Manutenção em construções aeroportuárias Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Mickael Guerreiro Cavaco Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em Mestrado Integrado em Engenharia Civil Júri Presidente: Professor Doutor Jorge Manuel Caliço Lopes de Brito Orientador: Professora Doutora.Inês dos Santos Flores Barbosa Colen Vogal: Doutora Sónia Maria Cancela dos Santos Raposo Costa e Silva Maio 2012 MANUTENÇÃO EM CONSTRUÇÕES AEROPORTUÁRIAS PROGRAMA PREVISIONAL DAS NECESSIDADES DE MANUTENÇÃO COM BASE NO HISTÓRICO DAS INTERVENÇÕES RESUMO A manutenção em construções aeroportuárias é uma temática que não se encontra muito aprofundada por se tratar de edificações muito específicas e com características muito particulares. O trabalho nesta área é escasso e tem sido desenvolvido apenas pelas entidades responsáveis pela gestão deste tipo de complexos. A presente dissertação aprofunda este assunto, iniciando-se por uma abordagem aos vários tipos de manutenção, seguindo-se uma análise dos vários modelos de gestão de manutenção existentes. De forma a desenvolver o trabalho nesta temática, esta dissertação apresenta um modelo de gestão de manutenção construído de raiz para complexos aeroportuários. Este modelo contempla edifícios na fase de projecto, em uso e passíveis de reabilitação, e ainda engloba os diferentes tipos de manutenção existentes, ou seja, pró-activa e reactiva. A aplicação integral do modelo permite a elaboração de planos de manutenção completos para um complexo, os quais pretendem dar resposta a todas as solicitações a que o gestor de manutenção possa estar sujeito. O modelo proposto é aplicado a dois edifícios, um Quartel dos Bombeiros e um Terminal de Carga, dos Aeroportos Internacionais de Lisboa e Faro, respectivamente. Para estas duas construções foram identificadas as principais anomalias, procedeu-se ao escalonamento das intervenções, elaborou-se os programas previsionais de acções de manutenção a 10 anos e realizou-se as previsões de custos para o mesmo período. Palavras-chave: Manutenção; Custos de manutenção; Escalonamento de acções; Gestor da manutenção; Complexos aeroportuários. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções I AIRPORT BUILDINGS MAINTENANCE MAINTENANCE FORECAST PROGRAM BASED ON THE INTERVENTION HISTORY ABSTRACT The airport buildings maintenance is a subject that has not been studied in depth because it has specific characteristics. The current work developed in this area came from the entities in charge of this type of structures. This thesis studies this subject, beginning with an approach to the various types of maintenance and followed by an analysis of various models of current maintenance management. In order to develop the work on this topic, this thesis presents a maintenance management model specifically created for airport buildings. This model includes buildings at the design state, in use and capable of rehabilitation and all the different types of existing maintenance (proactive and reactive). The full application of the model allows the development of a comprehensive maintenance manual for the whole complex, which aims to fulfill all the requirements of the maintenance manager. The proposed model is applied on two buildings, a Fire Department and a Cargo Terminal at the international Lisbon and Faro airports, respectively. For these buildings the major anomalies were identified and ten years maintenance plan and costs were predicted. KEYWORDS: Maintenance management; Maintenance costs; Scheduling activities; Maintenance manager; Airport complexes. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções II AGRADECIMENTOS Para a elaboração desta dissertação, tive o prazer contar com a colaboração de inúmeras pessoas e entidades, as quais contribuíram e tornaram possível a realização do presente trabalho. Infelizmente não é possível fazer referências a todas elas, mas fica aqui expresso o meu obrigado a todos os que me ajudaram. Pela relevância do contributo prestado, merecem especial destaque: a Professora Inês Flores-Colen, do Instituto Superior Técnico (IST), para quem as palavras de agradecimentos são muitas e devem-se ao facto de ter-me orientado com toda a dedicação, transmitindo-me conhecimentos, rigor científico e incentivos fundamentais para a concretização desta dissertação. a Eng.ª Rita Duarte Fonseca, da ANA Aeroportos Lisboa, um especial agradecimento pelo convite efectuado para a elaboração do trabalho de campo do Aeroporto Internacional de Lisboa, mas também pelo apoio e permanente disponibilidade sempre manifestados. o Eng. Sérgio Brito da Mana, da ANA Aeroportos Algarve, a quem agradeço pela disponibilidade e facilidades concedidas para a elaboração do trabalho de campo no Aeroporto Internacional de Faro. o Sr. José Gonçalves, da ANA Aeroportos Algarve, por toda a partilha de conhecimentos e disponibilidade demonstrada durante o trabalho de campo no Aeroporto Internacional de Faro. o Eng. Pedro Barata e o Eng. Vitorino Gonçalves, da ANA Aeroportos Lisboa, pela partilha de conhecimentos e pela permanente disponibilidade demonstrada durante o trabalho de campo no Aeroporto Internacional de Lisboa. pelo apoio permanentemente demonstrado, um grande obrigado aos meus amigos, em especial ao Aurélio Vieira, Elodie Nunes, Ricardo Lima, Carlos Palma, Eloise De Sá, Julie Rowntree, Pedro Aragão, Horácio Martins, Luís Rosa e Pedro Gonçalves por todo o apoio prestado ao longo da realização deste trabalho. Finalmente, por estarem sempre presentes, pelo apoio e pela força transmitida ao longo da realização deste trabalho, dedico esta dissertação aos meus pais e ao meu padrinho. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções III Índice 1. Introdução 1.1. Considerações preliminares 1.2. Objectivos da dissertação 1.3. Organização da dissertação 2. A manutenção e os seus modelos de gestão 2.1. Considerações gerais 2.2. Conceito e enquadramento da manutenção 2.2.1. Estratégia de manutenção 2.2.2. Vida útil dos elementos fonte de manutenção 2.3. A manutenção em construções aeroportuárias 2.4. Gestão da manutenção 2.4.1. Modelos de gestão da manutenção 2.4.1.1. SIM – Sistema Integrado de Manutenção 2.4.1.2. Modelo Terotecnologia 2.4.1.3. Modelo EUT – Eindhoven University of Technology 2.4.2. Análise crítica sobre modelos de gestão da manutenção 2.5. Considerações finais de capítulo 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção 3.1. Considerações gerais 3.2. Métodos de avaliação com base no estado de degradação 3.2.1. MAEC – Método de avaliação do estado de conservação de edifícios 3.2.2. Método EPIQR-TOBUS 3.2.3. Metodologia exigencial aplicada à reabilitação de edifícios de habitação (MEAREH) 3.2.4. Análise crítica dos métodos de avaliação com base no estado de degradação 3.3. Métodos de análise de risco 3.3.1. Failure Mode and Effect Analysis (FMEA) e Failure mode, effects, and criticality analysis (FMECA) 3.3.2. Reliability Centred Maintenance (RCM) 3.3.3. Análise crítica sobre métodos de análise de risco 3.4. Métodos de previsão sobre datas de manutenção e vida útil esperada e residual 3.4.1. Programa “SIMULA” 3.4.2. Método factorial para a estimativa da vida útil 3.4.3. Modelo MEDIC 3.4.4. Modelo MEBI 3.4.5. Análise crítica dos métodos de previsão sobre datas de manutenção e vida útil esperada e residual 3.5. Métodos de prioridades de intervenção 3.5.1. Fórmula de Roue’s 3.5.2. Método multi-atributos 3.5.3. Método PIM-CC 3.5.4. Análise crítica sobre métodos de prioridades de intervenção 3.6. Métodos para o cálculo de custos globais Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 1 1 2 2 5 5 5 10 11 12 15 15 16 16 17 18 19 21 21 21 21 24 29 33 34 36 38 39 39 39 42 44 46 47 48 48 49 50 51 52 IV 3.6.1. Método para o cálculo do custo global de um edifício – LCC 3.6.2. Método de Alani 3.6.3. Análise crítica dos métodos para o cálculo de custos globais 3.7. Considerações finais de capítulo 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo 4.1. Considerações gerais 4.2. Apresentação do modelo de gestão da manutenção para edifícios contidos num complexo aeroportuário 4.3. Descrição dos procedimentos do modelo de gestão da manutenção abordados nesta dissertação 4.3.1. Elaboração da lista dos elementos fonte de manutenção do edifício por espaço 4.3.2. Avaliação do estado dos elementos fonte de manutenção existentes 4.3.3. Necessidades de manutenção dos elementos 4.3.4. Planos previsionais de acções de manutenção 4.3.5. Previsão de custos 4.4. Considerações finais de capítulo 5. Aplicação do modelo de gestão de manutenção proposto para complexos aeroportuários 5.1. Considerações gerais 5.2. Edifício dos bombeiros do Aeroporto Internacional de Lisboa 5.2.1. Breve descrição do edifício 5.2.2. Elaboração da lista de EFM do edifício por espaço 5.2.3. Avaliação do estado dos EFM existentes 5.2.4. Elaboração da hierarquia dos EFM (elementos fonte de manutenção) 5.2.5. Planos previsionais de acções de manutenção 5.2.6. Previsão de custos 5.3. Terminal de carga do Aeroporto Internacional de Faro 5.3.1. Breve descrição do edifício 5.3.2. Elaboração da lista de EFM do edifício por espaço 5.3.3. Avaliação do estado dos EFM existentes 5.3.4. Elaboração da hierarquia dos EFM (elementos fonte de manutenção) 5.3.5. Planos previsionais de acções de manutenção 5.3.6. Previsão de custos 5.4 Análise da equação de hierarquização desenvolvida 5.4.1. Comparação dos resultados obtidos pela equação desenvolvida com outras consultadas na bibliografia 5.4.2. Aplicação da hierarquia a dois edifícios em simultâneo 5.5. Estatística dos resultados obtidos 5.6. Análise crítica da aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto 5.7. Considerações finais de capítulo 6. Conclusões e desenvolvimentos futuros 6.1. Considerações finais 6.2. Conclusões finais 6.3. Desenvolvimentos futuros Bibliografia Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções 52 55 57 58 61 61 61 64 65 67 72 76 78 79 81 81 81 81 82 83 84 86 88 90 90 90 91 92 93 95 96 96 97 100 104 106 109 109 109 111 113 V Anexos Anexo I - Projecto do Quartel dos bombeiros do Aeroporto Internacional de Lisboa com a indicação das anomalias detectadas Anexo II - Projecto do Terminal de carga do Aeroporto Internacional de Faro com a indicação das anomalias detectadas Anexo III – Programa previsional das acções de manutenção do Quartel dos bombeiros do Aeroporto Internacional de Lisboa Anexo IV – Previsão de custos de manutenção do Quartel dos bombeiros do Aeroporto Internacional de Lisboa Anexo V – Programa previsional das acções de manutenção do Terminal de carga do Aeroporto Internacional de Faro Anexo VI – Previsão de custos de manutenção do Terminal de carga do Aeroporto Internacional de Faro Anexo VII – Gráfico comparativo entre modelos Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções VI Índice de quadros Pág. Capítulo 2 Quadro 2.1 – Factores base para a escolha dos modelos de gestão a abordar. Quadro 2.2 – Análise comparativa entre os três modelos abordados. 16 19 Capítulo 3 Quadro 3.1 – Metodologias a serem desenvolvidas ao longo do capítulo 3. Quadro 3.2 – Classificações atribuídas para o critério 1) e 2). Quadro 3.3 – Classificações atribuídas para os critérios 3) e 4). Quadro 3.4 – Correspondência entre o índice de anomalias e os níveis do estado de conservação. Quadro 3.5 – Decomposição do edifício segundo o método EPIQR. Quadro 3.6 – Descrição resumida dos códigos de degradação. Quadro 3.7 – Documentação a consultar. Quadro 3.8 – Sequência da realização da inspecção visual. Quadro 3.9 – Classificação global média resultante da inspecção visual. Quadro 3.10 – Elementos informativos constantes do inquérito aos residentes. Quadro 3.11 – Síntese dos métodos de avaliação com base no estado de degradação. Quadro 3.12 – Elementos fonte de manutenção – EFM. Quadro 3.13 – Tipos de falha e descrição. Quadro 3.14 – Vantagens e desvantagens do programa “Simula”. Quadro 3.15 – Síntese dos métodos de previsão sobre datas de manutenção e vida útil. Quadro 3.16 – Critérios e classificações dos factores utilizados na metodologia PIM-CC. Quadro 3.17 – Tipo de intervenções em função do com a respectiva janela de tempo de intervenção. Quadro 3.18 – Valores e periodicidades para acções de manutenção preventiva. Quadro 3.19 – Aplicação da metodologia LCC e cálculo dos resultados. Quadro 3.20 – Classificação em cinco pontos, com respectiva descrição e percentagem de falhas. Quadro 3.21 – Custo de manutenção ao longo da vida útil de diferentes elementos. Quadro 3.22 – Avaliação do custo para fazer regressar o edifício à condição “A”. Quadro 3.23 – Síntese dos métodos para o cálculo de custos. 21 22 23 23 26 26 31 31 32 32 33 40 41 42 47 50 51 54 54 56 57 57 58 Capítulo 4 Quadro 4.1 – Explicação detalhadas dos tipos de edifícios a abordar no modelo proposto. Quadro 4.2 – Exemplos da lista de elementos fonte de manutenção. Quadro 4.3 – Ficha de inspecção tipo 1, para o levantamento dos EFM por espaço do edifício. Quadro 4.4 – Critérios a utilizar na hierarquização a desenvolver. Quadro 4.5 – Explicação dos critérios utilizados. Quadro 4.6 – Classificações e descrição para cada critério adoptado na avaliação. Quadro 4.7 – Imagem e código dos diferentes tipos de anomalias. Quadro 4.8 – Ficha de inspecção tipo 2, para a avaliação dos EFM por espaço do edifício. Quadro 4.9 – Ficha de inspecção tipo 3, para avaliação dos restantes critérios. Quadro 4.10 – Resumo das equações dos métodos das prioridades de intervenção apresentados no capítulo 3. Quadro 4.11 – Patamares de intervenção propostos para elementos dentro da vida útil. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções 63 66 66 67 67 68 70 71 71 72 73 VII Quadro 4.12 – Elementos teste criados. Quadro 4.13 – Valores do INMi calculados para X1=17,2. Quadro 4.14 – Percentagens e factores de ponderação atribuídos a cada critério. Quadro 4.15 – Descrição das colunas “INMi”, “%EA” e “TSEXTRA”. Quadro 4.16 – Tipo de acções a tomar por elemento, havendo pelo menos um com INMi superior a 66%. Quadro 4.17 – Estimativa do “tempo de serviço extra” para elementos que já terminaram a sua vida útil. Quadro 4.18 – Colunas finais que compõem as tabelas das calendarizações das acções de manutenção. Quadro 4.19 – Colunas finais que compõem as tabelas das previsões de custos. 74 74 75 77 77 78 78 79 Capítulo 5 Quadro 5.1 – Extracto da ficha de inspecção do tipo 1, utilizada no edifício 61. Quadro 5.2 – Extracto da ficha de inspecção do tipo 2, para o espaço 061.01.201. Quadro 5.3 – Coeficientes atribuídos para os diferentes tipos espaços. Quadro 5.4 – Extracto da ficha de inspecção tipo 3. Quadro 5.5 – Patamares de intervenção, prazos máximos e padrões utilizados. Quadro 5.6 – Categorias de elementos fonte de manutenção com índices de necessidade de intervenção superiores a 66%. Quadro 5.7 – Atribuição das equipas existentes aos tipos de trabalhos a efectuar. Quadro 5.8 – Extracto do programa previsional das acções de manutenção do Quartel dos bombeiros. Quadro 5.9 – Extracto das previsões de custos para o Quartel dos bombeiros. Quadro 5.10 – Valores previstos de manutenção a 10 anos. Quadro 5.11 – Extracto da ficha de inspecção do tipo 1, utilizada no terminal de carga. Quadro 5.12 – Extracto da ficha de inspecção do tipo 2, para o espaço 013.00.001. Quadro 5.13 – Extracto da ficha de inspecção tipo 3. Quadro 5.14 – Patamares de intervenção, prazos máximos e padrões utilizados. Quadro 5.15 – Categorias de elementos fonte de manutenção com índices de necessidade de intervenção superiores a 66%. Quadro 5.16 – Atribuição das equipas existentes aos tipos de trabalhos a efectuar. Quadro 5.17 – Extracto do programa previsional das acções de manutenção para o Terminal de carga. Quadro 5.18 – Extracto das previsões de custos de manutenção para o Terminal de carga. Quadro 5.19 – Valores previstos de manutenção a 10 anos. Quadro 5.20 – Patamares de intervenção, prazos máximos e padrões utilizados. Quadro 5.21 – Anomalias mais detectadas no edifício dos bombeiros. Quadro 5.22 – Anomalias por espaços no quartel dos bombeiros. Quadro 5.23 – Anomalias mais detectadas no terminal de carga. Quadro 5.24 – Número de anomalias por espaços. 83 83 83 84 84 86 87 88 89 89 91 91 92 92 92 95 95 96 96 98 101 101 103 104 Capítulo 6 Quadro 6.1 – Quantidade de acções de manutenção planeadas. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções 111 VIII Índice de figuras Pág. Capítulo 2 Figura 2.1 – Definição de conceitos fundamentais na área da manutenção, renovação e reabilitação. Figura 2.2 – Organograma dos vários tipos de manutenção existentes. Figura 2.3 – A manutenção nas várias fases do empreendimento. Figura 2.4 – Lei de Evolução de Custos de Sitter para o betão. Figura 2.5 – Repartição dos custos globais de um edifício durante a sua vida útil. Figura 2.6 – Custos das reparações consoante o tipo de intervenção. Figura 2.7 – Vida útil do reboco monomassa. Figura 2.8 – Custos de manutenção sobre o preço de construção. Figura 2.9 – Principais fases de um modelo de gestão da manutenção. Figura 2.10 – Extracto de uma listagem de EFM. Figura 2.11 - Hangar de manutenção (Aeroporto de Toulouse-Blagnac). Figura 2.12 - Torre de controlo (Aeroporto de Nice Côte d’Azur). Figura 2.13 - Placa e Taxiways (Aeroporto de Milão Malpensa). Figura 2.14 - Quartel dos bombeiros (Aeroporto de Lisboa). Figura 2.15 – Radar (Aeroporto de Milão Malpensa). Figura 2.16 – Pista (Aeroporto de Paris Orly). Figura 2.17 - Terminal de passageiros (Aeroporto de Toulouse-Blagnac). Figura 2.18 - Terminal de carga (Aeroporto de Faro). Figura 2.19 – Hotel Sheraton integrado com o terminal 2 e 3 do Aeroporto Internacional Charles de Gaulle – Paris. Figura 2.20 – Estação do SkyTrain do Aeroporto Internacional de Dusseldorf. Figura 2.21 – Indicação do “Lado ar” e “Lado terra” num aeroporto de forma bastante simplificada (Aeroporto de Faro). Figura 2.22 – Modelo do Sistema Integrado de Manutenção. Figura 2.23 – Terotecnologia. Figura 2.24 – Modelo EUT – Eindhoven University of Technology. 6 6 7 7 8 9 9 10 10 11 12 12 12 12 13 13 13 13 13 13 14 17 18 18 Capítulo 3 Figura 3.1 – Fases de obra. Figura 3.2 – Percurso da visita sistemática. Figura 3.3 – Interface do software criado sobre a metodologia EPIQR. Figura 3.4 – Extracto do questionário sobre a qualidade do ambiente interior. Figura 3.5 – O conceito do EPIQR – o completo catálogo de possíveis acções perante os diferentes cenários de intervenção. Figura 3.6 – Simulação do desenvolvimento em código de degradação, com base no código actual e idade do elemento de construção e de informação estatística sobre a degradação de tais elementos de construção. Figura 3.7 – Organograma da metodologia proposta por LANZINHA (2006). Figura 3.8 – Extracto da ficha de inspecção para “Elementos verticais – parte opaca” dos acabamentos finais. Figura 3.9 – Fases do processo de análise e gestão de riscos. Figura 3.10 – Gestão de riscos. Figura 3.11 – Procedimentos da metodologia FMEA e FMECA. Figura 3.12 – Concepção de um edifício em EFM. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções 25 25 27 27 28 29 30 33 34 35 37 40 IX Figura 3.13 – Curva em banheira. Figura 3.14 – Curvas probabilísticas de deterioração de um elemento para cada patamar de classificação. Figura 3.15 – Probabilidades acumuladas de acordo com os patamares de deterioração. Figura 3.16 – Vida útil residual para um elemento com 30 anos no código “c” do patamar de deterioração. Figura 3.17 – Curvas de deterioração de acordo com o modelo MEBI. 41 45 45 46 47 Capítulo 4 Figura 4.1 – Modelo de gestão da manutenção vocacionado para construções aeroportuárias com os diferentes cenários assinalados. Figura 4.2 – Modelo de gestão da manutenção – Ligação entre os procedimentos abordados nesta dissertação e os subcapítulos onde estes se encontram explicados. Figura 4.3 – Exemplo da utilização das imagens das anomalias numa planta. Figura 4.4 - Peso dos critérios na equação 4.3. 62 65 71 75 Capítulo 5 Figura 5.1 – Fachada Este (Nascente). Figura 5.2 – Fachada Oeste (Poente). Figura 5.3 – Fachada Norte. Figura 5.4 – Fachada Sul. Figura 5.5 – Necessidades de manutenção dos elementos fonte no edifício dos bombeiros do Aeroporto Internacional de Lisboa. Figura 5.6 – Cronograma com a indicação dos valores previstos para manutenção a 10 anos com indicação do valor médio previsto em gastos anuais de manutenção. Figura 5.7 – Fachada Este (Nascente) Figura 5.8 – Fachada Oeste (Poente) Figura 5.9 – Fachada Norte. Figura 5.10 – Fachada Sul. Figura 5.11 – Necessidades de manutenção dos elementos fonte no edifício do Terminal de Carga do Aeroporto Internacional de Faro. Figura 5.12 – Cronograma com a indicação dos valores previstos para manutenção a 10 anos com indicação do valor médio previsto em gastos anuais de manutenção. Figura 5.13 – Extracto do gráfico de linhas comparativo entre os vários modelos. Figura 5.14 – Hierarquia conjunta de ambos os edifícios. Figura 5.15 – Tipos e percentagens de anomalias detectadas no edifício dos bombeiros. Figura 5.16 – Sujidades e descolorações ou manchas. Figura 5.17 – Infiltrações. Figura 5.18 – Quantidade de anomalias por espaços do edifício estudado no aeroporto de Lisboa. Figura 5.19 – Anomalias detectadas no terminal de carga. Figura 5.20 – Sujidade na parede devido às cadeiras. Figura 5.21 – Sujidade no chão devido às cadeiras não terem borrachas. Figura 5.22 - Sujidade das paredes das zonas comuns das empresas de handling. Figura 5.23 – Paredes das zonas comuns das empresas de handling. Figura 5.24 - Quantidade de anomalias por espaços do edifício estudado no aeroporto de Faro. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções 81 81 82 82 85 89 90 90 90 90 93 97 98 99 100 101 101 102 103 104 104 104 104 105 X Abreviaturas %EA - Percentagem de espaços afectados. AC – Ano de construção. AM – Acessibilidade para a manutenção. ASTM - American Society for Testing and Materials. BMI - Building Management Information. EDE – Estado de degradação do elemento. EFM – Elemento fonte de manutenção. EFR – Efeito em caso de falha/rotura (para o utilizador). EL – Efeito a longo prazo. EPIQR - Energy Performance Indoor Environment Quality Retrofit. FMEA - Failure Mode and Effects Analysis. FMECA - Failure mode, effects, and criticality analysis. IE – Importância do elemento (para o edifício). IEP – Importância do espaço. INMi – Índice necessidade de manutenção do elemento do elemento i normalizado. INM’i – Índice necessidade de manutenção do elemento do elemento i não normalizado. LCC - Método para o cálculo do custo global de um edifício. MAEC - Método de avaliação do estado de conservação de edifícios. MC – Manutenção condicionada. MEAREH - Metodologia exigencial aplicada à reabilitação de edifícios de habitação. MEBI - Méthode d'Evaluation de Budgets d'Investissements. MEDIC - Méthode d’Évaluation de scénarios de dégradation probables d’investissements correspondants. MIME – Manual de inspecção e manutenção da edificação. NI – Número de intervenções. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções XI P – Manutenção predictiva. PD – Probabilidade de detecção. PO – Probabilidade de ocorrência. PV – Manutenção preventiva. RCM - Reliability Centred Maintenance. RGE – Regulamento geral das edificações. RGEU – Regulamento geral de edificações urbanas. RICS - Royal Institution of Chartered Surveyors. RPN - Risk Priority Number. S – Substituição do elemento. SU – Segurança dos utilizadores. TI – Tipo de acção tomada na última acção de manutenção. TOBUS - Tool for Selecting Office Building Upgrading Solutions. TSEXTRA – Tempo de serviço extra. UI – Ano da última intervenção sobre o elemento. VA LCC - Valor Actual. VAE LCC - Valor Anual Equivalente. VU – Vida útil. VUR – Vida útil residual. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções XII 1. Introdução 1. INTRODUÇÃO 1.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES O tema da manutenção aplicada em edifícios em Portugal, ainda não é tão popular como se gostaria. Prova disso é o estado de degradação de muitas das edificações do país. A quase ausência de interesse por parte dos gestores de edifícios sobre esta matéria conduz aos resultados visíveis em muitas construções portuguesas, pelo facto de estes optarem consecutivamente por acções de correcção quando o problema já se encontra instalado, designando-se estas por acções de manutenção correctiva. O uso abusivo de acções correctivas conduz muitas vezes apenas à resolução local dos problemas, não solucionando em muitos casos a origem da patologia. Isto leva a que outros processos de degradação continuem em curso, e não sejam identificados, porque não afectam directamente os utentes do edifício, provocando assim uma mais rápida degradação do edifício. Após atingir um determinado patamar de degradação torna-se inviável a utilização de acções de manutenção para inverter o processo de degradação, devendo optar-se nestes casos por processos de reabilitação. As acções de reabilitação só deveriam ser adoptadas em últimas circunstâncias, e já numa idade avançada da construção, uma vez que são procedimentos bastante dispendiosos. A manutenção surge como uma solução de forma a prolongar o tempo de serviço das edificações, bem como a qualidade oferecida por estas aos utilizadores. Está comprovado por vários autores que a adopção de processos de manutenção pró-activa: permite a detecção dos problemas antes de estes afectarem os utentes do edifício; aumenta a qualidade da edificação para o utilizador; reduz as despesas de acções de manutenção correctiva ao longo do tempo de serviço da edificação; aumenta o tempo de serviço do edifício. Os factores apresentados são mais que suficientes para justificar a adopção de uma política de manutenção pró-activa em qualquer edificação, com maior importância no período actual atendendo aos problemas económicos que o país atravessa, permitindo reduzir custos e aumentando a longevidade das construções. Em termos legislativos, em 2004, foi destacada uma comissão para a revisão do Regulamento Geral de Edificações Urbanas (RGEU), que tinha como objectivo criar um novo documento, o Regulamento Geral de Edificações (RGE), que visa ser uma actualização da regulamentação existente mas ainda sem publicação anunciada. No âmbito da manutenção este contemplará a criação de um Manual de Inspecção e Manutenção da Edificação (MIME) que deverá ser inserido nos projectos de execução de edifícios. Este novo manual prevê que os proprietários realizem inspecções periódicas correntes e especiais às suas edificações. As inspecções periódicas correntes devem ser realizadas de 15 em 15 meses, enquanto as inspecções especiais devem ser feitas, quando necessário, por entidades habilitadas para o efeito. Para habitações sem manual, as inspecções devem ser periciais e realizadas de oito em oito anos. No âmbito das construções aeroportuárias, o tema manutenção está muito mais presente quando comparado com a realidade do país. As edificações têm que obedecer a níveis elevados de Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 1 1. Introdução exigência, os quais só conseguem ser cumpridos através de uma manutenção adequada e periódica. Contudo, os processos existentes devem ser melhorados através da implementação de novas metodologias de manutenção recentes, com o objectivo de aumentar o grau de eficiência e rentabilidade dos processos implementados, minimizando os custos em serviço. 1.2. OBJECTIVOS DA DISSERTAÇÃO Nesta dissertação, os objectivos a atingir são os seguintes: construção de um modelo de gestão da manutenção direccionado para complexos aeroportuários, contendo: indicação dos procedimentos a tomar pelo gestor de manutenção, em diferentes cenários; elaboração de fichas de inspecção para este tipo de edifícios; desenvolvimento de uma equação para a hierarquização e escalonamento das acções de manutenção; informações a inserir nos programas previsionais de acções de manutenção; procedimentos para previsão de custos de manutenção/intervenção. aplicação do modelo de gestão a edifícios de complexos aeroportuários, com o intuito de produzir vários documentos que poderão ser integrados nos planos de manutenção, tais como: levantamento das anomalias dos edifícios; programa previsional das necessidades de manutenção para 10 anos; previsão dos custos de manutenção a 10 anos. Com a presente dissertação, pretende-se criar uma metodologia que seja totalmente adequada aos complexos aeroportuários, uma vez que estes possuem características bastante singulares: factores de segurança altos, períodos de funcionamento contínuos, espaços sempre operacionais 24 horas por dia, complexos com edifícios de diferentes funções, entre outros. Espera-se que este trabalho seja útil para os gestores de manutenção dos complexos aeroportuários, permitindo-lhes tomar as decisões mais correctas com base na metodologia proposta. 1.3. ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO Esta dissertação encontra-se subdividida em seis capítulos, bibliografia e anexos, conforme se descreve seguidamente: O capítulo 1 introduz o tema, descrevendo de forma geral a manutenção em Portugal, e o que tem sido feito em termos legislativos com o intuito de implementar uma filosofia de manutenção nos edifícios. Neste capítulo, ainda são referidos os objectivos primordiais da presente dissertação, bem como a respectiva organização. O capítulo 2 aborda de forma mais profunda o tema da manutenção, apresentando a sua definição, e os vários tipos que esta contém. São apresentadas as vantagens da adopção desta filosofia, nomeadamente em termos de custos e tempo de serviço do edifício. Neste capítulo, ainda é apresentada uma descrição da manutenção em construções aeroportuárias, onde se apresenta as características que as distingue dos outros tipos de edificações. Por fim, são apresentados vários Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 2 1. Introdução modelos de gestão da manutenção, de forma a ter o conhecimento da informação existente sobre esta matéria. No capítulo 3, são apresentados os procedimentos que compõem os modelos de gestão da manutenção apresentados no capítulo anterior. Inicia-se pela apresentação dos métodos de avaliação com base no estudo da degradação, seguindo-se os métodos de análise de risco, métodos de previsão sobre datas de manutenção e vida útil esperada e residual, métodos das prioridades e métodos para o cálculo dos custos. Com este capítulo, termina a apresentação dos dados teóricos recolhidos para esta dissertação. No capítulo 4, é apresentado o modelo de gestão da manutenção proposto, com a explicação detalhada dos procedimentos que irão ser utilizados aquando da aplicação do modelo sob os edifícios em estudo. Também são desenvolvidos neste capítulo todos os procedimentos que permitem a construção dos programas previsionais, bem como a realização das previsões de custos. O capítulo 5 descreve os edifícios que irão ser alvo de estudo e realiza a aplicação da metodologia desenvolvida no capítulo anterior, com o objectivo de obter os programas previsionais de manutenção e as previsões de custos associadas a cada edificação abordada. O capítulo 6 apresenta as conclusões finais deste estudo e aponta os eventuais desenvolvimentos futuros nesta matéria. Nos anexos, são apresentados, para cada edifício estudado: os projectos dos edifícios com as anomalias assinaladas em cada espaço; os programas previsionais de acções de manutenção para 10 anos; as previsões de custos de manutenção também para 10 anos; o gráfico comparativo entre a equação de hierarquização desenvolvida para o escalonamento de acções e outras consultadas na bibliografia. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 3 1. Introdução Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 4 2. A manutenção e os seus modelos de gestão 2. A MANUTENÇÃO E OS SEUS MODELOS DE GESTÃO 2.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS Este capítulo inicia-se com a apresentação do conceito de manutenção e o seu enquadramento. Pretende-se apresentar os vários tipos de manutenção existentes, bem como as filosofias adjacentes da adopção de cada tipo. A abordagem segundo uma perspectiva económica sobre este tema também irá ser realizada, de forma a perceber as vantagens existentes na adopção de um eficiente sistema de gestão de manutenção para uma construção. A abordagem da manutenção em construções aeroportuárias será igualmente efectuada, por ser a temática do trabalho de campo. Sobre os complexos aeroportuários apresentar-se-á as especificações, o tipo de edifícios que os compõem e uma breve explicação do funcionamento em termos de manutenção. Neste capítulo, ainda vão ser apresentados e descritos vários modelos de gestão da manutenção, visto que só é possível adoptar uma correcta e eficiente política de manutenção se esta assentar sobre um modelo de gestão adequado à construção. As metodologias apresentadas têm o objectivo de proporcionar ao gestor de uma construção, ferramentas adequadas para que este possa desenvolver os trabalhos de manutenção com sucesso, tendo por base informações credíveis para a selecção da estratégia de manutenção que considere mais apropriada. Em suma, este capítulo tem como objectivo dar uma perspectiva global da manutenção, desde o conceito da manutenção em geral até aos seus modelos de gestão, realizando também uma abordagem da temática no âmbito das construções aeroportuárias. 2.2. CONCEITO E ENQUADRAMENTO DA MANUTENÇÃO O termo “manutenção” teve a sua origem no vocabulário militar, uma vez que o objectivo era manter as unidades de combate e o material a um nível constante de operacionalidade. A adaptação deste termo à indústria ocorreu por volta de 1950 nos Estados Unidos da América, onde na Europa este foi-se sobrepondo progressivamente à palavra “conservação” (MONCHY, 1989). Com a construção de novas e grandes unidades fabris no início dos anos 50, a manutenção desenvolveu-se, passando de uma fase primária, em que apenas se reparava no caso de uma avaria concreta, para uma fase mais avançada, a da manutenção preventiva (ASSIS, 2004, citado por PAULINO, 2009). Algum tempo depois de ter sido aplicado no processo industrial, este conceito foi aplicado gradualmente aos edifícios, centralizando-se na satisfação de exigências funcionais dos utentes e do próprio edifício (RODRIGUES, 1989). Na temática da Engenharia Civil, a definição de manutenção de edifícios surge na norma ISO 156861 (2000), onde consiste na combinação de todas as acções técnicas e administrativas que permitem que o edifício e seus elementos desempenhem durante a vida útil, as funções para as quais foram concebidos. Segundo FLORES-COLEN e BRITO (2006), a manutenção é cada vez mais um elemento decisivo na gestão dos edifícios, e um peso importante, em termos das despesas globais, durante o seu ciclo de vida. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 5 2. A manutenção e os seus modelos de gestão Segundo a Associação Francesa de Normalização, AFNOR, a manutenção é um conjunto de acções que permitem manter ou restabelecer um bem num estado especificado ou com possibilidade de assegurar um serviço determinado. Segundo o mesmo organismo, uma boa manutenção é assegurar estas operações por um custo global mínimo (FERREIRA, 1998 citado por PAULINO, 2009). Antes de aprofundar o tema da manutenção em particular, torna-se importante enquadrar este conceito entre os termos de “reabilitação” e “renovação”. Para auxiliar a sua interpretação, utiliza-se a figura 2.1, que permite fazer uma comparação entre os termos. Figura 2.1 – Definição de conceitos fundamentais na área da manutenção, renovação e reabilitação (adaptado de MANSO, 2003). Considera-se então que os trabalhos de manutenção visam repor a qualidade inicial da construção, correspondendo a um aumento de desempenho representado pelo vector “A” da figura 2.1. Os trabalhos de reabilitação, pretendem repor a qualidade regulamentar no momento que é realizada a intervenção, correspondendo ao aumento de qualidade demonstrado pelo vector “B”. Por outro lado, os trabalhos de renovação, pretendem introduzir ganhos na qualidade e melhoramentos funcionais de desempenho acima da qualidade regulamentar, sendo este acréscimo de desempenho referenciado pelo vector “C” (MANSO, 2003). A manutenção divide-se em dois grandes grupos (figura 2.2): reactiva e pró-activa. A reactiva consiste em deixar operar o mecanismo de degradação do elemento e depois intervir na acção de reparação de anomalias (FLORES-COLEN, 2008). Também se pode considerar como sendo uma reacção, a um problema que foi alvo de uma reclamação. Manutenção Manutenção reactiva Manutenção pró-activa Manutenção predictiva Manutenção preventiva Figura 2.2 – Organograma dos vários tipos de manutenção existentes (FLORES-COLEN, 2010b). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 6 2. A manutenção e os seus modelos de gestão A pró-activa, por sua vez, divide-se em manutenção preventiva e predictiva. A manutenção preventiva visa planear as acções antes da ocorrência de uma dada anomalia ou defeito, enquanto a predictiva consiste no planeamento de inspecções de forma a averiguar a condição dos diversos elementos (FLORES, 2002). A necessidade de manutenção surge com grande importância, de forma a evitar ou circunscrever a ocorrência de anomalias, e a sua ausência, permite que os fenómenos de deterioração progridam livremente, uma vez iniciados, originando o aparecimento de novos fenómenos patológicos responsáveis por um cenário de degradação acelerada (VILHENA, 2006). A manutenção como parte integrante de uma edificação deve estar presente nas várias fases da construção, contribuindo assim para um melhor ciclo de qualidade (SALVATERRA, 2009) como o apresentado na figura 2.3. Figura 2.3 – A manutenção nas várias fases do empreendimento (BURRATTINO, 1997 citado por FLORES, 2002). A inserção dos procedimentos de manutenção desde a fase de projecto, permite reduzir de forma drástica os custos de manutenção sob a edificação durante a fase de exploração da mesma, como é demonstrado através da lei de Sitter (figura 2.4) para elementos de betão (MAGALHÃES, 2008). Figura 2.4 – Lei de Evolução de Custos de Sitter para o betão (BARBOSA, 2009). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 7 2. A manutenção e os seus modelos de gestão A lei apresentada na figura 2.4 relaciona os custos de intervenção com as fases de projecto, execução e dois tipos de manutenção, a preventiva e a correctiva (BARROS, 2008). Pode ver-se que quanto mais tarde se iniciar a manutenção, maiores vão ser os custos associados à intervenção, por essa razão torna-se se essencial “pensar” logo na manutenção na fase mais prematura da construção, ou seja, na fase de projecto. utilizando Durante a fase de execução, todos os trabalhos devem ser executados como projectados, utilizandose os materiais devidamente referenciados. Caso ocorra alteração de materiais ou de projecto durante esta fase, o futuro dos planos de manutenção podem estar comprometidos, comprometido visto estes documentos técnicos terem sido elaborados na fase de projecto (LOPES, 2005). Os trabalhos de manutenção realizados na fase de exploração de um edifício, edifício são na sua grande maioria apenas os necessários, e surgem para resolver situações de emergência que carecem de resolução rápida. Estes trabalhos, quando não previstos, originam um acréscimo das despesas no orçamento anual, o que leva na maioria das situações a adopção de técnicas económicas associadas ao menor incómodo do possível na utilização normal do edifício, que na maioria das vezes não são as mais adequadas para resolver cada situação (LOPES, 2005). A utilização de técnicas incorrectas provoca novas intervenções num curto período de tempo, aumentando consequentemente ente os custos de manutenção sobre um determinado elemento. Os custos de manutenção e utilização para um edifício com uma vida útil de 50 anos representam cerca de 80% dos custos totais de um edifício (PERRET, 1995). A repartição de custos pelas diferentes fases da vida do edifício, desde o projecto até ao final da sua vida útil encontra-se encontra apresentada na figura 2.5. Promoção, projecto e fiscalização (2% a 5%) Utilização (80%) Construção (15% a 20%) Figura 2.5 – Repartição dos custos globais de um edifício durante a sua vida útil [SILVA e SOARES (2003) e (PERRET, 1995)]. Através da análise da figura 2.5, é possível ver que o período mais dispendioso de uma construção constru ocorre na fase de utilização.. Por esta razão é necessário proceder a um adequado planeamento das acções de manutenção a longo prazo de forma a evitar a tomada de acções reactivas e a adopção de procedimentos inadequados para resolver problemas que venham a surgir na edificação. A construção de um programa previsional duma construção permite não só evitar problemas futuros através da realização de acções de manutenção predictiva e preventiva, mas também uma poupança de custos (figura 2.6). 2.6) Esta deve-se se ao facto das acções de manutenção reactiva diminuírem em virtude dos elementos estarem sujeitos a manutenções periódicas, o que aumenta assim a qualidade das suas funções, bem b como um prolongamento da sua vida útil, como pode verver se através da figura 2.7. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 8 2. A manutenção e os seus modelos de gestão Como se pode verificar através da análise da figura 2.6, a adopção de uma manutenção preventiva é a que apresenta custos mais baixos a longo prazo, e é a única que assegura a qualidade e funcionalidade dos elementos. Figura 2.6 – Custos das reparações consoante o tipo de intervenção (BRAND, 1993, adaptado por FLORES, 2002 e citado por BARROS, 2008). Figura 2.7 – Vida útil do reboco monomassa (FLORES, 2002). Através da figura 2.7, pode-se verificar que com a adopção de acções de manutenção planeadas, sobre o reboco monomassa, permitiu aumentar a vida útil deste, de 13,5 anos para 40 anos, sempre com níveis adequados de desempenho. Uma estimativa dos custos de manutenção anuais pode ser obtida, utilizando como base a percentagem do preço da construção e a idade do edifício. O gráfico da figura 2.8, foi obtido através do estudo de 220 edifícios em Reykjavik na Islândia, efectuado por MARTEINSSON e JÓNSSON (1999). Da análise da figura 2.8, é possível verificar que quanto maior for a idade de construção, maiores são os custos médios anuais das actividades de manutenção. No entanto, através da análise do gráfico verifica-se por exemplo, para um edifício com 50 anos, os custos anuais de manutenção são cerca de 3% do custo inicial de construção. Segundo GOMES (1992), noutros países, os custos da não manutenção/reparação e intervenções correctivas inesperadas correspondem a cerca de 2 a 5% dos custos de construção (citado por FLORES, 2002 e FERREIRA, 2009). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 9 2. A manutenção e os seus modelos de gestão Figura 2.8 – Custos de manutenção sobre o preço de construção (adaptado de MARTEINSSON e JÓNSSON, 1999). 2.2.1. Estratégia de manutenção Para implementar de forma eficiente uma estratégia de manutenção, é necessário construir um modelo de gestão de manutenção adequado, o qual deve conter as seguintes principais fases: recolha de informação; modelação; e planeamento. A recolha de informação é importante que seja efectuada com rigor, visto que os resultados obtidos nesta etapa, servirão de base para as fases seguintes. O levantamento de dados abrange assim áreas como: avaliação do estado de conservação; orçamentação; especificações. Figura 2.9 – Principais fases de um modelo de gestão da manutenção (VILHENA, 2006). A avaliação do estado de conservação assenta essencialmente em inspecções visuais. Com o intuito de facilitar a inspecção e consequente recolha de dados, é necessário dividir o edifício em elementos, aos quais se convencionou chamar elementos fontes de manutenção (EFM), uma vez que a resposta do edifício aos estímulos patológicos não é feita individualmente por elementos ou componentes, mas decorre da interacção conjunta de elementos que são envolvidas na cadeia de causas e efeitos – visão sistémica (RODRIGUES, 1989). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 10 2. A manutenção e os seus modelos de gestão Um pequeno extracto de uma listagem de EFM encontra-se na figura 2.10. O aprofundamento sobre a elaboração desta lista, bem como outros pormenores irão ser aprofundados no decurso desta dissertação (subcapítulo capítulo 3.4.1). Figura 2.10 – Extracto de uma listagem de EFM (adaptado de RODRIGUES, 2001 citado por BARROS, 2008). Esta divisão tem a vantagem de ter sido desenvolvida segundo uma lógica de comportamento em uso, que se revela útil para o estudo que se pretende realizar. Assume-se que face à degradação, um edifício é constituído por um conjunto de elementos fonte de manutenção, cada um com mecanismos próprios de degradação (RODRIGUES, 1989). Os dados recolhidos nas sub-etapas de “Orçamento” e “Especificações”, são importantes para a fase da “Modelação”, uma vez que estes dados são necessários para o cálculo dos valores da manutenção nos “Modelos de ciclo de vida” dos elementos em estudo e para a realização de uma adequada análise de “Risco”. A última etapa do planeamento visa com os resultados obtidos nas fases anteriores, traçar cenários de manutenção, que englobam nomeadamente escalonamento de acções de acordo com a sua criticidade e estratégias de manutenção de acordo com os orçamentos disponíveis. Em suma, as três etapas abordadas constituem o “núcleo duro” de uma política de manutenção, representando a base a adoptar para a construção de um bom modelo de gestão. Uma recolha de dados eficaz conduz a um processo de modelação e planeamento eficiente, originando uma política de gestão e intervenção adequada ao imóvel. 2.2.2. Vida útil dos elementos fonte de manutenção A vida útil é o período de tempo após a construção, em que o edifício ou os seus elementos igualam ou excedem, as exigências mínimas de desempenho (ISO 15686-1, 2000, citado ALVES, 2008). No entanto também existe o termo vida útil remanescente, que se aplica a elementos em utilização, que consiste na subtracção entre a vida útil e o tempo de serviço, ou seja, é o período durante o qual este ainda vai continuar a desempenhar as suas funções. Segundo ASTM E632 (1996), a vida útil é o período de tempo, após colocação em serviço, durante o qual todas as propriedades dos elementos excedem os valores mínimos aceitáveis, assumindo a existência de uma manutenção regular. Quando um elemento se degrada para além do aceitável, já atingiu o fim da vida útil, não sendo possível revertê-lo ao seu estado anterior através das acções de manutenção correntes (FLORES, 2002). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 11 2. A manutenção e os seus modelos de gestão A proposta de alteração do RGEU pelo Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes define no artigo 117º vida útil de uma edificação (VUE) da seguinte forma: “A vida útil de uma edificação, VUE, corresponde ao período em que a respectiva estrutura não apresenta degradação dos materiais.” No entanto a mesma publicação cita que “A vida útil de cada componente da edificação deve ser definida pelo respectivo fabricante. A VUE deve ser definida pelo dono de obra e caso tal não seja feito considera-se por defeito o valor de 50 anos.” [(BRANCO, 2010), (MAGALHÃES, 2008)]. 2.3. A MANUTENÇÃO EM CONSTRUÇÕES AEROPORTUÁRIAS A manutenção em construções aeroportuárias é um tema bastante abrangente, uma vez que estes complexos, possuem diversas áreas que levam à adopção de medidas de manutenção diferentes consoante o tipo de edifício. Exemplos de construções aeroportuárias (figuras 2.11 a 2.18) são: terminais (passageiros e bagagens); pistas, taxiways e placa; hangares de manutenção; quartel dos bombeiros; radar; entre outros. Existem no entanto outras construções, que não sendo aeroportuárias, podem coexistir com estas, tais como: edifícios de escritórios e serviços; hotéis (ver figura 2.19); parque de estacionamentos; estações ferroviárias (ver figura 2.20); terminais de autocarros; entre outros. Figura 2.11 - Hangar de manutenção (Aeroporto de Toulouse-Blagnac). Figura 2.12 - Torre de controlo (Aeroporto de Nice Côte d’Azur). Figura 2.13 Placa e Taxiways (Aeroporto de Milão Malpensa). Figura 2.14 - Quartel dos bombeiros (Aeroporto de Lisboa). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 12 2. A manutenção e os seus modelos de gestão Figura 2.15 – Radar (Aeroporto de Milão Malpensa). Figura 2.16 – Pista (Aeroporto de Paris Orly). Figura 2.17 - Terminal de passageiros (Aeroporto de Toulouse-Blagnac). Figura 2.18 - Terminal de carga (Aeroporto de Faro). Figura 2.19 – Hotel Sheraton integrado com o terminal 2 e 3 do Aeroporto Internacional Charles de Gaulle – Paris (BOOKING, 2011). Figura 2.20 – Estação do SkyTrain do Aeroporto Internacional de Dusseldorf (STRUCTURAE, 2011). A grande diversidade de edifícios de serviço referidos anteriormente, podem existir na forma de edifícios individuais, onde cada um alberga um serviço, ou então um mesmo edifício albergar vários serviços. A escolha do número de edifícios existentes no complexo varia directamente com seguintes factores: dimensão do aeroporto; número de passageiros; área disponível para construção no interior do complexo aeroportuário; entre outros. Um complexo aeroportuário também é sinónimo da existência de edifícios em diferentes fases, ou seja, fase de exploração ou de projecto. Isto deve-se ao facto de um aeroporto não poder mudar de localização, assim que os edifícios deixem de cumprir os seus requisitos, sendo necessário então, promover obras para os existentes de forma a melhorar os mesmos, ou então construir novos para responder às exigências. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 13 2. A manutenção e os seus modelos de gestão No entanto, independentemente do número de edifícios existentes no interior do complexo, estes possuem características singulares, tais como: níveis de utilização elevados; horários de funcionamento contínuos em determinadas zonas; níveis de segurança elevados; zonas de acesso restrito; diversidade de usos dentro da mesma edificação (por exemplo: lojas, escritórios, check-in, áreas concessionadas, áreas de bagagens, entre outros). Os aeroportos são infra-estruturas onde os acessos a algumas áreas são muito restritos, sendo este dividido em duas principais áreas: “Lado ar” e “Lado terra”. Ambos os lados englobam diferentes tipos de obras de arte, mas a grande diferença entre ambos, é o nível de acesso, no “Lado terra” praticamente existe acesso a todas as zonas sem necessitar de autorização especial, enquanto no “Lado ar”, é necessário ter autorização e passar pela segurança, cada vez que se pretende entrar ou sair desta zona, uma vez que é considerado espaço Internacional (ANA, 2010). Na figura 2.21, está ilustrado de uma forma simplificada as zonas pertencentes ao “Lado ar” e “Lado terra”. Figura 2.21 – Indicação do “Lado ar” e “Lado terra” num aeroporto de forma bastante simplificada (Aeroporto de Faro). No momento que haja necessidade de intervenções no “Lado ar” é necessário que as equipas tenham autorização para aceder a essas áreas, bem como levem todo o seu material identificado, e ainda pode haver situações onde estas devem estar sempre acompanhadas, devido ao facto de não terem formação sobre como se deslocar neste espaço. Todas as características singulares de um complexo aeroportuário, levam à criação de modelos de gestão da manutenção muito particulares. De uma forma geral, os complexos aeroportuários normalmente tem equipas de manutenção próprias para determinados trabalhos, mas por vezes tem de recorrer ao outsourcing, para intervir em zonas de acesso restrito, devido à maior especificação do trabalho, ou por outra razão. Nos complexos aeroportuários, existem serviços a laborarem em contínuo e sempre operacionais, tais como: torre de controlo; garagem dos bombeiros; locais onde se situa meios de actuação a emergências; pista; entre outros. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 14 2. A manutenção e os seus modelos de gestão O encerramento de algum dos espaços anteriormente mencionados leva à suspensão das actividades aeroportuárias (nomeadamente aterragens e descolagens). Portanto em qualquer plano de manutenção a construir, toda a sua elaboração tem que ter em conta estes diferentes factores. Actualmente não se conhece nenhum modelo de gestão da manutenção que englobe todos os cenários que podem surgir dentro de um complexo aeroportuário, sendo então vital para a construção de um, o conhecimento de todas as especificações que um complexo deste tipo possui. 2.4. GESTÃO DA MANUTENÇÃO Na última década, a manutenção tem vindo a ganhar mais importância, devendo-se ao facto das pessoas irem ganhando consciência que um edifício alvo de manutenções periódicas torna-se mais económico a longo prazo, oferecendo melhores condições de utilização e um ganho no acréscimo de vida útil. Segundo RODRIGUES (2006), pode-se afirmar, de uma forma genérica, que um edifício submetido a um plano de manutenção vê diminuídos os seus custos de utilização em metade e ampliada a sua vida útil para o dobro. De forma a tornar as manutenções mais eficientes, têm vindo a ser desenvolvidas e aprofundadas técnicas de inspecção em serviço e de previsão das acções a realizar ao longo do tempo [(PERRET, 1995), (ALANI et al., 2001), (FLOURENTZOU et al., 1999)]. Para manter um edifício em condições óptimas de integridade e funcionalidade, é necessário implementar um adequado sistema de gestão de manutenção, que permite precisar os momentos de intervenção durante a vida útil dos elementos, racionalizando os custos e recursos, sem gastos excessivos e desnecessários nas acções de reparação e substituição (LOPES, 2005). No âmbito de uma gestão da manutenção adequada, é necessário realizar uma manutenção programada, com o objectivo de manter os edifícios em bom estado de conservação, sendo com isto necessário seguir um modelo que permita assim desenvolver programas previsionais adequados à realidade do edifício em estudo (FLORES, 2002). A criação de um manual de manutenção baseado num sistema de gestão adequado, permite à entidade gestora do edifício definir uma estratégia de tarefas e metodologias de manutenção do mesmo. Surge então o conceito de gestor do edifício, como sendo a entidade (colectiva ou singular) que tem a responsabilidade de promover todas as iniciativas destinadas a garantir o bom desempenho de um edifício em serviço (RODRIGUES, 2006). Devido à grande importância da criação de um modelo de gestão da manutenção adequado aos edifícios que se pretendem estudar, torna-se importante avaliar vários modelos existentes, nomeadamente as suas limitações de aplicação, bem como os outputs gerados pelos mesmos, isto é, programas previsionais, previsões de custos, entre outros. 2.4.1. Modelos de gestão da manutenção Os modelos de gestão da manutenção dependem obviamente da altura em que estes são aplicados no edifício, ou seja, se são elaborados na fase de projecto ou já na fase de exploração. A grande parte dos modelos existentes em Portugal segundo as pesquisas bibliografias efectuadas como em RODRIGUES (2001), ALVES (2008), NRAU (2007) entre outros, estão focalizados para edifícios já em uso. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 15 2. A manutenção e os seus modelos de gestão Irão ser abordados diversos modelos de metodologias que podem ser aplicadas consoante o cenário em que a edificação se encontra e o resultado que se espera obter. Os critérios das escolhas das metodologias apresentadas são, em primeira ordem metodologias elaboradas em Portugal, uma vez que se encontram mais adaptadas à realidade da construção nacional, e numa segunda ordem abordar metodologias aplicadas normalmente à indústria, com o intuito de adaptá-las à construção civil, com o objectivo de colmatar a inexistência de metodologias para determinados cenários. Devido ao facto de a gestão da manutenção ter surgido em primeiro lugar na engenharia industrial, os modelos de gestão existentes neste ramo, são muito mais completos (em termos de procedimentos e cenários), portanto o estudo de alguns e a sua adaptação à construção civil. Devido à existência de procedimentos rotineiros no ambiente industrial, leva a que estes já tenham sido bem estudados e desenvolvidos, permitindo assim uma boa adaptação dos mesmos à dimensão e especificidade das edificações (RODRIGUES e VASCONCELOS, 2006). Os factores do quadro 2.1 servirão de base para a selecção dos modelos de gestão existentes na indústria que irão ser abordados nos subcapítulos 2.4.1.1 a 2.4.1.3 (adaptado de FLORES, 2002). Quadro 2.1 – Factores base para a escolha dos modelos de gestão a abordar. Possíveis de utilizar em edificações com qualquer tipo de uso. A execução adequada e própria dos trabalhos de manutenção. A monitorização do estado de degradação dos elementos. Que contemplem a fase de projecto. 2.4.1.1. SIM – Sistema Integrado de Manutenção Um dos primeiros modelos a ser criado em Portugal foi o “SIM – Sistema Integrado de Manutenção” da autoria do Prof. Rui Calejo Rodrigues em 2001. Esta metodologia pretende coordenar todas as áreas entre si, com o intuito de tornar o acto de manutenção mais simples, eficaz e com a frequência desejada e não obrigatória (ALVES, 2008). O Sistema Integrado de Manutenção, apresentado na figura 2.22 pretende (RODRIGUES, 2001): identificar e disponibilizar interlocutores e decisores capacitados; tipificar a situação facilitando a análise e resposta (automatizando-a se possível); padronizar os procedimentos de contratação e intervenção; criar bases de dados contabilísticas, tecnológicas e funcionais através de uma única entrada de registo; recolher informação final e re-alimentar o sistema. O modelo apresentado na figura 2.22 apresenta como vantagens ser um modelo completo que tem em conta questões tais como os recursos e o histórico que são importantes, mas no entanto tem as desvantagens de não contemplar as vidas úteis dos elementos, nem de possuir procedimentos descritos para edifícios em fase de projecto. 2.4.1.2. Modelo Terotecnologia A Terotecnologia, segundo MONCHY (1989), é uma combinação de management, economia e de tecnologia, sendo considerada como o primeiro conjunto de práticas de gestão de manutenção, a destacar a importância da análise integrada do custo do ciclo de vida dos equipamentos. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 16 2. A manutenção e os seus modelos de gestão Figura 2.22 – Modelo do Sistema Integrado de Manutenção (RODRIGUES, 2001). O modelo Terotecnologia é um modelo global que abarca todo o ciclo de vida de um elemento, isto é, considera a vida do elemento desde o seu projecto até à sua substituição, incluindo as etapas do seu uso e a manutenção no seu período de vida útil. Durante a vida útil existem as etapas de manutenção, análise de dados e optimização da manutenção preventiva (GASPAR, 2003). Este modelo criado para a manutenção industrial, neste subcapítulo vai ser adaptado à manutenção de construções civis, sendo as actividades industriais do modelo original transformadas em procedimentos similares mas no âmbito da construção civil. O resultado dessa adaptação pode ser consultado na figura 2.23. O modelo apresentado na figura 2.23 tem as vantagens de contemplar a criação de um histórico e já tem previsto procedimentos para a fase de projecto de uma edificação. Como desvantagens, não tem em conta os recursos disponíveis, e não possui procedimentos descritos para responder a um caso de manutenção reactiva. 2.4.1.3. Modelo EUT – Eindhoven University of Technology O modelo EUT – Eindhoven University of Technology adaptado à construção civil encontra-se representado na figura 2.24 e acompanha todo o ciclo de vida do elemento, sendo a principal característica deste método a divisão entre as actividades externas e internas da construção. É um modelo que sugere uma avaliação das especificações dadas pelo fabricante do elemento, partindo do histórico da manutenção preventiva e dos problemas ocorridos. Não utiliza nenhuma das metodologias de análise de risco mais conhecidas, mas tem um sistema de avaliação e optimização para melhorar a escolha do elemento quando este tem de ser substituído, aumentando a sua fiabilidade (GASPAR, 2003). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 17 2. A manutenção e os seus modelos de gestão Figura 2.23 – Terotecnologia (adaptado de GASPAR, 2003). Figura 2.24 – Modelo EUT – Eindhoven University of Technology (adaptado de GASPAR, 2003). O modelo apresentado na figura 2.24 tem como vantagens apresentar a elaboração de um histórico de intervenções, contempla recursos e é possível aplicar o mesmo desde uma fase de projecto. No entanto à semelhança do modelo Terotecnologia apresentado na figura 2.23, não possui procedimentos para responder a casos de manutenção reactiva. 2.4.2. Análise crítica sobre modelos de gestão da manutenção Os modelos de gestão da manutenção referidos nos subcapítulos anteriores tentam abranger um grande número de cenários, sendo o SIM – Sistema Integrado de Manutenção aplicado em cenários de edificações existentes enquanto o modelo Teratecnologia e o EUT – Eindhoven University of Technology poderão ser aplicados a construções novas, as quais a temática da manutenção está presente desde a fase de projecto. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 18 2. A manutenção e os seus modelos de gestão O modelo Teratecnologia e o EUT – Eindhoven University of Technology apesar de serem aplicados na mesma fase da vida de uma construção, são diferentes nas suas filosofias de gestão, realizando o primeiro a análise de risco sobre os elementos enquanto o segundo tem uma abordagem da divisão das actividades consoante se são internas ou externas ao construtor, ou seja, a fase externa está relacionada directamente com a fase de projecto e de construção, enquanto fase interna, está ligada à fase de exploração da construção. Através dos modelos apresentados, não foi possível encontrar nenhum que reunisse em simultâneo as seguintes características: aplicação em edificações com qualquer tipo de uso; execução adequada e própria dos trabalhos de manutenção; monitorização do estado de degradação dos elementos; procedimentos de criação de planos de manutenção na fase de projecto. No quadro 2.2, é apresentada uma análise comparativa entre os modelos anteriormente apresentados. Quadro 2.2 – Análise comparativa entre os três modelos abordados. Modelos Histórico Fase de Recursos Manutenção projecto reactiva SIM – Sistema integrado de manutenção Terotecnologia EUT – Eindhoven University of Technology Análise de risco Na consulta bibliográfica efectuada, nomeadamente sobre os modelos de gestão da manutenção, encontrou-se em GASPAR (2003) cerca de 14 modelos descritos para a manutenção industrial. Verificou-se que é comum em muitos deles a aplicação de métodos de análise de risco. Estes permitem a construção de uma metodologia que forneça como output os elementos que tem mais importância numa construção, permitindo dar mais atenção a estes em termos de manutenção, mas por outro lado, em caso da ocorrência de algum problema, estes modelos fornecem os procedimentos a seguir. Não é apresentada nenhuma comparação entre todos os modelos encontrados, nomeadamente em GASPAR (2003) e MORAIS (2005) porque todos eles estão elaborados para a manutenção industrial, o que obrigava em primeiro passo uma adaptação à engenharia civil. 2.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS DE CAPÍTULO Neste capítulo, foi importante diferenciar, numa primeira fase, a manutenção da reabilitação e da renovação e, numa segunda, o conceito de manutenção e os seus diferentes tipos, realçando as suas diferenças, nomeadamente em termos de acções e custos. Apresentou-se também os conceitos relacionados com a vida útil de um elemento, tais como vida útil, vida útil remanescente e vida útil de uma edificação. Chegou-se à conclusão de que a melhor solução para uma manutenção eficaz é através da adopção de uma manutenção pró-activa, onde se assegura a funcionalidade dos elementos construtivos a longo prazo com custos mais baixos e é ainda possível o aumento da vida útil através das intervenções periódicas que os elementos são alvo. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 19 2. A manutenção e os seus modelos de gestão Também foi realizada uma abordagem sobre os custos totais de manutenção anuais de um edifício, concluindo-se que estes variam de acordo com a idade do edifício. Para uma edificação de 50 anos, representam cerca de 3% do custo inicial de construção. Foi realizada o estudo sobre a manutenção em construções aeroportuárias, onde foram descritos os edifícios que constituem estes complexos, bem como as especificidades que estes apresentam, relevantes para o âmbito da manutenção. Conclui-se que, para a realização de um modelo de gestão de manutenção para um aeroporto, é vital conhecer pormenorizadamente o complexo aeroportuário e o seu funcionamento (horários de espaços, equipas de manutenção disponíveis, áreas de acesso reservado, entre outros), porque só assim é possível construir um adequado modelo de gestão. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 20 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção 3. METODOLOGIAS QUE CONSTITUEM OS MODELOS DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO 3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS No capítulo 2, procedeu-se ao levantamento e à análise de vários modelos de gestão da manutenção, os quais tem o objectivo de funcionar como um “mapa”, para a realização de todas as tarefas. Para conseguir implementar um modelo de gestão de manutenção adequado, para além de conhecer o funcionamento geral do sistema, é necessário conhecer também as metodologias intrínsecas dos modelos, as quais se dividem em grupos, de acordo com o quadro 3.1, a desenvolver neste capítulo. Quadro 3.1 – Metodologias a serem desenvolvidas ao longo do capítulo 3. Metodologias Métodos de avaliação com base no estado de degradação Métodos de análise de risco Métodos de previsão sobre datas de manutenção e vida útil esperada e residual Métodos das prioridades de intervenção Métodos para o cálculo de custos globais Dentro de cada grupo apresentado no quadro 3.1, existem diversas metodologias, onde nem todas têm interesse para os objectivos desta dissertação, por essa razão abordou-se apenas as que satisfazem os seguintes critérios: metodologias de manutenção aplicáveis a edifícios de serviços; métodos que tenham sido desenvolvidos em Portugal, vistos estes se enquadrarem no tipo de edifícios existentes (podem ser abordados partes de métodos de reabilitação e metodologias desenvolvidas para aplicação em edifícios habitacionais, mas o objectivo deste ponto é analisar o modo como outros autores abordam esta temática em Portugal, podendose assim tirar ilações importantes que não são abordadas em métodos estrangeiros); métodos que possibilitem a determinação do estado de degradação dos elementos; métodos que permitem a previsão de necessidades de manutenção e cálculo dos respectivos custos a longo prazo; métodos que permitem a determinação da vida útil para elementos novos e em uso. 3.2. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO COM BASE NO ESTADO DE DEGRADAÇÃO 3.2.1. MAEC – Método de avaliação do estado de conservação de edifícios O método de avaliação do estado de conservação de edifícios (MAEC) foi desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) a pedido do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, do XVII Governo Constitucional, no quadro do Regime de Arrendamento Urbano (RAU), lei n.º 06/2006, de 27 de Fevereiro (PEDRO e PAIVA, 2006). Esta metodologia tem o objectivo de estabelecer um conjunto de procedimentos que permitam avaliar com rigor, objectividade e transparência o estado de conservação de edifícios, habitacionais e não habitacionais, numa escala de cinco níveis e verificar a existência de infra-estruturas básicas (PEDRO e PAIVA, 2005). O resultado da avaliação da edificação teria como finalidade determinar o valor máximo de actualização da renda (PEDRO et al., 2009). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 21 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Os critérios de avaliação adoptados nesta metodologia permitem relacionar, para cada elemento funcional, as características do edifício ou do locado vistoriado com um nível da escala de anomalias (PEDRO e PAIVA, 2006). Nesta metodologia, cada elemento funcional é classificado a dois níveis: a gravidade da anomalia, numa escala de 1 a 5, onde 1 significa uma anomalia muito grave e 5 a ausência de anomalia (PEDRO e PAIVA, 2005); a importância do elemento funcional para a construção, onde é atribuído a cada elemento funcional uma ponderação numa escala de 1 a 6, onde (NRAU, 2007): elementos funcionais muito importantes: ponderação de 5 ou 6; elementos funcionais importantes: ponderação 3 ou 4; elementos funcionais pouco importantes: ponderação 1 ou 2. Os critérios gerais de avaliação dos elementos funcionais segundo a gravidade da anomalia são os seguintes (PEDRO e PAIVA, 2006): 1) Consequência da anomalia na satisfação das exigências funcionais de cada elemento; 2) Tipo e extensão do trabalho necessário para a correcção da anomalia; 3) Relevância dos locais afectados pela anomalia; 4) Existência de alternativa para o espaço ou equipamento afectado pela anomalia. Uma explicação detalhada das classificações a atribuir em cada critério está apresentada nos quadros 3.2 e 3.3. Definidos os critérios de avaliação, é preciso quantificar os resultados, sendo então calculado o índice de anomalias. Para isto importa determinar os totais das pontuações e ponderações obtidas pelos elementos funcionais aplicáveis e realizar o quociente entre os dois, obtendo-se assim o índice desejado (PEDRO e PAIVA, 2006). Quadro 3.2 – Classificações atribuídas para os critérios 1) e 2) (NRAU, 2007). Critérios Classificações Descrição Muito Ausência de anomalias ou anomalias sem significado. ligeiras Anomalias que prejudicam o aspecto, e que requerem trabalhos de Ligeiras limpeza, substituição ou reparação de fácil execução. - Anomalias que prejudicam o aspecto, e que requerem trabalhos de substituição ou reparação de difícil execução; Médias - Anomalias que prejudicam o uso e conforto e que requerem trabalhos de limpeza, substituição ou reparação, pontual ou ampla, de fácil execução. - Anomalias que prejudicam o uso e conforto e que requerem 1) e 2) trabalhos de substituição ou reparação de difícil execução; Graves - Anomalias que colocam em risco a saúde e a segurança, podendo motivar acidentes sem grande gravidade, e que requerem trabalhos de limpeza, substituição ou reparação de fácil execução. - Anomalias que colocam em risco a saúde e a segurança, podendo motivar acidentes sem grande gravidade, e que requerem trabalhos de substituição ou reparação de difícil execução; Muito graves - Anomalias que colocam em risco a saúde e a segurança, podendo motivar acidentes graves ou muito graves; - Ausência ou inoperacionalidade de infra-estrutura básica. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 22 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Quadro 3.3 – Classificações atribuídas para os critérios 3) e 4) (PEDRO e PAIVA, 2006). Critérios Estado Acção 3) Anomalias mais graves afectam Permanece nível de anomalia. a parte principal do locado Calcular uma média entre o nível de anomalia da Anomalia afecta a parte parte principal e da parte secundária, atribuindo secundária do locado uma importância menor às partes secundárias. Devem ser avaliadas na medida em que afectem o Anomalias nas partes comuns locado em estudo. 4) Anomalia afecta um equipamento ou instalação para Calcular média do nível de anomalias desses o qual exista alternativa com equipamentos e instalações. condições equivalentes de utilização Com o objectivo de converter o índice de anomalias no estado de conservação da unidade em apreciação, foi elaborado o método de síntese de resultados (NRAU, 2007). Este método inclui quatro regras, onde a primeira é expressa pelo quadro 3.4. Segundo o NRAU (2007), a equação 3.1 permite o cálculo do índice de anomalias (IA). = ∑!"( × çã) ∑!" çõ# (3.1) Quadro 3.4 – Correspondência entre o índice de anomalias e os níveis do estado de conservação (NRAU, 2007). Nível de Muito Ligeiras Médias Graves Muito graves anomalia ligeiras Índice de 5,00 ≥ IA ≥ 4,50 4,50 > IA ≥ 3,50 3,50 > IA ≥ 2,50 2,50 > IA ≥ 1,50 1,50 > IA ≥ 1,00 anomalias Estado de Excelente Bom Médio Mau Péssimo conservação Nível de 5 4 3 2 1 conservação Coeficiente de 1,2 1,0 0,9 0,7 0,5 conservação As restantes regras visam impedir a existência de desvios excessivos de alguns elementos funcionais relativamente ao valor médio calculado. Pretende-se assim evitar que o cálculo de um nível de anomalia média possa camuflar a existência de anomalias graves em elementos funcionais que condicionam o estado de conservação da unidade ou edifício (PEDRO e PAIVA, 2005). Devido à entrada em vigor em 2006 deste método, é possível actualmente obter um feedback sobre a sua utilização, através do qual é possível ver as restrições de aplicação e estudar possíveis desenvolvimentos que este pode vir a sofrer de forma a ser melhorado. O método de avaliação do estado de conservação de edifícios (MAEC) desde que foi implementado sofreu sempre uma avaliação positiva, tendo cumprido com bastante eficiência o objectivo para o qual foi criado (determinação do valor máximo da actualização da renda). Em forma de crítica este método Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 23 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção apresenta algumas restrições, as quais são apresentadas resumidamente em seguida (PEDRO et al., 2009): a avaliação centra-se principalmente no impacto que o estado de conservação do locado tem nas condições de habitabilidade, desprezando completamente as causas da anomalia, que seriam importantes para futuras obras de reparação; durante a inspecção, existe a oportunidade de avaliar a qualidade dos locados ou verificar a existência de condições de segurança ou saúde segundo as exigências actuais, aspectos que também não são verificados na aplicação do MAEC; os procedimentos e instrumentos estabelecidos visam obter resultados rigorosos, objectivos e transparentes, mas tudo depende da correcta aplicação do método. A realização de formação dos avaliadores é essencial para que o método seja aplicado com eficiência; a avaliação do estado de conservação é realizada com base numa inspecção visual do locado, não se recorrendo à consulta de projectos, à análise do historial de obras ou à realização de ensaios ou sondagens, atitudes que poderiam fornecer informações importantes para uma avaliação com mais rigor. Todos os pontos anteriormente mencionados trariam, sem dúvidas, informações importantes sobre o estado de conservação de um locado, mas também deve ter-se em conta que tornariam as inspecções mais longas e dispendiosas, sem vantagens para os objectivos do MAEC. Num entanto estes pontos são muito importantes porque reflectem melhorias a efectuar ao método, caso se pretenda utilizar este com outros objectivos (PEDRO et al., 2009). As instruções de aplicação deste método, incluem apenas critérios gerais de avaliação e exemplos de sintomas de anomalias frequentes, não existindo informações que expliquem como interpretar os sinais de anomalia bem como identificar as prováveis causas. Com vista a apoiar o planeamento de intervenções de conservação e reabilitação de edifícios é importante desenvolver instrumentos complementares do MAEC que apoiem o diagnóstico das causas das anomalias e a definição dos trabalhos correctivos (PEDRO et al., 2009). 3.2.2. Método EPIQR-TOBUS O EPIQR e o TOBUS nasceram no âmbito do desenvolvimento do programa europeu JOULE II, nomeadamente do 3º e 4º programas-quadro respectivamente, e visavam a criação de novas ferramentas multimédia que servissem de base no apoio à decisão técnico-financeira da manutenção e reabilitação de edifícios de habitação [(LANZINHA et al., 2007), (FLOURENTZOS et al., 1999), (ERE, 2004)]. Estas metodologias pretendiam constituir um esquema de diagnóstico bem estruturado que conseguisse avaliar: o estado de conservação dos elementos construtivos; o desempenho em termos energéticos; a qualidade do ambiente interior do edifício; e as condições de funcionamento das instalações e equipamentos comuns [(LANZINHA et al., 2007), (FLOURENTZOS et al., 1999)]. Os métodos, quando foram criados, pretendiam auxiliar os engenheiros e arquitectos no processo de renovação de um edifício, tendo por base criar um dossier completo descrevendo o estado geral do imóvel a renovar, desde diagnóstico relativo do estado físico e funcional do edifício, informação detalhada da natureza dos trabalhos a realizar e estimativa de prováveis custos de renovação e reabilitação para vários cenários (LANZINHA et al., 2007). O projecto EPIQR (Energy Performance Indoor Environment Quality Retrofit) lançado em 1995 e concluído em 1998, foi uma metodologia implementada informaticamente que incluía ferramentas para diagnóstico, análise, tomadas de decisões e relatórios. Esta pretende abranger toda a fase Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 24 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção preliminar de projecto (Figura 3.1), fornecendo os diferentes cenários possíveis de intervenção, fulcrais num processo de decisão (BRANDT et al., 1999). A metodologia abordada utiliza um sistema de diagnóstico sistemático onde os dados fornecidos pelo usuário são cruzados com a base de dados do programa, fornecendo diferentes cenários, sendo possível em cada um calcular os custos de reabilitação do edifício. Estes custos são baseados em custos de referência dos países participantes no desenvolvimento do método (BRANDT et al., 1999). Figura 3.1 – Fases de obra (adaptado e traduzido de BRANDT et al., 1999). De forma a facilitar o processo de diagnóstico, o edifício é decomposto em 50 elementos, apresentados no quadro 3.5. Esta decomposição é elaborada na óptica de proporcionar uma visita sistemática, onde na figura 3.2 está descrita a ordem da visita de 1 a 5. A criação deste procedimento sistemático visa a simplificação das acções e a sua precisão (LANZINHA, 2006). Os elementos classificados na figura 3.2 correspondem a reagrupamentos ou a cadeias de componentes, que asseguram a mesma unidade de funcionamento (LANZINHA et al., 2007). Legenda: 1- Espaços exteriores; 2 – Cave; 3 – Espaços comuns e de circulação; 4 – Sótão e telhado; 5 - Apartamentos Figura 3.2 – Percurso da visita sistemática (adaptado de EPIQR, 1999; ERE, 2004). A aplicação desta metodologia realiza-se através das seguintes fases (BRANDT et al., 1999): 1) Recolha de informação sobre a gestão energética, nomeadamente, consumos de energia e eventuais medidas existentes de poupança; 2) Inspecção de acordo com os procedimentos padronizados, para determinar o estado actual dos elementos da construção; 3) Informação sobre a qualidade do ambiente interior através de questionário. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 25 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção N.º 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Quadro 3.5 – Decomposição do edifício segundo o método EPIQR (LANZINHA, 2006). Elemento N.º Elemento Acessos 26 Revestimentos de cobertura Infra-estrutura e estrutura resistente 27 Maciços na cobertura (chaminés, …) Revestimento de fachadas 28 Vitrais Decoração de fachadas 29 Clarabóias Varandas 30 Isolamento da cobertura Isolamento térmico da fachada 31 Rufos, caleiras e tubos de queda Caves privadas 32 Sótãos (locais comuns) Locais comuns 33 Instalação eléctrica da habitação Isolamento térmico do pavimento térreo 34 Aquecimento Armazenamento de combustível 35 Distribuição de água fria Produção de calor 36 Distribuição de água quente Distribuição de calor 37 Distribuição de gás Distribuição de água 38 Tubos de queda das águas residuais Rede de drenagem das águas residuais 39 Janelas Portas de serviço e de garagem 40 Portadas exteriores Janelas de cave 41 Protecções solares Paredes da caixa de escada 42 Portadas exteriores Escadas 43 Revestimento de pavimento Porta de entrada do imóvel 44 Revestimento de paredes Portas da caixa de escada 45 Revestimento de tectos Inst. Eléctrica: baixada, contador e distribuição 46 Cozinha (local e equipamentos) Inst. Eléctrica: instalações comuns 47 Inst. sanitárias (local e equipamento) Inst. Eléctrica: correntes fracas 48 Ventilação (cozinha e IS) Elevador 49 Estabelecimentos prof. e comerciais Estrutura da cobertura 50 Andaimes e instalação de estaleiro A primeira fase consiste na recolha de informação disponível sobre o edifício junto do administrador em termos de localização, uso, tipos de materiais, idade e consumo energético. Os dados energéticos são usados no software do EPIQR para situar o edifício relativamente à média nacional, tornando os dados recolhidos em outras inspecções importantes (BRANDT et al., 1999). Numa segunda fase, inspecciona-se o edifício e classificam-se os elementos de acordo com os códigos de degradação do quadro 3.6. Quadro 3.6 – Descrição resumida dos códigos de degradação (LANZINHA, 2006; ERE, 2004). Código de Estado Urgência Intervenção degradação a Bom estado A cuidar Manutenção b Degradação ligeira A vigiar Reparação de pequenas degradações c Degradação média Intervir Reparação de degradações médias d Fim de duração Intervir de imediato Renovação (substituição) s, t, u, v Possível melhoria Facultativo Melhorar a sua função Com o intuito de facilitar todo o processo de registo e assegurar uma correcta análise da situação, recorre-se ao auxílio da informática, realizando-se assim a inspecção com um computador portátil que possui a base de dados do EPIQR instalada com dados em texto e em imagens (Figura 3.3) que permite uma comparação com o que se encontra no edifício (LANZINHA, 2006). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 26 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Figura 3.3 – Interface do software criado sobre a metodologia EPIQR (BRANDT et al., 1999). Na terceira e última fase, recorre-se aos questionários de forma a obter dados sobre a qualidade do ambiente interior (ver extracto do questionário na figura 3.4). As respostas dos utilizadores ajudam os auditores a identificar os problemas a este nível e a outros, que não são visíveis durante a inspecção visual realizada. Um exemplo é a verificação das condições de aquecimento durante o Inverno, se a visita foi realizada no Verão. Os resultados dos questionários podem ser complementados com entrevistas a alguns moradores durante as inspecções visuais (BRANDT et al., 1999). Figura 3.4 – Extracto do questionário sobre a qualidade do ambiente interior (ERE, 2004) Concluída a recolha de dados, o software do EPIQR encontra-se pronto para fornecer propostas de possíveis cenários de reabilitação, com ênfase em diferentes áreas como, poupança energética, Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 27 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção ambiente interior e baixos investimentos. Para cada cenário o programa fornece orçamentos associados (BRANDT et al., 1999). De uma forma simplificada, a figura 3.5 mostra todas as fases do processo EPIQR desde a recolha de dados até aos resultados finais dos possíveis cenários de intervenção, os quais devem ser utilizados pelo proprietário do edifício ou administrador, para traçar uma estratégia de manutenção adequada, de forma a ter em conta as prioridades de intervenção e as limitações de orçamento a que está sujeito (BRANDT et al., 1999). Figura 3.5 – O conceito do EPIQR – o completo catálogo de possíveis acções perante os diferentes cenários de intervenção (adaptado de BRANDT et al., 1999). Como referido o software do EPIQR gera vários cenários, sendo possível para cada um deles obter um relatório completo, onde está contido informações sobre o diagnóstico do edifício mas também de diferentes alternativas para uma manutenção futura [(BRANDT et al., 1999), (LANZINHA, 2006)]. A indicação do custo global é acompanhada por uma descrição detalhada dos trabalhos a realizar com os respectivos custos associados, classificados de acordo com elementos de construção ou profissões (exemplo: trabalho de alvenaria, carpintaria). O programa do método EPIQR possui também um modelo probabilístico, que realiza a previsão dos custos de manutenção e reabilitação para um período de 15 anos (Figura 3.6). Esta é uma ferramenta bastante útil para um planeamento financeiro adequado de acordo com o cenário escolhido (BRANDT et al., 1999). O modelo probabilístico da determinação da vida útil residual dos elementos utilizado denomina-se por MEDIC. Devido ao grande interesse que este modelo probabilístico tem para esta dissertação este vai ser abordado com maior profundidade no subcapítulo 3.4.3. A abordagem deste modelo é importante porque permite determinar quando é que um elemento atinge o final da sua vida útil, permitindo assim calcular custos de manutenção até essa data (ERE, 2004). O projecto TOBUS (Tool for Selecting Office Building Upgrading Solutions) possui todas as características do EPIQR, mas este encontra-se adaptado especialmente a edifícios de escritórios. Na análise deste tipo de edifícios, foi dada às instalações técnicas e aos serviços maior importância, através da alteração dos factores de ponderação das formulações utilizadas no programa EPIQR. É de salientar que, neste programa, os níveis de obsolescência funcional, poupança energética e qualidade do ambiente interior foram também reformulados, adaptando-se então às características do novo tipo de edifício. A informação anteriormente referida para o EPIQR pode ser aplicada na íntegra neste novo projecto, podendo ser este quase encarado como um módulo do anterior, com o Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 28 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção objectivo de realizar o mesmo trabalho mas para edifícios de escritórios [(FLOURENTZOS et al., 1999), (VILHENA et al., 2011)]. Figura 3.6 – Simulação do desenvolvimento em código de degradação, com base no código actual e idade do elemento de construção e de informação estatística sobre a degradação de tais elementos de construção (BRANDT et al., 1999). Ambos os projectos não devem ser encarados como programas de simulação, mas sim como ferramentas no apoio à decisão. Estas plataformas com recurso tecnologias informáticas, permitem obter de forma rápida os outputs, o que por outro processo levaria um tempo consideravelmente superior até à sua obtenção. Estas permitem assim tentar vários cenários dentro de um prazo razoável, o que permite atingir novas metas (FLOURENTZOS et al., 1999). De forma a concluir o subcapítulo, o EPIQR e o TOBUS permitem obter, de uma forma estruturada, um conjunto de resultados que facilitam a tomada de decisão de um modo fácil, racional e coerente, do cenário de manutenção a adoptar [(FLOURENTZOS et al., 1999), (LANZINHA, 2006), (BRANDT et al., 1999)]. A obtenção de informação a partir de questionários dirigidos aos residentes, é um ponto positivo para esta metodologia uma vez que permite descobrir problemas que passavam despercebidos à inspecção visual. A aplicação destes projectos a uma plataforma multimédia também é outra vantagem, uma vez que torna a inspecção mais objectiva, afastando um pouco a subjectividade do técnico que realiza a inspecção (LANZINHA, 2006), bem como acelerar o processo de obtenção de cenários (FLOURENTZOS et al., 1999). 3.2.3 Metodologia exigencial aplicada à reabilitação de edifícios de habitação (MEAREH) Esta metodologia resulta do trabalho desenvolvido no âmbito da tese para a obtenção do grau de Doutor em Engenharia Civil do Prof. João Lanzinha em 2006 (LANZINHA, 2006). Trata-se de um método criado para a reabilitação de edifícios habitacionais. Contudo, apresenta procedimentos que podem úteis na área da manutenção e encontra-se adaptada aos padrões da construção portuguesa. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 29 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Além disto teve como base várias metodologias de reabilitação, entre elas a MER HABITAT (MARCO et al., 1996; MERMINOD et al., 1984) e a TEST HABITATGE (CASADEMONT et al., 1989), o que permite assim, através da análise de uma única metodologia de reabilitação, perceber os pontos comuns entre as metodologias de reabilitação e manutenção. A metodologia proposta encontra-se ilustrada na figura 3.7 a qual inclui 6 etapas. É de salientar que apenas os procedimentos que têm interesse para esta dissertação serão abordados, não se realizando uma análise de toda a metodologia uma vez que isso implicaria mencionar temas que estão fora do âmbito deste trabalho. São considerados apenas: etapa 2: Análise da documentação; etapa 3: Inspecção visual - avaliação do estado de conservação; etapa 4: Inquérito a residentes. Figura 3.7 – Organograma da metodologia proposta por LANZINHA (2006). A etapa 2 visa consultar e estudar toda a documentação disponível, visto que é importante para o trabalho de avaliação. Os documentos devem ser organizados de acordo com a estrutura apresentada no quadro 3.7. Caso o dono da obra não forneça estes documentos, o técnico encarregado do trabalho deve realizar a consulta dos mesmos nas entidades responsáveis e, caso não estejam disponíveis, em última instância, deve recomendar o levantamento e produção de peças desenhadas da situação actual (LANZINHA, 2006). Na etapa 3, surge a inspecção visual que tem o objectivo de sem recurso a instrumentos complexos, registar de uma forma qualitativa, simples, e apoiada na experiência, o estado da envolvente Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 30 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção exterior do edifício. Esta observação visual deverá ser complementada com o registo fotográfico ou videográfico do estado actual dos elementos inspeccionados e com anotações relativas dos aspectos mais relevantes, nomeadamente acerca das necessidades de intervenção imediata, que devem ser comunicadas ao proprietário ou responsável pelo condomínio, já que podem estar a colocar em causa a segurança de pessoas e bens (LANZINHA, 2006). Quadro 3.7 – Documentação a consultar (LANZINHA, 2006). Inclui plantas, alçados, cortes e pormenores construtivos, destacandoPeças desenhadas se nestes últimos, os referentes a paredes exteriores, cobertura, ligações caixilharia/fachada e o tratamento das pontes térmicas. Memória descritiva e justificativa do projecto de arquitectura, a Peças escritas descrição construtiva dos materiais utilizados e o caderno de encargos respectivo e uma cópia do livro de obra, caso exista. Cálculo térmico – verificação das condições de comportamento térmico RCCTE; Projectos de Cálculo acústico – verificação dos requisitos de comportamento especialidade acústico; Projecto de ventilação e extracção de fumos e gases. Documentação constante do arquivo do proprietário ou do condomínio Historial das ou obtida nas entidades seguradoras, no caso de terem sido intervenções efectuadas comunicados sinistros. O autor desta metodologia propõe que sejam realizadas inspecções visuais separadamente por cada fachada do edifício, sempre que sejam observadas diferenças significativas do ponto de vista de soluções construtivas ou do efeito da orientação das fachadas no seu estado de conservação. No quadro 3.8 é proposta uma sequência de realização da inspecção visual (LANZINHA, 2006). Quadro 3.8 – Sequência da realização da inspecção visual (LANZINHA, 2006). Sequência Descrição Observações exteriores ao nível do arruamento, seguindo-se, de preferência, o sentido 1 dos ponteiros do relógio e anotando-se sempre a orientação da fachada. Observação da cobertura e dos dispositivos de drenagem de águas pluviais - esta observação revestir-se-á de alguma dificuldade devido aos riscos, que eventualmente poderão ser evitados no caso (desejável) de existirem meios de acesso adequados; a 2 observação a partir de clarabóias poderá ser uma alternativa adequada e sem riscos; poderá ainda ser equacionada a observação a partir da cobertura de edifícios vizinhos ou de um arruamento localizado a um nível superior, utilizando-se para o efeito dispositivos ópticos de observação, nomeadamente binóculos. Análise no interior de um dos fogos para observar os aspectos relativos aos vãos envidraçados; deverá ser uma visita tão rápida quanto possível mas centrada nos aspectos mais importantes dos vãos envidraçados, que requerem uma atenção 3 especial: tipo de caixilharia, tipo de vidro, pormenores do peitoril e dispositivos de sombreamento; aproveitar-se-á para medir a espessura da parede exteriores e confirmar os dados recolhidos na análise documental. Com o objectivo de facilitar a inspecção visual, o autor elaborou um documento auxiliar da inspecção, onde são descritos os aspectos a observar e a proposta de classificação a atribuir. Quando for exigido um levantamento mais aprofundado das anomalias exteriores, é referido no documento os aspectos complementares a ter em conta para a produção deste tipo de relatório (LANZINHA, 2006). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 31 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Concluída a sequência descrita no quadro 3.8 e o preenchimento da ficha auxiliar da inspecção, o técnico responsável está em condições de elaborar o “1º tipo de relatório – Relatório do estado de conservação da envolvente do edifício”, com a apresentação de um perfil do edifício e a classificação comparativa dos aspectos observados, de forma global e parcial. A classificação global média resultante da inspecção visual, obtida através do documento auxiliar é classificada segundo o quadro 3.9 (LANZINHA, 2006). Quadro 3.9 – Classificação global média resultante da inspecção visual (LANZINHA, 2006). Valor médio obtido Classificação Superior a 3,5 Muito bom Entre 3 e 3,5 Bom Entre 2 e 3 Suficiente Inferior a 2 Insuficiente O relatório poderá ser complementado com o levantamento e registo rigoroso das patologias detectadas na envolvente do edifício e respectivos pontos singulares. O 4º ponto da metodologia, sobre o inquérito aos residentes, tem o intuito de recolher informação que poderá auxiliar a análise e interpretação dos dados registados. O quadro 3.10 contém os elementos informativos constantes no inquérito aos residentes. Este possui algumas questões que poderão ser consideradas contraditórias, mas que servem para confirmar ou eliminar algumas respostas que se revelem inadequadas (LANZINHA, 2006). Quadro 3.10 – Elementos informativos constantes do inquérito aos residentes (LANZINHA, 2006). Conteúdos Descrição 1 Dados relativos à composição do agregado familiar, níveis etários e de escolaridade. Inquérito de sensibilidade – permite obter informação relativa ao grau de incomodidade ao ruído, às deficiências no sistema de ventilação ou extracção de 2 fumos, sensação de conforto térmico, existência de manifestações de humidade, utilização dos dispositivos de sombreamento, entre outros. Forma de utilização da habitação (aquecimento, secagem de roupa, manuseamento dos dispositivos de ventilação, exaustão de fumos e gases, entre outros) para avaliar 3 a possibilidade de aparecimento de anomalias localizadas no interior da habitação, da responsabilidade dos utilizadores. 4 Prioridades de intervenção sugeridas e verbas a disponibilizar pelos condóminos. Durante as visitas, é fundamental observar as cozinhas, nomeadamente os dispositivos de extracção de fumos e gases; as instalações sanitárias, referindo a existência de janelas ou de dispositivos de ventilação e as suas condições de funcionamento; os quartos, para registar manifestações de humidade. Deve ter-se especial atenção às janelas, observando o tipo de envidraçado, peitoris e elementos de sombreamento e a existência de manifestações evidentes de infiltrações ou condensações de vapor de água. O preenchimento deste inquérito por todos os residentes é fundamental, visto que permite eliminar aspectos pontuais, podendo explicar anomalias resultantes da deficiente utilização das habitações (LANZINHA, 2006). Em termos de crítica, pode-se afirmar que este método se encontra bem estruturado para reabilitações de edifícios habitacionais, apresentado uma metodologia coerente e explícita que deve ser usada como base para possíveis intervenções sobre a construção. A adaptação desta metodologia a edifícios com outros tipos de usos para além dos habitacionais, torna-se complicada, visto que todos os procedimentos, fichas e métodos estão concebidos em Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 32 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção exclusivo para edifícios dedicados a habitação. Todavia existem procedimentos que podem e devem ser aproveitados, tais como as fichas da inspecção visual exterior, que se encontram bem elaboradas, podendo ser utilizadas para outro tipo de edifícios. Um extracto das fichas é apresentado da figura 3.8. Figura 3.8 – Extracto da ficha de inspecção para “Elementos verticais – parte opaca” dos acabamentos finais (LANZINHA, 2006). 3.2.4. Análise crítica dos métodos de avaliação com base no estado de degradação Através da análise dos métodos de avaliação com base no estado de degradação abordados, foi possível elaborar o quadro 3.11, que representa uma síntese das capacidades de cada método. Quadro 3.11 – Síntese dos métodos de avaliação com base no estado de degradação. Classificação Produção Questionário Aplicação Metodologias das de cenários aos Edifício tipo informática anomalias manutenção utilizadores MAEC Habitacionais EPIQR Habitacionais TOBUS Escritórios MEAREH Habitacionais Legenda: MAEC - Método de avaliação do estado de conservação de edifícios; EPIQR - Energy Performance Indoor Environment Quality Retrofit; TOBUS - Tool for Selecting Office Building Upgrading Solutions; MEAREH - Metodologia exigencial aplicada à reabilitação de edifícios de habitação. Como se pode verificar através da análise do quadro 3.11, as metodologias EPIQR e TOBUS são bastante completas, mas no entanto a sua aplicação só é possível com recurso a meios informáticos, que por um lado é uma vantagem porque facilita o processo de recolha e tratamento dos dados, permitindo a obtenção dos resultados de uma forma rápida. No entanto, devido ao facto de ser uma aplicação informática, não permite a um técnico de manutenção realizar a adaptação destas metodologias a outro tipo de construções. Em relação ao MAEC, esta é a metodologia que apresenta menos características, mas no entanto é de salientar o processo de classificação de anomalias, que é efectuado de uma forma manual (sem Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 33 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção recurso a meios informáticos) mas muito bem desenvolvido. O facto de se tratar de um processo manual, permite comparar o estado de degradação dos elementos a avaliar, com o de fotografias de elementos teóricos, conseguindo-se assim que o avaliador seja quase imparcial, durante o processo de recolha de dados. Uma grande desvantagem da metodologia MAEC, é que não consegue indicar a origem da anomalia, uma vez que não classifica o tipo de patologia encontrado, mas só a gravidade desta. O Metodologia Exigencial Aplicada à Reabilitação de Edifícios de Habitação (MEAREH) é um método que se destina à reabilitação. Por sua vez também possui um bom processo de recolha de dados, que permite quando comparado com o MAEC uma possível identificação da origem da anomalia. O facto de os métodos EPIQR, TOBUS e MEAREH apresentarem questionários é interessante, pelo facto de permitir recolher informações não detectáveis durante a inspecção visual. 3.3. MÉTODOS DE ANÁLISE DE RISCO O “Risco” é definido de forma semelhante por vários autores, segundo a norma ISO 15686-5 (2004) é a combinação, as consequências e a probabilidade de ocorrência de um evento anómalo ou de uma falha. MORAIS (2005) define como a combinação da probabilidade de ocorrência ou da frequência de ocorrência dum acontecimento, ou combinação de acontecimentos, que podem conduzir a uma situação potencialmente perigosa, com a respectiva consequência. Uma análise de risco consiste na utilização de um conjunto de informações disponíveis para estimar os riscos relativamente a indivíduos ou a populações, a bens ou ao ambiente, devido à possibilidade da ocorrência de possíveis danos (SILVA, 2009b). As informações recolhidas passam pelas diferentes fases do processo de análise e gestão de riscos, que se encontram apresentadas na figura 3.9. Figura 3.9 – Fases do processo de análise e gestão de riscos (adaptado de SILVA, 2009b). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 34 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção A figura 3.9 apresenta uma metodologia muito simples de análise de risco, sendo a fase mais importante a “Gestão do risco”, a qual está explicada com mais detalhe na figura 3.10. Figura 3.10 – Gestão de riscos (SILVA, 2009b). Através da figura 3.10, verifica-se que a gestão de riscos é sem dúvidas a parte mais complexa, uma vez que é responsável pelas decisões a tomar, podendo ser uma aceitação do risco ou por outro lado realizar um controlo do mesmo, sendo para isso necessário conhecer mais dados acerca do problema. Por essa razão deve ser efectuada uma análise detalhada da situação, de forma a conhecer todos os possíveis riscos. É possível identificar três tipos de riscos (SILVA, 2009b): riscos pessoais: riscos que afectam os utilizadores, tais como mortes, incapacidades, deficiências ou ferimentos; riscos sociais: riscos que afectam grupos de pessoas que habitam uma região (secas, contaminação de água potável, cheias ou sismos); riscos ambientais: riscos que se reflectem em danos para o ambiente. Uma análise de risco pode fornecer informação para melhorar condições de segurança, face a variáveis como o custo total, materiais, pessoal e equipamentos disponíveis, entre outros. Esta pode ser aplicada como apoio à decisão, permitindo a avaliação de riscos de soluções alternativas (SILVA, 2009b). Para ser possível efectuar uma análise de risco, é necessário numa primeira fase definir em termos qualitativos os patamares tipo da probabilidade de ocorrência e a descrição de cada categoria para um dado sistema. Após isto é necessário analisar as consequências das situações potencialmente perigosas para se estimar o seu impacto provável. Por último, é possível realizar uma avaliação do risco, quantificando o mesmo em cada caso com recurso ao cálculo do produto da frequência de ocorrência do acontecimento ou acontecimentos com a consequência dessa situação perigosa (MORAIS, 2005). Existem diversas metodologias para a determinação do risco, no entanto nos subcapítulos seguintes apenas são apresentados os métodos que já foram adaptados à construção civil por outros autores, como exemplo, RAPOSO et al. (2009). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 35 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção 3.3.1. Failure Mode and Effect Analysis (FMEA) e Failure mode, effects, and criticality analysis (FMECA) O Failure Mode and Effects Analysis (FMEA) é um método de análise de risco indutivo, que permite avaliar a partir de um determinado modo de falha, as respectivas causas e consequências de efeitos, assim como os meios de detecção e prevenção dos modos de falha e controlo dos seus efeitos [(SILVA et al., 2006), (CONSTANTINO e DIBARI, 2006)]. Este método sofreu os seus primeiros desenvolvimentos em 1949, no âmbito do procedimento militar US MIL-P-1629, intitulado na altura por Procedures for Performing a Failure Mode, Effects and Criticality Analisys [(SILVA, 2009b), (SILVA et al., 2006)]. Durante as décadas seguintes, a metodologia foi sofrendo evoluções, sendo no ano 2000 adoptada como norma ISO 9000 (2000), recomendando às empresas a implementação de sistemas de gestão da qualidade, levando a que estas desenvolvessem as suas actividades com uma filosofia de carácter essencialmente preventivo, dando ênfase à melhoria contínua nos seus processos, serviços ou produtos. Em 2006, é regulamentada como norma europeia EN 60812 (2006) onde é efectuada uma abordagem aos métodos e às suas fases de desenvolvimento, surgindo o FMECA - Failure mode, effects, and criticality analysis, como extensão do método base. O FMECA para além da análise do modo de falha, realiza também uma análise de criticidade do mesmo. Possibilita assim definir o nível de importância no funcionamento do sistema, de cada um dos modos de falha, o impacto que estes têm sobre a sua fiabilidade e a dimensão das respectivas consequências (SILVA et al., 2006). Esta metodologia encontra-se actualmente implementada nas indústrias dos ramos automóvel, aeroespacial e electrónica podendo ser também utilizada na construção (RAPOSO et al., 2009), em diferentes fases e a vários níveis (SILVA, 2009a). O método de análise possui várias fases de desenvolvimento, que são normalmente as apresentadas na figura 3.11. Com base na figura 3.11, verifica-se que o modelo FMEA permite fazer uma análise completa do sistema, identificando as possíveis falhas e gerando métodos que permitam a sua detecção e prevenção enquanto o acréscimo de informação fornecido pela metodologia FMECA, permite a realização de uma análise de criticidade. A determinação quantitativa da criticidade consiste no cálculo do Número de Risco de Prioridade (RPN – Risk Priority Number) que é obtido através da equação 3.2 onde resulta do produto das classificações dos três critérios definidos nos parágrafos anteriores (CARLSSON et al., 2002). $% = & × ' × ( (3.2) Onde: RPN = Número de risco de prioridade S = Índice de gravidade O = Determinação da ocorrência D = Probabilidade de detecção Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 36 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Os valores de RPN mais elevados serão tratados com mais prioridade, mas no entanto é necessário realizar uma análise dos valores parciais dos índices. A norma IEC 60812 (2006) refere como uma boa prática a consideração do par de valores, índice de gravidade e RPN de cada modo de falha, para umaa melhor consistência na tomada de decisões. Figura 3.11 – Procedimentos da metodologia FMEA e FMECA. Com o cálculo e análise do RPN e dos índices parciais obtidos, consegue-se consegue se quantificar a amplitude relativa de cada falha e realizar uma ordenação e escalonamento das prioridades das acções a desenvolver, para reduzir ou minimizar os efeitos que certas falhas podem originar (SILVA et al., al 2006). Após os cálculos e determinação das acções prioritárias, deverá ser elaborado um plano de resposta ao risco com a implementação de acções correctivas que se podem ser implementadas de diversas formas (SILVA et al., 2006): redução edução ou eliminação da probabilidade de falha através da reconcepção; redução edução ou eliminação da probabilidade de falha através da detecção, detecç com uma lista de verificação de causas de falhas a evitar; redução do impacto daa falha, através de acções previstas para o efeito durante a fase de concepção. Em conclusão, a sistematização e o carácter metódico de análise dos subsistemas em termos de estados de funcionamento, modos de falha e sequência de efeitos, podem ser considerados como a grande vantagem deste método, permitindo assim realizar uma escolha correcta sobre os meios de detecção, prevenção e de mitigação dos respectivos efeitos. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 37 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção A metodologia FMECA é bastante completa e tenta abranger todas as situações que possam ocorrer na construção. A sua implementação é bastante trabalhosa e algo demorada, devido à sua complexidade. O cálculo do RPN – Risk Priority Number é um benefício deste método, uma vez que permite ordenar os elementos construtivos por ordem de intervenção, devido ao risco que estes representam para a edificação. 3.3.2. Reliability Centred Maintenance (RCM) O Reliability Centred Maintenance (RCM) tem como finalidade analisar as consequências da ocorrência de falhas, uma vez que a ocorrência da mesma, por si só pode não ser relevante ou importante para o funcionamento do componente ou sistema (RAPOSO et al., 2009). Segundo MOUBRAY (1997), o RCM é uma metodologia para a determinação das acções que devem ser tomadas, de forma a assegurar que elemento continue a cumprir as funções no contexto para o qual foi concebido. O processo RCM pretende obter resposta às seguintes sete questões [(GASPAR, 2003), (REGO, 2006)]: 1. Quais são as funções e padrões de desempenho associados ao elemento no seu contexto de operacionalidade actual? 2. De que forma o elemento não cumpre as suas funções? 3. O que causa cada falha funcional? 4. O que acontece quando ocorre cada falha? 5. Qual a importância que tem cada falha? 6. O que pode ser feito para prever ou prevenir cada falha? 7. O que deve ser feito se não existir nenhuma medida pró-activa para o elemento? A metodologia RCM divide-se em cinco passos: 1. Definição das funções e performance standard; 2. Identificação das falhas funcionais; 3. Modos de falha; 4. Efeitos de falha; 5. Consequências da falha. A metodologia RCM, nos modos de falha possíveis, incluí todos modos, mesmo aqueles que se consideram estarem a ser prevenidos através dos planos de manutenção implementados, uma vez que estes podem ter lacunas que não foram detectados no momento do seu desenvolvimento. As listas dos modos de falhas tipicamente criadas incluem normalmente causas associadas à deterioração ou desgaste normal do elemento, ignorando no entanto outras fontes que podem ser erros humanos de mau manuseamento dos elementos ou até mesmo falhas de projecto. A descrição do modo de falha deve ser realizada com algum detalhe de forma a empreender tempo e esforço na resolução das causas e não apenas dos efeitos causados (MOUBRAY, 1997). Esta metodologia encontra-se bem estruturada, apesar de trabalhosa a sua implementação é fácil. No entanto em comparação com a metodologia FMEA, apresenta uma lacuna na prevenção de falhas múltiplas em simultâneo, ou seja, no caso de surgir mais que uma falha em simultâneo e seja necessário decidir a que deve ser resolvida primeiro, esta metodologia não apresenta dados sobre os quais se pode basear para tomar a decisão. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 38 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção 3.3.3. Análise crítica sobre métodos de análise de risco Os modelos apresentados foram o Failure Mode and Effect Analysis (FMEA), Failure mode, effects, and criticality analysis (FMECA) e o Reliability Centred Maintenance (RCM), devido ao facto de estes serem os que actualmente se encontrarem adaptados à construção civil, já com provas dadas, nomeadamente em RAPOSO et al. (2009). Estes métodos de análise permitem de uma forma qualitativa ou quantitativa, a identificação dos riscos em sistemas mais ou menos complexos, permitindo induzir o aparecimento dos riscos, com o intuito de determinar soluções para evitar o aparecimento dos mesmos, ou então para a minimização das respectivas consequências caso estes se verifiquem. O FMEA é uma metodologia que pode ter uma aplicação transversal em todas as fases da construção, ou seja, no projecto, na construção e na exploração, podendo também ser aplicada aos subsistemas do empreendimento. Esta em suma permite fazer uma análise completa do sistema, identificando as possíveis falhas e gerando métodos que permitam a sua detecção e prevenção. O FMECA, para além de possuir todas as características do FMEA, permite a realização de uma análise de criticidade, através do cálculo Número de Risco de Prioridade (RPN – Risk Priority Number). Em termos de desvantagem, o FMEA e FMECA são metodologias muito exaustivas, que tem como principais consequências o longo período de implementação e os custos de aplicação. A metodologia RCM apresenta-se um pouco mais simples que a FMEA e FMECA. Esta possui a sua grande virtude em fornecer dados de forma simples, precisa e de fácil compreensão, para decidir quais as tarefas pró-activas necessárias num determinado contexto. Quando comparada com o FMECA, a sua grande lacuna é a falta de um sistema de hierarquização dos elementos com base no risco. 3.4. MÉTODOS DE PREVISÃO SOBRE DATAS DE MANUTENÇÃO E VIDA ÚTIL ESPERADA E RESIDUAL 3.4.1. Programa “SIMULA” O programa “SIMULA” é o resultado final da tese para obtenção de Mestre do Prof. Rui Calejo Rodrigues em 1989. Este programa visa modelar a degradação de elementos fonte de manutenção em edifícios de forma a simular o seu comportamento em serviço (RODRIGUES, 1989). Com o objectivo de sintetizar a informação sobre este método, apenas vão ser mencionados neste subcapítulo, os conteúdos que interessam para o desenvolvimento desta dissertação. Este autor refere que: “o comportamento de um edifício, na perspectiva da manutenção, tem maior identidade com o comportamento daqueles seus subsistemas que são objecto de reparação ou substituição. A estes subsistemas atribui-se o nome de ELEMENTOS FONTE DE MANUTENÇÃO (EFM)” (RODRIGUES, 1989). Segundo o autor, são os EFM que definem o comportamento do edifício na óptica da manutenção, e é a eles que qualquer intervenção se dirige. Este autor estudou vários edifícios e várias listas de EFM existentes na altura, entre as quais (RODRIGUES, 1989): a publicada pela Building Maintenance Cost Information Service; Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 39 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção o BMCIS publicado por Yoshiko Fujimoto em “A study of tenant’s responsibilities on the maintenance and renewal in public apartment houses” – CIB 83; a da autoria de R. Holmes, publicada no “Techinal Information Service” n.º 47 em 1985. Após o estudo, o autor publicou uma listagem de EFM (quadro 3.12) da sua autoria, baseada em dois conceitos: permitir diferentes níveis de agregação e ser facilmente referenciável por um código. Quadro 3.12 – Elementos fonte de manutenção – EFM (adaptado de RODRIGUES, 1989). Nível 1 Nível 2 Nível 3 1.1.1. Fundações 1.1. Estrutura 1.1.2. Elementos verticais 1.1.3. Elementos horizontais 1. Elementos 1.2.1. Exteriores edificados 1.2. Panos de parede 1.2.2. Interiores 1.3.1. Acessível 1.3. Cobertura 1.3.2. Não acessível 2.1.1. Tectos Elementos horizontais 2.1.2. Pavimentos 2.1. Revestimentos 2.1.3. Exteriores Elementos verticais 2. 2.1.4. Interiores Acabamentos 2.2.1. Portas Exteriores 2.2. Vãos 2.2.2. Janelas Interiores 2.2.3. Portas 3.3.1. Rede 3.1. Abastecimento de água 3.1.2. Louças e comandos 3. Instalações 3.2. Drenagem de águas residuais 3.2.1. Rede 3.3.1. Rede 3.3. Electricidade 3.3.2. Aparelhos 4.1.1. Ventilação 4.1.2. Equipamento 4. Outros 4.1. Outros 4.1.3. Juntas 4.1.4. Outros Definida a lista do EFM, estes irão ser usados na perspectiva da manutenção do edifício, como um conjunto de sistemas, que tem como objectivo dar resposta às exigências de desempenho funcional exigidas pelo utilizador. Na óptica da manutenção, o somatório dos elementos fonte de manutenção reflectem o estado geral do edifício, estando estes directamente relacionados com aspectos de desempenho, durabilidade, facilidade de reparação, economia de manutenção, entre outros (figura 3.12) (RODRIGUES, 1989). Figura 3.12 – Concepção de um edifício em EFM (RODRIGUES, 1989). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 40 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Este autor no método definiu que um EFM necessita de intervenção quando este apresenta uma falha no seu desempenho funcional. Os tipos de falha encontram-se descritos no quadro 3.13. Quadro 3.13 – Tipos de falha e descrição (RODRIGUES, 1989). Tipos de falha Descrição São em geral completas e súbitas, provocando muitas vezes a necessidade de Acidental substituição do elemento. Resultam de todos os outros agentes de degradação, esquadrando-se assim Não acidental num mecanismo causa-efeito, onde é possível fazer previsões. Com o objectivo de realizar previsões, o autor optou por uma abordagem estatística onde apenas considerou as causas não acidentais. Considerou que a probabilidade de falha ao longo da vida útil de um EFM tem valores que variam em função da sua idade, de acordo com a curva que se apresenta na figura 3.13, designada por “curva em banheira” (RODRIGUES, 1989). Figura 3.13 – Curva em banheira (RODRIGUES, 1989). A figura 3.13 apresenta nas abcissas o tempo (t) e nas ordenadas a taxa de falha h(t). A curva delineada representa a probabilidade de falha de um elemento ao longo do tempo. Na curva, é possível identificar três períodos distintos (RODRIGUES, 1989): a) Juventude do elemento: inicia-se quando elemento entra em funcionamento, onde a taxa de falha diminui com o tempo. As falhas apresentadas nesta fase, resultam de “patologia de juventude”, nomeadamente devido a erros de construção ou de projecto que são de verificação imediata; b) Desempenho corrente: as necessidades de intervenção neste período correspondem ao valor mínimo; c) Fim de vida útil: este período antecipa a substituição, caracterizando-se com um aumento da probabilidade de intervenção, devido ao desgaste e fadiga que os materiais constituintes do elemento apresentam. A determinação analítica desta curva é importante para as acções de manutenção sobre os elementos constituintes de um edifício, podendo esta apenas ser determinada com recurso à observação de um número suficiente de casos práticos durante um período satisfatório, ficando afastada a hipótese de qualquer determinação por outra via (RODRIGUES, 1989). Visto que o problema em realizar previsões de manutenção é complicado, devido ao número de variáveis e de mecanismos de comportamento envolvidos no processo, torna-se assim praticamente impossível, a definição de uma equação matemática para o efeito (tendo como base uma abordagem estatística). É então necessário encontrar uma outra forma de realizar previsões (RODRIGUES, 1989). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 41 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Como é evidente que a actividade de manter um determinado EFM é constituída por intervenções cíclicas que se vão sucedendo ao longo do tempo de forma repetitiva, é possível utilizar o método de Monte Carlo, que é uma técnica que permite simular no tempo actividades repetitivas e que pela forma do seu histograma de frequência não podem ser simuladas por modelos teóricos (RODRIGUES, 1989). Com o objectivo de implementar o método de Monte Carlo para a determinação de datas de intervenção de manutenção sobre elementos, nasce assim o programa informático “SIMULA”, possuindo como base o comportamento cíclico das actividades de manutenção, quer em reparações ou substituições. A criação da ferramenta informática facilita em muito a aplicação do método de Monte Carlos uma vez que este é bastante trabalhoso para uma aplicação manual (RODRIGUES, 1989). A metodologia aplicada no programa “SIMULA” apresenta várias vantagens e desvantagens as quais são apresentadas no quadro 3.14. Quadro 3.14 – Vantagens e desvantagens do programa “SIMULA”. Permitir a obtenção de datas de manutenção sobre o elemento em estudo de uma forma relativamente simples. Vantagens Poder ser aplicado a qualquer elemento do edifício. Ser necessário ter histórico de intervenções sobre os elementos. Não poder ser implementado manualmente, só com recurso a uma plataforma informática. Não ter em conta o estado real do elemento, uma vez que só com o histórico de intervenções simula o estado actual do elemento, o que pode estar desajustado Desvantagens da realidade, devido a factores como, últimas intervenções sobre o mesmo que não foram aplicadas correctamente, pode ter sofrido danos devido a causas externas, entre outros. Qualquer método que realize previsões de manutenção sobre elementos deve ter em conta o estado real do elemento com base em inspecções prévias. 3.4.2. Método factorial para a estimativa da vida útil O desenvolvimento inicial do método factorial surge a propósito de uma norma do Architectural Institute of Japan, que esteve na base do trabalho de Kathryn Bourke, sendo posteriormente desenvolvido e adaptado como norma Inglesa (BS 7543 – 1992 Guide to durability of buildings and buildings elements, products and components) (RODRIGUES, 2001). Esta metodologia foi inserida na ISO 15686-1 (2000) e fornece um conjunto de procedimentos para a determinação de uma estimativa da vida útil de um elemento ou família de elementos, permitindo calcular o tempo necessário entre manutenções e substituições, com o objectivo de garantir que durante a vida útil de serviço da estrutura, os elementos igualam ou excedam as exigências mínimas de desempenho. Para o cálculo da estimativa, este método utiliza como base a vida útil de referência do elemento, que vai ser sujeito à aplicação de vários factores determinísticos, conseguindo-se assim encontrar o valor pretendido. A formulação geral deste método é a apresentada na equação 3.3 (ISO 15686-2, 2001). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 42 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção )&*+ = $&*+ × × , × + × ( × ) × - × (3.3) Onde: ESLC = Vida útil esperada (anos) RSLC = Vida útil de referência (anos) Factores: i. Factores relacionados com o comportamento ao longo do tempo: A = Desempenho dos materiais: materiais constituintes, fabrico, armazenagem, tipos de protecção; B = Nível do projecto: factor qualidade de projecto – pormenorização, adequabilidade das soluções; C = Nível de execução: qualidade construtiva – especialização da mão-de-obra, condições climáticas durante a execução. ii. Factores relacionados com o meio ambiente: D = Ambiente interior: ventilação, condensação, agressividade do ambiente; E = Ambiente exterior: microclima, poluição ambiental, geometria e exposição da fachada. iii. Factores de deterioração relacionados com condições de operação: F = Condições de utilização: impactos mecânicos, categorias de utentes, ataques biológicos e limpeza dos espaços circundantes e deterioração da superfície; G = Nível de manutenção: existência de manutenção, qualidade e frequência, acessibilidade para execução das operações. Os valores dos factores determinísticos situam-se muito próximos da unidade, de facto, são correntemente utilizados valores entre 0,8 e 1,2. A adopção destes factores vai evidenciar, caso seja inferior à unidade, que o factor implica a redução da vida útil (como é o caso de má concepção de projecto), ou se qualquer um destes factores se mostrar superior à unidade, vai significar um aumento na vida útil do elemento (como por exemplo, considerando um bom nível de manutenção a afectar ao elemento durante o período de serviço) (MAGALHÃES, 2008). Este método apresenta múltiplas deficiências, as quais podem ser resumidas como (ZARZAR, 2007): o resultado não reflecte a real variância; os dados precisam ainda ser acumulados; a falta de relações directas dos dados agrupados, sendo os factores normalmente baseados directamente no comportamento dos componentes, num conjunto de condições específicas. Em relação às vidas úteis de referência dos elementos, existem diversas bases de dados com esses valores, e também com os intervalos de manutenção a adoptar para cada elemento. As bases de dados mais populares são fornecidas pelas organizações: American Society for Testing and Materials (ASTM, 2004),Building Management Information (BMI, 2001) e Royal Institution of Chartered Surveyors (BMI, 2001). Estas foram elaboradas com base em modelos estatísticos, uma vez que assentaram sobre resultados de várias amostras. Deve-se ter em conta que os valores fornecidos por estas bases de dados, não representam muitas vezes as condições reais do elemento, o que faz com que a utilização dos dados seja utilizada com prudência. Estas bibliografias muitas vezes possuem várias estimativas para a vida útil de um elemento, consoante o tipo de uso que está sujeito, permitindo a escolha de um valor mais adequado para a situação que se pretende. De acordo com BMI (Building Management Information), e conforme citado por BARBOSA (2009), deve-se ter em conta na previsão da vida útil, os 6 tipos de obsolescência (físico, económico, Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 43 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção funcional, tecnológico, social e legal), que podem fazer com que um dado edifício ou os seus elementos construtivos, percam as suas características ao longo do tempo. Por conseguinte, o método factorial necessita de desenvolvimentos nos seus procedimentos antes de se proceder ao seu uso generalizado. Estas melhorias devem ser [(ZARZAR, 2007), (MAGALHÃES, 2008)]: maior precisão das vidas úteis de referências disponíveis nas ASTM, BMI e RICS e adaptar estas a cada país; desenvolvimento de metodologia que possibilite a combinação entre os métodos probabilísticos mais complexos e os métodos determinísticos simples; uso de métodos na avaliação do ciclo de vida em materiais e componentes de construções específicas. 3.4.3. Modelo MEDIC O modelo MEDIC (Méthode d’Évaluation de scénarios de dégradation probables d’investissements correspondants) foi desenvolvido com base em teorias de probabilidades condicionadas, com o objectivo de estimar a vida útil residual de elementos da construção (FLOURENTZOU et al., 1999). Como referido, o modelo de MEDIC faz parte do método do EPIQR, onde se calcula a probabilidade de um elemento passar de um patamar de classificação para outro, baseando-se na combinação de probabilidades entre casos semelhantes estudados e analisados e o estado actual do elemento em estudo (FLOURENTZOU et al., 1999). Ao elaborar-se um plano de manutenção ou reabilitação, os arquitectos e engenheiros estão interessados em saber a vida útil residual dos elementos que compõem a construção. Actualmente ainda existe muita matéria a ser explorada neste campo, visto que muita informação que se conhece apenas se destina a elementos novos e não a elementos em uso (FLOURENTZOU et al., 1999). O conhecimento da vida útil residual de um elemento de construção é decisivo no acto de substituir ou não o mesmo. Torna-se então importante desenvolver modelos que possam simular a provável deterioração de todos os elementos do edifício, conseguindo-se então determinar prováveis datas para a sua substituição (FLOURENTZOU et al., 1999). Possuindo o conhecimento do nível de deterioração de todos os elementos de um edifício e as suas vidas úteis remanescentes, é possível elaborar um plano de manutenção e de substituição eficaz para todo o edifício, com os respectivos custos associados a cada acção planeada. Sendo o modelo de MEDIC utilizado no EPIQR, este tem de respeitar os patamares de classificação, mantendo-se assim os quatro níveis já definidos anteriormente. O modelo define-se com base em quatro curvas probabilísticas (figura 3.14) para cada elemento de construção, permitindo assim, em qualquer momento, determinar a vida útil residual e a probabilidade de transição entre patamares de classificação (FLOURENTZOU et al., 1999). É sobre a figura 3.15 que é aplicável o modelo MEDIC. Sabendo o código do patamar de deterioração e a idade do elemento, é possível determinar a vida útil residual do mesmo. Como exemplo, para a determinação da vida útil residual de um elemento com 30 anos e com código “c” no patamar de deterioração faz-se: 1 – Traça-se na figura 3.15 uma linha vertical na idade do elemento até intersectar as curvas de transição entre patamares, como se pode ver na figura 3.16, a seta 1; Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 44 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção 2 – Traça-se a linha 2 (figura 3.16) desde o ponto de intersecção até ao eixo das ordenadas, determinando o ponto B. Como se optou por utilizar uma abordagem probabilística para a determinação da vida útil residual, este valor vai ser obtido em forma de intervalo; 3 – Localizar o ponto onde a probabilidade de ter o código “d” é 50%, efectuando-se assim y=(1+B)/2. Onde esta linha intersecta a linha de transição entre os códigos “c” e “d”, traça-se a seta 3 (figura 3.16) verticalmente até intersectar o eixo das ordenadas; 4 – A diferença entre o ponto determinado pela seta 3 e a idade actual do elemento, corresponde à provável vida útil residual, sendo os limites inferiores e superiores do intervalo dados na intersecção da curva que indica a transição entre os patamares “c” e “d” e as linhas em Y=1 e Y=B, respectivamente. Figura 3.14 – Curvas probabilísticas de deterioração de um elemento para cada patamar de classificação (traduzido de FLOURENTZOU et al., 1999). As probabilidades da figura 3.14 podem ser representadas em curva cumulativa como se pode ver na figura 3.15. Figura 3.15 – Probabilidades acumuladas de acordo com os patamares de deterioração (traduzido de FLOURENTZOU et al., 1999). Com a vida útil residual e o intervalo calculado, é possível calcular a probabilidade do elemento em transitar de uns patamares para outros. Para isso, utiliza-se a equação 3.4. (.|0 ∈ 2,, 15) = (.) − 0, , ∈ 2, 8, ., 5 1 − 0, Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções (3.4) Pág. 45 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Figura 3.16 – Vida útil residual para um elemento com 30 anos no código “c” do patamar de deterioração (FLOURENTZOU et al., 1999). Em suma, o modelo MEDIC, calcula a vida útil residual de um elemento do edifício não como um valor determinístico, mas sim num intervalo. No exemplo apresentado na figura 3.16, o resultado obtido para a vida útil residual pode variar dos 2 aos 12 anos (7±5 anos). Este método combina informação recolhida à priori de muitos elementos da construção, com a informação específica do edifício em estudo, podendo assim determinar-se um intervalo com menos dispersão. A vida útil residual dos elementos de um edifício não é apenas utilizada para traçar cenários de reabilitação, mas também é um dado importante na análise do ciclo de vida de um elemento, fornecendo assim informação da evolução da degradação possibilitando ao gestor planear as suas intervenções e os seus custos a longo prazo (FLOURENTZOU et al., 1999). Em termos de crítica, este método carece da necessidade de ser adaptado à realidade nacional do país onde vai ser aplicado, e por vezes requer adaptações a nível regional ou local. Isto deve-se ao facto desta metodologia depender de factores que apenas são controlados à escala regional (RODRIGUES, 2001). Devido ao facto de ser um método probabilístico, necessita ter uma grande base de informação estatística para ser aplicado. No entanto, este método prima pela inovação e qualidade estrutural que o tornam o mais avançado e promissor em termos de desenvolvimentos futuros (RODRIGUES, 1989). 3.4.4. Modelo MEBI O modelo MEBI (Méthode d'Evaluation de Budgets d'Investissements) surgiu antes do MEDIC, sendo desenvolvido por a Swiss Federal Officefor Economic Policy. Foi elaborado por uma equipa de 30 peritos com o objectivo de calcular a vida útil residual para 50 elementos construtivos (FLOURENTZOU et al., 1999). O modelo (figura 3.17) contém três curvas de deterioração (FLORES, 2002): Lmáx, para elementos em condições favoráveis – elementos de boa qualidade, fachada protegida, ambiente não poluente, boa manutenção; LØ, para elementos em condições normais; Lmin, para elementos em condições desfavoráveis – qualidade inferior, deficiente manutenção. Para fachadas, é possível ver a figura 3.17, onde o Lmáx corresponde ao revestimento tradicional em ambiente não poluído e protegido por um beiral, o LØ a uma fachada revestida e o Lmin a uma fachada exposta. A curva MEBI corresponde à LØ na figura 3.14 (FLOURENTZOU et al., 1999). As curvas de deterioração de outros elementos foram desenvolvidas por outros autores (MAYER, P. et al., 1995). Em termos de crítica, os modelos obtidos basearam-se apenas em edifícios habitacionais Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 46 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção de 2 a 4 andares, o que faz com que aplicação deste modelo a outro tipo de edifícios seja feita com precaução, visto que há elementos que podem ter mais ou menos desgaste dependendo do tipo de utilização da edificação. Este modelo, tal como o modelo MEDIC, é um método com qualidade e bastante coerente, de fácil utilização. No entanto, a sua adaptação entre países, tem de ser feita com precaução uma vez que elementos exteriores estão sujeitos a diferentes condições climatéricas. a – Elemento em boas condições; b – Elemento com pequena degradação; c – Elemento apresentando grande degradação; d – Elemento a necessitar de substituição. Figura 3.17 – Curvas de deterioração de acordo com o modelo MEBI (FLOURENTZOU et al., 1999; FLORES, 2002). 3.4.5. Análise crítica dos métodos de previsão sobre datas de manutenção e vida útil esperada e residual Através da análise dos métodos de previsão sobre datas de manutenção e vida útil esperada, foi possível elaborar o quadro 3.15, que representa uma síntese das capacidades de cada um. Quadro 3.15 – Síntese dos métodos de previsão sobre datas de manutenção e vida útil. Cálculo de Cálculo vida Previsões de Lista Aplicação Tipo de Métodos vida útil útil residual manutenção EFM informática método SIMULA Probabilístico Factorial Determinístico MEDIC Probabilístico MEBI Probabilístico Através da análise do quadro 3.15, é possível verificar que não existe nenhuma metodologia que seja completa, ou seja, que abranja todas as características mencionadas. Iniciando a análise pela metodologia “SIMULA” esta não possui procedimentos para o cálculo da vida útil ou vida útil residual, admitindo que a vida útil do elemento é a mesma da edificação, sendo esta a principal desvantagem deste método. Em termos de vantagens, possui duas que mais nenhum das outras metodologias apresentadas têm, ou seja a capacidade de realizar previsões das acções de manutenção e uma lista de EFM que permite organizar os elementos. No entanto, é de salientar que a listagem apresentada por este método apenas se resume a tipos de elementos, o que para ser mais vantajoso estes deviam estar associados a categorias de trabalho (por exemplo, carpintarias, serralharias, saneamento, entre outros). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 47 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção O método factorial é o mais simples de todos, sendo o único que apresenta uma abordagem do tipo determinística. Este apenas fornece valores da vida útil dos elementos, baseados em vários factores, o que torna esta metodologia interessante de analisar. A facilidade de aplicação é outra das vantagens, o que permite obter resultados de uma forma fácil e rápida. Em termos de desvantagens, este método para fornecer a vida útil esperada do elemento, tem de ter como base referências bibliográficas que forneçam uma vida útil de referência do elemento, o que faz com que o resultado final esteja directamente ligado ao tipo de bibliografia adoptada. Outra desvantagem do método trata-se da determinação dos factores de ajustamento, que nem sempre são fáceis de estimar. Em relação aos métodos MEBI e MEDIC, eles são muito parecidos em termos de características, os quais podem ser analisados em conjunto. Estes como vantagem fornecem valores para a vida útil esperada e para a vida útil residual dos elementos com base em métodos probabilísticos. O MEBI possui a desvantagem de só conseguir fornecer informação para 50 elementos, os quais foram objectos de estudo aquando a elaboração do método. O MEDIC possui a vantagem de aplicação informática, uma vez que está inserido nos métodos de avaliação com base no estado de degradação EPIQR e TOBUS. É possível aplicar esta metodologia manualmente (sem recurso a meios informáticos), mas no entanto a sua aplicação é trabalhosa. 3.5. MÉTODOS DE PRIORIDADES DE INTERVENÇÃO O conjunto de métodos apresentados nos subcapítulos seguintes são metodologias baseadas em inspecções prévias ao edifício, e destinam-se a traçar estratégias de intervenção no domínio da manutenção/renovação, nomeadamente na área do escalonamento de acções de acordo com os níveis de degradação apresentados pelos elementos analisados. 3.5.1. Fórmula de Roue’s O método da fórmula de Roue’s surgiu numa publicação de 1984, onde apresenta um processo de priorização das intervenções em edifícios. Esta fornece um índice de prioridade de intervenção (PI) num edifício em serviço. Este índice pode ser determinado utilizando a equação 3.5 (RODRIGUES, 1989). = 9(8 × . × ) + (100 × ) + (10 × ;)< (3.5) Onde: a = Probabilidade de falha b = Importância do elemento c = Efeito de eventual falha d = Facilidade em actuar e = Importância para a segurança f = Efeito a longo prazo Dividindo o edifício nos seus elementos construtivos e aplicando a equação 3.5 a cada um, consegue-se obter uma hierarquia de prioridades. Com esta obtida, estabelece-se um critério de intervenção em três fases, incluindo na primeira 50% dos elementos, na segunda 30% e na terceira 20% (RODRIGUES, 1989). Em suma, esta equação permite identificar num edifício em serviço, quais as necessidades de intervenção ponderando entre factores de oportunidade e de consequências, realizando-se assim um escalonamento das acções em função da sua prioridade de intervenção. Ainda é de referir que a Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 48 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção aplicação deste método é intuitiva e rápida, embora a probabilidade de falha não seja muito fácil de determinar. 3.5.2. Método multi-atributos O método multi-atributos foi desenvolvido por KEENY e RAIFFA (1993), sendo em 1994 aplicado ao domínio da manutenção de edifícios devido a um trabalho desenvolvido pelo professor Allan Spedding, autor do método da matriz de prioridade (SPEDDING et al., 1994). Possivelmente devido a estar envolvido no desenvolvimento dos dois métodos, estes apresentam grandes semelhanças nomeadamente em algumas partes da sua metodologia (RODRIGUES, 1989). A metodologia da matriz de prioridade, permite hierarquizar necessidades de intervenção em edifícios ou conjunto de edifícios. É estabelecido um quadro onde se identificam e ponderam as necessidades de manutenção para uma lista de elementos da construção proposta pelo autor do método. Na inspecção visual a realizar ao edifício, cada elemento é avaliado de 1 (pior) a 3 (melhor) segundo os seguintes quatro critérios (RODRIGUES, 1989): C1 – Estado de conservação; C2 – Importância do edifício (idêntico para o mesmo edifício); C3 – Importância do factor utente; C4 – Qualidade da solução construída. Após a avaliação, é realizada a soma dos critérios para cada elemento, sendo os que possuem os resultados mais baixos os mais prioritários, podendo assim ser construída uma hierarquia de necessidades de manutenção (RODRIGUES, 1989). Em conclusão, este método é de muito fácil de aplicar mas no entanto é pouco preciso devido ao pequeno número de patamares de avaliação que possui. Devido à reduzida escala de classificação que fornece, leva o técnico de manutenção a classificar a maioria dos elementos com nota 2. Os critérios de avaliação também são poucos, e falta um que é bastante importante para uma adequada priorização das acções, nomeadamente a “Segurança do utente”. O método multi-atributos que surge da evolução da matriz de prioridade, trata-se também de um processo de hierarquização de intervenções, suportado por uma equação de ponderação (equação 3.6) de diferentes factores, aplicada a cada elemento da construção [(RODRIGUES, 1989), (HO e YAU, 2004)]. @ &= = >(&= × ? ) (3.6) !" Onde: SJ = Índice global SJi = Ponderação segundo o critério i Wi = Peso do critério i Face aos quatro critérios definidos para a metodologia da matriz de prioridade, são agora apresentados seis, onde cada um deles é ponderado entre 1 (menos urgente) a 5 (mais urgente). Os critérios são: importância do edifício (idêntico para o mesmo edifício); condição física; Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 49 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção importância da utilização; efeito nos utentes; efeito na construção; efeito na disponibilidade das instalações. Com os critérios definidos, à semelhança da metodologia da matriz de prioridades, é necessário avaliar cada elemento do edifício e proceder à aplicação da equação 3.6 de forma a obter resultados. Com os índices calculados para cada elemento é possível elaborar uma hierarquia de intervenção, onde se selecciona para uma primeira fase de intervenção 20% dos elementos mais pontuados, para uma segunda 30% e para a terceira 50% (RODRIGUES, 1989). Em conclusão, este método apresenta as lacunas do método matriz de prioridade corrigidas, onde a escala de classificação, foi alterada de 3 para 5 patamares e alguns novos factores de avaliação introduzidos. As modificações sofridas tornaram este método bastante mais completo e consequentemente mais fiável. Este é de fácil e rápida aplicação, e permite gerar uma hierarquia dos elementos alvo de manutenção consoante o risco que estes apresentam. 3.5.3. Método do PIM-CC Outro método de escalonamento de acções a ser abordado neste capítulo é o utilizado em FLORESCOLEN e BRITO (2006) e FLORES-COLEN (2006a), que é uma metodologia desenvolvida pela Prof. Inês Flores-Colen para a aplicação em edifícios escolares. Este baseia-se em classificação das anomalias com base em três critérios, os quais estão indicados no quadro 3.16. Quadro 3.16 – Critérios e classificações dos factores utilizados na metodologia PIM-CC (FLORESCOLEN, 2006a). Critério Classificação máxima Classificação mínima Severidade das anomalias (S) 7 1 Extensão das anomalias (E) 3 1 Criticidade do elemento (C) 5 1 Cada elemento é avaliado segundo os critérios do quadro 3.16 e os resultados são introduzidos na equação 3.7 de forma a calcular o “Indicador de escalonamento”. A BB = 5 × & + ) + 3 × + (3.7) Com os resultados da equação 3.7, determina-se o “Indicador de escalonamento relativo” que traduz a posição relativa dos vários elementos fonte de manutenção em relação ao elemento com maior pontuação, através da equação 3.8 (FLORES-COLEN, 2006b). E FGHIJKLIG,M , = NO(E FGHIJKLIGP ) (3.8) Com base nos dados fornecidos pela equação 3.8, é possível realizar um escalonamento das acções correctivas e de beneficiação, de acordo com os critérios presentes no quadro 3.17. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 50 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Quadro 3.17 – Tipo de intervenções em função do com a respectiva janela de tempo de intervenção (FLORES-COLEN, 2006b; FLORES-COLEN e BRITO, 2006; FLORES-COLEN, 2010a). Tipo de acções Máximo de tempo até intervenção Imediatas Imediato ≥ 0.80 Curto prazo Dois anos 0.50 ≤ < 0.80 Longo prazo De dois a cinco anos < 0.50 3.5.4. Análise crítica sobre métodos de prioridades de intervenção Foram apresentados três métodos, os quais utilizam todos números de factores de classificação diferentes e formulações também distintas. A fórmula de Roue’s apesar de ser a mais antiga dos métodos apresentados, é a que possui maior quantidade de critérios para a avaliar os elementos. Da análise da equação 3.5, verifica-se que o factor “Importância para a segurança” do utilizador é o mais importante de todos, o que é perfeitamente aceitável porque nunca se deve colocar em causa a vida de um utente de um edifício. No entanto, este método em termos de classificação do estado de degradação do elemento não o faz directamente, faz através da probabilidade de falha que é mais difícil determinar em inspecção visual do que o estado. Para determinar uma probabilidade de falha é necessário recorrer ao histórico com o objectivo de calcular a frequência do aparecimento de determinada anomalia. Este é o aspecto menos conseguido da fórmula de Roue’s. O método multi-atributos que surge da evolução da metodologia da matriz de prioridade, apresenta-se com um número de critérios adequado, visto que tenta cobrir quase todos os acontecimentos que podem ocorrer sobre o elemento. A escala de classificação de um a cinco é bastante adequada, permitindo ao técnico de manutenção recolher os dados em campo com maior precisão. No entanto nem todos os critérios precisavam de uma escala tão alargada, como por exemplo a “Importância do edifício”. O método PIM-CC apenas avalia os elementos segundo três critérios com escalas de classificação diferentes. Neste modelo, os factores escolhidos são os essenciais e as classificações a atribuir em cada estado encontram-se bem explicadas. O número reduzido de factores adoptados é compensado com a escala utilizada, uma vez que é ampla, pelo menos para um deles, cobrindo assim quase todas as situações possíveis. É de salientar que todos os modelos apresentados têm previstas acções sobre os elementos, consoante os resultados obtidos. No entanto, a fórmula de Roue’s e o método multi-atributos não estabelecem períodos temporais para a intervenção sobre os elementos, uma vez que apenas agrupam estes por fases de intervenção. O método do PIM-CC já contempla intervalos de tempo para intervenções o que facilita em muito a tarefa do gestor para traçar assim os planos de manutenção. A actualização das classificações atribuídas a cada factor também pode ser realizada ao longo do tempo, fornecendo de imediato uma lista com os elementos com mais necessidade de manutenção. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 51 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção 3.6. MÉTODOS PARA O CÁLCULO DE CUSTOS GLOBAIS 3.6.1. Método para o cálculo do custo global de um edifício – LCC O método do Custo Global dum edifício, conhecido pela sigla anglo-saxónica LCC – Life Cycle Costs teve o seu apogeu nos anos 60, período onde foi considerado bastante interessante e alvo de muitas publicações (BARRINGER, 2003). Segundo CARRASQUEIRA (2008), esta metodologia visa obter o custo total de um edifício, tendo em conta os custos de aquisição, operação, manutenção, substituição ou revisão, energéticos e demolição ou valor residual. Com o intuito de facilitar a explicação deste método, apenas serão mencionados os procedimentos que permitam o cálculo dos custos globais do edifício relativo a gastos de manutenção, sendo depois no final apresentada uma formulação que permite o cálculo do Custo Global do edifício tendo em conta todas as parcelas de gastos referidas em parágrafo anterior. Inicia-se então com valores de manutenção no ano 0, para cada elemento fonte de manutenção. Com base neste conhecimento, efectuam-se somatórios de estimativas de custos anuais actualizados dos elementos durante um período de tempo a determinar, ocorrendo em cada elemento, capitalizações anuais de acordo com o índice de preços de consumidor. A equação 3.9 é utilizada para o cálculo dos respectivos valores anuais capitalizados por elemento [(FLORES-COLEN, 2010a), (FULLER e PETERSEN, 1995)]. VWAXB = + × (1 + W ) (3.9) Onde: Vcapitalizado = Valor capitalizado anual no ano t; Ce = Custo de manutenção ou substituição no ano 0; tc = Taxa de crescimento (índice preços do consumidor + taxa diferencial de preços); t = Ano de cálculo. Após o cálculo dos valores capitalizados, procede-se ao somatório por ano dos custos por cada elemento, de forma a obter os valores a preços correntes por ano de acordo com a equação 3.10. Y + = > VWAXB (3.10) !Z Onde: Ct = Valores a preços correntes para o ano t; N = Número de elementos em estudo; Vcapitalizado = Valor capitalizado anual no ano t de cada elemento. Com esta operação realizada, procede-se ao cálculo do Valor Actual através da equação 3.11 (FULLER e PETERSEN, 1995). [ (3.11) + V *++ = > (1 + ) !Z Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 52 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Onde: VA LCC= Valor Actual; Ct = Valores a preços correntes para o ano t; T = Número de anos no período de estudo; d = Taxa de actualização nominal com risco (taxa de iliquidez + taxa de risco + taxa de inflação + taxa nominal sem risco) [(BAPTISTA e LOPES, 2006), (FLORES, 2002)]. Para se poder proceder à comparação entre duas estratégias com diferentes ciclos de vida, é necessário calcular o Valor Anual Equivalente, sendo a melhor, aquela que apresentar o valor mais baixo. Este é um valor anual médio calculado que representa o valor médio gasto por ano para manutenção. A equação 3.12 indica a fórmula para o cálculo do Valor Anual Equivalente (FLORESCOLEN, 2008): V )*++ = V *++ × (1 + )Y (1 + )Y − 1 (3.12) Onde: VAE LCC = Valor Anual Equivalente (anuidade); VA LCC = Valor Actual; d = Taxa de actualização nominal com risco (taxa de iliquidez + taxa de risco + taxa de inflação + taxa nominal sem risco) [(BAPTISTA e LOPES, 2006), (FLORES, 2002)]; N = período de estudo. Obtido o valor do VAE LCC, termina-se o cálculo referente apenas à manutenção, estando-se assim preparado, para juntar os custos de aquisição, substituição ou revisão, energéticos e demolição ou valor residual (FULLER e PETERSEN, 1995). Segundo ROCHA (2008), MAGALHÃES (2008) e AL-HAIJJ (1999), a metodologia do Custo Global pode transmitir, num único valor, os custos de construção (iniciais) com o valor actual de custos de utilização (diferidos). Os custos iniciais incluem os valores do terreno, projecto, construção e legalização enquanto os diferidos dizem respeito a custos de manutenção, utilização, financeiros e fiscais. Tem-se então a equação 3.13 que abrange todos os custos e proveitos. Y +\]^çã × (1 + W ) _+^]` + + *++ = +> (1 + ) !" + +a ] (1 + ) çã b × (1 + W ) − V^B] × (1 + W ) (1 + ) Onde: LCC = Custo global actual; Caquisição = Custo de aquisição; Csub = Custos anual de substituição ou revisão; Cener = Custos anuais energéticos; Cmanutenção = Custos cíclicos de manutenção; Vresidual = Valor residual ou de demolição; N = Período de estudo; d = Taxa de actualização nominal com risco (taxa de iliquidez + taxa de risco + taxa de inflação + taxa nominal sem risco) [(BAPTISTA e LOPES, 2006), (FLORES, 2002)]; tc = Taxa de crescimento (índice preços do consumidor + taxa diferencial de preços); t = Ano de cálculo. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 53 (3.13) 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção A equação 3.13, sendo simples do ponto vista teórico, exige que todos os custos sejam identificados por ano e por quantidade, provocando grandes cálculos, especialmente quando se trata do cálculo de custos para um longo horizonte (FULLER e PETERSEN, 1995). Em suma, o método do Custo Global permite realizar: avaliações comparativas entre projectos capazes do desempenho esperado, mas com diferentes custos de investimento, operação, entre outros; pode ser aplicado a qualquer tipo de projecto ou construção; é particularmente relevante sempre que o custo inicial difere significativamente (CARRASQUEIRA, 2008). Podem ser vistos exemplos da aplicação desta metodologia em FLORES (2002), RODRIGUES (2001), BARRINGER (2003) e FERREIRA (2009). No quadro 3.19, encontra-se demonstrado de uma forma simples o resultado da aplicação do método LCC com o intuito de ver as vantagens e o campo de aplicação deste modelo. Um exemplo da aplicação do LCC encontra-se em FLORES-COLEN (2010a). Elaborou-se o cronograma de custos associados a acções preventivas para um período de 10 anos. Considerou-se a análise de preços correntes, com um índice de preços do consumidor de 2,9% e uma taxa de actualização nominal com risco de 6%. Determinou-se o valor da anuidade para os custos de manutenção analisados anteriormente. Os dados encontram-se fornecidos no quadro 3.18. Quadro 3.18 – Valores e periodicidades para acções de manutenção preventiva (FLORES-COLEN, 2010a). EFM Custos no ano 0 Periodicidade Estrutura 748€ Anual Pavimentos 99€ Ano 1 Cobertura 4500€ Anos 5 e 10 Escadas 429€ Bienal Paredes exteriores 500€ Quinquenal Quadro 3.19 – Aplicação da metodologia LCC e cálculo dos resultados (FLORES-COLEN, 2010a). EFM 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Estrutura 769,69 € 792,01 € 814,98 € 838,62 € 862,94 € 887,96 € 913,71 € 940,21 € 967,48 € 995,53 € Pavimentos 101,87 € 0€ 0€ 0€ 0€ 0€ 0€ 0€ 0€ 0€ Cobertura 0€ 0€ 0€ 0€ 5.191,46 € 0€ 0€ 0€ 0€ 5.989,16 € Escadas Paredes exteriores Valores a preços correntes Valores actualizados 0€ 454,24 € 0€ 480,97 € 0€ 509,27 € 0€ 539,24 € 0€ 570,97 € 0€ 0€ 0€ 0€ 576,83 € 0,00 € 0€ 0€ 0€ 665,46 € 871,56 € 1.246,26 € 814,98 € 1.319,59 € 6.631,22 € 1.397,23 € 913,71 € 1.479,45 € 967,48 € 8.221,13 € 822,23 € 1.109,16 € 684,27 € 1.045,24 € 4.955,24 € 984,99 € 607,67 € 928,22 € 572,65 € 4.590,63 € VA LCC 16.300,31 € VAE LCC 2.214,69 € Analisando o quadro 3.19, é possível concluir que esta metodologia fornece valores de previsão a longo prazo com base em valores no ano 0 ou de anos anteriores. É possível então utilizando dados Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 54 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção de custos anteriores de manutenções sobre elementos fonte de manutenção, fazer previsões futuras de gastos sobre os mesmos elementos. Para além da realização das previsões, este método permite avaliar entre duas ou mais soluções a que apresenta maiores benefícios em ser adoptada. Para isso, deve-se optar pela solução que apresente menor valor actual. Esta metodologia, quando comparada com métodos alternativos como o “Método do Valor Actualizado”, “Método da Relação Custo-Benefício” ou da “Taxa de Rentabilidade”, é mais vantajosa, uma vez que, para além de permitir comparar soluções alternativas como todos os métodos apresentados, também permite escolher a solução mais favorável (RODRIGUES, 2001). Os grandes problemas desta metodologia são a determinação dos custos cíclicos em fases sequenciais de utilização (RODRIGUES, 2001) e a avaliação da incerteza associada às estimativas das taxas utilizadas para os cálculos das capitalizações e das actualizações. A taxa de actualização estabelece a ligação entre a unidade monetária actual e a futura, possibilitando descontar os montantes de custos e benefícios que ocorrem ao longo do período de estudo do projecto (LOPES, 2006). O cálculo dos valores capitalizados varia em função da taxa de crescimento, que por sua vez resulta da soma aproximada do índice de preços do consumidor e da taxa diferencial de preços. Estas podem-se obter no Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP). (PEREIRA, 1999). Esta metodologia tem carácter multidisciplinar podendo ser aplicada em diversas áreas, no entanto na temática da construção civil, nomeadamente no ramo da manutenção esta pode ser utilizada para a previsão de custos de manutenção para qualquer tipo de edifício. A selecção dos elementos fonte de manutenção e a determinação das taxas a aplicar no método, devem ser feitas com precaução, tendo em conta o tipo de construção e respectivo uso da mesma para os elementos seleccionados, e a consulta de dados estatísticos da região e do país para o cálculo das taxas. Só com um elevado grau de precisão no cálculo dos factores anteriormente referidos é que se torna viável a aplicação da metodologia. 3.6.2. Método de Alani O método de Alani foi apresentado em 2001, tendo sido desenvolvido na Universidade de Portsmouth, por um grupo coordenado pelo Dr. Amir Alani do Departamento de Engenharia Civil (ALANI et al., 2001). Este método tem o objectivo de estabelecer um cenário de decaimento do edifício com base numa inspecção prévia no mesmo, conseguindo-se assim através deste determinar os custos associados das acções de manutenção (RODRIGUES, 2001). A metodologia supõe que, no final da vida útil de um edifício, os encargos de reposição são idênticos aos da construção nova, mais os custos de demolição. A evolução dessa degradação com o tempo passa por uma curva geometricamente proporcional ao valor da reposição. A condição de desempenho do edifício pode ser subdividida em classes, sendo associado a cada uma delas, um determinado período de vida útil (ALANI et al., 2001). É possível aplicar este método à globalidade de um edifício ou então apenas a elementos, tudo depende da informação disponível, sendo esta extremamente importante nos resultados finais. Os dados críticos são então (RODRIGUES, 2001): estimativa da vida útil para o edifício; Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 55 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção subdivisão do edifício em elementos; número e avaliação das classes de desempenho; constante de proporcionalidade geométrica para estabelecimento da curva de decaimento. Para se aplicar este método, é necessário, inicialmente, dividir o edifício em elementos e atribuir a cada um deles uma percentagem do custo total do edifício, incluindo a demolição. Para a obtenção do custo total, é recorrente utilizar estruturas de custos para edifícios novos (RODRIGUES, 2001). No segundo passo, é necessário estabelecer a constante de proporcionalidade geométrica (CPG), para a determinação das curvas de previsível decaimento para cada elemento em estado novo, sendo aconselhado pelo autor a adopção de valores entre os 0,20 e os 0,30 para qualquer tipo de edifício. No último passo, é necessário estabelecer uma escala de desempenho associada à “percentagem de falhas” de cada elemento, ou seja, cria-se uma classificação de acordo com o estado de conservação do elemento (RODRIGUES, 2001). Em seguida, realiza-se uma inspecção detalhada ao edifício de forma a classificar o estado de desempenho dos elementos do mesmo, com base na escala definida anteriormente. Como exemplo, no Reino Unido, recorre-se com frequência a uma classificação em cinco pontos como é possível ver no quadro 3.20. Realizando o cruzamento entre a vida útil e a percentagem de desempenho, estabelecem-se patamares de custos entre cada condição de desempenho, sendo então possível calcular uma estimativa de intervenção para cada elemento. É de realçar que, através deste método, é possível determinar várias estratégias de intervenção, dando origem a vários cenários (RODRIGUES, 2001). Quadro 3.20 – Classificação em cinco pontos, com respectiva descrição e percentagem de falhas (RODRIGUES, 2001). Classificação Descrição Percentagens de falhas a adoptar segundo a descrição Como novo, esperando-se que cumpra a sua vida A Até 20% útil. Com pequenas anomalias a motivarem pequena B redução da vida útil se não forem objecto de 20% a 40% intervenção. Com anomalias típicas do elemento que se não C forem objecto de intervenção resultam numa 40% a 60% redução da vida útil. Com anomalias profundas e atípicas do elemento D que se não for objecto de intervenção ou 60% a 80% substituição resultam em colapso imediato. Sem condições de funcionamento a necessitar de E 80% a 100% substituição. Um exemplo da aplicação desta metodologia está apresentada no quadro 3.21. Outro pode ser encontrado em RODRIGUES (2001). edifício tipo decomposto em 5 componentes – Ci – com uma estrutura de custos de respectivamente, 10%, 20%, 50%, 5%, 15%; vida útil de 25 anos do edifício; custo total, incluindo demolição no valor de 5000€; constante de proporcionalidade geométrica (CPG): 20%; condição de cada elemento respectivamente, B, B, B, C, C. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 56 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Quadro 3.21 – Custo de manutenção ao longo da vida útil de diferentes elementos (RODRIGUES, 2001). 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Elemento Estado % € 0 2,5 5 7,5 10 12,5 15 17,5 20 22,5 25 A A A/B B B/C C C/D D D/E E E C1 B 10% 500 54 67 84 105 131 164 205 256 320 400 500 C2 B 20% 1000 107 134 168 210 262 328 410 512 640 800 1000 C3 B 50% 2500 268 336 419 524 655 819 1024 1280 1600 2000 2500 C4 C 5% 250 27 34 42 52 66 82 102 128 160 200 250 C5 C 15% 750 81 101 126 157 197 246 307 384 480 600 750 CPG 20% Total 100% 5000 537 671 839 1049 1311 1638 2048 2560 3200 4000 5000 Legenda: Ci = Elemento i; CPG - Constante de proporcionalidade geométrica.; % - Custo do elemento face ao custo total do edifício em percentagem. No quadro 3.22, estão apresentados os valores que seriam necessários para fazer transitar todos os elementos do edifício para a classe C1. Quadro 3.22 – Avaliação do custo para fazer regressar o edifício à condição “A”. Custo para fazer regressar o elemento à Elemento Custos de recuperação (€) condição “A” (€) C1 131€-54€ 77 C2 262€-107€ 155 C3 655€-268€ 387 C4 102€-27€ 76 C5 307€-81€ 227 Custo total para fazer regressar o 921 edifício à condição “A” Este método é pouco eficaz para edifícios novos, uma vez que é suportado por valores determinísticos para a vida útil, e os encargos anuais com manutenção e é estabelecimento duma proporcionalidade tempo de vida versus custos de manutenção que por vezes não representa bem a realidade, principalmente quando se está em face de elementos com vida útil muito inferior à prevista do edifício, uma vez que a metodologia assume que a vida útil dos elementos é a mesma que a da edificação, o que não acontece na realidade. 3.6.3. Análise crítica dos métodos para o cálculo de custos globais Através da análise dos métodos para o cálculo de custos, foi possível elaborar o quadro 3.23, que representa uma síntese das capacidades de cada método. Através da análise do quadro 3.23, verifica-se que o método LCC e de Alani apenas são comuns na característica de ter de dividir a edificação em elementos. O método de Alani requer muitos dados antes de se conseguir proceder à sua aplicação, nomeadamente o valor total do edifício incluindo demolição, e o tempo de vida útil previsto para este. Uma inspecção prévia também é requerida de forma a fazer o levantamento do estado do elemento. Outra desvantagem deste método é que não considera a flutuação dos preços ao longo do tempo. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 57 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Métodos LCC Alani LCC Alani Quadro 3.23 – Síntese dos métodos para o cálculo de custos. Divisão Possibilidade Vida útil dos Inspecção em aplicação edifícios elementos diferentes prévia elementos novos do edifício Conhecer o valor total Conhecer tempo de Taxas de crescimento do edifício vida útil do edifício e actualização A metodologia LCC é mais fácil de aplicar que o método de Alani e não necessita de se conhecer tantos valores. Esta possui como outra vantagem a possibilidade de ser aplicada em edifício novos, esperando obter bons resultados. Uma das dificuldades do LCC é a determinação das taxas de crescimento e actualização correctas, uma vez que estas variam de acordo com factores macroeconómicos. 3.7. CONSIDERAÇÕES FINAIS DE CAPÍTULO Ao longo deste capítulo, foram abordadas todas as metodologias que cumprem os pressupostos mencionados no início deste capítulo. Foi importante denotar que a nível nacional já existem algumas metodologias embora em pequeno número, e mais ligadas à vertente da reabilitação do que à manutenção, mas todavia há procedimentos que são comuns e adaptáveis à elaboração de uma metodologia adequada apenas para manutenção. Foram então abordados cinco grupos de metodologias, que fazem parte dos modelos de gestão da manutenção apresentados ao longo deste capítulo, nomeadamente: métodos de avaliação com base no estado de degradação; métodos de análise de risco; métodos de previsão sobre datas de manutenção e vida útil esperada e residual; métodos das prioridades; métodos para o cálculo de custos. Os métodos de avaliação com base no estado de degradação são diversos mas quase todos eles seguem a mesma filosofia, variando entre eles os patamares de classificação e o número de elementos a serem inspeccionados. É de realçar que as metodologias que possuem fotografias e elementos descritos como base de comparação com o elemento inspeccionado dão melhores resultados, porque tornam a inspecção mais precisa, eliminando alguma subjectividade do técnico de manutenção no momento da avaliação. Os métodos de análise de risco são cruciais para o desenvolvimento de uma excelente política de manutenção, uma vez que permitem responder a quase todas as questões quando surge algum problema. No entanto, a metodologia a aplicar deve ser cuidadosamente escolhida, porque existem procedimentos muito morosos até estarem concluídos, conduzindo consequentemente a custos maiores. Os métodos de previsão sobre datas de manutenção e vida útil esperada e residual são sem dúvida a parte mais sensível de todo o procedimento de planeamento de inspecções futuras. Abordou-se modelos determinísticos e probabilísticos, onde se concluiu que os probabilísticos apresentavam melhores resultados, embora a sua aplicação fosse mais complexa. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 58 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Em relação aos métodos de prioridades de intervenção, alguns de análise de risco não possuem procedimentos para a hierarquização dos elementos com base no risco. Foram apresentados três modelos bastante válidos, concluindo-se que o do PIM-CC é o mais completo quando comparado com fórmula de Roue’s ou método multi-atributos, pelo facto de fornecer períodos de intervenção sobre os elementos em função dos resultados obtidos. No método para o cálculo de custos, abordaram-se as metodologias “Método para o cálculo do custo global de um edifício – LCC” e o “Método de Alani” sendo ambas válidas, embora a primeira seja mais vantajosa, visto ser um método com mais fácil implementação e que permite avaliar elementos com diferentes vidas úteis, ao contrário do “Método de Alani” que assume uma avaliação para todo o edifício (admitindo que todos os elementos têm a mesma vida útil). O modelo de gestão da manutenção proposto no capítulo 4 para as construções aeroportuárias deve conter procedimentos para edifícios em utilização e em fase de projecto e deve fornecer uma hierarquização dos elementos fonte de manutenção do edifício com necessidade de intervenção, com a respectiva escala de períodos máximos de intervenção sobre os elementos. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 59 3. Metodologias que constituem os modelos de gestão da manutenção Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 60 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo 4. METODOLOGIA A APLICAR NO TRABALHO DE CAMPO 4.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS Este capítulo irá ser dividido em duas partes, onde na primeira se apresentará o modelo de gestão da manutenção desenvolvido para edifícios contidos num complexo aeroportuário, enquanto na segunda será realizada a descrição dos procedimentos do modelo de gestão da manutenção abordados nesta dissertação. O modelo de gestão da manutenção desenvolvido, deverá ser aplicado num ambiente de características únicas, como já referidas em capítulos anteriores, tais como: diversidade de edifícios, com diferentes usos, idades e estados; factores de segurança elevados; períodos de funcionamento contínuos (24h durante 365 dias por ano). O modelo proposto terá que permitir a sua aplicação a qualquer edifício de um complexo aeroportuário, tornando o seu uso atractivo, por parte daqueles que realizam programas de manutenção, neste tipo de ambiente. No entanto, esta metodologia também pode ser adaptada a outros tipos de edificações, sendo apenas necessário fazer algumas alterações nas formulações que vão ser apresentadas. 4.2. APRESENTAÇÃO DO MODELO DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO PARA EDIFÍCIOS CONTIDOS NUM COMPLEXO AEROPORTUÁRIO O modelo de gestão de manutenção que irá ser apresentado, baseia-se na bibliografia estudada no capítulo 2, nomeadamente no capítulo referente à “Gestão da manutenção “. Dos modelos analisados, não foi possível encontrar nenhum vocacionado especialmente para complexos aeroportuários, sendo então necessário proceder ao desenvolvimento de um. No capítulo 2, foram apresentados alguns modelos, uns apenas vocacionados para edifícios totalmente novos (modelo “Teratecnologia” “EUT – Eindhoven University of Technology”) e outro para edifícios em uso (modelo “SIM – Sistema Integrado de Manutenção”). A figura 4.1 apresenta o modelo de gestão da manutenção proposto para edifícios de um complexo aeroportuário. No modelo desenvolvido, o elemento chave de todo o processo é o “Gestor da manutenção”, uma vez que é sobre este que recaem todas as decisões do âmbito da manutenção, a aplicar nos edifícios a seu cargo. De forma a facilitar a explicação dos vários cenários que compõem o modelo de gestão da manutenção proposto, estão assinalados na figura 4.1, com diferentes cores e números, os vários cenários possíveis. Através da análise, pode-se verificar que o modelo de gestão de encontra dividido em 5 cenários. O primeiro cenário a ser abordado é o do gestor da manutenção que deve estar permanentemente em contacto com a “Gestão de recursos” e o “Controlo de custos”. Em termos de documentos, este deve ter sempre presente o “Histórico das intervenções” e os “Planos de manutenção”. Em relação às entidades, a “Gestão de recursos” é aquela que fornece ao gestor, a informação sobre a disponibilidade de recursos (humanos ou materiais) para a realização de algum trabalho. O “Controlo de custos” faz toda a gestão monetária do modelo, fornecendo ao gestor, as informações financeiras que este precisa. Esta entidade também recebe da “Gestão de recursos” os gastos em mão-de-obra e materiais. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 61 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo Figura 4.1 – Modelo de gestão da manutenção vocacionado para construções aeroportuárias com os diferentes cenários assinalados. No que diz respeito aos documentos, o “Histórico das intervenções” recebe as informações relativas a custos do “Controlo de custos”, e dados relativos a trabalhos efectuados da “Gestão de recursos”, nomeadamente, acerca de mão-de-obra e materiais aplicados. Os “Planos de manutenção” possuem informações acerca das necessidades de manutenção dos edifícios, sendo estes uma ferramenta muito útil para o gestor, na altura da tomada de decisões. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 62 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo Descrito o papel do gestor, das entidades e documentos sobre os quais este modelo baseia as suas decisões, passa-se então para análise dos cenários que podem vir a ocorrer. O gestor da manutenção pode encontrar edifícios em fase de exploração ou de projecto. Ambas as situações estão previstas no modelo, porque estas podem coexistir dentro do mesmo complexo. No quadro 4.1, é possível ver, com mais detalhe, as situações contempladas. Quadro 4.1 – Explicação detalhada dos tipos de edifícios a abordar no modelo proposto. Fases Estados Observações Novos Construídos de raiz Projecto Para reabilitação Que vão sofrer obras de reabilitação ou ampliação Exploração Em utilização Em uso A existência de edifícios em diferentes condições e para diferentes fins, no interior de um mesmo complexo aeroportuário, deve-se ao facto de as edificações não poderem mudar de localização quando o espaço se torna reduzido (devido a factores financeiros, sociais e de logística), tornando-se então necessário construir ou adaptar as construções existentes, dentro do espaço possível, de forma a responder às necessidades. Cada um destes casos será analisado de forma isolada, iniciando-se então a explicação pelo cenário da “Fase de projecto”, destacado na figura 4.1 pela cor azul e assinalados com número (2). Para um “Edifício novo”, o gestor deve proceder à análise do projecto, tendo especial atenção na escolha dos materiais e das soluções construtivas adoptadas. Para uma eficaz avaliação do projecto, este deve recorrer quando necessário aos fabricantes dos materiais para obter especificações destes, e também deve consultar o “Histórico das intervenções” com o intuito de verificar se materiais ou soluções construtivas que se pretendam adoptar, não tenham já sido identificadas como problemáticos. Em seguida, o projecto deve ser alterado, de forma a conter as sugestões fornecidas pelo gestor na fase de análise. Alterado o projecto, deve-se sobre este realizar a lista de elementos fonte de manutenção do futuro edifício, servindo esta de base para a elaboração dos planos de manutenção. Para o caso do edifício “Para reabilitação”, os procedimentos são em muito similares ao do “Edifício novo”, mas no entanto para além da “Análise de projecto” a ser efectuada, deve-se também realizar uma avaliação do estado dos elementos fonte de manutenção que irão ser mantidos, de forma a saber se estes estão em condições para continuarem em utilização. Com base na “Análise de projecto” e na “Avaliação do estado EFM existentes”, vão surgir as alterações do projecto. À semelhança dos procedimentos para “Edifício novo”, a “Elaboração da lista de EFM” também deve ser desenvolvida, tendo então em conta os elementos que prevaleceram e os novos. Concluída a lista, avança-se então para a realização dos “Planos de manutenção”. Explicada a “Fase de projecto”, passa-se para o cenário “Fase exploração”. A fase de exploração pode ter dois caminhos, o da manutenção pró-activa e o da manutenção reactiva. Os procedimentos associados à manutenção pró-activa encontram-se destacados na figura 4.1 pela cor verde e assinalados com o número (3). Na fase da manutenção pró-activa em edifícios em utilização, deve-se proceder à elaboração da lista de elementos fonte de manutenção (EFM) existentes em cada espaço do edifício. Em seguida, devese proceder à avaliação dos mesmos, recolhendo-se assim a informação necessária, para a elaboração dos “Planos de manutenção”. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 63 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo Os procedimentos de manutenção reactiva encontram-se destacados na figura 4.1 pela cor laranja e assinalados com o número (4). A manutenção reactiva apenas se aplica sobre os edifícios em “Fase exploração”, uma vez que esta só tem significado em edifícios em utilização, visto o processo de manutenção reactiva tem como base a queixa de um utilizador. No caso de um processo de manutenção reactiva, como referido, o processo é iniciado através de uma queixa de um utilizador do edifício à “Central de ocorrências”, a qual irá proceder à “Identificação do problema” e comunicar o mesmo ao “Gestor da manutenção”, sendo este o responsável por iniciar ou não os procedimentos de manutenção reactiva. Este pode não iniciar de imediato os trabalhos de correcção do problema, por vários factores, como por exemplo: ter previsto para um futuro muito próximo uma acção de manutenção preventiva; por achar que tem outros problemas mais graves para resolver de imediato, podendo este esperar até haver recursos disponíveis; entre outros. Em relação aos procedimentos contidos nos “Planos de manutenção”, estes encontram-se destacados na figura 4.1 pela cor bege e assinalados com o número (5). Os “Planos de manutenção” devem conter a “Elaboração da hierarquia EFM (Elementos Fonte de Manutenção) ”, “Especificação da manutenção”, entre outros. A partir da elaboração de uma hierarquia de EFM, onde virão indicados os elementos com mais necessidades de intervenção, é possível então construir “Planos previsionais de manutenção” sobre os elementos, podendo-se com base neste, calcular “Previsões de custos” sobre os trabalhos previstos. Deve-se salientar que, para a construção dos “Planos previsionais de manutenção”, se deve recorrer ao “Histórico de intervenções” de forma a determinar datas das últimas intervenções, tipos de intervenções e intervalos sobre manutenções, para se conseguir assim construir um plano previsional que se adapte à realidade que se pretende. A consulta da “Gestão de recursos” também deve ser feita, com o intuito de colocar no programa previsional a equipa adequada para o tipo de manutenção a realizar. No que diz respeito à “Previsão de custos”, estes também devem basear-se no “Histórico de intervenções” porque há muitas operações que já foram realizadas e os seus custos calculados pelo “Controlo de custos”, ou seja, com base nesses dados é possível realizar-se previsões de custos mais rigorosas. Devido à elevada extensão do modelo de gestão da manutenção desenvolvido, nesta dissertação apenas se irá aprofundar os procedimentos relacionados com a “Fase de exploração” dos edifícios (excluindo os processos relacionados com a manutenção reactiva). No que diz respeito aos “Planos de manutenção”, apenas se irá abordar a “Elaboração da hierarquia dos EFM”, “Planos previsionais de manutenção” e “Previsão de custos”. De forma a entender melhor as fases abordadas neste trabalho, bem como as entidades e documentos envolvidos, estes encontram-se destacados na figura 4.2. 4.3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DO MODELO DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO ABORDADOS NESTA DISSERTAÇÃO De forma a facilitar a explicação dos procedimentos do modelo de gestão da manutenção abordados nesta dissertação, na figura 4.2, vai-se colocar em cada passo, o número do subcapítulo onde este será explicado com detalhe. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 64 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo Controlo de custos Gestão de recursos Gestor da manutenção Identificação do problema Histórico das intervenções Manutenção reactiva Fase de exploração Central de ocorrências Em utilização Para reabilitação Elaboração lista EFM do edifício por espaço 4.3.1. Avaliação do estado EFM existentes 4.3.2. Fase de projecto Edifício novo Análise do projecto Avaliação do estado EFM existentes Fabricante dos materiais Alterações ao projecto Planos de manutenção 4.3.3. Elaboração da hierarquia dos EFM Elaboração da lista EFM (que se mantiveram/novos) Especificação da manutenção Entre outros Planos previsionais de manutenção 4.3.4. 4.3.5. Previsão de custos Figura 4.2 - Modelo de gestão da manutenção – Ligação entre os procedimentos abordados nesta dissertação e os subcapítulos onde estes se encontram explicados. 4.3.1. ELABORAÇÃO DA LISTA DOS ELEMENTOS FONTE DE MANUTENÇÃO DO EDIFÍCIO POR ESPAÇO A metodologia a ser criada vai assentar num complexo aeroportuário, no qual existe a repetição do mesmo elemento por diversos edifícios. Por essa razão, deve-se optar por iniciar os trabalhos pela elaboração de uma lista de elementos fonte de manutenção geral, onde cada um vai ser identificado por um código distinto. A criação desta lista vai ser baseada nos conteúdos estudados no capítulo 3, nomeadamente, na lista efectuada por RODRIGUES (1989). A lista a ser criada vai agrupar os elementos com a mesma função estrutural, e dentro de cada grupo identificar cada elemento, como é possível ver no quadro 4.2. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 65 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo Realizada a lista de todos os elementos que podem ser encontrados num complexo aeroportuário, é necessário criar um sistema de codificação que permita identificar inequivocamente cada elemento, e o local onde este se encontra. Para isso, cada um vai ter um código, organizado da seguinte forma: 1 – Identificação do edifício dentro do complexo aeroportuário; 2 – Piso do espaço dentro do edifício; 3 – Identificação do espaço; 4 – Elemento estrutural; 5 – Elemento fonte de manutenção. Quadro 4.2 – Exemplos da lista de elementos fonte de manutenção. Designação Grupo de elemento Elemento Tectos falsos com revestimento Edifício tectos Revestimentos de cortiça em cortiça Pintura exterior Edifício paredes exteriores Pinturas Revestimento madeira em Revestimentos de Edifício paredes interiores paredes interiores madeira Para melhor perceber este sistema de codificação, apresenta-se um exemplo: “Tecto falso com revestimento em cortiça situado no edifício do terminal de passageiros, piso 4, área dos check-in”. O código geral deste elemento seria: 105.04.103.105-079, onde: 105 – Código do edifício (Terminal de passageiros); 04 – Piso; 103 – Espaço (Área dos check-in); 105 – Código do elemento estrutural (Edifício tectos); 079 – Código do elemento (Revestimentos de cortiça). Com o intuito de organizar os dados recolhidos durante o trabalho de campo, foram elaboradas três fichas de inspecção. A ficha de inspecção tipo 1 (apresentada no quadro 4.3) deve ser preenchida na primeira visita a ser efectuada ao local, e tem como objectivo recolher dados para o preenchimento parcial das fichas 2 e 3, antes da realização da segunda visita. A ficha de inspecção do tipo 1 tem como objectivo o levantamento dos elementos fonte de manutenção existentes em cada espaço do edifício. As suas colunas estão apresentadas no quadro 4.3. Quadro 4.3 – Ficha de inspecção tipo 1, para o levantamento dos EFM por espaço do edifício. Código do edifício Piso Espaço Designação Quantidade Data Código geral do elemento (un/m/m2) do elemento A ficha de inspecção tipo 1 deverá conter tantas linhas, como o número total de elementos existentes no edifício em todos os espaços. O código geral do elemento é efectuado para cada elemento após terminado o processo de recolha dos dados, sendo baseado na lista geral de elementos fonte de manutenção criada para o todo o complexo. As quantidades podem ser retiradas no momento da inspecção se for fácil o processo de recolha de dados, ou então em gabinete, através da consulta dos projectos do edifício. O preenchimento das fichas de inspecção do tipo 2 e 3 vai ser explicado no subcapítulo seguinte (4.3.2.), visto ser necessário apresentar primeiro os procedimentos para a avaliação do estado dos elementos fonte de manutenção. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 66 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo 4.3.2. AVALIAÇÃO DO ESTADO DOS ELEMENTOS FONTE DE MANUTENÇÃO EXISTENTES Explicado a estrutura da lista dos elementos fonte de manutenção e o sistema de codificação a utilizar, é necessário proceder à escolha dos critérios a adoptar na avaliação. Para a escolha destes, utiliza-se como base os métodos estudados no capítulo 3, nomeadamente: “Métodos de avaliação com base no estado de degradação”; “Métodos de análise de risco”; e “Métodos de prioridades de intervenção”. Do estudo teórico efectuado, retiraram-se 9 critérios, os quais se acharam indicados para a análise de edifícios contidos num complexo aeroportuário. Os critérios escolhidos apresentam-se no quadro 4.4, bem como a indicação dos métodos teóricos base de onde estes foram retirados. Quadro 4.4 – Critérios a utilizar na equação de hierarquização a desenvolver. Critério Métodos teóricos base Importância do espaço Multi-atributos Estado de degradação do elemento MAEC/EPIQR-TOBUS/MEAREH Efeito a longo prazo Roue’s/Multi-atributos Efeito em caso de falha/rotura (para o utilizador) Roue’s/Multi-atributos Acessibilidade para a manutenção Roue’s Segurança dos utilizadores Roue’s Importância do elemento (para o edifício) Roue’s/Multi-atributos Probabilidade de ocorrência FMECA Probabilidade de detecção Cada critério escolhido tem pelo menos uma razão para estar presente na avaliação a ser efectuada, sendo por isso indicado no quadro 4.5, os motivos que levaram à sua adopção. Quadro 4.5 – Explicação dos critérios utilizados. Critério Motivo Estado de degradação do É importante conhecer o estado de degradação do elemento, elemento de forma a avaliar a continuação da sua utilização. Saber se os efeitos das anomalias presentes nos elementos são Efeito a longo prazo graves a longo prazo. Efeito em caso de falha/rotura Importância do elemento para o utilizador em caso de (para o utilizador) falha/rotura. Acessibilidade para a Facilidade de intervenção sobre o elemento. manutenção Em caso de falha, saber os riscos que estes têm para Segurança dos utilizadores segurança dos utilizadores. Importância do elemento Se o elemento é importante na estrutura do edifício. (para o edifício) Probabilidade de ocorrência Saber se é frequente a falha do elemento. Saber se é possível detectar a anomalia antes de afectar os Probabilidade de detecção utilizadores. Existe espaços em determinados edifícios de um complexo aeroportuário, que possuem utilização contínua, onde o seu Importância do espaço fecho, representa a interrupção do funcionamento do aeroporto. Estes espaços devem ser destacados face a outros. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 67 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo Dos critérios definidos no quadro 4.5, é possível dividir o tipo de avaliação destes, em três tipos: “estado de degradação do elemento” e “Efeito a longo prazo” variam de elemento para elemento e de espaço para espaço; “importância do espaço” varia entre os diferentes espaços, sendo o mesmo constante para todos os elementos dentro do mesmo espaço; restantes factores, são constantes entre espaços, variando apenas de elemento para elemento. Definidos os critérios, apresenta-se no quadro 4.6 os intervalos de classificação de cada um, bem como a descrição correspondente, de forma a tornar menos ambígua a tarefa de avaliação dos diversos elementos. Quadro 4.6 – Classificações e descrição para cada critério adoptado na avaliação. Critério Classificações Descrição Excelente 1 Não apresenta anomalias. Apenas apresenta degradação a nivel estético (todas as Bom 2 anomalias associadas a manchas, sujidade, colonização biológica e vegetação parasitária). Apresenta algumas anomalias que indicam desgaste Estado de Razoável 3 (exemplos: infiltrações em vários locais e desgaste localizado degradação em revestimetos de pisos). dos elementos Possui anomalias graves, as quais podem comprometer a Insatisfatório 4 funcionalidade do elemento (exemplo: armaduras à vista). Precisa de O elemento necessita de substituição, uma vez que não intervenção ou 5 cumpre a função para o qual se destina (exemplo: dobradiça substituição partida). As anomalias apresentadas não causam efeitos a longo Sem efeito 1 prazo. Vão ser visivéis ligerios efeitos a longo prazo devido às anomalias apresentadas pelos elementos (exemplo: lacunas Ligeiro 2 nas portas de madeira perto do pavimento, que com a lavagem do chão, pode provocar a degradação do elemento). Efeito a Não há dados fornecidos pela inspecção visual que dissipem longo prazo as dúvidas em relação à profundidade da patologia, Requer 3 requerendo este elemento observações frequentes de forma observação a acompanhar a evolução da sua patologia (exemplo: fissuras no reboco). O elemento ao degradar-se vai provocar graves danos a Grave 4 curto prazo (exemplo: impermeabilização com deficiente fixação à base). Em caso de falha o o elemento não afecta a actividade do Sem efeito 1 utilizador. Efeito em caso de Afecta ligeiramente o utilizador (exemplo: espaço com duas Ligeiro efeito 2 falha/rutura portas, com uma delas inaoperacional). (para o Afecta de forma grave o utilizador (exemplo: grandes utilizador) Grave efeito 3 constragimentos na funcionalidade do edifício, como um espaço importante ficar inaoperacional). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 68 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo Quadro 4.6 (continuação) – Classificações e descrição para cada critério adoptado na avaliação. Critério Classificações Descrição Fácil intervenção, não necessita de meios exteriores para Fácil 1 resolver a situação (fácil acesso) e não causa constragimentos no funcionamento do edifício. Intervenção com média dificuldade, necessita de meios Acessibilidade Mediana 2 exteriores para resolver a situação (díficil acesso) e causa para a alguns constragimentos no funcionamento do edifício. manutenção Díficil intervenção, necessita de meios exteriores para resolver a situação (difícil acesso), pode necessitar de Díficil 3 técnicos especializados e causa grandes constragimentos no funcionamento do edifício. As anomalias observadas não colocam em risco a Não afecta 1 segurança dos utilizadores. As anomalias podem causar lesões (exemplo: pequenos Risco de lesão 2 ferimentos). Segurança para os As anomalias colocam em risco a saúde dos utilizadores Risco para a utilizadores 3 (exemplo: riscos para a saúde a longo prazo, pela inalação saúde de substâncias tóxicas, ou ferimentos graves). As anomalias colocam em risco de vida os utilizadores Risco de vida 4 (exemplo: elementos estruturais com falhas graves). Não Em caso de falha não afecta o edifício. 1 importante Importância do elemento No caso de falhar, provoca danos no edifício médios no Importante 2 edifício (exemplo: impermeabilizações não fixas à base). (para o edifício) Muito Em caso de falha provoca graves danos no edifício 3 importante (exemplo: danos estruturais). Raro 1 1 em 20 ocorrências. Baixa 2 1 em 15 ocorrências. Probabilidade Alta 3 1 em 10 ocorrências. de ocorrência Extremamente 1 em 2 ocorrências. 4 elevada Extremamente Detecta-se de certeza em caso de falha e determina-se o 1 elevada seu modo de falha. Probabilidade alta de detectar a falha do mecanismo bem Alta 2 como o seu modo de falha. Probabilidade Pode-se ou não detectar a falha e o seu subsequente modo de detecção Moderada 3 de falha. Baixa 4 Dificilmente detecter-se-á a falha e o seu modo de falha. Impossível 5 Não é possível detectar o modo de falha. Espaço não importante em caso de falha (exemplo: Normal 1 escritórios, zonas de descanso). Espaço que em caso de falha pode comprometer a falha Importância Alta 1,1 de espaços de importância muito alta (exemplo: zonas do espaço comuns e corredores). Espaços que em caso de falha podem comprometer, a Muito Alta 1,2 funcionalidade de todo o complexo e podem colocar pessoas em risco de vida. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 69 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo É de salientar que, ao definir-se os patamares de classificação dos critérios, tentou-se sempre dividir por um número suficiente, não sendo em demasiados de forma a não criar ambiguidades na escolha de um ou outro patamar, nem em poucos, que depois não reflictam com coerência o verdadeiro estado do elemento. Evitou-se assim colocar apenas dois patamares de classificação nos critérios, porque escolher se está “bom” ou “mau” não é conclusivo para depois tirar elações futuras. Um número de patamares entre 3 e 5, é o ideal, porque permite ao técnico que está a realizar a inspecção atribuir a classificação mais correcta ao elemento, possibilitando formular conclusões fiáveis no momento da interpretação dos dados. Identificados os critérios e as classificações, é necessário realizar uma lista de possíveis anomalias a serem detectadas no momento da avaliação dos elementos. No quadro 4.7, encontram-se identificadas 30 anomalias possíveis, onde cada uma delas possui um código distinto, bem como uma imagem associada. Quadro 4.7 – Imagem e código dos diferentes tipos de anomalias (adaptado FLORES-COLEN, 2006a) Simbologia Código Descrição da anomalia Simbologia Código Descrição da anomalia A1 Sujidade diferencial A16 Elemento(s) em falta A2 Sujidade uniforme A17 Desgaste localizado A3 Descoloração ou mancha A18 Desgaste uniforme A4 Fissuração mapeada A19 Deficiente funcionamento A5 Pequena fissuração A20 Sem funcionamento A6 Fissuração média A21 Infiltrações A7 Fenda ou fractura A22 Concreção A8 Descasque ou escamação A23 Colonização biológica A9 Deterioração A24 Vegetação parasitária A25 Dejectos de aves A26 Ruído incómodo A10 A11 Alveolização ou picadura Lacuna em profundidade A12 Corrosão A27 Maus cheiros A13 Armadura à vista A28 Detritos A14 Elemento(s) solto(s) A29 A15 Elemento(s) partido(s) A30 Deformação excessiva ou assentamento Conflito entre elementos As imagens associadas às anomalias são para ser aplicadas na planta do edifício, com o objectivo de o gestor de manutenção conseguir de uma forma rápida e intuitiva, identificar o(s) tipo(s) de Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 70 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo problema(s) existente(s) sobre os elementos, bem como a sua respectiva localização. Um exemplo do extracto de uma planta com a utilização destas imagens é apresentado na figura 4.3. Figura 4.3 – Exemplo da utilização das imagens das anomalias numa planta. A ficha de inspecção do tipo 2, apresentada no quadro 4.8, tem como objectivo fazer a avaliação dos elementos presentes em cada espaço do edifício. Esta ficha deve ser preenchida durante a segunda inspecção a realizar ao edifício, e os campos código geral do elemento e designação do elemento, devem ser previamente preenchidos com base nos dados recolhidos na ficha de inspecção do tipo 1. Esta ficha deve conter tantas linhas, como o número de elementos presentes no edifício. Quadro 4.8 – Ficha de inspecção tipo 2, para a avaliação dos EFM por espaço do edifício. Estado de Efeito a longo Importância Código Designação Código degradação dos prazo do espaço geral do do das Data elementos elemento elemento anomalias E B R I PI|PS SE L RO G N A MA Onde: E=Excelente; B=Bom; R=Razoável; I=Insatisfatório; PI|PS=Precisa de intervenção ou substitução; SE=Sem efeito; L=Ligeiro; RO=Requer observação; G=Grave; N=Normal; A=Alta; MA=Muito Alta. No quadro 4.8, a coluna “Código das anomalias” deve ser preenchida com os códigos presentes no quadro 4.7. A ficha de inspecção do tipo 3, deve ser preenchida no final da segunda visita, uma vez esta possui os restantes critérios de avaliação dos elementos. No entanto, esta ficha difere da do tipo 2, porque não contempla o elemento por espaço, mas sim o elemento de uma forma geral, ou seja, segundo os critérios da ficha de inspecção do tipo 3, os elementos são avaliados independentemente do espaço que se situam, repetindo-se assim as mesmas classificações do elemento para os diferentes espaços onde este se situa dentro do mesmo edifício. Quadro 4.9 – Ficha de inspecção tipo 3, para avaliação dos restantes critérios. ID do elemento Efeito em caso de falha/ rotura Ace. para manut. Segurança para os utilizadores Importância do elemento Prob. de ocorrência SE D M F NA NI R B LE GE RL RS RV I MI A EE Probabilidade de detecção EE A M B I* Onde: ID do elemento=Código do elemento estrutural–Código do elemento; SE=Sem efeito; LE=Ligeiro efeito; GE=Grave efeito; F=Fácil; M=Mediana; D=Díficil; NA=Não afecta; RL=Risco de lesão; RS=Risco para a saúde; RV=Risco de vida; NI=Não importante; I=Importante; MI=Muito Importante; R=Raro; B=Baixo; A=Alta; EE=Extremamente elevada; I*-Impossível Foram então criadas as 3 fichas de inspecção tipo (quadros 4.3, 4.8 e 4.9, respectivamente), devido aos diferentes períodos que estas devem ser preenchidas e pelas informações distintas que fornecem. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 71 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo 4.3.3. NECESSIDADES DE MANUTENÇÃO DOS ELEMENTOS Concluída a lista de elementos fonte de manutenção, com a respectiva classificação, segundo vários critérios, é necessário construir uma equação, que tenha como base os dados recolhidos. Esta deve fornecer uma quantificação da necessidade de manutenção para cada elemento. Com base no estudo efectuado no capítulo 3, sobre os “Métodos das prioridades de intervenção”, é possível proceder à construção de uma equação, com o mesmo intuito mas adaptada às especificidades do complexo aeroportuário já mencionados neste capítulo. Segundo o estudo efectuado no capítulo 3, nomeadamente a Fórmula de Roue’s, o Método Multiatributo e o método do PIM-CC indicados em suma no quadro 4.10, criou-se a equação 4.1, para a determinação do “Índice de necessidade de manutenção do elemento i (sem normalização) (INM’i)”. Quadro 4.10 – Resumo das equações abordadas dos métodos das prioridades de intervenção apresentados no capítulo 3. = 9(8 × . × ) + (100 × ) + (10 × ;)< Fórmula de Roue’s @ &= = >(&= × ? ) Método multi-atributos A !" = 5 × & + ) + 3 × + BB Onde: PI = Prioridade de intervenção; a=Probabilidade de falha; b=Importância do elemento; c=Efeito de eventual falha; d=Facilidade em actuar; e=Importância para a segurança; f=Efeito a longo prazo; SJ=Índice global; SJi=Ponderação segundo o critério i; Wi=Peso do critério i; Si=Severidade das anomalias; Ei=Extensão das anomalias; Ci=Criticidade do elemento. Método do PIM-CC Tendo em conta todos os factores escolhidos para avaliação do elemento fonte de manutenção, desenvolveu-se a equação 4.1. %c′ = ) × (e" × )() + ef × )* + e × )-$ + eg × c + eh × &i + e@ × ) + e × ' + ej × () (4.1) Onde: INM’i = Índice de necessidade de manutenção do elemento i (sem normalização); IEP = Importância do espaço; EDE = Estado de degradação do elemento; EL = Efeito a longo prazo; EFR = Efeito em caso de falha/rotura (para o utilizador); AM = Acessibilidade para a manutenção; SU = Segurança dos utilizadores; IE = Importância do elemento (para o edifício); PO = Probabilidade de ocorrência; PD = Probabilidade de detecção; Xj = Factor de ponderação j. A equação proposta em 4.1 vai fornecer “Índices de necessidade de manutenção” (sem normalização) para cada elemento presente no edifício a estudar. Foram adoptados diferentes critérios, tendo uns maior importância do que outros, obrigando assim a que na equação 4.1, sejam atribuídos factores de ponderação distintos para cada critério, consoante o relevo que cada um possui no âmbito da manutenção aeroportuária. Por esta razão existem critérios pouco influentes no resultado final da equação, mas que compensam pela informação que fornecem, permitindo ao gestor da manutenção, apenas consultando os dados relativos a cada elemento avaliado, conhecer mais detalhes sobre este. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 72 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo Devido ao facto dos critérios de avaliação dos elementos possuírem diferentes escalas de classificações é necessário proceder à normalização da equação 4.1 antes da determinação dos factores de ponderação, de forma a obterem-se os resultados dentro dos patamares definidos no quadro 4.11. No quadro 4.11 estão definidos os intervalos de tempo máximo de intervenção sobre os elementos em função do índice de necessidade de manutenção normalizado calculado para um elemento i (INMi). Quadro 4.11 – Patamares de intervenção propostos para elementos dentro da vida útil. 0% - 65% 66%-79% 80% - 99% 100% - 120% Não necessita de intervenção fora do âmbito Necessita de Necessita de Necessita de das manutenções programadas (considera-se intervenção intervenção intervenção que o elemento ainda cumpre com eficácia no intervalo num intervalo num intervalo as suas funções). de 1 ano de 6 meses de 3 meses Da análise do quadro 4.11 verifica-se que a escala vai até 120%, devendo-se ao facto do critério “Importância do espaço”, funcionar como um factor de majoração, multiplicando o resultado final dos outros factores, por 1, 1.1 ou 1.2, em função do relevo do espaço onde se situar o elemento ser, “Normal”, “Alta”, ou “Muito Alta”, respectivamente. A adopção de uma escala até 120% tem o duplo objectivo, de aumentar o peso de alguns factores no resultado final, mas também resultados acima dos 100% chamam bastante mais atenção a qualquer gestor, do que resultados na casa dos 90%. É possível verificar que resultados acima dos 100%, só podem surgir em elementos pertencentes a zonas de importância acima do “Normal” os quais são espaços que têm de estar permanentemente operacionais. A ausência de elementos com resultados do INMi acima dos 100%, significa que não está em causa o funcionamento de nenhuma zona crítica (zona que pode comprometer o funcionamento de todo o complexo aeroportuário). Como o critério “Importância de espaço” funciona como factor de majoração, o resultado da soma dos produtos dos restantes critérios de avaliação dos elementos pelos seus respectivos factores de ponderação, tem de situar obrigatoriamente entre os 0 e 100%. Para isso acontecer é necessário adoptar os seguintes procedimentos, os quais dão origem à equação 4.2, a qual permite o cálculo do índice de necessidade de manutenção normalizado (INMi): 1. Diferença entre o INM’i calculado e o mínimo valor possível fornecido pela fórmula 4.1; 2. Quociente entre o resultado obtido no ponto 1 e a diferença entre o máximo e o mínimo fornecido pela equação 4.1; 3. Conversão do resultado obtido no ponto 2 em percentagem, através da multiplicação deste por 100. %c = %c′ − %c′aí a %c′aáOa − %c′aí a × 100 (4.2) Onde: INMi = Índice de necessidade de manutenção do elemento i (normalizado); INM’i = Índice de necessidade de manutenção do elemento i (sem normalização); a %c′aí = ) × (e1 × 1 + e2 × 1 + e3 × 1 + e4 × 1 + e5 × 1 + e6 × 1 + e7 × 1 + e8 × 1); aáOa %c′ = ) × (e1 × 5 + e2 × 4 + e3 × 3 + e4 × 3 + e5 × 4 + e6 × 3 + e7 × 4 + e8 × 5). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 73 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo Com o intuito de facilitar a determinação dos factores de ponderação na equação para o cálculo do índice de necessidade de manutenção do elemento i (normalizado) da equação 4.2, utiliza-se o Microsoft Excel. Durante a determinação dos factores de ponderação, admite-se sempre IEP igual a 1, ou seja, que o espaço é de importância normal. Inicia-se pelo cálculo do X1, factor que se pretende atribuir mais peso na equação, uma vez que está associado ao critério “Estado de degradação do elemento”, que é o responsável por transmitir o verdadeiro estado de conservação do elemento. Como o critério “Estado de degradação do elemento” se encontra dividido em 5 patamares, pretende-se que cada um deles corresponda teoricamente a mais ou menos 20%, e que elementos com classificação “Precisa de intervenção ou substituição” tenha um índice de necessidade de manutenção normalizado superior a 66%, garantindo assim a sua intervenção no período máximo de 1 ano. Para a determinação do X1, criaram-se os elementos teste presentes no quadro 4.12, onde se admite as seguintes condições: restantes factores de ponderação são iguais a 1; classificações atribuídas nos restantes critérios são os mais favoráveis possíveis, de forma a garantir que os resultados obtidos são independentes das classificações atribuídas nos restantes critérios; os elementos situam-se numa zona de importância “Normal”. Quadro 4.12 – Elementos teste criados. Estado degradação do elemento E B R I ELEMENTO TESTE PS|PI X ELEMENTO TESTE I X ELEMENTO TESTE R X ELEMENTO TESTE B ELEMENTO TESTE E PS|PI X X Efeito a longo prazo SE L RO G Efeito em caso Acessibilidade Segurança para de falha/rotura para os utilizadores (para utilizador) manutenção SE LE GE D M F NA RL RS RV Importância do Probabilidade de elemento (para ocorrência o edíficio) NI I MI R B A EE Probabilidade de detecção EE X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X A M B I Onde: PS|PI=Precisa de substituição ou intervenção; I=Insatisfatório; R=Razoável; B=Bom; E=Excelente. Nas condições descritas, foi-se alterando o X1 de forma a obter-se mais ou menos 20% entre os patamares de classificação, garantindo que o INMi para o nível “Precisa de intervenção ou substituição” se situasse acima de 66%. Para X1=17,2, obtiveram-se os resultados apresentados no quadro 4.13. Quadro 4.13 – Valores do INMi calculados para X1=17,2. Elementos teste INMi Precisa de substituição ou intervenção 78% Insatisfatório 59% Razoável 39% Bom 20% Excelente 0% Definido X1=17,2, é necessário calcular os restantes factores de ponderação. Visto que X1 tem um peso de 59% no cálculo do INMi, resta 41% para distribuir pelos restantes critérios. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 74 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo Os restantes factores de ponderação foram am divididos em dois grupos de acordo com o seu carácter: Importantes: Efeito a longo prazo; prazo Efeito em caso de falha/rotura; falha/rotura Segurança para os utilizadores; Importância do elemento; elemento Informativos: Acessibilidade para manutenção; Probabilidade de ocorrência; Probabilidade de detecção. Nos factores importantes considerou-se considerou que o peso de cada um deles possa variar entre 8 e 10% no valor final do INMi, enquanto os de carácter informativo variam entre 1 e 3%. 3% A atribuição das percentagens a cada factor, também teve como base o estudo bibliográfico efectuado no capítulo 3, nomeadamente no subcapítulo 3.5. Métodos de prioridades de intervenção. Substituindo na equação 4.2 os factores de ponderação definidos no quadro 4.14, obtém-se obté a equação 4.3. Quadro 4.14 – Percentagens e factores de ponderação atribuídos a cada critério. Valores Critério Sigla adoptada Percentagem Xj atribuídos a Xj Estado de degradação do elemento EDE 59% X1 17,2 Efeito a longo prazo EL 9% X2 2,50 Efeito em caso de falha/rotura EFR 8% X3 2,33 Acessibilidade para manutenção AM 1% X4 0,33 Segurança dos utilizadores SU 10% X5 3,00 Importância do elemento IE 8% X6 2,33 Probabilidade de ocorrência PO 2% X7 0,50 Probabilidade de detecção PD 3% X8 0,80 %c = ) × (17,2)() : 2,5)* : 2,33)-$ : 0,33 c : 3&i : 2,33) : 0,5' : 0,8( 6 29 (4.3) No gráfico da figura 4.4 é possível ver o peso de cada factor critério na equação 4.3. Importância do elemento 8% Segurança para os utilizadores 10% Acessibilidade para manutenção 1% Efeito em caso de falha/rotura 8% Efeito a longo prazo 9% Probabilidade de ocorrência 2% Probabilidade de detecção 3% Estado de degradação do elemento 59% Figura 4.4 4. – Peso dos critérios na equação 4.3. Pela análise do gráfico da figura 4.4, 4. verifica-se que existem critérios que são pouco significativos no resultado final. No entanto, estes devem ser considerados porque: fornecem ao gestor da manutenção um acréscimo de informação sem necessidade de uma outra visita ao edifício; Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 75 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo desempate entre elementos com classificações iguais nos critérios com maior peso, mas que diferem nos que possuem menor relevância. 4.3.4. PLANOS PREVISIONAIS DE ACÇÕES DE MANUTENÇÃO A elaboração dos planos previsionais de acções de manutenção tem como base: 1 – Levantamento dos elementos fonte de manutenção existentes no edifício; 2 – Histórico das intervenções; 3 – Dados relativos a cada elemento, tais como: vida útil, vida útil residual, intervalos de tempo de manutenções predictivas e preventivas. 4 – Hierarquia dos elementos fonte de manutenção. O primeiro passo na elaboração dos planos, é identificação do elemento na primeira coluna da tabela, que é efectuada utilizando a coluna “ID do elemento” da ficha de inspecção do tipo 3 já preenchida aquando a realização da segunda visita ao edifício. O segundo passo, consiste em recorrer ao histórico, de forma a obter os seguintes dados: ano de construção (AC); ano da última intervenção sobre o elemento (UI); número de intervenções no elemento (NI); tipo de intervenção (TI). O terceiro passo trata-se de adicionar os dados relativos a cada elemento, tais como a vida útil (VU), a vida útil residual (VUR), e os intervalos de tempo de manutenções predictivas e preventivas a aplicar. A obtenção destes dados foram estudados no capítulo 3, nos “Métodos de previsão sobre datas de manutenção e vida útil esperada e residual”. Para a obtenção dos dados relativos às vidas úteis e aos períodos de manutenções predictivas e preventivas a adoptar, utilizou-se as mesmas bases de dados usadas para o “Método Factorial”, nomeadamente, as ASTM (2004), BMI (2001), PERRET (1995). Quando há falta de dados, deve-se recorrer a manuais ou fichas técnicas dos elementos. Por último, o quarto passo consiste em introduzir a informação proveniente da hierarquia de elementos fonte de manutenção, bem como retirar o máximo proveito desta. Para isso utilizam-se as colunas “INMi”, “%EA” e “TSEXTRA”, as quais vai-se demonstrar os procedimentos para o preenchimento, bem como as decisões a adoptar em função dos resultados obtidos. No quadro 4.15, encontram-se as respectivas descrições. A coluna 1 do quadro 4.15 trata de informação obtida directamente da consulta dos resultados da hierarquia, enquanto as colunas 2 e 3 (quadro 4.15) têm dados obtidos indirectamente, que permitem fazer um aproveitamento total da equação de hierarquização desenvolvida. A coluna 1 – INMi (quadro 4.15) possibilita ao gestor o conhecimento do índice de necessidade de manutenção do elemento, permitindo assim a este escalonar as acções de intervenção em função do resultado obtido. É de notar que, no programa previsional: para os elementos com INMi superiores ou iguais a 66%, é indicado no programa previsional os respectivos índices calculados, visto que o tempo de intervenção varia em função destes; para os elementos com INMi inferiores a 66%, a coluna do INMi devem ser deixado em branco, de forma a indicar que para estes apenas serão programadas acções de manutenção pró-activas. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 76 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo Coluna 1 2 Quadro 4.15 – Descrição das colunas “INMi”, “%EA” e “TSEXTRA”. Notação usada Descrição INMi mais elevado registado, de todos os espaços onde o INMi elemento se encontra presente. Percentagem de espaços afectados, calculada para elementos com INMi superiores a 66%. %EA %) = 3 TSEXTRA %ú#tç#t##ví%c ≥ 66% × 100 %ú#tç##át# O Tempo de serviço extra calcula-se para todos os elementos que já expiraram o seu tempo de vida útil (sem vida útil residual), mas que surgem na hierarquia criada abaixo dos 66%, devido ao facto destes apesar da idade, ainda se encontrarem em bom estado de conservação, podendo continuar em serviço. A coluna 2 - %EA (quadro 4.15) permite ao gestor da manutenção definir os tipos de intervenção que vai realizar sobre os elementos do edifício. Apesar de o modelo criado fornecer com objectividade o espaço e os elementos que necessitam de intervenção, o gestor tem de ser capaz de decidir se a acção a tomar abrange todos os espaços onde está presente esse elemento ou não. No quadro 4.16, encontra-se as acções a adoptar consoante a percentagem de espaços afectados. Quadro 4.16 – Tipo de acções a tomar por elemento, havendo pelo menos um com INMi superior a 66%. Acção a tomar Percentagem de espaços afectados ≥ 50% < 50% Dentro da vida útil Fora da vida útil Acções de manutenção preventiva sobre todos os elementos Reparação do elemento apenas no espaço onde está o elemento afectado (manutenção condicionada) Substituição de todos os elementos Substituição do elemento afectado A coluna 3 – TSEXTRA (quadro 4.16) trata-se de uma proposta, que tem como objectivo fornecer ao gestor o “tempo de serviço extra” para os elementos que já ultrapassaram a vida útil (quadro 4.17). O cálculo proposto deve-se ao facto de os elementos se encontrarem em bom estado de conservação (INMi inferiores a 66% - valor limite para acções de substituição) apesar de expiradas as suas vidas úteis. Os factores responsáveis pelo bom estado dos elementos, podem ser: elemento alvo de manutenção regulares, o que aumenta o seu tempo de vida útil; pode não ter estado exposto às acções climatéricas; não ter sido alvo de muita utilização; entre outros. O “tempo de vida útil extra” deve ser calculado com base na vida útil do elemento (VU) e no “índice de necessidade de manutenção (INMi)”, dado que este reflecte o seu estado conservação. Propõe-se assim uma relação inversa entre o INMi e o tempo de serviço extra, ou seja, quanto mais baixo for o INMi, maior é o tempo de serviço extra atribuído ao elemento. A razão usada é 10%, ou seja, abaixo de 65%, é acrescentado 10% de tempo de vida útil extra ao elemento, por cada 10% a menos no INMi. O objectivo é, quanto melhor for o estado do elemento, mais tempo este vai Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 77 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo prevalecer em serviço, não sendo gastos fundos substituindo um elemento que ainda pode cumprir a sua função por mais algum tempo. Quadro 4.17 – Estimativa do “tempo de serviço extra” para elementos que já terminaram a sua vida útil. <10% 10% - 20% 21% - 30% 31% - 40% 41% - 50% 51%-60% 61%-65% 0,7xVU 0,6xVU 0,5xVU 0,4xVU 0,3xVU 0,2xVU 0,1xVU Onde: VU = Vida útil. Para todas as acções a planear, o gestor deverá ter em conta duas situações: o número e tipo de equipas que tem à sua disposição, colocando logo na calendarização a equipa responsável por determinada intervenção; a data e o tipo da última intervenção, de forma a planear os futuros trabalhos de forma correcta, por exemplo, se um determinado conjunto de elementos tiver sido alvo recentemente de acções de manutenção preventiva, a próxima acção a planear será uma predictiva, e vice-versa. Pode haver excepções a esta regra caso o gestor ache conveniente. As colunas a adoptar para a elaboração dos programas previsionais das acções de manutenção encontram-se indicadas no quadro 4.18. Quadro 4.18 – Colunas finais que compõem as tabelas das calendarizações das acções de manutenção. Elemento AC VU VUR UI TI NI Predictiva Preventiva INMi % EA TSEXTRA Elemento exemplo Onde: AC=Ano construção; UI=Ano da último intervenção; TI=Tipo de acção tomada na última acção de manutenção; NI=Número de intervenções; VU=Vida útil; VUR=Vida útil residual ou remanescente; Predictiva=Espaço de tempo (em anos) entre acções de manutenção predictiva; Preventiva=Espaço de tempo (em anos) entre acções de manutenção preventiva; INMi=Índice de necessidade de manutenção; %EA=Percentagem de espaços afectados; TSEXTRA=Tempo de serviço extra. Os dados levantados em campo para a elaboração dos programas previsionais permitem ser actualizados constantemente, podendo-se assim calcular os índices de necessidade de manutenção, cada vez que se realizar uma acção de manutenção pró-activa ou reactiva. Isto possibilita manter os programas previsionais do edifício actualizados. 4.3.5. PREVISÃO DE CUSTOS Para a realização das previsões de custos, foram estudados várias metodologias no capítulo 3, nomeadamente no subcapítulo “Métodos para o cálculo de custos globais”. Para as estruturas aeroportuárias, decidiu-se adoptar o “Método para o cálculo do custo global de um edifício – LCC” devido ao facto de ser possível aplicar esta metodologia em qualquer fase da vida da estrutura. Para utilizar a metodologia do “Método para o cálculo do custo global de um edifício – LCC”, são necessárias conhecer cinco informações, quatro acerca de cada tipo de elemento do edifício e a quinta que é comum a todos: 1 – Programa previsional de acções de manutenção; 2 – Preço de substituição no ano 0 (ano que se aplica o modelo); 3 – Rácios de acções de manutenção predictiva e preventiva sobre o preço de substituição no ano 0; 4 – Quantidades; 5 – Taxas de crescimento e de actualização nominal com risco. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 78 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo A primeira informação é de fácil obtenção, visto que nesta fase a calendarização das acções de manutenção para cada elemento já se encontra disponível, permitindo retirar as informações necessárias. A segunda informação, relativa a preços de substituição para cada elemento no ano 0, pode ter várias origens, tais como, consulta do “Histórico de intervenções”, tabelas de preços de elementos, bibliografia técnica, entre outros. A terceira informação, acerca dos rácios de manutenção a adoptar nas manutenções predictivas e preventivas, foi obtida através da consulta de bibliografia técnica como PERRET (1995) e complementada com alguns manuais e fichas técnicas de elementos, que continham essas informações. A quarta informação, sobre as quantidades dos elementos, está disponível na ficha de inspecção de tipo 1. No quadro 4.19, é possível ver as colunas que devem estar presentes num quadro de previsão de custos. Quadro 4.19 – Colunas finais que compõem as tabelas das previsões de custos. Elemento Predictiva rácio Preventiva rácio Substituição Quantidade unitário (Ano 0) Subsituição Ano 0 (2011) Predictiva Ano 0 Quantidade Preventiva de elementos Ano 0 MC Elemento exemplo Onde: MC=Manutenção condicionada. Falta apenas mencionar o propósito da coluna “Quantidade de elementos MC”, que tem o objectivo de fornecer a informação relativa ao número de elementos que vão ser sujeitos a acções de manutenção condicionada. Este tipo de acções, que só ocorrem sobre um determinado número de elementos e em certos espaços, aplica-se apenas a elementos com INMi acima de 66% e quando a percentagem de espaços afectados que possuem esse elemento é inferior a 50%. Para aplicação do LCC, fica apenas a falta recolher a quinta informação necessária (comum a todos os elementos), que são as taxas de crescimento e de actualização nominal com risco, que podem ser consultadas em Portugal, através do site do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGPC). Com todos os dados recolhidos, é possível realizar a previsão de custos de manutenção de um edifício a longo prazo, com recurso à técnica LCC. Esta técnica fornece assim um “Valor Actual”, para cada ano, e um “Valor Anual Equivalente” que representa em média o valor gasto por ano para manutenção. 4.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS DE CAPÍTULO Na primeira parte deste capítulo, foi apresentado o modelo de gestão de manutenção proposto para edifícios em complexos aeroportuários. O modelo desenvolvido é bastante completo, pretendendo dar resposta a qualquer situação que ocorra num aeroporto. O papel do gestor da manutenção em todo o modelo é fundamental, uma vez que é este o responsável por toda a coordenação das acções de manutenção. Na segunda parte do capítulo, foram aprofundados os procedimentos do modelo de gestão da manutenção abordados nesta dissertação, sendo estes: elaboração da lista de elementos fonte de manutenção do edifício por espaço; avaliação do estado dos elementos fonte de manutenção existentes; Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 79 4. Metodologia a aplicar no trabalho de campo planos de manutenção: elaboração da hierarquia dos elementos fonte de manutenção: planos previsionais de manutenção; previsões de custos. Para a elaboração da lista de elementos fonte de manutenção do edifício por espaço, foram desenvolvidas três fichas de inspecção, sendo duas delas para a avaliação do estado dos elementos fonte de manutenção e outra para a recolha de dados relativos aos elementos. A equação desenvolvida para a hierarquização dos elementos com mais necessidades de manutenção é bastante completa, permitindo assim uma eficiente hierarquização dos elementos. A equação não só permite escalonar os elementos pelas suas necessidades de manutenção, bem como o cálculo do “tempo de serviço extra” para elementos que já terminaram a sua vida útil, mas que ainda se apresentam em bom estado de conservação. Em relação à elaboração dos planos previsionais de manutenção e da previsão dos respectivos custos, também foram mencionados os procedimentos para a obtenção dos mesmos. Concluída a descrição do modelo de gestão e dos procedimentos a serem abordados, pode-se avançar para o capítulo 5, onde se aplicará a metodologia proposta a dois edifícios inseridos em complexos aeroportuários, com o intuito de avaliar a resposta do modelo desenvolvido. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 80 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários 5. APLICAÇÃO DO MODELO DE GESTÃO DE MANUTENÇÃO PROPOSTO PARA COMPLEXOS AEROPORTUÁRIOS 5.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS Neste capítulo, pretende-se aplicar o modelo de gestão de manutenção apresentado no capítulo anterior, sobre os edifícios objecto de estudo desta dissertação, nomeadamente, o Edifício dos bombeiros do Aeroporto Internacional de Lisboa e o Terminal de Carga do Aeroporto Internacional de Faro. Ambas as construções são edificações aeroportuárias em fase de exploração. Utilizando o modelo de gestão da manutenção desenvolvido, pretende-se atingir os seguintes objectivos primários: elaboração dos programas previsionais de manutenção para 10 anos para cada edifício; realização das previsões de custos de manutenção associadas às calendarizações das acções de manutenção realizadas; cálculo da previsão de custos anuais de manutenção. Com o intuito de aproveitar ao máximo os resultados obtidos pelo modelo desenvolvido, também se pretende atingir os seguintes objectivos secundários: comparação dos custos anuais de manutenção a calcular, com os teóricos estimados; comparação dos resultados entre a equação de hierarquização desenvolvida, com outras consultadas na bibliografia; construção de uma hierarquia para múltiplos edifícios, de forma a representar um verdadeiro complexo aeroportuário; análise estatística sobre as anomalias detectadas, nomeadamente, o tipo e o espaço onde as estas surgem com mais frequência. Por último, será realizada uma análise crítica sobre a aplicação do modelo criado. 5.2. EDIFÍCIO DOS BOMBEIROS DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE LISBOA 5.2.1. Breve descrição do edifício O edifício dos bombeiros do aeroporto de Lisboa foi adjudicado a 05/12/1997, por um valor de 1.134.304,97€, terminada a sua construção a 20/10/1999. Possui uma área útil aproximada de 1780 m2, dividida pelos seus dois pisos. No complexo aeroportuário, esta edificação possui o código 61, sendo também muitas vezes designado, apenas como “edifício 61”. Nas figuras 5.1 a 5.4, estão presentes as fotos das fachadas da edificação. Figura 5.1 – Fachada Este (Nascente). Figura 5.2 – Fachada Oeste (Poente). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 81 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Figura 5.3 – Fachada Norte. Figura 5.4 – Fachada Sul. Esta edificação sofreu no ano 2000 obras de reparação ao abrigo da garantia devido a problemas que apresentava, nomeadamente na varanda por causa de infiltrações registadas, e na garagem onde se verificou o afundamento do pavimento, daí esses elementos terem datas de construção diferentes das do edifício na calendarização. No contexto aeroportuário, esta instalação é extremamente importante, uma vez que em caso de crise, é aqui que estão sediados grande parte dos meios de resposta às emergências, sendo por esta razão que alguns espaços deste edifício requerem estar totalmente operacionais permanentemente. 5.2.2. Elaboração da lista de EFM do edifício por espaço Como referido no momento da apresentação da metodologia no capítulo 4, deverá ser criada antecipadamente uma lista geral dos elementos fonte de manutenção presentes em todo o complexo aeroportuário, visto que muitos destes se encontram repetidos em muitos edifícios. Neste caso prático do edifício dos bombeiros, a equipa responsável pela manutenção do Aeroporto Internacional de Lisboa, já tinha elaborado uma lista de EFM de todo o complexo, a qual vai servir como base para a realização da lista de elementos fonte de manutenção do edifício por espaço. Deve-se em seguida proceder à identificação dos espaços do edifício, para que no momento da recolha de dados em campo, se saiba o código a atribuir a cada local inspeccionado. No aeroporto de Lisboa, os códigos foram fornecidos pelos responsáveis pela manutenção, uma vez que este trabalho já se encontrava elaborado. Os dados fornecidos foram analisados, sendo estes: lista de EFM, de forma a verificar se todos os elementos a inspeccionar se encontravam presentes; as codificações atribuídas aos espaços, com o intuito de aferir o uso destas no modelo de codificação desenvolvido. Após análise, verificou-se que todas as informações fornecidas eram compatíveis com o modelo elaborado. Iniciou-se então a fase do levantamento dos dados através do preenchimento da ficha de inspecção de tipo 1 (ver extracto da ficha no quadro 5.1). A informação apresentada no quadro 5.1 é um exemplo sucinto, visto que foram levantados cerca de 489 elementos espalhados por todos espaços do edifício. Com os dados recolhidos, passou-se para o passo seguinte do modelo criado, nomeadamente a avaliação do estado dos elementos fonte de manutenção existentes. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 82 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Quadro 5.1 – Extracto da ficha de inspecção do tipo 1, utilizada no edifício 61. Código do Piso Espaço edifício 061 01 201 061 01 201 061 01 201 Designação do elemento Quantidade (un/m/m2) Data Código geral do elemento 54 m2 14/07/2010 061.01.201.103-068 21 m2 14/07/2010 061.01.201.105-081 1 un 14/07/2010 061.01.201.107-069 Pintura paredes interiores Tecto falso madeira Porta madeira 5.2.3. Avaliação do estado dos EFM existentes Com base na informação recolhida através da ficha de inspecção do tipo 1, preenche-se parcialmente a ficha de inspecção de tipo 2, nomeadamente as colunas “Código geral do elemento” e “Designação do elemento” para a segunda visita a efectuar à edificação. No quadro 5.2, é possível visualizar um extracto da ficha de inspecção do tipo 2, já concluída, para o mesmo espaço abordado do quadro 5.1. Quadro 5.2 – Extracto da ficha de inspecção do tipo 2, para o espaço 061.01.201. Estado de degradação Importância do Designação Efeito a longo prazo Código das dos elementos espaço do anomalias elemento E B R I PI|PS SE L RO G N A MA Pintura 061.01.201.103-068 paredes X X X A1 interiores Tecto falso X 061.01.201.105-081 X X A3 madeira Porta X X X A15 061.01.201.107-069 madeira Onde: E=Excelente; B=Bom; R=Razoável; I=Insatisfatório; PI|PS=Precisa de intervenção ou substitução; SE=Sem efeito; RO=Requer observação; G=Grave; N=Normal; A=Alta; MA=Muito Alta. Código geral do elemento Data 23/07/10 23/07/10 23/07/10 L=Ligeiro; No Anexo I, estão presentes as plantas do edifício, onde em cada espaço está indicado as anomalias existentes, com o correspondente código do elemento. As classificações atribuídas ao critério “Importância do espaço”, aquando do preenchimento da ficha de inspecção do tipo 2, estão indicadas no quadro 5.3. Quadro 5.3 – Coeficientes atribuídos para os diferentes tipos espaços. Normal – 1 Alta – 1.1 Muito Alta – 1.2 Gabinetes Lavandaria Garagem de Instalações sanitárias Terraços e coberturas viaturas Armazéns Salas de piquete Circulações e zonas comuns Sala de formação Salas de descanso Central de Bar/refeitório Apoio de cozinha comunicações Ginásio Balneários e Vestiários Visto que os espaços “Garagem de viaturas” e “Central de comunicações” são extremamente importantes para o funcionamento do complexo aeroportuário, a estes foi atribuído uma importância “Muito alta”. A falha num destes dois espaços pode colocar vidas em risco, bem como o funcionamento das operações aeroportuárias. Às zonas de “circulação” e “comuns” é atribuído uma “Importância do espaço” “Alta”, devido ao facto de servirem de ligação entre zonas com importâncias “Muito altas”. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 83 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Em seguida, é necessário proceder ao preenchimento da ficha de inspecção do tipo 3, para ficar com todos os dados necessários, para se proceder à aplicação da equação da hierarquização. Um extracto dessa ficha é apresentado no quadro 5.4. Quadro 5.4 – Extracto da ficha de inspecção tipo 3. ID do eleme. Efeito em caso de Ace. Segurança para os Importância Prob. de Probabilidade de falha/ rotura manut. utilizadores do elemento ocorrência detecção SE LE GE D M F NA RL RS RV NI I MI R B A EE EE A M B I* 103-068 X X X X X X 105-081 X X X X X X Onde: ID do elemento=Código do elemento estrutural–Código do elemento; SE=Sem efeito; LE=Ligeiro efeito; GE=Grave efeito; F=Fácil; M=Mediana; D=Díficil; NA=Não afecta; RL=Risco de lesão; RS=Risco para a saúde; RV=Risco de vida; NI=Não importante; I=Importante; MI=Muito Importante; R=Raro; B=Baixo; A=Alta; EE=Extremamente elevada; I*-Impossível Como se pode ver no quadro 5.4, apenas se fez uma linha por elemento (não tendo em conta a localização), uma vez que, para estes critérios, as classificações atribuídas não variam em função do espaço, apenas diferem entre elementos, sendo essa razão pela qual a ficha tipo 3 não é preenchida para cada espaço da edificação. Terminada a fase da elaboração da lista de elementos fonte de manutenção por espaço, pode-se prosseguir para aplicação do próximo passo da metodologia, que consiste na aplicação da equação desenvolvida para a obtenção dos índices de necessidade de manutenção de cada elemento, de forma a elaborar a hierarquia de intervenção. 5.2.4. Elaboração da hierarquia dos EFM (elementos fonte de manutenção) Utilizando os dados recolhidos durante o trabalho de campo, aplicou-se equação 5.1, e obteve-se a hierarquia presente na figura 5.5, onde apenas estão apresentados os elementos com índices de necessidade de manutenção superiores a 66%, ou seja, são aqueles que necessitam de intervenção no período máximo de 1 ano (indicados no quadro 5.6). %c = ) × (17,2)() + 2,5)* + 2,33)-$ + 0,33 c + 3&i + 2,33) + 0,5' + 0,8() − 29 Onde: INMi = Índice de necessidade de manutenção do elemento i; IEP = Importância de espaço; EDE = Estado de degradação do elemento; EL = Efeito a longo prazo; EFR = Efeito em caso de falha/rotura (para o utilizador); (5.1) AM = Acessibilidade para a manutenção; SU = Segurança dos utilizadores; IE = Importância do elemento (para o edifício); PO = Probabilidade de ocorrência; PD = Probabilidade de detecção. Na figura 5.5, foi utilizado um padrão de forma a saber os tempos máximos de intervenção sobre os elementos, que estão indicados no quadro 5.5. Quadro 5.5 – Patamares de intervenção, prazos máximos e padrões utilizados. Patamares de intervenção Prazo máximo de Padrão correspondente intervenção 100% - 120% 3 Meses 80% - 99% 6 Meses 66% -79% 1 Ano Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 84 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Figura 5.5 – Necessidades de manutenção dos elementos fonte no edifício dos bombeiros do Aeroporto Internacional de Lisboa. Comparando a figura 5.5 com o quadro 5.6, verifica-se que o quadro apenas menciona os elementos desprezando a sua localização, ou seja, da figura é retirado o INMi mais elevado registado para cada elemento. O quadro 5.6 vai ser bastante útil para a elaboração dos planos previsionais de manutenção (próximo passo da metodologia). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 85 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Quadro 5.6 – Categorias de elementos fonte de manutenção com INMi superiores a 66%. INMi mais elevado registado para cada Código Elementos elemento 109-101 Selantes 107% 113-090 Fitas anti-derrapantes 107% 107-080 Acrílicos 105% 109-071 Puxadores 95% 116-102 Caleiras 90% 107-069 Portas 87% 109-024 Caixilharia/Estrutura 84% 111-043 Estores 82% 111-999 Outros 81% 105-081 Revestimentos de madeira 81% 107-079 Ferragens diversas 80% 102-009 Lajes 77% 105-085 Grelhas de ventilação 75% 104-087 Peitoril 73% 102-009 Mesas 71% 104-082 Revestimentos em pedra 70% 103-068 Pinturas 69% 115-095 Tubagem 68% 113-037 Corrimãos 67% 105-084 Revestimentos metálicos 67% 5.2.5. Planos previsionais de acções de manutenção No capítulo 4, durante a apresentação dos procedimentos do modelo de gestão da manutenção a serem aplicados nesta dissertação, foram indicadas as colunas que devem estar presentes no programa previsional, de forma a tornar a execução deste eficiente. Para proceder ao preenchimento das mesmas, são necessários vários documentos, sendo os quais: 1 – Levantamento da lista geral dos elementos fonte de manutenção existentes no edifício; 2 – Histórico das intervenções; 3 – Dados relativos a cada elemento, tais como: vida útil, vida útil residual, intervalos de tempo de manutenções predictivas e preventivas; 4 – Hierarquia dos elementos fonte de manutenção. Para a obtenção da lista geral de elementos fonte de manutenção presentes na edificação, recorreuse à informação recolhida durante a elaboração da ficha de inspecção do tipo 3. Em relação ao histórico das intervenções do caso em estudo, é obtido através da consulta do software “Maximo Asset Management”, implantado no complexo aeroportuário desde 2005. As lacunas de informação que os dados provenientes deste programa possam apresentar são colmatadas, quando possível, com recurso a questões realizadas aos funcionários. Os dados relacionados com as vidas úteis dos elementos e os intervalos de tempo entre manutenções pró-activas foram obtidos através da consulta de bibliografia técnica, como exemplo, PERRET (1995). Por último, as informações relativas à hierarquia dos EFM foram obtidas através das consulta no subcapítulo anterior, nomeadamente da figura 5.5 e do quadro 5.6. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 86 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários No quadro 5.6, está indicado que o edifício de Lisboa possui cerca de 20 categorias de elementos com INMi superiores a 66%. Tal como referido na descrição da metodologia, é necessário verificar se as intervenções a efectuar sobre estes, ocorrem em todos os espaços onde estão presentes o elemento ou não. Para efectuar a escolha do tipo de intervenção a adoptar, é necessário proceder ao cálculo do índice “%EA – Percentagem de espaços afectados” através da equação 5.2, para cada grupo de elementos presente no quadro 5.6. %) = %ú#tç#t##ví%c ≥ 66% × 100 %ú#tç##át# (5.2) De acordo com os resultados obtidos da equação 5.2, atribui-se a cada grupo de elementos as acções previstas no quadro 4.17, que são em suma: substituição dos elementos se estes se encontrarem fora da vida útil; acções de manutenção preventiva (PV) sobre todos os elementos se %EA for igual ou superior a 50%; reparação do elemento apenas no espaço onde está o elemento afectado (manutenção condicionada – MC) se %EA for inferior a 50%. Com os dados recolhidos, elaborou-se a calendarização para um período mensal durante 10 anos. No momento da calendarização, consultou-se a gestão de recursos, e verificou-se as equipas existentes no aeroporto, atribuindo-se assim a cada equipa os diferentes tipos de trabalho a efectuar. Para isto, utilizou-se na calendarização siglas de forma a identificar a equipa e tipo de intervenção a efectuar. Para as acções a tomar utilizou-se “P”, “PV” e “MC” que significam, acção predictiva, acção preventiva e manutenção condicionada, respectivamente. Para identificar os tipos de trabalhos, foi acrescentado às siglas das acções, um algarismo, de forma a identificar o trabalho. A atribuição está apresentada no quadro 5.7. Quadro 5.7 – Atribuição das equipas existentes aos tipos de trabalhos a efectuar. Siglas usadas na Código da equipa Tipo de trabalho calendarização do aeroporto P1 Inspeccionar o estado e se necessita de limpeza AP3 PV1 Limpeza RPD MC1 P2 Inspecções relacionadas com as instalações sanitárias RPD PV2 Acções de manutenção nas instalações sanitárias RPD MC2 Inspecção de elementos que necessitam de lubrificação P3 AP3 ou afinação ou outro tipo de intervenção PV3 Acções de lubrificação e afinação dos elementos ACE MC3 Inspecções relacionadas com as pinturas e estado do P4 AP2 elemento de suporte MC4 Pintura dos elementos PIC AC4 P5 Inspecção para avaliar o estado geral do elemento AP3 PV5 Reparações pontuais ACE MC5 Onde: AP3-Apoio Civil 3; RPD-Redes Prediais; ACE-Apoio Civil Edifícios; AP2-Apoio Civil 2; PIC-Contrato Pintura. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 87 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Com todos os dados obtidos, foi possível construir o programa previsional das acções de manutenção do Quartel dos bombeiros do aeroporto de Lisboa. É apresentado um extracto do programa previsional no quadro 5.8, e a sua versão completa no Anexo III (a qual inclui o planeamento mensal das acções de manutenção, para 71 elementos para um período de 10 anos). Quadro 5.8 – Extracto do programa previsional das acções de manutenção do Quartel dos bombeiros. Elemento 101. Edificações Coberturas AC VU VUR 101-005. Impermeabilizações 1999 10 -2 101-101. Varanda 2000 20 9 102-007. Vigas 1999 50 102-008. Pilares 102-009. Lajes UI TI NI Predictiva Preventiva INMi % EA TSEXTRA Jul-11 Ago-11 2/1 1 2/1 1 PV1 38 1 10 PV5 1999 50 38 1 10 PV5 1999 50 38 1 10 2002 PV 1 50% 3 PV1 102. Edif. Elem. Estruturais 77% 100% PV5 Onde: AC=Ano construção; UI=Ano da último intervenção; TI=Tipo de acção tomada na última acção de manutenção; NI=Número de intervenções; VU=Vida útil; VUR=Vida útil residual ou remanescente; Predictiva=Espaço de tempo (em anos) entre acções de manutenção predictiva; Preventiva=Espaço de tempo (em anos) entre acções de manutenção preventiva; INMi=Índice de necessidade de manutenção; %EA=Percentagem de espaços afectados; TSEXTRA=Tempo de serviço extra. 5.2.6. Previsão de custos Para a elaboração das previsões de custos, utilizando como base o “Método para o cálculo do custo global de um edifício – LCC”, é necessário conhecer cinco informações, quatro acerca de cada tipo de elemento do edifício e a quinta que é comum a todos: 1 – Programa previsional de acções de manutenção – desenvolvido no subcapítulo anterior 5.2.5; 2 – Preço de substituição no ano 0 (ano que se aplica o modelo) – obtidos através das consultas de catálogos e tabelas de preços fornecidas pela equipa responsável pela manutenção do aeroporto Internacional de Lisboa; 3 – Rácios de acções de manutenção predictiva e preventiva sobre o preço de substituição no ano 0 – informação disponível em manuais de manutenção de materiais e bibliografia técnica; 4 – Quantidades – dados obtidos através da consulta da ficha de inspecção do tipo 1; 5 – Taxas de crescimento e de actualização nominal com risco – são possíveis obter através da consulta do site do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGPC). As taxas de actualização nominal com risco a 10 anos e de crescimento utilizadas foram 7% e 1,5% respectivamente (IGCP, 2011). Com todos os dados obtidos, procedeu-se à elaboração das previsões de custos de manutenção a 10 anos, estando um extracto presente no quadro 5.9, e sua versão completa no Anexo IV (a qual inclui previsões mensais dos gastos em acções de manutenção, para 71 elementos para um período de 10 anos). Em suma, no quadro 5.10 e figura 5.6, estão indicados os valores anuais previstos em acções de manutenção, para um período de 10 anos, calculados a partir das tabelas de previsão de custos desenvolvidas. O valor médio (a 10 anos) previsto em gastos anuais de manutenção é de 26.330€. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 88 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Quadro 5.9 – Extracto das previsões de custos para o Quartel dos bombeiros. Predictiva Preventiva rácio rácio Elemento Substituição Subsituição Predictiva Preventiva unitário Quantidade Ano 0 Ano 0 Ano 0 (Ano 0) (2011) Quantidade de elementos MC Jul-11 Ago-11 101. Edificações Coberturas 101-005. Impermeabilizações 0,5% 5,0% 7€ 550 € 3.850 € 19 € 193 € 193 € 101-101. Varanda 0,5% 3,0% 12 € 400 € 4.800 € 24 € 144 € 144 € 0,1% 10,0% 300 € 450 € 135.000 € 135 € 13.500 € 13.500 € 102. Edif. Elem. Estruturais 102-007. Vigas 102-008. Pilares 102-009. Lajes Onde: MC=Manutenção condicionada. Quadro 5.10 – Valores previstos de manutenção a 10 anos. Ano Edifício dos bombeiros 2011 22.845€ 2012 35.238€ 2013 8.964€ 2014 37.637€ 2015 19.432€ 2016 16.068€ 2017 25.302€ 2018 8.824€ 2019 53.448€ 2020 12.253€ 2021 8.252€ 60000 50000 40000 30000 20000 10000 0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Custos a preços correntes VAE LCC (valor médio previsto em gastos anuais de mantuenção) Figura 5.6 – Cronograma com a indicação dos valores previstos para manutenção a 10 anos com indicação do valor médio previsto em gastos anuais de manutenção. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 89 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários 5.3. TERMINAL DE CARGA DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE FARO 5.3.1. Breve descrição do edifício O edifício do terminal de carga do aeroporto de Faro foi construído em 1977, possuindo uma área útil aproximada de 615 m2, dividida pelos seus dois pisos. No complexo aeroportuário, esta edificação possui o código 13. As fotografias das fachadas do terminal de carga estão presentes nas figuras 5.7 a 5.10. Figura 5.7 – Fachada Este (Nascente). Figura 5.8 – Fachada Oeste (Poente). Figura 5.9 – Fachada Norte Figura 5.10 – Fachada Sul. Neste complexo, situa-se no piso 0, os armazéns de carga e a sua respectiva área administrativa, enquanto no piso 1 encontra-se a alfândega que sofreu no ano 2008 obras de remodelação profundas. No contexto aeroportuário, esta instalação é importante, uma vez que alberga toda a carga proveniente de via aérea, excepto as bagagens dos passageiros. É de realçar que também é nesta instalação que se faz o processamento da carga proveniente de fora do espaço Schengen (espaço que permite a livre circulação de pessoas e bens), sendo a alfândega a entidade responsável por dar a autorização da entrada dessa carga em Portugal. 5.3.2. Elaboração da lista de EFM do edifício por espaço Este edifício, tal como o quartel dos bombeiros do Aeroporto Internacional de Lisboa, pertencem à mesma empresa, Ana Aeroportos SA. Devido a esse facto existe a troca de informação entre complexos, fazendo com que a lista geral dos elementos fonte de manutenção a utilizar nesta construção, seja a mesma que foi utilizada aquando a abordagem do edifício de Lisboa. Seguindo a metodologia do modelo apresentado no capítulo 4, deve-se proceder à identificação de cada espaço do edifício, para que, no momento da elaboração da lista de elementos fonte de Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 90 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários manutenção por espaço, se saiba o código a atribuir a cada elemento, de forma a inserir essa informação na ficha de inspecção tipo 1, aquando do levantamento dos elementos. Para este edifício, o técnico responsável pela manutenção do complexo, forneceu os projectos do mesmo, que serviram de base para executar a identificação de cada espaço. Foi então analisada a lista de EFM fornecida, de forma a verificar se todos os elementos necessários se encontravam presentes, visto que sim, procedeu-se ao desenvolvimento da aplicação do modelo através do início do levantamento dos dados através do preenchimento da ficha de inspecção de tipo 1. Um extracto desta ficha é apresentado no quadro 5.11. Quadro 5.11 – Extracto da ficha de inspecção do tipo 1, utilizada no terminal de carga. Código Designação do Quantidade Código geral do do Piso Espaço Data elemento (un/m/m2) elemento edifício Pintura paredes 013 00 001 69 m2 05/04/2010 013.00.001.103-068 interiores Revestimentos 013 00 001 de piso 20 m2 05/04/2010 013.00.001.106-076 cerâmicos 013 00 001 Rodapé cerâmico 23 m 05/04/2010 013.00.001.113-086 A informação apresentada no quadro 5.11 é um pequeno extracto, visto que foram levantados cerca de 350 elementos espalhados por todos espaços. Com os dados recolhidos, passou-se para o passo seguinte do modelo criado, nomeadamente a avaliação do estado dos elementos fonte de manutenção existentes. 5.3.3. Avaliação do estado dos EFM existentes Com base na informação recolhida através da ficha de inspecção do tipo 1, preenche-se parcialmente a ficha de inspecção de tipo 2, nomeadamente as colunas “Código geral do elemento” e “Designação do elemento” para a segunda visita a efectuar à construção. No quadro 5.12, é possível visualizar um extracto desta ficha de inspecção do tipo 2, já preenchida para o mesmo espaço abordado do quadro 5.11. Quadro 5.12 – Extracto da ficha de inspecção do tipo 2, para o espaço 013.00.001. Código geral do elemento Designação do elemento Estado de degradação dos elementos E B R I PI|PS Efeito a longo prazo SE L RO G Importância do espaço N A MA Código das anomalias Pintura paredes X X X interiores Reves. de 013.00.001.106-076 piso X X X cerâmicos Rodapé 013.00.001.113-086 X X X cerâmico Onde: E=Excelente; B=Bom; R=Razoável; I=Insatisfatório; PI|PS=Precisa de intervenção ou substitução; SE=Sem efeito; RO=Requer observação; G=Grave; N=Normal; A=Alta; MA=Muito Alta. 013.00.001.103-068 Data 25/10/10 25/10/10 25/10/10 L=Ligeiro; No Anexo II, estão as plantas deste edifício com as indicações das respectivas anomalias indicadas por espaço e com o código do elemento afectado. Neste edifício, todos os espaços existentes foram considerados como “Normais”, visto que a interrupção de funcionamento de algum deles não condiciona as operações aeroportuárias. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 91 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Em seguida, é necessário proceder ao preenchimento da ficha de inspecção do tipo 3, para ficar com todos os dados necessários, para se poder assim aplicar a equação da hierarquização. Um extracto dessa ficha é apresentado no quadro 5.13. Quadro 5.13 – Extracto da ficha de inspecção tipo 3. ID do elemento Efeito em caso Ace. manut. Segurança para os Importância Prob. de Probabilidade de de falha/ rotura utilizadores do elemento ocorrência detecção SE LE GE D M F NA RL RS RV NI I MI R B A EE EE A M B I* 103-068 X X X X X X 106-076 X X X X X X Onde: ID do elemento=Código do elemento estrutural–Código do elemento; SE=Sem efeito; LE=Ligeiro efeito; GE=Grave efeito; F=Fácil; M=Mediana; D=Díficil; NA=Não afecta; RL=Risco de lesão; RS=Risco para a saúde; RV=Risco de vida; NI=Não importante; I=Importante; MI=Muito Importante; R=Raro; B=Baixo; A=Alta; EE=Extremamente elevada; I*-Impossível Como se pode ver no quadro 5.13, apenas se fez uma linha por elemento (não tendo em conta a localização), uma vez que para estes critérios, as classificações atribuídas não variam em função do espaço, apenas diferem entre elementos, sendo essa razão pela qual a ficha tipo 3, não é preenchida para cada espaço da edificação. Terminada a fase da elaboração da lista de elementos fonte de manutenção por espaço, pode-se prosseguir para aplicação do próximo passo da metodologia, que consiste na aplicação da equação desenvolvida para a obtenção dos índices de necessidade de manutenção de cada elemento, de forma a elaborar a hierarquia de intervenção. 5.3.4. Elaboração da hierarquia dos EFM (elementos fonte de manutenção) Utilizando os dados recolhidos durante o trabalho de campo, aplicou-se equação 5.1, e obteve-se a hierarquia presente na figura 5.10, onde apenas estão apresentados os elementos com índices de necessidade de manutenção superiores a 66%, ou seja, são aqueles que necessitam de intervenção no período máximo de 1 ano (indicados no quadro 5.15). Na figura 5.11, foi utilizado um padrão de forma a saber os tempos máximos de intervenção sobre os elementos, que estão indicados no quadro 5.14. Da análise da figura 5.11, retira-se as informações contidas no quadro 5.15. Quadro 5.14 – Patamares de intervenção, prazos máximos e padrões utilizados. Patamares de intervenção Prazo máximo de intervenção Padrão correspondente 80% - 99% 6 Meses 66% -79% 1 Ano Quadro 5.15 – Categorias de elementos fonte de manutenção com índices de necessidade de intervenção superiores a 66%. Índice de necessidade de manutenção máximo Código Descrição para os elementos com INMi>66% 113-091 Pára-raios 93% 115-094 Torneiras/Pontos de água 91% 109-101 Selantes 82% 107-069 Portas 68% 109-024 Caixilharia/Estrutura 67% 103-069 Rebocos 67% 103-040 Divisórias (redes metálicas) 67% 107-015 Aros 66% Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 92 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Figura 5.11 – Necessidades de manutenção dos elementos fonte no edifício do Terminal de Carga do Aeroporto Internacional de Faro. Comparando a figura 5.10 com o quadro 5.15, verifica-se que o quadro apenas menciona os elementos desprezando a sua localização, ou seja, da figura é retirado o INMi mais elevado registado para cada elemento. O quadro 5.15 vai ser bastante útil para a elaboração dos planos previsionais de manutenção (próximo passo da metodologia). 5.3.5. Planos previsionais de acções de manutenção No momento da apresentação do modelo no capítulo 4, foram indicadas as colunas que devem estar presentes no programa previsional, de forma a tornar a execução deste eficiente. Para proceder ao preenchimento das mesmas, como também foi referido no capítulo 4, é necessário recorrer a vários documentos que são: 1 – Levantamento da lista geral dos elementos fonte de manutenção existentes no edifício; 2 – Histórico das intervenções; 3 – Dados relativos a cada elemento, tais como: vida útil, vida útil residual, intervalos de tempo de manutenções predictivas e preventivas; 4 – Hierarquia dos elementos fonte de manutenção. Para a obtenção da lista geral de elementos fonte de manutenção presentes na edificação, recorreuse à informação recolhida durante a elaboração da ficha de inspecção do tipo 3. Um histórico simplificado deste edifício foi obtido através do sistema de custeio ABC, onde se conseguiu desde 2008 saber os valores e os meses que tinham sido efectuadas as principais intervenções no edifício. Mais pormenores sobre as intervenções sofridas pelo edifício foram conseguidos através da entrevista ao Técnico de Construção Civil do aeroporto. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 93 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Os dados relacionados com as vidas úteis dos elementos e os intervalos de tempo entre manutenções pró-activas, foram obtidos através da consulta de bibliografia técnica, como exemplos, ASTM (1996) e BMI (2001). Por último, as informações relativas à hierarquia dos EFM foram obtidas através das consulta no subcapítulo anterior, nomeadamente da figura 5.10 e do quadro 5.15. No quadro 5.10 está indicado que o edifício de Faro possui cerca de 8 categorias de elementos com INMi superiores a 66%. Tal como referido na descrição da metodologia, é necessário verificar se as intervenções a efectuar sobre estes, ocorrem em todos os espaços onde estão presentes o elemento ou não. Para efectuar a escolha do tipo de intervenção a adoptar é necessário proceder ao cálculo do índice “%EA – Percentagem de espaços afectados” através da equação 5.2, para cada grupo de elementos presente no quadro 5.15. De acordo com os resultados obtidos da equação 5.2, atribui-se a cada grupo de elementos as acções previstas no quadro 4.17, que são em suma: substituição dos elementos se estes se encontrarem fora da vida útil; acções de manutenção preventiva (PV) sobre todos os elementos se %EA for igual ou superior a 50%; reparação do elemento apenas no espaço onde está o elemento afectado (manutenção condicionada – MC) se %EA for inferior a 50%. Com os dados recolhidos, elaborou-se a calendarização para 10 anos, para os elementos levantados. No momento da calendarização, consultou-se a gestão de recursos, e verificou-se no que diz respeito às equipas disponíveis, o aeroporto de Faro funciona diferente do de Lisboa, uma vez que não possui equipas próprias responsáveis pela manutenção, mas sim funciona tudo num sistema de outsourcing, havendo empresas externas responsáveis pela manutenção dos elementos. No entanto, possui um técnico de manutenção responsável por todo o complexo que coordena todo o trabalho. Para a realização da calendarização, teve-se em consideração o facto de apenas existir um técnico responsável pela manutenção, tentando-se assim agrupar as acções de manutenção predictiva para um determinado mês do ano. Isto também foi possível devido ao facto do edifício apresentar apenas espaços com “Importância do espaço” “Normal”, e o seu nível de utilização ser bastante moderado. Considerou-se então apenas um tipo de inspecção predictiva a efectuar pelo técnico de manutenção do aeroporto, indicadas na calendarização por “P” e 18 tipos de acções de manutenção preventiva (PV) ou condicionada (MC), consoante o tipo de manutenção a que vai estar sujeito o elemento. No quadro 5.16, encontra-se a explicação dos 18 tipos de inspecção considerados, bem como as siglas utilizadas. No quadro 5.17, é possível ver um extracto do programa previsional das acções de manutenção elaborado para o Terminal de carga do aeroporto de Faro. No entanto, é possível a consulta do programa completo no Anexo V (a qual inclui o planeamento das acções de manutenção, para 68 elementos para um período de 10 anos). Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 94 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Quadro 5.16 – Atribuição das equipas existentes aos tipos de trabalhos a efectuar (baseado em FLORES-COLEN, 2006b). Siglas usadas na calendarização Tipo inspecções preventivas e correctivas PV1|AC1 Pavimentos e drenagens PV2|AC2 Elementos construtivos exteriores PV3|AC3 Elementos em betão PV4|AC4 Estruturas metálicas PV5|AC5 Alvenarias PV6|AC6 Cantarias PV7|AC7 Impermeabilização e juntas de dilatação PV8|AC8 Revestimentos de paredes PV9|AC9 Revestimentos de pisos PV10|AC10 Revestimento de tectos PV11|AC11 Revestimento de escadas PV12|AC12 Revestimentos de coberturas PV13|AC13 Tectos falsos PV14|AC14 Carpintarias PV15|AC15 Serralharias PV16|AC16 Vidros e espelhos PV17|AC17 Pintura/marcações/acabamentos PV18|AC18 Equipamento fixo e móvel PV19|AC19 Instalações de canalização e equipamentos Quadro 5.17 – Extracto do programa previsional das acções de manutenção para o Terminal de carga. Elemento AC VU VUR UI NI Predictiva Preventiva INMi % EA TSEXTRA Jul-11 Ago-11 Set-11 101. Edificações Coberturas 101-001. Painéis Metálicos / Mistos 2008 20 17 1 10 P 102. Edif. Elem. Estruturais 102-007. Vigas 1977 50 16 2008 1 10 P 102-008. Pilares 1977 50 16 2008 1 10 P 102-009. Lajes 1977 50 16 2008 1 10 P 102-012. Estruturas metálicas 1977 50 16 1 10 P Onde: AC=Ano construção; UI=Ano da último intervenção; TI=Tipo de acção tomada na última acção de manutenção; NI=Número de intervenções; VU=Vida útil; VUR=Vida útil residual ou remanescente; Predictiva=Espaço de tempo (em anos) entre acções de manutenção predictiva; Preventiva=Espaço de tempo (em anos) entre acções de manutenção preventiva; INMi=Índice de necessidade de manutenção; %EA=Percentagem de espaços afectados; TSEXTRA=Tempo de serviço extra. 5.3.6. Previsão de custos Para a elaboração das previsões de custos, utilizando como base o “Método para o cálculo do custo global de um edifício – LCC”, como referido na apresentação do modelo, é necessário conhecer cinco informações, quatro acerca de cada tipo de elemento do edifício e a quinta que é comum a todos: 1 – Programa previsional de acções de manutenção – desenvolvido no subcapítulo anterior 5.3.5; 2 – Preço de substituição no ano 0 (ano que se aplica o modelo) – fornecidos pelo técnico responsável pela manutenção no Aeroporto de Faro; 3 – Rácios de acções de manutenção predictiva e preventiva sobre o preço de substituição no ano 0 – obtidos através de manuais de manutenção de materiais e bibliografia técnica; Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 95 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários 4 – Quantidades – dados obtidos através da consulta da ficha de inspecção do tipo 1; 5 – Taxas de crescimento e de actualização nominal com risco – são possíveis obter através da consulta do site do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGPC). As taxas de actualização nominal com risco a 10 anos e de crescimento utilizadas foram 7% e 1,5% respectivamente (IGCP, 2011). Com todos os dados obtidos, procedeu-se à elaboração das previsões de custos de manutenção a 10 anos, estando um extracto presente no quadro 5.18, e sua versão completa no Anexo VI (a qual inclui previsões dos gastos em acções de manutenção, para 82 elementos para um período de 10 anos). Quadro 5.18 – Extracto das previsões de custos de manutenção para o Terminal de carga. Elemento Predictiva Preventiva rácio rácio Substituição Subsituição Quantidade Substituição Predictiva Preventiva Jul-11 Ago-11 Set-11 Ano 0 de unitário Quantidade Ano 2007 Ano 0 Ano 0 (Ano 0) (2010) elementos 101. Edificações Coberturas 101-001. Painéis Metálicos / Mistos 0,1% 5,0% 160 € 930 148.800 € 149 € 7.440 € 149 € 0,5% 10,0% 300 € 100 30.000 € 150 € 3.000 € 150 € 0,1% 25,0% 112 € 930 104.160 € 104 € 26.040 € 104 € 102. Edif. Elem. Estruturais 102-007. Vigas 102-008. Pilares 102-009. Lajes 102-012. Estruturas metálicas Onde: MC=Manutenção condicionada. Em suma, no quadro 5.19 e na figura 5.12, estão indicados os valores anuais previstos em acções de manutenção, para um período de 10 anos, calculados a partir das tabelas de previsão de custos desenvolvidas. O valor médio (a 10 anos) previsto em gastos anuais de manutenção é de 21.827€. Quadro 5.19 – Valores previstos de manutenção a 10 anos. Ano Terminal de carga 2011 1.641€ 2012 79.288€ 2013 7.210€ 2014 6.445€ 2015 28.394€ 2016 7.440€ 2017 6.383€ 2018 25.026€ 2019 1.629€ 2020 26.819€ 2021 7.201€ 5.4 ANÁLISE DA EQUAÇÃO DE HIERARQUIZAÇÃO DESENVOLVIDA 5.4.1. Comparação dos resultados obtidos pela equação desenvolvida com outras consultadas na bibliografia A equação desenvolvida para a obtenção dos índices de necessidade de manutenção de cada elemento, como referido ao longo desta dissertação, teve como base para o seu desenvolvimento os “Métodos das prioridades” estudados no capítulo 3, nomeadamente, a “fórmula de Roue’s”, “Método multi-atributos” e o “Método PIM-CC”. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 96 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários De forma a avaliar os resultados obtidos pela equação criada, decidiu-se aplicar sobre os dados recolhidos em campo, as metodologias usadas para a sua construção, com o objectivo de realizar uma avaliação comparativa entre os resultados obtidos. 90000 80000 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 0 2011 2012 2013 Terminal de carga 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 VAE LCC (valor médio previsto em gastos anuais de mantuenção) Figura 5.12 – Cronograma com a indicação dos valores previstos para manutenção a 10 anos com indicação do valor médio previsto em gastos anuais de manutenção. A melhor forma para comparar todas as metodologias intervenientes é através da construção de um gráfico de linhas, onde nas abcissas irão estar presentes os elementos avaliados e nas ordenadas, o índice de necessidade de manutenção. Na figura 5.13, está presente um extracto do gráfico construído, uma vez que o completo apresenta cerca de 839 elementos (Anexo VII). Da análise do gráfico construído, verifica-se que a metodologia que tem andamento mais próximo da proposta (representada na figura 5.13 por “modelo”) é a Fórmula de Roue’s, devendo-se provavelmente ao facto de alguns factores de classificação utilizadas em ambas serem semelhantes. Os resultados fornecidos pela fórmula de Roue’s, são na sua maioria mais baixos que os calculados através da equação desenvolvida, e esta discrepância aumenta quando se trata de elementos situados em zonas de importância “Alta” ou “Muito alta”. Isto deve-se ao facto de a fórmula de Roue’s considerar todas as zonas dentro do mesmo edifício com o mesmo nível de importância. Em relação às restantes metodologias, embora sigam em geral a mesma tendência, a diferença entre os resultados obtidos é significativa quando comparados com os fornecidos pela equação de hierarquização desenvolvida. 5.4.2. Aplicação da hierarquia a dois edifícios em simultâneo Neste subcapítulo, pretende-se avaliar os resultados obtidos, através da aplicação da equação criada, para múltiplos edifícios em simultâneo. Com esse objectivo, simulou-se que os dois edifícios estudados encontravam-se dentro do mesmo complexo. Visto os códigos dos edifícios serem diferentes para cada um dos casos, vai-se utilizar os reais, sendo o 61 o edifício dos bombeiros enquanto o 13 o terminal de carga. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 97 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários A hierarquia conjunta é apresentada na figura 5.14, onde é possível verificar, de uma forma rápida, que o sistema de codificação criado encaixa perfeitamente no modelo desenvolvido, uma vez que é possível identificar os espaços e os elementos com problemas de forma fácil e rápida, apenas consultado um único diagrama. Figura 5.13 – Extracto do gráfico de linhas comparativo entre os vários modelos. No quadro 5.20 está indicado o significado de cada padrão utilizado na figura 5.14, em termos de tempo máximo de intervenção sobre o elemento. Quadro 5.20 – Patamares de intervenção, prazos máximos e padrões utilizados. Patamares de intervenção Prazo máximo de Padrão correspondente intervenção 100% - 120% 3 Meses 80% - 99% 6 Meses 66% -79% 1 Ano Esta hierarquia facilita em muito o trabalho do gestor do complexo, permitindo assim através de um único esquema, identificar os elementos que estão a necessitar de manutenção a curto prazo no seu complexo, sem estar a analisar individualmente cada edifício. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 98 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários É de referir que a hierarquia presente na figura 5.14 apenas deve ser utilizada para uma análise geral de todo complexo, com o objectivo de permitir ao gestor da manutenção através de um único diagrama, obter um conhecimento sobre os elementos mais críticos presentes nos edifícios a seu cargo. Para dados mais concretos sobre os elementos, este deve recorrer aos diagramas específicos de cada construção. Figura 5.14 – Hierarquia conjunta de ambos os edifícios. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 99 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários 5.5. ESTATÍSTICA DOS RESULTADOS OBTIDOS Com base nos dados recolhidos através das inspecções visuais aos edifícios, é possível efectuar estatísticas nomeadamente acerca: tipos de anomalias mais encontradas; espaços com mais anomalias. Os gráficos que representam as estatísticas efectuadas são apresentados nas figuras 5.15 e 5.18 para o edifício do aeroporto de Lisboa e nas figuras 5.19 e 5.24 para o terminal de carga do aeroporto de Faro. A30 - Elementos em conflito A29 - Deformação excessiva ou assentamento A28 - Detritos A27 - Maus cheiros A26 - Ruído incómodo A25 - Dejectos de aves A24 - Vegetação parasitária A23 - Colonização biológica A22 - Concretação A21 - Infiltrações A20 - Sem funcionamento A19 - Deficiente funcionamento Anomalias A18 - Desgaste uniforme A17 - Desgaste localizado A16 - Elemento(s) em falta A15 - Elemento(s) partido(s) A14 - Elemento(s) solto(s) A13 - Armadura à vista A12 - Corrosão A11 - Lacuna em profundidade A10 - Alveolização ou picadura A9 - Deterioração A8 - Descasque ou escamação A7 - Fenda ou fractura A6 - Fissuração média A5 - Pequena fissuração A4 - Fissuração mapeada A3 - Descoloração ou mancha A2 - Sujidade Uniforme A1 - Sujidade diferencial 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% % de anomalias detectadas no edifício Figura 5.15 – Tipos e percentagens de anomalias detectadas no edifício dos bombeiros. No total do edifício dos bombeiros, foram identificadas 182 anomalias, sendo a distribuição destas representadas na figura 5.15 segundo os seus tipos. Um resumo das mais detectadas está indicado no quadro 5.21. Pode-se verificar que as sujidades e descolorações ou manchas (figura 5.16) aparecem em grandes quantidades, uma vez que o facto de as pinturas de paredes interiores, exteriores e tectos já terem terminado a sua vida útil, faz com que este valor seja mais alto. No entanto este tipo de anomalias não são muito graves, não colocando em risco a longo prazo o funcionamento do elemento, uma vez que os danos causados por estas, são mais a nível estético do que funcional, quando se está a Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 100 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários tratar do elemento parede. Se fosse um elemento metálico, a interpretação era outra, visto que para este tipo de elementos, a pintura é fundamental para garantir o cumprimento da sua vida útil. Quadro 5.21 – Anomalias mais detectadas no edifício dos bombeiros. Código da anomalia Anomalia Quantidade A1 Sujidade diferencial 28 A2 Sujidade uniforme 15 A3 Descoloração ou mancha 19 A5 Pequena fissuração 14 A14 Elementos soltos 18 A15 Elementos partidos 10 A16 Elementos em falta 13 A21 Infiltrações 10 % 15,4 8,2 10,4 7,7 9,9 5,5 7,1 5,5 As infiltrações também aparecem em número elevado (figura 5.17) devido ao facto de as impermeabilizações já terem ultrapassado o período de vida útil. Os elementos soltos, partidos ou em falta, também aparecem em grande número, mas estes devem ser analisados de forma minuciosa, uma vez que estas anomalias podem ocorrer em vários elementos, não estando confinada apenas a um. Figura 5.16 – Sujidades e descolorações ou manchas. Figura 5.17 – Infiltrações. Na figura 5.18, é possível analisar a distribuição das anomalias por espaços, verificando assim quais as zonas do edifícios mais afectadas. No quadro 5.22, está apresentado um resumo dos espaços mais problemáticos do edifício dos bombeiros representados na figura 5.18. Quadro 5.22 – Anomalias por espaços no quartel dos bombeiros. Código do espaço Espaço Número de anomalias 061 Fachadas e arranjos exteriores 26 061.01.021 Terraço 13 061.00.106 Vestiário 12 061.01.010 Apoio de cozinha 11 061.00.005 Garagem de viaturas 9 061.01.009 Bar/refeitório 9 061.01.201 Central de comunicações 9 061.00.009 Entrada principal 8 061.01.205 Sala de piquete 8 Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções % 14,3 7,1 6,6 6,0 5,0 5,0 5,0 4,4 4,4 Pág. 101 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Da análise dos espaços, verifica-se como é de esperar que os que possuem mais anomalias são os espaços de uso comum (ou seja, os mais utilizados) e não os mais privados, tal como os gabinetes e as zonas de descanso. Fachadas e arranjos exteriores 061.02.001 061.01.021 061.01.020 061.01.018 061.01.207 061.01.206 061.01.205 061.01.204 061.01.203 061.01.202 061.01.201 Espaços 061.01.010 061.01.009 061.01.008 061.01.215 061.01.213 061.01.211 061.01.210 061.01.209 061.01.001 061.00.108 061.00.106 061.00.007 061.00.009 061.00.005 061.00.003 061.00.101 061.00.002 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% % de anomalias detectadas por espaço Figura 5.18 – Quantidade de anomalias por espaços do edifício estudado no aeroporto de Lisboa. No quadro 5.22, está presente o espaço “01.201 – Central de comunicações”, que é um espaço com “Importância do espaço” “Muito Alta”, ou seja, que requer que os seus elementos estejam sempre operacionais. O facto de apresentar muitas anomalias não significa que estas coloquem em causa o funcionamento do mesmo mas deve-se ter atenção o resultado obtido, de forma a agir de uma forma adequada e atempada. Em relação ao terminal de carga, foram detectadas 83 anomalias as quais estão identificadas por tipos na figura 5.19. Analisando esta, verifica-se que os tipos de anomalias mais detectadas estão indicados no quadro 5.23. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 102 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Quadro 5.23 – Anomalias mais detectadas no terminal de carga. Código da anomalia Anomalia Quantidade A1 Sujidade diferencial 16 A2 Sujidade uniforme 10 A3 Descoloração ou mancha 10 % 19,3 12,0 12,0 A30 - Elementos em conflito A29 - Deformação excessiva ou assentamento A28 - Detritos A27 - Maus cheiros A26 - Ruído incómodo A25 - Dejectos de aves A24 - Vegetação parasitária A23 - Colonização biológica A22 - Concretação A21 - Infiltrações A20 - Sem funcionamento A19 - Deficiente funcionamento Anomalias A18 - Desgaste uniforme A17 - Desgaste localizado A16 - Elemento(s) em falta A15 - Elemento(s) partido(s) A14 - Elemento(s) solto(s) A13 - Armadura à vista A12 - Corrosão A11 - Lacuna em profundidade A10 - Alveolização ou picadura A9 - Deterioração A8 - Descasque ou escamação A7 - Fenda ou fractura A6 - Fissuração média A5 - Pequena fissuração A4 - Fissuração mapeada A3 - Descoloração ou mancha A2 - Sujidade Uniforme A1 - Sujidade diferencial 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20% % de anomalias detectadas no edifício Figura 5.19 – Anomalias detectadas no terminal de carga. Pode-se verificar que as sujidades e descolorações ou manchas aparecem em grandes quantidades, agora resta apurar em que elementos são mais frequente o aparecimento destas anomalias. Através da consulta das plantas existentes no Anexo II, verifica-se que os revestimentos cerâmicos do piso dos gabinetes e as paredes dos espaços comuns das empresas de handling são os mais afectados por estes tipos de anomalias. Verificando os períodos de vida útil dos elementos constata-se que estes ainda devem de cumprir por mais alguns anos as suas funções sem problemas, isto leva a concluir que se está perante problemas a nível funcional. Nos gabinetes, a sujidade das paredes deve-se à inexistência de rodacadeiras (figura 5.20) e que manchas no chão são feitas pelas cadeiras que não possuem borrachas nas superfícies de contacto destas com o chão (figura 5.21). Estão assim identificadas as causas, as quais devem ser resolvidas com a colocação de roda-cadeiras e borrachas nas cadeiras. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 103 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Em relação às zonas comuns das empresas de handling, verifica-se que a sujidade é devida ao contacto entre os contentores de carga e as paredes (figura 5.22). Os rebocos destas zonas apresentavam problemas graves (figura 5.23). A solução consiste em colocar guardas de protecção na parede, evitando assim o contacto entre as cargas e as paredes. Figura 5.20 – Sujidade na parede devido às cadeiras. Figura 5.21 – Sujidade no chão devido às cadeiras não terem borrachas. Figura 5.22 – Sujidade das paredes das zonas comuns das empresas de handling. Figura 5.23 – Paredes das zonas comuns das empresas de handling. Elaborada a análise das anomalias com mais frequência e das suas respectivas causas, passa-se para o estudo dos espaços com mais problemas apresentados na figura 5.24, onde um resumo da mesma se encontra indicado no quadro 5.24. Quadro 5.24 – Número de anomalias por espaços. Código do espaço Espaço Número de anomalias 00.016 Zona comum Groundforce 10 00.009 Zona comum Portway 9 00.017 Armazém 1 Groundforce 8 % 12,0 10,8 9,6 Da análise dos espaços, verifica-se que os mais problemáticos são aqueles onde ocorrem os trabalhos mais pesados, ou seja, “zonas comuns” e “armazéns” das empresas de handling, uma vez que por estes passa toda a carga do terminal. Para estes, aquando a realização de substituição de materiais, deve-se escolher os mais resistentes possíveis, visto que são zonas de trabalho intenso e pesado, daí serem os locais com mais anomalias de todo o edifício. 5.6. ANÁLISE CRÍTICA DA APLICAÇÃO DO MODELO DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO PROPOSTO A aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto ocorreu sem dificuldade sobre os casos de estudo. No entanto, verificou-se que a sua aplicação é longa e trabalhosa, visto que cada edifício foi sujeito pelo menos a duas visitas, onde na primeira foi preenchida a ficha de inspecção do tipo 1 Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 104 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários e na segunda as fichas tipo 2 e 3. O software utilizado para o cálculo dos índices de necessidade de obtenção foi o Microsoft Excel, que demonstrou ser adequado para a obtenção dos resultados pretendidos. Espaços A criação dos programas previsionais de manutenção e das previsões de custos também foram efectuadas no mesmo software, onde as tabelas obtidas, nomeadamente para o aeroporto de Lisboa, foram de dimensão considerável, devido às calendarizações terem sido efectuadas mensalmente para 10 anos (obtendo-se no total 120 colunas). 013.Fachadas e arranjos exteriores 013.01.008 013.01.007 013.01.006 013.01.005 013.01.004 013.01.003 013.01.002 013.01.001 013.00.019 013.00.018 013.00.017 013.00.016 013.00.015 013.00.014 013.00.012 013.00.011 013.00.010 013.00.009 013.00.008 013.00.007 013.00.006 013.00.005 013.00.004 013.00.003 013.00.002 013.00.001 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% % de anomalias detectadas por espaço Figura 5.24 - Quantidade de anomalias por espaços do edifício estudado no aeroporto de Faro. A calendarização das acções de manutenção é bastante útil para o gestor, porque prevê as acções de manutenção a curto prazo (no máximo de 1 ano) para os elementos mais críticos e planeia para os restantes as acções nos seus tempos adequados. Para além disso, para elementos em que a vida útil terminou, e em que se constata o seu bom estado de conservação, previu-se a sua continuação em uso, conforme o índice de necessidade de manutenção que apresentam. O modelo prevê desde logo a correspondência entre as acções planeadas e as equipas necessárias para a intervenção, facilitando assim o trabalho do gestor. Em relação às previsões de custos, estas foram baseadas nas acções planeadas, fornecendo os valores que devem ser despendidos em manutenção para cada ano, para um período de 10 anos, bem como um valor médio calculado do mesmo. Os valores obtidos parecem credíveis, situando-se Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 105 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários entre 1% e 3% do valor da construção, intervalo que está mencionado na teoria sobre esta matéria e que deve ser considerado nos gastos anuais, em acções de manutenção pró-activa. Ainda sobre as calendarizações e as previsões de custos, foi possível integrar sem dificuldades elementos em várias fases, ou seja, considerar que um elemento estaria em serviço até determinada data, sendo substituído por outro semelhante. O modelo permitiu assim prever acções de manutenção para o elemento existente até à data de previsão da sua substituição, bem como as acções que o novo elemento iria ser alvo, após aplicação. Na previsão de custos, também foi possível introduzir estes dados sem problemas. 5.7. CONSIDERAÇÕES FINAIS DE CAPÍTULO Neste capítulo, procedeu-se à aplicação do modelo de gestão de manutenção criado no capítulo 4, sob os edifícios caso de estudo, ambos construções em fase de exploração. Foi elaborada uma lista de elementos fonte de manutenção para cada edifício por espaço, obtendo-se 839 elementos no total, os quais foram avaliados individualmente. Com o estado dos elementos levantado, procedeu-se à elaboração dos programas previsionais, os quais demonstraram grande capacidade de adaptação, ou seja, no caso do quartel dos bombeiros conseguiu responder bem ao misto de equipas de trabalhos existentes, nomeadamente no que diz respeito a equipas do aeroporto e de outsourcing, enquanto que, no terminal de carga, a construção do programa previsional permitiu conjugar EFM com idades completamente diferentes, isto é, elementos originais do edifício, com elementos pós reabilitação. Para ambos os edifícios os planos previsionais das necessidades de manutenção foram obtidos com êxito. Em relação à previsão dos custos de manutenção, estes também foram obtidos com sucesso, utilizando como base os programas previsionais das necessidades de manutenção elaborados. Para o caso do edifício do Aeroporto Internacional de Lisboa, chegou-se à conclusão de que seriam necessários cerca de 26.330€ anuais para os gastos de manutenção, enquanto que a edificação do Aeroporto Internacional de Faro necessitava de 21.827€. Pode-se concluir que os objectivos primários foram atingidos, visto que se elaborou os programas previsionais de acções de manutenção, previsões de custos, e estimativa de custos anuais de manutenção, para ambas as construções analisadas. Quanto aos objectivos secundários atingidos, inicia-se a análise pela comparação entre os custos de manutenção anual calculados e os teóricos. No caso de Lisboa, é possível comparar o valor calculado com valores teóricos porque é conhecido o valor inicial da construção, ou seja, segundo MARTENSSON e JÓNSSON (1999), para um edifício de 11 anos, os custos anuais de manutenção rondariam 1% dos custos iniciais de construção. O valor calculado (26.330€) representa 2,33% do custo inicial e a discrepância entre o valor calculado e teórico deve-se ao facto de o edifício em questão possuir índices de utilização muito altos devido ao seu horário contínuo (24h/24h) e também pelos problemas construtivos que apresentou no primeiro ano de funcionamento, os quais obrigaram a obras de correcção. No edifício do aeroporto de Faro, não é possível fazer a comparação entre valor calculado e teórico, porque não é conhecido o custo inicial de construção do edifício. Em relação à comparação dos resultados entre a equação de hierarquização desenvolvida, com outras consultadas na bibliografia, verificou-se que a mais próxima da proposta é a fornecida pela fórmula de Roue’s, devendo-se provavelmente ao facto de alguns dos factores de classificação utilizadas em ambas sejam semelhantes. Pode-se concluir que em geral, todos os modelos possuem Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 106 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários a mesma tendência, mas que no entanto, para alguns elementos analisados, estas fornecem resultados com grandes diferenças, por as metodologias terem sido desenvolvidas para diferentes tipos de edifícios. No que diz respeito à construção de uma hierarquia para múltiplos edifícios, de forma a representar um verdadeiro complexo aeroportuário, verificou-se que os códigos utilizados nos elementos não conflituaram, possibilitando assim a construção desta com sucesso. A construção de uma hierarquia para múltiplos edifícios permite ao gestor da manutenção, com recurso apenas a um diagrama, identificar quais e onde estão os elementos mais críticos em todo o complexo aeroportuário. Por último, foi realizada uma análise estatística sobre as anomalias detectadas, nomeadamente o tipo e o espaço onde as anomalias ocorrem com maior frequência, com o objectivo de identificar o estado geral do edifício, tanto a nível dos espaços mais afectados, bem como das anomalias mais frequentes em toda a construção. Pode-se concluir assim que, para além dos objectivos primários, também os secundários foram atingidos com sucesso. No capítulo seguinte, apresentam-se as conclusões e desenvolvimentos futuros com base nos resultados obtidos no capítulo 5. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 107 5. Aplicação do modelo de gestão da manutenção proposto para complexos aeroportuários Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 108 6. Conclusões e desenvolvimentos futuros 6. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS 6.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nas construções aeroportuárias a temática da manutenção já se encontra aplicada há bastante tempo, principalmente devido ao facto de serem requeridos índices de segurança elevados neste tipo de edificações. Embora os procedimentos adoptados não sejam ainda os mais optimizados para alguns tipos de cenários, as equipas responsáveis pelo planeamento das acções de manutenção trabalham com o objectivo de melhorar as suas metodologias. Nesta dissertação pretendeu-se através da elaboração de um modelo de gestão da manutenção para complexos aeroportuários, abranger todos os cenários que um gestor de manutenção possa estar sujeito. No entanto devido à extensão considerável do modelo proposto, não foi possível aprofundar os procedimentos para todos os cenários considerados, decidindo-se abordar os relacionados com a elaboração dos programas provisionais de acções de manutenção e previsão de custos a longo prazo. Por último, com o objectivo de avaliar a resposta do modelo e dos procedimentos desenvolvidos, aplicou-se os mesmos a dois edifícios aeroportuários. 6.2. CONCLUSÕES FINAIS A adopção de um correcto sistema de gestão de manutenção é fundamental para garantir o bom estado de conservação das construções, garantindo numa primeira fase uma manutenção atempada e adequada sobre uma edificação, mas também uma redução de custos a longo prazo. Esta filosofia quando aplicada a complexos aeroportuários ainda se reveste de maior importância, devido aos elevados índices de exigências que são requeridos. A criação de um modelo de gestão da manutenção completo, com a indicação dos procedimentos a tomar pelo gestor de manutenção, para diferentes cenários, revelou-se bastante importante. Os procedimentos desenvolvidos permitiram chegar aos resultados finais apresentados nesta dissertação. O modelo desenvolvido foi construído com o objectivo de proporcionar ao gestor uma relação directa entre este e as entidades e documentos (gestão de recursos, controlo de custos e histórico de intervenções) que podem auxiliar. Só com o cruzamento de informação é que se consegue obter dados mais precisos, possibilitando a adopção das acções de manutenção mais eficientes. As três fichas de inspecção elaboradas para a realização das inspecções visuais permitiram recolher todos os dados necessários dos 839 elementos avaliados em ambos os edifícios. Os dados recolhidos foram aplicados na equação de hierarquização desenvolvida, a qual forneceu bons resultados. Para o desenvolvimento da equação de hierarquização para o escalonamento de acções, foram tidos em conta diversos factores importantes no âmbito dos complexos aeroportuários. Cada factor foi calibrado individualmente, de forma a se obter os resultados pretendidos. A equação criada possui duas características, que não se encontram presentes em nenhuma das equações estudadas: introdução do factor “Importância do espaço”, o qual permite realçar todos os elementos de um determinado espaço do edifício; cálculo do “tempo de serviço extra”, para elementos que já terminaram a sua vida útil, mas que continuam em bom estado de conservação. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 109 6. Conclusões e desenvolvimentos futuros O factor “Importância do espaço” permite agrupar num edifício os espaços em três categorias consoante a sua importância. Em construções aeroportuárias, é de primordial importância, por existirem espaços que são determinantes no funcionamento do aeroporto, já que o encerramento de um desses espaços pode significar a suspensão das operações aeroportuárias. O “tempo de serviço extra” surge da necessidade de fazer a substituição de um elemento quando este deixa de cumprir as suas funções e não quando termina a sua vida útil. A equação de hierarquização desenvolvida determina: para elementos dentro da vida útil, com índice de necessidade de manutenção (INMi) superiores a 66%, o tempo máximo de intervenção sobre o elemento; para elementos fora da vida útil, que se encontrem com índice de necessidade de manutenção (INMi) inferiores a 65%, um “tempo de serviço extra”, ou seja, é o tempo que se prevê que o elemento vai continuar em uso devido ao bom estado de conservação que apresenta, apesar de expirada a sua vida útil prevista inicialmente. É de realçar que a proposta desenvolvida, apenas fornece períodos indicativos, podendo o elemento resistir mais ou menos que o calculado. Este continuará a ser alvo de inspecções durante o “tempo de serviço extra”, obtendo-se, através destas, informações actualizadas sobre o seu estado de conservação, procedendo-se à sua substituição na altura que este deixe efectivamente de desempenhar as suas funções. A substituição de um elemento só nesta fase tem duas grandes vantagens: aproveitar na totalidade o tempo máximo de serviço; redução de custos, através da substituição do elemento, quando este realmente deixa de cumprir as suas funções, e não antes. Em relação às informações que devem ser inseridas nos programas previsionais de acções de manutenção, conclui-se que as adoptadas foram as adequadas para o escalonamento dos trabalhos. É de notar que o programa desenvolvido tem duas grandes vantagens: permite actualizações a cada manutenção pró-activa ou reactiva realizada; a cada acção de manutenção calendarizada está atribuída a equipa que está a cargo da mesma. Os procedimentos para a previsão de custos desenvolvidos também se demonstraram os correctos, verificando-se apenas dificuldades no cálculo das taxas de crescimento e de actualização nominal com risco a 10 anos, dado estas variarem de acordo com factores macroeconómicos, sobre os quais não se tem controlo. Em suma, a aplicação do modelo de gestão desenvolvido sobre os dois edifícios aeroportuários, permitiu obter para cada um deles, os seguintes documentos: o levantamento das anomalias dos edifícios; um programa previsional das necessidades de manutenção para 10 anos; a previsão dos custos de manutenção a 10 anos. Da aplicação dos dados recolhidos durante o levantamento das anomalias dos edifícios em estudo, na fórmula de hierarquização desenvolvida, verificou-se que 20 categorias de elementos no Quartel dos Bombeiros e 8 no Terminal de carga necessitavam de intervenção no período máximo de 1 ano. De forma a dar resposta às necessidades de manutenção dos elementos, foram programadas para um período de 10 anos, 1598 acções de manutenção no total dos dois edifícios estudados. No quadro 6.1 é possível consultar o número de acções planeadas por edifício. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 110 6. Conclusões e desenvolvimentos futuros Quadro 6.1. – Quantidade de acções de manutenção planeadas. Tipo de intervenção Quartel dos bombeiros Terminal de carga Manutenção predictiva 953 330 Manutenção preventiva 152 89 Manutenção correctiva 7 2 Substituição 46 26 TOTAL 1158 447 As previsões de custos efectuadas estimam que os gastos anuais médios de manutenção são 26.330€ e 21.827€ para o Quartel dos Bombeiros e para o Terminal de carga, respectivamente. Sabendo que o valor de construção do edifício do aeroporto de Lisboa foi 1.134.304,97€, verificou-se que o valor calculado para custos anuais de manutenção representa 2,33% do custo inicial, o qual se situa dentro dos patamares estudados na bibliografia, isto é, entre 2 e 3% do valor de construção do edifício. Da aplicação da fórmula da hierarquização aos dois edifícios estudados em simultâneo, resulta um diagrama, que permite ao gestor da manutenção com apenas recurso a este, identificar quais os elementos com mais necessidade de manutenção no seu complexo. Pode-se concluir que o diagrama gerado é bastante útil, mas a elaboração deste só foi possível, com a utilização de um sistema de codificação dos elementos adequado. Por conseguinte, pode-se concluir que foram atingidos os objectivos propostos nesta dissertação, visto que foi desenvolvido um modelo de gestão de manutenção para construções aeroportuárias que foi aplicado a dois edifícios, permitindo proceder ao levantamento das anomalias, elaboração do programa previsional de acções de manutenção a 10 anos e previsão de custos associadas às intervenções planeadas para o mesmo período. 6.3. DESENVOLVIMENTOS FUTUROS Para desenvolvimentos futuros, existem diversos aspectos desta dissertação que podem ser aprofundados, tornando a execução dos programas previsionais e das previsões de custos mais velozes e precisos. Aprofundamento dos procedimentos para edificações em fase de projecto e aplicação do modelo sobre edifícios novos ou para reabilitação. O modelo contempla os procedimentos a adoptar para edificações em fase de projecto, devem no entanto ser aprofundados de forma a descrever de forma rigorosa as acções a tomar em cada um deles. Realizada a descrição detalhada de cada passo da metodologia, esta deve ser aplicada a edifícios reais de forma avaliar os seus resultados. Desenvolvimento de modelos que permitam determinar a estimativa de vidas úteis dos elementos. Apesar de existirem algumas bibliografias com tempos de vida úteis estimados, é importante desenvolver modelos que permitam a determinação de valores em situações reais de aplicação, dado dependerem das condições do espaço onde está aplicado o elemento, o efeito climatérico sobre este, o tipo de uso que está sujeito, entre outros. Existe uma diversidade de variáveis que podem alterar a vida útil de um elemento, o que torna mais importante o desenvolvimento destes modelos. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 111 6. Conclusões e desenvolvimentos futuros Desenvolvimento de software com base no modelo proposto. Poderá ser desenvolvido um software informático que permita a inserção dos dados de campo em hardware tipo PDA ou iPad e a realização de todos os cálculos associados. Actualmente, o modelo está aplicado em Microsoft Excel, para proceder à inserção de novos elementos em espaços e calcular os respectivos índices de necessidade de manutenção, não é intuitivo, sendo requerido por parte do utilizador, o conhecimento integral de toda a metodologia. Do desenvolvimento de software baseado nesta metodologia, ainda se poderá obter mais dados, como exemplo, o número de espaços em que um elemento está afectado por um tipo específico de anomalia. Para a obtenção desses dados nesta dissertação, foi necessário fazer uma contagem manual, dado que o Microsoft Excel não fornece estas informações de forma directa. O conhecimento destes dados é útil e necessário na tomada de decisão quanto ao tipo de manutenção a programar sobre os elementos, facilitando e tornando mais rápida a execução dos programas previsionais. No caso de desenvolvimento de um software, a metodologia desenvolvida não irá conflituar com o software aplicado actualmente nos aeroportos, dado que este tem funções como: arquivo histórico; gerador de ordens de trabalho para elementos que já foram previamente programados; entre outros. O “Maximo Asset Management”, embora seja um programa que permite a realização de muitas funções, não tem função para o cálculo do “índice de necessidade de manutenção” de um elemento e consequente construção da hierarquia de intervenção. Manutenção em construções aeroportuárias – Programa previsional das necessidades de manutenção com base no histórico das intervenções Pág. 112 BIBLIOGRAFIA 3M, “Fitas Antiderrapantes Safety Walk®”, Campinas, 2004. 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Elem. Estruturais 1999 50 38 102‐007. Vigas 1999 50 38 102‐008. Pilares 1999 50 38 102‐009. Lajes 103. Edif. Paredes Interiores 1999 5 ‐7 103‐068. Pinturas 1999 30 18 103‐069. Rebocos 1999 50 38 103‐082. Revestimentos em pedra 1999 30 18 103‐085. Revestimentos cerâmicos 104. Edif. Paredes Exteriores 1999 5 ‐7 104‐068. Pinturas 1999 30 18 104‐069. Rebocos 1999 50 38 104‐082. Revestimentos em pedra 1999 30 18 104‐085. Revestimentos cerâmicos 1999 50 38 104‐087. Peitoril 105. Edif. Tectos 1999 5 ‐7 105‐068. Pinturas 1999 30 18 105‐069. Rebocos 1999 20 8 105‐081. Revestimentos de madeira 1999 20 8 105‐084. Revestimentos metálicos 1999 20 8 105‐085. Grelhas de ventilação 106. Edif. Piso 1999 50 38 106‐027. Camada superficial em betão 1999 30 18 106‐076. Revestimentos cerâmicos 1999 50 38 106‐082.Revestimentos de pedra 1999 10 ‐2 106‐083. Revestimentos em linóleos 106‐086. Revestimentos em placas/blocos de 2000 35 24 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros 1999 25 13 Metálicos 1999 25 13 Alumínio 1999 35 23 Madeira 107‐069. Portas 2009 1999 25 13 Metálicos 1999 25 13 Alumínio 1999 35 23 Madeira 1999 25 13 107‐070. Portões 1999 15 3 2009 107‐071. Puxadores 1999 15 3 107‐076. Molas 1999 15 3 2009 107‐078. Grelhas de ventilação 1999 15 3 2010 107‐079. Ferragens diversas 1999 10 ‐2 2010 107‐080. Acrílicos 1999 6 ‐6 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 1999 15 3 2007 108‐054. Ferragens 1999 15 3 108‐069. Portas e portões 109. Edif. Janela envidraçados 1999 25 13 109‐024. Caixilharia/Estrutura 1999 15 3 2005 109‐071. Puxadores 1999 35 23 2008 109‐100. Vidro 1999 6 ‐6 109‐101. Selante 111. Edif. Protecção Solar 1999 15 3 111‐043. Estores 1999 15 3 111‐999. Outros 112. Edif. Mobiliário 1999 15 3 112‐014. Armários 1999 15 3 112‐017. Balcões 1999 35 23 112‐041. Espelhos 1999 50 38 112‐046. Exclusivamente sanitário 1999 15 3 112‐060. Mesas 1999 25 13 112‐098. Varões 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 1999 15 3 113‐037. Corrimãos 1999 15 3 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 1999 15 3 113‐086. Rodapés 1999 2 ‐10 113‐090. Fitas anti‐derrapantes 1999 15 3 113‐092. Roda‐cadeiras 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 1999 20 8 115‐030. Carretéis 1999 30 18 2007 115‐091. Autoclismos 1999 20 8 2010 115‐092. Chuveiros 1999 20 8 2010 115‐093. Fluxometros 1999 20 8 2010 115‐094. Torneiras/Pontos de água 1999 40 28 2010 115‐095. Tubagem 1999 15 3 115‐097. Válvulas 1999 15 3 2010 115‐098. Termoacumuladores 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 1999 8 ‐4 2010 116‐101. Tubos de queda 1999 15 3 116‐102. Caleiras 1999 15 3 116‐105. Ralos 201. Ext. Pavimentos 1999 30 18 201‐028. Camada superf. em betuminoso 1999 50 38 201‐058. Lancis 1999 50 38 201‐066. Pedra 1999 30 18 201‐067. Placas de cimento TI NI Predictiva Preventiva INMi % EA TSEXTRA PV 1 50% Jul‐11 3 Ago‐11 Set‐11 Out‐11 Nov‐11 Dez‐11 Jan‐12 Fev‐12 Mar‐12 Abr‐12 Mai‐12 Jun‐12 PV1 PV1 Jul‐12 Out‐12 Nov‐12 Dez‐12 Jan‐13 Fev‐13 Mar‐13 Abr‐13 Mai‐13 Jun‐13 1 1 1 10 10 10 2 1 5 10 10 10 2 1 5 5 10 10 10 10 2 1 1 1 10 5 5 2 2 2 2 2 2 10 10 10 5 10 3 3 3 6 9 9 P3 P3 P3 3 3 3 1 1 1 1 1 2 1 6 9 9 7 5 2 5 5 10 3 1 1 5 5 3 1 10 1 9 5 15 3 84% 14% 96% 6% 2/1 2/1 1 1 82% 18% 82% 9% 2 2 10 12/1 2 2 10 10 15 2 10 10 3 3 3 1 3 9 9 9 1 9 1 12/1 12/1 12/1 12/1 1 1 1 5 3 2 2 2 5 5 5 1 1 1 3 1 2/1 2 2 2 2 10 10 10 10 77% 100% P5 P5 P5 S PV5 PV5 PV5 P5 P5 2 S 70% 50% PV5 PV5 PV5 PV5 P5 73% 50% 22% 3 P5 S PV5 81% 5% 67% 100% 75% 17% 38% Out‐13 PV1 PV1 P5 P5 P5 5% 38% P1 P1 Ago‐13 Set‐13 1 1 PV5 PV5 PV5 PV1 PV1 Jul‐13 2/1 2/1 69% P1 P1 Ago‐12 Set‐12 MC3 PV3 MC3 PV3 P3 P3 P3 P3 PV3 PV5 PV5 PV5 P5 PV5 4 AC 3 AC 1 AC 1 AC 2 AC 2 AC 3 AC 1 AC 1 PV PV PV PV AC 3 6 1 7 3 AC 2 PV 2 88% 8% P3 P3 P3 PV3 PV3 P3 P3 MC3 MC3 PV3 P3 P3 S P3 P3 MC3 P3 P3 P3 P3 P3|MC3 80% 4% 83% 100% 106% 67% 108 S P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 PV3 P3 PV3 PV3 PV3 S 10% PV3 PV3 P2 72% 100% P2 PV4 67% 100% PV4 107% 100% P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV3 PV3 P2 P2 S P2 P2 P2 P2 68% 17% 5% 90% 50% P2 P3 P3 6 P2 P2 P2 P2 P2 P2|MC2 P2 P2 P1 PV1 PV1 P3 P3 PV3 PV2 P3 P3 P3 P3 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV3 PV3 P2 P2 PV4 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P1 P1 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P1 PV1 PV1 P5 P5 P5 P5 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 S P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV2 PV2 PV2 PV2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P1 P1 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV1 PV1 PV1 AC VU VUR UI Elemento 101. Edificações Coberturas 1999 10 ‐2 101‐005. Impermeabilizações 2000 20 9 2002 101‐101. Varanda 102. Edif. Elem. Estruturais 1999 50 38 102‐007. Vigas 1999 50 38 102‐008. Pilares 1999 50 38 102‐009. Lajes 103. Edif. Paredes Interiores 1999 5 ‐7 103‐068. Pinturas 1999 30 18 103‐069. Rebocos 1999 50 38 103‐082. Revestimentos em pedra 1999 30 18 103‐085. Revestimentos cerâmicos 104. Edif. Paredes Exteriores 1999 5 ‐7 104‐068. Pinturas 1999 30 18 104‐069. Rebocos 1999 50 38 104‐082. Revestimentos em pedra 1999 30 18 104‐085. Revestimentos cerâmicos 1999 50 38 104‐087. Peitoril 105. Edif. Tectos 1999 5 ‐7 105‐068. Pinturas 1999 30 18 105‐069. Rebocos 1999 20 8 105‐081. Revestimentos de madeira 1999 20 8 105‐084. Revestimentos metálicos 1999 20 8 105‐085. Grelhas de ventilação 106. Edif. Piso 1999 50 38 106‐027. Camada superficial em betão 1999 30 18 106‐076. Revestimentos cerâmicos 1999 50 38 106‐082.Revestimentos de pedra 1999 10 ‐2 106‐083. Revestimentos em linóleos 106‐086. Revestimentos em placas/blocos de 2000 35 24 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros 1999 25 13 Metálicos 1999 25 13 Alumínio 1999 35 23 Madeira 107‐069. Portas 2009 1999 25 13 Metálicos 1999 25 13 Alumínio 1999 35 23 Madeira 1999 25 13 107‐070. Portões 1999 15 3 2009 107‐071. Puxadores 1999 15 3 107‐076. Molas 1999 15 3 2009 107‐078. Grelhas de ventilação 1999 15 3 2010 107‐079. Ferragens diversas 1999 10 ‐2 2010 107‐080. Acrílicos 1999 6 ‐6 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 1999 15 3 2007 108‐054. Ferragens 1999 15 3 108‐069. Portas e portões 109. Edif. Janela envidraçados 1999 25 13 109‐024. Caixilharia/Estrutura 1999 15 3 2005 109‐071. Puxadores 1999 35 23 2008 109‐100. Vidro 1999 6 ‐6 109‐101. Selante 111. Edif. Protecção Solar 1999 15 3 111‐043. Estores 1999 15 3 111‐999. Outros 112. Edif. Mobiliário 1999 15 3 112‐014. Armários 1999 15 3 112‐017. Balcões 1999 35 23 112‐041. Espelhos 1999 50 38 112‐046. Exclusivamente sanitário 1999 15 3 112‐060. Mesas 1999 25 13 112‐098. Varões 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 1999 15 3 113‐037. Corrimãos 1999 15 3 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 1999 15 3 113‐086. Rodapés 1999 2 ‐10 113‐090. Fitas anti‐derrapantes 1999 15 3 113‐092. Roda‐cadeiras 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 1999 20 8 115‐030. Carretéis 1999 30 18 2007 115‐091. Autoclismos 1999 20 8 2010 115‐092. Chuveiros 1999 20 8 2010 115‐093. Fluxometros 1999 20 8 2010 115‐094. Torneiras/Pontos de água 1999 40 28 2010 115‐095. Tubagem 1999 15 3 115‐097. Válvulas 1999 15 3 2010 115‐098. Termoacumuladores 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 1999 8 ‐4 2010 116‐101. Tubos de queda 1999 15 3 116‐102. Caleiras 1999 15 3 116‐105. Ralos 201. Ext. Pavimentos 1999 30 18 201‐028. Camada superf. em betuminoso 1999 50 38 201‐058. Lancis 1999 50 38 201‐066. Pedra 1999 30 18 201‐067. Placas de cimento TI NI Predictiva Preventiva INMi % EA TSEXTRA Nov‐13 Dez‐13 PV 1 2/1 2/1 1 1 50% 1 1 1 10 10 10 2 1 5 10 10 10 2 1 5 5 10 10 10 10 2 1 1 1 10 5 5 2 2 2 2 2 2 10 10 10 5 10 3 3 3 6 9 9 3 3 3 1 1 1 1 1 2 1 6 9 9 7 5 2 5 5 10 3 1 1 5 5 3 1 10 1 9 5 15 3 84% 14% 96% 6% 2/1 2/1 1 1 82% 18% 82% 9% 2 2 10 12/1 2 2 10 10 15 2 10 10 3 3 3 1 3 9 9 9 1 9 1 12/1 12/1 12/1 12/1 1 1 1 5 3 2 2 2 5 5 5 1 1 1 3 1 2/1 2 2 2 2 10 10 10 10 Jan‐14 Fev‐14 Mar‐14 Abr‐14 Mai‐14 Jun‐14 Jul‐14 3 Out‐14 Nov‐14 Dez‐14 Jan‐15 Fev‐15 Mar‐15 Abr‐15 Mai‐15 Jun‐15 S PV1 P1 77% 100% 69% Ago‐14 Set‐14 Jul‐15 P1 P1 Ago‐15 Set‐15 Out‐15 Nov‐15 Dez‐15 Jan‐16 Fev‐16 PV1 PV1 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P3 P3 P3 P3 P3 PV3 5% 38% 2 70% 50% 73% 50% 22% 3 81% 5% 67% 100% 75% 17% 38% P5 P5 P5 P5 P5 4 S AC 3 AC 1 AC 1 AC 2 AC 2 AC 3 AC 1 AC 1 PV PV PV PV AC 3 6 1 7 3 AC 2 PV 2 88% 8% P3 S S S S 80% 4% 83% 100% 106% 67% 108 10% PV3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 S S P3 P3 S P3 PV3 P3 S S P3 P3 PV3 PV3 S S P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 72% 100% 67% 100% P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 S S S PV4 S 107% 100% P2 P2 P2 P2 68% 17% 5% 90% 50% PV2 S P3 6 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV2 P2 P2 P2 P2 P2 S S P1 S S PV5 PV5 PV5 PV5 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 S P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV2 PV2 PV2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P1 P1 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV2 P2 P2 P1 PV1 PV1 AC VU VUR UI Elemento 101. Edificações Coberturas 1999 10 ‐2 101‐005. Impermeabilizações 2000 20 9 2002 101‐101. Varanda 102. Edif. Elem. Estruturais 1999 50 38 102‐007. Vigas 1999 50 38 102‐008. Pilares 1999 50 38 102‐009. Lajes 103. Edif. Paredes Interiores 1999 5 ‐7 103‐068. Pinturas 1999 30 18 103‐069. Rebocos 1999 50 38 103‐082. Revestimentos em pedra 1999 30 18 103‐085. Revestimentos cerâmicos 104. Edif. Paredes Exteriores 1999 5 ‐7 104‐068. Pinturas 1999 30 18 104‐069. Rebocos 1999 50 38 104‐082. Revestimentos em pedra 1999 30 18 104‐085. Revestimentos cerâmicos 1999 50 38 104‐087. Peitoril 105. Edif. Tectos 1999 5 ‐7 105‐068. Pinturas 1999 30 18 105‐069. Rebocos 1999 20 8 105‐081. Revestimentos de madeira 1999 20 8 105‐084. Revestimentos metálicos 1999 20 8 105‐085. Grelhas de ventilação 106. Edif. Piso 1999 50 38 106‐027. Camada superficial em betão 1999 30 18 106‐076. Revestimentos cerâmicos 1999 50 38 106‐082.Revestimentos de pedra 1999 10 ‐2 106‐083. Revestimentos em linóleos 106‐086. Revestimentos em placas/blocos de 2000 35 24 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros 1999 25 13 Metálicos 1999 25 13 Alumínio 1999 35 23 Madeira 107‐069. Portas 2009 1999 25 13 Metálicos 1999 25 13 Alumínio 1999 35 23 Madeira 1999 25 13 107‐070. Portões 1999 15 3 2009 107‐071. Puxadores 1999 15 3 107‐076. Molas 1999 15 3 2009 107‐078. Grelhas de ventilação 1999 15 3 2010 107‐079. Ferragens diversas 1999 10 ‐2 2010 107‐080. Acrílicos 1999 6 ‐6 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 1999 15 3 2007 108‐054. Ferragens 1999 15 3 108‐069. Portas e portões 109. Edif. Janela envidraçados 1999 25 13 109‐024. Caixilharia/Estrutura 1999 15 3 2005 109‐071. Puxadores 1999 35 23 2008 109‐100. Vidro 1999 6 ‐6 109‐101. Selante 111. Edif. Protecção Solar 1999 15 3 111‐043. Estores 1999 15 3 111‐999. Outros 112. Edif. Mobiliário 1999 15 3 112‐014. Armários 1999 15 3 112‐017. Balcões 1999 35 23 112‐041. Espelhos 1999 50 38 112‐046. Exclusivamente sanitário 1999 15 3 112‐060. Mesas 1999 25 13 112‐098. Varões 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 1999 15 3 113‐037. Corrimãos 1999 15 3 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 1999 15 3 113‐086. Rodapés 1999 2 ‐10 113‐090. Fitas anti‐derrapantes 1999 15 3 113‐092. Roda‐cadeiras 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 1999 20 8 115‐030. Carretéis 1999 30 18 2007 115‐091. Autoclismos 1999 20 8 2010 115‐092. Chuveiros 1999 20 8 2010 115‐093. Fluxometros 1999 20 8 2010 115‐094. Torneiras/Pontos de água 1999 40 28 2010 115‐095. Tubagem 1999 15 3 115‐097. Válvulas 1999 15 3 2010 115‐098. Termoacumuladores 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 1999 8 ‐4 2010 116‐101. Tubos de queda 1999 15 3 116‐102. Caleiras 1999 15 3 116‐105. Ralos 201. Ext. Pavimentos 1999 30 18 201‐028. Camada superf. em betuminoso 1999 50 38 201‐058. Lancis 1999 50 38 201‐066. Pedra 1999 30 18 201‐067. Placas de cimento TI NI Predictiva Preventiva INMi % EA TSEXTRA Mar‐16 Abr‐16 Mai‐16 Jun‐16 PV 1 50% 3 Jul‐16 P1 P1 Ago‐16 Set‐16 2/1 2/1 1 1 1 1 1 10 10 10 2 1 5 10 10 10 2 1 5 5 10 10 10 10 2 1 1 1 10 5 5 2 2 2 2 2 2 10 10 10 5 10 3 3 3 6 9 9 PV3 P3 P3 3 3 3 1 1 1 1 1 2 1 6 9 9 7 5 2 5 5 10 3 PV3 P3 P3 P3 P3 PV3 P3 P3 1 1 5 5 3 1 10 1 9 5 15 3 2/1 2/1 1 1 82% 18% 82% 9% 2 2 10 12/1 2 2 10 10 15 2 10 10 3 3 3 1 3 9 9 9 1 9 1 12/1 12/1 12/1 12/1 1 1 1 5 3 2 2 2 5 5 5 1 1 1 3 1 2/1 2 2 2 2 10 10 10 10 Jan‐17 Fev‐17 Mar‐17 Abr‐17 Mai‐17 Jun‐17 PV1 PV1 Jul‐17 P1 P1 Out‐17 Nov‐17 Dez‐17 Jan‐18 Fev‐18 Mar‐18 Abr‐18 Mai‐18 Jun‐18 P1 P1 P5 P5 P5 5% S P5 P5 P5 38% Ago‐17 Set‐17 PV1 PV1 P5 P5 P5 77% 100% 69% Out‐16 Nov‐16 Dez‐16 P5 2 P5 P5 P5 P5 70% 50% 73% 50% 22% P5 3 S P5 PV3 PV3 P3 81% 5% 67% 100% 75% 17% 38% P3 P3 PV3 P5 P5 P5 P5 P5 4 AC 3 AC 1 AC 1 AC 2 AC 2 AC 3 AC 1 AC 1 PV PV PV PV AC 3 6 1 7 3 AC 2 PV 2 88% 8% P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 S P3 P3 P3 P3 84% 14% 96% 6% PV3 P3 P3 108 P3 S 80% 4% 83% 100% 106% 67% 10% P3 P3 PV3 PV3 P3 P3 PV3 PV3 P3 P3 P3 P3 P2 P2 P2 P2 P2 72% 100% PV2 P3 P3 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 67% 100% 107% 100% P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 68% 17% 5% 90% 50% 6 P1 P1 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV1 PV1 PV1 P5 P5 P5 P5 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P4 P4 P4 S P4 PV4 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV2 PV2 PV2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P1 P1 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 S PV1 PV1 P1 P1 AC VU VUR UI Elemento 101. Edificações Coberturas 1999 10 ‐2 101‐005. Impermeabilizações 2000 20 9 2002 101‐101. Varanda 102. Edif. Elem. Estruturais 1999 50 38 102‐007. Vigas 1999 50 38 102‐008. Pilares 1999 50 38 102‐009. Lajes 103. Edif. Paredes Interiores 1999 5 ‐7 103‐068. Pinturas 1999 30 18 103‐069. Rebocos 1999 50 38 103‐082. Revestimentos em pedra 1999 30 18 103‐085. Revestimentos cerâmicos 104. Edif. Paredes Exteriores 1999 5 ‐7 104‐068. Pinturas 1999 30 18 104‐069. Rebocos 1999 50 38 104‐082. Revestimentos em pedra 1999 30 18 104‐085. Revestimentos cerâmicos 1999 50 38 104‐087. Peitoril 105. Edif. Tectos 1999 5 ‐7 105‐068. Pinturas 1999 30 18 105‐069. Rebocos 1999 20 8 105‐081. Revestimentos de madeira 1999 20 8 105‐084. Revestimentos metálicos 1999 20 8 105‐085. Grelhas de ventilação 106. Edif. Piso 1999 50 38 106‐027. Camada superficial em betão 1999 30 18 106‐076. Revestimentos cerâmicos 1999 50 38 106‐082.Revestimentos de pedra 1999 10 ‐2 106‐083. Revestimentos em linóleos 106‐086. Revestimentos em placas/blocos de 2000 35 24 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros 1999 25 13 Metálicos 1999 25 13 Alumínio 1999 35 23 Madeira 107‐069. Portas 2009 1999 25 13 Metálicos 1999 25 13 Alumínio 1999 35 23 Madeira 1999 25 13 107‐070. Portões 1999 15 3 2009 107‐071. Puxadores 1999 15 3 107‐076. Molas 1999 15 3 2009 107‐078. Grelhas de ventilação 1999 15 3 2010 107‐079. Ferragens diversas 1999 10 ‐2 2010 107‐080. Acrílicos 1999 6 ‐6 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 1999 15 3 2007 108‐054. Ferragens 1999 15 3 108‐069. Portas e portões 109. Edif. Janela envidraçados 1999 25 13 109‐024. Caixilharia/Estrutura 1999 15 3 2005 109‐071. Puxadores 1999 35 23 2008 109‐100. Vidro 1999 6 ‐6 109‐101. Selante 111. Edif. Protecção Solar 1999 15 3 111‐043. Estores 1999 15 3 111‐999. Outros 112. Edif. Mobiliário 1999 15 3 112‐014. Armários 1999 15 3 112‐017. Balcões 1999 35 23 112‐041. Espelhos 1999 50 38 112‐046. Exclusivamente sanitário 1999 15 3 112‐060. Mesas 1999 25 13 112‐098. Varões 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 1999 15 3 113‐037. Corrimãos 1999 15 3 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 1999 15 3 113‐086. Rodapés 1999 2 ‐10 113‐090. Fitas anti‐derrapantes 1999 15 3 113‐092. Roda‐cadeiras 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 1999 20 8 115‐030. Carretéis 1999 30 18 2007 115‐091. Autoclismos 1999 20 8 2010 115‐092. Chuveiros 1999 20 8 2010 115‐093. Fluxometros 1999 20 8 2010 115‐094. Torneiras/Pontos de água 1999 40 28 2010 115‐095. Tubagem 1999 15 3 115‐097. Válvulas 1999 15 3 2010 115‐098. Termoacumuladores 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 1999 8 ‐4 2010 116‐101. Tubos de queda 1999 15 3 116‐102. Caleiras 1999 15 3 116‐105. Ralos 201. Ext. Pavimentos 1999 30 18 201‐028. Camada superf. em betuminoso 1999 50 38 201‐058. Lancis 1999 50 38 201‐066. Pedra 1999 30 18 201‐067. Placas de cimento TI NI Predictiva Preventiva INMi % EA TSEXTRA PV 1 50% Jul‐18 3 Ago‐18 Set‐18 Out‐18 Nov‐18 Dez‐18 Jan‐19 Fev‐19 Mar‐19 Abr‐19 Mai‐19 Jun‐19 PV1 PV1 Jul‐19 Out‐19 Nov‐19 Dez‐19 Jan‐20 Fev‐20 Mar‐20 Abr‐20 Mai‐20 Jun‐20 P1 P1 Ago‐20 Set‐20 1 1 1 1 1 10 10 10 2 1 5 10 10 10 2 1 5 5 10 10 10 10 2 1 1 1 10 5 5 2 2 2 2 2 2 10 10 10 5 10 3 3 3 6 9 9 P3 PV3 PV3 3 3 3 1 1 1 1 1 2 1 6 9 9 7 5 2 5 5 10 3 P3 P3 PV3 PV3 PV3 PV3 P3 PV3 PV3 P3 P3 1 1 5 5 P3 P3 PV3 PV3 P3 P3 3 1 10 1 9 5 15 3 84% 14% 96% 6% P3 P3 PV3 P3 108 10% P3 P3 PV3 2/1 2/1 1 1 82% 18% 82% 9% PV3 PV3 2 2 10 12/1 2 2 10 10 15 2 10 10 3 3 3 1 3 9 9 9 1 9 1 12/1 12/1 12/1 12/1 1 1 1 5 3 2 2 2 5 5 5 1 1 1 3 1 2/1 2 2 2 2 10 10 10 10 69% PV1 PV1 Jul‐20 2/1 2/1 77% 100% P1 P1 Ago‐19 Set‐19 Out‐20 PV1 S P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 P5 S P5 P5 P5 P5 P5 P5 P3 P3 P3 S S S P5 P3 P3 P3 5% 38% 2 70% 50% 73% 50% 22% 3 81% 5% 67% 100% 75% 17% 38% P5 P5 P5 P5 P5 4 P5 P5 P5 PV5 P5 AC 3 AC 1 AC 1 AC 2 AC 2 AC 3 AC 1 AC 1 PV PV PV PV AC 3 6 1 7 3 AC 2 PV 2 88% 8% P3 P3 PV3 P3 P3 80% 4% 83% 100% 106% 67% P3 P3 P3 P3 PV3 P3 P3 PV3 PV3 PV3 P3 P3 PV3 PV3 P3 P3 P2 72% 100% PV2 P3 P3 P3 P3 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 67% 100% 107% 100% PV4 P2 P2 P2 P2 68% 17% 5% 90% 50% 6 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P1 PV1 PV1 P5 P5 P5 P5 P2 P2 P2 P2 PV2 PV2 PV2 PV2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P1 P1 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 S P2 P2 P2 P2 P2 PV2 PV2 P1 PV1 PV1 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P4 P4 P4 PV4 P4 S P2 P2 P2 P2 PV2 P3 P3 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 S S S P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P1 P1 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV2 P2 P2 PV1 PV1 PV1 P5 P5 P5 P5 AC VU VUR UI Elemento 101. Edificações Coberturas 1999 10 ‐2 101‐005. Impermeabilizações 2000 20 9 2002 101‐101. Varanda 102. Edif. Elem. Estruturais 1999 50 38 102‐007. Vigas 1999 50 38 102‐008. Pilares 1999 50 38 102‐009. Lajes 103. Edif. Paredes Interiores 1999 5 ‐7 103‐068. Pinturas 1999 30 18 103‐069. Rebocos 1999 50 38 103‐082. Revestimentos em pedra 1999 30 18 103‐085. Revestimentos cerâmicos 104. Edif. Paredes Exteriores 1999 5 ‐7 104‐068. Pinturas 1999 30 18 104‐069. Rebocos 1999 50 38 104‐082. Revestimentos em pedra 1999 30 18 104‐085. Revestimentos cerâmicos 1999 50 38 104‐087. Peitoril 105. Edif. Tectos 1999 5 ‐7 105‐068. Pinturas 1999 30 18 105‐069. Rebocos 1999 20 8 105‐081. Revestimentos de madeira 1999 20 8 105‐084. Revestimentos metálicos 1999 20 8 105‐085. Grelhas de ventilação 106. Edif. Piso 1999 50 38 106‐027. Camada superficial em betão 1999 30 18 106‐076. Revestimentos cerâmicos 1999 50 38 106‐082.Revestimentos de pedra 1999 10 ‐2 106‐083. Revestimentos em linóleos 106‐086. Revestimentos em placas/blocos de 2000 35 24 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros 1999 25 13 Metálicos 1999 25 13 Alumínio 1999 35 23 Madeira 107‐069. Portas 2009 1999 25 13 Metálicos 1999 25 13 Alumínio 1999 35 23 Madeira 1999 25 13 107‐070. Portões 1999 15 3 2009 107‐071. Puxadores 1999 15 3 107‐076. Molas 1999 15 3 2009 107‐078. Grelhas de ventilação 1999 15 3 2010 107‐079. Ferragens diversas 1999 10 ‐2 2010 107‐080. Acrílicos 1999 6 ‐6 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 1999 15 3 2007 108‐054. Ferragens 1999 15 3 108‐069. Portas e portões 109. Edif. Janela envidraçados 1999 25 13 109‐024. Caixilharia/Estrutura 1999 15 3 2005 109‐071. Puxadores 1999 35 23 2008 109‐100. Vidro 1999 6 ‐6 109‐101. Selante 111. Edif. Protecção Solar 1999 15 3 111‐043. Estores 1999 15 3 111‐999. Outros 112. Edif. Mobiliário 1999 15 3 112‐014. Armários 1999 15 3 112‐017. Balcões 1999 35 23 112‐041. Espelhos 1999 50 38 112‐046. Exclusivamente sanitário 1999 15 3 112‐060. Mesas 1999 25 13 112‐098. Varões 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 1999 15 3 113‐037. Corrimãos 1999 15 3 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 1999 15 3 113‐086. Rodapés 1999 2 ‐10 113‐090. Fitas anti‐derrapantes 1999 15 3 113‐092. Roda‐cadeiras 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 1999 20 8 115‐030. Carretéis 1999 30 18 2007 115‐091. Autoclismos 1999 20 8 2010 115‐092. Chuveiros 1999 20 8 2010 115‐093. Fluxometros 1999 20 8 2010 115‐094. Torneiras/Pontos de água 1999 40 28 2010 115‐095. Tubagem 1999 15 3 115‐097. Válvulas 1999 15 3 2010 115‐098. Termoacumuladores 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 1999 8 ‐4 2010 116‐101. Tubos de queda 1999 15 3 116‐102. Caleiras 1999 15 3 116‐105. Ralos 201. Ext. Pavimentos 1999 30 18 201‐028. Camada superf. em betuminoso 1999 50 38 201‐058. Lancis 1999 50 38 201‐066. Pedra 1999 30 18 201‐067. Placas de cimento TI NI Predictiva Preventiva INMi % EA TSEXTRA Nov‐20 Dez‐20 PV 1 2/1 2/1 1 1 50% 1 1 1 10 10 10 2 1 5 10 10 10 2 1 5 5 10 10 10 10 2 1 1 1 10 5 5 2 2 2 2 2 2 10 10 10 5 10 3 3 3 6 9 9 3 3 3 1 1 1 1 1 2 1 6 9 9 7 5 2 5 5 10 3 1 1 5 5 3 1 10 1 9 5 15 3 84% 14% 96% 6% 2/1 2/1 1 1 82% 18% 82% 9% 2 2 10 12/1 2 2 10 10 15 2 10 10 3 3 3 1 3 9 9 9 1 9 1 12/1 12/1 12/1 12/1 1 1 1 5 3 2 2 2 5 5 5 1 1 1 3 1 2/1 2 2 2 2 10 10 10 10 Jan‐21 Fev‐21 Mar‐21 Abr‐21 Mai‐21 Jun‐21 3 Jul‐21 P1 P1 Out‐21 Nov‐21 Dez‐21 PV1 PV1 P5 P5 P5 77% 100% 69% Ago‐21 Set‐21 5% P5 P5 38% 2 70% 50% P5 P5 P5 73% 50% 22% 3 81% 5% 67% 100% 75% 17% 38% P3 P3 PV3 4 AC 3 AC 1 AC 1 AC 2 AC 2 AC 3 AC 1 AC 1 PV PV PV PV AC 3 6 1 7 3 AC 2 PV 2 88% 8% P3 P3 P3 P3 P3 80% 4% 83% 100% 106% 67% S P3 P3 P3 108 P3 P3 P3 10% P3 P3 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV3 PV3 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 PV2 P2 P2 P2 72% 100% 67% 100% 107% 100% S P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 68% 17% 5% 90% 50% 6 P1 P1 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P2 P1 PV1 PV1 Anexo IV Previsão de custos de manutenção do Quartel dos bombeiros do Aeroporto Internacional de Lisboa Elemento Subsituição Predictiva Preventiva Predictiva Preventiva Substituição Quantidade Ano 0 (2011) Ano 0 Ano 0 rácio rácio unitário (Ano 101. Edificações Coberturas 101‐005. Impermeabilizações 101‐101. Varanda 102. Edif. Elem. Estruturais 102‐007. Vigas 102‐008. Pilares 102‐009. Lajes 103. Edif. Paredes Interiores 103‐068. Pinturas 103‐069. Rebocos 103‐082. Revestimentos em pedra 103‐085. Revestimentos cerâmicos 104. Edif. Paredes Exteriores 104‐068. Pinturas 104‐069. Rebocos 104‐082. Revestimentos em pedra 104‐085. Revestimentos cerâmicos 104‐087. Peitoril 105. Edif. Tectos 105‐068. Pinturas 105‐069. Rebocos 105‐081. Revestimentos de madeira 105‐084. Revestimentos metálicos 105‐085. Grelhas de ventilação 106. Edif. Piso 106‐027. Camada superficial em betão 106‐076. Revestimentos cerâmicos 106‐082.Revestimentos de pedra 106‐083. Revestimentos em linóleos 106‐086. Revestimentos em placas/blocos de cimento 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros Metálicos Alumínio Madeira 107‐069. Portas Metálicos Alumínio Madeira 107‐070. Portões 107‐071. Puxadores 107‐076. Molas 107‐078. Grelhas de ventilação 107‐079. Ferragens diversas 107‐080. Acrílicos 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 108‐054. Ferragens 108‐069. Portas e portões 109. Edif. Janela envidraçados 109‐024. Caixilharia/Estrutura 109‐071. Puxadores 109‐100. Vidro 109‐101. Selante 111. Edif. Protecção Solar 111‐043. Estores 111‐999. Outros 112. Edif. Mobiliário 112‐014. Armários 112‐017. Balcões 112‐041. Espelhos 112‐046. Exclusivamente sanitário Conjunto sanita completo Urinol Lavatório completo Base de douche Bidé Banheira 112‐060. Mesas 112‐098. Varões 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 113‐037. Corrimãos 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 113‐086. Rodapés Madeira Cerâmicos 113‐090. Fitas anti‐derrapantes dos patins das escadas 113‐092. Roda‐cadeiras 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 115‐030. Carretéis 115‐091. Autoclismos 115‐092. Chuveiros 115‐093. Fluxometros 115‐094. Torneiras/Pontos de água 115‐095. Tubagem 115‐097. Válvulas 115‐098. Termoacumuladores 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 116‐101. Tubos de queda 116‐102. Caleiras 116‐105. Ralos 201. Ext. Pavimentos 201‐028. Camada superf. em betuminoso 201‐058. Lancis 201‐066. Pedra 201‐067. Placas de cimento Quantidade de elementos MC Jul‐11 Ago‐11 0,5% 0,5% 5,0% 3,0% 7 € 12 € 550 400 3.850 € 4.800 € 19 € 24 € 193 € 144 € 193 € 144 € 0,1% 10,0% 300 € 450 135.000 € 135 € 13.500 € 13.500 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 8 € 14 € 37 € 22 € 1850 1850 12 1200 14.800 € 25.900 € 444 € 26.400 € 74 € 259 € 2 € 132 € 740 € 2.072 € 22 € 1.320 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 5,0% 10 € 14 € 100 € 17 € 37 € 320 320 75 385 35 3.200 € 4.480 € 7.500 € 6.545 € 1.295 € 16 € 45 € 38 € 33 € 6 € 160 € 358 € 375 € 327 € 65 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 8,0% 3,0% 3,0% 3,0% 10 € 14 € 50 € 43 € 26 € 75 75 600 5 25 750 € 1.050 € 30.000 € 215 € 650 € 4 € 11 € 300 € 2 € 7 € 38 € 84 € 900 € 6 € 20 € 3,0% 0,5% 0,5% 0,5% 1,0% 30,0% 5,0% 5,0% 3,0% 3,0% 12 € 27 € 96 € 35 € 21 € 680 130 60 430 395 8.160 € 3.510 € 5.760 € 15.050 € 8.295 € 245 € 18 € 29 € 75 € 83 € 2.448 € 176 € 288 € 452 € 249 € 3,0% 3,0% 20,0% 35,0% 35,0% 40,0% 600 € 280 € 83 € 6 6 18 3.600 € 1.680 € 1.494 € 108 € 50 € 299 € 1.260 € 588 € 598 € 3,0% 5,0% 20,0% 1,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 15,0% 40,0% 40,0% 10,0% 30,0% 30,0% 30,0% 15,0% 3,0% 5,0% 3.000 € 300 € 220 € 6.000 € 21 € 160 € 26 € 12 € 40 € 5 € 6 6 18 11 30 8 8 90 92,4 260 18.000 € 1.800 € 3.960 € 66.000 € 630 € 1.280 € 208 € 1.080 € 3.696 € 1.300 € 540 € 90 € 792 € 660 € 6 € 38 € 2 € 32 € 37 € 39 € 2.700 € 720 € 1.584 € 6.600 € 189 € 384 € 62 € 162 € 111 € 65 € 3,0% 3,0% 30,0% 30,0% 5 € 17 € 30 30 150 € 510 € 5 € 15 € 45 € 153 € 3,0% 1,0% 0,5% 1,0% 35,0% 5,0% 5,0% 5,0% 210 € 12 € 52 € 5 € 57 57 100 350 11.970 € 684 € 5.200 € 1.750 € 359 € 7 € 26 € 18 € 4.190 € 34 € 260 € 88 € 1,0% 1,0% 2,0% 2,0% 40 € 20 € 38 38 1.520 € 760 € 15 € 8 € 30 € 15 € 1,0% 1,0% 1,0% 15,0% 15,0% 25,0% 600 € 350 € 40 € 1 1 15 600 € 350 € 600 € 6 € 4 € 6 € 90 € 53 € 150 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 15,0% 15,0% 74 € 225 € 100 € 177 € 60 € 100 € 350 € 50 € 6 7 10 9 1 1 3 2 444 € 1.575 € 1.000 € 1.593 € 60 € 100 € 1.050 € 100 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 11 € 1 € 62 € 221 € 140 € 223 € 8 € 14 € 158 € 15 € 5,0% 5,0% 20,0% 20,0% 40 € 50 € 25 180 1.000 € 9.000 € 50 € 450 € 200 € 1.800 € 5,0% 5,0% 1,0% 5,0% 20,0% 20,0% 10,0% 20,0% 8 € 10 € 5 € 15 € 340 45 80 280 2.720 € 450 € 400 € 4.200 € 136 € 23 € 4 € 210 € 544 € 90 € 40 € 840 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 3,0% 3,0% 0,5% 0,5% 3,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 8,0% 35,0% 35,0% 600 € 48 € 30 € 65 € 50 € 35 € 20 € 350 € 2 6 10 7 12 2 1 1 1.200 € 288 € 300 € 455 € 600 € 70 € 20 € 350 € 12 € 3 € 3 € 5 € 18 € 2 € 0 € 2 € 36 € 14 € 15 € 23 € 30 € 6 € 7 € 123 € 3,0% 0,5% 0,5% 7,0% 7,0% 7,0% 10 € 60 € 15 € 50 19 8 500 € 1.140 € 120 € 15 € 6 € 1 € 35 € 80 € 8 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 3,0% 3,0% 3,0% 24 € 26 € 96 € 21 € 100 36 10 390 2.400 € 936 € 960 € 8.190 € 12 € 9 € 10 € 82 € 120 € 28 € 29 € 246 € Set‐11 Out‐11 Nov‐11 Dez‐11 Jan‐12 Fev‐12 Mar‐12 Abr‐12 Mai‐12 Jun‐12 Jul‐12 20 € 24 € Ago‐12 Set‐12 Out‐12 Nov‐12 Dez‐12 Jan‐13 Fev‐13 Mar‐13 Abr‐13 195 € 146 € 137 € 15.022 € 2.103 € 23 € 1.340 € 2 € 364 € 381 € 332 € 66 € 38 € 761 € 85 € 1 45 € 6 € 3 € 2 914 € 2 € 7 € 2.485 € 178 € 292 € 76 € 253 € 1 1 88 € 660 € 6 € 38 € 2 € 34 € 1 6.699 € 6 € 390 € 63 € 164 € 3.696 € 4 1 1.300 € 40 € 5 € 15 € 46 € 155 € 294 € 1 € 35 € 1.750 € 18 € 30 € 15 € 15 € 8 € 31 € 15 € 6 € 4 € 152 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 160 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 63 € 224 € 142 € 226 € 9 € 14 € 11 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 18 € 3 € 3 € 5 € 18 € PV2 PV2 PV2 PV2 3 € 3 € 5 € 18 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 203 € 400 € 3 € 3 € 5 € 18 € 1 12 € 3 € 3 € 5 € 18 € 5 € 0 € 2 € 15 € 80 € 8 € 41 € 3 € 3 € 5 € 18 € 3 € 3 € 5 € 18 € 3 € 3 € 5 € 18 € 3 € 3 € 5 € 18 € 3 € 3 € 5 € 18 € 3 € 3 € 5 € 18 € 3 € 3 € 5 € 18 € 3 € 3 € 5 € 18 € 3 € 3 € 5 € 18 € 6 € 1 € 3 € 3 € 5 € 18 € 3 € 3 € 5 € 18 € 12 € 3 € 3 € 5 € 18 € 2 € 0 € 2 € 15 € 81 € 9 € 12 € 10 € 10 € 83 € Elemento Subsituição Predictiva Preventiva Predictiva Preventiva Substituição Quantidade Ano 0 (2011) Ano 0 Ano 0 rácio rácio unitário (Ano 101. Edificações Coberturas 101‐005. Impermeabilizações 101‐101. Varanda 102. Edif. Elem. Estruturais 102‐007. Vigas 102‐008. Pilares 102‐009. Lajes 103. Edif. Paredes Interiores 103‐068. Pinturas 103‐069. Rebocos 103‐082. Revestimentos em pedra 103‐085. Revestimentos cerâmicos 104. Edif. Paredes Exteriores 104‐068. Pinturas 104‐069. Rebocos 104‐082. Revestimentos em pedra 104‐085. Revestimentos cerâmicos 104‐087. Peitoril 105. Edif. Tectos 105‐068. Pinturas 105‐069. Rebocos 105‐081. Revestimentos de madeira 105‐084. Revestimentos metálicos 105‐085. Grelhas de ventilação 106. Edif. Piso 106‐027. Camada superficial em betão 106‐076. Revestimentos cerâmicos 106‐082.Revestimentos de pedra 106‐083. Revestimentos em linóleos 106‐086. Revestimentos em placas/blocos de cimento 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros Metálicos Alumínio Madeira 107‐069. Portas Metálicos Alumínio Madeira 107‐070. Portões 107‐071. Puxadores 107‐076. Molas 107‐078. Grelhas de ventilação 107‐079. Ferragens diversas 107‐080. Acrílicos 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 108‐054. Ferragens 108‐069. Portas e portões 109. Edif. Janela envidraçados 109‐024. Caixilharia/Estrutura 109‐071. Puxadores 109‐100. Vidro 109‐101. Selante 111. Edif. Protecção Solar 111‐043. Estores 111‐999. Outros 112. Edif. Mobiliário 112‐014. Armários 112‐017. Balcões 112‐041. Espelhos 112‐046. Exclusivamente sanitário Conjunto sanita completo Urinol Lavatório completo Base de douche Bidé Banheira 112‐060. Mesas 112‐098. Varões 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 113‐037. Corrimãos 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 113‐086. Rodapés Madeira Cerâmicos 113‐090. Fitas anti‐derrapantes dos patins das escadas 113‐092. Roda‐cadeiras 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 115‐030. Carretéis 115‐091. Autoclismos 115‐092. Chuveiros 115‐093. Fluxometros 115‐094. Torneiras/Pontos de água 115‐095. Tubagem 115‐097. Válvulas 115‐098. Termoacumuladores 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 116‐101. Tubos de queda 116‐102. Caleiras 116‐105. Ralos 201. Ext. Pavimentos 201‐028. Camada superf. em betuminoso 201‐058. Lancis 201‐066. Pedra 201‐067. Placas de cimento Quantidade de elementos MC Mai‐13 Jun‐13 Jul‐13 20 € 25 € Ago‐13 Set‐13 Out‐13 Nov‐13 Dez‐13 Jan‐14 Fev‐14 Mar‐14 Abr‐14 Mai‐14 198 € 148 € Jun‐14 Jul‐14 Ago‐14 0,5% 0,5% 5,0% 3,0% 7 € 12 € 550 400 3.850 € 4.800 € 19 € 24 € 193 € 144 € 0,1% 10,0% 300 € 450 135.000 € 135 € 13.500 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 8 € 14 € 37 € 22 € 1850 1850 12 1200 14.800 € 25.900 € 444 € 26.400 € 74 € 259 € 2 € 132 € 740 € 2.072 € 22 € 1.320 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 5,0% 10 € 14 € 100 € 17 € 37 € 320 320 75 385 35 3.200 € 4.480 € 7.500 € 6.545 € 1.295 € 16 € 45 € 38 € 33 € 6 € 160 € 358 € 375 € 327 € 65 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 8,0% 3,0% 3,0% 3,0% 10 € 14 € 50 € 43 € 26 € 75 75 600 5 25 750 € 1.050 € 30.000 € 215 € 650 € 4 € 11 € 300 € 2 € 7 € 38 € 84 € 900 € 6 € 20 € 3,0% 0,5% 0,5% 0,5% 1,0% 30,0% 5,0% 5,0% 3,0% 3,0% 12 € 27 € 96 € 35 € 21 € 680 130 60 430 395 8.160 € 3.510 € 5.760 € 15.050 € 8.295 € 245 € 18 € 29 € 75 € 83 € 2.448 € 176 € 288 € 452 € 249 € 3,0% 3,0% 20,0% 35,0% 35,0% 40,0% 600 € 280 € 83 € 6 6 18 3.600 € 1.680 € 1.494 € 108 € 50 € 299 € 1.260 € 588 € 598 € 3,0% 5,0% 20,0% 1,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 15,0% 40,0% 40,0% 10,0% 30,0% 30,0% 30,0% 15,0% 3,0% 5,0% 3.000 € 300 € 220 € 6.000 € 21 € 160 € 26 € 12 € 40 € 5 € 6 6 18 11 30 8 8 90 92,4 260 18.000 € 1.800 € 3.960 € 66.000 € 630 € 1.280 € 208 € 1.080 € 3.696 € 1.300 € 540 € 90 € 792 € 660 € 6 € 38 € 2 € 32 € 37 € 39 € 2.700 € 720 € 1.584 € 6.600 € 189 € 384 € 62 € 162 € 111 € 65 € 3,0% 3,0% 30,0% 30,0% 5 € 17 € 30 30 150 € 510 € 5 € 15 € 45 € 153 € 3,0% 1,0% 0,5% 1,0% 35,0% 5,0% 5,0% 5,0% 210 € 12 € 52 € 5 € 57 57 100 350 11.970 € 684 € 5.200 € 1.750 € 359 € 7 € 26 € 18 € 4.190 € 34 € 260 € 88 € 1,0% 1,0% 2,0% 2,0% 40 € 20 € 38 38 1.520 € 760 € 15 € 8 € 30 € 15 € 1,0% 1,0% 1,0% 15,0% 15,0% 25,0% 600 € 350 € 40 € 1 1 15 600 € 350 € 600 € 6 € 4 € 6 € 90 € 53 € 150 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 15,0% 15,0% 74 € 225 € 100 € 177 € 60 € 100 € 350 € 50 € 6 7 10 9 1 1 3 2 444 € 1.575 € 1.000 € 1.593 € 60 € 100 € 1.050 € 100 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 11 € 1 € 62 € 221 € 140 € 223 € 8 € 14 € 158 € 15 € 5,0% 5,0% 20,0% 20,0% 40 € 50 € 25 180 1.000 € 9.000 € 50 € 450 € 200 € 1.800 € 1.046 € 9.411 € 5,0% 5,0% 1,0% 5,0% 20,0% 20,0% 10,0% 20,0% 8 € 10 € 5 € 15 € 340 45 80 280 2.720 € 450 € 400 € 4.200 € 136 € 23 € 4 € 210 € 544 € 90 € 40 € 840 € 2.844 € 471 € 42 € 4.392 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 3,0% 3,0% 0,5% 0,5% 3,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 8,0% 35,0% 35,0% 600 € 48 € 30 € 65 € 50 € 35 € 20 € 350 € 2 6 10 7 12 2 1 1 1.200 € 288 € 300 € 455 € 600 € 70 € 20 € 350 € 12 € 3 € 3 € 5 € 18 € 2 € 0 € 2 € 36 € 14 € 15 € 23 € 30 € 6 € 7 € 123 € 3,0% 0,5% 0,5% 7,0% 7,0% 7,0% 10 € 60 € 15 € 50 19 8 500 € 1.140 € 120 € 15 € 6 € 1 € 35 € 80 € 8 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 3,0% 3,0% 3,0% 24 € 26 € 96 € 21 € 100 36 10 390 2.400 € 936 € 960 € 8.190 € 12 € 9 € 10 € 82 € 120 € 28 € 29 € 246 € Set‐14 Out‐14 Nov‐14 Dez‐14 Jan‐15 Fev‐15 4.026 € 151 € 25 € 139 € 141 € 2 € 271 € 2 € 3.297 € 1 2 39 € 47 € 39 € 309 € 2 € 20 € 11 € 314 € 2 € 7 € 256 € 18 € 30 € 79 € 87 € 111 € 52 € 308 € 1 556 € 93 € 816 € 680 € 6 € 40 € 2 € 33 € 38 € 40 € 1 1 4 1 16 € 8 € 690 € 659 € 1.338 € 218 € 1.129 € 68 € 5 € 16 € 157 € 533 € 370 € 7 € 715 € 18 € 91 € 31 € 16 € 1.589 € 795 € 627 € 366 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 17 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 17 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 17 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 17 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 17 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 17 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 17 € 1 € 1 € 412 € 3 € 3 € 5 € 19 € 1 6 € 1 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 12 € 3 € 3 € 5 € 19 € 2 € 0 € 2 € 36 € 82 € 9 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 65 € 231 € 146 € 233 € 9 € 15 € 1.098 € 1 € 38 € 3 € 3 € 5 € 19 € 2 € 21 € 366 € 16 € 1.192 € 125 € 125 € 29 € 30 € 257 € 5 € 16 € 10 € 17 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 17 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 17 € 1 € 1 € 5 € 16 € 10 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 16 € 24 € 31 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € Elemento Subsituição Predictiva Preventiva Predictiva Preventiva Substituição Quantidade Ano 0 (2011) Ano 0 Ano 0 rácio rácio unitário (Ano 101. Edificações Coberturas 101‐005. Impermeabilizações 101‐101. Varanda 102. Edif. Elem. Estruturais 102‐007. Vigas 102‐008. Pilares 102‐009. Lajes 103. Edif. Paredes Interiores 103‐068. Pinturas 103‐069. Rebocos 103‐082. Revestimentos em pedra 103‐085. Revestimentos cerâmicos 104. Edif. Paredes Exteriores 104‐068. Pinturas 104‐069. Rebocos 104‐082. Revestimentos em pedra 104‐085. Revestimentos cerâmicos 104‐087. Peitoril 105. Edif. Tectos 105‐068. Pinturas 105‐069. Rebocos 105‐081. Revestimentos de madeira 105‐084. Revestimentos metálicos 105‐085. Grelhas de ventilação 106. Edif. Piso 106‐027. Camada superficial em betão 106‐076. Revestimentos cerâmicos 106‐082.Revestimentos de pedra 106‐083. Revestimentos em linóleos 106‐086. Revestimentos em placas/blocos de cimento 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros Metálicos Alumínio Madeira 107‐069. Portas Metálicos Alumínio Madeira 107‐070. Portões 107‐071. Puxadores 107‐076. Molas 107‐078. Grelhas de ventilação 107‐079. Ferragens diversas 107‐080. Acrílicos 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 108‐054. Ferragens 108‐069. Portas e portões 109. Edif. Janela envidraçados 109‐024. Caixilharia/Estrutura 109‐071. Puxadores 109‐100. Vidro 109‐101. Selante 111. Edif. Protecção Solar 111‐043. Estores 111‐999. Outros 112. Edif. Mobiliário 112‐014. Armários 112‐017. Balcões 112‐041. Espelhos 112‐046. Exclusivamente sanitário Conjunto sanita completo Urinol Lavatório completo Base de douche Bidé Banheira 112‐060. Mesas 112‐098. Varões 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 113‐037. Corrimãos 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 113‐086. Rodapés Madeira Cerâmicos 113‐090. Fitas anti‐derrapantes dos patins das escadas 113‐092. Roda‐cadeiras 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 115‐030. Carretéis 115‐091. Autoclismos 115‐092. Chuveiros 115‐093. Fluxometros 115‐094. Torneiras/Pontos de água 115‐095. Tubagem 115‐097. Válvulas 115‐098. Termoacumuladores 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 116‐101. Tubos de queda 116‐102. Caleiras 116‐105. Ralos 201. Ext. Pavimentos 201‐028. Camada superf. em betuminoso 201‐058. Lancis 201‐066. Pedra 201‐067. Placas de cimento 0,5% 0,5% 5,0% 3,0% 7 € 12 € 550 400 3.850 € 4.800 € 19 € 24 € 193 € 144 € 0,1% 10,0% 300 € 450 135.000 € 135 € 13.500 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 8 € 14 € 37 € 22 € 1850 1850 12 1200 14.800 € 25.900 € 444 € 26.400 € 74 € 259 € 2 € 132 € 740 € 2.072 € 22 € 1.320 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 5,0% 10 € 14 € 100 € 17 € 37 € 320 320 75 385 35 3.200 € 4.480 € 7.500 € 6.545 € 1.295 € 16 € 45 € 38 € 33 € 6 € 160 € 358 € 375 € 327 € 65 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 8,0% 3,0% 3,0% 3,0% 10 € 14 € 50 € 43 € 26 € 75 75 600 5 25 750 € 1.050 € 30.000 € 215 € 650 € 4 € 11 € 300 € 2 € 7 € 38 € 84 € 900 € 6 € 20 € 3,0% 0,5% 0,5% 0,5% 1,0% 30,0% 5,0% 5,0% 3,0% 3,0% 12 € 27 € 96 € 35 € 21 € 680 130 60 430 395 8.160 € 3.510 € 5.760 € 15.050 € 8.295 € 245 € 18 € 29 € 75 € 83 € 2.448 € 176 € 288 € 452 € 249 € 3,0% 3,0% 20,0% 35,0% 35,0% 40,0% 600 € 280 € 83 € 6 6 18 3.600 € 1.680 € 1.494 € 108 € 50 € 299 € 1.260 € 588 € 598 € 3,0% 5,0% 20,0% 1,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 15,0% 40,0% 40,0% 10,0% 30,0% 30,0% 30,0% 15,0% 3,0% 5,0% 3.000 € 300 € 220 € 6.000 € 21 € 160 € 26 € 12 € 40 € 5 € 6 6 18 11 30 8 8 90 92,4 260 18.000 € 1.800 € 3.960 € 66.000 € 630 € 1.280 € 208 € 1.080 € 3.696 € 1.300 € 540 € 90 € 792 € 660 € 6 € 38 € 2 € 32 € 37 € 39 € 2.700 € 720 € 1.584 € 6.600 € 189 € 384 € 62 € 162 € 111 € 65 € 3,0% 3,0% 30,0% 30,0% 5 € 17 € 30 30 150 € 510 € 5 € 15 € 45 € 153 € 3,0% 1,0% 0,5% 1,0% 35,0% 5,0% 5,0% 5,0% 210 € 12 € 52 € 5 € 57 57 100 350 11.970 € 684 € 5.200 € 1.750 € 359 € 7 € 26 € 18 € 4.190 € 34 € 260 € 88 € 1,0% 1,0% 2,0% 2,0% 40 € 20 € 38 38 1.520 € 760 € 15 € 8 € 30 € 15 € 1,0% 1,0% 1,0% 15,0% 15,0% 25,0% 600 € 350 € 40 € 1 1 15 600 € 350 € 600 € 6 € 4 € 6 € 90 € 53 € 150 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 15,0% 15,0% 74 € 225 € 100 € 177 € 60 € 100 € 350 € 50 € 6 7 10 9 1 1 3 2 444 € 1.575 € 1.000 € 1.593 € 60 € 100 € 1.050 € 100 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 11 € 1 € 62 € 221 € 140 € 223 € 8 € 14 € 158 € 15 € 5,0% 5,0% 20,0% 20,0% 40 € 50 € 25 180 1.000 € 9.000 € 50 € 450 € 200 € 1.800 € 5,0% 5,0% 1,0% 5,0% 20,0% 20,0% 10,0% 20,0% 8 € 10 € 5 € 15 € 340 45 80 280 2.720 € 450 € 400 € 4.200 € 136 € 23 € 4 € 210 € 544 € 90 € 40 € 840 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 3,0% 3,0% 0,5% 0,5% 3,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 8,0% 35,0% 35,0% 600 € 48 € 30 € 65 € 50 € 35 € 20 € 350 € 2 6 10 7 12 2 1 1 1.200 € 288 € 300 € 455 € 600 € 70 € 20 € 350 € 12 € 3 € 3 € 5 € 18 € 2 € 0 € 2 € 36 € 14 € 15 € 23 € 30 € 6 € 7 € 123 € 3,0% 0,5% 0,5% 7,0% 7,0% 7,0% 10 € 60 € 15 € 50 19 8 500 € 1.140 € 120 € 15 € 6 € 1 € 35 € 80 € 8 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 3,0% 3,0% 3,0% 24 € 26 € 96 € 21 € 100 36 10 390 2.400 € 936 € 960 € 8.190 € 12 € 9 € 10 € 82 € 120 € 28 € 29 € 246 € Quantidade de elementos MC Mar‐15 Abr‐15 Mai‐15 Jun‐15 Jul‐15 20 € 25 € Ago‐15 Set‐15 Out‐15 Nov‐15 Dez‐15 Jan‐16 Fev‐16 Mar‐16 Abr‐16 Mai‐16 204 € 153 € Jun‐16 Jul‐16 21 € 26 € 143 € 145 € 2 € 279 € 2 € 142 € Nov‐16 Dez‐16 48 € 40 € 35 € 7 € 11 € 970 € 7 € 7 € 318 € 2 € 21 € 2 Set‐16 Out‐16 207 € 155 € 40 € 1 Ago‐16 264 € 19 € 31 € 81 € 89 € 15.974 € 1.357 € 54 € 322 € 1 2.909 € 97 € 853 € 711 € 7 € 414 € 2 € 35 € 1 700 € 7 € 41 € 2 € 34 € 39 € 41 € 1 4 1 16 € 8 € 42 € 5 € 16 € 5 € 16 € 7 € 4.513 € 7 € 19 € 19 € 32 € 16 € 16 € 8 € 33 € 16 € 6 € 4 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 425 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 1 6 € 1 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 13 € 3 € 3 € 5 € 19 € 6 € 0 € 2 € 16 € 85 € 9 € 67 € 238 € 151 € 240 € 9 € 15 € 11 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 16 € 25 € 32 € 3 € 3 € 5 € 19 € 43 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 15 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 6 € 1 € 3 € 3 € 5 € 19 € 3 € 3 € 5 € 19 € 13 € 3 € 3 € 5 € 19 € 2 € 0 € 2 € 38 € 86 € 9 € 13 € 10 € 10 € 88 € Elemento Subsituição Predictiva Preventiva Predictiva Preventiva Substituição Quantidade Ano 0 (2011) Ano 0 Ano 0 rácio rácio unitário (Ano 101. Edificações Coberturas 101‐005. Impermeabilizações 101‐101. Varanda 102. Edif. Elem. Estruturais 102‐007. Vigas 102‐008. Pilares 102‐009. Lajes 103. Edif. Paredes Interiores 103‐068. Pinturas 103‐069. Rebocos 103‐082. Revestimentos em pedra 103‐085. Revestimentos cerâmicos 104. Edif. Paredes Exteriores 104‐068. Pinturas 104‐069. Rebocos 104‐082. Revestimentos em pedra 104‐085. Revestimentos cerâmicos 104‐087. Peitoril 105. Edif. Tectos 105‐068. Pinturas 105‐069. Rebocos 105‐081. Revestimentos de madeira 105‐084. Revestimentos metálicos 105‐085. Grelhas de ventilação 106. Edif. Piso 106‐027. Camada superficial em betão 106‐076. Revestimentos cerâmicos 106‐082.Revestimentos de pedra 106‐083. Revestimentos em linóleos 106‐086. Revestimentos em placas/blocos de cimento 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros Metálicos Alumínio Madeira 107‐069. Portas Metálicos Alumínio Madeira 107‐070. Portões 107‐071. Puxadores 107‐076. Molas 107‐078. Grelhas de ventilação 107‐079. Ferragens diversas 107‐080. Acrílicos 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 108‐054. Ferragens 108‐069. Portas e portões 109. Edif. Janela envidraçados 109‐024. Caixilharia/Estrutura 109‐071. Puxadores 109‐100. Vidro 109‐101. Selante 111. Edif. Protecção Solar 111‐043. Estores 111‐999. Outros 112. Edif. Mobiliário 112‐014. Armários 112‐017. Balcões 112‐041. Espelhos 112‐046. Exclusivamente sanitário Conjunto sanita completo Urinol Lavatório completo Base de douche Bidé Banheira 112‐060. Mesas 112‐098. Varões 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 113‐037. Corrimãos 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 113‐086. Rodapés Madeira Cerâmicos 113‐090. Fitas anti‐derrapantes dos patins das escadas 113‐092. Roda‐cadeiras 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 115‐030. Carretéis 115‐091. Autoclismos 115‐092. Chuveiros 115‐093. Fluxometros 115‐094. Torneiras/Pontos de água 115‐095. Tubagem 115‐097. Válvulas 115‐098. Termoacumuladores 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 116‐101. Tubos de queda 116‐102. Caleiras 116‐105. Ralos 201. Ext. Pavimentos 201‐028. Camada superf. em betuminoso 201‐058. Lancis 201‐066. Pedra 201‐067. Placas de cimento Quantidade de elementos MC Jan‐17 Fev‐17 Mar‐17 Abr‐17 Mai‐17 Jun‐17 Jul‐17 21 € 26 € Ago‐17 0,5% 0,5% 5,0% 3,0% 7 € 12 € 550 400 3.850 € 4.800 € 19 € 24 € 193 € 144 € 0,1% 10,0% 300 € 450 135.000 € 135 € 13.500 € 148 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 8 € 14 € 37 € 22 € 1850 1850 12 1200 14.800 € 25.900 € 444 € 26.400 € 74 € 259 € 2 € 132 € 740 € 2.072 € 22 € 1.320 € 16.183 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 5,0% 10 € 14 € 100 € 17 € 37 € 320 320 75 385 35 3.200 € 4.480 € 7.500 € 6.545 € 1.295 € 16 € 45 € 38 € 33 € 6 € 160 € 358 € 375 € 327 € 65 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 8,0% 3,0% 3,0% 3,0% 10 € 14 € 50 € 43 € 26 € 75 75 600 5 25 750 € 1.050 € 30.000 € 215 € 650 € 4 € 11 € 300 € 2 € 7 € 38 € 84 € 900 € 6 € 20 € 3,0% 0,5% 0,5% 0,5% 1,0% 30,0% 5,0% 5,0% 3,0% 3,0% 12 € 27 € 96 € 35 € 21 € 680 130 60 430 395 8.160 € 3.510 € 5.760 € 15.050 € 8.295 € 245 € 18 € 29 € 75 € 83 € 2.448 € 176 € 288 € 452 € 249 € 3,0% 3,0% 20,0% 35,0% 35,0% 40,0% 600 € 280 € 83 € 6 6 18 3.600 € 1.680 € 1.494 € 108 € 50 € 299 € 1.260 € 588 € 598 € 3,0% 5,0% 20,0% 1,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 15,0% 40,0% 40,0% 10,0% 30,0% 30,0% 30,0% 15,0% 3,0% 5,0% 3.000 € 300 € 220 € 6.000 € 21 € 160 € 26 € 12 € 40 € 5 € 6 6 18 11 30 8 8 90 92,4 260 18.000 € 1.800 € 3.960 € 66.000 € 630 € 1.280 € 208 € 1.080 € 3.696 € 1.300 € 540 € 90 € 792 € 660 € 6 € 38 € 2 € 32 € 37 € 39 € 2.700 € 720 € 1.584 € 6.600 € 189 € 384 € 62 € 162 € 111 € 65 € 3,0% 3,0% 30,0% 30,0% 5 € 17 € 30 30 150 € 510 € 5 € 15 € 45 € 153 € 3,0% 1,0% 0,5% 1,0% 35,0% 5,0% 5,0% 5,0% 210 € 12 € 52 € 5 € 57 57 100 350 11.970 € 684 € 5.200 € 1.750 € 359 € 7 € 26 € 18 € 4.190 € 34 € 260 € 88 € 1,0% 1,0% 2,0% 2,0% 40 € 20 € 38 38 1.520 € 760 € 15 € 8 € 30 € 15 € 1,0% 1,0% 1,0% 15,0% 15,0% 25,0% 600 € 350 € 40 € 1 1 15 600 € 350 € 600 € 6 € 4 € 6 € 90 € 53 € 150 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 15,0% 15,0% 74 € 225 € 100 € 177 € 60 € 100 € 350 € 50 € 6 7 10 9 1 1 3 2 444 € 1.575 € 1.000 € 1.593 € 60 € 100 € 1.050 € 100 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 11 € 1 € 62 € 221 € 140 € 223 € 8 € 14 € 158 € 15 € 5,0% 5,0% 20,0% 20,0% 40 € 50 € 25 180 1.000 € 9.000 € 50 € 450 € 200 € 1.800 € 55 € 492 € 5,0% 5,0% 1,0% 5,0% 20,0% 20,0% 10,0% 20,0% 8 € 10 € 5 € 15 € 340 45 80 280 2.720 € 450 € 400 € 4.200 € 136 € 23 € 4 € 210 € 544 € 90 € 40 € 840 € 149 € 25 € 437 € 230 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 3,0% 3,0% 0,5% 0,5% 3,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 8,0% 35,0% 35,0% 600 € 48 € 30 € 65 € 50 € 35 € 20 € 350 € 2 6 10 7 12 2 1 1 1.200 € 288 € 300 € 455 € 600 € 70 € 20 € 350 € 12 € 3 € 3 € 5 € 18 € 2 € 0 € 2 € 36 € 14 € 15 € 23 € 30 € 6 € 7 € 123 € 3,0% 0,5% 0,5% 7,0% 7,0% 7,0% 10 € 60 € 15 € 50 19 8 500 € 1.140 € 120 € 15 € 6 € 1 € 35 € 80 € 8 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 3,0% 3,0% 3,0% 24 € 26 € 96 € 21 € 100 36 10 390 2.400 € 936 € 960 € 8.190 € 12 € 9 € 10 € 82 € 120 € 28 € 29 € 246 € Set‐17 Out‐17 Nov‐17 Dez‐17 Jan‐18 Fev‐18 Mar‐18 Abr‐18 Mai‐18 210 € 157 € Jun‐18 Jul‐18 21 € 27 € Ago‐18 Set‐18 Out‐18 214 € 160 € 150 € 2 € 287 € 2 € 41 € 3.552 € 50 € 42 € 820 € 1 12 € 333 € 2 € 7 € 328 € 2 € 21 € 2 272 € 19 € 32 € 84 € 92 € 1 1 1 4 1 17 € 8 € 722 € 7 € 42 € 2 € 35 € 40 € 1.421 € 732 € 7 € 426 € 2 € 36 € 5 € 17 € 5 € 17 € 7 € 8 € 1.914 € 19 € 43 € 33 € 17 € 17 € 8 € 34 € 17 € 7 € 4 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 20 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 20 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 20 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 20 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 20 € 1 6 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 20 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 20 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 13 € 3 € 3 € 5 € 20 € 2 € 0 € 2 € 547 € 87 € 9 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 17 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 18 € 1 € 1 € 69 € 245 € 155 € 248 € 9 € 16 € 12 € 1 € 5 € 17 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 18 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 44 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 6 € 1 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 13 € 3 € 3 € 5 € 20 € 2 € 0 € 2 € 17 € 89 € 9 € 13 € 10 € 11 € 91 € Elemento Subsituição Predictiva Preventiva Predictiva Preventiva Substituição Quantidade Ano 0 (2011) Ano 0 Ano 0 rácio rácio unitário (Ano 101. Edificações Coberturas 101‐005. Impermeabilizações 101‐101. Varanda 102. Edif. Elem. Estruturais 102‐007. Vigas 102‐008. Pilares 102‐009. Lajes 103. Edif. Paredes Interiores 103‐068. Pinturas 103‐069. Rebocos 103‐082. Revestimentos em pedra 103‐085. Revestimentos cerâmicos 104. Edif. Paredes Exteriores 104‐068. Pinturas 104‐069. Rebocos 104‐082. Revestimentos em pedra 104‐085. Revestimentos cerâmicos 104‐087. Peitoril 105. Edif. Tectos 105‐068. Pinturas 105‐069. Rebocos 105‐081. Revestimentos de madeira 105‐084. Revestimentos metálicos 105‐085. Grelhas de ventilação 106. Edif. Piso 106‐027. Camada superficial em betão 106‐076. Revestimentos cerâmicos 106‐082.Revestimentos de pedra 106‐083. Revestimentos em linóleos 106‐086. Revestimentos em placas/blocos de cimento 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros Metálicos Alumínio Madeira 107‐069. Portas Metálicos Alumínio Madeira 107‐070. Portões 107‐071. Puxadores 107‐076. Molas 107‐078. Grelhas de ventilação 107‐079. Ferragens diversas 107‐080. Acrílicos 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 108‐054. Ferragens 108‐069. Portas e portões 109. Edif. Janela envidraçados 109‐024. Caixilharia/Estrutura 109‐071. Puxadores 109‐100. Vidro 109‐101. Selante 111. Edif. Protecção Solar 111‐043. Estores 111‐999. Outros 112. Edif. Mobiliário 112‐014. Armários 112‐017. Balcões 112‐041. Espelhos 112‐046. Exclusivamente sanitário Conjunto sanita completo Urinol Lavatório completo Base de douche Bidé Banheira 112‐060. Mesas 112‐098. Varões 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 113‐037. Corrimãos 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 113‐086. Rodapés Madeira Cerâmicos 113‐090. Fitas anti‐derrapantes dos patins das escadas 113‐092. Roda‐cadeiras 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 115‐030. Carretéis 115‐091. Autoclismos 115‐092. Chuveiros 115‐093. Fluxometros 115‐094. Torneiras/Pontos de água 115‐095. Tubagem 115‐097. Válvulas 115‐098. Termoacumuladores 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 116‐101. Tubos de queda 116‐102. Caleiras 116‐105. Ralos 201. Ext. Pavimentos 201‐028. Camada superf. em betuminoso 201‐058. Lancis 201‐066. Pedra 201‐067. Placas de cimento 0,5% 0,5% 5,0% 3,0% 7 € 12 € 550 400 3.850 € 4.800 € 19 € 24 € 193 € 144 € 0,1% 10,0% 300 € 450 135.000 € 135 € 13.500 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 8 € 14 € 37 € 22 € 1850 1850 12 1200 14.800 € 25.900 € 444 € 26.400 € 74 € 259 € 2 € 132 € 740 € 2.072 € 22 € 1.320 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 5,0% 10 € 14 € 100 € 17 € 37 € 320 320 75 385 35 3.200 € 4.480 € 7.500 € 6.545 € 1.295 € 16 € 45 € 38 € 33 € 6 € 160 € 358 € 375 € 327 € 65 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 8,0% 3,0% 3,0% 3,0% 10 € 14 € 50 € 43 € 26 € 75 75 600 5 25 750 € 1.050 € 30.000 € 215 € 650 € 4 € 11 € 300 € 2 € 7 € 38 € 84 € 900 € 6 € 20 € 3,0% 0,5% 0,5% 0,5% 1,0% 30,0% 5,0% 5,0% 3,0% 3,0% 12 € 27 € 96 € 35 € 21 € 680 130 60 430 395 8.160 € 3.510 € 5.760 € 15.050 € 8.295 € 245 € 18 € 29 € 75 € 83 € 2.448 € 176 € 288 € 452 € 249 € 3,0% 3,0% 20,0% 35,0% 35,0% 40,0% 600 € 280 € 83 € 6 6 18 3.600 € 1.680 € 1.494 € 108 € 50 € 299 € 1.260 € 588 € 598 € 3,0% 5,0% 20,0% 1,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 15,0% 40,0% 40,0% 10,0% 30,0% 30,0% 30,0% 15,0% 3,0% 5,0% 3.000 € 300 € 220 € 6.000 € 21 € 160 € 26 € 12 € 40 € 5 € 6 6 18 11 30 8 8 90 92,4 260 18.000 € 1.800 € 3.960 € 66.000 € 630 € 1.280 € 208 € 1.080 € 3.696 € 1.300 € 540 € 90 € 792 € 660 € 6 € 38 € 2 € 32 € 37 € 39 € 2.700 € 720 € 1.584 € 6.600 € 189 € 384 € 62 € 162 € 111 € 65 € 3,0% 3,0% 30,0% 30,0% 5 € 17 € 30 30 150 € 510 € 5 € 15 € 45 € 153 € 3,0% 1,0% 0,5% 1,0% 35,0% 5,0% 5,0% 5,0% 210 € 12 € 52 € 5 € 57 57 100 350 11.970 € 684 € 5.200 € 1.750 € 359 € 7 € 26 € 18 € 4.190 € 34 € 260 € 88 € 1,0% 1,0% 2,0% 2,0% 40 € 20 € 38 38 1.520 € 760 € 15 € 8 € 30 € 15 € 1,0% 1,0% 1,0% 15,0% 15,0% 25,0% 600 € 350 € 40 € 1 1 15 600 € 350 € 600 € 6 € 4 € 6 € 90 € 53 € 150 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 15,0% 15,0% 74 € 225 € 100 € 177 € 60 € 100 € 350 € 50 € 6 7 10 9 1 1 3 2 444 € 1.575 € 1.000 € 1.593 € 60 € 100 € 1.050 € 100 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 11 € 1 € 62 € 221 € 140 € 223 € 8 € 14 € 158 € 15 € 5,0% 5,0% 20,0% 20,0% 40 € 50 € 25 180 1.000 € 9.000 € 50 € 450 € 200 € 1.800 € 5,0% 5,0% 1,0% 5,0% 20,0% 20,0% 10,0% 20,0% 8 € 10 € 5 € 15 € 340 45 80 280 2.720 € 450 € 400 € 4.200 € 136 € 23 € 4 € 210 € 544 € 90 € 40 € 840 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 3,0% 3,0% 0,5% 0,5% 3,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 8,0% 35,0% 35,0% 600 € 48 € 30 € 65 € 50 € 35 € 20 € 350 € 2 6 10 7 12 2 1 1 1.200 € 288 € 300 € 455 € 600 € 70 € 20 € 350 € 12 € 3 € 3 € 5 € 18 € 2 € 0 € 2 € 36 € 14 € 15 € 23 € 30 € 6 € 7 € 123 € 3,0% 0,5% 0,5% 7,0% 7,0% 7,0% 10 € 60 € 15 € 50 19 8 500 € 1.140 € 120 € 15 € 6 € 1 € 35 € 80 € 8 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 3,0% 3,0% 3,0% 24 € 26 € 96 € 21 € 100 36 10 390 2.400 € 936 € 960 € 8.190 € 12 € 9 € 10 € 82 € 120 € 28 € 29 € 246 € Quantidade de elementos MC Nov‐18 Dez‐18 Jan‐19 Fev‐19 Mar‐19 Abr‐19 Mai‐19 Jun‐19 Jul‐19 22 € 27 € Ago‐19 Set‐19 Out‐19 Nov‐19 Dez‐19 Jan‐20 Fev‐20 Mar‐20 Abr‐20 217 € 162 € Mai‐20 Jun‐20 Jul‐20 22 € 27 € 152 € 3 € 42 € 1 33.795 € 242 € 732 € 2 122 € 662 € 673 € 1 608 € 811 € 1.784 € 7.435 € 213 € 43 € 70 € 182 € 42 € 44 € 1 1 51 € 172 € 4 1 405 € 39 € 20 € 17 € 9 € 5 € 17 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 17 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 34 € 17 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 17 € 9 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 338 € 513 € 676 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 451 € 16 € 17 € 25 € 33 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 1 6 € 1 € 3 € 3 € 5 € 20 € 3 € 3 € 5 € 20 € 1.352 € 3 € 3 € 5 € 20 € 2 € 8 € 138 € 17 € 90 € 9 € 7 € 1 € Elemento Subsituição Predictiva Preventiva Predictiva Preventiva Substituição Quantidade Ano 0 (2011) Ano 0 Ano 0 rácio rácio unitário (Ano 101. Edificações Coberturas 101‐005. Impermeabilizações 101‐101. Varanda 102. Edif. Elem. Estruturais 102‐007. Vigas 102‐008. Pilares 102‐009. Lajes 103. Edif. Paredes Interiores 103‐068. Pinturas 103‐069. Rebocos 103‐082. Revestimentos em pedra 103‐085. Revestimentos cerâmicos 104. Edif. Paredes Exteriores 104‐068. Pinturas 104‐069. Rebocos 104‐082. Revestimentos em pedra 104‐085. Revestimentos cerâmicos 104‐087. Peitoril 105. Edif. Tectos 105‐068. Pinturas 105‐069. Rebocos 105‐081. Revestimentos de madeira 105‐084. Revestimentos metálicos 105‐085. Grelhas de ventilação 106. Edif. Piso 106‐027. Camada superficial em betão 106‐076. Revestimentos cerâmicos 106‐082.Revestimentos de pedra 106‐083. Revestimentos em linóleos 106‐086. Revestimentos em placas/blocos de cimento 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros Metálicos Alumínio Madeira 107‐069. Portas Metálicos Alumínio Madeira 107‐070. Portões 107‐071. Puxadores 107‐076. Molas 107‐078. Grelhas de ventilação 107‐079. Ferragens diversas 107‐080. Acrílicos 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 108‐054. Ferragens 108‐069. Portas e portões 109. Edif. Janela envidraçados 109‐024. Caixilharia/Estrutura 109‐071. Puxadores 109‐100. Vidro 109‐101. Selante 111. Edif. Protecção Solar 111‐043. Estores 111‐999. Outros 112. Edif. Mobiliário 112‐014. Armários 112‐017. Balcões 112‐041. Espelhos 112‐046. Exclusivamente sanitário Conjunto sanita completo Urinol Lavatório completo Base de douche Bidé Banheira 112‐060. Mesas 112‐098. Varões 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 113‐037. Corrimãos 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 113‐086. Rodapés Madeira Cerâmicos 113‐090. Fitas anti‐derrapantes dos patins das escadas 113‐092. Roda‐cadeiras 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 115‐030. Carretéis 115‐091. Autoclismos 115‐092. Chuveiros 115‐093. Fluxometros 115‐094. Torneiras/Pontos de água 115‐095. Tubagem 115‐097. Válvulas 115‐098. Termoacumuladores 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 116‐101. Tubos de queda 116‐102. Caleiras 116‐105. Ralos 201. Ext. Pavimentos 201‐028. Camada superf. em betuminoso 201‐058. Lancis 201‐066. Pedra 201‐067. Placas de cimento Quantidade de elementos MC Ago‐20 0,5% 0,5% 5,0% 3,0% 7 € 12 € 550 400 3.850 € 4.800 € 19 € 24 € 193 € 144 € 220 € 5.488 € 0,1% 10,0% 300 € 450 135.000 € 135 € 13.500 € 154 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 8 € 14 € 37 € 22 € 1850 1850 12 1200 14.800 € 25.900 € 444 € 26.400 € 74 € 259 € 2 € 132 € 740 € 2.072 € 22 € 1.320 € 296 € 3 € 0,5% 1,0% 0,5% 0,5% 0,5% 5,0% 8,0% 5,0% 5,0% 5,0% 10 € 14 € 100 € 17 € 37 € 320 320 75 385 35 3.200 € 4.480 € 7.500 € 6.545 € 1.295 € 16 € 45 € 38 € 33 € 6 € 160 € 358 € 375 € 327 € 65 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 8,0% 3,0% 3,0% 3,0% 10 € 14 € 50 € 43 € 26 € 75 75 600 5 25 750 € 1.050 € 30.000 € 215 € 650 € 4 € 11 € 300 € 2 € 7 € 38 € 84 € 900 € 6 € 20 € 3,0% 0,5% 0,5% 0,5% 1,0% 30,0% 5,0% 5,0% 3,0% 3,0% 12 € 27 € 96 € 35 € 21 € 680 130 60 430 395 8.160 € 3.510 € 5.760 € 15.050 € 8.295 € 245 € 18 € 29 € 75 € 83 € 2.448 € 176 € 288 € 452 € 249 € 3,0% 3,0% 20,0% 35,0% 35,0% 40,0% 600 € 280 € 83 € 6 6 18 3.600 € 1.680 € 1.494 € 108 € 50 € 299 € 1.260 € 588 € 598 € 3,0% 5,0% 20,0% 1,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 1,0% 3,0% 15,0% 40,0% 40,0% 10,0% 30,0% 30,0% 30,0% 15,0% 3,0% 5,0% 3.000 € 300 € 220 € 6.000 € 21 € 160 € 26 € 12 € 40 € 5 € 6 6 18 11 30 8 8 90 92,4 260 18.000 € 1.800 € 3.960 € 66.000 € 630 € 1.280 € 208 € 1.080 € 3.696 € 1.300 € 540 € 90 € 792 € 660 € 6 € 38 € 2 € 32 € 37 € 39 € 2.700 € 720 € 1.584 € 6.600 € 189 € 384 € 62 € 162 € 111 € 65 € 3,0% 3,0% 30,0% 30,0% 5 € 17 € 30 30 150 € 510 € 5 € 15 € 45 € 153 € 3,0% 1,0% 0,5% 1,0% 35,0% 5,0% 5,0% 5,0% 210 € 12 € 52 € 5 € 57 57 100 350 11.970 € 684 € 5.200 € 1.750 € 359 € 7 € 26 € 18 € 4.190 € 34 € 260 € 88 € 1,0% 1,0% 2,0% 2,0% 40 € 20 € 38 38 1.520 € 760 € 15 € 8 € 30 € 15 € 35 € 17 € 1,0% 1,0% 1,0% 15,0% 15,0% 25,0% 600 € 350 € 40 € 1 1 15 600 € 350 € 600 € 6 € 4 € 6 € 90 € 53 € 150 € 7 € 4 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 15,0% 15,0% 74 € 225 € 100 € 177 € 60 € 100 € 350 € 50 € 6 7 10 9 1 1 3 2 444 € 1.575 € 1.000 € 1.593 € 60 € 100 € 1.050 € 100 € 4 € 16 € 10 € 16 € 1 € 1 € 11 € 1 € 62 € 221 € 140 € 223 € 8 € 14 € 158 € 15 € 71 € 252 € 160 € 255 € 10 € 16 € 12 € 1 € 5,0% 5,0% 20,0% 20,0% 40 € 50 € 25 180 1.000 € 9.000 € 50 € 450 € 200 € 1.800 € 57 € 515 € 5,0% 5,0% 1,0% 5,0% 20,0% 20,0% 10,0% 20,0% 8 € 10 € 5 € 15 € 340 45 80 280 2.720 € 450 € 400 € 4.200 € 136 € 23 € 4 € 210 € 544 € 90 € 40 € 840 € 156 € 26 € 46 € 240 € 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 3,0% 3,0% 0,5% 0,5% 3,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 8,0% 35,0% 35,0% 600 € 48 € 30 € 65 € 50 € 35 € 20 € 350 € 2 6 10 7 12 2 1 1 1.200 € 288 € 300 € 455 € 600 € 70 € 20 € 350 € 12 € 3 € 3 € 5 € 18 € 2 € 0 € 2 € 36 € 14 € 15 € 23 € 30 € 6 € 7 € 123 € 14 € 3 € 3 € 5 € 21 € 6 € 0 € 2 € 3,0% 0,5% 0,5% 7,0% 7,0% 7,0% 10 € 60 € 15 € 50 19 8 500 € 1.140 € 120 € 15 € 6 € 1 € 35 € 80 € 8 € 40 € 91 € 10 € 0,5% 1,0% 1,0% 1,0% 5,0% 3,0% 3,0% 3,0% 24 € 26 € 96 € 21 € 100 36 10 390 2.400 € 936 € 960 € 8.190 € 12 € 9 € 10 € 82 € 120 € 28 € 29 € 246 € 14 € 11 € 11 € 94 € Set‐20 Out‐20 Nov‐20 Dez‐20 Jan‐21 Fev‐21 Mar‐21 Abr‐21 Mai‐21 Jun‐21 Jul‐21 22 € 28 € 2 Set‐21 Out‐21 Nov‐21 Dez‐21 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 17 € 3 € 5 € 21 € 223 € 167 € 157 € 3 € 153 € 51 € 43 € 1 Ago‐21 44 € 38 € 8 € 12 € 343 € 2 € 7 € 348 € 2 € 23 € 280 € 20 € 33 € 516 € 95 € 1 1 1 755 € 7 € 439 € 2 € 37 € 766 € 7 € 45 € 2 € 38 € 74 € 45 € 5 € 17 € 5 € 18 € 8 € 8 € 30 € 20 € 4.289 € 4 1 100 € 1 18 € 9 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 11 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 35 € 18 € 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 5 € 18 € 12 € 18 € 1 € 1 € 464 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 7 € 1 € 3 € 3 € 5 € 21 € 3 € 3 € 5 € 21 € 14 € 3 € 3 € 5 € 21 € 2 € 0 € 2 € 17 € 93 € 10 € Anexo V Programa previsional das acções de manutenção do Terminal de carga do Aeroporto Internacional de Faro AC VU Elemento 101. Edificações Coberturas 2008 20 101‐001. Painéis Metálicos / Mistos 102. Edif. Elem. Estruturais 1977 50 102‐007. Vigas 1977 50 102‐008. Pilares 1977 50 102‐009. Lajes 1977 50 102‐012. Estruturas metálicas 103. Edif. Paredes Interiores 1977 25 103‐040. Divisórias (redes metálicas) 2006 5 103‐068. Pinturas 103‐069. Rebocos 1977 30 Piso 0 (1977) 2006 30 Piso 0 + 1 (2006) 103‐085. Revestimentos cerâmicos 1977 30 Piso 0 2006 30 Piso 1 104. Edif. Paredes Exteriores 2006 5 104‐068. Pinturas 1977 30 104‐069. Rebocos 105. Edif. Tectos 2006 5 105‐068. Pinturas 2006 30 105‐069. Rebocos 106. Edif. Piso 1977 50 106‐027. Camada superficial em betão 2008 106‐076. Revestimentos cerâmicos 1977 30 Piso 0 2006 30 Piso 1 2006 50 106‐082.Revestimentos de pedra 1977 10 106‐083. Revestimentos em linóleos 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros 1977 25 Metálicos 2006 25 Alumínio Madeira 1977 35 Piso 0 2006 35 Piso 1 107‐069. Portas 1977 25 Metálicos 2006 25 Alumínio Madeira 1977 35 Piso 0 2006 35 Piso 1 2006 35 Vidro 2008 25 107‐070. Portões 107‐071. Puxadores 1977 15 Piso 0 2006 15 Piso 1 107‐079. Ferragens diversas 1977 15 Piso 0 2006 15 Piso 1 2006 6 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 108‐054. Ferragens 1977 15 Piso 0 2006 15 Piso 1 108‐069. Portas e portões 1977 15 Piso 0 2006 15 Piso 1 109. Edif. Janela envidraçados 109‐024. Caixilharia/Estrutura 2006 25 Alçado Norte ‐ Alumínio 1977 30 Alçado Sul/Poente/Norte (Portway) ‐ Ferro 2012 25 Alçado Sul/Poente/Norte (Portway)‐ Alumínio 109‐071. Puxadores 2006 15 Alçado Norte ‐ Alumínio 1977 15 Alçado Sul/Poente ‐ Ferro 2012 15 Alçado Sul/Poente/Norte (Portway) ‐ Alumínio 109‐100. Vidro 2006 35 Alçado Norte ‐ Alumínio 1977 35 Alçado Sul/Poente/Norte (Portway) ‐ Ferro 2012 35 Alçado Sul/Poente/Norte (Portway) ‐ Alumínio 109‐101. Selante 2006 6 Alçado Norte ‐ Alumínio 1977 6 Alçado Sul/Poente/Norte (Portway) ‐ Ferro 2012 6 Alçado Sul/Poente/Norte (Portway) ‐ Alumínio 111. Edif. Protecção Solar 2006 8 111‐043. Estores 112. Edif. Mobiliário 2006 15 112‐017. Balcões 112‐041. Espelhos 1977 35 Piso 0 2006 35 Piso 1 112‐046. Exclusivamente sanitário 1977 20 Piso 0 2006 20 Piso 1 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 2006 15 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 2008 15 113‐085. Pilaretes 2006 15 113‐086. Rodapés 2008 30 113‐091. Pára‐raios 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 115‐091. Autoclismos 1977 10 Piso 0 2006 10 Piso 1 115‐094. Torneiras/Pontos de água 1977 10 Piso 0 2006 10 Piso 1 2006 40 115‐095. Tubagem 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 2008 8 116‐101. Tubos de queda 201. Ext. Pavimentos 2004 30 201‐028. Camada superf. em betuminoso VUR UI Predictiva Preventiva 1 10 P 1 1 1 1 10 10 10 10 P P P P ‐9 0 3 9 ‐4 25 2 2 10 10 17 16 16 16 16 2008 2008 2008 NI INMi 67% % EA TSEXTRA Jul‐11 Ago‐11 Set‐11 Mai‐12 Jun‐12 100% Set‐12 Jul‐13 Set‐13 Set‐14 Set‐15 Set‐16 Set‐17 P P P P P P P P PV4 P P P P P P P P P P P P P P P P MC17 P Jul‐18 Set‐18 Set‐19 Set‐20 Set‐21 P PV12 P P P P P P P PV3 PV3 PV3 P P P P P P P P P P P P P P P S S ‐4 25 2008 5 5 10 10 0 ‐4 2008 2 10 0 25 2 16 67% 4% S P P P 6 PV9 P 2 21 S 10 P PV9 P PV5 P P P PV5 P S P 2 10 P P P PV9 P P ‐4 25 45 ‐24 2 2 2 2 10 10 10 5 P P P P P P P S P PV9 PV9 P S P P P PV9 P P P P ‐9 20 3 3 6 9 1 30 2 2 8 8 ‐9 20 3 3 6 9 1 30 30 22 2 3 3 1 8 8 9 7 ‐19 10 1 1 5 5 8 ‐19 10 1 1 1 1 5 5 3 8 ‐19 10 1 1 5 5 8 ‐19 10 1 1 5 5 8 20 ‐4 26 3 1 3 9 7 9 10 ‐19 16 1 1 1 5 7 5 30 1 36 10 10 10 15 15 15 1 ‐28 7 1 1 1 3 3 3 3 1 2 10 2 10 1 30 10 10 15 15 ‐14 15 1 1 3 3 10 12 10 27 3 3 3 1 9 9 9 5 ‐24 5 1 1 3 3 ‐24 5 35 1 1 1 2 2 5 5 1 3 23 2 10 3 S 6 3 13 PV17 P P 6% P P P P P S PV15 P P P P P P P P P P PV15 PV15 P P P P P P P P P P P S P P P P P P P P PV15 PV15 PV15 P P P P S P S P P P P P P P PV15 PV15 P P P P P P P P PV15 PV15 P P P P P P P P P P P P P P P P P PV15 PV15 P P P P P P P P P P 100% P P P S PV15 PV15 P P S PV15 PV14 PV14 P P PV15 PV15 S PV15 P P P PV15 S P P P P P PV17 P 6% PV15 PV15 S P 13 67% P P S P 68% P P S P 66% P PV5 P P PV14 PV14 P P P P P P PV15 P P P P PV15 S P 5 P P P P PV15 P P P P PV15 P P P P P PV15 P P P P S P PV16 S 83% S S 100% P PV15 P P PV15 P P S P P PV15 P P PV15 P P S P P PV15 P S P PV15 P PV15 P PV15 P P P PV14 P P P S P 14 P P PV19 PV19 P P P P P PV19 PV19 P P 100% PV18 7 7 91% 25% P P PV15 PV19 PV19 P P P P P P 93% PV16 P P P PV15 P P P P PV18 P PV15 P P P P PV18 P P P P P P PV19 PV19 P P P P PV19 P P S P P S P P PV19 P P PV19 P P PV19 PV19 P P P PV19 P PV19 P P P PV19 P PV19 S PV19 P P P S PV19 P P P P PV19 PV19 P P P PV19 PV19 P P PV19 P S P P PV19 P P MC19 P PV10 P P P Anexo VI Previsão de custos de manutenção do Terminal de carga do Aeroporto Internacional de Faro Elemento 101. Edificações Coberturas 101‐001. Painéis Metálicos / Mistos 102. Edif. Elem. Estruturais 102‐007. Vigas 102‐008. Pilares 102‐009. Lajes 102‐012. Estruturas metálicas 103. Edif. Paredes Interiores 103‐040. Divisórias (redes metálicas) 103‐068. Pinturas 103‐069. Rebocos Piso 0 (1977) Piso 0+1 (2006) 103‐085. Revestimentos cerâmicos Piso 0 Piso 1 104. Edif. Paredes Exteriores 104‐068. Pinturas 104‐069. Rebocos 105. Edif. Tectos 105‐068. Pinturas 105‐069. Rebocos 106. Edif. Piso 106‐027. Camada superficial em betão 106‐076. Revestimentos cerâmicos Piso 0 Piso 1 106‐082.Revestimentos de pedra 106‐083. Revestimentos em linóleos 107. Edif. Portas e Portões 107‐015. Aros Metálicos Alumínio Madeira Piso 0 Piso 1 107‐069. Portas Metálicos Alumínio Madeira Piso 0 Piso 1 Vidro 107‐070. Portões 107‐071. Puxadores Piso 0 Piso 1 107‐079. Ferragens diversas Piso 0 Dobradiças Piso 1 Molas Dobradiças 107‐081. Selantes 108. Edif. Fechaduras 108‐054. Ferragens Piso 0 Piso 1 108‐069. Portas e portões Piso 0 Portas madeira interiores Porta de entrada ferro Piso 1 Portas madeira interiores Vidro Alumínio 109. Edif. Janela envidraçados 109‐024. Caixilharia/Estrutura Alçado Norte Janela alumínio (de abrir) 140x90 Janela alumínio (fixa) 140x90 Janela alumínio (de abrir) 60x90 Janela ferro (Portway) Janela alumínio (fixa) 140x90 Alçado Sul Janela ferro Janela alumínio (de abrir) 140x90 Janela alumínio (fixa) 140x90 Substituição Predictiva Preventiva unitário (Ano rácio rácio 0) Quantidade Substituição Ano 2007 Subsituição Ano 0 (2010) Predictiva Ano 0 Preventiva Quantidade de Jul‐11 Ago‐11 Ano 0 elementos MC Set‐11 Mai‐12 Jun‐12 Set‐12 Jul‐13 153,3 € Set‐14 0,1% 5,0% 160 € 930 148.800 € 149 € 7.440 € 149 € 0,5% 10,0% 300 € 100 30.000 € 150 € 3.000 € 150 € 152,3 € 154,5 € 0,1% 25,0% 112 € 930 104.160 € 104 € 26.040 € 104 € 26.430,6 € 107,3 € 5,0% 0,5% 20,0% 5,0% 60 € 8 € 33 2310 1.980 € 18.480 € 99 € 92 € 396 € 924 € 1,0% 1,0% 8,0% 8,0% 14 € 14 € 1930 380 27.020 € 5.320 € 270 € 53 € 2.162 € 426 € 0,5% 0,5% 5,0% 5,0% 22 € 22 € 65 88 1.430 € 1.936 € 7 € 10 € 72 € 97 € 0,5% 1,0% 5,0% 8,0% 10 € 14 € 490 490 4.900 € 6.860 € 25 € 69 € 245 € 549 € 69,6 € 71,7 € 0,5% 1,0% 5,0% 8,0% 8 € 14 € 142 142 1.136 € 1.988 € 6 € 20 € 57 € 159 € 20,2 € 20,8 € 3,0% 30,0% 12 € 425 5.100 € 153 € 1.530 € 155,3 € 160,0 € 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 5,0% 5,0% 5,0% 3,0% 27 € 27 € 96 € 35 € 48 105 14 31 1.296 € 2.835 € 1.344 € 1.085 € 6 € 14 € 7 € 5 € 65 € 142 € 67 € 33 € 6,6 € 14,4 € 6,8 € 5,5 € 6,8 € 14,8 € 7,0 € 1.134,6 € 3,0% 3,0% 35,0% 35,0% 600 € 600 € 1 1 600 € 600 € 18 € 18 € 210 € 210 € 18,3 € 20,0% 20,0% 40,0% 40,0% 83 € 83 € 12 6 996 € 498 € 199 € 100 € 398 € 199 € 3,0% 3,0% 15,0% 35,0% 3.000 € 800 € 1 1 3.000 € 800 € 90 € 24 € 450 € 280 € 20,0% 20,0% 1,0% 0,3% 40,0% 40,0% 3,0% 10,0% 220 € 220 € 2.000 € 5.979 € 12 6 2 4 2.640 € 1.320 € 4.000 € 25.006 € 528 € 264 € 40 € 75 € 1.056 € 528 € 120 € 2.501 € 75,0 € 1,0% 1,0% 30,0% 30,0% 21 € 21 € 13 9 273 € 189 € 3 € 2 € 82 € 57 € 56,7 € 3,0% 15,0% 12 € 39 468 € 14 € 70 € 3,0% 3,0% 3,0% 30,0% 15,0% 5,0% 160 € 12 € 5 € 2 24 119 320 € 288 € 595 € 10 € 9 € 18 € 96 € 43 € 30 € 3,0% 3,0% 30,0% 30,0% 5 € 5 € 13 9 65 € 45 € 2 € 1 € 20 € 14 € 3,0% 3,0% 30,0% 30,0% 17 € 35 € 12 1 204 € 35 € 6 € 1 € 61 € 11 € 3,0% 3,0% 3,0% 30,0% 30,0% 30,0% 17 € 45 € 20 € 6 2 1 102 € 90 € 20 € 3 € 3 € 1 € 31 € 27 € 6 € 3,0% 3,0% 3,0% 1,0% 3,0% 35,0% 35,0% 35,0% 15,0% 35,0% 400 € 267 € 313 € 400 € 267 € 24 13 4 5 5 9.600 € 3.471 € 1.252 € 2.000 € 1.335 € 288 € 104 € 38 € 20 € 40 € 3.360 € 1.215 € 438 € 300 € 467 € 1,0% 3,0% 3,0% 15,0% 35,0% 35,0% 400 € 400 € 267 € 35 17 18 14.000 € 6.800 € 4.806 € 140 € 204 € 144 € 2.100 € 2.380 € 1.682 € 23.914 € 151,0 € Set‐13 401,9 € 33 155,6 € 156,9 € 108,9 € Set‐15 157,9 € 159,2 € 110,6 € Set‐16 160,3 € 161,6 € 112,2 € 103,5 € Set‐17 Jul‐18 162,7 € Set‐18 Set‐19 8.257,2 € 167,6 € 164,0 € 3.329,5 € 169,0 € 113,9 € 115,6 € 117,3 € 108,3 € 282,5 € 55,6 € 291,1 € 458,5 € 78,2 € 10,0 € 299,9 € 59,0 € 1.563,6 € 5.048,1 € 609,1 € 78,4 € 171,3 € 22,1 € 1.298,9 € 22,7 € 164,8 € 1.673,0 € 169,8 € 174,9 € 7,0 € 1.417,1 € 152,7 € 72,4 € 5,8 € 7,2 € 15,7 € 7,5 € 36,1 € 7,4 € 16,2 € 7,7 € 6,2 € 19,4 € 208,3 € 104,1 € 97,0 € 552,1 € 276,1 € 41,2 € 77,3 € 78,4 € 1,9 € 2,8 € 1,9 € 2,9 € 2,0 € 2,9 € 2,0 € 14,3 € 14,5 € 14,7 € 9,7 € 8,8 € 603,9 € 9,9 € 8,9 € 18,4 € 1,4 € 207,1 € 35,5 € 30,6 € 27,0 € 6,0 € 3,1 € 2,7 € 0,6 € 292,3 € 105,7 € 38,1 € 455,5 € 227,8 € 506,9 € 26,6 € 568,8 € 284,4 € 129,3 € 79,6 € 2.693,9 € 76,1 € 20,9 € 221,1 € 110,5 € 297,2 € 2.679,6 € 268,0 € 66,0 € 236,6 € 20,0 € 214,6 € 107,3 € 463,6 € 24,4 € 13,5 € 120,9 € 7,9 € 107,4 € 73,9 € 222,9 € 1.010,9 € 101,1 € 96,0 € 43,2 € 119,1 € 174,1 € 5.438,2 € 216,3 € 468,0 € 171,5 € 172,7 € 308,9 € 60,8 € 1.205,7 € 277,1 € 170,1 € Set‐21 113,2 € 21.129,8 € 19.614,0 € 27.425,3 € 54,0 € Set‐20 27,9 € 586,0 € 293,0 € 1.207,4 € 603,7 € 82,0 € 83,3 € 45,1 € 84,5 € 85,8 € 87,1 € 2,9 € 61,1 € 89,6 € 2,1 € 3,0 € 2,1 € 3,1 € 2,1 € 3,1 € 2,2 € 3,2 € 2,2 € 14,9 € 75,6 € 15,4 € 519,4 € 15,8 € 16,1 € 16,3 € 10,0 € 9,0 € 18,7 € 10,2 € 9,2 € 31,6 € 103,4 € 46,5 € 19,2 € 10,5 € 9,4 € 19,5 € 10,7 € 9,6 € 660,4 € 10,8 € 9,7 € 20,1 € 11,0 € 9,9 € 20,4 € 111,4 € 50,1 € 34,5 € 2,0 € 1,4 € 2,0 € 1,4 € 2,1 € 1,4 € 2,1 € 14,5 € 21,3 € 1,5 € 2,2 € 1,5 € 2,2 € 1,5 € 2,2 € 1,5 € 2,3 € 1,6 € 6,3 € 1,1 € 6,4 € 1,1 € 6,5 € 1,1 € 6,6 € 1,1 € 66,9 € 11,5 € 6,8 € 1,2 € 6,9 € 1,2 € 7,0 € 1,2 € 7,1 € 1,2 € 3,2 € 2,8 € 0,6 € 3,2 € 2,8 € 0,6 € 3,2 € 2,9 € 0,6 € 33,0 € 29,1 € 6,5 € 3,3 € 3,0 € 0,7 € 3,4 € 3,0 € 0,7 € 3,4 € 3,0 € 0,7 € 3,5 € 3,1 € 0,7 € 3,6 € 3,1 € 0,7 € 3.566,2 € 1.289,4 € 465,1 € 319,6 € 115,6 € 41,7 € 334,2 € 120,8 € 43,6 € 1.355,0 € 42,5 € 44,4 € 542,3 € 6.902,0 € 4.878,1 € 216,5 € 153,0 € 226,4 € 160,0 € 2.762,1 € 1.952,1 € Elemento Substituição Predictiva Preventiva unitário (Ano rácio rácio 0) 109‐071. Puxadores Alçado Norte ‐ Alumínio 1,0% 5,0% Alçado Norte (Portway) ‐ Alumínio 1,0% 5,0% 109‐071. Puxadores Alçado Sul/Poente ‐ Ferro 1,0% 5,0% Alçado Sul/Poente ‐ Alumínio 1,0% 5,0% 109‐100. Vidro Alçado Norte ‐ Alumínio 0,5% 5,0% Alçado Norte (Portway) ‐ Alumínio 0,5% 5,0% Alçado Sul/Poente ‐ Ferro 0,5% 5,0% Alçado Sul/Poente ‐ Alumínio 0,5% 5,0% 109‐101. Selante Alçado Norte ‐ Alumínio 1,0% 5,0% Alçado Norte (Portway) ‐ Alumínio 1,0% 5,0% Alçado Sul/Poente ‐ Ferro 1,0% 5,0% Alçado Sul/Poente ‐ Alumínio 1,0% 5,0% 111. Edif. Protecção Solar 111‐043. Estores 1,0% 2,0% 112. Edif. Mobiliário 112‐017. Balcões 1,0% 15,0% 112‐041. Espelhos Piso 0 1,0% 25,0% Piso 1 1,0% 25,0% 112‐046. Exclusivamente sanitário Piso 0 Sanita 1,0% 14,0% Lavatório 1,0% 14,0% Piso 1 Sanita 1,0% 14,0% Lavatório 1,0% 14,0% 113. Edif. Elem. Protec. Segurança 113‐050. Guardas metálicas e n/metálicas 5,0% 20,0% 113‐085. Pilaretes 5,0% 20,0% 113‐086. Rodapés 5,0% 20,0% 113‐091. Pára‐raios 1,0% 15,0% 115. Edif. Rede Abast. Água/Rede Incêndios Predial 115‐091. Autoclismos Piso 0 1,0% 5,0% Piso 1 1,0% 5,0% 115‐094. Torneiras/Pontos de água Piso 0 Torneira monocomando normal 3,0% 5,0% Piso 1 Torneira eléctrica 3,0% 10,0% 115‐095. Tubagem 3,0% 8,0% 116. Edif. Rede Drenagem/ Saneamento Predial /Águas pluviais 116‐101. Tubos de queda 3,0% 7,0% 201. Ext. Pavimentos 201‐028. Camada superf. em betuminoso 0,5% 5,0% Quantidade Substituição Ano 2007 Subsituição Ano 0 (2010) Predictiva Ano 0 Preventiva Quantidade de Jul‐11 Ago‐11 Ano 0 elementos MC Set‐11 Mai‐12 Jun‐12 2,9 € Set‐12 Jul‐13 Set‐13 Set‐14 Set‐15 Set‐16 Set‐17 Jul‐18 Set‐18 Set‐19 Set‐20 Set‐21 2,9 € 0,6 € 3,0 € 0,6 € 3,0 € 0,6 € 3,1 € 0,6 € 15,5 € 0,6 € 3,1 € 3,3 € 3,2 € 0,7 € 3,2 € 0,7 € 3,3 € 0,7 € 16,7 € 0,7 € 2,1 € 2,1 € 2,1 € 2,2 € 2,2 € 11,2 € 2,3 € 2,3 € 2,3 € 2,4 € 12 € 12 € 24 5 288 € 60 € 3 € 1 € 14 € 3 € 12 € 12 € 17 17 204 € 204 € 2 € 2 € 10 € 10 € 52 € 52 € 52 € 52 € 50 7 45 45 2.600 € 364 € 2.340 € 2.340 € 13 € 2 € 12 € 12 € 130 € 18 € 117 € 117 € 5 € 5 € 5 € 5 € 120 15 120 120 600 € 75 € 600 € 600 € 6 € 1 € 6 € 6 € 30 € 4 € 30 € 30 € 40 € 50 2.000 € 20 € 40 € 350 € 2 700 € 7 € 105 € 40 € 40 € 4 1 160 € 40 € 2 € 0 € 40 € 10 € 1,6 € 170 € 170 € 4 4 680 € 680 € 7 € 7 € 95 € 95 € 6,8 € 6,8 € 96,6 € 96,6 € 7,0 € 7,0 € 7,1 € 7,1 € 101,0 € 101,0 € 7,3 € 7,3 € 7,4 € 7,4 € 105,7 € 105,7 € 7,7 € 7,7 € 7,8 € 7,8 € 7,9 € 7,9 € 170 € 170 € 2 1 340 € 170 € 3 € 2 € 48 € 24 € 3,4 € 1,7 € 48,3 € 24,2 € 3,5 € 1,8 € 3,6 € 1,8 € 50,5 € 25,3 € 3,7 € 1,8 € 3,7 € 1,9 € 52,8 € 26,4 € 3,8 € 1,9 € 3,9 € 1,9 € 3,9 € 2,0 € 45 € 182 € 2 € 4.000 € 5 16 383 1 225 € 2.910 € 670 € 4.000 € 11 € 146 € 34 € 40 € 45 € 582 € 134 € 600 € 48 € 48 € 4 2 192 € 96 € 2 € 1 € 53 € 4 212 € 344 € 35 € 1 50 10 € 24 € 207,1 € 14,0 € 150,9 € 369,5 € 2.375,1 € 20,0 € 609,0 € 76,1 € 6,2 € 0,8 € 6,3 € 0,8 € 31,8 € 4,0 € 6,5 € 0,8 € 6,6 € 0,8 € 665,9 € 83,2 € 6,8 € 0,8 € 6,9 € 0,9 € 34,8 € 4,4 € 609,0 € 6,2 € 6,3 € 31,8 € 6,5 € 6,6 € 665,9 € 6,8 € 6,9 € 34,8 € 40,6 € 20,6 € 2.091,4 € 21,2 € 43,1 € 21,9 € 44,4 € 22,5 € 45,7 € 23,2 € 7,1 € 109,8 € 7,5 € 7,8 € 8,0 € 162,4 € 0,4 € 11,4 € 47,8 € 12,5 € 152,1 € 40,0 € 34,0 € 40,6 € 618,1 € 41,8 € 10 € 5 € 1,9 € 1,0 € 9,7 € 4,9 € 2,0 € 1,0 € 2,0 € 1,0 € 6 € 11 € 6,4 € 10,8 € 6,6 € 344 € 1.750 € 10 € 53 € 34 € 140 € 140,0 € 10,5 € 53,3 € 34 337 € 10 € 24 € 23,6 € 10,2 € 266 6.384 € 32 € 319 € 600,0 € 1 1 34,4 € 32,4 € 11,6 € 13,1 € 636,4 € 43,1 € 43,7 € 37,2 € 665,9 € 45,1 € 45,7 € 38,9 € 46,4 € 10,2 € 1,0 € S 2,1 € 2,1 € 1,0 € 213,1 € 1,1 € 2,2 € 5,4 € 2,2 € 1,1 € 11,1 € 1,1 € 11,1 € 6,8 € 11,4 € 7,0 € 235,3 € 7,2 € 12,1 € 7,4 € 35,4 € 54,1 € 10,8 € 54,9 € 36,5 € 55,7 € 370,6 € 150,8 € 11,3 € 57,4 € 38,2 € 58,3 € 11,6 € 59,1 € 39,3 € 60,0 € 12,0 € 162,5 € 10,4 € 24,6 € 10,7 € 362,6 € 11,0 € 11,2 € 26,5 € 11,5 € 11,7 € 333,8 € 142,3 € 42,5 € 166,4 € 34,4 € 35,4 € 36,5 € Anexo VII Gráfico comparativo entre modelos