Livro de Resumos CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 Mensagem do Bastonário Em nome da Ordem dos Farmacêuticos tenho a honra de dar as boas vindas a todos os Participantes no Congresso Nacional dos Farmacêuticos’2015, que tem lugar em Lisboa, entre 29 e 31 de Outubro. O programa inclui sessões plenárias dedicadas às questões éticas relacionadas com o medicamento; ao acto farmacêutico na sociedade e ao compromisso dos farmacêuticos com a saúde dos portugueses; ao papel do farmacêutico face aos desafios da sociedade, em particular na promoção da saúde e prevenção da doença e no contexto do envelhecimento da população; ao modelo de competências farmacêuticas a implementar pela Ordem dos Farmacêuticos e ainda à política de saúde em geral e do medicamento em particular. Inclui também dez sessões paralelas específicas de cada área profissional, que espelham realidades de diversidade e multivalência. E inclui ainda sessões de posters correspondentes a trabalhos apresentados pelos congressistas. Gostaria igualmente de dar as boas vindas aos farmacêuticos de Angola, Brasil, Espanha, Cabo Verde, Guiné e Moçambique, que muito nos honram com a sua presença. Realizando-se num momento em que, sob algumas incertezas, se inicia uma nova legislatura, estou convicto de que o Congresso Nacional dos Farmacêuticos’2015 será um acontecimento de elevado valor institucional e profissional. E contribuirá para, todos juntos, enfrentarmos e vencermos os complexos desafios que temos pela frente. Antecedendo o Congresso mas dele fazendo parte integrante, tem lugar no dia 29 de Outubro o Simpósio intitulado “Presente e Futuro da Profissão Farmacêutica na Europa“, que visa promover uma reflexão sobre os desafios e tendências futuras da profissão nos sectores da Farmácia e do Medicamento e nas Análises Clínicas, em Portugal e também no contexto europeu. Tal nas anteriores edições dos nossos congressos, estou certo de que o Congresso Nacional dos Farmacêuticos’2015 prestigiará e dignificará, mais uma vez, a profissão farmacêutica portuguesa. “Mais Saúde: O Nosso Compromisso de Sempre” – eis a temática central do Congresso. O que nos conduz a questões essenciais como a responsabilidade dos farmacêuticos nos campos da saúde dos portugueses, os méritos da intervenção do farmacêutico no sistema de saúde, a capacidade e a efectividade da intervenção farmacêutica, os decorrentes ganhos em saúde, os custos e os benefícios sociais da intervenção do farmacêutico ou, em certos casos, os custos da omissão de intervenção por força de regimes a nosso ver inadequados. Entre outras. Visamos fundamentalmente renovar uma reflexão sobre o sistema de saúde português e a relevância da intervenção profissional dos mais de 14 mil farmacêuticos portugueses ao serviço dos doentes e dos cidadãos em geral. Termino com um especial agradecimento a todos os senhores e senhoras Conferencistas que nos deram o privilégio de aceitar o convite para estar connosco e trazer ao Congresso os enriquecimentos das suas ideias. Bem hajam! A profissão farmacêutica é multivalente, o que muito a engrandece e valoriza. Abrangendo as áreas da farmácia comunitária, farmácia hospitalar, distribuição grossista, indústria farmacêutica, marketing farmacêutico, análises clínicas, genética humana, análises toxicológicas, análises de água e de alimentos, análises ambientais, farmácia militar, ensino e investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação, a profissão farmacêutica está transversalmente activa em todo o cluster da saúde e vem tendo crescente relevância na economia nacional. É para vós, ilustres Colegas, que organizamos o Congresso Nacional dos Farmacêuticos’2015. E é com as vossas presenças e os vossos contributos pessoais que igualmente contamos para o sucesso do nosso Congresso e a defesa do valor da profissão farmacêutica e a saúde dos portugueses. O Congresso Nacional dos Farmacêuticos’2015 constitui, pois, um momento de especial importância para os farmacêuticos das diferentes áreas profissionais e igualmente, estou certo, para a sociedade e a economia. O Bastonário Prof. Doutor Carlos Maurício Barbosa 3 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO Programa Simpósio pré-Congresso 00122/3/2015 0,35 CDP SESSÃO DE ABERTURA PAINEL I INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Desafios do Farmacêutico de Indústria na Era Global PÁG. 14 Perspectivas Futuras da Indústria Farmacêutica na Europa PÁG. 15 PAINEL II ANÁLISES CLÍNICAS O Farmacêutico Especialista em Análises Clínicas e Medicina Laboratorial: Desafios e Oportunidades PÁG. 16 As Análises Clínicas em França face aos Desafios Europeus PÁG. 18 PAINEL III FARMÁCIA COMUNITÁRIA Onde Estamos e Onde é que a Sociedade Precisa de Nós? PÁG. 19 Promovendo Eficiência, Melhorando Vidas: Como pode a Farmácia fazer a diferença no século XXI? PÁG. 21 Uma Visão para a Farmácia Francesa: O Livro Branco do CNGPO PAINEL IV FARMÁCIA HOSPITALAR Presente e Futuro do Farmacêutico Hospitalar em Portugal PÁG. 23 O Estado da Farmácia Hospitalar na Europa PÁG. 25 SESSÃO DE ENCERRAMENTO 4 PÁG. 22 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Programa Congresso 00121/3/2015 0,9 CDP CONFERÊNCIA DE ABERTURA Sobre a Ética do Medicamento - Uma Reflexão PÁG. 28 PAINEL I CONCRETIZANDO O NOSSO COMPROMISSO Apresentação do Estudo “Valor Social e Económico das Intervenções em Saúde Pública dos Farmacêuticos nas Farmácias em Portugal” PÁG. 29 Uma Nova Farmácia para um Novo Perfil de Doente PÁG. 30 Efectividade da Terapêutica: Intervenção do Farmacêutico Comunitário PÁG. 32 Melhorar os Resultados Clínicos, Económicos e Humanísticos e Acrescentar Valor aos Cuidados de Saúde: Contributos dos Farmacêuticos Hospitalares PÁG. 34 Olhos que vêem mais além: O Farmacêutico Especialista em Análises Clínicas PÁG. 37 A Indústria Farmacêutica centrada no Doente: Contributo da Profissão Farmacêutica PÁG. 38 SESSÃO SOLENE DE ABERTURA Entrega do Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO “Geração Saudável – Os Farmacêuticos na Promoção e Educação para a Saúde” LANÇAMENTO DO LIVRO “Administração de Vacinas e Medicamentos Injecáveis – Uma Abordagem Prática” 5 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PAINEL II O FARMACÊUTICO FACE AOS DESAFIOS DA SOCIEDADE Os Farmacêuticos na Promoção da Saúde e Prevenção da Doença PÁG. 40 Os Farmacêuticos face ao Envelhecimento dos Portugueses PÁG. 41 PAINEL III COMPETÊNCIAS FARMACÊUTICAS Quadro de Competências Base para os Farmacêuticos PÁG. 43 Modelo de Competências Farmacêuticas da Ordem dos Farmacêuticos PÁG. 45 MESA REDONDA Nova Legislatura: Que Políticas Para a Saúde? Apresentação das Conclusões da Campanha: “Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis” CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO A Reforma Estrutural do SNS e Políticas na Área Farmacêutica PÁG. 46 SESSÃO SOLENE DE ENCERRAMENTO Entrega da Medalha de Ouro da Ordem dos Farmacêuticos Entrega da Medalha de Honra da Ordem dos Farmacêuticos LEITURA DAS CONCLUSÕES 6 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Programa Sessões Paralelas 00119/3/2015 0,11 CDP FARMÁCIA COMUNITÁRIA SERVIÇOS FARMACÊUTICOS EM FARMÁCIA COMUNITÁRIA: A EXPERIÊNCIA NACIONAL E INTERNACIONAL PAINEL I Serviços Farmacêuticos Centrados no Cidadão a Nível Mundial PÁG. 49 Programas Farmacêuticos Promovidos pela Sociedade Espanhola de Farmácia Familiar e Comunitária PÁG. 50 Programas Desenvolvidos nas Farmácias Irlandesas PÁG. 52 PAINEL II Modelos de Remuneração da Farmácia Comunitária a Nível Mundial PÁG. 53 Um Novo Contrato Social para a Farmácia Portuguesa PÁG. 54 7 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO FARMÁCIA HOSPITALAR FARMÁCIA HOSPITALAR – COMPETÊNCIAS E INTERVENÇÕES PAINEL I Competências em Farmácia Hospitalar Modelos de Competências em Farmácia Hospitalar na Europa e no Mundo PÁG. 55 Modelo de Competências em Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos PÁG. 56 Aplicação do Modelo de Competências na Prática – questões relevantes PÁG. 57 PAINEL II Optimização da Terapêutica na Interface Revisão de Conceitos na Optimização da Terapêutica PÁG. 58 Resultados Práticos de um Projecto de Optimização da Terapêutica PÁG. 60 Interface entre a Farmácia Hospitalar e a Farmácia Comunitária PÁG. 62 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA NOVOS DESAFIOS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA: SERIALIZAÇÃO E ELEMENTAL IMPURITIES PAINEL I Integrated IT and Automation Concepts for T&T PÁG. 63 PAINEL II Elemental Impurities – a nova ICH Q3D PÁG. 64 ANÁLISES CLÍNICAS E GENÉTICA HUMANA O FARMACÊUTICO NO LABORATÓRIO CLÍNICO A Situação das Análises Clínicas em Portugal PÁG. 66 A Carreira Farmacêutica – Análises Clínicas e Genética PÁG. 69 8 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO ASSUNTOS REGULAMENTARES COMUNICAÇÃO E DIREITO DE INFORMAÇÃO: A INERENTE COMPLIANCE REGULAMENTAR Acesso dos Doentes às Tecnologias de Saúde PÁG. 73 Transparência na Informação –MNSRM PÁG. 75 Cuidados Transfronteiriços e seu impacto nos Sistemas de Financiamento PÁG. 77 Benefícios e Riscos de Medicamentos – Desafios e Oportunidades PÁG. 80 Divulgação de Informação PÁG. 82 Materiais Educacionais PÁG. 83 DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA DESAFIOS DO PRESENTE E DO FUTURO NA DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA PAINEL I Boas Práticas de Distribuição de Medicamentos – Actualização e Desafios Perspectiva do Regulador na Aplicação do Novo Regulamento PÁG. 84 Perspectiva dos Distribuidores PÁG. 85 PAINEL II Directiva dos Medicamentos Falsificados Perspectiva Europeia PÁG. 87 Perspectiva do Regulador PÁG. 88 MARKETING FARMACÊUTICO OS SOCIAL MEDIA E A PROFISSÃO FARMACÊUTICA O Futuro da Saúde – Tendências e Transformações da Era Digital PÁG. 89 Impacto dos Social Media no Marketing da Pharma PÁG. 90 Benefícios da Comunicação Colaborativa - Poupar Tempo e Dinheiro, Conectando Doentes, Farmacêuticos, Médicos e Indústria Farmacêutica PÁG. 91 Aumentar por Via Digital o Patient Engagement with Pharmacists (PEP) PÁG. 93 9 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO ANÁLISES TOXICOLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS, HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS COMPETÊNCIAS ANALÍTICAS DO FARMACÊUTICO E SUSTENTABILIDADE DA SAÚDE E DO AMBIENTE Farmacêutico – O Profissional Charneira no Controlo de Doping Humano e Animal PÁG. 94 Investigação e Legislação sobre as Novas Substâncias Psicoactivas em Portugal PÁG. 96 Ciências Farmacêuticas e Águas Termais – Uma Relação a Incrementar PÁG. 98 Farmacêutico, Embalagens Activas e Alimentos PÁG. 100 Novas Ferramentas Analíticas no Controlo da Qualidade Ambiental para Resíduos Farmacêuticos e Produtos de Higiene Pessoal PÁG. 102 INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA OS FARMACÊUTICOS NAS CIÊNCIAS DA VIDA E DA SAÚDE Plataformas Integrativas de Investigação e Cuidados de Saúde: Oportunidades para as Ciências Farmacêuticas PÁG. 104 Bioengenharia de Órgãos – Novas Fronteiras para a Medicina Regenerativa PÁG. 105 Estratégias para Ultrapassar a Resistência a Terapias-alvo em Oncologia PÁG. 107 Estudo dos Efeitos Benéficos do Exercício Físico para o Desenvolvimento de Novas Terapêuticas Farmacológicas Contra Doenças Metabólicas e Psiquiátricas PÁG. 109 Materials for Tissue Repair – from the Bench to the Bedside PÁG. 111 FARMÁCIA MILITAR QUE FUTURO PARA A FARMÁCIA MILITAR PORTUGUESA? A Farmácia Militar na Alemanha PÁG. 112 A Farmácia Militar em Portugal PÁG. 113 A Defesa Química na Resposta às Novas Ameças PÁG. 114 Que Futuro Para a Farmácia Militar Portuguesa? 10 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CNFarmacêuticos’2015 Descarregue a Aplicação Móvel e aceda a toda a informação sobre o Congresso Nacional dos Farmacêuticos’2015 11 LIVRO DE RESUMOS CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS’2015 Simpósio pré-Congresso Presente e Futuro da Profissão Farmacêutica na Europa 12 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO Oradores Simpósio pré-Congresso 13 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO PAINEL I INDÚSTRIA FARMACÊUTICA terapêuticas! estará o farmacêutico preparado? Desafios do Farmacêutico de Indústria na Era Global Foquemo-nos apenas na produção. A produção de medicamentos é cada vez mais baseada em sistemas em que o farmacêutico controla e avalia Estará o ensino preparado para “preparar” os farmacêuticos do futuro? Estará o farmacêutico preparado para ser cada vez mais um decisor? Um técnico que com base nos sistemas de informação avalia o risco e decide? Está/estará o farmacêutico preparado para desenvolver sistemas de avaliação e tomada de decisão? Está/estará o farmacêutico preparado para o valor/custo da decisão? Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciatura em Ciências Farmacêuticas, FFUL Manuel João Oliveira Grupo Azevedos Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas, ISCTE Resumo comunicação ACTIVIDADE PROFISSIONAL MBA, UCP 29 anos de experiência na Industria Farmacêutica A era global para nós portugueses não tem a carga que muitos lhe atribuem dado que há 500 anos fomos os primeiros a entender o mundo como um todo. E desde esses tempos remotos os portugueses na área da saúde (médicos ou farmacêuticos) utilizaram os recursos então disponíveis ao serviço da terapêutica de acordo com o estado da arte. São inúmeros os contributos das plantas medicinais do “ultramar”. Cilag Medicamneta, Boehringer Ingelheim, Azevedos/Sofarimex Vice-Presidente da Sofarimex Assistente na FFUL desde 1988 e atualmente Prof. Auxiliar Convidado da FFUL O farmacêutico na Indústria terá sempre que olhar a dois lados – o doente e o medicamento. E será na satisfação das necessidades do doente pela disponibilização da terapêutica que o farmacêutico desenvolverá o seu papel no futuro (como no passado). Na era global os portugueses disponibilizam já os seus medicamentos nos 4 cantos do mundo estando o cluster da saúde já na frente de clusters tradicionais e mediáticos como seja o vinho, sendo a qualidade dos nossos produtos e serviços bem reconhecida além fronteiras. Os desafios que se colocam ao farmacêutico não virão propriamente da globalização mas da evolução científico e tecnológica que por vezes errada e injustificadamente se confunde. Da globalização virá o risco associado ao valor acrescentado do medicamento e a oportunidade da dimensão do mercado. Estará o farmacêutico preparado para continuar a ser o técnico por excelência do medicamento? Pensemos um pouco nos novos medicamentos/ 14 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO PAINEL I INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Medicine, LIF Sweden and as Head of regulatory affairs for several pharmaceutical companies, e.g Octapharma, Biovitrum, Pharmacia Plasma Products and Novartis. Pär has also been working as Senior Pharmaceutical Officer for the Swedish Medical Products Agency. Perspectivas Futuras da Indústria Farmacêutica na Europa PUBLICATIONS The 3T3 neutral red uptake phototoxicity test: Practical experience and implications of phototoxicity testing – The report of an ECVAM – EFPIA Workshop, Regulatory Toxicology and Pharmacology, June 2012 Several publications in European Industrial Pharmacy, e.g Partnerships Create Value for Healthcare Customers, February 2009 and Swedish Environmental Classification of Pharmaceuticals, June 2009 OTHERS ACTIVITIES 2008 – 2012: 1st Deputy Chairman of the Swedish Pharmacists Association Pär Tellner Federação Europeia das Associações e Indústrias Farmacêuticas 2006 – 2008: 2nd Deputy Chairman of the Swedish Pharmacists Association Resumo comunicação 2010 – 2012: Chairman of LIF Sweden Code Compliance Committee 2010 – 2012: Vice President of the European Industrial Pharmacists Group The lecturer will present the future prospects for the pharmaceutical industry, its effects on Industrial Pharmacists and some possibilities for collaboration between pharmaceutical industry and pharmacists. In addition to the well known trends of cost decrease, increased regulatory burden and continous follow-up of medicines, the presenter will also inform about the more recent trend of improved pipelines of new innovative products. The lecturer believes that industrial Pharmacists have a bright future in the pharmaceutical industry, if they are prepared to compete in the areas where the need for personnel will grow e.g compliance (Ethical interaction with healthcare professionals and health technology assessments. Curriculum Vitae ACADEMIC DEGREES Pär graduated as a pharmacist (M. Sc) at Uppsala University in 1986. PROFESSIONAL EXPERIENCE Pär Tellner is Director, Team Leader and ICH Coordinator at EFPIA since 2012. He is also in charge of the EFPIA support to the international regulatory affairs. Pär has previously been working as Compliance officer (marketing ethics) and Director of Veterinary 15 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO PAINEL II ANÁLISES CLÍNICAS Atendendo a que a maioria dos erros que ocorrem no processo laboratorial (que não os devidos a incompetência ou negligência, ambos condenáveis) se verifica nas fases pré e pós analíticas e que provavelmente o erro pré analítico mais frequente é devido ao facto da escolha dos testes, ou painéis de testes, não ser a mais apropriada e muitos dos erros pós analíticos resultarem de uma má ou incompleta interpretação e utilização dos mesmos, percebe-se a necessidade e importância de uma cada vez maior ligação dos especialista dos laboratórios com os clínicos. O Farmacêutico Especialista em Análises Clínicas e Medicina Laboratorial: Desafios e Oportunidades O facto de um cada vez maior número de utentes/ doentes solicitar diariamente aos especialistas dos laboratórios informações e aconselhamento referentes aos dados analíticos que lhes são fornecidos, incluindo até a orientação terapêutica como é o caso do seguimento de doentes sujeitos a tratamento hipocoagulante, leva a que os laboratórios necessitem de um número de especialistas bem preparados para assumir todas estas responsabilidades e responder a estas necessidades. A utilização que será cada vez mais frequente dos biomarcadores na prática clínica, é outro factor que vem reforçar estas necessidades num futuro muito próximo. Jorge Nunes de Oliveira Associação Portuguesa de Analistas Clínicos Os farmacêuticos especialistas em análises clinicas (e genética) pela particularidade da sua formação universitária e pela sua formação especializada e contínua estão particularmente preparados para responder aos desafios que a profissão e a sociedade colocam nesta área da saúde Resumo comunicação A importância do Laboratório de Análises Clínicas na prestação de cuidados de saúde é reconhecida por todos pelo facto de estar presente ao longo da vida do ser humano, desde os testes de rastreio pré-natais e após o nascimento com a realização do teste do pezinho, até aos rastreios ou ao controlo de doenças crónicas. Não intervém apenas no diagnóstico, acompanha toda a evolução da doença, desde a possível predisposição genética à avaliação do estado de saúde ou à monitorização da efectividade de um tratamento prescrito. Independentemente desta realidade a nossa actividade profissional está hoje confrontada, seja na área privada seja na pública e no interrelacionamento das duas, com a ausência de uma política de curto ou médio prazo para o sector e com a ausência de estudos credíveis e até de conhecimento da realidade, que sustentem decisões tomadas. Frequentemente as análises clinicas são vistas pelo sector público como um custo e por uma parte do sector privado essencialmente como uma oportunidade de negócio focalizada na produção de um número, sempre cada vez mais elevado, de analises para melhor remunerar accionistas e gestores, transformando uns e outros os Laboratórios em meros produtores de resultados, ou seja “Resultórios”; reduzindo a fase pré analítica da actividade laboratorial a “flebotomistas” e motoristas (colheita e transporte de amostras), a fase analítica a engenheiros para operar os equipamentos e a fase pós analítica a informáticos para fornecerem os resultados. Não se estranha por isso o facto de diversos estudos revelarem que um elevado número de decisões clínicas (cerca de 70%) são tomadas ou influenciadas tendo por base os dados fornecidos pelos laboratórios, atribuindo-lhes por isso um papel central na prestação de cuidados de saúde Como consequência deste facto os especialistas em análises clinicas no desempenho da sua actividade, quer nos laboratórios públicos quer privados, têm a responsabilidade de assegurar que os serviços que prestam têm um alto grau de qualidade e de confiança e que incluiu o que acontece antes da amostra biológica chegar ao laboratório (pré analítica), o que acontece no laboratório (analítica) e o que acontece quando o resultado é produzido e comunicado ao médico e o doente (pós analítica). Com uma realidade deste tipo os especialistas em análises clínicas/patologia clínica não são necessários. 16 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO Não sendo esta situação compatível com as necessidades dos doentes e do próprio sistema de saúde quer do ponto de vista económico, quer social caberá aos especialistas em análises clinicas/patologia clinica uma maior mobilização e inovação para dar a conhecer a sua actividade e a sua importância na prestação dos serviços de saúde. Docente no PAGEF (Programa Avançado Gestão Programa Avançado de Gestão para Farmacêuticos) - Processos de Gestão em Análises Clínicas - na Universidade Católica Portuguesa, Católica Lisbon School of Business & Economics PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Realizou numerosas comunicações em Congressos e Acções de Formação em Portugal, França, Itália, Marrocos, Tunísia e Brasil. É este esforço que todos devemos fazer e no qual estão empenhadas as mais importantes organizações internacionais do sector analítico. É co-autor, desde o ano 2000, do processo de Dupla Certificação dos Laboratórios de Análises Clínicas pelas Normas ISO 9001+ NLC (Normas para o Laboratório Clinico) de que é co-autor. É co- autor da Plataforma de Gestão Documental e-Results para acesso aos dados de meios auxiliares de diagnóstico pelos médicos dos Centros de Saúde/USF’s, iniciada em 2014 Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Farmácia pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, em 31/07/1974. OUTRAS ACTIVIDADES Especialista em Análises Clínicas pela Ordem dos Farmacêuticos em 14/12/1981. Vice-Presidente da Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, de 1995-1998. Concluiu o “Programa de Alta Direcção de Empresas – PADE” da Escola de Direcção e Negócios da AESE realizado em Lisboa em colaboração com o IESE- “Instituto de Estudios Superiores de la Empresa”, Universidad de Navarra, em Abril de 2006. Presidente da Secção Regional do Porto da Ordem dos Farmacêuticos de 1998-2004. Presidente da Assembleia Geral da COFANOR de 1999-2006. Presidente da Assembleia Geral do Clube de Golfe Farmacêutico.1998-2004 Conclui o Programa Avançado de Management do Instituto de Estudos Superiores e Financeiros e Fiscais (IESF) obtendo o grau executivo de topo das pós graduações desta Business School no ano lectivo de 2007/2008. Vice-Presidente da European Clinical Pathology Confederation (organização que substitui a Confederation des Biologistes Europeans - CBE desde 2002. Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Química Clínica, de 2004-2014. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Assistente de Microbiologia na Faculdade de Medicina de Luanda (Angola) em 1974/1975 Membro dos Corpos Sociais da FEMLAB “Federation Euro-Mediterraneene des Laboratoires D’Analyses de Biologie Médicale”, com sede na Tunísia desde 2008. Director Técnico da Farmácia “Arteiro”, na Póvoa de Varzim até 1997. Director Técnico substituto no Laboratório de Análises Clínicas “Prof. Doutor Joaquim J. Nunes de Oliveira, Ldª.” até Abril de 1997-2001. Presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Analistas Clínicos (APAC) desde Novembro de 2008. Director Técnico do Laboratório de Análises Clínicas “Prof. Doutor Joaquim J. Nunes de Oliveira Ldª” desde 15 de Abril de 2001. Presidente do Conselho Fiscal do MONAF (Montepio Nacional da Farmácia – Associação de Socorros Mútuos) desde 2015. Administrador único do Laboratório de Análises Clínicas Joaquim J. Nunes de Oliveira e Cª S.A. desde 28 Janeiro de 2004. Membro da Comissão de Avaliação Técnica dos Dispositivos Médicos para Diagnóstico in vitro do INFARMED. Membro Efectivo do Comité Consultivo para a Formação dos Farmacêuticos do Conselho da União Europeia. Membro da Comissão Técnica Nacional, na dependência do Ministro da Saúde, para o licenciamento de laboratórios de análises de 1999 a 2005. 17 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO PAINEL II ANÁLISES CLÍNICAS control of their work tool, and the recognition of the medical character profession. The future of the profession, such as we see it at the SDB, comes about indeed through the battle of the professional independence and the medicalization: the patients as well as the medical biologists have their interest in it. As Análises Clínicas em França face aos Desafios Europeus Curriculum Vitae ACADEMIC DEGREES Faculty of pharmaceutical sciences of Tours (Indre et Loire); Doctoral thesis in pharmacy approved on the 2nd of May 1983, evaluation: very honorable with jury congratulations. Registered with the French Chamber of Pharmacists on the 5th of Avril 1985 From September 1982 to October 1991: - Biological parasite diagnostics on the 8th of May 1984 in Tours; François Blanchecotte Syndicat des Biologistes de France - Bacteriology and clinical virology on the 14th of October 1985 in Poitiers; Resumo comunicação - General Immunology on the 23rd of November 1990 in Nantes; In less than ten years, the French private medical biology has deeply evolved. This transformation is reflected both in the new legislative and regulatory framework (law of the 31st of May 2013 and the implementation decrees) and in the rapid restructuring of the governance structures. While maintaining up to today almost all its contact points with the patients (about 3600 laboratories in towns throughout the country), the French private medical biology is currently regrouped under slightly more than 600 legal structures (professional corporations for most of them) to 3900 ten year ago. Moreover the French private medical biology laboratories as well as the public hospital laboratories, will be in 2020 the only ones worldwide to be compulsorily accredited to the standard 15 189 for 100% of their activity. - Clinical biochemistry on the 29th of October 1991 in Tours. PROFESSIONAL EXPERIENCE National President of the SdB (Biologists union), elected on the 21st of June 2011. Member in 1994, county councellor in 1999, member of the national office in 2002 President of the UNALPL commission of European and International Affairs (National Union of Liberal Professions), elected on the 7th of February 2013 UNPS national assistant treasurer (National association for health professionals), ministerial appointment order in June 2015 National vice-president of the CNPS (a national body linking together the principal associations from all health professions), elected on the 17th of November 2011 It is still too early to judge the effects and consequences, at the level of the public health and the patient service, of this revolution of the French medical biology. However the French medical biologists have to face this fast moving change in a context of permanent battle between the public authorities will to rationalize the French health expenditure, the appetite of financial operators wishing to capture the French biology market and the relentlessness of the French biologists (the majority of whom are represented by the SDB) to defend an independent high-quality medical exercise, focused on the patients and the prescribing doctors. A mode of exercise which will come about, for the private medical biologists (self-employed), through the mastery and the President of the CEB (Confederation of European Biologists), elected in June 2015 European treasurer of the CEPLIS in Brussels (European Council of the Liberal Professions), elected on the 16th of September 2014 UNAPL substitute member of the EESC in Brussels (European Economic and Social Committee), appointed on the 1st of September 2015 AWARDS Member of the Légion d’honneur. Given by the Minister of Health Marisol Touraine in Paris on the 9th of December 2014 18 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO PAINEL III FARMÁCIA COMUNITÁRIA intrínseco, e que, hoje sabemos, não é aproveitado na íntegra. Questões relacionadas com a adesão à terapêutica, gestão da polimedicação, e outras, são demasiado evidentes e preponderantes para que os sistemas de saúde as continuem a ignorar (ou considerar como garantidas). Quem der provas de que pode intervir nestas áreas com resultados evidenciados, ocupará um lugar de relevo no processo de saúde do cidadão. E esse caminho já começou a ser trilhado pelos farmacêuticos comunitários um pouco por todo o Mundo, inclusivamente em Portugal. Onde Estamos e Onde é que a Sociedade Precisa de Nós? Os farmacêuticos comunitários encontram-se idealmente posicionados para este novo papel. Mas estar na pole position não é suficiente. Teremos de garantir que ganhamos a corrida. E isto só se consegue adquirindo as competências necessárias para intervir de forma eficaz, interagindo com os restantes membros da equipa de saúde, e estabelecendo parcerias com quem partilhar connosco o mesmo desígnio (nomeadamente o próprio cidadão). Ema Paulino Ordem dos Farmacêuticos Resumo comunicação Curriculum Vitae Os medicamentos têm contribuído para a eficiência dos sistemas de saúde por se revelarem um meio custo-efetivo para a redução da carga da doença e mortalidade, promovendo a melhoria da qualidade de vida individual. Contudo, ampla evidência internacional sugere que existe um potencial não aproveitado no investimento que se faz anualmente em medicamentos. Estima-se que seja possível poupar cerca de 370 mil milhões de euros através do Uso Responsável do Medicamento. Este valor corresponde a cerca de 8% da despesa mundial em saúde, que é afecto a custos de saúde evitáveis, com consequente impacto nos valores de internamentos hospitalares, morbilidade e mortalidade. HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Se é um facto que nos últimos anos as farmácias tiveram de proceder a uma análise profunda dos factores que determinavam a sua eficiência, e agir sobre aqueles que promoviam a sua sustentabilidade tanto a curto, como a médio e longo prazo, também não é menos verdade que hoje estamos melhor preparados para responder a este desafio. Mais conscientes de que se centrarmos a nossa atividade nas necessidades do cidadão e do sistema de saúde em geral, o valor da nossa intervenção será invariavelmente reconhecido. 2002: Diretora-Técnica e proprietária da Farmácia Nuno Álvares, Almada 2014: Mestrado em Gestão da Saúde, Escola Nacional de Saúde Pública 2012: Pós-Graduação em Liderança, Pharmacy Leadership Academy, American Society of HealthSystem Pharmacists Foundation 2003: Pós-Graduação em Farmácia Comunitária pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa 2001: Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa ACTIVIDADE PROFISSIONAL 2012: Diretora de Projetos e Serviços, Farmácias Holon PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Paulino E, Guerreiro M, Cantrill J, Martins AP, Alves da Costa F, Benrimoj S I. Community pharmacists’ and physicians inter-professional work: insights from qualitative studies with multiple stakeholders. Rev Port Clin Geral 2010;26:590-606; Paulino E. Desafios e novas oportunidades para a Farmácia Comunitária. M Farmacêutico. 2006 Nov/ Dez; 4(25); É necessário continuar a investir em recursos humanos qualificados e em infraestruturas adequadas para assegurar uma intervenção que extraia do custo da terapêutica o seu valor Costa F, Paulino E, Silva I. Pharmacy in Portugal, an overview on its functioning with focus on efforts to increase patient safety. Int Pharm J. 2005 Dec; 19(2):45-48; 19 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO Paulino E, Bouvy ML, Gastelurrutia MA, Guerreiro uurma H, for The ESCP-SIR Rejkjavik Community Pharmacy Research Group. Drug related problems identified by European community pharmacists on patients discharged from hospital. Pharm World Sci. 2004 Dec; 26(6):353-60. PRÉMIOS 2014 - Personalidade do Ano, Prémios Almofariz 2012 - FIP (International Pharmaceutical Federation) Fellow 2001 - Health Base Foundation Poster Award na 30a Conferência da ESCP, Antuérpia, Bélgica, pelo poster e comunicação oral “Drug related problems among patients discharged from hospital”. OUTRAS ACTIVIDADES Desde 2013: Presidente da Direção da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos Desde 2013: Professional Secretary e membro do Comité Executivo da International Pharmaceutical Federation (FIP) 2013-2014: Membro do grupo de trabalho “Staffing the Service” da “Plataforma Gulbenkian para um Sistema de Saúde Sustentável” 2010-2013: Vice-Presidente do Comité Executivo da Secção de Farmácia Comunitária da FIP 2004: Membro da Delegação Portuguesa no Pharmaceutical Group of the European Union 2004-2012: Membro da Direção da Associação Nacional das Farmácias 2003-2004: Presidente do Young Pharmacists’ Group (FIP) 2000-2001: Secretária-Geral e Permanent Officer da European Pharmaceutical Students’ Association 1999-2000: Presidente da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia 1997-2000: Membro do Gabinete de Informação, Promoção e Educação para a Saúde da AEFFUL. 20 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO PAINEL III FARMÁCIA COMUNITÁRIA a Certificate in Management from Henley Business School (UK). Promovendo Eficiência, Melhorando Vidas: Como pode a Farmácia fazer a diferença no século XXI? Darragh has considerable experience of regulation, quality standards and professional development in pharmacy and healthcare generally, having previously been appointed by successive Ministers for Health to both the Council of the Pharmaceutical Society of Ireland (PSI) and the Board of the Health Information & Quality Authority (HIQA). In the last number of years, Darragh has spoken at both national and international conferences worldwide, including HIQA/WHO World Alliance for Patient Safety, PGEU Annual Symposia and the International Pharmaceutical Federation (FIP) World Congress of Pharmacy and Pharmaceutical Science. Darragh O’Loughlin Grupo Farmacêutico da União Europeia Resumo comunicação Community pharmacists are at the centre of communities all over Europe. Pharmacists wish to advance the profession, in order to meet patients’ needs. Governments wish to optimise the use of medicines, and achieve better value from pharmacotherapy. Better use of competences of pharmacists can help to achieve this. This presentation outlines what needs to be true in order for pharmacists to provide the best care possible into the future. Curriculum Vitae Darragh O’Loughlin is currently President of the Pharmaceutical Group of the European Union (PGEU), representing approximately 400,000 community pharmacists working in almost 170,000 pharmacies at a European level, having been its Treasurer since 2013. Darragh is also Secretary General of the Irish Pharmacy Union (IPU), the voice of community pharmacy in Ireland. A qualified pharmacist, Darragh has experience in both hospital and community pharmacy and has operated his own pharmacy in Galway for the last fifteen years. He graduated from Trinity College Dublin in 1993 and also holds a Diploma in Marketing, Advertising and Public Relations from the Institute of Commercial Management (UK) and 21 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO PAINEL III FARMÁCIA COMUNITÁRIA Uma Visão para a Farmácia Francesa: O Livro Branco do CNGPO Louis Pascal Collectif National des Groupements de Pharmaciens d’Officine – France Resumo comunicação The CNGPO is a think tank composed by 15 pharmacist’s groups created in 2002. He wrote last year a white paper, horizon 2017, tomorrow which pharmacies? This book presents several propositions on different themes: Store Brach Pharmacist (“succursalistes”), Quality Approach, Information/Communication, Experimentations, Improving Patient Care. Pascal Louis, president of the think tank will present each one. Curriculum Vitae ACADEMIC DEGREES Diplome of Pharmacist (retail pharmacist) PROFESSIONAL EXPERIENCE Pharmacist in Dijon (member of Giphar’s group of pharmacies). Since 2005, he is president of the CNGPO (Collectif National des Groupements de Pharmaciens d’Officine). The CNGPO is composed of 15 groups of pharmacies (ALPHEGA PHARMACIE FRANCE, APSARA, CEIDO, COFISANTÉ, ÉVOLUPHARM, FORUM SANTÉ, GIPHAR, GIROPHARM, NEPENTHES, OBJECTIF PHARMA,OPTIPHARM, PHARMA GROUP SANTE, PHARMODEL, PLUS PHARMACIE, RÉSEAU SANTÉ). He was president of the Giphar’s group of pharmacies (2002-2008). 22 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO PAINEL IV FARMÁCIA HOSPITALAR farmacológicos condicentes com as melhores práticas. Nem sempre as melhores opções são as mais onerosas, sendo continua a tarefa de buscar em cada área terapêutica as opções mais efectivas Presente e Futuro do Farmacêutico Hospitalar em Portugal Numa altura de contenção apostar na prevenção, interligação de cuidados, segurança do doente e tratamento da informação clínica disponível, serão seguramente apostas de futuro. A componente de cuidados associada à tecnologia medicamentosa tem vindo a assumir uma preponderância à medida que novos fármacos mais potentes e direccionados têm surgido no mercado. Como os custos associados tendem a ser crescentes, assumindo dimensões que se adivinham como insustentáveis serão os farmacêuticos chamados, cada vez mais, a intervir no sentido de racionalizar as terapêuticas e adaptá-las aos doentes, personalizando-as de forma cada vez mais activa. Os doentes estão cada vez mais “fora do hospital” e necessitam de continuar a obter os seus cuidados farmacêuticos e respectiva terapêutica de forma consistente e monitorizada. Uma vez mais caberá ao farmacêutico hospitalar articular-se com os seus colegas comunitários, com médicos e enfermeiros de cuidados primários, de forma a optimizar terapêuticas, minimizando efeitos adversos e interacções e promovendo estilos de vida saudável Armando Alcobia Ordem dos Farmacêuticos Resumo comunicação O farmacêutico hospitalar tem incorporado as principais alterações decorrentes do avanço tecnológico na área do medicamento e de outros produtos farmacêuticos, sobre uma base de reconhecida competência na área da gestão, segurança e qualidade em todo o circuito do medicamento. O papel de hoje releva do legado de colegas que, ao longo dos anos, foram prestando “serviços farmacêuticos” nos hospitais onde trabalharam. A essência das suas funções nunca variou demasiado, pois sempre se centrou na possibilidade de oferecer aos doentes a melhor terapêutica disponível salvaguardando as componentes de qualidade, segurança e custos associados, num ambiente de intensa colaboração multidisciplinar. Do balanço entre racionalização das alternativas existentes e a incorporação da verdadeira inovação que nos chega dependerá a viabilidade de um sistema de saúde que, em todos os países desenvolvidos, tende a desequilibrar as contas públicas. Terá que ser uma aposta assumida pela sociedade e interpretada pelos vários profissionais de saúde de forma responsável e profissional, evitando redundâncias e desperdício de meios complementares de diagnóstico, medicamentos e dispositivos médicos. A utilização das tecnologias de informação adaptadas aos cuidados de saúde, bem como o advento de biomarcadores preditivos de resposta e a identificação de novos mecanismos de acção cada vez mais específicos e controláveis permitemnos aguardar com expectativa os próximos tempos. Diferentes tipologias de hospitais condicionam os actos farmacêuticos praticados que têm evoluído em áreas como a oncologia; pediatria; apoio nutricional artificial; informação ao doente; imunossupressão; terapia anti-retroviral; medicamentos experimentais; preparação/ reconstituição de misturas intravenosas; preparação de misturas não estéreis; gestão da qualidade, radiofarmácia, entre outros, sempre alicerçados numa componente clínica crescente. As terapias avançadas utilizadas ao abrigo da isenção hospitalar, são um dos mais recentes desafios. A manipulação de células, tecidos e a utilização de novos vectores para incorporação dos fármacos são uma realidade. O farmacêutico hospitalar por ser um profissional de saúde que interage directamente com o medicamento, com os outros profissionais de saúde e com o doente terá que assumir a responsabilidade de manter os níveis de cuidados O legado que transportamos dá-nos força para superar as dificuldades que surjam no nosso percurso. 23 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Fac. de Farmácia da Universidade de Coimbra em 1991; Título de especialista em Farmácia Hospitalar pela Ordem dos Farmacêuticos em 2001. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Bolseiro no Centro de Tecnologia Química e Biológica em Oeiras, onde frequentou o Curso de Formação de Investigadores para a Indústria, com a duração de 2 anos; Farmacêutico-adjunto numa farmácia comunitária e exerceu actividade como delegado especialista na indústria farmacêutica; Em Abril de 1994 ingressou nos Serviços Farmacêuticos do Hospital Garcia de Orta (HGO) e em 2001 foi nomeado responsável pelos Serviços Farmacêuticos do Hospital; Entre 1997 e 2001 foi assistente convidado nas cadeiras de Farmácia Clínica e Comunicação e Informação no Instituto Superior de Ciências da Saúde – Sul. PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES É autor e co-autor de inúmeros trabalhos apresentados em congressos da área da Farmácia Hospitalar e formador convidado da Universidade Católica e do Instituto de Higiene e Medicina Tropical. OUTRAS ACTIVIDADES Entre 2001 e 2004 foi vogal da Direcção da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos e da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares entre 2001 e 2008; Fez parte da Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos entre 2010 e 2013; Elemento da Comissão de Farmácia e Terapêutica do HGO, tendo pertencido à sua Comissão de Ética, faz actualmente parte do Conselho Directivo do Centro de Formação, Investigação e Ensino Garcia de Orta. Por inerência é membro da Comissão Nacional de farmácia e Terapêutica. 24 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO PAINEL IV FARMÁCIA HOSPITALAR Secretary to the Hospital Pharmacy and Therapeutics Committee PUBLICATIONS O Estado da Farmácia Hospitalar na Europa Eur J Hosp Pharm-2014-Horák-291-3 OUTRAS ACTIVIDADES /OTHERS ACTIVITIES Chairperson of the Committee on Medication Management for Registered Nurses and Midwives, Midland Area Member of the Research Ethics Committee, Midland Area (until 2012) Executive Committee Member Hospital Pharmacists Association Ireland (HPAI) (positions held include President, Business Manager, EAHP Delegate) Joan Peppard Associação Europeia de Farmacêuticos Hospitalares Resumo comunicação The European Association of Hospital Pharmacists represents hospital pharmacy in Europe. This presentation outlines the major projects currently undertaken by the Association and how EAHP is working on many policy areas to improve the outcome for patients through the actions of hospital Pharmacists in partnership with other health care professionals, academia and policy makers. Current projects include the European Statements of Hospital Pharmacy, the Opportunities presented by changes to the European Qualifications directive among many others. Curriculum Vitae ACADEMIC DEGREES Masters of Ethics Degree (M.A. Ethics) Bachelor of Science Degree (B.Sc. Pharm) Bachelor of Administration (B.A. Public Management) Diploma in Healthcare Management PROFESSIONAL EXPERIENCE Chief Pharmacist in Midland Regional Hospital Tullamore, Co Offaly, Ireland President European Association of Hospital Pharmacists. Member of the Hospital Management Team, Midland Regional Hospital Tullamore 25 LIVRO DE RESUMOS CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS’2015 ORADORES / CONGRESSO Congresso Nacional dos Farmacêuticos’2015 26 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Oradores Programa Congresso 27 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO CONFERÊNCIA DE ABERTURA Orientação de 15 teses de Doutoramento, dezenas de dissertações de Mestrado. Centenas de palestras e conferências Sobre a Ética do Medicamento – Uma Reflexão Membro e Chairman do Grupo de Trabalho sobre Protecção do Embrião e do Feto – União Europeia Presidente da Fundação Grünenthal Membro e Presidente de Comissões de Ética (do Hospital de S. João, do Centro Hospitalar do Conde Ferreira, dos Hospitais de S. João de Deus, da Universidade do Porto PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Mais de 500 artigos, 5 livros, 7 obras colectivas por si coordenadas PRÉMIOS 3 Prémios Pfizer Condecorações: Grã Cruz da Ordem de Santiago de Espada, Comendador da Ordem de Gregório o Magno Walter Osswald Coordenador da Cátedra UNESCO em Bioética, Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa Resumo comunicação Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra – 2008 Professor Catedrático em 1972 – Faculdade de Medicina do Porto Professor extraordinário em 1968 – Faculdade de Medicina do Porto Assistente convidado em 1959 – Faculdade de Medicina Universidade de Frankfurt Doutoramento em 1958 – Faculdade de Medicina do Porto Licenciado em Medicina em 1951 – Faculdade de Medicina do Porto ACTIVIDADE PROFISSIONAL Conselheiro do Instituto de Bioética da UCP Director do Instituto de Bioética da UCP Membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) Director do Instituto de Farmacologia e Terapêutica da Faculdade de Medicina do Porto Professor visitante das Universidades de Gand, Paris, Düsseldorf, Frankfurt, Kuwait, Valência Presidente da Comissão Nacional de Humanização 28 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PAINEL I CONCRETIZANDO O NOSSO COMPROMISSO Apresentação do Estudo “Valor Social e Económico das Intervenções em Saúde Pública dos Farmacêuticos nas Farmáicas em Portugal” epidemiology of hepatitis C virus (HCV) in selected countries. Journal of Viral Hepatitis, 2014, 21, (Suppl. 1), 5–33 Razavi H, Waked I, Sarrazin C. et al. The present and future disease burden of hepatitis C virus (HCV) infection with today’s treatment paradigm. Journal of Viral Hepatitis. 2014 May;21 Suppl 1:34-59 Wedemeyer H, Duberg AS, Buti M. et al. Strategies to manage hepatitis C virus (HCV) disease burden. Journal of Viral Hepatitis, 2014, 21, (Suppl. 1), 60–89 Félix J, Félix J, Aragão F, Almeida JM, Calado FJ, Ferreira D, Parreira AB, Rodrigues R, Rijo JF. Timedependent endpoints as predictors of overall survival in multiple myeloma. BMC Cancer. 2013 Mar 16;13:122. Pimentel-Santos FM, Mourão AF, Ribeiro C, Costa J, Santos H, Barcelos A, Pinto P, Godinho F, Cruz M, Vieira-Sousa E, Santos RA, Rabiais S, Félix J, Fonseca JE, Guedes-Pinto H, Brown MA, Branco JC; CORPOREA Study Group. Spectrum of ankylosing spondylitis in Portugal. Development of BASDAI, BASFI, BASMI and mSASSS reference centile charts. Clin Rheumatol. 2012 Mar;31(3):447-54 Jorge Félix Exigo Resumo comunicação Curriculum Vitae Félix J, Andreozzi V, Soares M, Borrego P, Gervásio H, Moreira A, Costa L, Marcelo F, Peralta F, Furtado I, Pina F, Albuquerque C, Santos A, Passos-Coelho JL; Portuguese Group for the Study of Bone Metastases. Hospital resource utilization and treatment cost of skeletal-related events in patients with metastatic breast or prostate cancer: estimation for the Portuguese National Health System. Value Health. 2011 Jun;14(4):499-505. Sara Rabiais, Filipa Aragão, Jorge Félix, Pedro Moreira, Francisco Rolo. Infecção urinária recidivante: ocorrência, factores de risco e custos de diagnóstico e tratamento. Acta Urológica (Set 2010 – 3): 19–25. HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Mestre em Economia da Saúde, University of York, United Kingdom, 1999-2000. Licenciatura em Ciências Farmacêuticas Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, 1988-1996 ACTIVIDADE PROFISSIONAL Desde 2001. Director e economista da saúde sénior, Exigo Consultores, Portugal. 2000 - 2001. Economista da Saúde, INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I. P, Portugal. 1996 -1999. Secretário técnico, Ordem dos Farmacêuticos, Portugal. 1994 -1995. Sub-director, Associação para a Informação e Promoção da Saúde, Portugal. 1994 -1995. Coordenador, Programa de Educação sobre HIV/AIDS no Ensiono Secundário e Universitário em Portugal. Associação para a Informação e Promoção da Saúde (AIEPS), Portugal PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES MBruggmann P, Berg T, Øvrehus LH. et al. Historical 29 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PAINEL I CONCRETIZANDO O NOSSO COMPROMISSO Miembro de la Delegación Española en la PGEU (Agrupación Farmacéutica de la Unión Europea (desde 1997); Miembro de la Delegación Española en FEPAFAR (federación Panamericana Farmacéutica (desde 2005); Uma Nova Farmácia para um Novo Perfil de Doente Académica Correspondiente de la Real Academia Nacional de Farmacia (desde 2005); Académica Correspondiente de la Academia Iberoamericana de Farmacia (desde 2005); Consejera del Consejo General del INSALUD (desde 1997 a 2002); Miembro del Grupo de Dermofarmacia del Grupo Europeo Farmacéutico (desde 1989 a 1995); Vocal Nacional de Dermofarmacia del Consejo General de Colegios Oficiales de Farmacéuticos de España (desde 1988 a 1997); Académica de Honor de la Academia de Farmacia de Castilla y León (Desde el 30 de enero de 2015). PUBLICATIONS Carmen Peña Federação Internacional Farmacêutica Ha participado activamente en numerosos congresos en el ámbito nacional e internacional con ponencias sobre distintos aspectos relacionados con la profesión farmacéutica y con la política profesional; Resumo comunicação Ha publicado numerosos artículos e informes dentro del ámbito profesional Curriculum Vitae AWARDS ACADEMIC DEGREES Premio a tu Salud a la Trayectoria Profesional del Periódico la Razón. 23 de junio de 2015; Licenciada en Farmacia por la Universidad Complutense de Madrid Gran Cruz de la Orden del Dos de Mayo de la Comunidad de Madrid. 2 de mayo de 2015; Doctora en Farmacia por la Universidad Complutense de Madrid PROFESSIONAL EXPERIENCE Premio Cofarta de Oro. 29 de abril de 2015. Talavera de la Reina; Farmacéutica de Farmacia Comunitaria (desde 1982); Farmacéutica del año de Correo Farmacéutico. 16 de marzo de 2015; Presidenta de la Federación Internacional Farmacéutica (FIP). (Desde 2014); Académica de Honor- Academia de Farmacia de Castilla y León. 30 de enero de 2015; Presidenta del Consejo General de Colegios Oficiales de Farmacéuticos de España (Desde julio 2009 hasta junio 2015); Premio “Consejo de Colegios farmacéuticos de Cataluña” de la Real Academia de Farmacia de Cataluña. 19 de enero de 2015. Barcelona; Secretaria General del Consejo General de Colegios Oficiales de Farmacéuticos de España (Desde 1997 hasta julio 2009); Premio Juan Manuel Reol III Edición. COF Burgos. 20 de diciembre de 2014; Reconocimiento especial Premio Edimsa 2014. 16 diciembre 2014; Miembro de la Comisión Permanente del Consejo Asesor de Sanidad del ministerio de Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad. (Desde octubre de 2012); Medalla de Oro del Colegio Oficial de farmacéuticos de Valladolid. 14 de diciembre de 2014; Vicepresidenta de la FIP, Federación Internacional Farmacéutica (Desde 2008 hasta 2014); Medalla de la Facultad de Farmacia de Alcalá de Henares. 12 de diciembre de 2014; Miembro del Working Group of Public Policy de la Federación Internacional Farmacéutica (19992009); Premio Redacción Médica a los protagonistas de la Década. 24 de noviembre; 30 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Distinción Carabela la Pinta Categoría Oro. COF Huelva, 22 de noviembre de 2014; XII Premios COF Navarra, Premio a un farmacéutico con trayectoria profesional significativa”. 15 de noviembre de 2014; Distinción del Colegio Oficial de Farmacéuticos de Guipuzcoa. COF Guipuzcoa. 4 de octubre de 2014; Presidenta de Honor de AEFHOM (Asociación Española de Farmacéuticos Homeópatas); FIP Felow Award. 1 de septiembre 2013. Congreso FIP Dublín; Académica de Honor de la Academia MédicoQuirúrgica. 31 de enero de 2013; Colegiada de honor cof Zaragoza. 1 de diciembre de 2012M; Colegiada de Honor cof de Albacete. 24 de noviembre de 201; Insignia de oro de la Academia de Ciencias Médicas de Bilbao. 21 de junio de 2012. Bilbao; Investidura como Dama de la Orden de Caballeros y Damas de Yuste. 14 de abril de 2012. Catedral de Santiago de Compostela; Premio Fundamed-El Global 2011 a la Trayectoria Profesional. 11 de abril de 2012; Personalidad Político-Sanitaria del Año. Premios Edimsa 2011. 2 de diciembre de 2011; Emboque de Oro 2011 Casa de Cantabria. 18 de agosto de 2011. Santander; Colegiada de Honor del Colegio Oficial de Farmacéuticos de Ciudad Real. 8 diciembre de 2010; Homenaje de FEFAS (Federación Farmacéutica Sudamericana) por la valiosa contribución a la profesión Farmacéutica Sudamericana. Mayo 2010. Brasil; Encomienda del Mérito Farmacéutico 2010. Consejo Federal de Farmacia de Brasil.; Primer Premio SEFAC a la trayectoria a favor del desarrollo profesional de la farmacia comunitariaoctubre 2008; Premio Farmacéutico del Año 2007. Ediciones Mayo; Premio Eupharlaw 2006 a la personalidad del año en el sector farmacéutico; Medalla de Oro del Colegio Oficial de Farmacéuticos de Granada; Colegiada de Honor del Colegio Oficial de Farmacéuticos de Cantabria. 31 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PAINEL I CONCRETIZANDO O NOSSO COMPROMISSO implementação e disseminação. Outro serviço farmacêutico com evidência gerada em Portugal é o da revisão da medicação, o qual parece promissor em lares de terceira idade, com claro benefício na identificação de PRM, podendo contribuir para melhorar o uso do medicamento nos idosos. Na farmácia comunitária, este serviço aparenta ter barreiras claras à sua implementação, incluindo a alegada falta de tempo, falta de remuneração do serviço, preparação técnicocientífica do farmacêutico e o estabelecimento de uma relação de colaboração com o médico. Trabalho prévio desenvolvido em Portugal pelos diversos intervenientes no processo de melhoria contínua, indica que aliando os esforços dos farmacêuticos comunitários, ao dos investigadores e das organizações representativas, se conseguirá gerar benefício para o doente, sendo dois os requisitos para todos estes intervenientes: motivação e competência. Efectividade da Terapêutica: Intervenção do Farmacêutico Comunitário Curriculum Vitae Filipa Alves da Costa Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Resumo comunicação Doutorada em Farmácia, Área Practice & Policy, School of Pharmacy, Universidade de Londres em 2006; Bolseira de Pós-doc pela FCT no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) em 2008; A literatura sugere que existe evidência de efectividade da intervenção do farmacêutico comunitário em áreas específicas. Estas focam-se essencialmente nos serviços para além da dispensa, nomeadamente na identificação, prevenção e resolução de problemas-relacionados com medicamentos (PRM). Os serviços identificados como gerando benefícios na saúde dos doentes foram a gestão da terapêutica nas suas diversas formas, incluindo os programas de gestão da doença, programas de maximização da adesão à terapêutica e a revisão da medicação. No entanto, verifica-se não haver uma estratégia de intervenção única para melhorar o processo de utilização do medicamento, que se tenha revelado efectiva em todos os grupos populacionais e com aplicabilidade em todos os settings. Importa então conhecer alguns dos estudos realizados em Portugal, adaptados ao funcionamento do SNS e das farmácias comunitárias portuguesas. Existe a nível nacional evidência de benefício de diferentes estratégias estimuladoras da adesão, nomeadamente o recurso a dispositivos de alerta, dispositivos de medição electrónicos, caixas multicompartimentais, ainda que evidência moderada. Ainda assim, parecem ser as estratégias mais complexas as que se revelam mais efectivas, suscitando estas, no entanto, problemas de Mestre em Farmácia Comunitária. Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa em 2002; Licenciada em Ciências Farmacêuticas. Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz em 1998. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Actualmente é Investigadora no Registo Oncológico Regional-Sul (IPOLFG) com funções de gestão de projectos na área da efectividade terapêutica oncológica e medical writting Actualmente é Professora Auxiliar Convidada no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM).Regente de Saúde Pública, Cuidados Farmacêuticos e Serviços Farmacêuticos. (Regente de Deontologia e Legislação Farmacêutica entre 2008 e 2009). Assistente de Farmacologia II, Farmácia Clínica e Iniciação à Investigação Científica I e II. Investigadora do Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz (CiiEM). Foi Directora Técnica da Farmácia AISIR na Parede entre 2011 e 2015, onde trabalhou desde 2008. Foi Coordenadora Técnica do CEFAR, Associação Nacional das Farmácias entre 2004 e 2006, onde trabalhou desde 2001. 32 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES farmácia em países em vias de desenvolvimento; Martins, S., van Mil, JWF, Costa F.A. The organizational framework of community pharmacies in Europe. International Journal of Clinical Pharmacy 2015. DOI: 10.1007/s11096-015-0140-1; Revisora de diversas revistas científicas internacionais; Costa, F.A., Pedro, A.R., Teixeira, I., Bragança, F., Silva, J.A., Cabrita, J. Primary non-adherence in Portugal: findings and implications. International Journal of Clinical Pharmacy 2015. DOI: 10.1007/ s11096-015-0108-1; Membro da Sociedade Europeia de Farmácia Clínica (ESCP) e da Federação Internacional de Farmácia (FIP). Membro da equipa nomeada pelo INFARMED para actualização anual do Prontuário Terapêutico; Hughes, CM, Hawwa, AF, Scullin, C, Anderson, C, Bernsten; CB, Bjo¨rnsdo´ttir, I, Cordina, MA, Costa, FA, et al. Provision of pharmaceutical care by community pharmacists: a comparison across Europe. Pharm World Sci 2010 Aug; 32(4):472-87; Costa FA, Duggan C, Bates I. Comparing perceptions about medicines and illness in two countries: how religion and education may impact on reliability and validity of survey tools. In Smith F, Francis S-A, Schafheutle E. International research in healthcare. (p68-9). Pharmaceutical Press, 2008; Benrimoj SI, Werner JB, Raffaele C, Roberts A. and Costa F.A. Monitoring quality standards in the provision of non-prescription medicines from Australian Community Pharmacies: results of a national program. Quality and Safety in Health Care 2007;16:354-8 PRÉMIOS Young Researcher’s award na Conferência de Social Pharmacy em 2004 (Malta); Bolsa Binov 2014 – Bolsa de Inovação da Ordem dos Farmacêuticos, com o projecto “Melhorar a Adesão de doentes polimedicados a partir de sistemas de Preparação Individualizada da Medicação: Uma experiência em farmácias comunitárias portuguesas”; Vencedora do Prémio Tecnophage com o poster “Avaliação da terapêutica empírica microbiana nas infeções do trato urinário adquiridas na comunidade” nas Jornadas de Ciências Farmacêuticas, ISCSEM 2015. OUTRAS ACTIVIDADES Presidente do Pharmaceutical Care Network Europe entre 2007 e 2009 integrou a Direcção até 2011; Membro do Grupo Profissional em Farmácia de Oficina da Ordem dos Farmacêuticos (2008-2009); Investigadora do Observatório Português dos Sistemas de Saúde desde 2011; Investigadora convidada da Universidade de Sydney em 2006 (Pharmacy Practice Quality Support Centre); Monitora do curso “El Paciente en foco”, a convite da OMS, no âmbito de um projecto para desenvolvimento dos serviços prestados pela 33 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PAINEL I CONCRETIZANDO O NOSSO COMPROMISSO farmacêutico hospitalar é o profissional que, habilitado com o grau de especialista, é responsável pelo medicamento no âmbito dos vários níveis de cuidados, quer diferenciados, quer ainda dos primários ou continuados sob a tutela das ARS. A posse de um grau como título de habilitação profissional em farmácia hospitalar e saúde pública, visa a profissionalização e especialização para o exercício profissional, no âmbito do acto farmacêutico. Melhorar os Resultados Clínicos, Económicos e Humanísticos e Acrescentar Valor aos Cuidados de Saúde: Contributos dos Farmacêuticos Hospitalares A par da evolução tecnológica, os novos conceitos de gestão e de mercado, impõem adaptação a novas realidades, sendo exigida formação diferenciada ao nível da organização e gestão de medicamentos e recursos humanos e económicos. Surgem novos conceitos de trabalho na dispensa de medicamentos, as novas tecnologias, reduzem erros de medicação, garantem qualidade, rentabilizam recursos humanos, reduzem o capital imobilizado, e melhoram a eficiência. Melhoram também a função de informação baseada na evidência para suporte à decisão clínica de uso de medicamentos já comercializados e experimentais, ao nível do internamento, do ambulatório e dos cuidados primários. A monitorização clínica, através da farmacocinética, acompanhamento e reconciliação terapêutica, é rotina de trabalho em muitos hospitais e em alguns centros de saúde. O conceito actual de elaboração, investigação e desenvolvimento, baseia-se na resolução de problemas de tratamento de doentes não solucionáveis com os medicamentos comercializadas, bem como, na preparação de medicamentos de administração intravenosa e de preparação extemporânea, que requerem precauções especiais de manipulação, estabilidade ou risco, como é o caso dos medicamentos biológicos, citotóxicos, radiofármacos ou nutrição parentérica. Ana Cristina Rama Ordem dos Farmacêuticos Resumo comunicação A Farmácia Hospitalar engloba o conjunto de actividades exercidas em departamentos com autonomia técnica, denominados Serviços Farmacêuticos, praticadas em organismos hospitalares, ou serviços a ele ligados, para colaborar nas funções de assistência que pertencem a esses organismos e serviços e promover a acção de investigação científica e de ensino. Salienta-se ainda a importância dos farmacêuticos na vida e dinâmica dos hospitais, ARS, área regulamentar e ao nível nacional na definição das políticas do medicamento, pelo contributo e intervenção em diferentes tipos de Comissões Técnicas. A evolução do conceito de cuidados farmacêuticos acompanha a necessidade, cada vez mais premente, de intervir de uma forma sustentada e metodologicamente válida, nos problemas de saúde causados pela insegurança e inefectividade dos medicamentos, que aumentam os riscos de morbilidade e mortalidade. Os farmacêuticos, nos serviços profissionais que prestam têm adoptado uma abordagem centrada no doente, criando um ambiente adequado para a prestação de cuidados farmacêuticos. Todas estas actividades pressupõem a existência de competências em informação baseadas na evidência, um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e aptidões, que agreguem valor, orientados ao doente, à doença ou ao medicamento, tirando partido das tecnologias, para suporte à decisão de uso responsável. Vivemos tempos de mudança! Há que estar à altura das oportunidades e responsabilidades futuras, desenvolvendo competências, utilizando métodos sistemáticos de intervenção farmacêutica baseada O medicamento adquire hoje uma dimensão especial no contexto global da medicina e o 34 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO na evidência e orientada para o doente, acrescentando valor aos cuidados de saúde e sabendo avaliar o impacto na melhoria dos resultados clínicos, económicos e humanísticos. 0.00887.x. Epub 2010 Nov 16. PMID: 21077942 A. C. Ribeiro-Rama, I. V. Figueiredo, F. Veiga, M. M. Castel-Branco, A. M. S. Cabrita, M. M. Caramona – Evaluation of gastric toxicity of indomethacin acid, salt form and complexed forms with hydroxypropyl-ß-cyclodextrin on Wistar rats. Histopathologic analysis. Fund. Clin. Pharmacol. 2009; 23(6): 747-755. Curriculum Vitae Silva C, Fresco P, Monteiro J, Rama AC. Online drug databases: a new method to assess and compare inclusion of clinically relevant information. Int J Clin Pharm. 2013; 35(4): 560-9. doi: 10.1007/ s11096-012-9746-8. Epub 2013 Jun 2. PMID: 23729318 HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciada em Farmácia (1983), Mestre em Tecnologias do Medicamento (2004) e Doutora em Farmacologia (2008), pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra; ACTIVIDADE PROFISSIONAL Fátima Roque; Ana Cristina Rama; João José Sousa; Maria Eugénia Pina. Development and stability assessment of liquid paediatric formulations containing sildenafil citrate. Braz. J. Pharm. Sci. [online]. 2013; 49(2): 381-388. ISSN 1984-8250. http://dx.doi.org/10.1590/S198482502013000200021. Farmacêutica hospitalar desde 1984 e especialista desde 1987. Pertence ao quadro dos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.; Docente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra como Assistente Convidada desde 1992 e Professora Auxiliar Convidada desde 2009. É investigadora do grupo Health Surveillance do Centro de Estudos Farmacêuticos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. Participação na orientação de mestrados científicos e doutoramentos e em júris académicos de mestrados científicos e integrados. Na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto foi regente, como Assistente Convidada de unidades curriculares opcionais nos anos lectivos de 2005/2006 a 2007/2008; Mosca C, Castel-Branco MM, Ribeiro-Rama AC, Caramona MM, Fernandez-Llimos F, Figueiredo IV. Assessing the impact of multi-compartment compliance aids on clinical outcomes in the elderly: a pilot study. Int J Clin Pharm. 2014; 36(1): 98-104. doi: 10.1007/s11096-013-9852-2. Epub 2013 Dec 1. PMID: 24293332 Co-Autor em Livro Ana Cristina Ribeiro Rama, Ana Teresa Almeida Santos, Fernando Fernandez-Llimos, Isabel Vitória Figueiredo, Joana Lopes, Luís Marques, Margarida Caramona, Margarida Castel-Branco. Tratamento farmacológico da depressão na mulher grávida. ISBN 978-989-26-0826-6. Imprensa da Universidade de Coimbra. Coimbra, 2014. Tem exercido actividades de gestão clínica e económica e de farmácia clínica. No âmbito da informação de medicamentos foi responsável pela criação e desenvolvimento do Serviço de Informação de Medicamentos e Gravidez - SIMeG, viabilizado pela Direcção Geral de Saúde (PIDDAC/98) em 1998. Foi responsável pela criação e desenvolvimento em 1999 do Serviço de Informação de Medicamentos - SIMed, viabilizado no âmbito do Projecto Fazer Melhor em Saúde (PIDDAC/99). Efectua acompanhamento farmacoterapêutico de grávidas de risco por exposição a medicamentos e tóxicos ambientais, em colaboração com o Serviço de Reprodução Humana; Patentes Patent number PT103,069 submited on 2004/02/10. Title: “Reduced toxicity dosage form of indomethacin for oral administration”. Autors: Ana Rama; Francisco Veiga; Isabel Vitória Figueiredo; Silvério Cabrita; Maria Margarida Caramona; Adriano Sousa. PRÉMIOS 1997 - Comparticipação para investigação APFH/ NOVARTIS - Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares; PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES 2005 - Prémio APFH/IPSEN - Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares; Revistas internacionais A.C. Ribeiro Rama; I.V.Figueiredo; F.Veiga; M.M.Castel-Branco; A.M.S.Cabrita; M.M.Caramona. Hepatic and renal toxicities of indomethacin acid, salt form and complexed forms with hydroxypropyl-β-cyclodextrin on Wistar rats after oral administration. Fund. Clin. Pharmacol. 2011; 25(5): 599-607. doi: 10.1111/j.1472-8206.201 2005 - Comparticipação para investigação APFH/ NOVARTIS - Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares; 2012 - “Prémio de melhor poster da área de Farmácia Hospitalar”. Congresso Nacional dos Farmacêuticos. Lisboa, Portugal, 2-4 de Novembro 35 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO de 2012. Título: Tratamento farmacológico da depressão em mulheres grávidas. CNF/2012/A06/ P007. Autor(es): J. Lopes, I. V. Figueiredo, M. M. Castel-Branco, M. M. Caramona, A. C. Rama, A. T. Almeida Santos. OUTRAS ACTIVIDADES Revisor de artigos científicos - Revistas: Pharmacy World & Science; EJHPSci - European Journal of Hospital Pharmacy, Scientific Section; Foi vogal da Direcção da Secção Regional de Coimbra, nos triénios de 1989/1992 e 1992/1995. Foi membro do Conselho do Colégio da Especialidade entre 1995/1998; Foi vogal da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares de 1990 a 1999. Representante da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares na Assembleia-geral da Associação Europeia de Farmacêuticos Hospitalares, de 1998/2004. É actualmente elemento da comissão científica da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares; Participou como Consultor na organização: Exposição “Farmácia – a arte milenar de curar”. Decorreu no átrio principal do pólo HUC - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra de 30 de Outubro de 2014 a 20 de Fevereiro de 2015; É actualmente Presidente da Secção Regional de Coimbra e Directora Nacional da Ordem dos Farmacêuticos. 36 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PAINEL I CONCRETIZANDO O NOSSO COMPROMISSO Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Farmacêutica Especialista em Análises Clínicas pela OF. Olhos que vêem mais além: O Farmacêutico Especialista em Análises Clínicas ACTIVIDADE PROFISSIONAL Responsável Técnica de laboratório privado de análises clínicas; Diretora de Qualidade de laboratório privado de análises clínicas. OUTRAS ACTIVIDADES Diretora Nacional da Ordem dos Farmacêuticos. Ana Teresa Barreto Ordem dos Farmacêuticos Resumo comunicação Os farmacêuticos especialistas em análises clínicas intervêm com impacto nos diferentes estágios da cadeia de saúde: prevenção, diagnóstico, prognóstico e acompanhamento terapêutico. Hoje em dia, o maior objetivo do especialista em análises clínicas não é a adequada validação diagnóstica dos testes ou a correta interpretação destes. É sim, a integração entre a informação clínica, os resultados laboratoriais e o acompanhamento do doente. As tendências atuais apontam para uma maior utilização do diagnóstico laboratorial no futuro, esperando-se um crescimento na utilização dos exames laboratoriais e também da sua importância no sistema de saúde. A tendência para o aconselhamento por parte dos especialistas, na consultoria, seleção de testes e interpretação de resultados, irá aumentar na medida em que os clínicos dos cuidados de saúde também serão chamados a providenciar cuidados a um número maior de doentes com todas as suas complexidades individuais mas com um uso cada vez mais racional e criterioso dos testes laboratoriais disponíveis. A mudança do paradigma da saúde implicará necessariamente um nível muito elevado de especialização e formação de excelência para os especialistas em análises clínicas portugueses. 37 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PAINEL I CONCRETIZANDO O NOSSO COMPROMISSO qualifications and experience to play an even greater role in patient care and become much more than medication processers. A Indústria Farmacêutica centrada no Doente: Contributo da Profissão Farmacêutica Pharmacists have always been known as an accessible and trusted source of advice and treatment. Today, their contribution to health care is developing in new ways to help deliver optimal, more cost-effective care as the industry advances toward more affordable, patient-centered healthcare with improved access, outcomes and patient satisfaction. Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS 2005: Agregação em Farmácia, Universidade de Coimbra; 1999: Doutorado em Farmácia, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra; 1994: Mestre em Engenharia Química/Ciências de Engenharia, Universidade de Coimbra; 1991: Licenciatura em Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. Sérgio Simões Bluepharma ACTIVIDADE PROFISSIONAL Resumo comunicação 2015: Sócio-gerente da Blueanalytics Lda; We are living times of unprecedented innovation in the pharmaceutical industry but the business model is changing. As governments, payers, and healthcare providers rapidly move toward a health system that focuses on outcomes rather than products and services, pharmaceutical companies are feeling their way toward a new business model: patient-centricity. Desde 2012: Sócio-gerente da Blueclinical Lda; Desde 2011: Membro da Direção do Biocant Ventures, SA; Desde 2010: Presidente da Luzitin, SA, Presidente da TREAT U, SA, Sócio-gerente da InovBlue, Lda, Membro da Direção da A2B SGPS, SA Desde 2005: Professor Associado com Agregação na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra; As a result, the company will be able to bring drugs to market that better reflect patient needs, better align with the reward-for-outcomes that governments and payers insist upon, and help patients and providers achieve better outcomes. Patients require affordable medicines, with minimal side effects and predictable clinical outcomes. Desde 2001: Membro da Direção da Bluepharma, Indústria Farmacêutica SA; Vice-Presidente para o Desenvolvimento de Negócio da Bluepharma, Indústria Farmacêutica SA; Sócio-gerente da Pharmagen, Lda; Orphan medicines for rare diseases and patient adherence are some of the major focus of the pharmaceutical industries. Patient-centric approaches at different stages of the drug development stages are described in the present lecture. Desde 1995: Investigador no Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), Universidade de Coimbra. PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES A.F. Borges, B. Silva, C. Silva, J. Coelho, S. Simões. “Oral dispersable films”. US 20150038594 A1; Several large players in the pharmaceutical industry have already identified the benefits of shared value approaches for their own strategies. Some case studies are presented. Moreira, J. N., Moura, V., Pedroso de Lima, M. C., Simões, S., “Targeted delivery to human diseases and disorders”. US 20140004042 A1; L. G. Arnaut, M. M. Pereira, S. J. Formosinho, S. Simões. “Process for preparing chlorins and their pharmaceutical uses”. WO2010047611 A1; Legislators, industry leaders, insurers, providers and patients are recognizing that pharmacists have a critical and emerging role to play on patient’s integrated healthcare team. Pharmacist have the Borges AF, Silva C, Coelho JF, Simões S “Oral 38 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO films: Current status and future perspectives: I Galenical development and quality attributes.” Journal of Controlled Release - Journal of the Controlled Release Society, 206:1-19 (2015); Fonseca NA, Gomes-da-Silva LC, Moura V, Simões S, Moreira JN. Bridging cancer biology and the patients’ needs with nanotechnology-based approaches. Cancer Treatment Reviews. Volume 40, Issue 5, June 2014, Pages 626-635. PRÉMIOS Prémio PME Inovação COTEC-BPI 2012, atribuído pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, visa destacar Pequenas e Médias Empresas que sejam exemplos no plano da inovação. Para esta distinção concorreram diversos fatores, nomeadamente o reconhecimento de valores organizacionais de inovação, qualidade, internacionalização e investimento da Bluepharma; Prémio INVENTA.SAN promovido pela Caixa Geral de Depósitos e o INPI, que visa promover as invenções com maior impacto na área da saúde pública na última década, patente premiada também com o prémio INVENTA global como a melhor patente do ano em todas as áreas a concurso: L. G. Arnaut, M. M. Pereira, S. J. Formosinho, S. Simões, G. Stochel and K. Urbanska. (2008) “Synthesis of Compounds Relating to Photodynamic Therapy of Cancer”. Universidade de Coimbra. EP 2346874 A1; WO2010047611. OUTRAS ACTIVIDADES Supervisor/co-supervisor de teses de mestrado, teses de doutoramento e projetos de pósdoutoramento na área de Biotecnologia/Tecnologia Farmacêutica; Investigador Principal/participante de vários projetos financiados pela UE, QREN, Agence Nationale de la Recherche (ANR, França) e NATO; Orador convidado pelo programa MIT-Portugal. 39 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PAINEL II O FARMACÊUTICO FACE AOS DESAFIOS DA SOCIEDADE Os Farmacêuticos na Promoção da Saúde e Prevenção da Doença Nuno Lunet Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto Resumo comunicação Curriculum Vitae 40 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PAINEL II O FARMACÊUTICO FACE AOS DESAFIOS DA SOCIEDADE projecto Europeu “Simpathy”, do terceiro programa de saúde, conta com a participação activa de Médicos e Farmacêuticos da Universidade de Coimbra e da Universidade de Lisboa. Neste projecto, 10 grupos europeus, sob coordenação da autoridade de saúde do Governo da Escócia, irão identificar casos de estudo no domínio da gestão da polimedicação e da adesão à terapêutica de modo a criar condições para sensibilizar os decisores e replicar boas-práticas através da Europa: promovendo a revisão da medicação do idoso, criando equipas multidisciplinares, promovendo políticas de cuidados de saúde centradas no cidadão, e a literacia do cidadão sobre o medicamento. Será apresentado, de forma breve, o consórcio Ageing@Coimbra. Os Farmacêuticos face ao Envelhecimento dos Portugueses Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciatura em Biologia (1987), Universidade de Coimbra Doutoramento em Biologia Celular (1997), Universidade de Coimbra João Malva Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e Ageing@Coimbra Agregação em Biomedicina (2009), Universidade de Coimbra ACTIVIDADE PROFISSIONAL Resumo comunicação Investigador Principal, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (2002-presente) A Sociedade Europeia debate-se com desafios colocados por profundas alterações demográficas e pelo seu impacto sócio-económico. Em Portugal, este desafio é particularmente importante face à fragilidade da economia e ao rápido envelhecimento das populações. Em 2060 Portugal estará no topo dos países Europeus com menor natalidade e no topo dos países em que existirá maior percentagem de cidadãos muito velhos que dependerá de cuidados prestados por cidadãos velhos. Assim, sendo já uma prioridade no presente, a boa saúde dos idosos terá enorme implicação social e contribuirá determinantemente para a sustentabilidade económica dos sistemas de cuidado social e saúde. A Parceria Europeia de Inovação para o Envelhecimento Activo e Saudável lançou desafios a parceiros europeus para identificar e replicar boas-práticas inovadoras que contribuam para o envelhecimento activo e saudável, contribuindo assim para aumentar, até 2020, em dois anos a vida activa e saudável dos cidadãos na Europa. Este desafio, que é profundamente interdisciplinar, inclui a participação activa de profissionais de saúde, incluindo Farmacêuticos, enquanto agentes de mudança para uma melhor “Adesão à Terapêutica” (grupo A1 da EIP-AHA). A adesão à terapêutica e a gestão da polimedicação, evitando a polimedicação desadequada, são alvos principais de um dos projectos que emerge deste grupo de trabalho; o Professor Auxiliar, Departamento de Biologia da Universidade do Minho (2007-2009) Assistente e Assistente Estagiário, Departamento de Biologia da Universidade do Minho (1989-1997) Vice-Director do Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra (2013-2015) Presidente da Sociedade Portuguesa de Neurociências (2007-2011) PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES *Bernardino L, Eiriz MF, Santos T, Xapelli S, Grade S, Rosa AI, Cortes L, Ferreira R, Bragança J, Agasse F, Ferreira L and Malva JO (2012) Histamine stimulates neurogenesis in the rodent subventricular zone. Stem Cells 30: 773-784. 5 Y IF – 8,612 *Ferreira R, Xapelli S, Santos T, Silva AP, Cristóvão A, Cortes L and Malva JO (2010) Neuropeptide Y modulation of interleukin-1 beta (IL-1{beta})induced nitric oxide production in microglia. J. Biol. Chem. 285: 41921-41934. 5Y IF – 5,117 *Rosa AI, Gonçalves J, Cortes L, Bernardino L, Malva JO and Agasse F (2010) The angiogenic factor angiopoietin-1 is a proneurogenic peptide on subventricular zone stem/progenitor cells J. Neurosci. 2010 Mar 31;30(13):4573-84. – 5 Y IF – 7,915 41 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO *Bernardino, L., Agasse, F., Silva, B., Ferreira, R., Grade, S. and Malva J.O. (2008) Tumor Necrosis Factor-alpha Modulates Survival, Proliferation and Neuronal Differentiation in Neonatal Subventricular Zone Cell Cultures. Stem Cells 26:2361-2371. 5Y IF- 8,612 *Editor of “Interaction between neurons and glial cells in aging and brain diseases”- Springer, New York (2007) Ed: Malva J.O.;Co-editors: Rego A.C.; Cunha R.A. and Oliveira C.R ISBN: 978-0-38770829-4 (DVD included). OUTRAS ACTIVIDADES *Coordenador do consórcio Ageing@Coimbra, “Reference Site” da “European Innovation Partnershipn on Active and Healthy Ageing” *Deputy Director def EIT Health InnoSTARS, knowledge and Innovation Community (KIC) em “Healthy Living and Active Ageing” 42 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PAINEL III COMPETÊNCIAS FARMACÊUTICAS The current competency framework for pharmacists aims to reflect the practice of pharmacists in the early stages of their career, ie, 0-3 years registered. It is intended that the framework would also be used to provide structure and guidance for continuing professional development (CPD) over the changing demands of a pharmacist’s career. Quadro de Competências Base para os Farmacêuticos The framework is divided into six domains of practice and identifies a number of competencies expected of a pharmacist in each domain. A number of behavioural statements are given for each competency to demonstrate how individuals who have that competency will be behaving in practice. How was the Core Competency Framework developed? The framework for pharmacists in Ireland was developed based on the Global Competency Framework for Pharmacists from the International Pharmacy Education Taskforce (PET). The global framework was tailored for the needs of pharmacists practising in Ireland and benchmarked against established frameworks and national standards. Following consultation with the profession, the framework was updated and finalised to reflect the comments and suggestions received during the consultation process. Róisín Cunniffe Pharmaceutical Society of Ireland Resumo comunicação The new CPD framework introdcued in ireland is a portfolio-based self-reflective model that allows pharmacists to employ a wide range of learning methods to meet their individual learning needs, ranging from informal “on-the-job” learning to formally accredited educational programmes. Pharmacists are be required to become competent in the process of reflection and skills such as recording in order to meet the requirements of the new CPD model which include self-identification of learning needs, personal development planning and documentation of learning outcomes. The PSI has developed a Core Competency Framework to provide structure and guidance for continuing professional development (CPD) over the changing demands of a pharmacist’s career. What is the Core Competency Framework used for? The framework for pharmacists is used for a number of purposes, including: • CPD by assisting pharmacists to reflect on their practice and identify learning needs and to provide guidance and structure for CPD over the changing demands of their career; • development of curricula for programmes by academic institutions. It informs educational standards for accreditation by the PSI of the degree programmes that lead to professional registration; • to provide a platform for the development of specialisation and advanced practice within pharmacy; What is a Competency Framework? Competencies refer to the knowledge, skills, attitudes and behaviours that an individual develops through education, training and work experience. Taken together, these competencies form a competency framework which provides a blueprint for describing the competencies and behaviours of pharmacists in their daily practice. By their nature, competency frameworks must be sufficiently broad-based to allow for universal applicability across all practice settings, but also be sufficiently focused to allow the particular competencies specific to pharmacists to emerge. • to provide a public statement of the professional role of a pharmacist. Curriculum Vitae ACADEMIC DEGREES October 2013 – May 2015 - Postgraduate Certificate in Health Promotion- Approaches to Cardiovascular Health and Diabetes Prevention (NUIG); February 2013 - Professional Certificate in Regulatory Affairs (International Centre for Parliamentary Studies); The Core Competency Framework for Pharmacists in Ireland 43 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO September 2009 - CPR and Vaccination Training Programme (IPU/Hibernian Healthcare); August 2008 - March 2010 - Advanced Creative Writing Course (Irish Writers Centre); September 2007 - PSI Tutor Pharmacist Course; Sept 2004 - August 2005 - PSI pre-registration training year; October 2000 - June 2004 - Batchelor of Science (Pharmacy) (Trinity College Dublin). PROFISSIONAL EXPERIENCE March 2012-Present - Senior Pharmacist Advisor Pharmaceutical Society of Ireland; I currently work in the Pharmaceutical Society of Ireland (PSI), the PSI is the statutory rehulator of Phrmacy in Ireland. It regulates the profession of pharmacy in the public interest. I have worked as a Senior Pharmacist Advisor in the Pharmacy Practice Development unit of the PSI since March 2012, working as the Head of this unit from August 2014 to August 2015. My work primarily involves the publishing of practice guidance to the pharmacy profession in Irealnd, stakeholder engagement, co-ordinating commubnications to the profession on practice issues and providing advice to the Department of Heaslth on pharmacy practice issues. Prior to joining the PSI I worked extensively in Community Pharmacy, gaining valuable experience in the treatment of opioid dependence, paediatric and geriatric care. 44 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO PAINEL III COMPETÊNCIAS FARMACÊUTICAS PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES / Bruno A, Rouse M, Tofade T, Bates I. (2014) Continuing Professional Development/Continuing Education in Pharmacy: Global Report. Fédération Internationale Pharmaceutique (FIP): The Netherlands. Available at: www.fip.org/ educationreports Modelo de Competências Farmacêuticas da Ordem dos Farmacêuticos Bruno A, Rouse M, Meštrović A. (2014) Quality Assurance of Pharmacy Education: the FIP Global Framework. Fédération Internationale Pharmaceutique (FIP): The Netherlands. Available at: www.fip.org/educationreports Anderson C, Marriott J, Carrasqueira J, Brock T, Rennie T, Bruno A, Bates I. (2014) Turning the World of Pharmacy Education into a Global Community Through Sharing. Am J Pharm Educ, 2014; 78(7): article 130. Bruno A, Galbraith K, McKinnon R. (2014) Global Supply of Health Professionals. N Engl J Med, 370; 23, June 5. DOI: 10.1056/NEJMc1404326 Bruno, A., Bates, I., Brock, T., Anderson, C. (2010) Towards a Global Competency Framework. Am J Pharm Educ. 74(3): p. 56. Andreia Bruno Ordem dos Farmacêuticos Resumo comunicação Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciada em Ciências Farmacêuticas (ISCSEM); Doutoramento (UCL School of Pharmacy, Londres) ACTIVIDADE PROFISSIONAL Secretária Técnica para o Desenvolvimento Profissional da Ordem dos Farmacêuticos (OF) desde Junho de 2014. Coordenadora e Investigadora do Projeto - Iniciativa para a Educação da Federação Internacional Farmacêutica (FIP | FIPEd), um cargo que ocupa desde 2011. Coordena também os membros da secção Académica e Institucional (AIM), no que concerne ao fórum no congresso anual e todos os projetos inerentes. Apoia de forma editorial o Pharmacy Education Journal, uma plataforma online para a publicação de artigos de revisão. É também Honorary Lecturer na Universidade de Londres, Faculdade de Farmácia (UCL SoP), e foi-lhe atribuído o papel honorário na Sociedade Real da Grã-Bretanha (RPS) como Líder para Liaison Internacional. Participa como perita no WHO Technical Working Group on Health Workforce Education Assessment Tools, desde Novembro de 2013. É também gestora de comunicação e dados para o Observatório Global da FIP-RPS sobre a workforce (força de trabalho) [FIP-RPS Global Pharmacy Workforce Observatory]. 45 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO 1979/1984 – Diretor de Planeamento e Gestão Financeira e Administrativa da Quimigal, E.P. A Reforma Estrutural do SNS e Políticas na Área Farmacêutica 1973/1979 – Diretor Financeiro, Administrativo e de Pessoal da Sovena, S.A. CARGOS PÚBLICOS Desde Maio 2015 – Presidente do Conselho Económico e Social de Portugal 2002/2005 – Ministro da Saúde do XV e XVI Governos Constitucionais 1991/1995 – Secretário de Estado da Energia do XII Governo Constitucional 1987/1989 – Secretário de Estado da Segurança Social dos X e XI Governos Constitucionais 1996/1997 – Membro da Comissão do Livro Branco para a Reforma da Segurança Social DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA Desde 2014 – Professor Convidado – MBA – Estratégia Empresarial – em Lisboa e Maputo Moçambique Luis Filipe Pereira Presidente do Conselho Económico e Social e Ministro da Saúde entre 2002 e 2005 No ISCTE – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa – Universidade de Lisboa Resumo comunicação Professor Convidado (1979/2005) Curriculum Vitae Coordenador e responsável pela cadeira de Estratégia e Planeamento da Empresa – Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas – anos letivos de 1978/1986 HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Docente responsável pela cadeira de Economia, Empresa e Integração Económica no Mestrado em Ciências Empresariais no INDEG/ISCTE – anos letivos de 1996/1997 e 1995/1996. Licenciatura em Economia, pelo Instituto Superior de Economia (ex-ISCEF), Universidade de Lisboa, 1972/1973. Docente responsável pela cadeira de Planeamento Estratégico no MBA – Master of Business Administration no INDEG/ISCTE – anos letivos de 1997/1998 e 1996/1997. ACTIVIDADE PROFISSIONAL FUNÇÕES EMPRESARIAIS DE ALTO NÍVEL 2011/2015 (Maio) – Membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP- Energias de Portugal Coordenador e responsável pela cadeira de Planeamento e Estratégia de Empresa – anos letivos de 1996/1997 e 2000/2001. 2007/2010 – Presidente da Comissão Executiva do Grupo EFACEC 2005/2006 – Presidente da Comissão Executiva da CUF - Companhia União Fabril, SGPS Coordenador e responsável pela cadeira de Direção Geral de Empresas – Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas – ano letivo de 2001/2002. 2002 – Administrador da EDP- Eletricidade de Portugal, S.A. 1997/2002 – Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração da ADP - Adubos de Portugal S.A. No ISE - Instituto Superior de Economia – Universidade de Lisboa 1998/2000 – Administrador Não-Executivo do Banco Mello Assistente convidado da disciplina de Política Económica – Curso Superior de Economia – ano letivo de 1978/1979. 1996/1997 – Vice-Presidente Executivo da Quimigal Adubos S.A. PRÉMIOS 1996/2001 – Presidente do ISTP- Instituto Superior de Transportes Condecorado com a “Grã Cruz da Ordem do Mérito”, por Sua Excelência o Presidente da República, 2006. 1991/1995 – Vice-Presidente da EDP - Eletricidade de Portugal, S.A. Atribuição da Medalha de Ouro de Serviços Distintos do Ministério da Saúde, Março de 2015. 1984/1986 – Diretor Geral Adjunto da Quimigal, E.P. OUTRAS ACTIVIDADES 46 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO CARGOS EM ASSOCIAÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS Desde 2013 – Presidente do FAE-Fórum de Administradores de Empresas 1996/2001 – Presidente da Direção da APIGCEE – Associação Portuguesa dos Industriais Grandes Consumidores de Energia Elétrica 1996/2002 – Membro do Conselho da IFIEC International Federation of Industrial Energy Consumers. 1996/2002 – Vice-Presidente e membro do Comité de Direção da EFMA - European Fertilizer Manufacturers Association. 1996/2002 – Membro do Conselho Geral da IFA – International Fertilizer Industry Association CONSULTORIA DE EMPRESAS Desde 2011 (Maio) – Consultor e Administrador Não-Executivo de diversos grupos empresariais: British Hospital, Grupo Visabeira, Grupo Logistel Desde 2013 – Membro do Conselho Consultivo Ibérico da ORACLE 2014/2015 – Presidente não Executivo da Dan Cake Portugal 1981/1986 – Consultor de diversas empresas e formador em gestão nos domínios da Estratégia Empresarial, da Direção Geral de Empresas da Direção Financeira e da Gestão de Recursos Humanos 47 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Oradores Sessões Paralelas 48 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA COMUNITÁRIA terapêutica, e a prevenção, identificação e resolução de problemas relacionados com os medicamentos que condicionem a obtenção dos melhores resultados em saúde, uma vez que a dispensa dos medicamentos é a ocasião por excelência para a identificação de pessoas que necessitem de um nível de acompanhamento diferenciado por parte do farmacêutico. PAINEL I Serviços Farmacêuticos Centrados no Cidadão a Nível Mundial Por serem também frequentemente o único profissional de saúde que contacta com o cidadão antes deste estar doente (ou sabê-lo), os farmacêuticos têm também assumido um papel primordial na promoção de estilos de vida saudáveis, na prevenção da doença, e na identificação precoce de factores de risco para o seu aparecimento. Ao demonstrarmos que estamos aptos a assumir este compromisso, seremos o parceiro privilegiado do sistema de saúde, e do próprio cidadão. Curriculum Vitae Ema Paulino Ordem dos Farmacêuticos e Federação Internacional Farmacêutica PÁG. 19 Resumo comunicação Um pouco por todo o mundo, os farmacêuticos estão a reafirmar o seu compromisso com a saúde perante a sociedade, estabelecendo novos acordos e novas formas de articulação com os sistemas de saúde, quer públicos quer privados. Inúmeros países já preveem, hoje em dia, remuneração adicional para as farmácias associada à realização de serviços farmacêuticos de valor acrescentado, como a vacinação, revisão da terapêutica, aconselhamento na primeira dispensa, e tratamento de afeções menores, entre outros. A contratualização destes serviços está eminentemente associada à convicção de que as farmácias podem (e devem) promover a aproximação entre os resultados das terapêuticas medicamentosas na população real e os resultados calculados aquando da realização dos ensaios clínicos. Isto porque tem sido evidenciada uma diferença entre a eficácia e segurança que resulta dos ensaios clínicos efetuados em ambientes altamente controlados, e a efetividade e segurança da terapêutica quando utilizada na população em geral, em condições de multipatologia, polimedicação, e de utilização distintas das inicialmente estudadas. Os farmacêuticos comunitários estão idealmente posicionados para intervir neste domínio, através de iniciativas que visem o aumento da adesão à 49 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA COMUNITÁRIA prestan a los pacientes con garantía de calidad, seguridad y eficacia. Para ello, sociedades científicas como la Sociedad Española de Farmacia Familiar y Comunitaria (SEFAC) apuestan decididamente por programas de capacitación que, en coordinación con otras sociedades científicas del ámbito médico, aseguren la calidad de la formación y la adquisición de las habilidades necesarias por parte de todos aquellos farmacéuticos que se capaciten en los servicios promovidos por SEFAC. PAINEL I Programas Farmacêuticos Promovidos pela Sociedade Espanhola de Farmácia Familiar e Comunitária En la actualidad, SEFAC está desarrollando los siguientes programas de capacitación en servicios profesionales farmacéuticos: Programa CESAR, para la prestación del servicio de cesación tabáquica en las farmacias comunitarias. Programa impacHta, para la medida y control de la presión arterial y el cálculo del riesgo vascular. Programa EPOCA, para la prevención y control de la EPOC en farmacias comunitarias. Programa REVISA, para la prestación del servició de revisión del uso de los medicamentos. Todos estos programas incluyen tanto formación teórica, como presencial práctica y registro de casos clínicos. Jesús Gómez Martínez Sociedade Espanhola de Farmácia Familiar e Comunitária (SEFAC) Además, SEFAC trabaja en otros proyectos como DIFAC (atención farmacéutica en diabetes en farmacia comunitaria) e I-VALOR (servicio de indicación farmacéutica), entre otros. Resumo comunicação El objetivo de estos programas es consolidar de forma protocolizada los servicios farmacéuticos en las farmacias comunitarias españolas, hacerlo en coordinación con los médicos y crear una cultura de regitro que permita a los farmacéuticos obtener datos sobre el impacto que tienen sus intervenciones en la salud de los pacientes y en la eficiencia del sistema sanitario. Los servicios profesionales farmacéuticos (SPF) son, en la actualidad, uno de los elementos fundamentales del sector farmacéutico en España. Su desarrollo e implantación en las farmacias comunitarias son motivo de debate, tanto desde el punto de vista científico como profesional y concitan el interés no solo de los propios farmacéuticos, sino también del resto de agentes de salud y de la Administración sanitaria pues, no en vano, los SPF pueden contribuir decisivamente a prestar una mejor asistencia sanitaria a los pacientes y también a la sostenibilidad del sistema sanitario descargando la presión asisgtencial sobre los centros de salud y mejorando la prevención y la detección precoz de enfermedades. Curriculum Vitae ACADEMIC DEGREES Universitat de Barcelona Master en Atención Farmacéutica, 2012 – 2014 UCAM Universidad Católica San Antonio de Murcia. Diplomado en Nutrición Humana y Dietética, 2008 – 2010 Sin embargo, y aunque se están dando numerosos pasos en este ámbito, queda mucho por hacer para consolidar esta tendencia y, sobre todo, para demostrar el valor que los SPF pueden aportar tanto en materia del uso adecuado de los medicamentos como en la promoción de la salud. Uno de los aspectos más debatidos para la correcta implantación de los SPF en España es la necesidad de disponer de una formación actualizada que garantice que estos servicios se Universidad Europea de Canarias Master Farmacéutico en Alimentación y Nutrición, 2006 – 2008 E.A.D.A. - Escuela de Alta Dirección y Administración Master en Marketing y Dirección de Empresas, 1988 – 1990 50 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Universitat de Barcelona Farmacéutica: Entrevista clínica, Técnicas de venta, Técnicas de comunicación, Técnicas de negociación, Segmentación de clientes, Nuevas herramientas y modelos de visita médica y farmacéutica, Programas ad-hoc por Compañías farmacéuticas, productos, Formación científica comercial Licenciado en Farmacia, Orientación Analítico Clínica, 1982 – 1986 PROFESSIONAL EXPERIENCE Actualmente ejerce como farmacéutico comunitario. Desde 1989 Farmacéutico titular de Oficina de Farmacia en Barcelona. AWARDS Anteriormente Delegado de ventas Roussel Ibérica (19888- 1933) Product Manager del Area de Patología infecciosa y Antibióticos en Hoechst Marion Roussel (1993-1996), posteriormente responsable de Managed Care, Areas de Gestión, Sociedades Científicas y Proyectos Nacionales de Formación en la misma compañía farmacéutica (1996- 2000). Premio de la Asociación castellano-manchega de errores innatos del metabolismo (ACMEIM) en la categoría de Farmacia (2014). Premio de CORREO FARMACEUTICO a las mejores iniciativas de la farmacia en 2014 por el Documento sobre cesación tabaquica en farmacia comunitaria. Atención farmacéutica y educación sanitaria. SEFAC Coordinador del grupo de trabajo CONUFA Complementos nutricionales y vitaminas de la SEFAC Premio de CORREO FARMACEUTICO a las mejores iniciativas de la farmacia en 2013 por el Programa Cesar. Formación. SEFAC Coordinador de la Guía de Abordaje de patología digestiva (médico-farmacéutica) SEMERGENSEFAC. Premio correo farmacéutico 2008 Premio de CORREO FARMACEUTICO a las mejores iniciativas de la farmacia en 2009 por el Documento de consenso sobre insomnio y Estres. SEFAC Coordinador del la Documento de Consenso de Estrés e Insomnio (médico-farmacéutico) SEMERGEN-SEFAC. Premio correo farmacéutico 2009. Premio de CORREO FARMACEUTICO a las mejores iniciativas de la farmacia en 2008 por el Consenso sobre patología digestiva. SEFAC Coordinador y autor del Curso de Formación sobre Vitaminas y suplementos nutricionales acreditado por el Sistema Nacional de Formación Continuada (2008) Coordinador y ponente de los talleres de patología digestiva SEMERGEN – SEFAC (2009 -2010) Premio Correo Farmacéutico 2010. Coordinador de la Guía de Sobrepeso y Obesidad para la Farmacia Comunitaria (2011). Coordinador del Documento de Intervención en cesación tabáquica en la farmacia comunitaria (2015). Premio Correo Farmacéutico 2015. Miembro del comité editorial de la revista de SEFAC e-farmacéutico hasta el 2006 - 2008 Presidente y fundador de SEFAC Cataluña, 2006 -2010 Tesorero de la Junta Nacional de la SEFAC, (2006 – 2008) Vicepresidente de la Junta Nacional de la SEFAC, desde 2008 Coordinador del Área de Nutrición, Digestivo y Dermatología de SEFAC, desde 2009 Presidente de SEFAC desde Noviembre 2012 PUBLICATIONS Actividades formativas con la Industria Farmacéutica: Coordinación, Elaboración y realización de diferentes cursos dirigidos a Farmacéuticos comunitarios y a profesionales de la Industria 51 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA COMUNITÁRIA quality standards and professional development in pharmacy and healthcare generally, having previously been appointed by successive Ministers for Health to both the Council of the Pharmaceutical Society of Ireland (PSI) and the Board of the Health Information & Quality Authority (HIQA). PAINEL I Programas Desenvolvidos nas Farmácias Irlandesas In the last number of years, Darragh has spoken at both national and international conferences worldwide, including HIQA/WHO World Alliance for Patient Safety, PGEU Annual Symposia and the International Pharmaceutical Federation (FIP) World Congress of Pharmacy and Pharmaceutical Science. Darragh O’Loughlin Irish Pharmacy Union Resumo comunicação Pharmacists are the most accessible healthcare professionals in Ireland, and the Irish public value their pharmacists highly. Pharmacy is recognised as a valuable source of healthcare information and care. In addition to dispensing medicines, pharmacists provide a number of pharmacy services, some of which are publically funded. Leaders in Ireland, convinced by the evidence, are supportive of development of additional advanced services provided by pharmacists. Curriculum Vitae Darragh O’Loughlin is currently President of the Pharmaceutical Group of the European Union (PGEU), representing approximately 400,000 community pharmacists working in almost 170,000 pharmacies at a European level, having been its Treasurer since 2013. Darragh is also Secretary General of the Irish Pharmacy Union (IPU), the voice of community pharmacy in Ireland. A qualified pharmacist, Darragh has experience in both hospital and community pharmacy and has operated his own pharmacy in Galway for the last fifteen years. He graduated from Trinity College Dublin in 1993 and also holds a Diploma in Marketing, Advertising and Public Relations from the Institute of Commercial Management (UK) and a Certificate in Management from Henley Business School (UK). Darragh has considerable experience of regulation, 52 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA COMUNITÁRIA serviços de dispensa, revisão da prescrição (clínica e terapêutica), manipulados e assistência em emergência. PAINEL I A remuneração das farmácias tem de evoluir para um modelo assistencial viável, sustentável e que integre os desafios em saúde das próximas décadas. Modelos de Remuneração da Farmácia Comunitária a Nível Mundial Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Doutoramento em Farmácia Clínica; Mestrado em Epidemiologia; Licenciatura em Ciências Farmacêuticas. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Professora Auxiliar da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Maria Duarte, Paula Ferreira, Maria Soares, Afonso Cavaco e Ana Paula Martins..Community Pharmacists’ attitudes towards adverse reaction reporting and their knowledge of the new pharmacovigilance legislation in the Southern Region of Portugal: a mixed methods study. Drugs and Therapy Perspectives, Julho 2015. Ana Paula Martins Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Carla Torre, José Guerreiro, Sofia Oliveira Martins, João Filipe Raposo, Ana Paula Martins, Hubert LeufkensPatterns of glucose lowering drugs utilization in Portugal and in the Netherlands. Trends over time. Primary Care Diabetes.,2015. Resumo comunicação O modelo de remuneração das farmácias deve ser fundado sob a égide de um contrato social. Um acordo compreensivo, que garanta a assistência farmacêutica, fundamentada nas dimensões da equidade, universalidade e financiamento solidário. Um contrato que garanta a qualidade no acesso ao medicamento e soluções custo-efetivas em saúde para os cidadãos e para pagadores. Laires PA, Exposto F, Mesquita R, Martins AP, Cunha-Miranda L, Fonseca, J.E. Patient’s access to biologics in rheumatoid arthritis: a comparison between Portugal and other European countries. Eur J Health Econ (2013) 14: 875-885. Os sistemas de remuneração foram descritos e analisados a nível internacional, e apresentados recentemente no Congresso Mundial da Federação Internacional de Farmacêuticos (FIP) em Outubro 2015 no relatório “Sustainability for pharmacy services: advancing global health”. 4PA Laires, Mesquita R, Veloso L, Martins AP, Cernadas R, Fonseca J.E. Patient’s access to health care and treatment in rheumatoid arthritis: the views of stakeholders in Portugal. BMC Musculosketal Disorders 2013, 14:279. Guerreiro MP, Martins AP, Cantrill JA. Preventable Drug-Related Morbidity in community pharmacy: commentary on the implications for practice and policy of a novel intervention. Int J Clin Pharm 2012; 34: 682-685. Pode-se concluir que o modelo de remuneração varia, mas tem dimensões transversais comuns. Assistimos a uma evolução para sistemas em que a remuneração é mista, com uma componente de serviços de saúde e serviços de acesso ao medicamento. Na sua essência, o modelo assistencial farmacêutico, continua a revestir-se de uma componente científica forte que responde a uma regulamentação exigente sob o ponto de vista público, social e ético. A maioria dos países apresentam a tendência de um fee for service e margens sobre os medicamentos dispensados. Nos serviços remunerados, encontram-se, essencialmente, 53 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA COMUNITÁRIA Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS PAINEL I Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Um Novo Contrato Social para a Farmácia Portuguesa MBA em Gestão de Informação pela Universidade Católica Portuguesa ACTIVIDADE PROFISSIONAL Presidente da Direcção da ANF Proprietário da Farmácia Estácio e da Farmácia Estácio Xabregas OUTRAS ACTIVIDADES Música Caminhada Paulo Cleto Duarte Associação Nacional das Farmácias Resumo comunicação O actual modelo económico das farmácias põe em causa a garantia de cobertura farmacêutica do País. É necessário trabalhar num modelo inovador, que permita garantir a sustentabilidade da rede de proximidade das farmácias e que integre, de forma efectiva, os serviços farmacêuticos na prestação de cuidados de saúde no SNS. Um modelo com critérios rigorosos e tendo em conta as melhores experiências internacionais, assente em três eixos que permitam remunerar as diferentes dimensões da actividade da farmácia: a) O acesso e dispensa do medicamento, garantindo a equidade, cobertura universal e qualidade do serviço prestado em todo o território nacional b) A prestação de serviços que respondam às necessidades em Saúde da população, alicerçado em contratualização, em complementaridade com os cuidados de saúde primários c) Partilha de ganhos e valor para o sistema de intervenções enquadradas com objectivos ou estratégias nacionais específicas (nomeadamente intervenções em saúde pública) 54 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA HOSPITALAR PAINEL I COMPETÊNCIAS EM FARMÁCIA HOSPITALAR Modelos de Competências em Farmácia Hospitalar na Europa e no Mundo Andreia Bruno Ordem dos Farmacêuticos Resumo comunicação Curriculum Vitae PÁG. 45 55 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA HOSPITALAR Comunicação no 20º Congresso da Associação Europeia de Farmacêuticos Hospitalares 2015. OUTRAS ACTIVIDADES PAINEL I COMPETÊNCIAS EM FARMÁCIA HOSPITALAR Presidente do Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos. Modelos de Competências em Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos António Melo Gouveia Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos Resumo comunicação Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Especialidade em Assuntos Regulamentares pela Ordem dos Farmacêuticos - 2001 Especialidade em Farmácia Hospitalar pela Ordem dos Farmacêuticos - 1997 Licenciatura em Ciências Farmacêuticas – Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa - 1987 ACTIVIDADE PROFISSIONAL Director dos Serviços Farmacêuticos do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Membro Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica do Infarmed. Membro da Comissão de Avaliação de Medicamentos do Infarmed. PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES 56 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA HOSPITALAR formativas visando a cobertura de todas as competências para que cada vez mais, o Farmacêutico Hospitalar possa fazer a diferença como membro integrante da equipa multidisciplinar do Hospital. PAINEL I COMPETÊNCIAS EM FARMÁCIA HOSPITALAR Aplicação do Modelo de Competências na Prática – questões relevantes Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Especialista em Farmácia Hospitalar pela Ordem dos Farmacêuticos – 1997; Licenciatura em Ciências Farmacêuticas – Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto – 1987. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Directora dos Serviços Farmacêuticos do Instituto Português de Oncologia do Porto OUTRAS ACTIVIDADES Membro do Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar Flobela Braga Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos Resumo comunicação Este novo modelo de competências veio trazer maior clareza relativamente às aptidões que se esperam de um farmacêutico hospitalar integrante de um Serviço de Farmácia ou de uma equipa multidisciplinar hospitalar. Este modelo orienta as áreas e tempos mínimos de formação, para que se possa adquirir os conhecimentos consolidados e dar segurança aos jovens farmacêuticos, junto dos seus pares. Como membro do júri da época de Exames 2015, para Atribuição do Título de Especialista em Farmácia Hospitalar deparei-me com algumas divergências, sobretudo dúvidas acerca da contagem do tempo de serviço, descrição de funções exercidas nas diferentes áreas da FH e outros aspetos que serão apontados e debatidos em conjunto na apresentação. Todas estas dúvidas são pertinentes face ao modelo de competências aprovado e a organização das nossas Farmácias Hospitalares, em muitos casos são conceitos não alinhados. Deixo aqui uma palavra aos colegas responsáveis pelas Direções do Serviço de Farmácia, os quais devem estar cientes que têm de ser proporcionadas aos colegas, oportunidades 57 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA HOSPITALAR adequado a cada situação clínica é prescrito e administrado corretamente para a melhoria ou, pelo menos, manutenção do estado de saúde do doente. Requer uma análise balanceada, procurando a maximização dos benefícios e a minimização dos riscos mínimos para cada indivíduo, tendo em conta as opções terapêuticas existentes, os recursos disponíveis, o contexto social e os custos envolvidos. PAINEL II OPTIMIZAÇÃO DA TERAPÊUTICA NA INTERFACE Revisão de Conceitos na Optimização da Terapêutica A revisão da medicação, com a colheita de toda a informação relativa ao doente (reconciliação, adesão), avaliando a terapêutica, identificando problemas relacionados com o medicamento (PRM, método de Dáder, critérios de Beers, ‘Start and Stop’) e monitorizando os fármacos e os resultados (farmacocinética, ‘antimicrobial stewardship’) permite a sua otimização e um ganho substancial em segurança, um dos elementos fundamentais da qualidade em saúde. O farmacêutico, com os conhecimentos abrangentes que possui, é uma parte fundamental neste processo de otimização da terapêutica, no qual deve intervir de uma forma proactiva e multidisciplinar. Marisa Caetano Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Curriculum Vitae Resumo comunicação HABILITAÇÕES ACADÉMICAS A noção de saúde e de doença para cada indivíduo está relacionada com a sua perceção da vida, dependendo de contextos culturais, sociais, económicos. Segundo a OMS, a saúde deve ser considerada como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de doença”. Licenciatura em Ciências Farmacêuticas; Mestrado em Infecção VIH/SIDA. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Farmacêutica Hospitalar em: Hospital Infante Dom Pedro, Aveiro Centro Psiquiátrico de Recuperação de Arnes, Soure O desenvolvimento verificado em todas as áreas científicas relacionadas com a saúde, permitiu a obtenção de progressos nunca antes observados na história da humanidade e a panóplia de medicamentos disponíveis tornou-se um direito inalienável de todo o ser humano. No entanto, devido à escassez, e também à desigualdade na distribuição mundial de recursos médicos e financeiros, é imprescindível utilizá-los de uma forma racional. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Tribuna GF, Rocha MJ, Caetano M, Almeida AM, Falcao AC. Pharmacokinetics of amikacin in severely burnt patients in a burns unit. EJHP Science. 2011;17:60–65; Caetano M, Coelho C, Pinheiro S, Carvalho R, Cabral L. Marcadores de Infecção em Doentes Queimados. Comunicação oral 4ª Semana APFH14º Simpósio Nacional, 16-19 de Novembro de 2011, Estoril; Numa sociedade com comunidades cada vez mais envelhecidas, a polimedicação é uma realidade. A liberdade de escolha dos locais de prestação de cuidados de saúde, a procura de diversos especialistas, a dificuldade na comunicação e a ocultação, por vezes involuntária, de algumas terapêuticas pode dar origem a incidentes potencialmente graves. A otimização da terapêutica reveste-se de uma importância fundamental, através de um conjunto de diversos processos que visam garantir que o medicamento Pinheiro S, Caetano M, Coelho R, Carvalho R, Cabral L The Use of Procalcitonin in the Antibiotherapy Stewardship in Burn Patients, Comunicação oral 9th ISBI, 9-13 de Setembro de 2012 Edinburgo; Caetano M, Rocha MJ. Optimização da administração de Antibióticos em doentes 58 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Queimados”, VII Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Queimaduras, 13/11/2010, Porto; Chaves C; Saraiva L; Caetano M; Silva N; Cabral L. Candidaemia at Coimbra Burns Unit (Portugal) Predictive factors for infection and mortality. Poster ECCMID 2014, Spain. PRÉMIOS Caetano M, Pinheiro S, Carvalho R, Coelho R, Saraiva L, Cabral L. Impacto farmaco-económico de um protocolo de antimicrobianos na Unidade de Queimados do CHUC. Comunicação oral VIII Congresso Nacional de Queimados 12-14 setembro 2013, Carvoeiro (1º prémio) OUTRAS ACTIVIDADES Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares Associação dos Amigos dos Queimados 59 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA HOSPITALAR de uma base de dados, que serviu de apoio a todos os registos, a terapêutica dos doentes incluídos foi reconciliada entre as 24 e as 72horas que se seguiram à admissão/transferência/alta. “Boletins de medicação” foram entregues e chamadas de seguimento no âmbito do “Farmácia em Linha” foram feitas aos doentes aquando da alta. A análise exploratória dos resultados foi realizada através de cálculos estatísticos em Microsoft Excel® 2010 e, por fim, foi feito o estudo do impacto económico através do modelo desenvolvido por Steven B. Meisel [2]. PAINEL II OPTIMIZAÇÃO DA TERAPÊUTICA NA INTERFACE Resultados Práticos de um Projecto de Optimização da Terapêutica Vários pontos de fragilidade foram sendo apurados com o decorrer do projeto, alguns relacionados com a base de dados utilizada, outros com a disponibilidade de recursos humanos, e ainda outros relacionados com o processo de reconciliação terapêutica em si (os doentes alvo, os timings de intervenção, entre outros). Como considerações finais ressalva-se a obtenção de resultados muito positivos, apesar de todas as dificuldades. As estimativas apontaram para um impacto económico significativo na instituição, sendo inegável a magnitude da poupança potencialmente alcançada com a implementação do processo devidamente otimizado a nível nacional. De destacar todos os ganhos em saúde para os doentes através do incremento da segurança e eficácia na utilização dos seus medicamentos e ainda a consolidação das funções assistenciais do farmacêutico, o aumento da empatia com o doente e a aproximação de classes profissionais. Filipa Fernandes Duarte Instituto Português de Oncologia do Porto Resumo comunicação A reconciliação terapêutica consiste num processo complexo com enorme impacto nos doentes que transitam entre vários níveis de saúde, versado para a comparação do regime terapêutico do domicílio com as prescrições terapêuticas da admissão, transferência ou alta [1]. Entende-se por discrepâncias as diferenças entre a medicação habitual do doente e a medicação instituída nas diferentes interfaces de cuidados. As discrepâncias não intencionais pressupõem a intervenção do farmacêutico. Para além de poderem resultar em danos graves para os doentes constituem ainda enorme encargo económico para as unidades de saúde [2][3]. [1] Medications at Transitions and Clinical Handoffs (MATCH) Toolkit for Medication Reconciliation. AHRQ Publications. 11(12)-0059. [2] Boletim do Cim: Centro de Informação do Medicamento (2013) Reconciliação da Medicação: um Conceito Aplicado ao Hospital. Revista da Ordem dos Farmacêuticos, nº106. [3] National Precribing Centre (2007) Medicines Reconciliation: A Guide to Implementation. National Health Service, UK. Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS 03/2011- Título de Especialista em Farmácia Hospitalar pela Ordem dos Farmacêuticos; Este projeto teve como objetivos avaliar a necessidade de implementação de reconciliação terapêutica no hospital, caracterizar os factores de risco que podem levar ao aparecimento de discrepâncias não intencionais, analisar a aceitação das intervenções farmacêuticas, estimar o impacto económico, permitir alcançar ganhos em saúde para os doentes e ainda consolidar as funções assistenciais do farmacêutico enquanto membro de uma equipa multidisciplinar. 1/10/2010- Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto; 12/2007- Formação pós-graduada em Seguimento Farmacoterapêutico pela Universidade Lusófona De Humanidades e Tecnologias do Porto; 07/2003- Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Durante três meses realizou-se um estudo observacional prospectivo no serviço de Oncohematologia do IPO-Porto. Após elaboração ACTIVIDADE PROFISSIONAL Coordenação do sector de Distribuição Individual 60 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO em Dose Unitária dos Serviços Farmacêuticos do IPO- Porto; Em escala de rotatividade desempenhei funções de farmacêutica assistente nos seguintes sectores: Unidade de Produção de Estéreis e Não Estéreis, Ensaios Clínicos e Ambulatório. PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES 27/2/2015- Apresentação- “Reconciliação terapêutica no IPO do Porto: avaliação da implementação de um projeto-piloto no serviço de Onco-hematologia” no âmbito das 8ª Jornadas de Farmácia Hospitalar. 06/2012- Apresentação- “ Derrame e Extravasamento de Citotóxicos” no âmbito do 3º Curso de Preparação de Citotóxicos APFH; 11/2011- Apresentação –“ Inibidores da Sinalização Celular no Tratamento do Cancro” no âmbito do 2º Curso de Preparação de Citotóxicos APFH; 11/2009- Participação na execução do poster “ Hormonoterapia em carcinoma da mama hormonodependente”- 13º Simpósio Nacional APFH; 23/10/2008- Apresentação subordinada ao tema“Hormonoterapia no Doente Oncológico”- no âmbito do Curso de Enfermagem Oncológica, realizado nas instalações da Liga Portuguesa Contra o Cancro. OUTRAS ACTIVIDADES De Abril de 2004 a Junho de 2009 exerci funções como farmacêutica em regime de part-time na Farmácia Central de Catassol, Maia 61 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA HOSPITALAR grande vigilância e controlo em determinadas terapêuticas, para assim assegurar a adesão à terapêutica. PAINEL II OPTIMIZAÇÃO DA TERAPÊUTICA NA INTERFACE Isto deve acontecer em instalações específicas para o efeito, que permitam uma certa confidencialidade, mas que ao mesmo tempo sejam acessíveis aos doentes, e preferência perto do local das consultas e do exterior. Interface entre a Farmácia Hospitalar e a Farmácia Comunitária Idealmente deveriam funcionar em horário alargado, para possibilitar uma vida ativa normal aos doentes. E por tudo isto, a farmácia comunitária pode vir a ser um valoroso parceiro da farmácia hospitalar, trabalhando em conjunto e suprimindo algumas das limitações que a distribuição em ambulatório pode apresentar. Desde logo pela acessibilidade. Existem vários distritos com apenas 1 ou 2 hospitais, como Castelo Branco, Évora, Beja, Santarém e outros…e distritos bastante grandes em dimensão. Ora nestes locais os doentes têm que fazer muitas vezes várias dezenas (centenas?) de Km para conseguir a medicação para a sua doença. Perde-se dias de trabalho e pode perder-se a adesão á terapêutica. Num concelho com uma elevada população, os farmacêuticos hospitalares podem não conseguir fazer o acompanhamento com o tempo e atenção ideias. Gonçalo Lourenço Farmácia Luciano e Matos Claro que teria que haver formação adequada. Seria fundamental e teríamos bastante a aprender com a forma como é feita a dispensa em ambulatório. E por uma questão de otimização de recursos e dos stocks dos medicamentos em causa, talvez apenas um nr bastante limitado de farmácias poderia vir a ser selecionado para uma eventual parceria deste género. Mas há aqui um grande potencial e algumas farmácias já possuem um know-how bastante apurado relativamente ao acompanhamento e monitorização da adesão à terapêutica. Resumo comunicação Os farmacêuticos hospitalares são profissionais com funções muito importantes e variadas, que vão desde a gestão de medicamentos e outros produtos farmacêuticos até à implementação e monitorização da política do medicamento a nível interno e em ambulatório. Isto concretiza-se na selecção e aquisição de medicamentos (muitas vezes em parceria com a administração do hospital), aprovisionamento, produção e distribuição de medicamentos e outros produtos de saúde, participação em comissões técnicas e ensaios clínicos. Fazem este trabalho de forma exemplar, muitas vezes gerindo orçamentos muito controlados (para não dizer reduzidos). Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra em 2007; Preparando/reconstituindo citotóxicos e a nutrição parentérica em condições que nem sempre são as ideais… Mestrado integrado em Ciências Farmacêuticas em 2011. E no ambulatório dispensam medicamentos de elevado valor e importância, com grande rigor e a noção de que são o último interface com o utente, nem sempre nas condições ideias de espaço/ tempo. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Farmacêutico comunitário na Farmácia Luciano e Matos desde 2007. Ora a dispensa ao ambulatório reveste-se de grande importância porque permite o tratamento do doente em ambiente familiar mas necessita de 62 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA region, when joined Laetus group in January 2009 as and was in charge of selling and implementing turnkey solutions for T&T in Turkey. PAINEL I 1999 - Started out by working with the IBM research center in Heidelberg, Germany. Based on the practical experience gained there, he established and co-owned a consulting business focusing on IT solutions and security software. Integrated IT and Automation Concepts for T&T Basel Jawich Laetus Resumo comunicação Basel Jawich, Area Sales Manager, Laetus HQ in Germany, awarded with degrees in Mechanical Engineering, Economy & IT Sciences, he began in 1999 working with the IBM research center in Heidelberg, Germany, based on the practical experience gained he established and co-owned a consulting business focusing on IT solutions and security software. Basel joined the Laetus group in January 2009 as Sales Manager responsible for the MENA region and was in charge for selling and implementing turnkey solutions for T&T in Turkey. Today, he supports global pharmaceutical accounts in identifying their needs to securing their packaging processes and fulfilling diverse global regulations. Curriculum Vitae ACADEMIC DEGREES Mechanical Engineering Economics & IT Sciences PROFESSIONAL EXPERIENCE Present - Area Sales Director, Laetus HQ in Germany. Today, he supports global pharmaceutical accounts in identifying their needs for secure packaging processes and conforming to diverse global regulations. 2009 - Sales Manager responsible for the MENA 63 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA espectrómetros de plasma, assim como também é indicado que a preparação de amostra pode ser feita por digestão em vaso fechado. Diferentes tipos de Espectrómetros de plasma e de sistemas de digestão em vaso fechado serão apresentados. PAINEL II Elemental Impurities – a nova ICH Q3D Desta forma os plasmas baseados em Argon, são a fonte de excitação dos metais em estado atómico, e causa a ionização destes. A forma como os átomos são processados e medidos quantitativamente, seja por emissão de fotões, ou por espectrometria de massa é que define a tecnologia analítica. O ICP-OES (Inductively coupled plasma optical emission spectrometry) e o ICP-MS (Inductively coupled plasma mass spectrometry) não são necessariamente novas técnicas de análise instrumental multi-elementar para metais. Ambas metodologias são conhecidas pela sua capacidade de medir vários elementos metálicos e não metálicos de forma simultânea e fiável, em áreas como o Controlo Alimentar e Ambiental. Outrossim, é muito adequada para poder quantificar elementos de transição ao nível de traços. O ICP tem a reputação de ser muito robusto para solventes orgânicos e elevada quantidade de sólidos dissolvidos. Enquanto, por outro lado, o ICPMS é a tecnologia que possibilita os melhores limites de deteção possíveis. As diferenças entre as tecnologias serão apresentadas, assim como as vantagens e características de cada uma delas. Daniel Ettlin UNICAM Sistemas Analíticos Resumo comunicação A F.D.A (Food and Drug Administration) a través da U.S.P (The United States Pharmacopeia), tem proposto nos seus novos capítulos 232, 233, 2232 um mais recente e obrigatório método para substituir os já existentes de certa forma obsoletos e desadequados métodos para análise de impurezas de elementos metálicos, em todos os produtos farmacêuticos e suplementos de dieta. A abordagem está mais adequada e baseada na dose e risco de exposição do potencial doente, assim como orientada na sua via de administração, mais do que definir um limite absoluto. A lista de impurezas metálicas propostas é sobretudo uma lista de metais que podem estar presentes devido a potenciais processos de contaminação dos produtos, e possam representar risco a curto ou longo prazo para os pacientes medicados. Adicionalmente se refere especificamente a métodos instrumentais de Análise que são de certa forma não tão habituais na Indústria Farmacêutica. A aplicação e viabilidade destes capítulos e tecnologia tem vindo a sofrer diversos atrasos devido a algumas dificuldades encontradas de como instrumentalizar e qualificar corretamente os projetos, especialmente numa abordagem universal. A pesar disto, é expectável, Segundo as mais recentes indicações que em 2018 todos se devem de reger por estas guias com métodos e processos já validados. A Qualificação instrumental é uma parte vital do projeto nesta área específica e aspetos relacionados com esta questão serão abordados para princípios farmacêuticos ativos e excipientes. Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Químico Farmacêutico, com Pós Graduação em Tecnologias Farmacêuticas na Universidade de Gante. Master in Bussines Administration, com especialização em Gestão de empresas Lasalle University (Louisiana) ACTIVIDADE PROFISSIONAL CEO Thermo Unicam Sistemas Analíticos Portugal. Responsável pelo desenvolvimento do negócio e o suporte de sistemas de análise instrumental em Portugal. A UNICAM é presentemente líder de mercado nas espetrometrias em Portugal. Desempenhou funções de Product Manager na UNICAM para a Península Ibérica, nas áreas de Espectrofotometria UV-VIS e de Absorção Atómica. Participou no desenvolvimento de produto nestas áreas, e no suporte ao desenvolvimento de sistemas de Qualificação Instrumental visando a As técnicas mais adequadas para cumprir com o preconizado pela U.S.P, e como os documentos desta informam, estão baseadas em 64 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Indústria Farmacêutica. Membro da Direcção da Aemiteq (Associação Industrial para o Desenvolvimento e Qualidade) PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Palestrante no Workshop de Lipidómica da Universidade de Aveiro - Departamento de Ambiente e Ordenamento da UA, 6 de Maio de 2015 http://masspec.web.ua.pt/workshop_ lipidomics_2015/index.html Palestrante e Participante no IV Simpósio da ENOR Translational Research in Oxysterols – Coimbra 18-19 Setembro de 2014 Palestrante no 11th International Meeting of the Portuguese Carbohydrate Group - GLUPOR 11 and 6th Iberian Carbohydrate Meeting – Viseu Portugal Palestrante no IMEKO Symposium on Traceability in Chemical, Food and Nutrition Measurements, National Health Institute Doutor Ricardo Jorge, IP, Lisboa September 22th to 25th, 2013, com “Speciation analysis in ICPMS: recent developments”. PRÉMIOS Dentro da atividade comercial e empresarial, não relevantes para este perfil. 65 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ANÁLISES CLÍNICAS E GENÉTICA HUMANA PAINEL I A Situação das Análises Clínicas em Portugal Jorge Nunes de Oliveira Associação Portuguesa de Analistas Clínicos Resumo comunicação De forma sumária será feita uma abordagem dos seguintes pontos: A importância do sector das Análises Clínicas/ Patologia Clínica na prestação de Cuidados de Saúde A ausência de conhecimento do sector A necessidade de uma política para o pequeno/ médio prazo Qualidade dos serviços de saúde prestados pelos Laboratórios Relacionamento do sector público e privado convencionado; aproveitamento dos recursos disponíveis e das respectivas capacidades instaladas Curriculum Vitae PÁG. 17 66 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ANÁLISES CLÍNICAS E GENÉTICA HUMANA Presidente da Associação Nacional de Laboratórios (ANL) Presidente da Direção da Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde (FNS) PAINEL I A Situação das Análises Clínicas em Portugal José Chaves Associação Nacional dos Laboratórios Clínicos Resumo comunicação Procura-se caracterizar o sector, alguma história do mesmo, a evolução do mercado privado das análises clínicas em Portugal e qual a evolução futura que se espera para o mesmo. Pretende-se criar o desafio do que procurar, qual a forma mais honesta e justa de antever o futuro num sector que tanto contribuiu para o desenvolvimento do SNS como o conhecemos e que, a cada ciclo de governação, parece tornar-se descartável. Pelo caminho, pretende-se relativizar os reais custos do que são as análises clínicas convencionadas num plano de orçamento anual da saúde do nosso país Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciatura em Ciências Farmacêuticas Curso de Especialização de Pós Graduação em Análises Clínicas Pós Graduação em Gestão de Unidades de Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade Nova de Lisboa Pós- Graduação em Gestão para Farmacêuticos, Universidade Católica Pós-Graduação em Gestão pela Universidade Católica ACTIVIDADE PROFISSIONAL Administrador da Joaquim Chaves Saúde 67 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ANÁLISES CLÍNICAS E GENÉTICA HUMANA Membro do Conselho Directivo do Colégio da Especialidade de Patologia Clínica da Ordem dos Médicos desde 1994, tendo assumido a presidência desde 2009, sendo atualmente o Presidente PAINEL I Membro da Comissão dos Dispositivos Médicos de Diagnóstico in Vitro do INFARMED durante a sua vigência A Situação das Análises Clínicas em Portugal Membro da Comissão de Verificação Técnica na Área das Análises Clínicas da Administração Regional de Saúde do Norte de 2006 a 2014. Membro do Conselho Científico da Associação Nacional de Laboratórios Membro da Comissão coordenadora do Catálogo Português de Análises Clínicas (SPMS) Elemento de acompanhamento da tabela de nomenclaturas da ACSS na área da Imunologia Coordenador científico de algumas Normas de Orientação Clínica da DGS Manuel Cirne Carvalho Conselho do Colégio da Especialidade de Patologia Clínica da Ordem dos Médicos Resumo comunicação Enquadramento, na perspectiva do médico Patologista Clínico, da actividade de Patologia Clínica / Análises Clínicas como actividade que, já neste momento, influencia em mais de 70% das decisões clínicas, e, ao mesmo tempo, é afectada diariamente por evoluções técnicas, científicas e regulamentares. Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 1981. Especialista em Patologia Clínica pela Ordem dos Médicos em 1990. Equiparação à formação sub-especializada do Ciclo de Estudos Especiais em Imunopatologia por Despacho do Sr. Secretário de Estado da Saúde de 30 de Novembro de 1992. Grau de Consultor da carreira médica hospitalar em 1996. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Pertenceu ao quadro do Serviço de Imunologia do Hospital Geral de Santo António desde 1990 até 1998. Pertence à Direcção Operacional da BMAC Análises Clínicas e é Director Técnico do Laboratório do Hospital da Prelada Dr. Domingos Braga da Cruz. 68 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ANÁLISES CLÍNICAS E GENÉTICA HUMANA internatos de especialidade, organizados e estruturados com a participação dos colégios de Especialidade da Ordem a quem cumpre por lei titular estes profissionais. Aliás a OF aprovou recentemente (em reunião da Direção Nacional de 24 de setembro de 2015 e publicado no DR, 2.ª série - N.º 200 de 13 de outubro de 2015) o regulamento que define as Normas para atribuição do Título de Especialista da OF em Genética Humana que vai de encontro às necessidades identicadas. PAINEL II A Carreira Farmacêutica – Análises Clínicas e Genética O trabalho de estruturação e harmonização dos dois modos de titulação (via Ordem dos Farmacêuticos ou via Ministério da Saúde) é fundamental e necessita de ser efectuado e implementado com a maior urgência. O impasse provocado pelo atraso da publicação dos diplomas acordados obriga-nos a uma reflexão sobre a situação actual. Nesta apresentação faremos um ponto de situação e teceremos algumas considerações sobre qual o caminho que consideramos mais apropriado para levar a bom termo a nova organização da profissão no SNS. Henrique Reguengo da Luz Centro Hospitalar do Porto Curriculum Vitae Resumo comunicação HABILITAÇÕES ACADÉMICAS A planificação e negociação das linhas mestras que deverão reger a actividade dos farmacêuticos dependentes do Ministério da Saúde foi um trabalho árduo que se arrastou ao logo de vários anos. A finalização do processo negocial e subsquente publicação do documento final em DR foi sendo continuamente adiada, por motivos diversos e alheios à vontade quer do Sindicato quer da OF. Uma e outra vez a proposta de carreira foi retomada, reformulada e negociada tendo em conta os novos enquadramentos politicofinanceiros e de recursos humanos, o que levou a atrasos consecutivos na concretização do objectivo estabelecido. Licenciatura em Ciências Farmacêuticas – Análises Quimico-Biológicas (FFUP) Licenciatura em Ciências Farmacêuticas – Farmácia de Oficina e Hospitalar (FFUP) Pós Graduação em Análises Clínicas (FFUP) Pós Graduação em Toxicologia (Fac. Farmácia – Universidade de Sevilha) Mestrado em Análises Clínicas (FFUP) Título de Especialista em Análises Clínicas conferido pela Ordem dos Farmacêuticos Título de Especialista em Laboratory Medicine (EuSpLM), conferido pela “European Federation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine” A acontecer em 2015 como esperado, já que as negociações foram concluídas e necessitam apenas de aprovação no Conselho de Ministros e publicação no Diário da República, a implementação da Carreira Farmacêutica no SNS virá, permitir uma coordenação e verdadeiro controlo da actividade farmacêutica nas áreas de farmácia hospitalar, análises clínicas e genética pela OF. De acordo com a última versão do documento negociado, e aceite pelas partes, o requisito mínimo para aceder à Carreira Farmacêutica é a posse de um título de especialista na respetiva área de atividade. Para formar especialistas será fundamental uma abertura anual pelo Ministério da Saúde de Título de Especialista da carreira de Técnico Superior de Saúde - Ramo laboratório conferido pelo Ministério da Saúde ACTIVIDADE PROFISSIONAL Assessor - Serviço de Química Clínica – Centro Hospitalar do Porto TSS Adjunto do Diretor – Serviço de Química Clínica – Centro Hospitalar do Porto Investigador da UMIB – Unidade Multidisciplinar de Investigação Biomédica (ICBAS – UP/CHP) Autor e Co-autor de diversas publicações e trabalhos Diretor Adjunto – Laboratório Médico Pessanha 69 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Moreira, Lda (2003 – 2011) European Journal of Endocrinology 10/2010; 163(4):631-5. DOI:10.1530/EJE-10-0449 · Diretor Técnico – Laboratório Médico Prof. J. Pinto Barros, Lda (2001 – 2003) PRÉMIOS PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Prémio de melhor poster com o título “Doseamento de barbitúricos no soro por HPLC” apresentado nas IVªs Jornadas de Patologia Clínica do Hospital de Santa Luzia de Viana do Castelo, Portugal - A Triple-Biomarker Approach for the Detection of Delayed Graft Function After Kidney Transplantation using Serum Creatinine, Cystatin C, and Malondialdehyde. Prémio de melhor poster com o título “Doseamento de Glicazida no soro por HPLC - Cromatografia Líquida de Alta Performance” Apresentado nas VII Jornadas de Patologia Clínica do Hospital de Santa Luzia de Viana do Castelo Isabel Fonseca · Henrique Reguengo · José Carlos Oliveira · La Salete Martins · Jorge Malheiro · Manuela Almeida · Josefina Santos · Leonídio Dias · Sofia Pedroso · Luísa Lobato · António Castro Henriques · Denisa Mendonça OUTRAS ACTIVIDADES Clinical biochemistry 07/2015; DOI:10.1016/j. clinbiochem.2015.07.007 Presidente do Sindicato Nacional dos Farmacêuticos. - Oxidative Stress in Kidney Transplantation: Malondialdehyde Is an Early Predictive Marker of Graft Dysfunction Presidente do Conselho Fiscal da Secção Regional do Porto da Ordem dos Farmacêuticos Presidente Eleito da Direção da Sociedade Portuguesa de Química Clínica, Genética e Medicina Laboratorial Isabel Fonseca · Henrique Reguengo · Manuela Almeida · Leonídio Dias · La Salete Martins · Sofia Pedroso · Josefina Santos · Luísa Lobato · António Castro Henriques · Denisa Mendonça Membro da “Register Comission” da Especialidade em “Laboratory Medicine” da European Communities Confederation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine (EC4)” Transplantation 01/2014; 97(10). DOI:10.1097/01. TP.0000438626.91095.50 - A position paper of the EFLM Committee on Education and Training and Working Group on Distance Education Programmes/E-Learning: developing an e-learning platform for the education of stakeholders in laboratory medicine Representante da SPQC na “European Federation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine (EFLM)” (2003-2013) Membro do Working Group “e-Learning and Distance Education” da European Federation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine (EFLM) Damien Gruson · Gilbert Faure · Bernard Gouget · Alexandre Haliassos · Darya Kisikuchin · Henrique Reguengo · Elizabeta Topic · Victor Blaton Clinical Chemistry and Laboratory Medicine 03/2013; 51(4):1-6. DOI:10.1515/cclm-2013-0095 - The EC4 European Syllabus for Post-Graduate Training in Clinical Chemistry and Laboratory Medicine: version 4-2012 Gijsbert Wieringa Simone Zerah Rob Jansen·AnaMaria Simundic · José Queralto · Bogdan Solnica · Damien Gruson · Karel Tomberg Leena Riittinen Hannsjörg Baum [...] Henrique Reguengo Demetrios Rizos Dunja Rogic Július Špaňár Greta Štrakl Thomas Szekeres · Kamen Tzatchev · Dalius Vitkus Pierre Wallemacq Hans Wallinder Clinical Chemistry and Laboratory Medicine 08/2012; 50(8):1317-28. DOI:10.1515/cclm-20120019 - Iodine intake in Portuguese pregnant women: Results of a countrywide study E Limbert S Prazeres M São Pedro D Madureira A Miranda M Ribeiro J Jacome de Castro F Carrilho · M J Oliveira H Reguengo F Borges [Show abstract] 70 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ANÁLISES CLÍNICAS E GENÉTICA HUMANA integrando o júri de avaliação final dos estagiários. Em Outubro de 2004 assumiu também a chefia de Unidade de Biologia Clínica do Instituto de Genética Médica Jacinto Magalhães (IGM), funções que exerceu até Abril de 2008. Na sequência da extinção do IGM e integração dos serviços no INSA, solicitou suspensão de funções e uma licença extraordinária para obtenção do grau de doutoramento. PAINEL II A Carreira Farmacêutica – Análises Clínicas e Genética PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES “Identification of a novel R21X mutation in the liver-type arginase gene (ARG1) in four Portuguese patients with argininemia” Cardoso, ML, Martins E, Vasconcelos R, Vilarinho, L, Rocha, J Hum. Mutat. 1999; 14: 355-356 (premiado) “The E37X is a common HMGCL mutation in Portuguese patients with 3-hydroxy-3methylglutaric CoA lyase deficiency”, Cardoso ML, Rodrigues MR, Leao E, Martins E, Diogo L, Rodrigues E, Garcia P, Rolland MO, Vilarinho L. Maria Luís Cardoso Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto Mol Genet Metab. 2004 Aug;82(4):334-8. Resumo comunicação Cardoso ML, Balreira A, Martins E, Nunes L, Cabral A, Marques M, Lima MR, Marques JS, Medeira A, Cordeiro I, Pedro S, Mota MC, Dionisi-Vici C, Santorelli FM, Jakobs C, Clayton PT, Vilarinho L. “Molecular studies in Portuguese patients with Smith-Lemli-Opitz syndrome and report of three new mutations in DHCR7” PÁG: 69 Curriculum Vitae Mol Genet Metab. 2005 Jul;85(3):228-35. HABILITAÇÕES ACADÉMICAS “Clinical, Biochemical and Molecular characterization of Cystinuria: first report in a cohort of Portuguese patients” Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela FFUP ramos A e C Mestrado em Genética Humana Aplicada Mafalda Barbosa, Altina Lopes, Conceição Mota, Esmeralda Martins, Maria do Céu Mota, Dulce Quelhas, Lúcia Lacerda, Luigi Bisceglia, Maria Luís Cardoso ACTIVIDADE PROFISSIONAL Em 1992 ingressou no quadro do IGM com a categoria de assistente da carreira de técnicos superiores de saúde – ramo genética e desde Março de 2005 é assessor superior da referida carreira. A sua actividade foi dirigida para o diagnóstico de doenças hereditárias do metabolismo, sobretudo no domínio das acidúrias orgânicas, e dos défices da biossíntese do colesterol cujo diagnóstico introduziu no nosso país. Clin Genet. 2011 Jan 21. doi: 10.1111/j.1399-0004.2011.01638.x Cardoso ML, Bandeira A, Lopes A, Rodrigues M, Venâncio M, Marques JS, Janeiro P, Ferreira I, Quelhas D, Sequeira S, Soares G, Lourenço T, Rodrigues R, Gaspar A, Nunes L, Marques F, Martins E. A síndrome de Smith-Lemli-Opitz: características fenotípicas e genotípicas dos doentes portugueses. Acta Ped Port. 2012; 43(2): 47-52. Colaborou como formadora em diversos cursos de actualização e acções de formação para profissionais de saúde na área das doenças metabólicas. Foi co-orientadora de estágio de licenciatura e de mestrado de diversos alunos. Cardoso ML, Barbosa M, Bandeira A, Martins E, Serra D, Fortuna AM, Reis-Lima M, Bal¬reira A, Marques F. Living with inborn errors of cholesterol biosynthesis: lessons from adult patients. Clin Genetics. 2013. doi: 10.1111/cge.1213. Desde 2004 passou a integrar a Comissão Nacional de Coordenação de Estágios da carreira de técnicos superiores de saúde – ramo genética, PRÉMIOS 71 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Prémio Sociedade Farmaceutica Lusitana Prémio Nestlé para a melhor Comunicação na IX Reunião do Hospital de Crianças Maria Pia (Porto - Outubro 1997). Prémio Pharmacia para o melhor trabalho publicado em 1997 pelo Instituto de Genética Médica Jacinto de Magalhães. Premio a la mejor comunicación presentada II Congreso Nacional Errores Congénitos del Metabolismo (Barcelona – Febrero 1998). 1º Prémio – Sociedade Portuguesa de Genética 1998 (Outubro-1998) pelo trabalho intitulado “Investigação das bases moleculares da Argininemia em Portugal” Prémio Pharmacia para o melhor trabalho publicado em 1998 pelo Instituto de Genética Médica Jacinto de Magalhães. Prémio Pharmacia para o melhor trabalho publicado em 1999 pelo Instituto de Genética Médica Jacinto de Magalhães. Menção honrosa pelo poster apresentado no IV Congreso Nacional de Errores Congénitos del Metabolismo em 2001 com o trabalho “Contributos dos défices metabólicos e energéticos para o SIDS na população portuguesa” Prémio Pharmacia 2004 para o melhor trabalho de equipa do Instituto de Genética Médica Jacinto de Magalhães. Prémio para a melhor comunicação livre em língua portuguesa no AEP 2005 - 54 Congreso de la Asociation Espaňola de Pediatria 2005 com o trabalho “Défice do trasportador da creatina secundário a nova mutação no gene SLC6A8”. Prémio Nestlé para a melhor poster XVIII Reunião do Hospital de Crianças Maria Pia Porto, Novembro 2006 Prémio Nestlé para a melhor poster. Reunião do Hospital de Crianças Maria Pia Porto, Novembro 2008 OUTRAS ACTIVIDADES Fotografia (participação em três exposições coectivas em Aix-en Provence, Paris e Neuilly-surSeine) 72 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ASSUNTOS REGULAMENTARES Acesso dos Doentes às Tecnologias de Saúde Ricardo Ramos Infarmed Resumo comunicação Curriculum Vitae 73 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO 74 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ASSUNTOS REGULAMENTARES disposições legislativas e normas orientadoras antes da aprovação pelas Autoridades Competentes, pelo que deve ser considerado como uma fonte de informação validada e de elevada qualidade e a privilegiar face a outras fontes não validadas. Transparência na Informação – MNSRM A publicidade de medicamentos é uma importante fonte de informação com regras conhecidas e consagradas na legislação. Deve promover o uso racional de medicamentos de forma objectiva e sem exagerar as suas propriedades e não ser enganosa. A legislação e o código deontológico da Apifarma obrigam a que as empresas tenham processos internos, auditáveis, capazes de garantir estes atributos. Importa porém reconhecer as limitações da publicidade que não é a forma mais adequada para transmitir informação detalhada, destinando-se antes a despertar o interesse do consumidor, dirigindo-o para fontes de informação de maior qualidade (farmacêutico, folheto informativo) antes de decidir adquirir e utilizar o medicamento em resposta a uma necessidade de saúde sentida. António Dias Bayer O farmacêutico tem uma posição privilegiada para aconselhar o doente antes da dispensa, garantindo uma utilização segura, eficaz e informada esclarecendo o doente e orientando-o. A organização do espaço da farmácia e a visibilidade dada aos MNSRM pode aqui contribuir facilitando a prestação de informação e a formação do doente. Resumo comunicação A doença é um fenómeno inerente à vida humana ao qual o Homem sempre respondeu com um instinto natural para o autotratamento. A eficácia dos autocuidados de saúde onde se inclui a automedicação responsável depende da literacia dos doentes. A automedicação responsável pressupõe que o doente/utente tem literacia suficiente para para zelar pela sua saúde e é capaz de compreender a informação a que tem acesso. Justifica-se em situações menores e no geral transitórias ou de curta duração e tem benefícios para o doente e SNS, mas nenhum medicamento é isento de riscos, que têm de ser minimizados com condições de acesso e informação adequadas. Contribui também para criar no consumidor/doente uma autoresponsabilização na gestão da sua saúde. Concluindo, os MNSRM e os recentes MNSRM-EF são um importante contributo para melhorar o acesso dos doentes aos medicamentos e vão de encontro ao desejo dos indivíduos para assumir uma maior responsabilidade pela sua saúde. Os doentes/utentes dispõe de fontes de informação de elevada qualidade e validada (folheto informativo e publicidade) sendo o papel do farmacêutico reforçado (especialmente nos MNSRM-EF onde a dispensa sem receita médica é determinada por um protocolo de dispensa) promovendo a literacia dos doentes em saúde e contribuindo para uma poupança de custos dos SNS e do próprio utente. Portugal tem evoluído desde os “antigos” medicamentos ditos de “venda livre” nos anos 80 até à actual classificação com a recente introdução de medicamentos não sujeitos a receita médica de venda exclusiva na farmácia (MNSRM-EF) seguindo um protocolo de dispensa (Decreto-Lei 128/2013) a par dos conhecidos medicamentos sujeitos a receita médica (MSRM) e medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM). Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciado em Farmácia, ramo B (Indústria), pela faculdade de farmácia de Lisboa em Junho de 1988 com a média final de 15,3 valores. A informação a que o doente/utente tem acesso é fundamental para uma automedicação responsável. O folheto informativo tem uma importância crítica, devendo ser adaptado ao consumidor/utente com uma linguagem e formato claro e compreensível. A elaboração e confirmação da legibilidade do folheto informativo são determinadas por ACTIVIDADE PROFISSIONAL Bayer Portugal SA - Março de 1996- Presente: actualmente responsável pela Direcção Técnica e pelo Departamento de registos e assuntos regulamentares da Bayer Portugal SA 75 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Produtos Sandoz Lda - Maio de 1989- Março de 1996: Técnico de registos OUTRAS ACTIVIDADES Frequência do I Curso Pós-Graduado sobre Direito do medicamento na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (2013-2014) Frequência do Executive MBA na Universidade Católica (2006) Presidente da APREFAR (Associação dos Profissionais de Registo e Regulamentação Farmacêutica) no biénio 2004-2006 e membro da direcção entre 2000-2004 Frequência do curso de pós-graduação em assuntos regulamentares CPGARM (1998) Correspondente do Regulatory Affairs Journal entre 1997-2002 Frequência do curso de pós-graduação em segurança de medicamentos (1996) Frequência do primeiro curso de pós-graduação em avaliação económica de medicamentos no ISEG (1995) 76 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ASSUNTOS REGULAMENTARES proporcionar apoio em situação de doença aos trabalhadores assalariados, bem como aos trabalhadores não assalariados e respetivos familiares, que se deslocam no espaço comunitário. Subsequentemente também foram abrangidas as situações de estada e de residência, agora dissociadas de uma atividade económica; e ainda foram sendo incorporadas as tendências associadas aos acórdãos do Tribunal Europeu de Justiça (TEJ). Cuidados Transfronteiriços e seu Impacto nos Sistemas de Financiamento Por acréscimo, o modelo inicial atribuía aos serviços a iniciativa de identificação de cuidados de saúde num outro EM, sempre que estes não estivessem disponíveis no EM de origem. Atualmente assistese à possibilidade de ser o próprio cidadão a optar pelo acesso a cuidados de saúde num outro EM, atentas as regras em vigor. , Contudo, não só em termos de agentes, também em termos de serviços, a evolução tecnológica propiciou a acessibilidade a cuidados de saúde altamente especializados, para doenças raras ou de baixa prevalência, e ainda destinada a patologias muito complexas, através de novos modelos organizacionais como são as redes europeias de referência.3 Esta evolução constitui um exemplo inovador e pioneiro de articulação de sistemas de saúde. Maria da Conceição Portela Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde da Universidade Católica Portuguesa Esta realidade evolutiva em termos de estrutura e organização de cuidados de saúde transfronteiriços, aberta pela Diretiva 2011/24, não foi acompanhada por uma igualmente ampla e profunda reforma no domínio do financiamento. Resumo comunicação As coordenadas para a organização, prestação e financiamento dos sistemas de cuidados de saúde dos Estados Membros (EM) da União Europeia (UE) encontram-se plasmadas no Tratado de Lisboa, que define a delimitação de competências ao abrigo do princípio da atribuição, e o exercício dessas competências ao abrigo dos princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade. Este Tratado remete assim para os EM a competência para decisões sobre a organização dos seus sistemas de cuidados de saúde. O sistema de financiamento dos cuidados de saúde transfronteiriços em vigor exige que o acesso ocorra sempre através das unidades prestadoras do sistema público, sendo o valor pago pelos atos baseado na tabela de preços que vigora nesse domínio, bem como nas taxas moderadoras que aí estão definidas. Assim, cada cidadão que recorra aos cuidados de saúde num EM que não o de afiliação será equiparado, em termos de despesas diretas, aos nacionais desse Estado. Subsequentemente os créditos devidos são apresentados periodicamente ao Estado devedor. Este é o quadro de referência que permite acompanhar a evolução dos sistemas de financiamento dos cuidados de saúde na UE, mas também é o enquadramento regulador que orienta e perspetiva a evolução desses sistemas. Tal tem ocorrido atenta a salvaguarda da universalidade, acessibilidade, qualidade, solidariedade e equidade, que constituem os valores indeclináveis que os sistemas de cuidados de saúde partilham na UE. Estão em vigor dois sistemas de financiamento: o regime de montantes fixos, baseado no cálculo dos custos médios tendo em conta a população abrangida e os escalões etários associados, o qual é atualizado anualmente, e ainda o regime por montantes efetivos, que se baseia na tabela de preços do serviço de saúde público. O primeiro regime é aplicado aos cidadãos em situação de residência atestada pelos serviços de segurança social, enquanto o segundo abrange os cidadãos em situação de estada, e reporta à utilização do cartão europeu de seguro doença (CESD) em situações de urgência. A acessibilidade aos cuidados de saúde transfronteiriços no seio da União Europeia é uma realidade cujos contornos têm vindo a evoluir, modelados sobretudo por variáveis de natureza social e económica, mas também de natureza jurídica. Os determinantes de caráter laboral conduziram à instituição de um modelo de financiamento de cuidados de saúde ancorado nos regimes de segurança social, que permitia Com a publicação da lei 52/2014, os sistemas de financiamento ampliam-se, já que está prevista a 77 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO possibilidade dos cidadãos acederem aos cuidados transfronteiriços, e serem reembolsados pelo Estado de afiliação sempre que os cuidados de saúde estejam previstos no Serviço Nacional de Saúde. Abrange não só os cuidados de saúde como as tecnologias de saúde. Assim nestes domínios, o reembolso ocorre até ao preço que é definido na tabela de preços do SNS, e carece de autorização prévia sempre que ocorra o internamento de pelo menos uma noite, ou quando são exigidos recursos ou infraestruturas ou equipamentos médicos altamente onerosos e de elevada especialização, ou ainda se os tratamentos envolvem risco especial para o doente. O impacto financeiro será decerto diferenciado consoante a natureza do sistema de financiamento dos cuidados de saúde no EM de afiliação – beveridgeano ou bismarckiano, no sentido tradicional dos termos. No primeiro caso o orçamento da saúde é tendencialmente mais variável, e vigoram os copagamentos. No segundo, os orçamentos são mais previsíveis, e predomina o sistema de reembolso; por isso poderá ser menos afetado pelo novo enquadramento regulamentar dos cuidados de saúde transfronteiriços. ensaios clínicos de novos medicamentos. A prestação de cuidados de saúde poderá ser alinhada por uma estrutura de caráter supranacional, mas suportada por pilares nacionais de excelência. O custo dos cuidados de saúde associados à inovação poderá passar a ser liderado pela prestação de cuidados de saúde nos centros de referência. Por isso, que esperar dos sistemas de financiamento? Decerto uma evolução inteligente, articulada e adaptativa, que seja construída pela coordenação desejável entre os EM. Os modelos de financiamento atuais foram instituídos no contexto de uma realidade que vai evoluir. Por isso é premente que sejam revisitados, e equacionados modelos perspetivados a médio e longo prazo, baseados em sistemas dinâmicos, suportados pelo intercâmbio de dados de evidência científica, que sejam o reflexo das preferências dos doentes para cada patologia. Certamente que seria desejável revisitar a aplicabilidade do conceito de subsidiariedade e de proporcionalidade, neste enquadramento. E abrir a porta a um modelo de cofinanciamento europeu, para os cuidados de saúde e tecnologias médicas utilizadas nos centros de referência. Assim - por ser pioneiro e ousado - seria inclusivo e realista, como vetor de sustentabilidade para os sistemas de cuidados de saúde na UE. A livre circulação de doentes não se encontra no horizonte desta Diretiva, pelo contrário esta pretende a salvaguarda dos sistemas de cuidados de saúde de cada um dos EM, que têm por missão assegurar a proteção da Saúde Pública aos cidadãos nacionais, como dever indeclinável. Curriculum Vitae Mas observa que há lugar para a cooperação entre os EM, no que respeita aos cuidados de saúde, a qual deve ser incentivada no sentido de fomentar a acessibilidade a cuidados de saúde seguros, eficientes, e de elevada qualidade. A instituição de autoridades responsáveis pela avaliação das tecnologias de saúde e o seu funcionamento em rede, bem como a instituição de um sistema de intercâmbio de informação entre os EM são instrumentos que contribuem para alcançar tal desiderato. HABILITAÇÕES ACADÉMICAS 2010 Doutoramento em Saúde Pública – Economia da Saúde – UNL Título da Tese: Regimes de Comparticipação do Estado no Preço dos Medicamentos – Avaliação do Impacto do Sistema de Preços de Referência em Portugal. 2002 Curso de Mestrado em Saúde Pública Política e Administração de Saúde – UNL 1999 Pós Graduação Farmacoeconomia – Stockholm School of Economics – Suécia Que desafios apresentam os cuidados de saúde transfronteiriços? Estão a ser desenvolvidos num sistema dinâmico, cuja evolução será certamente para um incremento das estruturas em rede – tendencialmente alinhadas pelos mesmos padrões de referência, que minimizam as sobreposições e o desperdício, e aumentam a eficiência, mas que também exigem novas competências, de nível mais especializado. Os cidadãos serão mais informados e tenderão a ser mais exigentes, e com menor tolerância ao risco, que poderá passar a ser partilhado numa esfera supra nacional. O nicho de intervenção em patologias de baixa prevalência, doenças raras ou muito complexas passa a ser centralizada, gerando casuísticas mais robustas, e subsequentemente fomentando aí a emergência de centros de primeira linha para desenvolvimento de 2006 Especialista em Farmácia Hospitalar – Ordem dos Farmacêuticos 1988 Licenciatura em Ciências Farmacêuticas – UL ACTIVIDADE PROFISSIONAL Atual Universidade Católica Portuguesa – Instituto Ciências da Saúde – Research Fellow (2014- ) Focus On Evolution – Pharmacoeconomics & Market Access Consultants – Diretora Geral (2013- ) Coordenação Científica do Curso de Pós Graduação Decisão em Saúde (1ª edição) (2015-) Coordenação Científica do Curso de Pós Graduação Medicamento – As Dimensões do Valor (3ª edição) 78 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO (2013- ) Keegan C, Thomas S, Normand C, Portela C. Measuring recession severity and its impact on healthcare expenditure. Int J Health Care Finance Econ 2013;13(2):139-155. Anterior DGS - Direção Geral da Saúde (2012-2013) Assessor – Avaliação do impacto financeiro das Normas de Orientação Clínica PRÉMIOS Recognized Reviewer | Health Policy - The Editors of Health Policy | Elsevier, Amsterdam, The Netherlands; Outubro de 2014 Trinity College Dublin. Centre for Health Policy and Management – Irlanda (2011) Research Fellow – Resilience of the Irish Health System: Surviving and utilising the economic contraction ACSS - Administração Central do Sistema de Saúde (2009-2010) Assessor do Presidente do CD – Mobilidade de Doentes e Cuidados de Saúde Transfronteiriços INFARMED (1994-2006, 2011-2012) Coordenadora da Unidade de Comparticipação de Medicamentos Assistente Principal e Assessor AstraZeneca (2006-2008) Group Manager Market Access and Maintenance Hospital de Sta. Maria (1989-1993) Assistente Serviços Farmacêuticos Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (2003-2011) Professora Auxiliar Convidada: Farmacoeconomia (regente), Política e Gestão do Medicamento (regente) Instituto de Ciências da Saúde Egas Moniz (20032006) Professora Auxiliar Convidada: Economia e Política do Medicamento (regente) PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Constantino Portela MC, Campos Fernandes A. Medicines compliance and reimbursement level in Portugal. Health Services Research & Managerial Epidemiology 2015;1-5. Constantino Portela MC, Campos Fernandes A. Que Soluções para o Financiamento da Inovação? Acta Médica Portuguesa 2015; 2015;28:1-3. Constantino Portela MC, Campos Fernandes A. Does austerity drives healthcare accessibility? Revista de Gestão Sistemas de Saúde 2014; 3(2):1-10. Constantino Portela MC, Campos Fernandes A. Gender and healthcare accessibility in European Journal Hospital Administration 2014;3(6):163-1. Portela C. Reference pricing system in Portugal – supply, demand and the effect of reimbursement level. Int J Health Care Man 2014; 7(2):120-126. Portela C, Thomas S. Impact of the economic crisis on healthcare resources – An european approach. Int J Health Care Man 2013;6(2):104-113. 79 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ASSUNTOS REGULAMENTARES em procedimentos regulamentares e planos de gestão de riscos. Assim iremos dar exemplos para determinados fármacos, da implementação das medidas de minimização de riscos, previstas nos seus Planos de gestão do Risco e do papel dos profissionais da saúde na eficácia destes planos de monitorização e minimização do risco de medicamentos. Benefícios e Riscos de Medicamentos: Desafios e Oportunidades Iremos ainda discutir o papel da comunicação sobre a eficácia das medidas de minimização do risco, apoiando os profissionais de saúde e doentes com informação equilibrada que pode facilitar a escolha do tratamento, otimizar os resultados do tratamento e evitar danos. Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Mestrado em Regulamentação e Avaliação de Medicamentos e Produtos de Saúde. Dissertação desenvolvida na área da Farmacotoxicologia, intitulada “Desenvolvimento não clínico de fármacos para utilização pediátrica: Relevância de estudos pré-clínicos em animais jovens como modelo de desenvolvimento humano”. Dinah Duarte Infarmed Resumo comunicação Esta apresentação tem como objetivo a discussão do cenário regulamentar relacionado com a avaliação e comunicação da relação benefício/ dos medicamentos. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Direção da Unidade de Avaliação Científica da Direção de Avaliação de Medicamentos (DAMUAC) do INFARMED, I.P. A avaliação do benefício/ dos medicamentos e comunicação de resultados apresenta desafios únicos para os Titulares da AIM e agências regulamentares. Num ambiente sempre em rápida mutação, onde a transparência e a mediatização se tornaram os fatores principais na dinâmica da comunicação sobre medicamentos, as agências regulamentares são confrontadas com a necessidade de evitar o pânico desnecessário, garantindo simultaneamente que os doentes mantenham a confiança no sistema. Representação institucional Europeia e Internacional Perita da Agência Europeia de Avaliação de Medicamento (EMA) – Desde 2000; Membro PT efetivo do Comité de Medicamentos Órfãos (COMP), desde 2015; Representante do COMP no Steering Group da Rede Europeia de Centros de Farmacoepidemiologia e & farmacovigilância: European Network of Centres for Pharmacoepidemiology & Pharmacovigilance (ENCePP) – desde 2015. Existe hoje uma investigação significativa no domínio da comunicação do risco e a melhor forma de comunicar informações sobre os riscos de um medicamento, tanto no momento da sua aprovação ou em condições da vida real. Membro PT substituto do Comité de Medicamentos de uso Humano (CHMP), desde 2012; Representante do CHMP no grupo da EMA de Organizações de Profissionais de Saúde - “Human Scientific Committees Working Party With Healthcare Professionals Organisations (HCPWP)”, com reuniões conjuntas com o “Human Scientific Committees Working Party With Patients and Consumer Organisations (PCWP)”, desde 2013. Esta apresentação irá abordar a prática atual em matéria de avaliação e comunicação do benefício/ risco de medicamentos, bem como as ferramentas regulamentares atualmente existentes para a sua monitorização e minimização (Sumários de Relatórios de Avaliação e Planos de Gestão do Risco, Informação do medicamento atualizada, Cartas aos profissionais de saúde, entre outras). Representação institucional Nacional Membro da Comissão de Avaliação de Medicamentos (CAM) do INFARMED, I.P., desde 2011; A partilha de experiências reais, obtidas a partir de estudos de casos, permitem recolher e incorporar as lições aprendidas e resultados da investigação, 80 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Membro da Comissão da Farmacopeia Portuguesa (CFP) do INFARMED, I.P., desde 2013; Duarte, D., Juvenile Animal Studies and NonClinical Development: EU Perspective, Drug Information Association (DIA) 50th Annual Meeting, San Diego, June 2014; Membro da Comissão Coordenadora do Tratamento das Doenças Lisossomais de Sobrecarga (CCTDLS), do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSA), desde 2013. Duarte, D. State of play of new marketing authorizations for Hepatitis C medicines in Europe, Meeting on HTA and Pricing of Hepatitis C Medicines, INFARMED, I.P., Lisboa, Maio 2014; PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Livros Duarte, D., INFARMED e Assuntos Regulamentares, XIII Desafios das Ciências Farmacêuticas, Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas, ULHT, Lisboa, Março 2014; Duarte D Medicamentos pediátricos: Regulamentação = Inovação terapêutica?. Cap. 11, Direito e os Medicamentos: Vigilância Sanitária, Direito do Consumidor e Regulamentação das Práticas Químico-Farmacêuticas. Sociedade Interamericana de Vigilância Sanitária (SIVS), Brasil, September 2011; Duarte, D., H. Enzmann H., Prieto C., Human Scientific Committees’ Working Party with Patients’ and Consumers’ Organisations (PCWP) and Healthcare Professionals Working Party (HCPWP) feedback from CHMP, European Medicines Agency, Londres, February 2014; Duarte D, Martins J Comercialização de Medicamentos, Rotulagem e Folheto Informativo, in Guerreiro M. Fernandes, A. Deontologia e Legislação Farmacêutica, Lidel – Edições Técnicas, Portugal, I.S.B.N 978-972-757-890-0, Outubro 2013. Duarte, D., Portuguese Experience at CHMP – CHMP Informal Meeting, Vilnius, Lituania, October 2013; Duarte, D., Portuguese Experience at CHMP -10th TOPRA Annual Symposium - The Organisation for Professionals in Regulatory Affairs, Lisbon, Portugal, October 2013; Artigos (arbitragem cientifica) Duarte D, Silva Lima B. Juvenile animal studies in the development of paediatric medicines: Experience from European medicines and Paediatric Investigation Plans, Birth Defects Research (Part B), vol 92, number 4, 353-358, August 2011; Duarte, D., Regulamento Pediátrico - Cinco anos de Experiência e utilização off-label em Pediatria – Conferência Anual no INFARMED, I.P., Lisbon, November 2013; Duarte D, Medicamentos Pediátricos, Pharmagazine, August 2011; Duarte, D., Juvenile Animal Studies and Pediatric Drug Development: Systematic or Case-by-case? - Drug Information Association (DIA) 49th Annual Meeting, Boston, June 2013; Duarte D., Fonseca H., Better Medicines in Pediatrics, Acta Pediátrica Portuguesa, vol. 39, nº 1, p. 17-22, Jan-Feb 2008. Duarte, D., Paediatric Information in Medicines: Improving paediatric access to medicinal productsDrug Information Association (DIA) 25th Euro Meeting, Amesterdão, Março 2013; Duarte D., Medicines for Children – The present reality in the European Union, Rev. Lusófona de Ciências e Tec. de Saúde, Ano 3, nº1, p.9-18, June 2006; Duarte, D., Medicines for the Extremes of Age: From Pediatrics to Geriatrics, Training Programme in Pharmaceutical Medicine, UC “Regulatory Affairs”, Universidade Aveiro, Lisboa, Janeiro 2015. Duarte, D., Developing Medicines for Children – Learning from ten years of American PaediatricRegulation, Rev. Lusófona de Ciências e Tec. de Saúde Ano 5, nº1, p.11-23, June 2008. OUTRAS ACTIVIDADES Presidência de Reuniões Científicas Especialista em “Assuntos Regulamentares”: Especialista nº 76 do Quadro de Especialistas em Assuntos Regulamentares; Session Chair at Drug Information Association (DIA). Session 233: Juvenile Animal Studies and Pediatric Nonclinical Development (TRACK 04 – NONCLINICAL AND TRANSLATIONAL DEVELOPMENT/EARLY PHASE CLINICAL DEVELOPMENT), 50th Annual Meeting, San Diego, July 2014; Especialista em “Farmácia Hospitalar”: Especialista nº 378 do Quadro de Especialistas em Farmácia Hospitalar; Professora auxiliar convidada, Faculdade de Ciências e Tecnologias da Saúde, ULHT Session Chair at Drug Information Association (DIA). Session 1002: HARMONISATION: CHALLENGES IN PRODUCT INFORMATION / LABELLING, 25th Euro Meeting, Amesterdam, March 2013. Comunicações orais por convite 81 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ASSUNTOS REGULAMENTARES Divulgação de Informação Rui Coelho Associação Nacional de Espondilite Anquilosante Resumo comunicação Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciatura em Ciências Farmacêuticas Frequência do Mestrado em Farmacocinética e Biofarmácia Avançadas da FFUL ACTIVIDADE PROFISSIONAL Presidente da Direcção da Associação Nacional de Espondilite Anquilosante 2007-2014: Director Técnico Farmácia Fénix 82 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ASSUNTOS REGULAMENTARES Gestão e Administração para Farmacêuticos – PAGEF, Universidade Católica Portuguesa ACTIVIDADE PROFISSIONAL Materiais Educacionais Desde Setembro 2003, Diretora Técnica e Regulamentar da Hospira Portugal Lda (agora uma Companhia da Pfizer), com experiência acrescida em medicamentos biossimilares, Market Access, Vigilância e Informação Médica. Desde Março de 1987 trabalhou em várias empresas da Indústria farmacêutica, nacionais e Internacionais, nas Áreas de Assuntos Regulamentares, Qualidade, Market Access e Farmacovigilância, abrangendo produtos de múltiplas áreas terapêuticas, originadores, genéricos e dispositivos médicos. Member of the College of Speciality in Regulatory Affairs Specialists of the Portuguese College of Pharmacists since 2001. Fernanda Aleixo Conselho do Colégio de Especialidade de Assuntos Regulamentares da Ordem dos Farmacêuticos Leader of the Biosimilars group of the Portuguese Trade Association of generics and biosimilars – Apogen, Oct.2012-Sep2015 PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Guia das Boas Práticas Regulamentares da Ordem dos Farmacêuticos, 2003 (Líder e co-autora) Resumo comunicação Os materiais educacionais fazem parte do Plano de Gestão do Risco de alguns medicamentos. Não são de todo materiais promocionais. O seu objetivo é complementar a informação de segurança do medicamento, contida no Resumo das Caraterísticas do Medicamento e seu Folheto Informativo. São dirigidos aos profissionais de saúde, e frequentemente também aos doentes/ utentes ou seus cuidadores. Pretendem-se claros, simples e com orientações precisas das medidas a seguir para minimizar o risco. Envolvem uma equipa pluridisciplinar focada na segurança do doente. Após alguns anos da sua existência é importante pensarmos como aferir o seu impacto e utilidade, e mais importante, o que melhorar. Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Outubro 1981 – Junho 1987: Licenciatura em Ciências Farmacêuticas – opção de Indústria, pela Faculdade de Farmácia de Lisboa. Junho 1997 – Dezembro 1998: Pós-graduação em Assuntos Regulamentares, pela Universidade de Farmácia de Coimbra e Infarmed Maio 2001 – Janeiro 2002: Pós-graduação em Avaliação Económica de Medicamentos, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão Janeiro – Dezembro. 2006: Pós-graduação em 83 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA BPD. Com os novos requisitos descritos no sistema de BPD de medicamentos de uso humano surgem novas obrigações quer para as entidades do setor quer para as Autoridades Regulamentares, que devem implementar no seu Sistema de Qualidade dos Inspetorados, os procedimentos comunitários de inspeção BPD publicados pela EMA, incluindo nos seus planos de atividades de inspeção, inspeções de rotina a estas entidades de modo a manter o sistema de EudraGMDP atualizado no que respeita à emissão dos certificados de BPD e as autorizações de distribuição por grosso, bem como divulgar através desta base a todos os EM e Países com Acordos de Reconhecimento Mútuo com a EU os relatórios de não conformidades detetadas em sede de inspeção. PAINEL I BOAS PRÁTICAS DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS – ACTUALIZAÇÃO E DESAFIOS Perspectiva do Regulador na Aplicação do Novo Regulamento Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciatura em Ciências Farmacêuticas ACTIVIDADE PROFISSIONAL Diretora da Inspeção e Licenciamentos do INFARMED, desde 1 de março de 2009 Fernanda Ralha Infarmed Inspetora GMDP PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Resumo comunicação Representante do INFARMED no grupo de inspetores de GMDP e PhV da EMA. Esta apresentação focaliza-se no modelo a implementar a nível nacional dada a publicação do Novo Regulamento do sistema da Boas Práticas de Distribuição de Medicamentos de uso Humano previsto na legislação nacional disposto no nº 10 do artigo 59º do Decreto-Lei nº 176/2006, de 30 de agosto e aprovado pela Deliberação nº 47/ CD/2015, de 19 de março, publicada no site do INFARMED,I.P. Representante do INFARMED em diversos grupos de trabalho Representante do INFARMED na PIC/S. Representante do INFARMED no grupo de trabalho “Combate às irregularidades praticadas nas áreas do Medicamento e dos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica , nomeada por despacho nº 15629/2012, de 29 de novembro. Este Regulamento substitui as Boas Práticas de Distribuição constantes na Portaria nº 348/98, de 15 de junho aplicáveis à distribuição por grosso de medicamentos e encontra-se alinhado com a publicação da Diretriz Europeia das Boas Práticas de Distribuição de 5 de novembro de 2013, pela Comissão Europeia dada a publicação da Diretiva dos Medicamentos Falsificados. Este Novo Sistema de Boas de Distribuição de Medicamentos de Uso Humano têm impacto em diversas entidades que operam no mercado nacional e europeu no âmbito da Distribuição Farmacêutica, nomeadamente distribuidores por grosso de medicamentos, brokers, fabricantes de medicamentos e farmácias uma vez que estas entidades desde que devidamente autorizadas pelo INFARMED, I.P podem dispensar medicamentos ao domicílio desde que cumpram com o sistema das 84 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA É ainda nosso entender que o legislador poderia e deveria ir um pouco mais longe no que se refere à documentação exigente em papel, quer quanto à comercialização de substâncias controladas, quer as 2 vias necessárias para as faturas a acompanhar o momento do transporte. Sendo certo que esta última confronta a legislação existente na alçada de outro Ministério, não é menos certo que no caso em apreço ganharíamos todos tal é o desperdício, país, empresas e meio ambiente, se uma ação concertada existisse entre os dois ministérios favorecendo e preconizando a fatura electrónica. Já no que respeita às substâncias controladas, a desmaterialização dos documentos seria no nosso entender possível dadas as facilidades existentes ao nível tecnológico. PAINEL I BOAS PRÁTICAS DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS – ACTUALIZAÇÃO E DESAFIOS Perspectiva dos Distribuidores Parece-nos, assim, evidente que o legislador procurou apenas “transcrever” e não criar uma legislação que não só fosse exigente, como também tivesse mais em consideração as novas tecnologias, situação esta em que as próprias empresas de Distribuição Grossista existentes em Portugal já se deram conta há já vários anos a esta parte Miguel Silvestre Groquifar e Plural Curriculum Vitae Resumo comunicação HABILITAÇÕES ACADÉMICAS A 22 de Junho o Infarmed informa o mercado sobre a sua Deliberação n.º 47/CD/2015 que aprova o Regulamento relativo às Boas Práticas de Distribuição, transpondo assim para o quadro legislativo português a Diretriz de 5 de novembro de 2013 (2013/C 343/01). O novo regulamente entra em vigor 9 dias depois, a 1 de Julho. Dá-se então início a um trabalho urgente e exigente de adaptação das empresas de distribuição farmacêutica ao novo Regulamento. Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. Do que se infere do novo Regulamento há uma nítida aproximação ao perfil de documentação do Sistema de Gestão da Qualidade preconizado pela Norma ISO 9001. Esta situação parece-nos muito positiva porque este Sistema já se encontra implementado na maioria dos Grossistas e assim evita-se a existência, em paralelo, de outros níveis e tipos de documentos. Esta é de facto uma alteração positiva face ao novo documento, já que o anterior era omisso e existia uma clara dissonância entre a legislação e as auditorias do regulador. Estágio em 1991 no Laboratório Indústria Farmacêutica Euro-Labor; ACTIVIDADE PROFISSIONAL Pertenceu à Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra em 1989/90; no mesmo período, responsável pelo Núcleo de Estudantes de Farmácia; foi membro da Assembleia de Representantes da Universidade de Coimbra; Director Comercial da Plural – Cooperativa Farmacêutica Crl (ex Farbeira – Cooperativa de Farmacêuticos do Centro, Crl) durante os anos de 1992 e 1993; Director Técnico da Plural (ex Farbeira) entre Janeiro e Agosto de 1994; Proprietário e Director Técnico da Farmácia Miguel Silvestre, em Góis, desde setembro de 1994 a janeiro de 2009; Colaborador do Sector de Formação Contínua da Associação Nacional das Farmácias de 1997 a 1999; Quanto às questões de pormenor tais como medições de temperatura e humidade, o documento preconiza algumas obrigações que no nosso entender são pertinentes, todavia continua vago em relação ao transporte e com um elevado grau de exigência que se nos afigura despropositado face à realidade. Gerente da Plural II Lda. (ex Farmoeste Lda) desde março de 1998; Pertenceu à Direcção da Plural (ex Farbeira) entre 1998/2001; 85 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Presidente da Direcção da Plural (ex Farbeira) desde março de 2001; Delegado de Círculo da Associação Nacional das Farmácias de 1997 a 2014; Presidente da Direcção da Delegação do Centro da Associação Nacional das Farmácias de fevereiro de 2000 a abril de 2014; Administrador da Bluepharma, Indústria Farmacêutica S.A. desde março de 2001; Administrador da Bluepharma Genéricos SA desde março de 2002; Administrador da Coimbravita-ADR, S.A. - Agência de Desenvolvimento Regional, desde abril de 2005 a março de 2006; Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Finanfarma, Sociedade de Factoring SA desde novembro de 2006; Sócio-gerente da Farmácia de Celas, em Coimbra, desde março de 2008; Administrador da Farminveste SGPS SA desde setembro de 2010; Administrador da a2b SGPS SA desde dezembro de 2010; Vice-Presidente do MONAF, Montepio Nacional da Farmácia, ASM, desde janeiro de 2015; PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Participou como orador em vários Congressos, Simpósios e Seminários 86 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA Previo a su trabajo en el Consejo General Farmacéuticos, Sonia ha trabajado en el grupo de comunicación PRISA, primer grupo de medios de comunicación en los mercados de habla española, líder en educación, información y entretenimiento con presencia en 22 paises, donde ha sido consultora, product category manager y eBusiness Intelligence manager. PAINEL II DIRECTIVA DOS MEDICAMENTOS FALSIFICADOS Perspectiva Europeia Sonia Ruiz Organização Europeia de Verificação de Medicamentos (EMVO) Resumo comunicação Sonia Ruiz Morán presentará una introducción al marco legal europeo contra la falsificación de medicamentos y comentará los avances a nivel europeo del sistema paneuropeo de verificación de medicamentos, y su implantación a nivel nacional. Curriculum Vitae ACADEMIC DEGREES Sonia Ruiz posee el título MBA en la Universidad de Salamanca (2005), es Licenciada en Derecho (1991-1997) y Licenciada en Ciencias Económicas y Empresariales (1991/1998) por la Universidad Pontificia de Comillas University (ICADE E-3). PROFESSIONAL EXPERIENCE Sonia Ruiz Morán es Presidente de la Organización Europea para la Verificación de Medicamentos (EMVO-European Medicines Verification Organization), y miembro del Consejo de Administración de dicha organización en representación de la Agrupación Farmacéutica de la Unión Europea. Desde 2008 Sonia es responsable de Relaciones Institucionales del Consejo General de Colegios de Farmacéuticos de España, y como responsable de la oficina del Consejo en Bruselas, presta asesoramiento legal y estratégico en asuntos regulatorios, representa a la organización en al ámbito europeo y ejerce como delegada española en la PGEU. 87 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA PAINEL II DIRECTIVA DOS MEDICAMENTOS FALSIFICADOS Perspectiva do Regulador Vasco Bettencourt Infarmed Resumo comunicação Curriculum Vitae 88 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA MARKETING FARMACÊUTICO Consultor do secretário de Estado da Comunicação Social para a área digital (1997 a 2002). PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES OS SOCIAL MEDIA E A PROFISSÃO FARMACÊUTICA GAFAnomics®: Nova economia, novas regras (2014) - FABERNOVEL O Futuro da Saúde – Tendências e Transformações da Era Digital Linkedin: A rede séria (2013) – FABERNOVEL Gerir na Era Digital (2011) Nuno Ribeiro FABERNOVEL Resumo comunicação As quatro tendências chave sobre o futuro da saúde: - Um sistema “Patient Centric” - A mobilidade médica - Diagnóstico inteligente e tratamento personalizado - Em direção a uma nova humanidade Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciado em Economia pela Universidade Católica. Executive Master em Gestão de empresas tecnológicas pela Universidade Católica. Pós-graduação em Media e Entretenimento na Universidade Católica. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Country Manager da agência de inovação FABERNOVEL desde 2012. Diretor a unidade Negócio Multimédia do grupo Controlinveste (2008 a 2012). Diretor da unidade de negócios de Internet do grupo Cofina Media (1999 a 2008). 89 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA MARKETING FARMACÊUTICO merecem ser analisados e promovidos para que novos projectos e experiências se possam gerar. O papel do Farmacêutico dentro da Indústria Farmacêutica na promoção destas iniciativas é chave, derivado da presença do Farmacêutico em áreas tão diversas da Pharma como Ensaios Clínicos, Farmacovigilância, Regulamentar, Formação, Market Research, Comunicação e Marketing. Todas estas áreas têm potenciais ganhos com uma maior presença da Pharma nos Social Media e é hoje claro que o Digital não deve ser uma área estanque das empresas, mas sim parte integrante de uma estratégia holística de participação junto do doente e do profissional de saúde. OS SOCIAL MEDIA E A PROFISSÃO FARMACÊUTICA Impacto dos Social Media no Marketing da Pharma Uma participação activa, transparente e eficaz da Pharma no Social Media vai potenciar os resultados em Saúde, ao permitir entregar às pessoas certas, a mensagem certa, no momento certo - um conceito chave transversal à participação no Social Media - e possibilitar o aumento do conhecimento científico pela análise de dados online. André Santiago Silva Bayer Curriculum Vitae Resumo comunicação HABILITAÇÕES ACADÉMICAS O Social Media é hoje uma realidade do dia a dia da nossa Sociedade e mudou de forma radical a forma como todos interagimos entre pares e partilhamos conteúdos, sendo um elemento chave da chamada Web2.0. Este impacto é potenciado pela forte penetração do mobile e juntamente com outras tecnologias de informação provocou fortes alterações na área da Saúde, nivelando o tom da interacção entre os doentes e os profissionais de saúde e alterando o próprio papel destes interlocutores para a Saúde e Bem Estar geral. 2009 – 2011 Católica-Lisbon School of Business & Economics, Lisbon, Portugal. Graduate Programs: Management and Leadership in Health (2011/2012) & Advanced Marketing for Executives (2009) A Indústria Farmacêutica é uma das áreas fortemente impactadas por estas alterações e é hoje inquestionável que a Pharma deve participar neste “engagement” do Social Media com doentes e profissionais de saúde. Adicionalmente a Pharma pode ainda potenciar as análises de dados aos conteúdos dos Social Media e dos diversos conteúdos online para melhor conhecer os seus interlocutores preferenciais, doentes e profissionais de saúde e até mesmo avaliar outros resultados clínicos. Jul10 - Oct12 NOVARTIS. Lisbon, Portugal. Multiple Sclerosis Brand Manager Sep00 - Sep06 Pharmacy School, University of Lisbon. MSc Pharmaceutical Sciences including ERASMUS Program in the University of London ACTIVIDADE PROFISSIONAL Nov12 -… BAYER Lisbon, Portugal. XARELTO Marketing Manager - General Medicine Oct06 -Jun10 BAYER (Schering merged in April07) Lisbon, Portugal. Scientific Advisor, MEDICAL Mar05 - Apr06 GALDERMA (Dermatology) Lisbon, Portugal. Market Research & Sales Force Effectiveness Trainee PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES 2010 – 2011 Comunicações sobre Health 2.0 em colaboração com a Universidade Católica Portuguesa em Programas Pós Graduados da área da Saúde O modelo de sucesso para a participação da Pharma no Social Media não é hoje ainda claro havendo ainda um longo caminho a percorrer na perspectiva regulamentar. Apesar de o investimento nestas interacções ainda ser uma minoria do esforço total Pharma para interagir com os seus clientes, há cada vez mais casos de sucesso que 2009 – Comunicação e trabalho final do PAME/ UCP sobre: O Impacto da Web2.0 na Pharma 90 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA MARKETING FARMACÊUTICO saúde é diferente dos outros sectores de negócio. Diferenças essas que se traduzem em oportunidades ainda por explorar. OS SOCIAL MEDIA E A PROFISSÃO FARMACÊUTICA Dentro do ecossistema digital dispomos de vários canais de comunicação que devem ser seleccionados de acordo com o cliente final. Nem todos os canais digitais devem ser utilizados em todos os clientes, mas sim adaptados de acordo com uma segmentação alinhada com os customer insights. Benefícios da Comunicação Colaborativa – Poupar Tempo e Dinheiro, Conectando Doentes, Farmacêuticos, Médicos e Indústria Farmacêutica Qual o papel da farmácia como líder neste processo de comunicação multilateral e de criar esta conexão com os vários stakeholders da saúde baseada na confiança e credibilidade. Necessidade de elaboração de estratégias de comunicação, usando os diferentes canais disponíveis de forma a: estimular a comunicação colaborativa, optimizando os recursos disponíveis de forma a maximizar os recursos. O marketing digital tem canais e métricas bem definidas, sendo fáceis de mesurar. Estes novos canais permitem aumentar o retorno do investimento das estratégias de Marketing, permitindo uma experiência mais rica, através do multi-canal. Curriculum Vitae Paulo Duarte Pfizer HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Resumo comunicação Realizou um MBA Executivo na Faculdade de Economia de Coimbra em 2012, focalizando o seu estudo nas Farmácias Comunitárias: “Alterações no sector do medicamento, qual o seu impacto na saúde financeira das Farmácias Portuguesas?”. Licenciado em Gestão de Empresas desde 2007 pelo ISLA. Nos nossos dias, todos nós temos um papel de comunicadores activos na sociedade, papel este que é amplificado pela transformação profunda proveniente da digitalização. Esta transformação digital pode ser desenvolvida a título pessoal ou profissional, tendo como objectivos principais: criar relacionamentos e network com parceiros potenciando a sua imagem junto do seu públicoalvo. Continuou a sua formação realizando um Mestrado em Gestão na Faculdade de Economia de Coimbra em 2014. Durante este período avaliou: “Serviços Farmacêuticos: um estudo sobre satisfação global”. Através do marketing digital é possível criar e partilhar conteúdos que permitem transmitir mensagens de forma simples e rápida. Estas novas formas de comunicação criaram desafios e oportunidades para as diferentes organizações que geram valor para os vários stakeholders da saúde. Durante 2014 aprofundou os seus conhecimentos em Marketing Digital concluindo uma Pósgraduação no IPAM. Durante a comunicação vamos abordar os seguintes tópicos: Nos Laboratórios Pfizer, nos últimos 20 anos, teve oportunidade de desempenhar várias funções desde liderança de equipas a gestão de projectos. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Iniciou na Industria Farmacêutica em 1995 como Delegado de Informação Médica. Área Digital em números, quais são os canais digitais mais utilizados, que tipos de interacção são proporcionados e de que forma os vários intervenientes interagem com os conteúdos. Actualmente desempenha funções de MultiChannel & eMarketing Lead para a Pfizer Portugal, sendo responsável pelo desenho e implementação de estratégias digitais. Importa também avaliar de que forma o sector da 91 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Tendo sempre o objective de acrescentar valor através da inovação e do pensamento criativo, tendo sempre em mente acompanhar os desenvolvimentos da área digital no sector da saúde. Nos últimos anos tem trabalhado a estratégia digital, a comunicação digital e a optimização das estratégias digitais com os canais tradicionais. Tem uma experiencia profunda em canais como: eMail marketing, newsletters, websites e portais, mobile, social media, etc. A sua especialidade é a estratégia multicanal, a inovação, o social network, o mobile e a definição e implementação da estratégia digital. PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES “Alterações no sector do medicamento, qual o seu impacto na saúde financeira das Farmácias Portuguesas” – Autor “Serviços Farmacêuticos: um estudo sobre satisfação global” – Autor “Big-data na saúde” – Co-autor OUTRAS ACTIVIDADES Durante os meus tempos livres dedico-me a diferentes actividades desportivas como o ciclismo, atletismo e ténis. Além dos hobbies desportivos desenvolvo também as minhas competências artísticas, nomeadamente a pintura, leitura, música e o cinema. 92 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA MARKETING FARMACÊUTICO Digitais na Pós-Graduação em Marketing Digital no IPAM, deu aulas de Planeamento e Avaliação de Campanhas no ISCTE–IUL – INDEG Business School no Mestrado Executivo de Marketing Relacional e Comunicação. É também orador habitual em Conferências nacionais e formações sobre a temática de Marketing Relacional e Digital. OS SOCIAL MEDIA E A PROFISSÃO FARMACÊUTICA Aumentar por Via Digital o Patient Engagement with Pharmacists (PEP) PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES 2015 Instituto de Informática da Segurança Social. Os 10 Mitos do Marketing Digital 2015 Nova IMSHARE. Moderador Painel: Social Media and Digital Marketing 2015 Fórum do Consumo: O Consumo na Era Digital. Mesa Redonda - O Século do Ciberconsumidor 2015 Universidade Europeia: Digital Marketing Executive Series. Boas Práticas em Email Marketing 2015 Marinha: Seminário de Informação e Relações Públicas. Redes Sociais OUTRAS ACTIVIDADES Co-founder da Koobby.com André Novais de Paula Instituto Português de Administração e Marketing Co-founder da FoxP2 Monitor Co-founder do FutebolAmericano.eu Vogal do Conselho Fiscal da APCE Consultor Resumo comunicação Formador Nesta apresentação serão focadas as ferramentas e técnicas de Marketing Digital que podem ser utilizadas pelas farmácias de modo a melhorar o acompanhamento que fazem dos pacientes e ao mesmo tempo melhorar o seu negócio. Os temas a abordar serão: CRM, Site, Ecommerce, Blog, Redes Sociais, Directórios, Estratégia de Conteúdos e desenvolvimento profissional do Farmacêutico Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciatura em Marketing e Publicidade (especialização Marketing) no IADE ACTIVIDADE PROFISSIONAL Formado em Marketing e Publicidade pelo IADE com a especialização em Marketing, é o responsável de Estratégia Criativa na Directimedia. Tem desenvolvido a sua actividade dentro do Marketing Relacional com ênfase em campanhas integradas de Cross-Media. Desde sempre sentiuse fascinado pela internet e pelos meios digitais como veículo de comunicação, razão pela qual decidiu desenvolver a sua carreira nesta área. Actualmente é o responsável pelo módulo de Meios 93 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ANÁLISES TOXICOLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS, HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS como nas Corridas de Cavalos de grande importância económica a nível mundial. O farmacêutico dispõe de conhecimentos técnicos e científicos de especial relevância na compreensão dos fenómenos bioquímicos dos compostos com ação farmacológica e natural apetência para as áreas laboratoriais. A conjugação destes saberes torna estes profissionais especialmente adaptados às áreas de controlo analítico cujo alvo envolva a pesquisa de quantidades vestigiais de compostos medicamentosos, ou dos seus produtos de degradação, nos compartimentos biológicos. Farmacêutico – O Profissional Charneira no Controlo de Doping Humano e Animal Por outro lado as indústrias farmacêuticas e de biotecnologia têm vindo a reconhecer o interesse e a necessidade de um compromisso mundial para ajudar a mitigar o uso indevido de substâncias dopantes. Vários acordos têm vindo a ser concertados entre a indústria farmacêutica e as autoridades mundiais antidopagem. Estas são algumas razões que conferem ao farmacêutico posição de grande relevância no combate contra o flagelo da dopagem. Jorge Barbosa Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciado em Farmácia pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa; Resumo comunicação Doutorado em Bromatologia e Hidrologia pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. A dopagem no desporto é definida como a utilização de substâncias e procedimentos para aumentar o rendimento físico e/ou mental do atleta. É uma conduta antiética ao proporcionar uma vantagem competitiva desleal em relação aos outros atletas. Para além disso a dopagem põe em risco a saúde do atleta constituindo um verdadeiro flagelo no desporto. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Diretor técnico do Laboratório de Análises de Dopagem e Bioquímica (1986-1995); Diretor do Serviço de Toxicologia Forense do Instituto de Medicina Legal de Lisboa (1995-2000); O combate à dopagem desenvolve-se a vários níveis de intervenção, sendo o controlo antidopagem uma das faces mais visível. O controlo é feito por meio de análises a líquidos biológicos recolhidos do atleta imediatamente após o fim de uma competição ou nos períodos de treino. É frequente a realização de exames surpresa aos atletas. Investigador Convidado e Chefe do Departamento de Higiene Pública do Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (2003-2008); Coordenador da Unidade de Higiene Pública do Instituto Nacional de Recursos Biológicos I.P. (2008-2013); Diretor da Unidade Estratégica de Investigação e Serviços de Tecnologia e Segurança dos Alimentos (2013). As amostras são analisadas em laboratórios acreditados pela Agencia Mundial Anti-Dopagem (WADA) de acordo com rigorosos critérios de qualidade baseados em duas normas internacionais designadamente na ISO/IEC 17025 e no “International Standard for Laboratories”. PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Jorge Barbosa, Simone Ferreira, Alberto Canelas Pais, Maria Irene Noronha da Silveira e Fernando Ramos, 2011. Nitrofurans in Poultry: use, control and residues analysis. Nova Science Publishers, Inc, Agriculture Research Updates, B.P.Hendricks, vol. 1, cap. 1, 1-50; No que respeita à dopagem nos animais, especial relevo para o controlo dos cavalos, quer nas competições promovidas pela Federação Equestre Internacional (FEI), e nos Jogos Olímpicos, bem Freitas, Andreia; Barbosa, Jorge; Ramos, Fernando, 94 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO 2015. Multidetection of antibiotics in liver tissue by Ultra-High-Pressure-Liquid-Chromatography tandem Mass Spectrometry. J Chromatogr B, n. 976-977, p. 49-54; Leston, S, Freitas, A, Nunes, M, Barbosa, J, Pardal, MA, Ramos, F, 2015. Analysis of chloramphenicol residues in the macroalgae Ulva lactuca through ultra-high performance liquid chromatography coupled to tandem mass spectrometry (UHPLCMS/MS). Marine Pollution Bulletin 91: 180-184; Leite, Marta; Freitas, Andreia; Azul, Anabela Marisa; Barbosa, Jorge; Costa, Saul; Ramos, Fernando, 2013. Development, optimization and application of an analytical methodology by ultra-performance liquid chromatography–tandem mass spectrometry for determination of amanitins in urine and liver samples. Anal Chim Acta, n. 799, p. 77-87; Barbosa, Jorge; Freitas, Andreia; Mourão, José Luis; Silveira, Maria Irene Noronha; Ramos, Fernando. Determination of furaltadone and nifursol residues in poultry eggs by liquid chromatographyelectrospray ionization tandem mass spectrometry. J Agric Food Chem, v. 2, n. 60, p. 4227-4234, 2012. OUTRAS ACTIVIDADES Perito da United Nations Industrial Development Organisation - Agri-Business Development Branch; Membro da Comissão de Segurança Alimentar; Membro do Conselho de Inovação do INIAV. 95 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ANÁLISES TOXICOLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS, HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS para se identificar e responder de uma forma atempada e eficaz para os riscos decorrentes das NPS. Na presente comunicação serão analisados estudos de investigação realizados sobre as NPS, com o objectivo de aumentar a sensibilização para os riscos apresentados por estas substâncias, levando à activação rápida dos sistemas de alerta e de controlo de riscos, e dando o devido suporte aos responsáveis pelas tomadas de decisão e legisladores, com a finalidade de proteger a saúde pública de forma mais oportuna e eficaz. Investigação e Legislação sobre as Novas Substâncias Psicoactivas em Portugal Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Licenciou-se em Ciências Farmacêuticas em 1990 na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP); Obteve o grau de Doutorado em Toxicologia em 1998 na FFUP. Obteve o grau de Agregado em Ciências Químicas e Físico-Químicas em 2003, na FFUP. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Félix Carvalho Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto Professor Catedrático do Laboratório de Toxicologia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Resumo comunicação Ricardo Jorge Dinis-Oliveira, Carla Sousa, Fernando Remião, José Alberto Duarte, Amparo Sánchez Navarro, Maria de Lourdes Bastos, Félix Carvalho (2007) Full survival of paraquat-exposed rats after treatment with sodium salicylate. Free Radical Biology and Medicine 42:1017–1028. PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES O uso recreativo de substâncias psicoativas é um fenómeno mundial que acompanha a humanidade desde o começo dos tempos. Tradicionalmente, a quantidade de diferentes substâncias psicoactivas utilizadas era relativamente baixo, embora abrangendo todo o tipo de possíveis efeitos psicofarmacológicos. No entanto, nos últimos anos, o status quo mundial no que concerne ao abuso de drogas mudou drasticamente. Além das drogas ilícitas bem conhecidas, tais como o haxixe e outros derivados da cannabis sativa, a cocaína, anfetaminas, opiáceos ou as triptaminas, um grande número de novas substâncias psicoativas (NSP) tem aparecido em todo o mundo a um ritmo alarmante. De uma forma geral, mais de 450 NPS foram já detectadas na Europa pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT - www.emcdda.europa.eu/). A velocidade, sem precedentes, com que as NSP podem aparecer e ser distribuídas em todo o mundo torna difícil ou mesmo impossível avaliar em tempo útil os perigos para a saúde pública e os riscos sociais decorrentes do seu consumo e, portanto, uma boa compreensão dos potenciais danos dessas substâncias está ainda por avaliar. A complexidade deste fenómeno contemporâneo exige uma abordagem rápida, coordenada e multidisciplinar Ema Alves, Teresa Summavielle, Cecília Juliana Alves, Joana Gomes-da-Silva, José Custódio Barata, Eduarda Fernandes, Maria de Lourdes Bastos, Maria Amélia Tavares, Félix Carvalho (2007) Monoamine oxidase-B mediates ecstasy-induced neurotoxic effects to adolescent rat brain mitochondria. Journal of Neuroscience 27(38):10203–10210. Ana Oliveira, Dora Pinho, António Albino-Teixeira, Rui Medeiros, Ricardo Jorge Dinis-Oliveira, Félix Carvalho (2014) Morphine glucuronidation increases its analgesic effect in guinea-pigs. Life Sciences, 109(2):104-110. Daniel José Barbosa, Romàn Serrat, Serena Mirra, Martí Quevedo, Elena Goméz de Barreda, Jesús Àvila, Luísa Maria Ferreira, Paula Sério Branco, Eduarda Fernandes, Maria de Lourdes Bastos, João Paulo Capela, Eduardo Soriano, and Félix Carvalho (2014) The mixture of “ecstasy” and its metabolites impairs mitochondrial fusion/fission equilibrium and trafficking in hippocampal neurons, at in vivo relevant concentrations. Toxicological Sciences, 139 (2):407- 96 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO 420. mecanismos de toxicidade de xenobióticos e desenvolvimento de antídotos. Daniel José Barbosa, Romàn Serrat, Serena Mirra, Martí Quevedo, Elena Gómez de Barreda, Jesús Àvila, Eduarda Fernandes, Maria de Lourdes Bastos, João Paulo Capela, Félix Carvalho, and Eduardo Soriano (2014) MDMA impairs mitochondrial neuronal trafficking in a Tau- and Mitofusin2/Drp1-dependent manner. Archives of Toxicology, 88(8):1561-1572. Durante os últimos 24 anos, Félix Carvalho foi co-autor de cerca de 245 artigos científicos e capítulos de livros e possui um índice h de 37. PRÉMIOS Artigo sobre os efeitos do consumo de ecstasy no tráfego mitocondrial em neurórios foi distinguido com uma menção honrosa pela Sociedade Americana de Toxicologia (Society of Toxicology – SOT) no congresso anual realizado em San Diego, de 22 a 26 de Março de 2015. O estudo prova, pela primeira vez, que o consumo de ecstasy e os seus metabólitos modulam a dinâmica mitocondrial, nomeadamente o tráfego e os processos de fusão e fissão, em neurónios. Em termos práticos, o efeito diminui drasticamente a capacidade de os neurónios obterem a energia essencial para o seu bom funcionamento. Também pela primeira vez, este fenómeno foi filmado em tempo real e os vídeos sustentam o artigo premiado: Daniel José Barbosa, Romàn Serrat, Serena Mirra, Martí Quevedo, Elena Goméz de Barreda, Jesús Àvila, Luísa Maria Ferreira, Paula Sério Branco, Eduarda Fernandes, Maria de Lourdes Bastos, João Paulo Capela, Eduardo Soriano, and Félix Carvalho (2014) The mixture of “ecstasy” and its metabolites impairs mitochondrial fusion/fission equilibrium and trafficking in hippocampal neurons, at in vivo relevant concentrations. Toxicological Sciences, 139 (2):407420. Foi homenageado, em 25 de Abril de 2011, com a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Santo Tirso como reconhecimento da autarquia pelas acções de formação que tem realizado nas Escolas Secundárias do Concelho de Santo Tirso sobre drogas de abuso (ecstasy e outros derivados das anfetaminas), drogas predadoras (drogas utilizadas nas violações) e agentes dopantes utilizados no desporto, bem como pelo seu destaque como Tirsense, nas actividades ligadas à ciência, à investigação e ao ensino, a nível nacional e internacional. OUTRAS ACTIVIDADES É Secretário-Geral da EUROTOX (Associação dos Toxicologistas Europeus e das Sociedades Europeias de Toxicologia) Pertence ao corpo editorial de várias revistas científicas internacionais e a comissões de avaliação de agências de medicamentos a nível nacional e internacional. A sua principal área de investigação é a Toxicologia, com um interesse especial na avaliação dos 97 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ANÁLISES TOXICOLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS, HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS um modelo geohidrológico conceptual consistente. A utilização de técnicas de espectrometria de massa tem vindo a ser muito importante na identificação das origens das águas termais, e da recarga dos sistemas; também são usadas na determinação das altitudes de recarga das águas termais bem como na estimativa da idade das mesmas. Será apresentada a classificação das águas termais em função de vários parâmetros, nomeadamente: temperatura e mineralização. Considerações sobre o ordenamento regional e ambiental, ligação ao turismo e ao desenvolvimento local e regional, estarão também presentes. Serão indicados os efeitos terapêuticos em função da sua composição química. Entre as doenças que têm vindo a ser tratadas com a administração de águas minerais naturais, podemos considerar as seguintes: do metabolismo (obesidade, diabetes, reumatismo e gota); do aparelho digestivo (obstipação e diarreia crónicas); do fígado (hiperémia, cirrose); do aparelho urinário (pedra do rim); do sistema circulatório (hipertensão, taquicardia, anemia); do sistema respiratório (rinofaringite, faringite, laringite, enfisema e rinite). Não será esquecido o uso de peloides: terapêutica e cosméticamente activos. Em termos legislativos, irá apenas ser considerado o despacho nº 4859/2015, recentemento publicado no D.R., e listados os parâmetros que fazem parte das análises físico-químicas resumidas e das físicoquímicas completas, e elencadas algumas dificuldades analíticas que advêm dos limites de quantificação exigidos. Ciências Farmacêuticas e Águas Termais – Uma Relação a Incrementar Maria de Fátima Alpendurada Instituto da Água da Região Norte Resumo comunicação Remontam à Antiguidade Clássica os Banhos de Scotussa e os de Epidauro, célebres pelas multidões que atraíam e pelas curas verificadas. Durante muitos séculos, em Roma, a terapêutica era exclusivamente baseada na utilização da água. Em Portugal, as termas Cassianas foram construídas em Lisboa, no ano 49 a.C. Em Vizela a construção de termas remonta a 90 a.C., pelo Imperador Romano Tito Flávio. Os árabes mantiveram no nosso País os balneários e as terapias pela água. Assim, Portugal herdou das civilizações grega, romana e árabe o uso da termas, “os banhos públicos”, onde para além da saúde se cuidava dos prazeres do corpo, do espírito, e, conjuntamente, dos negócios. Ao longo dos tempos, as termas foram sempre um centro de sociabilidade humana, de relações interpessoais e de bom convívio entre as pessoas, mesmo de gerações diferentes. Nesta apresentação será feita uma abordagem da génese das águas termais considerando o seu percurso nas formações geológicas, onde devido às interacções rochaágua, a temperaturas elevadas, vão adquirindo as suas características físico-químicas e do aquífero onde residem, transformando-se em geo-recursos hidrotermais. Na avaliação dos mesmos, a hidrologia isotópica apresenta-se como uma ferramenta geohidrológica muito importante para conjuntamente com outras disciplinas (geoquímica, geologia e geofísica) possibilitar a elaboração de Bibliografia consultada: Águas Minerais Naturais e de Nascente da Região Centro, com autoria e coordenação do Prof. Doutor José António Simões Cortez José Manuel Marques Frederico Teixeira Luis Aires-Barros Celso S. F. Gomes e João B. P. Silva Joaquim Guedes Curriculum Vitae ACADEMIC DEGREES 1968 Graduation Degree obtained in the Faculty of Pharmacy of University of Porto; 1970: Eventual Assistant of the Pharmacy Faculty; 1972 Professor Assistant in the Group of Chemistry and Physicl-Chemistry; 1989 PhD in Pharmacy; 1990 Auxiliary Professor; 1994 Definitive Professor; 98 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO 1997 Associate Professor. Combining Biological Nitrification-Denitrification/ Solar Photo-Fenton/Biological Processes, at a Scale Close to Industrial - Biodegradability Enhancement and Evolution Profile of Trace Pollutants, Water Research 47 (2013) 6167 e 6186; PROFESSIONAL EXPERIENCE 1976-2010 Director of Hydrology Laboratory FFUP; 1976- 1990 Member of the Technical Commission of Normalization of the Ministry of Environment; Bozo Zonja, Carlos Gonçalves, Sandra Pérez, Mira Petrovic, Maria Fátima Alpendurada, Damiá Barceló, “Evaluation of the phototransformation of the antiviral zanamivir using HILIC-QToF-MS and HILICLTQ-Orbitrap-MS” Journal of Hazardous Materials 265 (2014) 296–304; 1978-2010 Coordinator Professor of Hydrology discipline, FFUP; 1986-1990 Invited Professor of the Higher Institute of Health Sciences; 1991-2015 President of the Direction of IAREN; Carlos Gonçalves and Maria de Fátima Alpendurada “Occurrence of Transformation Products of Emerging Contaminants in water resources of Europe”, Book chapter “Transformation Products of Emerging Contaminants in the Environment: Analysis, Processes, Occurrence, Effects and Risks”, which will be published by John Wiley & Sons Inc. in February of 2014. 1991-2015 Laboratory Technical Director of IAREN; 1994-1997 Invited Professor of the Doctoral Program. Ciencias del Medio Ambiente y Alimentos, University Vigo; 1997- 2007 Coordinator Professor of Hydrology discipline of Degree in Pharmacy, ISCTEM; 1998-2002 Invited Professor of the Doctoral Program in Ciencias del Ambiente, University La Coruña PRIZES 2003-2006 IAREN Accreditation Coordinator by the IPAC for 165 parameters in environment; University Awards: Prize Nuno Salgueiro and Prize Rotary Club do Porto. 2004-2006 General Secretary of the ENEAP:The European and Mediterranean Association for Environmental Education, Assessment and Protection; OTHERS ACTIVITIES Coordination and participation in 16 Research Projects; Supervisor of 10 PhD and 29 Seminars and Master Thesis; 2006-2009 Coordinator Professor of Quality Control and Accreditation of Laboratories; Certification and Accreditation of Laboratories and Techniques and Project Discipline, FFUP; Training Guidance of 226 students from National and International Institutions; Supervision of 17 post-graduation and 18 Pharmaceutical Sciences Degree students from National and International Institutions; 2010-2015 Member of Steering Committee of Norman Association. PUBLICATIONS Participation in 17 Academic examination Juris; M.A. Sousa, C. Gonçalves, João H.O.S. Pereira, Vítor J.P. Vilar, Rui A.R. Boaventura and M.F. Alpendurada. “Photolytic and TiO2-Assisted Photocatalytic Oxidation of the Anxiolytic Drug Lorazepam (Lorenin® pills) under Artificial UV Light and Natural Sunlight: A Comparative and Comprehensive Study”. Solar Energy 87 (2013) 219-228; Member of 24 Scientific Committees in National and International Conferences; Referee in 18 International Scientific Journals; Direction and Organization of 11 Training Courses; Chairman of 2 International Conferences. Maria Augusta D. Sousa, Ondřej Lacina, Petra Hrádková, Jana Pulkrabová, Vitor Jorge P. Vilar, Carlos Manuel O. Gonçalves, Rui Alfredo R. Boaventura, Jana Hajšlová, Maria de Fátima P.S.M. Alpendurada, “Lorazepam Photofate under Photolysis and TiO2-assisted Photocatalysis: Identification and Evolution Profiles of By-products formed during Phototreatment of a WWTP Effluent”, Water Research 47 (2013) 5584-5593; Tânia F.C.V. Silva, Elisabete Silva, Ana C. CunhaQueda, Amélia Fonseca, Isabel Saraiva, M.A. Sousa, C. Gonçalves, M.F. Alpendurada, Rui A.R. Boaventura, Vítor J.P. Vilar “Multistage Treatment System for Raw Leachate from Sanitary Landfill 99 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ANÁLISES TOXICOLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS, HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS forma positiva. No âmbito desta comunicação serão abordados vários exemplos de embalagens ativas, nomeadamente com propriedades antioxidantes, bem como as principais tendências futuras nesta área. Farmacêutico, Embalagens Activas e Alimentos Agradecimentos: O presente trabalho insere-se no projeto “SafePack- Avaliação da segurança alimentar de embalagens ativas com propriedades antioxidantes” (2012DAN 727), financiado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Ana Sanches Silva graduated in Pharmaceutical Sciences by the Faculty of Pharmacy of the University of Coimbra, in April 2001 and in January 2005 received her European Ph.D. in Pharmacy from the University of Santiago de Compostela. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Ana Sanches Silva carried out a one year post-doc at the department of Analytical Chemistry, Nutrition and Food Science of the Pharmacy Faculty of the University of Santiago de Compostela after she obtained the Ph.D. from the same university. In July 2006, she initiates a FCT post-doc at USC and in July 2007 she joins the Department of Food and Nutrition of the National Institute of Health Dr. Ricardo Jorge (INSA, I.P.) with the same grant. From May 2008 to April 2013 she has been researcher at INSA under the frame of FCT Programme Science 2007. From July 2013 she is an invited researcher at INSA. Ana Sanches Silva Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge Resumo comunicação As embalagens alimentares devem constituir uma proteção eficaz em relação ao ambiente que envolve o alimento. Nenhum dos materiais que se utilizam no fabrico de embalagens são completamente inertes, podendo transferir substâncias para o alimento em maior ou menor quantidade. Este fenómeno designa-se por migração. O plástico, papel e o cartão são os que apresentam maiores riscos, devendo por isso ser sujeitos a rigorosos testes de migração. PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES A. Sanches Silva; R. Sendón García; I. Cooper; R. Franz & P. Paseiro Losada. Compilation of analytical methods and guidelines for the determination of selected model migrants from plastic packaging. Trends in Food Science and Technology 17, 535-546, 2006. Hoje em dia, para além das questões relacionadas com a garantia da segurança alimentar, pretendese também alimentos com melhor qualidade e com menos aditivos. Assim, são exigidas cada vez mais funções às embalagens alimentares. Por exemplo, pretende-se que mantenham a qualidade inicial do alimento durante mais tempo e nos possam indicar o estado de conservação do produto. Estas novas funções convertem a embalagem num elemento ativo e inteligente. A. Sanches-Silva; S. Pastorelli; J. M. Cruz; C. Simoneau; I. Castanheira & P. Paseiro-Losada. Development of a method to study the migration of six photoinitiators into powdered milk. Journal of Agricultural and Food Chemistry (2008), 56(8) 2722-6. Uma embalagem ativa é aquela que interage com o alimento, absorvendo ou emitindo algum composto do/para o alimento ou da/para a atmosfera interna da embalagem, enquanto uma embalagem inteligente é aquela que monitoriza o estado do alimento. Por exemplo, uma embalagem ativa pode libertar antioxidantes que evitam a oxidação dos alimentos, ou seja, utiliza o mesmo processo de migração que se referiu anteriormente mas de A. Sanches Silva, D. Costa, T. G. Albuquerque, G. G. Buonocore, F. Ramos, M. C. Castilho, A. V. Machado & H. S. Costa. Trends in the use of natural antioxidants in active food packaging: a review. Food Additives & Contaminants: Part A, 2014 (2014) 31:3, 374-395. A. Patras; Y. V. Yuan; H. S. Costa; A. Sanches-Silva. Antioxidant activity of phytochemicals. In: N. 100 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Brunton, B.K Tiwari, C. Brennan (eds). Handbook of Phytochemicals: sources, stability and extraction (Wiley), 2013, ISBN: 978144433810. D. Carvalho Costa, H. S Costa, T. G Albuquerque, F. Ramos, M. C. Castilho; A. Sanches-Silva. Advances in phenolic compounds analysis of aromatic plants and their potential applications. Trends in Food Science and Technology (2015), 45(2):336-354. PRÉMIOS Extraordinary Award for the best Ph.D. of the University of Santiago de Compostela University of Santiago de Compostela Santiago de Compostela, June 2006 Award of the Galician Institute of Consume for the best Ph.D. dissertions Galician Institute of Consume Santiago de Compostela, December 2006 Award for the best Poster of the AOAC Europe Section International Workshop “Enforcement of European Legislation on Food and Water: Analytical and Toxicological Aspects”AOAC ConferenceEurope Section: “Study of the migration of photoinitiators used in printed food packaging materials into food simulants” Lisbon, April, 2008 Award for the best Poster of the 4th Shelf Life International Meeting, SLIM2010: “Evaluation of α-tocopherol stability during the processing of active packaging films” Zaragoza (Spain), June, 2010 Award for the best student oral communication of the VII Norwest Conference and III National Meeting in Food Science and Biotechnology: “Fatty acid profile of the oil extracted by fermentation from the shrimp waste” Hermosillo (Mexico), November, 2010 “Nutrition Awards 2012”. Category: Research and development. Project title: “Preparation of active packaging with antioxidant and antimicrobial capacity based on astaxanthin and chitosan” (PEACAABAQ). Ana Sanches Silva was the responsible for the project in Portugal. Lisbon, October, 2012. OUTRAS ACTIVIDADES Ana Sanches-Silva has more than 80 scientific publications, from these, 56 in peer-review journals and 6 book chapters. Moreover she has around 170 publications in conference proceedings as oral communications and posters. 101 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA ANÁLISES TOXICOLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS, HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS campo destes compostos, conduziu também a uma grande preocupação associados aos riscos potenciais resultantes da descarga constante e persistência nos ecosistemas naturais. Uma vez ingeridos, as moléculas dos compostos farmacêuticos sofrem no corpo humano um conjunto de reacções bioquímicas sendo posterormente excretados como uma mistura de compostos iniciais e seus metablitos. Após a chegada aos esgotos urbanos e posterior inclusão nas estações de tratamento de águas residuais podem sofrer ainda modificações estruturais devido a processos de biodegradação ou outros como sejam a hidrólise e a fotólise. Novas Ferramentas Analíticas no Controlo da Qualidade Ambiental para Resíduos Farmacêuticos e Produtos de Higiene Pessoal O estudo dos compostos alvos deste trabalho, obriga ao desenvolvimento e validação de metodologias analíticas, constituidas por uma sucessão de vários passos, sendo os mais críticos a preparação da amostra e as condições de detecção e de quantificação. A etapa que consome mais tempo e introduz mais erros é sem dúvida a da preparação da amostra, como a seguir se analisará. Muita da investigação feita obriga a executar análises com grande sensibilidade, especialmento na área dos compostos orgânicos em amostras complexas. Deste modo, um grande enfâse é colocado na etapa de preparação de amostras (PA) para posterior análise em cromatografia líquida, que actualmente é o método de análise mais usado para compostos não voláteis ou semi-voláteis, que correspondem a um total de 75% de compostos alvo na rotina e na investigação científica, destacando-se a sua importância na separação e enriquecimento dos compostos alvos nas amostras complexas em estudo antes do inicio da análise cromatográfica. As técnicas de PA são defiitivamente consideradas como as mais demoradas, dificeis de executar em todo o processo analítico global, que usualmente inclui a colheita e preparação da amostra, deteção e processamento ds dados. Estatisticamente, corresponde a uma ocupação de tempo do analista de cerca de 2/3 relativamente ao procedimento analítico global. Por outro lado o erro associado é superior a 1/3 de todo o procedimento analitico. Então, o analista terá que ultrapassar todas estas dificuldades para simplificar a acelerar o processo produtivo analítico, reduzindo ainda os erros introduzidos nesta etapa. Para além do desenvolvimento de metodps de PA eficientes e precisos, há uma outra maneira de melhorar a eficiência e precisão da análise que consiste no uso de técnicas on-line acopladas aos equipamentos de análise. As principais vantagens das técnicas de preparação “on-line” face às “off-line”, são como a seguir se indica: melhoria da sensibilidade reduzindo a perda de amostra; Maria de Fátima Alpendurada Instituto da Água da Região Norte Resumo comunicação Os residuos farmacêuticos (RF) e os produtos de higiene pessoal (PHP), são agentes poluentes ainda não incluidos nos programas de monitorização a nível Europeu e que poderão ser candidatos a uma futura legislação, dependendo dos resultados da investigação da sua ecotoxicidade, potenciais efeitos na saúde, percepção pública e dos resultados de monitorização tendo em conta a ocorrência nos vários compartimentos ambientais. Na verdade, nos últimos anos o uso amplamente generalizado dos produtos de higiene pessoal, tem vindo a suscitar uma crescente preocupação social relativamente aos efeitos secundários que certos compostos podem causar na saúde humana. É o caso do uso diário de sabonetes, geles de banho, cremes hidratantes, protectores solares, pastas de dentes, entre outros, que tem importância na manutenção da higiene diária. Por outro lado, o aumento da detecção de farmacêuticos em amostras ambientais devido devido à inovação e desenvolvimento técnico verificado nos equipamentos analíticos disponiveis, bem como o incremento da monitorização no 102 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO diminuição do tempo de PA e de trabalhho; redução da contaminação e degradação dos analitos da amostra dado qu todo o processo se desenvolve num sistema fechado. Melhora a reprodutividade operacional e posterior enfoque na precisão e exactidão devido a menos erros humanos. O desenvolvimento de técnicas on-line de preparação de amostras acopladas a cromatógrafos líquidos tem-se mostrado muito promissor no sentido de se alcançar estes objectivos. Podem ser consideradas várias técnicas de preparação on-line, nomeadamente a extração em fase sólida, extração assistida em microondas, extração assistida em ultrasons, e com fluidos supercríticos. Evidentemente que todos estes processos exigem o desenvolvimenti de interfaces, tais como o caso de injectores on-line, amostradores automáticos incluindo o transporte das líquotas das amostras, câmara de desorção e válvula para desligar a coluna cromatográfica. A maioria dos residuos farmacêuticos e produtos de higiene pessoal identificados nas amostras mbientais por cromatografia-líquida- espectrometria de massa (LC-MS) Mais especificamente, a chegada ao mercado das técnicas de tempo de voo (TOF) a amostras ambientais começaram há poucos anos. A gama de aplicações para a análise de rotina variam entre os métodos que apenas analisam um pequeno número de compostos alvo até métodos mais extensos que incluem uma grande variedade de compostos, incluindo compostos desconhecidos. Devido à grande complexidade de algumas amostras ambientais, como é o caso, de águas residuais, lamas e solos, precisamos de técnicas de elevada resolução com informação estrutural adicional nos fragmentos dos iões. Estas técnicas ermitem um elevado grau de confiança na identificação dos compostos alvo e ajudam à elucidação estrutural de produtos de transformação desconhecidos, usualmente presentes no meio ambiente. A possibilidade da criação de uma base de dados de massas universal rigorosa com análises TOF para conjuntos de compostos, permitiu alargar a gama de aplicações bem como passar da identificação dos compostos alvo conhecidos para os desconhecidos A espectometria de massa tandem (LC-MS-MS) é a mais usada e popular para a análise de RFs e PHPs, usando quer células de colisão quer sistemas “trap” para obtenção de informação dos fragmentos das moléculas em estudo. Gerealmente dirige-se mais ao estudo de um grupo de compostos, variando de alguns analitos até aos métodos multiresíduo (mais de 100 compostos). Contudo a sensibilidade constitui um poblema no último caso. Na LC-MS-MS as técnicas de detecção preferidas são as lineares e o triplo quadrupolo. No caso dos métodos serem multiresiduo, é aconselhável considerar duas transições para uma maior segurança na qualidade dos resultados. De facto, é entendimento dos diferentes autores que a confirmação das identificações positivas em amostras reais requer uma segunda transição MRM adicional e avaliação das relações das duas transições monitorizadas, comparando com um material de referência. Uma das principais razões porque o TOF se tornou popular nos últimos anos, foi devido ao facto que as medições precisas das massas são espeificas e universais para qualquer tipo de analito, e não depende do tipo, marca ou instrumentação específica usada. A análise de espectrometria de massa em TOF aumenta o poder de resolução no eixo m/z do sinal em comparação com os triplo-quadrupolos. Além disso, esta capacidade facilita a medição de massas precisas em matrizes complexas. Em conclusão, dependendo do equipamento com detecção de espectrometria de massa (MS), a identificaçºao de compostos desconhecidos, assenta em duas estratégias: medição por MS da massa molecular exacta, através da aceleração ortogonal nos instrumentos de tempo de voo, ou a elucidação estrutural na base do direccionamento da fragmentação obtida acoplando analisadores de massa em série triplo quadrupolo (QqQ) ou pelo sistema “ion-trap”. Curriculum Vitae PÁG. XX 103 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA Plataformas Integrativas de Investigação e Cuidados de Saúde – Oportunidades para as Ciências Farmacêuticas Rogério Gaspar Sociedade Portuguesa de Ciências Farmacêuticas Resumo comunicação Curriculum Vitae 104 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA catabolismo proteico. Estes resultados demonstram a possibilidade de geração de fígados humanos por bioengenharia utilizando scaffolds de fígados acelulares e células estaminais humanas. Esta tecnologia tem assim o potencial de criar órgãos por bioengenharia, que podem ser importantes no estudo da biologia de células estaminais e biologia do desenvolvimento, descoberta de novos farmacos e toxicologia, fisiologia e, finalmente, o transplante e tratamento de doenças em fase terminal que necessitem de transplante. Bioengenharia de Órgãos – Novas Fronteiras para a Medicina Regenerativa Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS 1996 – 2001: Pharmaceutical Sciences Degree with Honors from the School of Pharmacy of the University of Lisbon, Lisbon, Portugal. 2002 – 2008: 3rd Gulbenkian PhD Program in Biomedicine, Gulbenkian Science Institute, Oeiras, Portugal. Pedro Baptista Aragon Health Sciences Institute, Espanha June 2008: PhD with Summa cum Laude in Pharmaceutical Biotechnology and Biomedicine from the University of Lisbon, Lisbon, Portugal. (Dissertation title: Liver Regeneration and Tissue Engineering; research performed at the Wake Forest Institute for Regenerative Medicine, Winston-Salem, NC, USA). Resumo comunicação O transplante de órgãos é actualmente a única terapia comprovada capaz de prolongar a sobrevivência em varias doenças em fase terminal. Além disso, é o único tratamento para a maioria das falências de órgãos agudas e para alguns tipos de doenças genéticos do metabolismo. No entanto, a lista de espera para transplantes de órgãos é longa e muitos pacientes não sobrevivem o tempo suficiente para receber um órgão devido à elevada escassez de doadores ou falta de elegibilidade. Esta escassez de doadores angustiante é comum á maioria dos órgãos sólidos, como o fígado, pulmão, coração e rins. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Jul. 2001-Aug. 2002: Junior CRA (Clinical Research Associate) In Oncology and Intensive Care in the Medical Department of the Portuguese Office of Eli Lilly & Co, Oeiras, Portugal. Oct. 2008 - Sep. 2013: Postdoctoral Fellow at the Wake Forest Institute for Regenerative Medicine Em função desta situação grave na transplantação de órgãos, o nosso laboratório desenvolveu recentemente um método para gerar scaffolds hepáticos a partir de fígados inteiros de animais, utilizando a descelularização de órgãos por perfusão, que preserva a rede vascular do órgão. Este mesmo método, também é capaz de descelularizar outros órgãos sólidos como o rim, pulmão, intestino, pâncreas, coração. Os nossos estudos posteriores mostraram a possibilidade de re-celularizar eficientemente os scaffolds do fígado por perfusão com células estaminais do fígado fetal humano e células endoteliais num biorreactor de perfusão. O resultado foi um fígado humano feito por bioengenharia. Under the supervision of Anthony Atala, MD and Shay Soker, PhD Estes fígados humanos tem alguns dos marcadores hepáticas típicos, ductos biliares e algumas funções hepáticas vitais, tais como o metabolismo de fármacos, síntese/secreção de proteínas e PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Since Oct. 2013 : Group Leader at Aragon Health Sciences Institute and founder of the Regenerative Medicine and Organ Bioengineering Laboratory at Aragon Biomedical Research Centre in Zaragoza, Spain. Since Oct. 2014: Invited Professor Pharmaceutical Sciences Degree of the Universidad de San Jorge, Zaragoza, Spain. Since Jan. 2015: Adjunct Assistant Professor Aerospace and Biomedical Engineering Department of the Universidad Carlos III de Madrid responsible for the class “Cell Culture for Tissue Engineering” Pedro M. Baptista, Mohummad M. Siddiqui, Genevieve Lozier, Sergio R. Reynoso, Anthony Atala, Shay Soker. The Use of Whole Organ 105 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Decellularization for the Bioengineering of a Human Vascularized Liver Organoid. Hepatology, 2011 Feb;53(2):604-17 September 2007 Best Poster Award at the Spetses Summer School 2007 in Molecular Mechanisms of Regeneration Giuseppe Orlando, Pedro Baptista, Martin Birchall, Paolo De Coppi, Alan Farney, Nadia K GuimaraesSouza, Emmanuel Opara, Jeffrey Rogers, Dror Seliktar, Keren Shapira-Schweitzer, Robert J Stratta, Anthony Atala, Kathryn J Wood and Shay Soker. Regenerative medicine as applied to solid organ transplantation: current status and future challenges. Transpl Int. 2011 Mar;24(3):223-32. doi: 10.1111/j.1432-2277.2010.01182.x. Epub 2010 Nov 10. November 2006 Gold Medal Award in Basic Science, Division of Surgical Sciences, Wake Forest University School of Medicine. Award given for the project entitled “A Novel Whole Organ Bioscaffold for Tissue Engineering and Regenerative Medicine Applications” on the Fourteenth Annual Residents and Fellows Research Day OUTRAS ACTIVIDADES May 2015 Lecturer at the science communication event in bars for non-scientists “Pint of Science”. Moran E, Dhal A, Vyas D, Lanas A, Soker S. Baptista PM. Whole-organ bioengineering: current tales of modern alchemy. Transl Res. 2014 Jan 11. pii: S1931-5244(14)00005-X. doi: 10.1016/j. trsl.2014.01.004. 2012 Associate Editor of the scientific journal “Organogenesis”. 2005 Volunteer pharmacist at the Community Pharmacy of the non-profit social support organization “Crisis Control Ministries”, WinstonSalem, NC, USA. Pedro M. Baptista, Emma Moran, Dipen Vyas, Maria Henriques Ribeiro, Anthony Atala, Jessica Sparks and Shay Soker. Fluid Flow Regulation of Revascularization and Cellular Organization in a Bioengineered Liver Platform. Tissue Engineering Part C, Accepted Patent Pedro M. Baptista, Shay Soker, Graça AlmeidaPorada. Bioengineered Liver Constructs and Methods Relating Thereto. PCT/US2014/016331, filed 13 February 2014, published 21 August 2014. PRÉMIOS May 2011 Winner of the “Premio Almofariz – Figura do Ano 2011”, given by the healthcare/pharmacy magazine “Farmácia Distribuição”, Portugal. January 2011 Named one of the “20 most important people to follow in 2011” by the news magazine Visão, Portugal. October 2010 Presidential Nomination for Most Relevant Abstract titled “The Use of Whole Organ Decellularization for the Bioengineering of a Human Vascularized Liver“,61st Meeting of the American Association for the Study of Liver Disease in Boston, MA, USA. November 2009 1st Prize for poster entitled “Bioengineering of a Human Liver Using a Decellularized Whole Liver Bioscaffold,“ North Carolina Tissue Engineering and Regenerative Medicine Conference, Salem College, WinstonSalem, NC, USA. November 2008 Gold Medal Award in Basic Science, Division of Surgical Sciences, Wake Forest University School of Medicine. Award given for the project entitled “Generation of a Bioartificial Liver Using a Decellularized Whole Liver Bioscaffold” on the Sixteenth Annual Residents and Fellows Research Day 106 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA empregues para identificar estes mecanismos de resistência e como esta tecnologia pode identificar terapias de combinação mais eficazes em oncologia. Estratégias para Ultrapassar a Resistência a Terapias-alvo em Oncologia Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Doutoramento em Medicina Molecular pela Universidade de Lovaina (Bélgica) — Angiogénese tumoral e metástases em modelos animais Mestrado em Genética Molecular pela Universidade do Minho — Doenças mitocondriais Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Porto ACTIVIDADE PROFISSIONAL Postdoctoral Fellow no Netherlands Cancer Institute (Amesterdão) PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Henze AT, Leite de Oliveira R, and Mazzone M. Prolyl Hydroxylases in fight or flight. Invited Editorial; Mol Med Ther. 2012 1:1. Rodrigo Leite de Oliveira The Netherlands Cancer Institute, Holanda Leite de Oliveira R*, Deschoemaeker S*, Henze AT, Debackere K, Finisguerra V, Takeda Y, Roncal C, Dettori D, Tack E, Jönsson Y, Veschini L, Peeters A, Anisimov A, Hofmann M, Alitalo K, Baes M, D’hooge J, Carmeliet P, Mazzone M. Gene-targeting of phd2 improves tumor response to chemotherapy and prevents side-toxicity. Cancer Cell. 2012 Aug 14;22(2):263-77. * Equal contribution Resumo comunicação A recente análise dos genomas de diversos tumores permitiu-nos o acesso a dados importantes sobre as alterações genéticas que são essenciais para as células tumorais adquirirem vantagens proliferativas e de sobrevivência, as chamadas “mutações driver” (driver mutations). Os tumores que possuem estas mutações “driver” apresentam frequentemente uma sensibilidade aumentada à inibição das vias de sinalização que lhes estão associadas, um princípio conhecido como “vício oncogénico” (oncogene addiction). Avanços ao nível da descoberta de novas moléculas têm permitido o desenvolvimento de agentes farmacológicos que visam bloquear especificamente componentes das vias de sinalização celular que estão associadas a estas “mutações driver”. Assim, o uso de agentes citotóxicos foi complementado com agentes terapêuticos altamente seletivos para um alvo molecular específico no tratamento do cancro. Infelizmente, e apesar do imenso potencial destas terapêuticas alvo, têm sido identificados casos de insucesso terapêutico associados à resistência primária ou adquirida a estes agentes. A compreensão dos mecanismos de resistência a estes fármacos é essencial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas alternativas que combatam esta resistência antes da sua manifestação clinica. O nosso trabalho demonstra como rastreios genéticos funcionais, usando a tecnologia de RNA de interferência, podem ser Takeda Y, Costa S, Delamarre E, Roncal C, Leite de Oliveira R, Squadrito ML, Finisguerra V, Deschoemaeker S, Bruyère F, Wenes M, Hamm A, Serneels J, Magat J, Bhattacharyya T, Anisimov A, Jordan BF, Alitalo K, Maxwell P, Gallez B, Zhuang ZW, Saito Y, Simons M, De Palma M, Mazzone M. Macrophage skewing by Phd2 haplodeficiency prevents ischaemia by inducing arteriogenesis. Nature. 2011 Oct 9;479(7371):122-6. Leite de Oliveira R, Hamm A, Mazzone M. Growing tumor vessels: more than one way to skin a cat — Implication for anti-angiogenic therapies. Mol Aspects Med 2011 Apr;32(2):71-87. Mazzone M*, Dettori D*, Leite de Oliveira R*, Loges S, Schmidt T, Jonckx B, Tian Y, Lanahan AA, Pollard P, Ruiz de Almodovar C, De Smet F, Vinckier S, Aragonés J, Debackere K, Luttun A, Wyns S, Jordan B, Pisacane A, Gallez B, Lampugnani MG, Dejana E, Simons M, Ratcliffe P, Maxwell P, and Carmeliet P. Heterozygous deficiency of PHD2 restores tumor oxygenation and inhibits metastasis via endothelial normalization. Cell 2009 Mar 6;136(5):839-51. * Equal contribution PRÉMIOS January 2014: Bolsa de postdoutoramento 107 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO concedida pela Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO) November 2010: Prémio Stefano Franscini pela melhor contribuição científica na 4ª Conferência Internacional de Angiogénese Tumoral (Suiça) August 2009: Prémio de melhor comunicação Gordon Conference on Angiogenesis (Newport, EUA) June 2008: Resumo premiado para comunicação oral na Conferência Beatson (Glasgow, Escócia) September 2008: Bolseiro de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia da Flandres, na Universidade de Lovaina, Bélgica September 2007: Bolseiro de doutoramento da EMBL PhD fellowship 108 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA terapias farmacológicas que possam ser usadas em doenças musculares e metabólicas. Estudo dos Efeitos Benéficos do Exercício Físico para o Desenvolvimento de Novas Terapêuticas Farmacológicas Contra Doenças Metabólicas e Psiquiátricas Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Degree in Pharmaceutical Sciences. Faculty of Pharmacy. University of Lisbon. Portugal. Ph.D. in Medicine, Speciality of Molecular and Cellular Biology. ACTIVIDADE PROFISSIONAL July 2011 to date - Assistant Professor at Karolinska Institutet. Department of Physiology and Pharmacology. Stockholm, Sweden. May 2006 – June 2011 - Postdoctoral fellow at Harvard Medical School and Dana-Farber Cancer Institute, Boston, USA. Feb. 1999 – June 2005 - PhD Student at the Department of Cell and Molecular Biology Karolinska Institutet, Stockholm, Sweden. Jan. – June 2004 - Visiting PhD Student at The Rockefeller University. New York, U.S.A. Feb 1996 – Jan 1999 – Research trainee at the Molecular Biology Unit, Center for Molecular Pathogenesis. Faculty of Pharmacy. Univ. Lisbon, Portugal. PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Jorge Ruas Karolinska Institute, Suécia Correia JC, Ferreira DM, Ruas JL. Intercellular: local and systemic actions of skeletal muscle PGC-1s. Trends Endocrinol Metab. 2015 Jun; 26(6): 305-14. Resumo comunicação Agudelo LZ, Femenía T, Orhan F, Porsmyr-Palmertz M, Goiny M, Martinez-Redondo V, Correia JC, Izadi M, Bhat M, Schuppe-Koistinen I, Pettersson A, Ferreira DMS, Krook A, Barres R, Zierath JR, Erhardt S, Lindskog M, and Ruas JL. Skeletal Muscle PGC- Modulates Kynurenine Metabolism and Mediates Resilience to Stressinduced Depression. Cell. 2014 Sept 25; 159(1): 33-45. A musculatura esquelética constitui cerca de 40% do peso corporal adulto. Patologias musculares tem um impacto directo sobre função muscular, mas também contribuem significativamente para o estado de saúde geral de um individuo. Ao mesmo tempo, o músculo-esquelético é afectado por diversas doenças tais como diabetes, doenças neuromusculares, doença oncológica e até durante o envelhecimento. O exercício físico continua a ser uma intervenção extremamente eficaz na prevenção e tratamento de muitas destas patologias. No entanto, nem todos os pacientes podem usufruir dos efeitos beneficiais do exercício físico devido a condições inerentes às suas doenças (como por exemplo, fraqueza muscular e dificuldades em movimentar-se). Para além disso, o nosso conhecimento dos mecanismos moleculares que contribuem para os efeitos beneficias do exercício Rao RR, Long JZ, White JP, Svensson KJ, Lou J, Lokurkar I, Jedrychowski MP, Ruas JL, Wrann CD, Lo JC, Camera DM, Lachey J, Gygi S, Seehra J, Hawley JA, Spiegelman BM. Meteorin-like is a hormone that regulates immune-adipose interactions to increase beige fat thermogenesis. Cell. 2014 Jun 5;157(6):1279-91. Ruas, JL, White, JP, Brannan, KT, Harrison, BC, Greene, NP, Wu, J, Kleiner, S, Estall, JL, Irving, BA, Lanza, IR, Rasbach, KA, Okutsu, M, Nair, KS, Yan, Z, Leinwand, LA, and Spiegelman, BM. A PGC-1 isoform induced by resistance training regulates skeletal muscle hypertrophy. Cell. 2012 Dec 7; 151(6): 1319-1331. físico continua a ser reduzido. O nosso laboratório dedica-se a identificação e caracterização das vias moleculares que regulam o músculo-esquelético e as suas funções com vistas ao desenvolvimento de Arany Z, Foo SY, Ma Y, Ruas JL, Bommi-Reddy A, 109 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO Girnun G, Cooper M, Laznik D, Chinsomboon J, Rangwala SM, Baek KH, Rosenzweig A, Spiegelman BM. HIF-independent regulation of VEGF and angiogenesis by the transcriptional coactivator PGC-1alpha. Nature. 2008 Feb 21; 451(7181): 1008-1012. PRÉMIOS 2014 – Human Frontier Science Program Young Investigator Award. 2013 – Lennart Philipson Prize and Grant in Biomedical Research (Sweden). 2012 – Excellence Project Award in Endocrinology and Metabolism. Novo Nordisk Foundation (Denmark). 2102 – Marie Curie Career Integration Grant. Marie Curie Actions (EU). 2011 – Young Investigator Award in Diabetes. Strategic Research Programme in Diabetes at Karolinska Institutet (Sweden). 2006 – Wenner‐Gren Fellow. Wenner‐Gren Foundations (Sweden). 110 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Materials for Tissue Repair – from the Bench to the Bedside 2008-2013: PhD Bioengineering Systems, MITPortugal Program; 2003-2008: MSc Pharmaceutical Sciences, University of Coimbra – Portugal. ACTIVIDADE PROFISSIONAL 2015 – Present: Head of Research - Gecko Biomedical – Paris France; 2013-2015 - Head of Adhesive Technologies Gecko Biomedical – Paris France; 2012 – 2013 - Process Development Scientist Hovione – Lisboa, Portugal. PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Pereira MJ, Sundback C, Lang N, Cho WK, Pomerantseva I, Ouyang B, Tao S, Mwizerwa O, Vemula PK, Mochel MC, Carter DJ Borenstein JT, Langer R, Ferreira LS, Karp JM, Masiakos P, “Combined surface micropatterning and reactive chemistry for maximizing tissue adhesion with minimal inflammation”, Advanced Healthcare Materials (2014), 3(4):565-571; Maria José Pereira Gecko Biomedical, França Resumo comunicação Lang N*, Pereira MJ*, Lee Y, Friehs I, Vasilyev N, Feins EN, Ablasser K, O’Cearbhaill E, Xu C, Fabozzo A Padera R, Wasserman S, Freudenthal F, Ferreira LS, Karp JM, del Nido PJ, “A BloodResistant Surgical Glue for Minimally Invasive Repair of Vessels and Heart Defects”, Science Translational Medicine (2014), 6(218) *authors contributed equally; Os biomateriais com fução terapêutica têm um elevado potencial em medicina regenerativa, pois permitirem uma apresentação controloda de sinais moleculares e mecânicos que definem a resposta celular e a organização de tecidos. Os elastómeros biodegradaveis são materiais promissores dada a sua capacidade de imitar as propriedades viscoelásticas de diferentes tecidos e serem complacentes com ambientes dinâmicos sem danificar o tecido circundante. Neste trabalho descreve-se um novo elastómero biocompatível, poly(glycerol sebacate urethane), cujas propriedades mecânicas podem ser facilmente modificadas, e capaz de encapsular e libertar controladamente moléculas bioactivas. O método de imobilização de biomaterials nos tecidos desejados é de extrema importância, assegurarando a sua integração e funcionalidade a longo prazo. O uso de adesivos é uma solução possível; no entanto, os materiais existentes estão associados a respostas inflamatórias e a fraco controlo do processo de activação da adesão. Um novo adesivo activado por luz, poly(glycerol sebacate acrylate), que pode ser exposto a fluxo sanguínero sem comprometer a sua adesão e que pode ser entregue in vivo por um método minimamente invasivo, foi desenvolvido. Pereira MJ, Oyuang B, Sarkar D, Lang N, Sundback C, Friehs N, Mureli S, Pomerantseva I, McFaden J, Masiakos P, del Nido P, Langer R, Ferreira LS, Karp JM, “A highly tunable biocompatible and multifunctional biodegradable elastomer”, Advanced Materials (2013), 25(8):1209-1215; Pereira MJ, Carvalho IF, Karp JM, Ferreira LS. “Sensing the cardiac environment: exploiting cues for regeneration”, Journal of Cardiovascular Translational Research (2011), 4(5):616-30; Cho WK, Pereira MJ, Lang N, Lee K, Mureli, Zumbuehl A, Sundback C, Masiakos PT, Carter D, Borenstein J, Ferreira L, Langer R, Karp JM, “Gecko-inspired Tape-based Adhesives”, In: Novel Biomaterials for Wound Closure and Tissue Engineering, Editor: Sujata K Bhatia. Springer 2010. PRÉMIOS 2015: Next generation leader by TIME Magazine; Durante a apresentação irei descrever as especificidades técnicas associadas ao desenvolvimento destes novos biomaterials, o seu potencial clínico, bem como os desafios associados à translacção deste tipo de tecnologia desde a bancada até à clinica e comercializção. 2015: Forbes 30 under 30 in Healthcare; 2015: Aspen Ideas Festival Scholar; 2014: Innovators under 35 by MIT Technology Review; 2012: Novartis international Biocamp winner; 2008: MIT-Portugal program fellowship. 111 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA MILITAR Curriculum Vitae HABILITAÇÕES ACADÉMICAS A Farmácia Militar na Alemanha Pharmacist, Food Chemist and Public Health System Pharmacist. ACTIVIDADE PROFISSIONAL 1979-1988 - pharmaceutical and food chemistry studies, 1988-1991 - platoon leader / commander of the medical supply company, 1991-1995 - commander of the medical supply depot, 1994 - completion of advanced education as public health system pharmacist, 1995-1999 - section chief at the Army Support Command (policy military pharmacy, medical equipment of the army, material planning for operations), Arne Krappitz Senior Colonel Pharmacist, Alemanha 1999-2003 - assistant branch chief at the Federal Ministry of Defense (DEU FMOD), Medical Service Staff, branch II 5 (logistics, medical materiel management), Resumo comunicação 2003-2006 - division chief at the Bundeswehr Medical Office (armament within the medical service), Military Pharmacy is an element of the Bundeswehr Medical Service and comprises the areas of pharmacy, food chemistry and medical material logistics. As part of the health care system it takes into account scientific and technical innovations as well as economic considerations. Military Pharmacy also performs public law tasks and preventive health care. On missions abroad it takes into consideration the objective of the Bundeswehr Joint Medical Service to provide medical care whose outcome corresponds to current standards of medical care in Germany. 2006-2012 - division chief at the Joint Medical Forces Command (logistics command / management), 2012-2013 - branch chief at the Federal Ministry of Defense (DEU FMOD), Forces Policy, branch III 5 (policy medical materiel management, medical technology, medical information technology, -development and -security, medical data protection), Military Pharmacy ensures the supply of medical material, supervises the handling of medicinal products and medical devices, supervises the handling of food, articles of daily use and water with a major focus on preventive health care and performs specific tasks in the fields of scientific and practical pharmacy and ecochemistry as well as medical material logistics at home and on missions. since 12/2013 - inspector general of military pharmacy / senior pharmacy officer of the Bundeswehr and assistant chief of staff division V (pharmacy and food chemistry) at the Bundeswehr Medical Service Headquarters. External assignments 1997 - senior pharmacy officer in BosniaHerzegovina (SFOR mission), Conditions on mission abroad require that Military Pharmacy has the same level of mobility as the force which is being supported. Appropriate mobile medical facilities must therefore be kept ready for military pharmaceutical tasks during deployments. 2009 - senior pharmacy officer in Afghanistan (ISAF mission). PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES Various publications in different professional journals. Qualifications and specialisations as well as further and follow-on training of military pharmaceutical personnel are based on legal regulations including professional laws. Unlike civilian pharmacists, whose responsibility is normally limited to providing pharmaceutical products for the general public, military pharmacists are responsible for fulfilling the broader spectrum of military pharmaceutical tasks as described above and therefore most of them are also officially licensed food chemists. PRÉMIOS / AWARDS Various military awards OUTRAS ACTIVIDADES Chairman of the commission for pharmacy of the scientific council of the International Committee of Military Medicine (ICMM) (elected in 2013 for a period of four years). 112 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA MILITAR A Farmácia Militar em Portugal Pet Mazarelo Coronel Farmacêutico, Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos Resumo comunicação Curriculum Vitae cional dos Farmacêuticos’2015 Posters 113 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 CONGRESSO SESSÃO PARALELA FARMÁCIA MILITAR A Defesa Química na Resposta às Novas Ameaças Ângela Furtado Tenente-coronel Farmacêutica Resumo comunicação Curriculum Vitae cional dos Farmacêuticos’2015 Posters 114 LIVRO DE RESUMOS CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS’2015 Congresso Nacional dos Farmacêuticos’2015 Posters 115 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0001 Medicamentos Manipulados: panorama actual nas Farmácias Portuguesas Clarisse Dias, Fátima Carvalho CNF/2015/A1/P0002 Avaliação “in vitro” da actividade antimicrobiana de antiséptico para utilização veterinária Ana Brízio, Vera Freitas, Fátima Carvalho CNF/2015/A1/P0003 Sistemas Europeus de Remuneração das Farmácias: Um Estudo comparado Suzete Costa, Inês Teixeira, Sónia Romano CNF/2015/A1/P0004 Sete Campanhas de Vacinação contra a Gripe nas Farmácias Portuguesas Isabel Jacinto, Rute Rute, José Pedro Guerreiro, Carla Torre, Zilda Mendes, Suzete Costa CNF/2015/A1/P0005 Intervenção do farmacêutico comunitário no combate à obesidade Maria de Fátima Barreira Marques, Marília Lopes Pinheiro CNF/2015/A1/P0006 Intervenção do farmacêutico no aconselhamento e acompanhamento na área da dermofarmácia Juliana Moreira, Filipa Contente, Susana Henriques, Mariana Rosa CNF/2015/A1/P0007 Intervenção do Farmacêutico Comunitário na Utilização Adequada do Antibiótico Ricardo Januário, Elisabete Antunes CNF/2015/A1/P0008 Ocorrência de Lipodistrofias numa Amostra de Doentes Diabéticos Insulinotratados Mónica Condinho, Cláudia Antunes, Carlos Sinogas CNF/2015/A1/P0009 Impacto da Consulta Farmacêutica em Doentes com Problemas Respiratórios Sara Pinto, Ângela Pinto, Dina Piriquito, Margarida Vargas, Mónica Condinho, Carlos Sinogas CNF/2015/A1/P0010 Cessação Tabágica no Contexto do Acompanhamento Farmacoterapêutico Mónica Condinho, Carlos Sinogas 116 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS CNF/2015/A1/P0011 Avaliação da Adesão e Efetividade da Terapêutica Antidiabética Oral numa Amostra de Doentes com Diabetes Mellitus Tipo 2 Sara Pinto, Mónica Condinho, Carlos Sinogas CNF/2015/A1/P0012 Caracterização da utilização de anti-inflamatórios não esteroides em automedicação numa farmácia comunitária Rita Paixão, Carolina Amaral, Ana Peixoto, Maria Teixeira CNF/2015/A1/P0013 Utilização do teste rápido à urina como suporte à intervenção farmacêutica Ana Catarina Fonseca, Ana Filipa Pereira, Eva Carvalho, Ana Isabel Silva CNF/2015/A1/P0014 A contribution to pharmacy management: Pharmaceutical services cost calculation using Time-driven Activity-based costing João Gregório, Giuliano Russo, Luís Velez Lapão CNF/2015/A1/P0015 Implementation of a Chronic Care eHealth Pharmaceutical Service Using Design Science João Gregório, Ângela Pizarro, Afonso Cavaco, Rolf Wipfli, Christian Lovis, Miguel Mira da Silva, Luís Velez Lapão CNF/2015/A1/P0016 Desenvolvimento de um software de apoio ao serviço de Indicação Farmacêutica Cristina Silva, Célia Ramalho, Paula Fresco CNF/2015/A1/P0017 Implementação do Serviço de Cuidados Farmacêuticos na Fª Central Cacém: avaliação dos primeiros 6 meses. Ana Luísa Ramos, Dino Almeida, Cláudia Taborda, Maria Anita Silva, Lígia Reis CNF/2015/A1/P0018 Follow-up telefónico após 1ª dispensa de medicamentos: resultados do ensaio piloto na Farmácia Central, Cacém Ana Luísa Ramos, Dino Almeida, Cláudia Taborda, Maria Anita Silva, Lígia Reis CNF/2015/A1/P0019 Avaliação da Ototoxicidade de Fármacos Comercializados em Farmácia Comunitária em Portugal Ana Dias, Anabela Mascarenhas, Maria Eugénia Gallardo, Samuel Silvestre, Natércia Silvestre CNF/2015/A1/P0020 Avaliação do Risco Cardiovascular nos Municípios de Almada, Amadora, Loures e Odivelas Eunice Barata, Glenn Pedreiro, Sara Costa, Vírginia Adegas, Ineida Gomes, Rita Horta 117 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS CNF/2015/A1/P0021 Estudo da Acessibilidade ao Medicamento: Farmácia Comunitária Localizada em Hospital vs. Farmácia Comunitária de Localização Convencional Eunice Barata, Ana Filipa Baltazar, Diana Oliveira, Sónia Ferreira, Andreia Fernandes CNF/2015/A1/P0022 Avaliação da Utilização de Benzodiazepinas em Idosos Mélanie Duarte, Andreia Rocha, Regina Dias, Pedro Ribeiro, Gonçalo Lourenço, Rosa Cunha, Joana Morais, Ângela Guedes CNF/2015/A1/P0023 Intervenção Farmacêutica na comunidade escolar Vera Manso, Joana Mendes, Patrícia Gomes CNF/2015/A1/P0024 Regresso do Programa de Troca de Seringas às Farmácias Anabela Madeira, Rute Horta, José Pedro Guerreiro, Maria Cary, Suzete Costa CNF/2015/A1/P0025 Estudos de Caso – A importância da intervenção do farmacêutico comunitário na deteção de novos casos de doença e no controlo de patologias crónicas: diagnóstico ativo ao balcão, desmistificação de efeitos adversos e avaliação da adesão à terapêutica e de regimes posológicos. André Frederico, Ana Rodrigues CNF/2015/A1/P0026 O Contributo do Farmacêutico Comunitário para o Diagnóstico Precoce da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e o seu Papel na Educação para a Saúde dos Doentes com DPOC: campanha de sensibilização e espirometrias. Maria João Mendes, Ema Paulino, Maria Luísa Teixeira, Mariana Rosa, Ana Luísa Pinto, Valdo Marques CNF/2015/A1/P0027 A Intervenção do Farmacêutico Comunitário no Rastreio e Prevenção do Cancro Coloretal Maria João Mendes, Ema Paulino, Maria Luísa Teixeira, Mariana Rosa, Ana Luísa Pinto, Valdo Marques CNF/2015/A1/P0028 Intervenção do Farmacêutico Comunitário no Acompanhamento ao Doente Hipocoagulado Rita Gralha, Mariana Almeida, Maria Teixeira CNF/2015/A1/P0029 A intervenção do farmacêutico comunitário na avaliação da qualidade do sono: campanha de sensibilização e aplicação de questionário validado para Portugal. Maria João Mendes, Ema Paulino, Maria Luísa Teixeira, Mariana Rosa, Ana Luísa Pinto, Valdo Marques 118 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS CNF/2015/A1/P0030 Intervenção de um Grupo de Farmácias Comunitárias na Avaliação do Risco Cardiovascular Maria João Mendes, Ema Paulino, Maria Luísa Teixeira, Mariana Rosa, Ana Luísa Pinto, Valdo Marques CNF/2015/A1/P0031 A update about the hypertension treatment in the portuguese community pharmacy population Esperança Silva, Zilda Mendes, Isabel V. Figueiredo, Emanuel Ponciano, Maria Margarida Caramona CNF/2015/A1/P0032 “Aconselhamento de dermocosmética nas afeções cutâneas derivadas do tratamento oncológico” Diva Silva CNF/2015/A1/P0033 Evolução do serviço de administração de fármacos na Farmácia Nuno Álvares (FNA) Marília Silva, Ana Leonor Fortunato, João Silva, Ana Filipa Remédios, Inês Paulino, Ana Luísa Pinto, Ema Paulino CNF/2015/A1/P0034 Acompanhamento farmacoterapêutico realizado em farmácia comunitária: caso-clínico com anti-hipertensores Ana Filipa Pereira, Ana Catarina Fonseca, Eva Carvalho, Ana Isabel Silva CNF/2015/A1/P0035 Rastreio Respirar Melhor – Farmácia Holon Barreiro Joana Filipa Martins Lopes CNF/2015/A1/P0036 Utilización de una Hoja de Derivación al Médico Consensuada en Cesación Tabáquica. Programa Cesar Plaza Zamora, Javier; Mendoza Barbero, Ana CNF/2015/A1/P0037 “Conecta” Sefac-Semergen: Progama de Comunicación Médico de FamiliaFarmacéutico Comunitario Gómez Martínez, Jesús Carlos; Llisterri Caro, José Luis; Fornos Pérez, José Antonio; Mediavilla Bravo, José Javier; Martínez Pérez, Sebastián R; Alonso Moreno, Francisco Javier; Fraga Sampedro, Mercedes; Ricote Belinchón, Mercedes; Molinero Crespo, Ana. CNF/2015/A1/P0038 Conocimiento del paciente sobre su medicación. Relación con su percepción de efectividad y seguridad del tratamiento Salar Ibáñez, Luis. Sola Uthurry, Nancy. Cámara, Raquel. Cosín Borobio, Ana. Dago Martínez, Ana. Gutiérrez Ríos, Pedro 119 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS CNF/2015/A1/P0039 Programa I-Valor. Consulta de síntomas menores en farmacias comunitarias. También llamado Indicación Farmacéutica Rosa Prats, Teresa FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0001 Preparação de Medicamentos Injectáveis em Farmotecnia - Síntese do Radiofármaco 68Ga-DOTANOC Carla Capelo, Hugo Duarte, Irene Paula, Bruno Ferreira, Florbela Braga CNF/2015/A2/P0002 Vantagens do aliscireno como fármaco anti-hipertensor: Revisão farmacocinética Daniela Marques, Manuel Morgado CNF/2015/A2/P0003 Impacto da existência de um Sector de Auditoria Interna nos Serviços Farmacêuticos do CHUC Maria Adelaide Cabral, Marília Rocha CNF/2015/A2/P0004 Interações medicamentosas dos inibidores da topoisomerase Sofia Mendes, Daniela Marques, Manuel Morgado CNF/2015/A2/P0005 Banco do Medicamento Ana Almeida, Catarina Candeias, Diana Cardoso, Clara Carvalho, Ana Reis, Joana Ribeiro, Diana Silva, Vanessa Soares, Catarina Cerqueira, Manuel Caldas de Almeida CNF/2015/A2/P0006 O farmacêutico nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) Ana Almeida, Catarina Candeias, Diana Cardoso, Clara Carvalho, Ana Reis, Joana Ribeiro, Diana Silva, Vanessa Soares, Catarina Cerqueira, Manuel Caldas de Almeida CNF/2015/A2/P0007 Prescrição potencialmente inapropriada em idosos sob terapia anticoagulante: Aplicação dos Critérios STOPP/START Joana Madeira e Silva, Sandra Queimado, Jorge Martinez Marcos, Gilberto Alves 120 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS CNF/2015/A2/P0008 Conversão da via intravenosa para a via oral – Paracetamol Rafaela Barata, Daniela Marques, Manuel Morgado CNF/2015/A2/P0009 Antibiotic Stewardship Programs: The critical role of the Clinical Pharmacist João Gregório, Margarida Pereira, Sérgio Boshoff, José Neves, Pedro Póvoa, Luís Velez Lapão CNF/2015/A2/P0010 Hepatitis C treatment in a District Hospital Margarida Espírito Santo, Luísa Guerreiro, Tânia Nascimento CNF/2015/A2/P0011 Perfil de microrganismos e resistência a antimicrobianos no Hospital Distrital da Figueira da Foz Daniela Patrício, Maria Teresa Pereira, Francisco Batel Marques CNF/2015/A2/P0012 Adesão à Terapêutica Antirretrovírica num Hospital Pediátrico. Fatores relacionados e repercussão clínica Dina Mendes, Flora Candeias, Maria Conceição Neves, Daniel Virella, Marta Alves, Maria Filomena Oliveira CNF/2015/A2/P0013 Poderá a efectividade do tratamento antiretroviral estar relacionada com a simplificação da terapêutica? Joana Ferreira, Sónia Moreira, Ana Jorge, Sara Cândido, Mariana Carvalho, José Branco, Fábio Glória, Catarina Oliveira CNF/2015/A2/P0014 Seguimento Farmacoterapêutico do doente VIH: Resultados e Impacto do Programa Rute Duarte, João Ribeiro, Maria Olimpia Fonseca CNF/2015/A2/P0015 Criação de um serviço farmacêutico de aconselhamento sobre a utilização de medicamentos durante o aleitamento. Humberto Melo, Catarina Metelo, Andreia Loba, Maria José Rei, Andreia Duarte, Cláudia Santos CNF/2015/A2/P0016 Segurança do doente oncológico e dos profissionais de saúde envolvidos no circuito dos medicamentos citotóxicos – Experiência de um hospital universitário Manuel Morgado, Mónica Guardado, Olímpia Fonseca CNF/2015/A2/P0017 Caso clínico de doente com cancro colo-retal metastizado Áurea Bravo, Mariana Vieira, Ana Fernandes 121 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS CNF/2015/A2/P0018 Inibidores das Janus Associated Kinases na terapêutica farmacológica Daniela Santos, Daniela Marques, Manuel Morgado INDÚSTRIA FARMACÊUTICA CNF/2015/A3/P0001 Identificação e avaliação das atividades antitumoral e hemostática de extratos secos da casca de romã utilizando ácido elágico e punicalagina como marcadores ativos. Juliana Machado Brêtas, Diego Beltrão Pereira, Fernanda Cristina G. Evanjelista, Adriano de Paula Sabino, Isabela da Costa César, Gerson Antônio Pianetti CNF/2015/A3/P0002 Implementação e Qualificação de uma Área de Embalagem de Formas Farmacêuticas Sólidas João Correia, Cristina Toscano, Fátima Carvalho CNF/2015/A3/P0003 Permeação “In vitro”: verniz ungueal Margarida Barreto, Fátima Carvalho CNF/2015/A3/P0004 Development of quality control methods using a quality-by-design approach Sandra Lopes, Joana Cecílio, Cristiana Pardal, Paula Barroso, Marisa Rodrigues ANÁLISES CLÍNICAS CNF/2015/A4/P0001 Detecção precoce de discrasia plasmocitária na electroforese de proteínas séricas Maria José Pereira, Manuel Silva, Lina Rodrigues Costa CNF/2015/A4/P0002 Qrt-PCR and ONEp-PCR: uma nova combinação de métodos aplicada ao prognóstico da infecção VIH/SIDA Quirina Costa, José Pereira, Maria Lopes, Margarida Rocheta CNF/2015/A4/P0003 Escherichia coli uropatogénica da comunidade: comensal ou patogénica Ana Eusébio, Catarina Araújo, Madalena Andrade, José Oliveira, Aida Duarte 122 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS ASSUNTOS REGULAMENTARES CNF/2015/A5/P0001 Avaliação dos Riscos versus Benefícios dos ensaios clínicos na Índia: o Farmacêutico – a Investigação – o Mercado Pedro Abreu, Rita Luís, Bruno Mendes CNF/2015/A5/P0002 Potential readability issues in a large sample of medicinal package inserts: quantification of words and abbreviations Carla Pires, Marina Vigário, Fernando Martins, Afonso Cavaco ANÁLISES HIDROLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS E TOXICOLÓGICAS CNF/2015/A8/P0001 Detecção e quantificação multi-classe e multi-resíduo de 41 antibióticos em dourada (Sparus aurata) de aquacultura por UHPLC-MS/MS Lúcia Santos, Bruno Soares, João Rosa, Andreia Freitas, Sara Leston, Jorge Barbosa, Fernando Ramos CNF/2015/A8/P0002 A step in the development of new lamotrigine-related antiepileptic drugs and their toxicity evaluation Mariana Matias, Samuel Silvestre, Amílcar Falcão, Gilberto Alves FARMÁCIA MILITAR CNF/2015/A9/P0001 Plano de Contingência para a Rotura do Medicamento Ilda Dias, Fernanda Pires, Luís Mendonça, Helena Fernandes, Henrique Nogueira, Bruno Rodrigues, Bruno Viana, Paulo Coelho CNF/2015/A9/P0002 Ensaios de Esterilidade no Laboratório de Microbiologia Geral do LMPQF Sara Batalha, Sílvia Xisto, Inês Martins 123 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS CNF/2015/A9/P0003 O papel do farmacêutico em situações de emergência Paulo Cruz, Paulo Santos, Rodrigo Santos CNF/2015/A9/P0004 Atualidade da Logística Farmacêutica Militar Francisco Sampaio, Joel Mendes CNF/2015/A9/P0005 Logística Farmacêutica em Situações de Emergência Joel Mendes, Francisco Sampaio OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0001 Implementação de um Sistema Inovador de Controlo e Gestão da Terapêutica numa Instituição de Apoio Social Maria Santos, Rui Oliveira CNF/2015/A10/P0002 Análise de consultas relativas a plantas, suplementos alimentares, biocidas e alimentos recebidas por um centro de informação de medicamentos Aurora Simón, Ana Paula Mendes CNF/2015/A10/P0003 Estudo para avaliação da qualidade de cápsulas manipuladas de prednisona: padronização de formulação e método analítico. Pedro Silva, Paula Enéas, Christian Fernandes, Gerson Pianetti CNF/2015/A10/P0004 Problemas Relacionados com os Medicamentos em Idosos Polimedicados e Institucionalizados: Oportunidades de Intervenção Farmacêutica Cristina Silva, Célia Ramalho, Isabel Luz, Joaquim Monteiro, Paula Fresco CNF/2015/A10/P0005 O uso racional do medicamento num País com um programa de assistência financeira. Os dois lados da moeda Portuguesa Carla Torre, José Guerreiro, Marta Gomes, Suzete Costa 124 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS CNF/2015/A10/P0006 Impacto da alteração do sistema de remuneração das Farmácias em Portugal com medicamentos (2011-2015) Inês Teixeira, José Pedro Guerreiro, Suzete Costa CNF/2015/A10/P0007 Conhecimento sobre antibióticos – intervenção em escolas básicas e secundárias Isabel Ramalhinho, Afonso Cavaco, José Cabrita CNF/2015/A10/P0008 NanoPoliBiofilm – Desenvolvimento de partículas poliméricas inovadoras como estratégia para o tratamento de infeções ósseas. Inês Santos-Ferreira, Lídia Gonçalves, Annette Moter, Judith Kikhney, António Almeida, Ana Bettencourt CNF/2015/A10/P0009 Inibidores da Dipeptidil Peptidase-4: Determinação paramétrica do padrão terapêutico ideal Alexandre Campos, André Madeira, Diogo Repas, Bruno Mendes CNF/2015/A10/P0010 Pharmacokinetic study of phenolic compounds after Cymbopogon citratus infusion oral administration to rats Gustavo Costa, Ana Fortuna, Daniela Gonçalves, Isabel Vitória Figueiredo, Amílcar Falcão, Maria Teresa Batista CNF/2015/A10/P0011 How diabetics’ patients identify their medicines? Margarida Espírito Santo, Jeff Newman, Tânia Nascimento 125 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0001 Medicamentos Manipulados: panorama actual nas Farmácias Portuguesas Clarisse Dias1, Fátima Carvalho1 1 LEF, ANF Objectivo: • Identificar as temáticas e/ou áreas clínicas mais abordadas pelas questões colocadas ao CIMPI (Centro de Informação de Medicamentos de Preparação Individualizada); • Identificar alguns dos medicamentos manipulados mais abordados pelas questões colocadas ao CIMPI; • Analisar o panorama actual da preparação de medicamentos manipulados nas Farmácias portuguesas. Metodologia: • Análise estatística dos contactos recebidos no CIMPI durante o período 2014-2015, por consulta a base de dados dedicada; • Pesquisa de referências sobre a evolução do paradigma dos medicamentos manipulados (PubMed Central). • Análise SWOT- Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças das Farmácias portuguesas na preparação de medicamentos manipulados. Resultados: A maioria das questões dirigidas ao CIMPI diz respeito à preparação de um medicamento manipulado, sendo a Dermatologia e a Pediatria as áreas clínicas mais abordadas nestes contactos. No geral, o medicamento manipulado visa colmatar uma lacuna terapêutica, não preenchida pela indústria farmacêutica e permite personalizar o medicamento face às especificidades e necessidades do doente. As questões relacionadas com requisitos legais e procedimentos normalizados, embora menos representativas, assumem um papel de destaque. Por outro lado, identificam-se tendências emergentes como a preparação de champôs medicamentosos ou de formulações transdérmicas para terapêutica de substituição hormonal. Considerando o panorama actual, na preparação e dispensa de medicamentos manipulados, as farmácias e os farmacêuticos comunitários apresentam competências e responsabilidades únicas, que exigem um elevado grau de qualificação das equipas e recursos materiais adequados. Não obstante, a preparação e dispensa de medicamentos manipulados representa uma mais-valia para os doentes e seus cuidadores, e permite um posicionamento estratégico da Farmácia e da profissão farmacêutica, aproximando-a da população servida e dos profissionais de saúde com que interagem. Conclusões: A preparação e dispensa de medicamentos manipulados constitui uma actividade centrada no doente, cuja supervisão é da exclusiva responsabilidade dos farmacêuticos, posicionando-se como uma área de intervenção farmacêutica altamente qualificada e possível estratégia de crescimento económico da Farmácia. 126 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0002 Avaliação “in vitro” da actividade antimicrobiana de antiséptico para utilização veterinária Ana Brízio1, Vera Freitas1, Fátima Carvalho1 LEF – Infosaúde 1 Âmbito: Para o tratamento de infecções da pele em animais de companhia é cada vez mais recomendado a utilização tópica de produtos antimicrobianos, incluindo anti-sépticos. Muitos destes produtos contêm um ou mais ingredientes com actividade antibacteriana, antifúngica e anti-inflamatória e outros componentes que aumentam a solubilidade e actividade destes ingredientes antimicrobianos. Objectivo: Este estudo tem como objectivo avaliar “in vitro” a eficácia de um anti-séptico composto por clorhexidina e piroctona olamina contra os principais patogénicos de infecções da pele dos animais de companhia: Staphylococcus intermedius e Malassezia paquidermatis. Métodos: Foi desenvolvida uma metodologia com base nos métodos AOAC que consistiu em inocular o produto com uma suspensão de alta concentração dos microrganismos referidos e avaliar a sua redução logarítmica após 30 minutos de tempo de contacto. A diluição válida a usar foi determinada por testes de validação bem como a avaliação da toxicidade do agente neutralizante. Resultados: O produto demonstrou actividade antimicrobiana sobre a estirpe Staphylococcus intermedius mas não foi eficaz sobre a estirpe Malassezia paquidermatis. Conclusões: Os resultados obtidos demonstram a importância deste tipo de estudo na avaliação concreta das propriedades antimicrobianas dos produtos anti-sépticos de uso veterinário sobre estirpes patogénicas dos animais 127 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0003 Sistemas Europeus de Remuneração das Farmácias: Um Estudo comparado Suzete Costa1, Inês Teixeira1, Sónia Romano1 1 CEFAR, ANF Introdução: As reduções sucessivas de preços dos medicamentos em Portugal e as primeiras experiências europeias de novos sistemas de remuneração das Farmácias fundamentaram a investigação sobre estes novos sistemas de remuneração ao longo de 5 anos (2010-2015). Objectivo: Comparar as características-chave dos sistemas de remuneração de Farmácias de uma selecção de países europeus, por forma a informar decisões sobre futuros modelos de remuneração das Farmácias. Metodologia: Critérios de selecção dos países: 1) Maior experiência de sistemas de remuneração mistos, sistema de saúde tipo Bismarck mas modelo de Farmácia mais próximo de Portugal; 2) Sistema de remuneração misto, modelo de Farmácia menos próximo de Portugal mas sistema de saúde tipo Beveridge; 3) Países de referência para o PVA. Foi seguida uma metodologia mista: revisão exploratória de estudos selecionados; revisão da legislação dos países; questionário semi-estruturado aos países. Foi feita uma triangulação com entrevistas presenciais a peritos de países selecionados e revisão dos critérios dos baskets dos países de referência usados no Sistema de Preços de Referência Externos (SPRE). Resultados: Foram seleccionados 12 países (incl. Portugal), tendo sido identificadas dez características chave comuns a diversos países. Ao contrário do PVA, o PVP (componente margem da distribuição) não possui qualquer critério europeu equivalente ao SPRE. Foram identificados oito critérios para possíveis baskets de referência para a remuneração da distribuição. Observou-se ainda que a remuneração para a prestação de serviços adicionais patient care não associados à dispensa tem aumentado mas permanece uma componente residual da remuneração. Conclusões: Estes resultados poderão contribuir para definir princípios essenciais que norteiem futuros modelos de remuneração, como forma de aumentar a transparência das políticas de remuneração. A remuneração das intervenções em saúde nas Farmácias que sejam, efectivas e custo-efectivas é importante para o reconhecimento do contributo das Farmácias em Saúde Pública. 128 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0004 Sete Campanhas de Vacinação contra a Gripe nas Farmácias Portuguesas Isabel Jacinto1, Rute Rute1, José Pedro Guerreiro2, Carla Torre2, Zilda Mendes2, Suzete Costa2 ANF, 2CEFAR 1 Introdução: A Portaria n.º 1429/2007, de 2 de Novembro, concretizou os diversos serviços que as farmácias podem prestar, de entre os quais se destaca o serviço de administração de vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação (PNV). Desde 2008 que as farmácias prestam este serviço, tendo implementado anualmente uma campanha de vacinação contra a gripe. Objectivo: Evolução da % de vacinas administradas nas farmácias e de outros indicadores relevantes. Metodologia: Realizou-se um estudo transversal em cada época vacinal (Out. – Mar.) com base nos dados fornecidos pelas farmácias portuguesas entre 2008/09 e 2014/15. O público-alvo das campanhas eram adultos com prescrição médica da vacina contra a gripe. Resultados: Estimou-se que a % de vacinas administradas na farmácia (no total de vacinas dispensadas) foi de 36,4% na época vacinal 2008/09, 49,7% em 2009/10, 44,2% em 2010/11 e 49% em 2011/12. Em 2012/13 houve uma redução na % de vacinas administradas na farmácia (38%) mas nas épocas vacinais seguintes verificou-se um aumento para 40,9% (2013/14) e 49,3% (2014/15). Até 2011/12, as vacinas contra a gripe foram administradas maioritariamente em farmácias. Conclusões: Até 2011/12, as farmácias foram o local de preferência dos utentes para a vacinação contra a gripe, sendo este facto evidenciado na evolução dos resultados ao longo de 4 anos. Contudo, apesar da evidência, na época vacinal 2012/2013 o Governo decidiu disponibilizar gratuitamente a vacina contra a gripe a todos os indivíduos com mais de 65 anos nos centros de saúde, sem necessidade de prescrição médica. Esta medida não abrangeu as farmácias. O Relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a vacinação antigripal da população portuguesa na época 2013/14 refere que a cobertura vacinal foi 49,9% na população com 65 ou mais anos de idade, mais uma vez aquém da meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Comissão Europeia (75%) e da Direção-Geral Saúde (DGS) (60%). Em 2014, foi assinado um Acordo com o Ministério da Saúde que prevê possíveis incentivos às farmácias para a colaboração nos objetivos de saúde pública, incluindo serviço de vacinação. Esta poderá ser uma oportunidade para integrar as farmácias na Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. 129 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0005 Intervenção do farmacêutico comunitário no combate à obesidade Maria de Fátima Barreira Marques1, Marília Lopes Pinheiro1 1Farmácia Fátima Marques Objectivos: Incentivar bons hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis, contribuindo assim para atingir valores biométricos normais: peso, IMC e perímetro abdominal (PA). Contribuir para a implementação de uma dieta saudável, transversal a toda a família. Contribuir ativamente para que Portugal consiga atingir as metas propostas, garantindo que o farmacêutico comunitário é um parceiro elegível no Programa Nacional de Combate à Obesidade. Metodologia: O estudo decorreu entre 2009 e 2014. Envolveu uma amostra de 160 utentes que procuraram o serviço de reeducação alimentar na farmácia. Identificou erros alimentares e sugeriu alternativas. Desmistificou crenças associadas à temática da alimentação. Incentivou e orientou para escolhas alimentares saudáveis e para a prática de exercício físico regular. Fez um acompanhamento personalizado do utente, definindo com este os objetivos a alcançar. Determinou e registou parâmetros biométricos. Avaliou os resultados da intervenção do farmacêutico com base nos valores definidos pela OMS. Considerou os valores padrão de IMC e PA da OMS para a avaliação dos resultados (considerar Classe 1, 18,5≥IMC<24,9; PA<80 M e PA<94 H, Classe 2, 25≥IMC<29,9; 80≥PA<88 M e 94≥PA<102 H e Classe 3, utentes com IMC≥30 ou PA≥88 M ou PA≥102 H). Resultados: Relativamente ao IMC, a classe 1 corresponde a 13,75% dos utentes. A diminuição média de peso foi de 2,97%. A classe 2 corresponde a 46,25% dos utentes, tendo estes uma diminuição de peso média de 4,70%, sendo que 35% perderam mais de 5% do seu peso inicial e 14,87% mais de 10%. Desta classe, 27,2% dos utentes passaram para a classe 1. A classe 3 corresponde a 40% dos utentes e teve uma perda de peso média de 3,66%. Destes utentes, 26,56% perderam mais de 5% do seu peso inicial, sendo que 7,82% perderam mais de 10%. Dos utentes desta classe, 17,19% passaram para a classe 2 e 2,56% passaram para a classe 1. Relativamente ao PA, verificou-se que 3,80% das mulheres passaram da classe 2 para a classe 1 e nos homens o valor foi de 10,0%. Da classe 3 para a classe 2 passaram 21,50% das mulheres e 40% dos homens. Da classe 3 para a 1 passaram 1,26% das mulheres. Conclusões: A luta contra a obesidade e o excesso de peso é um processo longo, complicado, que envolve o indivíduo como um todo. Os valores apresentados neste estudo demonstram que o farmacêutico é um profissional de saúde com competências nesta área que poderá integrar com sucesso os programas a desenvolver por Portugal na luta contra a obesidade. Palavras-chave: Farmacêutico. Obesidade. IMC. Perímetro abdominal. 130 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0006 Intervenção do farmacêutico no aconselhamento e acompanhamento na área da dermofarmácia Juliana Moreira1, Filipa Contente1, Susana Henriques1, Mariana Rosa1 Farmácias Holon 1 Objectivos: Levantamento e análise dos principais problemas cutâneos e capilares que levam os utentes à farmácia, nomeadamente à consulta de Dermofarmácia; Caraterização da população que usufrui deste serviço, por género e grupo etário; Demonstrar a importância do papel do farmacêutico no aconselhamento dermocosmético em situações cutâneas e capilares menores. Metodologia: A informação para a realização desta análise foi recolhida através dos relatórios diários obtidos entre janeiro e junho de 2015, num total de 1325 consultas, efetuadas pelas três farmacêuticas do serviço de Dermofarmácia, em 89 farmácias. Resultados: A maioria dos utentes é do sexo feminino (83,25%), tem idade compreendida entre os 18 e os 65 anos (75,63%) e realizou a consulta pela primeira vez (84,23%). Relativamente aos motivos da consulta, verificou-se que os dez mais frequentes são acne (24,57%), rosácea (12,78%), hiperpigmentação (10,09%), aconselhamento geral (8,39%), envelhecimento cutâneo (6,36%), queda de cabelo (5,64%), pele intolerante/reativa (5,31%), dermatite seborreica (4,13%), caspa e dermatite atópica (2,82% cada). Outros motivos correspondem a 17,10% dos motivos das consultas. Quanto aos motivos que levaram os utentes a realizar consultas de acompanhamento, os cinco mais frequentes são acne (20,20%), rosácea (18,72%), hiperpigmentação (11,82%), queda de cabelo (11,33%) e pele intolerante/reativa (7,39%). Outros motivos representam 34,42% das consultas de acompanhamento. Conclusões: Sendo a farmácia comunitária um espaço que se carateriza pela prestação de cuidados de saúde de elevada diferenciação técnico-científica e dada a sua acessibilidade à população, é um local privilegiado para o aconselhamento dermocosmético em situações cutâneas e capilares menores. A obtenção de dados estatísticos reais permite antever necessidades dos utentes e adequar a intervenção farmacêutica nesta área. A possibilidade de integrar nas equipas das farmácias profissionais de saúde com formação específica na área da dermofarmácia proporciona à farmácia uma solução integrada de saúde que reponde de forma mais eficaz às necessidades da população que serve. O acompanhamento dos utentes do serviço de Dermofarmácia permite verificar a efetividade do tratamento instituído, monitorizar reações adversas, reforçar a adesão à terapêutica e ajustar a mesma. Além disso, permite ainda o encaminhamento para o médico especialista, sempre que necessário. 131 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0007 Intervenção do Farmacêutico Comunitário na Utilização Adequada do Antibiótico Ricardo Januário1, Elisabete Antunes1 1 Farmácias Holon Morais Soares Objectivos: - Avaliar a informação transmitida ao utente acerca da forma e duração do tratamento com um antibiótico; - Demonstrar a importância do farmacêutico no uso correto do antibiótico; - Garantir o uso correto do antibiótico pelos utentes. Metodologia: Durante duas semanas foi aplicado um questionário a cada prescrição médica contendo antibióticos. O questionário pretendia recolher a seguinte informação: a) Identificação do antibiótico: denominação comum internacional, dosagem, forma farmacêutica, apresentação e número de unidades prescritas; b) Informação transmitida ao utente: conhecimento por parte do utente de que vai fazer um tratamento com antibiótico, razão pela qual vai fazer um antibiótico, forma e duração do tratamento e cuidados a ter; c) Regime posológico prescrito; d) Caraterísticas farmacológicas do medicamento: interações medicamentosas e interações com alimentos; e) Medicação crónica do utente. Resultados: Foram recebidas 93 prescrições médicas com antibióticos no espaço de 2 semanas. Destas 93 prescrições apenas 1 não foi dispensada no dia da prescrição ou no dia seguinte. Do total dos 93 utentes, 7 (7,53%) revelaram não saber que iam fazer um antibiótico sendo que dos 86 utentes (92,47%) apenas 1(1,16%) dos que sabiam que lhe foi prescrito não sabia porquê. Relativamente à posologia, 19 utentes (22%) não sabiam como fazer o tratamento, sendo que, 67 utentes (78%) sabiam a duração e a posologia do tratamento, mas em nenhum dos casos estava indicado na prescrição em que momento deveria ser administrado o antibiótico relativamente à ingestão concomitante com os alimentos. Das 93 prescrições recebidas, 57 (61,29%) continha antibióticos cuja biodisponibilidade é afetada pela ingestão concomitante com os alimentos. Conclusão: Verificou-se a importância da intervenção do Farmacêutico ao nível do uso adequado do antibiótico, garantindo a transmissão aos utentes das informações essenciais para a correta administração dos antibióticos prescritos contribuindo desta forma para a eficácia e segurança no uso do antibiótico. 132 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0008 Ocorrência de Lipodistrofias numa Amostra de Doentes Diabéticos Insulinotratados Mónica Condinho1, Cláudia Antunes2, Carlos Sinogas3 ACF – Acompanhamento Farmacoterapêutico, Lda., 2 Instituto Superior Técnico – Universidade de Lisboa, 3 Universidade de 1 Évora ACF – Acompanhamento Farmacoterapêutico, Lda. Objectivos: Avaliar a prevalência de lipodistrofias (LD) em amostra de diabéticos insulinotratados e treinar uma árvore de decisão que permita identificar, preliminarmente, os doentes em risco de as desenvolver. Metodologia: Estudo retrospetivo e transversal de uma amostra de diabéticos insulinotratados sujeitos a Acompanhamento Farmacoterapêutico, em farmácia comunitária. Incluíram-se todos os diabéticos que, por conveniência, integraram o serviço entre maio de 2010 e julho de 2015, medicados com insulina há, pelo menos, 3 meses, independentemente da idade e da necessidade de cuidador. A presença de LD foi determinada pela observação e palpação do local de administração da insulina e classificada em “presente” ou “não presente”. Sempre que presente, foi ainda classificada em “hipertrofia” ou “atrofia”. Potenciais fatores de risco, nomeadamente, técnica de injeção, número de injeções por dia, rotatividade do local de administração e reutilização de agulhas, foram também registados. A técnica de injeção foi avaliada segundo as recomendações do Forum for Injection Tecnhique (Reino Unido, 2011) e a rotatividade considerada como a alternância da zona de administração entre vários pontos espaçados por, pelo menos, 1 cm. Para treino da árvore de decisão utilizaram-se, entre outros, os fatores de risco descritos, aplicando-se técnicas de validação cruzada e de balanceamento de dados por sobre-amostragem. Os valores médios são apresentados como média±erro padrão da média. Resultados: Integraram o estudo 33 doentes, 17 (51,5%) do género masculino, com média etária de 60,7±2,52 anos. A maioria (63,6%) tinha nível de escolaridade básico. Do total, 28 (84,8%) doentes eram diabéticos tipo 2. Em média, cada doente tinha 6,0±1,54 anos de insulinoterapia. A prevalência global de LD foi de 75,8% (25 doentes), sendo que todos apresentaram hipertrofias e apenas um atrofias. Face às técnicas de data mining utilizadas, a rotatividade no local de administração e a técnica de injeção constituem, de entre os vários atributos investigados, os fatores decisivos para o desenvolvimento de LD (precisão=88,9%; sensibilidade=80 ,8%;especificidade=96,4%). Assim, de acordo com o modelo de descoberta utilizado, a ausência de rotatividade permite prever, com elevada precisão, sensibilidade e especificidade, que o doente irá desenvolver LD. Na presença de rotatividade, passará a ser a técnica de injeção o fator de decisão. Se correta, o doente não desenvolverá alteração do tecido subcutâneo; se incorreta, prevê-se que tal irá acontecer. Conclusões: A prevalência de LD na amostra é bastante elevada, cerca de 75%. Rotatividade no local de administração e técnica de injeção constituem fatores decisivos no desenvolvimento deste tipo de reação adversa à insulina. A utilização desta árvore de decisão permitirá ao farmacêutico, com duas simples questões, suspeitar da presença de LD e atuar em conformidade. 133 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0009 Impacto da Consulta Farmacêutica em Doentes com Problemas Respiratórios Sara Pinto1, Ângela Pinto2, Dina Piriquito3, Margarida Vargas2, Mónica Condinho4, Carlos Sinogas5 1 Farmácia Central Mora, 2Farmácia Algarve S. B. de Messines, 3Farmácia Ribeiro Soares Sta Iria de Azóia, 4ACF- Acompanhamento Farmacoterâpeutico Lda., 5Universidade de Évora – ACF Acompanhamento Farmacoterâpeutico, Lda. Objectivo: Avaliar o impacto da consulta farmacêutica (CF) em doentes com problemas respiratórios. Metodologia: Estudo retrospetivo e longitudinal de uma amostra de pessoas com patologia ou queixas respiratórias que integraram a CF implementada em 3 farmácias comunitárias, entre março e agosto de 2015. Os doentes incluídos foram selecionados e convidados pela equipa da farmácia por conveniência, na presença de idade igual ou superior a 18 anos e de patologia ou queixas respiratórias no atendimento. Aqueles que aceitaram o convite responderam a um questionário sobre problemas respiratórios e foram sujeitos a avaliação da farmacoterapia e a prova espirométrica (equipamento Spirobank II® e software WinSpiroPro®), sempre que reunidas as condições para a sua realização. Asseguraram-se, também, os critérios de aceitabilidade e reprodutibilidade na execução do teste. Em geral, considerou-se “espirometria normal” sempre que FEV1 ≥80% do normal, utilizando-se os valores de referência da European Respiratory Society. Em função da avaliação efetuada, realizaram-se as intervenções que se consideraram pertinentes. Nos casos em que se justificou, o doente foi convidado a continuar em CF. Os valores médios são apresentados como média±erro padrão da média. Resultados: Foram incluídos 48 doentes, maioritariamente do género masculino (62,5%) e idade média de 62,2±2,36 anos. Do total, 13 doentes estavam ou já tinham estado sujeitos a agentes potencialmente causadores de patologia respiratória. Registaram-se 10 (20,8%) fumadores (21,3±6,79 cigarros/dia). Asma (37,5%) e rinite (27,1%) foram as patologias respiratórias prevalentes. Quanto às queixas respiratórias, 35 doentes responderam positivamente, registando-se, sobretudo, cansaço (54,2%), dispneia (41,7%) e tosse (27,1%). Encontravamse já medicados 28 doentes, maioritariamente, com associações de corticóides e agonistas adrenérgicos para inalação. Efetuaram-se 57 CF, nas quais se realizaram 56 espirometrias (um doente foi incapaz de concretizar o teste), sendo que 11 doentes apresentaram um prova espirométrica anormal na primeira consulta. Efetuaram-se 25 (52,1%) ensinos da técnica inalatória, promoveu-se adesão à terapêutica em 13 (27,1%) doentes e procedeuse a 8 (16,7%) intervenções breves para cessação tabágica, entre outras intervenções. O encaminhamento ao médico foi necessário em 12 casos. Em resultado das intervenções, dos 9 doentes que repetiram a espirometria, a maioria (7) melhorou a sua capacidade respiratória. A cessação tabágica foi alcançada para 3 doentes, com melhoria dos parâmetros respiratórios. As queixas respiratórias melhoraram ou regrediram em 10 casos. Conclusão: Para esta amostra de doentes, a integração em CF contribuiu para a melhoria dos problemas respiratórios reportados, sobretudo através do correto ensino da técnica inalatória, da adesão à terapêutica e da promoção da cessação tabágica. 134 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0010 Cessação Tabágica no Contexto do Acompanhamento Farmacoterapêutico Mónica Condinho1, Carlos Sinogas2 ACF – Acompanhamento Farmacoterapêutico, Lda., 2 Universidade de Évora ACF – Acompanhamento Farmacoterapêutico, 1 Lda. Objectivo: Avaliar o nível de efetividade relativa do processo de cessação tabágica no âmbito do Acompanhamento Farmacoterapêutico (AF) em farmácia comunitária. Metodologia: Estudo retrospetivo e longitudinal de uma amostra de doentes que integraram o serviço de AF para cessação tabágica em farmácia comunitária, entre janeiro de 2009 e agosto de 2015. O programa, estruturado em consultas farmacêuticas e contactos telefónicos, seguiu as recomendações da Direção-Geral da Saúde (2007). Os fumadores, com idade igual ou superior a 18 anos e motivação para cessação tabágica, foram identificados por conveniência e convidados a integrar o serviço pela equipa da farmácia, durante as atividades diárias. Os que aceitaram o convite, assinaram consentimento informado. Na primeira consulta, o farmacêutico recolheu hábitos tabágicos, história clínica e perfil farmacoterapêutico. Em todas as consultas foram feitos testes espirométricos e de avaliação do monóxido de carbono, que serviram como biomarcadores do consumo de tabaco. Baseado na abordagem integrada, característica do AF, o farmacêutico acordou com cada doente o plano terapêutico a seguir. A taxa de abstinência foi calculada a 1, 6 e 12 meses após o dia D. A efetividade relativa do AF foi avaliada comparando a taxa de abstinência encontrada com dados da literatura, considerando vários programas de cessação tabágica. Os valores médios são apresentados como média±erro padrão da média. Resultados e Discussão: Integraram o estudo 77 doentes, dos quais 21 (27,3%) desistiram após a primeira consulta. Dos 56 (72,7%) que permaneceram, 33 (58,9%) eram do género masculino, com idade média de 47,8±2,05 anos. Cada doente fumava, em média, 21,2±1,77 cigarros por dia, há 30,4±2,04 anos. Efetuaram-se 289 consultas, tendo cada doente recebido, em média, 7,6±0,77 intervenções. A maioria (59,7%) das intervenções foram farmacológicas (ex.: terapêutica de substituição de nicotina). De entre as não farmacológicas (40,3%), prevaleceram as estratégias de abordagem motivacional e comportamental. A taxa de abstinência foi de 53,6%, um mês após o dia D; reduziu para 33,8% após 6 meses e para 26,0% após 12 meses. Comparando com dados da literatura, a cessação tabágica no âmbito do AF parece apresentar taxas de sucesso mais elevadas que outras abordagens farmacêuticas (entre 22% e 26% ao final de 1 mês, 25% e 28% após 6 meses e 3,6% ao final de 1 ano). A estratégia global de tratamento do doente fumador aplicada no AF, a par da relação de proximidade estabelecida entre o doente e o farmacêutico, a sua grande acessibilidade (farmácia ou contacto telefónico) e especialização na prestação do serviço justificarão os melhores resultados, da ordem de 50%, 30% e 20% de abstinência após 1, 6 e 12 meses do dia D, respetivamente. Conclusão: A cessação tabágica executada na farmácia comunitária através do serviço de AF parece ser mais efetiva que outras abordagens reportadas na literatura. 135 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0011 Avaliação da Adesão e Efetividade da Terapêutica Antidiabética Oral numa Amostra de Doentes com Diabetes Tipo 2 Sara Pinto1, Mónica Condinho2, Carlos Sinogas3 1 Farmácia Central Mora, 2ACF-Acompanhamento Farmacoterâpeutico Lda., 3Universidade de Évora – ACF Acompanhamento Farmacoterâpeutico, Lda. Objectivos: Avaliar a adesão à terapêutica antidiabética oral e respetiva efetividade numa amostra de diabéticos tipo 2. Metodologia: Estudo observacional e transversal de uma amostra de doentes de uma farmácia comunitária rural. Os doentes, diabéticos tipo 2 medicados com antidiabéticos orais e maiores de 18 anos, foram convidados a participar no estudo pela equipa da farmácia durante o atendimento. Incluíram-se, de forma oportunística, todos os que, durante o mês de agosto de 2015, recorreram à farmácia e aceitaram participar. Cada participante preencheu o questionário elaborado para o efeito que incluía dados pessoais, terapêutica antidiabética oral, parâmetros de monitorização da diabetes, como a glicemia e a hemoglobina glicada (HbA1c) e comorbilidades. A avaliação da adesão à terapêutica foi efetuada mediante questionário de autopreenchimento, adaptado do Adherence to Refills and Medication Scale (ARMS), constituído por 14 questões, com 4 respostas possíveis cada: “Nunca”, “Às vezes”, “Muitas vezes” ou “Sempre”, classificadas de 1 a 4, respetivamente. Pontuações mais baixas indicam melhor adesão à terapêutica. A efetividade da terapêutica foi avaliada para os doentes que reportaram o seu último valor de HbA1c, considerando-se patologia controlada sempre que HbA1c ≤6,5%. Os valores médios são apresentados como médiadesvio padrão. Resultados: Integraram o estudo 30 doentes, 22 (73,3%) do género masculino, com idade média de 65,811,04 anos (entre 44 e 84 anos). Os doentes com escolaridade conhecida (29), estudaram em média 5,93,49 anos. Cada participante tinha prescrito 1,7±0,95 antidiabéticos orais (mínimo de 1 e máximo de 4), sendo as biguanidas (53,3%), as sulfonilureias (40,0%) e as associações de inibidores da dipeptidil peptidase 4 com biguanidas (30,0%) as classes farmacoterapêuticas prevalentes. As principais comorbilidades registadas foram a hipertensão arterial (76,7%) e a hipercolesterolemia (70,0%). A pontuação média obtida no questionário de adesão à terapêutica foi de 17,7±2,76 (mín. 14; máx. 24), situando-se a maioria (16) no escalão entre 16 e 19 pontos. Da análise efetuada às diversas variáveis, salienta-se que não parece existir diferença na adesão em relação ao género contudo, parece haver heterogeneidade quando se considera a variável “médico de família”. Dos 15 doentes com valores conhecidos de HbA1c, 3 encontravam-se controlados. Para os 24 doentes com níveis de glicemia em jejum conhecidos, 19 apresentaram valores superiores a 110 mg/dL. Conclusão: Para a amostra em estudo, a adesão à terapêutica, em média, parece aproximar-se do ideal. Face aos dados de monitorização da glicemia, que apontam para um mau controlo da patologia, a adesão à terapêutica instituída parece não ser suficiente para controlo da diabetes. Impõe-se que o farmacêutico alargue a sua intervenção, nomeadamente, pela inclusão dos doentes em consulta farmacêutica. 136 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0012 Caracterização da utilização de anti-inflamatórios não esteroides em automedicação numa farmácia comunitária Rita Paixão1, Carolina Amaral1, Ana Peixoto1, Maria Teixeira2 Farmácia Holon Vale de Figueira, 2Farmácia Holon 1 Objectivo: Documentar e analisar os hábitos de consumo de anti-inflamatórios não esteroides em automedicação, sem aconselhamento de um profissional de saúde, numa farmácia comunitária. Metodologia: A recolha de informação foi feita durante os meses de maio e junho de 2015. Ao ser solicitado um antiinflamatório não esteroide sem prescrição médica, a equipa da farmácia registou qual a substância ativa pedida e respetiva dose, o sexo e idade aproximada do utente (divida em 4 faixas etárias) e ainda o motivo apresentado para a toma do medicamento. Foram excluídos os indivíduos que aceitaram uma sugestão alternativa mais adequada. Resultados: Foram recolhidos resultados de 111 utentes, 64% dos quais do sexo feminino. Do total das solicitações, 43,2% foram feitas por utentes com idades compreendidas entre os 35 e os 49 anos. Os idosos (idade ≥65 anos), grupo de risco na utilização destes anti-inflamatórios, representaram 13,5% do total da amostra. Em todas as faixas etárias avaliadas o ibuprofeno 600 mg foi o fármaco mais requisitado (46% do total de solicitações). Dos diversos motivos apresentados destaca-se a dor inespecífica (27), seguindo-se a artralgia (15), odontalgia (14) e cefaleia (13). Conclusões: Sendo o paracetamol a primeira opção terapêutica para situações dolorosas, verificou-se que os antiinflamatórios não esteroides são muito requisitados para o alívio da dor em todas as faixas etárias avaliadas. A utilização generalizada de anti-inflamatórios não esteroides em auto-medicação apresenta riscos devido aos potenciais efeitos adversos (particularmente ao nível gastrointestinal e cardiovascular) e às interações possíveis com outros fármacos. Os idosos polimedicados são uma população mais suscetível aos efeitos potencialmente nefastos destes fármacos. Neste âmbito, o contributo do farmacêutico poderá revelar-se uma mais-valia na gestão da automedicação com anti-inflamatórios não esteroides. Os resultados obtidos neste estudo servirão para a criação de um modelo de intervenção farmacêutica que permita melhorar a efetividade e a segurança da terapêutica instituída, bem como para a análise mais detalhada dos utentes da farmácia, dando especial ênfase ao doente polimedicado. 137 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0013 Utilização do teste rápido à urina como suporte à intervenção farmacêutica Ana Catarina Fonseca1, Ana Filipa Pereira1, Eva Carvalho1, Ana Isabel Silva1 1 Farmácia Normal Objectivo: Melhorar a intervenção farmacêutica na prevenção, deteção e monitorização de doenças com dados recolhidos através do equipamento URIT-30. Metodologia: Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica dos manuais de apoio ao equipamento URIT-30, dos quais “Guia de intervenção farmacêutica para análises de urina” e “Manual do utilizador”. Resultados: O equipamento URIT-30 destina-se à determinação semi-quantitativa de vários parâmetros na urina, sendo o método instrumental de análise a espectroscopia de refletância, devendo ser utilizadas tiras reagente da série Uritest G. A análise dos resultados permite ao farmacêutico inferir sobre a possibilidade de diferentes situações patológicas tendo em conta os seguintes parâmetros: densidade (desidratação, Diabetes Mellitus, edema, uso de drogas), pH (acidose no sangue, infeções urinárias por bactérias), nitritos (infeções por bactérias Gram negativas), glucose (Diabetes Mellitus ou alterações no valor da glicémia, doença renal), proteínas (doença renal, infeção urinária), cetonas (jejum prolongado, uso de determinados fármacos), urobilinogénio (disfunção hepática, obstipação prolongada), bilirrubina (doenças hepáticas, neoplasias hepáticas ou do trato biliar), leucócitos (infeção bacteriana) e sangue (doença renal, doença do aparelho urogenital). Este teste rápido à urina está indicado quando se verificam alterações do metabolismo dos hidratos de carbono (Diabetes), alterações do metabolismo hepático, despiste de inflamações e infeções do aparelho urinário ou alterações da função renal. Permite assim actuar na fase de deteção precoce, por exemplo de uma infeção urinária, e através do aconselhamento de terapêutica não farmacológica minimizar os sintomas, ao mesmo tempo que é feito o encaminhamento ao médico de modo a que o doente inicie o tratamento o mais rápido possível prevenindo possíveis complicações. Ainda na fase de identificação de doença e, no que diz respeito à Diabetes, a presença de glucose na urina pode constituir um possível factor de diagnóstico. Por outro lado, este teste é utilizado também para monitorização da terapêutica instituída para a infeção urinária, com o objectivo de confirmar que foi eficaz e que o problema de saúde foi solucionado. No caso de monitorização de doentes diabéticos e doentes com história de insuficiência renal crónica é utilizado maioritariamente para despiste de casos em que há suspeita de lesão renal. Conclusões: Com a realização deste teste, o farmacêutico tem mais dados à sua disposição para direcionar o seu aconselhamento, seja no encaminhamento ao médico em casos de relevante alteração dos parâmetros, seja no aconselhamento farmacológico e não farmacológico para alívio dos sintomas relatados pelo doente, sustentando e diferenciando a sua intervenção. 138 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0014 A contribution to pharmacy management: Pharmaceutical services cost calculation using Time-driven Activity-based costing João Gregório1, Giuliano Russo1, Luís Velez Lapão1 Global Health and Tropical Medicine, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa 1 Background: Pharmacists have experienced an expansion of their role in the last decades, developing the scope of services offered. One challenge that pharmacists face when obtaining payment from patients is establishing a price for the service that is sufficient to support it, and is perceived as a good value by the patient. However, little research has been conducted on the costs of pharmaceutical services (PS) in Portugal. Aim: To accurately calculate costs it is important to use a costing methodology that supports itself on real-world data. This study describes the development and application of a Time-driven Activity Based Costing (TDABC) model in a sample of pharmacies in Portugal, with the objective of calculating the cost of the PS provided. Methods: PS supply patterns were studied through a time and motion observation in selected pharmacies. The main inclusion criteria were their urban location in the metropolitan Lisbon area. Three pharmacies were included as participants. The observation study took place during a regular weekday full 8 hours shift. The main outputs of interest were the time spent performing a service and the activities required to carry out each service. Data on pharmacy costs were obtained through pharmacies’ accounting records for the month the observation took place. With this data, cost rates for each activity and time equations for each service were developed. Results: The main pharmaceutical services observed were the dispensing of medicines, counselling provision without dispensing, OTC provision with counselling and health screening services. We found the overall costs of services across three pharmacies to be very similar, with the average dispensing service cost at €3.66. Excluding depreciation, amortization and taxes (DAT), this value drops to €2.12; for the counselling service, the average was €1.34, or €0.87 excluding DAT; OTC dispensing average cost was €2.16, or €1.30 excluding DAT; Health screening services’ average costs were €3.59, or €1.90 without the DAT. Conclusions: The TDABC model described provides new insights on management of community pharmacies in Portugal. As the time equations show which activities demand more time, pharmacy managers may get an idea of which activities lead to higher costs. This study shows the importance of cost analysis for pharmaceutical services provision. Results from this analysis are expected to contribute to the improvement of community pharmacy organizational business models. 139 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0015 Implementation of a Chronic Care eHealth Pharmaceutical Service Using Design Science João Gregório1, Ângela Pizarro2, Afonso Cavaco1, Rolf Wipfli3, Christian Lovis3, Miguel Mira da Silva4, Luís Velez Lapão1 1 Global Health and Tropical Medicine, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa, 2Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa, 3Hôpitaux Universitaires de Genève, 4Instituto Superior Técnico Background: Chronic diseases are the main cause of mortality throughout Europe. The increasing prevalence of chronic diseases is leading to the necessity of health system reforms, with multidisciplinary teams as models of these movements, with major roles for non-physicians, such as community pharmacists (CP) and nurses. There is a need for IT support, in developing an extended role for CP to include the interaction with patients. Different scenarios for the future of community pharmacists exist, with eHealth emerging as one innovation that may develop in next years to harvest this potential. Aim: The objective of this project was to design, implement and evaluate a disease management web-based interactive service, within a community pharmacy setting, using design science research methodologies (DSRM). Methods: The application of the DSRM six stages’ is described, from the definition and characterization of the problem to the evaluation of the artefact. The first stage, to assess the current state of pharmaceutical services provision and use of IT in community pharmacy, consisted of an online survey followed by an observational time-and-motion (T&M) study. In the second stage, qualitative interviews with health services’ users were performed. These two stages helped to inform the design of the web-platform, that was tested and the usability evaluated in the following stages, through a case study with selected patients among users of the participant pharmacies. Results: From both the survey and observational study, it was found that pharmacies’ IT system is mainly used for dispensing medicines and administrative tasks; 15% used it to answer to patients’ queries; 50% of pharmacist’s time is spent with patients, while there is 54 minutes of free time. In the patients’ perspective, 46% of the interviewees admitted that they sought healthcare provision with the CP for minor issues before going to a physician, while home delivery was the most requested service. In the demonstration stage, we found that the registration, monitoring and storage of biochemical and physiological data, recorded by the CP and the patient in the platform, contributed to a common interest that may allow an improvement in patient’s health outcomes. From the usability evaluation, concerns about the quick access to information were perceived as well as about easiness of use addressing senior’s difficulties. Conclusion: DSRM helps in implementing eHealth services through a higher involvement of the stakeholders. The quality and usability of the web-based platform end-up being critical. The eHealth services also needs to be more integrated in the current daily business and some marketing efforts need to be done, to recruit and demonstrate value to the chronic patients and physicians. Further research that do so is expected to improve this knowledge. 140 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0016 Desenvolvimento de um de apoio ao serviço de Indicação Farmacêutica Cristina Silva1, Célia Ramalho1, Paula Fresco2 SerFarma, Lda., 2FFUP 1 Objectivo: A utilização dos MNSRM em Portugal tem vindo a crescer, representando, em 2014, mais de 37 milhões de unidades vendidas (cerca de 211 milhões de euros). O farmacêutico tem uma responsabilidade importante na promoção da utilização adequada e segura destes medicamentos, quer pela sua formação mas também pela posição privilegiada entre o doente e o acesso aos MNSRM; por outro lado, muito devido ao envelhecimento da população e a um melhor acesso aos cuidados de saúde, é cada vez mais frequente o doente ser polimedicado e apresentar múltiplas co-morbilidades; neste contexto, o objectivo foi desenvolver uma ferramenta informática de utilização rápida, prática e intuitiva, para apoiar o farmacêutico no serviço de indicação farmacêutica. Metodologia: Identificação das situações passíveis de automedicação e respectivos critérios de referenciação; identificação e caracterização dos MNSRM autorizados em Portugal; desenvolvimento/programação de algoritmos de decisão com base na informação recolhida; desenvolvimento de conteúdos de informação para apoiar a dispensa e para informação ao doente. Resultados: Foi desenvolvido um software de acesso online e funcionamento simples e intuitivo, que se adapta à realidade profissional dos farmacêuticos comunitários. Esta ferramenta vai apoiar o farmacêutico na identificação sistemática de situações passíveis de automedicação e na seleção de MNSRM seguros e adequados, de acordo com as características de cada doente. O software disponibiliza ainda informação para apoiar a dispensa dos MNSRM e informação para o doente. Conclusões: Esta ferramenta permitirá melhorar a qualidade e eficiência do serviço de indicação farmacêutica, contribuindo para o uso racional dos MNSRM e para a consequente melhoria dos resultados em saúde. 141 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0017 Implementação do Serviço de Cuidados Farmacêuticos na Fª Central Cacém: avaliação dos primeiros 6 meses. Ana Luísa Ramos1,Dino Almeida1, Cláudia Taborda1, Maria Anita Silva1, Lígia Reis1 Farmácia Central, Cacém 1 Desde 1990 que a maioria das organizações farmacêuticas europeias reconheceu que os cuidados farmacêuticos seriam o futuro estratégico para a profissão. Apesar da crise e da grave conjuntura económico-social que Portugal atravessa e do forte impacto negativo no sector das farmácias, a vontade de empreender e de desenvolver um modelo de farmácia baseado em serviços farmacêuticos de qualidade foi a aposta estratégica da Farmácia Central do Cacém no ano 2014/2015. O presente estudo teve como objetivo avaliar os resultados clínicos e de satisfação com o serviço de cuidados farmacêuticos implementado no período de janeiro a junho de 2015. O serviço foi prestado por farmacêutico com formação específica e experiência na metodologia SOAP, com uma abordagem integrada do doente, sendo realizadas 3 visitas por utente, sem qualquer custo. A amostra de utentes foi avaliada quanto ao grau de adesão à terapêutica, à evolução dos parâmetros clínicos (PA, Glicemia, Col T, Trigl), aos problemas relacionados com medicamentos (PRMs) e respetiva resolução, às intervenções farmacêuticas realizadas e, por último, à sua satisfação com o serviço. Realizou-se um estudo observacional, analítico, prospetivo de uma coorte de utentes registados na base de dados da farmácia e com terapêutica para HTA, Diabetes, Dislipidemia, Asma e/ou DPOC. Foram realizadas 255 visitas e abrangidos 105 utentes que se apresentaram com uma média 3,2 ±1 patologias. Após 3 visitas verificou-se uma melhoria da adesão à terapêutica em 22 utentes (81%) e os parâmetros bioquímicos e fisiológicos avaliados registaram uma redução dos valores quando comparadas as médias iniciais com as finais nomeadamente do IMC -0,213 kg/m2 (p=0,0065), da PAS -10,51 mmHg (p<0,0001), do COL total -8,91 mg/dL (p=0,0063), dos Triglicéridos -41,73 mg/dL (p=0,0004) e da Glicemia em jejum -7,75 mg/dL (p=0,0046) sendo estas reduções estatisticamentesignificativas. Aplicando a classificação de PRMS definida no 2º Consenso de Granada identificaram-se 155 PRMs, maioritariamente de efetividade (81%) sendo 70% resolvidos com as intervenções farmacêuticas realizadas. Entre as várias intervenções farmacêuticas o aconselhamento terapêutico, com reforço da adesão, e de medidas não farmacológicas foram uma constante nas 3 visitas, No final, os utentes consideraram que o serviço teve um elevado índice de qualidade atingindo uma média de 4,42, numa escala de 1 a 5, tendo a maioria (72%) considerado o serviço Ótimo. Todos eles referem que pretendem continuar a utilizar o serviço e o recomendam estando disponíveis para pagar um valor de 9€, em média, por visita. O modelo de serviço de cuidados farmacêuticos implementado evidencia ser efetivo quanto ao aumento da adesão à terapêutica, à redução dos parâmetros clínicos e à resolução de PRMs. Os níveis da satisfação atingidos motivam a farmácia a continuar com a aposta estratégica definida. Pesquisas futuras deverão ser realizadas no sentido de evidenciar o custo-efetividade deste serviço. 142 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0018 Follow-up telefónico após 1ª dispensa de medicamentos: resultados do ensaio piloto na Farmácia Central, Cacém Ana Luísa Ramos1,Dino Almeida1, Cláudia Taborda1, Maria Anita Silva1, Lígia Reis1 Farmácia Central, Cacém 1 A dispensa de medicamentos é uma função primordial no dia-a-dia do farmacêutico. As recomendações nacionais e internacionais sobre dispensa de medicamentos visam promover o seu uso correto, efetivo, e seguro. Após a reorganização dos serviços de intervenção farmacêutica, a dispensa de medicamentos é considerada um serviço essencial que visa assegurar que o doente adquire toda a informação que necessita para utilizar o medicamento com segurança e obter o benefício terapêutico adequado. Distingue-se a dispensa de MNSRM de MSRM e, nestes, o medicamento que vai ser utilizado pela primeira vez (1ª dispensa) do medicamento de repetição (dispensa de continuação). Neste contexto, a Farmácia Central do Cacém reformulou o processo de dispensa de medicamentos alinhando-o com estas recomendações. Adicionalmente, a farmácia implementou um follow-up telefónico aos doentes que iniciaram um novo medicamento. Realizou-se um estudo observacional descritivo para avaliar o impacto da reformulação do processo de dispensa de medicamentos alvo de 1ª dispensa e do follow-up telefónico. Durante 2 meses (Nov e Dez 2014) a farmácia identificou os doentes que iniciaram um novo medicamento ou terapêutica, dispensou os medicamentos com informação verbal e escrita e contactou o doente telefonicamente para avaliar a adesão ao plano de tratamento bem como a efetividade e segurança dos medicamentos dispensados. Participaram no estudo 61 utentes, dos 84 inicialmente identificados, a quem foram dispensados 100 medicamentos como 1ª dispensa pertencendo, maioritariamente, às classes ATC C–Sistema Cardiovascular (25%), M-Sistema Músculo-Esquelético (21%) e N–Sistema Nervoso (20%). Foram realizados 91 contactos telefónicos, em média 8 dias após a dispensa, verificando-se que a maioria (96%) declara cumprir a posologia prescrita, mas não a reporta de forma espontânea; 55% refere sentir melhorias nos seus sintomas, contudo 43% refere não sentir melhorias tendo 9 doentes (15%) reportado novos sintomas; verificou-se a notificação de 1 RAM; 20% dos doentes referiram ter dúvidas após ter iniciado o uso dos medicamentos. As intervenções farmacêuticas realizadas durante o follow-up telefónico totalizaram 159 ações sendo: 47% reforço da posologia, 16% o tempo que o medicamento demora até ter efeito, 14% esclarecimento da dúvidas. A média de intervenções farmacêuticas está relacionada com a existência de dúvidas (p<0,0001), com novos sintomas que surgem após inicio da terapêutica (p= 0,0041) e quando o doente não sente melhoria/evolução do seu estado de saúde (p= 0,0051). O follow-up telefónico realizado num curto prazo após a 1ª dispensa revelou-se uma medida útil no acompanhamento dos doentes e na promoção da adesão à terapêutica colmatando necessidades adicionais de informação e dificuldades que os doentes apresentam após o início de uma nova terapêutica bem como resolver situações relacionadas com a segurança dos medicamentos. Investigações futuras deverão ser dirigidas às terapêuticas crónicas uma vez que os doentes tendem a tornar-se não-aderentes ao longo do tempo. 143 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0019 Avaliação da Ototoxicidade de Fármacos Comercializados em Farmácia Comunitária em Portugal Ana Dias1, Anabela Mascarenhas1, Maria Eugénia Gallardo2, Samuel Silvestre2, Natércia Silvestre3 1 Farmácia Saúde, 2UBI, 3Hospital Amato Lusitano Introdução: A sensibilidade auditiva pode ser afetada e isso constituir um grave problema de saúde pública. De fato, com o avançar da idade, é normal que alguns indivíduos tenham a sua capacidade diminuída, sendo a utilização de determinados fármacos, uma das causas que podem provocar problemas auditivos. Os fármacos potencialmente ototóxicos são os aminoglicosídeos, antimaláricos, salicilatos, antineoplásicos e diuréticos da ansa, como é o caso da furosemida. A farmácia comunitária deve ter um papel ativo na utilização racional destes medicamentos. Objectivos: Compreender quais os principais fármacos que provocam ou têm a potencialidade para provocar ototoxicidade e analisar o perfil de cada inquirido, de forma a tentar perceber quais são os indivíduos que se encontram mais suscetíveis a ototoxicidade induzida por fármacos. Metodologia: Para a determinação da dimensão da amostra deste estudo descritivo recorreu-se ao programa estatístico Epi InfoTM. Foi elaborado um inquérito com 24 perguntas de resposta rápida e aplicado a 385 inquiridos em contexto de farmácia comunitária. Foi feito o registo e a análise dos dados com recurso ao software SPSS STATISTICS 22, tendo-se aplicado técnicas de estatística descritiva e de estatística inferencial, nomeadamente: frequências, medidas de tendência central, medidas de dispersão ou variabilidade e coeficientes. Resultados: Verificou-se que 22,6% dos inquiridos indica sofrer de alguma patologia relacionada com o ouvido e que 36,6% já notou alguma perda na sua capacidade auditiva. Dos inquiridos que têm perda de audição, 41,4% referem que têm problemas de audição na família. Relativamente aos sintomas que podem estar associados com a perda auditiva, 33% dos indivíduos referiu sentir zumbidos e 22,9% vertigens. Dos inquiridos que indicaram sofrer perda de audição, 4,2% referem que tomam furosemida, um fármaco potencialmente ototóxico e verificou-se existir uma associação (embora reduzida) entre a variável perda de audição e a toma de furosemida. No caso da sinvastatina, um fármaco não descrito como sendo ototóxico mas que pode provocar tonturas, dos inquiridos que referem perda de audição, 4,2% indicaram que tomam este fármaco, sendo que a associação entre a variável perda de audição e a toma de sinvastatina é baixa. No caso do lítio, observou-se que a sua possível ototoxicidade não está descrita no RCM deste fármaco. Conclusões: Considerando a amostra do estudo, verificou-se que o avanço da idade é um fator relevante na diminuição da capacidade auditiva. O envelhecimento, a exposição constante ao ruído, as doenças infeciosas e determinados fármacos, são causas que podem originar perda auditiva. Os idosos são a população que mais medicação toma, por isso cabe ao farmacêutico, como profissional de saúde e especialista do medicamento, estar alerta para eventuais situações, de forma a minimizar os danos causados pelos fármacos na audição. 144 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0020 Avaliação do Risco Cardiovascular nos Municípios de Almada, Amadora, Loures e Odivelas Eunice Barata1, Glenn Pedreiro2, Sara Costa2, Vírginia Adegas1, Ineida Gomes3, Rita Horta4 Farmácia Dolce Vita, 2Farmácia do Hospital Beatriz Ângelo, 3Farmácia Codivel, 4Farmácia do Bairro 1 Objectivo: Identificação de doentes em risco de Doença Cardiovascular (DCV) ou com DCV mal controlada, através de um rastreio realizado em quatros farmácias situadas nos municípios de Almada, Amadora, Loures e Odivelas. Metodologia: Foi realizado um rastreio com a duração de 8 horas em cada uma das farmácias, tendo a amostra sido selecionada de forma aleatória, consoante a participação dos utentes. O rastreio consistiu na determinação do Peso, Altura, Pressão Arterial Sistólica e Diastólica, Pulsações por Minuto, Triglicéridos, Colesterol Total, c-HDL e c-LDL, e em preencher um questionário anónimo, após consentimento informado. Todos os dados foram analisados de forma a calcular o Índice de Massa Corporal (IMC) e a avaliar o Risco Cardiovascular (RCV) de cada utente de acordo com o Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE). Resultados: O estudo incidiu sobre 101 indivíduos de idade compreendida entre os 12 e os 92 anos: 72 do sexo feminino e 29 do sexo masculino. Os resultados do IMC demonstraram 2 utentes com Baixo Peso, 41 com Peso Normal, 33 em Pré-obesidade, 19 em Obesidade Classe I, 4 em Obesidade Classe II e 2 em Obesidade Classe III. Quanto ao RCV, das 101 pessoas incluídas no estudo, apenas 48 apresentaram as condições necessárias para o uso das tabelas do SCORE: 15 utentes com RCV Baixo, 12 com RCV Moderado, 11 com RCV Alto e 10 com RCV Muito Alto. De realçar que 7 utentes com RCV Baixo, 7 com RCV Moderado, 6 com RCV Alto e 5 com RCV Muito Alto afirmaram não praticar exercício físico. Segundo os valores de referência e recomendações da Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC), Sociedade Europeia de Aterosclerose (SEA) e Direção-Geral da Saúde verificaram-se 31 casos com hipertrigliceridémia e, no que respeita ao c-LDL, detetaram-se fora dos limites recomendados 9 pessoas com RCV Muito Alto, 4 com RCV Alto e 7 com RCV Moderado. Por fim, o estudo possibilitou ainda a identificação de utentes com patologia não medicada e utentes com patologia medicada mas não controlada. No primeiro grupo, destacaram-se 5 indivíduos com valores de Triglicéridos superiores a 200 mg/dL e 2 casos de Hipertensão Arterial Ligeira (HTA) com RCV Alto. No segundo grupo, foram encontrados mais 6 casos de Triglicéridos registados acima de 200 mg/dL, 2 casos de HTA Ligeira com RCV Alto, 2 de HTA Moderada com RCV Muito Alto e 3 de HTA Grave. Conclusões: Este estudo abre caminho para o acompanhamento farmacoterapêutico de vários utentes, de forma a implementar medidas para a ajuda na cessação tabágica e motivando a prática de exercício físico, de hábitos alimentares mais adequados ou a toma de nutracêuticos. O Farmacêutico pode também tentar perceber se há má adesão terapêutica, interações medicamentosas ou a necessidade de reencaminhar para o médico. O desenvolvimento de iniciativas como esta leva à redução da mortalidade, morbilidade, absentismo. 145 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0021 Estudo da Acessibilidade ao Medicamento: Farmácia Comunitária Localizada em Hospital vs. Farmácia Comunitária de Localização Convencional Eunice Barata1, Ana Filipa Baltazar2, Diana Oliveira2, Sónia Ferreira2, Andreia Fernandes3 Farmácia Dolce Vita, 2Farmácia do Hospital Beatriz Ângelo, 3Farmácia Codivel 1 Objectivo: Avaliação do intervalo temporal mediado entre a prescrição da receita médica num Hospital com Farmácia Comunitária Integrada nas suas Instalações (HFCII), e o aviamento da mesma em duas farmácias distintas: Farmácia Comunitária de Localização Convencional (FCLC) situada num concelho limítrofe do HFCII que faz parte da sua área de abrangência e Farmácia Comunitária Localizada em Hospital (FCLH); e a sua repercussão na acessibilidade ao medicamento. Metodologia: O estudo baseou-se numa amostra de 240 receitas médicas com origem no HFCII e que foram alvo de inquérito na FCLC (sito a 5,6 km do HFCII, cerca de 11 minutos de carro) e na FCLH. Definiu-se que, em cada farmácia, o número de inquéritos aplicados a receitas médicas Prescritas em Episódio de Urgência a analisar seria igual ao número de inquéritos aplicados a receitas médicas Prescritas em Consulta Externa (PCE). Na FCLC aplicaram-se 20 inquéritos no acto de aviamento das receitas médicas PEU e 20 inquéritos no acto de aviamento das receitas médicas PCE. Na FCLH aplicaram-se 100 inquéritos no acto de aviamento das receitas médicas Prescritas em Episódio de Urgência (PEU) e outros 100 inquéritos no acto de aviamento das receitas médicas Prescritas em Consulta Externa (PCE). Resultados: Relativamente às receitas médicas PEU, na FCLH apurou-se que mais de 90% das receitas foram aviadas 15 minutos após a sua prescrição. A totalidade dos inquéritos definidos para esta farmácia para os episódios de urgência, e consequente aviamento das receitas, foram aplicados no prazo máximo de 24 horas. Na FCLC verificou-se que 25% das receitas médicas PEU foram aviadas 12 horas após a sua prescrição. A totalidade dos inquéritos definidos para esta farmácia para receitas médicas PEU foram aplicados 36 horas após a prescrição. No que é respeitante às receitas médicas PCE, apurou-se que mais de 90% das receitas foram aviadas em 24 horas na FCLH, e destas 65% foram aviadas nos 15 minutos que se seguiram ao acto de prescrição. Na FCE, 20% das receitas médicas PCE foram aviadas em 24 horas, e destas 5% foram aviadas nos 150 minutos seguintes ao acto de prescrição. Conclusões: Conclui-se que o intervalo temporal entre a prescrição, tanto PEU como PCE, e o aviamento da receita médica é marcadamente inferior na FCHL. A acessibilidade ao medicamento está facilitada na FCLH na medida em que proporciona um ganho de tempo expressivo, o que poderá influir no número de receitas médicas não aviadas. A existência de uma FCHL concretiza a possibilidade de acesso imediato ao medicamento e maior comodidade no aviamento das receitas médicas e, consequentemente, poderá ter um impacto significativo na adesão à terapêutica. A FCHL possibilita uma melhoria na acessibilidade dos utentes ao medicamento, o que poderá consubstanciar ganhos significativos em saúde e bem-estar da comunidade, e, no limite propiciar uma poupança no erário público. 146 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0022 Avaliação da Utilização de Benzodiazepinas em Idosos Mélanie Duarte1, Andreia Rocha1, Regina Dias1, Pedro Ribeiro1, Gonçalo Lourenço1, Rosa Cunha1, Joana Morais1, Ângela Guedes1 Farmácia Luciano e Matos 1 Objectivo: Avaliar o perfil de utilização de benzodiazepinas numa amostra de utentes idosos de uma farmácia comunitária. Metodologia: Através da ferramenta informática Sifarma 2000, foram recolhidos os nomes de todos os utentes que adquiriram benzodiazepinas entre janeiro e junho 2015. Dos 1257 nomes recolhidos, foram identificados 355 utentes com 65 ou mais anos (não foi possível apurar a idade de 625 utentes e 277 tinham menos de 65 anos). Destes 355 utentes com mais de 65 anos, foi possível contactar 302, sendo que 39 se recusaram a responder. Dos 263 utentes que aceitaram responder ao inquérito, 190 foram incluídos no estudo. Os restantes 73 foram excluídos por não tomarem benzodiazepinas (n=16) ou por não responderem totalmente às questões (n=57).Os inquiridos foram questionados acerca do tempo de tratamento, indicação terapêutica e sobre a ocorrência de quedas durante o tratamento com benzodiazepinas. Resultados: Foram analisados 190 inquéritos, dos quais 35 (18,4%) pertenciam a utentes do sexo masculino e 155 (81,6%) a utentes do sexo feminino, com idade média de 75 anos [65-99]. As benzodiazepinas de curta e média duração de ação revelaram ser as mais utilizadas (61,6%), e destas, o alprazolam (30,3%) e o lorazepam (19,4%) são as moléculas que mais se destacam. Relativamente às benzodiazepinas de longa duração de ação, o bromazepam (16,1%) e o diazepam (9,5%) representam os fármacos mais consumidos. A grande maioria dos utentes (98,9%) tomava as benzodiazepinas há mais de 1 mês. A insónia (62,1%) foi a indicação terapêutica mais referida para a utilização das benzodiazepinas. As benzodiazepinas foram prescritas a 27 utentes (14,2%) para tratamento da ansiedade e 42 (22,1%) utentes mencionaram tomar benzodiazepinas para controlar simultaneamente a insónia e a ansiedade. Apenas 3 utentes (1,6%) referiram tomar os medicamentos em estudo com indicações terapêuticas diferentes, nomeadamente para a epilepsia (n=2) e para o alívio de dores, pela sua ação miorrelaxante (n=1). Os utentes ainda foram questionados quanto à ocorrência de quedas durante o tratamento com benzodiazepinas, sendo que 23 (12,1%) responderam afirmativamente à questão colocada. Do conjunto de inquiridos, 2 (1,1%) não responderam à questão relacionada com a ocorrência de quedas. Conclusão: Neste grupo de idosos, as benzodiazepinas de curta e média duração de ação são as mais utilizadas, observando-se ainda assim um consumo considerável de benzodiazepinas de longa duração de ação. O alprazolam é a benzodiazepina mais consumida mas, apesar de ser classificada como de curta duração de ação, a sua semi-vida está aumentada nos idosos devido ao seu metabolismo, pelo que não é a mais apropriada nesta faixa etária. Perante este cenário, torna-se evidente a necessidade dos farmacêuticos intervirem, junto dos utentes e dos prescritores, no sentido de alertar para o uso inapropriado de benzodiazepinas na faixa etária em estudo. 147 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0023 Intervenção Farmacêutica na comunidade escolar Vera Manso1, Joana Mendes1, Patrícia Gomes1 1 Farmácia Holon Campo Grande A pediculose afeta entre 30% a 50% de crianças em idade escolar. Habitualmente, a aplicação de produtos antiparasitários é eficaz, ainda assim, para um bom controlo da infestação é importante a partilha e aplicação do conhecimento, capacidade de educação e intervenção ativa na comunidade. No âmbito da campanha de sensibilização “A escola e a pediculose”, que decorreu no ano lectivo 2014/2015, a Farmácia Holon Campo Grande visitou o externato “O Poeta“. Este é um dos projetos de educação e intervenção activa na comunidade das Farmácias Holon, que prevê melhorar conhecimentos e comportamentos sobre pediculose, assim como reduzir a sua incidência e disseminação no meio escolar. Desmistificar a relação entre pediculose e más condições de higiene e/ou baixo nível sócio-económico e incentivar a notificação dos casos de infestação entre crianças, encarregados de educação e escola, são também objetivos abrangidos nesta iniciativa. O farmacêutico, enquanto promotor de saúde integrado na comunidade, tem a responsabilidade de intervir eficazmente no controlo da pediculose. Além disso, a escola, enquanto local de formação é ideal para o desenvolvimento de atividades educativas que tenham o objetivo de motivar alterações comportamentais que minimizem, neste caso, a disseminação da pediculose. Este projecto consiste numa apresentação oral, que pretende ser dinâmica e interativa, entre farmacêuticos e alunos, com apoio informático. O público alvo desta ação foram crianças entre os 6 e os 10 anos de idade, de quatro turmas do 1º Ciclo do Ensino Básico. Decorreu ao longo de quatro sessões, nas instalações da unidade escolar, num total de 68 alunos abrangidos. Foi entregue a cada aluno uma base de desenho para pintar e um folheto dirigido aos encarregados de educação sobre as principais formas de transmissão, prevenção e tratamento da pediculose. Os desenhos, devidamente identificados, foram posteriormente entregues na farmácia, tendo sido expostos ao público na montra da mesma. Esta exposição foi um sucesso, tendo trazido várias famílias à farmácia. Os desenhos revelaram um grau de atenção elevado e um envolvimento por parte dos encarregados de educação muito interessante. Em suma, são projetos como este que distinguem e motivam as Farmácias Holon a continuar a desempenhar um papel ativo nas comunidades onde estão inseridas. 148 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0024 Regresso do Programa de Troca de Seringas às Farmácias Anabela Madeira1, Rute Horta1, José Pedro Guerreiro2, Maria Cary2, Suzete Costa2 ANF, 2CEFAR 1 Introdução: Os Utilizadores de Drogas Injectáveis (UDI’s) apresentam um elevado risco de contrair doenças infecciosas, como VIH e hepatites B e C, através da partilha de seringas, agulhas e outros materiais utilizados no consumo de drogas, e através de relações sexuais não protegidas. O Programa Troca de Seringas (PTS) visa alterar comportamentos e hábitos entre os UDI’s. A aposta é feita na prevenção de infecções pelo VIH, Hepatites B e C, por via endovenosa e sexual que passa por evitar a partilha de seringas e de outro material de injecção facilitando o acesso a seringas esterilizadas, promover o uso do preservativo e divulgar informação personalizada sobre Infecções Sexualmente Transmitidas. Devido à elevada frequência com que as injecções podem ocorrer, a disponibilização de material aos UDI’s, deve estar acessível e não deve ser alvo de restrições. Acessibilidade, horários alargados e conveniência, são maisvalias que as farmácias podem acrescentar ao programa. Em Janeiro de 2015, e após uma suspensão do Programa Troca de Seringas (PTS) por mais de 1 ano, este regressou às farmácias na sequência de um Acordo com o Ministério da Saúde assinado em 2014. Objectivo: Este trabalho tem como objectivo descrever a implementação do PTS nas Farmácias desde Janeiro de 2015. Metodologia: Será efectuada uma descrição do PTS nas farmácias, caracterizando o objectivo do Programa, a intervenção farmacêutica e a implementação nas Farmácias. Para apoiar a intervenção das farmácias no PTS foram realizadas várias reuniões descentralizadas e disponibilizados fluxogramas de intervenção, actualização do sistema informático, procedimentos informáticos, autocolante e cartaz, entre outros. Serão apresentados resultados relativos à adesão das Farmácias ao programa e ao número de registos de trocas efectuadas durante o período de Janeiro a Agosto de 2015. Resultados: Até 30 de Agosto de 2015 aderiram 1.491 farmácias, garantindo a cobertura em todos os distritos do Continente. No mesmo período foram disponibilizados 22.983 Kits, correspondendo a 45.966 seringas distribuídas, por 354 farmácias com Sifarma. A adesão de Farmácias ao PTS situa-se nos 55,9% e a proporção de farmácias com registo de dispensa de pelo menos 1 Kit foi de 26,4%. Os resultados indicam que o programa está em crescimento quer no número de Farmácias envolvidas (aderentes e com troca de seringas) quer no número total de Kits disponibilizados. Conclusões: O envolvimento das farmácias no PTS é fundamental para garantir uma cobertura nacional, acessibilidade e horários alargados. A adesão expressiva das farmácias ao PTS demonstra a motivação e interesse do sector, bem como, a sua capacidade de mobilização para a promoção de soluções em saúde. Os resultados das avaliações do programa permitirão avaliar o contributo do PTS nas Farmácias para a Saúde Pública. 149 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0025 Estudos de Caso – A importância da intervenção do farmacêutico comunitário na deteção de novos casos de doença e no controlo de patologias crónicas: diagnóstico ativo ao balcão , desmistificação de efeitos adversos e avaliação da adesão à terapêutica e de regimes posológicos. André Frederico1, Ana Rodrigues1 1 Farmácia Holon BPlanet O papel do farmacêutico comunitário tem sofrido alterações ao longo do tempo e atualmente a sua intervenção junto da comunidade deve contemplar mais que a dispensa de medicamentos. Termos como “consulta farmacêutica” ou “referenciação ao médico” estão ainda pouco presentes no vocabulário do farmacêutico atual, no entanto e uma vez que o farmacêutico comunitário é dos profissionais de saúde com maior proximidade e acessibilidade junto da população tem a oportunidade de participar mais ativamente não apenas no aconselhamento e garantia do uso correto do medicamento como no auxílio da prevenção e deteção de novos casos de doença. Os dois casos clínicos apresentados demonstram que cada vez mais o farmacêutico comunitário deve articular-se com o médico de forma a detetar precocemente patologias que de outra forma poderiam permanecer desconhecidas pelo doente agravando a sua progressão como também a importância da promoção da correta adesão à terapêutica instituída pelo médico prescritor assim como da desmistificação dos efeitos secundários da terapêutica que muitas vezes são fator limitativo na tomada de decisão por parte do doente. O primeiro caso clínico refere-se à importância da referenciação ao médico de sintomas e valores obtidos em rastreios na farmácia. O cliente J.S. que estava de férias em Portugal dirigiu-se à farmácia no sentido de comprar produtos de dermocosmética no entanto durante o atendimento refere sintomas de polidipsia e poliúria que o obrigam a levantar-se durante a noite, interferindo na sua qualidade do sono. Refere também antecendentes familiares de diabetes mellitus tipo 2. Foi sugerido pelo farmacêutico uma determinação da glicémia capilar no dia seguinte em jejum explicando que seria uma medição com maior valor preditivo mas o cliente decidiu efetuá-la de imediato. A medição foi realizada utilizando um aparelho CR3000 cujo princípio de medição baseia-se na absorvância de amostras coradas em células de leitura. A execução do teste cumpriu com todas as especificações referidas no manual de utilizador, no entanto o valor da glicémia capilar encontrava-se numa gama de valores superior ao limite de deteção máximo do equipamento (> 400mg/dL). O valor obtido suscitou dúvidas quanto à correta realização da medição e por esse motivo foi repetida a análise utilizando o mesmo aparelho mas recorrendo a uma nova célula de leitura e utilizando um novo feixe luminoso, mantendo-se no entanto um valor superior ao limite de deteção do equipamento (>400 mg/dL). De acordo com algumas fontes, este valor é suficiente para a referenciação à consulta médica, no entanto não havendo essa disponibilidade imediata por parte do cliente foi lhe pedido que voltasse no dia seguinte em jejum de forma a repetir-se a medição. Para garantir que não se tratava de um erro de operador, a 3ª medição, realizada no dia seguinte, foi executada por um colaborador diferente da farmácia resultando num valor de glicémia em jejum de 340 mg/ dL. Face aos valores obtidos, foi aconselhada uma consulta médica imediata dado estarem presentes vários critérios de diagnóstico de diabetes e foi escrita uma carta de referência à consulta médica onde foram descritos os motivos de referência à consulta, a intervenção farmacêutica efetuada e os valores das determinações efetuadas na farmácia. O cliente foi de imediato ao hospital que resultou no diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 pelo médico e consequente instituição da terapêutica com antidiabéticos orais assim como no acompanhamento da gliémia capilar através de dispositivos de auto-medição. Esta intervenção por parte do farmacêutico demonstra a importância da atenção que é requerida em todos os atendimentos de forma a se detetar sinais e sintomas que reportados ao médico podem resultar num diagnóstico precoce de doença. Neste caso em particular, a carta de referência à consulta médica permitiu 150 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS que o médico tivesse já alguns valores de referência para o diagnóstico mas também serviu como um estímulo à consulta médica por parte do cliente que viu nesta intervenção um reforço à gravidade da situação. Uma vez que o cliente se encontra no seu país de residência, a farmácia ainda não tem dados quanto ao controlo da doença. O segundo caso clínico demonstra a importância de o farmacêutico utilizar novas competências e valências para auxiliar no controlo de doenças que só atualmente são seguidas com maior rigor na farmácia, neste caso concreto o controlo de doenças respiratórias como a asma. A cliente S.C.C.P. de 34 anos dirigiu-se à farmácia no sentido de lhe ser dispensada medicação prescrita pelo médico constante em receita médica. A cliente foi questionada quanto a ser a primeira utilização do medicamento prescrito (Veraspir® Diskus 50µg/500µg) ou medicação já em uso crónico, sendo esta última hipótese a referida pela cliente. Foi pedido à cliente o preenchimento de um questionário Carat®, questionário que avalia o grau de controlo da asma e rinite alérgica. Este questionário é constituído por 10 questões, cuja pontuação varia de 0 a 3 valores. As 4 primeiras questões referem-se a sintomas das vias aéreas superiores e as últimas 6 questões a sintomas das vias aéreas inferiores e medicação e a pontuação global, obtida pelo somatório das 10 questões, varia entre 0 e 30 valores. Como na prática clínica é importante conhecer o grau de controlo das duas doenças de forma independente, existem sub-pontuações: a pontuação para as vias aéreas superiores varia entre 0 e 12 e para as vias aéreas inferiores entre 0 e 18 valores. Na interpretação deve-se ter em conta que uma pontuação das vias aéreas superiores (questões de 1 a 4) superior a 8 indica bom controlo da rinite alérgica e uma pontuação das vias aéreas inferiores (questões de 5 a 10) igual ou superior a 16 indica bom controlo da asma. O preenchimento do questionário revelou um mau controlo tanto da rinite alérgica como das asma uma vez que o valor das sub-pontuações foi de 3 e 0 respetivamente. Considerando estes valores, foi aconselhado à cliente a realização de um exame espirométrico para verificar qual o grau de obstrução das suas vias aéreas e também uma avaliação de toda a medicação utilizada pela cliente no âmbito de uma consulta farmacêutica. Nesta consulta foi feita uma análise global de todos os medicamentos prescritos com respetiva avaliação posológica: Montelucaste 10mg (1 comprimido ao deitar), Desloratadina 5mg (1 comprimido de manhã), Cetix® 10 mg (1 comprimido em SOS ao deitar), Nasomet® (em SOS) e Veraspir ® Diskus 50µg/500µg (em SOS). A análise revelou a adequação dos medicamentos prescritos ao diagnóstico de asma e rinite alérgica no entanto a utilização de Veraspir ® Diskus 50µg/500µg em regime de SOS não se encontrava de acordo com a posologia recomendada para este medicamento de acordo com o descrito no Resumo de Características do Medicamento (RCM). Tratando-se de uma associação entre um agonista β2 de acção rápida (Salbutamol 50µg) e um corticóide inalado (Propionato de fluticasona 500µg) a posologia recomendada para este medicamento de acordo com o RCM e de acordo com a Norma da Direção Geral da Saúde para abordagem e controlo da asma é de 1 inalação duas vezes por dia e de uso em contínuo visto tratar-se de medicação utilizada na prevenção de exacerbações e sintomas de asma e não para utilização em SOS, situação para a qual se reserva a utilização de um inalador de ação rápida (Salbutamol 100µg) o qual alivia ataques súbitos de falta de ar. De ressalvar que a cliente não utiliza o inalador de ação rápida tendo substituído por iniciativa própria pelo Veraspir ® Diskus 50µg/500µg. Quando questionada em relação à posologia do Veraspir ® Diskus 50µg/500µg a cliente refere que inicialmente o médico lhe tinha prescrito de acordo com a posologia recomendada mas que a própria tinha começado a utilizar em SOS por receio de efeitos adversos resultantes da utilização de um corticóide, nomeadamente o aumento de peso. Foi lhe pedido que explicasse a forma como executa a técnica de inalação de forma a verificar a correta utilização do medicamento, sendo detetados dois problemas ao nível da técnica inalatória: incorreta execução da técnica em dispositivo do tipo Diskus não sendo preparada toda a dose antes da inalação e ainda o desconhecimento da necessidade da realização de um bochecho com água e sua eliminação no final de cada inalação. Quanto aos hábitos de vida refere uma alimentação não cuidada, a não realização de exercício físico e historial de hábitos tabágicos antigos. Foi ainda executado um teste de função respiratória (espirometria) para verificar qual o grau de obstrução das vias aéreas. A execução do teste foi feita utilizando o equipamento SpiroBank II sendo realizado de acordo com a técnica de realização correta deste teste: inspiração profunda do máximo volume de ar possível seguida de uma expiração forçada desse ar retirando-se deste teste os valores da capacidade vital forçada (FVC) e o volume expiratório máximo num segundo (FEV1) os quais são utilizados na monitorização das doenças respiratórias sendo que um valor de FVC <80% do valor normal para o indivíduo e uma razão FEV1/ FVC<0,7 são considerados valores que indicam obstrução das vias aéreas. Num doente asmático o parâmetro FEV1 permite monitorizar o grau de controlo e prever o risco de exacerbações sendo que valores <80% do valor normal indicam um mau controlo da doença. No caso desta cliente em particular obtiveramse os valores de FVC = 3,29 L (98%) e FEV1 = 2,7 L (93%) com uma razão FEV1/FVC = 0,82. O valor da razão 151 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FEV1/FVC muito próximo do limite de controlo confirma o mau controlo da doença obtido pelo questionário Carat®. Finda toda a avaliação e deteção de todos os problemas e receios da cliente em relação à medicação, a intervenção do farmacêutico passou por vários pontos. Foi aconselhada a utilização do inalador Veraspir ® Diskus 50µg/500µg de acordo com a posologia prescrita pelo médico (1 inalação duas vezes por dia) e de forma a estimular a adesão à terapêutica foi lhe explicado que no caso dos corticóides inalados a frequência da reação adversa receada (aumento de peso) é rara. Além disso foi aconselhada uma nova consulta médica para que o médico prescritor tomasse conhecimento da utilização incorreta do Veraspir ® Diskus 50µg/500µg e nova prescrição do inalador de ação rápida para as exacerbações de falta de ar. O farmacêutico procedeu também ao ensinamento da técnica de inalação correta para o dispositivo Diskus ressalvando a importância do bochecho com água no final de cada inalação de forma a evitar a candidíase, uma reação adversa frequente deste medicamento. Após consulta médica a cliente dirigir-se-á novamente à farmácia para nova avaliação por parte do farmacêutico. Esta intervenção reflete a necessidade do farmacêutico comunitário na aquisição de novas competências (como a realização de exames espirométricos) e da importância de um maior cuidado na dispensa de medicamentos, mesmo os constantes numa prescrição, de forma a detetar casos de incorreta adesão à terapêutica, erros posológicos, reações adversas ou receio das mesmas. Os casos clínicos descritos demonstram que o farmacêutico comunitário pode intervir mais ativamente na saúde dos seus clientes e que cada vez mais são necessários profissionais de saúde com formação contínua e empenhados em executar o ato farmacêutico no seu pleno de forma a melhorar os indicadores em saúde e a valorizar o seu papel junto da comunidade. 152 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0026 O Contributo do Farmacêutico Comunitário para o Diagnóstico Precoce da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e o seu Papel na Educação para a Saúde dos Doentes com DPOC: campanha de sensibilização e espirometrias. Maria João Mendes1, Ema Paulino1, Maria Luísa Teixeira1, Mariana Rosa1, Ana Luísa Pinto1, Valdo Marques1 1 Farmácia Holon Enquadramento: A DPOC é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo. Em Portugal a prevalência encontra-se nos 14,2% da população com mais de 45 anos de idade, estimando-se que um grande número de indivíduos permaneça subdiagnosticado. Além disso, muitos dos doentes diagnosticados e com terapêutica farmacológica instituída não têm a sua patologia controlada devido, entre outros fatores, a uma prevalência relativamente elevada de uma técnica incorreta de utilização dos inaladores. Objectivos: Descrever e avaliar a capacidade de um grupo de farmácias comunitárias na organização de campanhas de sensibilização sobre a DPOC e o seu contributo para o diagnóstico precoce e acompanhamento da pessoa com DPOC. Metodologia: Para identificar os indivíduos com sintomatologia respiratória e com critérios para a realização de uma espirometria, foi aplicado o questionário “Poderá ser DPOC?”, desenvolvido pela GOLD (The Global Iniciative for Chronic Obstrutive Lung Disease), constituído por 5 questões que avaliam fatores de risco para a doença e sintomatologia respiratória. Se o utente respondesse afirmativamente a 3 ou mais dessas questões, era convidado a realizar uma espirometria. Após a realização da mesma, se o resultado fosse sugestivo de alterações do padrão ventilatório, o utente era aconselhado a consultar o seu médico. Nos indivíduos já diagnosticados e tratados, aquando da dispensa dos dispositivos inalatórios, procedeu-se à avaliação e ensino da técnica correta de utilização dos mesmos. Resultados: Nos meses de novembro e dezembro de 2013, foram realizadas 953 espirometrias em 82 farmácias. Entre os indivíduos que realizaram a espirometria, 52% (n=496) eram do sexo feminino, com uma média de idades de 59 anos, e 248 eram fumadores ativos. 19,1% (n=182) dos participantes foram referenciados ao médico perante alterações da função respiratória. No decorrer da campanha de 2014, foram realizadas 1224 espirometrias em 129 farmácias. 50,3% (n=616) dos utentes era do género feminino, com uma média de idades de 60,6 anos e 455 eram fumadores ativos. 36,8% (n=450) foram encaminhados para consulta médica devido a deteção de alterações do padrão ventilatório: 42,7% (n=192) sugestivo de alteração ventilatória obstrutiva; 22,9% (n=103) sugestivo de alteração ventilatória restritiva; 21,6% (n=97) sugestivo de alteração ventilatória mista. 1167 utentes já diagnosticados com DPOC foram encaminhados para a consulta farmacêutica, onde se procedeu ao ensino da técnica correta de utilização dos dispositivos de inalação. Conclusão: Os farmacêuticos podem desempenhar um papel importante na sensibilização da população para os fatores de risco da doença e para a importância do diagnóstico precoce. Podem igualmente prestar informação relevante acerca da utilização correta dos inaladores, contribuindo para a melhoria da efetividade e segurança da terapêutica farmacológica. 153 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0027 A Intervenção do Farmacêutico Comunitário no Rastreio e Prevenção do Cancro Coloretal Maria João Mendes1, Ema Paulino1, Maria Luísa Teixeira1, Mariana Rosa1, Ana Luísa Pinto1, Valdo Marques1 Farmácia Holon 1 Enquadramento: O cancro coloretal (CCR) representa a segunda causa de morte por cancro no Mundo. O número crescente de casos nos últimos 30 anos está fortemente associado com o envelhecimento da população, mas também com os hábitos de vida e alimentação pouco saudáveis. A prevenção permite diminuir a incidência de cancro e a mortalidade associada. De facto, quando detetado precocemente, o prognóstico do CCR é mais favorável. Assim, o rastreio regular poderá ter um impacto significativo na prevenção da mortalidade e morbilidade e é fundamental para prevenir o próprio CCR. Objectivos: 1- Descrever e avaliar a capacidade de um grupo de farmácias comunitárias na organização de uma campanha de sensibilização sobre o CCR; 2- Avaliar o contributo de um grupo de farmácias para o diagnóstico precoce do CCR, mediante realização de rastreio. Metodologia: Para celebrar o mês da sensibilização para CCR, durante o mês de março de 2015 foi desenvolvida uma campanha de sensibilização sobre a patologia em 104 farmácias comunitárias. Os utentes das farmácias com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos que não realizaram uma colonoscopia nos últimos 5 anos ou a pesquisa de sangue oculto nas fezes nos últimos 2 anos, assintomáticos e sem diagnóstico prévio de pólipos coloretais ou doença inflamatória intestinal, foram convidados a realizar a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Se o resultado fosse positivo os utentes eram encaminhados a consulta médica. Resultados: Durante a campanha 1068 utentes, 64,6% (n=690) com idades compreendidas entre os 50 e os 70 anos, 63% (n=680) do sexo feminino, realizaram rastreio do CCR por pesquisa de sangue oculto nas fezes, através de método imunoquímico. O resultado foi positivo em 6,1% (n=66) dos participantes. Nos utentes com idades compreendidas entre os 50 e os 60 anos (n=353), 3,7% apresentaram resultado positivo e no grupo de utentes com idades entre os 60 e os 70 anos, 8,4% obtiveram resultado positivo. Conclusão: As farmácias comunitárias podem desempenhar um importante papel na promoção da educação para a saúde quanto aos fatores de risco e sintomas do CCR, bem como para a importância do diagnóstico precoce. Além disso, o desenvolvimento de ações focadas na prevenção do CCR permite às farmácias diversificarem a sua intervenção, focando-se em áreas de importante impacto para a saúde pública. 154 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0028 Intervenção do Farmacêutico Comunitário no Acompanhamento ao Doente Hipocoagulado Rita Gralha1, Mariana Almeida1, Maria Teixeira2 Farmácia Fonseca, 2Farmácia Holon 1 Objectivo: Descrever o serviço de acompanhamento ao doente hipocoagulado realizado numa farmácia comunitária. Metodologia: A intervenção ao doente hipocoagulado inclui a determinação e interpretação do valor da Razão Normalizada Internacional (INR, do inglês International Normalized Ratio), que pode culminar nas seguintes intervenção farmacêuticas: (1) Promoção da educação para a saúde, (2) Promoção da adesão à terapêutica, (3) Contacto com o médico, (4) Apoio na realização do ajuste de dose e/ou (5) Encaminhamento para Consulta Farmacêutica. Para avaliar a efetividade do serviço de acompanhamento prestado, foi efetuada uma pesquisa no sistema informático da farmácia, onde se pretendeu analisar o número de medições de INR efetuadas desde a implementação do serviço e o número de acompanhamentos e intervenções registadas no período de um ano. Resultados: Desde o dia 18 de abril de 2011 até ao dia 9 de setembro de 2015 foram registadas 779 avaliações de INR, correspondentes a avaliações iniciais e de acompanhamento a doentes hipocoagulados. Analisando os dados do último ano (de setembro de 2014 a setembro de 2015), verificou-se a realização de 221 avaliações do INR a 37 utentes. Para 10 destes utentes, que realizaram monitorizações regulares na farmácia, foi criado e mantido o registo de acompanhamento farmacêutico. Analisando os ajustes de dose registados e efetuados com o auxílio do farmacêutico, verificou-se que todas as intervenções resultaram numa maior aproximação do valor de INR ao objetivo terapêutico. Não foi possível mensurar as restantes intervenções farmacêuticas realizadas, uma vez que não foram registadas. A todos os utentes envolvidos no serviço foi prestada informação sobre a toma correta do medicamento anticoagulante, a importância de aderir à terapêutica e as potenciais interações com outros medicamentos e alimentos ricos em vitamina K. Conclusões: O acompanhamento ao doente hipocoagulado na farmácia apresenta mais-valias claras. Para além da reconhecida acessibilidade da farmácia comunitária, os farmacêuticos têm competências para a monitorização do INR, para fornecer a educação ao doente e familiares e para incrementar a adesão à terapêutica. No futuro, para melhor avaliar o impacto dos serviços farmacêuticos nos resultados em saúde, serão implementadas medidas de registo das intervenções efetuadas. 155 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0029 A intervenção do farmacêutico comunitário na avaliação da qualidade do sono: campanha de sensibilização e aplicação de questionário validado para Portugal. Maria João Mendes1, Ema Paulino1, Maria Luísa Teixeira1, Mariana Rosa1, Ana Luísa Pinto1, Valdo Marques1 Farmácia Holon 1 Objectivos: 1. Descrever e avaliar a capacidade de um grupo de farmácias comunitárias em organizar uma campanha de sensibilização sobre os distúrbios do sono; 2. Avaliar a qualidade do sono dos utentes, recorrendo a um questionário validado (Índice de Qualidade do sono de Pittsburgh) Metodologia: Para celebrar o dia mundial do sono, 21 de Março, foi desenvolvida uma campanha de sensibilização sobre o sono em 282 farmácias comunitárias, que decorreu nos meses de Março e Abril de 2015. Para avaliar a qualidade do sono, foram convidados a participar os utentes das farmácias em geral. Foi utilizado um questionário normalizado que avaliou a qualidade e distúrbios do sono relativos a um mês (Índice de Qualidade do sono de Pittsburgh), que atribui a classificação dicotómica “boa qualidade de sono” e “baixa qualidade de sono”. Se o resultado fosse “baixa qualidade de sono” os utentes recebiam aconselhamento farmacêutico apropriado. Resultados: Durante a campanha de sensibilização (Março e Abril de 2015), os farmacêuticos realizaram a avaliação da qualidade do sono a um total de 1938 utentes, utilizando para tal o Índice de Qualidade do sono de Pittsburgh. Dos 1437 utentes (74,1%) que apresentaram baixa qualidade de sono, mais de metade (863) utilizaram medicamentos no mês em avaliação para tratar as queixas de sono, sugerindo uma inefetividade das terapêuticas utilizadas. Conclusão: As farmácias têm um importante papel na sensibilização da população para a importância da qualidade do sono, bem como na avaliação da efetividade das terapêuticas utilizadas. O recurso a uma ferramenta normalizada para avaliação da qualidade do sono pode auxiliar os farmacêuticos a proporcionar intervenções farmacêuticas mais adequadas, uma vez que da avaliação efetuada resulta um parâmetro objetivo para análise e comunicação. 156 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0030 Intervenção de um Grupo de Farmácias Comunitárias na Avaliação do Risco Cardiovascular Maria João Mendes1, Ema Paulino1, Maria Luísa Teixeira1, Mariana Rosa1, Ana Luísa Pinto1, Valdo Marques1 Farmácia Holon 1 Enquadramento: A prevenção é a melhor estratégia para a redução significativa da mortalidade e morbilidade cardiovasculares (CV). O cálculo do risco CV faculta uma estimativa do efeito sinérgico derivado da concomitância dos diversos fatores de risco individuais, sendo importante para definir estratégias de intervenção e para envolver os indivíduos nas mesmas, realçando o seu grau de risco e os ganhos potenciais das intervenções propostas. Objectivos: 1. Avaliar a capacidade de um grupo de Farmácias Comunitárias em organizar campanhas de Avaliação de Risco CV e de sensibilização para os fatores de risco; 2. Caracterizar os participantes no que respeita aos fatores de risco CV. Metodologia: Inserida nas comemorações do Mês do Coração, foi lançada uma campanha de Avaliação do Risco CV em 88 farmácias comunitárias, aberta à população em geral. Aos participantes foi aplicado um questionário, desenvolvido para o efeito, e foram realizadas medições dos parâmetros antropométricos, fisiológicos e bioquímicos, necessários para o cálculo do SCORE, nos indivíduos entre 40 e os 65 anos de idade. Após a avaliação foi prestado a cada participante aconselhamento personalizado e, sempre que aplicável, estes foram reencaminhados para serviços disponibilizados pela farmácia ou referenciados ao médico. Resultados: Entre maio e agosto de 2014 foram realizadas 110 ações de Avaliação do Risco CV, as quais envolveram 1878 indivíduos, com idade média de 62,4 [15-91] anos, sendo 64,2% (n=1206) do sexo feminino. Para os indivíduos entre os 40 e os 65 anos de idade (n=894) foi calculado o SCORE, sendo que 62,9% (n=562) apresentava risco moderado, 6,2% (n=55) risco alto e 11,5% (m=103) risco muito alto de doença CV a 10 anos. Face à avaliação realizada, 376 participantes foram encaminhados para o Serviço de Nutrição, 128 participantes para Consulta Farmacêutica e 32 para o Serviço do Pé Diabético. Foram ainda referenciados diretamente ao médico 53 participantes. Conclusões: Através da realização da ação de Avaliação do Risco CV foi possível identificar indivíduos com fatores de risco CV, intervindo junto dos mesmos. A Farmácia é um local privilegiado para a realização deste tipo de ações, dada a sua proximidade e acessibilidade, reconhecidas pela população em geral. 157 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0031 A update about the hypertension treatment in the portuguese community pharmacy population Esperança Silva1, Zilda Mendes2, Isabel V. Figueiredo3, Emanuel Ponciano4, Maria Margarida Caramona3 Farmácia Rocha, 2CEFAR, 3Pharmacology and Pharmaceutical Care, Faculty of Pharmacy, Institute for Biomedical Imaging 1 and Lifesciences (IBILI), 4Faculty of Medicine, University of Coimbra Background: The elderly are the biggest consumers of drugs, therefore the rational and careful use of drugs is the key to success for a better quality of life (QOL). However the high prevalence of several chronic diseases simultaneously in the same individual often leads to a risk of polypharmacy, with the resulting negative consequences, among which are the difficulties of adherence to treatment regimen. Aim: This study asses hypertension treatment in an elderly hypertensive population. Method: We performed a prospective study in hypertensive patients older than 65 years, recruited from community pharmacies, that answered a standardized questionnaire. Through interviews were applied BAI, BDI-II, the Morisky–Green test, Hypertension Health Status Inventory HYPER. Associations with participants’ demographic variables and medication histories were also assessed. This study sought to determine the daily drugs consumed, the most prevalent drug classes,adherence, beliefs, behavior and knowledge to prescribed therapy, the scores of anxiety and depression, and QOL in an elderly hypertensive population. Results: The study included 1,039 elderly patients, 58% women. The group age was between 65 and 94 years-old (mean: 72.69 ± 5.83 years-old). Patients were treated with an average of 5.7 different drugs, which corresponded to a daily administration of 6.34 tablets per day. The total intake of daily drugs and the number of tablets per day were higher in females. The antihypertensive drugs were an average of 2 taken daily. Of the different pharmacological groups stood out the group of psychotropic drugs (41%) with benzodiazepines (37%), and lipidlowering agents (40%) with statins (36%) and oral antidiabetics (20%). It was found out that this population was anxious but not depressed, with a high intake of psychotropic drugs. QOL was considered good. It was determined that there was no adherence to therapy in 37% of patients, using the Morisky–Green test. Conclusion: This study can clarify the concept of polypharmacy in a population of elderly hypertensive patients. There is a good adherence to therapy despite forgetfulness and therapeutic experiences in many cases. Inadequate knowledge and incorrect beliefs among this population indicate a need for interventions to improve public knowledge and address misconceptions regarding medication therapy. These interventions could be initiated on both an individual and public scale, with patient interactions with pharmacists 158 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0032 “Aconselhamento de dermocosmética nas afeções cutâneas derivadas do tratamento oncológico” Diva Silva Atualmente, os tratamentos de cancro centram-se principalmente em agentes quimioterápicos e na radiação ionizante para eliminar o tumor. No entanto, a incidência da recorrência tumoral é um problema significativo que resulta do desenvolvimento de mecanismos de resistência ao fármaco pelas células tumorais. Como alternativa, surge a terapia biológica ou terapia com modificadores da resposta biológica. Com o recurso a esta última os efeitos adversos diminuem consideravelmente, mas permanecem. Ao nível da pele, estes tratamentos, constituem uma grande problemática no doente oncológico. Os tratamentos radioterápicos ocorrem durante períodos de tempo consecutivos o que leva a que a pele agredida não tenha tempo para regenerar, já que o seu ciclo de renovação dura entre 28 a 30 dias. Por outro lado, é facto que a radiação ionizante conduz a alterações do DNA das células, sejam tumorais ou não. A quimioterapia atua sobre as células que apresentam uma alta taxa de multiplicação, agindo não só sobre as células neoplásicas, mas também sobre qualquer célula do organismo que esteja em divisão e metabolismo elevado, o que é o caso das células da pele. Já a imunoterapia provoca reações cutâneas, principalmente, pela sua ação ao nível dos recetores EGF e pela sua ação pro-inflamatória. As afeções mais comuns são a foliculite, xerose, alterações da mucosa, distrofias das unhas e eritrodisestesia palmo-plantar e apresentam efeitos negativos sobre a qualidade de vida dos pacientes já que o aspeto psicossocial da doença de pele tem importantes implicações sobre as relações com os outros, a autoimagem, a autoestima e na evolução da sua situação clínica. O aconselhamento de dermocosmética segura que tenha um impacto positivo na qualidade de vida do doente oncológico tem grande importância nesta área. Para além da correta limpeza, higiene, hidratação e proteção da pele, por forma a orientar o tratamento farmacológico, não deve ser esquecida a necessidade de aconselhamento da maquilhagem corretiva já que está comprovado o peso psicológico que a imagem tem nestes doentes. 159 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0033 Evolução do serviço de administração de fármacos na Farmácia Nuno Álvares (FNA) Marília Silva1, Ana Leonor Fortunato1, João Silva1, Ana Filipa Remédios1,Inês Paulino1, Ana Luísa Pinto2, Ema Paulino2 1 Farmácia Nuno Alvares, 2Farmácia Holon Objectivo: Descrever a evolução do serviço de administração de fármacos na FNA, desde 1/10/08 até 31/12/14. Metodologia: Recolha do número de administrações de fármacos pelo sistema Sifarma 2000, no período pretendido. Resultados: No período em estudo, foram administrados 1951 medicamentos injetáveis e 1661 vacinas, destas 1350 correspondem a vacinas antigripais. O ano 2014 foi o melhor no que respeita à administração de injetáveis, atingindo-se as 441 administrações. Quanto à vacinação, destaca-se a vacinação antigripal, que desde a época 2012/13 sofre grande redução. Conclusões: No ano de 2014 há um aumento das administrações de medicamentos injetáveis. Este crescimento é consequência da alteração das taxas moderadoras. Apesar do valor cobrado nos centros de saúde ser inferior, é expectável que fatores como acessibilidade, tempo e confiança nos profissionais sejam decisivos na escolha da farmácia. Na época gripal 2012/13, o Ministério da Saúde promoveu a distribuição gratuita da vacina antigripal sazonal (VAGS), nos centros de saúde, à população acima dos 65 anos. Isto traduz-se numa quebra acentuada da administração de VAGS, na FNA. Tal está de acordo com os resultados do estudo epidemiológico transversal ecos, feito pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Esta evolução pode, certamente, ser relacionada com a gratuitidade da VAGS. Embora haja flutuações do número de administrações ao longo dos anos, verifica-se um crescimento deste serviço. A equipa da FNA também desenvolve campanhas de sensibilização para a importância da administração da VAGS. Assim, as farmácias comunitárias encontram-se no fim da cadeia de frio oferecendo maior garantia de estabilidade do medicamento até à sua administração, tornando-as locais de excelência para a realização desta. 160 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0034 Acompanhamento farmacoterapêutico realizado em farmácia comunitária: caso-clínico com anti-hipertensores Ana Filipa Pereira1, Ana Catarina Fonseca1, Eva Carvalho1, Ana Isabel Silva1 Farmácia Normal 1 Objectivo: Identificar e descrever os passos realizados no acompanhamento farmacoterapêutico em farmácia comunitária, apresentando um caso-clínico com anti-hipertensores. Metodologia: O acompanhamento farmacoterapêutico foi realizado por seguimento de um doente, entre 13/01/2015 e 11/06/2015. Os parâmetros e dados do utente foram registados na ficha do utente existente no suporte informático Sifarma 2000. Foi utilizado o método SOAP existente no mesmo programa, sendo o seu relatório final arquivado em formato PDF numa pasta partilhada pelos vários computadores da farmácia. Resultados: FCB, doente do sexo masculino, 85 anos, dirigiu-se à farmácia para medição da pressão arterial (PA) no dia 13/01, que se encontrava a 180/70 mm Hg, sem sintomas associados. Foi registado e marcadas novas medições oscilando a PA sistólica (S) entre 162 e 192 mm Hg, de 16 a 22 de Janeiro. Confirmada a tendência, foi aberta uma folha SOAP para se iniciar o estudo do problema. Foram recolhidos os dados Subjetivos e Objetivos (terapêutica, determinações e estados fisiopatológicos) do doente. A terapêutica para a PA compreendia lisinopril 20 mg/dia, indapamida 2.5 mg/dia e lercanidipina 10mg 2 x dia. Foi revista a terapêutica com Avaliação e identificação dos problemas relacionados com os medicamentos (PRMs). Excluídas interações medicamentosas, problemas de adesão e dificuldades na toma foi identificado o PRM 3 (inefetividade não quantitativa). Foi elaborado um Plano de intervenção com determinação do objetivo terapêutico – PA < 140/90 mm Hg – referenciação ao médico e a monitorização nas visitas seguintes. O médico prescreveu xipamida 20 mg de manhã e perindopril/amlodipina 10/10 mg à noite e suspendeu o lisinopril, a indapamida e a lercanidipina. A PAS normalizou, oscilando entre 124-156 mm Hg nos meses seguintes concluindo a folha SOAP. A 15/5 o doente referiu edema dos membros inferiores que piorava com a progressão do dia, haviam já dois meses, motivando a abertura de uma nova folha. Por associação temporal à terapêutica foi notificada RAM ao SNF (PRM 5) e reportado o problema ao médico, o qual, a 19/5, alterou a terapêutica anti-hipertensora para furosemida 40 mg e perindopril/amlodipina 10/5 mg, suspendendo a xipamida. A PA manteve-se controlada e a 11/6 o doente confirmou que a RAM estava totalmente resolvida, fechando a folha SOAP e arquivando o relatório. Conclusão: Confirma-se a importância de realização de um acompanhamento estruturado, em farmácia comunitária, mantendo um registo de todas as visitas para aquisição de terapêutica, medição de parâmetros, revisão e avaliação da medicação e/ou intervenções efetuadas em colaboração com o doente e outros profissionais de saúde. 161 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0035 Rastreio Respirar Melhor – Farmácia Holon Barreiro Joana Filipa Martins Lopes Objectivo: Aumentar a identificação de casos de doença respiratória crónica não controlada e conhecimento de abordagem integrada na doença respiratória crónica; Promover a sensibilização para as doenças respiratórias crónicas no público-alvo da farmácia e o acompanhamento da pessoa com doença respiratória crónica, nomeadamente em contexto do Serviço Consulta Farmacêutica. Metodologia: Entre Março e Julho de 2015 foram realizados rastreios respiratórios através de questionários, respectivamente, Asma – Grau de Controlo (Questionário Carat), DPOC – Grau de Risco (Questionário GOLD) e DPOC – Grau de Controlo (Questionário mMRC), e sempre que os resultados indicassem um mau controlo da patologia era indicada a medição espirométrica nas Farmácias Holon. Resultados: No total foram realizadas 25 espirometrias na farmácia Holon Barreiro, com 13 elementos asmáticos (52%), seguidos dos utentes com DPOC diagnosticada (Grau de controlo) correspondentes a 10 elementos (40%). Os restantes 2 participantes (8%) eram utentes com factores de risco predisponentes para a DPOC (Grau de Risco). Relativamente a todos os participantes, a idade média foi de 65 anos, sendo respectivamente para o grupo da Asma, DPOC Grau de Controlo e de Risco, 57, 67 e 70 anos. Quanto aos valores médios de FEV1 e de FEV1/FVC foram respectivamente para o grupo da Asma, DPOC Grau de Controlo e de Risco, 76,46 e 86%, 78 e 85% e 71,80 e 70,17%. Quanto à medicação prescrita, no caso do grupo correspondente à asma os mais prescritos foram os SABA (Salbutamol, Terbutalina) e os ICS + LABA em associação fixa, enquanto no caso da DPOC os mais prescritos foram LAMA, LABA e ICS. Verificou-se ainda que quanto à utilização dos dispositivos inalatórios, apenas 2 dos 25 utentes os utilizava de forma incorrecta. Conclusões: Com os resultados obtidos concluímos que os farmacêuticos são uteis no controlo de patologias respiratórias, podendo auxiliar na adesão à terapêutica e monitorização destas patologias, uma vez que 8%(2/25) dos utentes apresentavam uma técnica inalatória incorrecta e a média de FEV1 encontrava-se abaixo do valor recomendado (80%). Desta forma, houve a necessidade de encaminhar para consulta médica 68% dos doentes, devido à patologia associada não estar controlada. Dos utentes abordados 20% foram encaminhados para acompanhamento farmacêutico. 162 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0036 Utilización de una Hoja de Derivación al Médico Consensuada en Cesación Tabáquica. Programa Cesar Plaza Zamora, Javier; Mendoza Barbero, Ana SEFAC Objetivos: Los farmacéuticos comunitarios como profesionales sanitarios tienen la misión de colaborar en la mejora de la calidad de vida de los pacientes y su rol asistencial es cada vez más relevante. Es necesario recoger información, analizarla y valorar las diferentes opciones de actuación, siempre en coordinación con el resto del equipo sanitario. El análisis de esta información facilita la detección de situaciones que requieren la derivación al médico de inicio. Gracias a la realización de hojas de derivación consensuadas, la tarea se convierte en algo ágil y protocolizado. En este trabajo se quiere cuantificar la utilización de la hoja de derivación al médico del programa CESAR, avalada por SEFAC, SEPAR, semFYC, SEMERGEN, SEMG y SEDET. Metodología: Estudio descriptivo, transversal y retrospectivo sobre los datos del programa CESAR. Resultados: Los datos disponibles de registro de casos del programa CESAR (septiembre 2015) son: Registrados 654 Finalizados 324 En curso 247 Abandonados 83 Derivaciones al médico 286 Estos datos indican que las derivaciones suponen un 32,54% del total de casos registrados. Conclusiones: Las derivaciones al médico son una realidad y gracias a la hoja de derivación al médico contamos con una herramienta consensuada y protocolizada. Ahora bien muchas veces la comunicación farmacéutico-médicofarmacéutico se pierde o no está documentada por lo que también sería necesaria la elaboración de un protocolo de derivación médico-farmacéutico para mejor seguimiento y abordaje del paciente. 163 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0037 “Conecta” Sefac-Semergen: Progama de Comunicación Médico de Familia-Farmacéutico Comunitario 1 Gómez Martínez, Jesús Carlos; 2Llisterri Caro, José Luis; 3Fornos Pérez, José Antonio; 4 Mediavilla Bravo, José Javier; 5Martínez Pérez, Sebastián R; 6Alonso Moreno, Francisco Javier; 7 Fraga Sampedro, Mercedes; 8Ricote Belinchón, Mercedes; 9Molinero Crespo, Ana. 1 Farmacéutico comunitario en Barcelona; 2Médico de AP en Valencia ; 3Farmacéutico comunitario en Cangas de Morrazo; 4 Médico de AP en Burgos; 5Farmacéutico comunitario en Granada; 6Médico de AP en Toledo ; 7Farmacéutica comunitaria en Ortigueira; 8Médico de AP en Madrid; 9Farmacéutica comunitaria en Fuenlabrada. Objetivos: Establecer una comunicación fluida y consensuar mensajes y actuaciones coordinadas hacia el paciente entre médicos y farmacéuticos en el nivel asistencial de primaria, mediante la celebración de sesiones de debate conjuntas. Metodología: Se celebró una reunión de coordinadores para seleccionar temas de interés prioritario (diabetes, estreñimiento e hipertensión arterial) y crear un grupo de trabajo interdisciplinar. Para cada patología se elaboró material formativo para los asistentes así como un bloc con hojas informativas y normas de autocuidado para entregar a pacientes. Se divulgó a través de ambas sociedades científicas y mediante invitación de Mylan a farmacias y centros de atención primaria. Las sesiones de debate se organizaron en farmacias pertenecientes al ámbito de influencia del centro del médico participante. Se evaluó la satisfacción de los asistentes mediante un cuestionario (escala Likert). Resultados: Se han celebrado 150 sesiones (53% diabetes, 24% estreñimiento, 23% hipertensión) con participación de 150 centros de salud, 150 farmacias, 150 médicos y 758 farmacéuticos. La valoración de los asistentes muestra que un 79,6% considera que la sesión mejorará la atención y el seguimiento al paciente y un 82,4% que será muy útil para su trabajo cotidiano Conclusiones: Las reuniones han permitido establecer una vía de comunicación entre profesionales que permitirá mejorar el seguimiento de los pacientes conjuntos, que recibirán mensajes comunes en centros de atención primaria y farmacias. La alta valoración de las sesiones nos permite sugerir que estos debates deberían ser una práctica habitual a realizar entre centros de salud y farmacias. 164 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0038 Conocimiento del paciente sobre su medicación. Relación con su percepción de efectividad y seguridad del tratamiento Salar Ibáñez, Luis. Sola Uthurry, Nancy. Cámara, Raquel. Cosín Borobio, Ana. Dago Martínez, Ana. Gutiérrez Ríos, Pedro SEFAC Objetivos: Averiguar el conocimiento del paciente sobre aspectos clave de su farmacoterapia. Indicación, posología, forma de uso y duración del tratamiento. También la percepción de efectividad y seguridad que tiene el paciente. Metodología: Estudio observacional, promovido por SEFAC, Fundación Pharmaceutical Care y Correo Farmacéutico, mediante la aplicación de un cuestionario en el momento de la dispensación de determinados medicamentos. (Bifosfonatos, antiasmáticos, benzodiazepinas, estatinas y AINE). Participaron 1926 farmacias comunitarias de toda España. La variable principal del estudio es el conocimiento que posee el paciente, en el momento de la dispensación, sobre la indicación, posología, forma de uso y duración del tratamiento. Como variable secundaria se estudia la percepción de efectividad y seguridad que tiene el paciente en función de su conocimiento. Son variables dicotómicas del tipo Si/No. Resultados: Se obtuvieron datos de 199.957 dispensaciones. El paciente desconoce la indicación en el 5% de los casos, posología 6%, forma de uso 10% y duración tratamiento 40%. Siempre, cuando el paciente desconoce algo, su percepción de inefectividad es mayor: indicación 1,4% cuando conoce, 3,4% cuando desconoce, posología 1,3%-5,5%, forma de uso 1,3%-4,6%, duración tratamiento 1%-2,1%. Lo mismo ocurre con la seguridad. Si el paciente desconoce algo percibe su medicamento mas inseguro. Indicación 6,5%-8,6%, posología 6,3%-13,4%, forma de uso, 6,2%-13,4%, duración 5,7%-7,9%. Conclusiones: En el momento de la dispensación el paciente tiene carencias de información sobre su tratamiento, y estas carencias afectan negativamente a la percepción del propio paciente sobre la efectividad y seguridad de sus medicamentos. El farmacéutico esta en una situación inmejorable para corregir este problema. 165 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA COMUNITÁRIA CNF/2015/A1/P0039 Programa I-Valor. Consulta de síntomas menores en farmacias comunitarias. También llamado Indicación Farmacéutica rosa prats, Teresa SEFAC Introducción: Todos los días muchos pacientes consultan en las farmacias patologías que ellos mismos consideran menores. En la mayoría de los casos estas consultas son sobre problemas banales y pueden ser solucionadas por los farmacéuticos. Pero en otras ocasiones el problema consultado es mas grave. El farmacéutico debe estar capacitado para discernir cuando debe derivar el paciente al medico. Objetivos: Fomentar desde SEFAC la implantación de una actuación protocolizada ante una consulta de indicación farmacéutica. Diseñar y promover los registros específicos para la indicación farmacéutica: informe de derivación e informe para el paciente. Metodología: Se seleccionan cinco patologías de consulta frecuente en farmacias: Erosiones cutáneas, resfriados, pirosis, sequedad ocular, alergias. Se consensuan los criterios de derivación con médicos de Atención Primaria (SEMERGEN y SEMFYC) estableciéndose una lista para cada una de las patologías seleccionadas. Se diseña un curso online para los farmacéuticos participantes, un sistema de registro web y una serie de informes semiautomáticos que faciliten la emisión impresa de dichos informes. Información sobre la patología consultada, información para el paciente y informe de derivación al medico. Resultados: El programa se inicia el 15/10/2014 y tiene prevista su finalización el 31/10/2015. Se han inscrito en él 3006 farmacéuticos que trabajan en 2436 farmacias. Conclusiones: El desarrollo y la protocolización de la Indicación Farmacéutica con la elaboración de criterios de derivación consensuados con médicos de Atención Primaria mejorará la calidad de vida de la población y evitará que se consulte al medico por problemas banales. 166 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0001 Preparação de Medicamentos Injectáveis em Farmotecnia - Síntese do Radiofármaco 68GaDOTANOC Carla Capelo1, Hugo Duarte1, Irene Paula1, Bruno Ferreira1, Florbela Braga1 IPO FG Porto E.P.E. 1 Objectivo: A deteção de tumores neuroendócrinos é muitas vezes difícil, sobretudo quando se utilizam técnicas morfológicas, atendendo às reduzidas dimensões, à grande variabilidade de localização e à frequente multifocalidade destes tumores. Nos últimos anos tem havido grandes progressos no desenvolvimento de novos radiofármacos, sendo que a imagem com análogos da somatostatina marcados com emissores de positrões para estudos PET/CT é atualmente o procedimento de Medicina Nuclear de escolha para estes tumores. Assim, pretendemos descrever a preparação estéril do radiofármaco [DOTA,1-Na3]-octreotide(DOTANOC) marcado com 68Ga, usando um processo de síntese em módulo automático. Metodologia: Na síntese de [68Ga-DOTANOC] é utilizado um gerador de 1110MBq (30mCi) de Ge/Ga com matriz metálica (TiO2) ou resinosa, onde a solução de gálio é eluida com HCl de baixa concentração. A radiomarcação é feita através de módulo de síntese semiautomático, onde o eluato é preconcentrado e purificado de possíveis contaminantes metálicos através de uma solução de acetona a 98% e de uma coluna catiónica trocadora de iões. Esta solução de gálio purificada é então adicionada á solução de péptido (40μg), mais um tampão. Esta mistura é sujeita a aquecimento a 95ºC por cerca de 10min, permitindo a reação de complexação entre o [GaCl4] e a molécula de péptido ao mesmo tempo que se elimina por evaporação a acetona utilizada na purificação do eluato. Esta solução é objeto de purificação através de uma coluna Sep-Pack de C18 para eliminar o Ga3+ livre. Finalmente a solução de 68Ga-DOTANOC é esterilizada por filtração (filtro Millipore 0,22μm). A Pureza Radioquímica é determinada por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC).Toda a preparação segue as Boas Praticas de fabrico de preparações injetáveis. Resultados: Desde Junho de 2010 até Julho de 2015 realizaram-se 671 sínteses do radiofármaco [68Ga-DOTANOC], com uma taxa de sucesso de 94,4%. As sínteses falhadas ocorreram devido a erros de origem mecânica (módulo de síntese) ou erros humanos. A média da Pureza Radioquímica obtida foi de 98%. Conclusão: A preparação deste radiofarmaco demonstrou ser um processo relativamente fácil e rápido fornecendo a possibilidade de ter disponível um radiofámaco que permite o diagnóstico de Tumores endócrinos com técnicas de imagem avançadas como o PET. 167 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0002 Vantagens do aliscireno como fármaco anti-hipertensor: Revisão farmacocinética Daniela Marques1, Manuel Morgado2 1 Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, 2Centro Hospitalar da Cova da Beira Objectivos: O Aliscireno é um fármaco anti-hipertensivo e atua por inibição da renina. A introdução deste fármaco na União Europeia é relativamente recente, reportando ao ano de 2007. O objectivo deste trabalho é rever as características farmacocinéticas do aliscireno como anti-hipertensor e as suas vantagens para o doente. Metodologia: Revisão bibliográfica através da pesquisa e análise de artigos publicados na base de dados PubMed, pela interseção dos termos “aliskiren interactions” e “aliskiren adverse effects”. Os sites “PRACPharmacovigilance Risk Assessment Agency” (Agência Europeia do Medicamento) e “OSE-Office of Surveillance and Epidemiology” (Food and Drug Administration) também foram consultados. Resultados: O aliscireno tem um tempo de meia vida de aproximadamente 23.7 horas, que permite uma administração única diária, numa dose máxima de 300 mg, traduzindo-se numa elevada conveniência para o doente. A sua biodisponibilidade absoluta é de 2.6% e liga-se às proteínas plasmáticas numa extensão de 47% - 51%. O citocromo P450, um dos principais complexos enzimáticos responsáveis pela metabolização de uma grande variedade de fármacos, não interage com o aliscireno. Isto significa que a terapia concomitante com outros fármacos usados em doentes hipertensos e com outras doenças cardíacas, como a varfarina, atorvastatina, digoxina, atenolol, ramipril e hidroclorotiazida não será afectada. Este inibidor da renina é extensamente eliminado nas fezes e apenas 0.1% - 1.1% é eliminado por excreção renal. A elevada potência do aliscireno é visível na baixa dose (0.6 nmol) que é necessária para inibir metade da renina. Conclusões: A farmacocinética do aliscireno permite maior conforto posológico ao doente com apenas uma dose diária. O facto de não ser usada a via do citocromo P450 previne a interacção com vários fármacos também utilizados por hipertensos. Contudo, como a introdução no mercado é recente, há escassez de informação relativamente aos efeitos adversos e interacções do aliscireno. O farmacêutico tem um papel importante na prevenção e na minimização dos efeitos adversos e interacções relacionados com o aliscireno. 168 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0003 Impacto da existência de um Sector de Auditoria Interna nos Serviços Farmacêuticos do CHUC Maria Adelaide Cabral1, Marília Rocha1 Centro Hospitalar da universidade de Coimbra 1 Objectivo: Análise da actividade desenvolvida pelo Gabinete de Auditoria Interna dos Serviços Farmacêuticos,(S.F.) do CHUC, desde a sua instituição em 2010. Metodologia: Recolha da informação objectiva do funcionamento das diferentes áreas dos S.F., e de outras evidências, utilizando questionários apropriados a cada situação específica, confirmando o efectivo cumprimento dos procedimentos nelas vigentes, tendo por base as Boas Prácticas de Farmácia Hospitalar e elaboração do relatório final, onde se enumeram as oportunidades de melhoria. Resultados: Constata-se, que foram realizadas dois tipos de auditorias: as Calendarizadas e as Não Programadas. Dentro das Calendarizadas, foram efectuadas as referentes aos Inventários Anuais e Parciais, num total de seis, algumas delas em colaboração com o Auditor do Hospital, e ainda as realizadas aos armazéns avançados dos medicamentos especiais, de 48 serviços clínicos. Verificação de 20 stocks avançados de medicamentos e respectivos carros de emergência existentes. Averiguação do tipo de equipamento de frio utilizado para armazenamento de medicamentos, em 21 Serviços Clínicos e Farmacêutico. No respeitante às Não Programadas, avaliaram-se os procedimentos existentes no que concerne ao circuito do medicamento nos Sectores: de Reembalagem, Recepção de Medicamentos e Farmacotecnia. Na Distribuição, foram efectuados auditorias ao circuito da cola de fibrina, à cedência de medicamentos para Cirurgia Ambulatória, Instituições extra-Hospitalares e a doentes em regime Ambulatório, após o horário de fecho deste sector. Auditou-se ainda: a actuação dos Serviços Farmacêuticos perante uma situação de Emergência Externa, os planos de Higienização existentes, e as, notificações de incidentes recebidas nos Serviços Farmacêuticos. Conclusão: A Auditoria Interna é uma actividade independente e objectiva, concebida para adicionar valor qualificativo, ao desempenho de qualquer serviço hospitalar, definindo-o e distinguindo-o. A recolha da informação objectiva, sobre o estado actual da organização de uma unidade orgânica revela-se uma mais valia ao serviço da gestão, verificando o cumprimento dos requisitos e quantificando o desempenho, tendo no presente caso, propiciado elaboração de diversos documentos, entre outros o Manual de Inventário Geral S.F; regulamento Interno; Plano Sectorial de Emergência Externa e vários Procedimentos. 169 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0004 Interações medicamentosas dos inibidores da topoisomerase Sofia Mendes1, Daniela Marques1, Manuel Morgado2 1 Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, 2Centro Hospitalar da Cova da Beira Objectivo: É fundamental que um sistema informático de deteção e análise de interações medicamentosas possua informação relativa às interações medicamentosas dos inibidores da topoisomerase (IT). De forma a melhorar um sistema informático hospitalar, foi feita uma pesquisa sobre os fármacos que possam interagir com os IT, os mecanismos de interação envolvidos e as medidas estratégicas a tomar. Metodologia: Procedeu-se à pesquisa das interações medicamentosas dos IT, irinotecano, topotecano e etoposido, consultando o Resumos das Características do Medicamento (RCM) destes fármacos e bases de dados online. Foram selecionados apenas os fármacos que possam produzir interações com elevado e moderado significado clínico e que estejam presentes na base de dados da Infomed - Infarmed ou da Agência Europeia do Medicamento (EMA). A pesquisa foi efetuada em setembro de 2015. Resultados: A co-administração de irinotecano, topotecano ou etoposido com medicamentos mielo ou imunossupressores deve ser monitorizada atentamente. Um hemograma completo deverá ser monitorizado com regularidade. Inibidores ou indutores do CYP3A4 e/ou da glicoproteína-P (gp-P) interferem com as concentrações plasmáticas de etoposido. Inibidores da proteína de resistência do cancro da mama (BCRP) aumentam as concentrações plasmáticas de irinotecano e de topotecano. Fármacos inibidores do CYP3A4 ou da isoenzima uridina difosfato glucuronosil transferase 1A1 (UGT1A1) aumentam os níveis plasmáticos de irinotecano e do seu metabolito ativo SN-38, podendo aumentar a sua toxicidade. O ajuste da dose, bem como a monitorização clínica e laboratorial, é aconselhado quando o fármaco co-administrado altera o metabolismo dos IT. É necessário cuidado no uso de fármacos neurotóxicos com o etoposido devido ao aumento do risco de neuropatia periférica, podendo ser necessário diminuir ou descontinuar a medicação. Deve-se evitar o uso de laxantes ou de diuréticos com irinotecano devido ao risco acrescido de desidratação. Dada a atividade anticolinesterásica do irinotecano, este pode interagir com bloqueadores neuromusculares. Conclusão: A toxicidade e a eficácia dos IT podem ser alteradas por fármacos administrados concomitantemente, sendo importante saber quais os fármacos que podem interagir e as medidas que devem ser tomadas. Um sistema informático que contenha esta informação poderá facilitar a deteção de possíveis interações e aumentar a segurança da quimioterapia. 170 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0005 Banco do Medicamento Ana Almeida1, Catarina Candeias1, Diana Cardoso1, Clara Carvalho1, Ana Reis1, Joana Ribeiro1, Diana Silva1, Vanessa Soares1, Catarina Cerqueira1, Manuel Caldas de Almeida1 União Misericórdias Portuguesas 1 Objectivo: Dar a conhecer o projeto desenvolvido, nomeadamente, a participação dos laboratórios da Indústria Farmacêutica que fornecem, a título gratuito, medicamentos e produtos de saúde, de forma a serem disponibilizados a instituições que cuidam de doentes carenciados. Métodos: Análise descritiva do projeto. Análise retrospetiva dos dados das ofertas e encomendas de medicamentos. Desenvolvimento: O projeto foi criado tendo como fim promover o acesso dos mais carenciados à saúde e ao medicamento, em especial apoiando os mais idosos com rendimentos degradados e consumos de saúde muito elevados, estimulando a utilização de medicamentos e produtos de saúde que não entram no circuito de comercialização e que estejam em condições terapêuticas e de segurança plenas. A instituição representada é a entidade responsável pela construção de uma lógica de coesão e de Boas Práticas no âmbito do projeto, competindo-lhe divulgá-lo, gerir as relações com as entidades farmacêuticas, acompanhar e avaliar o processo de aquisição de medicamentos e emitir recomendações junto dos parceiros quando necessário. Resultados: Até à data, já foram doadas, pela Indústria Farmacêutica, 250.767 embalagens, com um valor estimado de € 2.162.151. Deste universo de ofertas disponibilizadas, durante este espaço temporal, as instituições de solidariedade social encomendaram um total de 110.870 embalagens de medicamentos, das quais já foram entregues 85.471 embalagens, com um valor estimado de €558.998. Os medicamentos do grupo terapêutico para o aparelho cardiovascular, locomotor, nervoso central, medicamentos anti-infecciosos e aparelho digestivos são os que têm tido maior volume de aceitação, sendo as substâncias mais doadas e rececionadas o Tenoxicam, Óxido de zinco com óleo de fígado de bacalhau, Risedronato de sódio, Bromexina e Diltiazem. Conclusões: Dos dados obtidos pode concluir-se que o projeto se encontra consolidado e é, sem dúvida, uma mais-valia para a sociedade. 171 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0006 O farmacêutico nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) Ana Almeida1, Catarina Candeias1, Diana Cardoso1, Clara Carvalho1, Ana Reis1, Joana Ribeiro1, Diana Silva1, Vanessa Soares1, Catarina Cerqueira1, Manuel Caldas de Almeida1 União Misericórdias Portuguesas 1 Objectivo: Dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos farmacêuticos nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) envolvidas no projeto. Métodos: Análise descritiva da realidade atual das farmácias das UCCI. Resultados: Existem atualmente, distribuídas pelas 5 regiões de Saúde, 7311 camas de internamento nas UCCI das quais 32% têm apoio dos farmacêuticos do projeto, os quais se deslocam física e periodicamente a cada uma das suas UCCI e os quais se encontram, de forma não presencial, sempre disponíveis para todas as questões/ dúvidas que possam surgir nas UCCI. Compete a esta equipa elaborar procedimentos, centrados nas Boas Práticas do Medicamento e respeitando sempre a Legislação em vigor, e implementá-los nas suas UCCI, para que o correto e seguro circuito do medicamento esteja garantido desde a aquisição até à administração do medicamento. É de referir ainda que com vista a aumentar a intervenção farmacêutica e, por conseguinte, reduzir os problemas relacionados com medicação e a aumentar a segurança da utilização do medicamento, este grupo promove a implementação de um circuito de gestão informática e prescrição eletrónica do medicamento. Indo ainda ao encontro da segurança do utente e da melhoria contínua dos cuidados/operações prestados, é de salientar também o papel ativo que esta equipa desempenha sempre que uma das suas UCCI se submete a um processo de Certificação ISO e/ou no processo de acreditação pela Joint Commission International (JCI). Um dos pontos fortes deste grupo, face às demais Instituições Particulares de Solidariedade Social com UCCI, assenta na negociação central das cotações dos medicamentos (a negociação é feita em conjunto, para as mais de 70 UCCI, o que implica um maior poder de negociação junto da Indústria Farmacêutica), o que permite a aquisição de medicamentos a menor custo e a possibilidade de se praticar economias de escala (ganhos traduzidos em rappel). As UCCI deste projeto têm também a vantagem de usufruir do Banco de Medicamento, onde os laboratórios da Indústria Farmacêutica fornecem, a título gratuito, medicamentos e produtos de saúde. Resultados: Graças ao trabalho contínuo deste grupo profissional, os custos com a medicação dos utentes das UCCI tem diminuído ao longo do tempo. Discussão/Conclusões: Em suma, este grupo de profissionais tem conseguido, graças à implementação de ferramentas de trabalho, que paralelamente a uma contenção dos gastos com a medicação, a mesma seja efetuada com a garantia de segurança e com a diminuição dos erros associados. 172 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0007 Prescrição potencialmente inapropriada em idosos sob terapia anticoagulante: Aplicação dos Critérios STOPP/START Joana Madeira e Silva1, Sandra Queimado2, Jorge Martinez Marcos2, Gilberto Alves3 Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) Faculdade de Ciências da Saúde- Universidade da Beira 1 Interior(ULSCB), 2Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), 3CICS-UBI – Centro de Investigação em Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior; CNC – Centro de Neurociências e Biologia Celular, Universidade de Coimbra Introdução: Os critérios STOPP/START (ScreeningToolofOlderPerson’sPrescriptions/ScreeningTool to AlertDoctorsto RightTreatment) constituem uma ferramenta validada para otimizar a farmacoterapia em doentes idosos (≥ 65 anos). Essencialmente, estes critérios visam melhorar a terapêutica farmacológica dos idosos através da identificação de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) e de medicamentos potencialmente omissos (MPO) úteis na prevenção ou tratamento de patologias. Objectivo: Identificar e quantificar a ocorrência de MPI e MPO em idosos polimedicados, sob terapia anticoagulante, mediante aplicação dos critérios STOPP/START. Metodologia: Estudo observacional descritivo, que consistiu na revisão da medicação, diagnósticos e parâmetros bioquímicos de doentes com idade igual ou superior a 65 anos, com 4 ou mais medicamentos, seguidos em consulta de hipocoagulação. Para a análise estatística recorreu-se aos testes de Mann-Whitney e Qui-Quadrado. Resultados: A amostra final incluiu 73 indivíduos [idade média de 75,78 anos (DP=6,45), 53,4% do sexo feminino] com uma média de 9,32 fármacos prescritos (DP=2,86) e 3,27 diagnósticos (DP=2,10) implicados nos critérios. Os dados obtidos permitiram identificar a prescrição de MPI em 80,8% dos doentes (critérios STOPP) e cerca de 41,1% apresentavam um ou mais MPO (critérios START). Dos 643 medicamentos analisados, mediante aplicação dos critérios STOPP, verificou-se que os grupos farmacológicos mais frequentemente implicados foram as benzodiazepinas (45,2%) em tratamento igual ou superior a 4 semanas, o uso de anti-inflamatórios não esteroides (21,9%) em combinação com um anticoagulante, e o uso de anti-histamínicos de 1ª geração (12,3%); foram também detetadas duplicações terapêuticas em 16,4% dos doentes, envolvendo benzodiazepinas, anti-hipertensores e inibidores da bomba de protões. Por outro lado, de acordo com os critérios START, os MPO mais implicados foram os agonistas beta-2 adrenérgicos ou antimuscarínicos inalados (12,3%) e os suplementos de vitamina D (11%). Conclusões: Os resultados obtidos corroboram os de outros estudos nacionais e internacionais realizados neste âmbito e reforçam a necessidade da integração do farmacêutico em equipas multidisciplinares de saúde, o qual pode intervir na revisão periódica da medicação de doentes idosos, contribuindo positivamente para a otimização da farmacoterapia, incluindo em doentes sob terapia anticoagulante. 173 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0008 Conversão da via intravenosa para a via oral – Paracetamol Rafaela Barata1, Daniela Marques1, Manuel Morgado2 1 Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, 2Centro Hospitalar da Cova da Beira Objectivo: A utilização inadvertida da via intravenosa (IV) poderá trazer inúmeras consequências. O acesso venoso pode proporcionar várias complicações ao doente, relacionadas tanto com fatores físicos como químicos. Com fim a evitar complicações, deve-se ter em conta as técnicas corretas de inserção, tais como a anatomia do local, o número de inserções, a gravidade da doença e infeções preexistentes, bem como a concentração da infusão e o seguimento correto do regime terapêutico. Assim, a conversão da terapia IV para a terapia oral apresenta diversas vantagens, não só na minimização das complicações referidas, mas também ao nível da gestão de recursos hospitalares e do conforto do próprio doente. A administração oral de paracetamol é tão eficaz quanto a administração IV e, por isso, deve ser usada como via de administração de primeira linha. No entanto, em certas circunstâncias, como no tratamento de curta duração da dor moderada a severa, particularmente após intervenções cirúrgicas, no controlo da dor ou da febre, em casos de emergência e/ou quando não estão disponíveis outras vias de administração, quando a absorção por via oral se encontra comprometida ou perante casos de sépsis, a administração intravenosa torna-se a escolha inicial para o regime terapêutico. Pretende-se assim, auxiliar os profissionais de saúde, em ambiente hospitalar, na conversão da terapia IV de paracetamol para oral, através da elaboração de algoritmos de decisão. Metodologia: Revisão de literatura, com base na análise de guidelines, bem como artigos disponíveis no PubMed, utilizando a seguinte expressão: “intravenous to oral switch therapy guidelines”. A pesquisa foi efetuada em Agosto de 2015. Resultados: Uma prescrição racional, que passa pela escolha adequada da via de administração e duração do tratamento, é primordial para a saúde e bem-estar do doente. Quando é iniciado um regime terapêutico por via IV devem estar bem definidos os critérios que permitem a sua conversão para a via oral. Num regime terapêutico IV com paracetamol este deve ser descontinuado o mais cedo possível, assim que se verifique uma melhoria dos sinais e sintomas (dor ligeira), a via oral esteja descomprometida, se verifique ausência de febre por mais de 24horas, os níveis normais de leucocitose tenham sido reestabelecidos e não se verifique mais do que uma das seguintes situações: frequência cardíaca > 90 batimentos por minuto, frequência respiratória > 20 respirações por minuto e pressão arterial inalterada. Quando estes critérios forem cumpridos pode-se considerar que o doente se encontra apto para a conversão de terapia IV para a oral. Conclusão: O algoritmo proposto constitui um instrumento útil para os diversos profissionais de saúde, tendo em vista uma adequada conversão da terapia IV de paracetamol para oral, com as consequentes vantagens clínicas e de gestão daí decorrentes. 174 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0009 Antibiotic Stewardship Programs: The critical role of the Clinical Pharmacist João Gregório1, Margarida Pereira2, Sérgio Boshoff2, José Neves2, Pedro Póvoa3, Luís Velez Lapão1 Global Health and Tropical Medicine, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa, 2Hospital de 1 Santa Cruz, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, 3NOVA Medical School; Hospital São Francisco Xavier, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental Background: Antibiotics (AB) are among the most prescribed and used drugs in clinical practice. However, it is estimated that 20-50% of AB are improperly prescribed. The main consequence related with its overuse is the development of multi-resistant microorganisms. The Centre for Diseases Control and Prevention (CDC) estimates that over two million people/year acquire an AB resistant infection, and 23,000 people die as a result of this infection. Antibiotic Stewardship Programs (ASP) contribute to the optimization of antimicrobial therapy, ensuring the proper use and minimizing side effects. Aim: This work aims at characterizing the utilization of AB in an intensive care unit (ICU) of cardiac surgery that is undergoing the first six months of implementation of an ASP. The implementation is being made through the collaboration of a multiprofessional team comprising Internists, cardiac surgeons, pharmacists and nurses. Methods: Following a case study methodology, a retrospective descriptive study will analyze quantitative data gathered 6 months before and 6 months after the implementation of the ASP. It will be completed with an observational study focused on the role of the pharmacist and a focus group with the professionals and participants of this study, to obtain qualitative data to better inform the description of the case study. Results: The multiprofessional team visited the patients in the ICU ward weekly, focusing on patients with a length of stay superior to 7 days. The patients are submitted to AB prophylaxis with vancomycin and gentamicin, 48h prior to surgery, but subsequent AB prescriptions are made which are the focus of the intervention. The preliminary data analysis shows a reduction of 3.61% in the overall consumption of AB after 6 months. Some AB, such as Ciprofloxacine and Linezolide registered reductions of about 96%. On the other hand, AB such Flucloxacillin or Amoxicillin/Clavulanate registered an increase of 300 to 500%, suggesting a positive switch to first line AB. It is estimated that in 30% of the cases, a pharmacist intervention was necessary, mainly for dose adjustment or IV/Oral switch. From the initial data from the observation study, it is clear that the pharmacy information system in place in this hospital does not allow a quick access to information that is critical to inform the implementation of the ASP. Conclusion: This study allowed the description of the initial stages of an ASP in an intensive care unit. Pharmacists’ role in this setting is to inform the physicians on the best available AB for specific conditions on a daily basis, with quick access to information and from the microbiology department. A better use and access to the information gathered, on AB use, microbiology data and prescription patterns in the unit, will allow better tailored solutions to aid professionals in the implementation of ASP. 175 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0010 Hepatitis C treatment in a District Hospital Margarida Espírito Santo1, Luísa Guerreiro2, Tânia Nascimento1 1 Centro de Estudos e Desenvolvimento em Saúde (CES), Escola Superior de Saúde - Universidade do Algarve, Faro, Portugal, 2 Cranfield University The aim of this study was the characterization of patients with Hepatitis C (HCV) under treatment. Patients included in this study were followed in a Portuguese District Hospital between January 2012 and September 2014, have received treatment for HCV and who had at least one infectiology consultation in this period. Data were collected from the hospital computer system, and patient´s data were collected anonymously, without patient identification. Data analysis was performed using SPSS v22.0. Were included in this study 87 patients who met the inclusion criteria, 75% (n=65) were males and 25% (n=22) female, with a mean age of 45±10 years. Most patients included in this study were Portuguese, resident in the Hospital district and nearby districts. Patients were diagnosed with HCV with a mean age of 3311 years, were followed on average for 53.5 years in this Hospital, and were diagnosed with HCV on average 12±6.9 years ago. Among these patients, 44% (n=38) had genotype 1, 2% (n=2) genotype 2, 17% (n=15) genotype 3, 13% (n=11) genotype 4 and 24% (n=21) with unknown genotype. Most frequent treatment regimens used by patients included in the study were the association of pegylated interferon alfa 2b (100mcg/week) and ribavirin (1000 mg/day) (52%; n=45); pegylated interferon alpha 2a (180mcg/week) and ribavirin (1000 mg/day) (42%; n=36). Other associations were used but less frequently: pegylated interferon alfa 2a + ribavirin + boceprevir (2%; n=2); pegylated interferon alfa 2b + ribavirin + boceprevir (3%; n=3); and pegylated interferon alfa 2a + ribavirin + telaprevir (1%; n=1). Among included patients, 55 (63%) have performed, to date, one treatment for HCV, 19 (22%) have performed two treatments for HCV (using two different regimens or by using the same regimen twice), 9 (10%) already underwent treatment three times, 3 (3%) already underwent treatment four times and only one patient (1%) has conducted five treatments for HCV. Excluding patients who were receiving treatment at the time of data collection (September 2014), the average length of all other treatments performed by the patients was 82 months, and most (40%; n=51) of treatments performed by patients had a duration from 6 to 9 months. From the results, the standard treatment for patients with HCV appears to be in accordance with the existing guidelines for the treatment of this pathology. In the future it would be advisable further analysis and extended to other hospitals to assess the degree of compliance with currently existing national guidelines for the treatment of this pathology. 176 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0011 Perfil de microrganismos e resistência a antimicrobianos no Hospital Distrital da Figueira da Foz Daniela Patrício1, Maria Teresa Pereira2, Francisco Batel Marques3 Farmácia Central, 2Hospital Distrital da Figueira da Foz,3AIBILI 1 Introdução: As resistências antimicrobianas são um problema real que se tem tornando cada vez mais preocupante um pouco por todo o mundo e é atualmente considerada uma séria ameaça à saúde pública. A maior preocupação associada à resistência bacteriana é a saúde do doente, uma vez que infeções inicialmente pouco complicadas podem desencadear situações muito graves, no entanto este problema tem também um forte impacto financeiro, devido ao aumento significativo dos custos associados aos cuidados de saúde necessários no tratamento de infeções por bactérias multirresistentes. Objectivos: O objetivo deste trabalho é avaliar o perfil de microrganismos identificados no HDFF durante o ano de 2013 e as resistências antimicrobianas mais frequentes, tendo em consideração o contexto nacional e europeu. Método: Este trabalho foi realizado com base nos dados obtidos pelo Serviço de Patologia Clínica relativamente ao número e tipo de microrganismos isolados e identificados no HDFF durante o ano de 2013 e aos respetivos perfis de sensibilidade. Resultados: A tendência de evolução das resistências bacterianas continua a prever um aumento das taxas de resistência aos antimicrobianos, como se reflete nas taxas de resistência de E. coli, K. pneumoniae e P. aeruginosa face ao ano de 2010, embora se verifique já uma diminuição significativa da taxa de SAMR desde 2010. O microrganismo com perfil de sensibilidade mais preocupante, no HDFF, é o Acinetobacter baumannii uma vez que se calcularam taxas de sensibilidade inferiores a 50% para todos os antibióticos de 1ª linha testados e inferiores a 85% para os antibióticos de 2ª linha, sendo que as infeções por E. coli, K. pneumoniae, M. morganii e P. aeruginosa requerem também monitorização apertada. Conclusão: O padrão de resistências encontrado está, de modo geral, de acordo com o contexto nacional e europeu. A vigilância epidemiológica assume-se como uma ferramenta essencial no controle das resistências bacterianas e a sensibilização das populações é particularmente importante para travar o aumento das taxas de resistência aos antimicrobianos e o aparecimento de bactérias multirresistentes. 177 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0012 Adesão à Terapêutica Antirretrovírica num Hospital Pediátrico. Fatores relacionados e repercussão clínica Dina Mendes1, Flora Candeias1, Maria Conceição Neves1, Daniel Virella1, Marta Alves1, Maria Filomena Oliveira1 1 Hospital D. Estefânia Objectivo: Caraterizar a adesão à terapêutica antirretrovírica nos doentes seguidos na Consulta de Imunodeficiências do Hospital. Metodologia: Estudo dos doentes em tratamento para a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) entre 01-01-2014 e 30-06-2015. Exclusão de doentes com informação insuficiente ou abandono de consulta. Recolha de dados por consulta de processos clínicos, registos informáticos da Farmácia e questionário confidencial. Considerou-se adesão total e parcial a dispensa de pelo menos 95% e 80% da medicação prevista, respetivamente, e comparouse com a adesão descrita pelo doente. Análise estatística pelo teste do qui-quadrado ou teste exato de Fisher. Resultados: Foram incluídos no estudo 82 doentes, sendo 52% do sexo masculino e 51% de origem africana. A idade mediana é 15 anos e 6 meses. A maioria dos doentes reside com a família nuclear, 7% em instituições e 9% são independentes. A carga vírica é indetetável em 63 doentes. A taxa de adesão global varia entre 41 e 100%. Verifica-se que 42% dos doentes têm adesão total à terapêutica e 67% adesão parcial. De acordo com o questionário ao doente, a adesão é de 60%. Comparando ambos os métodos, há concordância na adesão total em 67% e na adesão parcial em 92%. Todos os doentes institucionalizados ou que partilham a responsabilidade da medicação com o cuidador têm adesão parcial à terapêutica. Houve alteração de regime terapêutico em 33 doentes: 5 ficaram com regime de 2 tomas diárias e os restantes em toma única. Com a redução do número de tomas, 44% dos doentes não aderentes passaram a ter adesão total e 67% adesão parcial. A adesão à terapêutica antrirretrovírica mostrou-se associada a pais adotivos como cuidadores, nível superior de escolaridade do cuidador, menor número de tomas diárias e carga vírica indetetável. Doentes com escolaridade adequada à idade são tendencialmente mais aderentes. Não se encontram relações significativas entre adesão à terapêutica e sexo, origem familiar, via de transmissão ou classes terapêuticas. Conclusões: A adesão determinada na amostra é baixa, sendo notório que a adesão percecionada pelo doente é superior à realidade. Os factores relacionados com a adesão (cuidador, escolaridade do cuidador, número de tomas diárias e carga vírica) na amostra corroboram estudos prévios nesta área. Evidencia-se a necessidade de maior apoio junto da família biológica e doentes independentes, acompanhando o processo de transição da responsabilidade da medicação. A simplificação terapêutica deve ser realizada sempre que possível uma vez que mostrou favorecer a adesão. A identificação dos fatores com influência significativa na adesão à terapêutica em pediatria permite à equipa de profissionais de saúde elaborar uma estratégia de intervenção adaptada a cada doente. Neste contexto, o Farmacêutico Hospitalar tem um papel fundamental na promoção da adesão. 178 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0013 Poderá a efectividade do tratamento antiretroviral estar relacionada com a simplificação da terapêutica? Joana Ferreira1, Sónia Moreira1, Ana Jorge1, Sara Cândido1, Mariana Carvalho1, José Branco1, Fábio Glória1, Catarina Oliveira1 HOSP. VILA FRANCA DE XIRA 1 Objectivo: Comparar a evolução de doentes naive seropositivos para o vírus da imunodeficiência humana em tratamento com esquemas de tomas múltiplas (ETM) versus toma única (ETU), analisando resultados analíticos, reacções adversas medicamentosas (RAM) e adesão. Metodologia: Realizou-se uma análise retrospectiva dos doentes naive diagnosticados e com Terapêutica Antiretroviral (TARV) iniciada no período de Junho/2014 a Junho/2015. Registaram-se, em Excel, os dados dos doentes, composição e data de início da TARV e dados analíticos 3 e 6 meses após início. Os esquemas foram propostos com base nas Recomendações Portuguesas atuais. Foi feito um questionário individual, no momento da dispensa, no sentido de avaliar possíveis RAM e calculou-se a adesão com base nos registos mensais. Para este estudo foram excluídos 5 doentes naives, uma vez que 2 faleceram e 3 foram transferidos. Resultados: De 36 doentes diagnosticados, apenas 31 doentes eram elegíveis, sendo a maioria do sexo masculino. Destes, 26 doentes apresentavam ETM e 5 iniciaram com ETU (rilpivirina/tenofovir/emtricitabina). Detetaramse 11 RAM, sendo as mais frequentes associadas ao sistema nervoso. Das RAM notificadas, 73% estavam associadas a ETM, sendo que um doente necessitou de alterar a medicação. Após 3 meses de tratamento, 29 doentes tinham resultados analíticos, destes 55% já se encontravam com carga viral (CV) indetectável (abaixo das 37 cópias/mL). Face aos esquemas, 12/26 doentes com ETM encontravamse com CV indetectável, face aos 4/5 indetetáveis tratados com ETU. A análise após 6 meses ainda não é conclusiva, sendo que já se pode aferir que 68% dos doentes apresentavam um valor ótimo de adesão (acima de 95%). Do universo dos doentes com ETM, 65% destes apresentam adesão acima de 95% versus os 80% de doentes com esquema de ETU. Relativamente ao valor médio de adesão, os doentes com ETM apresentam um valor que ronda os 92% face aos 100% dos doentes com ETU. Conclusões: Os estudos de adesão e eficiência de ETM e ETU permitem concluir que a simplificação favorece a obtenção de resultados clínicos. A nossa análise evidencia que os esquemas de ETU refletem uma maior percentagem de doentes aderentes, existindo um cumprimento mais adequado. O facto de ser relativamente pequeno o universo em estudo, e ainda não existirem resultados clínicos sustentados, poderá inviabilizar a generalização de que as co-formulações melhoram a tolerabilidade em todos os aspectos. 179 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0014 Seguimento Farmacoterapêutico do DoenteVIH: Resultados e Impacto do Programa Rute Duarte1, João Ribeiro1, Maria Olímpia Fonseca1 1 Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. Objectivo: Avaliar o impacto do Programa de Seguimento Farmacoterapêutico (PSFT), ao doente infetado pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH). Métodos: Estudo retrospetivo dos registos documentais do PSFT, efetuados com base no Método Dáder, aos doentes VIH acompanhados em ambulatório, entre maio de 2014 e agosto de 2015. A referenciação dos doentes foi efetuada pelo farmacêutico, de acordo com os seguintes critérios de inclusão: doentes que iniciaram um regime terapêutico (inicial ou secundário), doentes identificados como não aderentes à terapêutica e doentes em que, por motivo específico, se considerou útil a monitorização da adesão à terapêutica. Análise do impacto dos parâmetros avaliados na consulta do PSFT. Resultados: No período referido, foram realizadas 84 entrevistas: 22 primeiras consultas, 18 segundas consultas e 44 consultas subsequentes, correspondendo ao seguimento de 22 doentes. Os doentes foram acompanhados, em média, durante 3,7 meses. A distribuição dos doentes, segundo os critérios de inclusão no PSFT, traduziu-se nas seguintes proporções: doentes que iniciaram um regime terapêutico inicial (41%); doentes que iniciaram um regime terapêutico secundário (18%); doentes identificados como não aderentes à terapêutica (27%); doentes em que, por motivo específico, se considerou útil a monitorização da adesão à terapêutica (14%). No decorrer do PSFT, foram identificadas e sinalizadas ao médico 7 interações medicamentosas (IM) clinicamente relevantes e 2 suspeitas de reações adversas medicamentosas (RAM), das quais resultaram alterações diretas da terapêutica antirretroviral e/ou na terapêutica concomitante. As situações de não adesão à terapêutica foram comunicadas ao médico, resultando na antecipação de consultas médicas para avaliação clínica. Foram implementadas diversas estratégias de promoção da adesão à terapêutica, diretamente com o doente: a entrega de caixas de preparação semanal de medicação; a sugestão de introdução de alertas nos dispositivos eletrónicos do doente, de forma a obviar o esquecimento das tomas; e o reforço da informação dos benefícios do cumprimento da terapêutica. A taxa média de adesão à terapêutica das primeiras consultas, segundas consultas e consultas subsequentes foi de 87,3%, 91,3% e 97,3%, respetivamente. Conclusões: Após 15 meses de implementação do PSFT, verificou-se um aumento progressivo nas taxas de adesão à terapêutica. Este programa permitiu detetar e resolver problemas de efetividade e segurança (pelo alerta ao médico das IM e RAM) relacionados com medicamentos, resultando num impacto terapêutico e clínico positivo nos doentes. O PSFT, aplicado no acompanhamento do doente VIH, permitiu o reconhecimento do farmacêutico na equipa multidisciplinar de saúde, pelo contributo na qualidade assistencial dos doentes, e o reconhecimento por parte dos mesmos, resultante da relação de confiança mútua estabelecida. 180 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0015 Criação de um serviço farmacêutico de aconselhamento sobre a utilização de medicamentos durante o aleitamento. Humberto Melo1, Catarina Metelo1,Andreia Loba2, Maria José Rei1, Andreia Duarte1, Cláudia Santos3 Hospital da Luz, 2Hospital Beatriz Ângelo, 3Grupo Luz Saúde 1 Na análise de inquéritos de satisfação realizados, anualmente, aos doentes do Hospital, as doentes do serviço de obstretrícia apresentavam um maior descontentamento no que concerne à informação recebida sobre a terapêutica instituída. Tendo em conta a importância do aleitamento materno e o impacto da utilização de medicamentos neste contexo identificou-se a oportunidade de intervenção neste grupo. Este projeto tem como objetivo disponibilizar informação e ferramentas que permitam às puérperas tomar uma decisão segura sobre a utilização de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) durante o período de aleitamento. Quanto à metodologia, esta consistiu na formação dos responsáveis pelo projeto e recolha bibliográfica para elaboração de um folheto informativo e sessão de esclarecimento. A sessão decorre diariamente no serviço de obstetricia integrado na sessão informativa de enfermagem. A informação inclui a importância do aleitamento, conselhos práticos sobre a utilização de medicamentos durante este período, e informação sobre os medicamentos utilizadas nas principais condições passíveis de serem tratadas com MNSRM. No final da sessão é apresentado o folheto informativo electrónico com a mesma informação transmitida na sessão. O folheto pode ser consultado através de várias plataformas, smartphones, computadores ou ser impresso em suporte de papel. A avaliação do impacto foi feita através do número de presenças na sessão e pela análise das respostas ao inquérito de satisfação. Em relação aos resultados, entre 9 de Março e 12 de Julho de 2015, foram realizadas 34 sessões, com um total de 114 participantes. Destes, 59,6% disseram estar “muito satifeitos” e 39,4% “satisfeitos”. Quando questionados sobre qual a importância deste género de intervenções na promoção do aleitamento, todos os inquiridos classificaram a atividade como sendo importante (22%) ou muito importante (78%). Os resultados da avaliação de satisfação permitem-nos inferir o impacto positivo quer na satisfação das puérperas com o serviço recebido durante o internamento, quer na percepção do papel do farmacêutico hospitalar. Tendo em conta o curto período de internamento, a necessidade de coordenação com a equipa de enfermagem e na tentativa de aumentar a adesão ao projeto, está em estudo a participação dos farmacêuticos no curso pré-parto do Hospital. O projeto já está também implementado com sucesso noutro Hospital. Para além da espectativa relacionada com o impacto desta iniciativa na próxima avaliação de satisfação global do Hospital, acreditamos que este projeto pode funcionar como impulsionador do desenvolvimento de iniciativas semelhantes noutras áreas. 181 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0016 Segurança do doente oncológico e dos profissionais de saúde envolvidos no circuito dos medicamentos citotóxicos – Experiência de um hospital universitário Manuel Morgado1, Mónica Guardado1, Olímpia Fonseca1 1 Centro Hospitalar da Cova da Beira Objectivo: A Norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) nº 014/2015 de 06/08/2015, intitulada “Medicamentos de alerta máximo”, estabelece um conjunto de práticas seguras que deverão ser implementadas pelas instituições prestadoras de cuidados de saúde. De entre os medicamentos de alto risco ou potencialmente perigosos encontram-se os medicamentos citotóxicos. Constitui objetivo deste trabalho avaliar a implementação da referida Norma ao circuito dos medicamentos citotóxicos preparados pelos Serviços Farmacêuticos (SF) de um hospital universitário. Metodologia: Foi utilizado o “Instrumento de Auditoria” incluído na Norma da DGS nº 014/2015 (ponto 2., página 3), o qual consta de 18 questões (“Critérios”), para avaliar a implementação da referida Norma ao circuito dos medicamentos citotóxicos preparados pelos SF. Foram, igualmente, consultados os procedimentos internos e operativos existentes na instituição hospitalar que se relacionem com o circuito daqueles medicamentos. Resultados: Foi obtido um Índice de Qualidade (IQ) de 94,1% (total de respostas “sim” = 16; total de respostas “não” = 1; total de respostas aplicáveis = 17). O “critério” com avaliação negativa foi o da “Padronização dos regimes de dose”. O “critério” não aplicável foi o da “Proibição do uso de abreviaturas na prescrição manual”, atendendo a que todas as prescrições são efetuadas eletronicamente. Quanto aos critérios com avaliação positiva, há a salientar que os SF elaboram, revêem anualmente e divulgam, há já vários anos, a lista de medicamentos de alerta máximo existentes na instituição. No âmbito dos citotóxicos injetáveis(CI), cuja preparação se encontra centralizada nos SF, encontram-se parametrizados 16 alertas na aplicação informática SGICM (Sistema de Gestão Integrada do Circuito do Medicamento). Relativamente ao “Estabelecimento de procedimentos específicos para classes de medicamentos” há a salientar diversos procedimentos para aumentar a segurança da utilização dos CI: 1) Sinalética / pictogramas para a identificação / diferenciação dos CI vesicantes, irritantes e neutros; 2) Disponibilização, eletrónica e sob a forma de folhetos informativos, de informação acerca dos solventes compatíveis / incompatíveis com os CI disponíveis; 3) Identificação dos medicamentos CI com nome ortográfico, fonético ou aspeto semelhantes (medicamentos LASA); 4) Disponibilização na intranet da instituição hospitalar das “Fichas de Segurança” de todos os CI. Conclusões: Embora a auditoria interna realizada ao circuito dos CI tenha revelado um elevado IQ no que concerne à aplicação da Norma da DGS nº 014/2015, verifica-se que existem, ainda, oportunidades de melhoria, nomeadamente, no que respeita à padronização dos regimes de dose. De igual modo, é importante a realização de auditorias externas que, de forma contínua, avaliem a implementação da Norma mencionada. 182 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0017 Caso clínico de doente com cancro colo-retal metastizado Áurea Bravo1, Mariana Vieira2, Ana Fernandes1 Centro Hospitalar de Leiria, E.P.E, 2Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa 1 As doenças do foro oncológico, nomeadamente o cancro colo-retal (CCR), assumem relevo no panorama da saúde mundial, estando relacionadas com elevada morbilidade/mortalidade. Em Portugal o CCR é a 1ª causa de morte por tumor maligno. A idade, história familiar, alterações genéticas, hábitos alimentares, obesidade, álcool e tabaco são os principais fatores de risco. Os novos fármacos, nomeadamente inibidores do factor de crescimento epidérmico, têm proporcionado aos pacientes aumento da sobrevida e melhoria na qualidade de vida. O cetuximab apresenta sinergia terapêutica com agentes quimioterápicos (irinotecano). A gravidade da sua principal reação adversa (exantema acneiforme) relaciona-se com a eficácia terapêutica. Objectivo: Estudo retrospetivo do tratamento de um utente com CCR metastizado e impacto na sua qualidade de vida. Métodos: Seleção de utente do sexo masculino, 49 anos, sem fatores de risco para a doença. Diagnosticado com CCR estadio IV, metastização hepática difusa, classificação T4b N0 M1a (NCCN), não operável e sem indicação para radioterapia. Início de tratamento com FOLFIRI (10/09/2014). Combinação com Cetuximab (5/11/2014), após genotipagem do gene KRAS. Episódio de trombose desencadeia tratamento paliativo de irinotecano + cetuximab (18/06/2015) que mantém até à data. Análise dos parâmetros analíticos e clínicos disponíveis no processo do doente. Recolha de informação através de entrevista ao utente, equipa médica e enfermagem. Análise de toda a terapêutica administrada e seus respetivos efeitos. Resultados: À data do diagnóstico: valores elevados nos marcadores tumurais (CEA e Ca 19.9) e transaminases (metastização hepática). Diminuição dos marcadores tumurais após FOLFIRI, sendo mais acentuada com introdução de cetuximab. Pré-medicação: atropina, dexametasona e ondansetron. Adição de clemastina com introdução do cetuximab. Efeitos secundários manifestados no doente: rash cutâneo - tratamento com Pliazon®; perturbações gástricas – tratamento com esomeprazol; mucosite – tratamento com suspensão oral de bochechos à base de nistatina. Aparecimento de diabetes mellitus tipo II no decorrer da doença – tratamento com insulina de ação prolongada. Episódio de extravasamento com cetuximab sem danos. 183 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS Conclusão: Utente não abrangido pelo rastreio oportunístico do CCR (norma n.º 3/2014, DGS), a doença instalou-se antes da idade recomendada (50 anos). A importância do rastreio resulta do facto da sobrevivência global aos 5 anos ser de 50%. Em diagnóstico precoce, a sobrevivência ultrapassa os 90%. Sendo diagnosticado CCR em estádio IV não operável a abordagem terapêutica é paliativa. Da análise da informação recolhida, pode concluir-se que o utente apresenta um bom estado geral, mantendo-se estável, autónomo e com boa qualidade de vida. Realça-se o papel da pré-medicação, administrada de forma profiláctica, com intuito de reduzir os efeitos secundários. 184 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA HOSPITALAR CNF/2015/A2/P0018 Inibidores das Janus Associated Kinases na terapêutica farmacológica Daniela Santos1, Daniela Marques1, Manuel Morgado2 Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, 2Centro Hospitalar da Cova da Beira 1 Objectivo: Os inibidores das Janus Associated Kinases (JAK) são fármacos promissores no tratamento da artrite reumatóide, psoríase, rejeição de órgão e, ainda, vários tipos de cancro. Este estudo procura rever os diferentes inibidores das JAK que se encontram disponíveis na prática clínica, as suas indicações terapêuticas e, ainda, potenciais indicações em investigação de modo a compreender a gama de indicações que estes agentes promissores abrangem. Uma revisão dos principais inibidores das JAK que se encontram em diferentes fases dos ensaios clínicos é também objetivo deste estudo. Metodologia: Foi efetuada uma revisão bibliográfica do Resumo das Características do Medicamento (RCM) dos inibidores das JAK disponíveis no mercado farmacêutico, bem como uma pesquisa na base de dados eletrónica da PubMed, recorrendo aos termos «JAK inhibitors», «Janus Associated Kinases inhibitors» e «Janus Kinases inhibitors», de artigos publicados desde janeiro de 2014 até janeiro de 2015. Foram, ainda, consultadas as bases de dados da European Medicines Agency (EMA) e da United States Food and Drug Administration (FDA) de forma a percecionar os inibidores das JAK autorizados na prática clínica. Resultados: Atualmente, apenas o ruxolitinib e o tofacitinib estão disponíveis no mercado farmacêutico, embora este último tenha sido recusado pela EMA devido a preocupações quanto ao seu perfil de segurança. O ruxolitinib é utilizado no tratamento de doenças como a mielofibrose e a policitemia vera. O tofacitinib - apenas autorizado pela FDA com algumas restrições – está indicado no tratamento da artrite reumatóide. Por outro lado, o tofacitinib tem evidenciado resultados promissores em ensaios clínicos de fase II, nomeadamente, noutras doenças autoimunes como a colite ulcerativa e a psoríase. Este também se encontra a ser avaliado como imunossupressor em doentes sujeitos a transplantes renais. O ruxolitinib tem sido estudado quanto à sua segurança e eficácia, quer em associação com o trastuzumab no tratamento de cancro da mama metastático, quer em associação com a capecitabina no tratamento do cancro do pâncreas avançado ou metastático. Vários inibidores das JAK estão em diferentes fases de ensaios clínicos por forma a entender o seu potencial para o tratamento de vários tipos de cancro e de doenças relacionadas com o sistema autoimune que são refratárias aos tratamentos atualmente disponíveis. Conclusão: Os inibidores das JAK correntemente disponíveis no mercado têm um papel fundamental no tratamento de doenças oncológicas e autoimunes. Contudo, estes fármacos ainda se encontram sob investigação no sentido de avaliar o seu potencial para outras indicações clínicas. Um dos principais desafios inerente à investigação destes medicamentos prende-se com a segurança destes, já que são fármacos com muitos efeitos adversos, o que, à partida, exigiria uma monitorização apertada por parte dos profissionais de saúde. 185 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS INDÚSTRIA FARMACÊUTICA CNF/2015/A3/P0001 Identificação e avaliação das atividades antitumoral e hemostática de extratos secos da casca de romã utilizando ácido elágico e punicalagina como marcadores ativos. Juliana Machado Brêtas1, Diego Beltrão Pereira1, Fernanda Cristina G. Evanjelista1, Adriano de Paula Sabino1, Isabela da Costa César1, Gerson Antônio Pianetti1 1 Universidade Federal de Minas Gerais A Punica granatum L., conhecida no Brasil como romã, é originária da Ásia, sendo cultivada em diversas regiões subtropicais. A parte mais utilizada na terapêutica é a casca do fruto e o mesocarpo, onde estão concentrados taninos hidrolisáveis, como a punicalagina (PNG) e o ácido elágico (AE). Além das diversas atividades biológicas atribuídas ao extrato seco da casca de romã, há registros científicos de que os taninos possuem atividade antitumoral. A identificação de taninos característicos da romã, como a PNG, é fundamental para o controle de qualidade de fitoterápicos, assegurando que não houve adulteração do extrato. Diante disso, desenvolveu-se um método por cromatografia em camada delgada para identificação de AE e PNG, permitindo a análise de forma barata e rápida da composição dos 19 extratos obtidos por doação, viabilizando sua utilização em farmácias magistrais e indústrias de pequeno porte. Além disso, a identidade de 4 extratos, sendo cada um representante de uma faixa de concentração de AE, foi confirmada por cromatografia líquida de alta eficiência. Foi verificada uma grande diferença entre os perfis cromatográficos dos extratos. Após a etapa de identificação foram feitos dois testes: avaliação preliminar da atividade antitumoral de 4 extratos e dos padrões de AE e PNG e a avaliação da atividade hemostática dos 19 extratos adquiridos. A atividade antitumoral foi verificada através do ensaio de redução do MTT, utilizando linhagem celular humana de carcinoma de cólon retal (RKO-AS45-1), e a avaliação da atividade hemostática in vitro foi realizada mensurando os tempos de protrobina e de tromboplastina parcial ativada. Tanto os padrões quanto os extratos, em suas concentrações plasmáticas máximas, calculadas considerando a dose média diária recomendada, não impactaram significativamente sobre a hemostasia. No teste da atividade antitumoral, os padrões de AE e PNG foram eficazes contra a linhagem testada, apresentando IC50 de 21,50 µg/mL ± 0,78 e 20,84 µg/mL ± 2,84, respectivamente. Entretanto, a atividade citotóxica dos extratos avaliados não foi tão significativa (IC50 médio de 196,16 µg/mL). Embora a causa dessa discrepância ainda esteja sob investigação, estando em andamento o estudo em outras linhagens de células neoplásicas (MDA-MB-231, MCF7 e TOV-21G), fica evidente a importância da realização de estudos científicos para a confirmação das indicações “off label” de uso dos extratos secos de romã, garantindo a segurança dos pacientes. 186 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS INDÚSTRIA FARMACÊUTICA CNF/2015/A3/P0002 Implementação e Qualificação de uma Área de Embalagem de Formas Farmacêuticas Sólidas João Correia1, Cristina Toscano1, Fátima Carvalho1 1 LEF - Infosaúde Objectivo: O acondicionamento primário de produtos farmacêuticos constitui uma fase de produção crítica, influenciando a manutenção das características físico-químicas e microbiológicas durante o seu ciclo de vida. Foi necessário implementar operações de embalagem de acordo com os requisitos GMP, numa área para formas farmacêuticas sólidas, permitindo fechar o ciclo de produção destas formas fabricadas. Metodologia: O projeto foi concebido atendendo à área e capacidade existentes, requisitos aplicáveis, instalações, execução, qualificação, validação, definição de procedimentos, formação e implementação de rotinas, de acordo com o sistema de gestão da qualidade e ambiente. A implementação e a qualificação da área de embalagem foi iniciada com um controlo de modificações, definidos os user requirements e documentada sob a forma de protocolos de qualificação e relatórios. O processo de concretização técnica foi multidisciplinar, tendo a equipa de trabalho envolvido a Produção, o Departamento de Qualidade, o Departamento de Engenharia e Manutenção e a Direção Técnica. A análise de risco efetuada permitiu identificar os pontos críticos nas infraestruturas, instalações, equipamentos e operações, de modo a centrar as atividades e os custos de toda a qualificação nos aspetos relevantes, na perspetiva da qualidade. Resultados: Definidos os layouts, a qualificação do design, da instalação, da operacionalidade e do desempenho das instalações e infraestruturas demonstraram a sua conformidade, cumprindo os requisitos. As características dos blisters obtidos em testes, a diferentes temperaturas de formação, selagem e velocidade de funcionamento permitiram a validação de processos para os vários materiais. A área foi posteriormente colocada a uso para as diversas operações de embalagem na linha de produção. De acordo com os pontos críticos identificados para a embalagem de produtos sólidos, o processo é constantemente verificado por testes de controlo e repetida verificação por pessoal devidamente treinado, complementadas pela verificação do produto final embalado. Definiram-se limites para os rendimentos e para o controlo nas reconciliações de stocks. Alargou-se o âmbito da análise de eventuais desvios e a implementação de CAPA. Conclusões: O sucesso da implementação e qualificação da área de embalagem foi evidenciada pela Certificação GMP após inspeção realizada pela Autoridade Competente. Os processos têm-se otimizado do ponto de vista da melhoria contínua e do seu controlo. 187 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS INDÚSTRIA FARMACÊUTICA CNF/2015/A3/P0003 Permeação “In vitro”: verniz ungueal Margarida Barreto1, Fátima Carvalho1 1 LEF - Infosaúde Objectivo: Este estudo teve como objetivo comparar o desempenho in vitro de dois vernizes para aplicação ungueal, contendo cloridrato amorolfina. Metodologia: As experiências de permeação in vitro foram realizadas recorrendo a membranas de casco de bovino em células de permeação verticais, tipo Franz modificadas. As membranas obtidas a partir de cascos de bovinos foram usados como modelo experimental pela sua semelhança em termos de composição, às unhas humanas. De modo a comparar os perfis de permeação de amorolfina obtidos com as duas formulações, foram aplicadas duas metodologias, F2 e modelos lineares mistos generalizados. O teste foi realizado num total de doze células para uma das formulações e onze células para a outra formulação. Resultados: A quantidade de amorolfina permeada até às cinco horas, em ambas as formulações foi 1370,38 ± 592,37 µg /cm2 (CV% = 43,23%) e 1140,43 ± 546,38 µg /cm2 (CV% = 47, 91%). N comparação dos perfis obteve-se um resultado de similaridade, quando comparados os valores médios para cada formulação, não se tendo verificado diferenças significativas nos efeitos do modelo misto (p> 0,05). Conclusões: O modelo de teste “in vitro” aplicado permite comparar o desempenho de permeação de vernizes ungueais de formulações contendo amorolfina. 188 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS INDÚSTRIA FARMACÊUTICA CNF/2015/A3/P0004 Development of quality control methods using a quality-by-design approach Sandra Lopes1, Joana Cecílio1, Cristiana Pardal1, Paula Barroso1, Marisa Rodrigues1 Laboratórios Atral S.A. 1 Introduction: Selecting optimal operating conditions, during the development of new chromatographic methods for quality control, is a complex task. Traditionally, the method development strategy implies a “trial-and-error” process that is both slow and inefficient. The quality by design approach, which combines design of experiments and multivariate models, provides a more proficient use of time and resources. Objective: To develop a liquid chromatographic method with ultra-violet detection for reliable quantification of the active pharmaceutical ingredient (API) in a pharmaceutical form, ensuring complete separation between excipients, API and its seven related compounds. Methodology: Statistically designed experiments (MODDE, Version 6.0) were performed to study the effect of chromatographic parameters on selected responses, in two sequential phases: screening and optimization. During the screening phase, a full factorial design was used to discard the statistically non-significant parameters. The significant parameters were further analyzed by a central composite design and multilinear regression models, to achieve the optimization of the chromatographic method. The final analytical methodology was validated according to ICH directives, using the optimal chromatographic conditions previously identified. Results: The screening design identified the main factors affecting global resolution: gradient time and column temperature. The multilinear regression model, from the subsequent optimization design, provided data to construct a response surface and estimate an adequate combination of these significant parameters. Remaining chromatographic parameters were kept constant according to best values identified in the screening phase. The predicted optimal method allowed the separation of excipients, API and related compounds. Analytical validation of this method demonstrated its adequate selectivity, accuracy, precision and linearity, over the entire working range. Conclusion: The implementation of chemometric tools proved to be useful for the development of analytical separations: a fully validated assay method was obtained, reducing time and resources spent, in comparison to the univariate development approach. 189 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS ANÁLISES CLÍNICAS CNF/2015/A4/P0001 Detecção precoce de discrasia plasmocitária na electroforese de proteínas séricas Maria José Pereira1, Manuel Silva1, Lina Rodrigues Costa1 1 Hospital Forças Armadas A proliferação de um clone maligno de células plasmocitárias pode evidenciar-se pela detecção no soro ou urina de Imunoglobulinas que tendo características estruturais homogéneas são consideradas monoclonais. Foi objectivo deste estudo detetar e identificar pequenas alterações nos traçados eletroforéticos que conduzem à identificação e diagnóstico precoce de displasias plasmocitárias. Avaliou-se retrospectivamente e num período de 2 anos, 7265 traçados de eletroforese de proteínas. A população estudada foi de 4987 utentes (sem replicados), tendo como média de idades 53 anos. Constituída por 3568 homens e 1419 mulheres. Usou-se a eletroforese de proteínas em gel de agarose como técnica de deteção e a imunofixação para a sua caracterização. Formaram-se 2 grupos com base na expressão da monoclonalidade: Grupo-1: diagnóstico feito com base na distorção da curva ou aparecimento de um esboço de pico; Grupo-II: presença evidente de um pico monoclonal. O estudo estatístico foi feito em SPSS sendo positivo p≤0.05. Da análise da população estudada, 176 casos – 3,5%, foram assinalados com mensagem de patologia monoclonal e aconselhamento à caracterização da mesma. A média de idades deste grupo foi de 70.0 anos, sendo maioritariamente do sexo masculino. A caracterização foi efetuada numa 2ª colheita em 34 utentes tendo sido evidenciado laboratorialmente 17 casos de monoclonalidade associados a cadeia pesada IgG -50.0%, 20.6% associada a IgA e 17.6%a IgM. Constatou-se um caso de biclonalidade IgG e IgM e 3 casos foram considerados negativos. No Grupo-I (18 utentes -58.1%), com idade média de 69.6 anos, a quantificação das regiões beta e gama apresentaram respectivamente valores ligeiramente aumentados ou normais em relação aos valores de referência sendo em média, 15.4g/L (valor referência 7-13 g/L) e 13.3g/L (valor referência 6-16 g/L). A quantificação eletroforetica do esboço de pico na região gama foi de 4.7g/L. Esta população contrasta e difere significativamente dos restantes utentes, do Grupo- II, (13 utentes – 41,9%), com idade média de 74 anos, cujo perfil eletroforetico apresenta um nítido pico monoclonal, 14.7g/L (p<0.001), com glóbulos vermelhos e hemoglobina respectivamente de 3.83*1012/L e 11.2g/L (p=0.048 e p=0.010). O estudo da eletroforese de proteínas séricas permitiu detetar de forma precoce situações que poderão culminar em discrasia plasmocitária Será sempre importante acompanhar a interpretação quantitativa da eletroforese de proteínas com a sua avaliação gráfica. 190 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS ANÁLISES CLÍNICAS CNF/2015/A4/P0002 Qrt-PCR and ONEp-PCR: uma nova combinação de métodos aplicada ao prognóstico da infecção VIH/SIDA Quirina Costa1, José Pereira1, Maria Lopes1, Margarida Rocheta2 1 Faculdade de Farmácia ULisboa, 2Faculdade de Agronomia ULisboa Os vírus da Imunodeficiência Humana tipo 2 (VIH-2) têm propriedades únicas como um agente patogénico humano: é menos eficiente no desenvolvimento de manifestações patológicas, a infecção é geralmente definida como menos virulenta e os indivíduos infectados apresentam uma carga virai praticamente indetectável, traduzindo-se numa taxa de transmissão mais baixa. São necessários métodos sensíveis para quantificar a expressão e o número de cópias integradas nas células infectadas pelo VIH. Com a nova combinação entre o qRT-PCR (PGR em tempo real) com ONEp-PCR (PGR de primer único), podem ser identificados polimorfismos e instabilidade do genoma das células infectadas pelo VIH. Neste trabalho, é demonstrado que isolados primários VIH-2 de fenótipo R5 e vírus quiméricos R5 promovem deleções e inserções no DNA dos linfócitos T CD4+, indicando instabilidade genómica ao longo do tempo. Tanto os isolados primários, como as construções quiméricas são suficientes para desencadear diferentes vias de sinalização que conduzem à expressão de CCR5 e de ENV, assim como para identificar o número de cópias integradas do gene env, em linfócitos T CD4+ de indivíduos infectados com HIV-2. Estes resultados revelam a utilidade potencial da combinação de qRT-PCR e ONEp-PCR para identificar sequências de genes alterados na infecção VIH/SIDA: precocemente são detectadas as integrações dos pró-vírus no genoma humano. Esta técnica relativamente simples, personalizada, pode ser utilizada para revelar marcadores associados à infecção VIH/SIDA sendo um recurso renovável para numerosos estudos nos vários campos da biologia molecular moderna e da medicina. 191 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS ANÁLISES CLÍNICAS CNF/2015/A4/P0003 Escherichia coli uropatogénica da comunidade: comensal ou patogénica Ana Eusébio1, Catarina Araújo1, Madalena Andrade1, José Oliveira1, Aida Fernandes1 1 Faculdade de Farmácia ULisboa As infeções do trato urinário (ITU) são as infeções bacterianas mais comuns nos humanos, quer na comunidade, quer associadas a cuidados hospitalares. Estas ocorrem maioritariamente na mulher, sendo frequentemente causadas pela Escherichia coli (80%), associada à flora comensal do individuo. A E. coli uropatogénica está envolvida em muitas ITU, que atingem a bexiga e o rim em hospedeiros saudáveis, infeções essas que são favorecidas por fatores de virulência específicos, que facilitam a colonização e subsequente infeção. Estes são frequentemente codificados por elementos genéticos flexíveis, denominados de ilhas de patogenicidade (PAIs). O objectivo deste estudo consistiu em estudar os grupos filogenéticos associados à presença de factores de virulência e de PAIs, em estirpes de E. coli uropatogénica provenientes de laboratórios da comunidade. Esta pesquisa realizou-se no laboratório de Microbiologia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa que incluiu 250 isolados de E. coli de mulheres em idade fértil (até 59 anos). A pesquisa dos genes de virulência (fimH, papC, usp, ecpA, hlyA e cnf1), ilhas de patogenicidade e grupo filogenético (chuA, yjaA, TSPE4.C2) foi efetuada no DNA genómico, amplificado pela técnica de PCR e confirmados por sequenciação. Os isolados distribuíram-se pelos 4 grupos filogenéticos nos quais 76,8% dos isolados pertenciam aos grupos B2 e D onde se incluem as estirpes extra intestinais patogénicas. Entre os fatores de virulência as adesinas fimbriais do tipo 1 (fimH) foram as mais prevalentes (81,2%) e a adesina ecpA (86,8%). As ilhas de patogenicidade em estudo foram mais prevalentes nos isolados dos grupos filogenéticos B2 e D, que são à partida grupos com maior virulência que os comensais B1 e A. Considerando que as PAIs atribuem maior capacidade invasiva às estirpes que as transportam, os isolados dos grupos B2 e D têm maior capacidade de persistência e lesão do epitélio, assim como maior capacidade de ascensão no trato urinário e passagem à corrente sanguínea. 192 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS ASSUNTOS REGULAMENTARES CNF/2015/A5/P0001 Avaliação dos Riscos versus Benefícios dos ensaios clínicos na Índia: o Farmacêutico – a Investigação – o Mercado Pedro Abreu1, Rita Luís1, Bruno Mendes1 Escola de Ciências e Tecnologias da Saúde, ULHT 1 Objectivos: Avaliação da relação Risco [R] vs. Benefício [B] na perspectiva financeira, regulamentar, ética e epidemiológica da participação da Índia e de Contract Research Organizations (CRO) na investigação clínica, com verificação das consequências sobre o acesso populacional à inovação. Métodos: Efectuou-se estudo de natureza retrospectiva, baseado numa análise observacional sustentada numa amostra selectiva de material técnico e científico. O tratamento de resultados efectuou-se sob uma análise PEST (Política – Económica – Social – Tecnológica). Entre diversos indicadores, os factores políticos incluíram dados de estabilidade governativa, legislação e regulamentação de mercados e produtos, política fiscal, legislação laboral; os factores económicos incluíram a evolução de produtos, taxas de juro, taxas de inflação, nível de desemprego, níveis salariais, custos dos factores produtivos; os factores sociais englobaram tendências demográficas, tendências de prescrição, estilos de vida, distribuição do rendimento, sistema educativo/formativo; os factores tecnológicos enquadraram informação de profissionais, investimentos públicos e privados em I&D (Investigação e Desenvolvimento), propriedade intelectual e transferência tecnológica. Todos os dados transitaram posteriormente para um sistema de tratamento percentual. Resultados: Verificou-se uma acentuada discrepância entre riscos e benefícios nas diferentes categorias. No domínio político observou-se que os benefícios superam os riscos (54,2%[B] : 45,8% [R]), tal como sucede na determinante económica (66,7%[B] : 33,3% [R]) e nos factores tecnológicos (66,7%[B] : 33,3% [R]). Em relação aos factores sociais, os riscos sobrepõem-se aos benefícios (45,8%[B] : 54,2% [R]). A análise realizada determinou elevada disponibilidade de pacientes, reduzidos custos, adequado cronograma de conclusão dos ensaios clínicos, evolução infraestrutural recente, e, suporte legislativo e executivo relevante na atracção de CRO e indústrias de farmacêuticas inovadoras. Conclusão: Apesar da determinante social ser a única relação desfavorável, face ao risco versus benefício, a mesma demonstra ser prioritária para a competitividade de uma área que política, económica e tecnologicamente manifesta interesse. Face à dimensão do mercado Indiano, não existe razão aparente para a intervenção comercial e acesso à inovação não ser primariamente nessa geografia, restringindo o acesso sobre os países desenvolvidos. 193 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS ASSUNTOS REGULAMENTARES CNF/2015/A5/P0002 Potential readability issues in a large sample of medicinal package inserts: quantification of words and abbreviations Carla Pires1, Marina Vigário2, Fernando Martins2, Afonso Cavaco1 1 Research Institute for Medicines and Pharmaceutical Sciences, Faculty of Pharmacy, University of Lisbon, 2Department of General and Romance Linguistics, Laboratory of Phonetics & Lisbon Baby Lab, Faculty of Letters, University of Lisbon Background: Medicines package inserts (MPIs) are essential to an adequate transmission of therapeutic information and the effective and safe use of medicines. Too long MPIs, i.e. MPIs with more than 1500 words, and the use of abbreviations in these health documents, have proved to have a negative impact in MPIs readability. Objectives: To quantify the average number of words and occurrence of abbreviations in a large sample of medicinal package inserts. Methods: Approximately 30% (n=531) MPIs of all brand medicines mentioned in the Portuguese Prescribing Guide were randomly selected. In each of these package inserts, abbreviations were manually identified. An informatics tool (PreText – Text Preprocessing) was specifically programmed to count the number words and abbreviations in the sampled MPIs. Results: The average number of words per MPI was 1810 (SD = 794; Maximum = 5412; Minimum = 513). Globally, 38 abbreviations presented 20 or more occurrences in the sampled MPIs. The three most frequent abbreviations were mg/ml (milligram per millilitre) with 286 occurrences, THS (Hormone replacement therapy) with 193 occurrences, and AINE (Non-steroidal anti-inflammatory drug) with 148 occurrences. Conclusion: The excessive text length and high prevalence of abbreviations found in the sampled package inserts may lead to potential readability issues. Overall, a large part of these package inserts would benefit from a linguistic revision and optimization. It is advisable to update and revise the pharmaceutical regulation preventing negative outcomes. Automatic methodologies for aspects of text assessment constitute a robust approach to supervise the development of the package inserts. Keywords: PACKAGE INSERTS; READABILITY; ABBREVIATIONS, TEXT LENGTH 194 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS ANÁLISES HIDROLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS E TOXICOLÓGICAS CNF/2015/A8/P0001 Detecção e quantificação multi-classe e multi-resíduo de 41 antibióticos em dourada (Sparus aurata) de aquacultura por UHPLC-MS/MS Lúcia Santos1, Bruno Soares1, João Rosa1, Andreia Freitas1-2, Sara Leston3, Jorge Barbosa2, Fernando Ramos4 CEF – Centro de Estudos Farmacêuticos, Campus das Ciências da Saúde, Faculdade de Farmácia, 2INIAV-LNIV, Laboratório 1 Nacional de Investigação Veterinária Introdução: A aquacultura é uma das áreas de desenvolvimento estratégico, a nível mundial, e a sua importância está bem patente no seu significativo crescimento ao longo das últimas décadas. Este crescimento está relacionado com a implementação de métodos de produção intensivos e semi-intensivos, que recorrem à utilização de antibióticos para prevenir o surgimento e a disseminação de doenças infeciosas nos peixes. Esta prática constitui um grave problema de saúde pública, não somente devido à presença de resíduos dos fármacos nos tecidos edíveis do animal, mas também pela emergência de fenómenos de resistência bacteriana aos antibióticos, o que representa hoje uma ameaça inquestionável para a Saúde Pública. Consequentemente as Agências de Regulação Europeias estabeleceram limites máximos de resíduos (LMR) e definiram requisitos de desempenho dos métodos analíticos e critérios para a interpretação de resultados. Objectivo: O nosso objetivo foi avaliar a conformidade e segurança da dourada de aquacultura – uma das espécies mais consumida pelos Portugueses - vendida em Portugal, no que se refere concretamente à presença de resíduos de antibióticos. Metodologia: No presente estudo, uma metodologia previamente validada foi usada para a determinação simultânea de 41 antibióticos de 7 classes diferentes – sulfonamidas, trimetoprim, tetraciclinas, macrólidos, quinolonas, penicilinas e cloranfenicol – em 29 amostras de dourada de aquacultura, colhidas em supermercados portugueses, de norte a sul do país, entre Fevereiro e Março de 2015. Duas destas amostras foram colhidas directamente em unidades de produção de dourada, em Setúbal e na Figueira da Foz. O método consistiu na determinação por UHPLC-MS/MS (Ultra High Pressure Liquid Chromatography – Tandem Mass Spectrometry), após extracção simples com acetonitrilo e EDTA, tendo sido validado em conformidade com os requisitos constantes da Decisão 2002/657/EC da Comissão Europeia. Resultados e Conclusões: Em 8 das 29 amostras analisadas foi determinada a presença de resíduos de antibióticos, sendo que em 3 daquelas foi detectada a presença de doxiciclina – um antibiótico para o qual não está definido um LMR – em concentrações que variaram entre 0,03 to 0,1 µgKg-1. Nos restantes casos os resíduos de antibióticos presentes foram quantificados, encontrando-se abaixo dos LMR definidos pela legislação Europeia. Estes resultados vêm evidenciar a utilização de antibióticos não permitidos na produção, em regime de aquacultura, de dourada vendida em Portugal. A técnica de UHPLC utilizada, com um tempo de análise curto e elevada resolução cromatográfica, possibilita a rápida determinação e quantificação de 41 antibióticos em músculo de dourada. O processo de extracção simples, rápido e de baixo custo, torna o método particularmente adequado à análise de rotina, representando uma ferramenta inovadora e eficaz no sentido da salvaguarda da saúde pública. 195 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS ANÁLISES HIDROLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS E TOXICOLÓGICAS CNF/2015/A8/P0002 A step in the development of new lamotrigine-related antiepileptic drugs and their toxicity evaluation Mariana Matias1, Samuel Silvestre1, Amílcar Falcão2, Gilberto Alves1 Health Sciences Research Centre, University of Beira Interior and Centre for Neuroscience and Cell Biology, University of 1 Coimbra, 2Centre for Neuroscience and Cell Biology, University of Coimbra and Pharmacology Department, Faculty of Pharmacy, University of Coimbra Introduction: Epilepsy is one of the most common serious chronic neurological disorders with a great negative impact on the patient’s quality of life. Although a large arsenal of antiepileptic drugs (AEDs) is now available, there is a plentiful percentage of patients that lives with uncontrolled seizures and develops pharmacoresistance. Hence, it is urgent to develop new AEDs with improved efficacy. Objetive: This work aims to find novel AED candidates based on the structure of lamotrigine and to perform the in vitro evaluation of their neuronal, hepatic and intestinal cytotoxicity. Methods: Forty five lamotrigine-related molecules from two different series were synthesized through Biginelli reaction by condensation of an aldehyde, a β-ketoester and urea/thiourea. The first screening of the cytotoxicity of the compounds (at 30 μM) was evaluated on N27, HepaRG, Caco-2 and NHDF cell lines by the 3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide (MTT) assay. The concentration inducing 50% inhibition of cell growth (IC50) was assessed for toxic compounds using different concentrations (0.01, 0.1, 1, 10, 50 and 100 μM). Results and discussion: After the lamotrigine-related compounds had been successfully synthesized, the evaluation of their in vitro toxicity was then performed. Generally, the results revealed that the compounds did not show significant toxicity neither in normal dermal cells nor in neuronal cells (relative cell proliferation higher than 50% at 30 μM); the neurotoxicity was an important parameter to be assessed bearing in mind the target organ of action of AEDs. On the other hand, the compounds incorporating chloro atoms in their structure expressed considerable toxicity in the remaining cell lines. The chloro-containing compounds belonging to urea series showed selective hepatic toxicity (5.28 μM ≤ IC50 ≤ 15.9 μM for HepaRG) whereas their analogs from thiourea series demonstrated to be toxic for both cell lines (0.749 μM ≤ IC50 ≤ 31.9 μM for HepaRG and 5.51 μM ≤ IC50 ≤ 13.7 μM for Caco-2). These results were particularly important because the hepatotoxicity is associated with some AEDs and has been recognized as a serious problem. Additionally, the intestinal toxicity assessed by Caco-2 cell line was also an important feature to be considered due to the fact that the oral administration of these compounds is desirable. Conclusion: The majority of the molecules synthesized as new AED candidates did not show potential neuronal, hepatic and intestinal toxicity. Only some compounds manifested considerable toxicity and, thus, structural modifications could be considered to develop safer derivatives. Then, additional studies will be required to evaluate their efficacy as well as their pharmacokinetic properties in order to obtain a new patentable lead compound with anticonvulsant activity that should be elected for further development. 196 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA MILITAR CNF/2015/A9/P0001 Plano de Contingência para a Rotura do Medicamento Ilda Dias1, Fernanda Pires1, Luís Mendonça1, Helena Fernandes1, Henrique Nogueira1, Bruno Rodrigues1, Bruno Viana1, Paulo Coelho2 Hospital das Forças Armadas, 2Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa 1 Objectivo Elaborar um Plano de Contingência para a Rotura do Medicamento. Metodologia Numa primeira fase foram identificados os riscos que poderão provocar uma rotura do medicamento bem como as suas causas. Para tal, foi realizada uma pesquisa bibliográfica de documentos nesta área. Seguidamente, os riscos foram analisados recorrendo a uma matriz de impacto. O Plano de Contingência foi então desenhado tendo por base os riscos identificados, recorrendo a um esquema de fluxogramas. Resultados e Conclusões Foi elaborado um Plano de Contingência onde estão contemplados seis riscos identificados. As causas para a ocorrência dos riscos bem como a sua probabilidade e impacto foram analisados e descritos. Destacam-se a falha nas redes de comunicações, a falha no abastecimento de medicamentos e a falha na refrigeração associada a uma falha eléctrica, que foram categorizados como de elevado risco para a instituição hospitalar. Para cada risco foi concebida uma orientação de atuação sob a forma de fluxograma. Uma das grandes limitações deste trabalho é a escassez de informação publicada sobre a matéria, o que para além de implicar que determinados riscos não tenham sido identificados, pode levar a que que as medidas descritas nem sempre sejam as mais adequadas. Idealmente este Plano deverá estar integrado no Plano de Contingência do hospital permitindo o aumento da multidisciplinaridade no seu delineamento bem como uma maior organização de ações a nível institucional. Ainda assim, o Plano de Contingência para a Rotura do Medicamento é uma excelente ferramenta de suporte para o farmacêutico hospitalar ao nível da gestão e garantia de acesso ao medicamento. A sua existência realça a importância do papel do farmacêutico, assim como do valor acrescentado dos serviços farmacêuticos hospitalares, não só em situação de crises aquando da ativação do plano, como também durante o normal funcionamento de atividade. 197 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA MILITAR CNF/2015/A9/P0002 Ensaios de Esterilidade no Laboratório de Microbiologia Geral do LMPQF Sara Batalha1, Sílvia Xisto1, Inês Martins1 1 LMPQF Objectivo: Dar a conhecer a atividade do Laboratório de Microbiologia Geral, relativamente á realização de ensaios de esterilidade a produtos próprios de marca LM e a dispositivos médicos. Metodologia: O Laboratório de Microbiologia Geral dispõe de uma Sala Limpa Classe A, equipada com Fluxo de Ar Laminar Horizontal, exclusiva para a realização de ensaios de esterilidade, segundo as Boas Práticas de Laboratório. Estes ensaios são realizados segundo as especificações oficiais da Farmacopeia Portuguesa IX, capítulo 2.6, parte 2.6.1 e aplicam-se a substâncias, preparações e objetos que, segundo a Farmacopeia, devem ser estéreis. Esta Sala é composta por duas antecâmaras para preparação do operador, uma sala onde se encontra o fluxo laminar horizontal para execução dos ensaios, um janelão com capacidade de esterilização por UV para entrada de materiais e um janelão para a saída de amostras processadas e material. Os ensaios a preparações farmacêuticas líquidas são efetuados com recurso ao equipamento Steritest, que trabalha em circuito fechado. Os ensaios efetuados a dispositivos médicos são executados com recurso a colheita por zaragatoa e posterior inoculação, em meio de cultura apropriado. Resultados: Conclusões: A realização destes ensaios constitui uma ferramenta essencial para a validação e controlo de processos de esterilização de dispositivos médicos e de formas farmacêuticas. Apresentam-se, ainda, essenciais para o controlo de qualidade de preparações farmacêuticas e dispositivos médicos estéreis. Ao longo dos anos, tem-se verificado um aumento do número de ensaios de esterilidade realizados em preparações farmacêuticas lm. A variabilidade do número de ensaios de esterilidade a dispositivos médicos, justifica-se pela conjuntura económica, observando-se redução do número de amostras enviadas por clientes externos. 198 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS FARMÁCIA MILITAR CNF/2015/A9/P0003 O papel do farmacêutico em situações de emergência Paulo Cruz1, Paulo Santos1, Rodrigo Santos1 LMPQF 1 Não raras vezes somos confrontados com termos como “desastre”, “catástrofe”, “calamidade”, “emergência”, “guerra” ou outros que, na maior parte das ocasiões, confundem e alarmam em vez de esclarecerem o papel que o cidadão e os profissionais das mais diversas áreas devem assumir perante aqueles cenários. Independentemente de estarmos perante um ou outro dos cenários aludidos, há imagens comuns que associamos a todos eles: danos, destruição, perda de vidas humanas, sofrimento e deterioração da saúde das pessoas e dos recursos de saúde ou das infraestruturas que lhes podem valer. Por isso, não raramente os países afetados sentem a necessidade de pedir auxílio internacional ou, no caso das guerras, a intervenção pode ser imposta por decisões supranacionais. Num mundo ideal, a proteção civil deveria ser uma atividade transversal a toda a sociedade e, por isso, começar em todos e depender de todos. No entanto, todos reconhecemos que existem inúmeras diferenças na forma como cada estado encara, treina e disponibiliza recursos para preparar e enfrentar as mais distintas adversidades com que, subitamente, uma região, país ou continente podem ser confrontados. Não é difícil encontrar consenso se dissermos que acreditamos que Portugal não está tão mal preparado como o Haiti ou o Nepal, mas também não estará tão avançado como o Japão. No entanto, não menos consensual é reconhecermos que os portugueses possuem um problema grave de difícil resolução e que pode trazer consequências desastrosas: acreditam demasiado na sua capacidade de improviso e são, de um modo geral, avessos a tudo o que seja prevenção e planeamento. É neste contexto que ganha especial importância o papel do farmacêutico, uma vez que a resposta inicial a uma catástrofe e consequente emergência deve ocorrer localmente. Isto porque, em muitas circunstâncias, podem ser necessários dias ou semanas até que a ajuda possa chegar aos cidadãos afetados. Portanto, todas as comunidades, pequenas ou não, devem estar preparadas para qualquer eventualidade e de preferência, devem ser conhecedoras do plano de resposta em vigor. Objectivo Neste documento abordaremos, de uma forma simples e sucinta, o papel que o farmacêutico civil pode desempenhar para preparar o cidadão comum e estar pronto para dar respostas imediatas e eficazes que permitam mitigar os efeitos que estão na origem e que resultam de estados de exceção. Para além disso, este documento ambiciona dar a conhecer um pouco das missões que o farmacêutico militar pode desempenhar em situações de emergência, nomeadamente aquelas que decorrem de estados de exceção, como são o estado de guerra, o estado de sítio ou o estado de emergência. Nestas circunstâncias, e de forma distinta, as leis do país preveem o emprego das Forças Armadas no interior do território nacional, embora a nossa experiência acumulada diga respeito essencialmente a missões relacionadas com a intervenção militar no estrangeiro. Metodologia Opinião dos autores apoiada na experiência do terreno e bibliografia. Resultados O papel do farmacêutico civil O farmacêutico, por ser o profissional de saúde mais acessível, quer por motivos de distribuição geográfica quer pela sua disponibilidade e aptidão para fazer chegar informação e formação aos cidadãos, deve estar 199 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS envolvido e ser conhecedor dos planos de proteção civil em vigor na sua área de intervenção. Nestes planos deve estar bem definido o papel daqueles profissionais nas atividades de mitigação, preparação, resposta e recuperação relacionados com os vários cenários de desastre e emergência. Assim, uma vez que as situações de emergência exigem respostas de proximidade e imediatas e, quando as áreas afetadas são de grande dimensão, respostas pandémicas e grande disponibilidade de recursos humanos e materiais, é fundamental que os farmacêuticos promovam ações de preparação junto das comunidades onde trabalham, ao mesmo tempo que devem manter registos atualizados da medicação que os seus utentes necessitam, para o caso de ser necessária a evacuação de populações por períodos de tempo prolongados. Exemplos simples do que acabámos de afirmar são os contributos que o farmacêutico pode dar para a preparação, manutenção, utilização e supervisão de kits de primeiros socorros que todo o cidadão deve ter em casa ou a educação para a saúde na prevenção e deteção precoce de doenças. Para além destas medidas simples, são inúmeras as atitudes que podem ser levadas a cabo por farmacêuticos e que vão desde a garantia do circuito logístico de medicamentos e outros artigos sanitários até à disponibilização de serviços que habitualmente não associamos à nossa profissão, como triagem, imunização, estudos epidemiológicos, primeiros socorros ou administração de medicamentos. O papel do farmacêutico militar As Forças Armadas, de acordo com a legislação em vigor e no âmbito das suas missões específicas, podem ser chamadas a colaborar em missões de proteção civil em território nacional ou em missões militares, adotadas pelas organizações internacionais das quais Portugal faz parte, nomeadamente, ONU, NATO e UE. Como consequência, os farmacêuticos militares, fruto da sua condição, podem desenvolver o seu trabalho em missões de natureza muito distinta. No entanto, as funções de agente de proteção civil do farmacêutico militar não são aquelas a que dedicaremos a nossa atenção neste documento, embora admitamos que, em determinadas circunstâncias, seja difícil traçar as fronteiras entre cada uma das atividades desenvolvidas. Aos militares em geral e aos farmacêuticos militares em particular é pedido que estejam preparados para desempenhar a sua missão nas mais variadas circunstâncias e ambientes, entre grande adversidade, urgência, caos e confusão. Por isso, temos consciência de que muito mais pode e deve ser feito, que é já longo o caminho percorrido desde as primeiras intervenções militares humanitárias e que devemos sensibilizar todos os que podem colaborar em situações de emergência de grande amplitude. São algumas dessas lições aprendidas que aqui partilhamos. Assim, depois das intervenções diretas que tivemos no apoio sanitário às forças nacionais destacadas em Angola, na Bósnia e Herzegovina, no Kosovo, no Afeganistão e em Timor-Leste, e à semelhança do que acontece em cenários de catástrofe natural, sabemos que durante e após um conflito armado podem ser demasiado poucas as infraestruturas locais de saúde que permitem acudir a todos os que delas necessitam, situação agravada por uma procura muito superior àquela que lhes tinha dado origem. Para além disso, muitas vezes são também escassos os bens essenciais à manutenção da saúde, como segurança, abrigo, roupa, alimentação, água potável ou medicamentos. Da nossa experiência sabemos que o “normal” entre todos os que estão dispostos a ajudar (população local, comunidades vizinhas, autoridades regionais e/ou nacionais, países estrangeiros, agências intergovernamentais, ONGs, setor privado, organizações especializadas, forças armadas, etc.) é imperar o caos, a confusão e a falta de coordenação. Portanto, tal como tem sido relatado em inúmeros artigos e livros da especialidade, a ajuda humanitária deficiente é muitas vezes referida como a “segunda catástrofe”. Isto porque, os locais de armazenamento e meios de transporte são escassos, inacessíveis ou não estão disponíveis; muitos produtos ultrapassam as suas datas de validade ou deterioram-se devido a manipulação e transporte inadequados e outros porque não podem ser enviados para o local onde são necessários ou, finalmente, quando o são, são-no tarde demais. Neste sentido, a antecipação das necessidades, através de dados epidemiológicos de experiências passadas, e uma boa avaliação da situação real, podem ser decisivos para prestar uma boa assistência. Deter o conhecimento e o treino de todos os elos de uma cadeia de distribuição de medicamentos (aquisição, armazenamento e inventariação, distribuição) é complexo e crucial, e importa não esquecer que quanto mais especializados forem os bens mais recursos serão necessários. Em tempo de paz e em território nacional, são várias as formas de treinar. A título de exemplo mencionamos a criação de um “dossier vermelho” reservado ao meio militar e a um grupo restrito de farmacêuticos 200 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS especialistas, que contenha, pelo menos, a seguinte informação atualizada: a avaliação das vulnerabilidades de infraestruturas essenciais (hospitais, autoestradas, escolas, sistemas de abastecimento de água); a determinação da disponibilidade de recursos estratégicos (medicamentos, combustível, alimentação, água); a contabilização da capacidade de transporte de pessoas e bens; a inventariação dos locais que possam servir de base logística; as condições de fornecimento de medicamentos de privados (produtores, armazenistas e distribuidores de medicamentos); e a capacidade de portos e aeroportos nos diferentes cenários. Para além de tudo isto, o desenvolvimento de um software logístico adaptado a situações de exceção e o ensaio dos planos nacionais de emergência são ainda aspetos essenciais a considerar. A terminar, importa enfatizar que a “Military and Emergency Pharmacy Section of FIP” é um dos grupos mais pequenos daquela organização mas também um dos mais especializados. Os farmacêuticos militares que se especializaram naquela área são hoje já largamente reconhecidos internacionalmente como exercendo uma especialidade farmacêutica separada da farmácia comunitária, hospitalar ou outra. Não apenas pela sua especificidade (treino militar, coordenação com organizações internacionais, etc.) como também pelo facto de, na prática, em situações de treino ou reais, exercerem a sua atividade em situações muito exigentes e difíceis, quando comparada com as especialidades civis. Conclusão O Estado em geral e o cidadão em particular estão pouco sensibilizados para a emergência e, por isso, desvalorizam a necessidade de prevenir e treinar antecipadamente os vários cenários com que podemos deparar-nos a qualquer momento. Como fatores que contribuem para mitigar os efeitos de um estado de exceção encontramos o treino de pessoal menos qualificado, a implementação de “boas práticas”, a colocação de pessoal qualificado em áreas essenciais da cadeia logística do medicamento e o treino de pessoal civil qualificado. Os farmacêuticos civis, pela sua formação técnica, proximidade e vocação para ajudar o próximo, têm um papel fundamental e uma responsabilidade acrescida neste âmbito, mas para poderem colaborar de forma plena em ações de emergência necessitam de formação adequada. A aceitação do seu papel na mitigação em situações de emergência permitiria definir a formação adequada bem como a criação de guidelines de atuação. Os farmacêuticos militares, com a sua experiência acumulada em cenários internacionais, podem e devem ambicionar a uma maior e crescente integração e coordenação com estruturas civis, reforçada pela crescente necessidade de interoperabilidade de planeamento, ações, equipamentos, conceitos e linguagem. É altura de encarar os desafios do futuro com otimismo, generosidade e disponibilidade para aprender, reconhecendo que as falhas do presente podem ser a força do futuro. Assim, é fundamental descrever o papel do farmacêutico em situações de emergência, elencar a formação necessária para o desempenhar e propor o reconhecimento e desenvolvimento deste papel junto das autoridades competentes. É chegada a hora de mudar o conceito passado do “ajudar com o que temos” e passar para o “vamos procurar ter o que pode ajudar”, uma vez que não nos resta qualquer dúvida de que as emergências não se compadecem com o improviso. Ao mesmo tempo, importa reconhecer que toda e qualquer coordenação só o será, de facto, se for treinada atempadamente e com uma visão intersectorial, interdisciplinar e interinstitucional. Quando comparados com outros, reconhecemos que vamos começar tarde mas, com o empenho de todos, pode não ser tarde demais. 201 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0001 Implementação de um Sistema Inovador de Controlo e Gestão da Terapêutica numa Instituição de Apoio Social Maria Santos1, Rui Oliveira1 1 Santa Casa da Misericórdia de Cascais Objectivos: Implementação de um conjunto de procedimentos inovadores ao nível da gestão da terapêutica, num estabelecimento não hospitalar, com 340 doentes institucionalizados, polimedicados e com diversas patologias do foro psiquiátrico. Metodologia: Definiram-se critérios e procedimentos, no sentido de melhorar a gestão da terapêutica desde a sua prescrição até à toma diária. Salvo algumas excepções, como os antibióticos, os medicamentos são dados em três alturas do dia: pequeno-almoço, almoço e jantar. O sistema anterior, completamente antiquado e desajustado, era da responsabilidade do corpo de enfermagem. A medicação era preparada num espaço desadequado, sem supervisão e controle que garantisse o cumprimento das boas práticas. A importância da definição de critérios e procedimentos internos adequados à realidade específica desta instituição foi a de assegurar a prevenção de trocas de medicamentos, e pela primeira vez ter um registo de não conformidades, garantindo os chamados cinco “R´s”: doente certo, medicamento certo, dose certa, via de administração certa, na hora certa. Assim, optou-se por um sistema baseado na blistagem com selagem a quente (sistema que está de acordo com todas as normas internacionais), estabelecendo um circuito semanal de distribuição da medicação oral sólida, com o auxílio de um software específico de gestão e identificação da terapêutica de cada doente. Para o efeito adquiriram-se blisters de cores diferentes, bem como o equipamento de selagem a quente. Optou-se por identificar a unidade de internamento feminina com a cor rosa, a unidade de internamento masculina com a cor azul, sendo que os blisters laranja seriam para os antibióticos, os verdes para saídas ao exterior, os brancos para um grupo restrito de doentes que almoça todos os dias úteis no centro de actividades ocupacionais (CAO), situado no interior da instituição. De notar que os comprimidos efervescentes, as formas orais dispersíveis, os comprimidos que requerem refrigeração, bem como os que comprovadamente se deterioram por exposição à luz, não são blistados. A aplicação informática (PIGUS), desenvolvida no seio da instituição, tem como aplicabilidade unidades deste tipo, englobando as vertentes social, clínica, de enfermagem e a gestão da terapêutica, sendo esta última de especial relevância para o âmbito deste projecto. As quatro vertentes da aplicação informática ao nível da preparação da medicação são: 1 – identificação dos doentes, que é comum a todas as áreas da instituição 2- prescrição da terapêutica, comum à unidade de saúde e á unidade de preparação da terapêutica 3 gestão da blistagem 4 – rastreabilidade de lotes. A etiqueta contêm a identificação da pessoa, a fotografia, o nº. de processo, a unidade a que pertence, o quarto e cama, a data da preparação, o técnico responsável pela mesma, toda a medicação identificada pela sua D.C.I., a sua posologia e o lote. Sempre que existe uma alteração na terapêutica, efectuada pelo médico, o sistema emite um alerta para a unidade de armazenamento e preparação da terapêutica (UAPT) e para a unidade de enfermagem (UE). O farmacêutico, ao verificar os alertas emitidos pelo sistema toma conhecimento do tipo de alterações a efectuar nos blisters. No âmbito da rotatividade do sistema, foi definido um dia da semana (2ª feira) para a saída dos blisters completos, e outro dia para a recolha dos blisters usados na semana anterior (3ª feira). 202 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS Qualquer não conformidade registada pelo corpo de enfermagem no sistema informático (ex:. um doente que se recusa a tomar a medicação), deverá ser confirmada pela UAPT, fazendo a sua validação. Na ausência do registo da mesma, a UAPT registará como não conformidade a medicação devolvida dentro dos blisters. Todo o processo descrito foi acompanhado por reuniões trimestrais, entre toda a equipa multidisciplinar: médicos, enfermeira coordenadora, farmacêutica responsável, responsável pelas tecnologias da informação, gestor e direcção. Resultados: • A prescrição da terapêutica realizada pelos médicos, por doente, passou a ficar registada numa base de dados, acessível a todas as unidades da saúde e à UAPT; • Verificou-se efectivamente libertação de tempo da UE, para prestação de mais cuidados na sua área específica; • Esta metodologia impôs a criação da UAPT, num espaço próprio, amplo e fora da UE; • A medicação passou a ser preparada por doente, para uma semana, havendo um controle rigoroso ao nível do armazenamento conservação, distribuição, dispensa, administração e monitorização dos medicamentos; • Passou a ser possível fazer um pedido mensal de medicação, com maior rigor, logo menor desperdício, visto ter como base a medicação que cada doente faz; • Pela primeira vez assistiu-se a um controlo de não conformidades. Conclusões: Este trabalho mostrou uma nova oportunidade dos farmacêuticos aplicarem os seus conhecimentos técnicos numa área não tradicional da sua actividade profissional (responsabilidade na supervisão e controle da gestão de medicamentos em ambientes não hospitalares, como por exemplo lares da terceira idade, e instituições de apoio social semelhantes a esta); A UE passou a dispor de um pequeno stock de medicamentos para as emergências, stock esse que actualmente só é reposto pela UAPT quando devidamente justificado o seu consumo. Isto traduziu-se numa redução significativa do consumo descontrolado de medicação que se verificava anteriormente. Assistiu-se a uma diminuição de erro nas tomas e de problemas relacionados com os medicamentos. A adesão dos doentes às novas práticas na administração da terapêutica foi excelente, o que só por si contribuiu para o aumento da adesão à terapêutica. Verificou-se uma excelente adesão dos restantes profissionais de saúde ao sistema, sobretudo ao nível da compreensão das não conformidades, para posteriormente se poder actuar de forma preventiva e evitar, na medida do possível, a repetição das mesmas. 203 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0002 Análise de consultas relativas a plantas, suplementos alimentares, biocidas e alimentos recebidas por um centro de informação de medicamentos Aurora Simón1, Ana Paula Mendes1 1 Centro de Informação do Medicamento (CIM). Ordem dos Farmacêuticos Objectivo: O nosso centro de informação de medicamentos recebe essencialmente pedidos de informação sobre medicamentos, com alguma frequência sobre dispositivos médicos e assuntos profissionais, mas também acerca de plantas, suplementos alimentares, cosméticos, biocidas, ou alimentos. Realizámos uma análise para caracterizar este tipo de consultas, que podem revelar-se de difícil resolução. Metodologia: Das consultas recebidas entre 1 de Junho de 2012 e 31 de Maio de 2015 seleccionaram-se as referentes a plantas medicinais, suplementos, cosméticos, biocidas, alimentos e produtos dietéticos. Analisámos, através do impresso de registo, os seguintes parâmetros: tema da consulta, tipo de consultante, tipo de consulta, tempo para elaboração e comunicação da resposta, forma de comunicação, envio de bibliografia, tipo de fontes bibliográficas utilizadas, não obtenção de resposta e consultas referentes a casos clínicos. Resultados e discussão: No período analisado foram recebidas 2713 consultas, sendo que as questões relativas aos temas em estudo foram 262 (9,66% do total), distribuídas da seguinte forma: suplementos 40,46%, plantas 27,86%, cosméticos 13,74%, biocidas 9,92% e alimentos 8,02%. Os farmacêuticos de oficina constituíram o principal grupo de consultantes (56,49%), seguindo-se os alunos (18,70%). A maioria dos pedidos foi acerca de efeitos adversos, interacções e contra-indicações (23,28%), seguindo-se informação geral (21,37%), similares de produtos estrangeiros (16,03%) e usos e posologia (15,27%). A maioria das consultas requer entre 15 a 60 minutos para elaboração (67,94% vs. 50,12% no total do período), sendo muito menos as de tempo de elaboração inferior a 15 minutos (8,40% vs. 23,33%). A resposta foi comunicada até 24 horas em 61,07% das consultas, maioritariamente por correio electrónico, sozinho ou com outros meios complementares. Foi enviada bibliografia de apoio em 57,25% das consultas. As principais fontes para obtenção da resposta foram a internet (54,20%), sendo que em 31,68% das consultas este foi o único recurso no qual se localizou informação. Não se conseguiu obter resposta para 6,11% das questões. As consultas referentes a casos clínicos totalizaram 11,87%. Estas consultas são frequentes, menos passíveis de rápida resolução, com elevada necessidade de recurso à internet e envio de apoio bibliográfico. Numa percentagem significativa são referentes a casos clínicos e envolvem efeitos adversos, contra-indicações, interacções e também usos irracionais. Conclusão: As consultas sobre estes produtos constituem uma área com um impacto significativo no total das consultas do nosso centro de informação e diversas envolveram aspectos clínicos. Da análise dos resultados ressalta a importância da existência de Centros de Informação preparados para a resolução deste tipo de questões, de modo a apoiar a intervenção farmacêutica nestas temáticas. 204 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0003 Estudo para avaliação da qualidade de cápsulas manipuladas de prednisona: padronização de formulação e método analítico. Pedro Silva1, Paula Enéas1, Christian Fernandes1, Gerson Pianetti1 Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais 1 O fármaco prednisona é um potente anti-inflamatório esteroide utilizado na prática clínica no tratamento de doenças de origem inflamatória e autoimune. O fármaco pode ser adquirido na forma de cápsulas em farmácias magistrais, entretanto não há uma formulação padronizada. Nesse estudo, verificou-se a qualidade das cápsulas manipuladas de prednisona elaboradas por três farmácias, com o objetivo de definir um método analítico adequado e uma formulação ideal para posterior padronização. As farmácias participantes cederam amostras das matérias-primas, das misturas de excipientes (placebo) e das cápsulas manipuladas. As matérias-primas foram submetidas à avaliação de sua qualidade físico-química de acordo com os ensaios preconizados na Farmacopeia Brasileira 5ª edição. O doseamento foi realizado por cromatografia a líquido de alta eficiência com detector ultravioleta (CLAE-UV), utilizando método desenvolvido e validado com coluna C18 (250 mm x 4,6 mm; 5 μm), mantida a temperatura de 25 °C, fase móvel constituída por mistura de metanol e água ultrapurificada (70:30, v/v) a uma vazão de 1,0 mL/min, volume de injeção de 20 µL e detecção a 240 nm.. As cápsulas manipuladas foram submetidas aos ensaios de determinação de peso, de doseamento, de uniformidade de conteúdo e de dissolução. O doseamento nas cápsulas foi realizado utilizando o método por espectrofotometria de absorção no ultravioleta, descrito na monografia de prednisona comprimidos da Farmacopeia Brasileira 5ª edição. Alternativamente, empregou-se o método por CLAE-UV desenvolvido e validado pelos autores desse estudo. As três matérias-primas apresentaram resultados satisfatórios para os ensaios de pureza e de doseamento. Todas as preparações magistrais cumpriram com os requisitos de determinação de peso e de uniformidade de conteúdo e apenas a preparação C foi reprovada no teste de dissolução. Houve diferença estatisticamente significativa entre os teores obtidos por espectrometria de absorção no ultravioleta e por CLAE. Essa diferença foi atribuída à absorvância dos excipientes utilizados nas formulações, como demonstrada na avaliação da seletividade do método analítico. Considerando os teores obtidos por CLAE, apenas a preparação A apresentou resultados satisfatórios. Entretanto, são necessários estudos para definição dos excipientes mais adequados para a padronização da formulação e a otimização do processo de manipulação de cápsulas contendo prednisona. 205 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0004 Problemas Relacionados com os Medicamentos em Idosos Polimedicados e Institucionalizados: Oportunidades de Intervenção Farmacêutica Cristina Silva1, Célia Ramalho1, Isabel Luz2, Joaquim Monteiro3, Paula Fresco4 1 SerFarma, Lda., 2Farmácia Rainha Santa, 3CESPU, ISCS-N, 4FFUP Objectivo: Os idosos apresentam risco aumentado de ocorrência de PRM devido a múltiplos factores: pluripatologia e consequente polimedicação, alterações farmacocinéticas/farmacodinâmicas e alterações cognitivas/ funcionais. Esta população é, portanto, a que mais beneficiaria da prevenção, detecção e controlo de Problemas Relacionados com os Medicamentos (PRM). O papel do farmacêutico enquanto elemento integrante dos cuidados de saúde tem sido reconhecido por diversas entidades oficiais europeias e internacionais e a prestação de Cuidados Farmacêuticos, enquanto actividade centrada no doente e nas suas necessidades relacionadas com a farmacoterapia, pode ajudar a garantir que a despesa com medicamentos representa um bom investimento. Este trabalho pretendeu avaliar a necessidade de implementação de cuidados farmacêuticos a idosos polimedicados e institucionalizados. Metodologia: Estudo observacional descritivo transversal em 6 lares de idosos seleccionados por conveniência, nas regiões norte e centro de Portugal, em novembro-dezembro de 2013. Cada lar seleccionou 5-6 utentes, de acordo com os seguintes critérios de inclusão: idade ≥ 65 anos, nº de medicamentos ≥ 5 e capacidade de responder a entrevista. Todos os participantes assinaram Consentimento Informado. Foram consultados os registos clínicos e realizada uma entrevista aos idosos. Para identificar PRM foram consultadas fontes de informação na área do medicamento e utilizada a ferramenta STOPP-START (medicação potencialmente inapropriada e que deve ser iniciada). Utilizaram-se as classificações ATC, ICD-10 e The PCNE Classification Version 6.2. para classificar medicamentos, problemas de saúde e PRM, respetivamente. Identificou-se, para cada medicamento, o equivalente mais barato disponível no mercado. Resultados: A amostra incluiu 31 idosos (64,52% do sexo feminino, 81,65 ± 6, 86 anos). Em média, os idosos apresentaram 7,94 ± 2,76 problemas de saúde, sendo as doenças do sistema circulatório as mais frequentes. Foi encontrada uma mediana de 10 fármacos utilizados/doente. De entre estes, os que atuam nos sistemas cardiovascular, nervoso e digestivo são os mais utilizados (por 29,75%, 29,43% e 19,30% dos doentes, respectivamente). Detectou-se um total de 484 PRM (mediana de 15 PRM/idoso). Os mais frequentes foram Evento Adverso não alérgico (49,51%), Medicamento mais dispendioso que o necessário (19,11%), Efectividade sub-óptima (14,82%) e Medicamento não necessário (6,16%). A proposta mais custo-efectiva permitiria, na globalidade da amostra, uma poupança de 3.950 € /ano. Conclusões: Estes resultados demonstram a necessidade da implementação de serviços de cuidados farmacêuticos a idosos institucionalizados, para melhorar a eficácia e segurança dos medicamentos, optimizando os resultados clínicos e reduzindo a despesa. 206 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0005 O uso racional do medicamento num País com um programa de assistência financeira. Os dois lados da moeda Portuguesa Carla Torre1, José Guerreiro1, Marta Gomes1, Suzete Costa1 Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR) da Associação Nacional das Farmácias (ANF) 1 Introdução: Em Maio de 2011 foi assinado o Memorando de Entendimento entre as autoridades portuguesas e internacionais (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) que incluiu diversas medidas na área da saúde, entre as quais a adopção e implementação de normas de prescrição e orientação clínica (NOC). Objectivos: Realizar uma comparação internacional de padrões de prescrição dos grupos terapêuticos de maior despesa entre Portugal (PT) e seis países europeus com base em indicadores de qualidade de prescrição (ex. adopção de primeiras linhas, indicadores do EURO-MED-STAT) e estimar a poupança potencial em Portugal caso adoptasse os padrões de prescrição dos outros países em estudo. Avaliar o impacto das NOC, em PT, na evolução do padrão de prescrição dos grupos terapêuticos de interesse. Metodologia: Comparação internacional de padrões de prescrição (2012) entre PT e 6 países europeus: Dinamarca, Finlândia, Holanda, Inglaterra, Noruega e Suécia, com recurso à classificação ATC/DDD da OMS. Em PT, o consumo dos grupos terapêuticos de interesse foi estimado com base no Sistema de Informação hmR, em valor e em volume de embalagens, e apurado o respectivo valor em Dose Diária Definida (DDD). A análise do consumo dos outros países foi feita com recurso a bases de dados representativas nacionais de ambulatório. Os grupos terapêuticos de interesse incluíram: medicamentos para a diabetes (excl. as insulinas): A10B, antihipertensores: C02, C03, C07, C08 e C09, estatinas: C10AA e C10BA02, inibidores da bomba de protões: A02BC, anticoagulantes orais B01AA, B01AE e B01AF; e antiepilépticos (derivados da carboxamida): N03AF. A análise dos cenários de poupança teve por base o custo médio da DDD em PT e o número total de DDD consumidas na proporção das classes terapêuticas verificadas noutros países. A avaliação do impacto das NOC na evolução do padrão de prescrição (antidiabéticos, antihipertensores, estatinas e IBP) foi efectuada através da análise de regressão segmentada a uma série temporal interrompida (período de referência: Jan2010–Set2013). Resultados: PT tem a maior proporção de consumo de associações de dose-fixa de gliptinas (25,1%), antagonistas dos receptores da angiotensina (32,3%), rosuvastatina (19,4%) e eslicarbamazepina. Em 2012, se PT tivesse o mesmo padrão de consumo de antidiabéticos da Holanda e o mesmo padrão de antihipertensores que a Dinamarca teria poupado 111,6 M€ e 83,5 M€, respectivamente. Na globalidade, as NOC parecem ter tido pouco ou nenhum impacto. Conclusões: Em Portugal, é crucial optimizar padrões de prescrição, com vista ao uso racional do medicamento e controlo da despesa pública, sendo fundamental implementar os indicadores de qualidade de prescrição nas NOC e integrar indicadores farmacoeconómicos. 207 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0006 Impacto da alteração do sistema de remuneração das Farmácias em Portugal com medicamentos (2011-2015) Inês Teixeira1, José Pedro Guerreiro1, Suzete Costa1 1 Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR) da Associação Nacional das Farmácias (ANF) A remuneração do sector da distribuição (farmácias e grossistas) na dispensa com medicamentos, em Portugal, tem vindo a sofrer alterações estruturais após assinatura do Memorando de Entendimento (MdE), que aumentou o grau de exigência de redução da despesa pública com medicamentos. Objectivos: Análise das alterações ao sistema de remuneração das farmácias (2011-2014) e estudo dos impactos no sector e recentes avanços. Metodologia: 1) sistematização das alterações legislativas do sector e margens da distribuição; 2) análise do mercado de medicamentos e margens (Sistema de informação sobre Consumo de Medicamentos - SICMED e hmR); 3) impacto das alterações e implicações para o sector. Análise estatística realizada em software SAS. Resultados: O sistema de remuneração linear da distribuição foi substituído em Janeiro de 2012 por um sistema regressivo com base num valor % sobre o preço e num fee fixo por embalagem, determinando a maior alteração ao sistema das últimas décadas. O mercado de medicamentos foi reduzido em 876 milhões € e a despesa do SNS em 494 milhões €, nos últimos quatro anos. A margem da distribuição com a dispensa de medicamentos diminuiu, no mesmo período, 323 milhões € (37% da redução global do mercado), sendo que o objectivo estabelecido no MdE era de 50 milhões €. Conclusões: As diversas alterações ao nível do sistema de preços e margens conduziram a uma elevada redução na remuneração das farmácias, acentuada com a aplicação do MdE, provocando dificuldades acrescidas para a sustentabilidade do sector, entretanto espelhadas em diversos estudos publicados. 208 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0007 Conhecimento sobre antibióticos – intervenção em escolas básicas e secundárias Isabel Ramalhinho1, Afonso Cavaco2, José Cabrita2 Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve, 2Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa 1 Objectivo: Este estudo teve como objetivos a avaliação dos conhecimentos sobre antibióticos de alunos do ensino básico e secundário e a promoção do uso racional destes medicamentos através de atividades de Educação para a Saúde desenvolvidas por estudantes de Ciências Farmacêuticas. Material e métodos: População alvo - Alunos do ensino básico e secundário. Para avaliar os conhecimentos dos alunos foi elaborado um questionário com sete perguntas fechadas que abordavam o conhecimento sobre micróbios, a utilização correta dos antibióticos e a resistência antimicrobiana. Todo o material informativo foi desenvolvido com o apoio do e-bug, iniciativa financiada pela Comissão Europeia para complementar os curricula escolares oficiais. No final os alunos receberam um folheto informativo para entregar aos pais e foram sensibilizados para contar o que tinham aprendido na sessão. Resultados: Foram inquiridos 381 estudantes do ensino básico e secundário, dos quais 212 (55,6%) do género feminino e 169 (44,4%) do género masculino. Relativamente à idade, 59 (15,5%) tinham entre 11 e 13 anos, 168 tinham entre 14 e 16 anos e 154 (40,4%) tinham entre 17 e 21 anos. A grande maioria dos alunos (63,8%) considerou antibiótico como um medicamento que tem a capacidade de impedir o desenvolvimento de bactérias e vírus. Apenas 82 (21,5%) inquiridos considerou que um antibiótico impede o desenvolvimento de bactérias. Cerca de metade dos inquiridos (50,1%) considera que o tratamento deve ser interrompido quando o doente se sente melhor. Do total dos inquiridos, 327 eram alunos do 3º ciclo e do ensino secundário. Salienta-se que destes 327, 179 inquiridos (54,7%) considerou que os antibióticos são eficazes em casos de gripe ou constipação. Por outro lado, 63 inquiridos (19,3%) concordaram com a afirmação “Posso usar os antibióticos que sobraram de outras ocasiões”. Foram transmitidas aos participantes informações sobre o que são antibióticos, em que situações devem ser utilizados, precauções que devem ser tidas em conta aquando da terapêutica com antibióticos e quais os problemas que podem advir da sua incorreta utilização, No final, foi distribuído o mesmo questionário para avaliar o sucesso da atividade que revelou que a grande maioria dos participantes assimilou a informação transmitida. Conclusões: A avaliação dos conhecimentos sobre o uso de antibióticos confirmou a necessidade deste tipo de atividades. Houve uma boa aceitação por parte dos alunos e dos professores o que facilitou a execução da atividade educativa. Os alunos de Ciências Farmacêuticas melhoraram as suas competências no âmbito da Educação para a Saúde. 209 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0008 NanoPoliBiofilm – Desenvolvimento de partículas poliméricas inovadoras como estratégia para o tratamento de infeções ósseas. Inês Santos-Ferreira1, Lídia Gonçalves1, Annette Moter2, Judith Kikhney2, António Almeida1, Ana Bettencourt1 FFUL, 2Biofilmcenter, German Heart Institute Berlin 1 O tratamento constitui um desafio importante, em particular quando associado à presença de estirpes multirresistentes (ex. MRSA) e biofilmes bacterianos. O tratamento farmacológico destas infeções inclui administração prolongada de antibióticos (AB), designadamente vancomicina, por via sistémica. Para que se atinjam concentrações terapêuticas eficazes são necessárias doses elevadas de AB, podendo o tratamento prolongado induzir toxicidade sistémica. Neste contexto, o projeto NanoPoliBiofilm através de uma inovadora abordagem multidisciplinar pretende desenvolver partículas poliméricas para veiculação localizada de antibióticos com potencial aplicação na área dos dispositivos, sem a toxicidade associada a outras vias de administração. Um dos aspe um excelente candidato para utilização em infeções ósseas, quando o tratamento com a vancomicina não é eficaz. A equipa é constituída maioritariamente por investigadores do iMed.ULisboa (FFUL) em colaboração com um grupo alemão “Biofilmcenter, German Heart Institute Berlin”, líder na temática das infeções associadas a biofilmes. Os resultados do projeto relativos à encapsulação de daptomicina em NPs poliméricas serão apresentados. Em particular, a otimizaçao da metodologia de preparação (emulsão/evaporação de solvente), caracterização farmacotécnica (morfologia, distribuição de tamanhos, carga superficial, eficiência de encapsulação, perfis de libertação), atividade microbiológica (determinada por microcalorimetria isotérmica e fluorescência por hibridação in situ) e ensaios in vitro de biocompatibilidade (em culturas de macrófagos, fibroblastos e osteoblastos). Como conclusão, a encapsulação de daptomicina (15 %) em partículas poliméricas (acrílicas e de policaprolactona) provou ser uma estratégia com potencial para aplicação como dispositivos para veiculação localizada de antibióticos em infeções ósseas associadas a Staphylococcus spp. Agradecimentos: Fundação para a Ciência e Tecnologia (Portugal), Bolsa de Doutoramento (Santos Ferreira I, SFRH/BD/69260/2010); projectos: iMed.ULisboa (UID/DTP/04138/2013), Proj. 6818 FCT/DAAD 2015/2016 e EXCL/CTM-NAN/0166/2012. 210 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0009 Inibidores da Dipeptidil Peptidase-4: Determinação paramétrica do padrão terapêutico ideal Alexandre Campos1, André Madeira1, Diogo Repas1, Bruno Mendes1 Escola de Ciências e Tecnologias de Saúde, ULHT 1 Objectivo: A hipótese de estudo foi caracterizar o mercado dos antidiabéticos orais (ADO) existentes com enfoque nos inibidores da Dipeptidil Peptidase (DPP-4), os ADO com maior evolução na prescrição médica; comparar clinicamente os inibidores da DPP-4 em monoterapia e em combinação com outos ADO; identificar o padrão terapêutico de valor terapêutico acrescentado (VTA) e efectividade comparada (EFC). Métodos: O estudo suportou-se numa análise observacional sobre dados clínicos e não-clínicos da patologia alvo e de uma amostra seletiva de DPP-4 de elevado volume de prescrição (linagliptina, vildagliptina, saxagliptina e sitagliptina). Efectuou-se uma revisão científica e técnica com tratamento de dados recorrendo a uma matriz de múltipla entrada com comparação clinica dos DPP-4 em monoterapia e em combinação com metformina. Resultados: Os DPP-4 são ADO usados como tratamento de 3ª linha em monoterapia e, de 2ª linha, quando associados à metformina na Diabetes Mellitus tipo 2. Face à biodisponibilidade em monoterapia e em associação com a metformina, a sitagliptina e a vildagliptina demonstram VTA, superiorizando-se com valores respectivos de 87% e 85%. Sob dados de efectividade destacou-se em monoterapia a vildagliptina, com uma redução dos valores basais de hemoglobina glicada (HbA1c) de 1,0% a 1,2%. Nas associações com a metformina, e face à EFC, a linagliptina destaca-se com uma redução dos valores basais de HbA1c de 1,2%-1,6%. Conclusão: Estima-se que existam cerca de 382 milhões de pessoas com Diabetes em todo o mundo e mais de 1 milhão de pessoas em Portugal, sendo que apenas 56% destas está diagnosticada. Os ADO enquanto estratégia face a esta patologia representaram no seu total cerca de 159 milhões de euros de encargos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), ou 13,7% do total de encargos do SNS (Year-to-Date Dez. 2014). Os DPP-4 são uma tecnologia farmacológica alternativa e recente, utilizados em monoterapia ou associação com outros ADO, tendo tido um crescimento de 16,4% em volume de mercado ou 8,9% do valor de mercado face ao ano anterior. Observando os dados obtidos, concluímos que, dos DPP-4 analisados, a vildagliptina é, em monoterapia ou em associação, aquele que apresenta melhor efetividade. 211 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0010 Pharmacokinetic study of phenolic compounds after Cymbopogon citratus infusion oral administration to rats Gustavo Costa1, Ana Fortuna1, Daniela Gonçalves1, Isabel Vitória Figueiredo2, Amílcar Falcão1, Maria Teresa Batista1 CNC, UNIVERSIDADE DE COIMBRA, 2IBILI, UNIVERSIDADE DE COIMBRA 1 Introduction: Cymbopogon citratus, commonly known as lemongrass, is a tropical herb used in worldwide traditional medicine for centuries. Studies previously conducted demonstrated its hypoglycemic, hipolypidemic, anxiolytic, sedative, antioxidant and anti-inflammatory effects. It has been demonstrated that flavonoids, such as luteolin and apigenin glycosides, and proanthocyanidins strongly contributed to antioxidant and antiinflammatory properties of an essential oil-free infusion from lemongrass. Very recently, the anti-inflammatory potential of this lemongrass infusion was also revealed in vivo. Biological effects of polyphenols imply them to be bioavailable and to effectively reach target tissues. Objective: The current study aimed to investigate, for the first time, the pharmacokinetic profile of phenolic compounds in rats after oral administration of a single dose of an essential oil-free lemongrass infusion. Methods: Male Wistar rats (330-380 g) were administered with a single oral dose of lemongrass infusion (68.24 mg/kg) and aliquots of 100 µL of plasma were collected at 0.5, 1, 1.5, 2, 4, 8, 12 and 24 h post-dosing (n=6). Liver and kidney samples were collected at 1, 2, 4, 8 and 24 h post-dosing (n=2). Plasma and tissues homogenates were pre-treated by a solid-phase extraction procedure and luteolin (LUT), luteolin 7-O-glucuronide (L7G), chrysoeriol (CHR), diosmetin (DIO) and luteolin 3’-O-sulphate (L3’S) were quantified employing a RP-HPLCPDA method. The mean concentration-time profiles obtained were analyzed by a non-compartmental pharmacokinetic analysis using the WinNonlin®. The plasma and tissues Cmax, tmax and AUC0-t were determined. All in vivo experimental procedures were approved by the Portuguese Veterinary General Division. Results: The pharmacokinetic studies herein performed revealed the presence of LUT, L7G, CHR, DIO and L3’S. L7G and L3’S were rapidly detected, with maximum plasma concentrations at 30 min after oral administrations. The concentration-time profile of liver samples revealed the presence of compounds undetected in plasma: LUT, CHR and DIO. L7G, CHR and L3’S were detected in the liver from the first hour and stayed in the tissue until at least 24h. The kidney concentration-time profile revealed the presence of the same compounds detected in plasma. Conclusions: The pharmacokinetic analysis showed that the parent compounds present in lemongrass infusion are not present in plasma, liver or kidneys. On the other hand, L7G and L3’S were the major metabolites found in plasma and tissues, suggesting that both of them may be responsible for the in vivo anti-inflammatory activity of C. citratus, when orally administered. 212 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 POSTERS OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA CNF/2015/A10/P0011 How diabetics’ patients identify their medicines? Margarida Espírito Santo1, Jeff Newman2, Tânia Nascimento1 1 Centro de Estudos e Desenvolvimento em Saúde (CES), Escola Superior de Saúde - Universidade do Algarve, 2Cranfield University The main goal of this study was the characterization of diabetic patients´ knowledge in the identification of medicines, respectively the drug´s name, drug´s strength, and therapeutic indication. A cross-sectional study was developed at a specialized medical center in the diabetes area. Only patients that accepted to participate in this research and who gave their consent in writing before the start of the study were enrolled. In the study they were included patients aged 18 years and older, with diagnosis of diabetes mellitus, and using at least one medicine. Data collection was conducted through structured interviews, which was held during a consultation in a systematic way by completion of a questionnaire. Were included in this study one hundred and seven (107) patients, 41.1% female and 58.9% male, aged between 35 and 88 years, with a mean age of 65.6±10.5 years. The most prevalent health problems, beside diabetes mellitus, were hypertension (83.2%) and dyslipidaemia (74.8%), with a mean of 4.7±1.9 health problems per patient. Each patient was using a mean of 6.9±2.9 medicines and 0.2±0.4 food supplements per day. The therapeutic group often used was C (Cardiovascular System), A (Alimentary Tract and Metabolism) and N (Nervous System) with respectively 33.8%, 32.6% and 11.5%. 213 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 COMISSÕES COMISSÃO DE HONRA S.E. Senhor Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva S.E. Senhora Presidente da Assembleia da República, Dra. Assunção Esteves S.E. Primeiro Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho S.E. Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo Senhora Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia da República, Dra. Maria Antónia de Almeida Santos Senhor Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Prof. Doutor Francisco Carvalho Guerra Senhor Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Prof. Doutor Alfredo Amaral Albuquerque Senhor Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Prof. Doutor Carlos da Silveira Senhor Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Dr. João Silveira Senhor Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Dr. José Aranda da Silva Senhora Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira PRESIDENTE DO CONGRESSO Carlos Maurício Barbosa (Bastonário) COMISSÃO ORGANIZADORA José Gavino João Paulo Cruz Ana Teresa Barreto Ana Cristina Rama Ema Paulino António Rocha e Costa COMISSÃO CIENTÍFICA Francisco Carvalho Guerra (Presidente) Anabela Mascarenhas Antonieta Lucas António Hipólito de Aguiar António Melo Gouveia Diogo Gouveia Fernando Ramos Franklim Marques João Paulo Vaz José Aranda da Silva José Cabrita José Guimarães Morais José Manuel Sousa Lobo Margarida Caramona Maria de Fátima Alpendurada Matilde Castro Nuno Moreira Nuno Taveira Paula Fresco Rui Loureiro 214 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 GRUPO DE APOIO SECRETARIADO Fernando Ramos André Silva Armando Alcobia Carlos Cardoso Cristina Ferreira Gomes Luís Matias Maria João Tavares Nuno Vasco Lopes Odete Isabel Paulo Roberto Raquel Neto Vânia Paulino Fernanda Silva Joaquina Borges Célia Godinho Álvaro Gustavo Eugénio Viana Maria Irene Romão Fátima Sousa Flávia Cabral COMISSÃO ORGANIZADORA EXECUTIVA CONTACTOS Fernando Ramos (Presidente) Paulo Roberto Nelson Tiago Florbela Braga Pedro Freitas Bruno Macedo Ricardo Santos Liliane Pinheiro David Santana Helena Vilaça Andreia Bruno Luís Baião Luís Azevedo Maria Armanda Ramos Aurora Simón Ana Mendes Pedro Carvalho Nuno Cardoso Sara Torgal Lúcia Santos Maria Luís Santos Mariana Alves Ordem dos Farmacêuticos Rua da Sociedade Farmacêutica, 18 1169-075 Lisboa tel. (+351) 213 191 370/80 fax. (+351) 213 191 399 email: [email protected] [email protected] www.ordemfarmaceuticos.pt www.ordemfarmaceuticos.pt/congresso2015 215 CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 PATROCINADOR OURO PATROCINADOR PRATA PATROCINADOR BRONZE MEDIA PARTNERS PARCEIROS LOGÍSTICOS 216