Pôsteres
01
Perfil dos atropelamentos em Governador Valadares, no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2006
Autor: João Carlos M. Martinelli
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Nathália de Britto Tavares; Marco Antônio Amaral Chequer; Paula Barcellos Bullerjhann
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce
Este estudo teve como objetivo levantar o perfil dos atropelamentos ocorridos na cidade de Governador Valadares/
MG, no período de 2001 a 2006. A fonte de dados baseou-se nos Boletins de Ocorrência (BO) da Polícia Militar do
Estado de Minas Gerais. Observou-se ao todo 738 atropelamentos, sendo o maior número de casos ocorrendo no ano
de 2006(n=151). Quanto ao mês, destacou-se julho (10,4%) em seguida dezembro, com 10,0%. Os dias da semana com
maiores índices foram sexta-feira/sábado(33,5% )e os horários de 16:00 as 21:00hs (44,2%).Quanto ao local, destacou-se
o Centro(24,7%), região II (27,4%) e ruas (61,9%).a área do acidente comercial(5,3%), seguida de residencial(4,3%). A
velocidade permitida na via mais freqüente foi 40Km(14,0%). Turno em que ocorreram a maior parte dos acidentes foi o
diurno (56%). Condições do tempo bom (17,7%).Tipo de pavimentação asfalto (12,4%). O número de vítimas variou de
1 a 3, na maioria do sexo masculino (50%), e idade prevalente de 50 anos ou mais (19%). Os condutores foram em sua
maioria do sexo masculino (53%), com idade de até 29 anos (24%), Categoria CNH foi AB(10,8%) e tempo de habilitação
1 a 5 anos(11%). Quanto ao veículo, moto foi o mais freqüente (19,4%), seguido de carro (14,9%).Verificou-se alto índice de
ausência de dados nos BOs, impossibilitando a precisão nas medidas observadas. Chama a atenção os maiores índices
na região central (centro e bairros adjacentes), no mês de julho e dezembro, no fim de semana (sex/sab),e acometendo
jovens e idosos. Observou-se ainda escores elevados para o dia de domingo, um dado importante quando se considera
que há menor número de veículos em circulação nesse dia.
02
Características das vítimas de causas externas do sexo feminino residentes em pouso Alegre, MG,
atendidas no pronto-socorro de um hospital universitário em 2006.
Autor: Talita Malta E Cunha
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Vinicius Tavares Veiga, Marcos Mesquita Filho
Instituição: Universidade do Vale Do Sapucá
As causas externas estão entre os principais problemas de Saúde Pública no Brasil. Os estudos dos agravos por elas
ocasionados em pessoas do sexo feminino revestem-se de grande importância, tendo em vista o problema da violência
contra a mulher. O objetivo deste trabalho é de levantar as características das vítimas de causas externas residentes em
Pouso Alegre, MG, atendidas no pronto-socorro do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) no ano de 2006. Estudo
transversal, descritivo, não-controlado, observacional efetuado a partir de levantamento de prontuários de pacientes do
sexo feminino, residentes em Pouso Alegre, MG, atendidas pelo Pronto-Socorro do HCSL no ano de 2006. Critérios de
inclusão: Ser do sexo feminino, ter idade superior ou igual a 18 anos e residir na zona urbana de Pouso Alegre. A análise
dos dados foi feita a partir do programa Epi-Info 6.04 de domínio público e o projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da UNIVÁS. Foram incluídas neste estudo 308 mulheres. A maioria delas (51,0%) tinha entre 18 e
29 anos e 23,1% de 30 a 39. A região que apresentou maior número de vítimas foi a do bairro São Geraldo (24,0% delas),
seguido pelo Centro da cidade com 11,4% e São João com 6,8%. A maior parte das pacientes sofreu de agressão por
meio de força corporal, o que correspondeu a 159 vítimas (51,6% das ocorrências). Acidentes automobilísticos vieram a
seguir com 15,9% destas e em terceiro lugar os atropelamentos com 9,7%. Houve distribuição relativamente homogênea
dos problemas durante os meses do ano, destacando-se dezembro e de fevereiro com 11,4% e 9,8% dos eventos. Foram
classificados como vítimas de violência 60,7% dos prontuários, acidentes 38,7% e 0,6% foram causas externas ignoradas.
O problema da violência contra a mulher é grave, atingindo principalmente pessoas jovens, moradoras dos bairros com
predominância de habitantes de baixa renda. Os acidentes de tráfego também são importantes neste quadro. Trata-se de
problema de Saúde Pública em Pouso Alegre, MG.
Acidentes, violência e cultura da paz.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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03
Avaliação do acolhimento de um serviço de urgência e emergência do sul de minas para mulheres
vítimas de acidentes e violência
Autor: Talita Malta e Cunha
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Vinicius Tavares Veiga, Marcos Mesquita Filho
Instituição: Universidade do Vale Do Sapucaí
O estudo analisou a violência contra a mulher na perspectiva do atendimento imediato à vítima. O acolhimento é uma
fase de importância fundamental para a saúde da pessoa vítima de causas externas de mortalidade e morbidade tanto
quanto o atendimento em si. Nesse sentido, o profissional de saúde deve investigar melhor e adotar uma abordagem humanizada junto aos que sofrem o impacto das violências. O trabalho teve como objetivo avaliar o acolhimento efetuado
pelos profissionais de saúde no pronto-socorro do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) às vítimas de acidentes e
violências. A estratégia metodológica foi de caráter epidemiológico, observacional, individual, transversal e descritivo. A
pesquisa foi realizada em três fases: 1ª-análise de todos os prontuários de mulheres vítimas de causas externas de lesão
atendidas no ano de 2006 no HCSL, 2ª-construção e validação do questionário, grupo focal 3ª-entrevista com as mulheres que foram levantadas nos prontuários e sorteadas. Foram incluídas neste estudo 308 mulheres. De acordo com os
prontuários a região que apresentou maior número de vítimas foi a do bairro São Geraldo (24,0%), seguido pelo Centro
da cidade com 11,4% e São João com 6,8%. A maior parte das pacientes sofreu de agressão por meio de força corporal,
o que correspondeu a 159 vítimas (51,6%). A entrevista (2ª fase) realizada teve uma amostra de 71 mulheres, sendo que
apenas 19 (27%) aceitaram participar. Dentre estas mulheres entrevistadas 57% acharam o atendimento bom, 16 % consideraram regular e 11% o consideraram péssimo. A respeito da realização dos procedimentos 16 mulheres relataram que
foram atendidas com cuidado, 2 com desinteresse e 1 com desconforto. O problema da violência contra a mulher é grave,
atingindo principalmente moradoras dos bairros com predominância de habitantes de baixa renda. Sendo o acolhimento
importante para avaliar e atender essas vítimas de violência de forma humanizada e multidisciplinar, além de contribuir
para a melhor resolução deste problema de saúde de alta incidência em todo o Brasil.
Acidentes, violência e cultura da paz.
04
Acidentes de transporte em adultos em Pouso Alegre, MG, no ano de 2007
Autor: Maria Virginia Braga
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: Universidade do Vale do Sapucai
Os acidentes de transporte são responsáveis por grande número de óbitos, lesões e incapacidades em nosso meio. Devido a estas características podem ser considerados problemas de saúde pública. Este trabalho tem por objetivo estudar
características epidemiológicas destes agravos em adultos, no município de Pouso Alegre, MG, em 2007. Foi efetuado
um estudo transversal, observacional e descritivo a partir de prontuários do serviço de urgências e emergências de um
hospital de referência. Foram levantados todos os registros do Pronto-Socorro identificando-se 410 casos provenientes do
município, maiores de 18 anos, atendidos pelo SUS e residentes no perímetro urbano. Os resultados foram agregados em
banco de dados e analisados de forma descritiva pelo EPI-INFO 6.04C de domínio público. Dos 410 indivíduos estudados
78,2% eram do gênero masculino e 21,8% do feminino. A maioria dos acidentados era constituída por adultos jovens de 21
a 40 anos (62%). Os acidentes se concentraram principalmente nos meses de março (52 ocorrências) e julho (50). Janeiro,
fevereiro e dezembro foram os períodos que registraram menor número de acidentes (1,0%; 7,1%; 6,3% respectivamente).
Os períodos da tarde (12h00-17h59) e da noite (18h00-23h59) concentraram a maioria dos eventos (66,7%) sendo os horários de pico de 14h00-14h59 com 35 acidentes, de 17h00-17h59 com 28 e das 18h00 ‘as 18h59 com 32. As principais causas
externas foram acidentes de moto (45,7%) e os de automóvel (32,5%). Das 410 vítimas apenas 14 não apresentaram lesões.
Registrou-se um total de 648 agravos com média de 1,6 ocorrências por pessoa. Os tipos mais comuns foram ferimentos
envolvendo múltiplas regiões do corpo com 46,4% dos casos. Os demais tipos não ultrapassaram 7,0% dos resultados
cada um. Os locais mais afetados foram membros inferiores (218 lesões), seguidos dos superiores com 202. Tais resultados reforçam a constatação da importância destes agravos para a saúde da população, demonstrando que não são uma
exclusividade dos grandes centros, mas também das cidades de médio porte.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Prevenção terciária em violências: o método APAC na ótica de ex-encarcerados
Autor: Marcos Mesquita Filho
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Gilda Martins Leal Andrade
Instituição: Universidade do Vale do Sapucaí - UNIVÁS
Uma das mais importantes atividades na prevenção terciária da violência é a recuperação dos indivíduos condenados
por este tipo de atividade e sua reintegração social. A Associação de Promoção e Assistência aos Condenados (APAC) é
entidade que se propõe a atuar nesta área, desenvolvendo metodologia de reabilitação. O objetivo deste estudo foi obter
subsídios de ex-condenados que passaram pelo método APAC para avaliação de seu impacto. Foi aplicado um questionário de 68 questões fechadas a 132 ex-recuperandos da APAC de Itaúna, MG, num estudo transversal, observacional e descritivo. Todos entrevistados eram masculinos e ex-condenados que cumpriram pena na instituição e foram libertos entre
os anos de 2000 a 2005. Foram encontrados 91,6% dos ex-usuários da APAC em empregos fixos sendo que 73,3% tinham
remuneração de R$300,00 a R$600,00. A APAC propiciou oportunidade para estudos para 72,5% dos entrevistados. 87,8%
deles definiram que tinham escolaridade primária/fundamental. Somente 6 pessoas se declararam sem instrução. 119
(90.80%) afirmam que cursaram ensino profissionalizante enquanto presos e 71.80% de ex-recuperandos afirmaram aplicar na sua vida profissional o aprendizado adquirido. Os entrevistados informaram, em sua maioria, conseguir emprego
entre um e três meses após o retorno ao convívio social. Assistência à saúde e jurídica podem ser fatores determinantes
na reabilitação: 93.1% informaram receber assistência médica enquanto presos e 98.50% jurídica. Afirmaram ter acesso
aos meios de informação 99,2% dos pesquisados. Consideraram a alimentação fornecida como de boa qualidade 97,7%.
Apenas dois entre os 131 entrevistados afirmaram ter recebido e/ou presenciado castigo físico, mas todos negaram a existência de violência. Contatou-se reincidência de delitos em 6,1% dos entrevistados. A grande maioria dos indivíduos afirmou que seus familiares eram recebidos de maneira educada no estabelecimento. Solicitados para informar quem deve
ser o responsável pela recuperação do preso 99,2% disse que depende do sistema em conjunto com a própria pessoa. Os
resultados indicam que, na ótica dos ex-encarcerados, o método APAC teve influência na sua recuperação.
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A contribuição homeopática de consenso para a cultura de paz em políticas de promoção da saúde
Autor: Antônio Carlos Gonçalves da Cruz
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Elza Machado de Melo, Vinícius Oliveira de Moura Pereira, Mônica Beier, Giovano de Castro Iannotti, Carlos
Estêvão Caligiorne Cruz, Nina Abigail Caligiorne Cruz, Priscila Maria Caligiorne Cruz
Instituição: Instituto Mineiro de Homeopatia/Núcleo de Promoção de Saúde e Paz do Departamento de Medicina Preventiva
e Social da Faculdade de Medicina da UFMG
A Medicina Homeopática (MH) mede a saúde através de seu método próprio de assimilação (META) valendo-se da suposição de que a saúde é uma dinâmica coordenada por um constitutivo universal ou princípio de semelhança. Para a
MH a saúde, considerada por Hahnemann como “fluxo desimpedido da vida”, é uma grandeza fluídica e conversiva que
manifesta a vida como emanação de uma simplicidade suposta e ordenadora. A saúde discursa como um dinamismo
orgânico em devir reconhecido por Força Vital, compreendendo-se uma “força” como um poder elementar e hermenêutico de “quatro”. Em uma “força” há, pois, a natureza de um “grupo social”. O dinamismo da Força Vital, organizando a
realidade, se reduz à fenomenologia. A META, por sua vez, baseia-se no desenvolvimento de Memória Sintética Experimental (MSE) para mediação e “(re)mediação” dos conflitos de saúde ou tensões do discurso natural (fenomenológico).
Por MSE as relações de forças ou de “grupos sociais” são reconhecíveis e susceptíveis de serem reorganizadas quanto
à arbitrariedade que aparentam. Esta pesquisa teórica reflete sobre o comportamento de con-senso da META para “(re)
mediação” dos conflitos de saúde havidos por representações de doença ou violências simbólicas (VSs) e conclui que a
META conduz ao desenvolvimento da racionalidade do suave que deve caracterizar as intervenções sobre os organismos,
ambientes e relações de classes ou grupos sociais, tomados por relações simbólicas de forças, discursivas ou pedagógicas. Logo, o con-senso em que se baseia a META pode racionalizar o desenvolvimento de tecnologias da suavidade para
as intervenções sobre as VSs reconhecidas nas relações orgânicas ou fenomenológicas, constituindo-se em indispensável
contribuição homeopática para a cultura de paz em políticas de promoção da saúde.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Bases de con-senso da metodologia de assimilação para mediação das tensões fenomenológicas
Autor: Antônio Carlos Gonçalves da Cruz
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Elza Machado de Melo, Kerlane Ferreira da Costa Gouveia, Mônica Beier, Vania Albuquerque Oliveira, Ítalo
Márcio Batista Astoni Junior, João Luiz de Magalhães, Cláudio Maciel de Sena, Aluízio de Assis Abreu, Regina Célia Coelho Barbosa
Instituição: Instituto Mineiro de Homeopatia/Núcleo de Promoção de Saúde e Paz do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG
Na afirmação de sua própria metodologia, de con-senso ou de assimilação (META), a Medicina Homeopática (MH) se
vale da experimentação na saúde de substâncias ultradiluídas, compreendendo que a propriedade medicinal em que
se baseia a cura das enfermidades se revela pelas alterações experimentadas. O processo experimental da MH se otimiza por meio de auto-experimentações para a formação de memória sintética experimental (MSE). Valendo-se de MSE
procede-se ao reconhecimento da realidade (individual ou coletiva) representativa de doença ou de violência simbólica
e à mediação da mesma, com suspensão de juízo de saúde. Essa moderação caracteriza o con-senso que fundamenta
a assimilação. Esta pesquisa teórica sobre a META leva em conta que a fenomenologia se reduz à saúde e que a idéia
de “força” representa a idéia pre-socrática do elemento empedocleano, hermenêutico e humoral, que se traduz pelo
“quatro” fundamental da natureza, capaz de manifestar a dinâmica emanativa do amor e ódio. Conclui-se que a META
sintetiza o universo através do devir da moderação, do ponto do meio ou do princípio universal de semelhança, de que
resulta tanto a valorização de uma suposta ordenação da fenomenologia quanto a valorização do discurso natural em
seu transformismo histórico e conversivo. Por intermédio da META pode-se compreender a fenomenologia como representação da saúde do ser, uma contingente moderação de tensões entre a circunstância objetiva e a subjetividade que
nela se representa.
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Estudo da morbidade ocasionada por mordeduras de cães no município de Pouso Alegre no ano de 2007
Autor: Andréia Albuquerque Clarindo Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Clara Paschoalini Guyot, Tássia Cabral de Lima, Marcos Mesquita Filho
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Pouso Alegre- MG
Introdução e Objetivo: Os acidentes são importante causa de morbimortalidade em todo o mundo. Dentre os principais
tipos de acidentes na infância, as mordeduras animais, principalmente caninas, são objeto de grande preocupação em virtude da possibilidade de transmissão da raiva, doença grave que, geralmente, leva ao óbito. Os ferimentos causados por mordidas de cães vêm adquirindo proporções significativas para saúde pública. Mordida de cães em humanos é responsável
por mais de 3% de todos os ferimentos graves em países em desenvolvimento. Crianças e adolescentes na faixa etária de 1 a
15 anos estão sujeitas a altos índices de acidentes previníveis, inclusive as mordeduras de animais. Analisa-se que as partes
do corpo preferenciais ao ataque são a cabeça e a garganta, pois são locais mais vulneráveis e fatais devido a hemorragia
maciça e laceração traqueal. A educação do público em geral, especialmente pais e crianças, sobre a frequência e as conseqüências potencialmente sérias das mordidas de cães é um importante passo para a prevenção. O objetivo da pesquisa
é estudar a morbidade ocasionada pelas mordeduras de cães na população de Pouso Alegre no ano de 2007. Métodos: Foi
realizada uma pesquisa de dados na Secretaria Municipal de Saúde de Pouso Alegre sobre vítimas de mordedura de cães
que receberam tratamento anti-rábico. Resultados: Foram analisadas 414 notificações de atendimento anti-rábico. Com
relação ao local do ferimento o segmento mais acometido foi mão/pé com 169 notificações (40,82%), seguido por membros
inferiores (147pacientes - 35,50%), membros superiores (69 pacientes - 16,66%), cabeça/ pescoço (43 pacientes – 10,38%),
tronco (31 pacientes – 7,48%), mucosa (19 pacientes – 4,58%). Com relação à faixa etária, 2,17% dos pacientes eram menores
de 1 ano, 9,17% de 1-4 anos, 24,15% de 5-14 anos, 14,25% de 15-24 anos, 12,07% de 25-34 anos, 10,14% de 35-44 anos, 12,07 de
45-54 anos, 7,05% de 55-64 anos, 8,93% com 65 anos ou mais. O sexo mais acometido foi o masculino com 56,76% enquanto
o feminino apresentou 43,24%. Quanto ao tipo de exposição, 3,14% apresentaram contato indireto, 23,92% arranhadura,
3,14% lambedura, 79,71% mordedura e 0,92% outro tipo de exposição. Conclusão: Concluímos que os locais do corpo mais
acometidos foram as extremidades (mão/pé), a faixa etária de maior prevalência foi de 5-14 anos, o sexo masculino é o mais
acometido e o tipo de exposição que prevaleceu foi mordedura.
Palavras-chave: Causas externas – Mordeduras de Cães – Morbidade.
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Vítimas de atropelamento em Belo Horizonte
Autor: Ana Paola Reis Fagundes dos Santos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Ágatha Egydia S C dos Reis, Iriam Gomes Starling, João Paulo II de Souza, Raquel Fonseca Ribeiro de Oliveira
Instituição: Hospital João XXIII - FHEMIG
Acidentes de trânsito são uma causa importante e potencialmente evitável de traumatismos e óbito no Brasil. Atropelamentos são um tipo comum de acidente de trânsito. O objetivo deste trabalho foi analisar as informações epidemiológicas
de pacientes internados por trauma decorrentes de atropelamentos. Os pacientes foram selecionados a partir do banco
de dados de estudo prospectivo de pacientes vítimas de acidente de trânsito internados em um grande hospital de urgência / emergência de Belo Horizonte. Os dados foram armazenados e analisados utilizando-se o programa EPIINFO 2000.
Foram realizadas as distribuições de freqüência e medidas de tendência central. Foram selecionados sessenta e cinco
pacientes, 69,2% eram homens e a idade média do grupo era de 36,9 anos. 21,5% dos pacientes tinham menos de 10 anos
de idade e 18% mais de 60 anos de idade. Atropelamento por motocicletas representaram 44,7% do total, seguidos dos
atropelamentos por automóveis, 40,4% do total. O diagnóstico principal mais freqüente foi traumatismo crânio encefálico
(54%), seguido de lesões de membros inferiores (18%), lesões de membros superiores (11,5%) e traumatismo abdominal
(9,8%). 55,6% dos atropelamentos ocorreram em situações de lazer / atividades diárias, 22,2% indo / voltando do trabalho
ou trabalhando. Os acidentes de trânsito representam uma causa significativa de traumatismos e mortes e estão relacionados com todos os aspectos do dia-a-dia, trabalho e lazer. O aumento exponencial da frota de motocicletas, especialmente envolvidas nos serviços de motofrete, tem levado a uma alteração das características dos acidentes de trânsito e
dos traumas causados por eles. Mudanças nas relações trabalho, medidas sócio-educativas e punitivas são essenciais
para reduzir esta causa potencialmente evitável de morbidade e mortalidade.
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Violência doméstica e sexual - uma questão de saúde pública?
Autor: Paulo Roberto Lopes Correa
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Paulo Roberto Lopes Correa, Augusta M. S. Souza, Hilmara Cristina A. Arruda, Priscila Abadia Hott Borges,
Isabela Cristina C. Mattede, Vilma de Melo, Celina Soares da Conceição, Adilia Pereira Aguilar, Rodrigo Otávio dos Santos,
Zuleica Alves Lopes Santos
Instituição: Núcleo de Epidemiologia Hospitalar do Hospital Municipal Odilon Behrens
A violência, entendida como um problema social de grande magnitude e complexidade cada vez maior, com repercussões
orgânicas, emocionais e econômicas, dentre outras, tem trazido aos serviços de saúde desafios cada vez mais contundentes. Para análise deste fenômeno, uma das estratégias adotadas em Belo Horizonte foi a implantação da Vigilância de
Acidentes e Violências no Hospital Municipal Odilon Behrens (HOB) em 2006. Deste então, casos de violências e acidentes,
incluindo, dentre outras, a violência sexual, psicossocial, interpessoal, contra a mulher, idoso e criança são atendidos por
equipe multiprofissional (equipe médica, de enfermagem, assistência social e psicologia) no setor de urgência e emergência do Pronto Socorro do HOB. Para registro das notificações é utilizada a ficha de notificação e investigação padronizada
pelo Ministério da Saúde, sendo posteriormente digitada em banco de dados do Epiinfo. O acompanhamento das vítimas
de violência sexual é realizado no ambulatório do HOB, sendo os demais casos encaminhados aos serviços de proteção
social, ressaltando-se o papel fundamental do serviço social, facilitador e promotor deste encaminhamento responsável.
No período de setembro de 2006 a maio de 2008 foram notificados 291 casos de violências, sendo 40% dos casos ocorrendo
em menores de 16 anos de idade (média de 21 anos), sendo 84% no sexo feminino. Em 38% dos casos notificados a violência
ocorreu no domicílio da vítima. A violência sexual foi mencionada em 62% dos menores de 16 anos (78% no sexo feminino)
e registrada a violência por meio de força em 54% desta faixa etária. Do total de casos (n=291), 55% foram codificados como
agressão sexual por meio de força física (CID10), sendo 56% em menores de 16 anos. Considerando-se os desafios que este
problema tem trazido aos serviços de saúde, normalmente utilizados como porta de entrada para as vítimas, torna-se necessária uma sensibilização e capacitação de toda equipe assistencial envolvida na abordagem deste problema, incluindo
a divulgação de informação e situação epidemiológica deste evento. A complexidade envolvendo os acidentes e violências,
principalmente em crianças, torna premente a necessidade de promover uma articulação efetiva entre as políticas públicas,
incluindo toda a sociedade civil.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Os significados de boa morte e morte digna: as representações sociais do paciente, familiar cuidador
e profissionais de área de saúde de Pouso Alegre, MG
Autor: Luciano Magalhães Vitorino
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Ewerton Naves Dias; Ivandira Ribeiro Anselmo Simões; José Vitor da Silva
Instituição: Escola de Enfermagem Wenceslau Braz-MG
Trata-se de um estudo que teve como objetivos identificar os significados de “Boa Morte” ou “Morte Digna”, segundo a óptica de pessoas gravemente enfermas, equipe médica, enfermagem e familiar cuidador. Assim conhecer os sentimentos
dos profissionais de saúde e dos familiares sobre o enfrentamento dessa fase critica. Este estudo foi de abordagem qualitativa e do tipo exploratório. A amostra foi constituída de 25 participantes, sendo cinco pacientes gravemente enfermos,
cinco elementos de cada uma das equipes médica e enfermagem, assim como cinco familiares cuidadores. A amostra
foi do tipo proposital. A coleta de dados foi realizada mediante entrevista semi-estruturada, gravada e transcrita literalmente. As diretrizes metodológicas do Discurso do Sujeito Coletivo foram utilizadas para a seleção das idéias centrais e
expressões-chave correspondentes a partir das quais foram extraídos os discursos dos sujeitos, no cenário da instituição
hospitalar. Do ponto de vista do paciente gravemente enfermo, identificaram as seguintes idéias centrais sobre o evento
“Boa morte”ou “Morte digna”: morrer sem sofrimento; morrer quando doente; estar com Deus. Para os médicos:morrer
sem sofrimento; morrer com dignidade. Para as enfermeiras:morte humanizada; morte tranqüila. A família e os técnicos
de enfermagem se expressaram:morte humanizada e aceitação. Os sentimentos advindos das enfermeiras devido ao
cuidado prestado aos pacientes gravemente enfermos, foram evidenciados pelas seguintes representações sociais: conformado e incapacidade. Apreensão e não há sentimento. Para os técnicos de enfermagem: diversos sentimentos; trazer
de volta.para os médicos: frieza; sofrimento; satisfação e diversos sentimentos.os familiares cuidadores assim se expressaram: sentir-se útil; sentir dó e diversos sentimentos. As conclusões permitiram conhecer que os significados da “boa
morte” ou “Morte Digna” e os sentimentos decorrentes do ato de cuidar do paciente gravemente enfermo foram muito
diversificados entre os respondentes.
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Os significados de bioética e iatrogenia: as representações sociais sob a óptica dos enfermeiros de
instituições hospitalares
Autor: Ewerton Naves Dias
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: José Vitor da Silva; Luciano Magalhães Vitorino; Mariângela Gomes Paixão
Instituição: Escola de Enfermagem Wenceslau Braz-MG
A iatrogenia é uma realidade mundial e, logicamente, sofre decréscimo quando os recursos disponíveis são adequados e
empregados do ponto de vista qualitativo, acrescidos à competência profissional. Os objetivos deste estudo foram identificar as representações sociais sobre Bioética e iatrogenia, conhecer os motivos responsáveis pela ocorrência de iatrogenia
e identificar a relação entre a Bioética e a iatrogenia. O tipo de abordagem foi qualitativa, exploratória e transversal. A
amostra foi constituída por 30 enfermeiros de duas instituições hospitalares de Itajubá, MG. A coleta de dados foi realizada mediante entrevista semi-estruturada, gravada e transcrita literalmente. As diretrizes metodológicas do Discurso do
Sujeito Coletivo foram utilizadas para a seleção das idéias centrais e das expressões-chave correspondentes, a partir das
quais foram extraídos os discursos dos enfermeiros. Identificaram-se as seguintes representações sociais pelos enfermeiros sobre a Bioética: “ética da vida”; “conduta profissional”; “respeito ao meio ambiente”; “viver moralmente”; “estudos dos
dilemas éticos” e “estudo da qualidade de vida”. As idéias centrais sobre os significados de iatrogenia se estruturaram nas
seguintes dimensões: “conseqüência de ato errôneo”; “erro no cuidado do paciente”; “condições inadequadas de trabalho”. Os motivos responsáveis pela iatrogenia foram evidenciados pelas seguintes expressões: “Falta de profissionalismo”;
“falta de liderança”; “Falta de autonomia”; “falta de adaptação à unidade de trabalho”; “falta de competência”; “estresse
da vida” e “condições inadequadas de trabalho”. A relação entre Bioética e iatrogenia teve como representações dos
respondentes os seguintes fenômenos: “prevenir iatrogenia”; “evitar malefícios ao paciente”; “nortear o comportamento”
e “mostrar a iatrogenia”. Pode-se portanto concluir que houve uma diversidade de significados de Bioética. Os significados de iatrogenia foram evidenciados pelos atos errôneos no cuidado e a falta das condições necessárias ao trabalho.
Os motivos responsáveis pela iatrogenia abordaram aspectos multidimensionais. A relação entre a Bioética e iatrogenia
mostraram que aquela atua como prevenção e norteadora das situações iatrogênicas.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Os significados de planejamento familiar e de métodos contraceptivos: as representações sociais
no contexto da autonomia de mulheres de Itajubá-MG
Autor: Ewerton Naves Dias
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Eliane Poddis Bonafé; José Vitor da Silva; Luciano Magalhães Vitorino
Do ponto de vista bioético os contraceptivos podem ser considerados uma estratégia de autonomia das mulheres frente
ao planejamento familiar. Refere-se a um estudo de abordagem qualitativa e do tipo exploratório que teve por objetivos:
1) conhecer os significados de planejamento familiar e de métodos contraceptivos sob a óptica de mulheres; 2) identificar
os tipos de métodos contraceptivos conhecidos; 3) identificar o método contraceptivo de uso atual e os motivos de sua
escolha; 4) conhecer como se deu a escolha do atual método contraceptivo. A amostra foi de 30 mulheres de Itajubá-MG.
Foram utilizados dois instrumentos: o primeiro refere-se a um questionário estruturado sobre as características pessoais,
familiares e sócio-econômicas das mulheres e um roteiro de entrevista semi-estruturado. A coleta de dados ocorreu por
meio de entrevista gravada que foi transcrita literalmente. Para o tratamento dos dados, foram utilizados as diretrizes do
método do Discurso do Sujeito Coletivo, que permitiu a elaboração das expressões chave, das idéias centrais e do discurso das mulheres. Os resultados obtidos quanto aos significados de planejamento familiar tiveram uma única idéia central:
“planejar o número de filhos”; os significados quanto ao entendimento de métodos contraceptivos foram representados
por: “ evitar a gravidez”, assim como “evitar filhos e doenças”, os tipos de métodos mais conhecidos são: “laqueadura,
vasectomia, adesivo, pílula do dia seguinte, dispositivo intra-uterino DIU, injeção hormonal, pílula hormonal oral, camisinha feminina e masculina, coito interrompido, diafragma e tabela”. Os conhecimentos referentes à ação dos métodos
contraceptivos foram muito diversificados, permeando entre desconhecimento, conhecimento superficial e adequado a
cada um dos métodos. Quanto ao motivo da escolha do atual método, encontramos respostas heterogêneas, oscilando
desde “fui induzida a fazer” até “a melhor opção”. Em relação à forma em que foi feita a escolha prevaleceu a presença
do médico, ora indicando o método, ora concordando com a escolha. Os resultados permitiram concluir que o conhecimento sobre planejamento familiar é muito restrito. As mulheres desconheciam os tipos e os mecanismos de ação dos
contraceptivos. A falta de informação e o paternalismo médico prejudicavam autonomia delas no momento da escolha.
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Os significados e os motivos do suicídio: as representações sociais de pessoas residentes em
Bragança Paulista,SP
Autor: Ewerton Naves Dias
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Edilberto Daolio; José Vitor da Silva; Luciano Magalhães Vitorino
Instituição: Escola de Enfermagem Wenceslau Braz-MG
O tema suicídio e as várias questões que giram em torno do seu contexto estão presentes no pensamento humano desde
a antiguidade ate os dias de hoje.Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, que teve como objetivos identificar os
significados e os motivos que levam ao Suicídio, na perspectiva de moradores da cidade de Bragança Paulista, SP. Foram
entrevistadas 30 pessoas de ambos os sexos, divididos em três sub-amostras: sujeitos com algum conhecimento sobre
suicídio; integrantes do senso comum e pessoas que passaram pela tentativa do Suicídio. A coleta de dados foi realizada
mediante entrevista semi-estruturada, gravada e transcrita literalmente. As diretrizes metodológica do Discurso do Sujeito
Coletivo foram utilizadas para a seleção das idéias centrais e das expressões-chaves correspondentes, a partir das quais
foram extraídos os discursos dos sujeitos. Em relação aos significados dos de Suicídio, identificaram-se das pessoas com
alguma formação profissional, as seguintes representações sociais: “Sofrimento”, “ Desespero”, “ Falta de Solidariedade”;
dos participantes do senso comum: “Fuga”, “Desespero”, “Falta de Fé”, “Covardia”, “Falta de Perspectiva”, “Chamar a Atenção”, “Recomeço” e “Nervosismo” e daqueles que passaram pela tentativa: “Sofrimento”, “Fuga”, “Desespero”, “Tentação”,
“Desestrutura familiar” e “Covardia”. Quanto aos motivos do Suicídio, segundo os profissionais destacaram-se os seguintes: “Patologias”, “Cultura Suicida”, “Impotência”, “Sofrimento” e “Chamar a atenção”; de acordo com os respondentes do
senso comum: “Aspectos Sócio-Culturais”, “Patologias”, “Perdas’, “Falta de fé” e “Desespero” e pelos que passaram pela
tentativa de Suicídio: “Aspectos Sócio-culturais”, “Desespero”, “Perdas”, “Fugas”, “Saúde Debilitada”, “Gravidez” e “Alcoolismo”. Ao comparar os significados e os motivos do Suicídio entre os três grupos estudados, percebeu-se que eles são
muito diversificados. Conclui-se que os significados e os motivos do suicídio abrangem aspectos multidimensionais.
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Avaliação do autocuidado em pacientes com úlcera venosa crônica que utilizam como tratamento
a Bota de Unna
Autor: Talita Malta e Cunha
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Vinicius Tavares Veiga, Adriana Rodrigues dos Anjosdênia Amélia Novato Casteli Von Atzingen
Instituição: Universidade do Vale do Sapucaí
Orem afirma que o desenvolvimento e a operabilidade das capacidades de autocuidado podem ser afetados, entre outros
fatores, pela cultura, experiência de vida, estado de saúde, padrões de vida, doenças, idade, sexo e escolaridade. Tratase de um estudo de abordagem quantitativa, que teve por objetivos: identificar as características biossociais, familiares,
econômicas e de saúde, e as capacidades de autocuidado dos pacientes que utilizam a bota de Unna artesanal como
tratamento da úlcera venosa.O estudo foi do tipo descritivo e transversal. A amostra foi constituída de 50 pacientes portadores de úlcera venosa, que utilizam a bota de Unna na Comunidade Espírita Irmão Alexandre de Pouso Alegre-MG.
Para a coleta de dados foram utilizados: 1-Questionário BOAS (Brasil Old Age Schedule), 2- Escala para avaliação das
capacidades de autocuidado (ASA-A). A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista estruturada. A avaliação de
autocuidado alcançou a média de 85,5, sendo o máximo encontrado de 100 e o mínimo de 66,7. A maioria dos usuários é
do sexo feminino (66%). A média de idade dos entrevistados foi de 60,92 anos. Ao observa-se a opção religiosa dos entrevistados constatou-se que um número expressivo pratica o catolicismo (86%). Relacionando o fator condicionante básico
escolaridade com capacidades de autocuidado, verificou-se que os entrevistados com maior escolaridade apresentam
valores um pouco maiores de autocuidado quando comparados aos que possuem menor nível (média com escolaridade=85,2, média sem escolaridade=80,9). Quanto ao estado civil, 56% são casados, e dos que tem filhos, evidenciou-se
uma média de 4,9 filhos, estando inseridos dentro de um contexto familiar nuclear (88%). Analisando acerca da percepção de saúde dos entrevistados, encontra-se que grande parte percebe sua saúde como boa (46%) e 40% a percebe como
sendo regular.De acordo com os dados apresentados, percebe-se que os usuários da bota de Unna na Comunidade Irmão
Alexandre têm um bom conhecimento sobre autocuidado, e de um modo geral, algumas capacidades sugeriram influência no autocuidado desses pacientes.
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Abortos de anencéfalos: as representações sociais de mediadores da comunidade
Autor: Liliane Cristina Da Silva
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: UNIVAS - Universidade do Vale do Sapucai
A incompatibilidade com a vida extra-uterina, próprias da anencefalia, fortifica a aplicação da análise Bioética nos conflitos ideológicos entre as esferas jurídica, religiosa e publica sobre a questão do aborto de anencéfalos identificando o
significado de anencefalia e ratificando a polemica sobre o aborto de fetos anencéfalos. O método usado foi o Discurso
do Sujeito Coletivo (DSC) redigido na primeira pessoa do singular e composto por expressões chaves (ECH) que tiveram
as mesmas idéias centrais (IC) e mesma ancoragem (AC). Sujeito do estudo: indivíduos de 20 a 55 anos. Amostra: 40 mediadores da comunidade. Cenário: Pouso Alegre (MG) e Itaú de Minas (MG). Coleta de Dados: aplicação de questionário
semi-estruturado composto de duas perguntas gravadas e transcritas na íntegra. Resultados para a questão: “Qual sua
opinião sobre o aborto de fetos anencefálicos?”: favorável e não favorável ao aborto de anencéfalos. Para a IC favorável
o DSC foi “Como o cérebro é a coordenação de todos os órgãos sensoriais e motores do corpo, na anencefalia se não há
possibilidade de vida além de alguns dias ou pouco mais após o parto, não convém levar uma gravidez adiante, já que
sempre é um risco pra mãe, e uma vez diagnosticado corretamente eu sou a favor do aborto.” Já pra a IC contrária ao aborto o DSC foi “Para um pai e uma mãe saber que seu filho é anencéfalo é um trauma que não poderia ser resolvido com o
trauma do aborto. Recomenda-se que se siga, de certa maneira, a natureza. Hoje em dia agente sabe que uma célula já é
um ser vivo e a criança merece nascer, mesmo sem saber se ela vai viver. Sou contra a qualquer tipo de aborto, acho que
é um crime, é um absurdo dos maiores que os homens podem fazer.” Amplificando a polêmica sobre a questão da vida
e da morte, a avaliação sobre o aborto de fetos anencefálicos evidencia que religião e ciência mostraram-se muitas vezes
unidas num mesmo ideal, mas também se mostraram aversas uma à outra. O consenso para tal questão parece estar
longe de ser alcançado, intensificando ainda mais as discussões Bioéticas sobre o tema.
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A auto-experimentação recolocando o papel do pharmakós no debate filosófico-científico sobre
cultura de paz e pesquisa em animais e em seres humanos
Autor: Antônio Carlos Gonçalves da Cruz
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Antônio Maria Claret de Gouveia, Denerson Ferreira Rocha, Mônica Beier, Vania Albuquerque Oliveira, Ítalo
Márcio Batista Astoni Junior, João Luiz de Magalhães, Kerlane Ferreira da Costa Gouveia, Maria Francisca Vieira, Iara
Lúcia Rocha Aroeira, Aluízio de Assis Abreu
Instituição: Instituto Mineiro de Homeopatia/Núcleo de Promoção de Saúde e Paz do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG
A Medicina Homeopática (MH) compreende que a saúde representa a livre manifestação da vida por meio de um dinamismo - Força Vital - que se atualiza organicamente. Através do método próprio de assimilação, baseado em uma suposição ordenadora do comportamento da natureza e na valorização da experiência para desenvolvimento de memória de
reconhecimento do fluxo da vida, com suspensão de juízo, a MH medeia e remedeia conflitos de saúde entendendo que
a melhor experiência é a que o próprio médico desenvolve como auto-experimentação (AE). Realizando AEs de substâncias ultradiluídas o médico homeopata melhor se capacita na arte de observar, na promoção da própria saúde através
de autoconhecimento e na certeza de que o poder curativo dos medicamentos infinitesimais reside na capacidade que
eles têm de alterar a saúde daqueles que os experimentam com moderação e amor pelos semelhantes (inclusivo de toda
bio-diversidade e da extensão). Entende-se que a moderação se traduz pela mediação suave dos conflitos simbólicos em
contexto comunitário (de integralidade comunicativa da diversidade), político, econômico e ético (de reconhecimento).
Esta pesquisa teórica enfoca a experiência de pharmakós que, qualificada pelo exercício de AEs, promove a saúde
da díade semelhante médico-paciente (sujeito-objeto) por ressubjetivação, organizando arbitrariedades compreendidas
como doenças ou violências simbólicas (VSs). Conclui-se que a saúde, necessariamente compreendida no simbolismo da
relação, é susceptível de se reorganizar pela mediação de pharmakós que suspende o juízo e promove anagnórisis e que
o pensamento científico-filosófico, seja o da mediação de conflitos como VSs, doenças ou necessidades de promoção de
saúde, seja o da pesquisa em animais e seres humanos, deve investigar a cultura de semelhança das AEs.
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Bioética e ensino, reflexão imperativa: a experiência dos cursos de nutrição e ciências biológicas
do Centro Universitário UNA
Autor: Luciano Eloi Santos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Petterson Menezes Tonini, Bruno Maia, Cristina Aparecida Jesus Souza
Instituição: Centro Universitário UNA
Introdução: Este estudo se propõe a realizar uma reflexão sobre as atividades desenvolvidas pela disciplina de Bioética junto
aos cursos de graduação de Nutrição, Ciências Biológicas do Campus da Ciências da Saúde realizados pelo Centro Universitário UNA BH/MG, no qual a percepção do aluno é fruto de uma construção coletiva e resultante dos trabalhos e pesquisas
relacionados á suas atividades e inserção profissional. Objetivo: Promover uma reflexão sobre o ensino de Bioética nos cursos de graduação cursos de graduação de Nutrição, Ciências Biológicas do Centro Universitário UNA BH/MG. Metodologia:
Escolhemos o estudo observacional e descritivo para refletirmos os resultados dos trabalhos desenvolvidos com os alunos.
Resultados: O Centro Universitário insere em sua grade curricular de todos os cursos de graduação a disciplina Ética e Bioética. Em Minas Gerais o enfoque centra-se nas questões conceituais e históricas realizando conexões com as experiências
vividas pelos alunos.Ao abordar as questões legais onde a bioética se coloca de uma forma muito contundente destacamos
os seguintes: o papel dos profissionais de saúde frente aos conflitos cotidianos e a reflexão sobre a legalidade, moralidade
e justiça. Durante o curso de Nutrição as questões conflitantes foram desenvolvidas desde a contextualização dos distúrbios nutricionais,até os absurdos impostos pela ditadura do corpo perfeito, acarretando em anorexia e abuso de esteróides
anabolizantes, espaço simbólico onde as relações de poder são permeadas pelo mito da tecnologia avançada desaguando
no mainstream do núcleo familiar bombardeado pelas mensagens fascistizantes do culto, sem limites, ao corpo. Os alunos
também realizaram uma avaliação crítica dos programas institucionais, destacando o Fome Zero. Os alunos construíram um
novo olhar sobre o papel da equipe de saúde( relações interprofissionais) e dos laços que se edificam com as famílias envolvidas. Outro enfoque que é realizado é nas pesquisas que envolvem seres animais nas, onde os alunos refletiram a questão
do sofrimento animal, situando-se como alunos/sujeitos históricos cuja dignidade e cidadania deve ser respeitada de forma
integral. Conclusão: Percebemos que ao se colocar a disciplina de Bioética nos diversos cursos da UNA estamos promovendo uma sensibilização do nosso corpo discente e também docente, frente ás questões conflitantes as quais nos deparamos
em vários momentos de nossa atuação no setor saúde, sejam elas cotidianas/persistentes ou de fronteira/persistentes, pois
estaremos contribuindo para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.
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Uma abordagem transdisciplinar no ensino de bioética utilizando o cinema
Autor: Luciano Eloi Santos
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: Centro Universitário UNA
Introdução: A Bioética surgiu para desenvolver reflexões relativas à ética da existência humana, de forma holística, contemplando os diversos saberes. O cinema é a arte que representa o século XX, síntese estética e reflexiva da história e da
modernidade.A transdisciplinaridade visa criar uma nova forma de interpretar o mundo lançando novas pontes, conseguindo penetrar entre e além das disciplinas. Objetivo: Este trabalho descreve uma experiência desenvolvida na disciplina Bioética dos cursos de Nutrição e Ciências Biológicas do Centro Universitário UNA, onde foram utilizadas sessões de
exibição de vídeos de filmes para se discutir questões limítrofes da bioética. Metodologia: Antes da exibição dos filmes
ministrava-se aulas expositivas, onde se buscava conceituar os aspectos bioéticos dentro de uma perspectiva histórica
e problematizadora.Após a exibição do filme, os alunos faziam o relatório, enfocando os aspectos bioéticos e também
estéticos da linguagem cinematográfica, para a próxima aula. Resultados: Os alunos ao se dedicarem aos estudos dos
conceitos da Bioética também se sentiram atraídos pela estética cinematográfica e produziram textos científicos e/ou
poéticos, cumprindo assim a função de se trabalhar a transdisciplinaridade.Os pontos centrais da discussão conforme
o filme foram: Gattaca (1997):Ao enfocar a discriminação e a eugenia, expõe aspectos bioéticos passíveis de discussão.
Os meninos do Brasil (1978), desenvolveu-se uma reflexão sobre as atrocidades cometidas pelos nazistas, o tribunal de
Nuremberg, cujo código foi o primeiro passo para coibir abusos e sofrimento aos sujeitos das pesquisas. O Jardineiro
Fiel (2005) refletiu sobre a industria farmacêutica e suas atividades abusivas envolvendo corrupção e desrespeito aos
direitos humanos..E a vida continua...(1993). O filme faz uma reflexão das questões políticas, como a omissão e o silêncio
dos governantes e da conduta (anti) ética no desenvolvimento da pesquisa de descobrimento do HIV. Conclusão: Após
várias discussões com os alunos sobre a importância de se estabelecer laços de investigação entre os diversos saberes,
e avançarmos no processo pedagógico de forma criativa e prazerosa, concluímos que a transdisciplinaridade, enquanto
um olhar transgressor/transcendente ao nosso objeto de estudo, torna-se um instrumento/veículo de desvendamento de
novos saberes.
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Kit (teste biomolecular) para rastreamento de doenças infecciosas do trato genital inferior da
mulher com 22 a 32 semanas de gestação
Autor: Matheus Meyer
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Julio Dias Valadares, Marco Túlio Vaintraub, Dirceu Barbosa, Norma Eveline Fernandes Gutierea Ventura,
Renata Gomes Leal Bregunci, Patrícia Maria Paixão Vaintraub
Instituição: Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
A principal causa de morte perinatal é o parto pré-termo (PP). Essa entidade é responsável por 12% dos nascimentos e
por cerca de 70% das mortes neonatais. A infecção é responsável por aproximadamente 50% dos PP. A principal via de
infecção do líquido amniótico é ascendente, sendo que infecções assintomáticas também estão relacionadas em proporções importantes. Os microorganismos mais encontrados são N. gonorrhoeae, C. trachomatis, T. vaginalis, G. vaginalis, S.
agalactiae, U. urealyticum, M. genitalium. Os custos relacionados às conseqüências do PP são extremamente altos já que
estes recém-nascidos demandam maior período de internação e propedêutica e terapêutica avançados. Nos Estados Unidos em 2001 os recém-nascidos pré-termos representaram 8% dos pacientes pediátricos, sendo responsáveis por 47% dos
gastos nesta área. Ademais, o câncer de colo uterino é a terceira neoplasia maligna mais comum entre mulheres no Brasil
e a quarta causa de morte por câncer. Em 1991 a OMS concluiu que á associação entre o HPV e o câncer cervical, e que
este deveria ser considerado fator causal para o desenvolvimento desse câncer. Segundo o Instituto Nacional do Câncer
(INCA), a projeção de custo para o tratamento do câncer do colo uterino de 2008 a 2015 será de R$ 1.086.000.000. Este
custo é somente para o tratamento do câncer já instalado, sem contar os custos com a prevenção, que nos moldes atuais,
mostra-se ineficiente para a realidade brasileira. A intenção do trabalho é elaborar um único Kit Diagnóstico, através da
PCR (reação em cadeia da polimerase), para detectar os 7 microorganismos mais prevalentes em infecções vaginais que
estão associados a morbi-mortalidade materno-fetal e tipos oncogênicos de HPV, objetivando a prevenção do PP e do
câncer de colo uterino, através da possibilidade de uma intervenção precoce e direcionada. Todo esforço para se prevenir a prematuridade e o câncer de colo uterino deve ser feito, uma vez que estas condições são um grande desafio médico
por serem prevalentes, e muitas vezes, devastadores do ponto de vista da saúde, econômico, emocional e social.
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Padronização do protocolo para amplificar genes humanos com a inserção de uma seqüência ALU
para estudos de variabilidade genética na população
Autor: Letícia da Conceição Braga
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Paula Pinho de França, Lívia Horta Gilberti, Michele da Silva Gonçalves
Instituição: Centro Universitário UNA, Belo Horizonte, Minas Gerais
No genoma de organismos eucariotos são encontradas, nas regiões não codificantes, seqüências de DNA repetitivo compostas por nucleotídeos de tamanhos e composições variadas, chamadas de polimorfismos, o que pode diferir de um
indivíduo para o outro. Essas diferenças nas moléculas de DNA podem servir como marcadores genéticos. O padrão de
fragmentos polimórficos de um dado indivíduo constitui o que é denominado impressão digital do DNA ou DNA fingerprint, proposto para detectar diferenças genéticas entre os organismos, podendo ser utilizadas tanto na área criminal
quanto em casos de investigação de vínculo genético. O presente estudo visa padronizar um protocolo para amplificação
de dois alelos com inserção de uma seqüência da família Alu encontrada no oitavo íntron do gene ativador do tecido
plasminogênico (PLAT), localizado no cromossomo 8. A extração de DNA foi realizada diretamente em FTA cards contendo amostra de sangue dos graduandos do 7º período do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário UNA e
as condições para a PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) foram determinadas. Após a amplificação de seqüências
específicas do DNA, foi realizada a eletroforese em gel de agarose. Com o perfil polimórfico obtido de cada indivíduo
é possível notar a variabilidade genética em uma dada população. Variações também podem ser observadas dentro do
genoma de um mesmo indivíduo quando este é heterozigoto para um determinado fragmento de DNA. A seqüência Alu
usada nesta investigação não tem qualquer associação com doenças genéticas ou com nenhum tipo de susceptibilidade.
Ela é apenas um marcador genético muito útil para estudo de genética de populações.
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Padronização de técnicas para identificação de bactérias em feridas
Autor: Gabriela Cristina Barbosa Brito
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Agnes Kiesling Casali, Cristina Aparecida de Jesus Souza, Daniela Boanares de Souza, Joyce Staella Coelho Morais
Instituição: Centro Universitário UNA
Ferida é a separação dos tecidos do corpo ou qualquer lesão tecidual, seja epitelial, mucosas ou órgãos com prejuízo de
suas funções básicas. Pode acarretar sérios prejuízos ao seu portador, ás vezes, de difícil reparação. Neste sentido, a infecção tem se destacado, uma vez que retarda o processo de cicatrização, prolonga a plena recuperação e aumenta o custo
tanto para os indivíduos como para os cofres públicos. A identificação correta da microbiota presente em feridas pode
ser importante para a conduta terapêutica adequada. Testes bioquímicos geralmente usados estão sendo insuficientes
para a detecção total e rápida de amostras. O desenvolvimento de técnicas moleculares de tipagem de microrganismos
abriu novas possibilidades nos campos da classificação, identificação e diagnóstico. O método baseado em reação em
cadeia da polimerase (PCR) tem sido usado com sucesso para a identificação de isolados, pois possui vantagens como a
rapidez na obtenção dos resultados, e, quando devidamente padronizado, altas taxas de sensibilidade e especificidade.
As bactérias mais comuns em feridas são Staphylococcus sp (principalmente S. aureus e S. epidermidis), Escherichia coli,
Pseudomonas Aeruginosa, Proteus vulgaris e Proteus mirabilis, Streptococcus sp (principalmente S. faecalise S. pyogenis),
Enterococcus sp, Klebsiella sp (principalmente Klebsiella oxytoca e Klebsiella pneumonie), Citrobacter sp, Morganella morganii, Enterobacter sp, Candida sp, Peptococcus sp e Penicillium sp. Esse trabalho tem como objetivo a padronização das
técnicas de coleta e técnicas moleculares (PCR) para a identificação molecular de bactérias presentes em feridas. Para
coleta das amostras cedidas pela clínica Saúde UNA, foram utilizadas as técnicas de swab e de irrigação-aspiração. A
extração do DNA foi feita a partir do método de fervura de células. Na padronização da reação de PCR foram utilizados
os oligonucleotídeos complementares ao gene uidA (UAL– 754 e UAL – 900), específico de E. coli; gene 16S rRNA (SA-1 e
SA-2), específico de S. aureus; gene orpL (PAL-1 E PAL-2) específico de P. aeruginosas; e gene 18S rRNA, específico de A.
niger. O resultado das amplificações foi analisado por eletroforese em gel de agarose a 0,8%. A padronização das técnicas
utilizadas é importante para o fornecimento de resultados confiáveis da pesquisa proposta.
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Represetações de processo saúde doença e a construção do sujeito no Programa Sáude da Família
Autor: Katia Ferreira Costa Campos
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
Este estudo se insere numa reflexão sobre a proposta de reorganização de modelo assistencial, tendo em vista a estratégia Programa Saúde da Família. Segundo o Ministério da Saúde, esta estratégia contribuiria para a efetivação do SUS, num
modelo pensado para centrar a atenção na família e comunidade, como sujeitos do processo saúde - doença, visando a
vigilância à saúde. Propõe-se, então, com este estudo, compreender as representações dos usuários do PSF de processo
saúde - doença e como ele se constrói, enquanto sujeito neste processo, utilizando-se da teoria das representações sociais
de Mocovici e Jodelet. A coleta de dados deu- se na Unidade de saúde São Cristóvão, localizada na Regional Noroeste no
município de Belo Horizonte, com os usuários adultos da comunidade da Vila Senhor dos Passos. O instrumento para a
coleta de dados foi entrevista semi - estruturada aberta para cujo total de 11 entrevistas obedeceu ao critério de saturação. Como resultado encontramos representações de processo saúde-doença, que considerou a saúde como qualidade
de vida, bem estar, promoção e prevenção, como saúde pública e assistência, o tudo ou nada, doença como fruto do
acaso e predestinação, como pobreza e sentimento de impotência, mostrando nestas representações um sujeito jogado
no desamparo, que luta pela sobrevivência, tendo a doença como uma paralisação, ampliando ainda mais o abandono
e o desamparo. Um sujeito que na intersubjetividade se coloca predominantemente na condição de objeto, no processo
saúde-doença.
Palavras-chaves: Processo saúde-doença, sujeito, sujeito, Programa Saúde da família, usuário.
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Educar para cuidar: um relato de experiência
Autor: Thalisson Henrique Martins Silva
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Francisco Daniel Coutinho Tavares, Renata de Oliveira Mesquita, Thalisson Henrique Martins Silva
Instituição: Fundação Educacional de Divinópolis-Universidade Estadual de Minas Gerais
A educação popular caracteriza-se por uma filosofia emancipatória dos sujeitos, a partir da conscientização dos seus direitos, envolvendo aspectos sociais, culturais e políticos. Dentre o propósito de Educação Popular Pichón-Rivière em 1998
desenvolveu a dinâmica de grupos operativos. Para ele, o grupo operativo consiste em uma técnica de trabalho coletivo,
cujo objetivo é promover um processo de aprendizagem. Pode ser apontado como uma estratégia para outros campos
aplicativos, que buscam a participação dos usuários na solução de sua problemática Desta perspectiva, espera-se que o
relato de experiências abra espaços para o diálogo, com a finalidade de facilitar a participação, a contemplação da troca
de conhecimentos, à garantia da expressão e discussão de idéias dos usuários. Embasado nestas idéias e nos acolhimentos feitos na Unidade de Reabilitação do Hospital São João de Deus (UNIR) Divinópolis – MG, que presta assistência aos
pacientes do SUS, esta unidade e local de estagio dos acadêmicos de fisioterapia da FUNEDI/UEMG Divinópolis. Na observação da dinâmica do estagio visualizou-se a necessidade de integrar e conscientizar os cuidadores que acompanham
pacientes, sendo assim organizado um grupo operativo de cuidadores em maio de 2008. Inicialmente buscou conhecer a
história dos participantes, ressaltando suas dificuldades, dúvidas e anseios. Considerando as informações obtidas o grupo foi organizado a partir da construção de formas de lidar com as questões de saúde e doença, e a tentativa de se fazer
educação popular. O grupo permite que cada um se expresse mobilizando-as para o comprometimento compartilhado
com seus colegas na construção conjunta de estratégias facilitadoras para com o paciente e para eles próprios, o que
permite a criação de vinculo entre os participantes. Este grupo é realizado às quartas-feiras das 8 às 9h com a presença
de cinco cuidadores, mas não restrito a esses.O maior objetivo é construir conceitos de auto-estima e o auto-cuidado, ou
seja, buscar quais são suas necessidades,assim,facilitar a relação de cuidado com o outro.
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Relatos de pessoas com transtorno mental sobre ocorrência de práticas sexuais no interior de
serviços de saúde mental - Projeto Pessoas
Autor: Adriana da Silva Gomes
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Freitas, M.I.F; Silva, F.C.M; Guimarães, M.D.C; Giami, A.
Instituição: Escola de Enfermagem - UFMG
Discute-se a vulnerabilidade de sujeitos com agravos mentais para as infecções sexualmente transmissíveis e aids, pela
dificuldade de manter sexo seguro devido à condição específica da doença e às práticas sexuais marginais que podem
acontecer nos serviços. Busca identificar nos relatos das pessoas acompanhadas em serviços de saúde mental a existência de práticas sexuais no interior das instituições. Foram entrevistadas 39 pessoas em tratamento de quatro serviços de
saúde mental de Minas Gerais e Rio de Janeiro sobre seus modos de pensar e agir sobre os agravos. As entrevistas foram
semi-estruturadas, gravadas e transcritas. Sua análise foi do tipo estrutural, segundo Demazière e Dubar, e realizada com
apoio do software Nvivo. As narrativas apontam que alguns homens se masturbam publicamente no hospital, o que é
considerado por outros como ‘sem-vergonhice’ ou ‘nojo’. Estes dizem se masturbar ‘na intimidade’. Há relatos de relações
sexuais no interior do serviço, mas, em geral, este é sempre um comportamento do outro. A maioria diz que há mulheres
se oferecendo o tempo todo e alguns afirmam assédio ou relações forçadas com outros pacientes. Homens com longo
período de internação revelam relações constantes com os companheiros, que não são consideradas ‘homossexuais’. As
mulheres, em geral, dizem que não existem relações sexuais no interior dos serviços, mas que muitas ‘procuram homens’
e têm atividades sexuais ‘escondidas’. As representações são sempre negativas sobre este comportamento. Não há nenhuma referência à masturbação por parte das mulheres como prática corrente. Os entrevistados falam, sem certeza, de
outros que têm ‘doenças venéreas’ ou ‘aids’, dizem ter medo, considera-os diferentes e com os quais têm que ter cuidado,
porém ninguém se protege nestas relações. A vulnerabilidade torna-se, portanto, aumentada, devido às representações
sobre a sexualidade e às práticas não seguras. É necessário, então, criar atividades de educação e promoção à saúde
apropriadas para os pacientes e de capacitação dos profissionais dos serviços de saúde mental para reduzir o risco de
contrair HIV e outras IST durante as internações visando a atenção integral.
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Visão de homens e mulheres com transtorno mental sobre infecções sexualmente transmissíveis e
AIDS – Projeto Pessoas
Autor: Adriana da Silva Gomes
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Freitas, MIF, Silva, FCM, Guimarães, MDC, Giami, A
Instituição: ESCOLA DE ENFERMAGEM - UFMG
Existem dificuldades na prevenção das IST e aids para a população em geral e pessoas com transtornos mentais graves
podem apresentar maior vulnerabilidade devido à própria doença, ao contexto social e de gênero e às representações
sobre corpo, sexualidade e infecções. O estudo qualitativo tem o objetivo de compreender as representações de pessoas
com transtorno mental sobre estes agravos, enfocando as diferenças de gênero, realizado com 39 pessoas atendidas
em quatro serviços de saúde mental em Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo 22 homens e 17 mulheres. A análise das
entrevistas foi do tipo estrutural de narração e fundamentada na Teoria das Representações Sociais. Todos têm representações de transmissão por relações sexuais sem preservativo e uso de agulha contaminada. Os homens relacionam risco
de infecção com mulher ‘desconhecida’ e ‘bonita’ porque ‘são mais perseguidas’. Dizem ter mais relações sexuais que as
mulheres mas negligenciam o preservativo ou fazem uso quando profissionais do sexo o exigem. Pensam que ‘quem usa
é porque deve estar doente’. As mulheres referem-se ao preservativo, mas não o exigem. As mulheres abandonam relações sexuais precocemente por falta de desejo e prazer ou as mantém, mas não se protegem porque têm parceiros fixos
ou se prostituem, cabendo ao homem a decisão da prevenção. Consideram a abstinência a melhor forma de proteção. O
sentimento de risco é maior entre os homens por se verem mais “atirados” e em algumas mulheres por serem “atrevidas”.
Ambos representam o risco como ‘algo sempre no outro’. Cultura, informação e representações são ingredientes que se
misturam mantendo a desigualdade entre os homens e mulheres nas formas de vivenciar a sexualidade e prevenção das
infecções. Há, portanto, desinformação e representações que levam a posturas negligentes ou arriscadas em ambos os
sexos. Todos vivem situações de risco e as subestimam. Isto exige políticas apropriadas de prevenção nos serviços de
saúde mental.
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Dengue:identificação dos possíveis criadouros e focos confirmados de maior relevância e suas
respectivas distribuições temporais ao longo do ano, em Varginha, MG
Autor: Robson Bruniera de Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Idael Christiano de Almeida Santa Rosa, Demetrio Junqueira Figueiredo
Instituição: UFV,Viçosa-MG; UFLA,Lavras-MG; Setorde Zoonoses,Varginha-MG
Nosso país está situado entre faixas tropicais, possuindo um clima característico, que proporciona condições favoráveis
para a proliferação e transmissão de doenças infectocontagiosas. Dentro desse quadro, a Dengue se apresenta como
uma doença reermergente no Brasil, sendo uma grande ameaça para a população, e está demandando muitos esforços
das autoridades competentes pela saúde para seu controle efetivo. Esse trabalho avaliou, no ano de 2007, o combate ao
mosquito transmissor da Dengue, em Varginha (Minas Gerais), sobre a ocorrência de potenciais criadouros reportados
pelos agentes de saúde através das fichas de solicitação de serviços, e a presença confirmada de focos de Aedes pelo
laboratório do Serviço de Controle de Zoonoses do Município. Simultaneamente, houve uma avaliação das épocas e
áreas de maiores ocorrência para os tipos de potenciais locais de procriação e de criadouros efetivamente positivos com
a larva do mosquito.Observou-se, que os principais reservatórios usados para a procriação do mosquito foram: caixas
d’água sem tampa ou com a tampa quebrada (40%), entulhos em quintais (17%), pneus (12 %) e recipientes em terrenos
baldios (11%). Nos 20% restantes estão enquadrados outros reservatórios em imóveis abandonados e piscinas sem limpeza. Os períodos do ano de maiores ocorrências para esses serviços situam-se entre os meses de outubro a dezembro
(40° a 52° semana epidemiológica). Uma variação ocorreu nos perfis das caixas d´água, sem tampa ou danificadas,
sendo que o primeiro aumento das ocorrências é em maio, e para as piscinas com larvas, nas quais, esse primeiro pico
esta situado de abril a junho (16° a 26° semana epidemiológica). O caráter temporal dos criadouros confirmados possuiu
uma alta correlação com o aumento da oferta de locais de procriação. Com relação à distribuição espacial, esses se
apresentaram distribuídos por todo o município, com predomínio nos bairros Sion e Fátima. No município de Varginha,
o controle e combate vetorial mostrou-se eficaz. Contudo, ainda é um grande desafio o controle dos reservatórios intra
domiciliares,os quais envolvem uma parcela representativa dos focos e possíveis criadouros,e será inviável sem a conscientização e participação ativa da população.
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AIDS no alto Jequitinhonha: perfil epidemiológico
Autor: Thamara de Souza Campos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Liliane da Consolação Campos Ribeiro, Anne Margareth Batista, Francine Laureth Batista, Mirtes Ribeiro,
Roniélha Moreira Santos
Instituição: Universidade Federal Dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
A AIDS é uma das epidemias mais preocupantes, principalmente pelas transformações do perfil epidemiológico que vem
caracterizando a feminilização, pauperização e interiorização. Assim a epidemia torna-se objeto de pesquisa, na busca
incessante por intervenções tanto curativas quanto preventivas. Traçar o perfil epidemiológico da AIDS da Região do
Alto Vale do Jequitinhonha – MG. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva quantitativa e descritiva de análise das fichas
de notificação e dos prontuários dos pacientes atendidos no Programa DST/AIDS no município de referência desde 1995
até janeiro de 2008. Os aspectos éticos foram respeitados conforme a resolução196/96. Foram identificados 53 casos
de AIDS, sendo 33 do sexo feminino que representa 62,26%. Sobre a idade, com menos de 20 anos há apenas um caso
(1,89%), dos 20 aos 29 anos encontram-se 5 casos (9,43%), a faixa etária dos 30 aos 49 anos é a de maior prevalência, são
39 casos sendo 73,58% e com mais de 49 anos têm-se 8 casos, 15,1% do total. Sobre o tempo do diagnóstico a maioria sabe
a menos de 3 anos ocorrendo em 52,83%, de 3 a 6 anos em 28,3% e mais de 6 anos em 18,87% dos casos diagnosticados.
Quanto à opção sexual, apenas 5,66% desses pacientes são homossexuais e o número de heterossexuais chega a 94,34%.
Sobre o estado civil, 18 pacientes são casados tendo apenas um parceiro (33,96%), 10 pacientes são viúvos (18, 87%) e 25
pacientes são solteiros o que representa 47,17% dos casos. O conhecimento produzido é um recurso que auxilia a construção do quadro situacional da AIDS no Vale, o que permite aos profissionais de saúde e gestores o acesso aos subsídios
norteadores de suas ações, no ensino, na pesquisa e na assistência, com a finalidade de conhecer o alcance da doença e
melhorar a qualidade de vida desta população.
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Avaliação do consumo alimentar de antioxidantes (vitaminas C e E) por pacientes portadores de
doença pulmonar obstrutiva crônica
Autor: Natália Pereira da Silva Araújo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Olívia Maria de Paula Alves Bezerra, Margarete Aparecida Santos, Márcio Antônio Moreira Galvão, Larissa
Loures Mendes, Amanda Carla Fernandes, Flávia Ferreira dos Santos
Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença respiratória prevenível, causada pela limitação parcialmente reversível do fluxo aéreo, geralmente progressiva. Está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões, à inalação de partículas e gases tóxicos, sobretudo a fumaça dos cigarros, esta última sendo responsável por
danos oxidativos ao tecido pulmonar. Evidências têm mostrado que uma falha nos antioxidantes que protegem o tecido
pulmonar pode levar à DPOC. Diversos estudos populacionais têm mostrado que a ingestão de antioxidantes como as
vitaminas C e E e de alimentos ricos em antioxidantes (frutas e vegetais) podem proteger as vias aéreas dos danos causados pelos agentes oxidantes. A vitamina C está presente nos fluidos pulmonares intracelular e extracelular e a vitamina E
está presente no fluido pulmonar extracelular e nas membranas lipidícas onde converte os radicais de oxigênio e radicais
peroxil em formas menos reativas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o consumo dietético de vitamina A e E, através
da aplicação do questionário de freqüência alimentar, em pacientes portadores de DPOC atendidos no ambulatório do
Hospital Júlia Kubistchek (HJK), em Belo Horizonte, MG, entre julho de 2006 e setembro de 2007 foram entrevistados
44 pacientes de ambos os sexos e faixa etária entre 40 e 93 anos. Os resultados mostraram que quanto ao consumo de
vitamina C, apenas 13 pacientes apresentaram uma dieta adequada de vitamina C e 31 (70,5%) apresentaram uma dieta
pobre nesta vitamina. Quando se analisou o consumo de vitamina E, os resultados mostraram que 27 (61,4%) tinham uma
dieta satisfatória e 17 pacientes (38,6 %) não apresentou consumo adequado desta vitamina. Estes resultados sugerem a
necessidade do aumento do aporte dietético destas vitaminas, principalmente a vitamina C, tendo em vista a importância
destas vitaminas no controle da evolução da doença e suas complicações.
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Hiperinsulinemia, obesidade e metabolismo de lipídios
Autor: Fernanda Penido Matozinhos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Milene Cristine Pessoa, Hanrieti Rotelli Temponi, Larissa Loures Mendes, Gustavo Velásquez-Meléndez
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
A hiperinsulimenia pode ser definida como uma síntese excessiva de insulina. Esse aumento refere-se a uma resposta
inadequada dos tecidos dependentes de insulina, tais como adiposo, muscular e hepático. O tecido adiposo atua de forma a aumentar a demanda por insulina e, ao mesmo tempo, criar resistência a essa, ocasionando aumento na glicemia e,
conseqüente, hiperinsulinemia; isso potencialmente pode resultar no desenvolvimento do diabetes tipo 2. Além disso, a
hiperinsulinemia compromete não somente o metabolismo de carboidratos como também o de lipídios. O objetivo deste
estudo foi verificar a associação de indicadores antropométricos e bioquímicos do metabolismo lipídico com a hiperinsulinemia em adultos de duas comunidades rurais localizadas no Vale do Jequitinhonha - MG. A amostra foi constituída
por indivíduos com idade maior ou igual a 18 anos de ambos os sexos. Foram excluídas mulheres grávidas e diabéticos.
A coleta de dados incluiu variáveis demográficas, de estilo de vida, hemodinâmicas, antropométricas e bioquímicas.
Os dados foram processados e analisados por meio do programa STATA 9.0. Para a análise multivariada empregou-se a
técnica de regressão de Poisson. Dos 567 participantes, 50,4% eram homens e 49,6%, mulheres, a idade variou entre 18 e
94 anos. A maioria das pessoas tinha a cor de pele parda/negra (75,7%), vivia com seus cônjuges (69,3%), possuía baixo
nível educacional, não era tabagista e tampouco possuía o hábito de ingerir bebida alcoólica. Neste trabalho, 17,4% dos
indivíduos apresentava sobrepeso e 5,5%, obesidade. Pela análise multivariada observou-se que os fatores associados à
hiperinsulinemia foram a obesidade central, representada pela circunferência da cintura no nível 2, RP=1,91; IC95% 1,17 –
3,13 (CC para homens ³ 102cm e ³ 88cm), os níveis de HDL, RP=0,98; IC95% 0,96 – 0,99, e os níveis de triglicérides, RP= 2,07;
IC95% 1,18 – 3,62. As associações entre hiperinsulinemia, obesidade, baixos níveis de HDL e altos níveis de triglicérides
podem sugerir que tais localidades estão passando por processo de modificação do seu estilo de vida com alterações na
composição corporal, no padrão alimentar e na diminuição das atividades físicas diárias, resultando em maior ganho de
peso, o que pode ter diversas implicações para a saúde das mesmas.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Avaliação do estado nutricional de cidadãos de Oliveira - MG em 2006 e 2007
Autor: Juliana Mara Flores Bicalho
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Oliveira
Questões alimentares são uma das grandes preocupações atuais da saúde pública. São crescentes os casos de obesidade
que alertam para os riscos e para o modo como o indivíduo se relaciona com alimentação e seu corpo.
Segundo resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada em 2002 e 2003 pelo IBGE, 38,8 milhões de brasileiros acima de 20 anos estão acima do peso; destes, 10,5 milhões são obesos. Ainda, 16,7% da população entre 10 e 19 anos
têm excesso de peso e 2,3% apresentam obesidade. O Brasil depara-se com novas epidemias de obesidade, diabetes,
hipertensão, doenças cardíacas e outros. Entre essas, a obesidade se destaca por ser simultaneamente uma doença e um
fator de risco para outras. Conter a obesidade é um desafio urgente para o Brasil. Diante disso e em consonância com
a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, com a Estratégia Mundial sobre Alimentação, Atividade Física e Saúde;
e com o Pacto pela Vida, foi despertado o interesse em analisar o estado nutricional dos cidadãos de Oliveira. Foram
analisados os dados dos usuários avaliados antropometricamente nas Unidades Municipais de Saúde nos anos de 2006
e 2007. Nos referidos anos o municípo possuía em média 41247 habitantes segundo o IBGE. No biênio 2006 e 2007 foram
realizadas 26103 avaliações. A análise dos dados do total das avaliações de cada faixa etária dos cidadãos avaliados em
2006 e 2007 revelou o seguinte: entre crianças o Peso Muito Baixo para idade (PMB) representou menos de 1%, o Baixo
Peso (BP) 4% e o Risco Nutricional (RN) 7%, a Eutrofia 79 % e o Sobrepeso (SP) 9 %. Entre adolescentes, 7% de BP, 76%
de ET e o 17% SP. Entre adultos, 3% BP, 45% ET, 32% SP e 20% OB. Entre idosos, 15% BP, 43% ET e 42% SP. Entre gestantes,
21% BP, 47% ET, 20% SP e 12% OB. Estes resultados são significativos da situação nutricional dos cidadãos de Oliveira que
assim como no Brasil apresentam índice importante de excesso de peso (SP e OB) e conseqüentes complicações como
hipertensão e diabetes em todas as faixas etárias, com destaque em adultos e idosos. A prevalência do excesso de peso
é mais significativa que o baixo peso em todas faixas etárias. É significativa a ocorrência de BP em gestantes, e ET entre
crianças e adolescentes. Para prevenir ou reverter este quadro, é importante a informação sobre nutrição saudável para
que a população reveja sua alimentação e adote hábitos saudáveis.
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Avaliação do estado nutricional de amostra de cidadãos de Itaúna – MG em outubro de 2007
Autor: Juliana Mara Flores Bicalho
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Itaúna
Questões alimentares são uma das grandes preocupações atuais da saúde pública. São crescentes os casos de obesidade
que alertam para os riscos e para o modo como o indivíduo se relaciona com alimentação e seu corpo. Segundo resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada em 2002 e 2003 pelo IBGE, 38,8 milhões de brasileiros acima de 20
anos estão acima do peso; destes, 10,5 milhões são obesos. Ainda, 16,7% da população entre 10 e 19 anos têm excesso de
peso e 2,3% apresentam obesidade. O Brasil depara-se com novas epidemias de obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e outros. Entre essas, a obesidade se destaca por ser simultaneamente uma doença e um fator de risco para
outras. Conter a obesidade é um desafio urgente para o Brasil. Diante disso e em consonância com a Política Nacional
de Alimentação e Nutrição, com a Estratégia Mundial sobre Alimentação, Atividade Física e Saúde; e com o Pacto pela
Vida, foi despertado o interesse em avaliar o estado nutricional dos cidadãos de Itaúna. Itaúna, segundo o IBGE, possuía
84767 habitantes em 2007. Foram avaliadas antropometricamente pessoas que se interessassem em ser pesadas, medidas
e ter seu estado nutricional calculado por técnicos de enfermagem das equipes de PSF do município na praça da Matriz
em outubro de 2007. Junto a isto foi realizado trabalho de educação nutricional com orientações sobre hábitos alimentares saudáveis para os cidadãos que apresentavam algum desvio nutricional. A análise dos dados de 290 cidadãos (<10
anos) avaliados revelou 40% de eutrofia (ET), 4% de baixo peso (BP), 36% de sobrepeso (SP) e 20% de obesidade (OB).
56% apresentam algum grau de excesso de peso. Estratificando por faixa etária, observa-se que entre adolescentes (1019 anos) o SP representava 19%, BP 7% e ET 74%. Entre idosos (>60 anos) o SP atinge 53%, BP 9% e ET 38%. Entre adultos
(20-59 anos) 30% apresentavam OB, 35% SP, 3% BP e 32% ET. Estes resultados são significativos da situação nutricional
dos cidadãos de Itaúna que assim como no Brasil representam alta prevalência de excesso de peso e conseqüentes complicações como hipertensão e diabetes. Para prevenir ou reverter este quadro é importante a informação sobre nutrição
saudável para que a população reveja sua alimentação e adote hábitos saudáveis.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Prevalência e fatores associados à hipercolesterolemia em população da área rural de Minas Gerais
Autor: Tatiane Géa Horta
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Adriano Marçal Pimenta, Priscilla Alencastro de Souza, Gilberto Kac, Rodrigo Correa Oliveira, Andréa Gazinelli,
Gustavo Velásquez Meléndez
Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais
Atualmente no Brasil, as doenças cardiovasculares (DCV) representam, aproximadamente, 33% das mortes por causas
básicas conhecidas e consideradas também o principal motivo de hospitalização na rede de serviços públicos de saúde.
A hipercolesterolemia pode causar aterosclerose e agravar o potencial efeito de outros fatores de risco para doenças
cardiovasculares. O estudo teve como objetivo estabelecer a prevalência de hipercolesterolemia e fatores associados a
essa condição em uma população de 18 a 88 anos residente em uma área rural da região do Vale do Jequitinhonha - MG.
Foram estudados 294 voluntários (154 mulheres e 140 homens) do povoado de Virgem das Graças. As medidas antropométricas realizadas foram: peso, estatura, circunferência da cintura e prega tricipital. A partir do peso e da estatura,
foi calculado o índice de massa corporal (IMC= peso/ estatura2; Kg/m2). O exame de bioimpedância foi realizado para
obter-se a % de gordura corporal. Os fatores associados a hipercolesterolemia estudados foram: obesidade global (IMC≥
30 Kg /m2 ), obesidade central (circunferência da cintura ≥ 80cm para mulheres e ≥ 94cm para homens); idade (18-39
anos, 40-50 anos, 51-61 anos e 62-88 anos); baixa escolaridade (< 8 anos de estudo); alta % de gordura corporal (3º tercil).
Considerou-se hipercolesterolemia a presença de níveis de LDL alto (≥ 160 mg/dl). As associações foram examinadas através da análise bivariada e dos Odds Ratio (p < 0,05). Os resultados encontrados foram: 86,1% das pessoas apresentaram
baixa escolaridade; 72,1% peso normal (IMC<25Kg/m2). A prevalência de hipercolesterolemia foi de 21,8%, sendo 24,3%
no sexo feminino e 18,8% no sexo masculino. Os fatores associados à hipercolesterolemia foram: indivíduos com idade
entre 51 e 61 anos (OR= 8,50; IC95%: 3,15-23,61), baixa escolaridade (OR= 5,50; IC95%: 1,23-34,24); sobrepeso (OR= 2,54;
IC95%: 1,19-5,40); obesidade central (OR=3,83; IC95%: 1,57-9,29) e 3º tercil da % de gordura (OR=2,83; IC95%: 1,18-6,93).
Podemos concluir que a prevalência de hipercolesterolemia em Virgem das Graças foi alta, 18,8% para os homens e 24,3%
para as mulheres, e está associada à baixa escolaridade, idade entre 51 e 61 anos, obesidade central, sobrepeso e alta
porcentagem de gordura corporal.
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Associação entre obesidade, inflamação e risco cardiovascular
Autor: Vanessa Calazans Viana
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Alexandra Dias Moreira, Fabrício de Andrade Galli, Ana Carolina Soares de Faria Lemos, Daniela de Cássia
Pereira da Cunha, Salete Maria de Fátima Silqueira, Selme Silqueira de Matos
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
Segundo a Organização Mundial da Saúde há mais de um bilhão de adultos com excesso de peso, dos quais pelo menos trezentos milhões são obesos. Entre os prejuízos causados pela obesidade, destaca-se o fato dela ser um fator de risco independente
para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares e alguns tipos de cânceres. Além disso, várias evidências indicam que
a obesidade está associada a um processo inflamatório.O estudo tem como finalidade realizar uma consulta à literatura científica recente, analisando publicações referentes à obesidade e sua com relação inflamação e risco cardiovascular. Trata-se de
um estudo retrospectivo de revisão da literatura dos últimos 5 anos. Foram consultadas as bases de dados Pubmed e Scielo no
período de maio, utilizando como descritores “obesidade”, “inflamação” e “doenças cardiovasculares”, abordados em inglês,
português e espanhol, artigos abrangendo indivíduos adultos de ambos os sexos. Através da busca eletrônica, encontramos 90
artigos e optamos por aqueles disponíveis gratuitamente online, que totalizaram 70.Por meio da leitura dos resumos, encontramos 60 disponíveis pelo pubmed e desses 30 foram considerados relevantes.Em relação ao Scielo, encontramos 10 artigos, dos
quais 04 foram considerados relevantes. A partir das análises, houve um consenso entre os artigos pesquisados relatando que a
obesidade está associada a um processo inflamatório subclínico. Sabe-se que o tecido adiposo é capaz de expressar e secretar
uma variedade de peptídeos bioativos, conhecidos como adipocitocinas, estando muitas dessas substâncias envolvidas com
fenômenos inflamatórios. Estudos relatam que processo inflamatório crônico de baixa atividade poderia representar o fator
desencadeante na origem da resistência à insulina e eventualmente até no aparecimento do diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica e a doença cardiovascular. Dentre as adipocitocinas com ação pró-inflamatória destaca-se o fator de
necrose tumoral alfa (TNF-α) e a interleucina 6 (IL-6), ambas associadas à resistência à insulina e à HAS. Conclui-se que existe
uma associação direta da obesidade e o processo inflamatório.Isso se deve ao fato do tecido adiposo produzir uma série de
adipocitocinas.Além disso, obesidade tem sido descrita como fator de risco cardiovascular e está relacionada com alterações
metabólicas, hipertensão e diabetes mellitus tipo 2 .
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Experiência do centro de saúde mantiqueira na otimização do fluxo de acompanhamento das
famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família
Autor: Taciana Malheiros Lima Carvalho
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Taciana Malheiros Lima Carvalho, Maria das Mercês Fiúza
Instituição: Secretaria Municipal de Saude de Belo Horizonte
Introdução: O Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda reforçando o exercício de direitos
sociais básicos nas áreas de Saúde e Educação, por meio do cumprimentos das condicionalidades, beneficiando famílias
pobres e extremamente pobres. As famílias beneficiárias do Bolsa Família, moradoras da área de abrangência do Centro
de Saúde Mantiqueira são acompanhadas pelas equipes de saúde da família através dos agentes comunitários de saúde.
Uma vez por mês os agentes de saúde realizam visita domiciliar com objetivo,dentre outros, de avaliar o cumprimento
das condicionalidades o que contribui para que estas famílias consigam romper a situação de vulnerabilidade social e
mantenham boa condição de saúde. Objetivo: Rever o processo de trabalho na unidade de Saúde em relação ao fluxo de
acompanhamento das famílias do programa Bolsa Família e formular estratégia para atingir a cobertura total destas famílias inseridas no programa. Metodologia utilizada: Foram realizadas reuniões com todas as equipes de saúde da família
e os profissionais envolvidos no processo, capacitação dos agentes comunitários de saúde e digitadores da Unidade,
sensibilização dos profissionais diretamente envolvidos sobre a natureza e importância do projeto. Em seguida foi organizado o processo de trabalho com envolvimento de todos os atores, sob a coordenação da assistente social e supervisão
da gerente da Unidade de Saúde utilizando o fluxograma descritor como ferramenta de trabalho. Resultado: Através da
capacitação e organização do fluxo interno observou-se a motivação dos atores envolvidos para atingir a meta proposta
de cobertura total das famílias bolsitas acompanhadas. Conclusão: A organização do processo de trabalho na Unidade
de saúde proporcionou o impacto nos índices de cobertura atingindo 100% em 2 meses de trabalho.
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O perfil dos trabalhadores, seu adoecimento e absenteísmo em hospital público universitário
Autor: Geraldo Majela Garcia Primo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Tarcísio Márcio Magalhães Pinheiro, Emília Sakurai
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
Absenteísmo em trabalhadores de uma organização hospitalar pública e universitária.
As ausências ao trabalho por motivo de doença têm importância em saúde pública, uma vez que indicam processo de
doença dos trabalhadores, interferem na produtividade, reduzem a eficiência no trabalho. Também acarretam sobrecarga àqueles que permanecem no trabalho podendo levar a novos problemas de saúde e possíveis afastamentos no futuro.
O absenteísmo em saúde tem particular interesse por suas peculiaridades e números relevantes comparado com outras
categorias. Analisaram-se os indicadores de absenteísmo, por motivo de doença, de uma organização hospitalar pelo
período de um ano e sua variabilidade de acordo com aspectos sócio-demográficos, da organização do trabalho e grupos
de morbidade da classificação internacional de doenças. Foram consideradas as licenças, iniciadas em 2006, homologadas pelo serviço médico, expedidas pela perícia médica da universidade ou pelo Instituto Nacional do Seguro Social
de 2790 trabalhadores contratados sob regime estatutário ou celetista. Desse total, 1471 (52,1%) tiveram uma ou mais
licenças durante o ano. O índice de absenteísmo foi de 5,3%. A taxa de severidade (média de duração de cada licença)
foi de 8,3 dias, a taxa de gravidade foi de 12,5 dias e o índice de freqüência por trabalhador foi de 1,9. Os fatores de risco
identificados foram: sexo feminino, vínculo estatutário, escolaridade fundamental e média, trabalho noturno, tempo de
serviço, cargos de enfermagem e operacionais e os setores de trabalho que não os administrativos. A categoria médica e
o pessoal administrativo apresentaram os menores índices. As nosologias mais freqüentes foram as doenças respiratórias
(tx de severidade- 3,4 dias, 16,9 dos casos e 7,0% dos dias de afastamento) do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo
(tx. severidade=9,4 dias e 15,3% dos casos e 17,3% dos dias de afastamento)e os transtornos mentais e do comportamento
(tx. severidade-19,2 dias, 10,2% dos casos e 23,5% dos dias de afastamento). Os estudos confirmam o absenteísmo como
importante indicador de saúde, da situação de trabalho organizacional e de motivação dos trabalhadores. Seu acompanhamento pode apontar caminhos para a melhoria das condições laborais, qualidade de vida e produtividade no
trabalho.
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A integralidade na gestão e na produção do cuidado: a atenção primaria à saude em Juiz de Fora/MG
Autor: Lêda Maria Leal de Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Sabrina Paiva, Ana M Lima, Ana Mourão, Auta Souza, Edina de Souza, Marina Castro, Patrícia Leal, Rubiane
Ribeiro, Maria Regina Netto, Meyriland Friaça, Sabrina Barra, Lidiane Cavaca, Juliana Parada, Maria de Lourdes Reis,
Maria Lúcia Machado, Antoniana Dias Defilippo
O trabalho constitui-se numa das pesquisas desenvolvidas por docentes do Grupo de Pesquisa Políticas Públicas, Gestão
e Cidadania da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora, financiada pela FAPEMIG denominada A Integralidade na atenção primária no município de Juiz de Fora: as variações de aplicabilidade do modelo tecnoassistencial na operacionalização do Sistema Único de Saúde, cujo objetivo central é analisar a integralidade na atenção
primária à saúde em duas dimensões: produção do cuidado e organização e gestão dos serviços. Trata-se de um estudo
qualitativo desenvolvido em 09 Unidades de Saúde cujos sujeitos – gestores e profissionais – foram abordados através de
entrevistas semi-estruturadas. O estudo em torno da organização dos serviços e gestão vem sendo desenvolvido a partir
dos indicadores: gestão do SUS, controle social, relações profissionais, planejamento, relações institucionais de poder,
educação permanente, estratégias de gestão e perspectivas para o SUS. No que diz respeito à produção do cuidado foram
definidas as categorias analíticas: trabalho em equipe, acolhimento, vínculo/responsabilização e acesso. Consideramos
que a APS passa por transformações e que este estudo contribui para o fortalecimento e/ou construção de práticas de
saúde pautadas na integralidade orientando ações comprometidas com a materialização de uma política de saúde em
defesa da vida, bem como proporcionar subsídios para novas abordagens críticas sobre a construção de saberes em
saúde contribuindo assim, para o aperfeiçoamento e a formação de recursos humanos.
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Avaliação preliminar do desempenho do laboratório distrital Centro Sul/Pampulha
Autor: Maria de Lourdes Baeta Zille Gontijo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Leyla Gomes Sancho, Geralda Eni de Jesus
Os laboratórios distritais vêm ao longo do tempo aumentando de forma significativa a sua produção. Não há, no entanto,
formalização de parâmetros quanto à produtividade dos recursos humanos e dos equipamentos; quesitos necessários
para a instituição de indicadores de avaliação e monitoramento. O objetivo do estudo é suscitar a construção de parâmetros para a rede de laboratórios da SMSA-BH, o qual servirá, inclusive, a análises sistemáticas do desempenho da rede
ao longo do tempo. Para a consecução dessa avaliação preliminar, os dados de produção dos meses de janeiro a abril
de 2008, a lista de recursos humanos e a listagem de equipamentos por setor do Laboratório Centro-Sul/Pampulha foram
apropriados, a partir da base de dados do próprio laboratório. O método utilizado foi o do cruzamento entre variáveis a
partir das seguintes funções: produção X carga horária semanal; produção X número de recursos humanos; produção X
dias úteis no mês por setor de produção do laboratório. Os dados relativos ao desempenho, por exemplo, da Hematologia
do Lab. Dist. Centro-Sul/Pampulha nos meses de jan-abril de 2008, cuja carga horária semanal dos servidores do setor é
de 145 horas apresenta uma média de 42 exames realizados por hora trabalhada e por dia de trabalho de 332 exames no
período estudado. Tomando os dados de produção diária em função do número de servidores no setor, pode-se afirmar
que em média cada servidor é “responsável” pela realização de 55 exames por dia no setor, sendo que de acordo com a
média de horas trabalhadas por dia o número é, em média, de 9 exames por hora trabalhada. Este valor tem um significado relativo, dado que as funções dos servidores não são semelhantes entre si. Ou seja, é um valor que deve ser analisado
com parcimônia. A mesma lógica foi utilizada para construir os valores referentes ao desempenho dos demais setores do
Laboratório Distrital Centro-Sul/Pampulha. Em síntese, o estudo buscou sistematizar para o conjunto dos gerentes uma
maneira uníssona de pensar a prática intrínseca à missão do laboratório. O fruto do trabalho, ao ser estendido para os
demais laboratórios, permitirá não só a construção de alguns indicadores gerenciais, como também uma possível (re)
adequação do processo de trabalho.
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Opinião dos gerentes de Unidades Básicas de Saúde de Belo Horizonte sobre a inserção do
fonoaudiólogo na atenção básica
Autor: Amélia Augusta de Lima Friche
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Stela Maris Aguiar Lemos, Jordana Siuves Dourado, Viviane Souza Bicalho
Instituição: UFMG
Introdução: A atenção primária constitui o primeiro nível de atenção à saúde, sendo porta de entrada do sistema e responsável
pela promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação dos usuários. A presença da Fonoaudiologia na atenção
primária é necessária por permitir que alterações fonoaudiológicas sejam detectadas e tratadas precocemente. É necessário
problematizar a atuação do fonoaudiólogo nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), mostrando sua importância, além de conhecer a opinião dos gestores. Metodologia: O presente estudo foi analisado e aprovado pelo Coep /UFMG e pelo Coep - Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte SMSA–BH. O instrumento utilizado foi roteiro de entrevista estruturado acerca do
conhecimento dos gerentes das UBS sobre a atuação do fonoaudiólogo e sua inserção na atenção básica da rede da SMSA–BH.
O instrumento foi aplicado pelas pesquisadoras no local de trabalho dos gerentes. Foi feito cálculo amostral por amostragem
estratificada e amostra aleatória simples das UBS. A amostra parcial foi composta por 58 gerentes. Resultados: Dos 58 gerentes
de UBS da SMSA-BH entrevistados 48 foram do sexo feminino - 82,9% e 10 do sexo masculino -17,2%, com idade entre 28 e 66
anos (média 46,6; DP 7,6). Foram obtidos os seguintes resultados: a população atendida nas UBS variou de 3155 a 29000 (média
2143; DP 3668), 27 (46,6%) dos gerentes são graduados em enfermagem e 31 (53,4%) têm outra graduação. O tempo de gerência
na atenção básica variou entre 15 dias e 23 anos (média 9,14; DP 6,3). Quanto ao trabalho do fonoaudiólogo, 27 (46,6%) gerentes
já trabalharam com o profissional, 52 (89,7%) gerentes consideram o número de fonoaudiólogos da rede insatisfatório. Apenas
6 (10,3%) UBS contam com o fonoaudiólogo na equipe e 52 (87,9%) gerentes consideram importante a inserção do fonoaudiólogo. Não foi encontrada relação estatisticamente significante na associação entre a opinião dos gerentes sobre a inserção do
fonoaudiólogo e as variáveis: tempo de gerência, nº de fonoaudiólogos na rede pública, presença do fonoaudiólogo na unidade
e trabalho do gerente com o profissional. Houve relação estatisticamente significante entre a opinião dos gerentes sobre a inserção do fonoaudiólogo e a procura da população local pelo fonoaudiólogo (p=0,03 ) Conclusão: Embora exista carência de
fonoaudiólogos em UBS de BH, com evidente demanda reprimida, a maioria dos gerentes reconhece a importância da atuação
fonoaudiológica e a necessidade de ampliação do número de profissionais na rede básica.
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Avaliação da satisfação dos usuários de uma Unidade Saúde da Família no município de Alfenas-MG
Autor: Sueli Leiko Takamatsu Goyatá
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Heloísa Helena Cunha Goiatá, Heli Santos de Oliveira
Instituição: Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET-MG
Em 1994, o Ministério da Saúde criou o Programa Saúde da Família (PSF) com o objetivo de reorganizar a prática de atenção à saúde da população brasileira, levando a saúde para mais perto da família. Com a finalidade de avaliar o grau de
satisfação dos usuários de uma Unidade de Saúde da Família (USF), na cidade de Alfenas, localizada no sul do Estado de
Minas Gerais, foi realizado um estudo observacional, de corte transversal, de abordagem quanti-qualitativa, cuja coleta
de dados se deu por meio de um formulário semi-estruturado. Adotando-se um erro amostral de 2%, foram entrevistadas
52 pessoas durante o período de 26 de dezembro de 2007 a 11 de janeiro de 2008. A idade média dos entrevistados foi
de 43,1 anos. Houve predominância de adultos jovens (29,9%) e do gênero feminino (76,9%). A maioria dos usuários era
constituída por pessoas de baixa renda (63,4%) e de baixo nível de escolaridade (71,2%). A consulta médica foi o principal motivo que levou os usuários a buscar por atendimento (69,2%), apresentando uma forte associação com o tempo
de atendimento e o grau de satisfação do serviço prestado (p< 0,001). Dos entrevistados, 80,9% referiram que a equipe
demonstrou atitudes de acolhimento. Tanto o acesso à USF (70,2%) como a limpeza da unidade (71,2%) e o conforto
(55,8%) foram considerados na categoria “muito bom”. Do total de entrevistados, 96,2% relataram que foram informados
e orientados sobre o seu estado de saúde e 86,5% sobre os serviços oferecidos pela unidade. A concepção de Unidade de
Saúde da Família na visão dos usuários revelou, por um lado, aspectos importantes sobre os princípios organizativos da
estratégia saúde da família e por outro, uma concepção tradicional da assistência à saúde, centrada na atenção médica
curativa. As variáveis atitudes de acolhimento da equipe; limpeza e conforto da unidade; acesso a USF; informações sobre
o estado de saúde e serviços oferecidos e o tempo de atendimento apresentaram um percentual acima de 70%, o que
pode ter influenciado positivamente no grau de satisfação dos usuários. Entretanto, acredita-se que mudanças devem
ser realizadas com vistas à melhoria da qualidade da atenção prestada, em atendimento às sugestões dos usuários em
relação à dimensão gerencial e ao processo de trabalho da equipe de saúde da família.
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Incorporação das teleconsultorias no Projeto BH-Telessaúde
Autor: Lorena Cristine Braga Pereira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Salime Hadad, Adriana Lucena, Letícia Falce, Maria Prado, Marilene Vinhal
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde
O programa BH-Telessaúde foi implantado pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte em 2004, com objetivo
de utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação e os recursos da telessaúde, para melhorar a assistência básica nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), formação continuada dos profissionais, aperfeiçoamento da capacidade de
diagnóstico pelo acesso aos especialistas da UFMG e do Centro de especialidades médicas através de teleconsultorias.
A teleconsultoria possibilita ao profissional apresentar um caso clínico on line ou off line e receber orientações quanto
ao diagnóstico, terapia, laudo, condutas gerais ou propedêuticas. O estudo objetivou conhecer a compreensão e a aceitabilidade dos profissionais médicos da SMSA-PBH em relação ao uso da teleconsultoria em três dimensões. A dimensão
individual - aspectos individuais relativos aos usuários do sistema. A dimensão organizacional - aspectos relativos à cultura e ambiente organizacional. A dimensão tecnológica - questões de estrutura, acessibilidade e usabilidade dos sistemas.
De outubro a novembro de 2007 foram realizadas 09 entrevistas com médicos de UBS que realizaram teleconsultoria,
selecionados aleatoriamente. A análise utilizou metodologia qualitativa, com análise de conteúdo. A análise apontou que
a teleconsultoria ainda não foi plenamente assimilada pelos profissionais. A offline aparece como solução por possibilitar retirada de dúvidas sem exposição demasiada do profissional, não impactando no atendimento. A teleconsultoria
aproximou a atenção primária da atenção secundária, propiciando atenção mais qualificada. Embora os profissionais
ainda não consigam comprovar o seu impacto, acreditam que tem reduzido o encaminhamento. A falta de espaço físico
e a falta de intimidade com a informática aparecem como fatores desestimuladores. Para quem já usam a tecnologia,
foi à possibilidade de organização do trabalho, para alguns um desafio e para outros uma imposição. As deficiências
tecnológicas relacionadas foram: problemas na conectividade, qualidade baixa de som, imagem e recursos para apoio
diagnóstico. Propostas foram levantadas, como integração do prontuário eletrônico com solicitação da teleconsultoria.
Apesar das barreiras culturais, organizacionais e tecnológicas a teleconsultoria foi reconhecida pela sua capacidade em
produzir benefícios para o profissional e o paciente.
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Análise da situação técnica-operacional das Secretarias Municipais de saúde de Minas Gerais
Autor: Alessandro Ribeiro Campos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maria Auxiliadora Guerra Pedroso, Vânia de Freitas Drumond
Instituição: SESMG
Este artigo tem como objetivo analisar a situação técnica-operacional das Secretarias Municipais de Saúde do estado
de Minas Gerais frente à necessidade de assumirem processos de natureza tecnológica, postos pela Portaria SAS/MS nº.
311, de 14 de maio de 2007, e confrontá-la com indicadores de despesa com saúde. Para tanto, utilizou-se como fonte
documental, os termos de declaração preenchidos e assinados pelos gestores municipais de saúde, onde é indicada
a existência ou não de capacidade tecnologia e caso negativo, os respectivos motivos. Como parâmetro foi utilizado a
referida portaria, onde fica estabelecido que cada ente federado deve assumir o processo de transmissão sistemática e
eletrônica de atualizações dos bancos de dados locais para o servidor nacional dos sistemas (SCNES, SIHD e SAI), o que
demanda necessariamente possuir equipamento de informática e acesso satisfatório e continuo à internet. No processo
de tratamento e análise dos dados, verificou-se que 44,7% dos municípios do estado, declaram não ter condições técnicooperacionais necessárias para assumir imediatamente os processos, sendo que destes, 14,9% por não terem acesso à
internet e 17,8% por não possuir equipamento. Através do mapeamento territorial das causas apontadas pelos gestores,
é possível concluir que existe, significativamente, uma relação espacial entre o gasto com a saúde e o não acesso a determinadas tecnologias de massa, como internet e computador pessoal. Esta relação ficou evidente na porção nordesteleste-sudeste da região Norte e na porção sul da região Nordeste de Minas Gerais, onde se verifica o menor gasto com
saúde por habitante/ano e a maior falta de acesso à Internet e computador. Neste sentido e considerando que a atual
discussão e produção cientÍfica sobre incorporação tecnológica tratam apenas de tecnologias médicas que impactam diretamente em custos na saúde, fica claro que existe uma necessidade de inclusão das tecnologias de massa neste âmbito
de contenda, visto que representam a possibilidade de inclusão de administrações públicas municipais no processo de
modernização gerencial, os quais, de certa forma vão interferir na eficiência da assistência à saúde.
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Informatização dos laboratórios de análises clínicas da Secretaria Municipal de Saúde de
Belo Horizonte
Autor: Maria de Lourdes Baeta Zille Gontijo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maria Lúcia Silva Faleiro, Margarita Elizabeth Lafuente Tapia
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
Como parte integrante dos Programas de Saúde Pública da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, os Laboratórios
de Análises Clínicas são importantes subsídios que confirmam, acompanham ou rejeitam diagnósticos clínicos bem como
fornecem importantes informações de contexto epidemiológico. No intuito de agilizar o trabalho realizado nos Laboratórios,
iniciou-se em 1996 o desenvolvimento do SLPC – Sistema de Laboratórios de Patologia Clínica – através de ações conjuntas
entre a PRODABEL (Empresa de Processamento de Dados da Prefeitura de Belo Horizonte) e a Secretaria Municipal de Saúde
de Belo Horizonte. Em 1998 este sistema foi implantado em um dos laboratórios como “piloto”. O sistema foi desenvolvido para
informatizar todo o trabalho, desde o cadastro do paciente com seus dados pessoais, clínicos e medicação utilizada, informações sobre o médico solicitante e Centro de Saúde correspondente, listas de trabalho com todos os exames solicitados, telas
apropriadas para digitação de resultados/laudos e observações pertinentes, interfaceamento deste com os equipamentos automatizados utilizados na realização de exames, até a impressão dos resultados. Gradativamente o SLPC foi sendo implantado
nos demais laboratórios. Naquela época, o tempo médio entre a coleta do material biológico e a devolução dos resultados dos
exames oscilava entre 05 e 25 dias. Em 2006 houve um grande investimento por parte da SMSA com importante implementação
para que fosse possível disponibilizar a impressão dos resultados dos exames (via WEB) para os Centros de Saúde. Em 2007,
a consolidação deste importante recurso de informática acontece juntamente com o avanço da implantação do Programa
de Saúde da Família (PSF) no município: coleta do material biológico feita diariamente nos 145 Centros de Saúde; o material
coletado é transportado para o Laboratório Distrital de referência; a devolução dos resultados, via WEB, se faz em torno de 5
dias. O monitoramento diário da impressão dos resultados nas unidades de saúde, uma das ferramentas oferecidas pelo SLPC
garante a agilidade necessária a uma assistência de qualidade. Neste contexto, a informatização dos Laboratórios Clínicos da
SMSA propiciou ainda mais o alcance de algumas diretrizes propostas pelo Sistema Único de Saúde de Belo Horizonte como:
vinculação, responsabilização, resolutividade e, consequentemente, melhoria na qualidade da assistência prestada.
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Risco sanitário medido: paradigma do sistema de informação em vigilância sanitária
Autor: Eduardo Camargos Couto
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), Belo Horizonte, Minas Gerais
Introdução: A principal função da Vigilância Sanitária é eliminar ou minimizar o risco sanitário envolvido na produção,
circulação e consumo de certos produtos, processos e serviços. O risco é a probabilidade da ocorrência de algum evento
adverso, que no caso da vigilância sanitária, refere-se a um dano à saúde. Objetivos: Descrever a construção de um sistema de informação cujo parâmetro seja o risco sanitário efetivamente medido.Metodologia: A Vigilância Sanitária atua
segundo a lei e precisa estabelecer o risco sanitário como o parâmetro norteador de suas ações. Para tanto, atualmente,
foi realizada uma adequação entre a ferramenta fiscal (a lei) e o instrumento de gestão (sistema de informação). Os itens
dos roteiros de vistorias correspondem fielmente aos itens do Código de Saúde (lei) e são transferidos para um banco de
dados central. Os itens de vistoria foram categorizados em: a) itens imprescindíveis que representam os maiores riscos e
que definem a liberação do Alvará Sanitário para o funcionamento do estabelecimento; b) itens necessários que representam alto grau de risco envolvido a serem trabalhados junto ao vistoriado para uma maior segurança para o exercício
da atividade; c) itens recomendáveis, com menores riscos que os anteriores; d) itens de cunho informativo que funcionam
como informações que o fiscal coleta para posterior estudo pelas áreas da Saúde interessadas. Resultados: Os itens de
cuidado necessários e recomendáveis recebem um peso para fins de cálculo do índice de conformidade com o padrão
sanitário (ICPS), que representa uma nota resultante da ponderação entre o risco sanitário envolvido na atividade e o
controle exigido. O fiscal coleta estas informações e as registra em um computador de mão que diariamente alimenta
um banco de dados central. O risco sanitário define a prioridade das vistorias, racionaliza o uso dos recursos humanos,
potencializa os resultados da ação fiscal, a partir de uma maior vigilância aos estabelecimentos e atividades com maior
risco medido. Conclusões: A qualidade dos serviços prestados, antes desconhecida e dependente da pessoa do fiscal,
passa a corresponder a um padrão de qualidade da instituição. A qualidade do serviço deixa de ser baseada em pessoas
para o ser em processo. A medida do risco e a intervenção na realidade de forma planejada para minimizá-lo tornam a
saúde da cidade mais segura.
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Pesquisas sobre telemedicina e avaliação da teleconsultoria: revisão da produção científica
Autor: Lorena Cristine Braga Pereira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Fernanda Caroline Braga Pereira, Poliane Cristina de Lima Aarão, Salime Cristina Hadad, Adriana Almeida
de Souza Lucena, Humberto Jose Alves, Letícia Siqueira Falce Neto, Marilene Vinhal Nunes, Simone Ferreira dos Santos,
Emanuelle Maria Savio de Abreu
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerias
A Telessaúde é definida como uso das tecnologias de informação e comunicação para transferência de informações de
dados e serviços clínicos administrativos e educacionais em saúde. O presente estudo tem por objetivo analisar a produção científica sobre a temática Telemedicina e avaliação da ferramenta de teleconsultoria. O estudo é do tipo exploratório
descritivo, com dados coletados por meio de biblioteca virtual de consulta na base de dados Medline. Na obtenção dos
dados foram utilizados os seguintes descritores: telemedicina, avaliação em saúde e consulta remota, no período de 1997
a 2008. A análise preliminar resultou na ocorrência de 42 trabalhos na base de dados Medline. Portanto, foram acessados
42 artigos, pertencentes a Medline, dos quais 19 estavam disponíveis na íntegra. Foram encontrados 16 artigos com relato
de experiências de telessaúde em diversos países por meio da implantação de projetos, 2 artigos sobre o panorama geral
da telemedicina e sua aplicabilidade e 1 artigo de revisão sobre o uso de recursos da telemedicina na Geriatria. Dentre
os artigos referentes a iniciativas de projetos, 8 eram norte-americanos, 6 europeus, 1 asiático e 1 pertencente ao continente Antártico. A área da telemedicina mais descrita foi a teleassistência, referida pelos cuidados básicos oferecidos
aos pacientes e o instrumento mais utilizado foi a teleconsulta, citado em 9 projetos. A teleconsultoria foi encontrada
como ferramenta de assistência em 8 projetos. Os resultados do estudo mostram que a Europa e a América do Norte
destacam-se na implantação de serviços de telemedicina. A ferramenta de teleconsultoria foi citada em mais de 50% dos
projetos, sendo necessárias maiores pesquisas para verificar a sua utilização em projetos de telemedicina e telessaúde,
uma vez que esses termos não se encontram padronizados mundialmente. A pesquisa por meio da metodologia de coleta
de dados tornou possível visualizar o panorama geral da produção cientifica sobre o tema. Entretanto, tal metodologia
restringiu os resultados obtidos, uma vez que excluiu os periódicos não indexados.
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Automedicação versus automedicação responsável
Autor: Lívia Helena Terra e Souza
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Gabrielle Machioni Pereira, Michele Viana Prado, Mirian Satie Shoji, Natalia Rafaela de Assis Costa, Heloisa
Helena Vieira Zanetti
Instituição: Universidade Federal de Alfenas
A palavra automedicação é entendida hoje, pela maioria das pessoas, independente de seu envolvimento com o assunto,
como o ato de um indivíduo tomar por conta própria medicamento que possa causar-lhe danos. Existe, no entanto, um outro
tipo de prática, reconhecida como automedicação responsável e estimulada por entidades como a Organização Mundial
da Saúde, pelos benefícios que podem trazer a população. Trata-se do direito de um indivíduo, conhecedor do sintoma que
lhe aflige e para o qual ele já tem um diagnóstico feito anteriormente por um médico, escolher um produto isento de prescrição, que conhece e do qual tem as informações necessárias. Avaliar o uso de medicamentos por conta própria, para que
campanhas de educação possam ser direcionadas apropriadamente. No projeto de pesquisa e extensão Automedicação, realizado em três escolas estaduais do município de Alfenas-MG para conscientização dos perigos da automedicação, foram
coletados dados para definir o perfil dos indivíduos que se automedicam. O projeto foi realizado em três etapas. Na primeira
etapa realizou-se a revisão bibliográfica e o projeto foi apreciado e aprovado pelo Comite de Ética e Pesquisa em Humanos
da Unifal-MG. A segunda constituí-se da apresentação de palestras devidamente ilustradas de acordo com a faixa etária de
cada criança. Aplicou-se um instrumento de medida em que as crianças estudadas recebiam um desenho para ligar pontos
e através deste foi avaliado o grau de entendimento das palestras. Na terceira fase, aplicou-se formulários aos pais, objetivando medir os índices de automedicação. Os dados foram processados utilizando os programa SB-Dados e epiInfo 6.0. Os
resultados foram divulgados por meio de gráficos e tabelas. Dos 571 pais entrevistados, 70,2% eram do gênero feminino e
que 29,8% eram do gênero masculino. 65,0% estavam fazendo uso de algum medicamento por conta própria no momento
da entrevista, 55,7% se automedicam por falta de recursos financeiros, 52,6% declaram um salário mínimo como renda. Os
analgésicos e antitérmicos foram as drogas mais utilizadas (91,6%). Com relação a lei dos genéricos, 68,0% afirmaram a não
influência da lei nas compras de medicamentos.Verificou-se a prevalência da automedicação semelhante à observada em
países desenvolvidos, sugerindo que essa prática poderia atuar como um substituto da atenção formal à saúde.
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Aspectos afetivo-sexuais entre adolescentes da rede de ensino público da cidade de Itaúna-MG
Autor: Renato Vinícius Alves Guimarães
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Michelyne Sidney Castro Faria, Régis de Oliveira Peixoto
Este estudo explorativo, quantitativo e descritivo foi realizado no período de fevereiro de 2007 à janeiro de 2008. O presente estudo propôs-se a descrever o conhecimento dos adolescentes, matriculados no 3º ano do Ensino Médio da Rede
Pública de ensino da cidade de Itaúna - MG, em relação aos métodos anticoncepcionais, especialmente aqueles voltados
para a prevenção de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. A amostra foi composta por 156 adolescentes, de
ambos os sexos sendo distribuídos eqüitativamente, com faixa etária compreendida entre 17 e 18 anos de idade. Os dados foram coletados na própria escola em que os adolescentes estudavam, com apoio de um questionário estruturado.
Os resultados da pesquisa demonstraram que o início da vida sexual foi relatado por 53,8% dos adolescentes, sendo a
média para a idade de 16,1 anos para o sexo feminino e de 14,6 anos para o sexo masculino. Foi possível delinear o posicionamento dos jovens sobre a extensão e diversidade dos parceiros; os nexos e singularidades entre vida amorosa e
vida sexual; valores quanto a fidelidade e virgindade; legitimidade e diferenças do “ficar” e o namorar, tendo iniciado a
vida sexual ou não. O estudo indicou que os adolescentes têm tanto conhecimento sobre os métodos anticoncepcionais
quanto sobre os de dupla proteção, mas isso não garante o seu uso. Assim, questões de gênero e os diversos contextos
devem ser considerados para um melhor entendimento das questões que envolvem a saúde sexual e reprodutiva dos
adolescentes bem como para a concepção de ações efetivas no âmbito das políticas públicas, pois a educação afetiva
sexual não se trata apenas de “mostrar” um método anticoncepcional, mas apresentá-lo e desenvolver um trabalho com
os adolescentes sobre o assunto de modo que os mesmos tenham realmente o conhecimento sobre a importância de se
prevenir as DST ou a gravidez não desejada.
Palavras-chaves: Adolescência, Métodos contraceptivos, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
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Avaliação da morbimortalidade por sexo da população residente na microrregião de Viçosa/MG
entre 2002 e 2006
Autor: Carolina Ferrão Huibers
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Catarina Machado Azeredo, Doralice Auxiliadora De Souza, Maria de Fátima Alves Costa Pereira
Instituição: GRS Ponte Nova
Ao avaliarmos a situação de saúde em diversas regiões, podem ser identificadas algumas alterações significativas no
perfil de morbidade, como a redução nas taxas de mortalidade infantil, das internações por condições parasitárias e
infecciosas e aumento da freqüência das doenças crônicas não transmissíveis. Outra importante tendência está relacionada à mudança dos padrões epidemiológicos referentes às causas básicas de mortalidade, prevalecendo as doenças
cardiovasculares em detrimento das infecciosas e parasitárias. A partir disso, buscou-se uma avaliação dos padrões
de adoecimento e morte da população residente na microrregião de Viçosa. Foram avaliados os dados de internação e
óbito no Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e Sistema de Informações em Mortalidade (SIM) entre 2002 e 2006, por
sexo. Os resultados mostraram que, entre o sexo masculino, a principal causa de internação hospitalar foi codificada no
Capítulo XIX da CID 10 - Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências de Causas Externas, cerca de 22% no
período, seguido do Capítulo X - Doenças do aparelho respiratório, média de 14,6%. Quanto aos óbitos do sexo masculino,
as maiores prevalências foram relacionados ao Capítulo IX - Doenças do aparelho circulatório, cerca de 25% e a segunda
causa oscilou entre os anos, porém, nos dois últimos anos foi o Capítulo X, aproximadamente 15%. Entre o sexo feminino,
excluindo as internações por Gravidez, parto e puerpério, a principal causa de internação hospitalar foi o Capítulo X, 11%
seguido do Capítulo IX, média de 10%. No que se refere aos óbitos, o Capítulo IX assume a principal causa com 28,4%,
seguido do Capítulo II - Neoplasias, cerca de 15%. A partir dos dados, pode-se concluir que não há semelhança entre as
causas de internação e de óbito tanto no sexo masculino quanto no feminino, exceto pela principal causa de óbito encontrada no período. Além da diferença entre os sexos, as causas de morbidade e mortalidade não se distribuem de forma
semelhante entre eles, com diferenças significativas entre os mesmos. Com isso, os fatores de risco devem ser abordados
de maneira diferenciada entre os gêneros. Emerge, especialmente, a necessidade de desenvolvimento de ações de promoção à saúde do homem, assim como vem ocorrendo em relação à saúde da mulher.
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Alcoolemia em vítimas fatais de acidentes de transporte em Belo Horizonte, 2006-2007
Autor: Viviane Aparecida da Silva1
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Eliane Freitas Drumond2
Instituição: 1 Estudante de Enfermagem da UNA/BH e estagiária do SIM/PBH; 2 Coordenadora do SIM/PBH
Desde o inicio da década de 1980, as causas externas representam a terceira causa de morte no Brasil e, entre essas, os
acidentes de transporte ocupam a segunda posição em ordem de freqüência. Entre as principais causas dependentes
do fator humano, destaca-se a imprudência na direção e sua associação com o uso de álcool. A probabilidade de um
individuo, sob efeito do álcool, ser vítima de acidente fatal é sete vezes maior do que de uma pessoa sóbria. O objetivo do
presente estudo foi descrever características das vítimas fatais de acidentes de transporte com alcoolemia positiva entre
residentes de BH. Estudo descritivo realizado a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) da SMSA/PBH
dos anos de 2006 e 2007. Foram selecionados óbitos de residentes em BH maiores de 15 anos de idade, com causa básica
de morte V01-V99 – acidentes de transporte, segundo a CID10 e que tivessem menção de alcoolemia positiva (Y90). Nos
anos de 2006 e 2007, foram vítimas fatais de acidentes de trânsito ocorridos no município 357 e 307, respectivamente. Entre essas vítimas fatais, 66 (18,5%) e 54 (17,9%) tiveram resultados de exame de alcoolemia post mortem positivo. Destes,
cerca de 90% das vítimas eram do sexo masculino, solteiro (70%), com idades variando de 15 a 89 anos. Em cerca de 60%
dos casos, o óbito ocorreu na via pública. Os acidentes mais comuns, nos anos de 2006 e 2007, foram os ocorridos com
veículo a motor não especificados (47 e 37%) e os atropelamentos (25 e 22%). Em 30% dos casos de atropelamento os
resultados de exame de alcoolemia post mortem foram positivos. Os resultados obtidos no presente estado evidenciam
maior envolvimento de jovens do sexo masculino em acidentes com veículos automotores e os valores de alcoolemia
dosados em cadáveres, permitem inferir que o álcool provavelmente contribuiu, em grau variável, com o evento da morte.
Tais informações podem subsidiar gestores de saúde a desenvolver ações e políticas de prevenção e controle do uso de
álcool, especialmente voltadas aos adultos jovens, evitando assim os danos sociais e à saúde. As campanhas da mídia
também desempenhariam importante papel ao criticar os estereótipos relacionados ao uso de álcool, desassociando
este uso dos conceitos virilidade, sensualidade e diversão.
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Diferenças nos parâmetros oms e curva de peso adaptada para classificação nutricional de crianças
de 0 a 13 anos e sua repercussão social no combate a desnutrição infantil
Autor: Júnea Regina Pires Drews
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Danielle Canabrava Lopes*, Eloi Junio Melo*, Leandro Martinho Tarabal*, Maria Christiane Staino Ferrara*,
Natalia Soares de Figueiredo*, Maria Cristina Santiago, Eric Liberato Gregorio
Instituição: Discentes* e Orientadores do Curso de Nutricao do Centro Universitario UNA. Belo Horizonte – MG
Várias são as classificações antropométricas sugeridas para analisar o estado nutricional dos indivíduos. Em 2006, o
Comitê OMS/CGPAN – Ministério da Saúde (MS) criou novos parâmetros de curvas de desenvolvimento infantil NCHS
para classificação nutricional de crianças e adolescentes de 0 a 18 anos. A UBS Vale do Jatobá, Regional Barreiro, Belo
Horizonte - MG, utilizou, para a classificação nutricional das crianças atendidas pela unidade, uma tabela de desenvolvimento infantil adaptada pela Fundação Oswaldo Cruz – Escola Nacional de Saúde Pública, Escola Germano Sinval Faria
- Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde, aqui denominada “tabela adaptada”. A construção
desta tabela teve como referencial as curvas estabelecidas NCHS, contemplando as faixas de classificação nutricional
em desnutrição acentuada, desnutrição leve, eutrofia e sobrepeso. A UBS Independência, da mesma regional, utilizou o
parâmetro NCHS. O objetivo foi avaliar a eficácia das tabelas selecionadas e utilizadas pelas UBSs com enfoque na desnutrição infantil. Foram utilizados como métodos de avaliação antropométrica peso, altura, idade e sexo de 211 crianças
registradas nas UBS’s Vale do Jatobá e Independência. O estado nutricional foi avaliado de acordo com as Curvas da
NCHS/OMS 2006 e a partir da tabela adaptada. Ao serem avaliadas as crianças de 0 a 13 anos atendidas, verificou-se que
a tabela adaptada mascarou parte da desnutrição infantil encontrada nas chamadas nutricionais, quando comparada
aos parâmetros OMS. Conclui-se que a adoção da tabela adaptada provoca a exclusão de parte das crianças avaliadas
como desnutridas graves pelo MS e que poderiam ser inseridas no Programa de Combate à Desnutrição Infantil. Faz-se
necessária a padronização dos parâmetros de avaliação antropométrica de criança como forma de desmascarar a desnutrição infantil.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Instrumento para acompanhamento da atualização do censo BH social, Pampulha, 2007-2008
Autor: Soraya Cássia Ferreira Dias
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Rita Sibele de Souza Esteves, Silvânia Beatriz de Souza, Maria Helena de Mattos Almeida, Maria Isabel Barbosa
Mendes, Alberto Kazuo Fuzikawa, Patrícia Maria Wakhaizer Segolin, Shirley Lima Tronbin, Kim Gabriel Velloso França
Instituição: Prefeitura Municipal de Belo Horizonte-MG/Secretaria Municipal de Saúde/Secretaria Municipal de Administração
Regional da Pampulha/Gerência de Regulação, Epidemiologia e Informação
O Censo BH Social é uma base de dados integrada, contendo cadastro de famílias (ficha A do Sistema de Informação de
Atenção Básica-SIAB), cadastro do cartão SUS e informações para a política social de Belo Horizonte. O Agente Comunitário
de Saúde (ACS) informa os dados dos residentes na micro-área para digitação e atualização no sistema. Em 2001 e 2002 aproximadamente 449 mil famílias foram cadastradas no município. Estes dados devem ser atualizados através de um processo
dinâmico e contínuo. O sistema permite emissão de relatórios, acessados, on-line, através da intranet da Secretaria Municipal
de Saúde. Os relatórios são utilizados pela equipe de saúde para planejamento e implementação de ações de vigilância à saúde. O objetivo do estudo é o acompanhamento da atualização do cadastro do Censo BH Social. O ACS identifica os endereços
da micro-área e informa à equipe de saúde sobre mudanças ocorridas no terrirório. Os dados são digitados e atualizados
no sistema pelos estagiários de nível médio das unidades de saúde (UBS). A estagiária de nível superior do distrito sanitário
capacita os estagiários, acompanha e apoia o processo de atualização. Com o objetivo de facilitar este acompanhamento,
elaborou-se um instrumento para consolidar estas informações. Os formulários de famílias (novos cadastros), de indivíduos
a serem incluídos ou aqueles que apresentavam dados inconsistentes, documentos digitados e relatórios emitidos foram
arquivados separadamente. A metodologia utilizada propiciou a identificação de situações que dificultavam o processo de
atualização do Censo BH Social e definição de medidas para minimizá-los. Foram realizadas 63 visitas aos centros de saúde
no período de 27/08/2007 a 11/06/2008 utilizando-se o instrumento elaborado. Em 14 visitas (22%) foi realizada capacitação
dos estagiários e em 49 (78%), o acompanhamento das atualizações do Censo. As principais atividades desenvolvidas foram:
organização dos cadastros, acompanhamento da digitação, orientação sobre a inativação de usuários através da listagem de
óbitos e da inclusão através da listagem de nascidos vivos, infra-estrutura e recursos humanos disponíveis na UBS, impressão
de relatórios, atualização dos dados e orientação à supervisão de enfermagem quanto ao acompanhamento dos ACS. A utilização do instrumento facilitou e tornou mais efetivo o acompanhamento da atualização do cadastro.
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Utilização do sistema de informações sobre mortalidade para atualização do cadastro nacional de
usuários, Pampulha, 2002-2007
Autor: Soraya Cássia Ferreira Dias
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Rita Sibele de Souza Esteves, Silvânia Beatriz de Souza, Maria Helena de Mattos Almeida, Maria Isabel Barbosa Mendes, Alberto Kazuo Fuzikawa, Patrícia Maria Wakhaizer Segolin, Shirley Lima Tronbin, Kim Gabriel Velloso França,
Daniel Hahn
Instituição: Prefeitura Municipal de Belo Horizonte-MG/Secretaria Municipal de Saúde/Secretaria Municipal de Administração
Regional da Pampulha/Gerência de Regulação, Epidemiologia e Informação
O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) associado ao sistema de complemento de endereços permite a identificação
do usuário relacionando-o ao espaço geográfico e vinculando-o ao gestor sanitário responsável pela área. O Cadastro Nacional de
Saúde é um importante instrumento para gestão dos sistemas de saúde. As informações disponíveis no Cadastro propiciam o planejamento e implementação de ações de vigilância à saúde. O objetivo deste estudo é a implementação da vigilância à saúde através
da atualização do Cadastro Nacional de Usuários, utilizando como instrumento, uma listagem elaborada a partir do SIM associado
ao sistema de complemento de endereços. Durante as visitas domiciliares, o agente comunitário de saúde (ACS), responsável por
uma microárea, solicitava informações sobre os óbitos ocorridos na família. Como alguns familiares não conseguiam informar o
número da declaração de óbito (DO), o cadastro não era atualizado ou a inativação do usuário era informada incorretamente. A
partir de 2007, utilizou-se como instrumento para atualização, uma listagem elaborada a partir do SIM associado ao sistema de
complemento de endereços. Os estagiários de nível médio das unidades básicas de saúde, capacitados pela estagiária, acadêmica
de enfermagem, utilizavam a listagem para as atualizações necessárias no Cadastro. Uma planilha foi elaborada para que o ACS
informasse óbitos que não constassem na listagem do SIM. Não houve nenhum caso nesta situação. O relatório do Cadastro contendo dados sobre a família, informações sobre cartão SUS e doenças referidas foi encaminhado para o ACS e enfermeiro da área
de residência. Isto possibilitou o planejamento da assistência para atendimentos individuais ou coletivos e a realização de ações de
vigilância à saúde. Com a utilização do relatório do SIM foi realizada a inativação de usuários por óbito (2002 a 2007). O relatório
do Cadastro tem sido utilizado por profissionais de 19 equipes de saúde da família (79,2 %) para planejamento e realização de
atividades de vigilância à saúde. Concluímos que a utilização da listagem do SIM facilitou e agilizou a atualização dos dados e que
o relatório do Cadastro tem sido utilizado pelas equipes de saúde para planejar, organizar e realizar ações de vigilância à saúde.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Perfil dos pacientes renais crônicos do Centro de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte
Autor: Raquel de Oliveira Barbosa
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Celina de Faria Rezende, Cassiano Coelho Amaral, Marcelo de Souza Tavares, Maria Goretti Moreira Guimãrães
Penido, Fabrício Augusto Marques Babrosa, Milton Soares Campos Neto, Gustavo Mario Capanema Silva
Instituição: Centro de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte – Minas Gerais
Introdução: A Doença Renal Crônica Terminal é fatal e o paciente deve ser submetido à Diálise ou a Transplante Renal
para sobrevivência. A cada ano, 21.000 brasileiros iniciam tratamento dialítico e 2.700 fazem transplante renal. O Centro
de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte tem 450 pacientes em tratamento dialítico. Objetivos: Descrever o perfil socioeconômico dos pacientes deste centro, visualizar a população assistida e direcionar as intervenções. Método:
Entrevista semi-estruturada realizada pelas Assistentes Sociais com os pacientes que realizavam diálise, entre agosto e
dezembro de 2007. Resultados: Eram 56% homens; 40% casados. Idade: 56% de 26 a 55, 20% de 56 a 65, 20% acima de 66
anos. 7% eram analfabetos, 4% analfabetos funcionais, 37% concluíram 4ª série do ensino fundamental, 26% concluíram
8ª série, 21% tinham 2º grau incompleto/completo, 5% 3º grau incompleto/completo. Religião: 62% católicos, 23% evangélicos e 15% outros, 83% não eram tabagistas ou etilistas e 74% relataram não realizar atividade física. 95% tinham suporte
familiar; 17% estavam há menos de 1 ano em diálise, 42% de 1 a 5, 24% de 5 a 10, 17% mais de 10 anos. 95% residiam na
grande BH; 80% tinham casa própria. 58% eram aposentados, 6% recebiam auxilio doença, 8% aguardavam auxilio doença ou perícia médica, 5% pensionistas, 8% trabalhavam formal ou informalmente, 15% desempregados sem renda fixa;
84% utilizavam o SUS. Renda per capita: 1% sem renda, 20% < ½ salário mínimo, 37% ½ a 1 salário mínimo, 30% de 1 a 2
salários mínimos, 7% de 2 a 3 salários mínimos, 5% > 3 salários mínimos. Conclusão: O perfil do paciente no referido Centro seria: homem, casado, entre 26 a 55 anos, com a 4ª série do ensino fundamental, católico, sem vícios, sem atividade
física regular, em tratamento de 1 a 5 anos e com apoio familiar. Utiliza o SUS, reside na grande BH, possui casa própria,
aposentado e a renda per capita é de ½ a 2 salários mínimos.
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Estudo sobre a monitorização das doenças diarréicas agudas – MDDA, Viçosa-MG
Autor: Cristiane Magalhães de Melo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Fonseca, Talita da Conceição de Oliveira
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura Municipal de Viçosa – Viçosa/MG
A doença diarréica aguda (DDA) é uma causa importante de mortalidade no país, estando relacionada a precárias condições de vida e em conseqüência principalmente da falta de saneamento básico. A Monitorização das Doenças Diarréicas
Agudas (MDDA) é uma importante ferramenta para o acompanhamento e avaliação do comportamento das diarréias.
Em 2004 o município de Viçosa MG, iniciou a MDDA. Para tanto, foram eleitas as 03 Unidades de Saúde da Família (USF)
do município para a notificação dos casos. Em 2005, com a ampliação da rede de atenção básica, o número de unidades
sentinelas passou de 03 para 15 sendo 13 USF e os 02 hospitais do município. O principal objetivo deste estudo foi avaliar
a operacionalização da MDDA no município de Viçosa, MG e a sua contribuição para detecção e prevenção de surtos.
Foram analisadas todas as notificações de DDAs encaminhadas pelas unidades sentinelas (USF e hospitais), no ano de
2007 ao Serviço de Vigilância Epidemiológica municipal. No ano de estudo, o número absoluto de casos notificados no
município foi 801, sendo que o maior número de casos notificados por semana epidemiológica (52), ocorreu na semana
de número 16, devido a um surto de Doença Transmitida por Alimentos, entre estudantes de uma instituição de ensino
superior do município. Quanto ao comportamento das DDA, não foi possível observar sazonalidade no ano estudado. A
maior incidência de casos ocorreu na faixa etária de 01 a 04 anos (30,96%), seguido da faixa 20 a 29 (12,35%) e 10 a 19
(11,23%). O plano de tratamento mais utilizado foi o A (53,30%), seguido do C (22,59%). A freqüência de unidades que
notificaram positiva ou negativamente foi de 87,05% e a freqüência de unidades silenciosas foi de 12,95%. O grande número de unidades silenciosas coloca em questão a confiabilidade dos dados, uma vez que, a redução do número de casos
notificados de DDAs pode estar relacionado tanto com a redução real do número de casos, quanto à falta de notificação
por parte das unidades sentinelas, levando ao mascaramento dos dados. A coleta e acompanhamento regular dos dados
pelas unidades sentinelas, bem como a integralização com o Serviço de Vigilância Epidemiológica são de extrema importância para o conhecimento do comportamento das DDAs e os motivos de sua ocorrência, a fim de produzir resultados
confiáveis que servirão de base para as ações a nível municipal.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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O sistema de informações sobre nascidos vivos - SINASC como instrumento de avaliação da qualidade
da assistência pré-natal e ao parto em Viçosa-MG
Autor: Cristiane Magalhães de Melo
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura Municipal de Viçosa – Viçosa/MG
O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade da assistência ao pré-natal e ao parto em residentes ViçosaMG, a partir dos dados gerados pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC. O SINASC registra os nascimentos ocorridos no município, através da Declaração de Nascido Vivo e a análise desses dados gera informações que
contribuem para avaliação da qualidade da assistência pré-natal oferecida. Para realização deste estudo, foram coletados
dados do período de 2001 a 2006, que foram posteriormente analisados utilizando-se o Tabwin versão 3.2. A partir da
análise dos dados verificou-se, em 2006, um incremento da ocorrência de nascidos de baixo peso em relação aos anos
anteriores. Em 2006 o percentual de crianças nascidas com menos de a 2500 g foi igual a 8,12%. Este percentual apresenta-se alto, visto que o valor esperado em países desenvolvidos está entre 5 e 6%. Com relação á faixa etária da mãe, ao
longo dos anos tem-se observado a concentração dos partos realizados em mulheres entre 20 e 34 anos e uma queda no
número de partos em menores de 19 anos, isto foi observado, também, em 2006. Quanto à distribuição dos tipos de parto,
embora seja preconizado que o parto cirúrgico deve representar no máximo 30% do total de partos, em Viçosa, este valor
apresenta-se muito elevado (59,7%). Sobre à assistência ao pré-natal, houve uma queda no número absoluto e percentual
das consultas de pré-natal oferecidas entre os anos de 2001 e 2004 e uma elevação percentual nos anos de 2005 e 2006.
Em 2004, registrou-se o menor percentual de mulheres atendidas com pelo menos 4 consultas de pré-natal (70,5%). Em
2006, esse percentual elevou-se para 87,9%. Mulheres atendidas com 7 ou mais consultas representaram 40,18% do total
de partos em 2006, contra apenas 29,30% em 2004. Embora verifica-se o aumento do número de consultas de pré-natal
em 2006, a qualidade da assistência ainda não atende o que é preconizado pelo Programa de Humanização do Pré-Natal
e Nascimento (PHPN – MS), que define que toda gestante deve ser acompanhada por, no mínimo seis consultas de prénatal, além de uma consulta no puerpério. A assistência de qualidade ao pré-natal e ao parto é um direito da mãe e do
bebê que contribuem para a garantia da saúde tanto da gestante quanto do recém nascido e contribui diretamente para
a redução das taxas de mortalidade infantil e materna por causas evitáveis.
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O impacto do cuidado na qualidade de vida em cuidadores de idosos atendidos no Centro de Referência
do Idoso
Autor: Simone Abrantes Cândido
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Bruno Emanuel Carvalho Oliveira, Natália Nascimento Barros, Silas Tadeu De Oliveira Tavares, Fausto Aloísio
Pedrosa Pimenta, Edgar Nunes de Moraes
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte – Minas Gerais
Qualidade de vida é um conceito novo na área de saúde e existem controvérsias na aplicação da prática clínica. No
Brasil, trabalhos realizados com cuidadores de idosos indicam a necessidade de maiores estudos. Este estudo, descritivo
transversal, tem como objetivo descrever e verificar o impacto do cuidado na qualidade de vida daqueles que cuidam dos
idosos atendidos no Centro de Referência do Idoso, através do questionário Short-form Health Survey – SF-36. O estudo
constou de uma entrevista com aplicação do SF-36, abordando dados demográficos, socioeconômicos e obtenção das
principais características clínicas dos idosos. Foram incluídos 59 cuidadores com idade média de 48 anos, sendo 90% do
sexo feminino. A amostra de idosos tinha faixa etária média de 80 anos, com 67,8% do sexo feminino, sendo que 62,1%
apresentavam um diagnóstico de demência. As melhores pontuações para os cuidadores foram obtidas nas seguintes
dimensões: capacidade funcional (77,6), aspectos sociais (71,3) e saúde mental (68,8). As mais baixas foram em dor
(54,4), aspectos emocionais (57,7), estado geral de saúde (58,5), vitalidade (60,9) e aspectos físicos (64,1). Não se encontraram associações significativas entre as dimensões do SF-36 estudadas e os dados clínicos dos idosos. O SF-36 foi um
instrumento relevante para avaliar a qualidade de vida de cuidadores de idosos, possibilitando caracterizar a população
estudada em relação aos comprometimentos nas dimensões analisadas.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Descrição do comportamento alimentar e condições higiênicas da comunidade de Moinhos-GO
Autor: Patricia de Souza Kanno
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Patrícia de Souza Kanno; Alessandra S. Barbosa; Iria Silvana Prado; Maira Alves Meireles; Amanda Emanuela
S. De Melo Franco; Hellen Alencar; Janaína Martins Leite
Instituição: Faculdade JK
Comportamento alimentar é o procedimento relacionado às práticas alimentares associados a atributos sociais, econômicos, ambientais e culturais. Assim, conhecer todos os aspectos que relacionam a alimentação e procedimentos de higiene
pessoal e familiar podem auxiliar na eficácia da qualidade de vida da população Com isso, o presente estudo teve como
objetivo conhecer os comportamentos alimentares e as condições higiênicas da população de Moinhos (GO). Para tanto
a amostra foi composta por 50 indivíduos com idade média de 46 anos, sendo 67% do sexo feminino. Para a análise do
comportamento alimentar foi utilizado o recordatório 24 horas, o qual foi extraído a ingestão calórica e sua qualidade.
Já para a análise das condições higiênicas foi utilizado um questionário que consistiu em 13 frases relacionadas a condições de higiene pessoa e coletiva as quais foram atribuídas nota de 1 a 5 onde 1 foi considerado nunca e 5 diariamente
em relação ao quantitativo de freqüência utilizado na residência. Os resultados dos recordatórios identificaram uma
inadequação maciça de quase todos os micronutrientes (Vitaminas A, D, C, Ferro, Selênio e Magnésio) e ainda um alto
consumo de Zinco. Os dados sugerem riscos para aquisições de doenças ou desajustes orgânicos, tais como, anemia,
disfunções ósseas, baixa imunidade, dentre vários. Já o alto consumo de Zinco, sugere riscos de toxidade orgânica. Em
relação à análise sobre freqüência de hábitos de higiene, os dados demonstraram uma baixa freqüência na higienização
das mãos e de alguns alimentos antes das refeições, o que demonstra alta precariedade com relação à higiene pessoal.
Foi observado também que o lixo, tanto orgânico quanto inorgânico, são queimados entre os limites do loteamento, o
que aumentam os riscos de doenças infecto-contagiosas e parasitárias para esta população. Contudo observa-se que os
comportamentos alimentares são inadequados levando em consideração a deficiência do consumo de alimentos ricos
em vitaminas e minerais. E ainda, percebeu-se a necessidade de orientação higiênica, visto as baixas freqüências encontradas em relação às práticas de higiene.
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Projeto de interiorização
Autor: Andre Fernandes dos Santos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Ruth Borges Dias, Artur Mendes
Instituição: AMMFC
O projeto de interiorização é uma das prioridades da Associação Mineira de Medicina de Família e Comunidade (AMMFC).
A importância do projeto deve-se à grande extensão territorial do Estado de MG com implantação da Estratégia de Saúde da
Família (ESF) em 832 municípios divididos em 13 macrorregiões e 75 microrregiões, e cobertura aproximada de 67% da população do estado, totalizando quase quatro mil equipes. O objetivo deste projeto é conhecer a ESF em Minas, reforçando os
laços entre as regiões e dos trabalhadores com a AMMFC através da educação continuada focada na realidade local. O projeto
consta de quatro etapas para sua implementação. Após o contato inicial nas cidades e microrregiões do Estado (1° etapa),
são realizadas visitas oficiais para conhecimento e proposta de parceria (2° etapa). A seguir, com o apoio das Secretarias Municipais de Saúde e dos órgãos estaduais (Secretaria Estadual de Saúde, Associação Médica, Conselho Regional de Medicina
e Sindicato dos Médicos) é realizado simpósio de conhecimento e debate da ESF da microrregião (3° etapa). A 4° etapa é a
consolidação e estímulo à autonomia do núcleo com a realização de reuniões como as do GESF (Grupo de Estudos em Saúde
da Família), grupo de discussão entre profissionais de Atenção Primária a Saúde (APS) que acontece em Belo Horizonte há
quase dois anos. Etapa 1: Entre os contatos já estabelecidos, dez cidades aguardam a primeira visita. Etapa 2: Foram realizadas
visitas iniciais nas cidades de Janaúba, Pirapora, Juiz de Fora, Barbacena, Bambuí, Monte Santo de Minas e Araxá. Etapa 3: Em
alguns locais já foram realizadas jornadas médicas em 2007 e planejados retornos para novos eventos. Etapa 4: Alguns núcleos
já seguem com atividades de forma independente. Na manhã de 26/01/2008 aconteceu um GESF em Santa Bárbara com o tema:
Abordagem Familiar, seguido de discussão dos profissionais da ESF. Em 23/02/2008 foi realizado o GESF em Catas Altas, com
o tema: Atenção Domiciliar. O GESF seguinte aconteceu em Barão de Cocais em 12/04/2008 com o tema: Pesquisa na Saúde da
Família. O mais importante deste projeto tem sido exatamente conhecer a ESF, ampliando o olhar para as particularidades de
cada região do Estado. O contato com os trabalhadores tem contribuído para reduzir a sensação de solidão na qual as equipes
muitas vezes se encontram, além de reforçar o papel da AMMFC como representante dos médicos participantes. Contudo,
torna-se necessário articular esta estratégia com outras, de educação permanente movidas por outras entidades, além de
construir mecanismos mais eficientes de comunicação inter e intra-regional para que este laço não se desfaça.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Principais causas de mortalidade em neonatal no Brasil no período de 1990 a 2008: uma revisão
bibliográfica
Autor: Ana Carolina Soares de Faria Lemos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Joel Alves Lamounier; Alexandra Dias Moreira; Vanessa Calazans Viana
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
Um bom indicador da qualidade de vida de uma população é o coeficiente de mortalidade infantil. Quanto mais desenvolvido for o país maior é o peso do componente neonatal sobre a mortalidade infantil, pois as condições sócio-ambientais fazem com que a mortalidade pós-neonatal se reduza. A mortalidade infantil é determinada pelas mortes ocorridas
no primeiro ano de vida, sendo dividida em mortalidade neonatal e pós-neonatal. No Brasil, a partir da década de 90, os
óbitos neonatais passaram a ser a principal causa de mortalidade no primeiro ano de vida, em função das intervenções
globais que favoreceram o decréscimo da mortalidade pós-neonatal e da maior complexidade dos fatores biológicos,
socioeconômicos e assistenciais determinantes da mortalidade nos primeiros dias de vida. Este estudo tem como objetivo
realizar consulta à literatura científica analisando publicações referentes às causas de mortalidade em neonatal no Brasil,
no período de 1990 a 2008. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica dos últimos 20 anos. As informações foram
coletadas a partir de artigos publicados em revistas científicas. A maioria dos artigos foi identificada a partir das bases de
dados Pubmed e Scielo, usando as palavras-chave mortalidade infantil, mortalidade neonatal e Brasil. Os estudos mostraram que as causas da mortalidade neonatal estão normalmente relacionadas a problemas congênitos, a fatores da saúde
materna e a complicações durante a gestação e parto. No Brasil, ao contrário do que ocorre em países desenvolvidos,
as complicações que ocorrem durante a gestação e parto são as que representam as maiores causas de morte entre os
neonatos, sendo responsáveis por, aproximadamente, 80% das mortes neonatais e 50% da mortalidade infantil. Conclui-se
que redução da mortalidade neonatal requer medidas como: identificar gestações de alto risco; melhorar a qualidade de
atendimento ao parto e dar o suporte adequado aos recém nascidos patológicos. Reduzir as mortes no período neonatal
é um desafio que precisa ser enfrentado pela equipe de saúde através de ações preventivas e de qualidade na assistência
a gestante e ao recém nascido.
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Evolução do coeficiente de mortalidade infantil e suas causas básicas na microrregião de Viçosa/MG,
no período de 2004 a 2006
Autor: Carolina Ferrão Huibers
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Catarina Machado Azeredo, Doralice Auxiliadora de Souza, Maria de Fátima Alves Costa Pereira
Instituição: GRS Ponte Nova
A mortalidade infantil é um dos principais indicadores de saúde de uma população, útil também para avaliar a qualidade
dos serviços. Em diversos países, a redução dos óbitos em menores de um ano configurou-se como uma das principais
metas na área da saúde das últimas décadas. Além do valor do coeficiente encontrado, é importante avaliar a mortalidade quanto às causas básicas, pois, têm-se observado um aumento das infecções perinatais e declínio das doenças
infecciosas. Objetivou-se conhecer a evolução do Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) e suas causas básicas como
forma de avaliar o nível de saúde da população da microrregião de Viçosa. Para isso, foram coletados dados dos óbitos
de menores de 1 ano, residentes na microrregião de Viçosa/MG ocorridos no município pólo entre 2004 e 2006. Para o
cálculo do CMI, utilizou-se também os dados sobre os nascidos vivos no mesmo período do Sistema de Informações sobre
Nascidos Vivos (SINASC). Para avaliação das Causas Básicas, foi utilizada a codificação da CID10. Ao longo dos anos o
CMI da microrregião de Viçosa tem oscilado entre os anos estudados 15,9 em 2004, 16,3 em 2006 e 12,6 em 2007 sendo
que os valores absolutos variam entre 28, 25 e 19, respectivamente, porém com uma redução do número de nascidos
vivos. Em relação às causas básicas de óbito, Afecções Originadas no período Perinatal, Capítulo 16 têm se mantido como
a principal causa, 85,7% em 2004, 48% em 2006 e 68% em 2007. Em 2007, observou-se que 21% das causas básicas foram
relacionadas às Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas (Capítulo17). Conclui-se a partir
das observações que o coeficiente de mortalidade infantil se manteve inalterado durante o período avaliado, porém, há
comprovação da redução dos óbitos em números absolutos. Em relação às causas básicas de óbito, os comitês de prevenção de óbito infantil têm um papel fundamental em sua redução, principalmente naqueles com causas evitáveis. Por
essa razão, deve-se fortalecer a implementação dos mesmos nos municípios, além das ações que promovam a melhoria
da qualidade da atenção primária à saúde.
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Análise de óbitos perinatais no Distrito Sanitário Barreiro, Belo Horizonte
Autor: João Paulo Solar Vasconcelos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Sônia Lansky, Maria da Conceição Juste Werneck Côrtes, Edna Maria Rezende, Eunice Francisca Martins,
Lívia de Souza Pancrácio de Errico
Instituição: Faculdade de Medicina da UFMG. Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Escola de Enfermagem
da UFMG
A mortalidade perinatal é indicador sensível da qualidade da assistência à gestante e ao recém-nascido. A investigação
destes óbitos e o seu monitoramento vêm sendo realizados pelo Comitê de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal (CPOIF) de
Belo Horizonte. Neste trabalho realizou-se a revisão de todas as investigações dos óbitos perinatais e da classificação de
evitabilidade de acordo com os critérios de Wigglesworth dos 59 óbitos perinatais do Distrito Sanitário Barreiro (DISAB) da
cidade de Belo Horizonte no período de 2003 a 2005 e que atendiam aos critérios de investigação do CPOIF: todos os óbitos
fetais e de menores de um ano, exceto aqueles com malformações congênitas graves e peso ao nascer menor que 1500g.
Desses, 57 (96,7%) tiveram a investigação concluída até a data deste trabalho, e constituíram o grupo amostral. A análise foi
feita segundo componente do óbito perinatal, peso ao nascer e classificação de evitabilidade com cálculo dos coeficientes
de mortalidade perinatal. Entre 2003 a 2005 788 óbitos de residentes em Belo Horizonte foram investigados pelo CPOIF, sendo
136 (17,3%)óbitos neonatais precoces e 357 (45,3%) óbitos fetais, contabilizando 493 (62,6%) óbitos perinatais. Do total de
103 óbitos investigados no DISAB, 19 (18,4%) foram óbitos neonatais precoces e 40 (38,8%) óbitos fetais, contabilizando 59
(57,3%) óbitos perinatais. O DISAB foi responsável por 13,1% do total de óbitos investigados da cidade durante o período estudado e 11,9% do total de investigações de óbitos perinatais. Dos 57 óbitos perinatais com investigação concluída 32 (56,1%)
foram classificados no grupo de causas anteparto, 18 (31,6%) no grupo de causas intraparto, 4 (7%) no grupo de causas
relacionadas à imaturidade e 3 (5,3%) no grupo de outras causas específicas. Da totalidade dos óbitos por causas do grupo
anteparto, 13 (40,6%), tinham peso ao nascer acima de 2500g, assim como 12 (66,7%) dos 18 óbitos classificados no grupo
intraparto. O coeficiente de mortalidade perinatal de Belo Horizonte e do DISAB foi 12,8 e 22,8 por mil, respectivamente. A
comparação das taxas de mortalidade associada à investigação dos óbitos no DISAB demonstrou a existência de problemas
na atenção pré-natal, no atendimento obstétrico e no atendimento do recém-nascido nos serviços de saúde da região, apontando a necessidade de intervenções específicas.
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O nascer e o morrer no Distrito Sanitário Nordeste- Belo Horizonte: um enfoque na questão étnica
Autor: Luciano Eloi Santos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Izabel Pinheiro Pinto, Rejane Ferreira dos Reis
A pobreza no Brasil tem raça/cor, sexo e etnia. A discriminação racial independente de outros fatores contribui para
aumentar as desigualdades. Os indivíduos de etnia negra ocupam lugares desiguais nas redes sociais e trazem consigo
experiências também desiguais ao nascer, viver, adoecer e morrer. O objetivo desse trabalho é analisar dados de natalidade e mortalidade referentes à população residente no Distrito Sanitário Nordeste (DISANE), extraídos do Sistema de
Informação de Mortalidade (SIM) e Sistema de Nascidos Vivos (SINASC), com enfoque na questão étnica visando analisar
a existência de diferença entre brancos e negros em relação às variáveis contidas nestes bancos de dados, transformando estes dados em informações que possam ser úteis na formulação de políticas públicas de saúde que diminuam as
iniquidades em saúde. Trata-se de um estudo descritivo cujo cenário é o Distrito Sanitário Nordeste (DISANE), em Belo
Horizonte. Os dados populacionais foram obtidos do Censo Demográfico Brasileiro, 2000 (IBGE). As fontes de dados Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) dos anos 2000 a 2005.
Em relação à mortalidade infantil, assumindo que a probabilidade de não informação de uma dada categoria de raça/
cor não difere das demais, estimou-se a taxa de mortalidade infantil (TMI) a partir da distribuição dos óbitos e nascidos
vivos com raça/cor não informada proporcionalmente aos respectivos números de óbitos e de TMI proporcionalmente
modificada. Mas, as crianças negras apresentam comparativamente mais elevada TMI proporcionalmente modificada.
Para todo o município de Belo Horizonte as taxas foram iguais a 14,07/1000 nascidos vivos brancos e 15,08 /1000 nascidos
vivos negros. O DISANE apresentou taxas iguais a 14,38 e 16,. 77 para brancos e negros, respectivamente. Conclusão:
Apesar das dificuldades inerentes à classificação quanto à raça/cor, os resultados desta análise demonstram haver uma
diferença no padrão de nascimentos e óbitos entre os negros e os brancos em Belo Horizonte e no DISANE, havendo um
contingente maior para os negros. Torna-se necessária a realização de outros estudos, com cruzamento de outras variáveis para o aprofundamento desta análise. Ainda assim faz refletir sobre a complexidade da questão étnica e sua relação
com a saúde e impulsiona a Secretaria Municipal de Saúde a novos movimentos, sobretudo a construção de parcerias
intersetoriais, na busca da equidade e da justiça social.
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Estágio extra – curricular no núcleo de epidemiologia do Hospital das Clínicas/UFMG
Autor: Divane Leite Matos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Divane Leite Matos, Jose Adelmo Dias Machado, Cristiane Amorim Andrade
Instituição: Núcleo de Epidemiologia do Hospital das Clínicas/UFMG – Belo Horizonte/Minas Gerais
O Hospital das Clínicas/UFMG (HC) é um hospital universitário, público e geral que realiza atividades de ensino, pesquisa
e assistência. A partir de 2007, como integrante do Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar, todo o trabalho de busca ativa de casos passou a ser realizado por estagiários voluntários (medicina e enfermagem).
O estágio objetiva proporcionar ao aluno conhecimento e instrumento para que o mesmo possa investigar e preencher as
fichas de notificação dos casos de doenças de notificação compulsória (DNC), pesquisar prontuários para investigação
dos casos e realizar relatório dos casos investigados. E também, realizar ações de vigilância epidemiológica das DNC e
outros agravos. No programa didático pedagógico do estágio são incluídos: treinamento introdutório, formação continuada com grupos de discussão dos casos investigados, integração com a área assistencial e trabalho final com a realização
de um protocolo de alguma DNC. O estágio tem duração mínima de 06 meses e estudantes são supervisionados e orientados na execução de suas atividades. Cerca de 20 alunos passaram por este estágio e foram elaborados e apresentados,
15 protocolos de DNC. Neste período houve um aumento no número de notificações de DNC e, consequentemente uma
melhoria na qualidade da investigação e preenchimento das fichas de notificação/investigação. Na avaliação dos alunos,
este estágio proporciona a oportunidade de realizar atividades de saúde pública no âmbito hospitalar, oferecendo a
oportunidade de vivenciar na prática a teoria.
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Apnéia do sono em adultos: prevalência e fatores associados. Contribuição para discussão de
avaliação obrigatória de distúrbios do sono em motoristas profissionais
Autor: Silvio Musman
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Sandhi M. Barreto, Valéria M. A. Passos, Izabella B. R. Silva
Instituição: Grupo de Pesquisa Germinal, Faculdade de Medicina, UFMG
A resolução 267 do Conselho Nacional de Trânsito exige avaliação de distúrbios do sono, inclusive apnéia do sono, para
motoristas das categorias C, D e E. Os distúrbios respiratórios do sono, em especial a apnéia do sono (AS), cursam com
sonolência excessiva e déficits neurocognitivos, associando-se a risco aumentado para acidentes automobilísticos. Sua
prevalência varia de 2 a 4% na população adulta geral, chegando a 50% em população clínica. A polissonografia é considerada como método padrão ouro para seu diagnóstico, porém é pouco acessível. Realizamos estudo transversal, tendo
objetivo de descrever a prevalência e características sócio-demográficas e clínicas em pacientes com diagnóstico de
apnéia do sono. Em um ano, 323 pacientes realizaram polissonografia e responderam a questionário com dados sóciodemográficos e hábitos de sono, sendo medidos peso, altura, circunferência do pescoço, pressão arterial e saturação
da oxihemoglobina. O diagnóstico foi definido por um índice de apnéia/hipopnéia >5eventos/hora pela polissonografia.
Análise estatística foi feita com o Stata 9.2. A freqüência de apnéia do sono foi de 71%(n=230), sendo maior em homens
(81,15% vs. 56,82%) (p=0,001) e mostrando associação positiva com circunferência do pescoço (p=0,001), IMC (p=0,001),
hipertensão arterial (p=0,010) e diabetes (p=0,001). A alta prevalência encontrada neste estudo é explicada por tratar-se
de população previamente triada com suspeita de distúrbio do sono. A suspeita baseada em dados clínicos e antropométricos aumentou a possibilidade de identificação da doença através da polissonografia, elevando sua positividade e
otimizando sua indicação. Não pudemos estabelecer relações causais, mas a associação com obesidade, hipertensão
arterial e diabetes reforça necessidade de prevenção destas morbidades.
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O controle social - participação comunitária em defesa da qualidade da atenção à saúde
Autor: Flavia Mentor de Araújo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Tatiany Fernandes Oliveira
Uma das responsabilidades do Saúde da Família é estabelecer vínculos de compromisso e de co-responsabilidade com
a população, além de estimular a organização das comunidades para exercer o controle social das ações e serviços de
saúde. Na UBSF Catingueira, o Conselho Local de Saúde tem tido uma atuação bem efetiva na busca de um controle
social mais efetivo com reuniões mensais entre a comunidade, líderes comunitários e a equipe de saúde. São discutidos
assuntos de interesse da comunidade de forma a intervir em situações que transcendem a especificidade do setor saúde
e que têm efeitos determinantes sobre as condições de vida e saúde dos indivíduos-famílias-comunidade. Durante o ano
de 2007, a equipe havia solicitado à gestão, por várias vezes, que fossem resolvidos problemas que estavam afetando o
bom desempenho das equipes(falta de manutenção da Unidade que apresentava sérios problemas na sua infra-estrutura,
ausência de profissional médico para uma das equipes e envio regular de insumos).Infelizmente sem resultados positivos.Assim, em reunião do Conselho Local de Saúde foi apresentado um relatório da equipe à comunidade abordando
a questão. O Conselho elaborou um documento expondo a situação e cobrando vistoria e posicionamento com relação
à situação da UBSF por parte da Vigilância Sanitária, do Secretário Municipal de Saúde, do CRM-PB, do Gabinete do
Prefeito e da Coordenação do Saúde da Família, posição esta que deveria ser apresentada na próxima reunião para toda
a comunidade. O impacto do posicionamento do Conselho desencadeou uma série de medidas que culminaram com o
processo de reforma da UBSF em caráter de urgência. Todo o processo foi acompanhado pela comunidade através do
Conselho Local de Saúde. Foi fundamental a mobilização da comunidade para exigir que a reforma fosse concluída, o
médico contratado e as condições básicas de funcionamento asseguradas. Com uma efetiva participação dos envolvidos,
a atuação do Conselho Local de Saúde da Catingueira tem sido um momento rico em discussão e aprendizado, onde se
estimula a co-responsabilidade e a promoção da saúde dentro de uma visão coletiva. Conclui-se que estratégias que envolvem a participação comunitária devem ser estimuladas e fortalecidas, pois só dessa forma constrói-se uma sociedade
mais crítica, capaz de compreender e fazer valer seus direitos e deveres.
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Gerenciamento de residuos hospitalares – uma discussao operacional a partir da avaliação de um
hospital extra porte de Belo Horizonte
Autor: Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Resende, Cássia; Giovana, Cibelle; Silva Reis, Claudilaine; Braga, Marcelo; Godinho, Zênia;Silva Raniel
Instituição: FASC-MG
O interesse pela investigação sobre manejo dos dejetos hospitalares vem ao encontro dos esforços empreendidos pelas
autoridades sanitárias em buscar opções para garantir uma operacionalização integral destes resíduos. Se por um lado
assiste-se o sistema de vigilância sanitária se instrumentalizando para reduzir a contaminação, por outro lado convivese com o paradoxo das próprias instituições de saúde se colocarem como fonte de riscos para a saúde dos indivíduos
e sociedades. No presente caso, o estudo delimitou-se à avaliação dos cuidados operacionais adotados com o lixo de
um hospital extra porte (acima de 500 leitos) localizado em uma área central do município de Belo Horizonte. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada a um dos administradores hospitalares do nosocômio contemplando os itens
dimensionados no estudo: fontes geradoras dos resíduos no hospital, trajetos percorridos pelo lixo hospitalar desde suas
fontes geradoras, destinação dos resíduos hospitalares, política interna e importância do assunto para o nível de direção.
Foram obtidos dos levantamentos as seguintes informações: a busca por soluções em hospitais extra porte é complexa,
uma vez que o acervo tecnológico e fluxos de atendimento produzem maiores volumes de resíduos e maiores riscos de
contaminação tanto para os pacientes, acompanhantes, funcionários, comunidade vizinha e até mesmo para as mais
distantes que estão incorporadas no trajeto por onde passam e são despejados os resíduos hospitalares. Segundo o nível
gerencial, a preservação do meio ambiente é fundamental e a geração de resíduos deve ser minimizada e controlada, independente de exigências legais. As recomendações do estudo se pautaram na necessidade de estabelecer um programa
de capacitação contínua para os funcionários padronizando iniciativas dos mesmos em relação ao manejo, classificação
e tratamento dos dejetos hospitalares e adotar medidas para o fortalecimento das comissões de infecção hospitalar e de
saúde ocupacional.
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Animais errantes: falha no serviço de recolhimento de animais ou descaso da população?
Autor: Robson Bruniera de Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Idael Christiano de Almeida Santa Rosa, Demetrio Junqueira Figueiredo
Instituição: UFV, Viçosa-MG; UFLA, Lavras-MG, Setor de Zoonoses, Varginha-MG
Tornou-se comum a presença de animais de rua em nossas cidades, refletindo a acomodação da população frente ao
problema e paralelamente uma desorganização política dos responsáveis pelo recolhimento e controle desses animais.
Com isso, aumenta-se o risco de transmissão de enfermidades zoonóticas, agressões e acidentes diversos.
Este trabalho, realizado no município de Varginha- MG, avaliou os dados de denúncia e recolhimento de animais errantes, para tentar caracterizar o problema enfrentado pela cidade e propor medidas que venham melhorar e dinamizar o
serviço. Foram registradas, no ano de 2007, 658 denúncias totalizando 1031 animais recolhidos, sendo que, desses 93%
eram cães. As distribuições das denúncias e recolhimentos para os cães andaram juntas durante todo o período, sendo
observado um aumento nas incidências em agosto e novembro. Já para os gatos, o comportamento é diferente, pois os picos de denúncias são nos meses de maio e outubro e o recolhimento apresenta um movimento oscilatório durante todo o
ano, mesmo nos meses em que não ocorreram denúncias. O agrupamento de animais por causa de cio e desmama pode
explicar o comportamento das curvas dos cães. Com os gatos, o cio coincide com os aumentos nas denúncias. De modo
geral, o serviço de recolhimento no município de Varginha está se apresentado satisfatório, em vista que, o número de recolhimento foi maior do que o número de denúncias e solicitações. O descaso da população e sua falta de sensibilização
para a posse responsável de animais ficou evidente no fato de que 70% dos recolhimentos foram por entrega voluntária
realizadas pelos proprietários. Fica explícito que novas estratégias ou um aprimoramento das vigentes, para o serviço
de recolhimento, são requeridas para um controle efetivo dos animais errantes, principalmente em zonas e épocas, nas
quais, o problema é mais alarmante. Ainda,uma redefinição da época de vacinação anti-rábica canina e felina,pode ser
sugerida,com o intuito de maximizar a cobertura vacinal dos animais.
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Projeto Viver Saúde/Pró-Saúde: o SUS na teoria e na prática
Autor: Luiz Carlos Castello Branco Rena
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Henrique Cardoso, Luiz Carlos Castello Branco Rena, Maria José Moraes Antunes
Instituição: Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais - Betim
O Projeto Viver Saúde: Estágio de Vivência nas Realidades da Saúde no Médio Vale do Paraopeba/Minas Gerais é um dos
cinco subprojetos que integram o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde – Pró-Saúde,
em andamento no Curso de Enfermagem da PUC Minas / Betim. O Projeto Viver Saúde tem como objetivo “instalar estágios obrigatórios e não obrigatórios nos municípios de pequeno porte que desenvolvam programas de extensão e atividades extra-acadêmicas a fim de estimular a integração dos setores da saúde e da educação para o fortalecimento das
instituições e estudantes, fomentando a formação dos profissionais na consolidação do SUS, ao mesmo tempo em que
possibilita a formação dos diversos atores sociais que interagem com esse sistema de saúde dentro do Controle Social,
Assistência e Gestão”. Neste trabalho relatamos nossas primeiras experiências de inserção em três municípios, identificando os fatores de ordem política e institucional que favorecem e que dificultam a aproximação e o estabelecimento
de parcerias com os serviços. Os primeiros dezoito meses de trabalho desde a concepção do projeto até a definição dos
municípios parceiros e seleção dos estudantes se constituiu em um tempo de rica aprendizagem sobre as estratégias e
os percursos necessários para uma articulação cotidiana entre os serviços e o ensino na formação de profissionais de
saúde. Oferecemos também uma reflexão sobre os desafios que se apresentam quando se pretende articular o estágio de
vivência com as atividades docentes da sala de aula.
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Surto de hepatite A, São Gonçalo do Abaeté – MG 2007
Autor: Maria Teodora Caixeta de Santana
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Deise A.Santos, Deusa H.G. Machado, Lídia R. Morais
Resumo: A Hepatite Viral tipo A (HVA) é uma doença de transmissão fecal-oral e ingestão de alimentos contaminados.
Seu uso de vacina pelo SUS é restrito à população específica. Com o aumento do nº de casos notificados de HVA foi
confirmada a existência do surto por pessoa, tempo, lugar, identificando prováveis fontes de infecção, propondo medidas de prevenção e controle. Foi realizado um estudo descritivo, estabelecida a vigilância ativa de casos suspeitos
como residente ou visitante de São Gonçalo do Abaeté que tenha apresentado desconforto abdominal e/ou mal – estar
e/ou icterícia e/ou vômito e/ou náusea e/ou elevação na concentração sérica de ALT/TGO e AST/TGP ≥3 vezes do valor
normal, no período de março a outubro de 2007, sendo que os casos confirmados eram todos os casos suspeitos com
marcador ANTI – HAV IgM positivo ou vínculo epidemiológico com caso confirmado. Também foi realizada análise de
água em escolas, identificando 43 casos distribuídos em toda cidade, com maioria do sexo feminino e faixa etária entre
05 a 09 anos de idade com os principais sintomas: 100% desconforto abdominal, 60,5% mal-estar, 55,8% icterícia sendo 25
casos confirmados por laboratório. Ocorreu um surto de hepatite A no município de São Gonçalo do Abaeté de março a
outubro de 2007, com transmissão por contato inter – humano acometendo principalmente crianças menores de 10 anos
de idade. Recomendando-se notificação, investigação oportuna dos casos de HVA, orientações e ações educativas foram
repassadas à população.
Palavras-chave: Surto de Hepatite A, Anti-HAV IgM positivo, Transmissão de pessoa a pessoa.
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Processo de trabalho: sua importância na organização da prática assistencial de enfermagem na
Saúde Coletiva
Autor: Helen Cardoso de Magalhães
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Daniela Carla Medieros, Lívia Ferreira de Abreu, Wasley de Souza Novaes
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
Este estudo trata-se de uma revisão de literatura científica cujo objetivo primordial foi analisar o processo de trabalho da
enfermagem e discutir a importância do enfermeiro, em sua prática assistencial, em desvelar o seu objeto e instrumentos
de trabalho para então compreender o seu processo de trabalho e, a sua real identidade profissional, com ênfase na
saúde coletiva. Aborda a dificuldade do enfermeiro em identificar o seu papel e sua atribuição e, a extrema relevância
do delinear do seu processo de trabalho para a organização de suas ações em sua prática profissional. A metodologia
utilizada baseou-se em uma pesquisa realizada na Biblioteca Regional de Medicina (BIREME), na qual foram obtidos 1741
artigos. Após, análise e síntese desses materiais foram selecionados 13 artigos e, também foi realizada uma busca retroativa das referências dos artigos consultados a fim de ampliar as fontes de pesquisa. A partir dessa pesquisa, chegou-se
à conclusão de que é crucial que a enfermagem se liberte desse velho paradigma (biomédico, hegemônico) e, busque
novas concepções que permitam alcançar autonomia e autogoverno do profissional enfermeiro. Além disso, cabe salientar que o enfermeiro necessita clarificar as suas ferramentas de trabalho em sua prática profissional para que possa
compreender o seu processo de trabalho.
Descritores: Papel do enfermeiro; Atenção Primária à Saúde; Saúde Pública.
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Automedicação em uma farmácia do município de Pedro Leopoldo, Minas Gerais
Autor: Fernanda Cristina Sena Diniz
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Agnalda Aparecida Souza, Alisson Augusto Pereira, Denis Barbosa Gonçalves, Felipe Catizani Rodrigues,
Geralda Brito Cunha Mendes Costa, João Elias Carvalho, Marina Guimarães Lima
Instituição: Curso de Farmácia da Faculdade Pitágoras, Belo Horizonte, Minas Gerais
Uma prática muito comum realizada pela grande maioria da população é a automedicação. As causas para sua existência
são várias, mas podem ser citadas algumas como: a falta de acesso à assistência médica devido a questões financeiras e o
hábito de tentar solucionar problemas de saúde com base na opinião de pessoas conhecidas que não são profissionais de
saúde. A automedicação pode ser prejudicial à saúde devido ao potencial de gerar reações e interações medicamentosas
adversas. O objetivo deste estudo foi analisar a automedicação entre pessoas que freqüentavam uma farmácia em Pedro
Leopoldo, Minas Gerais. Trata-se de um estudo quantitativo analisando informações sobre a fonte da indicação de medicamentos, em uma amostra de usuários de uma farmácia do município de Pedro Leopoldo. Os pacientes foram selecionados por amostragem sistemática e entrevistados em setembro de 2007. Foram analisadas as doenças mais freqüentes
na população e a prevalência da automedicação. A automedicação foi definida como a utilização do medicamento sem
orientação de um profissional de saúde. A amostra final foi constituída por 30 indivíduos. As doenças mais freqüentes
entre os usuários da farmácia foram as infecções (40%) e a hipertensão (20%). As fontes de indicação dos medicamentos
mais comuns foram as de parentes e amigos (24%). A prevalência da automedicação foi de 73%. Estes resultados demonstram uma alta prevalência da automedicação entre os usuários da farmácia em Pedro Leopoldo. Esta situação pode
acarretar em riscos para a saúde destas pessoas, como por exemplo, o aumento da resistência bacteriana a antibióticos.
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Caracterização dos partos e nascidos vivos residentes na microrregião de Viçosa, 2004 a 2006
Autor: Catarina Machado Azeredo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Carolina Ferrão Huibers, Doralice Auxiliadora de Souza, Maria de Fátima Alves Costa Pereira
Instituição: GRS Ponte Nova/MG
A continuidade das políticas de saúde do grupo materno-infantil depende da avaliação e monitoramento constantes das
informações relacionadas às características da mãe e do recém-nascido. Para tal, o Ministério da Saúde implantou, em
1990, o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), responsável pelo consolidado dos nascimentos ocorridos nos setores público e privado da saúde e nos domicílios. O objetivo do presente trabalho é conhecer o perfil das
parturientes e dos nascidos vivos, a fim de subsidiar o planejamento, organização e avaliação das ações de saúde. Nesse
sentido, coletou-se dados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos de residentes na microrregião de Viçosa, ocorridos no município pólo entre 2004 e 2006. Foram avaliadas as informações de idade, tipo de parto, número de consultas de
pré-natal e peso ao nascer. Em relação à faixa etária materna, tem-se observado um aumento da proporção de partos em
adolescentes, 16,9 em 2004 e 18,4 em 2006. Em relação ao tipo de parto, observa-se um aumento da ocorrência de partos
cesáreos, 48,4% em 2004 e 52,3% em 2006. Ressalta-se que o município pólo contribui sobremaneira para esse aumento,
por corresponder a 60% do total de partos, e 69% das cesáreas, sendo que grande parte dessas gestantes é atendida por
convênios e particulares. Quanto às consultas de pré-natal, houve um aumento do número de gestantes com 7 ou mais
consultas, 32,7% em 2004 para 40,4 em 2006. No que se refere ao baixo peso ao nascer, a freqüência se manteve inalterada
entre os anos avaliados (8,7% nos anos de 2004 e 2006). Destaca-se um aumento do acesso aos serviços de saúde pelo
grupo materno-infantil na microrregião estudada, pois nesse período, houve um aumento da cobertura das Equipes de
Saúde da Família. Entretanto, esse aumento do quantitativo de equipes não refletiu na melhoria da qualidade da atenção
primária à saúde, fator primordial para que haja impacto positivo nos indicadores. Mais esforços devem ser envidados,
tanto pelos gestores, quanto pelos profissionais da atenção primária à saúde, principalmente no que se refere à assistência pré-natal. Deve-se, ainda, incentivar a política do parto vaginal na população coberta por convênios privados, que são
as principais responsáveis pelo aumento de cesáreas observado ao longo dos anos.
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Utilizando a técnica de grupo focal para validação de instrumento para pesquisa em bioética
Autor: Débora Teixeira da Cruz
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Marcos Mesquita Filho
Introdução: O grupo focal é uma técnica de pesquisa sócio-qualitativa, coletiva, dinâmica e não-diretiva na qual o pesquisador reúne, num mesmo local e durante
certo período de tempo, uma determinada quantidade de pessoas que fazem parte do público alvo de suas investigações. Relativamente simples e rápido, o grupo
focal parece responder a contento a nova tendência de educação para a saúde, que tem se deslocado da perspectiva do indivíduo para o do grupo social. A equipe
deve ser composta por: 1- Um moderador, cujo papel fundamental é garantir, através de uma intervenção ao mesmo tempo discreta e firme, que o grupo cubra os
tópicos de interesse do estudo da maneira menos diretiva possível. 2- Um ou mais relatores, aos quais caberá observar a conduta do grupo, auxiliar na anotação de
acontecimentos-chave e, eventualmente, intervir na condução do grupo. 3- De 4 a 10 participantes, que devem ser homogêneos em termos de características coerentes com o público alvo para pesquisa, que tenham percepção do assunto em foco. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo validar um questionário a ser aplicado
a profissionais da odontologia que manuseiam aparelhos de raios-X, para avaliar questões éticas relacionadas ao uso de raios-x por dentistas de Pouso Alegre. Metodologia: A equipe foi composta pela pesquisadora, um aluno de graduação que atuou como relator, a pesquisadora que exerceu o papel de mediadora, e quatro
participantes, que possuíam característica profissional dos sujeitos que serão pesquisados - odontólogos: parte da população-alvo do estudo. O debate foi realizado
no dia 21 (vinte e um) de maio, (quarta-feira) do ano de 2008, no consultório de odontologia, situado a Rua Adalberto Ferraz, Pouso Alegre – MG teve duração de 1
hora, 40 minutos e 20 segundos. As informações obtidas foram registradas através de anotações e gravação feitas pelo relator. As discussões tiveram como finalidade
levantar informações que através de questões-chaves ajudaram a esclarecer os objetivos propostos. Os questionamentos formulados foram: 1. Será que as perguntas
do questionário são consistentes? 2. Todos os pesquisados compreenderão a mesma coisa a respeito do enunciado das perguntas? 3. As perguntas efetuadas são
tarefas que os entrevistados estão habilitados e motivados a cumprir? 4. As questões cobrem adequadamente a atividade que os respondentes deverão descrever?
Resultados: Avaliando as 31 questões do questionário, o grupo focal modificou dez questões, nenhuma questão foi necessária suprimir. (Questões alteradas: 12, 19 e,
26, e (26 a, b, c) 27e, f, m, 30). O grupo coloca que a maioria dos odontólogos não preocupa com a proteção radiológica (radiação Ionizante) e desconhece a Portaria
nº 453/98. Alegaram que a Vigilância Sanitária faz a vistoria nos consultórios, portanto, busca a biossegurança, mas nunca cobram nada sobre o uso dos raios-x. O
grupo focal enfatiza que a própria Vigilância Sanitária deveria fornecer uma cópia da Portaria nº 453/98 para todos os odontólogos. A maioria dos odontólogos que
usam raios-x nos estabelecimentos não é cirurgião dentistas devido ao uso de várias técnicas bucais. Os profissionais colocam que quando há mais de um equipamento no mesmo prédio não há necessidade de blindar (baritar) paredes. Eles falaram claramente que odontólogos de gênero feminino não se preocupam com
marca/ conservação/ inspeção/ e radiação ionizante. Um dos membros do grupo focal é especialista em pediatria, utiliza todos os dias raios-x e todas as crianças
“ela” precisa segurar para radiografar. A mesma disse ter visto uma única vez a Portaria nº 453/98, no começo da sua graduação, no entanto nem lembra o assunto
que trata essa norma, os outros disseram que não conhecem a referida Portaria. O grupo disse que os cursos de Odontologia oferecem a disciplina de radiologia
em um único semestre. Argumentam que São Paulo é o único lugar que a Vigilância Sanitária e o Conselho de Odontologia fazem exigências das Portarias, que
regulamentam a proteção e responsabilidade do profissional que utiliza radiação ionizante. Foram feitas algumas colocações alterando no questionário para que
os sujeitos pesquisados possam compreender melhor aos enunciados. As alterações realizadas foram baseadas nas seguintes colocações: 1- De ordem semântica,
em perguntas que o conteúdo era apresentado de forma dificilmente compreensível à população de interesse-alvo; 2- Inadequação do enunciado da questão ao seu
propósito; 3- Inclusão de novas palavras ao texto para melhoria da compreensão do enunciado; Conclusão: A realização do grupo focal trouxe uma melhoria no
conhecimento, mostrando a capacidade de trabalhar com o público-alvo para a pesquisa e possibilitou alterações importantes para melhorar a consistência das
questões propostas no instrumento de coleta de dados. A conversa foi bastante descontraída, sem induzir e sem limitar os participantes, sendo que estes responderam de forma cristalina e à vontade, obtendo-se informações ativas, que não ficaram limitadas a uma prévia concepção da pesquisadora. A realização do grupo focal
foi de suma importância. Seu foco principal foi validar um instrumento consistente e adequado para cumprir com o objetivo de avaliação do conhecimento para
pesquisa Bioética, do Curso de Pós Graduação Stricto Sensu (Mestrado em Bioética da Universidade do Vale do Sapucaí - Univas - Pouso Alegre, MG). A utilização
desta técnica para validação é altamente recomendável.
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Avaliação da acessibilidade e coordenação em Unidade Básica de Montes Claros/MG
Autor: Kelma Dayana de Oliveira Silva
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Iara Caldeira Brant
Instituição: Faculdades Unidas do Norte de Minas - Montes Claros/MG
A Atenção Primária é o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o Sistema Nacional
de Saúde, levando o atendimento o mais próximo possível do local onde vivem ou trabalham, constituindo o primeiro
processo de atenção continuada a saúde. Estipulou-se como objetivo apresentar uma avaliação da Atenção Primária à
Saúde, no cunho de atendimento das áreas Delfino Magalhães/ Jardim Palmeiras II, pertencentes ao município de Montes
Claros/MG, envolvendo um processo de reflexão acerca da Acessibilidade e Coordenação. Utilizou-se como instrumentos
metodológicos, entrevistas semi-estruturadas domiciliares com 60 moradores pertencentes às 06 micro-áreas adscritas
à Unidade Primária de Saúde (UPS), durante o período de fevereiro à junho de 2007. Na avaliação da Coordenação,
utilizou-se como parâmetro um questionário aplicado aos profissionais da UPS. Os resultados demonstraram que quanto
à localização 90% consideram a UPS perto, 58% consideram a disponibilidade do médico boa, 43% consideram o atendimento bom e 85% consideram adequado o horário de funcionamento da UPS, enquanto 41% consideram o tempo em
que aguardam em sala de espera, pouco satisfatório. Todavia, na análise da Coordenação, constatou-se que na UPS existe
prontuário para registro das informações do atendimento prestado pela equipe, e estes são arquivados nos envelopes família em armário por micro-áreas, porém alguns profissionais não preenchem as fichas adequadamente, além de ocorrer
desaparecimento destas. Não existe uma comissão de revisão de prontuário e nem sistema informatizado em rede para
acesso à informações clínico-epidemiológicas e gerenciais. Os profissionais da UPS alimentam os sistemas de informação
do Ministério da Saúde com relatórios de forma adequada e prazos estabelecidos, porém não existe programação local
ou monitoramento de metas adequados entre a Secretaria Municipal de Saúde e a UPS. Conclui-se que dentre os aspectos
exclusivos da Atenção Primária, a avaliação da Acessibilidade apresentou resultados satisfatórios, ao passo que na Coordenação, é necessário aprimorar e atualizar o sistema de informações para possibilitar de forma adequada, a atenção
continuada.
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Avaliação da qualidade de vida de pessoas residentes em cidades sul mineiras
Autor: Luciano Magalhães Vitorino
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Ewerton Naves Dias; José Vitor da Silva
Instituição: Escola de Enfermagem Wenceslau Braz - MG
A melhoria das condições de vida é um interesse cada vez mais freqüente entre as pessoas. Estar satisfeito ou não com a
vida apontam os elementos responsáveis pela sua qualidade. Os objetivos deste estudo foram avaliar a qualidade de vida
de pessoas residentes em cidades sul-mineiras e relacionar as variáveis sócio-demográficas com qualidade de vida (QV).
A pesquisa foi de abordagem quantitativa, descritiva e transversal. A população do estudo foi constituída por pessoas de
ambos os sexos e com 18 anos ou mais. A coleta de dados, com duração de seis meses, ocorreu nos domicílios, locais de
trabalho, praças públicas e escolas, após informações sobre o estudo e assinatura do termo de consentimento. A amostra
foi de 1080 sujeitos e a amostragem classificou-se como não probabilística por conveniência. O instrumento utilizado foi
o Índice de Qualidade de Vida de Ferrans e Powers (IQV), formado por quatro domínios: saúde-funcionamento; aspecto
sócio-econômico; aspecto psicológico-espiritual e família, com variação de escore entre 0 a 30 pontos. Para a análise
dos dados, foi utilizada a estatística descritiva, teste de Mann-Whitney e alfa de Cronbach. O IQV total apresentou média
(M=25,01); saúde-funcionamento (M=24,62); sócio-econômico (M=24,06); psicológico-espiritual ( M=26,03) e família (M=
25,94). O alfa de Cronbach teve como resultados: IQV total 0,8639; saúde-funcionamento 0,8447; sócio-econômico 0,7068;
psicológico-espiritual 0,8925 e família 0,7609. A análise comparativa da QV mostrou diferença significativa (p< 0,05)em
todos os domínios com estado conjugal, religião e escolaridade. Ocorreu, ainda, diferença significativa (p< 0,05) dos
valores da QV, com exceção do domínio sócio-econômico, em relação a gênero, tipo de família e filhos. A correlação
entre QV e idade caracterizou associação estatisticamente significante (p< 0,05). Os objetivos permitiram concluir que o
domínio sócio-econômico foi aquele que mais comprometeu a qualidade de vida. As variáveis sócio-demográficas quando comparadas com QV, apresentaram diferenças significativas. Recomenda-se que outros estudos dessa natureza sejam
realizados, para consolidação desses dados.
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Epidemiologia e organização de serviços: a experiência com o sistema de informações sobre nascidos
vivos no município de Manhuaçu, Minas Gerais
Autor: Maria Crisitna Caldeira Duarte
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Francisco Carlos Félix Lana
A epidemiologia, juntamente com o planejamento e outras ciências socias, tem sido reconhecida como necessária à
estruturação do novo modelo de atenção à saúde, considerando o atendimento à demanda e a incorporação do saber
epidemiológico na organização dos serviços de saúde. O estudo pretende identificar a contribuição da epidemiologia
na organização de serviços pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) em Manhuaçu, Minas Gerais,
cenário da pesquisa. Os objetivos são analisar a implementação do SINASC e sua relação com a organização de serviços
de saúde.O delineamento é do tipo estudo de caso, um estudo descritivo exploratório com duas abordagens, uma quantitativa, outra qualitativa. O período da pesquisa é a série histórica de 1996 a 2006. As fontes são o SINASC, entrevistas com
profissionais de saúde e documentos da Secretaria Municipal de Saúde de Manhuaçu. São trabalhados, nas declarações
de nascidos vivos, peso ao nascer, idade gestacional, consultas pré-natal, tipo de parto. O critério de validade utilizado
é a triangulação de dados com o confronto de várias percepções de diversas fontes, a partir do uso de diferentes técnicas de coleta de dados. Os resultados apontam os indicadores sinalizando melhorias no período, sendo a qualidade da
informação a mais significativa. O processo de implantação apresenta profissionais que desconhecem, na sua maioria,
como ocorreu, mas reconhecem o SINASC como importante na organização dos serviços. O estudo da operacionalização
identifica falta de conhecimento deste processo, dificuldades na execução das ações e diferentes percepções de uma
mesma situação. A abordagem da utilização do SINASC na organização dos serviços expõe a debilidade de utilização
de um sistema de informação, com limitações dos profissionais em utilizar o sistema, falta de estruturação dos serviços
quanto à sistematização das ações, visão economicista do uso do sistema na valorização das pactuações. É reconhecida
a utilização das variáveis possibilitando o desencadeamento de mudanças. O estudo busca, em síntese, subsidiar discussões sobre a melhoria da qualidade da assistência aos nascimentos e incentivar o uso do SINASC como instrumento de
acompanhamento das condições materno-infantis no nível municipal.Palavras-chave: políticas públicas de saúde, epidemiologia, nascidos vivos, planejamento em saúde, avaliação em saúde.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Avaliação de serviço e adesão ao tratamento no programa de atenção ao paciente diabético de
uma instituição privada de medicina preventiva e promoção à saúde
Autor: João Carlos M. Martinelli
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Raquel Silva Viana
Instituição: Universidade Vale do Rio Doce
O presente estudo teve como objetivo verificar o perfil do serviço oferecido e a adesão ao tratamento no programa de atenção ao paciente diabético (Programa Conviver com Diabetes/Casa Unimed); dos pacientes inscritos no período de junho a
dezembro de 2005, e sua evolução ate junho de 2007. Método: Utilizou-se como fonte documental os prontuários de evolução multidisciplinar, fichas de controle de participação em atividades e consultas aos profissionais e planilha de controle
do índice glicêmico medido semanalmente no exame de glicemia. Participaram ainda membros da equipe de profissionais
(n=7) e usuários do programa (n=20). Procedimento: Utilizaram-se múltiplas medidas e procedimentos de forma a integrar
dados do programa e assistência oferecida; compreendendo dados históricos e do funcionamento do programa, equipe e
atividades desenvolvidas além da participação, adesão e satisfação dos usuários. Realizou-se entrevista semi-estruturada
com o idealizador do programa, com a equipe e os usuários selecionados. Resultados: verificou-se idade variando entre
40 a 60 anos ou mais, a prevalência do sexo feminino (80%); escolaridade referente ao primeiro grau incompleto (50%);
renda familiar inferior a R$1.000 (55%) e prevalecem os indivíduos casados/amasiados (50%). 50% dos usuários procuraram
o Programa por livre demanda, sendo que 65% apresentam co-morbidades. 65% dos sujeitos apresentam adesão parcial às
atividades consideradas essencial e complementares. Apesar da satisfação demonstrada pelos usuários com o Programa,
não se verifica resultados positivos no controle glicêmico. Na visão da idealizadora do Programa, os benefícios alcançados
para a Operadora de saúde são: redução da sinistralidade; melhoria da imagem da empresa para a sociedade; e a referência
do trabalho para as demais operadoras de saúde e também para a ANS – Agência Nacional de Saúde. Para os profissionais,
o trabalho é visto de forma satisfatória quando existe o comprometimento do usuário ao tratamento. Conclusão: A adesão
ao Programa é parcial, uma vez que existe satisfação do usuário, mas as dificuldades em seguir o tratamento comprometem
o resultado referente à adesão. A avaliação dos usuários quanto ao serviço prestado pelo programa “Conviver com Diabetes”
foi satisfatória e demonstrou que as atividades oferecidas trazem benefícios aos usuários e ao tratamento.
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Estudo sobre o perfil da demanda pela testagem anônima para o HIV no SUS, Viçosa-MG, em 2007
Autor: Cristiane Magalhães de Melo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Fonseca, Talita da Conceição de Oliveira, Silva, Breno Baião de Oliveira
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura Municipal de Viçosa – Viçosa/ MG
Este estudo foi desenvolvido no Grupo de Apoio às DSTs/AIDS-GA em Viçosa-MG, e objetivou levantar o perfil dos usuários e os motivos que levam as pessoas a realizarem a testagem anônima para o HIV. Dentre os objetivos específicos do
estudo está a avaliação do impacto das campanhas e programas de educação e prevenção à AIDS, ao nível municipal.
Para a coleta de dados, foi realizada a análise de formulários do GA, que contêm informações sobre idade, procedência,
gênero e informações a respeito da motivação para a realização do teste. Foram considerados os 518 exames para HIV
realizados pelo SUS no município em 2007. Foram excluídos os realizados em gestantes como parte do pré-natal. Os
dados foram analisados no EpiInfo versão 2000. Os resultados apontaram que houve equilíbrio de gênero na demanda
pelo exame, o mesmo foi observado em estudo semelhante realizado no município em 2005. Do total de exames realizados em 2007, 258 foram em mulheres, 259 em homens e 1 não preencheu o campo sexo. 90,4% foram de pessoas
residentes na zona urbana. Quanto à idade, a demanda foi maior na faixa etária de 21 a 40 anos (64,9%). Com relação à
idade e gênero, a partir da faixa etária 41 a 50 anos, houve predomínio de demanda entre as mulheres. Sobre o número
de positivos, observou-se um equilíbrio entre homens e mulheres. Do total (7), 4 eram homens e 3 mulheres. Quanto ao
motivo da realização do exame, 79,5% do total das pessoas testadas afirmaram ter tido relação sexual sem preservativo,
esse mesmo motivo foi observado no estudo realizado em 2005, quando 77,6% afirmaram ter tido relação desprotegida.
Este dado, mais uma vez, remete-nos a pensar nos objetivos dos programas de educação e prevenção à AIDS. Este estudo
aponta que, embora exista a informação sobre os meios de transmissão da AIDS, os comportamentos de risco continuam a ser mantidos pela população. Assim, é importante considerar a necessidade de se desenvolver estudos de base
qualitativa que objetivem compreender os motivos que levam as pessoas a manterem comportamentos de risco, mesmo
conhecendo-os. Estes estudos poderiam, nesse sentido, subsidiar os serviços de saúde no desenvolvimento de políticas
mais adequadas à prevenção da infecção pelo vírus HIV.
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Levantamentos epidemiológicos em saúde bucal no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais
Autor: Andrea Palmier
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Marco Aurélio Camargo da Rosa, Andréa Maria Duarte Vargas, Efigênia Ferreira e Ferreira
Instituição: Faculdade de Odontologia da UFMG
O uso da epidemiologia é muito importante para o diagnóstico e monitoramento das condições de saúde bucal da população. Para isso, levantamentos epidemiológicos devem ser realizados com esse intuito e também para subsidiar o
planejamento e avaliação da atenção. O Vale do Jequitinhonha é um exemplo de região onde persistem as iniqüidades
e onde indicadores como a taxa de mortalidade infantil, a esperança de vida e o nível educacional apresentam valores
desfavoráveis. O objetivo desse trabalho foi avaliar os resultados dos levantamentos epidemiológicos de saúde bucal
realizados nos municípios do Vale do Jequitinhonha. Os dados de exames epidemiológicos provenientes de escolares de
05 a 14 anos foram fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde de MG. Os resultados encontrados mostraram que, dos
52 municípios da região, 15 (28,8%) não realizaram levantamento epidemiológico, 3 (5,8%) realizaram utilizando metodologia desconhecida e 34 (65,4%) realizaram e utilizaram a metodologia sugerida pela SESMG no período de 2000 a 2007.
O CPOD médio encontrado aos 12 anos foi igual a 3,22 (DP 1,34), onde o componente Cariado correspondeu a 58,06%
(DP 0,21), o Extraído, a 9,29% (DP 0,65) e o Restaurado a 32,68% (DP, 22). Apenas 13 (38,2%) municípios atingiram a meta
da OMS para o ano 2000 (CPOD < 3,0). Na idade de 05 anos, a porcentagem de crianças livres de cárie foi de 34,10% (DP
14,86), com o componente Cariado correspondendo a 78,67% (DP 0,14), o Extraído a 10,45% (DP 0,89) e o Restaurado a
10,91% (DP 0,092). A meta da OMS para 05 anos só foi atingida por 5 municípios (16,67%). Apesar da SESMG sugerir que
os municípios realizem levantamentos epidemiológicos em saúde bucal periodicamente, preferencialmente a cada dois
anos, os resultados encontrados sugerem que os municípios do Vale do Jequitinhonha não cumprem com essa recomendação. É importante ressaltar que 44 (84,6%) municípios têm equipes de saúde bucal e muitos dos quais não possuem
dados epidemiológicos. É possível concluir que, muitas vezes, os resultados dos levantamentos epidemiológicos não são
analisados e tampouco utilizados na avaliação e reorientação dos serviços de saúde bucal.
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Avaliação preliminar do desempenho do laboratório Distrital Centro-Sul/ Pampulha
Autor: Leyla Gomes Sancho
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maria de Lourdes Baeta Zille Gontijo, Geralda Eni
Instituição: SMSA-BH
Os laboratórios distritais vêm ao longo do tempo aumentando de forma significativa a sua produção. Não há, no entanto,
formalização de parâmetros de produtividade dos recursos humanos e dos equipamentos; quesitos necessários para a
instituição de indicadores de avaliação e monitoramento. O objetivo do estudo é sucitar a construção de parâmetros
para a rede de laboratórios da SMSA-BH. Para a consecução dessa avaliação preliminar os dados de produção dos meses de janeiro a abril de 2008, a lista dos recursos humanos alocados no laboratório e a listagem de equipamentos por
setor foram apropriados. O método utilizado foi o cruzamento entre variáveis a partir das seguintes funções: produção X
carga horária semanal; produção X número de recursos humanos; produção X dias úteis no mês por setor de produção
do laboratório. Os dados relativos ao desempenho, por exemplo, da Hematologia do Lab. Dist. Centro-Sul/Pampulha
nos meses de jan-abril de 2008, cuja carga horária semanal dos servidores do setor é de 145 horas apresenta uma média
de 42 exames realizados por hora trabalhada e por dia de trabalho de 332 exames no período estudado. Tomando os
dados de produção diária em função do número de servidores no setor, pode-se afirmar que em média cada servidor é
“responsável” pela realização de 55 exames por dia no setor, sendo que de acordo com a média de horas trabalhadas por
dia o número é, em média, de 9 exames (exame/por hora trabalhada). Este valor tem um significado relativo, dado que
as funções dos servidores não são semelhantes entre si. Ou seja, é um valor que deve ser analisado com parcimônia. A
mesma lógica foi utilizada para construir os valores referentes ao desempenho dos demais setores do Laboratório Distrital Centro-Sul/ Pampulha. Em síntese, o estudo buscou sistematizar para o conjunto dos gerentes uma maneira uníssona
de pensar a prática intrínseca à missão do laboratório. O fruto do trabalho, ao ser estendido para os demais laboratórios,
permitirá não só a construção de alguns indicadores gerenciais, como também subsidiar possíveis (re)adequações do
processo de trabalho e de produção.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Autopercepção de saúde bucal dos militares usuários do núcleo de atenção integral a saúde da
região de Contagem, MG
Autor: Fabiano Freitas Corrêa
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maria Aparecida de Oliveira; Márcia Cristina de Almeida Santos, Maria Carolina Palhares e Cordeiro; Amanda
Érika Aguiar Durães, Lílian Pinto de Lima, Marina Pereira Coelho, Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira, Luciana Quintão
Foscolo Melo; Rachel Ferraz Carmo Vieira.
Instituição: PMMG, ABO-MG
Tradicionalmente a avaliação das necessidades de saúde bucal das populações ignorou os aspectos pessoais, sócio-comportamentais e culturais, planejando-se os serviços com base exclusiva nas necessidades normativas. Este foi um legado do modelo
biomédico, baseado na identificação de doenças desconsiderando a percepção subjetiva do paciente. Na atualidade novos
modelos conceituais de saúde têm sido propostos com o objetivo de associar as dimensões autopercebidas aos achados quantitativos e, com isso, prover bases mais amplas e com maior validade para a abordagem integral do paciente. Com o objetivo
de subsidiar o planejamento dos serviços odontológicos do recém criado Núcleo de Atenção Integral aa Saúde do 18º Batalhão
da Policia Militar de Minas Gerais, em Contagem, elaborou-se um levantamento sobre a percepção dos militares sobre sua condição de saúde bucal. Os sujeitos do estudo foram sorteados aleatoriamente de um universo de 1.038 militares, na faixa etária
de 35 a 44 anos, conforme a categorização da Organização Mundial de Saúde que escolheu esse segmento etário como padrão
para avaliar as condições bucais de adultos. Foi aplicado o Questionário de Autopercepção modelo do SB Brasil cujas respostas receberam tratamento estatístico por meio do Programa SB-DADOS. Representativa parcela dos pacientes categorizou sua
saúde bucal como boa (40,91%) ou regular (45,45%), enquanto 6,80% se enquadraram nas categorias ruim e péssima. Apenas
9,09% dos militares sentiram apresentar uma estética ruim devidos aos dentes e boca. Quase 50% consideraram possuir boa
capacidade mastigatória, sendo que a minoria (9,09%) classificou a mastigação como péssima ou ruim. Da mesma forma,
significativa parcela dos militares respondeu que a saúde bucal afeta pouco (34,09%) ou não afeta (47,73%) o relacionamento
com outras pessoas. Concluiu-se que as informações de autopercepção dos pacientes sobre o impacto da condição bucal em
dimensões por ele vivenciadas no dia-a-dia expressam a boa condição bucal dos mesmos, clinicamente comprovada por exames bucais incluídos na pesquisa. De toda forma, os anseios e necessidades de atenção demonstrados, direcionam a forma de
abordagem a ser adotada pelo cirurgião-dentista.
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Condições de saúde bucal dos militares usuários do núcleo de atenção integral a saúde da região
de Contagem
Autor: Fabiano Freitas Corrêa
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maria Aparecida de Oliveira, Márcia Cristina de Almeida Santos, Maria Carolina Palhares e Cordeiro, Amanda
Érika Aguiar Durães; Lílian Pinto de Lima, Marina Pereira Coelho, Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira, Luciana Quintão
Foscolo Melo, Rachel Ferraz Carmo Vieira.
Instituição: PMMG, ABO-MG
A avaliação de dados epidemiológicos na odontologia é um dos passos iniciais para se elaborar inferências sobre a saúde da população e as necessidades de tratamento, tanto no nível de atenção primária, quando nos níveis secundário e terciário. Por meio
de pesquisa descritiva foram analisada a prevalência de problemas bucais de militares de 35 a 44 anos, adscritos ao Núcleo de
Atenção Integral à Saúde do 18º Batalhão de Polícia Militar, localizado no município de Contagem, Minas Gerais. Uma amostra
de 44 militares foi aleatoriamente selecionada e convidada para os exames clínicos bucais reproduzindo-se a metodologia do
SB Brasil. A média de CPOd detectada nos militares foi de 15,43, com maior impacto do componente “obturado” que correspondeu a 40,97% dos dentes examinados. Verificou-se que o número de dentes restaurados superou em muito a necessidade de
restauração dos dentes cariados (1,69%). As cáries de raiz representaram apenas 2,27% do total. A maior necessidade de tratamento dos adultos examinados foi representada pela restauração de uma ou mais superfícies, totalizando 53,33% do total das
necessidades, enquanto os procedimentos considerados complexos (endodontia + restauração e coroa) totalizam 46,67%. As
necessidades primárias se apresentam, sobretudo, na forma de tratamento das condições periodontais, cujo CPI indicou como
condições mais freqüentes o sangramento gengival (47,73% dos participantes) e a presença de cálculo dental (38,64%), evidenciando a tendência desse público para os problemas periodontais, uma vez que somente 15,90% dos indivíduos apresentaram
condição de “Saúde Periodontal Aceitável”. Bolsas periodontais de 4 a 5mm se mostraram presentes em 9,09% dos indivíduos
e bolsas de 6mm em 4,55% dos examinados. Não houve necessidade de próteses totais, sendo que 34,09% precisam de prótese
parcial fixa ou removível inferior e 20,46% superior. Apenas 6,82% dos examinados apresentaram algum tipo de alteração dos
tecidos moles. Para fazer frente à demanda detectada, a divisão de esforços das diferentes unidades de atendimento permitirá
um fluxo de referências e contra-referências dos pacientes entre as duas redes odontológicas disponibilizadas pelo Sistema,
possibilitando maior agilidade no atendimento e no controle, uso racional dos recursos e melhores condições para estabelecer
os vínculos necessários à relação profissional-paciente.
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A potencialidade do cadastro das famílias no sistema de informação da atenção básica em saúde,
como base para cálculo de amostra em pesquisas
Autor: Graziela das Mercês Pimenta Rioga
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Sandra Helena Cerrato Tibiriçá, Oscarina da Silva Ezequiel, Delaine La Gatta Carminate, Graziela das Mercês
Pimenta Rioga, Luiz Cláudio Ribeiro, Adilson da Costa Lima, Murilo Gonçalves, Maria Teresa Bustamente Teixeira
Instituição: Universidade Federal de Juiz De Fora
O presente trabalho avalia a cobertura e a qualidade do cadastro das famílias nos municípios mineiros de Coronel Pacheco, Goianá, e Piau, através da comparação entre a ficha A aplicada pelo agente comunitário de saúde e os dados obtidos
de investigações realizadas diretamente nos domicílios. Foram entrevistadas, no período de novembro a dezembro de
2006, 192 famílias selecionadas de forma aleatória. A alta cobertura do cadastro das famílias verificada (97,9%) assim
como a fidedignidade para os campos “família corresponde ao endereço” e “família está completa” (95,7% e 93,1%),
observados nos três municípios, indicaram a confiabilidade do cadastro realizado pelo PSF. Os dados referentes à atualização das gestantes, hipertensos, e crianças menores de um ano, não tiveram a mesma confiabilidade. Quanto ao perfil
dos agentes comunitários de saúde, que atuaram nos três municípios, a maioria dos entrevistados eram mulheres, com
menos de 25 anos e estavam estudando ou já haviam completado o segundo grau. O tempo médio de permanência dos
profissionais no PSF foi de 10 meses, sendo que 45% dos agentes foram submetidos a concurso municipal e os demais
contratados. Os autores concluem que o cadastro do PSF (ficha A/SIAB) nos três municípios é confiável como base populacional para o cálculo amostral, justificando sua utilização como ferramenta legítima para a realização de pesquisas
de campo nas áreas básicas e clínicas.
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A contribuição das ouvidorias para o planejamentos das ações de saúde
Autor: Juliana Colen de Paula Costa
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Juliana Colen de Paula
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
Em grandes redes de serviços públicos de saúde é impossível mensurar a eficiência do serviço prestado à população sem
sua efetiva participação. O crescimento das Secretarias de Saúde traz muitos benefícios mas dificulta a comunicação
entre cidadãos e gestores. Todo usuário do SUS é um cliente, e o atendimento a ele prestado, um produto que necessita
ser avaliado quanto à qualidade, credibilidade e funcionalidade, com o objetivo de diagnosticar e agilizar as mudanças
necessárias. A implantação dessa nova lógica de trabalho no aparato de um governo requer decisão política. No entanto,
apenas vontade política não é suficiente para a mudança organizacional. A sua efetividade depende da mudança realizada na cultura da organização e seus valores. Os profissionais devem se sentir envolvidos para que passem a orientar suas
atividades por um referencial comum. Não é possível realizar ações e serviços numa perspectiva integral mediante um
processo de trabalho fragmentado. Uma organização flexível, otimiza os recursos humanos existentes, saberes e competências. A atividade própria do ouvidor, de ausculta dos problemas que dizem respeito ao cotidiano da instituição, lhe
credencia a agir como um crítico interno a partir das demandas que lhe são encaminhadas. A ouvidoria não tem poder
decisório. Apesar de ter uma visão abrangente da organização, a contribuição do seu trabalho serve de subsídio para a
reorientação das ações de saúde pelos níveis gestores e executores. Com a Ouvidoria, os gestores passam a conhecer
melhor o universo em que atuam e se apropriam da realidade, criando assim, condições para se enfrentar com mais convicção os inúmeros pontos obscuros dos serviços de saúde. Criada para atender usuários, trabalhadores e a população
em geral, a Ouvidoria do SUS BH atua como mediadora entre usuários, trabalhadores e instituições de saúde. Disponibiliza informações, esclarece dúvidas, realiza cadastros, recebe solicitações, sugestões, reclamações, denúncias e elogios.
Desde seu primeiro registro eletrônico, em janeiro de 1999 à maio de 2008 a Ouvidoria de Belo Horizonte realizou mais
de 335 mil atendimentos.
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Adesão à terapia em motricidade orofacial no ambulatório de fonoaudiologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
Autor: Suzana Raquel Lopes
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Amelia Augusta de Lima Friche, Andrea Rodrigues Motta
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
O objetivo do estudo foi caracterizar o atendimento em motricidade orofacial no Ambulatório de Fonoaudiologia do
Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Minas Gerais quanto à adesão e sucesso da terapia, bem como comparar dados dos pacientes que buscaram atendimento fonoaudiológico diretamente no Ambulatório de Fonoaudiologia
(Grupo MO) e dos pacientes encaminhados pelo Ambulatório do Respirador Oral da mesma instituição (Grupo RO).
Foram investigados 112 prontuários do Ambulatório de Fonoaudiologia de todos os pacientes em alta ou desligados, que
buscaram tratamento tanto pelo Ambulatório de Fonoaudiologia quanto pelo Ambulatório do Respirador Oral, de 2003 a
2007. Os resultados foram tratados estatisticamente (teste qui-quadrado e teste T para comparação de médias com nível
de significância de 5%). A duração média da terapia foi de 7,23 meses (mínimo:0,25 e máximo:25,75). A média do número
de sessões oferecidas foi de 22 (mínimo:1 e máximo:109). Os pacientes compareceram em média à 17 sessões (mínimo:1 e
máximo:79). Em relação aos atrasos, a média aferida foi de 0,6 (mínimo:0,0 e máximo:7,0). A maioria dos pacientes (45,6%)
realizava os procedimentos indicados pelo terapeuta e cerca de um terço dos indivíduos (34,8%) procedia ao menos parcialmente conforme as orientações terapêuticas. A conclusão da terapia foi majoritariamente o desligamento (69,6%), o
restante da amostra (30,4%) recebeu alta definitiva ou temporária. As causas mais freqüentes de desligamento foram o
excesso de faltas (33,3%), seguido pela falta de compromisso (15,4%), incompatibilidade de horários (9,0%), associação
entre excesso de faltas e falta de compromisso (7,7%) e excesso de faltas e dificuldades financeiras associados (7,7%).
Os grupos diferiram quanto ao excesso de faltas como motivo de desligamento (p=0,012), sendo esse mais freqüente no
Grupo RO (43,2%) em comparação com o Grupo MO (20,6%). Portanto, os grupos apresentaram diferenças significantes
quanto ao motivo de desligamento, contudo as demais características referentes à adesão e sucesso da terapia são predominantemente semelhantes. Ressalta-se que muitos dados não foram descritos nos prontuários dos pacientes, em ambos
os grupos, sendo necessária conscientização dos terapeutas acerca desse aspecto.
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O código de saúde e o sistema de informação da vigilância sanitária: a integralidade no SUS de
Belo Horizonte
Autor: Eduardo Camargos Couto
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), Belo Horizonte, Minas Gerais
Introdução: Do ponto de vista administrativo, apesar dos reconhecidos esforços do gestor municipal, há carência de
instrumentos de medição e monitoramento do grau de eficiência e eficácia das ações pela Vigilância Sanitária/BH, fragilizando o monitoramento no macro sistema da saúde. A inexistência de um instrumento legal adequado à realidade
imposta pela descentralização das ações do SUS em Belo Horizonte e a inexistência de um sistema de informação que
monitorasse a qualidade dos serviços e produtos prestados ao cidadão foram o pano de fundo para a elaboração e a
execução de um plano estratégico de gestão encabeçado pela Vigilância Sanitária de Belo Horizonte. Objetivos: Relatar
a necessidade de implementar o Código de Saúde de Belo Horizonte, e a viabilidade do sistema informatizado de gestão
da Vigilância Sanitária, o que permitirá o monitoramento da saúde de Belo Horizonte. Metodologia: O plano estratégico
da Vigilância foi construído a partir da elaboração concomitante de: a) uma minuta de lei, o Código de Saúde de Belo
Horizonte, onde se estabelecem as regras e parâmetros para a saúde, a serem verificadas in loco pelo fiscal sanitário.
As informações coletadas pelo fiscal alimentam um banco de dados, que espelha um diagnóstico da situação e do risco
sanitário em tempo real. A análise epidemiológica destes dados permite o planejamento, a integração dos setores para a
discussão e pactuação de soluções possíveis, de forma colegiada, quando se estabelece a parte do problema que compete a cada setor da saúde. Resultados: A integração das duas ferramentas essenciais para operacionalizar o Plano de Gestão - o sistema informatizado (com uso de computador de mão) e o novo Código de Saúde - define uma mudança radical
de paradigma. Cada problema poderá ser analisado de forma integral e colegiada, com a vigilância real dos cuidados que
imprimam prevenção, promoção assistência e recuperação/reabilitação de uma forma ampliada da saúde. Conclusões:
Os instrumentos necessários para esta forma inovadora de gestão em saúde já estão elaborados. Quando implementados
pelo gestor municipal permitirão o planejamento das ações dos diversos setores da SMSA de forma integral e integrada,
potencializando a solução dos problemas e aumentando sobremaneira a segurança sanitária no município.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Acesso a serviços de saúde bucal e qualidade de vida
Autor: Queila da Cunha Ferreira Heckert
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Simone Dutra Lucas, Roselaine Schueler Sodré
Instituição: Faculdade de Odontologia da UFMG
Este trabalho tem como objetivo diagnosticar o impacto do acesso aos serviços públicos de saúde bucal na qualidade de
vida da população adulta do município de Santa Rita de Minas, Minas Gerais. Foi utilizada metodologia qualitativa através
de grupos focais e entrevistas com pessoas com acesso e sem acesso aos serviços. O debate discute a relação entre saúde
e qualidade de vida, situando a saúde bucal e o acesso ao tratamento odontológico como fatores importantes na determinação do bem-estar das pessoas. Os resultados revelam a valorização do emprego acima dos outros determinantes
da qualidade de vida e a saúde foi muito citada. A saúde bucal é secundária, mas o acesso aos serviços é valorizado em
ambos os grupos. No serviço faltam integralidade, resolubilidade na atenção básica, acolhimento e humanização que se
tornam obstáculos ao acesso. No grupo sem acesso o serviço foi mais valorizado e a principal queixa foi a dificuldade em
conseguir vaga. Para o grupo com acesso a qualidade do atendimento é o mais importante, e foram recorrentes os relatos
de dificuldades na relação paciente-profissional. A estrutura física e profissional do município atende à proporção ideal,
mas não foi encontrado o impacto esperado na melhoria das condições de vida da população.
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Estudo sobre o perfil dos usuários do grupo de apoio às DSTS e AIDS, Viçosa – MG
Autor: Talita da Conceição de Oliveira Fonseca
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Cristiane Magalhães de Melo
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde/ Prefeitura Municipal de Viçosa – Viçosa/ MG
A AIDS constitui-se um problema de saúde pública mundial que atinge de forma heterogênea a população. No seu início,
a infecção era predominantemente masculina, atualmente caracteriza-se pelo processo de feminilização e interiorização.
O crescimento do número de casos entre mulheres e, conseqüentemente em crianças, constitui a principal característica
da AIDS no Brasil. A inclusão do teste para detecção do HIV em gestantes é preconizado no pré-natal e objetiva a prevenção da transmissão vertical do vírus. Tendo em vista este aspecto, o objetivo deste estudo foi avaliar a cobertura do
teste para detecção do HIV em gestantes residentes em Viçosa-MG, no ano de 2007. Os dados foram coletados no Grupo
de Apoio às DSTs e AIDS – GA, que foi implantado no município no ano 2000 com o objetivo de apoiar as ações de assistência aos portadores das Doenças Sexualmente Transmissíveis, em especial ao portador do HIV. Entre os objetivos do
GA está a realização de exames em gestantes como parte do pré-natal. No ano de 2007 foram realizados 585 exames em
gestantes para a detecção do HIV. Não foram detectados casos positivos. No mesmo período, de acordo com dados fornecidos pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica municipal e registrados no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos
- SINASC foram realizados no município 890 partos entre residentes. A cobertura de exames de HIV foi igual a 65,73% se
considerarmos o total de nascidos vivos residentes em 2007. Com relação à faixa etária, a maior parte das gestantes que
realizaram o exame tinha ente 21 a 30 anos (53,2%). De acordo com o tempo de gestação, 24,1% das gestantes estava no 3º
mês. A realização do exame nos primeiros meses de gestação é de extrema importância para a detecção precoce do vírus
e adoção de medidas que possam impedir a transmissão vertical. Os resultados obtidos nos levam a pensar na importância de investimentos na melhoria da qualidade da assistência ao pré-natal e ao parto a fim de se detectar precocemente
casos de gestantes infectadas, possibilitando a adoção de medidas preventivas, contribuindo para reduzir a transmissão
vertical do HIV e a morbimortalidade materno-infantil.
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Regulação assistencial na atenção secundária: relato de experiência bem sucedida no Distrito
Sanitário Pampulha
Autor: Alberto Kazuo Fuzikawa
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Oliveira RCF, Jesus DSS, Silveira DMSRPC, Mendes MIB, Dias SCF, esteves RSS, Trombin SL, Segolin PMW
Instituição: Gerência de Regulação, Epidemiologia e Informação; Centro de Especialidades Médicas – Pampulha; Gerência de Assistência à Saúde; Centro de Saúde Santa Amélia; Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG
A Regulação Assistencial engloba o conjunto de ações destinadas a organizar as práticas de assistência no SUS, para
garantir, entre outros, o acesso oportuno do usuário aos serviços de saúde. O acesso às consultas de especialidades
médicas tem sido historicamente um ponto de estrangulamento na rede. A implantação dos Centros de Especialidades
Médicas (CEM) regionais foi uma das estratégias criadas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte na tentativa de melhorar este acesso. O CEM Pampulha (CEM-P) foi criado em setembro de 2006 para atender essa regional. Uma comissão
de regulação distrital foi formada no Distrito Sanitário Pampulha para monitorar os indicadores desta Unidade. Ao longo
dos primeiros meses ficou evidente a dificuldade de acesso às primeiras consultas de Mastologia. Avaliação realizada
com os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e com os especialistas do CEM-P indicou ser a dificuldade de
abordagem do paciente com nódulo mamário a principal causa de encaminhamento. Foi realizado um treinamento em
setembro de 2007, no qual os profissionais das UBS foram orientados pelos mastologistas. O acompanhamento posterior
da fila de espera de consultas dessa especialidade mostrou uma rápida queda nas primeiras consultas, de 120 em agosto
para 23 em outubro de 2007, com um aumento proporcional no número de pacientes aguardando retornos (de 8 em agosto para 23 em outubro 2007). Esta mudança indica uma redução no número de encaminhamentos e também que os casos
estavam sendo encaminhados por motivos corretos, gerando a necessidade de retorno ao especialista. Esta mudança no
perfil de encaminhamentos tem se mantido estável em avaliações de meses posteriores. Este trabalho enfatiza a importância da intersetorialidade e mostra que medidas relativamente simples de monitoração e capacitação podem exercer
impacto considerável sobre a otimização dos recursos da rede pública de serviços.
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Construindo possibilidades de vigilância a saúde a partir do Programa Bolsa Família
Autor: Maria Nubia Alves Cruz
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Simone Passos de Castro e Santos
Instituição: Secretaria Municipal de Saude de Belo Horizonte
O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia
famílias em situação de pobreza. Ao focalizar as famílias em situação de maior desvantagem sócio- econômica e expostas a maior risco propõe-se estratégias assistenciais e de vigilância inovadoras que favorecem a abordagem e a assistência intersetorial, interdisciplinar e desburocratizada. Dessa forma objetiva-se garantir atenção diferenciada e intersetorial
às famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade e risco para a saúde. O trabalho foi desenvolvido com as
seguintes etapas: seleção do Centro de Saúde Mariano de Abreu como piloto; identificação das crianças egressos hospitalares internadas no período de 01/01/2007 a 15/06/2007; identificação das crianças egresso hospitalar e beneficiários do
PBF através do campo endereço que é comum aos 2 bancos; envio quinzenal da listagem de egresso para as Unidades;
avaliação e acompanhamento de todos os egressos hospitalares pela UBS; elaboração de um Plano de Cuidado Individual
para as crianças reinternadas e/ou cujas famílias são beneficiárias do PBF. Os casos que extrapolam os limites técnicos
e operacionais da Política de Saúde são encaminhados para as redes de serviços locais ou para o Núcleo Intersetorial
Regional. A última fase prevê o monitoramento e avaliação sistemática da situação familiar e da criança em questão.
Os casos são monitorados pela Equipe Distrital. No período estudado 42 crianças foram internadas. Destas, 17 eram de
famílias beneficiárias do PBF, sendo 12 por doença respiratória, 1 por septicemia, 2 por diarréia, 1 por desidratação e por
1 desconforto respiratório do recém nascido. No período foram reinternadas 7 crianças sendo que 2 delas eram beneficiárias do PBF. Verificou-se com este estudo as fragilidades das famílias do PBF no que se refere a internação hospitalar de
crianças o que permite uma reflexão quanto à necessidade de planejar e executar ações de promoção e proteção à saúde
(Vigilância à Saúde) dirigidas a este grupo. Acredita-se que o PBF apresenta uma riqueza de informações que, se bem
utilizadas, podem favorecer a melhoria da assistência e do planejamento das práticas de saúde, focalizando as famílias
que vivem em situação de extrema pobreza a fim de garantir o cumprimento do princípio da EQUIDADE.
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A intersetorialidade no controle da dengue na região do Barreiro
Autor: Glenda Moreira Alves
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Cristiane Campos Monteiro, Hassan Melo Zibaoui, Joana Darc Brasilina Funchs
A região do Barreiro tem apresentado nos últimos cinco anos a menor incidência de dengue no município de Belo
Horizonte. Esse sucesso no controle deve-se às ações que são realizadas rotineiramente, destacando-se o trabalho intersetorial entre as Gerências Regionais de Saúde (GERSA), Educação (GERED), Comunicação (GERCOM), Fiscalização
de Limpeza Urbana (GERFLU), Limpeza Urbana (GERLU), Manutenção (GERMA), Áreas de Risco (GERARI), Regulação
Urbana (GERRU), Secretaria de Administração Regional Municipal Barreiro (SAMUR) e Conselho Distrital de Saúde, que
compõem o Comitê da Dengue. O Comitê da Dengue se reúne quinzenalmente durante todo o ano, o que proporciona
vigilância permanente, rapidez na divulgação da informação e maior integração do grupo. Nas reuniões, cada setor apresenta o que foi desenvolvido nas últimas semanas, além disso, são trazidas novas demandas para o controle da doença,
que são discutidas por todos e encaminhadas aos setores responsáveis para que sejam traçadas novas estratégias de atuação no combate à dengue. Outro aspecto relevante é a efetiva integração entre as Gerências da Saúde, que proporciona
agilidade na tomada de decisões, investigação e atividades de campo executadas pela equipe da Gerência de Controle
de Zoonoses (GERCZO). Assim julgamos importante publicizar e compartilhar essa experiência com os demais atores do
Sistema Único de Saúde.
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Educação e saúde- parceria fundamental no combate a dengue
Autor: Flavia Mentor de Araújo
E-mail do autor: [email protected]
A dengue é uma das mais importantes doenças epidêmicas registradas em países em desenvolvimento nos últimos anos e
vem causando um grande impacto econômico, social e de saúde pública nas comunidades onde ocorre. Como se trata de
uma doença cuja sazonalidade é bem conhecida (ocorre após o início das chuvas),sabe-se que uma epidemia de dengue
pode ser antevista. Além disso contamos com o LIRA (Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti)que permite que
os índices de infestação sejam conhecidos. As ações de combate a dengue demonstram cada vez mais a necessidade de
intervenções que estimulem o exercício da intersetorialidade, vinculado ao processo de educação à saúde. Preocupados
com início de casos de dengue no município, os Agentes Comunitários de Saúde da Família da Catingueira lançaram uma
proposta de atuação intersetorial envolvendo as escolas, a comunidade e as equipes de Saúde da Família e de Vigilância
Ambiental no combate à dengue. Os objetivos desta intervenção foram reduzir e evitar casos de dengue na comunidade,
sensibilizar e instrumentalizar todos os envolvidos na importância da participação de cada um e de toda a comunidade
com a construção coletiva do conceito de responsabilidade social nas ações de prevenção da Dengue .e aprender a
identificar criadouros potenciais do mosquito da Dengue. Foram programadas ações de educação em saúde nas salas de
espera da UBSF, nas reuniões dos grupos específicos( gestantes, idosos, hipertensos, diabéticos, planejamento familiar),
encontros nas escolas e creche do bairro com atividades conjuntas com os professores e alunos, mobilização dos equipamentos sociais ( Clube de mães, SAB, Igrejas Católica e Evangélicas), intensificação das visitas domiciliares com ênfase
na detecção de criadouros e eliminação do mosquito e a culminância das ações com o dia D de combate à Dengue. O
resultado positivo da proposta demonstra que o exercício da intersetorialidade na construção de práticas educativas
deve ser uma escolha na proposta de estabelecer a consciência social nos processos saúde doença da comunidade.
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Plano de intensificação para o controle da dengue em nove municípios da região metropolitana de
Belo Horizonte/Minas Gerais – uma experiência exitosa
Autor: Jussara Freitas de Assis Versiani
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Jussara Freitas De Assis Versiani; Francisco Leopoldo Lemos; Terezinha De Araújo Rios Moreira; Geane Aparecida
Andrade De Araújo; Silvana Tecles Brandão; Maria Imaculada De Cardiel Rocca; Maria Tereza Zanatta Coutinho; Aloysio Nogueira De Gama Neto; José
Instituição: Gerência de Vigilância Ambiental/Superintendência de Epidemiologia/Subsecretaria de Vigilância em
Saúde/Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais
A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, a CGPNCD/SVS/MS, e nove municípios da Região Metropolitana de Belo
Horizonte elaboraram um plano estratégico para intensificação das ações de controle da dengue, objetivando minimizar
o risco de ocorrência de epidemias de dengue em sua população, altamente susceptível aos três sorotipos circulantes
no país. A SES/MG liberou recursos adicionais para o desencadeamento das ações nos anos 2006/2007. Foram definidas
várias ações de intensificação a serem desencadeadas, em especial: Realização de 3 LIRAa de forma sincronizada e divulgação de seus resultados; Realização sincronizada das atividades de controle vetorial entre os municípios; Intensificar
o processo de acompanhamento das atividades de controle; Bloqueio de casos desenvolvidos por meio de ações oportunas e sincronizadas; Elaboração e implantação do Plano de Contingência; Estratégias diferenciadas da Vigilância Epidemiológica para os períodos de baixa e de alta transmissão. Reuniões mensais de avaliação e acompanhamento foram realizadas. O diagrama de controle de acompanhamento dos casos de dengue foi elaborado para cada município e RMBH.
Durante o período de execução, vários avanços foram conquistados como a redução dos índices vetoriais e baixas taxas
de incidência de casos, com registro de poucos casos graves e nenhum óbito. A gestão integrada e o acompanhamento
sistemático dos trabalhos desenvolvidos foram os principais responsáveis pelo sucesso da experiência; o que estimulou
sua continuidade. O risco de ocorrência de epidemias de dengue na RMBH tornou-se evitável com a execução do plano
de intensificação, demonstrando a facilidade de sua reprodução em outras regiões metropolitanas do País.
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Aprendendo a brincar de saúde - relato de experiência com escolares no município de Uberaba-MG
Autor: Dalmara Simplicio de Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Monalise Brasilina do Carmo, Fernanda Pires Muniz, Sheila Pinheiro Godoy, Vania Maria de Oliveira Vieira,
Rosimar Alves Querino, Adriana Aveiro Ventura
Instituição: Universidade de Uberaba, Uberaba,MG
O trabalho aqui descrito faz parte das atividades curriculares do terceiro período da disciplina Saúde e Sociedade do
Curso de Medicina Universidade de Uberaba Na tentativa de cooperar para a criação de ambientes favoráveis á saúde
foi desenvolvido semanalmente um trabalho promoção e educação em saúde com crianças entre 7 a 11 anos do Centro
Integrado Pacaembu Professor José Geraldo Guimarães, instituição de ensino fundamental municipal. A intenção da
proposta para os acadêmico foi afastar o mito de que atividade de cunho social constitui-se em um projeto meramente
voluntarista, oferecendo subsídios teóricos sobre bases éticas e humanas para as ações sociais de educação em saúde.
Para a comunidade escolar buscou-se atuar sobre os diversos aspectos de saúde, no âmbito individual, familiar e coletivo.
As atividades teóricas preliminares foram desenvolvidas previamente, quando se elaborou os encontros com as crianças,
contando com o uso de: cartazes explicativos, fantoches, atividades avaliativas, maquete de boca humana, vídeos educativos, materiais macroscópicos e microscópicos (helmintos, piolhos, etc.) bem como elaboração de atividades lúdicas:
caça - palavras, dança da cadeira, pintura de desenhos. Para avaliar as ações realizou-se uma atividade avaliativa final
que abordavam todos os temas debatidos. De modo geral observou-se que as crianças se apropriaram bastante dos novos conhecimentos, mostrando-se participativas e inteiradas do processo. Soma-se a isso o trabalho realizado através de
visitas domiciliares com as famílias de alguns alunos que apresentavam problemas de comportamento, aprendizagem e
de relacionamento. Neste âmbito debatemos com as famílias questões inerentes a saúde individual e coletiva, a fim de
consolidar as ações de promoção à saúde e o envolvimento das famílias com a busca de alternativas em saúde. A parceria
entre saúde e educação colaborou para que a comunidade valorizasse em seu cotidiano os hábitos de vida saudáveis.Os
acadêmicos puderam aprender que o subsídio teórico e humanista é essencial para o desenvolvimento de propostas de
educação em saúde coerentes e não paternalistas nem meramente transmissoras de conhecimento técnico, que enfatizem o trabalho em equipe, a integralidade e o respeito à cultura da comunidade local.
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A atenção primária no contexto do sofrimento mental
Autor: Dalmara Simplicio de Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Artur Costa Borges, Paola Calafiori, Sylas Scussel Junior, Rosimar Alves Querino, Adriana Aveiro Ventura
Instituição: Universidade de Uberba, Uberaba, MG
O Curso de medicina da Universidade de Uberaba realiza ações de promoção à saúde durante as aulas práticas da Disciplina de Saúde e Sociedade, nos dois anos iniciais da formação. Nesse âmbito, foi realizado um trabalho pelos acadêmicos
do quarto período do curso com vista à promoção de saúde e readaptação social de pacientes com distúrbios mentais. A
intenção da proposta foi afastar o mito de que o cidadão com sofrimento mental não está inserido no meio social e que
deve ficar recluso, isolado, alheio ao convívio. Além disso, debater estratégias da atenção primária, para inclusão desse
paciente, tanto no ambiente familiar quanto na comunidade e propiciar sua desinstitucionalização e melhora da qualidade de vida. Foi realizado inicialmente acompanhamento de usuários diagnosticados com esquizofrenia. Semanalmente
foram feitas visitas domiciliares, entrevistas e, gradativamente, a construção da história de vida dos usuários. Trabalhouse com uma amostra restrita para melhor explorar os aspectos psicológicos, econômicos e culturais na complexidade de
cada indivíduo. A fundamentação teórica foi construída pela busca de informações sobre a patologia em bibliográfica
científica, somados a análise de prontuário. Observou-se que a inserção da problemática do sofrimento mental é facilitada quando esta é tratada de forma semelhante a outros problemas de saúde. Apesar do pouco tempo dessa análise,
notou-se melhora no que se refere à interação destes usuários com os acadêmicos e com a comunidade, uma vez que se
mostravam acanhados e pouco receptivos no momento inicial, mas depois se envolveram com as ações sugeridas, passando assim a interagir conosco, inicialmente, e em seguida com a sociedade. Esta experiência foi marcante formação
profissional dos acadêmicos, segundo o próprio relato dos mesmos, uma vez que os fez refletirem sobre preconceitos em
relação ao ser humano com sofrimento mental proporcionando motivação para debater com a família e comunidade a
importância das ações de promoção à saúde destes cidadãos. Também os incentivou a discutir conjuntamente com os
órgãos públicos a elaboração de políticas de Saúde Mental na atenção primária, voltados para essa demanda de modo
continuado, uma vez que, por sua significância, não deveriam ser realizadas apenas esporadicamente.
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A promoção de saúde e o saber popular: uma pesquisa-intervenção no ambulatório de odontologia
social da UFES
Autor: Alice Emilia da Silveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Adauto Emmerich Oliveira
Instituição: Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva - Universidade Federal do Espírito Santo (PPGASC/UFES)
Esta pesquisa-intervenção objetiva a incorporação de aspectos conceituais da Promoção de Saúde nas práticas de saúde
bucal do ambulatório de Odontologia Social da UFES. Os sujeitos da pesquisa são crianças na faixa etária de 06 a 14
anos, as quais são pacientes do ambulatório. Estes foram divididos em grupo controle “C” e grupo participante “P”. Aos
sujeitos dos dois grupos, realizaram-se as aferições da placa dental bacteriana, bem como orientações quanto à higiene
dental. Entretanto, as crianças do grupo P e seus responsáveis participaram de uma abordagem grupal numa sala anexa.
Neste espaço, incentivou-se o contato entre o saber popular dos pacientes e o saber técnico, ambos acerca da saúde e
do enfrentamento das doenças bucais. A partir de uma abordagem interdisciplinar, houve a expressão do saber popular
sobre saúde além de estratégias grupais de educação em saúde. Os resultados qualitativos demonstram a viabilidade de
um espaço de reflexão conjunta sobre: a saúde, o papel do paciente em promover a sua saúde bucal e da sua família e a
valorização do saber popular. Quanto ao nível de placa bacteriana, obtivemos uma média inicial (em uma escala de 0 a
3) de 1,35 e média final de 0,86, representando uma diminuição de 38,5% em relação aos dois grupos.
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A enfermagem frente ações educativas na assistência medicamentosa ao idoso portador de doença
crônica
Autor: Linalva Ferreira de Souza
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Linalva Ferreira de Souza, Leila da Cunha Meneses, Rosielen dos Reis Medeiros de Meireles, Ana Beatriz
Pinho Barroso, Shirley Pereira de Almeida
Introdução: Com a transição demográfica observa-se um aumento dos problemas relacionados ao grupo etário de 60 anos
ou mais. O desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), incapacidades e dependências têm sido
freqüentes, com ônus para a família, sociedade e super utilização dos serviços públicos. O desenvolvimento de algumas
dificuldades e complicações desse grupo etário atribui-se ao seguimento inadequado ao tratamento, descontinuidade no
uso da medicação ou consumo em excesso. Isto decorre em função de alguns fatores tais como: analfabetismo, déficits
visuais, falta de ações educativas voltadas para a terapêutica medicamentosa (TM). A vivência aponta para a necessidade
de se trabalhar com o idoso, instituindo medidas educativas e estratégias específicas, que o auxilie na compreensão do
tratamento proposto e desenvolvimento da autonomia. Objetivo: Identificar dificuldades do idoso no seguimento da TM;
Promover estratégias educativas; Desenvolver recursos específicos que facilitem o seguimento; Avaliar a efetividade dos
recursos e ações educativas. Metodologia: Entrevista estruturada. Desenvolvimento de recurso específico (Kit Medicamento) para facilitar o seguimento da TM. Uso de planilhas e relatórios de campo. População alvo: idosos, > 60 anos, portadores DCNT, pertencentes à ESF (Equipes de Saúde da Família) de UBS (Unidade Básica de Saúde), Município de Belo
Horizonte-MG. Resultados: Controle da polifarmácia; Organização dos medicamentos em um único local;Envolvimento
da família;Desenvolvimento da autonomia. Considerações finais: A ESF como principal articulador das ações, junto na
construção e aperfeiçoamento dos serviços de saúde;Elaboração de recursos a partir das dificuldades auxiliando o entendimento, adesão à TM e desenvolvimento da autonomia;O déficit visual como a dificuldade mais significativa, devido à
limitação imposta;A forma na identificação da embalagem e do comprimido, aponta dificuldades devido à similaridade,
demandando parcerias entre Serviços Públicos e Empresas farmacêuticas; Organização dos medicamentos em local único proporcionando cuidado com a medicação, seu uso de forma correta e correção da polifármacia;Papel importante da
família na manutenção da autonomia, estímulo ao uso correto do Kit e respeito às dificuldades e limitações.
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Percepção geral de saúde e qualidade de vida de participantes de evento em comemoração ao dia
mundial da saúde e da atividade física
Autor: Natália de P. C. Vasconcellos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Natália de Paula Carneiro Vasconcellos; Fernanda Fabiane Dumont e Silva; Gabriela ee Jesus Silva; Jaqueline
P.S. Nogueira; Camila Mendes; Kátia Carolina F. C. Souza; Nádia Graciely Silva
Instituição: Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI-BH/MG
O grau de satisfação com a saúde e a auto-percepção individual da qualidade de vida são variáveis qualitativas fundamentais para a avaliação do cuidado. Este estudo teve como objetivo avaliar a percepção geral de saúde e qualidade de vida
dos participantes de um evento em comemoração ao dia mundial da saúde e da atividade física promovido pela secretaria municipal de saúde de Belo Horizonte, MG em abril de 2008 na Barragem Santa Lúcia, regional Centro-Sul. Este evento
reuniu diversas instituições para o desenvolvimento de atividades voltadas para a promoção da saúde e prevenção de
doenças. Todos os indivíduos que procuravam espontaneamente o stand montado pelo Projeto de Extensão “Abordagem Preventiva em Fisioterapia” – UniBH foram convidados a responder a um questionário a respeito da satisfação com
sua própria saúde e auto-avaliação de sua qualidade de vida. Participaram do estudo 104 indivíduos, sendo 71 do sexo
feminino e 33 do sexo masculino; com média de idade de 52,88(+ou-15,72) anos; a maioria se declarou casado (45,19%),
com ensino fundamental incompleto (38,46%). Sobre o grau de satisfação com a saúde, 50% estavam satisfeitos; 23,08%
muito satisfeitos; 16,35% nem satisfeitos, nem insatisfeitos; 6,73% insatisfeitos e 3,85% muito insatisfeitos. Já em relação à
auto-avaliação da qualidade de vida, 62,14% avaliou como boa; 19,42% muito boa; 16,5% nem boa, nem ruim; 0,97% ruim
e 0,97% muito ruim. Os resultados obtidos reforçam a importância de estratégias de promoção de saúde como garantia
de saúde e qualidade de vida na comunidade.
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A reestruturação do acompanhamento do Programa Bolsa Família como estratégia para melhoria da
assistência à saúde de crianças e gestantes em Contagem de outubro de 2005 a dezembro de 2007
Autor: Magda Matos Maurelli
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Alexandre Gomes Soares, Debora de Oliveira
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Contagem
O trabalho consistiu na reestruturação do acompanhamento semestral das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família do segundo semestre de 2005 ao segundo semestre de 2007. As condicionalidades que devem ser cumpridas pelos
beneficiários relacionadas a área da secretaria de saúde definidas pelo Ministério de Desenvolvimento Social são: manter
o calendário de vacinação em dia de todas as crianças menores de sete anos e fazer o acompanhamento nutricional das
mesmas; e as gestantes devem estar com o pré-natal em dia. As informações foram coletadas através dos mapas diários
de acompanhamento contendo a lista de beneficiários. Estes são impressos, distribuídos na rede para preenchimento e
recolhidos para digitação e envio dos dados. Com o intuito de aumentar o percentual de acompanhamento das famílias e
melhorar o cumprimento das condicionalidades, várias estratégias foram desenvolvidas como: Convocação das famílias
as unidades através de cartas; treinamento com elaboração de manual com informações sobre o preenchimento das
planilhas para toda a rede; elaboração de uma tabela de logradouros que possibilitou o referenciamento das famílias as
suas respectivas unidades; parcerias com outras secretarias para contratação de estagiários e digitação dos dados; dentre outras. As principais dificuldades enfrentadas foram: ausência da cobertura total da Estratégia Saúde da Família nos
distritos, falta de informatização das unidades de saúde e divulgação da informação na rede. Os resultados obtidos no
período de 2005 a 2007 foram: elaboração do perfil nutricional de crianças menores de sete anos e gestantes, aumento no
percentual de acompanhamento das famílias de 6% para 47%, aumento no percentual de vacinação de 14% para 51% e no
pré-natal de 5% para 97,67%, aumento do índice geral de descentralização (IGD) utilizado para o repasse financeiro para
o município (de 0,48 para 0,71). Além dos resultados obtidos a experiência implementou a veiculação da informação de
práticas que contribuem para o Processo de Educação e Promoção da Saúde.
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Levantamento das condições de saúde bucal do Centro Educacional Infantil Santa Luzia e do Centro De Educação Infantil Gota De Leite Mão Unidas
Autor: Natalia Rafaela de Assis Costa
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Livia Helena Terra e Souza, Heloisa Helena Vieira Zanetti
Instituição: Universidade Federal de Alfenas
No ano de 2007 em parceria com o projeto de extensão SORRISO avaliou-se o efeito do reforço e da motivação dos cuidados de higiene oral, no controle do biofilme dental e do sangramento gengival. Além disso, verificou-se as condições de
saúde bucal existentes na população em estudo através da análise do índice ceo. Realizou-se as medições nos escolares
dos Centros Educacionais Infantis Santa Luzia e Gota de Leite Mãos Unidas. Inicialmente solicitou-se uma autorização
para a realização do estudo. O projeto posteriormente foi enviado para apreciação e aprovação pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da UNIFAL-MG.Todas as crianças de 18 meses à 6 anos de idade que os pais autorizaram, por meio do consentimento livre e esclarecido, foram examinadas. Foi coletado o índice ceo, índice de dentes perdidos e restaurados,
seguindo os códigos e critérios do SB 2000. Realizou-se também a análise das condições gengivais através do Índice de
Sangramento Gengival (ISG) e do Índice de placa bacteriana (IPV), proposto por AINAMO & BAY (1975), que foram obtidos antes de fornecer às crianças instrução sobre hábitos de higiene oral. Para coleta dos dados, os examinadores foram
devidamente treinados e calibrados e utilizaram fichas adequadas para o registro de cada índice. Semanalmente, os alunos do curso de odontologia que participam do projeto fizeram visitas aos centros educacionais, ministraram palestras
sobre higiene oral e ensinaram às crianças a técnica direta de escovação dental. Os dados foram processados através
dos programas SB-Dados e epiInfo 6.0. Os resultados foram divulgados por meio de gráficos e tabelas. Das 80 crianças
avaliadas 46,25% eram do gênero feminino e 53,75% do gênero masculino. O índice de placa e sangramento inicial foram
respectivamente 60,72% e 1,54%, confirmando que a gengivite é rara em crianças menores 5 anos. Após a instituição de
um programa de higiene oral satisfatório o índice de placa encontrado foi de 9,12% e o de sangramento gengival 0,15%.
Concluiu-se que a instituição de um programa de higiene oral adequado levou a redução dos índices mensurados confirmando a eficácia do processo educativo-preventivo no controle do biofilme dental e do sangramento gengival.
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Descrição dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis em população adulta da
área de abrangência de um Centro De Saúde da Região Leste de Belo Horizonte
Autor: Alessandra Negreiros Silva
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Leandro Graciano Silva Avelar
O ambiente físico que envolve o homem moderno condicionou o aparecimento de doenças crônico degenerativas que
se tornaram crescentes a partir da urbanização e industrialização. Tais doenças estão associadas ao hábito de fumar,
dieta inadequada, inatividade física e estresse. O controle do estresse é fundamental para manutenção ou melhoria da
qualidade de vida relacionando-se a uma menor prevalência de algumas doenças. Tem-se verificado que a distribuição
das doenças e dos fatores de risco na população é a expressão de uma realidade socialmente determinada. Este estudo
teve como objetivo descrever a prevalência e simultaneidade dos fatores de risco relacionados ao estilo de vida que
estão associados às doenças crônicas não transmissíveis em 258 indivíduos, entre 40 e 60 anos de idade, da área de
abrangência de um Centro de Saúde de Belo Horizonte. Foram utilizados como instrumento de avaliação o Questionário
Internacional de Atividade Física (IPAQ), Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL) e formulário contendo questões
sobre dados demográficos. Participaram do estudo 212 pessoas, sendo que 56% foram classificados como sobrepeso ou
obesos; 29,3% eram fumantes; 43,9% relataram fazer uso de bebida alcoólica pelo menos uma vez por semana; 65,7%
relataram antecedentes familiares para doenças crônicas não transmissíveis; 17% foram classificados como sedentários
e 84% apresentaram stress. Considerando que fatores comportamentais são importantes fatores de risco para doenças
crônicas não transmissíveis, torna-se evidente a necessidade de promover ações educativas e ambientais para adoção
de hábitos de vida mais saudáveis na população incluindo o controle do tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas,
estímulo à prática de atividade física, controle do estresse e obesidade.
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Determinantes da adesão de indivíduos em um programa de atividade física: a percepção de seus
participantes
Autor: Leandro Graciano Silva Avelar
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Alessandra Negreiros Silva
Instituição: Centro Universitário de Belo Horizonte
O crescimento rápido e não planejado nos centros urbanos nas últimas décadas resultou em novas formas de produção
e ocupação territorial desordenada, consolidando mudanças nos hábitos da população e implicando sobre sua condição
de saúde. A relação harmônica entre o indivíduo e o ambiente possibilita a construção de um modelo de proteção à
saúde, favorecendo a criação de ambientes saudáveis. Com relação aos hábitos saudáveis de vida, destaca-se a atividade
física, a qual tem sido considerada importante componente de um estilo de vida saudável. Este estudo tem como objetivo
identificar os fatores que interferem na adesão de indivíduos em um programa de atividade física. Foram realizadas entrevistas com 16 participantes de um programa de atividade física regular. Os aspectos citados pelos entrevistados foram
os pessoais, como seus conhecimentos acerca dos benefícios de uma prática regular de exercícios, a busca por melhores
condições de saúde e o desejo por realizar uma atividade física que lhes dê prazer; os fatores referentes ao ambiente social, como apoio de amigos e parentes, a influência de profissionais da saúde, a socialização, a disponibilidade de tempo
para sua realização, a distância a ser percorrida até o local da atividade, além de aspectos relacionados ao ambiente físico, como as características de infra estrutura local e o acesso. Conclui-se que as políticas públicas de incentivo à prática
de atividade física, deveriam reconhecer, além das características individuais e interpessoais, as características físicas e
sociais do ambiente como determinantes na adoção de um estilo de vida saudável.
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A prevalência de fibromialgia e sinais e sintomas de disfunções temporomandibulares em mulheres de 30 a 49 anos no município de Caratinga-MG, 2007
Autor: Helder Nani Ricardo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Regina Coeli Cançado Peixoto Pires
Instituição: UNINCOR-Universidade Vale do Rio Verde, Betim-MG
A Fibromialgia (FM) e as Disfunções temporomandibulares (DTM) são síndromes dolorosas crônicas muito comuns e
que compartilham sintomas. Estudos apontam prevalência de FM na população em geral entre 2 a 5%, principalmente
em mulheres (8:1). A prevalência de DTM é de 40 e 60% na população geral e também maior em mulheres (5:1). Buscando despertar a atenção dos profissionais para a possibilidade da superposição entre as duas síndromes dolorosas, este
estudo teve como objetivo verificar a prevalência de FM e DTM, bem como as possíveis associações entre elas e seus
sintomas. Uma amostra aleatória foi formada por 371 mulheres com idade entre 30 e 49 anos residentes na cidade de
Caratinga-MG. A avaliação e coleta de dados foi feita por um único examinador previamente calibrado, utilizando os
Critérios Diagnósticos para a Classificação da FM recomendado pelo American College of Rheumatology (ACR,1990) e o
Questionário de Triagem de Dor Orofacial e DTM recomendado pela American Academy of Orofacial Pain. Além disso,
foram pesquisados 12 sinais e sintomas característicos da FM. Para a análise dos dados foi utilizado o programa computacional SPSS (versão 12.0) e foram realizados os testes T- Student, Exato de Fischer e o Qui-quadrado. A prevalência de
FM encontrada foi de 12,9%, principalmente nas faixas etárias compreendidas entre 40 e 49 anos (62,9%). Dos sintomas
associados à FM, a ansiedade (93,8%) e a cefaléia (85,4%) foram os mais prevalentes, seguido dos distúrbios do sono
(77,1%) e de humor (75%). Neste estudo, não foi possível estabelecer a real prevalência de DTM, mas verificou-se que
82,22% da amostra apresentou, pelo menos, um sinal ou sintoma sendo a cefaléia (59,8%) e os ruídos articulares (41,8%)
foram os mais encontrados. Todos os cruzamentos realizados entre DTM e FM, bem como seus sinais e sintomas estudados, apresentaram associação. Verificou-se que as chances de um portador de FM apresentar DTM ou de um portador
de DTM apresentar FM são 6,588 vezes maiores que as chances de um não portador apresentar, mostrando que as duas
síndromes dolorosas crônicas estão intimamente relacionadas.
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Saúde nas escolas: o cuidado de enfermagem na promoção à saúde da criança e do adolescente
Autor: Marina Gabriela Chaves Fernandes
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Arielly Euzébia Saraiva, Élida Cupertino da Silva, Eva Aparecida Anastácio, Lindomar Viana Gomes, Tatiana
Cupertino Fialho, Marta Cristina Reis
Instituição: Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde - UNIVIÇOSA
As práticas educativas em saúde são atividades de ensino e aprendizagem desenvolvidas junto à comunidade, família,
indivíduo com o objetivo de debater e promover a tomada de decisão consciente em relação às práticas de saúde, através
da reflexão crítica de ambos, educador e educando. Nesse contexto, acadêmicos do 6º período de Enfermagem incorporados pela sua essência, fundamentada na ciência e arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades
básicas, vem em parceria com as Secretarias Municipais de Educação dos municípios de Pedra do Anta, Teixeiras e Viçosa do Estado de Minas Gerais exercer seu papel de promotor, prevensor e recuperador da saúde junto à comunidade,
acordando com as dimensões do cuidar e as competências da equipe de Enfermagem que são: assistir, educar, investigar
e administrar. Exercendo a dimensão de educadores realizaram-se palestras sobre os temas: sexo e sexualidade/ DST’s
e higienização do ambiente escolar em colégios da rede municipal/estadual das cidades de: Pedra do Anta, Teixeiras e
Viçosa do Estado de Minas Gerais. Compreendendo alunos do pré-escolar ao ensino médio, sendo um total de 19 turmas
e 369 alunos, 19 práticas educativas, em um período de 01/09/2007 a 29/10/2007. Utilizando como recursos: cartazes,
peças anatômicas, preservativo masculino, materiais reciclados e dinâmicas de grupo. A relevância do projeto nas escolas é caracterizada pelas informações trocadas com os alunos, enriquecendo o saber e desenvolvendo um pensamento
crítico a cerca do processo saúde/doença tornando-os conscientes e multiplicadores das ações de promoção à saúde e
prevenção de doenças. Conclui-se que as práticas educativas em saúde nas escolas obtiveram êxito desejado, uma vez
que ouve uma inteira participação dos alunos, verbalizando claramente ao final das práticas educativas, questionando e
debatendo os temas abordados, somando o conhecimento prévio ao que fora aprendido.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Aspectos sobre o conhecimento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Síndrome Da
Imunodeficiência Adquirida (AIDS) em adolescentes
Autor: Renato Vinícius Alves Guimarães
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Michelyne Sidney Castro Faria
Instituição: Universidade de Itaúna, Itaúna - Minas Gerais
O presente estudo objetivou analisar o conhecimento de adolescentes sobre DST/AIDS e avaliar a eficácia de oficinas
voltadas para as relações interpessoais dos jovens na educação sexual e sexualidade, tal como concebemos neste estudo,
abarca aspectos físicos, psico-emocionais e sócio-culturais. Trata-se de um estudo explorativo, quantitativo e qualitativo
com participação de 107 adolescentes com idade entre 11 e 18 anos, no período de março de 2006 a fevereiro de 2007.
Os jovens foram submetidos a dois questionários estruturados, sendo o primeiro, uma Pré-avaliação e o segundo uma
avaliação de evolução do grupo, havendo um intervalo de aplicação entre eles, e neste período executadas as oficinas a
respeito da relação afetivo-sexual. Os resultados foram analisados através do teste estatístico do qui-quadrado. Entre os
adolescentes entrevistados, 52% (n=56) são do sexo feminino e 48% (n=51) do sexo masculino. As diferenças entre o 1o
e o 2o questionários foram estatisticamente evidenciadas, comprovando a eficácia das oficinas. Foi possível elucidar um
complexo de ansiedade, curiosidade e vulnerabilidade, informações sobre os jovens que vivenciam várias dimensões da
sexualidade, enfatizando as que se relacionam mais diretamente ao início da vida sexual e as interações afetivos-sexuais.
Os resultados obtidos na pesquisa sugerem que trabalhos destas relações desenvolvidos com adolescentes, devem abranger os seus estilos de vida. As necessidades de mudança, não se colocam apenas em função da aquisição de informações,
mas de um trabalho ético que inclua também questões socioculturais. Deve-se considerar não apenas a quantidade de informação veiculada, mas principalmente sua qualidade, respeitando sempre sua vivência cotidiana que reflete sobre suas
alternativas de vida e valorizando a experiência individual dos sujeitos e do processo de capacitação entre os mesmos.
Palavras-chaves: Adolescência, Doenças Sexualmente Transmissíveis, Sexualidade, Vulnerabilidade.
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A importância da relação interpessoal na promoção à saúde
Autor: Carolina Murta Lage
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Karine Aparecida Gomes Medeiros, Tassila Veloso Borges do Prado
Instituição: Universidade de Uberaba
Introdução: Dentro da disciplina Saúde e Sociedade III os acadêmicos de medicina estudam ciências do comportamento
(psicologia) e saúde coletiva. Visando atender o conteúdo programado foram ministradas aulas na Escola José Geraldo
Guimarães – Centro Pacaembu, para estudantes de sete anos, além, da realização de visita domiciliar para conhecer o
ambiente familiar dos alunos. Objetivo: Desenvolver ações educativas com o intuito de prevenção e promoção da saúde.
Além disso, estabelecer uma melhor forma de aprendizagem, a qual o futuro médico deve preocupar-se em conhecer
todos os aspectos que envolvem a vida dos pacientes. Metodologia: Foram realizados atendimentos coletivos às crianças
por meio de aulas a partir de: brincadeiras, atividades escritas, cartazes, músicas e principalmente o diálogo. Além disso,
realizaram-se ações voltadas para o atendimento familiar por meio de visitas domiciliares. Durante as visitas procurava-se
conhecer os aspectos sociais, econômicos, culturais das famílias para posterior intervenção de promoção à saúde. Resultado: Observamos através da avaliação final que a maioria das crianças compreendeu de forma satisfatória os temas
apresentados, sendo que do total de vinte e seis alunos apenas dois obtiveram resultado menor que sessenta por cento.
Foi possível também nas visitas verificar o interesse familiar e satisfação pelo contato direto com futuros profissionais
da saúde. As pessoas em geral, sentiam-se mais a vontade para falar sobre seus problemas e dificuldades do cotidiano,
ocorrendo assim, uma aproximação e maior confiança. Lições aprendidas com a experiência: O trabalho foi realizado
com o comprometimento de todos, pois através deste, foi possível ter uma visão mais ampla sobre os vários aspectos que
envolvem o processo saúde-doença e também a necessidade de criar uma relação interpessoal para propiciar um melhor
conhecimento, atendimento e proximidade com o paciente. Recomendações: Pela experiência por nós vivenciada é
possível dizer que a promoção à saúde deve envolver os vários setores da comunidade, pois, a saúde está relacionada ao
ambiente social, cultural, econômico, familiar. Assim, a abrangência de acompanhamento é a melhor maneira de permitir uma aproximação entre profissionais da saúde e sociedade.
Palavras Chave: Educação Infantil. Promoção. Família.
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Promoção da saúde de pacientes com transtornos mentais pertencentes a uma equipe de Saúde da
Família através do uso de medicamentos homeopáticos
Autor: Maria Francisca Vieira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Vania Albuquerque Oliveira, Mônica Beier, Ana Flávia Vieira Leite, Antonio Carlos Gonçalves da Cruz, Aluízio de Assis Abreu, Érika Machado Viana, Regina Célia Coelho Barbosa, Soraya Cássia Ferreira Dias
Instituição: Instituto Mineiro de Homeopatia, Belo Horizonte, MG / Núcleo de Promoção de Saúde e Paz, do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG
A medicina homeopática, arte de curar em conformidade com a natureza, é um sistema médico fundamentado na experiência
no qual o sujeito é abordado na sua totalidade na busca de identificação dos sintomas raros, estranhos e peculiares manifestados que, por meio da aplicação do princípio da semelhança, nos conduzem à escolha da substância medicinal mais adequada
para o caso. É uma medicina inclusiva, um sistema médico simples, que propõe o uso de medicamentos em doses únicas e
ultradiluídas (infinitesimais), objetivando desobstaculizar o fluxo da vida e promover a saúde. As violências são processos
que configuram um risco à realização do fluxo desimpedido da vida, ou seja, um risco à saúde. Compreendendo a doença
como um obstáculo a este fluxo, ela se torna uma violência. A estratégia de saúde da família (ESF) é baseada em um modelo
de atenção onde o usuário é visto e valorizado como sujeito na sua singularidade com participação imprescindível em seu
processo terapêutico. São criados espaços para a incorporação de diferentes saberes e práticas de saúde capazes de ampliar a
abordagem no processo de entendimento das dimensões de saúde e adoecimento do sujeito. Tanto a ESF como a homeopatia,
são modelos assistenciais centrados na saúde com uma atenção mais humanizada e individualizada podendo abordar pacientes de forma integrada. Pacientes com transtornos mentais, usuários do Centro de Saúde São Francisco localizado na regional
Pampulha, no município de Belo Horizonte foram tratados com medicamentos homeopáticos e acompanhados por aproximadamente um ano pelo médico da família e comunidade. Tais pacientes ao serem abordados pelo método homeopático, não
necessitaram do acompanhamento pela equipe de saúde mental, simplificando a trajetória dos mesmos dentro do Sistema
Único de Saúde (SUS). Os resultados dos tratamentos demonstraram promoção da saúde destes pacientes como: retirada de
substâncias alopáticas, inclusive psicotrópicos, reduzindo a fármaco-dependência; reintegração social e valorização da cidadania; melhoria das relações familiares e com a coletividade; assim, oportunizando condições da construção de modos de
viver mais favoráveis à vida e à saúde, com o objetivo de se atingir os altos fins existenciais.
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Adolescência: o despertar da sexualidade
Autor: Bruno de Assis Rodrigues
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Cleidiney Alves E Silva, Márcia Aparecida do Couto Costa
Instituição: Universidade Antonio Presidente Antônio Carlos - UNIPAC Bom Despacho-MG
A orientação sexual na escola brasileira vem crescendo a cada dia, por isso torna-se cada vez mais necessário inserir a
educação sexual no âmbito escolar, a fim de repensar talvez, mitos e preconceitos culturais que se faz presente até os dias
atuais. Trabalhar a sexualidade com adolescentes e jovens é de extrema importância visto que o adolescer é nomeado
como um momento do processo de crescimento e desenvolvimento humano, em que observamos rápidas mudanças na
vida abrangendo diversas transformações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais. Este projeto tem por objetivo
promover educação sexual em adolescentes, a fim de oferecer conhecimentos, proporcionando reflexão com a finalidade de torná-los agentes transformadores de atitudes conscientes em sua prática cotidiana. Foi realizado com adolescentes do Centro de Ação Social e Extensão Universitária Presidente Antônio Carlos (CASEPAC) no período de agosto a dezembro de 2008 em Bom Despacho-MG. Utilizou-se a metodologia de Oficinas em Dinâmica de Grupo por proporcionar a
inserção de uma teia de relações e papéis sociais entre os participantes. Durante o projeto foram delimitados os seguintes
temas geradores: Alterações Fisiológicas Corporais, Higiene e Saúde, Sexualidade na Adolescência, Métodos Contraceptivos, DST`s e AIDS, A Sexualidade no Contexto Social. Os resultados obtidos por essa experiência possibilitaram aos
adolescentes um espaço de reflexão e aquisição de novos conceitos conduzindo a mudanças em relação à sexualidade.
Palavras Chaves: Adolescência, Sexualidade, Oficinas Educativas.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Experiência da dor crônica: compreendendo as repercussões na participação de trabalhadores
Autor: Fabiana Caetano Martins Silva
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Rosana Ferreira Sampaio, Marisa Cotta Mancini, Marcus Alessandro Alcântara
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
Introdução: A dor é um dos maiores problemas de saúde da atualidade, em especial, quando abordada sob os aspectos
do sofrimento humano que a experiência dolorosa causa. Ela é considerada crônica quando persiste por mais de três
meses e sua intensidade não corresponde a uma lesão específica. Existem diferenças individuais na percepção de dor
e na forma como cada indivíduo responde à sua experiência dolorosa. A presença de condições crônicas, como a dor,
tem contribuído para uma participação menos diversificada de trabalhadores, centrada em atividades mais domésticas,
envolvendo relações sociais pobres e incluindo menos atividades recreativas. O trabalho é a área do constructo participação que mais sofre o impacto negativo da dor crônica. Objetivo: Entender os efeitos da dor crônica na participação de
trabalhadores, entendendo como estes lidam com suas vivências frente à restrição imposta pela dor. Método: O estudo
foi realizado numa abordagem qualitativa e a técnica de coleta de dados foi a entrevista semi-estruturada com a participação de 10 trabalhadores com dor crônica. Resultado e Discussão: A análise das entrevistas revelou que a dor crônica
implica em conseqüências na participação de trabalhadores levando a restrições no trabalho representadas por perda
dos papéis desempenhados e sofrimento em relação às mudanças do status de trabalhador. As relações sociais passam a
se restringir à família e os trabalhadores apresentam um isolamento crescente de outros grupos sociais. A reconstrução
da vida dos participantes é um contra ponto na ruptura biográfica identificada. As narrativas apresentaram estratégias
dos próprios trabalhadores para lidar com a dor, tentativas de reorganização do cotidiano e formulações de novos planos
para o futuro. Espera-se que os pesquisadores e clínicos possam adotar uma abordagem que busque uma visão ampliada
do que é subjetivo na vida de pessoas com dor crônica para captarem os significados sobre a dor, a ruptura que ocorre
na história de vida destes trabalhadores e as respostas frente à reconstrução que se impõe.
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Potencial de evitabilidade de óbitos fetais e infantis investigados
Autor: Edna Maria Rezende
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Eunice Francisca Martins, Sônia Lansky, Mariana Machado Barbosa Cangussu, Natália Daisy Ribeiro
Instituição: Escola de Enfermagem da UFMG, Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
A mortalidade infantil em Belo Horizonte, embora com níveis decrescentes nos últimos anos, é ainda preocupante, já
que grande parte desses óbitos é passível de prevenção. Atualmente a prioridade de redução tem sido direcionada para
o componente neonatal precoce e para a mortalidade fetal, visto que apresentam determinantes similares relacionados
à assistência ao pré-natal, ao parto e ao recém-nascido. O objetivo deste estudo é identificar o potencial de evitabilidade
dos óbitos fetais e infantis investigados de residentes de Belo Horizonte, ocorridos no período de 2004 a 2006, que preencheram os critérios de investigação definidos pelo Comitê de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal de Belo Horizonte. Foram
incluídos todos os óbitos pós-neonatais e óbitos fetais e neonatais com peso ao nascer superior a 1.500g, exceto aqueles
com malformação congênita grave. Utilizou-se o banco de dados do referido Comitê e as variáveis estudadas foram tipo
de óbito, peso ao nascer, grau de risco da residência e o potencial de evitabilidade segundo as classificações SEADE e
de Wigglesworth. Os dados preliminares mostram que das 248 investigações de óbitos analisadas 49,2 % foram de óbitos
fetais, cerca de 51,7 % delas indicavam peso adequado ao nascer (acima de 2500 g) e 33,5 % das crianças nascidas residiam em áreas de elevado e muito elevado risco. De acordo com os critérios de evitabilidade da Fundação SEADE, 29,8%
dos óbitos foram considerados redutíveis por ações de diagnóstico e tratamento precoce, 23,7% redutíveis por adequado
controle da gravidez e 15,5% redutíveis por adequada atenção ao parto. Segundo a classificação Wigglesworth 30,7% das
mortes foram classificados como anteparto e 22,8% devido à asfixia intraparto. A investigação dos óbitos mostrou-se
como estratégia importante para identificar o potencial de evitabilidade da mortalidade fetal e infantil e para reorganização do sistema de saúde. As mortes anteparto indicam falhas na atenção pré-natal e aquelas por asfixia intraparto, falhas
no acompanhamento do trabalho de parto e parto. A situação evidenciada requer investimentos na melhoria da atenção
perinatal e infantil, com maior articulação entre os serviços de saúde. A qualificação do cuidado em saúde deve ser foco
prioritário, uma vez que não foram detectados problemas de acesso aos serviços de saúde.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Evolução da odontologia hospitalar nos últimos cinco anos na região metropolitana de Belo Horizonte, MG
Autor: Maria Aparecida de Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Paula Vitali Miclos, Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira, Lilian Pinto de Lima, Amanda Érika Aguiar
Durães, Fabiano Freitas Corrêa, Luciana Quintão Foscolo Melo; Rachel Ferraz Carmo Vieira, Maria Carolina Palhares e
Cordeiro, Marina Pereira Coelho.
Instituição: ABO-MG, PMMG, CBMMG, IPSM, FASC-MG
Avaliar as características da inserção do serviço odontológico nos hospitais de grande porte da RMBH em relação à lógica
de sua expansão de 2003 para 2008 foi objeto desse trabalho. Por meio de pesquisa descritiva, em 2008 foram levantados os
dados sobre o contingente de hospitais que contempla a atenção odontológica, as especialidades odontológicas oferecidas,
a existência de interdisciplinaridade com as demais áreas da saúde, os procedimentos realizados, os níveis de atenção englobados, entre outras variáveis. Os resultados foram comparados com informações coletadas em 2003 a fim de se compreender
o caráter evolutivo dessa assistência. Constatou-se que as equipes odontológicas se fortaleceram (de 28 dentistas em 2003
para 60 em 2008), novas especialidades da saúde bucal foram introduzidas, intensificou-se a interdisciplinaridade (de 63,15%
em 2003 para 100% em 2008), ampliou-se o reconhecimento e valorização profissional e houve um evidente aumento nos
procedimentos reabilitadores e de prevenção, indicando maior cuidado com a qualidade de vida do paciente hospitalizado.
No aspecto quantitativo, verificou-se uma estabilização no número desses hospitais uma vez que permaneceu de 57,57%
(2003) para 57,14% (2008). Houve um crescimento das especialidades preventivo-restauradoras (clinica geral, odontogeriatria, odontopediatria, dor orofacial, ortodontia, saúde coletiva, periodontia, dentística restauradora, radiologia e prótese) em
relação às cirúrgicas/diagnóstico (buco-maxilo-facial e estomatologia) que no ano de 2008 passaram a representar 61,70%
dos especialistas, contra 31,58% em 2003. O atendimento odontológico clínico geral encontrado em 50% dos hospitais ultrapassou os dados de 2003 (26,31%), passando à frente das cirurgias ambulatoriais (42,86%) e do atendimento de urgências
/ emergências (35,71%). Esta é uma nítida indicação de mudanças no perfil da assistência odontológica hospitalar, que em
2003 apresentava-se predominantemente cirúrgica e em 2008 passa a ser prioritariamente reabilitadora. Concluiu-se que,
embora quantitativamente a inserção da odontologia no cenário hospitalar da RMBH não tenha sofrido alterações representativas nos últimos cindo anos, do ponto de vista qualitativo a odontologia caminhou no sentido de sua consolidação como
profissão de prevenção, promoção e reabilitação da saúde no contexto hospitalar.
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Experiência da odontologia em programas de inclusão social
Autor: Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maria Aparecida de Oliveira; Heloísa Eugênia Guimarães; Maria Carmen Moura da Costa; Luciana Quintão Foscolo Melo; Rachel Ferraz Carmo Vieira; Amanda Érika Aguiar Durães; Maria Carolina Palhares e Cordeiro;
Marina Pereira Coelho; Lílian Pinto de Lima.
Instituição: ABO-MG, PMMG, CBMMG, IPSM
A odontologia de saúde coletiva busca nos diversos espaços sociais as oportunidades de se estabelecer como ciência capaz
de contribuir para a inclusão de indivíduos que se encontram na condição de marginalizados. Neste contexto, desenvolveu-se
junto ao Programa Curumim Vila Ventosa, em Belo Horizonte um projeto piloto de familiarização com temas da saúde bucal. A
abordagem ocorreu por meio de oficinas de desenhos, jogos, atividades lúdicas, festas e dinâmicas integradas para produção
de reflexões sobre autopercepção da saúde bucal e representação dos autocuidados bucais. Para os 16 adolescentes participantes foi aplicado um questionário de 16 questões sobre a representação da saúde bucal, as doenças bucais que incidem em
adolescentes, hábitos alimentares e autocuidados. As mudanças alcançadas pelo projeto odontológico foram dimensionadas a
partir de dupla aplicação do questionário. Observou-se a freqüência e receptividade dos adolescentes aos encontros, as quais
foram tomadas como um parâmetro para inferir o interesse despertado pelo projeto. Houve maior consciência, maturidade e
riqueza de detalhes nas respostas à segunda aplicação do questionário. Verificou-se pelas respostas à questão 1 que a expectativa inicial dos adolescentes não era boa, com dúvidas sobre a vontade de participar. A questão 2 mostrou que os adolescentes
já possuíam noções elementares sobre os assuntos tratados. O parecer dos adolescentes na questão 4 manteve-se inalterado
quando da aplicação inicial e final do questionário quanto à questão da dimensão social. Para eles, esta não traz repercussões
na qualidade de saúde da população. Eles alegam que os ricos bebem e fumam mais e muitas vezes são mais fracos que os pobres, apesar de concordarem que as pessoas que recebem melhores salários possuem melhores condições de irem ao médico,
dentista, comprar remédios e “colocar aparelhos ortodônticos”. Cerca de 38% dos adolescentes consideraram fácil cuidar dos
dentes enquanto 18% consideraram difícil ou entendiante, 22% se reportaram à falta de recursos para a higiene bucal rotineira.
Concluiu-se como válida a iniciativa de superação dos modelos tradicionais e a adoção de metodologias atrativas, que favorecem a sensibilidade e criatividade dos jovens alcançando os níveis afetivo, cognitivo e psicossocial dos mesmos, como uma
experiência de inclusão social, responsabilização e estímulo para o autocuidado.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Análise descritiva das principais causas de mortalidade no município de Betim-MG, no período de
2005 a 2007
Autor: Maria Aparecida de Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Regina Coeli Cançado Peixoto Pires, Jaqueline Martins, Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira, Luciana
Quintão Foscolo Melo, Maria Carolina Palhares e Cordeiro, Amanda Érika Aguiar Durães, Fabiano Freitas Corrêa, Marina
Pereira Coelho, Rachel Ferraz Carmo Vieira.
Instituição: PMMG, CBMMG, IPSM, ABO-MG, FASC-MG, ABO-MG
Avaliar a ocorrência e os determinantes de doenças que causam óbito em uma população é um desafio, visto a natureza multifatorial e o complexo dimensionamento de fatores sociais, econômicos e culturais que, direta ou indiretamente, contribuem para
a instalação e evolução das mesmas. Esse estudo identificou os principais agravos responsáveis por adoecimento com desfecho
em óbitos na população de Betim-MG, bem como desenvolveu uma análise epidemiológica de sua distribuição nos anos de 2005
a 2007, com base nos registros e arquivos da Vigilância Epidemiológica local. Paralelamente, com vistas a uma sustentação teórica e conceitual, utilizou-se a literatura científica como suporte para traçar discussões comparativas com outras populações e
para agregar informações sobre as práticas de promoção de saúde que vêm surtindo efeito positivo em outras localidades do país
e no mundo. Levando em consideração as doenças que ultrapassaram 50 casos de morte em cada um dos três anos, observouse a coexistência de sete diferentes grupos predominantemente responsáveis pela mortalidade em Betim: Doenças do Aparelho
Circulatório, Neoplasias, do Aparelho Respiratório, Afecções originadas do Período Perinatal, do Aparelho Digestivo, Infecciosas
e Parasitárias e as Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas. Tais achados são condizentes com dados da literatura que apontam
para uma mudança mundial no perfil da morbi-mortalidade das populações, no qual as doenças não transmissíveis passaram a
predominar nas estatísticas de saúde, constituindo problemas emergentes nos países em desenvolvimento e nos grupos sociais
menos favorecidos, coexistindo com as doenças contagiosas e parasitarias. Betim é portanto, um retrato fiel do Brasil, apresentando uma situação epidemiológica que reflete inquestionavelmente as contradições do processo de desenvolvimento do país.
As doenças cardiovasculares, o câncer, as doenças respiratórias e o diabetes, juntamente com as causas externas, somam 55,2%
do total de causas de óbitos, representando também grande impacto na morbidade e nos gastos com tratamento ambulatorial,
internações hospitalares e reabilitação. Tomando o estudo como fonte de diagnóstico para a atuação planejada, enfatiza-se a
importância de medidas preventivas e da adoção dos princípios e ações da promoção de saúde, focalizando os grupos populacionais e faixas etárias mais acometidos.
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Instrumentos adotados por gestores hospitalares para garantir a integralidade da atenção o uso do fluxograma descritor
Autor: Marina Pereira Coelho
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maria Aparecida de Oliveira; Paula Vitali Miclos; Fabiano Freitas Corrêa; Cecília Maria Carvalho Soares
Oliveira; Lilian Pinto de Lima; Maria Carolina Palhares e Cordeiro, Amanda Érika Aguiar Durães; Rachel Ferraz Carmo
Vieira, Luciana Quintão Foscolo Melo
Instituição: FGV, PMMG, CBMMG, IPSM, ABO-MG, FASC-MG
É incessante a busca de transformações nos serviços de saúde no sentido de superar o trabalho fragmentado em tarefas, o
qual se comporta como um dos maiores desafios para garantir a integralidade na atenção e na visão do indivíduo. Adotou-se
neste estudo a concepção de que a integralidade representa uma estratégia de gestão dos serviços de saúde em sintonia com
os princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde. Portanto, sua operacionalização ultrapassa a ação do
profissional ou equipe e recai também sobre as decisões dos gestores para motivar sua aplicabilidade. Iniciativas na área
da informatização, nos fluxos de referência e contra-referência, nos processos de trabalho, na otimização da comunicação
entre setores, na adoção de protocolos, entre outras, foram observadas durante o levantamento realizado em um hospital de
Belo Horizonte. Por meio da metodologia do Fluxograma Descritor, a pesquisa concentrou-se no reconhecimento de pontos
de estrangulamento capazes de comprometer o atendimento integral como um todo. De uma forma geral, observou-se que
a integralidade esteve de forma fragmentada contida em todas as etapas do atendimento. Pontos críticos foram detectados
na porta de entrada, onde estão presentes pacientes graves, pacientes da atenção básica e transeuntes, sem o apoio de um
porteiro ou sentinela. Observou-se a escassez de recursos humanos na recepção do pronto atendimento, retardando o atendimento dos casos complexos. Apesar das informações e orientações repassadas ao paciente-família, não lhes foi apontado
de forma clara e completa o circuito que o mesmo deveria fazer no hospital durante sua permanência. A falta de agilidade
da equipe de internação, somada ao trânsito livre de pessoas causou uma hiperlotação comprometendo a assistência na sala
de observação. A comunicação intersetorial mostrou-se eficaz, pois houve bom cruzamento de informações entre o PA e a
internação. Com isso, o acolhimento do paciente e acompanhante foi realizado pela equipe de internação que já os aguardava. Durante o período de internação não foi observada integração entre as equipes multiprofissionais, apesar da qualidade
do atendimento prestado. Por fim, não houve participação dos demais profissionais de saúde na decisão pela alta médica,
comprometendo o cuidado integral, a educação para os autocuidados e o preparo do paciente e familiares.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Saúde bucal do trabalhador – revisitando os aspectos abordados na literatura
Autor: Marina Pereira Coelho
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Fernando Lucas Rodrigues Alves, Maria Aparecida de Oliveira; Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira; Maria
Carolina Palhares Cordeiro; Lílian Pinto de Lima,; Marcela de Almeida Ruback; Fabiano Freitas Corrêa; Lígia Carolina
Moreira Braga; Lívia Fulgêncio.
Instituição: Faculdade São Leopoldo MANDIC
Vários são os motivos de se ocupar com a saúde do trabalhador na sociedade moderna marcadamente industrial, onde a produção e o consumo movimentam o mercado, são fatores de sucesso e determinam o modo de viver dos indivíduos. É extenso
o espectro de doenças que influencia a produtividade de funcionários e empregados, destacando as doenças desenvolvidas
pela profissão incluindo as doenças bucais. Dentro do exposto, o presente trabalho pretendeu realizar um estudo bibliográfico
sobre as abordagens contidas em artigos, periódicos, livros e na bibliografia virtual a respeito da saúde do trabalhador sob a
ótica das condições bucais. Na literatura sobre o tema sobressaiu o consenso de que a boca representa uma área exposta a
agentes agressivos como qualquer área do corpo e, na maior parte das empresas, há negligências por parte dos trabalhadores
(no uso de Equipamentos de Proteção Individual) e dos empregadores ao negar a inserção da odontologia do trabalho nas
empresas. Em seqüência, um dos pontos mais abordados foi a estatística de morbidade e mortalidade com causa bucal e o
conseqüente absenteísmo por motivo de doenças e necessidades odontológicas. Destacou-se também a defesa pela rotina de
levantamentos epidemiológicos bucais no sentido de detectar os problemas bucais que podem afetar a classe trabalhadora
e no sentido da busca permanente da compatibilidade entre a atividade laboral e a preservação da saúde bucal do trabalhador. Em menor volume encontram-se os estudos sobre os riscos ocupacionais e as conseqüências bucais de uma exposição
a agentes patológicos e algumas pesquisas sobre a necessidade de mudanças no processo de trabalho com fins de promover
a saúde bucal. Isoladamente há alguns estudos sobre a importância da odontologia do trabalho para a melhor definição das
bases científicas para a aplicação de um diagnóstico odontológico mais preciso e a questão dos exames odontológicos para
fins trabalhistas. É conclusiva a indicação da inserção do cirurgião-dentista na equipe de saúde dentro das empresas, como
estratégia para beneficiar a própria empresa e os trabalhadores com o aprendizado dos cuidados com a higiene, facilidade
de acesso aos cuidados odontológicos, conseqüente aumento da motivação, diminuição das possibilidades de acidentes do
trabalho, doenças ocupacionais com manifestações bucais e diminuição do absenteísmo.
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Análise da técnica do tratamento restaurador atraumático no contexto da odontologia de mínima
intervenção – perspectiva bibliográfica
Autor: Lilian Pinto de Lima
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira; Maria Aparecida de Oliveira; Eduardo Rêgo Araújo; Fabiano Freitas Corrêa; Luciana Quintão Foscolo Melo; Rachel Ferraz Carmo Viera; Amanda Érika Aguiar Durães; Maria Carolina
Palhares e Cordeiro; Marina Pereira Coelho
Instituição: Faculdade Leopoldo MANDIC, FASC-MG, PMMG, CBMMG, IPSM
A lógica da assistência à saúde bucal de comunidades que apresentam necessidades acumuladas sofreu mudanças ao longo
do tempo, as quais representaram ganhos em operacionalidade, capacidade de cobertura, agilidade e redução dos recursos
despendidos. A passagem do sistema incremental à odontologia de mínima intervenção envolveu um longo percurso marcado
pelas descobertas de novos materiais, desenvolvimentos de novas técnicas e, sobretudo, pela mudança no modelo conceitual
de atenção odontológica. Nesse novo modelo, o significado de mínima intervenção é utilizar técnicas de baixa demanda
tecnológica, associada à simplicidade e rapidez para estacionar a doença cárie, promovendo a adequação microbiológica,
estrutural e funcional da boca. Buscando respostas na bibliografia científica elaborou-se o presente estudo com o objetivo de
avaliar a técnica do Tratamento Restaurador AtraumátiCC – ART como um suporte e alternativa para a odontologia de mínima
intervenção. Observou-se que o ART tem sido proposto como alternativa viável de tratamento, não só para os dentes decíduos em crianças como para dentes permantentes em adultos e, sobretudo para idosos. No entanto, pairam sobre a técnica
dúvidas relativas à durabilidade das restaurações, resistência ao desgaste e fratura obscurecendo a possibilidade da mesma
ser considerada como tratamento reabilitador definitivo. A revisão bibliográfica que ora se apresenta não aponta para uma
unanimidade quanto à indicação, utilização e longevidade das restaurações na técnica do ART, mas demonstra que sua utilização, principalmente nos locais e comunidades com alto índice de cárie e poucos recursos tecnológicos, poderá se apresentar
como uma das estratégias a serem utilizadas no controle da cárie dental, desde que critérios de seleção de caso e de utilização
correta do ionômero de vidro sejam observados. Considerando que no caso da odontologia de mínima intervenção objetiva-se
tratamentos minimamente invasivos e restaurações proporcionalmente menores, independentemente dos materiais utilizados,
concluiu-se que o ART enquadra-se nesse conceito, comportando como uma alternativa viável para se praticar a odontologia
minimamente invasiva
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Representação da saúde bucal e os autocuidados adotados por adolescentes usuários do sistema
de saúde da PMMG
Autor: Lilian Pinto de Lima
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maria Aparecida de Oliveira; Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira; Rachel Ferraz Carmo Vieira; Maria
Carolina Palhares e Cordeiro; Marina Pereira Coelho, Luciana Quintão Foscol Melo; Marcela de Almeida Ruback;
Fabiano Freitas Corrêa; Amanda Érika Aguiar Durães.
Instituição: PMMG, CBMMG, IPSM
As alterações do complexo craniofacial e bucal, ao lado das mudanças hormonais e de comportamento que caracterizam a
adolescência, requerem dos cirurgiões-dentistas um conhecimento específico e um direcionamento apropriado para o atendimento deste grupo etário. A partir de uma amostra de 367 adolescentes usuários do Sistema de Saúde da PMMG, por meio
de entrevistas e exame clínico bucal, avaliou-se o comportamento desde grupo populacional, sob o enfoque das práticas de
autocuidados adotadas rotineiramente e o quadro de valores envolvido. Averiguou-se que o motivo da consulta odontológica
foi a procura por tratamento reabilitador (34,4%), emergências (29,8%) e interesse pelos cuidados preventivos (29,8%). O valor
dos autocuidados com a higiene bucal tem significado estético para 51,8% dos adolescentes, promove a saúde bucal na concepção de 48,5% do grupo, gera bem-estar segundo 34,5% e representa uma obrigação socialmente imposta na visão de 24,9%.
Na opinião de .64,5% dos adolescentes a prática da escovação dental tem como finalidade promover a saúde, porém 58,2% dos
participantes a associaram também com a convivência social e com o bem-estar, enquanto 41,5% vêem nessa rotina o significado estético. Os motivos para o uso rotineiro da pasta dental estão relacionados à sensação de frescor e bom hálito (41,3%),
com a aparência e estética (39,9%), com a ação preventiva do flúor (27,8%) e com o interesse em disfarçar o paladar (15,4%). No
caso do fio dental, 57% dos entrevistados destacaram como vantagens a ação de retirar alimentos entre os dentes cessando o
incômodo causado, enquanto para 39% a vantagem é a limpeza das superfícies dentais não alcançadas pela escova. Segundo
16,3% dos jovens o fio dental previne a ocorrência de lesões de cárie e para 6,3% ajuda a melhorar o hálito. Os resultados indicaram que tanto para o sexo masculino quanto para o feminino, o autocuidado por meio da higiene bucal apresenta-se como um
comportamento complexo com uma série de fatores influenciando sua prática, e que apesar dos adolescentes se preocuparem
com a ocorrência da cárie dentária e com a promoção de saúde, para este grupo o autocuidado bucal está fortemente associado
à estética, bem-estar e importância para o relacionamento social. Com essa leitura é possível para o cirurgião-dentista o estabelecimento de estratégias de abordagem e motivação da população adolescente.
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Estudo comparativo entre os níveis de atenção odontológica contemplados no ambiente hospitalar
da RMBH
Autor: Amanda Èrika Aguiar Durães
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira; Maria Aparecida de Oliveira; Paula Vitali Miclos; Fabiano FreitasCorrêa; Luciana Quintão Foscolo Melo; Rachel Ferraz Carmo Vieira; Maria Carolina Palhares e Cordeiro; Marina Pereira
Coelho; Lilian Pinto de Lima.
Instituição: ABO-MG, PMMG, CBMMG, IPSM, FASC
No contexto da rede de unidades de saúde, para a medicina o hospital é considerado como a referência dos atendimentos
de alta complexidade. Apesar disso, é comum deparar com a concomitante oferta de serviços ambulatoriais de menor porte
superpondo às atividades de promoção de saúde das unidades básicas. Para a odontologia a lógica da distribuição dos níveis
de atenção no espaço hospitalar é relativamente diferente. O hospital representa o local apropriado para o atendimento dos
grandes portes cirúrgicos e para as urgências e emergências odontológicas, mas pode também ser um espaço para a promoção da saúde bucal, se considerar os avanços das pesquisas científicas que comprovam a estreita relação entre o cuidado
bucal e a melhor resposta orgânica geral. O presente estudo descritivo avaliou os procedimentos e especialidades odontológicas realizados nos hospitais de grande porte da RMBH com a finalidade de categorizá-los nos diferentes níveis de atenção
(primária, secundária e terciária). Nos hospitais 35% dos dentistas são de cirurgiões buco-maxilo-faciais, 33,33% são clínicos
gerais, 6,66% são ortodontistas, 5% são odontogeriatras e odontopediatras, 3,33% são especialistas em saúde coletiva. Quanto
aos procedimentos realizados, prevalecem os cirúrgicos de alta complexidade representados pela cirurgia buco-maxilo-facial
(71,43%), as urgência/emergência (64,29%) e a traumatologia (50%). As cirurgias ortognáticas são também atividades deste grupo de procedimentos invasivos e vêm sendo realizadas em 21,43% dos hospitais estudados. Destacando-se como um
avanço da odontologia hospitalar em direção à promoção de saúde e aos cuidados com a qualidade de vida do paciente
hospitalizado, notificou-se que procedimentos odontológicos profiláticos e preventivos estão sendo realizados em 57,14% dos
hospitais, os quais contemplam a aplicação tópica de flúor. A remoção em massa de tecido cariado e selamento é coberta por
50% dos hospitais e a aplicação de selantes oclusais alcançou 35,71%. A atenção aos portadores de necessidades especiais é
disponibilizada por 35,71% dos hospitais. Embora mantenha suas características originais de local de atendimento secundário
e terciário, na odontologia hospitalar já se observa um evidente aumento nos procedimentos reabilitadores e de prevenção
presentes na odontologia como atenção primária.
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Tabagismo: a importância da abordagem do tema na Atenção Primária
Autor: Natália de P. C. Vasconcellos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Danielle Carvalho de Oliveira Coutinho, Marcella Carvalhaes Pimenta, Érica Batista Ruas da Silveira, Silvia
Gonçalves Rocha, Gabriela Boemeke Pinto, Ana Carolina Assi Scalon, Anderson Gonçalez de Oliveira, Felipe Abritta
Instituição: Centro Universitário de Belo Horizonte - Belo Horizonte-MG
O tabagismo é considerado uma doença crônica, pediátrica, responsável por 90% dos cânceres de pulmão e um dos
mais importantes problemas de saúde pública no mundo. Além de provocar malefícios imensuráveis à saúde, é um
gerador em potencial de ônus sócio-econômico. No entanto, há relatos na literatura quanto à escassez de profissionais
capacitados para abordar o paciente tabagista e empreender medidas de intervenção a nível primário. Este estudo teve
como objetivo Identificar e caracterizar indivíduos participantes de Palestras da Semana de Sensibilização para o Dia
Mundial sem Tabaco no Centro de Saúde Santa Rosa, Belo Horizonte/MG. Os participantes das palestras foram convidados a responder um questionário com dados sócio-demográficos, sua relação com o tabagismo e à exposição à fumaça
do tabaco elaborado pelos autores e, em caso de tabagista, também o questionário de Fagerström que avalia o grau de
dependência nicotínica. Participaram do estudo 152 indivíduos, 105 (69,1%) eram do sexo feminino e a média das idades
foi de 50 anos ± 17,11. A renda familiar variou entre R$76,00 e R$10.000,00, e grande parte da população apresentava baixo nível de escolaridade. Do total, 30 indivíduos (20%), eram tabagistas Ativos; 43 (28%) eram Não-Tabagistas; 36 (24%)
eram Ex-Tabagistas; e 43 (28%) eram Tabagistas Passivos. Dentre os tabagistas ativos, 81% já tentou parar de fumar pelo
menos uma vez e obtiveram pontuação no Questionário de Fagerström média de 4,36 ± 2,68 significando dependência
leve. Entre os Ex-tabagistas, 89% não utilizaram nenhum tipo de recurso para parar de fumar. A maioria dos Fumantes
Passivos (73%), relatou maior exposição à fumaça em ambientes fechados. Diante dos resultados encontrados, o número
de entrevistados tabagistas, ou que tinham algum contato com o tabaco, ainda é relevante; demonstrando assim que é de
suma importância profissionais capacitados que favoreçam a discussão desse tema com a população a nível primário.
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Atuação do enfermeiro para minimizar os efeitos adversos após as imunizações
Autor: Eliangela Saraiva Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Alessandro Custódio Dias, Angélica Souza Toledo Andrade,Eliana de Castro Lucas Martino, Élida Cupertino
Da Silva, Jázera Tostes da Silva, Leonardo Santana Rocha
Instituição: Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
O programa de imunização tem-se consolidado no Brasil nos últimos 30 anos, em que o Programa Nacional de Imunização (PNI), possui como meta prevenir as principais doenças imunopreviníveis que incidem no país, por meio de vacinações de rotina, alcançando avanços e garantindo melhorias na prevenção de doenças infecciosas e na qualidade de
vida de toda sociedade. A imunização é feita por intermédio de vacina. É importante salientar a diferença entre vacinar
e imunizar: vacinar é o ato de administrar a vacina; imunizar é o processo de desenvolver uma resposta imunológica
adequada a um antígeno por meio de vacinação. A imunização tem se mostrado o melhor programa de saúde pública,
diminuindo consideravelmente a incidência das doenças infecciosas. O sucesso das campanhas somente se concretiza
devido ao apoio e confiança da comunidade nas ações de imunização. Assim, este estudo objetivou identificar conceitos
sobre vacinação, imunização e sobre seus efeitos adversos pós-vacinação, relacionando as orientações cabíveis tanto
para os enfermeiros quanto para os clientes a serem imunizados; e também buscou elaborar um modelo que minimize
os riscos advindos dos efeitos adversos pós-imunização. Fez-se uma revisão de literatura. A partir de artigos periódicos
indexados na base de dados LILACS e MEDLINE, focalizando as produções científicas publicadas nos últimos dez anos
(1998 a 2008) para serem utilizados dados atualizados. As palavras-chave utilizadas foram: vacinação, imunização e
eventos adversos. Concluí-se que o enfermeiro tem papel decisivo na orientação do paciente quanto os eventos adversos
pós-imunização e na eficiência da imunização, em que são imprescindíveis conhecimento e pratica dos pilares do Programa Nacional de Imunização.
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A importância do enfoque multiprofissional para a promoção da saúde: um estudo de caso
Autor: Adriana Estela de Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Santos, Adriana Cabett dos, Lupianhes, Adriana Barroso, Ribeiro, Jacqueline Costa Martins, Souza, Jorge
Augusto Soares, Graciano, Miriam Monteiro de Castro
Instituição: UINIFENAS
Trata-se de um estudo de caso realizado com paciente da área de abrangência de um PSF do interior de Minas Gerais.
O referido paciente é uma mulher com 41 anos de idade, analfabeta, aposentada, residindo na casa dos pais, com crises
fóbicas desde a infância. Há aproximadamente dez anos, a mesma começou a apresentar dificuldades de deambulação.
Mediante o desafio do caso, a equipe do PSF e profissionais de apoio iniciaram terapêutica com abordagem multiprofissional. Atividades de orientação e tratamento nutricional, fisioterápico, odontológico, psicológico e médico foram realizadas durante visitas domiciliares com o intuito de estabelecer maior vínculo com a paciente e obter sua cooperação e adesão ao tratamento proposto. Com o objetivo de refletir criticamente sobre esse programa de tratamento multiprofissional,
foi proposta a realização de um estudo de caso. Para tanto, a coleta de dados foi feita por meio de leitura de prontuário,
visando avaliar evolução clínica do caso e observação direta de campo. Observou-se que a partir da abordagem multiprofissional a paciente, passou a apresentar diminuição dos sinais e sintomas da Fobia Social, ganho ponderal em função
da reeducação alimentar e, conseqüentemente, melhora significativa da qualidade de vida. O trabalho fisioterápico, por
meio de atividades de alongamento, propiciou expressivo fortalecimento muscular, que refletiu no equilíbrio e marcha
da paciente, possibilitando que a mesma voltasse a deambular, favorecendo o bem estar físico, emocional e a reinserção
no convívio social. No tratamento odontológico foi feito um trabalho que além de levantar a auto-estima na parte estética,
facilitou-lhe a ingestão de alimentos, resultando em melhoria da qualidade de vida. A paciente correspondeu bem ao
tratamento proposto, auxiliando os profissionais que puderam contar com um resultado satisfatório. Por meio do treinamento realizado pelas psicólogas nas sessões de Psicoterapia sua convivência social desenvolveu-se de tal maneira que
ela já executa trabalhos manuais que lhe aumentam a renda familiar.
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Relação dos dentifrícios fluoretados e fluorose dental
Autor: Marcela de Almeida Ruback
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Vera Lúcia Ribeiro de Souza, Maria Aparecida de Oliveira, Luciana Quintão Foscolo Melo, Rachel Ferraz
Carmo Vieira, Amanda Érika Aguiar Durães, Fabiano Freitas Corrêa; Lílian Pinto de Lima, Maria Carolina Palhares e
Cordeiro, Marina Pereira Coelho.
Instituição: PMMG, UFJF
O declínio na incidência de cáries nas últimas décadas, ao contrário do que se postulava anteriormente, passou a ser fortemente creditado ao uso de dentifrícios fluoretados, o que pôde ser detectado por meio da comparação entre as taxas de cárie
antes e após a introdução dos mesmos no mercado e entre comunidades que incluíram e as que não adotaram estas pastas.
Contudo, simultaneamente, foi registrado um aumento na prevalência de fluorose dental. Neste estudo de revisão da literatura
enumerou-se os diversos fatores de risco para a fluorose dental e sua possível correlação com o uso de dentifrícios fluoretados.
Presumiu-se que a utilização do flúor, amplamente testada e aceita como um método barato, seguro e de larga abrangência
continue sendo altamente válido desde que os profissionais da odontologia encontrem a posologia e os métodos adequados
segundo as faixas etárias para evitar-se efeitos colaterais. A favor das suspeitas de associação entre fluorose e dentifrícios fluoretados, a experiência de redução da concentração de flúor nos dentifrícios infantis nos Estados Unidos demonstrou queda
da fluorose. Da mesma forma, observou-se que a prevalência de fluorose aumentou nas crianças que utilizam dentifrício com
maior concentração de flúor (1.450 ppm) contra as que usam a fórmula em gel com 400 ppm. O problema é que as pesquisas
ainda são discordantes ao mensurar se a menor concentração de flúor reduz a eficácia do produto contra as cáries dentárias.
Assim, a bibliografia demonstra que há evidências substanciais de que os dentifrícios fluoretados são fatores de risco para a
prevalência de fluorose dental quando utilizadas em crianças com idade inferior a 6 anos de idade, uma vez que elas ingerem
inadvertidamente parte desses conteúdos durante a escovação. No entanto, observou-se a dificuldade desses estudos em lidar
com as variáveis de confundimento, pois, paralelamente aos dentifrícios, outras fontes de flúor são consumidas pela população infantil (água, alimentos, suplementos, fluoretação tópica e bochechos administrados nos programas de prevenção).
Embora a fluorose dental ainda não seja considerada um problema de saúde pública, sua incidência é crescente, cabendo aos
profissionais da odontologia o acompanhamento da sua distribuição e os fatores relativos à mesma, desenvolvendo conhecimento sobre as margens de segurança para planejar e adotar iniciativas preventivas com base na utilização do flúor.
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Gestante saudável, criança feliz: uma parceria que propicia a vida
Autor: Bruno de Assis Rodrigues
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Bruno de Assis Rodrigues, Priscila Rodrigues Rabelo Lopes
Instituição: Universidade Presidente Antonio Carlos - UNIPAC, Campus Bom Despacho-MG
A gestação é um período de grandes transformações tanto para a gestante quanto para seus familiares. Portanto, compete
aos serviços de saúde e a sociedade a implantação de ações preventivas a fim de propiciar autonomia a gestante frente ao
seu auto-cuidado. O objetivo do projeto baseia-se na captação precoce das gestantes, garantia da realização do pré-natal
e o intercâmbio de experiências que possibilitam uma gestação humanizada no município de Japaraíba-MG, através
do Grupo: “Gestante Saudável, Criança Feliz”. Através da parceria da Secretaria Municipal de Saúde com a Pastoral da
Criança, no ano de 2007, foi realizado o trabalho de sensibilização da gestante quanto a importância da realização do prénatal e da participação nos grupos operativos, ocasionando na adesão de 72% das gestantes. Com essa atitude a família
tornou-se participativa no processo que ocasiona a vida: a gestação.
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O efeito mediador das crenças e atitudes frente à dor na relação entre dor crônica e incapacidade
em trabalhadores com LER
Autor: Fabiana Caetano Martins Silva
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Marcus Alessandro de Alcântara, Rosana Ferreira Sampaio, Leani Souza Máximo Pereira, Marisa Cotta Mancini
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
Diversos estudos apontam uma interação entre fatores físicos e psicossociais para explicar a ocorrência de incapacidade.
Nesse contexto, as crenças e atitudes frente à dor são descritas como importantes preditores de incapacidade associada
à dor crônica. Entretanto, a caracterização da influência dessas variáveis na relação entre dor e incapacidade em trabalhadores permanece pouco explorada. O objetivo deste estudo foi testar a hipótese de que as crenças e atitudes frente à
dor são mediadores de incapacidade física numa população de trabalhadores com dor crônica resultante de Lesão por
Esforço Repetitivo (LER). Uma amostra de 115 participantes respondeu a questionários com informações sobre avaliação
multidimensional de dor, crenças e atitudes frente à dor, incapacidade, depressão e dados sociodemográficos e clínicos.
Foi aplicado o teste de efeito mediador proposto por Baron & Kenny. Os resultados confirmaram a hipótese de que as
crenças e atitudes frente à dor são mediadores parciais da relação entre dor e incapacidade (R2 = 0.36). A depressão
também se associou positivamente com o desfecho, confirmando os resultados de outros estudos que apontaram essa
variável como um importante fator associado à incapacidade (R2 = 0.50). A dor é um agente estressor que gera conseqüências negativas na vida de uma pessoa, atuando sobre os domínios físicos, psicológicos, bem como, em sua vida social.
Em conjunto, fatores psicológicos, como a depressão, podem interferir na percepção da dor e desempenho funcional e a
imprevisibilidade da evolução nos casos de dor crônica pode reforçar os estados emocionais negativos, gerando incapacidade adicional através de um ciclo vicioso. Com isso, é necessário que clínicos e profissionais de reabilitação estejam
aptos a identificar crenças mais negativas, humor depressivo, limitada rede de suporte social e oferecer uma intervenção
contextualizada às necessidades de cada paciente, priorizando sua funcionalidade.
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A eficácia da orientação fonoaudiológica domiciliar a cuidadores de pacientes com disfunção
neuromotora
Autor: Luisa da Matta Machado Fernandes
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Amelia Augusta de Lima Friche
Pacientes com Disfunção Neuromotora apresentam alto índice de disfagia, assim é necessário que a alimentação seja
trabalhada em terapia e no dia a dia, já que é atividade fundamental para o bom desenvolvimento e saúde adequada.
Os objetivos do trabalho foram: 1- Avaliar a alimentação da criança quanto à postura, consistência alimentar, transição
alimentar, utensílios e manobras facilitadoras; 2- Orientar os cuidadores quanto aos aspectos relacionados à alimentação;
3- Avaliar a eficácia das orientações fonoaudiológicas recebidas. O estudo foi aprovado pelo COEP/UFMG. Participaram
da pesquisa 4 pacientes com diagnóstico de Disfunção Neuromotora em atendimento no Ambulatório de Fonoaudiologia
HC/UFMG, cada um foi acompanhado por um período de seis meses, no qual foram realizados 4 visitas domiciliares.
Após cada visita foi elaborado um relatório de observação participante que se baseou em roteiro que abordava questões
referentes à casa, higiene, relações entre cuidador, pesquisador e criança, e outros relevantes à pesquisa. As etapas de
cada visita foram: 1- Questionário aplicado ao cuidador; Avaliação de Motricidade Orofacial; Filmagem; Orientações
iniciais; 2- Orientações específicas; 3- Acompanhamento das orientações recebidas; Novas orientações; Exploração do
vínculo já estabelecido com a família; 4- Questionário aplicado ao cuidador; Orientações finais; Filmagem. Observou-se
que as mudanças nos hábitos, posturas de alimentação, ambiente e relação paciente-cuidador foram eficazes quando os
cuidadores e/ou pacientes tomaram consciência do processo de saúde que estão inseridos. Houve um ganho qualitativo
na qualidade de vida das famílias envolvidas no processo de aprendizagem, possibilitando o desenvolvimento da consciência crítica em saúde, abrindo espaço para a participação ativa. As orientações caracterizaram-se como um processo
de educação popular em saúde. Apoiados no vínculo criado os envolvidos nas orientações puderam se apropriar dos
conhecimentos de saúde e aplicá-los à sua realidade. As orientações fonoaudiológicas no domicílio se diferenciaram das
realizadas em terapia por estarem contextualizadas, possibilitando que cada indivíduo percebesse sua co-responsabilidade por sua saúde, entendendo a saúde não apenas como processo de ausência de doença, mas sim como a qualidade
de vida e bem estar biopsicossocial.
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A promoção da saúde como decisão política para a formação do enfermeiro
Autor: Natália de Cássia Horta
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Kênia Lara Silva, Roseni Rosângela De Sena, Maria José Cabral Grillo, Priscilla Malta Coelho Prado
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
O estudo teve como objetivo analisar o contexto e as implicações do ideário da promoção da saúde na formação do
enfermeiro. Caracterizou-se como um estudo descritivo-exploratório utilizando a abordagem qualitativa. Constituíramse cenários da pesquisa dois cursos de graduação em enfermagem do Estado de Minas Gerais: uma instituição pública
e uma privada. Foram entrevistadas as duas coordenadoras dos dois cursos utilizando um roteiro semi-estruturado na
primeira fase e, além disso, foi realizada análise de documentos dos cursos: projetos político pedagógico e de estrutura e
funcionamento. A segunda etapa da coleta de dados consistiu na verificação in loco das situações marcadoras indicadas,
resultando em entrevistas com 2 docentes, 5 estudantes e 11 profissionais dos serviços de saúde que recebem estudantes
de enfermagem. Para a análise dos dados empíricos utilizou-se a técnica de análise de discurso permitindo apreender
as políticas e as ações pedagógicas que favorecem a incorporação de concepções e práticas de promoção da saúde na
formação do enfermeiro. Os resultados indicam que o cenário das duas Escolas é favorável à abordagem da promoção da
saúde na formação do enfermeiro que está ancorada na construção de um sistema de saúde que tem como pressuposto
a concepção ampliada de saúde e que se compromete com a regulação da formação dos profissionais para o setor. As
participantes sinalizam o movimento nacional de transformação do ensino em saúde com a promulgação de Diretrizes
Curriculares Nacionais para os cursos da área da saúde que vão ao encontro de uma formação que contemple a promoção como capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e requer ação articulada do Estado, da sociedade, da comunidade. Reconhece-se a importância de iniciativas de projetos e programas governamentais
orientados por ações estratégicas de indução da formação crítica, reflexiva e criativa de profissionais e contribua para a
construção de propostas que consolidem a cidadania com a plena participação popular e controle social do setor saúde,
pelos diferentes setores da sociedade brasileira. Conclui-se que, mesmo incipiente e necessitando ampliar os espaços
de discussão, a formação do enfermeiro tem permitido incorporar a promoção da saúde como importante estratégia de
renovação das práticas em saúde coletiva e no ensino de profissionais de enfermagem.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Promoção à saúde na lógica da atenção primária à saúde por meio de visitas domiciliares
Autor: Bruno Lopes Nunes
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Getullio Pisa Carneiro, Larissa da Cunha Matos, Ricardo Alexandre Bernardes, Sylas Scussel Júnior, Bruno
Neves Babetto Amaral
Instituição: Universidade de Uberaba
O curso de medicina da Universidade de Uberaba preconiza a importância da atenção básica à saúde como uma das
principais portas de entrada para o sistema de saúde, o que inclui ações voltadas para a promoção à saúde, bem como à
atenção primária. Nessa perspectiva, foi realizado no primeiro semestre de 2008, na Unidade Básica de Saúde (UBS) George
Chirré, localizada no Bairro Alfredo Freire, na cidade de Uberaba-MG, um trabalho voltado para a promoção à saúde, por
meio da realização de visitas domiciliares semanais. Essas atividades têm por objetivo colocar em prática conceitos de uma
medicina humanizada no acompanhamento domiciliar de indivíduos que usufruem do serviço dessa unidade, sob uma
abordagem que norteie os aspectos psíquico, social, delineando a nova visão humanizada do médico na sociedade atual.
As visitas foram realizadas durante um período de 10 semanas por duplas, que acompanhavam semanalmente os usuários
da UBS que residem na microárea 23, a qual a Estratégia Saúde da Família (ESF) abrange. Os usuários foram selecionados
pelo professor, de acordo com os critérios que regem as peculiaridades relacionadas ao modo como cada um mantêm o
auto-cuidado no que se refere à saúde. No decorrer do processo, foi possível observar a ocorrência de melhoras significativas quanto à adesão na utilização de medicamentos, bem como melhoria do auto cuidado. Somado a isso, houve um maior
interesse por parte desses usuários pelos serviços prestados pela UBS, o que permitiu a criação de vínculos de confiança e
respeito entre os usuários e os acadêmicos do curso de medicina. Tendo-se em vista os objetivos dessa atividade realizada
pelos acadêmicos do curso de medicina no decorrer desse semestre, pode-se dizer, portanto, que a adoção de políticas em
saúde pública, visando mesclar conceitos de promoção e atenção primária à saúde foi bastante oportuna sob o ponto de
vista social. Isso porque tal processo foi de fundamental relevância para a formação profissional desses acadêmicos por
inseri-los em um ambiente que possibilitasse aos mesmos uma visão mais holística quanto à relação médico-paciente no
decorrer das visitas realizadas. Logo, pode-se dizer que as visitas domiciliares permitiram desenvolver as habilidades desses
acadêmicos, bem como competências relacionadas à compreensão dos fatores que estão envolvidos no processo saúdedoença dentro dessa comunidade.
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Auto-cuidado e visita domiciliar na atenção primária
Autor: Bruno Lopes Nunes
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Getullio Pisa Carneiro, Sylas Scussel Júnior
Instituição: Universidade de Uberaba
O curso de medicina da Universidade de Uberaba propõe a realização de visitas domiciliares no bairro Alfredo Freire,
onde se encontra a UBS (Unidade Básica de Saúde) Jeorge Chirré Jardim, na cidade de Uberaba, segundo proposta da
atenção primária, que conta com os alunos do quarto período do curso de medicina. As visitas foram planejadas com
intuito de promover a saúde do usuário e, de modo geral, de sua família, assim como exercitar a relação médico paciente,
elaborando uma intervenção de médio a longo prazo que gerasse melhora na qualidade de vida desses usuários. As visitas tiveram duração de 10 semanas, sendo que o professor orientador selecionou o caso a ser acompanhado, fornecendo
também dados prévios sobre o usuário em questão, promovidas pelo período matutino, às quintas feiras. Ao longo do
trabalho desenvolvido, foi possível criar uma maior adesão do usuário quanto à utilização dos medicamentos antidepressivos, através, sobretudo, da orientação e do diálogo estabelecido em cada visita. As intervenções tinham a intenção de
fortalecer as potencialidades do usuário, a fim de que o mesmo possa produzir mecanismos para solucionar seus próprios problemas e melhorar sua qualidade de vida. Ademais, associar a promoção da saúde aos aspectos holísticos em
que o usuário estava inserido, bem como a condição de moradia. Foi observado o perfil da comunidade, seus recursos,
se havia rede esgoto, água tratada, recursos adequados de alimentação, hábitos de higiene, e o processo saúde-doença.
Foi constatado que as alterações psicológicas afetaram as características inerentes ao auto-cuidado. Além disso, também
foi possível perceber aumento da busca pelas atividades desenvolvidas na UBS, depois da intervenção a nível de atenção
primária. As visitas proporcionaram o fortalecimento da relação médico-paciente, surgida entre o usuário e os acadêmicos. A adoção das visitas e a presença da UBS contribuíram de modo holístico sobre a saúde do visitado, facilitando
principalmente a retomada de relações equilibradas com o meio e com o próprio indivíduo. Tendo em vista que as visitas
permitiram a criação de um vínculo de confiança e respeito entre os usuários e acadêmicos do curso de medicina, o
usuário evoluiu e conseguiu retomar auto-cuidado, fundamental em seu quadro, desenvolvendo atividades para prover a
si próprio e a família, passando a ser produtivo em seu meio social.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Uma proposta de capacitação em saúde do trabalhador para equipes de nível superior do PSF
Autor: Sandro Mangueira Bezerra
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Josiete Lucena de Castro, Teresa Cristina Péret, Joaquina de Araújo Amorim
Instituição: CEREST-CG
Em 1988, com a nova Constituição as ações de Saúde do Trabalhador-ST passam a ser de responsabilidade do Sistema
Único de Saúde - SUS. Em 2002 surge a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador – RENAST - Portaria
GM/MS nº 2437. Esta estratégia vem sendo implementada através de Centros Regionais - CERESTs, 160 no país, sendo 3
na Paraíba. O CEREST de Campina Grande é responsável por 70 municípios compreendendo 1.020.035 habitantes. A
experiência descrita refere-se à capacitação para atendimento integral em ST para 199 profissionais de nível superior do
PSF deste município. Utilizou-se uma metodologia dialógica, permitindo reflexões críticas através da leitura e discussão
de textos, ministrada por equipe multiprofissional com 8 monitores. Abordou-se: a Política Nacional de ST; o Mundo do
Trabalho, Paradigmas de Assistência; Cargas de Trabalho; Legislação; Sistemas de Informação; Epidemiologia; Planejamento das Ações em ST; Protocolos Clínicos de Complexidade Diferenciada e Assédio Moral. Utilizou-se um instrumento
para mapeamento dos estabelecimentos de trabalho das áreas. Ao fim do curso observou-se a carência do grupo acerca
da temática, evidenciando lacunas nos currículos de graduação. O mapeamento geral dos setores formais e informais
das áreas de cobertura do PSF favorecerá após sistematização, intervenções propositivas. Com o crescimento do trabalho informal, familiar e em domicílio, a AB tem a possibilidade de fazer chegar ações de saúde mais próximo onde as
pessoas residem e trabalham. Para que isso aconteça e não ocorra uma sobrecarga às equipes é importante que haja um
redimensionamento das tarefas, garantindo os procedimentos de referência e contra-referência. Sugerimos maior integração entre as Coordenações Nacionais da RENAST e AB, possibilitando avanços mais efetivos. É necessário monitorar
as ações desenvolvidas para avaliação qualitativa do impacto da capacitação. Esperamos que o relato desta experiência
reflita na elaboração de matrizes para o incremento das ações em ST, contribuindo também para reflexões acadêmicas
na formação dos profissionais da saúde.
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Fatores associados ao desenvolvimento de úlcera por pressão em pacientes internados em CTIs de
Belo Horizonte
Autor: Flávia Sampaio Latini Gomes
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Marisa Antonini Ribeiro Bastos, Jorge Gustavo Velásquez Meléndez
Instituição: Escola de Enfermagem da UFMG, Belo Horizonte, MG; Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade
FUMEC, Nova Lima, MG
Na tentativa de diminuir os índices de prevalência de úlcera por pressão, tem-se proposto métodos de prevenção e de
ação sistemáticas. Para que haja desenvolvimento de estratégia eficaz de prevenção, as pessoas “de risco” precisam ser
identificadas. Esta identificação é alcançada por meio da utilização de instrumentos de avaliação específicos para o
problema. A escala de risco mais utilizada tem sido a escala de Braden, que permite avaliação de aspectos importantes
à formação da úlcera, segundo seis parâmetros: percepção sensorial, atividade, mobilidade, umidade, nutrição, fricção
e cisalhamento. Cada um desses parâmetros recebe uma pontuação, sendo que os menores valores indicam piores condições. A pontuação máxima desta escala é 23 e a mínima, 4; sendo que as faixas de risco são: 15 a 18, risco leve; 13 a 14,
risco moderado; 10 a 12, alto risco; e abaixo de 9, elevado risco. O objetivo deste estudo foi identificar fatores associados
ao desenvolvimento de úlcera por pressão em pacientes adultos internados em CTIs de Belo Horizonte. Foram avaliados
140 pacientes, com 18 anos ou mais, internados em 15 CTIs, utilizando-se a escala de Braden. Os resultados mostraram
que os pacientes idosos apresentavam escore médio de 13,03 e os adultos, 15,22. Mais de 90% dos pacientes, cujos dias
de internação total eram superiores a 10 dias, apresentavam alguma categoria de risco para desenvolvimento de úlcera
por pressão, sendo que 83% tinham de risco moderado a alto. Todos os pacientes internados há mais de 10 dias nos CTIs
apresentavam risco para desenvolvimento de úlcera por pressão. Conclui-se que as maiores prevalências de úlcera por
pressão foram encontradas em pacientes que apresentavam risco nas categorias: percepção sensorial (completamente
limitado), umidade (constantemente e muito úmida), mobilidade (acamado), atividade (completamente imobilizado),
nutrição (adequado) e fricção e cisalhamento (problema).
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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A fonoaudiologia intervindo em pacientes portadores Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)
Autor: Vanessa Medina
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Wallace Damasceno Alcântara
Instituição: Centro Universitario Metodista Izabela Hendrix
Esse trabalho tem como objetivo principal mostrar a importância da atuação fonoaudiológica nos indivíduos portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). A infecção por HIV envolve todos os órgãos e sistemas. Apesar
da incidência das infecções oportunistas ter reduzido desde o início da epidemia até os dias de hoje, muito se fez para
proporcionar melhor qualidade de vida aos portadores e doentes de HIV/AIDS com a terapia anti-retroviral. Várias manifestações clínicas estão diretamente relacionadas à ação do vírus, outras são dependentes de infecções oportunistas
ou neoplasias, infecções fúngicas, bacterianas e virais, diarréia, pneumonia, tuberculose, citomegalovírus, condilomas e
alterações do sistema nervoso central podendo ser resultantes do uso de anti-retrovirais que inibem a replicação do HIV
no organismo humano, resultando em carga viral mais baixa e conseqüente melhora do quadro imunológico. A terapia
fonoaudiológica auxilia intervindo, principalmente, nas seqüelas de manifestações oportunistas que envolvam alteração
de linguagem, voz, fala e nos distúrbios de alimentação desses sujeitos, reduzindo seus sintomas e melhorando a sua
qualidade de vida.
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Prevalência de cárie dentária em pré-escolares participantes de um programa educativo-preventivo
Autor: Lívia Helena Terra e Souza
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Adriana Aparecida de Morais, Alice Moreira Neves, Andréia Alves Cardoso, Alessandro Aparecido Pereira,
Heloísa Helena Vieira Zanetti
Instituição: UNIFAL-MG
O objetivo do estudo foi verificar a prevalência de cárie dentária em pré-escolares com idade de 24 a 36 meses e de 4
a 5 anos, de duas creches da cidade de Alfenas/MG que participam do Projeto Sorriso, voltado para atenção odontológica a pré-escolares. Inicialmente o presente estudo foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFAL-MG,
obtendo parecer favorável. Utilizou-se o índice ceo-d para coleta de dados. Estes foram coletados por um examinador
previamente calibrado, utilizando espelho plano e sonda exploradora especifica (CPI), sob a luz natural. Examinou-se
69 crianças nas duas creches. Os dados foram processados utilizando o programa estatístico EPIBUCO. Observou-se que
46,4% das crianças era do sexo masculino, com índice ceo-d 1,06 e 53,6% do sexo feminino, com índice de 1,32. Na faixa
etária de 24-36 meses o ceo-d foi de 1,0 na qual 76,19% das crianças precisa de tratamento odontológico. De 4-5 anos o
ceo-d foi de 1,24 na qual 50% precisa de tratamento. Na creche A o índice ceo-d foi de 2,73 e na creche B foi de 0,03, o
que corresponde a prevalências moderada e muito baixa respectivamente, de acordo com a OMS. Nas duas creches 57,97
% dos pré-escolares necessitam de tratamento odontológico. Conclui-se que a creche A necessita mais de tratamento
odontológico e preventivo que a creche B.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Atividade de cárie e necessidade cirúrgica restauradora em crianças atendidas no Centro Odontológico
da Polícia Militar de Minas Gerais
Autor: Helcio Pantusa
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Fontes, Sandra M. A.; Lisboa, Sílvia B.G.; Prates, Edilamar B.; Rizzuto, Dayse; Menezes, Ana Paula de; Neto,
Gustavo A. de M.; Alencar, Mônica C. B.B.; França, Sílvia S.; Brazil, Ana Patrícia L.; Ribeiro, Denise O.; Ribas, Andréa de C.F.
O Centro Odontológico da Polícia Militar de Minas Gerais é um Centro de Especialidades Odontológicas que atende
militares da Polícia e Corpo de Bombeiro Militares e seus dependentes. Em 1998, uma série de medidas gerenciais foram
implantadas: mudança no critério de diagnóstico de cárie, calibração dos dentistas quanto ao diagnóstico, acompanhamento epidemiológico, palestras educativas, educação continuada dos dentistas, escovação supervisionada, consultas
de controle anuais, entre outras mudanças que visavam colaborar para a manutenção da saúde e prevenção das doenças
bucais. O objetivo deste trabalho foi comparar os pacientes que foram incluídos no Programa pela primeira vez com os
pacientes que se encontravam em manutenção, em relação à atividade de cárie e à necessidade cirúrgica restauradora.
Participaram da coleta dos dados 12 Oficiais Dentistas que trabalham na clínica, previamente calibrados para homogeneização do diagnóstico de cárie seguindo os critérios da OMS. Para esta pesquisa foram examinados 869 pacientes de 3
a 11 anos, sendo que 730 (84%) estavam em controle efetivo, com pelo menos uma consulta anual, e 139 (16%) estavam
tendo acesso ao serviço pela primeira vez. Os resultados mostram que há uma diferença entre os pacientes em controle
e os novos pacientes. Apresentaram atividade de cárie 162 (22,2%) pacientes em controle e 45 (32,4%) dos novos pacientes, sendo a diferença estatisticamente significante (p<0,01). Quanto à necessidade cirúrgica restauradora, 137 (18,8%)
dos pacientes em controle e 45 (32,4%) novos pacientes apresentam esta necessidade com diferença estatisticamente
significante com p<0,02. Estes resultados mostram que mesmo não estabilizando a atividade de cárie completamente e
aparecendo novas necessidades restauradoras, as medidas adotadas contribuíram para uma melhor condição de saúde
bucal das crianças incluídas no serviço.
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Medicamentos e sacarose - abordagem odontológica dentro do paradigma de promoção da saúde
Autor: Luciana Quintao Foscolo Melo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Ênio Lacerda Vilaça; Maria Aparecida deOliveira; Fabiano FreitasCorrêa; Rachel Ferraz Carmo Vieira; Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira; Amanda Érika Aguiar Durães; Maria Carolina Palhares e Cordeiro; Marina Pereira
Coelho ;Lílian Pinto de Lima
Instituição: Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Associação Brasileira de Odontologia –
MG, Polícia Militar de Minas Gerais, Belo Horizonte.
A cárie dentária é uma endemia, associada à placa bacteriana patogênica e ao consumo de carboidratos, principalmente
a sacarose. Inicia-se com desmineralização dos tecidos dentários, evoluindo para perda de estrutura e necrose pulpar. Fatores como doenças sistêmicas (Diabete Mellitus, fibrose cística, doenças neurológicas, depressão, bronquite, hipertensão) e uso de drogas terapêuticas (analgésicos, anorexígenos, anti-histamínicos, anti-neoplásicos, descongestionantes,
dilatadores de brônquios, antibióticos) afetam o fluxo salivar, além de conter sacarose na sua formulação, e influenciam a
dinâmica da cárie. Esta revisão de literatura verificou a relação entre alterações sistêmicas, uso de medicamentos contendo sacarose e cárie. Soluções contendo drogas utilizadas para controle de condições sistêmicas contêm altas concentrações de sacarose/açúcar. Estas drogas apresentam-se, normalmente, como formulações viscosas e açucaradas e comum
necessidade de administração noturna, sem higiene bucal posterior. Além da diminuição do fluxo salivar, pela doença
ou medicamento, os pacientes têm a auto-estima afetada e dificuldade de manter higiene bucal favorável. Observa-se que
médicos e cirurgiões-dentistas ao prescreverem soluções orais, muitas das vezes desconhecem os constituintes das formulações assim como efeitos colaterais. Esta revisão sinaliza para os profissionais da área de saúde quanto à importância
de buscar junto à indústria farmacêutica substitutos para sacarose/açúcar em medicamentos, para que esta “substituição”
aliada à postura de orientação e constante motivação de pais e filhos, contribuam para o declínio da cárie e de outras
doenças nas quais a sacarose/açúcar é um fator de risco comum.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Ciência & ludicidade na educação em saúde: relato da experiência com crianças do Centro Educacional
Pacaembu (Uberaba/MG)
Autor: Alessandra Karolina Borges Pereira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Artur Costa Borges, Nádia Andraus Ibrahim Farid, Roseane Sabadin, Rosimár Alves Querino
Instituição: Universidade de Uberaba
O terceiro período do curso de medicina da UNIUBE apresenta uma proposta de envolvimento entre alunos e comunidade (especificamente uma escola de ensino fundamental) numa perspectiva de aprendizado e integração orientada
pelos professores supervisores e por tutores. Nesta comunicação apresentamos a experiência, no segundo semestre de
2007, com ações de educação em saúde oferecidas para alunos de 6 a 8 anos sobre conceitos de saúde, corpo humano,
prevenção de agravos e promoção de saúde. Nessa atividade buscou-se, além de esclarecê-los, instigar a criatividade e
contribuir para o desenvolvimento de hábitos saudáveis. As ações de saúde foram definidas em parceria com a direção
da escola e a professora da turma atendida. Nosso foco temático foi corpo humano, associado ao processo saúde-doença
e conceitos de saúde. Para cada ação, foi produzido um material didático-pedagógico. Como as ações de saúde com as
crianças foram o eixo norteador da relação entre teoria-prática no terceiro período, os docentes definiram como Trabalho
Integrado do semestre o estudo do corpo humano e a produção de uma maquete, instrumento de educação das crianças
e forma de avaliação do desempenho dos acadêmicos. Apresentamos nossa maquete e as crianças construíram suas
próprias maquetes com massa de modelagem colorida. As ações de educação em saúde foram oportunas: em nosso processo de formação propiciaram a aplicação dos conhecimentos teóricos e exigiram o desenvolvimento de habilidades do
uso de materiais, criatividade e interação pessoal que não seriam mobilizados em aulas teóricas de anatomia, fisiologia
ou saúde coletiva. O contato com as crianças produziu representações do corpo humano adequadas à faixa etária e aos
temas estudados. A Interação entre os graduandos e o planejamento das ações de educação com as crianças foram efeitos satisfatórios da intervenção. A experiência representa uma nova perspectiva de educação médica e participação de
profissionais na área de saúde no processo de formação de cidadãos, consolida a parceria entre escola e universidade,
cria espaço para novas atividades e valoriza a proposta de escolas promotoras de saúde. Dado o baixo custo dos materiais empregados, as ações podem ser realizadas em outras comunidades e escolas.
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Análise dos levantamentos epidemiológicos em saúde bucal dos anos 2003, 2005 e 2007 realizados
em escolares de 06 a 14 anos do ensino básico e fundamental no município de Cruzília - MG
Autor: Oriental Luiz de Noronha Filho
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Carlos Orlando Neuenschwander Penha
Instituição: Universidade do Vale Do Sapucaí - Pouso Alegre - MG
O Presente estudo analisou a prevalência e a incidência da doença cárie em escolares matriculados nas escolas públicas do
ensino básico e fundamental de crianças na faixa etária de 06 a 14 anos, do município de Cruzília, Minas Gerais. Para a realização do estudo, foram avaliados 1200 protocolos de levantamentos epidemiológicos de 2007. Foram identificados os mesmos
1200 protocolos dos levantamentos epidemiológicos dos anos 2005 e 2003. O CPOd encontrado para a idade de 12 anos no ano
de 2003 foi de 5,08; em 2005 foi de 3,20 e no ano de 2007 de 3,37. Já a média do CPOd, em 2003 foi de 3,15; no ano de 2005 de
2,18 e em 2007 de 2,65. Os valores encontrados são considerados moderados, porém acima do índice ideal esperado. Notou-se
uma queda relevante no CPOd aos 12 anos, de 2003 para 2005 de 37%. E de 2005 para 2007, um aumento de 5,31%. Quando
analisamos os dados separados por gênero, o CPOd aos 12 anos em 2003 era de 7,16 nos meninos e de 3,51 nas meninas; ou
seja, a incidência e a prevalência nos meninos era 50,27% maior. No ano de 2005, o CPOd aos 12 anos, nas meninos era de 4,9
e de 2,13 nas meninas, ou seja, uma incidência e prevalência 56,53% maior nos meninos. No ano de 2007, o CPOd aos 12 anos
nos meninos era de 3,44 e nas meninas de 3,31, sendo 3,77% maior nos meninos. Outro dado que nos chamou a atenção, é que
o índice CPOd aumenta com a idade. Verificamos em 2007, para crianças na faixa etária de 6 anos, o CPOd era de 0.31; aos 7
anos, de 1,15; aos 8 anos, 1,15; aos 9 anos, 1,88; aos 10 anos, 2,08; aos 11 anos, 3,15; aos 12 anos, 3,37; aos 13 anos, 5,21 e aos 14
anos, de 5,67. Entendemos portanto que a população escolar tem recebido um atendimento odontológico curativo. Após a inserção das Equipes de Saúde Bucal nas Equipes de Saúde da Família em agosto de 2004, com a visão voltada para a promoção
em saúde bucal, galgamos resultados positivos, porém, muito aquém dos ideais. Ficou evidente neste estudo que é necessária
uma revisão do modelo assistencial em saúde bucal no município; que os programas de atendimento coletivo, preventivo e de
educação em saúde bucal sejam trabalhados com mais eficiência, com o objetivo e reduzir o índice CPOd de escolares de 06
a 14 anos. Outro aspecto relevante é que não devemos tomar somente o índice CPOd aos 12 anos ou a média do CPOd como
referência ou parâmetro de qualidade em saúde bucal. Este estudo abre as portas para um estudo maior, abrangendo aspectos
sociais, econômicos e educacionais. Descritores: CPOD, Cárie e Epidemilogia.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Helmintos: sua prevalência em crianças menores de sete anos em Divinópolis e Marilândia,
Centro Oeste de Minas Gerais
Autor: Emmanuelle Christman Moraes Arantes Jáber Lamounier
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: FUNEDI/ UEMG
A rotina, as situações do senso comum, não despertam interesse nas pessoas, menos ainda na administração pública. A má situação da
saúde da população brasileira não mais causa estranheza, faz parte do dia-a-dia. Vários são os fatores que motivam esse cenário. No
entanto, não tem este trabalho amplitude suficiente para abordar tantas questões. Aqui será abordada a temática das parasitoses
intestinais, uma das grandes causadoras dos males da contemporaneidade. Questão essa, de tão grande importância que até a
literatura bem soube apresentá-la, como se pode ver na personagem “Jeca Tatu”, bem retratada por Monteiro Lobato. O estudo,
aqui, esta restrito à comparação da incidência de helmintos em crianças menores de sete anos de algumas escolas do município
de Divinópolis e Marilândia, distrito de Itapecerica, Minas Gerais. A pesquisa foi realizada em fezes de escolares, no período
de maio a outubro de 2005. Em Marilândia, as escolas pesquisadas foram: Estadual Carmelo Mesquita, Pré - Escolar Municipal
de Marilândia. Já em Divinópolis, o inquérito ocorreu na Escola Infantil Sol Feliz e Escola Infantil Carrossel. Os objetivos deste
trabalho foram: conhecer a incidência das helmintoses intestinais nos escolares; diagnosticar e comparar a incidência de helmintos nas amostras fecais; detectar qual helminto é mais freqüente no material colhido dos escolares examinados. Dos 250
coletores e 250 questionários enviados para a análise. Retornaram 110 materiais fecais e 98 questionários, que foram analisados
e indicaram o resultado abaixo. A análise foi realizada no laboratório de parasitologia da FUNEDI/UEMG, local de estudo da
acadêmica. O método utilizado foi o Kato-Katz (Katz et al., 1972), com leitura de duas lâminas, permitindo avaliar a intensidade do parasitismo, e fazer a contagem de ovos. Das 110 crianças analisadas, 50, 87% são do sexo masculino, 49,12% do sexo
feminino. A idade destas variavam: 46,66% eram menores de seis anos e 53,33% tinham seis anos ou mais. Foram encontradas
apenas seis amostras positivas para A. lumbricoides, (5,45%). Sendo que destas, 83,33% foram encontradas em escolas públicas
e 16,67% encontradas em escolas privadas. A incidência encontrada foi baixa, contudo, em se tratando de cidades que se localizam no centro-oeste de Minas, região de grande desenvolvimento econômico, social, há de se considerar este percentual como
alto, exigindo cuidado com relação às verminoses. O resultado mostra que as verminoses não estão erradicadas, o que causou
estranheza na acadêmica, pois suas causas requerem medidas públicas pouco dispendiosas, como conscientizar a população
com relação a seus hábitos de higiene. Ainda, o melhor não é combater; prevenir continua sendo o melhor remédio.
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Relação entre aleitamento materno e o risco de obesidade na infância: revisão da literatura
Autor: Ana Carolina Soares de Faria Lemos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Joel Alves Lamounier, Daniela de Cássia Pereira da Cunha E Salete Maria de Fátima Silqueira
Instituição: Universidade Federal De Minas Gerais
O aumento na prevalência da obesidade em crianças, contribui para torná-las importantes problemas de saúde pública.
A possível influência de fatores relacionados à nutrição humana tem sido demonstrada em vários estudos. O aleitamento
materno é um modo natural e seguro de alimentação para a criança, proporcionando vantagens nutricionais, imunológicas, psicológicas e econômicas reconhecidas e inquestionáveis. Alguns estudos mostram que o aleitamento materno
teria um efeito protetor contra a obesidade. Este estudo tem a finalidade de realizar consulta à literatura científica analisando publicações referentes ao aleitamento materno e sua relação com a obesidade na infância. Trata-se de um estudo
de revisão bibliográfica dos últimos 10 anos. As informações foram coletadas a partir de artigos publicados em revistas
científicas. Foram consultadas as bases de dados Pubmed e Scielo, usando as palavras-chave aleitamento materno, obesidade e criança. A maioria dos estudos revisados relatou um efeito protetor do aleitamento materno contra a obesidade
infantil, porém outros não encontraram associação entre os mesmos. Estudos epidemiológicos e estudos experimentais
têm sugerido o imprinting metabólico como o mecanismo de associação entre a obesidade e o aleitamento materno. A
composição única do leite materno poderia, portanto, estar implicada no processo de imprinting metabólico, alterando,
por exemplo, o número e/ou tamanho dos adipócitos ou induzindo o fenômeno de diferenciação metabólica. Conclui-se
que aleitamento materno parece ter um efeito protetor em relação à obesidade, porém os mecanismos potencialmente
envolvidos ainda precisam ser esclarecidos. Se confirmados, representará mais uma das vantagens do aleitamento materno e um bom método de prevenção da obesidade infantil.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Prevalência de anemia em lactentes atendidos pelas equipes de Saúde da Família de Viçosa/MG
Autor: Catarina Machado Azeredo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Carolina Ferrão Huibers, Doralice Auxiliadora de Souza, Maria de Fátima Alves Costa Pereira, Rosangela
Minardi Mitre Cotta
Instituição: GRS/Ponte Nova, Universidade Federal de Viçosa/MG
Os lactentes constituem grupo de risco para a anemia ferropriva, devido à elevada necessidade fisiológica para atender à
intensa velocidade de crescimento. Com isso, raramente esse grupo consegue ingerir, por meio da dieta, a quantidade de
ferro necessária para prevenir a anemia, sendo indicada a suplementação profilática com sais de ferro a partir de 6 meses até 24 meses de idade, pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Os lactentes com baixo nível socioeconômico têm um
risco aumentado por estarem expostos a mais fatores de risco para essa deficiência. Objetivou-se avaliar a prevalência
de anemia de lactentes atendidos pelas Equipes de Saúde da Família (ESF) do município de Viçosa/MG. Realizou-se um
estudo transversal, quantitativo, com aplicação de questionário semi-estruturado às mães de crianças entre 6 e 18 meses
de idade atendidas pelas ESF de Viçosa para caracterização das crianças. A avaliação da hemoglobina (Hb) foi realizada por meio do hemoglobinômetro portátil hemocue, seguindo-se a classificação da WHO para anemia (Hb<11g/dL), e
anemia grave (Hb<9,5g/dl). A pesquisa foi realizada de agosto a outubro de 2007. A maioria das crianças avaliadas era
do sexo feminino (52,6%) e residia na zona urbana (85,1%). A renda per capita de 73,6% foi inferior a 0,5 salário mínimo
e de 27,3% menor que 0,25 salário mínimo. Quanto à escolaridade das mães, a maioria (44,6%) possuía o primeiro grau
incompleto. Dentre os 329 lactentes avaliados no estudo, detectou-se uma prevalência de anemia de 29,8% (n=98), sendo
que 10% das crianças apresentaram anemia grave (n=33). Quando perguntadas se as crianças utilizavam suplemento de
ferro, 62,9% (n=207) das mães responderam negativamente. Constatou-se um baixo nível socioeconômico dos lactentes
atendidos pelas equipes, com elevada prevalência de anemia e pequena utilização de suplemento de ferro para a profilaxia. Tal diagnóstico aponta para a necessidade de fortalecimento das políticas de saúde, no município, direcionadas para
a utilização de sulfato ferroso em dose profilática, associada a ações de educação em saúde, principalmente, orientações
nutricionais, no intuito de combater a anemia no município de Viçosa/MG.
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Avaliação do estado nutricional de lactentes atendidos pelas equipes de Saúde da família do
município de Viçosa/MG
Autor: Catarina Machado Azeredo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Carolina Ferrão Huibers, Doralice Auxiliadora de Souza, Maria de Fátima Alves Costa Pereira, Rosangela
Minardi Mitre Cotta
Instituição: GRS/Ponte Nova -MG, Universidade Federal de Viçosa-MG
Transformações significativas têm ocorrido nos padrões dietéticos e nutricionais de populações, desencadeando um
processo designado por transição nutricional. No Brasil tem sido detectada a progressão da transição nutricional na
população, caracterizada fundamentalmente por redução nas prevalências dos déficits nutricionais e ocorrência mais
expressiva de sobrepeso e obesidade. O presente estudo objetivou avaliar o estado nutricional das crianças atendidas
pelas Equipes de Saúde da Família (ESF) de Viçosa, MG. Realizou-se mutirões nas Unidades Básicas de Saúde, entre
agosto a outubro de 2007. As mães de lactentes entre 6 e 18 meses de idade foram convidadas 11 a comparecerem com
seus filhos. Todas as crianças foram pesadas em balança eletrônica portátil e medidas por meio de régua antropométrica
pediátrica horizontal. O software WHO Anthro 2005, versão beta 2006, foi utilizado para cálculo do estado nutricional
dos lactentes, expressos em escore-Z, conforme referência da Organização Mundial de Saúde, 2006. Foram avaliadas 329
crianças, com predominância do gênero feminino (52,6%) e de residentes na zona urbana (85,1%). Em relação ao estado
nutricional, observou-se que 2,4% apresentaram baixo peso para comprimento e 6,1% peso elevado para comprimento,
além disso, 10,6% das crianças apresentaram baixo comprimento para idade. Já quanto ao peso para idade, 0,9% apresentaram peso muito baixo para idade e 5,2% peso baixo para idade. Quanto ao IMC para idade, observou-se que 2,4%
tiveram baixo IMC/idade, 5,8% apresentaram sobrepeso. Destaca-se a coexistência de desvios nutricionais como o baixo
peso e o sobrepeso nas crianças avaliadas, que acompanha a tendência nacional. Considerando o importante papel das
ESF no desenvolvimento de ações de prevenção de doenças e promoção de saúde, esse grupo surge como prioritário.
Uma atuação efetiva nessa faixa etária será importante para a prevenção de agravos futuros, associados aos desequilíbrios do estado nutricional. Dentre esses agravos, destacam-se algumas doenças crônicas não transmissíveis, tais como
a obesidade, hipertensão e diabetes mellitus.
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Visão geral do estado de saúde da criança na área adscrita do Centro de Saúde El Progreso de
2003 a 2006 em Badajoz extremadura espanha
Autor: Andre Fernandes dos Santos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maynar Mariño, Ignacio, Maynar Mariño, M ª Angeles, Aguilar Vazquez, Manuel, Montero de Espinosa, Maria
Del Pilar, Nieto Ramirez, Raquel, Fernández Lopez, Maria Dolores, Diniz Oliveira, Ana Carolina
Instituição: Consejeria de Sanidad Y Dependencia de Extremadura Espanha
Para se fazer uma análise da situação de saúde de uma comunidade é preciso analizar informações necessárias para identificar os problemas principais e as necessidades e condições de saúde para começar bem as intervenções e para estas serem
mais adequadas. Sabendo da situação relativa à saúde da população infantil na área de saúde da populaçao adscrita pelo
Centro de Saúde El Progresofoi feito um Estudo de investigação participativa da situação de saúde da população infantil.
Para obter dados quantitativos, foram analisadas um total de 1.422 demandas e problemas dos pacientes que foram a uma
consulta de pediatria, durante o primeiro semestre de Outubro de 2003, e no primeiro semestre de Janeiro, abril e julho de
2004. Foi utilizado PIC-2 para classificação das enfermedades e ao mesmo tempo, foram utilizados os indicadores relacionados com a saúde da população e as crianças vacinadas e com caries foram coletados a partir da Carteira de Serviços
de Pediatria em 2006 e o Programa de Saúde Escolar. Para obter dados qualitativos foram usados os seguintes métodos de
Observação direta: Foram realizados 15 grupos focais aos informantes chave da comunidade. - Se ntrevistou 7 Testemunhas
privilegiadas da comunidade. A fonte de dados populacionais foram obtidas Conselho de Badajoz. Lista dos problemas
críticos: Cáries; hábitos alimentares impróprios; A falta de higiene pessoal; obesidade infantil; alergias e doenças do sistema
respiratório; Transtornos da ansiedade, hiperatividade e agressividade; baixa auto-estima; Falta de vacinação; absentismo;
O acesso aos vehículos sem proteçao - brinquedos inadequados à sua idade; uso indiscriminado de celulares, videogames
e Internet. Observou-se uma alta prevalência de cárie dentárias, hábitos alimentares impróprios, falta de higiene (piolhos),
depois de implantar há 15 anos Exames de saúde nas escolas pelos Pediatras e Enfermeiras as crianças de 6 há 14 anos
observou-se transtornos de ansiedade, hiperatividade e agressividade que não aparecem entre os 10 principais razões para
a consulta pediátrica. A fraca cobertura vacinal é um fato imputável a diversos factores: credo, cultura, valores, etc .. A partir
destes dados, a Equipe de saúde fará o planejamento em cima destes datos para o próximo ano para intervir na comunidade
a fim de amenizar e ou erradicar estes problemas.
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Levantamento estatístico das crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade usuárias da saúde pública na cidade de Divinópolis e região
Autor: Letícia Graziele Ivo Pereira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Letícia Graziele Ivo Pereira, Marilene Tavares Cortez, Matheus Gontijo
Instituição: Fundação Educacional de Divinópolis
O objetivo dessa pesquisa, em um primeiro momento, foi o de realizar o levantamento estatístico acerca do diagnóstico
de Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade dado às crianças usuárias da rede de saúde pública das cidades de
Divinópolis, Oliveira e Santo Antônio do Monte. Em um segundo momento, uma porcentagem das crianças encaminhadas para o serviço de saúde de Divinópolis foi reavaliada, ou seja, foram realizadas anamneses dessas crianças junto
às suas mães e/ou responsáveis, bem como, foram feitos atendimentos individuais dessas crianças, a fim de (re)fazer o
diagnóstico. Sendo assim, o diagnóstico foi dado a partir do exame clínico, conforme estabelece o DSM-IV-TR. Os métodos utilizados para a realização da pesquisa foram o quantitativo e o qualitativo. A análise dos dados obtidos possibilita
concluir que, atualmente, o diagnóstico de TDAH é estabelecido, primordialmente, por neurologistas e o tratamento que
vem sendo utilizado é medicamentoso, mesmo para aquelas que não apresentam efetivamento o transtorno.
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Fórum Cri-Ação - atenção à criança e ao adolescente
Autor: Vania Maria Andrade da Rocha
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Nomária César de Azevedo, Scheila Cristina Sabino, Cláudia Cristina Ribeiro, Silvana Teotônio Simões,
Maria das Graças Gomes, Zenilda Pereira de Moura Leone
Instituição: Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
Diante da necessidade de discussão local das experiências no atendimento à criança e adolescente, surgiu em 2006 o
Fórum Cri-ação, evento que consiste de uma agenda de reuniões mensais, com a participação de representantes de cada
unidade; No Fórum, os profissionais mantêm o compromisso de desenvolver um trabalho de discussão permanente da
realidade vivenciada pelas equipes do PSF, onde são compartilhadas as dificuldades e as experiências e sugeridas propostas para o aprimoramento do cuidado à criança e ao adolescente. Organizar e otimizar o atendimento às crianças e
aos adolescentes atendidos pelo PSF e profissionais de apoio, bem como discutir os protocolos, os fluxos e os serviços
existentes na SMSA auxiliando assim, os profissionais envolvidos neste trabalho. O Fórum é organizado a partir da metodologia da problematização, incentivando a participação dos profissionais na detecção e construção de estratégias para
a solução de problemas reais, tendo como referência a Agenda de Compromissos com a Saúde Integral da Criança e do
Adolescente. Tem como objetivo a organização do atendimento a crianças e adolescentes, discutindo os protocolos, os
fluxos e os serviços existentes na SMSA para ajudar os profissionais neste trabalho. Lições Aprendidas: Iniciamos com
o Fórum, um processo de maior aproximação entre os profissionais, priorizando a troca de experiências, e o aumento
do interesse desses profissionais por temas relacionados a crianças e adolescentes. O Fórum se consolida como ferramenta indispensável na organização do serviço, na divulgação e implementação dos programas da SMSA e na análise e
aplicação nos Centros de Saúde, das experiências apresentadas. Recomendações: É fundamental que os profissionais
desenvolvam habilidades para aplicação de instrumentos que possibilitem a reflexão crítica e a transformação de seu
processo de trabalho; O método de discussão e divulgação dos temas faz a diferença qualitativa no sentido de estimular
a reflexão dos processos e práticas por parte dos profissionais envolvidos; desse modo, recomendamos a aplicação da
metodologia utilizada a todos os indivíduos adscritos às ESF.
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Prevalência de infecções respiratórias agudas em crianças menores de cinco anos atendidas em
uma Unidade de Saúde da Família do município de Alfenas-MG
Autor: Vilânia Cristina de Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Sueli Leiko Takamatsu Goyatá, Soraia Matilde Marques, Luiz Alberto Beijo
Instituição: Universidade Federal de Alfenas-MG
As infecções respiratórias agudas (IRAs) são processos mórbidos de diferentes etiologias e de distinta gravidade que
acomete o trato respiratório, tanto das vias aéreas superiores, como das inferiores. As IRAs representam importante causa
de morbimortalidade entre as crianças menores de cinco anos em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento. No município de Alfenas, sul do Estado de Minas Gerais, as doenças respiratórias representam a segunda causa
de hospitalização infantil. Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de infecções respiratórias agudas em
crianças menores de cinco anos atendidas em uma Unidade de Saúde da Família no município de Alfenas-MG. Estudo
descritivo, retrospectivo e exploratório do tipo epidemiológico de delineamento transversal. Foram utilizadas as Fichas
de Atendimento Ambulatorial e os prontuários no período de julho de 2006 a junho de 2007. Essa pesquisa foi aprovada
pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Alfenas-MG. Foi utilizado o software Epi-info versão 6.04 para a tabulação e análise de dados. A amostra foi constituída por 104 crianças. Em relação à idade, encontrou-se média de 20 meses,
desvio padrão de ±14,96. A maioria era do sexo masculino (55,8%). Houve predominância de casos identificados nas
Micro-Áreas 3 e 7 com a mesma distribuição percentual (18,3%), seguida da Micro-Área 5 (16,3%), Micro-Área 4 (14,4%),
Micro-Área 2 (13,5%). Os principais diagnósticos médicos encontrados foram resfriado/gripe (39,4%), amigdalite e faringite (14,4%), otite (11,5%), sinusite (9,6%), bronquite (8,7%), pneumonia e laringite (4,8%). O mês de julho foi o que apresentou o maior percentual de casos (17,3%). Em 78 crianças foi possível analisar as variáveis peso, altura e estado nutricional.
Assim, encontrou-se média de peso de 10,56 Kg, desvio padrão ±3,88. Em relação à estatura, a média encontrada foi de
79,6 cm, desvio padrão de 14,61. A maioria das crianças apresentou estado nutricional dentro do padrão de normalidade
para idade (73,1%), sendo que 9,0% apresentaram baixo peso; 7,7% sobrepeso e 10,3% apresentaram risco nutricional. A
variável peso e estatura apresentaram forte associação em relação à variável idade (p<0,001).
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Estado nutricional de escolares de 6 a 9 anos do município de Ouro Preto-MG
Autor: Débora Fomualdo Lacerda
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: André Everton de Freitas, Thiago Henrique de Oliveira, Joyce Andrade Batista, Débora Romulado Lacerda,
Joel Alves Lamounier, Danusa Dias Soares
Instituição: Faculdade de Medicina/Universidade Federal de Minas Gerais
Os avanços científicos demonstram a grande influência da nutrição sobre as dimensões físicas e a composição global do
corpo humano, sobretudo em relação ao processo de crescimento. Atualmente o estado nutricional constitui um importante marcador qualitativo de saúde e sua avaliação constitui um importante instrumento para identificar o grau de agravo
nutricional de uma população. As avaliações antropométricas do estado nutricional de escolares vêm sendo muito utilizadas pela facilidade de execução, baixo custo e inocuidade. Considerando que na infância o processo de crescimento e desenvolvimento é o período o qual ocorre a formação dos hábitos alimentares, justifica-se a importância do conhecimento
da situação nutricional deste grupo etário, para que diante das inadequações, seja possível estabelecer promoção hábitos
saudáveis e prática de atividade física. Determinar o estado nutricional de escolares de 6 a 9 anos de escolas públicas do
município de Ouro Preto-MG. Estudo transversal realizado em escolas públicas da região central do município de Ouro
Preto, em Minas Gerais. Foram avaliadas 1016 crianças de ambos os gêneros, matriculadas em 8 escolas públicas da fase
introdutória até fase IV no ano 2007.Foi utilizado avaliação antropométrica (peso/altura2) para caracterização do estado
nutricional. Para verificação do peso dos escolares utilizou-se balanças eletrônicas, a estatura foi verificada através do
uso de um antropômetro portátil. Os dados foram armazenados no programa EpiInfo, no qual foram realizadas as análises
estatísticas do estado nutricional (Epinut). As crianças foram classificadas de acordo com os pontos de corte preconizados pelo Center for Disease Control and Prevention - National Center for Health Statistics, (2000). Foram analisadas 1016
crianças com idade entre 6 e 9 anos, sendo 558 (50%) gênero masculino e 558 (50%) do gênero feminino. Com relação aos
parâmetros antropométricos foi verificado que 5,9% (n= 66) das crianças estavam com baixo peso (percentil <5), 82,3%
(n=918) apresentavam-se eutróficos (percentil entre 5 a 85), 3% (n=33) de obesidade (percentil 85 a 95) e 8,9% (n=99)
com sobrepeso (percentil >95),respeitando 95% IC, para uma população total de escolares do município estudado (N=
4641).De acordo com o presente estudo 5,9% das crianças apresentaram baixo peso, 82,3% eutróficos, 8,9% sobrepeso e
3%obesidade respectivamente.
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Saúde da mulher na atenção primária: o enfoque da promoção da saúde na UBS George Chirré
Jardim (Uberaba/MG)
Autor: Fernanda Angela Rodrigues
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Natália Macedo Rogério; Rosimár Alves Querino; Iranilde José Messias Mendes
Instituição: Universidade de Uberaba
Desde a década de 1980, a promoção da saúde vem consolidando como crítica ao modelo biomédico e perspectiva para
construção de novo modelo de atenção à saúde.A proposta fortaleceu após a criação do SUS e reconhecimento da importância da atenção primária para reorganização do modelo de atenção.O plano de trabalho por nós desenvolvido analisa a
experiência do Grupo Saúde da Mulher na UBS George Chirré Jardim,ações de prevenção e educação em saúde desenvolvidas na UBS.Analisou-se a experiência do Grupo com ênfase nas ações desenvolvidas, perfil das usuárias, contribuições
do grupo para estilo de vida saudável e promoção da saúde.Utilizou-se metodologia qualitativa e quantitativa. Os instrumentos de coleta de dados foi observação participante,registro no caderno de campo, questionário semi-estruturado e
entrevista. A amostra foi composta por 19 usuárias.63% com 61 anos ou mais;36,8%casadas, 42,1%viúvas;89,4% não realiza
trabalho remunerado;78,9% tem ensino fundamental incompleto. Á condição de saúde: 57,8% são hipertensas;10,5% diabéticas e 5,2%hipertensas e diabéticas. Acesso ao mercado privado de serviço de saúde ocorre somente em 2 usuárias.O
atendimento público é feito pela UBS e ESF.Quando perguntadas sobre a contribuição do grupo para qualidade de vida
relataram a adesão às atividades físicas 84,21% praticam sendo 68,4% três vezes ou mais por semana 10,5% faz hidroginástica. A adesão às atividades de promoção da saúde foi citada em relação ao programa Envelhecimento Saudável
78,9%e Unidade de Atenção ao Idoso 15,7%.No acompanhamento das atividades do Grupo,evidenciou-se envolvimento
de diversos profissionais – psicólogo, enfermeiro,médico, nutricionista e educadores físicos – nas ações de educação
em saúde, dinâmicas de grupo,orientações nutricionais e demais ações que não limitam às doenças referidas.A equipe
multiprofissional preocupa-se em capacitar as usuárias para que possam atuar como agentes na promoção, prevenção,
reabilitação da saúde deixando-as autônomas. Conclui-se que às habilidades desenvolvidas pelas usuárias demonstram
concretização da proposta de promoção à saúde, prática de exercícios físicos, alimentação saudável entre outros. Percebemos contribuições do trabalho multiprofissional na promoção da saúde da mulher e necessidade de conhecer o
contexto em que a usuária está inserida para sucesso da intervenção.
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Avaliação da imagem corporal de mulheres obesas do Centro de Saúde Santa Inês segundo Body
Shape Questionnaire (BSQ)
Autor: Alessandra Negreiros Silva
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Leandro Graciano Silva Avelar, Andréa Regina Martins, Flávia Silva Martins
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e está associada a uma alta taxa de incapacidade e mortalidade por doenças crônico-degenerativas. A preocupação com tais prejuízos tem incluído também os aspectos psicológicos associados à obesidade, como aqueles relacionados à imagem corporal. Vive-se na era da imagem onde
a sociedade impõe padrões de beleza a serem seguidos, imitados e copiados. Decorrente disto, o desejo de melhorar a
aparência física, diminuir o descontentamento com o corpo e deixar de ser alvo de discriminações leva a mulher a buscar
alternativas inadequadas para redução de peso. Tendo em vista a série de transtornos físicos e mentais causados pela
obesidade torna-se necessário investigar a imagem corporal de mulheres obesas através do Body Shape Questionnaire
(BSQ). Foi utilizada uma amostra representativa de 96 mulheres obesas (IMC ≥ 30 Kg/m2), com idade entre 20 e 50 anos,
sedentárias e usuárias do Centro de Saúde Santa Inês, região leste de Belo Horizonte.A média de idade foi de 35 anos e
o IMC variou de 30 a 43,84Kg/m2. Foi verificado que 17 mulheres entrevistadas apresentaram ausência de distorção da
imagem corporal, 27 apresentaram distorção leve, 40 distorção moderada e 12 grave distorção. Dessa mesma amostra
foi verificado também que 72 participantes apresentavam IMC grau I, 17 grau II e 7 grau III. Diante desses resultados, são
necessárias campanhas educativas para incentivar o obeso a aderir a grupos de atividades físicas com o objetivo de
reduzir o sedentarismo, a obesidade e a conscientizar sobre os benefícios de um estilo de vida saudável. A prática da atividade física, preferencialmente a aeróbica, é importante para as pessoas que desejam o controle sobre o próprio corpo
e manutenção do peso. A intervenção multidisciplinar funcionará como um suporte para que a atuação fisioterápica seja
acrescida de um acompanhamento nutricional e psicológico a fim de proporcionar dentre os benefícios já mencionados
a melhora da auto-estima e imagem corporal.
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Os significados de autocuidado: as representações sociais das adolescentes grávidas de Pouso Alegre-MG
Autor: Claudia Cristina Garcez
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Edwin Rodrigo Paiva Borges
Instituição: UNIVÁS Universidade do Vale do Sapucaí
Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa do tipo exploratório, de levantamento e transversal, que teve como
objetivos conhecer os significados de autocuidado sob a perspectiva das adolescentes grávidas de Pouso Alegre – MG;
identificar os significados do autocuidado na gravidez e conhecer a maneira como as adolescentes grávidas desenvolvem
seu autocuidado. Foram entrevistadas 20 adolescentes grávidas em uma unidade materno infantil de Pouso Alegre – MG.
O tipo de amostragem foi por conveniência. Foram utilizados para a coleta de dados os seguintes instrumentos: Caracterização biossocial, familiar e econômica da adolescente grávida e um roteiro de entrevista semi-estruturado constituído
de três perguntas relacionadas com o seu conhecimento sobre autocuidado, autocuidado na gravidez e maneiras de
desenvolver o autocuidado. As entrevistas foram gradas e transcritas literalmente. Os dados foram analisados por meio
das estratégias metodológicas do Discurso do Sujeito Coletivo que está ancorado na Teoria das Representações Sociais.
Do tema, significado de autocuidado emergiu a seguinte idéia central: “cuidar de mim”. Em relação ao autocuidado na
gravidez, a idéia mais evidenciada foi “cuidar da minha gravidez”. No tocante à prática ou desempenho do autocuidado
durante a gestação, as adolescentes apontaram as expressões: “cuidados pré-natais”, “mudanças nos hábitos alimentares”
e “mudanças nos hábitos de vida” como sendo as principais práticas para o autocuidado. Conclui-se que o significado de
autocuidado está relacionado com o cuidar de si próprio, porém quando visto na perspectiva de gravidez e das ações de
autocuidado nessa fase da vida, ele assume características próprias ou específicas.
Palavras chave: Adolescente grávida; autocuidado; Discurso do Sujeito Coletivo.
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Estado nutricional e hábitos alimentares de um grupo operativo de gestantes moradoras do aglomerado Morro do Papagaio e Acaba-mundo, Belo Horizonte - MG
Autor: Raquel Caroline da Silva
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Aida Regina Brandão Aubaud, Flaviane Rocha Fonseca, Maria Cristina Santiago, Eric Liberato Gregório
Instituição: Discentes e Orientadores do Curso de Nutrição do Centro Universitário UNA. Belo Horizonte – MG
A gestação compreende um período de modificações fisiológicas que demandam cuidados, em especial no que se refere à alimentação, desde o momento em que o teste assinala ´positivo´ até o momento do parto. A gestante necessita
de nutrientes para atender as suas necessidades metabólicas aumentadas e as do bebê em formação. Nesta fase, faz-se
necessário um acompanhamento nutricional freqüente para aquisição de hábitos alimentares saudáveis pela gestante, de
forma a não comprometer o estado nutricional por excessos ou restrições alimentares, garantindo o aporte de energia, vitaminas e minerais, além de fibras dietéticas. É comum o relato de gestantes que apresentam constipação intestinal. Para
a melhoria deste sintoma é necessária a adequação da alimentação e da ingestão hídrica. Foi realizado um estudo com
22 gestantes carentes, moradoras do aglomerado Morro do Papagaio e Acaba-mundo, participantes do Grupo “Nascer
Feliz”, atendidas no Ambulatório Carmo Sion, Igreja Nossa Senhora do Carmo, Belo Horizonte, MG. Utilizou-se o método
de análise de freqüência semi-quantitativo e qualitativo do consumo alimentar, juntamente com entrevistas, questionários e avaliações antropométricas. Dentre os resultados observou-se que 64% das gestantes relataram baixo consumo
de pães, cereais e tubérculos, 68% relataram baixo consumo de hortaliças e 27% não ingeriam carne, resultados que demonstraram a inadequação do consumo segundo a pirâmide alimentar adaptada para a população brasileira. O consumo
hídrico é insuficiente quando comparado às recomendações diárias para a população. Concluiu-se que a alimentação e o
consumo hídrico das gestantes atendidas não estavam adequados para um bom funcionamento intestinal, por isso a alta
freqüência de reclamações de constipação intestinal. O acompanhamento nutricional é fundamental para a redução das
complicações intestinais e instituição de hábitos alimentares saudáveis.
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Viver ou morrer: para as mulheres a cor faz a diferença
Autor: Rosangela Durso Perillo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Sonia Lansky
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
Os estudos das estatísticas vitais têm desafios que vão para além das análises numéricas mais gerais e remetem para
questões socioeconômicas, onde a igualdade de gênero, raça/etnia e direitos reprodutivos ainda são controversas. Este
estudo pretende analisar a mortalidade das mulheres negras em Belo Horizonte de 2002 a 2007. Foram estudadas as
informações extraídas do SIM, SINASC e das investigações dos óbitos maternos realizados pelo comitê de Prevenção de
óbitos BH VIDA nos anos de 2002 a 2007. Em todas as fontes de informação foram consideradas as variáveis relativas a
escolaridade, estado civil, ocupação, causa do óbito, número de filhos e número de consultas de pré-natal. Todas as variáveis foram analisadas na ótica da etnia, considerando a mulher branca e a negra (preta e parda). Foram identificados
5042 óbitos de mulheres em idade fértil em BH no período de 2002 a 2007, sendo que 58,8% destes foram de mulheres
negras e 36,0% de mulheres brancas. Analisando as informações relativas à escolaridade, estado civil e causa do óbito,
observou-se que as negras são em sua maioria solteiras (63,8%), têm menor escolaridade (26,1%), não trabalha ou exerce
profissões informais e a principal causa de óbito são as causas externas, enquanto que nas brancas são as neoplasias. O
perfil de mortalidade materna não difere do exposto acima, acrescentando o fato de que as negras estão mais expostas
as mortes relacionadas a gravidezes indesejadas e a baixa qualidade da assistência prestada no ciclo gravídico puerperal. Em relação aos dados do SINASC, foram analisados 249.372 registros de nascimentos, onde 29,4% foram de filhos de
mulheres brancas e 48,4% de negras. Sendo que estas apresentaram menor escolaridade, menor número de consultas
de pré-natal e maior número de filhos. O estudo confirma a existência de diferenciais raciais na mortalidade materna
no município de Belo Horizonte. A raça aponta para desigualdades sociais e principalmente de acesso e qualidade de
serviços de saúde, que elevam o risco de morte para as mulheres negras. A SMSA de BH muito tem feito no sentido de
melhorar a assistência materno-infantil, mas é importante pensar num desafio ainda maior: planejar a assistência com o
olhar da “cor”, pois a morte tem cor.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Comitê de prevenção da mortalidade materna de belo horizonte: desafios a serem superados
Autor: Rosangela Durso Perillo
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
A morte de mulheres em idade fértil por causas ligadas à gravidez, ao parto e ao puerpério é, em sua grande maioria,
previsível e evitável e o estudo da mortalidade materna tem se mostrado um ótimo indicador relacionado às condições
socio-econômico-culturais e da qualidade dos serviços de saúde. Os Comitês de Prevenção de Mortes Maternas tem papel
fundamental na identificação dos casos declarados e não declarados, avaliando a qualidade e eficiência do serviços de
saúde e propondo intervenções que possam melhorar a assistência prestada. Avaliar os determinantes do óbito materno e
a qualidade da assistência prestada à gestante no pré-natal, parto e puerpério em Belo Horizonte. O Comitê de Prevenção
da Mortalidade Materna em Belo Horizonte tem investigado 100% dos óbitos de mulheres de 10 a 49 anos. Essas investigações são realizadas em estabelecimentos de saúde, no domicílio bem como no SINASC e no Instituto de Medicina Legal.
A Razão de Morte Materna apresentou uma elevação em 1998, como resultado da implantação do Comitê, que passou a
identificar mais casos de Morte Materna. Nos anos seguintes houve leve queda e em 2003 a razão de morte materna subiu
de maneira preocupante. Entretanto, em 2004 já foi observado uma redução da taxa, apontando para a importância da
análise da série histórica para avaliação da tendência do indicador. Segundo a classificação da Organização Mundial
de Saúde (OMS), a razão de morte materna em Belo Horizonte até 2003 mostrou-se alta e em 2004 é considerada média.
No período de 2000 a 2004, constatou-se que a maior parte dos óbitos se deu por causas obstétricas diretas, sugerindo
a necessidade de melhorias na assistência pré e perinatal. Considerando o acesso aos serviços, oportunidade e qualidade da assistência, estes óbitos foram classificados quanto a evitabilidade. Do total de óbitos, 52% foram classificados
como evitáveis e, somados aos provavelmente evitáveis, totalizaram 76%. Em relação à avaliação do pré-natal, 78% foram
considerados inadequados. A assistência ao parto/aborto foi adequada em 67% dos casos e, no puerpério em 63%. Estes
resultados são indicativos da assistência prestada à mulher no município. Diante desta realidade, o Comitê avalia a necessidade de um estudo mais aprofundado para avaliar a qualidade da assistência ao pré-natal, parto e puerpério.
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Qualidade de vida de idosos participantes de grupo de atividade física
Autor: Natália de P. C. Vasconcellos
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Lidiane Cristina Custódio; Raquel de Brito Vendrix; Aline Marques Alves; Thiago Barcelos Leão; Guilherme
Nogueira Santana; Juliana Costa E Silva.
Instituição: Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI-BH/MG
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, onde se observa uma modificação no perfil de saúde da população com o predomínio de doenças crônicas mais complexas e onerosas que podem levar a diminuição da capacidade
funcional. O objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade de vida de idosos envolvidos em grupos de atividade
física. Foram selecionados 34 indivíduos (> 60 anos), de ambos os sexos, sem déficits cognitivos, integrantes de grupos
de atividade física de um centro de saúde de Belo Horizonte, MG. Os participantes responderam ao questionário SF 36
Health Survey para avaliação da qualidade de vida. Dos 34 idosos que participaram do estudo, 25 eram mulheres e 9 eram
homens, apresentando uma média de idade de 70 (±5,47) anos. Observou-se que os indivíduos apresentaram uma pontuação média alta para todos os domínios do SF-36 e que dentre os oito domínios descritos no questionário, o de “Limitação
por aspectos físicos” apresentou maior média e o domínio “Dor” apresentou a menor média. Os resultados deste estudo
reforçam que o conceito qualidade de vida é amplo, abrangente, bastante subjetivo e multidimensional. Pode-se concluir
que os indivíduos analisados possuem uma percepção positiva sobre sua qualidade de vida e que a atividade física pode
ser um fator de importante contribuição para este fato.
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Avaliação da capacidade funcional de pacientes que demandam visita médica domiciliar periódica
de uma equipe de Saúde da Família de Belo Horizonte
Autor: Júlio Cesar Rocha Nunes
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Ana Carolina Diniz Oliveira
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
Diversas pesquisas indicam que unidades básicas de saúde, quando funcionam adequadamente, são capazes de resolver
cerca de 85% dos problemas da população. Em 1994, o Ministério da Saúde instituiu o Programa de Saúde da Família
como resposta a essa conjuntura. Entende-se a Assistência domiciliar como uma gama de serviços realizados no domicílio e destinados ao suporte terapêutico do paciente, englobando desde cuidados pessoais de suas atividades de vida diária (higiene íntima, alimentação, banho locomoção e vestuário) até o uso de tecnologia hospitalar. Incluem-se também
a visita domiciliar, a consulta de profissional de nível superior, a identificação do cuidador, o planejamento, a realização
de procedimentos e o acompanhamento sistemático à família como atividades principais. Objetivos: Avaliar a capacidade funcional e o motivo de pacientes que demandam visita domiciliar periódica; e traçar o perfil sociodemográfico dos
pacientes que recebem visita domiciliar periódica da Equipe Verde do Centro de Saúde Jardim Guanabara, no Distrito Sanitário Norte de Belo Horizonte. Materiais e métodos: Os entrevistadores foram dois médicos que – acompanhados dos
Agentes Comunitários de Saúde responsáveis por cada paciente e não conhecendo previamente os sujeitos – aplicaram
um questionário sociodemográfico em conjunto com a escala de Barthel e deram sua nota em comum acordo para os
critérios sob escrutínio. Para atender aos objetivos propostos, foi realizada uma análise descritiva a partir de freqüências
simples absolutas e percentuais e de outras medidas descritivas. Discussão e resultados: Grande parte dos pacientes
que demandam visita médica domiciliar periódica apresenta algum grau de dependência para as Atividades Básicas de
Vida Diária. Conclusão: Os pacientes que demandam visita médica domiciliar periódica dentro da estratégia de saúde
da família são, em sua maioria, mulheres idosas, com baixo grau de instrução e portadoras de doenças crônicas, que
apresentam uma importante prevalência de comprometimento das atividades básicas de vida diária.
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Significados de espiritualidade e sua relação com a saúde: as representações sociais de idosos
Autor: Luciano Magalhães Vitorino
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: José Vitor da Silva; Ewerton Naves Dias
Instituição: Escola de Enfermagem Wenceslau Braz-MG
A espiritualidade é um conceito subjetivo, individual e particular. Não existe uma definição única para este termo. Cada
pessoa o define de acordo com o seu contexto de vida. Isto, por sua vez dificulta a sua compreensão. Os objetivos do
presente trabalho foram: Conhecer os significados de espiritualidade emergentes de idosos e identificar a relação existente entre espiritualidade e a dimensão da saúde. Esta pesquisa foi de abordagem qualitativa, do tipo exploratório e
transversal. A amostra foi composta por 36 pessoas do gênero masculino e feminino, com 60 anos ou mais e residentes
nas cidades de Itajubá e Pouso Alegre-Mg. A amostragem foi proposital ou teórica. A coleta de dados ocorreu por meio
de dois instrumentos: 1) Caracterização pessoal, familiar e profissional do idoso; 2) Roteiro de entrevista semi-estruturada
formada por duas questões abertas. As entrevistas foram gravadas e transcritas literalmente e as estratégias metodológicas do Discurso do Sujeito Coletivo foram utilizadas para elaboração das idéias centrais e dos discursos dos idosos.
Os resultados identificaram que 50% dos idosos eram do sexo masculino; a média de idade foi de 69,7 anos; 47,2% eram
casados 88,8 % pertenciam a religião católica; 100% possuíam 3° grau completo, 55% eram de família nuclear sendo 2 a
média de filhos por família e 30,6% eram professores universitários. Os respondentes atribuíram à espiritualidade os seguintes significados: algo inerente ao ser humano; acreditar em Deus; algo sobrenatural; ligação com Deus; sentir-se bem
consigo mesmo e algo que norteia, fortalece e reforça. A relação entre a recuperação da saúde e espiritualidade foram
evidenciadas por meio das seguintes expressões: condutora de cura; força para enfrentar a doença; não existe medicina
sem espiritualidade; preservação da saúde e a espiritualidade está integrada no homem. Os resultados permitiram concluir que a espiritualidade é uma força interior de natureza multidimensional e subjetiva. Existe uma relação direta entre
saúde e espiritualidade sendo justificada pelo fato de ser uma dimensão humana transcendente e imanente.
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Compreendendo o idoso usuário de próteses auditivas: um enfoque para as políticas públicas
Autor: Karina Mary de Paiva
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Karina Mary de Paiva, Paulete Maria Ambrósio Maciel
O objetivo do trabalho foi identificar os principais fatores envolvidos no processo de seleção e adaptação de próteses
auditivas pelos idosos, assim como o conhecimento dessa parcela da população quanto à Política de Atenção à Saúde
Auditiva que lhes assegura vários direitos. Assim, foram selecionados 25 idosos de ambos os sexos usuários de próteses
auditivas adquiridas em uma empresa localizada no município de Vitória/ES. Foi realizado contato telefônico para convidá-los a participarem da pesquisa comparecendo na empresa para responderem a um questionário pré-elaborado, envolvendo questões referentes a facilidades e dificuldades decorrentes do uso desses dispositivos e o conhecimento quanto
à Política de Atenção à Saúde Auditiva que possui um serviço credenciado no município. Os resultados mostraram que
a maioria dos idosos entrevistados procurou a empresa de próteses auditivas devido à percepção própria da dificuldade
auditiva e relataram usar as próteses durante todo o dia, o que sugere uma boa adaptação ao processo. As facilidades
quanto ao uso envolvem a melhoria da comunicação e de atividades como ouvir a televisão, o que reflete diretamente na
convivência familiar e social. O uso em ambientes ruidosos ainda gera dificuldade na compreensão, principalmente em
palestras e igrejas, e o uso do telefone ainda é processo delicado. Quanto à Política de doação de aparelhos auditivos,
88% dos idosos participantes desconhecem esse tipo de atendimento, a maioria não conhece ninguém que já se usufruiu
desse serviço e 100% não tem conhecimento desse tipo de atendimento nos municípios que compõe a Grande Vitória/ES.
Há necessidade de mudança de diretriz por parte dos gestores com a finalidade de efetivar a própria política que define
responsabilidades ao Estado. Estudos direcionados à avaliação das Políticas Públicas vigentes são de fundamental importância para avaliação desses serviços em todo o Brasil, pois o objetivo das mesmas é alcançar a maioria da população.
Sabendo-se que a perda auditiva é uma alteração fisiológica decorrente do processo do envelhecimento e que interfere
diretamente na qualidade de vida da população idosa, não há dúvidas da relevância desse tipo de estudo, visto que o
aumento da expectativa de vida da população vem mudando o panorama mundial.
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Tratamento da dor crônica de idosos em unidades de Saúde da Família
Autor: Mara Solange Gomes Dellaroza
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Hellen Geremias dos Santos, Raquel Gvozd, Josilaine Porfirio Da Silva, Kyomi Nakanishi Yamada, Marcos
Ap. Sarria Cabrera
Instituição: UEL
Com o envelhecimento populacional a demanda nos serviços de saúde pro atendimentos a idosos tem aumentado. Esta
população tem elevada prevalência de doenças crônicas e co morbidades entre elas a dor crônica. O objetivo do estudo
foi:caracterizar o atendimento realizado numa Unidade de Saúde da Família (USF) a idosos com dor crônica.Método: estudo observacional transversal Foi realizado um estudo transversal através de entrevista domiciliar para identificação de
idosos com dor crônica atendidos por uma USF. Constituindo-se em uma população de conveniência. Na segunda etapa
realizou-se pesquisa aos prontuários destes idosos, para coleta de dados referentes ao período de julho de 2006 a junho de
2007. Os dados foram registrados em planilha e organizados em: tipo de atendimento, queixa principal, hipótese diagnóstica, conduta (farmacológica, não farmacológica, encaminhamentos). As análises estatísticas descritiva foram realizadas
no programa Excell. Resultado: Em 81 prontuários analisados foram encontrados 1105 atendimento ( média 13,64 e desvio
padrão 9,9. A dor aparece como hipótese diagnóstica em 58 (71,6%) prontuários. Houve 356 consultas médicas ( média 4,74
e desvio padrão de 3,61), 544 atendimentos de enfermagem ( média 6,71 e desvio padrão 5,53), 117 visitas domiciliares (
média 2,18 e desvio padrão 4,89). Trinta e sete idosos tiveram entre 2 e 11 atendimentos, 37 idosos de 12 a 24 e 7 idosos de
24 a 43 atendimentos registrados. Na análise de medidas farmacológicas relacionadas ao controle da dor os medicamentos
mais prescritos foram analgésicos comum em 53,1% dos prontuários, Anti inflamatórios em 33,3%, antidepressivos 17,3%,
ansiolíticos 13,6%. Quanto as intervenções não farmacológicas não há registro de intervenções específicas para o controle
da dor.Somente em 3,7 % dos prontuários havia registro de encaminhamento para fisioterapia. Quanto a orientações em
geral para a saúde em 57 prontuários não há registro de orientações. Dos 544 atendimentos de enfermagem somente em 74
atendimentos houve registro do conteúdo das orientações realizadas que versaram sobre: controle de pressão arterial,dieta,
atividade física e hidratação. Conclusão: Os registros de prontuários analisados indicam que mesmo no atendimento de
idosos portadores de dor crônica as estratégias de avaliação e controle da dor registrada em prontuários são limitadas a
prescrição de medicamentos, fato que pode ocorrer pela não percepção das conseqüências da dor na vida dos idosos e pela
falta de recursos terapêuticos disponíveis neste nível de atenção.
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Emprego do consolidado de informações odontológicas na identificação do perfil de saúde bucal
dos idosos do Centro Odontológico da Polícia Militar de Minas Gerais
Autor: Mantuano, Maria da Glória Pereira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Sernizon, Vânia Terezinha Fernandes Rodrigues; Campos, Maria Nair Lyrio Moreira de; Leal, Raquel Beatriz
Fernandes; Martins, Cláudia Cesar de Almeida; Tanure, Maria Helena Vieira; Alencar, Juliana, Castelo Branco Barros;
Amaral, Silvana Márcia Guerino; Barros, Cristiane Soares Abrantes de.
A Clínica de Odontogeriatria do Centro Odontológico da PMMG (COdont) foi criada em junho de 2006, com o propósito de
prestar um atendimento diferenciado aos idosos e ampliar o acesso ao serviço, a uma população que tem um histórico odontológico de pouca assistência e alta prevalência de restaurações e extrações. Foi implantada uma Ficha Clínica com base
epidemiológica para identificar as necessidades e auxiliar no planejamento das ações. O presente estudo pretendeu definir o
perfil de saúde bucal dos idosos que se submeteram a tratamento odontológico no COdont em 2007. Para a coleta de dados
foi utilizado o Consolidado da Ficha Clínica, preenchido pelos dentistas previamente calibrados, empregando a metodologia
preconizada pela OMS para cárie dentária e condição periodontal (CPI) e, para as outras alterações, foram considerados a
presença ou ausência da condição. Participaram da amostra usuários dentados de ambos os sexos, com idade ≥ 60 anos,
totalizando 371 idosos. O programa utilizado para análise foi o SSPS, versão 12.0. Verificou-se através dos resultados que 158
(42,6%) indivíduos eram do sexo feminino e 213 (57,4%) do sexo masculino. Com relação à cárie dentária, o CPOD médio foi
de 24,8 (DP 5,04), sendo o componente cariado 3,39%, cárie de polpa 0,72%, perdido 54,68% e obturado 41,21%. Quanto ao
maior CPI presente, os dados indicam saúde em 82 (22,1%) idosos, sangramento em 50 (13,5%), tártaro em 134 (36,1%), bolsa
de 4 a 5mm em 84 (22,6%) e 21 (5,7%) com bolsa maior que 6mm. Foram identificados 111 pacientes (29,9%) com lesões de
mucosas cancerizáveis ou não, sendo que 41 (11,1%) do total de pacientes examinados foram encaminhados à estomatologia.
Ao se analisar o uso de prótese, constatou-se que 286 (77,1%) pessoas usavam algum tipo de prótese superior e 234 (63,1%) as
utilizavam na arcada inferior. Quanto à necessidade de algum tipo de prótese, troca ou reparo, 135 (36,4%) pessoas apresentaram alguma necessidade na arcada superior e 136 (36,7%) na arcada inferior. A higiene oral mostrou-se boa em 129 (34,8%)
dos indivíduos, regular em 157 (42,3%) e má em 85 (22,9%). Conclui-se que o emprego do consolidado dos dados da ficha
clínica odontológica, ao gerar um banco de dados, permite a identificação do perfil epidemiológico dos idosos assistidos no
COdont, tornando-se um importante instrumento para a o planejamento das ações do serviço.
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Avaliação do perfil dos pacientes idosos em uma instituição hospitalar de grande porte de Belo
Horizonte, MG
Autor: Alexandra Dias Moreira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Selme Silqueira de Matos, Fabrício de Andrade Galli, Vanessa Calazans Viana, Ana Carolina Soares de Faria
Lemos, Daniela de Cássia Pereira da Cunha, Salete Maria de Fátima Silqueira
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
No Brasil, o grupo etário de 60 anos ou mais é o que apresenta maior crescimento na sociedade. Estima-se que em 2025
haverá mais de 30 milhões de idosos no país. Assim, deve-se pensar nas condições fisiológicas, fisiopatológicas e sociais
desta camada da população e respeitar suas peculiaridades. O presente estudo teve como finalidade analisar o perfil dos
pacientes idosos internados em uma instituição hospitalar privada de Belo Horizonte. Para isto, realizou-se a coleta dos
dados dos prontuários dos pacientes. Foram analisados apenas os 356 indivíduos acima de 60 anos de um total de 1380
internações que incluíam todas as faixas etárias. Foram criadas as seguintes variáveis: idade, sexo, nome, patologia principal, co-morbidades e tipo de convênio. A estruturação, alimentação e análise dos dados foram realizadas no software
EpiInfo versão 2000. Os pacientes se dividem em 51% do sexo masculino e 49% do sexo feminino. As patologias mais
encontradas foram aquelas relativas às clínicas de oncologia (28,5%), cardiologia (16,6%), ortopedia (11,9%), urologia
(11,3%) e pneumologia (11,3%). Dentre aqueles pertencentes às clínicas de urologia/nefrologia, achados demonstraram
que 48% apresentavam insuficiência renal crônica. Em relação às co-morbidades, encontrou-se que 43% dos pacientes
idosos eram portadores de hipertensão arterial crônica e 19% apresentavam diabetes mellitus tipo II. Além disso, foi
encontrado que 80% dos pacientes tinham plano de saúde, 18% eram provenientes do Sistema Único de Saúde (setores
de hemodiálise e quimioterapia) e apenas 2% eram particulares. Conclui-se com o estudo que a grande prevalência de
doenças crônico-degenerativas mostra que os profissionais de saúde devem centrar a abordagem do indivíduo idoso na
prevenção em saúde, em detrimento do modelo essencialmente curativo. Portanto, os mesmos devem enfatizar mudanças nos hábitos de vida destes pacientes e dar as orientações necessárias ao aprimoramento do auto-cuidado.
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Qualidade de vida e exercício físico em idosos
Autor: Fernanda Silva Gonçalves
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Lorena Eduardo
Instituição: Prefeitura Municipal de Perdigão, M.G
A população idosa brasileira representa hoje cerca de 8% da população total, o que se observa nos dias atuais é que
com o aumentar da idade, a população em geral tende a se exercitar com menor freqüência e a falta de aconselhamento
para participarem de programas de condicionamento físico, por parte dos profissionais da área da saúde, pioram essa
situação. Combater o sedentarismo e proporcionar estilos de vida mais saudáveis, pode representar um grande impacto
na melhoria dos índices de saúde populacional e reduzir os custos relacionados à gestão dos serviços (SIQUEIRA et al,
2008) No município de Perdigão, MG é realizado o projeto Qualidade de Vida e exercício físico, desenvolvido pela fisioterapeuta contratada pela Prefeitura Municipal com o apoio da enfermeira responsável pelo PSF rural. O projeto consiste
no desenvolvimento da prática de exercícios físicos realizados duas vezes por semana, com duração de uma hora e a
participação de 15 idosas pertencentes ao grupo de hipertensos e diabéticos do PSF. São realizadas atividades de alongamentos, fortalecimento, treino aeróbico, técnicas de relaxamento e atividades lúdicas. As participantes recebem orientações gerais sobre cuidados com a saúde e, desta forma, o projeto Qualidade de vida e exercício físico procura contribuir
para o conhecimento dos participantes sobre cuidados com a saúde e sobre benefícios do exercício físico, de uma forma
prática e viável. O projeto é desenvolvido na área livre do ambulatório municipal de fisioterapia e o material utilizado foi
providenciado pelos próprios participantes (exemplos: garrafinhas de plástico de 500ml com areia, cabos de vassouras,
bolinhas plásticas, elásticos) Neste contexto, percebe-se que por meio deste projeto, que a prática de exercício físico é de
fundamental importância para a qualidade de vida dos idosos. Segundo as idosas usuárias do projeto, esta prática promove a diminuição de suas dores articulares, diminuição dos níveis pressóricos e benefícios psicossociais, como aumento
da auto-estima e auto-confiança das idosas, promovendo a reinserção do idoso a sociedade.
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Qualidade de vida em idosos hipertensos participantes do projeto um passo a mais pela vida
Autor: Bruno de Assis Rodrigues
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Bruno de Assis Rodrigues
Instituição: Faculdade São Camilo
O envelhecimento populacional tornou-se um fenômeno mundial que apresenta várias peculiaridades. Portanto, um dos
desafios é tornar a longevidade com qualidade de vida. O presente estudo tem por objetivo averiguar a percepção dos
idosos hipertensos participantes do projeto “Um Passo a mais pela Vida” do Programa de Saúde da Família da Vila Gontijo
na cidade de Bom Despacho – MG. É um estudo de natureza descritiva, com abordagem quantitativa e qualitativa. Foram
entrevistadas 12 idosas que freqüentam o projeto utilizando um formulário de questionário orientado seguindo a Escala
de Qualidade de Vida de Flanagan. Os dados foram analisados através da estatística descritiva e análise de conteúdo. Na
dimensão atividades sociais, comunitárias e cívicas a maioria demonstrou indiferente em relação a satisfação; bem estar
físico e material, relações com outras pessoas e desenvolvimento pessoal e realização, predominaram os que se sentem
satisfeitos e muito satisfeitos. A grande importância de satisfação foi a dimensão da recreação, evidenciada pela participação no grupo de caminhada e pelos benefícios ocasionados por ele, fortalecendo o envelhecimento ativo e ocasionando
numa melhor qualidade de vida.
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Condições de vida de trabalhadores do setor extrativista vegetal da região do Vale do Aço, Minas Gerais
– uma análise das condições de moradia, de saneamento básico e prevalência de parasitoses intestinais
Autor: Natália Pereira da Silva Araújo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Lívia Maria de Paula Alves Bezerra, Cláudia Aparecida Marliére de Lima, Olívia Maria de Paula Alves Bezerra,
Cláudia Aparecida Marliére de Lima
Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto
A deficiência do saneamento no Brasil vem constituindo uma preocupação aos brasileiros, principalmente pela relevância de seu papel na relação que estabelece com a saúde e o ambiente. Em 2004, a cobertura nacional por rede geral de
abastecimento de água foi da ordem de 80%; por rede coletora de esgoto sanitário de 48%; e a coleta de resíduos sólidos
atende a cerca de 80% dos domicílios. Uma das piores conseqüências de um saneamento precário é o prejuízo à saúde,
principalmente causado pela elevação dos casos de parasitoses intestinais que são um grave problema de saúde pública,
sobretudo nos países do terceiro mundo, sendo um dos principais fatores debilitantes da população. O presente estudo
avaliou as condições de vida através das condições de moradia e de saneamento básico e da prevalência de parasitoses
intestinais de uma amostra de 806 trabalhadores do setor extrativista vegetal de quatro municípios da região do Vale do
Aço, Minas Gerais. As atividades laborais incluíam atividades dentro da fábrica de celulose e atividades externas como
preparo da terra, plantio do eucalipto, adubação, eliminação/controle de pragas e insetos, corte manual ou mecanizado,
transporte e combate a incêndios. As condições de moradia e de saneamento básico foram investigadas por meio de
aplicação de questionários semi-estruturados e a prevalência de parasitoses intestinais, por meio de exame parasitológico
de fezes, utilizando-se o método da sedimentação espontânea. As condições de moradia e de saneamento básico foram
consideradas bastante precárias, e a prevalência de parasitoses foi da ordem de 31,1% dos examinados, dos quais 25,7%
encontravam-se poliparasitados. As espécies de parasitas mais freqüentes foram E. coli (36,1%), G. lamblia (21,3%), A. duodenalis (19,7%), E. histolytica (17,3%) e A. lumbricoidis (10,8%). Os resultados indicam a urgência da adoção de medidas de
proteção sanitária e ambiental, envolvendo melhoria da qualidade da água de consumo humano e adequada disposição
de dejetos tanto nas residências quanto no campo; promoção de atividades de educação sanitária e em saúde, com ênfase
na adoção de medidas de higiene ambiental, corporal e dos alimentos; orientação sobre cuidados na manipulação de
alimentos; e o tratamento dos doentes.
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Escorpionismo em Lavras
Autor: Idael Christiano de Alemida Santa Rosa
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Julliana Melo Ferraz, Maria Cristina Amarante Botelho, Thalita Thyrza de Almeida Santa Rosa
Instituição: UFLA
O conhecimento da ocorrência de animais peçonhentos, sua área de distribuição espacial e fatores ambientais predisponentes de seu aparecimento é importante, tanto para o controle destes animais e prevenção de acidentes, como para o
planejamento e avaliação do impacto do mesmo. Este trabalho objetivou avaliar o escorpionismo em Lavras a fim de subsidiar futuras ações. Realizou-se um estudo abrangendo as notificações de aparecimento e/ou agressões por escorpiões
durante os anos de 2001 a 2004 no município de Lavras, Minas Gerais. Os dados foram tabulados e analisados no Epi-Info
6.04b. Foram avaliadas 1160 notificações, sendo que em apenas nove (3.28%) observou-se notificação de agressão. Foram
notificados casos durante todo o ano com ocorrência no primeiro semestre, ainda que a os meses de maior ocorrência
variem dentro dos anos estudados. Na distribuição espacial observa-se que a distribuição de casos acompanha dois
córregos. Questiona-se são realmente os córregos ou o fato de se concentrarem nessa região construções mais antigas
o motivador do aparecimento dos escorpiões. Observou-se também ser freqüente a presença de lotes vagos associada a
ocorrência. O trabalho discute ainda os locais de maior freqüência de encontro dos animais no extra e intra domicilio, as
ações da secretaria municipal de saúde e propõe formas de controle mais efetivo do problema.
Palavras-chave: Epidemiologia, Escorpião, Saúde Pública
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Gerenciamento de resíduos hospitalares – uma discussão ética a partir da avaliação de um hospital
de extra porte de Belo Horizonte
Autor: Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maria Aparecida de Oliveira; Fabiano Freitas Correa; Maria Carolina Palhares e Cordeiro; Amanda Érika
Aguiar Duraes; Lílian Pinto de Lima; Marina Pereira Coelho; Luciana Quintão Foscolo Melo; Rachel Ferraz Carmo Vieira e
Vinícius Rodrigues de Oliveira Santos.
Instituição: FASC, PMMG, CBMMG, IPSM
A atividade hospitalar é uma das principais fontes geradoras de lixo/resíduos e os administradores hospitalares se vêem limitados na participação do processo de seu gerenciamento e cuidado. Embora de grande importância, uma parcela desse processo
é inevitavelmente repassada a empresas especializadas no destino final dos resíduos. Este trabalho propôs avaliar o sistema de
gerenciamento dos resíduos de um hospital de extra porte de Belo Horizonte, considerando o impacto diferenciado e potencial
que as grandes instituições hospitalares podem causar no meio ambiente. Sob o ponto de vista da ética que envolve a preservação do meio ambiente e o cuidado com a qualidade de vida da sociedade, foram tratadas variáveis como: riscos da inadequada
manipulação dos dejetos; cuidados dispensados para a minimização da periculosidade; cumprimento da legislação brasileira;
políticas internas relacionadas ao cuidado com o meio ambiente, apoio governamental aos hospitais e serviços de saúde para o
cuidado com o lixo e resíduos sólidos hospitalares. Os resultados demonstram que existem inúmeras iniciativas pontuais para o
melhor manejo de dejetos infectantes, porém são destituídas de uma correlação com o contexto ético, social e ambiental. Existem também, planos para o desenvolvimento de uma cultura ecológica interna no hospital, mas ainda deficientes nas etapas de
implementação e avaliação. É tímida a iniciativa de reciclagem dos resíduos para a qual há projetos de reaproveitamento, mas
sem implementação prática. Os entrevistados compreenderam o aporte legislativo como: desconhecido (38,3%), confuso (58%),
economicamente inviável (49,13%) e acreditam existir conflitos entre as instâncias legislativas (municipal, estadual e federal).
Relatam que a iniciativa privada é a grande referência para a coleta e transporte final do lixo, o que encarece e impossibilita
o acompanhamento pelos administradores hospitalares das fases subseqüentes à saída do lixo do ambiente do hospital. Com
isso perde-se a noção sobre a validade dos cuidados e dos investimentos da gerência nas etapas internas ao hospital. É tímido,
portanto, o reconhecimento por parte dos gerentes e funcionários diretamente envolvidos, do importante papel que os hospitais
de extra porte podem desempenhar negativa ou positivamente na proteção do ambiente e da sociedade.
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Análise descritiva da qualidade das notificações de receita b dispensadas em Belo Horizonte
antes e após a portaria federal 58/2007/ANVISA
Autor: Monica de Fatima Gontijo Carneiro
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: VISA-BH / UFMG
Em 1998 foi criada, pela ANVISA, a Portaria Federal 344 que regulamenta o comércio, prescrição e fiscalização de drogas psicoativas. Em 2007, após constatação de muitas irregularidades no comércio de anorexígenos, foi publicada a
Portaria Federal 58 que dispõe sobre o aperfeiçoamento no controle dessas substâncias. Para analisar a qualidade das
notificações dispensadas em Belo Horizonte no ano de 2003 e comparar com a qualidade após vigência da PF58/2007, foi
realizada uma análise descritiva e comparativa das notificações de receita atendidas em farmácias e drogarias em 2003 e
2008. Em 2003 muitas irregularidades foram encontradas, 17% estavam com posologia inadequada. 10% das notificações
não possuíam a dosagem, 58% estavam prescritas com o nome comercial. Houve substituição da medicação comercial
pela manipulada. Quanto à presença de numeração fornecida pela SES, 14% estavam inadequadas. 1% das notificações
continha quantidades superiores aos 60 dias de tratamento determinados pela PF344/98. Não foi encontrado carimbo
oficial em 13% das notificações; 4% apresentavam rasura e 19% estavam ilegíveis. Das receitas aviadas, 42% continham
alguma irregularidade. Em janeiro de 2008, após vigência da PF58/07, todas as receitas continham carimbo e numeração
da SES, menos de 1% estava ilegível ou com ausência de dosagem/posologia, 22% foram prescritas com o nome comercial, sem substituição pela forma manipulada. 2% continham rasuras. Entretanto, 31% não estavam dentro do modelo B2
padronizado, 2% das notificações ultrapassaram a dosagem máxima e 9% superou os 30 dias de tratamento estipulados
pela portaria. Considerando os critérios de 2003, apenas 5% das notificações apresentaram irregularidades em 2008,
entretanto, com as novas exigências da PF58/07, 33% apresentaram irregularidades. De um modo geral, a nova Portaria
melhorou o controle sobre o comércio dos anorexígenos, mas ainda é necessário observar a prescrição e dispensação
por no máximo 30 dias de tratamento, cumprir a dosagem máxima estipulada para cada substância e utilizar o modelo
de notificação de receita B2 em vigor, para reduzir riscos e proteger a saúde da população.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Descrição dos riscos de resultados falso-positivos para hepatite B, pós vacinação, em pacientes
renais crônicos
Autor: Monica de Fatima Gontijo Carneiro
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: VISA-BH / UFMG
No Brasil existem cerca de 150 mil portadores de insuficiência renal crônica (IRC), destes, 54 mil são submetidos à diálise
e aproximadamente 2mil são portadores de Hepatite B.
A hepatite B tem incidência aumentada em portadores IRC devido ao risco de transmissão parenteral, pelo fato de ser a
hemodiálise e a diálise peritoneal invasivas, pela freqüente necessidade de transfusão de hemoderivados e pelo comprometimento das defesas imunológicas nesses pacientes. A vacinação contra a hepatite B é recomendada nos pacientes
com IRC, mas a soroconversão é baixa, sendo freqüentemente indicada a revacinação. Inúmeros trabalhos mostram que
a vacina pode causar um resultado HBsAg positivo transitório durante dois a vinte e oito dias após a aplicação. A portaria
da ANVISA estabelece a realização de HBsAg mensalmente, sem alertar para a possibilidade desse resultado falso positivo após vacinação. Estudo descritivo foi realizado em Belo Horizonte no ano 2007 com avaliação do banco de dados
do SINANNET 2007/SMSA sobre sorologia para hepatites virais para descrever sobre possíveis resultados falso-positivos
da sorologia para hepatite B, pós vacinação, em portadores de IRC em Belo Horizonte. Foram notificados 318 casos de
hepatites virais em Belo Horizonte no ano 2007. Destes, foram confirmados 259 casos, sendo 40,21% portadores de hepatite B. Do total de sorologias confirmadas para Hepatite B, 6,7% tiveram a doença após vacinação e desses 43% faziam
hemodiálise fazendo-se suspeitar da possibilidade de um resultado falso-positivo pós vacinação. Entretanto, 32,8% dos
campos referentes ao status de hemodiálise e 51,7% do status vacinal estavam em branco, possibilitando um viés no estudo. É necessário alertar os profissionais de saúde sobre o risco de um resultado falso-positivo para sorologia de hepatite
B pós vacinação, em pacientes renais crônicos, visto que estes podem ser conduzidos para diálise em salas de portadores
da doença e serem realmente contaminados. Além disso, é necessário melhorar as notificações do SINAN, exigindo o
preenchimento de todos os campos do formulário para que os dados gerem informações fidedignas e aproveitáveis para
a Saúde Pública.
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Surto de eventos neurológicos adversos pós cirurgia ocorridos em hospital filantrópico, Santa
Luzia, Minas Gerais, 2006
Autor: Sandra Costa Drummond
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Dionísio Pacceli Costa, Heloisa Helena Pelluci Duarte, Lúcia Maria Maina Mattos Paixão, Roberto Melo Dusi
Instituição: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Prefeitura Municipal Santa Luzia
Introdução: A Gerência Regional de Saúde de Belo Horizonte com 4 milhões de habitantes é composta por 39 municípios. A rede hospitalar de unidades públicas, privadas e filantrópicas é referência estadual do Sistema Único de Saúde.
Entre os dias 9 e 12 de março de 2006 ocorreram 3 eventos adversos graves em pacientes cirúrgicos em um hospital
filantrópico (A), resultando em dois óbitos. Métodos: Estudo de coorte. Os expostos foram os pacientes submetidos a
procedimentos cirúrgicos no hospital A no período de 1º a 12 de março. Foi definido como doente o paciente operado
neste hospital e que apresentou 2 sintomas neurológicos ou 1 sintoma neurológico associado a náuseas e/ou vômitos, nas
24 horas seguintes ao início da anestesia. As fontes de dados foram: prontuários hospitalares e entrevistas dos pacientes
e anestesistas. Calculou-se a freqüência de dados demográficos, antecedentes de saúde, procedimentos anestésicos e
uso de medicamentos. Foi realizada análise bivariada com cálculo do risco relativo (RR), intervalo de confiança de 95%
(IC95%) e valor de p < 0,05. Os testes utilizados foram qui-quadrado, exato de Fisher e Kruskal-Wallis, quando indicado.
O software utilizado foi o EPIINFO® versão 6.04d. Resultados: O total de pacientes incluídos foi de 111 pessoas, 98 ( 88%)
do sexo feminino e 13 (12%) do sexo masculino. Destes, 10 (9%) eram doentes, todos do sexo feminino (p=0,271) e com
mediana de idade de 30 anos (5 a 52) e p= 0,781. O RR do uso de bupivacaína de 9 a 12 de março e adoecer foi 11, IC95%
(1,5- 82,4) e p < 0,0003. O laudo da análise bromatológica do anestésico bupivacaína informou não estar o anestésico
estéril, apresentar a bactéria Ralstonia metallidurans e foi identificada uma endotoxina. Conclusão: Houve associação do
uso de bupivacaína no período de 9 a 12 de março com o risco de adoecer. Outros medicamentos, sexo, idade, condições
prévias de saúde, alergia a medicamentos e a alimentos não estiveram estatisticamente associadas com adoecer. Após o
evento o medicamento bupivacaína teve seu uso suspenso.
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A distribuição de triatomíneos em Minas Gerais de 1996 a agosto de 2005
Autor: Sandra Costa Drummond
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Rosana Mourão Coutinho, Bernardino Vaz de Melo Azeredo
Instituição: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
Introdução: A Doença de Chagas tem por agente etiológico o Trypanosoma cruzi. É uma antropozoonose freqüente nas Américas principalmente na América Latina. A área de risco em Minas Gerais abrange os 853 municípios que apresentam diferentes
realidades. As ações de controle tiveram início nos anos 70, do século XX, com cobertura de 80% da área no início dos anos 80,
mas também ao final destes passou por desativação das ações em vários municípios devido à infestação do Aedes aegypti, o
que retirou recursos humanos do Programa de Controle da Doença de Chagas (PCDCh) para o Programa de Controle da Febre
Amarela e Dengue (PCFAD). O objetivo deste trabalho é verificar como está a distribuição dos triatomíneos no estado de Minas
Gerais. Metodologia: a partir de 1996 as ações desenvolvidas pelo PCDCh em Minas Gerais passaram a ser trabalhadas em um
software desenvolvido especificamente para o programa substituindo a apuração manual. Outro software utilizado foi o TABWIN.
Verificou-se a freqüência dos triatomíneos capturados, classificados e examinados por município entre 1996 e agosto de 2005 por
local de captura, infecção natural pelo T.cruzi e estádios nos municípios que desenvolveram ações de captura de triatomíneos e
borrifações. Resultados: Dos 502 municípios trabalhados, 348 (69,3%) tiveram a presença de triatomíneos em um total de 66 420
espécimes capturados distribuídos em 23 espécies. As cinco espécies mais capturadas e mais importante epidemiologicamente
foram Triatoma sórdida (66,3%), Panstrongylus megistus (6,9%), Triatoma tibiamaculata (1,5%), Triatoma vitticeps (0,4%), Triatoma
infestans (0,04%). A infecção natural por T.cruzi foi de 0,80%, 5,4%, 3,1%, 27,6% e 4,5% respectivamente. Por local de captura 54 442
(82%) foram no peridomicílio e 11 983 (18,0%) no intra domicílio. Em relação ao estádio foram capturados 32 064 ninfas (48,4%)
e 34 211 adultos (51,6%) sendo 15 191 machos (44,4%) e 19 020 fêmeas ( 55,6%). Entre os triatomíneos capturados e positivos para
T.cruzi a espécie T.sórdida teve o maior percentual e o município com maior número de triatomíneos capturados foi Porteirinha
situado na Macrorregião Norte. Conclusão: a ocorrência da transmissão da doença de Chagas por via vetorial é maior quando se
tem uma espécie domiciliar infectada pelo T.cruzi, colonizada e que seja antropofílica. Minas Gerais encontra-se praticamente
sem este risco.
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A vigilância epidemiológica para esquistossomose mansônica em 29 municípios da macrorregião
norte de Minas, 2005-2007
Autor: Sandra Costa Drummond
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Rosana Mourão Coutinho, João Resende, Joaquim Barral
Instituição: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
Introdução: A esquistossomose é uma helmintose grave e continua um problema de saúde pública em Minas Gerais. O Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) no estado teve início em 1984 com o objetivo de interromper a transmissão da
doença e a partir de 1989 a impedir o aparecimento de formas graves realizando-se inquéritos coproscópicos, tratamentos
humanos, atividades de educação para saúde, inquéritos malacológicos e algumas atividades de saneamento básico. Estas
ações foram desenvolvidas a partir das localidades que são regiões pequenas que agrupam casas tanto em área urbana
quanto rural. Objetivo: Descrever a vigilância epidemiológica para esquistossomose implantada em 29 municípios da Macrorregião Norte de Minas em 2005. Material e Métodos: Os municípios que realizaram o inquérito coproscópico censitário
entre 1984 e 1994 que apresentaram prevalência < 5% sem ter nenhuma localidade com prevalência >= a 20% (área de baixa
prevalência) foram selecionados para instalarem a fase de vigilância epidemiológica para esquistossomose. O quantitativo
dos exames realizados, os resultados positivos para Schistosoma mansoni e os tratamentos humanos constituem o monitoramento da transmissão da doença com o método de diagnóstico utilizado o de Hans, Pons e Jansen (sedimentação espontânea) nos laboratórios da rede pública e privada. O medicamento empregado nos tratamentos humanos foi o praziquantel
comprimido de 600 mg na dosagem de 60mg/kg de peso para criança até 15 anos e 50 mg/kg de peso para adulto, via oral,
em dose única. Realizamos reunião com os coordenadores de epidemiologia dos municípios para informação sobre as ações
do monitoramento. Resultados: Mensalmente as coordenadorias de epidemiologia dos municípios informaram à Gerência
Regional de Saúde de Montes Claros os exames realizados e os resultados. No período avaliado, dos 29 municípios oito (28%)
informaram os exames nos três anos, dez (34%) em dois anos, seis (21%) em um ano e quatro (14%) não informaram em
nenhum período. O índice de positividade variou de 0,1% a 4,3%. Conclusão: Áreas com prevalência para esquistossomose
podem ter o acompanhamento da transmissão da doença através dos exames realizados na rede de atenção primária uma
vez que ainda não dispomos de método parasitológico de fezes capaz de detectar portadores com baixa carga parasitária.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Egresso hospitalar idoso:proposta de vigilância à saúde no distrito sanitário leste
Autor: Marua Bittar Musse
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Simone Passos de Castro e Santos
Instituição: Secretaria Municipal de Saude de Belo Horizonte
A assistência ao idoso ainda acontece com a abordagem centrada na doença. A demanda por assistência a esta população vem crescendo e requer dos profissionais da saúde um enfoque que englobe a prevenção, detecção precoce dos
agravos e o acompanhamento permanente de acordo com as diferentes variáveis do processo de saúde–doença. Visando
organizar o trabalho e planejar ações que impactem diretamente na qualidade da saúde propõe-se implantar ações de
vigilância ao paciente idoso egresso hospitalar. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte disponibiliza para os
profissionais de saúde da rede o relatório de egressos hospitalares com as seguintes informações: nome, idade, CID, data
da internação, sexo, endereço, unidade solicitante e unidade de destino. Trabalhou-se em 2007 com os dados das 14 Unidades de Saúde do Distrito Sanitário Leste que foram consolidados e apresentados a fim de sensibilizar os profissionais
sobre a importância de utilizar este instrumento para a vigilância. Foi proposto para 2008 que este relatório seja enviado
mensalmente a todas equipes do Distrito Leste para conhecimento, acompanhamento e intervenções. Foram incluídos
no relatório original os campos: encaminhamento, data da última vacina, idoso acamado ou não, idoso institucionalizado
ou não. Após o recebimento a equipe deverá agendar visita domiciliar para exame e observação da condição de saúde
do idoso. Em 2007 recebemos 209 registros de egressos. A principal causa de internação foi pneumonia (67%), seguida de
fratura (25%), transtorno articular (4%), desnutrição (3%) e outros (1%). A partir dos resultados propomos: elaboração de
plano de cuidado para todos os idosos egressos hospitalares com ações de promoção e prevenção; evento sentinela para
os casos de desnutrição; capacitação continuada das Equipes buscando sempre uma assistência integral e desenvolvimento de mecanismo para apoio de instituições formais ou informais que possam integrar as ações em saúde. Acreditamos que a estratégia de trabalhar a vigilância constituirá um orientador das ações em saúde a serem implementadas para
o idoso. Faz-se necessário uma ação intersetorial com as políticas sociais disponíveis visando potencializar e garantir os
direitos de cidadania desta população.
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Investigação do surto de doença diarréica aguda no município de Virgínia - Gerência Regional de
Saúde de Varginha – Minas Gerais – abril 2006
Co-Autores: Bernardes,L.F.
Instituição: Gerência Regional de Varginha/SES/MG.UNIVAS/Pouso Alegre
Introdução: O município de Virgínia, localizado na região sul de Minas, com uma população de 8.817 habitantes e cujo abastecimento
de água não possui tratamento, apresentou no dia 05 de abril de 2006 um surto de diarréia. A análise e caracterização deste surto foram
facilitadas pela Monitorização das Doenças Diarréicas Agudas - MDDA, implantada nesta cidade em 2002. A doença diarréica aguda
caracteriza-se quando a perda de água e eletrólitos nas fezes é maior do que normal, o que resulta no aumento do volume e na freqüência
das evacuações, com redução da consistência das fezes. A desidratação ocorre quando essas perdas não são repostas adequadamente
e produz um desequilíbrio hidroeletrolítico. Deve-se avaliar o estado de hidratação do paciente, para classificá-lo e escolher o plano de
tratamento preconizado: Plano A = Destina-se ao paciente com diarréia e sem sinais de desidratação; Plano B = Destina-se ao paciente com
diarréia e com sinais de desidratação; Plano C = Destina-se ao paciente com diarréia e desidratação grave. Métodos: o estudo foi descritivo,
utilizando os dados registrados nas planilhas do programa de MDDA dos 771 pacientes que receberam atendimento nas unidades básicas
de saúde. Os dados foram digitadas no programa Excel, o que facilitou a análise. Resultado: Foram analisados os bancos de dados e nos
anos anteriores foram registradas as seguintes médias de casos por Semana Epidemiológica (SE): 1,19 casos em 2002; 0,22 casos em 2003,
0,25 casos em 2004, 3,4 casos em 2005 e 5 casos até a 13ª semana do ano 2006, sendo que na 14ª semana registrou-se 262 casos, marcando
assim o início do surto. Este atingiu o pico de 447 casos na 15ª semana quando, então, foram desencadeadas as medidas de intervenção,
reduzindo-se para 51 casos na SE nº16. O surto durou 4(quatro) semanas e acometeu 771 pessoas (8,8% da população), com uma taxa de
ataque entre 0,6% a 5%. A faixa etária mais acometida foi de 10 a 19 anos. O plano de tratamento mais usado foi o plano “A”(70,2%), em
seguida o “B”(5,5%) por último o “C”(22,4%) e 1,9% não foi identificado. Não houve nenhum óbito na população acometida. A equipe de
investigação suspeitou que houvesse uma fonte comum de exposição, pois o problema estava tanto na zona urbana (87,8%) como na zona
rural (11,9%). Foram então coletadas 10 amostras de água para o consumo humano e nenhuma atendia aos padrões bacteriológicos de
potabilidade, conforme Portaria nº 518 de 25 de março de 2004/SVS/MS, sendo, portanto, imprópria para o consumo humano. Todas as
amostras apresentaram Escherichia coli, e em 6 delas também foram encontrados os seguintes microorganismos: Klebsiella, Citrobacter sp
e Enterobacter sp. Conclusão: As evidências epidemiológicas apontam como fator sugestivo do surto a presença de E. coli de 200,5 colilert,
nmp/100ml na água analisada. As características clínicas apresentadas pelos doentes são compatíveis com infecções causadas pela contaminação de E. coli, caracterizada por diarréia autolimitada de gravidade leve à moderada, acompanhada por fortes dores abdominais.
Após a implementação das medidas de controle como: tratamento de água para o consumo humano com hipoclorito de sódio, medidas
educativas para população em geral, limpeza e desinfecção do reservatório do Sistema de Abastecimento de Água Municipal, houve uma
queda brusca no número de casos, que voltaram à normalidade.
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Estudo da prevalência de enteroparasitas em escolares de Itaúna, MG.
Autor: Frederico Ferreira Gil
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: José Luiz Guimarães Filho, Mariana Moreira Guimarães, Frederico Ferreira Gil, Haendel Gonçalves Nogueira
Oliveira Busatti
Instituição: Universidade de Itaúna
As parasitoses intestinais, devido a sua elevada prevalência, representam em nosso país, importante problema de saúde
pública. Estudos populacionais em diferentes regiões do Brasil mostram freqüências diversas na ocorrência das parasitoses intestinais. A falta de condições mínimas de saneamento básico e inadequadas práticas de higiene pessoal e
doméstica são os principais fatores que favorecem a transmissão dos parasitos intestinais. O estudo foi realizado durante
os anos de 2000 e 2004 em crianças com idade variando de 7 a 14 anos, provenientes de nove escolas públicas do município de Itaúna, MG. Neste trabalho foram realizados 2161 exames parasitológicos de fezes, realizados pelo método de
sedimentação espontânea de Hoffman, Pons e Janer (HPJ), dos quais 548 foram positivos, revelando uma percentagem
de exames positivos de 25,36%. As prevalências, global e específica, de helmintos e protozoários foram estatisticamente
analisadas e determinadas utilizando os softwares Minitab 15 e SPSS 15.0. Foram encontrados todos os parasitos intestinais comumente detectados no exame parasitológico de fezes, exceto Hymenolepis nana e Iodamoeba butschilii. A escola
Estadual José Gonçalves e escola Municipal Dr. Lincoln N. Machado apresentaram as maiores taxas de prevalência global
de parasitos intestinais, 30,6% e 47,2% respectivamente. Dos 2161 exames parasitológicos de fezes 23,54% foram positivos
para Enterobius vermicularis, 21,53% para Ascaris lumbricoides e 12,23% para ancilostomídeo. As elevadas taxas de prevalência observadas foram analisadas levando-se em consideração a infra-estrutura sanitária e o nível sócio-econômico
da população estudada.
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A satisfação do usuário com os serviços odontológicos da PMMG, dimensionada com base na
Escala SERVQUAL
Autor: Amanda Érika Aguiar Durães
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maria Aparecida de Oliveira; Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira; Márcia Cristina de Almeida Santos;
Fabiano Freitas Corrêa; Maria Carolina Palhares e Cordeiro; Lílian Pinto de Lima; Marina Pereira Coelho; Luciana Quintão
Foscolo Melo; Rachel Ferraz Carmo Vieira
Instituição: PMMG, CBMMG, IPSM, ABO-MG, FASC
O Sistema de Saúde da PMMG (SISAU) vive uma mudança no modelo de atenção, pautada na adoção de princípios organizativos
e filosóficos aos moldes do paradigma da vigilância e promoção da saúde. Em função desse contexto, objetivou-se nesse estudo
envolver a comunidade usuária do Sistema permitindo-lhe expressar suas versões quanto à satisfação com o atendimento odontológico. Utilizou-se o questionário SERVQUAL, complementado por questões específicas da realidade local para compreender a satisfação dos pacientes em relação às duas redes de atendimento odontológico existentes. A amostra de 449 indivíduos representou os
usuários de onze municípios que compõem a 1a e 2a Região de Polícia Militar, os quais apresentam diferentes realidades em termos
de distribuição e oferta de serviços odontológicos. A média da tangibilidade, calculada pelo SERVQUAL foi de 5,74 em uma escala
de 0 a 7 pontos, o que pressupõe que o usuário encontra-se satisfeito com as condições de apresentação física, pessoal e tecnológica das unidades odontológicas, com menor pontuação para a estética e conforto do ambiente da rede própria, formada por oficiais
dentistas. Em relação à confiabilidade a média de 5,66 demonstra que há capacidade de dentistas e funcionários de ambas as redes
em prestar o serviço prometido com confiança e exatidão, no prazo estipulado, sem expectativa de repetições motivadas por erros,
embora em termos de confiança a rede orgânica tenha ultrapassado a rede credenciada. A média da presteza foi de 5,78 o que significa que o usuário não está esperando demasiadamente pelo serviço sem que compreenda ou perceba um motivo aparente para
a espera. Para a segurança a média foi de 5,6, considerada mais reduzida devido a discordância sobre o apoio logístico por parte do
SISAU. Já na empatia a média foi de 5,82, demonstrando a capacidade e o esforço, desprendido pela organização e por seus funcionários, em proporcionar aos usuários o cuidado e a atenção individualizada, aliada à compreensão, à consideração aos interesses
e às demandas pessoais dos mesmos. A imagem que os usuários dos serviços de saúde formulam sobre a atenção recebida e sobre
o desempenho dos profissionais e equipes influi decisivamente nas suas escolhas e preferências comportando como um indicador
sensível que pode funcionar como força de impacto direto na melhoria da relação entre os atores envolvidos com a assistência.
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Padrão de utilização das redes de assistência odontológica do sistema de saúde da Polícia Militar
de Minas Gerais
Autor: Amanda Érika Aguiar Durães
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Maria Aparecida de Oliveira; Márcia Cristina de Almeida Santos, Cecília Maria Carvalho Soares Oliveira;
Fabiano Freitas Corrêa; Maria Carolina Palhares e Cordeiro; Lílian Pinto de Lima; Marina Pereira Coelho; Luciana Quintão
Foscolo Melo; Rachel Ferraz Carmo Vieira.
Instituição: PMMG, CBMMG, IPSM, ABO-MG, FASC-MG
O objeto deste estudo concentrou-se na abordagem dos beneficiários do Sistema de Saúde da PMMG - SISAU, moradores de diferentes municípios da RMBH, a fim de conhecer e analisar, a partir de suas falas, os aspectos que influenciam a escolha entre as duas
redes odontológicas disponíveis no Sistema (orgânica e credenciada). Optou-se pela pesquisa descritiva e transversal, por meio da
aplicação de questionário dirigido ao universo de 63.550 usuários, representado por 449 adolescentes, adultos e idosos. Os resultados apontaram que existem fatores do serviço, fatores profissionais e fatores do paciente que explicam os motivos para que cerca
de 43,3% dos beneficiários tenham preferência pela rede orgânica e 42,2% pela rede credenciada. Poucos foram os beneficiários
que possuem além do plano do SISAU (98,7%) outras alternativas de assistência odontológica como planos pagos (4,9%) e dentistas
particulares (4,5%). Poucos também foram os que reconheceram o SUS como um direito universal (8,5%) e que pode ser acessado
em qualquer município pelo menos na atenção básica à saúde bucal. A maioria (63,9%) visitou o dentista no último ano, sendo que
49,3% está ou esteve sob atendimento nos últimos 6 meses e outros 15,3% passaram pelo atendimento entre 6 meses e 1 ano atrás.
Para 74,6% do universo pesquisado não há dificuldades de acesso à rede credenciada, percentual que cai para 58,1% para a rede própria. Quanto aos obstáculos para o acesso, sobre a rede orgânica pesam questões como falta de agilidade, carência de vagas, filas de
espera e distância das unidades de atendimento, enquanto os problemas da rede credenciada pertencem a outras instâncias como
a econômica, acolhimento e comprometimento dos profissionais. Um percentual de 26,6% passou pela experiência de perda da assistência à saúde por filhos que atingiram os limites de idade. Desses, 24,1% migraram para planos de saúde pagos, 6,3% optaram por
adquirir um plano oferecido dentro da própria instituição, 21,1% submetem-se ao setor privados e outros 13,8% assumem que ainda
não adotaram providências. Considerando que a integração das redes odontológicas de atenção não depende apenas de aspectos
normativos e das lógicas traçadas pelos gerentes, obteve-se a versão dos usuários para o assunto, a qual pode ser trabalhada de
forma a promover dinamismo, qualidade, operacionalidade e otimização de recursos no atendimento odontológico.
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Prevalência de enteroparasitoses em amostras fecais de um laboratório privado na grande Belo
Horizonte, identificação molecular de Entamoeba histolytica e E. dispar
Autor: Frederico Ferreira Gil
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Oliveira Costa, J, Mesquita, F.A.O, Busatti, H., Fernandes, Hc, Resende J.A., Gil,F.F, Gomes, M.A.
Instituição: Laboratório de Amebíase e Protozoários Intestinais, Departamento de Parasitologia, Instituto de Ciências
Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais / Laboratório de Patologia Clínica Hermes Pardini, Belo Horizonte, MG
A E. histolytica é o agente causal da amebíase. O parasita é responsável por aproximadamente 100.000 óbitos anuais,
constituindo sério problema de saúde pública em países subdesenvolvidos. Em 1997 a Organização Mundial de Saúde
assumiu a nova espécie E.dispar infectando o intestino humano. E. dispar é indistinguível da E. histolytica à luz do microscópio ótico, sendo somente diferenciada por técnicas moleculares como a PCR, ainda em fase de padronização e otimização. A diferenciação precisa destas espécies é muito importante, pois diferencia a escolha terapêutica. Este trabalho teve
o objetivo de determinar a prevalência da infecção por E. histolytica em 20.000 amostras fecais seriados provenientes do
laboratório de Patologia Clínica Hermes Pardini. As amostras foram concentradas por sedimentação espontânea, sendo
as positivas para E. histolytica/ E. dispar ao microscópio ótico processadas para obtenção do DNA e posterior PCR para
identificação das espécies. O DNA foi isolado por lise alcalina e precipitado com isopropanol. O alvo da PCR foi um segmento de rDNA de 300pb amplificado em E. histolytica e E. dispar em reações distintas utilizando os mesmos iniciadores
reversos e iniciadores diretos diferentes. Foram encontrados 13,3% de infecções parasitárias. Destas 0,7% foram infecções
por helmintos e 12,6% por protozoários. E.histolytica/ E. dispar foram responsáveis por 0,38% das infecções por protozoários. A PCR revelou 99,99% destas amostras como E. dispar. Estes resultados sugerem que a amebíase pode não constituir
problema em Belo Horizonte, devendo ser aventadas pelos clínicos outras causas para distúrbios gastrointestinais.
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Vigilância hospitalar no Hospital Eduardo de Menezes - FHEMIG
Autor: Cristiane Campos Monteiro
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autor: Fernanda Cristina da Silva Lopes Ferreira
Instituição: FHEMIG
O Hospital Eduardo de Menezes (HEM), pertencente à Rede FHEMIG, é um hospital de referência estadual em Doenças
Infecciosas e Parasitárias (DIP), com leitos de Tisiopneumologia, Cirurgia, Dermatologia e Infectologia, motivo pelo qual
concentra um quantitativo importante no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doenças que fazem parte da
lista nacional das Doenças de Notificação Compulsória (DNC). No HEM a vigilância de tais doenças foi realizada pelo
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) até meiados de 2006, período em que ocorreu a implantação do
Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) responsável por essa atividade. A implantação dos Núcleos Hospitalares se
deu através da Portaria GM/MS nº 2529, de 23 de novembro de 2004, que instituiu o Subsistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica em Âmbito Hospitalar, qualificando o HEM como hospital de referência nível II, por ser um hospital de doenças infecciosas com menos de cem leitos. Sua implantação foi estabelecida com o objetivo de melhorar os processos
de trabalho e desenvolvimento assistencial do hospital, por meio da incorporação de técnicas e conceitos advindos da
Epidemiologia, do Planejamento, das Tecnologias de Saúde e Informação embasados nos princípios do Sistema Único de
Saúde. A vigilância em nível hospitalar definiu, dentro outros, os protocolos de doenças, aumentando-se a qualidade do
preenchimento das fichas e seu quantitativo, a agilidade de notificações e informações a outros serviços co-responsáveis
e a retroalimentação dos dados.
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Perfil das agressões por animais e tratamento profilático indicado: área da gerência regional de
saúde norte de Belo Horizonte, Minas Gerais em 2007
Autor: Clomar Ribeiro da Luz
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Clomar Ribeiro Da Luz, Gérsia Amaral de Souza, Márcia Rodrigues Moreira
Instituição: Gerência Regional de Saúde Norte/SMSA/PBH
Em 2006 iniciou-se a descentralização do tratamento profilático humano na área da Gerência Regional de Saúde Norte de
Belo Horizonte, porém pouco se sabe do perfil das agressões na região e tampouco se fez uma avaliação, mesmo que superficial, das indicações de tratamento profilático. Para tanto avaliamos 231 Fichas de Observação Clínica de Animas Agressores e do SINAN W64 de janeiro a dezembro de 2007, comuns às Gerências de Controle de Zoonoses, Atenção à Saúde e de
Epidemiologia da Regional Norte. Como indicadores utilizamos o nome, endereço, sexo, idade, Centro de Saúde de Origem
do paciente, tipo de contato, local do ferimento, extensão do ferimento, tipo do ferimento, tratamento indicado, tratamento
atual, endereço do animal agressor, tipo de convivência do animal com o paciente, espécie, motivo da agressão e conclusão da observação. Das agressões ocorridas a maior prevalência (90,48%) foi a causada por cães. Dos animais agressores
41,56% conviviam no mesmo endereço dos pacientes, sendo apenas 4,78% animais de rua. Registraram-se 6 (2,60%) contatos
e/ou agressões por morcegos não hematófagos. Entre as agressões, o sexo masculino demonstrou ligeira predominância
(51,30%) e a faixa etária mais atingida foi a de 1 a 15 anos, destacando-se a de 5 a 10 anos. As mordeduras representaram
80,95 % do tipo de contato e os locais de ferimento mais freqüentes foram os membros inferiores (30,30%), as mãos (29,00%),
os membros superiores (9,96%) e a cabeça (8,66%). O tipo de ferimento mais observado foi o único (67,54%) e superficial
(55,41%). Em 156 Fichas de Observação Clínica foi possível determinar as situações em que ocorreram as agressões, divididas em grupos segundo suas particularidades e destacados os seis principais: a) Agressões ocorridas ao irritar o animal
(12,82%), b) ocorridas durante brincadeiras e carícias (12,18%), c) relacionadas a deficiências de contenção (10,90%), d) ao
transitar (andando ou correndo) (8,97%), e) envolvendo alimentos e f) outros motivos (8,33%), predominando o sexo feminino nos grupos a, e e f (55,00%,53,85 e 76,92%), o masculino nos grupos b e c (52,63% e 70,00%) e igualando-se no grupo
d. Verificou-se que 116 indicações de tratamento (50,20%) foram corretas, e m 52 (22,51%) a indicação de tratamento foi
incorreta, segundo o protocolo do Ministério da Saúde e 64 (27, 70%) foram preenchidas incorretamente.
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Surto de rubéola no município de Paracatu, Minas Gerais, 2007
Autor: Maria de Fátima Aldred Pinto
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Fabiano Rosa Marques, Maria Teodora Santana Caixeta, Deise Aparecida Dos Santos, Kleber Abreu dos
Santos, Isa Caldeira, Flavio Santana, Nádia Rouquete
Instituição: Programa de Treinamento em Epidemiologia de Campo (Epicampo), Unidade de Epidemiologia de Campo
(UEPICAMPO), Gerência De Inteligência Epidemiológica (GIE), Superintendência de Epidemiologia (SE), Subsecretaria
de Vigilânciaem Saúde (SSVS), Secretaria
Resumo: A Rubéola é uma doença infecciosa, transmissão respiratória, etiologia viral e imunoprevenível, importante devido à
Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). Em agosto de 2007 foram notificados 20 casos suspeitos e quatro confirmados laboratoriamente positivos para rubéola no município de Paracatu/ MG. Com o aumento do número de casos confirmou a existência do surto;
identificando o genótipo e recomendando medidas de prevenção e controle. Realizado estudo descritivo com busca retrospectiva,
vigilância ativa dos casos e ampliação de vacinação de rotina. Definiu como caso suspeito, o residente ou visitante de Paracatu que
tenha apresentado febre, exantema e/ou tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite e/ou artralgia e/ou gânglios e/ou dor retro-ocular no
período de julho a setembro de 2007. Como caso confirmado todo suspeito com IgM positivo para rubéola ou vínculo epidemiológico com caso confirmado por critério laboratorial. Foi realizada pesquisa de anticorpos específicos, coleta de urina e swab de
orofaringe (PCR) para identificação do genótipo e genotipagem. Programas utilizados EXCEL 2000, TABWIN 3.4, EPI INFO 6.04d.
Foram revisados 22.780 prontuários, identificados 95 casos suspeitos, destes 24 (25%) confirmados laboratorialmente com sorologia
positiva para rubéola, 6 (6%) confirmados por vínculo epidemiológico e 65 (60%) descartados por não atenderem definição de caso
confirmado. Sinais e sintomas apresentados; febre e exantema (100%) artralgia e linfoadenopatia (60%). Uma gestante, vacinada no
primeiro trimestre da gestação acompanhada, o recém-nascido não apresentou a SRC. Mediana de idade 28 anos (17-52a), 21 (70%)
do sexo masculino, 28 (93%) residentes em zona urbana com ocupação diversificada. Não houve hospitalização e óbito. Os casos
confirmados não eram vacinados, incidência de 38/100.000 habitantes. Identificado o genótipo 2B. No período de 1996 a 2007 vacinou 35,5% da população do município (mulheres em idade fértil e crianças). Aplicadas 17.845 doses de vacina tríplice viral durante o
surto. De julho a setembro de 2007 ocorreu surto de rubéola no município de Paracatu acometendo principalmente adultos jovens do
sexo masculino não vacinados. Realizadas ações de prevenção e controle das doenças exantemáticas. Recomendado notificação,
acompanhamento diário, investigação oportuna dos casos de rubéola e capacitação dos profissionais de saúde.
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Investigação de surto de doença diarréica aguda em creche do município de Viçosa - Minas Gerais
Autor: Juliana Ferreira de Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Juliana Ferreira de Oliveira1; Suely Terezinha Xavier Valente2; Clarice Glória Quintão Valente2; Patrícia Finamore Araújo1; Ana Carolina Cordeiro Soares1; Rose Ferraz Carmo1; Thaysa Viana Almeida de Lieberenz1; Janaína Vieira
Silva Bomtempo3; Cristiane Magalhães de Melo2; Paula Dias Bevilacqua1.
Instituição: 1Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG; 2Serviço de Vigilância Epidemiológica/Secretaria Municipal
Saúde/Prefeitura Municipal de Viçosa-MG; 3Unidade Saúde da Família do Bairro Arduíno Bolívar, Viçosa-MG.
A doença diarréica aguda (DDA) é uma das principais causas de internação de crianças menores de 5 anos no Brasil. O ambiente
pode expor a criança a fatores de risco para a DDA, sendo creches e escolas locais reconhecidos de ocorrência de surtos. Em
novembro de 2006, ocorreu um surto de DDA em uma creche do município de Viçosa–MG, o qual foi investigado pela Secretaria
Municipal de Saúde em parceria com a Universidade Federal de Viçosa. A creche funcionava em tempo integral, tendo 70 crianças matriculadas com idade de 3 a 7 anos. A água consumida era proveniente do sistema público de abastecimento. Adoeceram
35 crianças e 4 funcionárias, com taxa de ataque entre crianças igual a 50,0%. Foi aplicado questionário aos pais/responsáveis
pelas crianças, para coleta de dados sobre o caso de DDA e as condições do domicílio. Foram coletadas 31 amostras de fezes das
crianças, sendo, em 20, realizada pesquisa de enteroparasitas e em 11, coprocultura e pesquisa de leucócitos. Na creche, foram
coletadas amostras de água na caixa d’água e na torneira do filtro para pesquisa de coliformes totais e E. coli. Os principais sintomas, com duração de 1 a 5 dias, foram diarréia aquosa, dor abdominal e náuseas. Em todos os domicílios, a água de consumo
era proveniente do sistema público. A pesquisa de enteroparasitas resultou três amostras positivas para Giardia spp., duas para
Ascaris lumbricoides e uma para Entamoeba histolystica. A coprocultura não revelou crescimento de bactérias enteropatogênicas; a
pesquisa de leucócitos fecais revelou duas amostras positivas e a pesquisa de rotavírus, oito amostras positivas. A análise bacteriológica da água foi negativa. Com base nos dados coletados (sintomas, duração e exame de fezes), o provável agente etiológico foi o
rotavírus. Apesar das amostras de água não revelarem contaminação de origem fecal, as mesmas foram coletadas após o surto, não
isentando a água como possível veículo de transmissão, entretanto, é reconhecido, para o rotavírus, o potencial de transmissão
pessoa a pessoa. Foi recomendada a limpeza da caixa d’água da creche e orientação para os responsáveis de utilizar apenas água
proveniente do sistema público de abastecimento. Investigações de surtos são importantes, pois auxiliam a caracterização do perfil
epidemiológico das DDAs, orientando as ações preventivas/corretivas da Vigilância Epidemiológica e em Saúde Ambiental.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Comparação da prevalência de parasitoses intestinais em familiares de indivíduos com exames de
fezes positivos versus familiares de indivíduos com exames negativos
Autor: Frederico Ferreira Gil
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Haendel G. N. O. Bussatti, Filipe A. Mesquita, Joseph F. G. Santos, Maria A. Gomes
Instituição: Laboratório de Amebíase e Protozoários Intestinais, Departamento de Parasitologia, Instituto de Ciências
Biológicas, UFMG / Prefeitura de Belo Horizonte – MG
Doenças parasitárias continuam a ser um problema de saúde pública em todo o mundo, particularmente nos países
subdesenvolvidos. O conhecimento dos modos de transmissão e da prevalência das parasitoses intestinais é de grande
utilidade para a implantação de estratégias preventivas e terapêuticas pelo sistema público de saúde. Neste trabalho
determinamos a prevalência de parasitoses intestinais em familiares de pacientes com exames de fezes positivos, que
foram denominados indicadores de parasitoses (IPs) e familiares de pacientes com exames de fezes negativos, de uma
determinada área, supostamente de risco, no Conjunto Santa Maria (CSM), na grande Belo Horizonte. Foram coletados
resultados de exames de fezes do laboratório de referência do CSM, durante 2 meses. Os resultados foram divididos em
positivos (grupo 1 – G1) e negativos (Grupo 2 – G2). Todos os pacientes do G1 e do G2 foram convidados a participar
do estudo. Foram excluídos aqueles que se recusaram ou não tinham familiares. Foram incluídos 19 IPs cujos familiares
(48 indivíduos) constituíram o G1, e 57 negativos cujos familiares (42 indivíduos) constituíram o G2. Vinte e seis (54,2%)
familiares do G1 apresentaram exame de fezes positivo para alguma parasitose e 22 (45,8%) foram negativos, enquanto no
grupo G2 18 (42,9%) foram positivos e 24 (57,1%) foram negativos. Apesar da prevalência de parasitoses intestinais no G1
ter sido maior que no G2 esta não foi significativa (P = 0,28). Estes resultados demonstram a alta exposição dos indivíduos
desta região a infecções por enteroparasitas. Considerando que a região possui infra-estrutura sanitária, concluímos que
práticas de higiene pessoal e doméstica inadequadas sejam responsáveis por esta alta prevalência de enteroparasitoses.
Estes resultados demonstram a importância de estudos epidemiológicos para o conhecimento da prevalência das enteroparasitoses e para o delineamento de abordagens preventivas individuais e coletivas.
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Contaminação de alimentos por Staphylococcus aureus e suas toxinas em surtos alimentares no
município de Itabirito, Minas Gerais, no ano de 2007
Autor: Maria de Lourdes Lima Menezes de Oliveira
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Heloísa Cristina França Cavallieri; Kátia Pacheco Araújo da Silva; Isaías Hidelfonso da Silva;
Evandro Almeida Nery; Maria Aparecida de Lima; Regina Celi Santana
Instituição: Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Prefeitura Municipal de Itabirito, Minas Gerais
DTA (Doença Transmitida por Alimento) é uma expressão usada para designar doença causada pela ingestão de microrganismos ou de toxinas por eles produzidas, em quantidade suficiente para desenvolvimento de quadro patogênico. A
ingestão de alimentos contaminados por toxinas (exotoxinas) produzidas por microrganismos caracteriza as chamadas
intoxicações alimentares. Já as infecções alimentares correspondem à ingestão de microrganismos, que produzem toxinas
(enterotoxinas) no interior do intestino. Intoxicações e infecções alimentares causadas por Staphylococcus aureus e suas
toxinas são muito comuns, mas desencadeiam sintomatologia branda em relação a outros contaminantes e muitas vezes
passam despercebidas como uma simples diarréia, não sendo procurados recursos médicos para o correto tratamento
e notificação aos órgãos competentes. Diante da suspeita da ocorrência de um surto alimentar as unidades de saúde ou
empresas devem notificar a Vigilância em Saúde para que seja realizado o inquérito e a coleta de amostras dos possíveis alimentos envolvidos e sejam realizadas análises microbiológicas desses. Devido às onze notifcações recebidas durante o ano
de 2007 pela Vigilância em Saúde Municipal, avaliamos a ocorrência de surtos causados pela contaminação por Staphylococcus aureus e suas toxinas. Três notificações não foram confirmadas como surto alimentar pois os resultados das análises
dos alimentos deram satisfatórios. As outras oito suspeitas foram confirmadas pelos resultados insatisfatórios dos alimentos.
A enterotoxina estafilocócica apareceu em seis alimentos, seguida pela toxina estaphylococcus coagulase positiva, que foi
confirmada em quatro alimentos, assim como o Staphylococcus aureus. A bactéria E. coli foi confirmada em três casos. A
toxina estafilocócica foi a toxina do Staphylococcus aureus que apareceu em menor número de alimentos, correspondendo
a 2 casos, seguida pelo B. cereus, que apareceu em apenas um alimento. Dessa forma, 80% dos alimentos contaminados
apresentaram o Staphylococcus aureus e/ou suas toxinas. O Staphylococcus aureus e suas toxinas foram os contaminantes
que mais aparecem em alimentos envolvidos em surtos alimentares notificados no município de Itabirito em 2007.
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Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Intensificação do fluxo de informação sobre dengue: estratégia para aprimorar a vigilância
epidemiológica em Contagem, Minas Gerais
Autor: Valdelaine Etelvina Miranda de Araujo
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Selma Costa de Sousa1, Divane Leite Matos1, Jussara Alves Cardoso Neves1,3, Rita Sibele De Souza1, Maria
José Oliveira Araújo1, Isabela Farnezi Veloso
Instituição: Gerência de Vigilância Epidemiológica/FAMUC, Contagem, Minas Gerais, Instituto de Ciências Biológicas/
UFMG, Belo Horizonte, Minas Gerais, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte
A informação gerada pela vigilância epidemiológica destina-se à tomada de decisões. No município de Contagem, a descentralização dos serviços de Epidemiologia e Zoonoses para os sete Distritos Sanitários, a partir de maio de 2005, exigiu o
aprimoramento do fluxo de informação, especialmente sobre Dengue, entre esses serviços e as Unidades de Saúde (US). Foi
elaborado, em janeiro de 2005, o Plano de Intensificação do Fluxo de Informações sobre Dengue a fim de reduzir o tempo entre
o atendimento do paciente com suspeita da doença na US e a chegada desta informação ao serviço de Zoonoses para adoção
de medidas de controle. Foram analisados dados de Dengue do SINAN de 2002 a 2007, de indivíduos residentes em Contagem.
Avaliou-se o intervalo, em dias, entre as datas de início de sintomas e de notificação, pois não existe, na ficha, campo destinado ao registro da data de atendimento. Por ser a Dengue uma doença febril de curso agudo, foram estabelecidos como pontos
de corte 5 e 7 dias entre o início de sintomas e a notificação. De 2002 a 2007, foram registradas 1884, 677, 430, 150, 1138 e 1236
notificações, respectivamente. Nos anos anteriores à implementação do plano (2002 a 2005), os percentuais de notificações
preenchidas em até 7 dias após o início dos sintomas foram, respectivamente: 89, 86, 84 e 78%. Em 2006 e 2007, os percentuais
subiram para 90 e 89%. Foi observada diferença estatisticamente significativa entre todos os percentuais (p<0,001) e entre os
anos anteriores e posteriores ao plano (p<0,001). Reduzindo o ponto de corte para 5 dias, a diferença continuou significativa
(p=0,01). Os dados apresentados sugerem que a implementação do plano possa ter contribuído para aumento dos percentuais
de notificações preenchidas em até 5 e 7 dias após o início de sintomas nos anos de 2006 e 2007. Devido à vulnerabilidade
desse agravo frente às medidas de prevenção e controle, é desejável que a notificação seja realizada no mesmo dia em que o
indivíduo com a suspeita é atendido na US. Torna-se necessária a continuidade e avaliação desse plano, com o objetivo de garantir o conhecimento, em tempo hábil, dos casos suspeitos pelos serviços de Epidemiologia e Zoonoses. Vale ressaltar que o
acesso dos usuários ao atendimento nas US contribui para maior agilidade no conhecimento de casos suspeitos de Dengue.
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Atuação dos acadêmicos na vigilância dos casos hospitalares de câncer
Autor: Luana Vieira Monteiro
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Drª Maria Aparecida Martins, Ana Carolina Santana Lassi, Ana Izabela Moreira Kazzi, Joana Chaves Maia,
Ludmila Helene Ferreira de Freitas, Milena Oliveira Lourenço, Monique Sedlmaier França
Instituição: Hospital das Clínicas Universidade Federal de Minas Gerais
Hospital das Clínicas (HC) é referência em oncologia; em 2006, 16,3% das internações foram atribuídas às neoplasias.
O Ministério da Saúde tem desenvolvido estratégias para aprimorar as informações do câncer no Brasil, com destaque
para o Registro Hospitalar de Câncer (RHC), que visa coletar dados em hospitais que atendem pacientes oncológicos.
Os registros são enviados às Secretarias Estaduais de Saúde para a consolidação de uma base de dados nacional. Desde
2006, no HC, o RHC vem funcionando com a participação de universitários da área de saúde, como um estágio. Utilizouse a estrutura física e administrativa do HC. Constituiu-se uma comissão assessora, multidisciplinar e, foram fornecidos
materiais e cursos de capacitação para os estudantes. A coleta de dados é feita nos prontuários médicos, identificados
através dos serviços de oncologia, anatomia patológica, cirurgia geral e declarações de óbitos. Os casos são registrados e
discutidos em reuniões semanais. Os estudantes contribuíram para o funcionamento do RHC e a identificação de falhas
no Sistema de Informação. Foram detectados problemas como: descentralização das informações, prontuários incompletos com letras ilegíveis e diagnósticos mal definidos. Observou-se que existe uma desinformação dos profissionais do
hospital sobre o RHC. Os alunos têm dificuldades em conciliar o estágio com a graduação e faltam-lhes conhecimentos
básicos em Oncologia. A participação dos alunos no RHC é relevante e contribui para a melhoria da qualidade do sistema
de informação. O estágio permite ao estudante adquirir uma visão mais ampla em saúde pública e exercitar o papel do
profissional como gerador de informações.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Vigilância na atenção oncológica: registro hospitalar de câncer, Hospital das Clínicas/Universidade Federal de Minas Gerais
Autor: Luana Vieira Monteiro
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Drª. Divane Leite Mato, Dr. José Adelmo Dias Machado, Carina Aparecida Gonçalves de Queiroz, Claudia
Karine Martins, Eduardo Caires Damasceno, Joana Chaves Maia, Monique Sedlmaier França
Instituição: Hospital das Clínicas Universidade Federal de Minas Gerais
Desde 2006 o Hospital das Clínicas (HC) está inserido em um sistema nacional de Registro Hospitalar de Câncer - RHC,
dentro da estratégia traçada pelo Ministério da Saúde (MS), para o aprimoramento das informações sobre do câncer no
Brasil. A coleta de dados, iniciada retrospectivamente no ano 2004, é feita a partir de prontuários médicos, identificados
através dos registros dos serviços de oncologia, anatomia patológica, cirurgia geral e declarações de óbito. Os registros
são feitos em fichas padronizadas pelo MS, digitados em um programa próprio do RHC e enviados à Secretaria Estadual
de Saúde (SES-MG). No ano 2004, utilizou-se como critério de inclusão os casos cujos diagnósticos foram feitos em 2004
e utilizou-se apenas os dados do Serviço de Oncologia. A análise foi feita pelo NEPI-HC (Núcleo de Epidemiologia), utilizando-se o EpiInfo 6.04d. No ano 2004 foram identificados 633 casos de câncer atendidos no Serviço de Quimioterapia
do HC, sendo 61,1% (387) mulheres e 38,9% (246) homens, com predomínio da raça branca 37,6% (238). Cerca de 22,4%
(142) tinham história familiar de câncer e a maioria dos pacientes, 43,6% (276), não tinha diagnóstico e nem tratamento;
a base mais importante para o diagnóstico foi a histologia do tumor primário em 77,3% (489) dos casos e o primeiro tratamento recebido foi a Quimioterapia em 64% (405). Nos homens, as principais localizações primárias do câncer foram: na
medula óssea 30,5% (75) e próstata 12,2% (30) e nas mulheres foram na mama 48,1% (186) e na medula óssea 17,1% (66).
A participação dos alunos no RHC contribui para a identificação de falhas no sistema de informação como prontuários
incompletos, gerando o item “sem informação” no banco de dados. Verificou-se a necessidade de ampliar a fonte de dados, não se restringindo apenas à Quimioterapia, além de promover um trabalho de conscientização nas equipes.
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Características demográficas e sociais e risco para óbito na doença renal crônica
Autor: Celina de Faria Rezende
E-mail do autor: [email protected]
Co-Autores: Raquel de Oliveira Barbosa, Cassiano Coelho Amaral, Marcelo de Souza Tavares, Maria Goretti Moreira
Guimarães Penido
Instituição: Centro de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte
Objetivo: avaliar características demográficas e sociais de uma população de pacientes com doença crônica terminal
em terapia renal substitutiva e associação com óbito. Material e métodos: estudo de coorte em população submetida à
terapia renal substitutiva (hemodiálise e diálise peritoneal) entre janeiro e dezembro de 2007. Feitas avaliações individuais através de entrevista semi-estruturada e análise de pacientes que evoluíram para óbito no período analisado. Critério
de inclusão: permanência em terapia renal substitutiva durante pelo menos 3 meses. Transplantados foram excluídos
do presente estudo. Avaliação estatística incluiu teste do qui-quadrado e teste exato de Fisher. Resultados: No período
analisado foram a óbito 29 pacientes (6,06 %), em comparação com 449 sobreviventes. Entre os seguintes parâmetros
não foi constatada associação com evolução para óbito: sexo, estado civil (casados e amasiados em relação a separados, solteiros e viúvos), renda per capita, renda familiar, escolaridade e o fato da família acompanhar ou não o paciente
durante seu tratamento. Os fatores que foram associados à evolução para óbito incluíram tempo de diálise menor que 1
ano e idade superior a 76 anos (p< 0,005). Conclusões: A grande proporção de pacientes que se apresenta com doença
renal crônica terminal no Brasil sem acompanhamento nefrológico pregresso já é conhecido. A instabilidade decorrente
deste fato aliada à chegada tardia ao nosso serviço podem estar associados aos achados do presente estudo. Pacientes
com pouco acesso aos serviços de saúde, como aqueles com pouca escolaridade e baixa renda per capita podem nem
mesmo chegar a tempo para a terapia adequada, o que poderia justificar a falta de correlação entre estes fatores e o óbito.
A evolução para óbito foi maior no primeiro ano de diálise, bem como idade superior a 76 anos, que representaram fator
de risco significativo.
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Exames parasitológicos de fezes realizados no laboratório municipal em Barbacena-MG, 1997-2002
Autor: Marcio Heitor Stelmo Da Silva
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Barbacena-MG
A base de dados do Laboratório de análises clínicas do Departamento Municipal de Saúde Pública – DEMASP, conta
com 69771 registros de exames realizados entre 19/09/97 a 20/02/2002, e foi processada com software EPIInfo versão 6.04
para verificarem-se os tipos e freqüências das verminoses existentes. Os resultados dos 34.089 exames Baerman Morais
revelaram cistos de Giardia lamblia em 2996 exames (8,8%), Entamoeba histolytica em 1646 (4,8%), cistos de Entamoeba
coli em1333 (3,9%), e Iodamoeba butschilli 16 (0.0%). Em 99% das amostras processadas por este método, também foi
realizado o exame HPJ. Nos resultados dos 33852 exames HPJ, 8228 (24,3%) revelaram presença de ovos de Ascaris lumbricoides, em 1400 (4,1%), ovos de Trichocepalus trichiurus, 127 (0,4%), ovos de Enterobius vermiculares, 99 (0,3%), ovos
de ancylostomídeos, 79 (0,2%), larvas de Strongyloides stercorales, 54 (0,2%), ovos de Taenia sp., 11 (0,0%), ovos de Shistosoma mansoni e 8 (0,0%), larvas de Ancylostoma duodenalis. Comparando os anos completos de 1998 a 2001, observa-se
tendência de aumento nos exames negativos e positivos Entamoeba histolytica, e de diminuição para Entamoeba coli,
Giardia lamblia, Ascaris lumbricoides e Trichocepalus trichiurus. Apesar de não se tratar de amostra aleatória da população, o elevado número de exames realizados quando comparados ao tamanho da população e a elevada proporção de
algumas verminoses reforça a necessidade de atividades que visem ao controle de verminoses, em especial as ascaridíases, giardíases, amebíases e tricocefalíases.
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A construção do código de saúde de Belo Horizonte: um processo democrático
Autor: Eduardo Camargos Couto
E-mail do autor: [email protected]
Instituição: Secretaria Municipal De Saúde (SMSA), Belo Horizonte, Minas Gerais
Introdução: Em Belo Horizonte, o gestor da SMSA por iniciativa da Gerência de Vigilância Sanitária (2004/2006), definiu pela
atualização do Código Sanitário a fim de incorporar as atribuições fiscais ampliadas e adequar os procedimentos fiscais à
natural evolução técnico-científica. Objetivos: descrever a construção democrática e colegiada do Código de Saúde. Metodologia: O processo de construção do Código de Saúde durou de 2004 a novembro de 2006. Constituiu-se uma Coordenação
do Código de Saúde, composta pelo então gerente de VISA e por uma fiscal de saúde advogada e uma Comissão Geral de
Reforma do Código Sanitário, composta por um representante de cada Gerência Regional de Vigilância Sanitária. As reuniões
eram semanais e aconteceram durante 17 meses. Cada integrante da comissão: a) coletava as sugestões para o conteúdo da
nova lei, junto ao órgão que estivesse acompanhando, b) repassava-as nas reuniões gerais e c) retornava ao órgão vinculado
os andamentos dos trabalhos de redação da minuta do Código de Saúde. Cada setor da saúde mereceu um capítulo específico, estabelecendo as políticas e os direitos que deveriam ser assegurados em lei. Os trabalhos observaram as melhores técnicas de Legística (ciência que orienta a construção de leis). Resultados: A construção do Código de Saúde envolveu todos os
setores da SMSA, os gestores e os regulados, as diversas entidades governamentais e não governamentais, os representantes
de classe, o meio acadêmico e o controle social, e culminou na realização de 21 audiências públicas (286 entidades participaram) e de uma consulta pública, inédita em BH. Houve convergência de interesses na prossecução dos interesses públicos
e privados, selando, ao final, o que em saúde se define como pactuação. Conclusões: A experiência da Vigilância Sanitária
de BH contribui para a confiança no processo democrático de gestão pública e para a disseminação de uma forma avançada
de construção de instrumentos legais. De uma proposta de revisão de um Código Sanitário nasce um instrumento legal, o
Código de Saúde para Belo Horizonte para reger todo o SUS-BH. Atualmente, a minuta da lei encontra-se no gabinete da SMSA
para, respeitando-se este amplo processo democrático, ser analisada e encaminhada ao legislativo municipal.
Rev Med Minas Gerais 2008; 18(2 Supl 1): S50-S142
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Pôsteres - RMMG - Revista Médica de Minas Gerais