COMISSÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONA E MUCURI UFVJM
Anais da XIII Jornada de
Iniciação Científica e
Tecnológica e III Mostra
de Pós-Graduação da
UFVJM
Ciência que Transforma
09 a 13 de Maio de 2011
2011
DIAMANTINA / MG
Ficha Catalográfica
Preparada pelo Sistema de Bibliotecas da UFVJM
Bibliotecária: Adriana Kelly Rodrigues – CRB-6/2572
J828
Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica (13.: 2011: Diamantina, MG)
Anais da XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica [e] III Mostra
de Pós-Graduação / Diamantina: UFVJM, 2011.
Evento organizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
ISSN 2175-0181.
1. Ciências exatas e da terra. 2. Ciências biológicas. 3. Ciências da saúde.
4. Ciências humanas. 5. Ciências sociais. 6. Ciências agrárias. I.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PróReitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. II. Título.
CDD – 001.4
Todos os textos, resultados e informações
apresentadas nesta edição são de inteira
responsabilidade de seu(s) autor(es).
APRESENTAÇÃO
Em maio de 2011 aconteceu a 13ª. Edição da Jornada de Iniciação Científica e
tecnológica (JICT) e a 3ª. Edição da Mostra de Pós-Graduação da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) que foi sediada em Diamantina-MG.
Diamantina está localizada no Alto Vale Jequitinhonha, uma região do Estado
bastante carente e notoriamente conhecida como bolsão de pobreza. A criação de novos
cursos de graduação nas áreas de Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Agrárias,
Ciências Humanas e Sociais, bem como a de Ciências Exatas trouxe novas perspectivas
para essa região. Nos mais de 30 cursos de graduação da UFVJM, pode-se notar a
existência de profissionais com formação de mestrado e doutorado provenientes das mais
conceituadas Universidades Brasileiras.
Com a chegada desses profissionais, foi notório o crescimento dos investimentos
em Pesquisa e Pós-Graduação da UFVJM. Esses setores unidos injetaram, nos últimos 6
anos, em torno de dezesseis milhões de reais, provenientes de projetos de pesquisa
aprovados em agências de fomento, bem como de projetos de infra-estrutura para o
funcionamento de cursos de Pós-Graduação, obtidos nos editais FINEP. O crescimento da
pesquisa também proporcionou a aquisição de uma cota institucional de 135 bolsas de
Iniciação Científica, tanto da FAPEMIG quanto do CNPq, assim como bolsas da própria
UFVJM e do projeto REUNI. Além dessas bolsas, a UFVJM ainda foi contemplada com 20
bolsas de IC júnior/FAPEMIG. Nesse contexto a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
vem realizando ações que visam integrar as regiões dos Vales Jequitinhonha e Mucuri ao
contexto científico-tecnológico de Minas Gerais, sendo a primeira iniciativa desempenhada
em 1999 com a realização da 1a Jornada Acadêmica, Científica e Tecnológica da Faculdade
Federal de Odontologia de Diamantina (FAFEOD), anterior à criação da UFVJM.
A importância da Jornada é despertar entre os estudantes o pensamento científico
e tecnológico, bem como estimulá-lo à prática investigativa com vistas à resolução dos
problemas que nos cercam. Em tempos de inovação, na era da informação e da busca
continuada de melhoria da qualidade de vida, a XIII Jornada de Iniciação Científica e
Tecnológica e III Mostra de Pós-Graduação da UFVJM coloca em pauta ações e abordam
temas das principais áreas de atuação do profissional com a máxima integração entre os
cursos desta IFE. Em face disto, é incontestável que a essa edição da jornada constitui
oportunidade de Inovação e Produção de Conhecimento.
A XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica e III Mostra de Pós-Graduação
da UFVJM foi realizada no período de 09 a 13 de maio de 2011, cuja programação estava
composta por palestras e apresentação de trabalhos científicos e tecnológicos, na forma de
painéis e apresentações orais, por acadêmicos, pós-graduandos, professores e
profissionais. A Jornada discutiu ainda temas que englobam as várias áreas do
conhecimento.
Cabe salientar que durante toda a Jornada, ocorreram apresentações de atividades
culturais com a participação de acadêmicos e professores dos vários cursos dessa e de
outras IFEs, visando um maior intercâmbio cultural.
COMISSÃO ORGANIZADORA
Presidente: Prof. Wellington de Oliveira
Prof. Aldrin Vieira Pires
Profa. Ana Cristina Rodrigues Lacerda
IH
FCA
FCBS
Prof. Antonio Jorge de Lima Gomes
ICTM
Prof. Douglas Santos Monteiro
ICTM
Prof. Arlindo Follador Neto
Profa. Elizabeth Adriana Esteves
Prof. Fernando Leitão Rocha Junior
Prof. Jairo Lisboa Rodrigues
Profa. Jaqueline Maria da Silva
Prof. José Barbosa dos Santos
Prof. Lucas Franco Ferreira
Prof. Luís Henrique Aparecido Silvestre
Prof. Marivaldo Aparecido de Carvalho
Profa. Miranda Titon
ICT
FCBS
FACSAE
ICTM
ICTM
FCA
ICT
FCA
FCBS
FCA
Prof. Naldeir dos Santos Vieira
FACSAE
Profa. Rita de Cássia Silva Luz
FACET
Profa. Quênia L. L. Cotta Lannes
Profa. Soraya de Carvalho Neves
FACET
FCBS
SECRETARIA
Jean Carlo Laughton de Sousa
Apoio às Atividades Administrativas de Pesquisa e Pós-Graduação
Márcia de Jesus Quaranta
Secretária da Diretoria de Pesquisa
REVISORES / AVALIADORES
Adriano Prado Simão
Albert José dos Anjos
Alessandro Vivas Andrade
Alex Erickson Ferreira
Alexandre Ramos Fonseca
Álvaro Dutra de Carvalho Júnior
Amauri Pierucci
Ana Paula Rodrigues
André Cabral França
André Rinaldo Senna Garraffoni
Andrezza Mara Martins Gandini
Angelina do Carmo Lessa
Angelo Marcio Pinto Leite
Anne Priscilas Dias Gonzaga
Antônio Genilton Sant'Anna
Antonio Jorge de Lima Gomes
Ariete Pontes de Oliveira
Arlete Barbosa dos Reis
Arley J. Fonseca
Arlindo Follador Neto
Assis do Carmo Pereira Júnior
Auwdréia Pereira Alvarenga
Bethania Alves de Avelar
Bruno Oliveira Lafetá
Carla Silva Chaves
Carlos Eduardo Pinto de Alcântara
Carlos Eduardo Silveira
Cássio Roberto Rocha dos Santos
Christovão Pereira Abrahão
Claubert Wagner G. de Menezes
Cleube Andrade Boari
Crisitane Tolentino Machado
Cristiane Tolentino Machado
Daniel Valadão Silva
Daniele Ferreira da Silva
Danielle Piuzana Mucida
Débora Vilela Franco
Débora Vitorino
Deliane Cristina Costa
Dênia Patrícia Meira
Diego Dias Carneiro
Disney Oliver Sivieri Júnior
Dora Neumann
Douglas Santos Monteiro
Edson Aparecido dos Santos
Eduardo Henrique de Matos Lima
Eduardo S.C. Drumond
Elaine Cristina Cabrini
Elizabethe Adriana Esteves
Elizzandra Marta Martins Gandini
Emanuel Roberto Faria
Emiliana Mara Lopes Simões
Etel Rocha Vieira
Evandro Luiz Mendonça Machado
Fabiane Nepomuceno Costa
Fabiano Trigueiro Amorim
Fábio Tadeu Lourenço Guimarães
Fabrício de Paula
Felipe Paolinelli de Carvalho
Fernanda da Conceição Moreira
Fernando Joaquim Gripp Lopes
Flaviana Dornela Verli
Flávio Santos Damos
Gabriela de Cássia Ribeiro
George Sobrinho
Gustavo Eustáquio B. Alvim de Melo
Harriman Aley Morais
Helisamara Mota Guedes
Hernando Baggio Filho
Herton Helder Rocha Pires
Hilton Fabiano Boaventura
Ivy Scorzi Cazelli Pires
Jairo Lisboa Rodrigues
Jannaina Oliveira Almeida
Jaqueline M. da Silva
Joerley Moreira
José Barbosa dos Santos
José Bosco Isaac Jr.
José Paulo Leite Guadanucci
José Sebastião Cunha Fernandes
Josiane Magalhães Teixiera
Josilane Pinto de Souza
Kassílio José Guedes
Kely da Rocha Neves
Leonardo Morais da Silva
Lidiane Guedes Oliveira
Lidiane Lopes Moreira
Lilian Alves de Carvalho Reis
Lílian de Araújo Pantoja
Liliane da Consolação Campos Ribeiro
Liliane Teixeira Lopes
Lucas Franco Ferreira
Luciana Coelho de Moura
Luciana Neri Nobre
Lúcio do Carmo Moura
Luisa Silvestre Freitas Fernandes
Luiz Elídio Gregório
Luiz Henrique Aparecido Silvestre
Maíra Figueiredo Goulart
Marcela Carlota Nery
Marcelino Santos de Morais
Marcelino Serrette Leonel
Marcelo Buosi
Marcelo Fagundes
Marcelo Luiz de Laia
Marcelo Moreira Britto
Marcio Leles Romarco de Oliveira
Marcus Alvarenga Soares
Maria do Céu Monteiro Cruz
Maria do Perpétuo S. de Lima Costa
Maria Letícia Ramos Jorge
Maria Neudes Sousa de Oliveira
Maria Teresa Polcaro Silva
Marivaldo Aparecido de Carvalho
Mayra Luiza Marques da Silva Binoti
Meire Coelho Ferreira
Miranda Titon
Murilo Xavier Oliveira
Nadja Maria Gomes Murta
Nathália Ferreira e Silva
Nísia Andrade Villela Dessimoni Pinto
Núbia Carelli Pereira de Avelar
Otávio Augusto Silva Ribeiro
Patrícia Corrêa-Faria
Patrícia Furtado Gonçalves
Paulo Afrânio Sant´Anna
Paulo Antônio Martins-Júnior
Paulo de Souza Costa Sobrinho
Paulo Henrique Fidêncio
Quênia Luciana Lopes Cotta Lannes
Raquel Anna Sapunaru
Raquel Gonçalves Vieira Andrade
Renata Acácio Ribeiro Dias
Renato Guilherme Trede Filho
Ricardo Andrade Barata
Rinaldo Duarte
Rita de Cássia Silva Luz
Rodolfo Neiva de Sousa
Rodrigo Diniz Silveira
Romero Alves Teixeira
Rosana Passos Cambraia
Roseli Aparecida dos Santos
Sandra Aparecida Marinho
Sandra Regina Freitas Pinheiro
Sebastião Lourenço de Assis Júnior
Silvia Regina Paes
Suelleng Maria Cunha Santo Soares
Tarsis de Mattos Maia
Thiago José Ornelas Otoni
Vanessa Amaral Mendonça
Vinicius Barroso de Araújo Abreu
Vinícius de Morais Machado
Vinícius Teixeira Lemos
Wagner Lannes
Wagner Pereira
Wallans Torres Pio dos Santos
Wellington de Oliveira
REALIZAÇÃO:
APOIO:
SUMÁRIO
AGRICULTURA ................................................................................................................. 1
ARQUITETURA E ENGENHARIAS ...................................................................... 141
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA.................................................. 146
CIÊNCIAS DA SAÚDE ............................................................................................... 202
CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS............................................................. 304
CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES...................................... 343
MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA....................................................... 405
RECURSOS NATURAIS, CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS AMBIENTAIS ..... 430
AGROMETEOROLOGIA
AGRONOMIA
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL
CIÊNCIAS DO SOLO
ENGENHARIA AGRÍCOLA
EXTENSÃO RURAL
FITOSSANIDADE
FITOTECNIA
FLORICULTURA, PARQUES E JARDINS
RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
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AGRICULTURA
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ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES DA AGRICULTURA ECOLÓGICA URBANA PARA A
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL
Vinícius M. Nolasco, Gabriel D. L. B. Moreira, Bruna L. A. Barros, Jaqueline C. Mendes, Nacip M.
Láuar, Marivaldo A. Carvalho, Rosana P. Cambraia
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
Inserido no território da cidadania Alto Jequitinhonha, o município de Diamantina destaca-se
pela maior população urbana em números absolutos e o segundo em porcentagem entre os
municípios do Alto Jequitinhonha. É nas áreas periféricas das cidades onde está a maioria das
famílias em situação de insegurança alimentar, onde o planejamento tem chegado por último
no processo de urbanização. O projeto de pesquisa com interface em extensão é desenvolvido
pelos grupos Aranã de Agroecologia, Retalhos de Fulô e Jequi, conta com o apoio do CNPq e
está voltado para o desenvolvimento de tecnologias sociais. Esse trabalho tem os objetivos de
verificar o papel da agricultura urbana e contribuir para o planejamento de ações voltadas à
segurança alimentar e nutricional sustentável, voltado para a promoção da saúde em áreas
urbanas, com população de baixa renda em Diamantina, por meio da disseminação e
construção participativa de princípios e práticas agroecológicas. Metodologia: Participam do
estudo os bairros Cidade Nova, Bela Vista, Gruta de Lourdes e Palha, que estão localizados na
periferia de Diamantina, onde as condições de vida e de trabalho são muito precárias. A
investigação qualitativa está sendo realizada por meio de Diagnóstico Participativo (DP) com o
uso de ferramentas de diálogo. Essa metodologia está baseada no diálogo e na reflexão junto
às comunidades, em atividades participativas utilizando ferramentas que promovem a
interface da pesquisa com a extensão universitária. Para a análise quantitativa da (in)
segurança alimentar das famílias está sendo utilizada a Escala Brasileira de Insegurança
Alimentar - EBIA. Resultados iniciais nos bairros evidenciam a precariedade sócio-ecológica e
alimentar a que estão expostas grande parte da população na região. Nestes locais as práticas
agrícolas dos quintais e dos jardins surgem como resposta à insegurança alimentar e aos
preços dos produtos industrializados, expressando também a resistência cultural das famílias
agricultoras, submetidas às modificações dos modos de vida e hábitos alimentares. Conclusões
preliminares permitem verificar o papel agricultura urbana como resposta à deficiência das
políticas publicas e como forma de resistência da população; percebe-se também na prática
ecológica algumas maneiras para melhoria das condições de saúde ambiental e das pessoas
nesses espaços, o que vem contribuindo satisfatoriamente para as ações voltadas às segurança
alimentar local. Isso favorece a disponibilização de alimentos saudáveis e de plantas medicinais
e, além disso, está promovendo a limpeza dos espaços urbanos e periurbanos, a reciclagem
dos resíduos sólidos, e também gerando trabalho e renda.
Apoio: Edital MCT-SECIS/CNPq Nº 019/2010, Pesquisa em Tecnologias Sociais em Segurança
Alimentar e Nutricional, UFVJM.
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ALOCAÇÃO DE BIOMASSA PARA CINCO ESPAÇAMENTOS DE EUCALIPTO
Bruno O. Lafetá, Reynaldo C. Santana, Gilciano S. Nogueira, Márcio L. Silva, Jadir V. Silva,
Vinícius R. Fernandes
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A biomassa florestal é um importante insumo energético, renovável, cujo acumulo é uma
medida integrada do desempenho fisiológico do vegetal no tempo. O objetivo deste trabalho
foi avaliar o efeito do espaçamento de plantio na alocação de biomassa em um híbrido de
Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden x Eucalyptus camaldulensis Dehnh aos 7 anos. A
instalação do experimento foi em dezembro de 2002 na fazenda Campo Branco de
propriedade da Arcellor Mittal, no município de Itamarandiba-MG. Foi conduzido um
delineamento em blocos ao acaso com cinco tratamentos e três blocos. A distância entre
linhas foi fixada em 3,0m. Os tratamentos foram constituídos variando-se a distância entre
plantas de 0,5m (T1); 1,0m (T2); 1,5m (T3); 2,0m (T4) e 3,0m (T5). Foi tomada uma árvore
modelo em cada parcela experimental. A biomassa foi obtida isolando-se as folhas, galhos,
casca e lenho com auxílio de quatro lonas, imediatamente após o abate, para se realizar a
pesagem do material experimental úmido. Amostras de 300 g foram coletadas de cada
compartimento, acondicionadas em sacos de polietileno e transportadas ao laboratório de
Manejo Florestal do Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais da Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri para secagem a 65 ºC até peso constante, em
estufa com circulação forçada de ar. Foi determinado o teor de água pela relação entre o peso
de matéria seca e matéria fresca. Os resultados, em Kg de biomassa/árvore, advindos da folha
e casca foram transformados em √x para obter normalidade segundo teste de Lilliefors e
homogeneidade por Cochran. Realizou-se ANOVA e teste de Tukey a 5,0 % de probabilidade
utilizando o Statistica 7.0. A significância estatística não foi observada a nível de tratamento
apenas para galho. Os tratamentos um, dois, quatro e cinco com 1,04, 1,16, 1,35 e 1,88
Kg/árvore, respectivamente, foram estatisticamente iguais e superiores ao terceiro quanto à
produção de folhas. O espaçamento 3,0 x 3,0m produziu mais casca (18,32 kg/árvore) e lenho
(58,56 kg/árvore). Os coeficientes de variação experimental (em torno de 17,88%)
evidenciaram a precisão experimental. A intensificação da densidade plantio pode ter
ocasionado um aumento na competição, reduzindo a disponibilidade dos recursos necessários
para o desenvolvimento vegetal (temperatura, nutrientes e água) e limitando a capacidade
produtiva intrínseca ao material genético. Entretanto, a produção de galhos não foi afetada
pela competição devida, possivelmente, à falta de interação da carga genética correspondente
ao mesmo com o ambiente experimental. Conclui-se que variações de natureza silvicultural
podem gerar uma alocação de biomassa diferenciada entre os compartimentos no híbrido E.
grandis x E. camaldulensis.. Espaçamentos maiores tendem acumular mais biomassa individual
no tronco. As florestas energéticas podem ser uma alternativa viável com o conhecimento e
manipulação dos fatores que limitam o desenvolvimento das plantas.
Apoio: CNPq, UFVJM,, ARCELLOR MITTAL
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ALTERAÇÃO MACROESTRUTURAL DE UM LATOSSOLO VERMELHO AMARELO
DISTRÓFICO EM DIFERENTES MANEJOS E USO
Danilo Daniel Lopes Carvalho; Wellington W. Rocha ;Thiago Francisco M. dos Santos; Daniel H.
Primo, Patrick Hübner Braga Nunes
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
Os sistemas de produção agrícola incentivaram o aumento da mecanização e da pressão de
pastejo sobre os solos, fatores que podem causar danos como a compactação desses solos. O
presente trabalho teve o objetivo de avaliar a resistência a penetração (RP) de uma Latossolo
Vermelho amarelo sob diferentes usos e manejos. Para tal, foram coletadas amostras
indeformadas de solo em área de pastejo de ovinos, cultivo de milho e mata natural. Nestas
amostras, foram realizados ensaios de resistência do solo à penetração em laboratório com
diferentes umidades, variando desde a saturação até valores de umidades bem menores. Após
cada leitura, as amostras eram pesadas e, no final, foram levadas à estufa até atingirem massa
constante, sendo possível então, calcular a umidade do solo no momento de cada RP. Os
resultados mostraram que a área de cultivo com milho, apresentou maiores valores de RP
(1,98 MPa), seguida da área de pastejo (1,85 MPa) e a mata (1,08MPa). Fato que demonstra a
alteração macroestrutural do solo em função do manejo, sendo que as áreas de cultivo e
pastejos apresentam RP muito próximo a 2MPa, valor que indica compactação e requer
cuidados especiais. Conclui-se então, que a área de cultivo é a mais afetada, com tendências a
compactação e o solo na área de mata ainda se mantém preservado sem indicativos de
compactação.
Apoio: FAPEMIG, CNPq e UFVJM
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ALTERAÇÕES NOS TEORES DE MACRONUTRIENTES CAUSADAS PELA APLICAÇÃO DE
DOSES DE GLYPHOSATE EM CULTIVARES DE CAFÉ (COFFEA ARABICA)
Renan Marinho, André C. França, Vinícius T. Lemos, Lílian A. C. Reis, Moisés Avellar, Felipe P. de
Carvalho.
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
Apesar de ser o maior produtor mundial de café, o Brasil apresenta baixa produtividade
(aprox. 17,38 sacas ha-1), fato referente às condições de conservação das lavouras e
problemas no manejo. Um dos fatores mais importantes na redução da produtividade se trata
do manejo das plantas daninhas, uma vez que essas têm efeito adverso na produção e no
crescimento do cafeeiro. Procurando eficiência e economia no controle das plantas daninhas,
os cafeicultores utilizam herbicidas não-seletivos, como o glyphosate. Diante do exposto,
avaliaram-se neste trabalho os efeitos do glyphosate sobre os teores foliares de nutrientes em
três cultivares de cafeeiro. Utilizou-se do esquema fatorial (3x5) em delineamento em blocos
casualizados com quatro repetições, sendo os tratamentos compostos por três cultivares de
café (Catucaí Amarelo (2 SL), Oeiras (MG-6851) e Topázio (MG-1190)); e cinco doses de
glyphosate (0; 57,6; 115,2; 230,4 e 460,8 g ha-1). A parcela experimental foi constituída de
uma planta unitária em vaso. As mudas foram produzidas em sacolas plásticas de polietileno,
transplantadas em vasos de 10 L quando atingiram o estádio de cinco pares de folhas. Aos 120
dias após o plantio, quando as plantas de café apresentavam-se com cerca de 21 pares de
folhas e seis ramos plagiotrópicos, realizou-se a aplicação do glyphosate. Utilizou-se
pulverizador costal, (250 kPa, com pulverização tipo leque, aplicando 200 L ha-1 de calda). Aos
45 e 120 dias após aplicação (DAA) coletaram-se duas folhas completamente desenvolvida
(terceiro par a partir do ápice) de cada planta, retiradas de ramos plagiotrópicos inseridos na
porção mediana da planta. Após secagem, procedeu-se à moagem destas. Aos oito DAA
observou-se clorose das folhas dos ápices das plantas como sintoma de intoxicação provindos
da aplicação do glyphosate nas doses acima de 230,4 g ha-1. Aos 15 DAA surgiram folhas com
limbo foliar reduzido. Analisando-se os teores foliares de N, P, K e Ca aos 45 DAA, e os teores
de N e K aos 120 DAA, observou-se que independentemente da cultivar, os teores foram
influenciados pelas doses de glyphosate, diminuindo os teores de N, P e K e aumentando o de
Ca. Contudo, o teor de P aos 120 DAA foram dependentes da cultivar e da dose de glyphosate
aplicada. Quando tratadas na dose de 460,8 g ha-1, houveram percentuais de redução
(comparados às testemunhas) de 19,38% e 18,46% dos teores de P e K, respectivamente. Os
efeitos mais prejudiciais foram observados nos teores foliares de N, onde na maior dose (460,8
g ha-1), houve redução percentual de 35,51%. Aos 120 DAA observa-se redução dos teores de
N e K na dose de 460,8 g ha-1 de 4,75% e 7,41% . Sendo assim, este trabalho concluiu que a
deriva de glyphosate promove reduções nas concentrações foliares de N, P, K, aos 45 DAA, e
de N e K aos 120 DAA. Houve incremento no teor foliar de Ca (45 DAA) com aumento das
doses de glyphosate. A cultivar Topázio apresentou as maiores reduções nos teores foliares de
P (120 DAA).
Apoio: FAPEMIG e CNPq.
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ALTERNATIVA CULTURAL DO CONTROLE DE PLANTAS ESPONTÂNEAS NA CULTURA
DA BANANEIRA
Mateus Augusto L. Quaresma, Paulo Otávio B. Stancioli, Diego Mathias N. da Silva, Fábio L. de
Oliveira, Eduardo C. Costa, Bianca P. Mendes, Túlio P. C Silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
A falta de informação e o manejo inadequado das lavouras mostraram um aumento gradativo
de doenças, pragas e plantas espontâneas inadequadas à atividade agrícola, levando o
agricultor a usar mais agrotóxicos e, o que é pior, colocando em risco o meio ambiente e
consequentemente a saúde humana. Processos naturais como inibição do surgimento de
plantas espontâneas devido ao grande volume de massa verde e palha da cobertura vegetal,
que impede a passagem de luz essencial para a germinação das plantas espontâneas, como
também por alelopatia, liberando substâncias que inibem a germinação das mesmas surgem
como uma opção eficiente e de baixo custo para a solução deste problema. Dessa forma, foi
realizado um experimento com o objetivo de avaliar o uso de leguminosas herbáceas perenes
consorciadas com a cultura da bananeira na inibição de plantas espontâneas. Na qual foi
conduzido no município de Itaobim, MG, a 349 m de altitude, com temperatura média anual
de 24,4ºC, e precipitação média anual abaixo de 700 mm. O delineamento adotado foi de
blocos casualizados com quatro repetições e três tratamentos, representados pelo consórcio
da bananeira (implantada em janeiro de 2009) com duas leguminosas perenes, cudzu tropical
(Pueraria phaseoloides), calopogônio (Calopogonium mucunoides), e testemunha (com a
vegetação natural manejada). As parcelas possuem área de 18 m2, com espaçamento de 3x2m
entre touceiras conduzidas no sistema de planta mãe, neta e filha. As leguminosas foram
semeadas em novembro de 2010. Avaliou-se a taxa de cobertura de solo e a produção de
massa seca da vegetação espontânea. As leguminosas apresentaram um aumento da
cobertura do solo, de forma gradativa ate atingirem 100% de cobertura pelo calopogônio e
70% de cobertura pelo cudzu aos 90 dias após o plantio destas. Porém, foi observado um
declínio na taxa de cobertura no mês de fevereiro de 2011, possivelmente motivado por um
longo período de estiagem ocorrido no mês anterior e início deste mês. No mês seguinte estas
leguminosas tiveram uma rápida recuperação alcançando novamente os 100% de cobertura
pelo calopôgonio e 97% de cobertura do cudzu. Durante as avaliações, notou-se a diminuição
gradativa da fitomassa seca das plantas espontâneas nas áreas consorciadas com adubo verde
em comparação com a testemunha à medida que a taxa de cobertura aumentava. Obtendo
mais do que o dobro do peso seco de plantas espontâneas na área da testemunha em relação
às duas leguminosas. Mesmo que ainda incipientes estes resultados demonstram a
possibilidade de diminuição da infestação de plantas indesejadas à cultura da bananeira, a fim
de proporcionar menor competição por nutrientes, e futura redução dos insumos e da mãode-obra utilizada em capinas, adubações, aplicações de defensivos e outros tratos culturais.
Apoio: MCT/CNPq, FAPEMIG, MDA/SAF, EFA-BONTEMPO, UFVJM.
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ANÁLISE CANÔNICA (PCA) DE ELEMENTOS METEOROLÓGICOS EM DOIS AMBIENTES
DISTINTOS NA REGIÃO DE DIAMANTINA -MG
ANDRÉ R.C GIANOTTI; MARIA J.H DE SOUZA; EVANDRO L. M. MACHADO; ISRAEL M. PEREIRA;
ARTUR D. VIEIRA; MARIANA R. MAGALHÃES; VINÍCIUS S. GUIMARÃES
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGROMETEOROLOGIA
Este trabalho teve como objetivo distinguir dois ambientes, Campo Rupestre e Cerrado
Rupestre, na região de Diamantina utilizando técnicas de estatística multivariadas (ACP) a
partir de informações meteorológicas. Os elementos meteorológicos utilizados para
caracterizar os ambientes de Cerrado foram: a temperatura, a umidade relativa do ar, a
velocidade do vento, a precipitação e a radiação solar global. Utilizaram-se para tal os dados
obtidos em duas estações automáticas instaladas nos dois locais. Nesta análise canônica dos
componentes principais (ACP) se distinguiu facilmente o grupo do Campo rupestre e do
Cerrado rupestre. A razão disso pode ser observada principalmente nos pesos da primeira
componente principal: os maiores pesos foram verificados na velocidade do vento (-0,44), na
umidade relativa máxima (-0,45) e na temperatura máxima (-0,43). A umidade relativa máxima
é maior no ambiente de Cerrado Rupestre, isto, em parte, pode ser explicado pelo tipo de solo,
com maior capacidade de retenção de água, devido à maior quantidade de matéria orgânica e
maior teor de argila.
Apoio: CAPES,FAPEMIG,UFVJM
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ANÁLISE DE CRESCIMENTO DA MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA) SUBMETIDA A
DIFERENTES HERBICIDAS
Sarah S. D. da Costa; Daniel V. da Silva; Jose B. Santos; Evander A. Ferreira; Kassia M. Cabral;
Renan Braga; Felipe Paolinelli
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
O Brasil se destaca como o segundo maior produtor mundial de mandioca, com produção
estimada para o ano de 2011 de 27,1 milhões de toneladas cultivadas em 1,9 milhões de
hectares. A incidência de plantas daninhas é considerada um dos principais problemas no
manejo da cultura por provocar elevadas perdas de produtividade. São poucos os estudos que
avaliem a seletividade de herbicidas e existe carência no mercado de novos produtos,
sobretudo com aplicação em pós emergência da mandioca. Desta forma, objetivou-se com
esse trabalho avaliar o efeito de diferentes herbicidas pós emergentes no crescimento da
cultura da mandioca. O experimento foi conduzido em casa de vegetação pertencente ao
Departamento de Agronomia da UFVJM, Diamantina-MG. O delineamento experimental
utilizado foi em blocos casualizados com quatro repetições e cada vaso com capacidade
volumétrica de 5 dm3 (25,0 cm x 21,0 cm de diâmetro e altura, respectivamente), contendo
amostra de solo, representou uma unidade experimental. Os tratamentos constituíram-se da
aplicação de 22 herbicidas e uma testemunha ausente de aplicação. Aos 35 dias após a
aplicação dos produtos, as plantas foram colhidas e separadas em caule, folhas e raízes e secas
em estufa com circulação forçada de ar a 62°C, sendo posteriormente pesadas. Também foi
avaliada a área foliar de cada planta. Tomando-se como base os dados obtidos, foram
calculados os seguintes índices:taxa de crescimento da cultura (TCC); razão de peso foliar
(RPF); índice de área foliar (IAF); e razão de área foliar (RAF),. Observou-se que o atrazine,
chlorimuron, diuron + hexazinona, fluazifop p-butyl e isoxaflutole, provocaram incremento nos
valores da RAF, e o Sulfentrazone provocou os maiores decréscimos..Considerando-se que o
RAF da uma idéia de espessura da folha, pode-se inferir que alguns herbicidas provocaram
redução na espessura da folha, destacando-se o isoxaflutole, sendo que o sulfetrazone
provocou o engrossamento da lâmina foliar. Bentazon, fluazifop p-butyl, mesotrione e
tembotrione foram os herbicidas que menos afetaram a TCC, uma vez que, não apresentando
diferença em relação a testemunha, por outro lado, o ametryn, ametryn + trifloxysulfuron,
atrazine e diuron + hexazinona, afetaram de forma severa a variável. Com relação ao IAF,
verificou-se que bentazon, fluazifop p-butyl, mesotrione e tembotrione, foram os que menos
afetaram esta variável, entretanto, o ametryn, ametryn + trifloxysulfuron e Sulfentrazone
provocaram redução do IAF da mandioca. De acordo com os resultados, pode-se concluir que
os herbicidas ametryn; ametryn + trifloxysulfuron; atrazine e o diuron + trifloxysulfuron foram
os que mais afetaram as variáveis relacionadas ao crescimento da cultura. De maneira
geral,fluazifop p-butyl, bentazon, mesotrione e tembotrione apresentaram pouca interferência
no crescimento da cultura, sendo desta forma, os produtos mais promissores para aplicação
em pós-emergência na cultura da mandioca.
Apoio: CNPq, FAPEMIG
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APORTE DE MATÉRIA ORGÂNICA E CICLAGEM DE NUTRIENTES ATRAVÉS DA
SENESCÊNCIA DE LEGUMINOSAS PERENES*
Mateus Augusto L. Quaresma, Paulo Otávio B. Stancioli, Diego Mathias N. da Silva, Ricardo B.
Teodoro, Fábio Luiz de Oliveira, Bianca P. Mendes, Haroldo Doria
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
Dentro das adversidades encontradas na agricultura, um expressivo fator limitante é a
manutenção dos atributos químicos do solo, representando um dos maiores gastos na
produção vegetal. Esta demanda leva a busca por técnicas que reduzam o custo com insumos
de maneira eficiente, e seja facilmente entendida e utilizada por agricultores. Nesse sentido,
objetivou-se avaliar o aporte de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes promovida pela
senescência de leguminosas herbáceas perenes, após período de estiagem, na região da
Caatinga Mineira, médio Vale do Jequitinhonha/MG. O delineamento experimental foi o de
blocos ao acaso, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram
constituídos pelas seguintes leguminosas: Cudzu Tropical (Pueraria phaseoloides), Calopogônio
(Calopogonium mucunoides), Amendoim Forrageiro (Arachis pintoi), Soja Perene (Glycine
wightii), e Estilosante Campo Grande (Stylosanthes capitata e Stylosanthes macrocephala). A
área de cada parcela foi de 4m² (2 x 2m). As avaliações inciaram-se após o período de
estiagem, no período de restabelecimento das leguminosas. Para a determinação da
incorporação de matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e potássio no solo, foram coletadas aos
180 (28/08/09), 300 (16/12/09), 330 (18/01/10) e 360 (24/02/10) dias após a semeadura, as
folhas senescentes em 1m² central de cada parcela que após secagem em estufa de ventilação
de ar forçada à 65ºC por 72 horas até atingir massa constante, foram pesadas. Dessa fitomassa
senescente, foi determinado o teor de nitrogênio, fósforo e potássio, a partir do qual se
estimou a quantidade incorporada por área. O Calopogonio apresentou o maior valor de
fitomassa seca senescente, 9,74 t/ha, seguido por cudzu tropical e soja perene que
apresentaram, respectivamente, 7,15 t/ha e 6,43 t/ha de senescência. Relativo à incorporação
de nutrientes no solo o Calopogonio se destacou no acúmulo de nitrogênio e potássio, com
valores de 70,194 kg/ha de Nitrogênio e 102,357 kg/ha de Potássio. O Cudzu tropical
apresentou entre os tratamentos o maior acúmulo de fósforo, com um total de 40,635 kg/ha,
porém a Soja perene teve o comportamento de deposição de nutrientes mais constante,
depositando 38,427 kg/ha de Nitrogênio, 37,545 kg/ha de Fósforo e 36,039 kg/ha de Potássio,
distribuídos em quantidades praticamente iguais ao longo dos meses de coleta de dados. Estes
resultados mesmo que incipientes demonstram a capacidade de aporte de matéria orgânica e
nitrogênio e ciclagem de nutrientes no agroecossistema, a partir da incorporação de fitomassa
senescente de plantas utilizadas como cobertura viva do solo, disponibilizando nutrientes e
outros complexos orgânicos benéficos para o solo, de forma gradual. Dessa forma, podem
possibilitar a economia com insumos externos e até mesmo a longo prazo a autonomia da
fertilização dos sistemas agrícolas, elevando a sustentabilidade ambiental e econômica dos
agricultores.
Apoio: * Projeto de iniciação científica da bolsista PIBIC-UFVJM/FAPEMIG, Maira Pereira
Santiago, e parte integrante do projeto CNPq 558387/2009-8. APOIO: FAPEMIG, MCT/CNPq,
MDA/SAF, MDS, EFAJ, UFVJM.
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ARMAZENAMENTO DAS SEMENTES E GERMINAÇÃO DE EVOLVULUS
LITHOSPERMOIDES, LUDWIGIA ELEGANS E PHYSOCALYX AURANTIACUS
Fernanda C. Moreira, Maria Neudes S. Oliveira, Amanda Souza , Laís G. Araújo, Liliane T. Lopes,
Lana Ivone B. Cruz e Alice Coelho
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FLORICULTURA, PARQUES E JARDINS
Os campos rupestres apresentam uma grande diversidade de espécies com potencial
ornamental. No entanto, a flora nativa permanece praticamente ausente dos viveiros
comerciais de plantas ornamentais e se observa uma exaustiva repetição de espécies que se
tornaram consagradas e aceitas pela população, sendo que o uso de muitas delas pode ser
inadequado para determinadas condições ambientais. A geração de conhecimento sobre
espécies nativas com potencial ornamental pode ser um instrumento de inclusão das mesmas
em projetos de paisagismo direcionados para regiões que apresentam as mesmas condições
ambientais dos locais de ocorrência natural dessas espécies. Evolvulus lithospermoides Mart.
(Convolvulaceae), a azulinha do Campus II, Ludwigia elegans (Cambess.) H. Hara (Onagraceae),
a amarelinha, e Physocalyx aurantiacus Pohl (Orobanchaceae), a flor laranja, são espécies
nativas, ocorrem em áreas de campo rupestre e apresentam flores de grande beleza.
Physocalyx aurantiacus consta em lista de espécies ameaçadas de extinção. Objetivou-se com
o presente trabalho avaliar a germinação de sementes de três espécies nativas em função do
tempo de armazenamento. As sementes de azulinha e de amarelinha foram coletadas no
campus JK da UFVJM em março/09 e as sementes de flor laranja foram coletadas em área de
Campo Rupestre, situada na comunidade de Galheiros-MG, em maio/09. Após a coleta, um
lote de sementes foi utilizado para testes de germinação e outro armazenado em sacos de
papel graft à temperatura ambiente. Em azulinha e em amarelinha a germinação foi avaliada
aos 0, 3 e 8 meses de armazenamento. Para flor laranja a germinação foi avaliada aos 2 e aos 8
meses de armazenamento. Os testes de germinação foram conduzidos em cinco repetições
com 30 sementes cada, mantidos em placas de Petri com papel de filtro umedecido em água
destilada e em germinador Mangerlsdorf, a 30ºC até a estabilização da germinação. Em
azulinha e em amarelinha a germinação diminuiu com o tempo de armazenamento, sendo que
as maiores taxas de germinação foram de 20 e 90% e ocorreram aos 0 e 2 meses de
armazenamento, respectivamente. Quando armazenadas por oito meses a taxa de germinação
de azulinha e de flor laranja foi de 10 e 73%, respectivamente. Por outro lado, as sementes de
amarelinha apresentaram maior taxa de germinação (96%) aos oito meses de armazenamento,
quando comparada à das sementes germinadas logo após coletadas (70%). O aumento de 27%
na taxa de germinação de sementes de amarelinha armazenadas pode indicar quebra de
dormência com o tempo de armazenamento. Considerando que a dispersão das sementes das
espécies estudadas ocorreu no início da estação seca. As sementes de azulinha e de flor laranja
mantidas no banco de sementes do solo nos ambientes de ocorrência natural à espera das
condições ambientais propícias para a germinação podem ter a taxa de germinação reduzida
até a estação chuvosa. Uma vez que a taxa de germinação dessas duas espécies reduziu com o
armazenamento.
Apoio: CNPq
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ATRIBUTOS QUÍMICOS E FÍSICOS DE SOLOS MAGNÉTICOS NO VALE DO
JEQUITINHONHA E SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL - SDEM
Roberto V. Costa, Alexandre C. Silva, Márcio L. Silva, Magno D. O. G. Araújo, Rafaela D. A.
Freire, Bárbara P. C. Silva, Diêgo F. A. Bispo
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
Na paisagem natural, os solos apresentam uma ampla variação dos atributos químicos, físicos
e mineralógicos, tanto vertical como horizontal, resultante da interação dos diversos fatores e
processos de formação envolvidos. O objetivo deste trabalho foi comparar alguns atributos
químicos e físicos em quatro solos magnéticos do Vale do Jequitinhonha e Serra do Espinhaço
Meridional nas seguintes regiões: Couto Magalhães de Minas (Latossolo Vermelho Distrófico hz Bw1), Turmalina (Latossolo Vermelho Distrófico - hz Bw), Planalto de Minas (Nitossolo
Vermelho Eutroférrico - hz Bn2) e no Distrito de Pinheiro, em Diamantina (Latossolo Vermelho
Distroférrico - hz Bw). As amostras de solos coletadas foram enviadas ao Laboratório de
Fertilidade do Solo da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM.
Foram realizadas as seguintes análises: (i) o pH foi determinado em água na proporção solosolução de 1:2,5 (v/v). (ii) os cátions Ca2+, Mg 2+ e Al3+ trocáveis foram extraídos com solução
KCl 1 mol.L-1 e determinados por titulometria (iii) a acidez potencial (H+Al) foi determinada
por extração com solução de Ca (OAc)2 0,5 mol.L-1, pH 7 e titulação com solução NaOH 0,005
mol.L-1. (iv) o íon potássio (K+) foi determinado por fotometria de emissão de chama. (v) o
fósforo (P) disponível foi extraído com solução Mehlich-1 e determinado por colorimetria os
teores de silte, argila e areia, determinados pelo método da pipeta. Com base nestes
resultados, foram calculados os seguintes atributos químicos: (i) soma de bases (SB), (ii)
capacidade de troca de catiônica (T) a pH 7, (iii) saturação por bases (V%), (iv) CTC efetiva (t),
(v) saturação por Al3+ (m%) e (vi) ΔpH (pH KCl – pH H2O). Os teores e percentuais de (SB
cmolcdm-3), (T cmolc dm-3), (V%), (t cmolc dm-3), (m%), (pH em água), (areia dag kg-1), (silte
dag kg-1) e (argila dag kg-1). Os valores encontrados no horizonte B dos solos de Pinheiro,
Planalto de Minas, Turmalina e Couto Magalhães de Minas respectivamente foram os
seguintes: SB=(0,49), (4,66), (3,50) e (3,83), T= (2,19), (10,46), (3,50) e (3,83), (V%)=(22,57),
(42,94), (2,77) e (8,20), t= (0,51), (5,26) (3,60) e (3,88), m= ( 4,03), (10,63), (2,77) e (18,02), pH=
(6,1), (5,8), (5,0) e (5,1), Areia = (13), (13), (9) e (43), Silte=(32), (21), (12) e (20) e Argila= (55),
(66), (79) e (37). Os latossolos apresentam baixa fertilidade natural e o nitossolo possui boa
fertilidade natural. Os teores de silte, argila e areia nos permitiram classificar a textura dos
solos como: Pinheiro (Argilosa), Planalto de Minas (Muito Argilosa), Turmalina (Muito Argilosa)
e Couto Magalhães de Minas (Argilosa).
Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES, UFVJM.
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AVALIAÇÃO DA REGENERAÇÃO NATURAL EM UMA ÁREA DE CAMPO RUPESTRE
DEGRADADA PELA MINERAÇÃO DE DIAMANTE EM DIAMANTINA, MG
Paula A. Oliveira, Wander G. Amaral, Israel M. Pereira, Luiz G. Dias, Eduardo L. Couto Júnior,
Emília dos R. Martins, Luiz P. de S. Correia
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O processo histórico de extração do ouro e do diamante em Diamantina,contribui diretamente
para expansão da degradação do ambiente neste municipio. A atividade que normalmente
afeta pequenas áreas, em comparação a outras atividades, como pecuária, por exemplo,
ocorre de forma intensa deixando o ambiente, posterior a extração, drasticamente fragilizado
tornando necessária a sua recuperação. Neste contexto destacam-se os campos rupestres,
ambientes particularmente ricos em espécies vulneráveis, de porte geralmente herbáceoarbustivos, associadas a solos litólicos e que na maioria das vezes vem sofrendo fortes ações
antrópicas. Com esse conhecimento, desenvolveu-se o trabalho com o objetivo de avaliar o
potencial de regeneração natural das espécies de maior importância um campo rupestre após
a extração de diamante. Para a amostragem da vegetação foi alocada uma parcela retangular
(transecto) de 50×100 m, subdividida em 50 sub-parcelas de 10×10 m (100 m2), as unidades
amostrais para fins de estudo da regeneração natural (RN) foram constituídas de sub-parcelas
de 5x5 (25 m²) plotadas no canto superior direito das sub-parcelas de 10x10 m, totalizando
uma área amostral de 1. 250 m2. Todos os indivíduos arbustivo-arbóreos com altura superior a
0,1 m e diâmetro a altura do solo (DAS) inferior a 3 cm foram identificados, plaqueteados, e
mensurados. Foram registrados no total 997 indivíduos distribuídos em 13 famílias, 22 gêneros
e 31 espécies, 15 indivíduos não foram identificados por falta de material botânico adequado o
que representa 1,5% dos indivíduos amostrados na área. As famílias mais representativas
foram: Melastomataceae (607) e Asteraceae (266). As espécies com maior densidade absoluta
foram Lavoisiera pectinata (2.096), Lavoisiera Montana (1.168), Microlicia sp. (1.136),
Eremanthus erythropappus (592) e Baccharis elliptica (912) ordenadas de forma decrescente
de acordo com o valor de importância. Juntas estas espécies representam 73,87% do número
total de indivíduos o que mostra sua importância na cobertura vegetal da área caracterizandoas como espécies potenciais para recuperação de áreas semelhantes.
Apoio: Cnpq, DEF/UFVJM
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Cássio F. Gomes; Ângelo M. P. Leite; Rogger M. Coelho; Bernardo A. Pereira; Cristovão P.
Abrahão; Lucas G. Antonini.
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AVALIAÇAO DA UTILIZAÇÃO DA TALHA NA COLHEITA FLORESTAL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Entre os métodos de colheita florestal disponíveis, a talha constitui uma alternativa
interessante com vistas ao aumento do rendimento, a mitigação de impactos ambientais e a
diminuição dos custos operacionais. O processo de colheita com o dispositivo denominado de
“talha” corresponde à derrubada de árvores e extração destas numa única operação. Faz-se
assim a derrubada orientada destas com motosserra, com o ajudante empurrando os fustes
sobre cabos de aço presos e tencionados em duas árvores (uma no topo e outra na parte de
baixo do declive), a fim destes descerem deslizando morro abaixo até a margem da estrada
(processo denominado de “extração completa”). Apesar da tecnologia disponível atualmente
no mercado, diversas empresas utilizam ainda métodos manuais e semimecanizados de
colheita, principalmente em áreas acidentadas. Neste sentido o objetivo deste estudo foi
avaliar a produtividade e o custo operacional da colheita florestal com a talha, em áreas
acidentadas. A pesquisa foi desenvolvida em povoamentos de eucalipto pertencentes à
CENIBRA, situados na regional de Guanhães, MG, que caracterizam-se por áreas acidentadas,
latossolo vermelho escuro e cambissolos, clima tropical chuvoso de savana. Os dados foram
coletados entre junho de 2008 e dezembro de 2009, tendo sido mensurados os rendimentos
das atividades em função do volume de madeira abatida e empilhada. Verificou-se que, em
talhões de primeira rotação o rendimento médio da atividade foi de 3,21 m3h-1 (variando
entre 2,95 e 5,12 m3h-1) apresentando custo operacional de R$ 0.53/m3, enquanto que, em
talhões de segunda rotação, o rendimento foi de 2,87 m3h-1 (variando entre 1,85 e 4,45 m3h1) com custo de R$ 0.73/m3. Conclui-se que a colheita florestal com a talha, mostrou-se
interessante e altamente vantajosa economicamente, apresentando baixo custo, bem como
alta competitividade na comparação com outros métodos de extração utilizados em áreas
acidentadas.
Apoio: EMFLORA - CENIBRA, DEF - UFVJM
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AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DO EUCALIPTO EM CIDADES PÓLOS DO ALTO VALE DO
JEQUITINHONHA
Isabela P. Camilo; Rogger M. Coelho; Ângelo M. P. Leite
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A região do Alto Vale do Jequitinhonha, abrange uma área de 19.578,30 Km², sendo formada
por 20 municípios. Seu PIB corresponde a menos de 2,0% do total estadual. A base industrial
da região é pouco desenvolvida, sendo composta de micro e pequenas empresas,
principalmente dos setores agropecuário, madeireiro e de mineração. O principal objetivo
deste trabalho foi avaliar a utilização regional do eucalipto, tendo em vista a grande
quantidade de plantios existentes com esta espécie florestal. O estudo objetivou ainda,
analisar os principais produtos e subprodutos da madeira de eucalipto no Alto Vale do
Jequitinhonha, bem como a tendência dos plantios nos últimos anos. As cidades onde o estudo
foi desenvolvido foram: Carbonita, Itamarandiba, Capelinha e Turmalina. Os dados foram
coletados por intermédio de visita in loco às empresas selecionadas, no mês de novembro de
2010. Foi aplicado um questionário específico desenvolvido para atender aos objetivos
propostos, sendo constituído de 28 itens / perguntas. As principais empresas avaliadas
corresponderam à marcenaria (65%) e olaria (14%). Serraria, carvoaria e usina de tratamento,
corresponderam a um percentual de 7% cada. Verificou-se a predominância de microempresas
(72%), variando o número de funcionários entre 01 a 19 pessoas. Cerca de 40% das empresas
produzem móveis residenciais;. 25% produzem portas e janelas; 10% cantoneiras e rodapés;
10% utilizam a lenha como fonte de energia para o aquecimento de fornos destinados à
produção de cerâmica; 5% produzem carvão vegetal; 5% carteiras escolares e 5% postes
destinados à área rural. Apenas três (03) empresas possuem plantios de eucalipto para
consumo próprio e, destas, uma é auto-suficiente, não necessitando comprar madeira de
terceiros. Duas empresas possuem de 1.500 a 2.000 hectares de área plantada, cortando-se
aproximadamente entre 200 ha/ano e 300 ha/ano. Mesmo com esta área cortada, essas
empresas necessitam comprar aproximadamente 4.000 m³/ano de madeira em tora, para
suprir a demanda. Entre as micro e pequenas empresas, o volume total de madeira consumido
(serrada) corresponde a 192 m³/ano. As médias empresas consomem por volta de 12.000
m³/ano de madeira em tora e, o consumo realizado pelas grandes, pode chegar a 2.200.000
m³/ano. As principais dificuldades apontadas pelas empresas da região correspondem ao alto
custo da matéria-prima (31%), seguido pelos entraves burocráticos da legislação florestal
(15%), qualidade da matéria prima (15%), juros elevados (15%), falta de uma política florestal
(8%), competição por menor preço entre as empresas (8%) e equipamentos deficientes (8%).
Conclui-se que a maior parte da madeira de eucalipto da região (65%) é utilizada na fabricação
de móveis residenciais; poucas empresas dispõem de plantios próprios de eucalipto e, a quase
totalidade da madeira produzida é destinada à fabricação de carvão vegetal, para consumo
eminterno siderurgia própria (verticalização).
Apoio: FAPEMIG, DEF – UFVJM, CTFlor, IEF
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Bárbara M. C. e Castro, Valter C.A. Júnior, Marcus F. S. Dornas, Celso M. de Oliveira, Alcinei M.
Azevedo, Carlos E. Pedrosa, Marcos A. M. Ferreira.
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AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE ALFACE SOB CULTIVO PROTEGIDO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
A alface (Lactuca sativa L.) pertence à família Asteraceae, sendo originária da Ásia. Possui
cultivares comerciais melhoradas geneticamente com maior tolerância a temperaturas
elevadas o que possibilita o seu cultivo durante todo o ano no Brasil. Objetivou-se com o
presente trabalho avaliar alguns parâmetros de desenvolvimento de cultivares em ambiente
protegido nas condições de clima e solo da região do Alto do Jequitinhonha. O experimento foi
conduzido no Setor de Olericultura da UFVJM em delineamento em blocos casualizados, com
quinze tratamentos e quatro repetições, utilizando-se quinze plantas por parcela. Foram
avaliadas as seguintes cultivares: 08Y472 (Perovana), Aurélia, Atração, Black Seed Simpson,
Branca Boston, Ironwood, Lívia, Lollo Rossa, Quatro Estações, Romana Balão, Teresa, Vitória de
Santo Antão e Winslow. Como testemunhas foram utilizadas as cultivares comerciais Regina
500 e Grand Rapids, a semeadura foi realizada em bandejas de isopor contendo 128 células,
com substrato comercial Plantmax Hortaliças. Aos 42 dias após a semeadura, as mudas foram
transplantadas para canteiros em ambiente protegido utilizando-se o espaçamento de 30 x 30
cm. As adubações de plantio, cobertura e demais tratos culturais foram realizadas de acordo
com as recomendações para a cultura. Aos 45 dias após o transplante das mudas foram
avaliadas a altura das plantas, diâmetro da cabeça, circunferência da cabeça e número de
folhas. As médias obtidas foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade. Quanto a altura das plantas observou-se que a cultivar Romana
Balão apresentou o maior valor (30,92cm), não diferindo significativamente da cultivar Black
Seed Simpsom, mas sendo superior as demais cultivares avaliadas. Quanto ao diâmetro da
cabeça observou-se que a cultivar Lívia apresentou o maior valor (44,62cm), não diferindo
estatisticamente das cultivares Aurélia, Blacj Seed Simpsom, Regina 500, Romana Balão e
Teresa. Em relação a circunferência da cabeça observou-se diferenças significativas apenas
entre as cultivares Black Seed Simpson, Lívia, Regina 500 e a cultivar Romana Balão. Para a
variável número de folhas houve uma ampla variação entre os valores médios, tendo as
cultivares Regina 500 e Vitória de Santo Antão apresentado os maiores valores, 34,83 e 30,29
folhas, respectivamente. De acordo com os parâmetros avaliados observou-se que as
cultivares Aurélia, Black Seed Simpsom, Lívia, Regina 500 e Romana Balão foram às que
apresentaram os melhores resultados sob cultivo em ambiente protegido no Alto Vale do
Jequitinhonha, MG.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM
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AVALIAÇÃO DE SINTOMAS VISUAIS PROVOCADOS PELO 2,4 D NAS CULTURAS DO
FEIJÃO E MILHO
Letícia A. C. Reis, Renan R. Braga, Daniel V. Silva, Evander A. Ferreira, Eliza C. M. Byrro, Mirielle
O. Almeida,José B. Santos
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
Um dos herbicidas hormonais mais utilizados no mundo é o 2,4-D. Estudos utilizando a deriva
simulada e seus efeitos no crescimento e desenvolvimento de plantas e os resíduos hormonais
deixados no solo têm papel extremamente importante. Diante disto, objetivou-se com este
trabalho avaliar os sintomas visuais provocados pelo herbicida 2,4-D sobre as culturas de feijão
e do milho em fase inicial de desenvolvimento. O experimento foi conduzido em condições
controladas de umidade e temperatura. Foram realizados dois ensaios, sendo no primeiro,
aplicado o 2,4-D em subdoses no solo, com posterior plantio das culturas e, no segundo as
plantas foram tratadas aos 40 dias após semeadura. A aplicação do herbicida foi realizada com
o uso de um pulverizador de precisão. Imagens foram obtidas semanalmente com intuito de
observar a evolução dos sintomas. A aplicação do 2,4-D em pré-emergência causou após cinco
dias, redução no desenvolvimento e na emergência das plantas de feijão com o aumento da
concentração de resíduo do herbicida no solo. Aos sete dias após a semeadura observou-se
sintomas característicos da intoxicação causados pelo produto, tais como, folhas deformadas,
retorcidas e com aspecto encrespado. Aos dezessete dias após a semeadura, observou-se
menor desenvolvimento da parte aérea nas plantas tratadas com o herbicida e ocorreu
deformação nos tratamentos com maiores doses. Aos dezenove dias após a semeadura, com o
acréscimo da dose do herbicida, observou-se menor desenvolvimento das plantas associado a
severos sintomas de intoxicação. Após trinta e três dias, não houve efeito negativo para
aplicações menores que 1/8 da dose comercial, observou-se ainda efeito estimulante em
baixas doses do produto. Com relação ao feijão, o 2,4-D aplicado em pós-emergência,
mostrou-se prejudicial ao seu desenvolvimento. Sete dias após a aplicação do herbicida,
observou-se que apenas a planta que recebeu a menor dose de herbicida não sofreu
intoxicação, as demais sofreram epinastia de folhas e gavinhas, retorcimento no caule e
naquelas que receberam maiores doses houve o surgimento de lesões cloróticas. Dezoito dias
após o tratamento com 2,4-D os sintomas evoluíram, sendo que as lesões cloróticas tornaramse necróticas. As plantas tratadas com este herbicida não mostraram um padrão sintomático
com relação ao acréscimo das doses. A planta controle desenvolveu-se normalmente,
chegando a produzir vagem, as plantas tratadas com menores dosagens do herbicida tiveram a
formação das vagens atrasada mesmo sem apresentar sinais de intoxicação, enquanto para as
maiores dosagens não foi observado florescimento. É possível concluir que o herbicida 2,4-D
aplicado em pré e pós-emergência foi muito prejudicial ao desenvolvimento de feijão. O efeito
hormótico na cultura de feijão só foi observado na aplicação de subdoses do 2,4-D em pré
emergência. Já as plantas de milho não foram afetadas por nenhuma das aplicações do
herbicida.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM
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AVALIAÇÃO DE SINTOMAS VISUAIS PROVOCADOS PELO PICLORAM NAS CULTURAS
DO FEIJÃO E MILHO
Renan R. Braga, Letícia R. Lima, Daniel V. Silva, Evander A. Ferreira, Sarah S. D. Costa, Mirielle
O. Almeida, José B. Santos
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
Tem sido proposto o método do bioensaio com espécies vegetais sensíveis para estimar o
resíduo de herbicidas hormonais no solo. Esse procedimento promove excelente resultado
pela praticidade e baixo custo. Contudo, no caso de herbicidas hormonais tem sido difícil
encontrar variável que se relacione com o nível de resíduo desse grupo de moléculas, uma vez
que atuam como auxinas podendo ser benéfico às plantas em baixas doses. Desta forma,
objetivou-se, com este trabalho, avaliar os efeitos visuais provocados pelo herbicida picloram
sobre as culturas do milho e do feijão em fase inicial de desenvolvimento. O experimento foi
conduzido em condições controladas de umidade e temperatura. Foram realizados dois
ensaios, sendo no primeiro, aplicado o picloram em subdoses no solo, com posterior plantio
das culturas e, no segundo as plantas foram tratadas aos 40 dias após semeadura. As
aplicações do herbicida foram realizadas com o uso de um pulverizador de precisão. Imagens
foram obtidas semanalmente com intuito de observar a evolução dos sintomas. A aplicação do
picloram em pré-emergência atrasou a germinação das sementes de feijão. Aos 5 dias após
semeadura alguns sintomas já foram observados nas folhas, estando elas coriáceas,
encarquilhadas e as bordas começaram a encurvar-se para baixo. Aos dezessete dias após
semeadura, a dose comercial do herbicida fez com que as plantas perdessem o fototropismo.
Aos dezenove dias após plantio todas as plantas já haviam emergido, porem o
desenvolvimento da testemunha sem herbicida foi muito superior às demais. Após trinta e três
dias de plantio, todas as plantas tratadas com o herbicida apresentaram nanismo, folhas
retorcidas, quebradiças, encarquilhadas, enrugadas e com as bordas encurvadas para baixo.
Nos caules surgiram protuberâncias e retorcimento, causadas possivelmente pelo
entupimento do floema. O picloram aplicado em pós-emergência das plantas de feijão foi
danoso em todas as doses aplicadas, sendo que nas maiores doses, aos sete dias após a
aplicação as plantas já apresentavam lesões cloróticas, principalmente nas folhas mais jovens e
também abortamento de flores. Já aos dezoito dias após aplicação dos herbicidas todas as
plantas sofreram intoxicação, sendo que as gavinhas, flores e folhas se apresentavam
completamente necrosadas. As plantas de milho não foram afetadas por nenhuma das
aplicações do herbicida. Pode-se concluir que a análise visual de sintomas é uma variável que
se correlaciona bem com a quantidade de picloram que chega a plantas sensíveis como feijão.
Apoio: FAPEMIG, CNPq, UFVJM.
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AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE MUDAS DE JATOBÁ-DA-MATA (HYMENAEA
COURBARIL) COM SEMENTES SUBMETIDAS A DIFERENTES TEMPOS DE
CONGELAMENTOS
Luiz Felipe R. de Oliveira, Priscila F. de Souza, Marcela C. Nery, Reynaldo C. Santana
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O jatobá é uma espécie que ocorre do norte até o sudeste do Brasil possui madeira de grande
aceitação no setor madeireiro, fruto com endocarpo comestível e nutritivo, sendo consumido
tanto pelo homem quanto pelos animais silvestres. Um dos problemas de propagação de
espécies florestais é o armazenamento das sementes. Com o objetivo de avaliar o crescimento
de mudas de jatobá cujas sementes foram submetidas ao congelamento realizou-se este
trabalho. As sementes de Hymenaea courbaril L. foram coletadas em uma matriz na Fazenda
Experimental do Moura, situada em Curvelo-MG. O beneficiamento foi realizado com um
martelo, para a abertura do fruto com uma faca procedeu-se a separação do endocarpo e das
sementes. Estas foram armazenadas em câmara fria com temperatura de 6°C e umidade
média de 25% por 90 dias. Antes do congelamento as sementes foram escarificadas com lixa e
desinfestados com hipoclorito de sódio (2,5%). Os tratamentos consistiram de congelamento
em freezer em temperatura média de -20 °C por 12, 9, 6, 3, 0, dias. Depois de retiradas do
congelamento, 100 sementes para cada tratamento foram colocadas por 24 horas na câmara
fria a 6°C e colocadas para germinar em dois germinadores Mangelsdorf. As plântulas
germinadas foram transplantadas para tubetes de 280 cm3 contendo substrato composto por
70% de terra de subsolo, 30% de Bioplant e 4 gramas de Osmocote por tubete. Instalou-se o
experimento na casa de sombra do Centro Integrado de Pesquisa e Estudos Florestais (CIPEF)
sob delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições. A
altura e diâmetro do coleto das plantas foram mensuradas aos 30 dias após o transplante. O
congelamento das sementes não influenciou o crescimento das plantas em altura ou em
diâmetro do coleto. Conclui-se que as sementes de Jatobá podem ser congeladas por até 12
dias a uma temperatura média de -20°C sem que haja dano ao crescimento das mudas.
Apoio: UFVJM
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AVALIAÇÃO DO DESENPENHO DE MÁQUINAS DE COLHEITA FLORESTAL EM FUNÇÃO
DA PRODUTIVIDADE DO POVOAMENTO
Ângelo M. P. Leite; Ariadne Marques; Rogger M. Coelho; Lucas R. Gomide; Thelma S. Soares
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A colheita florestal mecanizada é influenciada por diversas variáveis, entre as quais
produtividade dos povoamentos florestais. Estudos destinados a esclarecer as variáveis que
interferem no rendimento das máquinas de colheita tornaram-se preocupação crescente das
empresas nos últimos anos, visando o desenvolvimento de técnicas que melhorem o
desempenho destas em termos de maximização da produtividade, e redução do custo da
atividade. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes
produtividades do povoamento no rendimento operacional do Feller-buncher, do Skidder e da
Garra Traçadora, bem como comparar estes rendimentos entre si. A pesquisa foi desenvolvida
em povoamentos de Eucalyptus sp. da Arcelor Mittal Bioenergia, em Capelinha, MG,
abrangendo uma área de 3.110 hectares em três projetos distintos. Fez-se a coleta de dados
de fevereiro a junho de 2009, tendo sido quantificado: a) produtividade da floresta em
diferentes talhões (0-100; 100-200; 200-300; 300-400 estéreos/hectare); b) horas de trabalho
efetivo das máquinas. O sistema de colheita da empresa é o de árvores inteiras. Neste, realizase a derrubada e o empilhamento dos feixes com o Feller-buncher (Caterpillar 320 CL e John
Deere 903j); em seguida, faz-se o desgalhamento e o destopamento manual com machadinha
(atividade I). A atividade II corresponde ao arraste dos fustes até a margem da estrada, com
Skidder (Caterpillar 545). O processamento dos fustes é feito com Garra Traçadora (Caterpillar
320 CL), cujo comprimento das toras varia entre 2,30 a 3,0 metros (atividade III), em função do
tamanho do forno de carbonização. Foram coletados 143 ciclos operacionais dos quais, 62
corresponderam à derrubada (Feller-buncher), 43 ao arraste (Skidder) e 38 ao traçamento
(Garra Traçadora). Os maiores rendimentos médios das máquinas ocorreram na classe de
produtividade 300 - 400 estéreos / hectare (1st = 0,68 m3), sendo o rendimento operacional
do Feller-buncher e do Skidder de 100,20 st/hora e 204,50 st/hora respectivamente, em
virtude do maior porte das árvores. Conclui-se que a maior produtividade do povoamento
influenciou positivamente o rendimento das máquinas, exceto para a Garra Traçadora.
Estatisticamente, as máquinas apresentaram rendimentos operacionais distintos, exceto para
os Fellers-bunchers e a Garra Traçadora.
Apoio: ARCELOR MITTAL, DEF – UFVJM.
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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE BANCO DE SEMENTES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS
DEGRADADAS
Raissa R.P.Silva, Daniel A.Chaves, Israel M.Pereira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O conhecimento da dinâmica natural e da estrutura de um ecossistema é fundamental no
desenvolvimento de modelos de recuperação. Uma área degradada em processo de sucessão
vai depender da regeneração natural para chegar a um equilíbrio dinâmico, logo, a capacidade
de um ambiente em atingir esse equilíbrio pode ter relações diretas com o banco de sementes
do solo. O banco de sementes é caracterizado como a quantidade de sementes existentes no
solo e na sua liteira, num dado momento e numa dada área, podendo o estoque de sementes
variar de acordo com os balanços de entradas e saídas, que controlam diretamente a
densidade, a composição de espécies e a reserva genética no local, podendo atuar como uma
forma de regeneração natural de um ambiente. Conhecer o banco de sementes local auxilia
projetos de manejo, conservação e recuperação do ambiente. Esse trabalho tem como
objetivo avaliar o banco de sementes em cinco estratos distintos, visando conhecer sua
composição florística, densidade e potencial para recuperação de áreas degradadas. Esse
estudo foi realizado no Parque Estadual do Biribiri (PEB), três dos estratos estão em uma área
degradada por mineração que se encontra em processo de recuperação por regeneração
natural e dois estratos em áreas de remanescentes de Cerrado. As coletas de solo foram
realizadas no início da estação chuvosa e em cada estrato foram coletadas 10 amostras (com
um gabarito de 0.0625 m²). Transportadas para o Viveiro Florestal da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), as amostras de solo foram colocadas em bandejas
plásticas, contendo 2 cm de areia esterilizada para facilitar a drenagem do solo. Essas
bandejas, por sua vez, foram colocadas na casa de vegetação, com irrigações diárias, exceto
em dias chuvosos. A avaliação do banco de sementes do solo foi realizada através do método
indireto: contagem e identificação das plântulas que emergiam na bandeja. A densidade total
do banco de sementes foi de 5328 plântulas/m², 23648 plântulas/m², 9968 plântulas/m², 8656
plântulas/m² e 1088 plântulas/m², para os ambientes 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente.
Emergiram 3052 plântulas nas amostras avaliadas, sendo identificadas 59 espécies distintas. A
forma de vida mais freqüente das plântulas do banco de sementes avaliado foi erva, seguido
de arbusto e árvore, isso devido à forma de dispersão de espécies desses grupos. Comparando
o resultado do banco de sementes das áreas degradadas com o das áreas de remanescentes
constatou-se que, os remanescentes de Cerrado influenciam o banco de sementes do
ambiente degradado, servindo como fonte de propágulos pela chuva de sementes, sendo
eficiente para o processo de recuperação de áreas.
Apoio: UFVJM
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CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA DE FRUTAS NO VAREJO LOJISTA DA CIDADE DE
DIAMANTINA
Luciano de A. Fontes, Luiz H. A. Silvestre
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
O consumo de frutas no Brasil apresentou, na última década, crescimento que, em parte, pode
ser justificado pelo preço que, em média, teve aumento inferior aos demais itens que
compõem o segmento de alimentos e bebidas. A produção seguiu a mesma tendência e
cresceu na última década aproximadamente 20%. A satisfação dos interesses de produtores
(que ofertam) e consumidores (que demandam) pode se dar pela venda direta, sem ação de
intermediários (como em feiras-livres, porta-a-porta) ou por meio da ação de órgãos
intermediários que atuam tanto no atacado quanto no varejo, sendo este último o foco do
presente estudo. Assim, o objetivo deste trabalho é caracterizar a oferta de frutas no varejo
lojista da cidade de Diamantina. Para a realização da pesquisa combinou-se dados primários e
secundários. Os dados primários foram coletados em entrevistas com 4 varejistas instalados na
cidade de Diamantina, no mês de julho de 2010, e abordavam a origem do produto, preços
praticados no varejo, quantidades ofertada e taxa de perdas. Já os dados secundários foram
extraídos do Censo Agropecuário 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
e da base de dados da Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais). A pesquisa
revelou que 95% das frutas ofertadas nos pontos pesquisados são adquiridos na Ceasaminas
(unidade Grande BH) o que, segundo os varejistas, se justifica pelas vantagens relacionadas à
escala como: menor custo de transação, preço, maior variedade e regularidade na oferta.
Segundo os varejistas, por não apresentar as mesmas vantagens para aquisição, a produção
local representa 5% da oferta, com destaque para a goiaba e tangerina. Os produtos que
geram maior receita são laranja, banana, goiaba e abacaxi por serem os mais demandados, já
as frutas importadas proporcionam menores receitas. A ameixa foi o produto que apresentou
o maior preço/kg no varejo e a tangerina, o menor. A variação média de preço foi de 49%,
sendo a maior registrada para o abacaxi (136%), seguido da laranja (86%) e maçã (80%).
Quanto a margem relativa do varejo, que indica a proporção apropriada pelo varejista como
remuneração bruta pela função de comercialização, esta representa 59% do preço ao
consumidor. O índice médio de perdas alcança 1/5 da quantidade adquirida pelos varejistas,
em função dos seguintes fatores: a) os produtos comprados por 75% dos varejistas são
transportados sem refrigeração; b) manuseio e disposição das frutas no ponto de venda; c)
conservação, no ponto de venda, a temperatura ambiente (exceto produtos de clima
temperado, que são armazenadas sob refrigeração e comercializadas em embalagens de
poliestireno expandido. Verificou-se portanto que o comércio varejista e o consumo de frutas
em Diamantina encontra-se dependente de compras na Ceasa, sendo pouco explorada a
possibilidade de aquisição direta da produção regional, demandando portanto estudos sobre a
produção local e ações que proporcionem a sua oferta no mercado.
Apoio:
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CARACTERIZAÇÃO DA REGENERAÇÃO DE UMA “VOÇOROCA” LOCALIZADA NO
CAMPUS JK DA UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
(UFVJM)
Tamilis R. Silva, Anne Priscila D. Gonzaga, Marcos Felipe F. Silva, Edgard G. B. Trindade
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A regeneração natural é um dos fatores de maior importância na estabilização de grandes
erosões como as voçorocas, assim sendo, a caracterização das espécies regenerantes podendo
ser considerada uma necessidade para a realização de projetos de recuperação de áreas
degradadas, principalmente no bioma Cerrado onde a riqueza florística conhecida ainda é
pequena diante da sua biodiversidade. O presente trabalho objetivou realizar um
levantamento florístico da vegetação regenerante de uma voçoroca localizada no campus JK
da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Para melhor
direcionamento e análise dos estudos a voçoroca foi dividida em três trechos, sendo esta
divisão feita por meio do mapeamento da área realizado com GPS e do programa trackmaker.
As coletas para o levantamento florístico foram realizadas no interior e entorno da voçoroca,
separadamente para os lados direito (LD) e esquerdo (LE), considerando ainda distintamente
suas porções (Terço Inferior e Terço Superior). Assim, por meio de caminhadas aleatórias
realizadas por trecho avaliado, amostrou-se o hábito arbóreo, herbáceo e graminóide das
plantas regenerantes, classificando-as em exóticas ou nativas. Para a visualização da
suficiência amostral foram construídas para todos os trechos curvas do esforço do coletor, por
meio do número cumulativo de espécies. A riqueza de espécies foi contabilizada por meio do
número de espécies apresentada em cada um dos trechos, lados e terços, onde foi feito os
testes de qui-quadrado para verificar se a riqueza de espécies está de acordo ao que era
esperado para cada uma das áreas estudadas. Todas as curvas dos coletores geradas
mostraram suficiência amostral, o que indica que a amostragem foi bem representativa da
área. Foram contabilizadas 151 espécies diferentes em toda a voçoroca, sendo estas 89 do
estrato arbóreo-arbustivo, 49 herbáceas e 13 graminóides. Deste total, 115 são espécies
nativas e 36 são espécies exóticas, o que indica que, apesar da sua própria existência ser um
efeito de degradação, a voçoroca possui um bom status de conservação, haja vista a grande
riqueza de espécies nativas, assim como, de espécies do compartimento arbóreo, já que estas
dificilmente são encontradas em áreas de voçorocamento. Provavelmente essa elevada
riqueza de espécies arbóreas está relacionada a proximidade desta à mata ciliar do córrego
Soberbo. O teste de qui-quadrado não apontou diferenças significativas entre a riqueza das
áreas avaliadas, assim como, entre nativas e exóticas, revelando a notoriedade da colonização
de exóticas na área, haja vista que esta apesar de possuírem poucas espécies estas se
encontram distribuídas, na maioria das vezes com alta cobertura, em todos trechos. Os dados
adquiridos neste trabalho mostram que para a eficácia da recuperação da área, deve-se haver
o manejo das espécies herbáceas e gramíneas nativas, devendo estas serem mais estudadas,
além do controle das espécies exóticas colonizadoras.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Miriã C. P. Fagundes, Raoni, P. de Carvalho, Adelson Francisco de Oliveira, Maria do Céu M.
Cruz
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CARACTERIZAÇÃO FENOLÓGICA PRELIMINAR DE OLIVEIRAS EM DIAMANTINA-MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
A Oliveira (Olea europaea L.) pertence à família Oleaceae que apresenta duas fases distintas:
juvenil, fase de crescimento vegetativo, e a adulta, fase que as plantas alcançam capacidade
reprodutiva. A Oliveira é uma espécie de clima temperado e necessita de baixa temperatura
no período que antecede a floração, entre 8 °C e 10 °C para produções satisfatórias. Porém
temperaturas abaixo de 4 °C são prejudiciais para sua produção. A cultura se adapta bem a
altitudes que vão de 800 metros até 1300 metros e regime superior a 800 mm anuais de
chuva. Considerando a importância e o interesse da cultura e visando contribuir com a
implantação de novas áreas de cultivo com a cultura da oliveira no país o trabalho foi realizado
com o objetivo de caracterizar o comportamento fenológico de duas cultivares de oliveira nas
condições climáticas de Diamantina, MG. O trabalho foi conduzido na área experimental do
Setor de Fruticultura, da Universidade Federal dos Veles do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM),
localizada no município de Diamantina, MG, a 1362 metros de altitude. O clima é Cwb,
conforme a classificação de Köppen, ou seja, temperado úmido, com inverno seco e chuvas no
verão. No ano de 2010 foi registrado regime pluviométrico de 881,3 mm e temperatura média
de 17,6 ºC. A caracterização fenológica foi realizada em 70 plantas de oliveira, das variedades
Grappolo e Barnea, com dois anos de idade, obtidas a partir de enraizamento, plantadas no
espaçamento de 5 m entre linhas e 3 m entre plantas. Para a avaliação do comportamento
fenológico das oliveiras, foram marcados dois ramos por planta de cada variedade. Foi avaliada
a duração em dias os seguintes estádios fenológicos, a emissão das gemas, aparecimento da
inflorescência; abertura das flores; vingamento de frutos; emissão de brotações vegetativas;
formação do fruto e maturação dos frutos. Observou-se que o ciclo compreendido da emissão
das gemas à maturação foi de 175 dias, sendo a duração das fases: emissão de gemas ao
aparecimento da inflorescência, emissão das gemas a abertura das flores, emissão das gemas
ao vingamento de frutos; emissão das gemas a emissão de brotações vegetativas e emissão
das gemas a formação do fruto foi de 26, 45, 67, 77 e 98 dias, respectivamente. As duas
cultivares de oliveira, Grappolo e Barnea produziram nas condições climáticas de Diamantina,
MG. O comportamento fenológico das cultivares demonstrou que a região apresenta
condições climáticas favoráveis para a cultura da oliveira.
Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG.
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Angeliane D. Reis, Rayane K. Langbehn, Ricardo S. Santos, Lílian Pantoja, Alexandre S. Santos
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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DA JABUTICABA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL
A jabuticabeira (Myrciaria cauliflora Berg), árvore frutífera, pode atingir de 12 a 15 metros de
altura. Seus frutos são brilhantes e, quando maduros, apresentam cor negra, polpa branca com
sabor exótico e agradável. O presente trabalho teve por objetivo realizar a caracterização física
e química do fruto da jabuticabeira, a jabuticaba. Os frutos foram adquiridos no município de
Diamantina-MG e analisados no Laboratório de Bioprocessos e Biotransformação – UFVJM.
Estes foram lavados em água potável e despolpados com auxilio de uma peneira. Os resultados
das análises físicas, utilizando um universo de 40 frutos separados aleatoriamente, foram: 6,2
±1,94g do fruto inteiro, 1,21 ± 0,32 g de casca, 4,82 ± 1,94 g de polpa mais semente e 0,33 ±
0,14 g de semente. As medidas de diâmetro maior e menor foram respectivamente 21,2 ± 2,35
mm e 21,4 ± 2,41 mm. As análises químicas foram realizadas em triplicata. Os resultados
referentes à casca foram: 76,87 ± 0,33 % de umidade, 0,49 ± 0 % de cinzas, 2,59± 0,11% de
lipídeos, 1,74 ± 0,05% de fibra bruta, 1,33 ± 0,01 de proteína bruta e 16,98 de glicídeos totais
(fração Nifext). Já as análises da polpa resultaram: 84,97± 0,09% de umidade, 0,39 ± 0,09 % de
cinzas, 0,43 ± 0,10% de lipídeos, 0,22 ± 0% de proteína bruta e 14,01% de glicídios totais
(fração Nifext).
Apoio: FAPEMIG (bolsa Bic-Jr)
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Angeliane D. Reis, Rayane K. Langbehn, Ricardo S. Santos, Lílian Pantoja, Alexandre S. Santos
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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DE MORANGOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL
Morangueiro é o nome comum de um conjunto de espécies, com seus híbridos e cultivares, do
gênero Fragaria, que produz o morango. Seus frutos são atrativos, apresentam coloração
vermelho-brilhante, odor agradável, textura macia e sabor levemente acidificado. Estudos
relacionados ao aproveitamento de frutos para elaboração de alimentos vêm crescendo, o que
mostra o interesse por parte dos pesquisadores em agregar valor a matérias-primas
comestíveis e diversificar as formas de apresentação ou processamento para fins de mercado.
Neste contexto o presente trabalho teve por objetivo realizar a caracterização física e química
de morangos cultivados em Datas, município de Minas Gerias. Os frutos foram lavados em
água potável e, após remoção das folhas e pedúnculo, triturados em liquidificador. Os
resultados das análises físicas, utilizando um universo de 30 frutos, foram: 18,93 ± 7,93 g de
peso do fruto inteiro, 32,77 ± 5,47 mm de diâmetro maior, 29,45 ± 47,14 mm de diâmetro
menor e 0,36 ± 0,18 g de peso do pedúnculo. Referentes às análises químicas da polpa de
morango, os resultados revelaram 92,23 ± 0,13 % de umidade, 2,96 ± 0,08 % de cinzas, 5,34 ±
0,09 % de proteína bruta, 3,32 ± 0,26% de fibra bruta, 6,48 % de glicídeos totais (fração Nifext),
6,50 % de ºBrix e pH de 3,01 ± 0,01.
Apoio: FAPEMIG (bolsa Bic-Jr)
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CLASSES DE SOLOS E DIVERSIDADE DE AMBIENTES E PAISAGENS NO VALE DO
JEQUITINHONHA E SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL – SDEM
Márcio L. Silva, Alexandre C. Silva, Pablo G. S. Soares, Roberto V. Costa, Rafaela D. A. Freire,
Ana M. M. Botelho, Bárbara P. C. Silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
O Vale do Jequitinhonha e a Serra do Espinhaço Meridional - SdEM possuem ambientes e
paisagens singulares no contexto físico e humano do território de Minas Gerais. Essas
paisagens estão em constante dinâmica tanto no espaço como no tempo (histórico ou
geológico). Herdadas ou não, ou construídas, essas paisagens são resultados da atuação e
interação dos diferentes componentes ou elementos da paisagem, destacando aqueles do
campo da geologia, da geomorfologia, da pedologia, da hidrografia, da climatologia, da
biogeografia ou ainda aqueles de natureza antrópica. Objetivou-se com esse trabalho analisar
as principais classes de solos da Serra do Espinhaço Meridional e do Alto, Médio e Baixo
Jequitinhonha, correlacionando a gênese e evolução dos solos com a dinâmica da paisagem,
destacando o papel da pedologia nesse recorte espacial. A caracterização da área de estudo foi
elaborada através de campanhas em campo e com o auxílio de técnicas de geoprocessamento
e de sensoriamento remoto. As descrições morfológicas dos perfis de solos foram efetuadas de
acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de ciência do Solo. As análises de rotina e
granulométrica foram efetuadas no Laboratório de Fertilidade do Solo da UFVJM, enquanto as
análises mineralógicas se procederam no Laboratório de Solos da ESALQ-USP. A classificação
dos solos obedeceu aos critérios do Sistema Brasileiro de Classificação do Solo. Foram
encontradas dozes classes de solos na área objeto de estudo, até o quarto nível categórico
(Ordem, Subordem, Grande Grupo, Subgrupo): Latossolo Vermelho Distrófico típico,
Cambissolo Háplico Tb Eutrófico típico, Nitossolo Vermelho Distrófico típico, Latossolo
Vermelho Distrófico típico, Planossolo Nátrico Órtico típico, Luvissolo Crômico Órtico típico,
Latossolo Amarelo Eutrófico típico, Neossolo Flúvico Psamítico típico, Latossolo VermelhoAmarelo Distrófico típico, Espodossolo Humilúvico Órtico espessarênico, Latossolo Amarelo
Distrófico típico e Gleissolo Haplico Ta Eutrófico neofluvissólico. Como resultados foi possível
constatar uma estreita correlação entre gênese, desenvolvimento e classes de solos e
dinâmica e evolução da paisagem. As características e propriedades dos solos aferidos em
campo e os parâmetros físicos, químicos e mineralógicos estabelecidas em laboratórios
corroboraram para o entendimento entre a interação e integração dos elementos formadores
da paisagem. Assim, diferenças litotípicas, morfológicas, topográficas, climáticas e na dinâmica
hidrológica condicionam uma diversidade de solos e ambientes, com variados tipos
fitofisionômicos, evidenciando a grande diversidade de paisagens na Serra do Espinhaço
Meridional e no Vale do Jequitinhonha.
Apoio: CNPq, CAPES, FAPEMIG, UFVJM
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CLASSIFICAÇÃO SUPERVISIONADA DAS PAISAGENS DA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DO
MOURA COM ÊNFASE DAS VEGETAÇÕES NATIVAS
Daniel A. Chaves; Raissa R. P. Silva; Israel M. Pereira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A Estação Experimental do Moura possui uma extensa área ocupada por vegetação nativa das
mais variadas fitofisionomias, formando um verdadeiro mosaico composto por formações
savânicas e formações florestais. Tais formações vegetacionais merecem atenção devido ao
seu tamanho e por compreenderem uma área fonte de recursos naturais. No município de
Curvelo, estes recursos estão em processo de extinção e a cada dia mais escasso, devido à
retirada da vegetação para uso das práticas agropecuárias e mais recentemente das práticas
silviculturais. A grande importância desta Estação Experimental não remete apenas aos
estudos realizados dentro de seus limites, mas também por abrigar tamanha diversidade de
vida vegetal e animal, nas mais variadas classes e ordens. A estação é usada pela policia
ambiental para soltura de animais silvestres capturados nos limites urbanos, contemplando
mais uma função importante dos refúgios formados por este complexo ecossistêmico. O
presente trabalho teve como objetivo abordar a vegetação, para identificar e estratificar
separando criteriosamente cada fisionomia, são elas: Cerradão, Cerrado Denso, Cerrado
Típico, Cerrado Ralo (Cerrado Sentido Amplo) e Floresta Estacional Semi-decidual. Para efeitos
de comparação, também foram quantificadas outras paisagens, como pastagem, áreas
degradadas resilientes e não resilientes, área de plantios anuais, lâmina d’água e uma estreita
faixa de Eucaliptus. A estratificação e quantificação destas áreas foram realizadas por meio de
ferramentas e técnicas de geoprocessamento cruzadas com as informações obtidas em visitas
técnicas de reconhecimento e descrição dos estratos. A área total da Estação é de 600,48
hectares (100%) e quando estratificada tem as seguintes dimensões e proporções: Mata
Estacional Semi-decidual 165,39ha (27,5%), Cerradão 35,48ha (12,3%), Cerrado Denso 73,59ha
(12,3%), Cerrado Típico 159,52ha (26,6%), Cerrado Ralo 10,19ha (1,7%), Pastagem 79,97ha
(13,3%), Área degradada resiliente 13,35ha (2,2%), Área degradada não resiliente 12,62ha
(2,1%), Área de plantio anual 42,68ha (7,1), Lâmina d’água 7,07ha (1,2%), Eucaliptos 0,62ha
(0,1%). O território ocupado por Cerrado Sentido Amplo é significativamente grande, pois
ocupa quase a metade de todo limite da Estação (46,4%). Se considerar toda área coberta por
vegetação nativa, Cerrado Sentido Amplo e Mata Estacional, demonstra quanto é grande o
patrimônio natural mantido dentro da Estação (74%), além das áreas potencialmente
resilientes em processo acelerado de sucessão, pela forte influência dos seus arredores. As
reservas vegetais nativas da Estação Experimental também devem ser tratadas como um
banco de germoplasma de conservação in situ, capaz de contribuir em estudos genéticos e de
propagação e que garantiriam a perpetuação de várias espécies decorrentes destas
fitofisionomias.
Apoio:
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Fillipe V. Araújo; Gleyce C. Dutra; Luiz David O. Rabelo; Rodrigo O. de Lara; Luiz Otavio R. de
Melo; Matheus T. Toledo, Israel M. Pereira
28
COBERTURA DO SOLO DO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE VIVAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O Parque Nacional das Sempre Vivas está contido nas regiões Norte e Alto Vale do
Jequitinhonha do estado de Minas Gerais abrangendo as cidades de Buenópolis, Diamantina,
Olhos d’Água e Bocaiúva. Com uma área total de 124.555 hectares foi criado com objetivos de
assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversidade biológica, bem como
proporcionar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de
educação, de recreação e turismo ecológico. O objetivo deste presente trabalho foi mapear e
analisar classes de cobertura do solo no Parque Nacional das Sempre Vivas em Minas Gerais.
Foi usada uma imagem de sensoriamento remoto da série de satélite Landsat 5 TM, cena
218/72 de 18/09/2010, bandas 1, 2, 3, 4, 5 e 7, com resolução espacial de 30x30 metros,
encontradas gratuitamente no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A cena
foi registrada com base em uma imagem GEOCOVER 2000, projeção UTM, zona 23 Sul e datum
WGS84. Para a classificação da cobertura do solo foram definidas 4 classes: arbórea, arbustiva;
classe campestre e áreas sem vegetação. Definidas as classes, foi utilizado o método de
máxima verossimilhança para realizar a classificação supervisionada, por meio de amostras de
treinamento de cada classe. Amostras de acuracidade foram coletadas para a avaliação da
precisão do mapeamento, utilizando a matriz de erros, por meio do cálculo da exatidão global
e o índice de concordância de Kappa. Encontrou-se um resultado de 0.9714 para o índice de
Kappa, sendo a classificação enquadrada como excelente (0,8< K >0,1). Já para o calculo da
exatidão global o resultado encontrado foi de 97.9%, considerada uma classificação
satisfatória. Dentre as classes mapeadas, a classe arbórea apresentou uma área de 7619,87 ha
ou 6,14% da área total do parque, geralmente esta classe se encontrava associada a rios e
nascentes. A classe arbustiva apresentou 31529,33 ha ou 25,41%. Para a classe sem vegetação,
6311,44 ha ou 5,09%. A classe campestre, 78632,30 ha ou 63,37%, apresentou a maior
cobertura do solo, justificando a criação do parque: a preservação dos campos de sempre vivas
e outras espécies campestres ameaçadas de extinção. Analisando a matriz de confusão por
classe de mapeamento, observou-se uma maior confusão entre as classes sem vegetação e
campestre, devido a presença de afloramentos rochosos, detectados pela resolução da
imagem, na fitofisionomia campo rupestre. Outra confusão ocorreu entre arbórea e arbustiva,
que por serem um contínuo de porte vegetacional, torna-se difícil delimitar a região de
interface entre as duas classes.
Apoio: Rede ComCerrado, Instituto Biotrópicos
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COMPARAÇÃO DE MODELOS VOLUMÉTRICOS PARA EREMANTHUS SP. (DC.)
MCLEISH. EM ÁREA DEGRADADA NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA-MG
Leonidas S. M. Júnior, Lidia G. Santos, Israel M. Pereira, Milton S. de M. Júnior, Bruno S. Reis,
Márcio L. R. de Oliveira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O volume constitui uma das informações de maior importância para o conhecimento do
potencial disponível em um povoamento florestal, haja vista que o volume individual fornece
subsídios para a avaliação do estoque de madeira e análise do potencial produtivo das
florestas. Uma ferramenta amplamente utilizada nas estimativas da produção de madeira é o
emprego de equações volumétricas cujos parâmetros são determinados por meio de
regressão. Para estimativa do volume, normalmente são usadas variáveis como o diâmetro e a
altura, por serem consideradas de fácil mensuração. Assim, este trabalho teve como objetivo
testar modelos volumétricos e propor uma equação volumétrica para Eremanthus sp., em área
de regeneração natural localizada no antigo lixão do município de Diamantina, Minas Gerais.
Foram cubados 40 indivíduos com diâmetro à 30 cm do solo (DAS) maiores que 5 cm. Os
indivíduos foram cubados em diferentes classes de diâmetro e de altura. Os volumes foram
calculados utilizando o método de Smalian. Para o volume da copa, cubou-se apenas a metade
que foi dobrada em seguida. O volume total da árvore foi o somatório dos volumes de fuste e
de copa. Os modelos testados foram o de Hohenald & Krenn, o de Schumacher & Hall e o de
Spurr. A melhor equação foi selecionada com base nas estatísticas: erro padrão da estimativa
(Sxy); coeficiente de determinação ajustado (R2ajustado); significância dos parâmetros das
equações pelo valor de F calculado; distribuição gráfica dos resíduos. Para comparar o volume
observado e o estimado de cada modelo utilizou-se o teste F de Graybill, a 95% de
probabilidade. Entre os modelos testados, o de Schumacher & Hall na forma logarítmica foi o
que melhor se ajustou estatisticamente, apresentando valor de R²ajustado igual a 0,89; boa
distribuição gráfica de resíduos, ficando em torno de 30%, e todos os parâmetros foram
significativos pelo teste t à 5% de significância. Todos os volumes estimados pelas equações
diferiram do volume observado, talvez pelo fato do método de cubagem não ser o mais
indicado para essas árvores. O volume estimado pelo modelo de Spurr não diferiu
estatisticamente do volume estimado pelo modelo de Schumacher & Hall. Com a definição da
equação é possível estimar o volume de candeia sem abater a árvore, sendo necessário apenas
a medição do DAS e da altura total.
Apoio: FAPEMIG
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Camila S. Bibiano, João P. Cury, Renan R. Braga, Evander A. Ferreira, Daniel V. Silva, Felipe P.
Carvalho, José B. Santos
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COMPETIÇÃO ENTRE CULTIVARES DE MILHO E ESPÉCIES DE PLANTAS DANINHAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da competição entre três cultivares de milho
e seis espécies de plantas daninhas no acúmulo e na alocação de matéria seca e nutrientes
pelas plantas, determinando-se também o potencial dessas espécies em reciclar nutrientes.
Adotou-se arranjo fatorial em esquema 3x6+9, constituído pela combinação de três genótipos
de milho (híbrido DKB 390 YG, variedade AL 25 e híbrido SHS 4080) em competição com seis
espécies de plantas daninhas (Bidens pilosa, Cenchrus echinatus, Brachiaria brizantha,
Commelina benghalensis, Brachiaria plantaginea e Euphorbia heterophylla), além de nove
tratamentos adicionais, correspondentes aos cultivares de milho e às espécies daninhas
ausentes de competição. O delineamento foi em blocos casualizados com quatro repetições, e
cada vaso contendo 5 L de substrato representou uma unidade experimental. O período de
convivência entre os cultivares de milho e as plantas daninhas foi de 60 dias após emergência
do milho. Os cultivares de milho apresentaram reduzido acúmulo de matéria seca e de
nutrientes quando em competição. A folha e o caule foram os principais órgãos afetados
negativamente. O conteúdo relativo e o acúmulo de matéria seca das espécies infestantes
foram severamente reduzidos em função dessa convivência. As raízes das espécies
competidoras, de maneira geral, foram os órgãos mais prejudicados. O genótipo AL 25 foi o
que menos tolerou a competição e B. plantaginea foi à espécie daninha que demonstrou
possuir a menor habilidade competitiva. B. brizantha e C. benghalensis demonstraram ser as
espécies com maior capacidade de competição com o milho. A capacidade de acumular
nutrientes aparentemente não representa vantagem competitiva para as espécies infestantes.
B. brizantha e C. echinatus, livre da convivência com o milho, apresentaram elevado potencial
em reciclar nutrientes.
Apoio: FAPEMIG, CAPES.
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Larissa M. Martins, Miriã C. P. Fagundes, Raoni P. de Carvalho, Adelson Francisco de Oliveira,
José B. dos Santos, Maria do Céu M. Cruz
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COMPETITIVIDADE ENTRE MUDAS DE OLIVEIRA E PLANTAS DANINHAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
A oliveira (Olea europaea L.) é uma planta proveniente de regiões caracterizadas por inverno
chuvoso e verão seco (semi-árido até semi-úmido). Entretanto, a sua introdução em outras
regiões, a exemplo de Minas Gerais, região que se caracteriza por verão chuvoso e inverno
seco, pode ocorrer o surgimento de outras espécies na área de cultivo, prejudicando o seu
desenvolvimento, que por sua vez, pode afetar o crescimento e o equilíbrio nutricional das
plantas. Para as condições brasileiras, ainda faltam estudos sobre o manejo da oliveira. O
trabalho foi realizado com o objetivo de determinar o desenvolvimento de mudas de oliveira
competindo com espécies de plantas daninhas em fase inicial de crescimento. Adotou-se o
esquema o fatorial 2 x 6, sendo os fatores duas cultivares de oliveira (Arbequina e Koroneiki)
em competição com seis espécies de plantas daninhas: sem concorrência, competição com
espécies de plantas daninhas: Bidens pilosa, Brachiaria brizantha e Cenchrus echinatus,
Canavalia ensiformis e Lupinus albus, distribuídos em blocos casualizados com quatro
repetições. As plantas foram conduzidas em vaso, contendo 5 L de substrato (amostras de
Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico). O período de convivência entre as cultivares de
oliveira e as plantas competidoras foi de 60 dias após emergência. Para determinar o
desenvolvimento da oliveira sob as diferentes condições de competição foram determinados:
a altura das plantas, o diâmetro do caule, o número de folhas e também estimada a massa
seca das folhas de oliveira e das plantas daninhas foram avaliados o número de folhas e a
massa seca da parte aérea. A competição com as plantas daninhas interferiu no
desenvolvimento inicial da oliveira. As espécies Bidens pilosa, Canavalia ensiformes e Lupinus
albus foram as espécies com maior potencial de competição com mudas de oliveira.
Apoio: UFVJM, FAPEMIG, CNPq
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COMPORTAMENTO GERMINATIVO DE QUATRO ESPÉCIES DE COMANTHERA
OCORRENTES NA SERRA DO AMBRÓSIO, MINAS GERAIS
Lana I. B. Cruz, Fernanda C. Moreira, Liliane Teixeira, Ana Angélica P., Maria Neudes S. Oliveira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
As sempre-vivas são assim conhecidas, pois os seus escapos e inflorescências, após serem
coletados, mantêm a forma e a coloração inalterados, como se tais estruturas estivessem
vivas. As espécies mais valorizadas pela beleza dos capítulos pertencem à família
Eriocaulaceae, gênero Comanthera. Algumas espécies de Comanthera são endêmicas na Serra
do Ambrósio, localizada na Cadeia Espinhaço, MG e encontram-se ameaçadas de extinção.
Objetivou-se neste trabalho avaliar a taxa de germinação e o número de sementes por capítulo
de Comanthera suberosa (margarida branca ou amarelinha), C. magnifica (sempre viva gigante
ou branquinha), C. brasiliana (pezinho branco ou brasiliana), ocorrentes em lista de espécies
ameaçadas de extinção, e Comanthera sp (brancona). Os capítulos foram coletados na Serra
do Ambrósio, em agosto e outubro de 2009. Para o teste de germinação das espécies
coletadas em agosto foram utilizadas quatro repetições de 30 sementes para sempre viva
gigante e duas repetições de 30 sementes para margarida branca. Nesta coleta pezinho branco
e brancona não apresentaram sementes nos capítulos. Para o teste de germinação da coletada
de outubro foram utilizadas quatro repetições de 30 sementes para todas as espécies. As
sementes foram colocadas para germinar em placa de Petri, com papel filtro umedecido, em
germinador Mangelsdorf, a 25º C. Na germinação de agosto, sempre viva gigante apresentou
31,6% de sementes germinadas, seguida de margarida branca com 85,83. Na germinação de
outubro a sempre viva pezinho branco apresentou a maior taxa de germinação (87,5%),
seguida da margarida branca (72,5%). A taxa de germinação da sempre viva gigante e da
brancona foi de 20,75 e 23,75%, respectivamente. Enquanto a germinação de margarida
branca ocorreu logo após o semeio, a das demais espécies foi gradual. O número de sementes
por capítulo variou de 0 a 20; 17 a 40; 40 a 220; 102 a 356, para margarida branca, pezinho
branco, sempre-viva gigante e brancona, respectivamente. O maior número de sementes nos
capítulos não está relacionado com a maior taxa de germinação das espécies. As sempre vivas
que apresentaram o maior número de sementes por capítulo (sempre viva gigante e brancona)
foram as que apresentaram menores taxas de germinação.
Apoio: UFVJM
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COMPOSIÇÃO DE LIGNINA DE DUAS FITOFISIONOMIAS SUAS RELAÇÕES COM
MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM UMA TURFEIRA TROPICAL
Ana Maria M. Botelho, Vinícius E. Silva, Diego F. A. Bispo, Roberto V. Costa, Rafaela D. de A.
Freire, Márcio L. Silva, Alexandre C. Silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
A turfeira é um produto da decomposição de vegetais, que se desenvolvem emambientes
saturados com água, caracterizando o estágio inicial da seqüência de carbonificação. O
acúmulo da massa vegetal morta ocorre em condições de excessiva umidade, baixo pH e
escassez de oxigênio, passando por processos de mineralização lenta e de humificação. O
processo de humificação e os precursores das frações húmicas ainda são poucos
compreendidos. Contudo, em todas elas, tem destaque especial a participação da lignina.
Objetiva-se com esse trabalho extrair o teor de lignina das espécies dominantes das duas
Fitofisioniomias (Campo Limpo Úmido- CLU e Floresta Estacional Semidecidual- FES) e da
matéria orgânica da turfeira em questão, contribuindo para o entendimento do processo de
humificação da matéria orgânica nas regiões tropicais. Para a amostragem da turfeira foram
escolhidos três locais representativos em cada fitofisionomia da turfeira da APA Pau-de-Fruta,
onde, com auxílio de uma pá reta, foram coletadas amostras de turfeira a cada 5 cm de
profundidade, até 50 cm, totalizando 10 amostras em cada ponto e 60 amostras no total. O
material vegetal coletado foi pesado,ainda úmido, em balança de precisão e levado para a
estufa de circulação forçada a 55 °C. Após a secagem, realizou-se a pesagem e
acondicionamento do material para posteriores análises químicas, por espécie. O método
utilizado para determinar e extrair lignina foi através da solução de detergente ácida. Foi
coletada uma alíquota do resíduo do cadinho para a queima em mufla a 500 °C por três horas.
A porcentagem de lignina foi obtida pela diferença antes e depois da queima. O teor de lignina
variou de 4,3% a 19,4%, com média 11,9%, nas espécies do CLU. Nas espécies da FES, variou de
9,9% a 14,3%,com média 11,9%. Estes resultados provavelmente estão subestimados em
relação à Floresta, devido à amostragem ter sido feita nas folhas e a fitomassa concentrar-se
no lenho, que é o local onde apresenta maior teor de lignina.O teor de lignina (%MOS) variou
significativamente entre os organossolos sob as duas fitofisionomias, sendo maior no
organossolo sob FES (média de 38%) em relação ao sob CLU (média de 30%). Isto corrobora a
natureza predominantemente lignificada e recalcitrante dos resíduos orgânicos produzidos
pelas espécies arbóreas. A recalcitrância da lignina no ambiente está relacionada
principalmente como tipo de ligação química que une os blocos de fenil propano da molécula,
ou seja, tipo carbono-carbono, extremamente resistente à degradação química. O teor de
lignina nas folhas das espécies que colonizam os Campos Limpos Úmidos foi semelhante ao
teor de lignina nas folhas das espécies da Floresta Estacional Semidecidual. O teor de lignina
nos organossolos sob Floresta Estacional Semidecidual foi mais elevado em relação aos
organossolos sob Campo Limpo Úmido.
Apoio: CNPq, FAPEMIG
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COMPOSIÇÃO DE MACRONUTRIENTES EM CULTIVARES DE OLIVEIRAS DURANTE O
CRESCIMENTO E FLORAÇÃO
Raoni, P. de Carvalho, Miriã C. P. Fagundes, Adelson Francisco de Oliveira, Mariana S. B. de
Paula, Maria do Céu M. Cruz
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
A Oliveira (Olea Europaea L.) é uma planta perene com reservas que possibilitam a sua
sobrevivência em condições desfavoráveis, adaptando-se em vários tipos de solo, com
preferência para aqueles de boa estrutura física e fertilidade. Além disso, necessita de
condições climáticas favoráveis, com ocorrência de baixa temperatura no período que
antecede a floração, entre 8 °C e 10 °C para produções satisfatórias. Para o planejamento de
adubações, visando manter os níveis de nutrientes adequados para as plantas, é importante
que se faça o monitoramento do seu estado nutricional durante as fases de crescimento e
reprodução. A análise foliar é o melhor método para avaliar os níveis de nutrientes na planta.
Desta forma, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o estado nutricional
da oliveira nas fases de crescimento e reprodução. A avaliação foi realizada em 70 plantas de
oliveira, das variedades Grappolo e Barnea, com dois anos de idade, obtidas a partir de
enraizamento, plantadas com espaçamento de 5 m entre linhas e 3 m entre plantas, em solo
arenoso, pH de 5,2 e baixo teores de nutrientes na profundidade de 0 a 40 cm. Por ocasião do
plantio foi realizada a adubação e a correção das covas de acordo com a análise de solo e
retiradas amostras de folhas nas cultivares, para determinar o estado nutricional das plantas. A
amostragem foi repetida aos 60, 90 120 dias após o plantio, quando as plantas iniciaram a
emissão de flores e brotações vegetativas (no mês de agosto) até o pleno florescimento
(meses de setembro e outubro). Foram retiradas amostras com 40 a 60 folhas em plantas com
flores e com brotações vegetativas. Os resultados observados demonstraram que por ocasião
do plantio as plantas das cultivares Grappolo e Barnea estavam com teores de 21,80 a 24 g kg1 de N; 3,64 a 4,06 g kg-1 de P e19 a 23 g kg-1 de K, respectivamente. Estes teores de
nutrientes aumentaram, com exceção do P, na massa seca das folhas, das cultivares Grappolo
e Barnea, após o plantio para 36,4 a 37,1 g kg-1 de N; 4,2 a 3,8 g kg-1 de P e 24 a 29,3 g kg-1 de
K. Nas avaliações realizadas durante o crescimento vegetativo e florescimento das plantas
verificou-se, em ambas as cultivares, que houve decréscimo nos teores de N e K nas plantas
que emitiram flores. A avaliação do estado nutricional das cultivares de oliveira, nas fases de
crescimento e floração, demonstrou que os teores de macronutrientes avaliados estavam
adequados.
Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG
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COMPOSIÇÃO FLORISTICA E TEOR DE CELULOSE DE ESPÉCIES VEGETAIS E NA
MATÉRIA ORGÂNICA DADA TURFEIRA DA APA- PAU DE FRUTA (DIAMANTINA-MG)
Uidemar M. Barral, Bárbara P. C. Silva, Vinicius E. Silva, Ana M. M. Botelho, Diêgo F. A. Bispo,
Carlos V. M. Filho, Alexandre C. Silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
A turfeira é um produto da decomposição de vegetais, que se desenvolvem e se acumulam em
ambientes saturados com água, sendo o estágio inicial da seqüência de carbonificação. O
acúmulo da massa vegetal morta ocorre em condições de excessiva umidade, baixo pH e
escassez de oxigênio, passando por processos de mineralização lenta e de humificação. A
matéria vegetal perde gradativamente a estrutura primária, originando produtos residuais que
reagem novamente e se polimerizam (processos bio e geo-químicos), formando compostos de
estruturas complexas, com o enriquecimento contínuo de carbono fixo. Objetivou-se avaliar os
teores de celulose existente em espécies vegetais de duas fitofisionomias e do solo (turfeira),
que constituem a vegetação da turfeira APA- Pau de Fruta (Diamantina –MG). No
levantamento florístico foram identificadas 15 espécies pertencentes a 11 famílias, sendo 4 na
Floresta Estacional Semidecidual e 11 no Campo Limpo Úmido, foram coletadas também
amostras de turfeira a cada 5 cm de profundidade, até 50 cm, totalizando 10 amostras em
cada ponto e 60 amostras no total. Os teores de celulose foram determinados de acordo com
metodologia utilizada para se determinar e extrair celulose, a utilização da solução de
detergente ácida.Foi observado que nas espécies do Campo Limpo Úmido, o teor de celulose
variou de 3,6% a 19,5%, com média 10,8%, e na Floresta Estacional Semidecidual de 11,4% a
16,8%, com média 14,6%. No solo observou-se o teor de celulose médio de 15,2% na Floresta
Estacional Semidecidual e de 13,6% no Campo Limpo Úmido.
Apoio: FAPEMIG, CNPq
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CONCENTRAÇÃO DE FÓSFORO EM PLANTAS DE MILHO SUBMETIDAS À ADUBAÇÃO
ORGÂNICA COM CAMA SOBREPOSTA DE SUÍNO
Leonardo da S. Fonseca, Alessandro V. Veloso, Pedro I. S. Amaral, Rodrigo C. V. Santos,
Jaqueline C. Ferreira, Romeu V. Neto, Regina B. Villasbôas
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
A eficiência do manejo dos efluentes suinícolas que, em sua maioria, se processa na forma
líquida, tem sido questionada em relação ao elevado grau de contaminação encontrado em
rios e solos das regiões de produção intensiva. Diante disso, o sistema de produção de suínos
em cama sobreposta promove o tratamento dos dejetos na forma sólida, facilitando e
reduzindo os custos com o manejo, além de torná-los mais valorizados do ponto de vista
agronômico. No presente trabalho, procurou-se avaliar os efeitos da adubação orgânica com
cama sobreposta de suíno no acúmulo de fósforo (P) pela parte aérea de plantas de milho. Foi
realizado um experimento em casa de vegetação no Departamento de Agronomia da
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, localizada no município de
Diamantina/MG, durante os meses de agosto a outubro de 2009. O solo utilizado foi um
Neossolo Quartzarênico. O composto orgânico utilizado neste estudo foi a cama sobreposta de
suíno feita com casca-de-arroz. Após ser utilizada em três lotes consecutivos de suínos, as
amostras de cama sobreposta foram retiradas de vários pontos para se obter uma amostra
composta representativa e foram encaminhadas para a análise de valor agronômico no
Laboratório de Estudo da Matéria Orgânica do Solo da Universidade Federal de Lavras. O
delineamento experimental foi inteiramente casualizado. Os tratamentos foram constituídos
das dosagens de 0, 75, 150 e 300 mg/dm3 de N de cama sobreposta. O período experimental
foi de 45 dias. Ao término do experimento, avaliou-se o acúmulo de P, sendo os dados
submetidos à análise de variância e de regressão, com o nível de significância de 5% de
probabilidade, onde empregou-se, nessa etapa, o programa estatístico Sisvar. Os resultados
obtidos mostraram que a adubação com cama sobreposta não possibilitou aumento no teor de
P na parte aérea do milho, evidenciando que o período de estudo não foi suficiente para que o
P orgânico encontrado na cama se tornasse acessível às plantas, uma vez que é necessária a
transformação deste mineral em ortofosfatos no solo para que as plantas possam aproveitá-lo;
o P da cama sobreposta apresentou mineralização lenta. Foi constatado sintomas de
deficiência em P nas plantas submetidas à adubação orgânica com cama sobreposta de suíno.
Pode-se concluir que a adubação orgânica com cama sobreposta não proporcionou acúmulo
de P pelo milho, sugerindo que o P adicionado não foi suficiente para atender à exigência das
plantas pelo nutriente, principalmente, pelo fato do composto orgânico em questão
apresentar mineralização lenta.
Apoio: CAPES, Asa Alimentos, UFVJM, UFLA
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CONTROLE DE PLANTAS ESPONTÂNEAS NO CULTIVO DE MILHO ATRAVÉS DE
CONSÓRCIO COM LEGUMINOSAS EM ARAÇUAÍ/MG
Eduardo C. Costa, Fábio L. de Oliveira, Mateus Augusto L. Quaresma, Haroldo Doria, Diego
Mathias N. da Silva, Bianca P. Mendes, Victor Lucas de A. Silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
Adubação verde é uma técnica que utiliza espécies vegetais, consorciadas ou em rotação, para
melhorar a aptidão agrícola do solo, sendo de grande interesse as da família fabaceae, devido
à boa capacidade em capturar nitrogênio atmosférico e torná-lo disponível para culturas de
interesse. Essas possuem boa eficiência em cobrir o solo, podendo influenciar em suas
características físicas, e também na inibição de plantas espontâneas. Neste trabalho objetivouse analisar a taxa de cobertura do solo e a inibição de plantas espontâneas proporcionada pelo
cultivo de leguminosas. O experimento foi conduzido na Escola Família Agrícola Araçuaí,
situada na zona rural de Araçuaí/ MG, a uma altitude de 363m, com temperatura média anual
de 25,80°C e índice pluviométrico médio anual de 817 mm. O delineamento experimental
adotado foi blocos ao acaso, com quatro repetições e seis tratamentos em consorcio com
milho, sendo eles, Feijão-de-porco (Canavalia ensiformis DC), Crotalaria spectabilis, Crotalaria
juncea, Mucuna preta (Mucuna aterrima) semeadas 30 dias após a semeadura DAS do milho, e
C. spectabilis semeada no mesmo dia de semeadura do milho e, testemunha (milho solteiro), a
área de cada parcela foi 12,0 m², e a avaliações foram feitas em 4,0m² centrais. As variáveis
foram: taxa de cobertura do solo, mensurada aos 30, 60 e 90 DAS das leguminosas, sendo o
tratamento com C. spectabilis semeada simultânea ao milho, avaliado aos 60, 90 e 120 DAS da
mesma; e acúmulo de fitomassa seca de plantas espontâneas, mensurada aos 60 DAS do
milho. Os dados coletados foram tabulados e submetidos à análise de variância (F, 5%) e a
comparação de médias foi feita pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Em relação à taxa de
cobertura do solo o feijão-de-porco se destacou apresentando a maior média dos tratamentos
nos três meses avaliados, sendo que aos 30 dias após semeadura (DAS) sua média foi superior
a 75%, enquanto os outros quatro tratamentos com leguminosas em momento algum das
avaliações atingiram média superior a 50% de cobertura do solo. No tratamento C. espectabilis
semeada simultânea ao milho foi acumulado 1.006 t/ha de massa seca de plantas
espontâneas, e 1,076T/ha no feijão-de-porco, sendo que estes dois tratamentos apresentaram
os melhores resultados de inibição quando comparados com a testemunha e a mucuna preta
que apresentaram 1,737T/ha e 1.871 T/ha de plantas espontâneas respectivamente. A
diferença entre C. espectabilis simultânea ao milho e mucuna preta foi de 0,865T/ha, e
comparada à testemunha a diferença foi 0,731T/ha. Feijão de porco e c. espectabilis
simultânea não diferiram significativamente quanto ao surgimento de espontâneas, porém
houve grande diferença na taxa de cobertura do solo. O feijão de porco semeado aos 30 DAS
do milho e a C. spectabilis semeada simultânea ao milho, proporcionaram a melhor cobertura
do solo e inibição de plantas espontâneas, possibilitando reduções de aplicação de herbicidas
e gasto com mão-de-obra utilizada na capina.
Apoio: CNPq, MDA, UFVJM, EFA-Araçuaí.
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38
CORRELAÇÃO DE POLIEMBRIONIA COM A GERMINAÇÃO EM SEMENTES DE
VARIEDADES DE MANGUEIRA
Júnia P. Lara, Miriã C. P. Fagundes, Mariana S. B. de Paula, Maria do Céu M. Cruz
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
Atualmente, o cultivo da mangueira (Mangifera indica L.) tem sido estabelecido utilizando a
variedade ‘Espada’ como porta-enxerto. E um dos problemas que tem ocorrido em relação à
qualidade dos frutos é o colapso interno, caracterizado pelo amolecimento da polpa que torna
o fruto parcial ou totalmente imprestável para o consumo. Admite-se que esta doença é o
resultado do desequilíbrio nutricional provocado pela escassez de cálcio e agravado pelo
excesso de nitrogênio, desta forma, além dos cuidados em relação ao equilíbrio nutricional, a
combinação de diferentes variedades porta-enxerto com diferentes copas pode minimizar a
ocorrência da doença. Para isso, é necessária a identificação de variedades que apresentem as
características desejáveis: vigor; poliembrionia e alta capacidade de germinação para formar
porta-enxertos uniformes e com bom desenvolvimento do sistema radicular. Neste contexto, o
presente trabalho foi realizado com o objetivo correlacionar a germinação com a
poliembrionia em sementes, com e sem a testa, de variedades de mangueira para formação de
porta-enxertos. Frutos maduros das variedades Haden, Espada, Coquinho, Tommy Atkins e
Ubá foram colhidos, despolpados com uma faca, rente ao caroço; as sementes foram lavadas
com água e colocadas para secar a sombra. Após a secagem, foi realizada a extração da testa
que envolve a amêndoa (semente) de metade das sementes de cada variedade, utilizando uma
tesoura de poda, cuidadosamente para não danificar as sementes. Foi utilizado o esquema
fatorial 5 x 2, sendo os fatores as cinco variedades e dois tipos de sementes, com e sem a
remoção da testa, no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições e cinco
sementes por parcela. As sementes foram plantadas em recipientes de 15 x 30 cm, contendo
Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico, colocando-se uma semente por saco. Aos 30 e
60 dias após o plantio, foi avaliado o número de sementes germinadas em cada tratamento e o
número de plantas em cada recipiente, para determinar o percentual de germinação, o
número de embriões por semente e a correlação entre estes. Os dados foram submetidos à
análise de variância, correlação de Pearson e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott,
a 5 % de probabilidade de erro. De acordo com os resultados obtidos concluiu-se que: A
remoção da testa da semente reduziu o tempo de germinação das sementes, favoreceu a
germinação de maior número de embriões por semente nas variedades poliembriônicas
(Espada, Coquinho e Ubá) e proporcionou maior percentual de germinação de 75%, 77,5% e
95%, nas sementes das variedades Haden, Espada e Coquinho, respectivamente. A
poliembrionia não interfere no processo de germinação de sementes com e sem testa.
Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG
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Camilla M. Botelho, Paulo Henrique R. dos Santos, Vinícius O. B. Lima, José Sebastião da C.
Fernandes, Reynaldo C. Santana.
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CORRELAÇÃO DOS ÍNDICES MORFOMÉTRICOS EM CARYOCAR BRASILIENSE CAMB
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Arbórea típica do Cerrado, o Pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) têm sido utilizada pela
população carente local como fonte de alimento e renda familiar. Sua potencialidade sócioeconômica traz como conseqüência o extrativismo desordenado dos frutos que compromete a
dispersão natural da planta. As baixas taxas e velocidades de germinação, juntamente com a
falta de conhecimentos científicos, dificultam o plantio comercial da espécie. O estudo da
morfometria de uma árvore permite inferir sobre o espaço ocupado por um indivíduo, a sua
estabilidade, vitalidade e produtividade, identificando características de crescimento, o que dá
subsídio para um planejamento e manejo adequado da cultura. O objetivo desse trabalho é
correlacionar os índices morfométricos com as principais variáveis dendrométricas e entre si.
De um experimento instalado em 2005 na SADA Bio-Energia e Agricultura Ltda, no município
de Carbonita – MG, com 31 progênies, oriundas da Fazenda Experimental do Moura (Curvelo,
MG) e do Parque Estadual do Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto, MG), num Delineamento
em Blocos Casualizados (DBC) com seis repetições, cinco covas por parcela e uma muda por
cova, foram obtidas as seguintes variáveis dendrométricas: DAS (diâmetro a 0,30m do solo, em
centímetros), H (altura total, em metros), Hs (altura do solo, em metros), Hf (altura de inserção
da copa, em metros), e DC (diâmetro da copa, em metros), este último a partir de dois
diâmetros nas direções da linha e entre linha do plantio. A partir delas foram determinados os
seguintes índices morfométricos: IS (índice de saliência) =DC/DAP; IA (índice de abrangência)
=DC/H; GE (grau de esbeltez) =H/DAP; FC (Formal de copa) =DC/L; PC (proporção de copa)
=L/H*100; onde L é comprimento da copa, em metros, obtido através de H-Hf. Utilizou-se o
coeficiente de correlação de Pearson para verificar as correlações existentes. Observou-se que
à 5% de significância, o DAS, H, Hs e o DC correlacionaram-se positivamente com a PC e
negativamente com o FC, significando que, com o crescimento destas variáveis
dendrométricas, o comprimento da copa cresce em maiores proporções e o diâmetro de copa
em menores, dando aos indivíduos uma copa mais profunda. O que se confirma pela
correlação positiva do IA com o IS e o FC e negativa com o GE. Alguns autores já comprovaram
que para algumas espécies as árvores mais produtivas são aquelas de copas compridas e
menor relação altura/diâmetro, logo tal estudo pode permitir uma seleção precoce dos
indivíduos que tendem a ser mais produtivos.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, IEF, SECTES, FUNDAEP, SADA
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CRESCIMENTO DE MUDAS DE SUCUPIRA-PRETA (BOWDICHIA VIRGILIOIDES) EM
DIFERENTES AMBIENTES E SUBSTRATOS
Ludmila A. da Silva, Jannaina O. Almeida, Miranda Titon, Bruno O. Lafetá
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A sucupira-preta (Bowdichia virgilioides) - Leguminosae - é encontrada principalmente no
bioma Cerrado. Tem grande importância na construção de móveis, assoalhos, molduras,
portas, sendo extremamente ornamental quando florida. Também é utilizada para
recuperação de áreas degradadas e se adapta bem a solos pobres. Neste trabalho objetivou-se
avaliar o crescimento de mudas de sucupira-preta (Bowdichia virgilioides) na fase de viveiro,
em resposta a diferentes substratos e quantidades de luz. O experimento foi realizado no
Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais – CIPEF / DEF / UFVJM. Os recipientes
utilizados foram tubetes de 55cm³ dispostos em bandejas. Trabalhou-se com quatro substratos
diferentes, tendo eles a seguinte composição: 1) 70 % de vermiculita + 30% de casca de arroz
carbonizada; 2) 70% de vermiculita + 30% de moinha de carvão; 3) 70% de vermiculita + 15%
de casca de arroz carbonizada + 15% de fibra de côco e 4) 40% de vermiculita + 30% de casca
de arroz + 30% de fibra de côco. Após germinação em casa de vegetação, as mudas foram
transferidas para dois ambientes: pleno sol e casa de sombra com 50% de luminosidade. O
delineamento experimental usado foi o (DIC) em arranjo fatorial 4 x 2 (quatro substratos e 2
ambientes), com 4 repetições de 12 plantas cada. As medições foram realizadas em intervalos
de 30 dias durante um período de 210 dias. As características avaliadas altura da parte aérea
(H) e diâmetro do coleto (DC). Os dados de H e DC foram submetidos à análise de variância e
testes de médias. A interação ambiente x substratos foi significativa para H e DC.
Considerando-se o ambiente pleno sol, para a característica H, o substrato 3 apresentou-se
estatisticamente superior. Já para o DC os substratos 3 e 4 apresentaram-se superiores. No
ambiente casa de sombra, os substratos 1,3 e 4 apresentaram-se superiores para as
características de H e DC. Considerando-se o Substrato 1, os maiores valores de H e DC foram
observados em casa de sombra. Para o substrato 2 não houve diferenças significativas entre os
ambientes, tanto para H como para DC. Para o substrato 3, os ambientes não diferiram para a
característica de H e para o DC o ambiente pleno sol foi superior. No caso do substrato 4,
diferenças significativas só foram observadas para H, sendo a casa de sombra o melhor
ambiente. Em geral, o ambiente casa de sombra apresentou os melhores resultados de altura
(H) e para diâmetro do coleto (DC) os resultados foram similares, tanto para os tipos de
substratos quanto para os ambientes.
Apoio: CAPES, UFVJM, CNPq
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CRESCIMENTO DIÂMETRICO PARA EREMANTHUS SP. ((DC.) MCLEISH. EM ÁREA
DEGRADADA NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA-MG
Lidia G. Santos, Leonidas S. M. Junior, Israel M. Pereira, Gilmar R. Martins, Márcio L. R. de
Oliveira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O estudo do crescimento diâmetrico e da produção das árvores de um povoamento é
fundamental para o planejamento florestal. Pois a avaliação do crescimento diâmetrico
confere informações válidas para um adequado manejo, e uma noção mais exata da produção
esperada, podendo assim, conhecer e planejar a extração ou conservação de uma floresta.
Dentre as espécies nativas o Eremanthus sp. (candeia) tem apresentado um elevado potencial
econômico e uma utilização bastante diversificada. O objetivo deste trabalho é o estudo da
dinâmica do crescimento diamétrico para indivíduos de candeia. A área de estudo das candeias
encontra-se no antigo lixão da cidade de Diamantina, localizado no Campus JK da Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, onde foram realizados dois inventários florestais
em uma área de 2 ha, sendo o primeiro em setembro de 2010 e o segundo em fevereiro de
2011. Nos inventários florestais os indivíduos com diâmetro a 30 cm do solo (DAS) maiores ou
iguais a 5 cm foram mensurados. Foram também levantadas as circunferências a 30 cm de
altura do solo (CAS) e a 1,30 m de altura (CAP) quando possível, altura total, do solo e do fuste.
As árvores que atingiram o nível de inclusão no segundo inventário florestal foram também
mensuradas sendo incluídas como ingresso. Com as informações do primeiro inventário
florestal, determinou-se a distribuição dos indivíduos em classes diamétricas com intervalo de
2,0 cm entre as mesmas. O maior crescimento diâmetrico foi verificado nas classes de 5 a 7 e
17 a 19 cm, onde as médias de crescimento foram 0,66 cm para ambas as classes e medianas
0,67 cm e 0,70 cm respectivamente. De forma geral, a candeia apresentou uma média total de
crescimento diamétrico igual a 0,54 cm no período de setembro de 2010 a fevereiro de 2011,
sendo incremento periódico mensal médio igual a 0,11cm. Estes números podem indicar que a
candeia, por ser uma espécie exigente de luz, pode vir a apresentar um crescimento médio
superior a 1 cm/ano. Em relação às mudanças de classes das árvores, pode-se observar que
30% delas aumentaram seus diâmetros de tal forma que mudaram suas classes diamétricas,
sendo destaque a classe de 7 a 9 cm com 36 indivíduos do total de 42 indivíduos mensurados
no primeiro inventário, que passaram para a classe de 9 a 11 cm no segundo inventário. A
classe de 11 a 13 que havia 15 indivíduos foi a classe que teve a menor mudança de número de
indivíduos para próxima classe (3 indíviduos) . Com essas informações e as observações que
serão feitas periodicamente, poderá ser elaborados modelos para projetar o crescimento
diamétrico garantindo assim um manejo para esta espécie.
Apoio: FAPEMIG,UFVJM.
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CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE DALBERGIA MISCOLOBIUM E KIELMEYERA
LATHROPHYTON EM DIFERENTES AMBIENTES E SUBSTRATOS
Natane A. Miranda, Izabel Cristina Marques, Israel M. Pereira, Kaio Fellipe C. Leite, Déborah
Dayrell R. da Glória, Miranda Titon
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Dalbergia miscolobium Benth. e Kielmeyera lathrophyton Saddi. são espécies lenhosas típicas
do cerrado que apresentam bons atributos ornamentais que lhes conferem potencial
paisagístico. D. miscolobium, espécie arbórea da família Fabaceae, é usada na recuperação de
áreas degradadas e tem sua madeira utilizada em mobiliário e acabamentos internos de
construção civil. K. lathrophyton pertencente à família Guttiferae, cuja madeira é empregada
em marcenaria leve, apresenta em seus extratos substâncias importantes como as xantonas
(fitonutrinentes com poderosas propriedades antioxidantes). No entanto, existem poucas
informações e estudos sobre a propagação e métodos de produção de mudas destas espécies.
Nesse sentido, este trabalho objetivou avaliar o crescimento inicial de mudas de Dalbergia
miscolobium e Kielmeyera lathrophyton, em resposta a diferentes substratos e ambientes, a
fim de fornecer subsídios a propostas de produção de mudas para conservação de populações
naturais, recuperação de áreas degradadas e plantios comerciais. As mudas foram obtidas a
partir de sementes coletadas de matrizes localizadas na cidade de Mendanha-MG, semeadas
em tubetes de 55 cm³ (D. miscolobium) e 180 cm³ (K. lathrophyton). Os experimentos foram
realizados no Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais – CIPEF / DEF/ UFVJM.
Para cada uma das espécies foram instalados 3 experimentos (casa de vegetação, casa de
sombra e pleno-sol) e testados três diferentes composições de substratos em cada ambiente
(substrato 1 - 40% de vermiculita + 30% de fibra de coco + 30% de casca de arroz carbonizada;
substrato 2 - 70% de vermiculita + 30% de casca de arroz carbonizada; e substrato 3 - 90% de
terra de subsolo + 10% de Bioplant), sendo em todos eles acrescentado 4g/L de osmocote.
Avaliou-se a sobrevivência e altura das plantas aos 80 e 110 dias após a semeadura. O
delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), utilizando-se de três
tratamentos (substratos) e quatro repetições, com 20 sementes por repetição. Os dados de
altura e sobrevivência foram submetidos à análise de variância e testes de médias. A
sobrevivência e o crescimento em altura das mudas de D. miscolobium e K. lathrophyton
variaram em função dos diferentes ambientes e substratos. Para D. miscolobium, o maior
percentual de sobrevivência foi em casa de sombra (96,25%), e o maior crescimento em altura
foi na casa de vegetação. Os melhores substratos para D. miscolobium foram 1 e 2. Para K.
lathrophyton houve maior sobrevivência na casa de vegetação (97,52%) e maiores
crescimentos na casa de vegetação e casa de sombra. Os melhores substratos foram 1 e 2.
Conclui-se, em linhas gerais, que para fase inicial de produção de mudas de D. miscolobium e
K. lathrophyton as condições de casa de vegetação e o substrato 40% de vermiculita + 30% de
fibra de coco + 30% de casca de arroz carbonizada são adequados.
Apoio: DEF/UFVJM
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Miriã C. P. Fagundes, Raoni, P. de Carvalho, Adelson Francisco de Oliveira, Mariana S. B. de
Paula, Maria do Céu M. Cruz
43
CRESCIMENTO VEGETATIVO DE CULTIVARES DE OLIVEIRA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
A oliveira (Olea europaea L.) uma espécie lenhosa cultivada na maioria dos países
mediterrâneos. É uma árvore de tamanho médio e formato arredondado, cujo porte,
densidade da copa e comprimento de entrenós variam em função da variedade e de condições
de cultivo. Os seus frutos, as azeitonas, são comercializados para o mercado de mesa e para a
extração de azeite. Os plantios comerciais no Brasil se encontram em fase de estabelecimento,
desta forma, os produtos presentes na mesa dos brasileiros são obtidos de importações. O
Brasil é o segundo maior importador de azeitonas e o sétimo maior importador de azeite do
mundo. Tentando mudar esse panorama, a ampliação das áreas de cultivo no Brasil com a
cultura da oliveira pode permitir a expansão de sua exploração econômica no país, significando
menores dispêndios com importações e consequentemente, alternativa de trabalho para o
produtor rural interno. Desta forma, o trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o
crescimento vegetativo de duas cultivares de oliveira nas condições climáticas de Diamantina,
MG. O trabalho foi conduzido na área experimental do Setor de Fruticultura, da Universidade
Federal dos Veles do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), localizada no município de Diamantina,
MG, a 1362 metros de altitude. Mudas das variedades Grappolo e Barnea, obtidas a partir de
enraizamento, foram plantadas no espaçamento de 5 m entre linhas e 3 m entre plantas e
conduzidas de acordo com a recomendação para a cultura no que se refere aos tratos
culturais, fertilização e controle de pragas e doenças. Para determinar o desenvolvimento
vegetativo das plantas foi medido: o diâmetro do caule, altura de planta, diâmetro de copa e
volume de copa. A avaliação foi realizada em duas épocas: por ocasião do plantio e aos oito
meses após o estabelecimento das plantas na área de cultivo, com o intuito de caracterizar as
diferenças existentes entre as cultivares e o sua capacidade de desenvolvimento na área. As
duas variedades apresentaram crescimento satisfatório, aos oito meses após o plantio, nas
condições de Diamantina. Entretanto, a cultivar Barnea apresentou maior crescimento
vegetativo comparado à ‘Grappolo’, observando-se na cultivar Barnea diâmetro do caule de
20,33 mm, altura de plantas 1,96 m e volume de copa de 2,04 m³, enquanto na cultivar
Grappolo o diâmetro foi 15,41 mm, altura 1,52 m e volume de copa de 1,7 m³.
Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG.
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III Mostra de Pós-Graduação
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Blenda C. Soares, Maria L. M. Carvalho, Renato M. Guimarães, Fernanda C. Nery, Marcela C.
Nery.
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CURVA DE EMBEBIÇÃO DE SEMENTES DE NABO FORRAGEIRO CULTIVAR CATI AL-1000
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
A água é fundamental para o metabolismo celular durante a germinação, favorecendo a
atividade enzimática e a degradação das substâncias de reserva, gerando energia para a
retomada do crescimento do embrião. Procurou-se estabelecer nesta pesquisa a duração das
fases no processo de embebição de sementes de nabo forrageiro. Sementes de nabo
forrageiro da cultivar CATI AL-1000 da safra de 2004, foram postas para embeber em caixas
acrílicas tipo gerbox sobre papel umedecido, na temperatura de 25°C, em B.O.D., com quatro
repetições de 50 sementes. Foi calculado o incremento porcentual de massa ao longo do
tempo, em função da massa inicial das sementes nos intervalos de tempo de 15 minutos, 2
horas, 4 horas, 6 horas e 12 horas, sendo cada intervalo com duração de 12 horas. A pesquisa
foi conduzida em dois experimentos, sendo 1° utilizando a mesma amostra de sementes nas
pesagens e o 2° utilizando amostras diferentes. Estabeleceu-se uma equação que se ajustasse
ao padrão de embebição, e delimitasse o início, o final e a duração das fases do processo
germinativo. Após a derivação da equação de 3° grau determinaram-se as raízes da equação
derivada (2° grau), os pontos de inflexão das curvas e a quantidade de água de embebição das
sementes até o início da fase II. Concluiu-se que a fase I de sementes de nabo forrageiro,
utilizando a mesma amostra nas pesagens, termina com 28,55 horas e a fase II termina com
35,87 horas. A fase I de sementes de nabo forrageiro, utilizando diferentes amostras nas
pesagens, termina com 49,07 horas e a fase II com 116,93 horas.
Apoio: FAPEMIG
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DESEMPENHO DE GENÓTIPOS DE ALFACE SOB CULTIVO PROTEGIDO NA REGIÃO DO
ALTO JEQUITINHONHA-MG
Bárbara M. C. e Castro, Valter C. A. Júnior, Celso M. de Oliveira, Alcinei M. Azevedo, Marcus F.
S. Dornas, Carlos E. Pedrosa, Nermy R. Valadares.
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
A alface (Lactuca sativa L.) é de origem Asiática e de grande aceitação na alimentação humana
por ser boa fonte de vitaminas (A1, B1, B2 e C) e sais minerais (Cálcio e Ferro). Pode ser uma
importante opção para a agricultura familiar na região do Alto Jequitinhonha, visto que a
região apresenta carência de emprego e geração de renda. Entretanto, há uma variação no
desempenho de cada genótipo decorrente de efeitos ambientais. Objetivou-se com este
trabalho identificar materiais genéticos promissores para cultivo na região do Alto
Jequitinhonha-MG. O experimento foi conduzido no Setor de Olericultura da UFVJM em
delineamento em blocos casualizados, com quinze tratamentos e quatro repetições, e quinze
plantas por parcela. Foram avaliados os genótipos: 08Y472 (Perovana), Aurélia, Atração, Black
Seed Simpson, Branca Boston, Ironwood, Lívia, Lollo Rossa, Quatro Estações, Romana Balão,
Teresa, Vitória de Santo Antão e Winslow, sendo as cultivares Regina 500 e Grand Rapids
utilizadas como testemunhas. A semeadura foi realizada em bandejas de isopor de 128 células,
contendo substrato comercial Plantmax Hortaliças. Aos 42 dias após o semeio, as mudas foram
transplantadas para canteiros em ambiente protegido. As adubações de plantio, cobertura e
demais tratos culturais foram realizados de acordo com as recomendações para a cultura. Aos
45 dias após o transplante das mudas foram avaliadas a matéria fresca da parte aérea
comercial (MFPAc), matéria seca da parte aérea comercial (MSPAc), matéria fresca da raiz
(MFRA) e matéria seca da raiz (MSRA). As cultivares Lívia e Romana Balão foram as que
apresentaram os maiores valores de MFPAc, 487,74g e 483,69g respectivamente, não
diferindo-se significativamente entre si. Não foram observadas diferenças significativas entre
as demais cultivares avaliadas e as testemunhas Regina 500 e Grand Rapids. Em relação à
MSPAc as cultivares Black Seed e Lívia apresentaram os maiores valores de MSPAc, diferindose apenas dos genótipos 08Y472 (Perovana), Atração, Lollo Rossa e Quatro Estações. Os
genótipos Branca Boston, Lívia e Romana Balão foram os que apresentaram maiores MFRA,
22,15g, 23,19g e 23,03g, respectivamente, diferindo-se apenas dos genótipos Grand Rapids,
Ironwood e Winslow. Já para MSRA o genótipo Romana Balão foi o que apresentou maior
massa seca da raiz, não diferindo das testemunhas Regina 500 e Grand Rapids e da maioria dos
demais genótipos avaliados, exceto dos genótipos Ironwood e Winslow. Dentre os genótipos
avaliados as cultivares Lívia e Romana Balão foram as que apresentaram o melhor
desempenho para o cultivo na região do Alto Jequitinhonha, para as características avaliadas.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM.
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DESINFESTAÇÃO E EFEITO DO GA3 NA GERMINAÇÃO IN VITRO DE MAROLO
(ANNONA CRASSIFLORA MART)
Thalyta Fernandes Godinho, Auwdréia Pereira Alvarenga, Breno Ítalo Durães Santana, Xavier
Dominique Marie Chauvet, Miranda Titon
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A Annona crassiflora MART, popularmente conhecida como marolo, é uma espécie do Cerrado
que apresenta tronco tortuoso, variando de 20 a 30 cm de diâmetro e altura de 4 a 8 metros.
Possui fruto com polpa comestível e adocicada e madeira utilizada para caixotaria, miolo de
portas e painéis. As sementes de marolo apresentam profunda dormência e o uso de
fitormônios constitui um dos mecanismos que favorecem sua germinação. Dessa forma, o
objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos do hipoclorito de sódio na desinfestação de
sementes de marolo, bem como testar o efeito do ácido giberélico (GA3) na germinação in
vitro. Os frutos foram coletados em diferentes matrizes, localizadas no distrito de Mendanha –
MG. As sementes foram retiradas dos frutos, secas ao ar, armazenadas em sacolas plásticas e
selecionadas, retirando-se aquelas com danos e defeitos aparentes. O experimento foi
instalado no Laboratório de Melhoramento Florestal da UFVJM. Foram testadas duas
concentrações de hipoclorito de sódio (2,5% e 5,0%) durante 30 minutos, combinadas a quatro
concentrações de GA3 (0 mg/L, 10 mg/L, 20 mg/L e 30 mg/L). Dessa forma, foram definidos
oito tratamentos, em um experimento em Delineamento Inteiramente Casualizado, com três
repetições e seis sementes por repetição. Em câmara de fluxo laminar, as sementes foram
lavadas com água deionizada e autoclavada, seguido da imersão das mesmas em álcool 70%
por 30 segundos. A desinfestação foi realizada de acordo com as concentrações de hipoclorito
de sódio descritas anteriormente (2,5 e 5,0%). As sementes foram novamente lavadas com
água deionizada e autoclavada e inoculadas em tubos de ensaio contendo 15 mL de meio de
cultura MS, adicionado de GA3 (concentrações - 0 mg/L, 10 mg/L, 20 mg/L e 30 mg/L). Após a
inoculação, as sementes foram transferidas para o Laboratório de Cultura de Tecidos da
UFVJM, onde permaneceram por 86 dias, sob um fotoperíodo de 16 horas de luz e 8 horas de
escuro. Durante os 30 primeiros dias foram feitas análises diárias e, após esse período, as
análises foram feitas de dois em dois dias, observando-se a contaminação e a germinação. O
tratamento em que se usou solução 2,5% de hipoclorito e 30 mg/L de GA3 proporcionou os
maiores percentuais de germinação (16,66%), enquanto os demais tratamentos apresentaram
valores de germinação iguais a 5,5%. A maior taxa de contaminação foi de 66,67%, no
tratamento usando 2,5% de hipoclorito e 10 mg/L de GA3, e a menor foi 27,78%, (5,0% de
hipoclorito e 0 mg/L de GA3). Dessa forma, para a desinfestação de sementes de marolo,
pode-se indicar a imersão em solução de hipoclorito de sódio 5,0% durante 30 minutos. Para a
germinação, pode-se indicar o uso de GA3, na concentração de 30 mg/L.
Apoio: DEF/UFVJM
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DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO E IN VITRO DE PEQUI (CARYOCAR BRASILIENSE
CAMB.)
Vinicius Rabelo Fernandes, Luciana Coelho de Moura, Auwdréia Pereira Alvarenga, José
Sebastião Cunha Fernandes, Miranda Titon
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O pequi (Caryocar brasiliense Camb.) é uma espécie nativa do cerrando brasileiro, que
apresenta importância social e alto valor econômico, devido a sua utilização para diversos fins.
A baixa e desuniforme germinação das sementes tem limitado a propagação efetiva da
espécie. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi desenvolver metodologia de
desinfestação e germinação in vitro, visando melhorar a germinação e posteriormente
multiplicar as plântulas via micropropagação. Frutos coletados em matrizes selecionadas na
Fazendo Experimental do Moura (Curvelo- MG) e no Parque Estadual do Rio Preto foram
submetidos a um processo de beneficiamento, onde se retirou o mesocarpo e o endocarpo,
sendo utilizada somente a semente. No Laboratório de Melhoramento Florestal do
CIPEF/UFVJM, as sementes foram previamente lavadas em água destilada e, imersas em
solução fúngica (ORTHOCID 1g.L-1) por 5 minutos. Em câmera de fluxo laminar, as sementes
foram enxaguadas com água deionizada e autoclavada, imersas em álcool 70% por 30
segundos e, em seguida, em solução de hipoclorito de sódio a 2,5 ou 5% por 20 minutos,
sendo adicionado 4 a 5 gotas de Tween 20 para cada 100ml de solução. As sementes foram
novamente enxaguadas com água deionizada e autoclavada, onde permaneceram embebendo
por 24h em sala de Cultura de Tecidos, no caso do tratamento com embebição, ou em placas
de petri mantidas em geladeira, no caso do tratamento sem embebição. As sementes foram
inoculadas em frascos contendo 30 ml do meio de cultura WPM, contendo 100% dos sais e
vitaminas, suplementado com 100 mg L-1 de inositol, 800m g L-1 de PVP, 20 g L-1 de sacarose
e 6 g L-1 de ágar Merck ®. O pH do meio de cultura foi ajustado para 5,7 0,01 e os frascos
foram autoclavados por 15 minutos à temperatura de 120°C e pressão de 1atm. Os frascos
foram transferidos para sala de cultura de tecidos, sob fotoperíodo de 16 horas de luz e 8
horas de escuro, e intensidade luminosa de aproximadamente 2000 lux e temperatura de 27º
± 2. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x2
(concentração do hipoclorito de sódio x embebição) com 3 repetições e uma 1 semente por
repetição. Os tratamentos com hipoclorito 2,5% com embebição e hipoclorito 5,0% com e sem
embebição tiveram os resultados iguais para o percentual de sementes contaminadas por
bactérias e fungos (55,56%), ao final de 5 dias. O tratamento com hipoclorito 2,5% sem
embebição teve maior contaminação (70%). Após 15 dias todas as sementes apresentaram
contaminação, e não foi observado sinal de germinação. A contaminação por microorganismos
tem sido uma das grandes dificuldades no cultivo in vitro do pequi.
Apoio: IEF, FAPEMIG e FUNDAEPE.
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DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO IN VITRO DE CAPITÃO-DO-CAMPO (TERMINALIA
ARGENTEA)
Marcone Moreira Santos, Auwdréia Pereira Alvarenga, Breno Ítalo Durães Santana, Israel
Marinho Pereira, Izabel Cristina Marques, Miranda Titon
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O Brasil é o país que tem a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta. Devido à grande
variedade da flora brasileira, é incompleto o conhecimento sobre o potencial produtivo de
muitas espécies florestais. A Terminalia argentea Mart. & Zucc., conhecida vulgarmente como
capitão-do-campo, ocorre nas regiões centro-oeste e sudeste, nos estados de MG, GO, MS e
SP, sendo característica do cerrado e da sua transição para a floresta semi-decídua. A espécie é
decídua, heliófita, seletiva xerófita, pioneira, ótima para plantios mistos, em áreas degradadas
de preservação permanente. A árvore apresenta características ornamentais e a madeira pode
ser empregada na construção civil. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um protocolo de
desinfestação e germinação in vitro para capitão-do-campo visando à posterior multiplicação
via micropropagação de gemas axilares. As sementes foram coletadas no período de outubro e
novembro no Campus Experimental do Moura, Curvelo, MG. No laboratório de Melhoramento
Florestal (DEF/UFVJM), retirou-se o tegumento das sementes, as quais foram transferidas para
câmara de fluxo laminar, onde foram lavadas com água deionizada e autoclavada. Em seguida,
as sementes foram imersas em solução de álcool 70% por 30 segundos e logo após em solução
de hipoclorito de sódio a 2,5 %, variando o tempo da imersão em 5, 10, 15, 20 e 25 minutos.
Após esse procedimento, as sementes foram enxaguadas em água deionizada e autoclavada,
sendo então inoculadas em tubos de ensaio contendo 10 ml do meio de cultura MS, e
transferidas para sala de cultura de tecidos. O experimento foi montado em DIC, com 5
tratamentos (tempos de imersão em hipoclorito, 4 repetições e x sementes por repetição.
Durante 19 dias foi observada a taxa de contaminação e germinação. O tratamento 5 min. se
mostrou o menos eficiente para promover a desinfestação, atingindo 55% de contaminação. Já
o tratamento 25 min. foi o mais eficiente, apresentando 25% de contaminação e 75% de
germinação. Conclui-se que a retirada do tegumento e a imersão das sementes em solução de
hipoclorito a 2,5% por 25 minutos é um procedimento indicado para desinfestação e
germinação in vitro do capitão-do-campo.
Apoio: DEF/UFVJM
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DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO IN VITRO DE ORELHA-DE-CACHORRO (TERMINALIA
FAGIFOLIA MART)
Marcone Moreira Santos, Auwdréia Pereira de Alvarenga, Breno Ítalo Durães Santana,Israel
Marinho Pereira, Izabel Cristina Marques, Miranda Titon.
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O Brasil é o país que tem a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta. Devido à grande
variedade da flora brasileira, é incompleto o conhecimento sobre o potencial produtivo de
muitas espécies florestais. A orelha-de-cachorro (Terminalia fagifolia) é uma árvore brasileira
nativa dos cerrados do Planalto Central e do Pantanal mato-grossense, da caatinga do vale do
São Francisco, do norte de Minas Gerais até Pernambuco. Além de ser usada como ornamental
em meio urbano, fornece madeira para carpintaria e mourões de cerca. O fruto é uma drupa
lenhosa bi-alada, com núcleo seminífero pétreo possuindo uma semente elipsóide. Suas
sementes são classificadas como ortodoxas e possuem baixa taxa de germinação, cerca de
22%. A germinação in vitro se mostra como uma alternativa para a produção de mudas, em
situações em que a espécie apresenta alguma dificuldade na propagação por sementes,
quando a sementes é um insumo limitante, ou ainda, como fonte de explantes para a
micropropagação. Diante do exposto o presente trabalho visou o desenvolvimento de um
protocolo de desinfestação e germinação in vitro de sementes de Terminalia fagifolia Mart. As
sementes foram coletadas em outubro e novembro de 2010, no Parque Estadual do Biribiri,
Diamantina, MG. No laboratório de Melhoramento Florestal (DEF/UFVJM), as sementes foram
previamente lavadas em água deionizada, sendo então transferidas para câmara de fluxo
laminar, onde foram imersas em solução de álcool 70% por 30 segundos. Em seguida, foram
desinfestadas em solução de hipoclorito de sódio a 5%, adicionado de 4 a 5 gotas de Tween 20.
Foram testados os tempos de imersão de 5, 10, 15, 20 e 25 minutos. Após o tratamento com
hipoclorito, as sementes foram enxaguadas em água deionizada e autoclavada e inoculadas
em tubos de ensaio contendo 10 ml do meio de cultura MS0. Foram então mantidas em sala
de cultura de tecidos, com fotoperíodo de 16 horas luz e 8 horas escuro, intensidade luminosa
de 2000 Lux e temperatura de 27±2 °C. O experimento foi montado em DIC, com 5
tratamentos (tempos de imersão), com 4 repetições e 5 sementes por repetição. Após seis dias
verificou-se contaminação por fungos e oxidação fenólica em todas as sementes, impedindo a
germinação e obtenção de plântulas. Concluiu-se que os tempos de imersão em hipoclorito de
sódio a 5% adotados não foram eficientes na desinfestação de sementes de orelha-decachorro, sendo necessário a realização de outros experimentos, testando outros fatores que
possam controlar as contaminações e oxidação.
Apoio: DEF/UFVJM
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Bruno Silva Reis, Auwdréia Pereira Alvarenga, Breno Ítalo Durães Santana, Eric Bastos Gorgens,
Luciana Coelho de Moura, Leonidas Soares Murta Júnior, Miranda Titon
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DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO IN VITRO DE TECA (TECTONA GRANDIS L. F.)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A Tectona grandis, popularmente conhecida como Teca, pertencente à Família Lamiaceae, é
uma árvore caducifólia, de 20-30 m de altura, originária da Índia e Indonésia. A Teca é
reconhecida como uma das espécies florestais mais importantes do mundo devido às
propriedades de sua madeira, tais como resistência natural ao ataque de insetos e fungos;
resistência mecânica; facilidade de secagem; serragem e lavragem; e características de
acabamento, que a tornam muito valiosa no mercado internacional, chegando a ser cotada
para múltiplos usos. A propagação in vitro de teca torna-se uma alternativa para conservação e
utilização do potencial econômico em reflorestamentos com fins madeireiros, por meio da
multiplicação de genótipos selecionados. Assim, este trabalho teve como objetivo a
germinação in vitro de Tectona grandis em diferentes tempos de imersão em hipoclorito de
sódio na concentração de 2,5%. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente
casualizado, com cinco tratamentos de desinfestação (tempos de imersão em hipoclorito – 10,
15, 20, 25 e 30 minutos), com 4 repetições e 5 sementes por repetição. Durante a
desinfestação as sementes foram lavadas previamente com água destilada e colocadas em
câmera de fluxo laminar, onde foram enxaguadas com água deionizada autoclavada.
Posteriormente, foram imersas em solução de álcool 70% por 1 minuto e em solução de
hipoclorito de sódio (variando-se o tempo de acordo com os tratamentos) adicionado de 4 a 5
gotas de Tween 20 para cada 100 ml de solução, e novamente enxaguadas com água
deionizada e autoclavada. Após a desinfestação, as sementes foram inoculadas em tubos de
ensaio contendo 10 ml de meio de cultura composto por sais e vitaminas MS, 3% de sacarose e
5 g/L de Agar e mantidas em sala de cultura. O experimento teve duração de vinte e três dias,
e avaliaram-se os percentuais de contaminação por microorganismos, germinação sem
contaminação, germinação total e IVG para as sementes que germinaram sem contaminação.
A germinação iniciou-se no 4° dia e estabilizou-se no 13° dia. O maior percentual de
contaminação (70%) foi observado no tempo de imersão de 10 minutos. O maior percentual
de germinação sem contaminação (55%) foi obtido no tempo de imersão de 15 minutos. O
maior percentual de germinação total foi de 60%, no tempo de imersão de 20 minutos, no
entanto, 65% das sementes deste tratamento contaminaram. O maior IVG foi de 1,83 (20
minutos de imersão). Assim, para a germinação in vitro de Teca, pode-se indicar a
desinfestação das sementes durante 15 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 2,5%.
Apoio: DEF/UFVJM, Companhia do Vale do Araguaia
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DETERMINAÇÃO DA IDADE ÓTIMA DA SAÍDA DE MUDAS DE EUCALIPTO EM FUNÇÃO
DO MANEJO DE IRRIGAÇÃO E REDUÇÃO FOLIAR DA MINIESTACA
LAÍS G. SILVA, SULA J. de O. FERNANDES, ANY C. P. RODRIGUES, ENILSON B. SILVA, REYNALDO
C. SANTANA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A qualidade das mudas que são expedidas do viveiro interfere diretamente no sucesso da
floresta plantada. A preocupação de expedir mudas velhas ou mudas prematuras, tem se
tornado uma preocupação entre os viveiristas, já que afeta diretamente na sobrevivência das
mudas em campo. O trabalho objetivou determinar a idade ótima de expedição de mudas para
o campo em função de manejo da irrigação em minijardim clonal e redução foliar da
miniestaca de eucalipto. O experimento foi conduzido no viveiro da Empresa Sada Bio Energia
e Agricultura LTDA, Sete Lagoas (MG). O experimento foi instalado em delineamento em
blocos casualizados no arranjo fatorial, composto por sete manejos de irrigação e dois níveis
de redução foliar (com e sem redução). Os manejos de irrigação foram definidos de acordo
com a leitura diariamente do Tanque Classe A (T1 = 50% da ETc ; T2= 75% da ETc; T3 = 100% da
ETc; T4 = 125% da ETc; T5 = 150% da ETc ; T6 = 100% da ETc e T7 (operacional da empresa lâmina 10,66 mm dia-1, fertirrigação oito vezes ao dia, durante cinco minutos com uma vazão
de 0,8 L h-1)). As mudas foram avaliadas aos 45, 60, 90, 120 e 150 dias de idade após o
estaqueamento da miniestaca de eucalipto das seguintes variáveis: altura (AM), diâmetro (DC),
sobrevivência (Sob.), massa seca da parte aérea (MSPA), raízes (MSR) e total (MST), relação
entre massa seca da parte aérea e raízes (MSPA/MSR) e Índice de Qualidade Dickson (IQD).
Para todas as variáveis, exceto Sob., houve influência das lâminas de irrigação. Somente para
as variáveis MSR, MST e IQD os níveis de redução tiveram influência. Para AM e DC, o T7 e T1
apresentaram a menor e a maior média, respectivamente, média para todas as idades. Entre o
período de 45 – 90 dias, para MSPA, MSR e MST os valores ficaram próximos para todos os
tratamentos, sendo após os 90 dias o T1, T2, T3 e T6 obtiveram as maiores médias e T7 os
menores valores para essas variáveis. A relação MSPA/MSR foi decaindo ao longo do tempo
para todos os tratamentos, encontrando o menor valor para o T7 para todas as idades. Assim
como ocorreu para as demais variáveis, o T7 apresentou o menor valor para o IQD para todas
as idades, exceto aos 90 dias, que obteve o maior valor juntamente com T2. Entretanto os
demais tratamentos apresentaram valores próximos ao longo das idades. Apesar de não haver
diferença significativa para os manejos de irrigação e para os níveis de redução foliar, T1 à T4 e
T7 com redução foliar, ao longo de todo o experimento, apresentou maior taxa de
sobrevivência, enquanto paras T5 e T6, os maiores percentuais foram encontrados para o
tratamento sem redução. O tratamento sem redução foliar obteve as maiores médias para
todas as variáveis. Conclui- se que a idade ideal para a saída das mudas do viveiro é entre 90 120 dias, para as mudas referentes aos manejos de irrigação T1, T2 e T6 (50%, 75% e 100% da
ETc) sem redução foliar.
Apoio: CAPES, SADA BIOENERGIA S/A, UFVJM.
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DETERMINAÇÃO DO 13C DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM DUAS
FITOFISIONOMIAS DA APA PAU-DE-FRUTA
Diêgo F. A. Bispo, Bárbara P. C. Silva, Uidemar M. Barral, Márcio L. da Silva, Rafaela D. A.
Freire, Roberto V. Costa, Alexandre C. Silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
A turfeira é um produto da decomposição de vegetais, que se acumulam em condições de
excessiva umidade, baixo pH e escassez de oxigênio. Estudos mostram que os valores 13C da
Matéria Orgânica do Solo (MOS) normalmente seguem os valores isotópicos da vegetação
presente. Plantas com rotas metabólicas C3, C4 e CAM (crassuláceas) apresentam diferentes
composições de 13C na sua matéria orgânica. Desta forma, estes isótopos podem funcionar
como um marcador do processo de humificação da matéria orgânica de origem vegetal.
Objetivou-se determinar o 13C da MOS das fitofisionomias da APA Pau-de-Fruta (Campo
Limpo Úmido-CLU e Floresta Estacional Semidecidual-FES). Foram escolhidos três locais
representativos em cada fitofisionomia da turfeira e coletadas amostras de 5 em 5 cm de
profundidade, até 50 cm, com o auxílio de uma pá reta, totalizando 10 amostras em cada
ponto e 60 amostras total. Nessas amostras foram realizados os procedimentos para
caracterização do estágio de decomposição da matéria orgânica, segundo a escala de von Post.
No espectrômetro determinou-se os valores de isótopos de carbono (13C) das amostras de
aproximadamente 3,5 mg, secas em estufa a 40°C. Foram realizadas análises estatísticas dos
dados como Anova e teste de médias e regressão múltipla. Os três estágios de decomposição
da matéria orgânica foram encontrados na turfeira sob as duas fitofisionomias, onde 15,05%
foram fíbricos, 23,3% hêmicos, e 61,65% sápricos. A freqüência dos estágios fíbrico e hêmico
não difere, e observa-se predominância da matéria orgânica sáprica. Percebe-se, também, um
aumento do estágio de decomposição da MOS com o aumento da profundidade, tendência
mais acentuada no CLU do que na FES. A matéria orgânica dos solos sob a Floresta Estacional
apresentou valores médios de δ13C de -25,14‰, o que caracteriza a predominância na área de
espécies vegetais de ciclo fotossintético C3. Na MOS do Campo Limpo Úmido, observa-se
valores médios de δ13C de -19,35‰, que caracteriza uma mistura entre espécies C3 e C4, ou
ainda metabolismo CAM. Os valores de δ13C da MOS não variaram com a profundidade e
oscilaram entre -20 e -18‰, e também não houve diferenças de δ13C da MOS entre as duas
fitofisionomias com a variação da profundidade. Os organossolos sob a Floresta Estacional
Semidecidual encontram-se em estágio mais avançado de decomposição que os do Campo
Limpo Úmido. Os valores de 13C variaram significativamente entre as fitofisionomias.
Apoio: FAPEMIG
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DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE ENRAIZAMENTO DE MUDAS DE EUCALIPTO
PROVENIENTE DE DIFERENTES MANEJOS DE IRRIGAÇÃO EM MINIJARDIM
ANY C. P. RODRIGUES, SULA J. de O. FERNANDES, LAÍS G. SILVA, REYNALDO C. SANTANA,
ENILSON B. SILVA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Conhecer o tempo ótimo de enraizamento reduz o potencial de doenças e otimiza a utilização
da casa de vegetação e de sombra. Objetivo do presente trabalho foi de determinar o tempo
ótimo de permanência das miniestacas de clone híbrido de E. urophylla S.T. Blake e E. grandis
W. Hill ex Maiden na casa de vegetação e de sombra proveniente de diferentes manejos de
irrigação em minijardim e com dois níveis de redução foliar. O experimento foi conduzido no
viveiro da Empresa Sada Bio Energia e Agricultura LTDA, Sete Lagoas (MG). O experimento foi
instalado em delineamento em blocos casualizados no arranjo fatorial, composto por sete
manejos de irrigação e dois níveis de redução foliar (com e sem redução). Os tratamentos
foram definidos de acordo com a leitura diariamente do Tanque Classe A (T1 = 50% da ETc ;
T2= 75% da ETc; T3 = 100% da ETc; T4 = 125% da ETc; T5 = 150% da ETc ; T6 = 100% da ETc e
T7- operacional da empresa - lâmina 10,66 mm dia-1, fertirrigação oito vezes ao dia, durante
cinco minutos com uma vazão de 0,8 L h-1). Foram avaliados nas idades de 10, 20, 30, 40 e 50
dias, as variáveis massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca radicular (MSR) e massa seca
total (MST). As irrigações T2, T3 e T5 obtiveram sua máxima produção em MSPA entre as
idades de 20 a 35 dias, sendo ao final dos 50 dias, o T7 apresentou a maior produção de MSPA.
Esses resultados coincidem com os resultados encontrados para MSR e MST, exceto para T5.
As mudas que não tiveram redução foliar apresentaram valores superiores para todas as
variáveis testadas em comparação as mudas que tiveram redução foliar. Assim como T7, os
tratamentos que tiveram a produção de MSR linear (T1, T3, T4 e T6), a rizogênese completou
na casa de sombra. Conclui-se que o tratamento T2 (75% da ETc) sem redução foliar de
miniestaca apresentou o menor tempo de enraizamento, alcançando aos 20 a 30 dias valores
necessários de massa seca antes do máximo tempo proposto pela literatura.
Apoio: CAPES, SADA BIOENERGIA S/A, UFVJM
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DIAGNÓSTICO DAS RESERVAS LEGAIS AVERBADAS NA REGIONAL DO ALTO
JEQUITINHONHA
Laura A. G. dos Santos & Anne Priscila Dias Gonzaga
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Atualmente existe uma grande preocupação dos órgãos governamentais e da população
diante dos diversos problemas ambientais que ocorrem no mundo, sendo o desmatamento
um dos mais discutidos. A criação do Código Florestal (Lei 4.771/65) que tem como um de seus
objetivos prevenir e corrigir os danos causados pelo desmatamento, define diversas áreas de
proteção ambiental, dentre estas, as Reservas Legais (RL) que são o objeto de estudo do
presente trabalho. As RL’s tem uma elevada importância ambiental visto que podem contribuir
para a formação de corredores biológicos conectando diferentes fragmentos florestais, que
por sua vez, contribuem com aumento do fluxo gênico, gerando uma diminuição na
probabilidade de extinção das espécies presentes, aumentando a biodiversidade local. Então,
objetivou-se diagnosticar a situação atual das reservas legais do Alto Jequitinhonha, em Minas
Gerais, através de dados oriundos da regional Alto Jequitinhonha do Instituto Estadual de
Florestas (IEF) O Alto Jequitinhonha abrange uma área de 19.578,30 Km² e é composto por 20
municípios. Fitogeograficamente é composto por variações dos biomas da Mata Atlântica e
Cerrado, e com relevo caracterizado por vales e chapadas. As atividades econômicas
predominantes na são as minerações, pecuária e a agricultura. Há também o reflorestamento
e o cultivo de café que são considerados atividades econômicas em expansão. Os dados das
reservas legais averbadas foram coletados na Regional Alto Jequitinhonha do IEF. Tal pesquisa
foi realizada com o auxílio de buscas realizadas no sistema da Gerência de Monitoramento e
Geoprocessamento (GEMOG) durante o ano de 1965 a dezembro de 2010. Das 16066
propriedades existentes na região, foram levantadas apenas 67 com RL’s averbadas, sendo que
os municípios com maiores números são Itamarandiba (14), Capelinha (11), Turmalina (8),
Leme do Prado (8), Minas Novas (6) e Serro (6), que juntas correspondem a 79% de todas as
RL’s averbadas no Alto Jequitinhonha. Os municípios de Coluna, São Gonçalo do Rio Preto,
Couto Magalhães de Minas e Carbonita não possuem nenhuma RL averbada de acordo com o
sistema GEMOG. Os demais municípios (Datas, Rio Vermelho, Senador Modestino Gonçalves,
Aricanduva, Veredinha e Diamantina) apresentaram menos de 5 reservadas legais averbadas
por município. Estes dados mostram que apesar de ser uma obrigatoriedade legal, a grande
maioria das propriedades não possuem suas RL’s averbadas, pelo menos não, oficialmente
segundo o órgão responsável por essa averbação, já que apenas 0,4% das propriedades
existentes no Alto Jequitinhonha estão sendo consideradas no GEMOG. O que demonstra
certo descompromisso com às questões ambientais numa região que sobre com atividades
bastante agressivas ao meio ambiente como a mineração.
Apoio: Instituto Estadual de Florestas (IEF)
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Philipe L Brito; Nathália A. Neves; Diego D. Carneiro; Lílian Pantoja; Alexandre S. Santos
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DIAGNÓSTICO DE QUALIDADE QUÍMICA DE VINHOS PRODUZIDOS EM MINAS GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL
A vitivinicultura é uma atividade consolidada no Brasil, em especial na região Sul do país e no
vale do São Francisco, na região Nordeste. Em Minas Gerais, destacam-se alguns municípios do
sul do estado, com vinhos aromáticos, de coloração acentuada, sabor foxado e boa aceitação
no mercado. O Sul de Minas Gerais possui 32 estabelecimentos vinícolas, desses, 59,4% não
possuem registro do estabelecimento, e nem um sistema de controle de qualidade adequado.
Nesse contexto, o presente estudo objetivou a análise físico-química de alguns vinhos
comerciais e artesanais produzidos em Minas Gerais, e o confronto dos resultados com os
padrões de qualidade e identidade requeridos na legislação brasileira. Foram avaliados oito
vinhos tintos: 2 vinhos finos secos, 2 vinhos de mesa secos, 2 vinhos de mesa suaves, 1 vinho
fino meio seco e outro seco. Avaliou-se os teores de sólidos solúveis totais (SST), extrato seco
(ExS), acidez total (AcT), acidez volátil (AcV), acidez fixa (AcF), relação etanol/extrato seco
reduzido (RE/ExSR), pH, sulfatos totais (SO4-2), cinzas (Cz), etanol (ETHO), açúcares redutores
(AR), açúcares redutores totais (ART), glicerol (Gl), compostos fenólicos totais (CF);
antocianinas (Ant), intensidade da cor (IC), tonalidade (T); dióxido de enxofre livre (SO2L) e
dióxido de enxofre total (SO2T). Todos os resultados obtidos mostraram-se dentro dos limites
estabelecidos na legislação brasileira para vinhos. Os valores de pH medidos, entre 2,94 e 3,52,
estão dentro da faixa considerada adequada para a manutenção das características
organolépticas e sanitárias dos vinhos. Os valores de glicerol encontrados variaram de 4,42 e
10,48 g/L, dentro do limite de 5 g/L a 20 g/L estabelecidos na literatura, exceto para um dos
vinhos que apresentou a concentração de 2,51 g.L-1. Os valores de extrato seco variaram de
21,3 g/L a 157,4 g/L e, com exceção de um dos vinhos, todos apresentaram valores esperados
de 13,6 a 27,6 g/L para vinhos secos e de 25,2 a 128,0 g/L para vinhos tintos suaves, quando
comparados com a literatura.
Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES
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DIAS ATÉ A ANTESE DE GENÓTIPOS DE ALFACE SOB CULTIVO PROTEGIDO NO ALTO
VALE DO JEQUITINHONHA, MG
Marcus F. S. Dornas, Valter C.A.Júnior, Bárbara M. C e Castro, Celso M. de Oliveira; Alcinei M.
Azevedo; Irã P. Neiva; Carlos E. Pedrosa
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
A alface (Lactuca sativa L.) é uma das hortaliças folhosas mais presentes na dieta da população
brasileira. Originária da Ásia, é caracterizada como de clima temperado sendo pouco adaptada
a regiões de temperatura e luminosidade elevadas, fato esse que influi diretamente na
redução do ciclo e antecipação da fase reprodutiva que ao ocorrer precocemente torna a
hortaliça imprópria para consumo. Assim, objetivou-se com esse trabalho avaliar o número de
dias até a antese em genótipos de alface cultivados em ambiente protegido no Alto Vale do
Jequitinhonha, MG. O experimento foi conduzido no Setor de Olericultura da UFVJM utilizando
o delineamento experimental em blocos casualizados, com quinze tratamentos e quatro
repetições, e quinze plantas por parcela. Foram avaliadas as seguintes cultivares: 08Y472
(Perovana), Aurélia, Atração, Black Seed Simpson, Branca Boston, Ironwood, Lívia, Lollo Rossa,
Quatro Estações, Romana Balão, Teresa, Vitória de Santo Antão e Winslow. Como testemunhas
foram utilizadas as cultivares comerciais Regina 500 e Grand Rapids. A semeadura foi realizada
em bandejas de isopor contendo 128 células, com substrato comercial Plantmax Hortaliças.
Aos 42 dias após o semeio, as mudas foram transplantadas para canteiros em ambiente
protegido no espaçamento de 30 x 30 cm. As adubações de plantio, cobertura e demais tratos
culturais foram realizados de acordo com as recomendações para a cultura. Aos 45 dias após o
transplante das mudas foram retiradas nove plantas por parcela para avaliação dos
parâmetros agronômicos, permanecendo então seis plantas por parcela, utilizadas para avaliar
o número de dias até a antese, que foi avaliado contando em dias desde a semeadura até a
abertura da primeira flor. As médias obtidas foram submetidas à análise de variância e
comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os genótipos Grand Rapids, Black
Seed Simpson, Quatro Estações e Lollo Rossa foram os genótipos que apresentaram o menor
número médio de dias desde a semeadura até a antese, 131,99, 135,17, 140,73 e 141,75 dias,
respectivamente, indicando que são materiais que apresentam pendoamento mais precoce. Já
o genótipo Aurélia foi o que apresentou o maior número médio de dias da semeadura a
antese, 158,58 dias, sendo um genótipo com maior tolerância ao pendoamento, mas não
diferindo significativamente dos genótipos 08Y472 (Perovana), Atração, Vitória de Santo
Antão, Lívia, Branca Boston, Romana Balão e Regina 500.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM
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DINÂMICA DA VEGETAÇÃO COLONIZADORA DE UMA VOÇOROCA EM DIAMANTINA,
MG
Luiz Gustavo Dias; Wander Gladson Amaral; Paula Alves Oliveira; Igor Souza Rocha; Pedro de
Sousa Murta; Israel Marinho Pereira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Atualmente a existe uma tendência na recuperação de áreas de preconizar o manejo e a
indução dos processos ecológicos, visando aproveitar ou estimular a capacidade de autorecuperação dos ecossistemas (resiliência). Para isso, o conhecimento das comunidades
colonizadoras de áreas degradadas e a autoecologia das espécies que as compõem, é
fundamental para a definição de metodologias de restauração. Nesse contexto, a dinâmica da
vegetação é uma importante ferramenta para auxiliar no entendimento das relações de
sucessão ecológicas das espécies. O objetivo deste trabalho foi avaliar a dinâmica da vegetação
colonizadora de uma voçoroca no Parque estadual do Biribiri (PEB), e inferir a respeito da
restauração desse ecossistema. Para avaliação das espécies colonizadoras da voçoroca, foram
plotadas 36 parcelas de 5×3 m (15 m2). A área de estudo foi estratificada em três ambientes,
de acordo com a topografia e as características do solo em: ambiente 1 = baixada; ambiente 2
= parte intermediária da vaçoroca e ambiente 3 = parte superior da voçoroca. Para a realização
da dinâmica foram realizados dois inventários da vegetação arbóreo-arbustiva, onde foram
medidos todos os indivíduos com DAS ≥ 0,1m. O primeiro inventário foi realizado no ano de
2008 e o segundo no ano de 2010. Foram calculadas as taxas de dinâmica: mortalidade,
recrutamento, ganho e perda em área basal, taxa de rotatividade e de mudança liquida em
cada ambiente e no geral. Em 2008, foram amostrados 1389 indivíduos, e em 2010 foram
amostrados 1202 indivíduos vivos. Foi encontrada alta mortalidade em todos os ambientes,
26,68% no total, o recrutamento foi de 16,54% no total. A mortalidade foi maior entre os
indivíduos de menor diâmetro e altura, essa alta mortalidade é provavelmente devido a
dificuldade das plântulas se estabelecerem nas condições de estresse encontrado neste tipo
de substrato, solos rasos, arenosos, com baixa estruturação e muito íngremes. Apesar da alta
mortalidade detectada no local, houve aumento da área basal: de 5,79, em 2008 para 6,68
m2/ha em 2010. Esse incremento resultante do crescimento da vegetação arbóreo-arbustiva
foi interessante, porém é necessário ainda adotar medidas que controlem a erosão na área de
estudo.
Apoio: FAPEMIG
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DINÂMICA DAS CLASSES DE REGENERAÇÃO NATURAL EM DOIS INVENTÁRIOS
REALIZADOS EM UMA VOÇOROCA NO PARQUE ESTADUAL DO BIRIBIRI,MG
Luiz Gustavo Dias; Wander Gladson Amaral; Paula Alves Oliveira; Igor Souza Rocha; Pedro de
Sousa Murta; Israel Marinho Pereira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A análise da regeneração natural permite que sejam feitas inferências sobre a origem da
floresta e previsões sobre seu desenvolvimento e aproveitamento sob diversas formas de
tratamento. O objetivo deste trabalho foi verificar se, de 2008 pra 2010, houve diferença na
distribuição dos indivíduos nas diferentes classes de regeneração natural. Para avaliação das
espécies colonizadoras da voçoroca, foram plotadas 36 parcelas de 5×3 m (15 m2), a área foi
estratificada em três ambientes, de acordo com a topografia e as características do solo em:
baixada, parte intermediária e superior. Foram mensuradas: altura e DAS de todos os
indivíduos com altura maior ou igual a 10 centímetros. Foram estabelecidos 4 classes de altura
para os indivíduos pertencentes à Regeneração Natural: classe 1-indivíduos com altura
variando de 0,10 a 0,29 m; classe 2-indivíduos com altura de 0,30 a 1,49 m; classe 3-indivíduos
com altura de 1,5 a 3 m e classe 4-indivíduos com altura superior a 3 m, mas que
apresentavam DAS < 5,0cm. e 2 classes para os indivíduos adultos: classe 5-indivíduos com 5,0
≤DAS< 10cm; e por fim a classe 6-indivíduos com 10≤ DAS <15cm. Os resultados foram
comparados pelo teste qui-quadrado (χ2). Em 2008, foram amostrados 1389 indivíduos, e em
2010 foram amostrados 1202 indivíduos. Os indivíduos amostrados apresentaram distribuição
exponencial negativa, como já é esperado pra povoamentos naturais. Devido a grande
mortalidade evidenciada na área de estudo, houve redução no número de indivíduos nas
classes: 1 e 2. Porém houve um ligeiro aumento no número de indivíduos nas classes: 3, 4, 5 e
6. Na classe 1 houve redução no número de indivíduos em todos os ambientes avaliados, já na
classe 2 houve redução principalmente no ambiente 1. O aumento do número de indivíduos
nas classes citadas não foi localizado em um ambiente. As alterações na estrutura vertical da
comunidade foi estatisticamente significativa a 5% de probabilidade pelo teste de χ2. A alta
mortalidade observada principalmente no ambiente 1 é devido aos solos arenosos e sem
estruturação encontrados no ambiente. A redução de indivíduos nas classes menores foi
compensada em parte pelo ingresso de indivíduos nas classes maiores, essas arvores de maior
parte podem facilitar a inserção de novas espécies na comunidade e alavancar a sucessão
ecológica.
Apoio: FAPEMIG
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DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DE EREMANTHUS SP. (DC.) MCLEISH. EM ÁREA
DEGRADADA NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA-MG
Leonidas S. M. Júnior, Lidia G. Santos, Israel M. Pereira, Bruno S. Reis, Luiz C. Araújo, Márcio L.
R. de Oliveira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Para o manejo adequado de um povoamento florestal o conhecimento da sua estrutura
diamétrica é fundamental. O estudo das distribuições diamétricas é utilizado como subsídio
para o manejo de florestas, constituindo de um meio eficaz para descrever as características
de um povoamento, sendo a distribuição diamétrica um ótimo indicador do estoque em
crescimento das florestas. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo verificar a
distribuição diamétrica de Eremanthus sp. e estimar o coeficiente de Liocourt em área de
regeneração natural localizada no antigo lixão do município de Diamantina, Minas Gerais. Foi
realizado um censo em uma área de 2 ha e todos os indivíduos vivos com diâmetro à 30 cm do
solo (DAS) maiores ou iguais a 5 cm foram mensurados. No inventário foi levantada apenas a
circunferência a 30 cm de altura (CAS). Com as informações deste inventário, determinou-se a
distribuição dos indivíduos em classes diamétricas com intervalo de 2,0 cm, afim de
representar melhor a estrutura diamétrica das árvores. Foram mensuradas um total de 190
indivíduos. Constatou-se 33% das árvores encontram-se na classe de 5 a 7 cm; 22% na classe
de 7 a 9 cm; 16% na classe de 9 a 11 cm; 8% na classe de 11 a 13 cm; 6% na classe de 13 a 15
cm; 7% na classe de 15 a 17 cm; 3% na classe de 17 a 19 cm; 2% na classe de 19 a 21 e 2%
acima de 21. Para o Coeficiente de Liocourt, que é a razão do número de árvores numa dada
classe de diâmetro pelo número de árvores da classe imediatamente maior, os valores
encontrados foram variados, sendo a média dos valores igual 1,51; a mediana 1,30; o valor
máximo 4,00 e o valor mínimo 0,02; mostrando que a candeia não apresenta uma estrutura
balanceada na área. A distribuição diamétrica da candeia segue o padrão típico de estruturas
florestais ineqüiâneas de J-invertido, onde a maior concentração de indivíduos se deu na
menor classe de diâmetro, decrescendo a medida em que se aumenta a classe de diâmetro.
Apoio: FAPEMIG
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EFEITO DAS VARIÁVEIS AMBIENTAIS NA FORMAÇÃO DE UM SUB-BOSQUE EM UM
TRECHO DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL
ANA C. C. OLIVEIRA; MARIA C. DE SOUZA; LUIZ G. CATIZANI; EVANDRO L. M. MACHADO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A Floresta Estacional Decidual, caracterizada como “mata seca” devido ao caráter decíduo,
tem o seu grau de deciduidade definido também pelas condições edáficas, principalmente da
fertilidade química e da capacidade de armazenamento de água no solo. As relações entre
vegetação e ambiente ocasionam mudanças na composição e distribuição da vegetação ao
longo do tempo em decorrência de fatores como características físico-químicos do solo. Neste
sentido, através de análise multivariada buscou-se apresentar correlações entre os atributos
físicos-químicos do solo na estrutura do sub-bosque de um trecho de Floresta Estacional
Decidual, no município Presidente Juscelino, MG. Foram coletadas aleatoriamente no interior
de 16 parcelas (400m²) cinco amostras simples do solo superficial (0–20 cm), as quais foram
misturadas e homogeneizadas para formar uma amostra composta, com cerca de 500 g de
solo. As amostras foram enviadas para o Laboratório de Física do Solo do Departamento de
Agronomia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), para
obtenção das seguintes variáveis: pH; teores de P, K+, Ca++, Mg++ e Al+++; soma de bases (S);
saturação por bases (V) e por alumínio (m); e proporções de matéria orgânica, areia, silte e
argila. Também foram atribuídas porcentagens de presença ou ausência de drenagem, rocha
exposta e cascalho solto em cada parcela. Visualmente foi observado a estrutura do subbosque em cada parcela, onde foi proposta uma classificação: 1- Sub-bosque limpo, 2 – médio,
3 – médio com presença de bambu, 4 – denso. As variáveis de solo e as demais atribuições
foram submetidas a uma Análise dos Componentes Principais (PCA). O diagrama de ordenação
obtido na PCA mostrou que a separação dos sub-bosques das parcelas amostradas é
consistente quando avaliadas as variáveis ambientais isoladamente. O diagrama mostra a
separação mais evidente entre sub-bosque limpo e sub-bosque médio com bambu, onde
98,74% da variância dos dados foram explicadas no eixo 1. A saturação por alumínio (m%);
alumínio (Al) e H+Al foram o maior responsável pelo agrupamento do sub-bosque limpo. A
variável rocha exposta; V(%) e K tiveram maior influência no agrupamento sub-bosque médio
com presença de bambu. Cinco das oito parcelas com sub-bosque limpo e três parcelas com
sub-bosque médio com presença de bambu se mostraram de forma agrupada. As demais
parcelas não apresentaram agrupamento. Como conclusão, as variáveis de solo (m%; Al; H+Al;
V%; K) e a variável presença de rocha exposta, apresentaram alta correlação na determinação
da formação da vegetação do sub-bosque limpo e médio com bambu, sugerindo que estas
variáveis foram determinantes na separação de grupos de parcelas. As demais formações (subbosque médio e denso) indicaram uma correlação mais fraca com as variações em questão,
sugerindo que existem outros fatores influenciando nestas formações.
Apoio: CNPQ, UFVJM.
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EFEITO DE DIFERENTES DOSES DE GLYPHOSATE SOBRE O TEOR DE
MICRUNUTRIENTES DE CULTIVARES DE CAFÉ ARÁBICA
Moisés Avellar,Juliano M. Corrêa, Renan L. S. Marinho, Nykolas C. Schiavon,Bruna P. Souza,
Vinicius T. Lemos, André C. França
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
O Brasil é considerado o maior produtor mundial de café produzindo na safra 2009 cerca de
39,7 milhões de sacas. Entretanto, os cafeeiros do Brasil apresentam baixa produtividade,
devido a lavouras depauperadas, baixa tecnologia disponibilizada no manejo, cultivares antigas
e um deficiente controle de plantas daninhas, principalmente no início do desenvolvimento da
cultura. Afim de maior eficiência e economia no controle das plantas daninhas, muitos
cafeicultores utilizam herbicidas não-seletivos, como o glyphosate, sendo empregados em
aplicações dirigidas. Diante do exposto, avaliaram-se neste trabalho os efeitos da deriva
acidental de glyphosate sobre os teores foliares de micronutrientes em três cultivares de
cafeeiro. O experimento foi realizado em casa de vegetação no esquema fatorial (3 x 5) sendo
avaliadas três cultivares de café (Coffea arabica L.) de porte baixo: Catucaí Amarelo (2 SL),
Oeiras (MG-6851) e Topázio (MG-1190) e cinco doses de glyphosate, 0; 57,6; 115,2; 230,4 e
460,8 g ha-1, respectivamente, correspondentes a 0,0; 4,0; 8,0; 16,0 e 32,0% da dose de 1.440
g ha-1 da formulação sal de isopropilamina. Foram produzidas mudas em sacolas plásticas de
polietileno, e ao atingirem o estádio de cinco par de folhas foram transplantas para vasos de
10 L com substrato peneirado e adubado de acordo com a análise química do solo. Aos 120
dias após o plantio, quando as plantas de café apresentavam-se com cerca de 21 pares de
folhas e seis ramos plagiotrópicos, realizou-se a aplicação do glyphosate de modo a não atingir
o terço superior das plantas de café, utilizando-se pulverizador costal, proporcionando um
volume de 200 L ha-1 de calda. Aos 45 e 120 DAA coletaram-se duas folhas completamente
desenvolvida (terceiro par a partir do ápice) de cada planta, sendo as mesmas, retiradas de
ramos plagiotrópicos inseridos na porção mediana da planta. Após a coleta as amostras
foliareas as mesmas foram secas a 65° até atingirem peso constante, logo em seguida foram
moídas e submetidas à digestão nitro-perclórica, determinando as concentrações Fe, Zn, Mn e
Cu, por espectrofotometria de absorção atômica. Observou-se sintomas de intoxicação pelo
glyphosate que foram caracterizados por clorose e estreitamento do limbo foliar para as três
cultivares de café. Houve redução nos teores foliares de Cu e Zn aos 45 DAA, e de Mn e Zn aos
120 DAA, de plantas de café tratadas com glyphosate, independentemente da cultivar
utilizada. A cultivar Topázio apresentou as maiores reduções nos teores foliares de Fe e Mn,
aos 45 DAA e de Fe, aos 120 DAA, quando tratadas com glyphosate. Conclui-se neste trabalho
que a deriva de glyphosate promove reduções nas concentrações foliares de plantas de café,
independentemente da cultivar utilizada.
Apoio: CNPq e FAPEMIG
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EFEITO DE DIFERENTES NÍVEIS DE DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO SOBRE O
DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DANINHAS
Cássia M. Cabral, Daniel Valadão, Felipe P.de Carvalho, Vinicius Machado, Evander A. Ferreira,
José B.dos Santos.
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
O déficit hídrico na planta afeta praticamente todos os aspectos do
crescimento/desenvolvimento, modificando sua anatomia e a morfologia. A maioria das
plantas daninhas apresentam características como capacidade de absorver água em condição
de escassez sendo consideradas altamente competitivas. Desta forma, objetivou-se com este
trabalho verificar a influência de diferentes valores de disponibilidade de água no solo sobre o
crescimento/desenvolvimento de três espécies de plantas daninhas: Amaranthus retroflexus
L., Brachiaria decumbes CV, Bidens pilosa L., e uma cultura de Faseolus vulgares L. (feijão). O
experimento foi conduzido em casa de vegetação com delineamento experimental de blocos
ao acaso em esquema fatorial 4 x 5, constituído por quatro espécimes, sendo uma cultivada e
três espécies de plantas daninhas, com 5 níveis de água: N1(100%), N2(80%), N3(74%),
N4(67%) e N5(60%) da capacidade de campo (CC), com 4 repetições. Diariamente efetuou-se a
medição da perda de água do substrato, devido à evapotranspiração, através do método da
pesagem (gravimétrico). Cada vaso foi colocado sobre balança e quando o peso da unidade
experimental (vaso, substrato, planta e água) não atingiu valores correspondentes 100%, 80%,
74%, 67% e 60% da CC, adicionou-se água na parte superficial do substrato em quantidades
correspondentes para restabelecer a umidade na CC correspondente ao tratamento. A
formação da frente de molhamento foi no sentido vertical de cima para baixo. Observou-se
redução da área foliar das plantas a partir da intensificação do estresse hídrico, havendo uma
redução na produção de matéria seca em todos os tratamentos, sendo as plantas de F. vulgaris
as mais afetadas com cerca de 96% de redução de matéria seca total em relação aos níveis
críticos superior (100%) e inferior (60%) da CC, seguida por A. retroflexus, B. decumbes e B.
pilosa, com 85%, 83,65% e 78,6% de perda em matéria seca respectivamente. De acordo com
os resultados pode-se concluir que B. pilosa foi a espécie mais tolerante ao déficit hídrico
comparada as demais.
Apoio: UFVJM
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EFEITO DE SUBSTRATOS E DOSES DE AIB NO ENRAIZAMENTO DE ALPORQUES DE
PEQUIZEIRO (CARYOCAR BRASILIENSE)
Marcele S. Ferreira, Reynaldo C. Santana, Vinícius O. B. Lima, Miranda Titon, Múcio M. de
Mello Farnezi, José Sebastião C. Fernandes.
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A propagação seminal do pequizeiro é desuniforme e com baixíssimo nível de sobrevivência.
Uma técnica que pode ser utilizada em plantas que apresentam dificuldades de multiplicação
seminal é a alporquia, também conhecida como mergulhia aérea. Este trabalho teve por
objetivo avaliar o efeito de substratos e doses do hormônio ácido indolbutírico (AIB) no
enraizamento de alporques da espécie. O experimento foi instalado no início do mês de
setembro de 2010 na Fazenda Experimental do Moura, município de Curvelo/MG. Cada árvore
matriz teve 8 ramos anelados em aproximadamente 70% de sua circunferência, estes foram
pincelados com concentrações AIB, envolvidos com um dos substratos testados e cobertos
com plástico escuro amarrado nas extremidades. Foi adotado o delineamento experimental
em blocos casualizados com cinco repetições no esquema fatorial 4 x 2, sendo estudado o
efeito de quatro concentrações do hormônio regulador de crescimento AIB (0 mg L-1, 1000 mg
L-1, 2000 mg L-1 e 4000 mg L-1) e dois tipos de substrato (100% de fibra de coco e uma
mistura de 70% de vermiculita com 30% de casca de arroz carbonizada), avaliações regulares
foram feitas a cada mês para acompanhar a sobrevivência dos ramos. A avaliação final ocorreu
170 dias após a instalação do experimento em campo. Ao final desse período foi observada a
formação de calos nos alporques, porém o número de ramos enraizados não foi considerado
significativo. Mediante esses resultados, sugere-se que sejam realizados novos estudos para se
avaliar o efeito de outras concentrações de AIB, associadas à substratos, na promoção do
enraizamento da espécie pela técnica da alporquia.
Apoio: CNPq
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EFEITO DE TAMNHO DE VASOS EM ESTUDOS DE COMPETIÇÃO ENTRE PLANTAS
DANINHAS E MILHO
Mirielle de O. Almeida, José B. Santos, Evander A. Ferreira, José S. Cunha, Renan R. Braga,
Daniel V. Silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
Em experimentos realizados em casa de vegetação ocorre grande variação no tamanho dos
vasos utilizados, não existindo desta forma, uma padronização, tornando difícil a interpretação
de diferentes dados presentes na literatura. Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do
tamanho de vasos em estudos de competição entre cultura anual e plantas daninhas e analisar
as épocas de coleta de dados para seis variáveis. Objetivou-se com este trabalho O
experimento foi montado em DBC no esquema de parcelas subdivididas, onde as épocas (25,
35, 45 e 60 dias após) constituíram-se nas parcelas e os tratamentos (milho, milho+picão,
milho+braquiária) foram alocados nas subparcelas e cinco blocos distribuídos nos diferentes
tamanhos de vaso (1,7; 3,8; 6,8; 9,8 e 16,4 litros). Foram avaliadas, em data representativa a
massa seca das folhas (MSF), do caule (MSC), das raízes (MSR) e a área foliar da cultura (AF).
Não foi observada diferença no MSF entre os tratamentos os vasos de 1,7 L; 3,8 L; 6,8 L e 9,8 L.
No entanto, para o tamanho 16,4 L houve redução da MSF do milho em competição com B.
brizantha em relação a testemunha. A MSC do milho não variou em todos os tamanhos de
vasos. Não foi observada diferença entre milho x B. pilosa e a testemunha no vaso de 16,4 L, já
milho x B.brizantha apresentou diferença significativa em relação a testemunha para a MSC. A
MSR nos vasos de 1,7 L; 3,8 L e 6,8 L não apresentaram diferenças significativas entre os
tratamentos, porém no vaso de 9,8 L a MSR do milho x B. brizantha foi menor comparada a
testemunha. No vaso de 16,4 L a MSR do milho em competição foi igual para os dois
tratamentos e diferentes da testemunha. Não houve diferença de AF, entre tratamentos para
todos os tamanhos de vaso. Todas as variáveis avaliadas no milho apresentaram incremento
com o aumento do tamanho dos vasos. Porém de acordo com os resultados pode-se concluir
que se a variável comparada nos estudos de competição for o peso da massa seca foliar e peso
da massa seca do caule, o melhor vaso a ser utilizado para se comparar tratamentos diferentes
é o de 16,4 L. Já para peso da massa seca da raíz pode-se utilizar os vasos de 9,8 L ou 16,4 L
que apresentam resultados diferentes entre si. No caso da análise de área foliar os vasos de
1,7 L otimizam a execução dos experimentos não apresentando diferença de resultados nos
outros tamanhos de vasos. Analisando-se as épocas de coleta, a MSF, MSC, a MSR aumentou
gradativamente dos 25 DAE, até os 45 DAE, sendo constante entre os 45 DAE e os 60 DAE. A
menor área foliar das plantas de milho ocorreu 25 DAE, não havendo diferença de resultados
entre as outras datas de coleta. De acordo com os resultados pode-se concluir que o tamanho
do vaso influenciou nas variáveis utilizadas provocando incremento das mesmas à medida que
se aumenta o tamanho dos vasos. A época mais indicada para a colheita do experimento esta
em torno dos 45 DAE, momento no qual as variáveis apresentam valores constantes.
Apoio: CNPq, CAPES, UFVJM.
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65
EFEITO DO DÉFICIT HÍDRICO NA ANATOMIA FOLIAR DE ESPÉCIES DE PLANTAS
DANINHAS
Cássia M. Cabral, Evander A. Ferreira, Daniel Valadão, Felipe P. de Carvalho, Vinicius Machado,
José B. dos Santos
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
A diversidade genética e os mecanismos de adaptação das plantas permitem enfrentar
situações extremas, como o déficit hídrico que dificulta o desenvolvimento da maioria das
espécies, nos remetendo a uma grande vantagem competitiva a superação de tais restrições. A
análise de aspectos anatômicos nessas condições poderia oferecer subsídios para estudos de
fisiologia, bem como auxiliar na identificação de características anatômicas de resistência a
seca a partir do estudo da influência de diferentes níveis de água disponível na construção
anatômica das espécies em questão. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência de
diferentes níveis de água disponível, na construção anatômica das seguintes espécies, a saber:
Picão (Bidens pilosa L.), Caruru (Amaranthus retroflexus L.) e Brachiaria (Brachiaria decumbes
CV.). Os espécimes foram cultivados em cinco diferentes níveis de água, 100%, 80%, 74%, 67%
e 60% da capacidade de campo. O material foi coletado e fixado em FAA70 e posteriormente
transferido para etanol 50 GL. As secções anatômicas foram feitas à mão livre, com auxílio de
lâmina de barbear, na região mediana da folha no sentido transversal e coradas com azul de
alcian 0,5% em ácido tartárico 2% e fucsina 0,05%. Todo o material foi montado entre lâmina e
lamínula com gelatina glicerinada. Alguns cortes foram fotomicrografados e analisados pelo
Software IMAGE PRO-PLUS. Observou-se que A. retroflexus apresentou acréscimo na
espessura foliar com redução dos níveis de água no solo enquanto para B. pilosa e B.
decumbes não foi observada mudança significativa. A. retroflexus e B. pilosa sofreram redução
média de 24% no diâmetro dos vasos do xilema o que acarretou uma redução média de
34,05% no diâmetro total do feixe vascular. A variação positiva da espessura da lâmina foliar
dentre as espécies pode ser uma característica de resistência a seca como estratégia para o
armazenamento de água. Na região da nervura central percebe-se a redução no número de
estratos do colênquima para todas as espécies. Desta forma, constatou-se modificações na
proporção de tecidos do mesofilo, na espessura da lâmina foliar e no diâmetro do feixe central
ocasionados pela redução dos níveis de água no solo. Pode-se concluir que todas as espécies
avaliadas foram afetadas a nível anatômico em maior ou menor grau pela deficiência de água
no solo
Apoio: UFVJM
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66
EFEITO DO DESBASTE E DA ADUBAÇÃO NA ESTIMATIVA VOLUMÉTRICA EM FLORESTA
EQUIÂNEA
Jadir V. da Silva, Gilciano S. Nogueira, Bruno O. Lefetá, Reynaldo C. Santana
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Árvores de grande porte oriundas de florestas plantadas podem gerar multiprodutos e
contribuir diretamente para reduzir a pressão sobre as florestas naturais. Apesar de ter sido
realizado vários estudos sobre desbaste em povoamentos eqüiâneos, em vários países, ainda
existem muitas lacunas a serem preenchidas, principalmente, em relação ao efeito do
desbaste, e da fertilização pós-desbaste em plantações de eucalipto no Brasil, uma vez que
existe uma carência de dados confiáveis oriundos de ensaios previamente planejados e que
seguem os princípios da experimentação. Neste intuito, o presente trabalho tem como
objetivo analisar estimativas volumétricas em resposta á adubação, em diferentes
intensidades de desbaste em um povoamento de eucalipto. As parcelas do experimento foram
implantadas em povoamentos de clones de eucalipto (Clone 1288, Lote 2477-7/00) com
aproximadamente 24 meses de idade, no município de Martinho Campos, Minas Gerais. O
experimento constituiu-se em um delineamento em blocos casualizado em esquema fatorial,
com dois blocos, dois locais diferentes (capacidade produtiva média e alta), quatro níveis de
intensidades de desbaste e dois níveis de fertilização (aplicados em parcelas gêmeas). No
talhão onde foi instalado o experimento realizou-se o desbaste aos 89 meses após o plantio,
sendo este, nas intensidades de 20, 35 e 50 % de remoção da área basal (piores indivíduos),
constituindo os tratamentos 2, 3 e 4, respectivamente, no qual, o tratamento 1 constitui a
testemunha. A adubação pós-desbaste foi realizada aos 99 meses, em dezembro de 2008,
seguindo como recomendação o critério de balanço nutricional, de acordo com a exportação
de nutrientes. Os resultados apresentam um efeito significativo na intensidade de desbaste na
estimativa volumétrica. Apesar de ter um pequeno incremento de volume após a adubação
pós-desbaste em todas as intensidades em estudo, este incremento não foi significativo
estatisticamente. Necessita-se de mais estudos nesta área, avaliando este efeito em espécies
diferentes, materiais genéticos, dentre outras limitações a serem testadas.
Apoio: Arcelor Mittal Bio Florestas, CNPq e UFVJM
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EFEITO DO MODO DE PREPARO DO MOSTO SOBRE O PERFIL QUÍMICO DE
FERMENTADOS ALCOÓLICOS DE JABUTICABA
Ariane C. Rodrigues, Nathália A. Neves, Diego D. Carneiro, Lílian Pantoja , Alexandre Soares dos
Santos
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL
A jabuticaba é um fruto pertencente à família Myrtaceae, de sabor e aroma agradáveis e
altamente perecíveis. Considerando a alta produtividade e aceitabilidade da jabuticaba e a
necessidade de um melhor aproveitamento do excedente de safra este trabalho teve por
objetivo elaborar vinho de jabuticaba a partir de mostos obtidos por diferentes formas de
preparo e avaliar sua qualidade química após um ano de maturação. Os frutos foram
beneficiados e processados empregando três diferentes formas de obtenção do mosto: (A)
apenas a polpa, (B) polpa e extrato aquoso da casca e (C) fruto inteiro. As bebidas foram
avaliadas quimicamente após um ano de maturação, por meio das seguintes análises: pH,
sólido solúveis totais, acidez total titulável, acidez volátil, extrato seco reduzido, dióxido de
enxofre total e sulfatos totais; etanol e compostos fenólicos. As análises de pH e sólidos
solúveis totais não variaram entre si de forma significativa, apresentando valores de 2,96±0,04
e 6,18±0,03 °Brix, respectivamente. Quanto à graduação alcoólica, apesar de todas as bebidas
fermentadas apresentarem valores de acordo com a legislação para fermentado alcoólico (de
4 a 14 %v/v), foram observadas diferenças nos valores absolutos de álcool, sendo 9,66% para
A; 9,10% para B e 8,9% para o processo C. Todas as bebidas apresentaram valores de acidez
total titulável superior ao limite estabelecido para legislação de vinho (50 a 130 mEq/L), com
valores de: 141,918 mEq/L (A), 151,28 mEq/L (B) e 173,6 mEq/L (C). O mesmo ocorreu para a
acidez volátil que deve ser no máximo até 20 mEq/L. Os valores encontrados nesta análise
foram em média de 36,06± 2,49 mEq/L. Quanto ao teor de extrato seco reduzido os valores
obtidos (17,52 g/L para (A); 21,92g/L para (B) e 22,86 g/Lpara (C) estão de acordo com a
legislação que preconiza 13 g/L em vinhos. A quantidade de dióxido de enxofre total presentes
em todos os vinhos foi suficiente para inibir proliferação microbiana sem prejudicar a sua
qualidade, apresentando valor inferior a 350ppm, valores preconizados para vinhos.Os
resultados dos teores de compostos fenólicos foram satisfatórios sugerindo que as diferentes
formas de processamento influenciaram nos resultados que apresentaram valores de: 132
mg/L no processamento (A), 312 mg/L no (B) e 430 mg/L no (C). Com base nos dados obtidos
foi possível concluir que as diferentes formas de extração do mosto influenciam na qualidade
química da bebida e que mostos preparados com adição da casca contribuem positivamente
nas características visuais, bem como no maior teor de compostos fenólicos
Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM
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EFEITOS DE PROCEDÊNCIAS E PROGÊNIES NA EXPRESSÃO DE CARACTERÍSTICAS
DENDROMÉTRICAS NO PEQUIZEIRO
Camilla M. Botelho, Paulo Henrique R. dos Santos, Vinícius O. B. Lima, José S. C. Fernandes,
Reynaldo Campus Santana
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O pequi é uma fruta muito apreciada pela população do Cerrado, bioma de sua ocorrência, e é
o sustento de muitas famílias que, talvez pela falta de conhecimento suficiente para a
domesticação da espécie, exploram o pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) intensamente
sem se importarem com sua propagação. O conhecimento apropriado das variáveis
dendrométricas é essencial para uma estratégia de manejo adequada. O presente trabalho
tem por objetivo avaliar o efeito de procedências e progênies na expressão de características
dendrométricas em Pequizeiros. O experimento foi instalado em 2005 no município de
Carbonita, MG, numa propriedade da SADA Bio-Energia e Agricultura Ltda, com 31 progênies,
cinco oriundas da Fazenda Experimental do Moura (Curvelo, MG) e 26 do Parque Estadual do
Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto, MG), num Delineamento em Blocos Casualizados (DBC)
com seis repetições, cinco covas por parcela e uma muda por cova. Os indivíduos foram
avaliados aos cinco anos de idade para as seguintes variáveis: DAS (diâmetro a 0,30m do solo
em cm), H (altura total em metros), Hf (altura de inserção da copa em metros), Hs (altura do
solo em metros), DC (diâmetro da copa em metros) medidos na linha e entre linha, EC
(espessura de casca em cm) e NG (número de galhos). Dos 930 indivíduos, 161 foram
desconsiderados por estarem pequenos (menores que 1m de altura) ou mortos. Verificou-se
que os efeitos de populações e de matrizes dentro da população de Rio Preto foram
significativos (P<5%) para todas as variáveis, exceto NG dentro da referida população. Já os
efeitos de matrizes dentro da população de Curvelo só foram significativos para as variáveis H
e Hf. Para espécies perenes a literatura reporta, em geral, baixa e alta variabilidade entre e
dentro de populações, respectivamente. No presente trabalho esta tendência foi confirmada
para a população de Rio Preto. A baixa significância dos efeitos de progênies observada dentro
das progênies de Curvelo bem como a alta significância para os efeitos de populações deve ser
devido ao pequeno tamanho desta população. As cinco matrizes de Curvelo, das quais se
colheram sementes para a instalação do experimento, foram as únicas que as produziram em
quantidade suficiente. É possível que a maior produção de sementes por estas matrizes
naquele ano esteja de alguma forma correlacionada com as respectivas variáveis
dendrométricas já que geraram descendentes inferiores aos da população de Rio Preto para
todas as variáveis.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, IEF, SECTES, FUNDAEP, SADA
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EFICIÊNCIA DE ABSORÇÃO, TRANSPORTE E UTILIZAÇÃO DE MACRONUTRIENTES POR
MUDAS DE PINHÃO MANSO CULTIVADAS EM SOLUÇÕES NUTRITIVAS
Thassio M. Reis, Enilson B. Silva, Bruna M. Leão, Marcelo Dourado, Bárbara M. C. e Castro e
Aline J. Freire.
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
O pinhão-manso (Jatropha curcas L.), embora seja uma planta conhecida e cultivada na
América desde tempos remotos e disseminada por todas as áreas tropicais e algumas áreas
temperadas, ainda se encontra em processo de domesticação. Somente nas últimas três
décadas passou a ser estudado agronomicamente (Saturino et al., 2005). A produção das
culturas é afetada pela eficiência nutricional. O termo eficiência nutricional esta relacionado
com às eficiências de: Absorção que indica a capacidade da planta em “extrair” nutrientes do
meio de cultivo (solução nutritiva); de transporte que indica a capacidade da planta em
converter o nutriente absorvido em matéria seca; de uso ou utilização que segundo Gerloff &
Gabelman (1983) é a capacidade de uma planta redistribuir a reutilizar os elementos minerais
de um órgão mais velho e senescente caracteriza a eficiência do uso no metabolismo do
processo de crescimento. Este processo pode ser chamado de eficiência de utilização. O
estudo nutricional de plantas cultivadas em solução nutritiva pode ser influenciado pelo tipo
de solução utilizada, afetando desta forma seu adequado crescimento. Com este trabalho,
objetivou-se a exigência nutricional de mudas de Pinhão-manso, cultivados em quatro
diferentes soluções nutritivas. O delineamento experimental empregado foi inteiramente
casualizado, com quatro repetições, tendo como tratamento as quatro soluções. Como solução
padrão foi utilizada a Hoagland, comparada à outras três soluções. O experimento foi
conduzido em condições de casa-de-vegetação, em recipiente plástico com 3 litros de
capacidade. Após 150 dias do transplantio, foram determinados a matéria seca e o teor de
nutrientes, inferindo-se o conteúdo dos macronutrientes na planta. As soluções nutritivas de
Hoagland, de Clark, de Castellane & Araújo e de Furlane, não apresentaram diferença
significativa para o a eficiência de absorção, transporte e utilização dos macronutrientes pelas
mudas de pinhão manso nessas soluções. Para analise do acumulo de nutriente e matéria seca
na parte aérea também não foi observada nenhuma diferença significativa. Já para acumulo de
nutrientes na raiz houve diferença significativa para o fósforo, onde o Maximo acumulo foi
verificado no tratamento com a solução de Castellane & Araújo e o mínimo foi observado para
Clark; Para o Cálcio também houve diferença com um Maximo observado para Castellane &
Araújo e o mínimo para a solução de Hoagland. Concluiu-se que nenhumas das soluções
apresentaram diferença significativa para os tratamentos utilizados nesse experimento.
Apoio: CNPq
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EFICIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO NUTRICIONAL PARA CINCOS ESPAÇAMENTOS DE
EUCALIPTO
Bruno O. Lafetá, Reynaldo C. Santana, Gilciano S. Nogueira, Márcio L. Silva, Jadir V. Silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A eficiência de utilização nutricional (EUN) é uma quantificação do quanto de biomassa é
possível produzir em um compartimento vegetal a partir de uma quantidade de nutrientes.
Sua avaliação em híbridos interespecíficos de eucalipto é desejável para a manutenção da
sustentabilidade da produção florestal, sobretudo, em condições de escassez de nutrientes no
solo e limitações hídricas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do espaçamento de
plantio na eficiência de utilização nutricional no tronco de um híbrido de Eucalyptus grandis W.
Hill ex Maiden x Eucalyptus camaldulensis Dehnh aos 7 anos. A instalação do experimento foi
em dezembro de 2002 na fazenda Campo Branco de propriedade da Arcellor Mittal, no
município de Itamarandiba-MG. Foi conduzido um delineamento em blocos ao acaso com
cinco tratamentos e três blocos. A distância entre linhas foi fixada em 3,0m. Os tratamentos
foram constituídos variando-se a distância entre plantas de 0,5m (T1); 1,0m (T2); 1,5m (T3);
2,0m (T4) e 3,0m (T5). Foi tomada uma árvore modelo em cada parcela experimental. A
biomassa do tronco foi obtida isolando-se a casca do lenho com auxílio de duas lonas,
imediatamente após o abate, para se realizar a pesagem do material experimental úmido.
Coletaram-se 300 g de cada compartimento, acondicionadas em sacos de polietileno e
transportadas ao laboratório de Manejo Florestal do Centro Integrado de Propagação de
Espécies Florestais da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri para secagem
a 65 ºC até peso constante, em estufa com circulação forçada de ar. As amostras secas foram
encaminhadas ao Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa para análise
química foliar (N, P, K, Ca, Mg, S e Zn) de rotina. Os resultados da EUN, em Kg de biomassa/Kg
nutriente, apresentaram normalidade segundo teste de Lilliefors e homogeneidade por
Cochran. Realizou-se ANOVA e teste de Tukey a 5,0 % de probabilidade utilizando o software
Statistica 7.0. A significância estatística foi observada a nível de tratamento apenas para o
zinco (p < 0,05). Os testes de médias seguiram os seguintes resultados, em Kg de biomassa/Kg
de Zn, para os tratamentos: 131171,76 b (T1); 166759,14 ab (T2); 211431,63 a (T3); 189499,83
a (T4) e 174533,59 ab (T5). A densidade populacional não interferiu na EUN dos
macronutrientes, portanto a absorção destes no tronco foi semelhante. A EUN pode ser um
caráter genético cuja interação é baixa ou nula com o ambiente, exceto quando se avalia
micronutrientes. Conclui-se que o espaçamento de plantio pode afetar a eficiência de
utilização nutricional no tronco, quanto ao zinco, do híbrido E. grandis x E. camaldulensis. A
EUN pode tornar mais sustentável a atividade florestal por minimizar possíveis intervenções
antrópicas no povoamento decorrentes de análises destrutivas.
Apoio: CNPq, UFVJM, UFV, ARCELLOR MITTAL
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EQUAÇÃO DE REGRESSÃO PARA ESTIMAR DIÂMETRO DE COPA EM FUNÇÕES DO
DIÂMETRO A 0,30M DE ALTURA PARA EREMANTHUS SP. (DC.) MCLEISH. EM UMA
ÁREA DEGRADADA EM DIAMANTINA-MG
Lidia G. Santos, Leonidas S. M. Junior, Israel M. Pereira, Márcio L. R. de Oliveira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Quando se tem indivíduos de candeias crescendo naturalmente sem nenhum tipo de trato
cultural como o desbaste, faz com que a espécie se desenvolva de forma desordenada,
ocupando o espaço e absorvendo a luminosidade requerida. Sendo assim, a candeia apresenta
um pequeno fuste, seguido de uma grande copa. Devido a esse modelo de estrutura da
espécie, o diâmetro usualmente medido é a 30 cm de altura chamado de DAS, sendo este
diâmetro usado para estudo da estrutura do povoamento. Entretanto outro diâmetro
importante para estudo principalmente de dominância é diâmetro de copa. Diante disto o
objetivo deste trabalho foi o de estudar a relação entre diâmetro de copa em função do DAS
utilizando equações de regressão. Este trabalho foi realizado em área de regeneração natural
localizada no antigo lixão do município de Diamantina, Minas Gerais. Foram mensurados todos
os indivíduos com DAS maior ou igual a 5cm. Além do diâmetro (DAS) foi mensurada a altura
total (Ht) e o diâmetro de copa onde foram realizadas duas medições perpendicularmente.
Foram ajustados modelos que estimassem o diâmetro de copa em função do DAS, e do DAS e
da altura total, já que a variável altura pode melhorar o ajuste pela alta correlação com o
diâmetro de copa. Dentre os modelos testados o de Schumacher & Hall na forma linear
apresentou melhor desempenho, pois seu coeficiente de determinação foi de 0,5715, o que
pode afirma que 57% da variação total de copa pode ser explicado pelas variáveis altura e DAS.
O mesmo modelo foi utilizado novamente, sem a variável altura, a qual apresentou um
coeficiente de determinação de 0,5251. O erro padrão encontrado foi de 1,19m para o modelo
com a altura, e de 1,20m para o modelo só com o DAS. Os valores dos erros padrões ficaram
muito próximos, o qual permite o uso das duas equações. A análise de resíduos para as duas
equações atenderam as premissas, tendo uma distribuição normal e uniforme, em torno de
20%, demonstrando mais perfeição à equação com as variáveis DAS e altura. A escolha da
melhor equação vai depender das variáveis mensuradas, ou seja, do objetivo do inventário. A
equação com a variável DAS e altura apresentou uma pequena superioridade quando
comparada com a equação do diâmetro de copa em função apenas do DAS. Deve-se lembrar
que medir a altura de todas as árvores torna o inventário mais lento quando comparado com a
medição apenas de diâmetro. O ajuste de equações de regressão para estimar o diâmetro de
copa pode facilitar para estudos que há a necessidade deste diâmetro, porém no inventário
esta variável não foi mensurada para indivíduos de candeia.
Apoio: FAPEMIG,UFVJM
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EQUAÇÕES VOLUMÉTRICAS AJUSTADAS PARA VIROLA SURINAMENSIS EM UMA
FLORESTA DE VÁRZEA NO MUNICÍPIO DE AFUÁ-PA
Marcos Paulo Costa Barcelos Dias ; João Ricardo Vasconcellos Gama; Helio Garcia Leite; Marcio
Leles Romarco de Oliveira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A Amazônia é considerada a mais importante reserva de diversidade do mundo com a maior
cobertura de floresta tropical do planeta. As florestas de várzeas localizam-se nas áreas
inundáveis deste bioma e seus recursos são uma das principais fontes de renda da população
ribeirinha. A exploração da espécie Virola surinamensis Warb tem destaque na região devido à
versatilidade da sua madeira, que pode ser usada para diversos fins como na produção de
compensados, laminados e fabricação de cabos de vassoura. O manejo florestal é uma forma
de tornar sustentável a exploração deste importante recurso e para isso, é imprescindível
quantificar o estoque de madeira de cada espécie. Normalmente, para se obter essas
informações são empregadas equações volumétricas que são alimentadas por variáveis de fácil
obtenção, como diâmetro à altura de 1,30 m do solo (DAP) e altura total do indivíduo. Diante
disto, o objetivo desse trabalho foi avaliar equações volumétricas e apresentar a mais indicada
para estimar o volume da Virola. O estudo foi realizado em uma floresta não explorada de
várzea baixa localizada no rio Medonho, município de Afuá, ao norte do Estado Pará. Foram
utilizadas nesse estudo uma amostragem de 93 árvores. Após a medição dos DAP, as árvores
foram abatidas e mensuradas as alturas de toco, do fuste e da copa, sendo a altura total o
somatório destas. Para fins de cálculo de volume foram medidos os diâmetros a 1%, 2%, 3%,
4%, 5%, 10% e a partir daí foram tomados de 10 em 10% da altura de fuste. Com estas
medidas o volume foi determinado utilizando a fórmula de Smalian. Os dados coletados
passaram por uma criteriosa consistência para verificar a presença de outilier. Foram testados
3 modelos volumétricos, selecionados na literatura florestal modelo 1: Ln
V=b0+b1Ln(DAP2.H)+e; modelo2: Lnv= b0+ b1 Ln(DAP)+ b2 Ln(H) + e; modelo 3: Ln V= b0+ b1
Ln(DAP)+ b2(DAP) + e. A seleção dos melhores modelos foi realizada baseada no maior
coeficiente de determinação (R2); no menor erro-padrão da estimativa (Svv); significância dos
parâmetros dos modelos ao nível de significância de 5% pelo teste t ; e analise gráfica dos
resíduos porcentuais. Após os ajustes, observou os seguintes resultados para os parâmetros do
modelo: equação 1: b1= -10,446277; b1= 0,997806; equação 2: b0=-10,253192; b1= 2,078033;
b2= 0,839720; equação 3: b0= -10,223390; b1= 2,917788; b2= -0,011089, além das estatísticas,
(R2): 0,96; 0,96; 0,95 e Svv(%):1,72; 1,76; 1,92, respectivamente. Nota-se que todas as
equações possuíram valores de parâmetros estatísticos semelhantes, mas com uma pequena
inferioridade do modelo 3, sendo assim eliminada. Ao analisar os gráficos de resíduos
verificou-se uma melhor distribuição para o modelo 1. As equações 1 e 2 podem ser usadas
para estimar o volume para árvores de Virola.
Apoio: DEF/UFVJM
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ESTABELECIMENTO IN VITRO DE GEMAS AXILARES DE PEQUI (CARYOCAR
BRASILIENSE CAMB.)
Vinicius Rabelo Fernandes, Luciana Coelho de Moura, Tamires Pinto Moreira, Breno Ítalo
Durães Santana, Reynaldo Campos Santana, Miranda Titon
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O pequi (Caryocar brasiliense Camb.) é uma espécie nativa do Brasil, que apresenta alto valor
econômico, devido a sua larga utilização para diversos fins e importância social. A produção de
mudas tem sido realizada principalmente por sementes, no entanto, as sementes apresentam
dormência, tornando a germinação baixa e lenta, dificultando a produção de mudas. A
micropropagação via gemas axilares representa uma alternativa para produção de mudas de
pequi. As espécies lenhosas apresentam dificuldades para o estabelecimento in vitro, pois
podem apresentar infestação interna ou externa por microrganismos. Portanto, a
desinfestação dos explantes é um ponto fundamental. Nesse sentido, o objetivo deste
trabalho foi avaliar a desinfestação de explantes de pequi sob o efeito de diferentes
concentrações e tempos de imersão em hipoclorito de sódio. Utilizou-se como explantes
segmentos nodais com, aproximadamente, 2 e 4 cm de comprimento, contendo pelo menos
uma gema axilar, coletados em mudas mantidas em área de rustificação do CIPEF/UFVJM e
tratadas com fungicida Cuprogarb 500 (3g/l) 2 semanas antes da coleta. No Laboratório de
Melhoramento Florestal do CIPEF/ UFVJM, os explantes foram previamente lavados em água
detilada e imersos em solução fúngica (ORTHOCID 1g.L-1) por 5 minutos. Em câmera de fluxo
laminar, os explantes foram enxaguados com água deionizada e autoclavada, imersos em
álcool 70% por 30 segundos e, em seguida, em solução de hipoclorito de sódio a 2,5 ou 5% por
20 ou 30 minutos, sendo adicionado 4 a 5 gotas de Tween 20 para cada 100ml de solução. Os
explantes foram novamente enxaguados com água deionizada e autoclavada e inoculados em
tubos de ensaio contendo 10 ml do meio de cultura WPM, contendo 50% dos sais e vitaminas
e suplementado com 100 mg L-1 de inositol, 1g L-1 de PVP, 15 g L-1 de sacarose e 7 g L-1 de
ágar. Merck ® . O pH do meio foi ajustado para 5,7 ± 0,01 , os tubos foram autoclavados à
temperatura de 120ºC e pressão de 1atm por 15 minutos e mantidos em sala de Cultura de
Tecidos com fotoperíodo de 16 horas de luz e 8 horas de escuro, sob intensidade luminosa de
2000 lux e temperatura de 27ºC ± 2. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em
esquema fatorial 2x2 (concentração x tempo de imersão de hipoclorito de sódio) com 4
repetições e 5 explantes por repetição. Verificou-se, após 15 dias, em todos os tratamentos,
100% de contaminação por fungos e 100% de oxidação. A oxidação ocorre devido à liberação
de compostos fenólicos pelo tecido vegetal injuriado o que pode ser reduzido mantendo-se os
explantes no escuro nas duas primeiras semanas da introdução ou com o uso de aditivos
antioxidantes no meio de cultura. Com relação à contaminação, outros agentes desinfestantes
devem ser investigados, assim como o tratamento mais efetivo das mudas fornecedoras dos
explantes.
Apoio: IEF, FAPEMIG e FUNDAEPE.
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Bárbara G. Ribeiro, Maria José H. de souza, Fulvio Cupolillo
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ESTIMATIVA DA EROSIVIDADE DA CHUVA EM DIAMANTINA – MG (1977-2009)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGROMETEOROLOGIA
O processo erosivo e sua intensidade dependem principalmente das condições climáticas da
região, fatores relacionados à topografia, cobertura do solo e às propriedades do mesmo. A
erosividade da chuva é função da quantidade, intensidade e duração da mesma. A necessidade
de obter uma metodologia capaz de avaliar os fatores que causam a erosão hídrica e de
estimar perdas anuais de solo resultou no desenvolvimento da Equação Universal de Perdas de
Solo. Para sua utilização, é necessário o levantamento de vários fatores dentre eles a
Erosividade das Chuvas (R), que permite a avaliação do potencial erosivo das precipitações de
determinado local. Neste trabalho objetivou determinar e estudar o índice de erosividade da
chuva (R) em Diamantina, Minas Gerais. O trabalho foi desenvolvido nas dependências da
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina, Minas Gerais.
Foram utilizados dados diários de precipitação obtidos juntos ao 5° Distrito de Meteorologia –
5° DISME – pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os dados utilizados
neste estudo compreendem os anos de 1977 a 2009. Calculou-se a média mensal de cada ano
e com os valores encontrados foi possível determinar valores médios de precipitação mensal
do período estudado. Desta forma, a equação pode ser aplicada para que fosse determinado o
fator erosividade (R) da região. O fator R (erosividade das chuvas) permite a avaliação do
potencial erosivo das precipitações de determinado local, sendo possível conhecer a
capacidade e o potencial da chuva em causar erosão no solo. O cálculo desse fator é o
somatório dos valores mensais do EI30 (média mensal do índice de erosividade das chuvas). Os
resultados encontrados demonstram que os meses de Junho e Julho apresentam os menores
índices de precipitação. Os meses de Janeiro e Dezembro representam os maiores índices,
correspondendo a 40,92% do total precipitado, seguidos dos meses de Novembro, Março e
Fevereiro respectivamente que representam 38,86% do total. Com relação aos valores do EI₃₀
encontrados, percebe-se que os menores valores foram nos meses de Junho e Julho, por outro
lado os maiores valores foram encontrados nos meses de Dezembro e Janeiro. O fator
erosividade (R) encontrado foi 8340,46 MJ.mm.ha-1.ano-1. Desta forma pode-se concluir que
Diamantina se enquadra como sendo uma região de alta erosividade uma vez que o fator
erosividade (R) encontrado foi de 8340,46 MJ.mm.ha-1.ano-1. O maior índice de erosividade
encontrado foi no mês de Janeiro (2308,86 MJ.mm.ha-1.ano-1) coincidindo com o mês mais
chuvoso (303,79mm), e o mês de Junho apresentou o menor índice de erosividade,
(4,35MJ.mm.ha-1.ano-1) sendo este o mês de menor precipitação (7,58mm).
Apoio: FAPEMIG, UFVJM, INMET
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ESTIMATIVA DAS PERDAS DE NUTRIENTES EM FLORESTA PLANTADA NO MUNICÍPIO
DE SÃO JOÃO EVANGELISTA – MG
Jadir V. da Silva, Claudionor C. da Costa, Dênniel T. Coelho Pinheiro, Márcio L. da Silva, Bruno O.
Lefetá, Gilciano S. Nogueira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Um dos impactos negativos da erosão hídrica é perda de nutrientes do solo em conseqüência
do processo do escoamento superficial, que resulta na lixiviação imediata de nutrientes da
camada orgânica do solo. Torna-se necessário quantificar essas perdas, para tomar medidas
quanto à conservação e manejo do solo, para evitar prejuízos econômicos e ambientais, bem
como a eutrofização e o assoreamento dos corpos d’água. Em vários estudos encontra-se a
comprovada eficiência da cobertura vegetal propiciada pela cultura do eucalipto, no que diz
respeito ser uma barreira contra a perda de solo causada pela erosão hídrica, mas é uma
incógnita a eficiência da floresta no que diz respeito à perda de nutrientes, neste processo
natural de erosão. Neste intuito, o objetivo deste estudo foi realizar estimativa das perdas de
fósforo (P), potássio (K), magnésio (Mg) e cálcio (Ca) no sedimento erodido e comparar as
variações da matéria orgânica (MO), potencial hidrogeniônico (pH) e capacidade de troca
catiônica efetiva (CTC) do solo com os sedimentos carreados por erosão hídrica em cultura de
eucalipto sob chuva natural. Para as coletas das amostras de solo erodido foi instalado um
tratamento na floresta de eucalipto (clone híbrido Eucalyptus grandis x Eucalyptus uroplhylla)
pelo método de parcela padrão com dimensões de 12 x 24 m em sentido do declive. As coletas
foram feitas no período compreendido entre janeiro a abril de 2009 após cada evento de
chuva erosiva assim classificada, cujos registros foram maiores que 10 mm h-1, com
intensidade máxima acima de 3,6 MJ. O solo em estudo foi classificado como Latossolo
Vermelho-Amarelo distrófico. As amostras de solo foram retiradas dos tanques de coletas de
sedimentos e encaminhadas ao laboratório de análise química de solos do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais – campus São João Evangelista, onde os
sedimentos foram secados e analisados de acordo com o padrão de rotina análises do
laboratório. De maneira geral, foi observado que o solo em estudo apresentou baixa perda de
nutrientes, no período analisado. O Ca foi o elemento que mais se perdeu por escoamento
superficial, seguido de Mg, K e, o P foi o elemento que teve a menor perda. A MO apresentou
iguais concentrações tanto para o solo de origem quanto para os sedimentos. Os sedimentos
apresentaram maiores valores de pH, CTC e nutrientes que o solo original. Enfim, as perdas
totais de nutrientes foram de 11,42 kg ha-1 representadas por 63% de Ca, 18% de Mg, 13% de
K e 6% de P. O pH e CTC apresentaram um aumento das suas concentrações nos sedimentos
erodidos e a MO não apresentou variações.
Apoio: IFMG – campus São João Evangelista
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ESTOQUE DE CARBONO ORGÂNICO E ESTIMATIVA DA FITOMASSA DE ESPÉCIES DE
UMA TUFEIRA NA APA PAU DE FRUTA EM DIAMANTINA-MG
Vinicius Evangelista Silva, Rafaela Dias de Aragão Freire, Alexandre Christofaro da Silva, Ana
Maria Martins Botelho, Uidemar Morais Barral, Diêgo Faustolo Alves Bispo, Márcio Luiz da
silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
A turfeira é um produto da decomposição de vegetais, que se desenvolvem e se acumulam em
ambientes saturados com água, sendo o estágio inicial da seqüência de carbonificação. A
fitomassa é um importante aspecto para a caracterização estrutural dos ecossistemas, pois
expressa o potencial de acumulação de energia e nutrientes pela biota em interação com os
fatores ambientais, e, em estado clímax, a produção é equiparável à decomposição. A
fitomassa participa de forma marcante no ciclo global do carbono, armazenando em torno de
85% de todo o carbono terrestre acima do solo, e sequestrando entre 1 e 4 x109 toneladas
deste elemento de forma bruta, por ano, dependendo das condições atmosféricas. As turfeiras
podem ser consideradas como sumidouros de carbono, pois, geralmente, estão associadas, a
corpos d’ água, o que as tornam Áreas de Preservação Permanente (APP), sendo ilegal a
intervenção na vegetação. A Turfeira estudada localiza-se no município de Diamantina (MG) e
está inserida na Área de Preservação Ambiental - APA Pau-de-Fruta e é de propriedade da
Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA – MG). Ocupa uma área de estende por
81,75 ha e abriga a cabeceira do Córrego das Pedras, manacial que abasrece a população
urbana de Diamantina. Para quantificar e qualificar a biomassa e a composição química
vegetal, foram avaliadas espécies de duas fisionomias de cerrado que colonizam a turfeiras:
Campo Limpo Úmido e Floresta Estacional Semidecidual. Para a estimativa da fitomassa do
Campo Limpo Úmido foram instaladas 3 parcelas de 0,5 X 0,5 metros sendo os materiais
separados em parte aérea e raiz. Para amostragem dos capões de mata, foram instaladas 3
parcelas de 0,5 X 0,5 metros onde todos os indivíduos foram separados em galhos, folhas,
troncos e cipós. Assim, todo o material foi pesado individualmente e calculados a porcentagem
de fração de galhos, folhas, troncos e miscelânea, sendo o mesmo seco em estufa a 55°C e
novamente pesado e multiplicando-se a massa seca pelo fator de conversão de massa seca
para carbono orgânico de 0,5 foi determinada a massa de carbono. Para a amostragem da
turfeira foram escolhidos três locais representativos em cada fitofisionomia, sendo coletadas
amostras de 5 cm a 50 cm de profundidade, totalizando 10 amostras em cada ponto e 60
amostras no total. As amostras foram secas em estufa a 55°C, pesadas e o teor de carbono foi
determinado em analisador elementar CHS. A fitofisionomia de Floresta Estacional
Semidecidual armazena 137,8 toneladas ha-1 de carbono orgânico e o Campo Limpo Úmido
armazena 17,18 toneladas ha-1 de carbono orgânico. Na vegetação da Turfeira da APA Pau-deFruta estão estocados 1.718,2 Mg.ha-1 de carbono orgânico. Os organossolos da turfeira da
APA Pau-de-Fruta armazenam 33.129,7 Mg de carbono orgânico, mais de 13 vezes o total
armazenado pelos ecotipos vegetais que os colonizam.
Apoio: CAPES, FAPEMIG e CNPq
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ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA
ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NA FAZENDA EXPERIMENTAL DO MOURA, CURVELO,
MG
Arthur. D. Vieira; Evandro. L. Machado; Milton. S. Meira-Junior; Thiago. J. O. Otoni; Stênio. A. P.
Franco ; Any.C. P. Rodrigues
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O estudo da distribuição diamétrica de uma floresta pode explicar parte da sua estrutura. Esse
tipo de estudo consiste na medição dos diâmetros dos troncos que no caso de florestas
tropicais pode refletir a idade dos indivíduos. Tendo em vista que a maioria das espécies de
florestas tropicais não apresentam anéis de crescimento visíveis, a determinação da idade
através do diâmetro é grande importância. Além disso, a análise da distribuição diamétrica
permite inferir sobre o passado e o futuro da comunidade. O presente trabalho teve como
objetivo avaliar a distribuição diamétrica dos indivíduos em um fragmento de Floresta
Estacional Semidecidual Ciliar, localizado no município de Curvelo, MG. Foram alocadas
sistematicamente 25 parcelas com dimensões 10 × 40 m, totalizando uma área amostral de 1,0
ha. As parcelas foram instaladas no fragmento ao entorno do curso d’água, com uma distância
mínima de 40 m da borda, entre as parcelas fixou-se uma distância de 30 m e entre as linhas
60 m. Todos os indivíduos vivos encontrados nas parcelas com diâmetro à altura do peito
(DAP) > 5,0 cm foram mensurados com auxilio de uma fita métrica. Além do fuste principal,
aquele que possui maior diâmetro, indivíduos que possuíam outros fustes que atendiam o
critério de inclusão foram medidos. Os indivíduos foram distribuídos em classes diamétricas
com intervalos de amplitude crescente, esse critério de amplitude foi adotado para compensar
o acentuado decréscimo no número de indivíduos nas maiores classes de diâmetro, isso é
esperado por se tratar de uma floresta inequiânea que tem a característica de apresentar uma
distribuição em exponencial negativo, conhecido como J-invertido. Com isso os indivíduos
foram divididos em cinco classes: classe I (5-10 cm), classe II (10-20 cm), classe III (20-40 cm) e
classe IV (40-100 cm). Foram mensurados 1.192 fustes, sendo que 661 encontram-se na classe
I, 272 na classe II, 219 na classe III, 40 na classe IV. A forma com que os indivíduos se
distribuíram nas classes mostra que houve um forte decréscimo da densidade nas classes de
tamanhos maiores, situação característica para esse tipo de fitofisionomia. Em função disso
pode-se afirmar que o fragmento encontra-se em pleno desenvolvimento em direção a
estádios mais avançados, levando em consideração o grande número de indivíduos jovens que
irão suceder aqueles que já se encontram em processo de senescência.
Apoio: CNPq,UFVJM
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ESTUDO FITOSSOCIOLÓGICO DA REGENERAÇÃO NATURAL PARA CONSERVAÇÃO DO
CERRADO STRICTO SENSU
Raissa R. P. Silva, Daniel A. Chaves, Israel M. Pereira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O Cerrado é o Bioma que apresenta a segunda maior extensão territorial brasileira, sendo
inferior apenas a Amazônia, porém, tem sido devastado intensamente para ocupação de
fronteiras agropecuárias. O Cerrado Stricto Sensu é a fitofisionomia predominante do Bioma
Cerrado e ainda mantém em seus remanescentes uma rica biodiversidade a ser preservada.
Estudos florísticos e fitossociológicos combinados com o estudo do processo de regeneração
natural desses ambientes permitem conhecer e aplicar técnicas de conservação, preservação,
manejo e recuperação desse bioma. Com o estudo da regeneração natural através das
plântulas do sub-bosque é possível conhecer a similaridade de espécies da regeneração
natural e do estrato arbustivo-arbóreo de um cerrado Stricto Sensu, assim como a diversidade
desses ambientes e a estrutura das espécies neles contidas para fins de manejo florestal. O
inventário de plântulas do sub-bosque realizado em um fragmento de Cerrado Stricto Sensu na
fazenda experimental do Moura, teve como objetivo verificar a freqüência das famílias e
espécies existentes no local, além de analisar o índice de valor de importância relativo e
ampliado. O local de estudo faz fronteira com um lixão que serve de área tampão e também
com a estrada que vai para Cordisburgo MG, apesar deste fato o cerrado apresenta-se em bom
estado de conservação. A coleta dos dados foi realizada dentro de 15 parcelas permanentes
(20x50 m) previamente instaladas na área, alocando-se aleatoriamente em um dos vértices da
parcela permanente uma unidade amostral de dimensão 10x10 m. Os indivíduos acima de 10
cm de altura e com no máximo 5 cm de diâmetro na altura do solo foram qualificados. Com os
dados coletados foi feita uma análise sucinta que nos permitiu as seguintes conclusões: o
ambiente em estudo possui uma regeneração natural em bom estado de conservação, com
capacidade de manter a sucessão do estrato arbóreo. Constatou-se 73 espécies dentro de 34
famílias. A família Fabaceae Caesalpinioideae (7) foi a que obteve maior número de espécies,
seguida pela família Erythroxylaceae (5) e Fabaceae Faboideae (5). Cinqüenta por cento do
índice de valor de importância foi ocupado por onze espécies principais: Magonia pubescens,
Aspidosperma tomentosum, Bauhinia rufa, Erythroxylum campestre, Qualea grandiflora,
Kielmeyera coriaceae, Qualea parviflora, Piptocarpha rotundifolia, Peritassa campestris,
Astronium fraxinfolium. A maioria dos indivíduos concentra-se em estágio juvenil, o que
permite grandes chances de desenvolvimento até o estágio adulto. Outro fator positivo para o
processo de sucessão é a alta diversidade de espécies incidentes na área de estudo.
Apoio: PROBIC/PIBIC
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Rodrigo A. Moreira, Richard Celso A. Moreira, Maria do Céu M. da Cruz
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ETHEPHON NAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DE TANGERINA ‘PONKAN’
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
Informações sobre o comportamento fisiológico da tangerineira mediante a aplicação de
fitorreguladores, capazes de promover o raleio químico, são fundamentais para o manejo da
cultura com o intuito de se obter melhores características físicas e químicas das frutas. Dessa
forma, o trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o efeito das diferentes concentrações
de Ethephon nas características físicas e químicas de frutas de tangerineira ‘Ponkan’ (Citrus
reticulata Blanco), com doze anos de idade, enxertadas em limoeiro ‘Cravo’, no município de
Perdões, MG. Foram testadas cinco concentrações de Ethephon: 0; 200; 400; 600 e 800 mg/L,
aplicadas quando as frutas estavam no estádio de desenvolvimento de 25 a 30 mm de
diâmetro transversal, em janeiro de 2009. O delineamento experimental foi em blocos
casualizados com quatro repetições e a parcela foi constituída de quatro plantas. Em julho de
2009 foram colhidas 20 frutas maduras por parcela na altura mediana da copa para avaliação
das seguintes características: diâmetro transversal (mm), diâmetro longitudinal (mm), massa
(g), espessura da casca (mm), sólidos solúveis (°Brix), acidez titulável (%), ratio e açucares (%).
O raleio químico promovido pela aplicação de Ethephon melhorou as características físicas e
químicas das frutas de tangerineira ´Ponkan’. As concentrações utilizadas para promover o
raleio não devem ultrapassar 600 mg/L de Ethephon para evitar o estresse das plantas.
Apoio: UFLA, CNPq, CAPES
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EXTRAÇÃO DE TANINOS CONDENSADOS DA CASCA DO FRUTO DE HYMENAEA
STIGONOCARPA
Rebecca A. Fiore, Elizzandra Marta M.Gandini, Andrezza Mara. M.Gandini,Valéria A .Costa, Luis
Carlos Couto.
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Torna-se cada vez mais claro o fato de que as florestas proporcionam uma gama enorme de
outros produtos que não apenas a madeira propriamente dita. Dentre estes estão os taninos,
polifenóis de origem vegetal, muito utilizados nas indústrias de tintas e curtimento de pele
animal em couro. A classe de maior uso tem sido a dos taninos condensados que representam
cerca de 90% da produção mundial de taninos comerciais. A família das leguminosas abrange
muitas espécies com potencial para extração de taninos, porém no Brasil são poucos os
trabalhos desenvolvidos. Tendo em vista o valor comercial destes extrativos e a busca por
novas fontes dessa substância, o objetivo deste trabalho foi verificar o teor de taninos
condensados na casca do fruto de Hymenaea stygonocarpa para conferir o potencial de
extração desta espécie. O experimento foi conduzido no Laboratório de Nutrição Animal na
UFVJM. As cascas dos frutos de jatobá foram previamente secas em estufa à uma temperatura
de 65°C por 72 horas e posteriormente moídas em moinho tipo Willey em partículas de 5 e 3
mm. Pesou-se 20g de amostra combinada (50% malha 5mm, 50% malha de 3 mm) e colocouse em saquinhos de pano previamente pesados. A extração foi realizada utilizando-se bécker
de 1000 mL contendo 800 mL de água destilada e 20 g de amostra, permanecendo estas por 4
horas em fervura. Os tratamentos foram compostos por: sulfito de sódio e metabissulfito de
sódio em quatro concentrações (0,0g, 0,2g, 0,4g, 0,6g e 0,8g), com três repetições cada. A
partir dos extratos aquosos obtidos foram feitas as análises de teor de sólidos totais e de
taninos condensados, esta última feita a partir de alíquotas de 100 g de cada extrato aquoso
obtido na etapa anterior, segundo a reação de Stiasny (WISSING, 1955). As médias dos
resultados obtidas de cada tratamento foram submetidas á analise de variância e comparadas
pelo teste de Tukey (P<0,05). Observou-se na análise de sólidos totais que os tratamentos
diferiram entre si, tendo o bissulfito de sódio obtido maior valor (0,574). Entre as
concentrações de bissulfito de sódio verificou-se notáveis diferenças, sendo o maior valor para
a concentração de 0,8 (0,707). Já para o metabissulfito de sódio não houve diferenças
significativas entre as concentrações (0,477). Analisando o teor de taninos observou-se
também diferença entre os dois tratamentos, destacando-se o bissulfito de sódio (8,612).
Constatou-se diferenças significativas entre as concentrações para os dois tratamentos. Maior
teor de extrativo foi observado na concentração de 0,4 para o bissulfito de sódio (12,45) e na
de 0,2 para o metabissulfito de sódio ( 9,487). Considerando-se os resultados obtidos através
do experimento, nota-se que a extração realizada com bissulfito de sódio gerou maior teor de
extrativo do que a feita com o metabissulfito de sódio. Além disso, pode-se concluir que o
aumento do teor de sólidos totais foi proporcional ao aumento do teor de taninos
condensados.
Apoio: IEF, UFVJM.
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FUNÇÕES DE TAPER PARA DIDYMOPANAX MOROTOTONII (AUBL.) DCNE ET
PLANCHEM. EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS
Danilo M. Fonseca, Márcio L. R. de Oliveira, Hélio G. Leite, Gilciano S. Nogueira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Cada vez mais o mercado exige produtos diversificados e de qualidade, e como os produtos
florestais não fogem à regra, faz-se necessário utilizar técnicas de quantificação e qualificação
desses produtos, entre as quais se têm os modelos de Taper, que resultam em informações
sobre o número de toras vinculadas às dimensões mínimas de cada produto a ser obtido do
povoamento florestal permitindo um planejamento de produção e logística de transporte e
comercialização de madeira, bem como a determinação do volume total e comercial para
qualquer diâmetro ou altura especificados. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo
ajustar modelos de afilamento em diferentes espaçamentos para a espécie Didymopanax
morototonii, a fim de quantificar o sortimento de madeira. Neste experimento foi adotado um
modelo em blocos casualizados, com quatro espaçamentos 3x2; 3x3; 3x4; 4x4 m e quatro
repetições A, B, C e D, utilizando-se parcelas de 2700 m². Um total de 362 árvores, com idade
de 10 anos, provenientes deste estudo, com diâmetros entre 15 e 33 cm e altura total entre 7
e 17 m, foi utilizado para análise. Uma vez que este estudo é apenas parte do experimento
descrito, as árvores não puderam ser abatidas para a cubagem rigorosa, assim, elas foram
cubadas em pé, com medição do diâmetro com casca a cada 2,0 m ao longo do tronco. Mediuse também a altura até a inserção dos galhos. Foram testados seis modelos, e estes
identificados do seguinte modo: Modelo1 – Guimarães e Leite; Modelo 2 –Demaerschalk;
Modelo 3 –Ormerod; Modelo 4 –Garay; Modelo 5 –Kozak; Modelo 6 –Kozak modificado.
Através do coeficiente de determinação (R²), erro padrão e do gráfico de resíduos foi possível
concluir que os modelos de “taper” de Kozak Modificado e de Garay forneceram estimativas
mais precisas do diâmetro com casca ao longo do fuste quando comparados com os outros
modelos, para todos os espaçamentos, bem como para a população. Todos os espaçamentos,
bem como a população como um todo seguiram a mesma tendência de decréscimo do
diâmetro ao longo do tronco, ou seja, apresentaram resultados semelhantes entre si. Apesar
dos dois modelos apresentarem precisão na estimativa do diâmetro, optou-se por utilizar o
modelo de Kozak Modificado (Modelo 6) neste estudo, devido à menor variância apresentada,
uma vez que os coeficientes de determinação e as análises gráficas foram similares ao modelo
de Garay (Modelo 4). Com a definição do melhor modelo é possível quantificar multiprodutos
de Didymopanax morototonii para definir o melhor uso destes indivíduos.
Apoio: UFVJM
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GENOTIPAGEM MOLECULAR DE CLONES DE EUCALYPTUS: DISCRIMINAÇÃO
GENOTÍPICA E PARENTESCO COMO AUXÍLIO AO MELHORAMENTO
Maiume Rughania, Reynaldo Campos Santana e Marcelo Luiz de Laia
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A cultura do eucalipto tornou-se uma importante atividade econômica em vários países do
mundo. Dentre suas principais características podem-se incluir o seu rápido crescimento, alta
capacidade produtiva, adaptabilidade a diversos ambientes e grande diversidade de espécies,
atendendo, assim, aos diversos setores da produção industrial. Atualmente, dos 6.782.500 ha
de florestas plantadas no Brasil, o eucalipto responde por 66,5%. Apesar disso, a demanda
ainda é maior do que a oferta. Assim, aumentar a produção é algo necessário e o aumento da
produtividade por área plantada parece ser a alternativa mais adequada, haja vista que o
aumento da área plantada é quase impossível. O melhoramento genético ocupa local de
destaque nessa tarefa, pois pode propiciar um incremento significativo na produtividade sem
demandar aumento da área cultivada. Mas, o melhoramento florestal é uma atividade onerosa
para o setor, uma vez que os resultados somente são alcançados no médio e longo prazos.
Portanto, o melhoramento deve utilizar as mais variadas técnicas e processos, a fim de obter o
produto melhorado o mais rápido possível e com o menor custo. Dentre as técnicas auxiliares
ao melhoramento convencional, por meio de cruzamentos, pode-se citar as de biologia
molecular. Esse conjunto de técnicas permite acessar fenótipos moleculares, como
marcadores em nível de DNA, que podem ser utilizados para identificação e discriminação
genética, bem como no direcionamento de cruzamentos. Assim, com o objetivo de verificar se
determinado grupo de clones elites de uma empresa florestal de Minas Gerais possuía
genótipos repetidos com identificação distinta e, ou, indivíduos distintos com a mesma
identificação, e a distância genética entre esses diferentes genótipos, procedeu-se a análise
genético-molecular dos mesmos. Para tal, folhas dos clones foram coletadas, em áreas de
plantio comercial e em áreas de pesquisa (matrizes), e submetidas à análise com marcadores
microssatélites. Os resultados das análises permitiram verificar que no grupo de 19 indivíduos,
onde se dizia haver 14 genótipos distintos, existem apenas 13. Logo, a empresa pode
renomear duas matrizes, uma vez que são os mesmos genótipos. Constatou-se, também, que
há cinco grupos bem distintos, sendo mais divergente o genótipo “D” e os mais aparentados os
genótipos “K”, “L”, “M”, “O”, “P”, “Q” e “R”. Esses resultados permitirão à empresa certificar
que suas matrizes possuem o genótipo desejado, além de permitir que o melhorista escolha os
cruzamentos mais divergentes, para obter heterose e novos genótipos, ou os mais
aparentados, para obter sementes melhoradas mais homogêneas. Logo, a genotipagem dos
matérias genéticos envolvidos no programa de melhoramento é de suma importância.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, FINEP, UFVJM
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GERMINAÇÃO DE EVOLVULUS LITHOSPERMOIDES, LUDWIGIA ELEGANS E
PHYSOCALYX AURANTIACUS
Fernanda C. Moreira, Maria Neudes S. Oliveira, Amanda Souza , Eglerson Duarte, Liliane T.
Lopes, Lana Ivone B. Cruz e Alice Coelho
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FLORICULTURA, PARQUES E JARDINS
Os campos rupestres apresentam uma grande diversidade de espécies com potencial
ornamental. Evolvulus lithospermoides Mart. (Convolvulaceae), a azulinha, Ludwigia elegans
(Cambess.) H. Hara (Onagraceae), a amarelinha e Physocalyx aurantiacus Pohl
(Orobanchaceae), a flor laranja são espécies nativas desse ambiente e apresentam potencial
ornamental devido à beleza de suas flores. A flor laranja consta em lista de espécies
ameaçadas de extinção e a azulinha floresce várias vezes durante o ano, podendo ser utilizada
para forração. O campus II da UFVJM está inserido em ambiente de Campo Rupestre e o
paisagismo do mesmo encontra-se em fase de implantação. A introdução de espécies nativas
com potencial ornamental no projeto de paisagismo do campus II pode representar vantagens,
como baixo custo de implantação e de manutenção. Uma vez que essas espécies são
adaptadas às mesmas condições ambientais do campus II. Conhecer a taxa de germinação é
efetivamente o ponto de partida quando se deseja utilizar determinada espécie para fins
ornamentais. Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a germinação de sementes de três
espécies nativas com potencial ornamental. As sementes de azulinha e de amarelinha foram
coletadas no campus JK da UFVJM em março/09 e as sementes de flor laranja foram coletadas
em área de Campo Rupestre, situada na comunidade de Galheiros-MG, em maio/09. Os testes
de germinação foram conduzidos em cinco repetições com 30 sementes cada, mantidos em
placas de Petri com papel de filtro umedecido em água destilada e em germinador
Mangerlsdorf, a 30ºC até a estabilização da germinação. Avaliou-se a taxa de germinação e o
índice de velocidade de germinação (IVG). A taxa de germinação das sementes de flor laranja,
amarelinha e azulinha foi de 73, 70 e 20%, respectivamente. A baixa taxa de germinação de
azulinha, em relação às outras duas espécies, pode está associada à época de coleta das
sementes, pois, muitas das sementes coletadas em fevereiro (mês anterior ao mês de coleta
para os testes) apresentaram aspecto esverdeado, o que pode indicar imaturidade. A
germinação das sementes de amarelinha, flor laranja e azulinha iniciou aos 5, 18 e 2 dias e
estabilizou aos 14, 31 e 28 dias após o semeio, respectivamente. O IVG de amarelinha, de flor
laranja e de azulinha foi 2,41; 1,36 e 0,57, respectivamente, indicando que as sementes de
amarelinha germinam mais rápido quando comparadas às de flor laranja e às de azulinha.
Conclui-se que a germinação das sementes não é o fator limitante para a propagação dessas
três espécies estudadas.
Apoio: CNPq
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Tamires P. Moreira, Luciana C. de Moura, Vinícius R. Fernandes, Auwdréia P. Alvarenga,
Reynaldo C. Santana, Miranda Titon
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GERMINAÇÃO IN VITRO DE SUCUPIRA-PRETA (BOWDICHIA VIRGILIOIDES KUNTH.)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Bowdichia virgilioides, conhecida vulgarmente com sucupira-preta é uma espécie arbórea
pertencente à família Fabaceae com ampla dispersão pelo Brasil. A produção de mudas de
sucupira-preta é realizada principalmente via semente e a germinação in vitro representa uma
alternativa para a proliferação dessa espécie. As atividades de cultivo in vitro são realizadas em
ambiente asséptico e com temperatura e iluminação controladas, e, as soluções de sais e
açúcares que compõem o meio de cultura possuem como principal função fornecer
substâncias essenciais para o crescimento e controlar, em grande parte, o padrão de
desenvolvimento in vitro. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o percentual de
germinação de sucupira-preta sob efeito de diferentes concentrações dos meios de cultura,
MS e WPM, combinados aos aditivos carvão ativado e polivinilpirrolidona (PVP) (1 g/L e 0,8
g/L, respectivamente). Frutos de sucupira-preta coletados em 6 matrizes do Parque Estadual
do Rio Preto foram beneficiados e as sementes foram armazenadas em câmara fria durante 10
meses. No laboratório de Melhoramento Florestal/UFVJM, as sementes foram lavadas
previamente com água destilada e, em câmera de fluxo laminar, enxaguadas com água
deionizada e autoclavada, imersas em álcool 70% por 1 minuto e, em seguida, em solução de
hipoclorito de sódio 5% por 5 minutos, sendo adicionado 4 a 5 gotas de Tween 20 para cada
100ml de solução. As sementes foram novamente enxaguadas com água deionizada e
autoclavada e inoculadas em tubos de ensaio contendo 10 ml do meio de cultura, MS ou
WPM, contendo 100 ou 50% dos sais e vitaminas e suplementados com dois tipos de aditivos,
carvão ativado e PVP. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualisado em esquema
fatorial 2 x 4 (2 aditivos e 4 composição do meio de cultura), com 4 repetições e 6 sementes
por repetição. Todos os tratamentos receberam 100 mg L-1 de mio-inositol, 30 g.L-1 de
sacarose e 7g L-1 de ágar, tiveram pH ajustado para 5,7 ± 0,1 e foram autoclavados por 15
minutos à temperatura de 121ºC e pressão de 1atm. Após a inoculação, as sementes foram
mantidas em sala de cultura de tecidos de sob fotoperíodo de 16 horas luz e 8 horas escuro, e
intensidade luminosa de aproximadamente 2000 lux e temperatura de 27º ± 2. Avaliou-se,
diariamente, durante 30 dias, o percentual de germinação e os dados foram submetido à
analise descritiva. Os melhores resultados foram obtidos nos tratamentos MS100% e MS50%
combinados com o carvão ativado (25%). No geral, o percentual de germinação foi baixo, o
que pode ser explicado pelo longo período de armazenamento das sementes (10 meses) e pela
dormência, pois a espécie possui dormência exógena (impermeabilidade tegumentar à água),
o que reduz sensivelmente seu percentual de germinação.
Apoio: FAPEMIG, IEF e FUNDAEPE
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85
GERMINAÇÃO IN VITRO DE TECA (TECTONA GRANDIS L. F.) SOB EFEITO DO ÁCIDO
GIBERÉLICO (GA3)
Bruno Silva Reis, Auwdréia Pereira Alvarenga, Breno Ítalo Durães Santana, Flávio Siqueira
D’Avila, Luciana Coelho de Moura, Luiz Carlos Araújo, Miranda Titon
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A germinação é uma seqüência de eventos fisiológicos, influenciada por fatores internos e
externos, podendo estes atuar por si ou em interação; os internos são os hormônios e
substâncias inibidoras não-hormonais, enquanto os externos que mais influenciam são
umidade, temperatura, luz e oxigênio. A germinação das sementes de teca (Tectona grandis
L.F.) sofre influência da umidade, da temperatura e da luz, portanto sugere-se um tratamento
prévio à semeadura, pois estão inseridas em um fruto que apresenta o endocarpo e o
mesocarpo duros dificultando assim a sua germinação. A propagação in vitro de teca torna-se
uma alternativa para conservação e utilização do potencial econômico em reflorestamentos
com fins madeireiros, por meio da multiplicação de genótipos selecionados. O ácido giberélico
(GA3) é um fitormônio promotor de crescimento que interfere positivamente em
determinadas fases do crescimento e desenvolvimento. As giberelinas têm função primordial,
uma vez que sua aplicação exógena, além de contrabalançar a inibição, provoca um aumento
endógeno de ácido giberélico, o qual tem papel chave na germinação, estando envolvido tanto
na superação da dormência como no controle da hidrólise de reservas das sementes. Assim,
este trabalho teve como objetivo avaliar a germinação in vitro de Tectona grandis em
diferentes concentrações de ácido giberélico (GA3). O delineamento experimental utilizado foi
o inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (concentrações de GA3 – 0, 1, 2, 3 e 4 mg
L-1), 4 repetições e 5 sementes por repetição. As sementes foram lavadas previamente com
água destilada e colocadas em câmera de fluxo laminar, onde foram enxaguadas com água
deionizada autoclavada. Posteriormente elas foram imersas em solução de álcool 70% por 1
minuto e em seguida em solução de hipoclorito de sódio (2,5% durante 15 minutos), sendo
adicionado 4 a 5 gotas de Tween 20 para cada 100 ml de solução. Após a desinfestação, as
sementes foram inoculadas em tubos de ensaio contendo 10 ml de meio de cultura composto
por sais e vitaminas MS, 100 mg L-1 de Mio-Inositol, 80 mg L-1 de PVP, 3% de sacarose , 5 g L-1
de Agar e GA3 (de acordo com os tratamentos) e mantidas em sala de cultura. O experimento
teve duração de vinte e três dias e avaliaram-se os percentuais de germinação sem
contaminação e IVG. A germinação iniciou-se no 2° dia e estabilizou-se no 16° dia. O maior
percentual de germinação sem contaminação (78%) e o maior IVG (2,48) foram obtidos no
tratamento com 4 mg L-1 de GA3 . Assim, para a germinação in-vitro da teca pode-se indicar
uma concentração de 4 mg L-1 de ácido giberélico.
Apoio: Departamento de Engenharia Florestal/UFVJM, Companhia do Vale do Araguaia
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Rodrigo A. Moreira, Richard Celso A. Moreira, Maria do Céu M. da Cruz
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GRANULADO BIOCLÁSTICO NA QUALIDADE DE FRUTOS DE TANGERINEIRA ‘PONKAN’
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
A maioria dos solos cultivados com plantas cítricas no Sudeste do Brasil apresenta acidez
elevada, alumínio em níveis tóxicos, baixa capacidade de retenção de cátions e baixos teores
de bases podendo prejudicar a qualidade dos frutos de tangerineira ‘Ponkan’ (Citrus reticulata
Blanco). Nesse sentido os granulados bioclásticos, constituídos por algas calcárias tipo
Lithothamnium sp., contribuem para a melhoria física, química e microbiológica do solo. O
trabalho foi realizado com objetivo de avaliar a influência do granulado bioclástico na
qualidade de frutos de tangerineira ‘Ponkan’ no município de Perdões, MG. O experimento foi
instalado em esquema fatorial 4x2 em blocos casualizados, com três repetições e quatro
plantas por parcela. Os tratamentos utilizados foram quatro doses de granulado bioclástico
(0,0; 0,3; 0,6 e 1,2 kg por planta) aplicadas no solo na projeção da copa, combinados com a
aplicação foliar de duas concentrações de granulado bioclástico (0 e 5%). As aplicações foram
parceladas em duas épocas: dezembro de 2009 e março de 2010. Foram colhidas 20 frutas
maduras por parcela, em julho de 2010, para avaliação do diâmetro transversal (mm),
diâmetro longitudinal (mm), massa (g), sólidos solúveis (°Brix), acidez titulável (%) e ratio. Foi
observada influência do granulado bioclástico aplicado via solo para diâmetro transversal,
diâmetro longitudinal, massa, acidez titulável e ratio. O granulado bioclástico aplicado via foliar
não foi significativo nas características avaliadas. A aplicação do granulado bioclástico via solo
melhorou a qualidade dos frutos de tangerineira ‘Ponkan’.
Apoio: UFLA, CAPES, CNPq
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HERBICIDAS APLICADOS NA CULTURA DO EUCALIPTO SÃO SELETIVOS A ORGANISMO
NÃO ALVOS?
Claubert W. G. de Menezes, Sebastião Lourenço. Assis Júnior, José B. dos Santos, Silma da S.
Camilo, Arley, J. Fonseca , Wagner S. Tavares e J C. Zanuncio
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O eucalipto possui várias espécies, muito das quais de interesse comercial. Plantas daninhas
podem prejudicar o desenvolvimento dessa cultura e causar prejuízos à produção. O uso de
herbicidas é o método mais comum para controle das plantas daninhas, o que pode causar
toxicidade a organismos não-alvos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a seletividade de
quatro herbicidas registrados para essa cultura, aplicados sobre o inimigo natural de pragas
Podisus nigrispinus Dallas, 1851 (Heteroptera: Pentatomidae). O experimento foi realizado no
Laboratório de Entomologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri em
Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Os tratamentos constaram da aplicação dos herbicidas
oxifluorfem, sulfentrazona, glifosato e isoxaflutol, em dose equivalente à comercial, e mais o
tratamento controle, constituído de água. Os herbicidas foram aspergidos em ovos de um dia
de P. nigrispinus. O ciclo de vida dos insetos sobreviventes a aplicação dos herbicidas foi
acompanhado durante todo o ciclo de vida do predador. Foi avaliado o número de ovos por
fêmea, número de postura, número de ninfas e porcentagem de eclosão de ovos da primeira
geração de P. nigrispinus. Observou-se diferença significativa no número de ovos por fêmeas
para todos os herbicidas, correspondendo em menos de 50% em relação ao controle. Também
ocorreu diferença significativa no número de postura e ninfas de P. nigrispinus, onde o
herbicida isoxaflutol apresentou os menores valores de seletividade a esse inseto. Para a
variável, número de ninfas, isoxaflutol apresentou toxicidade acentuada, onde menos de 10%
das posturas eclodiram. Apenas isoxaflutol apresentou diferença significativa para
porcentagem de eclosão de ovos (34%), os demais herbicidas não diferiram do controle,
apresentando eclosão de ovos acima de 75%, o que é observado como normal para essa
espécie. Conclui-se que ninfas de P. nigrispinus são sensíveis aos herbicidas testados e que
esses produtos são pouco seletivos a esses insetos.
Apoio: CAPES, CNPq, UFVJM.
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88
INFLUENCIA DA FORMA DA PARCELA NA DENSIDADE TOTAL EM REGENERAÇÃO
NATURAL DE CERRADO
M. S. Meira-Junior; A. D. Vieira; E. L. Machado; D. A. Chaves; M. L. R. Oliveira; S. L. L. Mota;
Israel Marinho Pereira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Em Ecologia Florestal, nota-se uma tendência na amostragem da vegetação adulta pelo uso de
parcelas retangulares, ao trabalhar em áreas de Cerrado. No entanto, quando se trata da
regeneração natural, geralmente debate-se com parcelas em formato quadrado. Uma
justificativa para se utilizar parcelas retangulares é a vantagem de se captar melhor os efeitos
dos gradientes ambientais, que possuem grande influência na estrutura da comunidade. Sendo
também a regeneração natural (RN) submissa a essa influência, o objetivo desse trabalho foi
comparar o número de indivíduos amostrados em dois formatos de parcelas (quadrada e
retangular) no inventário da regeneração natural de cerrado típico. A área de estudo foi um
fragmento de cerrado típico em Curvelo – MG, na Fazenda Experimental Campus do Moura,
pertencente à UFVJM. Foram utilizadas 30 unidades amostrais de 100 m² para a amostragem
da RN, sendo duas configurações distintas: metade com dimensões 10 × 10 m e o restante 2 ×
50 m. As 30 unidades foram instaladas no interior das parcelas utilizadas no inventário do
compartimento adulto com dimensões maiores (20 × 50 m). O critério de inclusão foi a altura
da planta entre 0,30 m e 1,5 m em relação ao nível do solo para todos os indivíduos lenhosos
vivos dentro das parcelas. A estatística utilizada para as comparações foi o teste χ². Foram
registrados 4.368 indivíduos no total, 1.966 amostrados nas parcelas quadrada e 2.402 nas
parcelas retangulares. As médias e desvios dos valores de indivíduos/parcela são
aproximadamente131 ind./parcela (quadrada) com desvio de 34,9 ind./parcela, e
aproximadamente160 ind./parcela (retangular) com desvio de 49,8 ind./parcela. O teste χ²
(282,83) não apontou diferença significativa (p<0,0001) entre os dois formatos de parcela,
quanto à densidade absoluta amostrada. De modo geral, as parcelas retangulares abrangeram
maior número de indivíduos (mas isso não é comprovado estatísticamente, essa diferenção
pode ter sido mera casualidade). Entretanto, em menor número de casos, o contrário também
pôde ser observado. Desta forma, deduz-se que os dois formatos de parcelas, de modo geral,
sofrem efeitos similares da variação ambiental, ou seja, os fatores determinantes da densidade
(quer seja fertilidade, luminosidade, umidade ou outros) podem ser indiretamente
representados, independentemente do formato de parcela dentre os utilizados.
Apoio: CNPq, UFVJM
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INFLUÊNCIA DO FOGO NO COMPORTAMENTO DO ESTRATO REGENERANTE EM UMA
ÁREA DE CAMPO CERRADO
Paula A. Oliveira, Thaís F. Jales, Wander G. Amaral, Israel M. Pereira, Mayara C. S. Fernandes,
Lídia G. Santos
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O fogo pode agir como elemento regulador de algumas espécies, sendo um dos principais
fatores ambientais que determinam as formações savânicas como o Cerrado, embora os
efeitos e consequências deste impacto na vegetação ainda são muito questionados, por isso,
estudos que possam elucidar esses efeitos são muito importantes. Nesse sentido, o objetivo
do presente trabalho foi avaliar a influência do fogo no comportamento do estrato
regenerante em área de Campo Cerrado. Foram estudados três ambientes, sendo dois com
ocorrência de fogo e um testemunha. Em cada ambiente plotou-se uma parcela de 10×50 m
(500 m2) subdividida em vinte subparcelas de 5×5 m (25 m2). Foram amostrados todos os
indivíduos arbustivo-arbóreos vivos com H ≥ 0,10 m e DAS ≤ 5 cm. As espécies Myrsine
guianensis e Eugenia punicifolia se destacaram como as principais colonizadoras nos
ambientes I e II, podendo ser indicadas como potencial para o uso em programas de
recuperação de áreas degradadas em ambientes semelhantes alterados pelo fogo. Já
Kielmeyera coriacea, que embora tenha tido sua elevada resiliência destacada por alguns
autores, mostrou-se altamente sensível à ocorrência do fogo já que esteve presente apenas no
ambiente testemunha.
Apoio: DEF/UFVJM
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INFLUÊNCIA NA TEMPERATURA DO SOLO EM ÁREA CULTIVADA COM BANANEIRA
SOLTEIRA E CONSORCIADA COM LEGUMINOSAS PERENES
Mateus Augusto L. Quaresma, Túlio P. C Silva, Diego Mathias N. da Silva, Fábio L. de Oliveira,
Eduardo C. Costa, Haroldo Doria, Binca P. Mendes
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
O consórcio de culturas é uma prática conservacionista utilizada a muito tempo por
agricultores. O sistema é caracterizado pelo crescimento simultâneo ou não, de culturas em
uma mesma área, não estabelecidas necessariamente ao mesmo tempo, visando melhorias
para cultura de interesse e o aumento da rentabilidade por unidade de área cultivada. O
trabalho foi definido a partir da demanda apresentada em conjunto com a Escola Família
Agrícola de Virgem da Lapa - MG. O objetivo do trabalho é avaliar a influência de leguminosas
herbáceas perenes na temperatura do solo. A área experimental corresponde a um pomar de
banana (Musa balbisiana), implantado em Janeiro de 2010, que foi consorciada com
leguminosas em novembro de 2010, utilizando de irrigação por microaspersõres, com turno de
rega de oito horas semanal nas épocas mais secas do ano. Foi adotado o delineamento em
blocos casualizados, com três tratamentos, sendo duas leguminosas perenes, cudzu tropical
(Pueraria phaseoloides), calopogonio (Calopogonium mucunoides), e testemunha (com a
vegetação natural manejada), com quatro repetições. As parcelas experimentais
compreendem uma área 18 m2, ocupadas por quatro touceiras de bananeiras. Foi
determinada taxa de cobertura do solo e as temperaturas do solo foram coletadas nas
profundidades de 5, 10 e 15 cm, aos 30, 60, e 90 dias após a semeadura (DAS). As leituras
foram instantâneas, com auxílio de termômetro digital, modelo SoloTerm 1200, que utiliza
sonda metálica, realizadas às 14 horas. Os valores das variáveis estimadas são referentes à
média harmônica entre as datas de coleta respectivamente. Os dados foram submetidos à
análise de variância pelo teste F, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade. Foram estabelecidos 100% de cobertura do solo pelas leguminosas perenes
testadas aos 90 DAS. Consequentemente foi observado à redução na temperatura do solo
coberto com adubo verde em todas as profundidades verificadas. O calopogônio e o cudzu
apresentou temperatura media a 5 cm de profundidade, de 28,2°C e 30,0°C respectivamente,
enquanto a testemunha apresentou media de 37,5°C no horário das 14 horas. Nas outras
profundidades de 10 cm e 15 cm as duas leguminosas também mantiveram a temperatura
abaixo da encontrada na testemunha. Estas condições proporcionadas pelo uso da cobertura
viva apresentam temperaturas mais favoráveis ao desenvolvimento radicular da cultura da
bananeira, podendo influenciar na área de exploração do mesmo e diminuir a perda de água
por evaporação nas camadas superficiais do solo.
Apoio: MCT/CNPq, FAPEMIG, MDA/SAF, MDS EFA-VIRGEM DA LAPA, UFVJM.
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INIBIÇÃO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE COBERTURA VIVA
DO SOLO*
Maira P. Santiago, Mateus Augusto L. Quaresma, Paulo Otávio B. Stancioli, Diego Mathias N.
da Silva, Ricardo B. Teodoro, Fábio Luiz de Oliveira, Marivaldo A. de Carvalho
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
As práticas de adubação verde, entre muito dos benefícios em termos de conservação do solo,
atua em suas condições químicas, físicas e biológicas, é pode vir a minimizar tratos culturais
através da inibição e alteração do componente vegetal indesejado as atividades agrícolas. O
solo protegido por uma cobertura vegetal tem a tendência de diminuição dos processos
erosivos, quando utilizado plantas leguminosas estas podem incorporar grande quantidade de
nitrogênio atmosférico ao sistema, tolera-se sombreamento parcial pela cultura de interesse, e
assim ocupa um nicho onde seria substrato de desenvolvimento de plantas que possivelmente
traria prejuízo a cultura de finalidade econômica. Objetivou-se testar a inibição de plantas
indesejadas através do uso de adubos verde como cobertura de solo. A área na qual foi
realizado o experimento encontrava-se em pousio, coberta pela vegetação espontânea. O
delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro
repetições. Os tratamentos foram constituídos pelas seguintes leguminosas: Cudzu Tropical
(Pueraria phaseoloides), Calopogônio (Calopogonium mucunoides), Amendoim Forrageiro
(Arachis pintoi), Soja Perene (Glycine wightii), Estilosante Campo Grande (Stylosanthes
capitata e Stylosanthes macrocephala) e testemunha (sem cobertura). Antes da semeadura, foi
realizada capina manual em toda a área do experimento. As leguminosas foram semeadas em
4 de dezembro de 2008 (período chuvoso), na profundidade de 2 cm, espaçamento entre
sulcos de 40 cm, com densidade média de 30 sementes por metro, sendo o amendoim
forrageiro semeado com densidade média de 20 sementes por metro de sulco. A área de cada
parcela foi de 4 m² (2 x 2m), sendo determinadas taxa de cobertura do solo e a capacidade de
inibição da vegetação que nasce em local e momento indesejado a uma atividade antrópica. O
período de avaliação foi compreendido entre os meses de novembro de 2009 a fevereiro de
2010. A capacidade de supressão da vegetação espontânea pelas leguminosas foi estimada na
área de 1m² central das parcelas, através do acúmulo de fitomassa seca da vegetação
espontânea, determinada após secagem em estufa, com ventilação de ar forçada à
temperatura de 65ºC por 72 horas, em seguida pesada em balança analítica. Nas condições em
que foi conduzido o experimento, o uso das leguminosas perenes como cobertura permanente
de solo promoveu supressão sobre o crescimento das espécies de plantas espontâneas. O
Calopogônio, A. Forrageiro e Cudzu se destacaram pela maior taxa de cobertura do solo, e a
maior capacidade de inibição da vegetação espontânea foi apresentada pelo Calopogônio
seguido do Cudzu que tiveram infestação 75% menores que a testemunha. Demonstrando que
a cobertura do solo pode trazer significativa redução da emergência e do crescimento de
plantas indesejadas em culturas agrícolas, possibilitando a redução da mão-de-obra com
capinas e a competição entre plantas adventícias e a cultura de interesse.
Apoio: * Projeto de iniciação científica da bolsista PIBIC-UFVJM/FAPEMIG, Maira Pereira
Santiago, e parte integrante do projeto CNPq 558387/2009-8. APOIO: FAPEMIG, MCT/CNPq,
MDA/SAF, MDS, EFAJ, UFVJM.
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INTRODUÇÃO DO CULTIVO DE ZANTEDESCHIA AETHIOPICA (L.) SPRENG. VAR. CALLA
GREEN EM DIAMANTINA
Fernanda C. Moreira; Mário K. Tanaka; Maria N. de Oliveira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FLORICULTURA, PARQUES E JARDINS
Zantedeschia aethiopica (L.) Spreng., conhecida como copo-de-leite, é uma espécie
ornamental utilizada como flor de corte e em jardinagem, podendo ser cultivada a pleno sol ou
a meia sombra. Depende de baixas temperaturas para o florescimento e não prospera bem em
climas quentes. A variedade branca é a mais conhecida. A variedade Calla Green tem a
vantagem de apresentar uma maior vida útil pós-colheita e de alcançar melhores preços de
mercado. Em Minas Gerais, a Calla Green é cultivada em Manhuaçu e Três Pontas. Do
acompanhamento de cultivos nessas localidades, tem sido observado, que a partir de
novembro, até maio, a produção é completamente paralisada. O presente trabalho objetivou
avaliar o comportamento de Zantedeschia aethiopica var. Calla Green, em Diamantina,
partindo da hipótese de que o clima local é favorável à cultura. O plantio foi instalado em abril
de 2010, em canteiros, em ambiente sombreado e em pleno sol. Nos canteiros de 5m x 1m
utilizou-se, para cada m2, 40 litros de esterco de gado curtido, 200g de calcário e 100g de 828-16 (25g/cova). Bulbos, com 2 cm de diâmetro, retirados de touceiras produtivas, foram
plantados em covas espaçadas de 50x50cm. Aos três e seis meses após o plantio realizou-se
adubação de cobertura, utilizando 10g de 20-00-20 por planta. A produção iniciou aos três
meses após o plantio e foi contínua até o momento. Dezembro e janeiro foram os meses de
menor produção. A cada quatro folhas, duas flores são produzidas; a segunda surge quando a
primeira já perdeu a qualidade comercial. O aumento na produção de uma planta/touceira é
devido à produção dos perfilhos, que surgem continuamente e florescem quando apresentam
quatro folhas adultas. A vida útil pós-colheita de Calla Green do tratamento sombreado foi de
20 dias, e aumentou quando a parte translúcida da base da haste da flor foi cortada
frequentemente e a água de imersão substituída. Flores coletadas nos meses mais quentes
apresentaram menor vida útil, 15 dias em média. As flores do tratamento sombreado
apresentaram melhor qualidade (hastes e espatas maiores) e as plantas maiores e mais
vigorosas. A menor temperatura do ambiente sombreado, mais do que a intensidade
luminosa, parece ter favorecido as plantas desse ambiente, uma vez que nos meses mais frios
a quantidade de flores produzidas não diferiu entre as plantas dos dois ambientes, embora,
nos meses mais quentes, nas plantas do tratamento pleno sol a redução na produção foi
maior. Em todo o período as flores das plantas do tratamento pleno sol foram menores e com
menor período de colheita. Por outro lado, os perfilhos das plantas desse ambiente foram em
maior número, porém, menores. A produção de flores da variedade Calla Green durante todo
o ano faz da região de Diamantina promissora para o seu cultivo. Diamantina estaria em
vantagem, em relação a outras regiões de Minas onde essa variedade é atualmente cultivada
(Manhuaçu e Três Pontas), visto que nessas a produção se concentra de junho a novembro.
Apoio: CNPq
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ISÓTOPOS ESTÁVEIS DE CARBONO NA VEGETAÇÃO E NA MATÉRIA ORGÂNICA DO
SOLO SOB DUAS FITOFISIONOMIAS DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL PAU- DEFRUTA
Bárbara P. C. Silva, Vinícius E. Silva, Rafaela D. A. Freire, Carlos V. Mendonça Filho, Márcio L.
Silva, Diêgo F. A. Bispo, Alexandre C. Silva.
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
Isótopos são espécies atômicas de um mesmo elemento químico com mesmo número de
prótons, mas com massas diferentes, devido à diferenciação do número de nêutrons. A
aplicabilidade dos isótopos estáveis em estudos ambientais baseia-se no principio que a
composição isotópica varia de uma forma previsível conforme o elemento se movimenta nos
diversos compartimentos dos ecossistemas, e, dessa forma, pode-se inferir sobre processos
físicos, químicos e biológicos através do enriquecimento (+) ou empobrecimento (-) do isótopo
leve (abundante) em relação ao pesado (raro), levando-se como referência um padrão
internacional. Com base nisso, a utilização do δ13C do carbono orgânico do solo é fonte de
informações sobre paleovegetações e paleoclimas. As plantas discriminam carbono da
seguinte maneira: Espécies C3: média de -27‰ ; espécies C4: média -13‰ ; espécies CAM:
média -19‰ de δ13C. Na APA Pau de Fruta ocorrem duas fitofisionomias: Campo Limpo
Úmido e Floresta Estacional Semidecidual. O objetivo desse trabalho foi determinar o teor de
δ13C das espécies mais abundantes do campo e da floresta, e estabelecer relações com o teor
de 13C da matéria orgânica do solo sob essas duas fitofisionomias. Foram selecionadas 11
espécies do campo e 4 da floresta e coletadas amostras de solo de 5 em 5 cm em 3 pontos sob
cada fitofisionomia, até a profundidade de 50 cm. Para a determinação da composição
isotópica as amostras foram secas em estufa a 40°C, homogeneizadas em almofariz de ágata e
pesadas 3,5 mg de amostra em cápsulas de estanho, para determinar os valores de δ13C, em
um espectrômetro de massa do laboratório de isótopos estáveis do CENA/USP. Os valores de
δ13C variaram entre as fitofisionomias, sendo que as espécies de campo apresentaram média
de -25,75‰ e as espécies de floresta média de -29,91‰ de δ13C. A matéria orgânica dos solos
sob a Floresta Estacional apresentou valores médios de δ13C de -25,14‰, o que caracteriza a
vegetação predominante na área atualmente, ou seja, espécies de ciclo fotossintético C3. Na
MOS do Campo Limpo Úmido, observa-se valores médios de δ13C de -19,35‰ , que
caracteriza uma mistura entre espécies C3 e C4, ou ainda metabolismo CAM. Observou-se
diferenças significativas entre as profundidades nos valores de δ13C da MOS da Floresta
Estacional Semidecidual e não houve essa diferença no campo. Com o aumento da
profundidade, observa-se um enriquecimento de δ 13C, provavelmente pela maior
contribuição de plantas C4 nas camadas mais profundas. Sugere-se, portanto, uma maior
contribuição de vegetação campestre no passado, onde atualmente a vegetação é de Floresta,
provavelmente pela prevalência de um clima mais seco que o atual.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES.
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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MAPEAMENTO, DETERMINAÇÃO DO ESTOQUE DE CARBONO ARMAZENADO E VALOR
AMBIENTAL DAS TURFEIRAS NA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL – SDEM:
RESULTADOS PRELIMINARES
Márcio L. Silva, Alexandre C. Silva, Pablo G. S. Soares, Roberto V. Costa, Rafaela D. A. Freire,
Uidemar M. Barral, Diêgo F. A. Bispo
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
A Serra do Espinhaço Meridional - SdEM, nascente do Rio Jequitinhonha e de importantes
afluentes dos Rio São Francisco e Doce, possui litologias predominantemente quartzíticas e é
caracterizada por apresentar áreas dissecadas entremeadas a superfícies de aplainamento,
onde, nas depressões, ocorrem as Turfeiras, grandes reservatórios de carbono e de água. A
formação e a constituição física, química e biológica dessas Turfeiras é pouco conhecida e sua
caracterização pode acelerar o entendimento da dinâmica e reações da matéria orgânica em
regiões tropicais, uma vez que apresentam matéria orgânica de diferentes idades e estágios de
decomposição. As Turfeiras também são utilizadas para detectar, por meio de diferenças na
idade das camadas em profundidade e sua composição física e química, variações climáticas
ocorridas no Quaternário. Outro papel importante reservado para as Turfeiras é sua utilização
como arquivo ambiental e cronológico da evolução das paisagens, das mudanças climáticas e
da deposição atmosférica de metais pesados, em escala regional ou mesmo global. Vários
autores identificaram, em regiões temperadas, ciclos de poluição atmosférica natural ou
antrópica, estudando esses pedoambientes e os relacionando a fatos históricos ocorridos há
pelo menos 10.000 anos. A realização de estudos dessa natureza em regiões tropicais é de
grande valia para o entendimento da dinâmica da poluição ambiental e das mudanças
climáticas em nível local, regional e mesmo global. Esse trabalho objetiva quantificar o estoque
de carbono armazenado e caracterizar a matéria orgânica, realizar datações radiocarbônicas, e
determinar o teor de metais pesados nas Turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional,
correlacionando a dinâmica da matéria orgânica com a evolução das paisagens, com mudanças
climáticas e com ciclos locais/regionais/globais de poluição atmosférica. Estão sendo coletadas
amostras a cada 2 cm de profundidade e o carbono está sendo fracionado em solúvel, fixado,
humificado, oxidável, não oxidável e C biomassa. Como resultados preliminares, através de
mapeamentos via técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, está sendo possível
entender melhor a natureza geológica, geomorfológica e hidro-climatológica das turfeiras e
sua inserção na paisagem regional. Através de algumas datações já realizadas, foi possível
constatar que na Serra do Espinhaço Meridional existem turfeiras de diferentes idades, sendo
as mais antigas com matéria orgânica de 42 mil anos,sendo possível estabelecer algumas
inferências quanto à evolução da paisagem nesse período geológico. Outro fato constatado,
com a determinação do volume e estoque de carbono, foi que esses ecossistemas possuem
uma grande reserva de carbono armazenado, guardando significativa importância dentro da
dinâmica evolutiva da Serra do Espinhaço Meridional – SdEM.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM.
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95
MÉTODO SISTEMÁTICO DE CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS EM FLORESTA DE
EUCALIPTO, UTILIZANDO ISCAS GRANULADAS
Elen S. O. Cruz, Ronald Zanetti, Antônio J. M. Nunes, Claubert W. G. de Menezes, Wagner de S.
Tavares, Sebastião L. de Assis Júnior e José C. Zanuncio
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Formigas cortadeiras são importantes pragas em culturas de florestas de eucalipto, e o seu
combate torna-se necessário para que não ocorram perdas econômicas. O método de
combate sistemático de formigas (iscas distribuídas aleatoriamente na área de plantio) tem
sido pouco estudado, apesar de ser prática comum em muitas empresas florestais brasileiras.
O objetivo desse trabalho foi testar a eficiência de uma isca formicida à base de sulfluramida
aplicada de forma sistemática, a granel ou com microporta-iscas, no controle de formigas
cortadeiras. O experimento foi realizado em área reflorestada da Celulose Nipo-Brasileira S.A.
em Belo Oriente, Minas Gerais, Brasil. Três áreas com 18ha cada foram utilizadas. Em cada
área foram marcadas dez parcelas de 270m² (9,0 x 30,0m), que receberam um dos seguintes
tratamentos: T1= aplicação sistemática a granel de isca à base de sulfluramida (0,3%) na
dosagem de 5,0g a cada 6,0m² (3,0 x 2,0m); T2= aplicação sistemática a granel de isca à base
de sulfluramida (0,3%) em microporta-iscas (saquinhos de polietileno) de 10,0g a cada 12,0m²
(3,0 x 4,0m); e T3= testemunha (sem aplicação de isca formicida). A isca a granel foi aplicada
com dosador-aplicador costal. Trinta dias após a aplicação das iscas, os formigueiros foram
abertos e avaliados. A eficiência da isca granulada no combate sistemático variou com o
método empregado e com a espécie de formiga-cortadeira. A maior eficiência foi obtida para
Acromyrmex subterraneus molestans (Hymenoptera: Formicidae), com 69,2% de suas colônias
mortas com a isca aplicada a granel e 62,5% com microporta-iscas, o que indica que a
distribuição entre dois pontos com isca nos plantios de eucalipto foi maior que a área de
forrageamento das formigas-cortadeiras encontradas e/ou, que a dosagem aplicada por ponto
foi insuficiente.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFLA, UFV, UFRRJ, Celulose Nipo-Brasileira S.A.
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96
MICROMORFOLOGIA DOS SOLOS DAS MICROBACIAS DE VEREDAS DAS CHAPADAS
DO ALTO VALE DO JEQUITINHONHA, MG
Fábio H. A. Bispo, Diêgo F. A. Bispo, Márcio L. Silva, Bárbara P. C. Silva, Pablo G. S. Soares,
Uidemar M. Barral, Alexandre C. Silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
As veredas normalmente ocorrem em áreas com predominância de Latossolos e Gleissolos,
sendo o primeiro bastante influenciado pelo intenso intemperismo e o segundo afetado pelos
processos de hidromorfismo. Uma das características marcantes nos Latossolos é a estrutura
granular composta por microagregados estáveis, porém, ainda não há um consenso sobre os
mecanismos formadores e reguladores da estabilidade dos agregados em Latossolos. Já nos
Gleissolos normalmente ocorre à microestrutura prismática. O entendimento destas
microestruturas ajuda no manejo e na compreensão da gênese destes solos. Esse trabalho tem
como objetivo caracterizar micromorfologicamente uma vertente de vereda no município de
Minas Novas, MG. Amostras indeformadas foram coletadas em todos os perfis de solo
(Latossolo Vermelho Amarelo - LVA, Latossolo Amarelo - LA, Latossolo Acinzentado - LAC e
Gleissolo Háplico - GXbd), utilizando caixas de papel cartão envoltas com papel filme. Para a
confecção das lâminas nos laboratórios da ESALQ/USP, as amostras foram impregnadas com
resina cristal e monômero de estireno, e após o endurecimento foram cortadas com serra
adiamantada e polidas com pó de carborundum até atingir a espessura adequada. As lâminas
foram analisadas em microscópio petrográfico, verificando o material grosseiro, material fino,
porosidade e outras feições pedológicas. A microestrutura prismática e a porosidade de
empilhamento/empacotamento é dominante no GXbd; também se encontra cavidades
biológicas, câmaras, canais e microfissuras. Observa-se a presença de ferri-argilãs de iluviação,
assim como cutãs composto por argila iluviada e pedotúbulos sem preenchimento. O LAC
possui uma microestrutura microgranular adensada com subestrutura granular e revela
nódulos de ferro alongados na região dos mosqueados, e a porosidade cavitária é comum
neste solo. Os fragmentos de carvão também são constantes neste perfil, evidenciando que a
cobertura vegetal desse solo esteve e está sujeita a incêndios, provocando principalmente a
carbonização de raízes. Os LVA e LA apresentam uma microestrutura do tipo microagregados
coalescidos, agregados subangulares e aglomerados de agregados. Ambos apresentam uma
porosidade com empilhamento complexo e composto também por cavidades biológicas e
microfissuras; ocorrem nestes perfis feições pedológicas como: nódulos de ferro e agrotúbulos
preenchidos por óxidos de ferro e argila. Todos os perfis estudados apresentam uma trama
pórfiro-enáulica. Um dos atributos mais importantes na classe dos Latossolos e que foi
verificado na vertente, é a presença da microestrutura granular que sugere a ação da fauna e
demonstra o caráter latossólico deste solo. Os cutãs e ferri-argilãs no Gleissolo indicam a
ocorrência de argiluviação, constituindo numa forte evidência de clima seco no passado na
vereda estudada.
Apoio: FAPEMIG, CNPq e ARCELOR MITTAL
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97
MINERALOGIA DOS SOLOS DAS MICROBACIAS DE VEREDAS DAS CHAPADAS DO ALTO
VALE DO JEQUITINHONHA, MG
Fábio H. A. Bispo, Rafaela D. A. Freire, Roberto V. Costa, Diêgo F. A. Bispo, Ana M. M. Botelho,
Alexandre C. Silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
Nas paisagens de chapadas do Alto Vale do Jequitinhonha há a predominância de Latossolos e
nas partes mais deprimidas onde se situam as microbacias das veredas encontra-se Gleissolos
ou solos acinzentados. A caulinita, gibbsita, hematita e a goethita são os principais minerais da
fração argila dos Latossolos brasileiros, ocorrendo também o anatásio. Os Latossolos são
destituídos de minerais primários ou secundários facilmente intemperizados e na fração argila
devido a apresentar avançado grau de intemperismo tem a dominância de argilominerais do
tipo 1:1, predominantemente caulinita. A composição mineralógica dos Gleissolos são
basicamente caulinita, podendo ser encontrado também argilominerais 2:1. Objetivou-se
neste trabalho efetuar a caracterização mineralógica de uma topossequência de solos de uma
microbacia representativa das veredas do Alto Vale do Jequitinhonha, MG. Em topossequência
situada na vertente da microbacia de uma vereda na região de Minas Novas (MG), foram
caracterizados os seguintes solos, do topo para a base da vereda: Latossolo Vermelho Amarelo
Distrófico típico (LVA), Latossolo Amarelo Distrófico típico (LA), Latossolo Acinzentado
Distrófico (“LAC”) e Gleissolo Háplico Tb distrófico argissólico (GXbd). A mineralogia da fração
argila foi determinada pela técnica de difração de raios-X (DRX) e a mineralogia dos óxidos de
ferro foi realizada pelo procedimento de concentração de óxidos consistindo na utilização da
solução de NaOH 5M, em ebulição, que promove a destruição dos minerais silicatados e dos
óxidos de alumínio. A assembléia mineralógica da fração argila em todos os solos estudados é
constituída principalmente por caulinita, além de ocorrer óxido de titânio (anatásio). Goethita
e gibbsita estão presentes nos LVA e LA. No GXbd identificou-se ilita e também verificou-se
picos de baixa intensidade de vermiculita. Os LVA e LA são constituídos essencialmente de
caulinita, goethita e gibbsita, argilominerais típicos de solos formados pelo intenso
intemperismo e sob excelentes condições de drenagem. O LAC apresentou somente caulinita e
anatásio e não se identificou nenhum óxido de ferro. A presença de caulinita nos perfis do
topo, meia encosta e sopé sugere que houve um intenso processo de intemperismo, havendo
grande perda de sílica. O LAC não apresentou óxido de ferro pelo fato deste elemento ter
sofrido redução e ter migrado para as partes inferiores da vertente, nos períodos em que este
solo foi afetado pelas condições redutoras (Paleogleissolos). Os atuais Gleissolos preservaram
a ilita e a vermiculita na fração argila que são marcas de períodos mais secos ou herdado do
material de origem.
Apoio: FAPEMIG, CNPq e ARCELOR MITTAL
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98
MODELAGEM DA RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO DE UM LATOSSOLO VERMELHO
AMARELO EUTRÓFICO EM DIFERENTES MANEJOS E USO
Thiago Francisco M. dos Santos ; Wellington W. Rocha ; Daniel H. Primo; Vitor G.Figueiredo ;
Henrique F. Ramos & Danilo D. L. Carvalho
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / ENGENHARIA AGRÍCOLA
O presente trabalho teve o objetivo de acompanhar a resistência do solo à penetração (RP) em
diferentes sistemas de manejo e diferentes umidades. O solo estudado é um Latossolo
Vermelho Amarelo eutrófico submetido aos manejos: Piquetes de Braquiária brizanta cv.
Marandu e Braquiária rusisiensis, pastejo extensivo de Braquiária brizanta cv. Marandu e mata
natural onde a pressão de pastejo em todos os manejos é de aproximadamente 4ua/ha. A
resistência à penetração foi avaliada por meio de um penetrômetro de bolso da marca ELE
International, em amostras de solo indeformadas correspondentes à camada de 0 – 0,05m,
coletadas com o auxílio de uma amostrador do tipo Uhland, com anéis de 2,2cm de altura com
6 cm de diâmetro e onde foram coletadas 5 amostras por área de estudo. Estas amostras
depois de saturadas em laboratório por 48 horas, foram submetidas ao ensaio de
penetrometria em duas avaliações diárias até não se conseguir mais leituras dadas ao
secamento das mesmas, sendo que as amostras foram pesadas logo após todos os ensaios.
Feito isso, as amostras foram levadas à estufa 105ºC por 24h para secagem, à partir de onde é
possível calcular as respectivas umidades, pois tem-se os valores do solo úmido e do solo seco
em cada ensaio de resistecia à penetração(RP). A modelagem foi feita ajustando um modelo
exponencial de RP x Umidade. Os resultados mostraram que os todos os sistemas,
apresentaram valores de RP próximos a 2MPa, inclusive na mata, onde o gado anda à procura
de sombra. Conclui-se então, pêlos procedimentos descritos por Snedecor & Cochran (1989)
que o pisoteio animal promoveu essa condição de RP a valores próximos de 2MPa e que, logo
serão necessárias práticas de correção da compactação.
Apoio: CNPq, UFVJM
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99
MORFOMETRIA E RAZÃO SEXUAL DE PALMISTICHUS ELAEISIS (HYMENOPTERA:
EULOPHIDAE) EM HOSPEDEIRO PREDADO POR PODISUS NIGRISPINUS
(HETEROPTERA: PENTATOMIDAE)
Lariane C. Junker, Marcus A. Soares, José C. Zanuncio, Aline R. P. Pedrosa, Veríssimo G. M. de
Sá, Sebastião L. de Assis Júnior
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
O plantio de soja e eucalipto no Brasil se baseia em monoculturas, o que simplifica o
ecossistema. A diversificação de espécies de inimigos naturais é uma alternativa de manejo de
desfolhadores, mas é necessário avaliar os níveis de competição. O objetivo foi avaliar o efeito
da predação de Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae) em hospedeiro parasitado
por Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae), na morfometria e razão sexual dos
parasitóides adultos emergidos. Pupas do hospedeiro alternativo Tenebrio molitor
(Coleoptera: Tenebrionidae) foram individualizadas e expostas ao parasitismo por seis fêmeas
de P. elaeisis por 24 horas. Essas pupas hospedeiras, contendo larvas de P. elaeisis, foram
individualizadas em placas de Petri com um chumaço de algodão embebido com água
destilada. Uma fêmea de P. nigrispinus, não alimentada e com 48 horas de emergência, foi
liberada no interior das placas de Petri. Os tratamentos consistiram dos períodos de 24 e 48
horas do predador com as pupas, ou da ausência de predação. Posteriormente, as pupas
foram retiradas, individualizadas em tubos de ensaio e mantidas a 25 ± 1 ºC, 70 ± 10% de
umidade relativa e fotofase de 12 horas em estufa tipo B.O.D.. Após a emergência dos
parasitóides os parâmetros morfométricos e a razão sexual dos adultos foram avaliados. Os
dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e suas médias comparadas pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade com o SAEG. O tamanho da cápsula cefálica de P. elaeisis foi
maior em pupas não predadas (0,59 ± 0, 004 para fêmeas e 0,47 ± 0,01 para machos) do que
naquelas predadas (0,51 ± 0,04 e 0,43 ± 0,04) e o do corpo dos adultos foi semelhante entre
tratamentos. A razão sexual de P. elaeisis foi maior em pupas não predadas (0,95 ± 0,02) do
que nas predadas por 24 e 48 horas (0,81 ± 0,05 e 0,86 ± 0,03). A menor morfometria e razão
sexual podem prejudicar o desempenho de P. elaeisis e reduzir sua população no campo, o
que reduziria seu efeito como agente de controle biológico natural.
Apoio: CNPq
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Nermy R. Valadares, Alcinei M. Azevedo, Carlos E. Pedrosa, Marcus F. S. Dornas, Bárbara M.
Castro, Marcos A. M. Ferreira, Valter C. Andrade Júnior
100
NÍVEL DE DANO OCASIONADO PELA TRAÇA-DAS-CRUCÍFERAS EM GENÓTIPOS DE
COUVE
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOSSANIDADE
O objetivo deste trabalho foi avaliar o dano ocasionado pelo ataque da traça-das-crucíferas em
22 genótipos de couve, sendo 19 genótipos do banco de germoplasma da Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e 3 três cultivares comerciais, utilizadas
como testemunhas. O experimento foi conduzido no Setor de Olericultura da UFVJM, onde
foram semeadas 15 sementes das cultivares comerciais Couve Legitima Pé Alto (C1), Couve
Manteiga Baby (C2) e Couve de Folha (C3) em bandejas de isopor de 128 células, contendo
substrato artificial. Após 30 dias foram selecionadas quatro plantas mais vigorosas de cada
cultivar, que foram transplantadas para vasos de polietileno com capacidade para 5 kg (uma
planta por vaso), contendo uma mistura de solo e esterco bovino (2:1). Concomitantemente,
quatro brotos de cada genótipo do banco de germoplasma foram plantados em vasos iguais
aos descritos anteriormente e com o mesmo substrato. Todos os vasos foram mantidos em
casa de vegetação, sendo transportados após três meses para estufa, onde houve a infestação
espontânea da traça-das-crucíferas. Após um mês da transferência dos vasos para a estufa
foram avaliadas em cada planta duas folhas escolhidas aleatoriamente e previamente
marcadas, da parte apical, mediana e basal da planta. Foi avaliado o nível de dano (ND) a partir
de uma escala de notas variando de 0 a 5, sendo que as notas baixas indicam menores danos
(maiores níveis de resistência) e as notas altas maiores danos (menores níveis de resistência).
As notas foram atribuídas por dois avaliadores previamente treinados. O delineamento
experimental utilizado foi em blocos inteiramente casualizados com quatro repetições, sendo
cada vaso uma repetição. A análise estatística foi feita com auxilio do software SISVAR 5.1,
utilizando a média de ND obtida nas três categorias (apical, mediana e basal). Após a análise de
variância pelo teste F e verificação de significância, os tratamentos foram comparados pelo
teste de Scott-Knott (1974) a 5% de probabilidade. A cultivar comercial C3 foi a que
apresentou o menor ND, com nota 1,17, diferindo-se significativamente dos demais genótipos
avaliados, sendo indicada como a mais tolerante à traça-das-crucíferas. Entre os genótipos não
comerciais avaliados se destacaram UFVJM 8 e UFVJM 17 apresentando valores médios para
ND de 2,72 e 2,58, respectivamente, não diferindo significativamente da cultivar comercial C2
com média 2,33, sendo estes genótipos tolerantes à traça-das-crucíferas.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM
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101
O ASSOCIATIVISMO NA AGRICULTURA FAMILIAR DOS ESTADOS DA BAHIA E MINAS
GERAIS: POTENCIALIDADES E DESAFIOS FRENTE AO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE
ALIMENTOS (PAA)
Venícios O. Alves, Naldeir dos S. Vieira, Telma C. da Silva e Palloma R. Ferreira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / EXTENSÃO RURAL
Este artigo tem como objetivo principal averiguar as potencialidades e desafios do
associativismo frente ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) voltado para a agricultura
familiar, na visão dos agentes de extensão rural (de ATER) dos estados da Bahia e de Minas
Gerais. A metodologia utilizada primeiramente foi à pesquisa bibliográfica, onde teve destaque
os assuntos sobre a agricultura familiar, sobre o PAA e sobre o associativismo. Posteriormente,
foi feito o envio e recebimento de questionários via e-mail para os agentes de ATER da região
em estudo. Pelo desconhecimento do número real do universo, esta pesquisa é nãoprobabilística. Dos entrevistados, 85% responderam que a importância do associativismo é
favorecer o surgimento e expansão de novos empreendimentos, seguida pelo fato de
combater a pobreza 67%, e, favorecer a criação e inovação tecnológica 56%. Em relação aos
pontos fortes das associações em que eles atuam, 52% responderam que é a facilidade de
produzir e vender seus produtos, 26% disseram que é a eficiência operacional, e, 22%, a boa
infra-estrutura e os equipamentos existem nas associações. Como pontos fracos destacaram as
dificuldades financeiras 80,6%, a infra-estrutura inadequada 77,2%, a dificuldade para
transporte das mercadorias produzidas 65%, e, a falta de mão-de-obra qualificada 61,7%. Os
agentes de ATER 77% apontaram programas do governo como o PAA como uma das principais
oportunidades para as associações. Pro outro lado, na visão de 48,5% dos agentes, a existência
de pouco apoio estatal específico para as associações torna-se a principal ameaça enfrentada
por estas instituições. Em relação às dificuldades do associativismo em relação a sua produção,
ganhou destaque a falta de produção continuada para atender ao mercado consumidor 67,5%,
dificuldades para estocagem e armazenagem 65,5%, e o fato dos preços dos produtos serem
pouco competitivos 35,4%. Para acessar o PAA, os agentes destacaram como principal
dificuldade o pouco conhecimento sobre o programa 59%, dificuldades para a elaboração do
projeto 56%, dificuldades quanto ao preenchimento da documentação 38% e dificuldades para
ter acesso aos recursos liberados 36%. Os agentes apontaram como principais potencialidades
do PAA para as associações a garantia de vendas dos produtos 85%, a possibilidade de geração
de renda 83%, proporciona ao associado maior compromisso com a associação 65%, o
aumento da produção da associação 56%, e, o aumento da escala de comercialização 55%. Por
meio dos resultados obtidos, nota-se que, na visão dos agentes de Ater, as principais
potencialidades do PAA para as associações do estado da Bahia e Minas Gerais são as garantias
de vendas dos produtos, refletindo no maior compromisso dos associados com as associações,
e, no aumento de sua escala de comercialização. Como principais limitações foram destacadas
o pouco conhecimento sobre o PAA, dificuldades para a elaboração do projeto, e, quanto ao
preenchimento da documentação requerida.
Apoio: CNPq, MCT, MDA, Saf/Dater, EDUCOOP
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Gabriela P. Barbosa, Gleyce C. Dutra, Gabriel C. de Ávila, Viviane C. de Paula
102
OCORRÊNCIAS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO PARQUE ESTADUAL DO BIRIBIRI NO
PERÍODO DE 2007 A 2010
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O Parque Estadual do Biribiri está inserido no complexo da Serra do Espinhaço, no município
de Diamantina, na região do Alto Jequitinhonha. É uma área e preservação marcada por
paisagens de beleza cênica, uma cobertura vegetal composta por Cerrado, Campos Rupestres
e Matas de Galeria e várias espécies que estão ameaçadas de extinção. O presente trabalho
tem como objetivo apontar as áreas do Parque Estadual do Biribiri mais atingidas por
incêndios no período de 2007 a 2010 e suas relações de proximidade com áreas de ocupação
humana. Ocorrência de incêndios florestais entre os anos de 2007 e 2010 foram registradas e
delimitadas, com o auxilio de um receptor de GPS, pelo núcleo do IEF sediado em Diamantina
e responsável pela gerência do parque. Esses dados foram integrados em um ambiente SIG.
Para a análise da localização das ocorrências dentro dos limites do parque, foi realizado o
cálculo do centróide das áreas delimitadas. A consulta da época de ocorrência foi via tabela de
atributos das layers, que continham essa informação. Registrou-se um total de 179 ocorrências
nos anos considerados: 80 em 2007, 40 em 2008, 27 em 2009 e 32 em 2010. Observou-se que
os incêndios foram predominantes entre os meses de Junho a Outubro, meses mais secos do
ano na região. A região apresenta um regime climático tipicamente tropical, ocorrendo uma
estação chuvosa e outra estação seca bastante prolongada o que ocasiona a região sérios
problemas com incêndios florestais. Observou-se também que as ocorrências dos incêndios
florestais no Parque se concentraram na porção Centro-Sul, principalmente nas áreas próximas
ao bairro Cidade Nova, no município de Diamantina; ao longo da estrada dentro do parque,
que dá acesso ao povoado de Pinheiros e a Vila de Biribiri, e ao longo da rodovia MG 367.
Esses dados sugerem que os incêndios na região foram provocados por atividades humanas.
Sabe-se que a grande maioria dos incêndios florestais no Brasil tem origem antrópica, sendo a
principal causa os incendiários, seguidas por queima para limpeza de áreas nas quais perdeuse o controle do fogo.
Apoio: UFVJM/PIBEX, IEF-MG
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Roberto V. Costa, Alexandre C. Silva, Márcio L. Silva, Magno D. O. G. Araújo, Rafaela D. A.
Freire, Ana M. M. Botelho, Uidemar M. Barral
103
ÓXIDOS DE FE, AL, TI, MN E SI EM SOLOS MAGNÉTICOS NO VALE DO JEQUITINHONHA
E SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL - SDEM
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
Os óxidos de ferro são indicadores de fatores pedogenéticos, incluindo a litologia dominante
no material de origem, e revelam características pedo-ambientais diagnósticas, inclusive, como
base para o agrupamento hierárquico, e, em muitas circunstâncias, da potencialidade agrícola
dos solos, sobretudo os de áreas tropicais do globo. Com este trabalho objetivou-se quantificar
os teores totais de óxidos de Fe, Al, Ti, Mn e Si, de solos desenvolvidos numa litossequência de
rochas básicas a ácidas, em quatro localidades da Serra do Espinhaço Meridional e do Alto Vale
do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Foram coletados e avaliados solos de quatro regiões:
Couto Magalhães de Minas (Latossolo Vermelho Distrófico), Turmalina (Latossolo Vermelho
Distrófico), Planalto de Minas (Nitossolo Vermelho Eutroférrico) e Pinheiro (Latossolo
Vermelho Distroférrico). Os teores totais de óxidos de Fe, Al, Ti, Mn e Si foram determinados
após o tratamento da TFSA com H2SO4 1:1 (volume - ataque sulfúrico). A partir dos teores de
óxidos obtidos pelo ataque em ácido sulfúrico foram calculadas as relações moleculares Ki ((%
SiO2 x 1,697)/% Al2O3) e Kr ((% SiO2 x 1,697)/[% Al2O3) + (% Fe2O3 x 0,64)], as quais foram
utilizadas como índices de intemperismo do solo e são apropriadas para caracterização de
amostras de solos, principalmente dos Latossolos. Os teores de óxidos de Fe, Al, Ti, Mn e Si
encontrados nas amostras coletadas em Pinheiros, Planalto de Minas, Turmalina e Couto
Magalhães de Minas respectivamente foram: Fe2O3 (22,51%), (17,52%), (0,60%) e (6,19%);
Al2O3 (20,14%), (22,03%), (35,24%) e (15,86%); TiO2 (47,04%), (26,09%), (14,64%) e (6,16%);
MnO (0,12%), (0,04%), (0,03%) e (0,20%); SiO2 (14,70%), (26,40%), (19,40%) e (15,70%). De
acordo com os teores de óxidos de Fe, o latossolo de Couto de Magalhães é hipoférrico o
latossolo de Turmalina é mesoférrico e o latossolo de Pinheiro e o nitossolo de Panalto de
Minas são férricos. As relações moleculares das amostras dos solos de Pinheiros, Planalto de
Minas, Turmalina e Couto Magalhães de Minas Ki e Kr respectivamente foram: Ki= (1,437),
(2,360), (1,084) e (1,950) e Kr (0,838), (1,347), (0,919) e (0,413). Os valores de Ki e Kr
evidenciam que o nitossolo, cujos Ki e Kr são mais elevados, é menos intemperizado do que os
latossolos.
Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES, UFVJM.
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Bárbara G. Ribeiro, Maria José H. de souza, Fulvio Cupolillo
104
PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO E FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA DAS PRECIPITAÇÕES
DIÁRIAS EM DIAMANTINA – MINAS GERAIS (1977 – 2009)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGROMETEOROLOGIA
A análise de chuvas intensas consiste em um dos produtos mais aplicados da hidrologia. A
chuva intensa é aquela que apresenta grande lâmina precipitada, durante pequeno intervalo
de tempo, sendo as variáveis que as caracterizam a duração, a intensidade e a freqüência de
ocorrência. O acondicionamento das chuvas em diferentes classes permite o estudo dos
padrões de distribuição das mesmas. O presente trabalho objetivou, estudar a freqüência de
precipitação em diferentes classes, em Diamantina - MG, com a finalidade de observar os
padrões de sua distribuição e sua frequência de ocorrência. O trabalho foi desenvolvido nas
dependências da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM),
Diamantina, Minas Gerais. Foram utilizados dados diários de precipitação obtidos juntos ao 5°
Distrito de Meteorologia – 5° DISME – pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia
(INMET). Foram analisados 12049 dias, considerando também os dias nulos (sem a ocorrência
de precipitação). Os dados diários de precipitação, de cada mês, foram agrupados em
diferentes classes (0 mm, 0,1 – 25 mm, 25,1 – 50 mm, 50,1 – 100 mm, 100,1 – 150 mm, acima
de 150,1 mm). Posteriormente calculou-se a frequência de ocorrência de cada classe e a
porcentagem correspondente a cada frequência. Foram feitos gráficos do comportamento da
precipitação média histórica, a fim de mostrar a distribuição da precipitação anual, e para a
freqüência de ocorrência de precipitação dentro dos intervalos estabelecidos. Analisando os
dados foi possível observar que as chuvas em Diamantina se concentram nos meses de
Outubro a Abril, caracterizando o período chuvoso. Durante esses meses ocorrem
precipitações que correspondem cerca de 90% do total precipitado no ano. Foi possível notar
que a frequência de dias sem chuva aumenta consideravelmente até Agosto. Os meses de
Julho e Agosto foram os meses que tiveram maiores frequências de dias sem chuva e menores
frequências de dias com chuva. Em compensação os meses de Dezembro e Janeiro se
comportam de maneira inversa. Excluindo-se a classe que representa a frequência de dias sem
chuva, o intervalo mais significativo é o de 0,1 a 25 mm. Os meses de Julho e Agosto
apresentam as maiores médias de dias sem chuva, 28 e 27 dias respectivamente. Já os meses
de Dezembro e Janeiro apresentam as menores médias, de dias sem chuva, 10 e 12 dias
respectivamente. Desta forma pode-se concluir que chuvas com precipitações maiores do que
50 mm não foram frequentes. As precipitações correspondentes ao intervalo de 0,1 a 25 mm
ocorreram em todos os meses contribuindo com uma frequência de aproximadamente 30%.
Os dias nulos (que não ocorreram precipitações) são os mais frequentes contribuindo com
cerca de 70% das frequências de ocorrência. O estudo do comportamento da precipitação na
cidade, além de ser importante para o planejamento agrícola é importante também para o
calendário turístico da região.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM, INMET
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105
PERÍODO IMATURO E EMERGÊNCIA DO PARASITÓIDE PALMISTICHUS ELAEISIS
(HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) EM HOSPEDEIRO PREDADO POR PODISUS
NIGRISPINUS (HETEROPTERA: PENTATOMIDAE)
Lariane C. Junker, Marcus A. Soares, José C. Zanuncio, Aline R. P. Pedrosa, Veríssimo G. M. de
Sá, Sebastião L. de Assis Júnior
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae) é produzido e liberado para o controle de
lepidópteros em florestas de eucalipto e plantios de soja no Brasil. Esses predadores poderiam
competir por recursos com parasitóides nativos, abundantes no agroecossistema, como
Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae). Este estudo objetivou avaliar a emergência e
período imaturo de P. elaeisis em hospedeiros predados por P. nigrispinus no laboratório.
Pupas do hospedeiro alternativo Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae) foram
individualizadas e expostas ao parasitismo por seis fêmeas de P. elaeisis por 24 horas. Essas
pupas hospedeiras, contendo o parasitóide na fase larval, foram individualizadas em placas de
Petri com um chumaço de algodão embebido com água destilada. Uma fêmea de P.
nigrispinus, não alimentada e com 48 horas de emergência, foi liberada no interior das placas
de Petri. Os tratamentos consistiram dos períodos de 24 e 48 horas do predador com as pupas
ou sem predação. Posteriormente, as pupas foram retiradas, individualizadas em tubos de
ensaio e mantidas a 25 ± 1 ºC, 70 ± 10% de umidade relativa e fotofase de 12 horas em estufa
tipo B.O.D.. Avaliou-se o número de pupas com parasitismo, o período imaturo dos
parasitóides e o número de indivíduos de P. elaeisis emergidos. Os dados foram submetidos à
análise de variância (ANOVA) e suas médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade com o SAEG. O número de pupas com emergência de parasitóides não variou
entre tratamentos, já o período imaturo dos parasitóides foi menor no tratamento com 48h de
predação (21,54 ± 0,74). A média de indivíduos de P. elaeisis emergidos por hospedeiro foi
maior no tratamento sem predação (41 ± 7) e com 24h de predação (37 ± 4) e menor naquele
com hospedeiro predado por 48h (17 ± 4). A menor emergência pode prejudicar o
desempenho desse parasitóide e reduzir sua população no campo, reduzindo o controle
biológico natural de lepidópteros.
Apoio: CNPq
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106
POTENCIAL REPRODUTIVO DE PALMISTICHUS ELAEISIS (HYMENOPTERA:
EULOPHIDAE) PREDANDO PUPAS DE ANTICARSIA GEMMATALIS (LEPIDOPTERA:
NOCTUIDAE) EM CULTIVO DE SOJA TRANSGÊNICA
Sarah S. D. da Costa, Mabio C. Lacerda, Claubert W. G. de Menezes, Marcus A. Soares, Wagner
de S. Tavares, Sebastião L. de Assis Junior e José C. Zanuncio
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
A expansão de lavouras de soja transgênica e tolerantes ao herbicida glyphosate desperta o
interesse sobre possíveis impactos em organismos não-alvos. Palmistichus elaeisis
(Hymenoptera: Eulophidae) se destaca por parasitar pupas de espécies-pragas de
lepidópteros. O objetivo desse trabalho foi avaliar o impacto de cultivares de soja transgênica,
tolerantes ao herbicida glyphosate, sobre P. elaeisis parasitando pupas de Anticarsia
gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae) alimentadas nas cultivares CD 212 RR, CD 214 RR, OC 14
e CD 201. Pupas de A. gemmatalis, com 48 horas, foram expostas ao parasitismo por seis
fêmeas de P. elaeisis, com 72 horas de idade. A duração do ciclo de vida (ovo-adulto), as
porcentagens de parasitismo e de emergência da progênie e o tamanho da cápsula cefálica dos
parasitóides emergidos, foram avaliados em pupas de A. gemmatalis. O experimento teve 12
repetições, sendo cada pupa uma parcela em delineamento, inteiramente, casualizado. O peso
de pupas de A. gemmatalis foi semelhante entre tratamentos ou gerações e o parasitismo
maior ou igual a 95%, sem diferenças entre tratamentos. A emergência de P. elaeisis foi
semelhante entre tratamantos, de 43,75 a 87,50% na primeira geração e de 50,00 a 56,25% na
segunda. A razão sexual, acima de 0,87, foi semelhante entre tratamentos. A largura da
cápsula cefálica de machos e fêmeas de P. elaeisis foi menor com a cultivar CD 214 RR. A
longevidade de machos e fêmeas foi menor na segunda geração (21,50 e 19,62 dias) que na
primeira (30,18 e 28,25 dias para fêmeas e machos, respectivamente) com a cultivar CD 212
RR. Essa redução foi observada, também, para a largura da cápsula cefálica de machos e para a
longevidade das fêmeas de P. elaeisis, de primeira e segunda geração com a cultivar CD 201,
mas isto não afetou sua reprodução. O tipo de cultivar, para alimentação do hospedeiro, não
afetou os demais parâmetros reprodutivos de P. elaeisis, o qual pode ser utilizado em lavouras
transgênicas de soja e tolerantes ao herbicida glyphosate para o controle de A. gemmatalis.
Apoio: CNPq, FAPEMIG
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107
POTENCIALIDADES DO USO DE COBERTURA VIVA, NA MANUTENÇÃO DA UMIDADE E
VARIAÇÃO TERMICA DO SOLO, NO MUNICIPIO DE ITINGA REGIÃO DO MEDIO
JEQUITINHONHA*
Mateus Augusto L. Quaresma, Diego Mathias N. da Silva, Ricardo B. Teodoro, Fábio Luiz de
Oliveira, Eduardo C. Costa, Maira P. Santiago, Marivaldo A. de Carvalho
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
A atividade agrícola na região de semi-árido é desafiadora, principalmente por características
de escassez de água em um longo período do ano. Essas condições edafo-climaticas ressaltam
a necessidade a adoção de estratégias que possibilitem a proteção contínua do solo, assim
possibilitando uma menor amplitude térmica e consequentemente o maior tempo da água no
solo, vindo a ser uma das alternativas para permanência da atividade agrícola nestas regiões. O
estudo objetivou-se avaliar o comportamento de leguminosas herbáceas perenes em
condições de baixa pluviosidade. Este trabalho foi realizado na área de produção da Escola
Família Agrícola de Jacaré – EFAJ, na comunidade de Jacaré, município de Itinga-MG. A região é
caracterizada pela sua semi-aridez, com precipitações anuais abaixo de 1.000 mm, com grande
concentração nos meses de verão. Geograficamente, a área representa um prolongamento
para o sul do semi-árido nordestino região de caatinga. O delineamento adotado foi o de
blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: Cudzu
Tropical, Calopogônio, Amendoim Forrageiro, Soja Perene, Estilosantes e testemunha (solo
descoberto). A área de cada parcela foi de 4 m² (2 x 2m), considerados como área útil, os 2 m²
centrais. As avaliações iniciaram após o período de estiagem, no período de restabelecimento
das leguminosas, sendo determinada taxa de cobertura do solo; promoção da retenção de
umidade e conservação da temperatura do solo. A temperatura do solo determinada na
profundidade de 5 cm. A umidade volumétrica do solo foi determinada na camada de 0-5 cm
de profundidade. Os valores de umidade e temperatura são referentes à média harmônica
entre as quatro e três datas de coleta respectivamente, estes dados foram submetidos à
análise de variância pelo teste F, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade. Foi observada redução na temperatura do solo coberto com as leguminosas
perenes. Estas temperaturas permaneceram com media abaixo de 32°C, em quanto à
testemunha, que se encontrava com temperatura media próxima a 45°C, na profundidade de 5
cm do solo, no horário de 14 horas. A ressaltar que todas as leguminosas, exceto o
estilosantes, apresentaram maiores volumes de água retida no solo, demonstrando os
benefícios que essas podem trazer ao sistema com a manutenção de umidade no solo,
principalmente se tratando da região do médio Jequitinhonha que apresenta características de
semi-aridez, onde a manutenção de água no solo pode significar a possibilidade de extensão
no período de cultivo após as chuvas, tornando assim, uma alternativa para os agricultores da
região. O Calopogônio, Amendoim e Cudzu destacaram pela maior taxa de cobertura do solo.
O calopogônio, Cudzu, Soja Perene e Amendoim apresentaram uma eficiente redução da
variação térmica do solo, este em temperaturas mais adequadas ao desenvolvimento vegetal e
consequentemente uma maior retenção de umidade no solo em relação à testemunha.
Apoio: * Projeto de iniciação científica da bolsista PIBIC-UFVJM/FAPEMIG, Maira Pereira
Santiago, e parte integrante do projeto CNPq 558387/2009-8. APOIO: FAPEMIG, MCT/CNPq,
MDA/SAF, MDS, EFAJ, UFVJM.
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108
PREDAÇÃO DE SEMENTES POR GIBBOBRUCHUS SP. (COLEOPTERA: BRUCHIDAE) E
SUA INFLUÊNCIA NA GERMINAÇÃO DE BAUHINIA FORFICATA (FABACEAE:
CAESALPINIOIDEAE)
Gilson Geraldo S. O. Júnior, Bruno S. Reis, Rodrigo D. Silveira, Sebastião Lourenço A. Júnior
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A ocorrência de elevado número de vagens danificadas por insetos e o pequeno número de
mudas obtidas de sementes atacadas são motivo de preocupação para a produção de mudas
de essências florestais. Dentre os fatores que causam a baixa produtividade das leguminosas
nativas destaca-se a danificação de sementes, que pelo seu alto valor nutritivo é um dos alvos
preferidos da fauna predadora, especialmente os besouros da família Bruchidae. A Bauhinia
forficata Link (Fabaceae: Caesalpinioideae) possui folhas uncinadas com formato semelhante a
uma pata de vaca, fato que originou seu nome vulgar. É uma planta largamente utilizada na
medicina popular em casos de diabetes. Este estudo teve como objetivo avaliar a taxa de
predação por bruquídeos e sua influência na germinação das sementes de pata de vaca. Foram
coletados 500 frutos em cinco matrizes localizadas em mata ciliar em São Gonçalo do Rio Preto
- MG. Os frutos oriundos de cada matriz constituíram as amostras, divididas em cinco lotes.
Estes foram acondicionados em gaiolas de madeira teladas, com tampas de vidro, de
dimensões 30x30x30 cm, e levados ao Laboratório de Entomologia da UFVJM. As sementes
foram analisadas individualmente por meio da caracterização qualitativa em indene (sadias),
danificada e chochas (abortada). Os 500 frutos produziram 4988 sementes, das quais
728,6±129,32 (73,04%) estavam indenes e 197±94,53 (19,75%) chochas. As sementes
danificadas foram atacadas por duas espécies do gênero Gibbobruchus (Coleoptera:
Bruchidae), sendo que uma atacou 17,8±5,93 (1,78%) e a outra 5,2±4,87 (0,52%) sementes.
Foram, ainda, constatados os ataques de 48,4±27,52 (4,85%) sementes por uma espécie de
Lepidoptera Pyralidae e 0,6±0,89 por fungos (0,06%). Existem casos em que o ataque de
bruquídeos diminutos pode quebrar a dormência da semente e outros que não impedem a
germinação por não danificarem o embrião. Para essa verificação, foram separadas amostras
de 75 sementes indenes e 75 danificadas pelos bruquídeos para se fazer os testes de poder
germinativo. As sementes foram colocadas para germinar em sala climatizada sob condições
controladas de 25°C, 70% de UR e fotoperíodo de 12 horas em papel germitest,
acondicionadas em caixas gerbox, umedecidas com água destilada. A contagem foi feita
diariamente para verificar a germinabilidade (G%). Estes ensaios foram conduzidos com três
repetições de 25 sementes cada, o lote de 25 sementes danificadas foi organizado segundo a
variação de peso das mesmas. As faixas de variação de peso foram: faixa 1 (peso variando de
0,0030 - 0,0315), faixa 2 (0,0315 - 0,0601) e faixa 3 (0,0601 - 0,1457). Na faixa 1 não teve
sementes germinadas. As faixas 2 e 3 tiveram 8% e 36% das sementes germinadas,
respectivamente. A faixa 3 em que houve a menor perda de substrato foi a que promoveu o
maior índice de germinação.Os bruquídeos consomem boa parcela do substrato da sementes e
seus danos afetam a germinação e o desenvolvimento das sementes de pata de vaca.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM.
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Andressa T. Lima, Gustavo A. M. Pereira, Renan R. Braga, Eliza C. M. Byrro, Daniel V. Silva, José
B. dos Santos
109
PRODUÇÃO DE FITOMASSA E COBERTURA DO SOLO POR ADUBOS VERDES NA
REGIÃO DO ALTO VALE DO JEQUITINHONHA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
A adubação verde é uma das práticas que contribuem para uma maior sustentabilidade do
agrossistema, visa à incorporação ou não de restos vegetais não decompostos, com a
finalidade de preservar e melhorar a fertilidade das terras agrícolas. Promovendo o acúmulo
de matéria orgânica na superfície do solo, reciclagem de nutrientes e aporte de N por meio da
fixação biológica, principalmente pelas leguminosas, melhora os atributos químicos e físicos do
solo, promovendo uma maior retenção e capacidade de infiltração de água, aumento da
biodiversidade no solo, controle dos efeitos da temperatura no solo, sequestro de carbono e
controle de plantas daninhas. Objetivou-se com esse trabalho avaliar o desempenho de seis
leguminosas utilizadas para adubação verde, quanto à produtividade de fitomassa e cobertura
do solo. O experimento foi conduzido em Diamantina- MG, entre os meses de março a outubro
de 2010, em delineamento em blocos casualizado com quatro repetições. Os adubos verdes
utilizados foram: crotalária (Crotalaria spectabilis), feijão de porco (Canavalia ensiformis),
feijão guandu anão (Cajanus cajan), lab-lab (Dolichos lab lab), mucuna anã (Mucuna
deenringiana) e tremoço branco (Lupinus albus L.). A avaliação de cobertura de solo foi
calculada em porcentagem, avaliando-se fotos retiradas de cada parcela semanalmente e a
área determinada com o auxílio do “software” Image pro-plus. As fotos foram inseridas no
programa que diferenciava áreas expostas de áreas cobertas pelos adubos verdes. Os dados
obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias, quando significativas,
comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro. De modo geral os adubos
verdes apresentaram elevadas produções de fitomassa, porém foram observados diferentes
picos de cobertura do solo. Considerada uma planta de dia curto a crotalária foi o adubo verde
que melhor adaptou-se a época de cultivo em Diamantina. Apesar de florescer aos 68 dias
após o plantio a espécie apresentava-se mais fibrosa na época da avaliação e, por isso, com
maiores valores de matéria fresca. Entre as espécies estudadas, o feijão de porco foi o adubo
verde que obteve os maiores índices de cobertura durante todo o período experimental.
Apesar de produzir pouca matéria seca, a espécie apresenta crescimento inicial rápido com
índices elevados de cobertura do solo logo nas primeiras semanas de avaliação. Portanto o
mais eficiente para cobrir o solo e interceptar a radiação, sendo assim de grande interesse
para o controle da erosão e no programa de manejo de plantas daninhas.
Apoio: UFVJM, Fapemig, CNPq
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SULA J. de O. FERNANDES, ANY C. P. RODRIGUES, LAÍS G. SILVA, REYNALDO C. SANTANA,
ENILSON B. SILVA
110
PRODUÇÃO DE MINIESTACAS DE EUCALIPTO EM FUNÇÃO DO MANEJO DA
IRRIGAÇÃO NO MINIJARDIM CLONAL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
O manejo adequado do minijardim clonal é o início para a garantia de mudas de boa
qualidade. Um dos principais fatores limitantes nesta fase é o uso excessivo de água e
fertilizantes em decorrência da falta de critério técnicos para o manejo da fertirrigação. Assim,
o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de miniestacas do clone híbrido de E. urophylla
S.T. Blake e E. grandis W. Hill ex Maiden em função do manejo da irrigação do minijardim
clonal no viveiro da Empresa Sada Bio Energia e Agricultura LTDA, Sete Lagoas (MG). O
experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados, composto por seis
irrigações (T1, T2, T3, T4, T5, T6) e um tratamento adicional (T7) e quatro blocos. Os
tratamentos foram definidos de acordo com a leitura diária do Tanque Classe A (T1 = 50% da
ETc; T2= 75% da ETc; T3 = 100% da ETc; T4 = 125% da ETc; T5 = 150% da ETc ; T6 = 100% da ETc
e T7 = adicional (operacional da empresa - lâmina 10,66 mm dia-1, dividida em oito
fertirrigações)). A freqüência de irrigação para cada tratamento foi estabelecida de forma a
não ultrapassar a capacidade de campo da areia. Assim, para o T1 aplicou-se uma irrigação; T2
e T3 duas irrigações; T4 e T5 três irrigações; exceção foi observada para o T6 com apenas uma
lâmina de irrigação. A umidade do substrato em cada unidade experimental foi mensurada
duas vezes ao dia utilizando-se o equipamento TDR (Reflectometria no domínio do tempo). A
primeira medição (H1) foi realizada às 8:00, antes da primeira irrigação, enquanto a segunda
medição (H2) foi realizada às 16:00, após a última irrigação do dia. Foram avaliados as variáveis
produção (miniestaca/minicepa/7dias), eletrocondutividade do substrato (EC), clorofilas A, B e
Total, massa seca da parte aérea, área foliar (AF), quantidade de água percolada, sua
eletrocondutividade e pH. A umidade no substrato não teve alteração significativa entre os
tratamentos e os horários de medição. A produção de miniestacas ficou entre 1,7 – 2,96, onde
o maior valor refere-se a T6 e o menor T7. Entre os tratamentos T1 e T6 não houve diferença
significativa, diferindo somente o T7. O tratamento T1 (50% da ETc) referente a área do
canaletão apresentou ser 1,6 vezes mais eficiente do que T7 (tratamento adicional)
representando uma economia de 79%, em kg de adubo. Somente para os tratamentos
referentes às três maiores lâminas de irrigação foi constatado solução lixiviada, sendo que os
maiores volumes e os menores Ec encontrados foram para os tratamentos T4 e T5, devido a
uma maior diluição dos nutrientes proporcionado pelas lâminas aplicadas (125% e 150% da
ETc, respectivamente). Para as demais variáveis não houve resposta para os diferentes
manejos de irrigação, exceto área foliar e eletrocondutividade do substrato. Conclui-se que as
lâminas de irrigação referente 50% da ETc – 100 % da ETc (T1, T2, T3 e T6) podem ser utilizadas
para a produção de miniestaca em minijardim clonal.
Apoio: CAPES, SADA BIOENERGIA S/A, UFVJM
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Fillipe V. Araújo; Luiz David O. Rabelo; Rodrigo O. de Lara; Luiz Otavio R. de Melo; Matheus T.
Toledo; Evandro Luiz M. Machado; Israel M. Pereira
111
PRODUÇÃO DE SERRAPILHEIRA EM UM FRAGMENTO DE MATA ESTACIONAL
SEMIDECIDUAL NO PARQUE ESTADUAL DO BIRIBIRI EM DIAMANTINA, MINAS GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Considera-se serrapilheira todo material orgânico depositado na superfície solo de uma
floresta, em um determinado tempo, tendo, um papel fundamental na manutenção da
fertilidade do solo nas florestas, onde, por meio da ciclagem de nutrientes, a decomposição da
serrapilheira é o principal meio de retorno de nutrientes para as plantas que estão nesses
ecossistemas. Entre os componentes desse material vegetal depositado no solo, as folhas e os
galhos finos são os maiores responsáveis pela fertilidade da camada superficial do solo. Sendo
assim, objetivo deste trabalho é estimar a produção de serrapilheira de um fragmento de mata
Estacional Semidecidual, contida no Parque Estadual do Biribiri. Para a coleta de serrapilheira
foram instalados 50 coletores, e envolvidos com uma tela de nylon com malha 2x2 mm, em 25
parcelas de 20x20 metros, sendo dois por parcela, posicionados a 6,67 m da borda inferior e
superior da parcela. Cada coletor apresenta dimensões de 50x50 cm, elevados a 35 cm do solo.
As coletas foram realizadas quinzenalmente, no período de setembro de 2010 a março de
2011. As amostras foram divididas em 3 estratos: Folhas, Galhos e Outros (flores,frutos,
sementes e materiais não identificáveis)onde posteriormente foram condicionadas em sacos
de papel, identificadas e levados para o laboratório, e depois pesadas com umidade de campo
e secas em estufa de circulação forçada a 60 °C ± 5 °C até peso constante, ocorrendo
aproximadamente em 24 horas, e novamente pesadas para obtenção do peso seco e a partir
daí estimando-se a deposição de serrapilheira. A média estimada de serrapilheira para o
fragmento foi de 2.601,86 kg/ha para o período de estudo. A fração galho teve uma
contribuição de, 607,32 kg/ha ou 22,34 % do total da serrapilheira estimada, já a fração outros
apresentou a menor contribuição com 387,39 kg/ha ou 14,88 %. A fração folha apresentou a
maior contribuição da media estimada com 1607,11 kg/ha ou 61,76 %, isso se deve a
característica da fitofisionomia em estudo, pertencer a lugares que apresentam dupla
estacionalidade climática, sendo que na época seca as espécies desta fitofisionomia tem a
características de perderem uma grande porcentagem de sua copa, contribuindo não só para a
elevação da quantidade de serrapilheira, mas também para a ciclagem de nutrientes e
armazenamento de água no solo, sendo de grande importância para a manutenção dos
nutrientes essenciais para a sobrevivência e reprodução destas espécies.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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João P.Cury, José B. Santos, Eliza C. M . Byrro, Renan R. Braga, Felipe P. Carvalho, Daniel V.
Silva
112
PRODUÇÃO E PARTIÇÃO DE MATÉRIA SECA E NUTRIENTES DE CULTIVARES DE MILHO
EM COMPETIÇÃO COM PLANTAS DANINHAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
RESUMO - Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da competição entre três
cultivares de milho e seis espécies de plantas daninhas no acúmulo e na alocação de matéria
seca e nutrientes pelas plantas, determinando-se também o potencial dessas espécies em
reciclar nutrientes. Adotou-se arranjo fatorial em esquema 3x6+9, constituído pela
combinação de três genótipos de milho (híbrido DKB 390 YG, variedade AL 25 e híbrido SHS
4080) em competição com seis espécies de plantas daninhas (Bidens pilosa, Cenchrus
echinatus, Brachiaria brizantha, Commelina benghalensis, Brachiaria plantaginea e Euphorbia
heterophylla), além de nove tratamentos adicionais, correspondentes aos cultivares de milho e
às espécies daninhas ausentes de competição. O delineamento foi em blocos casualizados com
quatro repetições, e cada vaso contendo 5 L de substrato representou uma unidade
experimental. O período de convivência entre os cultivares de milho e as plantas daninhas foi
de 60 dias após emergência do milho. Os cultivares de milho apresentaram reduzido acúmulo
de matéria seca e de nutrientes quando em competição. A folha e o caule foram os principais
órgãos afetados negativamente. O conteúdo relativo e o acúmulo de matéria seca das espécies
infestantes foram severamente reduzidos em função dessa convivência. As raízes das espécies
competidoras, de maneira geral, foram os órgãos mais prejudicados. O genótipo AL 25 foi o
que menos tolerou a competição e B. plantaginea foi à espécie daninha que demonstrou
possuir a menor habilidade competitiva. B. brizantha e C. benghalensis demonstraram ser as
espécies com maior capacidade de competição com o milho. A capacidade de acumular
nutrientes aparentemente não representa vantagem competitiva para as espécies infestantes.
B. brizantha e C. echinatus, livre da convivência com o milho, apresentaram elevado potencial
em reciclar nutrientes.
Apoio: CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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SULA J. de O. FERNANDES, LAÍS G. SILVA, ANY C. P. RODRIGUES, ENILSON B. SILVA, REYNALDO
C. SANTANA
113
QUALIDADE DE MUDAS DE EUCALIPTO EM FUNÇÃO DO MANEJO DA IRRIGAÇÃO DO
MINIJARDIM CLONAL E REDUÇÃO FOLIAR DA MINIESTACA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Mudas com boa qualidade significa plantios sem gastos desnecessários, como replantio e bom
desenvolvimento. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade das mudas de
eucalipto em função do manejo da irrigação e redução foliar das miniestacas de clone híbrido
de E. urophylla S.T. Blake e E. grandis W. Hill ex Maiden através de parâmetros morfológicos. O
experimento foi conduzido no viveiro da Empresa Sada Bio Energia e Agricultura LTDA, Sete
Lagoas (MG). O experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados no arranjo
fatorial, composto por sete manejos de irrigação e dois níveis de redução foliar (com e sem
redução). Os tratamentos foram definidos de acordo com a leitura diariamente do Tanque
Classe A (T1 = 50% da ETc ; T2= 75% da ETc; T3 = 100% da ETc; T4 = 125% da ETc; T5 = 150% da
ETc ; T6 = 100% da ETc e T7- operacional da empresa - lâmina 10,66 mm dia-1, fertirrigação
oito vezes ao dia, durante cinco minutos com uma vazão de 0,8 L h-1). Aos 35 e 90 dias foram
avaliadas as seguintes variáveis: altura (AM), diâmetro (DC), massa seca da parte aérea
(MSPA), massa seca da raiz (MSR), massa seca total (MST), relação MSPA e MSR, Índice de
Qualidade Dickson (IQD) e sobrevivência (Sob.). Aos 35 dias, para todas as variáveis, exceto DC,
MSR, IQD e Sob., T7 apresentou as maiores médias não diferindo significamente somente do
T2. Para sobrevivência T2 apresentou o maior percentual, diferindo estatisticamente somente
do T3. Para as demais variáveis não houve efeito das diferentes lâminas de irrigação. As mudas
sem redução foliar apresentaram as maiores médias para todas as variáveis, exceto para AM,
MSR e Sob., as quais não houve diferença estatística entre si. Aos 90 dias houve diferença
significativa para todas as variáveis, exceto para DC, referente às diferentes lâminas de
irrigação. Para os níveis de redução foliar, houve diferença significativa somente para o IQD, o
qual o tratamento sem redução apresentou o maior valor. Somente para a variável AM, T7
obteve a maior média, diferindo estatisticamente somente do T1. Para o IQD, o T7 apresentou
o menor valor, não diferindo do T2 e T3, sendo que os demais tratamentos (T1 à T6) não
diferiram estatisticamente entre si. O tratamento T2 e T3 obtiveram o maior e o menor
percentual de sobrevivência, respectivamente. Conclui-se que o T2 sem redução foliar é
recomendável por possuir um ótima qualidade das mudas e apresentar maior percentual de
sobrevivência.
Apoio: CAPES, SADA BIOENERGIA S/A, UFVJM.
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Maria C. Souza, Angelo M. Pinto Leite, Gilciano S. Nogueira, Pâmela B. Alves
114
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO NAS OPERAÇÕES DE EXTRAÇÃO MANUAL E
CORTE COM MOTOSSERRA EM POVOAMENTOS DE EUCALIPTO
Email: e-mail: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A busca por um lugar de destaque em um mercado consumidor cada vez mais exigente está
fazendo com que as empresas passem por transformações profundas em todo o seu processo
produtivo, visando adaptação à nova realidade. As organizações estão deixando de se
preocupar apenas com aspectos ligados à produção como redução de custos, melhoria da
qualidade e da produtividade, mas também com os seus funcionários. Ao despertar a sua
atenção para a manutenção de um ambiente de trabalho seguro, saudável e confortável, as
empresas só têm a ganhar uma vez que, funcionários satisfeitos e saudáveis trabalham mais
motivados e envolvidos com a função, aumentando o desempenho e o retorno da empresa,
bem como assegurando a sua sobrevivência no mercado ao longo dos anos. Assim, para se
buscar melhorias no nível de satisfação e qualidade de vida no trabalho e, conseqüentemente,
aumento de produtividade, qualidade e redução de custo, torna-se necessário caracterizar a
mão-de-obra e condições de trabalho na empresa, por intermédio das opiniões / percepções
dos funcionários quanto ao ambiente de trabalho, condições de saúde, treinamento e
segurança. Portanto, este trabalho objetivou avaliar a qualidade de vida dos trabalhadores de
duas categorias funcionais (trabalhadores de extração / baldeio manual e operadores de
motosserra) envolvidos na colheita de madeira de uma prestadora de serviços em uma grande
empresa florestal produtora de celulose e papel, cujos reflorestamentos localizam-se no
município de Guanhães, Minas Gerais. Os dados foram coletados em maio de 2009 por
intermédio de entrevistas individuais utilizando-se um questionário específico semiestruturado do tipo fechado, sendo o nível de satisfação dos trabalhadores avaliado por
intermédio de 5 blocos/dimensões do modelo proposto por Walton (condições de trabalho,
saúde, moral e motivação, remuneração, segurança e treinamento), dentre os 11 existentes. A
população de trabalhadores envolvidos na colheita de madeira era constituída de 46 pessoas,
sendo 26 trabalhadores de baldeio manual e 20 operadores de motosserra. A amostra foi
constituída de 32 trabalhadores (69,56% da população total), todos do sexo masculino, sendo
que 20 atuavam nas operações de extração (baldeio manual) e 12 nas operações de corte
semimecanizado (operador de motosserra). Os resultados demonstraram que o perfil dos
trabalhadores estudados é o de uma pessoa jovem, com baixa escolaridade, casados,
possuidores de casa própria, origem urbana e lateralidade destra; e que, os trabalhadores das
duas categorias funcionais estudadas encontram-se satisfeitos em trabalhar na Empresa, não
havendo diferença estatística significativa no nível de satisfação entre trabalhadores de
baldeio manual e operador de motosserra.
Apoio: DEF – UFVJM, EMFLORA – CENIBRA
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Jannaina O. Almeida, Ludmila A. da Silva, Bruno O. Lafetá, Marcio L. R. Oliveira, Evandro. L M.
Machado, Miranda Titon
115
QUALIDADE NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE SUCUPIRA-PRETA (BOWDICHIA
VIRGILIOIDES)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A espécie Bowdichia virgilioides Kunt. pertence à família Leguminosae e apresenta alta
dispersão no Brasil. Possui madeira de alta densidade e longa durabilidade, sendo empregada
na construção civil e na fabricação de móveis. É também muito utilizada em projetos de
recuperação de áreas degradadas. No entanto, com relação à sua propagação, a espécie
requer maiores estudos, a fim de se definir protocolos para a produção de mudas de maior
qualidade. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a qualidade de mudas de sucupira (B.
virgilioides) em fase de viveiro, em resposta a diferentes substratos e quantidades de luz
(ambientes). O experimento foi realizado no Centro Integrado de Propagação de Espécies
Florestais – CIPEF/DEF/UFVJM. Os recipientes utilizados para a formação das mudas foram
tubetes de 55 cm³ e a germinação das sementes foi realizada em casa de vegetação. Foram
instalados dois experimento, sendo um em ambiente pleno sol e o outro em casa de sombra
(50% de sombra). Para cada ambiente, avaliou-se quatro composições de substratos: 1) 70 %
de vermiculita + 30% de casca de arroz carbonizada; 2) 70% de vermiculita + 30% de moinha de
carvão; 3) 70% de vermiculita + 15% de casca de arroz carbonizada + 15% de fibra de côco; e 4)
40% de vermiculita + 30% de casca de arroz + 30% de fibra de côco. Utilizou-se um
Delineamento Inteiramente Casualizado, com 4 tratamentos (substratos), 4 repetições e 12
mudas por repetição. As mudas ficaram nos ambientes por um período de 210 dias. Ao final
desse período, foram retiradas aleatoriamente 10 mudas de cada substrato em cada
ambiente. Foram então mensuradas a altura (H), diâmetro do coleto (DC), peso de matéria
seca da parte aérea (PMSPA), peso da matéria seca da raiz (PMSR), e calculadas as relações de
peso da matéria seca total (PMST), relação parte aérea/diâmetro do coleto (RHDC), relação de
altura da parte aérea / peso de matéria seca da parte aérea (RHPMSPA), relação entre o peso
de matéria seca / peso de matéria seca das raízes (RPMSPAR) e o índice de qualidade de
Dickson (IQD). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de
médias (Tukey a 5% de probabilidade). Observou-se significância estatística em nível de
tratamentos para as características: PMST, H e PMSPA para as mudas no ambiente casa de
sombra. Em relação às mudas no ambiente pleno sol, foi observada significância estatística em
nível de tratamento para MST, DC, PMSPA e IQD. De acordo com o teste de médias, observouse superioridade dos substratos 2, 3 e 4 para as características DC e IQD, no ambiente pleno
sol. Para o ambiente casa de sombra, os substratos 1, 3 e 4 foram superiores em termos de
PMST, H e PMSPA. Em geral, os substratos 3 e 4 proporcionaram os melhores resultados,
independente do ambiente.
Apoio: CAPES, UFVJM.
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Luiz C. Couto, Emanuel R. Faria, Nísia A. D. V. Pinto
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QUANTIFICAÇÃO DOS TANINOS CONDENSADOS DA CASCA DE ACACIA MANGIUM :
ENSAIOS PRELIMINARES
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A Acacia mangium é uma espécie florestal de interesse econômico, recentemente alvo de
estudos de países asiáticos (Ex. Malásia) concernentes a potencialidade comercial dos taninos
encontrados em sua casca, cujas aplicações vão desde o curtimento de peles de animais, a
formulação de adesivos, o tratamento de águas até a fabricação de fármacos e biocidas. Sendo
assim,o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial da casca de Acacia mangium como fonte
para extração de taninos por meio de diferentes soluções extratoras em diferentes níveis de
concentração. As amostras de casca de Acacia mangium foram provenientes do estado de
Roraima. O preparo da amostra constituiu da sua secagem ao ar, moagem e classificação ,
tendo sido utilizada para análise a porção que passou por uma peneira de 3,5 “mesh” (5,66
mm). Em seguida foi realizada a extração dos taninos pela solubilização da casca (20 g de
amostra seca) nas soluções (NaCl, NaOH, Na2S2O5, Na2SO3 e H2O destilada) e nas
concentrações ( 0,5 %, 1 %, 2 % , 5 % e 10 %), contabilizando 21 tratamentos. Para cada
tratamento foram realizadas três repetições. A extração foi conduzida por um período de 4
horas a partir da ebulição. Em seguida, foram determinados o rendimento da extração, por
meio do teor de sólidos totais, e o teor de taninos condensados pela reação de Stiasny. Os
resultados demonstraram que o rendimento da extração variou de 14,7 % a 23,7 % em relação
à massa absolutamente seca da casca e a ANOVA não demonstrou haver efeito significativo
entre as médias dos tratamentos considerados. Ressalta-se que dos 21 tratamentos utilizados,
somente 14 foram efetivamente analisados estatisticamente tendo em vista que para alguns
produtos e concentrações os taninos foram degradados e assim não foi possível quantificá-los.
Quanto ao teor de taninos condensados a ANOVA demonstrou efeito significativo entre os
tratamentos. No caso da água o teor de taninos condensados foi da ordem de 80,41 % e do
sulfito de sódio, por exemplo, na concentração de 1,25 % foi da ordem de 84,83 %, os demais
tratamentos analisados se situaram entre 59,24 % e 81,83 %. Com base nos resultados, podese concluir que a Acacia mangium se constitui numa fonte potencial de taninos condensados,
cuja extração pode ser realizada apenas com água quente, o que do ponto de vista industrial é
uma vantagem em relação à utilização de tratamento que utilizam a adição de produtos
químicos.
Apoio: Cnpq
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Eduardo C. Costa, Fábio L. de Oliveira, Mateus A. L. Quaresma, Haroldo Doria, Diego M. N. da
Silva, Bianca P. Mendes, Maíra P. Santiago
117
REDUÇÃO DATEMPERATURA DO SOLO ATRAVÉS DO CULTIVO DE LEGUMINOSAS
CONSORCIADAS COM MILHO NA REGIÃO DO MÉDIO JEQUITINHONHA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
O controle da temperatura em solos tropicais é uma característica importante para a produção
agrícola. Na cultura do milho a temperatura ideal do solo para emergência das plântulas é de
25 a 35 °C, porém acima de 35°C pode ocorrer redução brusca no desenvolvimento das
plântulas de milho. O tipo de manejo do solo interfere diretamente em processos físicos,
biológicos e químicos, pois atua na camada superficial do solo. A adubação verde busca
manter ou melhorar esses processos, utilizando espécies vegetais, principalmente da família
Fabaceae, pois fixam muito bem nitrogênio atmosférico. Esta técnica pode ser utilizada na
forma de consórcio ou rotação com a cultura de interesse econômico. No município de
Araçuaí, a vegetação predominante apresenta características de transição Caatinga-Cerrado, e
o desmatamento e as queimadas têm contribuído com a diminuição da cobertura vegetal
nativa, podendo alterar principalmente características físicas do solo, como a temperatura e
umidade. Com isso, objetivou-se analisar a taxa de cobertura promovida pelo consórcio de
milho com leguminosas e seu efeito na temperatura do solo. A pesquisa foi desenvolvida na
Escola Família Agrícola Araçuaí situada na zona rural de Araçuaí/MG, com altitude média de
363m, temperatura média anual de 25,80°C e pluviosidade média anual de 817 mm. O
experimento foi instalado em novembro de 2010, as avaliações foram feitas em janeiro,
fevereiro e março de 2011. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso, com
quatro repetições e seis tratamentos, instalados em consórcio com milho, sendo eles, feijãode-porco (Canavalia ensiformis), c. espectabilis (Crotalaria spectabilis), c. juncea (Crotalaria
juncea), mucuna preta (Mucuna aterrima), semeadas 30 dias após a semeadura (DAS) do
milho, c. espectabilis semeada simultânea ao semeio do milho e a testemunha (milho solteiro).
Cada parcela apresentou área de 12,0m², sendo a área útil representada pelos 4,0m² centrais.
O tratamento que apresentou maior taxa de cobertura nos três meses avaliados foi feijão de
porco, observando os seguintes valores, 77,25% em janeiro, 82,75% em fevereiro e, 86,25%
em março, os demais ficaram abaixo de 50% de cobertura do solo. Por apresentar maior
eficiência em cobrir o solo o tratamento com feijão de porco também expressou eficiência na
conservação da temperatura do solo a 5,0 e 10,0 cm de profundidade. A 5,0 cm de
profundidade a maior temperatura foi 40,45°C e a 10,0 cm 38,8°C, sendo estes valores
observados no tratamento testemunha (milho solteiro) no mês de fevereiro, momento de
ocorrência de veranico. Já no consórcio com feijão-de-porco nesta mesma data foram
observadas temperaturas de 34,85 °C a 5 cm e 33,625 °C a 10 cm de profundidade. Conclui-se
que o uso de leguminosas consorciadas com a cultura do milho, em especial feijão-de-porco,
podem influenciar positivamente na cobertura e conservação da temperatura do solo.
Apoio: CNPq, MDA, UFVJM, EFA-Araçuaí.
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Laura A. G. dos Santos & Anne Priscila Dias Gonzaga
118
RELAÇÕES ENTRE A AVERBAÇÃO DE RESERVAS LEGAIS E MUNICÍPIOS PRODUTORES
DE EUCALIPTO NO ALTO JEQUITINHONHA – MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A região do Vale do Jequitinhonha está situada geograficamente no Nordeste de Minas Gerias,
ocupando 14,5% da área de Minas Gerais. Esta região é dividida em: Baixo, Médio e Alto
Jequitinhonha. O Alto Jequitinhonha abrange uma área de 19.578,30 Km² e é composto por
uma cobertura vegetal com variações dos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado. Em Minas
Gerais, projetos estatais permitiram que grandes empresas monocultoras expandissem a
eucaliptocultura, principalmente nas regiões Norte e Vale do Jequitinhonha. De fato, alguns
municípios do Alto Jequitinhonha possuem uma paisagem marcada por grande extensão de
plantios de eucalipto, sendo Itamarandiba, Capelinha, Veredinha, Minas Novas e Turmalina os
municípios com maiores áreas de reflorestamento na região. Este tipo de empreendimento é
constantemente criticado devido aos seus impactos sociais e ambientais, em contra partida,
estas empresas contribuem com a geração de emprego e renda nos municípios em que atuam.
Então, este trabalho tem como objetivo averiguar se do ponto da preservação estes
municípios estão sendo favorecidos ou não pela presença destas empresas, assim sendo,
busca-se comparar o número de RL’s averbadas nos municípios acima citados com outras
regiões do Alto Jequitinhonha, averiguando se a presença destas empresas contribuem com as
averbações das RL’s. Os dados necessários foram coletados na Regional Alto Jequitinhonha do
Instituto Estadual de Florestas (IEF). Tal pesquisa foi realizada com o auxílio de buscas no
sistema da Gerência de Monitoramento e Geoprocessamento (GEMOG) durante o ano de 1965
a dezembro de 2010. Na região do Alto Jequitinhonha foram encontradas 67 propriedades
com reservas averbadas que se encontram distribuídas ao longo dos 17 municípios que
compreendem a região da Bacia do Alto Rio Jequitinhonha. Dos municípios com maiores
concentrações de plantios de eucalipto, os que apresentam os maiores números de RL’s
averbadas são por ordem decrescente: Itamarandiba (14), Capelinha (11), Veredinha (4), Minas
Novas (6) e Turmalina (8), que juntos totalizam 64% das RL’s averbadas, ou seja, dos
municípios pertencentes à esta bacia, apenas cinco são responsáveis por mais da metade das
RL’s averbadas em toda a região. Então, de acordo com estes dados, pode-se sugerir que nos
municípios com a presença das empresas de reflorestamento existe a maior concentração de
averbação das RL’s do Alto Jequitinhonha. Possivelmente isso ocorre em virtude destas
empresas sofrerem mais pressões dos órgãos ambientais em manter suas obrigatoriedades
legais devidamente regularizadas, além disso, este tipo de comprometimento pode contribuir
positivamente para certificações florestais fazendo com que as empresas tenham interesse
particular em averbar suas RL’s, assim como, comprar matéria prima apenas de proprietários
com suas RL’s devidamente regularizadas. Assim, esses dados indicam mais um quesito
positivo que este tipo de empreendimento gera para a região.
Apoio: Instituto Estadual de Florestas (IEF)
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ANDRÉ R.C GIANOTTI; MARIA J.H DE SOUZA; ISRAEL M. PEREIRA; EVANDRO L. M. MACHADO;
ARTUR D. VIEIRA; MARIANA R. MAGALHÃES; VINICIUS V. MOURA
119
RELAÇÕES ENTRE VARIÁVEIS AMBIENTAIS EM DUAS VEGETAÇÕES DISTINTAS NA
REGIÃO DE DIAMANTINA–MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGROMETEOROLOGIA
O objetivo deste trabalho é verificar as relações entre elementos meteorológicos em dois
ambientes florestais distintos na região de Diamantina, MG em função da posição geográfica,
características edáficas e seus efeitos na cobertura vegetal. Os elementos meteorológicos
utilizados para caracterizar os ambientes de Cerrado foram: a temperatura, a umidade relativa
do ar, a velocidade do vento, a precipitação e a radiação solar global. Utilizaram-se para tal os
dados obtidos em duas estações automáticas instaladas nos dois locais. Os elementos
meteorológicos acompanham as mesmas tendências, uma vez que, estão interligados pelo
regime climático a qual estão submetidos os ambientes em questão. Com exceção dos meses
de dezembro/09 e março/10 a direção dos ventos foi à mesma para ambos os ambientes. Para
a velocidade do vento a 2m observou-se que este acompanha a mesma tendência da
precipitação, da temperatura média, e da radiação global para o referido período. A
temperatura no Cerrado Rupestre foi maior do que no Campo Rupestre, evidenciando outro
efeito da altitude somada aos demais fatores abordados neste estudo. Para a radiação global,
no período inverno, no Cerrado Rupestre esta variável apresentou valores superiores ao
Campo Rupestre. Diante do exposto, podemos inferir que, os elementos meteorológicos
observados atuam em conjunto, sendo seus efeitos observados de forma discrepante no que
trata dos ambientes em posições geográficas e edáficas diferentes.
Apoio: CAPES, FAPEMIG, UFVJM
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Emilio G. Souza, Jacson Zuchi, Gilberto A. P. Bevilaqua, Silmar T. Peske, Wagner S. Tavares,
Claubert W. G. Menezes, José C. Zanuncio
120
RENDIMENTO DE CULTIVARES DE MANONA AVALIADO NOS PARÂMETROS DE
ORDEM FLORAL E ÉPOCA DE SEMEADURA NO SUL DO BRASIL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
A mamona, Ricinus communis, é planta daninha que vem sendo domesticada para utilização
como oleaginosa na produção de bicombustíveis. Condições ambientais da área de produção
dessa cultura são importantes para maximizar o rendimento e a obtenção de sementes de
qualidade. O objetivo desse trabalho foi avaliar o total de cachos emitidos por floração e a
influência da época de semeadura para as cultivares de mamona, Al Guarany 2002, IAC 80, IAC
226 e BRS 188 Paraguaçu. O experimento foi realizado na Estação Sede de Pesquisa da
Embrapa Clima Temperado em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil em condições naturais de
ambiente, sem uso de irrigação. As quatro cultivares de mamona foram semeadas no início de
novembro e dezembro. Cada época teve 12 unidades experimentais em três blocos
casualizados. O espaçamento de cultivo foi semelhante para as quatro cultivares, com 1,0m
entre plantas e 1,20m entre linhas, totalizando 8.333 plantas por hectare. O número de cachos
emitidos por floração variou entre as quatro cultivares, com maior valor para a cultivar Al
Guarany 2002 (seis), seguido das BRS 188 Paraguaçu e IAC 226 (cinco) e IAC 80 com três
cachos. A época de semeadura não influenciou o número de cachos, exceto na segunda
floração da segunda época da BRS 188 Paraguaçu. Nas cultivares BRS 188 Paraguaçu e Al
Guarany 2002 a produtividade dos cachos da segunda ordem floral da semeadura de
novembro foi menor que a de dezembro, assim como na primeira e segunda ordem floral da
cultivar IAC 226. Na cultivar BRS 188 Paraguaçu a produtividade dos cachos da segunda ordem
floral da semeadura de novembro foi menor às demais ordens. A maior emissão de cachos de
mamona não implica em maior produtividade de sementes e a produtividade de sementes
variou com a época de semeadura e a ordem floral.
Apoio: CNPq, CAPES, FAPEMIG, UFV, EMBRAPA Clima Temperado, UFPel
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121
RESGATE CULTURAL E MANUTENÇÃO DA SUSTENTABILIDADE AGRICOLA E
AMBIENTAL EM UMA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBOS DO VALE DO
JEQUITINHONHA
Marcos Felipe F. Silva, Mateus Augusto L. Quaresma, Norton P. de Mattos, Clara A. dos Santos,
Carlos H. de Oliveira, Bianca P. Mendes, Eduardo C. Costa
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / EXTENSÃO RURAL
A comunidade remanescente de quilombolas de Quartel do Indaiá, no município de
Diamantina-MG, atualmente se encontra 43 famílias, e tinha como principal atividade o
garimpo. Entretanto, as jazidas encontram-se praticamente esgotadas e devido à legislação
ambiental brasileira, o garimpo de forma artesanal tornou-se inviável. Isso gerou um grande
impacto nas comunidades, como a queda da renda das famílias e aumento do êxodo rural.
Uma parceria feita entre a ONG “Projeto Caminhando Juntos”, Prefeitura Municipal, Empresa
de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais – EMATER-MG e a Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, uniram-se com objetivo de implantar e
acompanhar um empreendimento de economia popular solidária – EPS na qual agregue valor
aos produtos oriundos do artesanato e da produção agrícola dentro da comunidade. O
artesanato e a agricultura sempre estiveram presentes na renda familiar, mas somente com o
fim do garimpo essas atividades receberam destaque na composição da renda. Os trabalhos se
iniciaram a partir de reuniões com a Associação Boa Esperança de Quartel do Indaiá. Com uma
análise da realidade atual vivenciada pela comunidade tanto nos aspectos sociais, econômicos,
culturais, ambientais; os trabalhos iniciais se deram de forma a articular as famílias quanto à
organização da associação local, onde nestes módulos o trabalho teve como ênfase o
associativismo e o cooperativismo. Dentre as potencialidades identificadas por um diagnóstico
participativo, o artesanato e agricultura se destacaram além do potencial turístico, pois a
cultura local é muito rica como o folclore, danças e músicas. Com relação aos desafios
apontados destacam-se a falta de organização da comunidade e as dificuldades na
comercialização dos produtos, entre desequilíbrios ambientais. A EMATER-MG por meio do
seu corpo técnico tem buscado melhorar a produtividade agrícola na comunidade através da
adaptação e inovação de tecnologias adequadas à realidade local. Dentre as ações buscou-se
um material genético melhorado da cultura do milho na qual a sua produção fosse alocada
para o artesanato, a introdução de cultivares que produzam uma palha de melhor qualidade
tornou-se interessante, pois refletiu diretamente na qualidade do artesanato em palha
produzido. O trabalho dos alunos da UFVJM fundamentou-se na conscientização ambiental e
conjuntamente com os técnicos da EMATER-MG promoveram um mutirão para concretização
da horta comunitária. Durante todo o processo de implantação e condução da horta os alunos
colaboraram com as famílias por meio da assistência técnica e trocas de conhecimentos. Em
etapas futuras o projeto terá como base o fortalecimento da produção agrícola, autogestão da
comunidade local e geração de emprego e renda. Até o momento percebe-se que para a
organização da comunidade torna-se fundamental o aperfeiçoamento do associativismo para
superar os obstáculos na comercialização dos produtos artesanais e agrícolas.
Apoio: ONG-PROJETO CAMINHANDO JUNTOS, PREFEITURA MUNICIPAL DE DIAMANTINA,-MG,
EMATER-MG, UFVJM, ASSOCIAÇÃO BOA ESPERANÇA DE QUARTEL DO INDAÍA.
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Lidiomar S. da Costa, Paulo H. Grazziotti, Elton N. Hizuka, Enilson B. Silva
122
RESPOSTA DA MICROBIOTA DO SOLO À APLICAÇÃO DE GLICERINA POTÁSSICA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
A glicerina é um subproduto da produção de biodiesel que demandará destinação apropriada
com o aumento da produção de biodiesel, pois as atuais finalidades poderão não consumir
toda a produção. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da utilização
da glicerina potássica na biomassa microbiana e sua atividade em solo cultivado com soja. O
experimento foi realizado em casa de vegetação, o delineamento experimental foi um fatorial
6x2, sendo quatro doses de glicerina potássica (0, 50, 100, 200% da dose de potássio
recomendada para a cultura da soja) mais dois controles com a dose recomendada de potássio
nas fontes de cloreto e sulfato de potássio e duas épocas de avaliação da microbiota do solo,
sete e 120 dias após o plantio da soja, com quatro repetições. Os tratamentos com glicerina
potássica apresentaram, para a maioria das variáveis analisadas, melhores resultados que os
controles, para a microbiota do solo, assim o uso da glicerina é positivo e para os
microrganismos do solo. A aplicação da glicerina potássica estimulou a biomassa microbioana
do solo e sua atividade logo após a aplicação mais que outras fontes minerais de potássio,
sendo este efeito reduzido até o final do cultivo da soja. O uso de glicerina potássica na
produção de soja é um bom destino para esse resíduo oriundo da produção de biodiesel.
Apoio: CNPq
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Diêgo F. A. Bispo, Welington W. Rocha, Fábio H. A. Bispo, Bárbara P. C. Silva, Ana M. M.
Botelho, Uidemar M. Barral, Alexandre C. Silva
123
RISCO DE EROSÃO DOS SOLOS DA ARCELORMITTAL, NA REGIÃO DE CAPELINHA, ALTO
VALE DO JEQUITINHONHA - MG
Email: e-mail: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
Os processos de degradação do solo são um grave problema, com conseqüências ambientais,
sociais e econômicas significativas. A erosão é considerada como uma das principais formas de
degradação dos solos e ocorre generalizadamente. O mapeamento do risco de erosão tem sido
utilizado como uma ferramenta essencial para o planejamento do uso racional da terra,
principalmente por levar em consideração a prevenção e recuperação das áreas atingidas.
Nesse trabalho, objetivou-se diagnosticar o risco de erosão em aproximadamente 64.500
hectares dos solos da ArcelorMittal nos municípios de Capelinha, Minas Novas, Turmalina e
Veredinha – MG, visando adequar o uso da terra para prevenir a erosão. No campo foram
determinados a declividade com auxílio do clinômetro, o comprimento da vertente e a
cobertura do solo em cada posição da topossequência, bem como a velocidade de infiltração
básica (VIB), nas camadas de 0 a 20 cm e 20 a 40 cm, com auxílio de anéis infiltrômetros. No
laboratório foram realizadas as análises da resistência do solo a penetração (RP) para as
profundidades de 0-10 cm, 10-20 cm e 20-40 cm. Os solos da área em questão foram
mapeados e foram obtidas as seguintes unidades de mapeamento: LV (Latossolo Vermelho LV), LVA (Latossolo Vermelho Amarelo- LVA), LA (Latossolo Amarelo-LA + “Latossolo
Acinzentado”-LAC) e GX (Gleissolo Háplico + Plintossolo Háplico + Plintossolo Pétrico). Nas
unidades de mapeamento LV e LVA o relevo é plano a suave ondulado, com rampas longas e
acentuada permeabilidade. Na unidade LA o relevo é suave ondulado a ondulado, com rampas
longas e menor permeabilidade. Na unidade GX1 o relevo é plano, com permeabilidade
imperfeita e lençol freático elevado. Os perfis estudados não apresentaram RP superiores a 2
MPa, com exceção do LAC, onde a RP alcançou valores altos (2,55 MPa) na profundidade de 10
a 20 cm. As análise de VIB indicaram uma menor infiltração de água para o LAC, alcançando
valores máximos de 60 mm h-1, enquanto que no LV, LVA e LA a VIB atingiu 200 mm h-1. Em
todos os perfis, houve um decréscimo considerável da VIB dos horizontes inferiores. Estes
valores de RP e VIB encontrados no LAC, evidenciam problemas de compactação das camadas
estudadas, provavelmente em decorrência de tráfego inadequado de máquinas nestas áreas.
Os solos das unidades de mapeamento LV e LVA apresentam risco de erosão ligeiro. Os solos
da unidade de mapeamento LA apresentam risco de erosão ligeiro a moderado. Os solos da
unidade de mapeamento GX1 apresentam risco de erosão nulo. O traçado de estradas e as
práticas de conservação do solo foram determinados em função do risco de erosão de cada
unidade de mapeamento.
Apoio: ArcelorMittal e FAPEMIG
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III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Gilmar R. Martins , Fernando P. Scardua, Lucas R. Gomide, Gleyce C. Dutra, Israel M. Pereira
124
SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS PARA A RECUPERAÇÃO E O MANEJO DE ESPÉCIES
FLORESTAIS NATIVAS NÃO MADEIREIRAS EM RESERVAS LEGAIS DEGRADADAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
As reservas legais são importantes para conservação de muitas espécies e contribui
positivamente para biodiversidade. O código florestal estabelece que toda propriedade rural
deve possuir um percentual de reserva legal, de acordo com sua localização nos biomas
brasileiros. O uso e ocupação do solo na maior parte do país se deram de forma
desorganizada, sendo que muitas propriedades não dispõe de tal percentual de reserva legal.
A recuperação de tais áreas deve ocorrer, preferencialmente, com árvores nativas, o que torna
mais caro e difícil de ter um retorno econômico em um tempo previsível para os proprietários
rurais. O objetivo do trabalho foi simular e modelar, por meio de programação linear, tendo
por função objetivo a maximização da renda do produtor rural, mediante a seleção de um mix
de espécies florestais não madeireiras para a recuperação de áreas degradadas em reservas
legais, tendo como restrições, número máximo em hectares que uma espécie poderia ser
plantada, refletindo diretamente o número de espécies plantadas, receita mínima anual de R$
500,00 e restrição máxima de área de 20 hectares, variando de acordo com cada cenário,
todos com horizonte de planejamento de 30 anos. Assim, foram gerados seis cenários para
simulação de recuperação de áreas degradadas em áreas de reserva legal. Foi feito um
levantamento bibliográfico junto ao portal periódicos da Capes, em especial nas bases science
diretc e scopus. Também foram feitas buscas no banco de dados do Ibict referentes a
dissertações e teses, bem como na rede scielo. Na busca foram utilizados os seguintes
parâmetros de busca: nome científico e vulgar das 17 espécies florestais não madeireiras
(Bowdichia virgilioides, Protium heptaphyllum, Copaifera langsdorffii, Caryocar brasiliense,
Xylopia aromatica, Hymenaea stigonocarpa, Annona crassiflora, Alibertia edulis, Eugenia
dysenterica, Brosimum gaudichaudii, Stryphnodendron adstringens, Platimenia reticulata,
Hancornia speciosa, Pterodon emarginatus, Calophyllum brasiliense, Acrocomia aculeata,
Salacia crassifolia) e fenologia. Para cada espécie foram levantadas as informações
silviculturais, aspectos ecológicos, fenologia, produtos não-madereiros (cascas, óleos, resina,
folhas, frutos). Foram simulados seis cenários, sendo que as receitas auferidas aos trinta anos,
para o melhor cenário 1 foi para o plantio de uma única espécie em 20ha com receita a partir
do sexto ano, com renda de R$ 9.821.350,80 e o pior cenário foi o sexto com o limite máximo
de área plantada de 2 hectares por espécie a partir do sexto ano mais receita de 500 reais,
com receita de R$ 2.530.318,32. Assim, o aumento da diversidade de espécies reduz a margem
de receita do produtor rural aos 30 anos, entretanto, faz-se necessários novos estudos que
incorporem a valoração ambiental da biodiversidade, bem como mais pesquisas nas áreas de
fenologia da silvicultura das espécies florestais não madeireiras para melhor ajuste do modelo.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM
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09 a 13 de Maio de 2011
Laís G. Silva, Amanda M. de Sousa, Alice C. Costa,
125
SOLOS DE OCORRÊNCIA DO CAPIM DOURADO SYNGONANTHUS NITENS (BONG.
RUHLAND)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
A qualidade das mudas que são expedidas do viveiro interfere diretamente no sucesso da
floresta plantada. A preocupação de expedir mudas velhas ou mudas prematuras, tem se
tornado uma preocupação entre os viveiristas, já que afeta diretamente na sobrevivência das
mudas em campo. O trabalho objetivou determinar a idade ótima de expedição de mudas para
o campo em função de manejo da irrigação em minijardim clonal e redução foliar da
miniestaca de eucalipto. O experimento foi conduzido no viveiro da Empresa Sada Bio Energia
e Agricultura LTDA, Sete Lagoas (MG). O experimento foi instalado em delineamento em
blocos casualizados no arranjo fatorial, composto por sete manejos de irrigação e dois níveis
de redução foliar (com e sem redução). Os manejos de irrigação foram definidos de acordo
com a leitura diariamente do Tanque Classe A (T1 = 50% da ETc ; T2= 75% da ETc; T3 = 100% da
ETc; T4 = 125% da ETc; T5 = 150% da ETc ; T6 = 100% da ETc e T7 (operacional da empresa lâmina 10,66 mm dia-1, fertirrigação oito vezes ao dia, durante cinco minutos com uma vazão
de 0,8 L h-1)). As mudas foram avaliadas aos 45, 60, 90, 120 e 150 dias de idade após o
estaqueamento da miniestaca de eucalipto das seguintes variáveis: altura (AM), diâmetro (DC),
sobrevivência (Sob.), massa seca da parte aérea (MSPA), raízes (MSR) e total (MST), relação
entre massa seca da parte aérea e raízes (MSPA/MSR) e Índice de Qualidade Dickson (IQD).
Para todas as variáveis, exceto Sob., houve influência das lâminas de irrigação. Somente para
as variáveis MSR, MST e IQD os níveis de redução tiveram influência. Para AM e DC, o T7 e T1
apresentaram a menor e a maior média, respectivamente, média para todas as idades. Entre o
período de 45 – 90 dias, para MSPA, MSR e MST os valores ficaram próximos para todos os
tratamentos, sendo após os 90 dias o T1, T2, T3 e T6 obtiveram as maiores médias e T7 os
menores valores para essas variáveis. A relação MSPA/MSR foi decaindo ao longo do tempo
para todos os tratamentos, encontrando o menor valor para o T7 para todas as idades. Assim
como ocorreu para as demais variáveis, o T7 apresentou o menor valor para o IQD para todas
as idades, exceto aos 90 dias, que obteve o maior valor juntamente com T2. Entretanto os
demais tratamentos apresentaram valores próximos ao longo das idades. Apesar de não haver
diferença significativa para os manejos de irrigação e para os níveis de redução foliar, T1 à T4 e
T7 com redução foliar, ao longo de todo o experimento, apresentou maior taxa de
sobrevivência, enquanto paras T5 e T6, os maiores percentuais foram encontrados para o
tratamento sem redução. O tratamento sem redução foliar obteve as maiores médias para
todas as variáveis. Conclui- se que a idade ideal para a saída das mudas do viveiro é entre 90 120 dias, para as mudas referentes aos manejos de irrigação T1, T2 e T6 (50%, 75% e 100% da
ETc) sem redução foliar.
Apoio: PIBEX-UFVJM.
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Bárbara P. C. Silva, Pedro H. F. Nascimento, Uidemar M. Barral, Ana M. M. Botelho, Magno D.
de O. G. Araújo, Roberto V. Costa, Alexandre C. Silva.
126
SUBSTÂNCIAS HÚMICAS EM TURFEIRAS DA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL
Email: alexandre,[email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
As turfeiras são organossolos que resultam de condições climáticas ideais ao acúmulo de
material orgânico, controladas pelos sistemas geomorfológicos e processos geológicos e
climáticos globais. São ambientes especiais para estudos relacionados com a dinâmica da
matéria orgânica, evolução das paisagens, mudanças climáticas e ciclos de poluição
atmosférica locais, regionais e globais. A composição química das turfeiras é influenciada
diretamente pela fração mineral, pela natureza do material orgânico, pelo grau de
decomposição da matéria orgânica, pela drenagem e pela composição química da água de
formação. A fração matéria orgânica é composta por substânicas húmicas (ácidos fúlvicos,
ácidos húmicos e humina) que são formadas pela humificação de resíduos orgânicos pelos
microrganismos do solo e pela polimerização dos compostos orgânicos em macromoléculas
resistentes à degradação biológica. São consideradas a parte final da evolução da matéria
orgânica no solo e representam cerca de 70% do C no solo. O objetivo do presente trabalho foi
quantificar as substâncias húmicas presentes em turfeiras da região de Diamantina-MG através
do fracionamento da matéria orgânica em ácidos fúlvicos, ácidos húmicos e humina. O estudo
foi realizado em turfeiras do Parque Nacional das Sempre Vivas e nos distritos de Sopa e
Pinheiros, no município de Diamantina. O fracionamento da matéria orgânica foi efetuado em
16 amostras de turfeiras, sendo 5 delas do distrito da Sopa, 4 do Parque Nacional das Sempre
Vivas e 7 do distrito do Pinheiros, de acordo com a metodologia proposta pela Sociedade
Internacional de Substâncias Húmicas. O carbono orgânico das turfeiras do distrito da Sopa
apresentou, em média, 48% de ácidos fúlvicos, 13,18% de ácidos húmicos e 80,34% de
humina. Nas turfeiras do Parque Nacional das Sempre Vivas encontrou-se em média, 5,6% de
ácidos fúlvicos, 15,63% de ácidos húmicos e 78,77% de humina e no distrito de Pinheiro
obteve-se 6% de ácidos fúlvicos, 22,18% de ácidos húmicos e 71,82% de humina. A fração
humina predomina na matéria orgânica de todas as turfeiras estudadas. A única exceção foi
uma amostra da região de Pinheiros, que apresentou a fração ácidos fúlvicos em maior
quantidade, com 58,7% do carbono orgânico. Uma amostra do Parque Nacional das Sempre
Vivas apresentou valor elevado de ácidos fúlvicos, com 23,9% do carbono orgânico. Essas
substâncias húmicas apresentam características químicas, físicas e morfológicas distintas, e a
distribuição dessas frações pode indicar a qualidade da matéria orgânica do solo.
Apoio: FAPEMIG, CNPq.
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Ana Maria M. Botelho, Vinícius E. Silva, Diego F. A. Bispo, Roberto V. Costa, Rafaela D. de A.
Freire, Uidemar M. Barral, Alexandre C. Silva
127
TEOR DE 13C DA LIGNINA EM DUAS FITOFISIONOMIAS DE UMA TURFEIRA TROPICAL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
Isótopos são espécies atômicas de um mesmo elemento químico com mesmo número de
prótons, mas com massas diferentes, devido à diferenciação do número de nêutrons. O termo
“Isótopos Estáveis” ou não radioativos é definido pela constância das massas ao longo de sua
existência ao contrário dos instáveis ou radioisótopos que decaem ou emitem energia
subatômica durante a sua permanência no ambiente. Observando-se a massa atômica, os
isótopos mais “leves” são mais abundantes em relação aos isótopos mais “pesados”. A
aplicabilidade dos isótopos estáveis em estudos ambientais baseia-se no principio que a
composição isotópica varia de uma forma previsível conforme o elemento se movimenta nos
diversos compartimentos dos ecossistemas, e, dessa forma, pode-se inferir sobre processos
físicos, químicos e biológicos através do enriquecimento ou empobrecimento do isótopo leve
(abundante) em relação ao pesado (raro), levando-se como referência um padrão
internacional. O processo de lignificação concentra carbono nos tecidos vegetais, quanto
maior o teor de carbono nos tecidos vegetais, mais empobrecido ele se torna em 13C. Foram
identificadas e amostradas as espécies dominantes em duas fitofisionomias, Campo Limpo
Úmido - CLU e Floresta Estacional Semidecidual – FES, da turfeira da APA Pau-de-Fruta, e
determinadas o 13C em lignina. O material vegetal coletado foi pesado, ainda úmido em
balança de precisão, e levado para a estufa de circulação forçada a 55°C. Após a secagem,
realizou-se a pesagem e acondicionamento do material para posteriores análises químicas por
espécie. Para a determinação da composição isotópica as amostras foram secas em estufa a
40°C, homogeneizadas em almofariz de ágata e pesadas em cápsulas de estanho.
Aproximadamente 3,5mg de amostra foi utilizada para determinar os valores de 13C. As
amostras foram enviadas ao Laboratório de Isótopos Estáveis do CENA/USP para a
determinação das análises isotópicas em um espectrômetro de massa ANCA-SL 2020 da
Europa Scientific. Observou-se um empobrecimento em 13C nas espécies que compõem o CLU
de 3,57‰ e nas espécies que colonizam a FES de 2,30‰. Infere-se, portanto, que as ligninas
extraídas desta última fitofisionomia podem não representar da melhor forma a lignificação
que ocorre nas espécies arbóreas, principalmente no lenho das espécies da FES, uma vez que
foram extraídas somente das folhas. Comparando-se os valores de 13C do CLU e da FES, com
os observados no tecido vegetal, percebe-se um empobrecimento médio de 3,23‰. As
variações encontradas na composição química das espécies que colonizam os campos e as
florestas, e as variações do clima com o decorrer do desenvolvimento da turfeira, promovem
diferenças nas taxas e nos produtos da humificação dos organossolos sob as duas
fitofisionomias da Turfeira.
Apoio: CNPq, FAPEMIG
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Uidemar M. Barral, Bárbara P. C. Silva, Rafaela D. A. Freire, Diêgo F. A. Bispo, Ana M. M.
Botelho, Carlos V. M. Filho, Alexandre C. Silva
128
TEOR DE FIBRAS ESFREGAS (FE) E NÃO ESFREGADAS (FNE) EM DUAS
FITOFISIONOMIAS DA TURFEIRA APA- PAU DE FRUTA EM DIAMANTINA – MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
A turfeira possui, geralmente, cor variando de marrom a preto e, em estado natural, é
composta por 90% de água e 10% de material sólido formado por fibras vegetais, musgos,
raízes, flores, pólen, entre outros e de acordo com a vegetação existente sobre esse ambiente
a quantidade de fibras varia, variando também de acordo com a composição das fibras e com a
condição a qual estão submetidas. O objetivo desse estudo foi avaliar o teor de fibras sob duas
fitofissionomias da turfeira APA – Pau de Fruta em Diamantina – MG. Para realizar tal estudo
foram coletadas amostras de solo de 5 em 5cm até 50 cm de profundidade, sob Floresta
Estacional Semidecidual e Campo Limpo Úmido. Para determinação do teor de fibras seguiu-se
a metodologia proposta pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo para caracterização de
Organossolo. Os dados foram submetidos a analises estatísticas e observou-se que o teor de
fibras não esfregadas (FNE) foi superior ao teor de fibras esfregadas (FE) no Campo Limpo
Úmido e na Floresta Estacional Semidecidual. O teor de FE apresentou diferenças em
profundidade apenas nos Organossolos sob o Campo limpo Úmido e nas três primeiras
camadas do perfil sob o Campo Limpo Úmido, observou-se maior teor de fibras esfregadas,
provavelmente pelo pouco tempo de exposição dos resíduos orgânicos a decomposição,
contribuindo para a preservação das fibras orgânicas. Na camada de 35- 40cm ocorre o mesmo
teor de fibras que nas camadas superficiais, possivelmente pelo material orgânico depositado
de uma composição mais lenhosa que o Campo Limpo Úmido. Nas camadas intermediárias, o
teor de fibras esfregadas foi menor em relação a superfície, evidenciando avanço no estágio de
decomposição das fibras. O teor FNE não variou de acordo com o aumento da profundidade.
Com esse estudo observou-se uma tendência de decréscimo no teor de FE em profundidade e
este comportamento foi atribuído ao mais avançado estágio decomposição da matéria
orgânica em profundidade.
Apoio: FAPEMIG, CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Leonardo da S. Fonseca, Alessandro V. Veloso, Pedro I. S. Amaral, Rodrigo C. V. Santos,
Jaqueline C. Ferreira, Romeu V. Neto, Regina B. Villasbôas
129
TEOR DE FÓSFORO EM SOLO SUBMETIDO À ADUBAÇÃO ORGÂNICA NA FORMA DE
CAMA SOBREPOSTA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
Os solos brasileiros são pobres em fósforo (P) e a fosfatagem é uma prática que adiciona P em
área total para aumentar os teores deste elemento nestes solos. Todavia, os fertilizantes
fosfatados são itens bastante onerosos nos sistemas de produção. Neste sentido, nos últimos
anos, é crescente o interesse pela aplicação de resíduos orgânicos ao solo, pois a adubação
orgânica pode aumentar a produtividade e diminuir os custos de produção das culturas. Diante
disso, no presente trabalho, objetivou-se avaliar os efeitos da aplicação da cama sobreposta,
um resíduo sólido tratado mediante o processo de compostagem e proveniente de um sistema
alternativo de criação de suínos, no fornecimento de P a um Neossolo Quartzarênico. Foi
realizado um experimento em casa de vegetação no Departamento de Agronomia da
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), localizada no município
de Diamantina/MG, durante os meses de agosto a outubro de 2009. O solo utilizado foi um
Neossolo Quartzarênico, o qual foi incubado por um período de 30 dias, até o pH atingir o
valor de seis. Antes do início da condução do experimento, o referido solo foi submetido à
análise de fertilidade no Laboratório de Fertilidade do Solo da UFVJM. O composto orgânico
estudado foi a cama sobreposta de suíno feita com casca-de-arroz. Após ser utilizada em três
lotes consecutivos de suínos, as amostras de cama foram retiradas de vários pontos para se
obter uma amostra composta representativa e foram encaminhadas para a análise de valor
agronômico no Laboratório de Estudo da Matéria Orgânica do Solo da UFLA. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado. Os tratamentos constituíram-se das dosagens de 0,
75, 150 e 300 mg/dm3 de N de cama sobreposta. O período experimental foi de 45 dias. Com o
fim do experimento, procedeu-se nova análise dos atributos do solo. Os dados obtidos das
análises dos atributos químicos do solo, incluindo o P, foram submetidos à análise de variância
e de regressão, com o nível de significância de 5% de probabilidade, onde empregou-se, nessa
etapa, o programa estatístico Sisvar. Os resultados obtidos mostraram que a adubação com
cama sobreposta possibilitou aumentar significativamente o teor de P no solo, fazendo com
que este teor passasse da classe de muito baixo, antes da implantação do experimento, para
muito alto, após a realização do experimento. Contudo, é importante atentar para o potencial
poluente do P no ambiente, pois, em alguns casos, embora as perdas sejam pequenas,
concentrações relativamente baixas (0,01 mg/dm3 de P solúvel ou 0,02 mg/dm3 de P total)
são suficientes para causar a eutrofização das águas. Embora os teores de P tenham
aumentado de forma significativa com a utilização da cama sobreposta, do ponto de vista
ambiental, tais incrementos mostram a potencialidade deste mineral em provocar a
contaminação ambiental, principalmente, quando se utilizam doses elevadas do referido
composto.
Apoio: CAPES, Asa Alimentos, UFVJM, UFLA
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Vinicius Evangelista Silva, Rafaela Dias de Aragão Freire, Alexandre Christofaro da Silva, Ana
Maria Martins Botelho, Uidemar Morais Barral, Diêgo Faustolo Alves Bispo, Márcio Luiz da
silva
130
TEOR DE SUBSTÂNCIAS HÚMICAS DE DUAS FITOFISIONOMIAS EM UMA TURFEIRA DA
APA PAU-DE-FRUTA NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA-MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO
O solo é um componente fundamental do ecossistema terrestre, pois é o principal substrato
utilizado pela biota vegetal, animal e microfaunistíca para o crescimento e disseminação.
Existem muitos fatores de formação dos solos, ocorrendo uma ampla variação de solos. Os
organossolos constituem-se por material orgânico (teor de Corg > 80 g/kg de TFSA),
apresentam horizonte hístico saturados por água durante parte da estação chuvosa ou ao
longo do ano, pouco profundos e pouco evoluídos. A turfeira estudada localiza-se no município
de Diamantina (MG) e está inserida na Área de Preservação Ambiental - APA Pau-de-Fruta,
sendo propriedade da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA – MG). Duas
fisionomias de cerrado que colonizam a turfeiras foram analisadas: Campo Limpo Úmido e
Floresta Estacional Semidecidual. Com o objetivo de se determinar o teor de substâncias
húmicas foram escolhidos três locais representativos em cada fitofisionomia da turfeira da APA
Pau-de-Fruta, onde foram coletadas amostras a cada 5 a 50 cm de profundidade, totalizando
10 amostras em cada ponto e 60 amostras no total. Os ácidos húmicos são marcadores da
direção do processo de humificação e refletem, tanto a condição de gênese, como a de
manejo do solo. A natureza sáprica e hêmica da matéria orgânica do solo foi relacionada a
abundancia de ácidos húmicos em organossolos de várias regiões do Brasil. As 60 amostras de
organossolo foram colocadas para secar ao ar e, em seguida, destorroadas e passadas em
peneiras de 2 mm. Posteriormente, essas amostras foram colocadas para secar em estufa com
circulação de ar a uma temperatura de 50 ºC durante 12 horas. O fracionamento foi feito
segundo metodologia adaptada da International Humic Substances Society. O teor de ácidos
húmicos não variou com a profundidade, no entanto, observa-se na uma tendência de
homogeneidade em profundidade nos teores de ácidos húmicos no solo sob a Floresta
enquanto que no solo sob Campo, nota-se uma tendência de aumento dos teores de ácidos
húmicos e no desvio padrão de acordo com o aumento da profundidade. O teor de ácido
húmico foi mais elevado nos organossolos sob Campo Limpo Úmido em relação aos
organossolos sob Floresta Estacional Semidecidual.
Apoio: CAPES, FAPEMIG e CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Camila Cristina A. Cunha, Samara C. Amorim, Rodrigo A. Moreira, Lílian A. Pantoja, Alexandre
S. Santos, Maria do Céu M. Cruz
131
TEORES DE CARBOIDRATOS EM FOLHAS DE TANGERINEIRA ‘PONKAN’ SUBMETIDA
AO RALEIO QUÍMICO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
O número excessivo de frutos por planta influencia na relação fonte-dreno, que determina a
competição por carboidratos entre os drenos, causando a produção com frutos de tamanhos
irregulares e a alternância de produção. O elevado consumo de carboidratos, pelo menos em
um estádio de desenvolvimento dos drenos, ocasiona menor emissão ou ausência de flores na
safra seguinte, em decorrência do esgotamento das reservas da planta. Os carboidratos
exercem papel importante em várias atividades vitais das plantas, entre elas o florescimento,
desta forma, o raleio de frutos reduz a competição entre os drenos, em função da maior
disponibilidade de carboidratos na fonte. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar
os teores de carboidratos em folhas de tangerineira ‘Ponkan’ submetida ao raleio químico.
Plantas de tangerineira ‘Ponkan’ (Citrus reticulata), com 12 anos de idade, localizadas no
município de Perdões, MG foram submetidas ao raleio químico, testando-se cinco
concentrações de Ethephon: 0; 200; 400; 600 e 800 mg L-1, aplicadas quando as frutas
estavam no estádio de desenvolvimento de 25 a 30 mm de diâmetro transversal. O
delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições, a parcela foi
constituída de quatro plantas. Para as determinações dos teores de carboidratos foram
retiradas amostras de 50 folhas desenvolvidas de ramos produtivos, referentes a cada
tratamento, na época de floração das plantas (antes do raleio) e na colheita (após o raleio). Os
extratos para determinação do amido, açúcares solúveis e açúcares redutores foram
preparados, de acordo com o método de McCready e as análises pelo método antrona
sulfúrico. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e regressão. Na avaliação
realizada antes do raleio, na época do florescimento das plantas, verificou-se que os teores de
açúcares eram semelhantes. E após o raleio foi observado acréscimo nos teores de açúcares
solúveis e redutores nas folhas das plantas pulverizadas com as maiores concentrações de
Ethephon, em decorrência do menor número de frutos. Os teores de amido não diferiram nas
folhas das plantas em função do raleio, entretanto os conteúdos foram superiores aos valores
observados na época da floração, devido ao consumo de carboidratos por ocasião das
brotações e flores emitidas. A realização do raleio químico aumentou a disponibilidade de
carboidratos solúveis e redutores nas folhas de tangerineira \"Ponkan\".
Apoio: UFVJM, CNPq, CAPES, FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Camila Cristina A. Cunha, Dili Luiza de Oliveira, Adelson Francisco de Oliveira, Maria do Céu M.
Cruz
132
TEORES DE CARBOIDRATOS NA ÉPOCA DE FLORESCIMENTO DA OLIVEIRA SUBMETIDA
À APLICAÇÃO DE PACLOBUTRAZOL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
O Paclobutrazol (PBZ) é aplicado em plantas para alterar as características fenotípicas da
planta relacionadas ao crescimento e o florescimento, mediante a redução do crescimento das
raízes e da síntese de giberelinas. Em função disso, a concentração de carboidratos na folhas
pode ser influenciada. A relação entre a produção e a utilização de carboidratos pode
determinar a produtividade. Pois durante as fases que compreendem o processo reprodutivo,
alta quantidade de carboidratos é utilizada no processo de formação e desenvolvimento de
flores e frutos. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os teores de carboidratos
em folhas de oliveira (Olea europaea L.) tratada com diferentes doses de paclobutrazol.
Plantas da cultivar Arbequina com três anos de idade foram cultivadas em vasos de 20 litros
em ambiente aberto. Foram testadas cinco doses de PBZ: 0; 2,0; 4,0; 8,0 e 12,0 mL planta-1,
aplicadas via solo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro
repetições e duas plantas por parcela. Para as determinações dos teores de carboidratos
foram coletadas amostras com 40 folhas no terço mediano do ramo, referentes a cada
tratamento, aos 90 dias após a aplicação de PBZ, na época de floração das plantas. Os extratos
para determinação dos açúcares foram preparados, de acordo com o método de McCready e
as análises pelo método antrona sulfúrico. Os dados obtidos foram submetidos à análise de
variância e regressão. Na época do florescimento das plantas, verificou-se que os teores de
açúcares totais e não redutores (sacarose) aumentaram nas plantas tratadas com as maiores
doses de PBZ, em decorrência do menor crescimento nestas plantas. Para os aos teores de
açúcares redutores (glicose), os maiores conteúdos foram verificados nas plantas que
receberam a dose de 7,3 g de PBZ, que em decorrência do maior número de rácimos florais
emitidos, necessitam de altas quantidades de glicose para a formação e de brotações
vegetativas e floríferas. A aplicação do paclobutrazol aumentou a disponibilidade de
carboidratos nas folhas da oliveira na época de floração.
Apoio: UFVJM, CNPq, CAPES, FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Raoni, P. de Carvalho, Miriã C. P. Fagundes, Larissa, M. Martins, Paulo Henrique Grazziotti,
Maria do Céu M. Cruz
133
TEORES DE MACRONUTRIENTES EM MUDAS DE AMOREIRA PRETA CV. BRAZOS EM
SUBSTRATO FORMULADO COM COMPOSTO DA INDÚSTRIA TÊXTIL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
Para viabilizar o processo de produção de mudas frutíferas tem-se buscado alternativas que
amortizem os custos de produção e o tempo da muda no viveiro. Para isso, os substratos
utilizados devem proporcionar, além de uma estrutura física que favoreça a umidade
satisfatória e o bom desenvolvimento do sistema radicular, disponibilidade de nutrientes para
as mudas. Neste sentido, a utilização de composto de resíduo de indústria têxtil, após a sua
decomposição adequada, apresenta-se como alternativa favorável, pois além de evitar a
poluição do ambiente, pode servir como fonte de nutrientes. Diante do exposto, o trabalho foi
realizado com o objetivo de avaliar a formulação do substrato com composto de resíduo da
indústria têxtil sobre os teores de nutrientes da amoreira preta cv. Brazos. Foi utilizado o
delineamento inteiramente casualizado, com quatro formulações de substratos, cinco
repetições e quatro mudas por parcelas. O substrato foi formulado com Latossolo VermelhoAmarelo Distrófico típico e o composto da indústria têxtil nas seguintes proporções: 0:1
(composto e solo), 1:1 (composto e solo), 1:2 (composto e solo) e 2:1 (composto e solo). O
trabalho foi conduzido em casa de vegetação, no período de maio a setembro de 2010. Mudas
de amoreira-preta da cultivar Brazos (Rubus sp.) foram produzidas por estaquia e colocadas
em recipientes de 650 cm³, contendo o substrato preparado. Aos 90 dias após o transplantio
das mudas, foram retiradas amostras de folhas para determinação dos teores de nutrientes
acumulados na massa seca. As amostras foram lavadas e colocadas para secar em estufa de
circulação forçada de ar a 65 ºC, por 72 horas, aproximadamente, até atingirem peso
constante. Os resultados observados demonstraram que a utilização do composto supriu a
demanda nutricional de mudas de amoreira na fase inicial, sem o fornecimento de fertilizantes
comerciais. No entanto, é importante que na formulação do substrato a quantidade acrescida
não ultrapasse a proporção de 1:1, pois a formulação com quantidades elevadas pode causar
efeito tóxico às mudas. As melhores formulações foram as 1:2 (composto e solo) e 1:1
(composto e solo), com teores de nitrogênio e fósforo adequados para a amoreira entre 22 a
30 g kg-1 e de 26 a 46 g kg-1, respectivamente. A formulação 0:1 (composto e solo) foi
insuficiente com conteúdos de N abaixo do normal (17,5 a 21,9 g Kg -1) e a 2:1 (composto e
solo) os teores estavam acima da faixa normal para a amoreira-preta (30 a 35 g Kg-1de N; 4,6 a
6,5 g kg-1 de P e 30,1 a 40 g kg-1 de K).
Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG
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Roberta G. Rezende, Lorena L. de Jesus, Thatiana E. Masseto, Raquel M. de O. Pires, Marcela C.
Nery
134
TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE
SEMENTES DE GIRASSOL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA
A cultura do girassol (Helianthus annuus L.) destaca-se como a quinta oleaginosa em produção
de grãos e a quarta em produção de óleo no mundo, necessitando de pesquisa para melhorar
a qualidade de suas sementes. Os testes empregados para a determinação da qualidade
fisiológica das sementes são os testes de germinação e vigor, dentre estes se destaca o teste
de envelhecimento acelerado, desenvolvido para avaliar o vigor de sementes, estimando o
potencial de armazenamento das sementes principalmente em relação à umidade e às
temperaturas elevadas. Objetivou-se com esta pesquisa adequar a metodologia do teste de
envelhecimento acelerado para avaliação da qualidade de sementes de girassol. Foram
utilizados três lotes de sementes de girassol, colocadas sobre uma tela metálica acoplada a
uma caixa plástica tipo gerbox contendo 40 ml de água destilada. Os gerboxes foram levados
às câmaras de germinação do tipo B.O.D., à temperatura de 41ºC, por 24h, 48h, 72 horas e
testemunha (sem envelhecimento). Ao término deste período, foi determinado o grau de
umidade das sementes antes e após envelhecimento acelerado e a porcentagem de plântulas
normais, anormais infeccionadas, anormais deformadas, sementes dormentes e mortas. O
grau de umidade das sementes de girassol foi de 8% para o tratamento sem envelhecimento,
para os demais tratamentos observa-se grau de umidade superior a 20%. Examinando os
resultados de plântulas normais após o teste de envelhecimento acelerado, observou-se
decréscimo na porcentagem de plântulas normais para todos os lotes, sendo que somente
com 48 horas foi possível a separação dos lotes em dois níveis de qualidade, distinguindo-se o
lote 1 de qualidade superior e os lotes 2 e 3 de qualidade inferior. O estresse provocado pelo
período de envelhecimento por 72 horas no método tradicional foi drástico às sementes,
levando a perda da capacidade germinativa, sendo essa perda mais significativa para os lotes 1
e 2. A inferioridade dos lotes 2 e 3 pode ser explicada pela porcentagem superior de sementes
mortas em ambos os métodos.Pode-se concluir que o teste de envelhecimento acelerado, a
41°C, durante 48 horas é eficiente para avaliação do potencial fisiológico de sementes de
girassol.
Apoio: CNPq, UFVJM
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RODRIGO M. NASCIMENTO, FERNANDO C. RAFAEL, ANDRÉ C. FRANÇA, JULIANA C. REZENDE,
MARCELA C. NERY
135
TESTE DE LERCAFÉ EM SEMENTES DE CAFEEIRO (COFFEA ARABICA L.)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA
O teste de germinação para sementes de cafeeiro necessita de um período mínimo de 30 dias
em condições controladas para obtenção de resultados, diante disso foi proposta uma nova
metodologia para estimar o potencial germinativo. O teste conhecido como LERCAFÉ, fornece
resultados rápidos além de ser de fácil execução e avaliação. O teste consiste na
embebição/imersão das sementes de cafeeiro em solução de hipoclorito de sódio. A reação se
deve, à interação existente entre a área morta/lesionada do endosperma da semente com o
cloro ativo presente na solução. Após a reação, a região do endosperma assume coloração
esverdeada, facilitando a avaliação do local lesionado. Admite-se que ocorrendo
esverdeamento na região do embrião ou em grande parte do endosperma a sua germinação
será prejudicada, sendo a sementes classificada como não viável nos testes de germinação
convencionais. Objetivou-se estudar o efeito de diferentes concentrações de hipoclorito de
sódio, nas concentrações de 2,5%; 3,5%; 5% e 6% durante os períodos de embebição de duas
horas, três horas e seis horas. Foram utilizadas sementes, com e sem o pergaminho, das
cultivares Catuaí Amarelo IAC 44, Mundo Novo IAC 376-4, Travessia MGS, e Rubi MG 192. O
delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições de 50 sementes
em esquema fatorial 6x4 (6 tratamentos envolvendo a concentração e período e 4 cultivares).
Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey
a 5% de probabilidade. Observou-se pela caracterização do perfil das cultivares superioridade
da cultivar Rubi, seguida das cultivares Mundo Novo e Travessia, sendo a Catuaí Amarelo de
qualidade inferior. No entanto, pelo teste LERCAFÉ foi possível apenas à separação das
cultivares em dois níveis de qualidade nos tratamentos 2,5% por 3 h, 3,5% por 2 h e 3 h. Na
concentração de 2,5% de hipoclorito de sódio por 2 horas, as sementes não apresentaram
coloração esverdeada no endosperma. Já nas concentrações de 2,5% por 6 horas, 5,0% e 6,0%
por 2h e 3h foi observada coloração intensa dificultando a avaliação das sementes. Foi possível
concluir que o teste de LERCAFÉ pode ser utilizado para avaliar o potencial germinativo de
sementes de café. É necessário testar concentrações intermediárias entre 2,5% e 3,5% e
períodos entre 2 horas e 3 horas, além de, melhor definir as classes de sementes germináveis e
não germináveis.
Apoio: UFVJM, LS, NES.
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136
TOXICIDADE DE FRAÇÕES ISOLADAS DO EXTRATO DE MEMORA NODOSA
(BIGNONIACEAE) NO CONTROLE DA PRAGA DE GRÃOS ARMAZENADOS, TENEBRIO
MOLITOR (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE)
Emilio G. Souza, Claubert W. G. Menezes, Wagner S. Tavares, Silma S. Camilo, Sebastião L. Assis
Júnior, Fernando Petacci, José C. Zanuncio
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOSSANIDADE
O uso de extratos de plantas com propriedades inseticidas representa estratégia compatível
com o controle biológico no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Produtos botânicos são
alternativos aos químicos convencionais, pois reduzem os efeitos negativos ao ambiente,
ocasionados pela aplicação de pesticidas sintéticos. Produtos biológicos ativos devem ser
tóxicos às pragas, mas com seletividade aos organismos não-alvos, como predadores,
parasitóides e polinizadores. O objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade inseticida de
três frações purificadas do extrato dos galhos de Memora nodosa (Bignoniaceae), coletados no
bioma cerrado brasileiro, sobre a praga de grãos armazenados, Tenebrio molitor (Coleoptera:
Tenebrionidae). O experimento foi realizado no Laboratório de Entomologia da Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) em Diamantina, Minas Gerais, Brasil em
laboratório climatizado. Frações F1, F2 e F3 foram purificadas do extrato bruto dessa planta e
diluídas em etanol absoluto até as concentrações de 0,1 % e 0,01 %. Pupas de um ou dois dias
de idade de T. molitor foram mergulhadas por dois segundos nas soluções de uma das frações
ou tratamentos controles (etanol ou água destilada). Pupas tratadas foram deixadas secar fora
da luz solar direta durante duas horas e, posteriormente, colocadas em copos plásticos de 50
mL fechados com filme PVC e elástico. O total de adultos emergidos, razão sexual e peso de
insetos adultos de dois dias de idade de T. molitor foram avaliados após tratamento de pupas
com os extratos ou controles. A emergência de adultos oriundos de pupas de um ou dois dias
de idade foi menor com as frações F3 a 0,01 % ou F1 a 0,1 %. A razão sexual de adultos foi
menor com soluções botânicas a 0,1%. O peso de adultos machos foi menor do que fêmeas,
com maior impacto após tratamento com as soluções F1 ou F2, a 0,1 %. O peso de adultos
fêmea oriundas de pupas de dois dias de idade foi menor com a fração F1 a 0,01 %. A fração F1
a 0,1% de M. nodosa causou maior toxicidade sobre pupas de T. molitor e, por isto, pode ser
promissor no controle das pragas de grãos armazenados após testes de seletividade em
inimigos naturais.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM, UFV, UFG
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Silma S. Camilo, Claubert W. Guimarães Menezes, José B. dos Santos, Evander A. Ferreira, Ellen
S. Oliveira Cruz, Sebastião L. Assis Júnior
137
TOXICIDADE DE HERBICIDAS AO PREDADOR PODISUS NIGRISPINUS (HETEROPTERA:
PENTATOMIDAE) NA CULTURA DO MILHO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOSSANIDADE
O milho (Zea mays) é uma das principais culturas agrícolas brasileiras pela sua importância na
alimentação animal e humana. Além disso, serve como matéria prima para inúmeros produtos
industrializados. Um dos grandes entraves para a produção desta cultura é a presença de
plantas daninhas, que pode ocasionar altas perdas de rendimento. Dentre os métodos
disponíveis de controle destas plantas, o químico é o mais utilizado. A aplicação de herbicidas
nas lavouras pode afetar negativamente os inimigos naturais das pragas dessa cultura. No
entanto, poucos trabalhos foram realizados visando determinar a toxicidade destes compostos
a estes organismos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade de herbicidas registrados
para a cultura do milho à ninfas do predador Podisus nigrispinus Dallas, 1851 (Heteroptera:
Pentatomidae). Empregou-se o esquema fatorial sendo três estádios do inseto (terceiro,
quarto e quinto), avaliados sob o efeito dos herbicidas atrazine, nicosulfuron e mesotrione em
doses equivalentes à metade, ao dobro, a quatro e dez vezes à dose comercial, mais o controle
à base de água, totalizando 48 tratamentos. Os herbicidas foram diluídos em água destilada
em solução equivalente a 200 l/ha e aspergidos em potes plásticos de 500 ml contendo, cada
um, cinco ninfas do inseto, para cada estádio, constituindo a unidade amostral, com seis
repetições. Após 96 horas foi realizada a contagem do número de sobreviventes. Durante este
intervalo, os insetos de cada recipiente foram alimentados com pupas de Tenebrio molitor
1758 (Coleoptera: Tenebrionidae) e água destilada. Os insetos expostos ao atrazine
apresentaram menor taxa de sobrevivência. Para todos os herbicidas, a metade da dose
comercial ocasionou menor mortalidade. O mesotrione proporcionou maior taxa de
sobrevivência para todas as doses testadas. A dose correspondente a dez vezes à comercial de
atrazine e nicosulfuron provocou menor sobrevivência. Conclui-se que as ninfas do terceiro ao
quinto estádio do inimigo natural P. nigrispinus são mais suscetíveis ao herbicida atrazine que
as demais fases testadas e que o mesotrione se mostrou o menos tóxico ao percevejo.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM.
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138
TOXICIDADE DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS SOBRE PALMISTICHUS ELAEISIS
(HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) PARASITANDO ANTICARSIA GEMMATALIS
(LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EM PLANTAS DE SOJA
Silma S. Camilo, Mabio C. Lacerda, Claubert W. G. Menezes, Marcus A. Soares, Wagner S.
Tavares, Sebastião L. Assis Júnior, José C. Zanuncio
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOSSANIDADE
Produtos fitossanitários seletivos aos inimigos naturais e de baixo impacto no ambiente são
preferidos em programas de controle de pragas na cultura da soja. Himenópteros parasitóides
de pupas são utilizados no controle biológico de lepidópteros-pragas, sendo Palmistichus
elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae) espécie promissora. O objetivo desse trabalho foi avaliar a
toxicidade do herbicida Roundup Ready® (glyphosate); do fungicida Folicur® (tebuconazole);
dos inseticidas reguladores de crescimento Dimilin® (diflubenzuron) e Certero® (triflumuron); e
fosforado Malathion® (malathion) nos parâmetros reprodutivos de P. elaeisis parasitando
Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae). O trabalho foi realizado no Laboratório de
Controle Biológico de Insetos do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de
Viçosa em Viçosa, Minas Gerais, Brasil. A avaliação foi feita com diferentes formas de aplicação
desses produtos, contaminação da dieta artificial das lagartas de A. gemmatalis, ou
diretamente de suas pupas pelos produtos. No experimento I, lagartas de A. gemmatalis foram
alimentadas com folhas de soja tratadas com glyphosate ou tebuconazole e dieta artificial com
glyphosate. No experimento II, as pupas de A. gemmatalis foram imersas em glyphosate,
tebuconazole, triflubenzuron, triflumuron ou malathion. A segunda geração de P. elaeisis nos
tratamentos com triflumuron e diflubenzuron foi, também, avaliada. Os controles receberam,
apenas, água. Glyphosate e tebuconazole aplicados na dieta de A. gemmatalis não ofereceram
riscos a P. elaeisis, exceto na cultivar CD 212 RR + glyphosate que reduziu a emergência desse
parasitóide. O inseticida malathion causou maior mortalidade de P. elaeisis e impediu seu
parasitismo nas pupas de A. gemmatalis, mas não causou a mortalidade de pupas dessa praga.
Os demais parâmetros reprodutivos foram satisfatórios para a utilização de P. elaeisis com
glyphosate, tebuconazole, diflubenzuron ou triflumuron. No entanto, a segunda geração desse
parasitóide com o diflubenzuron foi afetada, com redução do número de fêmeas e,
conseqüentemente, da razão sexual de P. elaeisis. Dessa maneira, o diflubenzuron deve ser
avaliado em programas de manejo de pragas para não afetar a dinâmica populacional desse
parasitóide no campo. Não se recomenda utilizar o malathion com o controle biológico com P.
elaeisis. O herbicida glyphosate, o fungicida tebuconazole e o inseticida triflumuron podem ser
recomendados para a cultura da soja em programas de controle biológico com esse
parasitóide.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM, UFV
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Nathália A. Neves, Philipe L. Brito, Diego D. Carneiro, Lílian Pantoja, Paulo H. Fidêncio,
Alexandre S. Santos
139
USO DE ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO INFRAVERMELHO PRÓXIMO PARA
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE GLICOSE EM VINHOS TINTOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL
A espectroscopia no infravermelho próximo (IVP) associada à métodos quimiométricos tem
sido empregada com sucesso na determinação da composição química de produtos
agroindustriais e farmacêuticos. Essas ferramentas permitem a realização de análises rápidas e
com tratamento mínimo ou nulo das amostras. Esse trabalho teve por objetivo estabelecer
procedimento para determinação quantitativa de glicose em vinhos tintos por meio de
espectroscopia IVP. Para as análises foram utilizados trinta e oito vinhos tintos nacionais,
produzidos em diferentes regiões. Todas as amostras foram analisadas quanto ao teor de
glicose através de método enzimático colorimétrico em triplicata. As mesmas amostras foram
submetidas a varreduras espectroscópicas, em quintuplicata, sem nenhum tratamento
adicional, usando leitura direta da transmissão eletromagnética entre os comprimentos de
onda 1.100 a 2.500 nm. Os dados obtidos tanto para os teores de glicose quanto para os dados
espectrais foram tratados pelo softwear FemWin para a determinação da correlação entre
eles. A correlação foi calculada através da técnica de mínimos quadrados parciais (PLS)
utilizando 30 variáveis latentes. A correlação apresentada na regressão do método foi de 0,97
e a correlação obtida para a validação do método foi de 0,98. Tais resultados permitem
confirmar a potencialidade do emprego da metodologia utilizando IVP na determinação dos
teores de glicose em vinhos tintos.
Apoio: CNPQ, FAPEMIG
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Petrônio H. Alves, Josiane S. Bruzinga, Marcos Paulo C. B. Dias, Herick R. Novoa, Pedro
Henrique P. Duarte, Orientador: Márcio L. R. de Oliveira
140
USO DE FUNÇÃO DE DENSIDADE DE PROBABILIDADE PARA VERIFICAÇÃO DA
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE CARYOCAR BRASILIENSIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
A distribuição espacial de uma população refere-se à forma através da qual os indivíduos de
uma determinada população encontram-se distribuídos em uma área, em relação aos outros
indivíduos da própria população, aos indivíduos de outras populações, e em relação à condição
de sobrevivência oferecida pelo hábitat. Os indivíduos de uma população podem estar
distribuídos segundo três padrões gerais: aleatório, uniforme e agregado. Com este trabalho
objetivou-se estudar a distribuição espacial dos indivíduos Caryocar brasiliensis (Pequi)
utilizando funções de densidade populacional. Para realização do estudo foram instaladas, de
forma sistemática, 17 parcelas de 20 x 50 m em uma área com fitofisionomia predominante de
cerrado strito sensu, de aproximadamente 35 hectares no Parque Estadual do Rio Preto, Minas
Gerais. Dentro das parcelas, mediu-se o diâmetro a 0,30 m do solo (DAS) de todos os
indivíduos de Pequi, aqueles que apresentaram DAS maior ou igual a 5 cm foram considerados
inclusos. A partir dos dados obtidos nas 17 parcelas, testou-se as funções Binomial Negativa,
Uniforme Discreta, Geométrica, Poisson, Bernoulli, Binomial, Hipergeométrica, a fim de
verificar qual destas apresentasse melhor ajuste para as variáveis: número de indivíduos e
número de parcelas contendo número de indivíduos. As funções Binomial Negativa, Uniforme
Discreta, Geométrica, Poisson apresentaram, para o teste Kolmogorov Smirnov a 5% de
probabilidade, os valores estatísticos 0,18178; 0,19048; 0,25402; 0,25985; respectivamente. O
valor crítico obtido foi de 0,31796, e valor p 0,56697; 0,50821; 0,18715; 0,16807;
respectivamente. O teste aceitou H0 para as funções, Binomial Negativa, Uniforme Discreta,
Geométrica, Poisson, pois o valor crítico é maior que os valores estatísticos das mesmas.
Sendo, H0: A amostra provêm de uma população que segue a função de probabilidade
testada. As funções Bernoulli, Binomial, Hypergeometric não apresentaram ajuste para os
dados. A função que obteve melhor ajuste aos dados observados foi a Binomial Negativa, por
apresentar menor valor estatístico para o teste, ou seja, apresentou menor diferença entre a
frequência observada e a frequência estimada. Conclui-se que a espécie Caryocar brasiliensis,
na área de estudo, apresenta distribuição espacial agregada, pois, a função Binomial Negativa,
que indica agregação, obteve melhor ajuste aos dados observados. Com este resultado é
possível estudar qual melhor desenho de amostragem para estudo desta espécie que tem
elevado potencial para fins não madeireiros.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, DEF/UFVJM, IEF-MG
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ARQUITETURA E URBANISMO
DESENHO INDUSTRIAL
ENGENHARIA AEROESPACIAL
ENGENHARIA BIOMÉDICA
ENGENHARIA CIVIL
ENGENHARIA COMPUTACIONAL
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
ENGENHARIA DE MATERIAIS E METALURGIA
ENGENHARIA DE MINAS
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ENGENHARIA DE TRANSPORTES
ENGENHARIA ELÉTRICA
ENGENHARIA MECÂNICA
ENGENHARIA NUCLEAR
ENGENHARIA QUÍMICA
ENGENHARIA SANITÁRIA
METROLOGIA CIENTÍFICA E INDUSTRIAL
PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
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141
ARQUITETURA E
ENGENHARIAS
142
A IMPORTÂNCIA DA GEOLOGIA NOS PROJETOS DE ENGENHARIA E URBANISMO A
SEREM IMPLEMENTADOS NA CIDADE DE TEÓFILO OTONI
Antonio Jorge de Lima Gomes, Arianne Madeline Almeida Paiva e Henrique de Oliveira Ganem
Email: [email protected]
Área/Sub-área: ARQUITETURA E ENGENHARIAS / PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
Apresentam-se neste trabalho, análises das características geológicas da cidade de Teófilo
Otoni e sua importância nos projetos arquitetônicos e urbanísticos da cidade. Teófilo Otoni
possui uma grande extensão ocupada pela Calha Aluvial do Rio Todos os Santos, localizada no
centro urbano da cidade, sendo especialmente caracterizada por este rio ser um afluente do
Rio Mucuri. Desta forma, torna-se a cidade, em sua área urbana, próximo à calha do rio, numa
área de risco natural de inundações, não havendo hipótese de excluí-la como alvo de projetos
de urbanização e muito menos de incluir toda ela em projetos de desurbanização. Restam
alternativas geológicas, para um melhor conhecimento do solo e da subsuperfície, cuja eficácia
dependerá fundamentalmente de visões globais permanentemente atualizadas do processo
geológico e de constantes pesquisas locais e regionais. A cidade de Teófilo Otoni apresenta
algumas características naturais que são complicadores para a área da construção civil, pois se
estas não forem consideradas na execução do projeto e da obra, poderão gerar grandes
catástrofes como deslizamentos de terra e inundações. Neste contexto, um estudo mais
abrangente da geologia local possibilitará uma avaliação mais precisa e concreta das
alternativas mais eficientes para anular possíveis problemas posteriores para as edificações e a
área urbana de uma forma geral.
Apoio: UFVJM, PET.
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Arlete B. Reis, Ana L. Moreira, Anna C. Marinho
143
EMBALAGENS ATIVAS-CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES DE FILMES DE
QUITOSANA COM ADIÇÃO DE CORANTES
Email: [email protected]
Área/Sub-área: ARQUITETURA E ENGENHARIAS / ENGENHARIA QUÍMICA
A embalagem ativa é um conceito inovador, definida como um tipo de embalagem que
influencia ativamente o produto, tendo o propósito de prolongar a vida-de-prateleira, elevar a
segurança e as propriedades sensoriais, enquanto mantém a qualidade do produto. Estes
sistemas consistem na incorporação de aditivos, tais como, agentes antimicrobianos,
antioxidantes, antiumectantes, bactericidas, antibióticos, enzimas e outros, na embalagem ao
invés de serem adicionados diretamente nos alimentos. Filmes e membranas também podem
ser confeccionados a partir de polímeros naturais, como os polissacarídeos, lipídeos e/ou
proteínas. Esses filmes podem ser comestíveis e/ou biodegradáveis e, portanto não poluem o
meio ambiente. Além da preocupação com o meio ambiente, com a sustentabilidade, e com a
demanda por alimentos de maior qualidade, a oportunidade de criar novos produtos no setor
de embalagens tem contribuído para aumentar o interesse no desenvolvimento de
embalagens ativas utilizando biopolímeros. No âmbito desse contexto, é possível listar uma
gama de biopolímeros, dentre eles a quitosana, um biopolimero obtido a partir do descarte da
indústria pesqueira, por ser biologicamente sintetizada e sua característica biodegradável
favorece a aplicação no que diz respeito ao impacto ambiental. Uma de suas propriedades
interessantes é a capacidade de formar filmes resistentes, elásticos, flexíveis e de difícil
rompimento, embora ofereçam barreiras extremamente boas para o oxigênio, possuem baixa
barreira ao vapor d’água. No presente trabalho afim de se obter uma melhor formulação,
primeiramente foram confeccionados filmes de quitosana 1,0%, filmes de quitosana com
adição do corante antocianina (0,2 e 1,0%) e filmes de quitosana com adição do corante
urucum (0,2 e1,0%). Em seguida foram realizadas as análises comparativas: visual e
permeabilidade ao vapor d’água. Pela análise visual foi possível observar que os filmes de
quitosana apresentaram coloração amarelada. Já os filmes de quitosana com adição de
antocianina e com adição de urucum apresentaram coloração azulada e avermelhada
respectivamente. Diante dos resultados prévios realizou-se novos testes (propriedades
mecânicas e de barreira) nos filmes de quitosana em comparativo com os filmes de quitosana
com adição de antocianina (1,0%) e os filmes de quitosana com adição de urucum (1,0%), onde
foi possível observar que os filmes de quitosana com adição de antocianina apresentaram
redução da permeabilidade ao vapor d’água da ordem de 41,22% quando comparados com os
filmes de quitosana (1,0%) e redução da ordem de 34,70% quando comparado com os filmes
de quitosana com adição de urucum. Desta forma pode-se concluir que os filmes de quitosana
com adição de corantes podem ser classificados como uma proposta às embalagens a base de
biopolímeros.
Apoio: CNPq, UFVJM
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Samuel C, Camisão, Altamiro M. Silva, Danilo B. Oliveira, Rodrigo S. Colares
144
INFERÊNCIA DA ÁREA INUNDADA PELO ROMPIMENTO HIPOTÉTICO DA BARRAGEM
DA COPASA EM TEÓFILO OTONI
Email: [email protected]
Área/Sub-área: ARQUITETURA E ENGENHARIAS / ENGENHARIA CIVIL
O rompimento de uma barragem é um evento que pode ocorrer devido varias circunstâncias, e
seus efeitos podem causar grandes danos materiais assim como também vidas humanas.
Desta forma, estimar seus impactos sobre as regiões adjacentes a uma barragem é um
processo preventivo que faz parte das ações para planejamento do plano de evacuação da
área de responsabilidade das Prefeituras e Defesa Civil. O objetivo desse projeto é estimar a
área inundada pelo rompimento hipotético da barragem da COPASA no rio Todos os Santos,
integrante da bacia hidrográfica do rio Mucuri, região leste do Estado de Minas Gerais que se
encontra localizada a 15 km da sede municipal. Este trabalho levará em conta as possíveis
conseqüências do rompimento da barragem. O reservatório conta com uma área da bacia
hidrográfica contribuinte de 158,8 Km2, vazão regularizada de 0,548m3/s, área inundada (N.A.
máximo normal) de 128,4 ha e um volume total (N.A. máximo normal) de 12,8 x 106m3. A
barragem é do tipo solo compactado, material decisivo no calculo do rompimento ao gerar
uma evolução por erosão simplificada (descarga solida), Altura máxima de 32,0m,
comprimento total da crista de 180,0m e largura de 7,0m, a Tomada d’Água tipo torre, altura
máxima da estrutura de 31,5m e possui três entradas de controle. Esta barragem tem a
finalidade do reforço do sistema de abastecimento de água de Teófilo Otoni, através da
regularização das vazões no rio Todos os Santos, além da garantia de manutenção de uma
vazão mínima à jusante da captação, recuperando as condições no curso d’água. Os cenários
serão estabelecidos a partir do modelo DAMBRK e comparados com o modelo SMPDBK. Onde
se pretende simular o escoamento resultante do rompimento a jusante da barragem e volume
de água na área inundada.
Apoio: UFVJM
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Arlete B. Reis, Ana L. Moreira, Anna C. Marinho
145
VIABILIDADE DO USO DE FILMES DE QUITOSANA COM A ADIÇÃO DE AMIDO NO
MERCADO DE BIOPOLÍMEROS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: ARQUITETURA E ENGENHARIAS / ENGENHARIA QUÍMICA
O interesse na utilização de produtos que tenham origem vegetal e a produção de materiais,
principalmente plásticos com caráter biodegradável tem se intensificado em diversos setores.
Dentre os vários biopolímeros, podemos citar a quitosana, que é obtida a partir do descarte da
indústria pesqueira, possui propriedades capazes de formar filmes resistentes, elásticos,
flexíveis e de difícil rompimento; e o amido, considerado como matéria-prima promissora para
a elaboração de filmes biodegradáveis. No processo de produção de filmes, afim de conferir à
matriz filmogênica a característica extensível, flexível e possíveis alterações benéficas nas
propriedades mecânicas, usualmente faz-se o uso de plastificantes. O presente trabalho visa à
obtenção de uma matriz polimérica de quitosana com amido para uma possível melhoria nas
propriedades mecânicas e de barreira, bem como o estudo da viabilidade e possíveis
aplicações do material obtido. Foram produzidos filmes de quitosana com adição de amido,
onde as soluções filmogênicas foram obtidas pela dispersão de 1.0% de quitosana (em massa)
com a adição de 1.0% de amido(em massa), em solução aquosa ácida com a adição de 1.0 ml
de plastificante, sob agitação contínua por 60 minutos. Os filmes de quitosana com e sem a
adição de amido foram avaliados segundo as características: visuais, espessura e
permeabilidade ao vapor d’água. Na análise visual pôde-se observar que os filmes de
quitosana com adição de amido apresentaram coloração fosca, considerável resistência ao
rasgo e flexibilidade quando comparados com os filmes de quitosana. Na análise de espessura
os filmes de quitosana com adição de amido apresentaram aumento de 57.70% em relação
aos filmes de quitosana . Quanto à permeabilidade ao vapor d’água, houve redução de 57.0%
no valor médio da massa adquirida/dia quando comparados os filmes de quitosana com adição
de amido e os filmes de quitosana (0.296g e 0.689g respectivamente). Devido ao baixo custo e
a capacidade de produção de filme, conclui-se que a adição de amido nos filmes de quitosana
é considerável para a melhoria das propriedades mecânicas e físicas do mesmo, sendo assim,
as possíveis aplicações no mercado de biopolímeros deverá ser intensificado.
Apoio: UFVJM
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BIOFÍSICA
BIOLOGIA GERAL
BIOQUÍMICA
BIOTECNOLOGIA
FARMACOLOGIA
FISIOLOGIA
GENÉTICA
IMUNOLOGIA
MICROBIOLOGIA
MORFOLOGIA
PARASITOLOGIA
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146
CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS E
BIOTECNOLOGIA
Izabela M. Franco, Fabiane N. Costa, Jimi N. Nakajima & Benoît Loeuille
147
A FAMÍLIA ASTERACEAE NO CAMPUS JUSCELINO KUBITSCHEK - UFVJM,
DIAMANTINA, MINAS GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
Asteraceae é a maior família botânica dentre as Angiospermas com cerca de 24000 espécies
descritas. No Brasil ocorrem 273 gêneros e 1972 espécies, distribuídas em todos os biomas.
Asteraceae se destaca como uma das famílias de maior riqueza específica nos campos
rupestres, vegetação campestre encontrada acima de 900m de altitude, em solos quartzíticos,
areno-pedregosos, rasos, ácidos, pobres em nutrientes e em matéria orgânica. Apesar disso,
ainda há poucos estudos sobre esta família na região do Planalto de Diamantina, em Minas
Gerais. Este trabalho tem como objetivo efetuar um levantamento das espécies de Asteraceae
ocorrentes no Campus Juscelino Kubitscheck, da Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri, visando subsidiar futuros estudos com a flora deste Campus. A área
de estudo está situada no município de Diamantina, na porção central da Cadeia do Espinhaço
no estado de Minas Gerais. No Campus, a fisionomia vegetal predominante é o campo
rupestre. Foram efetuadas expedições para coleta de material botânico ao longo de oito
meses, de agosto de 2010 a março de 2011, concentradas em áreas de campo rupestre do
Campus. Os espécimes coletados foram herborizados e depositados no herbário DIA, e
duplicatas foram enviadas aos herbários ALCB, HUFU e SPF. Além da análise de todo material
coletado, também foi analisada toda a coleção de Asteraceae depositada no herbário DIA
(UFVJM) provenientes de coletas na área de estudo. A identificação das espécies se deu por
meio da consulta a bibliografia específica e à especialistas. Foram identificadas 54 espécies,
distribuídas em 24 gêneros, dos quais onze gêneros foram representados por somente uma
espécie, e oito gêneros foram representados por somente duas espécies. Os gêneros
Lessingianthus e Richterago (7 espécies cada), Chromolaena (5 espécies), Gochnatia, e
Lychnophora (4 espécies cada) foram os mais representativos na área de estudo. Este
resultado concorda com outros levantamentos feitos com a família Asteraceae em áreas de
cerrado e campos rupestres, onde Lessingianthus e Chromolaena são espécies bastante
representativas. A riqueza das espécies de Richterago e Gochnatia também era esperada, visto
serem estas bem distribuídas ao longo da Cadeia do Espinhaço. Dentre as espécies mais
freqüentes Lychnophora passerina (Mart. ex DC.) Gardner, é amplamente distribuída, presente
em grandes populações ao longo de vários afloramentos rochosos no Campus. Já a espécie
Lychnophora souzae H. Rob., endêmica do Planalto de Diamantina, conhecida atualmente por
uma única população viva no Campus JK, é representada por aproximadamente cinco
indivíduos. Levando-se em consideração a importância desta família na Cadeia do Espinhaço, a
escassez de estudos na área do Planalto de Diamantina, e a presença de endemismos nesta
Cadeia, tornam-se imprescindíveis a continuidade das expedições de campo, assim como
desenvolvimento de estudos taxonômicos mais detalhados na família.
Apoio: UFVJM
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Elayne N. de Sá, Tamires da Silva G., Conceição A. Santos
148
ANÁLISE DE RIQUEZA DE CUPINS ( ISOPTERA: INSECTA) NO PARQUE NACIONAL
SEMPRE VIVAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
Cupins são insetos eusociais da ordem Isoptera possuindo um papel ecológico primordial, por
serem detritívoros assumem função fundamental na ciclagem de nutrientes, alteram a
natureza e distribuição da matéria orgânica bem como atuam na descompactação, aeração e
movimentação de partículas do solo. Dentre os organismos bioindicadores, os cupins podem
ser utilizados em estudos de perturbação ambiental, devido aos vários atributos que podem
ser utilizados como bioindicadores, dentre eles temos: grande importância ecológica, a alta
riqueza local e regional de espécies, dentre outros. Este trabalho teve como objetivo analisar a
riqueza de cupins no Parque das Sempre Vivas. Durante aproximadamente sete meses foram
coletados cupins com o auxilio de armadilhas feitas com papel higiênico levemente umedecido
enterradas no solo. Paralelamente a cada mês foram realizadas coletas manuais, utilizando um
transecto de 50 X 2 m dividido em 10 parcelas alternadas de 5 X 2 m que foram vasculhadas
em todos os possíveis locais de ocupação de cupins. Escolheram-se áreas de mata aberta, com
campo sujo, e mata fechada, para comparação de ambientes diferentes. Os insetos coletados
foram armazenados em potes separados, com álcool 70%, todos demarcados com etiquetas
das devidas iscas coletadas, podendo assim repetir os números demarcados nas coletas. A
identificação do material coletado, foi realizado, por comparação direta, utilizando a chave
para classificação de gênero de cupins. Encontraram-se seis gêneros diferentes nos locais
estudados, e sendo o gênero Nasutitermes o dominante em número de ocorrência nas
parcelas (TABELA 1). Outras observações importantes foram marcadas pela ocorrência de
Heterotermes sp. responsável por causar danos em ambientes agrícolas, florestais e urbanos.
Além de Dihoplotermes sp gênero endêmico do Brasil, com uma única espécie descrita (D.
inusitatus), a qual ocorre no Brasil central e no Sudeste. Embora de ampla distribuição, difícil
de ser encontrada em ambientes não preservados. Esse trabalho foi de grande importância
para conhecimento da riqueza de cupins no Parque das Sempre Vivas, a nível de gênero.
Apoio: Agradecemos a FAPEMIG pelo Apoio financeiro, e UFVJM.
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Bethânia Alves de Avelar, Valéria Gomes Almeida, Etel Rocha-Vieira, Gustavo Eustáquio Brito
Alvim de Melo
149
ANÁLISE DE VIABILIDADE CELULAR POR CITOMETRIA DE FLUXO UTILIZANDO O
CORANTE AZUL DE TRIPAN
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / FARMACOLOGIA
O ensaio de citotoxicidade in vitro deve ser o primeiro teste realizado em ensaios pré-clínicos
na descoberta de novas drogas. Neste teste células são incubadas na presença da substância
de interesse e as alterações celulares, como lise celular, alterações na permeabilidade da
membrana, são observadas. Diversas técnicas são empregadas para avaliação de
citotoxicidade, sendo a mais utilizada a incorporação de corantes vitais pelas células em
cultura. No teste de exclusão do azul de tripan, as células inviáveis tornam-se permeáveis a
este composto, corando-se de azul, o que permite, por meio da microscopia óptica, diferencialas das células viáveis, que permanecem incolores. Embora largamente utilizado o teste de
exclusão do azul de tripan apresenta limitações: as células em observação estão imobilizadas,
a detecção é visual, e a sensibilidade é reduzida, comparando com técnicas automatizadas. O
azul de tripan emite sinais nos canais 2 e 3 de fluorescência do citômetro de fluxo. No
citômetro de fluxo as células em suspensão são interceptadas individualmente por um laser, a
detecção é eletrônica e possui elevada sensibilidade. Assim, o objetivo desse estudo foi
determinar se a viabilidade celular, utilizando a coloração por azul de tripan, pode ser
determinada por citometria de fluxo. Para isso, a viabilidade celular utilizando o azul de tripan
foi comparada à técnica de incorporação de iodeto de propídeo, padrão ouro, na análise da
viabilidade celular por citometria de fluxo. Foram realizados experimentos para análise de
viabilidade de células mononucleares do sangue periférico de três indivíduos incubadas em
estufa (5% de CO2, 37°C) por 24 horas com três doses de um agente citotóxico (doxorrubicina
0,025; 0,25 e 2,5 µg/mL) e com três concentrações do látex de Euphorbia tirucalli ( 0,125%,
0,25% e 0,5%). Após o período de incubação as células foram marcadas com azul de tripan e
iodeto de propídeo e analisadas por citometria de fluxo. Os resultados evidenciaram que o
perfil de leitura dos dois corantes foi semelhante e não houve diferença significativa (p< 0,05)
entre as marcações com o azul de tripan e o iodeto de propídeo tanto nos casos onde a
citotoxicidade foi elevada como quando a citotoxicidade foi reduzida. Os dados indicam que o
azul de tripan pode ser utilizado como um marcador de viabilidade celular para análise por
citometria de fluxo.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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150
ANALISE PRELIMINAR DE ÁREAS ENDÊMICAS NA FLORESTA ATLANTICA PARA OS
GÊNEROS EUFRIESEA E EULAEMA (HYMENOPTERA, APOIDEA, EUGLOSSINA) COMO
SUBSÍDIO PARA ESTUDOS DE CONSERVAÇÃO
Filipe R. Moura & Anete P. Lourenço
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
As abelhas de orquídeas, como são conhecidas as espécies da subtribo Euglossina é composta
por cinco gêneros: Euglossa, Eufriesea, Eulaema, Exaerete e Aglae. Essas abelhas são
endêmicas da região neotropical onde apresenta uma ampla distribuição, sendo encontradas
em diversos biomas. Tem sido realizado significante número de inventários deste grupo
zoológico na Floresta Atlântica, o que proporciona dados para pesquisa na área da
biogeografia histórica. Neste trabalho é utilizada a Análise Parcimoniosa de Endemicidade
(PAE, do inglês Parcimony Analysis of Endemicity), método análogo a Sistemática Filogenética
que tem como intuito juntar grupos que apresentem alguma história de distribuição
semelhante, gerando assim as OGU (Operational Geographical Units) que correspondem a
áreas de registro para os táxons estudados. Para a análise de PAE em toda a extensão da
Floresta Atlântica, foram criadas quadriculas de um grau de latitude por um grau de longitude.
Essas quadrículas foram sobrepostas no mapa de distribuição de 16 espécies dos gêneros
Eufriesea e Eulaema gerando assim 71 OGU. Com análise heurística foram geradas 1000
arvores mais parcimoniosas com 56 passos. A árvore de consenso estrito teve 67 ramos
colapsados. Das 71 OGU, 30 tiveram registro de duas a seis espécies. Além destas 30 OGU, foi
possível destacar duas áreas endêmicas na análise, uma na costa de Pernambuco e sua
proximidade e outra no sudeste de Minas Gerais e divisa com o Rio de Janeiro. Em
Pernambuco quatro táxons agruparam quatro OGU. Para área de Mina e Rio de Janeiro foram
cinco as espécies agrupando duas OGU. Essas duas áreas já foram consideradas endêmicas em
outros trabalhos. Apesar de encontrarmos resultados similares a de outros trabalhos, é
necessário a adição de um número maior de táxons para dar maior robustez para as áreas
geradas, uma vez que outras áreas endêmicas também foram diagnosticadas para a Floresta
Atlântica utilizando-se outros organismos.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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09 a 13 de Maio de 2011
Cayo A. S. de Almeida, Dirceu S. Melo, Fabrine A. Jardim, Talita E. Domingues, Gustavo E. B. A
de Melo, Ana Cristina S. e Silva, Wagner de F. Pereira
151
ATERAÇÕES EM PARÂMETROS CORPORAIS DE RATOS WISTAR COM SÍNDROME
NEFRÓTICA INDUZIDA PELO CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / FISIOLOGIA
A Síndrome Nefrótica (SN) caracteriza-se por proteinúria maciça, hipoalbuminemia, edema
generalizado e hiperlipidemia. O edema apresenta-se caracteristicamente mole e depressível,
sendo mais acentuado nas regiões periorbitárias e nas porções declives do corpo, ocorre
devido à perda da pressão coloidosmótica do sangue e do acúmulo de líquido nos tecidos
intersticiais. O modelo animal de indução da S.N pelo quimioterápico doxorrubicina parece ser
bastante viável e tem servindo bem ao propósito de diversos estudos sobre esta doença. No
presente estudo objetivou-se avaliar alguns parâmetros corporais em modelo animal de
Síndrome Nefrótica induzida pela doxorrubicina, incluindo peso corporal, peso dos rins,
consumo de água e volume urinário. Foram utilizados 43 ratos Wistar machos, peso médio de
300 gramas. Os animais foram acondicionados em gaiolas individuais, receberam dieta
comercial padrão e água ad libitum. Realizou-se a distribuição dos animais em dois grupos
experimentais: grupo (DOXO), submetidos à injeção endovenosa de doxorrubicina (Doxolem ®
/ 7,5 mg/Kg de peso corporal) e grupo (SAL), controle, que recebeu injeção endovenosa de
salina. Nos dias 7, 14, 21 e 28, pós-injeção, foram coletadas urina de 24 horas (gaiola
metabólica), também foi calculado o consumo de água nestes mesmos dias. Semanalmente,
animais de cada grupo foram pesados e logo após sacrificados sob anestesia
(Ketamina/Xylasina – 70/10 mg/kg). Realizou-se perfusão dos órgãos com Salina Tamponada e
após perfusão, os rins de cada animal foram retirados e pesados e o peso corrigido de acordo
com o peso corporal. Os resultados demonstraram redução no consumo de água nas três
primeiras semanas nos animais do grupo DOXO, porém estes dados não apresentaram
diferenças estatísticas entre os grupos. Resultado semelhante foi observado em relação ao
volume urinário. Em relação ao peso corporal, observou-se que os animais submetidos à lesão
renal pela injeção da doxorrubicina mantiveram os pesos corporais, diferindo dos animais
controles que ganharam peso ao longo das semanas do experimento, com significante
diferença estatística entre os grupos. Sobre o peso dos rins verificou-se no grupo DOXO um
aumento no peso a partir da segunda semana pós injeção, até o dia do sacrifício. A partir dos
achados neste experimento, foram confirmadas algumas alterações corporais presentes em
modelo animal de Síndrome Nefrótica induzida pela doxorrubicina, como relatado na
literatura. Além disso, observou-se também o aumento de algumas alterações ao longo da
doença, demonstrando assim, o caráter progressivo desta lesão renal.
Apoio: CAPES/ UFVJM
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III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Flávia K. P. Alves, Isadora F. da Silva, Alexadre S. dos Santos, Ana Paula F. C. Vanzela
152
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CULTIVO PARA OBTENÇÃO DE FUNGOS
PRODUTORES DE CELULASES
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA
Celulases são enzimas que promovem a hidrólise de materiais celulósicos, liberando açúcares
solúveis. A produção de celulases em escala industrial começou em me¬ados da década de 80,
visando sua aplicação como um aditivo para ração animal. Em seguida as celulases passaram a
ser usadas em outras aplicações como no processamento de bebidas, insumo para produção
de alimentos, aplicação nas indústrias têxtil, papel e celulose. A obtenção de preparações
enzimáticas pode ser realizada através de fontes animais, vegetais ou por meio de
fermentação com o uso de microrganismos. As células microbianas são fontes potenciais de
enzimas pois permitem a sua produção dependendo das condições de cultivo. Entre os
microrganismos produtores de celulases incluem uma variedade de fungos, tais como os
gêneros Trichoderma, Aspergillus, Penicillium, Fusarium, Neurospora, Humicola. O presente
trabalho teve por objetivo avaliar as condições de cultivo de inóculo (conídios) em linhagens
de referência para a produção de enzimas celulases. Foram utilizadas as seguintes linhagens de
fungos produtores de celulases, doadas pela empresa Biomm (Montes Claros, MG): Aspergillus
níger ATCC 6275, Trichoderma reesei CCT 2768, Neurospora sitophila CCT 0045, Fusarium
chamydosporum CCT 4949, Penicillium janthinellum CCT4092, as quais foram cultivadas em
quatro meios de cultivo (YAG, Czapek, PDA, Aveia). As culturas foram inoculadas em tubos de
ensaio e mantidas à 30°C durante o crescimento. A cada 24 horas avaliou-se o crescimento
(morfologia macroscópica), presença de conídios e corpos de frutificação. Observou-se que a
linhagem de Aspergillus niger ATCC 6275 apresentou bom crescimento nos meios PDA e YAG,
sendo que o meio PDA apresentou conidiação mais intensa. Desta forma, o meio PDA será o
meio de escolha para posterior cultivo dessa cepa para produção de celulases. Já a cepa
Fusarium chamydosporum CCT 4949, apresentou melhor crescimento nos meios Czapek e
YAG, com maior desenvolvimento de conídios no meio Czapek. A cepa Neurospora sitophila
CCT 0045 por sua vez, apresentou melhor crescimento e esporulação no meio YAG. Já a cepa
Trichoderma reesei CCT 2768 apresentou melhor desenvolvimento de conídios no meio Aveia,
sendo incapaz de desenvolver conídios no meio Czapek. Para linhagem Penicillium
Janthinellum CCT 4092, o melhor meio de crescimento foi YAG e Aveia, com maior
desenvolvimento de conídios no meio Aveia. Para manutenção das cepas, foi escolhido o meio
contendo maior quantidade de nutrientes, onde houve maior crescimento e esporulação. O
crescimento/conidiação das cinco linhagens de fungos apresentaram características distintas
em função do meio de cultivo. Desse modo, é de grande importância essa análise prévia dos
meios de cultivo para obtenção de inóculos de fermentação, em detrimento de se utilizar
meios que são normalmente recomendados para cultivo de fungos filamentosos em geral.
Apoio: cnpq, Fapemig
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Raquel O. M. Pinto, Eliznara F. Correia, Rogéria N. Matos, Gilmar Vieira, Nísia A. V. D. Pinto,
Paulo de S. C. Sobrinho, Daniele F. da Silva
153
AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS DE UMA UNIDADE
HOSPITALAR DE DIAMANTINA, MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA
A problemática da utilização das dietas enterais artesanais cresce a cada dia representando um
desafio na prática clínica do paciente hospitalizado em virtude da possibilidade de
contaminação microbiana, devido a sua maior manipulação e pelo fato de serem ricas em
macro e micronutrientes e, portanto, excelentes meios de crescimento de micro-organismos.
Dentro deste contexto a Nutrição Enteral deve receber atenção especial, devido a maior
susceptibilidade a infecções dos indivíduos que as recebem. O objetivo do presente trabalho
foi analisar a qualidade microbiológica das dietas enterais artesanais de uma unidade
hospitalar de Diamantina, MG. Foram analisadas 26 amostras de dietas enterais artesanais que
consistiam em: leite integral tipo longa vida, Nutren Active, suco de polpas de frutas e sopa
batida e coada de legumes com carne. Foram coletadas duas unidades de amostras (cada uma
com 100ml de dieta) de uma refeição, em dois momentos distintos: o primeiro tempo
correspondia ao momento de preparo (T0) e o segundo tempo coletado após ser administrado
ao paciente (T1). Estas amostras foram acondicionadas em recipiente térmico, transportadas e
analisadas imediatamente no Laboratório de Higiene de Alimentos, Departamento de
Nutrição, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri onde foram realizadas
as análises dos seguintes micro-organismos: Coliformes totais (35°C), termotolerantes (45°C),
E. coli, Aeróbios Mesófilos Viavéis, Salmonella sp, Listeria monocytogenes, S. aureus coagulase
positiva e Pseudomonas spp. As análises seguiram metodologias descritas pela American
Public Health Association, adaptadas. Observou-se a contaminação das dietas enterais por
coliformes totais e termotolerantes, mesófilos e Pseudomonas spp. Não foram detectados S.
aureus coagulase positiva e E.coli, nem a presença de Salmonella sp. e L. monocytogenes,
apresentando-se dentro dos padrões vigentes. As contagens de coliformes totais,
termotolerantes e mesófilos apresentaram-se acima dos padrões estabelecidos pela legislação,
que admite contagens inferiores a 3 UFC/ml para coliformes totais, tendo sido observado nas
análises realizadas neste trabalho contagens acima de 1,1 x 10³ NMP/ml. Os padrões para
coliformes termotolerantes determinam ausência deste micro-organismo, estando às dietas
inadequadas aos parâmetros estabelecidos. Para mesófilos a legislação estabelece parâmetro
de 10³ UFC/ml, neste trabalho foram identificadas contagens de 8,4 x 105 UFC/ml. Não
existem parâmetros legais para contaminação dessas refeições por Pseudomonas spp., no
entanto este micro-organismo tem sido associado à episódios de infecção hospitalar, sendo
necessária atenção à contaminação das fórmulas enterais por Pseudomonas. Em vista do que
foi exposto, pode-se concluir que as condições higiênico-sanitárias de preparo das dietas
enterais da unidade hospitalar avaliada é insatisfatória e propiciam perigo de saúde aos
indivíduos hospitalizados que necessitam desse tipo de dieta.
Apoio: CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Cayo A. S. de Almeida, Dirceu S. Melo, Lázaro Moreira, Gustavo E. B. A de Melo, Ana Cristina S.
e Silva, Etel, R. Vieira, Wagner de F. Pereira
154
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE LEUCÓCITOS EM RATOS COM SÍNDROME NEFRÓTICA
INDUZIDA PELO CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA
A Síndrome Nefrótica (SN) caracteriza-se por proteinúria, hipoalbuminemia, edema
generalizado e hiperlipidemia. Algumas evidências sugerem a participação do sistema imune
na fisiopatologia da SN, tais como a aparente resposta aumentada de células T CD4, T CD8 e o
envolvimento de citocinas e quimiocinas. O modelo animal de SN induzida por Cloridrato de
Doxorrubicina é bastante utilizado para produzir as manifestações clínicas da doença de forma
eficiente. O presente estudo teve como objetivo avaliar a contagem global de leucócitos no
sangue periférico de ratos com Síndrome Nefrótica, induzida pela Doxorrubicina, em
diferentes períodos da lesão. Foram utilizados 43 ratos Wistar, machos, peso médio 300
gramas. Os animais foram acondicionados em gaiolas individuais, receberam dieta comercial
padrão e água ad libitum. Os animais foram distribuídos em dois grupos experimentais: grupo
(DOXO), submetidos à injeção endovenosa de doxorrubicina (Doxolem ® - 7,5 mg/Kg de peso
corporal) e grupo (SAL), controle, que recebeu injeção endovenosa de salina. Os animais de
cada grupo foram divididos em quatro sub-grupos variando o tempo da doença 7, 14, 21 e 28
dias. Os animais foram sacrificados semanalmente, de acordo com cada grupo. Sob anestesia
(Ketamina/Xylasina – 70/10 mg/kg), coletou-se sangue por punção cardíaca, e logo a amostra
passou por um processo de lise de hemácias para realização da contagem global de leucócitos
na Câmara de Newbaeur. Os resultados demonstraram redução na contagem global de
leucócitos do grupo DOXO após 7 dias da injeção. Aos 14 dias o grupo DOXO apresentou um
aumento na contagem global, sendo significativamente superior ao grupo controle. Aos 21 e
28 dias não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos.
Com os achados deste estudo pode-se verificar que a doxorrubicina, na primeira semana pósinjeção, reduziu a contagem global de leucócitos, confirmando o efeito imunossupressor desta
droga nos primeiros dias após sua administração, como relatado na literatura. O aumento do
numero de leucócitos observado aos 14 dias está possivelmente relacionado à resposta
inflamatória estabelecida no tecido renal. Aos 21 dias o número de células retornou aos níveis
normais indicando um equilíbrio da atividade imunológica. Outros experimentos estão sendo
conduzidos, em nosso laboratório, para confirmar ou esclarecer o comportamento do sistema
imunológico perante a SN nos seus diferentes estágios, bem como a relação da
imunossupressão inicial com o desenvolvimento da doença neste modelo animal.
Apoio: CAPES, UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Vanessa A. Mendonça; Marcelo F. O. Souto; Ana Paula S. Carneiro; Valdinéria O. Borges;
Mateus R. Amorim; Mauro M. Teixeira; Antonio L. Teixeira.
155
BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS NA SILICOSE PULMONAR
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA
A Silicose é uma doença pulmonar fibrótica irreversível e potencialmente fatal, causada pela
inalação de poeira contendo sílica cristalina, sendo a mais frequente das pneumoconioses. A
determinação de marcadores biológicos, associados à fisiopatologia da Silicose, tem se
mostrado promissora para identificação precoce da doença e instituição de medidas de
controle. O objetivo deste estudo foi avaliar as concentrações plasmáticas de TNF-α, CCL3,
CCL11, CCL24 e CXCL10 em sujeitos expostos à sílica (SES) e controles saudáveis. As
concentrações de TNF-α, CCL3, CCL11, CCL24 e CXCL10 foram avaliadas no plasma de SES
(n=34), de Corinto/MG, pelo do método de ELISA. Nesse grupo, vinte sujeitos tinham o
diagnóstico de Silicose. O grupo controle foi constituído de sujeitos saudáveis pareados por
idade e sexo (n=20). As concentrações plasmáticas de TNF-α e CCL11 foram maiores nos SES
quando comparados aos controles. Surpreendentemente, a concentração plasmática de CCL11
foi maior em sujeitos com Silicose (valor mediano 534.1 pg/ml) em comparação com SES sem
Silicose (278.1 pg/ml) e controles (100.0 pg/ml). Não houve diferença nas concentrações
plasmáticas de CCL3, CCL24 e CXCL10 entre SES e controles. Esse estudo demonstrou que
CCL11 e TNF-α podem desempenhar um papel na patogênese da Silicose. O papel dessas
moléculas como biomarcadores no desenvolvimento da Silicose deve ser investigado.
Apoio: CNPq, FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Júnia L. Deus , Natália P. Rocha, Patrícia S. Santos, Helton J. Reis, Patrícia Furtado, Gustavo
E.A.B. Melo, Melissa M. Guimarães
156
BIOMARCADORES PERIFÉRICOS LIBERADOS POR FIBROBLASTOS HUMANOS APÓS
ESTÍMULO COM A PROTEÍNA SOLÚVEL ΒETA- AMILÓIDE
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa que leva a uma progressiva
perda neuronal e disfunção cognitiva em 40% de idosos após 85 anos de idade. Os sintomas
clínicos usados para diagnosticar a doença se manifestam lentamente e são complexos de
serem identificados. A examinação histológica postmortem da presença de placas senis de
proteína beta-amilóide (βA) no tecido neurocortical é ainda hoje a única forma precisa de
estabelecer um diagnóstico definitivo da doença. No presente trabalho, buscamos por
biomarcadores fora do sistema nervoso central, que poderiam facilitar o diagnóstico, assim
como o acompanhamento evolutivo da DA. Para isso, foi criada, in vitro, condições similares às
alterações teciduais observadas na DA a partir da exposição de fibroblastos gengivais humanos
à proteína beta- amilóide. Tais células, isoladas de quatro pacientes da clínica de
odontologia/UFVJM foram estimuladas com a proteína beta- amilóde nas seguintes
concentrações: 10-4 mol/l, 10-6 mol/l, 10-8 mol/l, 10-10 mol/l, 10-12 mol/l e após os seguintes
períodos de incubação: 12, 24, 48, 72, 96 e 120 h. A liberação das citocinas: IL-10, IL-8, IL-6 e
TNF-alfa no sobrenadante das células foi analisada por meio do teste ELISA. Os dados sugerem
que após receberem estímulo com a proteína, o sobrenadante recolhido das células
apresentou concentrações positivas de todas as citocinas. IL-10 apresentou um pico de
expressão após estímulo com a proteína amilóide na concentração 10-6mol/l em 48 horas de
incubação, a expressão de IL-8 foi semelhante com pico em 12 horas de incubação, IL-6
expressou-se em maior quantidade quando estimulada com 10-10 mol/l em 12 h de incubação
e TNF-alfa apresentou seu pico após estímulo com a proteína beta- amilóide na concentração
10-4 mol/l em 96 horas de incubação. Os resultados iniciais sugerem que o estímulo com a
proteína βA esteja associado à liberação tanto das interleucinas IL-6, IL-8 e IL-10 quanto da
citocina fator de necrose tumoral (TNF-alfa) nos diferentes períodos de incubação. Tais dados
deverão ser confirmados a partir de testes de viabilidade dos fibroblastos submetidos ao
estímulo com a proteína beta amilóide e da análise estatística de experimentos independentes
que serão repetidos em outros pacientes.
Apoio: CNPQ, FAPEMIG, UFVJM
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Liliane T. Lopes, Carlos V. M.Filho, Rafael R. Souza, Acsa A. de Miranda
157
COMPORTAMENTO FENOLOGICO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
COMPORTAMENTO FENOLOGICO DE Cipocereus minensis subsp minensis (Werd.) F. Ritter E
Pilisocereus aurisetus subsp .aurisetus (Werderm) Byles & Gdorowley (CACTACEAE) NO
PLANALTO DE DIAMANTINA-MG, SERRA DO ESPINHAÇO Liliane T. Lopes, Carlos V. M.Filho,
Rafael R. Souza, Acsa A. de Miranda e-mail : [email protected] Área de
Conhecimento/Sub‐Área: Ciências Biológicas e Biotecnologia /Ciências Biológicas Cipocerus
minensis e Pilosocereus aurisetus são duas espécies da família Cactaceae, endêmicas de Minas
Gerais, com ampla distribuição na Cadeia do Espinhaço. A despeito da sua importância para a
conservação não existem estudos fenológicos com essas espécies. . Nesse trabalho objetivou se avaliar os ritmos de floração e frutificação das espécies e reconhecer seus prováveis
polinizadores e dispersores. Foram marcados 30 indivíduos, de cada espécie distribuídos nos
afloramentos rupestres no Campus JK – UFVJM, onde foram observados semanalmente, no
período de 05/2009 a 03/2011 para o C. minensis e de 11/2009 a 03/2011 para o P. aurisetus.
Cipocereus minensis apresenta um ritmo contínuo de floração, com pico no início da estação
seca, e os frutos maduros concentram-se entre o meio e final desta estação. Dados
preliminares sugerem que a espécie é polinizada por morcegos e também por beija flores e
abelhas. Os frutos de C. minensis são ovóides a globosos, indeiscentes, com cerca 2-4 cm de
diâmetro e 958 sementes em média. Os prováveis dispersores são morcegos e o roedor
Trychomys apereoides. A espécie P. aurisetus apresenta um pico de floração entre os meses de
novembro a janeiro e outro entre os meses de maio a julho, seguidos pela frutificação nos
mesmos meses. Apresenta baixa produção de flores quando comparado com C. minensis e
provavelmente são polinizadas pelas mesmas espécies que a polinizam, visto que ambas
espécies possuem antese noturna, permanecendo abertas até as primeiras horas da manhã.
Os frutos do P. aurisetus são globoides e deiscentes. Os dados serão importantes para
estabelecer estratégias de conservação das espécies que estão bem adaptadas à sazonalidade
climática da região de Diamantina, no Espinhaço Meridional. APOIO: FAPEMIG
Apoio: FAPEMIG
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Fabrício F. Neves, Cosme D. Barbosa, Tatiane M.de Assis, Maria P.S.Lima Costa
158
CONCEPÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS POR ALUNOS DE UMA ESCOLA PUBLICA DA
CIDADE DE DIAMANTINA-MG
Email: E-mail: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / PARASITOLOGIA
O Vale do Jequitinhonha há anos vem carregando os problemas decorrentes da seca e o
estigma de miserável, ostentando indicadores sociais e econômicos comparáveis aos piores do
mundo. A doença de Chagas é uma enfermidade do continente Americano, diretamente
relacionada com fatores sócio-econômicos e ambientais das localidades, não possui cura e
pode levar ao óbito. Nas escolas os temas referentes a saúde pública são pouco abordados,
seja por despreparo dos profissionais ou até mesmo pela carga horária insuficiente,
impossibilitando que temas como este sejam melhor trabalhados. A educação das populações
presentes em locais de risco é de fundamental importância, uma vez que possibilita a
prevenção de doenças. A destruição de hábitats naturais, causa a redução da oferta de
alimentos para os barbeiros, levando-os a procurarem outras fontes alimentares,estas são
encontradas em casas de zonas rurais, onde normalmente criações de animais, como porcos,
galinhas, etc., servem de meio de subsistência das famílias e também atuam como atrativo
para a infestação das áreas peridomiciliares. O trabalho tem por objetivo analisar o
conhecimento de alunos do 2° ano do ensino médio sobre a Doença de Chagas. A Coleta de
informações dos alunos a respeito da Doença de Chagas, foi realizada por meio de um
questionário composto por 6 questões relacionadas a conceitos gerais da Doença de Chagas.
Após análise dos questionários pode-se concluir que 56% dos alunos declararam conhecer
doenças comuns da região, enquanto 32% conhecem pessoas portadora da Doença de Chagas.
Quanto a transmissão da Chagas 63% dos alunos afirmaram conhecer o processo de
transmissão da doença, porém, não conseguiram conceituar de forma adequada. Para os
animais transmissores de outras doença o índice de alunos que citaram outros animais com a
respectiva doença que transmite foi de 94%, para a presença de cartazes, informativos ou
materiais didáticos que abordassem diferentes doenças 89% dos alunos afirmam sempre
depararem com esse tipo de material na escola, 91% dos alunos declararam ser importante a
abordagem de temas relacionados a doenças ocorridas na região. Nota-se que os alunos
possuem um certo conhecimento a respeito da Doença de Chagas, porém este conhecimento
não está fundamentado e construído pelos conceitos corretos.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Paula D.M.Nogueira, Cíntia X. Rodrigues, Rinaldo Duarte
159
CONCEPÇÕES DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE MICROBIOLOIGA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA
Nas últimas décadas, muitos estudos têm sido realizados para identificar as concepções
prévias dos estudantes na área das Ciências. Nestes estudos têm-se evidenciado que o ensino,
centrado apenas na transmissão de conhecimentos, pouco tem contribuído para diminuir a
resistência de tais concepções ou mesmo produzir mudança conceitual. Numa perspectiva
cognitivista de aprendizagem significativa, a identificação das concepções prévias dos alunos,
por parte do professor, é o “ponto de partida e de chegada” para promover uma
aprendizagem mais efetiva. Portanto, é com, para e por meio das concepções prévias que o
professor deve planejar as atividades de ensino que possam estabelecer relações conceituais
entre o que os alunos já conhecem com o conhecimento a adquirido. Com isso, o objetivo
deste estudo foi identificar as concepções dos alunos sobre microbiologia e suas relações com
o ser humano, considerando aspectos do seu cotidiano. O estudo foi realizado a partir da
aplicação de um questionário com alunos do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental de duas
escolas públicas; sendo que, para os alunos do 7º ano o conteúdo sobre microbiologia já havia
sido ministrado. Em torno de 8% sabiam o significado correto de microbiologia ou de
micróbios, 47% sabiam parcialmente, 26% responderam incorretamente e 19% não sabiam ou
não responderam. Contudo, quando perguntado onde os micróbios podem ser encontrados
94% responderam corretamente, sendo o local predominante as mãos. Esta concepção deve
estar associada à importância da lavagem das mãos reafirmada continuamente pelos pais. Em
torno de 43% achavam que os micróbios têm alguma importância ou utilidade e destes 61%
deram algum exemplo. Em relação ao que eles gostariam de saber sobre os micróbios
destacou-se: Como eles são (15%), o que eles podem causar (15%), para que eles servem (14%)
e onde vivem (11%). Os resultados apontaram que, independente de terem ou não tido acesso
ao conteúdo, as concepções dos alunos foram muito semelhantes. A partir do levantamento
realizado, será possível considerar as implicações destas concepções para o ensino e
aprendizagem de questões que envolvem o cotidiano do alunos.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Marcela E. Gomes, Fabrício C. Alcântara, Thiago Q. Araújo, André R. S. Garraffoni
160
DESCRIÇÃO DE UM NOVO MORFÓTIPO DE REDUDASYS KISIELEWSKI, 1987
(GASTROTRICHA) ENCONTRADO NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
Os Gastrotricha são invertebrados microscópicos exclusivamente aquáticos, habitando
ambientes marinho, estuarino e, água doce. O táxon é cosmopolita, composto por mais de 750
espécies e dividido em duas ordens: Chaetonotida e Macrodasyda. O grupo Chaetonotida
possui mais de 250 espécie, sendo 2/3 dos seus representantes habitando águas continentais.
Por outro lado, a Ordem Macrodasyda é composta por mais de 250 espécies
predominantemente marinha, com exceção de apenas duas espécies, Redudasys fornerise
Kisielewski, 1987 e Marinellina flagellata Ruttner-Kolisko, 1955 encontradas em água doce. A
primeira espécie foi originalmente descrita para a Represa do Lobo (São Pulo – Brasil) e
posteriormente redescoberta no Parque Estadual da Serra do Cabral, (Minas Gerais). Já
espécie Marinellina flagellata conta com apenas um registro para os Alpes Suiços. Dessa forma,
é nítido que as espécies de água doce da Ordem Macrodasyda são muito pouco conhecidas e,
sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo de contribuir para melhorar o
conhecimento taxonômico do grupo através de novas coletas. Para isto, foi utilizado um
amostrador do tipo “corer” de 3 cm de diâmetros, que foi enterrado no sedimento por 5 cm de
profundidade. Posteriomente, o sedimento foi levado para o laboratório, onde os animais
foram triados vivos sob microscópio esteroscópio, fixados em lâminas e identificadas sob
microscópio óptico. Foram encontrados um total de 55 indivíduos pertencentes ao gênero
Redudasys, sendo um espécime descrito no presente trabalho. O espécime se assemelha à
espécie-tipo pela presença de uma furca bilobada não segmentada, presença de um ovo na
região do tronco e possíveis oócitos, porém, os caracteres importantes no reconhecimento do
espécime se distingue da espécie-tipo pela presença de um par de tubos adesivos anteriores
numa posição mais próxima da cabeça, cabeça grande em relação ao restante do corpo e
tamanho da faringe menor proporcionalmente ao corpo.
Apoio: CNPq, FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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161
DESCRIÇÃO QUALITATIVA DE ALGUMAS ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS E
BIOQUÍMICAS EM RATOS COM SÍNDROME NEFRÓTICA INDUZIDA PELA
DOXORRUBICINA - UM ESTUDO PILOTO
Talita E. Domingues; Fabrine A. Jardim; Dirceu S. Melo; Cayo A. S. Almeida; Ana C. Simões e
Silva; Gustavo E. A. Brito-Melo; Wagner F. Pereira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA
A síndrome nefrótica (SN) é caracterizada por proteinúria, hipoalbuminemia, edema
generalizado e hiperlipidemia. É a glomerulopatia mais comum em crianças, no entanto sua
fisiopatologia permanece desconhecida. Acredita-se na ocorrência de fatores bioquímicos,
metabólicos e distúrbios imunológicos. Evidências sugerem a participação do sistema imune na
etiopatogenia da proteinúria e, consequentemente da SN, como a resposta aparentemente
anormal dos linfócitos T e citocinas e envolvimento de quimiocinas, enfatizando a TGFb.
Alguns modelos de indução da SN em animais são descritos na literatura e entre eles a
utilização de cloridrato de doxorrubicina apresentou resultados satisfatórios. Este estudo
inicial objetivou padronizar alguns procedimentos e técnicas a fim de verificar a eficácia do
modelo experimental, por meio da utilização de (Doxolem ® - cloridrato de
doxorrubicina).Nele, foram avaliados alguns parâmetros como proteinúria, contagem de
leucócitos e percentual diferencial de leucócitos. Foram utilizados 37 ratos Wistar machos com
peso médio de 400g, acondicionados em gaiolas individuais, recebendo dieta comercial padrão
e água ad libitum. Os animais foram distribuídos em dois grupos experimentais: grupo (DOXO),
submetidos à injeção endovenosa de doxorrubicina (Doxolem ® / 7,5 mg/Kg de peso corporal)
e grupo (SAL), controle, que recebeu injeção endovenosa de salina. Coletou-se urina de 24
horas nos dias 0 (pré injeção), 7, 14, 21 e 28 (pós injeção). Animais de cada grupo foram
sacrificados nos dias 7, 14, 21 e 28, pós-injeção. Sob anestesia (ketamina / Xylasina - 70/10 mg
/ kg), foi colhido o sangue por punção cardíaca, e os órgãos foram perfundidos com salina.
Após a perfusão, os rins de cada animal foram retirados, pesados e preparados para
posteriores análises morfológicas. Os resultados demonstraram aumento na excreção urinária
de albumina no grupo DOXO em relação ao grupo SAL respectivamente, em T7 (177,8 / 38,9
6,71 / 11,68), quando comparados com T0 (2,75 / 3,70-2,00 / 3,84) e tenderam a diminuir nos
dias subseqüentes T14 (112,2 / 18,18-35,9 / 37,2); T21 (109,0 / 20,72 15,7 / 0,0) e T35 (127,7 /
46,67-39,3 / 0,0). Através da microscopia óptica, alterações histológicas progressivas foram
observadas no grupo DOXO em relação ao grupo SAL. Percebeu-se, ainda, maior variação na
leucometria global do grupo DOXOem relação ao grupo SAL, respectivamente, T7 (1,47 / 0,574,80 / 2,27), T14 (12,47 / 6,17 8,51 / 3,96), T21 (7,19 / 4,08-4,35 / 1,65); T28 (13,30 / 4,24-8,40
/3,90) e T35 (5,40 / 3,95-6,10 / 0,85), além de alterações na contagem diferencial de leucócitos
entre os dois grupos.Verificou-se que o Doxolem ® foi eficiente para promover a lesão renal.
Além de promover alterações imunológicas, percebida pela contagem global e diferencial dos
leucócitos. Este estudo foi importante para certificar-se do seuefeito nefrotóxico o que
propiciará maior segurança na continuação dos estudos.
Apoio: CAPES; UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
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Paulo R. Silva, Pollyana F. Rocha, Rita M. Maciel, Janaína T. de Faria, Ana Paula F. C. Vanzela,
Fábio C. Sampaio
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DETERMINAÇÃO DAS MELHORES CONDIÇÕES PARA PERMEABILIZAÇÃO DE
KLUYVEROMYCES LACTIS UTILIZANDO PROCESSO FÍSICO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA
Para produção e isolamento da beta-galactosidase (beta-gal, EC 3.2.1.23) de Kluyveromyces
lactis, uma enzima intracelular, o rompimento das células com a purificação total ou parcial é
um fator-chave que limita a aplicação em processos industriais. Assim, a utilização de células
permeabilizadas é melhor alternativa ao processo de rompimento, permitindo a manutenção
da enzima dentro de seu ambiente natural. No presente estudo foi utilizado um método físico
(“glass beads” – 400 a 600 nm de diâmetro) para permeablização de K. lactis para fins
biotecnológicos. Os dados experimentais foram obtidos através de um Delineamento
Composto Central Rotacional (DCCR) com variáveis em cinco níveis (-alfa, -1, 0, +1, +alfa), 19
experimentos em triplicata e quatro repetições no ponto central para estimar o erro
experimental e investigar a adequação do modelo proposto. A quantidade de “glass beads”
(GB de 0,3-0,9 g), a quantidade de biomassa (x de 2-4 g) e o tempo de tratamento (t de 3-8
min) foram as variáveis independentes, enquanto a atividade de beta-gal (mM oNP/min/g) foi
a variável dependente (Resposta). Foi ajustado um modelo matemático e realizada a
otimização numérica nos “softwares” “Design Expert” e “NeuralWorks”. O teste F revelou que
a regressão foi estatisticamente significativa com nível de confiança de 90%. A falta de ajuste
significativa foi desconsiderada em função de um coeficiente de determinação de
aproximadamente 0,82. Utilizando ainda o teste F, os coeficientes de regressão foram
avaliados e observou-se contribuição linear das três variáveis independentes; interação GB
versus x, GB versus tempo e x versus tempo; e contribuição quadrática de GB. A Metodologia
de Superfície de Resposta (MSR) foi utlizada para otimizar as condições de permeabilização e a
atividade ótima de beta-gal (5258,64 mM ONP/min/g), segundo a regressão proposta, foi
obtida com GB igual a 0,899 g, x igual a 2,0 g e t de 8 min. Para a análise utilizando a
metodologia Rede Neural Artificial (RNA), observou-se que a quantidade de dados obtidos no
DCCR não foi suficiente para treinamento e validação, e que a presença de pontos centrais
dificultou o treinamento. Além disso, o “software” “NeuralWorks” não apresenta todos os
recursos necessários para o treinamento da rede. A utilização de “glass beads” foi eficiente no
processo de permeabilização sob as condições experimentais avaliadas e a MSR foi uma
ferramenta adequada para determinar as melhores condições de permeabilização.
Apoio: CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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09 a 13 de Maio de 2011
Rafael C. S. Pessoa, Camila S. Paula, Leonardo G. Lessa
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DIETA DE NECTOMYS SQUAMIPES (RODENTIA, SIGMODONTINAE), EM UMA ÁREA DE
MATA CILIAR NO PARQUE ESTADUAL DO RIO PRETO, MINAS GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
O roedor Nectomys squamipes são moderadamente especializados à vida semi-aquática. Seu
padrão de dieta é pouco conhecido e extremamente difícil de ser investigado em função de
seu eficiente aparelho mastigatório equipado com dentes incisivos do tipo cizel, molariformes
trituradores e uma mandíbula que pode se mover tanto lateralmente quanto no sentido
ântero-posterior. O presente estudo tem como objetivos: analisar o padrão de dieta de N.
squamipes em uma área de mata ciliar no Parque Estadual do Rio Preto; avaliar se a dieta é
constante ou sofre variação sazonal. Para amostragem dos roedores foram instalados 04
transectos paralelos com 12 pontos de captura cada, eqüidistantes 20m e apresentando duas
armadilhas por posto, totalizando 96 armadilhas. O período de coletas será de 24 meses com
quatro noites consecutivas de coletas a cada mês. Os indivíduos capturados foram marcados
com anilhas numeradas (Zootech ®) fixadas nas orelhas e soltos novamente no mesmo local de
captura, após a coleta das fezes. As fezes coletadas são levadas para laboratório e analisadas
com o auxílio de um microscópio estereoscópico Olympus SZ 40. Todo o material é identificado
até a menor categoria taxonômica possível e ordenado em cinco categorias: 1) sementes; 2)
flores; 3) material vegetativo; 4) artrópodes; 5) Material não identificado. Para todos os
componentes alimentares foi calculada sua freqüência relativa de ocorrência (número de
amostras contendo um componente/numero total de amostras coletadas x 100). A ocorrência
de sazonalidade nas dietas será verificada comparando-se os hábitos alimentares entre as
estações seca e chuvosa do ano. Até o presente momento foram obtidas 7 amostras.
Artrópodes, principalmente Hymenoptera (57,14%) e Isoptera (50%), constituíram os
principais componentes alimentar registrado na dieta, seguido por Aranae (28,57%), Blattodea
(14,28%), Coleoptera (14,28%) e Diptera (14,28%). Em todas as amostras analisadas foi
significativa a presença de artrópodes não identificados (100%). Foram registradas sementes
de Miconia holosericea (Melastomataceae) nas amostras. Todas as sementes encontradas
intactas nas amostras (100%) apresentavam tamanho reduzido, cerca de 1 mm de
comprimento. O numero de amostras fragmentadas (ni) destaca a eficiência do aparelho
mastigatório do grupo no processamento de alimentos de origem animal e vegetal. Artrópodes
terrestres, principalmente Hymenoptera e Isoptera são recursos abundantes no bioma
Cerrado e registrados com freqüência na dieta de pequenos mamíferos (roedores e
marsupiais). A alta freqüência de ocorrência de Hymenoptera e Isoptera na dieta pode indicar
uma dieta oportunista por parte destes roedores, consumindo um recurso altamente
abundante na área de estudo.
Apoio: FAPEMIG APQ 01-034/09
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
164
DIVERSIDADE DE ABELHAS (HYMENOPTERA, APOIDEA) E PLANTAS UTILIZADAS
COMO FONTE DE RECURSOS FLORAIS EM UMA ÁREA EM PROCESSO DE
RECUPERAÇÃO
Ana Paula de S. M. Santos, Anete P. Lourenço
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
O Cerrado é um dos biomas mais ricos do planeta devido as suas características peculiares e de
condições ambientais extremas, o que contribui para a localização de diversas espécies
endêmicas. Apesar da alta diversidade encontrada no Cerrado, estudos a respeito da
comunidade de abelhas ainda são escassos na Serra do Espinhaço, sendo que nenhum estudo
em área em processo de recuperação foi registrado. O estudo da comunidade de abelhas é
importante, pois estes insetos atuam no processo de polinização cruzada de muitas
angiospermas contribuindo para o processo de regeneração natural de áreas degradadas. O
objetivo do presente estudo foi identificar a fauna apícola de uma área em processo de
recuperação, determinar sua abundância de indivíduos e sua riqueza de espécies, bem como
os recursos florais utilizados por ela. O estudo foi realizado no antigo lixão do município de
Diamantina (MG). Depois da desativação do depósito, esta área foi isolada e posteriormente
realizou-se o plantio com espécies exóticas no local para promover sua recuperação. Entre
setembro de 2009 e setembro de 2010 foram realizadas coletas quinzenais. As abelhas eram
capturadas durante a visitação floral com auxílio de redes entomológicas e armazenadas em
potes plásticos, para posterior identificação. As plantas visitadas eram anotadas e
fotografadas. A comunidade de abelhas foi representada por 30 espécies, 17 gêneros, 6 tribos,
5 subfamílias, 4 famílias totalizando 366 abelhas coletadas. Apis mellifera não entrou na
contagem por ser uma espécie exótica em grande abundancia no local, devido a localização do
apiário da UFVJM. A maior riqueza de espécie foi representada por Apidae com 26 espécies
(87%), seguida por Halictidae com 2 espécies (7%), Adrenidae e Megachlidae com 1 única
espécie (3%). Em ordem decrescente de abundância estão as famílias Apidae representada por
348 indivíduos (95,1%), Adrenidae com 14 indivíduos (3,8%), Halictidae com 3 indivíduos
(0,8%) e Megachilidae com apenas 1 individuo (0,3%). No total foram observadas 18 espécies
de plantas visitadas pelas abelhas, distribuídas em 16 gêneros e 10 famílias. Entre as espécies
de plantas onde foram coletadas as abelhas a família Convolvulaceae apresentou maior
riqueza de espécies visitantes, 16 no total. Já a família Myrtaceae e Verbenaceae apresentou
menor riqueza de indivíduos visitantes, apenas uma espécie em cada uma das famílias. A
comunidade de abelhas neste trabalho apresentou uma baixa riqueza de espécie em
comparação com outros levantamentos realizados em Mina Gerais. Este fato pode estar
relacionado com a constante atividade antrópica na área, o que pode ocasionar destruição de
ninhos localizados no solo, e presença do apiário promovendo competição de espécies
exóticas e nativas. Apesar da baixa riqueza, algumas espécies de abelhas se mostram
dependentes de seus recursos florais mostrando que mesmo em processo de recuperação
permite que as abelhas da região sejam atraídas por ela.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Fernanda F. Araújo, Filipe R. Moura & André R. S. Garraffoni
165
DIVERSIDADE DE BICHO-PAU (INSECTA: PHASMATODEA) EM ÁREAS PRÓXIMAS À
DIAMANTINA-MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
Os insetos da ordem Phasmatodea (do grego phasma= fantasma; aparição) são popularmente
conhecidos no Brasil como bicho-pau ou bicho-folha por mimetizarem galhos secos ou folha de
uma planta, sendo terrestres, de hábito noturno, fitófagos e de movimentos muito lentos,
vivendo sobre folhas, troncos e arbustos. Os fasmídeos podem apresentar um comprimento
que vária entre 1-33 cm, portam corpo alongado, cabeça prognata com antenas filiformes
geralmente longas e pernas geralmente longas e finas. As asas podem estar presentes ou
ausentes e além de mimetizarem folhas e galhos, seus ovos comumente mimetizam sementes.
Os organismos desse táxon são encontrados principalmente em ecossistemas tropicais e
temperados e no total são conhecidas aproximadamente 3000 espécies registradas em todo o
mundo, agrupadas em 523 gêneros e 13 famílias, sendo que no Brasil são mais de 200 espécies
registradas e em Minas Gerais apenas duas. Dessa forma, o presente estudo tem como
objetivo realizar um levantamento das espécies de Phasmatodea nos entornos de DiamantinaMG, visando melhorar o conhecimento taxonômico do grupo no estado de Minas Gerais e
consequentemente no Brasil. Foram realizadas coletas esporádicas na mata ciliar do córrego
Soberbo no interior do campus JK, Caminho dos Escravos em Diamantina-MG, Parque Estadual
do Biribiri e Parque Nacional das Sempre Vivas, no período de outubro de 2009 a março de
2011, abrangendo duas estações distintas: uma chuvosa e uma seca. As coletas foram
noturnas e manuais, como auxilio de lanternas para iluminação da área de coleta e sacos
plásticos para armazenar os espécimes coletados. Foram coletados um total de 47 indivíduos,
sendo 20 fêmeas, 17 machos e 10 ninfas pertencentes à família Heteronemiidae com dois
gêneros Heteronemia e Paraleptynia e à família Pseudophasmatidae com o gênero
Paraphasma e todos coletados durante a estação chuvosa. No caso dos gêneros Heteronemia
e Paraleptynia foi possível agrupar os indivíduos em duas morfoespécies cada um, de acordo
com diferentes características morfológicas, sendo que as duas espécies de Heteronemia
foram distinguidas pela quantidade de espinhos no tórax e as duas espécies de Paraleptynia,
pela presença ou ausência de uma linha branca na cabeça. A diversidade e a distribuição da
ordem no Brasil é pouquíssimo conhecida, sendo que nenhum trabalho dessa natureza havia
sido realizado no país até o momento e somente espécies foram descritas isoladamente. Deste
modo, o desenvolvimento deste trabalho aumentará significantemente o conhecimento da
diversidade e distribuição da ordem no Brasil, com possibilidades de descrição de novas
espécies, propiciando assim subsídios para outros trabalhos de ecologia, biologia e
biogeografia sobre a ordem.
Apoio: FAPEMIG
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EFEITO DA PRÓPOLIS EM MUCOSA ORAL EM MODELO DE CARCINOGÊNESE DMBA
INDUZIDA EM HAMSTER ATRAVÉS DO PERFIL PROTÉICO DE LÍNGUA, LINFONODO,
GLÂNDULA SUBMANDIBULAR E FÍGADO
Melina C. Silva, Anete P. Lourenço
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / GENÉTICA
O carcinoma bucal se tornou o mais comum tipo de câncer oral. No Brasil, o câncer é a terceira
causa de morte mais comum. Trabalhos utilizando DMBA como agente carcinogênico iniciador
permitiram os estudos da carcinogênese experimental em línguas, órgão de maior incidência
do câncer bucal em seres humanos. Órgãos como linfonodos, fígado, língua e glândula
submandibular, são alguns dos que apresentam alterações neoplásicas com a indução do
câncer. Por se tratar de uma doença de difícil tratamento, muitos pesquisadores são atraídos
para a área de pesquisa em quimioprevenção do câncer. Uma das substâncias utilizadas como
quimiopreventiva, e uma das promissoras contra a ação tumoral, é a própolis, por possuir,
dentre efeitos biológicos, a ação anticarcinogênica. Neste trabalho, nós propusemos verificar o
efeito da própolis em hamsters com indução de carcinogênese bucal por DMBA, sendo as
alterações neoplásicas observadas através do perfil protéico dos órgãos linfonodos, fígado,
língua e glândula submandibular. Hamsters da espécie Mesocricetus auratus, entre eles
machos e fêmeas, foram distribuídos em quatro grupos, sendo estes, o Grupo controle
negativo, sem tratamento algum; Grupo controle positivo, tratado com solução salina e DMBA
0,5%; Grupo extrato aquoso, tratado com extrato aquoso de própolis a 30% e DMBA 0,5% e o
Grupo alcoólico, tratado com extrato alcoólico de própolis 30% e DMBA 0,5%. Após 13 e 20
semanas os animais foram submetidos à anestesia, e assim que anestesiados, foram extraídos
os órgãos para posterior análise de proteínas totais. Empregou-se o método de Bradford para
quantificar as proteínas totais, e 1 g de proteína foi utilizado para análise do perfil protéico
em gel SDS-PAGE 8%, corado com nitrato de prata. Até o momento, este perfil protéico foi
analisado em amostras de língua, controle ou tratadas, de 13 ou 20 semanas. Apropriando-se
da observação de crescimento significativo de neoplasias em amostras submetidas ao DMBA,
notaram-se, pelo perfil protéico analisado por SDS-Page, alterações das proteínas de baixo
peso em amostras tratadas de 20 semanas. Estes resultados sugerem que técnicas mais
sensíveis como Western blot devam ser utilizadas para maior relevância dos resultados.
Apoio: UFVJM
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Plínio R. Rodrigues,Priscilla M. Monteiro, Sandra J. Monteiro, Ana Lídia Castro, Hermann A.
Rodrigues, Ernani A. Amaral
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EFEITOS DA IRRADIAÇÃO COM LASER DE BAIXA INTENSIDADE SOBRE O CICLO DE
VESÍCULAS SINÁPTICAS EM JUNÇÃO NEUROMUSCULAR DE RÃ
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
A biogênese e reciclagem de vesículas sinápticas são etapas fundamentais para manutenção
da neurotransmissão, impedindo que ocorra depleção dos aglomerados vesiculares e bloqueio
da transmissão de impulsos nas sinapses. As vesículas sinápticas presentes nas terminações
nervosas liberam neurotransmissores por meio de exocitose e, em seguida, os aglomerados
vesiculares são reconstituídos por endocitose. Neste trabalho, utilizando preparações de
junção neuromuscular de rã, propôs-se abordar os efeitos da irradiação com laser de baixa
intensidade sobre a exocitose e endocitose de vesículas sinápticas. Para tanto, o ciclo sináptico
seria monitorado, em tempo real, pela sonda fluorescente vital FM1-43. O FM1-43 é captado
durante a endocitose de vesículas sinápticas e liberado durante a exocitose. Portanto, os níveis
de marcação com FM1-43 permitem estimar as taxas de endocitose, enquanto a desmarcação
de terminações motoras contendo FM1-43 permite estimar as taxas de exocitose de vesículas
sinápticas. Em atividades experimentais foi possível adquirir domínio da técnica de dissecação
e preparo das junções neuromusculares de rã, conduzir experimentos-piloto para marcação e
desmarcação das terminações motoras com FM1-43 e aprender as técnicas de análise de
imagens. Os experimentos de padronização da técnica foram bastante promissores,
permitindo obter um bom padrão de marcação das terminações motoras. Entretanto, em
virtude de dificuldade para aquisição de quantidades suficientes do marcador FM1-43, não foi
possível conduzir experimentos empregando laserterapia de baixa intensidade. É importante
salientar que a terapia com laser de baixa intensidade vem sendo utilizada há algumas décadas
por fisioterapeutas, médicos e odontólogos, contudo, sua eficácia clínica ainda é bastante
controversa e pouco se conhece sobre os efeitos de lasers de baixa intensidade em processos
celulares fisiológicos ou patológicos, principalmente em células nervosas. Portanto, este
trabalho propôs algo pioneiro que poderá ser concluído após aquisição de condições materiais
mais satisfatórias e seus resultados finais poderiam contribuir para o entendimento dos efeitos
dos lasers de baixa intensidade sobre neurônios, trazendo valiosa contribuição às ciências da
saúde (fisioterapia, medicina e odontologia) e à área de tecnologia (Engenharia, Bioengenharia
e Física).
Apoio: FAPEMIG, ICT-UFVJM
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Gabriela Silva, Dirceu S. Melo, Patrícia L. Morais, Bárbara S. Ferreira, Alexandre A. Silva, Tania
R. Riul, Marco Fabrício D. Peixoto
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EFEITOS DO CONSUMO CRÔNICO DE CAFÉ SOBRE ESTRUTURA E FUNÇÃO CARDÍACA
DE RATOS
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / FISIOLOGIA
O café constitui uma bebida de grande popularidade tendo em sua composição uma série de
substâncias, dentre elas destaca-se a cafeína. A cafeína tem função estimulatória no sistema
nervoso central, sendo associada com a inibição do apetite, além de efeitos em outros órgãos
como o coração. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento crônico
com café sobre o ganho de peso corporal, função e estrutura cardíaca em ratos. As ratas mães
do grupo tratado receberam café na diluição de 3% durante todo o período de lactação,
enquanto o grupo controle recebeu água. Após o desmame, os animais continuaram
recebendo o mesmo tratamento das matrizes até completarem 90 dias quando foram
sacrificados para as análises do peso corporal, comprimento da tíbia, peso do coração e
diâmetro dos cardiomiócitos (morfometria). Para avaliação da função cardíaca utilizamos a
metodologia de coração isolado Langendorff com pressão constante. Os dados foram
apresentados como média ± o desvio padrão e, para comparação entre os grupos, foi utilizado
o teste t student, com nível de significância estabelecido em *p< 0.05. O tratamento com café
reduziu o ganho de peso, comprimento da tíbia e peso do coração, demonstrando que o café
interfere no desenvolvimento corporal e do coração. Em relação à função cardíaca o consumo
crônico do café aumentou a tensão sistólica e não alterou de maneira significativa os outros
parâmetros da função cardíaca (freqüência cardíaca, tensão diastólica, DP/Dt máxima e
mínima). Concluímos com este estudo que o consumo crônico de café por ratos Wistar desde
os primeiros dias de vida até a fase adulta (90 dias) reduz o ganho de peso, o crescimento, o
peso do coração e não altera a maioria dos parâmetros que avaliam a função cardíaca.
Apoio: UFVJM, UFMG, CNPq
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Priscilla M. Monteiro, Plínio R. Rodrigues, Sandra J. Monteiro, Ana Lídia Castro, Hermann A.
Rodrigues, Ernani A. Amaral
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EFEITOS DO ETANOL SOBRE O CICLO DE VESÍCULAS SINÁPTICAS EM JUNÇÃO
NEUROMUSCULAR DE RÃ
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOQUÍMICA
Os neurônios enviam sinais para células-alvo por meio da exocitose de neurotransmissores
armazenados em vesículas sinápticas. Após exocitose, os aglomerados vesiculares são
reconstituídos por endocitose compensatória. Neste projeto de pesquisa, utilizando
preparações de junção neuromuscular de rã, foram abordados os efeitos do etanol sobre a
exocitose e endocitose de vesículas sinápticas. Para tanto, o ciclo sináptico foi monitorado, em
tempo real, pela sonda fluorescente vital FM1-43. O FM1-43 é captado durante a endocitose
de vesículas sinápticas e liberado durante a exocitose. Portanto, os níveis de marcação com
FM1-43 permitem estimar as taxas de endocitose, enquanto a desmarcação de terminações
motoras contendo FM1-43 permitem estimar as taxas de exocitose de vesículas sinápticas. É
importante salientar que o consumo abusivo de álcool é importante problema de saúde
pública e chama a atenção de muitos ramos da ciência. Contudo, os efeitos do etanol sobre
células nervosas não são completamente elucidados. Os dados obtidos neste trabalho indicam
que o etanol não interfere com a endocitose de vesículas sinápticas e conseqüente captação
de FM1-43. Isoladamente, o etanol não promoveu desmarcação de terminações motoras
contendo FM1-43, indicando que esse agente por si só não é capaz de desencadear exocitose
de vesículas sinápticas. Contudo, o etanol potencializou o efeito de pulsos despolarizantes com
KCl, sugerindo a possibilidade de atuação do etanol em estoques intracelulares de cálcio ou na
maquinaria protéica que regula a exocitose. Os dados obtidos poderão contribuir para melhor
compreensão dos efeitos do etanol sobre a transmissão sináptica e, no futuro, subsidiar
pesquisas farmacológicas e clínicas que abordem as relações entre o consumo de álcool e
alterações da neurotransmissão. Além disso, este trabalho também poderá constituir passo
inicial para futuras investigações relacionando exposição ao álcool e a sinaptogênese.
Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES, ICT-UFVJM
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Amanda Miranda de Souza; Fernanda C. Morreira;Alice Mascarenhas; Lais Graziele Silva; Maria
Neudes S. Oliveira
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ÉPOCA DE COLETA E GERMINAÇÃO DE SYNGONANTHUS NITENS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / FISIOLOGIA
Os escapos da sempre viva Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland, conhecida como capimdourado ou sedinha, são muito utilizados na confecção de acessórios artesanais que vão desde
brincos e colares (morfotipo sedinha pequena) até bolsas e sousplat (morfotipo sedinha
grande), além de serem comercializados no atacado, sem processamento, e utilizados na
confecção de arranjos mistos. Em Raiz (Presidente Kubitschek) praticamente todas as famílias
utilizam as hastes no artesanato. Embora muitos reconheçam a necessidade de iniciar a coleta
a partir de agosto, a concorrência faz com que a coleta, muitas vezes, ocorra antes. O presente
trabalho objetivou relacionar a época de coleta dos capítulos de S. nitens com a germinação
das sementes e avaliar os efeitos do défice hídrico, induzido por polietilenoglicol (PEG), sobre a
germinação. Os escapos do morfotipo sedinha grande foram coletados na floração de 2010, de
junho a dezembro, na primeira quinzena de cada mês. Em novembro e dezembro, coletou-se
escapos dos dois morfotipos. Após a coleta, procedia-se a contagem do número de
sementes/capítulo. Se presentes, as sementes foram colocadas para germinar. Para avaliar o
efeito do défice hídrico, sementes de capítulos coletados na segunda quinzena de setembro
foram germinadas em potenciais hídricos (w) de 0,0; -0,15; -0,49 e -1,03 MPa. Todos os testes
de germinação foram conduzidos em BOD, a 25ºC, fotoperíodo de 12 horas, com cinco
repetições de 30 sementes. Capítulos coletadas em junho e julho não apresentaram sementes.
Capítulos coletados em agosto apresentaram poucas sementes (11 em 134 capítulos
avaliados). Sementes de capítulos coletados em setembro e outubro apresentaram taxa de
germinação de 42% e 45% e uma média de 37 e 81 sementes/capítulo, respectivamente. Na
coleta de novembro, a taxa de germinação da sedinha grande foi de 47% e a da sedinha
pequena, de 87%, com uma média de 59 e 54 sementes/capítulo, respectivamente. Os
capítulos coletados na segunda quinzena de novembro apresentaram uma média de 139
sementes. A germinação sem a adição de PEG (w = 0) iniciou aos dez dias após o semeio e
com a adição, aos dezenove dias. A taxa de germinação foi de 43, 19, 14 e 6% em w de 0,0; 0,15; -0,49 e -1,03 MPa, respectivamente. Capítulos dos morfotipos grande e pequeno
coletados em dezembro apresentaram em média 49 e 14 sementes, respectivamente, que não
germinaram devido a ataque fúngico. Conclui-se que a taxa de germinação de S. nitens,
morfotipo grande, não variou entre setembro e novembro. A redução na germinação com a
adição de PEG à solução indica que o estabelecimento da espécie em ambientes fora do de
ocorrência natural (campos úmidos) pode ser desfavorecido. A ausência de sementes nos
capítulos coletados em julho e o reduzido número nos capítulos coletados em agosto podem
ter implicações na conservação da espécie, se a coleta dos escapos ocorrer precocemente.
Apoio: FAPEMIG (bolsa)
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Camilla S. Paula, Rafael C. S. Pessoa, Leonardo G. Lessa
171
ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO VOADORES EM
UMA ÁREA DE MATA SECUNDÁRIA, MINAS GERAIS
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
As matas secundárias do Brasil central estão entre os habitats mais ricos da região Neotropical,
entretanto, informações relativas à ecologia de comunidades de pequenos mamíferos são
ainda escassas. As espécies de pequenos mamíferos respondem de formas diferentes às
variações ambientais e a complexidade e heterogeneidade dos habitats, o que pode influenciar
em sua biologia, suas estratégias de forrageamento, a abundância e riqueza das espécies. A
complexidade vertical pode contribuir aumentado a diversidade de espécies e reduzindo a
competição entre espécies simpátricas. O estudo, que tem como objetivo avaliar a riqueza e a
abundância das espécies e analisar parâmetros populacionais, teve início em novembro de
2009 no Parque Estadual do Rio Preto, município de São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais.
Para a amostragem dos animais foram instalados 04 transectos paralelos com 12 postos de
captura cada, eqüidistantes 20m e apresentando duas armadilhas por posto, uma no solo e
uma no sub-bosque (a cerca de 02 metros do solo) totalizando 96 armadilhas. O período
previsto de coletas é de 24 meses com quatro noites consecutivas de coletas a cada mês. Os
indivíduos capturados são marcados com anilhas numeradas (Zootech ®) e soltos no mesmo
local de captura. Até o presente momento, os dados preliminares demonstraram um esforço
de captura de 5760 armadilhas-noite e um sucesso de captura de 8.3%, obteve-se total de 476
capturas de 176 indivíduos. Foram registradas 06 espécies de roedores: Oligoryzomys sp.
(n=10), Nectomys squamipes (n=05), Rhipidomys mastacalis (n=12), Necromys lasiurus (n=02),
Cerradomys subflavus (n=12), Thrichomys apereoides (n=01), e 06 espécies de didelfídeos:
Gracilinanus agilis (n=74), Marmosops incanus (n=30), Caluromys philander (n=11), Metachirus
nudicaudatus (n=07), Didelphis albiventris (n=10) e Micoureus paraguayanus (n=02). Os dados
relativos à estrutura da comunidade indicam a dominância de marsupiais (83% das capturas)
sobre roedores (17%). Dentre os marsupiais registrou-se a presença de uma espécie
dominante, G. agilis (42,05% das capturas), uma espécie intermediária M. incanus (17,05%) e
duas espécies consideradas raras M. nudicaudatus (0,32%) e M. paraguayanus (1,92%). Dentre
os roedores as espécies mais abundantes foram R. mastacalis e C. subflavus (6,82% cada um).
As comunidades de pequenos mamíferos terrestres são geralmente estruturadas por duas ou
três espécies dominantes e várias espécies intermediárias e/ou raras, além disso, a dominância
de marsupiais sobre roedores corrobora outros estudos já realizados em matas secundárias,
uma vez que, esse tipo de habitat pode favorecer uma maior diversidade de espécies de
marsupiais.
Apoio: FAPEMIG, processo APQ-01034/09
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Daniela S. Antunes, Jaqueline A . Pereira, Ana C.O Neves, Maíra F. Goulart
172
ESTUDO POPULACIONAL DA SEMPRE VIVA PAEPALANTHUS MACROCEPHALUS
(ERIOCAULACEAE)
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
As sempre-vivas são comumente encontradas nos campos rupestres e são plantas cujas flores
se mantêm vistosas mesmo depois de colhidas. O objeto deste estudo, Paepalanthus
macrocephalus (Eriocaulaceae), é também encontrado na região de Diamantina, Minas Gerais,
onde é conhecido popularmente como botão branco. Seus capítulos florais são colhidos e
utilizados em artesanatos, tendo uma relevante importância econômica. Aspectos da biologia
de P. macrocephalus vem sendo estudados para gerar subsídio nas tomadas de decisão em
relação a ações de manejo e conservação da mesma. Em agosto de 2009, 10 parcelas de 2x1m
foram marcadas, dentro das quais todos os indivíduos dessa espécie foram numerados.
Mensalmente, durante um período de 13 meses, avaliou-se os seguintes parâmetros
populacionais: 1) a densidade populacional; 2) a forma de reprodução predominante (clonal
ou por sementes); 3) produção de capítulos florais por indivíduo e a sua relação com a forma
de reprodução; 4) a relação entre o desenvolvimento da parte vegetativa e a produção de
capítulos; 5) a fenologia e 6) a demografia. Resultados mostraram que a densidade
populacional média no período de estudo foi de 23,7 indivíduos por m2 com um número
máximo de 488 indivíduos amostrados em dezembro de 2009. A forma de reprodução clonal é
predominante nessa população, durante todo o período de estudo pelo menos 92% dos
indivíduos estavam conectados á outros por rizoma, formando touceiras. Foi observado uma
média de 3,2 capítulos por rosetas em plantas isoladas e 5,1 em plantas conectadas por
rizoma. A produção de capítulos aumenta com o tamanho das rosetas, sendo que rosetas
entre 8 e 10 cm tem maior probabilidade de formar capítulos (65%). Quanto a fenologia,
durante o período estudado, observou-se que capítulos se originam a partir de fevereiro e até
em agosto botões florais podem ser encontrados. A dispersão de sementes se dá a partir de
outubro e é anemocórica. Novas plantas são observadas a partir de novembro. A taxa de
mortalidade foi de 11% e a de natalidade foi de 1,6%. Observou-se um número semelhante de
rosetas novas isoladas e conectadas, não sendo possível inferir qual foi a estratégia
reprodutiva mais significativa para essa população. P. macrocephalus apresenta baixa
probabilidade de reprodução e apresenta baixo recrutamento. Apesar dessa espécie não
constar como ameaçada de extinção, suas populações podem sofrer declino com a prática de
extrativismo. A avaliação da dinâmica da população por um mais longo período é necessária
para que estratégias efetivas para o manejo e conservação da mesma possam ser propostas.
Apoio: FAPEMIG
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Mayara A. Viotti,Filipe R. Moura & Anete P. Lourenço
173
EUGLOSSINA EM UMA ÁREA DE RECUPERAÇÃO E DE CAMPO RUPESTRE NO CAMPUS
JK – DIAMANTINA, MG
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MORFOLOGIA
A Cadeia do Espinhaço representa um conjunto de serras que se estende por desde o
quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais, até a Chapada Diamantina, na Bahia. Apesar de ser
uma área extremamente vasta e que apresenta várias ações conservacionistas, uma grande
parcela de biodiversidade ainda carece de estudos. Considerando o número de espécies, a
fauna de abelhas é uma das menos conhecidas e com poucos inventários. Dessa forma, o
presente estudo teve como objetivo fazer o primeiro levantamento de abelhas machos da
subtribo Euglossina, em uma área em recuperação e uma área de campo rupestre localizada
nos arredores de Diamantina, MG. As coletas foram realizadas quinzenalmente no período de
setembro de 2009 a fevereiro de 2011. As duas áreas estudadas foram “Área de Recuperação”
(18°12\'S-43°34\'W), que corresponde a uma área degradada - antigo lixo da cidade de
Diamantina, desativado em 2003 - e em processo de recuperação, e “Campo Rupestre”
(18°11\' S-43°34\'W), uma área natural, sendo ambas situadas no Campus JK da UFVJM. As
coletas foram feitas no intervalo de 09:00 a 17:00 horas utilizando-se armadilhas de cheiro
(Eugenol, Eucaliptol, Cineol, Beta Ionona, Cinamato de Metila, Vanilina, Salicilato de Metila e
Acetato de Benzila) armadas a 1,60 m do solo e distanciadas de 2,00 a 5,00 m. As abelhas
coletadas foram transferidas para potes, sacrificadas em freezer, triadas em microscópio
estereoscópio para identificação no menor nível taxonômico possível e, finalmente,
depositadas na coleção de Abelhas da UFVJM. Até o presente momento foi coletado um total
de 815 machos identificados em 13 espécies: Euglossa leucotricha, Euglossa melanotricha,
Euglossa cordata, Euglossa securigera, Euglossa stellfeldi, Euglossa truncata, Euglossa sp. 1,
Euglossa sp. 2, Euglossa sp. 3, Eulaema nigrita, Eulaema marcii, Eufriesea auriceps e Eufriesea
nigrohirta, agrupadas em três gêneros (Euglossa, Eulaema e Eufriesea). Para a Área de
Recuperação foram coletados 333 indivíduos. Euglossa leucotricha foi a espécies mais comum
seguida por Euglossa melanotricha. Já para a área de Campo Rupestre foi coletado um total de
482 indivíduos, onde Euglossa leucotricha também se mostrou mais comum seguida por,
Eulaema nigrita. Euglossa leucotricha mostrou-se presente em todas as coletas tanto na Área
de Recuperação quanto na Área de Campo Rupestre, Eufriesea nigrohirta foi exclusiva para
Área de Recuperação e Euglossa truncata para a Área de Campo Rupestre. A Área de Campo
Rupestre mostrou maior abundância se comparado a Área e Recuperação, e podemos inferir a
maior diversidade do Campo Rupestre pelo fato de ser uma área ausente de ação antrópica.
Das sete iscas usadas, Eugenol foi a essência mais atrativa, seguida por Cineol, Vanilina,
Cinamato de Metila, Beta Ionona. O presente trabalho mostrou uma riqueza significativa
quando comparado com outros trabalhos, e contribui para o conhecimento destas abelhas na
Cadeia do Espinhaço.
Apoio: Fapemig
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09 a 13 de Maio de 2011
Jaqueline A . Pereira, Daniela S. Antunes, Carlos V. M . Filho, Maíra F. Goulart
174
FENOLOGIA DA FLORA ARBUSTIVA DOS CAMPOS RUPESTRES DA CADEIA DO
ESPINHAÇO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
Os campos rupestres são centro de endemismo da flora e ecossistema prioritário para a
conservação, mas poucas informações existem sobre a fenologia das suas espécies, uma
abordagem importante para compreender os ciclos reprodutivos e vegetativos e relacioná-los
com a sazonalidade climática e interações ecológicas. Esse trabalho tem por objetivo
caracterizar a fenologia da comunidade arbustiva dos campos rupestres, bem como avaliar a
influência de fatores ambientais na regulação dos seus ciclos fenológicos. No planalto de
Diamantina (MG) 16 espécies arbustivas vêm sendo estudadas quanto a fenologia, são elas:
Marcetia sp., Lavoisiera sp., Jacaranda sp., Tabebuia sp., Erytroxylum torthuoson, Byrsonima
sp., Lychinophora tomentosa, Lychinophora ericoides, Dalbergia miscolobium, Stachytarpheta
sp., Diplusodum sp., Peryandra mediterrânea, Palicouria rigida, Kielmeyera sp., Syagrus
glaucesceus e uma espécie não identificada. Aproximadamente dez indivíduos de cada espécie
vêm sendo avaliados quinzenalmente quanto a presença de: brotamento, folha madura, folha
senescente, botão floral, flor, fruto imaturo e dispersão de sementes. Dados referentes ao
período de abril de 2010 a fevereiro de 2011 foram analisados quanto ao Índice de Atividade
da comunidade e a sua relação com os fatores climáticos. Resultados parciais mostraram que
para a fenologia reprodutiva, a comunidade manteve uma atividade de floração e de dispersão
de sementes constante, com cerca de 30% das espécies apresentando essas fenofases durante
todos os meses de estudo. Para a comunidade como um todo, houve um pico de brotamento
de folhas no inicio da estação chuvosa quando cerca de 90% das espécies apresentaram essa
fenofase em pelo menos 20% dos indivíduos avaliados. Houve também um pico de queda
foliar no inicio da estação seca quando cerca de 90% das espécies apresentaram essa fenofase
em pelo menos 20% dos indivíduos avaliados. Esses dados indicam uma possível correlação da
fenologia vegetativa com a precipitação nessa comunidade. Quando avaliada a fenologia em
nível populacional, observou-se que as diferentes espécies da comunidade arbustiva
demonstram estratégias fenológicas diversificadas. Enquanto algumas espécies apresentaram
padrões sazonais de brotamento e queda foliar, em outras, essas fases mantiveram atividade
contínua durante todo o período de estudo. O mesmo é observado também para a fenologia
reprodutiva em que, espécies como Palicouria rigida, por exemplo, floreceu diversas vezes ao
longo do período de amostragem, enquanto Marcetia sp. tem a floração e a dispersão de
sementes concentradas em um curto período de tempo. Um maior período de coleta de dados
se faz necessário para analisar com maior detalhamento a fenologia da comunidade arbustiva
dos campos rupestres e verificar como os padrões são determinados por variáveis climáticas.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
José Eduardo Vargas,Vanessa Candida,Rafael Ribeiro Souza,Carlos Victor Mendonça Filho
175
FENOLOGIA DE CHAMAECRISTA DEBILIS (VOGEL) IRWIN & BARNEBY (LEGUMINOSAECAE), NO ESPINHAÇO MERIDIONAL, DIAMANTINA-MG
Email: ´[email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
O Espinhaço compreende um conjunto de Serras que se estende por cerca de 1000 km de
comprimento e 50-100 km de largura, com altitudes entre 800 e 2000 m, em Minas Gerais e
Bahia, estabelecendo um mosaico de comunidades vegetais sob o controle da topografia local,
da natureza do substrato e do microclima. Foi considerado Reserva da Biosfera pela UNESCO
por abrigar fitofisionomias como campo rupestre, que faz parte do Bioma Cerrado, portador
de alto grau de endemismos e espécies raras, que vem sofrendo com a perda de habitats pela
ação antrópica, constituindo um hotspot mundial para conservação. A família Leguminosae
compreende cerca de 727 gêneros e 19.325 espécies. Muitas delas apresentam potencial para
recuperação de áreas degradadas, uma vez que possuem associação com bactérias fixadoras
de nitrogênio, principalmente as do gênero Chamaecrista. C. debilis, da subfamília
Caesalpinioideae, é uma espécie endêmica do Espinhaço ocorrendo em áreas de campos
rupestres. O objetivo do estudo foi conhecer o comportamento fenológico da espécie visando
dar subsídios para sua utilização futura na recomposição de áreas degradadas. O trabalho foi
realizado no campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri,
Diamantina-MG. Foram anotados os valores mensais de precipitação e as médias de
temperatura máxima e mínima mensal dos últimos 10 anos que foram comparados com os
dados climáticos do período de estudo. Foram marcados ao longo de uma trilha, 30 indivíduos
da espécie onde avaliou-se quinzenalmente, de abril de 2010 a março de 2011, as seguintes
fenofases: caducifolia, brotação, floração e dispersão. Para a estimativa de intensidade
fenológica foi utilizado o método de Fournier. Verificou-se que a brotação e floração,
estiveram associadas com a estação úmida enquanto que a dispersão e a queda de folhas com
a estação seca. Os dados indicaram que a sazonalidade climática da região é determinadora
dos padrões fenológicos observados.
Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Matheus M. T. Cota, André R. S. Garraffoni, Carlos V. Mendonça-Filho
176
FILOGENIA DE CHAMAECRISTA MOENCH SERIE CHAMAECRISTA (LEGUMINOSAE –
CAESALPINIOIDEAE) BASEADAS EM CARACTERES MORFOLÓGICOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MORFOLOGIA
A família Leguminosae compreende cerca de 727 gêneros e 19.325 espécies e é
tradicionalmente dividida nas subfamílias Caesalpinioideae, Mimosoideae e Papilionoideae. A
subfamília Caesalpinioideae é um grupo pantropical, podendo ser encontrado em vários
hábitats e possui uma grande variação de estruturas reprodutivas e vegetativas. Atualmente,
considera-se Caesalpinioideae a subfamília mais basal e menos estudada até o momento.
Nesta última subfamília, o gênero Chamaecrista é caracterizado por possuir flores pentâmeras
e pétalas amarelas, podendo variar para o laranja-avermelhado, são árvores, arbustos ou
ervas, sendo estas perenes ou monocárpicas e é dividido em seis seções. A seção Chamaecrista
possui aproximadamente 75 espécies circuntropicais, sendo que 51 estão distribuídas nas
Américas. Estas 51 espécies estão organizadas em seis séries , sendo as series da seção
Chamaecrista caracterizadas pela filotaxia dística e pela presença de glândula peciolar (exceto
ser. Bauhinianae). As series Flexuosae e Bauhinianae vem sendo avaliadas quanto às relações
filogenéticas dentro da seção. Contudo, pouco se sabe sobre a filogenia da serie Chamaecrista,
que é caracterizada por apresentar pedúnculo supra-axilar e sépalas acuminadas. Este trabalho
teve como objetivo encontrar as relações filogenéticas e testar a monofilia da série
Chamaecrista do gênero Chamaecrista Moench, através de caracteres morfológicos obtidos a
partir da análise de material de herbário e/ou de literatura. Para a polarização dos caracteres,
serão utilizados três espécies de outras séries da seção Chamaecrista. Os caracteres serão
codificados como estados múltiplos ou binários e tratados como não ordenados e com pesos
semelhantes (1). Para representar caracteres desconhecidos ou incertos serão codificados
como inaplicáveis (com o símbolo “?”). Para espécies que apresentarem caracteres ambíguos
ou polimórficos, serão codificados todos os estados observados nos espécimes analisados. A
matriz de dados será construída com auxilio do programa NDE Nexus 0.5.0 e a análise de
parcimônia será realizada utilizando o programa PAUP 4.0b10. A opção de busca escolhida
será a heurística, adição aleatória, com 50 réplicas. Os ramos com comprimento zero serão
colapsados, MULPARS será ativado e os caracteres serão otimizados sob o procedimento
ACCTRAN. Para sumarizar as informações obtidas será utilizado o consenso estrito. Os
cladogramas obtidos serão visualizados e analisados com a ajuda dos programas WinClada. Até
o momento, elaborou-se uma matriz de dados a partir de literatura. Foi feita a visita ao
herbário BHCB/UFMG, onde se encontrou apenas 2 espécies da série e estes foram analisadas
a partir dessa matriz. Foram feitos contatos com os herbários da USP, UNEB e UEFS e estamos
esperando duplicatas de outras espécies desses herbários. Além disso, será feito contato com
os herbários NY e K para pedido de material que se encontra somente nesses herbários.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Estefânia C. Apolinário, Roberta F.V. Cerqueira, Rafael F. Abreu-Souza & Ricardo A. Barata
177
FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA, PSYCHODIDAE) DE CAVERNAS QUARTZÍTICAS NA CADEIA
DO ESPINHAÇO NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / PARASITOLOGIA
Introdução: No Brasil, no que se refere apenas à fauna flebotomínica em cavernas, sejam elas
calcárias, areníticas ou quartzíticas, os dados são bastante raros. Os principais estudos estão
concentrados nas cavernas de calcário, porque elas são mais numerosas e possuem grandes
cavidades. Objetivo: Este estudo objetivou determinar a fauna de flebotomíneos na zona fótica
e afótica das cavernas Monte Cristo e Salitre, localizadas no município de Diamantina,
pertencentes à Cadeia do Espinhaço no Estado de Minas Gerais. Metodologia: Capturas
entomológicas foram realizadas nas cavernas do Salitre (18°16\'47\" S - 43°32\'10\" W) e
Monte Cristo (18°17\'49\" S - 43°33\'30\" W), utilizando armadilhas luminosas do tipo HP
durante o período de agosto a dezembro de 2010. As armadilhas foram expostas
continuamente por 40 horas/mês. Em cada caverna, foram colocadas duas armadilhas, uma na
entrada (zona fótica) e outra na zona afótica. Resultados: A caverna Monte Cristo apresentou
72% da fauna capturada, com maior abundância de espécies na zona afótica (64%). Até o
presente momento, a fauna de flebotomíneos das cavernas é composta por 12 espécies, com a
seguinte distribuição: Brumptomyia avellari (0,3%), L. carmelinoi (0,3%), L. cipoensis (0,6%), L.
ischyracantha (37,6%), L. evandroi (1,3%), L. goiana (0,3%), L. longipalpis (3,5%), L. oliveirai
(16,4%), L. quinquefer (3,7%), L. ramirezi (1,8%), L. sordellii (0,3 %), Lutzomyia spp. (4,2%) e
uma nova espécie (29,7%), totalizando 317 espécimes, sendo 191 fêmeas (60%) e 126 machos
(40%). A espécie predominante foi Lutzomyia ischyracantha com 37,6% do total de
flebotomíneos coletados. Conclusões: Os resultados mostraram que a fauna de flebotomíneos
das cavernas é diversificada, com espécies de importância na transmissão das leishmanioses. A
presença de L. longipalpis, reconhecido vetor da leishmaniose visceral, é preocupante por se
tratar de uma área de intensa visitação.
Apoio: CNPq
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José Eduardo Vargas,Vanessa Candida,Marcela Carlota Nery,Blenda Calazans Soares,Carlos
Victor Mendonça Filho
178
GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE CHAMAECRISTA DEBILIS (VOGEL) IRWIN & BARNEBY
(LEGUMINOSAE-CAE), NO ESPINHAÇO MERIDIONAL, DIAMANTINA-MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
Em condições naturais, os fatores luz e temperatura são decisivos no padrão de dormência de
sementes e podem operar em sua superação ou indução. Nas Leguminosas, a causa de
dormência mais comum é decorrente da impermeabilidade do tegumento. Chamaecrista
Moench pertence à família Leguminosae, subfamília Caesalpinioideae. Possui cerca de 330
espécies, destacando-se como um dos maiores gêneros da subfamília. Contudo, diante da
escassez de informações sobre os mecanismos de germinação das espécies, objetivou-se com
essa pesquisa selecionar tratamentos pré-germinativos que permitissem adequar a
germinação de sementes de Chamaecrista debilis. Considerando-se as características
aparentes das sementes em relação à espessura do tegumento e sua dureza foi efetuado um
teste de germinação com 12 tratamentos: testemunha - sementes intactas (T1), escarificação
mecânica com lixa d’água n. 80 (T2), imersão em água a 100 oC por 5, 10, 15 , 30 e 60
segundos (T3, T4, T5 , T6 e T7 respectivamente) e imersão em ácido sulfúrico concentrado por
5, 10, 15, 30 e 60 segundos ( T8, T9, T10 e T11 e T12 respectivamente). Foram avaliadas as
porcentagens de germinação das sementes considerando a protrusão da raiz primária, de
plântulas normais e o índice de velocidade de germinação, além do grau de umidade das
sementes. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, e as
médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. As sementes de
Chamaecrista debilis apresentaram grau de umidade de 11,71%. Os tratamentos com água a
100 0C a 5, 10 e 15 segundos e ácido sulfúrico a 15 segundos foram os mais eficientes em
promover a germinação, indicando que a dormência nessa espécie também deve-se à
impermeabilidade do tegumento.
Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Tamires S. Gonçalves, Elayne N. Sá, Conceição Ap. Santos, Maria do Carmo F. Queiroz, José E.
Serrão
179
HISTOLOGIA DA GLÂNDULA MANDIBULAR DE OPERÁRIO DE ISOPTERA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MORFOLOGIA
Cupins são insetos sociais da ordem Isoptera e apresentam um sistema social singular estando
diferenciados em castas morfologicamente distintas: reprodutor, operário e soldado. Os
cupins têm um sistema bem organizado regulado principalmente por feromônios. Estas
substâncias são produzidas pelas diferentes glândulas exócrinas, que estão distribuídas por
todo o corpo dos cupins e são responsáveis pela comunicação química da colônia. Muitos
estudos têm demonstrado o importante papel das secreções exócrinas no comportamento de
insetos sociais. Essas secreções são envolvidos em uma ampla variedade de comportamentos
sociais. A ocorrência de uma glândula exócrina especial pode variar entre diferentes castas que
compõem as sociedades de insetos, apresentando morfologia peculiar e funções específicas.
Entre as glândulas exócrinas, as glândulas mandibulares são pouco estudadas nos Isoptera, e
sua função ainda não está bem estabelecida. Essas glândulas produzem um ou mais
feromônios e, atualmente, há um senso comum de que elas ocorrem em todos os cupins. Com
base na importância de compreender o papel das glândulas mandibulares, o presente estudo
trás a histologia da glândula mandibular do operario. Cada glândula está situada na base da
mandíbula, entre o ângulo inferior da mandíbula e da maxila. . Cada célula glandular contém
um grande vacúolo, ou reservatório intracelular (Fig 1). O epitelio glandular é alto indicando
grande atividade de secreção de substâncias por esse estrutura (Fig 1). A função da glândula
glândula mandibular ainda é desconhecida entre os cupins, contudo, parece ser primordial e
ela apresenta um maior desenvolvimento nos reprodutores ficando como uma estrutura não
funcional nos operários. Porém nesse trabalho observamos uma glândula mandibular bem
desenvolvida com características de uma estrutura com funcionamento normal e alta
atividade.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
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Guilherme B. Ferreira; Izabela M. Barata; Pedro Mafia; Marcell Soares; Camila M. Correia;
Isabela P. Reis; Fernando F. Pinho; Riccelly C. Alcântara.
180
INVENTÁRIO DE VERTEBRADOS NO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS, MINAS
GERAIS, BRASIL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
O conhecimento sobre a biodiversidade no país é bastante heterogêneo, havendo poucos
locais exaustivamente estudados e vários outros onde dados básicos sobre a biodiversidade
não estão disponíveis. Muitas unidades de conservação não possuem inventário de espécies,
como o Parque Nacional das Sempre-Vivas. O estudo teve como objetivo o levantamento de
espécies de vertebrados no PNSV, localizado na Serra do Espinhaço, MG. Foram selecionadas
duas áreas de amostragem que representavam cotas altitudinais diferentes: Área 1/1200 m;
Área 2/650 m. Diversas fisionomias são encontradas nas duas áreas, e geralmente, a área baixa
possui maior complexidade estrutural. Entre 8-21/10/2010 uma equipe de 8-10 pesquisadores
inventariou a fauna de anfíbios, aves, morcegos e mamíferos de médio e grade porte na
unidade. Em cada uma das áreas foi estabelecido um transecto de 5 km cortado por linhas
transversais de 500m a cada quilômetro. Curvas de acumulação de espécies foram geradas
para cada grupo. Para comparar a riqueza entre as áreas utilizou-se o Jackknife I e o cálculo do
intervalo de confiança das estimativas. Para comparar a abundância foi utilizado o teste T.
Devido às limitações logísticas e metodológicas o esforço amostral variou entre os grupos
taxonômicos. Anfíbios foram inventariados durante oito noites, aves durante 11 dias,
morcegos durante 11 noites e mamíferos durante 25 dias. Nenhuma das curvas de acumulação
atingiu a assíntota. A fauna amostrada pode ser considerada característica de áreas da Serra
do Espinhaço e do Cerrado em geral. Análises preliminares indicam uma tendência de maior
riqueza e abundância nas áreas de menor altitude. Com exceção de grandes mamíferos todos
os outros grupos apresentaram riqueza maior na Área 2. Para aves e morcegos, grupos nos
quais foi possível a quantificação da abundância de indivíduos, constatou-se uma abundância
significativamente maior também na Área 2. Estes resultados, entretanto, devem ser
analisados com cautela já que se referem a informações provenientes de uma única coleta e
em um número limitado de dias. O aumento do esforço amostral se faz necessário para
confirmar estes padrões. Outro fator que também deve ser levado em consideração é a
identidade das espécies registradas em cada área. As espécies endêmicas ou mais
características da Serra do Espinhaço tendem a apresentar distribuição e atingirem maiores
abundâncias em altitudes mais elevadas, geralmente associadas aos campos rupestres da
região. Enquanto as espécies registradas em altitudes mais baixas normalmente estão
presentes em outras áreas de Cerrado ou até mesmo de outros biomas. Portanto, a priorização
de áreas de baixa altitude em função da maior riqueza não é uma medida que garante a
conservação da fauna da Serra do Espinhaço como um todo.
Apoio: Ministério de Ciência e Tecnologia; ICMBio; Rede ComCerrado; Núcleo BiotrópicosUFVJM; Núcleo DF
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Filipe R. Moura, Mayara P. Viotti & Anete P. Lourenço
181
INVENTÁRIO RÁPIDO DA FAUNA DE ABELHAS (HYMENOPTERA, APOIDEA) COM USO
DE PUÇÁ NO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS, MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
O Cerrado brasileiro corresponde a uma savana tropical com alto grau de endemismo de
plantas e animais. Corresponde o segundo maior Bioma no país, e no caso da fauna de abelhas
é uns dos menos conhecidos e com poucos inventários. Dentro deste bioma se encontra o
Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV), unidade de conservação nacional voltada para a
preservação da fauna e flora nativa da região. Devido a esse fato o presente trabalho tem
como objetivo a realização de um inventário rápido da fauna de abelhas no PNSV, uma área de
Cerrado próximo ao município de Diamantina, MG. Para a realização do inventário foi utilizado
apenas à metodologia de coleta de abelhas com uso de puçá. Foram feitas seis expedições
para a unidade de conservação, sendo dessas cinco para a parte alta do parque (próximo a
região de São João da Chapada) e uma para a parte baixa do parque (próximo a Inhaí). Das seis
expedições, cinco foram realizadas nos meses de maio, junho, julho, setembro e novembro de
2010, durante o período de seca e chuva e uma no mês de março de 2011, final do período
chuvoso. Foram amostrados 10 pontos para a parte alta (mais dois ocasional) e para parte
baixa quatro localidades. Na parte de alta altitude foram realizadas quatro coletas na época
seca e uma na época chuvosa, já na parte de baixa altitude foi realizada apenas uma coleta em
um único dia. No total foram capturados 183 indivíduos com puçá em flores, em voo ou
acidentalmente. Destes 156 foram identificados ao menor nível taxonômico possível sendo
distribuídas em quatro famílias (Apidae, Halictidae, Colletidae e Megachilidae). A família mais
abundante e com maior riqueza foi Apidae, com 107 indivíduos e 25 espécies, seguida de
Halictidae com 46 indivíduos e 8 espécies. Colletidae e Megachilidae apresentaram somente
um gênero cada, com um e dois indivíduos, respectivamente. Na parte alta foram coletados
113 indivíduos pertencentes às quatro famílias citadas anteriormente, e na parte baixa foram
coletados 43 indivíduos, pertencentes à apenas duas famílias, Apidae e Halictidae.
Comparando-se as duas áreas, a parte alta, que correspondeu a 12 horas de coleta (9:30 na
época seca e 2:30 na época chuvosa), apresentou maior abundância e maior riqueza que a
parte baixa, que correspondeu a cinco horas de coleta. Levando-se em consideração o tempo
de amostragem e a quantidade de espécies encontradas, é possível concluir que um maior
esforço amostral aumentaria significantemente a quantidade de espécies para as áreas
estudadas.
Apoio: UFVJM, Rede ComCerrado, CNPq, FAPEMIG
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III Mostra de Pós-Graduação
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Tatiana F. A. Almeida, Rosalina T. Gomes, Sandra L. Santos, Gustavo E. B. Alvim de Melo, Etel
Rocha-Vieira
182
INVESTIGAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO NA INIBIÇÃO DA
RESPOSTA PROLIFERATIVA DE LINFÓCITOS TRATADOS COM CIPERMETRINA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA
Os piretróides sintéticos, derivados das piretrinas são extensivamente utilizados como
inseticidas, tanto na agricultura como no ambiente doméstico. É estimado que 85 a 90% de
todos os pesticidas aplicados não atingem o organismo alvo, de maneira que outros
organismos, como animais e seres humanos estão expostos a uma variedade de pesticidas,
criando um potencial risco à saúde. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar o efeito do
estresse oxidativo na inibição da resposta proliferativa de linfócitos por piretróides. Para isto
foi realizada a exposição in vitro das células mononucleares do sangue periférico (CMSP) ao
piretróide cipermetrina. As CMSP foram obtidas através da doação de aproximadamente 15
mL do sangue de 9 voluntários, com idade média de 36,12 ± 10,24 que não apresentavam
nenhuma doença infecciosa, autoimune, crônico degenerativa ou de hipersensibilidade e que
não faziam uso de medicamentos com ação antiinflamatória. Para obtenção de CMSP o sangue
heparinizado foi centrifugado em Ficoll-hypaque. A proliferação celular foi avaliada pelo
decaimento da fluorescência de CFSE (5,6-carboxyfluorescein diacetate succinimidyl Ester),
utilizando a citometria de fluxo. As células marcadas com CFSE foram então tratadas com
cipermetrina (1g/mL) e ressupensas em meio completo e estimuladas, in vitro, com PHA
(5g/mL) por 5 dias, em estufa umidificada, a 37oC, 5%CO2. Não foi observado efeito no índice
de proliferação das células estimuladas por PHA pelo tratamento com a cipermetrina (1,29 ±
1,10 versus 1,57 ± 1,53; PHA versus PHA mais cirpemetrina). Os resultados mostraram que a
cipermetrina na dose utilizada não teve efeito inibitório sobre a proliferação de CMSP.
Apoio: CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Elizangela S. Pereira,Deivid A.Camargos,Janaína T.de Faria,Ana Paula F.C.Vanzela e Fábio
C.Coelho
183
ISOLAMENTO DE MICRORGANISMOS DE ESTRUTURAS FLORAIS UTILIZANDO CULTIVO
DE ENRIQUECIMENTO EM ALTA CONCENTRAÇÃO DE XILOSE
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA
Isolamento de microrganismos têm boa aplicação no desenvolvimento de novos processos
biotecnológicos, já que estes podem apresentar características bioquímicas e, ou fisiológicas
que os tornarão atrativos. Assim, no presente trabalho foram isolados microrganismos a partir
de estruturas florais de plantas encontradas no Campus JK da Universidade Federal dos Vales
do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, Minas Gerais, Brasil, capazes de suportar alta
concentração de D-xilose. As estruturas florais foram inoculadas em frascos Erlenmeyer (50,0
mL) contendo 20,0 mL de caldo YPX (10 g/L de extrato de levedura, 20 g/L de peptona e 200
g/L xilose). Após três dias de incubação em temperatura ambiente e sem agitação, foi realizada
diluição seriada (10-1 a 10-5) do caldo de cultivo e 100 microlitros de algumas diluições foram
inoculados em ágar Sabouraud (5,0 g/L de peptona de carne, 5,0 g/L de peptona de caseína, 20
g/L de glicose e 15,0 g/L de ágar) utilizando a técnica de espalhamento (“Spread plate”). As
placas foram incubadas a temperatura ambiente por aproximadamente 72 h e as colônias
isoladas repicadas para novo meio de cultivo. As linhagens isoladas foram codificadas e
identificadas como levedura, fungo filamentoso ou bactéria por observação microscópica
utilizando coloração simples, sempre avaliando a pureza das colônias. Todos os isolados, puros
ou não, foram estocados em YPD/Glicerol (20% v/v) a -20oC. Um total de sete cultivos de
enriquecimento foi realizado, com isolamento de 67 microrganismos. Desses, 61 isolados eram
culturas puras de leveduras (36 isolados) e de bactérias (25 isolados). Apenas seis isolados de
culturas mistas foram obtidos, sendo dois contendo levedura/bactéria e quatro contendo
fungo filamentoso/levedura. A coleção será utilizada em estudo de triagem para a produção
de etanol e xilitol e, apenas após essa etapa, aqueles microrganismos que se destacarem serão
identificados utilizando provas bioquímicas e moleculares.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Camilla S. Paula, William F. da Silva, Keila C. Vieira, Izabela Barata
184
LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE PIRAPITINGA, TRÊS
MARIAS – MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
As aves são organismos importantes para o equilíbrio ecológico, já que são intermediárias para
a dispersão de sementes, responsáveis pela polinização de plantas, além de serem reguladoras
de presas e fonte de alimentação para outros animais. Apesar de sua importância, poucos
estudos relativos à riqueza de espécies de aves foram realizados na área de estudo. A Estação
Ecológica de Pirapitinga está localizada no Reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias,
nos municípios de Morada Nova de Minas e Três Marias, MG. Este estudo teve como objetivo
realizar um levantamento de espécies de aves que ocorrem na unidade. O levantamento de
espécies foi baseado na metodologia de um Programa de Avaliação Rápida, que é um método
rápido para reunir dados que estabeleçam prioridades de conservação. Para a coleta de dados
foram selecionadas três fisionomias diferentes, Cerrado, Cerradão e Margem da represa, que
eram percorridas duas vezes ao dia, ao amanhecer (05:00h-09:00h) e ao entardecer (15:00h18:00h). Para registro da espécie, horário e área, foram utilizados os métodos de censo
acústico e visual, onde os indivíduos eram identificados pelo o som e através de binóculos e,
em seguida, comparados ao guia de identificação de aves. O trabalho foi realizado durante
dois dias (20-21/11/10), totalizando um esforço amostral de 14 horas, sendo que foram
observadas nas áreas amostrais 32 espécies e 08 espécies fora das áreas (ao acaso).
Entretanto, os sítios que apresentaram maior representatividade relacionada à riqueza de
espécies foram a Margem da represa e o Cerrado, representado respectivamente 58,3% e
37,5%. Os relatos adquiridos demonstram que algumas espécies observadas encontram-se em
estado vulnerável (Dryocopus galeatus) e ausentes em áreas de ocorrência naturais (Platelea
ajaja). Portanto, esses resultados apontam a importância da preservação da unidade para a
diversidade local de aves, uma vez que a Estação Ecológica de Pirapitinga parece conter uma
enorme riqueza da fauna que existia nessa região, antes do represamento. O trabalho com
avifauna é muito simples, que resulta em dados ricos em curto prazo. Todavia, seria necessário
um esforço amostral maior para que obter dados mais robustos sobre a riqueza de espécies da
unidade, demonstrando a necessidade de execução de novos trabalhos.
Apoio: UFVJM
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Mayara A. Viotti, Filipe R. Moura, Anete P. Lourenço
185
LEVANTAMENTO DE EUGLOSSINA NO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / ECOLOGIA
A subtribo Euglossina possui uma distribuição tipicamente Neotropical e está dividida em 5
gêneros, Euglossa, Eufriesea, Eulaema, Exaerete e Aglae. Uma característica marcante destas
abelhas é o fato de seus machos coletarem substâncias aromáticas, o que facilita as
amostragens destas abelhas. No entanto, poucos levantamentos foram feitos, e o
conhecimento destas abelhas no Cerrado ainda é escasso. O presente trabalho tem como
objetivo verificar a diversidade de Euglossina no Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV),
bem como testar possíveis diferenças na composição e/ou abundância de espécies em sítios
com diferentes altitudes, e em épocas diferentes do ano. As coletas foram realizadas no ano
de 2010 em 5 expedições, e em 2011, com apenas uma expedição, incluindo áreas de alta
altitude e baixa altitude, em épocas de seca e chuvosa. Foram selecionados 10 pontos na parte
de alta altitude e 4 pontos na parte de baixa altitude. Na parte de alta altitude as coletas foram
feitas em maio, junho, setembro e novembro de 2010 e março de 2011; e na parte baixa em
julho de 2010. Para captura foram utilizadas armadilhas com substâncias aromáticas (Eugenol,
Eucaliptol, Cineol, β Ionona, Cinamato de Metila, Vanilina, Salicilato de Metila e Acetato de
Benzila) que foram armadas a 1,60m do solo e distanciadas de 2,00-5,00m. As abelhas
capturadas foram armazenadas em freezer até serem triadas em microscópio estereoscópico
para identificação no menor nível taxonômico possível e, depositadas na coleção de Abelhas
da UFVJM. Até o presente momento foi coletado um total de 308 machos identificados em 10
espécies, agrupadas em 2 gêneros (Euglossa e Eulaema). Na parte de alta altitude foi coletado
um total de 249 indivíduos pertencentes a Eg. leucotricha, Eg. melanotricha, Eg. cordata, Eg.
stellfeldi, Eg. securigera, Eg. truncata, Euglossa sp. 1, Euglossa sp. 2 e El. nigrita. As espécies
mais abundantes foram Eg. leucotricha, seguida de Eg. melanotricha. Na parte de baixa
altitude foram coletados um total de 59 indivíduos pertencentes a Eg. leucotricha, Eg.
melanotricha, Eg. cordata, Eg. imperialis, Eg. securigera, Eg. sp. 1 e El. nigrita. A espécie mais
abundante foi Eg. melanotricha, seguida de Eg. securigera. Comparando-se as partes de alta e
baixa altitude, nesta última não se coletou Eg. stellfeldi e Eg. sp. 3, mas somente em baixa
altitude que se observou Eg. imperialis. Das 7 iscas utilizadas, tanto na parte alta quanto da
baixa, as essências Eugenol e Cineol foram as que mais coletaram machos de Euglossina. Este é
o primeiro levantamento de Euglossina no PNSV, e, apesar de rápido, mostrou uma expressiva
riqueza para a área, contribuindo para o conhecimento deste grupo no Cerrado.
Apoio: FAPEMIG, CNPq, Rede ComCerrado
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
THIAGO Q. ARAÚJO & ANDRÉ R. S. GARRAFFONI
186
LEVANTAMENTO DE GASTROTRICHA EM TRÊS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO
DE MINAS GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
Gastrotricha são microinvertebrados aquáticos (de até 1 µm), encontrados tanto em água
doce quanto em ambiente marinho, que vivem entre os grãos de sedimento e também
encontrados sobre a superfície de plantas aquáticas. O conhecimento de Gastrotricha de água
doce no Brasil é bastante subestimado tanto qualitativa quanto quantitativamente. Assim, o
presente estudo relatou os achados de dois anos de coletas (2009-2010) do levantamento de
Gastrotricha de água doce realizado no estado de Minas Gerais em três grandes bacias do
Estado: São Francisco, Jequitinhonha e Doce. As coletas foram feitas em pontos aleatórios,
utilizando-se um amostrador do tipo “corer”, que foi enterrado no sedimento a
aproximadamente 5 cm de profundidade. Os animais foram, então, triados vivos, sob
microscópio esteroscópio, em no máximo sete dias. No período amostral foram entrados um
total de 575 espécimes. Na Bacia do Jequitinhonha foram encontrados 407 animais, na do São
Francisco 98 e na do Doce 70 indivíduos. Do total coletado, apenas 172 foram identificados até
o nível específicos e incluídos neste trabalho, sendo que 9 espécies pertenciam a 5 gêneros, 1
família e 1 a ordem Chaetonotida: Aspidiophorus pleustonicus, Ichthydium cf. chaetiferum,
Chaetonotus acanthocephalus, C. heideri, C. sp.1, C.sp2, C. cf. succinctus, Polymerurus
sp..Também foi encontrado um Gen. nov. e sp. nov., que possui características ainda não vistas
na literatura em um só animal, entretanto esses indivíduos reúnem características de diversos
indivíduos em um só corpo, um coquetel de caracteres. Por outro lado, temos uma espécie do
gênero Redudasys, da ordem Macrodasyida, considerado como um táxon insertae sedis. Com
relação a distribuição geográfica, apenas a bacia do Jequitinhonha apresentou três espécies
endêmicas, mas esse fato se deve a extensiva coleta nessa bacia em detrimento das demais.
Estas observações sugerem que o conhecimento da biodiversidade deste grupo no estado de
Minas Gerais, bem como em todo Brasil, estão aumentando, mas é notório que o
conhecimento deste grupo ainda é bastante baixo.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Bruna Guerra Silva, Cristielle de Jesus Costa & Fabiane Nepomuceno Costa
187
LEVANTAMENTO DO GÊNERO LEIOTHRIX (ERIOCAULACEAE) NO PLANALTO DE
DIAMANTINA, MINAS GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
A família Eriocaulaceae possui aproximadamente 1200 espécies, distribuídas em 10 gêneros
nas regiões tropicais e subtropicais, sendo estes: Actinocephalus, Comanthera, Eriocaulon,
Lachnocaulon, Leiothrix, Mesanthemum, Paepalanthus, Rondonanthus, Syngonanthus e
Tonina A maioria destes gêneros ocorre na Cadeia do Espinhaço e seus representantes são
facilmente reconhecidos pela presença de inflorescência em forma de capítulo. O gênero
Leiothrix possui 49 espécies restritas à América do Sul, com centro de diversidade situado em
Minas Gerais, com 38 espécies, sendo a maioria endêmica de pequenas áreas ao longo da
Cadeia do Espinhaço. Esta formação de montanhas se estende ao norte pelo município de
Juazeiro, no estado da Bahia, e ao sul pelo município de Ouro Branco, em Minas Gerais. O
presente trabalho teve como objetivo efetuar o levantamento das espécies de Leiothrix que
ocorrem no Planalto de Diamantina, assim como obter dados sobre morfologia, riqueza e área
de ocorrência das mesmas. O Planalto de Diamantina situa-se na porção central da Cadeia do
Espinhaço no estado de Minas Gerais. As expedições de campo para coleta de material
botânico ocorreram entre agosto de 2009 e abril de 2011. Todo o material coletado foi
georreferenciado e recebeu tratamento tradicional empregado em trabalhos de florística:
prensagem, secagem em estufa e montagem das exsicatas. Todos os espécimens foram
identificados até o nível específico. As espécies de Leiothrix podem ser reconhecidas pela
presença de estiletes e estaminódios unidos liberando-se em alturas diferentes, estigma
inteiro e pelos lisos e agudos. Na área de estudo foi registrada a ocorrência de 12 espécies,
entre elas, Leiothrix echinocephala que é uma espécie muito característica no gênero, pelo
pequeno porte e por formar agregados densos em solos arenosos onde habita. Algumas
espécies como Leiothrix crassifolia e L. vivipara são amplamente distribuídas na área de
estudo, porém ambas foram coletadas apenas uma vez. Esse baixo número de coletas pode ser
devido ao fato dessas espécies habitarem frestas de rochas, além de terem o tamanho
bastante reduzido, o que dificulta a coleta e a identificação, respectivamente. Após o intenso
trabalho de campo, percebe-se que algumas áreas ainda necessitam serem melhor
amostradas, assim como algumas espécies, ainda mais por tratar-se de um grupo bastante
representativo na região e por ser o primeiro levantamento deste táxon no Planalto de
Diamantina.
Apoio: FAPEMIG
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III Mostra de Pós-Graduação
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Vanessa C. T. Silva, Larissa B. Costa, Matheus M. T. Cota, Stephanie C. Reis, Carlos V.
Mendonça-Filho, Flavia C. Vieira, Vanda B. R. Toth
188
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS NATIVAS NO ENTORNO
DO PARQUE ESTADUAL DO BIRIBIRI/MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
Por milhares de anos, as pessoas recorreram às plantas para tratar doenças e amenizar dores e
incômodos. As ervas, árvores e arbustos empregados pelos povos antigos continuaram a ser
valorizados ao longo dos tempos. O conhecimento popular, adquirido durante centenas de
anos, e transmitido às gerações futuras por meio de relatos escritos e orais, tem beneficiado o
homem, possibilitando a descoberta de novos medicamentos utilizados atualmente no
tratamento de diversas enfermidades. No Brasil e no mundo, diversos estudos etnobotânicos
vêm sendo desenvolvidos, buscando conhecer plantas que apresentem efetivamente
atividades terapêuticas e conseqüentemente possibilitem a descoberta de novos fármacos. O
presente projeto tem como proposta coletar e identificar as plantas medicinais de ocorrência
no entorno e interior do Parque Estadual do Biribiri (PEBI/MG) utilizadas pela população local.
Foram realizadas até o momento entrevistas em duas das cinco comunidades que fazem parte
do entorno do PEBI/MG. Para tanto foi aplicado um questionário semi-estruturado. As coletas
das amostras estão sendo realizadas em toda a extensão do PEBI/MG e em seu entorno. Já
foram coletadas 53 plantas, sendo identificadas 22 famílias. Asteraceae e Fabaceae são as
famílias com maior representatividade, com cinco morfo-espécie cada. Em seguida, Rubiaceae
com 4 morfo–espécies; Solanaceae e Bignoniaceae com 3 morfo-espécies cada. Foram
entrevistadas até o momento 74 pessoas, onde 96,94% utilizam as plantas medicinais para
tratamento de doenças e que 47,90% receberam informações acerca dessas plantas pelos seus
avós. Também observou-se que há uma predominância de mulheres (77,74%) com
conhecimento sobre essas plantas. Cinco plantas foram indicadas como depurativo do sangue;
três como antioxidantes; três anti-inflamatórias; duas para anemia. Já as plantas com maior
freqüência de citação foram hortelã com 19, poejo com 18, algodão com 16, boldo com 14,
trançagem com 13. Considerando os dados levantados até o momento, verificamos que apesar
dos entrevistados residirem no entorno de uma Unidade de Conservação, a maioria das
plantas utilizadas não são encontradas no PEBI/MG, o que demonstra que existe por parte dos
moradores uma conscientização sobre a importância da conservação dos recursos naturais.
Tendo em vista que a biodiversidade local é muito grande, faz-se necessário dar continuidade
aos estudos etnobotânicos e o levantamento das plantas medicinais dessa região.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM, IEF/MG
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Carlos A. Bispo¹; André R. S. Garraffoni¹
189
LEVANTAMENTO FAUNISTICO DE INSETOS AQUÁTICOS NO PARQUE ESTADUAL DO
BIRIBIRI, DIAMANTINA-MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MORFOLOGIA
Insetos aquáticos são aqueles organismos que vivem pelo menos um estágio do ciclo de vida
em ambiente aquático, podendo estar presente somente em sua fase juvenil, uma vez que os
adultos são alados. Estas comunidades vêm sendo comumente usados como bioindicadores de
qualidade de água por apresentarem várias características interessantes para esse fim. O
presente trabalho teve como objetivos verificar a diversidade das populações dos diferentes
grupos de insetos aquáticos no Córrego Sentinela existente no Parque Estadual do Biribiri. As
coletas do material biológicos foram realizadas mensalmente na cachoeira da Sentinela
(18°11’0.96”S-43°37’5.56”O) que desce pelo córrego homônimo em perfil de alto declive, no
período de novembro de 2010 a março de 2011. Os Insetos aquáticos foram coletados
utilizando o método de rede de varredura. Este tipo de rede é usado na captura de espécimes
associados à vegetação e ao sedimento do fundo. O sedimento coletado pela rede era
colocado em sacos plásticos e levado para o laboratório onde a triagem dos insetos aquáticos
eram feitos sob microscópio esteroscópio. A comunidade de insetos aquáticos foi
representada por 19 famílias, 7 ordens (Hemíptera, Tricoptera, Odonata, Coleopratera,
Megaloptrera e Ephemeroptera) com um total de 270 indivíduos coletados. Hemíptera foi a
ordem mais rica e abundante com 176 espécimes em 3 famílias (Naucoridae¹, Naucoridae² e
Notonectidae). Nesta área nunca havia sido feito qualquer levantamento de faunísticos de
insetos aquáticos, porém apresentou expressiva riqueza de famílias quando comparada a
outros estudos, reforçando assim a importância de novos levantamentos.
Apoio: FAPEMIG
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Ana Carolina R. da Cruz & Fabiane N. Costa
190
LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DE ERICACEAE NO PLANALTO DE DIAMANTINA, MINAS
GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
A família Ericaceae pertence ao grupo das Asterídeas e à ordem Ericales. Ericaceae possui
distribuição cosmopolita, incluindo cerca de 130 gêneros e 3000 espécies. No Brasil ocorrem
12 gêneros e cerca de 100 espécies, sendo bastante comum em áreas de campos rupestres. O
presente trabalho teve por objetivos efetuar o levantamento das espécies de Ericaceae do
Planalto de Diamantina, apresentando chaves de identificação, descrições das espécies,
comentários sobre a morfologia, distribuição geográfica e dados gerais para as espécies
levantadas. O Planalto de Diamantina situa-se na porção central da Cadeia do Espinhaço, no
estado de Minas Gerais. A vegetação varia de acordo com as fisiografias locais, podendo
ocorrer matas ciliares, capões de mata, campo cerrado e principalmente, os campos rupestres.
A área de estudo inclui os municípios: Couto de Magalhães de Minas, Datas, Diamantina,
Gouveia, Presidente Kubitschek, São Gonçalo do Rio Preto e Serro. Apesar da área de estudo
ser considerada como de importância biológica especial, com um número elevado de
endemismos da flora, pouco se conhece sobre a composição florística da região, e em
particular, de Ericaceae. Foram feitas expedições para coleta de material botânico de março de
2009 a março de 2011. Todo o material coletado recebeu tratamento tradicional empregado
em trabalhos de florística. As exsicatas foram depositadas no herbário da Universidade Federal
dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e analisadas posteriormente, assim como todo o material
de Ericaceae já depositado nesta coleção. Os espécimes foram identificados até o nível
específico, com o auxílio de literatura especializada e de especialistas. Foram registradas 11
espécies distribuídas nos gêneros Agarista e Gaylussacia. As espécies mais comuns na área são
Gaylussacia virgata, G. reticulata, G. salicifolia e Agarista coriifolia, entre as mais raras estão
Agarista glaberrima, G. oleifolia e G. riedelli, com apenas um registro de ocorrência cada. A
Cadeia do Espinhaço está entre as quatro áreas, ou “hot spots”, com concentração excepcional
de espécies endêmicas que estão sofrendo com a perda de hábitats. Estima-se que a flora de
toda a Cadeia tenha provavelmente mais de 4000 espécies. É devido à alta diversidade
botânica nos campos rupestres da região do Planalto Diamantina e aos endemismos que se
tornam imprescindíveis estudos taxonômicos e morfológicos em famílias importantes nesta
fitofisionomia, como Ericaceae, incluindo a realização de coletas em áreas ainda pouco
amostradas, visando contribuir para o conhecimento da flora dos campos rupestres.
Apoio: UFVJM e FAPEMIG.
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
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Rita M. Maciel, Paulo R. Silva, Pollyana F. Rocha, Janaína T. de Faria, Ana Paula F. C. Vanzela,
Fábio C. Sampaio
191
LISE CELULAR DE KLUYVEROMYCES LACTIS E TERMOESTABILIDADE DA BETAGALACTOSIDASE NO EXTRATO ENZIMÁTICO BRUTO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA
LISE CELULAR DE KLUYVEROMYCES LACTIS E TERMOESTABILIDADE DA BETA-GALACTOSIDASE
NO EXTRATO ENZIMÁTICO BRUTO Rita M. Maciel, Paulo R. Silva, Pollyana F. Rocha, Janaína T.
de Faria, Ana Paula F. C. Vanzela, Fábio C. Sampaio E-mail: [email protected] Área:
Ciências biológicas e biotecnologia – Microbiologia A beta-galactosidase (beta-gal) de
Kluyveromyces lactis é encontrada no citoplasma celular, sendo requerida lise para obtenção
do extrato enzimático bruto (EEB). Essa enzima deve manter-se estável em diferentes
temperaturas (T) para os processos de purificação e produção de prebióticos. No presente
trabalho foi avaliado o rompimento celular utilizando pérolas de vidro (400-600 nm de
diâmetro) em agitador de tubos, bem como a estabilidade enzimática em temperaturas (T
igual a 40-60oC) de produção de galacto-oligossacarídeos (GOSs) e de armazenamento (T igual
a -20 e a 2-4oC, utilizando EEB obtido em água (EEBw) e, ou tampão fosfato 0,1 M, pH 7,0
(EEBb). A levedura foi inoculada em Erlenmeyers-500 mL contendo 100,0 mL de soro de queijo
reconstituído. Após incubação a 30oC e150 rpm por 18-20 h, as células foram separadas a
2000 rpm por 5 minutos e lavadas com tampão fosfato 0,1 M, pH 7,0 ou água estéril e o pellet
final suspendido em água ou tampão. Para obtenção do EBB, 2,62 mg de biomassa celular seca
em suspensão foi misturada a 1,0 g de pérolas de vidro estéreis em tubos Falcon (Peso final da
mistura de 3,0 g) que foram submetidos a seis ciclos de 1 minuto de agitação em agitador tipo
vortex e 1 minuto de refrigeração em banho de gelo. O EBB, separado após centrifugação
(2000 rpm, 15 minutos), foi incubado em diferentes temperaturas e a atividade beta-gal inicial
considerada 100%. Após incubação a 40oC foi observada redução de aproximadamente 20%
na atividade enzimática no EBBb. Já a 50 e 60oC, após 420 minutos, mais de 98% da atividade
foi perdida. A 60oC, após 15 minutos, aproximadamente 50% da atividade enzimática foi
perdida e a partir de 30 minutos não foi observada atividade. A enzima no EEBb e EEBw
manteve atividade durante 1440 minutos à temperatura de 2-4oC. Já por até 288 horas e a 20oC, foi notificada perda da atividade no EEBw e manutenção da atividade no EEBb. A betagal no EEBb perde sua ação com o tempo nas temperaturas que beneficiam a produção de
GOSs (50 e 60oC). A estabilidade da enzima em água e em diferente temperaturas é benéfica
para a montagem de sistema aquoso bifásico (SAB), uma vez que não altera o equilíbrio das
fases e permite a obtenção/armazenamento da enzima antes da separação no SABs. Apoio:
FAPEMIG.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
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192
MICRORGANISMOS INDICADORES DE QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA EM
SALADAS COMERCIALIZADAS EM RESTAURANTES DE UMA CIDADE DO ALTO
JEQUITINHONHA, MG
Julia S. Pinheiro, Héllen G. Almeida, Samara N. C. Trindade, Paulo S. Costa Sobrinho
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA
Uma alimentação saudável corresponde ao consumo de alimentos diversificados tanto em
qualidade quanto em quantidade, sendo que este deve ser disponível e promover satisfação,
além de ser livre de perigos. As saladas, devido à manipulação, são alimentos que apresentam
alto risco de contaminação microbiológica. A falta de higiene nas unidades de produção
representa um risco para os consumidores. Dentre os inúmeros fatores que contribuem para a
ocorrência das doenças transmitidas pelos alimentos, destacam-se: a origem das matériasprimas, processamento e manipulação inadequados, tempo e temperatura de cocção
insuficiente, armazenamento, instalações, utensílios e principalmente os manipuladores. O
objetivo do trabalho foi avaliar a contagem de microrganismos indicadores da qualidade
higiênico-sanitária das saladas comercializadas na cidade de Diamantina. Foram coletadas 105
amostras de saladas em vinte e dois restaurantes. Para a contagem de microrganismos
mesófilos aeróbios e psicotróficos utilizou-se o Agar Padrão para Contagem-PCA (HiMedia) e
inoculados nas placas pelos métodos pour plate e semeadura em superfície, respectivamente.
As populações de coliformes totais e Escherichia coli foram determinada utilizando-se Petrifilm
EC da 3M (AOAC 991.14). Das 105 amostras analisadas, coliformes totais foram detectados em
95,52% das amostras, com população entre 4,4 ± 1,4 log(UFC/g) de salada. Escherichia coli foi
detectada em 26 (24,76%) amostras, com população acima do limite da legislação vigente, que
é de 100 UFC/g de salada, em todas as 26 amostras. Apesar de não existirem parâmetros para
contagem de mesófilos e psicotróficos, resultados acima de 1x106 UFC/g de salada, indicam
deficiência no processo de higienização ou nas condições de armazenamento após a
higienização. Entre as amostras analisadas para mesófilos, 71 (67,62%) apresentaram
contagens acima deste limite. Em relação aos psicotróficos foi constatado contagens acima de
1x106 UFC/g em 44 (42,3%) das amostras. Os resultados sugerem que as práticas de higiene e
o treinamento dos funcionários nos restaurantes pesquisados são insatisfatórios para garantir
a segurança das saladas cruas. Há necessidade da implantação de procedimentos operacionais
adequados que garantam refeições inócuas para o consumidor.
Apoio: CNPq, Fapemig
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
José Paulo L. Guadanucci & Willian F. Silva
193
NOVAS ESPÉCIES DE ARANHAS DO GÊNERO TMESIPHANTES (MYGALOMORPHAE,
THERAPHOSIDAE) DA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
As aranhas migalomorfas são aquelas conhecidas popularmente como caranguejeiras, animais
cerdosos e de grandes proporções. O gênero Tmesiphantes, descrito em 1892 por Simon,
(Família Theraphosidae) é representado por aranhas de pequeno porte (aproximadamente 15
mm de comprimento) de coloração marrom. São reconhecidas pelo lábio com poucas
cúspides, pelo fêmur III levemente engrossado e pelo aspecto do bulbo copulador (genitália
masculina). Um recente estudo de revisão taxonômica reconheceu quatro espécies válidas,
todas com registros para o sul do estado da Bahia (T. nubilus, T. amadoi, T. caymii e T.
bethaniae). Nessa revisão, os autores reforçam o parentesco de Tmesiphantes com o gênero
Melloleitaoina, com apenas uma espécie descrita (M. crassifemur) para a cidade de Salta,
centro-norte da Argentina. Representantes de ambos os gêneros apresentam o fêmur III
engrossado, sendo essa característica mais evidente em M. crassifemur. Durante um trabalho,
ainda em andamento, de inventário de aranhas Mygalomorphae da Serra do Espinhaço
Meridional, foram coletados diversos exemplares do gênero Tmesiphantes em uma mata ciliar
do Parque Estadual do Rio Preto, município de São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais. A
comparação dos exemplares coletados com o material tipo, depositados no Instituto Butantan
e Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, revelou três espécies novas que são
descritas no presente trabalho. Essas novas espécies diferem daquelas válidas pelo formato do
bulbo copulador e apófise tibial (caracteres sexuais masculinos). O registro de espécies do
gênero Tmesiphantes para o estado de Minas Gerais é inédito, e amplia a área de distribuição
geográfica para além dos limites do bioma Mata Atlântica do sul da Bahia, fato que revela o
desconhecimento acerca da fauna da Serra do Espinhaço Meridional. Além disso, essas três
espécies apresentam o fêmur III mais engrossado quando comparado com as espécies
descritas do gênero Tmesiphantes. Essas novas espécies, com novos caracteres, mostram a
necessidade de uma análise filogenética que inclua todas as espécies de Tmesiphantes e
Melloleitaoina, para o conhecimento da diversidade e distribuição geográfica dessas aranhas.
As coleções consultadas também abrigam outras espécies do gênero Melloleitaoina diferentes
de M. crassifemur, provavelmente representantes de espécies desconhecidas da ciência.
Análises filogenética e biogeográfica fazem parte dos objetivos desse estudo que revelarão a
relação entre as espécies e importância biogeográfica da Serra do Espinhaço.
Apoio: FAPEMIG
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Héllen G. Almeida, Julia S. Pinheiro, Samara N. C. Trindade, Paulo S. Costa Sobrinho
194
OCORRÊNCIA DE BACTÉRIAS PATOGÊNICAS EM SALADAS COMERCIALIZADAS EM
RESTAURANTES DE UMA CIDADE DO ALTO JEQUITINHONHA, MINAS GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA
A alimentação é primordial para a promoção e proteção da saúde, devendo satisfazer as
necessidades nutricionais do ser humano, possibilitando o pleno crescimento e
desenvolvimento. Mudanças no estilo de vida da população têm levado as pessoas a consumir
alimentos preparados fora de seus domicílios. As saladas, devido à manipulação, são alimentos
que apresentam alto risco de contaminação microbiológica, que pode ocorrer desde o plantio
das verduras e legumes até a distribuição do alimento pronto em restaurantes. Nos últimos
anos, um número crescente de surtos de doenças transmitidas por alimentos têm sido
associados ao consumo de vegetais frescos. Têm sido relatados surtos de doença associados
ao consumo de alface contaminada com bactérias patogênicas, como Listeria monocytogenes,
Salmonella e Escherichia coli O157. Diante desse quadro, o trabalho teve como objetivo avaliar
a ocorrência de Salmonella sp., Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus em saladas
servidas em restaurantes de uma cidade do Alto Jequitinhonha, Minas Gerais. Foram
analisadas 105 amostras de saladas de 22 restaurantes da cidade. Para a determinação de
Staphylococcus aureus utilizou-se o Petrifilm STX (AOAC 2003.11). A detecção de Listeria
monocytogenes (LM) foi realizada pelo protocolo ISO 11290-1, com identificação por meio do
Agar cromogênio CromoCen Listeria - Base ALOA, seguida de confirmação utilizando o API
listeria (bioMérieux S.A.) e teste de motilidade. Para determinação de Salmonella, foram
adicionados 225ml de água peptonada a 25g de salada e incubadas 35ºC/24h, em seguida
alíquotas de 1 ml foram transferidas para tubos contendo 9 ml de caldo Selenito Cistina
(Acumedia), e incubados a 35ºC/24h. Posteriormente alíquotas de 1 ml foram repassadas para
tubos contendo Caldo M e incubados a 35ºC/24h. A detecção da presença de Salmonella foi
realizada a partir do caldo M utilizando o kit TECRA da 3M (AOAC OMA 998.09). Das 105
amostras analisadas, 87 (82,8%) apresentaram contaminação por S. aureus, e 39 (37,14 %)
amostras apresentaram contagens acima de 10³ UFC/g de salada. O nível elevado de
contaminação por Staphylococcus coagulase positiva, pode ser indicativo de manipulação
excessiva e inadequada, além de manutenção do produto em temperaturas não
recomendadas por um longo período de tempo. Não foi detectada presença de Samonella em
nenhuma das 75 amostras analisadas. Porém, a presença de Listeria monocytogenes foi
detectada em 11 (10,48%) das 105 amostras analisadas. Os resultados sugerem que as práticas
de higiene e o treinamento dos funcionários nos restaurantes pesquisados são insatisfatórios
para garantir a segurança das saladas oferecidas nesses estabelecimentos. Há necessidade da
implantação de procedimentos operacionais adequados que garantam refeições inócuas para
o consumidor.
Apoio: CNPq, FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
João Gabriel G. Luz, Gustavo Henrique B. de Oliveira, Herton Helder R. Pires, Samira D.
Rezende, Helen R. Martins
195
OTIMIZAÇÃO DAS ANÁLISES DE ISOENZIMAS E RAPD PARA AVALIAÇÃO DA
DIVERSIDADE GENÉTICA INTRA-ESPECÍFICA DO TRYPANOSOMA CRUZI
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / PARASITOLOGIA
O Trypanossoma cruzi é amplamente disperso no continente americano e apresenta uma
grande variabilidade intra-específica tanto ao nível biológico quanto genético. Muitos esforços
têm se concentrado na investigação da correlação entre a variabilidade genética do parasito e
suas características biológicas, epidemiológicas e clínicas fundamentais. Atualmente, através
de marcadores moleculares, seis grupos genéticos são bem definidos no interior dessa espécie
(TcI a TcVI). Entretanto, ainda não existe um consenso em relação a metodologia adequada
para caracterizar com segurança seus diferentes grupos genéticos, principalmente, em
decorrência da existência das cepas híbridas. As isoenzimas e o RAPD têm se mostrado
promissores, tanto em agrupar os seis grupos quanto em demonstrar a variabilidade genética
no interior destes. Entretanto, estas técnicas ainda são difíceis de ser realizadas, onerosas e de
difícil reprodutibilidade. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é aperfeiçoar o sistema de
caracterização por isoenzimas e RAPD a fim de obter melhor reprodutibilidade, menor custo e
tempo de execução na identificação dos seis grupos genéticos do Trypanosoma cruzi. Para a
análise das isoenzimas, o sedimento de parasitas obtido em cultura dos clones de referência
foi submetido à extração enzimática. Em seguida foi empregada eletroforese em sistema
horizontal utilizando membranas de acetato-celulose, onde foram testados 15 sistemas
enzimáticos. Inicialmente foram empregadas as condições padrões seguidos por testes de
protocolos alternativos objetivando a melhor separação das frações enzimáticas e gastos de
reagentes. Apenas sete enzimas (GPI, G6PD, PGM, IDH, GDH, HK e ME) apresentaram atividade
satisfatória. Foram testados três protocolos alternativos para revelação da ALAT e TGO, mas
não houve resultados favoráveis. Em relação à concentração do extrato enzimático, apenas as
enzimas GPI e G6PD mostraram atividade em diluições de até 1:16, as demais não apresentam
bom funcionamento com o extrato diluído, requerendo assim depósitos concentrados. Ainda
está em avaliação, com a enzima GPI, a estabilidade do extrato enzimático diante do
armazenamento em temperaturas variáveis (-70ºC, -20ºC e 4-8ºC) por diferentes períodos de
tempo. Os tampões de embebeção da placa de acetato celulose se mostraram reaproveitáveis
para várias corridas. Já os tampões de migração para a eletroforese mostraram-se efetivos
para que fossem reaproveitados em até duas corridas. A análise por RAPD está em fase inicial,
tendo ocorrido apenas a extração e a dosagem de DNA do sedimento celular restante da
obtenção do extrato enzimático. Posteriormente serão testados dez iniciadores. A
padronização destas metodologias se torna importante para acessar a diversidade genética do
T. cruzi em uma determinada região. Posteriormente, tais resultados serão empregados no
estudo da variabilidade molecular em amostras oriundas de áreas endêmicas no Vale do
Jequitinhonha.
Apoio: CNPq, UFOP e UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Fabrício C. Alcântara, Thiago Q. Araujo, Marcela E.Gomes, André R. S. Garraffoni.
196
PRIMEIRO REGISTRO DO GÊNERO POLYMERURUS REMANE, 1927 (GASTROTRICHA)
NO ESTADO DE MINAS GERAIS E DESCRIÇÃO DE UM NOVO MORFOTIPO
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL
Os Gastrotrichas (do grego gaster, estômago; trichos, pelo) são microinvertebrados
caracterizados pelo o estilo de vida livre. Seus corpos possuem entre 100µm e 1 mm. O táxon
possui aproximadamente 750 espécies divididas em duas ordens: 1- Macrodasyida com 280
espécies sendo a maioria marinha com exceção de duas espécies de água doce (Marinellina
flagellta Ruttner-Kolisko, 1955 e Redudasys fornerise Kisielewski, 1987), contidas em 8 famílias
e 32 gêneros; 2- Chaetonotida com cerca de 470 espécies possuindo representantes em
ambientes de água doce e marinhas agrupados em duas subordens Multitubulatina e
Paucitubulatina. Esta última subordem contêm 6 famílias e 20 gêneros, sendo que a maior
família dessa subordem é a Chaetonotidae com 13 gêneros e mais da metade de espécies de
gastrotricas já descritas. Um desses 13 gêneros é o táxon Polymerurus, que possui distribuição
cosmopolita com 19 espécies descritas e inclui as maiores espécies descritas dentro da família
Chaetonotidae medindo de 260-770µm de comprimento. No Brasil foram descritas quatro
espécies deste gênero P. corumbensis, P. nodicaudus, P. rhomboides e P. squamofurcatus
matogrossensis. A principal característica taxonômica do gênero é a presença de segmentos da
furca. O presente trabalho teve como objetivo reportar o primeiro registro deste gênero no
estado de Minas Gerais e a descrição de um novo morfotipo. As amostras qualitativas foram
coletadas utilizando um amostrado do tipo ‘‘corer’’ de 3 cm de diâmetro e 5 cm de
comprimento. A triagem foi realizada com os animais ainda vivos, utilizando uma lupa
Olympus sz40. Os animais foram fixados em lâminas em uma solução de formaldeído a 4% e as
lamínulas seladas com esmalte de unha. Foram coletados um total de 8 espécimes, 6 no
Parque Estadual do Rio Preto, 1 no Parque Nacional das Sempre Vivas e 1 no Parque Estadual
do Biribiri. Os indivíduos de Polymerurus coletados se diferem das espécies anteriormente
descritos no Brasil em diversos aspectos, entre eles o número de segmentos da furca, já que os
indivíduos coletados apresentaram de 19 a 23 segmentos, P. nodicaudus possui entre 23 a 26,
P. squarmofurcatus matrogrossensis 11 e P. corumbensis 37 a 43. Por outro lado, O número de
segmentos na furca é parecido com o visto em P. rhomboides que possui de 18 a 23, porém no
P.rhomboides as escamas espinhadas na base da furca estão ausentes, diferentemente do que
foi observado nos espécimes coletados de Polymerurus. Outras diferenças observadas entre os
espécimes coletados em Minas Gerais, com as demais espécies brasileiras foram o tamanho do
corpo, presença de campo ventral liso e formato das escamas.
Apoio: UFVJM,FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Amanda G. de Carvalho, Barbhara M. Marinho, Ana Paula F. C. Vanzela.
197
PRODUÇÃO DE LIPASES POR NOVAS LINHAGENS DE FUNGOS FILAMENTOSOS
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOTECNOLOGIA
Dentre as muitas enzimas de aplicação industrial e terapêutica, as lipases (EC 3.1.1.3)
destacam-se pela diversidade dos seus substratos e reações, sendo capazes de atuar numa
interface óleo/água. As variadas atividades de hidrólise e síntese possibilitam sua aplicação na
produção de monoglicerídeos, ácidos graxos e biocombustíveis no desenvolvimento do flavor
da manteiga e queijos, no processamento de couro, lã e na resolução de misturas racêmicas.
Considerando que os fungos filamentosos são uma excelente fonte destas enzimas, esse
trabalho teve como objetivo avaliar a produção de lipases por linhagens fúngicas previamente
isoladas e selecionadas em um teste de triagem. Conídios de cada linhagem (AMA2.6, AMB1.3,
Aspergillus niger ABA1, Penicillium sp. T9.1) foram inoculados em meio contendo azeite de
oliva como substrato e as fermentações foram conduzidas por processo submerso a 30oC, em
duplicata. A atividade lipolítica, o crescimento e o pH no filtrado foram determinados até 72h.
Uma unidade enzimática foi definida como a quantidade de enzima capaz de liberar 1µmol de
ácido graxo/mL x min a 37oC em pH 6,0. A atividade produzida pela linhagem A. niger ABA1 foi
detectada após 48h (1,99 U/mL x min) e aumentou após 72h de cultivo (2,99 U/mL x min).
Observou-se uma queda gradual no pH após 24-72 h (6,13 – 2,92) provavelmente devido ao
aumento da concentração de ácidos graxos livres no filtrado. O crescimento de A. niger ABA1
aumentou de 7,6 para 25,3 mg no período estudado. Aumentos da atividade enzimática
também foram observados nas culturas de AMA2.6 e AMB1.3. O crescimento da linhagem
AMA2.6 aumentou em função do tempo (0,3–19,8 mg), enquanto que o pH diminuiu (6,05–
3,71). A linhagem AMB1.3 apresentou um crescimento reduzido em todo o período estudado
(~3mg) o que indica maior exigência nutricional ou lentidão no crescimento; apesar disso
observou-se que os ácidos graxos liberados no filtrado foram absorvidos, pois o pH
permaneceu próximo à neutralidade. Já a linhagem Penicillium sp. T9.1 produziu uma
atividade de 3,33 U/mL x min após 24 e 48h, tendo sido observada pequena diminuição após
60h (3,0 U/mL x min) e 72h (2,99 U/mL x min). O pH desta cultura permaneceu entre 6,4 – 6,64
durante todo o período analisado e o crescimento observado ficou entre 11mg (24h) e 8,8mg
(72h). Os resultados permitem concluir que as linhagens ABA1 e T9.1 mostraram-se
promissoras para a produção de atividade lipolítica; a linhagem T9.1, apesar de crescer menos,
produziu atividade lipolítica maior, com boa estabilidade na cultura (até 72h) e num tempo
mais curto (24h). O trabalho abre como perspectiva a análise de variáveis que interfiram com o
crescimento e produção de lípases por A. niger ABA1 e Penicillium sp. T9.1 e o ajuste nas
condições de produção.
Apoio:
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198
QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR FORNECIDA NAS
CRECHES E ESCOLAS ATENDIDAS PELO PNAE NA REGIÃO DO ALTO JEQUTINHONHA,
MG
Samara Nagla C. Trindade, Héllen G. de Almeida, Júlia S. Pinheiro, Paulo de S. C. Sobrinho
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA
A alimentação é essencial para a vida humana, devendo possuir boa qualidade nutricional e
microbiológica. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é um programa social da
área de segurança alimentar e nutricional e tem por finalidade oferecer refeições nas escolas e
creches, tendo como um dos objetivos a melhora das necessidades nutricionais das crianças
atendidas. A inocuidade dos alimentos oferecidos depende da qualidade do alimento desde o
plantio, transporte, preparação e manipulação do alimento até a distribuição para o consumo.
Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a qualidade higiênico-sanitária da alimentação
escolar, como também a qualidade higiênica dos utensílios envolvidos na distribuição da
merenda e a situação microbiológica das mãos dos manipuladores de alimentos das creches e
escolas atendidas pelo PNAE em municípios da região do Alto Jequitinhonha, MG. Foram
coletadas 53 amostras em 14 estabelecimentos de ensino (7 creches e 7 escolas), sendo 14 de
merenda, 13 swabs de mãos de manipuladores de alimentos e 26 de utensílios utilizados no
preparo dos alimentos. Após a coleta, as amostras foram, imediatamente, colocadas em caixa
termoisolante contendo gelo reciclável, e transportadas ao laboratório para analise, com o
intuito de determinar a população de E. coli, coliformes totais, Staphylococcus aureus, e
mesófilos aeróbios, e detectar a presença de Salmonella spp. e Listeria monocytogenes.
Observou-se que coliformes totais estiveram presentes em 36% das amostras dos alimentos
oferecidos na alimentação escolar, com população variando entre 1,3 a 2,94 log (UFC/g). Não
foi detectado presença de Escherichia coli em nenhuma das 14 amostras analisadas.
Microrganismos mesófilos aeróbios foram detectados em 12 das 14 amostras (92,30%), com
população variando entre 1,78 a 4,17 log(UFC/g) indicando boa qualidade higiênica. Altas
contagens de microrganismos mesófilos aeróbios e de coliformes totais em alimentos tratados
termicamente, como a maioria das amostras analisadas, é indicativo de higiene insatisfatória
na manipulação. A deficiência na qualidade higiênica dos alimentos é evidenciada com a
presença de Staphylococcus aureus em 14,3% das amostras analisadas. Em relação aos
manipuladores, Staphylococcus aureus esteve presente em 70% das mãos de manipuladores
de alimentos, com população variando de 1,78 a 3,52 log(UFC/g). Não foi encontrada presença
Listeria monocytogenes e Salmonella sp. em nenhuma das amostras analisadas. Pela análise
dos resultados observa-se a necessidade de reforçar a adoção de princípios e normas de
higiene na manipulação de alimentos, mais comprometimento da vigilância sanitária de forma
a minimizar o fornecimento de alimentos com altos índices de contaminação microbiológica
aos escolares.
Apoio: FAPEMIG
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Sélvia T. J. M. de Paula, André R. S. Garraffoni
199
RESULTADOS PRELIMINARES DO LEVANTAMENTO FAUNÍSTICO DE ROTÍFEROS
BENTÔNICOS NO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS (MG)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MORFOLOGIA
O táxon Rotífera é composto por micro-invertebrados (50 à 2000 µm de comprimento)
caracterizados por possuir uma coroa de cílios na parte anterior do corpo (corona), o corpo
comumente coberto por uma rígida proteção (lorica) e um forte aparelho quitinoso usado para
trituração de alimento com grande valor taxonômico (trophi). A maioria das espécies é livre
natante e solitária, porém, podem viver associadas às plantas aquáticas ou no sedimento como
uma colônia.Os rotíferos desempenham importante papel na regeneração de nutrientes e na
transferência de energia entre os diferentes níveis das teias alimentares, devido a isso o seu
uso freqüente como bio-indicadores de qualidade de água. No Brasil existem, pelo menos, 457
espécies sendo a maior parte coletada naregião planctônica das águas continentais brasileiras.
Dessa forma, o presente estudo teve como objetivos fazer um levantamento faunístico do
grupo no leito de diferentes córregos localizados no interior do Parque Nacional das Sempre
Vivas, localizado no Estado de Minas. Como o trabalho apresenta características taxonômicas,
foi realizadas apenas coletas qualitativas e não quantitativas. O amostradorutilizado é um
corer de PVC com3,0 cm de diâmetro, por5,0 cm de profundidade.A triagem dos espécimes foi
feita sob lupa e, posteriormente foram separados com auxílio demicropipetas para lâminas
permanentes, com isso é possível que seja feito a analise de suas características morfológicas.
Até o presente momento foram encontrados indivíduosdois grandes grupos de rotíferas
(Monogonontas e Bdelloidea) nos cursos d´aguádo Parque, sendo a grande maioria pertence a
táxon dos Bdelloidea. Esse grupo é caracterizado por ter o grupo dividido em três regiões:
cabeça, tronco e pé, sendo a cabeça e o pé retráteis de forma telescópica para o interior do
tronco. Na região da cabeça, esses rotíferos possuem um rosto apical, antena dorsal e um boca
ventral a qual é rodeada por uma estrutura ciliar. Com o avanço dos estudos, um maior
número de indivíduos serão identificados até o nível específico, o que auxiliará aumento do
conhecimento deste grupo no Brasil.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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200
TRIAGEM DO POTENCIAL IMUNOMODULADOR DOS EXTRATOS AQUOSO E
ETANÓLICO DE PSEUDOBRICKELLIA BRASILIENSIS SOBRE LEUCÓCITOS DO SANGUE
PERIFÉRICO
Valéria G. Almeida; Mércia L. L. de Amorim; Etel R. Vieira; Cristiane F. F Grael; Gustavo E. B. A.
de Melo.
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA
A Pseudobrickellia brasiliensis (Spreng) R, M. King & H. Rob., também conhecida como arnica
do campo é uma planta nativa da flora brasileira pertencente à família Asteraceae. A planta
encontrada como arbusto em campos rupestres é utilizada em comunidades tradicionais
ribeirinhas no Paraná e no Mato Grosso com fins terapêuticos, após ser macerada e curtida em
álcool. As atividades atribuídas a esta planta envolvem ações anti-inflamatória e cicatrizante,
porém, a literatura carece de dados que avaliem a sua atividade biológica e publicações sobre
esta espécie são muito escassas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos
extratos de P. brasiliensis em modificar a produção de citocinas por leucócitos do sangue
periférico. Foram utilizados neste estudo dois extratos de P. brasiliensis, etanólico (EXT1) e
aquoso (EXT2), solubilizados/diluídos em dimetilsulfóxido (DMSO) a 1mg/mL. Os extratos
foram preparados e fornecidos pelo laboratório de fitoquímica da UFVJM. Amostras de sangue
total (5,0 mL) foram obtidas de voluntários aptos a doação de sangue (n=3), e alíquotas de
500µl foram estimuladas com miristato forbol acetato (PMA) (1:1000), por 4 horas, a 37ºC e
5% CO2, correspondendo á cultura controle (CON). Nas culturas experimentais foram
adicionados ainda, 50µl de um dos extratos. Após o período de cultura, as células foram
permeabilizadas e incubadas com anticorpos específicos para as citocinas intracitoplasmáticas
IFN-gama, TNF-alfa e IL-10. O perfil da produção de citocinas foi avaliado por citometria de
fluxo. Verificou-se uma redução (p<0,05) na porcentagem de linfócitos positivos para a citocina
IFN-gama nas culturas tratadas com os extratos etanólico (EXT1) e aquoso (EXT2) quando
comparados aos leucócitos estimulados com PMA. Não foi observada diferença (p>0,05) na
porcentagem de células positivas para TNF-alfa e IL-10 quando os leucócitos foram tratados
com os diferentes extratos de P. brasiliensis. Nosso resultado demonstra que os extratos
etanólico e aquoso de P. brasiliensis têm potencial anti-inflamatório, uma vez que modularam
a produção da citocina tipo 1, IFN-gama, envolvida diretamente na inicialização e amplificação
da resposta inflamatória. Estudos adicionais serão conduzidos para determinar a atividade
imunomoduladora desses extratos sobre as diferentes populações e subpopulações
leucocitárias.
Apoio: CAPES
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Pollyana F. Rocha, Paulo R. Silva, Rita M. Maciel, Janaína T. de Faria, Ana Paula F. C. Vanzela,
Fábio C. Sampaio
201
UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIA DE SUERFÍCIE DE RESPOSTA NA PERMEABILIZAÇÃO
DE KLUYVEROMYCES LACTIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA
A levedura Kluyveromyces lactis, um microrganismo GRAS (“Generally Recognized as Safe”), é
fonte de beta-galactosidase, uma enzima de grande interesse para as indústrias alimentícia e
farmacêutica. Por sua vez, a utilização de células permeabilizadas em processos industriais é
melhor alternativa à utilização da enzima semi- ou purificada por disponibilizar a função e
permitir a manutenção da enzima dentro de seu ambiente natural. Portanto, no presente
estudo foi utilizado solvente orgânico (etanol) para permeablização de K. lactis para fins
biotecnológicos. Um Delineamento Composto Central Rotacional (DCCR) com variáveis em
cinco níveis (-alfa, -1, 0, +1, +alfa), 19 experimentos em triplicata e quatro repetições no ponto
central para estimar o erro experimental e investigar a adequação do modelo proposto foi
utilizado. Os experimentos foram conduzidos em diferentes condições de temperatura (2040°C), tempo (15-55 minutos) e concentração de etanol (25-75% v/v), enquanto a atividade de
beta-gal (mM ONP/min/g) foi a variável resposta. Foi ajustado um modelo matemático e
realizada a otimização numérica nos “softwares” “Design Expert” e “NeuralWorks”. O teste F
revelou que a regressão foi estatisticamente significativa com nível de confiança de 90%. A
falta de ajuste significativa foi desconsiderada em função de um coeficiente de determinação
(r2) de aproximadamente 0,80. Utilizando ainda o teste F, os coeficientes de regressão foram
avaliados e observou-se contribuição linear da variável tempo e temperatura, e contribuição
quadrática da variável temperatura. A Metodologia de Superfície de Resposta (MSR) foi
utlizada para otimizar as condições de permeabilização, com atividade enzimática ótima
(2441,40 mM ONP/min/g) encontrada sob temperatura de 20°C, tempo de 15 minutos e 75%
de etanol. Em relação à análise utilizando a metodologia Rede Neural Artificial (RNA),
observou-se que a quantidade de dados obtidos no DCCR não foi suficiente para treinamento e
a presença de pontos centrais dificultou o treinamento da rede. Além disso, o “software”
“NeuralWork” não apresenta todos os recursos necessários para o treinamento da rede. A
utilização de etanol foi eficiente no processo de permeabilização sob as condições
experimentais avaliadas e a MSR foi uma ferramenta adequada para determinar as melhores
condições de permeabilização.
Apoio: FAPEMIG
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EDUCAÇÃO FÍSICA
ENFERMAGEM
FARMÁCIA
FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
FONOAUDIOLOGIA
MEDICINA
NUTRIÇÃO
ODONTOLOGIA
SAÚDE COLETIVA
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202
CIÊNCIAS DA
SAÚDE
Leandro B. Cordeiro, Cláudia M. Niquini, Hugo J. Duarte
203
A ESCOLA E A FORMAÇÃO DO TORCEDOR: ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS A
PARTIR DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
Nos últimos anos tem sido recorrentes atos violentos por parte dos torcedores no âmbito do
futebol, seja essa violência simbólica (agressão verbal e/ou gestual) ou real (agressão física).
Por diversas vezes observa-se, através dos meios de comunicação, torcedores queimando
camisetas ou bandeiras de times rivais, entoando “cantos de guerra” endereçados à torcida
rival, assim como confrontando diretamente com agressões físicas os torcedores adversários,
o que resulta muitas vezes em tumultos generalizados. A partir do exposto, surge a
necessidade de intervir com metodologias e alternativas para prevenir atos violentos no
âmbito do futebol, na busca de um convívio harmonioso entre os torcedores. Neste sentido,
acredita-se que a Educação Física Escolar pode contribuir efetivamente, constituindo-se em
momento privilegiado de reflexão/ação/reflexão para a formação do cidadão torcedor. Assim,
o objetivo deste trabalho foi apontar metodologias de ensino e aprendizagem que possam ser
utilizadas na Educação Física Escolar, no intuito de estimular comportamentos não violentos
por parte de torcedores no contexto do futebol brasileiro. São sugeridas as seguintes
estratégias metodológicas a ser adotadas pelos professores e desenvolvidas pelos alunos, a
partir das aulas de Educação Física Escolar: a) montagem, apresentação e discussão de vídeos;
b) busca e discussão de reportagens veiculadas na mídia escrita, televisiva e internet; c)
montagem e apresentação de peças teatrais; d) apresentação de paródias, poesias e poemas
escritos pelos alunos; e) organização de júri simulado, com base nas normas previstas no
estatuto de defesa do torcedor; f) concurso de redação temática. Acredita-se que as
metodologias citadas possibilitarão uma melhor conscientização para o “torcer”, verbo que o
brasileiro adora conjugar, mas que em alguns casos torna-se sinônimo de intolerância. Por fim,
ressalta-se que ao adotar as metodologias citadas acima o professor dará ao futebol um olhar
e atenção diferenciados, que vão muito além das linhas do campo de jogo.
Apoio: UFVJM
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Macedo, Patrícia G.; Wichr, Patrícia
204
A INFLUÊNCIA DA DEPRESSÃO NA QUALIDADE DE VIDA ENTRE IDOSOS RESIDENTES
EM INSTITUIÇÕES ASILARES NA CIDADE DE DIAMANTINA - MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM
O aumento da população de idosos é um fenômeno mundial e já é sentido o impacto causado
por esse crescimento na economia, no mercado de trabalho, nas relações familiares e no
sistema de saúde. Entretanto, nem todos os idosos encontram uma velhice tranqüila sendo o
salário da aposentadoria insuficiente para atender as necessidades básicas tais como
remédios, alimentação adequada. Desse contexto surgem as Instituições de Longa
Permanência para Idosos Empobrecidos (ILPIS) para receber esses idosos. Os objetivos desse
trabalho foram avaliar a influência da depressão na qualidade de vida entre idosos residentes
em instituições asilares na cidade de Diamantina - MG. Os locais de estudo foram duas ILPIs:
Pão de Santo Antônio e Frederico Ozanan. Foram aplicados dois questionários sendo um de
questões fechadas e outro de questões discursivas e o número de sujeitos entrevistados foram
oito. Os dados preliminares encontrados foram que a maioria dos entrevistados considera
muito importante a compreensão dos mais novos, ser respeitado pela sociedade e sentir-se
útil refletindo então a disponibilidade do idoso em contribuir com uma sociedade que já não o
considera nesta posição uma vez que dificulta seu acesso ao mercado de trabalho e não
valoriza sua experiência de vida bem com sua intelectualidade. A maioria (62,5%) dos
entrevistados não soube dizer sobre a importância de adaptar-se às mudanças que ocorrem no
mundo, caracterizando grande isolamento social dos idosos residentes nessas instituições. A
alegria, paciência, calma, sossego, tranqüilidade e amor também foram consideradas muito
importantes pela maioria refletindo a mudança de valores decorrentes do envelhecimento que
não valorizam mais a agitação da vida social. Quando questionados se o asilo oferece
atendimento psicológico, 100% dos idosos responderam que não. Percebe-se então a
necessidade e a importância desses profissionais nessas instituições, o que pode auxiliar no
tratamento dos idosos depressivos e evitar novos casos de depressão. Em relação às práticas
de atividades de lazer apenas 37,5% dos idosos relatam realizá-las, sendo que essas se
restringem a assistir TV, ouvir rádio e conversar com os amigos. Dessa forma, surge a
necessidade de se criar meios que permitam ao idoso estar inserido socialmente oferecendo
um maior suporte psicológico aos mesmos para evitar que a depressão, uma doença tão
incapacitante e que interfere substancialmente na qualidade de vida, esteja presente na vida
desses idosos.
Apoio:
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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205
A INFLUÊNCIA DA IMERSÃO EM ÁGUA EM DIFERENTES TEMPERATURAS NOS
PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS DURANTE O PERÍODO DE RECUPERAÇÃO DE UMA
SESSÃO DE EXERCÍCIO
Vinícius O. Ottone, Fabrício de Paula, Paula F. Aguiar, Pâmela Fiche, Tatiane L. Araujo, Mariana
A. de Matos, Fabiano T. Amorim, Etel Rocha-Vieira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
Após a prática de exercício físico os processos corporais não retornam imediatamente aos
níveis pré-exercício. Inúmeras técnicas com o intuito de aumentar a recuperação pós-exercício
têm sido utilizadas e, uma modalidade de tratamento que tem ganhado popularidade como
um meio de potencializar a recuperação pós-exercício envolve a imersão em água. No entanto
a eficácia deste tratamento não é muito clara devido à limitada quantidade de pesquisas. O
objetivo desse estudo foi, portanto avaliar a influência da imersão em água a diferentes
temperaturas nos parâmetros hematológicos durante o período de recuperação de uma
sessão de exercício. Quatro voluntários do sexo masculino, fisicamente ativos (VO2máx = 53,2
± 1,8 mL kg-1 min-1), jovens (20 ± 4 anos), completaram em diferentes dias 4 sessões
experimentais. Cada sessão consistiu de um exercício excêntrico de flexão de joelho (3 séries
de 10 repetições máximas) e 90 minutos de corrida em esteira a 70% do VO2máx, seguido por
15 minutos de imersão em água a diferentes temperaturas (15°C, 28°C, 38°C) e 15 minutos
sem água. Ao final de 4 horas, os voluntários foram submetidos a dois testes físicos (testes de
desempenho), um de corrida máxima de 5 km, seguido do teste Wingate. A temperatura
corporal foi mensurada ao longo da sessão experimental através de uma sonda retal. Amostras
de sangue foram coletadas em seis momentos diferentes: pré e pós-exercício, pós-imersão,
pré e pós-desempenho e 24 h pós-exercício. As comparações entre os valores mensurados
foram feitas através do quadrado latino e teste anova two-way, com nível de significância de p
≤ 0,05. Nossos resultados mostram aumento do número de leucócitos após o exercício
(p<0,05) nas quatro situações experimentais, em todos os momentos, comparado com valores
pré-exercícios. Conforme esperado, durante o exercício foi observado também aumento
(p<0,05) da temperatura retal, que, no entanto, reduz rapidamente durante o período de
recuperação. Contudo, a temperatura retal durante a condição de recuperação por imersão
em água quente (38º C) foi maior (p<0,05) comparado com a imersão em água fria (15º C).
Nossos dados sugerem que a imersão em água fria pode ser uma estratégia utilizada na
recuperação da temperatura corporal após o exercício.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Rosalina Tossige-Gomes, Vinícius O. Ottone, Poliane N. Oliveira, Davi José S. Viana, Gustavo E.
A. Brito-Melo, Fernado J. Gripp, Etel Rocha-Vieira
206
A PROLIFERAÇÃO DE LINFÓCITOS T INDUZIDA POR MITÓGENO É AUMENTADA APÓS
UMA PROVA DE CORRIDA DE AVENTURA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
A corrida de aventura (CA) é uma prática esportiva em que participam atletas agrupados em
equipes de ambos os sexos, com o intuito de percorrer uma dada distância em diferentes
modalidades esportivas no menor tempo possível, exigindo o máximo de suas resistências
física e mental. O exercício extenuante e prolongado, como na CA é seguido por alterações
transitórias em vários parâmetros da função imune, o que resulta do aumento da intensidade
da atividade simpática, bem como da ativação do eixo hipotálamo-hipófise levando a uma
secreção sistêmica de catecolaminas. A liberação de epinefrina e norepinefrina influencia
vários processos imunológicos, incluindo a proliferação de linfócitos. Simultaneamente, o
aumento da sobrecarga imposta ao aparelho locomotor, como acontece nas CA, promove
dano muscular, em diferentes magnitudes. Enzimas intracelulares, como alanina amino
transferase (ALT) e aspartato amino transferase (AST), são frequentemente utilizadas como
marcadores de dano muscular, quando encontradas no plasma. O objetivo desse estudo foi
avaliar o efeito de uma prova de CA no perfil fenotípico, resposta proliferativa de linfócitos T e
concentração das enzimas ALT e AST, em atletas amadores bem condicionados. Oito
indivíduos, fisicamente ativos (VO2 máx = 60,84 ± 1,81 mLO2 . Kg-1 . min-1)com idade média
de 27,7 ± 5,9 anos, massa corporal de 63,2 ± 3,68 Kg e, participaram de uma corrida de
aventura que consistiu em 12Km de corrida, arvorismo e 30Km de ciclismo. A coleta de sangue
venoso foi realizada 24 horas antes e imediatamente após a conclusão da competição. Células
mononucleares do sangue periférico (CMSP) dos indivíduos foram marcadas com
Carboxyfluorescein succinimidyl Ester (CFSE) (10µM), estimulados com fitohematoglutinina
(PHA) (1µg/ml) e incubados por 5 dias à 37°, 5% de CO2 e 95% umidade. Após a incubação foi
feita a análise da proliferação celular por citometria de fluxo. Para análise do percentual de
linfócitos CD3+CD4+ e CD3+CD8+, CMSP foram marcadas com anticorpos anti-CD3, anti-CD4 e
anti-CD8, conjugados a fluorocromos FITC, PE e Cy para posterior análise por citometria de
fluxo. Para as análises de AST e ALT foram utilizados quites com reagentes enzimáticos
colorimétricos específicos para dosagem de cada analito. Foi observado aumento significativo
no índice de proliferação de linfócitos em resposta ao estímulo de PHA após a competição (p=
0,025) (1,73 ± 0,96 versus 2,66 ± 1,61), embora não tenha havido diferença no percentual de
linfócitos CD3+CD4+ (40,64 ± 3,58 versus 42,91 ± 5,52)e CD3+CD8+ (10,63 ± 5,84 versus 11,81
± 3,59). Foi observado também aumento nos níveis séricos de ALT e AST após a CA (p<0.05). O
aumento na proliferação de linfócitos T após exercício de alta intensidade pode representar
uma adaptação às mudanças fisiológicas impostas pelo exercício e um mecanismo
compensatório do dano muscular relacionada ao exercício.
Apoio: PRPPG/UFVJM
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Luiz Felipe B. Pires; Maria L. Faria; Liliane C. C. Ribeiro; Milton C. Ribeiro; Társis M. Maia.
207
A RELAÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS E DOENÇAS DIARRÉICAS
AGUDAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM
A diarreia aguda é um sintoma que pode caracterizar as doenças transmitidas por alimentos
(sejam elas causadas por infecções, toxinfecções e intoxicações), tornando-se um problema de
saúde pública que acomete principalmente crianças menores de cinco anos, cujas famílias
estão abaixo da linha da pobreza. Este estudo teve como objetivo descrever a correlação entre
a doença diarreica aguda (DDA) e as doenças transmitidas por alimentos (DTA). Foi realizada
uma revisão integrativa utilizando-se periódicos publicados entre 2000 e 2011. Percorremos as
seguintes etapas: estabelecimento da hipótese ou questão de pesquisa; busca na literatura;
estabelecimentos dos critérios de inclusão e exclusão dos artigos; análise e discussão dos
resultados e resumo das evidências disponíveis. De acordo com os resultados dos trabalhos
analisados, três artigos (37,5%) relacionaram a (DDA) com a ingestão de alimentos
contaminados, dois (25 %) citaram como causa as condições de vida da população, um (12,5%)
identificou como causa o nível de pluviosidade e um (12,5%) ainda foram identificadas outras
causas como a ausência do pai no cuidar, prematuridade, baixo peso, idade das mães, nível de
analfabetismo e pouca ou nenhuma experiência das cuidadoras para identificar sinais e
sintomas de patologias. Os agentes etiológicos mais identificados foram as bactérias
(Staphilococus aureus, Salmonella spp, Clostriduim perfrigeus, Bacillus aureus, Escherichia coli
e Shiguella spp), o vírus da hepatite A e a Giárdia encontrados em quatro (50%) artigos. Entre
os alimentos mais frequentemente implicados nos surtos destacam-se o frango, a carne,
sobremesas, leites e derivados. A maioria dos pacientes com diarreia não apresentam
desidratação e o tratamento pode ser feito em casa. No entanto, alguns pacientes apresentam
desidratação grave sendo necessário uma reidratação oral para a reposição hidroeletrolítica.
Pode-se constatar que a maioria dos pacientes não procura atendimento médico nas unidades
de saúde, sendo que na maioria dos casos não há notificação e monitorização dos casos de
diarreia. A bactéria Escherichia coli é encontrada na maior parte dos casos de DDA. Os
estabelecimentos não comerciais foram os locais mais associados aos surtos de DTA. O
aumento da pluviosidade, o armazenamento inadequado, a falta de higienização dos
alimentos e das mãos e, principalmente, dos cuidados com a saúde, são responsáveis por
causar a infecção por microorganismos patogênicos no organismo humano. Podemos concluir
que os locais de maior ocorrência de surtos são no domicílio, devido há má condição de
armazenamento, higiene e preparo. A maioria dos surtos tem como agente patogênico as
bactérias.
Apoio: Gerência Regional de Saúde de Diamantina, Secretária Municipal de Saúde de
Diamantina, PET/VS, PRÓ-SAÚDE I, UFVJM, Secretária de Gestão do Trabalho e da Saúde na
Educação, Ministério da Saúde.
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Davi José Silva Viana, Polianne Nascimento Oliveira, Fernando Joaquim Gripp Lopes, Etel Rocha
Vieira, Ana Cristina Rodrigues Lacerda, Vinícius Oliveira Ottone
208
ANÁLISE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS DURANTE
UMA CORRIDA DE AVENTURA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
ANÁLISE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS DURANTE UMA
CORRIDA DE AVENTURA Davi José S. Viana, Polianne N. Oliveira, Fernando Joaquim G.
Lopes,Etel Rocha Vieira, Ana Cristina Rodrigues Lacerda, Vinícius Oliveira Ottone e-mail:
[email protected] Área de conhecimento/Sub-Área: Ciência da Saúde/Educação
Física A corrida de aventura é um esporte praticado em contato direto com a natureza, na qual
o atleta transpõe obstáculos naturais (rios, montanhas, florestas) através de diferentes
modalidades esportivas (trekking, mountain bike, remo, técnicas verticais, entre outros).
Apesar de seu crescimento e visibilidade, são poucos os estudos que examinaram as
adaptações fisiológicas agudas durante as corridas de aventura. O objetivo deste trabalho foi
registrar a intensidade fisiológica durante a adventure sprint race, bem como analisar os
parâmetros hematológicos dos participantes antes e imediatamente após a competição. A
freqüência cardíaca de sete atletas do sexo masculino (27,7±5,9 anos, 63,2±3,68 kg de massa
corporal, 170,2±3,47 cm de estatura, 6,91±1,75 % de gordura corporal e VO2pico 60,84±1,81
mLO2.kg-1.min-1) foi monitorada durante uma corrida de aventura composta pelas
modalidades de trekking e mountain bike (distância total de aproximadamente 42 km).
Amostras de sangue foram coletadas 24 horas antes da prova e imediatamente após a
chegada. A duração média da prova foi de 4h38min52s, com uma predominância da zona de
intensidade acima de 85% da FC de reserva. Houve uma redução no número de hemácia,
hemoglobina e um aumento na contagem de leucócitos imediatamente após a chegada em
comparação com 24hs antes da corrida. Conclui-se que o predomínio da zona de intensidade
acima de 85% da frequência cardíaca de reserva associado às alterações hematológicas
caracteriza este tipo de competição como de alta intensidade. No entanto, as várias possíveis
combinações de uma corrida de aventura (percurso, modalidades, distância e duração) devem
ser consideradas para o treinamento e definição das estratégias durante a corrida. APOIO:
UFVJM
Apoio: UFVJM
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Juliana R. S. de B. Silva, Naila G. Soares, Dora Neumann, Aline S. Lopes, Jamilie S. P. Campos,
Rahilda B. Tuma, Maria Aparecida A. P. da Silva.
209
ANÁLISE DO FERRO BIODISPONÍVEL DA DIETA DE ADOLESCENTES DE BELÉM-PA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
Alimentação inadequada na adolescência resulta em carências nutricionais como a deficiência
de ferro e anemia. O cálculo da biodisponibilidade de ferro é utilizado para detectar
deficiências de ferro na dieta, ressaltar fatores promotores da absorção e vigiar aqueles que a
dificultam. Objetivou-se avaliar a adequação do consumo energético, protéico, de ferro e
vitamina C e o teor de ferro biodisponível da dieta de adolescentes de uma instituição pública
de ensino médio de Belém-PA. Participaram 182 adolescentes, 96 do sexo feminino e 86 do
sexo masculino com idades entre 14 e 19 anos. O consumo foi avaliado através do método
recordatório 24 horas em duplicata aplicado em salas de aula analisado através dos programas
Virtual Nutri e Excel. A biodisponibilidade de ferro foi avaliada utilizando-se algoritmo que leva
em conta a presença de carnes e vit. C na dieta. Os consumos energético e protéico médios
foram de 2469,8 kcal e 89,5 g e 3409,9 kcal e 131,7 g respectivamente para os sexos feminino
e masculino. O consumo médio de ferro foi de 15,3mg para o sexo feminino e 25,8mg para o
masculino, entretanto, 64,5% das adolescentes apresentaram um consumo inferior aos valores
recomendados. Metade dos adolescentes de ambos os sexos apresentaram um consumo de
vitamina C inferior às recomendações, o que justifica elevados percentuais, 79,2% para o sexo
feminino e 91,9% para o sexo masculino, de indivíduos com dietas com média
biodisponibilidade de ferro apesar do elevado consumo de carnes. Sugere-se a implementação
de programas de orientação nutricional visando à correção da ingestão de ferro e vitamina C,
notadamente para indivíduos do sexo feminino, grupo de maior risco nutricional.
Apoio: CNPq
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210
ARTIGOS CIENTÍFICOS DA BASE DE DADOSA LILACS COMO FONTES DE
CONHECIMENTO A RESPEITO DOS COMPORTAMENTOS SUICIDAS PARA
PROFISSIONAIS DA SAÚDE
Sara Jemima Mota de Almeida; Carliaine Aparecida Siqueira; Nadia Veronica Halboth
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
A divulgação do conhecimento científico se dá, sobretudo, por meio dos periódicos, cujo
controle de qualidade é exercido, entre outros, pela sua indexação em bases de dados
bibliográficos. Os mais importantes periódicos brasileiros e dos demais países latinoamericanos, bem como do Caribe, na área da saúde, estão representados na base de dados
LILACS – Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde. O
acesso à referida base é aberto na Biblioteca Virtual em Saúde. Considerando-se que os
suicídios estão entre as principais causas de mortalidade entre adolescentes, e que tais
fenômenos podem, em sua maioria, ser prevenidos, é fundamental que informações a respeito
dos comportamentos suicidas, que incluem ideação, planejamento, tentativas, ameaças e
suicídio consumado, sejam difundidas na comunidade e no meio acadêmico. Desta forma a
adoção de medidas preventivas e o reconhecimento de indivíduos em situação de risco será
estimulada. O presente estudo objetivou avaliar os artigos científicos dirigidos a profissionais
da saúde, disponíveis na base de dados LILACS, publicados no período de 2006 a 2010. Foram
buscados artigos que continham, no título, as palavras suicídio/s, suicida/s e adolescente/s,
adolescência, sendo selecionados aqueles com texto completo disponível na internet, em
língua portuguesa. Foram obtidos apenas 09 artigos, todos em periódicos diferentes. Destes,
dois eram estudos qualitativos e os demais quantitativos. Um se referia a tentativas e suicídios
consumados, um apenas a tentativas, quatro a planejamento de suicídio, um à relação entre
tristeza e suicídio e o último à prevenção por meio do fomento da autoestima e da capacidade
de resolução de problemas. Os periódicos em língua portuguesa indexados na base de dados
LILACs, embora tenham apresentado informações muito pertinentes, são insuficientes como
fonte de informação a respeito dos comportamentos suicidas em adolescentespara
profissionais da saúde.
Apoio: UFVJM
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Maria da Penha R. Firmes, Fabrine A. Jardim, Valéria F. S. Romão, Renan N. da Mata
211
AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NA PERCEPÇÃO DOS ADOLESCENTES
DE ESCOLA PÚBLICA DE DIAMANTINA-MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
A adolescência representa uma das fases mais importante do ciclo vital, marcada pela busca
de identidade, aceleração do desenvolvimento intelectual e por transformações sexuais. A
onipotência juvenil e a cultura da sexualidade imprudente justificam o descaso com as
perspectivas de doença, juntamente com a falta de orientação adequada e baixas condições
sociais, têm-se a combinação para o desenvolvimento das Doenças Sexualmente transmissíveis
(DST), que por estarem relacionadas com práticas sexuais, muitas vezes, a tabus,
desinformação, constrangimento e preconceitos dificultam o seu reconhecimento e a busca
precoce por assistência. Neste contexto, os objetivos desta pesquisa são: compreender os
diversos conhecimentos que os adolescentes possuem sobre as DST; identificar de que
maneira os adolescentes adquirem informações sobre as DST e colaborar na elaboração de
ações educativas em saúde no ambiente escolar. Trata-se de um estudo descritivo de
abordagem qualitativa, que será realizado em uma escola pública de Diamantina-MG, com 30
adolescentes matriculados no sexto ao nono ano de ensino fundamental, com faixa etária de
10 a 19 anos. Na primeira fase, será aplicado um questionário onde serão abordados dados
que caracterizem os sujeitos da pesquisa (idade, sexo, estado civil e outros) e informações
referentes ao conhecimento dos adolescentes sobre as DST. Na segunda fase, a entrevista oral
e semi-estruturada, será utilizada como técnica para a coleta de dados, acompanhada de
roteiro de entrevista contendo seis questões norteadoras com o intuito de caracterizar como
os adolescentes adquirem as informações sobre as DST e a opinião dos mesmos sobre os riscos
dessas doenças para a saúde e vida social. Vale lembrar, que o presente projeto apresenta o
número de protocolo 052/10- Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri, conforme a resolução 196/96 diretrizes e normas regulamentadoras
de pesquisa envolvendo seres humanos do Conselho Nacional de Saúde. Torna-se essencial à
otimização das ações desta pesquisa, com intuito de evidenciar as DST na percepção dos
adolescentes e a influência dessas na dimensão familiar, social e econômica, além de estimular
maior interação entre os adolescentes e seus pais. Outro possível resultado será uma adesão
da comunidade escolar frente às ações educativas em saúde (doenças sexualmente
transmissíveis) referente ao cotidiano do adolescer. Além disso, os pesquisadores almejam que
a comunidade, a qual estão inseridos os adolescentes, possa ser beneficiada através da
redução do índice de transmissão das DST e o aumento do conhecimento sobre a temática
pesquisada.
Apoio: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
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Camila R. de Castro, Saulo Gabriel M. Falci, Renata C. Santos, Lílian David S. Lima, Maria Letícia
R. Jorge, Adriana M. Botelho, Cássio Roberto R. dos Santos
212
ASSOCIAÇÃO ENTRE O DESENVOLVIMENTO DE CÁRIE NA DISTAL DO SEGUNDO
MOLAR INFERIOR E A PRESENÇA DO TERCEIRO MOLAR SEMI-IRROMPIDO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
A prevalência de cárie na distal do segundo molar relacionada com a presença do terceiro
molar adjacente parcialmente irrompido variou entre 7 e 32% nos estudos observados. Alguns
trabalhos têm verificado que a presença de cárie na distal do segundo molar pode estar
associada com a angulação do terceiro molar semi-irrompido, distância entre as junções
cemento-esmalte, nível de impactação e local do ponto de contato entre o segundo e terceiro
molar. Todavia os estudos presentes na literatura utilizaram a radiografia panorâmica para
diagnóstico de cárie. Assim, torna-se necessário a realização de novos estudos com o uso de
radiografias periapicas, por ter esse método um poder de diagnóstico mais preciso. O objetivo
desse trabalho foi verificar se o desenvolvimento de cárie na distal dos segundos molares está
associado aos terceiros molares inferiores semi-irrompidos. A partir de um cálculo amostral,
foram selecionadas 246 radiografias periapicais de terceiros molares inferiores semiirrompidos considerados para exodontia na clínica de cirurgia bucal da UFVJM. O período
considerado para a seleção das fichas clínicas foi de 1999 a 2010. As radiografias foram
avaliadas por pesquisadores previamente calibrados, mediante visualização direta sobre um
negatoscópio. Foram consideradas para avaliação apenas as radiografias que apresentavam o
terceiro molar semi-irrompido, com relação a coroa e ao ramo mandibular visível. Além disso,
foram considerados como critério de exclusão o contraste, revelação e fixação inadequados
das radiografias, assim como, colimação, distorção e sobreposição de esmalte. Uma análise
descritiva e associação através do teste Qui-quadrado foram realizadas. Com relação à idade,
109 (44,30%) tinham mais de 23 anos, 177 (72%) eram do sexo feminino, 126 (52,1%) dos
dentes era o dente 38. A prevalência de cárie na distal dos segundos molares foi de 13,4%.
Uma associação estatisticamente significativa foi observada entre a presença de cárie e as
variáveis idade (p=0,016), gênero (p=0,005), classificação de Winter (p<0,001), angulação
(p<0,001) e distância entre o segundo e terceiro molar (p=0,008). Conclui-se que a idade,
gênero, classificação de Winter, angulação e distância estão correlacionadas à presença de
cárie na distal dos segundos molares quando há os terceiros molares inferiores semiirrompidos.
Apoio: FAPEMIG
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Ana Paula A. Hemmi
213
ATENÇÃO À SAÚDE DOS HOMENS: ACESSO E RESOLUTIVIDADE EM SERVIÇOS DE
SAÚDE
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
A Saúde do Homem tem sido foco de discussões em Saúde Coletiva devido aos agravos
acometidos a essa população. Além da recente publicação do Ministério da Saúde da Política
Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Dados epidemiológicos revelam que a
população masculina é a que adoece mais e a que mais morre em idade jovem, além de ser a
população mais vulnerável às doenças de causas evitáveis e apresentando-se com uma
expectativa de vida 7,6 anos abaixo da média das mulheres. Além disso, tradicionalmente, a
procura de mulheres pelos serviços de saúde é maior, sendo que essas buscam ações
preventivas e demonstram preocupação com o auto-cuidado. Dessa forma, o presente estudo
tem como objetivo compreender como os homens e os profissionais do serviços de Atenção
Básica à Saúde entendem saúde e doença relacionada à população masculina. Como percurso
metodológico, o estudo terá como abordagem a pesquisa qualitativa, fundamentado na Teoria
das Representações Sociais. O cenário deste estudo serão as Unidades Básicas de Saúde do
município de Diamantina e os sujeitos participantes da mesma serão os enfermeiros das
equipes e os homens cadastrados nas Estratégias de Saúde da Família e que tenham idade de
20 a 59 anos. A escolha dos sujeitos será aleatória e para isso será realizado um sorteio entre
as Unidades existentes no município para se iniciar a coleta dos dados. Posteriormente ao
sorteio, será realizada uma visita às unidades de saúde para um primeiro contato com os
enfermeiros sobre o estudo. Como pretende-se realizar essa pesquisa em duas etapas, os
homens serão contactados - após a realização da coleta com os enfermeiros - juntamente ao
Agente Comunitário de Saúde, que reside na localidade e tem acesso às casas dessas pessoas,
para uma aproximação prévia sobre o estudo a ser desenvolvido. A partir das entrevistas e da
observação direta poder-se-á constituir o corpus da pesquisa, por meio do discurso dos
sujeitos, que irão discorrer livremente sobre o tema da pesquisa. As entrevistas serão
analisadas a partir da análise do discurso e, por esta análise considerar o discurso dos
participantes da pesquisa como uma forma de significar o mundo como uma totalidade,
incluirá o contexto sócio-histórico. Pretende-se com os resultados encontrados na primeira
etapa obter subsídios para a realização da segunda no que tange às estratégias adotadas pelos
enfermeiros no que diz respeito à saúde do homem. Além disso, como se trata de uma
temática de discussão recente, na área da saúde, espera-se que os resultados da pesquisa
possam contribuir com os gestores e profissionais dos serviços de saúde sobre a
implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Homens.
Apoio: UFVJM/ PRÓ-SAÚDE
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Natália A. Cardoso, Náthale R. Pinheiro, Jéssica R. C. Alves, Dayana Cruz, Ana Paula Rodrigues
214
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DO SISTEMA COMPOSTOS BETADICARBONÍLICOS/HORSERADISH PEROXIDASE/O2 PELO MÉTODO CRISTAL VIOLETA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA
O sistema ADEPT (Antibody-directed enzyme prodrug therapy) tem sido aplicado para a
destruição de células tumorais in situ como alternativa às drogas citotóxicas sistêmicas. Nesse
sistema, são administrados aos pacientes anticorpos monoclonais conjugados a uma enzima
exógena que reconhecem o tumor e um substrato que atua como pró-fármaco; a reação entre
ambos resulta na formação de um produto citotóxico para as células tumorais. O complexo
enzima-substrato mais estudado para essa terapia é a enzima HRP (Horseradish peroxidase) e
a auxina de planta IAA (ácido indolacético). No entanto, estudos mostram que o substrato βdicarbonílico 2,4-pentanodiona (PD), também pode ser eficientemente oxidado pela HRP, de
maneira semelhante a oxidação do IAA. Uma forma de avaliar a citotoxicidade é através da
utilização do método Cristal Violeta que consiste em verificar a densidade celular pela
coloração do DNA obtendo informação quantitativa sobre a densidade relativa de células vivas
aderidas em placas de cultura. Este trabalho tem como objetivo avaliar a citotoxicidade da
pentanodiona (PD), na ausência e na presença de HRP, assim como a citotoxicidade de
produtos gerados pela reação IAA/HRP/O2 utilizando como marcador o Cristal Violeta. Foi
coletado sangue de voluntários saudáveis e feito a separação de monócitos usando um
gradiente de separação (Histopaque 1077). A suspensão celular foi submetida à cultura
durante quatro dias a 37ºC em tensão de 5% de CO2. Após esse período foi adicionado ao
meio de reação PD ou IAA nas concentrações finais de 1 mM e 3 mM e HRP 2x10-6 M. Após 24
horas as células foram lavadas, fixadas e adicionou-se o cristal violeta para ser incorporado
pelas células viáveis aderidas a placa. Posteriormente, dissolveu-se os cristais do corante em
metanol e a absorbância foi determinada em 492 nanômetros utilizando leitor de Elisa.
Observou-se que em relação ao controle (células em meio RPMI suplementado), ocorreu
morte celular quando o IAA foi adicionado ao meio, sendo ainda mais acentuada a morte
quando adicionado o IAA junto com a HRP. Esse efeito foi melhor observado na menor
concentração de IAA 1 mM, uma vez que em maior concentração pode ter ocorrido inibição de
enzima por excesso de substrato. O mesmo resultado foi obtido quando utilizou-se a PD.
Conclui-se então que tanto a combinação IAA/HRP quanto PD/HRP apresentaram poder
citotóxico eficientemente detectado pela técnica do Cristal Violeta. Sendo assim, a PD
representa uma alternativa ao IAA na terapia ADEPT.
Apoio: FAPEMIG
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III Mostra de Pós-Graduação
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Camila D.C. Neves, Rosalina G.- Tossige, Núbia C.P. de Avelar, Adriano P.Simão, Ana Cristina R.
Lacerda
215
AVALIAÇÃO DA CONFIABILIDADE DA FORÇA ISOMÉTRICADE EXTENSORES DE JOELHO
PELO USO DA CÉLULA DE CARGA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
A mensuração da força muscular é comumente utilizada como método de rotina na prática
clínica e em projetos de pesquisa. Para o conhecimento preciso do nível de força muscular, é
necessário o uso de aparelhos de medição que possam assegurar os reais valores de força
muscular produzidos, permitindo dessa forma, controlar variáveis que podem subestimar ou
superestimar os índices de força. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a
confiabilidade intra e inter-examinador da aplicação do método da célula de carga para
mensurar a força isométrica máxima de extensores de joelho. Para participar do estudo foram
selecionados 23 voluntários, que preencheram os critérios de inclusão e exclusão do estudo. A
força isométrica voluntária máxima dos voluntários foi mensurada por dois examinadores (A e
B) com intervalo de 10 minutos de repouso e após 48 horas da realização do primeiro teste em
um delineamento teste-reteste duplo-velado. Os valores de confiabilidade inter-examinadores
obtidos para o primeiro e segundo dia de coleta mostraram-se uma forte correlação de acordo
com o coeficiente alpha de Cronbach, indicando altos níveis de confiabilidade (α = 0,980; α =
0,982 respectivamente). Os valores de confiabilidade intra-examinador obtidos para os
examinadores A e B apresentaram-se excelentes de acordo com o coeficiente alpha de
Cronbach (α = 0,956 e α = 0,942; respectivamente). Dessa forma, conclui-se que o método
proposto para avaliação da força muscular isométrica de extensores de joelho com o uso da
célula de carga apresentou alta confiabilidade intra e inter-examinador, podendo ser
considerado um teste confiável para medidas de força isométrica voluntária máxima.
Apoio:
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Dirceu S. Melo, Gabriela Silva, Patrícia L. Morais, Pedro W. M. Almeida, Alexandre A. Silva,
Tania R. Riul, Marco Fabrício D. Peixoto
216
AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA E FUNÇÃO CARDÍACA DE RATOS SUBMETIDOS À
DESNUTRIÇÃO PROTÉICO-CALÓRICA DURANTE A FASE DE DESENVOLVIMENTO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
A Desnutrição Protéico-Calórica (DPC) é reconhecida como um importante problema de saúde
pública no Brasil, especialmente em regiões de baixo índice de desenvolvimento sócioeconômico como os Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Vários estudos mostram que a DPC
exerce efeitos deletérios em diversos órgãos, entretanto, existem controvérsias a respeito de
seus efeitos sobre a função cardíaca. O presente estudo teve como objetivo avaliar a função e
estrutura cardíaca de ratos submetidos a DPC logo após o nascimento até a vida adulta. As
ratas mães receberam 50% da ingestão de alimentos do grupo controle durante o período de
amamentação. Após o desmame, os animais continuaram recebendo 50% da ingestão de
alimentos do grupo controle até completarem 90 dias quando foram sacrificados para as
análises do peso corporal, comprimento da tíbia, peso do coração e diâmetro dos
cardiomiócitos (morfometria). Para avaliação da função cardíaca utilizamos a metodologia de
coração isolado Langendorff com pressão constante. Para avaliação do transiente de Ca2+
intracelular realizamos a medida do pico do transiente de cálcio utilizando a microscopia
confocal. Os dados foram apresentados como média ± o desvio padrão e, para comparação
entre os grupos, foi utilizado o teste t student com nível de significância estabelecido em *p<
0.05. A DPC reduziu o ganho de peso e o comprimento da tíbia, mostrando que os animais
apresentaram menor desenvolvimento e crescimento. Em relação à estrutura cardíaca, os
animais DPC tiveram redução do peso do coração e do diâmetro dos cardiomiócitos.
Surpreendentemente, os resultados de função cardíaca revelaram melhora na maioria dos
parâmetros avaliados (TS, TD, dT/dt máxima e dT/dt mínima). Apesar desses resultados, não
houve diferenças significativas nos valores do pico do transiente de cálcio em cardiomiócitos.
Em resumo, este estudo mostra que animais submetidos a uma restrição calórica de 50%
desde os primeiros dias de vida até a fase adulta (90 dias) apresentam menor crescimento e
desenvolvimento corporal, alterações da estrutura cardíaca e melhora de parâmetros da
função cardíaca.
Apoio: UFVJM, UFMG, CNPq
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09 a 13 de Maio de 2011
Nathália de Souza Lara, Rafaella Lemos Alves, Leilane Aparecida Ávila, Sabrina Mara da Cunha,
Ivy Scorzi Cazelli Pires e Lucilene Soares Miranda
217
AVALIAÇÃO DA INTRODUÇÃO DE ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR PRECOCE NA
DIETA DE LACTENTES EM DIAMANTINA- MG E PRESIDENTE JUSCELINO-MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
As evidências científicas de que a amamentação é a melhor forma de alimentar a criança
pequena se acumulam a cada ano. A Organização Mundial de Saúde (2003) recomenda, para a
população em geral, que os bebês recebam exclusivamente leite materno durante os
primeiros seis meses de idade. Existem evidências de que não há vantagens em se iniciar os
alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde
da criança, já que a mesma não está fisiologicamente . preparada para a digestão e absorção
de todos os alimentos. Se precisar resumir tire estas duas próximas frases... São inúmeras as
vantagens da amamentação para a criança, a mãe, a família e a sociedade em geral. Além da
proteção contra as doenças, o leite materno propicia uma nutrição de alta qualidade para a
criança, promovendo o seu crescimento e desenvolvimento. Sendo assim o objetivo desse
trabalho foi verificar o tempo de amamentação exclusiva das crianças. O presente trabalho foi
realizado na cidade de Diamantina – MG e Presidente Juscelino-MG, para mães que possuíam
filhos entre 1 a 2 anos 11 meses e 29 dias de idade. Foram aplicados a estas mães um
questionário sobre característica da introdução de novos alimentos e amamentação. Das mães
entrevistadas, 93,37% (n=155) pensavam em amamentar seus filhos. Das que foram lactantes,
82% (n=137) viram alguma vantagem do aleitamento materno, 14,45% (n=24) não observaram
diferença, as demais mães não amamentaram ou não responderam. Em relação à introdução
da alimentação complementar precoce na dieta do filho, 71,08% das mães alegaram ter
oferecido água a criança antes que ela completasse seis meses de idade. A maioria dos
lactentes 54,81% (n=91) receberam chá precocemente. O suco e o leite em pó não estiveram
inclusos nas dietas de 31,31% (n= 52), 55,42% (n=92) crianças, respectivamente. Grande parte
do filhos, ou seja, 64,45% (n=107) consumiram papinha em tempo não desejado, antes dos
seis meses. O mesmo ocorreu com alimentos presentes no dia a dia da família como biscoito,
pão, entre outros, em que 59,03% (n=98) crianças os consumiram. Durante o período em que
o leite materno deveria ser o único alimento ingerido pela criança, vitaminas e frutas foram
oferecidas a 55,42% (n=92) e 62,65% (n=104) delas, respectivamente. Diante dos dados,
verifica-se que apesar da maioria das mães pensarem em amamentar seus filhos antes do
nascimento, durante a fase de aleitamento elas cometem práticas errôneas, como a precoce
introdução de novos alimentos, favorecendo o desmame antes do período adequado.
Devendo então ser desenvolvidos projetos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento
materno exclusivo.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM
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Liliane da Consolação Campos Ribeiro¹, Raquel Galiciolli², Sara Leticia Siqueira Barroso³,
Rafaella Lemos Alves4, Milton Cosme Ribeiro5, Maria da Consolação Lopes Rocha 6, Rosélia
Ferreira de Souza7
218
AVALIAÇÃO DA NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS DIARRÉICAS AGUDAS PELOS MUNICÍPIOS
DA GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE DE DIAMANTINA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM
A Doença Diarréica Aguda é caracterizada pela perda de água e eletrólitos, que resulta no
aumento do volume e frequência das evacuações e diminuição da consistência das fezes,
apresentando, ocasionalmente, muco e sangue. Considerando estas doenças como um dos
principais problemas de saúde pública no Brasil, foi desenvolvida uma oficina intitulada
“Capacitação em monitorização de doenças diarréicas agudas (MDDA) e em investigação de
surtos provocados por doenças transmitidas por alimentos”, destinada aos 34 municípios da
jurisdição da Gerência Regional de Saúde de Diamantina (GRSD/MG). Este estudo teve como
objetivo subsidiar esta oficina por meio da avaliação dos dados dos impressos II de MDDA
enviados pelos municípios à GRSD, no período de janeiro a junho de 2010. Para a realização do
estudo, foram selecionados os impressos II referentes às semanas epidemiológicas 1 a 27.
Nestes, foram analisados os dados: faixas etárias acometidas, planos de tratamento utilizados,
e semana epidemiológica de notificação de casos. Os resultados mostraram que a faixa etária
com maior número de casos foi a de 1 a 4 anos (30%) e a de menor número de casos entre 50
a 59 anos (6%). Em relação aos planos de tratamento, observou-se maior utilização do plano A
(hidratação oral frequente). O período do ano com maior notificação de casos foi o mês de
março, sendo as semanas epidemiológicas 11 e 12 as de maior frequência. Entre os 34
municípios, 9 não apresentaram dados de notificação à GRSD/MG, sendo considerados
silenciosos. Conclui-se que há necessidade de conscientização dos profissionais com relação à
importância da notificação dos casos de DDA para melhor conhecimento da realidade dos
municípios e consequente intervenção efetiva no que diz respeito à prevenção e tratamento
dos casos.
Apoio: Pró-saúde Enfermagem/UFVJM, PET-Saúde/VS, grupo de pesquisa: atenção básica,
GRS-D e Secretaria Municipal de Saúde
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Náthale R. Pinheiro, Natália A. Cardoso, Jéssica R. C. Alves, Ana Paula Rodrigues
219
AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO PELO SISTEMA 2,4PENTANODIONA/ HORSERADISH PEROXIDASE/O2
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA
O sistema ADEPT (antibody-directed enzyme prodrug therapy) consiste em uma terapia
antitumoral que utiliza uma enzima conjugada a um anticorpo monoclonal com afinidade para
antígenos específicos em células alvo tumorais. A enzima converte uma substância inativa, o
pró-fármaco, em um composto ativo tóxico no local de ação ou nas proximidades desse. O
sistema composto pela enzima Horseradish peroxidase (HRP) e ácido indol-3-acético (IAA) é o
par mais estudado para a terapia ADEPT e como conseqüência dessa reação ocorre apoptose
de células tumorais induzida por espécies reativas de oxigênio (ERO) produzidas pela
descarboxilação oxidativa do IAA catalisada pela HRP. A 2,4-pentanodiona (PD) é um composto
beta-dicarbonílico que atua como substrato da HRP de maneira semelhante ao IAA,
representando uma alternativa ao IAA na terapia ADEPT. Este trabalho teve como objetivo
avaliar a produção de ERO durante a oxidação da PD catalisada pela HRP, comparar com a
geração dessas espécies na reação IAA/HRP/O2 e delinear o(s) tipos(s) de ERO produzidas(s). A
formação de ERO foi determinada utilizando-se o diacetato de diclorofluoresceína, que na
presença de ERO é oxidado a diclorofluoresceína. A leitura de absorbância em 492 nanômetros
revela a intensidade de ERO detectados na reação. Foram utilizadas como controle reações
com PD, IAA e HRP de forma isoladas. Para determinar o(s) tipo(s) de ERO formada(s) na
reação PD/HRP/O2, foram adicionados ao meio de reação superóxido dismutase, catalase e
formato de sódio, uma vez que são antioxidantes capturadores dos radicais ânion superóxido,
peróxido de hidrogênio e radical hidroxila respectivamente. Os experimentos permitiram
evidenciar que a combinação IAA/HRP leva a formação de ERO cujos níveis apresentaram um
pequeno aumento com o tempo, sendo também mais expressivos na presença de IAA na
maior concentração (3 mM). A combinação PD/HRP também levou à produção de ERO, no
entanto essa não foi incrementada pelo uso da PD em uma concentração maior (3 mM), fato
esse possivelmente atribuído à saturação da enzima pelo substrato. O uso das substâncias
capturadoras permitiu inferir que a espécie reativa formada pela combinação PD/HRP se trata
possivelmente do radical ânion superóxido, uma vez que dos varredores utilizados, somente a
superóxido dismutase, ao ser adicionada ao meio reacional reduziu a formação de ERO.
Conclui-se que assim como na reação IAA/HRP/O2, a reação de oxidação da PD catalisada pela
HRP leva a produção de espécies reativas de oxigênio capazes de exercer citotoxicidade
considerável em células tumorais in situ.
Apoio: FAPEMIG
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III Mostra de Pós-Graduação
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Vitor C. Dumont, Paulo E. M. Stella, Elias M. Romeros, Rafael M. Silva, Karine T. A. Tavano,
Adriana M. Botelho, Maria H. Santos
220
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À ADESÃO DA RESINA COMPOSTA À BASE DE SILORANO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
A contração inerente da própria constituição da resina tem como consequências a
sensilbilidade dentinária, desadaptação da restauração, trincas no esmalte, pigmentação da
interface dente/restauração e, por fim, a formação de cárie secundária. Recentemente, foi
desenvolvida e disponibilizada no comércio odontológico brasileiro uma nova resina composta
à base de silorano (Filtek P90, 3M ESPE), que apresenta baixa contração de polimerização
(0,7%). A resina P90 apresenta em sua composição grupamentos químicos siloxanos, que
proporcionam hidrofilia, associados ao grupamento oxirano, que permite uma estabilidade
maior, devido a uma reação catiônica de abertura de anel. Além de apresentar partículas finas
de quartzo e fluoreto de ítreo como carga inorgânica, a resina deve ser usada com seu próprio
sistema adesivo autocondicionante. O propósito deste estudo foi avaliar a resistência à adesão
da resina composta microhíbrida á base de silorano, usando diferentes técnicas de adesão à
dentina. Trinta pré molares humanos foram incluídos em resina acrílica quimicamente ativada,
lavados e armazenados em água destilada, à 37ºC. Após 24 horas, foram distribuídos,
aleatoriamente, em três grupos: (G1) - condicionamento ácido da dentina, uso de sistema
adesivo monocomponente e resina composta microhíbrida (FILTEK Z250, 3M ESPE); (G2) condicionamento ácido da dentina, uso de sistema adesivo autocondicionante (sistema
adesivo P90, 3M ESPE) e resina composta microhíbrida à base de silorano (Filtek P90, 3M
ESPE); (G3) - uso de sistema adesivo autocondicionante (sistema adesivo P90, 3M ESPE) e
resina composta microhíbrida à base de silorano (Filtek P90, 3M ESPE). Uma restauração de
resina composta de 1mm de diâmetro foi simulada na dentina utilizando tubo capilar como
matriz. Decorridos sete dias os corpos de prova foram submetidos ao ensaio de resistência ao
microcisalhamento. Após análise estatística (ANOVA), observou-se que houve diferença
estatisticamente significante entre os grupos (p<0,05). O teste de Tukey mostrou que, quanto
a resistência à adesão, não houve diferença estatisticamente significante entre G1 e G2
(p=0,318) e entre G2 e G3 (p=0,474), e houve diferença significante entre G1 e G3 (p=0,034).
Neste estudo, concluiu-se que a resistência à adesão da resina Z250 foi maior que da resina
P90, quando utilizadas seguindo as recomendações do fabricante; e que, o condicionamento
ácido da dentina com ácido fosfórico à 37%, previamente à aplicação do sistema adesivo
autocondicionante, não aumentou a resistência à adesão da resina P90.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM.
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Sabrina M. da Cunha, André A. A. Soares, Liliane C. C. Ribeiro, Maria da C. L. Rocha, Milton C.
Ribeiro, Mirtes Ribeiro, Raquel Galiciolli, Rosélia M. F. Sousa
221
AVALIAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE MONITORIZAÇÃO DAS DOENÇAS DIARREICAS
AGUDAS – MDDA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
Embora reconhecidas como importantes causas de morbimortalidade do país, pouco se
conhece sobre a real magnitude das doenças diarreicas agudas (DDA) no Brasil. As dificuldades
em vigiar as DDA decorrem de sua elevada incidência, inobservância da obrigatoriedade de
notificação de surtos e aceitação, tanto de parte da população quanto de muitos profissionais
de saúde, de que o problema é \"normal\" no Brasil. A Monitorização das Doenças Diarreicas
Agudas (MDDA) consiste na coleta, consolidação, análise e divulgação de dados sobre de DDA,
através das variáveis: idade, procedência, data do atendimento, plano de tratamento. É um
processo contínuo, composto da coleta de informações, análise e circulação dos dados
analisados. Este trabalho teve por objetivo avaliar formulários de MDDA e discutir os achados
nesta avaliação. Estes achados foram apresentados na Oficina “capacitação em monitorização
de doenças diarreicas agudas e em investigação de surtos provocados por doenças
transmitidas por alimentos\", promovida pela Gerência Regional de Saúde de Diamantina
GRSD e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em agosto de
2010. Foram analisados formulários referentes às semanas epidemiológicas 1 a 27 de 2010,
enviadas pelos municípios da jurisdição da GRSD. Foram analisadas: as informações neles
contidas, os preenchimentos de campos e a compatibilidades de dados. Os achados foram:
notificação negativa (ausência de casos) em 31%, não preenchimento do campo “análise” em
29%, campo “procedência” em branco em 26%. Entre os problemas que impossibilitaram a
utilização dos dados recebidos estavam: não identificação do município em 4%, não
identificação do plano de tratamento utilizado em 3%, dados incorretos em 7%. Deste modo,
verifica-se falta de conhecimento dos profissionais sobre o preenchimento adequado dos
formulários, sendo necessário treinamento destes para a compreensão da importância de tais
instrumentos para a MDDA, visando a instituição de medidas de prevenção, controle e
avaliação do impacto das ações desenvolvidas.
Apoio: Pró-saúde Enfermagem/UFVJM, PET-Saúde/Vigilância em Saúde/ SMS/Diamantina –
MG, GRS/D.
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09 a 13 de Maio de 2011
Raíssa P. G. da S. e Cardoso, Laíss F. Melo, Thamires C. P. Rodrigues, Isadora F. Henriques,
Victor H. do V. Bastos, Alexandre W. C. Barbosa
222
AVALIAÇÃO E EFEITOS DE UM PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM
PACIENTES COM DOR NO OMBRO PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
A dor no ombro é uma complicação comum após Acidente Vascular Encefálico (AVE) e resulta
em várias limitações e consequente redução da qualidade de vida. A despeito das informações
disponíveis na literatura relacionados aos múltiplos recursos fisioterapêuticos empregados no
tratamento do ombro doloroso em pacientes hemiplégicos após AVE, pesquisadores e clínicos
têm divergências quanto a sua efetividade e protocolos de utilização, uma vez que grande
parte dos estudos apresenta déficit de informação detalhada sobre a abordagem terapêutica
utilizada, tendo baixa relevância clínica. Tal fato condiciona a necessidade de novas pesquisas,
devido a não homogeneidade dos estudos relatados e ao baixo nível de evidência dos mesmos,
por se tratarem na maior parte dos artigos de relatos e série de casos e revisões da literatura.
Dentre os recursos mais utilizados estão a Estimulação Elétrica Funcional (FES), Facilitação
Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) e mobilização passiva do ombro. O objetivo deste estudo
é traçar o perfil dos pacientes com dor no ombro pós AVE em tratamento no Núcleo de
Reabilitação Nossa Senhora da Saúde e Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade Federal
dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e aqueles cadastrados nos principais ESF de
Diamantina, bem como verificar e comparar a eficácia de dois protocolos de intervenção
utilizando-se de FES, FNP e mobilização passiva no tratamento da dor no ombro pós Acidente
Vascular Encefálico. Para isso, esses pacientes passarão por uma pré-avaliação contendo dados
pessoais, dados referentes ao AVE e à dor no ombro hemiplégico. De acordo com os critérios
de inclusão e exclusão, os pacientes serão selecionados e divididos em dois grupos
homogêneos. Um dos grupos será submetido a um protocolo de tratamento composto por FES
e FNP e no outro grupo será utilizado FES e mobilização passiva. O tratamento terá duração de
três meses, sendo realizado duas vezes por semana, durante 40 minutos. Após esse período,
será realizada uma reavaliação, utilizando os mesmos critérios da pré-avaliação, de modo a
verificar a eficácia de ambos os protocolos utilizados e realizar uma comparação entre os
mesmos.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
EMERGÊNCIA DE UM MUNICÍPIO DO ALTO JEQUITINHONHA
223
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ATENDIDA NO SERVIÇO DE URGÊNCIA E
Helisamara M. Guedes, Áglidy G. P. Almeida
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM
Os agravos considerados agudos e as doenças crônico-degenerativas são atualmente os
maiores responsáveis pelo aumento da demanda e procura nos serviços de urgência e
emergência. Esse aumento tem representado um fluxo contínuo e desordenado dos usuários,
o que em contrapartida gera a necessidade de uma constante reorganização do processo de
trabalho. No sistema público de saúde a triagem (escolha) está sendo utilizada com esse
intuito, mas com uma problemática, pois, ela apresenta uma característica excludente quando
determina quem irá ou não receber o atendimento. Pensando nisso é que se estabeleceu o
uso do acolhimento com a classificação de risco. Assim, à medida que o paciente chega à
unidade é pré estabelecido o tempo que o mesmo pode esperar para o atendimento,
determinando a gravidade do caso. Dentre os vários tipos que existem de escala de
classificação de risco, o projeto pretende analisar a escala do Sistema de Manchester; pelo
motivo de ser a utilizada no único Pronto Atendimento (PA) da cidade em que a pesquisa será
desenvolvida. Esta escala identifica a prioridade clínica e define o tempo recomendado desde a
entrada na unidade até o atendimento médico, identificando os critérios de gravidade de
forma objetiva e sistematizada. Não se trata de obtenção de diagnóstico, mas na identificação
da queixa principal (ALVES; GARCIA, 1999, p.128). A escala de risco de Manchester possui cinco
categorias, que são identificadas por um número, nome, cor e tempo alvo até o início da
observação médica inicial, nas quais o indivíduo pode ser classificado (ZIMMERMANN, 2001):
1= Emergente, simbolizado pela cor vermelha e não existe tempo de espera. O atendimento
médico é imediato. 2= Muito urgente, a padronização de cor é laranja e indica que o tempo de
atendimento máximo deve transcorrer em até 10 minutos. 3= Urgente, o paciente será
identificado pela coloração amarela, indicando um tempo de atendimento em até 60 minutos.
4= Pouco urgente, esta classificação é simbolizada pela cor verde, sendo o atendimento
prestado em até 120 minutos decorridos desde a chegada à instituição. 5= Não urgente,
definida pela cor azul, nestes casos, o paciente poderá aguardar até 240 minutos. O objetivo
do trabalho é caracterizar a população atendida no Pronto Atendimento Santa Isabel da Santa
Casa de Caridade utilizando a ficha de atendimento de acordo com o protocolo de
Manchester, através da ficha de atendimento do paciente no serviço. A população alvo da
pesquisa será representada por pacientes atendidos com patologias diversas que foram
atendidos no pronto atendimento de Diamantina, no período de 1º de maio a 30 de setembro
de 2010. O inicio deste período coincide com a implantação da escala de risco de Manchester
e os seis meses subseqüentes fornecerão os dados necessários na pesquisa. Os atendidos
nesse período perfazem um total de 13000 pacientes e a amostra foi calculada admitindo-se
um erro de 5% e um grau de confiabilidade de 95% chegando num total 388.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Isabella M.P. Veloso, Paulo A. Martins-Júnior, Marise Oliveira, Leandro S. Marques, Maria L.
Ramos-Jorge
224
CÁRIE DENTÁRIA: IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS DE BAIXO NÍVEL
SOCIOECONÔMICO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
No Brasil, a cárie dentária continua a ser a doença bucal mais prevalente em crianças, afetando
aproximadamente 32% das crianças de 12 anos de idade. Na odontologia, as medidas que
avaliam o auto-relato da qualidade de vida (OHRQoL) têm sido desenvolvidas e utilizadas em
conjunto com os indicadores clínicos. No entanto, poucas tentativas foram feitas para avaliar
OHRQoL e descrever a sua relação com cárie dentária em crianças e adolescentes nos países
em desenvolvimento. Além disso, poucos estudos avaliaram o impacto da cárie dentária na
qualidade de vida das crianças. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto do
estado de saúde bucal na qualidade de vida das crianças de oito a dez anos com cárie dentária.
Um estudo transversal foi realizado com 112 crianças de 8 a 10 anos selecionados
aleatoriamente de escolas públicas no município de Diamantina, região sudeste do Brasil. Os
participantes eram provenientes de famílias com baixo nível socioeconômico (renda média
mensal: US $ 230). Auto-relato da qualidade de vida foi medido usando o CPQ8-10 (escores
total e sub-escala) e a sua questão global sobre saúde bucal. A severidade da cárie dentária foi
determinada utilizando o índice CPOD. As crianças foram categorizadas como livres de cárie =
0 ou com cárie dentária ≥ 1. Maloclusões e trauma dental foram determinados utilizando o
Dental Aesthetic Index (DAI) e classificação de Andreasen & Andreasen (1994),
respectivamente. Análise descritiva, correlação de Spearman, teste do qui-quadrado e
modelos de regressão de Poisson ajustada hierarquicamente foram empregadas. Oitenta e
quatro crianças (75%) tinham um ou mais dentes cariados. O risco relativo de ter uma
percepção negativa da saúde bucal foi maior entre as crianças com cárie dentária não tratada
(RR: 1:41; 95% CI: 1.13-1.75), independentemente do gênero ou da presença de maloclusão. O
presente estudo demonstra que as crianças de baixo nível socioeconômico com a cárie
dentária não tratada tem uma percepção negativa da condição de saúde bucal. Os resultados
também indicam a importância da promoção de saúde bucal na primeira infância, uma vez que
a saúde bucal é essencial para a boa saúde geral e qualidade de vida. Assim, a mensuração e a
conciliação dos critérios normativos com os critérios subjetivos de cada paciente são
importantes, pois permitem uma melhor compreensão do indivíduo e da capacidade de
adaptação à sua condição de saúde. O presente estudo fornece evidências sobre o impacto da
cárie dentária na vida diária das crianças de oito a dez anos de idade, considerando-se
aspectos funcionais e bio-psicossociais. Além disso, os resultados sugerem que crianças com
cárie dentária tem maior risco de sofrer impactos negativos na qualidade de vida,
independentemente da idade, gênero ou maloclusão.
Apoio: CAPES, FAPEMIG
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225
CIANOACRILATO VERSUS LASER NO TRATAMENTO DA HIPERSENSIBILIDADE
DENTINÁRIA CERVICAL - ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO DUPLO
CE G O
Raphael C. Guimarães, Camila G. de Sá Azevedo, Fabiana R. de Matos, Natália Mª V. Barbosa,
Maria Letícia R. Jorge, Patricia F. Gonçalves, Olga D. Flecha.
Email: e-mail: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
A hipersensibilidade dentinária cervical é uma resposta dolorosa exagerada a estímulos
considerados normais como o frio, doces, escovação e que trazem extremo desconforto aos
pacientes. O tratamento é através de inúmeros procedimentos, que podem feitos em casa
pelo próprio paciente, ou nos consultórios odontológicos com custo variado de acordo com
sua complexidade. O laser parece trazer bons resultados, mas é caro e pouco acessível para a
maioria das pessoas. O cianoacrilato tem sido largamente utilizado em medicina e odontologia,
na maioria das vezes, em procedimentos cirúrgicos. Existem poucos relatos na literatura sobre
sua ação como dessensibilizante, mas com resultados significativos e, portanto, promissores.
Quando testado, foi utilizado sob a forma comercialmente conhecida como Super Bonder®. É
um procedimento mais simples, acessível e menos oneroso que o tratamento com o laser. O
objetivo deste ensaio clínico foi de avaliar a efetividade do Super Bonder® na redução ou
eliminação da hipersensibilidade dentinária cervical quando comparado ao laser. Fizeram
parte deste estudo 62 pacientes, sendo 15 homens e 47 mulheres, com idade entre 12 e 60
anos. A hipersensibilidade dentinária cervical foi constatada através de teste térmico (jato de
ar da seringa tríplice) e os participantes foram os que responderam a este teste com um
escore ≥5 em uma Escala de Avaliação Numérica. Foram incluídos no estudo 434 dentes
sensíveis, que foram randomizados por quadrante (split-mouth design) sendo 216 alocados
para o grupo do laser e 218 para o grupo do Super Bonder®. Testes térmicos com spray de
tetrafluorometano (Endo-Ice®) e jato de ar da seringa tríplice foram feitos e considerados
como baseline. Uma Escala de Avaliação Numérica registrou os parâmetros de dor
relacionados aos estímulos provocados. Vinte e quatro horas, 30, 90 e 180 dias após as
aplicações os dentes foram novamente testados. Como não houve distribuição normal dos
dados, testes não-paramétricos foram aplicados Sempre foi utilizado o IC de 95% e a
significância adotada foi de p = 0,05. Para as avaliações entre e intra-grupos foram aplicados os
testes de Mann-Whitney e Wilcoxon respectivamente. Os resultados demonstraram que não
houve diferença estatisticamente significante entre os grupos. Nos resultados intra-grupos
observou-se que o resultado obtido com o cianoacrilato na avaliação de 24 horas permaneceu
por até 90 dias ao teste com jato de ar e por 30 dias ao teste com Endo Ice®. Houve diferenças
significativas entre todas as outras comparações de tempos intra-grupos (p<0,001). Concluiuse que o Super Bonder® tem um efeito imediato que perdura por até 90 dias e que o efeito do
laser é progressivo. Entretanto, ao final de 180 dias ele é tão efetivo quanto o laser no
tratamento da hipersensibilidade dentinária cervical. São resultados clinicamente relevantes
levando em conta seu custo muito mais reduzido, maior facilidade na aplicação, sua maior
disponibilidade e acessibilidade.
Apoio: CAPES - FAPEMIG.
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Fernanda R. Bernardes, Arthur N. Arrieiro, Antônio E. de M. Pertence, Renato G. T. Filho
226
COMPARAÇÃO DA DEFORMAÇÃO DE AMORTECEDORES SUBMETIDOS À
COMPRESSÃO ENTRE OS DIFERENTES TAMANHOS DE CALÇADOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Introdução: Os calçados de corrida foram os primeiros a serem beneficiados com tecnologias
de amortecimento, sendo o conforto e performance preocupações crescentes dos
consumidores1. Os amortecedores atenuam a força de reação do solo após o contato inicial do
pé durante a corrida, reduzindo assim o impacto aplicado no calcâneo e nas articulações2,3. O
amortecimento traz benefícios em relação a prevenção de lesões, melhora da performance e
altera a biomecânica da marcha4; entretanto ainda não são conhecidas informações
referentes à mudanças de densidade do material do amortecedor em relação à numeração do
calçado, ou seja, calçados de menor numeração deveriam possuir material menos denso nos
amortecedores por atender uma parcela da população com menor peso corporal comparado à
indivíduos que calçam numerações maiores. Este estudo teve como objetivo comparar a
deformação de amortecedores submetidos à compressão entre diferentes tamanhos de
calçados esportivos de um mesmo modelo e marca. Método: Trata-se de um estudo
observacional com corte transversal onde foram avaliados 8 calçados esportivos novos,
idênticos, variando apenas a cor e tamanho partindo da numeração 36BR até a 43BR. A região
do amortecedor de cada calçado foi submetida à compressão através de um cilindro metálico
com área de 78,54 cm2 acoplado a uma prensa hidráulica de 15 toneladas (Marcon) que
exercia carga variável de 10 kg com incrementos de 10 kg até alcançar 100 kg. A carga era
monitorada pelo dinamômetro digital Homis 2100. A deformação linear do amortecedor foi
registrada através de uma régua milimetrada acoplada ao sistema. A analise de dados foi
realizada através do pacote estatístico SPSS versão 18.0. Inicialmente foi executado o teste
Shapiro-Wilk para analisar a distribuição dos dados. Para a comparação dos dados foi utilizado
o teste MANOVA seguido do teste post hoc de Tukey. Para todos os testes foi considerado o
nível de P < 0,05. Resultado: Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre
a deformação linear dos amortecedores e os números de calçados para todos os 10 ensaios
com cargas variando de 10 kg à 100 kg com incrementos de 10 kg. Este resultado sugere que
calçados de números diferentes não apresentam variação em relação à densidade do material
do amortecedor. Conclusão: Apesar do aumento de custo de produção de calçados com
densidade de material do amortecedor específica para faixas de peso corporal de atletas,
acredita-se que com tal diferenciação as propriedades mecânicas dos amortecedores seriam
potencializadas auxiliando assim a redução de lesões esportivas.
Apoio: PIBIC/FAPEMIG
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227
COMPORTAMENTO ALIMENTAR E CONTROLE DO PESO CORPORAL: RESTRIÇÃO,
DESINIBIÇÃO ALIMENTAR E PERCEPÇÃO DE FOME EM MULHERES EUTRÓFICAS E
COM SOBREPESO
Maura O. Costa; Ana Maria F. Viana; Lauane G. Moreno; Mayara M. F. Carvalho; Elizabethe A.
Esteves.
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
O comportamento alimentar é preditor do ganho de peso em adultos. Pesquisas que
caracterizem diferenças em componentes deste (restrição, desinibição e percepção de fome)
entre indivíduos com excesso de peso e eutróficos são escassas. Objetivou-se avaliar e
comparar os níveis de restrição (RA), desinibição alimentar (DA) e percepção de fome (PF)
entre mulheres eutróficas (GE, n=16) e com sobrepeso (GS, n=16) e avaliar a correlação entre
seus escores com variáveis de adiposidade e de ingestão alimentar. Foram avaliados o índice
de massa corporal (IMC), a circunferência da cintura (CC), a composição corporal (CCo), a
ingestão calórica e de macronutrientes (ICM) e os escores de RA, DA e PF por meio do Three
Factor Eating Questionnaire – TFEQ. As médias de IMC, CC, CCo, ICM, RA, DA e PF foram
comparadas entre os grupos. Correlações entre RA, DA ou PF e as demais variáveis em cada
grupo foram avaliadas. As médias de IMC, CC, CCo, ICM, RA, DA e PF foram superiores para o
GS. Metade ou mais das mulheres do GS apresentaram moderados ou altos níveis de RA, DA
ou PF. Escores médios dessas variáveis (9,56; 9,81 e 7,19, respectivamente) foram superiores
para esse grupo e tenderam ao “elevado”. Houve correlação positiva para o GS entre a PF e a
IMC (p<0,05). O comportamento alimentar dessas mulheres está relacionado com o peso e a
composição corporal. Estratégias que visem adaptações no controle cognitivo da ingestão
alimentar tornam-se ferramentas úteis no controle do peso corporal. Palavras-chaves:
Comportamento alimentar. Restrição. Desinibição. Fome. Peso corporal. Composição corporal.
Apoio: Departamento de Nutrição/UFVJM
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Talita N. Teixeira, Alcione P. S. Caldeira, Mariuze L. P. Oliveira, Lidiane G. Oliveira, Nísia A. V.
Dessimoni-Pinto, Reinaldo C. Santana, Elizabethe A. Esteves
228
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE POLPAS DE PEQUIS (CARYOCAR BRASILIENSE CAMB.) DE
DUAS REGIÕES DO CERRADO MINEIRO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
O pequi (Caryocar brasiliense Camb.) possui reconhecido valor socioeconômico e grande
aceitação pela população em sua área de ocorrência. O conhecimento de sua composição
química é fundamental para se avaliar a disponibilidade de nutrientes e gerar informações
indispensáveis à orientação nutricional. Adicionalmente, alguns fatores podem exercer
influência na sua composição química, tais como o local de crescimento, clima, solo, dentre
outros. O objetivo deste estudo foi determinar a composição centesimal e o perfil de minerais
em polpas desidratadas de pequis oriundos de duas regiões distintas do cerrado mineiro (R1 e
R2). Os frutos foram coletados de ambas as regiões, de 10 matrizes georreferenciadas,
higienizados; as polpas foram removidas, secas em estufa (65 oC/48 h), trituradas e
acondicionadas a -18 oC até sua utilização. Determinou-se a composição em proteínas,
lipídeos, umidade, cinzas e os carboidratos totais por diferença. Em relação aos minerais, os
extratos da matéria seca foram obtidos por digestão nitroperclórica. O fósforo foi determinado
por colorimetria. O cálcio, o magnésio, o cobre, o ferro, o manganês e o zinco por
espectrofotometria de absorção atômica, enquanto que o potássio, por fotometria de chama.
Todas as análises foram realizadas em três repetições e os resultados foram comparados por
ANOVA em nível de 5% de probabilidade. Para a R1, encontraram-se teores de 5,66±0,10
g/100g de umidade; 0,84±0,06 g/100g de cinzas; 4,38±0,07 g/100g de proteínas; 65,47±0,15
g/100g de lipídeos e 23,68±0,31 g/100g de carboidratos totais. Para a R2, esses valores foram
de 5,23±0,39; 1,44±0,09; 4,63±0,26; 66,13±0,34 e 22,57± 0,74 g/100g, respectivamente. Os
teores de lipídeos e cinzas foram superiores para a R2 (p<0,05) e não houve diferença
significativa para as demais variáveis da composição centesimal. Em relação aos minerais, a R2
apresentou maior quantidade de P (62,23±1,80mg/100g), K (461,67±17,90 mg/100g), Ca
(126,67±1,53 mg/100g), Mg (89,33±1,53 mg/100g), e menor de Mn (1,43±0,07 mg/100g)
(p<0,05). Não houve diferença para os teores de Zn, Fe e Cu. Entretanto, o teor de Fe
encontrado na R1(3,39±0,15 mg/100g) correspondeu a 42% da recomendação de ingestão
diária de homens de 31 a 50 anos. Outro mineral que se destacou na R1 foi o Mn, pois o valor
encontrado (3,80±0,27 mg/100g) foi superior ao da recomendação de ingestão diária para a
faixa de 31 a 50 anos (2,3 mg/100g) no sexo masculino. As diferenças encontradas em alguns
constituintes avaliados podem ter sofrido influência de características edafoclimáticas distintas
entre as duas regiões, especialmente, clima, composição do solo e idade das plantas.
Apoio: FAPEMIG, IEF/MG, SECTES/MG.
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Bianca Luisy Santos Alves, Giulian Gabriela Mendes Silva, Elisângela Maria Borges, Carliaine
Aparecida Siqueira, Elaine Oliveira Leite, Nadia Veronica Halboth, Maria da Penha Firmes
229
CONCEPÇÕES DE PROFISSIONAIS TÉCNICAS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM A
REPEITO DO SUICIDÍO EM DIAMANTINA-MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
O suicídio hoje é um tema amplamente discutido, no entanto ainda existe um grande
preconceito acerca do assunto, embora os índices mundiais, segundo a Organização Mundial
de Saúde, sejam altos. E, no município de Diamantina – MG, apesar da carência de
informações oficiais, a realidade não é diferente. O presente estudo teve como objetivo
principal conhecer as concepção de técnicos e auxiliares de enfermagem a respeito do suicídio
e de comportamentos suicidas, verificando se os mesmos realizam alguma ação preventiva
quando do atendimento desses comportamentos. Realizou-se entrevista semi-estruturada, de
natureza individual com quatorze técnicas e auxiliares de enfermagem do Município de
Diamantina - MG. O estudo foi de caráter social, investigativo e descritivo, com abordagem
qualitativa. As entrevistas foram desenvolvidas a partir de cinco perguntas relacionadas ao
tema, sendo gravadas nos locais de trabalho dos sujeitos de pesquisa (Hospitais e Estratégias
de Saúde da Família). Posteriormente as entrevistas foram transcritas na íntegra e analisadas.
As profissionais da área de enfermagem entrevistadas relataram que os fatores que levam
uma pessoa a se suicidar são: fatores estressantes tais como problemas de família e de
relacionamentos, falta de dinheiro, falta de fé e de Deus, bem como doenças mentais como a
depressão. Seis delas atenderam pacientes que tentaram suicídio através de envenenamento e
automutilação. Com relação ao atendimento prestado, embora o principal aspecto levantado
tenha se referido os procedimentos técnicos (que são fundamentais), dez ressaltam a
importância de conversar com o paciente, procurar saber o porquê da tentativa e orientá-las a
procurar atendimento espiritual, ajuda e o serviço de atenção básica. Todas acreditam que o
suicídio pode ser prevenido na maioria dos casos, porém ressaltam que é preciso apoio da
família e força de vontade da pessoa, além de investimento público em melhorias na qualidade
de vida. Poucas se colocaram como tendo um papel importante na prevenção. Conclui-se que
é necessário buscar estratégias de sensibilização das profissionais para melhor assistir
pacientes com comportamentos suicidas, além de promover a prevenção de suicídios através
do aumento da percepção sobre a importância do tema e da disseminação de informações
corretas.
Apoio: FAPEMIG
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Sueli F. Fonseca; Mateus R. Amorim; Arthur N. Arrieiro; Marco Fabrício D. Peixoto; Fernando
J.G. Lopes; Ana Cristina R. Lacerda.
230
CONFIABILIDADE DO LIMIAR DE LACTATO PELO MÉTODO VISUAL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
O limiar de lactato (LL) é utilizado como um marcador da acidose metabólica e representa o
momento durante o exercício em que o lactato sanguíneo começa aumentar de forma
exponencial. Este LL tem sido utilizado como medidor de condicionamento físico, indicador
sensível do estado do treinamento aeróbico em sujeitos saudáveis e doentes. Além disso,
auxilia na identificação do estímulo de treinamento ideal e na prescrição da intensidade de
exercício. Para interpretação e detecção do momento do limiar de lactato, modelos
matemáticos têm sido propostos, bem como o método de detecção visual. Este último método
é bastante utilizado na prática clínica e é considerado o padrão ouro para a avaliação de
variáveis metabólicas e ventilatórias. Entretanto, até onde se sabe, a confiabilidade das
medidas derivadas por meio do método de detecção visual, ainda não foi estudada. Diante
disso, medidas de confiabilidade dessa técnica, tornam-se imperativas, para assegurar os reais
valores obtidos. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a confiabilidade intra e interexaminadores das medidas do LL obtidas por meio do método de detecção visual. Para isso, 31
voluntárias do sexo feminino (68 ± 4 anos; 1,52 ± 0,07 m; 64,55 ± 11,46 kg), saudáveis e no
período pós-menopausa, participaram do estudo. O LL foi determinado a partir de um teste
realizado em esteira ergométrica até a fadiga, que consistiu de estágios com carga progressiva
(variação da velocidade e/ou inclinação). Amostras de sangue foram coletadas por meio de
uma punção na polpa digital do dedo médio a cada 3 minutos durante o teste. Em seguida,
foram confeccionados os gráficos do método de detecção visual (software Prisma5) a partir da
concentração de lactato sanguíneo coletado a cada estágio do exercício (intervalo de 3
minutos) em função do consumo de oxigênio (VO2) estimado durante o teste na esteira. A
análise estatística foi realizada através do Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). A
confiabilidade intraexaminador foi considerada excelente (0,950 - 0,952) e a confiabilidade
interexaminadores foi boa (0,789 – 0,770). Portanto, conclui-se que o método de detecção
visual possui boa reprodutibilidade e aplicabilidade, sendo uma forma segura e confiável de
detectar o limiar de lactato na prática clínica, bem como em pesquisas.
Apoio: CNPQ, FAPEMIG, CAPES e Santa Casa de Caridade de Diamantina
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Larissa A. A. Alves, Vanessa P. Teixeira, Jonathan L. Moreira, Carlos V. M. Filho, Fernanda O.
Ferreira, Cynthia F. F. Santos, Márcia M. O. Lima.
231
CORRELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM GRUPO
DE UNIVERSITÁRIOS DA UFVJM
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Novas Diretrizes orientam sobre avaliação precoce dos níveis de Atividade Física (AF) visando à
conscientização e controle de fatores de risco para doença cardiovascular ( Physical Activity
Guidelines 2008). Instrumentos de avaliação do nível de AF, como questionários, têm sido
utilizados, entretanto pouco se explora sobre sua relação com testes de esforço e qualidade de
vida (QV). Este estudo objetivou analisar a relação entre duas medidas de avaliação do nível de
AF e correlacioná-las com QV em universitários. Um projeto piloto avaliou, em estudo
descritivo transversal, 43 universitários, 20,4 ± 1,6 anos, 55,8 % homens, IMC 23,6 ± 4,4
Kg/m2. Na análise do nível de AF utilizou-se o questionário IPAQ-8 e o Teste de Cooper (TC); e
para avaliação da QV usou-se o SF-36. Utilizou-se os testes de correlação de Spearman e
Anova, sendo significativo p<0,05. Apesar de classificados pelo IPAQ como Muito Ativos (MA=
20,9%), Ativos (A= 46,5%), Irregularmente Ativos A (IAA=11,6%) e Irregularmente Ativos B
(IAB=18,6%), a classificação pelo TC demonstrou um resultado nos menores escores da escala:
Leve (L= 7,5 %), Fraca (F= 25%), e Muito Fraca (MF= 67,5%). Assim, não se observou correlação
significativa entre IPAQ e TC (r=0,304, p=0,06); entre TC e domínios físicos e aspecto social do
SF-36 (aspecto físico r=0,05 e p=0,753; capacidade funcional r= -0,072 e p=0,661; aspecto
social r=0,094 e p=0,569). Entretanto, correlação significativa foi notada entre IPAQ e
componentes do SF-36 (aspecto físico r=0,35 e p=0,020; e aspecto social r=0,31 e p=0,049).
Observou-se diferença significativa no aspecto social em relação ao TC (F=5,5, p=0,008),
indicando melhora no domínio social para indivíduos com melhor desempenho no teste. Não
se observou correlação entre os instrumentos de avaliação da percepção do nível de AF (IPAQ
e domínios funcionais do SF-36) com aqueles mensurados pelo TC, sugerindo uma percepção
inadequada da condição física apontando para a aplicabilidade de medidas mais diretas no
rastreamento e na adoção de práticas de atividade física. Os dados também demonstram
melhora no aspecto social em indivíduos mais ativos. Quando o objetivo é avaliar grupos
populacionais, instrumentos de fácil aplicação e de baixo custo como o IPAQ são
fundamentais. Entretanto, outros estudos também tem demonstrado que o IPAQ quando
comparado á outros métodos de avaliação do nível de AF, parece superestimar o resultado,
tornando o indíviduo mais ativo. PARDINI et al, 2001, compararam o IPAQ com um sensor de
movimentos: o Computer Science & Aplications (CSA) que quantifica os movimentos realizados
nos três planos e verificaram que houve uma tendência de superestimar. BENEDETTI et al,
2007 encontraram uma baixa correlação entre o IPAQ x pedômetro, (rs= 0,24; k = 0,03) e o
IPAQ x Diário de Atividade Física de Bouchard (RS = 0,38; k = 0,35). Assim, torna - se necessário
mais estudos que comparem o IPAQ a outros instrumentos mais diretos de avaliação de nível
de atividade física.
Apoio: FAPEMIG
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Maria L. Faria; Patrícia Wichr
232
CRIANÇA, CRECHE E SAÚDE
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM
A creche é uma dessas instituições e surge acompanhando a estruturação do capitalismo, a
crescente urbanização e a necessidade de reprodução da força de trabalho, já que, agora, além
dos homens, as mulheres, que antes tinham como tarefa o cuidado de suas famílias, tiveram
que ir para as fábricas e ajudar no sustento da casa (Pirri,2009). O difícil controle das doenças
de maior prevalência na infância e a natural vulnerabilidade de tal faixa etária remete a
necessidade de profissionais de saúde inseridos nessas instituições juntamente com
educadores e família/cuidadores.Este estudo justifica-se pelos fatores relatados acima, uma
vez que temos atualmente 24,9 óbitos para cada 1000 nascidos vivos, dos quais 18,2%são por
causas evitáveis, denotando a importância da inserção de profissional de saúde na creche, da
assistência à saúde no âmbito desta e da capacitação da equipe.Será realizado um estudo
descritivo, de abordagem qualitativa.O município de Diamantina possui um total de 06 creches
públicas mantidas por esse, sendo que todas farão parte do estudo. Participarão da pesquisa
Todos os profissionais da equipe que atuam no local do estudo como cuidadores das crianças,
num total de 30 profissionais. Os dados serão coletados através de entrevista com instrumento
de perguntas abertas em sala privativa à escolha do entrevistado, no seu ambiente de
trabalho, durante seu turno, individualmente. Conforme resolução do Conselho Nacional de
Saúde (CNS), de 10 de Outubro de 1996, o projeto de pesquisa foi submetido à análise pelo
Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri. Seguindo os princípios estabelecidos pela resolução 196/96 (CNS),
será entregue uma carta de apresentação a todos da equipe do local de estudo descrevendose os principais pontos envolvidos na realização da pesquisa. Além disso, os profissionais da
equipe receberão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para que possam optar
livremente pela sua participação na pesquisa. Os resultados dessa reafirmam a necessidade de
considerarmos, em qualquer nível de formação das educadoras infantis das creches, a inclusão
de conhecimentos sobre o processo saúde e doença, uma vez que as mesmas não possuem
capacitação sobre a saúde, proporcionando a criança uma assistência baseada nas concepções
derivadas do dia a dia e, algumas vezes, uma assistência unisetorial baseada na visão do
médico do Posto de Saúde, quando este se localiza próximo à creche. Pode-se constatar que se
faz necessário a tomadas de medidas referentes à educação contínua entre os profissionais de
saúde e as cuidadoras das crianças e/ou a inserção de um profissional de saúde no âmbito da
creche, o que levaria a uma assistência intersetorial, priorizando medidas de promoção da
saúde e prevenção de doenças, mas não diminuindo as responsabilidades do posto de saúde e
dos familiares.
Apoio: Secretaria de Educação de Diamantina, Universidade Federal dos vales do
Jequitinhonha e Mucuri
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Alcione P. S. Caldeira, Talita N. Teixeira, Mariuze L. P. Oliveira, Lidiane G. Oliveira, Nísia A. V.
Dessimoni-Pinto, Reinaldo C. Santana, Elizabethe A. Esteves
233
DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM POLPAS DE PEQUI (CARYOCAR
BRASILIENSE CAMB.) DE DUAS REGIÕES DO CERRADO MINEIRO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
A polpa do pequi (Caryocar brasiliense Camb.) tem se destacado por ser apresentar altos
teores de óleo e de proteínas. Entretanto, pouco se conhece sobre o seu conteúdo em
compostos bioativos (CBAs) de interesse para a saúde humana, nem tampouco sobre as
diferenças de composição de frutos oriundos de regiões distintas. O objetivo deste estudo foi
determinar os teores de fenólicos totais, flavonóides, antocianinas, carotenóides totais,
nitratos e ácido oxálico em polpas de pequi desidratadas, oriundas de duas regiões distintas do
cerrado mineiro (R1 e R2). Os frutos foram coletados de ambas as regiões, de 10 matrizes
georreferenciadas, levados ao laboratório e higienizados. A seguir, as polpas foram removidas,
secas em estufa (65 oC/48 h), trituradas e acondicionadas a -18 oC até o momento de sua
utilização. Com exceção do ácido oxálico, que foi determinado por titulação a quente, os
demais CBAs foram determinados por espectrofotometria. Todas as análises foram realizadas
em três repetições e as médias dos resultados foram comparadas por ANOVA em nível de 5%
de probabilidade. Os teores de fenólicos totais e flavonóides foram superiores na R2 (185,85 e
181,61 mg/100g, respectivamente) comparado com a R1 (154,43 e 135,87 mg/100g,
respectivamente) (p<0,05). Encontrou-se um teor de antocianinas de 6,06 mg/100g na R1 e de
4,25 mg/100g na R2 e de carotenóides, de 11,76 mg/100g e 13,15 mg/100g, respectivamente.
Já para os nitratos, os valores encontrados foram 166,75 mg/100g para R1 e 167,91 mg/100g
para R2 e para o ácido oxálico, 12,45 mg/100g e 12,80 mg/100g, respectivamente. Não houve
diferença significativa entre as regiões para os teores de antocianinas, carotenóides, nitratos e
ácido oxálico (p>0,05). Características edafoclimáticas distintas e idade da planta são exemplos
de fatores que podem ter influenciado nas diferenças encontradas entre as regiões. Isto
demonstra a importância de se conhecer a composição em CBAs deste fruto em diferentes
regiões do Brasil, visto que a ingestão desses compostos tem sido associada à redução do risco
de doenças crônicas não transmissíveis.
Apoio: FAPEMIG, IEF/MG, SECTES/MG.
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Mônica L. Morais, Anne Caroline. R. Silva; Nísia V. A. D. Pinto
234
DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO EM FRUTOS DO CERRADO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
Nos anos recentes observa-se cada vez mais o interesse pelo estilo de vida e envelhecimento
saudável; conseqüentemente, o interesse em alimentos ricos em antioxidantes tem crescido
notavelmente. Os antioxidantes são compostos que previnem, retardam ou inibem a produção
de espécies reativas de oxigênio. Os antioxidantes naturais, além de impedirem a
deteriorização natural dos alimentos podem minimizar os danos oxidativos ao nosso
organismo. Diante da busca por alimentos ricos em antioxidantes o presente trabalho teve
como objetivo analisar a atividade antioxidante total na semente, mesocarpo e casca dos
frutos do cerrado Solanum lycocarpum (lobeira), Caryocar brasilense (pequi) e Myrciaria
cauliflora (jabuticaba), respectivamente, utilizando diferentes métodos de quantificação. Os
frutos foram coletados no Alto Vale Jequitinhonha, processados, armazenados e analisados no
Laboratório de Tecnologia e Biomassas do Cerrado. Para cada amostra foram pesados,
aproximadamente, 1 grama em balança analítica. O extrato foi obtido utilizando acetona 70%,
metanol 50% e água nas seguintes proporções 2:2:1. As análises da atividade antioxidante
total in vitro foram realizadas pelas metodologias DPPH, Captura do Radical Livre ABTS,
Redução do Ferro (FRAP) e Sistema Beta Caroteno/Ácido Linoléico. Foram realizadas três
diluições diferentes dos extratos anteriormente processados. Alíquotas dessas diluições de
diferentes volumes foram retiradas e completadas com reagentes para as análises, o volume
retirado e os determinados reagentes correspondiam a cada metodologia específica. Para
obtenção dos resultados foram feitas as leituras em espectrofotômetro e cálculos
correspondentes. A semente de lobeira apresentou para DPPH, ABTS, FRAP os seguintes
resultados 18,14 g fruta/g DPPH; 820,00 μM trolox/g,167,11 μM sulfato ferroso/g de fruta,
respectivamente. Já o pequi mesocarpo teve como resultado os seguintes índices de atividade
antioxidante DPPH: 8,34 g fruta/g DPPH; ABTS: 1.230,01 μM do trolox/g; FRAP: 2.085,70 μM
sulfato ferroso/g de fruta. E a casca de jabuticaba para DPPH: 12,60 g fruta/g DPPH; ABTS:
1.017,80 μM trolox/g; FRAP: 1.677,00 μM sulfato ferroso/g de fruta. Para o método Beta
Caroteno/Ácido Linoléico com amostras na concentração de 1g/L os frutos apresentaram
61,06% de proteção na lobeira, 81,25% para pequi mesocarpo e 75,96% para casca da
jabuticaba. O fruto que apresentou maior atividade antioxidante foi o pequi (Caryocar
brasilense) mesocarpo seguido das cascas de jabuticaba (Myrciaria cauliflora) e sementes da
lobeira (Solanum lycocarpum). Diante de tais resultados, pode-se dizer que os frutos do
cerrado apresentam potencial antioxidante e, portanto, devem ser mais exaustivamente
estudados visando sua correlação entre tal efeito e as atividades biológicas por eles
determinadas.
Apoio: CNPQ,UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
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Thereza R. M. Azeredo, Christiane M. Araújo, Pâmela B. Alves, Ângelo M. P. Leite, Larissa L.
Figueiredo, Emerson V. O. Braga, Fernando P. Chaves
235
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA SAÚDE LABORAL NA COMUNIDADE
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM
Saúde do trabalhador é um campo do saber que visa compreender as relações entre o
trabalho e o processo saúde-doença. O trabalho interfere diretamente na maneira de viver do
ser humano e na sua forma de organizar a vida. O Sistema Único de Saúde, como forma de
compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde-doença, preconiza o
desenvolvimento da Saúde do Trabalhador dentro dos programas da Atenção Básica,
principalmente por meio da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Estratégia de Agentes
Comunitários de Saúde (EACS). No entanto, não se observa de forma efetiva na prática, ações
voltadas para a avaliação das práticas laborais e causas de adoecimento relacionadas ao
trabalho, sendo escassas as discussões sobre saúde do trabalhador na comunidade. Nesse
sentido, o presente trabalho objetivou elaborar um Diagnóstico Administrativo de uma
Estratégia de Saúde da Família do município de Diamantina, Minas Gerais, acerca das ações
desenvolvidas em Saúde do Trabalhador. Trata-se de um trabalho quali-quantitativo em que os
dados foram coletados por meio de inquéritos aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) da UFVJM. Primeiramente, foi sorteada uma microárea da ESF. Posteriormente, foi
aplicado o Inquérito 1, fechado, com questões relacionadas às atividades desenvolvidas,
vínculo empregatício, faixa etária e gênero a 15% dos trabalhadores de uma microárea,
sorteados por meio das Fichas A. Foram identificados 212 trabalhadores nesta microárea e
portanto, aplicado o inquérito a 15% (n=32). O segundo inquérito aborda questões
relacionadas ao estado de saúde atual, pregresso e familiar, hábitos de vida que possam
representar risco à saúde cardiovascular e doenças potenciais ou instaladas, além do
levantamento dos riscos físicos, biológicos e químicos que possam estar relacionadas com a
organização do trabalho. Foi aplicado aos mesmos trabalhadores que responderam ao
Inquérito 1. Para a complementação dos dados, foram aferidos: pressão arterial,
circunferência abdominal, peso, altura e calculado o índice de massa corporal. Para análise
estatística dos dados utilizou-se o programa SPSS versão 12.0 A amostra de trabalhadores
entrevistados caracterizou-se por uma população jovem, de baixa escolaridade, alocada em
sub-empregos e sedentários. Dentre as queixas mais comuns destacam-se as lombalgias,
alergias e tendências depressivas, porém não foi observado o uso exagerado de bebidas
alcoólicas e o risco cardiovascular apresentado é baixo. A procura por acompanhamento
odontológico também foi baixa entre os entrevistados. Portanto, as possíveis intervenções
relacionadas à saúde do trabalhador na comunidade devem ser direcionadas a prevenção de
doenças osteoarticulares, processos alérgicos, e encaminhamento para acompanhamento com
o serviço de psicologia, possibilitando ao trabalhador executar as suas atividades de forma
saudável, consciente e responsável.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Guilherme S. Ramos, Paulo Henrique C. Ferreira, Lucas C. Santana, Fabiana F. R. Soares,
Helisamara M. Guedes
236
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM: IDENTIFICAÇÃO NO CENTRO DE TERAPIA
INTENSIVA DA SANTA CASA DE CARIDADE DE DIAMANTINA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM
Os diagnósticos de Enfermagem (DE) fornecem subsídios para intervenções capazes de
produzir os efeitos desejados do tratamento e determinar resultados satisfatórios para os
diversos problemas que acometem o paciente. Por oferecer uma linguagem padronizada, os
DE são de suma importância para todos os níveis da prática de enfermagem, facilitando a
comunicação entre os enfermeiros, a troca de informações entre a equipe e contribuindo na
continuidade da assistência. Este estudo objetivou levantar o perfil de diagnósticos de
enfermagem através dos dados extraídos da planilha “SAE em Terapia Intensiva – Diagnósticos
de Enfermagem em CTI” de pacientes internados no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Santa
Casa de Caridade de Diamantina. Trata-se de um estudo retrospectivo e documental extraídos
de 45 prontuários de pacientes internados no período de abril a julho de 2009. Foi realizada a
análise estatística através do Programa SPSS, versão 18.0. Os resultados mostraram que os DE
estão divididos em oito categorias: sistema cardiovascular, respiratório, renal, nervoso,
distúrbios gastrointestinais, alteração cutâneo/mucosa, alterações psicossociais,
termorregulação. Observou-se a presença de 33 pacientes do sexo masculino (72,73%) e 12 do
feminino (27,27%). A média de idade dos pacientes internados foi de 51 anos sendo que a
faixa etária variou de 12 a 87 anos. Os DE que apresentaram uma maior freqüência foram:
Risco de infecção (100%), Risco para integridade da pele prejudicada (83%), Mobilidade física
prejudicada (80%), Risco de desequilíbrio de volume de líquido (74%), Déficit no autocuidado
(73%), Risco para alteração da nutrição menos que o corpo necessita (67%), Risco para
aspiração (49%), Risco para perfusão tissular ineficaz (43%), Risco de desequilíbrio da
temperatura corporal (40%), os demais DE apresentaram frequência menor que 30%. Concluise que a partir da identificação desses DE pode-se criar intervenções direcionadas para
minimizar e solucionar os problemas encontrados, uma vez que os DE permitem a
caracterização dos riscos e problemas de saúde, que podem ser melhorados e/ou resolvidos a
partir de intervenções prescritas pelo enfermeiro, considerando as peculiaridades de cada
indivíduo hospitalizado no CTI.
Apoio: UFVJM
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Sabrina M. da Cunha, Renan N. da Mata, Liliane C. C. Ribeiro, Denise P. Resille.
237
DIFERENÇA NA CONCEITUAÇÃO DE DOENÇAS TRANSMITIDAS PELA ÁGUA E DOENÇAS
TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS: REVISÃO INTEGRATIVA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
A Vigilância Sanitária define surto de Doença Transmitida por Alimento - DTA como um
incidente em que duas ou mais pessoas apresentam uma enfermidade semelhante após a
ingestão de um mesmo alimento, e as análises epidemiológicas apontam este mesmo alimento
como a origem da enfermidade. As Doenças Transmitidas pela Água ou Doenças de Veiculação
Hídrica, são causadas principalmente por microorganismos patogênicos de origem entérica,
animal ou humana, transmitidas basicamente pela rota fecal-oral, ou seja, são excretados nas
fezes de indivíduos infectados e ingeridos na forma de água ou alimento contaminado por
água poluída com fezes. Existe certo conflito de definições quando a origem da DTA e por
veiculação hídrica. Portanto, o objetivo deste estudo foi propor uma revisão da literatura com
o intuito de esclarecer as informações a respeito das definições e diferenciações dos termos
das Doenças Transmitidas por Alimentos e das Doenças Transmitidas pela Água e de
Veiculação Hídrica. Foi realizado levantamento bibliográfico na Biblioteca Virtual em Saúde,
sendo que os critérios de seleção foram artigos publicados em português no período de
janeiro de 2000 a dezembro de 2010. Para o descritor doença transmitida por alimento foram
encontrados 251 artigos no LILACS, 5745 no MEDLINE, e no SciELO nenhuma publicação foi
encontrada; para o descritor doenças transmitidas pela água encontrou-se 11 artigos no
LILACS, 3 no MEDLINE, e no SciELO nenhum resultado; com o descritor intoxicação alimentar
foram identificados 356 artigos no LILACS, 10455 no MEDLINE e 2 publicações no SciELO. Após
os cruzamentos entre os descritores e a análise dos resultados segundo os critérios de
inclusão, foi extraída uma amostra de 09 artigos que se enquadravam no perfil da pesquisa.
Dentre os artigos incluídos na revisão integrativa, verificamos que na variável categoria
profissional do primeiro autor, 04 correspondem a farmacêuticos e em 05 dos artigos não foi
possível identificar a graduação do autor. Foram observadas apenas discussões à respeito da
epidemiologia, agentes etiológicos e dos fatores agravantes. Faz-se necessário a unificação e
padronização dos termos usados nas publicações avaliadas.
Apoio: Pró-saúde Enfermagem/UFVJM, PET-Saúde/Vigilância em Saúde/ SMS/Diamantina –
MG, GRS/D.
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Ivy S. C. Pires, Lucilene S. Miranda, Rafaella L. Alves, Nathália de S. Lara, Leilane A. Ávila,
Sabrina M. da Cunha
238
DIFICULDADES ENCONTRADAS POR MÃES DURANTE O ALEITAMENTO MATERNO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
O Leite Materno garante proteção à saúde da criança principalmente nos primeiros meses de
vida. Suas propriedades antiinfecciosas protegem às crianças contra doenças diarréicas e
respiratórias além disso, ele garante o ganho de peso adequado ao longo dos meses, sendo
essencial para o desenvolvimento e crescimento da criança.O desmame precoce, que pode
acarretar vários problemas na saúde das crianças, é influenciado principalmente por
dificuldades que as mães possuem com a amamentação. Este estudo tem como objetivo
avaliar as principais dificuldades encontradas pelas mães durante o período de aleitamento.
Aplicou-se um questionário sobre características da introdução de novos alimentos e
amamentação às mães de três bairros de Diamantina e em um de Presidente Juscelino – MG,
totalizando 165 voluntárias. Destas, 98,78% fizeram o pré-natal. O número de consultas variou
de uma a dezoito,sendo que 11,51% das mães fizeram no mínimo seis consultas e 26,06%
fizeram nove consultas e 7,87% não souberam responder esta pergunta. Quando perguntadas
se algum profissional da saúde havia conversado sobre aleitamento materno no pré-natal
14,54% disseram que não, 27,87% sim e em grupo, 35,15% relataram que sim individualmente,
19,39% sim individualmente e em grupo e 2,42% não lembravam. Em relação às dificuldades
para amamentar 40,60% tiveram algum problema no período de aleitamento, enquanto que
59,39% não tiveram intercorrências. Grande parte das dificuldades foram mamas ingurgitadas,
empedradas, mastite e bico com rachaduras representando 26,66%. Observou-se que 10,30%
das mães achavam seu leite fraco ou insuficiente, 3,03% tiveram que parar de amamentar para
trabalhar. O percentual de mães que amamentaram ou ainda amamentam seus filhos até 2
anos foi de 4,21%, até os.6 meses 9,63% e 3 meses 6,02%. Diante do exposto vê-se que muitas
vezes as mães não são orientadas corretamente sobre o aleitamento materno e acabam por
enfrentar diversas dificuldades neste período. Cabe aos profissionais de saúde esclarecerem
melhor as mães para que estes problemas não influenciem na saúde das crianças.
Apoio: CNPq, FAPEMIG e UFVJM
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Natália A. Costa, Rafaella L. Alves, Liliane da C. C. Ribeiro, Raquel Galiciolli
239
DOENÇA DIARREICA AGUDA: CONHECENDO MELHOR ESTE PROBLEMA DE SAÚDE
PÚBLICA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
Diarreia aguda é umas das principais patologias responsáveis pelo desequilíbrio das condições
de saúde que caracteriza a população infantil brasileira. Esta doença atinge pessoas de
qualquer faixa etária, mas é na infância que causa maior mortalidade, demonstrando que os
principais fatores para a doença em populações com precárias condições sócio- econômicas
são aqueles relacionados às questões sanitárias como falta de saneamento básico e água
tratada no domicilio. Visto a amplitude do tema e sua relevância para a saúde pública, este
estudo tem como objetivo fazer um levantamento de informações sobre o comportamento da
doença diarreica aguda ao longo dos anos, assim como as principais faixas etárias e agentes
etiológicos envolvidos. Trata-se de uma Revisão Documental sobre o tema, incluindo artigos
de língua portuguesa e inglesa. A busca de referências relevantes se fez por meio da
exploração de bancos de dados das seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library
Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e
National Library of Medicine (Pubmed). Também foram utilizados dados do Ministério da
Saúde do Brasil, Organização Mundial da Saúde (WHO) e 02 (duas) obras literário - cientificas
buscadas no acervo da Biblioteca da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri (UFVJM). Além disso, as revisões sobre o tema e as listas de referências de todos os
artigos considerados relevantes foram consultadas, em busca de novos artigos para inclusão.
Os resultados demonstram que a Doença Diarreica Aguda é uma das principais causas de
morte em crianças menores de cinco anos, principalmente em países de baixa renda. Ao redor
do mundo, cerca de 2 milhões de pessoas morrem por causa da diarréia, sendo que em 1997
foram registrados 4.034 óbitos. Felizmente, o Saúde Brasil 2008 demonstrou a queda de 93,9%
do número de mortes por diarreia em 25 anos, passando de 32.704 para 1.988, entre 1980 e
2005. Diante da importância das doenças diarreicas como causa de morbidade e mortalidade
principalmente na infância, é fundamental compreender melhor este problema e adotar as
medidas adequadas de prevenção e controle da transmissão da doença, visando minimizar o
prejuízo à saúde das crianças e a disseminação do quadro infeccioso à comunidade.
Apoio: PET-Saúde/VS/MDDA; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
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Marina C. Martins, Liliane C. C. Ribeiro, Milton C. Ribeiro, Tarsis M. Maia, Raquel Galiciolli.
240
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS: PRINCIPAIS CAUSAS E POSSÍVEIS
ESTRATÉGIAS PARA O CONTROLE
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA
As doenças transmitidas por alimentos são, ainda, um importante problema de saúde pública
no mundo contemporâneo. Desse modo, o presente estudo objetivou fazer um levantamento
e análise do que já foi publicado sobre Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) no Brasil,
por meio de artigos da literatura nos últimos 10 anos, como forma de subsidiar informações e
fazer uma análise situacional para a construção de estratégias de prevenção e redução desses
agravos. Foram selecionados 8 (oito) artigos, com o referente tema, que permitiram várias
implicações para o planejamento de estratégias educacionais em segurança alimentar. Dentre
esses artigos, destacou-se o não atendimento das regras básicas de higiene e segurança
alimentar durante o preparo e a conservação dos alimentos como a principal causa do
aumento de casos dessas doenças, e também a subnotificação dos casos. Além disso, as
residências foram apontadas como o local de maior incidência de ocorrência de surtos de DTA.
Dessa forma, torna-se notória a importância dos estudos visando esclarecimentos quanto a
esse tipo de doença, para incentivo à notificação dos casos, e intervenções no campo da saúde
pública voltadas para a educação em saúde, visando à adoção de hábitos saudáveis e melhoria
das práticas de manipulação de alimentos, em especial nos domicílios, numa tentativa de
reduzir as estatísticas atuais de casos de DTA.
Apoio: Grupo de pesquisa: Atenção Básica, PET/VS, Pró-saúde I/UFVJM, SMS-D, Secretaria de
Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde/Ministério da Saúde, UFVJM.
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Nayara F. Vieira, Fabiana A. de Paula, Carliana B. Borges, Maria da Penha R. Firmes, Gabriela
de C. Ribeiro, Bruno D. Henrique, Lucimar D. S. Salvador
241
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA EDUCADORES DE UMA ESCOLA ESPECIAL NO INTERIOR
DE MINAS GERAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2010), 10% da população mundial apresenta algum
tipo de deficiência; no Brasil, este índice sobe para 14%. Conforme dados da SEESP (Secretária
de Educação Especial), cerca de 366 mil alunos com necessidades especiais cursam o ensino
fundamental, mas somente 1,6% atinge o ensino médio. Sendo assim, é importante destacar a
formação continuada dos professores com diferentes metodologias de ensino para atender às
especificidades de cada aluno. A educação especial é uma modalidade escolar, oferecida na
rede de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. A valorização dos
professores seja com cursos, seja com outros apoios, contribuem em muito na superação de
desafios no processo de inclusão. O presente trabalho tem como objetivo capacitar os
educadores de uma Escola Especial em ações de saúde e de novas práticas pedagógicas,
através de metodologias ativas, por meio da problematização das práticas vivenciadas no
cotidiano educacional. No decorrer de todo o processo de elaboração deste trabalho, o
cuidado na escolha e o desenvolvimento das atividades propostas, foram marcados pelo
objetivo de promover o interesse dos integrantes do grupo, de modo a incentivar sua
participação, com vistas à promoção dos conhecimentos. Até o momento foram realizadas 05
oficinas distribuídas entre o segundo semestre de 2010 e o início de 2011, nas quais foram
trabalhadas temáticas específicas relacionadas aos transtornos mais encontrados nos alunos
da escola, as novas práticas pedagógicas, noções de cidadania, educação cívica, educação
reprodutiva e comunitária, dentre outros. A avaliação dos participantes em relação às reuniões
e à abordagem das atividades propostas, foram feitas através de instrumentos avaliativos
elaborados pela equipe ao final de cada encontro. Com as oficinas foi possível perceber que o
professor tornou-se competente num largo espectro de domínios que vão desde o
conhecimento do que ensina e das patologias diversas que trabalha, até a sua aplicação
psicopedagógica. A possibilidade de apropriar-se de técnicas em trabalho de grupo e de
educação em saúde tem sido verificada ao proporcionar uma melhora no contato com os
educadores para com os alunos nos diversos atendimentos, coletivo ou individual. O trabalho
também vem promovendo no cotidiano educacional dos educadores uma maior integração
entre os mesmos, além de aprimorar conhecimentos na área de saúde. Foi possível constatar
através da fala de uma educadora, “Mais tempo para a troca de experiências, para unirmos
forças para que essa parceria possa ser permanente”, a importância da educação em saúde na
formação dos professores para uma melhor qualidade do ensino na educação inclusiva.
Apoio: PIBEX/PRO-SAUDE I/ UFVJM
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Tamiris C. Duarte, Lívia R. Pereira, Vinícius de O. Ottone, Davi J. S. Viana, Marco Fabrício D.
Peixoto, Márcia M. O. Lima, Etel Rocha-Vieira
242
EFEITO AGUDO NOS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E NA PRESSÃO ARTERIAL DE
ATLETAS AMADORES EM UMA CORRIDA DE AVENTURA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Introdução:Nascida na década de 80, a corrida de aventura é uma modalidade esportiva de
alta intensidade, que une várias modalidades esportivas praticadas em um ambiente natural.
Apesar do seu crescimento e visibilidade, ainda são poucas as pesquisas que analisaram as
alterações fisiológicas desta modalidade esportiva. Objetivo: Avaliar o efeito agudo de uma
prova de corrida de aventura em parâmetros hematológicos e na pressão arterial (PA) de
atletas amadores. Métodos: A corrida consistiu de 12km de trekking, 100 metros de técnicas
verticais e 30km de ciclismo. Para análise dos parâmetros hematológicos, 10mL de sangue
venoso foram coletados dos voluntários 24 horas antes e imediatamente após a prova. O
número de hemácias, leucócitos, hematócrito, concentração de hemoglobina e o volume
corpuscular médio (VCM) foi avaliado em um contador de células automatizado. A comparação
dos resultados foi obtida pelo teste T pareado, para variáveis paramétricas e pelo teste de
Wilcoxon para as não paramétricas. Para avaliação do efeito da corrida sobre o
comportamento da PA esta foi aferida 24 horas antes, 5min, 30min, 3h, 6h e 24h após a prova.
Os dados de PA foram avaliados por análise de variância (ANOVA para medidas repetidas)
seguida de post-hoc de Bonferroni. A freqüência cardíaca (FC) foi monitorada durante toda a
prova por um cardiofrenquencímetro. Resultados: O tempo médio de duração da prova foi de
4,3 ± 0,3 horas. A média da FC foi 170 ± 12 bpm, e a máxima obtida de 192 ± 9 bpm.Houve
redução significativa (p<0,01) após a corrida no número de eritócritos (5,46 x 106 ±0,53 x
106cells/mm³ para 4,85x106 ± 0,38x106cells/mm³),hematócrito (52,83 ± 6,48% para 45,63 ±
3,11%), na concentração de hemoglobina (19,11 ± 2,98g/dL para 16,19 ± 0,99 g/dL) e no VCM
(97,54 ± 4.82μ3 para 94,24 ± 2.51μ3). Já o número de leucócitos foi significativamente maior
(p=0.004) após a corrida (6.22x10³ ± 2.04x10³cells/mm³ para 14.81x10³ ± 3.53x10³ cells/mm³).
Em relação a PA, por até 6 horas após a prova esta apresentou valores significativamente
inferiores àqueles do repouso: PAM (24hs antes: 94,07 ± 6,0, Δ5min: -21,71 ± 4,92, p<0,01;
Δ30min: -24,14 ± 3,93, p<0,01; Δ3h: -24,15 ± 3,94, p<0,01; Δ6h: -18,29 ± 6,85, p=0,006; e Δ24
h: -14 ± 8,91, p=0,089 mmHg). Conclusão: Observou-se alteração em todos os parâmetros
hematológicos avaliados e uma hipotensão pós exercício por até 6 horas o que pode ser
devido à eleva intensidade e duração da prova, e a alta demanda fisiológica deste evento.
Apoio:
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243
EFEITO DA IMERSÃO EM ÁGUA A DIFERENTES TEMPERATURAS SOBRE O PERFIL DAS
SUBPOPULAÇÕES LEUCOCITÁRIAS APÓS UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO EXCÊNTRICO E
AERÓBICO
Tatiane Araújo, Pâmela Fiche, Vinícius Ottone, Fabrício de Paula, Fabiano T. Amorim, Etel
Rocha-Vieira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
Estudos relacionados com exercício e a resposta inflamatória têm motivado um elevado
interesse científico. Inúmeras técnicas com o intuito de acelerar a recuperação pós-exercício,
como a imersão em água, vêm sendo estudadas. A imersão gera um deslocamento dos
líquidos corporais em direção à cavidade central, podendo reduzir a infiltração por leucócitos.
Contudo, o efeito da imersão em água sobre a modulação do perfil de subpopulações
leucocitárias induzidas pelo exercício ainda não foi devidamente investigada. Assim, este
estudo avaliou o efeito da imersão em água a diferentes temperaturas sobre o perfil das
subpopulações leucocitárias, após uma sessão de exercício excêntrico e aeróbico. Até o
momento foram avaliados 3 voluntários, do sexo masculino, fisicamente ativos, jovens, que
participaram de quatro situações experimentais. Cada sessão experimental foi composta de 3
séries de 10 repetições de exercício excêntrico de flexão do joelho e 90 minutos de corrida na
esteira. Imediatamente após o exercício os indivíduos foram submetidos a diferentes
condições de recuperação, por um intervalo de 15 minutos: imersão em água quente (38ºC),
água fria (15ºC), água a temperatura intermediária (28ºC) e sem imersão. O intervalo entre os
testes foi de 7 dias e a ordem de realização dos testes para os três voluntários foi definida de
maneira balanceada e cruzada. Após 4 horas, os voluntários foram submetidos ao teste
máximo de corrida de 5 km e teste máximo de curta duração. Coletas de sangue foram
realizadas antes e após a sessão de exercício experimental, antes e após os testes máximos e
24 horas após o exercício experimental. A contagem diferencial dos leucócitos foi realizada
através da técnica do esfregaço sanguíneo corado com Giemsa e May-Grunwald. Para cada
voluntário, em cada momento de cada sessão experimental foram contadas 100 células, em
duas lâminas distintas. Os valores percentuais foram convertidos para valores absolutos, a
partir do número de leucócitos totais obtido por contador automático. Nossos dados,
preliminares, demonstram um aumento médio de 104% no número de neutrófilos após a
sessão de exercício experimental (excêntrico seguido de aeróbico), mas não de linfócitos. Após
a imersão, houve redução no número de neutrófilos, de aproximadamente 20% nas sessões de
recuperação por imersão em água. Já na situação controle, observamos um aumento médio de
39% em relação aos valores pós-exercício. Neste mesmo período o número de linfócitos
diminuiu em média 27% nas sessões aquecida, intermediária e controle, enquanto que na
sessão resfriada observamos aumento de 35% em relação aos valores pós-exercício. O número
de neutrófilos e linfócitos, 24 horas após a sessão experimental foi 49% e 47% maior que o
valor de repouso, respectivamente. Nossos dados, embora ainda preliminares, mostram um
quadro de neutrofilia induzida pelo exercício, que se mantém por até 24 horas após o
exercício, apesar do uso da imersão em água como estratégia de recuperação.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, LAFIEX, LABIMUNO, UFVJM
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BRAGA, M.B.; FARIA, E.R.; OLVEIRA, M. L. P.; TEIXEIRA, T. N.; DESSIMONI-PINTO, N.A.V.;
SANTANA, R.C.; ESTEVES, E. A.
244
EFEITO DA TEMPERATURA DE SECAGEM NAS CONCENTRAÇÕES DE FITOQUÍMICOS
DA FARINHA DE JATOBÁ (HYMENAEA STIGONOCARPA MART.)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
A literatura científica relata diversos efeitos benéficos à saúde advindos da ingestão de
compostos fitoquímicos, geralmente presentes em abundância nas partes comestíveis das
plantas. Entretanto, são escassas informações sobre os efeitos do tratamento térmico sobre o
conteúdo desses compostos, especialmente em frutos nativos do cerrado. O objetivo deste
estudo foi avaliar a influência da temperatura de secagem para o processamento de farinha de
jatobá, nas suas concentrações de fenólicos totais, taninos e flavonóides. Os frutos de jatobá
foram coletados na Fazenda Experimental do Moura – UFVJM, de matrizes georreferenciadas.
Em seguida foram encaminhados ao laboratório, higienizados, a polpa foi removida
manualmente, triturada e refrigerada até o momento das análises. Preliminarmente, foram
determinadas curvas de secagem, em estufa de circulação forçada de ar, nas temperaturas de
95, 75 e 55 oC de modo que as farinhas tivessem ao final dos tratamentos aproximadamente
10±2% de umidade. Assim, foram processadas 3 amostras de farinha de jatobá, nas mesmas
condições iniciais, utilizando os seguintes binômios tempo (hs) x temperatura (°C): 5x55 (T1),
3x75 (T2), 1,5x95 (T3) respectivamente. Utilizou-se uma amostra in natura como controle
(CTRL). De cada amostra, determinaram-se as concentrações de fenólicos totais, taninos e
flavonóides por espectrofotometria. Todas as análises foram realizadas em três repetições e as
médias dos resultados foram comparadas por ANOVA em nível de 5% de probabilidade.
Determinou-se 37,2±2,3 mg/100g de taninos para o CTRL, 37,9±7,0 para o T1, 43,1±0,7 para o
T2 e 53,1±10,1 para o T3, sendo que o T3 foi significativamente superior aos demais (p<0,05).
Para os fenólicos totais, esses valores foram de 599,4±4,0; 609,0±6,8; 609,5±32,5 357,8±53,3
mg/100g, respectivamente. Não houve diferenças entre CTRL, T1 e T2. Entretanto, o T4
reduziu significativamente o teor desses compostos comparado aos demais (p<0,05). Para os
flavonóides, determinou-se 112,62±7,40 mg/100g no CTRL; 72,0±9,90 no T1; 80,07±4,6 no T2 e
69,60±4,4 no T3. Não houve diferença significativa entre T1, T2 e T3. No entanto, neste caso,
os tratamentos térmicos reduziram o conteúdo desses compostos nas farinhas (p<0,05) de
maneira similar, comparado com o CTRL. Assim, concluiu-se que temperaturas mais elevadas
podem reduzir o conteúdo de compostos fenólicos, como os flavonóides, na farinha de jatobá.
Isto poderia influenciar os potenciais efeitos benéficos à saúde deste alimento, já que esses
compostos são antioxidantes relacionados à redução do risco de doenças crônicas não
transmissíveis, como as cardiovasculares, o diabetes, a hipertensão, dentre outras.
Apoio: Fapemig Processo APQ 03463-10
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Cláudio Luiz F. Jr, Marcos V. Barbosa, Amanda S. Fagundes, Karla M. S. Ferreira, Tania R. Riul
245
EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE ALPISTE (PHALARIS CANARIENSIS) EM
PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DE RATOS WISTAR
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
O chá de alpiste é usado popularmente por hipertensos no controle da pressão arterial,
através da diurese, e na normalização de parâmetros bioquímicos como colesterol e glicemia.
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do extrato aquoso de alpiste nos parâmetros
bioquímicos de ratos Wistar. Foram utilizados 24 animais, com aproximadamente 70 dias de
idade, e 90 dias de tratamento dispostos da seguinte maneira: Grupo Nutrido (N)-os ratos
receberam ração comercial e água ad libitum(n=6); Grupo Nutrido Alpiste (NA)-os ratos
receberam ração comercial e chá de alpiste ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido (D)-os ratos
receberam 50% da ração consumida pelos N e água ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido Alpiste
(DA)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos NA e chá de alpiste ad libitum(n=6). A
infusão foi preparada utilizando-se 500g da semente de alpiste para dois litros de água
aquecida. Ao final de 90 dias os animais foram mortos, seus sangues colhidos para análise
bioquímica (colesterol total, HDL, glicemia, triglicérides). Para a análise dos dados foi utilizada
Análise de Variância (ANOVA), seguida do teste de Newman-Keuls, quando apropriado. As
análises foram obtidas utilizando-se o programa Statistica®, sendo considerado como nível de
significância um valor de α = 0,05. Como resultado obteve-se que o extrato aquoso de alpiste
não alterou esses parâmetros bioquímicos, sendo o único fator atuante a dieta (p<0,05), ou
seja, os animais desnutridos obtiveram valores diferentes dos nutridos devido à carência
nutricional. Os nutridos obtiveram para os parâmetros de colesterol total, HDL, glicemia e
triglicérides os valores, em miligramas por decilitros, com média e desvio padrão de
71,38+17,52, 58,90+21,08, 149±19,20 e 28,07±8,64, respectivamente. Os desnutridos
obtiveram para os parâmetros de colesterol total, HDL, glicemia e triglicérides os valores, em
miligramas por decilitros, com média e desvio padrão de 93,17+22,11, 78,85+15,03,
136,42±14,57 e 25,89±7,29, respectivamente. O aumento de colesterol total e HDL nos
animais desnutridos está associado à maior liberação de ácidos graxos do tecido adiposo para
a corrente sanguínea devido à baixa de glicemia. Enquanto os níveis baixos de triglicérides e
glicose no sangue dos animais desnutridos estão relacionados com o processo fisiológico e
bioquímico da desnutrição onde essas fontes de energia são as primeiras a serem consumidas
nos processos metabólicos. Conclui-se que o chá de alpiste não alterou os parâmetros
bioquímicos, sendo esses unicamente afetados pelas condições nutricionais em que estavam
expostos.
Apoio: UFVJM, FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Karla M. S. Ferreira, Cláudio L. F. Junior, Marcos V. Barbosa, Amanda S. Fagundes, Tania R. Riul
246
EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE ALPISTE (PHALARIS CANARIENSIS) NA INGESTÃO
DE LÍQUIDOS E RAÇÃO EM RATOS WISTAR
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
O chá de alpiste é usado popularmente no tratamento da hipertensão, através da diurese, e no
controle de parâmetros bioquímicos entre outras indicações. O objetivo deste estudo foi
avaliar os efeitos do extrato aquoso de alpiste na ingestão de líquidos e ração em ratos Wistar.
Foram utilizados 24 animais, com aproximadamente 70 dias de idade, e 90 dias de tratamento
dispostos da seguinte maneira: Grupo Nutrido (N)-os ratos receberam ração comercial e água
ad libitum(n=6); Grupo Nutrido Alpiste (NA)-os ratos receberam ração comercial e chá de
alpiste ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido (D)-os ratos receberam 50% da ração consumida
pelos N e água ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido Alpiste (DA)-os ratos receberam 50% da
ração consumida pelos NA e chá de alpiste ad libitum(n=6). A infusão foi preparada utilizandose 500g da semente de alpiste para dois litros de água aquecida. Diariamente a ingestão de
líquidos e ração era anotada. Para a análise dos dados foi utilizada Análise de Variância
(ANOVA), seguida do teste de Newman-Keuls, quando apropriado. As análises foram obtidas
utilizando-se o programa Statistica®, sendo considerado como nível de significância um valor
de α = 0,05. O chá de alpiste alterou a ingestão de líquidos (p<0,05), tendo os animais que
tomavam o chá ingerido uma média com desvio padrão de 46,75±9,95ml contra 39,61±7,12ml
daqueles que receberam somente água.A ingestão de ração não foi alterada pelo chá, houve
efeito somente de dieta(p<0,05.) Os animais nutridos tiveram uma média e desvio padrão de
ingestão de ração de 30,59±2,38g enquanto os desnutridos obtiveram 16,07±1,15g. Isso é
explicado pelo fato dos animais desnutridos receberem metade da ração que os animais
nutridos consumiam. O aumento da ingestão de líquido pode estar relacionado com a
presença de substâncias que atuem de alguma forma estimulando o centro da sede no
hipotálamo. Conclui-se que o chá de alpiste atuou estimulando uma maior ingestão de líquido
e não alterou a ingestão de ração.
Apoio: UFVJM, FAPEMIG.
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Cláudio Luiz F. Jr, Karla M. S. Ferreira, Marcos V. Barbosa, Amanda S. Fagundes, Tania R. Riul
247
EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE ALPISTE (PHALARIS CANARIENSIS) NO PESO DOS
ORGÃOS DE RATOS WISTAR
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
O chá de alpiste é usado popularmente no controle da pressão arterial, através da diurese e na
normalização de padrões bioquímicos. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do extrato
aquoso de alpiste nos pesos dos orgãos em ratos Wistar. Foram utilizados 24 animais, com
aproximadamente 70 dias de idade, e 90 dias de tratamento dispostos da seguinte maneira:
Grupo Nutrido (N)-os ratos receberam ração comercial e água ad libitum(n=6); Grupo Nutrido
Alpiste (NA)-os ratos receberam ração comercial e chá de alpiste ad libitum(n=6); Grupo
Desnutrido (D)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos N e água ad libitum(n=6);
Grupo Desnutrido Alpiste (DA)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos NA e chá de
alpiste ad libitum(n=6). A infusão foi preparada utilizando-se 500g da semente de alpiste para
dois litros de água aquecida. Ao final de 90 dias os animais foram mortos, e seus orgãos (baço,
coração, fígado, rins e testículos)foram retirados e pesados. Para a análise dos dados foi
utilizada Análise de Variância (ANOVA), seguida do teste de Newman-Keuls, quando
apropriado. As análises foram obtidas utilizando-se o programa Statistica®, sendo considerado
como nível de significância um valor de α = 0,05. O chá de alpiste alterou o baço (p< 0,05),
tendo os animais que receberam chá uma média e desvio padrão de 0,76±0,30g contra
0,59±0,13g dos animais que receberam somente água; os outros orgãos foram alterados pelo
efeito de dieta, sendo que os orgãos dos animais desnutridos pesaram menos que dos
nutridos. Estudos indicam que um aumento do baço pode estar relacionado tanto com
proliferação de células normais como infiltração com células normais e anormais. Dessa forma,
o aumento gerado pelo chá de alpiste no baço dos animais que receberam o extrato, embora
sejam necessários exames sanguíneos, pode estar relacionado com uma diminuição das
funções imunológicas. Uma vez que, o baço aumentado de tamanho, aumenta também a sua
capacidade de reter e armazenar células, diminuindo a quantidade de células circulantes como
os leucócitos, tão importantes para a defesa do organismo. Conclui-se que o chá de alpiste
alterou o baço, aumentando o tamanho desse e sugerindo alteração da imunidade nos animais
que receberam o chá.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM.
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Gabriela B. Passos, Natália Á. P. Santana, Amanda Ap. O. Leopoldino, Vanessa P. Lima, Débora
F. M. Vitorino.
248
EFEITO DO MÉTODO PILATES® NA FLEXIBILIDADE E RESISTÊNCIA MUSCULAR À
FADIGA EM JOVENS SEDENTÁRIOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Flexibilidade é a capacidade de alongamento das estruturas que compõem os tecidos moles
através da amplitude de movimento articular disponível e resistência do músculo à fadiga
refere-se ao desempenho de trabalho em um período prolongado de tempo, sendo necessária
para o desempenho de tarefas motoras repetitivas na vida diária e manutenção do nível de
atividade funcional. Exercícios de flexibilidade e resistência estão entre as atividades mais
comumente utilizadas na reabilitação física, e têm como objetivo reduzir os riscos de lesões,
minimizar as dores musculares e melhorar o desempenho muscular. O grande envolvimento
acadêmico dos universitários e a falta de interesse em praticar uma atividade física regular
contribui para o aumento do sedentarismo nessa população. O exercício em solo do método
Pilates® pode ser considerado uma alternativa de exercício físico capaz de promover melhora
do condicionamento físico, relaxamento corporal e melhora da qualidade de vida. Portanto o
objetivo desse estudo foi de investigar os efeitos de um programa de exercícios baseado no
Método Pilates®, na flexibilidade dos isquiotibiais e na resistência muscular à fadiga de
membros superiores e abdominais em universitários sedentários. Foram selecionados 22
jovens sedentários (12 do gênero feminino e 10 gênero masculino) com idade média de 21,66
± 1,67 anos. Tratou-se de um estudo clínico e prospectivo, no qual as variáveis avaliadas foram
comparadas antes e após a aplicação de 12 semanas de um protocolo de exercícios baseado
no Método Pilates®. O protocolo foi construído respeitando os princípios de progressão da
carga e a partir da sexta semana todos os exercícios foram evoluídos. As variáveis analisadas
foram a flexibilidade de isquiotibiais mensurada através do Banco de Wells e a resistência
muscular à fadiga de membros superiores foi realizado em quatro apoios contando-se o
número de repetições em um minuto. Já para avaliação da resistência abdominal, o voluntário
foi posicionado em decúbito dorsal, com os membros inferiores fletidos e os membros
superiores posicionados atrás da cabeça contando-se o número de repetições em um minuto.
Com relação à flexibilidade houve melhora significante comparando os momentos pré e pós
intervenção com valor de p < 0,0001. Com relação à resistência muscular à fadiga de membros
superiores e abdominais também houve melhora significante comparando os momentos pré e
pós intervenção valor de p < 0,0001 e p < 0,0001, respectivamente. Conclui-se que um
programa de treinamento com exercícios baseado no Método Pilates® durante 12 semanas
com carga progressiva controlada promoveu melhora significante na flexibilidade e na
resistência muscular à fadiga de membros superiores e abdominais em universitários
sedentários.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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09 a 13 de Maio de 2011
Marcos V. Barbosa, Cláudio Luiz F. Júnior, Karla M. S. Ferreira, Tania R. Riul
249
EFEITO DO TRATAMENTO CRÔNICO COM CHÁ DE ALPISTE (PHALARIS CANARIENSIS)
NO VOLUME URINÁRIO DE RATOS WISTAR EUTRÓFICOS E DESNUTRIDOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA
O chá de alpiste é usado popularmente como hipotensor, através da diurese, e na
normalização de padrões bioquímicos como colesterol e glicemia. O objetivo deste estudo foi
avaliar os efeitos do extrato aquoso de alpiste no volume urinário em ratos Wistar. Foram
utilizados 24 animais, com aproximadamente 70 dias de idade, e 90 dias de tratamento
dispostos da seguinte maneira: Grupo Nutrido (N)-os ratos receberam ração comercial e água
ad libitum(n=6); Grupo Nutrido Alpiste (NA)-os ratos receberam ração comercial e chá de
alpiste ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido (D)-os ratos receberam 50% da ração consumida
pelos N e água ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido Alpiste (DA)-os ratos receberam 50% da
ração consumida pelos NA e chá de alpiste ad libitum(n=6). A infusão foi preparada utilizandose 500g da semente de alpiste para dois litros de água aquecida. A cada 15 dias os animais
eram colocados em gaiola metábólica, com um dia de adaptação, e seu volume urinário era
colhido e anotado, tendo um total de seis avaliações do volume urinário ao final do
experimento. Para a análise dos dados foi utilizada Análise de Variância (ANOVA), seguida do
teste de Newman-Keuls, quando apropriado. As análises foram obtidas utilizando-se o
programa Statistica®, sendo considerado como nível de significância um valor de α = 0,05. A
avaliação do volume urinário não mostrou efeito da droga, havendo somente interação entre
avaliação e dieta. Ou seja, os animais que receberam o chá de alpiste não urinaram mais
quando comparados aos animais que receberam água. Nessa interação, a análise Post Hoc
indica que, estatisticamente significante p<0,05, os nutridos na avaliação 5, com média e
desvio padrão de 5,4±5,31ml, urinaram menos que os nutridos na avaliação 2 (8,38±7,21ml) e
4 (9,74±8,07ml) . Em relação aos outros nutridos não houve diferenças estatisticamente
significantes. Entres os desnutridos, não houve diferença entre o volume urinário em nenhuma
avaliação. Entre nutridos e desnutridos também não houve diferenças significativas. Esse
estudo corroborou com outro trabalho, Balbi (2008), em que não foi verificado o efeito
hipotensor do chá de alpiste pelo mecanismo de diurese. Conclui-se que o chá de alpiste não
mostrou ser diurético nesse estudo e não foi sugerido seu efeito hipotensor por esse
mecanismo.
Apoio: FAPEMIG
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09 a 13 de Maio de 2011
Rosalina Tossige-Gomes; Núbia C. P. de Avelar; Adriano P. Simão; Camila D. C. Neves; Gustavo
E. B. A. de Melo; Etel Rocha-Vieira; Ana C. R. Lacerda
250
EFEITO DO TREINO DE VIBRAÇÃO DE TODO O CORPO NA PROLIFERAÇÃO DE
LINFÓCITOS T EM IDOSOS COM OSTEOARTRITE DE JOELHO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
A osteoartrite é uma afecção degenerativa osteoarticular incidente em joelhos de idosos,
sendo considerada um processo inflamatório crônico onde a resposta imune parece ser
ativada por sinais de lesão tecidual. O treino com exercício físico reduz a taxa de expansão de
células T, podendo reduzir o risco de processos inflamatórios crônicos e doenças auto-imunes
em idosos. O treino vibratório é uma intervenção capaz de aumentar o esforço físico
promovendo uma resposta de ativação muscular. Esse estudo teve como objetivo avaliar o
efeito do treino de vibração de todo o corpo na proliferação de linfócitos TCD4+ e TCD8+ em
idosos com osteoartrite de joelho. Vinte e um indivíduos (72,0 ± 6 anos) com diagnóstico de
osteoartrite do joelho moderada foram divididos em 2 grupos: grupo exercício (GE) (n = 10), e
grupo vibração (GV) (n = 11). Os indivíduos de ambos os grupos foram submetidos a um
protocolo de treinamento que consistiu em 3 sessões por semana, durante 12 semanas.
Durante as sessões de treino, o GE e o GV realizavam agachamentos padronizados com volume
incrementado sistematicamente, sendo que apenas o GV recebia vibração de todo o corpo
(freqüência variando de 35 a 40 Hz, amplitude de 4 mm, aceleração variando de 2,00 a 2,61G).
A coleta de sangue foi feita antes e após o programa de treinamento, e células mononucleares
(PBMC) foram obtidas. PBMC (5x106 células) foram coradas com CFSE (10μM) e estimuladas
com PHA (1  g / mL), durante 5 dias (37 °, 5% de CO2, 95% de umidade). Após a cultura, as
células foram marcadas com anticorpos anti-CD8 e anti-CD4 fluorescentes e a leitura dos
resutaldos foi feita por citometria de fluxo por meio da medição do decaimento CFSE. O índice
de proliferação de linfócitos TCD4+ e TCD8+ não foi diferente entre os grupos. Além disso, não
houve diferença antes e após o programa de treinamento para GE (TCD4+: 2,46 ± 1,22 versus
2,11 ± 0,87, respectivamente, e TCD8+: 2,82 ± 2,23 versus 2,69 ± 1, 46, respectivamente), bem
como GV(TCD4+: 3,05 ± 0,85 versus 1,40 ± 0,74, respectivamente, e TCD8+: 2,40 ± 1,28 versus
2,40 ± 1,40, respectivamente). Até onde se sabe, este é o primeiro estudo que avaliou o efeito
da adição de vibração ao treinamento com exercícios de agachamento na resposta
proliferativa de linfócitos TCD4+ e TCD8+ em idosos com osteoartrite de joelho. Diante dos
resultados obtidos, concluimos que um programa de treinamento constituído por exercícios de
agachamento, independente da adição de vibração de todo o corpo, parece não promover
alterações crônicas no sistema imune de idosos com osteoartrite de joelho.
Apoio: FAPEMIG, CNPq, PRPPG/UFVJM, Santa Casa de Caridade de Diamantina
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OLIVEIRA, M. L. P.; TEIXEIRA, T. N.; BRAGA, M. B.; OLIVEIRA, L. G.; SILVA, A.A; MELO, D.S.;
ESTEVES, E. A
251
EFEITOS DA POLPA DO PEQUI (CARYOCAR BRASILIENSE CAMB.) NA GLICEMIA E NOS
TRIGLICERÍDEOS SÉRICOS DE RATOS SUBMETIDOS A UMA DIETA HIPERLIPÍDICA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
A composição em ácidos graxos e substâncias anti-oxidantes da polpa do pequi (Caryocar
brasiliense Camb.) coloca esse fruto como um potencial alimento funcional, coadjuvante na
redução do risco de doenças crônicas. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do oléo da
polpa do pequi na glicemia e nos triglicerídeos de ratos. Foram utilizados 32 ratos (Wistar),
machos, com média de peso inicial de 146,5±2g. Os animais foram divididos aleatoriamente
em quatro grupos de oito animais e alimentados por um período de 28 dias, com oferta de
alimento e água ad libitum. Um grupo recebeu dieta padrão (PAD) com composição basal
semelhante à dieta AIN93M. Outro recebeu dieta controle (CTRL), semelhante a padrão,
porém hiperlipídica (acréscimo de 10% de banha de porco). Os demais receberam dietas com
composição semelhante à CTRL, mas acrescidas polpa de pequi desidratada de modo a
fornecer 400mg (PEQ400) ou 600 mg de óleo (PEQ600) para cada 25 g de dieta. O ganho de
peso (GP), a ingestão alimentar (IA), os coeficientes de eficiência alimentar (CEA) e conversão
alimentar (CCA), bem como os pesos absolutos e relativos dos fígados, a excreção fecal, os
níveis séricos de glicose e triglicerídeos foram avaliados ao final do período experimental. Não
houve diferenças na ingestão alimentar entre os grupos experimentais. No entanto, os grupos
CTRL, PEQ400 e PEQ600 ganharam mais peso que o PAD (p<0,05). Não houve diferença entre
os grupos alimentados com dieta hiperlipídica (p>0,05). O CEA foi inferior no grupo PAD
quando comparado com CTRL, PEQ400 e PEQ600 (p<0,01). Não houve diferença entre os
grupos experimentais para CCA, peso absoluto e relativo dos fígados e excreção fecal (p>0,05).
Os níveis séricos de glicose não foram alterados por nenhum dos tratamentos. Entretanto,
houve elevação dos níveis de triglicerídeos nos grupos CTRL, PEQ400 e PEQ600 de maneira
similar. Assim, a inclusão do óleo de pequi nas dietas, independente da concentração, não
influenciou em alterações metabólicas advindas do consumo de uma dieta hiperlipídica,
especificamente nos níveis séricos de triglicerídeos. Entretanto, como não houve alterações
em outras variáveis nos grupos que receberam essa dieta, tais como no peso dos fígados e na
glicemia, infere-se que a duração do experimento pode ter influenciado nesses resultados.
Apoio: FAPEMIG. PROCESSO: CAG816/08 APOIO: INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS –
IEF/MG. SECRETARIA DE ESTADO DE CIENCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇAÕ SUPERIOR –
SECTES/MG
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Graziella G. Teixeira, Catarina P. Quirino, Vanessa P. Teixeira, Amanda A. O. Leopoldino,
Nayara F. T. Braz, Débora F. M. Vitorino, Vanessa P. Lima.
252
EFEITOS DO MÉTODO PILATES® SOBRE VARIÁVEIS RESPIRATÓRIAS EM UMA
POPULAÇÃO DE JOVENS SEDENTÁRIOS: ESTUDO PILOTO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
A manutenção da bomba muscular respiratória é de vital importância para o sistema
respiratório. Para se manter íntegra a função muscular respiratória, tem sido preconizada a
prática regular de exercícios físicos, pois, assim como os demais músculos esqueléticos, os
músculos respiratórios respondem aos estímulos dados através do treinamento físico. Diversos
são os métodos e técnicas descritos com o objetivo de promover o alongamento muscular e
treinamento físico. Dentre estes, pode-se mencionar o Método Pilates® (MP). Diferentemente
de outras formas de treinamento físico resistido, o MP não privilegia a hipertrofia muscular,
mas o equilíbrio muscular, de forma que os grupos musculares interajam com força e
flexibilidade, melhorando a coordenação da respiração e o fortalecimento intenso da
musculatura abdominal e dos demais músculos inseridos no tronco. Portanto o objetivo foi de
investigar o impacto de um programa do MP, sobre a força muscular respiratória, o pico de
fluxo expiratório e a mobilidade toracoabdominal em jovens sedentários. Foram selecionados
15 jovens sedentários (09 do gênero feminino e 06 gênero masculino) com idade média de
21,66 ± 1,67 anos. Tratou-se de um estudo clínico e prospectivo, na qual as variáveis avaliadas
foram comparadas antes e após a aplicação de 12 semanas de um protocolo de exercícios
baseado no MP. O protocolo foi construído respeitando os princípios de progressão da carga e
a partir da sexta semana todos os exercícios foram evoluídos. As variáveis analisadas foram a
pressão expiratória máxima (PEmax.) e pressão inspiratória máxima (PImax.), com a utilização
do manovacuômetro, o pico de fluxo expiratório máximo, com a utilização do peak flow e o
movimento toracoabdominal, através do cálculo do índice diafragmático. A análise estatística
foi realizada após o teste de normalidade, sendo utilizado o Teste T Student para amostras
pareadas. Os resultados demonstram que ao comparar as variáveis obtidas antes do
treinamento e após, observa-se que todas elas apresentaram diferenças estatisticamente
significantes (p < 0,05). A média da PImáx antes do treinamento foi de -83 cmH2O ± 37,3
cmH2O e após de -102 cm H2O ± 34,4 cmH2O (0,0009) ; PEmáx antes do treinamento de 73,13
cmH2O ± 31,8 cmH2O e após de 94,67 cmH2O ± 37,4 cmH2O (0,0012); PFE antes do
treinamento de 447,3 L/min ± 149,4 L/min e após de 504 L/min ± 147,9 L/min (0,0013); ID
antes do treinamento de 3,23 cm ± 2,078 cm, 3,4667 cm ± 3,61775 cm, 3,0667 cm ± 1,97183
cm, e após de 5,3667 cm ± 1,74711 cm (0,0004), 5,9 cm ± 2,72685 cm (0,0021), 4,4333 cm ±
1,56829 cm (0,0419) para as medidas axilar, xifoidiana e abdominal, respectivamente. Concluise que um programa de treinamento com um protocolo de exercícios baseado no MP durante
12 semanas com carga progressiva controlada promoveu melhora significativa na força
muscular respiratória, no pico de fluxo inspiratório máximo e no padrão toracoabdominal.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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253
EFETIVIDADE DA ADIÇÃO DE VIBRAÇÃO DE TODO O CORPO AOS EXERCÍCIOS DE
AGACHAMENTO NO DESEMPENHO MUSCULAR DE IDOSOS COM OSTEOARTRITE DE
JOELHO
Camila D.C. Neves, Rosalina G.- Tossige, Núbia C.P. de Avelar, Adriano P.Simão, Ana Cristina R.
Lacerda
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
A osteoartrite (OA) é uma doença crônica, progressiva e degenerativa que tem como principal
característica a degeneração da cartilagem articular, acometendo várias articulações, dentre
essas o joelho. Como conseqüência da OA pode-se observar expressiva redução da força
muscular. A Vibração de Todo o Corpo, associada aos exercícios de agachamento tem sido
indicada para o tratamento da OA de joelho, objetivando o aumento da força muscular. Dessa
forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade do treinamento de agachamento
associado ou não a adição de vibração de todo o corpo no desempenho muscular de idosos
com OA de joelho. 23 idosos com OA de joelho participaram do estudo e foram divididos
aleatoriamente em dois grupos: grupo plataforma vibratória (GPV; N=12); que foi submetido
ao treino com exercícios de agachamento associado ao exercício vibratório e grupo exercício
(GE; N=11) que realizava o treino com exercícios de agachamento. Ambos os grupos realizaram
o treinamento 3 vezes semanais durante 12 semanas. O desempenho muscular foi avaliado
pelo teste de força muscular isométrica do quadríceps e pelo teste de velocidade da marcha
em dois momentos distintos: antes e imediatamente após o treinamento. Pôde-se notar que
apenas o GPV apresentou aumento significativo na força muscular isométrica, no entanto essa
diferença não foi significativa em relação ao GE. Já para o desempenho no teste de velocidade
da marcha, ambos os grupos apresentaram melhora significativa após o treinamento. Embora
a adição de vibração de todo o corpo ao treinamento de agachamento não resultou em uma
melhora significativa na força isométrica do músculo quadríceps e na velocidade de marcha
quando comparado ao grupo de treinamento de agachamento sem vibração, os resultados
intra-grupo sugerem que a vibração de todo o corpo pode representar uma alternativa viável e
eficaz para melhorar a força muscular isométrica do quadríceps em idosos com osteoartrite de
joelho.
Apoio: Fapemig, CNPq
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254
EFETIVIDADE DE UM PROGRAMA DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO TRATAMENTO
DE PACIENTE COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC): RELATO DE
CASO
Polianna D. Pereira, Rodrigo A. P. Miranda, Cynthia F. F. Santos, Vanessa P. Lima
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma das causas principais de
morbidade e mortalidade em todo mundo e resulta em um impacto econômico e social que é
substancial e crescente. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), no ano
2000 definiu a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) como “entidade clínica que se
caracteriza pela presença de obstrução ou de limitação crônica ao fluxo aéreo, apresentando
progressão lenta e irreversível”, é uma das causas principais de morbidade e mortalidade em
todo mundo. Dentre as intervenções terapêuticas direcionadas à melhora dos sintomas
referidos pelos pacientes, temos a fisioterapia que atua tanto na prevenção como no
tratamento da patologia. Com este trabalho objetivou‐se avaliar a efetividade de um
tratamento fisioterapêutico em paciente portadora de DPOC. Método: A paciente foi
submetida à avaliação fisioterapêutica e coletou-se assim medidas de Peak Flow, teste de
caminhada dos 6 minutos (TC6), espirometria e dados vitais Após isso foi dado início a terapia,
sendo realizado acompanhamento durante cinco semanas, duas vezes por semana, durante 90
minutos cada sessão. Cada sessão consistiu de alongamento ativo e estático, exercícios
resistidos para membros superiores, exercícios de fortalecimento para membros inferiores,
exercícios de flexibilidade de tronco, exercícios de reexpansão pulmonar e atividade aeróbica.
Em todos os exercícios a carga foi aumentada progressivamente de acordo com a resposta da
paciente e a freqüência foi determinada de acordo com a quantidade de repetições que a
mesma conseguia realizar em um minuto, priorizando o treino de força para membros
inferiores e de resistência para membros superiores. O presente estudo obedece aos preceitos
da Lei 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, que trata do Código de Ética em Pesquisa em
Seres Humanos. Junto aos procedimentos terapêuticos destinados a paciente foram
ministradas palestras educativas individualizadas sobre a patologia e suas repercussões,
técnicas de conservação de energia, tratamento médico e fisioterapêutico ressaltando a
importância do envolvimento da paciente em seu tratamento. Observou‐se com o tratamento
uma melhora de aproximadamente 90% no valor de fluxo máximo respiratório (PFE), através
do Peak Flow obtidos e previstos (em L/min) para o sexo feminino, idade de 64 anos, e altura
igual a 153 centímetros. Observou‐se que a paciente apresentou um aumento de 70 metros do
TC6, o que corresponde a um aumento de 13% na distância percorrida o que segundo alguns
estudos demonstram a efetividade do tratamento. Obteve-se uma redução da pressão arterial
de PA20/10/10=200/100 mmHg para PA26/11/10=130/70mmHg. Conclusões: Pode-se
observar que o programa de tratamento foi efetivo na melhora do condicionamento físico, na
diminuição da restrição ao fluxo aéreo e diminuição da pressão arterial.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Amanda A. O. Leopoldino, Natália A. P. Santana, Gabriela B. Passos, Nayara F. T. Braz, Núbia C.
P. Avelar, Vanessa P. Lima, Débora F. M. Vitorino.
255
EFETIVIDADE DE UM TREINAMENTO COM EXERCÍCIOS BASEADOS NO MÉTODO
PILATES® NA REDUÇÃO DE MEDIDAS CORPORAIS EM JOVENS SEDENTÁRIOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
O método Pilates® é considerado um tipo de exercício físico que demonstra resultados
positivos em relação a variáveis cardiorrespiratórias, bem como musculoesqueléticas. No
entanto, a maior adesão a esse exercício refere-se à perda de medidas corporais e a literatura
apresenta poucos estudos em relação a essas variáveis. O índice de massa corporal (IMC) em
conjunto com relação cintura quadril (RCQ) são variáveis comumente utilizadas para
mensurações de medidas corporais. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o
efeito de um programa de treinamento de 12 semanas com exercícios baseados no método
Pilates® na redução de medidas em jovens sedentários. Foram selecionados 15 jovens
sedentários [9 mulheres (idade 22,5 ± 2,51 anos; IMC: 22,8 ± 1,72 Kg/m2; RCQ: 0,75 ± 0,02) e 6
homens (idade 22,3 ± 1,63 anos; IMC: 24,82 ± 3,23 kg/m2; RCQ: 0,83 ± 0,03 cm)] para
participarem do programa de treinamento de 12 semanas ininterruptas, 2 vezes semanais,
com duração diária de 60 minutos, realizado de forma supervisionada e progressiva, com
aumento na carga dos exercícios a partir da sexta semana. Cada sessão foi constituída de 60
minutos, sendo realizados exercícios de alongamentos (10 Minutos), exercícios baseados no
Método Pilates® (40 Minutos) e resfriamento (10 Minutos). O IMC e RCQ foram avaliados
antes e após o protocolo de exercícios, para verificar a sua efetividade na redução de medidas
corporais. Os resultados demonstram uma diferença significante no RCQ tanto nas mulheres
(p=0,047) quanto nos homens (p=0,017), porém o IMC não apresentou diferenças significantes
nas mulheres (p=0,618) e nos homens (p= 0,095). Conclui-se que o programa de exercícios
baseados no Método Pilates® proposto neste estudo foi capaz de reduzir o RCQ sem
alterações significativas no IMC tanto nos homens quanto nas mulheres. No entanto, mais
estudos são necessários para verificar a efetividade desse método na redução de medidas
corporais.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Amanda A. O. Leopoldino, Gabriela B. Passos, Natália A. P. Santana, Vanessa P. Teixeira, Núbia
C. P. Avelar, Vanessa P. Lima, Débora F. M. Vitorino.
256
EFETIVIDADE DO MÉTODO PILATES® NO AUTO-RELATO DO SONO E NA QUALIDADE
DE VIDA EM UNIVERSITÁRIOS SEDENTÁRIOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
A prática regular de atividade física tem sido indicada por manter e melhorar a saúde, no
entanto, o sedentarismo cresce de forma expressiva, tornando-se um problema universal e
atua diminuindo a auto-estima, aumentando a ansiedade e agravando os quadros de
depressão com consequente piora nos índices da qualidade do sono e da qualidade de vida.
Nesse sentido, o Método Pilates® surge como forma de exercício físico particularmente
interessado em oferecer bem-estar geral ao indivíduo, podendo ser uma alternativa para
melhorar a qualidade do sono e a qualidade de vida de quem o pratica. Portanto o objetivo do
presente estudo foi investigar os efeitos de um programa de exercícios baseado no Método
Pilates®, no auto-relato do sono e na qualidade de vida em universitários sedentários. Tratouse de um estudo clínico e prospectivo, na qual as variáveis avaliadas foram comparadas antes e
após a aplicação de 12 semanas de um protocolo de exercícios baseado no Método Pilates®.
Foram selecionados 22 jovens sedentários (12 do gênero feminino e 10 gênero masculino) com
idade média de 21,66 ± 1,67 anos, para participar do programa de treinamento com Pilates
durante 12 semanas ininterruptas, 2 vezes semanais, com duração diária de 60 minutos. O
protocolo foi construído respeitando os princípios de progressão da carga e a partir da sexta
semana todos os exercícios foram evoluídos. As variáveis analisadas foram o auto-relato do
sono, com a utilização da Escala de sonolência de Epworth e a qualidade de vida, com o Short
Form Health Survey 36 (SF-36). Os resultados demonstram que em relação ao auto relato de
sono houve melhora significante quando comparado os momentos iniciais e finais (p= 0,04). Já
na variável qualidade de vida, nota-se melhora estatística em todos os componentes
emocionais e também no componente físico, excetuando-se o domínio aspectos físicos (p=
0,094). Conclui-se que um programa de treinamento com um protocolo de exercícios baseado
no Método Pilates® durante 12 semanas com carga progressiva controlada promoveu melhora
significativa no auto relato de sono e nos componentes físicos e emocionais da qualidade de
vida em universitários sedentários.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
257
EFICÁCIA DO TRATAMENTO COM LASERS (VERMELHO E INFRAVERMELHO) EM
PACIENTES PORTADORES DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR - ENSAIO CLÍNICO
CONTROLADO RANDOMIZADO DUPLO-CEGO
Raphael C. Guimarães, Adriana M. Botelho, Karine T. A. Tavano, Túlio S. Pereira, Olga D. Flecha
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
A disfunção temporomandibular (DTM) engloba um grande número de problemas clínicos, os
quais afetam os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas
associadas. Dentre as formas de tratamento não invasivas tem-se a fotobiomodulação a laser
em dois comprimentos de onda diferentes, e com ações distintas. Nos ensaios clinicos
controlados da literatura ainda não existe um consenso quanto a padronização do tratamento
utilizando laser de baixa potência e qual o dos comprimentos de onda é o mais eficaz.
Portanto, o presente estudo objetivou comparar a intervenção não-cirúrgica dos lasers
vermelho e infravermelho na remissão dos sintomas em pacientes diagnosticados com DTM.
Foram avaliados para elegibilidade 23 pacientes, sendo 19 randomizados para receber as
intervenções, com um tipo de laser em cada lado da face, totalizando 116 pontos sensíveis –
vermelho (n=61) e infravermelho (n=55). A randomização foi realizada por um pesquisador
independente, que desconhecia os pacientes, através de sorteio utilizando envelopes opacos.
As intervenções foram realizadas por dois pesquisadores que só conheceram o tipo de laser e
o lado a ser aplicado no momento da primeira intervenção. Foram realizadas três sessões
terapêuticas com intervalos entre cada uma de 48 horas. Os pacientes permaneceram durante
a aplicação com um óculos protetora que impedia a visualização do tipo de laser. Foram feitas
três avaliações subseqüentes, nos tempos de 24 horas, 30 e 90 dias. Os dados coletados foram
distribuídos de forma não normal, por isso foram realizados testes não paramétricos.
Observou-se melhora significativa dos dois tipos de lasers nos tempos de 24 horas, 30 e 90 dias
em relação ao baseline, mas quando comparado os tempos de 30 e 90 dias em relação à
avaliação de 24 horas, não houve diferença estatística. Quando perguntados na auto-avaliação
subjetiva, todos os pacientes responderam que houve melhora no prazo de 90 dias em relação
ao estado inicial antes das intervenções. Desta forma, conclui-se que tanto o laser vermelho
quanto o infravermelho são eficazes no tratamento de DTM e que não há diferença estatística
nas duas formas terapêuticas de lasers de baixa potência.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Leonardo A. Reis, Paulo B. Souza, Maxwell P. Moreira, Paula C.P. Paiva, Vitor C. Dumont, Rafael
M. Silva, Maria H. Santos
258
EFICIÊNCIA DE DESINFETANTES COMERCIAIS SOBRE O CRESCIMENTO MICROBIANO
EM MOLDES DE HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
A quantidade de espécies de microorganismos presentes na cavidade bucal é grande e
algumas merecem determinada atenção, devido à sua virulência e sua resistência: os vírus da
hepatite B e da AIDS, a Candida albicans, Escherichia coli, Streptococcus mutans, herpes e
tuberculose. As alterações causadas por esses microorganismos vão desde ulcerações
temporárias na mucosa a patologias sistêmicas letais de cura ainda desconhecida. No mercado
existe uma gama variada de materiais utilizados para desinfecção em geral, que deve ser
usado de forma a não alterar a integridade do material de moldagem empregado,
minimizando a infecção cruzada. Tão importante quanto a desinfecção é a seleção do método
e da solução desinfetante a ser utilizada para cada material de moldagem. O hidrocolóide
irreversível (alginato) é um material de moldagem de aplicação fácil, dispensa equipamentos
sofisticados para seu uso e tem um custo relativamente menor quando comparado a outros
materiais de moldagem. O propósito deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana de
moldes de alginato, após imersão em soluções desinfetantes disponibilizadas no comércio. Os
espécimes Candida albicans, Escherichia coli, Staphilococus aureus e bacillus proteus foram
semeados em caldo BHI, incubados a 37ºC por 24 horas. Os inóculos foram padronizados de
acordo com o tubo 1 da escala de McFarland e distribuídos em placas de Petri com ágar. O
crescimento microbiano foi observado em moldes obtidos de alginato sem desinfecção,
alginato comercializado com clorexidina e moldes de alginato desinfetados por imersão em 20
ml, por 10 minutos, nas substâncias hipoclorito de sódio 1%, ácido peracético 0,2% e
glutaraldeído 2%. Quatro moldes de alginato sem desinfecção e 16 de alginato desinfectados
com as soluções foram inseridos em duplicatas nas placas contendo Candida albicans,
Escherichia coli, Staphilococus aureus e Bacillus proteus. As placas foram incubadas a 37ºC e
após 24 horas mensurou-se os halos formados ao redor dos moldes. A solução de hipoclorito
1% foi o material desinfetante mais efetivo para os moldes de alginato, seguidos pelas
soluções de ácido peracético 0,2% e de glutaraldeído 2%, perante os microorganismos
estudados. O alginato comercializado com clorexidina apresentou ação antimicrobiana mais
baixa em sua composição, quando comparado com as substâncias desinfetantes testadas.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM.
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Jeane A. Baracho, Izabela P. Rossi, Ana Claudia L. Silva, Kellen C. Silva, Angelina do C. Lessa,
Ana Catarina P. Dias, Luciana N. Nobre
259
ELABORAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR
PARA ADOLESCENTES DA CIDADE DE DIAMANTINA-MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
Atualmente, diversos estudos relacionam as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) à
elevada ingestão de alimentos ricos em colesterol, de ácidos graxos saturados,e ao baixo
consumo de fibras. Assim, o conhecimento do perfil da ingestão alimentar na população é o
método mais precoce que existe para identificar o risco de adoecer por DCNT e por doenças
carenciais associadas à nutrição. O Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA)
permite estimar o consumo de alimentos usual ao longo de um período e categorizar os
indivíduos investigados segundo gradientes de consumo. O objetivo desse trabalho foi
descrever a elaboração de um QFCA para avaliação dos hábitos alimentares de adolescentes
da cidade de Diamantina/MG.Trata-se de um estudo transversal com 144 adolescentes de
ambos os sexos, de escolas públicas e privadas da área urbana do Município de
Diamantina/MG. A coleta dos dados ocorreu no período de junho de 2010 a fevereiro de 2011.
As faixas etárias dos adolescentes estudadas foram 10 a 14 e 15 a 19 anos. Para a elaboração
do QFCA foram identificados os alimentos mais consumidos presentes nos Recordatórios
Alimentares (RA) de 24 horas dos adolescentes. Foram listados 192 itens alimentares nos RAs,
os quais foram posteriormente agrupados, segundo características nutricionais e energéticas,
resultando em 101 itens. Destes, os consumidos por menos de 5% dos adolescentes foram
excluídos, resultando numa lista final de 50 itens que compuseram o QFCA. Os alimentos
referidos com maior frequência foram o arroz cozido, com 140 citações; seguido do feijão com
125 citações; café adoçado com açúcar, com 86 citações; pão francês com 74 citações e leite
de vaca integral, com 69 citações. Dentre os produtos industrializados, com alta densidade
energética ou baixo valor nutricional, os mais frequentemente consumidos foram
refrigerantes, sucos artificiais e achocolatado em pó. Para compor alista do QFCA foram
selecionados os itens alimentares citados no mínimo 7 vezes nos registros (5%) e que
contribuíram para 95% do consumo total de energia, macronutrientes, vitaminas A e C, ferro e
cálcio. O tamanho das porções de cada alimento do QFCA foi obtido a partirdos percentis 25,
50 e 75 dos valores das porções relatadas nos RAs 24h, as quais foram classificadas como
porção pequena, média e grande respectivamente, que posteriormente foram transformados
em medidas caseiras. Neste trabalho foram descritas as etapas iniciais do processo de
construção de um QFCA para adolescentes da cidade de Diamantina-MG. Este ainda passará
por etapas também importantes como validação e elaboração de um álbum fotográfico que
poderá facilitar e melhorar a estimativa da quantidade dos alimentos consumidos por
adolescentes na região do Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Esses instrumentos, certamente
serão de utilidade para pesquisa sobre saúde e nutrição de adolescentes, especialmente na
região onde foi desenvolvida a presente pesquisa.
Apoio: FAPEMIG, CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Jeane A. Baracho, Izabela P. Rossi, Ana Claudia L. Silva, Lidiane L. Moreira, Angelina do C.
Lessa, Ana Catarina P. Dias, Luciana N. Nobre
260
ELABORAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR
PARA CRIANÇAS DA CIDADE DE DIAMANTINA-MG
Email: e-mail: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
Pesquisas realizadas atualmente relatam que doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)
acometidas por adultos, podem ser reflexos de exposição a fatores de risco, como a
alimentação, durante diferentes fases da vida. Desta forma, a investigação precoce dos hábitos
alimentares de crianças e adolescentes se torna alvo das pesquisas, na tentativa de encontrar
possíveis indicadores dietéticos que sinalizem o desenvolvimento de DCNT. Para essa
investigação merece destaque a utilização do Questionário de Frequência de Consumo
Alimentar (QFCA) que é um instrumento de avaliação dietética que permite estimar o
consumo usual de alimentos em um período e classificar os grupos populacionais de acordo
com sua freqüência alimentar. O objetivo desse trabalho foi descrever a elaboração de um
QFCA para avaliação dos hábitos alimentares de crianças da cidade de Diamantina/MG. Tratase de um estudo transversal com crianças de ambos os sexos de escolas públicas e privadas da
área urbana do Município de Diamantina/MG. A coleta dos dados ocorreu no período de junho
de 2010 a fevereiro de 2011. As faixas etárias estudadas foram 2 a 5 e de 6 a 9 anos. Para a
elaboração do QFCA foram identificados os alimentos mais consumidos presentes nos
Recordatórios Alimentares (RA) de 24 horas das crianças. Para compor a lista do questionário
foram selecionados os itens alimentares citados no mínimo 6 vezes nos registros (5%). Os
alimentos que contribuíram para 95% do consumo total de energia, macronutrientes,
vitaminas A e C, ferro e cálcio foram selecionados para compor a lista do QFCA. crianças foram
listados 210 alimentos, dos quais 75 itens foram agrupados em uma lista de 49 itens
alimentares que compuseram o QFCA. Os alimentos referidos com maior frequência foram: o
arroz (113), feijão carioca (102), leite integral de vaca (70), pão francês (52) e achocolatado em
pó (49). Dentre os produtos industrializados de alta densidade energética ou baixo valor
nutricional mais frequentemente consumidos observou-se a presença do achocolatado em pó
(49), margarina (34), suco artificial (29), e guaraná (26). O tamanho das porções de cada
alimento do QFCA foi obtido a partir dos percentis 25, 50 e 75 dos valores das porções
relatadas nos RA 24h, as quais foram classificadas como porção pequena, média e grande,
respectivamente, que posteriormente foram transformados em medidas caseiras. Neste
trabalho foram descritas as etapas iniciais do processo de construção de um QFCA para
crianças da cidade de Diamantina-MG. Este ainda passará por etapas também importantes
como validação e elaboração de um álbum fotográfico que poderá facilitar e melhorar a
estimativa da quantidade consumida por adolescentes na região do Alto Vale do
Jequitinhonha/MG. Esses instrumentos, certamente serão de utilidade para pesquisa sobre
saúde e nutrição de crianças, especialmente na região onde foi desenvolvida a presente
pesquisa.
Apoio: FAPEMIG, CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Cristina F. Gontijo; Geralda V.C. Machado; Paula A.B. Alves
261
EVOLUÇÃO DA MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS MAL DEFINIDAS NA
MACRORREGIÃO DO JEQUITINHONHA - MG, 1996 A 2008
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
A Mortalidade Proporcional por Causas Mal Definidas é conhecida como um indicador da
qualidade das estatísticas de óbito. Quanto menor a proporção de óbitos por causas mal
definidas, melhor é a qualidade das estatísticas na região. Neste grupo incluem-se os óbitos
sem assistência médica, demonstrando a dificuldade de acesso de algumas populações a
serviços médicos. A monitoração do grupo de causas de morte mal definidas é fundamental
para a busca da melhoria das informações obtidas pelo Sistema de Informações sobre
Mortalidade, além de sinalizar a disponibilidade de infra-estrutura assistencial e de condições
para o diagnóstico de doenças, bem como a capacitação profissional para preenchimento das
declarações de óbito. Assim, foi objetivo do presente trabalho analisar a evolução da
mortalidade proporcional por causas mal definidas na Macrorregião do Jequitinhonha - MG,
no intervalo cronológico de 1996 a 2008. Para tanto, foi realizado um estudo retrospectivo
procedendo a análise quantitativa dos óbitos classificados no capítulo Sintomas, sinais e
achados anormais em exames clínicos e laboratoriais da Classificação Internacional de Doenças
10ª. Revisão (CID-10), ocorridos entre 1996 a 2008. A análise temporal se restringiu até 2008,
último ano em que os dados estavam disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade.
Os 23 municípios integrantes da macrorregião constituíram as unidades de análise. Em relação
a evolução da mortalidade proporcional por causas mal definidas, observou-se tendência ao
declínio ao longo do intervalo estudado, de 35,25% em 1996 para 26,39% em 2008, revelando
melhor qualidade de informações dos óbitos registrados. Apesar da tendência ao declínio, os
23 municípios apresentaram proporções bem acima de Minas Gerais (14,4% em 2006 e 11,2%
em 2007). Evidenciaram-se comportamentos diferenciados entre os municípios, sendo que em
alguns se constatou melhora na qualidade da informação, enquanto que em outros foram
observadas variações expressivas, que provavelmente estão associadas a eventuais
modificações no sistema de captação de informações. Quanto à proporção de óbitos sem
assistência médica, também foi observada tendência ao declínio, de 31,02% em 1996 para
17,03% em 2008. Apesar da diminuição, as proporções encontradas são bem superiores às do
Estado (9,3% em 1996 e 4,2% em 2007). Em relação aos óbitos sem assistência médica
também foram encontrados comportamentos variados, com amplitude de 0% a 47%. Este
resultado é alarmente por demonstrar a falta de acesso de algumas populações aos serviços
médicos. O elevado número de óbitos por causas mal definidas representa um dos principais
problemas relacionados à qualidade dos dados do Sistema de Informação de Mortalidade. Da
mesma forma, constituem obstáculo para a distribuição de recursos com base no perfil
epidemiológico, visto que podem alterar consideravelmente as taxas de mortalidade por
doenças, limitando o conhecimento sobre o estado de saúde da população.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Maressa A. Santos, Camila G. de Lima, Leandro B. Pires, Raquel G. Vieira-Andrade, Leandro S.
Marques, Maria Letícia Ramos-Jorge
262
FATORES ASSOCIADOS À REABSORÇÃO ATÍPICA EM MOLARES DECÍDUOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
A reabsorção radicular atípica em molares decíduos consiste em um tipo de reabsorção,
fisiológica ou patológica, em que uma das raízes, mesial ou distal, se encontra em estágio mais
avançado de reabsorção. É também denominada por alguns autores como assimétrica ou
ectópica. O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência e os fatores associados à
reabsorção atípica em molares decíduos inferiores de crianças de 3 a 12 anos atendidos pela
clínica de Odontopediatria da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
(UFVJM). O estudo foi realizado com uma amostra de 1068 molares decícuos avaliados a partir
de 671 radiografias periapicais obtidas do acervo radiográfico da clínica de Odontopediatria.
Através de questionário aplicado previamente aos responsáveis pelas crianças do estudo,
coletaram-se informações sobre idade, história médica e odontológica. As radiografias foram
analisadas por pesquisadores previamente calibrados mediante observação direta com o
auxílio de negatoscópio. A avaliação radiográfica foi dividida em dois momentos. Inicialmente,
os pesquisadores observaram a presença ou não de reabsorção ectópica completa em uma das
raízes. Em seguida, verificou-se a condição em que a coroa dental se encontrava (hígida, com
presença de cárie sem envolvimento pulpar, com presença de cárie com envolvimento pulpar
ou restaurado). Além dessas variáveis, verificou-se se o molar decíduo apresentava lesão
periapical, pulpotomia ou pulpectomia. Análise descritiva de frequência e teste qui-quadrado
foram utilizados para análise dos resultados. Entre as 453 crianças que participaram do estudo,
53.4% (n=252) pertenciam ao gênero masculino, enquanto 46.6% (n=211) pertenciam ao
gênero feminino. Em relação à idade, 41.3% (n=187) das crianças encontravam-se na faixa
etária de 3 a 7 anos, enquanto 58.1% (n=263) possuíam entre 8 e 12 anos. Já em relação aos
1068 molares decíduos avaliados 3.8% (n=41) possuíam reabsorção ectópica completa.
Observou-se uma associação estatisticamente positiva entre presença de reabsorção ectópica
e idade da criança (p<0,001) e presença de pulpotomia (p<0,05). Não houve associação
estatisticamente significativa entre reabsorção ectópica e as demais variáveis independentes
investigadas. Concluiu-se que a idade da criança e a presença de pulpotomia estiveram
relacionadas a uma maior ocorrência de reabsorção ectópica em molares decíduos inferiores.
Apoio:
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Clarissa L. Drumond, Laura A. Azevedo, Raquel G. Vieira-Andrade, Leandro S. Marques, Maria
Letícia Ramos-Jorge
263
FATORES ASSOCIADOS À REABSORÇÃO PATOLÓGICA INFLAMATÓRIA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
As reabsorções dentárias patológicas, especialmente a do tipo inflamatória, têm frequência
significativa e caracterizam-se como consequência e/ou complicação de várias situações
clínicas, como traumatismos dentários e lesões periapicais inflamatórias provenientes da
doença cárie, constituindo causa comum de perda precoce do dente decícuo. O objetivo do
presente estudo foi verificar a prevalência e os fatores associados à reabsorção patológica
inflamatória em molares decíduos inferiores de crianças de 3 a 12 anos atendidos pela clínica
de Odontopediatria da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O
estudo foi realizado com uma amostra de 1068 molares decícuos avaliados a partir de 671
radiografias periapicais obtidas do acervo radiográfico da clínica de Odontopediatria. As
radiografias pertenceram a 453 crianças com idade entre 3 e 12 anos. Através de questionário
aplicado previamente aos responsáveis pelas crianças do estudo, coletaram-se informações
sobre idade, história médica e odontológica. As radiografias foram analisadas por
pesquisadores previamente calibrados mediante observação direta com o auxílio de
negatoscópio. A avaliação radiográfica foi dividida dois momentos. Inicialmente, os
pesquisadores observaram o tipo de reabsorção radicular presente no dente avaliado
(fisiológica ou patológica inflamatória). Em seguida, verificou-se a condição em que a coroa
dental se encontrava (hígida, com presença de cárie sem envolvimento pulpar, com presença
de cárie com envolvimento pulpar ou restaurado). Além dessas variáveis, verificou-se se o
molar decíduo apresentava pulpotomia ou pulpectomia. Análise descritiva de frequência e
teste qui-quadrado foram utilizados para análise dos resultados. Entre as 453 crianças que
participaram do estudo, 53.4% (n=252) pertenciam ao gênero masculino, enquanto 46.6%
(n=211) pertenciam ao gênero feminino. Em relação à idade, 41.3% (n=187) das crianças
encontravam-se na faixa etária de 3 a 7 anos, enquanto 58.1% (n=263) possuíam entre 8 e 12
anos. Já em relação aos 1068 molares decíduos avaliados 16.2% (n=173) possuíam reabsorção
patológica inflamatória. Foi observada associação estatisticamente significativa entre presença
de reabsorção patológica inflamatória e: gênero (p=0,044) e idade da criança (p=0,011),
ausência de dente hígido (p<0,001), cárie com envolvimento pulpar (p<0,001), dente
restaurado (p<0,001), pulpotomia (p<0,001) e pulpectomia (p<0,001). Sendo assim, pode-se
concluir que o gênero e idade da criança, assim como presença de cárie com envolvimento
pulpar, dente restaurado e presença de pulpotomia ou pulpectomia estiveram relacionadas a
uma maior ocorrência de reabsorção patológica inflamatória nos molares decíduos inferiores.
Apoio:
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Raquel G. Vieira-Andrade, Flávia F. Z. Guimarães, Charlles S. Vieira, Sarah T. C. Freire, Maria
Letícia Ramos-Jorge, Anacélia M. Fernandes
264
FATORES ASSOCIADOS ÀS ALTERAÇÕES DA MUCOSA BUCAL EM PACIENTES DO VALE
DO JEQUITINHONHA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
O conhecimento sobre alterações da mucosa bucal (lesões e alterações da normalidade) assim
como suas associações com doenças sistêmicas, hábitos deletérios (tabagismo e etilismo) e
consumo de medicamentos é essencial para o diagnóstico, tratamento e estabelecimento de
políticas de prevenção. O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência e os fatores
associados às alterações da mucosa bucal em 511 pacientes de Diamantina e regiões
circunvizinhas. Foram incluídos no estudo sujeitos de ambos os gêneros e com idade acima de
12 anos que procuraram atendimento nas clínicas de graduação do curso de Odontologia da
UFVJM. Através de questionários aplicados por meio de entrevista foram coletadas
informações como idade, gênero, tipo racial, história médica e odontológica, além de consumo
de álcool, cigarro e medicamentos. Em seguida, os participantes foram submetidos a exame
clínico para diagnóstico das alterações da mucosa bucal. Análise descritiva de frequência e
teste qui-quadrado foram utilizados para análise dos resultados. Um total de 848 alterações da
mucosa bucal foi encontrado em um universo de 434 indivíduos (84.9%), sendo que alguns
apresentaram mais de um tipo de alteração. Foram diagnosticados 26 tipos de alterações
sendo os mais comuns: manchas melânicas (36.0%), linha alba (33.9%), úlcera traumática
(21.5%), grânulos de Fordyce (20.4%), língua saburrosa (12.5%), língua fissurada (10.0%) e
leucoedema (6.5%). O gênero masculino possuiu associação estatisticamente significativa com
leucoedema (14.3%, n=18, p<0.05), língua saburrosa (20.6%, n=26, p<0.05) e língua fissurada
(16.7%, n=21, p<0.05). Por outro lado, o gênero feminino apresentou associação com linha
alba (44.2%, n=136, p<0.05). Em relação à idade dos participantes, o grupo na faixa etária
compreendida entre 12 e 19 anos (50.7%, n=38) e o grupo entre 20 e 59 anos (42.3%, n=142)
apresentaram maior ocorrência de manchas melânicas do que o grupo entre 60 e 78 anos
(17.4%, n=4), sendo esta associação estatisticamente significativa (p<0,05). Manchas melânicas
também estiveram fortemente associadas ao tipo racial melanoderma (58.8%, n=50, p<0,001).
Possuir língua fissurada esteve associado a presença de doença sistêmica (22.5%, n=18,
p<0,05) e ao consumo de algum tipo de medicamento (23.0%, n=20, p<0.001). Língua
saburrosa (23.5%, n=16) e leucoedema (16.2%, n=11) estiveram associados ao consumo de
cigarro (p<0.05). Já no que se refere à ingestão de bebidas alcoólicas, o consumo de bebida
fermentada esteve associado a uma maior ocorrência de linha alba (50.0%, n=63, p<0.05).
Pode-se concluir que as alterações da mucosa bucal foram frequêntes e diversificadas, sendo o
gênero, idade e tipo racial do indivíduo, presença de doença sistêmica, consumo de
medicamentos, tabaco e bebida fermentada os principais fatores associados às alterações mais
prevalentes desse estudo.
Apoio:
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Daniel S. Castro, Rodrigo M. Pereira, Dora Neumann, Aline S. Lopes, Jamilie S. P. Campos,
Rahilda B. Tuma, Maria Aparecida A. P. da Silva.
265
FATORES DE INFLUÊNCIA NA SELEÇÃO DE ALIMENTOS CONSUMIDOS POR
ADOLESCENTES DE UMA ESCOA PÚBLICA DE BELÉM-PA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
O desenvolvimento e a manutenção das escolhas alimentares são influenciados por uma
interação complexa e variada de uma grande combinação de fatores, os quais abrangem desde
os biológicos até os antropológicos. O estudo foi realizado em uma escola pública de ensino
médio de Belém-PA, calculando-se uma amostra estratificada por gênero. Foi utilizado um
questionário auto-respondido, aplicado em salas de aulas, contendo dez fatores de influência
nas escolhas alimentares. Os adolescentes respondiam utilizando uma escala de 0 a 8 pontos
sendo que 0 correspondia a não influencia nada; 2, influencia pouco; 4, influencia
moderadamente; 6, influencia muito; 8, influencia muitíssimo. Os dados foram analisados
através do programa SAS 8.0. O grupo pesquisado foi constituído por 182 adolescentes, sendo
96 do gênero feminino, 52,7 %, e 86 do gênero masculino, 47,3 %, com idades entre 14 e 19
anos. Para ambos os gêneros o fator que mais os influencia na escolha dos alimentos
consumidos é o sabor dos alimentos, com médias de 6,7 para o gênero feminino e 6,3 para o
gênero masculino, as quais se localizam entre influenciar muito e influenciar muitíssimo na
escala de avaliação. Além do sabor, fatores como, facilidade de preparo, família e nutrição e
saúde, influenciam moderadamente aos adolescentes. Religião, amigos e convicções
ambientais não os influenciam nas escolhas alimentares. A tendência hedonista, sabor, como
influência principal na seleção dos alimentos deve ser avaliada como elemento importante em
programas de promoção da alimentação saudável entre estes adolescentes.
Apoio: CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
266
FATORES RESPONSÁVEIS PELA OCORRÊNCIA DAS DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS E
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS EM REGIÕES BRASILEIRAS: UMA
CORRELAÇÃO COM O VALE DO JEQUITINHONHA-MG
Liliane C. C. Ribeiro, Mirtes Ribeiro, Rosélia M. F. Souza, Fabrine A. Jardim, Janaina B. Santos
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
As Doenças Diarreicas Agudas e as Doenças Transmitidas por Alimentos se configuram como
etiologias que devem ser investigadas e monitorizadas em todo território brasileiro. Diante
disso, o estudo dos principais fatores responsáveis pela ocorrência dessas doenças se torna
imprescindível na organização e atuação dos órgãos de vigilância epidemiológica, sanitária,
ambiental e da saúde do trabalhador, uma vez que são pré-requisitos para o desenvolvimento
de estratégias que visem à prevenção, redução e o controle dos casos. Observa-se, ainda, a
existência de poucos estudos que associem os principais fatores que compõem o perfil
epidemiológico das DDA e DTA com as características regionais do Vale do Jequitinhonha.
Partindo desse pressuposto, o presente estudo objetivou correlacionar os principais fatores
responsáveis pela ocorrência das DDA e DTA em outras regiões brasileiras com os possíveis
fatores que condizem com o contexto epidemiológico dessas doenças no Vale. Trata-se de
uma revisão de literatura, onde foram selecionados 10 artigos em base de dados com período
de publicação 2000 a 2011. Por meio da análise dos artigos e correlação com dados
pesquisados no sistema de informação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
foi possível delinear os prováveis fatores que influenciam a ocorrência de DDA e DTA no Brasil
e compará-los com as características loco regionais do Vale, sendo que os fatores relacionados
à ocorrência de DDA e DTA foram: falta de acesso à água tratada; condições socioeconômicas
desfavoráveis; ausência de saneamento básico; falta de condições higiênicas; consumo de
alimentos contaminados; práticas inadequadas relacionadas à manipulação do alimento;
ausência de programas de educação em saúde direcionados para a população;
armazenamento inadequado de alimentos. Assim, refletindo-se sobre os problemas
relacionados aos aspectos físicos e socioeconômicos da região do Vale, é possível perceber que
estes também são relatados em outros estudos. Deste modo, pode-se supor que os fatores
responsáveis pelas ocorrências de DDA e DTA no Brasil, venham a ser os mesmos para o Vale.
Ressalta-se que estudos referentes à ocorrência desses fatores e o contexto epidemiológico
das DDA e DTA no Vale são imprescindíveis, com o intuito de serem planejadas políticas de
investimentos em saneamento básico e ambiental, programas de educação em saúde e
estímulo à melhoria das condições socioeconômicas e culturais da região.
Apoio: PET-Saúde/Vigilância em Saúde, Pró-Saúde I/UFVJM, Grupo de pesquisa Atenção
Básica/UFVJM, Gerência Regional de Saúde de Diamantina (GRSD), Secretaria Municipal de
Saúde de Diamantina (SMSD), UFVJM
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Lívia M. F. Costa*, Antonio S. Santos
267
FORMULAÇÃO DE MICROESFERAS DE GELATINA PARA DESENVOLVIMENTO DE TESTE
DIAGNÓSTICO POR CITOMETRIA DE FLUXO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA
O emprego de microesferas para o desenvolvimento de métodos de análises imunológicas por
citometria de fluxo é uma técnica promissora na detecção de anticorpos e antígenos, bem
como de drogas de abuso e outras substâncias. A técnica envolve o uso das microesferas
adsorvidas por antígenos ou por anticorpos de captura, de modo que ao serem adicionadas
aos fluidos biológicos, juntamente com um anticorpo de detecção marcado com um
fluorocromo, resulta na formação de um complexo, que pode ser detectado pelo citômetro de
fluxo. Um dos métodos mais empregados na obtenção de microesferas baseia-se na formação
prévia de uma emulsão onde os materiais componentes das esferas são incorporados na fase
interna. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um método de obtenção de
microesferas de gelatina, a partir de emulsões do tipo água em óleo, que posteriormente
possam ser empregadas em citometria de fluxo para a detecção de agentes patogênicos e
xenobióticos. Desse modo, as emulsões foram preparadas, acrescentando soluções aquosas de
gelatina e fluoresceína a uma mistura de óleo mineral e mono oleato de sorbitano a 50 °C, sob
agitação. A emulsão resultante foi transferida para um banho de gelo e desidratada por
sucessivas lavagens com isopropanol ou acetona. Em seguida foi acrescentada uma solução de
formaldeído, permitindo a formação de ligações cruzadas. Ao final deste processo, uma
solução contendo glicina foi adicionada interrompendo a reação, e novamente, o sistema foi
lavado com isopropanol ou água destilada. As microesferas resultantes, após a adequada
secagem em temperatura ambiente, foram ressuspendidas em solução de azida de sódio e
analisadas em microscópio óptico de fluorescência. A forma e a distribuição de tamanho das
partículas foram avaliadas. Para isso, foram analisadas diferentes variáveis do processo que
influenciam a etapa de formação de gotículas durante a emulsificação, como: a proporção de
tensoativo empregada, a velocidade de agitação, o procedimento de formação das ligações
cruzadas e a concentração de gelatina na fase interna da emulsão. Os resultados
experimentais indicaram que quanto maior a concentração de gelatina maior será o tamanho
das partículas, possivelmente devido ao aumento da viscosidade da fase interna, o que exige
uma maior quantidade de energia de cisalhamento para redução do tamanho das gotículas; o
emprego de tensoativo tende a reduzir a tensão interfacial para que a fase dispersa forme
gotículas menores e estáveis; por outro lado, o aumento da velocidade de agitação resulta na
formação de partículas menores; e, além disso, a aplicação de formaldeído e isopropanol são
essenciais para o enrijecimento e a desidratação das microesferas, devido a um efeito
plastificante. Sabendo que, para uso em teste diagnóstico por citometria de fluxo, as
microesferas devem apresentar menor tamanho possível, conclui-se que a avaliação criteriosa
das variáveis indicadas é essencial para a obtenção de microesferas viáveis.
Apoio: UFVJM, FAPEMIG
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268
GEORREFERENCIAMENTO DE UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO ALTO
JEQUITINHONHA EM APOIO À SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
SUSTENTÁVEL
Pedro S. Murta, Nadja M.G. Murta, Rosana P.Cambraia
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
Estudo realizado na comunidade quilombola de Quartel do Indaiá, localizada no Alto Vale do
Jequitinhonha-MG, que objetivou georreferenciar a comunidade, bem como identificar os
riscos e as potencialidades para a Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (SANS). Para
tal, foram coletadas as coordenadas geográficas com a utilização de um aparelho do Sistema
de Posicionamento Global – GPS (Garmim®) e diário de campo (questionário de produção de
alimentos), onde cada domicílio e roças foram georreferenciados. Paralelamente, foram
utilizadas fichas das famílias cadastradas no Programa de Agentes Comunitários de Saúde
(PACS). Residem na comunidade 25 famílias (126 pessoas), sendo a atividade econômica
predominante o garimpo braçal (faisqueira) e a agricultura para o auto-consumo. Destas, 08
(32%) possuem roças (distam em média 4,8 km) onde plantam batata-doce (100kg/ano), cana
(não estimado), feijão (800kg/ano), mandioca (600kg/ano) e milho (1540kg/ano); 17 (68%)
criam galinhas (359 unidades) e/ou gado leiteiro (78 unidades) e porcos (21 unidades); 10
(40%) possuem hortas domiciliares (abóbora, alface, beterraba, cebola, cebolinha verde,
cenoura, chuchu, couve e quiabo) e em todas há pomar (predominância para banana, goiaba,
laranja e maracujá). Destaca-se ainda que uma família (4%) vive exclusivamente da renda da
produção de hortaliças e derivados do leite e outra (4%) da venda de pó de urucum. Há coleta
sazonal de coco indaiá, jabuticaba e jatobá e a utilização de alimentos não convencionais:
baianica, quiabo da lapa, gondó, imbaúba, lobo-lobô, palma, samambaia, café de fedegoso,
coroa de frade, dentre outros. Entre a população local é comum a troca de alimentos
produzidos e/ou coletados. Não foi encontrado, entre as crianças menores de 10 anos,
nenhum caso de desnutrição calórico-protéica moderada ou grave, o que nos leva a supor que
os alimentos ali produzidos e/ou coletados supram as necessidades nutricionais mínimas. Por
outro lado, a confecção do mapa permitiu a visualização das áreas onde há ou não produção
alimentar.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Gabriela C. Ribeiro, Daisy R. F. Fernandes, Leida C. de Oliveira
269
HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS
NO QUINQUENIO (2006 A 2009)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
A hanseníase é uma doença bacteriana com manifestações dermato-neurológicas e alto poder
incapacitante, em suas formas multibacilares. Nas estatísticas mundiais, o Brasil ocupa o
segundo lugar em número de casos absolutos da doença. Apesar desta situação, esta ainda
elenca o rol das doenças brasileiras negligenciadas. Entretanto, alguns esforços têm sido
empreendidos pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil, em busca de mudanças neste cenário.
Em 2010, foram aprovadas as novas diretrizes para vigilância, atenção e controle da
hanseníase, por meio de portaria ministerial. A sua necessidade se fez devido à existência de
transmissão ativa da hanseníase, em todas as unidades federadas do país. A cidade de
Diamantina, situada no estado de Minas Gerais, apresenta em sua série histórica, o registro de
casos da doença. Há indícios que este município, assim como os demais da microrregião,
apresenta casos novos devido a problemas relacionados à prevenção, controle e detecção
precoce da doença. Dessa forma, o trabalho teve como objetivo analisar o comportamento
epidemiológico da hanseníase no município de Diamantina durante cinco anos e segundo os
novos parâmetros estabelecidos pelo MS. Os dados foram obtidos do banco de dados
denominado hanseníase Sinan/net, disponibilizado pela Gerência Regional de Saúde de
Diamantina e tabulados no programa Tabwin32. O período estudado foi aquele compreendido
entre os anos de 2005 e 2009. Os resultados encontrados demonstram que o município
diagnosticou 46 casos novos no período, com taxa de detecção média de 19,83/100.000
habitantes. Este valor pode ser considerado como alto, por estar na faixa entre 20,00 a 39,99
casos/100.000 habitantes. A cada ano avaliado, identificou-se um aumento nas taxas de
detecção por 100.000 habitantes que foram de 6,46, 7,00, 15,09, 23,72 e 27,44
respectivamente para os anos 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009. De acordo com os novos
parâmetros do MS, o quinquênio evoluiu de taxas médias para altas e muito altas. Quanto à
forma clínica, 71,7% eram multibacilares, ou seja, com alta carga bacilar e com maior chance
de transmissão da doença. Em relação ao grau de incapacidade física, 78,2% das pessoas
apresentavam algum grau de limitação, sendo 46,51% com grau I e 37,20% com grau II. Outra
variável avaliada foi a forma de detecção da hanseníase. Apenas 9,5% foram detectados a
partir do exame de seus contatos e a grande maioria, 71,40% foi por demanda espontânea ou
por encaminhamento de outro profissional de saúde (19,04%). Nesse contexto, concluímos
que há uma grande necessidade se estabelecer uma maior articulação entre gestores das três
esferas do governo, profissionais de saúde e comunidade, no intuito de organizar as ações de
hanseníase no município, favorecendo sua prevenção e controle e evitando suas complicações.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Luana M. Castro, Débora V. Vaz, Raphael C. Guimarães, Taísa T. Teixera, Paulo E. M. Stella,
Janir A. Soares, Suelleng M. C. S. Soares
270
IMPACTO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES
ATENDIDOS NAS CLÍNICAS INTEGRADAS DA UFVJM
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
A qualidade de vida é marcantemente afetada pela quantidade de satisfação ou insatisfação
com a saúde bucal. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a autopercepção de saúde
bucal em pacientes atendidos nas Clínicas Odontológicas Integradas da UFVJM, bem como sua
relação com um indicador subjetivo de impactos das condições bucais na qualidade de vida
(OHIP-14) e o perfil de saúde bucal. Foram aplicados 2 questionários: o OHIP-14 - para verificar
o impacto da autopercepção de saúde bucal na qualidade de vida e o questionário proposto
pelo NICE contendo questões relativas à cárie dentária, parâmetros clínicos periodontais e
lesões em mucosa bucal (LMB), com o objetivo de se determinar o perfil de risco do paciente
em desenvolver doença bucal e assim fazer uma associação com a qualidade de vida. Avaliouse um total de 32 pacientes sendo 15 do gênero feminino e 17 do masculino e idade variando
entre 12 e 92 anos. Os resultados revelaram que apesar de 59,4% dos indivíduos sentirem dor
de dente repetidamente ou sempre, 71,9% não apresentam problemas para falar e 78,1%
nunca perceberam mudança no sabor dos alimentos. Do mesmo modo, 81,3% não
demonstraram dificuldades para realizar suas atividades diárias. Entretanto, 59,4% dos
entrevistados relataram incômodo ao comer. Mais de 62,0% dos pacientes relataram
preocupação com a saúde de sua boca ou dentes, de modo que 43,8% assumiram estarem
estressados por tal motivo e, ainda, 40,6% responderam que se sentem envergonhados
constantemente (repetidamente/sempre) por problemas em suas bocas ou dentes. Ao
correlacionar o perfil de risco para o desenvolvimento de doença bucal, com a autopercepção
da qualidade de vida, observou-se que tanto o perfil de baixo risco como o de médio risco
influenciavam na autopercepção da qualidade de vida, não tendo sido encontradas diferenças
significativas entre os mesmos. Esse estudo nos permitiu concluir que as condições de saúde
bucal apresentadas pelos pacientes atendidos nas Clínicas Odontológicas da UFVJM
influenciaram variavelmente a qualidade de vida dos mesmos e, ainda, que o questionário
OHIP-14, através dos seus indicadores subjetivos podem ser utilizados como mais um
instrumento da avaliação das condições de saúde bucal, complementares aos indicadores
clínicos, devido ao fato de conseguirem captar as necessidades relatadas pelos pacientes.
Apoio: CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Nathália de Souza Lara, Rafaella Lemos Alves, Leilane Aparecida Ávila, Sabrina Mara da Cunha,
Ivy Scorzi Cazelli Pires e Lucilene Soares Miranda
271
INFLUÊNCIA DO AMBIENTE ALIMENTAR DAS FAMÍLIAS NA FORMAÇÃO DOS HÁBITOS
ALIMENTARES DAS CRIANÇAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
O ambiente alimentar, o comportamento dos pais e cuidadores e suas preferências
influenciam a formação de hábitos alimentares das crianças . O momento da refeição exige
calma e tranquilidade. Quando o consumo do alimento acontece numa situação de conflito
então, naturalmente, ele transformar-se-á num alimento a rejeitar. Oberva-se também que a
realização das refeições em frente à televisão pode prejudicar as crianças em relação a sua
concentração, além de exercer influência em relação às propagandas exibidas e desfavorecer o
diálogo entre pais e filhos sobre alimentação saudável. O objetivo deste trabalho foi analisar
através de questionários, o ambiente onde são realizadas as refeições de crianças entre 1 a 2
anos 11 meses e 29 dias de idade em Diamantina – MG e Presidente Juscelino¬ – MG,
totalizando 166 famílias. Avaliou-se o lugar onde eram realizadas as refeições. Dos resultados
encontrados, 69,27% (n=166) das mães, 58,97% (n=39) dos cuidadores e 56,02%(n=93) das
crianças faziam as refeições em frente à televisão. O percentual de mães, cuidadores e
crianças que realizavam na mesa foram, 25,3%, 41,02% e 27,1% respectivamente. Quanto à
presença de acompanhantes durante as refeições realizadas pelas crianças, as mães foram
destacadas como a principal companhia representando 73,38% (n=139) no café da manhã,
68,8% (n=125) na colação, 68,02% (n=147) no almoço, 68,3% (n=142) no lanche, 72,91% (n=
144) no jantar e 79,2% (n=125) na ceia. Posteriormente os cuidadores com 19,42% no café da
manhã, 19,2% na colação, 21,08% no almoço, 21,12% no lanche, 11,11% no jantar e 9,6% na
ceia. Em relação ao diálogo durantes as refeições, 74,69% (n=124) das famílias, responderam
que sim e 22,89% (n=38) disseram que não, 2,4% (n= 4) falaram que às vezes conversavam
sobre algum assunto. Os assuntos foram os mais variados, como brigas, discussões familiares à
mesa, assuntos do dia a dia, incentivo à criança para comer, entre outros. Verificou-se que a
maioria das mães e cuidadores realizavam as refeições entretidos com os programas de
televisão o que condiciona as crianças a fazerem o mesmo prejudicando assim a alimentação e
a utilização do espaço para a educação nutricional. O ambiente familiar nem sempre se
mostrou propicio para uma refeição adequada, os contratempos ocorridos, as discussões,
coagir os filhos a realizarem as refeições e a atribuição de valores a certos alimentos podem
ter consequências indesejáveis na formação dos hábitos alimentares das crianças.
Apoio: CNPq, FAPEMIG e UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Lauane G. Moreno; Ana Maria F. Viana; Maura O. Costa; Mayara M. F. Carvalho; Elizabethe A.
Esteves
272
INGESTÃO CALÓRICA E RELAÇÕES ENTRE A INGESTÃO DE CÁLCIO E PROTEÍNAS E O
CONTROLE DO PESO CORPORAL EM MULHERES EUTRÓFICAS E COM SOBREPESO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
Introdução: A ingestão de macro e micronutrientes tem sido relacionada à prevenção do
excesso do peso. Objetivo: Avaliar a ingestão calórica e comparar a ingestão de cálcio e
proteínas entre mulheres eutróficas e com sobrepeso e correlacioná-las com variáveis de
adiposidade. Métodos: O índice de massa corporal (IMC), a circunferência da cintura (CC), o
percentual de massa magra (%MM) e de gordura corporal (%GC), a ingestão calórica e a
ingestão de cálcio e de proteínas (registro alimentar de 3 dias) foram avaliados e comparados
entre 16 mulheres com sobrepeso (GS) e 16 eutróficas (GE). Foram calculadas a relação
Cálcio/proteínas (RCa/Ptn) das dietas e os coeficientes de correlação entre as variáveis de
adiposidade e a ingestão de cálcio, proteínas e RCa/Ptn. Resultados: A ingestão média de
calorias, de carboidratos (g), de proteínas (g) e de lipídios (g) do GS foi superior (p<0,05). Em
ambos os grupos, a ingestão de proteínas (g) foi superior à EAR e à RDA, e a de cálcio foi
inferior à AI. Não houve diferença significativa entre os grupos para calorias protéicas, cálcio e
RCa/Ptn (p>0,05). No GS observou-se correlação positiva entre a ingestão de cálcio e a CC ou o
%GC; e correlação negativa com o %MM. A ingestão de proteínas (Kcal) correlacionou-se
positivamente com o %MM e negativamente com o %GC no GE. Conclusão: O baixo consumo
de cálcio, associado à elevada ingestão calórica no GS pode ter interferido nos possíveis efeitos
das proteínas e do cálcio como auxiliares no controle do peso e da composição corporal.
Unitermos: Obesidade. Ingestão calórica. Cálcio. Proteínas. Composição corporal.
Apoio: Departamento de Nutrição/UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Polianna D. Pereira, Débora F. de Melo Vitorino
273
MASTECTOMIAS REALIZADAS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS SAMUEL LIBÂNIO, NO
MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE – MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Segundo recente relatório da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC)/OMS
(World Cancer Report 2008), o impacto global do câncer dobrou nos últimos 30 anos. Sendo o
câncer de mama a principal neoplasia maligna que acomete o sexo feminino no país. Possui
bom prognóstico quando detectado precocemente, e quando instituído tratamento adequado.
O tratamento do câncer de mama deve ser abordado por uma equipe multidisciplinar. A
fisioterapia significa um conjunto de possibilidades terapêuticas que proporciona uma
recuperação funcional precoce. Os procedimentos cirúrgicos são comuns para prevenir a
disseminação do câncer de mama além de assegurar uma alta incidência de sobrevivência. O
objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento das cirurgias de câncer de mama
realizada no Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCLS) no município de Pouso Alegre – MG.
Tratou-se de um estudo do tipo longitudinal e retrospectivo. Utilizou-se prontuários de
pacientes diagnosticadas com câncer de mama que realizaram cirurgias no HCSL. Foram
quantificados os tipos de cirurgias realizadas em pacientes que tiveram o câncer de mama, se
foram indicadas para fisioterapia no pré e pós operatório, se realizaram reconstrução mamária
e se foi realizado esvaziamento axilar. Foi realizada uma análise descritiva dos dados e
expressas, através da média e desvio padrão. No presente estudo, foram analisados 85
prontuários de pacientes do sexo feminino, com média de idade de 56,79 ± 14,38 anos. Dos
prontuários analisados, as cirurgias conservadoras correspondem a cerca de 52,94%, enquanto
40% as radicais e 7,05% das fichas não informavam o tipo de cirurgia realizada. Outra variável
analisada foi a indicação do tratamento fisioterapêutico para as pacientes pós
mastectomizadas e evidenciou-se que apenas dois dos oitenta e cinco prontuários, tinham
indicação para Fisioterapia e nenhum havia indicação da fisioterapia no pré-operatório. Cerca
de 16,47% das pacientes realizaram cirurgia de reconstrução mamária imediata e o
esvaziamento axilar, por sua vez, foi indicado para 20% e a linfadenectomia total á 38,82% das
pacientes. Verificamos com o levantamento que, as cirurgias conservadoras estão sendo
realizadas com maior freqüência e que a Fisioterapia não foi enquadrada plenamente na
assistência as pacientes neste Centro Hospitalar.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Márcio A. Homem de Faria Júnior, Paulo A. Martins-Júnior, Lais Almeida, Valdirene de Souza e
Silva, Fernanda de Oliveira Ferreira, Leandro S. Marques, Maria Letícia Ramos-Jorge.
274
MUDANÇAS NA QUALIDADE DE VIDA DE ESCOLARES BRASILEIROS APÓS
TRATAMENTO PARA CÁRIES DENTÁRIAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
Até a última década não existiam métodos para avaliar as repercussões de alterações
orofaciais, como a cárie dentária, no cotidiano de crianças e adolescentes. Os resultados
obtidos pelo OHRQoL somados a indicadores clínicos podem ser utilizados como informações
importantes na avaliação da necessidade de tratamento individual e de populações, a
qualidade de assistência prestada e os serviços e programas de saúde. O CPQ ainda não
testado para avaliar os efeitos dos tratamentos e dos programas de educação em saúde bucal.
Assim, deve ser avaliado como uma medida de avaliação em crianças que possuem impacto
negativo no auto-relato da qualidade de vida. Este estudo teve como objetivo estimar
mudanças associadas ao tratamento odontológico no auto-relato da qualidade de vida por
meio do CPQ8-10. Um total de 40 escolares de Diamantina/MG completaram o CPQ8-10 antes
e três meses após o tratamento odontológico. Foram incluídas no estudo as crianças que
relataram impacto da cárie dentária na qualidade de vida. O questionário pós-tratamento
avaliou mudanças na percepção de saúde bucal. As mudanças associadas ao tratamento foram
calculadas utilizando o teste de Wilcoxon e análises de magnitude de efeito. Os escores médios
do CPQ antes e após tratamento foram, respectivamente, 19.6 e 13.3 (p=0.001). A redução na
intensidade das queixas de pacientes que antes da intervenção relataram incômodo moderado
ou elevado devido aos dentes ou a boca apresentou resultado estatisticamente significativo
pelo teste qui-quadrado (p=0.030). Ao se comparar os scores dos domínios dos instrumentos
aplicados pré e pós tratamento, foram encontrados diferenças significativas entre os domínios:
sintomas orais (p<0.001), limitação funcional (p=0.001), bem-estar emocional (p=0.016) e
bem-estar social (p=0.002). Verificou-se uma melhor auto-avaliação da condição bucal por
parte dos participantes após o tratamento.
Apoio: CAPES / FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Thomaz M. de Paiva, Vitor G. M. de Oliveira, Fabrício de Paula, Mariana A. de Matos, Etel
Rocha-Vieira, Fabiano T. Amorim.
275
O EFEITO DA IMERSÃO PASSIVA EM ÁGUA, EM DIFERENTES TEMPERATURAS, NA
FREQUÊNCIA CARDÍACA, APÓS UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
A resposta da freqüência cardíaca (FC), após a imersão em água, tem sido estudada por
diversos autores. No entanto, o efeito da imersão em água em diferentes temperaturas na
resposta da freqüência cardíaca após uma sessão de exercício físico ainda não está bem
definida. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da imersão passiva em
água, em três diferentes temperaturas, após uma sessão de exercício extenuante. Três
voluntários jovens (22±4 anos), do sexo masculino, fisicamente ativos [consumo máximo de
oxigênio (VO2máx), 53,2±1,8 mL.kg-1.min-1)] participaram do presente estudo. Inicialmente,
os voluntários ficaram 30 minutos de repouso e, em sequência, foram submetidos a uma
sessão de exercício composta de 3 séries de 10 repetições de exercício excêntrico de flexão do
joelho a 100% de 1 repetição máxima na fase concêntrica e 90 minutos de corrida na esteira a
70% do VO2max. Após a realização da sessão de exercício, os voluntários foram imersos por 15
minutos em água a 15°C (fria, IAF), 28°C (intermediária, IAI) e 38°C (quente, IAQ) ou controle
(sem imersão, CON). A FC foi medida e gravada a cada 5 segundos por um
cardiofrequencímetro. Durante o período de repouso de 30 minutos, a FC foi de 66 ± 11, 64 ±
14, 65 ± 14 e 63 ± 12 bpm (média ± desvio padrão) para o CON, IAF, IAI e IAQ,
respectivamente. Durante a imersão em água, após o exercício, a FC foi de 87±9, 82±18, 94±18
e 99±11 bpm, para o CON, IAF, IAI e IAQ, respectivamente. Estes valores representaram
percentualmente um aumento em média de 24, 22, 31 e 36% em relação aos 30 minutos de
repouso antes do exercício. Os resultados apresentados, ainda preliminares, sugerem menores
valores de FC na situação CON e IAF comparado com IAI e IAQ.
Apoio: FAPEMIG, CAPES, CNPq, LAFIEX
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Lauriana L. de Souza, Fabrício de Paula, Vinícius O. Ottone, Paula F. Aguiar, Pâmela Fiche, Etel
Rocha-Vieira, Fabiano T. Amorim.
276
O EFEITO DA IMERSÃO PASSIVA EM ÁGUA, EM TEMPERATURAS DIFERENTES, NO
CONSMO DE OXIGÊNIO E TEMPERATURA RETAL, APÓS UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
No âmbito esportivo, a utilização da imersão em água (IA) pós-treinamento/competição tem
como objetivo acelerar a recuperação dos atletas. Porém, não está claro o efeito da IA em
temperaturas diferentes nas respostas metabólica e termorregulatória após uma sessão de
exercício físico. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da imersão
passiva em água, em três temperaturas diferentes no consumo de oxigênio e na temperatura
retal. Três voluntários jovens (22±4 anos), do sexo masculino, fisicamente ativos (VO2máx
53,2±1,8 mL.kg-1.min-1) participaram de quatro situações experimentais. Cada sessão
experimental foi composta de 30 minutos de repouso, 3 séries de 10 repetições de exercício
excêntrico de flexão do joelho, 90 minutos de corrida na esteira (70% do VO2máx), seguido
por 15 minutos de imersão em água em diferentes temperaturas: 15°C (fria, IAF), 28°C
(intermediária, IAI) e 38°C (quente, IAQ) ou controle (sem imersão, CON) e 30 minutos de
repouso fora d’água. Após 4 horas, os voluntários foram submetidos a uma corrida máxima de
5 km em esteira (CM5) e teste de Wingate (TWI). A temperatura retal (Tr) foi mensurada
utilizando uma sonda retal e o consumo de oxigênio (VO2) através da espirometria de circuito
aberto, para o cálculo do consumo excessivo de oxigênio após o exercício (EPOC). Os
resultados, ainda preliminares, demonstram que o ΔTr (diferença da Tr máxima do exercício
menos a Tr mínima nos 30 minutos de repouso após imersão) nas situações experimentais
CON, IAF, IAI e IAQ foi de 1,7°C, 2,0°C, 1,6°C e 1,2°C, respectivamente. O VO2 nos 30 minutos
de repouso iniciais nas seguintes situações experimentais CON, IAF, IAI e IAQ foi de 4,3±0,1
mL.Kg-1.min-1, 4,7±0,7 mL.Kg-1.min-1, 4,1±0,5 mL.Kg-1.min-1 e 4,1±0,7 mL.Kg-1.min-1,
respectivamente. Durante o período de imersão, observou-se um aumento no consumo de
oxigênio no CON de 28,7%, na IAF de 47,1%, na IAI de 79,7% e na IAQ de 43,0%, quando
comparado com o repouso. Nos 30 minutos de repouso, após a imersão, houve um aumento
no consumo de O2 no CON de 28,5%, na IAF de 48,7%, na IAI de 25,2% e na IAQ de 6,7%,
quando comparado com o repouso pré-exercício. A partir dos dados preliminares não é
possível afirmar que a imersão e/ou a temperatura da água afeta(m) o consumo de oxigênio e
a temperatura retal.
Apoio: FAPEMIG, CAPES, CNPq
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Fabrício de Paula, Vinícius O. Ottone, Paula F. Aguiar, Pâmela Fiche, Mariana A. de Matos, Etel
Rocha-Vieira, Fabiano T. Amorim.
277
O EFEITO DA IMERSÃO PASSIVA EM ÁGUA, EM TEMPERATURAS DIFERENTES, NO
DESEMPENHO FÍSICO APÓS UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
A utilização da imersão em água (IA) pós-treinamento/competição com o objetivo de acelerar
a recuperação é uma prática comum no meio esportivo. Porém, a literatura não permite
afirmar se a utilização deste método é uma estratégia eficiente de recuperação. Sendo assim,
o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da imersão passiva em água, em três
diferentes temperaturas, no desempenho físico. Três voluntários, do sexo masculino,
fisicamente ativos (VO2máx 53,2±1,8 mL.kg-1.min-1), jovens (22±4 anos), participaram de
quatro situações experimentais, com intervalo mínimo de 5 dias. Previamente às sessões
experimentais, realizou-se a caracterização do desempenho através da realização de uma
corrida máxima de 5 km em esteira (CM5) e teste de Wingate (TWI). No mínimo 48 horas após
a caracterização, os voluntários foram submetidos a uma sessão de exercício na parte da
manhã, composto de 3 séries de 10 repetições de exercício excêntrico de flexão do joelho e 90
minutos de corrida na esteira, seguido por 15 minutos de imersão em água em 3 temperaturas
diferentes: 15°C (fria, IAF), 28°C (intermediária, IAI) e 38°C (quente, IAQ) ou controle (sem
imersão, CON). No período da tarde, após 4 horas de repouso, os voluntários foram
submetidos ao CM5 e ao TWI para avaliação do desempenho. As variáveis mensuradas foram
velocidade média para realizar a CM5 e as potências pico (PP) e relativa (PR), e tempo para
atingir a PP no TWI. Nossos resultados, ainda preliminares, demonstram que a velocidade
média obtida na CM5 na caracterização foi de 12,9±1,4km/h. Nas situações experimentais IAF,
IAI, IAQ e CON a velocidade média foi menor em relação à caracterização aproximadamente
5,3%, 6,5%, 13,4% e 11,7%, respectivamente. Este resultado demonstra que a sessão de
exercício na parte da manhã influenciou no desempenho no período da tarde. Os valores da PR
e PP do TWI na caracterização foram de 11,0± 0,4W/kg e 838±245W, respectivamente. Nas
situações experimentais IAF e IAQ, a PR foi maior em relação à caracterização em torno de
7,3%, 4,1%, respectivamente. Já na IAI e CON, a PR foi 0% e 0,9% maior, respectivamente, em
relação à caracterização. Quanto à PP, na IAF e IAQ houve um aumento de 5,2% e 2,5%,
respectivamente, quando comparado com a caracterização. E na IAI e CON houve uma
redução de 1,0% e 0,2%, respectivamente. O tempo para se atingir a PP na caracterização foi
de 3,1±1,2 seg. Na IAF e IAI, o tempo foi maior em torno de 6,3% e 6,7%, respectivamente, em
relação à caracterização, enquanto na IAQ e CON o tempo foi menor em torno de 14,6% e
6,3%, respectivamente. Pode-se verificar, até o presente momento, que os resultados
preliminares indicam um possível efeito da imersão, mas não da temperatura no desempenho.
Apoio: FAPEMIG, CAPES, CNPq
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Elaine Oliveira Leite; Sara Jemima Mota de Almeida; Lenniara Pereira Mendes; Giulian Gabriela
Mendes Silva; Carliaine Aparecida Siqueira; Daisy de Rezende Figueiredo Fernandes; Nadia
Veronica Halboth
278
O PENSAR E A ATUAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DIANTE DOS
COMPORTAMENTOS SUICIDAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
O Agente Comunitário de Saúde é um profissional da Estratégia dos Agentes Comunitários de
Saúde e da Estratégia Saúde da Família (ESF). Ele desempenha um conjunto de ações na
atenção básica à saúde, no âmbito domiciliar e comunitário, individual e coletivo, que
compreende, dentre outras, a prevenção de agravos, a promoção e a proteção da saúde,
desenvolvidas de acordo com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Tem,
portanto, papel fundamental na identificação e prevenção dos comportamentos suicidas, que
incluem desde a ideação até o suicídio consumado, ocorridos na sua área/ micro-área de
atuação profissional. O presente estudo teve como objetivo analisar o pensar e a atuação
profissional do Agente Comunitário de Saúde, diante dos comportamentos suicidas. Foi
desenvolvido um estudo qualitativo, social, investigativo e descritivo, que teve como sujeitos
de pesquisa 12 Agentes Comunitárias de Saúde, de diferentes ESFs da sede do município de
Diamantina-MG, que responderam a uma entrevista norteada por um roteiro semiestruturado. Todas as participantes eram do sexo feminino e tinham entre 21 e 38 anos de
idade. Todas tiveram em algum momento da sua vida profissional, ou pessoal, contato com
pessoas com comportamentos suicidas. Os métodos utilizados nesses casos foram:
medicamentos e substâncias tóxicas, arma branca, atear fogo na casa e enforcamento. As
entrevistadas relacionaram os comportamentos suicidas à adolescência, a fatores culturais e
econômicos, a desordens psicológicas e psiquiátricas, incluindo-se aí a depressão e o consumo
de álcool e outras drogas, à falta espiritualidade e fé. Também referiram isolamento, falta de
amigos e de apoio familiar e social, conflitos familiares e afetivos, dificuldade para procurar
ajuda, falta de autoconfiança e dificuldade para encontrar alternativas por parte dos indivíduos
com tais comportamentos. Elas acreditam que tais comportamentos podem ser prevenidos,
especialmente por meio de conversas, e que tem um papel importante na prevenção, pois
contam com credibilidade e confiança por parte da comunidade. Ficou evidente a extrema
importância de Agentes Comunitários de Saúde e seu reconhecimento deste fato, na
identificação e prevenção dos comportamentos suicidas, pois os mesmos são o elo entre a
comunidade e o serviço básico de saúde. Para que a atuação destes sujeitos de pesquisa seja
aprimorada é importante que recebam maior preparo teórico e técnico para o manejo de
comportamentos suicidas.
Apoio: UFVJM
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Leandro B. Cordeiro, Cláudia M. Niquini
279
O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID/CAPES)
COMO TEMPO E ESPAÇO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES) apresenta-se como
possibilidade para uma vivência concreta do cenário escolar por parte de graduandos, em nível
de licenciatura, onde os mesmos têm uma “imersão” no cotidiano da escola, desenvolvendo
observações, registrando fatos, contribuindo durante as aulas dos professores regentes e, por
fim, ministrando aulas sob a supervisão dos mesmos. Na Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, o PIBID teve início em Outubro de 2008 e término em
Dezembro de 2010, e envolveu quatro subprojetos: Educação Física, Química, Ciências
Biológicas e Matemática. O subprojeto Educação Física teve como um de seus objetivos o
estímulo à qualificação e aprimoramento dos alunos bolsistas em relação à prática pedagógica
no âmbito escolar. A partir do exposto, o presente estudo teve como objetivo verificar, a partir
das percepções dos acadêmicos bolsistas do subprojeto Educação Física, o papel do PIBID em
sua formação profissional. Para o desenvolvimento do estudo optou-se pela aplicação de um
questionário aberto a 6 (seis) acadêmicos bolsistas integrantes do subprojeto PIBID/Educação
Física, sendo o instrumento composto pelas seguintes questões norteadoras: o papel do PIBID
na formação de professores e a escola como ambiente de ação e reflexão pedagógica. As
informações coletadas evidenciaram o seguinte: o PIBID se colocou como possibilidade de
experimentações e de vivências múltiplas; o PIBID permitiu conhecer o funcionamento da
escola; o PIBID possibilitou ao graduando situações de auto e baixa estima; o PIBID ocasionou
inquietações nos graduandos quanto à rotina encontrada nas aulas de Educação Física Escolar;
o PIBID permitiu a integração das disciplinas do curso de Educação Física; o PIBID estimulou
constantemente a criatividade frente às situações enfrentadas. Assim, considera-se o PIBID
como uma importante estratégia para uma formação contextualizada de professores, onde os
mesmos possam ler a escola e viver as palavras, simultaneamente.
Apoio: CAPES, UFVJM
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João Gabriel G. Luz, Marcos V. Barbosa, Samira D. Rezende, Ricardo A. Barata, Gustavo
Henrique B. de Oliveira, Helen R. Martins
280
OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITAS PRESENTES EM AMOSTRAS DE CEBOLINHA
(ALLIUM FISTOLOSUM) COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE DIAMANTINA, MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
As parasitoses intestinais representam um problema de grande importância em Saúde Pública
mundial, especialmente nas áreas tropicais e subtropicais, seja pela sua elevada prevalência,
diversidade de manifestações clínicas ou pela facilidade de contaminação e disseminação. A
transmissão das enteroparasitoses ocorre geralmente por via oral, através da ingestão de água
ou alimentos contaminados por estruturas parasitárias. Desta forma, as hortaliças, em especial
as consumidas cruas em saladas, podem conter larvas e ovos de helmintos e cistos de
protozoários, provenientes de águas contaminadas por dejetos fecais de animais e/ou do
homem. A verificação da presença de helmintos em hortaliças, portanto, reveste-se de grande
interesse, pois fornece dados para a vigilância sanitária sobre o estado higiênico desses
produtos e permite o controle retrospectivo das condições em que foram cultivados. Neste
contexto, este trabalho tem como objetivo verificar a ocorrência de estruturas parasitárias em
amostras de cebolinha (Allium fistolosum) comercializadas em um supermercado, uma
quitanda e uma feira livre no município de Diamantina, Minas Gerais. Até o momento, foram
compradas aleatoriamente três amostras da hortaliça durante três meses (Fevereiro, Março e
Abril de 2011) em cada um dos três estabelecimentos, totalizando 18 hortaliças. As amostras
foram lavadas com solução fisiológica e esfregadas com o auxílio de um pincel chato. O liquido
resultante da lavagem era filtrado e transferido para um cálice de sedimentação onde
permanecia em repouso por 24 horas. Na sequência era efetuado o método de centrífugosedimentação e as amostras eram analisadas em triplicata. Os resultados preliminares
mostraram que 50% das amostras estavam positivas. A positividade das amostras
comercializadas no supermercado foi de 83,3%, na quitanda de 16,6% e na feira livre de 50%.
Os enteroparasitas mais frequentes foram: Strongyloides stecoralis (60%), Ancilostomídeos.
(13,3%), Entamoeba coli (13,3%) e Hymenolepis nana (6,7%) e Taenia sp. (6,7%). Foi observado
ainda que 44,4% das amostras apresentaram mais de uma forma parasitária. Tais ocorrências
podem ser explicadas pela água utilizada na irrigação ou na lavagem, contaminação fecal,
manipulação do vegetal pelos agricultores nos locais de cultivo, pela exposição a vias de
veiculação de cistos e ovos nos pontos de venda ou pelos funcionários responsáveis pela
reposição nos mesmos. Contudo, investigações ainda serão realizadas para verificar a
procedência dessas hortaliças e a condição da água empregada na irrigação Este estudo,
embora ainda bastante preliminar, já evidencia claramente a presença de parasitas intestinais
nas amostras de cebolinha comercializadas em Diamantina e demonstra a importância de uma
adequada higienização das hortaliças ingeridas cruas, para que haja uma diminuição na
incidência de enteroparasitoses na população.
Apoio: UFVJM
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Amanda F. Souza, Cláudio L. S. F. Junior, Marcos V. Barbosa, Carla M. S. Fereira, Tania R. Riul
281
OS EFEITOS DO CHÁ DE ALPISTE ADMINISTRADO POR 90 DIAS SOBRE O PESO
CORPORAL DOS RATOS WISTAR
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA
O chá de alpiste é usado popularmente como hipotensor, através da diurese, e na
normalização de parâmetros bioquímicos como colesterol e glicose. O objetivo deste estudo
foi avaliar os efeitos do extrato aquoso de alpiste no peso corporal de ratos Wistar. Foram
utilizados 24 animais, com aproximadamente 70 dias de idade, e 90 dias de tratamento
dispostos da seguinte maneira: Grupo Nutrido (N)-os ratos receberam ração comercial e água
ad libitum (n=6); Grupo Nutrido Alpiste (NA)-os ratos receberam ração comercial e chá de
alpiste ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido (D)-os ratos receberam 50% da ração consumida
pelos N e água ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido Alpiste (DA)-os ratos receberam 50% da
ração consumida pelos NA e chá de alpiste ad libitum(n=6). A infusão foi preparada utilizandose 500g da semente de alpiste para dois litros de água aquecida. Os ratos eram pesados
semanalmente. Para a análise dos dados foi utilizada Análise de Variância (ANOVA), seguida do
teste de Newman-Keuls, quando apropriado. As análises foram obtidas utilizando-se o
programa Statistica®, sendo considerado como nível de significância um valor de α = 0,05. O
chá de alpiste não alterou o peso corporal, e esse foi alterado apenas pelo efeito de dieta
(p<0,05). Os animais nutridos, levando em consideração os 90 dias de tratamento e pesagem
semanal, apresentaram como média e desvio padrão 413,94± 35,75g, enquanto os desnutridos
apresentaram média e desvio padrão de 282,21±9,86g. Estudos com ratos em crescimento
têm mostrado que o nível proteico da dieta é um fator fundamental no ga¬nho do peso
corporal. Dessa forma, os animais desnutridos consumiam metade da ração que os nutridos
consumiam, tendo diminuído o aporte de proteínas e portando perdendo peso. Conclui-se que
o chá de alpiste não alterou o peso corporal sendo esse influenciado unicamente pelo efeito
de dieta.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Ana Flávia de O. Baracho, Fernando J. Gripp Lopes, Márcio R. de Lima
282
OS EXERGAMES E A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA CULTURA DIGITAL
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
Os exergames são jogos eletrônicos que captam e virtualizam os movimentos reais dos
usuários. Com o objetivo de discutir as perspectivas da utilização da virtualidade dos
videogames na Educação Física Escolar, participaram deste estudo 117 alunos de uma escola
pública com idade entre 13 e 14 anos. Os voluntários responderam a um questionário para
identificar o nível de contato com as tecnologias digitais e, em seguida, relataram suas
percepções sobre a vivência em dois jogos, o exergame e o real. Os resultados constataram a
imersão dos estudantes na cultura digital e no processo de virtualização que lhe é típico, assim
como apontaram algumas perspectivas de utilização crítica dessa nova linguagem que pode
ampliar e recriar as possibilidades das práticas e vivências corporais.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
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Lenniara Pereira Mendes; Elaine Oliveira Leite; Sara Jemima Mota de Almeida; Carliaine
Aparecida Siqueira; Vinícius Mattos; Eliane Aparecida Dumont, Nadia Veronica Halboth
283
PERCEPÇÕES E CONCEPÇÕES DE ENFERMEIROS FRENTE AOS COMPORTAMENTOS
SUICIDAS E À SUA PREVENÇÃO
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o suicídio está entre as dez principais causas
de morte na população. Os enfermeiros são profissionais que estão em contato direto e
prolongado com o paciente e com a comunidade, desempenhando um papel importante na
detecção desses problemas, bem como na sua prevenção. O Objetivo deste trabalho foi
conhecer as percepções e concepções de enfermeiros frente aos comportamentos suicidas e a
assistência prestada a esses pacientes, em especial no que se refere às ações preventivas.
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como sujeitos 11 enfermeiros da cidade de
Diamantina MG, atuando em diferentes níveis de atenção à saúde: Pronto-atendimento,
Centro de Terapia Intensiva e Estratégia de Saúde da Família. Nos resultados identificamos a
dificuldade dos enfermeiros em lidar com o tema. Alguns o consideram um ato impensado,
embora outros o definam como bastante planejado. Eles relacionaram os comportamentos
suicidas com uma forma de fuga ou descontrole, à amplificação de problemas, à falta de
perspectivas ou ao fato de o indivíduo não encontrar solução para seus problemas (“A única
saída é a morte”). Outros aspectos citados foram as tentativas de suicídio “para chamar a
atenção” e como forma de pedir ajuda (ambas, na verdade, se referem basicamente à mesma
situação). Entre as causas para os comportamentos suicidas citaram problemas familiares, em
especial “pressão familiar”, dificuldades financeiras, e transtornos mentais, como depressão,
alcoolismo e psicose. Foi lembrado que além dos fatores emocionais os biológicos também
podem estar envolvidos. Um entrevistado afirmou ser “impossível saber o que passa na cabeça
de um suicida”. Com relação à fase de ciclo de vida em que o suicídio pode acontecer,
verificou-se um desconhecimento de que idosos são grupo de alto risco para o suicídio (“quem
tem tendência não chega a ficar idoso”), embora os adolescentes tenham sido corretamente
citados como um grupo de risco, em função do isolamento social e da forte cobrança que
sofrem. Apenas um sujeito afirmou nunca ter atendido indivíduos com comportamentos
suicidas. Por outro lado, uma entrevistada disse ter ficado assustada da primeira vez, mas
depois viu “que é comum”. Alguns casos evoluíram para óbito. Quanto à prevenção, todos
afirmaram que esta é possível, tendo um sujeito lembrado que nem sempre. No entanto,
enquanto alguns ressaltaram a importância do apoio psicológico e de melhorar a autoestima
do paciente e, mesmo, da prevenção precoce (“criança que cresce em ambiente saudável sabe
lidar com os problemas”), grande parte dos entrevistados afirmou que os profissionais da
saúde não tem condições de atuar preventivamente devido à sobrecarga de trabalho e que
prefere não se envolver com os aspectos psicológicos do paciente. Conclui-se que é
importante orientar todos os enfermeiros sobre seu papel fundamental na prevenção dos
suicídios, bem como discutir maneiras de reduzir sua sobrecarga no trabalho.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Paulo A. Martins-Júnior, Maria Letícia Ramos-Jorge, Luciano J. Pereira, Marise de Oliveira,
Leandro S. Marques
284
PERDA PRECOCE DE DENTES DECÍDUOS E NECESSIDADE DE TRATAMENTO
ORTODÔNTICO: ESTUDO COORTE PROSPECTIVO
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
A perda precoce de dentes decíduos pode comprometer o desenvolvimento normal da
oclusão. A etiologia está associada à erupção ectópica, trauma dentário, reabsorção radicular
prematura e cárie dentária. As principais conseqüências provenientes da perda precoce são a
migração de dentes adjacentes, redução ou completo fechamento do espaço para a erupção
dos dentes permanentes, distúrbios na cronologia de erupção, apinhamento e erupção
ectópica dos primeiros pré-molares. Análise crítica da literatura revela que publicações sobre o
tema, como revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e estudos prospectivos são
escassos. Então, o objetivo deste estudo foi investigar a associação entre perda precoce de
dentes decíduos e necessidade de tratamento ortodôntico. Um total de 659 prontuários de
pacientes infantis tratados entre os anos 2000 e 2003 foram analisados e 110 crianças foram
selecionadas (média de idade: 6.4 anos). As crianças foram divididas em dois grupos – grupo
caso: crianças com perda precoce de dentes decíduos (n=56) e grupo controle: crianças sem
perda precoce de dentes decíduos (n=54). Os prontuários foram analisados e exames clínicos
foram realizados usando os critérios do Dental Aesthetic Index (DAI). Ambos os grupos foram
reavaliados, em média, após 6.5 anos após as medidas iniciais. A análise estatística envolveu
teste do qui-quadrado e regressão logística múltipla (p<0.050). Tratamento ortodôntico estava
associado à perda precoce de dentes decíduos (P<0.001) e ao número de dentes perdidos
(p<0.001). Crianças com perda precoce de dentes decíduos exibiram maior necessidade de
tratamento ortodôntico quando comparadas a crianças sem perda precoce (OR =4.88, 95% IC).
Perda de dentes na maxila e mandíbula estava associada ao desenvolvimento de maloclusão,
tais como apinhamento nos arcos superior e inferior. Uma vez que o tratamento ortodôntico
em países como o Brasil são caros e fora do alcance da maioria da população, políticas de
prevenção e promoção de saúde bucal devem ser adotadas no intuito de reduzir a ocorrência
da perda precoce de dentes decíduos e, conseqüentemente, futuras maloclusões. Em
conclusão, a perda precoce de dentes decíduos provou ser fator determinante para o futuro
estabelecimento de maloclusões e conseqüente aumento da demanda por tratamento
ortodôntico.
Apoio: CAPES, FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Ivy S. C. Pires, Lucilene S. Miranda Rafaella L. Alves, Nathália de S. Lara, Leilane A. Ávila,
Sabrina M. da Cunha.
285
PERFIL ALIMENTAR DE FAMÍLIAS DE PRÉ-ESCOLARES EM DIAMANTINA E DE
PRESIDENTE JUSCELINO - MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
A tendência do consumo de alimentos altamente energéticos e pobres em vitaminas e
minerais vem crescendo devido à praticidade de seu preparo e baixo custo. Atualmente
observam-se no Brasil doenças carenciais como anemia, hipovitaminose A e ao mesmo tempo
obesidade e demais doenças crônicas não transmissíveis. Isso ocorre por um aumento da
ingestão de gorduras em geral, gorduras saturadas, consumo de alimentos de origem animal,
açúcar e a menor contribuição dos cereais, leguminosas, frutas, verduras e legumes (POF,
1988, POF, 1996 e POF, 2003).Com o intuito de conhecer o perfil alimentar de famílias de préescolares da população de Diamantina e Presidente Juscelino este estudo avaliou a frequência
do consumo de alimentos por famílias de crianças de até 2 anos 11 meses e 29 dias de idade. A
pesquisa foi realizada em 3 bairros da cidade de Diamantina e em 1 bairro da cidade de
Presidente Juscelino. Foi aplicado a 166 famílias de crianças de até 2 anos 11 meses e 29 dias
de idade um questionário de freqüência alimentar com a presença de alimentos de todos os
grupos de alimentos. Os resultados demonstram que pães e arroz são consumidos diariamente
por mães, pais e crianças, representando 33,73%, 36,11%, 30,12% respectivamente para os
pães e 98,19%, 96,30%, 93,37% respectivamente para arroz. Em relação às hortaliças
observou-se que o consumo diário de couve foi de 0,60% para mães e filhos. O tomate
representou o consumo diário de 9,04% para as mães, 6,48% para os pais e 7,23% para os
filhos. Ao avaliar o consumo diário de carne bovina e/ou suína encontrou-se um percentual de
47,59% das mães, 53,70% dos pais e 45,78% dos filhos. Entretanto para carnes brancas como a
de aves tem-se os valores de 2,41%, 1,85% e 3,01% para mães, pais e filhos respectivamente.
O feijão está presente diariamente na alimentação da maioria dos entrevistados 93,98% de
mães, 98,15% de pais e 96,39% dos filhos. As famílias têm a preferência pelo óleo vegetal onde
97,59% das mães, 97,22% dos pais, 96,39% dos filhos o consomem diariamente. Observou-se
que 93,98% das mães, 93,52% dos pais e 92,17% dos filhos consomem o açúcar branco. O café
preto aparece na alimentação de 89,76% das mães, 90,74% dos pais e 68,07% dos filhos. A
frequência de consumo do leite integral foi de 48,19% para mães, 52, 78% para os pais e
79,52% para os filhos. O consumo de frutas como a banana apareceu na rotina diária de
13,25% das mães, 9,26% dos pais e 20,48% dos filhos. A freqüência do consumo diário de
verduras, carnes brancas, frutas e leite é baixa em relação aos demais alimentos apresentados.
A ausência destes na alimentação diária das famílias e o alto consumo de alimentos do grupo
das carnes (vermelhas), óleos, café e doces faz com que as famílias fiquem vulneráveis ao
aparecimento de doenças crônicas É necessário atenção dos profissionais da área da saúde
para a prevenção de instalação dessas doenças.
Apoio: CNPq, FAPEMIG e UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Débora V. Vaz, Luana M. Castro, Raphael C. Guimarães, Paulo E. M. Stella, Taísa T. Teixeira,
Janir A. Soares, Suelleng M. C. S. Soares
286
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SAÚDE BUCAL DOS PACIENTES ATENDIDOS NAS
CLÍNICAS ODONTOLÓGICAS INTEGRADAS DA UFVJM
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
Saúde bucal é um estado geral de bem estar, resultante de dentes, gengiva e mucosas
saudáveis e funcionais. Entretanto, na odontologia, a maioria dos estudos clínicos
epidemiológicos existentes tem os seus parâmetros de saúde balizados somente em índices
periodontais. Este trabalho objetivou avaliar clinicamente o perfil epidemiológico de saúde
bucal dos pacientes atendidos nas Clínicas Odontológicas Integradas da UFVJM, considerando
fatores relativos à cárie, restauração coronária (RC), doença periodontal (DP) e lesão em
mucosa bucal (LMB). Os pacientes foram avaliados clinicamente por 3 examinadores
calibrados. Quanto à cárie avaliou-se: a presença, tipo, envolvimento, atividade e cavitação.
Quanto à RC foram avaliados: presença, extensão, tipo, material e qualidade. Para a DP,
considerou-se: presença de placa, sangramento à sondagem, bolsa, retração, nível de inserção
clínica (NIC), mobilidade e lesão de furca. Através do questionário proposto pelo NICE
verificou-se o risco para o desenvolvimento de lesões por cárie, DP e LMB. A combinação
destes riscos determinou o perfil de saúde bucal do paciente. Foram avaliados 32 pacientes,
sendo 15 do gênero feminino e 17 do masculino com idade variando entre 12 e 92 anos. Um
total de 630 dentes estavam presentes, destes 106 apresentavam-se cariados. Mais de 76,0%
das lesões por cárie eram primárias. Lesões em esmalte foram observadas em 64,6% dos
casos, enquanto na dentina e cemento foram da ordem de 29,2% e 6,2%, respectivamente. A
maior parte das lesões apresentava-se ativa (56,9%), porém não cavitada (61,5%). Trezentos e
oito dentes (49,0%) apresentavam-se restaurados. As RC eram em sua maioria do tipo
permanentes (94,5%) e intracoronárias (71,1%). O principal material utilizado foi o amálgama
(51,0%), seguido pela resina (27,0%). Em 27,9% dos casos as RC foram consideradas
inadequadas. Dentre os parâmetros clínicos periodontais, observou-se presença de placa em
mais de 65,0% dos dentes avaliados. À sondagem apenas 4,9% dos dentes apresentaram
bolsas com mais de 5mm. Presença de sangramento, mobilidade e lesão de furca não foram
representativas. Retração gengival até 3mm e NIC variando de 2 a 5mm foi observada em
aproximadamente 50,0% e 33,9% dos dentes avaliados respectivamente. Pelo questionário
NICE, a prevalência de pacientes com baixo (BR), médio (MR) ou alto (AR) risco de desenvolver
lesões por cárie foi de 53,1%, 43,75% e 3,1%, respectivamente. Para DP, 75% dos pacientes
foram considerados como apresentando BR, 25% como MR e nenhum paciente se enquadrou
como sendo de AR. Aproximadamente 72% dos pacientes apresentaram BR de desenvolver
LMB. A combinação destes fatores definiu o perfil de risco para os pacientes, de modo que a
taxa de pacientes considerados como de BR, MR ou AR foi de 68,8%, 28,1% e 3,1%,
respectivamente. Estes resultados demonstraram que os pacientes atendidos nas Clínicas
Odontológicas da UFVJM, possuíam em sua maioria, um perfil de BR para o desenvolvimento
de doença bucal.
Apoio: CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Michaelle Geralda dos Santos
287
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TUBERCULOSE NOTIFICADOS NA GERÊNCIA
REGIONAL DE SAÚDE DE DIAMANTINA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
A tuberculose, doença infecto-contagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis,
ainda é motivo de preocupação das autoridades sanitárias estando inserida como prioridade
entre as políticas públicas de saúde no Brasil. O presente estudo objetivou caracterizar clínica
e epidemiologicamente os casos de tuberculose notificados e avaliar o Programa de Controle
da Tuberculose (PCT) na Gerência Regional de Saúde (GRS) de Diamantina, no período de
março de 2007 a março de 2010. Foram incluídos os casos notificados de pacientes residentes
nos 34 municípios de abrangência da GRS de Diamantina. Obtiveram-se as informações a partir
do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN. As taxas de
incidência nos anos de 2007, 2008 e 2009 foram de 16,76, 17,69 e 13,73 por 100.000
habitantes, respectivamente. Verificou-se a predominância do sexo masculino (74,2%) e a
maior ocorrência de casos na faixa etária produtiva de 20 a 49 anos (51,3%). Quanto às
características clínicas, prevaleceu a forma pulmonar da tuberculose: 91,5% dos casos. Dentre
os principais procedimentos diagnósticos, observou-se a realização da baciloscopia de escarro
em 74,6% dos casos, com 68,2% de positividade, e a aplicação da radiologia torácica em 91,1%
dos pacientes. Quanto ao emprego do tratamento supervisionado, esse foi observado em
menos da metade (45,8%) da população de estudo. Em relação à situação de encerramento
dos casos, independente da forma clínica da doença, obteve-se um percentual de cura de
76,5% e 3,7% de abandono de tratamento. Considerando-se os casos bacilíferos, o percentual
de cura alcançado foi de 80% e o de abandono de tratamento, 3,3%. Todos os dados
encontrados assemelham-se aos de outros estudos estaduais. Assim, esse estudo possibilitou
conhecer o perfil dos casos notificados e verificar que GRS de Diamantina não alcançou a meta
do PCT para o percentual de cura, mas atingiu o nível aceitável para o abandono de
tratamento.
Apoio:
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Guilherme S. Ramos, Lucas C. Santana, Fernanda G. Horta, Fabiana F. R. Soares, Raquel D.
Batista, Danielle M. de Souza, Helisamara M. Guedes
288
PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE NEUROLÓGICO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM
Uma ferramenta que vem sendo cada vez mais implementada na prática assistencial do
enfermeiro é o Processo de Enfermagem. Este proporciona melhora da qualidade do
atendimento ao paciente e maior autonomia aos profissionais de enfermagem. O objetivo
desse estudo foi descrever as intervenções realizadas no tratamento de um paciente da clínica
neurológica da Santa Casa de Caridade de Diamantina. Para tal, realizou-se a coleta de dados
no dia 19 de agosto de 2010, do prontuário do paciente G.A.F.S., 30 anos, sexo masculino, que
sofreu acidente automobilístico, sendo admitido com quadro de traumatismo crânio
encefálico moderado (Glasgow 11). Permaneceu na instituição por nove dias, apresentando
inicialmente comprometimento neurológico, visual e motor. O processo de enfermagem foi
aplicado no decorrer da internação constituindo as etapas: histórico, diagnóstico, prescrição e
evolução de enfermagem. Baseado na identificação dos diagnósticos de enfermagem foram
propostas intervenções direcionadas para minimizar e solucionar os problemas encontrados:
avaliar nível de consciência de 8/8 horas, avaliar edema, atentar para sinais de choque (pele
fria e pegajosa, taquicardia, sudorese), colocar colchão piramidal, atentar para sinais de
depressão, auscultar campos pulmonares, auxiliar o autocuidado, realizar balanço hídrico,
favorecer meios para comunicação não verbal, monitorar sinais flogísticos e estimular ingesta
de alimentos, foram algumas das intervenções aplicadas. A eficácia dessas prescrições foi
evidenciada pela avaliação diária do enfermeiro (evolução de enfermagem), na qual percebeuse melhora progressiva dos problemas identificados, reduzindo, com o decorrer do tempo, o
número de intervenções. Conclui-se que essas, fundamentais para realização do processo de
enfermagem, favorecem a individualização do cuidado, atendendo as necessidades específicas
do paciente.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
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Lidiane L. Moreira, Kellen C. Silva, Sofia E. C. Ferreira, Renata V. Silva, Luciana N. Nobre
289
PRESSÃO ARTERIAL: EFEITO DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E DE ADIPOSIDADE EM
MULHERES ADULTAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
Vários estudos têm mostrado a associação entre hipertensão arterial e indicadores
antropométricos e de adiposidade entre indivíduos adultos. O objetivo do estudo foi avaliar a
importância relativa do Índice de Massa Corporal (IMC) e da Circunferência da Cintura (CC) na
determinação da hipertensão arterial em mulheres adultas do município de Diamantina-MG.
Trata-se de um estudo transversal com 226 mulheres as quais foram submetidas à medida de
pressão arterial, da CC, e do peso e altura para obtenção do IMC. Foram também avaliadas as
condições socioeconômicas e de estilo de vida. O monitor automático de braço modelo HEM781INT da marca Omron® foi utilizado para medida da pressão arterial. Foram consideradas
mulheres com pressão arterial elevada (limítrofe + hipertensão) as com (PAS/PAD) superior a
130 x 85 mmHg, e com valores antropométricos inadequados aquelas com IMC ≥ 25kg/m2 e
com CC superior a 80 cm. O estudo da importância do IMC e da CC na determinação da
elevação da pressão arterial envolveu inicialmente o teste qui-quadrado. A seguir utilizou-se a
regressão logística para análise da associação entre indicadores antropométricos e arterial
pressão elevada e potenciais variáveis de confundimento: faixa etária, nível de escolaridade,
renda per capta e hábito de fumar. O nível de significância adotado foi de p<0,05. A
prevalência de pressão alterada na amostra estudada foi de 15,49% (n=35). A circunferência da
cintura associou-se a pressão arterial apenas na análise univarida (OR=2,09; IC 95%= 1,013,34). Pressão arterial elevada associou-se a maiores valores de IMC (OR=2,65; IC 95%= 1,255,64). Esse resultado indica que as mulheres com IMC ≥ 25kg/m2 quando comparada com as
com IMC inferior apresentaram cerca de 2,7 vezes mais chance de apresentarem pressão
arterial elevada. Os resultados desta pesquisa corroboram com os estudos que têm observado
associação entre pressão arterial elevada e indicadores antropométricos. As mulheres com
IMC elevado apresentam maior chance de desenvolverem hipertensão arterial.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
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Mariana A. Matos, Luana C. Ferreira, Mariana L. Fernandes, Celina Fonseca, Thereza Dumont,
Marco Fabrício D. Peixoto, Fabiano T. Amorim
290
PREVALÊNCIA DE INATIVIDADE FÍSICA E SOBREPESO EM ADOLESCENTES DA CIDADE
DE DIAMANTINA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
A obesidade tem alcançado proporções epidêmicas, acometendo até mesmo crianças e
adolescentes. Simultaneamente, vários relatórios tem demonstrado nessa população aumento
da inatividade física. Ainda existem poucos estudos populacionais que abordam essas
variávies, nessa faixa etária, em cidades com menos de 100.000 habitantes. Dessa forma, o
objetivo desse estudo foi investigar a prevalência de inatividade física e o estado nutricional de
estudantes do ensino médio da cidade de Diamantina. Realizou-se um estudo do tipo
transversal em 4 escolas (1 privada e 3 públicas) da cidade de Diamantina, no qual foram
incluídos adolescentes de 15 a 18 anos.Um total de 535 alunos consentiu em ter a sua estatura
e massa corporal mensurados, para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), e 610 em
responder o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Foram utilizados os percentis
85% e 95% do IMC como ponto de corte para sobrepeso (SP) e obesidade (OB),
respectivamente. A inatividade física foi considerada como um gasto energético menor que
300 minutos por semana, em atividades físicas moderadas e vigorosas. Os resultados são
apresentados em porcentagem e o teste qui-quadrado foi usado para indicar associação entre
gênero e SP, OB e inatividade física. Em relação ao estado nutricional, dos 535 estudantes
avaliados [324 meninas(60,5%) e 211 meninos (39,5%)], observamos que 23 meninas (7,1%)
foram classificadas com SP e 11 (3,4%) com OB. Para os meninos, 19 (9,0%) com SP e 9 (4,26%)
com OB. Dos 610 alunos pesquisados para o nível de atividade física [382 meninas (62,6%) e
228 meninos (37,4%)], 169 (44%) do gênero feminino e 69 (30%) do gênero masculino foram
considerados inativos. As percentagens de SP e OB foi maior nos meninos em relação às
meninas (p <0,05), embora mais meninas foram considerados fisicamente inativas do que os
meninos (p <0,05). Nossos resultados demonstram uma prevalência pequena de sobrepeso,
obesidade e inatividade física na população estudada em comparação com outros estudos
nacionais e mundiais. Nós especulamos que o estilo de vida nas cidades com menos de
100.000 habitantes é favorável à adoção de hábitos saudáveis.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Vanessa P. Teixeira, Catarina P. Quirino, Vanessa P. de Lima
291
PREVALÊNCIA DE TABAGISMO ENTRE ADULTOS FREQUENTADORES DOS ESF DE 4
ÁREAS URBANAS DE DIAMANTINA – MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Os efeitos adversos do tabagismo à saúde têm sido demonstrados há muitas décadas, sendo
ele responsável pela morte de um em cada dez indivíduos que vivem em países de média ou
baixa renda, correspondendo a cerca de 5 milhões de mortes desnecessárias a cada ano. A
redução do uso diário de tabaco diminui o risco de problemas cardiovas¬culares, de sintomas
respiratórios e da incidência de câncer, em especial o de pulmão. É possível que a identificação
precisa dos fatores distintivos que levam as pessoas a fumar contribua para o desenvolvimento
de políticas públicas de prevenção e controle do fumo, bem como para o desenvolvimento de
estratégias personalizadas para a cessação do tabagismo. Este estudo teve como objetivo
descrever a ocorrência do tabagismo na popu¬lação adulta freqüentadora dos ESF atendidos
pela UFVJM de 4 áreas urbanas de Diamantina/Minas Gerais, assim como as possíveis doenças
respiratórias relacionadas ao tabagismo e a influência desse hábito na qualidade de vida. O
delineamento utilizado foi transversal. A coleta foi realizada através de questionários: um
estruturado compreendendo perguntas simples e fechadas, para indivíduos fumantes passivos
e ativos, não fumantes e ex-fumantes. Juntamente também foram aplicados: o Fagerström
Tolerance Questionnaire (FTQ, Questionário de Tolerância de Fagerström), para avaliar o grau
de dependência á nicotina e o SF36 para avaliar a qualidade de vida dos indivíduos fumantes
ativos. A amostra foi composta por 100 adultos, de ambos os sexos, sendo 74 (74%) mulheres,
com uma média de idade de 45,49 e ± 18,30, desses, 13 (13%) eram fumantes ativos, sendo 10
(76,92%) mulheres, 67 (67%) não fumantes, sendo 54 (80,6%) mulheres e 20 (20%) exfumantes, sendo 10 (50%) mulheres. Na população total reportaram doenças respiratórias na
família, sendo: 16 asma, 11 bronquite, 20 rinite e 25 alergia. Entre os fumantes 5 (38,46%)
indivíduos apresentavam como comorbidades hipertensão e 1 (7,69%) diabetes, no FTQ 4
indivíduos foram classificados com um grau de dependência nicotínica muito baixo (30,77%), 3
baixo (23,07%), 1 médio (7,69%), 4 elevado (30,77%) e 1 muito elevado (7,69%). Nos domínios
do SF-36 os indivíduos apresentaram: uma média de 79,23 ± 34,09 no de capacidade funcional,
73,08 ± 40,13 no de Limitação por Aspectos físicos, 71,15 ± 31,43 no de Dor, 61,77 ± 30,11 no
de Estado geral de saúde, 50 ± 27,69 no de Vitalidade, 77,88 ± 31,93 no de Aspectos sociais,
71,78 ± 38,13 no de Limitação por Aspectos emocionais, 55,69 ± 25,00 no de Saúde Mental.
Conclui-se que dos 100 adultos avaliados houve uma prevalência de 13% de fumantes, sendo
que desses 76,92% eram mulheres e dentre todos os fumantes ativos 38,46% tiveram uma
dependência nicotínica alta. Em relação ao SF-36 foi observado que há uma piora da qualidade
de vida em relação aos domínios Estado geral de saúde, Vitalidade e Saúde mental.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Izabella B. Fernandes, Pauliane F. C. de Sousa, Patrícia Corrêa- Faria, Leandro S. Marques,
Maria L. Ramos- Jorge
292
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO DESENVOLVIMENTO DE DEFEITOS DE
ESMALTE NA DENTIÇÃO DECÍDUA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
A formação do esmalte de dentes decíduos pode ser afetada por diversos fatores como
problemas nutricionais, prematuridade, baixo peso ao nascimento e problemas durante a
gestação. O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência e fatores associados ao
desenvolvimento de defeitos de esmalte em dentes decíduos de crianças de 36 a 60 meses de
idade. A amostra representativa foi constituída por 258 crianças pré-escolares de Diamantina,
MG. Realizou-se exame clínico dos dentes decíduos para a verificação de defeitos de esmalte,
medidas antropométricas para avaliação do estado nutricional infantil e entrevista a fim de se
obter dados referentes à prematuridade ao nascimento e amamentação. Realizou-se análise
de frequência e teste qui-quadrado (p<0,05). A prevalência de defeitos de esmalte foi de
36,4%. O fator associado ao desenvolvimento de defeito de foi o baixo peso ao nascer (85,7% p=0,04). Conclui-se que as condições adversas nos primeiros anos de vida da criança podem
estar associadas ao desenvolvimento de alterações dentárias como os defeitos de esmalte.
Portanto, orientações aos pais no período pré e pós-natal são condutas desejáveis evitando-se
comprometimentos na fase de deposição e mineralização do esmalte dentário.
Apoio: CNPq, FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Sílvia F.Oliveira, Ludmila S.Alves, Thuanne. F.Saturnino; Ivy I. C. Pires; Lucilene. S. Miranda
293
RELACAO DOS CONHECIMENTOS DO VALOR NUTRITIVO DE ALIMENTOS E A
PRESENÇA DE HORTAS EM LARES DE DIAMANTINA – MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
A Educação Nutricional configura-se em um campo de atuação educativa do nutricionista (Lei
Federal 8.234/91). Observações do nutricionista em meio aos elementos simbólicos dos
alimentos agilizam a interpretação de conceitos construídos por diferentes sujeitos sociais,
justificando seus hábitos alimentares e suas articulações concretas do cotidiano, enquanto
estratégias de vida (MANÇO, 2004). Busca-se neste trabalho avaliar o conhecimento por parte
dos entrevistados sobre os micronutrientes de determinadas frutas e hortaliças; as condições
para o cultivo de horta e pomares nas residências dos pais e responsáveis de alunos dos
colégios de Diamantina – MG e o impacto dos conhecimentos adquiridos nos colégios sobre o
cultivo de hortas e pomares na implementação dos mesmos nas residências. Foram
entrevistadas 189 pessoas, estas relataram por meio de questionários, seu conhecimento
sobre os micronutrientes de alguns alimentos e as condições de cultivo de hortas em sua
residência. As entrevistas ocorreram nas suas residências e a avaliação da presença e/ou
condições de cultivo de hortas e pomares foi realizada nas residências das mesmas. Observouse que quanto ao conhecimento do valor nutritivo dos grupos alimentares foram considerados
importantes pelos pais os cereais (60,32%), frutas (84,66%), hortaliças (76,19%), leite (74,07%),
carnes (64,02%) e água (83,60%). Já os grupos das gorduras e doces foram ditos como não
importantes pela maioria (47,09%) e (40,74%), respectivamente. Com relação às vitaminas A,
C, E, B1 e os minerais cálcio, ferro, fósforo, potássio e sódio, a população de forma geral
apresentou algum conhecimento. No que diz respeito ao cultivo de hortas e pomares na
cidade de Diamantina e a sua contínua existência observou-se dos 189 entrevistados, 50,26%
afirmaram terem cultivado horta, e destes, apenas 21,16% ainda as mantém. Já a participação
dos familiares em atividades como palestras direcionadas a alimentação saudável e cultivo de
alimentos, notou-se que a maioria dos membros de cada bairro não participaram das mesmas.
O tema mais relatado nas palestras foi alimentação saudável, alguns poucos citaram os temas
reciclagem, renda familiar, compostagem e estatuto da criança e do adolescente. Conclui-se
que apesar das famílias saberem a importância do consumo dos grupos alimentares isto não
está refletindo no cultivo de hortaliças em suas residências, talvez pela falta de tempo dos pais
ou pela inexistência de divulgação de sua importância em palestras de educação nutricional.
Apoio: CNPq, FAPEMIG e UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Lidiane L. Moreira, Kellen C. Silva, Sofia E. C. Ferreira, Renata V. Silva, Luciana N. Nobre
294
RELAÇÃO ENTRE PERÍODO TOTAL DE ALEITAMENTO MATERNO E PRESSÃO ARTERIAL
ALTERADA EM PRÉ-ESCOLARES
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO
Estudos têm encontrado que a pressão elevada na infância pode ser um fator preditivo de
hipertensão arterial sistêmica na vida adulta. O objetivo da pesquisa foi Conhecer a
prevalência de pressão alterada em pré-escolares e avaliar os fatores associados. Trata-se de
um estudo transversal aninhado em uma coorte de nascidos e residentes na sede do município
de Diamantina/MG. Foi aferida a pressão arterial (PA) dos pré-escolares e de suas mães e
levantadas informações sobre condição socioeconômica, antropométrica e pregressa das
crianças. A aferição da PA foi realizada em uma única ocasião, no período matutino, com três
aferições num intervalo de 3 minutos cada, precedidas de 10 minutos de repouso, de acordo
as orientações do fabricante do aparelho de pressão. A média das três aferições foi utilizada
para análise. Os aparelhos utilizados foram os monitores automáticos de braço modelo HEM714INT e HEM-781INT da marca Omron® para avaliação da PA dos pré-escolares e de suas
mães respectivamente. Para análise dos dados utilizou-se a análise de regressão logística com
as variáveis relacionadas aos determinantes de hipertensão. Na primeira etapa, foram
testados modelos univariados, estimando-se os valores da razão de chances bruta, com
intervalo de confiança de 95%. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Foram
encontradas 19 (8,26%) pré-escolares com pressão alterada, sendo quatro (21%) classificados
com hipertensão e quinze (79%) como limítrofe. A pressão arterial sistólica (PAS) alterada
esteve associada ao baixo peso ao nascimento (OR=5,41; IC 95%= 1,45-20,23) e o período total
de aleitamento materno inferior a seis meses (OR=4,14; IC 95%= 1,40-11,95). Elevação na
pressão arterial diastólica (PAD) não associou a nenhuma variável e a PAS/PAD alterada
associou ao período de aleitamento materno total inferior a seis meses (OR=3,48; IC 95%=
1,34-9,1). Assim os pré-escolares que foram amamentados por menos de seis meses quando
comparado com aqueles que foram amamentados por um período superior a seis, tem cerca
de 3,5 vezes mais chance de apresentarem pressão arterial alterada. Os resultados desta
pesquisa corroboram com os estudos que relatam os benefícios do aleitamento materno
prolongado e seu efeito protetor contra doenças crônicas não transmissíveis.
Apoio: FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Bárbara A.J. Cardoso, Hyorrana P.P .Pinto, Liliane C.C. Ribeiro, Denise P. Resille
295
RELAÇÃO ENTRE SANEAMENTO BÁSICO E A INCIDÊNCIA DE DIARRÉIA NA INFÂNCIA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
Responsáveis por significativa taxa de morbi-mortalidade infantil, encontra-se as doenças
diarréicas agudas (DDA) representando nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento,
um significativo problema de saúde pública. Assim, este trabalho objetivou por meio de uma
revisão integrativa da literatura compreender melhor as abordagens existentes sobre as
condições ambientais e sua relação com a incidência de diarréia na infância, no âmbito da
produção científica. A busca partiu dos seguintes descritores e suas combinações nas línguas
portuguesa, inglesa e espanhola: “Diarréia”, “Saneamento Básico” e “Criança”, no Portal de
Períódicos da CAPES, LILACS , MEDLINE e SCIELO. A amostra final deste estudo foi constituída
por onze artigos científicos, onde os critérios de inclusão basearam-se em artigos publicados
nas três línguas já citadas, artigos completos em que fosse discutida a temática referente à
revisão integrativa e trabalhos indexados nas bases de dados referidas anteriormente,
compreendidas no espaço de tempo de 1999 à 2011. A respeito do delineamento
metodológico os resultados encontrados mostraram que dois (18,18%) estudos usaram
delineamento transversal, dois (18,18%) estudos eram artigos técnicos e três (27,27%) estudos
eram editoriais,um (9,09%) estudo é de intervenção educativa, um (90,09%) estudo é de casocontrole de base hospitalar, um (9,09%) estudo é quantitativo observacional descritivo e um
(9,09%) estudo usou delineamento ecológico. Pôde-se verificar em nove (81,81%) artigos
indicam as doenças diarreicas como uma das principais causas de consultas médicas,
possuindo de forma direta ou indireta, um complexo de fatores de ordem ambiental, político,
demográfico, nutricional e socioeconômico-cultural. A variável ambiental foi diretamente
relacionada a internação por diarréia. Identificou-se que o consumo de água de mina ou de
nascente indicou risco significativo para diarréia - 2,5 vezes maior que o fornecimento de água
pelo sistema público. Estudos concluíram que melhorias no abastecimento de água, a saber, na
qualidade e na quantidade da mesma, levaram a uma redução de 17% na morbidade por
diarréia. Quanto ao risco associado ao acondicionamento inadequado do lixo e a prevalência
de diarréia os resultados indicaram que a incidência do agravo em crianças menores de cinco
anos residentes em logradouros com coleta e acondicionamento regular e irregular de lixo
experimentaram, respectivamente, 65% e 43% menos episódios de diarréia do que aquelas
que residiam em locais sem coleta e sem acondicionamento de lixo, uma vez que as moscas
desempenharam papel de vetores de doenças. Enfim, os resultados sugerem nítida conclusão
de que melhorias no abastecimento de água, condições de esgotamento sanitário,
acondicionamento do lixo, qualidade de moradia e higiene são determinantes para promoção
da saúde e prevenção da doença.
Apoio: PET-Saúde/VS, GRS-D, SMS-D, UFVJM, Grupo de Pesquisa Atenção Básica e Secretaria
de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde/Ministério da Saúde.
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Ana Paula A. Hemmi Thereza Raquel M. Azeredo
296
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE USUÁRIOS DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE
PRESIDENTE KUBITSCHEK
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
Trata-se de um estudo a ser realizado no município de Presidente Kubitschek, Minas Gerais,
Brasil. Atualmente, as Unidades de Saúde, principalmente na Atenção Primária em Saúde, tem
como desafio a transição de modelos de Atenção à Saúde, modelo Biomédico, tecnocêntrico
para o modelo em que prioriza-se a Promoção da Saúde, a Prevenção de Agravos. Porém, a
presente Unidade de Saúde convive, em um mesmo espaço físico, com esses dois modelos de
atenção, ou seja, há tanto a prestação de atendimento médico ambulatorial nas especialidades
básicas (pediatria, ginecologia e clínica médica), em que a população dirige-se ao serviço a
partir de uma demanda espontânea ou encaminhada por outros serviços, assim como é
realizado o trabalho das equipes da Estratégia de Saúde da Família, em que há exigência de
uma equipe multiprofissional (médico generalista, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem
e agentes comunitários de saúde), além da adscrição da população de um determinado
território, sendo a essência desse trabalho a realização de ações programadas, visando a
prevenção de agravos e a promoção da saúde. Com a atual organização do serviço para
receber a população, parece não ser possível a resolução dos problemas apresentados pela
mesma, uma vez que muitas pessoas retornam ao serviço apresentando novamente as
mesmas queixas, além de não haver uma referência em relação aos profissionais do serviço.
Isso tende a comprometer os princípios do SUS, tais como a equidade e integralidade, pois os
sujeitos além de não serem abordados em sua totalidade, não há priorização sobre as
necessidades de saúde de cada um. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo
apreender as representações da população de Presidente Kubitschek sobre a Unidade Básica
de Saúde, pois é importante se compreender a postura da população em procurar tão
frequentemente o serviço de saúde. Para isso, será realizada uma pesquisa com abordagem
qualitativa fundamentada na Teoria das Representações Sociais. Serão selecionados usuários
que freqüentam a unidade e que a procuraram mais de uma vez ao mês, a partir do último
ano. Após a identificação dos sujeitos, os mesmos serão contactados pelos pesquisadores para
que sejam realizadas entrevistas abertas, a partir de um roteiro semi-estruturado. As
entrevistas serão analisadas a partir da análise do discurso, pois esta análise considera o
discurso dos participantes da pesquisa como uma forma de significar o mundo como uma
totalidade, incluindo o contexto sócio-histórico. Espera-se que as informações propiciem uma
participação indireta para contribuir na organização do serviço, com conseqüente melhoria da
assistência prestada à população atendida. Além disso, contribuirá para inserção do usuário no
planejamento das ações realizadas neste serviço e, também, para o ensino e a prática neste
campo de conhecimento.
Apoio: UFVJM/ PRÓ-SAÚDE
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Lucas R. Dumont, Rafael M. Silva, Vitor C. Dumont, Jussara F.B. Fonseca, Conceição E. Canuto,
Maria H. Santos
297
RESISTÊNCIA À ADESÃO DE COMPÓSITOS PARA COLAGEM DE BRÁQUETES
ORTODÔNTICOS – ESTUDO PILOTO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
A colagem de bráquetes representa um dos mais significativos avanços da Ortodontia na
montagem de aparelhos ortodônticos. Esta evolução só foi possível após a técnica do
condicionamento ácido do esmalte dentário, devido a sua simplicidade, diminuição do tempo
de permanência do paciente na cadeira odontológica, melhoria significativa da estética e
menor agressão ao periodonto. Os bráquetes estão sujeitos a um grande número de forças no
interior da boca, que podem se concentrar na camada de adesivo e na interface
adesivo/esmalte, comprometendo a retenção. Existem diversos tipos de materiais que podem
ser utilizados para realização deste importante passo clínico. O propósito deste estudo foi
avaliar a resistência á adesão pós fixação de bráquetes ortodônticos metálicos ao esmalte
dentário, utilizando compósitos disponíveis no comércio. Cinco dentes pré molares humanos,
íntegros e recém extraídos, foram selecionados. Após limpeza, cada um foi parcialmente
incluído em tubo de PVC e preenchido com resina acrílica quimicamente ativada e armazenado
em saliva artificial, a 37ºC. Após 24 horas, os corpos de prova (n=1), foram distribuídos,
aleatoriamente, em cinco grupos: Concise Ortodôntica® (G1), Fill Magic Ortho® (G2),
Transbond XT® (G3), SuperBond® (G4) e Maxxion C® (G5). Os bráquetes edgewise para
colagem de pré-molares (Morelli, referência 10.30.208) foram fixados utilizando os
compósitos, de acordo com as recomendações dos fabricantes. A colagem foi realizada no
centro da face vestibular de cada dente, pelo método visual. Após teste de cisalhamento,
através de força de compressão de 200 Kgf com velocidade de 5 mm/min, em uma máquina
universal de ensaio (EMIC), foram obtidos os valores médios da resistência à adesão dos
diferentes grupos de materiais usados para colagens dos bráquetes ao esmalte. Neste teste
piloto pode-se concluir que G1, G3 e G4 apresentaram os maiores números de resistência à
adesão ao esmalte dentário, enquanto G2 e G5 apresentaram valores baixos de resistência à
adesão ao esmalte dentário.
Apoio: CNPq, UFVJM.
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298
RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DA RESINA COMPOSTA FOTOPOLIMERIZÁVEL AO
SUBSTRATO APÓS REMOÇÃO DA CAMADA SUPERFICIAL DO ADESIVO NÃO
POLIMERIZADA, POR INIBIÇÃO DO OXIGÊNIO
Vinícius L. Guimarães, Suzane P. Gonçalves, Vitor C. Dumont, Rafael M. Silva, Maria H. Santos,
Karine T. A. Tavano, Adriana M. Botelho
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA
As resinas compostas são amplamente utilizadas na odontologia para vários propósitos, mas
apesar dos avanços tecnológicos, estas ainda não atingiram características desejáveis a um
material restaurador ideal. As chamadas resinas fluidas ou adesivas têm seu uso preconizado
após condicionamento ácido do substrato dental e aplicação de um primer. A maioria desses
produtos apresenta polimerização anaeróbica, ou seja, a camada superficial só se polimeriza
após ser coberta pela resina composta. O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro, se a
camada superficial do adesivo não polimerizada por inibição do oxigênio, afeta a forca de
adesão deste à resina composta, por meio do teste de resistência ao cisalhamento. Foram
realizados teste de cisalhamento em dois grupos: G1 (onde não houve remoção da camada
não polimerizada por inibição de oxigênio) e G2 (onde houve remoção da camada
polimerizada pelo oxigênio). Os resultados do G1 (grupo controle) apresentou média (DP) de
22,547 MPa e o G2 (grupo experimental) apresentou média (DP) de 18,951 MPa. De acordo
com o teste paramétrico t de Student para amostras independentes, não houve diferença
estatisticamente significativas entre os grupos (p>0,05). Conclui-se que a prática deste
procedimento, não afeta a força de adesão da resina ã estrutura dentária, não prejudicando as
características finais do material restaurador.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM
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Dáine P. de Souza, Rita C. de Souza Santos
299
RETRATOS EM NÚMEROS DAS JUVENTUDES VULNERÁVEIS NA PRINCESA DOS VALES GOVERNADOR VALADARES – MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
Dos 3.366.209 jovens mineiros de 10 a 19 anos, 44.341 residem em Governador Valadares, o
que corresponde a 16,84% da população local (DATASUS, 2009). Embora se esperasse
encontrar, nessa etapa de vida, indivíduos em gozo de boas condições, Adamo et al (1987)
chamam a atenção para as altas incidências de invalidez por causas violentas e gravidez em
idade precoce. Com este estudo objetivou-se analisar o quadro de saúde, vulnerabilidades e
riscos sociais vivenciados pela juventude valadarense. Trata-se de um estudo descritivo e
exploratório, de uma série histórica (2000/2010), utilizando-se as informações de Morbidade
Hospitalar – proporção de internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS) por
Grupo de Causas e Faixa Etária – disponíveis nos registros do Sistema de Informações
Hospitalares do SUS (SIH-SUS), no site do DATASUS. Foram coletadas informações sobre a
freqüência de internações, causas segundo a Classificação Internacional de Doenças (Capítulo
CID 10), e faixa etária (10 a 19 anos de idade). Para processamento utilizamos as tabelas
fornecidas pelo SIH - TabWin – versão 3.0. Os dados coletados confirmam as transições
epidemiológicas encontradas ao longo das últimas décadas, nas quais as doenças infectoparasitárias apresentaram curva descendente, exatamente ao contrário da curva crescente das
chamadas Lesões por envenenamento e algumas outras conseqüências de causas externas
(XIX). No padrão de morbidade hospitalar do SUS (local de internação), na faixa etária de 15 a
19 anos de idade, destaca-se o grande grupo de causas Gravidez, parto e puerpério (XV),
responsável por 70,09% de todas as internações hospitalares; este grupo é acompanhado,
embora a certa distância, do grupo XIX - Lesões por envenenamento e algumas outras
conseqüências de causas externas (9,16%). Figuram como principais lesões as Fraturas de
outros ossos dos membros (29,96%). Na faixa de 10 a 14 anos de idade, destaca-se o grande
grupo de causas I - Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias (12,96%), seguido do XIX Lesões por envenenamento e algumas outras conseqüências de causas externas (9,8%). Como
principais causas de Internação no Grupo I despontam Outras doenças infecciosas e intestinais
(40,73%); e no Grupo XIX, as Fraturas de outros ossos dos membros (33,22%). Encontramos,
portanto, em GV, jovens vulneráveis, acometidos por doenças infecciosas e parasitárias;
atropelados pelas consequências de causas externas de morbidade, por uma gravidez desejada
ou não-desejada, porém precoce, que interrompe um possível ciclo de mobilidade social,
dando início a um novo ciclo de pobreza na família. Quadro que constitui um grave problema
de Saúde Pública e demanda a territorialização de ações de saúde sobre as iniqüidades, bem
como políticas intersetoriais mais próximas da gestação de indivíduos capazes de construir
suas próprias histórias e fortalecer as suas territorialidades. Afinal, vulneráveis sim, porém
sujeitos desejantes de uma vida digna e saudável.
Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG
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Maristela O. Lara, Júlia S.F. Pinto, Nayara F. Vieira, Assis C.P. Júnior, Patrícia Wichr, Dulce A.
Martins
300
SIGNIFICADO DA FERIDA PARA PORTADORES DE ÚLCERAS CRÔNICAS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM
Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa que objetivou compreender o
significado da ferida para os portadores de úlceras crônicas. Realizado na Policlínica Regional
de Saúde de uma cidade do interior de Minas Gerias, na qual existe um programa de
atendimento a essa clientela. Na coleta de dados foi adotada a entrevista individual em
profundidade, com roteiro semiestruturado, sendo entrevistados cinco pacientes portadores
de feridas crônicas. Outra fonte de evidências foi a pesquisa documental na qual buscou-se
identificar nos protuários dos pacientes atendidos durante o período de 2008 a 2010 sinais ou
sintomas indicativos de alteração emocional ou comportamental. Percebeu-se que os
entrevistados apontam as dificuldades decorrentes de seu agravo como a tradução de sua
percepção em relação às úlceras crônicas, sendo elas relacionadas à dor, preconceito,
dependência para atividades diárias e locomoção; além dos receios e medos quanto ao
prognóstico e sinais de depressão e baixa autoestima decorrentes da situação de saúde. Ao
levantar esses questionamentos espera-se nortear os profissionais de saúde quanto às
principais necessidades dessa clientela para elaborarem a melhor estratégia para cada
paciente e dessa maneira orientar aos familiares e pessoas próximas como lidar com os
enfrentamentos vividos pelos mesmos.
Apoio:
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Vanessa P. Teixeira, Gabriela B. Passos, Graziella G. Teixeira, Talita E. Domingues, Ricardo A.
Barata, Cynthia F. F. Santos
301
TRIAGEM DE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM
ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA – MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
As doenças cardiovasculares representam a maior causa de morbimortalidade e a presença de
alterações metabólicas na infância e na adolescência tem contribuído para lesões precoces de
aterosclerose já nas primeiras décadas de vida. Dessa forma, é importante verificar a presença
de doenças cardiovasculares na infância e adolescência e implementar atividades preventivas
específicas dentro das políticas de saúde pública, não só para a sua saúde presente, como
futura. O objetivo do presente estudo foi determinar a prevalência de fatores de risco para
doença cardiovascular presente em adolescentes de 12 a 15 anos de uma escola pública de
Diamantina/Minas Gerais. A amostra foi composta por adolescentes de ambos os sexos, sendo
50 meninas (43,5%) e 65 meninos (56,5%), com média de idade de 13,4 ±1,1; matriculados na
Escola Estadual Leopoldo Miranda em Diamantina – MG. A massa corporal e estatura foram
mensuradas para determinação do índice de massa corporal (IMC). A relação cintura/ quadril
(RCQ) foi obtida através da mensuração da circunferência da cintura e quadril, que foram
mensuradas no ponto médio entre o último arco costal e a crista ilíaca e a o ponto de maior
circunferência no quadril, respectivamente. A Pressão arterial (PA) foi mensurada pelo método
auscultatório, seguindo parâmetros estabelecidos e ajustada de acordo com o perímetro do
braço, segundo recomendações da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. Foram
utilizados como ponto de corte para hipertensão valores de PAS ou PAD = percentil 95 a 99
mais 5 mmHg, de acordo com sexo, idade e percentil da estatura. Os resultados encontrados
foram: PA: 61 adolescentes com PA normal (50,8% do sexo feminino e 49,2% masculino), 27
com valores limítrofes (22,2% sexo feminino e 77,8% masculino) e 27 hipertensos estágio 1
(48,1% sexo feminino e 14 masculino). Com relação ao RCQ: 103 com RCQ baixo (43,69% do
sexo feminino e 51,9% masculino), 5 moderados (20% do sexo feminino e 80% masculino), 3
muito alto (66,7% do sexo feminino e 33,3% masculino) e 4 se recusaram a medir (50% do sexo
feminino e 50% masculino). Média de estatura - 1,59, ± 0,09 e média da massa corporal - 47,5,
± 10, resultando em um IMC com média - 18,9, ± 2,8, sendo que 91 estavam na faixa
recomendável (40,66% do sexo feminino e 59,34% masculino), 11 com sobrepeso (81,8% do
sexo feminino e 18,2% masculino), 1 com obesidade (sexo feminino) e 12 com baixo peso (25%
do sexo feminino e 75% masculino). Conclui-se que uma parcela significativa dos adolescentes
dessa amostra encontra-se com níveis indesejáveis de IMC e PA, reforçando a necessidade de
iniciar intervenções direcionadas à adoção de um estilo de vida saudável em idades jovens,
incluindo prática regular de atividade física e padrões dietéticos adequados.
Apoio: Pibex - Proexc, UFVJM
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Fernanda R. Bernardes, Tamiris C. Duarte, Polyana R. Bernardes, Everton J. P. Abreu, Fernanda
de O. Ferreira, Leida C. de Oliveira e Marcos L. P. Pinheiro.
302
UNIVERSIDADE DA ALEGRIA- HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE HOSPITALAR
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA
O ambiente hospitalar, o uniforme branco, a imagem do hospital como um local de dor, o
medo natural de ambientes estranhos, tornou os cuidados à saúde potencialmente
amedrontadores. A necessidade de se instaurar uma assistência à saúde humanizada tem
gerado muitos estudos que afirmam que através do toque de uma forma expressiva e genuína,
através de brincadeiras e da música, podem-se transmitir cuidados e apoio aos pacientes e a
suas famílias, inserindo-os no processo da assistência e no processo da comunicação. O
objetivo deste projeto foi introduzir e desenvolver o trabalho artístico do teatro clown durante
a hospitalização de crianças no Hospital Nossa Senhora da Saúde de Diamantina e avaliar a
aceitação por parte da equipe de saúde. Os sujeitos da pesquisa foram 40 crianças internadas
para o tratamento clínico e cirúrgico. Durante as visitas os membros do grupo paramentados
como palhaços (Clowns), executavam a cirurgia denominada extração de mau humor. Após a
cirurgia, eram aplicados os instrumentos de coleta de dados que foi dividida em duas partes, a
primeira com perguntas dirigidas à Equipe de Saúde do Hospital e a segunda destinada às
crianças. Os dados foram tabulados inicialmente em planilha eletrônica Excel e,
posteriormente, analisados por meio de estatística descritiva simples (freqüências relativas e
absolutas). Com relação à presença dos Clowns no ambiente hospitalar, nossos resultados
demonstraram que 82% (n= 14) da equipe de saúde consideram a atividade dos mesmos
proveitosa para as crianças hospitalizadas. No que diz respeito ao questionamento sobre uma
possível perturbação ao ambiente hospitalar provocada pelos clowns, podemos observar que
53% (n= 9) da equipe de saúde relataram não haver perturbação. Questionou-se ainda se os
membros da equipe de saúde eram favoráveis à continuidade dos clowns no hospital.
Verificou-se que 76% (n= 13) eram favoráveis e apenas 24% (n= 4) eram desfavoráveis à
continuidade destes no ambiente hospitalar. Constatamos que 42,5% (n= 17) das crianças
emitiam gritos antes das intervenções dos clowns e após a intervenção não se detectou tal
expressão em nenhuma delas. Em relação à análise da expressão de emoção, pôde-se
constatar que 5% (n= 2) das crianças sorriam antes da atuação dos clowns e 75% (n= 30)
apresentavam esta emoção após as intervenções. Nossos resultados nos permitem concluir
que a presença do lúdico no ambiente hospitalar, principalmente nas Unidades Pediátricas
ainda não é uma realidade e sua inserção se processa gradativamente. Nosso projeto
desempenhou um eficiente trabalho junto aos pacientes e seus acompanhantes, auxiliandolhes na superação dos traumas inerentes aos processos de enfermidade e internação,
restituindo a alegria como parte integrante de suas vidas. Foram abertas as portas para futuras
intervenções e a possibilidade manutenção do projeto e expansão para outros setores das
casas de saúde do município de Diamantina.
Apoio: PROEXT/MEC/SESU/DEPEM (Edital nº 01- 2008), Caixa Econômica Federal, UFVJM.
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Paula F Aguiar, Fabrício de Paula, Vinícius Ottone, Pâmela Fiche, Etel Rocha-Vieira, Marco
Fabrício D Peixoto, Fabiano T Amorim
303
VO2PICO MENSURADO DURANTE O PROTOCOLO DE RAMPA É MAIOR QUANDO A
INCLINAÇÃO ESTÁ PRESENTE
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA
A utilização do protocolo de rampa, em avaliações clínicas e de desempenho físico, tem
aumentado na última década. Este aumento se deve a características únicas do protocolo,
como uma relação mais linear entre carga de trabalho e consumo de oxigênio e a possibilidade
de individualização da intensidade, como variações na velocidade e inclinação, quando
realizado na esteira. Anteriormente, foi demonstrado que incrementos de inclinação invoca
um VO2max maior do que aumentos somente na velocidade. No entanto, esse estudo usou
incrementos a cada dois minutos, descaracterizando um protocolo de Rampa, além de utilizar
velocidades diferentes entre as sessões. Por isso, não está claro se aumentos na inclinação,
com incrementos iguais de velocidade resultariam em valores maiores no VO2max, no
protocolo de Rampa com velocidades iguais. Assim, o objetivo desse estudo foi comparar o
VO2max medido durante o protocolo de Rampa em esteira com (3% e 6%) ou sem inclinação
(0%) mas com incrementos de velocidades iguais. Participaram do estudo 11 homens jovens
(26 ± 5 anos), fisicamente ativos, saudáveis, não fumantes foram submetidos a três sessões de
exercícios progressivos máximos, utilizando o protocolo de rampa, em esteira rolante, numa
sequência balanceada, com intervalo mínimo de 48 horas entre cada teste. Em todas as
sessões foram utilizados incrementos de velocidade iguais, mas a inclinação se manteve
constante desde o início a 0%, 3% ou 6%, até a fadiga do voluntário. Foram mensurados o
lactato sanguíneo (La), frequência cardíaca máxima (FCmax), percepção subjetiva de esforço
(PSE), consumo de oxigênio (VO2), dióxido de carbono (CO2), produção e volume expiratório
(VE) e quociente respiratório (RER). Os resultados mostram que o VO2pico foi maior a 6% (50,9
± 7,6 mL·kg-1·min-1) e 3% (49,7 ± 6,6 mL·kg-1·min-1) do que a 0% (48,2 ± 6,1 mL·kg-1·min-1)
(p<0,05). O tempo total e a velocidade final até a fadiga foi maior para 0% (11:34 ± 1:40 min e
15,4 ± 2,1 Km·h-1) do que em 3% (09:54 01:27 min e 13,8 ± 1,5 Km·h-1) e 6% (08:51 ± 02:09
min e 12,2 ± 1,4 Km·h-1), respectivamente (p˂0.001). Valores de FCmax, La, RER e VE não
foram diferentes entre as sessões experimentais (p>0,05). Os nossos resultados confirmam
que o VO2pico foi maior quando a inclinação da esteira esteve presente. Nós especulamos que
a participação dos músculos acessórios e auxiliares no aumento o consumo de oxigênio com a
presença da inclinação e dificuldades biomecânicas em manter velocidade maiores sem a
presença da inclinação podem justificar os nosso achados.
Apoio: CNPq e FAPEMIG
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ASTRONOMIA
CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
CIÊNCIAS DOS MATERIAIS
FÍSICA
MATEMÁTICA
PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
QUÍMICA
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304
CIÊNCIAS EXATAS
E DOS MATERIAIS
Cristina Fontes Diniz , Angélica Oliveira de Araújo , Ítala kariny Barroso Lopes*
305
A NANOCIÊNCIA E A NANOTECNOLOGIA EM ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO DO VALE
DO JEQUITINHONHA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
A nanociência e nanotecnologia N&N baseiam-se na manipulação da matéria em escala
nanométrica, onde emergem como áreas de grande destaque para o desenvolvimento
científico e tecnológico em um futuro próximo. Esta área é definida como multi ou
transdisciplinares por natureza,oortanto, pode ser um ótimo exercício de inter e
multidisciplinaridade no ensino. Mas também coloca um grande paradigma para a área de
educação: Como trabalhar temas com esta complexidade em diferentes ramos da sociedade,
desde o ensino médio? Desta forma este projeto visa adotar conceitos de inter e
transdisciplinaridade para os conteúdos nas escolas da cidade de Diamantina e em algumas
escolas da região do Vale do Jequitinhonha, abordando o tema N&N. Pois de acordo com os
Parâmetros Curriculares Nacionais compete ao ensino médio o papel essencial da formação
cidadão. Nesse sentido é necessário que aspectos e conteúdos tecnológicos associados ao
aprendizado científico e matemático sejam parte do conteúdo do aprendizado. A pesquisa foi
realizada em três cidades de Minas gerais: (i) Diamantina, com os alunos graduandos em
licenciatura em química; (ii) Serro, nas escolas Escola Estadual Ministro Edmundo Lins e no
Instituto Educacional Nossa Senhora da Conceição e (iii) Alvorada de Minas, na Escola Estadual
José Madureira Horta. Inicialmente aplicando-se o pré-teste para avaliar o conhecimento
prévio dos alunos.Um seminário foi apresentado sobre o tema, abordando suas características,
suas aplicações, definições exemplificando seu desenvolvimento cientifico e tecnológico com
isto relacionado sua multi – interdisciplinaridade. A Nanotoxicidade também foi abordada
além das conseqüências econômicas, sociais, ambientais e militares que tal ciência provocará
no futuro. Realizou-se uma atividade investigativa onde os alunos enquanto cientista propõem
o desenvolvimento de um material Nanotecnológico que estes para identificarmos o nível de
assimilação dos alunos do conteúdo Propriedades dos Materiais com o tema N&N em que a
maioria dos alunos foram coerentes assimilando os assuntos. Dentre os produtos sugeridos
pelos alunos, os mais citados foram: protetores solares, maquiagens, peças para carros, tênis.
Não foi citado nenhum produto referente à medicina. Em seguida, foi aplicado o pós-teste,
que indicou que uma boa porcentagem dos alunos apresentou maior entendimento e
assimilação do tema. Por essa razão, acredita-se que o seminário apresentado e a atividade
investigativa aplicada colaboraram para a aprendizagem significativa dos alunos sobre o tema
abordado. Contudo, a divulgação e a aprendizagem sobre N&N pode despertar o interesse dos
estudantes apreciando conteúdos que estão envolvidos nessa área. Além de proporcionar a
compreensão das múltiplas inter-relações entre ciência, tecnologia e sociedade, aumentando
sua motivação, despertando sua curiosidade e dessa forma, contribuindo para um melhor
processo de ensino-aprendizagem.
Apoio: CNPq, UFVJM
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André L. Maravilha, Luciana Assis, Alessandro Vivas
306
ABORDAGEM MULTIOBJETIVO PARA UM PROBLEMA DE LOGÍSTICA REVERSA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
O estudo de problemas de roteamento tem um importante papel em indústrias que trabalham
com um fluxo intenso de materiais. A uso de técnicas de otimização na tarefa de definir as
rotas para distribuição e coleta de produtos podem refletir em redução de custos para a
indústria. O processo de entregas e coletas está inserido no contexto da logística reversa e, na
computação um destes problemas é conhecido como Problema de Roteamento de Veículos
com Entregas e Coletas Seletivas (VRPDSP, do inglês Vehicle Routing Problem with Deliveries
and Selective Pickups). O objetivo do VRPDSP é a definição rotas de custo mínimo, que
partindo de um depósito central atendam todas as demandas de entrega de um conjunto de
consumidores, e também, realizem as demandas de coletas que forem lucrativas. Um exemplo
de aplicação deste problema pode ser observado nas indústrias de agrotóxicos, onde, além de
distribuir seus produtos, estas tem um período de um ano para realizar a coleta das
embalagens após o consumo. Os trabalhos sobre o VRPDSP encontrados na literatura fazem
uma abordagem mono-objetivo, onde a função a ser otimizada é dada pela minimização do
custo total das rotas subtraído da quantidade de itens coletados. Por apresentar duas
características a serem otimizadas, este problema pode ser tratado como multiobjetivo, onde
são atribuídas duas funções para otimização, sendo a primeira a minimização do custo total
das rotas e, a segunda, a minimização do total de itens não coletados. Como a maioria dos
problemas reais de otimização são, por natureza, multiobjetivo, a intenção deste trabalho é
apresentar um modelo que permita este tipo de abordagem do VRPDSP, e também o
desenvolvimento de um algoritmo para sua solução. O algoritmo desenvolvido é uma
adaptação da metaheurística Iterated Local Search denominado Multiobjective Iterated Local
Search (MOILS) que, com a utilização do conceito de dominância de Pareto, permite a geração
de um conjunto de soluções não dominadas para o problema. A técnica proposta não tem o
objetivo de definir qual das soluções retornadas é a melhor, mas sim auxiliar o processo de
tomada de decisão na indústria através da apresentação de diferentes cenários para um
tomador de decisões. Para a realização de testes foram utilizadas algumas instâncias para
problemas de roteamento, encontrado na literatura. A qualidade dos resultados foi analisada
segundo três métricas de eficiência, sendo elas, cardinalidade, extensão e dispersão. Os
resultados obtidos mostraram que o MOILS apresentou um desempenho satisfatório para
grande parte dos problemas teste utilizados, principalmente aqueles envolvendo um grande
número de consumidores.
Apoio: CNPq, UFVJM
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Tula M. Rocha, Santusia N. Rabelo, Sidimara C. de Souza, Erasmo C. de Almeida, Antônio C. G.
Zappalá
307
AÇÕES DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO VALE DO MUCURI
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / MATEMÁTICA
A ciência é uma conquista da humanidade e a universidade é uma das responsáveis pelo
processo de educação científica do país. Pesquisas apontam que investimentos na ciência e
tecnologia constituem fatores essenciais para o desenvolvimento de uma nação. Fato este
confirmado pela pesquisa proposta pela organização dos Estados Iberoamericanos (OEI) e pela
Rede Iberoamericana de Indicadores de Ciência y Tecnologia (Ricty), no período de 2001 a
2003, constatando que no Brasil, Argentina, Uruguai e Espanha, a população atribui à ciência e
à tecnologia a principal causa da melhoria da qualidade de vida, mesmo estando consciente de
que elas não podem resolver sozinhas todos os problemas de uma nação. Sendo assim o
presente artigo tem como objetivo apresentar dois projetos científicos integrantes das
atividades de pesquisa do Núcleo Avançado de Produção de Material Didático - NUPROM
realizados pela UFVJM - Campus Mucuri. Estas ações pretendem levar aos estudantes da
educação básica, superior, bem como aos professores e à sociedade em geral, a ciência e o
conhecimento aqui desenvolvidos de forma acessível e lúdica, estimulando a criação de
mecanismos de acesso à informação. O primeiro projeto desenvolvido refere-se à Revista Mais
Ciência, com publicação semestral, ISSN, envolvendo todas as áreas do conhecimento
científico. A primeira edição realizada em outubro de 2010, teve sua distribuição gratuita na
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – Teófilo Otoni em 21 e 22 de outubro de 2010, com
tiragem de 3.000 unidades. O evento afirma, mais uma vez, o compromisso da UFVJM em
aproximar-se da comunidade local e nacional. A Revista Mais Ciência foi também apresentada
no Congresso Internacional de Ensino de Matemática realizado em 2010 na cidade de Canoas.
O segundo projeto de divulgação científica desenvolvido foi a Feira de Ciências da Educação
Básica do Mucuri – FECBAM um evento anual onde foram apresentadas palestras, exposições
interativas, exposição de pôsteres, vídeos científicos, relatos de experiência e atividades
culturais dos trabalhos desenvolvidos por alunos da Educação Básica e seus respectivos
professores dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Recebemos 22 trabalhos científicos e
aproximadamente 2.000 alunos da Educação Básica visitaram a FECBAM. Essas ações
pretendem ser de caráter permanente e contínuo. Enfim entendemos que a divulgação
científica tem um papel significativo na formação do cidadão e da cultura científica, bem como
na complementação do ensino formal de ciências. Palavras Chave: Divulgação, Ciência e
Tecnologia.
Apoio: UFVJM CAPES, CNPQ, MCT e PROEXC.
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308
APLICAÇÃO DE MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE USABILIDADE E COMUNICABILIDADE
PARA SISTEMAS DE GESTÃO ACADÊMICA: UM ESTUDO DE CASO NO SIGA-ENSINO DA
UFVJM
Luanna A. Cruz, Maria Lúcia B. Villela
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) é uma organização
complexa, que possui como atividades fins o ensino, a pesquisa e a extensão. Para efetuar o
gerenciamento efetivo dessas atividades, tal Instituição utiliza o Sistema Integrado de Gestão
Acadêmica (SIGA), a fim de agilizar o fluxo de informações e apoiar a tomada de decisões. Para
a gestão de suas atividades de ensino, especificamente, a UFVJM utilizada o módulo SIGA–
Ensino, que pode ser acessado por alunos e professores, através da Web. No entanto, tem-se
observado certa dificuldade por parte desses usuários ao interagirem com o referido sistema.
Trabalhos de avaliação do SIGA-Ensino realizados até o momento focaram apenas suas
funcionalidades, deixando de lado a avaliação da qualidade de uso, que é necessária para
verificar se os usuários conseguem utilizar o sistema de forma eficiente e eficaz ao realizar suas
tarefas. Dessa forma, com o objetivo de melhorar a qualidade de uso do SIGA-Ensino, o
presente trabalho propôs realizar uma avaliação dos problemas em sua interface – com foco
no perfil de usuário Aluno, utilizando-se avaliação heurística, teste de usabilidade e avaliação
de comunicabilidade. A utilização dos diferentes métodos em conjunto foi realizada com o
objetivo de complementar e confirmar os resultados da avaliação, permitindo um reprojeto da
interface do SIGA-Ensino, contemplando as melhorias sugeridas pelos mesmos. Na aplicação
dos métodos foi utilizado um Plano de Avaliação Consolidado, onde os passos comuns aos
métodos foram executados em conjunto. Os resultados obtidos em cada uma das avaliações
apontaram diversos aspectos que podem ser melhorados na interface do sistema e destacou a
contribuição diferenciada de cada método na identificação de problemas de Interação
Humano - Computador. A avaliação heurística permitiu a identificação de grande parte dos
problemas de usabilidade, focados no conhecimento do avaliador. O teste de usabilidade
gerou resultados relacionados à intenção do designer, também gerando novas e importantes
questões. O MAC deu origem a problemas com foco na observação do usuário pelo avaliador,
permitindo a identificação de questões de alta gravidade, facilitada pelas expressões dos
participantes. O questionário e entrevista pós-uso destacaram a percepção dos usuários na
realização de tarefas típicas do sistema, possibilitando ao avaliador uma melhor compreensão
das opiniões dos mesmos. De maneira geral, a interface do SIGA-Ensino apresentou problemas
razoáveis de percepção que afetam a utilização do sistema por usuários inexperientes. Os
aspectos mais críticos identificados foram a inexistência de um sistema de ajuda com
informações atualizadas, e a complicada interação usuário/sistema na funcionalidade
matrícula. Apesar dos problemas diagnosticados, observou-se que o SIGA-Ensino permite a
interação dos usuários com a interface, e que grande parte das tarefas podem ser realizadas
pelos usuários, sem grandes dificuldades.
Apoio:
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Vinícius V. Pereira, Carmindo R. Borel, Fabiana A. da Fonseca, Cecília S. O. Bento, Jacqueline A.
Takahashi, Patrícia M. de Oliveira, Roqueline R. S. de Miranda
309
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E CONSTITUINTES QUÍMICOS DE PARTES AÉREAS DE
BYRSONIMA COCCOLOBIFOLIA (MALPIGHIACEAE)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
As doenças infecciosas continuam sendo uma das grandes causas de morte no mundo, por isso
há uma crescente necessidade em descobrir novos compostos antimicrobianos para tratar
diferentes microrganismos. Sabe-se que as plantas são ótimas fontes para obtenção de novas
substâncias biologicamente ativas, graças à grande variedade estrutural de compostos
encontrados nelas. Em estudos anteriores, já foi demonstrado que os extratos das espécies
Byrsonima basiloba, B. crassa e B. fagifolia apresentam atividade antimicrobiana, revelando o
potencial biológico de plantas desse gênero. Neste trabalho, objetivou-se investigar a
atividade antimicrobiana das folhas de Byrsonima coccolobifolia e, através de ESI-MS, analisar
os principais compostos presentes no extrato metanólico dessa espécie. Partes aéreas da
planta foram coletadas em Itamarandiba-MG e secas em temperatura ambiente. As folhas
foram pulverizadas, submetidas à extração exaustiva com solventes de polaridade crescente
(hexano, acetato de etila e metanol), que foram removidos por evaporador rotatório. O
extrato metanólico seco (10mg) foi diluído com metanol até o volume final de 1mL e analisado
nos modos ESI-MS(+) e ESI-MS(-). Esse mesmo extrato também foi submetido a testes
antimicrobianos contra os patógenos Escherichia coli ATCC 25922, Bacillus cereus ATCC 11778,
Staphylococcus aureus ATCC 29212 e Candida albicans ATCC 18804. Através do método de
difusão em disco de papel descrito por Bauer (1966), aplicou-se nos discos laterais 0,1mL do
extrato (na concentração de 1mg/mL) e no centro da placa de Petri foram colocados os
controles positivos (cloranfenicol e miconazol) e o negativo (solvente). No final do ensaio, os
halos de inibição foram medidos. Foi verificada uma boa atividade antimicrobiana contra todos
os microrganismos testados (halos de inibição variando de 14 a 25mm), encontrando-se
valores próximos aos padrões utilizados (valores dos halos entre 21 e 32mm). O espectro de
ESI-MS(-) permitiu-nos determinar os principais compostos químicos presentes no extrato
metanólico das folhas de B. coccolobifolia, que provavelmente seriam as substâncias
responsáveis pela atividade biológica apresentada. Foram identificados os ácidos gálico e
quínico (m/z 169 e 191, respectivamente), ácidos mono, di, tri e tetragaloilquínico (m/z 343,
495, 647 e 799, respectivamente), quercetina (m/z 301), vários outros derivados quercetínicos
glicosilados (m/z 301, 433, 463, 609 e 615) e um derivado de amentoflavona (m/z 793). Dessa
forma, esse estudo contribui com a investigação de constituintes orgânicos em extrato vegetal
de espécies do cerrado. Além disso, nesse trabalho foi confirmado o potencial antimicrobiano
das espécies de Byrsonima como fontes futuras para elaboração de novas drogas a serem
utilizadas no tratamento de infecções diversas.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM, UFMG.
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Abraão J. S. Viana, Raphael Q. Reis, Maíra P. Fernandes, Roqueline R. M. Silva, Antônio Flávio P.
Alcântara, Patrícia M. de Oliveira.
310
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS DAS PARTES AÉREA DE
PLECTRANTHUS NEOCHILUS SCHLTR
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
O gênero Plectranthus (Lamiaceae) representa uma valiosa reunião de plantas com atividades
biológicas, utilizadas comumente na medicina tradicional para diversos fins. Os usos populares
dessas espécies incluem tratamentos de dores de cabeça, feridas, queimaduras, dermatite,
alergias, picada de insetos e de escorpião e como agente anti-séptico. As plantas do gênero
são também uma importante fonte de novos compostos bioativos e potenciais medicamentos.
A espécie Plectranthus neochilus Schltr., é empregada popularmente no tratamento de
insuficiência hepática, dispepsia e na cura de males não-específicos. No Brasil a planta é
conhecida como “boldinho”, e assim como outras espécies de Plectranthus, é utilizadas em
substituição a Peumus boldus Molina (“boldo-do-chile”). No presente trabalho descreve-se a
avaliação da atividade antioxidante dos extratos obtidos de P. neochilus Schltr. Partes aéreas
da planta foram secas, moídas e extraídas sucessivamente com hexano, AcOEt e MeOH,
obtendo-se os respectivos extratos após evaporação dos solventes. A avaliação da atividade
antioxidante foi feita pelo método DPPH, medida pela redução da absorbância (Abs) de
soluções dos extratos obtidos e padrão em diferentes concentrações em espectrofotômetro
UV-Vis em 517 nm. Utilizou-se como controle a solução MeOH de DPPH 0,1 mM, sendo as
amostras avaliadas a 200, 300 e 400 ppm. Os resultados obtidos foram expressos em
percentual da inibição de oxidação. O extrato metanólico, a 400 e 300 ppm, apresentou a
maior porcentagem de atividade antioxidante, respectivamente 25% e 24%. A atividade
observada para o extrato metanólico a 200 ppm foi semelhante ao obtido para o extrato
acetato de etila a 400 e 300 ppm (21%) e a 200 ppm (20%). A menor atividade foi observada
para o extrato hexânico (18%), em todas as concentrações. O padrão do teste (ácido gálico) a
100 ppm apresentou 81% de atividade. Os valores obtidos são relevantes para os extratos
avaliados, uma vez que existem várias patentes relacionadas a atividade antioxidante de
espécies de Plectranthus.
Apoio: FAPEMIG, CAPES, PRPPG-UFVJM, UFMG.
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Francisco C. A. Pessoa, Joice S. Cardoso, Douglas S. Monteiro
311
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE HIALURONIDASE BOVINA EM MEIO HOMOGÊNEO E
SUA POSSÍVEL APLICAÇÃO EM BIOSENSORES E BIORREATORES ENZIMÁTICOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
A hialuronidase (HAase) é uma enzima presente em diversos tipos de tecidos de mamíferos, tal
como o fluido sinovial e rins, e atua em diversos processos biológicos como desenvolvimento
embriológico, angiogênese e metástase. Esta enzima tem como substrato o ácido hialurônico
(HA), que por sua vez, está amplamente distribuído no tecido conjuntivo mole, humor vítreo,
dentre outros. Este polissacarídeo é constituído por unidades repetidas do dissacarídeo de
estrutura [D-ácido glucorônico (B-1-3) N-acetil-glicosamina (B-1-4)]. A atividade enzimática da
hialuronidase pode ser detectada por espectrofotometria de ultravioleta-visível (uv-vis) por
meio da formação de um complexo com colorido resultante da reação entre N-acetilglicosamina (NAG) e dimetilaminobenzaldeído (DMAB). Sendo o HA um importante marcador
para detecção de alguns tipos de câncer, torna-se relevante a construção de biosensores
baseados em HAase imobilizada. Dessa forma, torna-se possível a reutilização da enzima, pois
o seu uso em meio homogêneo tem como inconveniente a dificuldade de recuperação. Neste
trabalho avaliamos a atividade enzimática da hialuronidase testicular bovina (Sigma-Aldrich,
H1506) em meio homogêneo em diversas condições (em meio tamponado e não tamponado,
após 96 h de preparo, em temperatura ambiente, e em temperatura ótima, 37 ºC). A atividade
específica da enzima (AE) é expressa em micromol de NAG por minuto de reação por mg de
Hialuronidase, sendo medido através da determinação colorimétrica da NAG (épsilon = 21.000
/M/cm, pH ~2, 545 nm) (1), podendo ser calculada através da razão entre as inclinações da
curva de atividade enzimática em função da concentração de proteína e curva padrão de NAG,
dividido pelo tempo de reação. As curvas de calibração apresentaram coeficiente de
correlação linear maior que 0,99. A AE correspondeu a aproximadamente 0,040
micromol/mg/min para o ensaio nas condições ideais (10 microlitros de enzima recém
preparada incubada em 250 microlitros de HA em tampão fosfato 100 mM, pH 6 a 37 ºC por
100 min). Fora dessa condição, as AEs corresponderam às seguintes porcentagens da AE em
condição ideal (100%): 12% (temp. ambiente, meio idêntico), 22 % (fora da geladeira por 96 h,
meio e temperatura idênticos) e 84 % (água pura, 37 ºC). Os resultados demonstram que
mesmo fora das condições ideais (após 4 dias de preparo, em temperatura ambiente, ou em
pH e força iônica inadequados) a enzima se mantém ativa em solução. Tendo a proteína
funcionado em condições adversas, uma boa estabilidade pode ser alcançada em sistemas
contendo a mesma estabilizada, possibilitando então sua aplicação na construção de
biosensores e biorreatores. Referência Bibliográfica: (1) REISSIG, J. L.; STROMINGER, J. L.;
LELOIR, L. F. Journal of Biological Chemistry 1955, 217, 959–966
Apoio: UFVJM
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Joice S. Cardoso, Francisco C. A. Pessoa, Flávio H. M. Souza, Rosa P. M. Furriel, Douglas S.
Monteiro
312
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA DE B-GLICOSIDASES FÚNGICAS E SUA
IMOBILIZAÇÃO EM FILMES ULTRAFINOS DE POLÍMEROS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
O Brasil é o principal player mundial na produção de combustíveis renováveis. O constante
crescimento na demanda por combustíveis fósseis, a necessidade de manutenção e
conservação dos ecossistemas e a preocupação com o aquecimento global são fatores que
determinam a busca por novas tecnologias alternativas para substituir a matriz energética
baseada no petróleo. O etanol de segunda geração consiste em um biocombustível produzido
a partir de qualquer material lignocelulósico, como palha de arroz, papel reciclado, bagaço de
cana, e que poderá complementar ou substituir aquele que é atualmente obtido da
fermentação da sacarose da cana-de-açúcar. A conversão de celulose em etanol depende
diretamente da ação de enzimas responsáveis pelo processo de sacarificação. Neste contexto,
as glicosidases desempenham importante papel na produção de açúcares a partir da celulose e
apresentam também potencial aplicação como biocatalisadores enzimáticos imobilizados
(meio heterogêneo), podendo então serem utilizadas em biorreatores e biosensores. A
avaliação da atividade dessa classe de enzimas livres em solução (meio homogêneo) é
importante para o conhecimento da sua estabilidade em solução, e conseqüentemente, no
meio heterogêneo. Neste trabalho, buscou-se avaliar atividade enzimática de duas Betaglucosidase, uma de 282 kDa, denominada B-I, e outra de 94 kDa, B-II, oriundas do fungo
humicula isolens utilizando como substrato p-nitrofenil-B-D-glucopiranosídeo (pnp-glu). Uma
alíquota de 25 microlitros de solução de enzima foi colocada em contato com 275 microlitros
de substrato em meio tamponado (acetato de sódio, 50 mM, pH 5 e bis-tris-HCl, pH 6, 50 mM
para B-I e B-II respectivamente) contendo pnp-glu a 0,2 mM. A mistura foi encubada por 10
min em banho a 50 ºC e avaliou-se a produção do íon p-nitrofenolato, pnp, (épslon = 17500
/M/cm, pH 12, comprimento de onda = 410 nm) utilizando-se um espectrofotômetro
(bioespectra). A atividade enzimática foi expressa em micromol de pnp gerado por mg de
enzima por minuto de reação. Além disso, variou-se o tempo de incubação (10 a 100 min), de
maneira a possibilitar a avaliação da atividade enzimática com o tempo de reação. As
atividades específicas de B-I e B-II foram 6,3 e 18,1 micromol/min/mg, respectivamente. As
enzimas se diferenciaram em termos do tempo de incubação, onde cerca de 40 e 70% da
atividade em 100 min foram mantidas, comparando-se o tempo inicial de 10 min. Estes
resultados dão suporte para o estudo da adsorção das beta-glicosidases em filmes ultrafinos
automontados de policátions e poliânions (layer by layer) como possíveis matrizes poliméricas
para imobilização de enzimas. Referências Bibliográficas 1. Souza, F. H. M; Nascimento, C. V.;
Rosa, J. C.; Masui, D. C.; Leone, F. A.; Jorge, J. A., Furriel R. P. M Process Biochemistry 2010, 45,
272-278.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Hilton Túlio L.Santos, Ricardo S Santos, Crisley M A Ferreira, Alexandre S Santos
313
CARACTERIZAÇÃO CENTESIMAL E OTIMIZAÇÃO DA SACARIFICAÇÃO DE TORTA DE
MACAÚBA (ACROCOMIA ACULEATA JACQ)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
O Brasil é um país privilegiado por possuir uma grande variedade de oleaginosas que podem
ser usadas para produção de óleo, matéria-prima para a indústria do biodiesel. Essas
oleaginosas, após extração do óleo, geram resíduos sólidos que são frequentemente
aproveitados como adubo ou ração. A macaúbeira (Acrocomia aculeta) é uma palmeira cuja
produtividade em óleo chega a 4000 L/ha. Por esse motivo tornou-se objeto de estudo como
matéria-prima para a produção de biodiesel. Estima-se que sejam produzidas duas toneladas
de torta de macaúba por tonelada de óleo extraído. Com o intuito de agregar valor à torta de
macaúba, este trabalho se propôs a caracterizar quimicamente o resíduo gerado e otimizar
processo de sacarificação enzimática com vistas à produção de bioetanol. O resíduo sólido,
chamado de torta, teve sua composição centesimal determinada e expressa em peso seco e
desengordurado. Os valores para cada parâmetro avaliado foram: umidade – 2,57%, lipídeos –
21,5%, cinzas – 4,8%, fibra bruta – 11,5%, proteína – 6,35%, amido – 23,37%, hemicelulose –
9,43%, celulose – 10,08%, e açúcares solúveis totais – 8,19%. Esses dados mostram que na
biomassa (seca e desengordurada), cerca de 50% é representado por fração glicídica, ou seja,
substrato potencial para produção de bioetanol. Para a otimização do processo de
sacarificação foi realizado um planejamento experimental do tipo DCCR – Delineamento
Composto Central Rotacional 23, com 4 pontos centrais e 6 pontos axiais, onde foram
avaliadas a concentração de H2SO4 (2-5%) para o pré-tratamento, a concentração de celulase
(Celluclast® 5-25 uL/g) e a concentração de amiloglicosidase (Spirizyme® 10-30 uL/g). Os
ensaios foram conduzidos a 120°C/30 minutos. Os coeficientes de correlação encontrados
após análise do delineamento experimental foram de 96% para o fator de resposta AR e de
92% para o fator de resposta glicose. O uso de metodologia de superfície de resposta indicou
as concentrações de 3,5% de H2SO4, 15 uL de Celluclast/g de torta e 20 uL de Spirizyme/g de
torta como valores ótimos para a sacarificação da torta de macaúba, resultando em valores de
47g de açúcares redutores (AR) e 25g de glicose para cada 100g de torta. Considerando a
fração de glicídios presentes na torta (51,07%) e o valor de AR encontrado após a sacarificação
(47%) calcula-se rendimento de 92% para o processo. Em tese, se todo o açúcar liberado após
o processo de sacarificação for convertido em etanol, seria produzido o equivalerá a 297 L de
bioetanol por tonelada de torta de macaúba.
Apoio: CNPQ e FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Rayane K. Langbehn, Alexandre A. Silva, Angeliane D. Reis, Ramon G. C. Silva, Ricardo S. Santos,
Lílian Pantoja, Alexandre S Santos
314
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DO JERIVÁ (SYAGRUS ROMANZOFFIANA)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
O Jerivá (Syagrus Romanzoffiana) é uma palmeira de 8 a 15 metros de altura que é encontrado
em grande parte do território brasileiro. Seus frutos, tipo drupa, são globulosos ou ovóides e
apresentam um mesocarpo fibroso, suculento e de coloração amarelo-alaranjada. Sabe-se
que, em sua maioria, os frutos de palmeiras apresentam altos teores de óleos e fibras. No
entanto, pouco é conhecido sobre o jerivá o que dificulta a utilização do mesmo em produtos
com maior valor agregado. O presente trabalho tem por objetivo caracterizar física e
quimicamente os frutos do jerivá que foram adquiridos nas dependências da Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. A análise física ocorreu em um universo de 50
frutos, sendo que o peso dos mesmos foi de 8,38 ± 0,49 g, com diâmetro maior de 27,82 ± 0,83
mm e diâmetro menor de 22,01 ± 0,61 mm; o peso da polpa foi de 4,67 ± 0,28 g. A semente
pesou 3,71 ± 0,28 g, com 25,18 ± 1,81 mm de diâmetro maior e 15,39 ± 0,85 mm de diâmetro
menor. A polpa do jerivá apresentou 72,9% de umidade e 9,1% de extrato etéreo. Os
resultados da análise química da polpa do fruto, expressos em matéria seca e desengordurada,
foram em média: 8,17 % de cinzas, 9,87 % de fibra bruta, 3,95 % de proteínas totais, 12,7 % de
açúcares solúveis totais, 19,86 % de FDA, 38,1 % de FDN, 11,1 % de celulose, 12,2 % de
hemicelulose, 9,21 % de lignina, e 10,2 % de amido. Destaca-se no fruto a quantidade
significativa da fração de carboidratos, 46%.
Apoio: CNPq, FAPEMIG
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III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Ramon G. C. Silva, Ricardo S. Santos, Rayane K. Langben, Hilton Túlio L. Santos,
315
CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DA TORTA DE GIRASSOL (HELIANTHUS ANNUUS L)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
A torta de girassol (Helianthus annuus L.) é obtida da extrusão das sementes para obtenção de
óleo. A demanda por óleo de girassol tem aumentado com o advento da indústria do biodiesel.
O aumento das quantidades geradas de tortas abriram campo para pesquisas que lhes agregue
valor tecnológico. Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo realizar a
caracterização centesimal de torta de girassol doada pela empresa Biosep Energia e
Agronegócio Ltda. Após trituração e cominuição em malha de 0,2mm, o farelo resultante foi
analisado quanto aos teores de umidade (UM), matéria mineral (MM), extrato etéreo (EE),
fibra bruta (FB), proteína bruta (PB), açúcares solúveis totais (AST), amido (AM), fibras solúveis
em detergente neutro (FDN), fibras solúveis em detergente ácido (FDA), lignina (LG), celulose
(CL) e hemicelulose (HL). Os resultados obtidos apontaram um percentual de 6,31% e 33,2%
para UM e EE, respectivamente. Os percentuais para MM, FB E PB expressos em matéria seca
e desengordurada foram, respectivamente, 3,56%, 27,85% e 18,68%. Com relação aos
percentuais de glicídicos e de lignina da torta os valores, expressos em matéria seca e
desengordurada, foram: 44,14% de FDN, 29,49% de FDA, 21,59% de HL, 16,52% de CL, 9,99%
de LG, 5,63 % de AST e 2,28% de AM. Entre os valores observados destacou-se o percentual de
proteínas e o percentual referente à fração de glicídios (celulose, hemicelulose, AST, e amido).
Tal caracterização é fundamental para o desenvolvimento de estratégias para o
aproveitamento e agregação de valor à torta de girassol.
Apoio: FAPEMIG, CNPq
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316
CINÉTICA DE TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA DIRETA E MEDIADA DA ENZIMA HRP
SOBRE NANOTUBO DE CARBONO DE PAREDES MÚLTIPLAS MODIFICADO COM AZUL
DE TOLUIDINA, NANOPARTÍCULAS DE OURO E MERCAPTO PIRIDINA
Delton M. Pimentel , Saimon M. Silva , Flávio S. Damos
Email: Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
A bioeletrocatálise é de fundamental importância do ponto de vista prático uma vez que o
entendimento da reação biológica de transferência eletrônica é essencial para o
desenvolvimento de biossensores. A enzima mais empregada no desenvolvimento de
biossensores é a HRP e estudos do mecanismo de ação desta enzima indicam que, sobre
eletrodo de grafite pirolítico, apenas 42% das enzimas imobilizadas atuam mediante
Transferência Eletrônica Direta (TED) e o percentual restante por Transferência Eletrônica
Mediada (TEM). Recentemente, o interesse no emprego de materiais nanoestruturados como
suporte para TED de enzimas tem sido crescente e muitos materiais têm sido apresentados
como excelentes suportes para TED ou TEM em biossensores enzimáticos embora nenhuma
informação sobre o percentual de transferência eletrônica direta ou mediada seja investigado.
No presente trabalho foi realizado estudo do percentual de TED e TEM da enzima HRP sobre
Nanotubos de Carbono de Paredes Múltiplas modificado com azul de meldola (MWCNT/MB),
já que o mesmo tem sido amplamente usado como suporte para imobilização de enzimas.
Compararam-se os resultados obtidos com o eletrodo modificado através da aplicação de uma
monocamada de HRP sobre MWCNT/MB disperso em água e camadas múltiplas de mercapto
piridina dispersa em nanopartículas de ouro na presença e na ausência de dopamina, utilizada
como mediador da reação. Através de estudos amperométricos, voltametria hidrodinâmica e a
aplicação da Equação de Koutecky-Levich aos resultados, ficou evidente o aumento da
transferência eletrônica direta de 50% para 98 % no eletrodo modificado com a piridina e
nanopartículas de ouro. Tais resultados demonstram que os eletrodos modificados de tal
forma apresentam-se como excelentes materiais para se explorar a TED para a enzima HRP
mediante um mais eficiente bloqueio da TEM sobre materiais nanoestruturados.
Apoio: CNPq e FAPEMIG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Rayane K. Langbehn, Alexandre A. Silva, Ramon G. C. Silva, Hilton T. L. Santos, Ricardo S.
Santos, Lílian Pantoja, Alexandre S Santos
317
COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DA TORTA DE CORDA-DE-VIOLA (IPOMOEA TRILOBA L)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
A corda-de-viola (Ipomoea triloba L.) é uma planta daninha do tipo herbácea trepadeira que
pode alcançar até 3 m de comprimento. Apresenta fácil adaptação em qualquer tipo de solo e
pode ser encontrada em todo o território brasileiro. Recentemente a corda de viola tem sido
apontada como matéria prima potencial para a indústria de biodiesel. Este trabalho teve por
objetivo a caracterização química da torta de corda-de-viola, resíduo da extração de seu óleo.
A torta de corda-de-viola apresentou 8,35 ± 0,17% de umidade e 9,92 ± 0,10% de lipídeos. Os
resultados da análise química da torta de viola, expressos em matéria seca e desengordurada,
foram em média: 3,59 % de cinzas, 30,3 % de fibra bruta; 50,6 % de FDA; 69,6 de FDN, 33,4 %
de celulose, 19,7 % de lignina, 19,0 % de hemicelulose, 10,3 % de proteínas totais, 1,47 % de
açúcares solúveis totais (AST) e 8,67 % de amido. Foi observada quantidade significativa de
óleo na torta de viola, apontando baixo rendimento do processo de extração do óleo. Os altos
teores de celulose, hemicelulose e amido, indicam grande potencial para produção de
bioetanol. A quantidade também significativa de proteína permitiria seu uso para a
composição de rações ou silagens.
Apoio: FAPEMIG, CNPq
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09 a 13 de Maio de 2011
Vinícius V. Pereira, Carmindo R. Borel, Fabiana A. da Fonseca, Lílian L. R. Silva, Patrícia M. de
Oliveira, Roqueline R. S. de Miranda
318
COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO METANÓLICO DE
GALHOS DE BYRSONIMA COCCOLOBIFOLIA (MALPIGHIACEAE)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
Espécies do gênero Byrsonima são conhecidas popularmente como “muricis” e há relatos na
literatura de muitos usos medicinais dessas plantas, alguns deles já comprovados, como
atividade anti-inflamatória e antioxidante. A busca por substâncias fenólicas em vegetais tem
aumentado, principalmente devido às propriedades antioxidantes apresentadas, que são
importantes na prevenção e melhora de doenças que estariam associadas aos radicais livres.
Este trabalho objetivou determinar o conteúdo de fenólicos totais e a atividade antioxidante
no extrato metanólico dos galhos de B. coccolobifolia, além de investigar os principais
compostos químicos presentes nesse extrato, através de ESI-MS. Partes aéreas da planta
foram coletadas em Itamarandiba-MG e secas em temperatura ambiente. Os galhos foram
pulverizados, submetidos à extração exaustiva com solventes de polaridade crescente
(hexano, acetato de etila e metanol), que foram removidos por evaporador rotatório. O
extrato metanólico seco (10mg) foi diluído com metanol até o volume final de 1mL e analisado
nos modos ESI-MS(+) e ESI-MS(-). Utilizando esse mesmo extrato, por meio de técnicas
espectrofotométricas, determinou-se o conteúdo de fenólicos totais seguindo a metodologia
descrita por Singh (2002). A atividade antioxidante foi avaliada a partir da atividade de retirada
de radical (ARR) usando o método DPPH descrito por Singh e Blois (2002) e a partir da análise
do poder redutor (PR) conforme metodologia descrita por Yildirin (2001). Foi possível observar
um grande conteúdo fenólico no extrato em metanol (623,9 ± 14,9mg AT/g), o que indica uma
atividade antioxidante promissora. No teste de poder redutor foi verificado que a redução de
ferro pela amostra é concentração-dependente, isto é, o seu valor eleva-se com o aumento da
concentração do extrato. Já no ensaio com DPPH, a ARR do extrato a 300ppm apresentou bom
resultado (61,2 ± 0,7%), quando comparado ao padrão de ácido gálico a 300ppm (94,8 ± 0,2%).
No espectro de ESI-MS(-) foram determinados os principais compostos químicos presentes no
extrato metanólico dos galhos de B. coccolobifolia, que provavelmente seriam as substâncias
responsáveis pela atividade antioxidante apresentada. Foram identificados ácidos fenólicos ou
derivados (m/z 183 e 191), ácidos galoilquínicos (m/z 495, 647 e 799) e alguns flavonóides (m/z
433, 577 e 729). Assim, a técnica de ESI-MS com inserção direta da amostra mostrou-se uma
ferramenta rápida, eficiente e de grande sensibilidade para o conhecimento da composição
química de extratos de plantas. Além disso, nesse estudo foi evidenciado que a espécie B.
coccolobifolia possui compostos polares com boa atividade antioxidante, o que justifica dar
continuidade aos estudos químicos e biológicos com espécies desse gênero.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM, UFMG.
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319
DESENVOLVIMENTO DE UM SENSOR ALTAMENTE SELETIVO PARA DETECÇÃO
SIMULTÂNEA DE DOPAMINA E NADH EMPREGANDO MONOCAMADAS AUTOORGANIZADAS MISTAS
Danielle D. Justino, Ana Luísa A. Lage, Rita de Cássia S. Luz, Flavio S. Damos
Email: dani-2203hotmail.com
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
O uso de monocamadas auto-organizadas (SAM’s, do inglês Self-Assembled Monolayers) para
a modificação de eletrodos é um dos temas mais discutidos na Eletroanalítica atual,
principalmente por estas espécies afetarem tanto a sensibilidade quanto a seletividade do
sensor base. Esta última, por sua vez, é de alta importância para o desenvolvimento de um
sensor, pois a falta de seletividade do mesmo pode acarretar em análises indevidas se a
amostra contiver interferentes. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho é desenvolver
um sensor para a detecção de Dopamina (DA) e NADH eliminando a interferência do Ácido
Ascórbico (AA). Inicialmente, foram conduzidos estudos de um eletrodo de ouro modificado
com uma SAM de DTNB (ácido-5,5-ditiobis(2-nitrobenzóico)) e MBA (ácido 4mercaptobenzóico). Neste sentido, modificou-se o eletrodo de ouro por 24 horas com os
respectivos tióis e posteriormente foram conduzidas análises dos eletrodos modificados em
tampão fosfato pH 7,0. Primeiramente, foram realizadas medidas de voltametria cíclica para o
eletrodo modificado com DTNB/MBA em tampão fosfato pH 7,0 para analisar o
comportamento eletroquímico da SAM mista. No caso do DTNB, esta ciclagem foi utilizada
para a formação da sua forma eletroativa através da redução do grupo nitro. Adicionalmente,
foram feitos voltamogramas para o eletrodo limpo para fins de comparação. Posteriormente,
foram feitos estudos por voltametria de pulso diferencial, adicionando-se primeiramente o
NADH, em seguida a DA e o AA. Percebeu-se que o pico de oxidação da DA e AA é no mesmo
potencial, em torno de 0,4V sobre eletrodo limpo. A partir desse problema, testou-se o uso de
SAM’s mistas de DTNB e MBA para verificar a seletividade destes filmes. Deixou-se o eletrodo
modificando durante 24 horas e fizeram-se as análises de pulso diferencial. Foi verificado que a
SAM mista bloqueou a transferência de carga do AA, aparecendo somente o pico de oxidação
da DA. Com isto, conseguiu-se construir um sensor seletivo para a determinação dos fármacos
citados. Estes estudos foram reproduzidos durantes vários meses, validando a sensibilidade,
repetibilidade e reprodutibilidade da técnica desenvolvida. Finalmente, conclui-se que o uso
das monocamadas para o desenvolvimento de sensores químicos é bastante promissor e tais
resultados deixam evidente a possibilidade de controlar os processos interfaciais através da
manipulação de moléculas de diferentes dimensões na confecção de SAMs mistas.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM
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Pedro Giovannini, Luciana P. de Assis, Alessandro V. Andrade, Vinicius W. C. Morais, André Luiz
M. Silva
320
DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA INTEGRADO DE LOGÍSTICA REVERSA
UTILIZANDO ALGORITMOS GENÉTICOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
O problema de roteamento de veículos com coleta e entrega simultâneas (PRVCES) pertence à
classe de Problemas de Roteamento de Veículos (PRV). O PRV consiste em encontrar rotas
para um conjunto de veículos, minimizando o custo de atendimento. Por sua vez, o PRVCES é
um problema de logística reversa, onde além de visitar todos os consumidores, estes possuem
demandas de coleta e entrega que devem ser obrigatoriamente satisfeitas. Para que os
veículos possam atender a todos os consumidores, seu limite de carga deve ser respeitado. No
Brasil, devido a sua enorme malha viária, o roteamento de veículos é uma questão
extremamente importante para diversas empresas de diferentes ramos da economia, que
precisam distribuir seus produtos em todo o território nacional. A distribuição dos produtos é
uma questão estratégica, já que seu custo afeta diretamente o preço de venda e os lucros da
empresa. Além disso, questões ambientais como a redução da emissão de poluentes dos
veículos são preocupações cada vez maiores na sociedade. Reduzindo a distância percorrida na
distribuição de produtos, uma grande quantidade de poluentes deixaria de ser lançada na
atmosfera. O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um framework de otimização
para a resolução do problema PRVCES. Foram utilizadas dois algoritmos bio-inspirados:
algoritmos genéticos e algoritmos meméticos. A partir dos resultados obtidos foi possível
concluir que estes algoritmos apresentam bom desempenho, quando comparados aos
melhores resultados da literatura.
Apoio: FAPEMIG
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Josana Pereira dos Santos, Wallans Torres Pio dos Santos, Flavio Santos Damos, Rita de Cássia
S. Luz
321
DETECÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO EMPREGANDO UM ELETRODO MODIFICADO COM
NAFTOQUINONA SOBRE NANOTUBOS DE CARBONO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
O ácido ascórbico (AA) ou vitamina C é uma molécula usada na hidroxilação de várias outras
em reações bioquímicas nas células. A sua principal função é a hidroxilação do colágeno, a
proteína fibrilar que dá resistência aos ossos, dentes, tendões e paredes dos vasos sanguíneos.
Devido à grande importância desse analito, propõe-se no presente trabalho a detecção do
mesmo com grande sensibilidade. Para tanto foi utilizado um eletrodo à base de nanotubos de
carbono modificados com naftoquinona (NC/NFQ). O mesmo foi preparado pela adição de
uma alíquota de 20 L de NC/NFQ sobre a superfície do eletrodo, o qual foi seco por um
período de 12 horas. Após esse tempo o eletrodo foi lavado com água destilada para retirar o
material fracamente adsorvido sobre a sua superfície. Em seguida fez-se sucessivos
voltamogramas cíclicos do eletrodo modificado em solução tampão fosfato pH 7,0 e observouse um pico catódico e anódico em aproximadamente 250 e 0 mV, respectivamente, referente
ao processo redox da NFQ. Após verificar a estabilidade deste eletrodo por meio de 50 ciclos
sucessivos observou-se que não houve nenhuma diminuição significativa nas correntes de pico
anódica e catódica, demonstrando a estabilidade do mesmo. Quando o sensor foi colocado na
presença de 1mmol L-1 de AA observou-se um aumento em duas vezes a corrente de pico
anódico da naftoquinona em comparação ao voltamograma do eletrodo modificado na
ausência de AA, além de uma redução do pico catódico. Resultado característico de um
processo catalítico. Em seguida, para se confirmar a eletrocatálise do sistema realizou-se
voltamogramas cíclicos do eletrodo modificado apenas com: (a) os nanotubos de carbono, (b)
a naftoquinona e (c) o eletrodo não modificado. Todos os casos na ausência e presença do
analito. Observou-se que em nenhuma das situações os voltamogramas para o AA apresentouse superior ao voltamograma do eletrodo modificado com NC/NFQ, indicando que este
eletrodo modificado facilita a transferência eletrônica entre o AA e a superfície do eletrodo.
Neste sentido, partiu-se para a otimização dos prarâmetros experimentais, tais como pH (6-8),
solução tampão (fosfato, pipes e hepes) e concentração da solução tampão (0,025 a 2,0 mol L1). Foi observado que as melhores condições ocorreram com o emprego de uma solução 0,1
mol L-1 de tampão fosfato, pH 7,0. Com base nessas informações partiu-se para a construção
da curva analítica para o AA.
Apoio: FAPEMIG
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Fernando M. Oliveira, Grasyelle M. M. Ferreira, Wallans Torre Pio dos Santos, Flávio Santos
Damos, Rita de C. Silva Luz
322
DETECÇÃO DO PESTICIDA FENITROTION EMPREGANDO UM ELETRODO À BASE DE
AZUL DE METILENO E NANOTUBOS DE CARBONO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
Dentre as classes de agrotóxicos mais empregadas no Brasil estão os pesticidas
organofosforados, que são altamente nocivos para os seres humanos, pois sua ação se
processa através da toxicidade aguda. Neste sentido, com base no enorme malefício que esses
pesticidas podem provocar ao homem e também ao meio ambiente, o presente trabalho tem
como objetivo a preparação de um sensor à base de nanotubos de carbono modificados com
azul de metileno para a detecção de fenitrotion. Inicialmente, realizou-se um estudo do perfil
voltamétrico do pesticida a fim de verificar seu comportamento voltamétrico em diferentes
meios. Utilizou-se, então, um eletrodo de carbono vítreo não modificado na presença do
pesticida a fim de compará-lo com o eletrodo modificado com azul de metileno e nanotubos
de carbono de paredes múltiplas. Para o preparo do eletrodo modificado com o azul de
metileno e nanotubos de carbono pesou-se 1,00 mg de nanotubos mais 0,37 mg do azul de
metileno e diluiu-se em 1,00 mL de água. Posteriormente retirou-se 20,00 L da suspensão e
modificou-se a superfície do eletrodo o qual foi seco à temperatura ambiente por 24 horas e
testado logo em seguida na presença e ausência de fenitrotion. Quando o eletrodo não foi
modificado observou-se um pico de oxidação em aproximadamente +0,06 Volts e dois picos de
redução em aproximadamente em -0,18 e -0,71 Volts referentes ao processo redox do
pesticida. Quando o eletrodo foi modificado com os nanotubos de carbono e azul de metileno
observou-se um aumento significativo nas correntes catódicas e anódicas do analito e uma
mudança nos potenciais de oxidação e redução. Esse aumento nas correntes de pico pode
estar associado ao aumento da superfície de contato do eletrodo de trabalho e ao aumento na
velocidade de transferência de carga entre o fenitrotion e o azul de metileno imobilizado sobre
os nanotubos de carbono. Esse aumento na transferência de carga favorece um aumento na
sensibilidade do sistema favorecendo a detecção do pesticida com grande sensibilidade.
Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG
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Estêvão Samuel Procópio, Arlindo Follador Neto
323
DETECÇÃO E BLOQUEIO DE MALWARES: ESTUDO DE CASO NA UFVJM
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
No cenário atual de redes corporativas um dos grandes problemas são os programas
maliciosos (malwares). Vírus e worms são alguns deles e sua principal característica é se
multiplicar utilizando o Protocolo de Internet. Os riscos trazidos vão além da exposição de
dados confidenciais, o aumento de tráfego na rede ou a possibilidade de multiplicação.
Segundo Pompon (2010) uma dessas infecções gerou um tráfego tão intenso que levou o
Northwest Hospital de Seattle à medidas de emergência. A atividade do malware na rede
levou à parada dos serviços de laboratório, desconexão dos terminais de UTI e travamento de
portas controladas por computador. Este projeto propõe um sistema de detecção e bloqueio
de computadores suspeitos de infecção com o intuito de reduzir os riscos causados por
malwares na UFVJM e consequentemente a sua proliferação. Oomo no caso do Northwest
Hospital, o próprio tráfego gerado por malwares, buscando por falhas de segurança na rede,
pode ser utilizado para sua detecção. Uma aplicação de IDS (Intrusion Detect System) foi
configurada com regras disponibilizadas pelo Malware Threat Center. A partir dos alertas
emitidos por este IDS, subprogramas foram desenvolvidos para bloquear os computadores
infectados e impedir a proliferação dos malwares. Foi desenvolvido ainda um sistema de
gestão capaz de informar ao cliente da rede o bloqueio de seu computador. O sistema de
gestão também disponibiliza uma relação desses computadores para que o DTI (Departamento
de TI) tome providências. No primeiro mês de utilização o sistema proposto identificou-se 982
infecções, que geravam um tráfego de aproximadamente 300MB por dia. Através da
identificação desses computadores o DTI vem trabalhando para diminuir o número de
infecções. Atualmente o número de infecções é de 174 e o tráfego gerado foi reduzido em
85%, caindo para 40MB diários. A experiência adquirida na execução do presente trabalho
mostrou claramente a importância da atualização constante dos computadores. Falhas de
segurança são utilizadas não somente por malwares, mas também por pessoas malintencionadas podendo inclusive trazer problemas graves de segurança da informação. Esse
fato atrelado com a falta de um sistema de detecção de malwares em uma rede corporativa
pode levar a problemas gravíssimos desntro de uma instituição. Como visto anteriormente, se
o malware que infectou os 982 computadores tivesse ocasionado perda dos dados, as
consequências para uma instituição seriam catastróficas. Finalmente, conclui-se que para
conter infecções de malwares faz-se necessário a utilização de aplicações adequadas, equipe
especializada e de atualização constante, pois novas falhas de segurança são descobertas
diariamente e novas pragas surgem explorando essas vulnerabilidades.
Apoio: DTI/UFVJM
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Amanda Barreto de Oliveira Reis, Neuma das Mercês Pereira, Débora Vilela Franco, Rita de
Cássia Silva Luz
324
DETERMINAÇÃO ESPECTROFOTOMÉTRICA DE NITROFENOL EMPREGANDO A
FORMAÇÃO DE COMPLEXOS DE TRANSFERÊNCIA DE CARGA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
Fenóis e seus derivados, como clorofenóis, nitrofenóis e compostos aromáticos relacionados,
são conhecidos devido a sua elevada toxicidade e por serem compostos comuns em efluentes
industriais, oriundos das atividades de produção de plásticos, corantes, tintas, drogas,
pesticidas, detergentes e, principalmente de papel e celulose. Devido o grande efeito que
essas substâncias podem causar ao homem e ao meio ambiente, vários métodos têm sido
desenvolvidos com a finalidade de se determinar tais substâncias com rapidez e simplicidade.
Nesse sentido, propõe-se o desenvolvimento de um método espectrofotométrico para a
determinação de p-nitrofenol em águas naturais empregando um Espectrofotômetro
UV/visível da Shimatzu com caminho óptico de 1 cm. O método é baseado na reação de
transferência de carga entre TCNQ e p-nitrofenol. Inicialmente, foi estudado o comportamento
espectrofotométrico do complexo TCNQ/p-Nitrofenol formado e, posteriormente, foram
avaliados a influência dos parâmetros tempo de reação, temperatura, efeito do solvente
(água, metanol, etanol, isopropanol, acetonitrila e acetona) em relação a absorbância e
estabilidade do complexo estudado. O tempo de reação para a formação do complexo
(TCNQ/p-Nitrofenol) foi de 10 minutos, enquanto que a temperatura sofreu uma variação de
25 - 60ºC. Dentre os vários solventes testados a acetona foi a que apresentou melhor
resultado. Logo após esta etapa variou-se a concentração do TCNQ a fim de verificar em que
concentração o TCNQ apresenta melhor absorbância (1 x 10-3, 1 x 10-4 ou 1,0 x 10-5 mol/L).
Sendo assim, foi verificado que o melhor resultado foi obtido utilizando-se a concentração 1,0
x 10-5 mol/L. Após a otimização dos parâmetros experimentais, uma boa relação linear com
coeficiente de correlação de 0,999 (n=9) foi encontrada entre a absorbância e a concentração
de p-nitrofenol na faixa de 0,5 a 90 x10-6 mol L-1 de p-nitrofenol. A partir dos valores do
branco obteve-se um desvio padrão de 0,55 x 10-3, onde se calculou a sensibilidade da curva
analítica e os limites de detecção (LOD) e de quantificação (LOQ), respectivamente, da curva
apresentada: sensibilidade = 10.959,55 mol/L, LOD = 0,15 x 10-6 mol/L e LOQ = 0,5 x 10-6
mol/L.O método foi desenvolvido para a determinação da concentração de p-nitrofenol em
água coletada de rio, água de torneira obtendo, 0,56 (± 0,05) x10-6 mol/L, 0,60 (±0,06) x 10-6
mol/L respectivamente e não detectado p-nitrofenol em água destilada. Pelo exposto, pode-se
concluir que o TCNQ é uma excelente alternativa para a detecção de p-nitrofenol com base na
formação do complexo de transferência de carga (TC) e nos parâmetros otimizados.
Apoio: UFVJM, FAPEMIG
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325
EMPREGO DE UM ELETRODO A BASE DE NANOTUBOS DE CARBONO MODIFICADOS
COM CLORO(PIRIDIL)BISDIMETILGLIOXIMATO DE COBALTO(III) PARA A
DETERMINAÇÃO DE L-DOPA
Fernando F. R. Leite, Dênio E. P. Souto, Wallans T. P. dos Santos, Flávio S. Damos, Rita C. S. Luz
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
Os nanotubos de carbono apresentam excepcionais propriedades elétricas, químicas e
mecânicas, o que faz desses materiais interessantes candidatos em muitas aplicações,
particularmente na área de sensores químicos. Embora a utilização dos nanotubos como
eletrocatalisador seja limitada, uma interessante alternativa de melhorar essa propriedade
tem sido a modificação de sua superfície com moléculas que apresentem atividades
eletrocatalíticas, com a finalidade de aumentar a transferência eletrônica entre o analito
estudado e a superfície do eletrodo modificado. Assim, este trabalho descreve a modificação
de
um
eletrodo
de
grafite
pirolítico de
plano
basal (EGPPB)
com
cloro(piridil)bisdimetilglioximato de cobalto(III), Co(DMG)2ClPy, adsorvido sobre nanotubos de
carbono de paredes múltiplas (NCPM), os quais foram depositados na superfície do eletrodo. O
referido eletrodo modificado foi utilizado para a determinação de L-Dopa, fármaco usado no
tratamento sintomático do \'\'Mal de Parkinson\'\'. As caracterizações dos NCPM, do
Co(DMG)2ClPy e do compósito Co(DMG)2ClPy/NCPM foram realizadas por Microscopias
Eletrônicas de Varredura e Espectroscopias no Infravermelho, as quais comprovaram a
modificação dos NCPM pelo complexo. Adicionalmente, voltamogramas cíclicos obtidos em
solução 0,1 mol L-1 de tampão fosfato (pH 7,0) contendo 2 mmol L-1 de L-Dopa
desmonstraram que o analito apresentou pico anódico próximo a +0,3 V vs. Ag/AgCl, com
excelente atividade eletrocatalítica quando se utiliza o EGGPB modificado com o compósito. A
influência dos parâmetros experimentais na corrente de pico da L-Dopa sobre o eletrodo
modificado também foi estudada. Um melhor sinal analítico foi obtido empregando-se
concentrações de NCPM e de Co(DMG)2ClPy iguais a 2 mg mL-1 e 1x10-4 mol L-1,
respectivamente, em solução tampão fosfato 0,2 mol L-1 (pH 7,4). A curva analítica foi
construída após a otimização dos parâmetros experimentais utilizando-se a voltametria de
onda quadrada. O sensor desenvolvido apresentou resposta linear para a concentração de LDopa no intervalo de 3 a 100 μmol L-1 (R = 0,999), que pode ser expressa de acordo com a
seguinte equação: Ip/µA = 0,0096(±0,65) + 1,24(±0,013)[L-Dopa]/µmol L-1. O limite de
detecção determinado foi de 0,86 µmol L-1, o qual foi melhor do que os encontrados na
literatura utilizando outros eletrodos para o mesmo analito. Os resultados obtidos para o teor
de L-Dopa em comprimidos com o método proposto foram de acordo com o método oficial
farmacopêutico. Estudos de adição e recuperação do analito, bem como estudos de
interferentes foram realizados obtendo-se ótimos resultados. Portanto, foi verificado que o
sensor desenvolvido apresenta excelentes vantagens como simplicidade, rapidez e baixo custo
de preparo, ampla faixa linear de trabalho, seletividade e baixo limite de detecção, podendo
ser aplicado com sucesso em medicamentos que contenham L-Dopa em sua formulação.
Apoio: FAPEMIG
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326
ESTUDO DA VARIAÇÃO SAZONAL DA CONSTITUIÇÃO QUÍMICA E AVALIAÇÃO DA
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE CASEARIA SYLVESTRIS SW.
(FLACOURTIACEAE)
Alice R. de Matos; Wilson M. Godinho; Fernando C. Archanjo; Cristiane F. F. Grael.
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
A espécie Casearia sylvestris é conhecida como guaçatonga, pau-de-lagarto, chá-de-bugre.
Suas folhas apresentam óleo essencial e são utilizadas na medicina popular para tratar dor e
inflamação. Nos processos de algesia e inflamação estão presentes espécies radicalares
reativas, que podem potencializar o processo patológico; assim, produtos naturais com
atividade antioxidante podem ser úteis como agentes terapêuticos. Fatores ambientais podem
provocar variações qualitativas e quantitativas na composição química de óleos essenciais e
essa variação pode afetar a sua atividade biológica. Assim, os objetivos deste trabalho foram o
de avaliar a influência da época da coleta na variação da composição química do óleo essencial
das folhas de C. sylvestris e verificar se esses óleos obtidos em diferentes épocas do ano
apresentam atividade antioxidante. As folhas foram coletadas no Campus JK-UFVJM
(Diamantina-MG) nos meses de março (outono) e junho (inverno). As folhas frescas de cada
coleta foram submetidas a destilação por arraste a vapor de água em aparato de Clevenger
para a extração de óleo essencial. Os óleos essenciais foram analisados por cromatografia
gasosa-espectrometria de massas. Os constituintes químicos foram identificados através dos
espectros de massas obtidos e através do Índice de Retenção Relativa (IRR) em comparação
com dados da literatura. O IRR de cada constituinte dos óleos foi obtido através de injeção
concomitante de amostra e de uma séria homóloga de hidrocarbonetos lineares saturados
(C9-C24). Para se avaliar o potencial antioxidante de cada óleo essencial empregou-se o
método da redução do DPPH. A atividade de cada óleo essencial foi avaliada nas
concentrações de 10 g/L, 20g/L e 50g/L. Como controles foram utilizados DPPH na ausência de
óleo essencial e DPPH em presença de um agente antioxidante, a quercetina (10g/L, 20g/L e
50g/L). Foi avaliada a variação da absorbância (517nm) imediatamente e 1h após a preparação
das amostras através de espectrofotometria UV-VIS. Foram identificadas 20 substâncias
terpênicas nos óleos essenciais analisados, sendo que os compostos majoritários foram o ßelemeno (45,5% e 42,73% nos óleos da 1ª e da 2ª coleta, respectivamente) e o germacreno A
(28,8% e 25,38% nos óleos da 1ª e da 2ª coleta, respectivamente). Não foram observadas
variações significativas na composição química dos óleos obtidos em diferentes épocas do ano.
A atividade inibidora do radical DPPH dos óleos essenciais não foi significante quando
comparada a atividade da quercetina (aproximadamente 91 a 95% de inibição do DPPH a 10,
20 e 50 g/L), na metodologia empregada e nas concentrações avaliadas.
Apoio: FAPEMIG
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Raphael Q. Reis, Abraão J. S. Viana, Maíra P. Fernandes, Roqueline R. M. Silva, Antônio Flávio P.
Alcântara, Carlos Victor M. Filho, Patrícia M. de Oliveira
327
ESTUDO QUÍMICO DAS PARTES AÉREAS DE PLECTRANTHUS NEOCHILUS SCHLTR
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
Plectranthus L’He’r.,(Lamiaceae), é um grande gênero contendo aproximadamente 300
espécies de ervas e arbustos perenes nativos de regiões tropicais da África, Ásia e Austrália e
adaptados a quase todos os habitats e altitudes. Dentre as espécies medicinais quimicamente
inéditas do gênero, tem-se Plectranthus neochilus Schltr., que é uma erva aromática,
empregada na medicina popular no tratamento de insuficiência hepática, dispepsia e na cura
de males não-específicos. O presente trabalho descreve o estudo fitoquímico de partes aéreas
de P. neochilus Schltr. em andamento. A espécie foi cultivada no Campus II da UFVJM, e
identificada pelo botânico Prof. Dr. Carlos Victor Mendonça Filho do Departamento de Ciências
Biológicas dessa instituição. A exsicata da planta (No. 1.720) está depositada no herbário DIA
da UFVJM. Partes aéreas de P. neochilus foram coletadas e após secagem e moagem foram
submetidas a extrações exaustivas e sucessivas com hexano, AcOEt e com a mistura EtOH:H2O
(8:2 v/v). Após a evaporação dos solventes foram obtidos os respectivos extratos. Parte do
extrato hexânico obtido foi submetida à filtração em coluna de vidro aberta contendo sílica
gel, utilizando-se como eluentes hexano, AcOEt e EtOH em gradiente crescente de polaridade.
Com esse procedimento foram obtidas 120 frações acompanhadas e agrupadas por
cromatografia em camada delgada de sílica (CCDS), utilizando-se diferentes reveladores. O
grupo de frações, obtidas da eluição com hexano, foi submetido a cromatografia em coluna de
sílica (CCS), em gradiente crescente de polaridade (hexano, AcOEt e EtOH). As frações obtidas
foram agrupadas por análise em CCDS. O grupo eluído com a mistura hexano:AcOEt (8:2) foi
novamente submetido a CCS e as frações agrupadas por CCDS. O grupo de frações eluído com
hexano:CHCl3 (7:3 v/v) apresentou cristais, que, após recristalização em EtO2, mostraram-se
puros por CCDS. A análise pelo teste de Lieberman-Buchard sugeriu a natureza triterpênica dos
cristais. O espectro de RMN de 1H [300 Mhz, TMS, d (ppm)] da amostra apresentou perfil de
triterpenos, o que foi confirmado pelos espectros de RMN de 13C [75 Mhz, TMS, d (ppm)] e
DEPT (90º e 135º) que apresentaram 30 átomos de carbono. Os deslocamentos analisados
foram compatíveis com o esqueleto friedelano, quando comparados com dados da literatura.
Desta forma, o triterpeno isolado pode ser identificado como friedelan-3-ona (friedelina),
descrito pela primeira vez em P. neochilus.
Apoio: FAPEMIG, CNPq, PRPPG-UFVJM, UFMG.
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328
ESTUDOS PARA VALIDAÇÃO DE UMA METODOLOGIA DE ANÁLISE PARA O CONTROLE
DE QUALIDADE SIMULTÂNEO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO E CAFEÍNA EM
FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS COM DETECÇÃO ELETROQUÍMICA
Eric O. Faria, Wallans T. P. dos Santos
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
O ácido acetilsalicílico (AAS) é um analgésico antipirético e antiinflamatório amplamente
empregado em formulações farmacêuticas para o alívio de dores de cabeça, febre, dor
muscular e inflamação devido à artrite ou lesão. A cafeína (CF) é um alcalóide que potencializa
o efeito analgésico e por isso está associada em diversas formulações com o AAS. Devido à
importância no controle de qualidade de fármacos, o desenvolvimento de métodos eficientes
de análise é de grande interesse, tanto na produção, quanto na fiscalização dessa drogas. A
maioria dos métodos de análise desenvolvidos para determinação simultânea desses fármacos
é baseada em sistemas cromatográficos com detecção no ultravioleta. No entanto, estes
métodos são dispendiosos e de baixa frequência analítica quando comparados com os
eletroanalíticos. Neste contexto, o presente trabalho apresenta uma metodologia simples,
rápida e de baixo custo para determinar o AAS e CF simultaneamente por voltametria de pulso
diferencial (VPD). Os estudos foram realizados utilizando uma célula eletroquímica de três
eletrodos, tendo platina e Ag/AgCl como eletrodo auxiliar e referência respectivamente. Os
eletrodos de trabalho utilizados foram de carbono vítreo, ouro e diamante dopado com boro
(DDB) em 8.000 ppm. As melhores condições de seletividade e sensibilidade da detecção em
função do eletrólito e do eletrodo de trabalho foram obtidas em meio de ácido sulfúrico sobre
DDB. O comportamento eletroquímico dos fármacos nessas condições apresentou dois
processos de oxidação, um para CF em aproximadamente 1,50 V e outro para o AAS em torno
de 1,95 V. Os melhores parâmetros da VPD em função da seletividade e sensibilidade da
técnica foram de 90 mV para amplitude de potencial e 30 mV para velocidade de varredura. As
curvas de calibração para ambos os fármacos proporcionaram excelentes coeficientes de
correlação linear e os estudos de adição e recuperação foram obtidos próximos de 100%. A
precisão do método foi avaliada pela repetibilidade de uma serie de experimentos e os desvios
padrões relativos foram inferiores aos permitidos para ambos os analitos. A interferência do
sinal analítico de um composto no outro não foi significativa para ambos os casos, sendo
limitada somente quando a AAS se encontrava cerca de 22 vezes superior a CF, porém as
associações desses fármacos no mercado indicam uma proporção de aproximadamente de 17
(dezessete) vezes mais de AAS em relação à CF, ou seja, nessas condições o AAS não seria um
interferete para análise de CF. Dessa forma, o método proposto pode ser utilizado como uma
alternativa de baixo custo, simplicidade de aplicação e alta freqüência analítica no controle de
qualidade desses fármacos, possibilitando a análise direta na amostra sem a necessidade de
pré-tratamento. Os estudos de comparação dos resultados em relação ao método oficial estão
sendo realizados para finalizar a validação do método.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM
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Thomás S. Rocha, Luiz E. Freire, Márcio C. Pereira
329
FOTOSSÍNTESE ARTIFICIAL: USO DE UM SISTEMA FOTOSSINTÉTICO INOVADOR PARA
PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / CIÊNCIAS DOS MATERIAIS
A clivagem fotocatalítica da água é um processo limpo, de baixo custo e ambientalmente
favorável para a produção de energia solar em energia química, i.e. hidrogênio. Desde sua
descoberta por Fujishima e Honda, mais de 150 novos fotocatalisadores incluindo TiO2, óxidos
metálicos, sulfetos metálicos, oxisulfetos e oxinitretos foram sintetizados com esse propósito.
Entretanto, a rápida recombinação entre elétron e buraco no semicondutor limita sua
eficiência fotocatalítica para produção de H2. Neste trabalho, nós produzimos um material
inovador baseado em -FeOOH nanoestruturado para uso como fotocatalisador em sistemas
de produção de H2 a partir da água, usando luz solar, em um processo similar à fotossíntese
realizada pelas plantas. Nanoestruturas de -FeOOH com 6 nm (tamanho médio de cristalito)
foram sintetizados pelo método de co-precipitação. O material sintetizado foi caracterizado
por difratometria de raios X, espectroscopia Mössbauer de 57Fe, reflectância difusa e área
superficial BET. Estudos teóricos utilizando DFT foram realizados com o objetivo de entender a
separação de cargas no semicondutor. Medidas de produção de hidrogênio usando luz solar
foram monitoradas por medidas cronoamperométricas. Os resultados obtidos indicaram que o
material sintetizado tem alta área superficial (420 m2 g-1), mesoporosidade entre as partículas
e absorve luz solar em uma ampla faixa do espectro visível. Medidas de produção de H2
indicaram que a eficiência quântica do fotocatalisador sintetizado foi de 7,9%. Para efeitos de
comparação, a eficiência do TiO2 para produção de H2 é de apenas 1,2%. Defeitos estruturais
devido à presença de vacâncias catiônicas, identificadas por espectroscopia Mössbauer, têm
um papel importantíssimo na inibição da rápida recombinação elétron/buraco no
semicondutor, como confirmado por cálculos teóricos. A combinação de alta área superficial,
band gap na região do visível, mesoporisidade entre as partículas e defeitos estruturais devido
à presença de vacâncias catiônicas faz desse material um fotocatalisador promissor para a
clivagem fotocatalítica da água usando luz solar.
Apoio: CNPq e FAPEMIG
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Arlete B. Reis, Vera S.V. Farias, Valdeane F. Martins, Jéssica R. Andrade, Raphael.S. Rocha.
330
IMPLANTAÇÃO DO LABORATÓRIO DE ENSINO DE FÍSICA (ÊNFASE MECÂNICA) NO
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / FÍSICA
Este trabalho tem como objetivo promover a implantação do Laboratório de Ensino de Física
(ênfase: mecânica) com o uso do K. E. M. – Kit para Experiências de Mecânica no curso de
Bacharelado em Ciência e Tecnologia, que por sua vez funcionará como elemento motivador,
desenvolvendo nos alunos um maior interesse pelo aprendizado de Física. A implantação do
laboratório permitirá a realização de aulas com caráter eminentemente experimental, sendo
usados equipamentos adquiridos por esta Universidade, adequados às necessidades dos
alunos, propiciando aos mesmos, maior visualização do conteúdo abordado nas aulas teóricas,
preparando-os para o mercado de trabalho. A montagem dos equipamentos para a realização
das experiências será realizada nas dependências do Laboratório de Ensino de Física do
Instituto de Ciência e Tecnologia com capacidade para atender 30 alunos por aula distribuídos
em 10 Kits. Cada kit possui capacidade para realizar vários experimentos, embora no primeiro
momento a meta desse projeto é preparar 10 experiências por montagem, são elas: Medidas
Físicas, Cinemática da Partícula, Equilíbrio da partícula, Estática dos corpos deformáveis,
Líquidos, Dinâmica da partícula, Equilíbrio dos corpos, Dinâmica dos corpos rígidos. A análise
de dados será utilizando o software LAB Fit( LAB Fit Curve Fitting software V 7.2.48) Ajuste em
computadores que estará à disposição dos alunos durante a realização dos experimentos.
Durante a execução do projeto serão cumpridas as seguintes etapas: familiarização com o
material experimental, montagem e desmontagem dos kits experimentais, introdução ao
estudo de tratamento de dados, planejamento e elaboração das apostilas.
Apoio: CAPES, UFVJM.
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Paulo C. R. Andrade, Jéssica R. Andrade, Alailson F. Antunis, Douglas M. Cruz, Valdeane F.
Martins, Taís A. Reis
331
IMPLEMENTAÇÃO DE INTERVALOS DE CONFIANÇA COMO ALTERNATIVAS
BAYESIANAS PARA COMPARAÇÕES MÚLTIPLAS
Email: : [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
Na experimentação, o pesquisador utiliza a análise de variância para avaliar a significância dos
efeitos dos tratamentos, deparando-se com o problema de comparar médias de diferentes
níveis do fator. Para verificar diferenças entre médias de tratamentos são sugeridos vários
procedimentos de comparações múltiplas: Tukey, Duncan, Student-Newman-Keuls (SNK),
Scheffé e t de Student, entre outros. O grande problema desses testes é a ambiguidade dos
resultados, dificultando a sua interpretação (Machado et al, 2005). Além disso, estes só são
válidos em casos de homogeneidade de variância e sob normalidade. Uma alternativa é o uso
de procedimentos bayesianos. Alternativas bayesianas para comparações múltiplas foram
propostas por Andrade (2008), considerando os casos de homogeneidade e heterogeneidade
de variâncias em modelos com distribuição normal, balanceados ou não. Este projeto tem por
objetivo implementar duas das alternativas bayesianas propostas para comparações múltiplas,
considerando os casos de homogeneidade e heterogeneidade de variâncias em modelos com
distribuição normal, utilizando o R (R. Development Core Team, 2009), com base na
distribuição t multivariada. Inicialmente foi gerada uma amostra de tamanho n da t
multivariada. A amplitude padronizada foi usada para analisar tanto o caso de variâncias
heterogêneas como homogêneas e finalmente tentativas na implementação do teste em
questão. O projeto está sendo desenvolvido para permitir uma comparação entre os testes
implementados e os já existentes.
Apoio: CNPq, UFVJM.
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332
INFLUÊNCIA DO PRÉ-TRATAMENTO DO SUBSTRATO DE TECIDO DE CARBONO SOBRE
A ELETROSSÍNTESE DE FILMES DE BETA-PBO2 NA CONFECÇÃO DE ELETRODOS
PERMEÁVEIS A FLUIDOS
Fabiano R. Costa, Leonardo M. da Silva
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
Ozônio pode ser produzido eletroquimicamente em alta concentração na fase gasosa
empregando-se reatores que promovem a eletrólise da água livre de eletrólito. Tais reatores
são constituídos de um MEA (“Membrane Electrode Assembly”) formado por um eletrodo
permeável a fluidos (EPF) prensado contra um eletrólito polimérico sólido (EPS). No MEA, a
reação de formação de ozônio só ocorre nos sítios ativos correspondentes às regiões de triplo
contato envolvendo o reagente, o material eletródico contido no EPF e o EPS. Por esse motivo,
é imprescindível que o EPF apresente elevada porosidade para permitir o suprimento de
reagente, a saída dos produtos gasosos (oxigênio e ozônio) formados durante a oxidação da
água e possibilitar uma ampla distribuição dos sítios ativos interfaciais. Como a grande maioria
dos EPF utiliza metais como substrato para suportar os filmes do material eletródico, a
maximização da área superficial vem, geralmente, acompanhada da minimização da
porosidade, além do fato da rigidez da sua forma restringir o contato EPF/EPS. No presente
estudo, um EPF alternativo, formado por um filme de beta-PbO2 suportado em tecido de
carbono (TC) é proposto, mas, devido à diversidade de materiais precursores utilizados nas
sínteses das fibras de carbono e à ampla variedade de processos aplicados na produção e no
pós-tratamento das fibras, buscou-se verificar a influência do pré-tratamento do TC na
eletrossíntese dos filmes de óxido que devem ser aderentes, bem distribuídos e
preferencialmente constituídos pela forma beta-PbO2. Foram avaliados três processos de prétratamento do TC: imersão em solventes orgânicos, polarização anódica e imersão em ácido
nítrico concentrado. Os perfis voltamétricos na região capacitiva de cada substrato revelaram
que o pré-tratamento com solventes orgânicos aumenta a área ativa superficial do TC devido
promoverem a remoção de compostos isolantes adsorvidos, principalmente nas microrregiões
das fibras. Além disso, essa forma de pré-tratamento do TC permite que a eletrodeposição dos
filmes de óxido sobre o TC ocorra em menores potenciais, com formação preferencial da fase
beta-PbO2, cuja caracterização estrutural foi obtida através da técnica de difração de raios-X.
Micrografias obtidas com a microscopia eletrônica de varredura revelaram que os filmes de
beta-PbO2 estão bem distribuídos sobre as fibras de carbono e são bastante rugosos/porosos.
Constatou-se, portanto, que é possível produzir eletrodos tridimensionais porosos de elevada
área superficial visando à produção de ozônio, substituindo os substratos metálicos pelo TC e
que processos de pré-tratamento adequados possibilitam melhorias das propriedades
superficiais do TC, sendo a limpeza com solventes orgânicos a técnica mais adequada sob o
ponto de vista prático para a eletrossíntese dos filmes de beta-PbO2.
Apoio: CAPES, FAPEMIG, FINEP, UFVJM
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André P. da Silva, Ana C. P. Borges, Hyngrid S. Pires, Isadora M. Brito, Liliane Ortlieb, Marcelo
M. Britto, Carlos Ignácio
333
OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE TRIACETILGLICEROL ATRAVÉS DA ESTERIFICAÇÃO
DO GLICEROL PARA USO COMO ADITIVO EM GASOLINA E BIODIESEL
Email: carlos.igná[email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
A produção de biodiesel consiste na transesterificação de um óleo vegetal com um álcool,
formando três moléculas de ésteres e liberando uma molécula de glicerina bruta. No Brasil as
projeções mostram uma produção de cerca de 250 mil toneladas de glicerina a cada ano a
partir de 2013, valores superiores ao consumo nacional atual. O problema é que o refino da
glicerina é um processo caro, o que torna interessante o desenvolvimento de mecanismos de
produção que a utilizem na sua forma bruta. Uma utilidade dessa glicerina é na produção do
triacetilglicerol (TAG), que tem sido descrito como um aditivo para gasolina e biodiesel. Com
este trabalho objetivou-se produzir e caracterizar o TAG a partir da esterificação do glicerol
com ácido acético. O produto foi obtido em bons rendimentos e purificado por destilação
simples, onde a amostra isolada com ponto de ebulição de 152ºC foi submetida para análises
posteriores em Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de C13 e H1. Ao se
analisar o número de sinais e os deslocamentos químicos dos mesmos nos espectros de RMN
de H1 e C13 da amostra, pode-se afirmar que foi obtida uma mistura de compostos. Os sinais
do espectro de RMN de H1 e dos sinais de integração a cada um deles associados, indica que
houve formação preferencial dos compostos gliceróis mono-acetilado, tri-acetilado e isômeros
do di-acetilado, com predominância do isômero onde a acetilação ocorreu nos carbonos um e
três relativos à molécula de glicerina, devido ao impedimento estérico na hidroxila central.
Contudo, pela intensidade de sinais no espectro de C13 e pelo valor dos sinais de integração,
acredita-se que o TAG esteja em maior volume. Conclui-se que foi possível obter o produto
esperado, mas o método de separação dos subprodutos não foi totalmente eficiente devido à
alta proximidade dos pontos de ebulição dos compostos acetilados. Porém, para a completa
certeza dos resultados seria necessário realizar outras análises mais minuciosas.
Apoio: FAPEMIG, Departamento de Química da UFVJM e Departamento de Química da UFMG
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Ramon G. C. Silva, Ricardo S. Santos, A Rayane K. Langbhen, Hilton Túlio L Santos,
334
PERSPECTIVAS DO USO DE BIOMASSA RESIDUAL ORIUNDA DA CADEIA PRODUTIVA
DO BIODIESEL PARA PRODUÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
A crescente preocupação mundial com o meio ambiente e os problemas sócio-econômicos
relacionados aos combustíveis e derivados do petróleo colocou o biodiesel numa posição de
destaque. Além disso, tem se discutido, os benefícios gerados pelo aproveitamento de
biomassas residuais e o valor que estas agregam à cadeia produtiva do biodiesel ao serem
utilizadas como matérias-primas para a geração de etanol. Neste contexto, o Brasil tem se
mostrado promissor e com boas perspectivas. O presente trabalho tem por objetivo avaliar os
potenciais, na geração de etanol, das tortas de macaúba (Acrocomia aculeata), corda-de-viola
(Ipomoea triloba L.), caroço de algodão (Gossypium hirsutun L.), girassol (Helianthus annuus
L.), mamona (Ricinus communis L.), jerivá (Syagrus romanzoffiana) e pinhão-manso (Jatropha
curcas L.) a partir da análise de seus conteúdos celulósicos e hemicelulósicos. Os teores de
fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), hemicelulose (HL), lignina
(LG) e celulose (CL) foram determinados pela metodologia de Van Soest (1965) e os valores
encontrados foram expressos em percentuais de base seca e desengordurada. Os resultados
obtidos para a torta de girassol foram os seguintes: 16,5% HL, 21,6% CL, 9,9% LG, 29,5 % FDA e
44,1% FDN. Já para as tortas de macaúba, mamona e pinhão-manso os resultados foram,
respectivamente, 11,7; 46,2; e 51,9% para FDA; 21,1; 52,2; e 62,7% para FDN; 0,38/ 5,7 e 6,8%
para LG; 10,1; 12,6; e 17,5% para CL; 9,4; 6,1; e 10,8 % para HL. Com relação às tortas de
corda-de-viola, Jerivá e algodão os valores encontrados, respectivamente, foram: 50,6; 19,9; e
45,3% de FDA, 69,6; 32,17; e 52,2% de FDN, 33,4; 11,1; e 33,3% de CL, 19,7; 9,2; e 15,9% de LG,
19,0; 12,2; e 7,56% de HL. Os dados demonstram que as tortas oriundas do algodão, da cordade-viola e do girassol apresentam percentagens mais expressivas de hemicelulose e celulose,
quando comparada às demais, o que implica em um potencial teórico significativo para a
produção de etanol de segunda geração. Com base em cálculos teóricos e projeções, estima-se
respectivamente a produção de 260; 336 e 241 L de etanol para cada tonelada das tortas
citadas.
Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Alexandre A. Silva, Ramon G. C. Silva, Rayane K. Langbhen, Hilton Túlio L. Santos, Lílian
Pantoja, Alexandre S. Santos
335
POTENCIAL DAS TORTAS DE ALGODÃO E RESÍDUO DE CERVEJARIA PARA PRODUÇÃO
DE BIOETANOL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
Na atualidade, não se pode desconsiderar a necessidade de desenvolvimento de tecnologias
que suportem as demandas por energias renováveis. Uma das vias para a produção de energia
renovável é a transformação de biomassas vegetais em combustíveis líquidos. Os resíduos
agroindustriais são candidatos potenciais como insumos para essa nova indústria de energia. O
presente trabalho teve por objetivo avaliar a composição centesimal de torta de caroço de
algodão e do resíduo sólido de cervejaria com a perspectiva de se produzir etanol de segunda
geração. Foram avaliadas os valores percentuais de umidade (U), cinzas (C), extrato etéreo
(ET), proteína bruta (PB), açucares solúveis totais (AST), amido (A), hemicelulose (HE), celulose
(CE), lignina (LI), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA). Os
resultados de caracterização do resíduo de cervejaria foram: 8,12% de U, 1,82% de C, 13,33%
de ET, 10,36% de PB, 21,85% de AST, 13,28% de A, 23,31% de HE, 11,87% de CE, 2,25% de LI,
13,45% de FDA e 35,04 de FDN. Para a torta de algodão os resultados foram: 3,27% de U,
3,58% de C, 12,94% de ET, 19,31% de PB, 3,96% de AST, 2,18% de A, 6,33% de HE, 27,89% de
CE, 13,39% de LI, 37,97% de FDA e 43,72% de FDN. Analisando as frações de hemicelulose e
celulose no resíduo de cervejaria pode-se estimar uma produção potencial de 215 L de etanol/
tonelada do resíduo. Já a torta de algodão apresenta um potencial de 171 L de etanol/
toneladas de torta íntegra. O alto teor de proteína bruta presente nas duas tortas avaliadas
sugere que estas podem ser utilizadas como suplemento alimentar de ruminantes. Contudo,
análises mais sistemáticas devem ser realizadas com o intuito de se obter dados mais
concretos quanto ao potencial bioenergético apresentando por estes subprodutos.
Apoio: FAPEMIG, CNPq
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Pedro H. B. Borges & Anderson L. P. Porto
336
PRODUTOS TENSORIAIS DE G-MÓDULOS SOBRE O CORPO DOS NÚMEROS
COMPLEXOS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / MATEMÁTICA
A teoria de representação é uma área da matemática ainda em desenvolvimento e com
aplicações em vários campos das ciências como na física, química e computação. Nesse
trabalho fizemos um estudo minucioso das teoria de grupo, teoria de representações lineares
de grupos, teoria de carácteres e tópicos especiais de Álgebra de Linear, com ênfase final no
estudo dos produtos tensoriais de dois G-módulos sobre o corpo dos números complexos,
onde G é um grupo finito qualquer. Em especial, nós construímos o carácter de um produto
tensorial de dois G-módulos e aplicamos os resultados no estudo dos carácteres irredutíveis de
produtos diretos de dois grupos finitos.
Apoio: CNPQ
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Jussara Vieira da Silva, Flávio S. Damos
337
PROPRIEDADES DO COMPÓSITO A BASE DE POLIANILINA E NANOTUBOS DE
CARBONO COMO PLATAFORMA PARA APLICAÇÃO EM BIOSSENSORES
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
Atualmente os nanotubos de carbono (CNT) representam um importante grupo de
nanomateriais com atrativas propriedades químicas, eletrônicas e mecânicas. Os nanotubos de
carbono de paredes múltiplas (MWCNT) podem ser combinados com polímeros, de maneira a
moldar as propriedades físicas desses compostos (nanotubo-polímero), aumentando sua
condutividade elétrica, estabilidade química e resistência mecânica. Dentre as classes de
polímeros condutores, a polianilina (PANI) é um dos mais estudados devido às suas
características, incluindo simplicidade no processo de síntese, alta estabilidade e baixo custo.
O presente trabalho apresenta a fabricação de novos materiais compósitos à base de
polímeros condutores e nanoestruturas. Para tal, foi produzido um eletrodo modificado
através da polimerização de polianilina (PANI) na presença de agrupamentos amina com
MWNT funcionalizados. Neste sentido, a modificação prévia do MWCNT com O,O-bis (amino)poli(etilenoglicol) foi fundamental para o sucesso do processo de dopagem da polianilina com
o nanotubo de carbono. Conforme observado, a combinação de nanotubos de carbono de
paredes múltiplas com polianilina é possível de tal forma a produzir um material compósito
orgânico-inorgânico cujas propriedades eletroquímicas são superiores às da polianilina. O
eletrodo modificado com o composto exibiu uma redução na transferência de elétrons. Por
fim, o eletrodo modificado com o compósito foi utilizado como suporte para imobilização de
citocromo c. Os resultados mostraram que o eletrodo modificado com PANI, MWNT e Cyt c
apresentam uma boa sensibilidade para a detecção de H2O2 e Dopamina. APOIO: CNPq,
UFVJM
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Lúcio M. S. Fraga, Danielle P., Alexandre U.,Fernanda S.Paula Pedro Â. A. Abreu Soraya de
C.Neves.
338
QUIMIOESTRATIGRAFIA DE C/O E ANÁLISE ISOTÓPICA DE SR NA DETERMINAÇÃO DE
IDADE DE ROCHAS CARBONÁTICAS DA REGIÃO DE COUTO DE MAGALHÃES
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
Na região nordeste da Serra do Espinhaço entre o distrito de Inhaí e próximo a Tomé município
de Couto de Magalhães de Minas ocorrem localizadamente camadas sedimentares de silitos
com lentes de dolomitos e calcários laminados. As lentes dolomiticas contém registro de
primitivos habitantes da terra,as algas formando colônias de estromatólitos colunares. O
estudo detalhado do conjunto de rochas calcárias poderá esclarecer sobre as condições
geológicas e paleoambientais de sua deposição.O objetivo deste trabalho é investigar, através
de análises isotópicas 13C/12C e 18O/16O e 87Sr/86Sr, a posição estratigráfica destes
calcários, se relacionados ao Mesoproterozóico como indicado pelos dados geoquímicos ou se
Neoproterozóico como indicado pelos mapas geológicos do Projeto Espinhaço e outros
autores, além de fornecer parâmetros químicos aplicáveis ao reconhecimento do ambiente
deposicional. As amostras de rochas dolomíticas, coletadas em diferentes níveis
estratigráficos, após devidamente identificadas, foram moídas e enviadas para laboratório
especializado para realização de análise das razões isotópicas entre 13C/12C e 18O/16º. As
análises foram realizadas no LABISE/UFPE, por meio de um espectrômetro de massa,ao qual
foram acoplados vários acessórios que permitem determinação das razões isotópicas com alta
resolução. Para determinação da razão isotópica de 13C/12C e 18O/16O foram necessários
300 microgramas de carbonato pulverizado. Para análise de 87Sr/86Sr , foram utilizadas 50 mg
de amostra pulverizada, e enviadas para o LABISO/UFRGS, onde serão digeridas por ácido
acético 0,5N. Após novamente ser atacada por ácido com HCl 2,5N, o Sr é separado em
colunas orgânicas primárias grandes. A razão 87Sr/86Sr das amostras serão então
determinadas por um espectrômetro de massa de ionização termal. Os calcários da Fazenda
Tijucuçu, mostraram um enriquecimento de 16O em relação ao 18O, relacionado a um
aquecimento do clima durante a deposição das camadas de carbonatos. Os resultados de
carbono mostraram um enriquecimento em 13C, devido provavelmente a posição das
camadas em local propício a acumulação de material carbonoso, ou seja, no final de uma
planície costeira longe da atuação de correntes e ondas. Nota-se que em direção ao topo do
perfil os valores de 13C aumentam .Os calcarenitos brancos mostram um 13C negativo assim
como uma concentração maior de 18o em relação a base do perfil. As amostras de Sr foram
enviadas e estamos aguardando resultados. As análises isotópicas de Sr permitirão relacionar
geocronologicamente rochas carbonáticas e desta forma relacionar a idade da curva isotópica
do C/O obtida com alguma parte da curva isotópica global do meso ou do neoproterozóico.
Apoio: CNPq, UFVJM, CPMTC-IGC/UFMG
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Ana Beatriz F. Vitoreti, Flávio S. Damos, Rita de Cássia Luz
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SENSOR ELETROQUÍMICO PARA HIDRAZINA EM BAIXOS POTENCIAIS
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
A hidrazina, de fórmula molecular H4N2, é uma substância normalmente adicionada em águas
de caldeira para remover o oxigênio dissolvido que por sua vez pode causar corrosão nas
tubulações industriais. Ela também é é amplamente usada em muitos campos aplicativos,
incluindo células combustíveis, explosivos e combustíveis de foguete [1]. Este composto é
volátil e tóxico sendo facilmente absorvido por via oral, derme ou por inalação. Desta forma,
efeitos adversos à saúde, tais como irritação da pele, olhos e trato respiratório, têm sido
relatados em locais próximos a terrenos contendo resíduos de hidrazina e seus derivados [2].
Sendo assim, o desenvolvimento de um método simples e de baixo custo para a sua
determinação é de extrema importância e, neste sentido, destacam-se os métodos
eletoquímicos, pois apresentam como principais vantagens a simplicidade e alta sensibilidade.
O maior problema relacionado à detecção eletroquímica de hidrazina é o alto sobrepotencial
necessário para oxidação desta molécula sobre os mais variados materiais de eletrodo (0,8
V). Assim, um promissor método para minimizar o efeito de sobrevoltagem é o uso de
processos eletrocatalíticos empregando eletrocatalisadores adequadamente imobilizados.
Neste sentido, os nanotubos de carbono apresentam-se como interessante alternativa como
suporte para imobilização de vários mediadores de transferência de elétrons, tais como as
ftalocianinas permitindo que os processos redox do eletrocatalisador sejam melhor explorados
mediante uma adequada dispersão e controle das moléculas do catalisador [3]. Assim, este
trabalho apresenta o desenvolvimento de um sensor à base de ftalocianina de cobalto
imobilizado sobre nanotubos de carbono para a detecção de hidrazina em baixos potenciais
explorando as propriedades dos nanotubos de carbono com as propriedades da ftalocianina de
cobalto. O desenvolvimento de um procedimento simples e de baixo custo para o
monitoramento do teor de hidrazina em meio aquoso é de extrema importância uma vez que
o contato direto com a hidrazina pode causar sérios danos à saúde humana. No presente
trabalho as propriedades eletroquímicas e de sorção dos nanotubos de carbono (NTC) são
exploradas juntamente com as propriedades eletrocatalíticas da ftalocianina de cobalto (CoPc)
com o propósito de realizar a detecção de hidrazina usando baixos potenciais de oxidação
mediante a combinação das propriedades destes dois sistemas. A oxidação eletrocatalítica de
hidrazina foi conduzida usando um eletrodo de carbono vítreo modificado com nanotubos de
carbono (NTC) e ftalocianina de cobalto (CoPc).
Apoio: CNPQ e FAPEMIG
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Juliana P. Tigre, Ricardo P. Scopel.
340
TEORIA DOS JOGOS: UMA FERRAMENTA PARA MUITOS
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / MATEMÁTICA
Na pesquisa, realizamos uma discussão acerca da Teoria dos Jogos - assunto que fora base
para o estudo que concedeu aos pesquisadores John Forbes Nash, John Harsanyi e Reinhard
Selten, o prêmio de Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel em 1994 - e sua
importância como ferramenta para diversos ramos acadêmicos, em especial, a Economia. Em
meio a essa pluralidade de opções, analisamos como a teoria dos jogos diferencia-se na
Economia na medida em que procura encontrar estratégias racionais em situações em que o
resultado depende não só da estratégia exclusiva de um agente e das condições de mercado,
mas também das estratégias escolhidas por outros agentes que possivelmente têm estratégias
diferentes ou objetivos comuns. Nesse sentido, este trabalho pretende entender em que
consiste a teoria dos jogos analisando as maneiras pelas quais esta confere uma importante
contribuição para os estudos econômicos. Para realizar tal objetivo, adotou-se a pesquisa
bibliográfica fundamentada, em primeiro lugar, no levantamento de bibliografia relacionada
ao tema. Em segundo lugar, procedeu-se a leitura e a análise de diversos textos, de modo
especial, da obra The Theory of Games and Economic Behavior – livro publicado em 1944, pelo
matemático John Von Neumann e pelo economista Oskar Morgenstern, que contém a teoria
matemática dos jogos baseado na teoria dos jogos de estratégia. A partir de tais passos,
podemos concluir que os resultados da teoria dos jogos tanto podem ser aplicados a aspectos
significativos da vida em sociedade - como aos estudos econômicos, por exemplo- como a
simples jogos de entretenimento – como fora feito em Dilema do prisioneiro, jogo que revela
alguns aspectos sobre cooperação entre indivíduos e tonou-se popularizado pelo matemático
Albert W. Tucker. Ressaltamos que o presente trabalho tem apenas um carater introdutório e
ao considerarmos as implicações que cercam a teoria dos jogos, percebemos a complexidade
do tema e, por conseguinte, a necessidade de se continuar a pesquisa em vista da discussão e
aperfeiçoamento das conclusões obtidas até o presente momento.
Apoio: UFVJM.
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Larisse M. dos Santos, Fábio S. de Souza
341
UM MODELO MATEMÁTICO PARA A INFLUENZA A – H1N1
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / MATEMÁTICA
Em muitos momentos da história, a população foi atingida com gripes que surgiram com força
total e acabaram causando mortes em grande escala, tais gripes são normalmente classificadas
como “pandemias” e podem provocar preocupações e danos enormes à sociedade, tendo
como principal característica a sua alta propagação pelo mundo. Um exemplo disso foi o vírus
H1N1, um vírus contagioso que acabou se espalhando bem rápido e facilmente de uma pessoa
para outra durante o ano de 2009. Neste contexto, o presente trabalho visa colaborar na
compreensão do vírus H1N1, fazendo um estudo do quadro epidemiológico da doença através
de um modelo de equações diferenciais ordinárias; o modelo SIR, proposto por Kermack e
McKendrick em 1927, que será utilizado como instrumento para possíveis resultados
numéricos parciais de análise do vírus. Assim, tendo como embasamento alguns dados
disponibilizados pela Organização mundial de saúde – OMS, a pesquisa procura analisar tais
informações fazendo um cronograma de sua propagação. Posteriormente, pretende-se
analisar numericamente os dados fornecidos pela OMS e assim chegar a uma conclusão de
quando realmente temos uma pandemia, bem como o porquê de uma pandemia nunca ter
exterminado toda uma população mundial. Sendo assim, a partir desse modelo e usando o
Excel para traçar gráficos, foram feitas simulações do vírus considerando uma amostra menor,
com o objetivo de uma possível análise do todo. Pretende-se ainda chegar a um resultado real
analisando os dados fornecidos atualmente pela OMS em relação à população total. O
trabalho está em andamento e ainda não foi atingida nenhuma conclusão específica quanto ao
H1N1, embora se tenha feito uma simulação com números menores e por vezes os resultados
eram realmente o que esperávamos matematicamente. Com a continuidade do trabalho,
pretende-se encontrar resultados mais precisos e realmente fazer uma explanação do vírus
que atingiu o mundo durante o ano de 2009.
Apoio: UFVJM
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Rafael A. da Silva, Flaviana T. Vieira, Douglas S. Monteiro
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USO DE CARVÕES VEGETAIS NA PURIFICAÇÃO DE ÁLCALIS DA LIXÍVIA DE CINZAS
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA
A busca pelo total aproveitamento dos rejeitos da indústria sucroalcooleira e de
beneficiamento de grãos propiciou mudanças na matriz energética do Brasil, uma vez que a
queima de biomassa tem proporcionado uma fonte extra de geração de eletricidade. No
entanto, pouco tem sido feito para o aproveitamento das cinzas geradas no processo (1).
Neste contexto, uma alternativa para o aproveitamento deste resíduo pode ser feito através
da obtenção da dicuada, um líquido viscoso, alcalino e de cor avermelhada que é produzido
através da extração dos álcalis das cinzas oriundas da queima da biomassa vegetal (2). Este
material vem sendo usado há séculos como fonte de álcalis na produção de sabão artesanal, e
nos últimos anos tem sido substituído pelo hidróxido de sódio comercial por artesãos, com
intuito de obtenção de produtos de coloração mais clara. O alto teor de íons carbonato
propicia o caráter básico do material que também pode ser utilizado no preparo de vidros e
detergentes. Neste trabalho propõe-se a obtenção e caracterização da dicuada oriunda de
cinzas vegetais. Devido ao material possuir em sua composição íons Fe (III), possível
responsável pela cor marrom-avermelhado intensa, avaliou-se a remoção de cátions utilizando
carvão ativado. A dicuada foi extraída a partir de cinzas provenientes da madeira de eucalipto.
Com intuito de avaliar o carvão como material removedor de cátions metálicos da dicuada, um
volume de 5,0 mL do líquido foi colocado em contato com diferentes massas (0,5 a 3,0 g) por
3h e diferentes tipos de carvão (ativado comercial – FIMEPOR LTDA, vegetal, vegetal tradado
com 1,5 M de HCl e vegetal tratado com 1,5 M NaOH ambos por 24 h). Em outra etapa,
avaliou-se o efeito do tempo de contato da dicuada (1 a 6 horas) para uma massa fixa (0,5 g)
dos diferentes tipos de carvão. Como resultado, obtivemos que o carvão ativado comercial
apresentou melhor eficiência no processo de adsorção dos cátions, e dentre a faixa de tempo
estudada, em apenas 1 hora de contato e massa de 0,5 g foi observado mudança significativa
na coloração do material. Os demais carvões utilizados não mostraram a mesma eficiência
sugerindo modificações na metodologia empregada para ativação. Dessa forma, o carvão
ativado comercial mostrou-se uma boa matriz para o processo de purificação da dicuada.
Outras análises qualitativas e quantitativas da composição química das amostras, bem como
da área superficial dos carvões devem complementar o presente estudo. Referências
Bibliográficas 1. Hoffmann, R.; Jahn, S. L.; Bavaresco, M.; Sartori, T. Aproveitamento da cinza
produzida na combustão da casca de arroz: estado da arte. In: IX Congresso Brasileiro de
Energia - IV Seminário Latino-Americano de Energia, 2002, Rio de Janeiro.. Soluções para a
energia no Brasil - Anais, 2002. v. III. p. 1138-1143. 2. Portes, E. A. Diálogos sobre Ensino,
Educação e Cultura. Editora E-Papers, 2006.
Apoio: CNPq e UFVJM.
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ADMINISTRAÇÃO
ANTROPOLOGIA
ARQUEOLOGIA
ARTES
CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
CIÊNCIA POLÍTICA
COMUNICAÇÃO
DEMOGRAFIA
DIREITO
ECONOMIA
ECONOMIA DOMÉSTICA
EDUCAÇÃO
FILOSOFIA
GEOGRAFIA HUMANA E REGIONAL
HISTÓRIA
LETRAS
LINGÜÍSTICA
MUSEOLOGIA
PSICOLOGIA
SERVIÇO SOCIAL
SOCIOLOGIA
TEOLOGIA
TURISMO
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343
CIÊNCIAS SOCIAIS,
HUMANAS, LETRAS
E ARTES
344
A CONTABILIDADE DE CUSTOS COMO FATOR DETERMINANTE NA FORMAÇÃO DO
PREÇO DE VENDA: UM ESTUDO DE CASO NA COOPERATIVA DE LATICÍNIOS DE
TEÓFILO OTONI (CLTO), MG
Sorele C. Veiga; Stéfani F. Silva
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO
Para que as empresas permaneçam no mercado e alcancem seus objetivos, a globalização tem
exigido que estas busquem permanentemente o aprimoramento de seus processos como
forma de garantir a qualidade e o baixo custo dos seus produtos e/ou serviços. A informação
neste tipo mercado é determinante para o sucesso empresarial. Em virtude disso, conhecer
custos torna-se relevante quando da tomada de decisão e controle das operações. A
contabilidade de custos é o ramo das Ciências Contábeis responsável pelo auxílio e controle
das operações, sendo sua mais importante função, a de fornecer dados para o
estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão. Ela permite também
acompanhar o efetivamente ocorrido para a comparação com valores anteriormente
definidos. Quanto à decisão, seu papel consiste no fornecimento de informações sobre valores
relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre medidas de
introdução ou corte de preços de venda, opção de compra ou produção, entre outros
(MARTINS, 2008). Antes de definir suas políticas de produção e de vendas, é preciso
determinar o método de custeio que melhor se adéqüe à organização assim como,
proporcione aos gestores as informações necessárias à tomada de decisão. Um dos métodos
mais adotados pelas organizações brasileiras é o Método de Custeio por Absorção, que
objetiva a apropriação de todos os gastos decorrentes do processo de fabricação aos produtos,
classificando estes custos (gastos com produção) em diretos e indiretos. Neste contexto, este
trabalho objetiva-se em verificar se o sistema de custeio por Absorção atende às expectativas
dos gestores da Cooperativa de Laticínios de Teófilo Otoni (CLTO) quanto às informações
utilizadas na tomada de decisão para a formação de preço dos produtos. Tendo como
objetivos específicos, mapear o Método de custeio por Absorção da referida cooperativa,
verificar se as informações geradas pelo método de custeio atendem às necessidades dos
gestores e verificar se as informações geradas pelo sistema de custos são utilizadas para
precificação. A Cooperativa de Laticínios de Teófilo Otoni (CLTO) está localizada no eixo-sul do
país, às margens da BR-116 (nordeste de Minas Gerais), contribuindo para o abastecimento do
mercado lácteo, principalmente, das regiões nordeste e sudeste brasileiros. A pesquisa será
exploratória e de natureza qualitativa. Será realizado um estudo de caso, pesquisa bibliográfica
e pesquisa documental por meio de fontes primárias e secundárias. A coleta de dados será
feita através de contato direto com os responsáveis pelo setor de custos da cooperativa para
se obter informações e documentos sobre os custos da instituição. Posteriormente, será
utilizada uma entrevista direcionada aos gestores com um roteiro previamente estabelecido, a
fim de identificar quais informações geradas pelo método de custeio adotado pela cooperativa
são utilizadas quando da tomada de decisão.
Apoio: UFVJM, FAPEMIG
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Uilcleides Braga da Silva, Kenia Fabiana Cota Mendonça.
345
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DOS CUSTOS PARA O SETOR VAREJISTA DE
VESTUÁRIOS: ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE TEÓFILO OTONI, MG
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO
Mudanças significativas vêm ocorrendo ao longo dos anos no ambiente competitivo das
empresas, como avanços na tecnologia da informação, as melhorias significativas na
comunicação e transporte, a globalização das informações e dos mercados e as mudanças no
sistema de produção, exigindo técnicas e controles de custos mais eficazes. Faz se necessário
uma nova remodelagem para gestão de custos que busque sistemas mais compatíveis com a
realidade empresarial, na tentativa de minimizar desperdícios e custos e maximizar qualidade.
O trabalho objetivou verificar como é praticada a gestão de custos pelos administradores do
comércio varejista do setor de vestuário de Teófilo Otoni, MG. Partido do objetivo geral, mais
detalhadamente pretende-se: identificar os métodos de controle e avaliação dos estoques e os
métodos de custeio utilizados; identificar como são utilizadas pelos gestores as informações
geradas pela Contabilidade de Custos; e os impactos dessas informações nos resultados. O
estudo trata-se de uma pesquisa exploratória, envolvendo pesquisa de campo no município de
Teófilo Otoni/MG, onde foi feito levantamento de dados através de aplicação de questionários
padronizados aos gestores do comércio varejista de vestuário, e em seguida tabulação e
análise dos resultados com o auxílio do software SPSS® (Statistical Package for the Social
Sciences). A interpretação dos resultados buscou uma construção interativa com o tema
estudado. A população foi obtida junto à Junta Comercial de Minas Gerias e a amostra foi
selecionada de forma aleatória. Com a análise dos dados, foi possível revelar que os gestores
apresentam dificuldades quanto à gestão de seus custos, e grande maioria desconsideram
gastos indiretos de comercialização. A maioria desses gestores apura os gastos da empresa e
valorizam seus produtos com base no custo histórico e custo de reposição. No tocante aos
critérios de avaliação estoques, pode se afirmar que os critérios mais utilizados foram: PEPS e
Média Ponderada. Muitos dos que controlam seus estoques periodicamente fazem com
freqüência anual, e ainda para atendimento do fisco. Os métodos de custeio utilizados pelos
gestores do comércio varejista de vestuário de Teófilo Otoni são o Custeio por Absorção,
Custeio Variável e o Custeio Pleno. Para esses gestores a informação de custos é muito
importante para tomar decisões mais precisas, embora não é comum o recebimento de tais
informações e orientações de seus contadores. Alegam ainda que a contabilidade é feita
apenas para atendimento do fisco e não para fins gerenciais, mas que uma informação
confiável em momento oportuno teria impactos positivos nos resultados e na precificação dos
produtos, garantindo a continuidade do negócio.
Apoio: FAPEMIG, UFVJM.
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Gabriela Silva, Calebe O. Araújo, Milena P. Matos, Maria P. S. L. Costa
346
A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES NÃO-FORMAIS NO ENSINO DE CIÊNCIAS
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO
A educação é uma prática social presente em diferentes espaços e momentos da vida em
sociedade, porém é a educação escolar que cumpre um importante papel nos processos
formativos. Por isso, existe a necessidade de investigar a educação crítica para a
conscientização e formação da autonomia dos estudantes, pensar e propor uma educação de
qualidade que se faça crítica. Esta intervenção consiste no desenvolvimento de atividades que
proporcionam a aprendizagem de conteúdos formais em espaços não-formais, sendo
direcionada com objetivos bem definidos por acadêmicos do curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, durante a disciplina
de Laboratório de Ensino II, visando otimizar o processo de ensino-aprendizagem de
estudantes de quatro turmas do 7º ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual de
Diamantina/MG, acerca do tema “Qualidade da Água, Qualidade da Vida”, proposto no
Currículo Básico Comum (CBC), numa abordagem multidisciplinar. Foram realizadas quatro
atividades: apresentação de um vídeo educativo sobre a preservação dos recursos naturais e
meio ambiente; palestra sobre a hidrografia de Diamantina/MG, análise da conta de água com
enfoque nos diferentes tipos de cobrança, metros cúbicos de água consumidos ao mês/dia e
uso consciente da água; visita à Estação de Tratamento de Água (ETA), com o objetivo de
propiciar uma participação efetiva e postura ativa e crítica dos estudantes sobre as etapas de
tratamento da água consumida pela população. Essas atividades foram idealizadas e
organizadas pelos universitários contando com a participação dos professores de geografia e
matemática das turmas de 7º ano, além de funcionários da ETA e outros colaboradores. Para
verificar se houve contribuição efetiva dessas atividades para o aprendizado dos estudantes,
acerca do tema, foram aplicados dois questionários, um anteriormente e outro após a
intervenção. Após análise destes questionários observou-se que, em geral, as atividades nãoformais propiciaram um aumento de 57% para 85% no conhecimento dos alunos a respeito do
tema; sendo a diferença mais perceptível nas turmas três e quatro, que são compostas pelos
alunos considerados de baixo rendimento escolar. Foi observado grande interesse e motivação
dos estudantes durante a realização das atividades, o que possibilitou a construção, pelos
mesmos, de conhecimentos relativos a importância de se preservar os recursos naturais e o
meio ambiente, e o impacto dessa preservação na qualidade de vida, sendo que esta
conscientização contribui não só com o desempenho escolar destes alunos, mas também com
a formação dos mesmos quanto cidadãos. Contudo, este trabalho vem reforçar a importância
de aulas não-formais para estudantes do ensino básico, onde, a questão metodológica, a
abordagem dos temas e conteúdos científicos apresentados por meio de diferentes recursos e
estratégias dinâmicas pode contribuir com o aprendizado efetivo.
Apoio: PROEXC UFVJM DCBIO
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Marisa Helena A. Souza, Kelly Cristine B. Cruz, Cristina S. Caetano
347
A INFLUÊNCIA DA RE-CONFIGURAÇÃO FAMILIAR NA MANIFESTAÇÃO DA
NEGLIGÊNCIA DOS PAIS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / SOCIOLOGIA
No século XIX consolida-se o conceito de infância como uma fase específica da vida, definindo
a criança como ser em processo de desenvolvimento, e por isso objeto de cuidados dos
adultos. Na família, esses cuidados são inicialmente percebidos como função materna.
Paralelamente, como conseqüência do processo de modernização das sociedades ocidentais,
as mulheres lutam por direitos iguais aos homens e por liberdade de escolha.
Progressivamente, as lutas femininas alteram os limites entre o mundo público (masculino), e
privado (feminino), e por isso as funções exercidas no contexto familiar sofrem alterações,
surgindo daí novas composições familiares. O objetivo da pesquisa é discutir como as
mudanças na estrutura familiar colaboram para a visibilidade da violência doméstica contra
crianças e adolescentes, e para a sua manifestação, em especial, através da Negligência. No
Brasil, esta visibilidade relaciona-se com transformações ocorridas especialmente a partir da
década de 1980. Neste contexto, que coincide com o fim da ditadura militar, amplia-se a luta
das mulheres por direitos iguais aos dos homens. Com o fim do regime ditatorial o país cria
novas leis, e em 1990 aprova o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que protege estes
sujeitos sociais de qualquer violência, incluindo a praticada pelos pais. A igualdade de direitos
entre os gêneros, a inserção da mulher no mercado de trabalho, a promulgação do ECA e a
recente percepção em relação à violação de direitos de crianças e adolescentes são partes de
um mesmo processo histórico-social. Em estudo preliminar de 290 casos de violação de
direitos de crianças e adolescentes registrados no Conselho Tutelar de Governador Valadares,
observa-se que 74% dos casos inserem-se na categoria intrafamiliar e que 47% destes
correspondem à Negligência. Isso em um contexto de predomínio de famílias monoparentais
femininas. Disso infere-se que com o fim da imposição dos limites de gênero entre o mundo
público e privado, os papeis familiares ficaram confusos. Isso gera prejuízo à criança e
adolescente, que estão em processo de desenvolvimento. O movimento feminista e a criação
do ECA são fatos relativamente novos, se comparados com o tempo de predomínio do modelo
familiar patriarcal. Portanto, é possível concluir que a violência intrafamiliar contra crianças e
adolescentes, e especialmente a Negligência, inserem-se no processo de readaptação familiar
aos novos valores sociais.
Apoio: FAPEMIG.
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Fernanda L. C. Moreira
348
A PROPAGANDA ANTICOMUNISTA DO INSTITUTO DE PESQUISA E ESTUDOS SOCIAIS
(IPÊS) NO ADVENTO DO GOLPE DE 1964
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / SOCIOLOGIA
Durante o governo de João Goulart (1961-1964), uma forte articulação política contra os
comunistas foi exercida por setores conservadores da sociedade brasileira. Dentre eles, o
Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES), era constituído por um grupo de profissionais
que associavam em suas produções publicitárias anticomunistas, o caráter social ao cívico e
em seus dez anos de existência fez do IPES um importante instrumento de educação política
contra o comunismo. Durante os anos de 1962 a 1964 a produção maciça de filmes, panfletos,
cartilhas, livros, programas de rádio entre várias formas de produções propagandísticas foram
lançadas pelo IPES, e seu principal objetivo era alcançar inúmeros públicos e alertá-los sobre
os perigos do “domínio vermelho’ em território brasileiro. A pesquisa analisa principalmente
as obras cinematográficas do IPES, que produziu 14 filmes com a direção de Jean Manzon, com
temas que iam da situação socioeconômica nacional até demonização de “ideologias
alienígenas”. Tais produções tinham repercussão em diversos setores da vida social,
sobretudo, nas camadas mais baixas e menos alfabetizadas da população. A forma de análise
desses filmes passa pelo estudo dos roteiros, montagem, trilhas sonoras, etc. e o impacto de
novas linguagens cinematográficas no público brasileiro. Noutro momento da pesquisa,
analisamos as dimensões da campanha anticomunista, que adquiriu um grau mais acentuado
durante o governo de Jango, não só pelo IPES mais também por órgãos civis como o CAMDE –
Campanha da Mulher pela Democracia (que teve grande participação no golpe) e o IBAD –
Instituto Brasileiro de Ação Democrática (que teve sua maior atuação entre os anos de 1961 a
1962). Ao fim dos estudos, podemos parcialmente concluir que a “luta contra os vermelhos”,
apresentada pelas produções ipesianas, eram fachadas para a articulação da queda do
presidente Goulart e que, em especial tais organizações de caráter social e cívico eram, na
verdade, projetos de “governo paralelo” que apoiaram a golpe militar em março de 1964.
Apoio: FAPEMIG.
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09 a 13 de Maio de 2011
Felipe C. Amador, Danielle Piuzana, Marcelino Morais, Marcelo Fagundes, Márcio Lima,
Bernardo Gontijo
349
A UTILIZAÇÃO DA CARTOGRAFIA NA ARQUEOLOGIA
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Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / GEOGRAFIA HUMANA E
REGIONAL
A Cartografia utilizada tradicionalmente em investigações arqueológicas, seja para prospecção
ou caracterização das áreas de escavação, tem como suporte ambientes cartográficos
analógicos e digitais. O uso da Cartografia nas atividades arqueológicas torna-se quase
obrigatória por auxiliar e definir estratégias das atividades de campo, caracterização geoespacial de regiões estudadas, cadastro e espacialização de sítios descobertos bem como os
artefatos líticos e cerâmicos encontrados. A utilização da Cartografia necessita de uma
definição de observação espacial, ou seja, a escolha de uma escala de trabalho. Assim, os
elementos presentes nas atividades e nos diversos ambientes arqueológicos deverão ser
representados e espacializados respeitando sempre a precisão gráfica, ou seja, a menor
grandeza medida no terreno, capaz de ser representada em determinada escala. Nessa
realidade a cartografia de áreas menores como os abrigos arqueológicos receberão o
detalhamento de uma cartografia de traço do tipo planta, já complexos arqueológicos que
abrangem grandes áreas terão suas informações cartografadas em mapas. Hodiernamente
documentos e instrumentos utilizados nas atividades da cartografia tornaram-se mais
acessíveis em decorrência do desenvolvimento de equipamentos como os GPS´s e ao avanço
tecnológico dos ambientes virtuais, assim bases cartográficas, imagens de satélite e alguns
softwares podem ser consultados e utilizados de forma livre, tornando o uso da cartografia
mais presente em diversas atividades de pesquisa. A cartografia digital por meio do SIG
(Sistema de Informação Geográfica) auxilia na construção de bancos de dados que podem
gerar o cruzamento de diversas informações tendo como resultado a produção de diversos
documentos cartográficos que auxiliarão na interpretação das informações levantadas, bem
como, na tomada de possíveis decisões principalmente aquelas ligadas à proteção e
preservação de sítios arqueológicos. Já a cartografia tradicional aguça o olhar do pesquisador
sobre os diversos aspectos naturais da região estudada. O objetivo do presente trabalho é
analisar a potencialidade do uso desses dois ambientes cartográficos nas investigações
arqueológicas do Laboratório de Arqueologia e Estudo da Paisagem da UFVJM contribuindo
assim na formação de pesquisadores e profissionais capazes de gerar croquis, plantas e mapas
com as devidas espacializações e sínteses das informações coletadas em campo além de
interpretações mais eficientes e precisas, contribuindo amplamente na compreensão do
contexto social e cultural de sítios arqueológicos.
Apoio: Laboratório de Arqueologia e Estudos da Paisagem - GIPE (Grupo Integrado de
Pesquisas do Espinhaço).
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III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Janderson Rubens Tameirão,Orientador: Profº Marcelo Fagundes
350
A VARIABILIDADE DA INDÚSTRIA LÍTICA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO MENDES II, BACIA
DO PARDO PEQUENO, DIAMANTINA, MINAS GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA
Este trabalho tem como objetivo apresentar os estudos sobre variabilidade da indústria lítica
do sítio arqueológico Mendes II, ou seja, nossa intenção é discutir como grupos pré-históricos
que viveram na área entre 10 mil e 1,2 mil anos A.P., utilizaram rochas e minerais para a
produção de diferentes ferramentas e como esse estudo coopera para a compreensão do
modo de vida e cultura no passado. O sítio arqueológico denominado de Mendes II é um
abrigo em rocha quartzítica e se destaca dentre os demais da região pela grande quantidade e
também variabilidade de sua cultura material lítica (utensílios produzidos em rochas ou
minerais), justificando, assim, os estudos aqui realizados, uma vez que essas ferramentas
constituem partes importantes da formação do registro arqueológico, possibilitando que o
arqueólogo faça inferências sobre as técnicas e escolhas utilizadas na elaboração e produção
artefatual e, assim, inferir como se dava a organização social destes grupos pré-históricos.
Além da quantidade imensa de ferramentas líticas, o Mendes II se destaca por ter sido a área
de captação de matéria-prima (site catchment) e pela presença de registros rupestres. Outra
característica do sítio que deve ser apresentada é seu uso em longa duração, tanto em tempos
pré-históricos quanto históricos, sendo até hoje utilizado como acampamento temporário de
garimpeiros e coletores de sempre-vivas. Para o estudo das indústrias líticas, utilizamos como
metodologia o conceito etnográfico de cadeias operatórias que, em poucas palavras, pode ser
definido como o estudo sistemático e diacrônico de todas as etapas de produção de uma dada
ferramenta: da concepção mental do que é necessário para as necessidades de um grupo, da
captação matéria-prima, dos gestos técnicos que deram origem a forma e design da
ferramenta, seu uso social, reutilização/ reciclagem, até os processos de descarte ou perda.
Assim, a metodologia utilizada focou no instrumento de pedra para observação, descrição e
análise dos processos técnicos envolvidos. Dentro desta perspectiva foi possível observar uma
grande quantidade instrumentos produzidos em quartzito proveniente do próprio afloramento
rochoso ao qual o sítio está inserido. Alguns desses artefatos foram classificados como
instrumentos de expedientes ou expeditos (instrumentos produzidos para uso local e de
utilização rápida), além da ocorrência de alguns instrumentos de curadoria (instrumentos
produzidos e pensados para uso futuro) como raspadores plano-convexos. Dessa forma, o
conteúdo do sítio Mendes II demostrou ser de suma importância para compreensão da
tecnologia empregada na produção de ferramentas líticas, sendo suas informações
fundamentais para um quadro mais assertivo da pré-histórica regional e mineira.
Apoio: LAEP
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Carla G. Silva, Maria Gabriela P. Bicalho, Maria Celeste R. F. de Souza, Cristiane M. Netto
351
ABORDAGENS SOBRE AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO
ENSINO SUPERIOR PRESENCIAL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO
Temos assistido na contemporaneidade a incorporação cada vez maior das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs), principalmente as digitais, aos nossos modos de vida que
encontram-se cada vez mais “dependentes” dessas ferramentas. O campo da Educação não
fica alheio a essa incorporação como mostram os estudos de Belloni (1999); Levy(1998);
Vigneron(1986); Picanço (2008). Este trabalho apresenta uma pesquisa bibliográfica relativa à
abordagem sobre a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no ensino
superior presencial. Constitui uma das etapas de uma pesquisa que discute a relação com o
saber de estudantes do ensino superior, mediadas pelas TICs. Foi realizado um mapeamento
das referências encontradas na base de dados SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e
em todos os Grupos de Trabalho (GTs) da ANPEd (Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa em Educação), entre os anos de 2000 a 2010, adotando como critério de busca os
termos “educação” e “tecnologia”. Foram encontradas cento e dezenove (119) referências, das
quais vinte e duas (22) referem- se ao ensino superior presencial. Essas, depois de analisadas,
foram divididas em três grupos: experiências com as TICS no ensino superior, as relações dos
estudantes com as TICs e a formação profissional mediada pelas TICs. Sete trabalhos se
inserem na primeira temática, seis mencionam a segunda e nove foram classificados na ultima
temática citada. Verificou-se que, nos trabalhos analisados, as tecnologias são apresentadas
como um meio “salvador” do processo educativo, e as razões que justificam a inserção das
TICs nos processos de ensino-aprendizagem no ensino superior encontram-se mais
frequentemente atreladas aos aspectos instrumentais. Na maioria dos estudos, os alunos são
apresentados como “nativos digitais” e professores como “estrangeiros digitais”.
Apoio: PIBIC/UNIVALE
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Ana Caroline D. Silva, André R. S. Garraffoni
352
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE
DIAMANTINA (MG) A RESPEITO DO RIO GRANDE: DADOS PRELIMINARES
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO
Os recursos naturais existentes atualmente vêem sofrendo grandes impactos ambientais
decorrentes das atividades humanas. Uma das áreas ambientais que está vivenciando tais
consequências é a dos recursos hídricos. A degradação da qualidade das águas e dos rios
ocorre devido à introdução exagerada de poluentes que excedem a capacidade de ciclagem da
matéria orgânica realizada pelos microorganismos presentes na água, resultando assim na
morte dos mesmos. Diante deste problema, o presente estudo teve como objetivo analisar e
entender a percepção ambiental de alunos de duas escolas públicas da cidade de Diamantina,
MG, (Escola Estadual Professora Ayna Tôrres e Escola Estadual Professor Gabriel Mandacaru) a
respeito do Rio Grande. Essas duas escolas foram escolhidas por critérios de localização
geográfica, uma vez que a primeira encontra-se afastada do curso do rio e a segunda está
inserida adjacente ao corpo d’água, além de existirem diferenças socioeconômicas entre
ambas. Foram aplicados questionários, que continham 25 questões de múltiplas escolhas e
abertas, em quatro turmas de 2° anos do Ensino Médio, sendo duas turmas em cada escola.
Foram selecionados aleatoriamente 42 questionários de cada escola, para ser realizada uma
análise dos dados. Foi possível observar que os alunos de ambas as escolas, ou seja,
independente da distância destas com o rio e das diferenças socioeconômicas, não possuem
conhecimento a respeito das leis que protegem as águas e também da geografia do rio
(nascente e percurso), mas reconhecem a situação degradada em que o rio encontra-se. Além
disso, percebeu-se ao longo do estudo que o tema é pouco abordado nas escolas do nível
fundamental e médio de Diamantina, o que acarreta na baixa percepção ambiental dos alunos,
levando-os a crer que não há mudanças efetivas a serem feitas pela Prefeitura Municipal em
prol da recuperação do rio, e, portanto, não exercendo seus direitos e deveres de cidadãos.
Apoio: PIBID, UFVJM.
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Ubiratan Pires, Mirian L. A. F. Pacheco e Marcelo Fagundes
353
ANÁLISE TAFONÔMICA DOS RESTOS DE VERTEBRADOS HOLOCÊNICOS RESGATADOS
NO SÍTIO ARQUEOLÓGICO SERRA DOS ÍNDIOS, DIAMANTINA, MINAS GERAIS
Email: [email protected]: [email protected]; [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA
A Zooarqueologia tem por objetivo estudar as relações que as sociedades humanas
estabeleceram com a fauna no passado. Deste modo, os restos esqueletais de vertebrados
resgatados em registros holocênicos podem apresentar assinaturas atribuídas ao ser humano,
enquanto agente tafonômico. Não raro, são evidenciadas marcas de descarne, desarticulação
e preparo nas partes anatômicas de animais que constituíram itens da caça e da alimentação
humanas. Todavia, em alguns casos, restos faunísticos podem representar um viés intrusivo no
registro (e.g. remanescentes de pellets de corujas) e não constituem, portanto, vestígios de
atividades humanas. Neste contexto, uma vez que auxilia na discriminação entre contextos
zooculturais e pós-deposicionais, a Tafonomia tem se revelado imprescindível na interpretação
do registro zooarqueológico. Diante do exposto, esse trabalho teve por objetivo discriminar,
entre zooculturais e pós-deposicionais, os componentes esqueletais resgatados no abrigo
Serra dos Índios, distrito de Planalto de Minas, Diamantina, MG. Para tanto, os restos
faunísticos foram identificados e analisados sob estereomicroscópio para verificação de
assinaturas tafonômicas, tais como, marcas de uso, de corte e fragmentação, abrasão,
corrosão, ação do fogo e da água, marcas de polimento biológico, bem como de outros
agentes naturais e/ou humanos sobre os restos orgânicos, inerentes à zona tafonomicamente
ativa. A partes anatômicas, apresentavam marcas de corrosão e polimento recentes e, não
raro, encontravam-se articuladas e/ou com preservação de tecidos moles. Assim, os restos
faunísticos identificados não constituíram táxons relatados como componentes da dieta de
populações humanas que ocuparam abrigos em contextos pré-históricos (e.g. equimídeos,
microroedores e micromarsupiais). Deste modo, foi possível concluir que, os restos faunísticos
até agora resgatados no sítio Serra dos Índios, constituem um viés zooarqueológico de caráter
pós-deposicional.
Apoio: CNPq
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ILZIANE C. MARTINS, FERNANDA C. A. TAMEIRÃO, LUISA IZUMI, ROSICLEY J. OLIVEIRA, SILVÉRIO
K. JÚNIOR, TATIELLY R. ROCHA, MARCELO FAGUNDES
354
ANÁLISE TECNOLÓGICA DA CERÂMICA ARQUEOLÓGICA DOS SÍTIOS, SÃO GONÇALO
DO ABAETÉ, MINAS GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA
O estudo da tecnologia cerâmica pré-histórica tem sido uma das maiores preocupações da
arqueologia brasileira, uma vez que por meio dela podemos inferir acerca de características
caras de como grupos pré-históricos viviam, suas dietas, suas relações simbólicas (vida e
morte), enfim o modo de vida e cultura de diferentes grupos, ágrafos e extintos. Partindo
desse princípio, nosso trabalho tem como objetivo realizar a análise dos atributos tecnológicos
de dois conjuntos cerâmicos provenientes dos sítios Canos o8 e Canoas 09, ambos na bacia do
São Francisco, município de São Gonçalo do Abaeté, Minas Gerais. O conjunto cerâmico desses
sítios está representados por 1235 fragmentos divididos entre bordas, fragmentos de parede e
bases, além disso, foi possível evidenciar uma rodela de fuso, artefato que indica que o grupo
(ou grupos), conheciam a técnica de tecelagem. Como metodologia de análise foram feitas
várias leituras sobre o assunto, seguido da limpeza e tombamento do material. Com a
curadoria do material realizada, partimos para classificação tipológica (separação do material
em bordas, paredes, bojos e bases) e análise dos atributos principais: espessura da parede,
tipo e borda e lábio, tipo de pasta, inferência sobre técnicas de produção e queima, etc. Como
esses resultados esperamos estabelecer um perfil técnico para a cerâmica, ou seja, um quadro
geral de seus principais atributos tecnológicos e, dessa forma, contribuir para a compreensão
de modo de vida e cultura dos grupos pré-históricos que ocuparam o vale do São Francisco
Mineiro.
Apoio: Laboratório de Arqueologia e Estudos da Paisagem
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Liliam Fernandes
355
ARTESÃS DE MENDANHA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / SOCIOLOGIA
ARTESÃS DE MENDANHA Liliam Fenandes e-mail: [email protected] Área de
Conhecimento/Sub‐Área: Ciências sócias,Humanas,Letras e Artes/ Sociologia Mendanha ,
possui toda uma tradição garimpeira, mas atualmente não se pode mais garimpar, uma
alternativa foi o artesanato como é influente no Vale do Jequitinhonha,cada região com suas
peculiaridades e características próprias. Em Mendanha , não seria diferente, com o embargo
total das lavras do garimpo em 1995, a população local ficou desempregada, procurando
meios para sobreviver o êxodo de jovens , e de famílias ocorreram muito nesta época. As
mulheres para passarem seu tempo e ganhar algum dinheiro , ingressaram no artesanato, a
maioria eram meninas e moças que aprenderiam o oficio, o dinheiro não era muito mas dava
para comprar algo para comer.A atividade artesanal constitui importante fonte complementar
de renda para população o bordado em ponto cruz que era ensinado por D.Dalva, há 22 anos
atrás , atualmente quem ensina é sua filha Verônica, a equipe denominada de “Mãos que
fazem arte” trabalham sob encomenda, esse dinheiro é dividido para comprar material e pagar
quem fez o bordado. O artesanato em ponto cruz em Mendanha não é uma fonte de renda
estável depende do fluxo de vendas, como qualquer negocio, mas hoje em dia ele auxilia as
famílias da comunidade não todas, pois depende da força de vontade de aprender o oficio do
bordado de cada um e são poucas as meninas e moças que gostam. Durante muito tempo, a
idéia de uma identidade cultural não era devidamente problematizada no campo das ciências
humanas. Com o desenvolvimento das sociedades modernas, muitos teóricos tiveram grande
preocupação em apontar o enorme “perigo” que o avanço das transformações tecnológicas,
econômicas e políticas poderiam oferecer a determinados grupos sociais. Nesse âmbito,
principalmente os folcloristas, defendiam a preservação de certas práticas e tradições. Por
outro lado, algumas recentes teorias culturais desenvolvidas no campo das Ciências Humanas
desempenharam o papel inovador de questionar o próprio conceito de identidade cultural. De
acordo com essa nova corrente, muito em voga com o desenvolvimento da globalização, a
identidade cultural não pode ser vista como sendo um conjunto de valores fixos e imutáveis
que definem o indivíduo e a coletividade a qual ele faz parte. . APOIO: UFVJM.
Apoio: UFVJM, Rodrigo Czajka
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Iete Xavier M. Lyra, Rafael de L. Moreira
356
AS IMPLICAÇÕES DO ALISAMENTO DE RESULTADOS NAS EMPRESAS BRASILEIRAS
LISTADAS NOS SEGMENTOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DA BOVESPA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO
O Alisamento de Resultados Contábeis tem sido amplamente discutido e estudado em meio
acadêmico e profissional, principalmente devido à insegurança provocada por escândalos
financeiros no mercado de capitais com a falência repentina de companhias aparentemente
lucrativas como Enron e Worldcom, provocando prejuízos bilionários para milhares de
investidores ao redor do mundo. O fenômeno pode ser entendido como um tratamento dado
pelos gestores às demonstrações contábeis a fim de diminuir flutuações no lucro, divulgando
informações contábeis distorcidas aos usuários externos. Daí a tomada de decisão é ineficiente
e pode trazer prejuízos aos stakeholders. A pesquisa objetivou analisar as implicações do
alisamento de resultados nas empresas listadas nos segmentos de governança corporativa da
Bovespa – tendo como amostra 90 companhias nos quatro níveis. Para tanto averiguou-se nas
empresas a existência de alisamento de resultados em suas demonstrações contábeis,
aplicando-se uma métrica de alisamento de resultados apoiada em um modelo por análise de
coeficientes de variação do lucro e das vendas proposta por Eckel (1981), onde foi analisado o
comportamento das oscilações nos lucros e vendas das companhias. Por meio do estudo foi
possível observar a real existência de alisamento de resultados nos níveis de governança
corporativa da Bovespa. Observa-se que mesmo nas empresas que fazem parte dos níveis de
governança, onde se idealiza uma possível diminuição da assimetria de informações entre os
usuários das informações financeiras, há a prática do alisamento de resultados contábeis.
Apoio: UFVJM
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Iesser S. Kumaira, Oscar Neto de A. Bispo, Antônio C. Guedes Zappalá, José W. P. V. Silva
357
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO EM COOPERATIVAS DE CRÉDITO DE TEÓFILO
OTONI/MG: ANÁLISES PELO ECONOMIC VALUE ADDED (EVA)
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO
Visando a busca de uma ferramenta de avaliação de desempenho baseada na criação de valor
econômico, esse estudo objetivou demonstrar se as cooperativas de crédito sediadas em
Teófilo Otoni/MG, estão criando valor aos seus associados. A metodologia de pesquisa baseouse no cálculo do índice Economic Value Added (EVA®), o qual representa o lucro residual, após
remuneração do custo do capital próprio e de terceiros. A pesquisa foi realizada utilizando-se
uma série de tempo em quatro anos (2006, 2007, 2008 e 2009). Os dados foram coletados por
meio de entrevistas com perguntas informais e, dados obtidos nas publicações obrigatórias
junto ao Banco Central do Brasil. O resultado atendeu de maneira significativa aos objetivos
propostos, visto que demonstrou ser possível a aplicação conceitual do índice EVA® nesse
segmento financeiro bem como da sua importância para a tomada de decisões por parte dos
órgãos estatutários das cooperativas de crédito em geral. Constatou-se que, as cooperativas
de crédito, em sua maioria absoluta, não utilizam de ferramentas de mensuração de agregação
de valor ao capital dos seus associados. Em média, somente a cooperativa DeltaCredi
adicionou valor ao seu capital investido em 1,06%, já que os resultados médios do EVA® das
outras cooperativas analisadas foram 1,52% e 1,03% negativos, respectivamente para a
BetaCredi e ZetaCredi. Sabe-se que as políticas econômicas do governo influenciam
decisivamente no Custo Médio Ponderado de Capitais – CMPC – das instituições financeiras, o
que impacta diretamente na apuração do EVA®. Como as taxas CDI e Selic foram
parametrizadas como determinantes do custo de capital de terceiros e custo do capital
próprio, no ano de 2008, talvez devido à crise financeira mundial, o governo aumentou essas
taxas em 34% e 22% respectivamente, o que fez com que o CMPC desse ano fosse impactado
positivamente, elevando seus valores em relação ao ano de 2007. Foi verificado que, em todas
as cooperativas estudadas, quando se estabelece uma correlação entre o índice EVA® e as
operações de crédito há uma tendência que elas adquiram posições opostas, ou seja, com a
variação do índice para baixo há uma tendência de que as operações de crédito estejam sendo
maiores. Verifica-se que, há correlação negativa forte para todas as cooperativas, entendendose que o volume bruto de operações de crédito não é o fator importante para ganho
econômico e sim que a variável estabelecida pelo índice das receitas operacionais sobre essas
operações de crédito são as que surtem efeitos economicamente positivos, pois sua correlação
com o EVA® adquirem tendências opostas. Pelo exposto, apurou-se que, se medidas
administrativas e gerenciais forem tomadas as cooperativas de crédito que atuam no mercado
financeiro de Teófilo Otoni/MG são capazes de criar valor econômico adotando como medida
o EVA®.
Apoio:
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Tatiane M. de Assis,Cosme D. Barbosa, Fabrício F. Neves, Maria P. S. Lima Costa
358
BULLYING: O DESAFIO DA ESCOLA NA ATUALIDADE
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO
A escola, como instituição educadora, vem sentindo os reflexos de uma geração infanto-juvenil
que está crescendo influenciada por imagens de comportamento violento, agressivo,
criminoso e instável do mundo atual. O fazer docente na contemporaneidade exige olhar
atento para as demandas da sociedade. Nesse sentido, é impar a efetivação de atividades
alicerçadas em vivências cidadãs, de respeito às regras de convivência e à resolução pacífica
dos conflitos. O bullying constitui-se em uma subcategoria bem delimitada de agressão ou
comportamento agressivo, caracterizado pela repetitividade e assimetria de forças, com a
intenção de causar dano físico ou moral, seja por abuso físico, agressões verbais ou exclusão
social. Os ataques podem ocorrer também por vias eletrônicas, esse tipo de bullying tem sido
referido como bullying eletrônico ou cyberbullyin.Objetivou-se com esse trabalho diagnosticar
a existência de bullying no âmbito escolar, identificando as potenciais vítimas e agressores,
além de trabalhar na conscientização dos alunos. Para a coleta de dados foi elaborado um
questionário diagnóstico com cunho qualitativo/quantitativo composto por 6 questões
discursivas relacionadas ao tema para quatro turmas do 9º ano do ensino fundamental de uma
escola pública de Diamantina, sendo o mesmo reaplicado ao final do trabalho. Foram
ministradas 2 palestras abordando o tema bullying e 2 filmes no eixo violência /escola, sendo
feitos debates logo após cada atividade. A identificação dos possíveis agressores e das vítimas
foi feita por meio de observações em sala de aula. A média de idade dos alunos foi de 15 anos.
Diagnosticou-se que 10% dos alunos não souberam definir o bullying, sendo que no segundo
questionário 100% dos alunos conceituaram de forma correta. Quanto ao ser vítima de
bullying 57% dos alunos alegaram terem sido vítimas de discriminação, número que subiu para
73% na segunda análise, 93% dos alunos entrevistados já observaram algum tipo de violência
dentro da escola,ficando inalterado no segundo questionário. A realização de trabalhos
escolares pautados na discriminação foi relatada por 62% dos alunos, sendo esse número
inferior ao obtido no segundo questionário (87%). Cerca de 85% dos alunos acreditam que o
bullying interfere no rendimento escolar , número que variou para 87% no segundo
questionário. Os possíveis agressores identificados durante as observações em sala de aula
possuem um perfil bastante semelhante, são alunos em busca de “auto-afirmação”, de
“aceitação da turma”. Já as potenciais vítimas, são alunos que possuem características
marcantes, como por exemplo, biótipo, etnia, orientação sexual, nível cognitivo, e até mesmo
dificuldade de relacionamento com as pessoas. Através da execução do referido trabalho foi
possível modificar os conceitos dos alunos quanto ao Bullying, sendo capazes de reconhecer os
tipos de preconceitos que ocorrem dentro do âmbito escolar.
Apoio: Proexc UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Isadora M. S. Cordeiro;Lidiane A. da Silva; Matheus S. Santos; Elisângela Fernandes; Marcelo
Fagundes
359
CADEIA OPERATÓRIA LÍTICA DOS SÍTIOS CANOAS, VALE DO SÃO FRANCISCO, MINAS
GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA
O estudo da tecnologia lítica é extremamente importante para pesquisas de grupos ágrafos e
extintos, uma vez que nos traz informações valiosas de como essas populações viviam, o que
comiam, sua mobilidade e relações com ambiente circundante. Na região do Vale de São
Francisco, em território da cidade de São Gonçalo do Abaeté, Minas Gerais; foram
identificados doze sítios arqueológicos, sendo nomeados por Canoas sendo que foram
coletados seiscentos e cinquenta peças (650). Entre os achados arqueológicos, o que se
apresentou em maior número foram as ferramentas líticas (de pedras), sobretudo
confeccionais em arenito silicificado, quartzito, quartzo e sílex. Esses sítios arqueológicos
encontram-se a céu aberto, alguns em áreas de pastagem de pouca vegetação e outros em
morros que não apresentam vegetação, sendo que em alguns houve impactos antrópicos
degradando os sítios. Cabe destacar que a grande maioria estava assentada em neossolo
litólico, sem sedimentação, e, portanto, em superfície. Na análise laboratorial dos conjuntos
líticos foi possível identificar diferentes categorias de artefatos, tantos os de curadoria (mais
bem trabalhados, feitos em antecipação ao uso) e os expeditos ou expedientes (feitos para
solucionar um problema ocasional, momentâneo). O objetivo desse trabalho, nesse ínterim, é
apresentar os resultados da análise da cadeia operatória lítica desses conjuntos artefatuais, de
modo que possamos compreender as diferentes etapas de produção, uso e descarte dos
mesmos. A justificativa para tal intento é a possibilidade de garimpar dados inequívocos acerca
da tecnologia lítica e suas relações diretas com a organização social de populações humanas na
pré-história do vale do São Francisco. Por meio de nossa análise, sabemos da enorme
importância dos conjuntos líticos para os estudos arqueológicos e, portanto, esperamos como
resultado a compreensão de maneira mais assertiva os gestos técnicos que propiciaram a
produção do conjunto artefatual, bem como seu uso social, cooperando sensivelmente para os
estudos de tecnologia da pré-história mineira.
Apoio: Laboratorio de Arqueologia e Estudo da Paisagem.
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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Patricia Silva Lima
360
CATEGORIAS ESTILÍSTICAS DO SÍTIO LAJEADO, MENDANHA, DIAMANTINA, MINAS
GERAIS
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA
No denominado Alto Jequitinhonha, faz algum tempo que o PAAJ (Projeto Arqueológico Alto
Jequitinhonha), tem evidenciado uma quantidade significativa de sítios arqueológicos,
sobretudo aqueles com presença de arte rupestre. São em sua maioria abrigos sob rocha com
presença de figurações rupestres, grande parte filiada a denominada Tradição Planalto de Arte
Rupestre, comum a toda a região central do estado de Minas Gerais, mas com presença de
sítios em outros estados (GO, BA, SP e PR). De modo geral, trata-se de figurações com grande
presença de grafismos zoomorfos, sobretudo representados por cervídeos e peixes, de
composição monocromática e com a presença de sobreposição de diferentes painéis, sendo
também abundantes as pinturas geométricas muito simples (bastonetes, traços, pontos, etc.).
O sítio Lajeado está localizado na Serra da Catita, região de Mendanha, Diamantina, MG,
distante cerca de 130 metros da margem direita do rio Jequitinhonha e a 60 metros do córrego
Lajeado, de onde deriva seu nome. Trata-se de um grande paredão em quartzito com presença
de diferentes painéis rupestres. Sua extensão em linha reta é de 41,36 metros e apresenta
uma grande quantidade de pinturas (162 no total), distribuídas em vários painéis que variam
entre cervídeos, aves, mamíferos não reconhecíveis, geométricos além de pinturas históricas.
Em meio a estas informações, nosso objetivo é analisar e classificar a arte rupestre do sitio
Lajeado, bem como identificar a técnica e materiais utilizados para sua produção. A pesquisa
se desenvolve vinculada ao Laboratório de Arqueologia e Estudo da Paisagem (LAEP/UFVJM) e,
com a somatória com demais resultados de outras pesquisas possibilitará a compreensão da
relação inter-sítios, a fim de se compreender se há relações entre o sítio Lajeado I e outros na
mesma área. Como metodologia, além do intenso inventário fotográfico e filmagens, temos
realizados decalques, que consiste a cópia em plástico dos painéis rupestres, a fim de se
evidenciar as relações diacrônicas entre as figurações e os painéis. A arte rupestre de um sitio
levantas vários questionamentos que nos levam a pensar o motivo pelo qual elas foram
pintadas exatamente no lugar em que se encontram e qual a relação existente entre elas e a
paisagem em que se inserem, como resultado pretendemos inferir acerca dessas relações.
Apoio: Inexistente
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
09 a 13 de Maio de 2011
Erik. A. Oliveira, Marcelo Fagundes
361
CATEGORIAS ESTILÍSTICAS NA ARTE RUPESTRE DO ALTO JEQUITINHONHA: O SÍTIO
MENDES I, DIAMANTINA, MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA
O sítio arqueológico Mendes I está localizado nas proximidades da calha do rio Pardo Pequeno,
no distrito do mesmo nome, em terras do município de Diamantina, MG. Está inserido no
bioma de Cerrado, mais precisamente em uma área de campo rupestre, tendo como
característica principal a presença de diferentes painéis com pinturas rupestres que, a priori,
se tratam de diferentes ocupações pré-históricas na área. Nesse sentido é um sítio de extrema
importância para o seu contexto regional e suas relações com os diversos sítios encontrados
em sua entorno. Tratando-se de uma assentamento pré-histórico de características peculiares,
nossa pesquisa se justifica pelo fato de seus resultados poderem cooperar sensivelmente para
compreensão da ocupação pré-histórica da Serra do Espinhaço. O objetivo desse trabalho é
apresentar os resultados até então obtidos acerca do estudo das categorias estilísticas
evidenciadas nas pinturas rupestres desse abrigo, de modo que possamos indicar, ou sua, sua
filiação às diferentes tradições rupestres evidenciadas em Minas Gerais. A princípio pode-se
enquadrá-lo como filiado a denominada Tradição Planalto caracterizada pela presença de
representações de cervídeos e peixes, em sua maioria, geralmente monocromáticos, pintados
em vermelho e sem formas cenas coerentes. Apesar de muitas das figurações enquadrarem-se
nessa ordem geral, existem particularidades nesse sítio arqueológico que nos fez repensar sua
simples filiação à Tradição. Foram constatadas duas técnicas de pintura nesse sítio: uso de
pincel ou dedos e o crayon (lápis). As figurações mais constantes são os cervídeos e peixes,
mas há outros mamíferos e aves representadas, além disso, há figuração bicromáticas, com o
uso do vermelho e amarelo. Também se observou a presença dos chamados trocadilhos
gráficos, que seria o aproveitamento de uma figuração para transformá-la em outras imagens;
além de muitas sobreposições que, a princípio, partimos da hipótese de negação de ocupações
anteriores. Como metodologia de análise, além das diversas visitas aos sítios (oito campanhas
até o momento), foram realizadas várias fotografias (com máquina digital de alta resolução e
em diferentes momentos dos dias), filmagens e decalque do sítio arqueológico (técnica de
cópia das pinturas em plástico transparente). Pretendemos, dessa forma, cooperar para a
compreensão de como populações pré-históricas ocuparam a face meridional do Espinhaço e,
sobretudo, como suas marcas podem cooperar para a compreensão do modo de vida e cultura
no passado.
Apoio: Laboratório de Arqueologia e Estudos da Paisagem
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
III Mostra de Pós-Graduação
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Claubert W. G. de Menezes
362
CIÊNCIA, MISTICISMO E ESPIRITUALIDADE: UM ESTUDO TRANSDISCIPLINAR
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / FILOSOFIA
A busca pelo Sagrado, pelo Místico e Espiritual na humanidade, tem sido realizada pelo ser
humano desde sua compreensão como ser “inteligente”. Atualmente, essa busca inclui desde
cientistas, religiosos, místicos e mesmo a população em geral. Instituições seculares
consolidadas em bases religiosas têm registrado perda no número de fiéis e de profissionais
institucionalizados, indicando uma tendência de mudança que se caracteriza mais na busca do
espiritual, e muito menos do religioso doutrinário. Este trabalho teve o objetivo de revisar
estudos publicados no Brasil que abordam a relação da Ciência, Religião e Espiritualidade, com
a tendência de mudança de pensamento sobre a natureza humana e a construção de novos
valores de identidade de nossa sociedade contemporânea. Surge nesse inicio de milênio uma
nova ligação entre Ciência e Espiritualidade, ainda que seja uma evolução dos modelos antigos
do pensamento histórico humano. A Espiritualidade reaparece como uma propriedade
emergente, na linguagem da Teoria do Caos, como um sistema complexo, dinâmico e
adaptativo, envolvendo o ser humano em sua integridade na busca de sua complexidade
crescente. A metodologia cientifica apoiada na razão, se alia com a intuição, diante de
descobertas conflitantes e “estranhas” que surgiram com o estudo da natureza atômica da
matéria. Nasceu então nas últimas décadas do século XX a abordagem científica
transdisciplinar que engloba as dimensões artísticas, intuitivas, religiosas (menos dogmáticas)
e a espiritual na tentativa de compreender a natureza. No Brasil, o interesse pelo tema
abordado se transparece em eventos nacionais e até internacionais como o “II Congresso
Mundial de Transdisciplinaridade” e o” I Congresso da URCI, Universidade Rose-croix
Internacional”. Hoje, a ciência tende a tomar novos rumos de maior questionamento e
entendimento de descobertas “estranhas” da física quântica e da Teoria do Caos, Fractais,
Complexidade, Astronomia, Psicologia entre outras áreas do estudo humano. Tais
questionamentos poderão levar a respostas importantes no plano individual, e talvez ao nível
de uma comunidade, contribuindo assim em objetivos verdadeiramente em comum para a
preservação da espécie humana.
Apoio: UFVJM
XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
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363
COMPETÊNCIAS GERENCIAIS EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UM
ESTUDO DE CASO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E
MUCURI
Mayara Cornélia Maforte,Keilla Dayane S.Oliveira,Daniela C. da S. Campos,Elizete Aparecida de
Magalhães,Vasconcelos Reis Wakim,Naldeir dos Santos Vieira
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO
Tendo em vista a utilidade do conceito de competências gerenciais no contexto da
administração universitária, este estudo foi conduzido para identificar as competências
gerenciais necessárias aos Pró-Reitores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri (UFVJM). Simultaneamente, buscou-se fazer um levantamento de documentos
relacionados à função de Pró-Reitor na UFVJM, assim como descrever a função de Pró-Reitor,
identificar a percepção dos sujeitos sociais da pesquisa sobre a natureza do exercício da função
de Pró-Reitor, além de identificar as competências gerenciais necessárias aos Pró-Reitores.
Acredita-se que o mapeamento das competências gerenciais representou uma tentativa de
refletir sobre a capacitação para exercer papéis gerenciais na administração universitária, que
tem sido intitulada como administração amadora. Procedeu-se a uma revisão bibliográfica
sobre o assunto e, posteriormente, entrevistas semi-estruturadas com ocupantes da função de
Pró-Reitor e servidores diretamente subordinados a estes. As verbalizações dos entrevistados
foram analisadas utilizando-se a técnica de Análise de Conteúdo, sendo que trechos
importantes foram destacados, surgindo, então, categorias de análise. Foram apuradas, por
meio das entrevistas, as atribuições não previstas do Pró-Reitor, que se referem, na maioria
dos casos, a atividades ligadas à interação com os membros da comunidade acadêmica.
Segundo os entrevistados, o gerenciamento dos conflitos entre os funcionários é inerente à
função de Pró-Reitor, sendo uma importante atribuição, pois, esses conflitos podem afetar o
cumprimento de objetivos e projetos organizacionais. As competências citadas como
necessárias a um Pró-Reitor, foram: conhecimento do funcionamento da Universidade,
conhecimento da legislação, negociação, planejamento, capacidade de liderança, capacidade
de motivar a equipe, trabalho em equipe, credibilidade, representação, honestidade e
paciência. Percebeu-se que esses atributos de competência representam padrões de
comportamento dos dirigentes, aceitos pela comunidade acadêmica e que garantem a
permanência de um indivíduo na função de Pró-Reitor.
Apoio: Fapemig
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Calebe O.Araújo Gabriela Silva Milena P.Matos Maria P.S.L.Costa
364
CONCEITOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO DE
CIÊNCIAS E BIOLOGIA – UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO
Modificar a cultura da avaliação nas escolas e construir uma prática de avaliação que supere o
modelo de avaliação classificatória e excludente é o objetivo deste trabalho. Ao analisar as
práticas avaliativas nas escolas observa-se que a avaliação é utilizada como forma de controle,
de poder e coerção em sala de aula determinando quem está apto ou quem não está apto. É
preciso que os professores reconheçam a necessidade de rever a lógica classificatória e
excludente da avaliação e que possam perceber que seu poder e autoridade devem estar
fundados na qualidade da proposta, nos dispositivos pedagógicos desenvolvidos a partir do
projeto e não na avaliação como instrumento de coerção. Constatar a dificuldade do aluno é
muito importante, mas não para poder lhe atribuir “uma nota justa”, e sim para saber
exatamente onde está o problema e intervir a fim de resgatar a aprendizagem que ainda não
se deu a contento. O desafio que se coloca é evitar que a avaliação formal desvie o sentido real
da avaliação que é a produção da aprendizagem significativa para todos. Em síntese,
desenvolver uma nova postura avaliativa requer construir, desconstruir e re-construir a
concepção e a prática da avaliação e romper com a cultura de memorização, classificação,
seleção e exclusão, tão presente no sistema de ensino. Contudo, deve-se trabalhar buscando
instrumentos avaliativos que melhor permitam um diagnóstico que aponte as necessidades
individuais de cada aluno, permitindo as intervenções necessárias para que ocorra uma
aprendizagem significativa. O projeto de extensão intitulado como “Instrumentos de avaliação
da aprendizagem no Ensino de Ciências e Biologia – Uma proposta de formação continuada”,
tem o objetivo de desenvolver nas escolas públicas pertencentes à Superintendência Regional
de Ensino (S.R.E.) de Diamantina junto aos professores de ciências e biologia, quais as
concepções acerca dos instrumentos utilizados na avaliação da aprendizagem contribuindo
para a formação dos docentes e melhoria da aprendizagem dos alunos, através do
levantamento e discussão dos diferentes instrumentos de avaliação utilizados pelos
professores, bem como da eficácia e eficiência dos instrumentos de avaliação utilizados nas
escolas, possibilitando uma reflexão do papel do professor perante o objetivo principal da
avaliação. Pretendemos defender um tipo de avaliação que leve o aluno a construir o seu
processo de aprendizagem através da metacognição e meta-aprendizagem transformando a
avaliação em instrumento de aprendizagem com novos significados.
Apoio: PROEXC PIBEX UFVJM
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Maria do P.S.L.Costa
365
CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DO CURSO DE CIENCIAS BIOLÓGICAS ACERCA DO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO
Do ponto de vista institucional o estágio curricular supervisionado é disciplina obrigatória nos
cursos de licenciatura. Historicamente no Brasil as licenciaturas foram criadas nos antigos
cursos de Filosofia e as disciplinas pedagógicas, dentre elas, o estágio Supervisionado
encontrava-se nos últimos anos do Curso, no conhecido modelo 3+1. Na literatura do campo
educacional é caracterizado como modelo da racionalidade técnica..onde o professor é visto
como especialista que na sua prática cotidiana aplica as regras advindas do conhecimento
técnico-cientifico-pedagógico, como base para a sua ação.Nessa concepção o Estágio
Supervisionado é o lócus deste conhecimento e a sala de aula “espaços de acontecimentos” e
enfrentamentos” e o que se tem observado é a impossibilidade formativa para tal
enfrentamento.Pesquisar as concepções dos alunos estagiários um curso de formação de
professores instaura um processo de reflexão em cada um dos participantes sobre suas
próprias concepções. Com quais expectativas e qual entendimento acerca da disciplina Estágio
Supervisionado no Curso de Ciências Biológicas os alunos e alunas chegavam e terminavam o
semestre letivo a partir dos olhares dos(as) estagiários(as)? Isso se transforma em
possibilidade de formação inicial, formação continuada de formadores e transformação dos
cursos de licenciatura. É neste sentido que nos propusemos a desenvolver uma pesquisa
coletiva. As aulas de Orientação para a Prática Profissional I e II do Curso de licenciatura em
Ciências Biológicas durante os semestres letivos de 2010/2011, e o processo de orientação ,
acompanhamento do Estágio Supervisionado foram consideradas como espaço de
ensino/campo de pesquisa.Os recursos metodológicos utilizados foram questionários,
entrevistas semi-estruturadas e análise dos relatórios de estágio.A busca de expectativas e
entendimento da compreensão do estágio, da importância desta disciplina para a formação
profissional dos alunos se pautava em “falas” , “conversas” e “verdades” dentro do grupo:
escolhi este curso porque queria ser biólogo, nunca pensei em ser professor.Professora a
teoria é uma coisa,a prática é outra. “Professora, eu pensava que estágio era chegar na escola
e entrar para a sala e dar aulas”. Comecei ansiosa para finalmente dar aulas, mas não foi isso
que aconteceu. Tive que ficar horas analisando regimento, PPP, estrutura da escola,
escrevendo projeto. Terminei o semestre e quase não dei aulas, foi frustrante. O
entendimento da prática como aplicação da teoria se faz bastante presente no discurso dos
alunos. Atrelada à dicotomia teoria/prática as turmas de estágio apresentavam uma
preocupação central dos conteúdos. O desafio no espaço do estágio que ainda vive no
confronto de um modelo de formação pautado na racionalidade técnica é o de retomar o
estágio como fonte potencial de investigação para todos os sujeitos envolvidos, as salas de
aula da Universidade e das escolas de educação básica, campos de estágio.
Apoio: PROEXC UFVJM
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Marcelo Henrique Santos; Sueli Siqueira
366
CONDIÇÕES DE SAÚDE DO EMIGRANTE INTERNACIONAL AO RETORNAR PARA SUA
TERRA NATAL
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / PSICOLOGIA
CONDIÇÕES DE SAÚDE DO EMIGRANTE INTERNACIONAL AO RETORNAR PARA SUA TERRA
NATAL Marcelo Henrique Santos; Sueli Siqueira e-mail: [email protected] Palavraschave: Emigração; Retorno; Saúde. Área do conhecimento: CIÊNCIAS SOCIAIS. HUMANAS,
LETRAS E ARTES => PSICOLOGIA – 7.07.00.00-1 A Microrregião de Governador Valadares
situada ao Leste de Minas Gerais é no território nacional é o local onde se configura o primeiro
fluxo migratório de brasileiros para o exterior. Os primeiros emigrantes saíram na década de
1960, contudo o boom emigratório ocorre na segunda metade da década de 1980. O destino
inicialmente eram os Estados Unidos e Canadá. No final dos anos 1990 outros fluxos são
configurados, principalmente para Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido. Em quase sua
totalidade esses migrantes atuam no mercado de trabalho secundário. O projeto migratório é
movido pela possibilidade de fazer uma poupança e retornar em condição socioeconômica
melhor. Para alcançar seu objetivo, a maioria trabalha em mais de um emprego e por longas
horas. As condições de trabalho são precárias. O stress, a péssima alimentação, a tensão por
viver em um país estrangeiro muitas vezes sem documentação, colocam em risco a saúde física
e psicológica do emigrante. Em que condições de saúde os emigrantes retornam para a terra
natal? Para responder a essa questão foram aplicados 194 entrevistas formais nas 25 cidades
da Microrregião. Os dados nos permitem afirmar que a maioria (59,9%) dos emigrantes
retornados eram casados, estudaram até o 2°grau completo (37,1%) e quando emigram
estavam na faixa etária de 18 à 30 anos (55,7%). O principal país de destino eram os Estados
Unidos (84,0%). Dentre os retornados, 57,2% afirmam ter adquirido alguma doença durante o
período de emigração. As principais doenças foram: psicossomáticas (4,1%); fraturas (19,6%).
A maioria (32,0%) afirma que não tinha cuidados regulares com a saúde e o acesso a
programas de saúde no exterior era restrito devido a sua condição de emigrante
indocumentado e a necessidade de trabalhar muitas horas. Relatam que para solucionar
problemas de saúde geralmente se automedicavam ou buscavam recursos caseiros. Ao
retornar (57,7%) utilizam o serviço público de saúde. A partir da análise dos dados pode-se
concluir que a carga excessiva de trabalho, a falta de segurança no trabalho, o stress pela
condição de emigrante indocumentado, a falta de lazer e a não acessibilidade aos programas
de saúde no país de destino tem como conseqüência a saúde comprometida do emigrante
quando retorna. Na discussão de quem perde e quem ganha com a emigração internacional de
trabalhadores, (BORJAS,1996) podemos considerar que o país de origem paga um alto preço
ao ter seus cidadãos retornando com a saúde comprometida pelo trabalho sem segurança,
árduo e mal remunerado nos países de destino. APOIO: UNIVALE, FAPEMIG
Apoio: UNIVALE, FAPEMIG
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Álisson Gonçalves dos Santos, Santúsia Nunes Rabelo
367
CONHECENDO O MERCADO LOCAL: DIAGNÓSTICO DE POSSÍVEIS DEMANDAS DE
TREINAMENTO
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO
Atualmente, a Psicologia Organizacional tem se caracterizado como um instrumento de
compreensão e aproximação da realidade biopsicossocial de colaboradores em ambiente
ocupacional. O leque abrangente de aspectos contemplados por essa disciplina, permite uma
visão dinâmica e global da organização, além de subsidiar uma leitura mais fidedigna das reais
circunstancias as quais se encontram o trabalhador. O presente trabalho tem como objetivo
fazer o levantamento de necessidades de treinamento em diversos segmentos do mercado de
trabalho em Teófilo Otoni – MG. Para isto, realizou-se uma pesquisa de natureza exploratória,
com a participação de alunos do curso de Administração de Empresa da UFVJM, Campus
Mucuri. Foi realizada aplicação de trinta questionários (qualitativos) abordando dez temas de
interesse da área da Psicologia Organizacional (Satisfação, Stress, Personalidade e Emoção,
Inteligência Emocional, Sofrimento Psíquico, Dinâmica de Grupo, Processo Perceptivo,
Comportamento Individual, Desenvolvimento e Aprendizagem. A pesquisa foi realizada nos
segmentos de serviços, vendas, transporte, educação, saúde, varejo e cooperativas, por meio
do qual se verificou que a comunidade local é heterogênea, com baixa qualificação profissional
e conhecimento cientifico restrito sobre as temáticas sugeridas. Nesse sentido, se destacaram
cinco temáticas: a primeira delas foi a satisfação, na qual percebeu-se que em geral, os
entrevistados conhecem o conceito, têm percepção social do problema, mas não apresentam
medidas profiláticas e de combate a insatisfação no trabalho. Constatou-se ainda que as
principais causas de insatisfação nas organizações abordadas foram: o salário, a dificuldade de
relacionamento com o chefe e com os colegas, a falta de reconhecimento e o excesso de
trabalho. Na temática stress, apresentou-se depoimentos confusos e contraditórios; verificouse que apesar da dificuldade conceitual é possível ter percepção social. Com relação a
personalidade, percebeu-se que apesar de haver certa compreensão conceitual, há
contradições no que tange a informações da empresa na prática. Na temática inteligência
emocional, verificou grande dificuldade de interpretação das questões, o que resultou em
diversas respostas evasivas. Em relação ao sofrimento psíquico, se destacou a dificuldade
conceitual e o testemunho de que o cliente aparece como figura central no surgimento de
doença mental. Percebeu-se que as temáticas evidenciadas acima, aparecem como senso
comum, apesar de fazerem parte do cotidiano dos participantes, estes não apresentam
conhecimento científico sobre as diversas temáticas podendo ser, portanto utilizadas para
justificar a implantação de treinamentos e cursos de desenvolvimento de pessoal na área de
Psicologia Aplicada às Organizações.
Apoio: UFVJM
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Eliane Ferreira, Prof. Marcelo Fagundes
368
CONJUNTOS ESTILÍSTICOS DO SÍTIO SERRA DOS ÍNDIOS: ESTUDO DA ARTE RUPESTRE
NO ALTO JEQUITINHONHA, PLANALTO DE MINAS, MG
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA
A região de Diamantina, Minas Gerais, tem sido objeto de pesquisas arqueológicas no decorrer
do último ano, pela equipe do Projeto arqueológico Alto Jequitinhonha – PAAJ/LAEP/UFVJM, o
qual tem analisado o registro rupestre e a cultura material de diversos sítios arqueológicos da
região. Este trabalho apresenta, em resumo, o resultado da pesquisa de iniciação científica
(IC), intitulada “Conjuntos estilísticos do Sítio Serra dos Índios: estudo da arte rupestre no alto
Jequitinhonha, Planalto de Minas, MG”, realizada do ínterim do ano de 2010. A região de
Planalto de Minas, localizada a 100 km de Diamantina, apresenta sítios arqueológicos de arte
rupestre de grande relevância para a compreensão do contexto arqueológico regional,
sobretudo porque trazem informações a respeito dos processos de uso e ocupação do
território em tempos pré-históricos. O sítio Serra dos Índios apresenta figurações rupestres
que , a priori, estariam filiadas a Tradição Planalto de Arte Rupestre, comum em todo o Brasil
central, onde predomina a temática de cervídeos monocromáticos sobre os demais grafismos
zoomorfos e geométricos. Para a análise das figurações desse sítio, inclusive de poder
caracterizá-los como inseridos, ou não, a Tradição Planalto; foram realizados, além de intenso
inventário digital representado por fotografias e filmagens, calques em tamanho natural das
figurações e painéis, que consiste na cópia em plástico de todos os painéis rupestres de um
sítio arqueológico. Esses calques, por sua vez, revelaram sobreposições e figuras que não eram
visíveis nas fotografias. Estas sobreposições nos levaram a crer que o sítio foi ocupado por
mais de um período ou por mais de um grupo cultural. Os resultados obtidos estão sendo
comparados aos demais sítios estudados pelo PAAJ/LAEP/UFVJM e comporão o banco de
dados a respeito da pré-história da região de Diamantina, cooperando para compreensão do
modo de vida e cultura das populações pré-históricas regionais.
Apoio: PAAJ/LAEP/UFVJM
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Rafael Henrique N Almeida
369
CONY E CALLADO: DOIS PARADIGMAS DE RESISTÊNCIA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / SOCIOLOGIA
No Brasil, em março de 1964, ocorreu um golpe de estado que possibilitou a ascensão dos
militares ao poder. A partir de então, foi implementado um regime ditatorial que restringiu o
exercício da cidadania, da liberdade e da oposição, atuando com violência contra os
movimentos de resistência ao novo regime. A partir deste contexto, surgem inúmeros
movimentos culturais e artísticos que atuaram na crítica dos governos militares e das políticas
por eles implementadas. Estas resistências emergiram, entre outros, do teatro (como o Arena,
Opinião e Oficina), do cinema (Cinema Novo), da música (música de protesto) e da literatura
(romance de resistência). Na literatura, esse tipo de romance ganha força e visibilidade no pós64. Empregamos o conceito de “romantismo revolucionário” com a proposta de descrever um
processo que advinha da vontade de transformação da história do nosso país devido os
mandos e desmandos da Ditadura Militar; conceito que revela um modelo de homem
fundamentado na idealização de um autêntico “homem do povo”, com raízes rurais, do
interior do país e que não esteja contaminado pela modernidade urbana capitalista. Neste
sentido, as literaturas de Antonio Callado (Quarup) e Carlos Heitor Cony (Pessach: a travessia),
possibilitam uma análise comparativa, com intuito de identificar nelas não somente o
elemento de resistência, mas a consciência “romântico-revolucionária” de seus autores.. Dessa
forma, a pesquisa em andamento procura levantar nestas obras as alegorias da revolução e os
modelos de resistência de esquerda constituídos na área artístico-cultural e de que maneira
estes modelos se expressaram nos romances Pessach: a travessia, de Carlos Heitor Cony e
Quarup, de Antonio Callado.
Apoio: Iniciação Científica/REUNI
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Camila Matos, Dayane Vieira, Jéssica Araújo, Manaara Ribeiro, Renata Moreira, Tainá Souza,
Rubianara Aparecida da Conceição, Wellington de Oliveira.
370
ENTRE O CRIME E O CASTIGO: O BULLYING COMO PRÁTICA DE VIOLÊNCIA NA ESCOLA
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO
ENTRE O CRIME E O CASTIGO: O BULLYING COMO PRÁTICA DE VIOLÊNCIA NA ESCOLA Camila
Matos, Dayane Vieira, Jéssica Araújo, Manaara Ribeiro, Renata Moreira, Tainá Souza,
Rubianara
Aparecida
da
Conceição,
Wellington
de
Oliveira.
E-mail:
[email protected]
Área
de
Conhecimento/Sub‐Área:
Ciências
Humanas/Educação. Um tema bastante crescente, polêmico e desafiante em nossa sociedade
desde a última década, e que vem se destacando, sobretudo no ambiente escolar é o bullying,
expressão que representa diferentes formas de agressão e humilhação. Sabendo que é na
escola que a criança tem a primeira experiência social significativa fora do núcleo familiar e é
nela que irão reproduzir muitos dos padrões afetivos e comportamentais assimilados na
família e no contexto sócio cultural no qual vive, nota-se a necessidade em promover a
prevenção do bullying,a fim de obter mudanças e de melhorar o ambiente e o mundo em que
se vive, resgatando valores e formando uma geração mais pacífica. Então, através de diversas
atividades criar um espírito de cooperação entre os mesmos, utilizando-se de levantamento de
dados em pesquisa quantitativa e qualitativa por meio de questionários, colaboração direta de
professores de outras disciplinas na montagem de gráficos, gincanas de conhecimento, júri
simulado, confecção de cartazes, murais, cartilhas e palestras por profissionais da área da
psicologia. Tal interesse em aplicar esse projeto à instituição está vinculado em responder tais
perguntas: Será que a escola saberá lidar sozinha de forma efetiva e adequada com essa
situação? Os profissionais da educação estão preparados para dar uma resposta efetiva para
reduzir o bullying?Conforme as atividades realizadas durante os meses de março e abril, o
trabalho estará constantemente incluído no meio escolar, uma vez que faz parte da realidade
não só do aluno, como de toda a comunidade. Por meio dele, pode-se notar como que a escola
necessita da interação e socialização dos alunos, do entendimento a cerca dos valores e ações
dependendo de situações vivenciadas e de terem um ambiente que incentive a tolerância, o
respeito e a compreensão, em prol das boas relações e consequentemente um melhor
rendimento por parte do aluno. Não se trata de dar aulas sobre valores humanos e morais,
mas construir na consciência dos educandos os valores necessários e importantes à vida social.
Apoio: Capes e UFVJM
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Amanda S. de Jesus; José C. Freire
371
ENTRE O SENSO COMUM E A CRÍTICA: O PAPEL DOS INTELECTUAIS SEGUNDO
GRAMSCI
Email: [email protected]
Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / FILOSOFIA
A concepção de “intelectuais” em Gramsci está ligada com a maneira pela qual estes se
colocam no complexo contexto sócio-político. A noção corrente de intelectual, tido como
especialista, cede lugar à figura que tem a função de mediador das relações sociais. Cabe aos
intelectuais a difusão do projeto econômico-político das classes dominantes ou, de outro lado,
o desenvolvimento de um projeto alternativo, no qual se afirme a hegemonia das classes
subalternas. Nesse caso, pode-se falar em intelectual orgânico, ou seja, aquele que se coloca
na dinâmica de organizador do corpo social, de formação de opinião. O intelectual tem uma
função de coágulo da formação de todo o \"bloco histórico\", entendido por Gramsci como
sistema articulado e orgânico de alianças sociais ligadas por ideologias comuns. Cabe ao
intelectual realizar a articulação dentro do organismo social. Ele tem um papel educativo,
pedagógico. Nesse ponto, o tema do intelectual orgânico se aproxima com o do senso comum.
Visto que a filosofia da práxis, no modo como Gramsci compreende o materialismo histórico
de Marx, aparece como possibilidade de organização da consciência das classes subalternas,
cabe ao intelectual destas classes problematizar o senso comum, no sentido de torná-lo crítico.
A perspectiva gramsciana possibilita pensar-se a superação da sociedade capitalista para além
do determinismo econômico que marcou o marxismo ortodoxo, segundo o qual o método de
Marx se transformou numa ciência rigorosa, com marcas positivistas. Como cada grupo social
tem a necessidade da função ideológica e homogênea exercida pelos intelectuais, as classes
procuram criar seus próprios intelectuais orgânicos que irão lhe servir. Assim, cabe ao
intelectual agir como porta-voz, organizando a cultura e transmitindo as ideologias da classe
dominante ou das classes subalternas através daquilo que Gr
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dos Anais do evento - Jornada de Iniciação Científica e