Livro de Resumos
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
Mensagem do Bastonário
Em nome da Ordem dos Farmacêuticos tenho a honra de
dar as boas vindas a todos os Participantes no Congresso
Nacional dos Farmacêuticos’2015, que tem lugar em
Lisboa, entre 29 e 31 de Outubro.
O programa inclui sessões plenárias dedicadas às
questões éticas relacionadas com o medicamento; ao acto
farmacêutico na sociedade e ao compromisso dos
farmacêuticos com a saúde dos portugueses; ao papel do
farmacêutico face aos desafios da sociedade, em
particular na promoção da saúde e prevenção da doença e
no contexto do envelhecimento da população; ao modelo
de competências farmacêuticas a implementar pela Ordem
dos Farmacêuticos e ainda à política de saúde em geral e
do medicamento em particular. Inclui também dez sessões
paralelas específicas de cada área profissional, que
espelham realidades de diversidade e multivalência. E
inclui ainda sessões de posters correspondentes a
trabalhos apresentados pelos congressistas.
Gostaria igualmente de dar as boas vindas aos
farmacêuticos de Angola, Brasil, Espanha, Cabo Verde,
Guiné e Moçambique, que muito nos honram com a sua
presença.
Realizando-se num momento em que, sob algumas
incertezas, se inicia uma nova legislatura, estou convicto de
que o Congresso Nacional dos Farmacêuticos’2015 será
um acontecimento de elevado valor institucional e
profissional. E contribuirá para, todos juntos, enfrentarmos
e vencermos os complexos desafios que temos pela frente.
Antecedendo o Congresso mas dele fazendo parte
integrante, tem lugar no dia 29 de Outubro o Simpósio
intitulado “Presente e Futuro da Profissão Farmacêutica na
Europa“, que visa promover uma reflexão sobre os
desafios e tendências futuras da profissão nos sectores da
Farmácia e do Medicamento e nas Análises Clínicas, em
Portugal e também no contexto europeu.
Tal nas anteriores edições dos nossos congressos, estou
certo de que o Congresso Nacional dos
Farmacêuticos’2015 prestigiará e dignificará, mais uma
vez, a profissão farmacêutica portuguesa.
“Mais Saúde: O Nosso Compromisso de Sempre” – eis a
temática central do Congresso. O que nos conduz a
questões essenciais como a responsabilidade dos
farmacêuticos nos campos da saúde dos portugueses, os
méritos da intervenção do farmacêutico no sistema de
saúde, a capacidade e a efectividade da intervenção
farmacêutica, os decorrentes ganhos em saúde, os custos
e os benefícios sociais da intervenção do farmacêutico ou,
em certos casos, os custos da omissão de intervenção por
força de regimes a nosso ver inadequados. Entre outras.
Visamos fundamentalmente renovar uma reflexão sobre o
sistema de saúde português e a relevância da intervenção
profissional dos mais de 14 mil farmacêuticos portugueses
ao serviço dos doentes e dos cidadãos em geral.
Termino com um especial agradecimento a todos os
senhores e senhoras Conferencistas que nos deram o
privilégio de aceitar o convite para estar connosco e trazer
ao Congresso os enriquecimentos das suas ideias. Bem
hajam!
A profissão farmacêutica é multivalente, o que muito a
engrandece e valoriza. Abrangendo as áreas da farmácia
comunitária, farmácia hospitalar, distribuição grossista,
indústria farmacêutica, marketing farmacêutico, análises
clínicas, genética humana, análises toxicológicas, análises
de água e de alimentos, análises ambientais, farmácia
militar, ensino e investigação científica, desenvolvimento
tecnológico e inovação, a profissão farmacêutica está
transversalmente activa em todo o cluster da saúde e vem
tendo crescente relevância na economia nacional.
É para vós, ilustres Colegas, que organizamos o Congresso
Nacional dos Farmacêuticos’2015.
E é com as vossas presenças e os vossos contributos
pessoais que igualmente contamos para o sucesso do
nosso Congresso e a defesa do valor da profissão
farmacêutica e a saúde dos portugueses.
O Congresso Nacional dos Farmacêuticos’2015 constitui,
pois, um momento de especial importância para os
farmacêuticos das diferentes áreas profissionais e
igualmente, estou certo, para a sociedade e a economia.
O Bastonário
Prof. Doutor Carlos Maurício Barbosa
3
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
Programa
Simpósio pré-Congresso
00122/3/2015
0,35 CDP
SESSÃO DE ABERTURA
PAINEL I
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Desafios do Farmacêutico de Indústria na Era Global PÁG. 14
Perspectivas Futuras da Indústria Farmacêutica na Europa PÁG. 15
PAINEL II
ANÁLISES CLÍNICAS
O Farmacêutico Especialista em Análises Clínicas e Medicina Laboratorial:
Desafios e Oportunidades PÁG. 16
As Análises Clínicas em França face aos Desafios Europeus PÁG. 18
PAINEL III
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
Onde Estamos e Onde é que a Sociedade Precisa de Nós? PÁG. 19
Promovendo Eficiência, Melhorando Vidas: Como pode a Farmácia fazer
a diferença no século XXI? PÁG. 21
Uma Visão para a Farmácia Francesa: O Livro Branco do CNGPO
PAINEL IV
FARMÁCIA HOSPITALAR
Presente e Futuro do Farmacêutico Hospitalar em Portugal PÁG. 23
O Estado da Farmácia Hospitalar na Europa PÁG. 25
SESSÃO DE ENCERRAMENTO
4
PÁG. 22
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Programa
Congresso
00121/3/2015
0,9 CDP
CONFERÊNCIA DE ABERTURA
Sobre a Ética do Medicamento - Uma Reflexão PÁG. 28
PAINEL I
CONCRETIZANDO O NOSSO COMPROMISSO
Apresentação do Estudo “Valor Social e Económico das Intervenções em Saúde Pública dos
Farmacêuticos nas Farmácias em Portugal” PÁG. 29
Uma Nova Farmácia para um Novo Perfil de Doente PÁG. 30
Efectividade da Terapêutica: Intervenção do Farmacêutico Comunitário PÁG. 32
Melhorar os Resultados Clínicos, Económicos e Humanísticos e Acrescentar Valor
aos Cuidados de Saúde: Contributos dos Farmacêuticos Hospitalares PÁG. 34
Olhos que vêem mais além: O Farmacêutico Especialista em Análises Clínicas PÁG. 37
A Indústria Farmacêutica centrada no Doente: Contributo da Profissão Farmacêutica PÁG. 38
SESSÃO SOLENE DE ABERTURA
Entrega do Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira
INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
“Geração Saudável – Os Farmacêuticos na Promoção e Educação para a Saúde”
LANÇAMENTO DO LIVRO
“Administração de Vacinas e Medicamentos Injecáveis – Uma Abordagem Prática”
5
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PAINEL II
O FARMACÊUTICO FACE AOS DESAFIOS DA SOCIEDADE
Os Farmacêuticos na Promoção da Saúde e Prevenção da Doença PÁG. 40
Os Farmacêuticos face ao Envelhecimento dos Portugueses PÁG. 41
PAINEL III
COMPETÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Quadro de Competências Base para os Farmacêuticos PÁG. 43
Modelo de Competências Farmacêuticas da Ordem dos Farmacêuticos PÁG. 45
MESA REDONDA
Nova Legislatura: Que Políticas Para a Saúde?
Apresentação das Conclusões da Campanha:
“Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis”
CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO
A Reforma Estrutural do SNS e Políticas na Área Farmacêutica PÁG. 46
SESSÃO SOLENE DE ENCERRAMENTO
Entrega da Medalha de Ouro da Ordem dos Farmacêuticos
Entrega da Medalha de Honra da Ordem dos Farmacêuticos
LEITURA DAS CONCLUSÕES
6
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Programa
Sessões Paralelas
00119/3/2015
0,11 CDP
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
SERVIÇOS FARMACÊUTICOS EM FARMÁCIA COMUNITÁRIA:
A EXPERIÊNCIA NACIONAL E INTERNACIONAL
PAINEL I
Serviços Farmacêuticos Centrados no Cidadão a Nível Mundial PÁG. 49
Programas Farmacêuticos Promovidos pela Sociedade Espanhola de Farmácia Familiar
e Comunitária PÁG. 50
Programas Desenvolvidos nas Farmácias Irlandesas PÁG. 52
PAINEL II
Modelos de Remuneração da Farmácia Comunitária a Nível Mundial PÁG. 53
Um Novo Contrato Social para a Farmácia Portuguesa PÁG. 54
7
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
FARMÁCIA HOSPITALAR
FARMÁCIA HOSPITALAR – COMPETÊNCIAS E INTERVENÇÕES
PAINEL I
Competências em Farmácia Hospitalar
Modelos de Competências em Farmácia Hospitalar na Europa e no Mundo PÁG. 55
Modelo de Competências em Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos PÁG. 56
Aplicação do Modelo de Competências na Prática – questões relevantes PÁG. 57
PAINEL II
Optimização da Terapêutica na Interface
Revisão de Conceitos na Optimização da Terapêutica PÁG. 58
Resultados Práticos de um Projecto de Optimização da Terapêutica PÁG. 60
Interface entre a Farmácia Hospitalar e a Farmácia Comunitária PÁG. 62
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
NOVOS DESAFIOS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA:
SERIALIZAÇÃO E ELEMENTAL IMPURITIES
PAINEL I
Integrated IT and Automation Concepts for T&T PÁG. 63
PAINEL II
Elemental Impurities – a nova ICH Q3D PÁG. 64
ANÁLISES CLÍNICAS E GENÉTICA HUMANA
O FARMACÊUTICO NO LABORATÓRIO CLÍNICO
A Situação das Análises Clínicas em Portugal PÁG. 66
A Carreira Farmacêutica – Análises Clínicas e Genética PÁG. 69
8
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
ASSUNTOS REGULAMENTARES
COMUNICAÇÃO E DIREITO DE INFORMAÇÃO:
A INERENTE COMPLIANCE REGULAMENTAR
Acesso dos Doentes às Tecnologias de Saúde PÁG. 73
Transparência na Informação –MNSRM PÁG. 75
Cuidados Transfronteiriços e seu impacto nos Sistemas de Financiamento PÁG. 77
Benefícios e Riscos de Medicamentos – Desafios e Oportunidades PÁG. 80
Divulgação de Informação PÁG. 82
Materiais Educacionais PÁG. 83
DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA
DESAFIOS DO PRESENTE E DO FUTURO
NA DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA
PAINEL I
Boas Práticas de Distribuição de Medicamentos – Actualização e Desafios
Perspectiva do Regulador na Aplicação do Novo Regulamento PÁG. 84
Perspectiva dos Distribuidores PÁG. 85
PAINEL II
Directiva dos Medicamentos Falsificados
Perspectiva Europeia PÁG. 87
Perspectiva do Regulador PÁG. 88
MARKETING FARMACÊUTICO
OS SOCIAL MEDIA E A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
O Futuro da Saúde – Tendências e Transformações da Era Digital PÁG. 89
Impacto dos Social Media no Marketing da Pharma PÁG. 90
Benefícios da Comunicação Colaborativa - Poupar Tempo e Dinheiro, Conectando Doentes,
Farmacêuticos, Médicos e Indústria Farmacêutica PÁG. 91
Aumentar por Via Digital o Patient Engagement with Pharmacists (PEP) PÁG. 93
9
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS,
HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS
COMPETÊNCIAS ANALÍTICAS DO FARMACÊUTICO E
SUSTENTABILIDADE DA SAÚDE E DO AMBIENTE
Farmacêutico – O Profissional Charneira no Controlo de Doping Humano e Animal PÁG. 94
Investigação e Legislação sobre as Novas Substâncias Psicoactivas em Portugal PÁG. 96
Ciências Farmacêuticas e Águas Termais – Uma Relação a Incrementar PÁG. 98
Farmacêutico, Embalagens Activas e Alimentos PÁG. 100
Novas Ferramentas Analíticas no Controlo da Qualidade Ambiental para Resíduos Farmacêuticos e
Produtos de Higiene Pessoal PÁG. 102
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
OS FARMACÊUTICOS NAS CIÊNCIAS DA VIDA E DA SAÚDE
Plataformas Integrativas de Investigação e Cuidados de Saúde: Oportunidades
para as Ciências Farmacêuticas PÁG. 104
Bioengenharia de Órgãos – Novas Fronteiras para a Medicina Regenerativa PÁG. 105
Estratégias para Ultrapassar a Resistência a Terapias-alvo em Oncologia PÁG. 107
Estudo dos Efeitos Benéficos do Exercício Físico para o Desenvolvimento de
Novas Terapêuticas Farmacológicas Contra Doenças Metabólicas e Psiquiátricas PÁG. 109
Materials for Tissue Repair – from the Bench to the Bedside PÁG. 111
FARMÁCIA MILITAR
QUE FUTURO PARA A FARMÁCIA MILITAR PORTUGUESA?
A Farmácia Militar na Alemanha PÁG. 112
A Farmácia Militar em Portugal PÁG. 113
A Defesa Química na Resposta às Novas Ameças PÁG. 114
Que Futuro Para a Farmácia Militar Portuguesa?
10
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CNFarmacêuticos’2015
Descarregue a Aplicação Móvel e aceda a
toda a informação sobre o Congresso Nacional
dos Farmacêuticos’2015
11
LIVRO DE RESUMOS CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS’2015
Simpósio
pré-Congresso
Presente e Futuro da
Profissão Farmacêutica
na Europa
12
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
Oradores
Simpósio pré-Congresso
13
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
PAINEL I
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
terapêuticas! estará o farmacêutico preparado?
Desafios do
Farmacêutico de
Indústria na Era Global
Foquemo-nos apenas na produção. A produção de
medicamentos é cada vez mais baseada em
sistemas em que o farmacêutico controla e avalia
Estará o ensino preparado para “preparar” os
farmacêuticos do futuro?
Estará o farmacêutico preparado para ser cada vez
mais um decisor? Um técnico que com base nos
sistemas de informação avalia o risco e decide?
Está/estará o farmacêutico preparado para
desenvolver sistemas de avaliação e tomada de
decisão? Está/estará o farmacêutico preparado
para o valor/custo da decisão?
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas, FFUL
Manuel João Oliveira
Grupo Azevedos
Licenciatura em Organização e Gestão de
Empresas, ISCTE
Resumo comunicação
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
MBA, UCP
29 anos de experiência na Industria Farmacêutica
A era global para nós portugueses não tem a carga
que muitos lhe atribuem dado que há 500 anos
fomos os primeiros a entender o mundo como um
todo. E desde esses tempos remotos os
portugueses na área da saúde (médicos ou
farmacêuticos) utilizaram os recursos então
disponíveis ao serviço da terapêutica de acordo
com o estado da arte. São inúmeros os contributos
das plantas medicinais do “ultramar”.
Cilag Medicamneta, Boehringer Ingelheim,
Azevedos/Sofarimex
Vice-Presidente da Sofarimex
Assistente na FFUL desde 1988 e atualmente Prof.
Auxiliar Convidado da FFUL
O farmacêutico na Indústria terá sempre que olhar
a dois lados – o doente e o medicamento. E será
na satisfação das necessidades do doente pela
disponibilização da terapêutica que o farmacêutico
desenvolverá o seu papel no futuro (como no
passado).
Na era global os portugueses disponibilizam já os
seus medicamentos nos 4 cantos do mundo
estando o cluster da saúde já na frente de clusters
tradicionais e mediáticos como seja o vinho, sendo
a qualidade dos nossos produtos e serviços bem
reconhecida além fronteiras.
Os desafios que se colocam ao farmacêutico não
virão propriamente da globalização mas da
evolução científico e tecnológica que por vezes
errada e injustificadamente se confunde. Da
globalização virá o risco associado ao valor
acrescentado do medicamento e a oportunidade
da dimensão do mercado.
Estará o farmacêutico preparado para continuar a
ser o técnico por excelência do medicamento?
Pensemos um pouco nos novos medicamentos/
14
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
PAINEL I
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Medicine, LIF Sweden and as Head of regulatory
affairs for several pharmaceutical companies, e.g
Octapharma, Biovitrum, Pharmacia Plasma
Products and Novartis. Pär has also been working
as Senior Pharmaceutical Officer for the Swedish
Medical Products Agency.
Perspectivas Futuras da
Indústria Farmacêutica
na Europa
PUBLICATIONS
The 3T3 neutral red uptake phototoxicity test:
Practical experience and implications of
phototoxicity testing – The report of an ECVAM
– EFPIA Workshop, Regulatory Toxicology and
Pharmacology, June 2012
Several publications in European Industrial
Pharmacy, e.g Partnerships Create Value for
Healthcare Customers, February 2009 and Swedish
Environmental Classification of Pharmaceuticals,
June 2009
OTHERS ACTIVITIES
2008 – 2012: 1st Deputy Chairman of the Swedish
Pharmacists Association
Pär Tellner
Federação Europeia das Associações
e Indústrias Farmacêuticas
2006 – 2008: 2nd Deputy Chairman of the Swedish
Pharmacists Association
Resumo comunicação
2010 – 2012: Chairman of LIF Sweden Code
Compliance Committee
2010 – 2012: Vice President of the European
Industrial Pharmacists Group
The lecturer will present the future prospects for
the pharmaceutical industry, its effects on Industrial
Pharmacists and some possibilities for
collaboration between pharmaceutical industry and
pharmacists. In addition to the well known trends of
cost decrease, increased regulatory burden and
continous follow-up of medicines, the presenter will
also inform about the more recent trend of
improved pipelines of new innovative products.
The lecturer believes that industrial Pharmacists
have a bright future in the pharmaceutical industry,
if they are prepared to compete in the areas where
the need for personnel will grow e.g compliance
(Ethical interaction with healthcare professionals
and health technology assessments.
Curriculum Vitae
ACADEMIC DEGREES
Pär graduated as a pharmacist (M. Sc) at Uppsala
University in 1986.
PROFESSIONAL EXPERIENCE
Pär Tellner is Director, Team Leader and ICH
Coordinator at EFPIA since 2012. He is also in
charge of the EFPIA support to the international
regulatory affairs.
Pär has previously been working as Compliance
officer (marketing ethics) and Director of Veterinary
15
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
PAINEL II
ANÁLISES CLÍNICAS
Atendendo a que a maioria dos erros que ocorrem
no processo laboratorial (que não os devidos a
incompetência ou negligência, ambos condenáveis)
se verifica nas fases pré e pós analíticas e que
provavelmente o erro pré analítico mais frequente é
devido ao facto da escolha dos testes, ou painéis
de testes, não ser a mais apropriada e muitos dos
erros pós analíticos resultarem de uma má ou
incompleta interpretação e utilização dos mesmos,
percebe-se a necessidade e importância de uma
cada vez maior ligação dos especialista dos
laboratórios com os clínicos.
O Farmacêutico
Especialista em Análises
Clínicas e Medicina
Laboratorial: Desafios
e Oportunidades
O facto de um cada vez maior número de utentes/
doentes solicitar diariamente aos especialistas dos
laboratórios informações e aconselhamento
referentes aos dados analíticos que lhes são
fornecidos, incluindo até a orientação terapêutica
como é o caso do seguimento de doentes sujeitos
a tratamento hipocoagulante, leva a que os
laboratórios necessitem de um número de
especialistas bem preparados para assumir todas
estas responsabilidades e responder a estas
necessidades.
A utilização que será cada vez mais frequente dos
biomarcadores na prática clínica, é outro factor que
vem reforçar estas necessidades num futuro muito
próximo.
Jorge Nunes de Oliveira
Associação Portuguesa de Analistas Clínicos
Os farmacêuticos especialistas em análises clinicas
(e genética) pela particularidade da sua formação
universitária e pela sua formação especializada e
contínua estão particularmente preparados para
responder aos desafios que a profissão e a
sociedade colocam nesta área da saúde
Resumo comunicação
A importância do Laboratório de Análises Clínicas
na prestação de cuidados de saúde é reconhecida
por todos pelo facto de estar presente ao longo da
vida do ser humano, desde os testes de rastreio
pré-natais e após o nascimento com a realização
do teste do pezinho, até aos rastreios ou ao
controlo de doenças crónicas. Não intervém
apenas no diagnóstico, acompanha toda a
evolução da doença, desde a possível
predisposição genética à avaliação do estado de
saúde ou à monitorização da efectividade de um
tratamento prescrito.
Independentemente desta realidade a nossa
actividade profissional está hoje confrontada, seja
na área privada seja na pública e no interrelacionamento das duas, com a ausência de uma
política de curto ou médio prazo para o sector e
com a ausência de estudos credíveis e até de
conhecimento da realidade, que sustentem
decisões tomadas.
Frequentemente as análises clinicas são vistas pelo
sector público como um custo e por uma parte do
sector privado essencialmente como uma
oportunidade de negócio focalizada na produção
de um número, sempre cada vez mais elevado, de
analises para melhor remunerar accionistas e
gestores, transformando uns e outros os
Laboratórios em meros produtores de resultados,
ou seja “Resultórios”; reduzindo a fase pré analítica
da actividade laboratorial a “flebotomistas” e
motoristas (colheita e transporte de amostras), a
fase analítica a engenheiros para operar os
equipamentos e a fase pós analítica a informáticos
para fornecerem os resultados.
Não se estranha por isso o facto de diversos
estudos revelarem que um elevado número de
decisões clínicas (cerca de 70%) são tomadas ou
influenciadas tendo por base os dados fornecidos
pelos laboratórios, atribuindo-lhes por isso um
papel central na prestação de cuidados de saúde
Como consequência deste facto os especialistas
em análises clinicas no desempenho da sua
actividade, quer nos laboratórios públicos quer
privados, têm a responsabilidade de assegurar que
os serviços que prestam têm um alto grau de
qualidade e de confiança e que incluiu o que
acontece antes da amostra biológica chegar ao
laboratório (pré analítica), o que acontece no
laboratório (analítica) e o que acontece quando o
resultado é produzido e comunicado ao médico e
o doente (pós analítica).
Com uma realidade deste tipo os especialistas em
análises clínicas/patologia clínica não são
necessários.
16
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
Não sendo esta situação compatível com as
necessidades dos doentes e do próprio sistema de
saúde quer do ponto de vista económico, quer
social caberá aos especialistas em análises
clinicas/patologia clinica uma maior mobilização e
inovação para dar a conhecer a sua actividade e a
sua importância na prestação dos serviços de
saúde.
Docente no PAGEF (Programa Avançado Gestão
Programa Avançado de Gestão para
Farmacêuticos) - Processos de Gestão em Análises
Clínicas - na Universidade Católica Portuguesa,
Católica Lisbon School of Business & Economics
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Realizou numerosas comunicações em Congressos
e Acções de Formação em Portugal, França, Itália,
Marrocos, Tunísia e Brasil.
É este esforço que todos devemos fazer e no qual
estão empenhadas as mais importantes
organizações internacionais do sector analítico.
É co-autor, desde o ano 2000, do processo de
Dupla Certificação dos Laboratórios de Análises
Clínicas pelas Normas ISO 9001+ NLC (Normas
para o Laboratório Clinico) de que é co-autor.
É co- autor da Plataforma de Gestão Documental
e-Results para acesso aos dados de meios
auxiliares de diagnóstico pelos médicos dos
Centros de Saúde/USF’s, iniciada em 2014
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Farmácia pela Faculdade de Farmácia da
Universidade do Porto, em 31/07/1974.
OUTRAS ACTIVIDADES
Especialista em Análises Clínicas pela Ordem dos
Farmacêuticos em 14/12/1981.
Vice-Presidente da Direcção Nacional da Ordem
dos Farmacêuticos, de 1995-1998.
Concluiu o “Programa de Alta Direcção de
Empresas – PADE” da Escola de Direcção e
Negócios da AESE realizado em Lisboa em
colaboração com o IESE- “Instituto de Estudios
Superiores de la Empresa”, Universidad de
Navarra, em Abril de 2006.
Presidente da Secção Regional do Porto da Ordem
dos Farmacêuticos de 1998-2004.
Presidente da Assembleia Geral da COFANOR de
1999-2006.
Presidente da Assembleia Geral do Clube de Golfe
Farmacêutico.1998-2004
Conclui o Programa Avançado de Management do
Instituto de Estudos Superiores e Financeiros e
Fiscais (IESF) obtendo o grau executivo de topo
das pós graduações desta Business School no ano
lectivo de 2007/2008.
Vice-Presidente da European Clinical Pathology
Confederation (organização que substitui a
Confederation des Biologistes Europeans - CBE
desde 2002.
Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de
Química Clínica, de 2004-2014.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Assistente de Microbiologia na Faculdade de
Medicina de Luanda (Angola) em 1974/1975
Membro dos Corpos Sociais da FEMLAB
“Federation Euro-Mediterraneene des Laboratoires
D’Analyses de Biologie Médicale”, com sede na
Tunísia desde 2008.
Director Técnico da Farmácia “Arteiro”, na Póvoa
de Varzim até 1997.
Director Técnico substituto no Laboratório de
Análises Clínicas “Prof. Doutor Joaquim J. Nunes
de Oliveira, Ldª.” até Abril de 1997-2001.
Presidente da Direcção da Associação Portuguesa
de Analistas Clínicos (APAC) desde Novembro de
2008.
Director Técnico do Laboratório de Análises
Clínicas “Prof. Doutor Joaquim J. Nunes de Oliveira
Ldª” desde 15 de Abril de 2001.
Presidente do Conselho Fiscal do MONAF
(Montepio Nacional da Farmácia – Associação de
Socorros Mútuos) desde 2015.
Administrador único do Laboratório de Análises
Clínicas Joaquim J. Nunes de Oliveira e Cª S.A.
desde 28 Janeiro de 2004.
Membro da Comissão de Avaliação Técnica dos
Dispositivos Médicos para Diagnóstico in vitro do
INFARMED.
Membro Efectivo do Comité Consultivo para a
Formação dos Farmacêuticos do Conselho da
União Europeia.
Membro da Comissão Técnica Nacional, na
dependência do Ministro da Saúde, para o
licenciamento de laboratórios de análises de 1999
a 2005.
17
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
PAINEL II
ANÁLISES CLÍNICAS
control of their work tool, and the recognition of the
medical character profession.
The future of the profession, such as we see it at
the SDB, comes about indeed through the battle of
the professional independence and the
medicalization: the patients as well as the medical
biologists have their interest in it.
As Análises Clínicas em
França face aos Desafios
Europeus
Curriculum Vitae
ACADEMIC DEGREES
Faculty of pharmaceutical sciences of Tours (Indre
et Loire);
Doctoral thesis in pharmacy approved on the 2nd
of May 1983, evaluation: very honorable with jury
congratulations. Registered with the French
Chamber of Pharmacists on the 5th of Avril 1985
From September 1982 to October 1991:
- Biological parasite diagnostics on the 8th of May
1984 in Tours;
François Blanchecotte
Syndicat des Biologistes de France
- Bacteriology and clinical virology on the 14th of
October 1985 in Poitiers;
Resumo comunicação
- General Immunology on the 23rd of November
1990 in Nantes;
In less than ten years, the French private medical
biology has deeply evolved. This transformation is
reflected both in the new legislative and regulatory
framework (law of the 31st of May 2013 and the
implementation decrees) and in the rapid
restructuring of the governance structures. While
maintaining up to today almost all its contact points
with the patients (about 3600 laboratories in towns
throughout the country), the French private medical
biology is currently regrouped under slightly more
than 600 legal structures (professional
corporations for most of them) to 3900 ten year
ago. Moreover the French private medical biology
laboratories as well as the public hospital
laboratories, will be in 2020 the only ones
worldwide to be compulsorily accredited to the
standard 15 189 for 100% of their activity.
- Clinical biochemistry on the 29th of October 1991
in Tours.
PROFESSIONAL EXPERIENCE
National President of the SdB (Biologists union),
elected on the 21st of June 2011. Member in 1994,
county councellor in 1999, member of the national
office in 2002
President of the UNALPL commission of European
and International Affairs (National Union of Liberal
Professions), elected on the 7th of February 2013
UNPS national assistant treasurer (National
association for health professionals), ministerial
appointment order in June 2015
National vice-president of the CNPS (a national
body linking together the principal associations
from all health professions), elected on the 17th of
November 2011
It is still too early to judge the effects and
consequences, at the level of the public health and
the patient service, of this revolution of the French
medical biology. However the French medical
biologists have to face this fast moving change in
a context of permanent battle between the public
authorities will to rationalize the French health
expenditure, the appetite of financial operators
wishing to capture the French biology market and
the relentlessness of the French biologists (the
majority of whom are represented by the SDB) to
defend an independent high-quality medical
exercise, focused on the patients and the
prescribing doctors. A mode of exercise which will
come about, for the private medical biologists
(self-employed), through the mastery and the
President of the CEB (Confederation of European
Biologists), elected in June 2015
European treasurer of the CEPLIS in Brussels
(European Council of the Liberal Professions),
elected on the 16th of September 2014
UNAPL substitute member of the EESC in Brussels
(European Economic and Social Committee),
appointed on the 1st of September 2015
AWARDS
Member of the Légion d’honneur. Given by the
Minister of Health Marisol Touraine in Paris on the
9th of December 2014
18
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
PAINEL III
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
intrínseco, e que, hoje sabemos, não é aproveitado
na íntegra. Questões relacionadas com a adesão à
terapêutica, gestão da polimedicação, e outras,
são demasiado evidentes e preponderantes para
que os sistemas de saúde as continuem a ignorar
(ou considerar como garantidas). Quem der provas
de que pode intervir nestas áreas com resultados
evidenciados, ocupará um lugar de relevo no
processo de saúde do cidadão. E esse caminho já
começou a ser trilhado pelos farmacêuticos
comunitários um pouco por todo o Mundo,
inclusivamente em Portugal.
Onde Estamos e Onde é
que a Sociedade Precisa
de Nós?
Os farmacêuticos comunitários encontram-se
idealmente posicionados para este novo papel.
Mas estar na pole position não é suficiente.
Teremos de garantir que ganhamos a corrida. E isto
só se consegue adquirindo as competências
necessárias para intervir de forma eficaz,
interagindo com os restantes membros da equipa
de saúde, e estabelecendo parcerias com quem
partilhar connosco o mesmo desígnio
(nomeadamente o próprio cidadão).
Ema Paulino
Ordem dos Farmacêuticos
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
Os medicamentos têm contribuído para a eficiência
dos sistemas de saúde por se revelarem um meio
custo-efetivo para a redução da carga da doença e
mortalidade, promovendo a melhoria da qualidade
de vida individual. Contudo, ampla evidência
internacional sugere que existe um potencial não
aproveitado no investimento que se faz anualmente
em medicamentos. Estima-se que seja possível
poupar cerca de 370 mil milhões de euros através
do Uso Responsável do Medicamento. Este valor
corresponde a cerca de 8% da despesa mundial
em saúde, que é afecto a custos de saúde
evitáveis, com consequente impacto nos valores de
internamentos hospitalares, morbilidade e
mortalidade.
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Se é um facto que nos últimos anos as farmácias
tiveram de proceder a uma análise profunda dos
factores que determinavam a sua eficiência, e agir
sobre aqueles que promoviam a sua
sustentabilidade tanto a curto, como a médio e
longo prazo, também não é menos verdade que
hoje estamos melhor preparados para responder a
este desafio. Mais conscientes de que se
centrarmos a nossa atividade nas necessidades do
cidadão e do sistema de saúde em geral, o valor da
nossa intervenção será invariavelmente
reconhecido.
2002: Diretora-Técnica e proprietária da Farmácia
Nuno Álvares, Almada
2014: Mestrado em Gestão da Saúde, Escola
Nacional de Saúde Pública
2012: Pós-Graduação em Liderança, Pharmacy
Leadership Academy, American Society of HealthSystem Pharmacists Foundation
2003: Pós-Graduação em Farmácia Comunitária
pela Faculdade de Farmácia da Universidade de
Lisboa
2001: Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela
Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
2012: Diretora de Projetos e Serviços, Farmácias
Holon
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Paulino E, Guerreiro M, Cantrill J, Martins AP, Alves
da Costa F, Benrimoj S I. Community pharmacists’
and physicians inter-professional work: insights
from qualitative studies with multiple stakeholders.
Rev Port Clin Geral 2010;26:590-606;
Paulino E. Desafios e novas oportunidades para a
Farmácia Comunitária. M Farmacêutico. 2006 Nov/
Dez; 4(25);
É necessário continuar a investir em recursos
humanos qualificados e em infraestruturas
adequadas para assegurar uma intervenção que
extraia do custo da terapêutica o seu valor
Costa F, Paulino E, Silva I. Pharmacy in Portugal,
an overview on its functioning with focus on efforts
to increase patient safety. Int Pharm J. 2005 Dec;
19(2):45-48;
19
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
Paulino E, Bouvy ML, Gastelurrutia MA, Guerreiro
uurma H, for The ESCP-SIR Rejkjavik Community
Pharmacy Research Group. Drug related problems
identified by European community pharmacists on
patients discharged from hospital. Pharm World
Sci. 2004 Dec; 26(6):353-60.
PRÉMIOS
2014 - Personalidade do Ano, Prémios Almofariz
2012 - FIP (International Pharmaceutical
Federation) Fellow
2001 - Health Base Foundation Poster Award na
30a Conferência da ESCP, Antuérpia, Bélgica, pelo
poster e comunicação oral “Drug related problems
among patients discharged from hospital”.
OUTRAS ACTIVIDADES
Desde 2013: Presidente da Direção da Secção
Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos
Desde 2013: Professional Secretary e membro do
Comité Executivo da International Pharmaceutical
Federation (FIP)
2013-2014: Membro do grupo de trabalho “Staffing
the Service” da “Plataforma Gulbenkian para um
Sistema de Saúde Sustentável”
2010-2013: Vice-Presidente do Comité Executivo
da Secção de Farmácia Comunitária da FIP
2004: Membro da Delegação Portuguesa no
Pharmaceutical Group of the European Union
2004-2012: Membro da Direção da Associação
Nacional das Farmácias
2003-2004: Presidente do Young Pharmacists’
Group (FIP)
2000-2001: Secretária-Geral e Permanent Officer
da European Pharmaceutical Students’ Association
1999-2000: Presidente da Associação Portuguesa
de Estudantes de Farmácia
1997-2000: Membro do Gabinete de Informação,
Promoção e Educação para a Saúde da AEFFUL.
20
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
PAINEL III
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
a Certificate in Management from Henley Business
School (UK).
Promovendo Eficiência,
Melhorando Vidas: Como
pode a Farmácia fazer a
diferença no século XXI?
Darragh has considerable experience of regulation,
quality standards and professional development in
pharmacy and healthcare generally, having
previously been appointed by successive Ministers
for Health to both the Council of the
Pharmaceutical Society of Ireland (PSI) and the
Board of the Health Information & Quality Authority
(HIQA).
In the last number of years, Darragh has spoken at
both national and international conferences
worldwide, including HIQA/WHO World Alliance for
Patient Safety, PGEU Annual Symposia and the
International Pharmaceutical Federation (FIP) World
Congress of Pharmacy and Pharmaceutical
Science.
Darragh O’Loughlin
Grupo Farmacêutico da União Europeia
Resumo comunicação
Community pharmacists are at the centre of
communities all over Europe. Pharmacists wish to
advance the profession, in order to meet patients’
needs. Governments wish to optimise the use of
medicines, and achieve better value from
pharmacotherapy. Better use of competences of
pharmacists can help to achieve this. This
presentation outlines what needs to be true in order
for pharmacists to provide the best care possible
into the future.
Curriculum Vitae
Darragh O’Loughlin is currently President of the
Pharmaceutical Group of the European Union
(PGEU), representing approximately 400,000
community pharmacists working in almost 170,000
pharmacies at a European level, having been its
Treasurer since 2013. Darragh is also Secretary
General of the Irish Pharmacy Union (IPU), the
voice of community pharmacy in Ireland.
A qualified pharmacist, Darragh has experience in
both hospital and community pharmacy and has
operated his own pharmacy in Galway for the last
fifteen years. He graduated from Trinity College
Dublin in 1993 and also holds a Diploma in
Marketing, Advertising and Public Relations from
the Institute of Commercial Management (UK) and
21
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
PAINEL III
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
Uma Visão para a
Farmácia Francesa:
O Livro Branco do
CNGPO
Louis Pascal
Collectif National des Groupements
de Pharmaciens d’Officine – France
Resumo comunicação
The CNGPO is a think tank composed by 15
pharmacist’s groups created in 2002. He wrote last
year a white paper, horizon 2017, tomorrow which
pharmacies? This book presents several
propositions on different themes: Store Brach
Pharmacist (“succursalistes”), Quality Approach,
Information/Communication, Experimentations,
Improving Patient Care. Pascal Louis, president of
the think tank will present each one.
Curriculum Vitae
ACADEMIC DEGREES
Diplome of Pharmacist (retail pharmacist)
PROFESSIONAL EXPERIENCE
Pharmacist in Dijon (member of Giphar’s group of
pharmacies). Since 2005, he is president of the
CNGPO (Collectif National des Groupements de
Pharmaciens d’Officine). The CNGPO is composed
of 15 groups of pharmacies (ALPHEGA
PHARMACIE FRANCE, APSARA, CEIDO,
COFISANTÉ, ÉVOLUPHARM, FORUM SANTÉ,
GIPHAR, GIROPHARM, NEPENTHES, OBJECTIF
PHARMA,OPTIPHARM, PHARMA GROUP SANTE,
PHARMODEL, PLUS PHARMACIE, RÉSEAU
SANTÉ). He was president of the Giphar’s group of
pharmacies (2002-2008).
22
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
PAINEL IV
FARMÁCIA HOSPITALAR
farmacológicos condicentes com as melhores
práticas.
Nem sempre as melhores opções são as mais
onerosas, sendo continua a tarefa de buscar em
cada área terapêutica as opções mais efectivas
Presente e Futuro do
Farmacêutico Hospitalar
em Portugal
Numa altura de contenção apostar na prevenção,
interligação de cuidados, segurança do doente e
tratamento da informação clínica disponível, serão
seguramente apostas de futuro.
A componente de cuidados associada à tecnologia
medicamentosa tem vindo a assumir uma
preponderância à medida que novos fármacos
mais potentes e direccionados têm surgido no
mercado. Como os custos associados tendem a
ser crescentes, assumindo dimensões que se
adivinham como insustentáveis serão os
farmacêuticos chamados, cada vez mais, a intervir
no sentido de racionalizar as terapêuticas e
adaptá-las aos doentes, personalizando-as de
forma cada vez mais activa. Os doentes estão cada
vez mais “fora do hospital” e necessitam de
continuar a obter os seus cuidados farmacêuticos
e respectiva terapêutica de forma consistente e
monitorizada. Uma vez mais caberá ao
farmacêutico hospitalar articular-se com os seus
colegas comunitários, com médicos e enfermeiros
de cuidados primários, de forma a optimizar
terapêuticas, minimizando efeitos adversos e
interacções e promovendo estilos de vida saudável
Armando Alcobia
Ordem dos Farmacêuticos
Resumo comunicação
O farmacêutico hospitalar tem incorporado as
principais alterações decorrentes do avanço
tecnológico na área do medicamento e de outros
produtos farmacêuticos, sobre uma base de
reconhecida competência na área da gestão,
segurança e qualidade em todo o circuito do
medicamento. O papel de hoje releva do legado de
colegas que, ao longo dos anos, foram prestando
“serviços farmacêuticos” nos hospitais onde
trabalharam. A essência das suas funções nunca
variou demasiado, pois sempre se centrou na
possibilidade de oferecer aos doentes a melhor
terapêutica disponível salvaguardando as
componentes de qualidade, segurança e custos
associados, num ambiente de intensa colaboração
multidisciplinar.
Do balanço entre racionalização das alternativas
existentes e a incorporação da verdadeira inovação
que nos chega dependerá a viabilidade de um
sistema de saúde que, em todos os países
desenvolvidos, tende a desequilibrar as contas
públicas. Terá que ser uma aposta assumida pela
sociedade e interpretada pelos vários profissionais
de saúde de forma responsável e profissional,
evitando redundâncias e desperdício de meios
complementares de diagnóstico, medicamentos e
dispositivos médicos.
A utilização das tecnologias de informação
adaptadas aos cuidados de saúde, bem como o
advento de biomarcadores preditivos de resposta e
a identificação de novos mecanismos de acção
cada vez mais específicos e controláveis permitemnos aguardar com expectativa os próximos
tempos.
Diferentes tipologias de hospitais condicionam os
actos farmacêuticos praticados que têm evoluído
em áreas como a oncologia; pediatria; apoio
nutricional artificial; informação ao doente;
imunossupressão; terapia anti-retroviral;
medicamentos experimentais; preparação/
reconstituição de misturas intravenosas;
preparação de misturas não estéreis; gestão da
qualidade, radiofarmácia, entre outros, sempre
alicerçados numa componente clínica crescente.
As terapias avançadas utilizadas ao abrigo da
isenção hospitalar, são um dos mais recentes
desafios. A manipulação de células, tecidos e a
utilização de novos vectores para incorporação dos
fármacos são uma realidade.
O farmacêutico hospitalar por ser um profissional
de saúde que interage directamente com o
medicamento, com os outros profissionais de
saúde e com o doente terá que assumir a
responsabilidade de manter os níveis de cuidados
O legado que transportamos dá-nos força para
superar as dificuldades que surjam no nosso
percurso.
23
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Fac.
de Farmácia da Universidade de Coimbra em 1991;
Título de especialista em Farmácia Hospitalar pela
Ordem dos Farmacêuticos em 2001.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Bolseiro no Centro de Tecnologia Química e
Biológica em Oeiras, onde frequentou o Curso de
Formação de Investigadores para a Indústria, com
a duração de 2 anos;
Farmacêutico-adjunto numa farmácia comunitária e
exerceu actividade como delegado especialista na
indústria farmacêutica;
Em Abril de 1994 ingressou nos Serviços
Farmacêuticos do Hospital Garcia de Orta (HGO) e
em 2001 foi nomeado responsável pelos Serviços
Farmacêuticos do Hospital;
Entre 1997 e 2001 foi assistente convidado nas
cadeiras de Farmácia Clínica e Comunicação e
Informação no Instituto Superior de Ciências da
Saúde – Sul.
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
É autor e co-autor de inúmeros trabalhos
apresentados em congressos da área da Farmácia
Hospitalar e formador convidado da Universidade
Católica e do Instituto de Higiene e Medicina
Tropical.
OUTRAS ACTIVIDADES
Entre 2001 e 2004 foi vogal da Direcção da Secção
Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos e
da Associação Portuguesa de Farmacêuticos
Hospitalares entre 2001 e 2008;
Fez parte da Direcção Nacional da Ordem dos
Farmacêuticos entre 2010 e 2013;
Elemento da Comissão de Farmácia e Terapêutica
do HGO, tendo pertencido à sua Comissão de
Ética, faz actualmente parte do Conselho Directivo
do Centro de Formação, Investigação e Ensino
Garcia de Orta. Por inerência é membro da
Comissão Nacional de farmácia e Terapêutica.
24
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
SIMPÓSIO PRÉ-CONGRESSO
PAINEL IV
FARMÁCIA HOSPITALAR
Secretary to the Hospital Pharmacy and
Therapeutics Committee
PUBLICATIONS
O Estado da Farmácia
Hospitalar na Europa
Eur J Hosp Pharm-2014-Horák-291-3
OUTRAS ACTIVIDADES /OTHERS ACTIVITIES
Chairperson of the Committee on Medication
Management for Registered Nurses and Midwives,
Midland Area
Member of the Research Ethics Committee,
Midland Area (until 2012)
Executive Committee Member Hospital
Pharmacists Association Ireland (HPAI) (positions
held include President, Business Manager, EAHP
Delegate)
Joan Peppard
Associação Europeia de Farmacêuticos
Hospitalares
Resumo comunicação
The European Association of Hospital Pharmacists
represents hospital pharmacy in Europe. This
presentation outlines the major projects currently
undertaken by the Association and how EAHP is
working on many policy areas to improve the
outcome for patients through the actions of
hospital Pharmacists in partnership with other
health care professionals, academia and policy
makers. Current projects include the European
Statements of Hospital Pharmacy, the
Opportunities presented by changes to the
European Qualifications directive among many
others.
Curriculum Vitae
ACADEMIC DEGREES
Masters of Ethics Degree (M.A. Ethics)
Bachelor of Science Degree (B.Sc. Pharm)
Bachelor of Administration (B.A. Public
Management)
Diploma in Healthcare Management
PROFESSIONAL EXPERIENCE
Chief Pharmacist in Midland Regional Hospital
Tullamore, Co Offaly, Ireland
President European Association of Hospital
Pharmacists.
Member of the Hospital Management Team,
Midland Regional Hospital Tullamore
25
LIVRO DE RESUMOS CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS’2015
ORADORES / CONGRESSO
Congresso
Nacional dos
Farmacêuticos’2015
26
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Oradores
Programa Congresso
27
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
CONFERÊNCIA DE ABERTURA
Orientação de 15 teses de Doutoramento, dezenas
de dissertações de Mestrado. Centenas de
palestras e conferências
Sobre a Ética do
Medicamento – Uma
Reflexão
Membro e Chairman do Grupo de Trabalho sobre
Protecção do Embrião e do Feto – União Europeia
Presidente da Fundação Grünenthal
Membro e Presidente de Comissões de Ética (do
Hospital de S. João, do Centro Hospitalar do
Conde Ferreira, dos Hospitais de S. João de Deus,
da Universidade do Porto
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Mais de 500 artigos, 5 livros, 7 obras colectivas por
si coordenadas
PRÉMIOS
3 Prémios Pfizer
Condecorações: Grã Cruz da Ordem de Santiago
de Espada, Comendador da Ordem de Gregório o
Magno
Walter Osswald
Coordenador da Cátedra UNESCO
em Bioética, Instituto de Bioética
da Universidade Católica Portuguesa
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Doutor Honoris Causa pela Universidade de
Coimbra – 2008
Professor Catedrático em 1972 – Faculdade de
Medicina do Porto
Professor extraordinário em 1968 – Faculdade de
Medicina do Porto
Assistente convidado em 1959 – Faculdade de
Medicina Universidade de Frankfurt
Doutoramento em 1958 – Faculdade de Medicina
do Porto
Licenciado em Medicina em 1951 – Faculdade de
Medicina do Porto
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Conselheiro do Instituto de Bioética da UCP
Director do Instituto de Bioética da UCP
Membro do Conselho Nacional de Ética para as
Ciências da Vida (CNECV)
Director do Instituto de Farmacologia e Terapêutica
da Faculdade de Medicina do Porto
Professor visitante das Universidades de Gand,
Paris, Düsseldorf, Frankfurt, Kuwait, Valência
Presidente da Comissão Nacional de Humanização
28
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PAINEL I
CONCRETIZANDO
O NOSSO COMPROMISSO
Apresentação do Estudo
“Valor Social e Económico
das Intervenções em
Saúde Pública dos
Farmacêuticos nas
Farmáicas em Portugal”
epidemiology of hepatitis C virus (HCV) in selected
countries. Journal of Viral Hepatitis, 2014, 21, (Suppl.
1), 5–33
Razavi H, Waked I, Sarrazin C. et al. The present and
future disease burden of hepatitis C virus (HCV)
infection with today’s treatment paradigm. Journal of
Viral Hepatitis. 2014 May;21 Suppl 1:34-59
Wedemeyer H, Duberg AS, Buti M. et al. Strategies to
manage hepatitis C virus (HCV) disease burden.
Journal of Viral Hepatitis, 2014, 21, (Suppl. 1), 60–89
Félix J, Félix J, Aragão F, Almeida JM, Calado FJ,
Ferreira D, Parreira AB, Rodrigues R, Rijo JF. Timedependent endpoints as predictors of overall survival
in multiple myeloma. BMC Cancer. 2013 Mar
16;13:122.
Pimentel-Santos FM, Mourão AF, Ribeiro C, Costa J,
Santos H, Barcelos A, Pinto P, Godinho F, Cruz M,
Vieira-Sousa E, Santos RA, Rabiais S, Félix J,
Fonseca JE, Guedes-Pinto H, Brown MA, Branco JC;
CORPOREA Study Group. Spectrum of ankylosing
spondylitis in Portugal. Development of BASDAI,
BASFI, BASMI and mSASSS reference centile charts.
Clin Rheumatol. 2012 Mar;31(3):447-54
Jorge Félix
Exigo
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
Félix J, Andreozzi V, Soares M, Borrego P, Gervásio
H, Moreira A, Costa L, Marcelo F, Peralta F, Furtado I,
Pina F, Albuquerque C, Santos A, Passos-Coelho JL;
Portuguese Group for the Study of Bone Metastases.
Hospital resource utilization and treatment cost of
skeletal-related events in patients with metastatic
breast or prostate cancer: estimation for the
Portuguese National Health System. Value Health.
2011 Jun;14(4):499-505.
Sara Rabiais, Filipa Aragão, Jorge Félix, Pedro
Moreira, Francisco Rolo. Infecção urinária recidivante:
ocorrência, factores de risco e custos de diagnóstico
e tratamento. Acta Urológica (Set 2010 – 3): 19–25.
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Mestre em Economia da Saúde, University of York,
United Kingdom, 1999-2000.
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas Faculdade
de Farmácia da Universidade de Lisboa, 1988-1996
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Desde 2001. Director e economista da saúde sénior,
Exigo Consultores, Portugal.
2000 - 2001. Economista da Saúde, INFARMED –
Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de
Saúde, I. P, Portugal.
1996 -1999. Secretário técnico, Ordem dos
Farmacêuticos, Portugal.
1994 -1995. Sub-director, Associação para a
Informação e Promoção da Saúde, Portugal.
1994 -1995. Coordenador, Programa de Educação
sobre HIV/AIDS no Ensiono Secundário e
Universitário em Portugal. Associação para a
Informação e Promoção da Saúde (AIEPS), Portugal
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
MBruggmann P, Berg T, Øvrehus LH. et al. Historical
29
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PAINEL I
CONCRETIZANDO O
NOSSO COMPROMISSO
Miembro de la Delegación Española en la PGEU
(Agrupación Farmacéutica de la Unión Europea
(desde 1997);
Miembro de la Delegación Española en FEPAFAR
(federación Panamericana Farmacéutica (desde
2005);
Uma Nova Farmácia para
um Novo Perfil de Doente
Académica Correspondiente de la Real Academia
Nacional de Farmacia (desde 2005);
Académica Correspondiente de la Academia
Iberoamericana de Farmacia (desde 2005);
Consejera del Consejo General del INSALUD
(desde 1997 a 2002);
Miembro del Grupo de Dermofarmacia del Grupo
Europeo Farmacéutico (desde 1989 a 1995);
Vocal Nacional de Dermofarmacia del Consejo
General de Colegios Oficiales de Farmacéuticos de
España (desde 1988 a 1997);
Académica de Honor de la Academia de Farmacia
de Castilla y León (Desde el 30 de enero de 2015).
PUBLICATIONS
Carmen Peña
Federação Internacional Farmacêutica
Ha participado activamente en numerosos
congresos en el ámbito nacional e internacional
con ponencias sobre distintos aspectos
relacionados con la profesión farmacéutica y con la
política profesional;
Resumo comunicação
Ha publicado numerosos artículos e informes
dentro del ámbito profesional
Curriculum Vitae
AWARDS
ACADEMIC DEGREES
Premio a tu Salud a la Trayectoria Profesional del
Periódico la Razón. 23 de junio de 2015;
Licenciada en Farmacia por la Universidad
Complutense de Madrid
Gran Cruz de la Orden del Dos de Mayo de la
Comunidad de Madrid. 2 de mayo de 2015;
Doctora en Farmacia por la Universidad
Complutense de Madrid
PROFESSIONAL EXPERIENCE
Premio Cofarta de Oro. 29 de abril de 2015.
Talavera de la Reina;
Farmacéutica de Farmacia Comunitaria (desde
1982);
Farmacéutica del año de Correo Farmacéutico. 16
de marzo de 2015;
Presidenta de la Federación Internacional
Farmacéutica (FIP). (Desde 2014);
Académica de Honor- Academia de Farmacia de
Castilla y León. 30 de enero de 2015;
Presidenta del Consejo General de Colegios
Oficiales de Farmacéuticos de España (Desde julio
2009 hasta junio 2015);
Premio “Consejo de Colegios farmacéuticos de
Cataluña” de la Real Academia de Farmacia de
Cataluña. 19 de enero de 2015. Barcelona;
Secretaria General del Consejo General de
Colegios Oficiales de Farmacéuticos de España
(Desde 1997 hasta julio 2009);
Premio Juan Manuel Reol III Edición. COF Burgos.
20 de diciembre de 2014;
Reconocimiento especial Premio Edimsa 2014. 16
diciembre 2014;
Miembro de la Comisión Permanente del Consejo
Asesor de Sanidad del ministerio de Sanidad,
Servicios Sociales e Igualdad. (Desde octubre de
2012);
Medalla de Oro del Colegio Oficial de
farmacéuticos de Valladolid. 14 de diciembre de
2014;
Vicepresidenta de la FIP, Federación Internacional
Farmacéutica (Desde 2008 hasta 2014);
Medalla de la Facultad de Farmacia de Alcalá de
Henares. 12 de diciembre de 2014;
Miembro del Working Group of Public Policy de la
Federación Internacional Farmacéutica (19992009);
Premio Redacción Médica a los protagonistas de la
Década. 24 de noviembre;
30
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Distinción Carabela la Pinta Categoría Oro. COF
Huelva, 22 de noviembre de 2014;
XII Premios COF Navarra, Premio a un farmacéutico
con trayectoria profesional significativa”. 15 de
noviembre de 2014;
Distinción del Colegio Oficial de Farmacéuticos de
Guipuzcoa. COF Guipuzcoa. 4 de octubre de 2014;
Presidenta de Honor de AEFHOM (Asociación
Española de Farmacéuticos Homeópatas);
FIP Felow Award. 1 de septiembre 2013. Congreso
FIP Dublín;
Académica de Honor de la Academia MédicoQuirúrgica. 31 de enero de 2013;
Colegiada de honor cof Zaragoza. 1 de diciembre
de 2012M;
Colegiada de Honor cof de Albacete. 24 de
noviembre de 201;
Insignia de oro de la Academia de Ciencias
Médicas de Bilbao. 21 de junio de 2012. Bilbao;
Investidura como Dama de la Orden de Caballeros
y Damas de Yuste. 14 de abril de 2012. Catedral de
Santiago de Compostela;
Premio Fundamed-El Global 2011 a la Trayectoria
Profesional. 11 de abril de 2012;
Personalidad Político-Sanitaria del Año. Premios
Edimsa 2011. 2 de diciembre de 2011;
Emboque de Oro 2011 Casa de Cantabria. 18 de
agosto de 2011. Santander;
Colegiada de Honor del Colegio Oficial de
Farmacéuticos de Ciudad Real. 8 diciembre de
2010;
Homenaje de FEFAS (Federación Farmacéutica
Sudamericana) por la valiosa contribución a la
profesión Farmacéutica Sudamericana. Mayo 2010.
Brasil;
Encomienda del Mérito Farmacéutico 2010.
Consejo Federal de Farmacia de Brasil.;
Primer Premio SEFAC a la trayectoria a favor del
desarrollo profesional de la farmacia comunitariaoctubre 2008;
Premio Farmacéutico del Año 2007. Ediciones
Mayo;
Premio Eupharlaw 2006 a la personalidad del año
en el sector farmacéutico;
Medalla de Oro del Colegio Oficial de
Farmacéuticos de Granada;
Colegiada de Honor del Colegio Oficial de
Farmacéuticos de Cantabria.
31
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PAINEL I
CONCRETIZANDO O
NOSSO COMPROMISSO
implementação e disseminação. Outro serviço
farmacêutico com evidência gerada em Portugal é
o da revisão da medicação, o qual parece
promissor em lares de terceira idade, com claro
benefício na identificação de PRM, podendo
contribuir para melhorar o uso do medicamento
nos idosos. Na farmácia comunitária, este serviço
aparenta ter barreiras claras à sua implementação,
incluindo a alegada falta de tempo, falta de
remuneração do serviço, preparação técnicocientífica do farmacêutico e o estabelecimento de
uma relação de colaboração com o médico.
Trabalho prévio desenvolvido em Portugal pelos
diversos intervenientes no processo de melhoria
contínua, indica que aliando os esforços dos
farmacêuticos comunitários, ao dos investigadores
e das organizações representativas, se conseguirá
gerar benefício para o doente, sendo dois os
requisitos para todos estes intervenientes:
motivação e competência.
Efectividade da
Terapêutica: Intervenção
do Farmacêutico
Comunitário
Curriculum Vitae
Filipa Alves da Costa
Instituto Superior de Ciências
da Saúde Egas Moniz
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Resumo comunicação
Doutorada em Farmácia, Área Practice & Policy,
School of Pharmacy, Universidade de Londres em
2006;
Bolseira de Pós-doc pela FCT no Instituto Superior
de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) em
2008;
A literatura sugere que existe evidência de
efectividade da intervenção do farmacêutico
comunitário em áreas específicas. Estas focam-se
essencialmente nos serviços para além da
dispensa, nomeadamente na identificação,
prevenção e resolução de problemas-relacionados
com medicamentos (PRM). Os serviços
identificados como gerando benefícios na saúde
dos doentes foram a gestão da terapêutica nas
suas diversas formas, incluindo os programas de
gestão da doença, programas de maximização da
adesão à terapêutica e a revisão da medicação. No
entanto, verifica-se não haver uma estratégia de
intervenção única para melhorar o processo de
utilização do medicamento, que se tenha revelado
efectiva em todos os grupos populacionais e com
aplicabilidade em todos os settings. Importa então
conhecer alguns dos estudos realizados em
Portugal, adaptados ao funcionamento do SNS e
das farmácias comunitárias portuguesas. Existe a
nível nacional evidência de benefício de diferentes
estratégias estimuladoras da adesão,
nomeadamente o recurso a dispositivos de alerta,
dispositivos de medição electrónicos, caixas
multicompartimentais, ainda que evidência
moderada. Ainda assim, parecem ser as estratégias
mais complexas as que se revelam mais efectivas,
suscitando estas, no entanto, problemas de
Mestre em Farmácia Comunitária. Faculdade de
Farmácia da Universidade de Lisboa em 2002;
Licenciada em Ciências Farmacêuticas. Instituto
Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz em
1998.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Actualmente é Investigadora no Registo
Oncológico Regional-Sul (IPOLFG) com funções de
gestão de projectos na área da efectividade
terapêutica oncológica e medical writting
Actualmente é Professora Auxiliar Convidada no
Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas
Moniz (ISCSEM).Regente de Saúde Pública,
Cuidados Farmacêuticos e Serviços
Farmacêuticos. (Regente de Deontologia e
Legislação Farmacêutica entre 2008 e 2009).
Assistente de Farmacologia II, Farmácia Clínica e
Iniciação à Investigação Científica I e II.
Investigadora do Centro de Investigação
Interdisciplinar Egas Moniz (CiiEM).
Foi Directora Técnica da Farmácia AISIR na Parede
entre 2011 e 2015, onde trabalhou desde 2008.
Foi Coordenadora Técnica do CEFAR, Associação
Nacional das Farmácias entre 2004 e 2006, onde
trabalhou desde 2001.
32
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
farmácia em países em vias de desenvolvimento;
Martins, S., van Mil, JWF, Costa F.A. The
organizational framework of community pharmacies
in Europe. International Journal of Clinical
Pharmacy 2015. DOI: 10.1007/s11096-015-0140-1;
Revisora de diversas revistas científicas
internacionais;
Costa, F.A., Pedro, A.R., Teixeira, I., Bragança, F.,
Silva, J.A., Cabrita, J. Primary non-adherence in
Portugal: findings and implications. International
Journal of Clinical Pharmacy 2015. DOI: 10.1007/
s11096-015-0108-1;
Membro da Sociedade Europeia de Farmácia
Clínica (ESCP) e da Federação Internacional de
Farmácia (FIP).
Membro da equipa nomeada pelo INFARMED para
actualização anual do Prontuário Terapêutico;
Hughes, CM, Hawwa, AF, Scullin, C, Anderson, C,
Bernsten; CB, Bjo¨rnsdo´ttir, I, Cordina, MA, Costa,
FA, et al. Provision of pharmaceutical care by
community pharmacists: a comparison across
Europe. Pharm World Sci 2010 Aug; 32(4):472-87;
Costa FA, Duggan C, Bates I. Comparing
perceptions about medicines and illness in two
countries: how religion and education may impact
on reliability and validity of survey tools. In Smith F,
Francis S-A, Schafheutle E. International research
in healthcare. (p68-9). Pharmaceutical Press, 2008;
Benrimoj SI, Werner JB, Raffaele C, Roberts A. and
Costa F.A. Monitoring quality standards in the
provision of non-prescription medicines from
Australian Community Pharmacies: results of a
national program. Quality and Safety in Health Care
2007;16:354-8
PRÉMIOS
Young Researcher’s award na Conferência de
Social Pharmacy em 2004 (Malta);
Bolsa Binov 2014 – Bolsa de Inovação da Ordem
dos Farmacêuticos, com o projecto “Melhorar a
Adesão de doentes polimedicados a partir de
sistemas de Preparação Individualizada da
Medicação: Uma experiência em farmácias
comunitárias portuguesas”;
Vencedora do Prémio Tecnophage com o poster
“Avaliação da terapêutica empírica microbiana nas
infeções do trato urinário adquiridas na
comunidade” nas Jornadas de Ciências
Farmacêuticas, ISCSEM 2015.
OUTRAS ACTIVIDADES
Presidente do Pharmaceutical Care Network
Europe entre 2007 e 2009 integrou a Direcção até
2011;
Membro do Grupo Profissional em Farmácia de
Oficina da Ordem dos Farmacêuticos (2008-2009);
Investigadora do Observatório Português dos
Sistemas de Saúde desde 2011;
Investigadora convidada da Universidade de
Sydney em 2006 (Pharmacy Practice Quality
Support Centre);
Monitora do curso “El Paciente en foco”, a convite
da OMS, no âmbito de um projecto para
desenvolvimento dos serviços prestados pela
33
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PAINEL I
CONCRETIZANDO O
NOSSO COMPROMISSO
farmacêutico hospitalar é o profissional que,
habilitado com o grau de especialista, é
responsável pelo medicamento no âmbito dos
vários níveis de cuidados, quer diferenciados, quer
ainda dos primários ou continuados sob a tutela
das ARS. A posse de um grau como título de
habilitação profissional em farmácia hospitalar e
saúde pública, visa a profissionalização e
especialização para o exercício profissional, no
âmbito do acto farmacêutico.
Melhorar os Resultados
Clínicos, Económicos
e Humanísticos e
Acrescentar Valor
aos Cuidados de
Saúde: Contributos
dos Farmacêuticos
Hospitalares
A par da evolução tecnológica, os novos conceitos
de gestão e de mercado, impõem adaptação a
novas realidades, sendo exigida formação
diferenciada ao nível da organização e gestão de
medicamentos e recursos humanos e económicos.
Surgem novos conceitos de trabalho na dispensa
de medicamentos, as novas tecnologias, reduzem
erros de medicação, garantem qualidade,
rentabilizam recursos humanos, reduzem o capital
imobilizado, e melhoram a eficiência. Melhoram
também a função de informação baseada na
evidência para suporte à decisão clínica de uso de
medicamentos já comercializados e experimentais,
ao nível do internamento, do ambulatório e dos
cuidados primários. A monitorização clínica,
através da farmacocinética, acompanhamento e
reconciliação terapêutica, é rotina de trabalho em
muitos hospitais e em alguns centros de saúde.
O conceito actual de elaboração, investigação e
desenvolvimento, baseia-se na resolução de
problemas de tratamento de doentes não
solucionáveis com os medicamentos
comercializadas, bem como, na preparação de
medicamentos de administração intravenosa e de
preparação extemporânea, que requerem
precauções especiais de manipulação, estabilidade
ou risco, como é o caso dos medicamentos
biológicos, citotóxicos, radiofármacos ou nutrição
parentérica.
Ana Cristina Rama
Ordem dos Farmacêuticos
Resumo comunicação
A Farmácia Hospitalar engloba o conjunto de
actividades exercidas em departamentos com
autonomia técnica, denominados Serviços
Farmacêuticos, praticadas em organismos
hospitalares, ou serviços a ele ligados, para
colaborar nas funções de assistência que
pertencem a esses organismos e serviços e
promover a acção de investigação científica e de
ensino.
Salienta-se ainda a importância dos farmacêuticos
na vida e dinâmica dos hospitais, ARS, área
regulamentar e ao nível nacional na definição das
políticas do medicamento, pelo contributo e
intervenção em diferentes tipos de Comissões
Técnicas.
A evolução do conceito de cuidados farmacêuticos
acompanha a necessidade, cada vez mais
premente, de intervir de uma forma sustentada e
metodologicamente válida, nos problemas de
saúde causados pela insegurança e inefectividade
dos medicamentos, que aumentam os riscos de
morbilidade e mortalidade. Os farmacêuticos, nos
serviços profissionais que prestam têm adoptado
uma abordagem centrada no doente, criando um
ambiente adequado para a prestação de cuidados
farmacêuticos.
Todas estas actividades pressupõem a existência
de competências em informação baseadas na
evidência, um saber agir responsável e
reconhecido, que implica mobilizar, integrar,
transferir conhecimentos, recursos e aptidões, que
agreguem valor, orientados ao doente, à doença ou
ao medicamento, tirando partido das tecnologias,
para suporte à decisão de uso responsável.
Vivemos tempos de mudança! Há que estar à altura
das oportunidades e responsabilidades futuras,
desenvolvendo competências, utilizando métodos
sistemáticos de intervenção farmacêutica baseada
O medicamento adquire hoje uma dimensão
especial no contexto global da medicina e o
34
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
na evidência e orientada para o doente,
acrescentando valor aos cuidados de saúde e
sabendo avaliar o impacto na melhoria dos
resultados clínicos, económicos e humanísticos.
0.00887.x. Epub 2010 Nov 16. PMID: 21077942
A. C. Ribeiro-Rama, I. V. Figueiredo, F. Veiga, M. M.
Castel-Branco, A. M. S. Cabrita, M. M. Caramona
– Evaluation of gastric toxicity of indomethacin
acid, salt form and complexed forms with
hydroxypropyl-ß-cyclodextrin on Wistar rats.
Histopathologic analysis. Fund. Clin. Pharmacol.
2009; 23(6): 747-755.
Curriculum Vitae
Silva C, Fresco P, Monteiro J, Rama AC. Online
drug databases: a new method to assess and
compare inclusion of clinically relevant information.
Int J Clin Pharm. 2013; 35(4): 560-9. doi: 10.1007/
s11096-012-9746-8. Epub 2013 Jun 2. PMID:
23729318
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciada em Farmácia (1983), Mestre em
Tecnologias do Medicamento (2004) e Doutora em
Farmacologia (2008), pela Faculdade de Farmácia
da Universidade de Coimbra;
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Fátima Roque; Ana Cristina Rama; João José
Sousa; Maria Eugénia Pina. Development and
stability assessment of liquid paediatric
formulations containing sildenafil citrate. Braz. J.
Pharm. Sci. [online]. 2013; 49(2): 381-388. ISSN
1984-8250. http://dx.doi.org/10.1590/S198482502013000200021.
Farmacêutica hospitalar desde 1984 e especialista
desde 1987. Pertence ao quadro dos Serviços
Farmacêuticos do Centro Hospitalar e Universitário
de Coimbra, E.P.E.;
Docente da Faculdade de Farmácia da
Universidade de Coimbra como Assistente
Convidada desde 1992 e Professora Auxiliar
Convidada desde 2009. É investigadora do grupo
Health Surveillance do Centro de Estudos
Farmacêuticos da Faculdade de Farmácia da
Universidade de Coimbra. Participação na
orientação de mestrados científicos e
doutoramentos e em júris académicos de
mestrados científicos e integrados. Na Faculdade
de Farmácia da Universidade do Porto foi regente,
como Assistente Convidada de unidades
curriculares opcionais nos anos lectivos de
2005/2006 a 2007/2008;
Mosca C, Castel-Branco MM, Ribeiro-Rama AC,
Caramona MM, Fernandez-Llimos F, Figueiredo IV.
Assessing the impact of multi-compartment
compliance aids on clinical outcomes in the elderly:
a pilot study. Int J Clin Pharm. 2014; 36(1): 98-104.
doi: 10.1007/s11096-013-9852-2. Epub 2013 Dec
1. PMID: 24293332
Co-Autor em Livro
Ana Cristina Ribeiro Rama, Ana Teresa Almeida
Santos, Fernando Fernandez-Llimos, Isabel Vitória
Figueiredo, Joana Lopes, Luís Marques, Margarida
Caramona, Margarida Castel-Branco. Tratamento
farmacológico da depressão na mulher grávida.
ISBN 978-989-26-0826-6. Imprensa da
Universidade de Coimbra. Coimbra, 2014.
Tem exercido actividades de gestão clínica e
económica e de farmácia clínica. No âmbito da
informação de medicamentos foi responsável pela
criação e desenvolvimento do Serviço de
Informação de Medicamentos e Gravidez - SIMeG,
viabilizado pela Direcção Geral de Saúde
(PIDDAC/98) em 1998. Foi responsável pela criação
e desenvolvimento em 1999 do Serviço de
Informação de Medicamentos - SIMed, viabilizado
no âmbito do Projecto Fazer Melhor em Saúde
(PIDDAC/99). Efectua acompanhamento
farmacoterapêutico de grávidas de risco por
exposição a medicamentos e tóxicos ambientais,
em colaboração com o Serviço de Reprodução
Humana;
Patentes
Patent number PT103,069 submited on
2004/02/10. Title: “Reduced toxicity dosage form of
indomethacin for oral administration”. Autors: Ana
Rama; Francisco Veiga; Isabel Vitória Figueiredo;
Silvério Cabrita; Maria Margarida Caramona;
Adriano Sousa.
PRÉMIOS
1997 - Comparticipação para investigação APFH/
NOVARTIS - Associação Portuguesa de
Farmacêuticos Hospitalares;
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
2005 - Prémio APFH/IPSEN - Associação
Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares;
Revistas internacionais
A.C. Ribeiro Rama; I.V.Figueiredo; F.Veiga;
M.M.Castel-Branco; A.M.S.Cabrita;
M.M.Caramona. Hepatic and renal toxicities of
indomethacin acid, salt form and complexed forms
with hydroxypropyl-β-cyclodextrin on Wistar rats
after oral administration. Fund. Clin. Pharmacol.
2011; 25(5): 599-607. doi: 10.1111/j.1472-8206.201
2005 - Comparticipação para investigação APFH/
NOVARTIS - Associação Portuguesa de
Farmacêuticos Hospitalares;
2012 - “Prémio de melhor poster da área de
Farmácia Hospitalar”. Congresso Nacional dos
Farmacêuticos. Lisboa, Portugal, 2-4 de Novembro
35
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
de 2012. Título: Tratamento farmacológico da
depressão em mulheres grávidas. CNF/2012/A06/
P007. Autor(es): J. Lopes, I. V. Figueiredo, M. M.
Castel-Branco, M. M. Caramona, A. C. Rama, A. T.
Almeida Santos.
OUTRAS ACTIVIDADES
Revisor de artigos científicos - Revistas: Pharmacy
World & Science; EJHPSci - European Journal of
Hospital Pharmacy, Scientific Section;
Foi vogal da Direcção da Secção Regional de
Coimbra, nos triénios de 1989/1992 e 1992/1995.
Foi membro do Conselho do Colégio da
Especialidade entre 1995/1998;
Foi vogal da Associação Portuguesa de
Farmacêuticos Hospitalares de 1990 a 1999.
Representante da Associação Portuguesa de
Farmacêuticos Hospitalares na Assembleia-geral
da Associação Europeia de Farmacêuticos
Hospitalares, de 1998/2004. É actualmente
elemento da comissão científica da Associação
Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares;
Participou como Consultor na organização:
Exposição “Farmácia – a arte milenar de curar”.
Decorreu no átrio principal do pólo HUC - Centro
Hospitalar e Universitário de Coimbra de 30 de
Outubro de 2014 a 20 de Fevereiro de 2015;
É actualmente Presidente da Secção Regional de
Coimbra e Directora Nacional da Ordem dos
Farmacêuticos.
36
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PAINEL I
CONCRETIZANDO O
NOSSO COMPROMISSO
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Farmacêutica Especialista em Análises Clínicas
pela OF.
Olhos que vêem mais
além: O Farmacêutico
Especialista
em Análises Clínicas
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Responsável Técnica de laboratório privado de
análises clínicas;
Diretora de Qualidade de laboratório privado de
análises clínicas.
OUTRAS ACTIVIDADES
Diretora Nacional da Ordem dos Farmacêuticos.
Ana Teresa Barreto
Ordem dos Farmacêuticos
Resumo comunicação
Os farmacêuticos especialistas em análises clínicas
intervêm com impacto nos diferentes estágios da
cadeia de saúde: prevenção, diagnóstico,
prognóstico e acompanhamento terapêutico.
Hoje em dia, o maior objetivo do especialista em
análises clínicas não é a adequada validação
diagnóstica dos testes ou a correta interpretação
destes. É sim, a integração entre a informação
clínica, os resultados laboratoriais e o
acompanhamento do doente.
As tendências atuais apontam para uma maior
utilização do diagnóstico laboratorial no futuro,
esperando-se um crescimento na utilização dos
exames laboratoriais e também da sua importância
no sistema de saúde.
A tendência para o aconselhamento por parte dos
especialistas, na consultoria, seleção de testes e
interpretação de resultados, irá aumentar na
medida em que os clínicos dos cuidados de saúde
também serão chamados a providenciar cuidados
a um número maior de doentes com todas as suas
complexidades individuais mas com um uso cada
vez mais racional e criterioso dos testes
laboratoriais disponíveis.
A mudança do paradigma da saúde implicará
necessariamente um nível muito elevado de
especialização e formação de excelência para os
especialistas em análises clínicas portugueses.
37
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PAINEL I
CONCRETIZANDO O
NOSSO COMPROMISSO
qualifications and experience to play an even
greater role in patient care and become much more
than medication processers.
A Indústria Farmacêutica
centrada no Doente:
Contributo da Profissão
Farmacêutica
Pharmacists have always been known as an
accessible and trusted source of advice and
treatment. Today, their contribution to health care is
developing in new ways to help deliver optimal,
more cost-effective care as the industry advances
toward more affordable, patient-centered
healthcare with improved access, outcomes and
patient satisfaction.
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
2005: Agregação em Farmácia, Universidade de
Coimbra;
1999: Doutorado em Farmácia, Faculdade de
Farmácia da Universidade de Coimbra;
1994: Mestre em Engenharia Química/Ciências de
Engenharia, Universidade de Coimbra;
1991: Licenciatura em Ciências Farmacêuticas,
Faculdade de Farmácia da Universidade de
Coimbra.
Sérgio Simões
Bluepharma
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Resumo comunicação
2015: Sócio-gerente da Blueanalytics Lda;
We are living times of unprecedented innovation in
the pharmaceutical industry but the business model
is changing. As governments, payers, and
healthcare providers rapidly move toward a health
system that focuses on outcomes rather than
products and services, pharmaceutical companies
are feeling their way toward a new business model:
patient-centricity.
Desde 2012: Sócio-gerente da Blueclinical Lda;
Desde 2011: Membro da Direção do Biocant
Ventures, SA;
Desde 2010: Presidente da Luzitin, SA, Presidente
da TREAT U, SA, Sócio-gerente da InovBlue, Lda,
Membro da Direção da A2B SGPS, SA
Desde 2005: Professor Associado com Agregação
na Faculdade de Farmácia da Universidade de
Coimbra;
As a result, the company will be able to bring drugs
to market that better reflect patient needs, better
align with the reward-for-outcomes that
governments and payers insist upon, and help
patients and providers achieve better outcomes.
Patients require affordable medicines, with minimal
side effects and predictable clinical outcomes.
Desde 2001: Membro da Direção da Bluepharma,
Indústria Farmacêutica SA;
Vice-Presidente para o Desenvolvimento de Negócio
da Bluepharma, Indústria Farmacêutica SA;
Sócio-gerente da Pharmagen, Lda;
Orphan medicines for rare diseases and patient
adherence are some of the major focus of the
pharmaceutical industries. Patient-centric
approaches at different stages of the drug
development stages are described in the present
lecture.
Desde 1995: Investigador no Centro de
Neurociências e Biologia Celular (CNC),
Universidade de Coimbra.
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
A.F. Borges, B. Silva, C. Silva, J. Coelho, S. Simões.
“Oral dispersable films”. US 20150038594 A1;
Several large players in the pharmaceutical industry
have already identified the benefits of shared value
approaches for their own strategies. Some case
studies are presented.
Moreira, J. N., Moura, V., Pedroso de Lima, M. C.,
Simões, S., “Targeted delivery to human diseases
and disorders”. US 20140004042 A1;
L. G. Arnaut, M. M. Pereira, S. J. Formosinho, S.
Simões. “Process for preparing chlorins and their
pharmaceutical uses”. WO2010047611 A1;
Legislators, industry leaders, insurers, providers
and patients are recognizing that pharmacists have
a critical and emerging role to play on patient’s
integrated healthcare team. Pharmacist have the
Borges AF, Silva C, Coelho JF, Simões S “Oral
38
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
films: Current status and future perspectives: I Galenical development and quality attributes.”
Journal of Controlled Release - Journal of the
Controlled Release Society, 206:1-19 (2015);
Fonseca NA, Gomes-da-Silva LC, Moura V, Simões
S, Moreira JN. Bridging cancer biology and the
patients’ needs with nanotechnology-based
approaches. Cancer Treatment Reviews. Volume
40, Issue 5, June 2014, Pages 626-635.
PRÉMIOS
Prémio PME Inovação COTEC-BPI 2012, atribuído
pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva,
visa destacar Pequenas e Médias Empresas que
sejam exemplos no plano da inovação. Para esta
distinção concorreram diversos fatores,
nomeadamente o reconhecimento de valores
organizacionais de inovação, qualidade,
internacionalização e investimento da Bluepharma;
Prémio INVENTA.SAN promovido pela Caixa Geral
de Depósitos e o INPI, que visa promover as
invenções com maior impacto na área da saúde
pública na última década, patente premiada
também com o prémio INVENTA global como a
melhor patente do ano em todas as áreas a
concurso: L. G. Arnaut, M. M. Pereira, S. J.
Formosinho, S. Simões, G. Stochel and K.
Urbanska. (2008) “Synthesis of Compounds
Relating to Photodynamic Therapy of Cancer”.
Universidade de Coimbra. EP 2346874 A1;
WO2010047611.
OUTRAS ACTIVIDADES
Supervisor/co-supervisor de teses de mestrado,
teses de doutoramento e projetos de pósdoutoramento na área de Biotecnologia/Tecnologia
Farmacêutica;
Investigador Principal/participante de vários
projetos financiados pela UE, QREN, Agence
Nationale de la Recherche (ANR, França) e NATO;
Orador convidado pelo programa MIT-Portugal.
39
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PAINEL II
O FARMACÊUTICO FACE AOS
DESAFIOS DA SOCIEDADE
Os Farmacêuticos na
Promoção da Saúde e
Prevenção da Doença
Nuno Lunet
Faculdade de Medicina da Universidade
do Porto e Instituto de Saúde Pública
da Universidade do Porto
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
40
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PAINEL II
O FARMACÊUTICO FACE AOS
DESAFIOS DA SOCIEDADE
projecto Europeu “Simpathy”, do terceiro programa
de saúde, conta com a participação activa de
Médicos e Farmacêuticos da Universidade de
Coimbra e da Universidade de Lisboa. Neste
projecto, 10 grupos europeus, sob coordenação da
autoridade de saúde do Governo da Escócia, irão
identificar casos de estudo no domínio da gestão
da polimedicação e da adesão à terapêutica de
modo a criar condições para sensibilizar os
decisores e replicar boas-práticas através da
Europa: promovendo a revisão da medicação do
idoso, criando equipas multidisciplinares,
promovendo políticas de cuidados de saúde
centradas no cidadão, e a literacia do cidadão
sobre o medicamento. Será apresentado, de forma
breve, o consórcio Ageing@Coimbra.
Os Farmacêuticos face
ao Envelhecimento dos
Portugueses
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciatura em Biologia (1987), Universidade de
Coimbra
Doutoramento em Biologia Celular (1997),
Universidade de Coimbra
João Malva
Faculdade de Medicina da Universidade
de Coimbra e Ageing@Coimbra
Agregação em Biomedicina (2009), Universidade de
Coimbra
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Resumo comunicação
Investigador Principal, Faculdade de Medicina da
Universidade de Coimbra (2002-presente)
A Sociedade Europeia debate-se com desafios
colocados por profundas alterações demográficas
e pelo seu impacto sócio-económico. Em Portugal,
este desafio é particularmente importante face à
fragilidade da economia e ao rápido
envelhecimento das populações. Em 2060 Portugal
estará no topo dos países Europeus com menor
natalidade e no topo dos países em que existirá
maior percentagem de cidadãos muito velhos que
dependerá de cuidados prestados por cidadãos
velhos. Assim, sendo já uma prioridade no
presente, a boa saúde dos idosos terá enorme
implicação social e contribuirá determinantemente
para a sustentabilidade económica dos sistemas
de cuidado social e saúde. A Parceria Europeia de
Inovação para o Envelhecimento Activo e Saudável
lançou desafios a parceiros europeus para
identificar e replicar boas-práticas inovadoras que
contribuam para o envelhecimento activo e
saudável, contribuindo assim para aumentar, até
2020, em dois anos a vida activa e saudável dos
cidadãos na Europa. Este desafio, que é
profundamente interdisciplinar, inclui a participação
activa de profissionais de saúde, incluindo
Farmacêuticos, enquanto agentes de mudança
para uma melhor “Adesão à Terapêutica” (grupo A1
da EIP-AHA). A adesão à terapêutica e a gestão da
polimedicação, evitando a polimedicação
desadequada, são alvos principais de um dos
projectos que emerge deste grupo de trabalho; o
Professor Auxiliar, Departamento de Biologia da
Universidade do Minho (2007-2009)
Assistente e Assistente Estagiário, Departamento
de Biologia da Universidade do Minho (1989-1997)
Vice-Director do Instituto de Investigação
Interdisciplinar da Universidade de Coimbra
(2013-2015)
Presidente da Sociedade Portuguesa de
Neurociências (2007-2011)
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
*Bernardino L, Eiriz MF, Santos T, Xapelli S, Grade
S, Rosa AI, Cortes L, Ferreira R, Bragança J,
Agasse F, Ferreira L and Malva JO (2012) Histamine
stimulates neurogenesis in the rodent
subventricular zone. Stem Cells 30: 773-784. 5 Y IF
– 8,612
*Ferreira R, Xapelli S, Santos T, Silva AP, Cristóvão
A, Cortes L and Malva JO (2010) Neuropeptide Y
modulation of interleukin-1 beta (IL-1{beta})induced nitric oxide production in microglia. J. Biol.
Chem. 285: 41921-41934. 5Y IF – 5,117
*Rosa AI, Gonçalves J, Cortes L, Bernardino L,
Malva JO and Agasse F (2010) The angiogenic
factor angiopoietin-1 is a proneurogenic peptide on
subventricular zone stem/progenitor cells J.
Neurosci. 2010 Mar 31;30(13):4573-84. – 5 Y IF –
7,915
41
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
*Bernardino, L., Agasse, F., Silva, B., Ferreira, R.,
Grade, S. and Malva J.O. (2008) Tumor Necrosis
Factor-alpha Modulates Survival, Proliferation and
Neuronal Differentiation in Neonatal Subventricular
Zone Cell Cultures. Stem Cells 26:2361-2371. 5Y
IF- 8,612
*Editor of “Interaction between neurons and glial
cells in aging and brain diseases”- Springer, New
York (2007) Ed: Malva J.O.;Co-editors: Rego A.C.;
Cunha R.A. and Oliveira C.R ISBN: 978-0-38770829-4 (DVD included).
OUTRAS ACTIVIDADES
*Coordenador do consórcio Ageing@Coimbra,
“Reference Site” da “European Innovation
Partnershipn on Active and Healthy Ageing”
*Deputy Director def EIT Health InnoSTARS,
knowledge and Innovation Community (KIC)
em “Healthy Living and Active Ageing”
42
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PAINEL III
COMPETÊNCIAS FARMACÊUTICAS
The current competency framework for pharmacists
aims to reflect the practice of pharmacists in the
early stages of their career, ie, 0-3 years registered.
It is intended that the framework would also be
used to provide structure and guidance for
continuing professional development (CPD) over
the changing demands of a pharmacist’s career.
Quadro de Competências
Base para os
Farmacêuticos
The framework is divided into six domains of
practice and identifies a number of competencies
expected of a pharmacist in each domain. A
number of behavioural statements are given for
each competency to demonstrate how individuals
who have that competency will be behaving in
practice.
How was the Core Competency Framework
developed?
The framework for pharmacists in Ireland was
developed based on the Global Competency
Framework for Pharmacists from the International
Pharmacy Education Taskforce (PET). The global
framework was tailored for the needs of
pharmacists practising in Ireland and benchmarked
against established frameworks and national
standards. Following consultation with the
profession, the framework was updated and
finalised to reflect the comments and suggestions
received during the consultation process.
Róisín Cunniffe
Pharmaceutical Society of Ireland
Resumo comunicação
The new CPD framework introdcued in ireland is a
portfolio-based self-reflective model that allows
pharmacists to employ a wide range of learning
methods to meet their individual learning needs,
ranging from informal “on-the-job” learning to
formally accredited educational programmes.
Pharmacists are be required to become competent
in the process of reflection and skills such as
recording in order to meet the requirements of the
new CPD model which include self-identification of
learning needs, personal development planning and
documentation of learning outcomes. The PSI has
developed a Core Competency Framework to
provide structure and guidance for continuing
professional development (CPD) over the changing
demands of a pharmacist’s career.
What is the Core Competency Framework used
for?
The framework for pharmacists is used for a
number of purposes, including:
• CPD by assisting pharmacists to reflect on their
practice and identify learning needs and to provide
guidance and structure for CPD over the changing
demands of their career;
• development of curricula for programmes by
academic institutions. It informs educational
standards for accreditation by the PSI of the degree
programmes that lead to professional registration;
• to provide a platform for the development of
specialisation and advanced practice within
pharmacy;
What is a Competency Framework?
Competencies refer to the knowledge, skills,
attitudes and behaviours that an individual
develops through education, training and work
experience. Taken together, these competencies
form a competency framework which provides a
blueprint for describing the competencies and
behaviours of pharmacists in their daily practice. By
their nature, competency frameworks must be
sufficiently broad-based to allow for universal
applicability across all practice settings, but also be
sufficiently focused to allow the particular
competencies specific to pharmacists to emerge.
• to provide a public statement of the professional
role of a pharmacist.
Curriculum Vitae
ACADEMIC DEGREES
October 2013 – May 2015 - Postgraduate
Certificate in Health Promotion- Approaches to
Cardiovascular Health and Diabetes Prevention
(NUIG);
February 2013 - Professional Certificate in
Regulatory Affairs (International Centre for
Parliamentary Studies);
The Core Competency Framework for Pharmacists
in Ireland
43
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
September 2009 - CPR and Vaccination Training
Programme (IPU/Hibernian Healthcare);
August 2008 - March 2010 - Advanced Creative
Writing Course (Irish Writers Centre);
September 2007 - PSI Tutor Pharmacist Course;
Sept 2004 - August 2005 - PSI pre-registration
training year;
October 2000 - June 2004 - Batchelor of Science
(Pharmacy) (Trinity College Dublin).
PROFISSIONAL EXPERIENCE
March 2012-Present - Senior Pharmacist Advisor
Pharmaceutical Society of Ireland;
I currently work in the Pharmaceutical Society of
Ireland (PSI), the PSI is the statutory rehulator of
Phrmacy in Ireland. It regulates the profession of
pharmacy in the public interest. I have worked as a
Senior Pharmacist Advisor in the Pharmacy
Practice Development unit of the PSI since March
2012, working as the Head of this unit from August
2014 to August 2015. My work primarily involves
the publishing of practice guidance to the
pharmacy profession in Irealnd, stakeholder
engagement, co-ordinating commubnications to
the profession on practice issues and providing
advice to the Department of Heaslth on pharmacy
practice issues. Prior to joining the PSI I worked
extensively in Community Pharmacy, gaining
valuable experience in the treatment of opioid
dependence, paediatric and geriatric care.
44
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
PAINEL III
COMPETÊNCIAS FARMACÊUTICAS
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES /
Bruno A, Rouse M, Tofade T, Bates I. (2014)
Continuing Professional Development/Continuing
Education in Pharmacy: Global Report. Fédération
Internationale Pharmaceutique (FIP): The
Netherlands. Available at: www.fip.org/
educationreports
Modelo de Competências
Farmacêuticas da Ordem
dos Farmacêuticos
Bruno A, Rouse M, Meštrović A. (2014) Quality
Assurance of Pharmacy Education: the FIP Global
Framework. Fédération Internationale
Pharmaceutique (FIP): The Netherlands. Available
at: www.fip.org/educationreports
Anderson C, Marriott J, Carrasqueira J, Brock T,
Rennie T, Bruno A, Bates I. (2014) Turning the World
of Pharmacy Education into a Global Community
Through Sharing. Am J Pharm Educ, 2014; 78(7):
article 130.
Bruno A, Galbraith K, McKinnon R. (2014) Global
Supply of Health Professionals. N Engl J Med, 370;
23, June 5. DOI: 10.1056/NEJMc1404326
Bruno, A., Bates, I., Brock, T., Anderson, C. (2010)
Towards a Global Competency Framework. Am J
Pharm Educ. 74(3): p. 56.
Andreia Bruno
Ordem dos Farmacêuticos
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciada em Ciências Farmacêuticas (ISCSEM);
Doutoramento (UCL School of Pharmacy, Londres)
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Secretária Técnica para o Desenvolvimento
Profissional da Ordem dos Farmacêuticos (OF)
desde Junho de 2014. Coordenadora e
Investigadora do Projeto - Iniciativa para a
Educação da Federação Internacional
Farmacêutica (FIP | FIPEd), um cargo que ocupa
desde 2011. Coordena também os membros da
secção Académica e Institucional (AIM), no que
concerne ao fórum no congresso anual e todos os
projetos inerentes.
Apoia de forma editorial o Pharmacy Education
Journal, uma plataforma online para a publicação
de artigos de revisão. É também Honorary Lecturer
na Universidade de Londres, Faculdade de
Farmácia (UCL SoP), e foi-lhe atribuído o papel
honorário na Sociedade Real da Grã-Bretanha
(RPS) como Líder para Liaison Internacional.
Participa como perita no WHO Technical Working
Group on Health Workforce Education Assessment
Tools, desde Novembro de 2013. É também
gestora de comunicação e dados para o
Observatório Global da FIP-RPS sobre a workforce
(força de trabalho) [FIP-RPS Global Pharmacy
Workforce Observatory].
45
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO
1979/1984 – Diretor de Planeamento e Gestão
Financeira e Administrativa da Quimigal, E.P.
A Reforma Estrutural do
SNS e Políticas na Área
Farmacêutica
1973/1979 – Diretor Financeiro, Administrativo e de
Pessoal da Sovena, S.A.
CARGOS PÚBLICOS
Desde Maio 2015 – Presidente do Conselho
Económico e Social de Portugal
2002/2005 – Ministro da Saúde do XV e XVI
Governos Constitucionais
1991/1995 – Secretário de Estado da Energia do XII
Governo Constitucional
1987/1989 – Secretário de Estado da Segurança
Social dos X e XI Governos Constitucionais
1996/1997 – Membro da Comissão do Livro Branco
para a Reforma da Segurança Social
DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA
Desde 2014 – Professor Convidado – MBA –
Estratégia Empresarial – em Lisboa e Maputo Moçambique
Luis Filipe Pereira
Presidente do Conselho Económico e Social e
Ministro da Saúde entre 2002 e 2005
No ISCTE – Instituto Superior de Ciências do
Trabalho e da Empresa – Universidade de Lisboa
Resumo comunicação
Professor Convidado (1979/2005)
Curriculum Vitae
Coordenador e responsável pela cadeira de
Estratégia e Planeamento da Empresa –
Licenciatura em Organização e Gestão de
Empresas – anos letivos de 1978/1986
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Docente responsável pela cadeira de Economia,
Empresa e Integração Económica no Mestrado em
Ciências Empresariais no INDEG/ISCTE – anos
letivos de 1996/1997 e 1995/1996.
Licenciatura em Economia, pelo Instituto Superior
de Economia (ex-ISCEF), Universidade de Lisboa,
1972/1973.
Docente responsável pela cadeira de Planeamento
Estratégico no MBA – Master of Business
Administration no INDEG/ISCTE – anos letivos de
1997/1998 e 1996/1997.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
FUNÇÕES EMPRESARIAIS DE ALTO NÍVEL
2011/2015 (Maio) – Membro do Conselho Geral e
de Supervisão da EDP- Energias de Portugal
Coordenador e responsável pela cadeira de
Planeamento e Estratégia de Empresa – anos
letivos de 1996/1997 e 2000/2001.
2007/2010 – Presidente da Comissão Executiva do
Grupo EFACEC
2005/2006 – Presidente da Comissão Executiva da
CUF - Companhia União Fabril, SGPS
Coordenador e responsável pela cadeira de
Direção Geral de Empresas – Licenciatura em
Organização e Gestão de Empresas – ano letivo de
2001/2002.
2002 – Administrador da EDP- Eletricidade de
Portugal, S.A.
1997/2002 – Presidente da Comissão Executiva do
Conselho de Administração da ADP - Adubos de
Portugal S.A.
No ISE - Instituto Superior de Economia –
Universidade de Lisboa
1998/2000 – Administrador Não-Executivo do
Banco Mello
Assistente convidado da disciplina de Política
Económica – Curso Superior de Economia – ano
letivo de 1978/1979.
1996/1997 – Vice-Presidente Executivo da Quimigal
Adubos S.A.
PRÉMIOS
1996/2001 – Presidente do ISTP- Instituto Superior
de Transportes
Condecorado com a “Grã Cruz da Ordem do
Mérito”, por Sua Excelência o Presidente da
República, 2006.
1991/1995 – Vice-Presidente da EDP - Eletricidade
de Portugal, S.A.
Atribuição da Medalha de Ouro de Serviços
Distintos do Ministério da Saúde, Março de 2015.
1984/1986 – Diretor Geral Adjunto da Quimigal, E.P.
OUTRAS ACTIVIDADES
46
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
CARGOS EM ASSOCIAÇÕES NACIONAIS E
INTERNACIONAIS
Desde 2013 – Presidente do FAE-Fórum de
Administradores de Empresas
1996/2001 – Presidente da Direção da APIGCEE –
Associação Portuguesa dos Industriais Grandes
Consumidores de Energia Elétrica
1996/2002 – Membro do Conselho da IFIEC International Federation of Industrial Energy
Consumers.
1996/2002 – Vice-Presidente e membro do Comité
de Direção da EFMA - European Fertilizer
Manufacturers Association.
1996/2002 – Membro do Conselho Geral da IFA –
International Fertilizer Industry Association
CONSULTORIA DE EMPRESAS
Desde 2011 (Maio) – Consultor e Administrador
Não-Executivo de diversos grupos empresariais:
British Hospital, Grupo Visabeira, Grupo Logistel
Desde 2013 – Membro do Conselho Consultivo
Ibérico da ORACLE
2014/2015 – Presidente não Executivo da Dan
Cake Portugal
1981/1986 – Consultor de diversas empresas e
formador em gestão nos domínios da Estratégia
Empresarial, da Direção Geral de Empresas da
Direção Financeira e da Gestão de Recursos
Humanos
47
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Oradores
Sessões Paralelas
48
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
terapêutica, e a prevenção, identificação e
resolução de problemas relacionados com os
medicamentos que condicionem a obtenção dos
melhores resultados em saúde, uma vez que a
dispensa dos medicamentos é a ocasião por
excelência para a identificação de pessoas que
necessitem de um nível de acompanhamento
diferenciado por parte do farmacêutico.
PAINEL I
Serviços Farmacêuticos
Centrados no Cidadão a
Nível Mundial
Por serem também frequentemente o único
profissional de saúde que contacta com o cidadão
antes deste estar doente (ou sabê-lo), os
farmacêuticos têm também assumido um papel
primordial na promoção de estilos de vida
saudáveis, na prevenção da doença, e na
identificação precoce de factores de risco para o
seu aparecimento.
Ao demonstrarmos que estamos aptos a assumir
este compromisso, seremos o parceiro privilegiado
do sistema de saúde, e do próprio cidadão.
Curriculum Vitae
Ema Paulino
Ordem dos Farmacêuticos e Federação
Internacional Farmacêutica
PÁG. 19
Resumo comunicação
Um pouco por todo o mundo, os farmacêuticos
estão a reafirmar o seu compromisso com a saúde
perante a sociedade, estabelecendo novos acordos
e novas formas de articulação com os sistemas de
saúde, quer públicos quer privados. Inúmeros
países já preveem, hoje em dia, remuneração
adicional para as farmácias associada à realização
de serviços farmacêuticos de valor acrescentado,
como a vacinação, revisão da terapêutica,
aconselhamento na primeira dispensa, e
tratamento de afeções menores, entre outros.
A contratualização destes serviços está
eminentemente associada à convicção de que as
farmácias podem (e devem) promover a
aproximação entre os resultados das terapêuticas
medicamentosas na população real e os resultados
calculados aquando da realização dos ensaios
clínicos.
Isto porque tem sido evidenciada uma diferença
entre a eficácia e segurança que resulta dos
ensaios clínicos efetuados em ambientes altamente
controlados, e a efetividade e segurança da
terapêutica quando utilizada na população em
geral, em condições de multipatologia,
polimedicação, e de utilização distintas das
inicialmente estudadas.
Os farmacêuticos comunitários estão idealmente
posicionados para intervir neste domínio, através
de iniciativas que visem o aumento da adesão à
49
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
prestan a los pacientes con garantía de calidad,
seguridad y eficacia. Para ello, sociedades
científicas como la Sociedad Española de Farmacia
Familiar y Comunitaria (SEFAC) apuestan
decididamente por programas de capacitación que,
en coordinación con otras sociedades científicas
del ámbito médico, aseguren la calidad de la
formación y la adquisición de las habilidades
necesarias por parte de todos aquellos
farmacéuticos que se capaciten en los servicios
promovidos por SEFAC.
PAINEL I
Programas
Farmacêuticos
Promovidos pela
Sociedade Espanhola
de Farmácia Familiar e
Comunitária
En la actualidad, SEFAC está desarrollando los
siguientes programas de capacitación en servicios
profesionales farmacéuticos:
Programa CESAR, para la prestación del servicio
de cesación tabáquica en las farmacias
comunitarias.
Programa impacHta, para la medida y control de la
presión arterial y el cálculo del riesgo vascular.
Programa EPOCA, para la prevención y control de
la EPOC en farmacias comunitarias.
Programa REVISA, para la prestación del servició
de revisión del uso de los medicamentos.
Todos estos programas incluyen tanto formación
teórica, como presencial práctica y registro de
casos clínicos.
Jesús Gómez Martínez
Sociedade Espanhola de Farmácia Familiar
e Comunitária (SEFAC)
Además, SEFAC trabaja en otros proyectos como
DIFAC (atención farmacéutica en diabetes en
farmacia comunitaria) e I-VALOR (servicio de
indicación farmacéutica), entre otros.
Resumo comunicação
El objetivo de estos programas es consolidar de
forma protocolizada los servicios farmacéuticos en
las farmacias comunitarias españolas, hacerlo en
coordinación con los médicos y crear una cultura
de regitro que permita a los farmacéuticos obtener
datos sobre el impacto que tienen sus
intervenciones en la salud de los pacientes y en la
eficiencia del sistema sanitario.
Los servicios profesionales farmacéuticos (SPF)
son, en la actualidad, uno de los elementos
fundamentales del sector farmacéutico en España.
Su desarrollo e implantación en las farmacias
comunitarias son motivo de debate, tanto desde el
punto de vista científico como profesional y
concitan el interés no solo de los propios
farmacéuticos, sino también del resto de agentes
de salud y de la Administración sanitaria pues, no
en vano, los SPF pueden contribuir decisivamente
a prestar una mejor asistencia sanitaria a los
pacientes y también a la sostenibilidad del sistema
sanitario descargando la presión asisgtencial sobre
los centros de salud y mejorando la prevención y la
detección precoz de enfermedades.
Curriculum Vitae
ACADEMIC DEGREES
Universitat de Barcelona
Master en Atención Farmacéutica, 2012 – 2014
UCAM Universidad Católica San Antonio de
Murcia.
Diplomado en Nutrición Humana y Dietética, 2008
– 2010
Sin embargo, y aunque se están dando numerosos
pasos en este ámbito, queda mucho por hacer para
consolidar esta tendencia y, sobre todo, para
demostrar el valor que los SPF pueden aportar
tanto en materia del uso adecuado de los
medicamentos como en la promoción de la salud.
Uno de los aspectos más debatidos para la
correcta implantación de los SPF en España es la
necesidad de disponer de una formación
actualizada que garantice que estos servicios se
Universidad Europea de Canarias
Master Farmacéutico en Alimentación y Nutrición,
2006 – 2008
E.A.D.A. - Escuela de Alta Dirección y
Administración
Master en Marketing y Dirección de Empresas,
1988 – 1990
50
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Universitat de Barcelona
Farmacéutica: Entrevista clínica, Técnicas de venta,
Técnicas de comunicación, Técnicas de
negociación, Segmentación de clientes, Nuevas
herramientas y modelos de visita médica y
farmacéutica, Programas ad-hoc por Compañías
farmacéuticas, productos, Formación científica comercial
Licenciado en Farmacia, Orientación Analítico
Clínica, 1982 – 1986
PROFESSIONAL EXPERIENCE
Actualmente ejerce como farmacéutico
comunitario. Desde 1989 Farmacéutico titular de
Oficina de Farmacia en Barcelona.
AWARDS
Anteriormente Delegado de ventas Roussel Ibérica
(19888- 1933) Product Manager del Area de
Patología infecciosa y Antibióticos en Hoechst
Marion Roussel (1993-1996), posteriormente
responsable de Managed Care, Areas de Gestión,
Sociedades Científicas y Proyectos Nacionales de
Formación en la misma compañía farmacéutica
(1996- 2000).
Premio de la Asociación castellano-manchega de
errores innatos del metabolismo (ACMEIM) en la
categoría de Farmacia (2014).
Premio de CORREO FARMACEUTICO a las
mejores iniciativas de la farmacia en 2014 por el
Documento sobre cesación tabaquica en farmacia
comunitaria. Atención farmacéutica y educación
sanitaria. SEFAC
Coordinador del grupo de trabajo CONUFA
Complementos nutricionales y vitaminas de la
SEFAC
Premio de CORREO FARMACEUTICO a las
mejores iniciativas de la farmacia en 2013 por el
Programa Cesar. Formación. SEFAC
Coordinador de la Guía de Abordaje de patología
digestiva (médico-farmacéutica) SEMERGENSEFAC. Premio correo farmacéutico 2008
Premio de CORREO FARMACEUTICO a las
mejores iniciativas de la farmacia en 2009 por el
Documento de consenso sobre insomnio y Estres.
SEFAC
Coordinador del la Documento de Consenso de
Estrés e Insomnio (médico-farmacéutico)
SEMERGEN-SEFAC. Premio correo farmacéutico
2009.
Premio de CORREO FARMACEUTICO a las
mejores iniciativas de la farmacia en 2008 por el
Consenso sobre patología digestiva. SEFAC
Coordinador y autor del Curso de Formación sobre
Vitaminas y suplementos nutricionales acreditado
por el Sistema Nacional de Formación Continuada
(2008)
Coordinador y ponente de los talleres de patología
digestiva SEMERGEN – SEFAC (2009 -2010)
Premio Correo Farmacéutico 2010.
Coordinador de la Guía de Sobrepeso y Obesidad
para la Farmacia Comunitaria (2011).
Coordinador del Documento de Intervención en
cesación tabáquica en la farmacia comunitaria
(2015). Premio Correo Farmacéutico 2015.
Miembro del comité editorial de la revista de
SEFAC e-farmacéutico hasta el 2006 - 2008
Presidente y fundador de SEFAC Cataluña, 2006
-2010
Tesorero de la Junta Nacional de la SEFAC, (2006
– 2008)
Vicepresidente de la Junta Nacional de la SEFAC,
desde 2008
Coordinador del Área de Nutrición, Digestivo y
Dermatología de SEFAC, desde 2009
Presidente de SEFAC desde Noviembre 2012
PUBLICATIONS
Actividades formativas con la Industria
Farmacéutica:
Coordinación, Elaboración y realización de
diferentes cursos dirigidos a Farmacéuticos
comunitarios y a profesionales de la Industria
51
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
quality standards and professional development in
pharmacy and healthcare generally, having
previously been appointed by successive Ministers
for Health to both the Council of the
Pharmaceutical Society of Ireland (PSI) and the
Board of the Health Information & Quality Authority
(HIQA).
PAINEL I
Programas
Desenvolvidos
nas Farmácias Irlandesas
In the last number of years, Darragh has spoken at
both national and international conferences
worldwide, including HIQA/WHO World Alliance for
Patient Safety, PGEU Annual Symposia and the
International Pharmaceutical Federation (FIP) World
Congress of Pharmacy and Pharmaceutical
Science.
Darragh O’Loughlin
Irish Pharmacy Union
Resumo comunicação
Pharmacists are the most accessible healthcare
professionals in Ireland, and the Irish public value
their pharmacists highly. Pharmacy is recognised
as a valuable source of healthcare information and
care. In addition to dispensing medicines,
pharmacists provide a number of pharmacy
services, some of which are publically funded.
Leaders in Ireland, convinced by the evidence, are
supportive of development of additional advanced
services provided by pharmacists.
Curriculum Vitae
Darragh O’Loughlin is currently President of the
Pharmaceutical Group of the European Union
(PGEU), representing approximately 400,000
community pharmacists working in almost 170,000
pharmacies at a European level, having been its
Treasurer since 2013. Darragh is also Secretary
General of the Irish Pharmacy Union (IPU), the
voice of community pharmacy in Ireland.
A qualified pharmacist, Darragh has experience in
both hospital and community pharmacy and has
operated his own pharmacy in Galway for the last
fifteen years. He graduated from Trinity College
Dublin in 1993 and also holds a Diploma in
Marketing, Advertising and Public Relations from
the Institute of Commercial Management (UK) and
a Certificate in Management from Henley Business
School (UK).
Darragh has considerable experience of regulation,
52
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
serviços de dispensa, revisão da prescrição (clínica
e terapêutica), manipulados e assistência em
emergência.
PAINEL I
A remuneração das farmácias tem de evoluir para
um modelo assistencial viável, sustentável e que
integre os desafios em saúde das próximas
décadas.
Modelos de
Remuneração
da Farmácia Comunitária
a Nível Mundial
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Doutoramento em Farmácia Clínica;
Mestrado em Epidemiologia;
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Professora Auxiliar da Faculdade de Farmácia da
Universidade de Lisboa.
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Maria Duarte, Paula Ferreira, Maria Soares, Afonso
Cavaco e Ana Paula Martins..Community
Pharmacists’ attitudes towards adverse reaction
reporting and their knowledge of the new
pharmacovigilance legislation in the Southern
Region of Portugal: a mixed methods study. Drugs
and Therapy Perspectives, Julho 2015.
Ana Paula Martins
Faculdade de Farmácia
da Universidade de Lisboa
Carla Torre, José Guerreiro, Sofia Oliveira Martins,
João Filipe Raposo, Ana Paula Martins, Hubert
LeufkensPatterns of glucose lowering drugs
utilization in Portugal and in the Netherlands.
Trends over time. Primary Care Diabetes.,2015.
Resumo comunicação
O modelo de remuneração das farmácias deve ser
fundado sob a égide de um contrato social. Um
acordo compreensivo, que garanta a assistência
farmacêutica, fundamentada nas dimensões da
equidade, universalidade e financiamento solidário.
Um contrato que garanta a qualidade no acesso ao
medicamento e soluções custo-efetivas em saúde
para os cidadãos e para pagadores.
Laires PA, Exposto F, Mesquita R, Martins AP,
Cunha-Miranda L, Fonseca, J.E. Patient’s access to
biologics in rheumatoid arthritis: a comparison
between Portugal and other European countries.
Eur J Health Econ (2013) 14: 875-885.
Os sistemas de remuneração foram descritos e
analisados a nível internacional, e apresentados
recentemente no Congresso Mundial da Federação
Internacional de Farmacêuticos (FIP) em Outubro
2015 no relatório “Sustainability for pharmacy
services: advancing global health”.
4PA Laires, Mesquita R, Veloso L, Martins AP,
Cernadas R, Fonseca J.E. Patient’s access to
health care and treatment in rheumatoid arthritis:
the views of stakeholders in Portugal. BMC
Musculosketal Disorders 2013, 14:279.
Guerreiro MP, Martins AP, Cantrill JA. Preventable
Drug-Related Morbidity in community pharmacy:
commentary on the implications for practice and
policy of a novel intervention. Int J Clin Pharm
2012; 34: 682-685.
Pode-se concluir que o modelo de remuneração
varia, mas tem dimensões transversais comuns.
Assistimos a uma evolução para sistemas em que a
remuneração é mista, com uma componente de
serviços de saúde e serviços de acesso ao
medicamento. Na sua essência, o modelo
assistencial farmacêutico, continua a revestir-se de
uma componente científica forte que responde a
uma regulamentação exigente sob o ponto de vista
público, social e ético.
A maioria dos países apresentam a tendência de
um fee for service e margens sobre os
medicamentos dispensados. Nos serviços
remunerados, encontram-se, essencialmente,
53
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
PAINEL I
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela
Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
Um Novo Contrato Social
para a Farmácia
Portuguesa
MBA em Gestão de Informação pela Universidade
Católica Portuguesa
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Presidente da Direcção da ANF
Proprietário da Farmácia Estácio e da Farmácia
Estácio Xabregas
OUTRAS ACTIVIDADES
Música
Caminhada
Paulo Cleto Duarte
Associação Nacional das Farmácias
Resumo comunicação
O actual modelo económico das farmácias põe em
causa a garantia de cobertura farmacêutica do
País.
É necessário trabalhar num modelo inovador, que
permita garantir a sustentabilidade da rede de
proximidade das farmácias e que
integre, de forma efectiva, os serviços
farmacêuticos na prestação de cuidados de saúde
no SNS.
Um modelo com critérios rigorosos e tendo em
conta as melhores experiências internacionais,
assente em três eixos que permitam remunerar as
diferentes dimensões da actividade da farmácia:
a) O acesso e dispensa do medicamento,
garantindo a equidade, cobertura universal e
qualidade do serviço prestado em todo o território
nacional
b) A prestação de serviços que respondam às
necessidades em Saúde da população, alicerçado
em contratualização, em complementaridade com
os cuidados de saúde primários
c) Partilha de ganhos e valor para o sistema de
intervenções enquadradas com objectivos ou
estratégias nacionais específicas (nomeadamente
intervenções em saúde pública)
54
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA HOSPITALAR
PAINEL I
COMPETÊNCIAS EM FARMÁCIA
HOSPITALAR
Modelos de
Competências em
Farmácia Hospitalar
na Europa e no Mundo
Andreia Bruno
Ordem dos Farmacêuticos
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
PÁG. 45
55
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA HOSPITALAR
Comunicação no 20º Congresso da Associação
Europeia de Farmacêuticos Hospitalares 2015.
OUTRAS ACTIVIDADES
PAINEL I
COMPETÊNCIAS EM FARMÁCIA
HOSPITALAR
Presidente do Conselho do Colégio de
Especialidade de Farmácia Hospitalar da Ordem
dos Farmacêuticos.
Modelos de
Competências em
Farmácia Hospitalar
da Ordem dos
Farmacêuticos
António Melo Gouveia
Conselho do Colégio de Especialidade
de Farmácia Hospitalar da Ordem
dos Farmacêuticos
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Especialidade em Assuntos Regulamentares pela
Ordem dos Farmacêuticos - 2001
Especialidade em Farmácia Hospitalar pela Ordem
dos Farmacêuticos - 1997
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas –
Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
- 1987
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Director dos Serviços Farmacêuticos do Instituto
Português de Oncologia de Lisboa Francisco
Gentil.
Membro Comissão Nacional de Farmácia e
Terapêutica do Infarmed.
Membro da Comissão de Avaliação de
Medicamentos do Infarmed.
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
56
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA HOSPITALAR
formativas visando a cobertura de todas as
competências para que cada vez mais, o
Farmacêutico Hospitalar possa fazer a diferença
como membro integrante da equipa multidisciplinar
do Hospital.
PAINEL I
COMPETÊNCIAS EM FARMÁCIA
HOSPITALAR
Aplicação do Modelo de
Competências na Prática
– questões relevantes
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Especialista em Farmácia Hospitalar pela Ordem
dos Farmacêuticos – 1997;
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas –
Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto
– 1987.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Directora dos Serviços Farmacêuticos do Instituto
Português de Oncologia do Porto
OUTRAS ACTIVIDADES
Membro do Conselho do Colégio de Especialidade
de Farmácia Hospitalar
Flobela Braga
Conselho do Colégio de Especialidade
de Farmácia Hospitalar da Ordem
dos Farmacêuticos
Resumo comunicação
Este novo modelo de competências veio trazer
maior clareza relativamente às aptidões que se
esperam de um farmacêutico hospitalar integrante
de um Serviço de Farmácia ou de uma equipa
multidisciplinar hospitalar.
Este modelo orienta as áreas e tempos mínimos de
formação, para que se possa adquirir os
conhecimentos consolidados e dar segurança aos
jovens farmacêuticos, junto dos seus pares.
Como membro do júri da época de Exames 2015,
para Atribuição do Título de Especialista em
Farmácia Hospitalar deparei-me com algumas
divergências, sobretudo dúvidas acerca da
contagem do tempo de serviço, descrição de
funções exercidas nas diferentes áreas da FH e
outros aspetos que serão apontados e debatidos
em conjunto na apresentação.
Todas estas dúvidas são pertinentes face ao
modelo de competências aprovado e a organização
das nossas Farmácias Hospitalares, em muitos
casos são conceitos não alinhados.
Deixo aqui uma palavra aos colegas responsáveis
pelas Direções do Serviço de Farmácia, os quais
devem estar cientes que têm de ser
proporcionadas aos colegas, oportunidades
57
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA HOSPITALAR
adequado a cada situação clínica é prescrito e
administrado corretamente para a melhoria ou, pelo
menos, manutenção do estado de saúde do
doente. Requer uma análise balanceada,
procurando a maximização dos benefícios e a
minimização dos riscos mínimos para cada
indivíduo, tendo em conta as opções terapêuticas
existentes, os recursos disponíveis, o contexto
social e os custos envolvidos.
PAINEL II
OPTIMIZAÇÃO DA TERAPÊUTICA NA
INTERFACE
Revisão de Conceitos
na Optimização da
Terapêutica
A revisão da medicação, com a colheita de toda a
informação relativa ao doente (reconciliação,
adesão), avaliando a terapêutica, identificando
problemas relacionados com o medicamento
(PRM, método de Dáder, critérios de Beers, ‘Start
and Stop’) e monitorizando os fármacos e os
resultados (farmacocinética, ‘antimicrobial
stewardship’) permite a sua otimização e um ganho
substancial em segurança, um dos elementos
fundamentais da qualidade em saúde.
O farmacêutico, com os conhecimentos
abrangentes que possui, é uma parte fundamental
neste processo de otimização da terapêutica, no
qual deve intervir de uma forma proactiva e
multidisciplinar.
Marisa Caetano
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Curriculum Vitae
Resumo comunicação
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
A noção de saúde e de doença para cada
indivíduo está relacionada com a sua perceção da
vida, dependendo de contextos culturais, sociais,
económicos. Segundo a OMS, a saúde deve ser
considerada como “um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não somente
ausência de doença”.
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas;
Mestrado em Infecção VIH/SIDA.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Farmacêutica Hospitalar em:
Hospital Infante Dom Pedro, Aveiro
Centro Psiquiátrico de Recuperação de Arnes,
Soure
O desenvolvimento verificado em todas as áreas
científicas relacionadas com a saúde, permitiu a
obtenção de progressos nunca antes observados
na história da humanidade e a panóplia de
medicamentos disponíveis tornou-se um direito
inalienável de todo o ser humano. No entanto,
devido à escassez, e também à desigualdade na
distribuição mundial de recursos médicos e
financeiros, é imprescindível utilizá-los de uma
forma racional.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra,
Coimbra
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Tribuna GF, Rocha MJ, Caetano M, Almeida AM,
Falcao AC. Pharmacokinetics of amikacin in
severely burnt patients in a burns unit. EJHP
Science. 2011;17:60–65;
Caetano M, Coelho C, Pinheiro S, Carvalho R,
Cabral L. Marcadores de Infecção em Doentes
Queimados. Comunicação oral 4ª Semana APFH14º Simpósio Nacional, 16-19 de Novembro de
2011, Estoril;
Numa sociedade com comunidades cada vez mais
envelhecidas, a polimedicação é uma realidade. A
liberdade de escolha dos locais de prestação de
cuidados de saúde, a procura de diversos
especialistas, a dificuldade na comunicação e a
ocultação, por vezes involuntária, de algumas
terapêuticas pode dar origem a incidentes
potencialmente graves. A otimização da
terapêutica reveste-se de uma importância
fundamental, através de um conjunto de diversos
processos que visam garantir que o medicamento
Pinheiro S, Caetano M, Coelho R, Carvalho R,
Cabral L The Use of Procalcitonin in the
Antibiotherapy Stewardship in Burn Patients,
Comunicação oral 9th ISBI, 9-13 de Setembro de
2012 Edinburgo;
Caetano M, Rocha MJ. Optimização da
administração de Antibióticos em doentes
58
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Queimados”, VII Reunião Anual da Sociedade
Portuguesa de Queimaduras, 13/11/2010, Porto;
Chaves C; Saraiva L; Caetano M; Silva N; Cabral L.
Candidaemia at Coimbra Burns Unit (Portugal)
Predictive factors for infection and mortality. Poster
ECCMID 2014, Spain.
PRÉMIOS
Caetano M, Pinheiro S, Carvalho R, Coelho R,
Saraiva L, Cabral L. Impacto farmaco-económico
de um protocolo de antimicrobianos na Unidade de
Queimados do CHUC. Comunicação oral VIII
Congresso Nacional de Queimados 12-14
setembro 2013, Carvoeiro (1º prémio)
OUTRAS ACTIVIDADES
Associação Portuguesa de Farmacêuticos
Hospitalares
Associação dos Amigos dos Queimados
59
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA HOSPITALAR
de uma base de dados, que serviu de apoio a
todos os registos, a terapêutica dos doentes
incluídos foi reconciliada entre as 24 e as 72horas
que se seguiram à admissão/transferência/alta.
“Boletins de medicação” foram entregues e
chamadas de seguimento no âmbito do “Farmácia
em Linha” foram feitas aos doentes aquando da
alta. A análise exploratória dos resultados foi
realizada através de cálculos estatísticos em
Microsoft Excel® 2010 e, por fim, foi feito o estudo
do impacto económico através do modelo
desenvolvido por Steven B. Meisel [2].
PAINEL II
OPTIMIZAÇÃO DA TERAPÊUTICA NA
INTERFACE
Resultados Práticos
de um Projecto de
Optimização da
Terapêutica
Vários pontos de fragilidade foram sendo apurados
com o decorrer do projeto, alguns relacionados
com a base de dados utilizada, outros com a
disponibilidade de recursos humanos, e ainda
outros relacionados com o processo de
reconciliação terapêutica em si (os doentes alvo, os
timings de intervenção, entre outros).
Como considerações finais ressalva-se a obtenção
de resultados muito positivos, apesar de todas as
dificuldades. As estimativas apontaram para um
impacto económico significativo na instituição,
sendo inegável a magnitude da poupança
potencialmente alcançada com a implementação
do processo devidamente otimizado a nível
nacional. De destacar todos os ganhos em saúde
para os doentes através do incremento da
segurança e eficácia na utilização dos seus
medicamentos e ainda a consolidação das funções
assistenciais do farmacêutico, o aumento da
empatia com o doente e a aproximação de classes
profissionais.
Filipa Fernandes Duarte
Instituto Português de Oncologia do Porto
Resumo comunicação
A reconciliação terapêutica consiste num processo
complexo com enorme impacto nos doentes que
transitam entre vários níveis de saúde, versado
para a comparação do regime terapêutico do
domicílio com as prescrições terapêuticas da
admissão, transferência ou alta [1]. Entende-se por
discrepâncias as diferenças entre a medicação
habitual do doente e a medicação instituída nas
diferentes interfaces de cuidados. As discrepâncias
não intencionais pressupõem a intervenção do
farmacêutico. Para além de poderem resultar em
danos graves para os doentes constituem ainda
enorme encargo económico para as unidades de
saúde [2][3].
[1] Medications at Transitions and Clinical Handoffs (MATCH) Toolkit for
Medication Reconciliation. AHRQ Publications. 11(12)-0059.
[2] Boletim do Cim: Centro de Informação do Medicamento (2013)
Reconciliação da Medicação: um Conceito Aplicado ao Hospital. Revista da
Ordem dos Farmacêuticos, nº106.
[3] National Precribing Centre (2007) Medicines Reconciliation: A Guide to
Implementation. National Health Service, UK.
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
03/2011- Título de Especialista em Farmácia
Hospitalar pela Ordem dos Farmacêuticos;
Este projeto teve como objetivos avaliar a
necessidade de implementação de reconciliação
terapêutica no hospital, caracterizar os factores de
risco que podem levar ao aparecimento de
discrepâncias não intencionais, analisar a
aceitação das intervenções farmacêuticas, estimar
o impacto económico, permitir alcançar ganhos em
saúde para os doentes e ainda consolidar as
funções assistenciais do farmacêutico enquanto
membro de uma equipa multidisciplinar.
1/10/2010- Mestrado Integrado em Ciências
Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da
Universidade do Porto;
12/2007- Formação pós-graduada em Seguimento
Farmacoterapêutico pela Universidade Lusófona
De Humanidades e Tecnologias do Porto;
07/2003- Licenciatura em Ciências Farmacêuticas
pela Faculdade de Farmácia da Universidade do
Porto.
Durante três meses realizou-se um estudo
observacional prospectivo no serviço de
Oncohematologia do IPO-Porto. Após elaboração
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Coordenação do sector de Distribuição Individual
60
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
em Dose Unitária dos Serviços Farmacêuticos do
IPO- Porto;
Em escala de rotatividade desempenhei funções de
farmacêutica assistente nos seguintes sectores:
Unidade de Produção de Estéreis e Não Estéreis,
Ensaios Clínicos e Ambulatório.
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
27/2/2015- Apresentação- “Reconciliação
terapêutica no IPO do Porto: avaliação da
implementação de um projeto-piloto no serviço de
Onco-hematologia” no âmbito das 8ª Jornadas de
Farmácia Hospitalar.
06/2012- Apresentação- “ Derrame e
Extravasamento de Citotóxicos” no âmbito do 3º
Curso de Preparação de Citotóxicos APFH;
11/2011- Apresentação –“ Inibidores da Sinalização
Celular no Tratamento do Cancro” no âmbito do 2º
Curso de Preparação de Citotóxicos APFH;
11/2009- Participação na execução do poster “
Hormonoterapia em carcinoma da mama
hormonodependente”- 13º Simpósio Nacional
APFH;
23/10/2008- Apresentação subordinada ao tema“Hormonoterapia no Doente Oncológico”- no
âmbito do Curso de Enfermagem Oncológica,
realizado nas instalações da Liga Portuguesa
Contra o Cancro.
OUTRAS ACTIVIDADES
De Abril de 2004 a Junho de 2009 exerci funções
como farmacêutica em regime de part-time na
Farmácia Central de Catassol, Maia
61
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA HOSPITALAR
grande vigilância e controlo em determinadas
terapêuticas, para assim assegurar a adesão à
terapêutica.
PAINEL II
OPTIMIZAÇÃO DA TERAPÊUTICA NA
INTERFACE
Isto deve acontecer em instalações específicas
para o efeito, que permitam uma certa
confidencialidade, mas que ao mesmo tempo
sejam acessíveis aos doentes, e preferência perto
do local das consultas e do exterior.
Interface entre a
Farmácia Hospitalar
e a Farmácia
Comunitária
Idealmente deveriam funcionar em horário
alargado, para possibilitar uma vida ativa normal
aos doentes.
E por tudo isto, a farmácia comunitária pode vir a
ser um valoroso parceiro da farmácia hospitalar,
trabalhando em conjunto e suprimindo algumas
das limitações que a distribuição em ambulatório
pode apresentar.
Desde logo pela acessibilidade. Existem vários
distritos com apenas 1 ou 2 hospitais, como
Castelo Branco, Évora, Beja, Santarém e outros…e
distritos bastante grandes em dimensão. Ora
nestes locais os doentes têm que fazer muitas
vezes várias dezenas (centenas?) de Km para
conseguir a medicação para a sua doença.
Perde-se dias de trabalho e pode perder-se a
adesão á terapêutica. Num concelho com uma
elevada população, os farmacêuticos hospitalares
podem não conseguir fazer o acompanhamento
com o tempo e atenção ideias.
Gonçalo Lourenço
Farmácia Luciano e Matos
Claro que teria que haver formação adequada.
Seria fundamental e teríamos bastante a aprender
com a forma como é feita a dispensa em
ambulatório. E por uma questão de otimização de
recursos e dos stocks dos medicamentos em
causa, talvez apenas um nr bastante limitado de
farmácias poderia vir a ser selecionado para uma
eventual parceria deste género. Mas há aqui um
grande potencial e algumas farmácias já possuem
um know-how bastante apurado relativamente ao
acompanhamento e monitorização da adesão à
terapêutica.
Resumo comunicação
Os farmacêuticos hospitalares são profissionais
com funções muito importantes e variadas, que
vão desde a gestão de medicamentos e outros
produtos farmacêuticos até à implementação e
monitorização da política do medicamento a nível
interno e em ambulatório.
Isto concretiza-se na selecção e aquisição de
medicamentos (muitas vezes em parceria com a
administração do hospital), aprovisionamento,
produção e distribuição de medicamentos e outros
produtos de saúde, participação em comissões
técnicas e ensaios clínicos.
Fazem este trabalho de forma exemplar, muitas
vezes gerindo orçamentos muito controlados (para
não dizer reduzidos).
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela
Faculdade de Farmácia da Universidade de
Coimbra em 2007;
Preparando/reconstituindo citotóxicos e a nutrição
parentérica em condições que nem sempre são as
ideais…
Mestrado integrado em Ciências Farmacêuticas em
2011.
E no ambulatório dispensam medicamentos de
elevado valor e importância, com grande rigor e a
noção de que são o último interface com o utente,
nem sempre nas condições ideias de espaço/
tempo.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Farmacêutico comunitário na Farmácia Luciano e
Matos desde 2007.
Ora a dispensa ao ambulatório reveste-se de
grande importância porque permite o tratamento
do doente em ambiente familiar mas necessita de
62
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
region, when joined Laetus group in January 2009
as and was in charge of selling and implementing
turnkey solutions for T&T in Turkey.
PAINEL I
1999 - Started out by working with the IBM
research center in Heidelberg, Germany. Based on
the practical experience gained there, he
established and co-owned a consulting business
focusing on IT solutions and security software.
Integrated IT and
Automation Concepts
for T&T
Basel Jawich
Laetus
Resumo comunicação
Basel Jawich, Area Sales Manager, Laetus HQ in
Germany, awarded with degrees in Mechanical
Engineering, Economy & IT Sciences, he began in
1999 working with the IBM research center in
Heidelberg, Germany, based on the practical
experience gained he established and co-owned a
consulting business focusing on IT solutions and
security software.
Basel joined the Laetus group in January 2009 as
Sales Manager responsible for the MENA region
and was in charge for selling and implementing
turnkey solutions for T&T in Turkey. Today, he
supports global pharmaceutical accounts in
identifying their needs to securing their packaging
processes and fulfilling diverse global regulations.
Curriculum Vitae
ACADEMIC DEGREES
Mechanical Engineering
Economics & IT Sciences
PROFESSIONAL EXPERIENCE
Present - Area Sales Director, Laetus HQ in
Germany. Today, he supports global pharmaceutical
accounts in identifying their needs for secure
packaging processes and conforming to diverse
global regulations.
2009 - Sales Manager responsible for the MENA
63
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
espectrómetros de plasma, assim como também é
indicado que a preparação de amostra pode ser
feita por digestão em vaso fechado. Diferentes
tipos de Espectrómetros de plasma e de sistemas
de digestão em vaso fechado serão apresentados.
PAINEL II
Elemental Impurities – a
nova ICH Q3D
Desta forma os plasmas baseados em Argon, são a
fonte de excitação dos metais em estado atómico,
e causa a ionização destes. A forma como os
átomos são processados e medidos
quantitativamente, seja por emissão de fotões, ou
por espectrometria de massa é que define a
tecnologia analítica. O ICP-OES (Inductively
coupled plasma optical emission spectrometry) e o
ICP-MS (Inductively coupled plasma mass
spectrometry) não são necessariamente novas
técnicas de análise instrumental multi-elementar
para metais. Ambas metodologias são conhecidas
pela sua capacidade de medir vários elementos
metálicos e não metálicos de forma simultânea e
fiável, em áreas como o Controlo Alimentar e
Ambiental. Outrossim, é muito adequada para
poder quantificar elementos de transição ao nível
de traços. O ICP tem a reputação de ser muito
robusto para solventes orgânicos e elevada
quantidade de sólidos dissolvidos. Enquanto, por
outro lado, o ICPMS é a tecnologia que possibilita
os melhores limites de deteção possíveis. As
diferenças entre as tecnologias serão
apresentadas, assim como as vantagens e
características de cada uma delas.
Daniel Ettlin
UNICAM Sistemas Analíticos
Resumo comunicação
A F.D.A (Food and Drug Administration) a través da
U.S.P (The United States Pharmacopeia), tem
proposto nos seus novos capítulos 232, 233, 2232
um mais recente e obrigatório método para
substituir os já existentes de certa forma obsoletos
e desadequados métodos para análise de
impurezas de elementos metálicos, em todos os
produtos farmacêuticos e suplementos de dieta. A
abordagem está mais adequada e baseada na
dose e risco de exposição do potencial doente,
assim como orientada na sua via de administração,
mais do que definir um limite absoluto. A lista de
impurezas metálicas propostas é sobretudo uma
lista de metais que podem estar presentes devido a
potenciais processos de contaminação dos
produtos, e possam representar risco a curto ou
longo prazo para os pacientes medicados.
Adicionalmente se refere especificamente a
métodos instrumentais de Análise que são de certa
forma não tão habituais na Indústria Farmacêutica.
A aplicação e viabilidade destes capítulos e
tecnologia tem vindo a sofrer diversos atrasos
devido a algumas dificuldades encontradas de
como instrumentalizar e qualificar corretamente os
projetos, especialmente numa abordagem
universal. A pesar disto, é expectável, Segundo as
mais recentes indicações que em 2018 todos se
devem de reger por estas guias com métodos e
processos já validados.
A Qualificação instrumental é uma parte vital do
projeto nesta área específica e aspetos
relacionados com esta questão serão abordados
para princípios farmacêuticos ativos e excipientes.
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Químico Farmacêutico, com Pós Graduação em
Tecnologias Farmacêuticas na Universidade de
Gante.
Master in Bussines Administration, com
especialização em Gestão de empresas Lasalle
University (Louisiana)
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
CEO Thermo Unicam Sistemas Analíticos Portugal.
Responsável pelo desenvolvimento do negócio e o
suporte de sistemas de análise instrumental em
Portugal. A UNICAM é presentemente líder de
mercado nas espetrometrias em Portugal.
Desempenhou funções de Product Manager na
UNICAM para a Península Ibérica, nas áreas de
Espectrofotometria UV-VIS e de Absorção Atómica.
Participou no desenvolvimento de produto nestas
áreas, e no suporte ao desenvolvimento de
sistemas de Qualificação Instrumental visando a
As técnicas mais adequadas para cumprir com o
preconizado pela U.S.P, e como os documentos
desta informam, estão baseadas em
64
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Indústria Farmacêutica.
Membro da Direcção da Aemiteq (Associação
Industrial para o Desenvolvimento e Qualidade)
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Palestrante no Workshop de Lipidómica da
Universidade de Aveiro - Departamento de
Ambiente e Ordenamento da UA, 6 de Maio de
2015 http://masspec.web.ua.pt/workshop_
lipidomics_2015/index.html
Palestrante e Participante no IV Simpósio da ENOR
Translational Research in Oxysterols – Coimbra
18-19 Setembro de 2014
Palestrante no 11th International Meeting of the
Portuguese Carbohydrate Group - GLUPOR 11 and 6th Iberian Carbohydrate Meeting – Viseu
Portugal
Palestrante no IMEKO Symposium on Traceability
in Chemical, Food and Nutrition Measurements,
National Health Institute Doutor Ricardo Jorge, IP,
Lisboa September 22th to 25th, 2013, com
“Speciation analysis in ICPMS: recent
developments”.
PRÉMIOS
Dentro da atividade comercial e empresarial, não
relevantes para este perfil.
65
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ANÁLISES CLÍNICAS
E GENÉTICA HUMANA
PAINEL I
A Situação das Análises
Clínicas em Portugal
Jorge Nunes de Oliveira
Associação Portuguesa de Analistas Clínicos
Resumo comunicação
De forma sumária será feita uma abordagem dos
seguintes pontos:
A importância do sector das Análises Clínicas/
Patologia Clínica na prestação de Cuidados de
Saúde
A ausência de conhecimento do sector
A necessidade de uma política para o pequeno/
médio prazo
Qualidade dos serviços de saúde prestados pelos
Laboratórios
Relacionamento do sector público e privado
convencionado; aproveitamento dos recursos
disponíveis e das respectivas capacidades
instaladas
Curriculum Vitae
PÁG. 17
66
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ANÁLISES CLÍNICAS
E GENÉTICA HUMANA
Presidente da Associação Nacional de Laboratórios
(ANL)
Presidente da Direção da Federação Nacional dos
Prestadores de Cuidados de Saúde (FNS)
PAINEL I
A Situação das Análises
Clínicas em Portugal
José Chaves
Associação Nacional dos Laboratórios Clínicos
Resumo comunicação
Procura-se caracterizar o sector, alguma história do
mesmo, a evolução do mercado privado das
análises clínicas em Portugal e qual a evolução
futura que se espera para o mesmo. Pretende-se
criar o desafio do que procurar, qual a forma mais
honesta e justa de antever o futuro num sector que
tanto contribuiu para o desenvolvimento do SNS
como o conhecemos e que, a cada ciclo de
governação, parece tornar-se descartável. Pelo
caminho, pretende-se relativizar os reais custos do
que são as análises clínicas convencionadas num
plano de orçamento anual da saúde do nosso país
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas
Curso de Especialização de Pós Graduação em
Análises Clínicas
Pós Graduação em Gestão de Unidades de Saúde
pela Faculdade de Medicina da Universidade Nova
de Lisboa
Pós- Graduação em Gestão para Farmacêuticos,
Universidade Católica
Pós-Graduação em Gestão pela Universidade
Católica
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Administrador da Joaquim Chaves Saúde
67
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ANÁLISES CLÍNICAS
E GENÉTICA HUMANA
Membro do Conselho Directivo do Colégio da
Especialidade de Patologia Clínica da Ordem dos
Médicos desde 1994, tendo assumido a
presidência desde 2009, sendo atualmente o
Presidente
PAINEL I
Membro da Comissão dos Dispositivos Médicos de
Diagnóstico in Vitro do INFARMED durante a sua
vigência
A Situação das Análises
Clínicas em Portugal
Membro da Comissão de Verificação Técnica na
Área das Análises Clínicas da Administração
Regional de Saúde do Norte de 2006 a 2014.
Membro do Conselho Científico da Associação
Nacional de Laboratórios
Membro da Comissão coordenadora do Catálogo
Português de Análises Clínicas (SPMS)
Elemento de acompanhamento da tabela de
nomenclaturas da ACSS na área da Imunologia
Coordenador científico de algumas Normas de
Orientação Clínica da DGS
Manuel Cirne Carvalho
Conselho do Colégio da Especialidade de
Patologia Clínica da Ordem dos Médicos
Resumo comunicação
Enquadramento, na perspectiva do médico
Patologista Clínico, da actividade de Patologia
Clínica / Análises Clínicas como actividade que, já
neste momento, influencia em mais de 70% das
decisões clínicas, e, ao mesmo tempo, é afectada
diariamente por evoluções técnicas, científicas e
regulamentares.
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina da
Universidade do Porto em 1981.
Especialista em Patologia Clínica pela Ordem dos
Médicos em 1990.
Equiparação à formação sub-especializada do
Ciclo de Estudos Especiais em Imunopatologia por
Despacho do Sr. Secretário de Estado da Saúde de
30 de Novembro de 1992.
Grau de Consultor da carreira médica hospitalar
em 1996.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Pertenceu ao quadro do Serviço de Imunologia do
Hospital Geral de Santo António desde 1990 até
1998.
Pertence à Direcção Operacional da BMAC
Análises Clínicas e é Director Técnico do
Laboratório do Hospital da Prelada Dr. Domingos
Braga da Cruz.
68
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ANÁLISES CLÍNICAS
E GENÉTICA HUMANA
internatos de especialidade, organizados e
estruturados com a participação dos colégios de
Especialidade da Ordem a quem cumpre por lei
titular estes profissionais. Aliás a OF aprovou
recentemente (em reunião da Direção Nacional de
24 de setembro de 2015 e publicado no DR, 2.ª
série - N.º 200 de 13 de outubro de 2015) o
regulamento que define as Normas para atribuição
do Título de Especialista da OF em Genética
Humana que vai de encontro às necessidades
identicadas.
PAINEL II
A Carreira Farmacêutica
– Análises Clínicas e
Genética
O trabalho de estruturação e harmonização dos
dois modos de titulação (via Ordem dos
Farmacêuticos ou via Ministério da Saúde) é
fundamental e necessita de ser efectuado e
implementado com a maior urgência.
O impasse provocado pelo atraso da publicação
dos diplomas acordados obriga-nos a uma reflexão
sobre a situação actual.
Nesta apresentação faremos um ponto de situação
e teceremos algumas considerações sobre qual o
caminho que consideramos mais apropriado para
levar a bom termo a nova organização da profissão
no SNS.
Henrique Reguengo da Luz
Centro Hospitalar do Porto
Curriculum Vitae
Resumo comunicação
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
A planificação e negociação das linhas mestras
que deverão reger a actividade dos farmacêuticos
dependentes do Ministério da Saúde foi um
trabalho árduo que se arrastou ao logo de vários
anos. A finalização do processo negocial e
subsquente publicação do documento final em DR
foi sendo continuamente adiada, por motivos
diversos e alheios à vontade quer do Sindicato
quer da OF. Uma e outra vez a proposta de carreira
foi retomada, reformulada e negociada tendo em
conta os novos enquadramentos politicofinanceiros e de recursos humanos, o que levou a
atrasos consecutivos na concretização do
objectivo estabelecido.
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas – Análises
Quimico-Biológicas (FFUP)
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas –
Farmácia de Oficina e Hospitalar (FFUP)
Pós Graduação em Análises Clínicas (FFUP)
Pós Graduação em Toxicologia (Fac. Farmácia –
Universidade de Sevilha)
Mestrado em Análises Clínicas (FFUP)
Título de Especialista em Análises Clínicas
conferido pela Ordem dos Farmacêuticos
Título de Especialista em Laboratory Medicine
(EuSpLM), conferido pela “European Federation of
Clinical Chemistry and Laboratory Medicine”
A acontecer em 2015 como esperado, já que as
negociações foram concluídas e necessitam
apenas de aprovação no Conselho de Ministros e
publicação no Diário da República, a
implementação da Carreira Farmacêutica no SNS
virá, permitir uma coordenação e verdadeiro
controlo da actividade farmacêutica nas áreas de
farmácia hospitalar, análises clínicas e genética
pela OF. De acordo com a última versão do
documento negociado, e aceite pelas partes, o
requisito mínimo para aceder à Carreira
Farmacêutica é a posse de um título de
especialista na respetiva área de atividade. Para
formar especialistas será fundamental uma
abertura anual pelo Ministério da Saúde de
Título de Especialista da carreira de Técnico
Superior de Saúde - Ramo laboratório conferido
pelo Ministério da Saúde
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Assessor - Serviço de Química Clínica – Centro
Hospitalar do Porto
TSS Adjunto do Diretor – Serviço de Química
Clínica – Centro Hospitalar do Porto
Investigador da UMIB – Unidade Multidisciplinar de
Investigação Biomédica (ICBAS – UP/CHP)
Autor e Co-autor de diversas publicações e
trabalhos
Diretor Adjunto – Laboratório Médico Pessanha
69
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Moreira, Lda (2003 – 2011)
European Journal of Endocrinology 10/2010;
163(4):631-5. DOI:10.1530/EJE-10-0449 ·
Diretor Técnico – Laboratório Médico Prof. J. Pinto
Barros, Lda (2001 – 2003)
PRÉMIOS
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Prémio de melhor poster com o título “Doseamento
de barbitúricos no soro por HPLC” apresentado
nas IVªs Jornadas de Patologia Clínica do Hospital
de Santa Luzia de Viana do Castelo, Portugal
- A Triple-Biomarker Approach for the Detection of
Delayed Graft Function After Kidney Transplantation
using Serum Creatinine, Cystatin C, and
Malondialdehyde.
Prémio de melhor poster com o título “Doseamento
de Glicazida no soro por HPLC - Cromatografia
Líquida de Alta Performance” Apresentado nas VII
Jornadas de Patologia Clínica do Hospital de Santa
Luzia de Viana do Castelo
Isabel Fonseca · Henrique Reguengo · José Carlos
Oliveira · La Salete Martins · Jorge Malheiro ·
Manuela Almeida · Josefina Santos · Leonídio Dias
· Sofia Pedroso · Luísa Lobato · António Castro
Henriques · Denisa Mendonça
OUTRAS ACTIVIDADES
Clinical biochemistry 07/2015; DOI:10.1016/j.
clinbiochem.2015.07.007
Presidente do Sindicato Nacional dos
Farmacêuticos.
- Oxidative Stress in Kidney Transplantation:
Malondialdehyde Is an Early Predictive Marker of
Graft Dysfunction
Presidente do Conselho Fiscal da Secção Regional
do Porto da Ordem dos Farmacêuticos
Presidente Eleito da Direção da Sociedade
Portuguesa de Química Clínica, Genética e
Medicina Laboratorial
Isabel Fonseca · Henrique Reguengo · Manuela
Almeida · Leonídio Dias · La Salete Martins · Sofia
Pedroso · Josefina Santos · Luísa Lobato · António
Castro Henriques · Denisa Mendonça
Membro da “Register Comission” da Especialidade
em “Laboratory Medicine” da European
Communities Confederation of Clinical Chemistry
and Laboratory Medicine (EC4)”
Transplantation 01/2014; 97(10). DOI:10.1097/01.
TP.0000438626.91095.50
- A position paper of the EFLM Committee on
Education and Training and Working Group on
Distance Education Programmes/E-Learning:
developing an e-learning platform for the education
of stakeholders in laboratory medicine
Representante da SPQC na “European Federation
of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine
(EFLM)” (2003-2013)
Membro do Working Group “e-Learning and
Distance Education” da European Federation of
Clinical Chemistry and Laboratory Medicine (EFLM)
Damien Gruson · Gilbert Faure · Bernard Gouget ·
Alexandre Haliassos · Darya Kisikuchin · Henrique
Reguengo · Elizabeta Topic · Victor Blaton
Clinical Chemistry and Laboratory Medicine
03/2013; 51(4):1-6. DOI:10.1515/cclm-2013-0095
- The EC4 European Syllabus for Post-Graduate
Training in Clinical Chemistry and Laboratory
Medicine: version 4-2012
Gijsbert Wieringa Simone Zerah Rob Jansen·AnaMaria Simundic · José Queralto · Bogdan Solnica ·
Damien Gruson · Karel Tomberg Leena Riittinen
Hannsjörg Baum [...] Henrique Reguengo Demetrios
Rizos Dunja Rogic Július Špaňár Greta Štrakl
Thomas Szekeres · Kamen Tzatchev · Dalius Vitkus
Pierre Wallemacq Hans Wallinder
Clinical Chemistry and Laboratory Medicine
08/2012; 50(8):1317-28. DOI:10.1515/cclm-20120019
- Iodine intake in Portuguese pregnant women:
Results of a countrywide study
E Limbert S Prazeres M São Pedro D Madureira A
Miranda M Ribeiro J Jacome de Castro F Carrilho ·
M J Oliveira H Reguengo F Borges
[Show abstract]
70
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ANÁLISES CLÍNICAS
E GENÉTICA HUMANA
integrando o júri de avaliação final dos estagiários.
Em Outubro de 2004 assumiu também a chefia de
Unidade de Biologia Clínica do Instituto de
Genética Médica Jacinto Magalhães (IGM), funções
que exerceu até Abril de 2008. Na sequência da
extinção do IGM e integração dos serviços no
INSA, solicitou suspensão de funções e uma
licença extraordinária para obtenção do grau de
doutoramento.
PAINEL II
A Carreira Farmacêutica
– Análises Clínicas e
Genética
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
“Identification of a novel R21X mutation in the
liver-type arginase gene (ARG1) in four Portuguese
patients with argininemia”
Cardoso, ML, Martins E, Vasconcelos R, Vilarinho,
L, Rocha, J
Hum. Mutat. 1999; 14: 355-356 (premiado)
“The E37X is a common HMGCL mutation in
Portuguese patients with 3-hydroxy-3methylglutaric CoA lyase deficiency”,
Cardoso ML, Rodrigues MR, Leao E, Martins E,
Diogo L, Rodrigues E, Garcia P, Rolland MO,
Vilarinho L.
Maria Luís Cardoso
Faculdade de Farmácia da
Universidade do Porto
Mol Genet Metab. 2004 Aug;82(4):334-8.
Resumo comunicação
Cardoso ML, Balreira A, Martins E, Nunes L, Cabral
A, Marques M, Lima MR, Marques JS, Medeira A,
Cordeiro I, Pedro S, Mota MC, Dionisi-Vici C,
Santorelli FM, Jakobs C, Clayton PT, Vilarinho L.
“Molecular studies in Portuguese patients with
Smith-Lemli-Opitz syndrome and report of three
new mutations in DHCR7”
PÁG: 69
Curriculum Vitae
Mol Genet Metab. 2005 Jul;85(3):228-35.
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
“Clinical, Biochemical and Molecular
characterization of Cystinuria: first report in a
cohort of Portuguese patients”
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela FFUP
ramos A e C
Mestrado em Genética Humana Aplicada
Mafalda Barbosa, Altina Lopes, Conceição Mota,
Esmeralda Martins, Maria do Céu Mota, Dulce
Quelhas, Lúcia Lacerda, Luigi Bisceglia, Maria Luís
Cardoso
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Em 1992 ingressou no quadro do IGM com a
categoria de assistente da carreira de técnicos
superiores de saúde – ramo genética e desde
Março de 2005 é assessor superior da referida
carreira. A sua actividade foi dirigida para o
diagnóstico de doenças hereditárias do
metabolismo, sobretudo no domínio das acidúrias
orgânicas, e dos défices da biossíntese do
colesterol cujo diagnóstico introduziu no nosso
país.
Clin Genet. 2011 Jan 21. doi:
10.1111/j.1399-0004.2011.01638.x
Cardoso ML, Bandeira A, Lopes A, Rodrigues M,
Venâncio M, Marques JS, Janeiro P, Ferreira I,
Quelhas D, Sequeira S, Soares G, Lourenço T,
Rodrigues R, Gaspar A, Nunes L, Marques F,
Martins E. A síndrome de Smith-Lemli-Opitz:
características fenotípicas e genotípicas dos
doentes portugueses. Acta Ped Port. 2012; 43(2):
47-52.
Colaborou como formadora em diversos cursos de
actualização e acções de formação para
profissionais de saúde na área das doenças
metabólicas. Foi co-orientadora de estágio de
licenciatura e de mestrado de diversos alunos.
Cardoso ML, Barbosa M, Bandeira A, Martins E,
Serra D, Fortuna AM, Reis-Lima M, Bal¬reira A,
Marques F. Living with inborn errors of cholesterol
biosynthesis: lessons from adult patients. Clin
Genetics. 2013. doi: 10.1111/cge.1213.
Desde 2004 passou a integrar a Comissão Nacional
de Coordenação de Estágios da carreira de
técnicos superiores de saúde – ramo genética,
PRÉMIOS
71
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Prémio Sociedade Farmaceutica Lusitana
Prémio Nestlé para a melhor Comunicação na IX
Reunião do Hospital de Crianças Maria Pia (Porto
- Outubro 1997).
Prémio Pharmacia para o melhor trabalho
publicado em 1997 pelo Instituto de Genética
Médica Jacinto de Magalhães.
Premio a la mejor comunicación presentada II
Congreso Nacional Errores Congénitos del
Metabolismo (Barcelona – Febrero 1998).
1º Prémio – Sociedade Portuguesa de Genética
1998 (Outubro-1998) pelo trabalho intitulado
“Investigação das bases moleculares da
Argininemia em Portugal”
Prémio Pharmacia para o melhor trabalho
publicado em 1998 pelo Instituto de Genética
Médica Jacinto de Magalhães.
Prémio Pharmacia para o melhor trabalho
publicado em 1999 pelo Instituto de Genética
Médica Jacinto de Magalhães.
Menção honrosa pelo poster apresentado no IV
Congreso Nacional de Errores Congénitos del
Metabolismo em 2001 com o trabalho “Contributos
dos défices metabólicos e energéticos para o SIDS
na população portuguesa”
Prémio Pharmacia 2004 para o melhor trabalho de
equipa do Instituto de Genética Médica Jacinto de
Magalhães.
Prémio para a melhor comunicação livre em língua
portuguesa no AEP 2005 - 54 Congreso de la
Asociation Espaňola de Pediatria 2005 com o
trabalho “Défice do trasportador da creatina
secundário a nova mutação no gene SLC6A8”.
Prémio Nestlé para a melhor poster XVIII Reunião
do Hospital de Crianças Maria Pia Porto, Novembro
2006
Prémio Nestlé para a melhor poster. Reunião do
Hospital de Crianças Maria Pia Porto, Novembro
2008
OUTRAS ACTIVIDADES
Fotografia (participação em três exposições
coectivas em Aix-en Provence, Paris e Neuilly-surSeine)
72
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ASSUNTOS REGULAMENTARES
Acesso dos Doentes às
Tecnologias de Saúde
Ricardo Ramos
Infarmed
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
73
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
74
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ASSUNTOS REGULAMENTARES
disposições legislativas e normas orientadoras
antes da aprovação pelas Autoridades
Competentes, pelo que deve ser considerado
como uma fonte de informação validada e de
elevada qualidade e a privilegiar face a outras
fontes não validadas.
Transparência na
Informação – MNSRM
A publicidade de medicamentos é uma importante
fonte de informação com regras conhecidas e
consagradas na legislação. Deve promover o uso
racional de medicamentos de forma objectiva e
sem exagerar as suas propriedades e não ser
enganosa. A legislação e o código deontológico da
Apifarma obrigam a que as empresas tenham
processos internos, auditáveis, capazes de garantir
estes atributos. Importa porém reconhecer as
limitações da publicidade que não é a forma mais
adequada para transmitir informação detalhada,
destinando-se antes a despertar o interesse do
consumidor, dirigindo-o para fontes de informação
de maior qualidade (farmacêutico, folheto
informativo) antes de decidir adquirir e utilizar o
medicamento em resposta a uma necessidade de
saúde sentida.
António Dias
Bayer
O farmacêutico tem uma posição privilegiada para
aconselhar o doente antes da dispensa, garantindo
uma utilização segura, eficaz e informada
esclarecendo o doente e orientando-o. A
organização do espaço da farmácia e a visibilidade
dada aos MNSRM pode aqui contribuir facilitando
a prestação de informação e a formação do
doente.
Resumo comunicação
A doença é um fenómeno inerente à vida humana
ao qual o Homem sempre respondeu com um
instinto natural para o autotratamento. A eficácia
dos autocuidados de saúde onde se inclui a
automedicação responsável depende da literacia
dos doentes.
A automedicação responsável pressupõe que o
doente/utente tem literacia suficiente para para
zelar pela sua saúde e é capaz de compreender a
informação a que tem acesso. Justifica-se em
situações menores e no geral transitórias ou de
curta duração e tem benefícios para o doente e
SNS, mas nenhum medicamento é isento de riscos,
que têm de ser minimizados com condições de
acesso e informação adequadas. Contribui também
para criar no consumidor/doente uma
autoresponsabilização na gestão da sua saúde.
Concluindo, os MNSRM e os recentes MNSRM-EF
são um importante contributo para melhorar o
acesso dos doentes aos medicamentos e vão de
encontro ao desejo dos indivíduos para assumir
uma maior responsabilidade pela sua saúde. Os
doentes/utentes dispõe de fontes de informação de
elevada qualidade e validada (folheto informativo e
publicidade) sendo o papel do farmacêutico
reforçado (especialmente nos MNSRM-EF onde a
dispensa sem receita médica é determinada por
um protocolo de dispensa) promovendo a literacia
dos doentes em saúde e contribuindo para uma
poupança de custos dos SNS e do próprio utente.
Portugal tem evoluído desde os “antigos”
medicamentos ditos de “venda livre” nos anos 80
até à actual classificação com a recente introdução
de medicamentos não sujeitos a receita médica de
venda exclusiva na farmácia (MNSRM-EF) seguindo
um protocolo de dispensa (Decreto-Lei 128/2013) a
par dos conhecidos medicamentos sujeitos a
receita médica (MSRM) e medicamentos não
sujeitos a receita médica (MNSRM).
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciado em Farmácia, ramo B (Indústria), pela
faculdade de farmácia de Lisboa em Junho de
1988 com a média final de 15,3 valores.
A informação a que o doente/utente tem acesso é
fundamental para uma automedicação responsável.
O folheto informativo tem uma importância crítica,
devendo ser adaptado ao consumidor/utente com
uma linguagem e formato claro e compreensível. A
elaboração e confirmação da legibilidade do
folheto informativo são determinadas por
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Bayer Portugal SA - Março de 1996- Presente:
actualmente responsável pela Direcção Técnica e
pelo Departamento de registos e assuntos
regulamentares da Bayer Portugal SA
75
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Produtos Sandoz Lda - Maio de 1989- Março de
1996: Técnico de registos
OUTRAS ACTIVIDADES
Frequência do I Curso Pós-Graduado sobre Direito
do medicamento na Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa (2013-2014)
Frequência do Executive MBA na Universidade
Católica (2006)
Presidente da APREFAR (Associação dos
Profissionais de Registo e Regulamentação
Farmacêutica) no biénio 2004-2006 e membro da
direcção entre 2000-2004
Frequência do curso de pós-graduação em
assuntos regulamentares CPGARM (1998)
Correspondente do Regulatory Affairs Journal entre
1997-2002
Frequência do curso de pós-graduação em
segurança de medicamentos (1996)
Frequência do primeiro curso de pós-graduação
em avaliação económica de medicamentos no
ISEG (1995)
76
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ASSUNTOS REGULAMENTARES
proporcionar apoio em situação de doença aos
trabalhadores assalariados, bem como aos
trabalhadores não assalariados e respetivos
familiares, que se deslocam no espaço comunitário.
Subsequentemente também foram abrangidas as
situações de estada e de residência, agora
dissociadas de uma atividade económica; e ainda
foram sendo incorporadas as tendências associadas
aos acórdãos do Tribunal Europeu de Justiça (TEJ).
Cuidados
Transfronteiriços e seu
Impacto nos Sistemas
de Financiamento
Por acréscimo, o modelo inicial atribuía aos serviços
a iniciativa de identificação de cuidados de saúde
num outro EM, sempre que estes não estivessem
disponíveis no EM de origem. Atualmente assistese à possibilidade de ser o próprio cidadão a optar
pelo acesso a cuidados de saúde num outro EM,
atentas as regras em vigor. , Contudo, não só em
termos de agentes, também em termos de serviços,
a evolução tecnológica propiciou a acessibilidade a
cuidados de saúde altamente especializados, para
doenças raras ou de baixa prevalência, e ainda
destinada a patologias muito complexas, através de
novos modelos organizacionais como são as redes
europeias de referência.3 Esta evolução constitui um
exemplo inovador e pioneiro de articulação de
sistemas de saúde.
Maria da Conceição Portela
Centro de Investigação Interdisciplinar em
Saúde da Universidade Católica Portuguesa
Esta realidade evolutiva em termos de estrutura e
organização de cuidados de saúde transfronteiriços,
aberta pela Diretiva 2011/24, não foi acompanhada
por uma igualmente ampla e profunda reforma no
domínio do financiamento.
Resumo comunicação
As coordenadas para a organização, prestação e
financiamento dos sistemas de cuidados de saúde
dos Estados Membros (EM) da União Europeia (UE)
encontram-se plasmadas no Tratado de Lisboa, que
define a delimitação de competências ao abrigo do
princípio da atribuição, e o exercício dessas
competências ao abrigo dos princípios da
subsidiariedade e da proporcionalidade. Este
Tratado remete assim para os EM a competência
para decisões sobre a organização dos seus
sistemas de cuidados de saúde.
O sistema de financiamento dos cuidados de saúde
transfronteiriços em vigor exige que o acesso ocorra
sempre através das unidades prestadoras do
sistema público, sendo o valor pago pelos atos
baseado na tabela de preços que vigora nesse
domínio, bem como nas taxas moderadoras que aí
estão definidas. Assim, cada cidadão que recorra
aos cuidados de saúde num EM que não o de
afiliação será equiparado, em termos de despesas
diretas, aos nacionais desse Estado.
Subsequentemente os créditos devidos são
apresentados periodicamente ao Estado devedor.
Este é o quadro de referência que permite
acompanhar a evolução dos sistemas de
financiamento dos cuidados de saúde na UE, mas
também é o enquadramento regulador que orienta e
perspetiva a evolução desses sistemas. Tal tem
ocorrido atenta a salvaguarda da universalidade,
acessibilidade, qualidade, solidariedade e equidade,
que constituem os valores indeclináveis que os
sistemas de cuidados de saúde partilham na UE.
Estão em vigor dois sistemas de financiamento: o
regime de montantes fixos, baseado no cálculo dos
custos médios tendo em conta a população
abrangida e os escalões etários associados, o qual
é atualizado anualmente, e ainda o regime por
montantes efetivos, que se baseia na tabela de
preços do serviço de saúde público. O primeiro
regime é aplicado aos cidadãos em situação de
residência atestada pelos serviços de segurança
social, enquanto o segundo abrange os cidadãos
em situação de estada, e reporta à utilização do
cartão europeu de seguro doença (CESD) em
situações de urgência.
A acessibilidade aos cuidados de saúde
transfronteiriços no seio da União Europeia é uma
realidade cujos contornos têm vindo a evoluir,
modelados sobretudo por variáveis de natureza
social e económica, mas também de natureza
jurídica. Os determinantes de caráter laboral
conduziram à instituição de um modelo de
financiamento de cuidados de saúde ancorado nos
regimes de segurança social, que permitia
Com a publicação da lei 52/2014, os sistemas de
financiamento ampliam-se, já que está prevista a
77
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
possibilidade dos cidadãos acederem aos cuidados
transfronteiriços, e serem reembolsados pelo Estado
de afiliação sempre que os cuidados de saúde
estejam previstos no Serviço Nacional de Saúde.
Abrange não só os cuidados de saúde como as
tecnologias de saúde. Assim nestes domínios, o
reembolso ocorre até ao preço que é definido na
tabela de preços do SNS, e carece de autorização
prévia sempre que ocorra o internamento de pelo
menos uma noite, ou quando são exigidos recursos
ou infraestruturas ou equipamentos médicos
altamente onerosos e de elevada especialização, ou
ainda se os tratamentos envolvem risco especial
para o doente. O impacto financeiro será decerto
diferenciado consoante a natureza do sistema de
financiamento dos cuidados de saúde no EM de
afiliação – beveridgeano ou bismarckiano, no
sentido tradicional dos termos. No primeiro caso o
orçamento da saúde é tendencialmente mais
variável, e vigoram os copagamentos. No segundo,
os orçamentos são mais previsíveis, e predomina o
sistema de reembolso; por isso poderá ser menos
afetado pelo novo enquadramento regulamentar dos
cuidados de saúde transfronteiriços.
ensaios clínicos de novos medicamentos. A
prestação de cuidados de saúde poderá ser
alinhada por uma estrutura de caráter supranacional,
mas suportada por pilares nacionais de excelência.
O custo dos cuidados de saúde associados à
inovação poderá passar a ser liderado pela
prestação de cuidados de saúde nos centros de
referência. Por isso, que esperar dos sistemas de
financiamento? Decerto uma evolução inteligente,
articulada e adaptativa, que seja construída pela
coordenação desejável entre os EM. Os modelos de
financiamento atuais foram instituídos no contexto
de uma realidade que vai evoluir. Por isso é premente
que sejam revisitados, e equacionados modelos
perspetivados a médio e longo prazo, baseados em
sistemas dinâmicos, suportados pelo intercâmbio de
dados de evidência científica, que sejam o reflexo
das preferências dos doentes para cada patologia.
Certamente que seria desejável revisitar a
aplicabilidade do conceito de subsidiariedade e de
proporcionalidade, neste enquadramento. E abrir a
porta a um modelo de cofinanciamento europeu,
para os cuidados de saúde e tecnologias médicas
utilizadas nos centros de referência. Assim - por ser
pioneiro e ousado - seria inclusivo e realista, como
vetor de sustentabilidade para os sistemas de
cuidados de saúde na UE.
A livre circulação de doentes não se encontra no
horizonte desta Diretiva, pelo contrário esta
pretende a salvaguarda dos sistemas de cuidados
de saúde de cada um dos EM, que têm por missão
assegurar a proteção da Saúde Pública aos
cidadãos nacionais, como dever indeclinável.
Curriculum Vitae
Mas observa que há lugar para a cooperação entre
os EM, no que respeita aos cuidados de saúde, a
qual deve ser incentivada no sentido de fomentar a
acessibilidade a cuidados de saúde seguros,
eficientes, e de elevada qualidade. A instituição de
autoridades responsáveis pela avaliação das
tecnologias de saúde e o seu funcionamento em
rede, bem como a instituição de um sistema de
intercâmbio de informação entre os EM são
instrumentos que contribuem para alcançar tal
desiderato.
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
2010 Doutoramento em Saúde Pública – Economia
da Saúde – UNL
Título da Tese: Regimes de Comparticipação do
Estado no Preço dos Medicamentos – Avaliação do
Impacto do Sistema de Preços de Referência em
Portugal.
2002 Curso de Mestrado em Saúde Pública Política e Administração de Saúde – UNL
1999 Pós Graduação Farmacoeconomia –
Stockholm School of Economics – Suécia
Que desafios apresentam os cuidados de saúde
transfronteiriços? Estão a ser desenvolvidos num
sistema dinâmico, cuja evolução será certamente
para um incremento das estruturas em rede –
tendencialmente alinhadas pelos mesmos padrões
de referência, que minimizam as sobreposições e o
desperdício, e aumentam a eficiência, mas que
também exigem novas competências, de nível mais
especializado. Os cidadãos serão mais informados e
tenderão a ser mais exigentes, e com menor
tolerância ao risco, que poderá passar a ser
partilhado numa esfera supra nacional. O nicho de
intervenção em patologias de baixa prevalência,
doenças raras ou muito complexas passa a ser
centralizada, gerando casuísticas mais robustas, e
subsequentemente fomentando aí a emergência de
centros de primeira linha para desenvolvimento de
2006 Especialista em Farmácia Hospitalar – Ordem
dos Farmacêuticos
1988 Licenciatura em Ciências Farmacêuticas – UL
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Atual
Universidade Católica Portuguesa – Instituto
Ciências da Saúde – Research Fellow (2014- )
Focus On Evolution – Pharmacoeconomics & Market
Access Consultants – Diretora Geral (2013- )
Coordenação Científica do Curso de Pós Graduação
Decisão em Saúde (1ª edição) (2015-)
Coordenação Científica do Curso de Pós Graduação
Medicamento – As Dimensões do Valor (3ª edição)
78
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
(2013- )
Keegan C, Thomas S, Normand C, Portela C.
Measuring recession severity and its impact on
healthcare expenditure. Int J Health Care Finance
Econ 2013;13(2):139-155.
Anterior
DGS - Direção Geral da Saúde (2012-2013)
Assessor – Avaliação do impacto financeiro das
Normas de Orientação Clínica
PRÉMIOS
Recognized Reviewer | Health Policy - The Editors of
Health Policy | Elsevier, Amsterdam, The Netherlands;
Outubro de 2014
Trinity College Dublin. Centre for Health Policy and
Management – Irlanda (2011)
Research Fellow – Resilience of the Irish Health
System: Surviving and utilising the economic
contraction
ACSS - Administração Central do Sistema de Saúde
(2009-2010)
Assessor do Presidente do CD – Mobilidade de
Doentes e Cuidados de Saúde Transfronteiriços
INFARMED (1994-2006, 2011-2012)
Coordenadora da Unidade de Comparticipação de
Medicamentos
Assistente Principal e Assessor
AstraZeneca (2006-2008)
Group Manager Market Access and Maintenance
Hospital de Sta. Maria (1989-1993)
Assistente Serviços Farmacêuticos
Universidade Lusófona de Humanidades e
Tecnologias (2003-2011)
Professora Auxiliar Convidada: Farmacoeconomia
(regente), Política e Gestão do Medicamento
(regente)
Instituto de Ciências da Saúde Egas Moniz (20032006)
Professora Auxiliar Convidada: Economia e Política
do Medicamento (regente)
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Constantino Portela MC, Campos Fernandes A.
Medicines compliance and reimbursement level in
Portugal. Health Services Research & Managerial
Epidemiology 2015;1-5.
Constantino Portela MC, Campos Fernandes A. Que
Soluções para o Financiamento da Inovação? Acta
Médica Portuguesa 2015; 2015;28:1-3.
Constantino Portela MC, Campos Fernandes A.
Does austerity drives healthcare accessibility?
Revista de Gestão Sistemas de Saúde 2014;
3(2):1-10.
Constantino Portela MC, Campos Fernandes A.
Gender and healthcare accessibility in European
Journal Hospital Administration 2014;3(6):163-1.
Portela C. Reference pricing system in Portugal –
supply, demand and the effect of reimbursement
level. Int J Health Care Man 2014; 7(2):120-126.
Portela C, Thomas S. Impact of the economic crisis
on healthcare resources – An european approach. Int
J Health Care Man 2013;6(2):104-113.
79
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ASSUNTOS REGULAMENTARES
em procedimentos regulamentares e planos de
gestão de riscos. Assim iremos dar exemplos para
determinados fármacos, da implementação das
medidas de minimização de riscos, previstas nos
seus Planos de gestão do Risco e do papel dos
profissionais da saúde na eficácia destes planos de
monitorização e minimização do risco de
medicamentos.
Benefícios e Riscos de
Medicamentos: Desafios
e Oportunidades
Iremos ainda discutir o papel da comunicação
sobre a eficácia das medidas de minimização do
risco, apoiando os profissionais de saúde e
doentes com informação equilibrada que pode
facilitar a escolha do tratamento, otimizar os
resultados do tratamento e evitar danos.
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Mestrado em Regulamentação e Avaliação de
Medicamentos e Produtos de Saúde. Dissertação
desenvolvida na área da Farmacotoxicologia,
intitulada “Desenvolvimento não clínico de
fármacos para utilização pediátrica: Relevância de
estudos pré-clínicos em animais jovens como
modelo de desenvolvimento humano”.
Dinah Duarte
Infarmed
Resumo comunicação
Esta apresentação tem como objetivo a discussão
do cenário regulamentar relacionado com a
avaliação e comunicação da relação benefício/ dos
medicamentos.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Direção da Unidade de Avaliação Científica da
Direção de Avaliação de Medicamentos (DAMUAC) do INFARMED, I.P.
A avaliação do benefício/ dos medicamentos e
comunicação de resultados apresenta desafios
únicos para os Titulares da AIM e agências
regulamentares. Num ambiente sempre em rápida
mutação, onde a transparência e a mediatização se
tornaram os fatores principais na dinâmica da
comunicação sobre medicamentos, as agências
regulamentares são confrontadas com a
necessidade de evitar o pânico desnecessário,
garantindo simultaneamente que os doentes
mantenham a confiança no sistema.
Representação institucional Europeia e
Internacional
Perita da Agência Europeia de Avaliação de
Medicamento (EMA) – Desde 2000;
Membro PT efetivo do Comité de Medicamentos
Órfãos (COMP), desde 2015;
Representante do COMP no Steering Group da
Rede Europeia de Centros de
Farmacoepidemiologia e & farmacovigilância:
European Network of Centres for
Pharmacoepidemiology & Pharmacovigilance
(ENCePP) – desde 2015.
Existe hoje uma investigação significativa no
domínio da comunicação do risco e a melhor forma
de comunicar informações sobre os riscos de um
medicamento, tanto no momento da sua aprovação
ou em condições da vida real.
Membro PT substituto do Comité de Medicamentos
de uso Humano (CHMP), desde 2012;
Representante do CHMP no grupo da EMA de
Organizações de Profissionais de Saúde - “Human
Scientific Committees Working Party With
Healthcare Professionals Organisations (HCPWP)”,
com reuniões conjuntas com o “Human Scientific
Committees Working Party With Patients and
Consumer Organisations (PCWP)”, desde 2013.
Esta apresentação irá abordar a prática atual em
matéria de avaliação e comunicação do benefício/
risco de medicamentos, bem como as ferramentas
regulamentares atualmente existentes para a sua
monitorização e minimização (Sumários de
Relatórios de Avaliação e Planos de Gestão do
Risco, Informação do medicamento atualizada,
Cartas aos profissionais de saúde, entre outras).
Representação institucional Nacional
Membro da Comissão de Avaliação de
Medicamentos (CAM) do INFARMED, I.P., desde
2011;
A partilha de experiências reais, obtidas a partir de
estudos de casos, permitem recolher e incorporar
as lições aprendidas e resultados da investigação,
80
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Membro da Comissão da Farmacopeia Portuguesa
(CFP) do INFARMED, I.P., desde 2013;
Duarte, D., Juvenile Animal Studies and NonClinical
Development: EU Perspective, Drug Information
Association (DIA) 50th Annual Meeting, San Diego,
June 2014;
Membro da Comissão Coordenadora do
Tratamento das Doenças Lisossomais de
Sobrecarga (CCTDLS), do Instituto Nacional de
Saúde Pública (INSA), desde 2013.
Duarte, D. State of play of new marketing
authorizations for Hepatitis C medicines in Europe,
Meeting on HTA and Pricing of Hepatitis C
Medicines, INFARMED, I.P., Lisboa, Maio 2014;
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Livros
Duarte, D., INFARMED e Assuntos Regulamentares,
XIII Desafios das Ciências Farmacêuticas,
Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas,
ULHT, Lisboa, Março 2014;
Duarte D Medicamentos pediátricos:
Regulamentação = Inovação terapêutica?. Cap. 11,
Direito e os Medicamentos: Vigilância Sanitária,
Direito do Consumidor e Regulamentação das
Práticas Químico-Farmacêuticas. Sociedade
Interamericana de Vigilância Sanitária (SIVS), Brasil,
September 2011;
Duarte, D., H. Enzmann H., Prieto C., Human
Scientific Committees’ Working Party with Patients’
and Consumers’ Organisations (PCWP) and
Healthcare Professionals Working Party (HCPWP)
feedback from CHMP, European Medicines Agency,
Londres, February 2014;
Duarte D, Martins J Comercialização de
Medicamentos, Rotulagem e Folheto Informativo, in
Guerreiro M. Fernandes, A. Deontologia e
Legislação Farmacêutica, Lidel – Edições Técnicas,
Portugal, I.S.B.N 978-972-757-890-0, Outubro
2013.
Duarte, D., Portuguese Experience at CHMP –
CHMP Informal Meeting, Vilnius, Lituania, October
2013;
Duarte, D., Portuguese Experience at CHMP -10th
TOPRA Annual Symposium - The Organisation for
Professionals in Regulatory Affairs, Lisbon,
Portugal, October 2013;
Artigos (arbitragem cientifica)
Duarte D, Silva Lima B. Juvenile animal studies in
the development of paediatric medicines:
Experience from European medicines and
Paediatric Investigation Plans, Birth Defects
Research (Part B), vol 92, number 4, 353-358,
August 2011;
Duarte, D., Regulamento Pediátrico - Cinco anos
de Experiência e utilização off-label em Pediatria
– Conferência Anual no INFARMED, I.P., Lisbon,
November 2013;
Duarte D, Medicamentos Pediátricos,
Pharmagazine, August 2011;
Duarte, D., Juvenile Animal Studies and Pediatric
Drug Development: Systematic or Case-by-case?
- Drug Information Association (DIA) 49th Annual
Meeting, Boston, June 2013;
Duarte D., Fonseca H., Better Medicines in
Pediatrics, Acta Pediátrica Portuguesa, vol. 39, nº
1, p. 17-22, Jan-Feb 2008.
Duarte, D., Paediatric Information in Medicines:
Improving paediatric access to medicinal productsDrug Information Association (DIA) 25th Euro
Meeting, Amesterdão, Março 2013;
Duarte D., Medicines for Children – The present
reality in the European Union, Rev. Lusófona de
Ciências e Tec. de Saúde, Ano 3, nº1, p.9-18, June
2006;
Duarte, D., Medicines for the Extremes of Age:
From Pediatrics to Geriatrics, Training Programme
in Pharmaceutical Medicine, UC “Regulatory
Affairs”, Universidade Aveiro, Lisboa, Janeiro 2015.
Duarte, D., Developing Medicines for Children
– Learning from ten years of American
PaediatricRegulation, Rev. Lusófona de Ciências e
Tec. de Saúde Ano 5, nº1, p.11-23, June 2008.
OUTRAS ACTIVIDADES
Presidência de Reuniões Científicas
Especialista em “Assuntos Regulamentares”:
Especialista nº 76 do Quadro de Especialistas em
Assuntos Regulamentares;
Session Chair at Drug Information Association
(DIA). Session 233: Juvenile Animal Studies and
Pediatric Nonclinical Development (TRACK 04 –
NONCLINICAL AND TRANSLATIONAL
DEVELOPMENT/EARLY PHASE CLINICAL
DEVELOPMENT), 50th Annual Meeting, San Diego,
July 2014;
Especialista em “Farmácia Hospitalar”: Especialista
nº 378 do Quadro de Especialistas em Farmácia
Hospitalar;
Professora auxiliar convidada, Faculdade de
Ciências e Tecnologias da Saúde, ULHT
Session Chair at Drug Information Association
(DIA). Session 1002: HARMONISATION:
CHALLENGES IN PRODUCT INFORMATION /
LABELLING, 25th Euro Meeting, Amesterdam,
March 2013.
Comunicações orais por convite
81
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ASSUNTOS REGULAMENTARES
Divulgação de
Informação
Rui Coelho
Associação Nacional de Espondilite
Anquilosante
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas
Frequência do Mestrado em Farmacocinética e
Biofarmácia Avançadas da FFUL
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Presidente da Direcção da Associação Nacional de
Espondilite Anquilosante
2007-2014: Director Técnico Farmácia Fénix
82
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ASSUNTOS REGULAMENTARES
Gestão e Administração para Farmacêuticos –
PAGEF, Universidade Católica Portuguesa
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Materiais Educacionais
Desde Setembro 2003, Diretora Técnica e
Regulamentar da Hospira Portugal Lda (agora uma
Companhia da Pfizer), com experiência acrescida
em medicamentos biossimilares, Market Access,
Vigilância e Informação Médica.
Desde Março de 1987 trabalhou em várias
empresas da Indústria farmacêutica, nacionais e
Internacionais, nas Áreas de Assuntos
Regulamentares, Qualidade, Market Access e
Farmacovigilância, abrangendo produtos de
múltiplas áreas terapêuticas, originadores,
genéricos e dispositivos médicos.
Member of the College of Speciality in Regulatory
Affairs Specialists of the Portuguese College of
Pharmacists since 2001.
Fernanda Aleixo
Conselho do Colégio de Especialidade de
Assuntos Regulamentares da Ordem dos
Farmacêuticos
Leader of the Biosimilars group of the Portuguese
Trade Association of generics and biosimilars –
Apogen, Oct.2012-Sep2015
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Guia das Boas Práticas Regulamentares da Ordem
dos Farmacêuticos, 2003 (Líder e co-autora)
Resumo comunicação
Os materiais educacionais fazem parte do Plano
de Gestão do Risco de alguns medicamentos. Não
são de todo materiais promocionais.
O seu objetivo é complementar a informação de
segurança do medicamento, contida no Resumo
das Caraterísticas do Medicamento e seu Folheto
Informativo. São dirigidos aos profissionais de
saúde, e frequentemente também aos doentes/
utentes ou seus cuidadores. Pretendem-se claros,
simples e com orientações precisas das medidas a
seguir para minimizar o risco.
Envolvem uma equipa pluridisciplinar focada na
segurança do doente.
Após alguns anos da sua existência é importante
pensarmos como aferir o seu impacto e utilidade, e
mais importante, o que melhorar.
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Outubro 1981 – Junho 1987: Licenciatura em
Ciências Farmacêuticas – opção de Indústria, pela
Faculdade de Farmácia de Lisboa.
Junho 1997 – Dezembro 1998: Pós-graduação em
Assuntos Regulamentares, pela Universidade de
Farmácia de Coimbra e Infarmed
Maio 2001 – Janeiro 2002: Pós-graduação em
Avaliação Económica de Medicamentos, pelo
Instituto Superior de Economia e Gestão
Janeiro – Dezembro. 2006: Pós-graduação em
83
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA
BPD.
Com os novos requisitos descritos no sistema de
BPD de medicamentos de uso humano surgem
novas obrigações quer para as entidades do setor
quer para as Autoridades Regulamentares, que
devem implementar no seu Sistema de Qualidade
dos Inspetorados, os procedimentos comunitários
de inspeção BPD publicados pela EMA, incluindo
nos seus planos de atividades de inspeção,
inspeções de rotina a estas entidades de modo a
manter o sistema de EudraGMDP atualizado no
que respeita à emissão dos certificados de BPD e
as autorizações de distribuição por grosso, bem
como divulgar através desta base a todos os EM e
Países com Acordos de Reconhecimento Mútuo
com a EU os relatórios de não conformidades
detetadas em sede de inspeção.
PAINEL I
BOAS PRÁTICAS DE DISTRIBUIÇÃO
DE MEDICAMENTOS – ACTUALIZAÇÃO
E DESAFIOS
Perspectiva do
Regulador na Aplicação
do Novo Regulamento
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Diretora da Inspeção e Licenciamentos do
INFARMED, desde 1 de março de 2009
Fernanda Ralha
Infarmed
Inspetora GMDP
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Resumo comunicação
Representante do INFARMED no grupo de
inspetores de GMDP e PhV da EMA.
Esta apresentação focaliza-se no modelo a
implementar a nível nacional dada a publicação do
Novo Regulamento do sistema da Boas Práticas de
Distribuição de Medicamentos de uso Humano
previsto na legislação nacional disposto no nº 10
do artigo 59º do Decreto-Lei nº 176/2006, de 30 de
agosto e aprovado pela Deliberação nº 47/
CD/2015, de 19 de março, publicada no site do
INFARMED,I.P.
Representante do INFARMED em diversos grupos
de trabalho
Representante do INFARMED na PIC/S.
Representante do INFARMED no grupo de trabalho
“Combate às irregularidades praticadas nas áreas
do Medicamento e dos Meios Complementares de
Diagnóstico e Terapêutica , nomeada por despacho
nº 15629/2012, de 29 de novembro.
Este Regulamento substitui as Boas Práticas de
Distribuição constantes na Portaria nº 348/98, de
15 de junho aplicáveis à distribuição por grosso de
medicamentos e encontra-se alinhado com a
publicação da Diretriz Europeia das Boas Práticas
de Distribuição de 5 de novembro de 2013, pela
Comissão Europeia dada a publicação da Diretiva
dos Medicamentos Falsificados.
Este Novo Sistema de Boas de Distribuição de
Medicamentos de Uso Humano têm impacto em
diversas entidades que operam no mercado
nacional e europeu no âmbito da Distribuição
Farmacêutica, nomeadamente distribuidores por
grosso de medicamentos, brokers, fabricantes de
medicamentos e farmácias uma vez que estas
entidades desde que devidamente autorizadas pelo
INFARMED, I.P podem dispensar medicamentos ao
domicílio desde que cumpram com o sistema das
84
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA
É ainda nosso entender que o legislador poderia e
deveria ir um pouco mais longe no que se refere à
documentação exigente em papel, quer quanto à
comercialização de substâncias controladas, quer
as 2 vias necessárias para as faturas a acompanhar
o momento do transporte. Sendo certo que esta
última confronta a legislação existente na alçada
de outro Ministério, não é menos certo que no caso
em apreço ganharíamos todos tal é o desperdício,
país, empresas e meio ambiente, se uma ação
concertada existisse entre os dois ministérios
favorecendo e preconizando a fatura electrónica.
Já no que respeita às substâncias controladas, a
desmaterialização dos documentos seria no nosso
entender possível dadas as facilidades existentes
ao nível tecnológico.
PAINEL I
BOAS PRÁTICAS DE DISTRIBUIÇÃO
DE MEDICAMENTOS – ACTUALIZAÇÃO
E DESAFIOS
Perspectiva dos
Distribuidores
Parece-nos, assim, evidente que o legislador
procurou apenas “transcrever” e não criar uma
legislação que não só fosse exigente, como
também tivesse mais em consideração as novas
tecnologias, situação esta em que as próprias
empresas de Distribuição Grossista existentes em
Portugal já se deram conta há já vários anos a esta
parte
Miguel Silvestre
Groquifar e Plural
Curriculum Vitae
Resumo comunicação
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
A 22 de Junho o Infarmed informa o mercado
sobre a sua Deliberação n.º 47/CD/2015 que
aprova o Regulamento relativo às Boas Práticas de
Distribuição, transpondo assim para o quadro
legislativo português a Diretriz de 5 de novembro
de 2013 (2013/C 343/01). O novo regulamente
entra em vigor 9 dias depois, a 1 de Julho. Dá-se
então início a um trabalho urgente e exigente de
adaptação das empresas de distribuição
farmacêutica ao novo Regulamento.
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela
Faculdade de Farmácia da Universidade de
Coimbra.
Do que se infere do novo Regulamento há uma
nítida aproximação ao perfil de documentação do
Sistema de Gestão da Qualidade preconizado pela
Norma ISO 9001. Esta situação parece-nos muito
positiva porque este Sistema já se encontra
implementado na maioria dos Grossistas e assim
evita-se a existência, em paralelo, de outros níveis
e tipos de documentos. Esta é de facto uma
alteração positiva face ao novo documento, já que
o anterior era omisso e existia uma clara
dissonância entre a legislação e as auditorias do
regulador.
Estágio em 1991 no Laboratório Indústria
Farmacêutica Euro-Labor;
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Pertenceu à Direcção-Geral da Associação
Académica de Coimbra em 1989/90; no mesmo
período, responsável pelo Núcleo de Estudantes de
Farmácia; foi membro da Assembleia de
Representantes da Universidade de Coimbra;
Director Comercial da Plural – Cooperativa
Farmacêutica Crl (ex Farbeira – Cooperativa de
Farmacêuticos do Centro, Crl) durante os anos de
1992 e 1993;
Director Técnico da Plural (ex Farbeira) entre
Janeiro e Agosto de 1994;
Proprietário e Director Técnico da Farmácia Miguel
Silvestre, em Góis, desde setembro de 1994 a
janeiro de 2009;
Colaborador do Sector de Formação Contínua da
Associação Nacional das Farmácias de 1997 a
1999;
Quanto às questões de pormenor tais como
medições de temperatura e humidade, o
documento preconiza algumas obrigações que no
nosso entender são pertinentes, todavia continua
vago em relação ao transporte e com um elevado
grau de exigência que se nos afigura
despropositado face à realidade.
Gerente da Plural II Lda. (ex Farmoeste Lda) desde
março de 1998;
Pertenceu à Direcção da Plural (ex Farbeira) entre
1998/2001;
85
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Presidente da Direcção da Plural (ex Farbeira)
desde março de 2001;
Delegado de Círculo da Associação Nacional das
Farmácias de 1997 a 2014;
Presidente da Direcção da Delegação do Centro da
Associação Nacional das Farmácias de fevereiro de
2000 a abril de 2014;
Administrador da Bluepharma, Indústria
Farmacêutica S.A. desde março de 2001;
Administrador da Bluepharma Genéricos SA desde
março de 2002;
Administrador da Coimbravita-ADR, S.A. - Agência
de Desenvolvimento Regional, desde abril de 2005
a março de 2006;
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da
Finanfarma, Sociedade de Factoring SA desde
novembro de 2006;
Sócio-gerente da Farmácia de Celas, em Coimbra,
desde março de 2008;
Administrador da Farminveste SGPS SA desde
setembro de 2010;
Administrador da a2b SGPS SA desde dezembro
de 2010;
Vice-Presidente do MONAF, Montepio Nacional da
Farmácia, ASM, desde janeiro de 2015;
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Participou como orador em vários Congressos,
Simpósios e Seminários
86
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA
Previo a su trabajo en el Consejo General
Farmacéuticos, Sonia ha trabajado en el grupo de
comunicación PRISA, primer grupo de medios de
comunicación en los mercados de habla española,
líder en educación, información y entretenimiento
con presencia en 22 paises, donde ha sido
consultora, product category manager y eBusiness
Intelligence manager.
PAINEL II
DIRECTIVA DOS MEDICAMENTOS
FALSIFICADOS
Perspectiva Europeia
Sonia Ruiz
Organização Europeia de Verificação
de Medicamentos (EMVO)
Resumo comunicação
Sonia Ruiz Morán presentará una introducción al
marco legal europeo contra la falsificación de
medicamentos y comentará los avances a nivel
europeo del sistema paneuropeo de verificación de
medicamentos, y su implantación a nivel nacional.
Curriculum Vitae
ACADEMIC DEGREES
Sonia Ruiz posee el título MBA en la Universidad
de Salamanca (2005), es Licenciada en Derecho
(1991-1997) y Licenciada en Ciencias Económicas
y Empresariales (1991/1998) por la Universidad
Pontificia de Comillas University (ICADE E-3).
PROFESSIONAL EXPERIENCE
Sonia Ruiz Morán es Presidente de la Organización
Europea para la Verificación de Medicamentos
(EMVO-European Medicines Verification
Organization), y miembro del Consejo de
Administración de dicha organización en
representación de la Agrupación Farmacéutica de
la Unión Europea.
Desde 2008 Sonia es responsable de Relaciones
Institucionales del Consejo General de Colegios de
Farmacéuticos de España, y como responsable de
la oficina del Consejo en Bruselas, presta
asesoramiento legal y estratégico en asuntos
regulatorios, representa a la organización en al
ámbito europeo y ejerce como delegada española
en la PGEU.
87
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA
PAINEL II
DIRECTIVA DOS MEDICAMENTOS
FALSIFICADOS
Perspectiva do
Regulador
Vasco Bettencourt
Infarmed
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
88
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
MARKETING FARMACÊUTICO
Consultor do secretário de Estado da Comunicação
Social para a área digital (1997 a 2002).
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
OS SOCIAL MEDIA E A PROFISSÃO
FARMACÊUTICA
GAFAnomics®: Nova economia, novas regras
(2014) - FABERNOVEL
O Futuro da Saúde
– Tendências e
Transformações da Era
Digital
Linkedin: A rede séria (2013) – FABERNOVEL
Gerir na Era Digital (2011)
Nuno Ribeiro
FABERNOVEL
Resumo comunicação
As quatro tendências chave sobre o futuro da
saúde:
- Um sistema “Patient Centric”
- A mobilidade médica
- Diagnóstico inteligente e tratamento
personalizado
- Em direção a uma nova humanidade
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciado em Economia pela Universidade
Católica.
Executive Master em Gestão de empresas
tecnológicas pela Universidade Católica.
Pós-graduação em Media e Entretenimento na
Universidade Católica.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Country Manager da agência de inovação
FABERNOVEL desde 2012.
Diretor a unidade Negócio Multimédia do grupo
Controlinveste (2008 a 2012).
Diretor da unidade de negócios de Internet do
grupo Cofina Media (1999 a 2008).
89
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
MARKETING FARMACÊUTICO
merecem ser analisados e promovidos para que
novos projectos e experiências se possam gerar.
O papel do Farmacêutico dentro da Indústria
Farmacêutica na promoção destas iniciativas é
chave, derivado da presença do Farmacêutico em
áreas tão diversas da Pharma como Ensaios
Clínicos, Farmacovigilância, Regulamentar,
Formação, Market Research, Comunicação e
Marketing. Todas estas áreas têm potenciais
ganhos com uma maior presença da Pharma nos
Social Media e é hoje claro que o Digital não deve
ser uma área estanque das empresas, mas sim
parte integrante de uma estratégia holística de
participação junto do doente e do profissional de
saúde.
OS SOCIAL MEDIA E A PROFISSÃO
FARMACÊUTICA
Impacto dos Social
Media no Marketing
da Pharma
Uma participação activa, transparente e eficaz da
Pharma no Social Media vai potenciar os
resultados em Saúde, ao permitir entregar às
pessoas certas, a mensagem certa, no momento
certo - um conceito chave transversal à
participação no Social Media - e possibilitar o
aumento do conhecimento científico pela análise
de dados online.
André Santiago Silva
Bayer
Curriculum Vitae
Resumo comunicação
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
O Social Media é hoje uma realidade do dia a dia
da nossa Sociedade e mudou de forma radical a
forma como todos interagimos entre pares e
partilhamos conteúdos, sendo um elemento chave
da chamada Web2.0. Este impacto é potenciado
pela forte penetração do mobile e juntamente com
outras tecnologias de informação provocou fortes
alterações na área da Saúde, nivelando o tom da
interacção entre os doentes e os profissionais de
saúde e alterando o próprio papel destes
interlocutores para a Saúde e Bem Estar geral.
2009 – 2011 Católica-Lisbon School of Business &
Economics, Lisbon, Portugal. Graduate Programs:
Management and Leadership in Health (2011/2012)
& Advanced Marketing for Executives (2009)
A Indústria Farmacêutica é uma das áreas
fortemente impactadas por estas alterações e é
hoje inquestionável que a Pharma deve participar
neste “engagement” do Social Media com doentes
e profissionais de saúde. Adicionalmente a Pharma
pode ainda potenciar as análises de dados aos
conteúdos dos Social Media e dos diversos
conteúdos online para melhor conhecer os seus
interlocutores preferenciais, doentes e profissionais
de saúde e até mesmo avaliar outros resultados
clínicos.
Jul10 - Oct12 NOVARTIS. Lisbon, Portugal. Multiple
Sclerosis Brand Manager
Sep00 - Sep06 Pharmacy School, University of
Lisbon. MSc Pharmaceutical Sciences including
ERASMUS Program in the University of London
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Nov12 -…
BAYER Lisbon, Portugal.
XARELTO Marketing Manager - General Medicine
Oct06 -Jun10 BAYER (Schering merged in April07)
Lisbon, Portugal. Scientific Advisor, MEDICAL
Mar05 - Apr06 GALDERMA (Dermatology) Lisbon,
Portugal. Market Research & Sales Force
Effectiveness Trainee
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
2010 – 2011 Comunicações sobre Health 2.0 em
colaboração com a Universidade Católica
Portuguesa em Programas Pós Graduados da área
da Saúde
O modelo de sucesso para a participação da
Pharma no Social Media não é hoje ainda claro
havendo ainda um longo caminho a percorrer na
perspectiva regulamentar. Apesar de o investimento
nestas interacções ainda ser uma minoria do
esforço total Pharma para interagir com os seus
clientes, há cada vez mais casos de sucesso que
2009 – Comunicação e trabalho final do PAME/
UCP sobre: O Impacto da Web2.0 na Pharma
90
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
MARKETING FARMACÊUTICO
saúde é diferente dos outros sectores de negócio.
Diferenças essas que se traduzem em
oportunidades ainda por explorar.
OS SOCIAL MEDIA E A PROFISSÃO
FARMACÊUTICA
Dentro do ecossistema digital dispomos de vários
canais de comunicação que devem ser
seleccionados de acordo com o cliente final. Nem
todos os canais digitais devem ser utilizados em
todos os clientes, mas sim adaptados de acordo
com uma segmentação alinhada com os customer
insights.
Benefícios da
Comunicação
Colaborativa – Poupar
Tempo e Dinheiro,
Conectando Doentes,
Farmacêuticos, Médicos
e Indústria Farmacêutica
Qual o papel da farmácia como líder neste
processo de comunicação multilateral e de criar
esta conexão com os vários stakeholders da saúde
baseada na confiança e credibilidade.
Necessidade de elaboração de estratégias de
comunicação, usando os diferentes canais
disponíveis de forma a: estimular a comunicação
colaborativa, optimizando os recursos disponíveis
de forma a maximizar os recursos.
O marketing digital tem canais e métricas bem
definidas, sendo fáceis de mesurar.
Estes novos canais permitem aumentar o retorno
do investimento das estratégias de Marketing,
permitindo uma experiência mais rica, através do
multi-canal.
Curriculum Vitae
Paulo Duarte
Pfizer
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Resumo comunicação
Realizou um MBA Executivo na Faculdade de
Economia de Coimbra em 2012, focalizando o seu
estudo nas Farmácias Comunitárias: “Alterações
no sector do medicamento, qual o seu impacto na
saúde financeira das Farmácias Portuguesas?”.
Licenciado em Gestão de Empresas desde 2007
pelo ISLA.
Nos nossos dias, todos nós temos um papel de
comunicadores activos na sociedade, papel este
que é amplificado pela transformação profunda
proveniente da digitalização. Esta transformação
digital pode ser desenvolvida a título pessoal ou
profissional, tendo como objectivos principais: criar
relacionamentos e network com parceiros
potenciando a sua imagem junto do seu públicoalvo.
Continuou a sua formação realizando um Mestrado
em Gestão na Faculdade de Economia de Coimbra
em 2014. Durante este período avaliou: “Serviços
Farmacêuticos: um estudo sobre satisfação
global”.
Através do marketing digital é possível criar e
partilhar conteúdos que permitem transmitir
mensagens de forma simples e rápida. Estas novas
formas de comunicação criaram desafios e
oportunidades para as diferentes organizações que
geram valor para os vários stakeholders da saúde.
Durante 2014 aprofundou os seus conhecimentos
em Marketing Digital concluindo uma Pósgraduação no IPAM.
Durante a comunicação vamos abordar os
seguintes tópicos:
Nos Laboratórios Pfizer, nos últimos 20 anos, teve
oportunidade de desempenhar várias funções
desde liderança de equipas a gestão de projectos.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Iniciou na Industria Farmacêutica em 1995 como
Delegado de Informação Médica.
Área Digital em números, quais são os canais
digitais mais utilizados, que tipos de interacção são
proporcionados e de que forma os vários
intervenientes interagem com os conteúdos.
Actualmente desempenha funções de MultiChannel & eMarketing Lead para a Pfizer Portugal,
sendo responsável pelo desenho e implementação
de estratégias digitais.
Importa também avaliar de que forma o sector da
91
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Tendo sempre o objective de acrescentar valor
através da inovação e do pensamento criativo,
tendo sempre em mente acompanhar os
desenvolvimentos da área digital no sector da
saúde.
Nos últimos anos tem trabalhado a estratégia
digital, a comunicação digital e a optimização das
estratégias digitais com os canais tradicionais.
Tem uma experiencia profunda em canais como:
eMail marketing, newsletters, websites e portais,
mobile, social media, etc.
A sua especialidade é a estratégia multicanal, a
inovação, o social network, o mobile e a definição e
implementação da estratégia digital.
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
“Alterações no sector do medicamento, qual o seu
impacto na saúde financeira das Farmácias
Portuguesas” – Autor
“Serviços Farmacêuticos: um estudo sobre
satisfação global” – Autor
“Big-data na saúde” – Co-autor
OUTRAS ACTIVIDADES
Durante os meus tempos livres dedico-me a
diferentes actividades desportivas como o ciclismo,
atletismo e ténis.
Além dos hobbies desportivos desenvolvo também
as minhas competências artísticas, nomeadamente
a pintura, leitura, música e o cinema.
92
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
MARKETING FARMACÊUTICO
Digitais na Pós-Graduação em Marketing Digital no
IPAM, deu aulas de Planeamento e Avaliação de
Campanhas no ISCTE–IUL – INDEG Business
School no Mestrado Executivo de Marketing
Relacional e Comunicação. É também orador
habitual em Conferências nacionais e formações
sobre a temática de Marketing Relacional e Digital.
OS SOCIAL MEDIA E A PROFISSÃO
FARMACÊUTICA
Aumentar por Via Digital
o Patient Engagement
with Pharmacists (PEP)
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
2015 Instituto de Informática da Segurança Social.
Os 10 Mitos do Marketing Digital
2015 Nova IMSHARE. Moderador Painel: Social
Media and Digital Marketing
2015 Fórum do Consumo: O Consumo na Era
Digital. Mesa Redonda - O Século do
Ciberconsumidor
2015 Universidade Europeia: Digital Marketing
Executive Series. Boas Práticas em Email
Marketing
2015 Marinha: Seminário de Informação e Relações
Públicas. Redes Sociais
OUTRAS ACTIVIDADES
Co-founder da Koobby.com
André Novais de Paula
Instituto Português de Administração e
Marketing
Co-founder da FoxP2 Monitor
Co-founder do FutebolAmericano.eu
Vogal do Conselho Fiscal da APCE
Consultor
Resumo comunicação
Formador
Nesta apresentação serão focadas as ferramentas
e técnicas de Marketing Digital que podem ser
utilizadas pelas farmácias de modo a melhorar o
acompanhamento que fazem dos pacientes e ao
mesmo tempo melhorar o seu negócio.
Os temas a abordar serão: CRM, Site, Ecommerce,
Blog, Redes Sociais, Directórios, Estratégia de
Conteúdos e desenvolvimento profissional do
Farmacêutico
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciatura em Marketing e Publicidade
(especialização Marketing) no IADE
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Formado em Marketing e Publicidade pelo IADE
com a especialização em Marketing, é o
responsável de Estratégia Criativa na Directimedia.
Tem desenvolvido a sua actividade dentro do
Marketing Relacional com ênfase em campanhas
integradas de Cross-Media. Desde sempre sentiuse fascinado pela internet e pelos meios digitais
como veículo de comunicação, razão pela qual
decidiu desenvolver a sua carreira nesta área.
Actualmente é o responsável pelo módulo de Meios
93
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS,
BROMATOLÓGICAS,
HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS
como nas Corridas de Cavalos de grande
importância económica a nível mundial.
O farmacêutico dispõe de conhecimentos técnicos
e científicos de especial relevância na
compreensão dos fenómenos bioquímicos dos
compostos com ação farmacológica e natural
apetência para as áreas laboratoriais. A conjugação
destes saberes torna estes profissionais
especialmente adaptados às áreas de controlo
analítico cujo alvo envolva a pesquisa de
quantidades vestigiais de compostos
medicamentosos, ou dos seus produtos de
degradação, nos compartimentos biológicos.
Farmacêutico –
O Profissional Charneira
no Controlo de Doping
Humano e Animal
Por outro lado as indústrias farmacêuticas e de
biotecnologia têm vindo a reconhecer o interesse e
a necessidade de um compromisso mundial para
ajudar a mitigar o uso indevido de substâncias
dopantes. Vários acordos têm vindo a ser
concertados entre a indústria farmacêutica e as
autoridades mundiais antidopagem.
Estas são algumas razões que conferem ao
farmacêutico posição de grande relevância no
combate contra o flagelo da dopagem.
Jorge Barbosa
Instituto Nacional de Investigação
Agrária e Veterinária
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciado em Farmácia pela Faculdade de
Farmácia da Universidade de Lisboa;
Resumo comunicação
Doutorado em Bromatologia e Hidrologia pela
Faculdade de Farmácia da Universidade de
Coimbra.
A dopagem no desporto é definida como a
utilização de substâncias e procedimentos para
aumentar o rendimento físico e/ou mental do atleta.
É uma conduta antiética ao proporcionar uma
vantagem competitiva desleal em relação aos
outros atletas. Para além disso a dopagem põe em
risco a saúde do atleta constituindo um verdadeiro
flagelo no desporto.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Diretor técnico do Laboratório de Análises de
Dopagem e Bioquímica (1986-1995);
Diretor do Serviço de Toxicologia Forense do
Instituto de Medicina Legal de Lisboa (1995-2000);
O combate à dopagem desenvolve-se a vários
níveis de intervenção, sendo o controlo
antidopagem uma das faces mais visível. O
controlo é feito por meio de análises a líquidos
biológicos recolhidos do atleta imediatamente após
o fim de uma competição ou nos períodos de
treino. É frequente a realização de exames surpresa
aos atletas.
Investigador Convidado e Chefe do Departamento
de Higiene Pública do Laboratório Nacional de
Investigação Veterinária (2003-2008);
Coordenador da Unidade de Higiene Pública do
Instituto Nacional de Recursos Biológicos I.P.
(2008-2013);
Diretor da Unidade Estratégica de Investigação e
Serviços de Tecnologia e Segurança dos Alimentos
(2013).
As amostras são analisadas em laboratórios
acreditados pela Agencia Mundial Anti-Dopagem
(WADA) de acordo com rigorosos critérios de
qualidade baseados em duas normas
internacionais designadamente na ISO/IEC 17025 e
no “International Standard for Laboratories”.
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Jorge Barbosa, Simone Ferreira, Alberto Canelas
Pais, Maria Irene Noronha da Silveira e Fernando
Ramos, 2011. Nitrofurans in Poultry: use, control
and residues analysis. Nova Science Publishers,
Inc, Agriculture Research Updates, B.P.Hendricks,
vol. 1, cap. 1, 1-50;
No que respeita à dopagem nos animais, especial
relevo para o controlo dos cavalos, quer nas
competições promovidas pela Federação Equestre
Internacional (FEI), e nos Jogos Olímpicos, bem
Freitas, Andreia; Barbosa, Jorge; Ramos, Fernando,
94
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
2015. Multidetection of antibiotics in liver tissue by
Ultra-High-Pressure-Liquid-Chromatography
tandem Mass Spectrometry. J Chromatogr B, n.
976-977, p. 49-54;
Leston, S, Freitas, A, Nunes, M, Barbosa, J, Pardal,
MA, Ramos, F, 2015. Analysis of chloramphenicol
residues in the macroalgae Ulva lactuca through
ultra-high performance liquid chromatography
coupled to tandem mass spectrometry (UHPLCMS/MS). Marine Pollution Bulletin 91: 180-184;
Leite, Marta; Freitas, Andreia; Azul, Anabela Marisa;
Barbosa, Jorge; Costa, Saul; Ramos, Fernando,
2013. Development, optimization and application of
an analytical methodology by ultra-performance
liquid chromatography–tandem mass spectrometry
for determination of amanitins in urine and liver
samples. Anal Chim Acta, n. 799, p. 77-87;
Barbosa, Jorge; Freitas, Andreia; Mourão, José
Luis; Silveira, Maria Irene Noronha; Ramos,
Fernando. Determination of furaltadone and nifursol
residues in poultry eggs by liquid chromatographyelectrospray ionization tandem mass spectrometry.
J Agric Food Chem, v. 2, n. 60, p. 4227-4234, 2012.
OUTRAS ACTIVIDADES
Perito da United Nations Industrial Development
Organisation - Agri-Business Development Branch;
Membro da Comissão de Segurança Alimentar;
Membro do Conselho de Inovação do INIAV.
95
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS,
BROMATOLÓGICAS, HIDROLÓGICAS
E AMBIENTAIS
para se identificar e responder de uma forma
atempada e eficaz para os riscos decorrentes das
NPS. Na presente comunicação serão analisados
estudos de investigação realizados sobre as NPS,
com o objectivo de aumentar a sensibilização para
os riscos apresentados por estas substâncias,
levando à activação rápida dos sistemas de alerta
e de controlo de riscos, e dando o devido suporte
aos responsáveis pelas tomadas de decisão e
legisladores, com a finalidade de proteger a saúde
pública de forma mais oportuna e eficaz.
Investigação e
Legislação sobre as
Novas Substâncias
Psicoactivas em Portugal
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Licenciou-se em Ciências Farmacêuticas em 1990
na Faculdade de Farmácia da Universidade do
Porto (FFUP);
Obteve o grau de Doutorado em Toxicologia em
1998 na FFUP.
Obteve o grau de Agregado em Ciências Químicas
e Físico-Químicas em 2003, na FFUP.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Félix Carvalho
Faculdade de Farmácia da Universidade do
Porto
Professor Catedrático do Laboratório de
Toxicologia da Faculdade de Farmácia da
Universidade do Porto.
Resumo comunicação
Ricardo Jorge Dinis-Oliveira, Carla Sousa,
Fernando Remião, José Alberto Duarte, Amparo
Sánchez Navarro, Maria de Lourdes Bastos, Félix
Carvalho (2007) Full survival of paraquat-exposed
rats after treatment with sodium salicylate. Free
Radical Biology and Medicine 42:1017–1028.
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
O uso recreativo de substâncias psicoativas é um
fenómeno mundial que acompanha a humanidade
desde o começo dos tempos. Tradicionalmente, a
quantidade de diferentes substâncias psicoactivas
utilizadas era relativamente baixo, embora
abrangendo todo o tipo de possíveis efeitos
psicofarmacológicos. No entanto, nos últimos
anos, o status quo mundial no que concerne ao
abuso de drogas mudou drasticamente. Além das
drogas ilícitas bem conhecidas, tais como o haxixe
e outros derivados da cannabis sativa, a cocaína,
anfetaminas, opiáceos ou as triptaminas, um
grande número de novas substâncias psicoativas
(NSP) tem aparecido em todo o mundo a um ritmo
alarmante. De uma forma geral, mais de 450 NPS
foram já detectadas na Europa pelo Observatório
Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT
- www.emcdda.europa.eu/). A velocidade, sem
precedentes, com que as NSP podem aparecer e
ser distribuídas em todo o mundo torna difícil ou
mesmo impossível avaliar em tempo útil os perigos
para a saúde pública e os riscos sociais
decorrentes do seu consumo e, portanto, uma boa
compreensão dos potenciais danos dessas
substâncias está ainda por avaliar. A complexidade
deste fenómeno contemporâneo exige uma
abordagem rápida, coordenada e multidisciplinar
Ema Alves, Teresa Summavielle, Cecília Juliana
Alves, Joana Gomes-da-Silva, José Custódio
Barata, Eduarda Fernandes, Maria de Lourdes
Bastos, Maria Amélia Tavares, Félix Carvalho (2007)
Monoamine oxidase-B mediates ecstasy-induced
neurotoxic effects to adolescent rat brain
mitochondria. Journal of Neuroscience
27(38):10203–10210.
Ana Oliveira, Dora Pinho, António Albino-Teixeira,
Rui Medeiros, Ricardo Jorge Dinis-Oliveira, Félix
Carvalho (2014) Morphine glucuronidation
increases its analgesic effect in guinea-pigs. Life
Sciences, 109(2):104-110.
Daniel José Barbosa, Romàn Serrat, Serena Mirra,
Martí Quevedo, Elena Goméz de Barreda, Jesús
Àvila, Luísa Maria Ferreira, Paula Sério Branco,
Eduarda Fernandes, Maria de Lourdes Bastos, João
Paulo Capela, Eduardo Soriano, and Félix Carvalho
(2014) The mixture of “ecstasy” and its metabolites
impairs mitochondrial fusion/fission equilibrium and
trafficking in hippocampal neurons, at in vivo relevant
concentrations. Toxicological Sciences, 139 (2):407-
96
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
420.
mecanismos de toxicidade de xenobióticos e
desenvolvimento de antídotos.
Daniel José Barbosa, Romàn Serrat, Serena Mirra,
Martí Quevedo, Elena Gómez de Barreda, Jesús
Àvila, Eduarda Fernandes, Maria de Lourdes Bastos,
João Paulo Capela, Félix Carvalho, and Eduardo
Soriano (2014) MDMA impairs mitochondrial neuronal
trafficking in a Tau- and Mitofusin2/Drp1-dependent
manner. Archives of Toxicology, 88(8):1561-1572.
Durante os últimos 24 anos, Félix Carvalho foi
co-autor de cerca de 245 artigos científicos e
capítulos de livros e possui um índice h de 37.
PRÉMIOS
Artigo sobre os efeitos do consumo de ecstasy no
tráfego mitocondrial em neurórios foi distinguido com
uma menção honrosa pela Sociedade Americana de
Toxicologia (Society of Toxicology – SOT) no
congresso anual realizado em San Diego, de 22 a 26
de Março de 2015. O estudo prova, pela primeira
vez, que o consumo de ecstasy e os seus
metabólitos modulam a dinâmica mitocondrial,
nomeadamente o tráfego e os processos de fusão e
fissão, em neurónios. Em termos práticos, o efeito
diminui drasticamente a capacidade de os neurónios
obterem a energia essencial para o seu bom
funcionamento. Também pela primeira vez, este
fenómeno foi filmado em tempo real e os vídeos
sustentam o artigo premiado:
Daniel José Barbosa, Romàn Serrat, Serena Mirra,
Martí Quevedo, Elena Goméz de Barreda, Jesús
Àvila, Luísa Maria Ferreira, Paula Sério Branco,
Eduarda Fernandes, Maria de Lourdes Bastos, João
Paulo Capela, Eduardo Soriano, and Félix Carvalho
(2014) The mixture of “ecstasy” and its metabolites
impairs mitochondrial fusion/fission equilibrium and
trafficking in hippocampal neurons, at in vivo relevant
concentrations. Toxicological Sciences, 139 (2):407420.
Foi homenageado, em 25 de Abril de 2011, com a
Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Santo
Tirso como reconhecimento da autarquia pelas
acções de formação que tem realizado nas Escolas
Secundárias do Concelho de Santo Tirso sobre
drogas de abuso (ecstasy e outros derivados das
anfetaminas), drogas predadoras (drogas utilizadas
nas violações) e agentes dopantes utilizados no
desporto, bem como pelo seu destaque como
Tirsense, nas actividades ligadas à ciência, à
investigação e ao ensino, a nível nacional e
internacional.
OUTRAS ACTIVIDADES
É Secretário-Geral da EUROTOX (Associação dos
Toxicologistas Europeus e das Sociedades Europeias
de Toxicologia)
Pertence ao corpo editorial de várias revistas
científicas internacionais e a comissões de avaliação
de agências de medicamentos a nível nacional e
internacional.
A sua principal área de investigação é a Toxicologia,
com um interesse especial na avaliação dos
97
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS,
BROMATOLÓGICAS, HIDROLÓGICAS
E AMBIENTAIS
um modelo geohidrológico conceptual consistente.
A utilização de técnicas de espectrometria de
massa tem vindo a ser muito importante na
identificação das origens das águas termais, e da
recarga dos sistemas; também são usadas na
determinação das altitudes de recarga das águas
termais bem como na estimativa da idade das
mesmas. Será apresentada a classificação das
águas termais em função de vários parâmetros,
nomeadamente: temperatura e mineralização.
Considerações sobre o ordenamento regional e
ambiental, ligação ao turismo e ao desenvolvimento
local e regional, estarão também presentes. Serão
indicados os efeitos terapêuticos em função da sua
composição química. Entre as doenças que têm
vindo a ser tratadas com a administração de águas
minerais naturais, podemos considerar as
seguintes: do metabolismo (obesidade, diabetes,
reumatismo e gota); do aparelho digestivo
(obstipação e diarreia crónicas); do fígado
(hiperémia, cirrose); do aparelho urinário (pedra do
rim); do sistema circulatório (hipertensão,
taquicardia, anemia); do sistema respiratório
(rinofaringite, faringite, laringite, enfisema e rinite).
Não será esquecido o uso de peloides: terapêutica
e cosméticamente activos. Em termos legislativos,
irá apenas ser considerado o despacho nº
4859/2015, recentemento publicado no D.R., e
listados os parâmetros que fazem parte das
análises físico-químicas resumidas e das físicoquímicas completas, e elencadas algumas
dificuldades analíticas que advêm dos limites de
quantificação exigidos.
Ciências Farmacêuticas
e Águas Termais – Uma
Relação a Incrementar
Maria de Fátima Alpendurada
Instituto da Água da Região Norte
Resumo comunicação
Remontam à Antiguidade Clássica os Banhos de
Scotussa e os de Epidauro, célebres pelas
multidões que atraíam e pelas curas verificadas.
Durante muitos séculos, em Roma, a terapêutica
era exclusivamente baseada na utilização da água.
Em Portugal, as termas Cassianas foram
construídas em Lisboa, no ano 49 a.C. Em Vizela a
construção de termas remonta a 90 a.C., pelo
Imperador Romano Tito Flávio. Os árabes
mantiveram no nosso País os balneários e as
terapias pela água. Assim, Portugal herdou das
civilizações grega, romana e árabe o uso da
termas, “os banhos públicos”, onde para além da
saúde se cuidava dos prazeres do corpo, do
espírito, e, conjuntamente, dos negócios. Ao longo
dos tempos, as termas foram sempre um centro de
sociabilidade humana, de relações interpessoais e
de bom convívio entre as pessoas, mesmo de
gerações diferentes. Nesta apresentação será feita
uma abordagem da génese das águas termais
considerando o seu percurso nas formações
geológicas, onde devido às interacções rochaágua, a temperaturas elevadas, vão adquirindo as
suas características físico-químicas e do aquífero
onde residem, transformando-se em geo-recursos
hidrotermais. Na avaliação dos mesmos, a
hidrologia isotópica apresenta-se como uma
ferramenta geohidrológica muito importante para
conjuntamente com outras disciplinas (geoquímica,
geologia e geofísica) possibilitar a elaboração de
Bibliografia consultada: Águas Minerais Naturais e
de Nascente da Região Centro, com autoria e
coordenação do Prof. Doutor José António Simões
Cortez
José Manuel Marques
Frederico Teixeira
Luis Aires-Barros
Celso S. F. Gomes e João B. P. Silva
Joaquim Guedes
Curriculum Vitae
ACADEMIC DEGREES
1968 Graduation Degree obtained in the Faculty of
Pharmacy of University of Porto;
1970: Eventual Assistant of the Pharmacy Faculty;
1972 Professor Assistant in the Group of Chemistry
and Physicl-Chemistry;
1989 PhD in Pharmacy;
1990 Auxiliary Professor;
1994 Definitive Professor;
98
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
1997 Associate Professor.
Combining Biological Nitrification-Denitrification/
Solar Photo-Fenton/Biological Processes, at a
Scale Close to Industrial - Biodegradability
Enhancement and Evolution Profile of Trace
Pollutants, Water Research 47 (2013) 6167 e 6186;
PROFESSIONAL EXPERIENCE
1976-2010 Director of Hydrology Laboratory FFUP;
1976- 1990 Member of the Technical Commission
of Normalization of the Ministry of Environment;
Bozo Zonja, Carlos Gonçalves, Sandra Pérez, Mira
Petrovic, Maria Fátima Alpendurada, Damiá
Barceló, “Evaluation of the phototransformation of
the antiviral zanamivir using HILIC-QToF-MS and
HILICLTQ-Orbitrap-MS” Journal of Hazardous
Materials 265 (2014) 296–304;
1978-2010 Coordinator Professor of Hydrology
discipline, FFUP;
1986-1990 Invited Professor of the Higher Institute
of Health Sciences;
1991-2015 President of the Direction of IAREN;
Carlos Gonçalves and Maria de Fátima
Alpendurada “Occurrence of Transformation
Products of Emerging Contaminants in water
resources of Europe”, Book chapter
“Transformation Products of Emerging
Contaminants in the Environment: Analysis,
Processes, Occurrence, Effects and Risks”, which
will be published by John Wiley & Sons Inc. in
February of 2014.
1991-2015 Laboratory Technical Director of IAREN;
1994-1997 Invited Professor of the Doctoral
Program. Ciencias del Medio Ambiente y
Alimentos, University Vigo;
1997- 2007 Coordinator Professor of Hydrology
discipline of Degree in Pharmacy, ISCTEM;
1998-2002 Invited Professor of the Doctoral
Program in Ciencias del Ambiente, University La
Coruña
PRIZES
2003-2006 IAREN Accreditation Coordinator by the
IPAC for 165 parameters in environment;
University Awards: Prize Nuno Salgueiro and Prize
Rotary Club do Porto.
2004-2006 General Secretary of the ENEAP:The
European and Mediterranean Association for
Environmental Education, Assessment and
Protection;
OTHERS ACTIVITIES
Coordination and participation in 16 Research
Projects;
Supervisor of 10 PhD and 29 Seminars and Master
Thesis;
2006-2009 Coordinator Professor of Quality Control
and Accreditation of Laboratories; Certification and
Accreditation of Laboratories and Techniques and
Project Discipline, FFUP;
Training Guidance of 226 students from National
and International Institutions;
Supervision of 17 post-graduation and 18
Pharmaceutical Sciences Degree students from
National and International Institutions;
2010-2015 Member of Steering Committee of
Norman Association.
PUBLICATIONS
Participation in 17 Academic examination Juris;
M.A. Sousa, C. Gonçalves, João H.O.S. Pereira,
Vítor J.P. Vilar, Rui A.R. Boaventura and M.F.
Alpendurada. “Photolytic and TiO2-Assisted
Photocatalytic Oxidation of the Anxiolytic Drug
Lorazepam (Lorenin® pills) under Artificial UV Light
and Natural Sunlight: A Comparative and
Comprehensive Study”. Solar Energy 87 (2013)
219-228;
Member of 24 Scientific Committees in National
and International Conferences;
Referee in 18 International Scientific Journals;
Direction and Organization of 11 Training Courses;
Chairman of 2 International Conferences.
Maria Augusta D. Sousa, Ondřej Lacina, Petra
Hrádková, Jana Pulkrabová, Vitor Jorge P. Vilar,
Carlos Manuel O. Gonçalves, Rui Alfredo R.
Boaventura, Jana Hajšlová, Maria de Fátima P.S.M.
Alpendurada, “Lorazepam Photofate under
Photolysis and TiO2-assisted Photocatalysis:
Identification and Evolution Profiles of By-products
formed during Phototreatment of a WWTP Effluent”,
Water Research 47 (2013) 5584-5593;
Tânia F.C.V. Silva, Elisabete Silva, Ana C. CunhaQueda, Amélia Fonseca, Isabel Saraiva, M.A.
Sousa, C. Gonçalves, M.F. Alpendurada, Rui A.R.
Boaventura, Vítor J.P. Vilar “Multistage Treatment
System for Raw Leachate from Sanitary Landfill
99
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS,
BROMATOLÓGICAS,
HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS
forma positiva.
No âmbito desta comunicação serão abordados
vários exemplos de embalagens ativas,
nomeadamente com propriedades antioxidantes,
bem como as principais tendências futuras nesta
área.
Farmacêutico,
Embalagens
Activas e Alimentos
Agradecimentos: O presente trabalho insere-se no
projeto “SafePack- Avaliação da segurança
alimentar de embalagens ativas com propriedades
antioxidantes” (2012DAN 727), financiado pelo
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Ana Sanches Silva graduated in Pharmaceutical
Sciences by the Faculty of Pharmacy of the
University of Coimbra, in April 2001 and in January
2005 received her European Ph.D. in Pharmacy
from the University of Santiago de Compostela.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Ana Sanches Silva carried out a one year post-doc
at the department of Analytical Chemistry, Nutrition
and Food Science of the Pharmacy Faculty of the
University of Santiago de Compostela after she
obtained the Ph.D. from the same university. In July
2006, she initiates a FCT post-doc at USC and in
July 2007 she joins the Department of Food and
Nutrition of the National Institute of Health Dr.
Ricardo Jorge (INSA, I.P.) with the same grant.
From May 2008 to April 2013 she has been
researcher at INSA under the frame of FCT
Programme Science 2007. From July 2013 she is
an invited researcher at INSA.
Ana Sanches Silva
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
Resumo comunicação
As embalagens alimentares devem constituir uma
proteção eficaz em relação ao ambiente que
envolve o alimento. Nenhum dos materiais que se
utilizam no fabrico de embalagens são
completamente inertes, podendo transferir
substâncias para o alimento em maior ou menor
quantidade. Este fenómeno designa-se por
migração. O plástico, papel e o cartão são os que
apresentam maiores riscos, devendo por isso ser
sujeitos a rigorosos testes de migração.
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
A. Sanches Silva; R. Sendón García; I. Cooper; R.
Franz & P. Paseiro Losada. Compilation of analytical
methods and guidelines for the determination of
selected model migrants from plastic packaging.
Trends in Food Science and Technology 17,
535-546, 2006.
Hoje em dia, para além das questões relacionadas
com a garantia da segurança alimentar, pretendese também alimentos com melhor qualidade e com
menos aditivos. Assim, são exigidas cada vez mais
funções às embalagens alimentares. Por exemplo,
pretende-se que mantenham a qualidade inicial do
alimento durante mais tempo e nos possam indicar
o estado de conservação do produto. Estas novas
funções convertem a embalagem num elemento
ativo e inteligente.
A. Sanches-Silva; S. Pastorelli; J. M. Cruz; C.
Simoneau; I. Castanheira & P. Paseiro-Losada.
Development of a method to study the migration of
six photoinitiators into powdered milk. Journal of
Agricultural and Food Chemistry (2008), 56(8)
2722-6.
Uma embalagem ativa é aquela que interage com o
alimento, absorvendo ou emitindo algum composto
do/para o alimento ou da/para a atmosfera interna
da embalagem, enquanto uma embalagem
inteligente é aquela que monitoriza o estado do
alimento. Por exemplo, uma embalagem ativa pode
libertar antioxidantes que evitam a oxidação dos
alimentos, ou seja, utiliza o mesmo processo de
migração que se referiu anteriormente mas de
A. Sanches Silva, D. Costa, T. G. Albuquerque, G.
G. Buonocore, F. Ramos, M. C. Castilho, A. V.
Machado & H. S. Costa. Trends in the use of natural
antioxidants in active food packaging: a review.
Food Additives & Contaminants: Part A, 2014
(2014) 31:3, 374-395.
A. Patras; Y. V. Yuan; H. S. Costa; A. Sanches-Silva.
Antioxidant activity of phytochemicals. In: N.
100
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Brunton, B.K Tiwari, C. Brennan (eds). Handbook of
Phytochemicals: sources, stability and extraction
(Wiley), 2013, ISBN: 978144433810.
D. Carvalho Costa, H. S Costa, T. G Albuquerque,
F. Ramos, M. C. Castilho; A. Sanches-Silva.
Advances in phenolic compounds analysis of
aromatic plants and their potential applications.
Trends in Food Science and Technology (2015),
45(2):336-354.
PRÉMIOS
Extraordinary Award for the best Ph.D. of the
University of Santiago de Compostela University of
Santiago de Compostela Santiago de Compostela,
June 2006
Award of the Galician Institute of Consume for the
best Ph.D. dissertions Galician Institute of
Consume Santiago de Compostela, December
2006
Award for the best Poster of the AOAC Europe
Section International Workshop “Enforcement of
European Legislation on Food and Water: Analytical
and Toxicological Aspects”AOAC ConferenceEurope Section: “Study of the migration of
photoinitiators used in printed food packaging
materials into food simulants” Lisbon, April, 2008
Award for the best Poster of the 4th Shelf Life
International Meeting, SLIM2010: “Evaluation of
α-tocopherol stability during the processing of
active packaging films” Zaragoza (Spain), June,
2010
Award for the best student oral communication of
the VII Norwest Conference and III National Meeting
in Food Science and Biotechnology: “Fatty acid
profile of the oil extracted by fermentation from the
shrimp waste” Hermosillo (Mexico), November,
2010
“Nutrition Awards 2012”. Category: Research and
development. Project title: “Preparation of active
packaging with antioxidant and antimicrobial
capacity based on astaxanthin and chitosan”
(PEACAABAQ). Ana Sanches Silva was the
responsible for the project in Portugal. Lisbon,
October, 2012.
OUTRAS ACTIVIDADES
Ana Sanches-Silva has more than 80 scientific
publications, from these, 56 in peer-review journals
and 6 book chapters. Moreover she has around 170
publications in conference proceedings as oral
communications and posters.
101
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS,
BROMATOLÓGICAS,
HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS
campo destes compostos, conduziu também a
uma grande preocupação associados aos riscos
potenciais resultantes da descarga constante e
persistência nos ecosistemas naturais. Uma vez
ingeridos, as moléculas dos compostos
farmacêuticos sofrem no corpo humano um
conjunto de reacções bioquímicas sendo
posterormente excretados como uma mistura de
compostos iniciais e seus metablitos. Após a
chegada aos esgotos urbanos e posterior inclusão
nas estações de tratamento de águas residuais
podem sofrer ainda modificações estruturais
devido a processos de biodegradação ou outros
como sejam a hidrólise e a fotólise.
Novas Ferramentas
Analíticas no Controlo
da Qualidade Ambiental
para Resíduos
Farmacêuticos e
Produtos de Higiene
Pessoal
O estudo dos compostos alvos deste trabalho,
obriga ao desenvolvimento e validação de
metodologias analíticas, constituidas por uma
sucessão de vários passos, sendo os mais críticos
a preparação da amostra e as condições de
detecção e de quantificação.
A etapa que consome mais tempo e introduz mais
erros é sem dúvida a da preparação da amostra,
como a seguir se analisará. Muita da investigação
feita obriga a executar análises com grande
sensibilidade, especialmento na área dos
compostos orgânicos em amostras complexas.
Deste modo, um grande enfâse é colocado na
etapa de preparação de amostras (PA) para
posterior análise em cromatografia líquida, que
actualmente é o método de análise mais usado
para compostos não voláteis ou semi-voláteis, que
correspondem a um total de 75% de compostos
alvo na rotina e na investigação científica,
destacando-se a sua importância na separação e
enriquecimento dos compostos alvos nas amostras
complexas em estudo antes do inicio da análise
cromatográfica. As técnicas de PA são
defiitivamente consideradas como as mais
demoradas, dificeis de executar em todo o
processo analítico global, que usualmente inclui a
colheita e preparação da amostra, deteção e
processamento ds dados. Estatisticamente,
corresponde a uma ocupação de tempo do analista
de cerca de 2/3 relativamente ao procedimento
analítico global. Por outro lado o erro associado é
superior a 1/3 de todo o procedimento analitico.
Então, o analista terá que ultrapassar todas estas
dificuldades para simplificar a acelerar o processo
produtivo analítico, reduzindo ainda os erros
introduzidos nesta etapa. Para além do
desenvolvimento de metodps de PA eficientes e
precisos, há uma outra maneira de melhorar a
eficiência e precisão da análise que consiste no
uso de técnicas on-line acopladas aos
equipamentos de análise. As principais vantagens
das técnicas de preparação “on-line” face às
“off-line”, são como a seguir se indica: melhoria da
sensibilidade reduzindo a perda de amostra;
Maria de Fátima Alpendurada
Instituto da Água da Região Norte
Resumo comunicação
Os residuos farmacêuticos (RF) e os produtos de
higiene pessoal (PHP), são agentes poluentes ainda
não incluidos nos programas de monitorização a
nível Europeu e que poderão ser candidatos a uma
futura legislação, dependendo dos resultados da
investigação da sua ecotoxicidade, potenciais
efeitos na saúde, percepção pública e dos
resultados de monitorização tendo em conta a
ocorrência nos vários compartimentos ambientais.
Na verdade, nos últimos anos o uso amplamente
generalizado dos produtos de higiene pessoal, tem
vindo a suscitar uma crescente preocupação social
relativamente aos efeitos secundários que certos
compostos podem causar na saúde humana. É o
caso do uso diário de sabonetes, geles de banho,
cremes hidratantes, protectores solares, pastas de
dentes, entre outros, que tem importância na
manutenção da higiene diária.
Por outro lado, o aumento da detecção de
farmacêuticos em amostras ambientais devido
devido à inovação e desenvolvimento técnico
verificado nos equipamentos analíticos disponiveis,
bem como o incremento da monitorização no
102
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
diminuição do tempo de PA e de trabalhho;
redução da contaminação e degradação dos
analitos da amostra dado qu todo o processo se
desenvolve num sistema fechado. Melhora a
reprodutividade operacional e posterior enfoque na
precisão e exactidão devido a menos erros
humanos. O desenvolvimento de técnicas on-line
de preparação de amostras acopladas a
cromatógrafos líquidos tem-se mostrado muito
promissor no sentido de se alcançar estes
objectivos. Podem ser consideradas várias
técnicas de preparação on-line, nomeadamente a
extração em fase sólida, extração assistida em
microondas, extração assistida em ultrasons, e
com fluidos supercríticos. Evidentemente que
todos estes processos exigem o desenvolvimenti
de interfaces, tais como o caso de injectores
on-line, amostradores automáticos incluindo o
transporte das líquotas das amostras, câmara de
desorção e válvula para desligar a coluna
cromatográfica. A maioria dos residuos
farmacêuticos e produtos de higiene pessoal
identificados nas amostras mbientais por
cromatografia-líquida- espectrometria de massa
(LC-MS) Mais especificamente, a chegada ao
mercado das técnicas de tempo de voo (TOF) a
amostras ambientais começaram há poucos anos.
A gama de aplicações para a análise de rotina
variam entre os métodos que apenas analisam um
pequeno número de compostos alvo até métodos
mais extensos que incluem uma grande variedade
de compostos, incluindo compostos
desconhecidos. Devido à grande complexidade de
algumas amostras ambientais, como é o caso, de
águas residuais, lamas e solos, precisamos de
técnicas de elevada resolução com informação
estrutural adicional nos fragmentos dos iões. Estas
técnicas ermitem um elevado grau de confiança na
identificação dos compostos alvo e ajudam à
elucidação estrutural de produtos de
transformação desconhecidos, usualmente
presentes no meio ambiente. A possibilidade da
criação de uma base de dados de massas universal
rigorosa com análises TOF para conjuntos de
compostos, permitiu alargar a gama de aplicações
bem como passar da identificação dos compostos
alvo conhecidos para os desconhecidos A
espectometria de massa tandem (LC-MS-MS) é a
mais usada e popular para a análise de RFs e
PHPs, usando quer células de colisão quer
sistemas “trap” para obtenção de informação dos
fragmentos das moléculas em estudo. Gerealmente
dirige-se mais ao estudo de um grupo de
compostos, variando de alguns analitos até aos
métodos multiresíduo (mais de 100 compostos).
Contudo a sensibilidade constitui um poblema no
último caso. Na LC-MS-MS as técnicas de
detecção preferidas são as lineares e o triplo
quadrupolo. No caso dos métodos serem multiresiduo, é aconselhável considerar duas transições
para uma maior segurança na qualidade dos
resultados. De facto, é entendimento dos diferentes
autores que a confirmação das identificações
positivas em amostras reais requer uma segunda
transição MRM adicional e avaliação das relações
das duas transições monitorizadas, comparando
com um material de referência. Uma das principais
razões porque o TOF se tornou popular nos últimos
anos, foi devido ao facto que as medições precisas
das massas são espeificas e universais para
qualquer tipo de analito, e não depende do tipo,
marca ou instrumentação específica usada. A
análise de espectrometria de massa em TOF
aumenta o poder de resolução no eixo m/z do sinal
em comparação com os triplo-quadrupolos. Além
disso, esta capacidade facilita a medição de
massas precisas em matrizes complexas. Em
conclusão, dependendo do equipamento com
detecção de espectrometria de massa (MS), a
identificaçºao de compostos desconhecidos,
assenta em duas estratégias: medição por MS da
massa molecular exacta, através da aceleração
ortogonal nos instrumentos de tempo de voo, ou a
elucidação estrutural na base do direccionamento
da fragmentação obtida acoplando analisadores de
massa em série triplo quadrupolo (QqQ) ou pelo
sistema “ion-trap”.
Curriculum Vitae
PÁG. XX
103
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
Plataformas Integrativas
de Investigação e
Cuidados de Saúde –
Oportunidades para as
Ciências Farmacêuticas
Rogério Gaspar
Sociedade Portuguesa de Ciências
Farmacêuticas
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
104
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
catabolismo proteico. Estes resultados
demonstram a possibilidade de geração de fígados
humanos por bioengenharia utilizando scaffolds de
fígados acelulares e células estaminais humanas.
Esta tecnologia tem assim o potencial de criar
órgãos por bioengenharia, que podem ser
importantes no estudo da biologia de células
estaminais e biologia do desenvolvimento,
descoberta de novos farmacos e toxicologia,
fisiologia e, finalmente, o transplante e tratamento
de doenças em fase terminal que necessitem de
transplante.
Bioengenharia de Órgãos
– Novas Fronteiras para
a Medicina Regenerativa
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
1996 – 2001: Pharmaceutical Sciences Degree with
Honors from the School of Pharmacy of the
University of Lisbon, Lisbon, Portugal.
2002 – 2008: 3rd Gulbenkian PhD Program in
Biomedicine, Gulbenkian Science Institute, Oeiras,
Portugal.
Pedro Baptista
Aragon Health Sciences Institute, Espanha
June 2008: PhD with Summa cum Laude in
Pharmaceutical Biotechnology and Biomedicine
from the University of Lisbon, Lisbon, Portugal.
(Dissertation title: Liver Regeneration and Tissue
Engineering; research performed at the Wake
Forest Institute for Regenerative Medicine,
Winston-Salem, NC, USA).
Resumo comunicação
O transplante de órgãos é actualmente a única
terapia comprovada capaz de prolongar a
sobrevivência em varias doenças em fase terminal.
Além disso, é o único tratamento para a maioria
das falências de órgãos agudas e para alguns tipos
de doenças genéticos do metabolismo. No entanto,
a lista de espera para transplantes de órgãos é
longa e muitos pacientes não sobrevivem o tempo
suficiente para receber um órgão devido à elevada
escassez de doadores ou falta de elegibilidade.
Esta escassez de doadores angustiante é comum á
maioria dos órgãos sólidos, como o fígado,
pulmão, coração e rins.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Jul. 2001-Aug. 2002: Junior CRA (Clinical Research
Associate)
In Oncology and Intensive Care in the Medical
Department of the Portuguese Office of Eli Lilly &
Co, Oeiras, Portugal.
Oct. 2008 - Sep. 2013: Postdoctoral Fellow at the
Wake Forest Institute for Regenerative Medicine
Em função desta situação grave na transplantação
de órgãos, o nosso laboratório desenvolveu
recentemente um método para gerar scaffolds
hepáticos a partir de fígados inteiros de animais,
utilizando a descelularização de órgãos por
perfusão, que preserva a rede vascular do órgão.
Este mesmo método, também é capaz de
descelularizar outros órgãos sólidos como o rim,
pulmão, intestino, pâncreas, coração. Os nossos
estudos posteriores mostraram a possibilidade de
re-celularizar eficientemente os scaffolds do fígado
por perfusão com células estaminais do fígado fetal
humano e células endoteliais num biorreactor de
perfusão. O resultado foi um fígado humano feito
por bioengenharia.
Under the supervision of Anthony Atala, MD and
Shay Soker, PhD
Estes fígados humanos tem alguns dos marcadores
hepáticas típicos, ductos biliares e algumas
funções hepáticas vitais, tais como o metabolismo
de fármacos, síntese/secreção de proteínas e
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Since Oct. 2013 : Group Leader at Aragon Health
Sciences Institute and founder of the Regenerative
Medicine and Organ Bioengineering Laboratory at
Aragon Biomedical Research Centre in Zaragoza,
Spain.
Since Oct. 2014: Invited Professor
Pharmaceutical Sciences Degree of the Universidad
de San Jorge, Zaragoza, Spain.
Since Jan. 2015: Adjunct Assistant Professor
Aerospace and Biomedical Engineering Department
of the Universidad Carlos III de Madrid responsible
for the class “Cell Culture for Tissue Engineering”
Pedro M. Baptista, Mohummad M. Siddiqui,
Genevieve Lozier, Sergio R. Reynoso, Anthony
Atala, Shay Soker. The Use of Whole Organ
105
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Decellularization for the Bioengineering of a Human
Vascularized Liver Organoid. Hepatology, 2011
Feb;53(2):604-17
September 2007 Best Poster Award at the Spetses
Summer School 2007 in Molecular Mechanisms of
Regeneration
Giuseppe Orlando, Pedro Baptista, Martin Birchall,
Paolo De Coppi, Alan Farney, Nadia K GuimaraesSouza, Emmanuel Opara, Jeffrey Rogers, Dror
Seliktar, Keren Shapira-Schweitzer, Robert J
Stratta, Anthony Atala, Kathryn J Wood and Shay
Soker. Regenerative medicine as applied to solid
organ transplantation: current status and future
challenges. Transpl Int. 2011 Mar;24(3):223-32. doi:
10.1111/j.1432-2277.2010.01182.x. Epub 2010 Nov
10.
November 2006 Gold Medal Award in Basic
Science, Division of Surgical Sciences, Wake Forest
University School of Medicine. Award given for the
project entitled “A Novel Whole Organ Bioscaffold
for Tissue Engineering and Regenerative Medicine
Applications” on the Fourteenth Annual Residents
and Fellows Research Day
OUTRAS ACTIVIDADES
May 2015 Lecturer at the science communication
event in bars for non-scientists “Pint of Science”.
Moran E, Dhal A, Vyas D, Lanas A, Soker S.
Baptista PM. Whole-organ bioengineering: current
tales of modern alchemy. Transl Res. 2014 Jan 11.
pii: S1931-5244(14)00005-X. doi: 10.1016/j.
trsl.2014.01.004.
2012 Associate Editor of the scientific journal
“Organogenesis”.
2005 Volunteer pharmacist at the Community
Pharmacy of the non-profit social support
organization “Crisis Control Ministries”, WinstonSalem, NC, USA.
Pedro M. Baptista, Emma Moran, Dipen Vyas,
Maria Henriques Ribeiro, Anthony Atala, Jessica
Sparks and Shay Soker. Fluid Flow Regulation of
Revascularization and Cellular Organization in a
Bioengineered Liver Platform. Tissue Engineering
Part C, Accepted
Patent
Pedro M. Baptista, Shay Soker, Graça AlmeidaPorada. Bioengineered Liver Constructs and
Methods Relating Thereto. PCT/US2014/016331,
filed 13 February 2014, published 21 August 2014.
PRÉMIOS
May 2011 Winner of the “Premio Almofariz – Figura
do Ano 2011”, given by the healthcare/pharmacy
magazine “Farmácia Distribuição”, Portugal.
January 2011 Named one of the “20 most
important people to follow in 2011” by the news
magazine Visão, Portugal.
October 2010 Presidential Nomination for Most
Relevant Abstract titled “The Use of Whole Organ
Decellularization for the Bioengineering of a Human
Vascularized Liver“,61st Meeting of the American
Association for the Study of Liver Disease in
Boston, MA, USA.
November 2009 1st Prize for poster entitled
“Bioengineering of a Human Liver Using a
Decellularized Whole Liver Bioscaffold,“ North
Carolina Tissue Engineering and Regenerative
Medicine Conference, Salem College, WinstonSalem, NC, USA.
November 2008 Gold Medal Award in Basic
Science, Division of Surgical Sciences, Wake Forest
University School of Medicine. Award given for the
project entitled “Generation of a Bioartificial Liver
Using a Decellularized Whole Liver Bioscaffold” on
the Sixteenth Annual Residents and Fellows
Research Day
106
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
empregues para identificar estes mecanismos de
resistência e como esta tecnologia pode identificar
terapias de combinação mais eficazes em
oncologia.
Estratégias para
Ultrapassar a Resistência
a Terapias-alvo
em Oncologia
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Doutoramento em Medicina Molecular pela
Universidade de Lovaina (Bélgica) — Angiogénese
tumoral e metástases em modelos animais
Mestrado em Genética Molecular pela Universidade
do Minho — Doenças mitocondriais
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela
Universidade do Porto
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Postdoctoral Fellow no Netherlands Cancer
Institute (Amesterdão)
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Henze AT, Leite de Oliveira R, and Mazzone M.
Prolyl Hydroxylases in fight or flight. Invited
Editorial; Mol Med Ther. 2012 1:1.
Rodrigo Leite de Oliveira
The Netherlands Cancer Institute, Holanda
Leite de Oliveira R*, Deschoemaeker S*, Henze AT,
Debackere K, Finisguerra V, Takeda Y, Roncal C,
Dettori D, Tack E, Jönsson Y, Veschini L, Peeters A,
Anisimov A, Hofmann M, Alitalo K, Baes M,
D’hooge J, Carmeliet P, Mazzone M. Gene-targeting
of phd2 improves tumor response to chemotherapy
and prevents side-toxicity. Cancer Cell. 2012 Aug
14;22(2):263-77. * Equal contribution
Resumo comunicação
A recente análise dos genomas de diversos
tumores permitiu-nos o acesso a dados
importantes sobre as alterações genéticas que são
essenciais para as células tumorais adquirirem
vantagens proliferativas e de sobrevivência, as
chamadas “mutações driver” (driver mutations). Os
tumores que possuem estas mutações “driver”
apresentam frequentemente uma sensibilidade
aumentada à inibição das vias de sinalização que
lhes estão associadas, um princípio conhecido
como “vício oncogénico” (oncogene addiction).
Avanços ao nível da descoberta de novas
moléculas têm permitido o desenvolvimento de
agentes farmacológicos que visam bloquear
especificamente componentes das vias de
sinalização celular que estão associadas a estas
“mutações driver”. Assim, o uso de agentes
citotóxicos foi complementado com agentes
terapêuticos altamente seletivos para um alvo
molecular específico no tratamento do cancro.
Infelizmente, e apesar do imenso potencial destas
terapêuticas alvo, têm sido identificados casos de
insucesso terapêutico associados à resistência
primária ou adquirida a estes agentes. A
compreensão dos mecanismos de resistência a
estes fármacos é essencial para o desenvolvimento
de estratégias terapêuticas alternativas que
combatam esta resistência antes da sua
manifestação clinica. O nosso trabalho demonstra
como rastreios genéticos funcionais, usando a
tecnologia de RNA de interferência, podem ser
Takeda Y, Costa S, Delamarre E, Roncal C, Leite de
Oliveira R, Squadrito ML, Finisguerra V,
Deschoemaeker S, Bruyère F, Wenes M, Hamm A,
Serneels J, Magat J, Bhattacharyya T, Anisimov A,
Jordan BF, Alitalo K, Maxwell P, Gallez B, Zhuang
ZW, Saito Y, Simons M, De Palma M, Mazzone M.
Macrophage skewing by Phd2 haplodeficiency
prevents ischaemia by inducing arteriogenesis.
Nature. 2011 Oct 9;479(7371):122-6.
Leite de Oliveira R, Hamm A, Mazzone M. Growing
tumor vessels: more than one way to skin a cat
— Implication for anti-angiogenic therapies. Mol
Aspects Med 2011 Apr;32(2):71-87.
Mazzone M*, Dettori D*, Leite de Oliveira R*, Loges
S, Schmidt T, Jonckx B, Tian Y, Lanahan AA,
Pollard P, Ruiz de Almodovar C, De Smet F, Vinckier
S, Aragonés J, Debackere K, Luttun A, Wyns S,
Jordan B, Pisacane A, Gallez B, Lampugnani MG,
Dejana E, Simons M, Ratcliffe P, Maxwell P, and
Carmeliet P. Heterozygous deficiency of PHD2
restores tumor oxygenation and inhibits metastasis
via endothelial normalization. Cell 2009 Mar
6;136(5):839-51. * Equal contribution
PRÉMIOS
January 2014: Bolsa de postdoutoramento
107
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
concedida pela Organização Europeia de Biologia
Molecular (EMBO)
November 2010: Prémio Stefano Franscini pela
melhor contribuição científica na 4ª Conferência
Internacional de Angiogénese Tumoral (Suiça)
August 2009: Prémio de melhor comunicação
Gordon Conference on Angiogenesis (Newport,
EUA)
June 2008: Resumo premiado para comunicação
oral na Conferência Beatson (Glasgow, Escócia)
September 2008: Bolseiro de doutoramento da
Fundação para a Ciência e Tecnologia da Flandres,
na Universidade de Lovaina, Bélgica
September 2007: Bolseiro de doutoramento da
EMBL PhD fellowship
108
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
terapias farmacológicas que possam ser usadas
em doenças musculares e metabólicas.
Estudo dos Efeitos
Benéficos do
Exercício Físico para
o Desenvolvimento de
Novas Terapêuticas
Farmacológicas Contra
Doenças Metabólicas
e Psiquiátricas
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Degree in Pharmaceutical Sciences. Faculty of
Pharmacy. University of Lisbon. Portugal.
Ph.D. in Medicine, Speciality of Molecular and
Cellular Biology.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
July 2011 to date - Assistant Professor at
Karolinska Institutet. Department of Physiology and
Pharmacology. Stockholm, Sweden.
May 2006 – June 2011 - Postdoctoral fellow at
Harvard Medical School and Dana-Farber Cancer
Institute, Boston, USA.
Feb. 1999 – June 2005 - PhD Student at the
Department of Cell and Molecular Biology
Karolinska Institutet, Stockholm, Sweden.
Jan. – June 2004 - Visiting PhD Student at The
Rockefeller University. New York, U.S.A.
Feb 1996 – Jan 1999 – Research trainee at the
Molecular Biology Unit, Center for Molecular
Pathogenesis. Faculty of Pharmacy. Univ. Lisbon,
Portugal.
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Jorge Ruas
Karolinska Institute, Suécia
Correia JC, Ferreira DM, Ruas JL. Intercellular: local
and systemic actions of skeletal muscle PGC-1s.
Trends Endocrinol Metab. 2015 Jun; 26(6): 305-14.
Resumo comunicação
Agudelo LZ, Femenía T, Orhan F, Porsmyr-Palmertz
M, Goiny M, Martinez-Redondo V, Correia JC, Izadi
M, Bhat M, Schuppe-Koistinen I, Pettersson A,
Ferreira DMS, Krook A, Barres R, Zierath JR,
Erhardt S, Lindskog M, and Ruas JL. Skeletal
Muscle PGC- Modulates Kynurenine
Metabolism and Mediates Resilience to Stressinduced Depression. Cell. 2014 Sept 25; 159(1):
33-45.
A musculatura esquelética constitui cerca de 40%
do peso corporal adulto. Patologias musculares
tem um impacto directo sobre função muscular,
mas também contribuem significativamente para o
estado de saúde geral de um individuo. Ao mesmo
tempo, o músculo-esquelético é afectado por
diversas doenças tais como diabetes, doenças
neuromusculares, doença oncológica e até durante
o envelhecimento. O exercício físico continua a ser
uma intervenção extremamente eficaz na
prevenção e tratamento de muitas destas
patologias. No entanto, nem todos os pacientes
podem usufruir dos efeitos beneficiais do exercício
físico devido a condições inerentes às suas
doenças (como por exemplo, fraqueza muscular e
dificuldades em movimentar-se). Para além disso, o
nosso conhecimento dos mecanismos moleculares
que contribuem para os efeitos beneficias do
exercício
Rao RR, Long JZ, White JP, Svensson KJ, Lou J,
Lokurkar I, Jedrychowski MP, Ruas JL, Wrann CD,
Lo JC, Camera DM, Lachey J, Gygi S, Seehra J,
Hawley JA, Spiegelman BM. Meteorin-like is a
hormone that regulates immune-adipose
interactions to increase beige fat thermogenesis.
Cell. 2014 Jun 5;157(6):1279-91.
Ruas, JL, White, JP, Brannan, KT, Harrison, BC,
Greene, NP, Wu, J, Kleiner, S, Estall, JL, Irving, BA,
Lanza, IR, Rasbach, KA, Okutsu, M, Nair, KS, Yan,
Z, Leinwand, LA, and Spiegelman, BM. A PGC-1
isoform induced by resistance training regulates
skeletal muscle hypertrophy. Cell. 2012 Dec 7;
151(6): 1319-1331.
físico continua a ser reduzido. O nosso laboratório
dedica-se a identificação e caracterização das vias
moleculares que regulam o músculo-esquelético e
as suas funções com vistas ao desenvolvimento de
Arany Z, Foo SY, Ma Y, Ruas JL, Bommi-Reddy A,
109
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
Girnun G, Cooper M, Laznik D, Chinsomboon J,
Rangwala SM, Baek KH, Rosenzweig A,
Spiegelman BM. HIF-independent regulation of
VEGF and angiogenesis by the transcriptional
coactivator PGC-1alpha. Nature. 2008 Feb 21;
451(7181): 1008-1012.
PRÉMIOS
2014 – Human Frontier Science Program Young
Investigator Award.
2013 – Lennart Philipson Prize and Grant in
Biomedical Research (Sweden).
2012 – Excellence Project Award in Endocrinology
and Metabolism. Novo Nordisk Foundation
(Denmark).
2102 – Marie Curie Career Integration Grant. Marie
Curie Actions (EU).
2011 – Young Investigator Award in Diabetes.
Strategic Research Programme in Diabetes at
Karolinska Institutet (Sweden).
2006 – Wenner‐Gren Fellow. Wenner‐Gren
Foundations (Sweden).
110
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
Materials for Tissue
Repair – from the
Bench to the Bedside
2008-2013: PhD Bioengineering Systems, MITPortugal Program;
2003-2008: MSc Pharmaceutical Sciences,
University of Coimbra – Portugal.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
2015 – Present: Head of Research - Gecko
Biomedical – Paris France;
2013-2015 - Head of Adhesive Technologies Gecko Biomedical – Paris France;
2012 – 2013 - Process Development Scientist Hovione – Lisboa, Portugal.
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Pereira MJ, Sundback C, Lang N, Cho WK,
Pomerantseva I, Ouyang B, Tao S, Mwizerwa O,
Vemula PK, Mochel MC, Carter DJ Borenstein JT,
Langer R, Ferreira LS, Karp JM, Masiakos P,
“Combined surface micropatterning and reactive
chemistry for maximizing tissue adhesion with
minimal inflammation”, Advanced Healthcare
Materials (2014), 3(4):565-571;
Maria José Pereira
Gecko Biomedical, França
Resumo comunicação
Lang N*, Pereira MJ*, Lee Y, Friehs I, Vasilyev N,
Feins EN, Ablasser K, O’Cearbhaill E, Xu C,
Fabozzo A Padera R, Wasserman S, Freudenthal F,
Ferreira LS, Karp JM, del Nido PJ, “A BloodResistant Surgical Glue for Minimally Invasive
Repair of Vessels and Heart Defects”, Science
Translational Medicine (2014), 6(218) *authors
contributed equally;
Os biomateriais com fução terapêutica têm um
elevado potencial em medicina regenerativa, pois
permitirem uma apresentação controloda de sinais
moleculares e mecânicos que definem a resposta
celular e a organização de tecidos. Os elastómeros
biodegradaveis são materiais promissores dada a
sua capacidade de imitar as propriedades
viscoelásticas de diferentes tecidos e serem
complacentes com ambientes dinâmicos sem
danificar o tecido circundante. Neste trabalho
descreve-se um novo elastómero biocompatível,
poly(glycerol sebacate urethane), cujas propriedades
mecânicas podem ser facilmente modificadas, e
capaz de encapsular e libertar controladamente
moléculas bioactivas. O método de imobilização de
biomaterials nos tecidos desejados é de extrema
importância, assegurarando a sua integração e
funcionalidade a longo prazo. O uso de adesivos é
uma solução possível; no entanto, os materiais
existentes estão associados a respostas
inflamatórias e a fraco controlo do processo de
activação da adesão. Um novo adesivo activado por
luz, poly(glycerol sebacate acrylate), que pode ser
exposto a fluxo sanguínero sem comprometer a sua
adesão e que pode ser entregue in vivo por um
método minimamente invasivo, foi desenvolvido.
Pereira MJ, Oyuang B, Sarkar D, Lang N, Sundback
C, Friehs N, Mureli S, Pomerantseva I, McFaden J,
Masiakos P, del Nido P, Langer R, Ferreira LS, Karp
JM, “A highly tunable biocompatible and
multifunctional biodegradable elastomer”,
Advanced Materials (2013), 25(8):1209-1215;
Pereira MJ, Carvalho IF, Karp JM, Ferreira LS.
“Sensing the cardiac environment: exploiting cues
for regeneration”, Journal of Cardiovascular
Translational Research (2011), 4(5):616-30;
Cho WK, Pereira MJ, Lang N, Lee K, Mureli,
Zumbuehl A, Sundback C, Masiakos PT, Carter D,
Borenstein J, Ferreira L, Langer R, Karp JM,
“Gecko-inspired Tape-based Adhesives”, In: Novel
Biomaterials for Wound Closure and Tissue
Engineering, Editor: Sujata K Bhatia. Springer 2010.
PRÉMIOS
2015: Next generation leader by TIME Magazine;
Durante a apresentação irei descrever as
especificidades técnicas associadas ao
desenvolvimento destes novos biomaterials, o seu
potencial clínico, bem como os desafios associados
à translacção deste tipo de tecnologia desde a
bancada até à clinica e comercializção.
2015: Forbes 30 under 30 in Healthcare;
2015: Aspen Ideas Festival Scholar;
2014: Innovators under 35 by MIT Technology
Review;
2012: Novartis international Biocamp winner;
2008: MIT-Portugal program fellowship.
111
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA MILITAR
Curriculum Vitae
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
A Farmácia Militar
na Alemanha
Pharmacist, Food Chemist and Public Health
System Pharmacist.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
1979-1988 - pharmaceutical and food chemistry
studies,
1988-1991 - platoon leader / commander of the
medical supply company,
1991-1995 - commander of the medical supply
depot,
1994 - completion of advanced education as public
health system pharmacist,
1995-1999 - section chief at the Army Support
Command (policy military pharmacy, medical
equipment of the army, material planning for
operations),
Arne Krappitz
Senior Colonel Pharmacist, Alemanha
1999-2003 - assistant branch chief at the Federal
Ministry of Defense (DEU FMOD), Medical Service
Staff, branch II 5 (logistics, medical materiel
management),
Resumo comunicação
2003-2006 - division chief at the Bundeswehr
Medical Office (armament within the medical
service),
Military Pharmacy is an element of the
Bundeswehr Medical Service and comprises the
areas of pharmacy, food chemistry and medical
material logistics. As part of the health care system
it takes into account scientific and technical
innovations as well as economic considerations.
Military Pharmacy also performs public law tasks
and preventive health care. On missions abroad it
takes into consideration the objective of the
Bundeswehr Joint Medical Service to provide
medical care whose outcome corresponds to
current standards of medical care in Germany.
2006-2012 - division chief at the Joint Medical
Forces Command (logistics command /
management),
2012-2013 - branch chief at the Federal Ministry of
Defense (DEU FMOD), Forces Policy, branch III 5
(policy medical materiel management, medical
technology, medical information technology,
-development and -security, medical data
protection),
Military Pharmacy ensures the supply of medical
material, supervises the handling of medicinal
products and medical devices, supervises the
handling of food, articles of daily use and water
with a major focus on preventive health care and
performs specific tasks in the fields of scientific and
practical pharmacy and ecochemistry as well as
medical material logistics at home and on missions.
since 12/2013 - inspector general of military
pharmacy / senior pharmacy officer of the
Bundeswehr and assistant chief of staff division V
(pharmacy and food chemistry) at the Bundeswehr
Medical Service Headquarters.
External assignments
1997 - senior pharmacy officer in BosniaHerzegovina (SFOR mission),
Conditions on mission abroad require that Military
Pharmacy has the same level of mobility as the
force which is being supported. Appropriate mobile
medical facilities must therefore be kept ready for
military pharmaceutical tasks during deployments.
2009 - senior pharmacy officer in Afghanistan (ISAF
mission).
PUBLICAÇÕES-COMUNICAÇÕES
Various publications in different professional
journals.
Qualifications and specialisations as well as further
and follow-on training of military pharmaceutical
personnel are based on legal regulations including
professional laws. Unlike civilian pharmacists,
whose responsibility is normally limited to providing
pharmaceutical products for the general public,
military pharmacists are responsible for fulfilling the
broader spectrum of military pharmaceutical tasks
as described above and therefore most of them are
also officially licensed food chemists.
PRÉMIOS / AWARDS
Various military awards
OUTRAS ACTIVIDADES
Chairman of the commission for pharmacy of the
scientific council of the International Committee of
Military Medicine (ICMM) (elected in 2013 for a
period of four years).
112
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA MILITAR
A Farmácia Militar
em Portugal
Pet Mazarelo
Coronel Farmacêutico, Laboratório Militar
de Produtos Químicos e Farmacêuticos
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
cional dos
Farmacêuticos’2015
Posters
113
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
CONGRESSO
SESSÃO PARALELA
FARMÁCIA MILITAR
A Defesa Química na
Resposta às Novas
Ameaças
Ângela Furtado
Tenente-coronel Farmacêutica
Resumo comunicação
Curriculum Vitae
cional dos
Farmacêuticos’2015
Posters
114
LIVRO DE RESUMOS CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS’2015
Congresso
Nacional dos
Farmacêuticos’2015
Posters
115
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0001
Medicamentos Manipulados: panorama actual nas Farmácias Portuguesas
Clarisse Dias, Fátima Carvalho
CNF/2015/A1/P0002
Avaliação “in vitro” da actividade antimicrobiana de antiséptico para utilização veterinária
Ana Brízio, Vera Freitas, Fátima Carvalho
CNF/2015/A1/P0003
Sistemas Europeus de Remuneração das Farmácias: Um Estudo comparado
Suzete Costa, Inês Teixeira, Sónia Romano
CNF/2015/A1/P0004
Sete Campanhas de Vacinação contra a Gripe nas Farmácias Portuguesas
Isabel Jacinto, Rute Rute, José Pedro Guerreiro, Carla Torre, Zilda Mendes, Suzete Costa
CNF/2015/A1/P0005
Intervenção do farmacêutico comunitário no combate à obesidade
Maria de Fátima Barreira Marques, Marília Lopes Pinheiro
CNF/2015/A1/P0006
Intervenção do farmacêutico no aconselhamento e acompanhamento na área da dermofarmácia
Juliana Moreira, Filipa Contente, Susana Henriques, Mariana Rosa
CNF/2015/A1/P0007
Intervenção do Farmacêutico Comunitário na Utilização Adequada do Antibiótico
Ricardo Januário, Elisabete Antunes
CNF/2015/A1/P0008
Ocorrência de Lipodistrofias numa Amostra de Doentes Diabéticos Insulinotratados
Mónica Condinho, Cláudia Antunes, Carlos Sinogas
CNF/2015/A1/P0009
Impacto da Consulta Farmacêutica em Doentes com Problemas Respiratórios
Sara Pinto, Ângela Pinto, Dina Piriquito, Margarida Vargas, Mónica Condinho, Carlos Sinogas
CNF/2015/A1/P0010
Cessação Tabágica no Contexto do Acompanhamento Farmacoterapêutico
Mónica Condinho, Carlos Sinogas
116
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
CNF/2015/A1/P0011
Avaliação da Adesão e Efetividade da Terapêutica Antidiabética Oral numa Amostra
de Doentes com Diabetes Mellitus Tipo 2
Sara Pinto, Mónica Condinho, Carlos Sinogas
CNF/2015/A1/P0012
Caracterização da utilização de anti-inflamatórios não esteroides em automedicação
numa farmácia comunitária
Rita Paixão, Carolina Amaral, Ana Peixoto, Maria Teixeira
CNF/2015/A1/P0013
Utilização do teste rápido à urina como suporte à intervenção farmacêutica
Ana Catarina Fonseca, Ana Filipa Pereira, Eva Carvalho, Ana Isabel Silva
CNF/2015/A1/P0014
A contribution to pharmacy management: Pharmaceutical services cost calculation
using Time-driven Activity-based costing
João Gregório, Giuliano Russo, Luís Velez Lapão
CNF/2015/A1/P0015
Implementation of a Chronic Care eHealth Pharmaceutical Service Using Design Science
João Gregório, Ângela Pizarro, Afonso Cavaco, Rolf Wipfli, Christian Lovis, Miguel Mira da Silva,
Luís Velez Lapão
CNF/2015/A1/P0016
Desenvolvimento de um software de apoio ao serviço de Indicação Farmacêutica
Cristina Silva, Célia Ramalho, Paula Fresco
CNF/2015/A1/P0017
Implementação do Serviço de Cuidados Farmacêuticos na Fª Central Cacém:
avaliação dos primeiros 6 meses.
Ana Luísa Ramos, Dino Almeida, Cláudia Taborda, Maria Anita Silva, Lígia Reis
CNF/2015/A1/P0018
Follow-up telefónico após 1ª dispensa de medicamentos: resultados do ensaio piloto na
Farmácia Central, Cacém
Ana Luísa Ramos, Dino Almeida, Cláudia Taborda, Maria Anita Silva, Lígia Reis
CNF/2015/A1/P0019
Avaliação da Ototoxicidade de Fármacos Comercializados em Farmácia Comunitária em Portugal
Ana Dias, Anabela Mascarenhas, Maria Eugénia Gallardo, Samuel Silvestre, Natércia Silvestre
CNF/2015/A1/P0020
Avaliação do Risco Cardiovascular nos Municípios de Almada, Amadora, Loures e Odivelas
Eunice Barata, Glenn Pedreiro, Sara Costa, Vírginia Adegas, Ineida Gomes, Rita Horta
117
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
CNF/2015/A1/P0021
Estudo da Acessibilidade ao Medicamento: Farmácia Comunitária Localizada em
Hospital vs. Farmácia Comunitária de Localização Convencional
Eunice Barata, Ana Filipa Baltazar, Diana Oliveira, Sónia Ferreira, Andreia Fernandes
CNF/2015/A1/P0022
Avaliação da Utilização de Benzodiazepinas em Idosos
Mélanie Duarte, Andreia Rocha, Regina Dias, Pedro Ribeiro, Gonçalo Lourenço, Rosa Cunha, Joana
Morais, Ângela Guedes
CNF/2015/A1/P0023
Intervenção Farmacêutica na comunidade escolar
Vera Manso, Joana Mendes, Patrícia Gomes
CNF/2015/A1/P0024
Regresso do Programa de Troca de Seringas às Farmácias
Anabela Madeira, Rute Horta, José Pedro Guerreiro, Maria Cary, Suzete Costa
CNF/2015/A1/P0025
Estudos de Caso – A importância da intervenção do farmacêutico comunitário na deteção
de novos casos de doença e no controlo de patologias crónicas: diagnóstico ativo ao balcão,
desmistificação de efeitos adversos e avaliação da adesão à terapêutica e de regimes
posológicos.
André Frederico, Ana Rodrigues
CNF/2015/A1/P0026
O Contributo do Farmacêutico Comunitário para o Diagnóstico Precoce da Doença Pulmonar
Obstrutiva Crónica (DPOC) e o seu Papel na Educação para a Saúde dos Doentes com DPOC:
campanha de sensibilização e espirometrias.
Maria João Mendes, Ema Paulino, Maria Luísa Teixeira, Mariana Rosa, Ana Luísa Pinto, Valdo
Marques
CNF/2015/A1/P0027
A Intervenção do Farmacêutico Comunitário no Rastreio e Prevenção do Cancro Coloretal
Maria João Mendes, Ema Paulino, Maria Luísa Teixeira, Mariana Rosa, Ana Luísa Pinto, Valdo
Marques
CNF/2015/A1/P0028
Intervenção do Farmacêutico Comunitário no Acompanhamento ao Doente Hipocoagulado
Rita Gralha, Mariana Almeida, Maria Teixeira
CNF/2015/A1/P0029
A intervenção do farmacêutico comunitário na avaliação da qualidade do sono:
campanha de sensibilização e aplicação de questionário validado para Portugal.
Maria João Mendes, Ema Paulino, Maria Luísa Teixeira, Mariana Rosa, Ana Luísa Pinto,
Valdo Marques
118
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
CNF/2015/A1/P0030
Intervenção de um Grupo de Farmácias Comunitárias na Avaliação do Risco Cardiovascular
Maria João Mendes, Ema Paulino, Maria Luísa Teixeira, Mariana Rosa, Ana Luísa Pinto, Valdo
Marques
CNF/2015/A1/P0031
A update about the hypertension treatment in the portuguese community pharmacy population
Esperança Silva, Zilda Mendes, Isabel V. Figueiredo, Emanuel Ponciano, Maria Margarida Caramona
CNF/2015/A1/P0032
“Aconselhamento de dermocosmética nas afeções cutâneas derivadas do tratamento
oncológico”
Diva Silva
CNF/2015/A1/P0033
Evolução do serviço de administração de fármacos na Farmácia Nuno Álvares (FNA)
Marília Silva, Ana Leonor Fortunato, João Silva, Ana Filipa Remédios, Inês Paulino, Ana Luísa Pinto,
Ema Paulino
CNF/2015/A1/P0034
Acompanhamento farmacoterapêutico realizado em farmácia comunitária: caso-clínico
com anti-hipertensores
Ana Filipa Pereira, Ana Catarina Fonseca, Eva Carvalho, Ana Isabel Silva
CNF/2015/A1/P0035
Rastreio Respirar Melhor – Farmácia Holon Barreiro
Joana Filipa Martins Lopes
CNF/2015/A1/P0036
Utilización de una Hoja de Derivación al Médico Consensuada en Cesación Tabáquica.
Programa Cesar
Plaza Zamora, Javier; Mendoza Barbero, Ana
CNF/2015/A1/P0037
“Conecta” Sefac-Semergen: Progama de Comunicación Médico de FamiliaFarmacéutico Comunitario
Gómez Martínez, Jesús Carlos; Llisterri Caro, José Luis; Fornos Pérez, José Antonio; Mediavilla
Bravo, José Javier; Martínez Pérez, Sebastián R; Alonso Moreno, Francisco Javier; Fraga Sampedro,
Mercedes; Ricote Belinchón, Mercedes; Molinero Crespo, Ana.
CNF/2015/A1/P0038
Conocimiento del paciente sobre su medicación. Relación con su percepción
de efectividad y seguridad del tratamiento
Salar Ibáñez, Luis. Sola Uthurry, Nancy. Cámara, Raquel. Cosín Borobio, Ana. Dago Martínez, Ana.
Gutiérrez Ríos, Pedro
119
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
CNF/2015/A1/P0039
Programa I-Valor. Consulta de síntomas menores en farmacias comunitarias. También llamado
Indicación Farmacéutica
Rosa Prats, Teresa
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0001
Preparação de Medicamentos Injectáveis em Farmotecnia - Síntese do Radiofármaco
68Ga-DOTANOC
Carla Capelo, Hugo Duarte, Irene Paula, Bruno Ferreira, Florbela Braga
CNF/2015/A2/P0002
Vantagens do aliscireno como fármaco anti-hipertensor: Revisão farmacocinética
Daniela Marques, Manuel Morgado
CNF/2015/A2/P0003
Impacto da existência de um Sector de Auditoria Interna nos Serviços Farmacêuticos
do CHUC
Maria Adelaide Cabral, Marília Rocha
CNF/2015/A2/P0004
Interações medicamentosas dos inibidores da topoisomerase
Sofia Mendes, Daniela Marques, Manuel Morgado
CNF/2015/A2/P0005
Banco do Medicamento
Ana Almeida, Catarina Candeias, Diana Cardoso, Clara Carvalho, Ana Reis, Joana Ribeiro,
Diana Silva, Vanessa Soares, Catarina Cerqueira, Manuel Caldas de Almeida
CNF/2015/A2/P0006
O farmacêutico nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI)
Ana Almeida, Catarina Candeias, Diana Cardoso, Clara Carvalho, Ana Reis, Joana Ribeiro,
Diana Silva, Vanessa Soares, Catarina Cerqueira, Manuel Caldas de Almeida
CNF/2015/A2/P0007
Prescrição potencialmente inapropriada em idosos sob terapia anticoagulante:
Aplicação dos Critérios STOPP/START
Joana Madeira e Silva, Sandra Queimado, Jorge Martinez Marcos, Gilberto Alves
120
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
CNF/2015/A2/P0008
Conversão da via intravenosa para a via oral – Paracetamol
Rafaela Barata, Daniela Marques, Manuel Morgado
CNF/2015/A2/P0009
Antibiotic Stewardship Programs: The critical role of the Clinical Pharmacist
João Gregório, Margarida Pereira, Sérgio Boshoff, José Neves, Pedro Póvoa, Luís Velez Lapão
CNF/2015/A2/P0010
Hepatitis C treatment in a District Hospital
Margarida Espírito Santo, Luísa Guerreiro, Tânia Nascimento
CNF/2015/A2/P0011
Perfil de microrganismos e resistência a antimicrobianos no Hospital Distrital da Figueira da Foz
Daniela Patrício, Maria Teresa Pereira, Francisco Batel Marques
CNF/2015/A2/P0012
Adesão à Terapêutica Antirretrovírica num Hospital Pediátrico. Fatores relacionados e
repercussão clínica
Dina Mendes, Flora Candeias, Maria Conceição Neves, Daniel Virella, Marta Alves, Maria Filomena
Oliveira
CNF/2015/A2/P0013
Poderá a efectividade do tratamento antiretroviral estar relacionada com a simplificação
da terapêutica?
Joana Ferreira, Sónia Moreira, Ana Jorge, Sara Cândido, Mariana Carvalho, José Branco, Fábio
Glória, Catarina Oliveira
CNF/2015/A2/P0014
Seguimento Farmacoterapêutico do doente VIH: Resultados e Impacto do Programa
Rute Duarte, João Ribeiro, Maria Olimpia Fonseca
CNF/2015/A2/P0015
Criação de um serviço farmacêutico de aconselhamento sobre a utilização de medicamentos
durante o aleitamento.
Humberto Melo, Catarina Metelo, Andreia Loba, Maria José Rei, Andreia Duarte, Cláudia Santos
CNF/2015/A2/P0016
Segurança do doente oncológico e dos profissionais de saúde envolvidos no circuito dos
medicamentos citotóxicos – Experiência de um hospital universitário
Manuel Morgado, Mónica Guardado, Olímpia Fonseca
CNF/2015/A2/P0017
Caso clínico de doente com cancro colo-retal metastizado
Áurea Bravo, Mariana Vieira, Ana Fernandes
121
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
CNF/2015/A2/P0018
Inibidores das Janus Associated Kinases na terapêutica farmacológica
Daniela Santos, Daniela Marques, Manuel Morgado
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
CNF/2015/A3/P0001
Identificação e avaliação das atividades antitumoral e hemostática de extratos secos da casca
de romã utilizando ácido elágico e punicalagina como marcadores ativos.
Juliana Machado Brêtas, Diego Beltrão Pereira, Fernanda Cristina G. Evanjelista, Adriano de Paula
Sabino, Isabela da Costa César, Gerson Antônio Pianetti
CNF/2015/A3/P0002
Implementação e Qualificação de uma Área de Embalagem de Formas Farmacêuticas Sólidas
João Correia, Cristina Toscano, Fátima Carvalho
CNF/2015/A3/P0003
Permeação “In vitro”: verniz ungueal
Margarida Barreto, Fátima Carvalho
CNF/2015/A3/P0004
Development of quality control methods using a quality-by-design approach
Sandra Lopes, Joana Cecílio, Cristiana Pardal, Paula Barroso, Marisa Rodrigues
ANÁLISES CLÍNICAS
CNF/2015/A4/P0001
Detecção precoce de discrasia plasmocitária na electroforese de proteínas séricas
Maria José Pereira, Manuel Silva, Lina Rodrigues Costa
CNF/2015/A4/P0002
Qrt-PCR and ONEp-PCR: uma nova combinação de métodos aplicada ao prognóstico da
infecção VIH/SIDA
Quirina Costa, José Pereira, Maria Lopes, Margarida Rocheta
CNF/2015/A4/P0003
Escherichia coli uropatogénica da comunidade: comensal ou patogénica
Ana Eusébio, Catarina Araújo, Madalena Andrade, José Oliveira, Aida Duarte
122
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
ASSUNTOS REGULAMENTARES
CNF/2015/A5/P0001
Avaliação dos Riscos versus Benefícios dos ensaios clínicos na Índia: o Farmacêutico –
a Investigação – o Mercado
Pedro Abreu, Rita Luís, Bruno Mendes
CNF/2015/A5/P0002
Potential readability issues in a large sample of medicinal package inserts: quantification
of words and abbreviations
Carla Pires, Marina Vigário, Fernando Martins, Afonso Cavaco
ANÁLISES HIDROLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS E TOXICOLÓGICAS
CNF/2015/A8/P0001
Detecção e quantificação multi-classe e multi-resíduo de 41 antibióticos em dourada (Sparus
aurata) de aquacultura por UHPLC-MS/MS
Lúcia Santos, Bruno Soares, João Rosa, Andreia Freitas, Sara Leston, Jorge Barbosa, Fernando
Ramos
CNF/2015/A8/P0002
A step in the development of new lamotrigine-related antiepileptic drugs and their toxicity
evaluation
Mariana Matias, Samuel Silvestre, Amílcar Falcão, Gilberto Alves
FARMÁCIA MILITAR
CNF/2015/A9/P0001
Plano de Contingência para a Rotura do Medicamento
Ilda Dias, Fernanda Pires, Luís Mendonça, Helena Fernandes, Henrique Nogueira, Bruno Rodrigues,
Bruno Viana, Paulo Coelho
CNF/2015/A9/P0002
Ensaios de Esterilidade no Laboratório de Microbiologia Geral do LMPQF
Sara Batalha, Sílvia Xisto, Inês Martins
123
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
CNF/2015/A9/P0003
O papel do farmacêutico em situações de emergência
Paulo Cruz, Paulo Santos, Rodrigo Santos
CNF/2015/A9/P0004
Atualidade da Logística Farmacêutica Militar
Francisco Sampaio, Joel Mendes
CNF/2015/A9/P0005
Logística Farmacêutica em Situações de Emergência
Joel Mendes, Francisco Sampaio
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0001
Implementação de um Sistema Inovador de Controlo e Gestão da Terapêutica numa Instituição
de Apoio Social
Maria Santos, Rui Oliveira
CNF/2015/A10/P0002
Análise de consultas relativas a plantas, suplementos alimentares, biocidas e alimentos
recebidas por um centro de informação de medicamentos
Aurora Simón, Ana Paula Mendes
CNF/2015/A10/P0003
Estudo para avaliação da qualidade de cápsulas manipuladas de prednisona: padronização
de formulação e método analítico.
Pedro Silva, Paula Enéas, Christian Fernandes, Gerson Pianetti
CNF/2015/A10/P0004
Problemas Relacionados com os Medicamentos em Idosos Polimedicados e
Institucionalizados: Oportunidades de Intervenção Farmacêutica
Cristina Silva, Célia Ramalho, Isabel Luz, Joaquim Monteiro, Paula Fresco
CNF/2015/A10/P0005
O uso racional do medicamento num País com um programa de assistência financeira.
Os dois lados da moeda Portuguesa
Carla Torre, José Guerreiro, Marta Gomes, Suzete Costa
124
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
CNF/2015/A10/P0006
Impacto da alteração do sistema de remuneração das Farmácias em Portugal com
medicamentos (2011-2015)
Inês Teixeira, José Pedro Guerreiro, Suzete Costa
CNF/2015/A10/P0007
Conhecimento sobre antibióticos – intervenção em escolas básicas e secundárias
Isabel Ramalhinho, Afonso Cavaco, José Cabrita
CNF/2015/A10/P0008
NanoPoliBiofilm – Desenvolvimento de partículas poliméricas inovadoras como
estratégia para o tratamento de infeções ósseas.
Inês Santos-Ferreira, Lídia Gonçalves, Annette Moter, Judith Kikhney, António Almeida,
Ana Bettencourt
CNF/2015/A10/P0009
Inibidores da Dipeptidil Peptidase-4: Determinação paramétrica do padrão terapêutico ideal
Alexandre Campos, André Madeira, Diogo Repas, Bruno Mendes
CNF/2015/A10/P0010
Pharmacokinetic study of phenolic compounds after Cymbopogon citratus infusion oral
administration to rats
Gustavo Costa, Ana Fortuna, Daniela Gonçalves, Isabel Vitória Figueiredo, Amílcar Falcão,
Maria Teresa Batista
CNF/2015/A10/P0011
How diabetics’ patients identify their medicines?
Margarida Espírito Santo, Jeff Newman, Tânia Nascimento
125
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0001
Medicamentos Manipulados: panorama actual nas Farmácias Portuguesas
Clarisse Dias1, Fátima Carvalho1
1
LEF, ANF
Objectivo:
• Identificar as temáticas e/ou áreas clínicas mais abordadas pelas questões colocadas ao CIMPI (Centro de
Informação de Medicamentos de Preparação Individualizada);
• Identificar alguns dos medicamentos manipulados mais abordados pelas questões colocadas ao CIMPI;
• Analisar o panorama actual da preparação de medicamentos manipulados nas Farmácias portuguesas.
Metodologia:
• Análise estatística dos contactos recebidos no CIMPI durante o período 2014-2015, por consulta a base de
dados dedicada;
• Pesquisa de referências sobre a evolução do paradigma dos medicamentos manipulados (PubMed Central).
• Análise SWOT- Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças das Farmácias portuguesas na preparação de
medicamentos manipulados.
Resultados:
A maioria das questões dirigidas ao CIMPI diz respeito à preparação de um medicamento manipulado, sendo
a Dermatologia e a Pediatria as áreas clínicas mais abordadas nestes contactos. No geral, o medicamento
manipulado visa colmatar uma lacuna terapêutica, não preenchida pela indústria farmacêutica e permite
personalizar o medicamento face às especificidades e necessidades do doente.
As questões relacionadas com requisitos legais e procedimentos normalizados, embora menos
representativas, assumem um papel de destaque.
Por outro lado, identificam-se tendências emergentes como a preparação de champôs medicamentosos ou
de formulações transdérmicas para terapêutica de substituição hormonal.
Considerando o panorama actual, na preparação e dispensa de medicamentos manipulados, as farmácias e
os farmacêuticos comunitários apresentam competências e responsabilidades únicas, que exigem um
elevado grau de qualificação das equipas e recursos materiais adequados. Não obstante, a preparação e
dispensa de medicamentos manipulados representa uma mais-valia para os doentes e seus cuidadores, e
permite um posicionamento estratégico da Farmácia e da profissão farmacêutica, aproximando-a da
população servida e dos profissionais de saúde com que interagem.
Conclusões:
A preparação e dispensa de medicamentos manipulados constitui uma actividade centrada no doente, cuja
supervisão é da exclusiva responsabilidade dos farmacêuticos, posicionando-se como uma área de
intervenção farmacêutica altamente qualificada e possível estratégia de crescimento económico da Farmácia.
126
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0002
Avaliação “in vitro” da actividade antimicrobiana de antiséptico para utilização veterinária
Ana Brízio1, Vera Freitas1, Fátima Carvalho1
LEF – Infosaúde
1
Âmbito:
Para o tratamento de infecções da pele em animais de companhia é cada vez mais recomendado a utilização
tópica de produtos antimicrobianos, incluindo anti-sépticos. Muitos destes produtos contêm um ou mais
ingredientes com actividade antibacteriana, antifúngica e anti-inflamatória e outros componentes que
aumentam a solubilidade e actividade destes ingredientes antimicrobianos.
Objectivo:
Este estudo tem como objectivo avaliar “in vitro” a eficácia de um anti-séptico composto por clorhexidina e
piroctona olamina contra os principais patogénicos de infecções da pele dos animais de companhia:
Staphylococcus intermedius e Malassezia paquidermatis.
Métodos:
Foi desenvolvida uma metodologia com base nos métodos AOAC que consistiu em inocular o produto com
uma suspensão de alta concentração dos microrganismos referidos e avaliar a sua redução logarítmica após
30 minutos de tempo de contacto. A diluição válida a usar foi determinada por testes de validação bem como
a avaliação da toxicidade do agente neutralizante.
Resultados:
O produto demonstrou actividade antimicrobiana sobre a estirpe Staphylococcus intermedius mas não foi
eficaz sobre a estirpe Malassezia paquidermatis.
Conclusões:
Os resultados obtidos demonstram a importância deste tipo de estudo na avaliação concreta das
propriedades antimicrobianas dos produtos anti-sépticos de uso veterinário sobre estirpes patogénicas dos
animais
127
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0003
Sistemas Europeus de Remuneração das Farmácias: Um Estudo comparado
Suzete Costa1, Inês Teixeira1, Sónia Romano1
1
CEFAR, ANF
Introdução:
As reduções sucessivas de preços dos medicamentos em Portugal e as primeiras experiências europeias de
novos sistemas de remuneração das Farmácias fundamentaram a investigação sobre estes novos sistemas
de remuneração ao longo de 5 anos (2010-2015).
Objectivo:
Comparar as características-chave dos sistemas de remuneração de Farmácias de uma selecção de países
europeus, por forma a informar decisões sobre futuros modelos de remuneração das Farmácias.
Metodologia:
Critérios de selecção dos países: 1) Maior experiência de sistemas de remuneração mistos, sistema de saúde
tipo Bismarck mas modelo de Farmácia mais próximo de Portugal; 2) Sistema de remuneração misto, modelo
de Farmácia menos próximo de Portugal mas sistema de saúde tipo Beveridge; 3) Países de referência para o
PVA. Foi seguida uma metodologia mista: revisão exploratória de estudos selecionados; revisão da legislação
dos países; questionário semi-estruturado aos países. Foi feita uma triangulação com entrevistas presenciais
a peritos de países selecionados e revisão dos critérios dos baskets dos países de referência usados no
Sistema de Preços de Referência Externos (SPRE).
Resultados:
Foram seleccionados 12 países (incl. Portugal), tendo sido identificadas dez características chave comuns a
diversos países. Ao contrário do PVA, o PVP (componente margem da distribuição) não possui qualquer
critério europeu equivalente ao SPRE. Foram identificados oito critérios para possíveis baskets de referência
para a remuneração da distribuição. Observou-se ainda que a remuneração para a prestação de serviços
adicionais patient care não associados à dispensa tem aumentado mas permanece uma componente residual
da remuneração.
Conclusões:
Estes resultados poderão contribuir para definir princípios essenciais que norteiem futuros modelos de
remuneração, como forma de aumentar a transparência das políticas de remuneração. A remuneração das
intervenções em saúde nas Farmácias que sejam, efectivas e custo-efectivas é importante para o
reconhecimento do contributo das Farmácias em Saúde Pública.
128
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0004
Sete Campanhas de Vacinação contra a Gripe nas Farmácias Portuguesas
Isabel Jacinto1, Rute Rute1, José Pedro Guerreiro2, Carla Torre2, Zilda Mendes2, Suzete Costa2
ANF, 2CEFAR
1
Introdução:
A Portaria n.º 1429/2007, de 2 de Novembro, concretizou os diversos serviços que as farmácias podem
prestar, de entre os quais se destaca o serviço de administração de vacinas não incluídas no Plano Nacional
de Vacinação (PNV). Desde 2008 que as farmácias prestam este serviço, tendo implementado anualmente
uma campanha de vacinação contra a gripe.
Objectivo:
Evolução da % de vacinas administradas nas farmácias e de outros indicadores relevantes.
Metodologia:
Realizou-se um estudo transversal em cada época vacinal (Out. – Mar.) com base nos dados fornecidos pelas
farmácias portuguesas entre 2008/09 e 2014/15. O público-alvo das campanhas eram adultos com prescrição
médica da vacina contra a gripe.
Resultados:
Estimou-se que a % de vacinas administradas na farmácia (no total de vacinas dispensadas) foi de 36,4% na
época vacinal 2008/09, 49,7% em 2009/10, 44,2% em 2010/11 e 49% em 2011/12. Em 2012/13 houve uma
redução na % de vacinas administradas na farmácia (38%) mas nas épocas vacinais seguintes verificou-se
um aumento para 40,9% (2013/14) e 49,3% (2014/15). Até 2011/12, as vacinas contra a gripe foram
administradas maioritariamente em farmácias.
Conclusões:
Até 2011/12, as farmácias foram o local de preferência dos utentes para a vacinação contra a gripe, sendo
este facto evidenciado na evolução dos resultados ao longo de 4 anos. Contudo, apesar da evidência, na
época vacinal 2012/2013 o Governo decidiu disponibilizar gratuitamente a vacina contra a gripe a todos os
indivíduos com mais de 65 anos nos centros de saúde, sem necessidade de prescrição médica. Esta medida
não abrangeu as farmácias. O Relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a
vacinação antigripal da população portuguesa na época 2013/14 refere que a cobertura vacinal foi 49,9% na
população com 65 ou mais anos de idade, mais uma vez aquém da meta da Organização Mundial de Saúde
(OMS) e Comissão Europeia (75%) e da Direção-Geral Saúde (DGS) (60%). Em 2014, foi assinado um Acordo
com o Ministério da Saúde que prevê possíveis incentivos às farmácias para a colaboração nos objetivos de
saúde pública, incluindo serviço de vacinação. Esta poderá ser uma oportunidade para integrar as farmácias
na Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe.
129
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0005
Intervenção do farmacêutico comunitário no combate à obesidade
Maria de Fátima Barreira Marques1, Marília Lopes Pinheiro1 1Farmácia Fátima Marques
Objectivos:
Incentivar bons hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis, contribuindo assim para atingir valores
biométricos normais: peso, IMC e perímetro abdominal (PA). Contribuir para a implementação de uma dieta
saudável, transversal a toda a família. Contribuir ativamente para que Portugal consiga atingir as metas
propostas, garantindo que o farmacêutico comunitário é um parceiro elegível no Programa Nacional de
Combate à Obesidade.
Metodologia:
O estudo decorreu entre 2009 e 2014. Envolveu uma amostra de 160 utentes que procuraram o serviço de
reeducação alimentar na farmácia. Identificou erros alimentares e sugeriu alternativas. Desmistificou crenças
associadas à temática da alimentação. Incentivou e orientou para escolhas alimentares saudáveis e para a
prática de exercício físico regular. Fez um acompanhamento personalizado do utente, definindo com este os
objetivos a alcançar. Determinou e registou parâmetros biométricos. Avaliou os resultados da intervenção do
farmacêutico com base nos valores definidos pela OMS. Considerou os valores padrão de IMC e PA da OMS
para a avaliação dos resultados (considerar Classe 1, 18,5≥IMC<24,9; PA<80 M e PA<94 H, Classe 2,
25≥IMC<29,9; 80≥PA<88 M e 94≥PA<102 H e Classe 3, utentes com IMC≥30 ou PA≥88 M ou PA≥102 H).
Resultados:
Relativamente ao IMC, a classe 1 corresponde a 13,75% dos utentes. A diminuição média de peso foi de
2,97%. A classe 2 corresponde a 46,25% dos utentes, tendo estes uma diminuição de peso média de 4,70%,
sendo que 35% perderam mais de 5% do seu peso inicial e 14,87% mais de 10%. Desta classe, 27,2% dos
utentes passaram para a classe 1. A classe 3 corresponde a 40% dos utentes e teve uma perda de peso
média de 3,66%. Destes utentes, 26,56% perderam mais de 5% do seu peso inicial, sendo que 7,82%
perderam mais de 10%. Dos utentes desta classe, 17,19% passaram para a classe 2 e 2,56% passaram para
a classe 1. Relativamente ao PA, verificou-se que 3,80% das mulheres passaram da classe 2 para a classe 1
e nos homens o valor foi de 10,0%. Da classe 3 para a classe 2 passaram 21,50% das mulheres e 40% dos
homens. Da classe 3 para a 1 passaram 1,26% das mulheres.
Conclusões:
A luta contra a obesidade e o excesso de peso é um processo longo, complicado, que envolve o indivíduo
como um todo. Os valores apresentados neste estudo demonstram que o farmacêutico é um profissional de
saúde com competências nesta área que poderá integrar com sucesso os programas a desenvolver por
Portugal na luta contra a obesidade.
Palavras-chave: Farmacêutico. Obesidade. IMC. Perímetro abdominal.
130
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0006
Intervenção do farmacêutico no aconselhamento e acompanhamento na área da
dermofarmácia
Juliana Moreira1, Filipa Contente1, Susana Henriques1, Mariana Rosa1
Farmácias Holon
1
Objectivos:
Levantamento e análise dos principais problemas cutâneos e capilares que levam os utentes à farmácia,
nomeadamente à consulta de Dermofarmácia;
Caraterização da população que usufrui deste serviço, por género e grupo etário;
Demonstrar a importância do papel do farmacêutico no aconselhamento dermocosmético em situações
cutâneas e capilares menores.
Metodologia:
A informação para a realização desta análise foi recolhida através dos relatórios diários obtidos entre janeiro e
junho de 2015, num total de 1325 consultas, efetuadas pelas três farmacêuticas do serviço de
Dermofarmácia, em 89 farmácias.
Resultados:
A maioria dos utentes é do sexo feminino (83,25%), tem idade compreendida entre os 18 e os 65 anos
(75,63%) e realizou a consulta pela primeira vez (84,23%).
Relativamente aos motivos da consulta, verificou-se que os dez mais frequentes são acne (24,57%), rosácea
(12,78%), hiperpigmentação (10,09%), aconselhamento geral (8,39%), envelhecimento cutâneo (6,36%),
queda de cabelo (5,64%), pele intolerante/reativa (5,31%), dermatite seborreica (4,13%), caspa e dermatite
atópica (2,82% cada). Outros motivos correspondem a 17,10% dos motivos das consultas.
Quanto aos motivos que levaram os utentes a realizar consultas de acompanhamento, os cinco mais
frequentes são acne (20,20%), rosácea (18,72%), hiperpigmentação (11,82%), queda de cabelo (11,33%) e
pele intolerante/reativa (7,39%). Outros motivos representam 34,42% das consultas de acompanhamento.
Conclusões:
Sendo a farmácia comunitária um espaço que se carateriza pela prestação de cuidados de saúde de elevada
diferenciação técnico-científica e dada a sua acessibilidade à população, é um local privilegiado para o
aconselhamento dermocosmético em situações cutâneas e capilares menores. A obtenção de dados
estatísticos reais permite antever necessidades dos utentes e adequar a intervenção farmacêutica nesta área.
A possibilidade de integrar nas equipas das farmácias profissionais de saúde com formação específica na
área da dermofarmácia proporciona à farmácia uma solução integrada de saúde que reponde de forma mais
eficaz às necessidades da população que serve.
O acompanhamento dos utentes do serviço de Dermofarmácia permite verificar a efetividade do tratamento
instituído, monitorizar reações adversas, reforçar a adesão à terapêutica e ajustar a mesma. Além disso,
permite ainda o encaminhamento para o médico especialista, sempre que necessário.
131
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0007
Intervenção do Farmacêutico Comunitário na Utilização Adequada do Antibiótico
Ricardo Januário1, Elisabete Antunes1
1
Farmácias Holon Morais Soares
Objectivos:
- Avaliar a informação transmitida ao utente acerca da forma e duração do tratamento com um antibiótico;
- Demonstrar a importância do farmacêutico no uso correto do antibiótico;
- Garantir o uso correto do antibiótico pelos utentes.
Metodologia:
Durante duas semanas foi aplicado um questionário a cada prescrição médica contendo antibióticos. O
questionário pretendia recolher a seguinte informação:
a) Identificação do antibiótico: denominação comum internacional, dosagem, forma farmacêutica,
apresentação e número de unidades prescritas;
b) Informação transmitida ao utente: conhecimento por parte do utente de que vai fazer um tratamento com
antibiótico, razão pela qual vai fazer um antibiótico, forma e duração do tratamento e cuidados a ter;
c) Regime posológico prescrito;
d) Caraterísticas farmacológicas do medicamento: interações medicamentosas e interações com alimentos;
e) Medicação crónica do utente.
Resultados:
Foram recebidas 93 prescrições médicas com antibióticos no espaço de 2 semanas. Destas 93 prescrições
apenas 1 não foi dispensada no dia da prescrição ou no dia seguinte. Do total dos 93 utentes, 7 (7,53%)
revelaram não saber que iam fazer um antibiótico sendo que dos 86 utentes (92,47%) apenas 1(1,16%) dos
que sabiam que lhe foi prescrito não sabia porquê. Relativamente à posologia, 19 utentes (22%) não sabiam
como fazer o tratamento, sendo que, 67 utentes (78%) sabiam a duração e a posologia do tratamento, mas
em nenhum dos casos estava indicado na prescrição em que momento deveria ser administrado o antibiótico
relativamente à ingestão concomitante com os alimentos. Das 93 prescrições recebidas, 57 (61,29%) continha
antibióticos cuja biodisponibilidade é afetada pela ingestão concomitante com os alimentos.
Conclusão:
Verificou-se a importância da intervenção do Farmacêutico ao nível do uso adequado do antibiótico,
garantindo a transmissão aos utentes das informações essenciais para a correta administração dos
antibióticos prescritos contribuindo desta forma para a eficácia e segurança no uso do antibiótico.
132
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0008
Ocorrência de Lipodistrofias numa Amostra de Doentes Diabéticos Insulinotratados
Mónica Condinho1, Cláudia Antunes2, Carlos Sinogas3
ACF – Acompanhamento Farmacoterapêutico, Lda., 2 Instituto Superior Técnico – Universidade de Lisboa, 3 Universidade de
1
Évora ACF – Acompanhamento Farmacoterapêutico, Lda.
Objectivos:
Avaliar a prevalência de lipodistrofias (LD) em amostra de diabéticos insulinotratados e treinar uma árvore de
decisão que permita identificar, preliminarmente, os doentes em risco de as desenvolver.
Metodologia:
Estudo retrospetivo e transversal de uma amostra de diabéticos insulinotratados sujeitos a Acompanhamento
Farmacoterapêutico, em farmácia comunitária. Incluíram-se todos os diabéticos que, por conveniência,
integraram o serviço entre maio de 2010 e julho de 2015, medicados com insulina há, pelo menos, 3 meses,
independentemente da idade e da necessidade de cuidador. A presença de LD foi determinada pela
observação e palpação do local de administração da insulina e classificada em “presente” ou “não presente”.
Sempre que presente, foi ainda classificada em “hipertrofia” ou “atrofia”. Potenciais fatores de risco,
nomeadamente, técnica de injeção, número de injeções por dia, rotatividade do local de administração e
reutilização de agulhas, foram também registados. A técnica de injeção foi avaliada segundo as
recomendações do Forum for Injection Tecnhique (Reino Unido, 2011) e a rotatividade considerada como a
alternância da zona de administração entre vários pontos espaçados por, pelo menos, 1 cm. Para treino da
árvore de decisão utilizaram-se, entre outros, os fatores de risco descritos, aplicando-se técnicas de
validação cruzada e de balanceamento de dados por sobre-amostragem. Os valores médios são
apresentados como média±erro padrão da média.
Resultados:
Integraram o estudo 33 doentes, 17 (51,5%) do género masculino, com média etária de 60,7±2,52 anos. A
maioria (63,6%) tinha nível de escolaridade básico. Do total, 28 (84,8%) doentes eram diabéticos tipo 2. Em
média, cada doente tinha 6,0±1,54 anos de insulinoterapia. A prevalência global de LD foi de 75,8% (25
doentes), sendo que todos apresentaram hipertrofias e apenas um atrofias. Face às técnicas de data mining
utilizadas, a rotatividade no local de administração e a técnica de injeção constituem, de entre os vários
atributos investigados, os fatores decisivos para o desenvolvimento de LD (precisão=88,9%; sensibilidade=80
,8%;especificidade=96,4%). Assim, de acordo com o modelo de descoberta utilizado, a ausência de
rotatividade permite prever, com elevada precisão, sensibilidade e especificidade, que o doente irá
desenvolver LD. Na presença de rotatividade, passará a ser a técnica de injeção o fator de decisão. Se
correta, o doente não desenvolverá alteração do tecido subcutâneo; se incorreta, prevê-se que tal irá
acontecer.
Conclusões:
A prevalência de LD na amostra é bastante elevada, cerca de 75%. Rotatividade no local de administração e
técnica de injeção constituem fatores decisivos no desenvolvimento deste tipo de reação adversa à insulina.
A utilização desta árvore de decisão permitirá ao farmacêutico, com duas simples questões, suspeitar da
presença de LD e atuar em conformidade.
133
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0009
Impacto da Consulta Farmacêutica em Doentes com Problemas Respiratórios
Sara Pinto1, Ângela Pinto2, Dina Piriquito3, Margarida Vargas2, Mónica Condinho4, Carlos Sinogas5
1
Farmácia Central Mora, 2Farmácia Algarve S. B. de Messines, 3Farmácia Ribeiro Soares Sta Iria de Azóia, 4ACF-
Acompanhamento Farmacoterâpeutico Lda., 5Universidade de Évora – ACF Acompanhamento Farmacoterâpeutico, Lda.
Objectivo:
Avaliar o impacto da consulta farmacêutica (CF) em doentes com problemas respiratórios.
Metodologia:
Estudo retrospetivo e longitudinal de uma amostra de pessoas com patologia ou queixas respiratórias que
integraram a CF implementada em 3 farmácias comunitárias, entre março e agosto de 2015. Os doentes
incluídos foram selecionados e convidados pela equipa da farmácia por conveniência, na presença de idade
igual ou superior a 18 anos e de patologia ou queixas respiratórias no atendimento. Aqueles que aceitaram o
convite responderam a um questionário sobre problemas respiratórios e foram sujeitos a avaliação da
farmacoterapia e a prova espirométrica (equipamento Spirobank II® e software WinSpiroPro®), sempre que
reunidas as condições para a sua realização. Asseguraram-se, também, os critérios de aceitabilidade e
reprodutibilidade na execução do teste. Em geral, considerou-se “espirometria normal” sempre que FEV1
≥80% do normal, utilizando-se os valores de referência da European Respiratory Society. Em função da
avaliação efetuada, realizaram-se as intervenções que se consideraram pertinentes. Nos casos em que se
justificou, o doente foi convidado a continuar em CF. Os valores médios são apresentados como média±erro
padrão da média.
Resultados:
Foram incluídos 48 doentes, maioritariamente do género masculino (62,5%) e idade média de 62,2±2,36 anos.
Do total, 13 doentes estavam ou já tinham estado sujeitos a agentes potencialmente causadores de patologia
respiratória. Registaram-se 10 (20,8%) fumadores (21,3±6,79 cigarros/dia). Asma (37,5%) e rinite (27,1%)
foram as patologias respiratórias prevalentes. Quanto às queixas respiratórias, 35 doentes responderam
positivamente, registando-se, sobretudo, cansaço (54,2%), dispneia (41,7%) e tosse (27,1%). Encontravamse já medicados 28 doentes, maioritariamente, com associações de corticóides e agonistas adrenérgicos para
inalação.
Efetuaram-se 57 CF, nas quais se realizaram 56 espirometrias (um doente foi incapaz de concretizar o teste),
sendo que 11 doentes apresentaram um prova espirométrica anormal na primeira consulta. Efetuaram-se 25
(52,1%) ensinos da técnica inalatória, promoveu-se adesão à terapêutica em 13 (27,1%) doentes e procedeuse a 8 (16,7%) intervenções breves para cessação tabágica, entre outras intervenções. O encaminhamento ao
médico foi necessário em 12 casos. Em resultado das intervenções, dos 9 doentes que repetiram a
espirometria, a maioria (7) melhorou a sua capacidade respiratória. A cessação tabágica foi alcançada para 3
doentes, com melhoria dos parâmetros respiratórios. As queixas respiratórias melhoraram ou regrediram em
10 casos.
Conclusão:
Para esta amostra de doentes, a integração em CF contribuiu para a melhoria dos problemas respiratórios
reportados, sobretudo através do correto ensino da técnica inalatória, da adesão à terapêutica e da promoção
da cessação tabágica.
134
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0010
Cessação Tabágica no Contexto do Acompanhamento Farmacoterapêutico
Mónica Condinho1, Carlos Sinogas2
ACF – Acompanhamento Farmacoterapêutico, Lda., 2 Universidade de Évora ACF – Acompanhamento Farmacoterapêutico,
1
Lda.
Objectivo:
Avaliar o nível de efetividade relativa do processo de cessação tabágica no âmbito do Acompanhamento
Farmacoterapêutico (AF) em farmácia comunitária.
Metodologia:
Estudo retrospetivo e longitudinal de uma amostra de doentes que integraram o serviço de AF para cessação
tabágica em farmácia comunitária, entre janeiro de 2009 e agosto de 2015. O programa, estruturado em
consultas farmacêuticas e contactos telefónicos, seguiu as recomendações da Direção-Geral da Saúde
(2007). Os fumadores, com idade igual ou superior a 18 anos e motivação para cessação tabágica, foram
identificados por conveniência e convidados a integrar o serviço pela equipa da farmácia, durante as
atividades diárias. Os que aceitaram o convite, assinaram consentimento informado. Na primeira consulta, o
farmacêutico recolheu hábitos tabágicos, história clínica e perfil farmacoterapêutico. Em todas as consultas
foram feitos testes espirométricos e de avaliação do monóxido de carbono, que serviram como
biomarcadores do consumo de tabaco. Baseado na abordagem integrada, característica do AF, o
farmacêutico acordou com cada doente o plano terapêutico a seguir. A taxa de abstinência foi calculada a 1,
6 e 12 meses após o dia D. A efetividade relativa do AF foi avaliada comparando a taxa de abstinência
encontrada com dados da literatura, considerando vários programas de cessação tabágica. Os valores
médios são apresentados como média±erro padrão da média.
Resultados e Discussão:
Integraram o estudo 77 doentes, dos quais 21 (27,3%) desistiram após a primeira consulta. Dos 56 (72,7%)
que permaneceram, 33 (58,9%) eram do género masculino, com idade média de 47,8±2,05 anos. Cada
doente fumava, em média, 21,2±1,77 cigarros por dia, há 30,4±2,04 anos. Efetuaram-se 289 consultas, tendo
cada doente recebido, em média, 7,6±0,77 intervenções. A maioria (59,7%) das intervenções foram
farmacológicas (ex.: terapêutica de substituição de nicotina). De entre as não farmacológicas (40,3%),
prevaleceram as estratégias de abordagem motivacional e comportamental. A taxa de abstinência foi de
53,6%, um mês após o dia D; reduziu para 33,8% após 6 meses e para 26,0% após 12 meses. Comparando
com dados da literatura, a cessação tabágica no âmbito do AF parece apresentar taxas de sucesso mais
elevadas que outras abordagens farmacêuticas (entre 22% e 26% ao final de 1 mês, 25% e 28% após 6
meses e 3,6% ao final de 1 ano). A estratégia global de tratamento do doente fumador aplicada no AF, a par
da relação de proximidade estabelecida entre o doente e o farmacêutico, a sua grande acessibilidade
(farmácia ou contacto telefónico) e especialização na prestação do serviço justificarão os melhores
resultados, da ordem de 50%, 30% e 20% de abstinência após 1, 6 e 12 meses do dia D, respetivamente.
Conclusão:
A cessação tabágica executada na farmácia comunitária através do serviço de AF parece ser mais efetiva que
outras abordagens reportadas na literatura.
135
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0011
Avaliação da Adesão e Efetividade da Terapêutica Antidiabética Oral numa Amostra de
Doentes com Diabetes Tipo 2
Sara Pinto1, Mónica Condinho2, Carlos Sinogas3
1
Farmácia Central Mora, 2ACF-Acompanhamento Farmacoterâpeutico Lda., 3Universidade de Évora – ACF Acompanhamento
Farmacoterâpeutico, Lda.
Objectivos:
Avaliar a adesão à terapêutica antidiabética oral e respetiva efetividade numa amostra de diabéticos tipo 2.
Metodologia:
Estudo observacional e transversal de uma amostra de doentes de uma farmácia comunitária rural. Os
doentes, diabéticos tipo 2 medicados com antidiabéticos orais e maiores de 18 anos, foram convidados a
participar no estudo pela equipa da farmácia durante o atendimento. Incluíram-se, de forma oportunística,
todos os que, durante o mês de agosto de 2015, recorreram à farmácia e aceitaram participar. Cada
participante preencheu o questionário elaborado para o efeito que incluía dados pessoais, terapêutica
antidiabética oral, parâmetros de monitorização da diabetes, como a glicemia e a hemoglobina glicada
(HbA1c) e comorbilidades. A avaliação da adesão à terapêutica foi efetuada mediante questionário de
autopreenchimento, adaptado do Adherence to Refills and Medication Scale (ARMS), constituído por 14
questões, com 4 respostas possíveis cada: “Nunca”, “Às vezes”, “Muitas vezes” ou “Sempre”, classificadas
de 1 a 4, respetivamente. Pontuações mais baixas indicam melhor adesão à terapêutica. A efetividade da
terapêutica foi avaliada para os doentes que reportaram o seu último valor de HbA1c, considerando-se
patologia controlada sempre que HbA1c ≤6,5%. Os valores médios são apresentados como médiadesvio
padrão.
Resultados:
Integraram o estudo 30 doentes, 22 (73,3%) do género masculino, com idade média de 65,811,04 anos (entre
44 e 84 anos). Os doentes com escolaridade conhecida (29), estudaram em média 5,93,49 anos. Cada
participante tinha prescrito 1,7±0,95 antidiabéticos orais (mínimo de 1 e máximo de 4), sendo as biguanidas
(53,3%), as sulfonilureias (40,0%) e as associações de inibidores da dipeptidil peptidase 4 com biguanidas
(30,0%) as classes farmacoterapêuticas prevalentes. As principais comorbilidades registadas foram a
hipertensão arterial (76,7%) e a hipercolesterolemia (70,0%). A pontuação média obtida no questionário de
adesão à terapêutica foi de 17,7±2,76 (mín. 14; máx. 24), situando-se a maioria (16) no escalão entre 16 e 19
pontos. Da análise efetuada às diversas variáveis, salienta-se que não parece existir diferença na adesão em
relação ao género contudo, parece haver heterogeneidade quando se considera a variável “médico de
família”.
Dos 15 doentes com valores conhecidos de HbA1c, 3 encontravam-se controlados. Para os 24 doentes com
níveis de glicemia em jejum conhecidos, 19 apresentaram valores superiores a 110 mg/dL.
Conclusão:
Para a amostra em estudo, a adesão à terapêutica, em média, parece aproximar-se do ideal. Face aos dados
de monitorização da glicemia, que apontam para um mau controlo da patologia, a adesão à terapêutica
instituída parece não ser suficiente para controlo da diabetes. Impõe-se que o farmacêutico alargue a sua
intervenção, nomeadamente, pela inclusão dos doentes em consulta farmacêutica.
136
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0012
Caracterização da utilização de anti-inflamatórios não esteroides em automedicação numa
farmácia comunitária
Rita Paixão1, Carolina Amaral1, Ana Peixoto1, Maria Teixeira2
Farmácia Holon Vale de Figueira, 2Farmácia Holon
1
Objectivo:
Documentar e analisar os hábitos de consumo de anti-inflamatórios não esteroides em automedicação, sem
aconselhamento de um profissional de saúde, numa farmácia comunitária.
Metodologia:
A recolha de informação foi feita durante os meses de maio e junho de 2015. Ao ser solicitado um antiinflamatório não esteroide sem prescrição médica, a equipa da farmácia registou qual a substância ativa
pedida e respetiva dose, o sexo e idade aproximada do utente (divida em 4 faixas etárias) e ainda o motivo
apresentado para a toma do medicamento. Foram excluídos os indivíduos que aceitaram uma sugestão
alternativa mais adequada.
Resultados:
Foram recolhidos resultados de 111 utentes, 64% dos quais do sexo feminino. Do total das solicitações,
43,2% foram feitas por utentes com idades compreendidas entre os 35 e os 49 anos. Os idosos (idade ≥65
anos), grupo de risco na utilização destes anti-inflamatórios, representaram 13,5% do total da amostra.
Em todas as faixas etárias avaliadas o ibuprofeno 600 mg foi o fármaco mais requisitado (46% do total de
solicitações). Dos diversos motivos apresentados destaca-se a dor inespecífica (27), seguindo-se a artralgia
(15), odontalgia (14) e cefaleia (13).
Conclusões:
Sendo o paracetamol a primeira opção terapêutica para situações dolorosas, verificou-se que os antiinflamatórios não esteroides são muito requisitados para o alívio da dor em todas as faixas etárias avaliadas.
A utilização generalizada de anti-inflamatórios não esteroides em auto-medicação apresenta riscos devido
aos potenciais efeitos adversos (particularmente ao nível gastrointestinal e cardiovascular) e às interações
possíveis com outros fármacos. Os idosos polimedicados são uma população mais suscetível aos efeitos
potencialmente nefastos destes fármacos.
Neste âmbito, o contributo do farmacêutico poderá revelar-se uma mais-valia na gestão da automedicação
com anti-inflamatórios não esteroides.
Os resultados obtidos neste estudo servirão para a criação de um modelo de intervenção farmacêutica que
permita melhorar a efetividade e a segurança da terapêutica instituída, bem como para a análise mais
detalhada dos utentes da farmácia, dando especial ênfase ao doente polimedicado.
137
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0013
Utilização do teste rápido à urina como suporte à intervenção farmacêutica
Ana Catarina Fonseca1, Ana Filipa Pereira1, Eva Carvalho1, Ana Isabel Silva1
1
Farmácia Normal
Objectivo:
Melhorar a intervenção farmacêutica na prevenção, deteção e monitorização de doenças com dados
recolhidos através do equipamento URIT-30.
Metodologia:
Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica dos manuais de apoio ao equipamento URIT-30, dos quais “Guia de
intervenção farmacêutica para análises de urina” e “Manual do utilizador”.
Resultados:
O equipamento URIT-30 destina-se à determinação semi-quantitativa de vários parâmetros na urina, sendo o
método instrumental de análise a espectroscopia de refletância, devendo ser utilizadas tiras reagente da série
Uritest G. A análise dos resultados permite ao farmacêutico inferir sobre a possibilidade de diferentes
situações patológicas tendo em conta os seguintes parâmetros: densidade (desidratação, Diabetes Mellitus,
edema, uso de drogas), pH (acidose no sangue, infeções urinárias por bactérias), nitritos (infeções por
bactérias Gram negativas), glucose (Diabetes Mellitus ou alterações no valor da glicémia, doença renal),
proteínas (doença renal, infeção urinária), cetonas (jejum prolongado, uso de determinados fármacos),
urobilinogénio (disfunção hepática, obstipação prolongada), bilirrubina (doenças hepáticas, neoplasias
hepáticas ou do trato biliar), leucócitos (infeção bacteriana) e sangue (doença renal, doença do aparelho
urogenital). Este teste rápido à urina está indicado quando se verificam alterações do metabolismo dos
hidratos de carbono (Diabetes), alterações do metabolismo hepático, despiste de inflamações e infeções do
aparelho urinário ou alterações da função renal. Permite assim actuar na fase de deteção precoce, por
exemplo de uma infeção urinária, e através do aconselhamento de terapêutica não farmacológica minimizar
os sintomas, ao mesmo tempo que é feito o encaminhamento ao médico de modo a que o doente inicie o
tratamento o mais rápido possível prevenindo possíveis complicações. Ainda na fase de identificação de
doença e, no que diz respeito à Diabetes, a presença de glucose na urina pode constituir um possível factor
de diagnóstico. Por outro lado, este teste é utilizado também para monitorização da terapêutica instituída
para a infeção urinária, com o objectivo de confirmar que foi eficaz e que o problema de saúde foi
solucionado. No caso de monitorização de doentes diabéticos e doentes com história de insuficiência renal
crónica é utilizado maioritariamente para despiste de casos em que há suspeita de lesão renal.
Conclusões:
Com a realização deste teste, o farmacêutico tem mais dados à sua disposição para direcionar o seu
aconselhamento, seja no encaminhamento ao médico em casos de relevante alteração dos parâmetros, seja
no aconselhamento farmacológico e não farmacológico para alívio dos sintomas relatados pelo doente,
sustentando e diferenciando a sua intervenção.
138
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0014
A contribution to pharmacy management: Pharmaceutical services cost calculation using
Time-driven Activity-based costing
João Gregório1, Giuliano Russo1, Luís Velez Lapão1
Global Health and Tropical Medicine, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa
1
Background:
Pharmacists have experienced an expansion of their role in the last decades, developing the scope of services
offered. One challenge that pharmacists face when obtaining payment from patients is establishing a price for
the service that is sufficient to support it, and is perceived as a good value by the patient. However, little
research has been conducted on the costs of pharmaceutical services (PS) in Portugal.
Aim:
To accurately calculate costs it is important to use a costing methodology that supports itself on real-world
data. This study describes the development and application of a Time-driven Activity Based Costing (TDABC)
model in a sample of pharmacies in Portugal, with the objective of calculating the cost of the PS provided.
Methods:
PS supply patterns were studied through a time and motion observation in selected pharmacies. The main
inclusion criteria were their urban location in the metropolitan Lisbon area. Three pharmacies were included as
participants. The observation study took place during a regular weekday full 8 hours shift. The main outputs of
interest were the time spent performing a service and the activities required to carry out each service. Data on
pharmacy costs were obtained through pharmacies’ accounting records for the month the observation took
place. With this data, cost rates for each activity and time equations for each service were developed.
Results:
The main pharmaceutical services observed were the dispensing of medicines, counselling provision without
dispensing, OTC provision with counselling and health screening services. We found the overall costs of
services across three pharmacies to be very similar, with the average dispensing service cost at €3.66.
Excluding depreciation, amortization and taxes (DAT), this value drops to €2.12; for the counselling service,
the average was €1.34, or €0.87 excluding DAT; OTC dispensing average cost was €2.16, or €1.30 excluding
DAT; Health screening services’ average costs were €3.59, or €1.90 without the DAT.
Conclusions:
The TDABC model described provides new insights on management of community pharmacies in Portugal. As
the time equations show which activities demand more time, pharmacy managers may get an idea of which
activities lead to higher costs. This study shows the importance of cost analysis for pharmaceutical services
provision. Results from this analysis are expected to contribute to the improvement of community pharmacy
organizational business models.
139
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0015
Implementation of a Chronic Care eHealth Pharmaceutical Service Using Design Science
João Gregório1, Ângela Pizarro2, Afonso Cavaco1, Rolf Wipfli3, Christian Lovis3, Miguel Mira da Silva4,
Luís Velez Lapão1
1
Global Health and Tropical Medicine, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa, 2Instituto de
Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa, 3Hôpitaux Universitaires de Genève, 4Instituto Superior Técnico
Background:
Chronic diseases are the main cause of mortality throughout Europe. The increasing prevalence of chronic
diseases is leading to the necessity of health system reforms, with multidisciplinary teams as models of these
movements, with major roles for non-physicians, such as community pharmacists (CP) and nurses. There is a
need for IT support, in developing an extended role for CP to include the interaction with patients. Different
scenarios for the future of community pharmacists exist, with eHealth emerging as one innovation that may
develop in next years to harvest this potential.
Aim:
The objective of this project was to design, implement and evaluate a disease management web-based
interactive service, within a community pharmacy setting, using design science research methodologies
(DSRM).
Methods:
The application of the DSRM six stages’ is described, from the definition and characterization of the problem
to the evaluation of the artefact. The first stage, to assess the current state of pharmaceutical services
provision and use of IT in community pharmacy, consisted of an online survey followed by an observational
time-and-motion (T&M) study. In the second stage, qualitative interviews with health services’ users were
performed. These two stages helped to inform the design of the web-platform, that was tested and the
usability evaluated in the following stages, through a case study with selected patients among users of the
participant pharmacies.
Results:
From both the survey and observational study, it was found that pharmacies’ IT system is mainly used for
dispensing medicines and administrative tasks; 15% used it to answer to patients’ queries; 50% of
pharmacist’s time is spent with patients, while there is 54 minutes of free time. In the patients’ perspective,
46% of the interviewees admitted that they sought healthcare provision with the CP for minor issues before
going to a physician, while home delivery was the most requested service. In the demonstration stage, we
found that the registration, monitoring and storage of biochemical and physiological data, recorded by the CP
and the patient in the platform, contributed to a common interest that may allow an improvement in patient’s
health outcomes. From the usability evaluation, concerns about the quick access to information were
perceived as well as about easiness of use addressing senior’s difficulties.
Conclusion:
DSRM helps in implementing eHealth services through a higher involvement of the stakeholders. The quality
and usability of the web-based platform end-up being critical. The eHealth services also needs to be more
integrated in the current daily business and some marketing efforts need to be done, to recruit and
demonstrate value to the chronic patients and physicians. Further research that do so is expected to improve
this knowledge.
140
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0016
Desenvolvimento de um de apoio ao serviço de Indicação Farmacêutica
Cristina Silva1, Célia Ramalho1, Paula Fresco2
SerFarma, Lda., 2FFUP
1
Objectivo:
A utilização dos MNSRM em Portugal tem vindo a crescer, representando, em 2014, mais de 37 milhões de
unidades vendidas (cerca de 211 milhões de euros). O farmacêutico tem uma responsabilidade importante na
promoção da utilização adequada e segura destes medicamentos, quer pela sua formação mas também pela
posição privilegiada entre o doente e o acesso aos MNSRM; por outro lado, muito devido ao envelhecimento
da população e a um melhor acesso aos cuidados de saúde, é cada vez mais frequente o doente ser
polimedicado e apresentar múltiplas co-morbilidades; neste contexto, o objectivo foi desenvolver uma
ferramenta informática de utilização rápida, prática e intuitiva, para apoiar o farmacêutico no serviço de
indicação farmacêutica.
Metodologia:
Identificação das situações passíveis de automedicação e respectivos critérios de referenciação; identificação
e caracterização dos MNSRM autorizados em Portugal; desenvolvimento/programação de algoritmos de
decisão com base na informação recolhida; desenvolvimento de conteúdos de informação para apoiar a
dispensa e para informação ao doente.
Resultados:
Foi desenvolvido um software de acesso online e funcionamento simples e intuitivo, que se adapta à realidade
profissional dos farmacêuticos comunitários. Esta ferramenta vai apoiar o farmacêutico na identificação
sistemática de situações passíveis de automedicação e na seleção de MNSRM seguros e adequados, de
acordo com as características de cada doente. O software disponibiliza ainda informação para apoiar a
dispensa dos MNSRM e informação para o doente.
Conclusões:
Esta ferramenta permitirá melhorar a qualidade e eficiência do serviço de indicação farmacêutica,
contribuindo para o uso racional dos MNSRM e para a consequente melhoria dos resultados em saúde.
141
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0017
Implementação do Serviço de Cuidados Farmacêuticos na Fª Central Cacém: avaliação dos
primeiros 6 meses.
Ana Luísa Ramos1,Dino Almeida1, Cláudia Taborda1, Maria Anita Silva1, Lígia Reis1
Farmácia Central, Cacém
1
Desde 1990 que a maioria das organizações farmacêuticas europeias reconheceu que os cuidados
farmacêuticos seriam o futuro estratégico para a profissão.
Apesar da crise e da grave conjuntura económico-social que Portugal atravessa e do forte impacto negativo
no sector das farmácias, a vontade de empreender e de desenvolver um modelo de farmácia baseado em
serviços farmacêuticos de qualidade foi a aposta estratégica da Farmácia Central do Cacém no ano
2014/2015. O presente estudo teve como objetivo avaliar os resultados clínicos e de satisfação com o serviço
de cuidados farmacêuticos implementado no período de janeiro a junho de 2015. O serviço foi prestado por
farmacêutico com formação específica e experiência na metodologia SOAP, com uma abordagem integrada
do doente, sendo realizadas 3 visitas por utente, sem qualquer custo.
A amostra de utentes foi avaliada quanto ao grau de adesão à terapêutica, à evolução dos parâmetros
clínicos (PA, Glicemia, Col T, Trigl), aos problemas relacionados com medicamentos (PRMs) e respetiva
resolução, às intervenções farmacêuticas realizadas e, por último, à sua satisfação com o serviço.
Realizou-se um estudo observacional, analítico, prospetivo de uma coorte de utentes registados na base de
dados da farmácia e com terapêutica para HTA, Diabetes, Dislipidemia, Asma e/ou DPOC.
Foram realizadas 255 visitas e abrangidos 105 utentes que se apresentaram com uma média 3,2 ±1
patologias. Após 3 visitas verificou-se uma melhoria da adesão à terapêutica em 22 utentes (81%) e os
parâmetros bioquímicos e fisiológicos avaliados registaram uma redução dos valores quando comparadas as
médias iniciais com as finais nomeadamente do IMC -0,213 kg/m2 (p=0,0065), da PAS -10,51 mmHg
(p<0,0001), do COL total -8,91 mg/dL (p=0,0063), dos Triglicéridos -41,73 mg/dL (p=0,0004) e da Glicemia em
jejum -7,75 mg/dL (p=0,0046) sendo estas reduções estatisticamentesignificativas. Aplicando a classificação
de PRMS definida no 2º Consenso de Granada identificaram-se 155 PRMs, maioritariamente de efetividade
(81%) sendo 70% resolvidos com as intervenções farmacêuticas realizadas. Entre as várias intervenções
farmacêuticas o aconselhamento terapêutico, com reforço da adesão, e de medidas não farmacológicas
foram uma constante nas 3 visitas,
No final, os utentes consideraram que o serviço teve um elevado índice de qualidade atingindo uma média de
4,42, numa escala de 1 a 5, tendo a maioria (72%) considerado o serviço Ótimo. Todos eles referem que
pretendem continuar a utilizar o serviço e o recomendam estando disponíveis para pagar um valor de 9€, em
média, por visita.
O modelo de serviço de cuidados farmacêuticos implementado evidencia ser efetivo quanto ao aumento da
adesão à terapêutica, à redução dos parâmetros clínicos e à resolução de PRMs. Os níveis da satisfação
atingidos motivam a farmácia a continuar com a aposta estratégica definida. Pesquisas futuras deverão ser
realizadas no sentido de evidenciar o custo-efetividade deste serviço.
142
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0018
Follow-up telefónico após 1ª dispensa de medicamentos: resultados do ensaio piloto na
Farmácia Central, Cacém
Ana Luísa Ramos1,Dino Almeida1, Cláudia Taborda1, Maria Anita Silva1, Lígia Reis1
Farmácia Central, Cacém
1
A dispensa de medicamentos é uma função primordial no dia-a-dia do farmacêutico. As recomendações
nacionais e internacionais sobre dispensa de medicamentos visam promover o seu uso correto, efetivo, e
seguro.
Após a reorganização dos serviços de intervenção farmacêutica, a dispensa de medicamentos é considerada
um serviço essencial que visa assegurar que o doente adquire toda a informação que necessita para utilizar o
medicamento com segurança e obter o benefício terapêutico adequado. Distingue-se a dispensa de MNSRM
de MSRM e, nestes, o medicamento que vai ser utilizado pela primeira vez (1ª dispensa) do medicamento de
repetição (dispensa de continuação).
Neste contexto, a Farmácia Central do Cacém reformulou o processo de dispensa de medicamentos
alinhando-o com estas recomendações. Adicionalmente, a farmácia implementou um follow-up telefónico aos
doentes que iniciaram um novo medicamento.
Realizou-se um estudo observacional descritivo para avaliar o impacto da reformulação do processo de
dispensa de medicamentos alvo de 1ª dispensa e do follow-up telefónico.
Durante 2 meses (Nov e Dez 2014) a farmácia identificou os doentes que iniciaram um novo medicamento ou
terapêutica, dispensou os medicamentos com informação verbal e escrita e contactou o doente
telefonicamente para avaliar a adesão ao plano de tratamento bem como a efetividade e segurança dos
medicamentos dispensados.
Participaram no estudo 61 utentes, dos 84 inicialmente identificados, a quem foram dispensados 100
medicamentos como 1ª dispensa pertencendo, maioritariamente, às classes ATC C–Sistema Cardiovascular
(25%), M-Sistema Músculo-Esquelético (21%) e N–Sistema Nervoso (20%). Foram realizados 91 contactos
telefónicos, em média 8 dias após a dispensa, verificando-se que a maioria (96%) declara cumprir a posologia
prescrita, mas não a reporta de forma espontânea; 55% refere sentir melhorias nos seus sintomas, contudo
43% refere não sentir melhorias tendo 9 doentes (15%) reportado novos sintomas; verificou-se a notificação
de 1 RAM; 20% dos doentes referiram ter dúvidas após ter iniciado o uso dos medicamentos. As intervenções
farmacêuticas realizadas durante o follow-up telefónico totalizaram 159 ações sendo: 47% reforço da
posologia, 16% o tempo que o medicamento demora até ter efeito, 14% esclarecimento da dúvidas. A média
de intervenções farmacêuticas está relacionada com a existência de dúvidas (p<0,0001), com novos sintomas
que surgem após inicio da terapêutica (p= 0,0041) e quando o doente não sente melhoria/evolução do seu
estado de saúde (p= 0,0051).
O follow-up telefónico realizado num curto prazo após a 1ª dispensa revelou-se uma medida útil no
acompanhamento dos doentes e na promoção da adesão à terapêutica colmatando necessidades adicionais
de informação e dificuldades que os doentes apresentam após o início de uma nova terapêutica bem como
resolver situações relacionadas com a segurança dos medicamentos. Investigações futuras deverão ser
dirigidas às terapêuticas crónicas uma vez que os doentes tendem a tornar-se não-aderentes ao longo do
tempo.
143
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0019
Avaliação da Ototoxicidade de Fármacos Comercializados em Farmácia Comunitária em
Portugal
Ana Dias1, Anabela Mascarenhas1, Maria Eugénia Gallardo2, Samuel Silvestre2, Natércia Silvestre3
1
Farmácia Saúde, 2UBI, 3Hospital Amato Lusitano
Introdução:
A sensibilidade auditiva pode ser afetada e isso constituir um grave problema de saúde pública. De fato, com
o avançar da idade, é normal que alguns indivíduos tenham a sua capacidade diminuída, sendo a utilização
de determinados fármacos, uma das causas que podem provocar problemas auditivos. Os fármacos
potencialmente ototóxicos são os aminoglicosídeos, antimaláricos, salicilatos, antineoplásicos e diuréticos da
ansa, como é o caso da furosemida. A farmácia comunitária deve ter um papel ativo na utilização racional
destes medicamentos.
Objectivos:
Compreender quais os principais fármacos que provocam ou têm a potencialidade para provocar
ototoxicidade e analisar o perfil de cada inquirido, de forma a tentar perceber quais são os indivíduos que se
encontram mais suscetíveis a ototoxicidade induzida por fármacos.
Metodologia: Para a determinação da dimensão da amostra deste estudo descritivo recorreu-se ao programa
estatístico Epi InfoTM. Foi elaborado um inquérito com 24 perguntas de resposta rápida e aplicado a 385
inquiridos em contexto de farmácia comunitária. Foi feito o registo e a análise dos dados com recurso ao
software SPSS STATISTICS 22, tendo-se aplicado técnicas de estatística descritiva e de estatística inferencial,
nomeadamente: frequências, medidas de tendência central, medidas de dispersão ou variabilidade e
coeficientes.
Resultados:
Verificou-se que 22,6% dos inquiridos indica sofrer de alguma patologia relacionada com o ouvido e que
36,6% já notou alguma perda na sua capacidade auditiva. Dos inquiridos que têm perda de audição, 41,4%
referem que têm problemas de audição na família. Relativamente aos sintomas que podem estar associados
com a perda auditiva, 33% dos indivíduos referiu sentir zumbidos e 22,9% vertigens. Dos inquiridos que
indicaram sofrer perda de audição, 4,2% referem que tomam furosemida, um fármaco potencialmente
ototóxico e verificou-se existir uma associação (embora reduzida) entre a variável perda de audição e a toma
de furosemida. No caso da sinvastatina, um fármaco não descrito como sendo ototóxico mas que pode
provocar tonturas, dos inquiridos que referem perda de audição, 4,2% indicaram que tomam este fármaco,
sendo que a associação entre a variável perda de audição e a toma de sinvastatina é baixa. No caso do lítio,
observou-se que a sua possível ototoxicidade não está descrita no RCM deste fármaco.
Conclusões:
Considerando a amostra do estudo, verificou-se que o avanço da idade é um fator relevante na diminuição da
capacidade auditiva. O envelhecimento, a exposição constante ao ruído, as doenças infeciosas e
determinados fármacos, são causas que podem originar perda auditiva. Os idosos são a população que mais
medicação toma, por isso cabe ao farmacêutico, como profissional de saúde e especialista do medicamento,
estar alerta para eventuais situações, de forma a minimizar os danos causados pelos fármacos na audição.
144
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0020
Avaliação do Risco Cardiovascular nos Municípios de Almada, Amadora, Loures e Odivelas
Eunice Barata1, Glenn Pedreiro2, Sara Costa2, Vírginia Adegas1, Ineida Gomes3, Rita Horta4
Farmácia Dolce Vita, 2Farmácia do Hospital Beatriz Ângelo, 3Farmácia Codivel, 4Farmácia do Bairro
1
Objectivo:
Identificação de doentes em risco de Doença Cardiovascular (DCV) ou com DCV mal controlada, através de
um rastreio realizado em quatros farmácias situadas nos municípios de Almada, Amadora, Loures e Odivelas.
Metodologia:
Foi realizado um rastreio com a duração de 8 horas em cada uma das farmácias, tendo a amostra sido
selecionada de forma aleatória, consoante a participação dos utentes.
O rastreio consistiu na determinação do Peso, Altura, Pressão Arterial Sistólica e Diastólica, Pulsações por
Minuto, Triglicéridos, Colesterol Total, c-HDL e c-LDL, e em preencher um questionário anónimo, após
consentimento informado.
Todos os dados foram analisados de forma a calcular o Índice de Massa Corporal (IMC) e a avaliar o Risco
Cardiovascular (RCV) de cada utente de acordo com o Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE).
Resultados:
O estudo incidiu sobre 101 indivíduos de idade compreendida entre os 12 e os 92 anos: 72 do sexo feminino
e 29 do sexo masculino.
Os resultados do IMC demonstraram 2 utentes com Baixo Peso, 41 com Peso Normal, 33 em Pré-obesidade,
19 em Obesidade Classe I, 4 em Obesidade Classe II e 2 em Obesidade Classe III. Quanto ao RCV, das 101
pessoas incluídas no estudo, apenas 48 apresentaram as condições necessárias para o uso das tabelas do
SCORE: 15 utentes com RCV Baixo, 12 com RCV Moderado, 11 com RCV Alto e 10 com RCV Muito Alto.
De realçar que 7 utentes com RCV Baixo, 7 com RCV Moderado, 6 com RCV Alto e 5 com RCV Muito Alto
afirmaram não praticar exercício físico.
Segundo os valores de referência e recomendações da Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC), Sociedade
Europeia de Aterosclerose (SEA) e Direção-Geral da Saúde verificaram-se 31 casos com hipertrigliceridémia e,
no que respeita ao c-LDL, detetaram-se fora dos limites recomendados 9 pessoas com RCV Muito Alto, 4
com RCV Alto e 7 com RCV Moderado.
Por fim, o estudo possibilitou ainda a identificação de utentes com patologia não medicada e utentes com
patologia medicada mas não controlada. No primeiro grupo, destacaram-se 5 indivíduos com valores de
Triglicéridos superiores a 200 mg/dL e 2 casos de Hipertensão Arterial Ligeira (HTA) com RCV Alto. No
segundo grupo, foram encontrados mais 6 casos de Triglicéridos registados acima de 200 mg/dL, 2 casos de
HTA Ligeira com RCV Alto, 2 de HTA Moderada com RCV Muito Alto e 3 de HTA Grave.
Conclusões:
Este estudo abre caminho para o acompanhamento farmacoterapêutico de vários utentes, de forma a
implementar medidas para a ajuda na cessação tabágica e motivando a prática de exercício físico, de hábitos
alimentares mais adequados ou a toma de nutracêuticos. O Farmacêutico pode também tentar perceber se
há má adesão terapêutica, interações medicamentosas ou a necessidade de reencaminhar para o médico.
O desenvolvimento de iniciativas como esta leva à redução da mortalidade, morbilidade, absentismo.
145
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0021
Estudo da Acessibilidade ao Medicamento: Farmácia Comunitária Localizada em Hospital vs.
Farmácia Comunitária de Localização Convencional
Eunice Barata1, Ana Filipa Baltazar2, Diana Oliveira2, Sónia Ferreira2, Andreia Fernandes3
Farmácia Dolce Vita, 2Farmácia do Hospital Beatriz Ângelo, 3Farmácia Codivel
1
Objectivo:
Avaliação do intervalo temporal mediado entre a prescrição da receita médica num Hospital com Farmácia
Comunitária Integrada nas suas Instalações (HFCII), e o aviamento da mesma em duas farmácias distintas:
Farmácia Comunitária de Localização Convencional (FCLC) situada num concelho limítrofe do HFCII que faz
parte da sua área de abrangência e Farmácia Comunitária Localizada em Hospital (FCLH); e a sua
repercussão na acessibilidade ao medicamento.
Metodologia:
O estudo baseou-se numa amostra de 240 receitas médicas com origem no HFCII e que foram alvo de
inquérito na FCLC (sito a 5,6 km do HFCII, cerca de 11 minutos de carro) e na FCLH. Definiu-se que, em cada
farmácia, o número de inquéritos aplicados a receitas médicas Prescritas em Episódio de Urgência a analisar
seria igual ao número de inquéritos aplicados a receitas médicas Prescritas em Consulta Externa (PCE).
Na FCLC aplicaram-se 20 inquéritos no acto de aviamento das receitas médicas PEU e 20 inquéritos no acto
de aviamento das receitas médicas PCE.
Na FCLH aplicaram-se 100 inquéritos no acto de aviamento das receitas médicas Prescritas em Episódio de
Urgência (PEU) e outros 100 inquéritos no acto de aviamento das receitas médicas Prescritas em Consulta
Externa (PCE).
Resultados:
Relativamente às receitas médicas PEU, na FCLH apurou-se que mais de 90% das receitas foram aviadas 15
minutos após a sua prescrição. A totalidade dos inquéritos definidos para esta farmácia para os episódios de
urgência, e consequente aviamento das receitas, foram aplicados no prazo máximo de 24 horas.
Na FCLC verificou-se que 25% das receitas médicas PEU foram aviadas 12 horas após a sua prescrição. A
totalidade dos inquéritos definidos para esta farmácia para receitas médicas PEU foram aplicados 36 horas
após a prescrição.
No que é respeitante às receitas médicas PCE, apurou-se que mais de 90% das receitas foram aviadas em 24
horas na FCLH, e destas 65% foram aviadas nos 15 minutos que se seguiram ao acto de prescrição.
Na FCE, 20% das receitas médicas PCE foram aviadas em 24 horas, e destas 5% foram aviadas nos 150
minutos seguintes ao acto de prescrição.
Conclusões:
Conclui-se que o intervalo temporal entre a prescrição, tanto PEU como PCE, e o aviamento da receita
médica é marcadamente inferior na FCHL.
A acessibilidade ao medicamento está facilitada na FCLH na medida em que proporciona um ganho de tempo
expressivo, o que poderá influir no número de receitas médicas não aviadas. A existência de uma FCHL
concretiza a possibilidade de acesso imediato ao medicamento e maior comodidade no aviamento das
receitas médicas e, consequentemente, poderá ter um impacto significativo na adesão à terapêutica.
A FCHL possibilita uma melhoria na acessibilidade dos utentes ao medicamento, o que poderá
consubstanciar ganhos significativos em saúde e bem-estar da comunidade, e, no limite propiciar uma
poupança no erário público.
146
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0022
Avaliação da Utilização de Benzodiazepinas em Idosos
Mélanie Duarte1, Andreia Rocha1, Regina Dias1, Pedro Ribeiro1, Gonçalo Lourenço1, Rosa Cunha1,
Joana Morais1, Ângela Guedes1
Farmácia Luciano e Matos
1
Objectivo:
Avaliar o perfil de utilização de benzodiazepinas numa amostra de utentes idosos de uma farmácia
comunitária.
Metodologia:
Através da ferramenta informática Sifarma 2000, foram recolhidos os nomes de todos os utentes que
adquiriram benzodiazepinas entre janeiro e junho 2015. Dos 1257 nomes recolhidos, foram identificados 355
utentes com 65 ou mais anos (não foi possível apurar a idade de 625 utentes e 277 tinham menos de 65
anos). Destes 355 utentes com mais de 65 anos, foi possível contactar 302, sendo que 39 se recusaram a
responder. Dos 263 utentes que aceitaram responder ao inquérito, 190 foram incluídos no estudo. Os
restantes 73 foram excluídos por não tomarem benzodiazepinas (n=16) ou por não responderem totalmente
às questões (n=57).Os inquiridos foram questionados acerca do tempo de tratamento, indicação terapêutica e
sobre a ocorrência de quedas durante o tratamento com benzodiazepinas.
Resultados:
Foram analisados 190 inquéritos, dos quais 35 (18,4%) pertenciam a utentes do sexo masculino e 155
(81,6%) a utentes do sexo feminino, com idade média de 75 anos [65-99].
As benzodiazepinas de curta e média duração de ação revelaram ser as mais utilizadas (61,6%), e destas, o
alprazolam (30,3%) e o lorazepam (19,4%) são as moléculas que mais se destacam. Relativamente às
benzodiazepinas de longa duração de ação, o bromazepam (16,1%) e o diazepam (9,5%) representam os
fármacos mais consumidos. A grande maioria dos utentes (98,9%) tomava as benzodiazepinas há mais de 1
mês.
A insónia (62,1%) foi a indicação terapêutica mais referida para a utilização das benzodiazepinas. As
benzodiazepinas foram prescritas a 27 utentes (14,2%) para tratamento da ansiedade e 42 (22,1%) utentes
mencionaram tomar benzodiazepinas para controlar simultaneamente a insónia e a ansiedade. Apenas 3
utentes (1,6%) referiram tomar os medicamentos em estudo com indicações terapêuticas diferentes,
nomeadamente para a epilepsia (n=2) e para o alívio de dores, pela sua ação miorrelaxante (n=1).
Os utentes ainda foram questionados quanto à ocorrência de quedas durante o tratamento com
benzodiazepinas, sendo que 23 (12,1%) responderam afirmativamente à questão colocada. Do conjunto de
inquiridos, 2 (1,1%) não responderam à questão relacionada com a ocorrência de quedas.
Conclusão:
Neste grupo de idosos, as benzodiazepinas de curta e média duração de ação são as mais utilizadas,
observando-se ainda assim um consumo considerável de benzodiazepinas de longa duração de ação. O
alprazolam é a benzodiazepina mais consumida mas, apesar de ser classificada como de curta duração de
ação, a sua semi-vida está aumentada nos idosos devido ao seu metabolismo, pelo que não é a mais
apropriada nesta faixa etária. Perante este cenário, torna-se evidente a necessidade dos farmacêuticos
intervirem, junto dos utentes e dos prescritores, no sentido de alertar para o uso inapropriado de
benzodiazepinas na faixa etária em estudo.
147
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0023
Intervenção Farmacêutica na comunidade escolar
Vera Manso1, Joana Mendes1, Patrícia Gomes1
1
Farmácia Holon Campo Grande
A pediculose afeta entre 30% a 50% de crianças em idade escolar. Habitualmente, a aplicação de produtos
antiparasitários é eficaz, ainda assim, para um bom controlo da infestação é importante a partilha e aplicação
do conhecimento, capacidade de educação e intervenção ativa na comunidade.
No âmbito da campanha de sensibilização “A escola e a pediculose”, que decorreu no ano lectivo 2014/2015,
a Farmácia Holon Campo Grande visitou o externato “O Poeta“. Este é um dos projetos de educação e
intervenção activa na comunidade das Farmácias Holon, que prevê melhorar conhecimentos e
comportamentos sobre pediculose, assim como reduzir a sua incidência e disseminação no meio escolar.
Desmistificar a relação entre pediculose e más condições de higiene e/ou baixo nível sócio-económico e
incentivar a notificação dos casos de infestação entre crianças, encarregados de educação e escola, são
também objetivos abrangidos nesta iniciativa. O farmacêutico, enquanto promotor de saúde integrado na
comunidade, tem a responsabilidade de intervir eficazmente no controlo da pediculose. Além disso, a escola,
enquanto local de formação é ideal para o desenvolvimento de atividades educativas que tenham o objetivo
de motivar alterações comportamentais que minimizem, neste caso, a disseminação da pediculose.
Este projecto consiste numa apresentação oral, que pretende ser dinâmica e interativa, entre farmacêuticos e
alunos, com apoio informático. O público alvo desta ação foram crianças entre os 6 e os 10 anos de idade, de
quatro turmas do 1º Ciclo do Ensino Básico. Decorreu ao longo de quatro sessões, nas instalações da
unidade escolar, num total de 68 alunos abrangidos. Foi entregue a cada aluno uma base de desenho para
pintar e um folheto dirigido aos encarregados de educação sobre as principais formas de transmissão,
prevenção e tratamento da pediculose. Os desenhos, devidamente identificados, foram posteriormente
entregues na farmácia, tendo sido expostos ao público na montra da mesma. Esta exposição foi um sucesso,
tendo trazido várias famílias à farmácia. Os desenhos revelaram um grau de atenção elevado e um
envolvimento por parte dos encarregados de educação muito interessante.
Em suma, são projetos como este que distinguem e motivam as Farmácias Holon a continuar a desempenhar
um papel ativo nas comunidades onde estão inseridas.
148
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0024
Regresso do Programa de Troca de Seringas às Farmácias
Anabela Madeira1, Rute Horta1, José Pedro Guerreiro2, Maria Cary2, Suzete Costa2
ANF, 2CEFAR
1
Introdução:
Os Utilizadores de Drogas Injectáveis (UDI’s) apresentam um elevado risco de contrair doenças infecciosas,
como VIH e hepatites B e C, através da partilha de seringas, agulhas e outros materiais utilizados no consumo
de drogas, e através de relações sexuais não protegidas.
O Programa Troca de Seringas (PTS) visa alterar comportamentos e hábitos entre os UDI’s. A aposta é feita na
prevenção de infecções pelo VIH, Hepatites B e C, por via endovenosa e sexual que passa por evitar a
partilha de seringas e de outro material de injecção facilitando o acesso a seringas esterilizadas, promover o
uso do preservativo e divulgar informação personalizada sobre Infecções Sexualmente Transmitidas. Devido à
elevada frequência com que as injecções podem ocorrer, a disponibilização de material aos UDI’s, deve estar
acessível e não deve ser alvo de restrições. Acessibilidade, horários alargados e conveniência, são maisvalias que as farmácias podem acrescentar ao programa.
Em Janeiro de 2015, e após uma suspensão do Programa Troca de Seringas (PTS) por mais de 1 ano, este
regressou às farmácias na sequência de um Acordo com o Ministério da Saúde assinado em 2014.
Objectivo:
Este trabalho tem como objectivo descrever a implementação do PTS nas Farmácias desde Janeiro de 2015.
Metodologia:
Será efectuada uma descrição do PTS nas farmácias, caracterizando o objectivo do Programa, a intervenção
farmacêutica e a implementação nas Farmácias. Para apoiar a intervenção das farmácias no PTS foram
realizadas várias reuniões descentralizadas e disponibilizados fluxogramas de intervenção, actualização do
sistema informático, procedimentos informáticos, autocolante e cartaz, entre outros.
Serão apresentados resultados relativos à adesão das Farmácias ao programa e ao número de registos de
trocas efectuadas durante o período de Janeiro a Agosto de 2015.
Resultados:
Até 30 de Agosto de 2015 aderiram 1.491 farmácias, garantindo a cobertura em todos os distritos do
Continente. No mesmo período foram disponibilizados 22.983 Kits, correspondendo a 45.966 seringas
distribuídas, por 354 farmácias com Sifarma. A adesão de Farmácias ao PTS situa-se nos 55,9% e a
proporção de farmácias com registo de dispensa de pelo menos 1 Kit foi de 26,4%.
Os resultados indicam que o programa está em crescimento quer no número de Farmácias envolvidas
(aderentes e com troca de seringas) quer no número total de Kits disponibilizados.
Conclusões:
O envolvimento das farmácias no PTS é fundamental para garantir uma cobertura nacional, acessibilidade e
horários alargados. A adesão expressiva das farmácias ao PTS demonstra a motivação e interesse do sector,
bem como, a sua capacidade de mobilização para a promoção de soluções em saúde. Os resultados das
avaliações do programa permitirão avaliar o contributo do PTS nas Farmácias para a Saúde Pública.
149
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0025
Estudos de Caso – A importância da intervenção do farmacêutico comunitário na deteção de
novos casos de doença e no controlo de patologias crónicas: diagnóstico ativo ao balcão ,
desmistificação de efeitos adversos e avaliação da adesão à terapêutica e de regimes
posológicos.
André Frederico1, Ana Rodrigues1
1
Farmácia Holon BPlanet
O papel do farmacêutico comunitário tem sofrido alterações ao longo do tempo e atualmente a sua
intervenção junto da comunidade deve contemplar mais que a dispensa de medicamentos. Termos como
“consulta farmacêutica” ou “referenciação ao médico” estão ainda pouco presentes no vocabulário do
farmacêutico atual, no entanto e uma vez que o farmacêutico comunitário é dos profissionais de saúde com
maior proximidade e acessibilidade junto da população tem a oportunidade de participar mais ativamente não
apenas no aconselhamento e garantia do uso correto do medicamento como no auxílio da prevenção e
deteção de novos casos de doença.
Os dois casos clínicos apresentados demonstram que cada vez mais o farmacêutico comunitário deve
articular-se com o médico de forma a detetar precocemente patologias que de outra forma poderiam
permanecer desconhecidas pelo doente agravando a sua progressão como também a importância da
promoção da correta adesão à terapêutica instituída pelo médico prescritor assim como da desmistificação
dos efeitos secundários da terapêutica que muitas vezes são fator limitativo na tomada de decisão por parte
do doente.
O primeiro caso clínico refere-se à importância da referenciação ao médico de sintomas e valores obtidos em
rastreios na farmácia. O cliente J.S. que estava de férias em Portugal dirigiu-se à farmácia no sentido de
comprar produtos de dermocosmética no entanto durante o atendimento refere sintomas de polidipsia e
poliúria que o obrigam a levantar-se durante a noite, interferindo na sua qualidade do sono. Refere também
antecendentes familiares de diabetes mellitus tipo 2. Foi sugerido pelo farmacêutico uma determinação da
glicémia capilar no dia seguinte em jejum explicando que seria uma medição com maior valor preditivo mas o
cliente decidiu efetuá-la de imediato.
A medição foi realizada utilizando um aparelho CR3000 cujo princípio de medição baseia-se na absorvância
de amostras coradas em células de leitura. A execução do teste cumpriu com todas as especificações
referidas no manual de utilizador, no entanto o valor da glicémia capilar encontrava-se numa gama de valores
superior ao limite de deteção máximo do equipamento (> 400mg/dL). O valor obtido suscitou dúvidas quanto
à correta realização da medição e por esse motivo foi repetida a análise utilizando o mesmo aparelho mas
recorrendo a uma nova célula de leitura e utilizando um novo feixe luminoso, mantendo-se no entanto um
valor superior ao limite de deteção do equipamento (>400 mg/dL). De acordo com algumas fontes, este valor
é suficiente para a referenciação à consulta médica, no entanto não havendo essa disponibilidade imediata
por parte do cliente foi lhe pedido que voltasse no dia seguinte em jejum de forma a repetir-se a medição.
Para garantir que não se tratava de um erro de operador, a 3ª medição, realizada no dia seguinte, foi
executada por um colaborador diferente da farmácia resultando num valor de glicémia em jejum de 340 mg/
dL.
Face aos valores obtidos, foi aconselhada uma consulta médica imediata dado estarem presentes vários
critérios de diagnóstico de diabetes e foi escrita uma carta de referência à consulta médica onde foram
descritos os motivos de referência à consulta, a intervenção farmacêutica efetuada e os valores das
determinações efetuadas na farmácia. O cliente foi de imediato ao hospital que resultou no diagnóstico de
diabetes mellitus tipo 2 pelo médico e consequente instituição da terapêutica com antidiabéticos orais assim
como no acompanhamento da gliémia capilar através de dispositivos de auto-medição.
Esta intervenção por parte do farmacêutico demonstra a importância da atenção que é requerida em todos os
atendimentos de forma a se detetar sinais e sintomas que reportados ao médico podem resultar num
diagnóstico precoce de doença. Neste caso em particular, a carta de referência à consulta médica permitiu
150
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
que o médico tivesse já alguns valores de referência para o diagnóstico mas também serviu como um
estímulo à consulta médica por parte do cliente que viu nesta intervenção um reforço à gravidade da situação.
Uma vez que o cliente se encontra no seu país de residência, a farmácia ainda não tem dados quanto ao
controlo da doença.
O segundo caso clínico demonstra a importância de o farmacêutico utilizar novas competências e valências
para auxiliar no controlo de doenças que só atualmente são seguidas com maior rigor na farmácia, neste caso
concreto o controlo de doenças respiratórias como a asma.
A cliente S.C.C.P. de 34 anos dirigiu-se à farmácia no sentido de lhe ser dispensada medicação prescrita pelo
médico constante em receita médica. A cliente foi questionada quanto a ser a primeira utilização do
medicamento prescrito (Veraspir® Diskus 50µg/500µg) ou medicação já em uso crónico, sendo esta última
hipótese a referida pela cliente. Foi pedido à cliente o preenchimento de um questionário Carat®, questionário
que avalia o grau de controlo da asma e rinite alérgica. Este questionário é constituído por 10 questões, cuja
pontuação varia de 0 a 3 valores. As 4 primeiras questões referem-se a sintomas das vias aéreas superiores e
as últimas 6 questões a sintomas das vias aéreas inferiores e medicação e a pontuação global, obtida pelo
somatório das 10 questões, varia entre 0 e 30 valores. Como na prática clínica é importante conhecer o grau
de controlo das duas doenças de forma independente, existem sub-pontuações: a pontuação para as vias
aéreas superiores varia entre 0 e 12 e para as vias aéreas inferiores entre 0 e 18 valores. Na interpretação
deve-se ter em conta que uma pontuação das vias aéreas superiores (questões de 1 a 4) superior a 8 indica
bom controlo da rinite alérgica e uma pontuação das vias aéreas inferiores (questões de 5 a 10) igual ou
superior a 16 indica bom controlo da asma. O preenchimento do questionário revelou um mau controlo tanto
da rinite alérgica como das asma uma vez que o valor das sub-pontuações foi de 3 e 0 respetivamente.
Considerando estes valores, foi aconselhado à cliente a realização de um exame espirométrico para verificar
qual o grau de obstrução das suas vias aéreas e também uma avaliação de toda a medicação utilizada pela
cliente no âmbito de uma consulta farmacêutica. Nesta consulta foi feita uma análise global de todos os
medicamentos prescritos com respetiva avaliação posológica: Montelucaste 10mg (1 comprimido ao deitar),
Desloratadina 5mg (1 comprimido de manhã), Cetix® 10 mg (1 comprimido em SOS ao deitar), Nasomet® (em
SOS) e Veraspir ® Diskus 50µg/500µg (em SOS). A análise revelou a adequação dos medicamentos prescritos
ao diagnóstico de asma e rinite alérgica no entanto a utilização de Veraspir ® Diskus 50µg/500µg em regime
de SOS não se encontrava de acordo com a posologia recomendada para este medicamento de acordo com
o descrito no Resumo de Características do Medicamento (RCM). Tratando-se de uma associação entre um
agonista β2 de acção rápida (Salbutamol 50µg) e um corticóide inalado (Propionato de fluticasona 500µg) a
posologia recomendada para este medicamento de acordo com o RCM e de acordo com a Norma da Direção
Geral da Saúde para abordagem e controlo da asma é de 1 inalação duas vezes por dia e de uso em contínuo
visto tratar-se de medicação utilizada na prevenção de exacerbações e sintomas de asma e não para
utilização em SOS, situação para a qual se reserva a utilização de um inalador de ação rápida (Salbutamol
100µg) o qual alivia ataques súbitos de falta de ar. De ressalvar que a cliente não utiliza o inalador de ação
rápida tendo substituído por iniciativa própria pelo Veraspir ® Diskus 50µg/500µg.
Quando questionada em relação à posologia do Veraspir ® Diskus 50µg/500µg a cliente refere que
inicialmente o médico lhe tinha prescrito de acordo com a posologia recomendada mas que a própria tinha
começado a utilizar em SOS por receio de efeitos adversos resultantes da utilização de um corticóide,
nomeadamente o aumento de peso. Foi lhe pedido que explicasse a forma como executa a técnica de
inalação de forma a verificar a correta utilização do medicamento, sendo detetados dois problemas ao nível
da técnica inalatória: incorreta execução da técnica em dispositivo do tipo Diskus não sendo preparada toda
a dose antes da inalação e ainda o desconhecimento da necessidade da realização de um bochecho com
água e sua eliminação no final de cada inalação. Quanto aos hábitos de vida refere uma alimentação não
cuidada, a não realização de exercício físico e historial de hábitos tabágicos antigos.
Foi ainda executado um teste de função respiratória (espirometria) para verificar qual o grau de obstrução das
vias aéreas. A execução do teste foi feita utilizando o equipamento SpiroBank II sendo realizado de acordo
com a técnica de realização correta deste teste: inspiração profunda do máximo volume de ar possível
seguida de uma expiração forçada desse ar retirando-se deste teste os valores da capacidade vital forçada
(FVC) e o volume expiratório máximo num segundo (FEV1) os quais são utilizados na monitorização das
doenças respiratórias sendo que um valor de FVC <80% do valor normal para o indivíduo e uma razão FEV1/
FVC<0,7 são considerados valores que indicam obstrução das vias aéreas. Num doente asmático o
parâmetro FEV1 permite monitorizar o grau de controlo e prever o risco de exacerbações sendo que valores
<80% do valor normal indicam um mau controlo da doença. No caso desta cliente em particular obtiveramse os valores de FVC = 3,29 L (98%) e FEV1 = 2,7 L (93%) com uma razão FEV1/FVC = 0,82. O valor da razão
151
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FEV1/FVC muito próximo do limite de controlo confirma o mau controlo da doença obtido pelo questionário
Carat®.
Finda toda a avaliação e deteção de todos os problemas e receios da cliente em relação à medicação, a
intervenção do farmacêutico passou por vários pontos. Foi aconselhada a utilização do inalador Veraspir ®
Diskus 50µg/500µg de acordo com a posologia prescrita pelo médico (1 inalação duas vezes por dia) e de
forma a estimular a adesão à terapêutica foi lhe explicado que no caso dos corticóides inalados a frequência
da reação adversa receada (aumento de peso) é rara. Além disso foi aconselhada uma nova consulta médica
para que o médico prescritor tomasse conhecimento da utilização incorreta do Veraspir ® Diskus 50µg/500µg
e nova prescrição do inalador de ação rápida para as exacerbações de falta de ar. O farmacêutico procedeu
também ao ensinamento da técnica de inalação correta para o dispositivo Diskus ressalvando a importância
do bochecho com água no final de cada inalação de forma a evitar a candidíase, uma reação adversa
frequente deste medicamento. Após consulta médica a cliente dirigir-se-á novamente à farmácia para nova
avaliação por parte do farmacêutico.
Esta intervenção reflete a necessidade do farmacêutico comunitário na aquisição de novas competências
(como a realização de exames espirométricos) e da importância de um maior cuidado na dispensa de
medicamentos, mesmo os constantes numa prescrição, de forma a detetar casos de incorreta adesão à
terapêutica, erros posológicos, reações adversas ou receio das mesmas.
Os casos clínicos descritos demonstram que o farmacêutico comunitário pode intervir mais ativamente na
saúde dos seus clientes e que cada vez mais são necessários profissionais de saúde com formação contínua
e empenhados em executar o ato farmacêutico no seu pleno de forma a melhorar os indicadores em saúde e
a valorizar o seu papel junto da comunidade.
152
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0026
O Contributo do Farmacêutico Comunitário para o Diagnóstico Precoce da Doença Pulmonar
Obstrutiva Crónica (DPOC) e o seu Papel na Educação para a Saúde dos Doentes com DPOC:
campanha de sensibilização e espirometrias.
Maria João Mendes1, Ema Paulino1, Maria Luísa Teixeira1, Mariana Rosa1, Ana Luísa Pinto1, Valdo Marques1
1
Farmácia Holon
Enquadramento:
A DPOC é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo. Em Portugal a
prevalência encontra-se nos 14,2% da população com mais de 45 anos de idade, estimando-se que um
grande número de indivíduos permaneça subdiagnosticado. Além disso, muitos dos doentes diagnosticados
e com terapêutica farmacológica instituída não têm a sua patologia controlada devido, entre outros fatores, a
uma prevalência relativamente elevada de uma técnica incorreta de utilização dos inaladores.
Objectivos:
Descrever e avaliar a capacidade de um grupo de farmácias comunitárias na organização de campanhas de
sensibilização sobre a DPOC e o seu contributo para o diagnóstico precoce e acompanhamento da pessoa
com DPOC.
Metodologia:
Para identificar os indivíduos com sintomatologia respiratória e com critérios para a realização de uma
espirometria, foi aplicado o questionário “Poderá ser DPOC?”, desenvolvido pela GOLD (The Global Iniciative
for Chronic Obstrutive Lung Disease), constituído por 5 questões que avaliam fatores de risco para a doença e
sintomatologia respiratória. Se o utente respondesse afirmativamente a 3 ou mais dessas questões, era
convidado a realizar uma espirometria. Após a realização da mesma, se o resultado fosse sugestivo de
alterações do padrão ventilatório, o utente era aconselhado a consultar o seu médico. Nos indivíduos já
diagnosticados e tratados, aquando da dispensa dos dispositivos inalatórios, procedeu-se à avaliação e
ensino da técnica correta de utilização dos mesmos.
Resultados:
Nos meses de novembro e dezembro de 2013, foram realizadas 953 espirometrias em 82 farmácias. Entre os
indivíduos que realizaram a espirometria, 52% (n=496) eram do sexo feminino, com uma média de idades de 59
anos, e 248 eram fumadores ativos. 19,1% (n=182) dos participantes foram referenciados ao médico perante
alterações da função respiratória. No decorrer da campanha de 2014, foram realizadas 1224 espirometrias em
129 farmácias. 50,3% (n=616) dos utentes era do género feminino, com uma média de idades de 60,6 anos e
455 eram fumadores ativos. 36,8% (n=450) foram encaminhados para consulta médica devido a deteção de
alterações do padrão ventilatório: 42,7% (n=192) sugestivo de alteração ventilatória obstrutiva; 22,9% (n=103)
sugestivo de alteração ventilatória restritiva; 21,6% (n=97) sugestivo de alteração ventilatória mista.
1167 utentes já diagnosticados com DPOC foram encaminhados para a consulta farmacêutica, onde se
procedeu ao ensino da técnica correta de utilização dos dispositivos de inalação.
Conclusão:
Os farmacêuticos podem desempenhar um papel importante na sensibilização da população para os fatores
de risco da doença e para a importância do diagnóstico precoce. Podem igualmente prestar informação
relevante acerca da utilização correta dos inaladores, contribuindo para a melhoria da efetividade e segurança
da terapêutica farmacológica.
153
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0027
A Intervenção do Farmacêutico Comunitário no Rastreio e Prevenção do Cancro Coloretal
Maria João Mendes1, Ema Paulino1, Maria Luísa Teixeira1, Mariana Rosa1, Ana Luísa Pinto1, Valdo
Marques1
Farmácia Holon
1
Enquadramento:
O cancro coloretal (CCR) representa a segunda causa de morte por cancro no Mundo. O número crescente de
casos nos últimos 30 anos está fortemente associado com o envelhecimento da população, mas também
com os hábitos de vida e alimentação pouco saudáveis. A prevenção permite diminuir a incidência de cancro
e a mortalidade associada. De facto, quando detetado precocemente, o prognóstico do CCR é mais
favorável. Assim, o rastreio regular poderá ter um impacto significativo na prevenção da mortalidade e
morbilidade e é fundamental para prevenir o próprio CCR.
Objectivos:
1- Descrever e avaliar a capacidade de um grupo de farmácias comunitárias na organização de uma
campanha de sensibilização sobre o CCR;
2- Avaliar o contributo de um grupo de farmácias para o diagnóstico precoce do CCR, mediante realização de
rastreio.
Metodologia:
Para celebrar o mês da sensibilização para CCR, durante o mês de março de 2015 foi desenvolvida uma
campanha de sensibilização sobre a patologia em 104 farmácias comunitárias.
Os utentes das farmácias com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos que não realizaram uma
colonoscopia nos últimos 5 anos ou a pesquisa de sangue oculto nas fezes nos últimos 2 anos,
assintomáticos e sem diagnóstico prévio de pólipos coloretais ou doença inflamatória intestinal, foram
convidados a realizar a pesquisa de sangue oculto nas fezes.
Se o resultado fosse positivo os utentes eram encaminhados a consulta médica.
Resultados:
Durante a campanha 1068 utentes, 64,6% (n=690) com idades compreendidas entre os 50 e os 70 anos, 63%
(n=680) do sexo feminino, realizaram rastreio do CCR por pesquisa de sangue oculto nas fezes, através de
método imunoquímico. O resultado foi positivo em 6,1% (n=66) dos participantes. Nos utentes com idades
compreendidas entre os 50 e os 60 anos (n=353), 3,7% apresentaram resultado positivo e no grupo de
utentes com idades entre os 60 e os 70 anos, 8,4% obtiveram resultado positivo.
Conclusão:
As farmácias comunitárias podem desempenhar um importante papel na promoção da educação para a
saúde quanto aos fatores de risco e sintomas do CCR, bem como para a importância do diagnóstico precoce.
Além disso, o desenvolvimento de ações focadas na prevenção do CCR permite às farmácias diversificarem a
sua intervenção, focando-se em áreas de importante impacto para a saúde pública.
154
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0028
Intervenção do Farmacêutico Comunitário no Acompanhamento ao Doente Hipocoagulado
Rita Gralha1, Mariana Almeida1, Maria Teixeira2
Farmácia Fonseca, 2Farmácia Holon
1
Objectivo:
Descrever o serviço de acompanhamento ao doente hipocoagulado realizado numa farmácia comunitária.
Metodologia:
A intervenção ao doente hipocoagulado inclui a determinação e interpretação do valor da Razão Normalizada
Internacional (INR, do inglês International Normalized Ratio), que pode culminar nas seguintes intervenção
farmacêuticas: (1) Promoção da educação para a saúde, (2) Promoção da adesão à terapêutica, (3) Contacto
com o médico, (4) Apoio na realização do ajuste de dose e/ou (5) Encaminhamento para Consulta
Farmacêutica.
Para avaliar a efetividade do serviço de acompanhamento prestado, foi efetuada uma pesquisa no sistema
informático da farmácia, onde se pretendeu analisar o número de medições de INR efetuadas desde a
implementação do serviço e o número de acompanhamentos e intervenções registadas no período de um
ano.
Resultados:
Desde o dia 18 de abril de 2011 até ao dia 9 de setembro de 2015 foram registadas 779 avaliações de INR,
correspondentes a avaliações iniciais e de acompanhamento a doentes hipocoagulados.
Analisando os dados do último ano (de setembro de 2014 a setembro de 2015), verificou-se a realização de
221 avaliações do INR a 37 utentes. Para 10 destes utentes, que realizaram monitorizações regulares na
farmácia, foi criado e mantido o registo de acompanhamento farmacêutico.
Analisando os ajustes de dose registados e efetuados com o auxílio do farmacêutico, verificou-se que todas
as intervenções resultaram numa maior aproximação do valor de INR ao objetivo terapêutico. Não foi possível
mensurar as restantes intervenções farmacêuticas realizadas, uma vez que não foram registadas.
A todos os utentes envolvidos no serviço foi prestada informação sobre a toma correta do medicamento
anticoagulante, a importância de aderir à terapêutica e as potenciais interações com outros medicamentos e
alimentos ricos em vitamina K.
Conclusões:
O acompanhamento ao doente hipocoagulado na farmácia apresenta mais-valias claras. Para além da
reconhecida acessibilidade da farmácia comunitária, os farmacêuticos têm competências para a
monitorização do INR, para fornecer a educação ao doente e familiares e para incrementar a adesão à
terapêutica.
No futuro, para melhor avaliar o impacto dos serviços farmacêuticos nos resultados em saúde, serão
implementadas medidas de registo das intervenções efetuadas.
155
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0029
A intervenção do farmacêutico comunitário na avaliação da qualidade do sono: campanha de
sensibilização e aplicação de questionário validado para Portugal.
Maria João Mendes1, Ema Paulino1, Maria Luísa Teixeira1, Mariana Rosa1, Ana Luísa Pinto1, Valdo
Marques1
Farmácia Holon
1
Objectivos:
1.
Descrever e avaliar a capacidade de um grupo de farmácias comunitárias em organizar uma
campanha de sensibilização sobre os distúrbios do sono;
2.
Avaliar a qualidade do sono dos utentes, recorrendo a um questionário validado (Índice de Qualidade
do sono de Pittsburgh)
Metodologia:
Para celebrar o dia mundial do sono, 21 de Março, foi desenvolvida uma campanha de sensibilização sobre o
sono em 282 farmácias comunitárias, que decorreu nos meses de Março e Abril de 2015.
Para avaliar a qualidade do sono, foram convidados a participar os utentes das farmácias em geral. Foi
utilizado um questionário normalizado que avaliou a qualidade e distúrbios do sono relativos a um mês (Índice
de Qualidade do sono de Pittsburgh), que atribui a classificação dicotómica “boa qualidade de sono” e “baixa
qualidade de sono”. Se o resultado fosse “baixa qualidade de sono” os utentes recebiam aconselhamento
farmacêutico apropriado.
Resultados:
Durante a campanha de sensibilização (Março e Abril de 2015), os farmacêuticos realizaram a avaliação da
qualidade do sono a um total de 1938 utentes, utilizando para tal o Índice de Qualidade do sono de
Pittsburgh. Dos 1437 utentes (74,1%) que apresentaram baixa qualidade de sono, mais de metade (863)
utilizaram medicamentos no mês em avaliação para tratar as queixas de sono, sugerindo uma inefetividade
das terapêuticas utilizadas.
Conclusão:
As farmácias têm um importante papel na sensibilização da população para a importância da qualidade do
sono, bem como na avaliação da efetividade das terapêuticas utilizadas.
O recurso a uma ferramenta normalizada para avaliação da qualidade do sono pode auxiliar os farmacêuticos
a proporcionar intervenções farmacêuticas mais adequadas, uma vez que da avaliação efetuada resulta um
parâmetro objetivo para análise e comunicação.
156
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0030
Intervenção de um Grupo de Farmácias Comunitárias na Avaliação do Risco Cardiovascular
Maria João Mendes1, Ema Paulino1, Maria Luísa Teixeira1, Mariana Rosa1, Ana Luísa Pinto1, Valdo
Marques1
Farmácia Holon
1
Enquadramento:
A prevenção é a melhor estratégia para a redução significativa da mortalidade e morbilidade cardiovasculares
(CV). O cálculo do risco CV faculta uma estimativa do efeito sinérgico derivado da concomitância dos diversos
fatores de risco individuais, sendo importante para definir estratégias de intervenção e para envolver os
indivíduos nas mesmas, realçando o seu grau de risco e os ganhos potenciais das intervenções propostas.
Objectivos:
1. Avaliar a capacidade de um grupo de Farmácias Comunitárias em organizar campanhas de Avaliação de
Risco CV e de sensibilização para os fatores de risco;
2. Caracterizar os participantes no que respeita aos fatores de risco CV.
Metodologia:
Inserida nas comemorações do Mês do Coração, foi lançada uma campanha de Avaliação do Risco CV em 88
farmácias comunitárias, aberta à população em geral.
Aos participantes foi aplicado um questionário, desenvolvido para o efeito, e foram realizadas medições dos
parâmetros antropométricos, fisiológicos e bioquímicos, necessários para o cálculo do SCORE, nos
indivíduos entre 40 e os 65 anos de idade.
Após a avaliação foi prestado a cada participante aconselhamento personalizado e, sempre que aplicável,
estes foram reencaminhados para serviços disponibilizados pela farmácia ou referenciados ao médico.
Resultados:
Entre maio e agosto de 2014 foram realizadas 110 ações de Avaliação do Risco CV, as quais envolveram 1878
indivíduos, com idade média de 62,4 [15-91] anos, sendo 64,2% (n=1206) do sexo feminino.
Para os indivíduos entre os 40 e os 65 anos de idade (n=894) foi calculado o SCORE, sendo que 62,9%
(n=562) apresentava risco moderado, 6,2% (n=55) risco alto e 11,5% (m=103) risco muito alto de doença CV a
10 anos.
Face à avaliação realizada, 376 participantes foram encaminhados para o Serviço de Nutrição, 128
participantes para Consulta Farmacêutica e 32 para o Serviço do Pé Diabético. Foram ainda referenciados
diretamente ao médico 53 participantes.
Conclusões:
Através da realização da ação de Avaliação do Risco CV foi possível identificar indivíduos com fatores de
risco CV, intervindo junto dos mesmos.
A Farmácia é um local privilegiado para a realização deste tipo de ações, dada a sua proximidade e
acessibilidade, reconhecidas pela população em geral.
157
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0031
A update about the hypertension treatment in the portuguese community pharmacy population
Esperança Silva1, Zilda Mendes2, Isabel V. Figueiredo3, Emanuel Ponciano4, Maria Margarida
Caramona3
Farmácia Rocha, 2CEFAR, 3Pharmacology and Pharmaceutical Care, Faculty of Pharmacy, Institute for Biomedical Imaging
1
and Lifesciences (IBILI), 4Faculty of Medicine, University of Coimbra
Background:
The elderly are the biggest consumers of drugs, therefore the rational and careful use of drugs is the key to
success for a better quality of life (QOL). However the high prevalence of several chronic diseases
simultaneously in the same individual often leads to a risk of polypharmacy, with the resulting negative
consequences, among which are the difficulties of adherence to treatment regimen.
Aim:
This study asses hypertension treatment in an elderly hypertensive population. Method: We performed a
prospective study in hypertensive patients older than 65 years, recruited from community pharmacies, that
answered a standardized questionnaire. Through interviews were applied BAI, BDI-II, the Morisky–Green test,
Hypertension Health Status Inventory HYPER. Associations with participants’ demographic variables and
medication histories were also assessed. This study sought to determine the daily drugs consumed, the most
prevalent drug classes,adherence, beliefs, behavior and knowledge to prescribed therapy, the scores of
anxiety and depression, and QOL in an elderly hypertensive population.
Results:
The study included 1,039 elderly patients, 58% women. The group age was between 65 and 94 years-old
(mean: 72.69 ± 5.83 years-old). Patients were treated with an average of 5.7 different drugs, which
corresponded to a daily administration of 6.34 tablets per day. The total intake of daily drugs and the number
of tablets per day were higher in females. The antihypertensive drugs were an average of 2 taken daily. Of the
different pharmacological groups stood out the group of psychotropic drugs (41%) with benzodiazepines
(37%), and lipidlowering agents (40%) with statins (36%) and oral antidiabetics (20%). It was found out that
this population was anxious but not depressed, with a high intake of psychotropic drugs. QOL was considered
good. It was determined that there was no adherence to therapy in 37% of patients, using the Morisky–Green
test.
Conclusion:
This study can clarify the concept of polypharmacy in a population of elderly hypertensive patients. There is a
good adherence to therapy despite forgetfulness and therapeutic experiences in many cases. Inadequate
knowledge and incorrect beliefs among this population indicate a need for interventions to improve public
knowledge and address misconceptions regarding medication therapy. These interventions could be initiated
on both an individual and public scale, with patient interactions with pharmacists
158
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0032
“Aconselhamento de dermocosmética nas afeções cutâneas derivadas do tratamento
oncológico”
Diva Silva
Atualmente, os tratamentos de cancro centram-se principalmente em agentes quimioterápicos e na radiação
ionizante para eliminar o tumor. No entanto, a incidência da recorrência tumoral é um problema significativo
que resulta do desenvolvimento de mecanismos de resistência ao fármaco pelas células tumorais. Como
alternativa, surge a terapia biológica ou terapia com modificadores da resposta biológica. Com o recurso a
esta última os efeitos adversos diminuem consideravelmente, mas permanecem. Ao nível da pele, estes
tratamentos, constituem uma grande problemática no doente oncológico. Os tratamentos radioterápicos
ocorrem durante períodos de tempo consecutivos o que leva a que a pele agredida não tenha tempo para
regenerar, já que o seu ciclo de renovação dura entre 28 a 30 dias. Por outro lado, é facto que a radiação
ionizante conduz a alterações do DNA das células, sejam tumorais ou não. A quimioterapia atua sobre as
células que apresentam uma alta taxa de multiplicação, agindo não só sobre as células neoplásicas, mas
também sobre qualquer célula do organismo que esteja em divisão e metabolismo elevado, o que é o caso
das células da pele. Já a imunoterapia provoca reações cutâneas, principalmente, pela sua ação ao nível dos
recetores EGF e pela sua ação pro-inflamatória. As afeções mais comuns são a foliculite, xerose, alterações
da mucosa, distrofias das unhas e eritrodisestesia palmo-plantar e apresentam efeitos negativos sobre a
qualidade de vida dos pacientes já que o aspeto psicossocial da doença de pele tem importantes implicações
sobre as relações com os outros, a autoimagem, a autoestima e na evolução da sua situação clínica. O
aconselhamento de dermocosmética segura que tenha um impacto positivo na qualidade de vida do doente
oncológico tem grande importância nesta área. Para além da correta limpeza, higiene, hidratação e proteção
da pele, por forma a orientar o tratamento farmacológico, não deve ser esquecida a necessidade de
aconselhamento da maquilhagem corretiva já que está comprovado o peso psicológico que a imagem tem
nestes doentes.
159
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0033
Evolução do serviço de administração de fármacos na Farmácia Nuno Álvares (FNA)
Marília Silva1, Ana Leonor Fortunato1, João Silva1, Ana Filipa Remédios1,Inês Paulino1, Ana Luísa
Pinto2, Ema Paulino2
1
Farmácia Nuno Alvares, 2Farmácia Holon
Objectivo:
Descrever a evolução do serviço de administração de fármacos na FNA, desde 1/10/08 até 31/12/14.
Metodologia:
Recolha do número de administrações de fármacos pelo sistema Sifarma 2000, no período pretendido.
Resultados: No período em estudo, foram administrados 1951 medicamentos injetáveis e 1661 vacinas, destas 1350
correspondem a vacinas antigripais. O ano 2014 foi o melhor no que respeita à administração de injetáveis,
atingindo-se as 441 administrações. Quanto à vacinação, destaca-se a vacinação antigripal, que desde a
época 2012/13 sofre grande redução.
Conclusões:
No ano de 2014 há um aumento das administrações de medicamentos injetáveis. Este crescimento é
consequência da alteração das taxas moderadoras. Apesar do valor cobrado nos centros de saúde ser
inferior, é expectável que fatores como acessibilidade, tempo e confiança nos profissionais sejam decisivos
na escolha da farmácia.
Na época gripal 2012/13, o Ministério da Saúde promoveu a distribuição gratuita da vacina antigripal sazonal
(VAGS), nos centros de saúde, à população acima dos 65 anos. Isto traduz-se numa quebra acentuada da
administração de VAGS, na FNA. Tal está de acordo com os resultados do estudo epidemiológico transversal
ecos, feito pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Esta evolução pode, certamente, ser
relacionada com a gratuitidade da VAGS.
Embora haja flutuações do número de administrações ao longo dos anos, verifica-se um crescimento deste
serviço. A equipa da FNA também desenvolve campanhas de sensibilização para a importância da
administração da VAGS.
Assim, as farmácias comunitárias encontram-se no fim da cadeia de frio oferecendo maior garantia de
estabilidade do medicamento até à sua administração, tornando-as locais de excelência para a realização
desta.
160
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0034
Acompanhamento farmacoterapêutico realizado em farmácia comunitária: caso-clínico com
anti-hipertensores
Ana Filipa Pereira1, Ana Catarina Fonseca1, Eva Carvalho1, Ana Isabel Silva1
Farmácia Normal
1
Objectivo:
Identificar e descrever os passos realizados no acompanhamento farmacoterapêutico em farmácia
comunitária, apresentando um caso-clínico com anti-hipertensores.
Metodologia:
O acompanhamento farmacoterapêutico foi realizado por seguimento de um doente, entre 13/01/2015 e
11/06/2015.
Os parâmetros e dados do utente foram registados na ficha do utente existente no suporte informático
Sifarma 2000. Foi utilizado o método SOAP existente no mesmo programa, sendo o seu relatório final
arquivado em formato PDF numa pasta partilhada pelos vários computadores da farmácia.
Resultados:
FCB, doente do sexo masculino, 85 anos, dirigiu-se à farmácia para medição da pressão arterial (PA) no dia
13/01, que se encontrava a 180/70 mm Hg, sem sintomas associados. Foi registado e marcadas novas
medições oscilando a PA sistólica (S) entre 162 e 192 mm Hg, de 16 a 22 de Janeiro. Confirmada a tendência,
foi aberta uma folha SOAP para se iniciar o estudo do problema. Foram recolhidos os dados Subjetivos e
Objetivos (terapêutica, determinações e estados fisiopatológicos) do doente. A terapêutica para a PA
compreendia lisinopril 20 mg/dia, indapamida 2.5 mg/dia e lercanidipina 10mg 2 x dia. Foi revista a
terapêutica com Avaliação e identificação dos problemas relacionados com os medicamentos (PRMs).
Excluídas interações medicamentosas, problemas de adesão e dificuldades na toma foi identificado o PRM 3
(inefetividade não quantitativa). Foi elaborado um Plano de intervenção com determinação do objetivo
terapêutico – PA < 140/90 mm Hg – referenciação ao médico e a monitorização nas visitas seguintes. O
médico prescreveu xipamida 20 mg de manhã e perindopril/amlodipina 10/10 mg à noite e suspendeu o
lisinopril, a indapamida e a lercanidipina. A PAS normalizou, oscilando entre 124-156 mm Hg nos meses
seguintes concluindo a folha SOAP. A 15/5 o doente referiu edema dos membros inferiores que piorava com a
progressão do dia, haviam já dois meses, motivando a abertura de uma nova folha. Por associação temporal
à terapêutica foi notificada RAM ao SNF (PRM 5) e reportado o problema ao médico, o qual, a 19/5, alterou a
terapêutica anti-hipertensora para furosemida 40 mg e perindopril/amlodipina 10/5 mg, suspendendo a
xipamida. A PA manteve-se controlada e a 11/6 o doente confirmou que a RAM estava totalmente resolvida,
fechando a folha SOAP e arquivando o relatório.
Conclusão:
Confirma-se a importância de realização de um acompanhamento estruturado, em farmácia comunitária,
mantendo um registo de todas as visitas para aquisição de terapêutica, medição de parâmetros, revisão e
avaliação da medicação e/ou intervenções efetuadas em colaboração com o doente e outros profissionais de
saúde.
161
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0035
Rastreio Respirar Melhor – Farmácia Holon Barreiro
Joana Filipa Martins Lopes
Objectivo:
Aumentar a identificação de casos de doença respiratória crónica não controlada e conhecimento de
abordagem integrada na doença respiratória crónica;
Promover a sensibilização para as doenças respiratórias crónicas no público-alvo da farmácia e o
acompanhamento da pessoa com doença respiratória crónica, nomeadamente em contexto do Serviço
Consulta Farmacêutica.
Metodologia:
Entre Março e Julho de 2015 foram realizados rastreios respiratórios através de questionários,
respectivamente, Asma – Grau de Controlo (Questionário Carat), DPOC – Grau de Risco (Questionário GOLD)
e DPOC – Grau de Controlo (Questionário mMRC), e sempre que os resultados indicassem um mau controlo
da patologia era indicada a medição espirométrica nas Farmácias Holon.
Resultados:
No total foram realizadas 25 espirometrias na farmácia Holon Barreiro, com 13 elementos asmáticos (52%),
seguidos dos utentes com DPOC diagnosticada (Grau de controlo) correspondentes a 10 elementos (40%).
Os restantes 2 participantes (8%) eram utentes com factores de risco predisponentes para a DPOC (Grau de
Risco). Relativamente a todos os participantes, a idade média foi de 65 anos, sendo respectivamente para o
grupo da Asma, DPOC Grau de Controlo e de Risco, 57, 67 e 70 anos. Quanto aos valores médios de FEV1 e
de FEV1/FVC foram respectivamente para o grupo da Asma, DPOC Grau de Controlo e de Risco, 76,46 e
86%, 78 e 85% e 71,80 e 70,17%.
Quanto à medicação prescrita, no caso do grupo correspondente à asma os mais prescritos foram os SABA
(Salbutamol, Terbutalina) e os ICS + LABA em associação fixa, enquanto no caso da DPOC os mais prescritos
foram LAMA, LABA e ICS.
Verificou-se ainda que quanto à utilização dos dispositivos inalatórios, apenas 2 dos 25 utentes os utilizava de
forma incorrecta.
Conclusões:
Com os resultados obtidos concluímos que os farmacêuticos são uteis no controlo de patologias
respiratórias, podendo auxiliar na adesão à terapêutica e monitorização destas patologias, uma vez que
8%(2/25) dos utentes apresentavam uma técnica inalatória incorrecta e a média de FEV1 encontrava-se
abaixo do valor recomendado (80%).
Desta forma, houve a necessidade de encaminhar para consulta médica 68% dos doentes, devido à patologia
associada não estar controlada. Dos utentes abordados 20% foram encaminhados para acompanhamento
farmacêutico.
162
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0036
Utilización de una Hoja de Derivación al Médico Consensuada en Cesación Tabáquica.
Programa Cesar
Plaza Zamora, Javier; Mendoza Barbero, Ana
SEFAC
Objetivos:
Los farmacéuticos comunitarios como profesionales sanitarios tienen la misión de colaborar en la mejora de la
calidad de vida de los pacientes y su rol asistencial es cada vez más relevante. Es necesario recoger
información, analizarla y valorar las diferentes opciones de actuación, siempre en coordinación con el resto
del equipo sanitario.
El análisis de esta información facilita la detección de situaciones que requieren la derivación al médico de
inicio. Gracias a la realización de hojas de derivación consensuadas, la tarea se convierte en algo ágil y
protocolizado. En este trabajo se quiere cuantificar la utilización de la hoja de derivación al médico del
programa CESAR, avalada por SEFAC, SEPAR, semFYC, SEMERGEN, SEMG y SEDET.
Metodología:
Estudio descriptivo, transversal y retrospectivo sobre los datos del programa CESAR.
Resultados:
Los datos disponibles de registro de casos del programa CESAR (septiembre 2015) son:
Registrados 654
Finalizados 324
En curso 247
Abandonados 83
Derivaciones al médico 286
Estos datos indican que las derivaciones suponen un 32,54% del total de casos registrados.
Conclusiones:
Las derivaciones al médico son una realidad y gracias a la hoja de derivación al médico contamos con una
herramienta consensuada y protocolizada. Ahora bien muchas veces la comunicación farmacéutico-médicofarmacéutico se pierde o no está documentada por lo que también sería necesaria la elaboración de un
protocolo de derivación médico-farmacéutico para mejor seguimiento y abordaje del paciente.
163
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0037
“Conecta” Sefac-Semergen: Progama de Comunicación Médico de Familia-Farmacéutico
Comunitario
1
Gómez Martínez, Jesús Carlos; 2Llisterri Caro, José Luis; 3Fornos Pérez, José Antonio;
4
Mediavilla Bravo, José Javier; 5Martínez Pérez, Sebastián R; 6Alonso Moreno, Francisco Javier;
7
Fraga Sampedro, Mercedes; 8Ricote Belinchón, Mercedes; 9Molinero Crespo, Ana.
1
Farmacéutico comunitario en Barcelona; 2Médico de AP en Valencia ; 3Farmacéutico comunitario en Cangas de Morrazo;
4
Médico de AP en Burgos; 5Farmacéutico comunitario en Granada; 6Médico de AP en Toledo ; 7Farmacéutica comunitaria en
Ortigueira; 8Médico de AP en Madrid; 9Farmacéutica comunitaria en Fuenlabrada.
Objetivos:
Establecer una comunicación fluida y consensuar mensajes y actuaciones coordinadas hacia el paciente entre
médicos y farmacéuticos en el nivel asistencial de primaria, mediante la celebración de sesiones de debate
conjuntas.
Metodología:
Se celebró una reunión de coordinadores para seleccionar temas de interés prioritario (diabetes, estreñimiento
e hipertensión arterial) y crear un grupo de trabajo interdisciplinar.
Para cada patología se elaboró material formativo para los asistentes así como un bloc con hojas informativas
y normas de autocuidado para entregar a pacientes.
Se divulgó a través de ambas sociedades científicas y mediante invitación de Mylan a farmacias y centros de
atención primaria.
Las sesiones de debate se organizaron en farmacias pertenecientes al ámbito de influencia del centro del
médico participante.
Se evaluó la satisfacción de los asistentes mediante un cuestionario (escala Likert).
Resultados:
Se han celebrado 150 sesiones (53% diabetes, 24% estreñimiento, 23% hipertensión) con participación de
150 centros de salud, 150 farmacias, 150 médicos y 758 farmacéuticos.
La valoración de los asistentes muestra que un 79,6% considera que la sesión mejorará la atención y el
seguimiento al paciente y un 82,4% que será muy útil para su trabajo cotidiano
Conclusiones:
Las reuniones han permitido establecer una vía de comunicación entre profesionales que permitirá mejorar el
seguimiento de los pacientes conjuntos, que recibirán mensajes comunes en centros de atención primaria y
farmacias.
La alta valoración de las sesiones nos permite sugerir que estos debates deberían ser una práctica habitual a
realizar entre centros de salud y farmacias.
164
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0038
Conocimiento del paciente sobre su medicación. Relación con su percepción de efectividad y
seguridad del tratamiento
Salar Ibáñez, Luis. Sola Uthurry, Nancy. Cámara, Raquel. Cosín Borobio, Ana. Dago Martínez, Ana.
Gutiérrez Ríos, Pedro
SEFAC
Objetivos:
Averiguar el conocimiento del paciente sobre aspectos clave de su farmacoterapia. Indicación, posología,
forma de uso y duración del tratamiento. También la percepción de efectividad y seguridad que tiene el
paciente.
Metodología:
Estudio observacional, promovido por SEFAC, Fundación Pharmaceutical Care y Correo Farmacéutico,
mediante la aplicación de un cuestionario en el momento de la dispensación de determinados medicamentos.
(Bifosfonatos, antiasmáticos, benzodiazepinas, estatinas y AINE). Participaron 1926 farmacias comunitarias
de toda España. La variable principal del estudio es el conocimiento que posee el paciente, en el momento de
la dispensación, sobre la indicación, posología, forma de uso y duración del tratamiento. Como variable
secundaria se estudia la percepción de efectividad y seguridad que tiene el paciente en función de su
conocimiento. Son variables dicotómicas del tipo Si/No.
Resultados:
Se obtuvieron datos de 199.957 dispensaciones. El paciente desconoce la indicación en el 5% de los casos,
posología 6%, forma de uso 10% y duración tratamiento 40%. Siempre, cuando el paciente desconoce algo,
su percepción de inefectividad es mayor: indicación 1,4% cuando conoce, 3,4% cuando desconoce,
posología 1,3%-5,5%, forma de uso 1,3%-4,6%, duración tratamiento 1%-2,1%. Lo mismo ocurre con la
seguridad. Si el paciente desconoce algo percibe su medicamento mas inseguro. Indicación 6,5%-8,6%,
posología 6,3%-13,4%, forma de uso, 6,2%-13,4%, duración 5,7%-7,9%.
Conclusiones:
En el momento de la dispensación el paciente tiene carencias de información sobre su tratamiento, y estas
carencias afectan negativamente a la percepción del propio paciente sobre la efectividad y seguridad de sus
medicamentos. El farmacéutico esta en una situación inmejorable para corregir este problema.
165
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA COMUNITÁRIA
CNF/2015/A1/P0039
Programa I-Valor. Consulta de síntomas menores en farmacias comunitarias. También llamado
Indicación Farmacéutica
rosa prats, Teresa
SEFAC
Introducción:
Todos los días muchos pacientes consultan en las farmacias patologías que ellos mismos consideran
menores. En la mayoría de los casos estas consultas son sobre problemas banales y pueden ser solucionadas
por los farmacéuticos. Pero en otras ocasiones el problema consultado es mas grave. El farmacéutico debe
estar capacitado para discernir cuando debe derivar el paciente al medico.
Objetivos:
Fomentar desde SEFAC la implantación de una actuación protocolizada ante una consulta de indicación
farmacéutica. Diseñar y promover los registros específicos para la indicación farmacéutica: informe de
derivación e informe para el paciente.
Metodología:
Se seleccionan cinco patologías de consulta frecuente en farmacias: Erosiones cutáneas, resfriados, pirosis,
sequedad ocular, alergias. Se consensuan los criterios de derivación con médicos de Atención Primaria
(SEMERGEN y SEMFYC) estableciéndose una lista para cada una de las patologías seleccionadas. Se diseña
un curso online para los farmacéuticos participantes, un sistema de registro web y una serie de informes
semiautomáticos que faciliten la emisión impresa de dichos informes. Información sobre la patología
consultada, información para el paciente y informe de derivación al medico.
Resultados:
El programa se inicia el 15/10/2014 y tiene prevista su finalización el 31/10/2015. Se han inscrito en él 3006
farmacéuticos que trabajan en 2436 farmacias.
Conclusiones: El desarrollo y la protocolización de la Indicación Farmacéutica con la elaboración de criterios
de derivación consensuados con médicos de Atención Primaria mejorará la calidad de vida de la población y
evitará que se consulte al medico por problemas banales.
166
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0001
Preparação de Medicamentos Injectáveis em Farmotecnia - Síntese do Radiofármaco 68GaDOTANOC
Carla Capelo1, Hugo Duarte1, Irene Paula1, Bruno Ferreira1, Florbela Braga1
IPO FG Porto E.P.E.
1
Objectivo:
A deteção de tumores neuroendócrinos é muitas vezes difícil, sobretudo quando se utilizam técnicas
morfológicas, atendendo às reduzidas dimensões, à grande variabilidade de localização e à frequente
multifocalidade destes tumores. Nos últimos anos tem havido grandes progressos no desenvolvimento de
novos radiofármacos, sendo que a imagem com análogos da somatostatina marcados com emissores de
positrões para estudos PET/CT é atualmente o procedimento de Medicina Nuclear de escolha para estes
tumores. Assim, pretendemos descrever a preparação estéril do radiofármaco [DOTA,1-Na3]-octreotide(DOTANOC) marcado com 68Ga, usando um processo de síntese em módulo automático.
Metodologia:
Na síntese de [68Ga-DOTANOC] é utilizado um gerador de 1110MBq (30mCi) de Ge/Ga com matriz metálica
(TiO2) ou resinosa, onde a solução de gálio é eluida com HCl de baixa concentração. A radiomarcação é feita
através de módulo de síntese semiautomático, onde o eluato é preconcentrado e purificado de possíveis
contaminantes metálicos através de uma solução de acetona a 98% e de uma coluna catiónica trocadora de
iões. Esta solução de gálio purificada é então adicionada á solução de péptido (40μg), mais um tampão. Esta
mistura é sujeita a aquecimento a 95ºC por cerca de 10min, permitindo a reação de complexação entre o
[GaCl4] e a molécula de péptido ao mesmo tempo que se elimina por evaporação a acetona utilizada na
purificação do eluato. Esta solução é objeto de purificação através de uma coluna Sep-Pack de C18 para
eliminar o Ga3+ livre.
Finalmente a solução de 68Ga-DOTANOC é esterilizada por filtração (filtro Millipore 0,22μm). A Pureza
Radioquímica é determinada por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC).Toda a preparação segue as
Boas Praticas de fabrico de preparações injetáveis.
Resultados:
Desde Junho de 2010 até Julho de 2015 realizaram-se 671 sínteses do radiofármaco [68Ga-DOTANOC], com
uma taxa de sucesso de 94,4%. As sínteses falhadas ocorreram devido a erros de origem mecânica (módulo
de síntese) ou erros humanos. A média da Pureza Radioquímica obtida foi de 98%.
Conclusão:
A preparação deste radiofarmaco demonstrou ser um processo relativamente fácil e rápido fornecendo a
possibilidade de ter disponível um radiofámaco que permite o diagnóstico de Tumores endócrinos com
técnicas de imagem avançadas como o PET.
167
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0002
Vantagens do aliscireno como fármaco anti-hipertensor: Revisão farmacocinética
Daniela Marques1, Manuel Morgado2
1
Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, 2Centro Hospitalar da Cova da Beira
Objectivos:
O Aliscireno é um fármaco anti-hipertensivo e atua por inibição da renina. A introdução deste fármaco na
União Europeia é relativamente recente, reportando ao ano de 2007. O objectivo deste trabalho é rever as
características farmacocinéticas do aliscireno como anti-hipertensor e as suas vantagens para o doente.
Metodologia:
Revisão bibliográfica através da pesquisa e análise de artigos publicados na base de dados PubMed, pela
interseção dos termos “aliskiren interactions” e “aliskiren adverse effects”. Os sites “PRACPharmacovigilance Risk Assessment Agency” (Agência Europeia do Medicamento) e “OSE-Office of
Surveillance and Epidemiology” (Food and Drug Administration) também foram consultados.
Resultados:
O aliscireno tem um tempo de meia vida de aproximadamente 23.7 horas, que permite uma administração
única diária, numa dose máxima de 300 mg, traduzindo-se numa elevada conveniência para o doente. A sua
biodisponibilidade absoluta é de 2.6% e liga-se às proteínas plasmáticas numa extensão de 47% - 51%. O
citocromo P450, um dos principais complexos enzimáticos responsáveis pela metabolização de uma grande
variedade de fármacos, não interage com o aliscireno. Isto significa que a terapia concomitante com outros
fármacos usados em doentes hipertensos e com outras doenças cardíacas, como a varfarina, atorvastatina,
digoxina, atenolol, ramipril e hidroclorotiazida não será afectada. Este inibidor da renina é extensamente
eliminado nas fezes e apenas 0.1% - 1.1% é eliminado por excreção renal. A elevada potência do aliscireno é
visível na baixa dose (0.6 nmol) que é necessária para inibir metade da renina.
Conclusões:
A farmacocinética do aliscireno permite maior conforto posológico ao doente com apenas uma dose diária. O
facto de não ser usada a via do citocromo P450 previne a interacção com vários fármacos também utilizados
por hipertensos. Contudo, como a introdução no mercado é recente, há escassez de informação
relativamente aos efeitos adversos e interacções do aliscireno. O farmacêutico tem um papel importante na
prevenção e na minimização dos efeitos adversos e interacções relacionados com o aliscireno.
168
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0003
Impacto da existência de um Sector de Auditoria Interna nos Serviços Farmacêuticos do
CHUC
Maria Adelaide Cabral1, Marília Rocha1
Centro Hospitalar da universidade de Coimbra
1
Objectivo:
Análise da actividade desenvolvida pelo Gabinete de Auditoria Interna dos Serviços Farmacêuticos,(S.F.) do
CHUC, desde a sua instituição em 2010.
Metodologia:
Recolha da informação objectiva do funcionamento das diferentes áreas dos S.F., e de outras evidências,
utilizando questionários apropriados a cada situação específica, confirmando o efectivo cumprimento dos
procedimentos nelas vigentes, tendo por base as Boas Prácticas de Farmácia Hospitalar e elaboração do
relatório final, onde se enumeram as oportunidades de melhoria.
Resultados:
Constata-se, que foram realizadas dois tipos de auditorias: as Calendarizadas e as Não Programadas. Dentro
das Calendarizadas, foram efectuadas as referentes aos Inventários Anuais e Parciais, num total de seis,
algumas delas em colaboração com o Auditor do Hospital, e ainda as realizadas aos armazéns avançados
dos medicamentos especiais, de 48 serviços clínicos. Verificação de 20 stocks avançados de medicamentos
e respectivos carros de emergência existentes. Averiguação do tipo de equipamento de frio utilizado para
armazenamento de medicamentos, em 21 Serviços Clínicos e Farmacêutico. No respeitante às Não
Programadas, avaliaram-se os procedimentos existentes no que concerne ao circuito do medicamento nos
Sectores: de Reembalagem, Recepção de Medicamentos e Farmacotecnia. Na Distribuição, foram efectuados
auditorias ao circuito da cola de fibrina, à cedência de medicamentos para Cirurgia Ambulatória, Instituições
extra-Hospitalares e a doentes em regime Ambulatório, após o horário de fecho deste sector. Auditou-se
ainda: a actuação dos Serviços Farmacêuticos perante uma situação de Emergência Externa, os planos de
Higienização existentes, e as, notificações de incidentes recebidas nos Serviços Farmacêuticos.
Conclusão:
A Auditoria Interna é uma actividade independente e objectiva, concebida para adicionar valor qualificativo,
ao desempenho de qualquer serviço hospitalar, definindo-o e distinguindo-o. A recolha da informação
objectiva, sobre o estado actual da organização de uma unidade orgânica revela-se uma mais valia ao serviço
da gestão, verificando o cumprimento dos requisitos e quantificando o desempenho, tendo no presente caso,
propiciado elaboração de diversos documentos, entre outros o Manual de Inventário Geral S.F; regulamento
Interno; Plano Sectorial de Emergência Externa e vários Procedimentos.
169
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0004
Interações medicamentosas dos inibidores da topoisomerase
Sofia Mendes1, Daniela Marques1, Manuel Morgado2
1
Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, 2Centro Hospitalar da Cova da Beira
Objectivo:
É fundamental que um sistema informático de deteção e análise de interações medicamentosas possua
informação relativa às interações medicamentosas dos inibidores da topoisomerase (IT). De forma a melhorar
um sistema informático hospitalar, foi feita uma pesquisa sobre os fármacos que possam interagir com os IT,
os mecanismos de interação envolvidos e as medidas estratégicas a tomar.
Metodologia:
Procedeu-se à pesquisa das interações medicamentosas dos IT, irinotecano, topotecano e etoposido,
consultando o Resumos das Características do Medicamento (RCM) destes fármacos e bases de dados
online. Foram selecionados apenas os fármacos que possam produzir interações com elevado e moderado
significado clínico e que estejam presentes na base de dados da Infomed - Infarmed ou da Agência Europeia
do Medicamento (EMA). A pesquisa foi efetuada em setembro de 2015.
Resultados:
A co-administração de irinotecano, topotecano ou etoposido com medicamentos mielo ou imunossupressores
deve ser monitorizada atentamente. Um hemograma completo deverá ser monitorizado com regularidade.
Inibidores ou indutores do CYP3A4 e/ou da glicoproteína-P (gp-P) interferem com as concentrações
plasmáticas de etoposido. Inibidores da proteína de resistência do cancro da mama (BCRP) aumentam as
concentrações plasmáticas de irinotecano e de topotecano. Fármacos inibidores do CYP3A4 ou da isoenzima
uridina difosfato glucuronosil transferase 1A1 (UGT1A1) aumentam os níveis plasmáticos de irinotecano e do
seu metabolito ativo SN-38, podendo aumentar a sua toxicidade. O ajuste da dose, bem como a
monitorização clínica e laboratorial, é aconselhado quando o fármaco co-administrado altera o metabolismo
dos IT. É necessário cuidado no uso de fármacos neurotóxicos com o etoposido devido ao aumento do risco
de neuropatia periférica, podendo ser necessário diminuir ou descontinuar a medicação. Deve-se evitar o uso
de laxantes ou de diuréticos com irinotecano devido ao risco acrescido de desidratação. Dada a atividade
anticolinesterásica do irinotecano, este pode interagir com bloqueadores neuromusculares.
Conclusão:
A toxicidade e a eficácia dos IT podem ser alteradas por fármacos administrados concomitantemente, sendo
importante saber quais os fármacos que podem interagir e as medidas que devem ser tomadas. Um sistema
informático que contenha esta informação poderá facilitar a deteção de possíveis interações e aumentar a
segurança da quimioterapia.
170
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0005
Banco do Medicamento
Ana Almeida1, Catarina Candeias1, Diana Cardoso1, Clara Carvalho1, Ana Reis1, Joana Ribeiro1,
Diana Silva1, Vanessa Soares1, Catarina Cerqueira1, Manuel Caldas de Almeida1
União Misericórdias Portuguesas
1
Objectivo:
Dar a conhecer o projeto desenvolvido, nomeadamente, a participação dos laboratórios da Indústria
Farmacêutica que fornecem, a título gratuito, medicamentos e produtos de saúde, de forma a serem
disponibilizados a instituições que cuidam de doentes carenciados.
Métodos:
Análise descritiva do projeto. Análise retrospetiva dos dados das ofertas e encomendas de medicamentos.
Desenvolvimento:
O projeto foi criado tendo como fim promover o acesso dos mais carenciados à saúde e ao medicamento, em
especial apoiando os mais idosos com rendimentos degradados e consumos de saúde muito elevados,
estimulando a utilização de medicamentos e produtos de saúde que não entram no circuito de
comercialização e que estejam em condições terapêuticas e de segurança plenas.
A instituição representada é a entidade responsável pela construção de uma lógica de coesão e de Boas
Práticas no âmbito do projeto, competindo-lhe divulgá-lo, gerir as relações com as entidades farmacêuticas,
acompanhar e avaliar o processo de aquisição de medicamentos e emitir recomendações junto dos parceiros
quando necessário.
Resultados:
Até à data, já foram doadas, pela Indústria Farmacêutica, 250.767 embalagens, com um valor estimado de €
2.162.151. Deste universo de ofertas disponibilizadas, durante este espaço temporal, as instituições de
solidariedade social encomendaram um total de 110.870 embalagens de medicamentos, das quais já foram
entregues 85.471 embalagens, com um valor estimado de €558.998. Os medicamentos do grupo terapêutico
para o aparelho cardiovascular, locomotor, nervoso central, medicamentos anti-infecciosos e aparelho
digestivos são os que têm tido maior volume de aceitação, sendo as substâncias mais doadas e rececionadas
o Tenoxicam, Óxido de zinco com óleo de fígado de bacalhau, Risedronato de sódio, Bromexina e Diltiazem.
Conclusões:
Dos dados obtidos pode concluir-se que o projeto se encontra consolidado e é, sem dúvida, uma mais-valia
para a sociedade.
171
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0006
O farmacêutico nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI)
Ana Almeida1, Catarina Candeias1, Diana Cardoso1, Clara Carvalho1, Ana Reis1, Joana Ribeiro1, Diana
Silva1, Vanessa Soares1, Catarina Cerqueira1, Manuel Caldas de Almeida1
União Misericórdias Portuguesas
1
Objectivo:
Dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos farmacêuticos nas Unidades de Cuidados Continuados
Integrados (UCCI) envolvidas no projeto.
Métodos:
Análise descritiva da realidade atual das farmácias das UCCI.
Resultados:
Existem atualmente, distribuídas pelas 5 regiões de Saúde, 7311 camas de internamento nas UCCI das quais
32% têm apoio dos farmacêuticos do projeto, os quais se deslocam física e periodicamente a cada uma das
suas UCCI e os quais se encontram, de forma não presencial, sempre disponíveis para todas as questões/
dúvidas que possam surgir nas UCCI.
Compete a esta equipa elaborar procedimentos, centrados nas Boas Práticas do Medicamento e respeitando
sempre a Legislação em vigor, e implementá-los nas suas UCCI, para que o correto e seguro circuito do
medicamento esteja garantido desde a aquisição até à administração do medicamento.
É de referir ainda que com vista a aumentar a intervenção farmacêutica e, por conseguinte, reduzir os
problemas relacionados com medicação e a aumentar a segurança da utilização do medicamento, este grupo
promove a implementação de um circuito de gestão informática e prescrição eletrónica do medicamento. Indo
ainda ao encontro da segurança do utente e da melhoria contínua dos cuidados/operações prestados, é de
salientar também o papel ativo que esta equipa desempenha sempre que uma das suas UCCI se submete a
um processo de Certificação ISO e/ou no processo de acreditação pela Joint Commission International (JCI).
Um dos pontos fortes deste grupo, face às demais Instituições Particulares de Solidariedade Social com
UCCI, assenta na negociação central das cotações dos medicamentos (a negociação é feita em conjunto,
para as mais de 70 UCCI, o que implica um maior poder de negociação junto da Indústria Farmacêutica), o
que permite a aquisição de medicamentos a menor custo e a possibilidade de se praticar economias de
escala (ganhos traduzidos em rappel). As UCCI deste projeto têm também a vantagem de usufruir do Banco
de Medicamento, onde os laboratórios da Indústria Farmacêutica fornecem, a título gratuito, medicamentos e
produtos de saúde.
Resultados:
Graças ao trabalho contínuo deste grupo profissional, os custos com a medicação dos utentes das UCCI tem
diminuído ao longo do tempo.
Discussão/Conclusões:
Em suma, este grupo de profissionais tem conseguido, graças à implementação de ferramentas de trabalho,
que paralelamente a uma contenção dos gastos com a medicação, a mesma seja efetuada com a garantia de
segurança e com a diminuição dos erros associados.
172
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0007
Prescrição potencialmente inapropriada em idosos sob terapia anticoagulante:
Aplicação dos Critérios STOPP/START
Joana Madeira e Silva1, Sandra Queimado2, Jorge Martinez Marcos2, Gilberto Alves3
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) Faculdade de Ciências da Saúde- Universidade da Beira
1
Interior(ULSCB), 2Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), 3CICS-UBI – Centro de Investigação em Ciências da
Saúde, Universidade da Beira Interior; CNC – Centro de Neurociências e Biologia Celular, Universidade de Coimbra
Introdução:
Os critérios STOPP/START (ScreeningToolofOlderPerson’sPrescriptions/ScreeningTool to AlertDoctorsto
RightTreatment) constituem uma ferramenta validada para otimizar a farmacoterapia em doentes idosos
(≥ 65 anos). Essencialmente, estes critérios visam melhorar a terapêutica farmacológica dos idosos através da
identificação de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) e de medicamentos potencialmente
omissos (MPO) úteis na prevenção ou tratamento de patologias.
Objectivo:
Identificar e quantificar a ocorrência de MPI e MPO em idosos polimedicados, sob terapia anticoagulante,
mediante aplicação dos critérios STOPP/START. Metodologia: Estudo observacional descritivo, que consistiu
na revisão da medicação, diagnósticos e parâmetros bioquímicos de doentes com idade igual ou superior a
65 anos, com 4 ou mais medicamentos, seguidos em consulta de hipocoagulação. Para a análise estatística
recorreu-se aos testes de Mann-Whitney e Qui-Quadrado.
Resultados:
A amostra final incluiu 73 indivíduos [idade média de 75,78 anos (DP=6,45), 53,4% do sexo feminino] com
uma média de 9,32 fármacos prescritos (DP=2,86) e 3,27 diagnósticos (DP=2,10) implicados nos critérios. Os
dados obtidos permitiram identificar a prescrição de MPI em 80,8% dos doentes (critérios STOPP) e cerca de
41,1% apresentavam um ou mais MPO (critérios START). Dos 643 medicamentos analisados, mediante
aplicação dos critérios STOPP, verificou-se que os grupos farmacológicos mais frequentemente implicados
foram as benzodiazepinas (45,2%) em tratamento igual ou superior a 4 semanas, o uso de anti-inflamatórios
não esteroides (21,9%) em combinação com um anticoagulante, e o uso de anti-histamínicos de 1ª geração
(12,3%); foram também detetadas duplicações terapêuticas em 16,4% dos doentes, envolvendo
benzodiazepinas, anti-hipertensores e inibidores da bomba de protões. Por outro lado, de acordo com os
critérios START, os MPO mais implicados foram os agonistas beta-2 adrenérgicos ou antimuscarínicos
inalados (12,3%) e os suplementos de vitamina D (11%).
Conclusões:
Os resultados obtidos corroboram os de outros estudos nacionais e internacionais realizados neste âmbito e
reforçam a necessidade da integração do farmacêutico em equipas multidisciplinares de saúde, o qual pode
intervir na revisão periódica da medicação de doentes idosos, contribuindo positivamente para a otimização
da farmacoterapia, incluindo em doentes sob terapia anticoagulante.
173
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0008
Conversão da via intravenosa para a via oral – Paracetamol
Rafaela Barata1, Daniela Marques1, Manuel Morgado2
1
Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, 2Centro Hospitalar da Cova da Beira
Objectivo:
A utilização inadvertida da via intravenosa (IV) poderá trazer inúmeras consequências. O acesso venoso pode
proporcionar várias complicações ao doente, relacionadas tanto com fatores físicos como químicos. Com fim
a evitar complicações, deve-se ter em conta as técnicas corretas de inserção, tais como a anatomia do local,
o número de inserções, a gravidade da doença e infeções preexistentes, bem como a concentração da
infusão e o seguimento correto do regime terapêutico. Assim, a conversão da terapia IV para a terapia oral
apresenta diversas vantagens, não só na minimização das complicações referidas, mas também ao nível da
gestão de recursos hospitalares e do conforto do próprio doente. A administração oral de paracetamol é tão
eficaz quanto a administração IV e, por isso, deve ser usada como via de administração de primeira linha. No
entanto, em certas circunstâncias, como no tratamento de curta duração da dor moderada a severa,
particularmente após intervenções cirúrgicas, no controlo da dor ou da febre, em casos de emergência e/ou
quando não estão disponíveis outras vias de administração, quando a absorção por via oral se encontra
comprometida ou perante casos de sépsis, a administração intravenosa torna-se a escolha inicial para o
regime terapêutico. Pretende-se assim, auxiliar os profissionais de saúde, em ambiente hospitalar, na
conversão da terapia IV de paracetamol para oral, através da elaboração de algoritmos de decisão.
Metodologia:
Revisão de literatura, com base na análise de guidelines, bem como artigos disponíveis no PubMed,
utilizando a seguinte expressão: “intravenous to oral switch therapy guidelines”. A pesquisa foi efetuada em
Agosto de 2015.
Resultados:
Uma prescrição racional, que passa pela escolha adequada da via de administração e duração do tratamento,
é primordial para a saúde e bem-estar do doente. Quando é iniciado um regime terapêutico por via IV devem
estar bem definidos os critérios que permitem a sua conversão para a via oral. Num regime terapêutico IV
com paracetamol este deve ser descontinuado o mais cedo possível, assim que se verifique uma melhoria
dos sinais e sintomas (dor ligeira), a via oral esteja descomprometida, se verifique ausência de febre por mais
de 24horas, os níveis normais de leucocitose tenham sido reestabelecidos e não se verifique mais do que
uma das seguintes situações: frequência cardíaca > 90 batimentos por minuto, frequência respiratória > 20
respirações por minuto e pressão arterial inalterada. Quando estes critérios forem cumpridos pode-se
considerar que o doente se encontra apto para a conversão de terapia IV para a oral.
Conclusão:
O algoritmo proposto constitui um instrumento útil para os diversos profissionais de saúde, tendo em vista
uma adequada conversão da terapia IV de paracetamol para oral, com as consequentes vantagens clínicas e
de gestão daí decorrentes.
174
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0009
Antibiotic Stewardship Programs: The critical role of the Clinical Pharmacist
João Gregório1, Margarida Pereira2, Sérgio Boshoff2, José Neves2, Pedro Póvoa3, Luís Velez Lapão1
Global Health and Tropical Medicine, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa, 2Hospital de
1
Santa Cruz, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, 3NOVA Medical School; Hospital São Francisco Xavier, Centro Hospitalar
de Lisboa Ocidental
Background:
Antibiotics (AB) are among the most prescribed and used drugs in clinical practice. However, it is estimated
that 20-50% of AB are improperly prescribed. The main consequence related with its overuse is the
development of multi-resistant microorganisms. The Centre for Diseases Control and Prevention (CDC)
estimates that over two million people/year acquire an AB resistant infection, and 23,000 people die as a result
of this infection. Antibiotic Stewardship Programs (ASP) contribute to the optimization of antimicrobial therapy,
ensuring the proper use and minimizing side effects.
Aim:
This work aims at characterizing the utilization of AB in an intensive care unit (ICU) of cardiac surgery that is
undergoing the first six months of implementation of an ASP. The implementation is being made through the
collaboration of a multiprofessional team comprising Internists, cardiac surgeons, pharmacists and nurses.
Methods:
Following a case study methodology, a retrospective descriptive study will analyze quantitative data gathered
6 months before and 6 months after the implementation of the ASP. It will be completed with an observational
study focused on the role of the pharmacist and a focus group with the professionals and participants of this
study, to obtain qualitative data to better inform the description of the case study.
Results:
The multiprofessional team visited the patients in the ICU ward weekly, focusing on patients with a length of
stay superior to 7 days. The patients are submitted to AB prophylaxis with vancomycin and gentamicin, 48h
prior to surgery, but subsequent AB prescriptions are made which are the focus of the intervention. The
preliminary data analysis shows a reduction of 3.61% in the overall consumption of AB after 6 months. Some
AB, such as Ciprofloxacine and Linezolide registered reductions of about 96%. On the other hand, AB such
Flucloxacillin or Amoxicillin/Clavulanate registered an increase of 300 to 500%, suggesting a positive switch to
first line AB. It is estimated that in 30% of the cases, a pharmacist intervention was necessary, mainly for dose
adjustment or IV/Oral switch. From the initial data from the observation study, it is clear that the pharmacy
information system in place in this hospital does not allow a quick access to information that is critical to
inform the implementation of the ASP.
Conclusion:
This study allowed the description of the initial stages of an ASP in an intensive care unit. Pharmacists’ role in
this setting is to inform the physicians on the best available AB for specific conditions on a daily basis, with
quick access to information and from the microbiology department. A better use and access to the information
gathered, on AB use, microbiology data and prescription patterns in the unit, will allow better tailored solutions
to aid professionals in the implementation of ASP.
175
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0010
Hepatitis C treatment in a District Hospital
Margarida Espírito Santo1, Luísa Guerreiro2, Tânia Nascimento1
1
Centro de Estudos e Desenvolvimento em Saúde (CES), Escola Superior de Saúde - Universidade do Algarve, Faro, Portugal,
2
Cranfield University
The aim of this study was the characterization of patients with Hepatitis C (HCV) under treatment.
Patients included in this study were followed in a Portuguese District Hospital between January 2012 and
September 2014, have received treatment for HCV and who had at least one infectiology consultation in this
period. Data were collected from the hospital computer system, and patient´s data were collected
anonymously, without patient identification. Data analysis was performed using SPSS v22.0.
Were included in this study 87 patients who met the inclusion criteria, 75% (n=65) were males and 25% (n=22)
female, with a mean age of 45±10 years. Most patients included in this study were Portuguese, resident in the
Hospital district and nearby districts. Patients were diagnosed with HCV with a mean age of 3311 years, were
followed on average for 53.5 years in this Hospital, and were diagnosed with HCV on average 12±6.9 years
ago.
Among these patients, 44% (n=38) had genotype 1, 2% (n=2) genotype 2, 17% (n=15) genotype 3, 13%
(n=11) genotype 4 and 24% (n=21) with unknown genotype.
Most frequent treatment regimens used by patients included in the study were the association of pegylated
interferon alfa 2b (100mcg/week) and ribavirin (1000 mg/day) (52%; n=45); pegylated interferon alpha 2a
(180mcg/week) and ribavirin (1000 mg/day) (42%; n=36). Other associations were used but less frequently:
pegylated interferon alfa 2a + ribavirin + boceprevir (2%; n=2); pegylated interferon alfa 2b + ribavirin +
boceprevir (3%; n=3); and pegylated interferon alfa 2a + ribavirin + telaprevir (1%; n=1).
Among included patients, 55 (63%) have performed, to date, one treatment for HCV, 19 (22%) have performed
two treatments for HCV (using two different regimens or by using the same regimen twice), 9 (10%) already
underwent treatment three times, 3 (3%) already underwent treatment four times and only one patient (1%)
has conducted five treatments for HCV.
Excluding patients who were receiving treatment at the time of data collection (September 2014), the average
length of all other treatments performed by the patients was 82 months, and most (40%; n=51) of treatments
performed by patients had a duration from 6 to 9 months.
From the results, the standard treatment for patients with HCV appears to be in accordance with the existing
guidelines for the treatment of this pathology. In the future it would be advisable further analysis and extended
to other hospitals to assess the degree of compliance with currently existing national guidelines for the
treatment of this pathology.
176
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0011
Perfil de microrganismos e resistência a antimicrobianos no Hospital Distrital da Figueira da
Foz
Daniela Patrício1, Maria Teresa Pereira2, Francisco Batel Marques3
Farmácia Central, 2Hospital Distrital da Figueira da Foz,3AIBILI
1
Introdução:
As resistências antimicrobianas são um problema real que se tem tornando cada vez mais preocupante um
pouco por todo o mundo e é atualmente considerada uma séria ameaça à saúde pública. A maior
preocupação associada à resistência bacteriana é a saúde do doente, uma vez que infeções inicialmente
pouco complicadas podem desencadear situações muito graves, no entanto este problema tem também um
forte impacto financeiro, devido ao aumento significativo dos custos associados aos cuidados de saúde
necessários no tratamento de infeções por bactérias multirresistentes.
Objectivos:
O objetivo deste trabalho é avaliar o perfil de microrganismos identificados no HDFF durante o ano de 2013 e
as resistências antimicrobianas mais frequentes, tendo em consideração o contexto nacional e europeu.
Método:
Este trabalho foi realizado com base nos dados obtidos pelo Serviço de Patologia Clínica relativamente ao
número e tipo de microrganismos isolados e identificados no HDFF durante o ano de 2013 e aos respetivos
perfis de sensibilidade.
Resultados:
A tendência de evolução das resistências bacterianas continua a prever um aumento das taxas de resistência
aos antimicrobianos, como se reflete nas taxas de resistência de E. coli, K. pneumoniae e P. aeruginosa face
ao ano de 2010, embora se verifique já uma diminuição significativa da taxa de SAMR desde 2010. O
microrganismo com perfil de sensibilidade mais preocupante, no HDFF, é o Acinetobacter baumannii uma vez
que se calcularam taxas de sensibilidade inferiores a 50% para todos os antibióticos de 1ª linha testados e
inferiores a 85% para os antibióticos de 2ª linha, sendo que as infeções por E. coli, K. pneumoniae, M.
morganii e P. aeruginosa requerem também monitorização apertada.
Conclusão:
O padrão de resistências encontrado está, de modo geral, de acordo com o contexto nacional e europeu. A
vigilância epidemiológica assume-se como uma ferramenta essencial no controle das resistências bacterianas
e a sensibilização das populações é particularmente importante para travar o aumento das taxas de
resistência aos antimicrobianos e o aparecimento de bactérias multirresistentes.
177
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0012
Adesão à Terapêutica Antirretrovírica num Hospital Pediátrico. Fatores relacionados e
repercussão clínica
Dina Mendes1, Flora Candeias1, Maria Conceição Neves1, Daniel Virella1, Marta Alves1,
Maria Filomena Oliveira1
1
Hospital D. Estefânia
Objectivo:
Caraterizar a adesão à terapêutica antirretrovírica nos doentes seguidos na Consulta de Imunodeficiências do Hospital.
Metodologia:
Estudo dos doentes em tratamento para a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) entre 01-01-2014
e 30-06-2015. Exclusão de doentes com informação insuficiente ou abandono de consulta. Recolha de dados por
consulta de processos clínicos, registos informáticos da Farmácia e questionário confidencial. Considerou-se
adesão total e parcial a dispensa de pelo menos 95% e 80% da medicação prevista, respetivamente, e comparouse com a adesão descrita pelo doente. Análise estatística pelo teste do qui-quadrado ou teste exato de Fisher.
Resultados:
Foram incluídos no estudo 82 doentes, sendo 52% do sexo masculino e 51% de origem africana. A idade
mediana é 15 anos e 6 meses. A maioria dos doentes reside com a família nuclear, 7% em instituições e 9%
são independentes. A carga vírica é indetetável em 63 doentes.
A taxa de adesão global varia entre 41 e 100%. Verifica-se que 42% dos doentes têm adesão total à
terapêutica e 67% adesão parcial. De acordo com o questionário ao doente, a adesão é de 60%.
Comparando ambos os métodos, há concordância na adesão total em 67% e na adesão parcial em 92%.
Todos os doentes institucionalizados ou que partilham a responsabilidade da medicação com o cuidador têm
adesão parcial à terapêutica.
Houve alteração de regime terapêutico em 33 doentes: 5 ficaram com regime de 2 tomas diárias e os
restantes em toma única. Com a redução do número de tomas, 44% dos doentes não aderentes passaram a
ter adesão total e 67% adesão parcial.
A adesão à terapêutica antrirretrovírica mostrou-se associada a pais adotivos como cuidadores, nível superior
de escolaridade do cuidador, menor número de tomas diárias e carga vírica indetetável. Doentes com
escolaridade adequada à idade são tendencialmente mais aderentes.
Não se encontram relações significativas entre adesão à terapêutica e sexo, origem familiar, via de
transmissão ou classes terapêuticas.
Conclusões:
A adesão determinada na amostra é baixa, sendo notório que a adesão percecionada pelo doente é superior à realidade.
Os factores relacionados com a adesão (cuidador, escolaridade do cuidador, número de tomas diárias e carga
vírica) na amostra corroboram estudos prévios nesta área.
Evidencia-se a necessidade de maior apoio junto da família biológica e doentes independentes,
acompanhando o processo de transição da responsabilidade da medicação. A simplificação terapêutica deve
ser realizada sempre que possível uma vez que mostrou favorecer a adesão.
A identificação dos fatores com influência significativa na adesão à terapêutica em pediatria permite à equipa
de profissionais de saúde elaborar uma estratégia de intervenção adaptada a cada doente. Neste contexto, o
Farmacêutico Hospitalar tem um papel fundamental na promoção da adesão.
178
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0013
Poderá a efectividade do tratamento antiretroviral estar relacionada com a simplificação da
terapêutica?
Joana Ferreira1, Sónia Moreira1, Ana Jorge1, Sara Cândido1, Mariana Carvalho1, José Branco1,
Fábio Glória1, Catarina Oliveira1
HOSP. VILA FRANCA DE XIRA
1
Objectivo:
Comparar a evolução de doentes naive seropositivos para o vírus da imunodeficiência humana em tratamento
com esquemas de tomas múltiplas (ETM) versus toma única (ETU), analisando resultados analíticos, reacções
adversas medicamentosas (RAM) e adesão.
Metodologia:
Realizou-se uma análise retrospectiva dos doentes naive diagnosticados e com Terapêutica Antiretroviral
(TARV) iniciada no período de Junho/2014 a Junho/2015. Registaram-se, em Excel, os dados dos doentes,
composição e data de início da TARV e dados analíticos 3 e 6 meses após início. Os esquemas foram
propostos com base nas Recomendações Portuguesas atuais. Foi feito um questionário individual, no
momento da dispensa, no sentido de avaliar possíveis RAM e calculou-se a adesão com base nos registos
mensais. Para este estudo foram excluídos 5 doentes naives, uma vez que 2 faleceram e 3 foram transferidos.
Resultados:
De 36 doentes diagnosticados, apenas 31 doentes eram elegíveis, sendo a maioria do sexo masculino.
Destes, 26 doentes apresentavam ETM e 5 iniciaram com ETU (rilpivirina/tenofovir/emtricitabina). Detetaramse 11 RAM, sendo as mais frequentes associadas ao sistema nervoso. Das RAM notificadas, 73% estavam
associadas a ETM, sendo que um doente necessitou de alterar a medicação. Após 3 meses de tratamento, 29
doentes tinham resultados analíticos, destes 55% já se encontravam com carga viral (CV) indetectável (abaixo
das 37 cópias/mL). Face aos esquemas, 12/26 doentes com ETM encontravamse com CV indetectável, face
aos 4/5 indetetáveis tratados com ETU. A análise após 6 meses ainda não é conclusiva, sendo que já se pode
aferir que 68% dos doentes apresentavam um valor ótimo de adesão (acima de 95%). Do universo dos
doentes com ETM, 65% destes apresentam adesão acima de 95% versus os 80% de doentes com esquema
de ETU. Relativamente ao valor médio de adesão, os doentes com ETM apresentam um valor que ronda os
92% face aos 100% dos doentes com ETU.
Conclusões:
Os estudos de adesão e eficiência de ETM e ETU permitem concluir que a simplificação favorece a obtenção
de resultados clínicos. A nossa análise evidencia que os esquemas de ETU refletem uma maior percentagem
de doentes aderentes, existindo um cumprimento mais adequado. O facto de ser relativamente pequeno o
universo em estudo, e ainda não existirem resultados clínicos sustentados, poderá inviabilizar a generalização
de que as co-formulações melhoram a tolerabilidade em todos os aspectos.
179
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0014
Seguimento Farmacoterapêutico do DoenteVIH: Resultados e Impacto do Programa
Rute Duarte1, João Ribeiro1, Maria Olímpia Fonseca1
1
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E.
Objectivo:
Avaliar o impacto do Programa de Seguimento Farmacoterapêutico (PSFT), ao doente infetado pelo vírus da
imunodeficiência humana (VIH).
Métodos:
Estudo retrospetivo dos registos documentais do PSFT, efetuados com base no Método Dáder, aos doentes
VIH acompanhados em ambulatório, entre maio de 2014 e agosto de 2015. A referenciação dos doentes foi
efetuada pelo farmacêutico, de acordo com os seguintes critérios de inclusão: doentes que iniciaram um
regime terapêutico (inicial ou secundário), doentes identificados como não aderentes à terapêutica e doentes
em que, por motivo específico, se considerou útil a monitorização da adesão à terapêutica.
Análise do impacto dos parâmetros avaliados na consulta do PSFT.
Resultados:
No período referido, foram realizadas 84 entrevistas: 22 primeiras consultas, 18 segundas consultas e 44
consultas subsequentes, correspondendo ao seguimento de 22 doentes. Os doentes foram acompanhados,
em média, durante 3,7 meses.
A distribuição dos doentes, segundo os critérios de inclusão no PSFT, traduziu-se nas seguintes proporções:
doentes que iniciaram um regime terapêutico inicial (41%); doentes que iniciaram um regime terapêutico
secundário (18%); doentes identificados como não aderentes à terapêutica (27%); doentes em que, por
motivo específico, se considerou útil a monitorização da adesão à terapêutica (14%).
No decorrer do PSFT, foram identificadas e sinalizadas ao médico 7 interações medicamentosas (IM)
clinicamente relevantes e 2 suspeitas de reações adversas medicamentosas (RAM), das quais resultaram
alterações diretas da terapêutica antirretroviral e/ou na terapêutica concomitante. As situações de não adesão
à terapêutica foram comunicadas ao médico, resultando na antecipação de consultas médicas para avaliação
clínica. Foram implementadas diversas estratégias de promoção da adesão à terapêutica, diretamente com o
doente: a entrega de caixas de preparação semanal de medicação; a sugestão de introdução de alertas nos
dispositivos eletrónicos do doente, de forma a obviar o esquecimento das tomas; e o reforço da informação
dos benefícios do cumprimento da terapêutica. A taxa média de adesão à terapêutica das primeiras
consultas, segundas consultas e consultas subsequentes foi de 87,3%, 91,3% e 97,3%, respetivamente.
Conclusões:
Após 15 meses de implementação do PSFT, verificou-se um aumento progressivo nas taxas de adesão à
terapêutica. Este programa permitiu detetar e resolver problemas de efetividade e segurança (pelo alerta ao
médico das IM e RAM) relacionados com medicamentos, resultando num impacto terapêutico e clínico
positivo nos doentes.
O PSFT, aplicado no acompanhamento do doente VIH, permitiu o reconhecimento do farmacêutico na equipa
multidisciplinar de saúde, pelo contributo na qualidade assistencial dos doentes, e o reconhecimento por
parte dos mesmos, resultante da relação de confiança mútua estabelecida.
180
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0015
Criação de um serviço farmacêutico de aconselhamento sobre a utilização de medicamentos
durante o aleitamento.
Humberto Melo1, Catarina Metelo1,Andreia Loba2, Maria José Rei1, Andreia Duarte1, Cláudia Santos3
Hospital da Luz, 2Hospital Beatriz Ângelo, 3Grupo Luz Saúde
1
Na análise de inquéritos de satisfação realizados, anualmente, aos doentes do Hospital, as doentes do
serviço de obstretrícia apresentavam um maior descontentamento no que concerne à informação recebida
sobre a terapêutica instituída. Tendo em conta a importância do aleitamento materno e o impacto da
utilização de medicamentos neste contexo identificou-se a oportunidade de intervenção neste grupo.
Este projeto tem como objetivo disponibilizar informação e ferramentas que permitam às puérperas tomar
uma decisão segura sobre a utilização de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) durante o
período de aleitamento.
Quanto à metodologia, esta consistiu na formação dos responsáveis pelo projeto e recolha bibliográfica para
elaboração de um folheto informativo e sessão de esclarecimento. A sessão decorre diariamente no serviço
de obstetricia integrado na sessão informativa de enfermagem. A informação inclui a importância do
aleitamento, conselhos práticos sobre a utilização de medicamentos durante este período, e informação sobre
os medicamentos utilizadas nas principais condições passíveis de serem tratadas com MNSRM. No final da
sessão é apresentado o folheto informativo electrónico com a mesma informação transmitida na sessão. O
folheto pode ser consultado através de várias plataformas, smartphones, computadores ou ser impresso em
suporte de papel. A avaliação do impacto foi feita através do número de presenças na sessão e pela análise
das respostas ao inquérito de satisfação.
Em relação aos resultados, entre 9 de Março e 12 de Julho de 2015, foram realizadas 34 sessões, com um
total de 114 participantes. Destes, 59,6% disseram estar “muito satifeitos” e 39,4% “satisfeitos”. Quando
questionados sobre qual a importância deste género de intervenções na promoção do aleitamento, todos os
inquiridos classificaram a atividade como sendo importante (22%) ou muito importante (78%).
Os resultados da avaliação de satisfação permitem-nos inferir o impacto positivo quer na satisfação das
puérperas com o serviço recebido durante o internamento, quer na percepção do papel do farmacêutico
hospitalar. Tendo em conta o curto período de internamento, a necessidade de coordenação com a equipa de
enfermagem e na tentativa de aumentar a adesão ao projeto, está em estudo a participação dos
farmacêuticos no curso pré-parto do Hospital. O projeto já está também implementado com sucesso noutro
Hospital. Para além da espectativa relacionada com o impacto desta iniciativa na próxima avaliação de
satisfação global do Hospital, acreditamos que este projeto pode funcionar como impulsionador do
desenvolvimento de iniciativas semelhantes noutras áreas.
181
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0016
Segurança do doente oncológico e dos profissionais de saúde envolvidos no circuito dos
medicamentos citotóxicos – Experiência de um hospital universitário
Manuel Morgado1, Mónica Guardado1, Olímpia Fonseca1
1
Centro Hospitalar da Cova da Beira
Objectivo:
A Norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) nº 014/2015 de 06/08/2015, intitulada “Medicamentos de alerta
máximo”, estabelece um conjunto de práticas seguras que deverão ser implementadas pelas instituições
prestadoras de cuidados de saúde. De entre os medicamentos de alto risco ou potencialmente perigosos
encontram-se os medicamentos citotóxicos. Constitui objetivo deste trabalho avaliar a implementação da
referida Norma ao circuito dos medicamentos citotóxicos preparados pelos Serviços Farmacêuticos (SF) de
um hospital universitário.
Metodologia:
Foi utilizado o “Instrumento de Auditoria” incluído na Norma da DGS nº 014/2015 (ponto 2., página 3), o qual
consta de 18 questões (“Critérios”), para avaliar a implementação da referida Norma ao circuito dos
medicamentos citotóxicos preparados pelos SF. Foram, igualmente, consultados os procedimentos internos e
operativos existentes na instituição hospitalar que se relacionem com o circuito daqueles medicamentos.
Resultados:
Foi obtido um Índice de Qualidade (IQ) de 94,1% (total de respostas “sim” = 16; total de respostas “não” = 1;
total de respostas aplicáveis = 17). O “critério” com avaliação negativa foi o da “Padronização dos regimes de
dose”. O “critério” não aplicável foi o da “Proibição do uso de abreviaturas na prescrição manual”, atendendo
a que todas as prescrições são efetuadas eletronicamente. Quanto aos critérios com avaliação positiva, há a
salientar que os SF elaboram, revêem anualmente e divulgam, há já vários anos, a lista de medicamentos de
alerta máximo existentes na instituição. No âmbito dos citotóxicos injetáveis(CI), cuja preparação se encontra
centralizada nos SF, encontram-se parametrizados 16 alertas na aplicação informática SGICM (Sistema de
Gestão Integrada do Circuito do Medicamento). Relativamente ao “Estabelecimento de procedimentos
específicos para classes de medicamentos” há a salientar diversos procedimentos para aumentar a
segurança da utilização dos CI: 1) Sinalética / pictogramas para a identificação / diferenciação dos CI
vesicantes, irritantes e neutros; 2) Disponibilização, eletrónica e sob a forma de folhetos informativos, de
informação acerca dos solventes compatíveis / incompatíveis com os CI disponíveis; 3) Identificação dos
medicamentos CI com nome ortográfico, fonético ou aspeto semelhantes (medicamentos LASA); 4)
Disponibilização na intranet da instituição hospitalar das “Fichas de Segurança” de todos os CI.
Conclusões:
Embora a auditoria interna realizada ao circuito dos CI tenha revelado um elevado IQ no que concerne à
aplicação da Norma da DGS nº 014/2015, verifica-se que existem, ainda, oportunidades de melhoria,
nomeadamente, no que respeita à padronização dos regimes de dose. De igual modo, é importante a
realização de auditorias externas que, de forma contínua, avaliem a implementação da Norma mencionada.
182
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0017
Caso clínico de doente com cancro colo-retal metastizado
Áurea Bravo1, Mariana Vieira2, Ana Fernandes1
Centro Hospitalar de Leiria, E.P.E, 2Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
1
As doenças do foro oncológico, nomeadamente o cancro colo-retal (CCR), assumem relevo no panorama da
saúde mundial, estando relacionadas com elevada morbilidade/mortalidade. Em Portugal o CCR é a 1ª causa
de morte por tumor maligno. A idade, história familiar, alterações genéticas, hábitos alimentares, obesidade,
álcool e tabaco são os principais fatores de risco.
Os novos fármacos, nomeadamente inibidores do factor de crescimento epidérmico, têm proporcionado aos
pacientes aumento da sobrevida e melhoria na qualidade de vida.
O cetuximab apresenta sinergia terapêutica com agentes quimioterápicos (irinotecano). A gravidade da sua
principal reação adversa (exantema acneiforme) relaciona-se com a eficácia terapêutica.
Objectivo:
Estudo retrospetivo do tratamento de um utente com CCR metastizado e impacto na sua qualidade de vida.
Métodos:
Seleção de utente do sexo masculino, 49 anos, sem fatores de risco para a doença. Diagnosticado com CCR
estadio IV, metastização hepática difusa, classificação T4b N0 M1a (NCCN), não operável e sem indicação
para radioterapia.
Início de tratamento com FOLFIRI (10/09/2014). Combinação com Cetuximab (5/11/2014), após genotipagem
do gene KRAS. Episódio de trombose desencadeia tratamento paliativo de irinotecano + cetuximab
(18/06/2015) que mantém até à data.
Análise dos parâmetros analíticos e clínicos disponíveis no processo do doente.
Recolha de informação através de entrevista ao utente, equipa médica e enfermagem.
Análise de toda a terapêutica administrada e seus respetivos efeitos.
Resultados:
À data do diagnóstico: valores elevados nos marcadores tumurais (CEA e Ca 19.9) e transaminases
(metastização hepática).
Diminuição dos marcadores tumurais após FOLFIRI, sendo mais acentuada com introdução de cetuximab.
Pré-medicação: atropina, dexametasona e ondansetron. Adição de clemastina com introdução do cetuximab.
Efeitos secundários manifestados no doente: rash cutâneo - tratamento com Pliazon®; perturbações gástricas
– tratamento com esomeprazol; mucosite – tratamento com suspensão oral de bochechos à base de nistatina.
Aparecimento de diabetes mellitus tipo II no decorrer da doença – tratamento com insulina de ação prolongada.
Episódio de extravasamento com cetuximab sem danos.
183
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
Conclusão:
Utente não abrangido pelo rastreio oportunístico do CCR (norma n.º 3/2014, DGS), a doença instalou-se antes
da idade recomendada (50 anos). A importância do rastreio resulta do facto da sobrevivência global aos 5
anos ser de 50%. Em diagnóstico precoce, a sobrevivência ultrapassa os 90%.
Sendo diagnosticado CCR em estádio IV não operável a abordagem terapêutica é paliativa. Da análise da
informação recolhida, pode concluir-se que o utente apresenta um bom estado geral, mantendo-se estável,
autónomo e com boa qualidade de vida.
Realça-se o papel da pré-medicação, administrada de forma profiláctica, com intuito de reduzir os efeitos
secundários.
184
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA HOSPITALAR
CNF/2015/A2/P0018
Inibidores das Janus Associated Kinases na terapêutica farmacológica
Daniela Santos1, Daniela Marques1, Manuel Morgado2
Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, 2Centro Hospitalar da Cova da Beira
1
Objectivo:
Os inibidores das Janus Associated Kinases (JAK) são fármacos promissores no tratamento da artrite
reumatóide, psoríase, rejeição de órgão e, ainda, vários tipos de cancro. Este estudo procura rever os
diferentes inibidores das JAK que se encontram disponíveis na prática clínica, as suas indicações
terapêuticas e, ainda, potenciais indicações em investigação de modo a compreender a gama de indicações
que estes agentes promissores abrangem. Uma revisão dos principais inibidores das JAK que se encontram
em diferentes fases dos ensaios clínicos é também objetivo deste estudo.
Metodologia:
Foi efetuada uma revisão bibliográfica do Resumo das Características do Medicamento (RCM) dos inibidores
das JAK disponíveis no mercado farmacêutico, bem como uma pesquisa na base de dados eletrónica da
PubMed, recorrendo aos termos «JAK inhibitors», «Janus Associated Kinases inhibitors» e «Janus Kinases
inhibitors», de artigos publicados desde janeiro de 2014 até janeiro de 2015. Foram, ainda, consultadas as
bases de dados da European Medicines Agency (EMA) e da United States Food and Drug Administration
(FDA) de forma a percecionar os inibidores das JAK autorizados na prática clínica.
Resultados:
Atualmente, apenas o ruxolitinib e o tofacitinib estão disponíveis no mercado farmacêutico, embora este
último tenha sido recusado pela EMA devido a preocupações quanto ao seu perfil de segurança. O ruxolitinib
é utilizado no tratamento de doenças como a mielofibrose e a policitemia vera. O tofacitinib - apenas
autorizado pela FDA com algumas restrições – está indicado no tratamento da artrite reumatóide.
Por outro lado, o tofacitinib tem evidenciado resultados promissores em ensaios clínicos de fase II,
nomeadamente, noutras doenças autoimunes como a colite ulcerativa e a psoríase. Este também se encontra
a ser avaliado como imunossupressor em doentes sujeitos a transplantes renais. O ruxolitinib tem sido
estudado quanto à sua segurança e eficácia, quer em associação com o trastuzumab no tratamento de
cancro da mama metastático, quer em associação com a capecitabina no tratamento do cancro do pâncreas
avançado ou metastático.
Vários inibidores das JAK estão em diferentes fases de ensaios clínicos por forma a entender o seu potencial
para o tratamento de vários tipos de cancro e de doenças relacionadas com o sistema autoimune que são
refratárias aos tratamentos atualmente disponíveis.
Conclusão:
Os inibidores das JAK correntemente disponíveis no mercado têm um papel fundamental no tratamento de
doenças oncológicas e autoimunes. Contudo, estes fármacos ainda se encontram sob investigação no
sentido de avaliar o seu potencial para outras indicações clínicas. Um dos principais desafios inerente à
investigação destes medicamentos prende-se com a segurança destes, já que são fármacos com muitos
efeitos adversos, o que, à partida, exigiria uma monitorização apertada por parte dos profissionais de saúde.
185
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
CNF/2015/A3/P0001
Identificação e avaliação das atividades antitumoral e hemostática de extratos secos da casca
de romã utilizando ácido elágico e punicalagina como marcadores ativos.
Juliana Machado Brêtas1, Diego Beltrão Pereira1, Fernanda Cristina G. Evanjelista1, Adriano de Paula
Sabino1, Isabela da Costa César1, Gerson Antônio Pianetti1
1
Universidade Federal de Minas Gerais
A Punica granatum L., conhecida no Brasil como romã, é originária da Ásia, sendo cultivada em diversas regiões
subtropicais. A parte mais utilizada na terapêutica é a casca do fruto e o mesocarpo, onde estão concentrados
taninos hidrolisáveis, como a punicalagina (PNG) e o ácido elágico (AE). Além das diversas atividades biológicas
atribuídas ao extrato seco da casca de romã, há registros científicos de que os taninos possuem atividade
antitumoral. A identificação de taninos característicos da romã, como a PNG, é fundamental para o controle de
qualidade de fitoterápicos, assegurando que não houve adulteração do extrato. Diante disso, desenvolveu-se
um método por cromatografia em camada delgada para identificação de AE e PNG, permitindo a análise de
forma barata e rápida da composição dos 19 extratos obtidos por doação, viabilizando sua utilização em
farmácias magistrais e indústrias de pequeno porte. Além disso, a identidade de 4 extratos, sendo cada um
representante de uma faixa de concentração de AE, foi confirmada por cromatografia líquida de alta eficiência.
Foi verificada uma grande diferença entre os perfis cromatográficos dos extratos. Após a etapa de identificação
foram feitos dois testes: avaliação preliminar da atividade antitumoral de 4 extratos e dos padrões de AE e PNG
e a avaliação da atividade hemostática dos 19 extratos adquiridos. A atividade antitumoral foi verificada através
do ensaio de redução do MTT, utilizando linhagem celular humana de carcinoma de cólon retal (RKO-AS45-1), e
a avaliação da atividade hemostática in vitro foi realizada mensurando os tempos de protrobina e de
tromboplastina parcial ativada. Tanto os padrões quanto os extratos, em suas concentrações plasmáticas
máximas, calculadas considerando a dose média diária recomendada, não impactaram significativamente sobre
a hemostasia. No teste da atividade antitumoral, os padrões de AE e PNG foram eficazes contra a linhagem
testada, apresentando IC50 de 21,50 µg/mL ± 0,78 e 20,84 µg/mL ± 2,84, respectivamente. Entretanto, a
atividade citotóxica dos extratos avaliados não foi tão significativa (IC50 médio de 196,16 µg/mL). Embora a
causa dessa discrepância ainda esteja sob investigação, estando em andamento o estudo em outras linhagens
de células neoplásicas (MDA-MB-231, MCF7 e TOV-21G), fica evidente a importância da realização de estudos
científicos para a confirmação das indicações “off label” de uso dos extratos secos de romã, garantindo a
segurança dos pacientes.
186
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
CNF/2015/A3/P0002
Implementação e Qualificação de uma Área de Embalagem de Formas Farmacêuticas Sólidas
João Correia1, Cristina Toscano1, Fátima Carvalho1
1
LEF - Infosaúde
Objectivo:
O acondicionamento primário de produtos farmacêuticos constitui uma fase de produção crítica,
influenciando a manutenção das características físico-químicas e microbiológicas durante o seu ciclo de vida.
Foi necessário implementar operações de embalagem de acordo com os requisitos GMP, numa área para
formas farmacêuticas sólidas, permitindo fechar o ciclo de produção destas formas fabricadas.
Metodologia:
O projeto foi concebido atendendo à área e capacidade existentes, requisitos aplicáveis, instalações,
execução, qualificação, validação, definição de procedimentos, formação e implementação de rotinas, de
acordo com o sistema de gestão da qualidade e ambiente. A implementação e a qualificação da área de
embalagem foi iniciada com um controlo de modificações, definidos os user requirements e documentada sob
a forma de protocolos de qualificação e relatórios. O processo de concretização técnica foi multidisciplinar,
tendo a equipa de trabalho envolvido a Produção, o Departamento de Qualidade, o Departamento de
Engenharia e Manutenção e a Direção Técnica. A análise de risco efetuada permitiu identificar os pontos
críticos nas infraestruturas, instalações, equipamentos e operações, de modo a centrar as atividades e os
custos de toda a qualificação nos aspetos relevantes, na perspetiva da qualidade.
Resultados:
Definidos os layouts, a qualificação do design, da instalação, da operacionalidade e do desempenho das
instalações e infraestruturas demonstraram a sua conformidade, cumprindo os requisitos. As características
dos blisters obtidos em testes, a diferentes temperaturas de formação, selagem e velocidade de
funcionamento permitiram a validação de processos para os vários materiais. A área foi posteriormente
colocada a uso para as diversas operações de embalagem na linha de produção.
De acordo com os pontos críticos identificados para a embalagem de produtos sólidos, o processo é
constantemente verificado por testes de controlo e repetida verificação por pessoal devidamente treinado,
complementadas pela verificação do produto final embalado. Definiram-se limites para os rendimentos e para
o controlo nas reconciliações de stocks. Alargou-se o âmbito da análise de eventuais desvios e a
implementação de CAPA.
Conclusões:
O sucesso da implementação e qualificação da área de embalagem foi evidenciada pela Certificação GMP
após inspeção realizada pela Autoridade Competente. Os processos têm-se otimizado do ponto de vista da
melhoria contínua e do seu controlo. 187
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
CNF/2015/A3/P0003
Permeação “In vitro”: verniz ungueal
Margarida Barreto1, Fátima Carvalho1
1
LEF - Infosaúde
Objectivo:
Este estudo teve como objetivo comparar o desempenho in vitro de dois vernizes para aplicação ungueal,
contendo cloridrato amorolfina.
Metodologia:
As experiências de permeação in vitro foram realizadas recorrendo a membranas de casco de bovino em
células de permeação verticais, tipo Franz modificadas. As membranas obtidas a partir de cascos de bovinos
foram usados ​​como modelo experimental pela sua semelhança em termos de composição, às unhas
humanas.
De modo a comparar os perfis de permeação de amorolfina obtidos com as duas formulações, foram
aplicadas duas metodologias, F2 e modelos lineares mistos generalizados.
O teste foi realizado num total de doze células para uma das formulações e onze células para a outra
formulação.
Resultados:
A quantidade de amorolfina permeada até às cinco horas, em ambas as formulações foi 1370,38 ± 592,37 µg
/cm2 (CV% = 43,23%) e 1140,43 ± 546,38 µg /cm2 (CV% = 47, 91%).
N comparação dos perfis obteve-se um resultado de similaridade, quando comparados os valores médios
para cada formulação, não se tendo verificado diferenças significativas nos efeitos do modelo misto (p> 0,05).
Conclusões:
O modelo de teste “in vitro” aplicado permite comparar o desempenho de permeação de vernizes ungueais de
formulações contendo amorolfina.
188
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
CNF/2015/A3/P0004
Development of quality control methods using a quality-by-design approach
Sandra Lopes1, Joana Cecílio1, Cristiana Pardal1, Paula Barroso1, Marisa Rodrigues1
Laboratórios Atral S.A.
1
Introduction:
Selecting optimal operating conditions, during the development of new chromatographic methods for quality
control, is a complex task. Traditionally, the method development strategy implies a “trial-and-error” process
that is both slow and inefficient. The quality by design approach, which combines design of experiments and
multivariate models, provides a more proficient use of time and resources.
Objective:
To develop a liquid chromatographic method with ultra-violet detection for reliable quantification of the active
pharmaceutical ingredient (API) in a pharmaceutical form, ensuring complete separation between excipients,
API and its seven related compounds.
Methodology:
Statistically designed experiments (MODDE, Version 6.0) were performed to study the effect of
chromatographic parameters on selected responses, in two sequential phases: screening and optimization.
During the screening phase, a full factorial design was used to discard the statistically non-significant
parameters. The significant parameters were further analyzed by a central composite design and multilinear
regression models, to achieve the optimization of the chromatographic method. The final analytical
methodology was validated according to ICH directives, using the optimal chromatographic conditions
previously identified.
Results:
The screening design identified the main factors affecting global resolution: gradient time and column
temperature. The multilinear regression model, from the subsequent optimization design, provided data to
construct a response surface and estimate an adequate combination of these significant parameters.
Remaining chromatographic parameters were kept constant according to best values identified in the
screening phase.
The predicted optimal method allowed the separation of excipients, API and related compounds. Analytical
validation of this method demonstrated its adequate selectivity, accuracy, precision and linearity, over the
entire working range.
Conclusion:
The implementation of chemometric tools proved to be useful for the development of analytical separations: a
fully validated assay method was obtained, reducing time and resources spent, in comparison to the univariate
development approach.
189
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
ANÁLISES CLÍNICAS
CNF/2015/A4/P0001
Detecção precoce de discrasia plasmocitária na electroforese de proteínas séricas
Maria José Pereira1, Manuel Silva1, Lina Rodrigues Costa1
1
Hospital Forças Armadas
A proliferação de um clone maligno de células plasmocitárias pode evidenciar-se pela detecção no soro ou
urina de Imunoglobulinas que tendo características estruturais homogéneas são consideradas monoclonais.
Foi objectivo deste estudo detetar e identificar pequenas alterações nos traçados eletroforéticos que
conduzem à identificação e diagnóstico precoce de displasias plasmocitárias.
Avaliou-se retrospectivamente e num período de 2 anos, 7265 traçados de eletroforese de proteínas. A
população estudada foi de 4987 utentes (sem replicados), tendo como média de idades 53 anos. Constituída
por 3568 homens e 1419 mulheres. Usou-se a eletroforese de proteínas em gel de agarose como técnica de
deteção e a imunofixação para a sua caracterização. Formaram-se 2 grupos com base na expressão da
monoclonalidade: Grupo-1: diagnóstico feito com base na distorção da curva ou aparecimento de um esboço
de pico; Grupo-II: presença evidente de um pico monoclonal. O estudo estatístico foi feito em SPSS sendo
positivo p≤0.05.
Da análise da população estudada, 176 casos – 3,5%, foram assinalados com mensagem de patologia
monoclonal e aconselhamento à caracterização da mesma. A média de idades deste grupo foi de 70.0 anos,
sendo maioritariamente do sexo masculino. A caracterização foi efetuada numa 2ª colheita em 34 utentes
tendo sido evidenciado laboratorialmente 17 casos de monoclonalidade associados a cadeia pesada IgG
-50.0%, 20.6% associada a IgA e 17.6%a IgM. Constatou-se um caso de biclonalidade IgG e IgM e 3 casos
foram considerados negativos. No Grupo-I (18 utentes -58.1%), com idade média de 69.6 anos, a
quantificação das regiões beta e gama apresentaram respectivamente valores ligeiramente aumentados ou
normais em relação aos valores de referência sendo em média, 15.4g/L (valor referência 7-13 g/L) e 13.3g/L
(valor referência 6-16 g/L). A quantificação eletroforetica do esboço de pico na região gama foi de 4.7g/L. Esta
população contrasta e difere significativamente dos restantes utentes, do Grupo- II, (13 utentes – 41,9%),
com idade média de 74 anos, cujo perfil eletroforetico apresenta um nítido pico monoclonal, 14.7g/L
(p<0.001), com glóbulos vermelhos e hemoglobina respectivamente de 3.83*1012/L e 11.2g/L (p=0.048 e
p=0.010).
O estudo da eletroforese de proteínas séricas permitiu detetar de forma precoce situações que poderão
culminar em discrasia plasmocitária Será sempre importante acompanhar a interpretação quantitativa da
eletroforese de proteínas com a sua avaliação gráfica.
190
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
ANÁLISES CLÍNICAS
CNF/2015/A4/P0002
Qrt-PCR and ONEp-PCR: uma nova combinação de métodos aplicada ao prognóstico da
infecção VIH/SIDA
Quirina Costa1, José Pereira1, Maria Lopes1, Margarida Rocheta2
1
Faculdade de Farmácia ULisboa, 2Faculdade de Agronomia ULisboa
Os vírus da Imunodeficiência Humana tipo 2 (VIH-2) têm propriedades únicas como um agente patogénico
humano: é menos eficiente no desenvolvimento de manifestações patológicas, a infecção é geralmente
definida como menos virulenta e os indivíduos infectados apresentam uma carga virai praticamente
indetectável, traduzindo-se numa taxa de transmissão mais baixa.
São necessários métodos sensíveis para quantificar a expressão e o número de cópias integradas nas células
infectadas pelo VIH. Com a nova combinação entre o qRT-PCR (PGR em tempo real) com ONEp-PCR (PGR
de primer único), podem ser identificados polimorfismos e instabilidade do genoma das células infectadas
pelo VIH. Neste trabalho, é demonstrado que isolados primários VIH-2 de fenótipo R5 e vírus quiméricos R5
promovem deleções e inserções no DNA dos linfócitos T CD4+, indicando instabilidade genómica ao longo do
tempo.
Tanto os isolados primários, como as construções quiméricas são suficientes para desencadear diferentes
vias de sinalização que conduzem à expressão de CCR5 e de ENV, assim como para identificar o número de
cópias integradas do gene env, em linfócitos T CD4+ de indivíduos infectados com HIV-2.
Estes resultados revelam a utilidade potencial da combinação de qRT-PCR e ONEp-PCR para identificar
sequências de genes alterados na infecção VIH/SIDA: precocemente são detectadas as integrações dos
pró-vírus no genoma humano. Esta técnica relativamente simples, personalizada, pode ser utilizada para
revelar marcadores associados à infecção VIH/SIDA sendo um recurso renovável para numerosos estudos
nos vários campos da biologia molecular moderna e da medicina.
191
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
ANÁLISES CLÍNICAS
CNF/2015/A4/P0003
Escherichia coli uropatogénica da comunidade: comensal ou patogénica
Ana Eusébio1, Catarina Araújo1, Madalena Andrade1, José Oliveira1, Aida Fernandes1
1
Faculdade de Farmácia ULisboa
As infeções do trato urinário (ITU) são as infeções bacterianas mais comuns nos humanos, quer na
comunidade, quer associadas a cuidados hospitalares. Estas ocorrem maioritariamente na mulher, sendo
frequentemente causadas pela Escherichia coli (80%), associada à flora comensal do individuo.
A E. coli uropatogénica está envolvida em muitas ITU, que atingem a bexiga e o rim em hospedeiros
saudáveis, infeções essas que são favorecidas por fatores de virulência específicos, que facilitam a
colonização e subsequente infeção. Estes são frequentemente codificados por elementos genéticos flexíveis,
denominados de ilhas de patogenicidade (PAIs).
O objectivo deste estudo consistiu em estudar os grupos filogenéticos associados à presença de factores de
virulência e de PAIs, em estirpes de E. coli uropatogénica provenientes de laboratórios da comunidade.
Esta pesquisa realizou-se no laboratório de Microbiologia da Faculdade de Farmácia da Universidade de
Lisboa que incluiu 250 isolados de E. coli de mulheres em idade fértil (até 59 anos). A pesquisa dos genes de
virulência (fimH, papC, usp, ecpA, hlyA e cnf1), ilhas de patogenicidade e grupo filogenético (chuA, yjaA,
TSPE4.C2) foi efetuada no DNA genómico, amplificado pela técnica de PCR e confirmados por sequenciação.
Os isolados distribuíram-se pelos 4 grupos filogenéticos nos quais 76,8% dos isolados pertenciam aos
grupos B2 e D onde se incluem as estirpes extra intestinais patogénicas. Entre os fatores de virulência as
adesinas fimbriais do tipo 1 (fimH) foram as mais prevalentes (81,2%) e a adesina ecpA (86,8%). As ilhas de
patogenicidade em estudo foram mais prevalentes nos isolados dos grupos filogenéticos B2 e D, que são à
partida grupos com maior virulência que os comensais B1 e A. Considerando que as PAIs atribuem maior
capacidade invasiva às estirpes que as transportam, os isolados dos grupos B2 e D têm maior capacidade de
persistência e lesão do epitélio, assim como maior capacidade de ascensão no trato urinário e passagem à
corrente sanguínea.
192
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
ASSUNTOS REGULAMENTARES
CNF/2015/A5/P0001
Avaliação dos Riscos versus Benefícios dos ensaios clínicos na Índia: o Farmacêutico – a
Investigação – o Mercado
Pedro Abreu1, Rita Luís1, Bruno Mendes1
Escola de Ciências e Tecnologias da Saúde, ULHT
1
Objectivos:
Avaliação da relação Risco [R] vs. Benefício [B] na perspectiva financeira, regulamentar, ética e
epidemiológica da participação da Índia e de Contract Research Organizations (CRO) na investigação clínica,
com verificação das consequências sobre o acesso populacional à inovação.
Métodos:
Efectuou-se estudo de natureza retrospectiva, baseado numa análise observacional sustentada numa amostra
selectiva de material técnico e científico. O tratamento de resultados efectuou-se sob uma análise PEST
(Política – Económica – Social – Tecnológica). Entre diversos indicadores, os factores políticos incluíram
dados de estabilidade governativa, legislação e regulamentação de mercados e produtos, política fiscal,
legislação laboral; os factores económicos incluíram a evolução de produtos, taxas de juro, taxas de inflação,
nível de desemprego, níveis salariais, custos dos factores produtivos; os factores sociais englobaram
tendências demográficas, tendências de prescrição, estilos de vida, distribuição do rendimento, sistema
educativo/formativo; os factores tecnológicos enquadraram informação de profissionais, investimentos
públicos e privados em I&D (Investigação e Desenvolvimento), propriedade intelectual e transferência
tecnológica. Todos os dados transitaram posteriormente para um sistema de tratamento percentual.
Resultados:
Verificou-se uma acentuada discrepância entre riscos e benefícios nas diferentes categorias. No domínio
político observou-se que os benefícios superam os riscos (54,2%[B] : 45,8% [R]), tal como sucede na
determinante económica (66,7%[B] : 33,3% [R]) e nos factores tecnológicos (66,7%[B] : 33,3% [R]). Em
relação aos factores sociais, os riscos sobrepõem-se aos benefícios (45,8%[B] : 54,2% [R]). A análise
realizada determinou elevada disponibilidade de pacientes, reduzidos custos, adequado cronograma de
conclusão dos ensaios clínicos, evolução infraestrutural recente, e, suporte legislativo e executivo relevante
na atracção de CRO e indústrias de farmacêuticas inovadoras.
Conclusão:
Apesar da determinante social ser a única relação desfavorável, face ao risco versus benefício, a mesma
demonstra ser prioritária para a competitividade de uma área que política, económica e tecnologicamente
manifesta interesse. Face à dimensão do mercado Indiano, não existe razão aparente para a intervenção
comercial e acesso à inovação não ser primariamente nessa geografia, restringindo o acesso sobre os países
desenvolvidos.
193
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
ASSUNTOS REGULAMENTARES
CNF/2015/A5/P0002
Potential readability issues in a large sample of medicinal package inserts: quantification of
words and abbreviations
Carla Pires1, Marina Vigário2, Fernando Martins2, Afonso Cavaco1
1
Research Institute for Medicines and Pharmaceutical Sciences, Faculty of Pharmacy, University of Lisbon, 2Department of
General and Romance Linguistics, Laboratory of Phonetics & Lisbon Baby Lab, Faculty of Letters, University of Lisbon
Background:
Medicines package inserts (MPIs) are essential to an adequate transmission of therapeutic information and the
effective and safe use of medicines. Too long MPIs, i.e. MPIs with more than 1500 words, and the use of
abbreviations in these health documents, have proved to have a negative impact in MPIs readability.
Objectives:
To quantify the average number of words and occurrence of abbreviations in a large sample of medicinal
package inserts.
Methods:
Approximately 30% (n=531) MPIs of all brand medicines mentioned in the Portuguese Prescribing Guide were
randomly selected. In each of these package inserts, abbreviations were manually identified. An informatics
tool (PreText – Text Preprocessing) was specifically programmed to count the number words and abbreviations
in the sampled MPIs.
Results:
The average number of words per MPI was 1810 (SD = 794; Maximum = 5412; Minimum = 513). Globally, 38
abbreviations presented 20 or more occurrences in the sampled MPIs. The three most frequent abbreviations
were mg/ml (milligram per millilitre) with 286 occurrences, THS (Hormone replacement therapy) with 193
occurrences, and AINE (Non-steroidal anti-inflammatory drug) with 148 occurrences.
Conclusion:
The excessive text length and high prevalence of abbreviations found in the sampled package inserts may
lead to potential readability issues. Overall, a large part of these package inserts would benefit from a
linguistic revision and optimization. It is advisable to update and revise the pharmaceutical regulation
preventing negative outcomes. Automatic methodologies for aspects of text assessment constitute a robust
approach to supervise the development of the package inserts.
Keywords:
PACKAGE INSERTS; READABILITY; ABBREVIATIONS, TEXT LENGTH
194
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
ANÁLISES HIDROLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS E TOXICOLÓGICAS
CNF/2015/A8/P0001
Detecção e quantificação multi-classe e multi-resíduo de 41 antibióticos em dourada (Sparus
aurata) de aquacultura por UHPLC-MS/MS
Lúcia Santos1, Bruno Soares1, João Rosa1, Andreia Freitas1-2, Sara Leston3, Jorge Barbosa2, Fernando
Ramos4
CEF – Centro de Estudos Farmacêuticos, Campus das Ciências da Saúde, Faculdade de Farmácia, 2INIAV-LNIV, Laboratório
1
Nacional de Investigação Veterinária
Introdução:
A aquacultura é uma das áreas de desenvolvimento estratégico, a nível mundial, e a sua importância está
bem patente no seu significativo crescimento ao longo das últimas décadas. Este crescimento está
relacionado com a implementação de métodos de produção intensivos e semi-intensivos, que recorrem à
utilização de antibióticos para prevenir o surgimento e a disseminação de doenças infeciosas nos peixes. Esta
prática constitui um grave problema de saúde pública, não somente devido à presença de resíduos dos
fármacos nos tecidos edíveis do animal, mas também pela emergência de fenómenos de resistência
bacteriana aos antibióticos, o que representa hoje uma ameaça inquestionável para a Saúde Pública.
Consequentemente as Agências de Regulação Europeias estabeleceram limites máximos de resíduos (LMR) e
definiram requisitos de desempenho dos métodos analíticos e critérios para a interpretação de resultados.
Objectivo:
O nosso objetivo foi avaliar a conformidade e segurança da dourada de aquacultura – uma das espécies mais
consumida pelos Portugueses - vendida em Portugal, no que se refere concretamente à presença de resíduos
de antibióticos.
Metodologia:
No presente estudo, uma metodologia previamente validada foi usada para a determinação simultânea de 41
antibióticos de 7 classes diferentes – sulfonamidas, trimetoprim, tetraciclinas, macrólidos, quinolonas,
penicilinas e cloranfenicol – em 29 amostras de dourada de aquacultura, colhidas em supermercados
portugueses, de norte a sul do país, entre Fevereiro e Março de 2015. Duas destas amostras foram colhidas
directamente em unidades de produção de dourada, em Setúbal e na Figueira da Foz. O método consistiu na
determinação por UHPLC-MS/MS (Ultra High Pressure Liquid Chromatography – Tandem Mass Spectrometry),
após extracção simples com acetonitrilo e EDTA, tendo sido validado em conformidade com os requisitos
constantes da Decisão 2002/657/EC da Comissão Europeia.
Resultados e Conclusões:
Em 8 das 29 amostras analisadas foi determinada a presença de resíduos de antibióticos, sendo que em 3
daquelas foi detectada a presença de doxiciclina – um antibiótico para o qual não está definido um LMR – em
concentrações que variaram entre 0,03 to 0,1 µgKg-1. Nos restantes casos os resíduos de antibióticos
presentes foram quantificados, encontrando-se abaixo dos LMR definidos pela legislação Europeia. Estes
resultados vêm evidenciar a utilização de antibióticos não permitidos na produção, em regime de aquacultura,
de dourada vendida em Portugal.
A técnica de UHPLC utilizada, com um tempo de análise curto e elevada resolução cromatográfica, possibilita
a rápida determinação e quantificação de 41 antibióticos em músculo de dourada. O processo de extracção
simples, rápido e de baixo custo, torna o método particularmente adequado à análise de rotina,
representando uma ferramenta inovadora e eficaz no sentido da salvaguarda da saúde pública.
195
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
ANÁLISES HIDROLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS E TOXICOLÓGICAS
CNF/2015/A8/P0002
A step in the development of new lamotrigine-related antiepileptic drugs and their toxicity
evaluation
Mariana Matias1, Samuel Silvestre1, Amílcar Falcão2, Gilberto Alves1
Health Sciences Research Centre, University of Beira Interior and Centre for Neuroscience and Cell Biology, University of
1
Coimbra, 2Centre for Neuroscience and Cell Biology, University of Coimbra and Pharmacology Department, Faculty of
Pharmacy, University of Coimbra
Introduction:
Epilepsy is one of the most common serious chronic neurological disorders with a great negative impact on
the patient’s quality of life. Although a large arsenal of antiepileptic drugs (AEDs) is now available, there is a
plentiful percentage of patients that lives with uncontrolled seizures and develops pharmacoresistance.
Hence, it is urgent to develop new AEDs with improved efficacy.
Objetive:
This work aims to find novel AED candidates based on the structure of lamotrigine and to perform the in vitro
evaluation of their neuronal, hepatic and intestinal cytotoxicity.
Methods:
Forty five lamotrigine-related molecules from two different series were synthesized through Biginelli reaction
by condensation of an aldehyde, a β-ketoester and urea/thiourea. The first screening of the cytotoxicity of the
compounds (at 30 μM) was evaluated on N27, HepaRG, Caco-2 and NHDF cell lines by the
3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide (MTT) assay. The concentration inducing 50%
inhibition of cell growth (IC50) was assessed for toxic compounds using different concentrations (0.01, 0.1, 1,
10, 50 and 100 μM).
Results and discussion:
After the lamotrigine-related compounds had been successfully synthesized, the evaluation of their in vitro
toxicity was then performed. Generally, the results revealed that the compounds did not show significant
toxicity neither in normal dermal cells nor in neuronal cells (relative cell proliferation higher than 50% at 30
μM); the neurotoxicity was an important parameter to be assessed bearing in mind the target organ of action
of AEDs. On the other hand, the compounds incorporating chloro atoms in their structure expressed
considerable toxicity in the remaining cell lines. The chloro-containing compounds belonging to urea series
showed selective hepatic toxicity (5.28 μM ≤ IC50 ≤ 15.9 μM for HepaRG) whereas their analogs from thiourea
series demonstrated to be toxic for both cell lines (0.749 μM ≤ IC50 ≤ 31.9 μM for HepaRG and 5.51 μM ≤
IC50 ≤ 13.7 μM for Caco-2). These results were particularly important because the hepatotoxicity is associated
with some AEDs and has been recognized as a serious problem. Additionally, the intestinal toxicity assessed
by Caco-2 cell line was also an important feature to be considered due to the fact that the oral administration
of these compounds is desirable.
Conclusion:
The majority of the molecules synthesized as new AED candidates did not show potential neuronal, hepatic
and intestinal toxicity. Only some compounds manifested considerable toxicity and, thus, structural
modifications could be considered to develop safer derivatives. Then, additional studies will be required to
evaluate their efficacy as well as their pharmacokinetic properties in order to obtain a new patentable lead
compound with anticonvulsant activity that should be elected for further development.
196
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA MILITAR
CNF/2015/A9/P0001
Plano de Contingência para a Rotura do Medicamento
Ilda Dias1, Fernanda Pires1, Luís Mendonça1, Helena Fernandes1, Henrique Nogueira1, Bruno
Rodrigues1, Bruno Viana1, Paulo Coelho2
Hospital das Forças Armadas, 2Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
1
Objectivo
Elaborar um Plano de Contingência para a Rotura do Medicamento.
Metodologia
Numa primeira fase foram identificados os riscos que poderão provocar uma rotura do medicamento bem
como as suas causas. Para tal, foi realizada uma pesquisa bibliográfica de documentos nesta área.
Seguidamente, os riscos foram analisados recorrendo a uma matriz de impacto. O Plano de Contingência foi
então desenhado tendo por base os riscos identificados, recorrendo a um esquema de fluxogramas.
Resultados e Conclusões
Foi elaborado um Plano de Contingência onde estão contemplados seis riscos identificados. As causas para
a ocorrência dos riscos bem como a sua probabilidade e impacto foram analisados e descritos. Destacam-se
a falha nas redes de comunicações, a falha no abastecimento de medicamentos e a falha na refrigeração
associada a uma falha eléctrica, que foram categorizados como de elevado risco para a instituição hospitalar.
Para cada risco foi concebida uma orientação de atuação sob a forma de fluxograma.
Uma das grandes limitações deste trabalho é a escassez de informação publicada sobre a matéria, o que
para além de implicar que determinados riscos não tenham sido identificados, pode levar a que que as
medidas descritas nem sempre sejam as mais adequadas. Idealmente este Plano deverá estar integrado no
Plano de Contingência do hospital permitindo o aumento da multidisciplinaridade no seu delineamento bem
como uma maior organização de ações a nível institucional. Ainda assim, o Plano de Contingência para a
Rotura do Medicamento é uma excelente ferramenta de suporte para o farmacêutico hospitalar ao nível da
gestão e garantia de acesso ao medicamento. A sua existência realça a importância do papel do
farmacêutico, assim como do valor acrescentado dos serviços farmacêuticos hospitalares, não só em
situação de crises aquando da ativação do plano, como também durante o normal funcionamento de
atividade.
197
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA MILITAR
CNF/2015/A9/P0002
Ensaios de Esterilidade no Laboratório de Microbiologia Geral do LMPQF
Sara Batalha1, Sílvia Xisto1, Inês Martins1
1
LMPQF
Objectivo:
Dar a conhecer a atividade do Laboratório de Microbiologia Geral, relativamente á realização de ensaios de
esterilidade a produtos próprios de marca LM e a dispositivos médicos.
Metodologia:
O Laboratório de Microbiologia Geral dispõe de uma Sala Limpa Classe A, equipada com Fluxo de Ar Laminar
Horizontal, exclusiva para a realização de ensaios de esterilidade, segundo as Boas Práticas de Laboratório.
Estes ensaios são realizados segundo as especificações oficiais da Farmacopeia Portuguesa IX, capítulo 2.6,
parte 2.6.1 e aplicam-se a substâncias, preparações e objetos que, segundo a Farmacopeia, devem ser
estéreis. Esta Sala é composta por duas antecâmaras para preparação do operador, uma sala onde se
encontra o fluxo laminar horizontal para execução dos ensaios, um janelão com capacidade de esterilização
por UV para entrada de materiais e um janelão para a saída de amostras processadas e material. Os ensaios
a preparações farmacêuticas líquidas são efetuados com recurso ao equipamento Steritest, que trabalha em
circuito fechado. Os ensaios efetuados a dispositivos médicos são executados com recurso a colheita por
zaragatoa e posterior inoculação, em meio de cultura apropriado.
Resultados:
Conclusões:
A realização destes ensaios constitui uma ferramenta essencial para a validação e controlo de processos de
esterilização de dispositivos médicos e de formas farmacêuticas. Apresentam-se, ainda, essenciais para o
controlo de qualidade de preparações farmacêuticas e dispositivos médicos estéreis. Ao longo dos anos,
tem-se verificado um aumento do número de ensaios de esterilidade realizados em preparações
farmacêuticas lm. A variabilidade do número de ensaios de esterilidade a dispositivos médicos, justifica-se
pela conjuntura económica, observando-se redução do número de amostras enviadas por clientes externos.
198
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
FARMÁCIA MILITAR
CNF/2015/A9/P0003
O papel do farmacêutico em situações de emergência
Paulo Cruz1, Paulo Santos1, Rodrigo Santos1
LMPQF
1
Não raras vezes somos confrontados com termos como “desastre”, “catástrofe”, “calamidade”, “emergência”,
“guerra” ou outros que, na maior parte das ocasiões, confundem e alarmam em vez de esclarecerem o papel
que o cidadão e os profissionais das mais diversas áreas devem assumir perante aqueles cenários.
Independentemente de estarmos perante um ou outro dos cenários aludidos, há imagens comuns que
associamos a todos eles: danos, destruição, perda de vidas humanas, sofrimento e deterioração da saúde
das pessoas e dos recursos de saúde ou das infraestruturas que lhes podem valer. Por isso, não raramente os
países afetados sentem a necessidade de pedir auxílio internacional ou, no caso das guerras, a intervenção
pode ser imposta por decisões supranacionais.
Num mundo ideal, a proteção civil deveria ser uma atividade transversal a toda a sociedade e, por isso,
começar em todos e depender de todos. No entanto, todos reconhecemos que existem inúmeras diferenças
na forma como cada estado encara, treina e disponibiliza recursos para preparar e enfrentar as mais distintas
adversidades com que, subitamente, uma região, país ou continente podem ser confrontados. Não é difícil
encontrar consenso se dissermos que acreditamos que Portugal não está tão mal preparado como o Haiti ou
o Nepal, mas também não estará tão avançado como o Japão. No entanto, não menos consensual é
reconhecermos que os portugueses possuem um problema grave de difícil resolução e que pode trazer
consequências desastrosas: acreditam demasiado na sua capacidade de improviso e são, de um modo geral,
avessos a tudo o que seja prevenção e planeamento.
É neste contexto que ganha especial importância o papel do farmacêutico, uma vez que a resposta inicial a
uma catástrofe e consequente emergência deve ocorrer localmente. Isto porque, em muitas circunstâncias,
podem ser necessários dias ou semanas até que a ajuda possa chegar aos cidadãos afetados. Portanto,
todas as comunidades, pequenas ou não, devem estar preparadas para qualquer eventualidade e de
preferência, devem ser conhecedoras do plano de resposta em vigor.
Objectivo
Neste documento abordaremos, de uma forma simples e sucinta, o papel que o farmacêutico civil pode
desempenhar para preparar o cidadão comum e estar pronto para dar respostas imediatas e eficazes que
permitam mitigar os efeitos que estão na origem e que resultam de estados de exceção.
Para além disso, este documento ambiciona dar a conhecer um pouco das missões que o farmacêutico
militar pode desempenhar em situações de emergência, nomeadamente aquelas que decorrem de estados de
exceção, como são o estado de guerra, o estado de sítio ou o estado de emergência. Nestas circunstâncias,
e de forma distinta, as leis do país preveem o emprego das Forças Armadas no interior do território nacional,
embora a nossa experiência acumulada diga respeito essencialmente a missões relacionadas com a
intervenção militar no estrangeiro.
Metodologia
Opinião dos autores apoiada na experiência do terreno e bibliografia.
Resultados
O papel do farmacêutico civil
O farmacêutico, por ser o profissional de saúde mais acessível, quer por motivos de distribuição geográfica
quer pela sua disponibilidade e aptidão para fazer chegar informação e formação aos cidadãos, deve estar
199
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
envolvido e ser conhecedor dos planos de proteção civil em vigor na sua área de intervenção. Nestes planos
deve estar bem definido o papel daqueles profissionais nas atividades de mitigação, preparação, resposta e
recuperação relacionados com os vários cenários de desastre e emergência.
Assim, uma vez que as situações de emergência exigem respostas de proximidade e imediatas e, quando as
áreas afetadas são de grande dimensão, respostas pandémicas e grande disponibilidade de recursos
humanos e materiais, é fundamental que os farmacêuticos promovam ações de preparação junto das
comunidades onde trabalham, ao mesmo tempo que devem manter registos atualizados da medicação que
os seus utentes necessitam, para o caso de ser necessária a evacuação de populações por períodos de
tempo prolongados.
Exemplos simples do que acabámos de afirmar são os contributos que o farmacêutico pode dar para a
preparação, manutenção, utilização e supervisão de kits de primeiros socorros que todo o cidadão deve ter
em casa ou a educação para a saúde na prevenção e deteção precoce de doenças.
Para além destas medidas simples, são inúmeras as atitudes que podem ser levadas a cabo por
farmacêuticos e que vão desde a garantia do circuito logístico de medicamentos e outros artigos sanitários
até à disponibilização de serviços que habitualmente não associamos à nossa profissão, como triagem,
imunização, estudos epidemiológicos, primeiros socorros ou administração de medicamentos.
O papel do farmacêutico militar
As Forças Armadas, de acordo com a legislação em vigor e no âmbito das suas missões específicas, podem
ser chamadas a colaborar em missões de proteção civil em território nacional ou em missões militares,
adotadas pelas organizações internacionais das quais Portugal faz parte, nomeadamente, ONU, NATO e UE.
Como consequência, os farmacêuticos militares, fruto da sua condição, podem desenvolver o seu trabalho
em missões de natureza muito distinta. No entanto, as funções de agente de proteção civil do farmacêutico
militar não são aquelas a que dedicaremos a nossa atenção neste documento, embora admitamos que, em
determinadas circunstâncias, seja difícil traçar as fronteiras entre cada uma das atividades desenvolvidas.
Aos militares em geral e aos farmacêuticos militares em particular é pedido que estejam preparados para
desempenhar a sua missão nas mais variadas circunstâncias e ambientes, entre grande adversidade,
urgência, caos e confusão. Por isso, temos consciência de que muito mais pode e deve ser feito, que é já
longo o caminho percorrido desde as primeiras intervenções militares humanitárias e que devemos
sensibilizar todos os que podem colaborar em situações de emergência de grande amplitude. São algumas
dessas lições aprendidas que aqui partilhamos.
Assim, depois das intervenções diretas que tivemos no apoio sanitário às forças nacionais destacadas em
Angola, na Bósnia e Herzegovina, no Kosovo, no Afeganistão e em Timor-Leste, e à semelhança do que
acontece em cenários de catástrofe natural, sabemos que durante e após um conflito armado podem ser
demasiado poucas as infraestruturas locais de saúde que permitem acudir a todos os que delas necessitam,
situação agravada por uma procura muito superior àquela que lhes tinha dado origem. Para além disso,
muitas vezes são também escassos os bens essenciais à manutenção da saúde, como segurança, abrigo,
roupa, alimentação, água potável ou medicamentos.
Da nossa experiência sabemos que o “normal” entre todos os que estão dispostos a ajudar (população local,
comunidades vizinhas, autoridades regionais e/ou nacionais, países estrangeiros, agências
intergovernamentais, ONGs, setor privado, organizações especializadas, forças armadas, etc.) é imperar o
caos, a confusão e a falta de coordenação. Portanto, tal como tem sido relatado em inúmeros artigos e livros
da especialidade, a ajuda humanitária deficiente é muitas vezes referida como a “segunda catástrofe”. Isto
porque, os locais de armazenamento e meios de transporte são escassos, inacessíveis ou não estão
disponíveis; muitos produtos ultrapassam as suas datas de validade ou deterioram-se devido a manipulação
e transporte inadequados e outros porque não podem ser enviados para o local onde são necessários ou,
finalmente, quando o são, são-no tarde demais.
Neste sentido, a antecipação das necessidades, através de dados epidemiológicos de experiências
passadas, e uma boa avaliação da situação real, podem ser decisivos para prestar uma boa assistência.
Deter o conhecimento e o treino de todos os elos de uma cadeia de distribuição de medicamentos (aquisição,
armazenamento e inventariação, distribuição) é complexo e crucial, e importa não esquecer que quanto mais
especializados forem os bens mais recursos serão necessários.
Em tempo de paz e em território nacional, são várias as formas de treinar. A título de exemplo mencionamos a
criação de um “dossier vermelho” reservado ao meio militar e a um grupo restrito de farmacêuticos
200
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
especialistas, que contenha, pelo menos, a seguinte informação atualizada: a avaliação das vulnerabilidades
de infraestruturas essenciais (hospitais, autoestradas, escolas, sistemas de abastecimento de água); a
determinação da disponibilidade de recursos estratégicos (medicamentos, combustível, alimentação, água); a
contabilização da capacidade de transporte de pessoas e bens; a inventariação dos locais que possam servir
de base logística; as condições de fornecimento de medicamentos de privados (produtores, armazenistas e
distribuidores de medicamentos); e a capacidade de portos e aeroportos nos diferentes cenários. Para além
de tudo isto, o desenvolvimento de um software logístico adaptado a situações de exceção e o ensaio dos
planos nacionais de emergência são ainda aspetos essenciais a considerar.
A terminar, importa enfatizar que a “Military and Emergency Pharmacy Section of FIP” é um dos grupos mais
pequenos daquela organização mas também um dos mais especializados. Os farmacêuticos militares que se
especializaram naquela área são hoje já largamente reconhecidos internacionalmente como exercendo uma
especialidade farmacêutica separada da farmácia comunitária, hospitalar ou outra. Não apenas pela sua
especificidade (treino militar, coordenação com organizações internacionais, etc.) como também pelo facto
de, na prática, em situações de treino ou reais, exercerem a sua atividade em situações muito exigentes e
difíceis, quando comparada com as especialidades civis.
Conclusão O Estado em geral e o cidadão em particular estão pouco sensibilizados para a emergência e, por isso,
desvalorizam a necessidade de prevenir e treinar antecipadamente os vários cenários com que podemos
deparar-nos a qualquer momento.
Como fatores que contribuem para mitigar os efeitos de um estado de exceção encontramos o treino de
pessoal menos qualificado, a implementação de “boas práticas”, a colocação de pessoal qualificado em
áreas essenciais da cadeia logística do medicamento e o treino de pessoal civil qualificado.
Os farmacêuticos civis, pela sua formação técnica, proximidade e vocação para ajudar o próximo, têm um
papel fundamental e uma responsabilidade acrescida neste âmbito, mas para poderem colaborar de forma
plena em ações de emergência necessitam de formação adequada. A aceitação do seu papel na mitigação
em situações de emergência permitiria definir a formação adequada bem como a criação de guidelines de
atuação.
Os farmacêuticos militares, com a sua experiência acumulada em cenários internacionais, podem e devem
ambicionar a uma maior e crescente integração e coordenação com estruturas civis, reforçada pela crescente
necessidade de interoperabilidade de planeamento, ações, equipamentos, conceitos e linguagem.
É altura de encarar os desafios do futuro com otimismo, generosidade e disponibilidade para aprender,
reconhecendo que as falhas do presente podem ser a força do futuro. Assim, é fundamental descrever o
papel do farmacêutico em situações de emergência, elencar a formação necessária para o desempenhar e
propor o reconhecimento e desenvolvimento deste papel junto das autoridades competentes.
É chegada a hora de mudar o conceito passado do “ajudar com o que temos” e passar para o “vamos
procurar ter o que pode ajudar”, uma vez que não nos resta qualquer dúvida de que as emergências não se
compadecem com o improviso. Ao mesmo tempo, importa reconhecer que toda e qualquer coordenação só o
será, de facto, se for treinada atempadamente e com uma visão intersectorial, interdisciplinar e
interinstitucional.
Quando comparados com outros, reconhecemos que vamos começar tarde mas, com o empenho de todos,
pode não ser tarde demais.
201
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0001
Implementação de um Sistema Inovador de Controlo e Gestão da Terapêutica numa Instituição
de Apoio Social
Maria Santos1, Rui Oliveira1
1
Santa Casa da Misericórdia de Cascais
Objectivos:
Implementação de um conjunto de procedimentos inovadores ao nível da gestão da terapêutica, num
estabelecimento não hospitalar, com 340 doentes institucionalizados, polimedicados e com diversas
patologias do foro psiquiátrico.
Metodologia:
Definiram-se critérios e procedimentos, no sentido de melhorar a gestão da terapêutica desde a sua
prescrição até à toma diária. Salvo algumas excepções, como os antibióticos, os medicamentos são dados
em três alturas do dia: pequeno-almoço, almoço e jantar.
O sistema anterior, completamente antiquado e desajustado, era da responsabilidade do corpo de
enfermagem. A medicação era preparada num espaço desadequado, sem supervisão e controle que
garantisse o cumprimento das boas práticas.
A importância da definição de critérios e procedimentos internos adequados à realidade específica desta
instituição foi a de assegurar a prevenção de trocas de medicamentos, e pela primeira vez ter um registo de
não conformidades, garantindo os chamados cinco “R´s”: doente certo, medicamento certo, dose certa, via
de administração certa, na hora certa.
Assim, optou-se por um sistema baseado na blistagem com selagem a quente (sistema que está de acordo
com todas as normas internacionais), estabelecendo um circuito semanal de distribuição da medicação oral
sólida, com o auxílio de um software específico de gestão e identificação da terapêutica de cada doente. Para
o efeito adquiriram-se blisters de cores diferentes, bem como o equipamento de selagem a quente. Optou-se
por identificar a unidade de internamento feminina com a cor rosa, a unidade de internamento masculina com
a cor azul, sendo que os blisters laranja seriam para os antibióticos, os verdes para saídas ao exterior, os
brancos para um grupo restrito de doentes que almoça todos os dias úteis no centro de actividades
ocupacionais (CAO), situado no interior da instituição. De notar que os comprimidos efervescentes, as formas
orais dispersíveis, os comprimidos que requerem refrigeração, bem como os que comprovadamente se
deterioram por exposição à luz, não são blistados.
A aplicação informática (PIGUS), desenvolvida no seio da instituição, tem como aplicabilidade unidades deste
tipo, englobando as vertentes social, clínica, de enfermagem e a gestão da terapêutica, sendo esta última de
especial relevância para o âmbito deste projecto. As quatro vertentes da aplicação informática ao nível da
preparação da medicação são: 1 – identificação dos doentes, que é comum a todas as áreas da instituição
2- prescrição da terapêutica, comum à unidade de saúde e á unidade de preparação da terapêutica 3 gestão da blistagem 4 – rastreabilidade de lotes.
A etiqueta contêm a identificação da pessoa, a fotografia, o nº. de processo, a unidade a que pertence, o
quarto e cama, a data da preparação, o técnico responsável pela mesma, toda a medicação identificada pela
sua D.C.I., a sua posologia e o lote.
Sempre que existe uma alteração na terapêutica, efectuada pelo médico, o sistema emite um alerta para a
unidade de armazenamento e preparação da terapêutica (UAPT) e para a unidade de enfermagem (UE). O
farmacêutico, ao verificar os alertas emitidos pelo sistema toma conhecimento do tipo de alterações a
efectuar nos blisters.
No âmbito da rotatividade do sistema, foi definido um dia da semana (2ª feira) para a saída dos blisters
completos, e outro dia para a recolha dos blisters usados na semana anterior (3ª feira).
202
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
Qualquer não conformidade registada pelo corpo de enfermagem no sistema informático (ex:. um doente que
se recusa a tomar a medicação), deverá ser confirmada pela UAPT, fazendo a sua validação. Na ausência do
registo da mesma, a UAPT registará como não conformidade a medicação devolvida dentro dos blisters.
Todo o processo descrito foi acompanhado por reuniões trimestrais, entre toda a equipa multidisciplinar:
médicos, enfermeira coordenadora, farmacêutica responsável, responsável pelas tecnologias da informação,
gestor e direcção.
Resultados:
• A prescrição da terapêutica realizada pelos médicos, por doente, passou a ficar registada numa base de
dados, acessível a todas as unidades da saúde e à UAPT;
• Verificou-se efectivamente libertação de tempo da UE, para prestação de mais cuidados na sua área
específica;
• Esta metodologia impôs a criação da UAPT, num espaço próprio, amplo e fora da UE;
• A medicação passou a ser preparada por doente, para uma semana, havendo um controle rigoroso ao nível
do armazenamento conservação, distribuição, dispensa, administração e monitorização dos medicamentos;
• Passou a ser possível fazer um pedido mensal de medicação, com maior rigor, logo menor desperdício,
visto ter como base a medicação que cada doente faz;
• Pela primeira vez assistiu-se a um controlo de não conformidades.
Conclusões:
Este trabalho mostrou uma nova oportunidade dos farmacêuticos aplicarem os seus conhecimentos técnicos
numa área não tradicional da sua actividade profissional (responsabilidade na supervisão e controle da gestão
de medicamentos em ambientes não hospitalares, como por exemplo lares da terceira idade, e instituições de
apoio social semelhantes a esta);
A UE passou a dispor de um pequeno stock de medicamentos para as emergências, stock esse que
actualmente só é reposto pela UAPT quando devidamente justificado o seu consumo. Isto traduziu-se numa
redução significativa do consumo descontrolado de medicação que se verificava anteriormente.
Assistiu-se a uma diminuição de erro nas tomas e de problemas relacionados com os medicamentos.
A adesão dos doentes às novas práticas na administração da terapêutica foi excelente, o que só por si
contribuiu para o aumento da adesão à terapêutica.
Verificou-se uma excelente adesão dos restantes profissionais de saúde ao sistema, sobretudo ao nível da
compreensão das não conformidades, para posteriormente se poder actuar de forma preventiva e evitar, na
medida do possível, a repetição das mesmas.
203
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0002
Análise de consultas relativas a plantas, suplementos alimentares, biocidas e alimentos
recebidas por um centro de informação de medicamentos
Aurora Simón1, Ana Paula Mendes1
1
Centro de Informação do Medicamento (CIM). Ordem dos Farmacêuticos
Objectivo:
O nosso centro de informação de medicamentos recebe essencialmente pedidos de informação sobre
medicamentos, com alguma frequência sobre dispositivos médicos e assuntos profissionais, mas também
acerca de plantas, suplementos alimentares, cosméticos, biocidas, ou alimentos. Realizámos uma análise
para caracterizar este tipo de consultas, que podem revelar-se de difícil resolução.
Metodologia:
Das consultas recebidas entre 1 de Junho de 2012 e 31 de Maio de 2015 seleccionaram-se as referentes a
plantas medicinais, suplementos, cosméticos, biocidas, alimentos e produtos dietéticos. Analisámos, através
do impresso de registo, os seguintes parâmetros: tema da consulta, tipo de consultante, tipo de consulta,
tempo para elaboração e comunicação da resposta, forma de comunicação, envio de bibliografia, tipo de
fontes bibliográficas utilizadas, não obtenção de resposta e consultas referentes a casos clínicos.
Resultados e discussão:
No período analisado foram recebidas 2713 consultas, sendo que as questões relativas aos temas em estudo
foram 262 (9,66% do total), distribuídas da seguinte forma: suplementos 40,46%, plantas 27,86%,
cosméticos 13,74%, biocidas 9,92% e alimentos 8,02%. Os farmacêuticos de oficina constituíram o principal
grupo de consultantes (56,49%), seguindo-se os alunos (18,70%). A maioria dos pedidos foi acerca de efeitos
adversos, interacções e contra-indicações (23,28%), seguindo-se informação geral (21,37%), similares de
produtos estrangeiros (16,03%) e usos e posologia (15,27%). A maioria das consultas requer entre 15 a 60
minutos para elaboração (67,94% vs. 50,12% no total do período), sendo muito menos as de tempo de
elaboração inferior a 15 minutos (8,40% vs. 23,33%). A resposta foi comunicada até 24 horas em 61,07% das
consultas, maioritariamente por correio electrónico, sozinho ou com outros meios complementares. Foi
enviada bibliografia de apoio em 57,25% das consultas. As principais fontes para obtenção da resposta foram
a internet (54,20%), sendo que em 31,68% das consultas este foi o único recurso no qual se localizou
informação. Não se conseguiu obter resposta para 6,11% das questões. As consultas referentes a casos
clínicos totalizaram 11,87%.
Estas consultas são frequentes, menos passíveis de rápida resolução, com elevada necessidade de recurso à
internet e envio de apoio bibliográfico. Numa percentagem significativa são referentes a casos clínicos e
envolvem efeitos adversos, contra-indicações, interacções e também usos irracionais.
Conclusão:
As consultas sobre estes produtos constituem uma área com um impacto significativo no total das consultas
do nosso centro de informação e diversas envolveram aspectos clínicos. Da análise dos resultados ressalta a
importância da existência de Centros de Informação preparados para a resolução deste tipo de questões, de
modo a apoiar a intervenção farmacêutica nestas temáticas.
204
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0003
Estudo para avaliação da qualidade de cápsulas manipuladas de prednisona: padronização de
formulação e método analítico.
Pedro Silva1, Paula Enéas1, Christian Fernandes1, Gerson Pianetti1
Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais
1
O fármaco prednisona é um potente anti-inflamatório esteroide utilizado na prática clínica no tratamento de
doenças de origem inflamatória e autoimune. O fármaco pode ser adquirido na forma de cápsulas em
farmácias magistrais, entretanto não há uma formulação padronizada. Nesse estudo, verificou-se a qualidade
das cápsulas manipuladas de prednisona elaboradas por três farmácias, com o objetivo de definir um método
analítico adequado e uma formulação ideal para posterior padronização. As farmácias participantes cederam
amostras das matérias-primas, das misturas de excipientes (placebo) e das cápsulas manipuladas. As
matérias-primas foram submetidas à avaliação de sua qualidade físico-química de acordo com os ensaios
preconizados na Farmacopeia Brasileira 5ª edição. O doseamento foi realizado por cromatografia a líquido de
alta eficiência com detector ultravioleta (CLAE-UV), utilizando método desenvolvido e validado com coluna
C18 (250 mm x 4,6 mm; 5 μm), mantida a temperatura de 25 °C, fase móvel constituída por mistura de
metanol e água ultrapurificada (70:30, v/v) a uma vazão de 1,0 mL/min, volume de injeção de 20 µL e
detecção a 240 nm.. As cápsulas manipuladas foram submetidas aos ensaios de determinação de peso, de
doseamento, de uniformidade de conteúdo e de dissolução. O doseamento nas cápsulas foi realizado
utilizando o método por espectrofotometria de absorção no ultravioleta, descrito na monografia de prednisona
comprimidos da Farmacopeia Brasileira 5ª edição. Alternativamente, empregou-se o método por CLAE-UV
desenvolvido e validado pelos autores desse estudo. As três matérias-primas apresentaram resultados
satisfatórios para os ensaios de pureza e de doseamento. Todas as preparações magistrais cumpriram com
os requisitos de determinação de peso e de uniformidade de conteúdo e apenas a preparação C foi reprovada
no teste de dissolução. Houve diferença estatisticamente significativa entre os teores obtidos por
espectrometria de absorção no ultravioleta e por CLAE. Essa diferença foi atribuída à absorvância dos
excipientes utilizados nas formulações, como demonstrada na avaliação da seletividade do método analítico.
Considerando os teores obtidos por CLAE, apenas a preparação A apresentou resultados satisfatórios.
Entretanto, são necessários estudos para definição dos excipientes mais adequados para a padronização da
formulação e a otimização do processo de manipulação de cápsulas contendo prednisona.
205
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0004
Problemas Relacionados com os Medicamentos em Idosos Polimedicados e
Institucionalizados: Oportunidades de Intervenção Farmacêutica
Cristina Silva1, Célia Ramalho1, Isabel Luz2, Joaquim Monteiro3, Paula Fresco4
1
SerFarma, Lda., 2Farmácia Rainha Santa, 3CESPU, ISCS-N, 4FFUP
Objectivo:
Os idosos apresentam risco aumentado de ocorrência de PRM devido a múltiplos factores: pluripatologia e
consequente polimedicação, alterações farmacocinéticas/farmacodinâmicas e alterações cognitivas/
funcionais. Esta população é, portanto, a que mais beneficiaria da prevenção, detecção e controlo de
Problemas Relacionados com os Medicamentos (PRM). O papel do farmacêutico enquanto elemento
integrante dos cuidados de saúde tem sido reconhecido por diversas entidades oficiais europeias e
internacionais e a prestação de Cuidados Farmacêuticos, enquanto actividade centrada no doente e nas suas
necessidades relacionadas com a farmacoterapia, pode ajudar a garantir que a despesa com medicamentos
representa um bom investimento. Este trabalho pretendeu avaliar a necessidade de implementação de
cuidados farmacêuticos a idosos polimedicados e institucionalizados.
Metodologia:
Estudo observacional descritivo transversal em 6 lares de idosos seleccionados por conveniência, nas regiões
norte e centro de Portugal, em novembro-dezembro de 2013. Cada lar seleccionou 5-6 utentes, de acordo
com os seguintes critérios de inclusão: idade ≥ 65 anos, nº de medicamentos ≥ 5 e capacidade de responder
a entrevista. Todos os participantes assinaram Consentimento Informado. Foram consultados os registos
clínicos e realizada uma entrevista aos idosos. Para identificar PRM foram consultadas fontes de informação
na área do medicamento e utilizada a ferramenta STOPP-START (medicação potencialmente inapropriada e
que deve ser iniciada). Utilizaram-se as classificações ATC, ICD-10 e The PCNE Classification Version 6.2. para
classificar medicamentos, problemas de saúde e PRM, respetivamente. Identificou-se, para cada
medicamento, o equivalente mais barato disponível no mercado.
Resultados:
A amostra incluiu 31 idosos (64,52% do sexo feminino, 81,65 ± 6, 86 anos). Em média, os idosos
apresentaram 7,94 ± 2,76 problemas de saúde, sendo as doenças do sistema circulatório as mais frequentes.
Foi encontrada uma mediana de 10 fármacos utilizados/doente. De entre estes, os que atuam nos sistemas
cardiovascular, nervoso e digestivo são os mais utilizados (por 29,75%, 29,43% e 19,30% dos doentes,
respectivamente). Detectou-se um total de 484 PRM (mediana de 15 PRM/idoso). Os mais frequentes foram
Evento Adverso não alérgico (49,51%), Medicamento mais dispendioso que o necessário (19,11%),
Efectividade sub-óptima (14,82%) e Medicamento não necessário (6,16%). A proposta mais custo-efectiva
permitiria, na globalidade da amostra, uma poupança de 3.950 € /ano.
Conclusões:
Estes resultados demonstram a necessidade da implementação de serviços de cuidados farmacêuticos a
idosos institucionalizados, para melhorar a eficácia e segurança dos medicamentos, optimizando os
resultados clínicos e reduzindo a despesa.
206
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0005
O uso racional do medicamento num País com um programa de assistência financeira. Os dois
lados da moeda Portuguesa
Carla Torre1, José Guerreiro1, Marta Gomes1, Suzete Costa1
Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR) da Associação Nacional das Farmácias (ANF)
1
Introdução:
Em Maio de 2011 foi assinado o Memorando de Entendimento entre as autoridades portuguesas e
internacionais (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) que incluiu
diversas medidas na área da saúde, entre as quais a adopção e implementação de normas de prescrição e
orientação clínica (NOC).
Objectivos:
Realizar uma comparação internacional de padrões de prescrição dos grupos terapêuticos de maior despesa
entre Portugal (PT) e seis países europeus com base em indicadores de qualidade de prescrição (ex. adopção
de primeiras linhas, indicadores do EURO-MED-STAT) e estimar a poupança potencial em Portugal caso
adoptasse os padrões de prescrição dos outros países em estudo. Avaliar o impacto das NOC, em PT, na
evolução do padrão de prescrição dos grupos terapêuticos de interesse.
Metodologia:
Comparação internacional de padrões de prescrição (2012) entre PT e 6 países europeus: Dinamarca, Finlândia,
Holanda, Inglaterra, Noruega e Suécia, com recurso à classificação ATC/DDD da OMS. Em PT, o consumo dos
grupos terapêuticos de interesse foi estimado com base no Sistema de Informação hmR, em valor e em volume
de embalagens, e apurado o respectivo valor em Dose Diária Definida (DDD). A análise do consumo dos outros
países foi feita com recurso a bases de dados representativas nacionais de ambulatório. Os grupos terapêuticos
de interesse incluíram: medicamentos para a diabetes (excl. as insulinas): A10B, antihipertensores: C02, C03,
C07, C08 e C09, estatinas: C10AA e C10BA02, inibidores da bomba de protões: A02BC, anticoagulantes orais
B01AA, B01AE e B01AF; e antiepilépticos (derivados da carboxamida): N03AF. A análise dos cenários de
poupança teve por base o custo médio da DDD em PT e o número total de DDD consumidas na proporção das
classes terapêuticas verificadas noutros países. A avaliação do impacto das NOC na evolução do padrão de
prescrição (antidiabéticos, antihipertensores, estatinas e IBP) foi efectuada através da análise de regressão
segmentada a uma série temporal interrompida (período de referência: Jan2010–Set2013).
Resultados:
PT tem a maior proporção de consumo de associações de dose-fixa de gliptinas (25,1%), antagonistas dos
receptores da angiotensina (32,3%), rosuvastatina (19,4%) e eslicarbamazepina. Em 2012, se PT tivesse o
mesmo padrão de consumo de antidiabéticos da Holanda e o mesmo padrão de antihipertensores que a
Dinamarca teria poupado 111,6 M€ e 83,5 M€, respectivamente. Na globalidade, as NOC parecem ter tido
pouco ou nenhum impacto.
Conclusões:
Em Portugal, é crucial optimizar padrões de prescrição, com vista ao uso racional do medicamento e controlo
da despesa pública, sendo fundamental implementar os indicadores de qualidade de prescrição nas NOC e
integrar indicadores farmacoeconómicos.
207
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0006
Impacto da alteração do sistema de remuneração das Farmácias em Portugal com
medicamentos (2011-2015)
Inês Teixeira1, José Pedro Guerreiro1, Suzete Costa1
1
Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR) da Associação Nacional das Farmácias (ANF)
A remuneração do sector da distribuição (farmácias e grossistas) na dispensa com medicamentos, em
Portugal, tem vindo a sofrer alterações estruturais após assinatura do Memorando de Entendimento (MdE),
que aumentou o grau de exigência de redução da despesa pública com medicamentos.
Objectivos:
Análise das alterações ao sistema de remuneração das farmácias (2011-2014) e estudo dos impactos no
sector e recentes avanços.
Metodologia:
1) sistematização das alterações legislativas do sector e margens da distribuição; 2) análise do mercado de
medicamentos e margens (Sistema de informação sobre Consumo de Medicamentos - SICMED e hmR); 3)
impacto das alterações e implicações para o sector. Análise estatística realizada em software SAS.
Resultados:
O sistema de remuneração linear da distribuição foi substituído em Janeiro de 2012 por um sistema
regressivo com base num valor % sobre o preço e num fee fixo por embalagem, determinando a maior
alteração ao sistema das últimas décadas.
O mercado de medicamentos foi reduzido em 876 milhões € e a despesa do SNS em 494 milhões €, nos
últimos quatro anos. A margem da distribuição com a dispensa de medicamentos diminuiu, no mesmo
período, 323 milhões € (37% da redução global do mercado), sendo que o objectivo estabelecido no MdE era
de 50 milhões €.
Conclusões:
As diversas alterações ao nível do sistema de preços e margens conduziram a uma elevada redução na
remuneração das farmácias, acentuada com a aplicação do MdE, provocando dificuldades acrescidas para a
sustentabilidade do sector, entretanto espelhadas em diversos estudos publicados.
208
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0007
Conhecimento sobre antibióticos – intervenção em escolas básicas e secundárias
Isabel Ramalhinho1, Afonso Cavaco2, José Cabrita2
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve, 2Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
1
Objectivo:
Este estudo teve como objetivos a avaliação dos conhecimentos sobre antibióticos de alunos do ensino
básico e secundário e a promoção do uso racional destes medicamentos através de atividades de Educação
para a Saúde desenvolvidas por estudantes de Ciências Farmacêuticas.
Material e métodos:
População alvo - Alunos do ensino básico e secundário.
Para avaliar os conhecimentos dos alunos foi elaborado um questionário com sete perguntas fechadas que
abordavam o conhecimento sobre micróbios, a utilização correta dos antibióticos e a resistência
antimicrobiana.
Todo o material informativo foi desenvolvido com o apoio do e-bug, iniciativa financiada pela Comissão
Europeia para complementar os curricula escolares oficiais. No final os alunos receberam um folheto
informativo para entregar aos pais e foram sensibilizados para contar o que tinham aprendido na sessão.
Resultados:
Foram inquiridos 381 estudantes do ensino básico e secundário, dos quais 212 (55,6%) do género feminino e
169 (44,4%) do género masculino. Relativamente à idade, 59 (15,5%) tinham entre 11 e 13 anos, 168 tinham
entre 14 e 16 anos e 154 (40,4%) tinham entre 17 e 21 anos.
A grande maioria dos alunos (63,8%) considerou antibiótico como um medicamento que tem a capacidade de
impedir o desenvolvimento de bactérias e vírus. Apenas 82 (21,5%) inquiridos considerou que um antibiótico
impede o desenvolvimento de bactérias. Cerca de metade dos inquiridos (50,1%) considera que o tratamento
deve ser interrompido quando o doente se sente melhor.
Do total dos inquiridos, 327 eram alunos do 3º ciclo e do ensino secundário. Salienta-se que destes 327, 179
inquiridos (54,7%) considerou que os antibióticos são eficazes em casos de gripe ou constipação. Por outro
lado, 63 inquiridos (19,3%) concordaram com a afirmação “Posso usar os antibióticos que sobraram de
outras ocasiões”.
Foram transmitidas aos participantes informações sobre o que são antibióticos, em que situações devem ser
utilizados, precauções que devem ser tidas em conta aquando da terapêutica com antibióticos e quais os
problemas que podem advir da sua incorreta utilização, No final, foi distribuído o mesmo questionário para
avaliar o sucesso da atividade que revelou que a grande maioria dos participantes assimilou a informação
transmitida.
Conclusões:
A avaliação dos conhecimentos sobre o uso de antibióticos confirmou a necessidade deste tipo de
atividades. Houve uma boa aceitação por parte dos alunos e dos professores o que facilitou a execução da
atividade educativa.
Os alunos de Ciências Farmacêuticas melhoraram as suas competências no âmbito da Educação para a
Saúde.
209
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0008
NanoPoliBiofilm – Desenvolvimento de partículas poliméricas inovadoras como estratégia para
o tratamento de infeções ósseas.
Inês Santos-Ferreira1, Lídia Gonçalves1, Annette Moter2, Judith Kikhney2, António Almeida1, Ana
Bettencourt1
FFUL, 2Biofilmcenter, German Heart Institute Berlin
1
O tratamento constitui um desafio importante, em particular quando associado à presença de estirpes
multirresistentes (ex. MRSA) e biofilmes bacterianos. O tratamento farmacológico destas infeções inclui
administração prolongada de antibióticos (AB), designadamente vancomicina, por via sistémica. Para que se
atinjam concentrações terapêuticas eficazes são necessárias doses elevadas de AB, podendo o tratamento
prolongado induzir toxicidade sistémica.
Neste contexto, o projeto NanoPoliBiofilm através de uma inovadora abordagem multidisciplinar pretende
desenvolver partículas poliméricas para veiculação localizada de antibióticos com potencial aplicação na área
dos dispositivos, sem a toxicidade associada a outras vias de administração. Um dos aspe um excelente
candidato para utilização em infeções ósseas, quando o tratamento com a vancomicina não é eficaz. A
equipa é constituída maioritariamente por investigadores do iMed.ULisboa (FFUL) em colaboração com um
grupo alemão “Biofilmcenter, German Heart Institute Berlin”, líder na temática das infeções associadas a
biofilmes.
Os resultados do projeto relativos à encapsulação de daptomicina em NPs poliméricas serão apresentados.
Em particular, a otimizaçao da metodologia de preparação (emulsão/evaporação de solvente), caracterização
farmacotécnica (morfologia, distribuição de tamanhos, carga superficial, eficiência de encapsulação, perfis de
libertação), atividade microbiológica (determinada por microcalorimetria isotérmica e fluorescência por
hibridação in situ) e ensaios in vitro de biocompatibilidade (em culturas de macrófagos, fibroblastos e
osteoblastos).
Como conclusão, a encapsulação de daptomicina (15 %) em partículas poliméricas (acrílicas e de
policaprolactona) provou ser uma estratégia com potencial para aplicação como dispositivos para veiculação
localizada de antibióticos em infeções ósseas associadas a Staphylococcus spp.
Agradecimentos: Fundação para a Ciência e Tecnologia (Portugal), Bolsa de Doutoramento (Santos Ferreira I,
SFRH/BD/69260/2010); projectos: iMed.ULisboa (UID/DTP/04138/2013), Proj. 6818 FCT/DAAD 2015/2016 e
EXCL/CTM-NAN/0166/2012.
210
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0009
Inibidores da Dipeptidil Peptidase-4: Determinação paramétrica do padrão terapêutico ideal
Alexandre Campos1, André Madeira1, Diogo Repas1, Bruno Mendes1
Escola de Ciências e Tecnologias de Saúde, ULHT
1
Objectivo:
A hipótese de estudo foi caracterizar o mercado dos antidiabéticos orais (ADO) existentes com enfoque nos
inibidores da Dipeptidil Peptidase (DPP-4), os ADO com maior evolução na prescrição médica; comparar
clinicamente os inibidores da DPP-4 em monoterapia e em combinação com outos ADO; identificar o padrão
terapêutico de valor terapêutico acrescentado (VTA) e efectividade comparada (EFC).
Métodos:
O estudo suportou-se numa análise observacional sobre dados clínicos e não-clínicos da patologia alvo e de
uma amostra seletiva de DPP-4 de elevado volume de prescrição (linagliptina, vildagliptina, saxagliptina e
sitagliptina). Efectuou-se uma revisão científica e técnica com tratamento de dados recorrendo a uma matriz
de múltipla entrada com comparação clinica dos DPP-4 em monoterapia e em combinação com metformina.
Resultados:
Os DPP-4 são ADO usados como tratamento de 3ª linha em monoterapia e, de 2ª linha, quando associados à
metformina na Diabetes Mellitus tipo 2. Face à biodisponibilidade em monoterapia e em associação com a
metformina, a sitagliptina e a vildagliptina demonstram VTA, superiorizando-se com valores respectivos de
87% e 85%. Sob dados de efectividade destacou-se em monoterapia a vildagliptina, com uma redução dos
valores basais de hemoglobina glicada (HbA1c) de 1,0% a 1,2%. Nas associações com a metformina, e face
à EFC, a linagliptina destaca-se com uma redução dos valores basais de HbA1c de 1,2%-1,6%.
Conclusão:
Estima-se que existam cerca de 382 milhões de pessoas com Diabetes em todo o mundo e mais de 1 milhão
de pessoas em Portugal, sendo que apenas 56% destas está diagnosticada. Os ADO enquanto estratégia
face a esta patologia representaram no seu total cerca de 159 milhões de euros de encargos para o Serviço
Nacional de Saúde (SNS), ou 13,7% do total de encargos do SNS (Year-to-Date Dez. 2014).
Os DPP-4 são uma tecnologia farmacológica alternativa e recente, utilizados em monoterapia ou associação
com outros ADO, tendo tido um crescimento de 16,4% em volume de mercado ou 8,9% do valor de mercado
face ao ano anterior. Observando os dados obtidos, concluímos que, dos DPP-4 analisados, a vildagliptina é,
em monoterapia ou em associação, aquele que apresenta melhor efetividade.
211
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0010
Pharmacokinetic study of phenolic compounds after Cymbopogon citratus infusion oral
administration to rats
Gustavo Costa1, Ana Fortuna1, Daniela Gonçalves1, Isabel Vitória Figueiredo2, Amílcar Falcão1, Maria
Teresa Batista1
CNC, UNIVERSIDADE DE COIMBRA, 2IBILI, UNIVERSIDADE DE COIMBRA
1
Introduction:
Cymbopogon citratus, commonly known as lemongrass, is a tropical herb used in worldwide traditional
medicine for centuries. Studies previously conducted demonstrated its hypoglycemic, hipolypidemic,
anxiolytic, sedative, antioxidant and anti-inflammatory effects. It has been demonstrated that flavonoids, such
as luteolin and apigenin glycosides, and proanthocyanidins strongly contributed to antioxidant and antiinflammatory properties of an essential oil-free infusion from lemongrass. Very recently, the anti-inflammatory
potential of this lemongrass infusion was also revealed in vivo. Biological effects of polyphenols imply them to
be bioavailable and to effectively reach target tissues.
Objective:
The current study aimed to investigate, for the first time, the pharmacokinetic profile of phenolic compounds in
rats after oral administration of a single dose of an essential oil-free lemongrass infusion.
Methods:
Male Wistar rats (330-380 g) were administered with a single oral dose of lemongrass infusion (68.24 mg/kg)
and aliquots of 100 µL of plasma were collected at 0.5, 1, 1.5, 2, 4, 8, 12 and 24 h post-dosing (n=6). Liver
and kidney samples were collected at 1, 2, 4, 8 and 24 h post-dosing (n=2). Plasma and tissues homogenates
were pre-treated by a solid-phase extraction procedure and luteolin (LUT), luteolin 7-O-glucuronide (L7G),
chrysoeriol (CHR), diosmetin (DIO) and luteolin 3’-O-sulphate (L3’S) were quantified employing a RP-HPLCPDA method. The mean concentration-time profiles obtained were analyzed by a non-compartmental
pharmacokinetic analysis using the WinNonlin®. The plasma and tissues Cmax, tmax and AUC0-t were determined.
All in vivo experimental procedures were approved by the Portuguese Veterinary General Division.
Results:
The pharmacokinetic studies herein performed revealed the presence of LUT, L7G, CHR, DIO and L3’S. L7G
and L3’S were rapidly detected, with maximum plasma concentrations at 30 min after oral administrations.
The concentration-time profile of liver samples revealed the presence of compounds undetected in plasma:
LUT, CHR and DIO. L7G, CHR and L3’S were detected in the liver from the first hour and stayed in the tissue
until at least 24h. The kidney concentration-time profile revealed the presence of the same compounds
detected in plasma. Conclusions: The pharmacokinetic analysis showed that the parent compounds present
in lemongrass infusion are not present in plasma, liver or kidneys. On the other hand, L7G and L3’S were the
major metabolites found in plasma and tissues, suggesting that both of them may be responsible for the in
vivo anti-inflammatory activity of C. citratus, when orally administered.
212
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
POSTERS
OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
CNF/2015/A10/P0011
How diabetics’ patients identify their medicines?
Margarida Espírito Santo1, Jeff Newman2, Tânia Nascimento1
1
Centro de Estudos e Desenvolvimento em Saúde (CES), Escola Superior de Saúde - Universidade do Algarve, 2Cranfield
University
The main goal of this study was the characterization of diabetic patients´ knowledge in the identification of
medicines, respectively the drug´s name, drug´s strength, and therapeutic indication.
A cross-sectional study was developed at a specialized medical center in the diabetes area. Only patients that
accepted to participate in this research and who gave their consent in writing before the start of the study were
enrolled. In the study they were included patients aged 18 years and older, with diagnosis of diabetes mellitus,
and using at least one medicine. Data collection was conducted through structured interviews, which was held
during a consultation in a systematic way by completion of a questionnaire.
Were included in this study one hundred and seven (107) patients, 41.1% female and 58.9% male, aged between
35 and 88 years, with a mean age of 65.6±10.5 years. The most prevalent health problems, beside diabetes
mellitus, were hypertension (83.2%) and dyslipidaemia (74.8%), with a mean of 4.7±1.9 health problems per
patient. Each patient was using a mean of 6.9±2.9 medicines and 0.2±0.4 food supplements per day. The
therapeutic group often used was C (Cardiovascular System), A (Alimentary Tract and Metabolism) and N
(Nervous System) with respectively 33.8%, 32.6% and 11.5%.
213
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
COMISSÕES
COMISSÃO DE HONRA
S.E. Senhor Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva
S.E. Senhora Presidente da Assembleia da República, Dra. Assunção Esteves
S.E. Primeiro Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho
S.E. Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo
Senhora Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia da República, Dra. Maria Antónia de Almeida Santos
Senhor Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Prof. Doutor Francisco Carvalho Guerra
Senhor Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Prof. Doutor Alfredo Amaral Albuquerque
Senhor Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Prof. Doutor Carlos da Silveira
Senhor Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Dr. João Silveira
Senhor Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Dr. José Aranda da Silva
Senhora Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira
PRESIDENTE DO CONGRESSO
Carlos Maurício Barbosa (Bastonário)
COMISSÃO ORGANIZADORA
José Gavino
João Paulo Cruz
Ana Teresa Barreto
Ana Cristina Rama
Ema Paulino
António Rocha e Costa
COMISSÃO CIENTÍFICA
Francisco Carvalho Guerra (Presidente)
Anabela Mascarenhas
Antonieta Lucas
António Hipólito de Aguiar
António Melo Gouveia
Diogo Gouveia
Fernando Ramos
Franklim Marques
João Paulo Vaz
José Aranda da Silva
José Cabrita
José Guimarães Morais
José Manuel Sousa Lobo
Margarida Caramona
Maria de Fátima Alpendurada
Matilde Castro
Nuno Moreira
Nuno Taveira
Paula Fresco
Rui Loureiro
214
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
GRUPO DE APOIO
SECRETARIADO
Fernando Ramos
André Silva
Armando Alcobia
Carlos Cardoso
Cristina Ferreira Gomes
Luís Matias
Maria João Tavares
Nuno Vasco Lopes
Odete Isabel
Paulo Roberto
Raquel Neto
Vânia Paulino
Fernanda Silva
Joaquina Borges
Célia Godinho
Álvaro Gustavo
Eugénio Viana
Maria Irene Romão
Fátima Sousa
Flávia Cabral
COMISSÃO ORGANIZADORA EXECUTIVA
CONTACTOS
Fernando Ramos (Presidente)
Paulo Roberto
Nelson Tiago
Florbela Braga
Pedro Freitas
Bruno Macedo
Ricardo Santos
Liliane Pinheiro
David Santana
Helena Vilaça
Andreia Bruno
Luís Baião
Luís Azevedo
Maria Armanda Ramos
Aurora Simón
Ana Mendes
Pedro Carvalho
Nuno Cardoso
Sara Torgal
Lúcia Santos
Maria Luís Santos
Mariana Alves
Ordem dos Farmacêuticos
Rua da Sociedade Farmacêutica, 18
1169-075 Lisboa
tel. (+351) 213 191 370/80
fax. (+351) 213 191 399
email: [email protected]
[email protected]
www.ordemfarmaceuticos.pt
www.ordemfarmaceuticos.pt/congresso2015
215
CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015
PATROCINADOR OURO
PATROCINADOR PRATA
PATROCINADOR BRONZE
MEDIA PARTNERS
PARCEIROS LOGÍSTICOS
216
Download

Livro de Resumos - Ordem dos Farmacêuticos