanos, com informações de interesse dos servidores; • produção de vídeo institucional, visando melhorar a divulgação da instituição junto a escolas e comunidade em geral; • realização de workshops sobre Relacionamento com a imprensa, voltado para os porta-vozes oficiais da instituição; • implantação de serviços de clipping para acompanhamento das notícias divulgadas sobre a instituição em jornais, rádios, tvs e internet; • produção de um manual de redação a ser utilizado pela comunidade; • criação de um blog para a cobertura de eventos institucionais, com conteúdo adicional e complementar ao que é divulgado no sítio institucional. Estreitamente relacionada à política de comunicação, encontra-se a política de acesso. Essa política envolve, entre outros, o trabalho da Comissão Permanente de Vestibular (COPEVE). Essa comissão tem por atividade fim, o planejamento e a operacionalização do processo seletivo para os níveis de ensino médio e superior. Nesse sentido, a COPEVE constitui-se em uma das primeiras instâncias de contato da instituição com a sociedade abrangente, cabendo-lhe, portanto, disseminar a imagem institucional bem como divulgar as opções de cursos e modalidades de ensino ofertadas. Com vistas à consecução de suas atividades, a COPEVE estabelece relações com estações de rádio, jornais, empresas de publicidade e cursos de preparação para o vestibular, além das escolas de ensino fundamental, de ensino médio e cursos pré-vestibulares. Há também a participação constante da Comissão no Seminário de acesso ao ensino superior – encontro nacional de representantes das comissões 108 PDI | CEFET-MG de seleção das instituições de ensino superior – e no fórum das COPEVEs das IFES mineiras – Fórum das Comissões de Processos Seletivos de Minas Gerais (FORCOPS-MG). Nesses momentos dá-se intensa troca de experiência e de tomada de decisões na área. Fruto dessa participação é o empréstimo das instalações dos campi do CEFET-MG para a realização dos vestibulares de outras IFES, sem qualquer ônus para as instituições. Desde o final do ano de 2010, a instituição está disponibilizando um percentual de vagas dos cursos de graduação para o Sistema de Seleção Unificado (SiSU), gerenciado pelo MEC, em parceria com as COPEVEs, por meio do qual as instituições públicas de educação superior participantes selecionam seus candidatos pela nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Também faz parte da política da COPEVE a facilitação do acesso ao ensino tecnológico. Em termos da logística envolvida, o processo de seleção pode ser realizado por via eletrônica, no sítio da instituição, envolvendo a inscrição, a emissão de gabaritos das provas e o acesso ao resultado final. Com relação às ações sociais, há a oportunidade de o candidato solicitar isenção da taxa de inscrição, em função de sua condição socioeconômica, para o ensino técnico e superior. Para tanto há a publicação, no Diário Oficial da União, do Edital de Isenção, onde são explicitados os procedimentos e documentos necessários à solicitação e os critérios a serem adotados para a análise do pedido. Em geral, um elevado número de solicitações de isenção tem podido ser atendido. Para o período 2011-2015, pretende-se ampliar as ações de seleção e facilitação do acesso ao ensino na instituição, tendo-se por parâmetros a inclusão social ao lado da elevação contínua da qualidade da oferta educacional. As políticas descritas têm como mediação os programas transversais 01 e 04. Junto a eles, há outros, tal como a seguir. PDI | CEFET-MG 109 Programas transversais TRA 01 • Educação inclusiva e sustentável e desenvolvimento estudantil TRA 02 • Educação a distância TRA 03 • Inserção nacional e internacional TRA 04 • Aperfeiçoamento da comunicação e gestão da informação TRA 05 • Avaliação institucional* * A avaliação institucional é tratada em detalhes no próximo tópico deste documento. Objetivos ou metas 01. C onsolidar e ampliar a política geral de acesso e permanência, fortalecendo o programa de Educação inclusiva e sustentável e desenvolvimento estudantil que deverá congregar as ações relativas à matéria. O programa inclui a instituição de política de assistência estudantil para a pós-graduação. 02. I mplementar política de educação a distância e ampliar suas ações, ou seja: sistematizar as ações institucionais da área em uma nova política geral, de forma a aprimorar os projetos e as ações existentes e implantar novos; prover condições apropriadas de infraestrutura e de pessoal para o desenvolvimento dos projetos. 03. F ortalecer a política de inserção nacional e internacional, o que significa: desenvolver estratégias de ampliação contínua da representação nacional e internacional do CEFET-MG, particularmente em órgãos ou fóruns relacionados à função social da instituição; ampliar as ações e os convênios de intercâmbio existentes, em, no mínimo, 50%; induzir novas parcerias de cooperação acadêmico-política. 04. C onsolidar e aprimorar a política de comunicação e de visibilidade institucional nos âmbitos interno e externo (nacional e internacional), congregando, até o início de 2011, todas as ações de comunicação em um programa de Aperfeiçoamento da comunicação e da gestão da 110 PDI | CEFET-MG informação, que deverá implicar: o desenvolvimento geral da área; a implantação de setor de ouvidoria; a implantação de instrumentos de comunicação sintonizados com a evolução das mídias e a cultura da instituição; e a avaliação contínua das atividades da área, a partir de 2012. 05. C onsolidar a cultura de avaliação institucional, com base na função social, nas finalidades e nos objetivos do CEFET-MG e relacionar continuamente a avaliação com a gestão. Esta meta implica: apoiar as ações da Comissão Permanente de Avaliação; integrar sistemas de coleta de dados, torná-los mais confiáveis, precisos e acessíveis, no decorrer do período; ampliar os mecanismos de avaliação para todos os níveis de ensino e setores institucionais. D – Avaliação do desenvolvimento institucional Consciente de sua responsabilidade de prestação de contas, a instituição conta com um programa de Avaliação institucional contínua, implantado em 2004, com a constituição da Comissão Permanente de Avaliação pela Portaria DIR n. 138 de 16/04/2004. Em seus inícios, o programa era apenas um projeto, cujo delineamento geral foi incluído no PDI 20052010 como um anexo, refletindo a percepção institucional acerca da avaliação, com base nas práticas não contínuas e não sistematizadas da área. O mencionado projeto, elaborado pela Comissão Permanente de Avaliação (CPA) e em conformidade com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), já pretendia envolver, no entanto, toda a atuação da instituição, que, por ser uma IFES verticalizada, conta com oferta educacional nos níveis médio e superior de ensino. A partir de 2006, o programa passou a ser reconhecido como tal, ao lado dos outros 15 programas então existentes – Avaliação institucional – e presentes no PDI 2005-2010. À medida que a CPA foi realizando seu trabalho, foi-se desenvolvendo uma cultura de avaliação na instituição, que se encontra plenamente consolidada. Dentro disso, a avaliação é entendida como condição institucional indispensável para a efetivação sempre melhorada das políticas e ações da instituição. PDI | CEFET-MG 111 De fato, ao longo de sua história, a instituição desenvolveu processos de avaliação de suas políticas e ações de forma assistemática, mas sempre com a preocupação de redirecionar e aperfeiçoar mecanismos que trouxessem melhorias aos setores avaliados, e que contribuíssem na consolidação e no aperfeiçoamento de sua atuação nas áreas do ensino, da pesquisa, de extensão, e do planejamento e gestão. Esses processos foram reconstruídos e incorporados ao mencionado programa de Avaliação institucional, coordenado pela CPA, envolvendo representantes de todos os setores da escola e da comunidade civil organizada. Criada inicialmente para implementar um processo de avaliação para os cursos de graduação, a Comissão teve suas atribuições ampliadas, atendendo às determinações da Lei n. 10.861 de 14/04/2004, que institui o mencionado SINAES. Nesse contexto, a instituição foi assumindo que o processo de avaliação institucional é contínuo e tem como alguns de seus objetivos a consolidação de uma cultura própria na área, e o comprometimento com as mudanças necessárias apontadas pela avaliação na direção de novas políticas e ações que vão ao encontro do atendimento à função social da instituição. Isto requereu a conscientização da importância da participação individual e coletiva, por parte de todos os sujeitos escolares nos processos de avaliação entendidos como instrumentos formativos e de orientação na tomada de decisões institucionais. Em 2004 e no primeiro semestre de 2005 foram realizadas ações de sensibilização da comunidade, dando início efetivo à implementação do então projeto na área. No segundo semestre de 2005 foram criadas 14 subcomissões para realizar a avaliação das dez Dimensões definidas na Lei do SINAES, vez que a subcomissão de avaliação dos cursos foi subdividida em cinco: ensino, pesquisa, extensão, pós-graduação lato sensu e pós-graduação stricto sensu. Os membros integrantes das subcomissões de avaliação foram nomeados por meio de Portarias do Diretor Geral, envolvendo técnicos e professores, num total de 53 membros da instituição. 112 PDI | CEFET-MG Na condução do processo de avaliação, têm sido realizadas oficinas de trabalho e seminários para troca de conhecimentos e experiências, apreciação do próprio processo de avaliação, além do envolvimento de todos os setores comunidade escolar. No final do primeiro semestre de 2006 foram elaborados os Cadernos de avaliação, contendo os resultados encontrados. Os Cadernos têm por objetivo possibilitar às coordenações e aos colegiados de cursos respostas mais adequadas e ágeis aos problemas evidenciados. O primeiro Relatório de autoavaliação institucional, elaborado com dados de 2004-2006, contemplando as dez Dimensões definidas pelo SINAES, permitiu um autoconhecimento mais amplo por parte da instituição. A sistematização dos dados, amplamente divulgados na instituição, possibilitou que diferentes setores elaborassem planos de ações. Para tal, foram utilizados os dados da autoavaliação e os resultados apresentados no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), nas avaliações da CAPES, nos dados do CENSO e nas avaliações de cursos, tanto externas, para reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos, realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do MEC (MEC/INEP), quanto internas, realizadas pelos alunos. Terminado o processo de autoavaliação do período em pauta, com o encaminhamento do Relatório ao MEC/INEP, a instituição solicitou a visita da Comissão Externa de Avaliação, que emitiria o conceito do CEFET-MG, enquanto IFES, tendo em vista a finalização do ciclo avaliativo tal qual previsto no SINAES. O período 2007-2008 foi marcado pela consolidação de ações com o objetivo de fortalecer as políticas de autoavaliação, expressando o empenho dos que constroem a instituição no sentido de tornar possível seu contínuo aperfeiçoamento. Com a recondução da Direção Geral para um novo mandato de quatro anos, mudanças ocorreram nas diretorias. Coordenações importantes foram criadas, especialmente a Coordenação Geral de Avaliação de Ensino de Graduação e a Coordenação Geral de Avaliação de Educação Profissional e Tecnológica. PDI | CEFET-MG 113 Além do exposto, a implantação do Sistema Acadêmico possibilitou que a avaliação dos cursos, dos professores/disciplinas e da instituição, pelos alunos, fosse realizada de forma on line, no ato da matrícula, agilizando a divulgação e o conhecimento dos resultados. Esse processo de avaliação por parte dos alunos vem ocorrendo desde o 1º semestre de 2005. Atualmente, todos os campi contam com o Sistema implantado, tornando possível aos professores o acesso on line dos resultados das avaliações das disciplinas lecionadas. Em 2010, a instituição foi avaliada pela Comissão Externa de Avaliação Institucional, designada pelo INEP/MEC, concluindo, dessa forma, seu primeiro ciclo avaliativo do SINAES, constituído pelas avaliações de cursos, de estudantes e de instituições (autoavaliação e avaliação externa). Nesse processo avaliativo, o CEFET-MG obteve o conceito quatro, numa escala de um a cinco, demonstrando que, nas dimensões avaliadas, as ações institucionais estão em sintonia com o PDI 2005-2010. É importante afirmar que esse primeiro ciclo avaliativo foi marcado por ações de fortalecimento da consolidação da cultura de avaliação e, de forma mais ampla, de toda a política de avaliação, compreendida como instrumento para a tomada de decisão institucional. Com a finalização do ciclo avaliativo, um novo projeto de autoavaliação institucional para o período 2011-2015 será elaborado como parte do programa transversal Avaliação institucional, neste PDI. Esse projeto deverá levar em consideração a experiência e os conhecimentos adquiridos pela instituição, as sugestões da comissão externa de avaliadores e as sugestões da comunidade interna, e, obviamente, os objetivos e metas definidos neste Plano. Em síntese, a avaliação institucional materializa o caráter simultaneamente flexível e estável das políticas e dos planos da instituição, viabilizando, por meio de um processo contínuo, sua revisão, atualização e projeção, tendo sempre em vista elevar seus patamares institucionais para a melhoria do alcance de sua função social, no contexto universitário. 114 PDI | CEFET-MG Por todo o exposto, pode-se afirmar que, como resultado da contínua expansão e do aprimoramento de suas atividades, o CEFET-MG é, hoje, um dos centros de excelência em educação tecnológica, sobretudo por compreendê-la não reduzida à técnica, mas envolvendo uma formação ampliada, contemplando, de forma integrada, a formação profissional e a formação para uma cidadania crítica. Significa uma importante referência educacional nos municípios em que atua, no Estado de Minas Gerais e no Brasil. PDI | CEFET-MG 115 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TELEVISÃO UNIVERSITÁRIA (ABTU). Carta de Ouro Preto. 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