COMISSÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONA E MUCURI UFVJM Anais da XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica e III Mostra de Pós-Graduação da UFVJM Ciência que Transforma 09 a 13 de Maio de 2011 2011 DIAMANTINA / MG Ficha Catalográfica Preparada pelo Sistema de Bibliotecas da UFVJM Bibliotecária: Adriana Kelly Rodrigues – CRB-6/2572 J828 Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica (13.: 2011: Diamantina, MG) Anais da XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica [e] III Mostra de Pós-Graduação / Diamantina: UFVJM, 2011. Evento organizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). ISSN 2175-0181. 1. Ciências exatas e da terra. 2. Ciências biológicas. 3. Ciências da saúde. 4. Ciências humanas. 5. Ciências sociais. 6. Ciências agrárias. I. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PróReitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. II. Título. CDD – 001.4 Todos os textos, resultados e informações apresentadas nesta edição são de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). APRESENTAÇÃO Em maio de 2011 aconteceu a 13ª. Edição da Jornada de Iniciação Científica e tecnológica (JICT) e a 3ª. Edição da Mostra de Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) que foi sediada em Diamantina-MG. Diamantina está localizada no Alto Vale Jequitinhonha, uma região do Estado bastante carente e notoriamente conhecida como bolsão de pobreza. A criação de novos cursos de graduação nas áreas de Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Agrárias, Ciências Humanas e Sociais, bem como a de Ciências Exatas trouxe novas perspectivas para essa região. Nos mais de 30 cursos de graduação da UFVJM, pode-se notar a existência de profissionais com formação de mestrado e doutorado provenientes das mais conceituadas Universidades Brasileiras. Com a chegada desses profissionais, foi notório o crescimento dos investimentos em Pesquisa e Pós-Graduação da UFVJM. Esses setores unidos injetaram, nos últimos 6 anos, em torno de dezesseis milhões de reais, provenientes de projetos de pesquisa aprovados em agências de fomento, bem como de projetos de infra-estrutura para o funcionamento de cursos de Pós-Graduação, obtidos nos editais FINEP. O crescimento da pesquisa também proporcionou a aquisição de uma cota institucional de 135 bolsas de Iniciação Científica, tanto da FAPEMIG quanto do CNPq, assim como bolsas da própria UFVJM e do projeto REUNI. Além dessas bolsas, a UFVJM ainda foi contemplada com 20 bolsas de IC júnior/FAPEMIG. Nesse contexto a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação vem realizando ações que visam integrar as regiões dos Vales Jequitinhonha e Mucuri ao contexto científico-tecnológico de Minas Gerais, sendo a primeira iniciativa desempenhada em 1999 com a realização da 1a Jornada Acadêmica, Científica e Tecnológica da Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina (FAFEOD), anterior à criação da UFVJM. A importância da Jornada é despertar entre os estudantes o pensamento científico e tecnológico, bem como estimulá-lo à prática investigativa com vistas à resolução dos problemas que nos cercam. Em tempos de inovação, na era da informação e da busca continuada de melhoria da qualidade de vida, a XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica e III Mostra de Pós-Graduação da UFVJM coloca em pauta ações e abordam temas das principais áreas de atuação do profissional com a máxima integração entre os cursos desta IFE. Em face disto, é incontestável que a essa edição da jornada constitui oportunidade de Inovação e Produção de Conhecimento. A XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica e III Mostra de Pós-Graduação da UFVJM foi realizada no período de 09 a 13 de maio de 2011, cuja programação estava composta por palestras e apresentação de trabalhos científicos e tecnológicos, na forma de painéis e apresentações orais, por acadêmicos, pós-graduandos, professores e profissionais. A Jornada discutiu ainda temas que englobam as várias áreas do conhecimento. Cabe salientar que durante toda a Jornada, ocorreram apresentações de atividades culturais com a participação de acadêmicos e professores dos vários cursos dessa e de outras IFEs, visando um maior intercâmbio cultural. COMISSÃO ORGANIZADORA Presidente: Prof. Wellington de Oliveira Prof. Aldrin Vieira Pires Profa. Ana Cristina Rodrigues Lacerda IH FCA FCBS Prof. Antonio Jorge de Lima Gomes ICTM Prof. Douglas Santos Monteiro ICTM Prof. Arlindo Follador Neto Profa. Elizabeth Adriana Esteves Prof. Fernando Leitão Rocha Junior Prof. Jairo Lisboa Rodrigues Profa. Jaqueline Maria da Silva Prof. José Barbosa dos Santos Prof. Lucas Franco Ferreira Prof. Luís Henrique Aparecido Silvestre Prof. Marivaldo Aparecido de Carvalho Profa. Miranda Titon ICT FCBS FACSAE ICTM ICTM FCA ICT FCA FCBS FCA Prof. Naldeir dos Santos Vieira FACSAE Profa. Rita de Cássia Silva Luz FACET Profa. Quênia L. L. Cotta Lannes Profa. Soraya de Carvalho Neves FACET FCBS SECRETARIA Jean Carlo Laughton de Sousa Apoio às Atividades Administrativas de Pesquisa e Pós-Graduação Márcia de Jesus Quaranta Secretária da Diretoria de Pesquisa REVISORES / AVALIADORES Adriano Prado Simão Albert José dos Anjos Alessandro Vivas Andrade Alex Erickson Ferreira Alexandre Ramos Fonseca Álvaro Dutra de Carvalho Júnior Amauri Pierucci Ana Paula Rodrigues André Cabral França André Rinaldo Senna Garraffoni Andrezza Mara Martins Gandini Angelina do Carmo Lessa Angelo Marcio Pinto Leite Anne Priscilas Dias Gonzaga Antônio Genilton Sant'Anna Antonio Jorge de Lima Gomes Ariete Pontes de Oliveira Arlete Barbosa dos Reis Arley J. Fonseca Arlindo Follador Neto Assis do Carmo Pereira Júnior Auwdréia Pereira Alvarenga Bethania Alves de Avelar Bruno Oliveira Lafetá Carla Silva Chaves Carlos Eduardo Pinto de Alcântara Carlos Eduardo Silveira Cássio Roberto Rocha dos Santos Christovão Pereira Abrahão Claubert Wagner G. de Menezes Cleube Andrade Boari Crisitane Tolentino Machado Cristiane Tolentino Machado Daniel Valadão Silva Daniele Ferreira da Silva Danielle Piuzana Mucida Débora Vilela Franco Débora Vitorino Deliane Cristina Costa Dênia Patrícia Meira Diego Dias Carneiro Disney Oliver Sivieri Júnior Dora Neumann Douglas Santos Monteiro Edson Aparecido dos Santos Eduardo Henrique de Matos Lima Eduardo S.C. Drumond Elaine Cristina Cabrini Elizabethe Adriana Esteves Elizzandra Marta Martins Gandini Emanuel Roberto Faria Emiliana Mara Lopes Simões Etel Rocha Vieira Evandro Luiz Mendonça Machado Fabiane Nepomuceno Costa Fabiano Trigueiro Amorim Fábio Tadeu Lourenço Guimarães Fabrício de Paula Felipe Paolinelli de Carvalho Fernanda da Conceição Moreira Fernando Joaquim Gripp Lopes Flaviana Dornela Verli Flávio Santos Damos Gabriela de Cássia Ribeiro George Sobrinho Gustavo Eustáquio B. Alvim de Melo Harriman Aley Morais Helisamara Mota Guedes Hernando Baggio Filho Herton Helder Rocha Pires Hilton Fabiano Boaventura Ivy Scorzi Cazelli Pires Jairo Lisboa Rodrigues Jannaina Oliveira Almeida Jaqueline M. da Silva Joerley Moreira José Barbosa dos Santos José Bosco Isaac Jr. José Paulo Leite Guadanucci José Sebastião Cunha Fernandes Josiane Magalhães Teixiera Josilane Pinto de Souza Kassílio José Guedes Kely da Rocha Neves Leonardo Morais da Silva Lidiane Guedes Oliveira Lidiane Lopes Moreira Lilian Alves de Carvalho Reis Lílian de Araújo Pantoja Liliane da Consolação Campos Ribeiro Liliane Teixeira Lopes Lucas Franco Ferreira Luciana Coelho de Moura Luciana Neri Nobre Lúcio do Carmo Moura Luisa Silvestre Freitas Fernandes Luiz Elídio Gregório Luiz Henrique Aparecido Silvestre Maíra Figueiredo Goulart Marcela Carlota Nery Marcelino Santos de Morais Marcelino Serrette Leonel Marcelo Buosi Marcelo Fagundes Marcelo Luiz de Laia Marcelo Moreira Britto Marcio Leles Romarco de Oliveira Marcus Alvarenga Soares Maria do Céu Monteiro Cruz Maria do Perpétuo S. de Lima Costa Maria Letícia Ramos Jorge Maria Neudes Sousa de Oliveira Maria Teresa Polcaro Silva Marivaldo Aparecido de Carvalho Mayra Luiza Marques da Silva Binoti Meire Coelho Ferreira Miranda Titon Murilo Xavier Oliveira Nadja Maria Gomes Murta Nathália Ferreira e Silva Nísia Andrade Villela Dessimoni Pinto Núbia Carelli Pereira de Avelar Otávio Augusto Silva Ribeiro Patrícia Corrêa-Faria Patrícia Furtado Gonçalves Paulo Afrânio Sant´Anna Paulo Antônio Martins-Júnior Paulo de Souza Costa Sobrinho Paulo Henrique Fidêncio Quênia Luciana Lopes Cotta Lannes Raquel Anna Sapunaru Raquel Gonçalves Vieira Andrade Renata Acácio Ribeiro Dias Renato Guilherme Trede Filho Ricardo Andrade Barata Rinaldo Duarte Rita de Cássia Silva Luz Rodolfo Neiva de Sousa Rodrigo Diniz Silveira Romero Alves Teixeira Rosana Passos Cambraia Roseli Aparecida dos Santos Sandra Aparecida Marinho Sandra Regina Freitas Pinheiro Sebastião Lourenço de Assis Júnior Silvia Regina Paes Suelleng Maria Cunha Santo Soares Tarsis de Mattos Maia Thiago José Ornelas Otoni Vanessa Amaral Mendonça Vinicius Barroso de Araújo Abreu Vinícius de Morais Machado Vinícius Teixeira Lemos Wagner Lannes Wagner Pereira Wallans Torres Pio dos Santos Wellington de Oliveira REALIZAÇÃO: APOIO: SUMÁRIO AGRICULTURA ................................................................................................................. 1 ARQUITETURA E ENGENHARIAS ...................................................................... 141 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA.................................................. 146 CIÊNCIAS DA SAÚDE ............................................................................................... 202 CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS............................................................. 304 CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES...................................... 343 MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA....................................................... 405 RECURSOS NATURAIS, CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS AMBIENTAIS ..... 430 AGROMETEOROLOGIA AGRONOMIA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL CIÊNCIAS DO SOLO ENGENHARIA AGRÍCOLA EXTENSÃO RURAL FITOSSANIDADE FITOTECNIA FLORICULTURA, PARQUES E JARDINS RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 1 AGRICULTURA 2 ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES DA AGRICULTURA ECOLÓGICA URBANA PARA A SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL Vinícius M. Nolasco, Gabriel D. L. B. Moreira, Bruna L. A. Barros, Jaqueline C. Mendes, Nacip M. Láuar, Marivaldo A. Carvalho, Rosana P. Cambraia Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA Inserido no território da cidadania Alto Jequitinhonha, o município de Diamantina destaca-se pela maior população urbana em números absolutos e o segundo em porcentagem entre os municípios do Alto Jequitinhonha. É nas áreas periféricas das cidades onde está a maioria das famílias em situação de insegurança alimentar, onde o planejamento tem chegado por último no processo de urbanização. O projeto de pesquisa com interface em extensão é desenvolvido pelos grupos Aranã de Agroecologia, Retalhos de Fulô e Jequi, conta com o apoio do CNPq e está voltado para o desenvolvimento de tecnologias sociais. Esse trabalho tem os objetivos de verificar o papel da agricultura urbana e contribuir para o planejamento de ações voltadas à segurança alimentar e nutricional sustentável, voltado para a promoção da saúde em áreas urbanas, com população de baixa renda em Diamantina, por meio da disseminação e construção participativa de princípios e práticas agroecológicas. Metodologia: Participam do estudo os bairros Cidade Nova, Bela Vista, Gruta de Lourdes e Palha, que estão localizados na periferia de Diamantina, onde as condições de vida e de trabalho são muito precárias. A investigação qualitativa está sendo realizada por meio de Diagnóstico Participativo (DP) com o uso de ferramentas de diálogo. Essa metodologia está baseada no diálogo e na reflexão junto às comunidades, em atividades participativas utilizando ferramentas que promovem a interface da pesquisa com a extensão universitária. Para a análise quantitativa da (in) segurança alimentar das famílias está sendo utilizada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar - EBIA. Resultados iniciais nos bairros evidenciam a precariedade sócio-ecológica e alimentar a que estão expostas grande parte da população na região. Nestes locais as práticas agrícolas dos quintais e dos jardins surgem como resposta à insegurança alimentar e aos preços dos produtos industrializados, expressando também a resistência cultural das famílias agricultoras, submetidas às modificações dos modos de vida e hábitos alimentares. Conclusões preliminares permitem verificar o papel agricultura urbana como resposta à deficiência das políticas publicas e como forma de resistência da população; percebe-se também na prática ecológica algumas maneiras para melhoria das condições de saúde ambiental e das pessoas nesses espaços, o que vem contribuindo satisfatoriamente para as ações voltadas às segurança alimentar local. Isso favorece a disponibilização de alimentos saudáveis e de plantas medicinais e, além disso, está promovendo a limpeza dos espaços urbanos e periurbanos, a reciclagem dos resíduos sólidos, e também gerando trabalho e renda. Apoio: Edital MCT-SECIS/CNPq Nº 019/2010, Pesquisa em Tecnologias Sociais em Segurança Alimentar e Nutricional, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 3 ALOCAÇÃO DE BIOMASSA PARA CINCO ESPAÇAMENTOS DE EUCALIPTO Bruno O. Lafetá, Reynaldo C. Santana, Gilciano S. Nogueira, Márcio L. Silva, Jadir V. Silva, Vinícius R. Fernandes Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A biomassa florestal é um importante insumo energético, renovável, cujo acumulo é uma medida integrada do desempenho fisiológico do vegetal no tempo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do espaçamento de plantio na alocação de biomassa em um híbrido de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden x Eucalyptus camaldulensis Dehnh aos 7 anos. A instalação do experimento foi em dezembro de 2002 na fazenda Campo Branco de propriedade da Arcellor Mittal, no município de Itamarandiba-MG. Foi conduzido um delineamento em blocos ao acaso com cinco tratamentos e três blocos. A distância entre linhas foi fixada em 3,0m. Os tratamentos foram constituídos variando-se a distância entre plantas de 0,5m (T1); 1,0m (T2); 1,5m (T3); 2,0m (T4) e 3,0m (T5). Foi tomada uma árvore modelo em cada parcela experimental. A biomassa foi obtida isolando-se as folhas, galhos, casca e lenho com auxílio de quatro lonas, imediatamente após o abate, para se realizar a pesagem do material experimental úmido. Amostras de 300 g foram coletadas de cada compartimento, acondicionadas em sacos de polietileno e transportadas ao laboratório de Manejo Florestal do Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri para secagem a 65 ºC até peso constante, em estufa com circulação forçada de ar. Foi determinado o teor de água pela relação entre o peso de matéria seca e matéria fresca. Os resultados, em Kg de biomassa/árvore, advindos da folha e casca foram transformados em √x para obter normalidade segundo teste de Lilliefors e homogeneidade por Cochran. Realizou-se ANOVA e teste de Tukey a 5,0 % de probabilidade utilizando o Statistica 7.0. A significância estatística não foi observada a nível de tratamento apenas para galho. Os tratamentos um, dois, quatro e cinco com 1,04, 1,16, 1,35 e 1,88 Kg/árvore, respectivamente, foram estatisticamente iguais e superiores ao terceiro quanto à produção de folhas. O espaçamento 3,0 x 3,0m produziu mais casca (18,32 kg/árvore) e lenho (58,56 kg/árvore). Os coeficientes de variação experimental (em torno de 17,88%) evidenciaram a precisão experimental. A intensificação da densidade plantio pode ter ocasionado um aumento na competição, reduzindo a disponibilidade dos recursos necessários para o desenvolvimento vegetal (temperatura, nutrientes e água) e limitando a capacidade produtiva intrínseca ao material genético. Entretanto, a produção de galhos não foi afetada pela competição devida, possivelmente, à falta de interação da carga genética correspondente ao mesmo com o ambiente experimental. Conclui-se que variações de natureza silvicultural podem gerar uma alocação de biomassa diferenciada entre os compartimentos no híbrido E. grandis x E. camaldulensis.. Espaçamentos maiores tendem acumular mais biomassa individual no tronco. As florestas energéticas podem ser uma alternativa viável com o conhecimento e manipulação dos fatores que limitam o desenvolvimento das plantas. Apoio: CNPq, UFVJM,, ARCELLOR MITTAL XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 4 ALTERAÇÃO MACROESTRUTURAL DE UM LATOSSOLO VERMELHO AMARELO DISTRÓFICO EM DIFERENTES MANEJOS E USO Danilo Daniel Lopes Carvalho; Wellington W. Rocha ;Thiago Francisco M. dos Santos; Daniel H. Primo, Patrick Hübner Braga Nunes Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA Os sistemas de produção agrícola incentivaram o aumento da mecanização e da pressão de pastejo sobre os solos, fatores que podem causar danos como a compactação desses solos. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a resistência a penetração (RP) de uma Latossolo Vermelho amarelo sob diferentes usos e manejos. Para tal, foram coletadas amostras indeformadas de solo em área de pastejo de ovinos, cultivo de milho e mata natural. Nestas amostras, foram realizados ensaios de resistência do solo à penetração em laboratório com diferentes umidades, variando desde a saturação até valores de umidades bem menores. Após cada leitura, as amostras eram pesadas e, no final, foram levadas à estufa até atingirem massa constante, sendo possível então, calcular a umidade do solo no momento de cada RP. Os resultados mostraram que a área de cultivo com milho, apresentou maiores valores de RP (1,98 MPa), seguida da área de pastejo (1,85 MPa) e a mata (1,08MPa). Fato que demonstra a alteração macroestrutural do solo em função do manejo, sendo que as áreas de cultivo e pastejos apresentam RP muito próximo a 2MPa, valor que indica compactação e requer cuidados especiais. Conclui-se então, que a área de cultivo é a mais afetada, com tendências a compactação e o solo na área de mata ainda se mantém preservado sem indicativos de compactação. Apoio: FAPEMIG, CNPq e UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 5 ALTERAÇÕES NOS TEORES DE MACRONUTRIENTES CAUSADAS PELA APLICAÇÃO DE DOSES DE GLYPHOSATE EM CULTIVARES DE CAFÉ (COFFEA ARABICA) Renan Marinho, André C. França, Vinícius T. Lemos, Lílian A. C. Reis, Moisés Avellar, Felipe P. de Carvalho. Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA Apesar de ser o maior produtor mundial de café, o Brasil apresenta baixa produtividade (aprox. 17,38 sacas ha-1), fato referente às condições de conservação das lavouras e problemas no manejo. Um dos fatores mais importantes na redução da produtividade se trata do manejo das plantas daninhas, uma vez que essas têm efeito adverso na produção e no crescimento do cafeeiro. Procurando eficiência e economia no controle das plantas daninhas, os cafeicultores utilizam herbicidas não-seletivos, como o glyphosate. Diante do exposto, avaliaram-se neste trabalho os efeitos do glyphosate sobre os teores foliares de nutrientes em três cultivares de cafeeiro. Utilizou-se do esquema fatorial (3x5) em delineamento em blocos casualizados com quatro repetições, sendo os tratamentos compostos por três cultivares de café (Catucaí Amarelo (2 SL), Oeiras (MG-6851) e Topázio (MG-1190)); e cinco doses de glyphosate (0; 57,6; 115,2; 230,4 e 460,8 g ha-1). A parcela experimental foi constituída de uma planta unitária em vaso. As mudas foram produzidas em sacolas plásticas de polietileno, transplantadas em vasos de 10 L quando atingiram o estádio de cinco pares de folhas. Aos 120 dias após o plantio, quando as plantas de café apresentavam-se com cerca de 21 pares de folhas e seis ramos plagiotrópicos, realizou-se a aplicação do glyphosate. Utilizou-se pulverizador costal, (250 kPa, com pulverização tipo leque, aplicando 200 L ha-1 de calda). Aos 45 e 120 dias após aplicação (DAA) coletaram-se duas folhas completamente desenvolvida (terceiro par a partir do ápice) de cada planta, retiradas de ramos plagiotrópicos inseridos na porção mediana da planta. Após secagem, procedeu-se à moagem destas. Aos oito DAA observou-se clorose das folhas dos ápices das plantas como sintoma de intoxicação provindos da aplicação do glyphosate nas doses acima de 230,4 g ha-1. Aos 15 DAA surgiram folhas com limbo foliar reduzido. Analisando-se os teores foliares de N, P, K e Ca aos 45 DAA, e os teores de N e K aos 120 DAA, observou-se que independentemente da cultivar, os teores foram influenciados pelas doses de glyphosate, diminuindo os teores de N, P e K e aumentando o de Ca. Contudo, o teor de P aos 120 DAA foram dependentes da cultivar e da dose de glyphosate aplicada. Quando tratadas na dose de 460,8 g ha-1, houveram percentuais de redução (comparados às testemunhas) de 19,38% e 18,46% dos teores de P e K, respectivamente. Os efeitos mais prejudiciais foram observados nos teores foliares de N, onde na maior dose (460,8 g ha-1), houve redução percentual de 35,51%. Aos 120 DAA observa-se redução dos teores de N e K na dose de 460,8 g ha-1 de 4,75% e 7,41% . Sendo assim, este trabalho concluiu que a deriva de glyphosate promove reduções nas concentrações foliares de N, P, K, aos 45 DAA, e de N e K aos 120 DAA. Houve incremento no teor foliar de Ca (45 DAA) com aumento das doses de glyphosate. A cultivar Topázio apresentou as maiores reduções nos teores foliares de P (120 DAA). Apoio: FAPEMIG e CNPq. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 6 ALTERNATIVA CULTURAL DO CONTROLE DE PLANTAS ESPONTÂNEAS NA CULTURA DA BANANEIRA Mateus Augusto L. Quaresma, Paulo Otávio B. Stancioli, Diego Mathias N. da Silva, Fábio L. de Oliveira, Eduardo C. Costa, Bianca P. Mendes, Túlio P. C Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA A falta de informação e o manejo inadequado das lavouras mostraram um aumento gradativo de doenças, pragas e plantas espontâneas inadequadas à atividade agrícola, levando o agricultor a usar mais agrotóxicos e, o que é pior, colocando em risco o meio ambiente e consequentemente a saúde humana. Processos naturais como inibição do surgimento de plantas espontâneas devido ao grande volume de massa verde e palha da cobertura vegetal, que impede a passagem de luz essencial para a germinação das plantas espontâneas, como também por alelopatia, liberando substâncias que inibem a germinação das mesmas surgem como uma opção eficiente e de baixo custo para a solução deste problema. Dessa forma, foi realizado um experimento com o objetivo de avaliar o uso de leguminosas herbáceas perenes consorciadas com a cultura da bananeira na inibição de plantas espontâneas. Na qual foi conduzido no município de Itaobim, MG, a 349 m de altitude, com temperatura média anual de 24,4ºC, e precipitação média anual abaixo de 700 mm. O delineamento adotado foi de blocos casualizados com quatro repetições e três tratamentos, representados pelo consórcio da bananeira (implantada em janeiro de 2009) com duas leguminosas perenes, cudzu tropical (Pueraria phaseoloides), calopogônio (Calopogonium mucunoides), e testemunha (com a vegetação natural manejada). As parcelas possuem área de 18 m2, com espaçamento de 3x2m entre touceiras conduzidas no sistema de planta mãe, neta e filha. As leguminosas foram semeadas em novembro de 2010. Avaliou-se a taxa de cobertura de solo e a produção de massa seca da vegetação espontânea. As leguminosas apresentaram um aumento da cobertura do solo, de forma gradativa ate atingirem 100% de cobertura pelo calopogônio e 70% de cobertura pelo cudzu aos 90 dias após o plantio destas. Porém, foi observado um declínio na taxa de cobertura no mês de fevereiro de 2011, possivelmente motivado por um longo período de estiagem ocorrido no mês anterior e início deste mês. No mês seguinte estas leguminosas tiveram uma rápida recuperação alcançando novamente os 100% de cobertura pelo calopôgonio e 97% de cobertura do cudzu. Durante as avaliações, notou-se a diminuição gradativa da fitomassa seca das plantas espontâneas nas áreas consorciadas com adubo verde em comparação com a testemunha à medida que a taxa de cobertura aumentava. Obtendo mais do que o dobro do peso seco de plantas espontâneas na área da testemunha em relação às duas leguminosas. Mesmo que ainda incipientes estes resultados demonstram a possibilidade de diminuição da infestação de plantas indesejadas à cultura da bananeira, a fim de proporcionar menor competição por nutrientes, e futura redução dos insumos e da mãode-obra utilizada em capinas, adubações, aplicações de defensivos e outros tratos culturais. Apoio: MCT/CNPq, FAPEMIG, MDA/SAF, EFA-BONTEMPO, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 7 ANÁLISE CANÔNICA (PCA) DE ELEMENTOS METEOROLÓGICOS EM DOIS AMBIENTES DISTINTOS NA REGIÃO DE DIAMANTINA -MG ANDRÉ R.C GIANOTTI; MARIA J.H DE SOUZA; EVANDRO L. M. MACHADO; ISRAEL M. PEREIRA; ARTUR D. VIEIRA; MARIANA R. MAGALHÃES; VINÍCIUS S. GUIMARÃES Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGROMETEOROLOGIA Este trabalho teve como objetivo distinguir dois ambientes, Campo Rupestre e Cerrado Rupestre, na região de Diamantina utilizando técnicas de estatística multivariadas (ACP) a partir de informações meteorológicas. Os elementos meteorológicos utilizados para caracterizar os ambientes de Cerrado foram: a temperatura, a umidade relativa do ar, a velocidade do vento, a precipitação e a radiação solar global. Utilizaram-se para tal os dados obtidos em duas estações automáticas instaladas nos dois locais. Nesta análise canônica dos componentes principais (ACP) se distinguiu facilmente o grupo do Campo rupestre e do Cerrado rupestre. A razão disso pode ser observada principalmente nos pesos da primeira componente principal: os maiores pesos foram verificados na velocidade do vento (-0,44), na umidade relativa máxima (-0,45) e na temperatura máxima (-0,43). A umidade relativa máxima é maior no ambiente de Cerrado Rupestre, isto, em parte, pode ser explicado pelo tipo de solo, com maior capacidade de retenção de água, devido à maior quantidade de matéria orgânica e maior teor de argila. Apoio: CAPES,FAPEMIG,UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 8 ANÁLISE DE CRESCIMENTO DA MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA) SUBMETIDA A DIFERENTES HERBICIDAS Sarah S. D. da Costa; Daniel V. da Silva; Jose B. Santos; Evander A. Ferreira; Kassia M. Cabral; Renan Braga; Felipe Paolinelli Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA O Brasil se destaca como o segundo maior produtor mundial de mandioca, com produção estimada para o ano de 2011 de 27,1 milhões de toneladas cultivadas em 1,9 milhões de hectares. A incidência de plantas daninhas é considerada um dos principais problemas no manejo da cultura por provocar elevadas perdas de produtividade. São poucos os estudos que avaliem a seletividade de herbicidas e existe carência no mercado de novos produtos, sobretudo com aplicação em pós emergência da mandioca. Desta forma, objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito de diferentes herbicidas pós emergentes no crescimento da cultura da mandioca. O experimento foi conduzido em casa de vegetação pertencente ao Departamento de Agronomia da UFVJM, Diamantina-MG. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com quatro repetições e cada vaso com capacidade volumétrica de 5 dm3 (25,0 cm x 21,0 cm de diâmetro e altura, respectivamente), contendo amostra de solo, representou uma unidade experimental. Os tratamentos constituíram-se da aplicação de 22 herbicidas e uma testemunha ausente de aplicação. Aos 35 dias após a aplicação dos produtos, as plantas foram colhidas e separadas em caule, folhas e raízes e secas em estufa com circulação forçada de ar a 62°C, sendo posteriormente pesadas. Também foi avaliada a área foliar de cada planta. Tomando-se como base os dados obtidos, foram calculados os seguintes índices:taxa de crescimento da cultura (TCC); razão de peso foliar (RPF); índice de área foliar (IAF); e razão de área foliar (RAF),. Observou-se que o atrazine, chlorimuron, diuron + hexazinona, fluazifop p-butyl e isoxaflutole, provocaram incremento nos valores da RAF, e o Sulfentrazone provocou os maiores decréscimos..Considerando-se que o RAF da uma idéia de espessura da folha, pode-se inferir que alguns herbicidas provocaram redução na espessura da folha, destacando-se o isoxaflutole, sendo que o sulfetrazone provocou o engrossamento da lâmina foliar. Bentazon, fluazifop p-butyl, mesotrione e tembotrione foram os herbicidas que menos afetaram a TCC, uma vez que, não apresentando diferença em relação a testemunha, por outro lado, o ametryn, ametryn + trifloxysulfuron, atrazine e diuron + hexazinona, afetaram de forma severa a variável. Com relação ao IAF, verificou-se que bentazon, fluazifop p-butyl, mesotrione e tembotrione, foram os que menos afetaram esta variável, entretanto, o ametryn, ametryn + trifloxysulfuron e Sulfentrazone provocaram redução do IAF da mandioca. De acordo com os resultados, pode-se concluir que os herbicidas ametryn; ametryn + trifloxysulfuron; atrazine e o diuron + trifloxysulfuron foram os que mais afetaram as variáveis relacionadas ao crescimento da cultura. De maneira geral,fluazifop p-butyl, bentazon, mesotrione e tembotrione apresentaram pouca interferência no crescimento da cultura, sendo desta forma, os produtos mais promissores para aplicação em pós-emergência na cultura da mandioca. Apoio: CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 9 APORTE DE MATÉRIA ORGÂNICA E CICLAGEM DE NUTRIENTES ATRAVÉS DA SENESCÊNCIA DE LEGUMINOSAS PERENES* Mateus Augusto L. Quaresma, Paulo Otávio B. Stancioli, Diego Mathias N. da Silva, Ricardo B. Teodoro, Fábio Luiz de Oliveira, Bianca P. Mendes, Haroldo Doria Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO Dentro das adversidades encontradas na agricultura, um expressivo fator limitante é a manutenção dos atributos químicos do solo, representando um dos maiores gastos na produção vegetal. Esta demanda leva a busca por técnicas que reduzam o custo com insumos de maneira eficiente, e seja facilmente entendida e utilizada por agricultores. Nesse sentido, objetivou-se avaliar o aporte de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes promovida pela senescência de leguminosas herbáceas perenes, após período de estiagem, na região da Caatinga Mineira, médio Vale do Jequitinhonha/MG. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pelas seguintes leguminosas: Cudzu Tropical (Pueraria phaseoloides), Calopogônio (Calopogonium mucunoides), Amendoim Forrageiro (Arachis pintoi), Soja Perene (Glycine wightii), e Estilosante Campo Grande (Stylosanthes capitata e Stylosanthes macrocephala). A área de cada parcela foi de 4m² (2 x 2m). As avaliações inciaram-se após o período de estiagem, no período de restabelecimento das leguminosas. Para a determinação da incorporação de matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e potássio no solo, foram coletadas aos 180 (28/08/09), 300 (16/12/09), 330 (18/01/10) e 360 (24/02/10) dias após a semeadura, as folhas senescentes em 1m² central de cada parcela que após secagem em estufa de ventilação de ar forçada à 65ºC por 72 horas até atingir massa constante, foram pesadas. Dessa fitomassa senescente, foi determinado o teor de nitrogênio, fósforo e potássio, a partir do qual se estimou a quantidade incorporada por área. O Calopogonio apresentou o maior valor de fitomassa seca senescente, 9,74 t/ha, seguido por cudzu tropical e soja perene que apresentaram, respectivamente, 7,15 t/ha e 6,43 t/ha de senescência. Relativo à incorporação de nutrientes no solo o Calopogonio se destacou no acúmulo de nitrogênio e potássio, com valores de 70,194 kg/ha de Nitrogênio e 102,357 kg/ha de Potássio. O Cudzu tropical apresentou entre os tratamentos o maior acúmulo de fósforo, com um total de 40,635 kg/ha, porém a Soja perene teve o comportamento de deposição de nutrientes mais constante, depositando 38,427 kg/ha de Nitrogênio, 37,545 kg/ha de Fósforo e 36,039 kg/ha de Potássio, distribuídos em quantidades praticamente iguais ao longo dos meses de coleta de dados. Estes resultados mesmo que incipientes demonstram a capacidade de aporte de matéria orgânica e nitrogênio e ciclagem de nutrientes no agroecossistema, a partir da incorporação de fitomassa senescente de plantas utilizadas como cobertura viva do solo, disponibilizando nutrientes e outros complexos orgânicos benéficos para o solo, de forma gradual. Dessa forma, podem possibilitar a economia com insumos externos e até mesmo a longo prazo a autonomia da fertilização dos sistemas agrícolas, elevando a sustentabilidade ambiental e econômica dos agricultores. Apoio: * Projeto de iniciação científica da bolsista PIBIC-UFVJM/FAPEMIG, Maira Pereira Santiago, e parte integrante do projeto CNPq 558387/2009-8. APOIO: FAPEMIG, MCT/CNPq, MDA/SAF, MDS, EFAJ, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 10 ARMAZENAMENTO DAS SEMENTES E GERMINAÇÃO DE EVOLVULUS LITHOSPERMOIDES, LUDWIGIA ELEGANS E PHYSOCALYX AURANTIACUS Fernanda C. Moreira, Maria Neudes S. Oliveira, Amanda Souza , Laís G. Araújo, Liliane T. Lopes, Lana Ivone B. Cruz e Alice Coelho Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FLORICULTURA, PARQUES E JARDINS Os campos rupestres apresentam uma grande diversidade de espécies com potencial ornamental. No entanto, a flora nativa permanece praticamente ausente dos viveiros comerciais de plantas ornamentais e se observa uma exaustiva repetição de espécies que se tornaram consagradas e aceitas pela população, sendo que o uso de muitas delas pode ser inadequado para determinadas condições ambientais. A geração de conhecimento sobre espécies nativas com potencial ornamental pode ser um instrumento de inclusão das mesmas em projetos de paisagismo direcionados para regiões que apresentam as mesmas condições ambientais dos locais de ocorrência natural dessas espécies. Evolvulus lithospermoides Mart. (Convolvulaceae), a azulinha do Campus II, Ludwigia elegans (Cambess.) H. Hara (Onagraceae), a amarelinha, e Physocalyx aurantiacus Pohl (Orobanchaceae), a flor laranja, são espécies nativas, ocorrem em áreas de campo rupestre e apresentam flores de grande beleza. Physocalyx aurantiacus consta em lista de espécies ameaçadas de extinção. Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a germinação de sementes de três espécies nativas em função do tempo de armazenamento. As sementes de azulinha e de amarelinha foram coletadas no campus JK da UFVJM em março/09 e as sementes de flor laranja foram coletadas em área de Campo Rupestre, situada na comunidade de Galheiros-MG, em maio/09. Após a coleta, um lote de sementes foi utilizado para testes de germinação e outro armazenado em sacos de papel graft à temperatura ambiente. Em azulinha e em amarelinha a germinação foi avaliada aos 0, 3 e 8 meses de armazenamento. Para flor laranja a germinação foi avaliada aos 2 e aos 8 meses de armazenamento. Os testes de germinação foram conduzidos em cinco repetições com 30 sementes cada, mantidos em placas de Petri com papel de filtro umedecido em água destilada e em germinador Mangerlsdorf, a 30ºC até a estabilização da germinação. Em azulinha e em amarelinha a germinação diminuiu com o tempo de armazenamento, sendo que as maiores taxas de germinação foram de 20 e 90% e ocorreram aos 0 e 2 meses de armazenamento, respectivamente. Quando armazenadas por oito meses a taxa de germinação de azulinha e de flor laranja foi de 10 e 73%, respectivamente. Por outro lado, as sementes de amarelinha apresentaram maior taxa de germinação (96%) aos oito meses de armazenamento, quando comparada à das sementes germinadas logo após coletadas (70%). O aumento de 27% na taxa de germinação de sementes de amarelinha armazenadas pode indicar quebra de dormência com o tempo de armazenamento. Considerando que a dispersão das sementes das espécies estudadas ocorreu no início da estação seca. As sementes de azulinha e de flor laranja mantidas no banco de sementes do solo nos ambientes de ocorrência natural à espera das condições ambientais propícias para a germinação podem ter a taxa de germinação reduzida até a estação chuvosa. Uma vez que a taxa de germinação dessas duas espécies reduziu com o armazenamento. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 11 ATRIBUTOS QUÍMICOS E FÍSICOS DE SOLOS MAGNÉTICOS NO VALE DO JEQUITINHONHA E SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL - SDEM Roberto V. Costa, Alexandre C. Silva, Márcio L. Silva, Magno D. O. G. Araújo, Rafaela D. A. Freire, Bárbara P. C. Silva, Diêgo F. A. Bispo Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO Na paisagem natural, os solos apresentam uma ampla variação dos atributos químicos, físicos e mineralógicos, tanto vertical como horizontal, resultante da interação dos diversos fatores e processos de formação envolvidos. O objetivo deste trabalho foi comparar alguns atributos químicos e físicos em quatro solos magnéticos do Vale do Jequitinhonha e Serra do Espinhaço Meridional nas seguintes regiões: Couto Magalhães de Minas (Latossolo Vermelho Distrófico hz Bw1), Turmalina (Latossolo Vermelho Distrófico - hz Bw), Planalto de Minas (Nitossolo Vermelho Eutroférrico - hz Bn2) e no Distrito de Pinheiro, em Diamantina (Latossolo Vermelho Distroférrico - hz Bw). As amostras de solos coletadas foram enviadas ao Laboratório de Fertilidade do Solo da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM. Foram realizadas as seguintes análises: (i) o pH foi determinado em água na proporção solosolução de 1:2,5 (v/v). (ii) os cátions Ca2+, Mg 2+ e Al3+ trocáveis foram extraídos com solução KCl 1 mol.L-1 e determinados por titulometria (iii) a acidez potencial (H+Al) foi determinada por extração com solução de Ca (OAc)2 0,5 mol.L-1, pH 7 e titulação com solução NaOH 0,005 mol.L-1. (iv) o íon potássio (K+) foi determinado por fotometria de emissão de chama. (v) o fósforo (P) disponível foi extraído com solução Mehlich-1 e determinado por colorimetria os teores de silte, argila e areia, determinados pelo método da pipeta. Com base nestes resultados, foram calculados os seguintes atributos químicos: (i) soma de bases (SB), (ii) capacidade de troca de catiônica (T) a pH 7, (iii) saturação por bases (V%), (iv) CTC efetiva (t), (v) saturação por Al3+ (m%) e (vi) ΔpH (pH KCl – pH H2O). Os teores e percentuais de (SB cmolcdm-3), (T cmolc dm-3), (V%), (t cmolc dm-3), (m%), (pH em água), (areia dag kg-1), (silte dag kg-1) e (argila dag kg-1). Os valores encontrados no horizonte B dos solos de Pinheiro, Planalto de Minas, Turmalina e Couto Magalhães de Minas respectivamente foram os seguintes: SB=(0,49), (4,66), (3,50) e (3,83), T= (2,19), (10,46), (3,50) e (3,83), (V%)=(22,57), (42,94), (2,77) e (8,20), t= (0,51), (5,26) (3,60) e (3,88), m= ( 4,03), (10,63), (2,77) e (18,02), pH= (6,1), (5,8), (5,0) e (5,1), Areia = (13), (13), (9) e (43), Silte=(32), (21), (12) e (20) e Argila= (55), (66), (79) e (37). Os latossolos apresentam baixa fertilidade natural e o nitossolo possui boa fertilidade natural. Os teores de silte, argila e areia nos permitiram classificar a textura dos solos como: Pinheiro (Argilosa), Planalto de Minas (Muito Argilosa), Turmalina (Muito Argilosa) e Couto Magalhães de Minas (Argilosa). Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 12 AVALIAÇÃO DA REGENERAÇÃO NATURAL EM UMA ÁREA DE CAMPO RUPESTRE DEGRADADA PELA MINERAÇÃO DE DIAMANTE EM DIAMANTINA, MG Paula A. Oliveira, Wander G. Amaral, Israel M. Pereira, Luiz G. Dias, Eduardo L. Couto Júnior, Emília dos R. Martins, Luiz P. de S. Correia Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O processo histórico de extração do ouro e do diamante em Diamantina,contribui diretamente para expansão da degradação do ambiente neste municipio. A atividade que normalmente afeta pequenas áreas, em comparação a outras atividades, como pecuária, por exemplo, ocorre de forma intensa deixando o ambiente, posterior a extração, drasticamente fragilizado tornando necessária a sua recuperação. Neste contexto destacam-se os campos rupestres, ambientes particularmente ricos em espécies vulneráveis, de porte geralmente herbáceoarbustivos, associadas a solos litólicos e que na maioria das vezes vem sofrendo fortes ações antrópicas. Com esse conhecimento, desenvolveu-se o trabalho com o objetivo de avaliar o potencial de regeneração natural das espécies de maior importância um campo rupestre após a extração de diamante. Para a amostragem da vegetação foi alocada uma parcela retangular (transecto) de 50×100 m, subdividida em 50 sub-parcelas de 10×10 m (100 m2), as unidades amostrais para fins de estudo da regeneração natural (RN) foram constituídas de sub-parcelas de 5x5 (25 m²) plotadas no canto superior direito das sub-parcelas de 10x10 m, totalizando uma área amostral de 1. 250 m2. Todos os indivíduos arbustivo-arbóreos com altura superior a 0,1 m e diâmetro a altura do solo (DAS) inferior a 3 cm foram identificados, plaqueteados, e mensurados. Foram registrados no total 997 indivíduos distribuídos em 13 famílias, 22 gêneros e 31 espécies, 15 indivíduos não foram identificados por falta de material botânico adequado o que representa 1,5% dos indivíduos amostrados na área. As famílias mais representativas foram: Melastomataceae (607) e Asteraceae (266). As espécies com maior densidade absoluta foram Lavoisiera pectinata (2.096), Lavoisiera Montana (1.168), Microlicia sp. (1.136), Eremanthus erythropappus (592) e Baccharis elliptica (912) ordenadas de forma decrescente de acordo com o valor de importância. Juntas estas espécies representam 73,87% do número total de indivíduos o que mostra sua importância na cobertura vegetal da área caracterizandoas como espécies potenciais para recuperação de áreas semelhantes. Apoio: Cnpq, DEF/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Cássio F. Gomes; Ângelo M. P. Leite; Rogger M. Coelho; Bernardo A. Pereira; Cristovão P. Abrahão; Lucas G. Antonini. 13 AVALIAÇAO DA UTILIZAÇÃO DA TALHA NA COLHEITA FLORESTAL Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Entre os métodos de colheita florestal disponíveis, a talha constitui uma alternativa interessante com vistas ao aumento do rendimento, a mitigação de impactos ambientais e a diminuição dos custos operacionais. O processo de colheita com o dispositivo denominado de “talha” corresponde à derrubada de árvores e extração destas numa única operação. Faz-se assim a derrubada orientada destas com motosserra, com o ajudante empurrando os fustes sobre cabos de aço presos e tencionados em duas árvores (uma no topo e outra na parte de baixo do declive), a fim destes descerem deslizando morro abaixo até a margem da estrada (processo denominado de “extração completa”). Apesar da tecnologia disponível atualmente no mercado, diversas empresas utilizam ainda métodos manuais e semimecanizados de colheita, principalmente em áreas acidentadas. Neste sentido o objetivo deste estudo foi avaliar a produtividade e o custo operacional da colheita florestal com a talha, em áreas acidentadas. A pesquisa foi desenvolvida em povoamentos de eucalipto pertencentes à CENIBRA, situados na regional de Guanhães, MG, que caracterizam-se por áreas acidentadas, latossolo vermelho escuro e cambissolos, clima tropical chuvoso de savana. Os dados foram coletados entre junho de 2008 e dezembro de 2009, tendo sido mensurados os rendimentos das atividades em função do volume de madeira abatida e empilhada. Verificou-se que, em talhões de primeira rotação o rendimento médio da atividade foi de 3,21 m3h-1 (variando entre 2,95 e 5,12 m3h-1) apresentando custo operacional de R$ 0.53/m3, enquanto que, em talhões de segunda rotação, o rendimento foi de 2,87 m3h-1 (variando entre 1,85 e 4,45 m3h1) com custo de R$ 0.73/m3. Conclui-se que a colheita florestal com a talha, mostrou-se interessante e altamente vantajosa economicamente, apresentando baixo custo, bem como alta competitividade na comparação com outros métodos de extração utilizados em áreas acidentadas. Apoio: EMFLORA - CENIBRA, DEF - UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 14 AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DO EUCALIPTO EM CIDADES PÓLOS DO ALTO VALE DO JEQUITINHONHA Isabela P. Camilo; Rogger M. Coelho; Ângelo M. P. Leite Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A região do Alto Vale do Jequitinhonha, abrange uma área de 19.578,30 Km², sendo formada por 20 municípios. Seu PIB corresponde a menos de 2,0% do total estadual. A base industrial da região é pouco desenvolvida, sendo composta de micro e pequenas empresas, principalmente dos setores agropecuário, madeireiro e de mineração. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização regional do eucalipto, tendo em vista a grande quantidade de plantios existentes com esta espécie florestal. O estudo objetivou ainda, analisar os principais produtos e subprodutos da madeira de eucalipto no Alto Vale do Jequitinhonha, bem como a tendência dos plantios nos últimos anos. As cidades onde o estudo foi desenvolvido foram: Carbonita, Itamarandiba, Capelinha e Turmalina. Os dados foram coletados por intermédio de visita in loco às empresas selecionadas, no mês de novembro de 2010. Foi aplicado um questionário específico desenvolvido para atender aos objetivos propostos, sendo constituído de 28 itens / perguntas. As principais empresas avaliadas corresponderam à marcenaria (65%) e olaria (14%). Serraria, carvoaria e usina de tratamento, corresponderam a um percentual de 7% cada. Verificou-se a predominância de microempresas (72%), variando o número de funcionários entre 01 a 19 pessoas. Cerca de 40% das empresas produzem móveis residenciais;. 25% produzem portas e janelas; 10% cantoneiras e rodapés; 10% utilizam a lenha como fonte de energia para o aquecimento de fornos destinados à produção de cerâmica; 5% produzem carvão vegetal; 5% carteiras escolares e 5% postes destinados à área rural. Apenas três (03) empresas possuem plantios de eucalipto para consumo próprio e, destas, uma é auto-suficiente, não necessitando comprar madeira de terceiros. Duas empresas possuem de 1.500 a 2.000 hectares de área plantada, cortando-se aproximadamente entre 200 ha/ano e 300 ha/ano. Mesmo com esta área cortada, essas empresas necessitam comprar aproximadamente 4.000 m³/ano de madeira em tora, para suprir a demanda. Entre as micro e pequenas empresas, o volume total de madeira consumido (serrada) corresponde a 192 m³/ano. As médias empresas consomem por volta de 12.000 m³/ano de madeira em tora e, o consumo realizado pelas grandes, pode chegar a 2.200.000 m³/ano. As principais dificuldades apontadas pelas empresas da região correspondem ao alto custo da matéria-prima (31%), seguido pelos entraves burocráticos da legislação florestal (15%), qualidade da matéria prima (15%), juros elevados (15%), falta de uma política florestal (8%), competição por menor preço entre as empresas (8%) e equipamentos deficientes (8%). Conclui-se que a maior parte da madeira de eucalipto da região (65%) é utilizada na fabricação de móveis residenciais; poucas empresas dispõem de plantios próprios de eucalipto e, a quase totalidade da madeira produzida é destinada à fabricação de carvão vegetal, para consumo eminterno siderurgia própria (verticalização). Apoio: FAPEMIG, DEF – UFVJM, CTFlor, IEF XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Bárbara M. C. e Castro, Valter C.A. Júnior, Marcus F. S. Dornas, Celso M. de Oliveira, Alcinei M. Azevedo, Carlos E. Pedrosa, Marcos A. M. Ferreira. 15 AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE ALFACE SOB CULTIVO PROTEGIDO Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA A alface (Lactuca sativa L.) pertence à família Asteraceae, sendo originária da Ásia. Possui cultivares comerciais melhoradas geneticamente com maior tolerância a temperaturas elevadas o que possibilita o seu cultivo durante todo o ano no Brasil. Objetivou-se com o presente trabalho avaliar alguns parâmetros de desenvolvimento de cultivares em ambiente protegido nas condições de clima e solo da região do Alto do Jequitinhonha. O experimento foi conduzido no Setor de Olericultura da UFVJM em delineamento em blocos casualizados, com quinze tratamentos e quatro repetições, utilizando-se quinze plantas por parcela. Foram avaliadas as seguintes cultivares: 08Y472 (Perovana), Aurélia, Atração, Black Seed Simpson, Branca Boston, Ironwood, Lívia, Lollo Rossa, Quatro Estações, Romana Balão, Teresa, Vitória de Santo Antão e Winslow. Como testemunhas foram utilizadas as cultivares comerciais Regina 500 e Grand Rapids, a semeadura foi realizada em bandejas de isopor contendo 128 células, com substrato comercial Plantmax Hortaliças. Aos 42 dias após a semeadura, as mudas foram transplantadas para canteiros em ambiente protegido utilizando-se o espaçamento de 30 x 30 cm. As adubações de plantio, cobertura e demais tratos culturais foram realizadas de acordo com as recomendações para a cultura. Aos 45 dias após o transplante das mudas foram avaliadas a altura das plantas, diâmetro da cabeça, circunferência da cabeça e número de folhas. As médias obtidas foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Quanto a altura das plantas observou-se que a cultivar Romana Balão apresentou o maior valor (30,92cm), não diferindo significativamente da cultivar Black Seed Simpsom, mas sendo superior as demais cultivares avaliadas. Quanto ao diâmetro da cabeça observou-se que a cultivar Lívia apresentou o maior valor (44,62cm), não diferindo estatisticamente das cultivares Aurélia, Blacj Seed Simpsom, Regina 500, Romana Balão e Teresa. Em relação a circunferência da cabeça observou-se diferenças significativas apenas entre as cultivares Black Seed Simpson, Lívia, Regina 500 e a cultivar Romana Balão. Para a variável número de folhas houve uma ampla variação entre os valores médios, tendo as cultivares Regina 500 e Vitória de Santo Antão apresentado os maiores valores, 34,83 e 30,29 folhas, respectivamente. De acordo com os parâmetros avaliados observou-se que as cultivares Aurélia, Black Seed Simpsom, Lívia, Regina 500 e Romana Balão foram às que apresentaram os melhores resultados sob cultivo em ambiente protegido no Alto Vale do Jequitinhonha, MG. Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 16 AVALIAÇÃO DE SINTOMAS VISUAIS PROVOCADOS PELO 2,4 D NAS CULTURAS DO FEIJÃO E MILHO Letícia A. C. Reis, Renan R. Braga, Daniel V. Silva, Evander A. Ferreira, Eliza C. M. Byrro, Mirielle O. Almeida,José B. Santos Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA Um dos herbicidas hormonais mais utilizados no mundo é o 2,4-D. Estudos utilizando a deriva simulada e seus efeitos no crescimento e desenvolvimento de plantas e os resíduos hormonais deixados no solo têm papel extremamente importante. Diante disto, objetivou-se com este trabalho avaliar os sintomas visuais provocados pelo herbicida 2,4-D sobre as culturas de feijão e do milho em fase inicial de desenvolvimento. O experimento foi conduzido em condições controladas de umidade e temperatura. Foram realizados dois ensaios, sendo no primeiro, aplicado o 2,4-D em subdoses no solo, com posterior plantio das culturas e, no segundo as plantas foram tratadas aos 40 dias após semeadura. A aplicação do herbicida foi realizada com o uso de um pulverizador de precisão. Imagens foram obtidas semanalmente com intuito de observar a evolução dos sintomas. A aplicação do 2,4-D em pré-emergência causou após cinco dias, redução no desenvolvimento e na emergência das plantas de feijão com o aumento da concentração de resíduo do herbicida no solo. Aos sete dias após a semeadura observou-se sintomas característicos da intoxicação causados pelo produto, tais como, folhas deformadas, retorcidas e com aspecto encrespado. Aos dezessete dias após a semeadura, observou-se menor desenvolvimento da parte aérea nas plantas tratadas com o herbicida e ocorreu deformação nos tratamentos com maiores doses. Aos dezenove dias após a semeadura, com o acréscimo da dose do herbicida, observou-se menor desenvolvimento das plantas associado a severos sintomas de intoxicação. Após trinta e três dias, não houve efeito negativo para aplicações menores que 1/8 da dose comercial, observou-se ainda efeito estimulante em baixas doses do produto. Com relação ao feijão, o 2,4-D aplicado em pós-emergência, mostrou-se prejudicial ao seu desenvolvimento. Sete dias após a aplicação do herbicida, observou-se que apenas a planta que recebeu a menor dose de herbicida não sofreu intoxicação, as demais sofreram epinastia de folhas e gavinhas, retorcimento no caule e naquelas que receberam maiores doses houve o surgimento de lesões cloróticas. Dezoito dias após o tratamento com 2,4-D os sintomas evoluíram, sendo que as lesões cloróticas tornaramse necróticas. As plantas tratadas com este herbicida não mostraram um padrão sintomático com relação ao acréscimo das doses. A planta controle desenvolveu-se normalmente, chegando a produzir vagem, as plantas tratadas com menores dosagens do herbicida tiveram a formação das vagens atrasada mesmo sem apresentar sinais de intoxicação, enquanto para as maiores dosagens não foi observado florescimento. É possível concluir que o herbicida 2,4-D aplicado em pré e pós-emergência foi muito prejudicial ao desenvolvimento de feijão. O efeito hormótico na cultura de feijão só foi observado na aplicação de subdoses do 2,4-D em pré emergência. Já as plantas de milho não foram afetadas por nenhuma das aplicações do herbicida. Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 17 AVALIAÇÃO DE SINTOMAS VISUAIS PROVOCADOS PELO PICLORAM NAS CULTURAS DO FEIJÃO E MILHO Renan R. Braga, Letícia R. Lima, Daniel V. Silva, Evander A. Ferreira, Sarah S. D. Costa, Mirielle O. Almeida, José B. Santos Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA Tem sido proposto o método do bioensaio com espécies vegetais sensíveis para estimar o resíduo de herbicidas hormonais no solo. Esse procedimento promove excelente resultado pela praticidade e baixo custo. Contudo, no caso de herbicidas hormonais tem sido difícil encontrar variável que se relacione com o nível de resíduo desse grupo de moléculas, uma vez que atuam como auxinas podendo ser benéfico às plantas em baixas doses. Desta forma, objetivou-se, com este trabalho, avaliar os efeitos visuais provocados pelo herbicida picloram sobre as culturas do milho e do feijão em fase inicial de desenvolvimento. O experimento foi conduzido em condições controladas de umidade e temperatura. Foram realizados dois ensaios, sendo no primeiro, aplicado o picloram em subdoses no solo, com posterior plantio das culturas e, no segundo as plantas foram tratadas aos 40 dias após semeadura. As aplicações do herbicida foram realizadas com o uso de um pulverizador de precisão. Imagens foram obtidas semanalmente com intuito de observar a evolução dos sintomas. A aplicação do picloram em pré-emergência atrasou a germinação das sementes de feijão. Aos 5 dias após semeadura alguns sintomas já foram observados nas folhas, estando elas coriáceas, encarquilhadas e as bordas começaram a encurvar-se para baixo. Aos dezessete dias após semeadura, a dose comercial do herbicida fez com que as plantas perdessem o fototropismo. Aos dezenove dias após plantio todas as plantas já haviam emergido, porem o desenvolvimento da testemunha sem herbicida foi muito superior às demais. Após trinta e três dias de plantio, todas as plantas tratadas com o herbicida apresentaram nanismo, folhas retorcidas, quebradiças, encarquilhadas, enrugadas e com as bordas encurvadas para baixo. Nos caules surgiram protuberâncias e retorcimento, causadas possivelmente pelo entupimento do floema. O picloram aplicado em pós-emergência das plantas de feijão foi danoso em todas as doses aplicadas, sendo que nas maiores doses, aos sete dias após a aplicação as plantas já apresentavam lesões cloróticas, principalmente nas folhas mais jovens e também abortamento de flores. Já aos dezoito dias após aplicação dos herbicidas todas as plantas sofreram intoxicação, sendo que as gavinhas, flores e folhas se apresentavam completamente necrosadas. As plantas de milho não foram afetadas por nenhuma das aplicações do herbicida. Pode-se concluir que a análise visual de sintomas é uma variável que se correlaciona bem com a quantidade de picloram que chega a plantas sensíveis como feijão. Apoio: FAPEMIG, CNPq, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 18 AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE MUDAS DE JATOBÁ-DA-MATA (HYMENAEA COURBARIL) COM SEMENTES SUBMETIDAS A DIFERENTES TEMPOS DE CONGELAMENTOS Luiz Felipe R. de Oliveira, Priscila F. de Souza, Marcela C. Nery, Reynaldo C. Santana Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O jatobá é uma espécie que ocorre do norte até o sudeste do Brasil possui madeira de grande aceitação no setor madeireiro, fruto com endocarpo comestível e nutritivo, sendo consumido tanto pelo homem quanto pelos animais silvestres. Um dos problemas de propagação de espécies florestais é o armazenamento das sementes. Com o objetivo de avaliar o crescimento de mudas de jatobá cujas sementes foram submetidas ao congelamento realizou-se este trabalho. As sementes de Hymenaea courbaril L. foram coletadas em uma matriz na Fazenda Experimental do Moura, situada em Curvelo-MG. O beneficiamento foi realizado com um martelo, para a abertura do fruto com uma faca procedeu-se a separação do endocarpo e das sementes. Estas foram armazenadas em câmara fria com temperatura de 6°C e umidade média de 25% por 90 dias. Antes do congelamento as sementes foram escarificadas com lixa e desinfestados com hipoclorito de sódio (2,5%). Os tratamentos consistiram de congelamento em freezer em temperatura média de -20 °C por 12, 9, 6, 3, 0, dias. Depois de retiradas do congelamento, 100 sementes para cada tratamento foram colocadas por 24 horas na câmara fria a 6°C e colocadas para germinar em dois germinadores Mangelsdorf. As plântulas germinadas foram transplantadas para tubetes de 280 cm3 contendo substrato composto por 70% de terra de subsolo, 30% de Bioplant e 4 gramas de Osmocote por tubete. Instalou-se o experimento na casa de sombra do Centro Integrado de Pesquisa e Estudos Florestais (CIPEF) sob delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições. A altura e diâmetro do coleto das plantas foram mensuradas aos 30 dias após o transplante. O congelamento das sementes não influenciou o crescimento das plantas em altura ou em diâmetro do coleto. Conclui-se que as sementes de Jatobá podem ser congeladas por até 12 dias a uma temperatura média de -20°C sem que haja dano ao crescimento das mudas. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 19 AVALIAÇÃO DO DESENPENHO DE MÁQUINAS DE COLHEITA FLORESTAL EM FUNÇÃO DA PRODUTIVIDADE DO POVOAMENTO Ângelo M. P. Leite; Ariadne Marques; Rogger M. Coelho; Lucas R. Gomide; Thelma S. Soares Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A colheita florestal mecanizada é influenciada por diversas variáveis, entre as quais produtividade dos povoamentos florestais. Estudos destinados a esclarecer as variáveis que interferem no rendimento das máquinas de colheita tornaram-se preocupação crescente das empresas nos últimos anos, visando o desenvolvimento de técnicas que melhorem o desempenho destas em termos de maximização da produtividade, e redução do custo da atividade. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes produtividades do povoamento no rendimento operacional do Feller-buncher, do Skidder e da Garra Traçadora, bem como comparar estes rendimentos entre si. A pesquisa foi desenvolvida em povoamentos de Eucalyptus sp. da Arcelor Mittal Bioenergia, em Capelinha, MG, abrangendo uma área de 3.110 hectares em três projetos distintos. Fez-se a coleta de dados de fevereiro a junho de 2009, tendo sido quantificado: a) produtividade da floresta em diferentes talhões (0-100; 100-200; 200-300; 300-400 estéreos/hectare); b) horas de trabalho efetivo das máquinas. O sistema de colheita da empresa é o de árvores inteiras. Neste, realizase a derrubada e o empilhamento dos feixes com o Feller-buncher (Caterpillar 320 CL e John Deere 903j); em seguida, faz-se o desgalhamento e o destopamento manual com machadinha (atividade I). A atividade II corresponde ao arraste dos fustes até a margem da estrada, com Skidder (Caterpillar 545). O processamento dos fustes é feito com Garra Traçadora (Caterpillar 320 CL), cujo comprimento das toras varia entre 2,30 a 3,0 metros (atividade III), em função do tamanho do forno de carbonização. Foram coletados 143 ciclos operacionais dos quais, 62 corresponderam à derrubada (Feller-buncher), 43 ao arraste (Skidder) e 38 ao traçamento (Garra Traçadora). Os maiores rendimentos médios das máquinas ocorreram na classe de produtividade 300 - 400 estéreos / hectare (1st = 0,68 m3), sendo o rendimento operacional do Feller-buncher e do Skidder de 100,20 st/hora e 204,50 st/hora respectivamente, em virtude do maior porte das árvores. Conclui-se que a maior produtividade do povoamento influenciou positivamente o rendimento das máquinas, exceto para a Garra Traçadora. Estatisticamente, as máquinas apresentaram rendimentos operacionais distintos, exceto para os Fellers-bunchers e a Garra Traçadora. Apoio: ARCELOR MITTAL, DEF – UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 20 AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE BANCO DE SEMENTES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS Raissa R.P.Silva, Daniel A.Chaves, Israel M.Pereira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O conhecimento da dinâmica natural e da estrutura de um ecossistema é fundamental no desenvolvimento de modelos de recuperação. Uma área degradada em processo de sucessão vai depender da regeneração natural para chegar a um equilíbrio dinâmico, logo, a capacidade de um ambiente em atingir esse equilíbrio pode ter relações diretas com o banco de sementes do solo. O banco de sementes é caracterizado como a quantidade de sementes existentes no solo e na sua liteira, num dado momento e numa dada área, podendo o estoque de sementes variar de acordo com os balanços de entradas e saídas, que controlam diretamente a densidade, a composição de espécies e a reserva genética no local, podendo atuar como uma forma de regeneração natural de um ambiente. Conhecer o banco de sementes local auxilia projetos de manejo, conservação e recuperação do ambiente. Esse trabalho tem como objetivo avaliar o banco de sementes em cinco estratos distintos, visando conhecer sua composição florística, densidade e potencial para recuperação de áreas degradadas. Esse estudo foi realizado no Parque Estadual do Biribiri (PEB), três dos estratos estão em uma área degradada por mineração que se encontra em processo de recuperação por regeneração natural e dois estratos em áreas de remanescentes de Cerrado. As coletas de solo foram realizadas no início da estação chuvosa e em cada estrato foram coletadas 10 amostras (com um gabarito de 0.0625 m²). Transportadas para o Viveiro Florestal da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), as amostras de solo foram colocadas em bandejas plásticas, contendo 2 cm de areia esterilizada para facilitar a drenagem do solo. Essas bandejas, por sua vez, foram colocadas na casa de vegetação, com irrigações diárias, exceto em dias chuvosos. A avaliação do banco de sementes do solo foi realizada através do método indireto: contagem e identificação das plântulas que emergiam na bandeja. A densidade total do banco de sementes foi de 5328 plântulas/m², 23648 plântulas/m², 9968 plântulas/m², 8656 plântulas/m² e 1088 plântulas/m², para os ambientes 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. Emergiram 3052 plântulas nas amostras avaliadas, sendo identificadas 59 espécies distintas. A forma de vida mais freqüente das plântulas do banco de sementes avaliado foi erva, seguido de arbusto e árvore, isso devido à forma de dispersão de espécies desses grupos. Comparando o resultado do banco de sementes das áreas degradadas com o das áreas de remanescentes constatou-se que, os remanescentes de Cerrado influenciam o banco de sementes do ambiente degradado, servindo como fonte de propágulos pela chuva de sementes, sendo eficiente para o processo de recuperação de áreas. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 21 CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA DE FRUTAS NO VAREJO LOJISTA DA CIDADE DE DIAMANTINA Luciano de A. Fontes, Luiz H. A. Silvestre Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA O consumo de frutas no Brasil apresentou, na última década, crescimento que, em parte, pode ser justificado pelo preço que, em média, teve aumento inferior aos demais itens que compõem o segmento de alimentos e bebidas. A produção seguiu a mesma tendência e cresceu na última década aproximadamente 20%. A satisfação dos interesses de produtores (que ofertam) e consumidores (que demandam) pode se dar pela venda direta, sem ação de intermediários (como em feiras-livres, porta-a-porta) ou por meio da ação de órgãos intermediários que atuam tanto no atacado quanto no varejo, sendo este último o foco do presente estudo. Assim, o objetivo deste trabalho é caracterizar a oferta de frutas no varejo lojista da cidade de Diamantina. Para a realização da pesquisa combinou-se dados primários e secundários. Os dados primários foram coletados em entrevistas com 4 varejistas instalados na cidade de Diamantina, no mês de julho de 2010, e abordavam a origem do produto, preços praticados no varejo, quantidades ofertada e taxa de perdas. Já os dados secundários foram extraídos do Censo Agropecuário 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da base de dados da Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais). A pesquisa revelou que 95% das frutas ofertadas nos pontos pesquisados são adquiridos na Ceasaminas (unidade Grande BH) o que, segundo os varejistas, se justifica pelas vantagens relacionadas à escala como: menor custo de transação, preço, maior variedade e regularidade na oferta. Segundo os varejistas, por não apresentar as mesmas vantagens para aquisição, a produção local representa 5% da oferta, com destaque para a goiaba e tangerina. Os produtos que geram maior receita são laranja, banana, goiaba e abacaxi por serem os mais demandados, já as frutas importadas proporcionam menores receitas. A ameixa foi o produto que apresentou o maior preço/kg no varejo e a tangerina, o menor. A variação média de preço foi de 49%, sendo a maior registrada para o abacaxi (136%), seguido da laranja (86%) e maçã (80%). Quanto a margem relativa do varejo, que indica a proporção apropriada pelo varejista como remuneração bruta pela função de comercialização, esta representa 59% do preço ao consumidor. O índice médio de perdas alcança 1/5 da quantidade adquirida pelos varejistas, em função dos seguintes fatores: a) os produtos comprados por 75% dos varejistas são transportados sem refrigeração; b) manuseio e disposição das frutas no ponto de venda; c) conservação, no ponto de venda, a temperatura ambiente (exceto produtos de clima temperado, que são armazenadas sob refrigeração e comercializadas em embalagens de poliestireno expandido. Verificou-se portanto que o comércio varejista e o consumo de frutas em Diamantina encontra-se dependente de compras na Ceasa, sendo pouco explorada a possibilidade de aquisição direta da produção regional, demandando portanto estudos sobre a produção local e ações que proporcionem a sua oferta no mercado. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 22 CARACTERIZAÇÃO DA REGENERAÇÃO DE UMA “VOÇOROCA” LOCALIZADA NO CAMPUS JK DA UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI (UFVJM) Tamilis R. Silva, Anne Priscila D. Gonzaga, Marcos Felipe F. Silva, Edgard G. B. Trindade Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A regeneração natural é um dos fatores de maior importância na estabilização de grandes erosões como as voçorocas, assim sendo, a caracterização das espécies regenerantes podendo ser considerada uma necessidade para a realização de projetos de recuperação de áreas degradadas, principalmente no bioma Cerrado onde a riqueza florística conhecida ainda é pequena diante da sua biodiversidade. O presente trabalho objetivou realizar um levantamento florístico da vegetação regenerante de uma voçoroca localizada no campus JK da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Para melhor direcionamento e análise dos estudos a voçoroca foi dividida em três trechos, sendo esta divisão feita por meio do mapeamento da área realizado com GPS e do programa trackmaker. As coletas para o levantamento florístico foram realizadas no interior e entorno da voçoroca, separadamente para os lados direito (LD) e esquerdo (LE), considerando ainda distintamente suas porções (Terço Inferior e Terço Superior). Assim, por meio de caminhadas aleatórias realizadas por trecho avaliado, amostrou-se o hábito arbóreo, herbáceo e graminóide das plantas regenerantes, classificando-as em exóticas ou nativas. Para a visualização da suficiência amostral foram construídas para todos os trechos curvas do esforço do coletor, por meio do número cumulativo de espécies. A riqueza de espécies foi contabilizada por meio do número de espécies apresentada em cada um dos trechos, lados e terços, onde foi feito os testes de qui-quadrado para verificar se a riqueza de espécies está de acordo ao que era esperado para cada uma das áreas estudadas. Todas as curvas dos coletores geradas mostraram suficiência amostral, o que indica que a amostragem foi bem representativa da área. Foram contabilizadas 151 espécies diferentes em toda a voçoroca, sendo estas 89 do estrato arbóreo-arbustivo, 49 herbáceas e 13 graminóides. Deste total, 115 são espécies nativas e 36 são espécies exóticas, o que indica que, apesar da sua própria existência ser um efeito de degradação, a voçoroca possui um bom status de conservação, haja vista a grande riqueza de espécies nativas, assim como, de espécies do compartimento arbóreo, já que estas dificilmente são encontradas em áreas de voçorocamento. Provavelmente essa elevada riqueza de espécies arbóreas está relacionada a proximidade desta à mata ciliar do córrego Soberbo. O teste de qui-quadrado não apontou diferenças significativas entre a riqueza das áreas avaliadas, assim como, entre nativas e exóticas, revelando a notoriedade da colonização de exóticas na área, haja vista que esta apesar de possuírem poucas espécies estas se encontram distribuídas, na maioria das vezes com alta cobertura, em todos trechos. Os dados adquiridos neste trabalho mostram que para a eficácia da recuperação da área, deve-se haver o manejo das espécies herbáceas e gramíneas nativas, devendo estas serem mais estudadas, além do controle das espécies exóticas colonizadoras. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Miriã C. P. Fagundes, Raoni, P. de Carvalho, Adelson Francisco de Oliveira, Maria do Céu M. Cruz 23 CARACTERIZAÇÃO FENOLÓGICA PRELIMINAR DE OLIVEIRAS EM DIAMANTINA-MG Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA A Oliveira (Olea europaea L.) pertence à família Oleaceae que apresenta duas fases distintas: juvenil, fase de crescimento vegetativo, e a adulta, fase que as plantas alcançam capacidade reprodutiva. A Oliveira é uma espécie de clima temperado e necessita de baixa temperatura no período que antecede a floração, entre 8 °C e 10 °C para produções satisfatórias. Porém temperaturas abaixo de 4 °C são prejudiciais para sua produção. A cultura se adapta bem a altitudes que vão de 800 metros até 1300 metros e regime superior a 800 mm anuais de chuva. Considerando a importância e o interesse da cultura e visando contribuir com a implantação de novas áreas de cultivo com a cultura da oliveira no país o trabalho foi realizado com o objetivo de caracterizar o comportamento fenológico de duas cultivares de oliveira nas condições climáticas de Diamantina, MG. O trabalho foi conduzido na área experimental do Setor de Fruticultura, da Universidade Federal dos Veles do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), localizada no município de Diamantina, MG, a 1362 metros de altitude. O clima é Cwb, conforme a classificação de Köppen, ou seja, temperado úmido, com inverno seco e chuvas no verão. No ano de 2010 foi registrado regime pluviométrico de 881,3 mm e temperatura média de 17,6 ºC. A caracterização fenológica foi realizada em 70 plantas de oliveira, das variedades Grappolo e Barnea, com dois anos de idade, obtidas a partir de enraizamento, plantadas no espaçamento de 5 m entre linhas e 3 m entre plantas. Para a avaliação do comportamento fenológico das oliveiras, foram marcados dois ramos por planta de cada variedade. Foi avaliada a duração em dias os seguintes estádios fenológicos, a emissão das gemas, aparecimento da inflorescência; abertura das flores; vingamento de frutos; emissão de brotações vegetativas; formação do fruto e maturação dos frutos. Observou-se que o ciclo compreendido da emissão das gemas à maturação foi de 175 dias, sendo a duração das fases: emissão de gemas ao aparecimento da inflorescência, emissão das gemas a abertura das flores, emissão das gemas ao vingamento de frutos; emissão das gemas a emissão de brotações vegetativas e emissão das gemas a formação do fruto foi de 26, 45, 67, 77 e 98 dias, respectivamente. As duas cultivares de oliveira, Grappolo e Barnea produziram nas condições climáticas de Diamantina, MG. O comportamento fenológico das cultivares demonstrou que a região apresenta condições climáticas favoráveis para a cultura da oliveira. Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Angeliane D. Reis, Rayane K. Langbehn, Ricardo S. Santos, Lílian Pantoja, Alexandre S. Santos 24 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DA JABUTICABA Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL A jabuticabeira (Myrciaria cauliflora Berg), árvore frutífera, pode atingir de 12 a 15 metros de altura. Seus frutos são brilhantes e, quando maduros, apresentam cor negra, polpa branca com sabor exótico e agradável. O presente trabalho teve por objetivo realizar a caracterização física e química do fruto da jabuticabeira, a jabuticaba. Os frutos foram adquiridos no município de Diamantina-MG e analisados no Laboratório de Bioprocessos e Biotransformação – UFVJM. Estes foram lavados em água potável e despolpados com auxilio de uma peneira. Os resultados das análises físicas, utilizando um universo de 40 frutos separados aleatoriamente, foram: 6,2 ±1,94g do fruto inteiro, 1,21 ± 0,32 g de casca, 4,82 ± 1,94 g de polpa mais semente e 0,33 ± 0,14 g de semente. As medidas de diâmetro maior e menor foram respectivamente 21,2 ± 2,35 mm e 21,4 ± 2,41 mm. As análises químicas foram realizadas em triplicata. Os resultados referentes à casca foram: 76,87 ± 0,33 % de umidade, 0,49 ± 0 % de cinzas, 2,59± 0,11% de lipídeos, 1,74 ± 0,05% de fibra bruta, 1,33 ± 0,01 de proteína bruta e 16,98 de glicídeos totais (fração Nifext). Já as análises da polpa resultaram: 84,97± 0,09% de umidade, 0,39 ± 0,09 % de cinzas, 0,43 ± 0,10% de lipídeos, 0,22 ± 0% de proteína bruta e 14,01% de glicídios totais (fração Nifext). Apoio: FAPEMIG (bolsa Bic-Jr) XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Angeliane D. Reis, Rayane K. Langbehn, Ricardo S. Santos, Lílian Pantoja, Alexandre S. Santos 25 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DE MORANGOS Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL Morangueiro é o nome comum de um conjunto de espécies, com seus híbridos e cultivares, do gênero Fragaria, que produz o morango. Seus frutos são atrativos, apresentam coloração vermelho-brilhante, odor agradável, textura macia e sabor levemente acidificado. Estudos relacionados ao aproveitamento de frutos para elaboração de alimentos vêm crescendo, o que mostra o interesse por parte dos pesquisadores em agregar valor a matérias-primas comestíveis e diversificar as formas de apresentação ou processamento para fins de mercado. Neste contexto o presente trabalho teve por objetivo realizar a caracterização física e química de morangos cultivados em Datas, município de Minas Gerias. Os frutos foram lavados em água potável e, após remoção das folhas e pedúnculo, triturados em liquidificador. Os resultados das análises físicas, utilizando um universo de 30 frutos, foram: 18,93 ± 7,93 g de peso do fruto inteiro, 32,77 ± 5,47 mm de diâmetro maior, 29,45 ± 47,14 mm de diâmetro menor e 0,36 ± 0,18 g de peso do pedúnculo. Referentes às análises químicas da polpa de morango, os resultados revelaram 92,23 ± 0,13 % de umidade, 2,96 ± 0,08 % de cinzas, 5,34 ± 0,09 % de proteína bruta, 3,32 ± 0,26% de fibra bruta, 6,48 % de glicídeos totais (fração Nifext), 6,50 % de ºBrix e pH de 3,01 ± 0,01. Apoio: FAPEMIG (bolsa Bic-Jr) XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 26 CLASSES DE SOLOS E DIVERSIDADE DE AMBIENTES E PAISAGENS NO VALE DO JEQUITINHONHA E SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL – SDEM Márcio L. Silva, Alexandre C. Silva, Pablo G. S. Soares, Roberto V. Costa, Rafaela D. A. Freire, Ana M. M. Botelho, Bárbara P. C. Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO O Vale do Jequitinhonha e a Serra do Espinhaço Meridional - SdEM possuem ambientes e paisagens singulares no contexto físico e humano do território de Minas Gerais. Essas paisagens estão em constante dinâmica tanto no espaço como no tempo (histórico ou geológico). Herdadas ou não, ou construídas, essas paisagens são resultados da atuação e interação dos diferentes componentes ou elementos da paisagem, destacando aqueles do campo da geologia, da geomorfologia, da pedologia, da hidrografia, da climatologia, da biogeografia ou ainda aqueles de natureza antrópica. Objetivou-se com esse trabalho analisar as principais classes de solos da Serra do Espinhaço Meridional e do Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha, correlacionando a gênese e evolução dos solos com a dinâmica da paisagem, destacando o papel da pedologia nesse recorte espacial. A caracterização da área de estudo foi elaborada através de campanhas em campo e com o auxílio de técnicas de geoprocessamento e de sensoriamento remoto. As descrições morfológicas dos perfis de solos foram efetuadas de acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de ciência do Solo. As análises de rotina e granulométrica foram efetuadas no Laboratório de Fertilidade do Solo da UFVJM, enquanto as análises mineralógicas se procederam no Laboratório de Solos da ESALQ-USP. A classificação dos solos obedeceu aos critérios do Sistema Brasileiro de Classificação do Solo. Foram encontradas dozes classes de solos na área objeto de estudo, até o quarto nível categórico (Ordem, Subordem, Grande Grupo, Subgrupo): Latossolo Vermelho Distrófico típico, Cambissolo Háplico Tb Eutrófico típico, Nitossolo Vermelho Distrófico típico, Latossolo Vermelho Distrófico típico, Planossolo Nátrico Órtico típico, Luvissolo Crômico Órtico típico, Latossolo Amarelo Eutrófico típico, Neossolo Flúvico Psamítico típico, Latossolo VermelhoAmarelo Distrófico típico, Espodossolo Humilúvico Órtico espessarênico, Latossolo Amarelo Distrófico típico e Gleissolo Haplico Ta Eutrófico neofluvissólico. Como resultados foi possível constatar uma estreita correlação entre gênese, desenvolvimento e classes de solos e dinâmica e evolução da paisagem. As características e propriedades dos solos aferidos em campo e os parâmetros físicos, químicos e mineralógicos estabelecidas em laboratórios corroboraram para o entendimento entre a interação e integração dos elementos formadores da paisagem. Assim, diferenças litotípicas, morfológicas, topográficas, climáticas e na dinâmica hidrológica condicionam uma diversidade de solos e ambientes, com variados tipos fitofisionômicos, evidenciando a grande diversidade de paisagens na Serra do Espinhaço Meridional e no Vale do Jequitinhonha. Apoio: CNPq, CAPES, FAPEMIG, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 27 CLASSIFICAÇÃO SUPERVISIONADA DAS PAISAGENS DA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DO MOURA COM ÊNFASE DAS VEGETAÇÕES NATIVAS Daniel A. Chaves; Raissa R. P. Silva; Israel M. Pereira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A Estação Experimental do Moura possui uma extensa área ocupada por vegetação nativa das mais variadas fitofisionomias, formando um verdadeiro mosaico composto por formações savânicas e formações florestais. Tais formações vegetacionais merecem atenção devido ao seu tamanho e por compreenderem uma área fonte de recursos naturais. No município de Curvelo, estes recursos estão em processo de extinção e a cada dia mais escasso, devido à retirada da vegetação para uso das práticas agropecuárias e mais recentemente das práticas silviculturais. A grande importância desta Estação Experimental não remete apenas aos estudos realizados dentro de seus limites, mas também por abrigar tamanha diversidade de vida vegetal e animal, nas mais variadas classes e ordens. A estação é usada pela policia ambiental para soltura de animais silvestres capturados nos limites urbanos, contemplando mais uma função importante dos refúgios formados por este complexo ecossistêmico. O presente trabalho teve como objetivo abordar a vegetação, para identificar e estratificar separando criteriosamente cada fisionomia, são elas: Cerradão, Cerrado Denso, Cerrado Típico, Cerrado Ralo (Cerrado Sentido Amplo) e Floresta Estacional Semi-decidual. Para efeitos de comparação, também foram quantificadas outras paisagens, como pastagem, áreas degradadas resilientes e não resilientes, área de plantios anuais, lâmina d’água e uma estreita faixa de Eucaliptus. A estratificação e quantificação destas áreas foram realizadas por meio de ferramentas e técnicas de geoprocessamento cruzadas com as informações obtidas em visitas técnicas de reconhecimento e descrição dos estratos. A área total da Estação é de 600,48 hectares (100%) e quando estratificada tem as seguintes dimensões e proporções: Mata Estacional Semi-decidual 165,39ha (27,5%), Cerradão 35,48ha (12,3%), Cerrado Denso 73,59ha (12,3%), Cerrado Típico 159,52ha (26,6%), Cerrado Ralo 10,19ha (1,7%), Pastagem 79,97ha (13,3%), Área degradada resiliente 13,35ha (2,2%), Área degradada não resiliente 12,62ha (2,1%), Área de plantio anual 42,68ha (7,1), Lâmina d’água 7,07ha (1,2%), Eucaliptos 0,62ha (0,1%). O território ocupado por Cerrado Sentido Amplo é significativamente grande, pois ocupa quase a metade de todo limite da Estação (46,4%). Se considerar toda área coberta por vegetação nativa, Cerrado Sentido Amplo e Mata Estacional, demonstra quanto é grande o patrimônio natural mantido dentro da Estação (74%), além das áreas potencialmente resilientes em processo acelerado de sucessão, pela forte influência dos seus arredores. As reservas vegetais nativas da Estação Experimental também devem ser tratadas como um banco de germoplasma de conservação in situ, capaz de contribuir em estudos genéticos e de propagação e que garantiriam a perpetuação de várias espécies decorrentes destas fitofisionomias. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Fillipe V. Araújo; Gleyce C. Dutra; Luiz David O. Rabelo; Rodrigo O. de Lara; Luiz Otavio R. de Melo; Matheus T. Toledo, Israel M. Pereira 28 COBERTURA DO SOLO DO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE VIVAS Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O Parque Nacional das Sempre Vivas está contido nas regiões Norte e Alto Vale do Jequitinhonha do estado de Minas Gerais abrangendo as cidades de Buenópolis, Diamantina, Olhos d’Água e Bocaiúva. Com uma área total de 124.555 hectares foi criado com objetivos de assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversidade biológica, bem como proporcionar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, de recreação e turismo ecológico. O objetivo deste presente trabalho foi mapear e analisar classes de cobertura do solo no Parque Nacional das Sempre Vivas em Minas Gerais. Foi usada uma imagem de sensoriamento remoto da série de satélite Landsat 5 TM, cena 218/72 de 18/09/2010, bandas 1, 2, 3, 4, 5 e 7, com resolução espacial de 30x30 metros, encontradas gratuitamente no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A cena foi registrada com base em uma imagem GEOCOVER 2000, projeção UTM, zona 23 Sul e datum WGS84. Para a classificação da cobertura do solo foram definidas 4 classes: arbórea, arbustiva; classe campestre e áreas sem vegetação. Definidas as classes, foi utilizado o método de máxima verossimilhança para realizar a classificação supervisionada, por meio de amostras de treinamento de cada classe. Amostras de acuracidade foram coletadas para a avaliação da precisão do mapeamento, utilizando a matriz de erros, por meio do cálculo da exatidão global e o índice de concordância de Kappa. Encontrou-se um resultado de 0.9714 para o índice de Kappa, sendo a classificação enquadrada como excelente (0,8< K >0,1). Já para o calculo da exatidão global o resultado encontrado foi de 97.9%, considerada uma classificação satisfatória. Dentre as classes mapeadas, a classe arbórea apresentou uma área de 7619,87 ha ou 6,14% da área total do parque, geralmente esta classe se encontrava associada a rios e nascentes. A classe arbustiva apresentou 31529,33 ha ou 25,41%. Para a classe sem vegetação, 6311,44 ha ou 5,09%. A classe campestre, 78632,30 ha ou 63,37%, apresentou a maior cobertura do solo, justificando a criação do parque: a preservação dos campos de sempre vivas e outras espécies campestres ameaçadas de extinção. Analisando a matriz de confusão por classe de mapeamento, observou-se uma maior confusão entre as classes sem vegetação e campestre, devido a presença de afloramentos rochosos, detectados pela resolução da imagem, na fitofisionomia campo rupestre. Outra confusão ocorreu entre arbórea e arbustiva, que por serem um contínuo de porte vegetacional, torna-se difícil delimitar a região de interface entre as duas classes. Apoio: Rede ComCerrado, Instituto Biotrópicos XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 29 COMPARAÇÃO DE MODELOS VOLUMÉTRICOS PARA EREMANTHUS SP. (DC.) MCLEISH. EM ÁREA DEGRADADA NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA-MG Leonidas S. M. Júnior, Lidia G. Santos, Israel M. Pereira, Milton S. de M. Júnior, Bruno S. Reis, Márcio L. R. de Oliveira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O volume constitui uma das informações de maior importância para o conhecimento do potencial disponível em um povoamento florestal, haja vista que o volume individual fornece subsídios para a avaliação do estoque de madeira e análise do potencial produtivo das florestas. Uma ferramenta amplamente utilizada nas estimativas da produção de madeira é o emprego de equações volumétricas cujos parâmetros são determinados por meio de regressão. Para estimativa do volume, normalmente são usadas variáveis como o diâmetro e a altura, por serem consideradas de fácil mensuração. Assim, este trabalho teve como objetivo testar modelos volumétricos e propor uma equação volumétrica para Eremanthus sp., em área de regeneração natural localizada no antigo lixão do município de Diamantina, Minas Gerais. Foram cubados 40 indivíduos com diâmetro à 30 cm do solo (DAS) maiores que 5 cm. Os indivíduos foram cubados em diferentes classes de diâmetro e de altura. Os volumes foram calculados utilizando o método de Smalian. Para o volume da copa, cubou-se apenas a metade que foi dobrada em seguida. O volume total da árvore foi o somatório dos volumes de fuste e de copa. Os modelos testados foram o de Hohenald & Krenn, o de Schumacher & Hall e o de Spurr. A melhor equação foi selecionada com base nas estatísticas: erro padrão da estimativa (Sxy); coeficiente de determinação ajustado (R2ajustado); significância dos parâmetros das equações pelo valor de F calculado; distribuição gráfica dos resíduos. Para comparar o volume observado e o estimado de cada modelo utilizou-se o teste F de Graybill, a 95% de probabilidade. Entre os modelos testados, o de Schumacher & Hall na forma logarítmica foi o que melhor se ajustou estatisticamente, apresentando valor de R²ajustado igual a 0,89; boa distribuição gráfica de resíduos, ficando em torno de 30%, e todos os parâmetros foram significativos pelo teste t à 5% de significância. Todos os volumes estimados pelas equações diferiram do volume observado, talvez pelo fato do método de cubagem não ser o mais indicado para essas árvores. O volume estimado pelo modelo de Spurr não diferiu estatisticamente do volume estimado pelo modelo de Schumacher & Hall. Com a definição da equação é possível estimar o volume de candeia sem abater a árvore, sendo necessário apenas a medição do DAS e da altura total. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Camila S. Bibiano, João P. Cury, Renan R. Braga, Evander A. Ferreira, Daniel V. Silva, Felipe P. Carvalho, José B. Santos 30 COMPETIÇÃO ENTRE CULTIVARES DE MILHO E ESPÉCIES DE PLANTAS DANINHAS Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da competição entre três cultivares de milho e seis espécies de plantas daninhas no acúmulo e na alocação de matéria seca e nutrientes pelas plantas, determinando-se também o potencial dessas espécies em reciclar nutrientes. Adotou-se arranjo fatorial em esquema 3x6+9, constituído pela combinação de três genótipos de milho (híbrido DKB 390 YG, variedade AL 25 e híbrido SHS 4080) em competição com seis espécies de plantas daninhas (Bidens pilosa, Cenchrus echinatus, Brachiaria brizantha, Commelina benghalensis, Brachiaria plantaginea e Euphorbia heterophylla), além de nove tratamentos adicionais, correspondentes aos cultivares de milho e às espécies daninhas ausentes de competição. O delineamento foi em blocos casualizados com quatro repetições, e cada vaso contendo 5 L de substrato representou uma unidade experimental. O período de convivência entre os cultivares de milho e as plantas daninhas foi de 60 dias após emergência do milho. Os cultivares de milho apresentaram reduzido acúmulo de matéria seca e de nutrientes quando em competição. A folha e o caule foram os principais órgãos afetados negativamente. O conteúdo relativo e o acúmulo de matéria seca das espécies infestantes foram severamente reduzidos em função dessa convivência. As raízes das espécies competidoras, de maneira geral, foram os órgãos mais prejudicados. O genótipo AL 25 foi o que menos tolerou a competição e B. plantaginea foi à espécie daninha que demonstrou possuir a menor habilidade competitiva. B. brizantha e C. benghalensis demonstraram ser as espécies com maior capacidade de competição com o milho. A capacidade de acumular nutrientes aparentemente não representa vantagem competitiva para as espécies infestantes. B. brizantha e C. echinatus, livre da convivência com o milho, apresentaram elevado potencial em reciclar nutrientes. Apoio: FAPEMIG, CAPES. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Larissa M. Martins, Miriã C. P. Fagundes, Raoni P. de Carvalho, Adelson Francisco de Oliveira, José B. dos Santos, Maria do Céu M. Cruz 31 COMPETITIVIDADE ENTRE MUDAS DE OLIVEIRA E PLANTAS DANINHAS Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA A oliveira (Olea europaea L.) é uma planta proveniente de regiões caracterizadas por inverno chuvoso e verão seco (semi-árido até semi-úmido). Entretanto, a sua introdução em outras regiões, a exemplo de Minas Gerais, região que se caracteriza por verão chuvoso e inverno seco, pode ocorrer o surgimento de outras espécies na área de cultivo, prejudicando o seu desenvolvimento, que por sua vez, pode afetar o crescimento e o equilíbrio nutricional das plantas. Para as condições brasileiras, ainda faltam estudos sobre o manejo da oliveira. O trabalho foi realizado com o objetivo de determinar o desenvolvimento de mudas de oliveira competindo com espécies de plantas daninhas em fase inicial de crescimento. Adotou-se o esquema o fatorial 2 x 6, sendo os fatores duas cultivares de oliveira (Arbequina e Koroneiki) em competição com seis espécies de plantas daninhas: sem concorrência, competição com espécies de plantas daninhas: Bidens pilosa, Brachiaria brizantha e Cenchrus echinatus, Canavalia ensiformis e Lupinus albus, distribuídos em blocos casualizados com quatro repetições. As plantas foram conduzidas em vaso, contendo 5 L de substrato (amostras de Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico). O período de convivência entre as cultivares de oliveira e as plantas competidoras foi de 60 dias após emergência. Para determinar o desenvolvimento da oliveira sob as diferentes condições de competição foram determinados: a altura das plantas, o diâmetro do caule, o número de folhas e também estimada a massa seca das folhas de oliveira e das plantas daninhas foram avaliados o número de folhas e a massa seca da parte aérea. A competição com as plantas daninhas interferiu no desenvolvimento inicial da oliveira. As espécies Bidens pilosa, Canavalia ensiformes e Lupinus albus foram as espécies com maior potencial de competição com mudas de oliveira. Apoio: UFVJM, FAPEMIG, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 32 COMPORTAMENTO GERMINATIVO DE QUATRO ESPÉCIES DE COMANTHERA OCORRENTES NA SERRA DO AMBRÓSIO, MINAS GERAIS Lana I. B. Cruz, Fernanda C. Moreira, Liliane Teixeira, Ana Angélica P., Maria Neudes S. Oliveira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA As sempre-vivas são assim conhecidas, pois os seus escapos e inflorescências, após serem coletados, mantêm a forma e a coloração inalterados, como se tais estruturas estivessem vivas. As espécies mais valorizadas pela beleza dos capítulos pertencem à família Eriocaulaceae, gênero Comanthera. Algumas espécies de Comanthera são endêmicas na Serra do Ambrósio, localizada na Cadeia Espinhaço, MG e encontram-se ameaçadas de extinção. Objetivou-se neste trabalho avaliar a taxa de germinação e o número de sementes por capítulo de Comanthera suberosa (margarida branca ou amarelinha), C. magnifica (sempre viva gigante ou branquinha), C. brasiliana (pezinho branco ou brasiliana), ocorrentes em lista de espécies ameaçadas de extinção, e Comanthera sp (brancona). Os capítulos foram coletados na Serra do Ambrósio, em agosto e outubro de 2009. Para o teste de germinação das espécies coletadas em agosto foram utilizadas quatro repetições de 30 sementes para sempre viva gigante e duas repetições de 30 sementes para margarida branca. Nesta coleta pezinho branco e brancona não apresentaram sementes nos capítulos. Para o teste de germinação da coletada de outubro foram utilizadas quatro repetições de 30 sementes para todas as espécies. As sementes foram colocadas para germinar em placa de Petri, com papel filtro umedecido, em germinador Mangelsdorf, a 25º C. Na germinação de agosto, sempre viva gigante apresentou 31,6% de sementes germinadas, seguida de margarida branca com 85,83. Na germinação de outubro a sempre viva pezinho branco apresentou a maior taxa de germinação (87,5%), seguida da margarida branca (72,5%). A taxa de germinação da sempre viva gigante e da brancona foi de 20,75 e 23,75%, respectivamente. Enquanto a germinação de margarida branca ocorreu logo após o semeio, a das demais espécies foi gradual. O número de sementes por capítulo variou de 0 a 20; 17 a 40; 40 a 220; 102 a 356, para margarida branca, pezinho branco, sempre-viva gigante e brancona, respectivamente. O maior número de sementes nos capítulos não está relacionado com a maior taxa de germinação das espécies. As sempre vivas que apresentaram o maior número de sementes por capítulo (sempre viva gigante e brancona) foram as que apresentaram menores taxas de germinação. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 33 COMPOSIÇÃO DE LIGNINA DE DUAS FITOFISIONOMIAS SUAS RELAÇÕES COM MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM UMA TURFEIRA TROPICAL Ana Maria M. Botelho, Vinícius E. Silva, Diego F. A. Bispo, Roberto V. Costa, Rafaela D. de A. Freire, Márcio L. Silva, Alexandre C. Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO A turfeira é um produto da decomposição de vegetais, que se desenvolvem emambientes saturados com água, caracterizando o estágio inicial da seqüência de carbonificação. O acúmulo da massa vegetal morta ocorre em condições de excessiva umidade, baixo pH e escassez de oxigênio, passando por processos de mineralização lenta e de humificação. O processo de humificação e os precursores das frações húmicas ainda são poucos compreendidos. Contudo, em todas elas, tem destaque especial a participação da lignina. Objetiva-se com esse trabalho extrair o teor de lignina das espécies dominantes das duas Fitofisioniomias (Campo Limpo Úmido- CLU e Floresta Estacional Semidecidual- FES) e da matéria orgânica da turfeira em questão, contribuindo para o entendimento do processo de humificação da matéria orgânica nas regiões tropicais. Para a amostragem da turfeira foram escolhidos três locais representativos em cada fitofisionomia da turfeira da APA Pau-de-Fruta, onde, com auxílio de uma pá reta, foram coletadas amostras de turfeira a cada 5 cm de profundidade, até 50 cm, totalizando 10 amostras em cada ponto e 60 amostras no total. O material vegetal coletado foi pesado,ainda úmido, em balança de precisão e levado para a estufa de circulação forçada a 55 °C. Após a secagem, realizou-se a pesagem e acondicionamento do material para posteriores análises químicas, por espécie. O método utilizado para determinar e extrair lignina foi através da solução de detergente ácida. Foi coletada uma alíquota do resíduo do cadinho para a queima em mufla a 500 °C por três horas. A porcentagem de lignina foi obtida pela diferença antes e depois da queima. O teor de lignina variou de 4,3% a 19,4%, com média 11,9%, nas espécies do CLU. Nas espécies da FES, variou de 9,9% a 14,3%,com média 11,9%. Estes resultados provavelmente estão subestimados em relação à Floresta, devido à amostragem ter sido feita nas folhas e a fitomassa concentrar-se no lenho, que é o local onde apresenta maior teor de lignina.O teor de lignina (%MOS) variou significativamente entre os organossolos sob as duas fitofisionomias, sendo maior no organossolo sob FES (média de 38%) em relação ao sob CLU (média de 30%). Isto corrobora a natureza predominantemente lignificada e recalcitrante dos resíduos orgânicos produzidos pelas espécies arbóreas. A recalcitrância da lignina no ambiente está relacionada principalmente como tipo de ligação química que une os blocos de fenil propano da molécula, ou seja, tipo carbono-carbono, extremamente resistente à degradação química. O teor de lignina nas folhas das espécies que colonizam os Campos Limpos Úmidos foi semelhante ao teor de lignina nas folhas das espécies da Floresta Estacional Semidecidual. O teor de lignina nos organossolos sob Floresta Estacional Semidecidual foi mais elevado em relação aos organossolos sob Campo Limpo Úmido. Apoio: CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 34 COMPOSIÇÃO DE MACRONUTRIENTES EM CULTIVARES DE OLIVEIRAS DURANTE O CRESCIMENTO E FLORAÇÃO Raoni, P. de Carvalho, Miriã C. P. Fagundes, Adelson Francisco de Oliveira, Mariana S. B. de Paula, Maria do Céu M. Cruz Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA A Oliveira (Olea Europaea L.) é uma planta perene com reservas que possibilitam a sua sobrevivência em condições desfavoráveis, adaptando-se em vários tipos de solo, com preferência para aqueles de boa estrutura física e fertilidade. Além disso, necessita de condições climáticas favoráveis, com ocorrência de baixa temperatura no período que antecede a floração, entre 8 °C e 10 °C para produções satisfatórias. Para o planejamento de adubações, visando manter os níveis de nutrientes adequados para as plantas, é importante que se faça o monitoramento do seu estado nutricional durante as fases de crescimento e reprodução. A análise foliar é o melhor método para avaliar os níveis de nutrientes na planta. Desta forma, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o estado nutricional da oliveira nas fases de crescimento e reprodução. A avaliação foi realizada em 70 plantas de oliveira, das variedades Grappolo e Barnea, com dois anos de idade, obtidas a partir de enraizamento, plantadas com espaçamento de 5 m entre linhas e 3 m entre plantas, em solo arenoso, pH de 5,2 e baixo teores de nutrientes na profundidade de 0 a 40 cm. Por ocasião do plantio foi realizada a adubação e a correção das covas de acordo com a análise de solo e retiradas amostras de folhas nas cultivares, para determinar o estado nutricional das plantas. A amostragem foi repetida aos 60, 90 120 dias após o plantio, quando as plantas iniciaram a emissão de flores e brotações vegetativas (no mês de agosto) até o pleno florescimento (meses de setembro e outubro). Foram retiradas amostras com 40 a 60 folhas em plantas com flores e com brotações vegetativas. Os resultados observados demonstraram que por ocasião do plantio as plantas das cultivares Grappolo e Barnea estavam com teores de 21,80 a 24 g kg1 de N; 3,64 a 4,06 g kg-1 de P e19 a 23 g kg-1 de K, respectivamente. Estes teores de nutrientes aumentaram, com exceção do P, na massa seca das folhas, das cultivares Grappolo e Barnea, após o plantio para 36,4 a 37,1 g kg-1 de N; 4,2 a 3,8 g kg-1 de P e 24 a 29,3 g kg-1 de K. Nas avaliações realizadas durante o crescimento vegetativo e florescimento das plantas verificou-se, em ambas as cultivares, que houve decréscimo nos teores de N e K nas plantas que emitiram flores. A avaliação do estado nutricional das cultivares de oliveira, nas fases de crescimento e floração, demonstrou que os teores de macronutrientes avaliados estavam adequados. Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 35 COMPOSIÇÃO FLORISTICA E TEOR DE CELULOSE DE ESPÉCIES VEGETAIS E NA MATÉRIA ORGÂNICA DADA TURFEIRA DA APA- PAU DE FRUTA (DIAMANTINA-MG) Uidemar M. Barral, Bárbara P. C. Silva, Vinicius E. Silva, Ana M. M. Botelho, Diêgo F. A. Bispo, Carlos V. M. Filho, Alexandre C. Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO A turfeira é um produto da decomposição de vegetais, que se desenvolvem e se acumulam em ambientes saturados com água, sendo o estágio inicial da seqüência de carbonificação. O acúmulo da massa vegetal morta ocorre em condições de excessiva umidade, baixo pH e escassez de oxigênio, passando por processos de mineralização lenta e de humificação. A matéria vegetal perde gradativamente a estrutura primária, originando produtos residuais que reagem novamente e se polimerizam (processos bio e geo-químicos), formando compostos de estruturas complexas, com o enriquecimento contínuo de carbono fixo. Objetivou-se avaliar os teores de celulose existente em espécies vegetais de duas fitofisionomias e do solo (turfeira), que constituem a vegetação da turfeira APA- Pau de Fruta (Diamantina –MG). No levantamento florístico foram identificadas 15 espécies pertencentes a 11 famílias, sendo 4 na Floresta Estacional Semidecidual e 11 no Campo Limpo Úmido, foram coletadas também amostras de turfeira a cada 5 cm de profundidade, até 50 cm, totalizando 10 amostras em cada ponto e 60 amostras no total. Os teores de celulose foram determinados de acordo com metodologia utilizada para se determinar e extrair celulose, a utilização da solução de detergente ácida.Foi observado que nas espécies do Campo Limpo Úmido, o teor de celulose variou de 3,6% a 19,5%, com média 10,8%, e na Floresta Estacional Semidecidual de 11,4% a 16,8%, com média 14,6%. No solo observou-se o teor de celulose médio de 15,2% na Floresta Estacional Semidecidual e de 13,6% no Campo Limpo Úmido. Apoio: FAPEMIG, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 36 CONCENTRAÇÃO DE FÓSFORO EM PLANTAS DE MILHO SUBMETIDAS À ADUBAÇÃO ORGÂNICA COM CAMA SOBREPOSTA DE SUÍNO Leonardo da S. Fonseca, Alessandro V. Veloso, Pedro I. S. Amaral, Rodrigo C. V. Santos, Jaqueline C. Ferreira, Romeu V. Neto, Regina B. Villasbôas Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA A eficiência do manejo dos efluentes suinícolas que, em sua maioria, se processa na forma líquida, tem sido questionada em relação ao elevado grau de contaminação encontrado em rios e solos das regiões de produção intensiva. Diante disso, o sistema de produção de suínos em cama sobreposta promove o tratamento dos dejetos na forma sólida, facilitando e reduzindo os custos com o manejo, além de torná-los mais valorizados do ponto de vista agronômico. No presente trabalho, procurou-se avaliar os efeitos da adubação orgânica com cama sobreposta de suíno no acúmulo de fósforo (P) pela parte aérea de plantas de milho. Foi realizado um experimento em casa de vegetação no Departamento de Agronomia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, localizada no município de Diamantina/MG, durante os meses de agosto a outubro de 2009. O solo utilizado foi um Neossolo Quartzarênico. O composto orgânico utilizado neste estudo foi a cama sobreposta de suíno feita com casca-de-arroz. Após ser utilizada em três lotes consecutivos de suínos, as amostras de cama sobreposta foram retiradas de vários pontos para se obter uma amostra composta representativa e foram encaminhadas para a análise de valor agronômico no Laboratório de Estudo da Matéria Orgânica do Solo da Universidade Federal de Lavras. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado. Os tratamentos foram constituídos das dosagens de 0, 75, 150 e 300 mg/dm3 de N de cama sobreposta. O período experimental foi de 45 dias. Ao término do experimento, avaliou-se o acúmulo de P, sendo os dados submetidos à análise de variância e de regressão, com o nível de significância de 5% de probabilidade, onde empregou-se, nessa etapa, o programa estatístico Sisvar. Os resultados obtidos mostraram que a adubação com cama sobreposta não possibilitou aumento no teor de P na parte aérea do milho, evidenciando que o período de estudo não foi suficiente para que o P orgânico encontrado na cama se tornasse acessível às plantas, uma vez que é necessária a transformação deste mineral em ortofosfatos no solo para que as plantas possam aproveitá-lo; o P da cama sobreposta apresentou mineralização lenta. Foi constatado sintomas de deficiência em P nas plantas submetidas à adubação orgânica com cama sobreposta de suíno. Pode-se concluir que a adubação orgânica com cama sobreposta não proporcionou acúmulo de P pelo milho, sugerindo que o P adicionado não foi suficiente para atender à exigência das plantas pelo nutriente, principalmente, pelo fato do composto orgânico em questão apresentar mineralização lenta. Apoio: CAPES, Asa Alimentos, UFVJM, UFLA XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 37 CONTROLE DE PLANTAS ESPONTÂNEAS NO CULTIVO DE MILHO ATRAVÉS DE CONSÓRCIO COM LEGUMINOSAS EM ARAÇUAÍ/MG Eduardo C. Costa, Fábio L. de Oliveira, Mateus Augusto L. Quaresma, Haroldo Doria, Diego Mathias N. da Silva, Bianca P. Mendes, Victor Lucas de A. Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA Adubação verde é uma técnica que utiliza espécies vegetais, consorciadas ou em rotação, para melhorar a aptidão agrícola do solo, sendo de grande interesse as da família fabaceae, devido à boa capacidade em capturar nitrogênio atmosférico e torná-lo disponível para culturas de interesse. Essas possuem boa eficiência em cobrir o solo, podendo influenciar em suas características físicas, e também na inibição de plantas espontâneas. Neste trabalho objetivouse analisar a taxa de cobertura do solo e a inibição de plantas espontâneas proporcionada pelo cultivo de leguminosas. O experimento foi conduzido na Escola Família Agrícola Araçuaí, situada na zona rural de Araçuaí/ MG, a uma altitude de 363m, com temperatura média anual de 25,80°C e índice pluviométrico médio anual de 817 mm. O delineamento experimental adotado foi blocos ao acaso, com quatro repetições e seis tratamentos em consorcio com milho, sendo eles, Feijão-de-porco (Canavalia ensiformis DC), Crotalaria spectabilis, Crotalaria juncea, Mucuna preta (Mucuna aterrima) semeadas 30 dias após a semeadura DAS do milho, e C. spectabilis semeada no mesmo dia de semeadura do milho e, testemunha (milho solteiro), a área de cada parcela foi 12,0 m², e a avaliações foram feitas em 4,0m² centrais. As variáveis foram: taxa de cobertura do solo, mensurada aos 30, 60 e 90 DAS das leguminosas, sendo o tratamento com C. spectabilis semeada simultânea ao milho, avaliado aos 60, 90 e 120 DAS da mesma; e acúmulo de fitomassa seca de plantas espontâneas, mensurada aos 60 DAS do milho. Os dados coletados foram tabulados e submetidos à análise de variância (F, 5%) e a comparação de médias foi feita pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Em relação à taxa de cobertura do solo o feijão-de-porco se destacou apresentando a maior média dos tratamentos nos três meses avaliados, sendo que aos 30 dias após semeadura (DAS) sua média foi superior a 75%, enquanto os outros quatro tratamentos com leguminosas em momento algum das avaliações atingiram média superior a 50% de cobertura do solo. No tratamento C. espectabilis semeada simultânea ao milho foi acumulado 1.006 t/ha de massa seca de plantas espontâneas, e 1,076T/ha no feijão-de-porco, sendo que estes dois tratamentos apresentaram os melhores resultados de inibição quando comparados com a testemunha e a mucuna preta que apresentaram 1,737T/ha e 1.871 T/ha de plantas espontâneas respectivamente. A diferença entre C. espectabilis simultânea ao milho e mucuna preta foi de 0,865T/ha, e comparada à testemunha a diferença foi 0,731T/ha. Feijão de porco e c. espectabilis simultânea não diferiram significativamente quanto ao surgimento de espontâneas, porém houve grande diferença na taxa de cobertura do solo. O feijão de porco semeado aos 30 DAS do milho e a C. spectabilis semeada simultânea ao milho, proporcionaram a melhor cobertura do solo e inibição de plantas espontâneas, possibilitando reduções de aplicação de herbicidas e gasto com mão-de-obra utilizada na capina. Apoio: CNPq, MDA, UFVJM, EFA-Araçuaí. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 38 CORRELAÇÃO DE POLIEMBRIONIA COM A GERMINAÇÃO EM SEMENTES DE VARIEDADES DE MANGUEIRA Júnia P. Lara, Miriã C. P. Fagundes, Mariana S. B. de Paula, Maria do Céu M. Cruz Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA Atualmente, o cultivo da mangueira (Mangifera indica L.) tem sido estabelecido utilizando a variedade ‘Espada’ como porta-enxerto. E um dos problemas que tem ocorrido em relação à qualidade dos frutos é o colapso interno, caracterizado pelo amolecimento da polpa que torna o fruto parcial ou totalmente imprestável para o consumo. Admite-se que esta doença é o resultado do desequilíbrio nutricional provocado pela escassez de cálcio e agravado pelo excesso de nitrogênio, desta forma, além dos cuidados em relação ao equilíbrio nutricional, a combinação de diferentes variedades porta-enxerto com diferentes copas pode minimizar a ocorrência da doença. Para isso, é necessária a identificação de variedades que apresentem as características desejáveis: vigor; poliembrionia e alta capacidade de germinação para formar porta-enxertos uniformes e com bom desenvolvimento do sistema radicular. Neste contexto, o presente trabalho foi realizado com o objetivo correlacionar a germinação com a poliembrionia em sementes, com e sem a testa, de variedades de mangueira para formação de porta-enxertos. Frutos maduros das variedades Haden, Espada, Coquinho, Tommy Atkins e Ubá foram colhidos, despolpados com uma faca, rente ao caroço; as sementes foram lavadas com água e colocadas para secar a sombra. Após a secagem, foi realizada a extração da testa que envolve a amêndoa (semente) de metade das sementes de cada variedade, utilizando uma tesoura de poda, cuidadosamente para não danificar as sementes. Foi utilizado o esquema fatorial 5 x 2, sendo os fatores as cinco variedades e dois tipos de sementes, com e sem a remoção da testa, no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições e cinco sementes por parcela. As sementes foram plantadas em recipientes de 15 x 30 cm, contendo Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico, colocando-se uma semente por saco. Aos 30 e 60 dias após o plantio, foi avaliado o número de sementes germinadas em cada tratamento e o número de plantas em cada recipiente, para determinar o percentual de germinação, o número de embriões por semente e a correlação entre estes. Os dados foram submetidos à análise de variância, correlação de Pearson e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5 % de probabilidade de erro. De acordo com os resultados obtidos concluiu-se que: A remoção da testa da semente reduziu o tempo de germinação das sementes, favoreceu a germinação de maior número de embriões por semente nas variedades poliembriônicas (Espada, Coquinho e Ubá) e proporcionou maior percentual de germinação de 75%, 77,5% e 95%, nas sementes das variedades Haden, Espada e Coquinho, respectivamente. A poliembrionia não interfere no processo de germinação de sementes com e sem testa. Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Camilla M. Botelho, Paulo Henrique R. dos Santos, Vinícius O. B. Lima, José Sebastião da C. Fernandes, Reynaldo C. Santana. 39 CORRELAÇÃO DOS ÍNDICES MORFOMÉTRICOS EM CARYOCAR BRASILIENSE CAMB Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Arbórea típica do Cerrado, o Pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) têm sido utilizada pela população carente local como fonte de alimento e renda familiar. Sua potencialidade sócioeconômica traz como conseqüência o extrativismo desordenado dos frutos que compromete a dispersão natural da planta. As baixas taxas e velocidades de germinação, juntamente com a falta de conhecimentos científicos, dificultam o plantio comercial da espécie. O estudo da morfometria de uma árvore permite inferir sobre o espaço ocupado por um indivíduo, a sua estabilidade, vitalidade e produtividade, identificando características de crescimento, o que dá subsídio para um planejamento e manejo adequado da cultura. O objetivo desse trabalho é correlacionar os índices morfométricos com as principais variáveis dendrométricas e entre si. De um experimento instalado em 2005 na SADA Bio-Energia e Agricultura Ltda, no município de Carbonita – MG, com 31 progênies, oriundas da Fazenda Experimental do Moura (Curvelo, MG) e do Parque Estadual do Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto, MG), num Delineamento em Blocos Casualizados (DBC) com seis repetições, cinco covas por parcela e uma muda por cova, foram obtidas as seguintes variáveis dendrométricas: DAS (diâmetro a 0,30m do solo, em centímetros), H (altura total, em metros), Hs (altura do solo, em metros), Hf (altura de inserção da copa, em metros), e DC (diâmetro da copa, em metros), este último a partir de dois diâmetros nas direções da linha e entre linha do plantio. A partir delas foram determinados os seguintes índices morfométricos: IS (índice de saliência) =DC/DAP; IA (índice de abrangência) =DC/H; GE (grau de esbeltez) =H/DAP; FC (Formal de copa) =DC/L; PC (proporção de copa) =L/H*100; onde L é comprimento da copa, em metros, obtido através de H-Hf. Utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson para verificar as correlações existentes. Observou-se que à 5% de significância, o DAS, H, Hs e o DC correlacionaram-se positivamente com a PC e negativamente com o FC, significando que, com o crescimento destas variáveis dendrométricas, o comprimento da copa cresce em maiores proporções e o diâmetro de copa em menores, dando aos indivíduos uma copa mais profunda. O que se confirma pela correlação positiva do IA com o IS e o FC e negativa com o GE. Alguns autores já comprovaram que para algumas espécies as árvores mais produtivas são aquelas de copas compridas e menor relação altura/diâmetro, logo tal estudo pode permitir uma seleção precoce dos indivíduos que tendem a ser mais produtivos. Apoio: CNPq, FAPEMIG, IEF, SECTES, FUNDAEP, SADA XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 40 CRESCIMENTO DE MUDAS DE SUCUPIRA-PRETA (BOWDICHIA VIRGILIOIDES) EM DIFERENTES AMBIENTES E SUBSTRATOS Ludmila A. da Silva, Jannaina O. Almeida, Miranda Titon, Bruno O. Lafetá Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A sucupira-preta (Bowdichia virgilioides) - Leguminosae - é encontrada principalmente no bioma Cerrado. Tem grande importância na construção de móveis, assoalhos, molduras, portas, sendo extremamente ornamental quando florida. Também é utilizada para recuperação de áreas degradadas e se adapta bem a solos pobres. Neste trabalho objetivou-se avaliar o crescimento de mudas de sucupira-preta (Bowdichia virgilioides) na fase de viveiro, em resposta a diferentes substratos e quantidades de luz. O experimento foi realizado no Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais – CIPEF / DEF / UFVJM. Os recipientes utilizados foram tubetes de 55cm³ dispostos em bandejas. Trabalhou-se com quatro substratos diferentes, tendo eles a seguinte composição: 1) 70 % de vermiculita + 30% de casca de arroz carbonizada; 2) 70% de vermiculita + 30% de moinha de carvão; 3) 70% de vermiculita + 15% de casca de arroz carbonizada + 15% de fibra de côco e 4) 40% de vermiculita + 30% de casca de arroz + 30% de fibra de côco. Após germinação em casa de vegetação, as mudas foram transferidas para dois ambientes: pleno sol e casa de sombra com 50% de luminosidade. O delineamento experimental usado foi o (DIC) em arranjo fatorial 4 x 2 (quatro substratos e 2 ambientes), com 4 repetições de 12 plantas cada. As medições foram realizadas em intervalos de 30 dias durante um período de 210 dias. As características avaliadas altura da parte aérea (H) e diâmetro do coleto (DC). Os dados de H e DC foram submetidos à análise de variância e testes de médias. A interação ambiente x substratos foi significativa para H e DC. Considerando-se o ambiente pleno sol, para a característica H, o substrato 3 apresentou-se estatisticamente superior. Já para o DC os substratos 3 e 4 apresentaram-se superiores. No ambiente casa de sombra, os substratos 1,3 e 4 apresentaram-se superiores para as características de H e DC. Considerando-se o Substrato 1, os maiores valores de H e DC foram observados em casa de sombra. Para o substrato 2 não houve diferenças significativas entre os ambientes, tanto para H como para DC. Para o substrato 3, os ambientes não diferiram para a característica de H e para o DC o ambiente pleno sol foi superior. No caso do substrato 4, diferenças significativas só foram observadas para H, sendo a casa de sombra o melhor ambiente. Em geral, o ambiente casa de sombra apresentou os melhores resultados de altura (H) e para diâmetro do coleto (DC) os resultados foram similares, tanto para os tipos de substratos quanto para os ambientes. Apoio: CAPES, UFVJM, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 41 CRESCIMENTO DIÂMETRICO PARA EREMANTHUS SP. ((DC.) MCLEISH. EM ÁREA DEGRADADA NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA-MG Lidia G. Santos, Leonidas S. M. Junior, Israel M. Pereira, Gilmar R. Martins, Márcio L. R. de Oliveira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O estudo do crescimento diâmetrico e da produção das árvores de um povoamento é fundamental para o planejamento florestal. Pois a avaliação do crescimento diâmetrico confere informações válidas para um adequado manejo, e uma noção mais exata da produção esperada, podendo assim, conhecer e planejar a extração ou conservação de uma floresta. Dentre as espécies nativas o Eremanthus sp. (candeia) tem apresentado um elevado potencial econômico e uma utilização bastante diversificada. O objetivo deste trabalho é o estudo da dinâmica do crescimento diamétrico para indivíduos de candeia. A área de estudo das candeias encontra-se no antigo lixão da cidade de Diamantina, localizado no Campus JK da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, onde foram realizados dois inventários florestais em uma área de 2 ha, sendo o primeiro em setembro de 2010 e o segundo em fevereiro de 2011. Nos inventários florestais os indivíduos com diâmetro a 30 cm do solo (DAS) maiores ou iguais a 5 cm foram mensurados. Foram também levantadas as circunferências a 30 cm de altura do solo (CAS) e a 1,30 m de altura (CAP) quando possível, altura total, do solo e do fuste. As árvores que atingiram o nível de inclusão no segundo inventário florestal foram também mensuradas sendo incluídas como ingresso. Com as informações do primeiro inventário florestal, determinou-se a distribuição dos indivíduos em classes diamétricas com intervalo de 2,0 cm entre as mesmas. O maior crescimento diâmetrico foi verificado nas classes de 5 a 7 e 17 a 19 cm, onde as médias de crescimento foram 0,66 cm para ambas as classes e medianas 0,67 cm e 0,70 cm respectivamente. De forma geral, a candeia apresentou uma média total de crescimento diamétrico igual a 0,54 cm no período de setembro de 2010 a fevereiro de 2011, sendo incremento periódico mensal médio igual a 0,11cm. Estes números podem indicar que a candeia, por ser uma espécie exigente de luz, pode vir a apresentar um crescimento médio superior a 1 cm/ano. Em relação às mudanças de classes das árvores, pode-se observar que 30% delas aumentaram seus diâmetros de tal forma que mudaram suas classes diamétricas, sendo destaque a classe de 7 a 9 cm com 36 indivíduos do total de 42 indivíduos mensurados no primeiro inventário, que passaram para a classe de 9 a 11 cm no segundo inventário. A classe de 11 a 13 que havia 15 indivíduos foi a classe que teve a menor mudança de número de indivíduos para próxima classe (3 indíviduos) . Com essas informações e as observações que serão feitas periodicamente, poderá ser elaborados modelos para projetar o crescimento diamétrico garantindo assim um manejo para esta espécie. Apoio: FAPEMIG,UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 42 CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE DALBERGIA MISCOLOBIUM E KIELMEYERA LATHROPHYTON EM DIFERENTES AMBIENTES E SUBSTRATOS Natane A. Miranda, Izabel Cristina Marques, Israel M. Pereira, Kaio Fellipe C. Leite, Déborah Dayrell R. da Glória, Miranda Titon Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Dalbergia miscolobium Benth. e Kielmeyera lathrophyton Saddi. são espécies lenhosas típicas do cerrado que apresentam bons atributos ornamentais que lhes conferem potencial paisagístico. D. miscolobium, espécie arbórea da família Fabaceae, é usada na recuperação de áreas degradadas e tem sua madeira utilizada em mobiliário e acabamentos internos de construção civil. K. lathrophyton pertencente à família Guttiferae, cuja madeira é empregada em marcenaria leve, apresenta em seus extratos substâncias importantes como as xantonas (fitonutrinentes com poderosas propriedades antioxidantes). No entanto, existem poucas informações e estudos sobre a propagação e métodos de produção de mudas destas espécies. Nesse sentido, este trabalho objetivou avaliar o crescimento inicial de mudas de Dalbergia miscolobium e Kielmeyera lathrophyton, em resposta a diferentes substratos e ambientes, a fim de fornecer subsídios a propostas de produção de mudas para conservação de populações naturais, recuperação de áreas degradadas e plantios comerciais. As mudas foram obtidas a partir de sementes coletadas de matrizes localizadas na cidade de Mendanha-MG, semeadas em tubetes de 55 cm³ (D. miscolobium) e 180 cm³ (K. lathrophyton). Os experimentos foram realizados no Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais – CIPEF / DEF/ UFVJM. Para cada uma das espécies foram instalados 3 experimentos (casa de vegetação, casa de sombra e pleno-sol) e testados três diferentes composições de substratos em cada ambiente (substrato 1 - 40% de vermiculita + 30% de fibra de coco + 30% de casca de arroz carbonizada; substrato 2 - 70% de vermiculita + 30% de casca de arroz carbonizada; e substrato 3 - 90% de terra de subsolo + 10% de Bioplant), sendo em todos eles acrescentado 4g/L de osmocote. Avaliou-se a sobrevivência e altura das plantas aos 80 e 110 dias após a semeadura. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), utilizando-se de três tratamentos (substratos) e quatro repetições, com 20 sementes por repetição. Os dados de altura e sobrevivência foram submetidos à análise de variância e testes de médias. A sobrevivência e o crescimento em altura das mudas de D. miscolobium e K. lathrophyton variaram em função dos diferentes ambientes e substratos. Para D. miscolobium, o maior percentual de sobrevivência foi em casa de sombra (96,25%), e o maior crescimento em altura foi na casa de vegetação. Os melhores substratos para D. miscolobium foram 1 e 2. Para K. lathrophyton houve maior sobrevivência na casa de vegetação (97,52%) e maiores crescimentos na casa de vegetação e casa de sombra. Os melhores substratos foram 1 e 2. Conclui-se, em linhas gerais, que para fase inicial de produção de mudas de D. miscolobium e K. lathrophyton as condições de casa de vegetação e o substrato 40% de vermiculita + 30% de fibra de coco + 30% de casca de arroz carbonizada são adequados. Apoio: DEF/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Miriã C. P. Fagundes, Raoni, P. de Carvalho, Adelson Francisco de Oliveira, Mariana S. B. de Paula, Maria do Céu M. Cruz 43 CRESCIMENTO VEGETATIVO DE CULTIVARES DE OLIVEIRA Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA A oliveira (Olea europaea L.) uma espécie lenhosa cultivada na maioria dos países mediterrâneos. É uma árvore de tamanho médio e formato arredondado, cujo porte, densidade da copa e comprimento de entrenós variam em função da variedade e de condições de cultivo. Os seus frutos, as azeitonas, são comercializados para o mercado de mesa e para a extração de azeite. Os plantios comerciais no Brasil se encontram em fase de estabelecimento, desta forma, os produtos presentes na mesa dos brasileiros são obtidos de importações. O Brasil é o segundo maior importador de azeitonas e o sétimo maior importador de azeite do mundo. Tentando mudar esse panorama, a ampliação das áreas de cultivo no Brasil com a cultura da oliveira pode permitir a expansão de sua exploração econômica no país, significando menores dispêndios com importações e consequentemente, alternativa de trabalho para o produtor rural interno. Desta forma, o trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o crescimento vegetativo de duas cultivares de oliveira nas condições climáticas de Diamantina, MG. O trabalho foi conduzido na área experimental do Setor de Fruticultura, da Universidade Federal dos Veles do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), localizada no município de Diamantina, MG, a 1362 metros de altitude. Mudas das variedades Grappolo e Barnea, obtidas a partir de enraizamento, foram plantadas no espaçamento de 5 m entre linhas e 3 m entre plantas e conduzidas de acordo com a recomendação para a cultura no que se refere aos tratos culturais, fertilização e controle de pragas e doenças. Para determinar o desenvolvimento vegetativo das plantas foi medido: o diâmetro do caule, altura de planta, diâmetro de copa e volume de copa. A avaliação foi realizada em duas épocas: por ocasião do plantio e aos oito meses após o estabelecimento das plantas na área de cultivo, com o intuito de caracterizar as diferenças existentes entre as cultivares e o sua capacidade de desenvolvimento na área. As duas variedades apresentaram crescimento satisfatório, aos oito meses após o plantio, nas condições de Diamantina. Entretanto, a cultivar Barnea apresentou maior crescimento vegetativo comparado à ‘Grappolo’, observando-se na cultivar Barnea diâmetro do caule de 20,33 mm, altura de plantas 1,96 m e volume de copa de 2,04 m³, enquanto na cultivar Grappolo o diâmetro foi 15,41 mm, altura 1,52 m e volume de copa de 1,7 m³. Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Blenda C. Soares, Maria L. M. Carvalho, Renato M. Guimarães, Fernanda C. Nery, Marcela C. Nery. 44 CURVA DE EMBEBIÇÃO DE SEMENTES DE NABO FORRAGEIRO CULTIVAR CATI AL-1000 Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA A água é fundamental para o metabolismo celular durante a germinação, favorecendo a atividade enzimática e a degradação das substâncias de reserva, gerando energia para a retomada do crescimento do embrião. Procurou-se estabelecer nesta pesquisa a duração das fases no processo de embebição de sementes de nabo forrageiro. Sementes de nabo forrageiro da cultivar CATI AL-1000 da safra de 2004, foram postas para embeber em caixas acrílicas tipo gerbox sobre papel umedecido, na temperatura de 25°C, em B.O.D., com quatro repetições de 50 sementes. Foi calculado o incremento porcentual de massa ao longo do tempo, em função da massa inicial das sementes nos intervalos de tempo de 15 minutos, 2 horas, 4 horas, 6 horas e 12 horas, sendo cada intervalo com duração de 12 horas. A pesquisa foi conduzida em dois experimentos, sendo 1° utilizando a mesma amostra de sementes nas pesagens e o 2° utilizando amostras diferentes. Estabeleceu-se uma equação que se ajustasse ao padrão de embebição, e delimitasse o início, o final e a duração das fases do processo germinativo. Após a derivação da equação de 3° grau determinaram-se as raízes da equação derivada (2° grau), os pontos de inflexão das curvas e a quantidade de água de embebição das sementes até o início da fase II. Concluiu-se que a fase I de sementes de nabo forrageiro, utilizando a mesma amostra nas pesagens, termina com 28,55 horas e a fase II termina com 35,87 horas. A fase I de sementes de nabo forrageiro, utilizando diferentes amostras nas pesagens, termina com 49,07 horas e a fase II com 116,93 horas. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 45 DESEMPENHO DE GENÓTIPOS DE ALFACE SOB CULTIVO PROTEGIDO NA REGIÃO DO ALTO JEQUITINHONHA-MG Bárbara M. C. e Castro, Valter C. A. Júnior, Celso M. de Oliveira, Alcinei M. Azevedo, Marcus F. S. Dornas, Carlos E. Pedrosa, Nermy R. Valadares. Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA A alface (Lactuca sativa L.) é de origem Asiática e de grande aceitação na alimentação humana por ser boa fonte de vitaminas (A1, B1, B2 e C) e sais minerais (Cálcio e Ferro). Pode ser uma importante opção para a agricultura familiar na região do Alto Jequitinhonha, visto que a região apresenta carência de emprego e geração de renda. Entretanto, há uma variação no desempenho de cada genótipo decorrente de efeitos ambientais. Objetivou-se com este trabalho identificar materiais genéticos promissores para cultivo na região do Alto Jequitinhonha-MG. O experimento foi conduzido no Setor de Olericultura da UFVJM em delineamento em blocos casualizados, com quinze tratamentos e quatro repetições, e quinze plantas por parcela. Foram avaliados os genótipos: 08Y472 (Perovana), Aurélia, Atração, Black Seed Simpson, Branca Boston, Ironwood, Lívia, Lollo Rossa, Quatro Estações, Romana Balão, Teresa, Vitória de Santo Antão e Winslow, sendo as cultivares Regina 500 e Grand Rapids utilizadas como testemunhas. A semeadura foi realizada em bandejas de isopor de 128 células, contendo substrato comercial Plantmax Hortaliças. Aos 42 dias após o semeio, as mudas foram transplantadas para canteiros em ambiente protegido. As adubações de plantio, cobertura e demais tratos culturais foram realizados de acordo com as recomendações para a cultura. Aos 45 dias após o transplante das mudas foram avaliadas a matéria fresca da parte aérea comercial (MFPAc), matéria seca da parte aérea comercial (MSPAc), matéria fresca da raiz (MFRA) e matéria seca da raiz (MSRA). As cultivares Lívia e Romana Balão foram as que apresentaram os maiores valores de MFPAc, 487,74g e 483,69g respectivamente, não diferindo-se significativamente entre si. Não foram observadas diferenças significativas entre as demais cultivares avaliadas e as testemunhas Regina 500 e Grand Rapids. Em relação à MSPAc as cultivares Black Seed e Lívia apresentaram os maiores valores de MSPAc, diferindose apenas dos genótipos 08Y472 (Perovana), Atração, Lollo Rossa e Quatro Estações. Os genótipos Branca Boston, Lívia e Romana Balão foram os que apresentaram maiores MFRA, 22,15g, 23,19g e 23,03g, respectivamente, diferindo-se apenas dos genótipos Grand Rapids, Ironwood e Winslow. Já para MSRA o genótipo Romana Balão foi o que apresentou maior massa seca da raiz, não diferindo das testemunhas Regina 500 e Grand Rapids e da maioria dos demais genótipos avaliados, exceto dos genótipos Ironwood e Winslow. Dentre os genótipos avaliados as cultivares Lívia e Romana Balão foram as que apresentaram o melhor desempenho para o cultivo na região do Alto Jequitinhonha, para as características avaliadas. Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 46 DESINFESTAÇÃO E EFEITO DO GA3 NA GERMINAÇÃO IN VITRO DE MAROLO (ANNONA CRASSIFLORA MART) Thalyta Fernandes Godinho, Auwdréia Pereira Alvarenga, Breno Ítalo Durães Santana, Xavier Dominique Marie Chauvet, Miranda Titon Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A Annona crassiflora MART, popularmente conhecida como marolo, é uma espécie do Cerrado que apresenta tronco tortuoso, variando de 20 a 30 cm de diâmetro e altura de 4 a 8 metros. Possui fruto com polpa comestível e adocicada e madeira utilizada para caixotaria, miolo de portas e painéis. As sementes de marolo apresentam profunda dormência e o uso de fitormônios constitui um dos mecanismos que favorecem sua germinação. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos do hipoclorito de sódio na desinfestação de sementes de marolo, bem como testar o efeito do ácido giberélico (GA3) na germinação in vitro. Os frutos foram coletados em diferentes matrizes, localizadas no distrito de Mendanha – MG. As sementes foram retiradas dos frutos, secas ao ar, armazenadas em sacolas plásticas e selecionadas, retirando-se aquelas com danos e defeitos aparentes. O experimento foi instalado no Laboratório de Melhoramento Florestal da UFVJM. Foram testadas duas concentrações de hipoclorito de sódio (2,5% e 5,0%) durante 30 minutos, combinadas a quatro concentrações de GA3 (0 mg/L, 10 mg/L, 20 mg/L e 30 mg/L). Dessa forma, foram definidos oito tratamentos, em um experimento em Delineamento Inteiramente Casualizado, com três repetições e seis sementes por repetição. Em câmara de fluxo laminar, as sementes foram lavadas com água deionizada e autoclavada, seguido da imersão das mesmas em álcool 70% por 30 segundos. A desinfestação foi realizada de acordo com as concentrações de hipoclorito de sódio descritas anteriormente (2,5 e 5,0%). As sementes foram novamente lavadas com água deionizada e autoclavada e inoculadas em tubos de ensaio contendo 15 mL de meio de cultura MS, adicionado de GA3 (concentrações - 0 mg/L, 10 mg/L, 20 mg/L e 30 mg/L). Após a inoculação, as sementes foram transferidas para o Laboratório de Cultura de Tecidos da UFVJM, onde permaneceram por 86 dias, sob um fotoperíodo de 16 horas de luz e 8 horas de escuro. Durante os 30 primeiros dias foram feitas análises diárias e, após esse período, as análises foram feitas de dois em dois dias, observando-se a contaminação e a germinação. O tratamento em que se usou solução 2,5% de hipoclorito e 30 mg/L de GA3 proporcionou os maiores percentuais de germinação (16,66%), enquanto os demais tratamentos apresentaram valores de germinação iguais a 5,5%. A maior taxa de contaminação foi de 66,67%, no tratamento usando 2,5% de hipoclorito e 10 mg/L de GA3, e a menor foi 27,78%, (5,0% de hipoclorito e 0 mg/L de GA3). Dessa forma, para a desinfestação de sementes de marolo, pode-se indicar a imersão em solução de hipoclorito de sódio 5,0% durante 30 minutos. Para a germinação, pode-se indicar o uso de GA3, na concentração de 30 mg/L. Apoio: DEF/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 47 DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO E IN VITRO DE PEQUI (CARYOCAR BRASILIENSE CAMB.) Vinicius Rabelo Fernandes, Luciana Coelho de Moura, Auwdréia Pereira Alvarenga, José Sebastião Cunha Fernandes, Miranda Titon Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O pequi (Caryocar brasiliense Camb.) é uma espécie nativa do cerrando brasileiro, que apresenta importância social e alto valor econômico, devido a sua utilização para diversos fins. A baixa e desuniforme germinação das sementes tem limitado a propagação efetiva da espécie. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi desenvolver metodologia de desinfestação e germinação in vitro, visando melhorar a germinação e posteriormente multiplicar as plântulas via micropropagação. Frutos coletados em matrizes selecionadas na Fazendo Experimental do Moura (Curvelo- MG) e no Parque Estadual do Rio Preto foram submetidos a um processo de beneficiamento, onde se retirou o mesocarpo e o endocarpo, sendo utilizada somente a semente. No Laboratório de Melhoramento Florestal do CIPEF/UFVJM, as sementes foram previamente lavadas em água destilada e, imersas em solução fúngica (ORTHOCID 1g.L-1) por 5 minutos. Em câmera de fluxo laminar, as sementes foram enxaguadas com água deionizada e autoclavada, imersas em álcool 70% por 30 segundos e, em seguida, em solução de hipoclorito de sódio a 2,5 ou 5% por 20 minutos, sendo adicionado 4 a 5 gotas de Tween 20 para cada 100ml de solução. As sementes foram novamente enxaguadas com água deionizada e autoclavada, onde permaneceram embebendo por 24h em sala de Cultura de Tecidos, no caso do tratamento com embebição, ou em placas de petri mantidas em geladeira, no caso do tratamento sem embebição. As sementes foram inoculadas em frascos contendo 30 ml do meio de cultura WPM, contendo 100% dos sais e vitaminas, suplementado com 100 mg L-1 de inositol, 800m g L-1 de PVP, 20 g L-1 de sacarose e 6 g L-1 de ágar Merck ®. O pH do meio de cultura foi ajustado para 5,7 0,01 e os frascos foram autoclavados por 15 minutos à temperatura de 120°C e pressão de 1atm. Os frascos foram transferidos para sala de cultura de tecidos, sob fotoperíodo de 16 horas de luz e 8 horas de escuro, e intensidade luminosa de aproximadamente 2000 lux e temperatura de 27º ± 2. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x2 (concentração do hipoclorito de sódio x embebição) com 3 repetições e uma 1 semente por repetição. Os tratamentos com hipoclorito 2,5% com embebição e hipoclorito 5,0% com e sem embebição tiveram os resultados iguais para o percentual de sementes contaminadas por bactérias e fungos (55,56%), ao final de 5 dias. O tratamento com hipoclorito 2,5% sem embebição teve maior contaminação (70%). Após 15 dias todas as sementes apresentaram contaminação, e não foi observado sinal de germinação. A contaminação por microorganismos tem sido uma das grandes dificuldades no cultivo in vitro do pequi. Apoio: IEF, FAPEMIG e FUNDAEPE. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 48 DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO IN VITRO DE CAPITÃO-DO-CAMPO (TERMINALIA ARGENTEA) Marcone Moreira Santos, Auwdréia Pereira Alvarenga, Breno Ítalo Durães Santana, Israel Marinho Pereira, Izabel Cristina Marques, Miranda Titon Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O Brasil é o país que tem a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta. Devido à grande variedade da flora brasileira, é incompleto o conhecimento sobre o potencial produtivo de muitas espécies florestais. A Terminalia argentea Mart. & Zucc., conhecida vulgarmente como capitão-do-campo, ocorre nas regiões centro-oeste e sudeste, nos estados de MG, GO, MS e SP, sendo característica do cerrado e da sua transição para a floresta semi-decídua. A espécie é decídua, heliófita, seletiva xerófita, pioneira, ótima para plantios mistos, em áreas degradadas de preservação permanente. A árvore apresenta características ornamentais e a madeira pode ser empregada na construção civil. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um protocolo de desinfestação e germinação in vitro para capitão-do-campo visando à posterior multiplicação via micropropagação de gemas axilares. As sementes foram coletadas no período de outubro e novembro no Campus Experimental do Moura, Curvelo, MG. No laboratório de Melhoramento Florestal (DEF/UFVJM), retirou-se o tegumento das sementes, as quais foram transferidas para câmara de fluxo laminar, onde foram lavadas com água deionizada e autoclavada. Em seguida, as sementes foram imersas em solução de álcool 70% por 30 segundos e logo após em solução de hipoclorito de sódio a 2,5 %, variando o tempo da imersão em 5, 10, 15, 20 e 25 minutos. Após esse procedimento, as sementes foram enxaguadas em água deionizada e autoclavada, sendo então inoculadas em tubos de ensaio contendo 10 ml do meio de cultura MS, e transferidas para sala de cultura de tecidos. O experimento foi montado em DIC, com 5 tratamentos (tempos de imersão em hipoclorito, 4 repetições e x sementes por repetição. Durante 19 dias foi observada a taxa de contaminação e germinação. O tratamento 5 min. se mostrou o menos eficiente para promover a desinfestação, atingindo 55% de contaminação. Já o tratamento 25 min. foi o mais eficiente, apresentando 25% de contaminação e 75% de germinação. Conclui-se que a retirada do tegumento e a imersão das sementes em solução de hipoclorito a 2,5% por 25 minutos é um procedimento indicado para desinfestação e germinação in vitro do capitão-do-campo. Apoio: DEF/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 49 DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO IN VITRO DE ORELHA-DE-CACHORRO (TERMINALIA FAGIFOLIA MART) Marcone Moreira Santos, Auwdréia Pereira de Alvarenga, Breno Ítalo Durães Santana,Israel Marinho Pereira, Izabel Cristina Marques, Miranda Titon. Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O Brasil é o país que tem a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta. Devido à grande variedade da flora brasileira, é incompleto o conhecimento sobre o potencial produtivo de muitas espécies florestais. A orelha-de-cachorro (Terminalia fagifolia) é uma árvore brasileira nativa dos cerrados do Planalto Central e do Pantanal mato-grossense, da caatinga do vale do São Francisco, do norte de Minas Gerais até Pernambuco. Além de ser usada como ornamental em meio urbano, fornece madeira para carpintaria e mourões de cerca. O fruto é uma drupa lenhosa bi-alada, com núcleo seminífero pétreo possuindo uma semente elipsóide. Suas sementes são classificadas como ortodoxas e possuem baixa taxa de germinação, cerca de 22%. A germinação in vitro se mostra como uma alternativa para a produção de mudas, em situações em que a espécie apresenta alguma dificuldade na propagação por sementes, quando a sementes é um insumo limitante, ou ainda, como fonte de explantes para a micropropagação. Diante do exposto o presente trabalho visou o desenvolvimento de um protocolo de desinfestação e germinação in vitro de sementes de Terminalia fagifolia Mart. As sementes foram coletadas em outubro e novembro de 2010, no Parque Estadual do Biribiri, Diamantina, MG. No laboratório de Melhoramento Florestal (DEF/UFVJM), as sementes foram previamente lavadas em água deionizada, sendo então transferidas para câmara de fluxo laminar, onde foram imersas em solução de álcool 70% por 30 segundos. Em seguida, foram desinfestadas em solução de hipoclorito de sódio a 5%, adicionado de 4 a 5 gotas de Tween 20. Foram testados os tempos de imersão de 5, 10, 15, 20 e 25 minutos. Após o tratamento com hipoclorito, as sementes foram enxaguadas em água deionizada e autoclavada e inoculadas em tubos de ensaio contendo 10 ml do meio de cultura MS0. Foram então mantidas em sala de cultura de tecidos, com fotoperíodo de 16 horas luz e 8 horas escuro, intensidade luminosa de 2000 Lux e temperatura de 27±2 °C. O experimento foi montado em DIC, com 5 tratamentos (tempos de imersão), com 4 repetições e 5 sementes por repetição. Após seis dias verificou-se contaminação por fungos e oxidação fenólica em todas as sementes, impedindo a germinação e obtenção de plântulas. Concluiu-se que os tempos de imersão em hipoclorito de sódio a 5% adotados não foram eficientes na desinfestação de sementes de orelha-decachorro, sendo necessário a realização de outros experimentos, testando outros fatores que possam controlar as contaminações e oxidação. Apoio: DEF/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Bruno Silva Reis, Auwdréia Pereira Alvarenga, Breno Ítalo Durães Santana, Eric Bastos Gorgens, Luciana Coelho de Moura, Leonidas Soares Murta Júnior, Miranda Titon 50 DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO IN VITRO DE TECA (TECTONA GRANDIS L. F.) Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A Tectona grandis, popularmente conhecida como Teca, pertencente à Família Lamiaceae, é uma árvore caducifólia, de 20-30 m de altura, originária da Índia e Indonésia. A Teca é reconhecida como uma das espécies florestais mais importantes do mundo devido às propriedades de sua madeira, tais como resistência natural ao ataque de insetos e fungos; resistência mecânica; facilidade de secagem; serragem e lavragem; e características de acabamento, que a tornam muito valiosa no mercado internacional, chegando a ser cotada para múltiplos usos. A propagação in vitro de teca torna-se uma alternativa para conservação e utilização do potencial econômico em reflorestamentos com fins madeireiros, por meio da multiplicação de genótipos selecionados. Assim, este trabalho teve como objetivo a germinação in vitro de Tectona grandis em diferentes tempos de imersão em hipoclorito de sódio na concentração de 2,5%. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com cinco tratamentos de desinfestação (tempos de imersão em hipoclorito – 10, 15, 20, 25 e 30 minutos), com 4 repetições e 5 sementes por repetição. Durante a desinfestação as sementes foram lavadas previamente com água destilada e colocadas em câmera de fluxo laminar, onde foram enxaguadas com água deionizada autoclavada. Posteriormente, foram imersas em solução de álcool 70% por 1 minuto e em solução de hipoclorito de sódio (variando-se o tempo de acordo com os tratamentos) adicionado de 4 a 5 gotas de Tween 20 para cada 100 ml de solução, e novamente enxaguadas com água deionizada e autoclavada. Após a desinfestação, as sementes foram inoculadas em tubos de ensaio contendo 10 ml de meio de cultura composto por sais e vitaminas MS, 3% de sacarose e 5 g/L de Agar e mantidas em sala de cultura. O experimento teve duração de vinte e três dias, e avaliaram-se os percentuais de contaminação por microorganismos, germinação sem contaminação, germinação total e IVG para as sementes que germinaram sem contaminação. A germinação iniciou-se no 4° dia e estabilizou-se no 13° dia. O maior percentual de contaminação (70%) foi observado no tempo de imersão de 10 minutos. O maior percentual de germinação sem contaminação (55%) foi obtido no tempo de imersão de 15 minutos. O maior percentual de germinação total foi de 60%, no tempo de imersão de 20 minutos, no entanto, 65% das sementes deste tratamento contaminaram. O maior IVG foi de 1,83 (20 minutos de imersão). Assim, para a germinação in vitro de Teca, pode-se indicar a desinfestação das sementes durante 15 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 2,5%. Apoio: DEF/UFVJM, Companhia do Vale do Araguaia XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 51 DETERMINAÇÃO DA IDADE ÓTIMA DA SAÍDA DE MUDAS DE EUCALIPTO EM FUNÇÃO DO MANEJO DE IRRIGAÇÃO E REDUÇÃO FOLIAR DA MINIESTACA LAÍS G. SILVA, SULA J. de O. FERNANDES, ANY C. P. RODRIGUES, ENILSON B. SILVA, REYNALDO C. SANTANA Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A qualidade das mudas que são expedidas do viveiro interfere diretamente no sucesso da floresta plantada. A preocupação de expedir mudas velhas ou mudas prematuras, tem se tornado uma preocupação entre os viveiristas, já que afeta diretamente na sobrevivência das mudas em campo. O trabalho objetivou determinar a idade ótima de expedição de mudas para o campo em função de manejo da irrigação em minijardim clonal e redução foliar da miniestaca de eucalipto. O experimento foi conduzido no viveiro da Empresa Sada Bio Energia e Agricultura LTDA, Sete Lagoas (MG). O experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados no arranjo fatorial, composto por sete manejos de irrigação e dois níveis de redução foliar (com e sem redução). Os manejos de irrigação foram definidos de acordo com a leitura diariamente do Tanque Classe A (T1 = 50% da ETc ; T2= 75% da ETc; T3 = 100% da ETc; T4 = 125% da ETc; T5 = 150% da ETc ; T6 = 100% da ETc e T7 (operacional da empresa lâmina 10,66 mm dia-1, fertirrigação oito vezes ao dia, durante cinco minutos com uma vazão de 0,8 L h-1)). As mudas foram avaliadas aos 45, 60, 90, 120 e 150 dias de idade após o estaqueamento da miniestaca de eucalipto das seguintes variáveis: altura (AM), diâmetro (DC), sobrevivência (Sob.), massa seca da parte aérea (MSPA), raízes (MSR) e total (MST), relação entre massa seca da parte aérea e raízes (MSPA/MSR) e Índice de Qualidade Dickson (IQD). Para todas as variáveis, exceto Sob., houve influência das lâminas de irrigação. Somente para as variáveis MSR, MST e IQD os níveis de redução tiveram influência. Para AM e DC, o T7 e T1 apresentaram a menor e a maior média, respectivamente, média para todas as idades. Entre o período de 45 – 90 dias, para MSPA, MSR e MST os valores ficaram próximos para todos os tratamentos, sendo após os 90 dias o T1, T2, T3 e T6 obtiveram as maiores médias e T7 os menores valores para essas variáveis. A relação MSPA/MSR foi decaindo ao longo do tempo para todos os tratamentos, encontrando o menor valor para o T7 para todas as idades. Assim como ocorreu para as demais variáveis, o T7 apresentou o menor valor para o IQD para todas as idades, exceto aos 90 dias, que obteve o maior valor juntamente com T2. Entretanto os demais tratamentos apresentaram valores próximos ao longo das idades. Apesar de não haver diferença significativa para os manejos de irrigação e para os níveis de redução foliar, T1 à T4 e T7 com redução foliar, ao longo de todo o experimento, apresentou maior taxa de sobrevivência, enquanto paras T5 e T6, os maiores percentuais foram encontrados para o tratamento sem redução. O tratamento sem redução foliar obteve as maiores médias para todas as variáveis. Conclui- se que a idade ideal para a saída das mudas do viveiro é entre 90 120 dias, para as mudas referentes aos manejos de irrigação T1, T2 e T6 (50%, 75% e 100% da ETc) sem redução foliar. Apoio: CAPES, SADA BIOENERGIA S/A, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 52 DETERMINAÇÃO DO 13C DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM DUAS FITOFISIONOMIAS DA APA PAU-DE-FRUTA Diêgo F. A. Bispo, Bárbara P. C. Silva, Uidemar M. Barral, Márcio L. da Silva, Rafaela D. A. Freire, Roberto V. Costa, Alexandre C. Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO A turfeira é um produto da decomposição de vegetais, que se acumulam em condições de excessiva umidade, baixo pH e escassez de oxigênio. Estudos mostram que os valores 13C da Matéria Orgânica do Solo (MOS) normalmente seguem os valores isotópicos da vegetação presente. Plantas com rotas metabólicas C3, C4 e CAM (crassuláceas) apresentam diferentes composições de 13C na sua matéria orgânica. Desta forma, estes isótopos podem funcionar como um marcador do processo de humificação da matéria orgânica de origem vegetal. Objetivou-se determinar o 13C da MOS das fitofisionomias da APA Pau-de-Fruta (Campo Limpo Úmido-CLU e Floresta Estacional Semidecidual-FES). Foram escolhidos três locais representativos em cada fitofisionomia da turfeira e coletadas amostras de 5 em 5 cm de profundidade, até 50 cm, com o auxílio de uma pá reta, totalizando 10 amostras em cada ponto e 60 amostras total. Nessas amostras foram realizados os procedimentos para caracterização do estágio de decomposição da matéria orgânica, segundo a escala de von Post. No espectrômetro determinou-se os valores de isótopos de carbono (13C) das amostras de aproximadamente 3,5 mg, secas em estufa a 40°C. Foram realizadas análises estatísticas dos dados como Anova e teste de médias e regressão múltipla. Os três estágios de decomposição da matéria orgânica foram encontrados na turfeira sob as duas fitofisionomias, onde 15,05% foram fíbricos, 23,3% hêmicos, e 61,65% sápricos. A freqüência dos estágios fíbrico e hêmico não difere, e observa-se predominância da matéria orgânica sáprica. Percebe-se, também, um aumento do estágio de decomposição da MOS com o aumento da profundidade, tendência mais acentuada no CLU do que na FES. A matéria orgânica dos solos sob a Floresta Estacional apresentou valores médios de δ13C de -25,14‰, o que caracteriza a predominância na área de espécies vegetais de ciclo fotossintético C3. Na MOS do Campo Limpo Úmido, observa-se valores médios de δ13C de -19,35‰, que caracteriza uma mistura entre espécies C3 e C4, ou ainda metabolismo CAM. Os valores de δ13C da MOS não variaram com a profundidade e oscilaram entre -20 e -18‰, e também não houve diferenças de δ13C da MOS entre as duas fitofisionomias com a variação da profundidade. Os organossolos sob a Floresta Estacional Semidecidual encontram-se em estágio mais avançado de decomposição que os do Campo Limpo Úmido. Os valores de 13C variaram significativamente entre as fitofisionomias. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 53 DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE ENRAIZAMENTO DE MUDAS DE EUCALIPTO PROVENIENTE DE DIFERENTES MANEJOS DE IRRIGAÇÃO EM MINIJARDIM ANY C. P. RODRIGUES, SULA J. de O. FERNANDES, LAÍS G. SILVA, REYNALDO C. SANTANA, ENILSON B. SILVA Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Conhecer o tempo ótimo de enraizamento reduz o potencial de doenças e otimiza a utilização da casa de vegetação e de sombra. Objetivo do presente trabalho foi de determinar o tempo ótimo de permanência das miniestacas de clone híbrido de E. urophylla S.T. Blake e E. grandis W. Hill ex Maiden na casa de vegetação e de sombra proveniente de diferentes manejos de irrigação em minijardim e com dois níveis de redução foliar. O experimento foi conduzido no viveiro da Empresa Sada Bio Energia e Agricultura LTDA, Sete Lagoas (MG). O experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados no arranjo fatorial, composto por sete manejos de irrigação e dois níveis de redução foliar (com e sem redução). Os tratamentos foram definidos de acordo com a leitura diariamente do Tanque Classe A (T1 = 50% da ETc ; T2= 75% da ETc; T3 = 100% da ETc; T4 = 125% da ETc; T5 = 150% da ETc ; T6 = 100% da ETc e T7- operacional da empresa - lâmina 10,66 mm dia-1, fertirrigação oito vezes ao dia, durante cinco minutos com uma vazão de 0,8 L h-1). Foram avaliados nas idades de 10, 20, 30, 40 e 50 dias, as variáveis massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca radicular (MSR) e massa seca total (MST). As irrigações T2, T3 e T5 obtiveram sua máxima produção em MSPA entre as idades de 20 a 35 dias, sendo ao final dos 50 dias, o T7 apresentou a maior produção de MSPA. Esses resultados coincidem com os resultados encontrados para MSR e MST, exceto para T5. As mudas que não tiveram redução foliar apresentaram valores superiores para todas as variáveis testadas em comparação as mudas que tiveram redução foliar. Assim como T7, os tratamentos que tiveram a produção de MSR linear (T1, T3, T4 e T6), a rizogênese completou na casa de sombra. Conclui-se que o tratamento T2 (75% da ETc) sem redução foliar de miniestaca apresentou o menor tempo de enraizamento, alcançando aos 20 a 30 dias valores necessários de massa seca antes do máximo tempo proposto pela literatura. Apoio: CAPES, SADA BIOENERGIA S/A, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 54 DIAGNÓSTICO DAS RESERVAS LEGAIS AVERBADAS NA REGIONAL DO ALTO JEQUITINHONHA Laura A. G. dos Santos & Anne Priscila Dias Gonzaga Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Atualmente existe uma grande preocupação dos órgãos governamentais e da população diante dos diversos problemas ambientais que ocorrem no mundo, sendo o desmatamento um dos mais discutidos. A criação do Código Florestal (Lei 4.771/65) que tem como um de seus objetivos prevenir e corrigir os danos causados pelo desmatamento, define diversas áreas de proteção ambiental, dentre estas, as Reservas Legais (RL) que são o objeto de estudo do presente trabalho. As RL’s tem uma elevada importância ambiental visto que podem contribuir para a formação de corredores biológicos conectando diferentes fragmentos florestais, que por sua vez, contribuem com aumento do fluxo gênico, gerando uma diminuição na probabilidade de extinção das espécies presentes, aumentando a biodiversidade local. Então, objetivou-se diagnosticar a situação atual das reservas legais do Alto Jequitinhonha, em Minas Gerais, através de dados oriundos da regional Alto Jequitinhonha do Instituto Estadual de Florestas (IEF) O Alto Jequitinhonha abrange uma área de 19.578,30 Km² e é composto por 20 municípios. Fitogeograficamente é composto por variações dos biomas da Mata Atlântica e Cerrado, e com relevo caracterizado por vales e chapadas. As atividades econômicas predominantes na são as minerações, pecuária e a agricultura. Há também o reflorestamento e o cultivo de café que são considerados atividades econômicas em expansão. Os dados das reservas legais averbadas foram coletados na Regional Alto Jequitinhonha do IEF. Tal pesquisa foi realizada com o auxílio de buscas realizadas no sistema da Gerência de Monitoramento e Geoprocessamento (GEMOG) durante o ano de 1965 a dezembro de 2010. Das 16066 propriedades existentes na região, foram levantadas apenas 67 com RL’s averbadas, sendo que os municípios com maiores números são Itamarandiba (14), Capelinha (11), Turmalina (8), Leme do Prado (8), Minas Novas (6) e Serro (6), que juntas correspondem a 79% de todas as RL’s averbadas no Alto Jequitinhonha. Os municípios de Coluna, São Gonçalo do Rio Preto, Couto Magalhães de Minas e Carbonita não possuem nenhuma RL averbada de acordo com o sistema GEMOG. Os demais municípios (Datas, Rio Vermelho, Senador Modestino Gonçalves, Aricanduva, Veredinha e Diamantina) apresentaram menos de 5 reservadas legais averbadas por município. Estes dados mostram que apesar de ser uma obrigatoriedade legal, a grande maioria das propriedades não possuem suas RL’s averbadas, pelo menos não, oficialmente segundo o órgão responsável por essa averbação, já que apenas 0,4% das propriedades existentes no Alto Jequitinhonha estão sendo consideradas no GEMOG. O que demonstra certo descompromisso com às questões ambientais numa região que sobre com atividades bastante agressivas ao meio ambiente como a mineração. Apoio: Instituto Estadual de Florestas (IEF) XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Philipe L Brito; Nathália A. Neves; Diego D. Carneiro; Lílian Pantoja; Alexandre S. Santos 55 DIAGNÓSTICO DE QUALIDADE QUÍMICA DE VINHOS PRODUZIDOS EM MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL A vitivinicultura é uma atividade consolidada no Brasil, em especial na região Sul do país e no vale do São Francisco, na região Nordeste. Em Minas Gerais, destacam-se alguns municípios do sul do estado, com vinhos aromáticos, de coloração acentuada, sabor foxado e boa aceitação no mercado. O Sul de Minas Gerais possui 32 estabelecimentos vinícolas, desses, 59,4% não possuem registro do estabelecimento, e nem um sistema de controle de qualidade adequado. Nesse contexto, o presente estudo objetivou a análise físico-química de alguns vinhos comerciais e artesanais produzidos em Minas Gerais, e o confronto dos resultados com os padrões de qualidade e identidade requeridos na legislação brasileira. Foram avaliados oito vinhos tintos: 2 vinhos finos secos, 2 vinhos de mesa secos, 2 vinhos de mesa suaves, 1 vinho fino meio seco e outro seco. Avaliou-se os teores de sólidos solúveis totais (SST), extrato seco (ExS), acidez total (AcT), acidez volátil (AcV), acidez fixa (AcF), relação etanol/extrato seco reduzido (RE/ExSR), pH, sulfatos totais (SO4-2), cinzas (Cz), etanol (ETHO), açúcares redutores (AR), açúcares redutores totais (ART), glicerol (Gl), compostos fenólicos totais (CF); antocianinas (Ant), intensidade da cor (IC), tonalidade (T); dióxido de enxofre livre (SO2L) e dióxido de enxofre total (SO2T). Todos os resultados obtidos mostraram-se dentro dos limites estabelecidos na legislação brasileira para vinhos. Os valores de pH medidos, entre 2,94 e 3,52, estão dentro da faixa considerada adequada para a manutenção das características organolépticas e sanitárias dos vinhos. Os valores de glicerol encontrados variaram de 4,42 e 10,48 g/L, dentro do limite de 5 g/L a 20 g/L estabelecidos na literatura, exceto para um dos vinhos que apresentou a concentração de 2,51 g.L-1. Os valores de extrato seco variaram de 21,3 g/L a 157,4 g/L e, com exceção de um dos vinhos, todos apresentaram valores esperados de 13,6 a 27,6 g/L para vinhos secos e de 25,2 a 128,0 g/L para vinhos tintos suaves, quando comparados com a literatura. Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 56 DIAS ATÉ A ANTESE DE GENÓTIPOS DE ALFACE SOB CULTIVO PROTEGIDO NO ALTO VALE DO JEQUITINHONHA, MG Marcus F. S. Dornas, Valter C.A.Júnior, Bárbara M. C e Castro, Celso M. de Oliveira; Alcinei M. Azevedo; Irã P. Neiva; Carlos E. Pedrosa Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA A alface (Lactuca sativa L.) é uma das hortaliças folhosas mais presentes na dieta da população brasileira. Originária da Ásia, é caracterizada como de clima temperado sendo pouco adaptada a regiões de temperatura e luminosidade elevadas, fato esse que influi diretamente na redução do ciclo e antecipação da fase reprodutiva que ao ocorrer precocemente torna a hortaliça imprópria para consumo. Assim, objetivou-se com esse trabalho avaliar o número de dias até a antese em genótipos de alface cultivados em ambiente protegido no Alto Vale do Jequitinhonha, MG. O experimento foi conduzido no Setor de Olericultura da UFVJM utilizando o delineamento experimental em blocos casualizados, com quinze tratamentos e quatro repetições, e quinze plantas por parcela. Foram avaliadas as seguintes cultivares: 08Y472 (Perovana), Aurélia, Atração, Black Seed Simpson, Branca Boston, Ironwood, Lívia, Lollo Rossa, Quatro Estações, Romana Balão, Teresa, Vitória de Santo Antão e Winslow. Como testemunhas foram utilizadas as cultivares comerciais Regina 500 e Grand Rapids. A semeadura foi realizada em bandejas de isopor contendo 128 células, com substrato comercial Plantmax Hortaliças. Aos 42 dias após o semeio, as mudas foram transplantadas para canteiros em ambiente protegido no espaçamento de 30 x 30 cm. As adubações de plantio, cobertura e demais tratos culturais foram realizados de acordo com as recomendações para a cultura. Aos 45 dias após o transplante das mudas foram retiradas nove plantas por parcela para avaliação dos parâmetros agronômicos, permanecendo então seis plantas por parcela, utilizadas para avaliar o número de dias até a antese, que foi avaliado contando em dias desde a semeadura até a abertura da primeira flor. As médias obtidas foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os genótipos Grand Rapids, Black Seed Simpson, Quatro Estações e Lollo Rossa foram os genótipos que apresentaram o menor número médio de dias desde a semeadura até a antese, 131,99, 135,17, 140,73 e 141,75 dias, respectivamente, indicando que são materiais que apresentam pendoamento mais precoce. Já o genótipo Aurélia foi o que apresentou o maior número médio de dias da semeadura a antese, 158,58 dias, sendo um genótipo com maior tolerância ao pendoamento, mas não diferindo significativamente dos genótipos 08Y472 (Perovana), Atração, Vitória de Santo Antão, Lívia, Branca Boston, Romana Balão e Regina 500. Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 57 DINÂMICA DA VEGETAÇÃO COLONIZADORA DE UMA VOÇOROCA EM DIAMANTINA, MG Luiz Gustavo Dias; Wander Gladson Amaral; Paula Alves Oliveira; Igor Souza Rocha; Pedro de Sousa Murta; Israel Marinho Pereira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Atualmente a existe uma tendência na recuperação de áreas de preconizar o manejo e a indução dos processos ecológicos, visando aproveitar ou estimular a capacidade de autorecuperação dos ecossistemas (resiliência). Para isso, o conhecimento das comunidades colonizadoras de áreas degradadas e a autoecologia das espécies que as compõem, é fundamental para a definição de metodologias de restauração. Nesse contexto, a dinâmica da vegetação é uma importante ferramenta para auxiliar no entendimento das relações de sucessão ecológicas das espécies. O objetivo deste trabalho foi avaliar a dinâmica da vegetação colonizadora de uma voçoroca no Parque estadual do Biribiri (PEB), e inferir a respeito da restauração desse ecossistema. Para avaliação das espécies colonizadoras da voçoroca, foram plotadas 36 parcelas de 5×3 m (15 m2). A área de estudo foi estratificada em três ambientes, de acordo com a topografia e as características do solo em: ambiente 1 = baixada; ambiente 2 = parte intermediária da vaçoroca e ambiente 3 = parte superior da voçoroca. Para a realização da dinâmica foram realizados dois inventários da vegetação arbóreo-arbustiva, onde foram medidos todos os indivíduos com DAS ≥ 0,1m. O primeiro inventário foi realizado no ano de 2008 e o segundo no ano de 2010. Foram calculadas as taxas de dinâmica: mortalidade, recrutamento, ganho e perda em área basal, taxa de rotatividade e de mudança liquida em cada ambiente e no geral. Em 2008, foram amostrados 1389 indivíduos, e em 2010 foram amostrados 1202 indivíduos vivos. Foi encontrada alta mortalidade em todos os ambientes, 26,68% no total, o recrutamento foi de 16,54% no total. A mortalidade foi maior entre os indivíduos de menor diâmetro e altura, essa alta mortalidade é provavelmente devido a dificuldade das plântulas se estabelecerem nas condições de estresse encontrado neste tipo de substrato, solos rasos, arenosos, com baixa estruturação e muito íngremes. Apesar da alta mortalidade detectada no local, houve aumento da área basal: de 5,79, em 2008 para 6,68 m2/ha em 2010. Esse incremento resultante do crescimento da vegetação arbóreo-arbustiva foi interessante, porém é necessário ainda adotar medidas que controlem a erosão na área de estudo. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 58 DINÂMICA DAS CLASSES DE REGENERAÇÃO NATURAL EM DOIS INVENTÁRIOS REALIZADOS EM UMA VOÇOROCA NO PARQUE ESTADUAL DO BIRIBIRI,MG Luiz Gustavo Dias; Wander Gladson Amaral; Paula Alves Oliveira; Igor Souza Rocha; Pedro de Sousa Murta; Israel Marinho Pereira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A análise da regeneração natural permite que sejam feitas inferências sobre a origem da floresta e previsões sobre seu desenvolvimento e aproveitamento sob diversas formas de tratamento. O objetivo deste trabalho foi verificar se, de 2008 pra 2010, houve diferença na distribuição dos indivíduos nas diferentes classes de regeneração natural. Para avaliação das espécies colonizadoras da voçoroca, foram plotadas 36 parcelas de 5×3 m (15 m2), a área foi estratificada em três ambientes, de acordo com a topografia e as características do solo em: baixada, parte intermediária e superior. Foram mensuradas: altura e DAS de todos os indivíduos com altura maior ou igual a 10 centímetros. Foram estabelecidos 4 classes de altura para os indivíduos pertencentes à Regeneração Natural: classe 1-indivíduos com altura variando de 0,10 a 0,29 m; classe 2-indivíduos com altura de 0,30 a 1,49 m; classe 3-indivíduos com altura de 1,5 a 3 m e classe 4-indivíduos com altura superior a 3 m, mas que apresentavam DAS < 5,0cm. e 2 classes para os indivíduos adultos: classe 5-indivíduos com 5,0 ≤DAS< 10cm; e por fim a classe 6-indivíduos com 10≤ DAS <15cm. Os resultados foram comparados pelo teste qui-quadrado (χ2). Em 2008, foram amostrados 1389 indivíduos, e em 2010 foram amostrados 1202 indivíduos. Os indivíduos amostrados apresentaram distribuição exponencial negativa, como já é esperado pra povoamentos naturais. Devido a grande mortalidade evidenciada na área de estudo, houve redução no número de indivíduos nas classes: 1 e 2. Porém houve um ligeiro aumento no número de indivíduos nas classes: 3, 4, 5 e 6. Na classe 1 houve redução no número de indivíduos em todos os ambientes avaliados, já na classe 2 houve redução principalmente no ambiente 1. O aumento do número de indivíduos nas classes citadas não foi localizado em um ambiente. As alterações na estrutura vertical da comunidade foi estatisticamente significativa a 5% de probabilidade pelo teste de χ2. A alta mortalidade observada principalmente no ambiente 1 é devido aos solos arenosos e sem estruturação encontrados no ambiente. A redução de indivíduos nas classes menores foi compensada em parte pelo ingresso de indivíduos nas classes maiores, essas arvores de maior parte podem facilitar a inserção de novas espécies na comunidade e alavancar a sucessão ecológica. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 59 DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DE EREMANTHUS SP. (DC.) MCLEISH. EM ÁREA DEGRADADA NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA-MG Leonidas S. M. Júnior, Lidia G. Santos, Israel M. Pereira, Bruno S. Reis, Luiz C. Araújo, Márcio L. R. de Oliveira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Para o manejo adequado de um povoamento florestal o conhecimento da sua estrutura diamétrica é fundamental. O estudo das distribuições diamétricas é utilizado como subsídio para o manejo de florestas, constituindo de um meio eficaz para descrever as características de um povoamento, sendo a distribuição diamétrica um ótimo indicador do estoque em crescimento das florestas. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo verificar a distribuição diamétrica de Eremanthus sp. e estimar o coeficiente de Liocourt em área de regeneração natural localizada no antigo lixão do município de Diamantina, Minas Gerais. Foi realizado um censo em uma área de 2 ha e todos os indivíduos vivos com diâmetro à 30 cm do solo (DAS) maiores ou iguais a 5 cm foram mensurados. No inventário foi levantada apenas a circunferência a 30 cm de altura (CAS). Com as informações deste inventário, determinou-se a distribuição dos indivíduos em classes diamétricas com intervalo de 2,0 cm, afim de representar melhor a estrutura diamétrica das árvores. Foram mensuradas um total de 190 indivíduos. Constatou-se 33% das árvores encontram-se na classe de 5 a 7 cm; 22% na classe de 7 a 9 cm; 16% na classe de 9 a 11 cm; 8% na classe de 11 a 13 cm; 6% na classe de 13 a 15 cm; 7% na classe de 15 a 17 cm; 3% na classe de 17 a 19 cm; 2% na classe de 19 a 21 e 2% acima de 21. Para o Coeficiente de Liocourt, que é a razão do número de árvores numa dada classe de diâmetro pelo número de árvores da classe imediatamente maior, os valores encontrados foram variados, sendo a média dos valores igual 1,51; a mediana 1,30; o valor máximo 4,00 e o valor mínimo 0,02; mostrando que a candeia não apresenta uma estrutura balanceada na área. A distribuição diamétrica da candeia segue o padrão típico de estruturas florestais ineqüiâneas de J-invertido, onde a maior concentração de indivíduos se deu na menor classe de diâmetro, decrescendo a medida em que se aumenta a classe de diâmetro. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 60 EFEITO DAS VARIÁVEIS AMBIENTAIS NA FORMAÇÃO DE UM SUB-BOSQUE EM UM TRECHO DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL ANA C. C. OLIVEIRA; MARIA C. DE SOUZA; LUIZ G. CATIZANI; EVANDRO L. M. MACHADO Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A Floresta Estacional Decidual, caracterizada como “mata seca” devido ao caráter decíduo, tem o seu grau de deciduidade definido também pelas condições edáficas, principalmente da fertilidade química e da capacidade de armazenamento de água no solo. As relações entre vegetação e ambiente ocasionam mudanças na composição e distribuição da vegetação ao longo do tempo em decorrência de fatores como características físico-químicos do solo. Neste sentido, através de análise multivariada buscou-se apresentar correlações entre os atributos físicos-químicos do solo na estrutura do sub-bosque de um trecho de Floresta Estacional Decidual, no município Presidente Juscelino, MG. Foram coletadas aleatoriamente no interior de 16 parcelas (400m²) cinco amostras simples do solo superficial (0–20 cm), as quais foram misturadas e homogeneizadas para formar uma amostra composta, com cerca de 500 g de solo. As amostras foram enviadas para o Laboratório de Física do Solo do Departamento de Agronomia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), para obtenção das seguintes variáveis: pH; teores de P, K+, Ca++, Mg++ e Al+++; soma de bases (S); saturação por bases (V) e por alumínio (m); e proporções de matéria orgânica, areia, silte e argila. Também foram atribuídas porcentagens de presença ou ausência de drenagem, rocha exposta e cascalho solto em cada parcela. Visualmente foi observado a estrutura do subbosque em cada parcela, onde foi proposta uma classificação: 1- Sub-bosque limpo, 2 – médio, 3 – médio com presença de bambu, 4 – denso. As variáveis de solo e as demais atribuições foram submetidas a uma Análise dos Componentes Principais (PCA). O diagrama de ordenação obtido na PCA mostrou que a separação dos sub-bosques das parcelas amostradas é consistente quando avaliadas as variáveis ambientais isoladamente. O diagrama mostra a separação mais evidente entre sub-bosque limpo e sub-bosque médio com bambu, onde 98,74% da variância dos dados foram explicadas no eixo 1. A saturação por alumínio (m%); alumínio (Al) e H+Al foram o maior responsável pelo agrupamento do sub-bosque limpo. A variável rocha exposta; V(%) e K tiveram maior influência no agrupamento sub-bosque médio com presença de bambu. Cinco das oito parcelas com sub-bosque limpo e três parcelas com sub-bosque médio com presença de bambu se mostraram de forma agrupada. As demais parcelas não apresentaram agrupamento. Como conclusão, as variáveis de solo (m%; Al; H+Al; V%; K) e a variável presença de rocha exposta, apresentaram alta correlação na determinação da formação da vegetação do sub-bosque limpo e médio com bambu, sugerindo que estas variáveis foram determinantes na separação de grupos de parcelas. As demais formações (subbosque médio e denso) indicaram uma correlação mais fraca com as variações em questão, sugerindo que existem outros fatores influenciando nestas formações. Apoio: CNPQ, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 61 EFEITO DE DIFERENTES DOSES DE GLYPHOSATE SOBRE O TEOR DE MICRUNUTRIENTES DE CULTIVARES DE CAFÉ ARÁBICA Moisés Avellar,Juliano M. Corrêa, Renan L. S. Marinho, Nykolas C. Schiavon,Bruna P. Souza, Vinicius T. Lemos, André C. França Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA O Brasil é considerado o maior produtor mundial de café produzindo na safra 2009 cerca de 39,7 milhões de sacas. Entretanto, os cafeeiros do Brasil apresentam baixa produtividade, devido a lavouras depauperadas, baixa tecnologia disponibilizada no manejo, cultivares antigas e um deficiente controle de plantas daninhas, principalmente no início do desenvolvimento da cultura. Afim de maior eficiência e economia no controle das plantas daninhas, muitos cafeicultores utilizam herbicidas não-seletivos, como o glyphosate, sendo empregados em aplicações dirigidas. Diante do exposto, avaliaram-se neste trabalho os efeitos da deriva acidental de glyphosate sobre os teores foliares de micronutrientes em três cultivares de cafeeiro. O experimento foi realizado em casa de vegetação no esquema fatorial (3 x 5) sendo avaliadas três cultivares de café (Coffea arabica L.) de porte baixo: Catucaí Amarelo (2 SL), Oeiras (MG-6851) e Topázio (MG-1190) e cinco doses de glyphosate, 0; 57,6; 115,2; 230,4 e 460,8 g ha-1, respectivamente, correspondentes a 0,0; 4,0; 8,0; 16,0 e 32,0% da dose de 1.440 g ha-1 da formulação sal de isopropilamina. Foram produzidas mudas em sacolas plásticas de polietileno, e ao atingirem o estádio de cinco par de folhas foram transplantas para vasos de 10 L com substrato peneirado e adubado de acordo com a análise química do solo. Aos 120 dias após o plantio, quando as plantas de café apresentavam-se com cerca de 21 pares de folhas e seis ramos plagiotrópicos, realizou-se a aplicação do glyphosate de modo a não atingir o terço superior das plantas de café, utilizando-se pulverizador costal, proporcionando um volume de 200 L ha-1 de calda. Aos 45 e 120 DAA coletaram-se duas folhas completamente desenvolvida (terceiro par a partir do ápice) de cada planta, sendo as mesmas, retiradas de ramos plagiotrópicos inseridos na porção mediana da planta. Após a coleta as amostras foliareas as mesmas foram secas a 65° até atingirem peso constante, logo em seguida foram moídas e submetidas à digestão nitro-perclórica, determinando as concentrações Fe, Zn, Mn e Cu, por espectrofotometria de absorção atômica. Observou-se sintomas de intoxicação pelo glyphosate que foram caracterizados por clorose e estreitamento do limbo foliar para as três cultivares de café. Houve redução nos teores foliares de Cu e Zn aos 45 DAA, e de Mn e Zn aos 120 DAA, de plantas de café tratadas com glyphosate, independentemente da cultivar utilizada. A cultivar Topázio apresentou as maiores reduções nos teores foliares de Fe e Mn, aos 45 DAA e de Fe, aos 120 DAA, quando tratadas com glyphosate. Conclui-se neste trabalho que a deriva de glyphosate promove reduções nas concentrações foliares de plantas de café, independentemente da cultivar utilizada. Apoio: CNPq e FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 62 EFEITO DE DIFERENTES NÍVEIS DE DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DANINHAS Cássia M. Cabral, Daniel Valadão, Felipe P.de Carvalho, Vinicius Machado, Evander A. Ferreira, José B.dos Santos. Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA O déficit hídrico na planta afeta praticamente todos os aspectos do crescimento/desenvolvimento, modificando sua anatomia e a morfologia. A maioria das plantas daninhas apresentam características como capacidade de absorver água em condição de escassez sendo consideradas altamente competitivas. Desta forma, objetivou-se com este trabalho verificar a influência de diferentes valores de disponibilidade de água no solo sobre o crescimento/desenvolvimento de três espécies de plantas daninhas: Amaranthus retroflexus L., Brachiaria decumbes CV, Bidens pilosa L., e uma cultura de Faseolus vulgares L. (feijão). O experimento foi conduzido em casa de vegetação com delineamento experimental de blocos ao acaso em esquema fatorial 4 x 5, constituído por quatro espécimes, sendo uma cultivada e três espécies de plantas daninhas, com 5 níveis de água: N1(100%), N2(80%), N3(74%), N4(67%) e N5(60%) da capacidade de campo (CC), com 4 repetições. Diariamente efetuou-se a medição da perda de água do substrato, devido à evapotranspiração, através do método da pesagem (gravimétrico). Cada vaso foi colocado sobre balança e quando o peso da unidade experimental (vaso, substrato, planta e água) não atingiu valores correspondentes 100%, 80%, 74%, 67% e 60% da CC, adicionou-se água na parte superficial do substrato em quantidades correspondentes para restabelecer a umidade na CC correspondente ao tratamento. A formação da frente de molhamento foi no sentido vertical de cima para baixo. Observou-se redução da área foliar das plantas a partir da intensificação do estresse hídrico, havendo uma redução na produção de matéria seca em todos os tratamentos, sendo as plantas de F. vulgaris as mais afetadas com cerca de 96% de redução de matéria seca total em relação aos níveis críticos superior (100%) e inferior (60%) da CC, seguida por A. retroflexus, B. decumbes e B. pilosa, com 85%, 83,65% e 78,6% de perda em matéria seca respectivamente. De acordo com os resultados pode-se concluir que B. pilosa foi a espécie mais tolerante ao déficit hídrico comparada as demais. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 63 EFEITO DE SUBSTRATOS E DOSES DE AIB NO ENRAIZAMENTO DE ALPORQUES DE PEQUIZEIRO (CARYOCAR BRASILIENSE) Marcele S. Ferreira, Reynaldo C. Santana, Vinícius O. B. Lima, Miranda Titon, Múcio M. de Mello Farnezi, José Sebastião C. Fernandes. Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A propagação seminal do pequizeiro é desuniforme e com baixíssimo nível de sobrevivência. Uma técnica que pode ser utilizada em plantas que apresentam dificuldades de multiplicação seminal é a alporquia, também conhecida como mergulhia aérea. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de substratos e doses do hormônio ácido indolbutírico (AIB) no enraizamento de alporques da espécie. O experimento foi instalado no início do mês de setembro de 2010 na Fazenda Experimental do Moura, município de Curvelo/MG. Cada árvore matriz teve 8 ramos anelados em aproximadamente 70% de sua circunferência, estes foram pincelados com concentrações AIB, envolvidos com um dos substratos testados e cobertos com plástico escuro amarrado nas extremidades. Foi adotado o delineamento experimental em blocos casualizados com cinco repetições no esquema fatorial 4 x 2, sendo estudado o efeito de quatro concentrações do hormônio regulador de crescimento AIB (0 mg L-1, 1000 mg L-1, 2000 mg L-1 e 4000 mg L-1) e dois tipos de substrato (100% de fibra de coco e uma mistura de 70% de vermiculita com 30% de casca de arroz carbonizada), avaliações regulares foram feitas a cada mês para acompanhar a sobrevivência dos ramos. A avaliação final ocorreu 170 dias após a instalação do experimento em campo. Ao final desse período foi observada a formação de calos nos alporques, porém o número de ramos enraizados não foi considerado significativo. Mediante esses resultados, sugere-se que sejam realizados novos estudos para se avaliar o efeito de outras concentrações de AIB, associadas à substratos, na promoção do enraizamento da espécie pela técnica da alporquia. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 64 EFEITO DE TAMNHO DE VASOS EM ESTUDOS DE COMPETIÇÃO ENTRE PLANTAS DANINHAS E MILHO Mirielle de O. Almeida, José B. Santos, Evander A. Ferreira, José S. Cunha, Renan R. Braga, Daniel V. Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA Em experimentos realizados em casa de vegetação ocorre grande variação no tamanho dos vasos utilizados, não existindo desta forma, uma padronização, tornando difícil a interpretação de diferentes dados presentes na literatura. Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do tamanho de vasos em estudos de competição entre cultura anual e plantas daninhas e analisar as épocas de coleta de dados para seis variáveis. Objetivou-se com este trabalho O experimento foi montado em DBC no esquema de parcelas subdivididas, onde as épocas (25, 35, 45 e 60 dias após) constituíram-se nas parcelas e os tratamentos (milho, milho+picão, milho+braquiária) foram alocados nas subparcelas e cinco blocos distribuídos nos diferentes tamanhos de vaso (1,7; 3,8; 6,8; 9,8 e 16,4 litros). Foram avaliadas, em data representativa a massa seca das folhas (MSF), do caule (MSC), das raízes (MSR) e a área foliar da cultura (AF). Não foi observada diferença no MSF entre os tratamentos os vasos de 1,7 L; 3,8 L; 6,8 L e 9,8 L. No entanto, para o tamanho 16,4 L houve redução da MSF do milho em competição com B. brizantha em relação a testemunha. A MSC do milho não variou em todos os tamanhos de vasos. Não foi observada diferença entre milho x B. pilosa e a testemunha no vaso de 16,4 L, já milho x B.brizantha apresentou diferença significativa em relação a testemunha para a MSC. A MSR nos vasos de 1,7 L; 3,8 L e 6,8 L não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos, porém no vaso de 9,8 L a MSR do milho x B. brizantha foi menor comparada a testemunha. No vaso de 16,4 L a MSR do milho em competição foi igual para os dois tratamentos e diferentes da testemunha. Não houve diferença de AF, entre tratamentos para todos os tamanhos de vaso. Todas as variáveis avaliadas no milho apresentaram incremento com o aumento do tamanho dos vasos. Porém de acordo com os resultados pode-se concluir que se a variável comparada nos estudos de competição for o peso da massa seca foliar e peso da massa seca do caule, o melhor vaso a ser utilizado para se comparar tratamentos diferentes é o de 16,4 L. Já para peso da massa seca da raíz pode-se utilizar os vasos de 9,8 L ou 16,4 L que apresentam resultados diferentes entre si. No caso da análise de área foliar os vasos de 1,7 L otimizam a execução dos experimentos não apresentando diferença de resultados nos outros tamanhos de vasos. Analisando-se as épocas de coleta, a MSF, MSC, a MSR aumentou gradativamente dos 25 DAE, até os 45 DAE, sendo constante entre os 45 DAE e os 60 DAE. A menor área foliar das plantas de milho ocorreu 25 DAE, não havendo diferença de resultados entre as outras datas de coleta. De acordo com os resultados pode-se concluir que o tamanho do vaso influenciou nas variáveis utilizadas provocando incremento das mesmas à medida que se aumenta o tamanho dos vasos. A época mais indicada para a colheita do experimento esta em torno dos 45 DAE, momento no qual as variáveis apresentam valores constantes. Apoio: CNPq, CAPES, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 65 EFEITO DO DÉFICIT HÍDRICO NA ANATOMIA FOLIAR DE ESPÉCIES DE PLANTAS DANINHAS Cássia M. Cabral, Evander A. Ferreira, Daniel Valadão, Felipe P. de Carvalho, Vinicius Machado, José B. dos Santos Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA A diversidade genética e os mecanismos de adaptação das plantas permitem enfrentar situações extremas, como o déficit hídrico que dificulta o desenvolvimento da maioria das espécies, nos remetendo a uma grande vantagem competitiva a superação de tais restrições. A análise de aspectos anatômicos nessas condições poderia oferecer subsídios para estudos de fisiologia, bem como auxiliar na identificação de características anatômicas de resistência a seca a partir do estudo da influência de diferentes níveis de água disponível na construção anatômica das espécies em questão. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência de diferentes níveis de água disponível, na construção anatômica das seguintes espécies, a saber: Picão (Bidens pilosa L.), Caruru (Amaranthus retroflexus L.) e Brachiaria (Brachiaria decumbes CV.). Os espécimes foram cultivados em cinco diferentes níveis de água, 100%, 80%, 74%, 67% e 60% da capacidade de campo. O material foi coletado e fixado em FAA70 e posteriormente transferido para etanol 50 GL. As secções anatômicas foram feitas à mão livre, com auxílio de lâmina de barbear, na região mediana da folha no sentido transversal e coradas com azul de alcian 0,5% em ácido tartárico 2% e fucsina 0,05%. Todo o material foi montado entre lâmina e lamínula com gelatina glicerinada. Alguns cortes foram fotomicrografados e analisados pelo Software IMAGE PRO-PLUS. Observou-se que A. retroflexus apresentou acréscimo na espessura foliar com redução dos níveis de água no solo enquanto para B. pilosa e B. decumbes não foi observada mudança significativa. A. retroflexus e B. pilosa sofreram redução média de 24% no diâmetro dos vasos do xilema o que acarretou uma redução média de 34,05% no diâmetro total do feixe vascular. A variação positiva da espessura da lâmina foliar dentre as espécies pode ser uma característica de resistência a seca como estratégia para o armazenamento de água. Na região da nervura central percebe-se a redução no número de estratos do colênquima para todas as espécies. Desta forma, constatou-se modificações na proporção de tecidos do mesofilo, na espessura da lâmina foliar e no diâmetro do feixe central ocasionados pela redução dos níveis de água no solo. Pode-se concluir que todas as espécies avaliadas foram afetadas a nível anatômico em maior ou menor grau pela deficiência de água no solo Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 66 EFEITO DO DESBASTE E DA ADUBAÇÃO NA ESTIMATIVA VOLUMÉTRICA EM FLORESTA EQUIÂNEA Jadir V. da Silva, Gilciano S. Nogueira, Bruno O. Lefetá, Reynaldo C. Santana Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Árvores de grande porte oriundas de florestas plantadas podem gerar multiprodutos e contribuir diretamente para reduzir a pressão sobre as florestas naturais. Apesar de ter sido realizado vários estudos sobre desbaste em povoamentos eqüiâneos, em vários países, ainda existem muitas lacunas a serem preenchidas, principalmente, em relação ao efeito do desbaste, e da fertilização pós-desbaste em plantações de eucalipto no Brasil, uma vez que existe uma carência de dados confiáveis oriundos de ensaios previamente planejados e que seguem os princípios da experimentação. Neste intuito, o presente trabalho tem como objetivo analisar estimativas volumétricas em resposta á adubação, em diferentes intensidades de desbaste em um povoamento de eucalipto. As parcelas do experimento foram implantadas em povoamentos de clones de eucalipto (Clone 1288, Lote 2477-7/00) com aproximadamente 24 meses de idade, no município de Martinho Campos, Minas Gerais. O experimento constituiu-se em um delineamento em blocos casualizado em esquema fatorial, com dois blocos, dois locais diferentes (capacidade produtiva média e alta), quatro níveis de intensidades de desbaste e dois níveis de fertilização (aplicados em parcelas gêmeas). No talhão onde foi instalado o experimento realizou-se o desbaste aos 89 meses após o plantio, sendo este, nas intensidades de 20, 35 e 50 % de remoção da área basal (piores indivíduos), constituindo os tratamentos 2, 3 e 4, respectivamente, no qual, o tratamento 1 constitui a testemunha. A adubação pós-desbaste foi realizada aos 99 meses, em dezembro de 2008, seguindo como recomendação o critério de balanço nutricional, de acordo com a exportação de nutrientes. Os resultados apresentam um efeito significativo na intensidade de desbaste na estimativa volumétrica. Apesar de ter um pequeno incremento de volume após a adubação pós-desbaste em todas as intensidades em estudo, este incremento não foi significativo estatisticamente. Necessita-se de mais estudos nesta área, avaliando este efeito em espécies diferentes, materiais genéticos, dentre outras limitações a serem testadas. Apoio: Arcelor Mittal Bio Florestas, CNPq e UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 67 EFEITO DO MODO DE PREPARO DO MOSTO SOBRE O PERFIL QUÍMICO DE FERMENTADOS ALCOÓLICOS DE JABUTICABA Ariane C. Rodrigues, Nathália A. Neves, Diego D. Carneiro, Lílian Pantoja , Alexandre Soares dos Santos Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL A jabuticaba é um fruto pertencente à família Myrtaceae, de sabor e aroma agradáveis e altamente perecíveis. Considerando a alta produtividade e aceitabilidade da jabuticaba e a necessidade de um melhor aproveitamento do excedente de safra este trabalho teve por objetivo elaborar vinho de jabuticaba a partir de mostos obtidos por diferentes formas de preparo e avaliar sua qualidade química após um ano de maturação. Os frutos foram beneficiados e processados empregando três diferentes formas de obtenção do mosto: (A) apenas a polpa, (B) polpa e extrato aquoso da casca e (C) fruto inteiro. As bebidas foram avaliadas quimicamente após um ano de maturação, por meio das seguintes análises: pH, sólido solúveis totais, acidez total titulável, acidez volátil, extrato seco reduzido, dióxido de enxofre total e sulfatos totais; etanol e compostos fenólicos. As análises de pH e sólidos solúveis totais não variaram entre si de forma significativa, apresentando valores de 2,96±0,04 e 6,18±0,03 °Brix, respectivamente. Quanto à graduação alcoólica, apesar de todas as bebidas fermentadas apresentarem valores de acordo com a legislação para fermentado alcoólico (de 4 a 14 %v/v), foram observadas diferenças nos valores absolutos de álcool, sendo 9,66% para A; 9,10% para B e 8,9% para o processo C. Todas as bebidas apresentaram valores de acidez total titulável superior ao limite estabelecido para legislação de vinho (50 a 130 mEq/L), com valores de: 141,918 mEq/L (A), 151,28 mEq/L (B) e 173,6 mEq/L (C). O mesmo ocorreu para a acidez volátil que deve ser no máximo até 20 mEq/L. Os valores encontrados nesta análise foram em média de 36,06± 2,49 mEq/L. Quanto ao teor de extrato seco reduzido os valores obtidos (17,52 g/L para (A); 21,92g/L para (B) e 22,86 g/Lpara (C) estão de acordo com a legislação que preconiza 13 g/L em vinhos. A quantidade de dióxido de enxofre total presentes em todos os vinhos foi suficiente para inibir proliferação microbiana sem prejudicar a sua qualidade, apresentando valor inferior a 350ppm, valores preconizados para vinhos.Os resultados dos teores de compostos fenólicos foram satisfatórios sugerindo que as diferentes formas de processamento influenciaram nos resultados que apresentaram valores de: 132 mg/L no processamento (A), 312 mg/L no (B) e 430 mg/L no (C). Com base nos dados obtidos foi possível concluir que as diferentes formas de extração do mosto influenciam na qualidade química da bebida e que mostos preparados com adição da casca contribuem positivamente nas características visuais, bem como no maior teor de compostos fenólicos Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 68 EFEITOS DE PROCEDÊNCIAS E PROGÊNIES NA EXPRESSÃO DE CARACTERÍSTICAS DENDROMÉTRICAS NO PEQUIZEIRO Camilla M. Botelho, Paulo Henrique R. dos Santos, Vinícius O. B. Lima, José S. C. Fernandes, Reynaldo Campus Santana Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O pequi é uma fruta muito apreciada pela população do Cerrado, bioma de sua ocorrência, e é o sustento de muitas famílias que, talvez pela falta de conhecimento suficiente para a domesticação da espécie, exploram o pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) intensamente sem se importarem com sua propagação. O conhecimento apropriado das variáveis dendrométricas é essencial para uma estratégia de manejo adequada. O presente trabalho tem por objetivo avaliar o efeito de procedências e progênies na expressão de características dendrométricas em Pequizeiros. O experimento foi instalado em 2005 no município de Carbonita, MG, numa propriedade da SADA Bio-Energia e Agricultura Ltda, com 31 progênies, cinco oriundas da Fazenda Experimental do Moura (Curvelo, MG) e 26 do Parque Estadual do Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto, MG), num Delineamento em Blocos Casualizados (DBC) com seis repetições, cinco covas por parcela e uma muda por cova. Os indivíduos foram avaliados aos cinco anos de idade para as seguintes variáveis: DAS (diâmetro a 0,30m do solo em cm), H (altura total em metros), Hf (altura de inserção da copa em metros), Hs (altura do solo em metros), DC (diâmetro da copa em metros) medidos na linha e entre linha, EC (espessura de casca em cm) e NG (número de galhos). Dos 930 indivíduos, 161 foram desconsiderados por estarem pequenos (menores que 1m de altura) ou mortos. Verificou-se que os efeitos de populações e de matrizes dentro da população de Rio Preto foram significativos (P<5%) para todas as variáveis, exceto NG dentro da referida população. Já os efeitos de matrizes dentro da população de Curvelo só foram significativos para as variáveis H e Hf. Para espécies perenes a literatura reporta, em geral, baixa e alta variabilidade entre e dentro de populações, respectivamente. No presente trabalho esta tendência foi confirmada para a população de Rio Preto. A baixa significância dos efeitos de progênies observada dentro das progênies de Curvelo bem como a alta significância para os efeitos de populações deve ser devido ao pequeno tamanho desta população. As cinco matrizes de Curvelo, das quais se colheram sementes para a instalação do experimento, foram as únicas que as produziram em quantidade suficiente. É possível que a maior produção de sementes por estas matrizes naquele ano esteja de alguma forma correlacionada com as respectivas variáveis dendrométricas já que geraram descendentes inferiores aos da população de Rio Preto para todas as variáveis. Apoio: CNPq, FAPEMIG, IEF, SECTES, FUNDAEP, SADA XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 69 EFICIÊNCIA DE ABSORÇÃO, TRANSPORTE E UTILIZAÇÃO DE MACRONUTRIENTES POR MUDAS DE PINHÃO MANSO CULTIVADAS EM SOLUÇÕES NUTRITIVAS Thassio M. Reis, Enilson B. Silva, Bruna M. Leão, Marcelo Dourado, Bárbara M. C. e Castro e Aline J. Freire. Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO O pinhão-manso (Jatropha curcas L.), embora seja uma planta conhecida e cultivada na América desde tempos remotos e disseminada por todas as áreas tropicais e algumas áreas temperadas, ainda se encontra em processo de domesticação. Somente nas últimas três décadas passou a ser estudado agronomicamente (Saturino et al., 2005). A produção das culturas é afetada pela eficiência nutricional. O termo eficiência nutricional esta relacionado com às eficiências de: Absorção que indica a capacidade da planta em “extrair” nutrientes do meio de cultivo (solução nutritiva); de transporte que indica a capacidade da planta em converter o nutriente absorvido em matéria seca; de uso ou utilização que segundo Gerloff & Gabelman (1983) é a capacidade de uma planta redistribuir a reutilizar os elementos minerais de um órgão mais velho e senescente caracteriza a eficiência do uso no metabolismo do processo de crescimento. Este processo pode ser chamado de eficiência de utilização. O estudo nutricional de plantas cultivadas em solução nutritiva pode ser influenciado pelo tipo de solução utilizada, afetando desta forma seu adequado crescimento. Com este trabalho, objetivou-se a exigência nutricional de mudas de Pinhão-manso, cultivados em quatro diferentes soluções nutritivas. O delineamento experimental empregado foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, tendo como tratamento as quatro soluções. Como solução padrão foi utilizada a Hoagland, comparada à outras três soluções. O experimento foi conduzido em condições de casa-de-vegetação, em recipiente plástico com 3 litros de capacidade. Após 150 dias do transplantio, foram determinados a matéria seca e o teor de nutrientes, inferindo-se o conteúdo dos macronutrientes na planta. As soluções nutritivas de Hoagland, de Clark, de Castellane & Araújo e de Furlane, não apresentaram diferença significativa para o a eficiência de absorção, transporte e utilização dos macronutrientes pelas mudas de pinhão manso nessas soluções. Para analise do acumulo de nutriente e matéria seca na parte aérea também não foi observada nenhuma diferença significativa. Já para acumulo de nutrientes na raiz houve diferença significativa para o fósforo, onde o Maximo acumulo foi verificado no tratamento com a solução de Castellane & Araújo e o mínimo foi observado para Clark; Para o Cálcio também houve diferença com um Maximo observado para Castellane & Araújo e o mínimo para a solução de Hoagland. Concluiu-se que nenhumas das soluções apresentaram diferença significativa para os tratamentos utilizados nesse experimento. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 70 EFICIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO NUTRICIONAL PARA CINCOS ESPAÇAMENTOS DE EUCALIPTO Bruno O. Lafetá, Reynaldo C. Santana, Gilciano S. Nogueira, Márcio L. Silva, Jadir V. Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A eficiência de utilização nutricional (EUN) é uma quantificação do quanto de biomassa é possível produzir em um compartimento vegetal a partir de uma quantidade de nutrientes. Sua avaliação em híbridos interespecíficos de eucalipto é desejável para a manutenção da sustentabilidade da produção florestal, sobretudo, em condições de escassez de nutrientes no solo e limitações hídricas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do espaçamento de plantio na eficiência de utilização nutricional no tronco de um híbrido de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden x Eucalyptus camaldulensis Dehnh aos 7 anos. A instalação do experimento foi em dezembro de 2002 na fazenda Campo Branco de propriedade da Arcellor Mittal, no município de Itamarandiba-MG. Foi conduzido um delineamento em blocos ao acaso com cinco tratamentos e três blocos. A distância entre linhas foi fixada em 3,0m. Os tratamentos foram constituídos variando-se a distância entre plantas de 0,5m (T1); 1,0m (T2); 1,5m (T3); 2,0m (T4) e 3,0m (T5). Foi tomada uma árvore modelo em cada parcela experimental. A biomassa do tronco foi obtida isolando-se a casca do lenho com auxílio de duas lonas, imediatamente após o abate, para se realizar a pesagem do material experimental úmido. Coletaram-se 300 g de cada compartimento, acondicionadas em sacos de polietileno e transportadas ao laboratório de Manejo Florestal do Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri para secagem a 65 ºC até peso constante, em estufa com circulação forçada de ar. As amostras secas foram encaminhadas ao Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa para análise química foliar (N, P, K, Ca, Mg, S e Zn) de rotina. Os resultados da EUN, em Kg de biomassa/Kg nutriente, apresentaram normalidade segundo teste de Lilliefors e homogeneidade por Cochran. Realizou-se ANOVA e teste de Tukey a 5,0 % de probabilidade utilizando o software Statistica 7.0. A significância estatística foi observada a nível de tratamento apenas para o zinco (p < 0,05). Os testes de médias seguiram os seguintes resultados, em Kg de biomassa/Kg de Zn, para os tratamentos: 131171,76 b (T1); 166759,14 ab (T2); 211431,63 a (T3); 189499,83 a (T4) e 174533,59 ab (T5). A densidade populacional não interferiu na EUN dos macronutrientes, portanto a absorção destes no tronco foi semelhante. A EUN pode ser um caráter genético cuja interação é baixa ou nula com o ambiente, exceto quando se avalia micronutrientes. Conclui-se que o espaçamento de plantio pode afetar a eficiência de utilização nutricional no tronco, quanto ao zinco, do híbrido E. grandis x E. camaldulensis. A EUN pode tornar mais sustentável a atividade florestal por minimizar possíveis intervenções antrópicas no povoamento decorrentes de análises destrutivas. Apoio: CNPq, UFVJM, UFV, ARCELLOR MITTAL XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 71 EQUAÇÃO DE REGRESSÃO PARA ESTIMAR DIÂMETRO DE COPA EM FUNÇÕES DO DIÂMETRO A 0,30M DE ALTURA PARA EREMANTHUS SP. (DC.) MCLEISH. EM UMA ÁREA DEGRADADA EM DIAMANTINA-MG Lidia G. Santos, Leonidas S. M. Junior, Israel M. Pereira, Márcio L. R. de Oliveira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Quando se tem indivíduos de candeias crescendo naturalmente sem nenhum tipo de trato cultural como o desbaste, faz com que a espécie se desenvolva de forma desordenada, ocupando o espaço e absorvendo a luminosidade requerida. Sendo assim, a candeia apresenta um pequeno fuste, seguido de uma grande copa. Devido a esse modelo de estrutura da espécie, o diâmetro usualmente medido é a 30 cm de altura chamado de DAS, sendo este diâmetro usado para estudo da estrutura do povoamento. Entretanto outro diâmetro importante para estudo principalmente de dominância é diâmetro de copa. Diante disto o objetivo deste trabalho foi o de estudar a relação entre diâmetro de copa em função do DAS utilizando equações de regressão. Este trabalho foi realizado em área de regeneração natural localizada no antigo lixão do município de Diamantina, Minas Gerais. Foram mensurados todos os indivíduos com DAS maior ou igual a 5cm. Além do diâmetro (DAS) foi mensurada a altura total (Ht) e o diâmetro de copa onde foram realizadas duas medições perpendicularmente. Foram ajustados modelos que estimassem o diâmetro de copa em função do DAS, e do DAS e da altura total, já que a variável altura pode melhorar o ajuste pela alta correlação com o diâmetro de copa. Dentre os modelos testados o de Schumacher & Hall na forma linear apresentou melhor desempenho, pois seu coeficiente de determinação foi de 0,5715, o que pode afirma que 57% da variação total de copa pode ser explicado pelas variáveis altura e DAS. O mesmo modelo foi utilizado novamente, sem a variável altura, a qual apresentou um coeficiente de determinação de 0,5251. O erro padrão encontrado foi de 1,19m para o modelo com a altura, e de 1,20m para o modelo só com o DAS. Os valores dos erros padrões ficaram muito próximos, o qual permite o uso das duas equações. A análise de resíduos para as duas equações atenderam as premissas, tendo uma distribuição normal e uniforme, em torno de 20%, demonstrando mais perfeição à equação com as variáveis DAS e altura. A escolha da melhor equação vai depender das variáveis mensuradas, ou seja, do objetivo do inventário. A equação com a variável DAS e altura apresentou uma pequena superioridade quando comparada com a equação do diâmetro de copa em função apenas do DAS. Deve-se lembrar que medir a altura de todas as árvores torna o inventário mais lento quando comparado com a medição apenas de diâmetro. O ajuste de equações de regressão para estimar o diâmetro de copa pode facilitar para estudos que há a necessidade deste diâmetro, porém no inventário esta variável não foi mensurada para indivíduos de candeia. Apoio: FAPEMIG,UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 72 EQUAÇÕES VOLUMÉTRICAS AJUSTADAS PARA VIROLA SURINAMENSIS EM UMA FLORESTA DE VÁRZEA NO MUNICÍPIO DE AFUÁ-PA Marcos Paulo Costa Barcelos Dias ; João Ricardo Vasconcellos Gama; Helio Garcia Leite; Marcio Leles Romarco de Oliveira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A Amazônia é considerada a mais importante reserva de diversidade do mundo com a maior cobertura de floresta tropical do planeta. As florestas de várzeas localizam-se nas áreas inundáveis deste bioma e seus recursos são uma das principais fontes de renda da população ribeirinha. A exploração da espécie Virola surinamensis Warb tem destaque na região devido à versatilidade da sua madeira, que pode ser usada para diversos fins como na produção de compensados, laminados e fabricação de cabos de vassoura. O manejo florestal é uma forma de tornar sustentável a exploração deste importante recurso e para isso, é imprescindível quantificar o estoque de madeira de cada espécie. Normalmente, para se obter essas informações são empregadas equações volumétricas que são alimentadas por variáveis de fácil obtenção, como diâmetro à altura de 1,30 m do solo (DAP) e altura total do indivíduo. Diante disto, o objetivo desse trabalho foi avaliar equações volumétricas e apresentar a mais indicada para estimar o volume da Virola. O estudo foi realizado em uma floresta não explorada de várzea baixa localizada no rio Medonho, município de Afuá, ao norte do Estado Pará. Foram utilizadas nesse estudo uma amostragem de 93 árvores. Após a medição dos DAP, as árvores foram abatidas e mensuradas as alturas de toco, do fuste e da copa, sendo a altura total o somatório destas. Para fins de cálculo de volume foram medidos os diâmetros a 1%, 2%, 3%, 4%, 5%, 10% e a partir daí foram tomados de 10 em 10% da altura de fuste. Com estas medidas o volume foi determinado utilizando a fórmula de Smalian. Os dados coletados passaram por uma criteriosa consistência para verificar a presença de outilier. Foram testados 3 modelos volumétricos, selecionados na literatura florestal modelo 1: Ln V=b0+b1Ln(DAP2.H)+e; modelo2: Lnv= b0+ b1 Ln(DAP)+ b2 Ln(H) + e; modelo 3: Ln V= b0+ b1 Ln(DAP)+ b2(DAP) + e. A seleção dos melhores modelos foi realizada baseada no maior coeficiente de determinação (R2); no menor erro-padrão da estimativa (Svv); significância dos parâmetros dos modelos ao nível de significância de 5% pelo teste t ; e analise gráfica dos resíduos porcentuais. Após os ajustes, observou os seguintes resultados para os parâmetros do modelo: equação 1: b1= -10,446277; b1= 0,997806; equação 2: b0=-10,253192; b1= 2,078033; b2= 0,839720; equação 3: b0= -10,223390; b1= 2,917788; b2= -0,011089, além das estatísticas, (R2): 0,96; 0,96; 0,95 e Svv(%):1,72; 1,76; 1,92, respectivamente. Nota-se que todas as equações possuíram valores de parâmetros estatísticos semelhantes, mas com uma pequena inferioridade do modelo 3, sendo assim eliminada. Ao analisar os gráficos de resíduos verificou-se uma melhor distribuição para o modelo 1. As equações 1 e 2 podem ser usadas para estimar o volume para árvores de Virola. Apoio: DEF/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 73 ESTABELECIMENTO IN VITRO DE GEMAS AXILARES DE PEQUI (CARYOCAR BRASILIENSE CAMB.) Vinicius Rabelo Fernandes, Luciana Coelho de Moura, Tamires Pinto Moreira, Breno Ítalo Durães Santana, Reynaldo Campos Santana, Miranda Titon Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O pequi (Caryocar brasiliense Camb.) é uma espécie nativa do Brasil, que apresenta alto valor econômico, devido a sua larga utilização para diversos fins e importância social. A produção de mudas tem sido realizada principalmente por sementes, no entanto, as sementes apresentam dormência, tornando a germinação baixa e lenta, dificultando a produção de mudas. A micropropagação via gemas axilares representa uma alternativa para produção de mudas de pequi. As espécies lenhosas apresentam dificuldades para o estabelecimento in vitro, pois podem apresentar infestação interna ou externa por microrganismos. Portanto, a desinfestação dos explantes é um ponto fundamental. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a desinfestação de explantes de pequi sob o efeito de diferentes concentrações e tempos de imersão em hipoclorito de sódio. Utilizou-se como explantes segmentos nodais com, aproximadamente, 2 e 4 cm de comprimento, contendo pelo menos uma gema axilar, coletados em mudas mantidas em área de rustificação do CIPEF/UFVJM e tratadas com fungicida Cuprogarb 500 (3g/l) 2 semanas antes da coleta. No Laboratório de Melhoramento Florestal do CIPEF/ UFVJM, os explantes foram previamente lavados em água detilada e imersos em solução fúngica (ORTHOCID 1g.L-1) por 5 minutos. Em câmera de fluxo laminar, os explantes foram enxaguados com água deionizada e autoclavada, imersos em álcool 70% por 30 segundos e, em seguida, em solução de hipoclorito de sódio a 2,5 ou 5% por 20 ou 30 minutos, sendo adicionado 4 a 5 gotas de Tween 20 para cada 100ml de solução. Os explantes foram novamente enxaguados com água deionizada e autoclavada e inoculados em tubos de ensaio contendo 10 ml do meio de cultura WPM, contendo 50% dos sais e vitaminas e suplementado com 100 mg L-1 de inositol, 1g L-1 de PVP, 15 g L-1 de sacarose e 7 g L-1 de ágar. Merck ® . O pH do meio foi ajustado para 5,7 ± 0,01 , os tubos foram autoclavados à temperatura de 120ºC e pressão de 1atm por 15 minutos e mantidos em sala de Cultura de Tecidos com fotoperíodo de 16 horas de luz e 8 horas de escuro, sob intensidade luminosa de 2000 lux e temperatura de 27ºC ± 2. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x2 (concentração x tempo de imersão de hipoclorito de sódio) com 4 repetições e 5 explantes por repetição. Verificou-se, após 15 dias, em todos os tratamentos, 100% de contaminação por fungos e 100% de oxidação. A oxidação ocorre devido à liberação de compostos fenólicos pelo tecido vegetal injuriado o que pode ser reduzido mantendo-se os explantes no escuro nas duas primeiras semanas da introdução ou com o uso de aditivos antioxidantes no meio de cultura. Com relação à contaminação, outros agentes desinfestantes devem ser investigados, assim como o tratamento mais efetivo das mudas fornecedoras dos explantes. Apoio: IEF, FAPEMIG e FUNDAEPE. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Bárbara G. Ribeiro, Maria José H. de souza, Fulvio Cupolillo 74 ESTIMATIVA DA EROSIVIDADE DA CHUVA EM DIAMANTINA – MG (1977-2009) Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGROMETEOROLOGIA O processo erosivo e sua intensidade dependem principalmente das condições climáticas da região, fatores relacionados à topografia, cobertura do solo e às propriedades do mesmo. A erosividade da chuva é função da quantidade, intensidade e duração da mesma. A necessidade de obter uma metodologia capaz de avaliar os fatores que causam a erosão hídrica e de estimar perdas anuais de solo resultou no desenvolvimento da Equação Universal de Perdas de Solo. Para sua utilização, é necessário o levantamento de vários fatores dentre eles a Erosividade das Chuvas (R), que permite a avaliação do potencial erosivo das precipitações de determinado local. Neste trabalho objetivou determinar e estudar o índice de erosividade da chuva (R) em Diamantina, Minas Gerais. O trabalho foi desenvolvido nas dependências da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina, Minas Gerais. Foram utilizados dados diários de precipitação obtidos juntos ao 5° Distrito de Meteorologia – 5° DISME – pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os dados utilizados neste estudo compreendem os anos de 1977 a 2009. Calculou-se a média mensal de cada ano e com os valores encontrados foi possível determinar valores médios de precipitação mensal do período estudado. Desta forma, a equação pode ser aplicada para que fosse determinado o fator erosividade (R) da região. O fator R (erosividade das chuvas) permite a avaliação do potencial erosivo das precipitações de determinado local, sendo possível conhecer a capacidade e o potencial da chuva em causar erosão no solo. O cálculo desse fator é o somatório dos valores mensais do EI30 (média mensal do índice de erosividade das chuvas). Os resultados encontrados demonstram que os meses de Junho e Julho apresentam os menores índices de precipitação. Os meses de Janeiro e Dezembro representam os maiores índices, correspondendo a 40,92% do total precipitado, seguidos dos meses de Novembro, Março e Fevereiro respectivamente que representam 38,86% do total. Com relação aos valores do EI₃₀ encontrados, percebe-se que os menores valores foram nos meses de Junho e Julho, por outro lado os maiores valores foram encontrados nos meses de Dezembro e Janeiro. O fator erosividade (R) encontrado foi 8340,46 MJ.mm.ha-1.ano-1. Desta forma pode-se concluir que Diamantina se enquadra como sendo uma região de alta erosividade uma vez que o fator erosividade (R) encontrado foi de 8340,46 MJ.mm.ha-1.ano-1. O maior índice de erosividade encontrado foi no mês de Janeiro (2308,86 MJ.mm.ha-1.ano-1) coincidindo com o mês mais chuvoso (303,79mm), e o mês de Junho apresentou o menor índice de erosividade, (4,35MJ.mm.ha-1.ano-1) sendo este o mês de menor precipitação (7,58mm). Apoio: FAPEMIG, UFVJM, INMET XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 75 ESTIMATIVA DAS PERDAS DE NUTRIENTES EM FLORESTA PLANTADA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO EVANGELISTA – MG Jadir V. da Silva, Claudionor C. da Costa, Dênniel T. Coelho Pinheiro, Márcio L. da Silva, Bruno O. Lefetá, Gilciano S. Nogueira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Um dos impactos negativos da erosão hídrica é perda de nutrientes do solo em conseqüência do processo do escoamento superficial, que resulta na lixiviação imediata de nutrientes da camada orgânica do solo. Torna-se necessário quantificar essas perdas, para tomar medidas quanto à conservação e manejo do solo, para evitar prejuízos econômicos e ambientais, bem como a eutrofização e o assoreamento dos corpos d’água. Em vários estudos encontra-se a comprovada eficiência da cobertura vegetal propiciada pela cultura do eucalipto, no que diz respeito ser uma barreira contra a perda de solo causada pela erosão hídrica, mas é uma incógnita a eficiência da floresta no que diz respeito à perda de nutrientes, neste processo natural de erosão. Neste intuito, o objetivo deste estudo foi realizar estimativa das perdas de fósforo (P), potássio (K), magnésio (Mg) e cálcio (Ca) no sedimento erodido e comparar as variações da matéria orgânica (MO), potencial hidrogeniônico (pH) e capacidade de troca catiônica efetiva (CTC) do solo com os sedimentos carreados por erosão hídrica em cultura de eucalipto sob chuva natural. Para as coletas das amostras de solo erodido foi instalado um tratamento na floresta de eucalipto (clone híbrido Eucalyptus grandis x Eucalyptus uroplhylla) pelo método de parcela padrão com dimensões de 12 x 24 m em sentido do declive. As coletas foram feitas no período compreendido entre janeiro a abril de 2009 após cada evento de chuva erosiva assim classificada, cujos registros foram maiores que 10 mm h-1, com intensidade máxima acima de 3,6 MJ. O solo em estudo foi classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico. As amostras de solo foram retiradas dos tanques de coletas de sedimentos e encaminhadas ao laboratório de análise química de solos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais – campus São João Evangelista, onde os sedimentos foram secados e analisados de acordo com o padrão de rotina análises do laboratório. De maneira geral, foi observado que o solo em estudo apresentou baixa perda de nutrientes, no período analisado. O Ca foi o elemento que mais se perdeu por escoamento superficial, seguido de Mg, K e, o P foi o elemento que teve a menor perda. A MO apresentou iguais concentrações tanto para o solo de origem quanto para os sedimentos. Os sedimentos apresentaram maiores valores de pH, CTC e nutrientes que o solo original. Enfim, as perdas totais de nutrientes foram de 11,42 kg ha-1 representadas por 63% de Ca, 18% de Mg, 13% de K e 6% de P. O pH e CTC apresentaram um aumento das suas concentrações nos sedimentos erodidos e a MO não apresentou variações. Apoio: IFMG – campus São João Evangelista XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 76 ESTOQUE DE CARBONO ORGÂNICO E ESTIMATIVA DA FITOMASSA DE ESPÉCIES DE UMA TUFEIRA NA APA PAU DE FRUTA EM DIAMANTINA-MG Vinicius Evangelista Silva, Rafaela Dias de Aragão Freire, Alexandre Christofaro da Silva, Ana Maria Martins Botelho, Uidemar Morais Barral, Diêgo Faustolo Alves Bispo, Márcio Luiz da silva Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO A turfeira é um produto da decomposição de vegetais, que se desenvolvem e se acumulam em ambientes saturados com água, sendo o estágio inicial da seqüência de carbonificação. A fitomassa é um importante aspecto para a caracterização estrutural dos ecossistemas, pois expressa o potencial de acumulação de energia e nutrientes pela biota em interação com os fatores ambientais, e, em estado clímax, a produção é equiparável à decomposição. A fitomassa participa de forma marcante no ciclo global do carbono, armazenando em torno de 85% de todo o carbono terrestre acima do solo, e sequestrando entre 1 e 4 x109 toneladas deste elemento de forma bruta, por ano, dependendo das condições atmosféricas. As turfeiras podem ser consideradas como sumidouros de carbono, pois, geralmente, estão associadas, a corpos d’ água, o que as tornam Áreas de Preservação Permanente (APP), sendo ilegal a intervenção na vegetação. A Turfeira estudada localiza-se no município de Diamantina (MG) e está inserida na Área de Preservação Ambiental - APA Pau-de-Fruta e é de propriedade da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA – MG). Ocupa uma área de estende por 81,75 ha e abriga a cabeceira do Córrego das Pedras, manacial que abasrece a população urbana de Diamantina. Para quantificar e qualificar a biomassa e a composição química vegetal, foram avaliadas espécies de duas fisionomias de cerrado que colonizam a turfeiras: Campo Limpo Úmido e Floresta Estacional Semidecidual. Para a estimativa da fitomassa do Campo Limpo Úmido foram instaladas 3 parcelas de 0,5 X 0,5 metros sendo os materiais separados em parte aérea e raiz. Para amostragem dos capões de mata, foram instaladas 3 parcelas de 0,5 X 0,5 metros onde todos os indivíduos foram separados em galhos, folhas, troncos e cipós. Assim, todo o material foi pesado individualmente e calculados a porcentagem de fração de galhos, folhas, troncos e miscelânea, sendo o mesmo seco em estufa a 55°C e novamente pesado e multiplicando-se a massa seca pelo fator de conversão de massa seca para carbono orgânico de 0,5 foi determinada a massa de carbono. Para a amostragem da turfeira foram escolhidos três locais representativos em cada fitofisionomia, sendo coletadas amostras de 5 cm a 50 cm de profundidade, totalizando 10 amostras em cada ponto e 60 amostras no total. As amostras foram secas em estufa a 55°C, pesadas e o teor de carbono foi determinado em analisador elementar CHS. A fitofisionomia de Floresta Estacional Semidecidual armazena 137,8 toneladas ha-1 de carbono orgânico e o Campo Limpo Úmido armazena 17,18 toneladas ha-1 de carbono orgânico. Na vegetação da Turfeira da APA Pau-deFruta estão estocados 1.718,2 Mg.ha-1 de carbono orgânico. Os organossolos da turfeira da APA Pau-de-Fruta armazenam 33.129,7 Mg de carbono orgânico, mais de 13 vezes o total armazenado pelos ecotipos vegetais que os colonizam. Apoio: CAPES, FAPEMIG e CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 77 ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NA FAZENDA EXPERIMENTAL DO MOURA, CURVELO, MG Arthur. D. Vieira; Evandro. L. Machado; Milton. S. Meira-Junior; Thiago. J. O. Otoni; Stênio. A. P. Franco ; Any.C. P. Rodrigues Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O estudo da distribuição diamétrica de uma floresta pode explicar parte da sua estrutura. Esse tipo de estudo consiste na medição dos diâmetros dos troncos que no caso de florestas tropicais pode refletir a idade dos indivíduos. Tendo em vista que a maioria das espécies de florestas tropicais não apresentam anéis de crescimento visíveis, a determinação da idade através do diâmetro é grande importância. Além disso, a análise da distribuição diamétrica permite inferir sobre o passado e o futuro da comunidade. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a distribuição diamétrica dos indivíduos em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual Ciliar, localizado no município de Curvelo, MG. Foram alocadas sistematicamente 25 parcelas com dimensões 10 × 40 m, totalizando uma área amostral de 1,0 ha. As parcelas foram instaladas no fragmento ao entorno do curso d’água, com uma distância mínima de 40 m da borda, entre as parcelas fixou-se uma distância de 30 m e entre as linhas 60 m. Todos os indivíduos vivos encontrados nas parcelas com diâmetro à altura do peito (DAP) > 5,0 cm foram mensurados com auxilio de uma fita métrica. Além do fuste principal, aquele que possui maior diâmetro, indivíduos que possuíam outros fustes que atendiam o critério de inclusão foram medidos. Os indivíduos foram distribuídos em classes diamétricas com intervalos de amplitude crescente, esse critério de amplitude foi adotado para compensar o acentuado decréscimo no número de indivíduos nas maiores classes de diâmetro, isso é esperado por se tratar de uma floresta inequiânea que tem a característica de apresentar uma distribuição em exponencial negativo, conhecido como J-invertido. Com isso os indivíduos foram divididos em cinco classes: classe I (5-10 cm), classe II (10-20 cm), classe III (20-40 cm) e classe IV (40-100 cm). Foram mensurados 1.192 fustes, sendo que 661 encontram-se na classe I, 272 na classe II, 219 na classe III, 40 na classe IV. A forma com que os indivíduos se distribuíram nas classes mostra que houve um forte decréscimo da densidade nas classes de tamanhos maiores, situação característica para esse tipo de fitofisionomia. Em função disso pode-se afirmar que o fragmento encontra-se em pleno desenvolvimento em direção a estádios mais avançados, levando em consideração o grande número de indivíduos jovens que irão suceder aqueles que já se encontram em processo de senescência. Apoio: CNPq,UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 78 ESTUDO FITOSSOCIOLÓGICO DA REGENERAÇÃO NATURAL PARA CONSERVAÇÃO DO CERRADO STRICTO SENSU Raissa R. P. Silva, Daniel A. Chaves, Israel M. Pereira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O Cerrado é o Bioma que apresenta a segunda maior extensão territorial brasileira, sendo inferior apenas a Amazônia, porém, tem sido devastado intensamente para ocupação de fronteiras agropecuárias. O Cerrado Stricto Sensu é a fitofisionomia predominante do Bioma Cerrado e ainda mantém em seus remanescentes uma rica biodiversidade a ser preservada. Estudos florísticos e fitossociológicos combinados com o estudo do processo de regeneração natural desses ambientes permitem conhecer e aplicar técnicas de conservação, preservação, manejo e recuperação desse bioma. Com o estudo da regeneração natural através das plântulas do sub-bosque é possível conhecer a similaridade de espécies da regeneração natural e do estrato arbustivo-arbóreo de um cerrado Stricto Sensu, assim como a diversidade desses ambientes e a estrutura das espécies neles contidas para fins de manejo florestal. O inventário de plântulas do sub-bosque realizado em um fragmento de Cerrado Stricto Sensu na fazenda experimental do Moura, teve como objetivo verificar a freqüência das famílias e espécies existentes no local, além de analisar o índice de valor de importância relativo e ampliado. O local de estudo faz fronteira com um lixão que serve de área tampão e também com a estrada que vai para Cordisburgo MG, apesar deste fato o cerrado apresenta-se em bom estado de conservação. A coleta dos dados foi realizada dentro de 15 parcelas permanentes (20x50 m) previamente instaladas na área, alocando-se aleatoriamente em um dos vértices da parcela permanente uma unidade amostral de dimensão 10x10 m. Os indivíduos acima de 10 cm de altura e com no máximo 5 cm de diâmetro na altura do solo foram qualificados. Com os dados coletados foi feita uma análise sucinta que nos permitiu as seguintes conclusões: o ambiente em estudo possui uma regeneração natural em bom estado de conservação, com capacidade de manter a sucessão do estrato arbóreo. Constatou-se 73 espécies dentro de 34 famílias. A família Fabaceae Caesalpinioideae (7) foi a que obteve maior número de espécies, seguida pela família Erythroxylaceae (5) e Fabaceae Faboideae (5). Cinqüenta por cento do índice de valor de importância foi ocupado por onze espécies principais: Magonia pubescens, Aspidosperma tomentosum, Bauhinia rufa, Erythroxylum campestre, Qualea grandiflora, Kielmeyera coriaceae, Qualea parviflora, Piptocarpha rotundifolia, Peritassa campestris, Astronium fraxinfolium. A maioria dos indivíduos concentra-se em estágio juvenil, o que permite grandes chances de desenvolvimento até o estágio adulto. Outro fator positivo para o processo de sucessão é a alta diversidade de espécies incidentes na área de estudo. Apoio: PROBIC/PIBIC XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Rodrigo A. Moreira, Richard Celso A. Moreira, Maria do Céu M. da Cruz 79 ETHEPHON NAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DE TANGERINA ‘PONKAN’ Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA Informações sobre o comportamento fisiológico da tangerineira mediante a aplicação de fitorreguladores, capazes de promover o raleio químico, são fundamentais para o manejo da cultura com o intuito de se obter melhores características físicas e químicas das frutas. Dessa forma, o trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o efeito das diferentes concentrações de Ethephon nas características físicas e químicas de frutas de tangerineira ‘Ponkan’ (Citrus reticulata Blanco), com doze anos de idade, enxertadas em limoeiro ‘Cravo’, no município de Perdões, MG. Foram testadas cinco concentrações de Ethephon: 0; 200; 400; 600 e 800 mg/L, aplicadas quando as frutas estavam no estádio de desenvolvimento de 25 a 30 mm de diâmetro transversal, em janeiro de 2009. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições e a parcela foi constituída de quatro plantas. Em julho de 2009 foram colhidas 20 frutas maduras por parcela na altura mediana da copa para avaliação das seguintes características: diâmetro transversal (mm), diâmetro longitudinal (mm), massa (g), espessura da casca (mm), sólidos solúveis (°Brix), acidez titulável (%), ratio e açucares (%). O raleio químico promovido pela aplicação de Ethephon melhorou as características físicas e químicas das frutas de tangerineira ´Ponkan’. As concentrações utilizadas para promover o raleio não devem ultrapassar 600 mg/L de Ethephon para evitar o estresse das plantas. Apoio: UFLA, CNPq, CAPES XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 80 EXTRAÇÃO DE TANINOS CONDENSADOS DA CASCA DO FRUTO DE HYMENAEA STIGONOCARPA Rebecca A. Fiore, Elizzandra Marta M.Gandini, Andrezza Mara. M.Gandini,Valéria A .Costa, Luis Carlos Couto. Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Torna-se cada vez mais claro o fato de que as florestas proporcionam uma gama enorme de outros produtos que não apenas a madeira propriamente dita. Dentre estes estão os taninos, polifenóis de origem vegetal, muito utilizados nas indústrias de tintas e curtimento de pele animal em couro. A classe de maior uso tem sido a dos taninos condensados que representam cerca de 90% da produção mundial de taninos comerciais. A família das leguminosas abrange muitas espécies com potencial para extração de taninos, porém no Brasil são poucos os trabalhos desenvolvidos. Tendo em vista o valor comercial destes extrativos e a busca por novas fontes dessa substância, o objetivo deste trabalho foi verificar o teor de taninos condensados na casca do fruto de Hymenaea stygonocarpa para conferir o potencial de extração desta espécie. O experimento foi conduzido no Laboratório de Nutrição Animal na UFVJM. As cascas dos frutos de jatobá foram previamente secas em estufa à uma temperatura de 65°C por 72 horas e posteriormente moídas em moinho tipo Willey em partículas de 5 e 3 mm. Pesou-se 20g de amostra combinada (50% malha 5mm, 50% malha de 3 mm) e colocouse em saquinhos de pano previamente pesados. A extração foi realizada utilizando-se bécker de 1000 mL contendo 800 mL de água destilada e 20 g de amostra, permanecendo estas por 4 horas em fervura. Os tratamentos foram compostos por: sulfito de sódio e metabissulfito de sódio em quatro concentrações (0,0g, 0,2g, 0,4g, 0,6g e 0,8g), com três repetições cada. A partir dos extratos aquosos obtidos foram feitas as análises de teor de sólidos totais e de taninos condensados, esta última feita a partir de alíquotas de 100 g de cada extrato aquoso obtido na etapa anterior, segundo a reação de Stiasny (WISSING, 1955). As médias dos resultados obtidas de cada tratamento foram submetidas á analise de variância e comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05). Observou-se na análise de sólidos totais que os tratamentos diferiram entre si, tendo o bissulfito de sódio obtido maior valor (0,574). Entre as concentrações de bissulfito de sódio verificou-se notáveis diferenças, sendo o maior valor para a concentração de 0,8 (0,707). Já para o metabissulfito de sódio não houve diferenças significativas entre as concentrações (0,477). Analisando o teor de taninos observou-se também diferença entre os dois tratamentos, destacando-se o bissulfito de sódio (8,612). Constatou-se diferenças significativas entre as concentrações para os dois tratamentos. Maior teor de extrativo foi observado na concentração de 0,4 para o bissulfito de sódio (12,45) e na de 0,2 para o metabissulfito de sódio ( 9,487). Considerando-se os resultados obtidos através do experimento, nota-se que a extração realizada com bissulfito de sódio gerou maior teor de extrativo do que a feita com o metabissulfito de sódio. Além disso, pode-se concluir que o aumento do teor de sólidos totais foi proporcional ao aumento do teor de taninos condensados. Apoio: IEF, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 81 FUNÇÕES DE TAPER PARA DIDYMOPANAX MOROTOTONII (AUBL.) DCNE ET PLANCHEM. EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS Danilo M. Fonseca, Márcio L. R. de Oliveira, Hélio G. Leite, Gilciano S. Nogueira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Cada vez mais o mercado exige produtos diversificados e de qualidade, e como os produtos florestais não fogem à regra, faz-se necessário utilizar técnicas de quantificação e qualificação desses produtos, entre as quais se têm os modelos de Taper, que resultam em informações sobre o número de toras vinculadas às dimensões mínimas de cada produto a ser obtido do povoamento florestal permitindo um planejamento de produção e logística de transporte e comercialização de madeira, bem como a determinação do volume total e comercial para qualquer diâmetro ou altura especificados. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo ajustar modelos de afilamento em diferentes espaçamentos para a espécie Didymopanax morototonii, a fim de quantificar o sortimento de madeira. Neste experimento foi adotado um modelo em blocos casualizados, com quatro espaçamentos 3x2; 3x3; 3x4; 4x4 m e quatro repetições A, B, C e D, utilizando-se parcelas de 2700 m². Um total de 362 árvores, com idade de 10 anos, provenientes deste estudo, com diâmetros entre 15 e 33 cm e altura total entre 7 e 17 m, foi utilizado para análise. Uma vez que este estudo é apenas parte do experimento descrito, as árvores não puderam ser abatidas para a cubagem rigorosa, assim, elas foram cubadas em pé, com medição do diâmetro com casca a cada 2,0 m ao longo do tronco. Mediuse também a altura até a inserção dos galhos. Foram testados seis modelos, e estes identificados do seguinte modo: Modelo1 – Guimarães e Leite; Modelo 2 –Demaerschalk; Modelo 3 –Ormerod; Modelo 4 –Garay; Modelo 5 –Kozak; Modelo 6 –Kozak modificado. Através do coeficiente de determinação (R²), erro padrão e do gráfico de resíduos foi possível concluir que os modelos de “taper” de Kozak Modificado e de Garay forneceram estimativas mais precisas do diâmetro com casca ao longo do fuste quando comparados com os outros modelos, para todos os espaçamentos, bem como para a população. Todos os espaçamentos, bem como a população como um todo seguiram a mesma tendência de decréscimo do diâmetro ao longo do tronco, ou seja, apresentaram resultados semelhantes entre si. Apesar dos dois modelos apresentarem precisão na estimativa do diâmetro, optou-se por utilizar o modelo de Kozak Modificado (Modelo 6) neste estudo, devido à menor variância apresentada, uma vez que os coeficientes de determinação e as análises gráficas foram similares ao modelo de Garay (Modelo 4). Com a definição do melhor modelo é possível quantificar multiprodutos de Didymopanax morototonii para definir o melhor uso destes indivíduos. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 82 GENOTIPAGEM MOLECULAR DE CLONES DE EUCALYPTUS: DISCRIMINAÇÃO GENOTÍPICA E PARENTESCO COMO AUXÍLIO AO MELHORAMENTO Maiume Rughania, Reynaldo Campos Santana e Marcelo Luiz de Laia Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A cultura do eucalipto tornou-se uma importante atividade econômica em vários países do mundo. Dentre suas principais características podem-se incluir o seu rápido crescimento, alta capacidade produtiva, adaptabilidade a diversos ambientes e grande diversidade de espécies, atendendo, assim, aos diversos setores da produção industrial. Atualmente, dos 6.782.500 ha de florestas plantadas no Brasil, o eucalipto responde por 66,5%. Apesar disso, a demanda ainda é maior do que a oferta. Assim, aumentar a produção é algo necessário e o aumento da produtividade por área plantada parece ser a alternativa mais adequada, haja vista que o aumento da área plantada é quase impossível. O melhoramento genético ocupa local de destaque nessa tarefa, pois pode propiciar um incremento significativo na produtividade sem demandar aumento da área cultivada. Mas, o melhoramento florestal é uma atividade onerosa para o setor, uma vez que os resultados somente são alcançados no médio e longo prazos. Portanto, o melhoramento deve utilizar as mais variadas técnicas e processos, a fim de obter o produto melhorado o mais rápido possível e com o menor custo. Dentre as técnicas auxiliares ao melhoramento convencional, por meio de cruzamentos, pode-se citar as de biologia molecular. Esse conjunto de técnicas permite acessar fenótipos moleculares, como marcadores em nível de DNA, que podem ser utilizados para identificação e discriminação genética, bem como no direcionamento de cruzamentos. Assim, com o objetivo de verificar se determinado grupo de clones elites de uma empresa florestal de Minas Gerais possuía genótipos repetidos com identificação distinta e, ou, indivíduos distintos com a mesma identificação, e a distância genética entre esses diferentes genótipos, procedeu-se a análise genético-molecular dos mesmos. Para tal, folhas dos clones foram coletadas, em áreas de plantio comercial e em áreas de pesquisa (matrizes), e submetidas à análise com marcadores microssatélites. Os resultados das análises permitiram verificar que no grupo de 19 indivíduos, onde se dizia haver 14 genótipos distintos, existem apenas 13. Logo, a empresa pode renomear duas matrizes, uma vez que são os mesmos genótipos. Constatou-se, também, que há cinco grupos bem distintos, sendo mais divergente o genótipo “D” e os mais aparentados os genótipos “K”, “L”, “M”, “O”, “P”, “Q” e “R”. Esses resultados permitirão à empresa certificar que suas matrizes possuem o genótipo desejado, além de permitir que o melhorista escolha os cruzamentos mais divergentes, para obter heterose e novos genótipos, ou os mais aparentados, para obter sementes melhoradas mais homogêneas. Logo, a genotipagem dos matérias genéticos envolvidos no programa de melhoramento é de suma importância. Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, FINEP, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 83 GERMINAÇÃO DE EVOLVULUS LITHOSPERMOIDES, LUDWIGIA ELEGANS E PHYSOCALYX AURANTIACUS Fernanda C. Moreira, Maria Neudes S. Oliveira, Amanda Souza , Eglerson Duarte, Liliane T. Lopes, Lana Ivone B. Cruz e Alice Coelho Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FLORICULTURA, PARQUES E JARDINS Os campos rupestres apresentam uma grande diversidade de espécies com potencial ornamental. Evolvulus lithospermoides Mart. (Convolvulaceae), a azulinha, Ludwigia elegans (Cambess.) H. Hara (Onagraceae), a amarelinha e Physocalyx aurantiacus Pohl (Orobanchaceae), a flor laranja são espécies nativas desse ambiente e apresentam potencial ornamental devido à beleza de suas flores. A flor laranja consta em lista de espécies ameaçadas de extinção e a azulinha floresce várias vezes durante o ano, podendo ser utilizada para forração. O campus II da UFVJM está inserido em ambiente de Campo Rupestre e o paisagismo do mesmo encontra-se em fase de implantação. A introdução de espécies nativas com potencial ornamental no projeto de paisagismo do campus II pode representar vantagens, como baixo custo de implantação e de manutenção. Uma vez que essas espécies são adaptadas às mesmas condições ambientais do campus II. Conhecer a taxa de germinação é efetivamente o ponto de partida quando se deseja utilizar determinada espécie para fins ornamentais. Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a germinação de sementes de três espécies nativas com potencial ornamental. As sementes de azulinha e de amarelinha foram coletadas no campus JK da UFVJM em março/09 e as sementes de flor laranja foram coletadas em área de Campo Rupestre, situada na comunidade de Galheiros-MG, em maio/09. Os testes de germinação foram conduzidos em cinco repetições com 30 sementes cada, mantidos em placas de Petri com papel de filtro umedecido em água destilada e em germinador Mangerlsdorf, a 30ºC até a estabilização da germinação. Avaliou-se a taxa de germinação e o índice de velocidade de germinação (IVG). A taxa de germinação das sementes de flor laranja, amarelinha e azulinha foi de 73, 70 e 20%, respectivamente. A baixa taxa de germinação de azulinha, em relação às outras duas espécies, pode está associada à época de coleta das sementes, pois, muitas das sementes coletadas em fevereiro (mês anterior ao mês de coleta para os testes) apresentaram aspecto esverdeado, o que pode indicar imaturidade. A germinação das sementes de amarelinha, flor laranja e azulinha iniciou aos 5, 18 e 2 dias e estabilizou aos 14, 31 e 28 dias após o semeio, respectivamente. O IVG de amarelinha, de flor laranja e de azulinha foi 2,41; 1,36 e 0,57, respectivamente, indicando que as sementes de amarelinha germinam mais rápido quando comparadas às de flor laranja e às de azulinha. Conclui-se que a germinação das sementes não é o fator limitante para a propagação dessas três espécies estudadas. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Tamires P. Moreira, Luciana C. de Moura, Vinícius R. Fernandes, Auwdréia P. Alvarenga, Reynaldo C. Santana, Miranda Titon 84 GERMINAÇÃO IN VITRO DE SUCUPIRA-PRETA (BOWDICHIA VIRGILIOIDES KUNTH.) Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Bowdichia virgilioides, conhecida vulgarmente com sucupira-preta é uma espécie arbórea pertencente à família Fabaceae com ampla dispersão pelo Brasil. A produção de mudas de sucupira-preta é realizada principalmente via semente e a germinação in vitro representa uma alternativa para a proliferação dessa espécie. As atividades de cultivo in vitro são realizadas em ambiente asséptico e com temperatura e iluminação controladas, e, as soluções de sais e açúcares que compõem o meio de cultura possuem como principal função fornecer substâncias essenciais para o crescimento e controlar, em grande parte, o padrão de desenvolvimento in vitro. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o percentual de germinação de sucupira-preta sob efeito de diferentes concentrações dos meios de cultura, MS e WPM, combinados aos aditivos carvão ativado e polivinilpirrolidona (PVP) (1 g/L e 0,8 g/L, respectivamente). Frutos de sucupira-preta coletados em 6 matrizes do Parque Estadual do Rio Preto foram beneficiados e as sementes foram armazenadas em câmara fria durante 10 meses. No laboratório de Melhoramento Florestal/UFVJM, as sementes foram lavadas previamente com água destilada e, em câmera de fluxo laminar, enxaguadas com água deionizada e autoclavada, imersas em álcool 70% por 1 minuto e, em seguida, em solução de hipoclorito de sódio 5% por 5 minutos, sendo adicionado 4 a 5 gotas de Tween 20 para cada 100ml de solução. As sementes foram novamente enxaguadas com água deionizada e autoclavada e inoculadas em tubos de ensaio contendo 10 ml do meio de cultura, MS ou WPM, contendo 100 ou 50% dos sais e vitaminas e suplementados com dois tipos de aditivos, carvão ativado e PVP. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualisado em esquema fatorial 2 x 4 (2 aditivos e 4 composição do meio de cultura), com 4 repetições e 6 sementes por repetição. Todos os tratamentos receberam 100 mg L-1 de mio-inositol, 30 g.L-1 de sacarose e 7g L-1 de ágar, tiveram pH ajustado para 5,7 ± 0,1 e foram autoclavados por 15 minutos à temperatura de 121ºC e pressão de 1atm. Após a inoculação, as sementes foram mantidas em sala de cultura de tecidos de sob fotoperíodo de 16 horas luz e 8 horas escuro, e intensidade luminosa de aproximadamente 2000 lux e temperatura de 27º ± 2. Avaliou-se, diariamente, durante 30 dias, o percentual de germinação e os dados foram submetido à analise descritiva. Os melhores resultados foram obtidos nos tratamentos MS100% e MS50% combinados com o carvão ativado (25%). No geral, o percentual de germinação foi baixo, o que pode ser explicado pelo longo período de armazenamento das sementes (10 meses) e pela dormência, pois a espécie possui dormência exógena (impermeabilidade tegumentar à água), o que reduz sensivelmente seu percentual de germinação. Apoio: FAPEMIG, IEF e FUNDAEPE XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 85 GERMINAÇÃO IN VITRO DE TECA (TECTONA GRANDIS L. F.) SOB EFEITO DO ÁCIDO GIBERÉLICO (GA3) Bruno Silva Reis, Auwdréia Pereira Alvarenga, Breno Ítalo Durães Santana, Flávio Siqueira D’Avila, Luciana Coelho de Moura, Luiz Carlos Araújo, Miranda Titon Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A germinação é uma seqüência de eventos fisiológicos, influenciada por fatores internos e externos, podendo estes atuar por si ou em interação; os internos são os hormônios e substâncias inibidoras não-hormonais, enquanto os externos que mais influenciam são umidade, temperatura, luz e oxigênio. A germinação das sementes de teca (Tectona grandis L.F.) sofre influência da umidade, da temperatura e da luz, portanto sugere-se um tratamento prévio à semeadura, pois estão inseridas em um fruto que apresenta o endocarpo e o mesocarpo duros dificultando assim a sua germinação. A propagação in vitro de teca torna-se uma alternativa para conservação e utilização do potencial econômico em reflorestamentos com fins madeireiros, por meio da multiplicação de genótipos selecionados. O ácido giberélico (GA3) é um fitormônio promotor de crescimento que interfere positivamente em determinadas fases do crescimento e desenvolvimento. As giberelinas têm função primordial, uma vez que sua aplicação exógena, além de contrabalançar a inibição, provoca um aumento endógeno de ácido giberélico, o qual tem papel chave na germinação, estando envolvido tanto na superação da dormência como no controle da hidrólise de reservas das sementes. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a germinação in vitro de Tectona grandis em diferentes concentrações de ácido giberélico (GA3). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (concentrações de GA3 – 0, 1, 2, 3 e 4 mg L-1), 4 repetições e 5 sementes por repetição. As sementes foram lavadas previamente com água destilada e colocadas em câmera de fluxo laminar, onde foram enxaguadas com água deionizada autoclavada. Posteriormente elas foram imersas em solução de álcool 70% por 1 minuto e em seguida em solução de hipoclorito de sódio (2,5% durante 15 minutos), sendo adicionado 4 a 5 gotas de Tween 20 para cada 100 ml de solução. Após a desinfestação, as sementes foram inoculadas em tubos de ensaio contendo 10 ml de meio de cultura composto por sais e vitaminas MS, 100 mg L-1 de Mio-Inositol, 80 mg L-1 de PVP, 3% de sacarose , 5 g L-1 de Agar e GA3 (de acordo com os tratamentos) e mantidas em sala de cultura. O experimento teve duração de vinte e três dias e avaliaram-se os percentuais de germinação sem contaminação e IVG. A germinação iniciou-se no 2° dia e estabilizou-se no 16° dia. O maior percentual de germinação sem contaminação (78%) e o maior IVG (2,48) foram obtidos no tratamento com 4 mg L-1 de GA3 . Assim, para a germinação in-vitro da teca pode-se indicar uma concentração de 4 mg L-1 de ácido giberélico. Apoio: Departamento de Engenharia Florestal/UFVJM, Companhia do Vale do Araguaia XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Rodrigo A. Moreira, Richard Celso A. Moreira, Maria do Céu M. da Cruz 86 GRANULADO BIOCLÁSTICO NA QUALIDADE DE FRUTOS DE TANGERINEIRA ‘PONKAN’ Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA A maioria dos solos cultivados com plantas cítricas no Sudeste do Brasil apresenta acidez elevada, alumínio em níveis tóxicos, baixa capacidade de retenção de cátions e baixos teores de bases podendo prejudicar a qualidade dos frutos de tangerineira ‘Ponkan’ (Citrus reticulata Blanco). Nesse sentido os granulados bioclásticos, constituídos por algas calcárias tipo Lithothamnium sp., contribuem para a melhoria física, química e microbiológica do solo. O trabalho foi realizado com objetivo de avaliar a influência do granulado bioclástico na qualidade de frutos de tangerineira ‘Ponkan’ no município de Perdões, MG. O experimento foi instalado em esquema fatorial 4x2 em blocos casualizados, com três repetições e quatro plantas por parcela. Os tratamentos utilizados foram quatro doses de granulado bioclástico (0,0; 0,3; 0,6 e 1,2 kg por planta) aplicadas no solo na projeção da copa, combinados com a aplicação foliar de duas concentrações de granulado bioclástico (0 e 5%). As aplicações foram parceladas em duas épocas: dezembro de 2009 e março de 2010. Foram colhidas 20 frutas maduras por parcela, em julho de 2010, para avaliação do diâmetro transversal (mm), diâmetro longitudinal (mm), massa (g), sólidos solúveis (°Brix), acidez titulável (%) e ratio. Foi observada influência do granulado bioclástico aplicado via solo para diâmetro transversal, diâmetro longitudinal, massa, acidez titulável e ratio. O granulado bioclástico aplicado via foliar não foi significativo nas características avaliadas. A aplicação do granulado bioclástico via solo melhorou a qualidade dos frutos de tangerineira ‘Ponkan’. Apoio: UFLA, CAPES, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 87 HERBICIDAS APLICADOS NA CULTURA DO EUCALIPTO SÃO SELETIVOS A ORGANISMO NÃO ALVOS? Claubert W. G. de Menezes, Sebastião Lourenço. Assis Júnior, José B. dos Santos, Silma da S. Camilo, Arley, J. Fonseca , Wagner S. Tavares e J C. Zanuncio Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O eucalipto possui várias espécies, muito das quais de interesse comercial. Plantas daninhas podem prejudicar o desenvolvimento dessa cultura e causar prejuízos à produção. O uso de herbicidas é o método mais comum para controle das plantas daninhas, o que pode causar toxicidade a organismos não-alvos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a seletividade de quatro herbicidas registrados para essa cultura, aplicados sobre o inimigo natural de pragas Podisus nigrispinus Dallas, 1851 (Heteroptera: Pentatomidae). O experimento foi realizado no Laboratório de Entomologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri em Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Os tratamentos constaram da aplicação dos herbicidas oxifluorfem, sulfentrazona, glifosato e isoxaflutol, em dose equivalente à comercial, e mais o tratamento controle, constituído de água. Os herbicidas foram aspergidos em ovos de um dia de P. nigrispinus. O ciclo de vida dos insetos sobreviventes a aplicação dos herbicidas foi acompanhado durante todo o ciclo de vida do predador. Foi avaliado o número de ovos por fêmea, número de postura, número de ninfas e porcentagem de eclosão de ovos da primeira geração de P. nigrispinus. Observou-se diferença significativa no número de ovos por fêmeas para todos os herbicidas, correspondendo em menos de 50% em relação ao controle. Também ocorreu diferença significativa no número de postura e ninfas de P. nigrispinus, onde o herbicida isoxaflutol apresentou os menores valores de seletividade a esse inseto. Para a variável, número de ninfas, isoxaflutol apresentou toxicidade acentuada, onde menos de 10% das posturas eclodiram. Apenas isoxaflutol apresentou diferença significativa para porcentagem de eclosão de ovos (34%), os demais herbicidas não diferiram do controle, apresentando eclosão de ovos acima de 75%, o que é observado como normal para essa espécie. Conclui-se que ninfas de P. nigrispinus são sensíveis aos herbicidas testados e que esses produtos são pouco seletivos a esses insetos. Apoio: CAPES, CNPq, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 88 INFLUENCIA DA FORMA DA PARCELA NA DENSIDADE TOTAL EM REGENERAÇÃO NATURAL DE CERRADO M. S. Meira-Junior; A. D. Vieira; E. L. Machado; D. A. Chaves; M. L. R. Oliveira; S. L. L. Mota; Israel Marinho Pereira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Em Ecologia Florestal, nota-se uma tendência na amostragem da vegetação adulta pelo uso de parcelas retangulares, ao trabalhar em áreas de Cerrado. No entanto, quando se trata da regeneração natural, geralmente debate-se com parcelas em formato quadrado. Uma justificativa para se utilizar parcelas retangulares é a vantagem de se captar melhor os efeitos dos gradientes ambientais, que possuem grande influência na estrutura da comunidade. Sendo também a regeneração natural (RN) submissa a essa influência, o objetivo desse trabalho foi comparar o número de indivíduos amostrados em dois formatos de parcelas (quadrada e retangular) no inventário da regeneração natural de cerrado típico. A área de estudo foi um fragmento de cerrado típico em Curvelo – MG, na Fazenda Experimental Campus do Moura, pertencente à UFVJM. Foram utilizadas 30 unidades amostrais de 100 m² para a amostragem da RN, sendo duas configurações distintas: metade com dimensões 10 × 10 m e o restante 2 × 50 m. As 30 unidades foram instaladas no interior das parcelas utilizadas no inventário do compartimento adulto com dimensões maiores (20 × 50 m). O critério de inclusão foi a altura da planta entre 0,30 m e 1,5 m em relação ao nível do solo para todos os indivíduos lenhosos vivos dentro das parcelas. A estatística utilizada para as comparações foi o teste χ². Foram registrados 4.368 indivíduos no total, 1.966 amostrados nas parcelas quadrada e 2.402 nas parcelas retangulares. As médias e desvios dos valores de indivíduos/parcela são aproximadamente131 ind./parcela (quadrada) com desvio de 34,9 ind./parcela, e aproximadamente160 ind./parcela (retangular) com desvio de 49,8 ind./parcela. O teste χ² (282,83) não apontou diferença significativa (p<0,0001) entre os dois formatos de parcela, quanto à densidade absoluta amostrada. De modo geral, as parcelas retangulares abrangeram maior número de indivíduos (mas isso não é comprovado estatísticamente, essa diferenção pode ter sido mera casualidade). Entretanto, em menor número de casos, o contrário também pôde ser observado. Desta forma, deduz-se que os dois formatos de parcelas, de modo geral, sofrem efeitos similares da variação ambiental, ou seja, os fatores determinantes da densidade (quer seja fertilidade, luminosidade, umidade ou outros) podem ser indiretamente representados, independentemente do formato de parcela dentre os utilizados. Apoio: CNPq, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 89 INFLUÊNCIA DO FOGO NO COMPORTAMENTO DO ESTRATO REGENERANTE EM UMA ÁREA DE CAMPO CERRADO Paula A. Oliveira, Thaís F. Jales, Wander G. Amaral, Israel M. Pereira, Mayara C. S. Fernandes, Lídia G. Santos Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O fogo pode agir como elemento regulador de algumas espécies, sendo um dos principais fatores ambientais que determinam as formações savânicas como o Cerrado, embora os efeitos e consequências deste impacto na vegetação ainda são muito questionados, por isso, estudos que possam elucidar esses efeitos são muito importantes. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência do fogo no comportamento do estrato regenerante em área de Campo Cerrado. Foram estudados três ambientes, sendo dois com ocorrência de fogo e um testemunha. Em cada ambiente plotou-se uma parcela de 10×50 m (500 m2) subdividida em vinte subparcelas de 5×5 m (25 m2). Foram amostrados todos os indivíduos arbustivo-arbóreos vivos com H ≥ 0,10 m e DAS ≤ 5 cm. As espécies Myrsine guianensis e Eugenia punicifolia se destacaram como as principais colonizadoras nos ambientes I e II, podendo ser indicadas como potencial para o uso em programas de recuperação de áreas degradadas em ambientes semelhantes alterados pelo fogo. Já Kielmeyera coriacea, que embora tenha tido sua elevada resiliência destacada por alguns autores, mostrou-se altamente sensível à ocorrência do fogo já que esteve presente apenas no ambiente testemunha. Apoio: DEF/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 90 INFLUÊNCIA NA TEMPERATURA DO SOLO EM ÁREA CULTIVADA COM BANANEIRA SOLTEIRA E CONSORCIADA COM LEGUMINOSAS PERENES Mateus Augusto L. Quaresma, Túlio P. C Silva, Diego Mathias N. da Silva, Fábio L. de Oliveira, Eduardo C. Costa, Haroldo Doria, Binca P. Mendes Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA O consórcio de culturas é uma prática conservacionista utilizada a muito tempo por agricultores. O sistema é caracterizado pelo crescimento simultâneo ou não, de culturas em uma mesma área, não estabelecidas necessariamente ao mesmo tempo, visando melhorias para cultura de interesse e o aumento da rentabilidade por unidade de área cultivada. O trabalho foi definido a partir da demanda apresentada em conjunto com a Escola Família Agrícola de Virgem da Lapa - MG. O objetivo do trabalho é avaliar a influência de leguminosas herbáceas perenes na temperatura do solo. A área experimental corresponde a um pomar de banana (Musa balbisiana), implantado em Janeiro de 2010, que foi consorciada com leguminosas em novembro de 2010, utilizando de irrigação por microaspersõres, com turno de rega de oito horas semanal nas épocas mais secas do ano. Foi adotado o delineamento em blocos casualizados, com três tratamentos, sendo duas leguminosas perenes, cudzu tropical (Pueraria phaseoloides), calopogonio (Calopogonium mucunoides), e testemunha (com a vegetação natural manejada), com quatro repetições. As parcelas experimentais compreendem uma área 18 m2, ocupadas por quatro touceiras de bananeiras. Foi determinada taxa de cobertura do solo e as temperaturas do solo foram coletadas nas profundidades de 5, 10 e 15 cm, aos 30, 60, e 90 dias após a semeadura (DAS). As leituras foram instantâneas, com auxílio de termômetro digital, modelo SoloTerm 1200, que utiliza sonda metálica, realizadas às 14 horas. Os valores das variáveis estimadas são referentes à média harmônica entre as datas de coleta respectivamente. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Foram estabelecidos 100% de cobertura do solo pelas leguminosas perenes testadas aos 90 DAS. Consequentemente foi observado à redução na temperatura do solo coberto com adubo verde em todas as profundidades verificadas. O calopogônio e o cudzu apresentou temperatura media a 5 cm de profundidade, de 28,2°C e 30,0°C respectivamente, enquanto a testemunha apresentou media de 37,5°C no horário das 14 horas. Nas outras profundidades de 10 cm e 15 cm as duas leguminosas também mantiveram a temperatura abaixo da encontrada na testemunha. Estas condições proporcionadas pelo uso da cobertura viva apresentam temperaturas mais favoráveis ao desenvolvimento radicular da cultura da bananeira, podendo influenciar na área de exploração do mesmo e diminuir a perda de água por evaporação nas camadas superficiais do solo. Apoio: MCT/CNPq, FAPEMIG, MDA/SAF, MDS EFA-VIRGEM DA LAPA, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 91 INIBIÇÃO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE COBERTURA VIVA DO SOLO* Maira P. Santiago, Mateus Augusto L. Quaresma, Paulo Otávio B. Stancioli, Diego Mathias N. da Silva, Ricardo B. Teodoro, Fábio Luiz de Oliveira, Marivaldo A. de Carvalho Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA As práticas de adubação verde, entre muito dos benefícios em termos de conservação do solo, atua em suas condições químicas, físicas e biológicas, é pode vir a minimizar tratos culturais através da inibição e alteração do componente vegetal indesejado as atividades agrícolas. O solo protegido por uma cobertura vegetal tem a tendência de diminuição dos processos erosivos, quando utilizado plantas leguminosas estas podem incorporar grande quantidade de nitrogênio atmosférico ao sistema, tolera-se sombreamento parcial pela cultura de interesse, e assim ocupa um nicho onde seria substrato de desenvolvimento de plantas que possivelmente traria prejuízo a cultura de finalidade econômica. Objetivou-se testar a inibição de plantas indesejadas através do uso de adubos verde como cobertura de solo. A área na qual foi realizado o experimento encontrava-se em pousio, coberta pela vegetação espontânea. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pelas seguintes leguminosas: Cudzu Tropical (Pueraria phaseoloides), Calopogônio (Calopogonium mucunoides), Amendoim Forrageiro (Arachis pintoi), Soja Perene (Glycine wightii), Estilosante Campo Grande (Stylosanthes capitata e Stylosanthes macrocephala) e testemunha (sem cobertura). Antes da semeadura, foi realizada capina manual em toda a área do experimento. As leguminosas foram semeadas em 4 de dezembro de 2008 (período chuvoso), na profundidade de 2 cm, espaçamento entre sulcos de 40 cm, com densidade média de 30 sementes por metro, sendo o amendoim forrageiro semeado com densidade média de 20 sementes por metro de sulco. A área de cada parcela foi de 4 m² (2 x 2m), sendo determinadas taxa de cobertura do solo e a capacidade de inibição da vegetação que nasce em local e momento indesejado a uma atividade antrópica. O período de avaliação foi compreendido entre os meses de novembro de 2009 a fevereiro de 2010. A capacidade de supressão da vegetação espontânea pelas leguminosas foi estimada na área de 1m² central das parcelas, através do acúmulo de fitomassa seca da vegetação espontânea, determinada após secagem em estufa, com ventilação de ar forçada à temperatura de 65ºC por 72 horas, em seguida pesada em balança analítica. Nas condições em que foi conduzido o experimento, o uso das leguminosas perenes como cobertura permanente de solo promoveu supressão sobre o crescimento das espécies de plantas espontâneas. O Calopogônio, A. Forrageiro e Cudzu se destacaram pela maior taxa de cobertura do solo, e a maior capacidade de inibição da vegetação espontânea foi apresentada pelo Calopogônio seguido do Cudzu que tiveram infestação 75% menores que a testemunha. Demonstrando que a cobertura do solo pode trazer significativa redução da emergência e do crescimento de plantas indesejadas em culturas agrícolas, possibilitando a redução da mão-de-obra com capinas e a competição entre plantas adventícias e a cultura de interesse. Apoio: * Projeto de iniciação científica da bolsista PIBIC-UFVJM/FAPEMIG, Maira Pereira Santiago, e parte integrante do projeto CNPq 558387/2009-8. APOIO: FAPEMIG, MCT/CNPq, MDA/SAF, MDS, EFAJ, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 92 INTRODUÇÃO DO CULTIVO DE ZANTEDESCHIA AETHIOPICA (L.) SPRENG. VAR. CALLA GREEN EM DIAMANTINA Fernanda C. Moreira; Mário K. Tanaka; Maria N. de Oliveira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FLORICULTURA, PARQUES E JARDINS Zantedeschia aethiopica (L.) Spreng., conhecida como copo-de-leite, é uma espécie ornamental utilizada como flor de corte e em jardinagem, podendo ser cultivada a pleno sol ou a meia sombra. Depende de baixas temperaturas para o florescimento e não prospera bem em climas quentes. A variedade branca é a mais conhecida. A variedade Calla Green tem a vantagem de apresentar uma maior vida útil pós-colheita e de alcançar melhores preços de mercado. Em Minas Gerais, a Calla Green é cultivada em Manhuaçu e Três Pontas. Do acompanhamento de cultivos nessas localidades, tem sido observado, que a partir de novembro, até maio, a produção é completamente paralisada. O presente trabalho objetivou avaliar o comportamento de Zantedeschia aethiopica var. Calla Green, em Diamantina, partindo da hipótese de que o clima local é favorável à cultura. O plantio foi instalado em abril de 2010, em canteiros, em ambiente sombreado e em pleno sol. Nos canteiros de 5m x 1m utilizou-se, para cada m2, 40 litros de esterco de gado curtido, 200g de calcário e 100g de 828-16 (25g/cova). Bulbos, com 2 cm de diâmetro, retirados de touceiras produtivas, foram plantados em covas espaçadas de 50x50cm. Aos três e seis meses após o plantio realizou-se adubação de cobertura, utilizando 10g de 20-00-20 por planta. A produção iniciou aos três meses após o plantio e foi contínua até o momento. Dezembro e janeiro foram os meses de menor produção. A cada quatro folhas, duas flores são produzidas; a segunda surge quando a primeira já perdeu a qualidade comercial. O aumento na produção de uma planta/touceira é devido à produção dos perfilhos, que surgem continuamente e florescem quando apresentam quatro folhas adultas. A vida útil pós-colheita de Calla Green do tratamento sombreado foi de 20 dias, e aumentou quando a parte translúcida da base da haste da flor foi cortada frequentemente e a água de imersão substituída. Flores coletadas nos meses mais quentes apresentaram menor vida útil, 15 dias em média. As flores do tratamento sombreado apresentaram melhor qualidade (hastes e espatas maiores) e as plantas maiores e mais vigorosas. A menor temperatura do ambiente sombreado, mais do que a intensidade luminosa, parece ter favorecido as plantas desse ambiente, uma vez que nos meses mais frios a quantidade de flores produzidas não diferiu entre as plantas dos dois ambientes, embora, nos meses mais quentes, nas plantas do tratamento pleno sol a redução na produção foi maior. Em todo o período as flores das plantas do tratamento pleno sol foram menores e com menor período de colheita. Por outro lado, os perfilhos das plantas desse ambiente foram em maior número, porém, menores. A produção de flores da variedade Calla Green durante todo o ano faz da região de Diamantina promissora para o seu cultivo. Diamantina estaria em vantagem, em relação a outras regiões de Minas onde essa variedade é atualmente cultivada (Manhuaçu e Três Pontas), visto que nessas a produção se concentra de junho a novembro. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 93 ISÓTOPOS ESTÁVEIS DE CARBONO NA VEGETAÇÃO E NA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO SOB DUAS FITOFISIONOMIAS DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL PAU- DEFRUTA Bárbara P. C. Silva, Vinícius E. Silva, Rafaela D. A. Freire, Carlos V. Mendonça Filho, Márcio L. Silva, Diêgo F. A. Bispo, Alexandre C. Silva. Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO Isótopos são espécies atômicas de um mesmo elemento químico com mesmo número de prótons, mas com massas diferentes, devido à diferenciação do número de nêutrons. A aplicabilidade dos isótopos estáveis em estudos ambientais baseia-se no principio que a composição isotópica varia de uma forma previsível conforme o elemento se movimenta nos diversos compartimentos dos ecossistemas, e, dessa forma, pode-se inferir sobre processos físicos, químicos e biológicos através do enriquecimento (+) ou empobrecimento (-) do isótopo leve (abundante) em relação ao pesado (raro), levando-se como referência um padrão internacional. Com base nisso, a utilização do δ13C do carbono orgânico do solo é fonte de informações sobre paleovegetações e paleoclimas. As plantas discriminam carbono da seguinte maneira: Espécies C3: média de -27‰ ; espécies C4: média -13‰ ; espécies CAM: média -19‰ de δ13C. Na APA Pau de Fruta ocorrem duas fitofisionomias: Campo Limpo Úmido e Floresta Estacional Semidecidual. O objetivo desse trabalho foi determinar o teor de δ13C das espécies mais abundantes do campo e da floresta, e estabelecer relações com o teor de 13C da matéria orgânica do solo sob essas duas fitofisionomias. Foram selecionadas 11 espécies do campo e 4 da floresta e coletadas amostras de solo de 5 em 5 cm em 3 pontos sob cada fitofisionomia, até a profundidade de 50 cm. Para a determinação da composição isotópica as amostras foram secas em estufa a 40°C, homogeneizadas em almofariz de ágata e pesadas 3,5 mg de amostra em cápsulas de estanho, para determinar os valores de δ13C, em um espectrômetro de massa do laboratório de isótopos estáveis do CENA/USP. Os valores de δ13C variaram entre as fitofisionomias, sendo que as espécies de campo apresentaram média de -25,75‰ e as espécies de floresta média de -29,91‰ de δ13C. A matéria orgânica dos solos sob a Floresta Estacional apresentou valores médios de δ13C de -25,14‰, o que caracteriza a vegetação predominante na área atualmente, ou seja, espécies de ciclo fotossintético C3. Na MOS do Campo Limpo Úmido, observa-se valores médios de δ13C de -19,35‰ , que caracteriza uma mistura entre espécies C3 e C4, ou ainda metabolismo CAM. Observou-se diferenças significativas entre as profundidades nos valores de δ13C da MOS da Floresta Estacional Semidecidual e não houve essa diferença no campo. Com o aumento da profundidade, observa-se um enriquecimento de δ 13C, provavelmente pela maior contribuição de plantas C4 nas camadas mais profundas. Sugere-se, portanto, uma maior contribuição de vegetação campestre no passado, onde atualmente a vegetação é de Floresta, provavelmente pela prevalência de um clima mais seco que o atual. Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 94 MAPEAMENTO, DETERMINAÇÃO DO ESTOQUE DE CARBONO ARMAZENADO E VALOR AMBIENTAL DAS TURFEIRAS NA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL – SDEM: RESULTADOS PRELIMINARES Márcio L. Silva, Alexandre C. Silva, Pablo G. S. Soares, Roberto V. Costa, Rafaela D. A. Freire, Uidemar M. Barral, Diêgo F. A. Bispo Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO A Serra do Espinhaço Meridional - SdEM, nascente do Rio Jequitinhonha e de importantes afluentes dos Rio São Francisco e Doce, possui litologias predominantemente quartzíticas e é caracterizada por apresentar áreas dissecadas entremeadas a superfícies de aplainamento, onde, nas depressões, ocorrem as Turfeiras, grandes reservatórios de carbono e de água. A formação e a constituição física, química e biológica dessas Turfeiras é pouco conhecida e sua caracterização pode acelerar o entendimento da dinâmica e reações da matéria orgânica em regiões tropicais, uma vez que apresentam matéria orgânica de diferentes idades e estágios de decomposição. As Turfeiras também são utilizadas para detectar, por meio de diferenças na idade das camadas em profundidade e sua composição física e química, variações climáticas ocorridas no Quaternário. Outro papel importante reservado para as Turfeiras é sua utilização como arquivo ambiental e cronológico da evolução das paisagens, das mudanças climáticas e da deposição atmosférica de metais pesados, em escala regional ou mesmo global. Vários autores identificaram, em regiões temperadas, ciclos de poluição atmosférica natural ou antrópica, estudando esses pedoambientes e os relacionando a fatos históricos ocorridos há pelo menos 10.000 anos. A realização de estudos dessa natureza em regiões tropicais é de grande valia para o entendimento da dinâmica da poluição ambiental e das mudanças climáticas em nível local, regional e mesmo global. Esse trabalho objetiva quantificar o estoque de carbono armazenado e caracterizar a matéria orgânica, realizar datações radiocarbônicas, e determinar o teor de metais pesados nas Turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional, correlacionando a dinâmica da matéria orgânica com a evolução das paisagens, com mudanças climáticas e com ciclos locais/regionais/globais de poluição atmosférica. Estão sendo coletadas amostras a cada 2 cm de profundidade e o carbono está sendo fracionado em solúvel, fixado, humificado, oxidável, não oxidável e C biomassa. Como resultados preliminares, através de mapeamentos via técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, está sendo possível entender melhor a natureza geológica, geomorfológica e hidro-climatológica das turfeiras e sua inserção na paisagem regional. Através de algumas datações já realizadas, foi possível constatar que na Serra do Espinhaço Meridional existem turfeiras de diferentes idades, sendo as mais antigas com matéria orgânica de 42 mil anos,sendo possível estabelecer algumas inferências quanto à evolução da paisagem nesse período geológico. Outro fato constatado, com a determinação do volume e estoque de carbono, foi que esses ecossistemas possuem uma grande reserva de carbono armazenado, guardando significativa importância dentro da dinâmica evolutiva da Serra do Espinhaço Meridional – SdEM. Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 95 MÉTODO SISTEMÁTICO DE CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS EM FLORESTA DE EUCALIPTO, UTILIZANDO ISCAS GRANULADAS Elen S. O. Cruz, Ronald Zanetti, Antônio J. M. Nunes, Claubert W. G. de Menezes, Wagner de S. Tavares, Sebastião L. de Assis Júnior e José C. Zanuncio Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Formigas cortadeiras são importantes pragas em culturas de florestas de eucalipto, e o seu combate torna-se necessário para que não ocorram perdas econômicas. O método de combate sistemático de formigas (iscas distribuídas aleatoriamente na área de plantio) tem sido pouco estudado, apesar de ser prática comum em muitas empresas florestais brasileiras. O objetivo desse trabalho foi testar a eficiência de uma isca formicida à base de sulfluramida aplicada de forma sistemática, a granel ou com microporta-iscas, no controle de formigas cortadeiras. O experimento foi realizado em área reflorestada da Celulose Nipo-Brasileira S.A. em Belo Oriente, Minas Gerais, Brasil. Três áreas com 18ha cada foram utilizadas. Em cada área foram marcadas dez parcelas de 270m² (9,0 x 30,0m), que receberam um dos seguintes tratamentos: T1= aplicação sistemática a granel de isca à base de sulfluramida (0,3%) na dosagem de 5,0g a cada 6,0m² (3,0 x 2,0m); T2= aplicação sistemática a granel de isca à base de sulfluramida (0,3%) em microporta-iscas (saquinhos de polietileno) de 10,0g a cada 12,0m² (3,0 x 4,0m); e T3= testemunha (sem aplicação de isca formicida). A isca a granel foi aplicada com dosador-aplicador costal. Trinta dias após a aplicação das iscas, os formigueiros foram abertos e avaliados. A eficiência da isca granulada no combate sistemático variou com o método empregado e com a espécie de formiga-cortadeira. A maior eficiência foi obtida para Acromyrmex subterraneus molestans (Hymenoptera: Formicidae), com 69,2% de suas colônias mortas com a isca aplicada a granel e 62,5% com microporta-iscas, o que indica que a distribuição entre dois pontos com isca nos plantios de eucalipto foi maior que a área de forrageamento das formigas-cortadeiras encontradas e/ou, que a dosagem aplicada por ponto foi insuficiente. Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFLA, UFV, UFRRJ, Celulose Nipo-Brasileira S.A. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 96 MICROMORFOLOGIA DOS SOLOS DAS MICROBACIAS DE VEREDAS DAS CHAPADAS DO ALTO VALE DO JEQUITINHONHA, MG Fábio H. A. Bispo, Diêgo F. A. Bispo, Márcio L. Silva, Bárbara P. C. Silva, Pablo G. S. Soares, Uidemar M. Barral, Alexandre C. Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO As veredas normalmente ocorrem em áreas com predominância de Latossolos e Gleissolos, sendo o primeiro bastante influenciado pelo intenso intemperismo e o segundo afetado pelos processos de hidromorfismo. Uma das características marcantes nos Latossolos é a estrutura granular composta por microagregados estáveis, porém, ainda não há um consenso sobre os mecanismos formadores e reguladores da estabilidade dos agregados em Latossolos. Já nos Gleissolos normalmente ocorre à microestrutura prismática. O entendimento destas microestruturas ajuda no manejo e na compreensão da gênese destes solos. Esse trabalho tem como objetivo caracterizar micromorfologicamente uma vertente de vereda no município de Minas Novas, MG. Amostras indeformadas foram coletadas em todos os perfis de solo (Latossolo Vermelho Amarelo - LVA, Latossolo Amarelo - LA, Latossolo Acinzentado - LAC e Gleissolo Háplico - GXbd), utilizando caixas de papel cartão envoltas com papel filme. Para a confecção das lâminas nos laboratórios da ESALQ/USP, as amostras foram impregnadas com resina cristal e monômero de estireno, e após o endurecimento foram cortadas com serra adiamantada e polidas com pó de carborundum até atingir a espessura adequada. As lâminas foram analisadas em microscópio petrográfico, verificando o material grosseiro, material fino, porosidade e outras feições pedológicas. A microestrutura prismática e a porosidade de empilhamento/empacotamento é dominante no GXbd; também se encontra cavidades biológicas, câmaras, canais e microfissuras. Observa-se a presença de ferri-argilãs de iluviação, assim como cutãs composto por argila iluviada e pedotúbulos sem preenchimento. O LAC possui uma microestrutura microgranular adensada com subestrutura granular e revela nódulos de ferro alongados na região dos mosqueados, e a porosidade cavitária é comum neste solo. Os fragmentos de carvão também são constantes neste perfil, evidenciando que a cobertura vegetal desse solo esteve e está sujeita a incêndios, provocando principalmente a carbonização de raízes. Os LVA e LA apresentam uma microestrutura do tipo microagregados coalescidos, agregados subangulares e aglomerados de agregados. Ambos apresentam uma porosidade com empilhamento complexo e composto também por cavidades biológicas e microfissuras; ocorrem nestes perfis feições pedológicas como: nódulos de ferro e agrotúbulos preenchidos por óxidos de ferro e argila. Todos os perfis estudados apresentam uma trama pórfiro-enáulica. Um dos atributos mais importantes na classe dos Latossolos e que foi verificado na vertente, é a presença da microestrutura granular que sugere a ação da fauna e demonstra o caráter latossólico deste solo. Os cutãs e ferri-argilãs no Gleissolo indicam a ocorrência de argiluviação, constituindo numa forte evidência de clima seco no passado na vereda estudada. Apoio: FAPEMIG, CNPq e ARCELOR MITTAL XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 97 MINERALOGIA DOS SOLOS DAS MICROBACIAS DE VEREDAS DAS CHAPADAS DO ALTO VALE DO JEQUITINHONHA, MG Fábio H. A. Bispo, Rafaela D. A. Freire, Roberto V. Costa, Diêgo F. A. Bispo, Ana M. M. Botelho, Alexandre C. Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO Nas paisagens de chapadas do Alto Vale do Jequitinhonha há a predominância de Latossolos e nas partes mais deprimidas onde se situam as microbacias das veredas encontra-se Gleissolos ou solos acinzentados. A caulinita, gibbsita, hematita e a goethita são os principais minerais da fração argila dos Latossolos brasileiros, ocorrendo também o anatásio. Os Latossolos são destituídos de minerais primários ou secundários facilmente intemperizados e na fração argila devido a apresentar avançado grau de intemperismo tem a dominância de argilominerais do tipo 1:1, predominantemente caulinita. A composição mineralógica dos Gleissolos são basicamente caulinita, podendo ser encontrado também argilominerais 2:1. Objetivou-se neste trabalho efetuar a caracterização mineralógica de uma topossequência de solos de uma microbacia representativa das veredas do Alto Vale do Jequitinhonha, MG. Em topossequência situada na vertente da microbacia de uma vereda na região de Minas Novas (MG), foram caracterizados os seguintes solos, do topo para a base da vereda: Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico típico (LVA), Latossolo Amarelo Distrófico típico (LA), Latossolo Acinzentado Distrófico (“LAC”) e Gleissolo Háplico Tb distrófico argissólico (GXbd). A mineralogia da fração argila foi determinada pela técnica de difração de raios-X (DRX) e a mineralogia dos óxidos de ferro foi realizada pelo procedimento de concentração de óxidos consistindo na utilização da solução de NaOH 5M, em ebulição, que promove a destruição dos minerais silicatados e dos óxidos de alumínio. A assembléia mineralógica da fração argila em todos os solos estudados é constituída principalmente por caulinita, além de ocorrer óxido de titânio (anatásio). Goethita e gibbsita estão presentes nos LVA e LA. No GXbd identificou-se ilita e também verificou-se picos de baixa intensidade de vermiculita. Os LVA e LA são constituídos essencialmente de caulinita, goethita e gibbsita, argilominerais típicos de solos formados pelo intenso intemperismo e sob excelentes condições de drenagem. O LAC apresentou somente caulinita e anatásio e não se identificou nenhum óxido de ferro. A presença de caulinita nos perfis do topo, meia encosta e sopé sugere que houve um intenso processo de intemperismo, havendo grande perda de sílica. O LAC não apresentou óxido de ferro pelo fato deste elemento ter sofrido redução e ter migrado para as partes inferiores da vertente, nos períodos em que este solo foi afetado pelas condições redutoras (Paleogleissolos). Os atuais Gleissolos preservaram a ilita e a vermiculita na fração argila que são marcas de períodos mais secos ou herdado do material de origem. Apoio: FAPEMIG, CNPq e ARCELOR MITTAL XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 98 MODELAGEM DA RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO DE UM LATOSSOLO VERMELHO AMARELO EUTRÓFICO EM DIFERENTES MANEJOS E USO Thiago Francisco M. dos Santos ; Wellington W. Rocha ; Daniel H. Primo; Vitor G.Figueiredo ; Henrique F. Ramos & Danilo D. L. Carvalho Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / ENGENHARIA AGRÍCOLA O presente trabalho teve o objetivo de acompanhar a resistência do solo à penetração (RP) em diferentes sistemas de manejo e diferentes umidades. O solo estudado é um Latossolo Vermelho Amarelo eutrófico submetido aos manejos: Piquetes de Braquiária brizanta cv. Marandu e Braquiária rusisiensis, pastejo extensivo de Braquiária brizanta cv. Marandu e mata natural onde a pressão de pastejo em todos os manejos é de aproximadamente 4ua/ha. A resistência à penetração foi avaliada por meio de um penetrômetro de bolso da marca ELE International, em amostras de solo indeformadas correspondentes à camada de 0 – 0,05m, coletadas com o auxílio de uma amostrador do tipo Uhland, com anéis de 2,2cm de altura com 6 cm de diâmetro e onde foram coletadas 5 amostras por área de estudo. Estas amostras depois de saturadas em laboratório por 48 horas, foram submetidas ao ensaio de penetrometria em duas avaliações diárias até não se conseguir mais leituras dadas ao secamento das mesmas, sendo que as amostras foram pesadas logo após todos os ensaios. Feito isso, as amostras foram levadas à estufa 105ºC por 24h para secagem, à partir de onde é possível calcular as respectivas umidades, pois tem-se os valores do solo úmido e do solo seco em cada ensaio de resistecia à penetração(RP). A modelagem foi feita ajustando um modelo exponencial de RP x Umidade. Os resultados mostraram que os todos os sistemas, apresentaram valores de RP próximos a 2MPa, inclusive na mata, onde o gado anda à procura de sombra. Conclui-se então, pêlos procedimentos descritos por Snedecor & Cochran (1989) que o pisoteio animal promoveu essa condição de RP a valores próximos de 2MPa e que, logo serão necessárias práticas de correção da compactação. Apoio: CNPq, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 99 MORFOMETRIA E RAZÃO SEXUAL DE PALMISTICHUS ELAEISIS (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) EM HOSPEDEIRO PREDADO POR PODISUS NIGRISPINUS (HETEROPTERA: PENTATOMIDAE) Lariane C. Junker, Marcus A. Soares, José C. Zanuncio, Aline R. P. Pedrosa, Veríssimo G. M. de Sá, Sebastião L. de Assis Júnior Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA O plantio de soja e eucalipto no Brasil se baseia em monoculturas, o que simplifica o ecossistema. A diversificação de espécies de inimigos naturais é uma alternativa de manejo de desfolhadores, mas é necessário avaliar os níveis de competição. O objetivo foi avaliar o efeito da predação de Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae) em hospedeiro parasitado por Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae), na morfometria e razão sexual dos parasitóides adultos emergidos. Pupas do hospedeiro alternativo Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae) foram individualizadas e expostas ao parasitismo por seis fêmeas de P. elaeisis por 24 horas. Essas pupas hospedeiras, contendo larvas de P. elaeisis, foram individualizadas em placas de Petri com um chumaço de algodão embebido com água destilada. Uma fêmea de P. nigrispinus, não alimentada e com 48 horas de emergência, foi liberada no interior das placas de Petri. Os tratamentos consistiram dos períodos de 24 e 48 horas do predador com as pupas, ou da ausência de predação. Posteriormente, as pupas foram retiradas, individualizadas em tubos de ensaio e mantidas a 25 ± 1 ºC, 70 ± 10% de umidade relativa e fotofase de 12 horas em estufa tipo B.O.D.. Após a emergência dos parasitóides os parâmetros morfométricos e a razão sexual dos adultos foram avaliados. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e suas médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade com o SAEG. O tamanho da cápsula cefálica de P. elaeisis foi maior em pupas não predadas (0,59 ± 0, 004 para fêmeas e 0,47 ± 0,01 para machos) do que naquelas predadas (0,51 ± 0,04 e 0,43 ± 0,04) e o do corpo dos adultos foi semelhante entre tratamentos. A razão sexual de P. elaeisis foi maior em pupas não predadas (0,95 ± 0,02) do que nas predadas por 24 e 48 horas (0,81 ± 0,05 e 0,86 ± 0,03). A menor morfometria e razão sexual podem prejudicar o desempenho de P. elaeisis e reduzir sua população no campo, o que reduziria seu efeito como agente de controle biológico natural. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Nermy R. Valadares, Alcinei M. Azevedo, Carlos E. Pedrosa, Marcus F. S. Dornas, Bárbara M. Castro, Marcos A. M. Ferreira, Valter C. Andrade Júnior 100 NÍVEL DE DANO OCASIONADO PELA TRAÇA-DAS-CRUCÍFERAS EM GENÓTIPOS DE COUVE Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOSSANIDADE O objetivo deste trabalho foi avaliar o dano ocasionado pelo ataque da traça-das-crucíferas em 22 genótipos de couve, sendo 19 genótipos do banco de germoplasma da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e 3 três cultivares comerciais, utilizadas como testemunhas. O experimento foi conduzido no Setor de Olericultura da UFVJM, onde foram semeadas 15 sementes das cultivares comerciais Couve Legitima Pé Alto (C1), Couve Manteiga Baby (C2) e Couve de Folha (C3) em bandejas de isopor de 128 células, contendo substrato artificial. Após 30 dias foram selecionadas quatro plantas mais vigorosas de cada cultivar, que foram transplantadas para vasos de polietileno com capacidade para 5 kg (uma planta por vaso), contendo uma mistura de solo e esterco bovino (2:1). Concomitantemente, quatro brotos de cada genótipo do banco de germoplasma foram plantados em vasos iguais aos descritos anteriormente e com o mesmo substrato. Todos os vasos foram mantidos em casa de vegetação, sendo transportados após três meses para estufa, onde houve a infestação espontânea da traça-das-crucíferas. Após um mês da transferência dos vasos para a estufa foram avaliadas em cada planta duas folhas escolhidas aleatoriamente e previamente marcadas, da parte apical, mediana e basal da planta. Foi avaliado o nível de dano (ND) a partir de uma escala de notas variando de 0 a 5, sendo que as notas baixas indicam menores danos (maiores níveis de resistência) e as notas altas maiores danos (menores níveis de resistência). As notas foram atribuídas por dois avaliadores previamente treinados. O delineamento experimental utilizado foi em blocos inteiramente casualizados com quatro repetições, sendo cada vaso uma repetição. A análise estatística foi feita com auxilio do software SISVAR 5.1, utilizando a média de ND obtida nas três categorias (apical, mediana e basal). Após a análise de variância pelo teste F e verificação de significância, os tratamentos foram comparados pelo teste de Scott-Knott (1974) a 5% de probabilidade. A cultivar comercial C3 foi a que apresentou o menor ND, com nota 1,17, diferindo-se significativamente dos demais genótipos avaliados, sendo indicada como a mais tolerante à traça-das-crucíferas. Entre os genótipos não comerciais avaliados se destacaram UFVJM 8 e UFVJM 17 apresentando valores médios para ND de 2,72 e 2,58, respectivamente, não diferindo significativamente da cultivar comercial C2 com média 2,33, sendo estes genótipos tolerantes à traça-das-crucíferas. Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 101 O ASSOCIATIVISMO NA AGRICULTURA FAMILIAR DOS ESTADOS DA BAHIA E MINAS GERAIS: POTENCIALIDADES E DESAFIOS FRENTE AO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) Venícios O. Alves, Naldeir dos S. Vieira, Telma C. da Silva e Palloma R. Ferreira Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / EXTENSÃO RURAL Este artigo tem como objetivo principal averiguar as potencialidades e desafios do associativismo frente ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) voltado para a agricultura familiar, na visão dos agentes de extensão rural (de ATER) dos estados da Bahia e de Minas Gerais. A metodologia utilizada primeiramente foi à pesquisa bibliográfica, onde teve destaque os assuntos sobre a agricultura familiar, sobre o PAA e sobre o associativismo. Posteriormente, foi feito o envio e recebimento de questionários via e-mail para os agentes de ATER da região em estudo. Pelo desconhecimento do número real do universo, esta pesquisa é nãoprobabilística. Dos entrevistados, 85% responderam que a importância do associativismo é favorecer o surgimento e expansão de novos empreendimentos, seguida pelo fato de combater a pobreza 67%, e, favorecer a criação e inovação tecnológica 56%. Em relação aos pontos fortes das associações em que eles atuam, 52% responderam que é a facilidade de produzir e vender seus produtos, 26% disseram que é a eficiência operacional, e, 22%, a boa infra-estrutura e os equipamentos existem nas associações. Como pontos fracos destacaram as dificuldades financeiras 80,6%, a infra-estrutura inadequada 77,2%, a dificuldade para transporte das mercadorias produzidas 65%, e, a falta de mão-de-obra qualificada 61,7%. Os agentes de ATER 77% apontaram programas do governo como o PAA como uma das principais oportunidades para as associações. Pro outro lado, na visão de 48,5% dos agentes, a existência de pouco apoio estatal específico para as associações torna-se a principal ameaça enfrentada por estas instituições. Em relação às dificuldades do associativismo em relação a sua produção, ganhou destaque a falta de produção continuada para atender ao mercado consumidor 67,5%, dificuldades para estocagem e armazenagem 65,5%, e o fato dos preços dos produtos serem pouco competitivos 35,4%. Para acessar o PAA, os agentes destacaram como principal dificuldade o pouco conhecimento sobre o programa 59%, dificuldades para a elaboração do projeto 56%, dificuldades quanto ao preenchimento da documentação 38% e dificuldades para ter acesso aos recursos liberados 36%. Os agentes apontaram como principais potencialidades do PAA para as associações a garantia de vendas dos produtos 85%, a possibilidade de geração de renda 83%, proporciona ao associado maior compromisso com a associação 65%, o aumento da produção da associação 56%, e, o aumento da escala de comercialização 55%. Por meio dos resultados obtidos, nota-se que, na visão dos agentes de Ater, as principais potencialidades do PAA para as associações do estado da Bahia e Minas Gerais são as garantias de vendas dos produtos, refletindo no maior compromisso dos associados com as associações, e, no aumento de sua escala de comercialização. Como principais limitações foram destacadas o pouco conhecimento sobre o PAA, dificuldades para a elaboração do projeto, e, quanto ao preenchimento da documentação requerida. Apoio: CNPq, MCT, MDA, Saf/Dater, EDUCOOP XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Gabriela P. Barbosa, Gleyce C. Dutra, Gabriel C. de Ávila, Viviane C. de Paula 102 OCORRÊNCIAS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO PARQUE ESTADUAL DO BIRIBIRI NO PERÍODO DE 2007 A 2010 Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O Parque Estadual do Biribiri está inserido no complexo da Serra do Espinhaço, no município de Diamantina, na região do Alto Jequitinhonha. É uma área e preservação marcada por paisagens de beleza cênica, uma cobertura vegetal composta por Cerrado, Campos Rupestres e Matas de Galeria e várias espécies que estão ameaçadas de extinção. O presente trabalho tem como objetivo apontar as áreas do Parque Estadual do Biribiri mais atingidas por incêndios no período de 2007 a 2010 e suas relações de proximidade com áreas de ocupação humana. Ocorrência de incêndios florestais entre os anos de 2007 e 2010 foram registradas e delimitadas, com o auxilio de um receptor de GPS, pelo núcleo do IEF sediado em Diamantina e responsável pela gerência do parque. Esses dados foram integrados em um ambiente SIG. Para a análise da localização das ocorrências dentro dos limites do parque, foi realizado o cálculo do centróide das áreas delimitadas. A consulta da época de ocorrência foi via tabela de atributos das layers, que continham essa informação. Registrou-se um total de 179 ocorrências nos anos considerados: 80 em 2007, 40 em 2008, 27 em 2009 e 32 em 2010. Observou-se que os incêndios foram predominantes entre os meses de Junho a Outubro, meses mais secos do ano na região. A região apresenta um regime climático tipicamente tropical, ocorrendo uma estação chuvosa e outra estação seca bastante prolongada o que ocasiona a região sérios problemas com incêndios florestais. Observou-se também que as ocorrências dos incêndios florestais no Parque se concentraram na porção Centro-Sul, principalmente nas áreas próximas ao bairro Cidade Nova, no município de Diamantina; ao longo da estrada dentro do parque, que dá acesso ao povoado de Pinheiros e a Vila de Biribiri, e ao longo da rodovia MG 367. Esses dados sugerem que os incêndios na região foram provocados por atividades humanas. Sabe-se que a grande maioria dos incêndios florestais no Brasil tem origem antrópica, sendo a principal causa os incendiários, seguidas por queima para limpeza de áreas nas quais perdeuse o controle do fogo. Apoio: UFVJM/PIBEX, IEF-MG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Roberto V. Costa, Alexandre C. Silva, Márcio L. Silva, Magno D. O. G. Araújo, Rafaela D. A. Freire, Ana M. M. Botelho, Uidemar M. Barral 103 ÓXIDOS DE FE, AL, TI, MN E SI EM SOLOS MAGNÉTICOS NO VALE DO JEQUITINHONHA E SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL - SDEM Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO Os óxidos de ferro são indicadores de fatores pedogenéticos, incluindo a litologia dominante no material de origem, e revelam características pedo-ambientais diagnósticas, inclusive, como base para o agrupamento hierárquico, e, em muitas circunstâncias, da potencialidade agrícola dos solos, sobretudo os de áreas tropicais do globo. Com este trabalho objetivou-se quantificar os teores totais de óxidos de Fe, Al, Ti, Mn e Si, de solos desenvolvidos numa litossequência de rochas básicas a ácidas, em quatro localidades da Serra do Espinhaço Meridional e do Alto Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Foram coletados e avaliados solos de quatro regiões: Couto Magalhães de Minas (Latossolo Vermelho Distrófico), Turmalina (Latossolo Vermelho Distrófico), Planalto de Minas (Nitossolo Vermelho Eutroférrico) e Pinheiro (Latossolo Vermelho Distroférrico). Os teores totais de óxidos de Fe, Al, Ti, Mn e Si foram determinados após o tratamento da TFSA com H2SO4 1:1 (volume - ataque sulfúrico). A partir dos teores de óxidos obtidos pelo ataque em ácido sulfúrico foram calculadas as relações moleculares Ki ((% SiO2 x 1,697)/% Al2O3) e Kr ((% SiO2 x 1,697)/[% Al2O3) + (% Fe2O3 x 0,64)], as quais foram utilizadas como índices de intemperismo do solo e são apropriadas para caracterização de amostras de solos, principalmente dos Latossolos. Os teores de óxidos de Fe, Al, Ti, Mn e Si encontrados nas amostras coletadas em Pinheiros, Planalto de Minas, Turmalina e Couto Magalhães de Minas respectivamente foram: Fe2O3 (22,51%), (17,52%), (0,60%) e (6,19%); Al2O3 (20,14%), (22,03%), (35,24%) e (15,86%); TiO2 (47,04%), (26,09%), (14,64%) e (6,16%); MnO (0,12%), (0,04%), (0,03%) e (0,20%); SiO2 (14,70%), (26,40%), (19,40%) e (15,70%). De acordo com os teores de óxidos de Fe, o latossolo de Couto de Magalhães é hipoférrico o latossolo de Turmalina é mesoférrico e o latossolo de Pinheiro e o nitossolo de Panalto de Minas são férricos. As relações moleculares das amostras dos solos de Pinheiros, Planalto de Minas, Turmalina e Couto Magalhães de Minas Ki e Kr respectivamente foram: Ki= (1,437), (2,360), (1,084) e (1,950) e Kr (0,838), (1,347), (0,919) e (0,413). Os valores de Ki e Kr evidenciam que o nitossolo, cujos Ki e Kr são mais elevados, é menos intemperizado do que os latossolos. Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Bárbara G. Ribeiro, Maria José H. de souza, Fulvio Cupolillo 104 PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO E FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA DAS PRECIPITAÇÕES DIÁRIAS EM DIAMANTINA – MINAS GERAIS (1977 – 2009) Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGROMETEOROLOGIA A análise de chuvas intensas consiste em um dos produtos mais aplicados da hidrologia. A chuva intensa é aquela que apresenta grande lâmina precipitada, durante pequeno intervalo de tempo, sendo as variáveis que as caracterizam a duração, a intensidade e a freqüência de ocorrência. O acondicionamento das chuvas em diferentes classes permite o estudo dos padrões de distribuição das mesmas. O presente trabalho objetivou, estudar a freqüência de precipitação em diferentes classes, em Diamantina - MG, com a finalidade de observar os padrões de sua distribuição e sua frequência de ocorrência. O trabalho foi desenvolvido nas dependências da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina, Minas Gerais. Foram utilizados dados diários de precipitação obtidos juntos ao 5° Distrito de Meteorologia – 5° DISME – pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Foram analisados 12049 dias, considerando também os dias nulos (sem a ocorrência de precipitação). Os dados diários de precipitação, de cada mês, foram agrupados em diferentes classes (0 mm, 0,1 – 25 mm, 25,1 – 50 mm, 50,1 – 100 mm, 100,1 – 150 mm, acima de 150,1 mm). Posteriormente calculou-se a frequência de ocorrência de cada classe e a porcentagem correspondente a cada frequência. Foram feitos gráficos do comportamento da precipitação média histórica, a fim de mostrar a distribuição da precipitação anual, e para a freqüência de ocorrência de precipitação dentro dos intervalos estabelecidos. Analisando os dados foi possível observar que as chuvas em Diamantina se concentram nos meses de Outubro a Abril, caracterizando o período chuvoso. Durante esses meses ocorrem precipitações que correspondem cerca de 90% do total precipitado no ano. Foi possível notar que a frequência de dias sem chuva aumenta consideravelmente até Agosto. Os meses de Julho e Agosto foram os meses que tiveram maiores frequências de dias sem chuva e menores frequências de dias com chuva. Em compensação os meses de Dezembro e Janeiro se comportam de maneira inversa. Excluindo-se a classe que representa a frequência de dias sem chuva, o intervalo mais significativo é o de 0,1 a 25 mm. Os meses de Julho e Agosto apresentam as maiores médias de dias sem chuva, 28 e 27 dias respectivamente. Já os meses de Dezembro e Janeiro apresentam as menores médias, de dias sem chuva, 10 e 12 dias respectivamente. Desta forma pode-se concluir que chuvas com precipitações maiores do que 50 mm não foram frequentes. As precipitações correspondentes ao intervalo de 0,1 a 25 mm ocorreram em todos os meses contribuindo com uma frequência de aproximadamente 30%. Os dias nulos (que não ocorreram precipitações) são os mais frequentes contribuindo com cerca de 70% das frequências de ocorrência. O estudo do comportamento da precipitação na cidade, além de ser importante para o planejamento agrícola é importante também para o calendário turístico da região. Apoio: FAPEMIG, UFVJM, INMET XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 105 PERÍODO IMATURO E EMERGÊNCIA DO PARASITÓIDE PALMISTICHUS ELAEISIS (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) EM HOSPEDEIRO PREDADO POR PODISUS NIGRISPINUS (HETEROPTERA: PENTATOMIDAE) Lariane C. Junker, Marcus A. Soares, José C. Zanuncio, Aline R. P. Pedrosa, Veríssimo G. M. de Sá, Sebastião L. de Assis Júnior Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae) é produzido e liberado para o controle de lepidópteros em florestas de eucalipto e plantios de soja no Brasil. Esses predadores poderiam competir por recursos com parasitóides nativos, abundantes no agroecossistema, como Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae). Este estudo objetivou avaliar a emergência e período imaturo de P. elaeisis em hospedeiros predados por P. nigrispinus no laboratório. Pupas do hospedeiro alternativo Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae) foram individualizadas e expostas ao parasitismo por seis fêmeas de P. elaeisis por 24 horas. Essas pupas hospedeiras, contendo o parasitóide na fase larval, foram individualizadas em placas de Petri com um chumaço de algodão embebido com água destilada. Uma fêmea de P. nigrispinus, não alimentada e com 48 horas de emergência, foi liberada no interior das placas de Petri. Os tratamentos consistiram dos períodos de 24 e 48 horas do predador com as pupas ou sem predação. Posteriormente, as pupas foram retiradas, individualizadas em tubos de ensaio e mantidas a 25 ± 1 ºC, 70 ± 10% de umidade relativa e fotofase de 12 horas em estufa tipo B.O.D.. Avaliou-se o número de pupas com parasitismo, o período imaturo dos parasitóides e o número de indivíduos de P. elaeisis emergidos. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e suas médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade com o SAEG. O número de pupas com emergência de parasitóides não variou entre tratamentos, já o período imaturo dos parasitóides foi menor no tratamento com 48h de predação (21,54 ± 0,74). A média de indivíduos de P. elaeisis emergidos por hospedeiro foi maior no tratamento sem predação (41 ± 7) e com 24h de predação (37 ± 4) e menor naquele com hospedeiro predado por 48h (17 ± 4). A menor emergência pode prejudicar o desempenho desse parasitóide e reduzir sua população no campo, reduzindo o controle biológico natural de lepidópteros. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 106 POTENCIAL REPRODUTIVO DE PALMISTICHUS ELAEISIS (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) PREDANDO PUPAS DE ANTICARSIA GEMMATALIS (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EM CULTIVO DE SOJA TRANSGÊNICA Sarah S. D. da Costa, Mabio C. Lacerda, Claubert W. G. de Menezes, Marcus A. Soares, Wagner de S. Tavares, Sebastião L. de Assis Junior e José C. Zanuncio Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA A expansão de lavouras de soja transgênica e tolerantes ao herbicida glyphosate desperta o interesse sobre possíveis impactos em organismos não-alvos. Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae) se destaca por parasitar pupas de espécies-pragas de lepidópteros. O objetivo desse trabalho foi avaliar o impacto de cultivares de soja transgênica, tolerantes ao herbicida glyphosate, sobre P. elaeisis parasitando pupas de Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae) alimentadas nas cultivares CD 212 RR, CD 214 RR, OC 14 e CD 201. Pupas de A. gemmatalis, com 48 horas, foram expostas ao parasitismo por seis fêmeas de P. elaeisis, com 72 horas de idade. A duração do ciclo de vida (ovo-adulto), as porcentagens de parasitismo e de emergência da progênie e o tamanho da cápsula cefálica dos parasitóides emergidos, foram avaliados em pupas de A. gemmatalis. O experimento teve 12 repetições, sendo cada pupa uma parcela em delineamento, inteiramente, casualizado. O peso de pupas de A. gemmatalis foi semelhante entre tratamentos ou gerações e o parasitismo maior ou igual a 95%, sem diferenças entre tratamentos. A emergência de P. elaeisis foi semelhante entre tratamantos, de 43,75 a 87,50% na primeira geração e de 50,00 a 56,25% na segunda. A razão sexual, acima de 0,87, foi semelhante entre tratamentos. A largura da cápsula cefálica de machos e fêmeas de P. elaeisis foi menor com a cultivar CD 214 RR. A longevidade de machos e fêmeas foi menor na segunda geração (21,50 e 19,62 dias) que na primeira (30,18 e 28,25 dias para fêmeas e machos, respectivamente) com a cultivar CD 212 RR. Essa redução foi observada, também, para a largura da cápsula cefálica de machos e para a longevidade das fêmeas de P. elaeisis, de primeira e segunda geração com a cultivar CD 201, mas isto não afetou sua reprodução. O tipo de cultivar, para alimentação do hospedeiro, não afetou os demais parâmetros reprodutivos de P. elaeisis, o qual pode ser utilizado em lavouras transgênicas de soja e tolerantes ao herbicida glyphosate para o controle de A. gemmatalis. Apoio: CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 107 POTENCIALIDADES DO USO DE COBERTURA VIVA, NA MANUTENÇÃO DA UMIDADE E VARIAÇÃO TERMICA DO SOLO, NO MUNICIPIO DE ITINGA REGIÃO DO MEDIO JEQUITINHONHA* Mateus Augusto L. Quaresma, Diego Mathias N. da Silva, Ricardo B. Teodoro, Fábio Luiz de Oliveira, Eduardo C. Costa, Maira P. Santiago, Marivaldo A. de Carvalho Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO A atividade agrícola na região de semi-árido é desafiadora, principalmente por características de escassez de água em um longo período do ano. Essas condições edafo-climaticas ressaltam a necessidade a adoção de estratégias que possibilitem a proteção contínua do solo, assim possibilitando uma menor amplitude térmica e consequentemente o maior tempo da água no solo, vindo a ser uma das alternativas para permanência da atividade agrícola nestas regiões. O estudo objetivou-se avaliar o comportamento de leguminosas herbáceas perenes em condições de baixa pluviosidade. Este trabalho foi realizado na área de produção da Escola Família Agrícola de Jacaré – EFAJ, na comunidade de Jacaré, município de Itinga-MG. A região é caracterizada pela sua semi-aridez, com precipitações anuais abaixo de 1.000 mm, com grande concentração nos meses de verão. Geograficamente, a área representa um prolongamento para o sul do semi-árido nordestino região de caatinga. O delineamento adotado foi o de blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: Cudzu Tropical, Calopogônio, Amendoim Forrageiro, Soja Perene, Estilosantes e testemunha (solo descoberto). A área de cada parcela foi de 4 m² (2 x 2m), considerados como área útil, os 2 m² centrais. As avaliações iniciaram após o período de estiagem, no período de restabelecimento das leguminosas, sendo determinada taxa de cobertura do solo; promoção da retenção de umidade e conservação da temperatura do solo. A temperatura do solo determinada na profundidade de 5 cm. A umidade volumétrica do solo foi determinada na camada de 0-5 cm de profundidade. Os valores de umidade e temperatura são referentes à média harmônica entre as quatro e três datas de coleta respectivamente, estes dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Foi observada redução na temperatura do solo coberto com as leguminosas perenes. Estas temperaturas permaneceram com media abaixo de 32°C, em quanto à testemunha, que se encontrava com temperatura media próxima a 45°C, na profundidade de 5 cm do solo, no horário de 14 horas. A ressaltar que todas as leguminosas, exceto o estilosantes, apresentaram maiores volumes de água retida no solo, demonstrando os benefícios que essas podem trazer ao sistema com a manutenção de umidade no solo, principalmente se tratando da região do médio Jequitinhonha que apresenta características de semi-aridez, onde a manutenção de água no solo pode significar a possibilidade de extensão no período de cultivo após as chuvas, tornando assim, uma alternativa para os agricultores da região. O Calopogônio, Amendoim e Cudzu destacaram pela maior taxa de cobertura do solo. O calopogônio, Cudzu, Soja Perene e Amendoim apresentaram uma eficiente redução da variação térmica do solo, este em temperaturas mais adequadas ao desenvolvimento vegetal e consequentemente uma maior retenção de umidade no solo em relação à testemunha. Apoio: * Projeto de iniciação científica da bolsista PIBIC-UFVJM/FAPEMIG, Maira Pereira Santiago, e parte integrante do projeto CNPq 558387/2009-8. APOIO: FAPEMIG, MCT/CNPq, MDA/SAF, MDS, EFAJ, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 108 PREDAÇÃO DE SEMENTES POR GIBBOBRUCHUS SP. (COLEOPTERA: BRUCHIDAE) E SUA INFLUÊNCIA NA GERMINAÇÃO DE BAUHINIA FORFICATA (FABACEAE: CAESALPINIOIDEAE) Gilson Geraldo S. O. Júnior, Bruno S. Reis, Rodrigo D. Silveira, Sebastião Lourenço A. Júnior Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A ocorrência de elevado número de vagens danificadas por insetos e o pequeno número de mudas obtidas de sementes atacadas são motivo de preocupação para a produção de mudas de essências florestais. Dentre os fatores que causam a baixa produtividade das leguminosas nativas destaca-se a danificação de sementes, que pelo seu alto valor nutritivo é um dos alvos preferidos da fauna predadora, especialmente os besouros da família Bruchidae. A Bauhinia forficata Link (Fabaceae: Caesalpinioideae) possui folhas uncinadas com formato semelhante a uma pata de vaca, fato que originou seu nome vulgar. É uma planta largamente utilizada na medicina popular em casos de diabetes. Este estudo teve como objetivo avaliar a taxa de predação por bruquídeos e sua influência na germinação das sementes de pata de vaca. Foram coletados 500 frutos em cinco matrizes localizadas em mata ciliar em São Gonçalo do Rio Preto - MG. Os frutos oriundos de cada matriz constituíram as amostras, divididas em cinco lotes. Estes foram acondicionados em gaiolas de madeira teladas, com tampas de vidro, de dimensões 30x30x30 cm, e levados ao Laboratório de Entomologia da UFVJM. As sementes foram analisadas individualmente por meio da caracterização qualitativa em indene (sadias), danificada e chochas (abortada). Os 500 frutos produziram 4988 sementes, das quais 728,6±129,32 (73,04%) estavam indenes e 197±94,53 (19,75%) chochas. As sementes danificadas foram atacadas por duas espécies do gênero Gibbobruchus (Coleoptera: Bruchidae), sendo que uma atacou 17,8±5,93 (1,78%) e a outra 5,2±4,87 (0,52%) sementes. Foram, ainda, constatados os ataques de 48,4±27,52 (4,85%) sementes por uma espécie de Lepidoptera Pyralidae e 0,6±0,89 por fungos (0,06%). Existem casos em que o ataque de bruquídeos diminutos pode quebrar a dormência da semente e outros que não impedem a germinação por não danificarem o embrião. Para essa verificação, foram separadas amostras de 75 sementes indenes e 75 danificadas pelos bruquídeos para se fazer os testes de poder germinativo. As sementes foram colocadas para germinar em sala climatizada sob condições controladas de 25°C, 70% de UR e fotoperíodo de 12 horas em papel germitest, acondicionadas em caixas gerbox, umedecidas com água destilada. A contagem foi feita diariamente para verificar a germinabilidade (G%). Estes ensaios foram conduzidos com três repetições de 25 sementes cada, o lote de 25 sementes danificadas foi organizado segundo a variação de peso das mesmas. As faixas de variação de peso foram: faixa 1 (peso variando de 0,0030 - 0,0315), faixa 2 (0,0315 - 0,0601) e faixa 3 (0,0601 - 0,1457). Na faixa 1 não teve sementes germinadas. As faixas 2 e 3 tiveram 8% e 36% das sementes germinadas, respectivamente. A faixa 3 em que houve a menor perda de substrato foi a que promoveu o maior índice de germinação.Os bruquídeos consomem boa parcela do substrato da sementes e seus danos afetam a germinação e o desenvolvimento das sementes de pata de vaca. Apoio: FAPEMIG, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Andressa T. Lima, Gustavo A. M. Pereira, Renan R. Braga, Eliza C. M. Byrro, Daniel V. Silva, José B. dos Santos 109 PRODUÇÃO DE FITOMASSA E COBERTURA DO SOLO POR ADUBOS VERDES NA REGIÃO DO ALTO VALE DO JEQUITINHONHA Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA A adubação verde é uma das práticas que contribuem para uma maior sustentabilidade do agrossistema, visa à incorporação ou não de restos vegetais não decompostos, com a finalidade de preservar e melhorar a fertilidade das terras agrícolas. Promovendo o acúmulo de matéria orgânica na superfície do solo, reciclagem de nutrientes e aporte de N por meio da fixação biológica, principalmente pelas leguminosas, melhora os atributos químicos e físicos do solo, promovendo uma maior retenção e capacidade de infiltração de água, aumento da biodiversidade no solo, controle dos efeitos da temperatura no solo, sequestro de carbono e controle de plantas daninhas. Objetivou-se com esse trabalho avaliar o desempenho de seis leguminosas utilizadas para adubação verde, quanto à produtividade de fitomassa e cobertura do solo. O experimento foi conduzido em Diamantina- MG, entre os meses de março a outubro de 2010, em delineamento em blocos casualizado com quatro repetições. Os adubos verdes utilizados foram: crotalária (Crotalaria spectabilis), feijão de porco (Canavalia ensiformis), feijão guandu anão (Cajanus cajan), lab-lab (Dolichos lab lab), mucuna anã (Mucuna deenringiana) e tremoço branco (Lupinus albus L.). A avaliação de cobertura de solo foi calculada em porcentagem, avaliando-se fotos retiradas de cada parcela semanalmente e a área determinada com o auxílio do “software” Image pro-plus. As fotos foram inseridas no programa que diferenciava áreas expostas de áreas cobertas pelos adubos verdes. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias, quando significativas, comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro. De modo geral os adubos verdes apresentaram elevadas produções de fitomassa, porém foram observados diferentes picos de cobertura do solo. Considerada uma planta de dia curto a crotalária foi o adubo verde que melhor adaptou-se a época de cultivo em Diamantina. Apesar de florescer aos 68 dias após o plantio a espécie apresentava-se mais fibrosa na época da avaliação e, por isso, com maiores valores de matéria fresca. Entre as espécies estudadas, o feijão de porco foi o adubo verde que obteve os maiores índices de cobertura durante todo o período experimental. Apesar de produzir pouca matéria seca, a espécie apresenta crescimento inicial rápido com índices elevados de cobertura do solo logo nas primeiras semanas de avaliação. Portanto o mais eficiente para cobrir o solo e interceptar a radiação, sendo assim de grande interesse para o controle da erosão e no programa de manejo de plantas daninhas. Apoio: UFVJM, Fapemig, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 SULA J. de O. FERNANDES, ANY C. P. RODRIGUES, LAÍS G. SILVA, REYNALDO C. SANTANA, ENILSON B. SILVA 110 PRODUÇÃO DE MINIESTACAS DE EUCALIPTO EM FUNÇÃO DO MANEJO DA IRRIGAÇÃO NO MINIJARDIM CLONAL Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL O manejo adequado do minijardim clonal é o início para a garantia de mudas de boa qualidade. Um dos principais fatores limitantes nesta fase é o uso excessivo de água e fertilizantes em decorrência da falta de critério técnicos para o manejo da fertirrigação. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de miniestacas do clone híbrido de E. urophylla S.T. Blake e E. grandis W. Hill ex Maiden em função do manejo da irrigação do minijardim clonal no viveiro da Empresa Sada Bio Energia e Agricultura LTDA, Sete Lagoas (MG). O experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados, composto por seis irrigações (T1, T2, T3, T4, T5, T6) e um tratamento adicional (T7) e quatro blocos. Os tratamentos foram definidos de acordo com a leitura diária do Tanque Classe A (T1 = 50% da ETc; T2= 75% da ETc; T3 = 100% da ETc; T4 = 125% da ETc; T5 = 150% da ETc ; T6 = 100% da ETc e T7 = adicional (operacional da empresa - lâmina 10,66 mm dia-1, dividida em oito fertirrigações)). A freqüência de irrigação para cada tratamento foi estabelecida de forma a não ultrapassar a capacidade de campo da areia. Assim, para o T1 aplicou-se uma irrigação; T2 e T3 duas irrigações; T4 e T5 três irrigações; exceção foi observada para o T6 com apenas uma lâmina de irrigação. A umidade do substrato em cada unidade experimental foi mensurada duas vezes ao dia utilizando-se o equipamento TDR (Reflectometria no domínio do tempo). A primeira medição (H1) foi realizada às 8:00, antes da primeira irrigação, enquanto a segunda medição (H2) foi realizada às 16:00, após a última irrigação do dia. Foram avaliados as variáveis produção (miniestaca/minicepa/7dias), eletrocondutividade do substrato (EC), clorofilas A, B e Total, massa seca da parte aérea, área foliar (AF), quantidade de água percolada, sua eletrocondutividade e pH. A umidade no substrato não teve alteração significativa entre os tratamentos e os horários de medição. A produção de miniestacas ficou entre 1,7 – 2,96, onde o maior valor refere-se a T6 e o menor T7. Entre os tratamentos T1 e T6 não houve diferença significativa, diferindo somente o T7. O tratamento T1 (50% da ETc) referente a área do canaletão apresentou ser 1,6 vezes mais eficiente do que T7 (tratamento adicional) representando uma economia de 79%, em kg de adubo. Somente para os tratamentos referentes às três maiores lâminas de irrigação foi constatado solução lixiviada, sendo que os maiores volumes e os menores Ec encontrados foram para os tratamentos T4 e T5, devido a uma maior diluição dos nutrientes proporcionado pelas lâminas aplicadas (125% e 150% da ETc, respectivamente). Para as demais variáveis não houve resposta para os diferentes manejos de irrigação, exceto área foliar e eletrocondutividade do substrato. Conclui-se que as lâminas de irrigação referente 50% da ETc – 100 % da ETc (T1, T2, T3 e T6) podem ser utilizadas para a produção de miniestaca em minijardim clonal. Apoio: CAPES, SADA BIOENERGIA S/A, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Fillipe V. Araújo; Luiz David O. Rabelo; Rodrigo O. de Lara; Luiz Otavio R. de Melo; Matheus T. Toledo; Evandro Luiz M. Machado; Israel M. Pereira 111 PRODUÇÃO DE SERRAPILHEIRA EM UM FRAGMENTO DE MATA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NO PARQUE ESTADUAL DO BIRIBIRI EM DIAMANTINA, MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Considera-se serrapilheira todo material orgânico depositado na superfície solo de uma floresta, em um determinado tempo, tendo, um papel fundamental na manutenção da fertilidade do solo nas florestas, onde, por meio da ciclagem de nutrientes, a decomposição da serrapilheira é o principal meio de retorno de nutrientes para as plantas que estão nesses ecossistemas. Entre os componentes desse material vegetal depositado no solo, as folhas e os galhos finos são os maiores responsáveis pela fertilidade da camada superficial do solo. Sendo assim, objetivo deste trabalho é estimar a produção de serrapilheira de um fragmento de mata Estacional Semidecidual, contida no Parque Estadual do Biribiri. Para a coleta de serrapilheira foram instalados 50 coletores, e envolvidos com uma tela de nylon com malha 2x2 mm, em 25 parcelas de 20x20 metros, sendo dois por parcela, posicionados a 6,67 m da borda inferior e superior da parcela. Cada coletor apresenta dimensões de 50x50 cm, elevados a 35 cm do solo. As coletas foram realizadas quinzenalmente, no período de setembro de 2010 a março de 2011. As amostras foram divididas em 3 estratos: Folhas, Galhos e Outros (flores,frutos, sementes e materiais não identificáveis)onde posteriormente foram condicionadas em sacos de papel, identificadas e levados para o laboratório, e depois pesadas com umidade de campo e secas em estufa de circulação forçada a 60 °C ± 5 °C até peso constante, ocorrendo aproximadamente em 24 horas, e novamente pesadas para obtenção do peso seco e a partir daí estimando-se a deposição de serrapilheira. A média estimada de serrapilheira para o fragmento foi de 2.601,86 kg/ha para o período de estudo. A fração galho teve uma contribuição de, 607,32 kg/ha ou 22,34 % do total da serrapilheira estimada, já a fração outros apresentou a menor contribuição com 387,39 kg/ha ou 14,88 %. A fração folha apresentou a maior contribuição da media estimada com 1607,11 kg/ha ou 61,76 %, isso se deve a característica da fitofisionomia em estudo, pertencer a lugares que apresentam dupla estacionalidade climática, sendo que na época seca as espécies desta fitofisionomia tem a características de perderem uma grande porcentagem de sua copa, contribuindo não só para a elevação da quantidade de serrapilheira, mas também para a ciclagem de nutrientes e armazenamento de água no solo, sendo de grande importância para a manutenção dos nutrientes essenciais para a sobrevivência e reprodução destas espécies. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 João P.Cury, José B. Santos, Eliza C. M . Byrro, Renan R. Braga, Felipe P. Carvalho, Daniel V. Silva 112 PRODUÇÃO E PARTIÇÃO DE MATÉRIA SECA E NUTRIENTES DE CULTIVARES DE MILHO EM COMPETIÇÃO COM PLANTAS DANINHAS Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA RESUMO - Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da competição entre três cultivares de milho e seis espécies de plantas daninhas no acúmulo e na alocação de matéria seca e nutrientes pelas plantas, determinando-se também o potencial dessas espécies em reciclar nutrientes. Adotou-se arranjo fatorial em esquema 3x6+9, constituído pela combinação de três genótipos de milho (híbrido DKB 390 YG, variedade AL 25 e híbrido SHS 4080) em competição com seis espécies de plantas daninhas (Bidens pilosa, Cenchrus echinatus, Brachiaria brizantha, Commelina benghalensis, Brachiaria plantaginea e Euphorbia heterophylla), além de nove tratamentos adicionais, correspondentes aos cultivares de milho e às espécies daninhas ausentes de competição. O delineamento foi em blocos casualizados com quatro repetições, e cada vaso contendo 5 L de substrato representou uma unidade experimental. O período de convivência entre os cultivares de milho e as plantas daninhas foi de 60 dias após emergência do milho. Os cultivares de milho apresentaram reduzido acúmulo de matéria seca e de nutrientes quando em competição. A folha e o caule foram os principais órgãos afetados negativamente. O conteúdo relativo e o acúmulo de matéria seca das espécies infestantes foram severamente reduzidos em função dessa convivência. As raízes das espécies competidoras, de maneira geral, foram os órgãos mais prejudicados. O genótipo AL 25 foi o que menos tolerou a competição e B. plantaginea foi à espécie daninha que demonstrou possuir a menor habilidade competitiva. B. brizantha e C. benghalensis demonstraram ser as espécies com maior capacidade de competição com o milho. A capacidade de acumular nutrientes aparentemente não representa vantagem competitiva para as espécies infestantes. B. brizantha e C. echinatus, livre da convivência com o milho, apresentaram elevado potencial em reciclar nutrientes. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 SULA J. de O. FERNANDES, LAÍS G. SILVA, ANY C. P. RODRIGUES, ENILSON B. SILVA, REYNALDO C. SANTANA 113 QUALIDADE DE MUDAS DE EUCALIPTO EM FUNÇÃO DO MANEJO DA IRRIGAÇÃO DO MINIJARDIM CLONAL E REDUÇÃO FOLIAR DA MINIESTACA Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL Mudas com boa qualidade significa plantios sem gastos desnecessários, como replantio e bom desenvolvimento. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade das mudas de eucalipto em função do manejo da irrigação e redução foliar das miniestacas de clone híbrido de E. urophylla S.T. Blake e E. grandis W. Hill ex Maiden através de parâmetros morfológicos. O experimento foi conduzido no viveiro da Empresa Sada Bio Energia e Agricultura LTDA, Sete Lagoas (MG). O experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados no arranjo fatorial, composto por sete manejos de irrigação e dois níveis de redução foliar (com e sem redução). Os tratamentos foram definidos de acordo com a leitura diariamente do Tanque Classe A (T1 = 50% da ETc ; T2= 75% da ETc; T3 = 100% da ETc; T4 = 125% da ETc; T5 = 150% da ETc ; T6 = 100% da ETc e T7- operacional da empresa - lâmina 10,66 mm dia-1, fertirrigação oito vezes ao dia, durante cinco minutos com uma vazão de 0,8 L h-1). Aos 35 e 90 dias foram avaliadas as seguintes variáveis: altura (AM), diâmetro (DC), massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca da raiz (MSR), massa seca total (MST), relação MSPA e MSR, Índice de Qualidade Dickson (IQD) e sobrevivência (Sob.). Aos 35 dias, para todas as variáveis, exceto DC, MSR, IQD e Sob., T7 apresentou as maiores médias não diferindo significamente somente do T2. Para sobrevivência T2 apresentou o maior percentual, diferindo estatisticamente somente do T3. Para as demais variáveis não houve efeito das diferentes lâminas de irrigação. As mudas sem redução foliar apresentaram as maiores médias para todas as variáveis, exceto para AM, MSR e Sob., as quais não houve diferença estatística entre si. Aos 90 dias houve diferença significativa para todas as variáveis, exceto para DC, referente às diferentes lâminas de irrigação. Para os níveis de redução foliar, houve diferença significativa somente para o IQD, o qual o tratamento sem redução apresentou o maior valor. Somente para a variável AM, T7 obteve a maior média, diferindo estatisticamente somente do T1. Para o IQD, o T7 apresentou o menor valor, não diferindo do T2 e T3, sendo que os demais tratamentos (T1 à T6) não diferiram estatisticamente entre si. O tratamento T2 e T3 obtiveram o maior e o menor percentual de sobrevivência, respectivamente. Conclui-se que o T2 sem redução foliar é recomendável por possuir um ótima qualidade das mudas e apresentar maior percentual de sobrevivência. Apoio: CAPES, SADA BIOENERGIA S/A, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Maria C. Souza, Angelo M. Pinto Leite, Gilciano S. Nogueira, Pâmela B. Alves 114 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO NAS OPERAÇÕES DE EXTRAÇÃO MANUAL E CORTE COM MOTOSSERRA EM POVOAMENTOS DE EUCALIPTO Email: e-mail: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A busca por um lugar de destaque em um mercado consumidor cada vez mais exigente está fazendo com que as empresas passem por transformações profundas em todo o seu processo produtivo, visando adaptação à nova realidade. As organizações estão deixando de se preocupar apenas com aspectos ligados à produção como redução de custos, melhoria da qualidade e da produtividade, mas também com os seus funcionários. Ao despertar a sua atenção para a manutenção de um ambiente de trabalho seguro, saudável e confortável, as empresas só têm a ganhar uma vez que, funcionários satisfeitos e saudáveis trabalham mais motivados e envolvidos com a função, aumentando o desempenho e o retorno da empresa, bem como assegurando a sua sobrevivência no mercado ao longo dos anos. Assim, para se buscar melhorias no nível de satisfação e qualidade de vida no trabalho e, conseqüentemente, aumento de produtividade, qualidade e redução de custo, torna-se necessário caracterizar a mão-de-obra e condições de trabalho na empresa, por intermédio das opiniões / percepções dos funcionários quanto ao ambiente de trabalho, condições de saúde, treinamento e segurança. Portanto, este trabalho objetivou avaliar a qualidade de vida dos trabalhadores de duas categorias funcionais (trabalhadores de extração / baldeio manual e operadores de motosserra) envolvidos na colheita de madeira de uma prestadora de serviços em uma grande empresa florestal produtora de celulose e papel, cujos reflorestamentos localizam-se no município de Guanhães, Minas Gerais. Os dados foram coletados em maio de 2009 por intermédio de entrevistas individuais utilizando-se um questionário específico semiestruturado do tipo fechado, sendo o nível de satisfação dos trabalhadores avaliado por intermédio de 5 blocos/dimensões do modelo proposto por Walton (condições de trabalho, saúde, moral e motivação, remuneração, segurança e treinamento), dentre os 11 existentes. A população de trabalhadores envolvidos na colheita de madeira era constituída de 46 pessoas, sendo 26 trabalhadores de baldeio manual e 20 operadores de motosserra. A amostra foi constituída de 32 trabalhadores (69,56% da população total), todos do sexo masculino, sendo que 20 atuavam nas operações de extração (baldeio manual) e 12 nas operações de corte semimecanizado (operador de motosserra). Os resultados demonstraram que o perfil dos trabalhadores estudados é o de uma pessoa jovem, com baixa escolaridade, casados, possuidores de casa própria, origem urbana e lateralidade destra; e que, os trabalhadores das duas categorias funcionais estudadas encontram-se satisfeitos em trabalhar na Empresa, não havendo diferença estatística significativa no nível de satisfação entre trabalhadores de baldeio manual e operador de motosserra. Apoio: DEF – UFVJM, EMFLORA – CENIBRA XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Jannaina O. Almeida, Ludmila A. da Silva, Bruno O. Lafetá, Marcio L. R. Oliveira, Evandro. L M. Machado, Miranda Titon 115 QUALIDADE NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE SUCUPIRA-PRETA (BOWDICHIA VIRGILIOIDES) Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A espécie Bowdichia virgilioides Kunt. pertence à família Leguminosae e apresenta alta dispersão no Brasil. Possui madeira de alta densidade e longa durabilidade, sendo empregada na construção civil e na fabricação de móveis. É também muito utilizada em projetos de recuperação de áreas degradadas. No entanto, com relação à sua propagação, a espécie requer maiores estudos, a fim de se definir protocolos para a produção de mudas de maior qualidade. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a qualidade de mudas de sucupira (B. virgilioides) em fase de viveiro, em resposta a diferentes substratos e quantidades de luz (ambientes). O experimento foi realizado no Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais – CIPEF/DEF/UFVJM. Os recipientes utilizados para a formação das mudas foram tubetes de 55 cm³ e a germinação das sementes foi realizada em casa de vegetação. Foram instalados dois experimento, sendo um em ambiente pleno sol e o outro em casa de sombra (50% de sombra). Para cada ambiente, avaliou-se quatro composições de substratos: 1) 70 % de vermiculita + 30% de casca de arroz carbonizada; 2) 70% de vermiculita + 30% de moinha de carvão; 3) 70% de vermiculita + 15% de casca de arroz carbonizada + 15% de fibra de côco; e 4) 40% de vermiculita + 30% de casca de arroz + 30% de fibra de côco. Utilizou-se um Delineamento Inteiramente Casualizado, com 4 tratamentos (substratos), 4 repetições e 12 mudas por repetição. As mudas ficaram nos ambientes por um período de 210 dias. Ao final desse período, foram retiradas aleatoriamente 10 mudas de cada substrato em cada ambiente. Foram então mensuradas a altura (H), diâmetro do coleto (DC), peso de matéria seca da parte aérea (PMSPA), peso da matéria seca da raiz (PMSR), e calculadas as relações de peso da matéria seca total (PMST), relação parte aérea/diâmetro do coleto (RHDC), relação de altura da parte aérea / peso de matéria seca da parte aérea (RHPMSPA), relação entre o peso de matéria seca / peso de matéria seca das raízes (RPMSPAR) e o índice de qualidade de Dickson (IQD). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de médias (Tukey a 5% de probabilidade). Observou-se significância estatística em nível de tratamentos para as características: PMST, H e PMSPA para as mudas no ambiente casa de sombra. Em relação às mudas no ambiente pleno sol, foi observada significância estatística em nível de tratamento para MST, DC, PMSPA e IQD. De acordo com o teste de médias, observouse superioridade dos substratos 2, 3 e 4 para as características DC e IQD, no ambiente pleno sol. Para o ambiente casa de sombra, os substratos 1, 3 e 4 foram superiores em termos de PMST, H e PMSPA. Em geral, os substratos 3 e 4 proporcionaram os melhores resultados, independente do ambiente. Apoio: CAPES, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Luiz C. Couto, Emanuel R. Faria, Nísia A. D. V. Pinto 116 QUANTIFICAÇÃO DOS TANINOS CONDENSADOS DA CASCA DE ACACIA MANGIUM : ENSAIOS PRELIMINARES Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A Acacia mangium é uma espécie florestal de interesse econômico, recentemente alvo de estudos de países asiáticos (Ex. Malásia) concernentes a potencialidade comercial dos taninos encontrados em sua casca, cujas aplicações vão desde o curtimento de peles de animais, a formulação de adesivos, o tratamento de águas até a fabricação de fármacos e biocidas. Sendo assim,o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial da casca de Acacia mangium como fonte para extração de taninos por meio de diferentes soluções extratoras em diferentes níveis de concentração. As amostras de casca de Acacia mangium foram provenientes do estado de Roraima. O preparo da amostra constituiu da sua secagem ao ar, moagem e classificação , tendo sido utilizada para análise a porção que passou por uma peneira de 3,5 “mesh” (5,66 mm). Em seguida foi realizada a extração dos taninos pela solubilização da casca (20 g de amostra seca) nas soluções (NaCl, NaOH, Na2S2O5, Na2SO3 e H2O destilada) e nas concentrações ( 0,5 %, 1 %, 2 % , 5 % e 10 %), contabilizando 21 tratamentos. Para cada tratamento foram realizadas três repetições. A extração foi conduzida por um período de 4 horas a partir da ebulição. Em seguida, foram determinados o rendimento da extração, por meio do teor de sólidos totais, e o teor de taninos condensados pela reação de Stiasny. Os resultados demonstraram que o rendimento da extração variou de 14,7 % a 23,7 % em relação à massa absolutamente seca da casca e a ANOVA não demonstrou haver efeito significativo entre as médias dos tratamentos considerados. Ressalta-se que dos 21 tratamentos utilizados, somente 14 foram efetivamente analisados estatisticamente tendo em vista que para alguns produtos e concentrações os taninos foram degradados e assim não foi possível quantificá-los. Quanto ao teor de taninos condensados a ANOVA demonstrou efeito significativo entre os tratamentos. No caso da água o teor de taninos condensados foi da ordem de 80,41 % e do sulfito de sódio, por exemplo, na concentração de 1,25 % foi da ordem de 84,83 %, os demais tratamentos analisados se situaram entre 59,24 % e 81,83 %. Com base nos resultados, podese concluir que a Acacia mangium se constitui numa fonte potencial de taninos condensados, cuja extração pode ser realizada apenas com água quente, o que do ponto de vista industrial é uma vantagem em relação à utilização de tratamento que utilizam a adição de produtos químicos. Apoio: Cnpq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Eduardo C. Costa, Fábio L. de Oliveira, Mateus A. L. Quaresma, Haroldo Doria, Diego M. N. da Silva, Bianca P. Mendes, Maíra P. Santiago 117 REDUÇÃO DATEMPERATURA DO SOLO ATRAVÉS DO CULTIVO DE LEGUMINOSAS CONSORCIADAS COM MILHO NA REGIÃO DO MÉDIO JEQUITINHONHA Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO O controle da temperatura em solos tropicais é uma característica importante para a produção agrícola. Na cultura do milho a temperatura ideal do solo para emergência das plântulas é de 25 a 35 °C, porém acima de 35°C pode ocorrer redução brusca no desenvolvimento das plântulas de milho. O tipo de manejo do solo interfere diretamente em processos físicos, biológicos e químicos, pois atua na camada superficial do solo. A adubação verde busca manter ou melhorar esses processos, utilizando espécies vegetais, principalmente da família Fabaceae, pois fixam muito bem nitrogênio atmosférico. Esta técnica pode ser utilizada na forma de consórcio ou rotação com a cultura de interesse econômico. No município de Araçuaí, a vegetação predominante apresenta características de transição Caatinga-Cerrado, e o desmatamento e as queimadas têm contribuído com a diminuição da cobertura vegetal nativa, podendo alterar principalmente características físicas do solo, como a temperatura e umidade. Com isso, objetivou-se analisar a taxa de cobertura promovida pelo consórcio de milho com leguminosas e seu efeito na temperatura do solo. A pesquisa foi desenvolvida na Escola Família Agrícola Araçuaí situada na zona rural de Araçuaí/MG, com altitude média de 363m, temperatura média anual de 25,80°C e pluviosidade média anual de 817 mm. O experimento foi instalado em novembro de 2010, as avaliações foram feitas em janeiro, fevereiro e março de 2011. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso, com quatro repetições e seis tratamentos, instalados em consórcio com milho, sendo eles, feijãode-porco (Canavalia ensiformis), c. espectabilis (Crotalaria spectabilis), c. juncea (Crotalaria juncea), mucuna preta (Mucuna aterrima), semeadas 30 dias após a semeadura (DAS) do milho, c. espectabilis semeada simultânea ao semeio do milho e a testemunha (milho solteiro). Cada parcela apresentou área de 12,0m², sendo a área útil representada pelos 4,0m² centrais. O tratamento que apresentou maior taxa de cobertura nos três meses avaliados foi feijão de porco, observando os seguintes valores, 77,25% em janeiro, 82,75% em fevereiro e, 86,25% em março, os demais ficaram abaixo de 50% de cobertura do solo. Por apresentar maior eficiência em cobrir o solo o tratamento com feijão de porco também expressou eficiência na conservação da temperatura do solo a 5,0 e 10,0 cm de profundidade. A 5,0 cm de profundidade a maior temperatura foi 40,45°C e a 10,0 cm 38,8°C, sendo estes valores observados no tratamento testemunha (milho solteiro) no mês de fevereiro, momento de ocorrência de veranico. Já no consórcio com feijão-de-porco nesta mesma data foram observadas temperaturas de 34,85 °C a 5 cm e 33,625 °C a 10 cm de profundidade. Conclui-se que o uso de leguminosas consorciadas com a cultura do milho, em especial feijão-de-porco, podem influenciar positivamente na cobertura e conservação da temperatura do solo. Apoio: CNPq, MDA, UFVJM, EFA-Araçuaí. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Laura A. G. dos Santos & Anne Priscila Dias Gonzaga 118 RELAÇÕES ENTRE A AVERBAÇÃO DE RESERVAS LEGAIS E MUNICÍPIOS PRODUTORES DE EUCALIPTO NO ALTO JEQUITINHONHA – MG Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A região do Vale do Jequitinhonha está situada geograficamente no Nordeste de Minas Gerias, ocupando 14,5% da área de Minas Gerais. Esta região é dividida em: Baixo, Médio e Alto Jequitinhonha. O Alto Jequitinhonha abrange uma área de 19.578,30 Km² e é composto por uma cobertura vegetal com variações dos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado. Em Minas Gerais, projetos estatais permitiram que grandes empresas monocultoras expandissem a eucaliptocultura, principalmente nas regiões Norte e Vale do Jequitinhonha. De fato, alguns municípios do Alto Jequitinhonha possuem uma paisagem marcada por grande extensão de plantios de eucalipto, sendo Itamarandiba, Capelinha, Veredinha, Minas Novas e Turmalina os municípios com maiores áreas de reflorestamento na região. Este tipo de empreendimento é constantemente criticado devido aos seus impactos sociais e ambientais, em contra partida, estas empresas contribuem com a geração de emprego e renda nos municípios em que atuam. Então, este trabalho tem como objetivo averiguar se do ponto da preservação estes municípios estão sendo favorecidos ou não pela presença destas empresas, assim sendo, busca-se comparar o número de RL’s averbadas nos municípios acima citados com outras regiões do Alto Jequitinhonha, averiguando se a presença destas empresas contribuem com as averbações das RL’s. Os dados necessários foram coletados na Regional Alto Jequitinhonha do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Tal pesquisa foi realizada com o auxílio de buscas no sistema da Gerência de Monitoramento e Geoprocessamento (GEMOG) durante o ano de 1965 a dezembro de 2010. Na região do Alto Jequitinhonha foram encontradas 67 propriedades com reservas averbadas que se encontram distribuídas ao longo dos 17 municípios que compreendem a região da Bacia do Alto Rio Jequitinhonha. Dos municípios com maiores concentrações de plantios de eucalipto, os que apresentam os maiores números de RL’s averbadas são por ordem decrescente: Itamarandiba (14), Capelinha (11), Veredinha (4), Minas Novas (6) e Turmalina (8), que juntos totalizam 64% das RL’s averbadas, ou seja, dos municípios pertencentes à esta bacia, apenas cinco são responsáveis por mais da metade das RL’s averbadas em toda a região. Então, de acordo com estes dados, pode-se sugerir que nos municípios com a presença das empresas de reflorestamento existe a maior concentração de averbação das RL’s do Alto Jequitinhonha. Possivelmente isso ocorre em virtude destas empresas sofrerem mais pressões dos órgãos ambientais em manter suas obrigatoriedades legais devidamente regularizadas, além disso, este tipo de comprometimento pode contribuir positivamente para certificações florestais fazendo com que as empresas tenham interesse particular em averbar suas RL’s, assim como, comprar matéria prima apenas de proprietários com suas RL’s devidamente regularizadas. Assim, esses dados indicam mais um quesito positivo que este tipo de empreendimento gera para a região. Apoio: Instituto Estadual de Florestas (IEF) XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 ANDRÉ R.C GIANOTTI; MARIA J.H DE SOUZA; ISRAEL M. PEREIRA; EVANDRO L. M. MACHADO; ARTUR D. VIEIRA; MARIANA R. MAGALHÃES; VINICIUS V. MOURA 119 RELAÇÕES ENTRE VARIÁVEIS AMBIENTAIS EM DUAS VEGETAÇÕES DISTINTAS NA REGIÃO DE DIAMANTINA–MG Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGROMETEOROLOGIA O objetivo deste trabalho é verificar as relações entre elementos meteorológicos em dois ambientes florestais distintos na região de Diamantina, MG em função da posição geográfica, características edáficas e seus efeitos na cobertura vegetal. Os elementos meteorológicos utilizados para caracterizar os ambientes de Cerrado foram: a temperatura, a umidade relativa do ar, a velocidade do vento, a precipitação e a radiação solar global. Utilizaram-se para tal os dados obtidos em duas estações automáticas instaladas nos dois locais. Os elementos meteorológicos acompanham as mesmas tendências, uma vez que, estão interligados pelo regime climático a qual estão submetidos os ambientes em questão. Com exceção dos meses de dezembro/09 e março/10 a direção dos ventos foi à mesma para ambos os ambientes. Para a velocidade do vento a 2m observou-se que este acompanha a mesma tendência da precipitação, da temperatura média, e da radiação global para o referido período. A temperatura no Cerrado Rupestre foi maior do que no Campo Rupestre, evidenciando outro efeito da altitude somada aos demais fatores abordados neste estudo. Para a radiação global, no período inverno, no Cerrado Rupestre esta variável apresentou valores superiores ao Campo Rupestre. Diante do exposto, podemos inferir que, os elementos meteorológicos observados atuam em conjunto, sendo seus efeitos observados de forma discrepante no que trata dos ambientes em posições geográficas e edáficas diferentes. Apoio: CAPES, FAPEMIG, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Emilio G. Souza, Jacson Zuchi, Gilberto A. P. Bevilaqua, Silmar T. Peske, Wagner S. Tavares, Claubert W. G. Menezes, José C. Zanuncio 120 RENDIMENTO DE CULTIVARES DE MANONA AVALIADO NOS PARÂMETROS DE ORDEM FLORAL E ÉPOCA DE SEMEADURA NO SUL DO BRASIL Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA A mamona, Ricinus communis, é planta daninha que vem sendo domesticada para utilização como oleaginosa na produção de bicombustíveis. Condições ambientais da área de produção dessa cultura são importantes para maximizar o rendimento e a obtenção de sementes de qualidade. O objetivo desse trabalho foi avaliar o total de cachos emitidos por floração e a influência da época de semeadura para as cultivares de mamona, Al Guarany 2002, IAC 80, IAC 226 e BRS 188 Paraguaçu. O experimento foi realizado na Estação Sede de Pesquisa da Embrapa Clima Temperado em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil em condições naturais de ambiente, sem uso de irrigação. As quatro cultivares de mamona foram semeadas no início de novembro e dezembro. Cada época teve 12 unidades experimentais em três blocos casualizados. O espaçamento de cultivo foi semelhante para as quatro cultivares, com 1,0m entre plantas e 1,20m entre linhas, totalizando 8.333 plantas por hectare. O número de cachos emitidos por floração variou entre as quatro cultivares, com maior valor para a cultivar Al Guarany 2002 (seis), seguido das BRS 188 Paraguaçu e IAC 226 (cinco) e IAC 80 com três cachos. A época de semeadura não influenciou o número de cachos, exceto na segunda floração da segunda época da BRS 188 Paraguaçu. Nas cultivares BRS 188 Paraguaçu e Al Guarany 2002 a produtividade dos cachos da segunda ordem floral da semeadura de novembro foi menor que a de dezembro, assim como na primeira e segunda ordem floral da cultivar IAC 226. Na cultivar BRS 188 Paraguaçu a produtividade dos cachos da segunda ordem floral da semeadura de novembro foi menor às demais ordens. A maior emissão de cachos de mamona não implica em maior produtividade de sementes e a produtividade de sementes variou com a época de semeadura e a ordem floral. Apoio: CNPq, CAPES, FAPEMIG, UFV, EMBRAPA Clima Temperado, UFPel XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 121 RESGATE CULTURAL E MANUTENÇÃO DA SUSTENTABILIDADE AGRICOLA E AMBIENTAL EM UMA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBOS DO VALE DO JEQUITINHONHA Marcos Felipe F. Silva, Mateus Augusto L. Quaresma, Norton P. de Mattos, Clara A. dos Santos, Carlos H. de Oliveira, Bianca P. Mendes, Eduardo C. Costa Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / EXTENSÃO RURAL A comunidade remanescente de quilombolas de Quartel do Indaiá, no município de Diamantina-MG, atualmente se encontra 43 famílias, e tinha como principal atividade o garimpo. Entretanto, as jazidas encontram-se praticamente esgotadas e devido à legislação ambiental brasileira, o garimpo de forma artesanal tornou-se inviável. Isso gerou um grande impacto nas comunidades, como a queda da renda das famílias e aumento do êxodo rural. Uma parceria feita entre a ONG “Projeto Caminhando Juntos”, Prefeitura Municipal, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais – EMATER-MG e a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, uniram-se com objetivo de implantar e acompanhar um empreendimento de economia popular solidária – EPS na qual agregue valor aos produtos oriundos do artesanato e da produção agrícola dentro da comunidade. O artesanato e a agricultura sempre estiveram presentes na renda familiar, mas somente com o fim do garimpo essas atividades receberam destaque na composição da renda. Os trabalhos se iniciaram a partir de reuniões com a Associação Boa Esperança de Quartel do Indaiá. Com uma análise da realidade atual vivenciada pela comunidade tanto nos aspectos sociais, econômicos, culturais, ambientais; os trabalhos iniciais se deram de forma a articular as famílias quanto à organização da associação local, onde nestes módulos o trabalho teve como ênfase o associativismo e o cooperativismo. Dentre as potencialidades identificadas por um diagnóstico participativo, o artesanato e agricultura se destacaram além do potencial turístico, pois a cultura local é muito rica como o folclore, danças e músicas. Com relação aos desafios apontados destacam-se a falta de organização da comunidade e as dificuldades na comercialização dos produtos, entre desequilíbrios ambientais. A EMATER-MG por meio do seu corpo técnico tem buscado melhorar a produtividade agrícola na comunidade através da adaptação e inovação de tecnologias adequadas à realidade local. Dentre as ações buscou-se um material genético melhorado da cultura do milho na qual a sua produção fosse alocada para o artesanato, a introdução de cultivares que produzam uma palha de melhor qualidade tornou-se interessante, pois refletiu diretamente na qualidade do artesanato em palha produzido. O trabalho dos alunos da UFVJM fundamentou-se na conscientização ambiental e conjuntamente com os técnicos da EMATER-MG promoveram um mutirão para concretização da horta comunitária. Durante todo o processo de implantação e condução da horta os alunos colaboraram com as famílias por meio da assistência técnica e trocas de conhecimentos. Em etapas futuras o projeto terá como base o fortalecimento da produção agrícola, autogestão da comunidade local e geração de emprego e renda. Até o momento percebe-se que para a organização da comunidade torna-se fundamental o aperfeiçoamento do associativismo para superar os obstáculos na comercialização dos produtos artesanais e agrícolas. Apoio: ONG-PROJETO CAMINHANDO JUNTOS, PREFEITURA MUNICIPAL DE DIAMANTINA,-MG, EMATER-MG, UFVJM, ASSOCIAÇÃO BOA ESPERANÇA DE QUARTEL DO INDAÍA. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Lidiomar S. da Costa, Paulo H. Grazziotti, Elton N. Hizuka, Enilson B. Silva 122 RESPOSTA DA MICROBIOTA DO SOLO À APLICAÇÃO DE GLICERINA POTÁSSICA Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO A glicerina é um subproduto da produção de biodiesel que demandará destinação apropriada com o aumento da produção de biodiesel, pois as atuais finalidades poderão não consumir toda a produção. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da utilização da glicerina potássica na biomassa microbiana e sua atividade em solo cultivado com soja. O experimento foi realizado em casa de vegetação, o delineamento experimental foi um fatorial 6x2, sendo quatro doses de glicerina potássica (0, 50, 100, 200% da dose de potássio recomendada para a cultura da soja) mais dois controles com a dose recomendada de potássio nas fontes de cloreto e sulfato de potássio e duas épocas de avaliação da microbiota do solo, sete e 120 dias após o plantio da soja, com quatro repetições. Os tratamentos com glicerina potássica apresentaram, para a maioria das variáveis analisadas, melhores resultados que os controles, para a microbiota do solo, assim o uso da glicerina é positivo e para os microrganismos do solo. A aplicação da glicerina potássica estimulou a biomassa microbioana do solo e sua atividade logo após a aplicação mais que outras fontes minerais de potássio, sendo este efeito reduzido até o final do cultivo da soja. O uso de glicerina potássica na produção de soja é um bom destino para esse resíduo oriundo da produção de biodiesel. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Diêgo F. A. Bispo, Welington W. Rocha, Fábio H. A. Bispo, Bárbara P. C. Silva, Ana M. M. Botelho, Uidemar M. Barral, Alexandre C. Silva 123 RISCO DE EROSÃO DOS SOLOS DA ARCELORMITTAL, NA REGIÃO DE CAPELINHA, ALTO VALE DO JEQUITINHONHA - MG Email: e-mail: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO Os processos de degradação do solo são um grave problema, com conseqüências ambientais, sociais e econômicas significativas. A erosão é considerada como uma das principais formas de degradação dos solos e ocorre generalizadamente. O mapeamento do risco de erosão tem sido utilizado como uma ferramenta essencial para o planejamento do uso racional da terra, principalmente por levar em consideração a prevenção e recuperação das áreas atingidas. Nesse trabalho, objetivou-se diagnosticar o risco de erosão em aproximadamente 64.500 hectares dos solos da ArcelorMittal nos municípios de Capelinha, Minas Novas, Turmalina e Veredinha – MG, visando adequar o uso da terra para prevenir a erosão. No campo foram determinados a declividade com auxílio do clinômetro, o comprimento da vertente e a cobertura do solo em cada posição da topossequência, bem como a velocidade de infiltração básica (VIB), nas camadas de 0 a 20 cm e 20 a 40 cm, com auxílio de anéis infiltrômetros. No laboratório foram realizadas as análises da resistência do solo a penetração (RP) para as profundidades de 0-10 cm, 10-20 cm e 20-40 cm. Os solos da área em questão foram mapeados e foram obtidas as seguintes unidades de mapeamento: LV (Latossolo Vermelho LV), LVA (Latossolo Vermelho Amarelo- LVA), LA (Latossolo Amarelo-LA + “Latossolo Acinzentado”-LAC) e GX (Gleissolo Háplico + Plintossolo Háplico + Plintossolo Pétrico). Nas unidades de mapeamento LV e LVA o relevo é plano a suave ondulado, com rampas longas e acentuada permeabilidade. Na unidade LA o relevo é suave ondulado a ondulado, com rampas longas e menor permeabilidade. Na unidade GX1 o relevo é plano, com permeabilidade imperfeita e lençol freático elevado. Os perfis estudados não apresentaram RP superiores a 2 MPa, com exceção do LAC, onde a RP alcançou valores altos (2,55 MPa) na profundidade de 10 a 20 cm. As análise de VIB indicaram uma menor infiltração de água para o LAC, alcançando valores máximos de 60 mm h-1, enquanto que no LV, LVA e LA a VIB atingiu 200 mm h-1. Em todos os perfis, houve um decréscimo considerável da VIB dos horizontes inferiores. Estes valores de RP e VIB encontrados no LAC, evidenciam problemas de compactação das camadas estudadas, provavelmente em decorrência de tráfego inadequado de máquinas nestas áreas. Os solos das unidades de mapeamento LV e LVA apresentam risco de erosão ligeiro. Os solos da unidade de mapeamento LA apresentam risco de erosão ligeiro a moderado. Os solos da unidade de mapeamento GX1 apresentam risco de erosão nulo. O traçado de estradas e as práticas de conservação do solo foram determinados em função do risco de erosão de cada unidade de mapeamento. Apoio: ArcelorMittal e FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Gilmar R. Martins , Fernando P. Scardua, Lucas R. Gomide, Gleyce C. Dutra, Israel M. Pereira 124 SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS PARA A RECUPERAÇÃO E O MANEJO DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS NÃO MADEIREIRAS EM RESERVAS LEGAIS DEGRADADAS Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL As reservas legais são importantes para conservação de muitas espécies e contribui positivamente para biodiversidade. O código florestal estabelece que toda propriedade rural deve possuir um percentual de reserva legal, de acordo com sua localização nos biomas brasileiros. O uso e ocupação do solo na maior parte do país se deram de forma desorganizada, sendo que muitas propriedades não dispõe de tal percentual de reserva legal. A recuperação de tais áreas deve ocorrer, preferencialmente, com árvores nativas, o que torna mais caro e difícil de ter um retorno econômico em um tempo previsível para os proprietários rurais. O objetivo do trabalho foi simular e modelar, por meio de programação linear, tendo por função objetivo a maximização da renda do produtor rural, mediante a seleção de um mix de espécies florestais não madeireiras para a recuperação de áreas degradadas em reservas legais, tendo como restrições, número máximo em hectares que uma espécie poderia ser plantada, refletindo diretamente o número de espécies plantadas, receita mínima anual de R$ 500,00 e restrição máxima de área de 20 hectares, variando de acordo com cada cenário, todos com horizonte de planejamento de 30 anos. Assim, foram gerados seis cenários para simulação de recuperação de áreas degradadas em áreas de reserva legal. Foi feito um levantamento bibliográfico junto ao portal periódicos da Capes, em especial nas bases science diretc e scopus. Também foram feitas buscas no banco de dados do Ibict referentes a dissertações e teses, bem como na rede scielo. Na busca foram utilizados os seguintes parâmetros de busca: nome científico e vulgar das 17 espécies florestais não madeireiras (Bowdichia virgilioides, Protium heptaphyllum, Copaifera langsdorffii, Caryocar brasiliense, Xylopia aromatica, Hymenaea stigonocarpa, Annona crassiflora, Alibertia edulis, Eugenia dysenterica, Brosimum gaudichaudii, Stryphnodendron adstringens, Platimenia reticulata, Hancornia speciosa, Pterodon emarginatus, Calophyllum brasiliense, Acrocomia aculeata, Salacia crassifolia) e fenologia. Para cada espécie foram levantadas as informações silviculturais, aspectos ecológicos, fenologia, produtos não-madereiros (cascas, óleos, resina, folhas, frutos). Foram simulados seis cenários, sendo que as receitas auferidas aos trinta anos, para o melhor cenário 1 foi para o plantio de uma única espécie em 20ha com receita a partir do sexto ano, com renda de R$ 9.821.350,80 e o pior cenário foi o sexto com o limite máximo de área plantada de 2 hectares por espécie a partir do sexto ano mais receita de 500 reais, com receita de R$ 2.530.318,32. Assim, o aumento da diversidade de espécies reduz a margem de receita do produtor rural aos 30 anos, entretanto, faz-se necessários novos estudos que incorporem a valoração ambiental da biodiversidade, bem como mais pesquisas nas áreas de fenologia da silvicultura das espécies florestais não madeireiras para melhor ajuste do modelo. Apoio: FAPEMIG, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Laís G. Silva, Amanda M. de Sousa, Alice C. Costa, 125 SOLOS DE OCORRÊNCIA DO CAPIM DOURADO SYNGONANTHUS NITENS (BONG. RUHLAND) Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA A qualidade das mudas que são expedidas do viveiro interfere diretamente no sucesso da floresta plantada. A preocupação de expedir mudas velhas ou mudas prematuras, tem se tornado uma preocupação entre os viveiristas, já que afeta diretamente na sobrevivência das mudas em campo. O trabalho objetivou determinar a idade ótima de expedição de mudas para o campo em função de manejo da irrigação em minijardim clonal e redução foliar da miniestaca de eucalipto. O experimento foi conduzido no viveiro da Empresa Sada Bio Energia e Agricultura LTDA, Sete Lagoas (MG). O experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados no arranjo fatorial, composto por sete manejos de irrigação e dois níveis de redução foliar (com e sem redução). Os manejos de irrigação foram definidos de acordo com a leitura diariamente do Tanque Classe A (T1 = 50% da ETc ; T2= 75% da ETc; T3 = 100% da ETc; T4 = 125% da ETc; T5 = 150% da ETc ; T6 = 100% da ETc e T7 (operacional da empresa lâmina 10,66 mm dia-1, fertirrigação oito vezes ao dia, durante cinco minutos com uma vazão de 0,8 L h-1)). As mudas foram avaliadas aos 45, 60, 90, 120 e 150 dias de idade após o estaqueamento da miniestaca de eucalipto das seguintes variáveis: altura (AM), diâmetro (DC), sobrevivência (Sob.), massa seca da parte aérea (MSPA), raízes (MSR) e total (MST), relação entre massa seca da parte aérea e raízes (MSPA/MSR) e Índice de Qualidade Dickson (IQD). Para todas as variáveis, exceto Sob., houve influência das lâminas de irrigação. Somente para as variáveis MSR, MST e IQD os níveis de redução tiveram influência. Para AM e DC, o T7 e T1 apresentaram a menor e a maior média, respectivamente, média para todas as idades. Entre o período de 45 – 90 dias, para MSPA, MSR e MST os valores ficaram próximos para todos os tratamentos, sendo após os 90 dias o T1, T2, T3 e T6 obtiveram as maiores médias e T7 os menores valores para essas variáveis. A relação MSPA/MSR foi decaindo ao longo do tempo para todos os tratamentos, encontrando o menor valor para o T7 para todas as idades. Assim como ocorreu para as demais variáveis, o T7 apresentou o menor valor para o IQD para todas as idades, exceto aos 90 dias, que obteve o maior valor juntamente com T2. Entretanto os demais tratamentos apresentaram valores próximos ao longo das idades. Apesar de não haver diferença significativa para os manejos de irrigação e para os níveis de redução foliar, T1 à T4 e T7 com redução foliar, ao longo de todo o experimento, apresentou maior taxa de sobrevivência, enquanto paras T5 e T6, os maiores percentuais foram encontrados para o tratamento sem redução. O tratamento sem redução foliar obteve as maiores médias para todas as variáveis. Conclui- se que a idade ideal para a saída das mudas do viveiro é entre 90 120 dias, para as mudas referentes aos manejos de irrigação T1, T2 e T6 (50%, 75% e 100% da ETc) sem redução foliar. Apoio: PIBEX-UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Bárbara P. C. Silva, Pedro H. F. Nascimento, Uidemar M. Barral, Ana M. M. Botelho, Magno D. de O. G. Araújo, Roberto V. Costa, Alexandre C. Silva. 126 SUBSTÂNCIAS HÚMICAS EM TURFEIRAS DA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL Email: alexandre,[email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO As turfeiras são organossolos que resultam de condições climáticas ideais ao acúmulo de material orgânico, controladas pelos sistemas geomorfológicos e processos geológicos e climáticos globais. São ambientes especiais para estudos relacionados com a dinâmica da matéria orgânica, evolução das paisagens, mudanças climáticas e ciclos de poluição atmosférica locais, regionais e globais. A composição química das turfeiras é influenciada diretamente pela fração mineral, pela natureza do material orgânico, pelo grau de decomposição da matéria orgânica, pela drenagem e pela composição química da água de formação. A fração matéria orgânica é composta por substânicas húmicas (ácidos fúlvicos, ácidos húmicos e humina) que são formadas pela humificação de resíduos orgânicos pelos microrganismos do solo e pela polimerização dos compostos orgânicos em macromoléculas resistentes à degradação biológica. São consideradas a parte final da evolução da matéria orgânica no solo e representam cerca de 70% do C no solo. O objetivo do presente trabalho foi quantificar as substâncias húmicas presentes em turfeiras da região de Diamantina-MG através do fracionamento da matéria orgânica em ácidos fúlvicos, ácidos húmicos e humina. O estudo foi realizado em turfeiras do Parque Nacional das Sempre Vivas e nos distritos de Sopa e Pinheiros, no município de Diamantina. O fracionamento da matéria orgânica foi efetuado em 16 amostras de turfeiras, sendo 5 delas do distrito da Sopa, 4 do Parque Nacional das Sempre Vivas e 7 do distrito do Pinheiros, de acordo com a metodologia proposta pela Sociedade Internacional de Substâncias Húmicas. O carbono orgânico das turfeiras do distrito da Sopa apresentou, em média, 48% de ácidos fúlvicos, 13,18% de ácidos húmicos e 80,34% de humina. Nas turfeiras do Parque Nacional das Sempre Vivas encontrou-se em média, 5,6% de ácidos fúlvicos, 15,63% de ácidos húmicos e 78,77% de humina e no distrito de Pinheiro obteve-se 6% de ácidos fúlvicos, 22,18% de ácidos húmicos e 71,82% de humina. A fração humina predomina na matéria orgânica de todas as turfeiras estudadas. A única exceção foi uma amostra da região de Pinheiros, que apresentou a fração ácidos fúlvicos em maior quantidade, com 58,7% do carbono orgânico. Uma amostra do Parque Nacional das Sempre Vivas apresentou valor elevado de ácidos fúlvicos, com 23,9% do carbono orgânico. Essas substâncias húmicas apresentam características químicas, físicas e morfológicas distintas, e a distribuição dessas frações pode indicar a qualidade da matéria orgânica do solo. Apoio: FAPEMIG, CNPq. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ana Maria M. Botelho, Vinícius E. Silva, Diego F. A. Bispo, Roberto V. Costa, Rafaela D. de A. Freire, Uidemar M. Barral, Alexandre C. Silva 127 TEOR DE 13C DA LIGNINA EM DUAS FITOFISIONOMIAS DE UMA TURFEIRA TROPICAL Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO Isótopos são espécies atômicas de um mesmo elemento químico com mesmo número de prótons, mas com massas diferentes, devido à diferenciação do número de nêutrons. O termo “Isótopos Estáveis” ou não radioativos é definido pela constância das massas ao longo de sua existência ao contrário dos instáveis ou radioisótopos que decaem ou emitem energia subatômica durante a sua permanência no ambiente. Observando-se a massa atômica, os isótopos mais “leves” são mais abundantes em relação aos isótopos mais “pesados”. A aplicabilidade dos isótopos estáveis em estudos ambientais baseia-se no principio que a composição isotópica varia de uma forma previsível conforme o elemento se movimenta nos diversos compartimentos dos ecossistemas, e, dessa forma, pode-se inferir sobre processos físicos, químicos e biológicos através do enriquecimento ou empobrecimento do isótopo leve (abundante) em relação ao pesado (raro), levando-se como referência um padrão internacional. O processo de lignificação concentra carbono nos tecidos vegetais, quanto maior o teor de carbono nos tecidos vegetais, mais empobrecido ele se torna em 13C. Foram identificadas e amostradas as espécies dominantes em duas fitofisionomias, Campo Limpo Úmido - CLU e Floresta Estacional Semidecidual – FES, da turfeira da APA Pau-de-Fruta, e determinadas o 13C em lignina. O material vegetal coletado foi pesado, ainda úmido em balança de precisão, e levado para a estufa de circulação forçada a 55°C. Após a secagem, realizou-se a pesagem e acondicionamento do material para posteriores análises químicas por espécie. Para a determinação da composição isotópica as amostras foram secas em estufa a 40°C, homogeneizadas em almofariz de ágata e pesadas em cápsulas de estanho. Aproximadamente 3,5mg de amostra foi utilizada para determinar os valores de 13C. As amostras foram enviadas ao Laboratório de Isótopos Estáveis do CENA/USP para a determinação das análises isotópicas em um espectrômetro de massa ANCA-SL 2020 da Europa Scientific. Observou-se um empobrecimento em 13C nas espécies que compõem o CLU de 3,57‰ e nas espécies que colonizam a FES de 2,30‰. Infere-se, portanto, que as ligninas extraídas desta última fitofisionomia podem não representar da melhor forma a lignificação que ocorre nas espécies arbóreas, principalmente no lenho das espécies da FES, uma vez que foram extraídas somente das folhas. Comparando-se os valores de 13C do CLU e da FES, com os observados no tecido vegetal, percebe-se um empobrecimento médio de 3,23‰. As variações encontradas na composição química das espécies que colonizam os campos e as florestas, e as variações do clima com o decorrer do desenvolvimento da turfeira, promovem diferenças nas taxas e nos produtos da humificação dos organossolos sob as duas fitofisionomias da Turfeira. Apoio: CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Uidemar M. Barral, Bárbara P. C. Silva, Rafaela D. A. Freire, Diêgo F. A. Bispo, Ana M. M. Botelho, Carlos V. M. Filho, Alexandre C. Silva 128 TEOR DE FIBRAS ESFREGAS (FE) E NÃO ESFREGADAS (FNE) EM DUAS FITOFISIONOMIAS DA TURFEIRA APA- PAU DE FRUTA EM DIAMANTINA – MG Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO A turfeira possui, geralmente, cor variando de marrom a preto e, em estado natural, é composta por 90% de água e 10% de material sólido formado por fibras vegetais, musgos, raízes, flores, pólen, entre outros e de acordo com a vegetação existente sobre esse ambiente a quantidade de fibras varia, variando também de acordo com a composição das fibras e com a condição a qual estão submetidas. O objetivo desse estudo foi avaliar o teor de fibras sob duas fitofissionomias da turfeira APA – Pau de Fruta em Diamantina – MG. Para realizar tal estudo foram coletadas amostras de solo de 5 em 5cm até 50 cm de profundidade, sob Floresta Estacional Semidecidual e Campo Limpo Úmido. Para determinação do teor de fibras seguiu-se a metodologia proposta pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo para caracterização de Organossolo. Os dados foram submetidos a analises estatísticas e observou-se que o teor de fibras não esfregadas (FNE) foi superior ao teor de fibras esfregadas (FE) no Campo Limpo Úmido e na Floresta Estacional Semidecidual. O teor de FE apresentou diferenças em profundidade apenas nos Organossolos sob o Campo limpo Úmido e nas três primeiras camadas do perfil sob o Campo Limpo Úmido, observou-se maior teor de fibras esfregadas, provavelmente pelo pouco tempo de exposição dos resíduos orgânicos a decomposição, contribuindo para a preservação das fibras orgânicas. Na camada de 35- 40cm ocorre o mesmo teor de fibras que nas camadas superficiais, possivelmente pelo material orgânico depositado de uma composição mais lenhosa que o Campo Limpo Úmido. Nas camadas intermediárias, o teor de fibras esfregadas foi menor em relação a superfície, evidenciando avanço no estágio de decomposição das fibras. O teor FNE não variou de acordo com o aumento da profundidade. Com esse estudo observou-se uma tendência de decréscimo no teor de FE em profundidade e este comportamento foi atribuído ao mais avançado estágio decomposição da matéria orgânica em profundidade. Apoio: FAPEMIG, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Leonardo da S. Fonseca, Alessandro V. Veloso, Pedro I. S. Amaral, Rodrigo C. V. Santos, Jaqueline C. Ferreira, Romeu V. Neto, Regina B. Villasbôas 129 TEOR DE FÓSFORO EM SOLO SUBMETIDO À ADUBAÇÃO ORGÂNICA NA FORMA DE CAMA SOBREPOSTA Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA Os solos brasileiros são pobres em fósforo (P) e a fosfatagem é uma prática que adiciona P em área total para aumentar os teores deste elemento nestes solos. Todavia, os fertilizantes fosfatados são itens bastante onerosos nos sistemas de produção. Neste sentido, nos últimos anos, é crescente o interesse pela aplicação de resíduos orgânicos ao solo, pois a adubação orgânica pode aumentar a produtividade e diminuir os custos de produção das culturas. Diante disso, no presente trabalho, objetivou-se avaliar os efeitos da aplicação da cama sobreposta, um resíduo sólido tratado mediante o processo de compostagem e proveniente de um sistema alternativo de criação de suínos, no fornecimento de P a um Neossolo Quartzarênico. Foi realizado um experimento em casa de vegetação no Departamento de Agronomia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), localizada no município de Diamantina/MG, durante os meses de agosto a outubro de 2009. O solo utilizado foi um Neossolo Quartzarênico, o qual foi incubado por um período de 30 dias, até o pH atingir o valor de seis. Antes do início da condução do experimento, o referido solo foi submetido à análise de fertilidade no Laboratório de Fertilidade do Solo da UFVJM. O composto orgânico estudado foi a cama sobreposta de suíno feita com casca-de-arroz. Após ser utilizada em três lotes consecutivos de suínos, as amostras de cama foram retiradas de vários pontos para se obter uma amostra composta representativa e foram encaminhadas para a análise de valor agronômico no Laboratório de Estudo da Matéria Orgânica do Solo da UFLA. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado. Os tratamentos constituíram-se das dosagens de 0, 75, 150 e 300 mg/dm3 de N de cama sobreposta. O período experimental foi de 45 dias. Com o fim do experimento, procedeu-se nova análise dos atributos do solo. Os dados obtidos das análises dos atributos químicos do solo, incluindo o P, foram submetidos à análise de variância e de regressão, com o nível de significância de 5% de probabilidade, onde empregou-se, nessa etapa, o programa estatístico Sisvar. Os resultados obtidos mostraram que a adubação com cama sobreposta possibilitou aumentar significativamente o teor de P no solo, fazendo com que este teor passasse da classe de muito baixo, antes da implantação do experimento, para muito alto, após a realização do experimento. Contudo, é importante atentar para o potencial poluente do P no ambiente, pois, em alguns casos, embora as perdas sejam pequenas, concentrações relativamente baixas (0,01 mg/dm3 de P solúvel ou 0,02 mg/dm3 de P total) são suficientes para causar a eutrofização das águas. Embora os teores de P tenham aumentado de forma significativa com a utilização da cama sobreposta, do ponto de vista ambiental, tais incrementos mostram a potencialidade deste mineral em provocar a contaminação ambiental, principalmente, quando se utilizam doses elevadas do referido composto. Apoio: CAPES, Asa Alimentos, UFVJM, UFLA XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Vinicius Evangelista Silva, Rafaela Dias de Aragão Freire, Alexandre Christofaro da Silva, Ana Maria Martins Botelho, Uidemar Morais Barral, Diêgo Faustolo Alves Bispo, Márcio Luiz da silva 130 TEOR DE SUBSTÂNCIAS HÚMICAS DE DUAS FITOFISIONOMIAS EM UMA TURFEIRA DA APA PAU-DE-FRUTA NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA-MG Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIAS DO SOLO O solo é um componente fundamental do ecossistema terrestre, pois é o principal substrato utilizado pela biota vegetal, animal e microfaunistíca para o crescimento e disseminação. Existem muitos fatores de formação dos solos, ocorrendo uma ampla variação de solos. Os organossolos constituem-se por material orgânico (teor de Corg > 80 g/kg de TFSA), apresentam horizonte hístico saturados por água durante parte da estação chuvosa ou ao longo do ano, pouco profundos e pouco evoluídos. A turfeira estudada localiza-se no município de Diamantina (MG) e está inserida na Área de Preservação Ambiental - APA Pau-de-Fruta, sendo propriedade da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA – MG). Duas fisionomias de cerrado que colonizam a turfeiras foram analisadas: Campo Limpo Úmido e Floresta Estacional Semidecidual. Com o objetivo de se determinar o teor de substâncias húmicas foram escolhidos três locais representativos em cada fitofisionomia da turfeira da APA Pau-de-Fruta, onde foram coletadas amostras a cada 5 a 50 cm de profundidade, totalizando 10 amostras em cada ponto e 60 amostras no total. Os ácidos húmicos são marcadores da direção do processo de humificação e refletem, tanto a condição de gênese, como a de manejo do solo. A natureza sáprica e hêmica da matéria orgânica do solo foi relacionada a abundancia de ácidos húmicos em organossolos de várias regiões do Brasil. As 60 amostras de organossolo foram colocadas para secar ao ar e, em seguida, destorroadas e passadas em peneiras de 2 mm. Posteriormente, essas amostras foram colocadas para secar em estufa com circulação de ar a uma temperatura de 50 ºC durante 12 horas. O fracionamento foi feito segundo metodologia adaptada da International Humic Substances Society. O teor de ácidos húmicos não variou com a profundidade, no entanto, observa-se na uma tendência de homogeneidade em profundidade nos teores de ácidos húmicos no solo sob a Floresta enquanto que no solo sob Campo, nota-se uma tendência de aumento dos teores de ácidos húmicos e no desvio padrão de acordo com o aumento da profundidade. O teor de ácido húmico foi mais elevado nos organossolos sob Campo Limpo Úmido em relação aos organossolos sob Floresta Estacional Semidecidual. Apoio: CAPES, FAPEMIG e CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Camila Cristina A. Cunha, Samara C. Amorim, Rodrigo A. Moreira, Lílian A. Pantoja, Alexandre S. Santos, Maria do Céu M. Cruz 131 TEORES DE CARBOIDRATOS EM FOLHAS DE TANGERINEIRA ‘PONKAN’ SUBMETIDA AO RALEIO QUÍMICO Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA O número excessivo de frutos por planta influencia na relação fonte-dreno, que determina a competição por carboidratos entre os drenos, causando a produção com frutos de tamanhos irregulares e a alternância de produção. O elevado consumo de carboidratos, pelo menos em um estádio de desenvolvimento dos drenos, ocasiona menor emissão ou ausência de flores na safra seguinte, em decorrência do esgotamento das reservas da planta. Os carboidratos exercem papel importante em várias atividades vitais das plantas, entre elas o florescimento, desta forma, o raleio de frutos reduz a competição entre os drenos, em função da maior disponibilidade de carboidratos na fonte. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os teores de carboidratos em folhas de tangerineira ‘Ponkan’ submetida ao raleio químico. Plantas de tangerineira ‘Ponkan’ (Citrus reticulata), com 12 anos de idade, localizadas no município de Perdões, MG foram submetidas ao raleio químico, testando-se cinco concentrações de Ethephon: 0; 200; 400; 600 e 800 mg L-1, aplicadas quando as frutas estavam no estádio de desenvolvimento de 25 a 30 mm de diâmetro transversal. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições, a parcela foi constituída de quatro plantas. Para as determinações dos teores de carboidratos foram retiradas amostras de 50 folhas desenvolvidas de ramos produtivos, referentes a cada tratamento, na época de floração das plantas (antes do raleio) e na colheita (após o raleio). Os extratos para determinação do amido, açúcares solúveis e açúcares redutores foram preparados, de acordo com o método de McCready e as análises pelo método antrona sulfúrico. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e regressão. Na avaliação realizada antes do raleio, na época do florescimento das plantas, verificou-se que os teores de açúcares eram semelhantes. E após o raleio foi observado acréscimo nos teores de açúcares solúveis e redutores nas folhas das plantas pulverizadas com as maiores concentrações de Ethephon, em decorrência do menor número de frutos. Os teores de amido não diferiram nas folhas das plantas em função do raleio, entretanto os conteúdos foram superiores aos valores observados na época da floração, devido ao consumo de carboidratos por ocasião das brotações e flores emitidas. A realização do raleio químico aumentou a disponibilidade de carboidratos solúveis e redutores nas folhas de tangerineira \"Ponkan\". Apoio: UFVJM, CNPq, CAPES, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Camila Cristina A. Cunha, Dili Luiza de Oliveira, Adelson Francisco de Oliveira, Maria do Céu M. Cruz 132 TEORES DE CARBOIDRATOS NA ÉPOCA DE FLORESCIMENTO DA OLIVEIRA SUBMETIDA À APLICAÇÃO DE PACLOBUTRAZOL Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA O Paclobutrazol (PBZ) é aplicado em plantas para alterar as características fenotípicas da planta relacionadas ao crescimento e o florescimento, mediante a redução do crescimento das raízes e da síntese de giberelinas. Em função disso, a concentração de carboidratos na folhas pode ser influenciada. A relação entre a produção e a utilização de carboidratos pode determinar a produtividade. Pois durante as fases que compreendem o processo reprodutivo, alta quantidade de carboidratos é utilizada no processo de formação e desenvolvimento de flores e frutos. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os teores de carboidratos em folhas de oliveira (Olea europaea L.) tratada com diferentes doses de paclobutrazol. Plantas da cultivar Arbequina com três anos de idade foram cultivadas em vasos de 20 litros em ambiente aberto. Foram testadas cinco doses de PBZ: 0; 2,0; 4,0; 8,0 e 12,0 mL planta-1, aplicadas via solo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro repetições e duas plantas por parcela. Para as determinações dos teores de carboidratos foram coletadas amostras com 40 folhas no terço mediano do ramo, referentes a cada tratamento, aos 90 dias após a aplicação de PBZ, na época de floração das plantas. Os extratos para determinação dos açúcares foram preparados, de acordo com o método de McCready e as análises pelo método antrona sulfúrico. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e regressão. Na época do florescimento das plantas, verificou-se que os teores de açúcares totais e não redutores (sacarose) aumentaram nas plantas tratadas com as maiores doses de PBZ, em decorrência do menor crescimento nestas plantas. Para os aos teores de açúcares redutores (glicose), os maiores conteúdos foram verificados nas plantas que receberam a dose de 7,3 g de PBZ, que em decorrência do maior número de rácimos florais emitidos, necessitam de altas quantidades de glicose para a formação e de brotações vegetativas e floríferas. A aplicação do paclobutrazol aumentou a disponibilidade de carboidratos nas folhas da oliveira na época de floração. Apoio: UFVJM, CNPq, CAPES, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Raoni, P. de Carvalho, Miriã C. P. Fagundes, Larissa, M. Martins, Paulo Henrique Grazziotti, Maria do Céu M. Cruz 133 TEORES DE MACRONUTRIENTES EM MUDAS DE AMOREIRA PRETA CV. BRAZOS EM SUBSTRATO FORMULADO COM COMPOSTO DA INDÚSTRIA TÊXTIL Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA Para viabilizar o processo de produção de mudas frutíferas tem-se buscado alternativas que amortizem os custos de produção e o tempo da muda no viveiro. Para isso, os substratos utilizados devem proporcionar, além de uma estrutura física que favoreça a umidade satisfatória e o bom desenvolvimento do sistema radicular, disponibilidade de nutrientes para as mudas. Neste sentido, a utilização de composto de resíduo de indústria têxtil, após a sua decomposição adequada, apresenta-se como alternativa favorável, pois além de evitar a poluição do ambiente, pode servir como fonte de nutrientes. Diante do exposto, o trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a formulação do substrato com composto de resíduo da indústria têxtil sobre os teores de nutrientes da amoreira preta cv. Brazos. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com quatro formulações de substratos, cinco repetições e quatro mudas por parcelas. O substrato foi formulado com Latossolo VermelhoAmarelo Distrófico típico e o composto da indústria têxtil nas seguintes proporções: 0:1 (composto e solo), 1:1 (composto e solo), 1:2 (composto e solo) e 2:1 (composto e solo). O trabalho foi conduzido em casa de vegetação, no período de maio a setembro de 2010. Mudas de amoreira-preta da cultivar Brazos (Rubus sp.) foram produzidas por estaquia e colocadas em recipientes de 650 cm³, contendo o substrato preparado. Aos 90 dias após o transplantio das mudas, foram retiradas amostras de folhas para determinação dos teores de nutrientes acumulados na massa seca. As amostras foram lavadas e colocadas para secar em estufa de circulação forçada de ar a 65 ºC, por 72 horas, aproximadamente, até atingirem peso constante. Os resultados observados demonstraram que a utilização do composto supriu a demanda nutricional de mudas de amoreira na fase inicial, sem o fornecimento de fertilizantes comerciais. No entanto, é importante que na formulação do substrato a quantidade acrescida não ultrapasse a proporção de 1:1, pois a formulação com quantidades elevadas pode causar efeito tóxico às mudas. As melhores formulações foram as 1:2 (composto e solo) e 1:1 (composto e solo), com teores de nitrogênio e fósforo adequados para a amoreira entre 22 a 30 g kg-1 e de 26 a 46 g kg-1, respectivamente. A formulação 0:1 (composto e solo) foi insuficiente com conteúdos de N abaixo do normal (17,5 a 21,9 g Kg -1) e a 2:1 (composto e solo) os teores estavam acima da faixa normal para a amoreira-preta (30 a 35 g Kg-1de N; 4,6 a 6,5 g kg-1 de P e 30,1 a 40 g kg-1 de K). Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Roberta G. Rezende, Lorena L. de Jesus, Thatiana E. Masseto, Raquel M. de O. Pires, Marcela C. Nery 134 TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES DE GIRASSOL Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOTECNIA A cultura do girassol (Helianthus annuus L.) destaca-se como a quinta oleaginosa em produção de grãos e a quarta em produção de óleo no mundo, necessitando de pesquisa para melhorar a qualidade de suas sementes. Os testes empregados para a determinação da qualidade fisiológica das sementes são os testes de germinação e vigor, dentre estes se destaca o teste de envelhecimento acelerado, desenvolvido para avaliar o vigor de sementes, estimando o potencial de armazenamento das sementes principalmente em relação à umidade e às temperaturas elevadas. Objetivou-se com esta pesquisa adequar a metodologia do teste de envelhecimento acelerado para avaliação da qualidade de sementes de girassol. Foram utilizados três lotes de sementes de girassol, colocadas sobre uma tela metálica acoplada a uma caixa plástica tipo gerbox contendo 40 ml de água destilada. Os gerboxes foram levados às câmaras de germinação do tipo B.O.D., à temperatura de 41ºC, por 24h, 48h, 72 horas e testemunha (sem envelhecimento). Ao término deste período, foi determinado o grau de umidade das sementes antes e após envelhecimento acelerado e a porcentagem de plântulas normais, anormais infeccionadas, anormais deformadas, sementes dormentes e mortas. O grau de umidade das sementes de girassol foi de 8% para o tratamento sem envelhecimento, para os demais tratamentos observa-se grau de umidade superior a 20%. Examinando os resultados de plântulas normais após o teste de envelhecimento acelerado, observou-se decréscimo na porcentagem de plântulas normais para todos os lotes, sendo que somente com 48 horas foi possível a separação dos lotes em dois níveis de qualidade, distinguindo-se o lote 1 de qualidade superior e os lotes 2 e 3 de qualidade inferior. O estresse provocado pelo período de envelhecimento por 72 horas no método tradicional foi drástico às sementes, levando a perda da capacidade germinativa, sendo essa perda mais significativa para os lotes 1 e 2. A inferioridade dos lotes 2 e 3 pode ser explicada pela porcentagem superior de sementes mortas em ambos os métodos.Pode-se concluir que o teste de envelhecimento acelerado, a 41°C, durante 48 horas é eficiente para avaliação do potencial fisiológico de sementes de girassol. Apoio: CNPq, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 RODRIGO M. NASCIMENTO, FERNANDO C. RAFAEL, ANDRÉ C. FRANÇA, JULIANA C. REZENDE, MARCELA C. NERY 135 TESTE DE LERCAFÉ EM SEMENTES DE CAFEEIRO (COFFEA ARABICA L.) Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / AGRONOMIA O teste de germinação para sementes de cafeeiro necessita de um período mínimo de 30 dias em condições controladas para obtenção de resultados, diante disso foi proposta uma nova metodologia para estimar o potencial germinativo. O teste conhecido como LERCAFÉ, fornece resultados rápidos além de ser de fácil execução e avaliação. O teste consiste na embebição/imersão das sementes de cafeeiro em solução de hipoclorito de sódio. A reação se deve, à interação existente entre a área morta/lesionada do endosperma da semente com o cloro ativo presente na solução. Após a reação, a região do endosperma assume coloração esverdeada, facilitando a avaliação do local lesionado. Admite-se que ocorrendo esverdeamento na região do embrião ou em grande parte do endosperma a sua germinação será prejudicada, sendo a sementes classificada como não viável nos testes de germinação convencionais. Objetivou-se estudar o efeito de diferentes concentrações de hipoclorito de sódio, nas concentrações de 2,5%; 3,5%; 5% e 6% durante os períodos de embebição de duas horas, três horas e seis horas. Foram utilizadas sementes, com e sem o pergaminho, das cultivares Catuaí Amarelo IAC 44, Mundo Novo IAC 376-4, Travessia MGS, e Rubi MG 192. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições de 50 sementes em esquema fatorial 6x4 (6 tratamentos envolvendo a concentração e período e 4 cultivares). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Observou-se pela caracterização do perfil das cultivares superioridade da cultivar Rubi, seguida das cultivares Mundo Novo e Travessia, sendo a Catuaí Amarelo de qualidade inferior. No entanto, pelo teste LERCAFÉ foi possível apenas à separação das cultivares em dois níveis de qualidade nos tratamentos 2,5% por 3 h, 3,5% por 2 h e 3 h. Na concentração de 2,5% de hipoclorito de sódio por 2 horas, as sementes não apresentaram coloração esverdeada no endosperma. Já nas concentrações de 2,5% por 6 horas, 5,0% e 6,0% por 2h e 3h foi observada coloração intensa dificultando a avaliação das sementes. Foi possível concluir que o teste de LERCAFÉ pode ser utilizado para avaliar o potencial germinativo de sementes de café. É necessário testar concentrações intermediárias entre 2,5% e 3,5% e períodos entre 2 horas e 3 horas, além de, melhor definir as classes de sementes germináveis e não germináveis. Apoio: UFVJM, LS, NES. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 136 TOXICIDADE DE FRAÇÕES ISOLADAS DO EXTRATO DE MEMORA NODOSA (BIGNONIACEAE) NO CONTROLE DA PRAGA DE GRÃOS ARMAZENADOS, TENEBRIO MOLITOR (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE) Emilio G. Souza, Claubert W. G. Menezes, Wagner S. Tavares, Silma S. Camilo, Sebastião L. Assis Júnior, Fernando Petacci, José C. Zanuncio Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOSSANIDADE O uso de extratos de plantas com propriedades inseticidas representa estratégia compatível com o controle biológico no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Produtos botânicos são alternativos aos químicos convencionais, pois reduzem os efeitos negativos ao ambiente, ocasionados pela aplicação de pesticidas sintéticos. Produtos biológicos ativos devem ser tóxicos às pragas, mas com seletividade aos organismos não-alvos, como predadores, parasitóides e polinizadores. O objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade inseticida de três frações purificadas do extrato dos galhos de Memora nodosa (Bignoniaceae), coletados no bioma cerrado brasileiro, sobre a praga de grãos armazenados, Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae). O experimento foi realizado no Laboratório de Entomologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) em Diamantina, Minas Gerais, Brasil em laboratório climatizado. Frações F1, F2 e F3 foram purificadas do extrato bruto dessa planta e diluídas em etanol absoluto até as concentrações de 0,1 % e 0,01 %. Pupas de um ou dois dias de idade de T. molitor foram mergulhadas por dois segundos nas soluções de uma das frações ou tratamentos controles (etanol ou água destilada). Pupas tratadas foram deixadas secar fora da luz solar direta durante duas horas e, posteriormente, colocadas em copos plásticos de 50 mL fechados com filme PVC e elástico. O total de adultos emergidos, razão sexual e peso de insetos adultos de dois dias de idade de T. molitor foram avaliados após tratamento de pupas com os extratos ou controles. A emergência de adultos oriundos de pupas de um ou dois dias de idade foi menor com as frações F3 a 0,01 % ou F1 a 0,1 %. A razão sexual de adultos foi menor com soluções botânicas a 0,1%. O peso de adultos machos foi menor do que fêmeas, com maior impacto após tratamento com as soluções F1 ou F2, a 0,1 %. O peso de adultos fêmea oriundas de pupas de dois dias de idade foi menor com a fração F1 a 0,01 %. A fração F1 a 0,1% de M. nodosa causou maior toxicidade sobre pupas de T. molitor e, por isto, pode ser promissor no controle das pragas de grãos armazenados após testes de seletividade em inimigos naturais. Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM, UFV, UFG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Silma S. Camilo, Claubert W. Guimarães Menezes, José B. dos Santos, Evander A. Ferreira, Ellen S. Oliveira Cruz, Sebastião L. Assis Júnior 137 TOXICIDADE DE HERBICIDAS AO PREDADOR PODISUS NIGRISPINUS (HETEROPTERA: PENTATOMIDAE) NA CULTURA DO MILHO Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOSSANIDADE O milho (Zea mays) é uma das principais culturas agrícolas brasileiras pela sua importância na alimentação animal e humana. Além disso, serve como matéria prima para inúmeros produtos industrializados. Um dos grandes entraves para a produção desta cultura é a presença de plantas daninhas, que pode ocasionar altas perdas de rendimento. Dentre os métodos disponíveis de controle destas plantas, o químico é o mais utilizado. A aplicação de herbicidas nas lavouras pode afetar negativamente os inimigos naturais das pragas dessa cultura. No entanto, poucos trabalhos foram realizados visando determinar a toxicidade destes compostos a estes organismos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade de herbicidas registrados para a cultura do milho à ninfas do predador Podisus nigrispinus Dallas, 1851 (Heteroptera: Pentatomidae). Empregou-se o esquema fatorial sendo três estádios do inseto (terceiro, quarto e quinto), avaliados sob o efeito dos herbicidas atrazine, nicosulfuron e mesotrione em doses equivalentes à metade, ao dobro, a quatro e dez vezes à dose comercial, mais o controle à base de água, totalizando 48 tratamentos. Os herbicidas foram diluídos em água destilada em solução equivalente a 200 l/ha e aspergidos em potes plásticos de 500 ml contendo, cada um, cinco ninfas do inseto, para cada estádio, constituindo a unidade amostral, com seis repetições. Após 96 horas foi realizada a contagem do número de sobreviventes. Durante este intervalo, os insetos de cada recipiente foram alimentados com pupas de Tenebrio molitor 1758 (Coleoptera: Tenebrionidae) e água destilada. Os insetos expostos ao atrazine apresentaram menor taxa de sobrevivência. Para todos os herbicidas, a metade da dose comercial ocasionou menor mortalidade. O mesotrione proporcionou maior taxa de sobrevivência para todas as doses testadas. A dose correspondente a dez vezes à comercial de atrazine e nicosulfuron provocou menor sobrevivência. Conclui-se que as ninfas do terceiro ao quinto estádio do inimigo natural P. nigrispinus são mais suscetíveis ao herbicida atrazine que as demais fases testadas e que o mesotrione se mostrou o menos tóxico ao percevejo. Apoio: FAPEMIG, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 138 TOXICIDADE DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS SOBRE PALMISTICHUS ELAEISIS (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) PARASITANDO ANTICARSIA GEMMATALIS (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EM PLANTAS DE SOJA Silma S. Camilo, Mabio C. Lacerda, Claubert W. G. Menezes, Marcus A. Soares, Wagner S. Tavares, Sebastião L. Assis Júnior, José C. Zanuncio Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / FITOSSANIDADE Produtos fitossanitários seletivos aos inimigos naturais e de baixo impacto no ambiente são preferidos em programas de controle de pragas na cultura da soja. Himenópteros parasitóides de pupas são utilizados no controle biológico de lepidópteros-pragas, sendo Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae) espécie promissora. O objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade do herbicida Roundup Ready® (glyphosate); do fungicida Folicur® (tebuconazole); dos inseticidas reguladores de crescimento Dimilin® (diflubenzuron) e Certero® (triflumuron); e fosforado Malathion® (malathion) nos parâmetros reprodutivos de P. elaeisis parasitando Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae). O trabalho foi realizado no Laboratório de Controle Biológico de Insetos do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa em Viçosa, Minas Gerais, Brasil. A avaliação foi feita com diferentes formas de aplicação desses produtos, contaminação da dieta artificial das lagartas de A. gemmatalis, ou diretamente de suas pupas pelos produtos. No experimento I, lagartas de A. gemmatalis foram alimentadas com folhas de soja tratadas com glyphosate ou tebuconazole e dieta artificial com glyphosate. No experimento II, as pupas de A. gemmatalis foram imersas em glyphosate, tebuconazole, triflubenzuron, triflumuron ou malathion. A segunda geração de P. elaeisis nos tratamentos com triflumuron e diflubenzuron foi, também, avaliada. Os controles receberam, apenas, água. Glyphosate e tebuconazole aplicados na dieta de A. gemmatalis não ofereceram riscos a P. elaeisis, exceto na cultivar CD 212 RR + glyphosate que reduziu a emergência desse parasitóide. O inseticida malathion causou maior mortalidade de P. elaeisis e impediu seu parasitismo nas pupas de A. gemmatalis, mas não causou a mortalidade de pupas dessa praga. Os demais parâmetros reprodutivos foram satisfatórios para a utilização de P. elaeisis com glyphosate, tebuconazole, diflubenzuron ou triflumuron. No entanto, a segunda geração desse parasitóide com o diflubenzuron foi afetada, com redução do número de fêmeas e, conseqüentemente, da razão sexual de P. elaeisis. Dessa maneira, o diflubenzuron deve ser avaliado em programas de manejo de pragas para não afetar a dinâmica populacional desse parasitóide no campo. Não se recomenda utilizar o malathion com o controle biológico com P. elaeisis. O herbicida glyphosate, o fungicida tebuconazole e o inseticida triflumuron podem ser recomendados para a cultura da soja em programas de controle biológico com esse parasitóide. Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM, UFV XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Nathália A. Neves, Philipe L. Brito, Diego D. Carneiro, Lílian Pantoja, Paulo H. Fidêncio, Alexandre S. Santos 139 USO DE ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO INFRAVERMELHO PRÓXIMO PARA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE GLICOSE EM VINHOS TINTOS Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL A espectroscopia no infravermelho próximo (IVP) associada à métodos quimiométricos tem sido empregada com sucesso na determinação da composição química de produtos agroindustriais e farmacêuticos. Essas ferramentas permitem a realização de análises rápidas e com tratamento mínimo ou nulo das amostras. Esse trabalho teve por objetivo estabelecer procedimento para determinação quantitativa de glicose em vinhos tintos por meio de espectroscopia IVP. Para as análises foram utilizados trinta e oito vinhos tintos nacionais, produzidos em diferentes regiões. Todas as amostras foram analisadas quanto ao teor de glicose através de método enzimático colorimétrico em triplicata. As mesmas amostras foram submetidas a varreduras espectroscópicas, em quintuplicata, sem nenhum tratamento adicional, usando leitura direta da transmissão eletromagnética entre os comprimentos de onda 1.100 a 2.500 nm. Os dados obtidos tanto para os teores de glicose quanto para os dados espectrais foram tratados pelo softwear FemWin para a determinação da correlação entre eles. A correlação foi calculada através da técnica de mínimos quadrados parciais (PLS) utilizando 30 variáveis latentes. A correlação apresentada na regressão do método foi de 0,97 e a correlação obtida para a validação do método foi de 0,98. Tais resultados permitem confirmar a potencialidade do emprego da metodologia utilizando IVP na determinação dos teores de glicose em vinhos tintos. Apoio: CNPQ, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Petrônio H. Alves, Josiane S. Bruzinga, Marcos Paulo C. B. Dias, Herick R. Novoa, Pedro Henrique P. Duarte, Orientador: Márcio L. R. de Oliveira 140 USO DE FUNÇÃO DE DENSIDADE DE PROBABILIDADE PARA VERIFICAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE CARYOCAR BRASILIENSIS Email: [email protected] Área/Sub-área: AGRICULTURA / RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL A distribuição espacial de uma população refere-se à forma através da qual os indivíduos de uma determinada população encontram-se distribuídos em uma área, em relação aos outros indivíduos da própria população, aos indivíduos de outras populações, e em relação à condição de sobrevivência oferecida pelo hábitat. Os indivíduos de uma população podem estar distribuídos segundo três padrões gerais: aleatório, uniforme e agregado. Com este trabalho objetivou-se estudar a distribuição espacial dos indivíduos Caryocar brasiliensis (Pequi) utilizando funções de densidade populacional. Para realização do estudo foram instaladas, de forma sistemática, 17 parcelas de 20 x 50 m em uma área com fitofisionomia predominante de cerrado strito sensu, de aproximadamente 35 hectares no Parque Estadual do Rio Preto, Minas Gerais. Dentro das parcelas, mediu-se o diâmetro a 0,30 m do solo (DAS) de todos os indivíduos de Pequi, aqueles que apresentaram DAS maior ou igual a 5 cm foram considerados inclusos. A partir dos dados obtidos nas 17 parcelas, testou-se as funções Binomial Negativa, Uniforme Discreta, Geométrica, Poisson, Bernoulli, Binomial, Hipergeométrica, a fim de verificar qual destas apresentasse melhor ajuste para as variáveis: número de indivíduos e número de parcelas contendo número de indivíduos. As funções Binomial Negativa, Uniforme Discreta, Geométrica, Poisson apresentaram, para o teste Kolmogorov Smirnov a 5% de probabilidade, os valores estatísticos 0,18178; 0,19048; 0,25402; 0,25985; respectivamente. O valor crítico obtido foi de 0,31796, e valor p 0,56697; 0,50821; 0,18715; 0,16807; respectivamente. O teste aceitou H0 para as funções, Binomial Negativa, Uniforme Discreta, Geométrica, Poisson, pois o valor crítico é maior que os valores estatísticos das mesmas. Sendo, H0: A amostra provêm de uma população que segue a função de probabilidade testada. As funções Bernoulli, Binomial, Hypergeometric não apresentaram ajuste para os dados. A função que obteve melhor ajuste aos dados observados foi a Binomial Negativa, por apresentar menor valor estatístico para o teste, ou seja, apresentou menor diferença entre a frequência observada e a frequência estimada. Conclui-se que a espécie Caryocar brasiliensis, na área de estudo, apresenta distribuição espacial agregada, pois, a função Binomial Negativa, que indica agregação, obteve melhor ajuste aos dados observados. Com este resultado é possível estudar qual melhor desenho de amostragem para estudo desta espécie que tem elevado potencial para fins não madeireiros. Apoio: CNPq, FAPEMIG, DEF/UFVJM, IEF-MG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 ARQUITETURA E URBANISMO DESENHO INDUSTRIAL ENGENHARIA AEROESPACIAL ENGENHARIA BIOMÉDICA ENGENHARIA CIVIL ENGENHARIA COMPUTACIONAL ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS E METALURGIA ENGENHARIA DE MINAS ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA DE TRANSPORTES ENGENHARIA ELÉTRICA ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA NUCLEAR ENGENHARIA QUÍMICA ENGENHARIA SANITÁRIA METROLOGIA CIENTÍFICA E INDUSTRIAL PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 141 ARQUITETURA E ENGENHARIAS 142 A IMPORTÂNCIA DA GEOLOGIA NOS PROJETOS DE ENGENHARIA E URBANISMO A SEREM IMPLEMENTADOS NA CIDADE DE TEÓFILO OTONI Antonio Jorge de Lima Gomes, Arianne Madeline Almeida Paiva e Henrique de Oliveira Ganem Email: [email protected] Área/Sub-área: ARQUITETURA E ENGENHARIAS / PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL Apresentam-se neste trabalho, análises das características geológicas da cidade de Teófilo Otoni e sua importância nos projetos arquitetônicos e urbanísticos da cidade. Teófilo Otoni possui uma grande extensão ocupada pela Calha Aluvial do Rio Todos os Santos, localizada no centro urbano da cidade, sendo especialmente caracterizada por este rio ser um afluente do Rio Mucuri. Desta forma, torna-se a cidade, em sua área urbana, próximo à calha do rio, numa área de risco natural de inundações, não havendo hipótese de excluí-la como alvo de projetos de urbanização e muito menos de incluir toda ela em projetos de desurbanização. Restam alternativas geológicas, para um melhor conhecimento do solo e da subsuperfície, cuja eficácia dependerá fundamentalmente de visões globais permanentemente atualizadas do processo geológico e de constantes pesquisas locais e regionais. A cidade de Teófilo Otoni apresenta algumas características naturais que são complicadores para a área da construção civil, pois se estas não forem consideradas na execução do projeto e da obra, poderão gerar grandes catástrofes como deslizamentos de terra e inundações. Neste contexto, um estudo mais abrangente da geologia local possibilitará uma avaliação mais precisa e concreta das alternativas mais eficientes para anular possíveis problemas posteriores para as edificações e a área urbana de uma forma geral. Apoio: UFVJM, PET. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Arlete B. Reis, Ana L. Moreira, Anna C. Marinho 143 EMBALAGENS ATIVAS-CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES DE FILMES DE QUITOSANA COM ADIÇÃO DE CORANTES Email: [email protected] Área/Sub-área: ARQUITETURA E ENGENHARIAS / ENGENHARIA QUÍMICA A embalagem ativa é um conceito inovador, definida como um tipo de embalagem que influencia ativamente o produto, tendo o propósito de prolongar a vida-de-prateleira, elevar a segurança e as propriedades sensoriais, enquanto mantém a qualidade do produto. Estes sistemas consistem na incorporação de aditivos, tais como, agentes antimicrobianos, antioxidantes, antiumectantes, bactericidas, antibióticos, enzimas e outros, na embalagem ao invés de serem adicionados diretamente nos alimentos. Filmes e membranas também podem ser confeccionados a partir de polímeros naturais, como os polissacarídeos, lipídeos e/ou proteínas. Esses filmes podem ser comestíveis e/ou biodegradáveis e, portanto não poluem o meio ambiente. Além da preocupação com o meio ambiente, com a sustentabilidade, e com a demanda por alimentos de maior qualidade, a oportunidade de criar novos produtos no setor de embalagens tem contribuído para aumentar o interesse no desenvolvimento de embalagens ativas utilizando biopolímeros. No âmbito desse contexto, é possível listar uma gama de biopolímeros, dentre eles a quitosana, um biopolimero obtido a partir do descarte da indústria pesqueira, por ser biologicamente sintetizada e sua característica biodegradável favorece a aplicação no que diz respeito ao impacto ambiental. Uma de suas propriedades interessantes é a capacidade de formar filmes resistentes, elásticos, flexíveis e de difícil rompimento, embora ofereçam barreiras extremamente boas para o oxigênio, possuem baixa barreira ao vapor d’água. No presente trabalho afim de se obter uma melhor formulação, primeiramente foram confeccionados filmes de quitosana 1,0%, filmes de quitosana com adição do corante antocianina (0,2 e 1,0%) e filmes de quitosana com adição do corante urucum (0,2 e1,0%). Em seguida foram realizadas as análises comparativas: visual e permeabilidade ao vapor d’água. Pela análise visual foi possível observar que os filmes de quitosana apresentaram coloração amarelada. Já os filmes de quitosana com adição de antocianina e com adição de urucum apresentaram coloração azulada e avermelhada respectivamente. Diante dos resultados prévios realizou-se novos testes (propriedades mecânicas e de barreira) nos filmes de quitosana em comparativo com os filmes de quitosana com adição de antocianina (1,0%) e os filmes de quitosana com adição de urucum (1,0%), onde foi possível observar que os filmes de quitosana com adição de antocianina apresentaram redução da permeabilidade ao vapor d’água da ordem de 41,22% quando comparados com os filmes de quitosana (1,0%) e redução da ordem de 34,70% quando comparado com os filmes de quitosana com adição de urucum. Desta forma pode-se concluir que os filmes de quitosana com adição de corantes podem ser classificados como uma proposta às embalagens a base de biopolímeros. Apoio: CNPq, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Samuel C, Camisão, Altamiro M. Silva, Danilo B. Oliveira, Rodrigo S. Colares 144 INFERÊNCIA DA ÁREA INUNDADA PELO ROMPIMENTO HIPOTÉTICO DA BARRAGEM DA COPASA EM TEÓFILO OTONI Email: [email protected] Área/Sub-área: ARQUITETURA E ENGENHARIAS / ENGENHARIA CIVIL O rompimento de uma barragem é um evento que pode ocorrer devido varias circunstâncias, e seus efeitos podem causar grandes danos materiais assim como também vidas humanas. Desta forma, estimar seus impactos sobre as regiões adjacentes a uma barragem é um processo preventivo que faz parte das ações para planejamento do plano de evacuação da área de responsabilidade das Prefeituras e Defesa Civil. O objetivo desse projeto é estimar a área inundada pelo rompimento hipotético da barragem da COPASA no rio Todos os Santos, integrante da bacia hidrográfica do rio Mucuri, região leste do Estado de Minas Gerais que se encontra localizada a 15 km da sede municipal. Este trabalho levará em conta as possíveis conseqüências do rompimento da barragem. O reservatório conta com uma área da bacia hidrográfica contribuinte de 158,8 Km2, vazão regularizada de 0,548m3/s, área inundada (N.A. máximo normal) de 128,4 ha e um volume total (N.A. máximo normal) de 12,8 x 106m3. A barragem é do tipo solo compactado, material decisivo no calculo do rompimento ao gerar uma evolução por erosão simplificada (descarga solida), Altura máxima de 32,0m, comprimento total da crista de 180,0m e largura de 7,0m, a Tomada d’Água tipo torre, altura máxima da estrutura de 31,5m e possui três entradas de controle. Esta barragem tem a finalidade do reforço do sistema de abastecimento de água de Teófilo Otoni, através da regularização das vazões no rio Todos os Santos, além da garantia de manutenção de uma vazão mínima à jusante da captação, recuperando as condições no curso d’água. Os cenários serão estabelecidos a partir do modelo DAMBRK e comparados com o modelo SMPDBK. Onde se pretende simular o escoamento resultante do rompimento a jusante da barragem e volume de água na área inundada. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Arlete B. Reis, Ana L. Moreira, Anna C. Marinho 145 VIABILIDADE DO USO DE FILMES DE QUITOSANA COM A ADIÇÃO DE AMIDO NO MERCADO DE BIOPOLÍMEROS Email: [email protected] Área/Sub-área: ARQUITETURA E ENGENHARIAS / ENGENHARIA QUÍMICA O interesse na utilização de produtos que tenham origem vegetal e a produção de materiais, principalmente plásticos com caráter biodegradável tem se intensificado em diversos setores. Dentre os vários biopolímeros, podemos citar a quitosana, que é obtida a partir do descarte da indústria pesqueira, possui propriedades capazes de formar filmes resistentes, elásticos, flexíveis e de difícil rompimento; e o amido, considerado como matéria-prima promissora para a elaboração de filmes biodegradáveis. No processo de produção de filmes, afim de conferir à matriz filmogênica a característica extensível, flexível e possíveis alterações benéficas nas propriedades mecânicas, usualmente faz-se o uso de plastificantes. O presente trabalho visa à obtenção de uma matriz polimérica de quitosana com amido para uma possível melhoria nas propriedades mecânicas e de barreira, bem como o estudo da viabilidade e possíveis aplicações do material obtido. Foram produzidos filmes de quitosana com adição de amido, onde as soluções filmogênicas foram obtidas pela dispersão de 1.0% de quitosana (em massa) com a adição de 1.0% de amido(em massa), em solução aquosa ácida com a adição de 1.0 ml de plastificante, sob agitação contínua por 60 minutos. Os filmes de quitosana com e sem a adição de amido foram avaliados segundo as características: visuais, espessura e permeabilidade ao vapor d’água. Na análise visual pôde-se observar que os filmes de quitosana com adição de amido apresentaram coloração fosca, considerável resistência ao rasgo e flexibilidade quando comparados com os filmes de quitosana. Na análise de espessura os filmes de quitosana com adição de amido apresentaram aumento de 57.70% em relação aos filmes de quitosana . Quanto à permeabilidade ao vapor d’água, houve redução de 57.0% no valor médio da massa adquirida/dia quando comparados os filmes de quitosana com adição de amido e os filmes de quitosana (0.296g e 0.689g respectivamente). Devido ao baixo custo e a capacidade de produção de filme, conclui-se que a adição de amido nos filmes de quitosana é considerável para a melhoria das propriedades mecânicas e físicas do mesmo, sendo assim, as possíveis aplicações no mercado de biopolímeros deverá ser intensificado. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 BIOFÍSICA BIOLOGIA GERAL BIOQUÍMICA BIOTECNOLOGIA FARMACOLOGIA FISIOLOGIA GENÉTICA IMUNOLOGIA MICROBIOLOGIA MORFOLOGIA PARASITOLOGIA XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 146 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA Izabela M. Franco, Fabiane N. Costa, Jimi N. Nakajima & Benoît Loeuille 147 A FAMÍLIA ASTERACEAE NO CAMPUS JUSCELINO KUBITSCHEK - UFVJM, DIAMANTINA, MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL Asteraceae é a maior família botânica dentre as Angiospermas com cerca de 24000 espécies descritas. No Brasil ocorrem 273 gêneros e 1972 espécies, distribuídas em todos os biomas. Asteraceae se destaca como uma das famílias de maior riqueza específica nos campos rupestres, vegetação campestre encontrada acima de 900m de altitude, em solos quartzíticos, areno-pedregosos, rasos, ácidos, pobres em nutrientes e em matéria orgânica. Apesar disso, ainda há poucos estudos sobre esta família na região do Planalto de Diamantina, em Minas Gerais. Este trabalho tem como objetivo efetuar um levantamento das espécies de Asteraceae ocorrentes no Campus Juscelino Kubitscheck, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, visando subsidiar futuros estudos com a flora deste Campus. A área de estudo está situada no município de Diamantina, na porção central da Cadeia do Espinhaço no estado de Minas Gerais. No Campus, a fisionomia vegetal predominante é o campo rupestre. Foram efetuadas expedições para coleta de material botânico ao longo de oito meses, de agosto de 2010 a março de 2011, concentradas em áreas de campo rupestre do Campus. Os espécimes coletados foram herborizados e depositados no herbário DIA, e duplicatas foram enviadas aos herbários ALCB, HUFU e SPF. Além da análise de todo material coletado, também foi analisada toda a coleção de Asteraceae depositada no herbário DIA (UFVJM) provenientes de coletas na área de estudo. A identificação das espécies se deu por meio da consulta a bibliografia específica e à especialistas. Foram identificadas 54 espécies, distribuídas em 24 gêneros, dos quais onze gêneros foram representados por somente uma espécie, e oito gêneros foram representados por somente duas espécies. Os gêneros Lessingianthus e Richterago (7 espécies cada), Chromolaena (5 espécies), Gochnatia, e Lychnophora (4 espécies cada) foram os mais representativos na área de estudo. Este resultado concorda com outros levantamentos feitos com a família Asteraceae em áreas de cerrado e campos rupestres, onde Lessingianthus e Chromolaena são espécies bastante representativas. A riqueza das espécies de Richterago e Gochnatia também era esperada, visto serem estas bem distribuídas ao longo da Cadeia do Espinhaço. Dentre as espécies mais freqüentes Lychnophora passerina (Mart. ex DC.) Gardner, é amplamente distribuída, presente em grandes populações ao longo de vários afloramentos rochosos no Campus. Já a espécie Lychnophora souzae H. Rob., endêmica do Planalto de Diamantina, conhecida atualmente por uma única população viva no Campus JK, é representada por aproximadamente cinco indivíduos. Levando-se em consideração a importância desta família na Cadeia do Espinhaço, a escassez de estudos na área do Planalto de Diamantina, e a presença de endemismos nesta Cadeia, tornam-se imprescindíveis a continuidade das expedições de campo, assim como desenvolvimento de estudos taxonômicos mais detalhados na família. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Elayne N. de Sá, Tamires da Silva G., Conceição A. Santos 148 ANÁLISE DE RIQUEZA DE CUPINS ( ISOPTERA: INSECTA) NO PARQUE NACIONAL SEMPRE VIVAS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL Cupins são insetos eusociais da ordem Isoptera possuindo um papel ecológico primordial, por serem detritívoros assumem função fundamental na ciclagem de nutrientes, alteram a natureza e distribuição da matéria orgânica bem como atuam na descompactação, aeração e movimentação de partículas do solo. Dentre os organismos bioindicadores, os cupins podem ser utilizados em estudos de perturbação ambiental, devido aos vários atributos que podem ser utilizados como bioindicadores, dentre eles temos: grande importância ecológica, a alta riqueza local e regional de espécies, dentre outros. Este trabalho teve como objetivo analisar a riqueza de cupins no Parque das Sempre Vivas. Durante aproximadamente sete meses foram coletados cupins com o auxilio de armadilhas feitas com papel higiênico levemente umedecido enterradas no solo. Paralelamente a cada mês foram realizadas coletas manuais, utilizando um transecto de 50 X 2 m dividido em 10 parcelas alternadas de 5 X 2 m que foram vasculhadas em todos os possíveis locais de ocupação de cupins. Escolheram-se áreas de mata aberta, com campo sujo, e mata fechada, para comparação de ambientes diferentes. Os insetos coletados foram armazenados em potes separados, com álcool 70%, todos demarcados com etiquetas das devidas iscas coletadas, podendo assim repetir os números demarcados nas coletas. A identificação do material coletado, foi realizado, por comparação direta, utilizando a chave para classificação de gênero de cupins. Encontraram-se seis gêneros diferentes nos locais estudados, e sendo o gênero Nasutitermes o dominante em número de ocorrência nas parcelas (TABELA 1). Outras observações importantes foram marcadas pela ocorrência de Heterotermes sp. responsável por causar danos em ambientes agrícolas, florestais e urbanos. Além de Dihoplotermes sp gênero endêmico do Brasil, com uma única espécie descrita (D. inusitatus), a qual ocorre no Brasil central e no Sudeste. Embora de ampla distribuição, difícil de ser encontrada em ambientes não preservados. Esse trabalho foi de grande importância para conhecimento da riqueza de cupins no Parque das Sempre Vivas, a nível de gênero. Apoio: Agradecemos a FAPEMIG pelo Apoio financeiro, e UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Bethânia Alves de Avelar, Valéria Gomes Almeida, Etel Rocha-Vieira, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de Melo 149 ANÁLISE DE VIABILIDADE CELULAR POR CITOMETRIA DE FLUXO UTILIZANDO O CORANTE AZUL DE TRIPAN Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / FARMACOLOGIA O ensaio de citotoxicidade in vitro deve ser o primeiro teste realizado em ensaios pré-clínicos na descoberta de novas drogas. Neste teste células são incubadas na presença da substância de interesse e as alterações celulares, como lise celular, alterações na permeabilidade da membrana, são observadas. Diversas técnicas são empregadas para avaliação de citotoxicidade, sendo a mais utilizada a incorporação de corantes vitais pelas células em cultura. No teste de exclusão do azul de tripan, as células inviáveis tornam-se permeáveis a este composto, corando-se de azul, o que permite, por meio da microscopia óptica, diferencialas das células viáveis, que permanecem incolores. Embora largamente utilizado o teste de exclusão do azul de tripan apresenta limitações: as células em observação estão imobilizadas, a detecção é visual, e a sensibilidade é reduzida, comparando com técnicas automatizadas. O azul de tripan emite sinais nos canais 2 e 3 de fluorescência do citômetro de fluxo. No citômetro de fluxo as células em suspensão são interceptadas individualmente por um laser, a detecção é eletrônica e possui elevada sensibilidade. Assim, o objetivo desse estudo foi determinar se a viabilidade celular, utilizando a coloração por azul de tripan, pode ser determinada por citometria de fluxo. Para isso, a viabilidade celular utilizando o azul de tripan foi comparada à técnica de incorporação de iodeto de propídeo, padrão ouro, na análise da viabilidade celular por citometria de fluxo. Foram realizados experimentos para análise de viabilidade de células mononucleares do sangue periférico de três indivíduos incubadas em estufa (5% de CO2, 37°C) por 24 horas com três doses de um agente citotóxico (doxorrubicina 0,025; 0,25 e 2,5 µg/mL) e com três concentrações do látex de Euphorbia tirucalli ( 0,125%, 0,25% e 0,5%). Após o período de incubação as células foram marcadas com azul de tripan e iodeto de propídeo e analisadas por citometria de fluxo. Os resultados evidenciaram que o perfil de leitura dos dois corantes foi semelhante e não houve diferença significativa (p< 0,05) entre as marcações com o azul de tripan e o iodeto de propídeo tanto nos casos onde a citotoxicidade foi elevada como quando a citotoxicidade foi reduzida. Os dados indicam que o azul de tripan pode ser utilizado como um marcador de viabilidade celular para análise por citometria de fluxo. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 150 ANALISE PRELIMINAR DE ÁREAS ENDÊMICAS NA FLORESTA ATLANTICA PARA OS GÊNEROS EUFRIESEA E EULAEMA (HYMENOPTERA, APOIDEA, EUGLOSSINA) COMO SUBSÍDIO PARA ESTUDOS DE CONSERVAÇÃO Filipe R. Moura & Anete P. Lourenço Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL As abelhas de orquídeas, como são conhecidas as espécies da subtribo Euglossina é composta por cinco gêneros: Euglossa, Eufriesea, Eulaema, Exaerete e Aglae. Essas abelhas são endêmicas da região neotropical onde apresenta uma ampla distribuição, sendo encontradas em diversos biomas. Tem sido realizado significante número de inventários deste grupo zoológico na Floresta Atlântica, o que proporciona dados para pesquisa na área da biogeografia histórica. Neste trabalho é utilizada a Análise Parcimoniosa de Endemicidade (PAE, do inglês Parcimony Analysis of Endemicity), método análogo a Sistemática Filogenética que tem como intuito juntar grupos que apresentem alguma história de distribuição semelhante, gerando assim as OGU (Operational Geographical Units) que correspondem a áreas de registro para os táxons estudados. Para a análise de PAE em toda a extensão da Floresta Atlântica, foram criadas quadriculas de um grau de latitude por um grau de longitude. Essas quadrículas foram sobrepostas no mapa de distribuição de 16 espécies dos gêneros Eufriesea e Eulaema gerando assim 71 OGU. Com análise heurística foram geradas 1000 arvores mais parcimoniosas com 56 passos. A árvore de consenso estrito teve 67 ramos colapsados. Das 71 OGU, 30 tiveram registro de duas a seis espécies. Além destas 30 OGU, foi possível destacar duas áreas endêmicas na análise, uma na costa de Pernambuco e sua proximidade e outra no sudeste de Minas Gerais e divisa com o Rio de Janeiro. Em Pernambuco quatro táxons agruparam quatro OGU. Para área de Mina e Rio de Janeiro foram cinco as espécies agrupando duas OGU. Essas duas áreas já foram consideradas endêmicas em outros trabalhos. Apesar de encontrarmos resultados similares a de outros trabalhos, é necessário a adição de um número maior de táxons para dar maior robustez para as áreas geradas, uma vez que outras áreas endêmicas também foram diagnosticadas para a Floresta Atlântica utilizando-se outros organismos. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Cayo A. S. de Almeida, Dirceu S. Melo, Fabrine A. Jardim, Talita E. Domingues, Gustavo E. B. A de Melo, Ana Cristina S. e Silva, Wagner de F. Pereira 151 ATERAÇÕES EM PARÂMETROS CORPORAIS DE RATOS WISTAR COM SÍNDROME NEFRÓTICA INDUZIDA PELO CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / FISIOLOGIA A Síndrome Nefrótica (SN) caracteriza-se por proteinúria maciça, hipoalbuminemia, edema generalizado e hiperlipidemia. O edema apresenta-se caracteristicamente mole e depressível, sendo mais acentuado nas regiões periorbitárias e nas porções declives do corpo, ocorre devido à perda da pressão coloidosmótica do sangue e do acúmulo de líquido nos tecidos intersticiais. O modelo animal de indução da S.N pelo quimioterápico doxorrubicina parece ser bastante viável e tem servindo bem ao propósito de diversos estudos sobre esta doença. No presente estudo objetivou-se avaliar alguns parâmetros corporais em modelo animal de Síndrome Nefrótica induzida pela doxorrubicina, incluindo peso corporal, peso dos rins, consumo de água e volume urinário. Foram utilizados 43 ratos Wistar machos, peso médio de 300 gramas. Os animais foram acondicionados em gaiolas individuais, receberam dieta comercial padrão e água ad libitum. Realizou-se a distribuição dos animais em dois grupos experimentais: grupo (DOXO), submetidos à injeção endovenosa de doxorrubicina (Doxolem ® / 7,5 mg/Kg de peso corporal) e grupo (SAL), controle, que recebeu injeção endovenosa de salina. Nos dias 7, 14, 21 e 28, pós-injeção, foram coletadas urina de 24 horas (gaiola metabólica), também foi calculado o consumo de água nestes mesmos dias. Semanalmente, animais de cada grupo foram pesados e logo após sacrificados sob anestesia (Ketamina/Xylasina – 70/10 mg/kg). Realizou-se perfusão dos órgãos com Salina Tamponada e após perfusão, os rins de cada animal foram retirados e pesados e o peso corrigido de acordo com o peso corporal. Os resultados demonstraram redução no consumo de água nas três primeiras semanas nos animais do grupo DOXO, porém estes dados não apresentaram diferenças estatísticas entre os grupos. Resultado semelhante foi observado em relação ao volume urinário. Em relação ao peso corporal, observou-se que os animais submetidos à lesão renal pela injeção da doxorrubicina mantiveram os pesos corporais, diferindo dos animais controles que ganharam peso ao longo das semanas do experimento, com significante diferença estatística entre os grupos. Sobre o peso dos rins verificou-se no grupo DOXO um aumento no peso a partir da segunda semana pós injeção, até o dia do sacrifício. A partir dos achados neste experimento, foram confirmadas algumas alterações corporais presentes em modelo animal de Síndrome Nefrótica induzida pela doxorrubicina, como relatado na literatura. Além disso, observou-se também o aumento de algumas alterações ao longo da doença, demonstrando assim, o caráter progressivo desta lesão renal. Apoio: CAPES/ UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Flávia K. P. Alves, Isadora F. da Silva, Alexadre S. dos Santos, Ana Paula F. C. Vanzela 152 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CULTIVO PARA OBTENÇÃO DE FUNGOS PRODUTORES DE CELULASES Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA Celulases são enzimas que promovem a hidrólise de materiais celulósicos, liberando açúcares solúveis. A produção de celulases em escala industrial começou em me¬ados da década de 80, visando sua aplicação como um aditivo para ração animal. Em seguida as celulases passaram a ser usadas em outras aplicações como no processamento de bebidas, insumo para produção de alimentos, aplicação nas indústrias têxtil, papel e celulose. A obtenção de preparações enzimáticas pode ser realizada através de fontes animais, vegetais ou por meio de fermentação com o uso de microrganismos. As células microbianas são fontes potenciais de enzimas pois permitem a sua produção dependendo das condições de cultivo. Entre os microrganismos produtores de celulases incluem uma variedade de fungos, tais como os gêneros Trichoderma, Aspergillus, Penicillium, Fusarium, Neurospora, Humicola. O presente trabalho teve por objetivo avaliar as condições de cultivo de inóculo (conídios) em linhagens de referência para a produção de enzimas celulases. Foram utilizadas as seguintes linhagens de fungos produtores de celulases, doadas pela empresa Biomm (Montes Claros, MG): Aspergillus níger ATCC 6275, Trichoderma reesei CCT 2768, Neurospora sitophila CCT 0045, Fusarium chamydosporum CCT 4949, Penicillium janthinellum CCT4092, as quais foram cultivadas em quatro meios de cultivo (YAG, Czapek, PDA, Aveia). As culturas foram inoculadas em tubos de ensaio e mantidas à 30°C durante o crescimento. A cada 24 horas avaliou-se o crescimento (morfologia macroscópica), presença de conídios e corpos de frutificação. Observou-se que a linhagem de Aspergillus niger ATCC 6275 apresentou bom crescimento nos meios PDA e YAG, sendo que o meio PDA apresentou conidiação mais intensa. Desta forma, o meio PDA será o meio de escolha para posterior cultivo dessa cepa para produção de celulases. Já a cepa Fusarium chamydosporum CCT 4949, apresentou melhor crescimento nos meios Czapek e YAG, com maior desenvolvimento de conídios no meio Czapek. A cepa Neurospora sitophila CCT 0045 por sua vez, apresentou melhor crescimento e esporulação no meio YAG. Já a cepa Trichoderma reesei CCT 2768 apresentou melhor desenvolvimento de conídios no meio Aveia, sendo incapaz de desenvolver conídios no meio Czapek. Para linhagem Penicillium Janthinellum CCT 4092, o melhor meio de crescimento foi YAG e Aveia, com maior desenvolvimento de conídios no meio Aveia. Para manutenção das cepas, foi escolhido o meio contendo maior quantidade de nutrientes, onde houve maior crescimento e esporulação. O crescimento/conidiação das cinco linhagens de fungos apresentaram características distintas em função do meio de cultivo. Desse modo, é de grande importância essa análise prévia dos meios de cultivo para obtenção de inóculos de fermentação, em detrimento de se utilizar meios que são normalmente recomendados para cultivo de fungos filamentosos em geral. Apoio: cnpq, Fapemig XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Raquel O. M. Pinto, Eliznara F. Correia, Rogéria N. Matos, Gilmar Vieira, Nísia A. V. D. Pinto, Paulo de S. C. Sobrinho, Daniele F. da Silva 153 AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS DE UMA UNIDADE HOSPITALAR DE DIAMANTINA, MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA A problemática da utilização das dietas enterais artesanais cresce a cada dia representando um desafio na prática clínica do paciente hospitalizado em virtude da possibilidade de contaminação microbiana, devido a sua maior manipulação e pelo fato de serem ricas em macro e micronutrientes e, portanto, excelentes meios de crescimento de micro-organismos. Dentro deste contexto a Nutrição Enteral deve receber atenção especial, devido a maior susceptibilidade a infecções dos indivíduos que as recebem. O objetivo do presente trabalho foi analisar a qualidade microbiológica das dietas enterais artesanais de uma unidade hospitalar de Diamantina, MG. Foram analisadas 26 amostras de dietas enterais artesanais que consistiam em: leite integral tipo longa vida, Nutren Active, suco de polpas de frutas e sopa batida e coada de legumes com carne. Foram coletadas duas unidades de amostras (cada uma com 100ml de dieta) de uma refeição, em dois momentos distintos: o primeiro tempo correspondia ao momento de preparo (T0) e o segundo tempo coletado após ser administrado ao paciente (T1). Estas amostras foram acondicionadas em recipiente térmico, transportadas e analisadas imediatamente no Laboratório de Higiene de Alimentos, Departamento de Nutrição, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri onde foram realizadas as análises dos seguintes micro-organismos: Coliformes totais (35°C), termotolerantes (45°C), E. coli, Aeróbios Mesófilos Viavéis, Salmonella sp, Listeria monocytogenes, S. aureus coagulase positiva e Pseudomonas spp. As análises seguiram metodologias descritas pela American Public Health Association, adaptadas. Observou-se a contaminação das dietas enterais por coliformes totais e termotolerantes, mesófilos e Pseudomonas spp. Não foram detectados S. aureus coagulase positiva e E.coli, nem a presença de Salmonella sp. e L. monocytogenes, apresentando-se dentro dos padrões vigentes. As contagens de coliformes totais, termotolerantes e mesófilos apresentaram-se acima dos padrões estabelecidos pela legislação, que admite contagens inferiores a 3 UFC/ml para coliformes totais, tendo sido observado nas análises realizadas neste trabalho contagens acima de 1,1 x 10³ NMP/ml. Os padrões para coliformes termotolerantes determinam ausência deste micro-organismo, estando às dietas inadequadas aos parâmetros estabelecidos. Para mesófilos a legislação estabelece parâmetro de 10³ UFC/ml, neste trabalho foram identificadas contagens de 8,4 x 105 UFC/ml. Não existem parâmetros legais para contaminação dessas refeições por Pseudomonas spp., no entanto este micro-organismo tem sido associado à episódios de infecção hospitalar, sendo necessária atenção à contaminação das fórmulas enterais por Pseudomonas. Em vista do que foi exposto, pode-se concluir que as condições higiênico-sanitárias de preparo das dietas enterais da unidade hospitalar avaliada é insatisfatória e propiciam perigo de saúde aos indivíduos hospitalizados que necessitam desse tipo de dieta. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Cayo A. S. de Almeida, Dirceu S. Melo, Lázaro Moreira, Gustavo E. B. A de Melo, Ana Cristina S. e Silva, Etel, R. Vieira, Wagner de F. Pereira 154 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE LEUCÓCITOS EM RATOS COM SÍNDROME NEFRÓTICA INDUZIDA PELO CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA A Síndrome Nefrótica (SN) caracteriza-se por proteinúria, hipoalbuminemia, edema generalizado e hiperlipidemia. Algumas evidências sugerem a participação do sistema imune na fisiopatologia da SN, tais como a aparente resposta aumentada de células T CD4, T CD8 e o envolvimento de citocinas e quimiocinas. O modelo animal de SN induzida por Cloridrato de Doxorrubicina é bastante utilizado para produzir as manifestações clínicas da doença de forma eficiente. O presente estudo teve como objetivo avaliar a contagem global de leucócitos no sangue periférico de ratos com Síndrome Nefrótica, induzida pela Doxorrubicina, em diferentes períodos da lesão. Foram utilizados 43 ratos Wistar, machos, peso médio 300 gramas. Os animais foram acondicionados em gaiolas individuais, receberam dieta comercial padrão e água ad libitum. Os animais foram distribuídos em dois grupos experimentais: grupo (DOXO), submetidos à injeção endovenosa de doxorrubicina (Doxolem ® - 7,5 mg/Kg de peso corporal) e grupo (SAL), controle, que recebeu injeção endovenosa de salina. Os animais de cada grupo foram divididos em quatro sub-grupos variando o tempo da doença 7, 14, 21 e 28 dias. Os animais foram sacrificados semanalmente, de acordo com cada grupo. Sob anestesia (Ketamina/Xylasina – 70/10 mg/kg), coletou-se sangue por punção cardíaca, e logo a amostra passou por um processo de lise de hemácias para realização da contagem global de leucócitos na Câmara de Newbaeur. Os resultados demonstraram redução na contagem global de leucócitos do grupo DOXO após 7 dias da injeção. Aos 14 dias o grupo DOXO apresentou um aumento na contagem global, sendo significativamente superior ao grupo controle. Aos 21 e 28 dias não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos. Com os achados deste estudo pode-se verificar que a doxorrubicina, na primeira semana pósinjeção, reduziu a contagem global de leucócitos, confirmando o efeito imunossupressor desta droga nos primeiros dias após sua administração, como relatado na literatura. O aumento do numero de leucócitos observado aos 14 dias está possivelmente relacionado à resposta inflamatória estabelecida no tecido renal. Aos 21 dias o número de células retornou aos níveis normais indicando um equilíbrio da atividade imunológica. Outros experimentos estão sendo conduzidos, em nosso laboratório, para confirmar ou esclarecer o comportamento do sistema imunológico perante a SN nos seus diferentes estágios, bem como a relação da imunossupressão inicial com o desenvolvimento da doença neste modelo animal. Apoio: CAPES, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Vanessa A. Mendonça; Marcelo F. O. Souto; Ana Paula S. Carneiro; Valdinéria O. Borges; Mateus R. Amorim; Mauro M. Teixeira; Antonio L. Teixeira. 155 BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS NA SILICOSE PULMONAR Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA A Silicose é uma doença pulmonar fibrótica irreversível e potencialmente fatal, causada pela inalação de poeira contendo sílica cristalina, sendo a mais frequente das pneumoconioses. A determinação de marcadores biológicos, associados à fisiopatologia da Silicose, tem se mostrado promissora para identificação precoce da doença e instituição de medidas de controle. O objetivo deste estudo foi avaliar as concentrações plasmáticas de TNF-α, CCL3, CCL11, CCL24 e CXCL10 em sujeitos expostos à sílica (SES) e controles saudáveis. As concentrações de TNF-α, CCL3, CCL11, CCL24 e CXCL10 foram avaliadas no plasma de SES (n=34), de Corinto/MG, pelo do método de ELISA. Nesse grupo, vinte sujeitos tinham o diagnóstico de Silicose. O grupo controle foi constituído de sujeitos saudáveis pareados por idade e sexo (n=20). As concentrações plasmáticas de TNF-α e CCL11 foram maiores nos SES quando comparados aos controles. Surpreendentemente, a concentração plasmática de CCL11 foi maior em sujeitos com Silicose (valor mediano 534.1 pg/ml) em comparação com SES sem Silicose (278.1 pg/ml) e controles (100.0 pg/ml). Não houve diferença nas concentrações plasmáticas de CCL3, CCL24 e CXCL10 entre SES e controles. Esse estudo demonstrou que CCL11 e TNF-α podem desempenhar um papel na patogênese da Silicose. O papel dessas moléculas como biomarcadores no desenvolvimento da Silicose deve ser investigado. Apoio: CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Júnia L. Deus , Natália P. Rocha, Patrícia S. Santos, Helton J. Reis, Patrícia Furtado, Gustavo E.A.B. Melo, Melissa M. Guimarães 156 BIOMARCADORES PERIFÉRICOS LIBERADOS POR FIBROBLASTOS HUMANOS APÓS ESTÍMULO COM A PROTEÍNA SOLÚVEL ΒETA- AMILÓIDE Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa que leva a uma progressiva perda neuronal e disfunção cognitiva em 40% de idosos após 85 anos de idade. Os sintomas clínicos usados para diagnosticar a doença se manifestam lentamente e são complexos de serem identificados. A examinação histológica postmortem da presença de placas senis de proteína beta-amilóide (βA) no tecido neurocortical é ainda hoje a única forma precisa de estabelecer um diagnóstico definitivo da doença. No presente trabalho, buscamos por biomarcadores fora do sistema nervoso central, que poderiam facilitar o diagnóstico, assim como o acompanhamento evolutivo da DA. Para isso, foi criada, in vitro, condições similares às alterações teciduais observadas na DA a partir da exposição de fibroblastos gengivais humanos à proteína beta- amilóide. Tais células, isoladas de quatro pacientes da clínica de odontologia/UFVJM foram estimuladas com a proteína beta- amilóde nas seguintes concentrações: 10-4 mol/l, 10-6 mol/l, 10-8 mol/l, 10-10 mol/l, 10-12 mol/l e após os seguintes períodos de incubação: 12, 24, 48, 72, 96 e 120 h. A liberação das citocinas: IL-10, IL-8, IL-6 e TNF-alfa no sobrenadante das células foi analisada por meio do teste ELISA. Os dados sugerem que após receberem estímulo com a proteína, o sobrenadante recolhido das células apresentou concentrações positivas de todas as citocinas. IL-10 apresentou um pico de expressão após estímulo com a proteína amilóide na concentração 10-6mol/l em 48 horas de incubação, a expressão de IL-8 foi semelhante com pico em 12 horas de incubação, IL-6 expressou-se em maior quantidade quando estimulada com 10-10 mol/l em 12 h de incubação e TNF-alfa apresentou seu pico após estímulo com a proteína beta- amilóide na concentração 10-4 mol/l em 96 horas de incubação. Os resultados iniciais sugerem que o estímulo com a proteína βA esteja associado à liberação tanto das interleucinas IL-6, IL-8 e IL-10 quanto da citocina fator de necrose tumoral (TNF-alfa) nos diferentes períodos de incubação. Tais dados deverão ser confirmados a partir de testes de viabilidade dos fibroblastos submetidos ao estímulo com a proteína beta amilóide e da análise estatística de experimentos independentes que serão repetidos em outros pacientes. Apoio: CNPQ, FAPEMIG, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Liliane T. Lopes, Carlos V. M.Filho, Rafael R. Souza, Acsa A. de Miranda 157 COMPORTAMENTO FENOLOGICO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL COMPORTAMENTO FENOLOGICO DE Cipocereus minensis subsp minensis (Werd.) F. Ritter E Pilisocereus aurisetus subsp .aurisetus (Werderm) Byles & Gdorowley (CACTACEAE) NO PLANALTO DE DIAMANTINA-MG, SERRA DO ESPINHAÇO Liliane T. Lopes, Carlos V. M.Filho, Rafael R. Souza, Acsa A. de Miranda e-mail : [email protected] Área de Conhecimento/Sub‐Área: Ciências Biológicas e Biotecnologia /Ciências Biológicas Cipocerus minensis e Pilosocereus aurisetus são duas espécies da família Cactaceae, endêmicas de Minas Gerais, com ampla distribuição na Cadeia do Espinhaço. A despeito da sua importância para a conservação não existem estudos fenológicos com essas espécies. . Nesse trabalho objetivou se avaliar os ritmos de floração e frutificação das espécies e reconhecer seus prováveis polinizadores e dispersores. Foram marcados 30 indivíduos, de cada espécie distribuídos nos afloramentos rupestres no Campus JK – UFVJM, onde foram observados semanalmente, no período de 05/2009 a 03/2011 para o C. minensis e de 11/2009 a 03/2011 para o P. aurisetus. Cipocereus minensis apresenta um ritmo contínuo de floração, com pico no início da estação seca, e os frutos maduros concentram-se entre o meio e final desta estação. Dados preliminares sugerem que a espécie é polinizada por morcegos e também por beija flores e abelhas. Os frutos de C. minensis são ovóides a globosos, indeiscentes, com cerca 2-4 cm de diâmetro e 958 sementes em média. Os prováveis dispersores são morcegos e o roedor Trychomys apereoides. A espécie P. aurisetus apresenta um pico de floração entre os meses de novembro a janeiro e outro entre os meses de maio a julho, seguidos pela frutificação nos mesmos meses. Apresenta baixa produção de flores quando comparado com C. minensis e provavelmente são polinizadas pelas mesmas espécies que a polinizam, visto que ambas espécies possuem antese noturna, permanecendo abertas até as primeiras horas da manhã. Os frutos do P. aurisetus são globoides e deiscentes. Os dados serão importantes para estabelecer estratégias de conservação das espécies que estão bem adaptadas à sazonalidade climática da região de Diamantina, no Espinhaço Meridional. APOIO: FAPEMIG Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Fabrício F. Neves, Cosme D. Barbosa, Tatiane M.de Assis, Maria P.S.Lima Costa 158 CONCEPÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS POR ALUNOS DE UMA ESCOLA PUBLICA DA CIDADE DE DIAMANTINA-MG Email: E-mail: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / PARASITOLOGIA O Vale do Jequitinhonha há anos vem carregando os problemas decorrentes da seca e o estigma de miserável, ostentando indicadores sociais e econômicos comparáveis aos piores do mundo. A doença de Chagas é uma enfermidade do continente Americano, diretamente relacionada com fatores sócio-econômicos e ambientais das localidades, não possui cura e pode levar ao óbito. Nas escolas os temas referentes a saúde pública são pouco abordados, seja por despreparo dos profissionais ou até mesmo pela carga horária insuficiente, impossibilitando que temas como este sejam melhor trabalhados. A educação das populações presentes em locais de risco é de fundamental importância, uma vez que possibilita a prevenção de doenças. A destruição de hábitats naturais, causa a redução da oferta de alimentos para os barbeiros, levando-os a procurarem outras fontes alimentares,estas são encontradas em casas de zonas rurais, onde normalmente criações de animais, como porcos, galinhas, etc., servem de meio de subsistência das famílias e também atuam como atrativo para a infestação das áreas peridomiciliares. O trabalho tem por objetivo analisar o conhecimento de alunos do 2° ano do ensino médio sobre a Doença de Chagas. A Coleta de informações dos alunos a respeito da Doença de Chagas, foi realizada por meio de um questionário composto por 6 questões relacionadas a conceitos gerais da Doença de Chagas. Após análise dos questionários pode-se concluir que 56% dos alunos declararam conhecer doenças comuns da região, enquanto 32% conhecem pessoas portadora da Doença de Chagas. Quanto a transmissão da Chagas 63% dos alunos afirmaram conhecer o processo de transmissão da doença, porém, não conseguiram conceituar de forma adequada. Para os animais transmissores de outras doença o índice de alunos que citaram outros animais com a respectiva doença que transmite foi de 94%, para a presença de cartazes, informativos ou materiais didáticos que abordassem diferentes doenças 89% dos alunos afirmam sempre depararem com esse tipo de material na escola, 91% dos alunos declararam ser importante a abordagem de temas relacionados a doenças ocorridas na região. Nota-se que os alunos possuem um certo conhecimento a respeito da Doença de Chagas, porém este conhecimento não está fundamentado e construído pelos conceitos corretos. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Paula D.M.Nogueira, Cíntia X. Rodrigues, Rinaldo Duarte 159 CONCEPÇÕES DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE MICROBIOLOIGA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA Nas últimas décadas, muitos estudos têm sido realizados para identificar as concepções prévias dos estudantes na área das Ciências. Nestes estudos têm-se evidenciado que o ensino, centrado apenas na transmissão de conhecimentos, pouco tem contribuído para diminuir a resistência de tais concepções ou mesmo produzir mudança conceitual. Numa perspectiva cognitivista de aprendizagem significativa, a identificação das concepções prévias dos alunos, por parte do professor, é o “ponto de partida e de chegada” para promover uma aprendizagem mais efetiva. Portanto, é com, para e por meio das concepções prévias que o professor deve planejar as atividades de ensino que possam estabelecer relações conceituais entre o que os alunos já conhecem com o conhecimento a adquirido. Com isso, o objetivo deste estudo foi identificar as concepções dos alunos sobre microbiologia e suas relações com o ser humano, considerando aspectos do seu cotidiano. O estudo foi realizado a partir da aplicação de um questionário com alunos do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental de duas escolas públicas; sendo que, para os alunos do 7º ano o conteúdo sobre microbiologia já havia sido ministrado. Em torno de 8% sabiam o significado correto de microbiologia ou de micróbios, 47% sabiam parcialmente, 26% responderam incorretamente e 19% não sabiam ou não responderam. Contudo, quando perguntado onde os micróbios podem ser encontrados 94% responderam corretamente, sendo o local predominante as mãos. Esta concepção deve estar associada à importância da lavagem das mãos reafirmada continuamente pelos pais. Em torno de 43% achavam que os micróbios têm alguma importância ou utilidade e destes 61% deram algum exemplo. Em relação ao que eles gostariam de saber sobre os micróbios destacou-se: Como eles são (15%), o que eles podem causar (15%), para que eles servem (14%) e onde vivem (11%). Os resultados apontaram que, independente de terem ou não tido acesso ao conteúdo, as concepções dos alunos foram muito semelhantes. A partir do levantamento realizado, será possível considerar as implicações destas concepções para o ensino e aprendizagem de questões que envolvem o cotidiano do alunos. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Marcela E. Gomes, Fabrício C. Alcântara, Thiago Q. Araújo, André R. S. Garraffoni 160 DESCRIÇÃO DE UM NOVO MORFÓTIPO DE REDUDASYS KISIELEWSKI, 1987 (GASTROTRICHA) ENCONTRADO NO ESTADO DE MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL Os Gastrotricha são invertebrados microscópicos exclusivamente aquáticos, habitando ambientes marinho, estuarino e, água doce. O táxon é cosmopolita, composto por mais de 750 espécies e dividido em duas ordens: Chaetonotida e Macrodasyda. O grupo Chaetonotida possui mais de 250 espécie, sendo 2/3 dos seus representantes habitando águas continentais. Por outro lado, a Ordem Macrodasyda é composta por mais de 250 espécies predominantemente marinha, com exceção de apenas duas espécies, Redudasys fornerise Kisielewski, 1987 e Marinellina flagellata Ruttner-Kolisko, 1955 encontradas em água doce. A primeira espécie foi originalmente descrita para a Represa do Lobo (São Pulo – Brasil) e posteriormente redescoberta no Parque Estadual da Serra do Cabral, (Minas Gerais). Já espécie Marinellina flagellata conta com apenas um registro para os Alpes Suiços. Dessa forma, é nítido que as espécies de água doce da Ordem Macrodasyda são muito pouco conhecidas e, sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo de contribuir para melhorar o conhecimento taxonômico do grupo através de novas coletas. Para isto, foi utilizado um amostrador do tipo “corer” de 3 cm de diâmetros, que foi enterrado no sedimento por 5 cm de profundidade. Posteriomente, o sedimento foi levado para o laboratório, onde os animais foram triados vivos sob microscópio esteroscópio, fixados em lâminas e identificadas sob microscópio óptico. Foram encontrados um total de 55 indivíduos pertencentes ao gênero Redudasys, sendo um espécime descrito no presente trabalho. O espécime se assemelha à espécie-tipo pela presença de uma furca bilobada não segmentada, presença de um ovo na região do tronco e possíveis oócitos, porém, os caracteres importantes no reconhecimento do espécime se distingue da espécie-tipo pela presença de um par de tubos adesivos anteriores numa posição mais próxima da cabeça, cabeça grande em relação ao restante do corpo e tamanho da faringe menor proporcionalmente ao corpo. Apoio: CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 161 DESCRIÇÃO QUALITATIVA DE ALGUMAS ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS EM RATOS COM SÍNDROME NEFRÓTICA INDUZIDA PELA DOXORRUBICINA - UM ESTUDO PILOTO Talita E. Domingues; Fabrine A. Jardim; Dirceu S. Melo; Cayo A. S. Almeida; Ana C. Simões e Silva; Gustavo E. A. Brito-Melo; Wagner F. Pereira Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA A síndrome nefrótica (SN) é caracterizada por proteinúria, hipoalbuminemia, edema generalizado e hiperlipidemia. É a glomerulopatia mais comum em crianças, no entanto sua fisiopatologia permanece desconhecida. Acredita-se na ocorrência de fatores bioquímicos, metabólicos e distúrbios imunológicos. Evidências sugerem a participação do sistema imune na etiopatogenia da proteinúria e, consequentemente da SN, como a resposta aparentemente anormal dos linfócitos T e citocinas e envolvimento de quimiocinas, enfatizando a TGFb. Alguns modelos de indução da SN em animais são descritos na literatura e entre eles a utilização de cloridrato de doxorrubicina apresentou resultados satisfatórios. Este estudo inicial objetivou padronizar alguns procedimentos e técnicas a fim de verificar a eficácia do modelo experimental, por meio da utilização de (Doxolem ® - cloridrato de doxorrubicina).Nele, foram avaliados alguns parâmetros como proteinúria, contagem de leucócitos e percentual diferencial de leucócitos. Foram utilizados 37 ratos Wistar machos com peso médio de 400g, acondicionados em gaiolas individuais, recebendo dieta comercial padrão e água ad libitum. Os animais foram distribuídos em dois grupos experimentais: grupo (DOXO), submetidos à injeção endovenosa de doxorrubicina (Doxolem ® / 7,5 mg/Kg de peso corporal) e grupo (SAL), controle, que recebeu injeção endovenosa de salina. Coletou-se urina de 24 horas nos dias 0 (pré injeção), 7, 14, 21 e 28 (pós injeção). Animais de cada grupo foram sacrificados nos dias 7, 14, 21 e 28, pós-injeção. Sob anestesia (ketamina / Xylasina - 70/10 mg / kg), foi colhido o sangue por punção cardíaca, e os órgãos foram perfundidos com salina. Após a perfusão, os rins de cada animal foram retirados, pesados e preparados para posteriores análises morfológicas. Os resultados demonstraram aumento na excreção urinária de albumina no grupo DOXO em relação ao grupo SAL respectivamente, em T7 (177,8 / 38,9 6,71 / 11,68), quando comparados com T0 (2,75 / 3,70-2,00 / 3,84) e tenderam a diminuir nos dias subseqüentes T14 (112,2 / 18,18-35,9 / 37,2); T21 (109,0 / 20,72 15,7 / 0,0) e T35 (127,7 / 46,67-39,3 / 0,0). Através da microscopia óptica, alterações histológicas progressivas foram observadas no grupo DOXO em relação ao grupo SAL. Percebeu-se, ainda, maior variação na leucometria global do grupo DOXOem relação ao grupo SAL, respectivamente, T7 (1,47 / 0,574,80 / 2,27), T14 (12,47 / 6,17 8,51 / 3,96), T21 (7,19 / 4,08-4,35 / 1,65); T28 (13,30 / 4,24-8,40 /3,90) e T35 (5,40 / 3,95-6,10 / 0,85), além de alterações na contagem diferencial de leucócitos entre os dois grupos.Verificou-se que o Doxolem ® foi eficiente para promover a lesão renal. Além de promover alterações imunológicas, percebida pela contagem global e diferencial dos leucócitos. Este estudo foi importante para certificar-se do seuefeito nefrotóxico o que propiciará maior segurança na continuação dos estudos. Apoio: CAPES; UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Paulo R. Silva, Pollyana F. Rocha, Rita M. Maciel, Janaína T. de Faria, Ana Paula F. C. Vanzela, Fábio C. Sampaio 162 DETERMINAÇÃO DAS MELHORES CONDIÇÕES PARA PERMEABILIZAÇÃO DE KLUYVEROMYCES LACTIS UTILIZANDO PROCESSO FÍSICO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA Para produção e isolamento da beta-galactosidase (beta-gal, EC 3.2.1.23) de Kluyveromyces lactis, uma enzima intracelular, o rompimento das células com a purificação total ou parcial é um fator-chave que limita a aplicação em processos industriais. Assim, a utilização de células permeabilizadas é melhor alternativa ao processo de rompimento, permitindo a manutenção da enzima dentro de seu ambiente natural. No presente estudo foi utilizado um método físico (“glass beads” – 400 a 600 nm de diâmetro) para permeablização de K. lactis para fins biotecnológicos. Os dados experimentais foram obtidos através de um Delineamento Composto Central Rotacional (DCCR) com variáveis em cinco níveis (-alfa, -1, 0, +1, +alfa), 19 experimentos em triplicata e quatro repetições no ponto central para estimar o erro experimental e investigar a adequação do modelo proposto. A quantidade de “glass beads” (GB de 0,3-0,9 g), a quantidade de biomassa (x de 2-4 g) e o tempo de tratamento (t de 3-8 min) foram as variáveis independentes, enquanto a atividade de beta-gal (mM oNP/min/g) foi a variável dependente (Resposta). Foi ajustado um modelo matemático e realizada a otimização numérica nos “softwares” “Design Expert” e “NeuralWorks”. O teste F revelou que a regressão foi estatisticamente significativa com nível de confiança de 90%. A falta de ajuste significativa foi desconsiderada em função de um coeficiente de determinação de aproximadamente 0,82. Utilizando ainda o teste F, os coeficientes de regressão foram avaliados e observou-se contribuição linear das três variáveis independentes; interação GB versus x, GB versus tempo e x versus tempo; e contribuição quadrática de GB. A Metodologia de Superfície de Resposta (MSR) foi utlizada para otimizar as condições de permeabilização e a atividade ótima de beta-gal (5258,64 mM ONP/min/g), segundo a regressão proposta, foi obtida com GB igual a 0,899 g, x igual a 2,0 g e t de 8 min. Para a análise utilizando a metodologia Rede Neural Artificial (RNA), observou-se que a quantidade de dados obtidos no DCCR não foi suficiente para treinamento e validação, e que a presença de pontos centrais dificultou o treinamento. Além disso, o “software” “NeuralWorks” não apresenta todos os recursos necessários para o treinamento da rede. A utilização de “glass beads” foi eficiente no processo de permeabilização sob as condições experimentais avaliadas e a MSR foi uma ferramenta adequada para determinar as melhores condições de permeabilização. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Rafael C. S. Pessoa, Camila S. Paula, Leonardo G. Lessa 163 DIETA DE NECTOMYS SQUAMIPES (RODENTIA, SIGMODONTINAE), EM UMA ÁREA DE MATA CILIAR NO PARQUE ESTADUAL DO RIO PRETO, MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL O roedor Nectomys squamipes são moderadamente especializados à vida semi-aquática. Seu padrão de dieta é pouco conhecido e extremamente difícil de ser investigado em função de seu eficiente aparelho mastigatório equipado com dentes incisivos do tipo cizel, molariformes trituradores e uma mandíbula que pode se mover tanto lateralmente quanto no sentido ântero-posterior. O presente estudo tem como objetivos: analisar o padrão de dieta de N. squamipes em uma área de mata ciliar no Parque Estadual do Rio Preto; avaliar se a dieta é constante ou sofre variação sazonal. Para amostragem dos roedores foram instalados 04 transectos paralelos com 12 pontos de captura cada, eqüidistantes 20m e apresentando duas armadilhas por posto, totalizando 96 armadilhas. O período de coletas será de 24 meses com quatro noites consecutivas de coletas a cada mês. Os indivíduos capturados foram marcados com anilhas numeradas (Zootech ®) fixadas nas orelhas e soltos novamente no mesmo local de captura, após a coleta das fezes. As fezes coletadas são levadas para laboratório e analisadas com o auxílio de um microscópio estereoscópico Olympus SZ 40. Todo o material é identificado até a menor categoria taxonômica possível e ordenado em cinco categorias: 1) sementes; 2) flores; 3) material vegetativo; 4) artrópodes; 5) Material não identificado. Para todos os componentes alimentares foi calculada sua freqüência relativa de ocorrência (número de amostras contendo um componente/numero total de amostras coletadas x 100). A ocorrência de sazonalidade nas dietas será verificada comparando-se os hábitos alimentares entre as estações seca e chuvosa do ano. Até o presente momento foram obtidas 7 amostras. Artrópodes, principalmente Hymenoptera (57,14%) e Isoptera (50%), constituíram os principais componentes alimentar registrado na dieta, seguido por Aranae (28,57%), Blattodea (14,28%), Coleoptera (14,28%) e Diptera (14,28%). Em todas as amostras analisadas foi significativa a presença de artrópodes não identificados (100%). Foram registradas sementes de Miconia holosericea (Melastomataceae) nas amostras. Todas as sementes encontradas intactas nas amostras (100%) apresentavam tamanho reduzido, cerca de 1 mm de comprimento. O numero de amostras fragmentadas (ni) destaca a eficiência do aparelho mastigatório do grupo no processamento de alimentos de origem animal e vegetal. Artrópodes terrestres, principalmente Hymenoptera e Isoptera são recursos abundantes no bioma Cerrado e registrados com freqüência na dieta de pequenos mamíferos (roedores e marsupiais). A alta freqüência de ocorrência de Hymenoptera e Isoptera na dieta pode indicar uma dieta oportunista por parte destes roedores, consumindo um recurso altamente abundante na área de estudo. Apoio: FAPEMIG APQ 01-034/09 XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 164 DIVERSIDADE DE ABELHAS (HYMENOPTERA, APOIDEA) E PLANTAS UTILIZADAS COMO FONTE DE RECURSOS FLORAIS EM UMA ÁREA EM PROCESSO DE RECUPERAÇÃO Ana Paula de S. M. Santos, Anete P. Lourenço Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL O Cerrado é um dos biomas mais ricos do planeta devido as suas características peculiares e de condições ambientais extremas, o que contribui para a localização de diversas espécies endêmicas. Apesar da alta diversidade encontrada no Cerrado, estudos a respeito da comunidade de abelhas ainda são escassos na Serra do Espinhaço, sendo que nenhum estudo em área em processo de recuperação foi registrado. O estudo da comunidade de abelhas é importante, pois estes insetos atuam no processo de polinização cruzada de muitas angiospermas contribuindo para o processo de regeneração natural de áreas degradadas. O objetivo do presente estudo foi identificar a fauna apícola de uma área em processo de recuperação, determinar sua abundância de indivíduos e sua riqueza de espécies, bem como os recursos florais utilizados por ela. O estudo foi realizado no antigo lixão do município de Diamantina (MG). Depois da desativação do depósito, esta área foi isolada e posteriormente realizou-se o plantio com espécies exóticas no local para promover sua recuperação. Entre setembro de 2009 e setembro de 2010 foram realizadas coletas quinzenais. As abelhas eram capturadas durante a visitação floral com auxílio de redes entomológicas e armazenadas em potes plásticos, para posterior identificação. As plantas visitadas eram anotadas e fotografadas. A comunidade de abelhas foi representada por 30 espécies, 17 gêneros, 6 tribos, 5 subfamílias, 4 famílias totalizando 366 abelhas coletadas. Apis mellifera não entrou na contagem por ser uma espécie exótica em grande abundancia no local, devido a localização do apiário da UFVJM. A maior riqueza de espécie foi representada por Apidae com 26 espécies (87%), seguida por Halictidae com 2 espécies (7%), Adrenidae e Megachlidae com 1 única espécie (3%). Em ordem decrescente de abundância estão as famílias Apidae representada por 348 indivíduos (95,1%), Adrenidae com 14 indivíduos (3,8%), Halictidae com 3 indivíduos (0,8%) e Megachilidae com apenas 1 individuo (0,3%). No total foram observadas 18 espécies de plantas visitadas pelas abelhas, distribuídas em 16 gêneros e 10 famílias. Entre as espécies de plantas onde foram coletadas as abelhas a família Convolvulaceae apresentou maior riqueza de espécies visitantes, 16 no total. Já a família Myrtaceae e Verbenaceae apresentou menor riqueza de indivíduos visitantes, apenas uma espécie em cada uma das famílias. A comunidade de abelhas neste trabalho apresentou uma baixa riqueza de espécie em comparação com outros levantamentos realizados em Mina Gerais. Este fato pode estar relacionado com a constante atividade antrópica na área, o que pode ocasionar destruição de ninhos localizados no solo, e presença do apiário promovendo competição de espécies exóticas e nativas. Apesar da baixa riqueza, algumas espécies de abelhas se mostram dependentes de seus recursos florais mostrando que mesmo em processo de recuperação permite que as abelhas da região sejam atraídas por ela. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Fernanda F. Araújo, Filipe R. Moura & André R. S. Garraffoni 165 DIVERSIDADE DE BICHO-PAU (INSECTA: PHASMATODEA) EM ÁREAS PRÓXIMAS À DIAMANTINA-MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL Os insetos da ordem Phasmatodea (do grego phasma= fantasma; aparição) são popularmente conhecidos no Brasil como bicho-pau ou bicho-folha por mimetizarem galhos secos ou folha de uma planta, sendo terrestres, de hábito noturno, fitófagos e de movimentos muito lentos, vivendo sobre folhas, troncos e arbustos. Os fasmídeos podem apresentar um comprimento que vária entre 1-33 cm, portam corpo alongado, cabeça prognata com antenas filiformes geralmente longas e pernas geralmente longas e finas. As asas podem estar presentes ou ausentes e além de mimetizarem folhas e galhos, seus ovos comumente mimetizam sementes. Os organismos desse táxon são encontrados principalmente em ecossistemas tropicais e temperados e no total são conhecidas aproximadamente 3000 espécies registradas em todo o mundo, agrupadas em 523 gêneros e 13 famílias, sendo que no Brasil são mais de 200 espécies registradas e em Minas Gerais apenas duas. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo realizar um levantamento das espécies de Phasmatodea nos entornos de DiamantinaMG, visando melhorar o conhecimento taxonômico do grupo no estado de Minas Gerais e consequentemente no Brasil. Foram realizadas coletas esporádicas na mata ciliar do córrego Soberbo no interior do campus JK, Caminho dos Escravos em Diamantina-MG, Parque Estadual do Biribiri e Parque Nacional das Sempre Vivas, no período de outubro de 2009 a março de 2011, abrangendo duas estações distintas: uma chuvosa e uma seca. As coletas foram noturnas e manuais, como auxilio de lanternas para iluminação da área de coleta e sacos plásticos para armazenar os espécimes coletados. Foram coletados um total de 47 indivíduos, sendo 20 fêmeas, 17 machos e 10 ninfas pertencentes à família Heteronemiidae com dois gêneros Heteronemia e Paraleptynia e à família Pseudophasmatidae com o gênero Paraphasma e todos coletados durante a estação chuvosa. No caso dos gêneros Heteronemia e Paraleptynia foi possível agrupar os indivíduos em duas morfoespécies cada um, de acordo com diferentes características morfológicas, sendo que as duas espécies de Heteronemia foram distinguidas pela quantidade de espinhos no tórax e as duas espécies de Paraleptynia, pela presença ou ausência de uma linha branca na cabeça. A diversidade e a distribuição da ordem no Brasil é pouquíssimo conhecida, sendo que nenhum trabalho dessa natureza havia sido realizado no país até o momento e somente espécies foram descritas isoladamente. Deste modo, o desenvolvimento deste trabalho aumentará significantemente o conhecimento da diversidade e distribuição da ordem no Brasil, com possibilidades de descrição de novas espécies, propiciando assim subsídios para outros trabalhos de ecologia, biologia e biogeografia sobre a ordem. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 166 EFEITO DA PRÓPOLIS EM MUCOSA ORAL EM MODELO DE CARCINOGÊNESE DMBA INDUZIDA EM HAMSTER ATRAVÉS DO PERFIL PROTÉICO DE LÍNGUA, LINFONODO, GLÂNDULA SUBMANDIBULAR E FÍGADO Melina C. Silva, Anete P. Lourenço Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / GENÉTICA O carcinoma bucal se tornou o mais comum tipo de câncer oral. No Brasil, o câncer é a terceira causa de morte mais comum. Trabalhos utilizando DMBA como agente carcinogênico iniciador permitiram os estudos da carcinogênese experimental em línguas, órgão de maior incidência do câncer bucal em seres humanos. Órgãos como linfonodos, fígado, língua e glândula submandibular, são alguns dos que apresentam alterações neoplásicas com a indução do câncer. Por se tratar de uma doença de difícil tratamento, muitos pesquisadores são atraídos para a área de pesquisa em quimioprevenção do câncer. Uma das substâncias utilizadas como quimiopreventiva, e uma das promissoras contra a ação tumoral, é a própolis, por possuir, dentre efeitos biológicos, a ação anticarcinogênica. Neste trabalho, nós propusemos verificar o efeito da própolis em hamsters com indução de carcinogênese bucal por DMBA, sendo as alterações neoplásicas observadas através do perfil protéico dos órgãos linfonodos, fígado, língua e glândula submandibular. Hamsters da espécie Mesocricetus auratus, entre eles machos e fêmeas, foram distribuídos em quatro grupos, sendo estes, o Grupo controle negativo, sem tratamento algum; Grupo controle positivo, tratado com solução salina e DMBA 0,5%; Grupo extrato aquoso, tratado com extrato aquoso de própolis a 30% e DMBA 0,5% e o Grupo alcoólico, tratado com extrato alcoólico de própolis 30% e DMBA 0,5%. Após 13 e 20 semanas os animais foram submetidos à anestesia, e assim que anestesiados, foram extraídos os órgãos para posterior análise de proteínas totais. Empregou-se o método de Bradford para quantificar as proteínas totais, e 1 g de proteína foi utilizado para análise do perfil protéico em gel SDS-PAGE 8%, corado com nitrato de prata. Até o momento, este perfil protéico foi analisado em amostras de língua, controle ou tratadas, de 13 ou 20 semanas. Apropriando-se da observação de crescimento significativo de neoplasias em amostras submetidas ao DMBA, notaram-se, pelo perfil protéico analisado por SDS-Page, alterações das proteínas de baixo peso em amostras tratadas de 20 semanas. Estes resultados sugerem que técnicas mais sensíveis como Western blot devam ser utilizadas para maior relevância dos resultados. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Plínio R. Rodrigues,Priscilla M. Monteiro, Sandra J. Monteiro, Ana Lídia Castro, Hermann A. Rodrigues, Ernani A. Amaral 167 EFEITOS DA IRRADIAÇÃO COM LASER DE BAIXA INTENSIDADE SOBRE O CICLO DE VESÍCULAS SINÁPTICAS EM JUNÇÃO NEUROMUSCULAR DE RÃ Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL A biogênese e reciclagem de vesículas sinápticas são etapas fundamentais para manutenção da neurotransmissão, impedindo que ocorra depleção dos aglomerados vesiculares e bloqueio da transmissão de impulsos nas sinapses. As vesículas sinápticas presentes nas terminações nervosas liberam neurotransmissores por meio de exocitose e, em seguida, os aglomerados vesiculares são reconstituídos por endocitose. Neste trabalho, utilizando preparações de junção neuromuscular de rã, propôs-se abordar os efeitos da irradiação com laser de baixa intensidade sobre a exocitose e endocitose de vesículas sinápticas. Para tanto, o ciclo sináptico seria monitorado, em tempo real, pela sonda fluorescente vital FM1-43. O FM1-43 é captado durante a endocitose de vesículas sinápticas e liberado durante a exocitose. Portanto, os níveis de marcação com FM1-43 permitem estimar as taxas de endocitose, enquanto a desmarcação de terminações motoras contendo FM1-43 permite estimar as taxas de exocitose de vesículas sinápticas. Em atividades experimentais foi possível adquirir domínio da técnica de dissecação e preparo das junções neuromusculares de rã, conduzir experimentos-piloto para marcação e desmarcação das terminações motoras com FM1-43 e aprender as técnicas de análise de imagens. Os experimentos de padronização da técnica foram bastante promissores, permitindo obter um bom padrão de marcação das terminações motoras. Entretanto, em virtude de dificuldade para aquisição de quantidades suficientes do marcador FM1-43, não foi possível conduzir experimentos empregando laserterapia de baixa intensidade. É importante salientar que a terapia com laser de baixa intensidade vem sendo utilizada há algumas décadas por fisioterapeutas, médicos e odontólogos, contudo, sua eficácia clínica ainda é bastante controversa e pouco se conhece sobre os efeitos de lasers de baixa intensidade em processos celulares fisiológicos ou patológicos, principalmente em células nervosas. Portanto, este trabalho propôs algo pioneiro que poderá ser concluído após aquisição de condições materiais mais satisfatórias e seus resultados finais poderiam contribuir para o entendimento dos efeitos dos lasers de baixa intensidade sobre neurônios, trazendo valiosa contribuição às ciências da saúde (fisioterapia, medicina e odontologia) e à área de tecnologia (Engenharia, Bioengenharia e Física). Apoio: FAPEMIG, ICT-UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Gabriela Silva, Dirceu S. Melo, Patrícia L. Morais, Bárbara S. Ferreira, Alexandre A. Silva, Tania R. Riul, Marco Fabrício D. Peixoto 168 EFEITOS DO CONSUMO CRÔNICO DE CAFÉ SOBRE ESTRUTURA E FUNÇÃO CARDÍACA DE RATOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / FISIOLOGIA O café constitui uma bebida de grande popularidade tendo em sua composição uma série de substâncias, dentre elas destaca-se a cafeína. A cafeína tem função estimulatória no sistema nervoso central, sendo associada com a inibição do apetite, além de efeitos em outros órgãos como o coração. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento crônico com café sobre o ganho de peso corporal, função e estrutura cardíaca em ratos. As ratas mães do grupo tratado receberam café na diluição de 3% durante todo o período de lactação, enquanto o grupo controle recebeu água. Após o desmame, os animais continuaram recebendo o mesmo tratamento das matrizes até completarem 90 dias quando foram sacrificados para as análises do peso corporal, comprimento da tíbia, peso do coração e diâmetro dos cardiomiócitos (morfometria). Para avaliação da função cardíaca utilizamos a metodologia de coração isolado Langendorff com pressão constante. Os dados foram apresentados como média ± o desvio padrão e, para comparação entre os grupos, foi utilizado o teste t student, com nível de significância estabelecido em *p< 0.05. O tratamento com café reduziu o ganho de peso, comprimento da tíbia e peso do coração, demonstrando que o café interfere no desenvolvimento corporal e do coração. Em relação à função cardíaca o consumo crônico do café aumentou a tensão sistólica e não alterou de maneira significativa os outros parâmetros da função cardíaca (freqüência cardíaca, tensão diastólica, DP/Dt máxima e mínima). Concluímos com este estudo que o consumo crônico de café por ratos Wistar desde os primeiros dias de vida até a fase adulta (90 dias) reduz o ganho de peso, o crescimento, o peso do coração e não altera a maioria dos parâmetros que avaliam a função cardíaca. Apoio: UFVJM, UFMG, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Priscilla M. Monteiro, Plínio R. Rodrigues, Sandra J. Monteiro, Ana Lídia Castro, Hermann A. Rodrigues, Ernani A. Amaral 169 EFEITOS DO ETANOL SOBRE O CICLO DE VESÍCULAS SINÁPTICAS EM JUNÇÃO NEUROMUSCULAR DE RÃ Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOQUÍMICA Os neurônios enviam sinais para células-alvo por meio da exocitose de neurotransmissores armazenados em vesículas sinápticas. Após exocitose, os aglomerados vesiculares são reconstituídos por endocitose compensatória. Neste projeto de pesquisa, utilizando preparações de junção neuromuscular de rã, foram abordados os efeitos do etanol sobre a exocitose e endocitose de vesículas sinápticas. Para tanto, o ciclo sináptico foi monitorado, em tempo real, pela sonda fluorescente vital FM1-43. O FM1-43 é captado durante a endocitose de vesículas sinápticas e liberado durante a exocitose. Portanto, os níveis de marcação com FM1-43 permitem estimar as taxas de endocitose, enquanto a desmarcação de terminações motoras contendo FM1-43 permitem estimar as taxas de exocitose de vesículas sinápticas. É importante salientar que o consumo abusivo de álcool é importante problema de saúde pública e chama a atenção de muitos ramos da ciência. Contudo, os efeitos do etanol sobre células nervosas não são completamente elucidados. Os dados obtidos neste trabalho indicam que o etanol não interfere com a endocitose de vesículas sinápticas e conseqüente captação de FM1-43. Isoladamente, o etanol não promoveu desmarcação de terminações motoras contendo FM1-43, indicando que esse agente por si só não é capaz de desencadear exocitose de vesículas sinápticas. Contudo, o etanol potencializou o efeito de pulsos despolarizantes com KCl, sugerindo a possibilidade de atuação do etanol em estoques intracelulares de cálcio ou na maquinaria protéica que regula a exocitose. Os dados obtidos poderão contribuir para melhor compreensão dos efeitos do etanol sobre a transmissão sináptica e, no futuro, subsidiar pesquisas farmacológicas e clínicas que abordem as relações entre o consumo de álcool e alterações da neurotransmissão. Além disso, este trabalho também poderá constituir passo inicial para futuras investigações relacionando exposição ao álcool e a sinaptogênese. Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES, ICT-UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Amanda Miranda de Souza; Fernanda C. Morreira;Alice Mascarenhas; Lais Graziele Silva; Maria Neudes S. Oliveira 170 ÉPOCA DE COLETA E GERMINAÇÃO DE SYNGONANTHUS NITENS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / FISIOLOGIA Os escapos da sempre viva Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland, conhecida como capimdourado ou sedinha, são muito utilizados na confecção de acessórios artesanais que vão desde brincos e colares (morfotipo sedinha pequena) até bolsas e sousplat (morfotipo sedinha grande), além de serem comercializados no atacado, sem processamento, e utilizados na confecção de arranjos mistos. Em Raiz (Presidente Kubitschek) praticamente todas as famílias utilizam as hastes no artesanato. Embora muitos reconheçam a necessidade de iniciar a coleta a partir de agosto, a concorrência faz com que a coleta, muitas vezes, ocorra antes. O presente trabalho objetivou relacionar a época de coleta dos capítulos de S. nitens com a germinação das sementes e avaliar os efeitos do défice hídrico, induzido por polietilenoglicol (PEG), sobre a germinação. Os escapos do morfotipo sedinha grande foram coletados na floração de 2010, de junho a dezembro, na primeira quinzena de cada mês. Em novembro e dezembro, coletou-se escapos dos dois morfotipos. Após a coleta, procedia-se a contagem do número de sementes/capítulo. Se presentes, as sementes foram colocadas para germinar. Para avaliar o efeito do défice hídrico, sementes de capítulos coletados na segunda quinzena de setembro foram germinadas em potenciais hídricos (w) de 0,0; -0,15; -0,49 e -1,03 MPa. Todos os testes de germinação foram conduzidos em BOD, a 25ºC, fotoperíodo de 12 horas, com cinco repetições de 30 sementes. Capítulos coletadas em junho e julho não apresentaram sementes. Capítulos coletados em agosto apresentaram poucas sementes (11 em 134 capítulos avaliados). Sementes de capítulos coletados em setembro e outubro apresentaram taxa de germinação de 42% e 45% e uma média de 37 e 81 sementes/capítulo, respectivamente. Na coleta de novembro, a taxa de germinação da sedinha grande foi de 47% e a da sedinha pequena, de 87%, com uma média de 59 e 54 sementes/capítulo, respectivamente. Os capítulos coletados na segunda quinzena de novembro apresentaram uma média de 139 sementes. A germinação sem a adição de PEG (w = 0) iniciou aos dez dias após o semeio e com a adição, aos dezenove dias. A taxa de germinação foi de 43, 19, 14 e 6% em w de 0,0; 0,15; -0,49 e -1,03 MPa, respectivamente. Capítulos dos morfotipos grande e pequeno coletados em dezembro apresentaram em média 49 e 14 sementes, respectivamente, que não germinaram devido a ataque fúngico. Conclui-se que a taxa de germinação de S. nitens, morfotipo grande, não variou entre setembro e novembro. A redução na germinação com a adição de PEG à solução indica que o estabelecimento da espécie em ambientes fora do de ocorrência natural (campos úmidos) pode ser desfavorecido. A ausência de sementes nos capítulos coletados em julho e o reduzido número nos capítulos coletados em agosto podem ter implicações na conservação da espécie, se a coleta dos escapos ocorrer precocemente. Apoio: FAPEMIG (bolsa) XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Camilla S. Paula, Rafael C. S. Pessoa, Leonardo G. Lessa 171 ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO VOADORES EM UMA ÁREA DE MATA SECUNDÁRIA, MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL As matas secundárias do Brasil central estão entre os habitats mais ricos da região Neotropical, entretanto, informações relativas à ecologia de comunidades de pequenos mamíferos são ainda escassas. As espécies de pequenos mamíferos respondem de formas diferentes às variações ambientais e a complexidade e heterogeneidade dos habitats, o que pode influenciar em sua biologia, suas estratégias de forrageamento, a abundância e riqueza das espécies. A complexidade vertical pode contribuir aumentado a diversidade de espécies e reduzindo a competição entre espécies simpátricas. O estudo, que tem como objetivo avaliar a riqueza e a abundância das espécies e analisar parâmetros populacionais, teve início em novembro de 2009 no Parque Estadual do Rio Preto, município de São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais. Para a amostragem dos animais foram instalados 04 transectos paralelos com 12 postos de captura cada, eqüidistantes 20m e apresentando duas armadilhas por posto, uma no solo e uma no sub-bosque (a cerca de 02 metros do solo) totalizando 96 armadilhas. O período previsto de coletas é de 24 meses com quatro noites consecutivas de coletas a cada mês. Os indivíduos capturados são marcados com anilhas numeradas (Zootech ®) e soltos no mesmo local de captura. Até o presente momento, os dados preliminares demonstraram um esforço de captura de 5760 armadilhas-noite e um sucesso de captura de 8.3%, obteve-se total de 476 capturas de 176 indivíduos. Foram registradas 06 espécies de roedores: Oligoryzomys sp. (n=10), Nectomys squamipes (n=05), Rhipidomys mastacalis (n=12), Necromys lasiurus (n=02), Cerradomys subflavus (n=12), Thrichomys apereoides (n=01), e 06 espécies de didelfídeos: Gracilinanus agilis (n=74), Marmosops incanus (n=30), Caluromys philander (n=11), Metachirus nudicaudatus (n=07), Didelphis albiventris (n=10) e Micoureus paraguayanus (n=02). Os dados relativos à estrutura da comunidade indicam a dominância de marsupiais (83% das capturas) sobre roedores (17%). Dentre os marsupiais registrou-se a presença de uma espécie dominante, G. agilis (42,05% das capturas), uma espécie intermediária M. incanus (17,05%) e duas espécies consideradas raras M. nudicaudatus (0,32%) e M. paraguayanus (1,92%). Dentre os roedores as espécies mais abundantes foram R. mastacalis e C. subflavus (6,82% cada um). As comunidades de pequenos mamíferos terrestres são geralmente estruturadas por duas ou três espécies dominantes e várias espécies intermediárias e/ou raras, além disso, a dominância de marsupiais sobre roedores corrobora outros estudos já realizados em matas secundárias, uma vez que, esse tipo de habitat pode favorecer uma maior diversidade de espécies de marsupiais. Apoio: FAPEMIG, processo APQ-01034/09 XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Daniela S. Antunes, Jaqueline A . Pereira, Ana C.O Neves, Maíra F. Goulart 172 ESTUDO POPULACIONAL DA SEMPRE VIVA PAEPALANTHUS MACROCEPHALUS (ERIOCAULACEAE) Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL As sempre-vivas são comumente encontradas nos campos rupestres e são plantas cujas flores se mantêm vistosas mesmo depois de colhidas. O objeto deste estudo, Paepalanthus macrocephalus (Eriocaulaceae), é também encontrado na região de Diamantina, Minas Gerais, onde é conhecido popularmente como botão branco. Seus capítulos florais são colhidos e utilizados em artesanatos, tendo uma relevante importância econômica. Aspectos da biologia de P. macrocephalus vem sendo estudados para gerar subsídio nas tomadas de decisão em relação a ações de manejo e conservação da mesma. Em agosto de 2009, 10 parcelas de 2x1m foram marcadas, dentro das quais todos os indivíduos dessa espécie foram numerados. Mensalmente, durante um período de 13 meses, avaliou-se os seguintes parâmetros populacionais: 1) a densidade populacional; 2) a forma de reprodução predominante (clonal ou por sementes); 3) produção de capítulos florais por indivíduo e a sua relação com a forma de reprodução; 4) a relação entre o desenvolvimento da parte vegetativa e a produção de capítulos; 5) a fenologia e 6) a demografia. Resultados mostraram que a densidade populacional média no período de estudo foi de 23,7 indivíduos por m2 com um número máximo de 488 indivíduos amostrados em dezembro de 2009. A forma de reprodução clonal é predominante nessa população, durante todo o período de estudo pelo menos 92% dos indivíduos estavam conectados á outros por rizoma, formando touceiras. Foi observado uma média de 3,2 capítulos por rosetas em plantas isoladas e 5,1 em plantas conectadas por rizoma. A produção de capítulos aumenta com o tamanho das rosetas, sendo que rosetas entre 8 e 10 cm tem maior probabilidade de formar capítulos (65%). Quanto a fenologia, durante o período estudado, observou-se que capítulos se originam a partir de fevereiro e até em agosto botões florais podem ser encontrados. A dispersão de sementes se dá a partir de outubro e é anemocórica. Novas plantas são observadas a partir de novembro. A taxa de mortalidade foi de 11% e a de natalidade foi de 1,6%. Observou-se um número semelhante de rosetas novas isoladas e conectadas, não sendo possível inferir qual foi a estratégia reprodutiva mais significativa para essa população. P. macrocephalus apresenta baixa probabilidade de reprodução e apresenta baixo recrutamento. Apesar dessa espécie não constar como ameaçada de extinção, suas populações podem sofrer declino com a prática de extrativismo. A avaliação da dinâmica da população por um mais longo período é necessária para que estratégias efetivas para o manejo e conservação da mesma possam ser propostas. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Mayara A. Viotti,Filipe R. Moura & Anete P. Lourenço 173 EUGLOSSINA EM UMA ÁREA DE RECUPERAÇÃO E DE CAMPO RUPESTRE NO CAMPUS JK – DIAMANTINA, MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MORFOLOGIA A Cadeia do Espinhaço representa um conjunto de serras que se estende por desde o quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais, até a Chapada Diamantina, na Bahia. Apesar de ser uma área extremamente vasta e que apresenta várias ações conservacionistas, uma grande parcela de biodiversidade ainda carece de estudos. Considerando o número de espécies, a fauna de abelhas é uma das menos conhecidas e com poucos inventários. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo fazer o primeiro levantamento de abelhas machos da subtribo Euglossina, em uma área em recuperação e uma área de campo rupestre localizada nos arredores de Diamantina, MG. As coletas foram realizadas quinzenalmente no período de setembro de 2009 a fevereiro de 2011. As duas áreas estudadas foram “Área de Recuperação” (18°12\'S-43°34\'W), que corresponde a uma área degradada - antigo lixo da cidade de Diamantina, desativado em 2003 - e em processo de recuperação, e “Campo Rupestre” (18°11\' S-43°34\'W), uma área natural, sendo ambas situadas no Campus JK da UFVJM. As coletas foram feitas no intervalo de 09:00 a 17:00 horas utilizando-se armadilhas de cheiro (Eugenol, Eucaliptol, Cineol, Beta Ionona, Cinamato de Metila, Vanilina, Salicilato de Metila e Acetato de Benzila) armadas a 1,60 m do solo e distanciadas de 2,00 a 5,00 m. As abelhas coletadas foram transferidas para potes, sacrificadas em freezer, triadas em microscópio estereoscópio para identificação no menor nível taxonômico possível e, finalmente, depositadas na coleção de Abelhas da UFVJM. Até o presente momento foi coletado um total de 815 machos identificados em 13 espécies: Euglossa leucotricha, Euglossa melanotricha, Euglossa cordata, Euglossa securigera, Euglossa stellfeldi, Euglossa truncata, Euglossa sp. 1, Euglossa sp. 2, Euglossa sp. 3, Eulaema nigrita, Eulaema marcii, Eufriesea auriceps e Eufriesea nigrohirta, agrupadas em três gêneros (Euglossa, Eulaema e Eufriesea). Para a Área de Recuperação foram coletados 333 indivíduos. Euglossa leucotricha foi a espécies mais comum seguida por Euglossa melanotricha. Já para a área de Campo Rupestre foi coletado um total de 482 indivíduos, onde Euglossa leucotricha também se mostrou mais comum seguida por, Eulaema nigrita. Euglossa leucotricha mostrou-se presente em todas as coletas tanto na Área de Recuperação quanto na Área de Campo Rupestre, Eufriesea nigrohirta foi exclusiva para Área de Recuperação e Euglossa truncata para a Área de Campo Rupestre. A Área de Campo Rupestre mostrou maior abundância se comparado a Área e Recuperação, e podemos inferir a maior diversidade do Campo Rupestre pelo fato de ser uma área ausente de ação antrópica. Das sete iscas usadas, Eugenol foi a essência mais atrativa, seguida por Cineol, Vanilina, Cinamato de Metila, Beta Ionona. O presente trabalho mostrou uma riqueza significativa quando comparado com outros trabalhos, e contribui para o conhecimento destas abelhas na Cadeia do Espinhaço. Apoio: Fapemig XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Jaqueline A . Pereira, Daniela S. Antunes, Carlos V. M . Filho, Maíra F. Goulart 174 FENOLOGIA DA FLORA ARBUSTIVA DOS CAMPOS RUPESTRES DA CADEIA DO ESPINHAÇO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL Os campos rupestres são centro de endemismo da flora e ecossistema prioritário para a conservação, mas poucas informações existem sobre a fenologia das suas espécies, uma abordagem importante para compreender os ciclos reprodutivos e vegetativos e relacioná-los com a sazonalidade climática e interações ecológicas. Esse trabalho tem por objetivo caracterizar a fenologia da comunidade arbustiva dos campos rupestres, bem como avaliar a influência de fatores ambientais na regulação dos seus ciclos fenológicos. No planalto de Diamantina (MG) 16 espécies arbustivas vêm sendo estudadas quanto a fenologia, são elas: Marcetia sp., Lavoisiera sp., Jacaranda sp., Tabebuia sp., Erytroxylum torthuoson, Byrsonima sp., Lychinophora tomentosa, Lychinophora ericoides, Dalbergia miscolobium, Stachytarpheta sp., Diplusodum sp., Peryandra mediterrânea, Palicouria rigida, Kielmeyera sp., Syagrus glaucesceus e uma espécie não identificada. Aproximadamente dez indivíduos de cada espécie vêm sendo avaliados quinzenalmente quanto a presença de: brotamento, folha madura, folha senescente, botão floral, flor, fruto imaturo e dispersão de sementes. Dados referentes ao período de abril de 2010 a fevereiro de 2011 foram analisados quanto ao Índice de Atividade da comunidade e a sua relação com os fatores climáticos. Resultados parciais mostraram que para a fenologia reprodutiva, a comunidade manteve uma atividade de floração e de dispersão de sementes constante, com cerca de 30% das espécies apresentando essas fenofases durante todos os meses de estudo. Para a comunidade como um todo, houve um pico de brotamento de folhas no inicio da estação chuvosa quando cerca de 90% das espécies apresentaram essa fenofase em pelo menos 20% dos indivíduos avaliados. Houve também um pico de queda foliar no inicio da estação seca quando cerca de 90% das espécies apresentaram essa fenofase em pelo menos 20% dos indivíduos avaliados. Esses dados indicam uma possível correlação da fenologia vegetativa com a precipitação nessa comunidade. Quando avaliada a fenologia em nível populacional, observou-se que as diferentes espécies da comunidade arbustiva demonstram estratégias fenológicas diversificadas. Enquanto algumas espécies apresentaram padrões sazonais de brotamento e queda foliar, em outras, essas fases mantiveram atividade contínua durante todo o período de estudo. O mesmo é observado também para a fenologia reprodutiva em que, espécies como Palicouria rigida, por exemplo, floreceu diversas vezes ao longo do período de amostragem, enquanto Marcetia sp. tem a floração e a dispersão de sementes concentradas em um curto período de tempo. Um maior período de coleta de dados se faz necessário para analisar com maior detalhamento a fenologia da comunidade arbustiva dos campos rupestres e verificar como os padrões são determinados por variáveis climáticas. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 José Eduardo Vargas,Vanessa Candida,Rafael Ribeiro Souza,Carlos Victor Mendonça Filho 175 FENOLOGIA DE CHAMAECRISTA DEBILIS (VOGEL) IRWIN & BARNEBY (LEGUMINOSAECAE), NO ESPINHAÇO MERIDIONAL, DIAMANTINA-MG Email: ´[email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL O Espinhaço compreende um conjunto de Serras que se estende por cerca de 1000 km de comprimento e 50-100 km de largura, com altitudes entre 800 e 2000 m, em Minas Gerais e Bahia, estabelecendo um mosaico de comunidades vegetais sob o controle da topografia local, da natureza do substrato e do microclima. Foi considerado Reserva da Biosfera pela UNESCO por abrigar fitofisionomias como campo rupestre, que faz parte do Bioma Cerrado, portador de alto grau de endemismos e espécies raras, que vem sofrendo com a perda de habitats pela ação antrópica, constituindo um hotspot mundial para conservação. A família Leguminosae compreende cerca de 727 gêneros e 19.325 espécies. Muitas delas apresentam potencial para recuperação de áreas degradadas, uma vez que possuem associação com bactérias fixadoras de nitrogênio, principalmente as do gênero Chamaecrista. C. debilis, da subfamília Caesalpinioideae, é uma espécie endêmica do Espinhaço ocorrendo em áreas de campos rupestres. O objetivo do estudo foi conhecer o comportamento fenológico da espécie visando dar subsídios para sua utilização futura na recomposição de áreas degradadas. O trabalho foi realizado no campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina-MG. Foram anotados os valores mensais de precipitação e as médias de temperatura máxima e mínima mensal dos últimos 10 anos que foram comparados com os dados climáticos do período de estudo. Foram marcados ao longo de uma trilha, 30 indivíduos da espécie onde avaliou-se quinzenalmente, de abril de 2010 a março de 2011, as seguintes fenofases: caducifolia, brotação, floração e dispersão. Para a estimativa de intensidade fenológica foi utilizado o método de Fournier. Verificou-se que a brotação e floração, estiveram associadas com a estação úmida enquanto que a dispersão e a queda de folhas com a estação seca. Os dados indicaram que a sazonalidade climática da região é determinadora dos padrões fenológicos observados. Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Matheus M. T. Cota, André R. S. Garraffoni, Carlos V. Mendonça-Filho 176 FILOGENIA DE CHAMAECRISTA MOENCH SERIE CHAMAECRISTA (LEGUMINOSAE – CAESALPINIOIDEAE) BASEADAS EM CARACTERES MORFOLÓGICOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MORFOLOGIA A família Leguminosae compreende cerca de 727 gêneros e 19.325 espécies e é tradicionalmente dividida nas subfamílias Caesalpinioideae, Mimosoideae e Papilionoideae. A subfamília Caesalpinioideae é um grupo pantropical, podendo ser encontrado em vários hábitats e possui uma grande variação de estruturas reprodutivas e vegetativas. Atualmente, considera-se Caesalpinioideae a subfamília mais basal e menos estudada até o momento. Nesta última subfamília, o gênero Chamaecrista é caracterizado por possuir flores pentâmeras e pétalas amarelas, podendo variar para o laranja-avermelhado, são árvores, arbustos ou ervas, sendo estas perenes ou monocárpicas e é dividido em seis seções. A seção Chamaecrista possui aproximadamente 75 espécies circuntropicais, sendo que 51 estão distribuídas nas Américas. Estas 51 espécies estão organizadas em seis séries , sendo as series da seção Chamaecrista caracterizadas pela filotaxia dística e pela presença de glândula peciolar (exceto ser. Bauhinianae). As series Flexuosae e Bauhinianae vem sendo avaliadas quanto às relações filogenéticas dentro da seção. Contudo, pouco se sabe sobre a filogenia da serie Chamaecrista, que é caracterizada por apresentar pedúnculo supra-axilar e sépalas acuminadas. Este trabalho teve como objetivo encontrar as relações filogenéticas e testar a monofilia da série Chamaecrista do gênero Chamaecrista Moench, através de caracteres morfológicos obtidos a partir da análise de material de herbário e/ou de literatura. Para a polarização dos caracteres, serão utilizados três espécies de outras séries da seção Chamaecrista. Os caracteres serão codificados como estados múltiplos ou binários e tratados como não ordenados e com pesos semelhantes (1). Para representar caracteres desconhecidos ou incertos serão codificados como inaplicáveis (com o símbolo “?”). Para espécies que apresentarem caracteres ambíguos ou polimórficos, serão codificados todos os estados observados nos espécimes analisados. A matriz de dados será construída com auxilio do programa NDE Nexus 0.5.0 e a análise de parcimônia será realizada utilizando o programa PAUP 4.0b10. A opção de busca escolhida será a heurística, adição aleatória, com 50 réplicas. Os ramos com comprimento zero serão colapsados, MULPARS será ativado e os caracteres serão otimizados sob o procedimento ACCTRAN. Para sumarizar as informações obtidas será utilizado o consenso estrito. Os cladogramas obtidos serão visualizados e analisados com a ajuda dos programas WinClada. Até o momento, elaborou-se uma matriz de dados a partir de literatura. Foi feita a visita ao herbário BHCB/UFMG, onde se encontrou apenas 2 espécies da série e estes foram analisadas a partir dessa matriz. Foram feitos contatos com os herbários da USP, UNEB e UEFS e estamos esperando duplicatas de outras espécies desses herbários. Além disso, será feito contato com os herbários NY e K para pedido de material que se encontra somente nesses herbários. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Estefânia C. Apolinário, Roberta F.V. Cerqueira, Rafael F. Abreu-Souza & Ricardo A. Barata 177 FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA, PSYCHODIDAE) DE CAVERNAS QUARTZÍTICAS NA CADEIA DO ESPINHAÇO NO ESTADO DE MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / PARASITOLOGIA Introdução: No Brasil, no que se refere apenas à fauna flebotomínica em cavernas, sejam elas calcárias, areníticas ou quartzíticas, os dados são bastante raros. Os principais estudos estão concentrados nas cavernas de calcário, porque elas são mais numerosas e possuem grandes cavidades. Objetivo: Este estudo objetivou determinar a fauna de flebotomíneos na zona fótica e afótica das cavernas Monte Cristo e Salitre, localizadas no município de Diamantina, pertencentes à Cadeia do Espinhaço no Estado de Minas Gerais. Metodologia: Capturas entomológicas foram realizadas nas cavernas do Salitre (18°16\'47\" S - 43°32\'10\" W) e Monte Cristo (18°17\'49\" S - 43°33\'30\" W), utilizando armadilhas luminosas do tipo HP durante o período de agosto a dezembro de 2010. As armadilhas foram expostas continuamente por 40 horas/mês. Em cada caverna, foram colocadas duas armadilhas, uma na entrada (zona fótica) e outra na zona afótica. Resultados: A caverna Monte Cristo apresentou 72% da fauna capturada, com maior abundância de espécies na zona afótica (64%). Até o presente momento, a fauna de flebotomíneos das cavernas é composta por 12 espécies, com a seguinte distribuição: Brumptomyia avellari (0,3%), L. carmelinoi (0,3%), L. cipoensis (0,6%), L. ischyracantha (37,6%), L. evandroi (1,3%), L. goiana (0,3%), L. longipalpis (3,5%), L. oliveirai (16,4%), L. quinquefer (3,7%), L. ramirezi (1,8%), L. sordellii (0,3 %), Lutzomyia spp. (4,2%) e uma nova espécie (29,7%), totalizando 317 espécimes, sendo 191 fêmeas (60%) e 126 machos (40%). A espécie predominante foi Lutzomyia ischyracantha com 37,6% do total de flebotomíneos coletados. Conclusões: Os resultados mostraram que a fauna de flebotomíneos das cavernas é diversificada, com espécies de importância na transmissão das leishmanioses. A presença de L. longipalpis, reconhecido vetor da leishmaniose visceral, é preocupante por se tratar de uma área de intensa visitação. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 José Eduardo Vargas,Vanessa Candida,Marcela Carlota Nery,Blenda Calazans Soares,Carlos Victor Mendonça Filho 178 GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE CHAMAECRISTA DEBILIS (VOGEL) IRWIN & BARNEBY (LEGUMINOSAE-CAE), NO ESPINHAÇO MERIDIONAL, DIAMANTINA-MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL Em condições naturais, os fatores luz e temperatura são decisivos no padrão de dormência de sementes e podem operar em sua superação ou indução. Nas Leguminosas, a causa de dormência mais comum é decorrente da impermeabilidade do tegumento. Chamaecrista Moench pertence à família Leguminosae, subfamília Caesalpinioideae. Possui cerca de 330 espécies, destacando-se como um dos maiores gêneros da subfamília. Contudo, diante da escassez de informações sobre os mecanismos de germinação das espécies, objetivou-se com essa pesquisa selecionar tratamentos pré-germinativos que permitissem adequar a germinação de sementes de Chamaecrista debilis. Considerando-se as características aparentes das sementes em relação à espessura do tegumento e sua dureza foi efetuado um teste de germinação com 12 tratamentos: testemunha - sementes intactas (T1), escarificação mecânica com lixa d’água n. 80 (T2), imersão em água a 100 oC por 5, 10, 15 , 30 e 60 segundos (T3, T4, T5 , T6 e T7 respectivamente) e imersão em ácido sulfúrico concentrado por 5, 10, 15, 30 e 60 segundos ( T8, T9, T10 e T11 e T12 respectivamente). Foram avaliadas as porcentagens de germinação das sementes considerando a protrusão da raiz primária, de plântulas normais e o índice de velocidade de germinação, além do grau de umidade das sementes. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. As sementes de Chamaecrista debilis apresentaram grau de umidade de 11,71%. Os tratamentos com água a 100 0C a 5, 10 e 15 segundos e ácido sulfúrico a 15 segundos foram os mais eficientes em promover a germinação, indicando que a dormência nessa espécie também deve-se à impermeabilidade do tegumento. Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Tamires S. Gonçalves, Elayne N. Sá, Conceição Ap. Santos, Maria do Carmo F. Queiroz, José E. Serrão 179 HISTOLOGIA DA GLÂNDULA MANDIBULAR DE OPERÁRIO DE ISOPTERA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MORFOLOGIA Cupins são insetos sociais da ordem Isoptera e apresentam um sistema social singular estando diferenciados em castas morfologicamente distintas: reprodutor, operário e soldado. Os cupins têm um sistema bem organizado regulado principalmente por feromônios. Estas substâncias são produzidas pelas diferentes glândulas exócrinas, que estão distribuídas por todo o corpo dos cupins e são responsáveis pela comunicação química da colônia. Muitos estudos têm demonstrado o importante papel das secreções exócrinas no comportamento de insetos sociais. Essas secreções são envolvidos em uma ampla variedade de comportamentos sociais. A ocorrência de uma glândula exócrina especial pode variar entre diferentes castas que compõem as sociedades de insetos, apresentando morfologia peculiar e funções específicas. Entre as glândulas exócrinas, as glândulas mandibulares são pouco estudadas nos Isoptera, e sua função ainda não está bem estabelecida. Essas glândulas produzem um ou mais feromônios e, atualmente, há um senso comum de que elas ocorrem em todos os cupins. Com base na importância de compreender o papel das glândulas mandibulares, o presente estudo trás a histologia da glândula mandibular do operario. Cada glândula está situada na base da mandíbula, entre o ângulo inferior da mandíbula e da maxila. . Cada célula glandular contém um grande vacúolo, ou reservatório intracelular (Fig 1). O epitelio glandular é alto indicando grande atividade de secreção de substâncias por esse estrutura (Fig 1). A função da glândula glândula mandibular ainda é desconhecida entre os cupins, contudo, parece ser primordial e ela apresenta um maior desenvolvimento nos reprodutores ficando como uma estrutura não funcional nos operários. Porém nesse trabalho observamos uma glândula mandibular bem desenvolvida com características de uma estrutura com funcionamento normal e alta atividade. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Guilherme B. Ferreira; Izabela M. Barata; Pedro Mafia; Marcell Soares; Camila M. Correia; Isabela P. Reis; Fernando F. Pinho; Riccelly C. Alcântara. 180 INVENTÁRIO DE VERTEBRADOS NO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS, MINAS GERAIS, BRASIL Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL O conhecimento sobre a biodiversidade no país é bastante heterogêneo, havendo poucos locais exaustivamente estudados e vários outros onde dados básicos sobre a biodiversidade não estão disponíveis. Muitas unidades de conservação não possuem inventário de espécies, como o Parque Nacional das Sempre-Vivas. O estudo teve como objetivo o levantamento de espécies de vertebrados no PNSV, localizado na Serra do Espinhaço, MG. Foram selecionadas duas áreas de amostragem que representavam cotas altitudinais diferentes: Área 1/1200 m; Área 2/650 m. Diversas fisionomias são encontradas nas duas áreas, e geralmente, a área baixa possui maior complexidade estrutural. Entre 8-21/10/2010 uma equipe de 8-10 pesquisadores inventariou a fauna de anfíbios, aves, morcegos e mamíferos de médio e grade porte na unidade. Em cada uma das áreas foi estabelecido um transecto de 5 km cortado por linhas transversais de 500m a cada quilômetro. Curvas de acumulação de espécies foram geradas para cada grupo. Para comparar a riqueza entre as áreas utilizou-se o Jackknife I e o cálculo do intervalo de confiança das estimativas. Para comparar a abundância foi utilizado o teste T. Devido às limitações logísticas e metodológicas o esforço amostral variou entre os grupos taxonômicos. Anfíbios foram inventariados durante oito noites, aves durante 11 dias, morcegos durante 11 noites e mamíferos durante 25 dias. Nenhuma das curvas de acumulação atingiu a assíntota. A fauna amostrada pode ser considerada característica de áreas da Serra do Espinhaço e do Cerrado em geral. Análises preliminares indicam uma tendência de maior riqueza e abundância nas áreas de menor altitude. Com exceção de grandes mamíferos todos os outros grupos apresentaram riqueza maior na Área 2. Para aves e morcegos, grupos nos quais foi possível a quantificação da abundância de indivíduos, constatou-se uma abundância significativamente maior também na Área 2. Estes resultados, entretanto, devem ser analisados com cautela já que se referem a informações provenientes de uma única coleta e em um número limitado de dias. O aumento do esforço amostral se faz necessário para confirmar estes padrões. Outro fator que também deve ser levado em consideração é a identidade das espécies registradas em cada área. As espécies endêmicas ou mais características da Serra do Espinhaço tendem a apresentar distribuição e atingirem maiores abundâncias em altitudes mais elevadas, geralmente associadas aos campos rupestres da região. Enquanto as espécies registradas em altitudes mais baixas normalmente estão presentes em outras áreas de Cerrado ou até mesmo de outros biomas. Portanto, a priorização de áreas de baixa altitude em função da maior riqueza não é uma medida que garante a conservação da fauna da Serra do Espinhaço como um todo. Apoio: Ministério de Ciência e Tecnologia; ICMBio; Rede ComCerrado; Núcleo BiotrópicosUFVJM; Núcleo DF XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Filipe R. Moura, Mayara P. Viotti & Anete P. Lourenço 181 INVENTÁRIO RÁPIDO DA FAUNA DE ABELHAS (HYMENOPTERA, APOIDEA) COM USO DE PUÇÁ NO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS, MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL O Cerrado brasileiro corresponde a uma savana tropical com alto grau de endemismo de plantas e animais. Corresponde o segundo maior Bioma no país, e no caso da fauna de abelhas é uns dos menos conhecidos e com poucos inventários. Dentro deste bioma se encontra o Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV), unidade de conservação nacional voltada para a preservação da fauna e flora nativa da região. Devido a esse fato o presente trabalho tem como objetivo a realização de um inventário rápido da fauna de abelhas no PNSV, uma área de Cerrado próximo ao município de Diamantina, MG. Para a realização do inventário foi utilizado apenas à metodologia de coleta de abelhas com uso de puçá. Foram feitas seis expedições para a unidade de conservação, sendo dessas cinco para a parte alta do parque (próximo a região de São João da Chapada) e uma para a parte baixa do parque (próximo a Inhaí). Das seis expedições, cinco foram realizadas nos meses de maio, junho, julho, setembro e novembro de 2010, durante o período de seca e chuva e uma no mês de março de 2011, final do período chuvoso. Foram amostrados 10 pontos para a parte alta (mais dois ocasional) e para parte baixa quatro localidades. Na parte de alta altitude foram realizadas quatro coletas na época seca e uma na época chuvosa, já na parte de baixa altitude foi realizada apenas uma coleta em um único dia. No total foram capturados 183 indivíduos com puçá em flores, em voo ou acidentalmente. Destes 156 foram identificados ao menor nível taxonômico possível sendo distribuídas em quatro famílias (Apidae, Halictidae, Colletidae e Megachilidae). A família mais abundante e com maior riqueza foi Apidae, com 107 indivíduos e 25 espécies, seguida de Halictidae com 46 indivíduos e 8 espécies. Colletidae e Megachilidae apresentaram somente um gênero cada, com um e dois indivíduos, respectivamente. Na parte alta foram coletados 113 indivíduos pertencentes às quatro famílias citadas anteriormente, e na parte baixa foram coletados 43 indivíduos, pertencentes à apenas duas famílias, Apidae e Halictidae. Comparando-se as duas áreas, a parte alta, que correspondeu a 12 horas de coleta (9:30 na época seca e 2:30 na época chuvosa), apresentou maior abundância e maior riqueza que a parte baixa, que correspondeu a cinco horas de coleta. Levando-se em consideração o tempo de amostragem e a quantidade de espécies encontradas, é possível concluir que um maior esforço amostral aumentaria significantemente a quantidade de espécies para as áreas estudadas. Apoio: UFVJM, Rede ComCerrado, CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Tatiana F. A. Almeida, Rosalina T. Gomes, Sandra L. Santos, Gustavo E. B. Alvim de Melo, Etel Rocha-Vieira 182 INVESTIGAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO NA INIBIÇÃO DA RESPOSTA PROLIFERATIVA DE LINFÓCITOS TRATADOS COM CIPERMETRINA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA Os piretróides sintéticos, derivados das piretrinas são extensivamente utilizados como inseticidas, tanto na agricultura como no ambiente doméstico. É estimado que 85 a 90% de todos os pesticidas aplicados não atingem o organismo alvo, de maneira que outros organismos, como animais e seres humanos estão expostos a uma variedade de pesticidas, criando um potencial risco à saúde. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar o efeito do estresse oxidativo na inibição da resposta proliferativa de linfócitos por piretróides. Para isto foi realizada a exposição in vitro das células mononucleares do sangue periférico (CMSP) ao piretróide cipermetrina. As CMSP foram obtidas através da doação de aproximadamente 15 mL do sangue de 9 voluntários, com idade média de 36,12 ± 10,24 que não apresentavam nenhuma doença infecciosa, autoimune, crônico degenerativa ou de hipersensibilidade e que não faziam uso de medicamentos com ação antiinflamatória. Para obtenção de CMSP o sangue heparinizado foi centrifugado em Ficoll-hypaque. A proliferação celular foi avaliada pelo decaimento da fluorescência de CFSE (5,6-carboxyfluorescein diacetate succinimidyl Ester), utilizando a citometria de fluxo. As células marcadas com CFSE foram então tratadas com cipermetrina (1g/mL) e ressupensas em meio completo e estimuladas, in vitro, com PHA (5g/mL) por 5 dias, em estufa umidificada, a 37oC, 5%CO2. Não foi observado efeito no índice de proliferação das células estimuladas por PHA pelo tratamento com a cipermetrina (1,29 ± 1,10 versus 1,57 ± 1,53; PHA versus PHA mais cirpemetrina). Os resultados mostraram que a cipermetrina na dose utilizada não teve efeito inibitório sobre a proliferação de CMSP. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Elizangela S. Pereira,Deivid A.Camargos,Janaína T.de Faria,Ana Paula F.C.Vanzela e Fábio C.Coelho 183 ISOLAMENTO DE MICRORGANISMOS DE ESTRUTURAS FLORAIS UTILIZANDO CULTIVO DE ENRIQUECIMENTO EM ALTA CONCENTRAÇÃO DE XILOSE Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA Isolamento de microrganismos têm boa aplicação no desenvolvimento de novos processos biotecnológicos, já que estes podem apresentar características bioquímicas e, ou fisiológicas que os tornarão atrativos. Assim, no presente trabalho foram isolados microrganismos a partir de estruturas florais de plantas encontradas no Campus JK da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, Minas Gerais, Brasil, capazes de suportar alta concentração de D-xilose. As estruturas florais foram inoculadas em frascos Erlenmeyer (50,0 mL) contendo 20,0 mL de caldo YPX (10 g/L de extrato de levedura, 20 g/L de peptona e 200 g/L xilose). Após três dias de incubação em temperatura ambiente e sem agitação, foi realizada diluição seriada (10-1 a 10-5) do caldo de cultivo e 100 microlitros de algumas diluições foram inoculados em ágar Sabouraud (5,0 g/L de peptona de carne, 5,0 g/L de peptona de caseína, 20 g/L de glicose e 15,0 g/L de ágar) utilizando a técnica de espalhamento (“Spread plate”). As placas foram incubadas a temperatura ambiente por aproximadamente 72 h e as colônias isoladas repicadas para novo meio de cultivo. As linhagens isoladas foram codificadas e identificadas como levedura, fungo filamentoso ou bactéria por observação microscópica utilizando coloração simples, sempre avaliando a pureza das colônias. Todos os isolados, puros ou não, foram estocados em YPD/Glicerol (20% v/v) a -20oC. Um total de sete cultivos de enriquecimento foi realizado, com isolamento de 67 microrganismos. Desses, 61 isolados eram culturas puras de leveduras (36 isolados) e de bactérias (25 isolados). Apenas seis isolados de culturas mistas foram obtidos, sendo dois contendo levedura/bactéria e quatro contendo fungo filamentoso/levedura. A coleção será utilizada em estudo de triagem para a produção de etanol e xilitol e, apenas após essa etapa, aqueles microrganismos que se destacarem serão identificados utilizando provas bioquímicas e moleculares. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Camilla S. Paula, William F. da Silva, Keila C. Vieira, Izabela Barata 184 LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE PIRAPITINGA, TRÊS MARIAS – MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL As aves são organismos importantes para o equilíbrio ecológico, já que são intermediárias para a dispersão de sementes, responsáveis pela polinização de plantas, além de serem reguladoras de presas e fonte de alimentação para outros animais. Apesar de sua importância, poucos estudos relativos à riqueza de espécies de aves foram realizados na área de estudo. A Estação Ecológica de Pirapitinga está localizada no Reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias, nos municípios de Morada Nova de Minas e Três Marias, MG. Este estudo teve como objetivo realizar um levantamento de espécies de aves que ocorrem na unidade. O levantamento de espécies foi baseado na metodologia de um Programa de Avaliação Rápida, que é um método rápido para reunir dados que estabeleçam prioridades de conservação. Para a coleta de dados foram selecionadas três fisionomias diferentes, Cerrado, Cerradão e Margem da represa, que eram percorridas duas vezes ao dia, ao amanhecer (05:00h-09:00h) e ao entardecer (15:00h18:00h). Para registro da espécie, horário e área, foram utilizados os métodos de censo acústico e visual, onde os indivíduos eram identificados pelo o som e através de binóculos e, em seguida, comparados ao guia de identificação de aves. O trabalho foi realizado durante dois dias (20-21/11/10), totalizando um esforço amostral de 14 horas, sendo que foram observadas nas áreas amostrais 32 espécies e 08 espécies fora das áreas (ao acaso). Entretanto, os sítios que apresentaram maior representatividade relacionada à riqueza de espécies foram a Margem da represa e o Cerrado, representado respectivamente 58,3% e 37,5%. Os relatos adquiridos demonstram que algumas espécies observadas encontram-se em estado vulnerável (Dryocopus galeatus) e ausentes em áreas de ocorrência naturais (Platelea ajaja). Portanto, esses resultados apontam a importância da preservação da unidade para a diversidade local de aves, uma vez que a Estação Ecológica de Pirapitinga parece conter uma enorme riqueza da fauna que existia nessa região, antes do represamento. O trabalho com avifauna é muito simples, que resulta em dados ricos em curto prazo. Todavia, seria necessário um esforço amostral maior para que obter dados mais robustos sobre a riqueza de espécies da unidade, demonstrando a necessidade de execução de novos trabalhos. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Mayara A. Viotti, Filipe R. Moura, Anete P. Lourenço 185 LEVANTAMENTO DE EUGLOSSINA NO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / ECOLOGIA A subtribo Euglossina possui uma distribuição tipicamente Neotropical e está dividida em 5 gêneros, Euglossa, Eufriesea, Eulaema, Exaerete e Aglae. Uma característica marcante destas abelhas é o fato de seus machos coletarem substâncias aromáticas, o que facilita as amostragens destas abelhas. No entanto, poucos levantamentos foram feitos, e o conhecimento destas abelhas no Cerrado ainda é escasso. O presente trabalho tem como objetivo verificar a diversidade de Euglossina no Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV), bem como testar possíveis diferenças na composição e/ou abundância de espécies em sítios com diferentes altitudes, e em épocas diferentes do ano. As coletas foram realizadas no ano de 2010 em 5 expedições, e em 2011, com apenas uma expedição, incluindo áreas de alta altitude e baixa altitude, em épocas de seca e chuvosa. Foram selecionados 10 pontos na parte de alta altitude e 4 pontos na parte de baixa altitude. Na parte de alta altitude as coletas foram feitas em maio, junho, setembro e novembro de 2010 e março de 2011; e na parte baixa em julho de 2010. Para captura foram utilizadas armadilhas com substâncias aromáticas (Eugenol, Eucaliptol, Cineol, β Ionona, Cinamato de Metila, Vanilina, Salicilato de Metila e Acetato de Benzila) que foram armadas a 1,60m do solo e distanciadas de 2,00-5,00m. As abelhas capturadas foram armazenadas em freezer até serem triadas em microscópio estereoscópico para identificação no menor nível taxonômico possível e, depositadas na coleção de Abelhas da UFVJM. Até o presente momento foi coletado um total de 308 machos identificados em 10 espécies, agrupadas em 2 gêneros (Euglossa e Eulaema). Na parte de alta altitude foi coletado um total de 249 indivíduos pertencentes a Eg. leucotricha, Eg. melanotricha, Eg. cordata, Eg. stellfeldi, Eg. securigera, Eg. truncata, Euglossa sp. 1, Euglossa sp. 2 e El. nigrita. As espécies mais abundantes foram Eg. leucotricha, seguida de Eg. melanotricha. Na parte de baixa altitude foram coletados um total de 59 indivíduos pertencentes a Eg. leucotricha, Eg. melanotricha, Eg. cordata, Eg. imperialis, Eg. securigera, Eg. sp. 1 e El. nigrita. A espécie mais abundante foi Eg. melanotricha, seguida de Eg. securigera. Comparando-se as partes de alta e baixa altitude, nesta última não se coletou Eg. stellfeldi e Eg. sp. 3, mas somente em baixa altitude que se observou Eg. imperialis. Das 7 iscas utilizadas, tanto na parte alta quanto da baixa, as essências Eugenol e Cineol foram as que mais coletaram machos de Euglossina. Este é o primeiro levantamento de Euglossina no PNSV, e, apesar de rápido, mostrou uma expressiva riqueza para a área, contribuindo para o conhecimento deste grupo no Cerrado. Apoio: FAPEMIG, CNPq, Rede ComCerrado XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 THIAGO Q. ARAÚJO & ANDRÉ R. S. GARRAFFONI 186 LEVANTAMENTO DE GASTROTRICHA EM TRÊS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL Gastrotricha são microinvertebrados aquáticos (de até 1 µm), encontrados tanto em água doce quanto em ambiente marinho, que vivem entre os grãos de sedimento e também encontrados sobre a superfície de plantas aquáticas. O conhecimento de Gastrotricha de água doce no Brasil é bastante subestimado tanto qualitativa quanto quantitativamente. Assim, o presente estudo relatou os achados de dois anos de coletas (2009-2010) do levantamento de Gastrotricha de água doce realizado no estado de Minas Gerais em três grandes bacias do Estado: São Francisco, Jequitinhonha e Doce. As coletas foram feitas em pontos aleatórios, utilizando-se um amostrador do tipo “corer”, que foi enterrado no sedimento a aproximadamente 5 cm de profundidade. Os animais foram, então, triados vivos, sob microscópio esteroscópio, em no máximo sete dias. No período amostral foram entrados um total de 575 espécimes. Na Bacia do Jequitinhonha foram encontrados 407 animais, na do São Francisco 98 e na do Doce 70 indivíduos. Do total coletado, apenas 172 foram identificados até o nível específicos e incluídos neste trabalho, sendo que 9 espécies pertenciam a 5 gêneros, 1 família e 1 a ordem Chaetonotida: Aspidiophorus pleustonicus, Ichthydium cf. chaetiferum, Chaetonotus acanthocephalus, C. heideri, C. sp.1, C.sp2, C. cf. succinctus, Polymerurus sp..Também foi encontrado um Gen. nov. e sp. nov., que possui características ainda não vistas na literatura em um só animal, entretanto esses indivíduos reúnem características de diversos indivíduos em um só corpo, um coquetel de caracteres. Por outro lado, temos uma espécie do gênero Redudasys, da ordem Macrodasyida, considerado como um táxon insertae sedis. Com relação a distribuição geográfica, apenas a bacia do Jequitinhonha apresentou três espécies endêmicas, mas esse fato se deve a extensiva coleta nessa bacia em detrimento das demais. Estas observações sugerem que o conhecimento da biodiversidade deste grupo no estado de Minas Gerais, bem como em todo Brasil, estão aumentando, mas é notório que o conhecimento deste grupo ainda é bastante baixo. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Bruna Guerra Silva, Cristielle de Jesus Costa & Fabiane Nepomuceno Costa 187 LEVANTAMENTO DO GÊNERO LEIOTHRIX (ERIOCAULACEAE) NO PLANALTO DE DIAMANTINA, MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL A família Eriocaulaceae possui aproximadamente 1200 espécies, distribuídas em 10 gêneros nas regiões tropicais e subtropicais, sendo estes: Actinocephalus, Comanthera, Eriocaulon, Lachnocaulon, Leiothrix, Mesanthemum, Paepalanthus, Rondonanthus, Syngonanthus e Tonina A maioria destes gêneros ocorre na Cadeia do Espinhaço e seus representantes são facilmente reconhecidos pela presença de inflorescência em forma de capítulo. O gênero Leiothrix possui 49 espécies restritas à América do Sul, com centro de diversidade situado em Minas Gerais, com 38 espécies, sendo a maioria endêmica de pequenas áreas ao longo da Cadeia do Espinhaço. Esta formação de montanhas se estende ao norte pelo município de Juazeiro, no estado da Bahia, e ao sul pelo município de Ouro Branco, em Minas Gerais. O presente trabalho teve como objetivo efetuar o levantamento das espécies de Leiothrix que ocorrem no Planalto de Diamantina, assim como obter dados sobre morfologia, riqueza e área de ocorrência das mesmas. O Planalto de Diamantina situa-se na porção central da Cadeia do Espinhaço no estado de Minas Gerais. As expedições de campo para coleta de material botânico ocorreram entre agosto de 2009 e abril de 2011. Todo o material coletado foi georreferenciado e recebeu tratamento tradicional empregado em trabalhos de florística: prensagem, secagem em estufa e montagem das exsicatas. Todos os espécimens foram identificados até o nível específico. As espécies de Leiothrix podem ser reconhecidas pela presença de estiletes e estaminódios unidos liberando-se em alturas diferentes, estigma inteiro e pelos lisos e agudos. Na área de estudo foi registrada a ocorrência de 12 espécies, entre elas, Leiothrix echinocephala que é uma espécie muito característica no gênero, pelo pequeno porte e por formar agregados densos em solos arenosos onde habita. Algumas espécies como Leiothrix crassifolia e L. vivipara são amplamente distribuídas na área de estudo, porém ambas foram coletadas apenas uma vez. Esse baixo número de coletas pode ser devido ao fato dessas espécies habitarem frestas de rochas, além de terem o tamanho bastante reduzido, o que dificulta a coleta e a identificação, respectivamente. Após o intenso trabalho de campo, percebe-se que algumas áreas ainda necessitam serem melhor amostradas, assim como algumas espécies, ainda mais por tratar-se de um grupo bastante representativo na região e por ser o primeiro levantamento deste táxon no Planalto de Diamantina. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Vanessa C. T. Silva, Larissa B. Costa, Matheus M. T. Cota, Stephanie C. Reis, Carlos V. Mendonça-Filho, Flavia C. Vieira, Vanda B. R. Toth 188 LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS NATIVAS NO ENTORNO DO PARQUE ESTADUAL DO BIRIBIRI/MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL Por milhares de anos, as pessoas recorreram às plantas para tratar doenças e amenizar dores e incômodos. As ervas, árvores e arbustos empregados pelos povos antigos continuaram a ser valorizados ao longo dos tempos. O conhecimento popular, adquirido durante centenas de anos, e transmitido às gerações futuras por meio de relatos escritos e orais, tem beneficiado o homem, possibilitando a descoberta de novos medicamentos utilizados atualmente no tratamento de diversas enfermidades. No Brasil e no mundo, diversos estudos etnobotânicos vêm sendo desenvolvidos, buscando conhecer plantas que apresentem efetivamente atividades terapêuticas e conseqüentemente possibilitem a descoberta de novos fármacos. O presente projeto tem como proposta coletar e identificar as plantas medicinais de ocorrência no entorno e interior do Parque Estadual do Biribiri (PEBI/MG) utilizadas pela população local. Foram realizadas até o momento entrevistas em duas das cinco comunidades que fazem parte do entorno do PEBI/MG. Para tanto foi aplicado um questionário semi-estruturado. As coletas das amostras estão sendo realizadas em toda a extensão do PEBI/MG e em seu entorno. Já foram coletadas 53 plantas, sendo identificadas 22 famílias. Asteraceae e Fabaceae são as famílias com maior representatividade, com cinco morfo-espécie cada. Em seguida, Rubiaceae com 4 morfo–espécies; Solanaceae e Bignoniaceae com 3 morfo-espécies cada. Foram entrevistadas até o momento 74 pessoas, onde 96,94% utilizam as plantas medicinais para tratamento de doenças e que 47,90% receberam informações acerca dessas plantas pelos seus avós. Também observou-se que há uma predominância de mulheres (77,74%) com conhecimento sobre essas plantas. Cinco plantas foram indicadas como depurativo do sangue; três como antioxidantes; três anti-inflamatórias; duas para anemia. Já as plantas com maior freqüência de citação foram hortelã com 19, poejo com 18, algodão com 16, boldo com 14, trançagem com 13. Considerando os dados levantados até o momento, verificamos que apesar dos entrevistados residirem no entorno de uma Unidade de Conservação, a maioria das plantas utilizadas não são encontradas no PEBI/MG, o que demonstra que existe por parte dos moradores uma conscientização sobre a importância da conservação dos recursos naturais. Tendo em vista que a biodiversidade local é muito grande, faz-se necessário dar continuidade aos estudos etnobotânicos e o levantamento das plantas medicinais dessa região. Apoio: FAPEMIG, UFVJM, IEF/MG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Carlos A. Bispo¹; André R. S. Garraffoni¹ 189 LEVANTAMENTO FAUNISTICO DE INSETOS AQUÁTICOS NO PARQUE ESTADUAL DO BIRIBIRI, DIAMANTINA-MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MORFOLOGIA Insetos aquáticos são aqueles organismos que vivem pelo menos um estágio do ciclo de vida em ambiente aquático, podendo estar presente somente em sua fase juvenil, uma vez que os adultos são alados. Estas comunidades vêm sendo comumente usados como bioindicadores de qualidade de água por apresentarem várias características interessantes para esse fim. O presente trabalho teve como objetivos verificar a diversidade das populações dos diferentes grupos de insetos aquáticos no Córrego Sentinela existente no Parque Estadual do Biribiri. As coletas do material biológicos foram realizadas mensalmente na cachoeira da Sentinela (18°11’0.96”S-43°37’5.56”O) que desce pelo córrego homônimo em perfil de alto declive, no período de novembro de 2010 a março de 2011. Os Insetos aquáticos foram coletados utilizando o método de rede de varredura. Este tipo de rede é usado na captura de espécimes associados à vegetação e ao sedimento do fundo. O sedimento coletado pela rede era colocado em sacos plásticos e levado para o laboratório onde a triagem dos insetos aquáticos eram feitos sob microscópio esteroscópio. A comunidade de insetos aquáticos foi representada por 19 famílias, 7 ordens (Hemíptera, Tricoptera, Odonata, Coleopratera, Megaloptrera e Ephemeroptera) com um total de 270 indivíduos coletados. Hemíptera foi a ordem mais rica e abundante com 176 espécimes em 3 famílias (Naucoridae¹, Naucoridae² e Notonectidae). Nesta área nunca havia sido feito qualquer levantamento de faunísticos de insetos aquáticos, porém apresentou expressiva riqueza de famílias quando comparada a outros estudos, reforçando assim a importância de novos levantamentos. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ana Carolina R. da Cruz & Fabiane N. Costa 190 LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DE ERICACEAE NO PLANALTO DE DIAMANTINA, MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL A família Ericaceae pertence ao grupo das Asterídeas e à ordem Ericales. Ericaceae possui distribuição cosmopolita, incluindo cerca de 130 gêneros e 3000 espécies. No Brasil ocorrem 12 gêneros e cerca de 100 espécies, sendo bastante comum em áreas de campos rupestres. O presente trabalho teve por objetivos efetuar o levantamento das espécies de Ericaceae do Planalto de Diamantina, apresentando chaves de identificação, descrições das espécies, comentários sobre a morfologia, distribuição geográfica e dados gerais para as espécies levantadas. O Planalto de Diamantina situa-se na porção central da Cadeia do Espinhaço, no estado de Minas Gerais. A vegetação varia de acordo com as fisiografias locais, podendo ocorrer matas ciliares, capões de mata, campo cerrado e principalmente, os campos rupestres. A área de estudo inclui os municípios: Couto de Magalhães de Minas, Datas, Diamantina, Gouveia, Presidente Kubitschek, São Gonçalo do Rio Preto e Serro. Apesar da área de estudo ser considerada como de importância biológica especial, com um número elevado de endemismos da flora, pouco se conhece sobre a composição florística da região, e em particular, de Ericaceae. Foram feitas expedições para coleta de material botânico de março de 2009 a março de 2011. Todo o material coletado recebeu tratamento tradicional empregado em trabalhos de florística. As exsicatas foram depositadas no herbário da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e analisadas posteriormente, assim como todo o material de Ericaceae já depositado nesta coleção. Os espécimes foram identificados até o nível específico, com o auxílio de literatura especializada e de especialistas. Foram registradas 11 espécies distribuídas nos gêneros Agarista e Gaylussacia. As espécies mais comuns na área são Gaylussacia virgata, G. reticulata, G. salicifolia e Agarista coriifolia, entre as mais raras estão Agarista glaberrima, G. oleifolia e G. riedelli, com apenas um registro de ocorrência cada. A Cadeia do Espinhaço está entre as quatro áreas, ou “hot spots”, com concentração excepcional de espécies endêmicas que estão sofrendo com a perda de hábitats. Estima-se que a flora de toda a Cadeia tenha provavelmente mais de 4000 espécies. É devido à alta diversidade botânica nos campos rupestres da região do Planalto Diamantina e aos endemismos que se tornam imprescindíveis estudos taxonômicos e morfológicos em famílias importantes nesta fitofisionomia, como Ericaceae, incluindo a realização de coletas em áreas ainda pouco amostradas, visando contribuir para o conhecimento da flora dos campos rupestres. Apoio: UFVJM e FAPEMIG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Rita M. Maciel, Paulo R. Silva, Pollyana F. Rocha, Janaína T. de Faria, Ana Paula F. C. Vanzela, Fábio C. Sampaio 191 LISE CELULAR DE KLUYVEROMYCES LACTIS E TERMOESTABILIDADE DA BETAGALACTOSIDASE NO EXTRATO ENZIMÁTICO BRUTO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA LISE CELULAR DE KLUYVEROMYCES LACTIS E TERMOESTABILIDADE DA BETA-GALACTOSIDASE NO EXTRATO ENZIMÁTICO BRUTO Rita M. Maciel, Paulo R. Silva, Pollyana F. Rocha, Janaína T. de Faria, Ana Paula F. C. Vanzela, Fábio C. Sampaio E-mail: [email protected] Área: Ciências biológicas e biotecnologia – Microbiologia A beta-galactosidase (beta-gal) de Kluyveromyces lactis é encontrada no citoplasma celular, sendo requerida lise para obtenção do extrato enzimático bruto (EEB). Essa enzima deve manter-se estável em diferentes temperaturas (T) para os processos de purificação e produção de prebióticos. No presente trabalho foi avaliado o rompimento celular utilizando pérolas de vidro (400-600 nm de diâmetro) em agitador de tubos, bem como a estabilidade enzimática em temperaturas (T igual a 40-60oC) de produção de galacto-oligossacarídeos (GOSs) e de armazenamento (T igual a -20 e a 2-4oC, utilizando EEB obtido em água (EEBw) e, ou tampão fosfato 0,1 M, pH 7,0 (EEBb). A levedura foi inoculada em Erlenmeyers-500 mL contendo 100,0 mL de soro de queijo reconstituído. Após incubação a 30oC e150 rpm por 18-20 h, as células foram separadas a 2000 rpm por 5 minutos e lavadas com tampão fosfato 0,1 M, pH 7,0 ou água estéril e o pellet final suspendido em água ou tampão. Para obtenção do EBB, 2,62 mg de biomassa celular seca em suspensão foi misturada a 1,0 g de pérolas de vidro estéreis em tubos Falcon (Peso final da mistura de 3,0 g) que foram submetidos a seis ciclos de 1 minuto de agitação em agitador tipo vortex e 1 minuto de refrigeração em banho de gelo. O EBB, separado após centrifugação (2000 rpm, 15 minutos), foi incubado em diferentes temperaturas e a atividade beta-gal inicial considerada 100%. Após incubação a 40oC foi observada redução de aproximadamente 20% na atividade enzimática no EBBb. Já a 50 e 60oC, após 420 minutos, mais de 98% da atividade foi perdida. A 60oC, após 15 minutos, aproximadamente 50% da atividade enzimática foi perdida e a partir de 30 minutos não foi observada atividade. A enzima no EEBb e EEBw manteve atividade durante 1440 minutos à temperatura de 2-4oC. Já por até 288 horas e a 20oC, foi notificada perda da atividade no EEBw e manutenção da atividade no EEBb. A betagal no EEBb perde sua ação com o tempo nas temperaturas que beneficiam a produção de GOSs (50 e 60oC). A estabilidade da enzima em água e em diferente temperaturas é benéfica para a montagem de sistema aquoso bifásico (SAB), uma vez que não altera o equilíbrio das fases e permite a obtenção/armazenamento da enzima antes da separação no SABs. Apoio: FAPEMIG. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 192 MICRORGANISMOS INDICADORES DE QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA EM SALADAS COMERCIALIZADAS EM RESTAURANTES DE UMA CIDADE DO ALTO JEQUITINHONHA, MG Julia S. Pinheiro, Héllen G. Almeida, Samara N. C. Trindade, Paulo S. Costa Sobrinho Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA Uma alimentação saudável corresponde ao consumo de alimentos diversificados tanto em qualidade quanto em quantidade, sendo que este deve ser disponível e promover satisfação, além de ser livre de perigos. As saladas, devido à manipulação, são alimentos que apresentam alto risco de contaminação microbiológica. A falta de higiene nas unidades de produção representa um risco para os consumidores. Dentre os inúmeros fatores que contribuem para a ocorrência das doenças transmitidas pelos alimentos, destacam-se: a origem das matériasprimas, processamento e manipulação inadequados, tempo e temperatura de cocção insuficiente, armazenamento, instalações, utensílios e principalmente os manipuladores. O objetivo do trabalho foi avaliar a contagem de microrganismos indicadores da qualidade higiênico-sanitária das saladas comercializadas na cidade de Diamantina. Foram coletadas 105 amostras de saladas em vinte e dois restaurantes. Para a contagem de microrganismos mesófilos aeróbios e psicotróficos utilizou-se o Agar Padrão para Contagem-PCA (HiMedia) e inoculados nas placas pelos métodos pour plate e semeadura em superfície, respectivamente. As populações de coliformes totais e Escherichia coli foram determinada utilizando-se Petrifilm EC da 3M (AOAC 991.14). Das 105 amostras analisadas, coliformes totais foram detectados em 95,52% das amostras, com população entre 4,4 ± 1,4 log(UFC/g) de salada. Escherichia coli foi detectada em 26 (24,76%) amostras, com população acima do limite da legislação vigente, que é de 100 UFC/g de salada, em todas as 26 amostras. Apesar de não existirem parâmetros para contagem de mesófilos e psicotróficos, resultados acima de 1x106 UFC/g de salada, indicam deficiência no processo de higienização ou nas condições de armazenamento após a higienização. Entre as amostras analisadas para mesófilos, 71 (67,62%) apresentaram contagens acima deste limite. Em relação aos psicotróficos foi constatado contagens acima de 1x106 UFC/g em 44 (42,3%) das amostras. Os resultados sugerem que as práticas de higiene e o treinamento dos funcionários nos restaurantes pesquisados são insatisfatórios para garantir a segurança das saladas cruas. Há necessidade da implantação de procedimentos operacionais adequados que garantam refeições inócuas para o consumidor. Apoio: CNPq, Fapemig XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 José Paulo L. Guadanucci & Willian F. Silva 193 NOVAS ESPÉCIES DE ARANHAS DO GÊNERO TMESIPHANTES (MYGALOMORPHAE, THERAPHOSIDAE) DA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL As aranhas migalomorfas são aquelas conhecidas popularmente como caranguejeiras, animais cerdosos e de grandes proporções. O gênero Tmesiphantes, descrito em 1892 por Simon, (Família Theraphosidae) é representado por aranhas de pequeno porte (aproximadamente 15 mm de comprimento) de coloração marrom. São reconhecidas pelo lábio com poucas cúspides, pelo fêmur III levemente engrossado e pelo aspecto do bulbo copulador (genitália masculina). Um recente estudo de revisão taxonômica reconheceu quatro espécies válidas, todas com registros para o sul do estado da Bahia (T. nubilus, T. amadoi, T. caymii e T. bethaniae). Nessa revisão, os autores reforçam o parentesco de Tmesiphantes com o gênero Melloleitaoina, com apenas uma espécie descrita (M. crassifemur) para a cidade de Salta, centro-norte da Argentina. Representantes de ambos os gêneros apresentam o fêmur III engrossado, sendo essa característica mais evidente em M. crassifemur. Durante um trabalho, ainda em andamento, de inventário de aranhas Mygalomorphae da Serra do Espinhaço Meridional, foram coletados diversos exemplares do gênero Tmesiphantes em uma mata ciliar do Parque Estadual do Rio Preto, município de São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais. A comparação dos exemplares coletados com o material tipo, depositados no Instituto Butantan e Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, revelou três espécies novas que são descritas no presente trabalho. Essas novas espécies diferem daquelas válidas pelo formato do bulbo copulador e apófise tibial (caracteres sexuais masculinos). O registro de espécies do gênero Tmesiphantes para o estado de Minas Gerais é inédito, e amplia a área de distribuição geográfica para além dos limites do bioma Mata Atlântica do sul da Bahia, fato que revela o desconhecimento acerca da fauna da Serra do Espinhaço Meridional. Além disso, essas três espécies apresentam o fêmur III mais engrossado quando comparado com as espécies descritas do gênero Tmesiphantes. Essas novas espécies, com novos caracteres, mostram a necessidade de uma análise filogenética que inclua todas as espécies de Tmesiphantes e Melloleitaoina, para o conhecimento da diversidade e distribuição geográfica dessas aranhas. As coleções consultadas também abrigam outras espécies do gênero Melloleitaoina diferentes de M. crassifemur, provavelmente representantes de espécies desconhecidas da ciência. Análises filogenética e biogeográfica fazem parte dos objetivos desse estudo que revelarão a relação entre as espécies e importância biogeográfica da Serra do Espinhaço. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Héllen G. Almeida, Julia S. Pinheiro, Samara N. C. Trindade, Paulo S. Costa Sobrinho 194 OCORRÊNCIA DE BACTÉRIAS PATOGÊNICAS EM SALADAS COMERCIALIZADAS EM RESTAURANTES DE UMA CIDADE DO ALTO JEQUITINHONHA, MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA A alimentação é primordial para a promoção e proteção da saúde, devendo satisfazer as necessidades nutricionais do ser humano, possibilitando o pleno crescimento e desenvolvimento. Mudanças no estilo de vida da população têm levado as pessoas a consumir alimentos preparados fora de seus domicílios. As saladas, devido à manipulação, são alimentos que apresentam alto risco de contaminação microbiológica, que pode ocorrer desde o plantio das verduras e legumes até a distribuição do alimento pronto em restaurantes. Nos últimos anos, um número crescente de surtos de doenças transmitidas por alimentos têm sido associados ao consumo de vegetais frescos. Têm sido relatados surtos de doença associados ao consumo de alface contaminada com bactérias patogênicas, como Listeria monocytogenes, Salmonella e Escherichia coli O157. Diante desse quadro, o trabalho teve como objetivo avaliar a ocorrência de Salmonella sp., Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus em saladas servidas em restaurantes de uma cidade do Alto Jequitinhonha, Minas Gerais. Foram analisadas 105 amostras de saladas de 22 restaurantes da cidade. Para a determinação de Staphylococcus aureus utilizou-se o Petrifilm STX (AOAC 2003.11). A detecção de Listeria monocytogenes (LM) foi realizada pelo protocolo ISO 11290-1, com identificação por meio do Agar cromogênio CromoCen Listeria - Base ALOA, seguida de confirmação utilizando o API listeria (bioMérieux S.A.) e teste de motilidade. Para determinação de Salmonella, foram adicionados 225ml de água peptonada a 25g de salada e incubadas 35ºC/24h, em seguida alíquotas de 1 ml foram transferidas para tubos contendo 9 ml de caldo Selenito Cistina (Acumedia), e incubados a 35ºC/24h. Posteriormente alíquotas de 1 ml foram repassadas para tubos contendo Caldo M e incubados a 35ºC/24h. A detecção da presença de Salmonella foi realizada a partir do caldo M utilizando o kit TECRA da 3M (AOAC OMA 998.09). Das 105 amostras analisadas, 87 (82,8%) apresentaram contaminação por S. aureus, e 39 (37,14 %) amostras apresentaram contagens acima de 10³ UFC/g de salada. O nível elevado de contaminação por Staphylococcus coagulase positiva, pode ser indicativo de manipulação excessiva e inadequada, além de manutenção do produto em temperaturas não recomendadas por um longo período de tempo. Não foi detectada presença de Samonella em nenhuma das 75 amostras analisadas. Porém, a presença de Listeria monocytogenes foi detectada em 11 (10,48%) das 105 amostras analisadas. Os resultados sugerem que as práticas de higiene e o treinamento dos funcionários nos restaurantes pesquisados são insatisfatórios para garantir a segurança das saladas oferecidas nesses estabelecimentos. Há necessidade da implantação de procedimentos operacionais adequados que garantam refeições inócuas para o consumidor. Apoio: CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 João Gabriel G. Luz, Gustavo Henrique B. de Oliveira, Herton Helder R. Pires, Samira D. Rezende, Helen R. Martins 195 OTIMIZAÇÃO DAS ANÁLISES DE ISOENZIMAS E RAPD PARA AVALIAÇÃO DA DIVERSIDADE GENÉTICA INTRA-ESPECÍFICA DO TRYPANOSOMA CRUZI Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / PARASITOLOGIA O Trypanossoma cruzi é amplamente disperso no continente americano e apresenta uma grande variabilidade intra-específica tanto ao nível biológico quanto genético. Muitos esforços têm se concentrado na investigação da correlação entre a variabilidade genética do parasito e suas características biológicas, epidemiológicas e clínicas fundamentais. Atualmente, através de marcadores moleculares, seis grupos genéticos são bem definidos no interior dessa espécie (TcI a TcVI). Entretanto, ainda não existe um consenso em relação a metodologia adequada para caracterizar com segurança seus diferentes grupos genéticos, principalmente, em decorrência da existência das cepas híbridas. As isoenzimas e o RAPD têm se mostrado promissores, tanto em agrupar os seis grupos quanto em demonstrar a variabilidade genética no interior destes. Entretanto, estas técnicas ainda são difíceis de ser realizadas, onerosas e de difícil reprodutibilidade. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é aperfeiçoar o sistema de caracterização por isoenzimas e RAPD a fim de obter melhor reprodutibilidade, menor custo e tempo de execução na identificação dos seis grupos genéticos do Trypanosoma cruzi. Para a análise das isoenzimas, o sedimento de parasitas obtido em cultura dos clones de referência foi submetido à extração enzimática. Em seguida foi empregada eletroforese em sistema horizontal utilizando membranas de acetato-celulose, onde foram testados 15 sistemas enzimáticos. Inicialmente foram empregadas as condições padrões seguidos por testes de protocolos alternativos objetivando a melhor separação das frações enzimáticas e gastos de reagentes. Apenas sete enzimas (GPI, G6PD, PGM, IDH, GDH, HK e ME) apresentaram atividade satisfatória. Foram testados três protocolos alternativos para revelação da ALAT e TGO, mas não houve resultados favoráveis. Em relação à concentração do extrato enzimático, apenas as enzimas GPI e G6PD mostraram atividade em diluições de até 1:16, as demais não apresentam bom funcionamento com o extrato diluído, requerendo assim depósitos concentrados. Ainda está em avaliação, com a enzima GPI, a estabilidade do extrato enzimático diante do armazenamento em temperaturas variáveis (-70ºC, -20ºC e 4-8ºC) por diferentes períodos de tempo. Os tampões de embebeção da placa de acetato celulose se mostraram reaproveitáveis para várias corridas. Já os tampões de migração para a eletroforese mostraram-se efetivos para que fossem reaproveitados em até duas corridas. A análise por RAPD está em fase inicial, tendo ocorrido apenas a extração e a dosagem de DNA do sedimento celular restante da obtenção do extrato enzimático. Posteriormente serão testados dez iniciadores. A padronização destas metodologias se torna importante para acessar a diversidade genética do T. cruzi em uma determinada região. Posteriormente, tais resultados serão empregados no estudo da variabilidade molecular em amostras oriundas de áreas endêmicas no Vale do Jequitinhonha. Apoio: CNPq, UFOP e UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Fabrício C. Alcântara, Thiago Q. Araujo, Marcela E.Gomes, André R. S. Garraffoni. 196 PRIMEIRO REGISTRO DO GÊNERO POLYMERURUS REMANE, 1927 (GASTROTRICHA) NO ESTADO DE MINAS GERAIS E DESCRIÇÃO DE UM NOVO MORFOTIPO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOLOGIA GERAL Os Gastrotrichas (do grego gaster, estômago; trichos, pelo) são microinvertebrados caracterizados pelo o estilo de vida livre. Seus corpos possuem entre 100µm e 1 mm. O táxon possui aproximadamente 750 espécies divididas em duas ordens: 1- Macrodasyida com 280 espécies sendo a maioria marinha com exceção de duas espécies de água doce (Marinellina flagellta Ruttner-Kolisko, 1955 e Redudasys fornerise Kisielewski, 1987), contidas em 8 famílias e 32 gêneros; 2- Chaetonotida com cerca de 470 espécies possuindo representantes em ambientes de água doce e marinhas agrupados em duas subordens Multitubulatina e Paucitubulatina. Esta última subordem contêm 6 famílias e 20 gêneros, sendo que a maior família dessa subordem é a Chaetonotidae com 13 gêneros e mais da metade de espécies de gastrotricas já descritas. Um desses 13 gêneros é o táxon Polymerurus, que possui distribuição cosmopolita com 19 espécies descritas e inclui as maiores espécies descritas dentro da família Chaetonotidae medindo de 260-770µm de comprimento. No Brasil foram descritas quatro espécies deste gênero P. corumbensis, P. nodicaudus, P. rhomboides e P. squamofurcatus matogrossensis. A principal característica taxonômica do gênero é a presença de segmentos da furca. O presente trabalho teve como objetivo reportar o primeiro registro deste gênero no estado de Minas Gerais e a descrição de um novo morfotipo. As amostras qualitativas foram coletadas utilizando um amostrado do tipo ‘‘corer’’ de 3 cm de diâmetro e 5 cm de comprimento. A triagem foi realizada com os animais ainda vivos, utilizando uma lupa Olympus sz40. Os animais foram fixados em lâminas em uma solução de formaldeído a 4% e as lamínulas seladas com esmalte de unha. Foram coletados um total de 8 espécimes, 6 no Parque Estadual do Rio Preto, 1 no Parque Nacional das Sempre Vivas e 1 no Parque Estadual do Biribiri. Os indivíduos de Polymerurus coletados se diferem das espécies anteriormente descritos no Brasil em diversos aspectos, entre eles o número de segmentos da furca, já que os indivíduos coletados apresentaram de 19 a 23 segmentos, P. nodicaudus possui entre 23 a 26, P. squarmofurcatus matrogrossensis 11 e P. corumbensis 37 a 43. Por outro lado, O número de segmentos na furca é parecido com o visto em P. rhomboides que possui de 18 a 23, porém no P.rhomboides as escamas espinhadas na base da furca estão ausentes, diferentemente do que foi observado nos espécimes coletados de Polymerurus. Outras diferenças observadas entre os espécimes coletados em Minas Gerais, com as demais espécies brasileiras foram o tamanho do corpo, presença de campo ventral liso e formato das escamas. Apoio: UFVJM,FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Amanda G. de Carvalho, Barbhara M. Marinho, Ana Paula F. C. Vanzela. 197 PRODUÇÃO DE LIPASES POR NOVAS LINHAGENS DE FUNGOS FILAMENTOSOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / BIOTECNOLOGIA Dentre as muitas enzimas de aplicação industrial e terapêutica, as lipases (EC 3.1.1.3) destacam-se pela diversidade dos seus substratos e reações, sendo capazes de atuar numa interface óleo/água. As variadas atividades de hidrólise e síntese possibilitam sua aplicação na produção de monoglicerídeos, ácidos graxos e biocombustíveis no desenvolvimento do flavor da manteiga e queijos, no processamento de couro, lã e na resolução de misturas racêmicas. Considerando que os fungos filamentosos são uma excelente fonte destas enzimas, esse trabalho teve como objetivo avaliar a produção de lipases por linhagens fúngicas previamente isoladas e selecionadas em um teste de triagem. Conídios de cada linhagem (AMA2.6, AMB1.3, Aspergillus niger ABA1, Penicillium sp. T9.1) foram inoculados em meio contendo azeite de oliva como substrato e as fermentações foram conduzidas por processo submerso a 30oC, em duplicata. A atividade lipolítica, o crescimento e o pH no filtrado foram determinados até 72h. Uma unidade enzimática foi definida como a quantidade de enzima capaz de liberar 1µmol de ácido graxo/mL x min a 37oC em pH 6,0. A atividade produzida pela linhagem A. niger ABA1 foi detectada após 48h (1,99 U/mL x min) e aumentou após 72h de cultivo (2,99 U/mL x min). Observou-se uma queda gradual no pH após 24-72 h (6,13 – 2,92) provavelmente devido ao aumento da concentração de ácidos graxos livres no filtrado. O crescimento de A. niger ABA1 aumentou de 7,6 para 25,3 mg no período estudado. Aumentos da atividade enzimática também foram observados nas culturas de AMA2.6 e AMB1.3. O crescimento da linhagem AMA2.6 aumentou em função do tempo (0,3–19,8 mg), enquanto que o pH diminuiu (6,05– 3,71). A linhagem AMB1.3 apresentou um crescimento reduzido em todo o período estudado (~3mg) o que indica maior exigência nutricional ou lentidão no crescimento; apesar disso observou-se que os ácidos graxos liberados no filtrado foram absorvidos, pois o pH permaneceu próximo à neutralidade. Já a linhagem Penicillium sp. T9.1 produziu uma atividade de 3,33 U/mL x min após 24 e 48h, tendo sido observada pequena diminuição após 60h (3,0 U/mL x min) e 72h (2,99 U/mL x min). O pH desta cultura permaneceu entre 6,4 – 6,64 durante todo o período analisado e o crescimento observado ficou entre 11mg (24h) e 8,8mg (72h). Os resultados permitem concluir que as linhagens ABA1 e T9.1 mostraram-se promissoras para a produção de atividade lipolítica; a linhagem T9.1, apesar de crescer menos, produziu atividade lipolítica maior, com boa estabilidade na cultura (até 72h) e num tempo mais curto (24h). O trabalho abre como perspectiva a análise de variáveis que interfiram com o crescimento e produção de lípases por A. niger ABA1 e Penicillium sp. T9.1 e o ajuste nas condições de produção. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 198 QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR FORNECIDA NAS CRECHES E ESCOLAS ATENDIDAS PELO PNAE NA REGIÃO DO ALTO JEQUTINHONHA, MG Samara Nagla C. Trindade, Héllen G. de Almeida, Júlia S. Pinheiro, Paulo de S. C. Sobrinho Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA A alimentação é essencial para a vida humana, devendo possuir boa qualidade nutricional e microbiológica. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é um programa social da área de segurança alimentar e nutricional e tem por finalidade oferecer refeições nas escolas e creches, tendo como um dos objetivos a melhora das necessidades nutricionais das crianças atendidas. A inocuidade dos alimentos oferecidos depende da qualidade do alimento desde o plantio, transporte, preparação e manipulação do alimento até a distribuição para o consumo. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a qualidade higiênico-sanitária da alimentação escolar, como também a qualidade higiênica dos utensílios envolvidos na distribuição da merenda e a situação microbiológica das mãos dos manipuladores de alimentos das creches e escolas atendidas pelo PNAE em municípios da região do Alto Jequitinhonha, MG. Foram coletadas 53 amostras em 14 estabelecimentos de ensino (7 creches e 7 escolas), sendo 14 de merenda, 13 swabs de mãos de manipuladores de alimentos e 26 de utensílios utilizados no preparo dos alimentos. Após a coleta, as amostras foram, imediatamente, colocadas em caixa termoisolante contendo gelo reciclável, e transportadas ao laboratório para analise, com o intuito de determinar a população de E. coli, coliformes totais, Staphylococcus aureus, e mesófilos aeróbios, e detectar a presença de Salmonella spp. e Listeria monocytogenes. Observou-se que coliformes totais estiveram presentes em 36% das amostras dos alimentos oferecidos na alimentação escolar, com população variando entre 1,3 a 2,94 log (UFC/g). Não foi detectado presença de Escherichia coli em nenhuma das 14 amostras analisadas. Microrganismos mesófilos aeróbios foram detectados em 12 das 14 amostras (92,30%), com população variando entre 1,78 a 4,17 log(UFC/g) indicando boa qualidade higiênica. Altas contagens de microrganismos mesófilos aeróbios e de coliformes totais em alimentos tratados termicamente, como a maioria das amostras analisadas, é indicativo de higiene insatisfatória na manipulação. A deficiência na qualidade higiênica dos alimentos é evidenciada com a presença de Staphylococcus aureus em 14,3% das amostras analisadas. Em relação aos manipuladores, Staphylococcus aureus esteve presente em 70% das mãos de manipuladores de alimentos, com população variando de 1,78 a 3,52 log(UFC/g). Não foi encontrada presença Listeria monocytogenes e Salmonella sp. em nenhuma das amostras analisadas. Pela análise dos resultados observa-se a necessidade de reforçar a adoção de princípios e normas de higiene na manipulação de alimentos, mais comprometimento da vigilância sanitária de forma a minimizar o fornecimento de alimentos com altos índices de contaminação microbiológica aos escolares. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Sélvia T. J. M. de Paula, André R. S. Garraffoni 199 RESULTADOS PRELIMINARES DO LEVANTAMENTO FAUNÍSTICO DE ROTÍFEROS BENTÔNICOS NO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS (MG) Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MORFOLOGIA O táxon Rotífera é composto por micro-invertebrados (50 à 2000 µm de comprimento) caracterizados por possuir uma coroa de cílios na parte anterior do corpo (corona), o corpo comumente coberto por uma rígida proteção (lorica) e um forte aparelho quitinoso usado para trituração de alimento com grande valor taxonômico (trophi). A maioria das espécies é livre natante e solitária, porém, podem viver associadas às plantas aquáticas ou no sedimento como uma colônia.Os rotíferos desempenham importante papel na regeneração de nutrientes e na transferência de energia entre os diferentes níveis das teias alimentares, devido a isso o seu uso freqüente como bio-indicadores de qualidade de água. No Brasil existem, pelo menos, 457 espécies sendo a maior parte coletada naregião planctônica das águas continentais brasileiras. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivos fazer um levantamento faunístico do grupo no leito de diferentes córregos localizados no interior do Parque Nacional das Sempre Vivas, localizado no Estado de Minas. Como o trabalho apresenta características taxonômicas, foi realizadas apenas coletas qualitativas e não quantitativas. O amostradorutilizado é um corer de PVC com3,0 cm de diâmetro, por5,0 cm de profundidade.A triagem dos espécimes foi feita sob lupa e, posteriormente foram separados com auxílio demicropipetas para lâminas permanentes, com isso é possível que seja feito a analise de suas características morfológicas. Até o presente momento foram encontrados indivíduosdois grandes grupos de rotíferas (Monogonontas e Bdelloidea) nos cursos d´aguádo Parque, sendo a grande maioria pertence a táxon dos Bdelloidea. Esse grupo é caracterizado por ter o grupo dividido em três regiões: cabeça, tronco e pé, sendo a cabeça e o pé retráteis de forma telescópica para o interior do tronco. Na região da cabeça, esses rotíferos possuem um rosto apical, antena dorsal e um boca ventral a qual é rodeada por uma estrutura ciliar. Com o avanço dos estudos, um maior número de indivíduos serão identificados até o nível específico, o que auxiliará aumento do conhecimento deste grupo no Brasil. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 200 TRIAGEM DO POTENCIAL IMUNOMODULADOR DOS EXTRATOS AQUOSO E ETANÓLICO DE PSEUDOBRICKELLIA BRASILIENSIS SOBRE LEUCÓCITOS DO SANGUE PERIFÉRICO Valéria G. Almeida; Mércia L. L. de Amorim; Etel R. Vieira; Cristiane F. F Grael; Gustavo E. B. A. de Melo. Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / IMUNOLOGIA A Pseudobrickellia brasiliensis (Spreng) R, M. King & H. Rob., também conhecida como arnica do campo é uma planta nativa da flora brasileira pertencente à família Asteraceae. A planta encontrada como arbusto em campos rupestres é utilizada em comunidades tradicionais ribeirinhas no Paraná e no Mato Grosso com fins terapêuticos, após ser macerada e curtida em álcool. As atividades atribuídas a esta planta envolvem ações anti-inflamatória e cicatrizante, porém, a literatura carece de dados que avaliem a sua atividade biológica e publicações sobre esta espécie são muito escassas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos extratos de P. brasiliensis em modificar a produção de citocinas por leucócitos do sangue periférico. Foram utilizados neste estudo dois extratos de P. brasiliensis, etanólico (EXT1) e aquoso (EXT2), solubilizados/diluídos em dimetilsulfóxido (DMSO) a 1mg/mL. Os extratos foram preparados e fornecidos pelo laboratório de fitoquímica da UFVJM. Amostras de sangue total (5,0 mL) foram obtidas de voluntários aptos a doação de sangue (n=3), e alíquotas de 500µl foram estimuladas com miristato forbol acetato (PMA) (1:1000), por 4 horas, a 37ºC e 5% CO2, correspondendo á cultura controle (CON). Nas culturas experimentais foram adicionados ainda, 50µl de um dos extratos. Após o período de cultura, as células foram permeabilizadas e incubadas com anticorpos específicos para as citocinas intracitoplasmáticas IFN-gama, TNF-alfa e IL-10. O perfil da produção de citocinas foi avaliado por citometria de fluxo. Verificou-se uma redução (p<0,05) na porcentagem de linfócitos positivos para a citocina IFN-gama nas culturas tratadas com os extratos etanólico (EXT1) e aquoso (EXT2) quando comparados aos leucócitos estimulados com PMA. Não foi observada diferença (p>0,05) na porcentagem de células positivas para TNF-alfa e IL-10 quando os leucócitos foram tratados com os diferentes extratos de P. brasiliensis. Nosso resultado demonstra que os extratos etanólico e aquoso de P. brasiliensis têm potencial anti-inflamatório, uma vez que modularam a produção da citocina tipo 1, IFN-gama, envolvida diretamente na inicialização e amplificação da resposta inflamatória. Estudos adicionais serão conduzidos para determinar a atividade imunomoduladora desses extratos sobre as diferentes populações e subpopulações leucocitárias. Apoio: CAPES XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Pollyana F. Rocha, Paulo R. Silva, Rita M. Maciel, Janaína T. de Faria, Ana Paula F. C. Vanzela, Fábio C. Sampaio 201 UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIA DE SUERFÍCIE DE RESPOSTA NA PERMEABILIZAÇÃO DE KLUYVEROMYCES LACTIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOTECNOLOGIA / MICROBIOLOGIA A levedura Kluyveromyces lactis, um microrganismo GRAS (“Generally Recognized as Safe”), é fonte de beta-galactosidase, uma enzima de grande interesse para as indústrias alimentícia e farmacêutica. Por sua vez, a utilização de células permeabilizadas em processos industriais é melhor alternativa à utilização da enzima semi- ou purificada por disponibilizar a função e permitir a manutenção da enzima dentro de seu ambiente natural. Portanto, no presente estudo foi utilizado solvente orgânico (etanol) para permeablização de K. lactis para fins biotecnológicos. Um Delineamento Composto Central Rotacional (DCCR) com variáveis em cinco níveis (-alfa, -1, 0, +1, +alfa), 19 experimentos em triplicata e quatro repetições no ponto central para estimar o erro experimental e investigar a adequação do modelo proposto foi utilizado. Os experimentos foram conduzidos em diferentes condições de temperatura (2040°C), tempo (15-55 minutos) e concentração de etanol (25-75% v/v), enquanto a atividade de beta-gal (mM ONP/min/g) foi a variável resposta. Foi ajustado um modelo matemático e realizada a otimização numérica nos “softwares” “Design Expert” e “NeuralWorks”. O teste F revelou que a regressão foi estatisticamente significativa com nível de confiança de 90%. A falta de ajuste significativa foi desconsiderada em função de um coeficiente de determinação (r2) de aproximadamente 0,80. Utilizando ainda o teste F, os coeficientes de regressão foram avaliados e observou-se contribuição linear da variável tempo e temperatura, e contribuição quadrática da variável temperatura. A Metodologia de Superfície de Resposta (MSR) foi utlizada para otimizar as condições de permeabilização, com atividade enzimática ótima (2441,40 mM ONP/min/g) encontrada sob temperatura de 20°C, tempo de 15 minutos e 75% de etanol. Em relação à análise utilizando a metodologia Rede Neural Artificial (RNA), observou-se que a quantidade de dados obtidos no DCCR não foi suficiente para treinamento e a presença de pontos centrais dificultou o treinamento da rede. Além disso, o “software” “NeuralWork” não apresenta todos os recursos necessários para o treinamento da rede. A utilização de etanol foi eficiente no processo de permeabilização sob as condições experimentais avaliadas e a MSR foi uma ferramenta adequada para determinar as melhores condições de permeabilização. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 EDUCAÇÃO FÍSICA ENFERMAGEM FARMÁCIA FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL FONOAUDIOLOGIA MEDICINA NUTRIÇÃO ODONTOLOGIA SAÚDE COLETIVA XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 202 CIÊNCIAS DA SAÚDE Leandro B. Cordeiro, Cláudia M. Niquini, Hugo J. Duarte 203 A ESCOLA E A FORMAÇÃO DO TORCEDOR: ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS A PARTIR DA EDUCAÇÃO FÍSICA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA Nos últimos anos tem sido recorrentes atos violentos por parte dos torcedores no âmbito do futebol, seja essa violência simbólica (agressão verbal e/ou gestual) ou real (agressão física). Por diversas vezes observa-se, através dos meios de comunicação, torcedores queimando camisetas ou bandeiras de times rivais, entoando “cantos de guerra” endereçados à torcida rival, assim como confrontando diretamente com agressões físicas os torcedores adversários, o que resulta muitas vezes em tumultos generalizados. A partir do exposto, surge a necessidade de intervir com metodologias e alternativas para prevenir atos violentos no âmbito do futebol, na busca de um convívio harmonioso entre os torcedores. Neste sentido, acredita-se que a Educação Física Escolar pode contribuir efetivamente, constituindo-se em momento privilegiado de reflexão/ação/reflexão para a formação do cidadão torcedor. Assim, o objetivo deste trabalho foi apontar metodologias de ensino e aprendizagem que possam ser utilizadas na Educação Física Escolar, no intuito de estimular comportamentos não violentos por parte de torcedores no contexto do futebol brasileiro. São sugeridas as seguintes estratégias metodológicas a ser adotadas pelos professores e desenvolvidas pelos alunos, a partir das aulas de Educação Física Escolar: a) montagem, apresentação e discussão de vídeos; b) busca e discussão de reportagens veiculadas na mídia escrita, televisiva e internet; c) montagem e apresentação de peças teatrais; d) apresentação de paródias, poesias e poemas escritos pelos alunos; e) organização de júri simulado, com base nas normas previstas no estatuto de defesa do torcedor; f) concurso de redação temática. Acredita-se que as metodologias citadas possibilitarão uma melhor conscientização para o “torcer”, verbo que o brasileiro adora conjugar, mas que em alguns casos torna-se sinônimo de intolerância. Por fim, ressalta-se que ao adotar as metodologias citadas acima o professor dará ao futebol um olhar e atenção diferenciados, que vão muito além das linhas do campo de jogo. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Macedo, Patrícia G.; Wichr, Patrícia 204 A INFLUÊNCIA DA DEPRESSÃO NA QUALIDADE DE VIDA ENTRE IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES ASILARES NA CIDADE DE DIAMANTINA - MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM O aumento da população de idosos é um fenômeno mundial e já é sentido o impacto causado por esse crescimento na economia, no mercado de trabalho, nas relações familiares e no sistema de saúde. Entretanto, nem todos os idosos encontram uma velhice tranqüila sendo o salário da aposentadoria insuficiente para atender as necessidades básicas tais como remédios, alimentação adequada. Desse contexto surgem as Instituições de Longa Permanência para Idosos Empobrecidos (ILPIS) para receber esses idosos. Os objetivos desse trabalho foram avaliar a influência da depressão na qualidade de vida entre idosos residentes em instituições asilares na cidade de Diamantina - MG. Os locais de estudo foram duas ILPIs: Pão de Santo Antônio e Frederico Ozanan. Foram aplicados dois questionários sendo um de questões fechadas e outro de questões discursivas e o número de sujeitos entrevistados foram oito. Os dados preliminares encontrados foram que a maioria dos entrevistados considera muito importante a compreensão dos mais novos, ser respeitado pela sociedade e sentir-se útil refletindo então a disponibilidade do idoso em contribuir com uma sociedade que já não o considera nesta posição uma vez que dificulta seu acesso ao mercado de trabalho e não valoriza sua experiência de vida bem com sua intelectualidade. A maioria (62,5%) dos entrevistados não soube dizer sobre a importância de adaptar-se às mudanças que ocorrem no mundo, caracterizando grande isolamento social dos idosos residentes nessas instituições. A alegria, paciência, calma, sossego, tranqüilidade e amor também foram consideradas muito importantes pela maioria refletindo a mudança de valores decorrentes do envelhecimento que não valorizam mais a agitação da vida social. Quando questionados se o asilo oferece atendimento psicológico, 100% dos idosos responderam que não. Percebe-se então a necessidade e a importância desses profissionais nessas instituições, o que pode auxiliar no tratamento dos idosos depressivos e evitar novos casos de depressão. Em relação às práticas de atividades de lazer apenas 37,5% dos idosos relatam realizá-las, sendo que essas se restringem a assistir TV, ouvir rádio e conversar com os amigos. Dessa forma, surge a necessidade de se criar meios que permitam ao idoso estar inserido socialmente oferecendo um maior suporte psicológico aos mesmos para evitar que a depressão, uma doença tão incapacitante e que interfere substancialmente na qualidade de vida, esteja presente na vida desses idosos. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 205 A INFLUÊNCIA DA IMERSÃO EM ÁGUA EM DIFERENTES TEMPERATURAS NOS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS DURANTE O PERÍODO DE RECUPERAÇÃO DE UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO Vinícius O. Ottone, Fabrício de Paula, Paula F. Aguiar, Pâmela Fiche, Tatiane L. Araujo, Mariana A. de Matos, Fabiano T. Amorim, Etel Rocha-Vieira Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA Após a prática de exercício físico os processos corporais não retornam imediatamente aos níveis pré-exercício. Inúmeras técnicas com o intuito de aumentar a recuperação pós-exercício têm sido utilizadas e, uma modalidade de tratamento que tem ganhado popularidade como um meio de potencializar a recuperação pós-exercício envolve a imersão em água. No entanto a eficácia deste tratamento não é muito clara devido à limitada quantidade de pesquisas. O objetivo desse estudo foi, portanto avaliar a influência da imersão em água a diferentes temperaturas nos parâmetros hematológicos durante o período de recuperação de uma sessão de exercício. Quatro voluntários do sexo masculino, fisicamente ativos (VO2máx = 53,2 ± 1,8 mL kg-1 min-1), jovens (20 ± 4 anos), completaram em diferentes dias 4 sessões experimentais. Cada sessão consistiu de um exercício excêntrico de flexão de joelho (3 séries de 10 repetições máximas) e 90 minutos de corrida em esteira a 70% do VO2máx, seguido por 15 minutos de imersão em água a diferentes temperaturas (15°C, 28°C, 38°C) e 15 minutos sem água. Ao final de 4 horas, os voluntários foram submetidos a dois testes físicos (testes de desempenho), um de corrida máxima de 5 km, seguido do teste Wingate. A temperatura corporal foi mensurada ao longo da sessão experimental através de uma sonda retal. Amostras de sangue foram coletadas em seis momentos diferentes: pré e pós-exercício, pós-imersão, pré e pós-desempenho e 24 h pós-exercício. As comparações entre os valores mensurados foram feitas através do quadrado latino e teste anova two-way, com nível de significância de p ≤ 0,05. Nossos resultados mostram aumento do número de leucócitos após o exercício (p<0,05) nas quatro situações experimentais, em todos os momentos, comparado com valores pré-exercícios. Conforme esperado, durante o exercício foi observado também aumento (p<0,05) da temperatura retal, que, no entanto, reduz rapidamente durante o período de recuperação. Contudo, a temperatura retal durante a condição de recuperação por imersão em água quente (38º C) foi maior (p<0,05) comparado com a imersão em água fria (15º C). Nossos dados sugerem que a imersão em água fria pode ser uma estratégia utilizada na recuperação da temperatura corporal após o exercício. Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Rosalina Tossige-Gomes, Vinícius O. Ottone, Poliane N. Oliveira, Davi José S. Viana, Gustavo E. A. Brito-Melo, Fernado J. Gripp, Etel Rocha-Vieira 206 A PROLIFERAÇÃO DE LINFÓCITOS T INDUZIDA POR MITÓGENO É AUMENTADA APÓS UMA PROVA DE CORRIDA DE AVENTURA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA A corrida de aventura (CA) é uma prática esportiva em que participam atletas agrupados em equipes de ambos os sexos, com o intuito de percorrer uma dada distância em diferentes modalidades esportivas no menor tempo possível, exigindo o máximo de suas resistências física e mental. O exercício extenuante e prolongado, como na CA é seguido por alterações transitórias em vários parâmetros da função imune, o que resulta do aumento da intensidade da atividade simpática, bem como da ativação do eixo hipotálamo-hipófise levando a uma secreção sistêmica de catecolaminas. A liberação de epinefrina e norepinefrina influencia vários processos imunológicos, incluindo a proliferação de linfócitos. Simultaneamente, o aumento da sobrecarga imposta ao aparelho locomotor, como acontece nas CA, promove dano muscular, em diferentes magnitudes. Enzimas intracelulares, como alanina amino transferase (ALT) e aspartato amino transferase (AST), são frequentemente utilizadas como marcadores de dano muscular, quando encontradas no plasma. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de uma prova de CA no perfil fenotípico, resposta proliferativa de linfócitos T e concentração das enzimas ALT e AST, em atletas amadores bem condicionados. Oito indivíduos, fisicamente ativos (VO2 máx = 60,84 ± 1,81 mLO2 . Kg-1 . min-1)com idade média de 27,7 ± 5,9 anos, massa corporal de 63,2 ± 3,68 Kg e, participaram de uma corrida de aventura que consistiu em 12Km de corrida, arvorismo e 30Km de ciclismo. A coleta de sangue venoso foi realizada 24 horas antes e imediatamente após a conclusão da competição. Células mononucleares do sangue periférico (CMSP) dos indivíduos foram marcadas com Carboxyfluorescein succinimidyl Ester (CFSE) (10µM), estimulados com fitohematoglutinina (PHA) (1µg/ml) e incubados por 5 dias à 37°, 5% de CO2 e 95% umidade. Após a incubação foi feita a análise da proliferação celular por citometria de fluxo. Para análise do percentual de linfócitos CD3+CD4+ e CD3+CD8+, CMSP foram marcadas com anticorpos anti-CD3, anti-CD4 e anti-CD8, conjugados a fluorocromos FITC, PE e Cy para posterior análise por citometria de fluxo. Para as análises de AST e ALT foram utilizados quites com reagentes enzimáticos colorimétricos específicos para dosagem de cada analito. Foi observado aumento significativo no índice de proliferação de linfócitos em resposta ao estímulo de PHA após a competição (p= 0,025) (1,73 ± 0,96 versus 2,66 ± 1,61), embora não tenha havido diferença no percentual de linfócitos CD3+CD4+ (40,64 ± 3,58 versus 42,91 ± 5,52)e CD3+CD8+ (10,63 ± 5,84 versus 11,81 ± 3,59). Foi observado também aumento nos níveis séricos de ALT e AST após a CA (p<0.05). O aumento na proliferação de linfócitos T após exercício de alta intensidade pode representar uma adaptação às mudanças fisiológicas impostas pelo exercício e um mecanismo compensatório do dano muscular relacionada ao exercício. Apoio: PRPPG/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Luiz Felipe B. Pires; Maria L. Faria; Liliane C. C. Ribeiro; Milton C. Ribeiro; Társis M. Maia. 207 A RELAÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS E DOENÇAS DIARRÉICAS AGUDAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM A diarreia aguda é um sintoma que pode caracterizar as doenças transmitidas por alimentos (sejam elas causadas por infecções, toxinfecções e intoxicações), tornando-se um problema de saúde pública que acomete principalmente crianças menores de cinco anos, cujas famílias estão abaixo da linha da pobreza. Este estudo teve como objetivo descrever a correlação entre a doença diarreica aguda (DDA) e as doenças transmitidas por alimentos (DTA). Foi realizada uma revisão integrativa utilizando-se periódicos publicados entre 2000 e 2011. Percorremos as seguintes etapas: estabelecimento da hipótese ou questão de pesquisa; busca na literatura; estabelecimentos dos critérios de inclusão e exclusão dos artigos; análise e discussão dos resultados e resumo das evidências disponíveis. De acordo com os resultados dos trabalhos analisados, três artigos (37,5%) relacionaram a (DDA) com a ingestão de alimentos contaminados, dois (25 %) citaram como causa as condições de vida da população, um (12,5%) identificou como causa o nível de pluviosidade e um (12,5%) ainda foram identificadas outras causas como a ausência do pai no cuidar, prematuridade, baixo peso, idade das mães, nível de analfabetismo e pouca ou nenhuma experiência das cuidadoras para identificar sinais e sintomas de patologias. Os agentes etiológicos mais identificados foram as bactérias (Staphilococus aureus, Salmonella spp, Clostriduim perfrigeus, Bacillus aureus, Escherichia coli e Shiguella spp), o vírus da hepatite A e a Giárdia encontrados em quatro (50%) artigos. Entre os alimentos mais frequentemente implicados nos surtos destacam-se o frango, a carne, sobremesas, leites e derivados. A maioria dos pacientes com diarreia não apresentam desidratação e o tratamento pode ser feito em casa. No entanto, alguns pacientes apresentam desidratação grave sendo necessário uma reidratação oral para a reposição hidroeletrolítica. Pode-se constatar que a maioria dos pacientes não procura atendimento médico nas unidades de saúde, sendo que na maioria dos casos não há notificação e monitorização dos casos de diarreia. A bactéria Escherichia coli é encontrada na maior parte dos casos de DDA. Os estabelecimentos não comerciais foram os locais mais associados aos surtos de DTA. O aumento da pluviosidade, o armazenamento inadequado, a falta de higienização dos alimentos e das mãos e, principalmente, dos cuidados com a saúde, são responsáveis por causar a infecção por microorganismos patogênicos no organismo humano. Podemos concluir que os locais de maior ocorrência de surtos são no domicílio, devido há má condição de armazenamento, higiene e preparo. A maioria dos surtos tem como agente patogênico as bactérias. Apoio: Gerência Regional de Saúde de Diamantina, Secretária Municipal de Saúde de Diamantina, PET/VS, PRÓ-SAÚDE I, UFVJM, Secretária de Gestão do Trabalho e da Saúde na Educação, Ministério da Saúde. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Davi José Silva Viana, Polianne Nascimento Oliveira, Fernando Joaquim Gripp Lopes, Etel Rocha Vieira, Ana Cristina Rodrigues Lacerda, Vinícius Oliveira Ottone 208 ANÁLISE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS DURANTE UMA CORRIDA DE AVENTURA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA ANÁLISE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS DURANTE UMA CORRIDA DE AVENTURA Davi José S. Viana, Polianne N. Oliveira, Fernando Joaquim G. Lopes,Etel Rocha Vieira, Ana Cristina Rodrigues Lacerda, Vinícius Oliveira Ottone e-mail: [email protected] Área de conhecimento/Sub-Área: Ciência da Saúde/Educação Física A corrida de aventura é um esporte praticado em contato direto com a natureza, na qual o atleta transpõe obstáculos naturais (rios, montanhas, florestas) através de diferentes modalidades esportivas (trekking, mountain bike, remo, técnicas verticais, entre outros). Apesar de seu crescimento e visibilidade, são poucos os estudos que examinaram as adaptações fisiológicas agudas durante as corridas de aventura. O objetivo deste trabalho foi registrar a intensidade fisiológica durante a adventure sprint race, bem como analisar os parâmetros hematológicos dos participantes antes e imediatamente após a competição. A freqüência cardíaca de sete atletas do sexo masculino (27,7±5,9 anos, 63,2±3,68 kg de massa corporal, 170,2±3,47 cm de estatura, 6,91±1,75 % de gordura corporal e VO2pico 60,84±1,81 mLO2.kg-1.min-1) foi monitorada durante uma corrida de aventura composta pelas modalidades de trekking e mountain bike (distância total de aproximadamente 42 km). Amostras de sangue foram coletadas 24 horas antes da prova e imediatamente após a chegada. A duração média da prova foi de 4h38min52s, com uma predominância da zona de intensidade acima de 85% da FC de reserva. Houve uma redução no número de hemácia, hemoglobina e um aumento na contagem de leucócitos imediatamente após a chegada em comparação com 24hs antes da corrida. Conclui-se que o predomínio da zona de intensidade acima de 85% da frequência cardíaca de reserva associado às alterações hematológicas caracteriza este tipo de competição como de alta intensidade. No entanto, as várias possíveis combinações de uma corrida de aventura (percurso, modalidades, distância e duração) devem ser consideradas para o treinamento e definição das estratégias durante a corrida. APOIO: UFVJM Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Juliana R. S. de B. Silva, Naila G. Soares, Dora Neumann, Aline S. Lopes, Jamilie S. P. Campos, Rahilda B. Tuma, Maria Aparecida A. P. da Silva. 209 ANÁLISE DO FERRO BIODISPONÍVEL DA DIETA DE ADOLESCENTES DE BELÉM-PA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO Alimentação inadequada na adolescência resulta em carências nutricionais como a deficiência de ferro e anemia. O cálculo da biodisponibilidade de ferro é utilizado para detectar deficiências de ferro na dieta, ressaltar fatores promotores da absorção e vigiar aqueles que a dificultam. Objetivou-se avaliar a adequação do consumo energético, protéico, de ferro e vitamina C e o teor de ferro biodisponível da dieta de adolescentes de uma instituição pública de ensino médio de Belém-PA. Participaram 182 adolescentes, 96 do sexo feminino e 86 do sexo masculino com idades entre 14 e 19 anos. O consumo foi avaliado através do método recordatório 24 horas em duplicata aplicado em salas de aula analisado através dos programas Virtual Nutri e Excel. A biodisponibilidade de ferro foi avaliada utilizando-se algoritmo que leva em conta a presença de carnes e vit. C na dieta. Os consumos energético e protéico médios foram de 2469,8 kcal e 89,5 g e 3409,9 kcal e 131,7 g respectivamente para os sexos feminino e masculino. O consumo médio de ferro foi de 15,3mg para o sexo feminino e 25,8mg para o masculino, entretanto, 64,5% das adolescentes apresentaram um consumo inferior aos valores recomendados. Metade dos adolescentes de ambos os sexos apresentaram um consumo de vitamina C inferior às recomendações, o que justifica elevados percentuais, 79,2% para o sexo feminino e 91,9% para o sexo masculino, de indivíduos com dietas com média biodisponibilidade de ferro apesar do elevado consumo de carnes. Sugere-se a implementação de programas de orientação nutricional visando à correção da ingestão de ferro e vitamina C, notadamente para indivíduos do sexo feminino, grupo de maior risco nutricional. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 210 ARTIGOS CIENTÍFICOS DA BASE DE DADOSA LILACS COMO FONTES DE CONHECIMENTO A RESPEITO DOS COMPORTAMENTOS SUICIDAS PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE Sara Jemima Mota de Almeida; Carliaine Aparecida Siqueira; Nadia Veronica Halboth Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA A divulgação do conhecimento científico se dá, sobretudo, por meio dos periódicos, cujo controle de qualidade é exercido, entre outros, pela sua indexação em bases de dados bibliográficos. Os mais importantes periódicos brasileiros e dos demais países latinoamericanos, bem como do Caribe, na área da saúde, estão representados na base de dados LILACS – Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde. O acesso à referida base é aberto na Biblioteca Virtual em Saúde. Considerando-se que os suicídios estão entre as principais causas de mortalidade entre adolescentes, e que tais fenômenos podem, em sua maioria, ser prevenidos, é fundamental que informações a respeito dos comportamentos suicidas, que incluem ideação, planejamento, tentativas, ameaças e suicídio consumado, sejam difundidas na comunidade e no meio acadêmico. Desta forma a adoção de medidas preventivas e o reconhecimento de indivíduos em situação de risco será estimulada. O presente estudo objetivou avaliar os artigos científicos dirigidos a profissionais da saúde, disponíveis na base de dados LILACS, publicados no período de 2006 a 2010. Foram buscados artigos que continham, no título, as palavras suicídio/s, suicida/s e adolescente/s, adolescência, sendo selecionados aqueles com texto completo disponível na internet, em língua portuguesa. Foram obtidos apenas 09 artigos, todos em periódicos diferentes. Destes, dois eram estudos qualitativos e os demais quantitativos. Um se referia a tentativas e suicídios consumados, um apenas a tentativas, quatro a planejamento de suicídio, um à relação entre tristeza e suicídio e o último à prevenção por meio do fomento da autoestima e da capacidade de resolução de problemas. Os periódicos em língua portuguesa indexados na base de dados LILACs, embora tenham apresentado informações muito pertinentes, são insuficientes como fonte de informação a respeito dos comportamentos suicidas em adolescentespara profissionais da saúde. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Maria da Penha R. Firmes, Fabrine A. Jardim, Valéria F. S. Romão, Renan N. da Mata 211 AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NA PERCEPÇÃO DOS ADOLESCENTES DE ESCOLA PÚBLICA DE DIAMANTINA-MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA A adolescência representa uma das fases mais importante do ciclo vital, marcada pela busca de identidade, aceleração do desenvolvimento intelectual e por transformações sexuais. A onipotência juvenil e a cultura da sexualidade imprudente justificam o descaso com as perspectivas de doença, juntamente com a falta de orientação adequada e baixas condições sociais, têm-se a combinação para o desenvolvimento das Doenças Sexualmente transmissíveis (DST), que por estarem relacionadas com práticas sexuais, muitas vezes, a tabus, desinformação, constrangimento e preconceitos dificultam o seu reconhecimento e a busca precoce por assistência. Neste contexto, os objetivos desta pesquisa são: compreender os diversos conhecimentos que os adolescentes possuem sobre as DST; identificar de que maneira os adolescentes adquirem informações sobre as DST e colaborar na elaboração de ações educativas em saúde no ambiente escolar. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, que será realizado em uma escola pública de Diamantina-MG, com 30 adolescentes matriculados no sexto ao nono ano de ensino fundamental, com faixa etária de 10 a 19 anos. Na primeira fase, será aplicado um questionário onde serão abordados dados que caracterizem os sujeitos da pesquisa (idade, sexo, estado civil e outros) e informações referentes ao conhecimento dos adolescentes sobre as DST. Na segunda fase, a entrevista oral e semi-estruturada, será utilizada como técnica para a coleta de dados, acompanhada de roteiro de entrevista contendo seis questões norteadoras com o intuito de caracterizar como os adolescentes adquirem as informações sobre as DST e a opinião dos mesmos sobre os riscos dessas doenças para a saúde e vida social. Vale lembrar, que o presente projeto apresenta o número de protocolo 052/10- Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, conforme a resolução 196/96 diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos do Conselho Nacional de Saúde. Torna-se essencial à otimização das ações desta pesquisa, com intuito de evidenciar as DST na percepção dos adolescentes e a influência dessas na dimensão familiar, social e econômica, além de estimular maior interação entre os adolescentes e seus pais. Outro possível resultado será uma adesão da comunidade escolar frente às ações educativas em saúde (doenças sexualmente transmissíveis) referente ao cotidiano do adolescer. Além disso, os pesquisadores almejam que a comunidade, a qual estão inseridos os adolescentes, possa ser beneficiada através da redução do índice de transmissão das DST e o aumento do conhecimento sobre a temática pesquisada. Apoio: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Camila R. de Castro, Saulo Gabriel M. Falci, Renata C. Santos, Lílian David S. Lima, Maria Letícia R. Jorge, Adriana M. Botelho, Cássio Roberto R. dos Santos 212 ASSOCIAÇÃO ENTRE O DESENVOLVIMENTO DE CÁRIE NA DISTAL DO SEGUNDO MOLAR INFERIOR E A PRESENÇA DO TERCEIRO MOLAR SEMI-IRROMPIDO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA A prevalência de cárie na distal do segundo molar relacionada com a presença do terceiro molar adjacente parcialmente irrompido variou entre 7 e 32% nos estudos observados. Alguns trabalhos têm verificado que a presença de cárie na distal do segundo molar pode estar associada com a angulação do terceiro molar semi-irrompido, distância entre as junções cemento-esmalte, nível de impactação e local do ponto de contato entre o segundo e terceiro molar. Todavia os estudos presentes na literatura utilizaram a radiografia panorâmica para diagnóstico de cárie. Assim, torna-se necessário a realização de novos estudos com o uso de radiografias periapicas, por ter esse método um poder de diagnóstico mais preciso. O objetivo desse trabalho foi verificar se o desenvolvimento de cárie na distal dos segundos molares está associado aos terceiros molares inferiores semi-irrompidos. A partir de um cálculo amostral, foram selecionadas 246 radiografias periapicais de terceiros molares inferiores semiirrompidos considerados para exodontia na clínica de cirurgia bucal da UFVJM. O período considerado para a seleção das fichas clínicas foi de 1999 a 2010. As radiografias foram avaliadas por pesquisadores previamente calibrados, mediante visualização direta sobre um negatoscópio. Foram consideradas para avaliação apenas as radiografias que apresentavam o terceiro molar semi-irrompido, com relação a coroa e ao ramo mandibular visível. Além disso, foram considerados como critério de exclusão o contraste, revelação e fixação inadequados das radiografias, assim como, colimação, distorção e sobreposição de esmalte. Uma análise descritiva e associação através do teste Qui-quadrado foram realizadas. Com relação à idade, 109 (44,30%) tinham mais de 23 anos, 177 (72%) eram do sexo feminino, 126 (52,1%) dos dentes era o dente 38. A prevalência de cárie na distal dos segundos molares foi de 13,4%. Uma associação estatisticamente significativa foi observada entre a presença de cárie e as variáveis idade (p=0,016), gênero (p=0,005), classificação de Winter (p<0,001), angulação (p<0,001) e distância entre o segundo e terceiro molar (p=0,008). Conclui-se que a idade, gênero, classificação de Winter, angulação e distância estão correlacionadas à presença de cárie na distal dos segundos molares quando há os terceiros molares inferiores semiirrompidos. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ana Paula A. Hemmi 213 ATENÇÃO À SAÚDE DOS HOMENS: ACESSO E RESOLUTIVIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA A Saúde do Homem tem sido foco de discussões em Saúde Coletiva devido aos agravos acometidos a essa população. Além da recente publicação do Ministério da Saúde da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Dados epidemiológicos revelam que a população masculina é a que adoece mais e a que mais morre em idade jovem, além de ser a população mais vulnerável às doenças de causas evitáveis e apresentando-se com uma expectativa de vida 7,6 anos abaixo da média das mulheres. Além disso, tradicionalmente, a procura de mulheres pelos serviços de saúde é maior, sendo que essas buscam ações preventivas e demonstram preocupação com o auto-cuidado. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo compreender como os homens e os profissionais do serviços de Atenção Básica à Saúde entendem saúde e doença relacionada à população masculina. Como percurso metodológico, o estudo terá como abordagem a pesquisa qualitativa, fundamentado na Teoria das Representações Sociais. O cenário deste estudo serão as Unidades Básicas de Saúde do município de Diamantina e os sujeitos participantes da mesma serão os enfermeiros das equipes e os homens cadastrados nas Estratégias de Saúde da Família e que tenham idade de 20 a 59 anos. A escolha dos sujeitos será aleatória e para isso será realizado um sorteio entre as Unidades existentes no município para se iniciar a coleta dos dados. Posteriormente ao sorteio, será realizada uma visita às unidades de saúde para um primeiro contato com os enfermeiros sobre o estudo. Como pretende-se realizar essa pesquisa em duas etapas, os homens serão contactados - após a realização da coleta com os enfermeiros - juntamente ao Agente Comunitário de Saúde, que reside na localidade e tem acesso às casas dessas pessoas, para uma aproximação prévia sobre o estudo a ser desenvolvido. A partir das entrevistas e da observação direta poder-se-á constituir o corpus da pesquisa, por meio do discurso dos sujeitos, que irão discorrer livremente sobre o tema da pesquisa. As entrevistas serão analisadas a partir da análise do discurso e, por esta análise considerar o discurso dos participantes da pesquisa como uma forma de significar o mundo como uma totalidade, incluirá o contexto sócio-histórico. Pretende-se com os resultados encontrados na primeira etapa obter subsídios para a realização da segunda no que tange às estratégias adotadas pelos enfermeiros no que diz respeito à saúde do homem. Além disso, como se trata de uma temática de discussão recente, na área da saúde, espera-se que os resultados da pesquisa possam contribuir com os gestores e profissionais dos serviços de saúde sobre a implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Homens. Apoio: UFVJM/ PRÓ-SAÚDE XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Natália A. Cardoso, Náthale R. Pinheiro, Jéssica R. C. Alves, Dayana Cruz, Ana Paula Rodrigues 214 AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DO SISTEMA COMPOSTOS BETADICARBONÍLICOS/HORSERADISH PEROXIDASE/O2 PELO MÉTODO CRISTAL VIOLETA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA O sistema ADEPT (Antibody-directed enzyme prodrug therapy) tem sido aplicado para a destruição de células tumorais in situ como alternativa às drogas citotóxicas sistêmicas. Nesse sistema, são administrados aos pacientes anticorpos monoclonais conjugados a uma enzima exógena que reconhecem o tumor e um substrato que atua como pró-fármaco; a reação entre ambos resulta na formação de um produto citotóxico para as células tumorais. O complexo enzima-substrato mais estudado para essa terapia é a enzima HRP (Horseradish peroxidase) e a auxina de planta IAA (ácido indolacético). No entanto, estudos mostram que o substrato βdicarbonílico 2,4-pentanodiona (PD), também pode ser eficientemente oxidado pela HRP, de maneira semelhante a oxidação do IAA. Uma forma de avaliar a citotoxicidade é através da utilização do método Cristal Violeta que consiste em verificar a densidade celular pela coloração do DNA obtendo informação quantitativa sobre a densidade relativa de células vivas aderidas em placas de cultura. Este trabalho tem como objetivo avaliar a citotoxicidade da pentanodiona (PD), na ausência e na presença de HRP, assim como a citotoxicidade de produtos gerados pela reação IAA/HRP/O2 utilizando como marcador o Cristal Violeta. Foi coletado sangue de voluntários saudáveis e feito a separação de monócitos usando um gradiente de separação (Histopaque 1077). A suspensão celular foi submetida à cultura durante quatro dias a 37ºC em tensão de 5% de CO2. Após esse período foi adicionado ao meio de reação PD ou IAA nas concentrações finais de 1 mM e 3 mM e HRP 2x10-6 M. Após 24 horas as células foram lavadas, fixadas e adicionou-se o cristal violeta para ser incorporado pelas células viáveis aderidas a placa. Posteriormente, dissolveu-se os cristais do corante em metanol e a absorbância foi determinada em 492 nanômetros utilizando leitor de Elisa. Observou-se que em relação ao controle (células em meio RPMI suplementado), ocorreu morte celular quando o IAA foi adicionado ao meio, sendo ainda mais acentuada a morte quando adicionado o IAA junto com a HRP. Esse efeito foi melhor observado na menor concentração de IAA 1 mM, uma vez que em maior concentração pode ter ocorrido inibição de enzima por excesso de substrato. O mesmo resultado foi obtido quando utilizou-se a PD. Conclui-se então que tanto a combinação IAA/HRP quanto PD/HRP apresentaram poder citotóxico eficientemente detectado pela técnica do Cristal Violeta. Sendo assim, a PD representa uma alternativa ao IAA na terapia ADEPT. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Camila D.C. Neves, Rosalina G.- Tossige, Núbia C.P. de Avelar, Adriano P.Simão, Ana Cristina R. Lacerda 215 AVALIAÇÃO DA CONFIABILIDADE DA FORÇA ISOMÉTRICADE EXTENSORES DE JOELHO PELO USO DA CÉLULA DE CARGA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL A mensuração da força muscular é comumente utilizada como método de rotina na prática clínica e em projetos de pesquisa. Para o conhecimento preciso do nível de força muscular, é necessário o uso de aparelhos de medição que possam assegurar os reais valores de força muscular produzidos, permitindo dessa forma, controlar variáveis que podem subestimar ou superestimar os índices de força. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a confiabilidade intra e inter-examinador da aplicação do método da célula de carga para mensurar a força isométrica máxima de extensores de joelho. Para participar do estudo foram selecionados 23 voluntários, que preencheram os critérios de inclusão e exclusão do estudo. A força isométrica voluntária máxima dos voluntários foi mensurada por dois examinadores (A e B) com intervalo de 10 minutos de repouso e após 48 horas da realização do primeiro teste em um delineamento teste-reteste duplo-velado. Os valores de confiabilidade inter-examinadores obtidos para o primeiro e segundo dia de coleta mostraram-se uma forte correlação de acordo com o coeficiente alpha de Cronbach, indicando altos níveis de confiabilidade (α = 0,980; α = 0,982 respectivamente). Os valores de confiabilidade intra-examinador obtidos para os examinadores A e B apresentaram-se excelentes de acordo com o coeficiente alpha de Cronbach (α = 0,956 e α = 0,942; respectivamente). Dessa forma, conclui-se que o método proposto para avaliação da força muscular isométrica de extensores de joelho com o uso da célula de carga apresentou alta confiabilidade intra e inter-examinador, podendo ser considerado um teste confiável para medidas de força isométrica voluntária máxima. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Dirceu S. Melo, Gabriela Silva, Patrícia L. Morais, Pedro W. M. Almeida, Alexandre A. Silva, Tania R. Riul, Marco Fabrício D. Peixoto 216 AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA E FUNÇÃO CARDÍACA DE RATOS SUBMETIDOS À DESNUTRIÇÃO PROTÉICO-CALÓRICA DURANTE A FASE DE DESENVOLVIMENTO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO A Desnutrição Protéico-Calórica (DPC) é reconhecida como um importante problema de saúde pública no Brasil, especialmente em regiões de baixo índice de desenvolvimento sócioeconômico como os Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Vários estudos mostram que a DPC exerce efeitos deletérios em diversos órgãos, entretanto, existem controvérsias a respeito de seus efeitos sobre a função cardíaca. O presente estudo teve como objetivo avaliar a função e estrutura cardíaca de ratos submetidos a DPC logo após o nascimento até a vida adulta. As ratas mães receberam 50% da ingestão de alimentos do grupo controle durante o período de amamentação. Após o desmame, os animais continuaram recebendo 50% da ingestão de alimentos do grupo controle até completarem 90 dias quando foram sacrificados para as análises do peso corporal, comprimento da tíbia, peso do coração e diâmetro dos cardiomiócitos (morfometria). Para avaliação da função cardíaca utilizamos a metodologia de coração isolado Langendorff com pressão constante. Para avaliação do transiente de Ca2+ intracelular realizamos a medida do pico do transiente de cálcio utilizando a microscopia confocal. Os dados foram apresentados como média ± o desvio padrão e, para comparação entre os grupos, foi utilizado o teste t student com nível de significância estabelecido em *p< 0.05. A DPC reduziu o ganho de peso e o comprimento da tíbia, mostrando que os animais apresentaram menor desenvolvimento e crescimento. Em relação à estrutura cardíaca, os animais DPC tiveram redução do peso do coração e do diâmetro dos cardiomiócitos. Surpreendentemente, os resultados de função cardíaca revelaram melhora na maioria dos parâmetros avaliados (TS, TD, dT/dt máxima e dT/dt mínima). Apesar desses resultados, não houve diferenças significativas nos valores do pico do transiente de cálcio em cardiomiócitos. Em resumo, este estudo mostra que animais submetidos a uma restrição calórica de 50% desde os primeiros dias de vida até a fase adulta (90 dias) apresentam menor crescimento e desenvolvimento corporal, alterações da estrutura cardíaca e melhora de parâmetros da função cardíaca. Apoio: UFVJM, UFMG, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Nathália de Souza Lara, Rafaella Lemos Alves, Leilane Aparecida Ávila, Sabrina Mara da Cunha, Ivy Scorzi Cazelli Pires e Lucilene Soares Miranda 217 AVALIAÇÃO DA INTRODUÇÃO DE ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR PRECOCE NA DIETA DE LACTENTES EM DIAMANTINA- MG E PRESIDENTE JUSCELINO-MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO As evidências científicas de que a amamentação é a melhor forma de alimentar a criança pequena se acumulam a cada ano. A Organização Mundial de Saúde (2003) recomenda, para a população em geral, que os bebês recebam exclusivamente leite materno durante os primeiros seis meses de idade. Existem evidências de que não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, já que a mesma não está fisiologicamente . preparada para a digestão e absorção de todos os alimentos. Se precisar resumir tire estas duas próximas frases... São inúmeras as vantagens da amamentação para a criança, a mãe, a família e a sociedade em geral. Além da proteção contra as doenças, o leite materno propicia uma nutrição de alta qualidade para a criança, promovendo o seu crescimento e desenvolvimento. Sendo assim o objetivo desse trabalho foi verificar o tempo de amamentação exclusiva das crianças. O presente trabalho foi realizado na cidade de Diamantina – MG e Presidente Juscelino-MG, para mães que possuíam filhos entre 1 a 2 anos 11 meses e 29 dias de idade. Foram aplicados a estas mães um questionário sobre característica da introdução de novos alimentos e amamentação. Das mães entrevistadas, 93,37% (n=155) pensavam em amamentar seus filhos. Das que foram lactantes, 82% (n=137) viram alguma vantagem do aleitamento materno, 14,45% (n=24) não observaram diferença, as demais mães não amamentaram ou não responderam. Em relação à introdução da alimentação complementar precoce na dieta do filho, 71,08% das mães alegaram ter oferecido água a criança antes que ela completasse seis meses de idade. A maioria dos lactentes 54,81% (n=91) receberam chá precocemente. O suco e o leite em pó não estiveram inclusos nas dietas de 31,31% (n= 52), 55,42% (n=92) crianças, respectivamente. Grande parte do filhos, ou seja, 64,45% (n=107) consumiram papinha em tempo não desejado, antes dos seis meses. O mesmo ocorreu com alimentos presentes no dia a dia da família como biscoito, pão, entre outros, em que 59,03% (n=98) crianças os consumiram. Durante o período em que o leite materno deveria ser o único alimento ingerido pela criança, vitaminas e frutas foram oferecidas a 55,42% (n=92) e 62,65% (n=104) delas, respectivamente. Diante dos dados, verifica-se que apesar da maioria das mães pensarem em amamentar seus filhos antes do nascimento, durante a fase de aleitamento elas cometem práticas errôneas, como a precoce introdução de novos alimentos, favorecendo o desmame antes do período adequado. Devendo então ser desenvolvidos projetos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno exclusivo. Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Liliane da Consolação Campos Ribeiro¹, Raquel Galiciolli², Sara Leticia Siqueira Barroso³, Rafaella Lemos Alves4, Milton Cosme Ribeiro5, Maria da Consolação Lopes Rocha 6, Rosélia Ferreira de Souza7 218 AVALIAÇÃO DA NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS DIARRÉICAS AGUDAS PELOS MUNICÍPIOS DA GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE DE DIAMANTINA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM A Doença Diarréica Aguda é caracterizada pela perda de água e eletrólitos, que resulta no aumento do volume e frequência das evacuações e diminuição da consistência das fezes, apresentando, ocasionalmente, muco e sangue. Considerando estas doenças como um dos principais problemas de saúde pública no Brasil, foi desenvolvida uma oficina intitulada “Capacitação em monitorização de doenças diarréicas agudas (MDDA) e em investigação de surtos provocados por doenças transmitidas por alimentos”, destinada aos 34 municípios da jurisdição da Gerência Regional de Saúde de Diamantina (GRSD/MG). Este estudo teve como objetivo subsidiar esta oficina por meio da avaliação dos dados dos impressos II de MDDA enviados pelos municípios à GRSD, no período de janeiro a junho de 2010. Para a realização do estudo, foram selecionados os impressos II referentes às semanas epidemiológicas 1 a 27. Nestes, foram analisados os dados: faixas etárias acometidas, planos de tratamento utilizados, e semana epidemiológica de notificação de casos. Os resultados mostraram que a faixa etária com maior número de casos foi a de 1 a 4 anos (30%) e a de menor número de casos entre 50 a 59 anos (6%). Em relação aos planos de tratamento, observou-se maior utilização do plano A (hidratação oral frequente). O período do ano com maior notificação de casos foi o mês de março, sendo as semanas epidemiológicas 11 e 12 as de maior frequência. Entre os 34 municípios, 9 não apresentaram dados de notificação à GRSD/MG, sendo considerados silenciosos. Conclui-se que há necessidade de conscientização dos profissionais com relação à importância da notificação dos casos de DDA para melhor conhecimento da realidade dos municípios e consequente intervenção efetiva no que diz respeito à prevenção e tratamento dos casos. Apoio: Pró-saúde Enfermagem/UFVJM, PET-Saúde/VS, grupo de pesquisa: atenção básica, GRS-D e Secretaria Municipal de Saúde XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Náthale R. Pinheiro, Natália A. Cardoso, Jéssica R. C. Alves, Ana Paula Rodrigues 219 AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO PELO SISTEMA 2,4PENTANODIONA/ HORSERADISH PEROXIDASE/O2 Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA O sistema ADEPT (antibody-directed enzyme prodrug therapy) consiste em uma terapia antitumoral que utiliza uma enzima conjugada a um anticorpo monoclonal com afinidade para antígenos específicos em células alvo tumorais. A enzima converte uma substância inativa, o pró-fármaco, em um composto ativo tóxico no local de ação ou nas proximidades desse. O sistema composto pela enzima Horseradish peroxidase (HRP) e ácido indol-3-acético (IAA) é o par mais estudado para a terapia ADEPT e como conseqüência dessa reação ocorre apoptose de células tumorais induzida por espécies reativas de oxigênio (ERO) produzidas pela descarboxilação oxidativa do IAA catalisada pela HRP. A 2,4-pentanodiona (PD) é um composto beta-dicarbonílico que atua como substrato da HRP de maneira semelhante ao IAA, representando uma alternativa ao IAA na terapia ADEPT. Este trabalho teve como objetivo avaliar a produção de ERO durante a oxidação da PD catalisada pela HRP, comparar com a geração dessas espécies na reação IAA/HRP/O2 e delinear o(s) tipos(s) de ERO produzidas(s). A formação de ERO foi determinada utilizando-se o diacetato de diclorofluoresceína, que na presença de ERO é oxidado a diclorofluoresceína. A leitura de absorbância em 492 nanômetros revela a intensidade de ERO detectados na reação. Foram utilizadas como controle reações com PD, IAA e HRP de forma isoladas. Para determinar o(s) tipo(s) de ERO formada(s) na reação PD/HRP/O2, foram adicionados ao meio de reação superóxido dismutase, catalase e formato de sódio, uma vez que são antioxidantes capturadores dos radicais ânion superóxido, peróxido de hidrogênio e radical hidroxila respectivamente. Os experimentos permitiram evidenciar que a combinação IAA/HRP leva a formação de ERO cujos níveis apresentaram um pequeno aumento com o tempo, sendo também mais expressivos na presença de IAA na maior concentração (3 mM). A combinação PD/HRP também levou à produção de ERO, no entanto essa não foi incrementada pelo uso da PD em uma concentração maior (3 mM), fato esse possivelmente atribuído à saturação da enzima pelo substrato. O uso das substâncias capturadoras permitiu inferir que a espécie reativa formada pela combinação PD/HRP se trata possivelmente do radical ânion superóxido, uma vez que dos varredores utilizados, somente a superóxido dismutase, ao ser adicionada ao meio reacional reduziu a formação de ERO. Conclui-se que assim como na reação IAA/HRP/O2, a reação de oxidação da PD catalisada pela HRP leva a produção de espécies reativas de oxigênio capazes de exercer citotoxicidade considerável em células tumorais in situ. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Vitor C. Dumont, Paulo E. M. Stella, Elias M. Romeros, Rafael M. Silva, Karine T. A. Tavano, Adriana M. Botelho, Maria H. Santos 220 AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À ADESÃO DA RESINA COMPOSTA À BASE DE SILORANO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA A contração inerente da própria constituição da resina tem como consequências a sensilbilidade dentinária, desadaptação da restauração, trincas no esmalte, pigmentação da interface dente/restauração e, por fim, a formação de cárie secundária. Recentemente, foi desenvolvida e disponibilizada no comércio odontológico brasileiro uma nova resina composta à base de silorano (Filtek P90, 3M ESPE), que apresenta baixa contração de polimerização (0,7%). A resina P90 apresenta em sua composição grupamentos químicos siloxanos, que proporcionam hidrofilia, associados ao grupamento oxirano, que permite uma estabilidade maior, devido a uma reação catiônica de abertura de anel. Além de apresentar partículas finas de quartzo e fluoreto de ítreo como carga inorgânica, a resina deve ser usada com seu próprio sistema adesivo autocondicionante. O propósito deste estudo foi avaliar a resistência à adesão da resina composta microhíbrida á base de silorano, usando diferentes técnicas de adesão à dentina. Trinta pré molares humanos foram incluídos em resina acrílica quimicamente ativada, lavados e armazenados em água destilada, à 37ºC. Após 24 horas, foram distribuídos, aleatoriamente, em três grupos: (G1) - condicionamento ácido da dentina, uso de sistema adesivo monocomponente e resina composta microhíbrida (FILTEK Z250, 3M ESPE); (G2) condicionamento ácido da dentina, uso de sistema adesivo autocondicionante (sistema adesivo P90, 3M ESPE) e resina composta microhíbrida à base de silorano (Filtek P90, 3M ESPE); (G3) - uso de sistema adesivo autocondicionante (sistema adesivo P90, 3M ESPE) e resina composta microhíbrida à base de silorano (Filtek P90, 3M ESPE). Uma restauração de resina composta de 1mm de diâmetro foi simulada na dentina utilizando tubo capilar como matriz. Decorridos sete dias os corpos de prova foram submetidos ao ensaio de resistência ao microcisalhamento. Após análise estatística (ANOVA), observou-se que houve diferença estatisticamente significante entre os grupos (p<0,05). O teste de Tukey mostrou que, quanto a resistência à adesão, não houve diferença estatisticamente significante entre G1 e G2 (p=0,318) e entre G2 e G3 (p=0,474), e houve diferença significante entre G1 e G3 (p=0,034). Neste estudo, concluiu-se que a resistência à adesão da resina Z250 foi maior que da resina P90, quando utilizadas seguindo as recomendações do fabricante; e que, o condicionamento ácido da dentina com ácido fosfórico à 37%, previamente à aplicação do sistema adesivo autocondicionante, não aumentou a resistência à adesão da resina P90. Apoio: FAPEMIG, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Sabrina M. da Cunha, André A. A. Soares, Liliane C. C. Ribeiro, Maria da C. L. Rocha, Milton C. Ribeiro, Mirtes Ribeiro, Raquel Galiciolli, Rosélia M. F. Sousa 221 AVALIAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE MONITORIZAÇÃO DAS DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS – MDDA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA Embora reconhecidas como importantes causas de morbimortalidade do país, pouco se conhece sobre a real magnitude das doenças diarreicas agudas (DDA) no Brasil. As dificuldades em vigiar as DDA decorrem de sua elevada incidência, inobservância da obrigatoriedade de notificação de surtos e aceitação, tanto de parte da população quanto de muitos profissionais de saúde, de que o problema é \"normal\" no Brasil. A Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas (MDDA) consiste na coleta, consolidação, análise e divulgação de dados sobre de DDA, através das variáveis: idade, procedência, data do atendimento, plano de tratamento. É um processo contínuo, composto da coleta de informações, análise e circulação dos dados analisados. Este trabalho teve por objetivo avaliar formulários de MDDA e discutir os achados nesta avaliação. Estes achados foram apresentados na Oficina “capacitação em monitorização de doenças diarreicas agudas e em investigação de surtos provocados por doenças transmitidas por alimentos\", promovida pela Gerência Regional de Saúde de Diamantina GRSD e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em agosto de 2010. Foram analisados formulários referentes às semanas epidemiológicas 1 a 27 de 2010, enviadas pelos municípios da jurisdição da GRSD. Foram analisadas: as informações neles contidas, os preenchimentos de campos e a compatibilidades de dados. Os achados foram: notificação negativa (ausência de casos) em 31%, não preenchimento do campo “análise” em 29%, campo “procedência” em branco em 26%. Entre os problemas que impossibilitaram a utilização dos dados recebidos estavam: não identificação do município em 4%, não identificação do plano de tratamento utilizado em 3%, dados incorretos em 7%. Deste modo, verifica-se falta de conhecimento dos profissionais sobre o preenchimento adequado dos formulários, sendo necessário treinamento destes para a compreensão da importância de tais instrumentos para a MDDA, visando a instituição de medidas de prevenção, controle e avaliação do impacto das ações desenvolvidas. Apoio: Pró-saúde Enfermagem/UFVJM, PET-Saúde/Vigilância em Saúde/ SMS/Diamantina – MG, GRS/D. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Raíssa P. G. da S. e Cardoso, Laíss F. Melo, Thamires C. P. Rodrigues, Isadora F. Henriques, Victor H. do V. Bastos, Alexandre W. C. Barbosa 222 AVALIAÇÃO E EFEITOS DE UM PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES COM DOR NO OMBRO PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL A dor no ombro é uma complicação comum após Acidente Vascular Encefálico (AVE) e resulta em várias limitações e consequente redução da qualidade de vida. A despeito das informações disponíveis na literatura relacionados aos múltiplos recursos fisioterapêuticos empregados no tratamento do ombro doloroso em pacientes hemiplégicos após AVE, pesquisadores e clínicos têm divergências quanto a sua efetividade e protocolos de utilização, uma vez que grande parte dos estudos apresenta déficit de informação detalhada sobre a abordagem terapêutica utilizada, tendo baixa relevância clínica. Tal fato condiciona a necessidade de novas pesquisas, devido a não homogeneidade dos estudos relatados e ao baixo nível de evidência dos mesmos, por se tratarem na maior parte dos artigos de relatos e série de casos e revisões da literatura. Dentre os recursos mais utilizados estão a Estimulação Elétrica Funcional (FES), Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) e mobilização passiva do ombro. O objetivo deste estudo é traçar o perfil dos pacientes com dor no ombro pós AVE em tratamento no Núcleo de Reabilitação Nossa Senhora da Saúde e Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e aqueles cadastrados nos principais ESF de Diamantina, bem como verificar e comparar a eficácia de dois protocolos de intervenção utilizando-se de FES, FNP e mobilização passiva no tratamento da dor no ombro pós Acidente Vascular Encefálico. Para isso, esses pacientes passarão por uma pré-avaliação contendo dados pessoais, dados referentes ao AVE e à dor no ombro hemiplégico. De acordo com os critérios de inclusão e exclusão, os pacientes serão selecionados e divididos em dois grupos homogêneos. Um dos grupos será submetido a um protocolo de tratamento composto por FES e FNP e no outro grupo será utilizado FES e mobilização passiva. O tratamento terá duração de três meses, sendo realizado duas vezes por semana, durante 40 minutos. Após esse período, será realizada uma reavaliação, utilizando os mesmos critérios da pré-avaliação, de modo a verificar a eficácia de ambos os protocolos utilizados e realizar uma comparação entre os mesmos. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 EMERGÊNCIA DE UM MUNICÍPIO DO ALTO JEQUITINHONHA 223 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ATENDIDA NO SERVIÇO DE URGÊNCIA E Helisamara M. Guedes, Áglidy G. P. Almeida Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM Os agravos considerados agudos e as doenças crônico-degenerativas são atualmente os maiores responsáveis pelo aumento da demanda e procura nos serviços de urgência e emergência. Esse aumento tem representado um fluxo contínuo e desordenado dos usuários, o que em contrapartida gera a necessidade de uma constante reorganização do processo de trabalho. No sistema público de saúde a triagem (escolha) está sendo utilizada com esse intuito, mas com uma problemática, pois, ela apresenta uma característica excludente quando determina quem irá ou não receber o atendimento. Pensando nisso é que se estabeleceu o uso do acolhimento com a classificação de risco. Assim, à medida que o paciente chega à unidade é pré estabelecido o tempo que o mesmo pode esperar para o atendimento, determinando a gravidade do caso. Dentre os vários tipos que existem de escala de classificação de risco, o projeto pretende analisar a escala do Sistema de Manchester; pelo motivo de ser a utilizada no único Pronto Atendimento (PA) da cidade em que a pesquisa será desenvolvida. Esta escala identifica a prioridade clínica e define o tempo recomendado desde a entrada na unidade até o atendimento médico, identificando os critérios de gravidade de forma objetiva e sistematizada. Não se trata de obtenção de diagnóstico, mas na identificação da queixa principal (ALVES; GARCIA, 1999, p.128). A escala de risco de Manchester possui cinco categorias, que são identificadas por um número, nome, cor e tempo alvo até o início da observação médica inicial, nas quais o indivíduo pode ser classificado (ZIMMERMANN, 2001): 1= Emergente, simbolizado pela cor vermelha e não existe tempo de espera. O atendimento médico é imediato. 2= Muito urgente, a padronização de cor é laranja e indica que o tempo de atendimento máximo deve transcorrer em até 10 minutos. 3= Urgente, o paciente será identificado pela coloração amarela, indicando um tempo de atendimento em até 60 minutos. 4= Pouco urgente, esta classificação é simbolizada pela cor verde, sendo o atendimento prestado em até 120 minutos decorridos desde a chegada à instituição. 5= Não urgente, definida pela cor azul, nestes casos, o paciente poderá aguardar até 240 minutos. O objetivo do trabalho é caracterizar a população atendida no Pronto Atendimento Santa Isabel da Santa Casa de Caridade utilizando a ficha de atendimento de acordo com o protocolo de Manchester, através da ficha de atendimento do paciente no serviço. A população alvo da pesquisa será representada por pacientes atendidos com patologias diversas que foram atendidos no pronto atendimento de Diamantina, no período de 1º de maio a 30 de setembro de 2010. O inicio deste período coincide com a implantação da escala de risco de Manchester e os seis meses subseqüentes fornecerão os dados necessários na pesquisa. Os atendidos nesse período perfazem um total de 13000 pacientes e a amostra foi calculada admitindo-se um erro de 5% e um grau de confiabilidade de 95% chegando num total 388. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Isabella M.P. Veloso, Paulo A. Martins-Júnior, Marise Oliveira, Leandro S. Marques, Maria L. Ramos-Jorge 224 CÁRIE DENTÁRIA: IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS DE BAIXO NÍVEL SOCIOECONÔMICO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA No Brasil, a cárie dentária continua a ser a doença bucal mais prevalente em crianças, afetando aproximadamente 32% das crianças de 12 anos de idade. Na odontologia, as medidas que avaliam o auto-relato da qualidade de vida (OHRQoL) têm sido desenvolvidas e utilizadas em conjunto com os indicadores clínicos. No entanto, poucas tentativas foram feitas para avaliar OHRQoL e descrever a sua relação com cárie dentária em crianças e adolescentes nos países em desenvolvimento. Além disso, poucos estudos avaliaram o impacto da cárie dentária na qualidade de vida das crianças. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto do estado de saúde bucal na qualidade de vida das crianças de oito a dez anos com cárie dentária. Um estudo transversal foi realizado com 112 crianças de 8 a 10 anos selecionados aleatoriamente de escolas públicas no município de Diamantina, região sudeste do Brasil. Os participantes eram provenientes de famílias com baixo nível socioeconômico (renda média mensal: US $ 230). Auto-relato da qualidade de vida foi medido usando o CPQ8-10 (escores total e sub-escala) e a sua questão global sobre saúde bucal. A severidade da cárie dentária foi determinada utilizando o índice CPOD. As crianças foram categorizadas como livres de cárie = 0 ou com cárie dentária ≥ 1. Maloclusões e trauma dental foram determinados utilizando o Dental Aesthetic Index (DAI) e classificação de Andreasen & Andreasen (1994), respectivamente. Análise descritiva, correlação de Spearman, teste do qui-quadrado e modelos de regressão de Poisson ajustada hierarquicamente foram empregadas. Oitenta e quatro crianças (75%) tinham um ou mais dentes cariados. O risco relativo de ter uma percepção negativa da saúde bucal foi maior entre as crianças com cárie dentária não tratada (RR: 1:41; 95% CI: 1.13-1.75), independentemente do gênero ou da presença de maloclusão. O presente estudo demonstra que as crianças de baixo nível socioeconômico com a cárie dentária não tratada tem uma percepção negativa da condição de saúde bucal. Os resultados também indicam a importância da promoção de saúde bucal na primeira infância, uma vez que a saúde bucal é essencial para a boa saúde geral e qualidade de vida. Assim, a mensuração e a conciliação dos critérios normativos com os critérios subjetivos de cada paciente são importantes, pois permitem uma melhor compreensão do indivíduo e da capacidade de adaptação à sua condição de saúde. O presente estudo fornece evidências sobre o impacto da cárie dentária na vida diária das crianças de oito a dez anos de idade, considerando-se aspectos funcionais e bio-psicossociais. Além disso, os resultados sugerem que crianças com cárie dentária tem maior risco de sofrer impactos negativos na qualidade de vida, independentemente da idade, gênero ou maloclusão. Apoio: CAPES, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 225 CIANOACRILATO VERSUS LASER NO TRATAMENTO DA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA CERVICAL - ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO DUPLO CE G O Raphael C. Guimarães, Camila G. de Sá Azevedo, Fabiana R. de Matos, Natália Mª V. Barbosa, Maria Letícia R. Jorge, Patricia F. Gonçalves, Olga D. Flecha. Email: e-mail: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA A hipersensibilidade dentinária cervical é uma resposta dolorosa exagerada a estímulos considerados normais como o frio, doces, escovação e que trazem extremo desconforto aos pacientes. O tratamento é através de inúmeros procedimentos, que podem feitos em casa pelo próprio paciente, ou nos consultórios odontológicos com custo variado de acordo com sua complexidade. O laser parece trazer bons resultados, mas é caro e pouco acessível para a maioria das pessoas. O cianoacrilato tem sido largamente utilizado em medicina e odontologia, na maioria das vezes, em procedimentos cirúrgicos. Existem poucos relatos na literatura sobre sua ação como dessensibilizante, mas com resultados significativos e, portanto, promissores. Quando testado, foi utilizado sob a forma comercialmente conhecida como Super Bonder®. É um procedimento mais simples, acessível e menos oneroso que o tratamento com o laser. O objetivo deste ensaio clínico foi de avaliar a efetividade do Super Bonder® na redução ou eliminação da hipersensibilidade dentinária cervical quando comparado ao laser. Fizeram parte deste estudo 62 pacientes, sendo 15 homens e 47 mulheres, com idade entre 12 e 60 anos. A hipersensibilidade dentinária cervical foi constatada através de teste térmico (jato de ar da seringa tríplice) e os participantes foram os que responderam a este teste com um escore ≥5 em uma Escala de Avaliação Numérica. Foram incluídos no estudo 434 dentes sensíveis, que foram randomizados por quadrante (split-mouth design) sendo 216 alocados para o grupo do laser e 218 para o grupo do Super Bonder®. Testes térmicos com spray de tetrafluorometano (Endo-Ice®) e jato de ar da seringa tríplice foram feitos e considerados como baseline. Uma Escala de Avaliação Numérica registrou os parâmetros de dor relacionados aos estímulos provocados. Vinte e quatro horas, 30, 90 e 180 dias após as aplicações os dentes foram novamente testados. Como não houve distribuição normal dos dados, testes não-paramétricos foram aplicados Sempre foi utilizado o IC de 95% e a significância adotada foi de p = 0,05. Para as avaliações entre e intra-grupos foram aplicados os testes de Mann-Whitney e Wilcoxon respectivamente. Os resultados demonstraram que não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos. Nos resultados intra-grupos observou-se que o resultado obtido com o cianoacrilato na avaliação de 24 horas permaneceu por até 90 dias ao teste com jato de ar e por 30 dias ao teste com Endo Ice®. Houve diferenças significativas entre todas as outras comparações de tempos intra-grupos (p<0,001). Concluiuse que o Super Bonder® tem um efeito imediato que perdura por até 90 dias e que o efeito do laser é progressivo. Entretanto, ao final de 180 dias ele é tão efetivo quanto o laser no tratamento da hipersensibilidade dentinária cervical. São resultados clinicamente relevantes levando em conta seu custo muito mais reduzido, maior facilidade na aplicação, sua maior disponibilidade e acessibilidade. Apoio: CAPES - FAPEMIG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Fernanda R. Bernardes, Arthur N. Arrieiro, Antônio E. de M. Pertence, Renato G. T. Filho 226 COMPARAÇÃO DA DEFORMAÇÃO DE AMORTECEDORES SUBMETIDOS À COMPRESSÃO ENTRE OS DIFERENTES TAMANHOS DE CALÇADOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL Introdução: Os calçados de corrida foram os primeiros a serem beneficiados com tecnologias de amortecimento, sendo o conforto e performance preocupações crescentes dos consumidores1. Os amortecedores atenuam a força de reação do solo após o contato inicial do pé durante a corrida, reduzindo assim o impacto aplicado no calcâneo e nas articulações2,3. O amortecimento traz benefícios em relação a prevenção de lesões, melhora da performance e altera a biomecânica da marcha4; entretanto ainda não são conhecidas informações referentes à mudanças de densidade do material do amortecedor em relação à numeração do calçado, ou seja, calçados de menor numeração deveriam possuir material menos denso nos amortecedores por atender uma parcela da população com menor peso corporal comparado à indivíduos que calçam numerações maiores. Este estudo teve como objetivo comparar a deformação de amortecedores submetidos à compressão entre diferentes tamanhos de calçados esportivos de um mesmo modelo e marca. Método: Trata-se de um estudo observacional com corte transversal onde foram avaliados 8 calçados esportivos novos, idênticos, variando apenas a cor e tamanho partindo da numeração 36BR até a 43BR. A região do amortecedor de cada calçado foi submetida à compressão através de um cilindro metálico com área de 78,54 cm2 acoplado a uma prensa hidráulica de 15 toneladas (Marcon) que exercia carga variável de 10 kg com incrementos de 10 kg até alcançar 100 kg. A carga era monitorada pelo dinamômetro digital Homis 2100. A deformação linear do amortecedor foi registrada através de uma régua milimetrada acoplada ao sistema. A analise de dados foi realizada através do pacote estatístico SPSS versão 18.0. Inicialmente foi executado o teste Shapiro-Wilk para analisar a distribuição dos dados. Para a comparação dos dados foi utilizado o teste MANOVA seguido do teste post hoc de Tukey. Para todos os testes foi considerado o nível de P < 0,05. Resultado: Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre a deformação linear dos amortecedores e os números de calçados para todos os 10 ensaios com cargas variando de 10 kg à 100 kg com incrementos de 10 kg. Este resultado sugere que calçados de números diferentes não apresentam variação em relação à densidade do material do amortecedor. Conclusão: Apesar do aumento de custo de produção de calçados com densidade de material do amortecedor específica para faixas de peso corporal de atletas, acredita-se que com tal diferenciação as propriedades mecânicas dos amortecedores seriam potencializadas auxiliando assim a redução de lesões esportivas. Apoio: PIBIC/FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 227 COMPORTAMENTO ALIMENTAR E CONTROLE DO PESO CORPORAL: RESTRIÇÃO, DESINIBIÇÃO ALIMENTAR E PERCEPÇÃO DE FOME EM MULHERES EUTRÓFICAS E COM SOBREPESO Maura O. Costa; Ana Maria F. Viana; Lauane G. Moreno; Mayara M. F. Carvalho; Elizabethe A. Esteves. Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO O comportamento alimentar é preditor do ganho de peso em adultos. Pesquisas que caracterizem diferenças em componentes deste (restrição, desinibição e percepção de fome) entre indivíduos com excesso de peso e eutróficos são escassas. Objetivou-se avaliar e comparar os níveis de restrição (RA), desinibição alimentar (DA) e percepção de fome (PF) entre mulheres eutróficas (GE, n=16) e com sobrepeso (GS, n=16) e avaliar a correlação entre seus escores com variáveis de adiposidade e de ingestão alimentar. Foram avaliados o índice de massa corporal (IMC), a circunferência da cintura (CC), a composição corporal (CCo), a ingestão calórica e de macronutrientes (ICM) e os escores de RA, DA e PF por meio do Three Factor Eating Questionnaire – TFEQ. As médias de IMC, CC, CCo, ICM, RA, DA e PF foram comparadas entre os grupos. Correlações entre RA, DA ou PF e as demais variáveis em cada grupo foram avaliadas. As médias de IMC, CC, CCo, ICM, RA, DA e PF foram superiores para o GS. Metade ou mais das mulheres do GS apresentaram moderados ou altos níveis de RA, DA ou PF. Escores médios dessas variáveis (9,56; 9,81 e 7,19, respectivamente) foram superiores para esse grupo e tenderam ao “elevado”. Houve correlação positiva para o GS entre a PF e a IMC (p<0,05). O comportamento alimentar dessas mulheres está relacionado com o peso e a composição corporal. Estratégias que visem adaptações no controle cognitivo da ingestão alimentar tornam-se ferramentas úteis no controle do peso corporal. Palavras-chaves: Comportamento alimentar. Restrição. Desinibição. Fome. Peso corporal. Composição corporal. Apoio: Departamento de Nutrição/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Talita N. Teixeira, Alcione P. S. Caldeira, Mariuze L. P. Oliveira, Lidiane G. Oliveira, Nísia A. V. Dessimoni-Pinto, Reinaldo C. Santana, Elizabethe A. Esteves 228 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE POLPAS DE PEQUIS (CARYOCAR BRASILIENSE CAMB.) DE DUAS REGIÕES DO CERRADO MINEIRO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO O pequi (Caryocar brasiliense Camb.) possui reconhecido valor socioeconômico e grande aceitação pela população em sua área de ocorrência. O conhecimento de sua composição química é fundamental para se avaliar a disponibilidade de nutrientes e gerar informações indispensáveis à orientação nutricional. Adicionalmente, alguns fatores podem exercer influência na sua composição química, tais como o local de crescimento, clima, solo, dentre outros. O objetivo deste estudo foi determinar a composição centesimal e o perfil de minerais em polpas desidratadas de pequis oriundos de duas regiões distintas do cerrado mineiro (R1 e R2). Os frutos foram coletados de ambas as regiões, de 10 matrizes georreferenciadas, higienizados; as polpas foram removidas, secas em estufa (65 oC/48 h), trituradas e acondicionadas a -18 oC até sua utilização. Determinou-se a composição em proteínas, lipídeos, umidade, cinzas e os carboidratos totais por diferença. Em relação aos minerais, os extratos da matéria seca foram obtidos por digestão nitroperclórica. O fósforo foi determinado por colorimetria. O cálcio, o magnésio, o cobre, o ferro, o manganês e o zinco por espectrofotometria de absorção atômica, enquanto que o potássio, por fotometria de chama. Todas as análises foram realizadas em três repetições e os resultados foram comparados por ANOVA em nível de 5% de probabilidade. Para a R1, encontraram-se teores de 5,66±0,10 g/100g de umidade; 0,84±0,06 g/100g de cinzas; 4,38±0,07 g/100g de proteínas; 65,47±0,15 g/100g de lipídeos e 23,68±0,31 g/100g de carboidratos totais. Para a R2, esses valores foram de 5,23±0,39; 1,44±0,09; 4,63±0,26; 66,13±0,34 e 22,57± 0,74 g/100g, respectivamente. Os teores de lipídeos e cinzas foram superiores para a R2 (p<0,05) e não houve diferença significativa para as demais variáveis da composição centesimal. Em relação aos minerais, a R2 apresentou maior quantidade de P (62,23±1,80mg/100g), K (461,67±17,90 mg/100g), Ca (126,67±1,53 mg/100g), Mg (89,33±1,53 mg/100g), e menor de Mn (1,43±0,07 mg/100g) (p<0,05). Não houve diferença para os teores de Zn, Fe e Cu. Entretanto, o teor de Fe encontrado na R1(3,39±0,15 mg/100g) correspondeu a 42% da recomendação de ingestão diária de homens de 31 a 50 anos. Outro mineral que se destacou na R1 foi o Mn, pois o valor encontrado (3,80±0,27 mg/100g) foi superior ao da recomendação de ingestão diária para a faixa de 31 a 50 anos (2,3 mg/100g) no sexo masculino. As diferenças encontradas em alguns constituintes avaliados podem ter sofrido influência de características edafoclimáticas distintas entre as duas regiões, especialmente, clima, composição do solo e idade das plantas. Apoio: FAPEMIG, IEF/MG, SECTES/MG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Bianca Luisy Santos Alves, Giulian Gabriela Mendes Silva, Elisângela Maria Borges, Carliaine Aparecida Siqueira, Elaine Oliveira Leite, Nadia Veronica Halboth, Maria da Penha Firmes 229 CONCEPÇÕES DE PROFISSIONAIS TÉCNICAS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM A REPEITO DO SUICIDÍO EM DIAMANTINA-MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA O suicídio hoje é um tema amplamente discutido, no entanto ainda existe um grande preconceito acerca do assunto, embora os índices mundiais, segundo a Organização Mundial de Saúde, sejam altos. E, no município de Diamantina – MG, apesar da carência de informações oficiais, a realidade não é diferente. O presente estudo teve como objetivo principal conhecer as concepção de técnicos e auxiliares de enfermagem a respeito do suicídio e de comportamentos suicidas, verificando se os mesmos realizam alguma ação preventiva quando do atendimento desses comportamentos. Realizou-se entrevista semi-estruturada, de natureza individual com quatorze técnicas e auxiliares de enfermagem do Município de Diamantina - MG. O estudo foi de caráter social, investigativo e descritivo, com abordagem qualitativa. As entrevistas foram desenvolvidas a partir de cinco perguntas relacionadas ao tema, sendo gravadas nos locais de trabalho dos sujeitos de pesquisa (Hospitais e Estratégias de Saúde da Família). Posteriormente as entrevistas foram transcritas na íntegra e analisadas. As profissionais da área de enfermagem entrevistadas relataram que os fatores que levam uma pessoa a se suicidar são: fatores estressantes tais como problemas de família e de relacionamentos, falta de dinheiro, falta de fé e de Deus, bem como doenças mentais como a depressão. Seis delas atenderam pacientes que tentaram suicídio através de envenenamento e automutilação. Com relação ao atendimento prestado, embora o principal aspecto levantado tenha se referido os procedimentos técnicos (que são fundamentais), dez ressaltam a importância de conversar com o paciente, procurar saber o porquê da tentativa e orientá-las a procurar atendimento espiritual, ajuda e o serviço de atenção básica. Todas acreditam que o suicídio pode ser prevenido na maioria dos casos, porém ressaltam que é preciso apoio da família e força de vontade da pessoa, além de investimento público em melhorias na qualidade de vida. Poucas se colocaram como tendo um papel importante na prevenção. Conclui-se que é necessário buscar estratégias de sensibilização das profissionais para melhor assistir pacientes com comportamentos suicidas, além de promover a prevenção de suicídios através do aumento da percepção sobre a importância do tema e da disseminação de informações corretas. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Sueli F. Fonseca; Mateus R. Amorim; Arthur N. Arrieiro; Marco Fabrício D. Peixoto; Fernando J.G. Lopes; Ana Cristina R. Lacerda. 230 CONFIABILIDADE DO LIMIAR DE LACTATO PELO MÉTODO VISUAL Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL O limiar de lactato (LL) é utilizado como um marcador da acidose metabólica e representa o momento durante o exercício em que o lactato sanguíneo começa aumentar de forma exponencial. Este LL tem sido utilizado como medidor de condicionamento físico, indicador sensível do estado do treinamento aeróbico em sujeitos saudáveis e doentes. Além disso, auxilia na identificação do estímulo de treinamento ideal e na prescrição da intensidade de exercício. Para interpretação e detecção do momento do limiar de lactato, modelos matemáticos têm sido propostos, bem como o método de detecção visual. Este último método é bastante utilizado na prática clínica e é considerado o padrão ouro para a avaliação de variáveis metabólicas e ventilatórias. Entretanto, até onde se sabe, a confiabilidade das medidas derivadas por meio do método de detecção visual, ainda não foi estudada. Diante disso, medidas de confiabilidade dessa técnica, tornam-se imperativas, para assegurar os reais valores obtidos. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a confiabilidade intra e interexaminadores das medidas do LL obtidas por meio do método de detecção visual. Para isso, 31 voluntárias do sexo feminino (68 ± 4 anos; 1,52 ± 0,07 m; 64,55 ± 11,46 kg), saudáveis e no período pós-menopausa, participaram do estudo. O LL foi determinado a partir de um teste realizado em esteira ergométrica até a fadiga, que consistiu de estágios com carga progressiva (variação da velocidade e/ou inclinação). Amostras de sangue foram coletadas por meio de uma punção na polpa digital do dedo médio a cada 3 minutos durante o teste. Em seguida, foram confeccionados os gráficos do método de detecção visual (software Prisma5) a partir da concentração de lactato sanguíneo coletado a cada estágio do exercício (intervalo de 3 minutos) em função do consumo de oxigênio (VO2) estimado durante o teste na esteira. A análise estatística foi realizada através do Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). A confiabilidade intraexaminador foi considerada excelente (0,950 - 0,952) e a confiabilidade interexaminadores foi boa (0,789 – 0,770). Portanto, conclui-se que o método de detecção visual possui boa reprodutibilidade e aplicabilidade, sendo uma forma segura e confiável de detectar o limiar de lactato na prática clínica, bem como em pesquisas. Apoio: CNPQ, FAPEMIG, CAPES e Santa Casa de Caridade de Diamantina XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Larissa A. A. Alves, Vanessa P. Teixeira, Jonathan L. Moreira, Carlos V. M. Filho, Fernanda O. Ferreira, Cynthia F. F. Santos, Márcia M. O. Lima. 231 CORRELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM GRUPO DE UNIVERSITÁRIOS DA UFVJM Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL Novas Diretrizes orientam sobre avaliação precoce dos níveis de Atividade Física (AF) visando à conscientização e controle de fatores de risco para doença cardiovascular ( Physical Activity Guidelines 2008). Instrumentos de avaliação do nível de AF, como questionários, têm sido utilizados, entretanto pouco se explora sobre sua relação com testes de esforço e qualidade de vida (QV). Este estudo objetivou analisar a relação entre duas medidas de avaliação do nível de AF e correlacioná-las com QV em universitários. Um projeto piloto avaliou, em estudo descritivo transversal, 43 universitários, 20,4 ± 1,6 anos, 55,8 % homens, IMC 23,6 ± 4,4 Kg/m2. Na análise do nível de AF utilizou-se o questionário IPAQ-8 e o Teste de Cooper (TC); e para avaliação da QV usou-se o SF-36. Utilizou-se os testes de correlação de Spearman e Anova, sendo significativo p<0,05. Apesar de classificados pelo IPAQ como Muito Ativos (MA= 20,9%), Ativos (A= 46,5%), Irregularmente Ativos A (IAA=11,6%) e Irregularmente Ativos B (IAB=18,6%), a classificação pelo TC demonstrou um resultado nos menores escores da escala: Leve (L= 7,5 %), Fraca (F= 25%), e Muito Fraca (MF= 67,5%). Assim, não se observou correlação significativa entre IPAQ e TC (r=0,304, p=0,06); entre TC e domínios físicos e aspecto social do SF-36 (aspecto físico r=0,05 e p=0,753; capacidade funcional r= -0,072 e p=0,661; aspecto social r=0,094 e p=0,569). Entretanto, correlação significativa foi notada entre IPAQ e componentes do SF-36 (aspecto físico r=0,35 e p=0,020; e aspecto social r=0,31 e p=0,049). Observou-se diferença significativa no aspecto social em relação ao TC (F=5,5, p=0,008), indicando melhora no domínio social para indivíduos com melhor desempenho no teste. Não se observou correlação entre os instrumentos de avaliação da percepção do nível de AF (IPAQ e domínios funcionais do SF-36) com aqueles mensurados pelo TC, sugerindo uma percepção inadequada da condição física apontando para a aplicabilidade de medidas mais diretas no rastreamento e na adoção de práticas de atividade física. Os dados também demonstram melhora no aspecto social em indivíduos mais ativos. Quando o objetivo é avaliar grupos populacionais, instrumentos de fácil aplicação e de baixo custo como o IPAQ são fundamentais. Entretanto, outros estudos também tem demonstrado que o IPAQ quando comparado á outros métodos de avaliação do nível de AF, parece superestimar o resultado, tornando o indíviduo mais ativo. PARDINI et al, 2001, compararam o IPAQ com um sensor de movimentos: o Computer Science & Aplications (CSA) que quantifica os movimentos realizados nos três planos e verificaram que houve uma tendência de superestimar. BENEDETTI et al, 2007 encontraram uma baixa correlação entre o IPAQ x pedômetro, (rs= 0,24; k = 0,03) e o IPAQ x Diário de Atividade Física de Bouchard (RS = 0,38; k = 0,35). Assim, torna - se necessário mais estudos que comparem o IPAQ a outros instrumentos mais diretos de avaliação de nível de atividade física. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Maria L. Faria; Patrícia Wichr 232 CRIANÇA, CRECHE E SAÚDE Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM A creche é uma dessas instituições e surge acompanhando a estruturação do capitalismo, a crescente urbanização e a necessidade de reprodução da força de trabalho, já que, agora, além dos homens, as mulheres, que antes tinham como tarefa o cuidado de suas famílias, tiveram que ir para as fábricas e ajudar no sustento da casa (Pirri,2009). O difícil controle das doenças de maior prevalência na infância e a natural vulnerabilidade de tal faixa etária remete a necessidade de profissionais de saúde inseridos nessas instituições juntamente com educadores e família/cuidadores.Este estudo justifica-se pelos fatores relatados acima, uma vez que temos atualmente 24,9 óbitos para cada 1000 nascidos vivos, dos quais 18,2%são por causas evitáveis, denotando a importância da inserção de profissional de saúde na creche, da assistência à saúde no âmbito desta e da capacitação da equipe.Será realizado um estudo descritivo, de abordagem qualitativa.O município de Diamantina possui um total de 06 creches públicas mantidas por esse, sendo que todas farão parte do estudo. Participarão da pesquisa Todos os profissionais da equipe que atuam no local do estudo como cuidadores das crianças, num total de 30 profissionais. Os dados serão coletados através de entrevista com instrumento de perguntas abertas em sala privativa à escolha do entrevistado, no seu ambiente de trabalho, durante seu turno, individualmente. Conforme resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS), de 10 de Outubro de 1996, o projeto de pesquisa foi submetido à análise pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Seguindo os princípios estabelecidos pela resolução 196/96 (CNS), será entregue uma carta de apresentação a todos da equipe do local de estudo descrevendose os principais pontos envolvidos na realização da pesquisa. Além disso, os profissionais da equipe receberão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para que possam optar livremente pela sua participação na pesquisa. Os resultados dessa reafirmam a necessidade de considerarmos, em qualquer nível de formação das educadoras infantis das creches, a inclusão de conhecimentos sobre o processo saúde e doença, uma vez que as mesmas não possuem capacitação sobre a saúde, proporcionando a criança uma assistência baseada nas concepções derivadas do dia a dia e, algumas vezes, uma assistência unisetorial baseada na visão do médico do Posto de Saúde, quando este se localiza próximo à creche. Pode-se constatar que se faz necessário a tomadas de medidas referentes à educação contínua entre os profissionais de saúde e as cuidadoras das crianças e/ou a inserção de um profissional de saúde no âmbito da creche, o que levaria a uma assistência intersetorial, priorizando medidas de promoção da saúde e prevenção de doenças, mas não diminuindo as responsabilidades do posto de saúde e dos familiares. Apoio: Secretaria de Educação de Diamantina, Universidade Federal dos vales do Jequitinhonha e Mucuri XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Alcione P. S. Caldeira, Talita N. Teixeira, Mariuze L. P. Oliveira, Lidiane G. Oliveira, Nísia A. V. Dessimoni-Pinto, Reinaldo C. Santana, Elizabethe A. Esteves 233 DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM POLPAS DE PEQUI (CARYOCAR BRASILIENSE CAMB.) DE DUAS REGIÕES DO CERRADO MINEIRO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO A polpa do pequi (Caryocar brasiliense Camb.) tem se destacado por ser apresentar altos teores de óleo e de proteínas. Entretanto, pouco se conhece sobre o seu conteúdo em compostos bioativos (CBAs) de interesse para a saúde humana, nem tampouco sobre as diferenças de composição de frutos oriundos de regiões distintas. O objetivo deste estudo foi determinar os teores de fenólicos totais, flavonóides, antocianinas, carotenóides totais, nitratos e ácido oxálico em polpas de pequi desidratadas, oriundas de duas regiões distintas do cerrado mineiro (R1 e R2). Os frutos foram coletados de ambas as regiões, de 10 matrizes georreferenciadas, levados ao laboratório e higienizados. A seguir, as polpas foram removidas, secas em estufa (65 oC/48 h), trituradas e acondicionadas a -18 oC até o momento de sua utilização. Com exceção do ácido oxálico, que foi determinado por titulação a quente, os demais CBAs foram determinados por espectrofotometria. Todas as análises foram realizadas em três repetições e as médias dos resultados foram comparadas por ANOVA em nível de 5% de probabilidade. Os teores de fenólicos totais e flavonóides foram superiores na R2 (185,85 e 181,61 mg/100g, respectivamente) comparado com a R1 (154,43 e 135,87 mg/100g, respectivamente) (p<0,05). Encontrou-se um teor de antocianinas de 6,06 mg/100g na R1 e de 4,25 mg/100g na R2 e de carotenóides, de 11,76 mg/100g e 13,15 mg/100g, respectivamente. Já para os nitratos, os valores encontrados foram 166,75 mg/100g para R1 e 167,91 mg/100g para R2 e para o ácido oxálico, 12,45 mg/100g e 12,80 mg/100g, respectivamente. Não houve diferença significativa entre as regiões para os teores de antocianinas, carotenóides, nitratos e ácido oxálico (p>0,05). Características edafoclimáticas distintas e idade da planta são exemplos de fatores que podem ter influenciado nas diferenças encontradas entre as regiões. Isto demonstra a importância de se conhecer a composição em CBAs deste fruto em diferentes regiões do Brasil, visto que a ingestão desses compostos tem sido associada à redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis. Apoio: FAPEMIG, IEF/MG, SECTES/MG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Mônica L. Morais, Anne Caroline. R. Silva; Nísia V. A. D. Pinto 234 DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO EM FRUTOS DO CERRADO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO Nos anos recentes observa-se cada vez mais o interesse pelo estilo de vida e envelhecimento saudável; conseqüentemente, o interesse em alimentos ricos em antioxidantes tem crescido notavelmente. Os antioxidantes são compostos que previnem, retardam ou inibem a produção de espécies reativas de oxigênio. Os antioxidantes naturais, além de impedirem a deteriorização natural dos alimentos podem minimizar os danos oxidativos ao nosso organismo. Diante da busca por alimentos ricos em antioxidantes o presente trabalho teve como objetivo analisar a atividade antioxidante total na semente, mesocarpo e casca dos frutos do cerrado Solanum lycocarpum (lobeira), Caryocar brasilense (pequi) e Myrciaria cauliflora (jabuticaba), respectivamente, utilizando diferentes métodos de quantificação. Os frutos foram coletados no Alto Vale Jequitinhonha, processados, armazenados e analisados no Laboratório de Tecnologia e Biomassas do Cerrado. Para cada amostra foram pesados, aproximadamente, 1 grama em balança analítica. O extrato foi obtido utilizando acetona 70%, metanol 50% e água nas seguintes proporções 2:2:1. As análises da atividade antioxidante total in vitro foram realizadas pelas metodologias DPPH, Captura do Radical Livre ABTS, Redução do Ferro (FRAP) e Sistema Beta Caroteno/Ácido Linoléico. Foram realizadas três diluições diferentes dos extratos anteriormente processados. Alíquotas dessas diluições de diferentes volumes foram retiradas e completadas com reagentes para as análises, o volume retirado e os determinados reagentes correspondiam a cada metodologia específica. Para obtenção dos resultados foram feitas as leituras em espectrofotômetro e cálculos correspondentes. A semente de lobeira apresentou para DPPH, ABTS, FRAP os seguintes resultados 18,14 g fruta/g DPPH; 820,00 μM trolox/g,167,11 μM sulfato ferroso/g de fruta, respectivamente. Já o pequi mesocarpo teve como resultado os seguintes índices de atividade antioxidante DPPH: 8,34 g fruta/g DPPH; ABTS: 1.230,01 μM do trolox/g; FRAP: 2.085,70 μM sulfato ferroso/g de fruta. E a casca de jabuticaba para DPPH: 12,60 g fruta/g DPPH; ABTS: 1.017,80 μM trolox/g; FRAP: 1.677,00 μM sulfato ferroso/g de fruta. Para o método Beta Caroteno/Ácido Linoléico com amostras na concentração de 1g/L os frutos apresentaram 61,06% de proteção na lobeira, 81,25% para pequi mesocarpo e 75,96% para casca da jabuticaba. O fruto que apresentou maior atividade antioxidante foi o pequi (Caryocar brasilense) mesocarpo seguido das cascas de jabuticaba (Myrciaria cauliflora) e sementes da lobeira (Solanum lycocarpum). Diante de tais resultados, pode-se dizer que os frutos do cerrado apresentam potencial antioxidante e, portanto, devem ser mais exaustivamente estudados visando sua correlação entre tal efeito e as atividades biológicas por eles determinadas. Apoio: CNPQ,UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Thereza R. M. Azeredo, Christiane M. Araújo, Pâmela B. Alves, Ângelo M. P. Leite, Larissa L. Figueiredo, Emerson V. O. Braga, Fernando P. Chaves 235 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA SAÚDE LABORAL NA COMUNIDADE Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM Saúde do trabalhador é um campo do saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde-doença. O trabalho interfere diretamente na maneira de viver do ser humano e na sua forma de organizar a vida. O Sistema Único de Saúde, como forma de compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde-doença, preconiza o desenvolvimento da Saúde do Trabalhador dentro dos programas da Atenção Básica, principalmente por meio da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS). No entanto, não se observa de forma efetiva na prática, ações voltadas para a avaliação das práticas laborais e causas de adoecimento relacionadas ao trabalho, sendo escassas as discussões sobre saúde do trabalhador na comunidade. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou elaborar um Diagnóstico Administrativo de uma Estratégia de Saúde da Família do município de Diamantina, Minas Gerais, acerca das ações desenvolvidas em Saúde do Trabalhador. Trata-se de um trabalho quali-quantitativo em que os dados foram coletados por meio de inquéritos aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFVJM. Primeiramente, foi sorteada uma microárea da ESF. Posteriormente, foi aplicado o Inquérito 1, fechado, com questões relacionadas às atividades desenvolvidas, vínculo empregatício, faixa etária e gênero a 15% dos trabalhadores de uma microárea, sorteados por meio das Fichas A. Foram identificados 212 trabalhadores nesta microárea e portanto, aplicado o inquérito a 15% (n=32). O segundo inquérito aborda questões relacionadas ao estado de saúde atual, pregresso e familiar, hábitos de vida que possam representar risco à saúde cardiovascular e doenças potenciais ou instaladas, além do levantamento dos riscos físicos, biológicos e químicos que possam estar relacionadas com a organização do trabalho. Foi aplicado aos mesmos trabalhadores que responderam ao Inquérito 1. Para a complementação dos dados, foram aferidos: pressão arterial, circunferência abdominal, peso, altura e calculado o índice de massa corporal. Para análise estatística dos dados utilizou-se o programa SPSS versão 12.0 A amostra de trabalhadores entrevistados caracterizou-se por uma população jovem, de baixa escolaridade, alocada em sub-empregos e sedentários. Dentre as queixas mais comuns destacam-se as lombalgias, alergias e tendências depressivas, porém não foi observado o uso exagerado de bebidas alcoólicas e o risco cardiovascular apresentado é baixo. A procura por acompanhamento odontológico também foi baixa entre os entrevistados. Portanto, as possíveis intervenções relacionadas à saúde do trabalhador na comunidade devem ser direcionadas a prevenção de doenças osteoarticulares, processos alérgicos, e encaminhamento para acompanhamento com o serviço de psicologia, possibilitando ao trabalhador executar as suas atividades de forma saudável, consciente e responsável. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Guilherme S. Ramos, Paulo Henrique C. Ferreira, Lucas C. Santana, Fabiana F. R. Soares, Helisamara M. Guedes 236 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM: IDENTIFICAÇÃO NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA DA SANTA CASA DE CARIDADE DE DIAMANTINA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM Os diagnósticos de Enfermagem (DE) fornecem subsídios para intervenções capazes de produzir os efeitos desejados do tratamento e determinar resultados satisfatórios para os diversos problemas que acometem o paciente. Por oferecer uma linguagem padronizada, os DE são de suma importância para todos os níveis da prática de enfermagem, facilitando a comunicação entre os enfermeiros, a troca de informações entre a equipe e contribuindo na continuidade da assistência. Este estudo objetivou levantar o perfil de diagnósticos de enfermagem através dos dados extraídos da planilha “SAE em Terapia Intensiva – Diagnósticos de Enfermagem em CTI” de pacientes internados no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Santa Casa de Caridade de Diamantina. Trata-se de um estudo retrospectivo e documental extraídos de 45 prontuários de pacientes internados no período de abril a julho de 2009. Foi realizada a análise estatística através do Programa SPSS, versão 18.0. Os resultados mostraram que os DE estão divididos em oito categorias: sistema cardiovascular, respiratório, renal, nervoso, distúrbios gastrointestinais, alteração cutâneo/mucosa, alterações psicossociais, termorregulação. Observou-se a presença de 33 pacientes do sexo masculino (72,73%) e 12 do feminino (27,27%). A média de idade dos pacientes internados foi de 51 anos sendo que a faixa etária variou de 12 a 87 anos. Os DE que apresentaram uma maior freqüência foram: Risco de infecção (100%), Risco para integridade da pele prejudicada (83%), Mobilidade física prejudicada (80%), Risco de desequilíbrio de volume de líquido (74%), Déficit no autocuidado (73%), Risco para alteração da nutrição menos que o corpo necessita (67%), Risco para aspiração (49%), Risco para perfusão tissular ineficaz (43%), Risco de desequilíbrio da temperatura corporal (40%), os demais DE apresentaram frequência menor que 30%. Concluise que a partir da identificação desses DE pode-se criar intervenções direcionadas para minimizar e solucionar os problemas encontrados, uma vez que os DE permitem a caracterização dos riscos e problemas de saúde, que podem ser melhorados e/ou resolvidos a partir de intervenções prescritas pelo enfermeiro, considerando as peculiaridades de cada indivíduo hospitalizado no CTI. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Sabrina M. da Cunha, Renan N. da Mata, Liliane C. C. Ribeiro, Denise P. Resille. 237 DIFERENÇA NA CONCEITUAÇÃO DE DOENÇAS TRANSMITIDAS PELA ÁGUA E DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS: REVISÃO INTEGRATIVA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA A Vigilância Sanitária define surto de Doença Transmitida por Alimento - DTA como um incidente em que duas ou mais pessoas apresentam uma enfermidade semelhante após a ingestão de um mesmo alimento, e as análises epidemiológicas apontam este mesmo alimento como a origem da enfermidade. As Doenças Transmitidas pela Água ou Doenças de Veiculação Hídrica, são causadas principalmente por microorganismos patogênicos de origem entérica, animal ou humana, transmitidas basicamente pela rota fecal-oral, ou seja, são excretados nas fezes de indivíduos infectados e ingeridos na forma de água ou alimento contaminado por água poluída com fezes. Existe certo conflito de definições quando a origem da DTA e por veiculação hídrica. Portanto, o objetivo deste estudo foi propor uma revisão da literatura com o intuito de esclarecer as informações a respeito das definições e diferenciações dos termos das Doenças Transmitidas por Alimentos e das Doenças Transmitidas pela Água e de Veiculação Hídrica. Foi realizado levantamento bibliográfico na Biblioteca Virtual em Saúde, sendo que os critérios de seleção foram artigos publicados em português no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2010. Para o descritor doença transmitida por alimento foram encontrados 251 artigos no LILACS, 5745 no MEDLINE, e no SciELO nenhuma publicação foi encontrada; para o descritor doenças transmitidas pela água encontrou-se 11 artigos no LILACS, 3 no MEDLINE, e no SciELO nenhum resultado; com o descritor intoxicação alimentar foram identificados 356 artigos no LILACS, 10455 no MEDLINE e 2 publicações no SciELO. Após os cruzamentos entre os descritores e a análise dos resultados segundo os critérios de inclusão, foi extraída uma amostra de 09 artigos que se enquadravam no perfil da pesquisa. Dentre os artigos incluídos na revisão integrativa, verificamos que na variável categoria profissional do primeiro autor, 04 correspondem a farmacêuticos e em 05 dos artigos não foi possível identificar a graduação do autor. Foram observadas apenas discussões à respeito da epidemiologia, agentes etiológicos e dos fatores agravantes. Faz-se necessário a unificação e padronização dos termos usados nas publicações avaliadas. Apoio: Pró-saúde Enfermagem/UFVJM, PET-Saúde/Vigilância em Saúde/ SMS/Diamantina – MG, GRS/D. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ivy S. C. Pires, Lucilene S. Miranda, Rafaella L. Alves, Nathália de S. Lara, Leilane A. Ávila, Sabrina M. da Cunha 238 DIFICULDADES ENCONTRADAS POR MÃES DURANTE O ALEITAMENTO MATERNO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO O Leite Materno garante proteção à saúde da criança principalmente nos primeiros meses de vida. Suas propriedades antiinfecciosas protegem às crianças contra doenças diarréicas e respiratórias além disso, ele garante o ganho de peso adequado ao longo dos meses, sendo essencial para o desenvolvimento e crescimento da criança.O desmame precoce, que pode acarretar vários problemas na saúde das crianças, é influenciado principalmente por dificuldades que as mães possuem com a amamentação. Este estudo tem como objetivo avaliar as principais dificuldades encontradas pelas mães durante o período de aleitamento. Aplicou-se um questionário sobre características da introdução de novos alimentos e amamentação às mães de três bairros de Diamantina e em um de Presidente Juscelino – MG, totalizando 165 voluntárias. Destas, 98,78% fizeram o pré-natal. O número de consultas variou de uma a dezoito,sendo que 11,51% das mães fizeram no mínimo seis consultas e 26,06% fizeram nove consultas e 7,87% não souberam responder esta pergunta. Quando perguntadas se algum profissional da saúde havia conversado sobre aleitamento materno no pré-natal 14,54% disseram que não, 27,87% sim e em grupo, 35,15% relataram que sim individualmente, 19,39% sim individualmente e em grupo e 2,42% não lembravam. Em relação às dificuldades para amamentar 40,60% tiveram algum problema no período de aleitamento, enquanto que 59,39% não tiveram intercorrências. Grande parte das dificuldades foram mamas ingurgitadas, empedradas, mastite e bico com rachaduras representando 26,66%. Observou-se que 10,30% das mães achavam seu leite fraco ou insuficiente, 3,03% tiveram que parar de amamentar para trabalhar. O percentual de mães que amamentaram ou ainda amamentam seus filhos até 2 anos foi de 4,21%, até os.6 meses 9,63% e 3 meses 6,02%. Diante do exposto vê-se que muitas vezes as mães não são orientadas corretamente sobre o aleitamento materno e acabam por enfrentar diversas dificuldades neste período. Cabe aos profissionais de saúde esclarecerem melhor as mães para que estes problemas não influenciem na saúde das crianças. Apoio: CNPq, FAPEMIG e UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Natália A. Costa, Rafaella L. Alves, Liliane da C. C. Ribeiro, Raquel Galiciolli 239 DOENÇA DIARREICA AGUDA: CONHECENDO MELHOR ESTE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA Diarreia aguda é umas das principais patologias responsáveis pelo desequilíbrio das condições de saúde que caracteriza a população infantil brasileira. Esta doença atinge pessoas de qualquer faixa etária, mas é na infância que causa maior mortalidade, demonstrando que os principais fatores para a doença em populações com precárias condições sócio- econômicas são aqueles relacionados às questões sanitárias como falta de saneamento básico e água tratada no domicilio. Visto a amplitude do tema e sua relevância para a saúde pública, este estudo tem como objetivo fazer um levantamento de informações sobre o comportamento da doença diarreica aguda ao longo dos anos, assim como as principais faixas etárias e agentes etiológicos envolvidos. Trata-se de uma Revisão Documental sobre o tema, incluindo artigos de língua portuguesa e inglesa. A busca de referências relevantes se fez por meio da exploração de bancos de dados das seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e National Library of Medicine (Pubmed). Também foram utilizados dados do Ministério da Saúde do Brasil, Organização Mundial da Saúde (WHO) e 02 (duas) obras literário - cientificas buscadas no acervo da Biblioteca da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Além disso, as revisões sobre o tema e as listas de referências de todos os artigos considerados relevantes foram consultadas, em busca de novos artigos para inclusão. Os resultados demonstram que a Doença Diarreica Aguda é uma das principais causas de morte em crianças menores de cinco anos, principalmente em países de baixa renda. Ao redor do mundo, cerca de 2 milhões de pessoas morrem por causa da diarréia, sendo que em 1997 foram registrados 4.034 óbitos. Felizmente, o Saúde Brasil 2008 demonstrou a queda de 93,9% do número de mortes por diarreia em 25 anos, passando de 32.704 para 1.988, entre 1980 e 2005. Diante da importância das doenças diarreicas como causa de morbidade e mortalidade principalmente na infância, é fundamental compreender melhor este problema e adotar as medidas adequadas de prevenção e controle da transmissão da doença, visando minimizar o prejuízo à saúde das crianças e a disseminação do quadro infeccioso à comunidade. Apoio: PET-Saúde/VS/MDDA; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Marina C. Martins, Liliane C. C. Ribeiro, Milton C. Ribeiro, Tarsis M. Maia, Raquel Galiciolli. 240 DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS: PRINCIPAIS CAUSAS E POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS PARA O CONTROLE Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA As doenças transmitidas por alimentos são, ainda, um importante problema de saúde pública no mundo contemporâneo. Desse modo, o presente estudo objetivou fazer um levantamento e análise do que já foi publicado sobre Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) no Brasil, por meio de artigos da literatura nos últimos 10 anos, como forma de subsidiar informações e fazer uma análise situacional para a construção de estratégias de prevenção e redução desses agravos. Foram selecionados 8 (oito) artigos, com o referente tema, que permitiram várias implicações para o planejamento de estratégias educacionais em segurança alimentar. Dentre esses artigos, destacou-se o não atendimento das regras básicas de higiene e segurança alimentar durante o preparo e a conservação dos alimentos como a principal causa do aumento de casos dessas doenças, e também a subnotificação dos casos. Além disso, as residências foram apontadas como o local de maior incidência de ocorrência de surtos de DTA. Dessa forma, torna-se notória a importância dos estudos visando esclarecimentos quanto a esse tipo de doença, para incentivo à notificação dos casos, e intervenções no campo da saúde pública voltadas para a educação em saúde, visando à adoção de hábitos saudáveis e melhoria das práticas de manipulação de alimentos, em especial nos domicílios, numa tentativa de reduzir as estatísticas atuais de casos de DTA. Apoio: Grupo de pesquisa: Atenção Básica, PET/VS, Pró-saúde I/UFVJM, SMS-D, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde/Ministério da Saúde, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Nayara F. Vieira, Fabiana A. de Paula, Carliana B. Borges, Maria da Penha R. Firmes, Gabriela de C. Ribeiro, Bruno D. Henrique, Lucimar D. S. Salvador 241 EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA EDUCADORES DE UMA ESCOLA ESPECIAL NO INTERIOR DE MINAS GERAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM Segundo a Organização Mundial da Saúde (2010), 10% da população mundial apresenta algum tipo de deficiência; no Brasil, este índice sobe para 14%. Conforme dados da SEESP (Secretária de Educação Especial), cerca de 366 mil alunos com necessidades especiais cursam o ensino fundamental, mas somente 1,6% atinge o ensino médio. Sendo assim, é importante destacar a formação continuada dos professores com diferentes metodologias de ensino para atender às especificidades de cada aluno. A educação especial é uma modalidade escolar, oferecida na rede de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. A valorização dos professores seja com cursos, seja com outros apoios, contribuem em muito na superação de desafios no processo de inclusão. O presente trabalho tem como objetivo capacitar os educadores de uma Escola Especial em ações de saúde e de novas práticas pedagógicas, através de metodologias ativas, por meio da problematização das práticas vivenciadas no cotidiano educacional. No decorrer de todo o processo de elaboração deste trabalho, o cuidado na escolha e o desenvolvimento das atividades propostas, foram marcados pelo objetivo de promover o interesse dos integrantes do grupo, de modo a incentivar sua participação, com vistas à promoção dos conhecimentos. Até o momento foram realizadas 05 oficinas distribuídas entre o segundo semestre de 2010 e o início de 2011, nas quais foram trabalhadas temáticas específicas relacionadas aos transtornos mais encontrados nos alunos da escola, as novas práticas pedagógicas, noções de cidadania, educação cívica, educação reprodutiva e comunitária, dentre outros. A avaliação dos participantes em relação às reuniões e à abordagem das atividades propostas, foram feitas através de instrumentos avaliativos elaborados pela equipe ao final de cada encontro. Com as oficinas foi possível perceber que o professor tornou-se competente num largo espectro de domínios que vão desde o conhecimento do que ensina e das patologias diversas que trabalha, até a sua aplicação psicopedagógica. A possibilidade de apropriar-se de técnicas em trabalho de grupo e de educação em saúde tem sido verificada ao proporcionar uma melhora no contato com os educadores para com os alunos nos diversos atendimentos, coletivo ou individual. O trabalho também vem promovendo no cotidiano educacional dos educadores uma maior integração entre os mesmos, além de aprimorar conhecimentos na área de saúde. Foi possível constatar através da fala de uma educadora, “Mais tempo para a troca de experiências, para unirmos forças para que essa parceria possa ser permanente”, a importância da educação em saúde na formação dos professores para uma melhor qualidade do ensino na educação inclusiva. Apoio: PIBEX/PRO-SAUDE I/ UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Tamiris C. Duarte, Lívia R. Pereira, Vinícius de O. Ottone, Davi J. S. Viana, Marco Fabrício D. Peixoto, Márcia M. O. Lima, Etel Rocha-Vieira 242 EFEITO AGUDO NOS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E NA PRESSÃO ARTERIAL DE ATLETAS AMADORES EM UMA CORRIDA DE AVENTURA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL Introdução:Nascida na década de 80, a corrida de aventura é uma modalidade esportiva de alta intensidade, que une várias modalidades esportivas praticadas em um ambiente natural. Apesar do seu crescimento e visibilidade, ainda são poucas as pesquisas que analisaram as alterações fisiológicas desta modalidade esportiva. Objetivo: Avaliar o efeito agudo de uma prova de corrida de aventura em parâmetros hematológicos e na pressão arterial (PA) de atletas amadores. Métodos: A corrida consistiu de 12km de trekking, 100 metros de técnicas verticais e 30km de ciclismo. Para análise dos parâmetros hematológicos, 10mL de sangue venoso foram coletados dos voluntários 24 horas antes e imediatamente após a prova. O número de hemácias, leucócitos, hematócrito, concentração de hemoglobina e o volume corpuscular médio (VCM) foi avaliado em um contador de células automatizado. A comparação dos resultados foi obtida pelo teste T pareado, para variáveis paramétricas e pelo teste de Wilcoxon para as não paramétricas. Para avaliação do efeito da corrida sobre o comportamento da PA esta foi aferida 24 horas antes, 5min, 30min, 3h, 6h e 24h após a prova. Os dados de PA foram avaliados por análise de variância (ANOVA para medidas repetidas) seguida de post-hoc de Bonferroni. A freqüência cardíaca (FC) foi monitorada durante toda a prova por um cardiofrenquencímetro. Resultados: O tempo médio de duração da prova foi de 4,3 ± 0,3 horas. A média da FC foi 170 ± 12 bpm, e a máxima obtida de 192 ± 9 bpm.Houve redução significativa (p<0,01) após a corrida no número de eritócritos (5,46 x 106 ±0,53 x 106cells/mm³ para 4,85x106 ± 0,38x106cells/mm³),hematócrito (52,83 ± 6,48% para 45,63 ± 3,11%), na concentração de hemoglobina (19,11 ± 2,98g/dL para 16,19 ± 0,99 g/dL) e no VCM (97,54 ± 4.82μ3 para 94,24 ± 2.51μ3). Já o número de leucócitos foi significativamente maior (p=0.004) após a corrida (6.22x10³ ± 2.04x10³cells/mm³ para 14.81x10³ ± 3.53x10³ cells/mm³). Em relação a PA, por até 6 horas após a prova esta apresentou valores significativamente inferiores àqueles do repouso: PAM (24hs antes: 94,07 ± 6,0, Δ5min: -21,71 ± 4,92, p<0,01; Δ30min: -24,14 ± 3,93, p<0,01; Δ3h: -24,15 ± 3,94, p<0,01; Δ6h: -18,29 ± 6,85, p=0,006; e Δ24 h: -14 ± 8,91, p=0,089 mmHg). Conclusão: Observou-se alteração em todos os parâmetros hematológicos avaliados e uma hipotensão pós exercício por até 6 horas o que pode ser devido à eleva intensidade e duração da prova, e a alta demanda fisiológica deste evento. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 243 EFEITO DA IMERSÃO EM ÁGUA A DIFERENTES TEMPERATURAS SOBRE O PERFIL DAS SUBPOPULAÇÕES LEUCOCITÁRIAS APÓS UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO EXCÊNTRICO E AERÓBICO Tatiane Araújo, Pâmela Fiche, Vinícius Ottone, Fabrício de Paula, Fabiano T. Amorim, Etel Rocha-Vieira Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA Estudos relacionados com exercício e a resposta inflamatória têm motivado um elevado interesse científico. Inúmeras técnicas com o intuito de acelerar a recuperação pós-exercício, como a imersão em água, vêm sendo estudadas. A imersão gera um deslocamento dos líquidos corporais em direção à cavidade central, podendo reduzir a infiltração por leucócitos. Contudo, o efeito da imersão em água sobre a modulação do perfil de subpopulações leucocitárias induzidas pelo exercício ainda não foi devidamente investigada. Assim, este estudo avaliou o efeito da imersão em água a diferentes temperaturas sobre o perfil das subpopulações leucocitárias, após uma sessão de exercício excêntrico e aeróbico. Até o momento foram avaliados 3 voluntários, do sexo masculino, fisicamente ativos, jovens, que participaram de quatro situações experimentais. Cada sessão experimental foi composta de 3 séries de 10 repetições de exercício excêntrico de flexão do joelho e 90 minutos de corrida na esteira. Imediatamente após o exercício os indivíduos foram submetidos a diferentes condições de recuperação, por um intervalo de 15 minutos: imersão em água quente (38ºC), água fria (15ºC), água a temperatura intermediária (28ºC) e sem imersão. O intervalo entre os testes foi de 7 dias e a ordem de realização dos testes para os três voluntários foi definida de maneira balanceada e cruzada. Após 4 horas, os voluntários foram submetidos ao teste máximo de corrida de 5 km e teste máximo de curta duração. Coletas de sangue foram realizadas antes e após a sessão de exercício experimental, antes e após os testes máximos e 24 horas após o exercício experimental. A contagem diferencial dos leucócitos foi realizada através da técnica do esfregaço sanguíneo corado com Giemsa e May-Grunwald. Para cada voluntário, em cada momento de cada sessão experimental foram contadas 100 células, em duas lâminas distintas. Os valores percentuais foram convertidos para valores absolutos, a partir do número de leucócitos totais obtido por contador automático. Nossos dados, preliminares, demonstram um aumento médio de 104% no número de neutrófilos após a sessão de exercício experimental (excêntrico seguido de aeróbico), mas não de linfócitos. Após a imersão, houve redução no número de neutrófilos, de aproximadamente 20% nas sessões de recuperação por imersão em água. Já na situação controle, observamos um aumento médio de 39% em relação aos valores pós-exercício. Neste mesmo período o número de linfócitos diminuiu em média 27% nas sessões aquecida, intermediária e controle, enquanto que na sessão resfriada observamos aumento de 35% em relação aos valores pós-exercício. O número de neutrófilos e linfócitos, 24 horas após a sessão experimental foi 49% e 47% maior que o valor de repouso, respectivamente. Nossos dados, embora ainda preliminares, mostram um quadro de neutrofilia induzida pelo exercício, que se mantém por até 24 horas após o exercício, apesar do uso da imersão em água como estratégia de recuperação. Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, LAFIEX, LABIMUNO, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 BRAGA, M.B.; FARIA, E.R.; OLVEIRA, M. L. P.; TEIXEIRA, T. N.; DESSIMONI-PINTO, N.A.V.; SANTANA, R.C.; ESTEVES, E. A. 244 EFEITO DA TEMPERATURA DE SECAGEM NAS CONCENTRAÇÕES DE FITOQUÍMICOS DA FARINHA DE JATOBÁ (HYMENAEA STIGONOCARPA MART.) Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO A literatura científica relata diversos efeitos benéficos à saúde advindos da ingestão de compostos fitoquímicos, geralmente presentes em abundância nas partes comestíveis das plantas. Entretanto, são escassas informações sobre os efeitos do tratamento térmico sobre o conteúdo desses compostos, especialmente em frutos nativos do cerrado. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da temperatura de secagem para o processamento de farinha de jatobá, nas suas concentrações de fenólicos totais, taninos e flavonóides. Os frutos de jatobá foram coletados na Fazenda Experimental do Moura – UFVJM, de matrizes georreferenciadas. Em seguida foram encaminhados ao laboratório, higienizados, a polpa foi removida manualmente, triturada e refrigerada até o momento das análises. Preliminarmente, foram determinadas curvas de secagem, em estufa de circulação forçada de ar, nas temperaturas de 95, 75 e 55 oC de modo que as farinhas tivessem ao final dos tratamentos aproximadamente 10±2% de umidade. Assim, foram processadas 3 amostras de farinha de jatobá, nas mesmas condições iniciais, utilizando os seguintes binômios tempo (hs) x temperatura (°C): 5x55 (T1), 3x75 (T2), 1,5x95 (T3) respectivamente. Utilizou-se uma amostra in natura como controle (CTRL). De cada amostra, determinaram-se as concentrações de fenólicos totais, taninos e flavonóides por espectrofotometria. Todas as análises foram realizadas em três repetições e as médias dos resultados foram comparadas por ANOVA em nível de 5% de probabilidade. Determinou-se 37,2±2,3 mg/100g de taninos para o CTRL, 37,9±7,0 para o T1, 43,1±0,7 para o T2 e 53,1±10,1 para o T3, sendo que o T3 foi significativamente superior aos demais (p<0,05). Para os fenólicos totais, esses valores foram de 599,4±4,0; 609,0±6,8; 609,5±32,5 357,8±53,3 mg/100g, respectivamente. Não houve diferenças entre CTRL, T1 e T2. Entretanto, o T4 reduziu significativamente o teor desses compostos comparado aos demais (p<0,05). Para os flavonóides, determinou-se 112,62±7,40 mg/100g no CTRL; 72,0±9,90 no T1; 80,07±4,6 no T2 e 69,60±4,4 no T3. Não houve diferença significativa entre T1, T2 e T3. No entanto, neste caso, os tratamentos térmicos reduziram o conteúdo desses compostos nas farinhas (p<0,05) de maneira similar, comparado com o CTRL. Assim, concluiu-se que temperaturas mais elevadas podem reduzir o conteúdo de compostos fenólicos, como os flavonóides, na farinha de jatobá. Isto poderia influenciar os potenciais efeitos benéficos à saúde deste alimento, já que esses compostos são antioxidantes relacionados à redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, o diabetes, a hipertensão, dentre outras. Apoio: Fapemig Processo APQ 03463-10 XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Cláudio Luiz F. Jr, Marcos V. Barbosa, Amanda S. Fagundes, Karla M. S. Ferreira, Tania R. Riul 245 EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE ALPISTE (PHALARIS CANARIENSIS) EM PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DE RATOS WISTAR Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO O chá de alpiste é usado popularmente por hipertensos no controle da pressão arterial, através da diurese, e na normalização de parâmetros bioquímicos como colesterol e glicemia. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do extrato aquoso de alpiste nos parâmetros bioquímicos de ratos Wistar. Foram utilizados 24 animais, com aproximadamente 70 dias de idade, e 90 dias de tratamento dispostos da seguinte maneira: Grupo Nutrido (N)-os ratos receberam ração comercial e água ad libitum(n=6); Grupo Nutrido Alpiste (NA)-os ratos receberam ração comercial e chá de alpiste ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido (D)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos N e água ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido Alpiste (DA)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos NA e chá de alpiste ad libitum(n=6). A infusão foi preparada utilizando-se 500g da semente de alpiste para dois litros de água aquecida. Ao final de 90 dias os animais foram mortos, seus sangues colhidos para análise bioquímica (colesterol total, HDL, glicemia, triglicérides). Para a análise dos dados foi utilizada Análise de Variância (ANOVA), seguida do teste de Newman-Keuls, quando apropriado. As análises foram obtidas utilizando-se o programa Statistica®, sendo considerado como nível de significância um valor de α = 0,05. Como resultado obteve-se que o extrato aquoso de alpiste não alterou esses parâmetros bioquímicos, sendo o único fator atuante a dieta (p<0,05), ou seja, os animais desnutridos obtiveram valores diferentes dos nutridos devido à carência nutricional. Os nutridos obtiveram para os parâmetros de colesterol total, HDL, glicemia e triglicérides os valores, em miligramas por decilitros, com média e desvio padrão de 71,38+17,52, 58,90+21,08, 149±19,20 e 28,07±8,64, respectivamente. Os desnutridos obtiveram para os parâmetros de colesterol total, HDL, glicemia e triglicérides os valores, em miligramas por decilitros, com média e desvio padrão de 93,17+22,11, 78,85+15,03, 136,42±14,57 e 25,89±7,29, respectivamente. O aumento de colesterol total e HDL nos animais desnutridos está associado à maior liberação de ácidos graxos do tecido adiposo para a corrente sanguínea devido à baixa de glicemia. Enquanto os níveis baixos de triglicérides e glicose no sangue dos animais desnutridos estão relacionados com o processo fisiológico e bioquímico da desnutrição onde essas fontes de energia são as primeiras a serem consumidas nos processos metabólicos. Conclui-se que o chá de alpiste não alterou os parâmetros bioquímicos, sendo esses unicamente afetados pelas condições nutricionais em que estavam expostos. Apoio: UFVJM, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Karla M. S. Ferreira, Cláudio L. F. Junior, Marcos V. Barbosa, Amanda S. Fagundes, Tania R. Riul 246 EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE ALPISTE (PHALARIS CANARIENSIS) NA INGESTÃO DE LÍQUIDOS E RAÇÃO EM RATOS WISTAR Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO O chá de alpiste é usado popularmente no tratamento da hipertensão, através da diurese, e no controle de parâmetros bioquímicos entre outras indicações. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do extrato aquoso de alpiste na ingestão de líquidos e ração em ratos Wistar. Foram utilizados 24 animais, com aproximadamente 70 dias de idade, e 90 dias de tratamento dispostos da seguinte maneira: Grupo Nutrido (N)-os ratos receberam ração comercial e água ad libitum(n=6); Grupo Nutrido Alpiste (NA)-os ratos receberam ração comercial e chá de alpiste ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido (D)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos N e água ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido Alpiste (DA)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos NA e chá de alpiste ad libitum(n=6). A infusão foi preparada utilizandose 500g da semente de alpiste para dois litros de água aquecida. Diariamente a ingestão de líquidos e ração era anotada. Para a análise dos dados foi utilizada Análise de Variância (ANOVA), seguida do teste de Newman-Keuls, quando apropriado. As análises foram obtidas utilizando-se o programa Statistica®, sendo considerado como nível de significância um valor de α = 0,05. O chá de alpiste alterou a ingestão de líquidos (p<0,05), tendo os animais que tomavam o chá ingerido uma média com desvio padrão de 46,75±9,95ml contra 39,61±7,12ml daqueles que receberam somente água.A ingestão de ração não foi alterada pelo chá, houve efeito somente de dieta(p<0,05.) Os animais nutridos tiveram uma média e desvio padrão de ingestão de ração de 30,59±2,38g enquanto os desnutridos obtiveram 16,07±1,15g. Isso é explicado pelo fato dos animais desnutridos receberem metade da ração que os animais nutridos consumiam. O aumento da ingestão de líquido pode estar relacionado com a presença de substâncias que atuem de alguma forma estimulando o centro da sede no hipotálamo. Conclui-se que o chá de alpiste atuou estimulando uma maior ingestão de líquido e não alterou a ingestão de ração. Apoio: UFVJM, FAPEMIG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Cláudio Luiz F. Jr, Karla M. S. Ferreira, Marcos V. Barbosa, Amanda S. Fagundes, Tania R. Riul 247 EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE ALPISTE (PHALARIS CANARIENSIS) NO PESO DOS ORGÃOS DE RATOS WISTAR Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO O chá de alpiste é usado popularmente no controle da pressão arterial, através da diurese e na normalização de padrões bioquímicos. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do extrato aquoso de alpiste nos pesos dos orgãos em ratos Wistar. Foram utilizados 24 animais, com aproximadamente 70 dias de idade, e 90 dias de tratamento dispostos da seguinte maneira: Grupo Nutrido (N)-os ratos receberam ração comercial e água ad libitum(n=6); Grupo Nutrido Alpiste (NA)-os ratos receberam ração comercial e chá de alpiste ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido (D)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos N e água ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido Alpiste (DA)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos NA e chá de alpiste ad libitum(n=6). A infusão foi preparada utilizando-se 500g da semente de alpiste para dois litros de água aquecida. Ao final de 90 dias os animais foram mortos, e seus orgãos (baço, coração, fígado, rins e testículos)foram retirados e pesados. Para a análise dos dados foi utilizada Análise de Variância (ANOVA), seguida do teste de Newman-Keuls, quando apropriado. As análises foram obtidas utilizando-se o programa Statistica®, sendo considerado como nível de significância um valor de α = 0,05. O chá de alpiste alterou o baço (p< 0,05), tendo os animais que receberam chá uma média e desvio padrão de 0,76±0,30g contra 0,59±0,13g dos animais que receberam somente água; os outros orgãos foram alterados pelo efeito de dieta, sendo que os orgãos dos animais desnutridos pesaram menos que dos nutridos. Estudos indicam que um aumento do baço pode estar relacionado tanto com proliferação de células normais como infiltração com células normais e anormais. Dessa forma, o aumento gerado pelo chá de alpiste no baço dos animais que receberam o extrato, embora sejam necessários exames sanguíneos, pode estar relacionado com uma diminuição das funções imunológicas. Uma vez que, o baço aumentado de tamanho, aumenta também a sua capacidade de reter e armazenar células, diminuindo a quantidade de células circulantes como os leucócitos, tão importantes para a defesa do organismo. Conclui-se que o chá de alpiste alterou o baço, aumentando o tamanho desse e sugerindo alteração da imunidade nos animais que receberam o chá. Apoio: FAPEMIG, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Gabriela B. Passos, Natália Á. P. Santana, Amanda Ap. O. Leopoldino, Vanessa P. Lima, Débora F. M. Vitorino. 248 EFEITO DO MÉTODO PILATES® NA FLEXIBILIDADE E RESISTÊNCIA MUSCULAR À FADIGA EM JOVENS SEDENTÁRIOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL Flexibilidade é a capacidade de alongamento das estruturas que compõem os tecidos moles através da amplitude de movimento articular disponível e resistência do músculo à fadiga refere-se ao desempenho de trabalho em um período prolongado de tempo, sendo necessária para o desempenho de tarefas motoras repetitivas na vida diária e manutenção do nível de atividade funcional. Exercícios de flexibilidade e resistência estão entre as atividades mais comumente utilizadas na reabilitação física, e têm como objetivo reduzir os riscos de lesões, minimizar as dores musculares e melhorar o desempenho muscular. O grande envolvimento acadêmico dos universitários e a falta de interesse em praticar uma atividade física regular contribui para o aumento do sedentarismo nessa população. O exercício em solo do método Pilates® pode ser considerado uma alternativa de exercício físico capaz de promover melhora do condicionamento físico, relaxamento corporal e melhora da qualidade de vida. Portanto o objetivo desse estudo foi de investigar os efeitos de um programa de exercícios baseado no Método Pilates®, na flexibilidade dos isquiotibiais e na resistência muscular à fadiga de membros superiores e abdominais em universitários sedentários. Foram selecionados 22 jovens sedentários (12 do gênero feminino e 10 gênero masculino) com idade média de 21,66 ± 1,67 anos. Tratou-se de um estudo clínico e prospectivo, no qual as variáveis avaliadas foram comparadas antes e após a aplicação de 12 semanas de um protocolo de exercícios baseado no Método Pilates®. O protocolo foi construído respeitando os princípios de progressão da carga e a partir da sexta semana todos os exercícios foram evoluídos. As variáveis analisadas foram a flexibilidade de isquiotibiais mensurada através do Banco de Wells e a resistência muscular à fadiga de membros superiores foi realizado em quatro apoios contando-se o número de repetições em um minuto. Já para avaliação da resistência abdominal, o voluntário foi posicionado em decúbito dorsal, com os membros inferiores fletidos e os membros superiores posicionados atrás da cabeça contando-se o número de repetições em um minuto. Com relação à flexibilidade houve melhora significante comparando os momentos pré e pós intervenção com valor de p < 0,0001. Com relação à resistência muscular à fadiga de membros superiores e abdominais também houve melhora significante comparando os momentos pré e pós intervenção valor de p < 0,0001 e p < 0,0001, respectivamente. Conclui-se que um programa de treinamento com exercícios baseado no Método Pilates® durante 12 semanas com carga progressiva controlada promoveu melhora significante na flexibilidade e na resistência muscular à fadiga de membros superiores e abdominais em universitários sedentários. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Marcos V. Barbosa, Cláudio Luiz F. Júnior, Karla M. S. Ferreira, Tania R. Riul 249 EFEITO DO TRATAMENTO CRÔNICO COM CHÁ DE ALPISTE (PHALARIS CANARIENSIS) NO VOLUME URINÁRIO DE RATOS WISTAR EUTRÓFICOS E DESNUTRIDOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA O chá de alpiste é usado popularmente como hipotensor, através da diurese, e na normalização de padrões bioquímicos como colesterol e glicemia. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do extrato aquoso de alpiste no volume urinário em ratos Wistar. Foram utilizados 24 animais, com aproximadamente 70 dias de idade, e 90 dias de tratamento dispostos da seguinte maneira: Grupo Nutrido (N)-os ratos receberam ração comercial e água ad libitum(n=6); Grupo Nutrido Alpiste (NA)-os ratos receberam ração comercial e chá de alpiste ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido (D)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos N e água ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido Alpiste (DA)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos NA e chá de alpiste ad libitum(n=6). A infusão foi preparada utilizandose 500g da semente de alpiste para dois litros de água aquecida. A cada 15 dias os animais eram colocados em gaiola metábólica, com um dia de adaptação, e seu volume urinário era colhido e anotado, tendo um total de seis avaliações do volume urinário ao final do experimento. Para a análise dos dados foi utilizada Análise de Variância (ANOVA), seguida do teste de Newman-Keuls, quando apropriado. As análises foram obtidas utilizando-se o programa Statistica®, sendo considerado como nível de significância um valor de α = 0,05. A avaliação do volume urinário não mostrou efeito da droga, havendo somente interação entre avaliação e dieta. Ou seja, os animais que receberam o chá de alpiste não urinaram mais quando comparados aos animais que receberam água. Nessa interação, a análise Post Hoc indica que, estatisticamente significante p<0,05, os nutridos na avaliação 5, com média e desvio padrão de 5,4±5,31ml, urinaram menos que os nutridos na avaliação 2 (8,38±7,21ml) e 4 (9,74±8,07ml) . Em relação aos outros nutridos não houve diferenças estatisticamente significantes. Entres os desnutridos, não houve diferença entre o volume urinário em nenhuma avaliação. Entre nutridos e desnutridos também não houve diferenças significativas. Esse estudo corroborou com outro trabalho, Balbi (2008), em que não foi verificado o efeito hipotensor do chá de alpiste pelo mecanismo de diurese. Conclui-se que o chá de alpiste não mostrou ser diurético nesse estudo e não foi sugerido seu efeito hipotensor por esse mecanismo. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Rosalina Tossige-Gomes; Núbia C. P. de Avelar; Adriano P. Simão; Camila D. C. Neves; Gustavo E. B. A. de Melo; Etel Rocha-Vieira; Ana C. R. Lacerda 250 EFEITO DO TREINO DE VIBRAÇÃO DE TODO O CORPO NA PROLIFERAÇÃO DE LINFÓCITOS T EM IDOSOS COM OSTEOARTRITE DE JOELHO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL A osteoartrite é uma afecção degenerativa osteoarticular incidente em joelhos de idosos, sendo considerada um processo inflamatório crônico onde a resposta imune parece ser ativada por sinais de lesão tecidual. O treino com exercício físico reduz a taxa de expansão de células T, podendo reduzir o risco de processos inflamatórios crônicos e doenças auto-imunes em idosos. O treino vibratório é uma intervenção capaz de aumentar o esforço físico promovendo uma resposta de ativação muscular. Esse estudo teve como objetivo avaliar o efeito do treino de vibração de todo o corpo na proliferação de linfócitos TCD4+ e TCD8+ em idosos com osteoartrite de joelho. Vinte e um indivíduos (72,0 ± 6 anos) com diagnóstico de osteoartrite do joelho moderada foram divididos em 2 grupos: grupo exercício (GE) (n = 10), e grupo vibração (GV) (n = 11). Os indivíduos de ambos os grupos foram submetidos a um protocolo de treinamento que consistiu em 3 sessões por semana, durante 12 semanas. Durante as sessões de treino, o GE e o GV realizavam agachamentos padronizados com volume incrementado sistematicamente, sendo que apenas o GV recebia vibração de todo o corpo (freqüência variando de 35 a 40 Hz, amplitude de 4 mm, aceleração variando de 2,00 a 2,61G). A coleta de sangue foi feita antes e após o programa de treinamento, e células mononucleares (PBMC) foram obtidas. PBMC (5x106 células) foram coradas com CFSE (10μM) e estimuladas com PHA (1 g / mL), durante 5 dias (37 °, 5% de CO2, 95% de umidade). Após a cultura, as células foram marcadas com anticorpos anti-CD8 e anti-CD4 fluorescentes e a leitura dos resutaldos foi feita por citometria de fluxo por meio da medição do decaimento CFSE. O índice de proliferação de linfócitos TCD4+ e TCD8+ não foi diferente entre os grupos. Além disso, não houve diferença antes e após o programa de treinamento para GE (TCD4+: 2,46 ± 1,22 versus 2,11 ± 0,87, respectivamente, e TCD8+: 2,82 ± 2,23 versus 2,69 ± 1, 46, respectivamente), bem como GV(TCD4+: 3,05 ± 0,85 versus 1,40 ± 0,74, respectivamente, e TCD8+: 2,40 ± 1,28 versus 2,40 ± 1,40, respectivamente). Até onde se sabe, este é o primeiro estudo que avaliou o efeito da adição de vibração ao treinamento com exercícios de agachamento na resposta proliferativa de linfócitos TCD4+ e TCD8+ em idosos com osteoartrite de joelho. Diante dos resultados obtidos, concluimos que um programa de treinamento constituído por exercícios de agachamento, independente da adição de vibração de todo o corpo, parece não promover alterações crônicas no sistema imune de idosos com osteoartrite de joelho. Apoio: FAPEMIG, CNPq, PRPPG/UFVJM, Santa Casa de Caridade de Diamantina XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 OLIVEIRA, M. L. P.; TEIXEIRA, T. N.; BRAGA, M. B.; OLIVEIRA, L. G.; SILVA, A.A; MELO, D.S.; ESTEVES, E. A 251 EFEITOS DA POLPA DO PEQUI (CARYOCAR BRASILIENSE CAMB.) NA GLICEMIA E NOS TRIGLICERÍDEOS SÉRICOS DE RATOS SUBMETIDOS A UMA DIETA HIPERLIPÍDICA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO A composição em ácidos graxos e substâncias anti-oxidantes da polpa do pequi (Caryocar brasiliense Camb.) coloca esse fruto como um potencial alimento funcional, coadjuvante na redução do risco de doenças crônicas. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do oléo da polpa do pequi na glicemia e nos triglicerídeos de ratos. Foram utilizados 32 ratos (Wistar), machos, com média de peso inicial de 146,5±2g. Os animais foram divididos aleatoriamente em quatro grupos de oito animais e alimentados por um período de 28 dias, com oferta de alimento e água ad libitum. Um grupo recebeu dieta padrão (PAD) com composição basal semelhante à dieta AIN93M. Outro recebeu dieta controle (CTRL), semelhante a padrão, porém hiperlipídica (acréscimo de 10% de banha de porco). Os demais receberam dietas com composição semelhante à CTRL, mas acrescidas polpa de pequi desidratada de modo a fornecer 400mg (PEQ400) ou 600 mg de óleo (PEQ600) para cada 25 g de dieta. O ganho de peso (GP), a ingestão alimentar (IA), os coeficientes de eficiência alimentar (CEA) e conversão alimentar (CCA), bem como os pesos absolutos e relativos dos fígados, a excreção fecal, os níveis séricos de glicose e triglicerídeos foram avaliados ao final do período experimental. Não houve diferenças na ingestão alimentar entre os grupos experimentais. No entanto, os grupos CTRL, PEQ400 e PEQ600 ganharam mais peso que o PAD (p<0,05). Não houve diferença entre os grupos alimentados com dieta hiperlipídica (p>0,05). O CEA foi inferior no grupo PAD quando comparado com CTRL, PEQ400 e PEQ600 (p<0,01). Não houve diferença entre os grupos experimentais para CCA, peso absoluto e relativo dos fígados e excreção fecal (p>0,05). Os níveis séricos de glicose não foram alterados por nenhum dos tratamentos. Entretanto, houve elevação dos níveis de triglicerídeos nos grupos CTRL, PEQ400 e PEQ600 de maneira similar. Assim, a inclusão do óleo de pequi nas dietas, independente da concentração, não influenciou em alterações metabólicas advindas do consumo de uma dieta hiperlipídica, especificamente nos níveis séricos de triglicerídeos. Entretanto, como não houve alterações em outras variáveis nos grupos que receberam essa dieta, tais como no peso dos fígados e na glicemia, infere-se que a duração do experimento pode ter influenciado nesses resultados. Apoio: FAPEMIG. PROCESSO: CAG816/08 APOIO: INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS – IEF/MG. SECRETARIA DE ESTADO DE CIENCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇAÕ SUPERIOR – SECTES/MG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Graziella G. Teixeira, Catarina P. Quirino, Vanessa P. Teixeira, Amanda A. O. Leopoldino, Nayara F. T. Braz, Débora F. M. Vitorino, Vanessa P. Lima. 252 EFEITOS DO MÉTODO PILATES® SOBRE VARIÁVEIS RESPIRATÓRIAS EM UMA POPULAÇÃO DE JOVENS SEDENTÁRIOS: ESTUDO PILOTO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL A manutenção da bomba muscular respiratória é de vital importância para o sistema respiratório. Para se manter íntegra a função muscular respiratória, tem sido preconizada a prática regular de exercícios físicos, pois, assim como os demais músculos esqueléticos, os músculos respiratórios respondem aos estímulos dados através do treinamento físico. Diversos são os métodos e técnicas descritos com o objetivo de promover o alongamento muscular e treinamento físico. Dentre estes, pode-se mencionar o Método Pilates® (MP). Diferentemente de outras formas de treinamento físico resistido, o MP não privilegia a hipertrofia muscular, mas o equilíbrio muscular, de forma que os grupos musculares interajam com força e flexibilidade, melhorando a coordenação da respiração e o fortalecimento intenso da musculatura abdominal e dos demais músculos inseridos no tronco. Portanto o objetivo foi de investigar o impacto de um programa do MP, sobre a força muscular respiratória, o pico de fluxo expiratório e a mobilidade toracoabdominal em jovens sedentários. Foram selecionados 15 jovens sedentários (09 do gênero feminino e 06 gênero masculino) com idade média de 21,66 ± 1,67 anos. Tratou-se de um estudo clínico e prospectivo, na qual as variáveis avaliadas foram comparadas antes e após a aplicação de 12 semanas de um protocolo de exercícios baseado no MP. O protocolo foi construído respeitando os princípios de progressão da carga e a partir da sexta semana todos os exercícios foram evoluídos. As variáveis analisadas foram a pressão expiratória máxima (PEmax.) e pressão inspiratória máxima (PImax.), com a utilização do manovacuômetro, o pico de fluxo expiratório máximo, com a utilização do peak flow e o movimento toracoabdominal, através do cálculo do índice diafragmático. A análise estatística foi realizada após o teste de normalidade, sendo utilizado o Teste T Student para amostras pareadas. Os resultados demonstram que ao comparar as variáveis obtidas antes do treinamento e após, observa-se que todas elas apresentaram diferenças estatisticamente significantes (p < 0,05). A média da PImáx antes do treinamento foi de -83 cmH2O ± 37,3 cmH2O e após de -102 cm H2O ± 34,4 cmH2O (0,0009) ; PEmáx antes do treinamento de 73,13 cmH2O ± 31,8 cmH2O e após de 94,67 cmH2O ± 37,4 cmH2O (0,0012); PFE antes do treinamento de 447,3 L/min ± 149,4 L/min e após de 504 L/min ± 147,9 L/min (0,0013); ID antes do treinamento de 3,23 cm ± 2,078 cm, 3,4667 cm ± 3,61775 cm, 3,0667 cm ± 1,97183 cm, e após de 5,3667 cm ± 1,74711 cm (0,0004), 5,9 cm ± 2,72685 cm (0,0021), 4,4333 cm ± 1,56829 cm (0,0419) para as medidas axilar, xifoidiana e abdominal, respectivamente. Concluise que um programa de treinamento com um protocolo de exercícios baseado no MP durante 12 semanas com carga progressiva controlada promoveu melhora significativa na força muscular respiratória, no pico de fluxo inspiratório máximo e no padrão toracoabdominal. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 253 EFETIVIDADE DA ADIÇÃO DE VIBRAÇÃO DE TODO O CORPO AOS EXERCÍCIOS DE AGACHAMENTO NO DESEMPENHO MUSCULAR DE IDOSOS COM OSTEOARTRITE DE JOELHO Camila D.C. Neves, Rosalina G.- Tossige, Núbia C.P. de Avelar, Adriano P.Simão, Ana Cristina R. Lacerda Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL A osteoartrite (OA) é uma doença crônica, progressiva e degenerativa que tem como principal característica a degeneração da cartilagem articular, acometendo várias articulações, dentre essas o joelho. Como conseqüência da OA pode-se observar expressiva redução da força muscular. A Vibração de Todo o Corpo, associada aos exercícios de agachamento tem sido indicada para o tratamento da OA de joelho, objetivando o aumento da força muscular. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade do treinamento de agachamento associado ou não a adição de vibração de todo o corpo no desempenho muscular de idosos com OA de joelho. 23 idosos com OA de joelho participaram do estudo e foram divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo plataforma vibratória (GPV; N=12); que foi submetido ao treino com exercícios de agachamento associado ao exercício vibratório e grupo exercício (GE; N=11) que realizava o treino com exercícios de agachamento. Ambos os grupos realizaram o treinamento 3 vezes semanais durante 12 semanas. O desempenho muscular foi avaliado pelo teste de força muscular isométrica do quadríceps e pelo teste de velocidade da marcha em dois momentos distintos: antes e imediatamente após o treinamento. Pôde-se notar que apenas o GPV apresentou aumento significativo na força muscular isométrica, no entanto essa diferença não foi significativa em relação ao GE. Já para o desempenho no teste de velocidade da marcha, ambos os grupos apresentaram melhora significativa após o treinamento. Embora a adição de vibração de todo o corpo ao treinamento de agachamento não resultou em uma melhora significativa na força isométrica do músculo quadríceps e na velocidade de marcha quando comparado ao grupo de treinamento de agachamento sem vibração, os resultados intra-grupo sugerem que a vibração de todo o corpo pode representar uma alternativa viável e eficaz para melhorar a força muscular isométrica do quadríceps em idosos com osteoartrite de joelho. Apoio: Fapemig, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 254 EFETIVIDADE DE UM PROGRAMA DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO TRATAMENTO DE PACIENTE COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC): RELATO DE CASO Polianna D. Pereira, Rodrigo A. P. Miranda, Cynthia F. F. Santos, Vanessa P. Lima Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma das causas principais de morbidade e mortalidade em todo mundo e resulta em um impacto econômico e social que é substancial e crescente. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), no ano 2000 definiu a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) como “entidade clínica que se caracteriza pela presença de obstrução ou de limitação crônica ao fluxo aéreo, apresentando progressão lenta e irreversível”, é uma das causas principais de morbidade e mortalidade em todo mundo. Dentre as intervenções terapêuticas direcionadas à melhora dos sintomas referidos pelos pacientes, temos a fisioterapia que atua tanto na prevenção como no tratamento da patologia. Com este trabalho objetivou‐se avaliar a efetividade de um tratamento fisioterapêutico em paciente portadora de DPOC. Método: A paciente foi submetida à avaliação fisioterapêutica e coletou-se assim medidas de Peak Flow, teste de caminhada dos 6 minutos (TC6), espirometria e dados vitais Após isso foi dado início a terapia, sendo realizado acompanhamento durante cinco semanas, duas vezes por semana, durante 90 minutos cada sessão. Cada sessão consistiu de alongamento ativo e estático, exercícios resistidos para membros superiores, exercícios de fortalecimento para membros inferiores, exercícios de flexibilidade de tronco, exercícios de reexpansão pulmonar e atividade aeróbica. Em todos os exercícios a carga foi aumentada progressivamente de acordo com a resposta da paciente e a freqüência foi determinada de acordo com a quantidade de repetições que a mesma conseguia realizar em um minuto, priorizando o treino de força para membros inferiores e de resistência para membros superiores. O presente estudo obedece aos preceitos da Lei 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, que trata do Código de Ética em Pesquisa em Seres Humanos. Junto aos procedimentos terapêuticos destinados a paciente foram ministradas palestras educativas individualizadas sobre a patologia e suas repercussões, técnicas de conservação de energia, tratamento médico e fisioterapêutico ressaltando a importância do envolvimento da paciente em seu tratamento. Observou‐se com o tratamento uma melhora de aproximadamente 90% no valor de fluxo máximo respiratório (PFE), através do Peak Flow obtidos e previstos (em L/min) para o sexo feminino, idade de 64 anos, e altura igual a 153 centímetros. Observou‐se que a paciente apresentou um aumento de 70 metros do TC6, o que corresponde a um aumento de 13% na distância percorrida o que segundo alguns estudos demonstram a efetividade do tratamento. Obteve-se uma redução da pressão arterial de PA20/10/10=200/100 mmHg para PA26/11/10=130/70mmHg. Conclusões: Pode-se observar que o programa de tratamento foi efetivo na melhora do condicionamento físico, na diminuição da restrição ao fluxo aéreo e diminuição da pressão arterial. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Amanda A. O. Leopoldino, Natália A. P. Santana, Gabriela B. Passos, Nayara F. T. Braz, Núbia C. P. Avelar, Vanessa P. Lima, Débora F. M. Vitorino. 255 EFETIVIDADE DE UM TREINAMENTO COM EXERCÍCIOS BASEADOS NO MÉTODO PILATES® NA REDUÇÃO DE MEDIDAS CORPORAIS EM JOVENS SEDENTÁRIOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL O método Pilates® é considerado um tipo de exercício físico que demonstra resultados positivos em relação a variáveis cardiorrespiratórias, bem como musculoesqueléticas. No entanto, a maior adesão a esse exercício refere-se à perda de medidas corporais e a literatura apresenta poucos estudos em relação a essas variáveis. O índice de massa corporal (IMC) em conjunto com relação cintura quadril (RCQ) são variáveis comumente utilizadas para mensurações de medidas corporais. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de um programa de treinamento de 12 semanas com exercícios baseados no método Pilates® na redução de medidas em jovens sedentários. Foram selecionados 15 jovens sedentários [9 mulheres (idade 22,5 ± 2,51 anos; IMC: 22,8 ± 1,72 Kg/m2; RCQ: 0,75 ± 0,02) e 6 homens (idade 22,3 ± 1,63 anos; IMC: 24,82 ± 3,23 kg/m2; RCQ: 0,83 ± 0,03 cm)] para participarem do programa de treinamento de 12 semanas ininterruptas, 2 vezes semanais, com duração diária de 60 minutos, realizado de forma supervisionada e progressiva, com aumento na carga dos exercícios a partir da sexta semana. Cada sessão foi constituída de 60 minutos, sendo realizados exercícios de alongamentos (10 Minutos), exercícios baseados no Método Pilates® (40 Minutos) e resfriamento (10 Minutos). O IMC e RCQ foram avaliados antes e após o protocolo de exercícios, para verificar a sua efetividade na redução de medidas corporais. Os resultados demonstram uma diferença significante no RCQ tanto nas mulheres (p=0,047) quanto nos homens (p=0,017), porém o IMC não apresentou diferenças significantes nas mulheres (p=0,618) e nos homens (p= 0,095). Conclui-se que o programa de exercícios baseados no Método Pilates® proposto neste estudo foi capaz de reduzir o RCQ sem alterações significativas no IMC tanto nos homens quanto nas mulheres. No entanto, mais estudos são necessários para verificar a efetividade desse método na redução de medidas corporais. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Amanda A. O. Leopoldino, Gabriela B. Passos, Natália A. P. Santana, Vanessa P. Teixeira, Núbia C. P. Avelar, Vanessa P. Lima, Débora F. M. Vitorino. 256 EFETIVIDADE DO MÉTODO PILATES® NO AUTO-RELATO DO SONO E NA QUALIDADE DE VIDA EM UNIVERSITÁRIOS SEDENTÁRIOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL A prática regular de atividade física tem sido indicada por manter e melhorar a saúde, no entanto, o sedentarismo cresce de forma expressiva, tornando-se um problema universal e atua diminuindo a auto-estima, aumentando a ansiedade e agravando os quadros de depressão com consequente piora nos índices da qualidade do sono e da qualidade de vida. Nesse sentido, o Método Pilates® surge como forma de exercício físico particularmente interessado em oferecer bem-estar geral ao indivíduo, podendo ser uma alternativa para melhorar a qualidade do sono e a qualidade de vida de quem o pratica. Portanto o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos de um programa de exercícios baseado no Método Pilates®, no auto-relato do sono e na qualidade de vida em universitários sedentários. Tratouse de um estudo clínico e prospectivo, na qual as variáveis avaliadas foram comparadas antes e após a aplicação de 12 semanas de um protocolo de exercícios baseado no Método Pilates®. Foram selecionados 22 jovens sedentários (12 do gênero feminino e 10 gênero masculino) com idade média de 21,66 ± 1,67 anos, para participar do programa de treinamento com Pilates durante 12 semanas ininterruptas, 2 vezes semanais, com duração diária de 60 minutos. O protocolo foi construído respeitando os princípios de progressão da carga e a partir da sexta semana todos os exercícios foram evoluídos. As variáveis analisadas foram o auto-relato do sono, com a utilização da Escala de sonolência de Epworth e a qualidade de vida, com o Short Form Health Survey 36 (SF-36). Os resultados demonstram que em relação ao auto relato de sono houve melhora significante quando comparado os momentos iniciais e finais (p= 0,04). Já na variável qualidade de vida, nota-se melhora estatística em todos os componentes emocionais e também no componente físico, excetuando-se o domínio aspectos físicos (p= 0,094). Conclui-se que um programa de treinamento com um protocolo de exercícios baseado no Método Pilates® durante 12 semanas com carga progressiva controlada promoveu melhora significativa no auto relato de sono e nos componentes físicos e emocionais da qualidade de vida em universitários sedentários. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 257 EFICÁCIA DO TRATAMENTO COM LASERS (VERMELHO E INFRAVERMELHO) EM PACIENTES PORTADORES DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR - ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO DUPLO-CEGO Raphael C. Guimarães, Adriana M. Botelho, Karine T. A. Tavano, Túlio S. Pereira, Olga D. Flecha Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA A disfunção temporomandibular (DTM) engloba um grande número de problemas clínicos, os quais afetam os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas. Dentre as formas de tratamento não invasivas tem-se a fotobiomodulação a laser em dois comprimentos de onda diferentes, e com ações distintas. Nos ensaios clinicos controlados da literatura ainda não existe um consenso quanto a padronização do tratamento utilizando laser de baixa potência e qual o dos comprimentos de onda é o mais eficaz. Portanto, o presente estudo objetivou comparar a intervenção não-cirúrgica dos lasers vermelho e infravermelho na remissão dos sintomas em pacientes diagnosticados com DTM. Foram avaliados para elegibilidade 23 pacientes, sendo 19 randomizados para receber as intervenções, com um tipo de laser em cada lado da face, totalizando 116 pontos sensíveis – vermelho (n=61) e infravermelho (n=55). A randomização foi realizada por um pesquisador independente, que desconhecia os pacientes, através de sorteio utilizando envelopes opacos. As intervenções foram realizadas por dois pesquisadores que só conheceram o tipo de laser e o lado a ser aplicado no momento da primeira intervenção. Foram realizadas três sessões terapêuticas com intervalos entre cada uma de 48 horas. Os pacientes permaneceram durante a aplicação com um óculos protetora que impedia a visualização do tipo de laser. Foram feitas três avaliações subseqüentes, nos tempos de 24 horas, 30 e 90 dias. Os dados coletados foram distribuídos de forma não normal, por isso foram realizados testes não paramétricos. Observou-se melhora significativa dos dois tipos de lasers nos tempos de 24 horas, 30 e 90 dias em relação ao baseline, mas quando comparado os tempos de 30 e 90 dias em relação à avaliação de 24 horas, não houve diferença estatística. Quando perguntados na auto-avaliação subjetiva, todos os pacientes responderam que houve melhora no prazo de 90 dias em relação ao estado inicial antes das intervenções. Desta forma, conclui-se que tanto o laser vermelho quanto o infravermelho são eficazes no tratamento de DTM e que não há diferença estatística nas duas formas terapêuticas de lasers de baixa potência. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Leonardo A. Reis, Paulo B. Souza, Maxwell P. Moreira, Paula C.P. Paiva, Vitor C. Dumont, Rafael M. Silva, Maria H. Santos 258 EFICIÊNCIA DE DESINFETANTES COMERCIAIS SOBRE O CRESCIMENTO MICROBIANO EM MOLDES DE HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA A quantidade de espécies de microorganismos presentes na cavidade bucal é grande e algumas merecem determinada atenção, devido à sua virulência e sua resistência: os vírus da hepatite B e da AIDS, a Candida albicans, Escherichia coli, Streptococcus mutans, herpes e tuberculose. As alterações causadas por esses microorganismos vão desde ulcerações temporárias na mucosa a patologias sistêmicas letais de cura ainda desconhecida. No mercado existe uma gama variada de materiais utilizados para desinfecção em geral, que deve ser usado de forma a não alterar a integridade do material de moldagem empregado, minimizando a infecção cruzada. Tão importante quanto a desinfecção é a seleção do método e da solução desinfetante a ser utilizada para cada material de moldagem. O hidrocolóide irreversível (alginato) é um material de moldagem de aplicação fácil, dispensa equipamentos sofisticados para seu uso e tem um custo relativamente menor quando comparado a outros materiais de moldagem. O propósito deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana de moldes de alginato, após imersão em soluções desinfetantes disponibilizadas no comércio. Os espécimes Candida albicans, Escherichia coli, Staphilococus aureus e bacillus proteus foram semeados em caldo BHI, incubados a 37ºC por 24 horas. Os inóculos foram padronizados de acordo com o tubo 1 da escala de McFarland e distribuídos em placas de Petri com ágar. O crescimento microbiano foi observado em moldes obtidos de alginato sem desinfecção, alginato comercializado com clorexidina e moldes de alginato desinfetados por imersão em 20 ml, por 10 minutos, nas substâncias hipoclorito de sódio 1%, ácido peracético 0,2% e glutaraldeído 2%. Quatro moldes de alginato sem desinfecção e 16 de alginato desinfectados com as soluções foram inseridos em duplicatas nas placas contendo Candida albicans, Escherichia coli, Staphilococus aureus e Bacillus proteus. As placas foram incubadas a 37ºC e após 24 horas mensurou-se os halos formados ao redor dos moldes. A solução de hipoclorito 1% foi o material desinfetante mais efetivo para os moldes de alginato, seguidos pelas soluções de ácido peracético 0,2% e de glutaraldeído 2%, perante os microorganismos estudados. O alginato comercializado com clorexidina apresentou ação antimicrobiana mais baixa em sua composição, quando comparado com as substâncias desinfetantes testadas. Apoio: FAPEMIG, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Jeane A. Baracho, Izabela P. Rossi, Ana Claudia L. Silva, Kellen C. Silva, Angelina do C. Lessa, Ana Catarina P. Dias, Luciana N. Nobre 259 ELABORAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR PARA ADOLESCENTES DA CIDADE DE DIAMANTINA-MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA Atualmente, diversos estudos relacionam as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) à elevada ingestão de alimentos ricos em colesterol, de ácidos graxos saturados,e ao baixo consumo de fibras. Assim, o conhecimento do perfil da ingestão alimentar na população é o método mais precoce que existe para identificar o risco de adoecer por DCNT e por doenças carenciais associadas à nutrição. O Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) permite estimar o consumo de alimentos usual ao longo de um período e categorizar os indivíduos investigados segundo gradientes de consumo. O objetivo desse trabalho foi descrever a elaboração de um QFCA para avaliação dos hábitos alimentares de adolescentes da cidade de Diamantina/MG.Trata-se de um estudo transversal com 144 adolescentes de ambos os sexos, de escolas públicas e privadas da área urbana do Município de Diamantina/MG. A coleta dos dados ocorreu no período de junho de 2010 a fevereiro de 2011. As faixas etárias dos adolescentes estudadas foram 10 a 14 e 15 a 19 anos. Para a elaboração do QFCA foram identificados os alimentos mais consumidos presentes nos Recordatórios Alimentares (RA) de 24 horas dos adolescentes. Foram listados 192 itens alimentares nos RAs, os quais foram posteriormente agrupados, segundo características nutricionais e energéticas, resultando em 101 itens. Destes, os consumidos por menos de 5% dos adolescentes foram excluídos, resultando numa lista final de 50 itens que compuseram o QFCA. Os alimentos referidos com maior frequência foram o arroz cozido, com 140 citações; seguido do feijão com 125 citações; café adoçado com açúcar, com 86 citações; pão francês com 74 citações e leite de vaca integral, com 69 citações. Dentre os produtos industrializados, com alta densidade energética ou baixo valor nutricional, os mais frequentemente consumidos foram refrigerantes, sucos artificiais e achocolatado em pó. Para compor alista do QFCA foram selecionados os itens alimentares citados no mínimo 7 vezes nos registros (5%) e que contribuíram para 95% do consumo total de energia, macronutrientes, vitaminas A e C, ferro e cálcio. O tamanho das porções de cada alimento do QFCA foi obtido a partirdos percentis 25, 50 e 75 dos valores das porções relatadas nos RAs 24h, as quais foram classificadas como porção pequena, média e grande respectivamente, que posteriormente foram transformados em medidas caseiras. Neste trabalho foram descritas as etapas iniciais do processo de construção de um QFCA para adolescentes da cidade de Diamantina-MG. Este ainda passará por etapas também importantes como validação e elaboração de um álbum fotográfico que poderá facilitar e melhorar a estimativa da quantidade dos alimentos consumidos por adolescentes na região do Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Esses instrumentos, certamente serão de utilidade para pesquisa sobre saúde e nutrição de adolescentes, especialmente na região onde foi desenvolvida a presente pesquisa. Apoio: FAPEMIG, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Jeane A. Baracho, Izabela P. Rossi, Ana Claudia L. Silva, Lidiane L. Moreira, Angelina do C. Lessa, Ana Catarina P. Dias, Luciana N. Nobre 260 ELABORAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR PARA CRIANÇAS DA CIDADE DE DIAMANTINA-MG Email: e-mail: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA Pesquisas realizadas atualmente relatam que doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) acometidas por adultos, podem ser reflexos de exposição a fatores de risco, como a alimentação, durante diferentes fases da vida. Desta forma, a investigação precoce dos hábitos alimentares de crianças e adolescentes se torna alvo das pesquisas, na tentativa de encontrar possíveis indicadores dietéticos que sinalizem o desenvolvimento de DCNT. Para essa investigação merece destaque a utilização do Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) que é um instrumento de avaliação dietética que permite estimar o consumo usual de alimentos em um período e classificar os grupos populacionais de acordo com sua freqüência alimentar. O objetivo desse trabalho foi descrever a elaboração de um QFCA para avaliação dos hábitos alimentares de crianças da cidade de Diamantina/MG. Tratase de um estudo transversal com crianças de ambos os sexos de escolas públicas e privadas da área urbana do Município de Diamantina/MG. A coleta dos dados ocorreu no período de junho de 2010 a fevereiro de 2011. As faixas etárias estudadas foram 2 a 5 e de 6 a 9 anos. Para a elaboração do QFCA foram identificados os alimentos mais consumidos presentes nos Recordatórios Alimentares (RA) de 24 horas das crianças. Para compor a lista do questionário foram selecionados os itens alimentares citados no mínimo 6 vezes nos registros (5%). Os alimentos que contribuíram para 95% do consumo total de energia, macronutrientes, vitaminas A e C, ferro e cálcio foram selecionados para compor a lista do QFCA. crianças foram listados 210 alimentos, dos quais 75 itens foram agrupados em uma lista de 49 itens alimentares que compuseram o QFCA. Os alimentos referidos com maior frequência foram: o arroz (113), feijão carioca (102), leite integral de vaca (70), pão francês (52) e achocolatado em pó (49). Dentre os produtos industrializados de alta densidade energética ou baixo valor nutricional mais frequentemente consumidos observou-se a presença do achocolatado em pó (49), margarina (34), suco artificial (29), e guaraná (26). O tamanho das porções de cada alimento do QFCA foi obtido a partir dos percentis 25, 50 e 75 dos valores das porções relatadas nos RA 24h, as quais foram classificadas como porção pequena, média e grande, respectivamente, que posteriormente foram transformados em medidas caseiras. Neste trabalho foram descritas as etapas iniciais do processo de construção de um QFCA para crianças da cidade de Diamantina-MG. Este ainda passará por etapas também importantes como validação e elaboração de um álbum fotográfico que poderá facilitar e melhorar a estimativa da quantidade consumida por adolescentes na região do Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Esses instrumentos, certamente serão de utilidade para pesquisa sobre saúde e nutrição de crianças, especialmente na região onde foi desenvolvida a presente pesquisa. Apoio: FAPEMIG, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Cristina F. Gontijo; Geralda V.C. Machado; Paula A.B. Alves 261 EVOLUÇÃO DA MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS MAL DEFINIDAS NA MACRORREGIÃO DO JEQUITINHONHA - MG, 1996 A 2008 Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA A Mortalidade Proporcional por Causas Mal Definidas é conhecida como um indicador da qualidade das estatísticas de óbito. Quanto menor a proporção de óbitos por causas mal definidas, melhor é a qualidade das estatísticas na região. Neste grupo incluem-se os óbitos sem assistência médica, demonstrando a dificuldade de acesso de algumas populações a serviços médicos. A monitoração do grupo de causas de morte mal definidas é fundamental para a busca da melhoria das informações obtidas pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade, além de sinalizar a disponibilidade de infra-estrutura assistencial e de condições para o diagnóstico de doenças, bem como a capacitação profissional para preenchimento das declarações de óbito. Assim, foi objetivo do presente trabalho analisar a evolução da mortalidade proporcional por causas mal definidas na Macrorregião do Jequitinhonha - MG, no intervalo cronológico de 1996 a 2008. Para tanto, foi realizado um estudo retrospectivo procedendo a análise quantitativa dos óbitos classificados no capítulo Sintomas, sinais e achados anormais em exames clínicos e laboratoriais da Classificação Internacional de Doenças 10ª. Revisão (CID-10), ocorridos entre 1996 a 2008. A análise temporal se restringiu até 2008, último ano em que os dados estavam disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade. Os 23 municípios integrantes da macrorregião constituíram as unidades de análise. Em relação a evolução da mortalidade proporcional por causas mal definidas, observou-se tendência ao declínio ao longo do intervalo estudado, de 35,25% em 1996 para 26,39% em 2008, revelando melhor qualidade de informações dos óbitos registrados. Apesar da tendência ao declínio, os 23 municípios apresentaram proporções bem acima de Minas Gerais (14,4% em 2006 e 11,2% em 2007). Evidenciaram-se comportamentos diferenciados entre os municípios, sendo que em alguns se constatou melhora na qualidade da informação, enquanto que em outros foram observadas variações expressivas, que provavelmente estão associadas a eventuais modificações no sistema de captação de informações. Quanto à proporção de óbitos sem assistência médica, também foi observada tendência ao declínio, de 31,02% em 1996 para 17,03% em 2008. Apesar da diminuição, as proporções encontradas são bem superiores às do Estado (9,3% em 1996 e 4,2% em 2007). Em relação aos óbitos sem assistência médica também foram encontrados comportamentos variados, com amplitude de 0% a 47%. Este resultado é alarmente por demonstrar a falta de acesso de algumas populações aos serviços médicos. O elevado número de óbitos por causas mal definidas representa um dos principais problemas relacionados à qualidade dos dados do Sistema de Informação de Mortalidade. Da mesma forma, constituem obstáculo para a distribuição de recursos com base no perfil epidemiológico, visto que podem alterar consideravelmente as taxas de mortalidade por doenças, limitando o conhecimento sobre o estado de saúde da população. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Maressa A. Santos, Camila G. de Lima, Leandro B. Pires, Raquel G. Vieira-Andrade, Leandro S. Marques, Maria Letícia Ramos-Jorge 262 FATORES ASSOCIADOS À REABSORÇÃO ATÍPICA EM MOLARES DECÍDUOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA A reabsorção radicular atípica em molares decíduos consiste em um tipo de reabsorção, fisiológica ou patológica, em que uma das raízes, mesial ou distal, se encontra em estágio mais avançado de reabsorção. É também denominada por alguns autores como assimétrica ou ectópica. O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência e os fatores associados à reabsorção atípica em molares decíduos inferiores de crianças de 3 a 12 anos atendidos pela clínica de Odontopediatria da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O estudo foi realizado com uma amostra de 1068 molares decícuos avaliados a partir de 671 radiografias periapicais obtidas do acervo radiográfico da clínica de Odontopediatria. Através de questionário aplicado previamente aos responsáveis pelas crianças do estudo, coletaram-se informações sobre idade, história médica e odontológica. As radiografias foram analisadas por pesquisadores previamente calibrados mediante observação direta com o auxílio de negatoscópio. A avaliação radiográfica foi dividida em dois momentos. Inicialmente, os pesquisadores observaram a presença ou não de reabsorção ectópica completa em uma das raízes. Em seguida, verificou-se a condição em que a coroa dental se encontrava (hígida, com presença de cárie sem envolvimento pulpar, com presença de cárie com envolvimento pulpar ou restaurado). Além dessas variáveis, verificou-se se o molar decíduo apresentava lesão periapical, pulpotomia ou pulpectomia. Análise descritiva de frequência e teste qui-quadrado foram utilizados para análise dos resultados. Entre as 453 crianças que participaram do estudo, 53.4% (n=252) pertenciam ao gênero masculino, enquanto 46.6% (n=211) pertenciam ao gênero feminino. Em relação à idade, 41.3% (n=187) das crianças encontravam-se na faixa etária de 3 a 7 anos, enquanto 58.1% (n=263) possuíam entre 8 e 12 anos. Já em relação aos 1068 molares decíduos avaliados 3.8% (n=41) possuíam reabsorção ectópica completa. Observou-se uma associação estatisticamente positiva entre presença de reabsorção ectópica e idade da criança (p<0,001) e presença de pulpotomia (p<0,05). Não houve associação estatisticamente significativa entre reabsorção ectópica e as demais variáveis independentes investigadas. Concluiu-se que a idade da criança e a presença de pulpotomia estiveram relacionadas a uma maior ocorrência de reabsorção ectópica em molares decíduos inferiores. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Clarissa L. Drumond, Laura A. Azevedo, Raquel G. Vieira-Andrade, Leandro S. Marques, Maria Letícia Ramos-Jorge 263 FATORES ASSOCIADOS À REABSORÇÃO PATOLÓGICA INFLAMATÓRIA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA As reabsorções dentárias patológicas, especialmente a do tipo inflamatória, têm frequência significativa e caracterizam-se como consequência e/ou complicação de várias situações clínicas, como traumatismos dentários e lesões periapicais inflamatórias provenientes da doença cárie, constituindo causa comum de perda precoce do dente decícuo. O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência e os fatores associados à reabsorção patológica inflamatória em molares decíduos inferiores de crianças de 3 a 12 anos atendidos pela clínica de Odontopediatria da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O estudo foi realizado com uma amostra de 1068 molares decícuos avaliados a partir de 671 radiografias periapicais obtidas do acervo radiográfico da clínica de Odontopediatria. As radiografias pertenceram a 453 crianças com idade entre 3 e 12 anos. Através de questionário aplicado previamente aos responsáveis pelas crianças do estudo, coletaram-se informações sobre idade, história médica e odontológica. As radiografias foram analisadas por pesquisadores previamente calibrados mediante observação direta com o auxílio de negatoscópio. A avaliação radiográfica foi dividida dois momentos. Inicialmente, os pesquisadores observaram o tipo de reabsorção radicular presente no dente avaliado (fisiológica ou patológica inflamatória). Em seguida, verificou-se a condição em que a coroa dental se encontrava (hígida, com presença de cárie sem envolvimento pulpar, com presença de cárie com envolvimento pulpar ou restaurado). Além dessas variáveis, verificou-se se o molar decíduo apresentava pulpotomia ou pulpectomia. Análise descritiva de frequência e teste qui-quadrado foram utilizados para análise dos resultados. Entre as 453 crianças que participaram do estudo, 53.4% (n=252) pertenciam ao gênero masculino, enquanto 46.6% (n=211) pertenciam ao gênero feminino. Em relação à idade, 41.3% (n=187) das crianças encontravam-se na faixa etária de 3 a 7 anos, enquanto 58.1% (n=263) possuíam entre 8 e 12 anos. Já em relação aos 1068 molares decíduos avaliados 16.2% (n=173) possuíam reabsorção patológica inflamatória. Foi observada associação estatisticamente significativa entre presença de reabsorção patológica inflamatória e: gênero (p=0,044) e idade da criança (p=0,011), ausência de dente hígido (p<0,001), cárie com envolvimento pulpar (p<0,001), dente restaurado (p<0,001), pulpotomia (p<0,001) e pulpectomia (p<0,001). Sendo assim, pode-se concluir que o gênero e idade da criança, assim como presença de cárie com envolvimento pulpar, dente restaurado e presença de pulpotomia ou pulpectomia estiveram relacionadas a uma maior ocorrência de reabsorção patológica inflamatória nos molares decíduos inferiores. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Raquel G. Vieira-Andrade, Flávia F. Z. Guimarães, Charlles S. Vieira, Sarah T. C. Freire, Maria Letícia Ramos-Jorge, Anacélia M. Fernandes 264 FATORES ASSOCIADOS ÀS ALTERAÇÕES DA MUCOSA BUCAL EM PACIENTES DO VALE DO JEQUITINHONHA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA O conhecimento sobre alterações da mucosa bucal (lesões e alterações da normalidade) assim como suas associações com doenças sistêmicas, hábitos deletérios (tabagismo e etilismo) e consumo de medicamentos é essencial para o diagnóstico, tratamento e estabelecimento de políticas de prevenção. O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência e os fatores associados às alterações da mucosa bucal em 511 pacientes de Diamantina e regiões circunvizinhas. Foram incluídos no estudo sujeitos de ambos os gêneros e com idade acima de 12 anos que procuraram atendimento nas clínicas de graduação do curso de Odontologia da UFVJM. Através de questionários aplicados por meio de entrevista foram coletadas informações como idade, gênero, tipo racial, história médica e odontológica, além de consumo de álcool, cigarro e medicamentos. Em seguida, os participantes foram submetidos a exame clínico para diagnóstico das alterações da mucosa bucal. Análise descritiva de frequência e teste qui-quadrado foram utilizados para análise dos resultados. Um total de 848 alterações da mucosa bucal foi encontrado em um universo de 434 indivíduos (84.9%), sendo que alguns apresentaram mais de um tipo de alteração. Foram diagnosticados 26 tipos de alterações sendo os mais comuns: manchas melânicas (36.0%), linha alba (33.9%), úlcera traumática (21.5%), grânulos de Fordyce (20.4%), língua saburrosa (12.5%), língua fissurada (10.0%) e leucoedema (6.5%). O gênero masculino possuiu associação estatisticamente significativa com leucoedema (14.3%, n=18, p<0.05), língua saburrosa (20.6%, n=26, p<0.05) e língua fissurada (16.7%, n=21, p<0.05). Por outro lado, o gênero feminino apresentou associação com linha alba (44.2%, n=136, p<0.05). Em relação à idade dos participantes, o grupo na faixa etária compreendida entre 12 e 19 anos (50.7%, n=38) e o grupo entre 20 e 59 anos (42.3%, n=142) apresentaram maior ocorrência de manchas melânicas do que o grupo entre 60 e 78 anos (17.4%, n=4), sendo esta associação estatisticamente significativa (p<0,05). Manchas melânicas também estiveram fortemente associadas ao tipo racial melanoderma (58.8%, n=50, p<0,001). Possuir língua fissurada esteve associado a presença de doença sistêmica (22.5%, n=18, p<0,05) e ao consumo de algum tipo de medicamento (23.0%, n=20, p<0.001). Língua saburrosa (23.5%, n=16) e leucoedema (16.2%, n=11) estiveram associados ao consumo de cigarro (p<0.05). Já no que se refere à ingestão de bebidas alcoólicas, o consumo de bebida fermentada esteve associado a uma maior ocorrência de linha alba (50.0%, n=63, p<0.05). Pode-se concluir que as alterações da mucosa bucal foram frequêntes e diversificadas, sendo o gênero, idade e tipo racial do indivíduo, presença de doença sistêmica, consumo de medicamentos, tabaco e bebida fermentada os principais fatores associados às alterações mais prevalentes desse estudo. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Daniel S. Castro, Rodrigo M. Pereira, Dora Neumann, Aline S. Lopes, Jamilie S. P. Campos, Rahilda B. Tuma, Maria Aparecida A. P. da Silva. 265 FATORES DE INFLUÊNCIA NA SELEÇÃO DE ALIMENTOS CONSUMIDOS POR ADOLESCENTES DE UMA ESCOA PÚBLICA DE BELÉM-PA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO O desenvolvimento e a manutenção das escolhas alimentares são influenciados por uma interação complexa e variada de uma grande combinação de fatores, os quais abrangem desde os biológicos até os antropológicos. O estudo foi realizado em uma escola pública de ensino médio de Belém-PA, calculando-se uma amostra estratificada por gênero. Foi utilizado um questionário auto-respondido, aplicado em salas de aulas, contendo dez fatores de influência nas escolhas alimentares. Os adolescentes respondiam utilizando uma escala de 0 a 8 pontos sendo que 0 correspondia a não influencia nada; 2, influencia pouco; 4, influencia moderadamente; 6, influencia muito; 8, influencia muitíssimo. Os dados foram analisados através do programa SAS 8.0. O grupo pesquisado foi constituído por 182 adolescentes, sendo 96 do gênero feminino, 52,7 %, e 86 do gênero masculino, 47,3 %, com idades entre 14 e 19 anos. Para ambos os gêneros o fator que mais os influencia na escolha dos alimentos consumidos é o sabor dos alimentos, com médias de 6,7 para o gênero feminino e 6,3 para o gênero masculino, as quais se localizam entre influenciar muito e influenciar muitíssimo na escala de avaliação. Além do sabor, fatores como, facilidade de preparo, família e nutrição e saúde, influenciam moderadamente aos adolescentes. Religião, amigos e convicções ambientais não os influenciam nas escolhas alimentares. A tendência hedonista, sabor, como influência principal na seleção dos alimentos deve ser avaliada como elemento importante em programas de promoção da alimentação saudável entre estes adolescentes. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 266 FATORES RESPONSÁVEIS PELA OCORRÊNCIA DAS DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS E DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS EM REGIÕES BRASILEIRAS: UMA CORRELAÇÃO COM O VALE DO JEQUITINHONHA-MG Liliane C. C. Ribeiro, Mirtes Ribeiro, Rosélia M. F. Souza, Fabrine A. Jardim, Janaina B. Santos Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA As Doenças Diarreicas Agudas e as Doenças Transmitidas por Alimentos se configuram como etiologias que devem ser investigadas e monitorizadas em todo território brasileiro. Diante disso, o estudo dos principais fatores responsáveis pela ocorrência dessas doenças se torna imprescindível na organização e atuação dos órgãos de vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental e da saúde do trabalhador, uma vez que são pré-requisitos para o desenvolvimento de estratégias que visem à prevenção, redução e o controle dos casos. Observa-se, ainda, a existência de poucos estudos que associem os principais fatores que compõem o perfil epidemiológico das DDA e DTA com as características regionais do Vale do Jequitinhonha. Partindo desse pressuposto, o presente estudo objetivou correlacionar os principais fatores responsáveis pela ocorrência das DDA e DTA em outras regiões brasileiras com os possíveis fatores que condizem com o contexto epidemiológico dessas doenças no Vale. Trata-se de uma revisão de literatura, onde foram selecionados 10 artigos em base de dados com período de publicação 2000 a 2011. Por meio da análise dos artigos e correlação com dados pesquisados no sistema de informação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi possível delinear os prováveis fatores que influenciam a ocorrência de DDA e DTA no Brasil e compará-los com as características loco regionais do Vale, sendo que os fatores relacionados à ocorrência de DDA e DTA foram: falta de acesso à água tratada; condições socioeconômicas desfavoráveis; ausência de saneamento básico; falta de condições higiênicas; consumo de alimentos contaminados; práticas inadequadas relacionadas à manipulação do alimento; ausência de programas de educação em saúde direcionados para a população; armazenamento inadequado de alimentos. Assim, refletindo-se sobre os problemas relacionados aos aspectos físicos e socioeconômicos da região do Vale, é possível perceber que estes também são relatados em outros estudos. Deste modo, pode-se supor que os fatores responsáveis pelas ocorrências de DDA e DTA no Brasil, venham a ser os mesmos para o Vale. Ressalta-se que estudos referentes à ocorrência desses fatores e o contexto epidemiológico das DDA e DTA no Vale são imprescindíveis, com o intuito de serem planejadas políticas de investimentos em saneamento básico e ambiental, programas de educação em saúde e estímulo à melhoria das condições socioeconômicas e culturais da região. Apoio: PET-Saúde/Vigilância em Saúde, Pró-Saúde I/UFVJM, Grupo de pesquisa Atenção Básica/UFVJM, Gerência Regional de Saúde de Diamantina (GRSD), Secretaria Municipal de Saúde de Diamantina (SMSD), UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Lívia M. F. Costa*, Antonio S. Santos 267 FORMULAÇÃO DE MICROESFERAS DE GELATINA PARA DESENVOLVIMENTO DE TESTE DIAGNÓSTICO POR CITOMETRIA DE FLUXO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA O emprego de microesferas para o desenvolvimento de métodos de análises imunológicas por citometria de fluxo é uma técnica promissora na detecção de anticorpos e antígenos, bem como de drogas de abuso e outras substâncias. A técnica envolve o uso das microesferas adsorvidas por antígenos ou por anticorpos de captura, de modo que ao serem adicionadas aos fluidos biológicos, juntamente com um anticorpo de detecção marcado com um fluorocromo, resulta na formação de um complexo, que pode ser detectado pelo citômetro de fluxo. Um dos métodos mais empregados na obtenção de microesferas baseia-se na formação prévia de uma emulsão onde os materiais componentes das esferas são incorporados na fase interna. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um método de obtenção de microesferas de gelatina, a partir de emulsões do tipo água em óleo, que posteriormente possam ser empregadas em citometria de fluxo para a detecção de agentes patogênicos e xenobióticos. Desse modo, as emulsões foram preparadas, acrescentando soluções aquosas de gelatina e fluoresceína a uma mistura de óleo mineral e mono oleato de sorbitano a 50 °C, sob agitação. A emulsão resultante foi transferida para um banho de gelo e desidratada por sucessivas lavagens com isopropanol ou acetona. Em seguida foi acrescentada uma solução de formaldeído, permitindo a formação de ligações cruzadas. Ao final deste processo, uma solução contendo glicina foi adicionada interrompendo a reação, e novamente, o sistema foi lavado com isopropanol ou água destilada. As microesferas resultantes, após a adequada secagem em temperatura ambiente, foram ressuspendidas em solução de azida de sódio e analisadas em microscópio óptico de fluorescência. A forma e a distribuição de tamanho das partículas foram avaliadas. Para isso, foram analisadas diferentes variáveis do processo que influenciam a etapa de formação de gotículas durante a emulsificação, como: a proporção de tensoativo empregada, a velocidade de agitação, o procedimento de formação das ligações cruzadas e a concentração de gelatina na fase interna da emulsão. Os resultados experimentais indicaram que quanto maior a concentração de gelatina maior será o tamanho das partículas, possivelmente devido ao aumento da viscosidade da fase interna, o que exige uma maior quantidade de energia de cisalhamento para redução do tamanho das gotículas; o emprego de tensoativo tende a reduzir a tensão interfacial para que a fase dispersa forme gotículas menores e estáveis; por outro lado, o aumento da velocidade de agitação resulta na formação de partículas menores; e, além disso, a aplicação de formaldeído e isopropanol são essenciais para o enrijecimento e a desidratação das microesferas, devido a um efeito plastificante. Sabendo que, para uso em teste diagnóstico por citometria de fluxo, as microesferas devem apresentar menor tamanho possível, conclui-se que a avaliação criteriosa das variáveis indicadas é essencial para a obtenção de microesferas viáveis. Apoio: UFVJM, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 268 GEORREFERENCIAMENTO DE UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO ALTO JEQUITINHONHA EM APOIO À SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL Pedro S. Murta, Nadja M.G. Murta, Rosana P.Cambraia Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO Estudo realizado na comunidade quilombola de Quartel do Indaiá, localizada no Alto Vale do Jequitinhonha-MG, que objetivou georreferenciar a comunidade, bem como identificar os riscos e as potencialidades para a Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (SANS). Para tal, foram coletadas as coordenadas geográficas com a utilização de um aparelho do Sistema de Posicionamento Global – GPS (Garmim®) e diário de campo (questionário de produção de alimentos), onde cada domicílio e roças foram georreferenciados. Paralelamente, foram utilizadas fichas das famílias cadastradas no Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Residem na comunidade 25 famílias (126 pessoas), sendo a atividade econômica predominante o garimpo braçal (faisqueira) e a agricultura para o auto-consumo. Destas, 08 (32%) possuem roças (distam em média 4,8 km) onde plantam batata-doce (100kg/ano), cana (não estimado), feijão (800kg/ano), mandioca (600kg/ano) e milho (1540kg/ano); 17 (68%) criam galinhas (359 unidades) e/ou gado leiteiro (78 unidades) e porcos (21 unidades); 10 (40%) possuem hortas domiciliares (abóbora, alface, beterraba, cebola, cebolinha verde, cenoura, chuchu, couve e quiabo) e em todas há pomar (predominância para banana, goiaba, laranja e maracujá). Destaca-se ainda que uma família (4%) vive exclusivamente da renda da produção de hortaliças e derivados do leite e outra (4%) da venda de pó de urucum. Há coleta sazonal de coco indaiá, jabuticaba e jatobá e a utilização de alimentos não convencionais: baianica, quiabo da lapa, gondó, imbaúba, lobo-lobô, palma, samambaia, café de fedegoso, coroa de frade, dentre outros. Entre a população local é comum a troca de alimentos produzidos e/ou coletados. Não foi encontrado, entre as crianças menores de 10 anos, nenhum caso de desnutrição calórico-protéica moderada ou grave, o que nos leva a supor que os alimentos ali produzidos e/ou coletados supram as necessidades nutricionais mínimas. Por outro lado, a confecção do mapa permitiu a visualização das áreas onde há ou não produção alimentar. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Gabriela C. Ribeiro, Daisy R. F. Fernandes, Leida C. de Oliveira 269 HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS NO QUINQUENIO (2006 A 2009) Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA A hanseníase é uma doença bacteriana com manifestações dermato-neurológicas e alto poder incapacitante, em suas formas multibacilares. Nas estatísticas mundiais, o Brasil ocupa o segundo lugar em número de casos absolutos da doença. Apesar desta situação, esta ainda elenca o rol das doenças brasileiras negligenciadas. Entretanto, alguns esforços têm sido empreendidos pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil, em busca de mudanças neste cenário. Em 2010, foram aprovadas as novas diretrizes para vigilância, atenção e controle da hanseníase, por meio de portaria ministerial. A sua necessidade se fez devido à existência de transmissão ativa da hanseníase, em todas as unidades federadas do país. A cidade de Diamantina, situada no estado de Minas Gerais, apresenta em sua série histórica, o registro de casos da doença. Há indícios que este município, assim como os demais da microrregião, apresenta casos novos devido a problemas relacionados à prevenção, controle e detecção precoce da doença. Dessa forma, o trabalho teve como objetivo analisar o comportamento epidemiológico da hanseníase no município de Diamantina durante cinco anos e segundo os novos parâmetros estabelecidos pelo MS. Os dados foram obtidos do banco de dados denominado hanseníase Sinan/net, disponibilizado pela Gerência Regional de Saúde de Diamantina e tabulados no programa Tabwin32. O período estudado foi aquele compreendido entre os anos de 2005 e 2009. Os resultados encontrados demonstram que o município diagnosticou 46 casos novos no período, com taxa de detecção média de 19,83/100.000 habitantes. Este valor pode ser considerado como alto, por estar na faixa entre 20,00 a 39,99 casos/100.000 habitantes. A cada ano avaliado, identificou-se um aumento nas taxas de detecção por 100.000 habitantes que foram de 6,46, 7,00, 15,09, 23,72 e 27,44 respectivamente para os anos 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009. De acordo com os novos parâmetros do MS, o quinquênio evoluiu de taxas médias para altas e muito altas. Quanto à forma clínica, 71,7% eram multibacilares, ou seja, com alta carga bacilar e com maior chance de transmissão da doença. Em relação ao grau de incapacidade física, 78,2% das pessoas apresentavam algum grau de limitação, sendo 46,51% com grau I e 37,20% com grau II. Outra variável avaliada foi a forma de detecção da hanseníase. Apenas 9,5% foram detectados a partir do exame de seus contatos e a grande maioria, 71,40% foi por demanda espontânea ou por encaminhamento de outro profissional de saúde (19,04%). Nesse contexto, concluímos que há uma grande necessidade se estabelecer uma maior articulação entre gestores das três esferas do governo, profissionais de saúde e comunidade, no intuito de organizar as ações de hanseníase no município, favorecendo sua prevenção e controle e evitando suas complicações. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Luana M. Castro, Débora V. Vaz, Raphael C. Guimarães, Taísa T. Teixera, Paulo E. M. Stella, Janir A. Soares, Suelleng M. C. S. Soares 270 IMPACTO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES ATENDIDOS NAS CLÍNICAS INTEGRADAS DA UFVJM Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA A qualidade de vida é marcantemente afetada pela quantidade de satisfação ou insatisfação com a saúde bucal. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a autopercepção de saúde bucal em pacientes atendidos nas Clínicas Odontológicas Integradas da UFVJM, bem como sua relação com um indicador subjetivo de impactos das condições bucais na qualidade de vida (OHIP-14) e o perfil de saúde bucal. Foram aplicados 2 questionários: o OHIP-14 - para verificar o impacto da autopercepção de saúde bucal na qualidade de vida e o questionário proposto pelo NICE contendo questões relativas à cárie dentária, parâmetros clínicos periodontais e lesões em mucosa bucal (LMB), com o objetivo de se determinar o perfil de risco do paciente em desenvolver doença bucal e assim fazer uma associação com a qualidade de vida. Avaliouse um total de 32 pacientes sendo 15 do gênero feminino e 17 do masculino e idade variando entre 12 e 92 anos. Os resultados revelaram que apesar de 59,4% dos indivíduos sentirem dor de dente repetidamente ou sempre, 71,9% não apresentam problemas para falar e 78,1% nunca perceberam mudança no sabor dos alimentos. Do mesmo modo, 81,3% não demonstraram dificuldades para realizar suas atividades diárias. Entretanto, 59,4% dos entrevistados relataram incômodo ao comer. Mais de 62,0% dos pacientes relataram preocupação com a saúde de sua boca ou dentes, de modo que 43,8% assumiram estarem estressados por tal motivo e, ainda, 40,6% responderam que se sentem envergonhados constantemente (repetidamente/sempre) por problemas em suas bocas ou dentes. Ao correlacionar o perfil de risco para o desenvolvimento de doença bucal, com a autopercepção da qualidade de vida, observou-se que tanto o perfil de baixo risco como o de médio risco influenciavam na autopercepção da qualidade de vida, não tendo sido encontradas diferenças significativas entre os mesmos. Esse estudo nos permitiu concluir que as condições de saúde bucal apresentadas pelos pacientes atendidos nas Clínicas Odontológicas da UFVJM influenciaram variavelmente a qualidade de vida dos mesmos e, ainda, que o questionário OHIP-14, através dos seus indicadores subjetivos podem ser utilizados como mais um instrumento da avaliação das condições de saúde bucal, complementares aos indicadores clínicos, devido ao fato de conseguirem captar as necessidades relatadas pelos pacientes. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Nathália de Souza Lara, Rafaella Lemos Alves, Leilane Aparecida Ávila, Sabrina Mara da Cunha, Ivy Scorzi Cazelli Pires e Lucilene Soares Miranda 271 INFLUÊNCIA DO AMBIENTE ALIMENTAR DAS FAMÍLIAS NA FORMAÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES DAS CRIANÇAS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO O ambiente alimentar, o comportamento dos pais e cuidadores e suas preferências influenciam a formação de hábitos alimentares das crianças . O momento da refeição exige calma e tranquilidade. Quando o consumo do alimento acontece numa situação de conflito então, naturalmente, ele transformar-se-á num alimento a rejeitar. Oberva-se também que a realização das refeições em frente à televisão pode prejudicar as crianças em relação a sua concentração, além de exercer influência em relação às propagandas exibidas e desfavorecer o diálogo entre pais e filhos sobre alimentação saudável. O objetivo deste trabalho foi analisar através de questionários, o ambiente onde são realizadas as refeições de crianças entre 1 a 2 anos 11 meses e 29 dias de idade em Diamantina – MG e Presidente Juscelino¬ – MG, totalizando 166 famílias. Avaliou-se o lugar onde eram realizadas as refeições. Dos resultados encontrados, 69,27% (n=166) das mães, 58,97% (n=39) dos cuidadores e 56,02%(n=93) das crianças faziam as refeições em frente à televisão. O percentual de mães, cuidadores e crianças que realizavam na mesa foram, 25,3%, 41,02% e 27,1% respectivamente. Quanto à presença de acompanhantes durante as refeições realizadas pelas crianças, as mães foram destacadas como a principal companhia representando 73,38% (n=139) no café da manhã, 68,8% (n=125) na colação, 68,02% (n=147) no almoço, 68,3% (n=142) no lanche, 72,91% (n= 144) no jantar e 79,2% (n=125) na ceia. Posteriormente os cuidadores com 19,42% no café da manhã, 19,2% na colação, 21,08% no almoço, 21,12% no lanche, 11,11% no jantar e 9,6% na ceia. Em relação ao diálogo durantes as refeições, 74,69% (n=124) das famílias, responderam que sim e 22,89% (n=38) disseram que não, 2,4% (n= 4) falaram que às vezes conversavam sobre algum assunto. Os assuntos foram os mais variados, como brigas, discussões familiares à mesa, assuntos do dia a dia, incentivo à criança para comer, entre outros. Verificou-se que a maioria das mães e cuidadores realizavam as refeições entretidos com os programas de televisão o que condiciona as crianças a fazerem o mesmo prejudicando assim a alimentação e a utilização do espaço para a educação nutricional. O ambiente familiar nem sempre se mostrou propicio para uma refeição adequada, os contratempos ocorridos, as discussões, coagir os filhos a realizarem as refeições e a atribuição de valores a certos alimentos podem ter consequências indesejáveis na formação dos hábitos alimentares das crianças. Apoio: CNPq, FAPEMIG e UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Lauane G. Moreno; Ana Maria F. Viana; Maura O. Costa; Mayara M. F. Carvalho; Elizabethe A. Esteves 272 INGESTÃO CALÓRICA E RELAÇÕES ENTRE A INGESTÃO DE CÁLCIO E PROTEÍNAS E O CONTROLE DO PESO CORPORAL EM MULHERES EUTRÓFICAS E COM SOBREPESO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO Introdução: A ingestão de macro e micronutrientes tem sido relacionada à prevenção do excesso do peso. Objetivo: Avaliar a ingestão calórica e comparar a ingestão de cálcio e proteínas entre mulheres eutróficas e com sobrepeso e correlacioná-las com variáveis de adiposidade. Métodos: O índice de massa corporal (IMC), a circunferência da cintura (CC), o percentual de massa magra (%MM) e de gordura corporal (%GC), a ingestão calórica e a ingestão de cálcio e de proteínas (registro alimentar de 3 dias) foram avaliados e comparados entre 16 mulheres com sobrepeso (GS) e 16 eutróficas (GE). Foram calculadas a relação Cálcio/proteínas (RCa/Ptn) das dietas e os coeficientes de correlação entre as variáveis de adiposidade e a ingestão de cálcio, proteínas e RCa/Ptn. Resultados: A ingestão média de calorias, de carboidratos (g), de proteínas (g) e de lipídios (g) do GS foi superior (p<0,05). Em ambos os grupos, a ingestão de proteínas (g) foi superior à EAR e à RDA, e a de cálcio foi inferior à AI. Não houve diferença significativa entre os grupos para calorias protéicas, cálcio e RCa/Ptn (p>0,05). No GS observou-se correlação positiva entre a ingestão de cálcio e a CC ou o %GC; e correlação negativa com o %MM. A ingestão de proteínas (Kcal) correlacionou-se positivamente com o %MM e negativamente com o %GC no GE. Conclusão: O baixo consumo de cálcio, associado à elevada ingestão calórica no GS pode ter interferido nos possíveis efeitos das proteínas e do cálcio como auxiliares no controle do peso e da composição corporal. Unitermos: Obesidade. Ingestão calórica. Cálcio. Proteínas. Composição corporal. Apoio: Departamento de Nutrição/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Polianna D. Pereira, Débora F. de Melo Vitorino 273 MASTECTOMIAS REALIZADAS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS SAMUEL LIBÂNIO, NO MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE – MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL Segundo recente relatório da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC)/OMS (World Cancer Report 2008), o impacto global do câncer dobrou nos últimos 30 anos. Sendo o câncer de mama a principal neoplasia maligna que acomete o sexo feminino no país. Possui bom prognóstico quando detectado precocemente, e quando instituído tratamento adequado. O tratamento do câncer de mama deve ser abordado por uma equipe multidisciplinar. A fisioterapia significa um conjunto de possibilidades terapêuticas que proporciona uma recuperação funcional precoce. Os procedimentos cirúrgicos são comuns para prevenir a disseminação do câncer de mama além de assegurar uma alta incidência de sobrevivência. O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento das cirurgias de câncer de mama realizada no Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCLS) no município de Pouso Alegre – MG. Tratou-se de um estudo do tipo longitudinal e retrospectivo. Utilizou-se prontuários de pacientes diagnosticadas com câncer de mama que realizaram cirurgias no HCSL. Foram quantificados os tipos de cirurgias realizadas em pacientes que tiveram o câncer de mama, se foram indicadas para fisioterapia no pré e pós operatório, se realizaram reconstrução mamária e se foi realizado esvaziamento axilar. Foi realizada uma análise descritiva dos dados e expressas, através da média e desvio padrão. No presente estudo, foram analisados 85 prontuários de pacientes do sexo feminino, com média de idade de 56,79 ± 14,38 anos. Dos prontuários analisados, as cirurgias conservadoras correspondem a cerca de 52,94%, enquanto 40% as radicais e 7,05% das fichas não informavam o tipo de cirurgia realizada. Outra variável analisada foi a indicação do tratamento fisioterapêutico para as pacientes pós mastectomizadas e evidenciou-se que apenas dois dos oitenta e cinco prontuários, tinham indicação para Fisioterapia e nenhum havia indicação da fisioterapia no pré-operatório. Cerca de 16,47% das pacientes realizaram cirurgia de reconstrução mamária imediata e o esvaziamento axilar, por sua vez, foi indicado para 20% e a linfadenectomia total á 38,82% das pacientes. Verificamos com o levantamento que, as cirurgias conservadoras estão sendo realizadas com maior freqüência e que a Fisioterapia não foi enquadrada plenamente na assistência as pacientes neste Centro Hospitalar. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Márcio A. Homem de Faria Júnior, Paulo A. Martins-Júnior, Lais Almeida, Valdirene de Souza e Silva, Fernanda de Oliveira Ferreira, Leandro S. Marques, Maria Letícia Ramos-Jorge. 274 MUDANÇAS NA QUALIDADE DE VIDA DE ESCOLARES BRASILEIROS APÓS TRATAMENTO PARA CÁRIES DENTÁRIAS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA Até a última década não existiam métodos para avaliar as repercussões de alterações orofaciais, como a cárie dentária, no cotidiano de crianças e adolescentes. Os resultados obtidos pelo OHRQoL somados a indicadores clínicos podem ser utilizados como informações importantes na avaliação da necessidade de tratamento individual e de populações, a qualidade de assistência prestada e os serviços e programas de saúde. O CPQ ainda não testado para avaliar os efeitos dos tratamentos e dos programas de educação em saúde bucal. Assim, deve ser avaliado como uma medida de avaliação em crianças que possuem impacto negativo no auto-relato da qualidade de vida. Este estudo teve como objetivo estimar mudanças associadas ao tratamento odontológico no auto-relato da qualidade de vida por meio do CPQ8-10. Um total de 40 escolares de Diamantina/MG completaram o CPQ8-10 antes e três meses após o tratamento odontológico. Foram incluídas no estudo as crianças que relataram impacto da cárie dentária na qualidade de vida. O questionário pós-tratamento avaliou mudanças na percepção de saúde bucal. As mudanças associadas ao tratamento foram calculadas utilizando o teste de Wilcoxon e análises de magnitude de efeito. Os escores médios do CPQ antes e após tratamento foram, respectivamente, 19.6 e 13.3 (p=0.001). A redução na intensidade das queixas de pacientes que antes da intervenção relataram incômodo moderado ou elevado devido aos dentes ou a boca apresentou resultado estatisticamente significativo pelo teste qui-quadrado (p=0.030). Ao se comparar os scores dos domínios dos instrumentos aplicados pré e pós tratamento, foram encontrados diferenças significativas entre os domínios: sintomas orais (p<0.001), limitação funcional (p=0.001), bem-estar emocional (p=0.016) e bem-estar social (p=0.002). Verificou-se uma melhor auto-avaliação da condição bucal por parte dos participantes após o tratamento. Apoio: CAPES / FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Thomaz M. de Paiva, Vitor G. M. de Oliveira, Fabrício de Paula, Mariana A. de Matos, Etel Rocha-Vieira, Fabiano T. Amorim. 275 O EFEITO DA IMERSÃO PASSIVA EM ÁGUA, EM DIFERENTES TEMPERATURAS, NA FREQUÊNCIA CARDÍACA, APÓS UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA A resposta da freqüência cardíaca (FC), após a imersão em água, tem sido estudada por diversos autores. No entanto, o efeito da imersão em água em diferentes temperaturas na resposta da freqüência cardíaca após uma sessão de exercício físico ainda não está bem definida. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da imersão passiva em água, em três diferentes temperaturas, após uma sessão de exercício extenuante. Três voluntários jovens (22±4 anos), do sexo masculino, fisicamente ativos [consumo máximo de oxigênio (VO2máx), 53,2±1,8 mL.kg-1.min-1)] participaram do presente estudo. Inicialmente, os voluntários ficaram 30 minutos de repouso e, em sequência, foram submetidos a uma sessão de exercício composta de 3 séries de 10 repetições de exercício excêntrico de flexão do joelho a 100% de 1 repetição máxima na fase concêntrica e 90 minutos de corrida na esteira a 70% do VO2max. Após a realização da sessão de exercício, os voluntários foram imersos por 15 minutos em água a 15°C (fria, IAF), 28°C (intermediária, IAI) e 38°C (quente, IAQ) ou controle (sem imersão, CON). A FC foi medida e gravada a cada 5 segundos por um cardiofrequencímetro. Durante o período de repouso de 30 minutos, a FC foi de 66 ± 11, 64 ± 14, 65 ± 14 e 63 ± 12 bpm (média ± desvio padrão) para o CON, IAF, IAI e IAQ, respectivamente. Durante a imersão em água, após o exercício, a FC foi de 87±9, 82±18, 94±18 e 99±11 bpm, para o CON, IAF, IAI e IAQ, respectivamente. Estes valores representaram percentualmente um aumento em média de 24, 22, 31 e 36% em relação aos 30 minutos de repouso antes do exercício. Os resultados apresentados, ainda preliminares, sugerem menores valores de FC na situação CON e IAF comparado com IAI e IAQ. Apoio: FAPEMIG, CAPES, CNPq, LAFIEX XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Lauriana L. de Souza, Fabrício de Paula, Vinícius O. Ottone, Paula F. Aguiar, Pâmela Fiche, Etel Rocha-Vieira, Fabiano T. Amorim. 276 O EFEITO DA IMERSÃO PASSIVA EM ÁGUA, EM TEMPERATURAS DIFERENTES, NO CONSMO DE OXIGÊNIO E TEMPERATURA RETAL, APÓS UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA No âmbito esportivo, a utilização da imersão em água (IA) pós-treinamento/competição tem como objetivo acelerar a recuperação dos atletas. Porém, não está claro o efeito da IA em temperaturas diferentes nas respostas metabólica e termorregulatória após uma sessão de exercício físico. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da imersão passiva em água, em três temperaturas diferentes no consumo de oxigênio e na temperatura retal. Três voluntários jovens (22±4 anos), do sexo masculino, fisicamente ativos (VO2máx 53,2±1,8 mL.kg-1.min-1) participaram de quatro situações experimentais. Cada sessão experimental foi composta de 30 minutos de repouso, 3 séries de 10 repetições de exercício excêntrico de flexão do joelho, 90 minutos de corrida na esteira (70% do VO2máx), seguido por 15 minutos de imersão em água em diferentes temperaturas: 15°C (fria, IAF), 28°C (intermediária, IAI) e 38°C (quente, IAQ) ou controle (sem imersão, CON) e 30 minutos de repouso fora d’água. Após 4 horas, os voluntários foram submetidos a uma corrida máxima de 5 km em esteira (CM5) e teste de Wingate (TWI). A temperatura retal (Tr) foi mensurada utilizando uma sonda retal e o consumo de oxigênio (VO2) através da espirometria de circuito aberto, para o cálculo do consumo excessivo de oxigênio após o exercício (EPOC). Os resultados, ainda preliminares, demonstram que o ΔTr (diferença da Tr máxima do exercício menos a Tr mínima nos 30 minutos de repouso após imersão) nas situações experimentais CON, IAF, IAI e IAQ foi de 1,7°C, 2,0°C, 1,6°C e 1,2°C, respectivamente. O VO2 nos 30 minutos de repouso iniciais nas seguintes situações experimentais CON, IAF, IAI e IAQ foi de 4,3±0,1 mL.Kg-1.min-1, 4,7±0,7 mL.Kg-1.min-1, 4,1±0,5 mL.Kg-1.min-1 e 4,1±0,7 mL.Kg-1.min-1, respectivamente. Durante o período de imersão, observou-se um aumento no consumo de oxigênio no CON de 28,7%, na IAF de 47,1%, na IAI de 79,7% e na IAQ de 43,0%, quando comparado com o repouso. Nos 30 minutos de repouso, após a imersão, houve um aumento no consumo de O2 no CON de 28,5%, na IAF de 48,7%, na IAI de 25,2% e na IAQ de 6,7%, quando comparado com o repouso pré-exercício. A partir dos dados preliminares não é possível afirmar que a imersão e/ou a temperatura da água afeta(m) o consumo de oxigênio e a temperatura retal. Apoio: FAPEMIG, CAPES, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Fabrício de Paula, Vinícius O. Ottone, Paula F. Aguiar, Pâmela Fiche, Mariana A. de Matos, Etel Rocha-Vieira, Fabiano T. Amorim. 277 O EFEITO DA IMERSÃO PASSIVA EM ÁGUA, EM TEMPERATURAS DIFERENTES, NO DESEMPENHO FÍSICO APÓS UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA A utilização da imersão em água (IA) pós-treinamento/competição com o objetivo de acelerar a recuperação é uma prática comum no meio esportivo. Porém, a literatura não permite afirmar se a utilização deste método é uma estratégia eficiente de recuperação. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da imersão passiva em água, em três diferentes temperaturas, no desempenho físico. Três voluntários, do sexo masculino, fisicamente ativos (VO2máx 53,2±1,8 mL.kg-1.min-1), jovens (22±4 anos), participaram de quatro situações experimentais, com intervalo mínimo de 5 dias. Previamente às sessões experimentais, realizou-se a caracterização do desempenho através da realização de uma corrida máxima de 5 km em esteira (CM5) e teste de Wingate (TWI). No mínimo 48 horas após a caracterização, os voluntários foram submetidos a uma sessão de exercício na parte da manhã, composto de 3 séries de 10 repetições de exercício excêntrico de flexão do joelho e 90 minutos de corrida na esteira, seguido por 15 minutos de imersão em água em 3 temperaturas diferentes: 15°C (fria, IAF), 28°C (intermediária, IAI) e 38°C (quente, IAQ) ou controle (sem imersão, CON). No período da tarde, após 4 horas de repouso, os voluntários foram submetidos ao CM5 e ao TWI para avaliação do desempenho. As variáveis mensuradas foram velocidade média para realizar a CM5 e as potências pico (PP) e relativa (PR), e tempo para atingir a PP no TWI. Nossos resultados, ainda preliminares, demonstram que a velocidade média obtida na CM5 na caracterização foi de 12,9±1,4km/h. Nas situações experimentais IAF, IAI, IAQ e CON a velocidade média foi menor em relação à caracterização aproximadamente 5,3%, 6,5%, 13,4% e 11,7%, respectivamente. Este resultado demonstra que a sessão de exercício na parte da manhã influenciou no desempenho no período da tarde. Os valores da PR e PP do TWI na caracterização foram de 11,0± 0,4W/kg e 838±245W, respectivamente. Nas situações experimentais IAF e IAQ, a PR foi maior em relação à caracterização em torno de 7,3%, 4,1%, respectivamente. Já na IAI e CON, a PR foi 0% e 0,9% maior, respectivamente, em relação à caracterização. Quanto à PP, na IAF e IAQ houve um aumento de 5,2% e 2,5%, respectivamente, quando comparado com a caracterização. E na IAI e CON houve uma redução de 1,0% e 0,2%, respectivamente. O tempo para se atingir a PP na caracterização foi de 3,1±1,2 seg. Na IAF e IAI, o tempo foi maior em torno de 6,3% e 6,7%, respectivamente, em relação à caracterização, enquanto na IAQ e CON o tempo foi menor em torno de 14,6% e 6,3%, respectivamente. Pode-se verificar, até o presente momento, que os resultados preliminares indicam um possível efeito da imersão, mas não da temperatura no desempenho. Apoio: FAPEMIG, CAPES, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Elaine Oliveira Leite; Sara Jemima Mota de Almeida; Lenniara Pereira Mendes; Giulian Gabriela Mendes Silva; Carliaine Aparecida Siqueira; Daisy de Rezende Figueiredo Fernandes; Nadia Veronica Halboth 278 O PENSAR E A ATUAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DIANTE DOS COMPORTAMENTOS SUICIDAS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA O Agente Comunitário de Saúde é um profissional da Estratégia dos Agentes Comunitários de Saúde e da Estratégia Saúde da Família (ESF). Ele desempenha um conjunto de ações na atenção básica à saúde, no âmbito domiciliar e comunitário, individual e coletivo, que compreende, dentre outras, a prevenção de agravos, a promoção e a proteção da saúde, desenvolvidas de acordo com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Tem, portanto, papel fundamental na identificação e prevenção dos comportamentos suicidas, que incluem desde a ideação até o suicídio consumado, ocorridos na sua área/ micro-área de atuação profissional. O presente estudo teve como objetivo analisar o pensar e a atuação profissional do Agente Comunitário de Saúde, diante dos comportamentos suicidas. Foi desenvolvido um estudo qualitativo, social, investigativo e descritivo, que teve como sujeitos de pesquisa 12 Agentes Comunitárias de Saúde, de diferentes ESFs da sede do município de Diamantina-MG, que responderam a uma entrevista norteada por um roteiro semiestruturado. Todas as participantes eram do sexo feminino e tinham entre 21 e 38 anos de idade. Todas tiveram em algum momento da sua vida profissional, ou pessoal, contato com pessoas com comportamentos suicidas. Os métodos utilizados nesses casos foram: medicamentos e substâncias tóxicas, arma branca, atear fogo na casa e enforcamento. As entrevistadas relacionaram os comportamentos suicidas à adolescência, a fatores culturais e econômicos, a desordens psicológicas e psiquiátricas, incluindo-se aí a depressão e o consumo de álcool e outras drogas, à falta espiritualidade e fé. Também referiram isolamento, falta de amigos e de apoio familiar e social, conflitos familiares e afetivos, dificuldade para procurar ajuda, falta de autoconfiança e dificuldade para encontrar alternativas por parte dos indivíduos com tais comportamentos. Elas acreditam que tais comportamentos podem ser prevenidos, especialmente por meio de conversas, e que tem um papel importante na prevenção, pois contam com credibilidade e confiança por parte da comunidade. Ficou evidente a extrema importância de Agentes Comunitários de Saúde e seu reconhecimento deste fato, na identificação e prevenção dos comportamentos suicidas, pois os mesmos são o elo entre a comunidade e o serviço básico de saúde. Para que a atuação destes sujeitos de pesquisa seja aprimorada é importante que recebam maior preparo teórico e técnico para o manejo de comportamentos suicidas. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Leandro B. Cordeiro, Cláudia M. Niquini 279 O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID/CAPES) COMO TEMPO E ESPAÇO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES) apresenta-se como possibilidade para uma vivência concreta do cenário escolar por parte de graduandos, em nível de licenciatura, onde os mesmos têm uma “imersão” no cotidiano da escola, desenvolvendo observações, registrando fatos, contribuindo durante as aulas dos professores regentes e, por fim, ministrando aulas sob a supervisão dos mesmos. Na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, o PIBID teve início em Outubro de 2008 e término em Dezembro de 2010, e envolveu quatro subprojetos: Educação Física, Química, Ciências Biológicas e Matemática. O subprojeto Educação Física teve como um de seus objetivos o estímulo à qualificação e aprimoramento dos alunos bolsistas em relação à prática pedagógica no âmbito escolar. A partir do exposto, o presente estudo teve como objetivo verificar, a partir das percepções dos acadêmicos bolsistas do subprojeto Educação Física, o papel do PIBID em sua formação profissional. Para o desenvolvimento do estudo optou-se pela aplicação de um questionário aberto a 6 (seis) acadêmicos bolsistas integrantes do subprojeto PIBID/Educação Física, sendo o instrumento composto pelas seguintes questões norteadoras: o papel do PIBID na formação de professores e a escola como ambiente de ação e reflexão pedagógica. As informações coletadas evidenciaram o seguinte: o PIBID se colocou como possibilidade de experimentações e de vivências múltiplas; o PIBID permitiu conhecer o funcionamento da escola; o PIBID possibilitou ao graduando situações de auto e baixa estima; o PIBID ocasionou inquietações nos graduandos quanto à rotina encontrada nas aulas de Educação Física Escolar; o PIBID permitiu a integração das disciplinas do curso de Educação Física; o PIBID estimulou constantemente a criatividade frente às situações enfrentadas. Assim, considera-se o PIBID como uma importante estratégia para uma formação contextualizada de professores, onde os mesmos possam ler a escola e viver as palavras, simultaneamente. Apoio: CAPES, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 João Gabriel G. Luz, Marcos V. Barbosa, Samira D. Rezende, Ricardo A. Barata, Gustavo Henrique B. de Oliveira, Helen R. Martins 280 OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITAS PRESENTES EM AMOSTRAS DE CEBOLINHA (ALLIUM FISTOLOSUM) COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE DIAMANTINA, MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA As parasitoses intestinais representam um problema de grande importância em Saúde Pública mundial, especialmente nas áreas tropicais e subtropicais, seja pela sua elevada prevalência, diversidade de manifestações clínicas ou pela facilidade de contaminação e disseminação. A transmissão das enteroparasitoses ocorre geralmente por via oral, através da ingestão de água ou alimentos contaminados por estruturas parasitárias. Desta forma, as hortaliças, em especial as consumidas cruas em saladas, podem conter larvas e ovos de helmintos e cistos de protozoários, provenientes de águas contaminadas por dejetos fecais de animais e/ou do homem. A verificação da presença de helmintos em hortaliças, portanto, reveste-se de grande interesse, pois fornece dados para a vigilância sanitária sobre o estado higiênico desses produtos e permite o controle retrospectivo das condições em que foram cultivados. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo verificar a ocorrência de estruturas parasitárias em amostras de cebolinha (Allium fistolosum) comercializadas em um supermercado, uma quitanda e uma feira livre no município de Diamantina, Minas Gerais. Até o momento, foram compradas aleatoriamente três amostras da hortaliça durante três meses (Fevereiro, Março e Abril de 2011) em cada um dos três estabelecimentos, totalizando 18 hortaliças. As amostras foram lavadas com solução fisiológica e esfregadas com o auxílio de um pincel chato. O liquido resultante da lavagem era filtrado e transferido para um cálice de sedimentação onde permanecia em repouso por 24 horas. Na sequência era efetuado o método de centrífugosedimentação e as amostras eram analisadas em triplicata. Os resultados preliminares mostraram que 50% das amostras estavam positivas. A positividade das amostras comercializadas no supermercado foi de 83,3%, na quitanda de 16,6% e na feira livre de 50%. Os enteroparasitas mais frequentes foram: Strongyloides stecoralis (60%), Ancilostomídeos. (13,3%), Entamoeba coli (13,3%) e Hymenolepis nana (6,7%) e Taenia sp. (6,7%). Foi observado ainda que 44,4% das amostras apresentaram mais de uma forma parasitária. Tais ocorrências podem ser explicadas pela água utilizada na irrigação ou na lavagem, contaminação fecal, manipulação do vegetal pelos agricultores nos locais de cultivo, pela exposição a vias de veiculação de cistos e ovos nos pontos de venda ou pelos funcionários responsáveis pela reposição nos mesmos. Contudo, investigações ainda serão realizadas para verificar a procedência dessas hortaliças e a condição da água empregada na irrigação Este estudo, embora ainda bastante preliminar, já evidencia claramente a presença de parasitas intestinais nas amostras de cebolinha comercializadas em Diamantina e demonstra a importância de uma adequada higienização das hortaliças ingeridas cruas, para que haja uma diminuição na incidência de enteroparasitoses na população. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Amanda F. Souza, Cláudio L. S. F. Junior, Marcos V. Barbosa, Carla M. S. Fereira, Tania R. Riul 281 OS EFEITOS DO CHÁ DE ALPISTE ADMINISTRADO POR 90 DIAS SOBRE O PESO CORPORAL DOS RATOS WISTAR Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMÁCIA O chá de alpiste é usado popularmente como hipotensor, através da diurese, e na normalização de parâmetros bioquímicos como colesterol e glicose. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do extrato aquoso de alpiste no peso corporal de ratos Wistar. Foram utilizados 24 animais, com aproximadamente 70 dias de idade, e 90 dias de tratamento dispostos da seguinte maneira: Grupo Nutrido (N)-os ratos receberam ração comercial e água ad libitum (n=6); Grupo Nutrido Alpiste (NA)-os ratos receberam ração comercial e chá de alpiste ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido (D)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos N e água ad libitum(n=6); Grupo Desnutrido Alpiste (DA)-os ratos receberam 50% da ração consumida pelos NA e chá de alpiste ad libitum(n=6). A infusão foi preparada utilizandose 500g da semente de alpiste para dois litros de água aquecida. Os ratos eram pesados semanalmente. Para a análise dos dados foi utilizada Análise de Variância (ANOVA), seguida do teste de Newman-Keuls, quando apropriado. As análises foram obtidas utilizando-se o programa Statistica®, sendo considerado como nível de significância um valor de α = 0,05. O chá de alpiste não alterou o peso corporal, e esse foi alterado apenas pelo efeito de dieta (p<0,05). Os animais nutridos, levando em consideração os 90 dias de tratamento e pesagem semanal, apresentaram como média e desvio padrão 413,94± 35,75g, enquanto os desnutridos apresentaram média e desvio padrão de 282,21±9,86g. Estudos com ratos em crescimento têm mostrado que o nível proteico da dieta é um fator fundamental no ga¬nho do peso corporal. Dessa forma, os animais desnutridos consumiam metade da ração que os nutridos consumiam, tendo diminuído o aporte de proteínas e portando perdendo peso. Conclui-se que o chá de alpiste não alterou o peso corporal sendo esse influenciado unicamente pelo efeito de dieta. Apoio: FAPEMIG, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ana Flávia de O. Baracho, Fernando J. Gripp Lopes, Márcio R. de Lima 282 OS EXERGAMES E A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA CULTURA DIGITAL Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA Os exergames são jogos eletrônicos que captam e virtualizam os movimentos reais dos usuários. Com o objetivo de discutir as perspectivas da utilização da virtualidade dos videogames na Educação Física Escolar, participaram deste estudo 117 alunos de uma escola pública com idade entre 13 e 14 anos. Os voluntários responderam a um questionário para identificar o nível de contato com as tecnologias digitais e, em seguida, relataram suas percepções sobre a vivência em dois jogos, o exergame e o real. Os resultados constataram a imersão dos estudantes na cultura digital e no processo de virtualização que lhe é típico, assim como apontaram algumas perspectivas de utilização crítica dessa nova linguagem que pode ampliar e recriar as possibilidades das práticas e vivências corporais. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Lenniara Pereira Mendes; Elaine Oliveira Leite; Sara Jemima Mota de Almeida; Carliaine Aparecida Siqueira; Vinícius Mattos; Eliane Aparecida Dumont, Nadia Veronica Halboth 283 PERCEPÇÕES E CONCEPÇÕES DE ENFERMEIROS FRENTE AOS COMPORTAMENTOS SUICIDAS E À SUA PREVENÇÃO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o suicídio está entre as dez principais causas de morte na população. Os enfermeiros são profissionais que estão em contato direto e prolongado com o paciente e com a comunidade, desempenhando um papel importante na detecção desses problemas, bem como na sua prevenção. O Objetivo deste trabalho foi conhecer as percepções e concepções de enfermeiros frente aos comportamentos suicidas e a assistência prestada a esses pacientes, em especial no que se refere às ações preventivas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como sujeitos 11 enfermeiros da cidade de Diamantina MG, atuando em diferentes níveis de atenção à saúde: Pronto-atendimento, Centro de Terapia Intensiva e Estratégia de Saúde da Família. Nos resultados identificamos a dificuldade dos enfermeiros em lidar com o tema. Alguns o consideram um ato impensado, embora outros o definam como bastante planejado. Eles relacionaram os comportamentos suicidas com uma forma de fuga ou descontrole, à amplificação de problemas, à falta de perspectivas ou ao fato de o indivíduo não encontrar solução para seus problemas (“A única saída é a morte”). Outros aspectos citados foram as tentativas de suicídio “para chamar a atenção” e como forma de pedir ajuda (ambas, na verdade, se referem basicamente à mesma situação). Entre as causas para os comportamentos suicidas citaram problemas familiares, em especial “pressão familiar”, dificuldades financeiras, e transtornos mentais, como depressão, alcoolismo e psicose. Foi lembrado que além dos fatores emocionais os biológicos também podem estar envolvidos. Um entrevistado afirmou ser “impossível saber o que passa na cabeça de um suicida”. Com relação à fase de ciclo de vida em que o suicídio pode acontecer, verificou-se um desconhecimento de que idosos são grupo de alto risco para o suicídio (“quem tem tendência não chega a ficar idoso”), embora os adolescentes tenham sido corretamente citados como um grupo de risco, em função do isolamento social e da forte cobrança que sofrem. Apenas um sujeito afirmou nunca ter atendido indivíduos com comportamentos suicidas. Por outro lado, uma entrevistada disse ter ficado assustada da primeira vez, mas depois viu “que é comum”. Alguns casos evoluíram para óbito. Quanto à prevenção, todos afirmaram que esta é possível, tendo um sujeito lembrado que nem sempre. No entanto, enquanto alguns ressaltaram a importância do apoio psicológico e de melhorar a autoestima do paciente e, mesmo, da prevenção precoce (“criança que cresce em ambiente saudável sabe lidar com os problemas”), grande parte dos entrevistados afirmou que os profissionais da saúde não tem condições de atuar preventivamente devido à sobrecarga de trabalho e que prefere não se envolver com os aspectos psicológicos do paciente. Conclui-se que é importante orientar todos os enfermeiros sobre seu papel fundamental na prevenção dos suicídios, bem como discutir maneiras de reduzir sua sobrecarga no trabalho. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Paulo A. Martins-Júnior, Maria Letícia Ramos-Jorge, Luciano J. Pereira, Marise de Oliveira, Leandro S. Marques 284 PERDA PRECOCE DE DENTES DECÍDUOS E NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO: ESTUDO COORTE PROSPECTIVO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA A perda precoce de dentes decíduos pode comprometer o desenvolvimento normal da oclusão. A etiologia está associada à erupção ectópica, trauma dentário, reabsorção radicular prematura e cárie dentária. As principais conseqüências provenientes da perda precoce são a migração de dentes adjacentes, redução ou completo fechamento do espaço para a erupção dos dentes permanentes, distúrbios na cronologia de erupção, apinhamento e erupção ectópica dos primeiros pré-molares. Análise crítica da literatura revela que publicações sobre o tema, como revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e estudos prospectivos são escassos. Então, o objetivo deste estudo foi investigar a associação entre perda precoce de dentes decíduos e necessidade de tratamento ortodôntico. Um total de 659 prontuários de pacientes infantis tratados entre os anos 2000 e 2003 foram analisados e 110 crianças foram selecionadas (média de idade: 6.4 anos). As crianças foram divididas em dois grupos – grupo caso: crianças com perda precoce de dentes decíduos (n=56) e grupo controle: crianças sem perda precoce de dentes decíduos (n=54). Os prontuários foram analisados e exames clínicos foram realizados usando os critérios do Dental Aesthetic Index (DAI). Ambos os grupos foram reavaliados, em média, após 6.5 anos após as medidas iniciais. A análise estatística envolveu teste do qui-quadrado e regressão logística múltipla (p<0.050). Tratamento ortodôntico estava associado à perda precoce de dentes decíduos (P<0.001) e ao número de dentes perdidos (p<0.001). Crianças com perda precoce de dentes decíduos exibiram maior necessidade de tratamento ortodôntico quando comparadas a crianças sem perda precoce (OR =4.88, 95% IC). Perda de dentes na maxila e mandíbula estava associada ao desenvolvimento de maloclusão, tais como apinhamento nos arcos superior e inferior. Uma vez que o tratamento ortodôntico em países como o Brasil são caros e fora do alcance da maioria da população, políticas de prevenção e promoção de saúde bucal devem ser adotadas no intuito de reduzir a ocorrência da perda precoce de dentes decíduos e, conseqüentemente, futuras maloclusões. Em conclusão, a perda precoce de dentes decíduos provou ser fator determinante para o futuro estabelecimento de maloclusões e conseqüente aumento da demanda por tratamento ortodôntico. Apoio: CAPES, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ivy S. C. Pires, Lucilene S. Miranda Rafaella L. Alves, Nathália de S. Lara, Leilane A. Ávila, Sabrina M. da Cunha. 285 PERFIL ALIMENTAR DE FAMÍLIAS DE PRÉ-ESCOLARES EM DIAMANTINA E DE PRESIDENTE JUSCELINO - MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO A tendência do consumo de alimentos altamente energéticos e pobres em vitaminas e minerais vem crescendo devido à praticidade de seu preparo e baixo custo. Atualmente observam-se no Brasil doenças carenciais como anemia, hipovitaminose A e ao mesmo tempo obesidade e demais doenças crônicas não transmissíveis. Isso ocorre por um aumento da ingestão de gorduras em geral, gorduras saturadas, consumo de alimentos de origem animal, açúcar e a menor contribuição dos cereais, leguminosas, frutas, verduras e legumes (POF, 1988, POF, 1996 e POF, 2003).Com o intuito de conhecer o perfil alimentar de famílias de préescolares da população de Diamantina e Presidente Juscelino este estudo avaliou a frequência do consumo de alimentos por famílias de crianças de até 2 anos 11 meses e 29 dias de idade. A pesquisa foi realizada em 3 bairros da cidade de Diamantina e em 1 bairro da cidade de Presidente Juscelino. Foi aplicado a 166 famílias de crianças de até 2 anos 11 meses e 29 dias de idade um questionário de freqüência alimentar com a presença de alimentos de todos os grupos de alimentos. Os resultados demonstram que pães e arroz são consumidos diariamente por mães, pais e crianças, representando 33,73%, 36,11%, 30,12% respectivamente para os pães e 98,19%, 96,30%, 93,37% respectivamente para arroz. Em relação às hortaliças observou-se que o consumo diário de couve foi de 0,60% para mães e filhos. O tomate representou o consumo diário de 9,04% para as mães, 6,48% para os pais e 7,23% para os filhos. Ao avaliar o consumo diário de carne bovina e/ou suína encontrou-se um percentual de 47,59% das mães, 53,70% dos pais e 45,78% dos filhos. Entretanto para carnes brancas como a de aves tem-se os valores de 2,41%, 1,85% e 3,01% para mães, pais e filhos respectivamente. O feijão está presente diariamente na alimentação da maioria dos entrevistados 93,98% de mães, 98,15% de pais e 96,39% dos filhos. As famílias têm a preferência pelo óleo vegetal onde 97,59% das mães, 97,22% dos pais, 96,39% dos filhos o consomem diariamente. Observou-se que 93,98% das mães, 93,52% dos pais e 92,17% dos filhos consomem o açúcar branco. O café preto aparece na alimentação de 89,76% das mães, 90,74% dos pais e 68,07% dos filhos. A frequência de consumo do leite integral foi de 48,19% para mães, 52, 78% para os pais e 79,52% para os filhos. O consumo de frutas como a banana apareceu na rotina diária de 13,25% das mães, 9,26% dos pais e 20,48% dos filhos. A freqüência do consumo diário de verduras, carnes brancas, frutas e leite é baixa em relação aos demais alimentos apresentados. A ausência destes na alimentação diária das famílias e o alto consumo de alimentos do grupo das carnes (vermelhas), óleos, café e doces faz com que as famílias fiquem vulneráveis ao aparecimento de doenças crônicas É necessário atenção dos profissionais da área da saúde para a prevenção de instalação dessas doenças. Apoio: CNPq, FAPEMIG e UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Débora V. Vaz, Luana M. Castro, Raphael C. Guimarães, Paulo E. M. Stella, Taísa T. Teixeira, Janir A. Soares, Suelleng M. C. S. Soares 286 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SAÚDE BUCAL DOS PACIENTES ATENDIDOS NAS CLÍNICAS ODONTOLÓGICAS INTEGRADAS DA UFVJM Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA Saúde bucal é um estado geral de bem estar, resultante de dentes, gengiva e mucosas saudáveis e funcionais. Entretanto, na odontologia, a maioria dos estudos clínicos epidemiológicos existentes tem os seus parâmetros de saúde balizados somente em índices periodontais. Este trabalho objetivou avaliar clinicamente o perfil epidemiológico de saúde bucal dos pacientes atendidos nas Clínicas Odontológicas Integradas da UFVJM, considerando fatores relativos à cárie, restauração coronária (RC), doença periodontal (DP) e lesão em mucosa bucal (LMB). Os pacientes foram avaliados clinicamente por 3 examinadores calibrados. Quanto à cárie avaliou-se: a presença, tipo, envolvimento, atividade e cavitação. Quanto à RC foram avaliados: presença, extensão, tipo, material e qualidade. Para a DP, considerou-se: presença de placa, sangramento à sondagem, bolsa, retração, nível de inserção clínica (NIC), mobilidade e lesão de furca. Através do questionário proposto pelo NICE verificou-se o risco para o desenvolvimento de lesões por cárie, DP e LMB. A combinação destes riscos determinou o perfil de saúde bucal do paciente. Foram avaliados 32 pacientes, sendo 15 do gênero feminino e 17 do masculino com idade variando entre 12 e 92 anos. Um total de 630 dentes estavam presentes, destes 106 apresentavam-se cariados. Mais de 76,0% das lesões por cárie eram primárias. Lesões em esmalte foram observadas em 64,6% dos casos, enquanto na dentina e cemento foram da ordem de 29,2% e 6,2%, respectivamente. A maior parte das lesões apresentava-se ativa (56,9%), porém não cavitada (61,5%). Trezentos e oito dentes (49,0%) apresentavam-se restaurados. As RC eram em sua maioria do tipo permanentes (94,5%) e intracoronárias (71,1%). O principal material utilizado foi o amálgama (51,0%), seguido pela resina (27,0%). Em 27,9% dos casos as RC foram consideradas inadequadas. Dentre os parâmetros clínicos periodontais, observou-se presença de placa em mais de 65,0% dos dentes avaliados. À sondagem apenas 4,9% dos dentes apresentaram bolsas com mais de 5mm. Presença de sangramento, mobilidade e lesão de furca não foram representativas. Retração gengival até 3mm e NIC variando de 2 a 5mm foi observada em aproximadamente 50,0% e 33,9% dos dentes avaliados respectivamente. Pelo questionário NICE, a prevalência de pacientes com baixo (BR), médio (MR) ou alto (AR) risco de desenvolver lesões por cárie foi de 53,1%, 43,75% e 3,1%, respectivamente. Para DP, 75% dos pacientes foram considerados como apresentando BR, 25% como MR e nenhum paciente se enquadrou como sendo de AR. Aproximadamente 72% dos pacientes apresentaram BR de desenvolver LMB. A combinação destes fatores definiu o perfil de risco para os pacientes, de modo que a taxa de pacientes considerados como de BR, MR ou AR foi de 68,8%, 28,1% e 3,1%, respectivamente. Estes resultados demonstraram que os pacientes atendidos nas Clínicas Odontológicas da UFVJM, possuíam em sua maioria, um perfil de BR para o desenvolvimento de doença bucal. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Michaelle Geralda dos Santos 287 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TUBERCULOSE NOTIFICADOS NA GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE DE DIAMANTINA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA A tuberculose, doença infecto-contagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, ainda é motivo de preocupação das autoridades sanitárias estando inserida como prioridade entre as políticas públicas de saúde no Brasil. O presente estudo objetivou caracterizar clínica e epidemiologicamente os casos de tuberculose notificados e avaliar o Programa de Controle da Tuberculose (PCT) na Gerência Regional de Saúde (GRS) de Diamantina, no período de março de 2007 a março de 2010. Foram incluídos os casos notificados de pacientes residentes nos 34 municípios de abrangência da GRS de Diamantina. Obtiveram-se as informações a partir do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN. As taxas de incidência nos anos de 2007, 2008 e 2009 foram de 16,76, 17,69 e 13,73 por 100.000 habitantes, respectivamente. Verificou-se a predominância do sexo masculino (74,2%) e a maior ocorrência de casos na faixa etária produtiva de 20 a 49 anos (51,3%). Quanto às características clínicas, prevaleceu a forma pulmonar da tuberculose: 91,5% dos casos. Dentre os principais procedimentos diagnósticos, observou-se a realização da baciloscopia de escarro em 74,6% dos casos, com 68,2% de positividade, e a aplicação da radiologia torácica em 91,1% dos pacientes. Quanto ao emprego do tratamento supervisionado, esse foi observado em menos da metade (45,8%) da população de estudo. Em relação à situação de encerramento dos casos, independente da forma clínica da doença, obteve-se um percentual de cura de 76,5% e 3,7% de abandono de tratamento. Considerando-se os casos bacilíferos, o percentual de cura alcançado foi de 80% e o de abandono de tratamento, 3,3%. Todos os dados encontrados assemelham-se aos de outros estudos estaduais. Assim, esse estudo possibilitou conhecer o perfil dos casos notificados e verificar que GRS de Diamantina não alcançou a meta do PCT para o percentual de cura, mas atingiu o nível aceitável para o abandono de tratamento. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Guilherme S. Ramos, Lucas C. Santana, Fernanda G. Horta, Fabiana F. R. Soares, Raquel D. Batista, Danielle M. de Souza, Helisamara M. Guedes 288 PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE NEUROLÓGICO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM Uma ferramenta que vem sendo cada vez mais implementada na prática assistencial do enfermeiro é o Processo de Enfermagem. Este proporciona melhora da qualidade do atendimento ao paciente e maior autonomia aos profissionais de enfermagem. O objetivo desse estudo foi descrever as intervenções realizadas no tratamento de um paciente da clínica neurológica da Santa Casa de Caridade de Diamantina. Para tal, realizou-se a coleta de dados no dia 19 de agosto de 2010, do prontuário do paciente G.A.F.S., 30 anos, sexo masculino, que sofreu acidente automobilístico, sendo admitido com quadro de traumatismo crânio encefálico moderado (Glasgow 11). Permaneceu na instituição por nove dias, apresentando inicialmente comprometimento neurológico, visual e motor. O processo de enfermagem foi aplicado no decorrer da internação constituindo as etapas: histórico, diagnóstico, prescrição e evolução de enfermagem. Baseado na identificação dos diagnósticos de enfermagem foram propostas intervenções direcionadas para minimizar e solucionar os problemas encontrados: avaliar nível de consciência de 8/8 horas, avaliar edema, atentar para sinais de choque (pele fria e pegajosa, taquicardia, sudorese), colocar colchão piramidal, atentar para sinais de depressão, auscultar campos pulmonares, auxiliar o autocuidado, realizar balanço hídrico, favorecer meios para comunicação não verbal, monitorar sinais flogísticos e estimular ingesta de alimentos, foram algumas das intervenções aplicadas. A eficácia dessas prescrições foi evidenciada pela avaliação diária do enfermeiro (evolução de enfermagem), na qual percebeuse melhora progressiva dos problemas identificados, reduzindo, com o decorrer do tempo, o número de intervenções. Conclui-se que essas, fundamentais para realização do processo de enfermagem, favorecem a individualização do cuidado, atendendo as necessidades específicas do paciente. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Lidiane L. Moreira, Kellen C. Silva, Sofia E. C. Ferreira, Renata V. Silva, Luciana N. Nobre 289 PRESSÃO ARTERIAL: EFEITO DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E DE ADIPOSIDADE EM MULHERES ADULTAS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO Vários estudos têm mostrado a associação entre hipertensão arterial e indicadores antropométricos e de adiposidade entre indivíduos adultos. O objetivo do estudo foi avaliar a importância relativa do Índice de Massa Corporal (IMC) e da Circunferência da Cintura (CC) na determinação da hipertensão arterial em mulheres adultas do município de Diamantina-MG. Trata-se de um estudo transversal com 226 mulheres as quais foram submetidas à medida de pressão arterial, da CC, e do peso e altura para obtenção do IMC. Foram também avaliadas as condições socioeconômicas e de estilo de vida. O monitor automático de braço modelo HEM781INT da marca Omron® foi utilizado para medida da pressão arterial. Foram consideradas mulheres com pressão arterial elevada (limítrofe + hipertensão) as com (PAS/PAD) superior a 130 x 85 mmHg, e com valores antropométricos inadequados aquelas com IMC ≥ 25kg/m2 e com CC superior a 80 cm. O estudo da importância do IMC e da CC na determinação da elevação da pressão arterial envolveu inicialmente o teste qui-quadrado. A seguir utilizou-se a regressão logística para análise da associação entre indicadores antropométricos e arterial pressão elevada e potenciais variáveis de confundimento: faixa etária, nível de escolaridade, renda per capta e hábito de fumar. O nível de significância adotado foi de p<0,05. A prevalência de pressão alterada na amostra estudada foi de 15,49% (n=35). A circunferência da cintura associou-se a pressão arterial apenas na análise univarida (OR=2,09; IC 95%= 1,013,34). Pressão arterial elevada associou-se a maiores valores de IMC (OR=2,65; IC 95%= 1,255,64). Esse resultado indica que as mulheres com IMC ≥ 25kg/m2 quando comparada com as com IMC inferior apresentaram cerca de 2,7 vezes mais chance de apresentarem pressão arterial elevada. Os resultados desta pesquisa corroboram com os estudos que têm observado associação entre pressão arterial elevada e indicadores antropométricos. As mulheres com IMC elevado apresentam maior chance de desenvolverem hipertensão arterial. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Mariana A. Matos, Luana C. Ferreira, Mariana L. Fernandes, Celina Fonseca, Thereza Dumont, Marco Fabrício D. Peixoto, Fabiano T. Amorim 290 PREVALÊNCIA DE INATIVIDADE FÍSICA E SOBREPESO EM ADOLESCENTES DA CIDADE DE DIAMANTINA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA A obesidade tem alcançado proporções epidêmicas, acometendo até mesmo crianças e adolescentes. Simultaneamente, vários relatórios tem demonstrado nessa população aumento da inatividade física. Ainda existem poucos estudos populacionais que abordam essas variávies, nessa faixa etária, em cidades com menos de 100.000 habitantes. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi investigar a prevalência de inatividade física e o estado nutricional de estudantes do ensino médio da cidade de Diamantina. Realizou-se um estudo do tipo transversal em 4 escolas (1 privada e 3 públicas) da cidade de Diamantina, no qual foram incluídos adolescentes de 15 a 18 anos.Um total de 535 alunos consentiu em ter a sua estatura e massa corporal mensurados, para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), e 610 em responder o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Foram utilizados os percentis 85% e 95% do IMC como ponto de corte para sobrepeso (SP) e obesidade (OB), respectivamente. A inatividade física foi considerada como um gasto energético menor que 300 minutos por semana, em atividades físicas moderadas e vigorosas. Os resultados são apresentados em porcentagem e o teste qui-quadrado foi usado para indicar associação entre gênero e SP, OB e inatividade física. Em relação ao estado nutricional, dos 535 estudantes avaliados [324 meninas(60,5%) e 211 meninos (39,5%)], observamos que 23 meninas (7,1%) foram classificadas com SP e 11 (3,4%) com OB. Para os meninos, 19 (9,0%) com SP e 9 (4,26%) com OB. Dos 610 alunos pesquisados para o nível de atividade física [382 meninas (62,6%) e 228 meninos (37,4%)], 169 (44%) do gênero feminino e 69 (30%) do gênero masculino foram considerados inativos. As percentagens de SP e OB foi maior nos meninos em relação às meninas (p <0,05), embora mais meninas foram considerados fisicamente inativas do que os meninos (p <0,05). Nossos resultados demonstram uma prevalência pequena de sobrepeso, obesidade e inatividade física na população estudada em comparação com outros estudos nacionais e mundiais. Nós especulamos que o estilo de vida nas cidades com menos de 100.000 habitantes é favorável à adoção de hábitos saudáveis. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Vanessa P. Teixeira, Catarina P. Quirino, Vanessa P. de Lima 291 PREVALÊNCIA DE TABAGISMO ENTRE ADULTOS FREQUENTADORES DOS ESF DE 4 ÁREAS URBANAS DE DIAMANTINA – MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL Os efeitos adversos do tabagismo à saúde têm sido demonstrados há muitas décadas, sendo ele responsável pela morte de um em cada dez indivíduos que vivem em países de média ou baixa renda, correspondendo a cerca de 5 milhões de mortes desnecessárias a cada ano. A redução do uso diário de tabaco diminui o risco de problemas cardiovas¬culares, de sintomas respiratórios e da incidência de câncer, em especial o de pulmão. É possível que a identificação precisa dos fatores distintivos que levam as pessoas a fumar contribua para o desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e controle do fumo, bem como para o desenvolvimento de estratégias personalizadas para a cessação do tabagismo. Este estudo teve como objetivo descrever a ocorrência do tabagismo na popu¬lação adulta freqüentadora dos ESF atendidos pela UFVJM de 4 áreas urbanas de Diamantina/Minas Gerais, assim como as possíveis doenças respiratórias relacionadas ao tabagismo e a influência desse hábito na qualidade de vida. O delineamento utilizado foi transversal. A coleta foi realizada através de questionários: um estruturado compreendendo perguntas simples e fechadas, para indivíduos fumantes passivos e ativos, não fumantes e ex-fumantes. Juntamente também foram aplicados: o Fagerström Tolerance Questionnaire (FTQ, Questionário de Tolerância de Fagerström), para avaliar o grau de dependência á nicotina e o SF36 para avaliar a qualidade de vida dos indivíduos fumantes ativos. A amostra foi composta por 100 adultos, de ambos os sexos, sendo 74 (74%) mulheres, com uma média de idade de 45,49 e ± 18,30, desses, 13 (13%) eram fumantes ativos, sendo 10 (76,92%) mulheres, 67 (67%) não fumantes, sendo 54 (80,6%) mulheres e 20 (20%) exfumantes, sendo 10 (50%) mulheres. Na população total reportaram doenças respiratórias na família, sendo: 16 asma, 11 bronquite, 20 rinite e 25 alergia. Entre os fumantes 5 (38,46%) indivíduos apresentavam como comorbidades hipertensão e 1 (7,69%) diabetes, no FTQ 4 indivíduos foram classificados com um grau de dependência nicotínica muito baixo (30,77%), 3 baixo (23,07%), 1 médio (7,69%), 4 elevado (30,77%) e 1 muito elevado (7,69%). Nos domínios do SF-36 os indivíduos apresentaram: uma média de 79,23 ± 34,09 no de capacidade funcional, 73,08 ± 40,13 no de Limitação por Aspectos físicos, 71,15 ± 31,43 no de Dor, 61,77 ± 30,11 no de Estado geral de saúde, 50 ± 27,69 no de Vitalidade, 77,88 ± 31,93 no de Aspectos sociais, 71,78 ± 38,13 no de Limitação por Aspectos emocionais, 55,69 ± 25,00 no de Saúde Mental. Conclui-se que dos 100 adultos avaliados houve uma prevalência de 13% de fumantes, sendo que desses 76,92% eram mulheres e dentre todos os fumantes ativos 38,46% tiveram uma dependência nicotínica alta. Em relação ao SF-36 foi observado que há uma piora da qualidade de vida em relação aos domínios Estado geral de saúde, Vitalidade e Saúde mental. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Izabella B. Fernandes, Pauliane F. C. de Sousa, Patrícia Corrêa- Faria, Leandro S. Marques, Maria L. Ramos- Jorge 292 PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO DESENVOLVIMENTO DE DEFEITOS DE ESMALTE NA DENTIÇÃO DECÍDUA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA A formação do esmalte de dentes decíduos pode ser afetada por diversos fatores como problemas nutricionais, prematuridade, baixo peso ao nascimento e problemas durante a gestação. O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência e fatores associados ao desenvolvimento de defeitos de esmalte em dentes decíduos de crianças de 36 a 60 meses de idade. A amostra representativa foi constituída por 258 crianças pré-escolares de Diamantina, MG. Realizou-se exame clínico dos dentes decíduos para a verificação de defeitos de esmalte, medidas antropométricas para avaliação do estado nutricional infantil e entrevista a fim de se obter dados referentes à prematuridade ao nascimento e amamentação. Realizou-se análise de frequência e teste qui-quadrado (p<0,05). A prevalência de defeitos de esmalte foi de 36,4%. O fator associado ao desenvolvimento de defeito de foi o baixo peso ao nascer (85,7% p=0,04). Conclui-se que as condições adversas nos primeiros anos de vida da criança podem estar associadas ao desenvolvimento de alterações dentárias como os defeitos de esmalte. Portanto, orientações aos pais no período pré e pós-natal são condutas desejáveis evitando-se comprometimentos na fase de deposição e mineralização do esmalte dentário. Apoio: CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Sílvia F.Oliveira, Ludmila S.Alves, Thuanne. F.Saturnino; Ivy I. C. Pires; Lucilene. S. Miranda 293 RELACAO DOS CONHECIMENTOS DO VALOR NUTRITIVO DE ALIMENTOS E A PRESENÇA DE HORTAS EM LARES DE DIAMANTINA – MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO A Educação Nutricional configura-se em um campo de atuação educativa do nutricionista (Lei Federal 8.234/91). Observações do nutricionista em meio aos elementos simbólicos dos alimentos agilizam a interpretação de conceitos construídos por diferentes sujeitos sociais, justificando seus hábitos alimentares e suas articulações concretas do cotidiano, enquanto estratégias de vida (MANÇO, 2004). Busca-se neste trabalho avaliar o conhecimento por parte dos entrevistados sobre os micronutrientes de determinadas frutas e hortaliças; as condições para o cultivo de horta e pomares nas residências dos pais e responsáveis de alunos dos colégios de Diamantina – MG e o impacto dos conhecimentos adquiridos nos colégios sobre o cultivo de hortas e pomares na implementação dos mesmos nas residências. Foram entrevistadas 189 pessoas, estas relataram por meio de questionários, seu conhecimento sobre os micronutrientes de alguns alimentos e as condições de cultivo de hortas em sua residência. As entrevistas ocorreram nas suas residências e a avaliação da presença e/ou condições de cultivo de hortas e pomares foi realizada nas residências das mesmas. Observouse que quanto ao conhecimento do valor nutritivo dos grupos alimentares foram considerados importantes pelos pais os cereais (60,32%), frutas (84,66%), hortaliças (76,19%), leite (74,07%), carnes (64,02%) e água (83,60%). Já os grupos das gorduras e doces foram ditos como não importantes pela maioria (47,09%) e (40,74%), respectivamente. Com relação às vitaminas A, C, E, B1 e os minerais cálcio, ferro, fósforo, potássio e sódio, a população de forma geral apresentou algum conhecimento. No que diz respeito ao cultivo de hortas e pomares na cidade de Diamantina e a sua contínua existência observou-se dos 189 entrevistados, 50,26% afirmaram terem cultivado horta, e destes, apenas 21,16% ainda as mantém. Já a participação dos familiares em atividades como palestras direcionadas a alimentação saudável e cultivo de alimentos, notou-se que a maioria dos membros de cada bairro não participaram das mesmas. O tema mais relatado nas palestras foi alimentação saudável, alguns poucos citaram os temas reciclagem, renda familiar, compostagem e estatuto da criança e do adolescente. Conclui-se que apesar das famílias saberem a importância do consumo dos grupos alimentares isto não está refletindo no cultivo de hortaliças em suas residências, talvez pela falta de tempo dos pais ou pela inexistência de divulgação de sua importância em palestras de educação nutricional. Apoio: CNPq, FAPEMIG e UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Lidiane L. Moreira, Kellen C. Silva, Sofia E. C. Ferreira, Renata V. Silva, Luciana N. Nobre 294 RELAÇÃO ENTRE PERÍODO TOTAL DE ALEITAMENTO MATERNO E PRESSÃO ARTERIAL ALTERADA EM PRÉ-ESCOLARES Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / NUTRIÇÃO Estudos têm encontrado que a pressão elevada na infância pode ser um fator preditivo de hipertensão arterial sistêmica na vida adulta. O objetivo da pesquisa foi Conhecer a prevalência de pressão alterada em pré-escolares e avaliar os fatores associados. Trata-se de um estudo transversal aninhado em uma coorte de nascidos e residentes na sede do município de Diamantina/MG. Foi aferida a pressão arterial (PA) dos pré-escolares e de suas mães e levantadas informações sobre condição socioeconômica, antropométrica e pregressa das crianças. A aferição da PA foi realizada em uma única ocasião, no período matutino, com três aferições num intervalo de 3 minutos cada, precedidas de 10 minutos de repouso, de acordo as orientações do fabricante do aparelho de pressão. A média das três aferições foi utilizada para análise. Os aparelhos utilizados foram os monitores automáticos de braço modelo HEM714INT e HEM-781INT da marca Omron® para avaliação da PA dos pré-escolares e de suas mães respectivamente. Para análise dos dados utilizou-se a análise de regressão logística com as variáveis relacionadas aos determinantes de hipertensão. Na primeira etapa, foram testados modelos univariados, estimando-se os valores da razão de chances bruta, com intervalo de confiança de 95%. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Foram encontradas 19 (8,26%) pré-escolares com pressão alterada, sendo quatro (21%) classificados com hipertensão e quinze (79%) como limítrofe. A pressão arterial sistólica (PAS) alterada esteve associada ao baixo peso ao nascimento (OR=5,41; IC 95%= 1,45-20,23) e o período total de aleitamento materno inferior a seis meses (OR=4,14; IC 95%= 1,40-11,95). Elevação na pressão arterial diastólica (PAD) não associou a nenhuma variável e a PAS/PAD alterada associou ao período de aleitamento materno total inferior a seis meses (OR=3,48; IC 95%= 1,34-9,1). Assim os pré-escolares que foram amamentados por menos de seis meses quando comparado com aqueles que foram amamentados por um período superior a seis, tem cerca de 3,5 vezes mais chance de apresentarem pressão arterial alterada. Os resultados desta pesquisa corroboram com os estudos que relatam os benefícios do aleitamento materno prolongado e seu efeito protetor contra doenças crônicas não transmissíveis. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Bárbara A.J. Cardoso, Hyorrana P.P .Pinto, Liliane C.C. Ribeiro, Denise P. Resille 295 RELAÇÃO ENTRE SANEAMENTO BÁSICO E A INCIDÊNCIA DE DIARRÉIA NA INFÂNCIA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA Responsáveis por significativa taxa de morbi-mortalidade infantil, encontra-se as doenças diarréicas agudas (DDA) representando nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, um significativo problema de saúde pública. Assim, este trabalho objetivou por meio de uma revisão integrativa da literatura compreender melhor as abordagens existentes sobre as condições ambientais e sua relação com a incidência de diarréia na infância, no âmbito da produção científica. A busca partiu dos seguintes descritores e suas combinações nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola: “Diarréia”, “Saneamento Básico” e “Criança”, no Portal de Períódicos da CAPES, LILACS , MEDLINE e SCIELO. A amostra final deste estudo foi constituída por onze artigos científicos, onde os critérios de inclusão basearam-se em artigos publicados nas três línguas já citadas, artigos completos em que fosse discutida a temática referente à revisão integrativa e trabalhos indexados nas bases de dados referidas anteriormente, compreendidas no espaço de tempo de 1999 à 2011. A respeito do delineamento metodológico os resultados encontrados mostraram que dois (18,18%) estudos usaram delineamento transversal, dois (18,18%) estudos eram artigos técnicos e três (27,27%) estudos eram editoriais,um (9,09%) estudo é de intervenção educativa, um (90,09%) estudo é de casocontrole de base hospitalar, um (9,09%) estudo é quantitativo observacional descritivo e um (9,09%) estudo usou delineamento ecológico. Pôde-se verificar em nove (81,81%) artigos indicam as doenças diarreicas como uma das principais causas de consultas médicas, possuindo de forma direta ou indireta, um complexo de fatores de ordem ambiental, político, demográfico, nutricional e socioeconômico-cultural. A variável ambiental foi diretamente relacionada a internação por diarréia. Identificou-se que o consumo de água de mina ou de nascente indicou risco significativo para diarréia - 2,5 vezes maior que o fornecimento de água pelo sistema público. Estudos concluíram que melhorias no abastecimento de água, a saber, na qualidade e na quantidade da mesma, levaram a uma redução de 17% na morbidade por diarréia. Quanto ao risco associado ao acondicionamento inadequado do lixo e a prevalência de diarréia os resultados indicaram que a incidência do agravo em crianças menores de cinco anos residentes em logradouros com coleta e acondicionamento regular e irregular de lixo experimentaram, respectivamente, 65% e 43% menos episódios de diarréia do que aquelas que residiam em locais sem coleta e sem acondicionamento de lixo, uma vez que as moscas desempenharam papel de vetores de doenças. Enfim, os resultados sugerem nítida conclusão de que melhorias no abastecimento de água, condições de esgotamento sanitário, acondicionamento do lixo, qualidade de moradia e higiene são determinantes para promoção da saúde e prevenção da doença. Apoio: PET-Saúde/VS, GRS-D, SMS-D, UFVJM, Grupo de Pesquisa Atenção Básica e Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde/Ministério da Saúde. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ana Paula A. Hemmi Thereza Raquel M. Azeredo 296 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE USUÁRIOS DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE PRESIDENTE KUBITSCHEK Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA Trata-se de um estudo a ser realizado no município de Presidente Kubitschek, Minas Gerais, Brasil. Atualmente, as Unidades de Saúde, principalmente na Atenção Primária em Saúde, tem como desafio a transição de modelos de Atenção à Saúde, modelo Biomédico, tecnocêntrico para o modelo em que prioriza-se a Promoção da Saúde, a Prevenção de Agravos. Porém, a presente Unidade de Saúde convive, em um mesmo espaço físico, com esses dois modelos de atenção, ou seja, há tanto a prestação de atendimento médico ambulatorial nas especialidades básicas (pediatria, ginecologia e clínica médica), em que a população dirige-se ao serviço a partir de uma demanda espontânea ou encaminhada por outros serviços, assim como é realizado o trabalho das equipes da Estratégia de Saúde da Família, em que há exigência de uma equipe multiprofissional (médico generalista, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde), além da adscrição da população de um determinado território, sendo a essência desse trabalho a realização de ações programadas, visando a prevenção de agravos e a promoção da saúde. Com a atual organização do serviço para receber a população, parece não ser possível a resolução dos problemas apresentados pela mesma, uma vez que muitas pessoas retornam ao serviço apresentando novamente as mesmas queixas, além de não haver uma referência em relação aos profissionais do serviço. Isso tende a comprometer os princípios do SUS, tais como a equidade e integralidade, pois os sujeitos além de não serem abordados em sua totalidade, não há priorização sobre as necessidades de saúde de cada um. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo apreender as representações da população de Presidente Kubitschek sobre a Unidade Básica de Saúde, pois é importante se compreender a postura da população em procurar tão frequentemente o serviço de saúde. Para isso, será realizada uma pesquisa com abordagem qualitativa fundamentada na Teoria das Representações Sociais. Serão selecionados usuários que freqüentam a unidade e que a procuraram mais de uma vez ao mês, a partir do último ano. Após a identificação dos sujeitos, os mesmos serão contactados pelos pesquisadores para que sejam realizadas entrevistas abertas, a partir de um roteiro semi-estruturado. As entrevistas serão analisadas a partir da análise do discurso, pois esta análise considera o discurso dos participantes da pesquisa como uma forma de significar o mundo como uma totalidade, incluindo o contexto sócio-histórico. Espera-se que as informações propiciem uma participação indireta para contribuir na organização do serviço, com conseqüente melhoria da assistência prestada à população atendida. Além disso, contribuirá para inserção do usuário no planejamento das ações realizadas neste serviço e, também, para o ensino e a prática neste campo de conhecimento. Apoio: UFVJM/ PRÓ-SAÚDE XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Lucas R. Dumont, Rafael M. Silva, Vitor C. Dumont, Jussara F.B. Fonseca, Conceição E. Canuto, Maria H. Santos 297 RESISTÊNCIA À ADESÃO DE COMPÓSITOS PARA COLAGEM DE BRÁQUETES ORTODÔNTICOS – ESTUDO PILOTO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA A colagem de bráquetes representa um dos mais significativos avanços da Ortodontia na montagem de aparelhos ortodônticos. Esta evolução só foi possível após a técnica do condicionamento ácido do esmalte dentário, devido a sua simplicidade, diminuição do tempo de permanência do paciente na cadeira odontológica, melhoria significativa da estética e menor agressão ao periodonto. Os bráquetes estão sujeitos a um grande número de forças no interior da boca, que podem se concentrar na camada de adesivo e na interface adesivo/esmalte, comprometendo a retenção. Existem diversos tipos de materiais que podem ser utilizados para realização deste importante passo clínico. O propósito deste estudo foi avaliar a resistência á adesão pós fixação de bráquetes ortodônticos metálicos ao esmalte dentário, utilizando compósitos disponíveis no comércio. Cinco dentes pré molares humanos, íntegros e recém extraídos, foram selecionados. Após limpeza, cada um foi parcialmente incluído em tubo de PVC e preenchido com resina acrílica quimicamente ativada e armazenado em saliva artificial, a 37ºC. Após 24 horas, os corpos de prova (n=1), foram distribuídos, aleatoriamente, em cinco grupos: Concise Ortodôntica® (G1), Fill Magic Ortho® (G2), Transbond XT® (G3), SuperBond® (G4) e Maxxion C® (G5). Os bráquetes edgewise para colagem de pré-molares (Morelli, referência 10.30.208) foram fixados utilizando os compósitos, de acordo com as recomendações dos fabricantes. A colagem foi realizada no centro da face vestibular de cada dente, pelo método visual. Após teste de cisalhamento, através de força de compressão de 200 Kgf com velocidade de 5 mm/min, em uma máquina universal de ensaio (EMIC), foram obtidos os valores médios da resistência à adesão dos diferentes grupos de materiais usados para colagens dos bráquetes ao esmalte. Neste teste piloto pode-se concluir que G1, G3 e G4 apresentaram os maiores números de resistência à adesão ao esmalte dentário, enquanto G2 e G5 apresentaram valores baixos de resistência à adesão ao esmalte dentário. Apoio: CNPq, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 298 RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DA RESINA COMPOSTA FOTOPOLIMERIZÁVEL AO SUBSTRATO APÓS REMOÇÃO DA CAMADA SUPERFICIAL DO ADESIVO NÃO POLIMERIZADA, POR INIBIÇÃO DO OXIGÊNIO Vinícius L. Guimarães, Suzane P. Gonçalves, Vitor C. Dumont, Rafael M. Silva, Maria H. Santos, Karine T. A. Tavano, Adriana M. Botelho Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ODONTOLOGIA As resinas compostas são amplamente utilizadas na odontologia para vários propósitos, mas apesar dos avanços tecnológicos, estas ainda não atingiram características desejáveis a um material restaurador ideal. As chamadas resinas fluidas ou adesivas têm seu uso preconizado após condicionamento ácido do substrato dental e aplicação de um primer. A maioria desses produtos apresenta polimerização anaeróbica, ou seja, a camada superficial só se polimeriza após ser coberta pela resina composta. O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro, se a camada superficial do adesivo não polimerizada por inibição do oxigênio, afeta a forca de adesão deste à resina composta, por meio do teste de resistência ao cisalhamento. Foram realizados teste de cisalhamento em dois grupos: G1 (onde não houve remoção da camada não polimerizada por inibição de oxigênio) e G2 (onde houve remoção da camada polimerizada pelo oxigênio). Os resultados do G1 (grupo controle) apresentou média (DP) de 22,547 MPa e o G2 (grupo experimental) apresentou média (DP) de 18,951 MPa. De acordo com o teste paramétrico t de Student para amostras independentes, não houve diferença estatisticamente significativas entre os grupos (p>0,05). Conclui-se que a prática deste procedimento, não afeta a força de adesão da resina ã estrutura dentária, não prejudicando as características finais do material restaurador. Apoio: FAPEMIG, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Dáine P. de Souza, Rita C. de Souza Santos 299 RETRATOS EM NÚMEROS DAS JUVENTUDES VULNERÁVEIS NA PRINCESA DOS VALES GOVERNADOR VALADARES – MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA Dos 3.366.209 jovens mineiros de 10 a 19 anos, 44.341 residem em Governador Valadares, o que corresponde a 16,84% da população local (DATASUS, 2009). Embora se esperasse encontrar, nessa etapa de vida, indivíduos em gozo de boas condições, Adamo et al (1987) chamam a atenção para as altas incidências de invalidez por causas violentas e gravidez em idade precoce. Com este estudo objetivou-se analisar o quadro de saúde, vulnerabilidades e riscos sociais vivenciados pela juventude valadarense. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de uma série histórica (2000/2010), utilizando-se as informações de Morbidade Hospitalar – proporção de internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS) por Grupo de Causas e Faixa Etária – disponíveis nos registros do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), no site do DATASUS. Foram coletadas informações sobre a freqüência de internações, causas segundo a Classificação Internacional de Doenças (Capítulo CID 10), e faixa etária (10 a 19 anos de idade). Para processamento utilizamos as tabelas fornecidas pelo SIH - TabWin – versão 3.0. Os dados coletados confirmam as transições epidemiológicas encontradas ao longo das últimas décadas, nas quais as doenças infectoparasitárias apresentaram curva descendente, exatamente ao contrário da curva crescente das chamadas Lesões por envenenamento e algumas outras conseqüências de causas externas (XIX). No padrão de morbidade hospitalar do SUS (local de internação), na faixa etária de 15 a 19 anos de idade, destaca-se o grande grupo de causas Gravidez, parto e puerpério (XV), responsável por 70,09% de todas as internações hospitalares; este grupo é acompanhado, embora a certa distância, do grupo XIX - Lesões por envenenamento e algumas outras conseqüências de causas externas (9,16%). Figuram como principais lesões as Fraturas de outros ossos dos membros (29,96%). Na faixa de 10 a 14 anos de idade, destaca-se o grande grupo de causas I - Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias (12,96%), seguido do XIX Lesões por envenenamento e algumas outras conseqüências de causas externas (9,8%). Como principais causas de Internação no Grupo I despontam Outras doenças infecciosas e intestinais (40,73%); e no Grupo XIX, as Fraturas de outros ossos dos membros (33,22%). Encontramos, portanto, em GV, jovens vulneráveis, acometidos por doenças infecciosas e parasitárias; atropelados pelas consequências de causas externas de morbidade, por uma gravidez desejada ou não-desejada, porém precoce, que interrompe um possível ciclo de mobilidade social, dando início a um novo ciclo de pobreza na família. Quadro que constitui um grave problema de Saúde Pública e demanda a territorialização de ações de saúde sobre as iniqüidades, bem como políticas intersetoriais mais próximas da gestação de indivíduos capazes de construir suas próprias histórias e fortalecer as suas territorialidades. Afinal, vulneráveis sim, porém sujeitos desejantes de uma vida digna e saudável. Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Maristela O. Lara, Júlia S.F. Pinto, Nayara F. Vieira, Assis C.P. Júnior, Patrícia Wichr, Dulce A. Martins 300 SIGNIFICADO DA FERIDA PARA PORTADORES DE ÚLCERAS CRÔNICAS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ENFERMAGEM Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa que objetivou compreender o significado da ferida para os portadores de úlceras crônicas. Realizado na Policlínica Regional de Saúde de uma cidade do interior de Minas Gerias, na qual existe um programa de atendimento a essa clientela. Na coleta de dados foi adotada a entrevista individual em profundidade, com roteiro semiestruturado, sendo entrevistados cinco pacientes portadores de feridas crônicas. Outra fonte de evidências foi a pesquisa documental na qual buscou-se identificar nos protuários dos pacientes atendidos durante o período de 2008 a 2010 sinais ou sintomas indicativos de alteração emocional ou comportamental. Percebeu-se que os entrevistados apontam as dificuldades decorrentes de seu agravo como a tradução de sua percepção em relação às úlceras crônicas, sendo elas relacionadas à dor, preconceito, dependência para atividades diárias e locomoção; além dos receios e medos quanto ao prognóstico e sinais de depressão e baixa autoestima decorrentes da situação de saúde. Ao levantar esses questionamentos espera-se nortear os profissionais de saúde quanto às principais necessidades dessa clientela para elaborarem a melhor estratégia para cada paciente e dessa maneira orientar aos familiares e pessoas próximas como lidar com os enfrentamentos vividos pelos mesmos. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Vanessa P. Teixeira, Gabriela B. Passos, Graziella G. Teixeira, Talita E. Domingues, Ricardo A. Barata, Cynthia F. F. Santos 301 TRIAGEM DE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA – MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL As doenças cardiovasculares representam a maior causa de morbimortalidade e a presença de alterações metabólicas na infância e na adolescência tem contribuído para lesões precoces de aterosclerose já nas primeiras décadas de vida. Dessa forma, é importante verificar a presença de doenças cardiovasculares na infância e adolescência e implementar atividades preventivas específicas dentro das políticas de saúde pública, não só para a sua saúde presente, como futura. O objetivo do presente estudo foi determinar a prevalência de fatores de risco para doença cardiovascular presente em adolescentes de 12 a 15 anos de uma escola pública de Diamantina/Minas Gerais. A amostra foi composta por adolescentes de ambos os sexos, sendo 50 meninas (43,5%) e 65 meninos (56,5%), com média de idade de 13,4 ±1,1; matriculados na Escola Estadual Leopoldo Miranda em Diamantina – MG. A massa corporal e estatura foram mensuradas para determinação do índice de massa corporal (IMC). A relação cintura/ quadril (RCQ) foi obtida através da mensuração da circunferência da cintura e quadril, que foram mensuradas no ponto médio entre o último arco costal e a crista ilíaca e a o ponto de maior circunferência no quadril, respectivamente. A Pressão arterial (PA) foi mensurada pelo método auscultatório, seguindo parâmetros estabelecidos e ajustada de acordo com o perímetro do braço, segundo recomendações da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. Foram utilizados como ponto de corte para hipertensão valores de PAS ou PAD = percentil 95 a 99 mais 5 mmHg, de acordo com sexo, idade e percentil da estatura. Os resultados encontrados foram: PA: 61 adolescentes com PA normal (50,8% do sexo feminino e 49,2% masculino), 27 com valores limítrofes (22,2% sexo feminino e 77,8% masculino) e 27 hipertensos estágio 1 (48,1% sexo feminino e 14 masculino). Com relação ao RCQ: 103 com RCQ baixo (43,69% do sexo feminino e 51,9% masculino), 5 moderados (20% do sexo feminino e 80% masculino), 3 muito alto (66,7% do sexo feminino e 33,3% masculino) e 4 se recusaram a medir (50% do sexo feminino e 50% masculino). Média de estatura - 1,59, ± 0,09 e média da massa corporal - 47,5, ± 10, resultando em um IMC com média - 18,9, ± 2,8, sendo que 91 estavam na faixa recomendável (40,66% do sexo feminino e 59,34% masculino), 11 com sobrepeso (81,8% do sexo feminino e 18,2% masculino), 1 com obesidade (sexo feminino) e 12 com baixo peso (25% do sexo feminino e 75% masculino). Conclui-se que uma parcela significativa dos adolescentes dessa amostra encontra-se com níveis indesejáveis de IMC e PA, reforçando a necessidade de iniciar intervenções direcionadas à adoção de um estilo de vida saudável em idades jovens, incluindo prática regular de atividade física e padrões dietéticos adequados. Apoio: Pibex - Proexc, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Fernanda R. Bernardes, Tamiris C. Duarte, Polyana R. Bernardes, Everton J. P. Abreu, Fernanda de O. Ferreira, Leida C. de Oliveira e Marcos L. P. Pinheiro. 302 UNIVERSIDADE DA ALEGRIA- HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE HOSPITALAR Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE COLETIVA O ambiente hospitalar, o uniforme branco, a imagem do hospital como um local de dor, o medo natural de ambientes estranhos, tornou os cuidados à saúde potencialmente amedrontadores. A necessidade de se instaurar uma assistência à saúde humanizada tem gerado muitos estudos que afirmam que através do toque de uma forma expressiva e genuína, através de brincadeiras e da música, podem-se transmitir cuidados e apoio aos pacientes e a suas famílias, inserindo-os no processo da assistência e no processo da comunicação. O objetivo deste projeto foi introduzir e desenvolver o trabalho artístico do teatro clown durante a hospitalização de crianças no Hospital Nossa Senhora da Saúde de Diamantina e avaliar a aceitação por parte da equipe de saúde. Os sujeitos da pesquisa foram 40 crianças internadas para o tratamento clínico e cirúrgico. Durante as visitas os membros do grupo paramentados como palhaços (Clowns), executavam a cirurgia denominada extração de mau humor. Após a cirurgia, eram aplicados os instrumentos de coleta de dados que foi dividida em duas partes, a primeira com perguntas dirigidas à Equipe de Saúde do Hospital e a segunda destinada às crianças. Os dados foram tabulados inicialmente em planilha eletrônica Excel e, posteriormente, analisados por meio de estatística descritiva simples (freqüências relativas e absolutas). Com relação à presença dos Clowns no ambiente hospitalar, nossos resultados demonstraram que 82% (n= 14) da equipe de saúde consideram a atividade dos mesmos proveitosa para as crianças hospitalizadas. No que diz respeito ao questionamento sobre uma possível perturbação ao ambiente hospitalar provocada pelos clowns, podemos observar que 53% (n= 9) da equipe de saúde relataram não haver perturbação. Questionou-se ainda se os membros da equipe de saúde eram favoráveis à continuidade dos clowns no hospital. Verificou-se que 76% (n= 13) eram favoráveis e apenas 24% (n= 4) eram desfavoráveis à continuidade destes no ambiente hospitalar. Constatamos que 42,5% (n= 17) das crianças emitiam gritos antes das intervenções dos clowns e após a intervenção não se detectou tal expressão em nenhuma delas. Em relação à análise da expressão de emoção, pôde-se constatar que 5% (n= 2) das crianças sorriam antes da atuação dos clowns e 75% (n= 30) apresentavam esta emoção após as intervenções. Nossos resultados nos permitem concluir que a presença do lúdico no ambiente hospitalar, principalmente nas Unidades Pediátricas ainda não é uma realidade e sua inserção se processa gradativamente. Nosso projeto desempenhou um eficiente trabalho junto aos pacientes e seus acompanhantes, auxiliandolhes na superação dos traumas inerentes aos processos de enfermidade e internação, restituindo a alegria como parte integrante de suas vidas. Foram abertas as portas para futuras intervenções e a possibilidade manutenção do projeto e expansão para outros setores das casas de saúde do município de Diamantina. Apoio: PROEXT/MEC/SESU/DEPEM (Edital nº 01- 2008), Caixa Econômica Federal, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Paula F Aguiar, Fabrício de Paula, Vinícius Ottone, Pâmela Fiche, Etel Rocha-Vieira, Marco Fabrício D Peixoto, Fabiano T Amorim 303 VO2PICO MENSURADO DURANTE O PROTOCOLO DE RAMPA É MAIOR QUANDO A INCLINAÇÃO ESTÁ PRESENTE Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EDUCAÇÃO FÍSICA A utilização do protocolo de rampa, em avaliações clínicas e de desempenho físico, tem aumentado na última década. Este aumento se deve a características únicas do protocolo, como uma relação mais linear entre carga de trabalho e consumo de oxigênio e a possibilidade de individualização da intensidade, como variações na velocidade e inclinação, quando realizado na esteira. Anteriormente, foi demonstrado que incrementos de inclinação invoca um VO2max maior do que aumentos somente na velocidade. No entanto, esse estudo usou incrementos a cada dois minutos, descaracterizando um protocolo de Rampa, além de utilizar velocidades diferentes entre as sessões. Por isso, não está claro se aumentos na inclinação, com incrementos iguais de velocidade resultariam em valores maiores no VO2max, no protocolo de Rampa com velocidades iguais. Assim, o objetivo desse estudo foi comparar o VO2max medido durante o protocolo de Rampa em esteira com (3% e 6%) ou sem inclinação (0%) mas com incrementos de velocidades iguais. Participaram do estudo 11 homens jovens (26 ± 5 anos), fisicamente ativos, saudáveis, não fumantes foram submetidos a três sessões de exercícios progressivos máximos, utilizando o protocolo de rampa, em esteira rolante, numa sequência balanceada, com intervalo mínimo de 48 horas entre cada teste. Em todas as sessões foram utilizados incrementos de velocidade iguais, mas a inclinação se manteve constante desde o início a 0%, 3% ou 6%, até a fadiga do voluntário. Foram mensurados o lactato sanguíneo (La), frequência cardíaca máxima (FCmax), percepção subjetiva de esforço (PSE), consumo de oxigênio (VO2), dióxido de carbono (CO2), produção e volume expiratório (VE) e quociente respiratório (RER). Os resultados mostram que o VO2pico foi maior a 6% (50,9 ± 7,6 mL·kg-1·min-1) e 3% (49,7 ± 6,6 mL·kg-1·min-1) do que a 0% (48,2 ± 6,1 mL·kg-1·min-1) (p<0,05). O tempo total e a velocidade final até a fadiga foi maior para 0% (11:34 ± 1:40 min e 15,4 ± 2,1 Km·h-1) do que em 3% (09:54 01:27 min e 13,8 ± 1,5 Km·h-1) e 6% (08:51 ± 02:09 min e 12,2 ± 1,4 Km·h-1), respectivamente (p˂0.001). Valores de FCmax, La, RER e VE não foram diferentes entre as sessões experimentais (p>0,05). Os nossos resultados confirmam que o VO2pico foi maior quando a inclinação da esteira esteve presente. Nós especulamos que a participação dos músculos acessórios e auxiliares no aumento o consumo de oxigênio com a presença da inclinação e dificuldades biomecânicas em manter velocidade maiores sem a presença da inclinação podem justificar os nosso achados. Apoio: CNPq e FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 ASTRONOMIA CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO CIÊNCIAS DOS MATERIAIS FÍSICA MATEMÁTICA PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA QUÍMICA XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 304 CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS Cristina Fontes Diniz , Angélica Oliveira de Araújo , Ítala kariny Barroso Lopes* 305 A NANOCIÊNCIA E A NANOTECNOLOGIA EM ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO DO VALE DO JEQUITINHONHA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA A nanociência e nanotecnologia N&N baseiam-se na manipulação da matéria em escala nanométrica, onde emergem como áreas de grande destaque para o desenvolvimento científico e tecnológico em um futuro próximo. Esta área é definida como multi ou transdisciplinares por natureza,oortanto, pode ser um ótimo exercício de inter e multidisciplinaridade no ensino. Mas também coloca um grande paradigma para a área de educação: Como trabalhar temas com esta complexidade em diferentes ramos da sociedade, desde o ensino médio? Desta forma este projeto visa adotar conceitos de inter e transdisciplinaridade para os conteúdos nas escolas da cidade de Diamantina e em algumas escolas da região do Vale do Jequitinhonha, abordando o tema N&N. Pois de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais compete ao ensino médio o papel essencial da formação cidadão. Nesse sentido é necessário que aspectos e conteúdos tecnológicos associados ao aprendizado científico e matemático sejam parte do conteúdo do aprendizado. A pesquisa foi realizada em três cidades de Minas gerais: (i) Diamantina, com os alunos graduandos em licenciatura em química; (ii) Serro, nas escolas Escola Estadual Ministro Edmundo Lins e no Instituto Educacional Nossa Senhora da Conceição e (iii) Alvorada de Minas, na Escola Estadual José Madureira Horta. Inicialmente aplicando-se o pré-teste para avaliar o conhecimento prévio dos alunos.Um seminário foi apresentado sobre o tema, abordando suas características, suas aplicações, definições exemplificando seu desenvolvimento cientifico e tecnológico com isto relacionado sua multi – interdisciplinaridade. A Nanotoxicidade também foi abordada além das conseqüências econômicas, sociais, ambientais e militares que tal ciência provocará no futuro. Realizou-se uma atividade investigativa onde os alunos enquanto cientista propõem o desenvolvimento de um material Nanotecnológico que estes para identificarmos o nível de assimilação dos alunos do conteúdo Propriedades dos Materiais com o tema N&N em que a maioria dos alunos foram coerentes assimilando os assuntos. Dentre os produtos sugeridos pelos alunos, os mais citados foram: protetores solares, maquiagens, peças para carros, tênis. Não foi citado nenhum produto referente à medicina. Em seguida, foi aplicado o pós-teste, que indicou que uma boa porcentagem dos alunos apresentou maior entendimento e assimilação do tema. Por essa razão, acredita-se que o seminário apresentado e a atividade investigativa aplicada colaboraram para a aprendizagem significativa dos alunos sobre o tema abordado. Contudo, a divulgação e a aprendizagem sobre N&N pode despertar o interesse dos estudantes apreciando conteúdos que estão envolvidos nessa área. Além de proporcionar a compreensão das múltiplas inter-relações entre ciência, tecnologia e sociedade, aumentando sua motivação, despertando sua curiosidade e dessa forma, contribuindo para um melhor processo de ensino-aprendizagem. Apoio: CNPq, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 André L. Maravilha, Luciana Assis, Alessandro Vivas 306 ABORDAGEM MULTIOBJETIVO PARA UM PROBLEMA DE LOGÍSTICA REVERSA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO O estudo de problemas de roteamento tem um importante papel em indústrias que trabalham com um fluxo intenso de materiais. A uso de técnicas de otimização na tarefa de definir as rotas para distribuição e coleta de produtos podem refletir em redução de custos para a indústria. O processo de entregas e coletas está inserido no contexto da logística reversa e, na computação um destes problemas é conhecido como Problema de Roteamento de Veículos com Entregas e Coletas Seletivas (VRPDSP, do inglês Vehicle Routing Problem with Deliveries and Selective Pickups). O objetivo do VRPDSP é a definição rotas de custo mínimo, que partindo de um depósito central atendam todas as demandas de entrega de um conjunto de consumidores, e também, realizem as demandas de coletas que forem lucrativas. Um exemplo de aplicação deste problema pode ser observado nas indústrias de agrotóxicos, onde, além de distribuir seus produtos, estas tem um período de um ano para realizar a coleta das embalagens após o consumo. Os trabalhos sobre o VRPDSP encontrados na literatura fazem uma abordagem mono-objetivo, onde a função a ser otimizada é dada pela minimização do custo total das rotas subtraído da quantidade de itens coletados. Por apresentar duas características a serem otimizadas, este problema pode ser tratado como multiobjetivo, onde são atribuídas duas funções para otimização, sendo a primeira a minimização do custo total das rotas e, a segunda, a minimização do total de itens não coletados. Como a maioria dos problemas reais de otimização são, por natureza, multiobjetivo, a intenção deste trabalho é apresentar um modelo que permita este tipo de abordagem do VRPDSP, e também o desenvolvimento de um algoritmo para sua solução. O algoritmo desenvolvido é uma adaptação da metaheurística Iterated Local Search denominado Multiobjective Iterated Local Search (MOILS) que, com a utilização do conceito de dominância de Pareto, permite a geração de um conjunto de soluções não dominadas para o problema. A técnica proposta não tem o objetivo de definir qual das soluções retornadas é a melhor, mas sim auxiliar o processo de tomada de decisão na indústria através da apresentação de diferentes cenários para um tomador de decisões. Para a realização de testes foram utilizadas algumas instâncias para problemas de roteamento, encontrado na literatura. A qualidade dos resultados foi analisada segundo três métricas de eficiência, sendo elas, cardinalidade, extensão e dispersão. Os resultados obtidos mostraram que o MOILS apresentou um desempenho satisfatório para grande parte dos problemas teste utilizados, principalmente aqueles envolvendo um grande número de consumidores. Apoio: CNPq, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Tula M. Rocha, Santusia N. Rabelo, Sidimara C. de Souza, Erasmo C. de Almeida, Antônio C. G. Zappalá 307 AÇÕES DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO VALE DO MUCURI Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / MATEMÁTICA A ciência é uma conquista da humanidade e a universidade é uma das responsáveis pelo processo de educação científica do país. Pesquisas apontam que investimentos na ciência e tecnologia constituem fatores essenciais para o desenvolvimento de uma nação. Fato este confirmado pela pesquisa proposta pela organização dos Estados Iberoamericanos (OEI) e pela Rede Iberoamericana de Indicadores de Ciência y Tecnologia (Ricty), no período de 2001 a 2003, constatando que no Brasil, Argentina, Uruguai e Espanha, a população atribui à ciência e à tecnologia a principal causa da melhoria da qualidade de vida, mesmo estando consciente de que elas não podem resolver sozinhas todos os problemas de uma nação. Sendo assim o presente artigo tem como objetivo apresentar dois projetos científicos integrantes das atividades de pesquisa do Núcleo Avançado de Produção de Material Didático - NUPROM realizados pela UFVJM - Campus Mucuri. Estas ações pretendem levar aos estudantes da educação básica, superior, bem como aos professores e à sociedade em geral, a ciência e o conhecimento aqui desenvolvidos de forma acessível e lúdica, estimulando a criação de mecanismos de acesso à informação. O primeiro projeto desenvolvido refere-se à Revista Mais Ciência, com publicação semestral, ISSN, envolvendo todas as áreas do conhecimento científico. A primeira edição realizada em outubro de 2010, teve sua distribuição gratuita na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – Teófilo Otoni em 21 e 22 de outubro de 2010, com tiragem de 3.000 unidades. O evento afirma, mais uma vez, o compromisso da UFVJM em aproximar-se da comunidade local e nacional. A Revista Mais Ciência foi também apresentada no Congresso Internacional de Ensino de Matemática realizado em 2010 na cidade de Canoas. O segundo projeto de divulgação científica desenvolvido foi a Feira de Ciências da Educação Básica do Mucuri – FECBAM um evento anual onde foram apresentadas palestras, exposições interativas, exposição de pôsteres, vídeos científicos, relatos de experiência e atividades culturais dos trabalhos desenvolvidos por alunos da Educação Básica e seus respectivos professores dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Recebemos 22 trabalhos científicos e aproximadamente 2.000 alunos da Educação Básica visitaram a FECBAM. Essas ações pretendem ser de caráter permanente e contínuo. Enfim entendemos que a divulgação científica tem um papel significativo na formação do cidadão e da cultura científica, bem como na complementação do ensino formal de ciências. Palavras Chave: Divulgação, Ciência e Tecnologia. Apoio: UFVJM CAPES, CNPQ, MCT e PROEXC. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 308 APLICAÇÃO DE MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE USABILIDADE E COMUNICABILIDADE PARA SISTEMAS DE GESTÃO ACADÊMICA: UM ESTUDO DE CASO NO SIGA-ENSINO DA UFVJM Luanna A. Cruz, Maria Lúcia B. Villela Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) é uma organização complexa, que possui como atividades fins o ensino, a pesquisa e a extensão. Para efetuar o gerenciamento efetivo dessas atividades, tal Instituição utiliza o Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGA), a fim de agilizar o fluxo de informações e apoiar a tomada de decisões. Para a gestão de suas atividades de ensino, especificamente, a UFVJM utilizada o módulo SIGA– Ensino, que pode ser acessado por alunos e professores, através da Web. No entanto, tem-se observado certa dificuldade por parte desses usuários ao interagirem com o referido sistema. Trabalhos de avaliação do SIGA-Ensino realizados até o momento focaram apenas suas funcionalidades, deixando de lado a avaliação da qualidade de uso, que é necessária para verificar se os usuários conseguem utilizar o sistema de forma eficiente e eficaz ao realizar suas tarefas. Dessa forma, com o objetivo de melhorar a qualidade de uso do SIGA-Ensino, o presente trabalho propôs realizar uma avaliação dos problemas em sua interface – com foco no perfil de usuário Aluno, utilizando-se avaliação heurística, teste de usabilidade e avaliação de comunicabilidade. A utilização dos diferentes métodos em conjunto foi realizada com o objetivo de complementar e confirmar os resultados da avaliação, permitindo um reprojeto da interface do SIGA-Ensino, contemplando as melhorias sugeridas pelos mesmos. Na aplicação dos métodos foi utilizado um Plano de Avaliação Consolidado, onde os passos comuns aos métodos foram executados em conjunto. Os resultados obtidos em cada uma das avaliações apontaram diversos aspectos que podem ser melhorados na interface do sistema e destacou a contribuição diferenciada de cada método na identificação de problemas de Interação Humano - Computador. A avaliação heurística permitiu a identificação de grande parte dos problemas de usabilidade, focados no conhecimento do avaliador. O teste de usabilidade gerou resultados relacionados à intenção do designer, também gerando novas e importantes questões. O MAC deu origem a problemas com foco na observação do usuário pelo avaliador, permitindo a identificação de questões de alta gravidade, facilitada pelas expressões dos participantes. O questionário e entrevista pós-uso destacaram a percepção dos usuários na realização de tarefas típicas do sistema, possibilitando ao avaliador uma melhor compreensão das opiniões dos mesmos. De maneira geral, a interface do SIGA-Ensino apresentou problemas razoáveis de percepção que afetam a utilização do sistema por usuários inexperientes. Os aspectos mais críticos identificados foram a inexistência de um sistema de ajuda com informações atualizadas, e a complicada interação usuário/sistema na funcionalidade matrícula. Apesar dos problemas diagnosticados, observou-se que o SIGA-Ensino permite a interação dos usuários com a interface, e que grande parte das tarefas podem ser realizadas pelos usuários, sem grandes dificuldades. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Vinícius V. Pereira, Carmindo R. Borel, Fabiana A. da Fonseca, Cecília S. O. Bento, Jacqueline A. Takahashi, Patrícia M. de Oliveira, Roqueline R. S. de Miranda 309 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E CONSTITUINTES QUÍMICOS DE PARTES AÉREAS DE BYRSONIMA COCCOLOBIFOLIA (MALPIGHIACEAE) Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA As doenças infecciosas continuam sendo uma das grandes causas de morte no mundo, por isso há uma crescente necessidade em descobrir novos compostos antimicrobianos para tratar diferentes microrganismos. Sabe-se que as plantas são ótimas fontes para obtenção de novas substâncias biologicamente ativas, graças à grande variedade estrutural de compostos encontrados nelas. Em estudos anteriores, já foi demonstrado que os extratos das espécies Byrsonima basiloba, B. crassa e B. fagifolia apresentam atividade antimicrobiana, revelando o potencial biológico de plantas desse gênero. Neste trabalho, objetivou-se investigar a atividade antimicrobiana das folhas de Byrsonima coccolobifolia e, através de ESI-MS, analisar os principais compostos presentes no extrato metanólico dessa espécie. Partes aéreas da planta foram coletadas em Itamarandiba-MG e secas em temperatura ambiente. As folhas foram pulverizadas, submetidas à extração exaustiva com solventes de polaridade crescente (hexano, acetato de etila e metanol), que foram removidos por evaporador rotatório. O extrato metanólico seco (10mg) foi diluído com metanol até o volume final de 1mL e analisado nos modos ESI-MS(+) e ESI-MS(-). Esse mesmo extrato também foi submetido a testes antimicrobianos contra os patógenos Escherichia coli ATCC 25922, Bacillus cereus ATCC 11778, Staphylococcus aureus ATCC 29212 e Candida albicans ATCC 18804. Através do método de difusão em disco de papel descrito por Bauer (1966), aplicou-se nos discos laterais 0,1mL do extrato (na concentração de 1mg/mL) e no centro da placa de Petri foram colocados os controles positivos (cloranfenicol e miconazol) e o negativo (solvente). No final do ensaio, os halos de inibição foram medidos. Foi verificada uma boa atividade antimicrobiana contra todos os microrganismos testados (halos de inibição variando de 14 a 25mm), encontrando-se valores próximos aos padrões utilizados (valores dos halos entre 21 e 32mm). O espectro de ESI-MS(-) permitiu-nos determinar os principais compostos químicos presentes no extrato metanólico das folhas de B. coccolobifolia, que provavelmente seriam as substâncias responsáveis pela atividade biológica apresentada. Foram identificados os ácidos gálico e quínico (m/z 169 e 191, respectivamente), ácidos mono, di, tri e tetragaloilquínico (m/z 343, 495, 647 e 799, respectivamente), quercetina (m/z 301), vários outros derivados quercetínicos glicosilados (m/z 301, 433, 463, 609 e 615) e um derivado de amentoflavona (m/z 793). Dessa forma, esse estudo contribui com a investigação de constituintes orgânicos em extrato vegetal de espécies do cerrado. Além disso, nesse trabalho foi confirmado o potencial antimicrobiano das espécies de Byrsonima como fontes futuras para elaboração de novas drogas a serem utilizadas no tratamento de infecções diversas. Apoio: FAPEMIG, UFVJM, UFMG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Abraão J. S. Viana, Raphael Q. Reis, Maíra P. Fernandes, Roqueline R. M. Silva, Antônio Flávio P. Alcântara, Patrícia M. de Oliveira. 310 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS DAS PARTES AÉREA DE PLECTRANTHUS NEOCHILUS SCHLTR Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA O gênero Plectranthus (Lamiaceae) representa uma valiosa reunião de plantas com atividades biológicas, utilizadas comumente na medicina tradicional para diversos fins. Os usos populares dessas espécies incluem tratamentos de dores de cabeça, feridas, queimaduras, dermatite, alergias, picada de insetos e de escorpião e como agente anti-séptico. As plantas do gênero são também uma importante fonte de novos compostos bioativos e potenciais medicamentos. A espécie Plectranthus neochilus Schltr., é empregada popularmente no tratamento de insuficiência hepática, dispepsia e na cura de males não-específicos. No Brasil a planta é conhecida como “boldinho”, e assim como outras espécies de Plectranthus, é utilizadas em substituição a Peumus boldus Molina (“boldo-do-chile”). No presente trabalho descreve-se a avaliação da atividade antioxidante dos extratos obtidos de P. neochilus Schltr. Partes aéreas da planta foram secas, moídas e extraídas sucessivamente com hexano, AcOEt e MeOH, obtendo-se os respectivos extratos após evaporação dos solventes. A avaliação da atividade antioxidante foi feita pelo método DPPH, medida pela redução da absorbância (Abs) de soluções dos extratos obtidos e padrão em diferentes concentrações em espectrofotômetro UV-Vis em 517 nm. Utilizou-se como controle a solução MeOH de DPPH 0,1 mM, sendo as amostras avaliadas a 200, 300 e 400 ppm. Os resultados obtidos foram expressos em percentual da inibição de oxidação. O extrato metanólico, a 400 e 300 ppm, apresentou a maior porcentagem de atividade antioxidante, respectivamente 25% e 24%. A atividade observada para o extrato metanólico a 200 ppm foi semelhante ao obtido para o extrato acetato de etila a 400 e 300 ppm (21%) e a 200 ppm (20%). A menor atividade foi observada para o extrato hexânico (18%), em todas as concentrações. O padrão do teste (ácido gálico) a 100 ppm apresentou 81% de atividade. Os valores obtidos são relevantes para os extratos avaliados, uma vez que existem várias patentes relacionadas a atividade antioxidante de espécies de Plectranthus. Apoio: FAPEMIG, CAPES, PRPPG-UFVJM, UFMG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Francisco C. A. Pessoa, Joice S. Cardoso, Douglas S. Monteiro 311 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE HIALURONIDASE BOVINA EM MEIO HOMOGÊNEO E SUA POSSÍVEL APLICAÇÃO EM BIOSENSORES E BIORREATORES ENZIMÁTICOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA A hialuronidase (HAase) é uma enzima presente em diversos tipos de tecidos de mamíferos, tal como o fluido sinovial e rins, e atua em diversos processos biológicos como desenvolvimento embriológico, angiogênese e metástase. Esta enzima tem como substrato o ácido hialurônico (HA), que por sua vez, está amplamente distribuído no tecido conjuntivo mole, humor vítreo, dentre outros. Este polissacarídeo é constituído por unidades repetidas do dissacarídeo de estrutura [D-ácido glucorônico (B-1-3) N-acetil-glicosamina (B-1-4)]. A atividade enzimática da hialuronidase pode ser detectada por espectrofotometria de ultravioleta-visível (uv-vis) por meio da formação de um complexo com colorido resultante da reação entre N-acetilglicosamina (NAG) e dimetilaminobenzaldeído (DMAB). Sendo o HA um importante marcador para detecção de alguns tipos de câncer, torna-se relevante a construção de biosensores baseados em HAase imobilizada. Dessa forma, torna-se possível a reutilização da enzima, pois o seu uso em meio homogêneo tem como inconveniente a dificuldade de recuperação. Neste trabalho avaliamos a atividade enzimática da hialuronidase testicular bovina (Sigma-Aldrich, H1506) em meio homogêneo em diversas condições (em meio tamponado e não tamponado, após 96 h de preparo, em temperatura ambiente, e em temperatura ótima, 37 ºC). A atividade específica da enzima (AE) é expressa em micromol de NAG por minuto de reação por mg de Hialuronidase, sendo medido através da determinação colorimétrica da NAG (épsilon = 21.000 /M/cm, pH ~2, 545 nm) (1), podendo ser calculada através da razão entre as inclinações da curva de atividade enzimática em função da concentração de proteína e curva padrão de NAG, dividido pelo tempo de reação. As curvas de calibração apresentaram coeficiente de correlação linear maior que 0,99. A AE correspondeu a aproximadamente 0,040 micromol/mg/min para o ensaio nas condições ideais (10 microlitros de enzima recém preparada incubada em 250 microlitros de HA em tampão fosfato 100 mM, pH 6 a 37 ºC por 100 min). Fora dessa condição, as AEs corresponderam às seguintes porcentagens da AE em condição ideal (100%): 12% (temp. ambiente, meio idêntico), 22 % (fora da geladeira por 96 h, meio e temperatura idênticos) e 84 % (água pura, 37 ºC). Os resultados demonstram que mesmo fora das condições ideais (após 4 dias de preparo, em temperatura ambiente, ou em pH e força iônica inadequados) a enzima se mantém ativa em solução. Tendo a proteína funcionado em condições adversas, uma boa estabilidade pode ser alcançada em sistemas contendo a mesma estabilizada, possibilitando então sua aplicação na construção de biosensores e biorreatores. Referência Bibliográfica: (1) REISSIG, J. L.; STROMINGER, J. L.; LELOIR, L. F. Journal of Biological Chemistry 1955, 217, 959–966 Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Joice S. Cardoso, Francisco C. A. Pessoa, Flávio H. M. Souza, Rosa P. M. Furriel, Douglas S. Monteiro 312 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA DE B-GLICOSIDASES FÚNGICAS E SUA IMOBILIZAÇÃO EM FILMES ULTRAFINOS DE POLÍMEROS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA O Brasil é o principal player mundial na produção de combustíveis renováveis. O constante crescimento na demanda por combustíveis fósseis, a necessidade de manutenção e conservação dos ecossistemas e a preocupação com o aquecimento global são fatores que determinam a busca por novas tecnologias alternativas para substituir a matriz energética baseada no petróleo. O etanol de segunda geração consiste em um biocombustível produzido a partir de qualquer material lignocelulósico, como palha de arroz, papel reciclado, bagaço de cana, e que poderá complementar ou substituir aquele que é atualmente obtido da fermentação da sacarose da cana-de-açúcar. A conversão de celulose em etanol depende diretamente da ação de enzimas responsáveis pelo processo de sacarificação. Neste contexto, as glicosidases desempenham importante papel na produção de açúcares a partir da celulose e apresentam também potencial aplicação como biocatalisadores enzimáticos imobilizados (meio heterogêneo), podendo então serem utilizadas em biorreatores e biosensores. A avaliação da atividade dessa classe de enzimas livres em solução (meio homogêneo) é importante para o conhecimento da sua estabilidade em solução, e conseqüentemente, no meio heterogêneo. Neste trabalho, buscou-se avaliar atividade enzimática de duas Betaglucosidase, uma de 282 kDa, denominada B-I, e outra de 94 kDa, B-II, oriundas do fungo humicula isolens utilizando como substrato p-nitrofenil-B-D-glucopiranosídeo (pnp-glu). Uma alíquota de 25 microlitros de solução de enzima foi colocada em contato com 275 microlitros de substrato em meio tamponado (acetato de sódio, 50 mM, pH 5 e bis-tris-HCl, pH 6, 50 mM para B-I e B-II respectivamente) contendo pnp-glu a 0,2 mM. A mistura foi encubada por 10 min em banho a 50 ºC e avaliou-se a produção do íon p-nitrofenolato, pnp, (épslon = 17500 /M/cm, pH 12, comprimento de onda = 410 nm) utilizando-se um espectrofotômetro (bioespectra). A atividade enzimática foi expressa em micromol de pnp gerado por mg de enzima por minuto de reação. Além disso, variou-se o tempo de incubação (10 a 100 min), de maneira a possibilitar a avaliação da atividade enzimática com o tempo de reação. As atividades específicas de B-I e B-II foram 6,3 e 18,1 micromol/min/mg, respectivamente. As enzimas se diferenciaram em termos do tempo de incubação, onde cerca de 40 e 70% da atividade em 100 min foram mantidas, comparando-se o tempo inicial de 10 min. Estes resultados dão suporte para o estudo da adsorção das beta-glicosidases em filmes ultrafinos automontados de policátions e poliânions (layer by layer) como possíveis matrizes poliméricas para imobilização de enzimas. Referências Bibliográficas 1. Souza, F. H. M; Nascimento, C. V.; Rosa, J. C.; Masui, D. C.; Leone, F. A.; Jorge, J. A., Furriel R. P. M Process Biochemistry 2010, 45, 272-278. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Hilton Túlio L.Santos, Ricardo S Santos, Crisley M A Ferreira, Alexandre S Santos 313 CARACTERIZAÇÃO CENTESIMAL E OTIMIZAÇÃO DA SACARIFICAÇÃO DE TORTA DE MACAÚBA (ACROCOMIA ACULEATA JACQ) Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA O Brasil é um país privilegiado por possuir uma grande variedade de oleaginosas que podem ser usadas para produção de óleo, matéria-prima para a indústria do biodiesel. Essas oleaginosas, após extração do óleo, geram resíduos sólidos que são frequentemente aproveitados como adubo ou ração. A macaúbeira (Acrocomia aculeta) é uma palmeira cuja produtividade em óleo chega a 4000 L/ha. Por esse motivo tornou-se objeto de estudo como matéria-prima para a produção de biodiesel. Estima-se que sejam produzidas duas toneladas de torta de macaúba por tonelada de óleo extraído. Com o intuito de agregar valor à torta de macaúba, este trabalho se propôs a caracterizar quimicamente o resíduo gerado e otimizar processo de sacarificação enzimática com vistas à produção de bioetanol. O resíduo sólido, chamado de torta, teve sua composição centesimal determinada e expressa em peso seco e desengordurado. Os valores para cada parâmetro avaliado foram: umidade – 2,57%, lipídeos – 21,5%, cinzas – 4,8%, fibra bruta – 11,5%, proteína – 6,35%, amido – 23,37%, hemicelulose – 9,43%, celulose – 10,08%, e açúcares solúveis totais – 8,19%. Esses dados mostram que na biomassa (seca e desengordurada), cerca de 50% é representado por fração glicídica, ou seja, substrato potencial para produção de bioetanol. Para a otimização do processo de sacarificação foi realizado um planejamento experimental do tipo DCCR – Delineamento Composto Central Rotacional 23, com 4 pontos centrais e 6 pontos axiais, onde foram avaliadas a concentração de H2SO4 (2-5%) para o pré-tratamento, a concentração de celulase (Celluclast® 5-25 uL/g) e a concentração de amiloglicosidase (Spirizyme® 10-30 uL/g). Os ensaios foram conduzidos a 120°C/30 minutos. Os coeficientes de correlação encontrados após análise do delineamento experimental foram de 96% para o fator de resposta AR e de 92% para o fator de resposta glicose. O uso de metodologia de superfície de resposta indicou as concentrações de 3,5% de H2SO4, 15 uL de Celluclast/g de torta e 20 uL de Spirizyme/g de torta como valores ótimos para a sacarificação da torta de macaúba, resultando em valores de 47g de açúcares redutores (AR) e 25g de glicose para cada 100g de torta. Considerando a fração de glicídios presentes na torta (51,07%) e o valor de AR encontrado após a sacarificação (47%) calcula-se rendimento de 92% para o processo. Em tese, se todo o açúcar liberado após o processo de sacarificação for convertido em etanol, seria produzido o equivalerá a 297 L de bioetanol por tonelada de torta de macaúba. Apoio: CNPQ e FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Rayane K. Langbehn, Alexandre A. Silva, Angeliane D. Reis, Ramon G. C. Silva, Ricardo S. Santos, Lílian Pantoja, Alexandre S Santos 314 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DO JERIVÁ (SYAGRUS ROMANZOFFIANA) Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA O Jerivá (Syagrus Romanzoffiana) é uma palmeira de 8 a 15 metros de altura que é encontrado em grande parte do território brasileiro. Seus frutos, tipo drupa, são globulosos ou ovóides e apresentam um mesocarpo fibroso, suculento e de coloração amarelo-alaranjada. Sabe-se que, em sua maioria, os frutos de palmeiras apresentam altos teores de óleos e fibras. No entanto, pouco é conhecido sobre o jerivá o que dificulta a utilização do mesmo em produtos com maior valor agregado. O presente trabalho tem por objetivo caracterizar física e quimicamente os frutos do jerivá que foram adquiridos nas dependências da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. A análise física ocorreu em um universo de 50 frutos, sendo que o peso dos mesmos foi de 8,38 ± 0,49 g, com diâmetro maior de 27,82 ± 0,83 mm e diâmetro menor de 22,01 ± 0,61 mm; o peso da polpa foi de 4,67 ± 0,28 g. A semente pesou 3,71 ± 0,28 g, com 25,18 ± 1,81 mm de diâmetro maior e 15,39 ± 0,85 mm de diâmetro menor. A polpa do jerivá apresentou 72,9% de umidade e 9,1% de extrato etéreo. Os resultados da análise química da polpa do fruto, expressos em matéria seca e desengordurada, foram em média: 8,17 % de cinzas, 9,87 % de fibra bruta, 3,95 % de proteínas totais, 12,7 % de açúcares solúveis totais, 19,86 % de FDA, 38,1 % de FDN, 11,1 % de celulose, 12,2 % de hemicelulose, 9,21 % de lignina, e 10,2 % de amido. Destaca-se no fruto a quantidade significativa da fração de carboidratos, 46%. Apoio: CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ramon G. C. Silva, Ricardo S. Santos, Rayane K. Langben, Hilton Túlio L. Santos, 315 CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DA TORTA DE GIRASSOL (HELIANTHUS ANNUUS L) Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA A torta de girassol (Helianthus annuus L.) é obtida da extrusão das sementes para obtenção de óleo. A demanda por óleo de girassol tem aumentado com o advento da indústria do biodiesel. O aumento das quantidades geradas de tortas abriram campo para pesquisas que lhes agregue valor tecnológico. Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo realizar a caracterização centesimal de torta de girassol doada pela empresa Biosep Energia e Agronegócio Ltda. Após trituração e cominuição em malha de 0,2mm, o farelo resultante foi analisado quanto aos teores de umidade (UM), matéria mineral (MM), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB), proteína bruta (PB), açúcares solúveis totais (AST), amido (AM), fibras solúveis em detergente neutro (FDN), fibras solúveis em detergente ácido (FDA), lignina (LG), celulose (CL) e hemicelulose (HL). Os resultados obtidos apontaram um percentual de 6,31% e 33,2% para UM e EE, respectivamente. Os percentuais para MM, FB E PB expressos em matéria seca e desengordurada foram, respectivamente, 3,56%, 27,85% e 18,68%. Com relação aos percentuais de glicídicos e de lignina da torta os valores, expressos em matéria seca e desengordurada, foram: 44,14% de FDN, 29,49% de FDA, 21,59% de HL, 16,52% de CL, 9,99% de LG, 5,63 % de AST e 2,28% de AM. Entre os valores observados destacou-se o percentual de proteínas e o percentual referente à fração de glicídios (celulose, hemicelulose, AST, e amido). Tal caracterização é fundamental para o desenvolvimento de estratégias para o aproveitamento e agregação de valor à torta de girassol. Apoio: FAPEMIG, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 316 CINÉTICA DE TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA DIRETA E MEDIADA DA ENZIMA HRP SOBRE NANOTUBO DE CARBONO DE PAREDES MÚLTIPLAS MODIFICADO COM AZUL DE TOLUIDINA, NANOPARTÍCULAS DE OURO E MERCAPTO PIRIDINA Delton M. Pimentel , Saimon M. Silva , Flávio S. Damos Email: Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA A bioeletrocatálise é de fundamental importância do ponto de vista prático uma vez que o entendimento da reação biológica de transferência eletrônica é essencial para o desenvolvimento de biossensores. A enzima mais empregada no desenvolvimento de biossensores é a HRP e estudos do mecanismo de ação desta enzima indicam que, sobre eletrodo de grafite pirolítico, apenas 42% das enzimas imobilizadas atuam mediante Transferência Eletrônica Direta (TED) e o percentual restante por Transferência Eletrônica Mediada (TEM). Recentemente, o interesse no emprego de materiais nanoestruturados como suporte para TED de enzimas tem sido crescente e muitos materiais têm sido apresentados como excelentes suportes para TED ou TEM em biossensores enzimáticos embora nenhuma informação sobre o percentual de transferência eletrônica direta ou mediada seja investigado. No presente trabalho foi realizado estudo do percentual de TED e TEM da enzima HRP sobre Nanotubos de Carbono de Paredes Múltiplas modificado com azul de meldola (MWCNT/MB), já que o mesmo tem sido amplamente usado como suporte para imobilização de enzimas. Compararam-se os resultados obtidos com o eletrodo modificado através da aplicação de uma monocamada de HRP sobre MWCNT/MB disperso em água e camadas múltiplas de mercapto piridina dispersa em nanopartículas de ouro na presença e na ausência de dopamina, utilizada como mediador da reação. Através de estudos amperométricos, voltametria hidrodinâmica e a aplicação da Equação de Koutecky-Levich aos resultados, ficou evidente o aumento da transferência eletrônica direta de 50% para 98 % no eletrodo modificado com a piridina e nanopartículas de ouro. Tais resultados demonstram que os eletrodos modificados de tal forma apresentam-se como excelentes materiais para se explorar a TED para a enzima HRP mediante um mais eficiente bloqueio da TEM sobre materiais nanoestruturados. Apoio: CNPq e FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Rayane K. Langbehn, Alexandre A. Silva, Ramon G. C. Silva, Hilton T. L. Santos, Ricardo S. Santos, Lílian Pantoja, Alexandre S Santos 317 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DA TORTA DE CORDA-DE-VIOLA (IPOMOEA TRILOBA L) Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA A corda-de-viola (Ipomoea triloba L.) é uma planta daninha do tipo herbácea trepadeira que pode alcançar até 3 m de comprimento. Apresenta fácil adaptação em qualquer tipo de solo e pode ser encontrada em todo o território brasileiro. Recentemente a corda de viola tem sido apontada como matéria prima potencial para a indústria de biodiesel. Este trabalho teve por objetivo a caracterização química da torta de corda-de-viola, resíduo da extração de seu óleo. A torta de corda-de-viola apresentou 8,35 ± 0,17% de umidade e 9,92 ± 0,10% de lipídeos. Os resultados da análise química da torta de viola, expressos em matéria seca e desengordurada, foram em média: 3,59 % de cinzas, 30,3 % de fibra bruta; 50,6 % de FDA; 69,6 de FDN, 33,4 % de celulose, 19,7 % de lignina, 19,0 % de hemicelulose, 10,3 % de proteínas totais, 1,47 % de açúcares solúveis totais (AST) e 8,67 % de amido. Foi observada quantidade significativa de óleo na torta de viola, apontando baixo rendimento do processo de extração do óleo. Os altos teores de celulose, hemicelulose e amido, indicam grande potencial para produção de bioetanol. A quantidade também significativa de proteína permitiria seu uso para a composição de rações ou silagens. Apoio: FAPEMIG, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Vinícius V. Pereira, Carmindo R. Borel, Fabiana A. da Fonseca, Lílian L. R. Silva, Patrícia M. de Oliveira, Roqueline R. S. de Miranda 318 COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO METANÓLICO DE GALHOS DE BYRSONIMA COCCOLOBIFOLIA (MALPIGHIACEAE) Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA Espécies do gênero Byrsonima são conhecidas popularmente como “muricis” e há relatos na literatura de muitos usos medicinais dessas plantas, alguns deles já comprovados, como atividade anti-inflamatória e antioxidante. A busca por substâncias fenólicas em vegetais tem aumentado, principalmente devido às propriedades antioxidantes apresentadas, que são importantes na prevenção e melhora de doenças que estariam associadas aos radicais livres. Este trabalho objetivou determinar o conteúdo de fenólicos totais e a atividade antioxidante no extrato metanólico dos galhos de B. coccolobifolia, além de investigar os principais compostos químicos presentes nesse extrato, através de ESI-MS. Partes aéreas da planta foram coletadas em Itamarandiba-MG e secas em temperatura ambiente. Os galhos foram pulverizados, submetidos à extração exaustiva com solventes de polaridade crescente (hexano, acetato de etila e metanol), que foram removidos por evaporador rotatório. O extrato metanólico seco (10mg) foi diluído com metanol até o volume final de 1mL e analisado nos modos ESI-MS(+) e ESI-MS(-). Utilizando esse mesmo extrato, por meio de técnicas espectrofotométricas, determinou-se o conteúdo de fenólicos totais seguindo a metodologia descrita por Singh (2002). A atividade antioxidante foi avaliada a partir da atividade de retirada de radical (ARR) usando o método DPPH descrito por Singh e Blois (2002) e a partir da análise do poder redutor (PR) conforme metodologia descrita por Yildirin (2001). Foi possível observar um grande conteúdo fenólico no extrato em metanol (623,9 ± 14,9mg AT/g), o que indica uma atividade antioxidante promissora. No teste de poder redutor foi verificado que a redução de ferro pela amostra é concentração-dependente, isto é, o seu valor eleva-se com o aumento da concentração do extrato. Já no ensaio com DPPH, a ARR do extrato a 300ppm apresentou bom resultado (61,2 ± 0,7%), quando comparado ao padrão de ácido gálico a 300ppm (94,8 ± 0,2%). No espectro de ESI-MS(-) foram determinados os principais compostos químicos presentes no extrato metanólico dos galhos de B. coccolobifolia, que provavelmente seriam as substâncias responsáveis pela atividade antioxidante apresentada. Foram identificados ácidos fenólicos ou derivados (m/z 183 e 191), ácidos galoilquínicos (m/z 495, 647 e 799) e alguns flavonóides (m/z 433, 577 e 729). Assim, a técnica de ESI-MS com inserção direta da amostra mostrou-se uma ferramenta rápida, eficiente e de grande sensibilidade para o conhecimento da composição química de extratos de plantas. Além disso, nesse estudo foi evidenciado que a espécie B. coccolobifolia possui compostos polares com boa atividade antioxidante, o que justifica dar continuidade aos estudos químicos e biológicos com espécies desse gênero. Apoio: FAPEMIG, UFVJM, UFMG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 319 DESENVOLVIMENTO DE UM SENSOR ALTAMENTE SELETIVO PARA DETECÇÃO SIMULTÂNEA DE DOPAMINA E NADH EMPREGANDO MONOCAMADAS AUTOORGANIZADAS MISTAS Danielle D. Justino, Ana Luísa A. Lage, Rita de Cássia S. Luz, Flavio S. Damos Email: dani-2203hotmail.com Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA O uso de monocamadas auto-organizadas (SAM’s, do inglês Self-Assembled Monolayers) para a modificação de eletrodos é um dos temas mais discutidos na Eletroanalítica atual, principalmente por estas espécies afetarem tanto a sensibilidade quanto a seletividade do sensor base. Esta última, por sua vez, é de alta importância para o desenvolvimento de um sensor, pois a falta de seletividade do mesmo pode acarretar em análises indevidas se a amostra contiver interferentes. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho é desenvolver um sensor para a detecção de Dopamina (DA) e NADH eliminando a interferência do Ácido Ascórbico (AA). Inicialmente, foram conduzidos estudos de um eletrodo de ouro modificado com uma SAM de DTNB (ácido-5,5-ditiobis(2-nitrobenzóico)) e MBA (ácido 4mercaptobenzóico). Neste sentido, modificou-se o eletrodo de ouro por 24 horas com os respectivos tióis e posteriormente foram conduzidas análises dos eletrodos modificados em tampão fosfato pH 7,0. Primeiramente, foram realizadas medidas de voltametria cíclica para o eletrodo modificado com DTNB/MBA em tampão fosfato pH 7,0 para analisar o comportamento eletroquímico da SAM mista. No caso do DTNB, esta ciclagem foi utilizada para a formação da sua forma eletroativa através da redução do grupo nitro. Adicionalmente, foram feitos voltamogramas para o eletrodo limpo para fins de comparação. Posteriormente, foram feitos estudos por voltametria de pulso diferencial, adicionando-se primeiramente o NADH, em seguida a DA e o AA. Percebeu-se que o pico de oxidação da DA e AA é no mesmo potencial, em torno de 0,4V sobre eletrodo limpo. A partir desse problema, testou-se o uso de SAM’s mistas de DTNB e MBA para verificar a seletividade destes filmes. Deixou-se o eletrodo modificando durante 24 horas e fizeram-se as análises de pulso diferencial. Foi verificado que a SAM mista bloqueou a transferência de carga do AA, aparecendo somente o pico de oxidação da DA. Com isto, conseguiu-se construir um sensor seletivo para a determinação dos fármacos citados. Estes estudos foram reproduzidos durantes vários meses, validando a sensibilidade, repetibilidade e reprodutibilidade da técnica desenvolvida. Finalmente, conclui-se que o uso das monocamadas para o desenvolvimento de sensores químicos é bastante promissor e tais resultados deixam evidente a possibilidade de controlar os processos interfaciais através da manipulação de moléculas de diferentes dimensões na confecção de SAMs mistas. Apoio: CNPq, FAPEMIG, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Pedro Giovannini, Luciana P. de Assis, Alessandro V. Andrade, Vinicius W. C. Morais, André Luiz M. Silva 320 DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA INTEGRADO DE LOGÍSTICA REVERSA UTILIZANDO ALGORITMOS GENÉTICOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO O problema de roteamento de veículos com coleta e entrega simultâneas (PRVCES) pertence à classe de Problemas de Roteamento de Veículos (PRV). O PRV consiste em encontrar rotas para um conjunto de veículos, minimizando o custo de atendimento. Por sua vez, o PRVCES é um problema de logística reversa, onde além de visitar todos os consumidores, estes possuem demandas de coleta e entrega que devem ser obrigatoriamente satisfeitas. Para que os veículos possam atender a todos os consumidores, seu limite de carga deve ser respeitado. No Brasil, devido a sua enorme malha viária, o roteamento de veículos é uma questão extremamente importante para diversas empresas de diferentes ramos da economia, que precisam distribuir seus produtos em todo o território nacional. A distribuição dos produtos é uma questão estratégica, já que seu custo afeta diretamente o preço de venda e os lucros da empresa. Além disso, questões ambientais como a redução da emissão de poluentes dos veículos são preocupações cada vez maiores na sociedade. Reduzindo a distância percorrida na distribuição de produtos, uma grande quantidade de poluentes deixaria de ser lançada na atmosfera. O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um framework de otimização para a resolução do problema PRVCES. Foram utilizadas dois algoritmos bio-inspirados: algoritmos genéticos e algoritmos meméticos. A partir dos resultados obtidos foi possível concluir que estes algoritmos apresentam bom desempenho, quando comparados aos melhores resultados da literatura. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Josana Pereira dos Santos, Wallans Torres Pio dos Santos, Flavio Santos Damos, Rita de Cássia S. Luz 321 DETECÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO EMPREGANDO UM ELETRODO MODIFICADO COM NAFTOQUINONA SOBRE NANOTUBOS DE CARBONO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA O ácido ascórbico (AA) ou vitamina C é uma molécula usada na hidroxilação de várias outras em reações bioquímicas nas células. A sua principal função é a hidroxilação do colágeno, a proteína fibrilar que dá resistência aos ossos, dentes, tendões e paredes dos vasos sanguíneos. Devido à grande importância desse analito, propõe-se no presente trabalho a detecção do mesmo com grande sensibilidade. Para tanto foi utilizado um eletrodo à base de nanotubos de carbono modificados com naftoquinona (NC/NFQ). O mesmo foi preparado pela adição de uma alíquota de 20 L de NC/NFQ sobre a superfície do eletrodo, o qual foi seco por um período de 12 horas. Após esse tempo o eletrodo foi lavado com água destilada para retirar o material fracamente adsorvido sobre a sua superfície. Em seguida fez-se sucessivos voltamogramas cíclicos do eletrodo modificado em solução tampão fosfato pH 7,0 e observouse um pico catódico e anódico em aproximadamente 250 e 0 mV, respectivamente, referente ao processo redox da NFQ. Após verificar a estabilidade deste eletrodo por meio de 50 ciclos sucessivos observou-se que não houve nenhuma diminuição significativa nas correntes de pico anódica e catódica, demonstrando a estabilidade do mesmo. Quando o sensor foi colocado na presença de 1mmol L-1 de AA observou-se um aumento em duas vezes a corrente de pico anódico da naftoquinona em comparação ao voltamograma do eletrodo modificado na ausência de AA, além de uma redução do pico catódico. Resultado característico de um processo catalítico. Em seguida, para se confirmar a eletrocatálise do sistema realizou-se voltamogramas cíclicos do eletrodo modificado apenas com: (a) os nanotubos de carbono, (b) a naftoquinona e (c) o eletrodo não modificado. Todos os casos na ausência e presença do analito. Observou-se que em nenhuma das situações os voltamogramas para o AA apresentouse superior ao voltamograma do eletrodo modificado com NC/NFQ, indicando que este eletrodo modificado facilita a transferência eletrônica entre o AA e a superfície do eletrodo. Neste sentido, partiu-se para a otimização dos prarâmetros experimentais, tais como pH (6-8), solução tampão (fosfato, pipes e hepes) e concentração da solução tampão (0,025 a 2,0 mol L1). Foi observado que as melhores condições ocorreram com o emprego de uma solução 0,1 mol L-1 de tampão fosfato, pH 7,0. Com base nessas informações partiu-se para a construção da curva analítica para o AA. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Fernando M. Oliveira, Grasyelle M. M. Ferreira, Wallans Torre Pio dos Santos, Flávio Santos Damos, Rita de C. Silva Luz 322 DETECÇÃO DO PESTICIDA FENITROTION EMPREGANDO UM ELETRODO À BASE DE AZUL DE METILENO E NANOTUBOS DE CARBONO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA Dentre as classes de agrotóxicos mais empregadas no Brasil estão os pesticidas organofosforados, que são altamente nocivos para os seres humanos, pois sua ação se processa através da toxicidade aguda. Neste sentido, com base no enorme malefício que esses pesticidas podem provocar ao homem e também ao meio ambiente, o presente trabalho tem como objetivo a preparação de um sensor à base de nanotubos de carbono modificados com azul de metileno para a detecção de fenitrotion. Inicialmente, realizou-se um estudo do perfil voltamétrico do pesticida a fim de verificar seu comportamento voltamétrico em diferentes meios. Utilizou-se, então, um eletrodo de carbono vítreo não modificado na presença do pesticida a fim de compará-lo com o eletrodo modificado com azul de metileno e nanotubos de carbono de paredes múltiplas. Para o preparo do eletrodo modificado com o azul de metileno e nanotubos de carbono pesou-se 1,00 mg de nanotubos mais 0,37 mg do azul de metileno e diluiu-se em 1,00 mL de água. Posteriormente retirou-se 20,00 L da suspensão e modificou-se a superfície do eletrodo o qual foi seco à temperatura ambiente por 24 horas e testado logo em seguida na presença e ausência de fenitrotion. Quando o eletrodo não foi modificado observou-se um pico de oxidação em aproximadamente +0,06 Volts e dois picos de redução em aproximadamente em -0,18 e -0,71 Volts referentes ao processo redox do pesticida. Quando o eletrodo foi modificado com os nanotubos de carbono e azul de metileno observou-se um aumento significativo nas correntes catódicas e anódicas do analito e uma mudança nos potenciais de oxidação e redução. Esse aumento nas correntes de pico pode estar associado ao aumento da superfície de contato do eletrodo de trabalho e ao aumento na velocidade de transferência de carga entre o fenitrotion e o azul de metileno imobilizado sobre os nanotubos de carbono. Esse aumento na transferência de carga favorece um aumento na sensibilidade do sistema favorecendo a detecção do pesticida com grande sensibilidade. Apoio: UFVJM, CNPq, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Estêvão Samuel Procópio, Arlindo Follador Neto 323 DETECÇÃO E BLOQUEIO DE MALWARES: ESTUDO DE CASO NA UFVJM Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO No cenário atual de redes corporativas um dos grandes problemas são os programas maliciosos (malwares). Vírus e worms são alguns deles e sua principal característica é se multiplicar utilizando o Protocolo de Internet. Os riscos trazidos vão além da exposição de dados confidenciais, o aumento de tráfego na rede ou a possibilidade de multiplicação. Segundo Pompon (2010) uma dessas infecções gerou um tráfego tão intenso que levou o Northwest Hospital de Seattle à medidas de emergência. A atividade do malware na rede levou à parada dos serviços de laboratório, desconexão dos terminais de UTI e travamento de portas controladas por computador. Este projeto propõe um sistema de detecção e bloqueio de computadores suspeitos de infecção com o intuito de reduzir os riscos causados por malwares na UFVJM e consequentemente a sua proliferação. Oomo no caso do Northwest Hospital, o próprio tráfego gerado por malwares, buscando por falhas de segurança na rede, pode ser utilizado para sua detecção. Uma aplicação de IDS (Intrusion Detect System) foi configurada com regras disponibilizadas pelo Malware Threat Center. A partir dos alertas emitidos por este IDS, subprogramas foram desenvolvidos para bloquear os computadores infectados e impedir a proliferação dos malwares. Foi desenvolvido ainda um sistema de gestão capaz de informar ao cliente da rede o bloqueio de seu computador. O sistema de gestão também disponibiliza uma relação desses computadores para que o DTI (Departamento de TI) tome providências. No primeiro mês de utilização o sistema proposto identificou-se 982 infecções, que geravam um tráfego de aproximadamente 300MB por dia. Através da identificação desses computadores o DTI vem trabalhando para diminuir o número de infecções. Atualmente o número de infecções é de 174 e o tráfego gerado foi reduzido em 85%, caindo para 40MB diários. A experiência adquirida na execução do presente trabalho mostrou claramente a importância da atualização constante dos computadores. Falhas de segurança são utilizadas não somente por malwares, mas também por pessoas malintencionadas podendo inclusive trazer problemas graves de segurança da informação. Esse fato atrelado com a falta de um sistema de detecção de malwares em uma rede corporativa pode levar a problemas gravíssimos desntro de uma instituição. Como visto anteriormente, se o malware que infectou os 982 computadores tivesse ocasionado perda dos dados, as consequências para uma instituição seriam catastróficas. Finalmente, conclui-se que para conter infecções de malwares faz-se necessário a utilização de aplicações adequadas, equipe especializada e de atualização constante, pois novas falhas de segurança são descobertas diariamente e novas pragas surgem explorando essas vulnerabilidades. Apoio: DTI/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Amanda Barreto de Oliveira Reis, Neuma das Mercês Pereira, Débora Vilela Franco, Rita de Cássia Silva Luz 324 DETERMINAÇÃO ESPECTROFOTOMÉTRICA DE NITROFENOL EMPREGANDO A FORMAÇÃO DE COMPLEXOS DE TRANSFERÊNCIA DE CARGA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA Fenóis e seus derivados, como clorofenóis, nitrofenóis e compostos aromáticos relacionados, são conhecidos devido a sua elevada toxicidade e por serem compostos comuns em efluentes industriais, oriundos das atividades de produção de plásticos, corantes, tintas, drogas, pesticidas, detergentes e, principalmente de papel e celulose. Devido o grande efeito que essas substâncias podem causar ao homem e ao meio ambiente, vários métodos têm sido desenvolvidos com a finalidade de se determinar tais substâncias com rapidez e simplicidade. Nesse sentido, propõe-se o desenvolvimento de um método espectrofotométrico para a determinação de p-nitrofenol em águas naturais empregando um Espectrofotômetro UV/visível da Shimatzu com caminho óptico de 1 cm. O método é baseado na reação de transferência de carga entre TCNQ e p-nitrofenol. Inicialmente, foi estudado o comportamento espectrofotométrico do complexo TCNQ/p-Nitrofenol formado e, posteriormente, foram avaliados a influência dos parâmetros tempo de reação, temperatura, efeito do solvente (água, metanol, etanol, isopropanol, acetonitrila e acetona) em relação a absorbância e estabilidade do complexo estudado. O tempo de reação para a formação do complexo (TCNQ/p-Nitrofenol) foi de 10 minutos, enquanto que a temperatura sofreu uma variação de 25 - 60ºC. Dentre os vários solventes testados a acetona foi a que apresentou melhor resultado. Logo após esta etapa variou-se a concentração do TCNQ a fim de verificar em que concentração o TCNQ apresenta melhor absorbância (1 x 10-3, 1 x 10-4 ou 1,0 x 10-5 mol/L). Sendo assim, foi verificado que o melhor resultado foi obtido utilizando-se a concentração 1,0 x 10-5 mol/L. Após a otimização dos parâmetros experimentais, uma boa relação linear com coeficiente de correlação de 0,999 (n=9) foi encontrada entre a absorbância e a concentração de p-nitrofenol na faixa de 0,5 a 90 x10-6 mol L-1 de p-nitrofenol. A partir dos valores do branco obteve-se um desvio padrão de 0,55 x 10-3, onde se calculou a sensibilidade da curva analítica e os limites de detecção (LOD) e de quantificação (LOQ), respectivamente, da curva apresentada: sensibilidade = 10.959,55 mol/L, LOD = 0,15 x 10-6 mol/L e LOQ = 0,5 x 10-6 mol/L.O método foi desenvolvido para a determinação da concentração de p-nitrofenol em água coletada de rio, água de torneira obtendo, 0,56 (± 0,05) x10-6 mol/L, 0,60 (±0,06) x 10-6 mol/L respectivamente e não detectado p-nitrofenol em água destilada. Pelo exposto, pode-se concluir que o TCNQ é uma excelente alternativa para a detecção de p-nitrofenol com base na formação do complexo de transferência de carga (TC) e nos parâmetros otimizados. Apoio: UFVJM, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 325 EMPREGO DE UM ELETRODO A BASE DE NANOTUBOS DE CARBONO MODIFICADOS COM CLORO(PIRIDIL)BISDIMETILGLIOXIMATO DE COBALTO(III) PARA A DETERMINAÇÃO DE L-DOPA Fernando F. R. Leite, Dênio E. P. Souto, Wallans T. P. dos Santos, Flávio S. Damos, Rita C. S. Luz Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA Os nanotubos de carbono apresentam excepcionais propriedades elétricas, químicas e mecânicas, o que faz desses materiais interessantes candidatos em muitas aplicações, particularmente na área de sensores químicos. Embora a utilização dos nanotubos como eletrocatalisador seja limitada, uma interessante alternativa de melhorar essa propriedade tem sido a modificação de sua superfície com moléculas que apresentem atividades eletrocatalíticas, com a finalidade de aumentar a transferência eletrônica entre o analito estudado e a superfície do eletrodo modificado. Assim, este trabalho descreve a modificação de um eletrodo de grafite pirolítico de plano basal (EGPPB) com cloro(piridil)bisdimetilglioximato de cobalto(III), Co(DMG)2ClPy, adsorvido sobre nanotubos de carbono de paredes múltiplas (NCPM), os quais foram depositados na superfície do eletrodo. O referido eletrodo modificado foi utilizado para a determinação de L-Dopa, fármaco usado no tratamento sintomático do \'\'Mal de Parkinson\'\'. As caracterizações dos NCPM, do Co(DMG)2ClPy e do compósito Co(DMG)2ClPy/NCPM foram realizadas por Microscopias Eletrônicas de Varredura e Espectroscopias no Infravermelho, as quais comprovaram a modificação dos NCPM pelo complexo. Adicionalmente, voltamogramas cíclicos obtidos em solução 0,1 mol L-1 de tampão fosfato (pH 7,0) contendo 2 mmol L-1 de L-Dopa desmonstraram que o analito apresentou pico anódico próximo a +0,3 V vs. Ag/AgCl, com excelente atividade eletrocatalítica quando se utiliza o EGGPB modificado com o compósito. A influência dos parâmetros experimentais na corrente de pico da L-Dopa sobre o eletrodo modificado também foi estudada. Um melhor sinal analítico foi obtido empregando-se concentrações de NCPM e de Co(DMG)2ClPy iguais a 2 mg mL-1 e 1x10-4 mol L-1, respectivamente, em solução tampão fosfato 0,2 mol L-1 (pH 7,4). A curva analítica foi construída após a otimização dos parâmetros experimentais utilizando-se a voltametria de onda quadrada. O sensor desenvolvido apresentou resposta linear para a concentração de LDopa no intervalo de 3 a 100 μmol L-1 (R = 0,999), que pode ser expressa de acordo com a seguinte equação: Ip/µA = 0,0096(±0,65) + 1,24(±0,013)[L-Dopa]/µmol L-1. O limite de detecção determinado foi de 0,86 µmol L-1, o qual foi melhor do que os encontrados na literatura utilizando outros eletrodos para o mesmo analito. Os resultados obtidos para o teor de L-Dopa em comprimidos com o método proposto foram de acordo com o método oficial farmacopêutico. Estudos de adição e recuperação do analito, bem como estudos de interferentes foram realizados obtendo-se ótimos resultados. Portanto, foi verificado que o sensor desenvolvido apresenta excelentes vantagens como simplicidade, rapidez e baixo custo de preparo, ampla faixa linear de trabalho, seletividade e baixo limite de detecção, podendo ser aplicado com sucesso em medicamentos que contenham L-Dopa em sua formulação. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 326 ESTUDO DA VARIAÇÃO SAZONAL DA CONSTITUIÇÃO QUÍMICA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE CASEARIA SYLVESTRIS SW. (FLACOURTIACEAE) Alice R. de Matos; Wilson M. Godinho; Fernando C. Archanjo; Cristiane F. F. Grael. Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA A espécie Casearia sylvestris é conhecida como guaçatonga, pau-de-lagarto, chá-de-bugre. Suas folhas apresentam óleo essencial e são utilizadas na medicina popular para tratar dor e inflamação. Nos processos de algesia e inflamação estão presentes espécies radicalares reativas, que podem potencializar o processo patológico; assim, produtos naturais com atividade antioxidante podem ser úteis como agentes terapêuticos. Fatores ambientais podem provocar variações qualitativas e quantitativas na composição química de óleos essenciais e essa variação pode afetar a sua atividade biológica. Assim, os objetivos deste trabalho foram o de avaliar a influência da época da coleta na variação da composição química do óleo essencial das folhas de C. sylvestris e verificar se esses óleos obtidos em diferentes épocas do ano apresentam atividade antioxidante. As folhas foram coletadas no Campus JK-UFVJM (Diamantina-MG) nos meses de março (outono) e junho (inverno). As folhas frescas de cada coleta foram submetidas a destilação por arraste a vapor de água em aparato de Clevenger para a extração de óleo essencial. Os óleos essenciais foram analisados por cromatografia gasosa-espectrometria de massas. Os constituintes químicos foram identificados através dos espectros de massas obtidos e através do Índice de Retenção Relativa (IRR) em comparação com dados da literatura. O IRR de cada constituinte dos óleos foi obtido através de injeção concomitante de amostra e de uma séria homóloga de hidrocarbonetos lineares saturados (C9-C24). Para se avaliar o potencial antioxidante de cada óleo essencial empregou-se o método da redução do DPPH. A atividade de cada óleo essencial foi avaliada nas concentrações de 10 g/L, 20g/L e 50g/L. Como controles foram utilizados DPPH na ausência de óleo essencial e DPPH em presença de um agente antioxidante, a quercetina (10g/L, 20g/L e 50g/L). Foi avaliada a variação da absorbância (517nm) imediatamente e 1h após a preparação das amostras através de espectrofotometria UV-VIS. Foram identificadas 20 substâncias terpênicas nos óleos essenciais analisados, sendo que os compostos majoritários foram o ßelemeno (45,5% e 42,73% nos óleos da 1ª e da 2ª coleta, respectivamente) e o germacreno A (28,8% e 25,38% nos óleos da 1ª e da 2ª coleta, respectivamente). Não foram observadas variações significativas na composição química dos óleos obtidos em diferentes épocas do ano. A atividade inibidora do radical DPPH dos óleos essenciais não foi significante quando comparada a atividade da quercetina (aproximadamente 91 a 95% de inibição do DPPH a 10, 20 e 50 g/L), na metodologia empregada e nas concentrações avaliadas. Apoio: FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Raphael Q. Reis, Abraão J. S. Viana, Maíra P. Fernandes, Roqueline R. M. Silva, Antônio Flávio P. Alcântara, Carlos Victor M. Filho, Patrícia M. de Oliveira 327 ESTUDO QUÍMICO DAS PARTES AÉREAS DE PLECTRANTHUS NEOCHILUS SCHLTR Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA Plectranthus L’He’r.,(Lamiaceae), é um grande gênero contendo aproximadamente 300 espécies de ervas e arbustos perenes nativos de regiões tropicais da África, Ásia e Austrália e adaptados a quase todos os habitats e altitudes. Dentre as espécies medicinais quimicamente inéditas do gênero, tem-se Plectranthus neochilus Schltr., que é uma erva aromática, empregada na medicina popular no tratamento de insuficiência hepática, dispepsia e na cura de males não-específicos. O presente trabalho descreve o estudo fitoquímico de partes aéreas de P. neochilus Schltr. em andamento. A espécie foi cultivada no Campus II da UFVJM, e identificada pelo botânico Prof. Dr. Carlos Victor Mendonça Filho do Departamento de Ciências Biológicas dessa instituição. A exsicata da planta (No. 1.720) está depositada no herbário DIA da UFVJM. Partes aéreas de P. neochilus foram coletadas e após secagem e moagem foram submetidas a extrações exaustivas e sucessivas com hexano, AcOEt e com a mistura EtOH:H2O (8:2 v/v). Após a evaporação dos solventes foram obtidos os respectivos extratos. Parte do extrato hexânico obtido foi submetida à filtração em coluna de vidro aberta contendo sílica gel, utilizando-se como eluentes hexano, AcOEt e EtOH em gradiente crescente de polaridade. Com esse procedimento foram obtidas 120 frações acompanhadas e agrupadas por cromatografia em camada delgada de sílica (CCDS), utilizando-se diferentes reveladores. O grupo de frações, obtidas da eluição com hexano, foi submetido a cromatografia em coluna de sílica (CCS), em gradiente crescente de polaridade (hexano, AcOEt e EtOH). As frações obtidas foram agrupadas por análise em CCDS. O grupo eluído com a mistura hexano:AcOEt (8:2) foi novamente submetido a CCS e as frações agrupadas por CCDS. O grupo de frações eluído com hexano:CHCl3 (7:3 v/v) apresentou cristais, que, após recristalização em EtO2, mostraram-se puros por CCDS. A análise pelo teste de Lieberman-Buchard sugeriu a natureza triterpênica dos cristais. O espectro de RMN de 1H [300 Mhz, TMS, d (ppm)] da amostra apresentou perfil de triterpenos, o que foi confirmado pelos espectros de RMN de 13C [75 Mhz, TMS, d (ppm)] e DEPT (90º e 135º) que apresentaram 30 átomos de carbono. Os deslocamentos analisados foram compatíveis com o esqueleto friedelano, quando comparados com dados da literatura. Desta forma, o triterpeno isolado pode ser identificado como friedelan-3-ona (friedelina), descrito pela primeira vez em P. neochilus. Apoio: FAPEMIG, CNPq, PRPPG-UFVJM, UFMG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 328 ESTUDOS PARA VALIDAÇÃO DE UMA METODOLOGIA DE ANÁLISE PARA O CONTROLE DE QUALIDADE SIMULTÂNEO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO E CAFEÍNA EM FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS COM DETECÇÃO ELETROQUÍMICA Eric O. Faria, Wallans T. P. dos Santos Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA O ácido acetilsalicílico (AAS) é um analgésico antipirético e antiinflamatório amplamente empregado em formulações farmacêuticas para o alívio de dores de cabeça, febre, dor muscular e inflamação devido à artrite ou lesão. A cafeína (CF) é um alcalóide que potencializa o efeito analgésico e por isso está associada em diversas formulações com o AAS. Devido à importância no controle de qualidade de fármacos, o desenvolvimento de métodos eficientes de análise é de grande interesse, tanto na produção, quanto na fiscalização dessa drogas. A maioria dos métodos de análise desenvolvidos para determinação simultânea desses fármacos é baseada em sistemas cromatográficos com detecção no ultravioleta. No entanto, estes métodos são dispendiosos e de baixa frequência analítica quando comparados com os eletroanalíticos. Neste contexto, o presente trabalho apresenta uma metodologia simples, rápida e de baixo custo para determinar o AAS e CF simultaneamente por voltametria de pulso diferencial (VPD). Os estudos foram realizados utilizando uma célula eletroquímica de três eletrodos, tendo platina e Ag/AgCl como eletrodo auxiliar e referência respectivamente. Os eletrodos de trabalho utilizados foram de carbono vítreo, ouro e diamante dopado com boro (DDB) em 8.000 ppm. As melhores condições de seletividade e sensibilidade da detecção em função do eletrólito e do eletrodo de trabalho foram obtidas em meio de ácido sulfúrico sobre DDB. O comportamento eletroquímico dos fármacos nessas condições apresentou dois processos de oxidação, um para CF em aproximadamente 1,50 V e outro para o AAS em torno de 1,95 V. Os melhores parâmetros da VPD em função da seletividade e sensibilidade da técnica foram de 90 mV para amplitude de potencial e 30 mV para velocidade de varredura. As curvas de calibração para ambos os fármacos proporcionaram excelentes coeficientes de correlação linear e os estudos de adição e recuperação foram obtidos próximos de 100%. A precisão do método foi avaliada pela repetibilidade de uma serie de experimentos e os desvios padrões relativos foram inferiores aos permitidos para ambos os analitos. A interferência do sinal analítico de um composto no outro não foi significativa para ambos os casos, sendo limitada somente quando a AAS se encontrava cerca de 22 vezes superior a CF, porém as associações desses fármacos no mercado indicam uma proporção de aproximadamente de 17 (dezessete) vezes mais de AAS em relação à CF, ou seja, nessas condições o AAS não seria um interferete para análise de CF. Dessa forma, o método proposto pode ser utilizado como uma alternativa de baixo custo, simplicidade de aplicação e alta freqüência analítica no controle de qualidade desses fármacos, possibilitando a análise direta na amostra sem a necessidade de pré-tratamento. Os estudos de comparação dos resultados em relação ao método oficial estão sendo realizados para finalizar a validação do método. Apoio: FAPEMIG, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Thomás S. Rocha, Luiz E. Freire, Márcio C. Pereira 329 FOTOSSÍNTESE ARTIFICIAL: USO DE UM SISTEMA FOTOSSINTÉTICO INOVADOR PARA PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / CIÊNCIAS DOS MATERIAIS A clivagem fotocatalítica da água é um processo limpo, de baixo custo e ambientalmente favorável para a produção de energia solar em energia química, i.e. hidrogênio. Desde sua descoberta por Fujishima e Honda, mais de 150 novos fotocatalisadores incluindo TiO2, óxidos metálicos, sulfetos metálicos, oxisulfetos e oxinitretos foram sintetizados com esse propósito. Entretanto, a rápida recombinação entre elétron e buraco no semicondutor limita sua eficiência fotocatalítica para produção de H2. Neste trabalho, nós produzimos um material inovador baseado em -FeOOH nanoestruturado para uso como fotocatalisador em sistemas de produção de H2 a partir da água, usando luz solar, em um processo similar à fotossíntese realizada pelas plantas. Nanoestruturas de -FeOOH com 6 nm (tamanho médio de cristalito) foram sintetizados pelo método de co-precipitação. O material sintetizado foi caracterizado por difratometria de raios X, espectroscopia Mössbauer de 57Fe, reflectância difusa e área superficial BET. Estudos teóricos utilizando DFT foram realizados com o objetivo de entender a separação de cargas no semicondutor. Medidas de produção de hidrogênio usando luz solar foram monitoradas por medidas cronoamperométricas. Os resultados obtidos indicaram que o material sintetizado tem alta área superficial (420 m2 g-1), mesoporosidade entre as partículas e absorve luz solar em uma ampla faixa do espectro visível. Medidas de produção de H2 indicaram que a eficiência quântica do fotocatalisador sintetizado foi de 7,9%. Para efeitos de comparação, a eficiência do TiO2 para produção de H2 é de apenas 1,2%. Defeitos estruturais devido à presença de vacâncias catiônicas, identificadas por espectroscopia Mössbauer, têm um papel importantíssimo na inibição da rápida recombinação elétron/buraco no semicondutor, como confirmado por cálculos teóricos. A combinação de alta área superficial, band gap na região do visível, mesoporisidade entre as partículas e defeitos estruturais devido à presença de vacâncias catiônicas faz desse material um fotocatalisador promissor para a clivagem fotocatalítica da água usando luz solar. Apoio: CNPq e FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Arlete B. Reis, Vera S.V. Farias, Valdeane F. Martins, Jéssica R. Andrade, Raphael.S. Rocha. 330 IMPLANTAÇÃO DO LABORATÓRIO DE ENSINO DE FÍSICA (ÊNFASE MECÂNICA) NO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / FÍSICA Este trabalho tem como objetivo promover a implantação do Laboratório de Ensino de Física (ênfase: mecânica) com o uso do K. E. M. – Kit para Experiências de Mecânica no curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia, que por sua vez funcionará como elemento motivador, desenvolvendo nos alunos um maior interesse pelo aprendizado de Física. A implantação do laboratório permitirá a realização de aulas com caráter eminentemente experimental, sendo usados equipamentos adquiridos por esta Universidade, adequados às necessidades dos alunos, propiciando aos mesmos, maior visualização do conteúdo abordado nas aulas teóricas, preparando-os para o mercado de trabalho. A montagem dos equipamentos para a realização das experiências será realizada nas dependências do Laboratório de Ensino de Física do Instituto de Ciência e Tecnologia com capacidade para atender 30 alunos por aula distribuídos em 10 Kits. Cada kit possui capacidade para realizar vários experimentos, embora no primeiro momento a meta desse projeto é preparar 10 experiências por montagem, são elas: Medidas Físicas, Cinemática da Partícula, Equilíbrio da partícula, Estática dos corpos deformáveis, Líquidos, Dinâmica da partícula, Equilíbrio dos corpos, Dinâmica dos corpos rígidos. A análise de dados será utilizando o software LAB Fit( LAB Fit Curve Fitting software V 7.2.48) Ajuste em computadores que estará à disposição dos alunos durante a realização dos experimentos. Durante a execução do projeto serão cumpridas as seguintes etapas: familiarização com o material experimental, montagem e desmontagem dos kits experimentais, introdução ao estudo de tratamento de dados, planejamento e elaboração das apostilas. Apoio: CAPES, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Paulo C. R. Andrade, Jéssica R. Andrade, Alailson F. Antunis, Douglas M. Cruz, Valdeane F. Martins, Taís A. Reis 331 IMPLEMENTAÇÃO DE INTERVALOS DE CONFIANÇA COMO ALTERNATIVAS BAYESIANAS PARA COMPARAÇÕES MÚLTIPLAS Email: : [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA Na experimentação, o pesquisador utiliza a análise de variância para avaliar a significância dos efeitos dos tratamentos, deparando-se com o problema de comparar médias de diferentes níveis do fator. Para verificar diferenças entre médias de tratamentos são sugeridos vários procedimentos de comparações múltiplas: Tukey, Duncan, Student-Newman-Keuls (SNK), Scheffé e t de Student, entre outros. O grande problema desses testes é a ambiguidade dos resultados, dificultando a sua interpretação (Machado et al, 2005). Além disso, estes só são válidos em casos de homogeneidade de variância e sob normalidade. Uma alternativa é o uso de procedimentos bayesianos. Alternativas bayesianas para comparações múltiplas foram propostas por Andrade (2008), considerando os casos de homogeneidade e heterogeneidade de variâncias em modelos com distribuição normal, balanceados ou não. Este projeto tem por objetivo implementar duas das alternativas bayesianas propostas para comparações múltiplas, considerando os casos de homogeneidade e heterogeneidade de variâncias em modelos com distribuição normal, utilizando o R (R. Development Core Team, 2009), com base na distribuição t multivariada. Inicialmente foi gerada uma amostra de tamanho n da t multivariada. A amplitude padronizada foi usada para analisar tanto o caso de variâncias heterogêneas como homogêneas e finalmente tentativas na implementação do teste em questão. O projeto está sendo desenvolvido para permitir uma comparação entre os testes implementados e os já existentes. Apoio: CNPq, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 332 INFLUÊNCIA DO PRÉ-TRATAMENTO DO SUBSTRATO DE TECIDO DE CARBONO SOBRE A ELETROSSÍNTESE DE FILMES DE BETA-PBO2 NA CONFECÇÃO DE ELETRODOS PERMEÁVEIS A FLUIDOS Fabiano R. Costa, Leonardo M. da Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA Ozônio pode ser produzido eletroquimicamente em alta concentração na fase gasosa empregando-se reatores que promovem a eletrólise da água livre de eletrólito. Tais reatores são constituídos de um MEA (“Membrane Electrode Assembly”) formado por um eletrodo permeável a fluidos (EPF) prensado contra um eletrólito polimérico sólido (EPS). No MEA, a reação de formação de ozônio só ocorre nos sítios ativos correspondentes às regiões de triplo contato envolvendo o reagente, o material eletródico contido no EPF e o EPS. Por esse motivo, é imprescindível que o EPF apresente elevada porosidade para permitir o suprimento de reagente, a saída dos produtos gasosos (oxigênio e ozônio) formados durante a oxidação da água e possibilitar uma ampla distribuição dos sítios ativos interfaciais. Como a grande maioria dos EPF utiliza metais como substrato para suportar os filmes do material eletródico, a maximização da área superficial vem, geralmente, acompanhada da minimização da porosidade, além do fato da rigidez da sua forma restringir o contato EPF/EPS. No presente estudo, um EPF alternativo, formado por um filme de beta-PbO2 suportado em tecido de carbono (TC) é proposto, mas, devido à diversidade de materiais precursores utilizados nas sínteses das fibras de carbono e à ampla variedade de processos aplicados na produção e no pós-tratamento das fibras, buscou-se verificar a influência do pré-tratamento do TC na eletrossíntese dos filmes de óxido que devem ser aderentes, bem distribuídos e preferencialmente constituídos pela forma beta-PbO2. Foram avaliados três processos de prétratamento do TC: imersão em solventes orgânicos, polarização anódica e imersão em ácido nítrico concentrado. Os perfis voltamétricos na região capacitiva de cada substrato revelaram que o pré-tratamento com solventes orgânicos aumenta a área ativa superficial do TC devido promoverem a remoção de compostos isolantes adsorvidos, principalmente nas microrregiões das fibras. Além disso, essa forma de pré-tratamento do TC permite que a eletrodeposição dos filmes de óxido sobre o TC ocorra em menores potenciais, com formação preferencial da fase beta-PbO2, cuja caracterização estrutural foi obtida através da técnica de difração de raios-X. Micrografias obtidas com a microscopia eletrônica de varredura revelaram que os filmes de beta-PbO2 estão bem distribuídos sobre as fibras de carbono e são bastante rugosos/porosos. Constatou-se, portanto, que é possível produzir eletrodos tridimensionais porosos de elevada área superficial visando à produção de ozônio, substituindo os substratos metálicos pelo TC e que processos de pré-tratamento adequados possibilitam melhorias das propriedades superficiais do TC, sendo a limpeza com solventes orgânicos a técnica mais adequada sob o ponto de vista prático para a eletrossíntese dos filmes de beta-PbO2. Apoio: CAPES, FAPEMIG, FINEP, UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 André P. da Silva, Ana C. P. Borges, Hyngrid S. Pires, Isadora M. Brito, Liliane Ortlieb, Marcelo M. Britto, Carlos Ignácio 333 OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE TRIACETILGLICEROL ATRAVÉS DA ESTERIFICAÇÃO DO GLICEROL PARA USO COMO ADITIVO EM GASOLINA E BIODIESEL Email: carlos.igná[email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA A produção de biodiesel consiste na transesterificação de um óleo vegetal com um álcool, formando três moléculas de ésteres e liberando uma molécula de glicerina bruta. No Brasil as projeções mostram uma produção de cerca de 250 mil toneladas de glicerina a cada ano a partir de 2013, valores superiores ao consumo nacional atual. O problema é que o refino da glicerina é um processo caro, o que torna interessante o desenvolvimento de mecanismos de produção que a utilizem na sua forma bruta. Uma utilidade dessa glicerina é na produção do triacetilglicerol (TAG), que tem sido descrito como um aditivo para gasolina e biodiesel. Com este trabalho objetivou-se produzir e caracterizar o TAG a partir da esterificação do glicerol com ácido acético. O produto foi obtido em bons rendimentos e purificado por destilação simples, onde a amostra isolada com ponto de ebulição de 152ºC foi submetida para análises posteriores em Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de C13 e H1. Ao se analisar o número de sinais e os deslocamentos químicos dos mesmos nos espectros de RMN de H1 e C13 da amostra, pode-se afirmar que foi obtida uma mistura de compostos. Os sinais do espectro de RMN de H1 e dos sinais de integração a cada um deles associados, indica que houve formação preferencial dos compostos gliceróis mono-acetilado, tri-acetilado e isômeros do di-acetilado, com predominância do isômero onde a acetilação ocorreu nos carbonos um e três relativos à molécula de glicerina, devido ao impedimento estérico na hidroxila central. Contudo, pela intensidade de sinais no espectro de C13 e pelo valor dos sinais de integração, acredita-se que o TAG esteja em maior volume. Conclui-se que foi possível obter o produto esperado, mas o método de separação dos subprodutos não foi totalmente eficiente devido à alta proximidade dos pontos de ebulição dos compostos acetilados. Porém, para a completa certeza dos resultados seria necessário realizar outras análises mais minuciosas. Apoio: FAPEMIG, Departamento de Química da UFVJM e Departamento de Química da UFMG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ramon G. C. Silva, Ricardo S. Santos, A Rayane K. Langbhen, Hilton Túlio L Santos, 334 PERSPECTIVAS DO USO DE BIOMASSA RESIDUAL ORIUNDA DA CADEIA PRODUTIVA DO BIODIESEL PARA PRODUÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA A crescente preocupação mundial com o meio ambiente e os problemas sócio-econômicos relacionados aos combustíveis e derivados do petróleo colocou o biodiesel numa posição de destaque. Além disso, tem se discutido, os benefícios gerados pelo aproveitamento de biomassas residuais e o valor que estas agregam à cadeia produtiva do biodiesel ao serem utilizadas como matérias-primas para a geração de etanol. Neste contexto, o Brasil tem se mostrado promissor e com boas perspectivas. O presente trabalho tem por objetivo avaliar os potenciais, na geração de etanol, das tortas de macaúba (Acrocomia aculeata), corda-de-viola (Ipomoea triloba L.), caroço de algodão (Gossypium hirsutun L.), girassol (Helianthus annuus L.), mamona (Ricinus communis L.), jerivá (Syagrus romanzoffiana) e pinhão-manso (Jatropha curcas L.) a partir da análise de seus conteúdos celulósicos e hemicelulósicos. Os teores de fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), hemicelulose (HL), lignina (LG) e celulose (CL) foram determinados pela metodologia de Van Soest (1965) e os valores encontrados foram expressos em percentuais de base seca e desengordurada. Os resultados obtidos para a torta de girassol foram os seguintes: 16,5% HL, 21,6% CL, 9,9% LG, 29,5 % FDA e 44,1% FDN. Já para as tortas de macaúba, mamona e pinhão-manso os resultados foram, respectivamente, 11,7; 46,2; e 51,9% para FDA; 21,1; 52,2; e 62,7% para FDN; 0,38/ 5,7 e 6,8% para LG; 10,1; 12,6; e 17,5% para CL; 9,4; 6,1; e 10,8 % para HL. Com relação às tortas de corda-de-viola, Jerivá e algodão os valores encontrados, respectivamente, foram: 50,6; 19,9; e 45,3% de FDA, 69,6; 32,17; e 52,2% de FDN, 33,4; 11,1; e 33,3% de CL, 19,7; 9,2; e 15,9% de LG, 19,0; 12,2; e 7,56% de HL. Os dados demonstram que as tortas oriundas do algodão, da cordade-viola e do girassol apresentam percentagens mais expressivas de hemicelulose e celulose, quando comparada às demais, o que implica em um potencial teórico significativo para a produção de etanol de segunda geração. Com base em cálculos teóricos e projeções, estima-se respectivamente a produção de 260; 336 e 241 L de etanol para cada tonelada das tortas citadas. Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Alexandre A. Silva, Ramon G. C. Silva, Rayane K. Langbhen, Hilton Túlio L. Santos, Lílian Pantoja, Alexandre S. Santos 335 POTENCIAL DAS TORTAS DE ALGODÃO E RESÍDUO DE CERVEJARIA PARA PRODUÇÃO DE BIOETANOL Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA Na atualidade, não se pode desconsiderar a necessidade de desenvolvimento de tecnologias que suportem as demandas por energias renováveis. Uma das vias para a produção de energia renovável é a transformação de biomassas vegetais em combustíveis líquidos. Os resíduos agroindustriais são candidatos potenciais como insumos para essa nova indústria de energia. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a composição centesimal de torta de caroço de algodão e do resíduo sólido de cervejaria com a perspectiva de se produzir etanol de segunda geração. Foram avaliadas os valores percentuais de umidade (U), cinzas (C), extrato etéreo (ET), proteína bruta (PB), açucares solúveis totais (AST), amido (A), hemicelulose (HE), celulose (CE), lignina (LI), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA). Os resultados de caracterização do resíduo de cervejaria foram: 8,12% de U, 1,82% de C, 13,33% de ET, 10,36% de PB, 21,85% de AST, 13,28% de A, 23,31% de HE, 11,87% de CE, 2,25% de LI, 13,45% de FDA e 35,04 de FDN. Para a torta de algodão os resultados foram: 3,27% de U, 3,58% de C, 12,94% de ET, 19,31% de PB, 3,96% de AST, 2,18% de A, 6,33% de HE, 27,89% de CE, 13,39% de LI, 37,97% de FDA e 43,72% de FDN. Analisando as frações de hemicelulose e celulose no resíduo de cervejaria pode-se estimar uma produção potencial de 215 L de etanol/ tonelada do resíduo. Já a torta de algodão apresenta um potencial de 171 L de etanol/ toneladas de torta íntegra. O alto teor de proteína bruta presente nas duas tortas avaliadas sugere que estas podem ser utilizadas como suplemento alimentar de ruminantes. Contudo, análises mais sistemáticas devem ser realizadas com o intuito de se obter dados mais concretos quanto ao potencial bioenergético apresentando por estes subprodutos. Apoio: FAPEMIG, CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Pedro H. B. Borges & Anderson L. P. Porto 336 PRODUTOS TENSORIAIS DE G-MÓDULOS SOBRE O CORPO DOS NÚMEROS COMPLEXOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / MATEMÁTICA A teoria de representação é uma área da matemática ainda em desenvolvimento e com aplicações em vários campos das ciências como na física, química e computação. Nesse trabalho fizemos um estudo minucioso das teoria de grupo, teoria de representações lineares de grupos, teoria de carácteres e tópicos especiais de Álgebra de Linear, com ênfase final no estudo dos produtos tensoriais de dois G-módulos sobre o corpo dos números complexos, onde G é um grupo finito qualquer. Em especial, nós construímos o carácter de um produto tensorial de dois G-módulos e aplicamos os resultados no estudo dos carácteres irredutíveis de produtos diretos de dois grupos finitos. Apoio: CNPQ XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Jussara Vieira da Silva, Flávio S. Damos 337 PROPRIEDADES DO COMPÓSITO A BASE DE POLIANILINA E NANOTUBOS DE CARBONO COMO PLATAFORMA PARA APLICAÇÃO EM BIOSSENSORES Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA Atualmente os nanotubos de carbono (CNT) representam um importante grupo de nanomateriais com atrativas propriedades químicas, eletrônicas e mecânicas. Os nanotubos de carbono de paredes múltiplas (MWCNT) podem ser combinados com polímeros, de maneira a moldar as propriedades físicas desses compostos (nanotubo-polímero), aumentando sua condutividade elétrica, estabilidade química e resistência mecânica. Dentre as classes de polímeros condutores, a polianilina (PANI) é um dos mais estudados devido às suas características, incluindo simplicidade no processo de síntese, alta estabilidade e baixo custo. O presente trabalho apresenta a fabricação de novos materiais compósitos à base de polímeros condutores e nanoestruturas. Para tal, foi produzido um eletrodo modificado através da polimerização de polianilina (PANI) na presença de agrupamentos amina com MWNT funcionalizados. Neste sentido, a modificação prévia do MWCNT com O,O-bis (amino)poli(etilenoglicol) foi fundamental para o sucesso do processo de dopagem da polianilina com o nanotubo de carbono. Conforme observado, a combinação de nanotubos de carbono de paredes múltiplas com polianilina é possível de tal forma a produzir um material compósito orgânico-inorgânico cujas propriedades eletroquímicas são superiores às da polianilina. O eletrodo modificado com o composto exibiu uma redução na transferência de elétrons. Por fim, o eletrodo modificado com o compósito foi utilizado como suporte para imobilização de citocromo c. Os resultados mostraram que o eletrodo modificado com PANI, MWNT e Cyt c apresentam uma boa sensibilidade para a detecção de H2O2 e Dopamina. APOIO: CNPq, UFVJM Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Lúcio M. S. Fraga, Danielle P., Alexandre U.,Fernanda S.Paula Pedro Â. A. Abreu Soraya de C.Neves. 338 QUIMIOESTRATIGRAFIA DE C/O E ANÁLISE ISOTÓPICA DE SR NA DETERMINAÇÃO DE IDADE DE ROCHAS CARBONÁTICAS DA REGIÃO DE COUTO DE MAGALHÃES Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA Na região nordeste da Serra do Espinhaço entre o distrito de Inhaí e próximo a Tomé município de Couto de Magalhães de Minas ocorrem localizadamente camadas sedimentares de silitos com lentes de dolomitos e calcários laminados. As lentes dolomiticas contém registro de primitivos habitantes da terra,as algas formando colônias de estromatólitos colunares. O estudo detalhado do conjunto de rochas calcárias poderá esclarecer sobre as condições geológicas e paleoambientais de sua deposição.O objetivo deste trabalho é investigar, através de análises isotópicas 13C/12C e 18O/16O e 87Sr/86Sr, a posição estratigráfica destes calcários, se relacionados ao Mesoproterozóico como indicado pelos dados geoquímicos ou se Neoproterozóico como indicado pelos mapas geológicos do Projeto Espinhaço e outros autores, além de fornecer parâmetros químicos aplicáveis ao reconhecimento do ambiente deposicional. As amostras de rochas dolomíticas, coletadas em diferentes níveis estratigráficos, após devidamente identificadas, foram moídas e enviadas para laboratório especializado para realização de análise das razões isotópicas entre 13C/12C e 18O/16º. As análises foram realizadas no LABISE/UFPE, por meio de um espectrômetro de massa,ao qual foram acoplados vários acessórios que permitem determinação das razões isotópicas com alta resolução. Para determinação da razão isotópica de 13C/12C e 18O/16O foram necessários 300 microgramas de carbonato pulverizado. Para análise de 87Sr/86Sr , foram utilizadas 50 mg de amostra pulverizada, e enviadas para o LABISO/UFRGS, onde serão digeridas por ácido acético 0,5N. Após novamente ser atacada por ácido com HCl 2,5N, o Sr é separado em colunas orgânicas primárias grandes. A razão 87Sr/86Sr das amostras serão então determinadas por um espectrômetro de massa de ionização termal. Os calcários da Fazenda Tijucuçu, mostraram um enriquecimento de 16O em relação ao 18O, relacionado a um aquecimento do clima durante a deposição das camadas de carbonatos. Os resultados de carbono mostraram um enriquecimento em 13C, devido provavelmente a posição das camadas em local propício a acumulação de material carbonoso, ou seja, no final de uma planície costeira longe da atuação de correntes e ondas. Nota-se que em direção ao topo do perfil os valores de 13C aumentam .Os calcarenitos brancos mostram um 13C negativo assim como uma concentração maior de 18o em relação a base do perfil. As amostras de Sr foram enviadas e estamos aguardando resultados. As análises isotópicas de Sr permitirão relacionar geocronologicamente rochas carbonáticas e desta forma relacionar a idade da curva isotópica do C/O obtida com alguma parte da curva isotópica global do meso ou do neoproterozóico. Apoio: CNPq, UFVJM, CPMTC-IGC/UFMG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ana Beatriz F. Vitoreti, Flávio S. Damos, Rita de Cássia Luz 339 SENSOR ELETROQUÍMICO PARA HIDRAZINA EM BAIXOS POTENCIAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA A hidrazina, de fórmula molecular H4N2, é uma substância normalmente adicionada em águas de caldeira para remover o oxigênio dissolvido que por sua vez pode causar corrosão nas tubulações industriais. Ela também é é amplamente usada em muitos campos aplicativos, incluindo células combustíveis, explosivos e combustíveis de foguete [1]. Este composto é volátil e tóxico sendo facilmente absorvido por via oral, derme ou por inalação. Desta forma, efeitos adversos à saúde, tais como irritação da pele, olhos e trato respiratório, têm sido relatados em locais próximos a terrenos contendo resíduos de hidrazina e seus derivados [2]. Sendo assim, o desenvolvimento de um método simples e de baixo custo para a sua determinação é de extrema importância e, neste sentido, destacam-se os métodos eletoquímicos, pois apresentam como principais vantagens a simplicidade e alta sensibilidade. O maior problema relacionado à detecção eletroquímica de hidrazina é o alto sobrepotencial necessário para oxidação desta molécula sobre os mais variados materiais de eletrodo (0,8 V). Assim, um promissor método para minimizar o efeito de sobrevoltagem é o uso de processos eletrocatalíticos empregando eletrocatalisadores adequadamente imobilizados. Neste sentido, os nanotubos de carbono apresentam-se como interessante alternativa como suporte para imobilização de vários mediadores de transferência de elétrons, tais como as ftalocianinas permitindo que os processos redox do eletrocatalisador sejam melhor explorados mediante uma adequada dispersão e controle das moléculas do catalisador [3]. Assim, este trabalho apresenta o desenvolvimento de um sensor à base de ftalocianina de cobalto imobilizado sobre nanotubos de carbono para a detecção de hidrazina em baixos potenciais explorando as propriedades dos nanotubos de carbono com as propriedades da ftalocianina de cobalto. O desenvolvimento de um procedimento simples e de baixo custo para o monitoramento do teor de hidrazina em meio aquoso é de extrema importância uma vez que o contato direto com a hidrazina pode causar sérios danos à saúde humana. No presente trabalho as propriedades eletroquímicas e de sorção dos nanotubos de carbono (NTC) são exploradas juntamente com as propriedades eletrocatalíticas da ftalocianina de cobalto (CoPc) com o propósito de realizar a detecção de hidrazina usando baixos potenciais de oxidação mediante a combinação das propriedades destes dois sistemas. A oxidação eletrocatalítica de hidrazina foi conduzida usando um eletrodo de carbono vítreo modificado com nanotubos de carbono (NTC) e ftalocianina de cobalto (CoPc). Apoio: CNPQ e FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Juliana P. Tigre, Ricardo P. Scopel. 340 TEORIA DOS JOGOS: UMA FERRAMENTA PARA MUITOS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / MATEMÁTICA Na pesquisa, realizamos uma discussão acerca da Teoria dos Jogos - assunto que fora base para o estudo que concedeu aos pesquisadores John Forbes Nash, John Harsanyi e Reinhard Selten, o prêmio de Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel em 1994 - e sua importância como ferramenta para diversos ramos acadêmicos, em especial, a Economia. Em meio a essa pluralidade de opções, analisamos como a teoria dos jogos diferencia-se na Economia na medida em que procura encontrar estratégias racionais em situações em que o resultado depende não só da estratégia exclusiva de um agente e das condições de mercado, mas também das estratégias escolhidas por outros agentes que possivelmente têm estratégias diferentes ou objetivos comuns. Nesse sentido, este trabalho pretende entender em que consiste a teoria dos jogos analisando as maneiras pelas quais esta confere uma importante contribuição para os estudos econômicos. Para realizar tal objetivo, adotou-se a pesquisa bibliográfica fundamentada, em primeiro lugar, no levantamento de bibliografia relacionada ao tema. Em segundo lugar, procedeu-se a leitura e a análise de diversos textos, de modo especial, da obra The Theory of Games and Economic Behavior – livro publicado em 1944, pelo matemático John Von Neumann e pelo economista Oskar Morgenstern, que contém a teoria matemática dos jogos baseado na teoria dos jogos de estratégia. A partir de tais passos, podemos concluir que os resultados da teoria dos jogos tanto podem ser aplicados a aspectos significativos da vida em sociedade - como aos estudos econômicos, por exemplo- como a simples jogos de entretenimento – como fora feito em Dilema do prisioneiro, jogo que revela alguns aspectos sobre cooperação entre indivíduos e tonou-se popularizado pelo matemático Albert W. Tucker. Ressaltamos que o presente trabalho tem apenas um carater introdutório e ao considerarmos as implicações que cercam a teoria dos jogos, percebemos a complexidade do tema e, por conseguinte, a necessidade de se continuar a pesquisa em vista da discussão e aperfeiçoamento das conclusões obtidas até o presente momento. Apoio: UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Larisse M. dos Santos, Fábio S. de Souza 341 UM MODELO MATEMÁTICO PARA A INFLUENZA A – H1N1 Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / MATEMÁTICA Em muitos momentos da história, a população foi atingida com gripes que surgiram com força total e acabaram causando mortes em grande escala, tais gripes são normalmente classificadas como “pandemias” e podem provocar preocupações e danos enormes à sociedade, tendo como principal característica a sua alta propagação pelo mundo. Um exemplo disso foi o vírus H1N1, um vírus contagioso que acabou se espalhando bem rápido e facilmente de uma pessoa para outra durante o ano de 2009. Neste contexto, o presente trabalho visa colaborar na compreensão do vírus H1N1, fazendo um estudo do quadro epidemiológico da doença através de um modelo de equações diferenciais ordinárias; o modelo SIR, proposto por Kermack e McKendrick em 1927, que será utilizado como instrumento para possíveis resultados numéricos parciais de análise do vírus. Assim, tendo como embasamento alguns dados disponibilizados pela Organização mundial de saúde – OMS, a pesquisa procura analisar tais informações fazendo um cronograma de sua propagação. Posteriormente, pretende-se analisar numericamente os dados fornecidos pela OMS e assim chegar a uma conclusão de quando realmente temos uma pandemia, bem como o porquê de uma pandemia nunca ter exterminado toda uma população mundial. Sendo assim, a partir desse modelo e usando o Excel para traçar gráficos, foram feitas simulações do vírus considerando uma amostra menor, com o objetivo de uma possível análise do todo. Pretende-se ainda chegar a um resultado real analisando os dados fornecidos atualmente pela OMS em relação à população total. O trabalho está em andamento e ainda não foi atingida nenhuma conclusão específica quanto ao H1N1, embora se tenha feito uma simulação com números menores e por vezes os resultados eram realmente o que esperávamos matematicamente. Com a continuidade do trabalho, pretende-se encontrar resultados mais precisos e realmente fazer uma explanação do vírus que atingiu o mundo durante o ano de 2009. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Rafael A. da Silva, Flaviana T. Vieira, Douglas S. Monteiro 342 USO DE CARVÕES VEGETAIS NA PURIFICAÇÃO DE ÁLCALIS DA LIXÍVIA DE CINZAS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS EXATAS E DOS MATERIAIS / QUÍMICA A busca pelo total aproveitamento dos rejeitos da indústria sucroalcooleira e de beneficiamento de grãos propiciou mudanças na matriz energética do Brasil, uma vez que a queima de biomassa tem proporcionado uma fonte extra de geração de eletricidade. No entanto, pouco tem sido feito para o aproveitamento das cinzas geradas no processo (1). Neste contexto, uma alternativa para o aproveitamento deste resíduo pode ser feito através da obtenção da dicuada, um líquido viscoso, alcalino e de cor avermelhada que é produzido através da extração dos álcalis das cinzas oriundas da queima da biomassa vegetal (2). Este material vem sendo usado há séculos como fonte de álcalis na produção de sabão artesanal, e nos últimos anos tem sido substituído pelo hidróxido de sódio comercial por artesãos, com intuito de obtenção de produtos de coloração mais clara. O alto teor de íons carbonato propicia o caráter básico do material que também pode ser utilizado no preparo de vidros e detergentes. Neste trabalho propõe-se a obtenção e caracterização da dicuada oriunda de cinzas vegetais. Devido ao material possuir em sua composição íons Fe (III), possível responsável pela cor marrom-avermelhado intensa, avaliou-se a remoção de cátions utilizando carvão ativado. A dicuada foi extraída a partir de cinzas provenientes da madeira de eucalipto. Com intuito de avaliar o carvão como material removedor de cátions metálicos da dicuada, um volume de 5,0 mL do líquido foi colocado em contato com diferentes massas (0,5 a 3,0 g) por 3h e diferentes tipos de carvão (ativado comercial – FIMEPOR LTDA, vegetal, vegetal tradado com 1,5 M de HCl e vegetal tratado com 1,5 M NaOH ambos por 24 h). Em outra etapa, avaliou-se o efeito do tempo de contato da dicuada (1 a 6 horas) para uma massa fixa (0,5 g) dos diferentes tipos de carvão. Como resultado, obtivemos que o carvão ativado comercial apresentou melhor eficiência no processo de adsorção dos cátions, e dentre a faixa de tempo estudada, em apenas 1 hora de contato e massa de 0,5 g foi observado mudança significativa na coloração do material. Os demais carvões utilizados não mostraram a mesma eficiência sugerindo modificações na metodologia empregada para ativação. Dessa forma, o carvão ativado comercial mostrou-se uma boa matriz para o processo de purificação da dicuada. Outras análises qualitativas e quantitativas da composição química das amostras, bem como da área superficial dos carvões devem complementar o presente estudo. Referências Bibliográficas 1. Hoffmann, R.; Jahn, S. L.; Bavaresco, M.; Sartori, T. Aproveitamento da cinza produzida na combustão da casca de arroz: estado da arte. In: IX Congresso Brasileiro de Energia - IV Seminário Latino-Americano de Energia, 2002, Rio de Janeiro.. Soluções para a energia no Brasil - Anais, 2002. v. III. p. 1138-1143. 2. Portes, E. A. Diálogos sobre Ensino, Educação e Cultura. Editora E-Papers, 2006. Apoio: CNPq e UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 ADMINISTRAÇÃO ANTROPOLOGIA ARQUEOLOGIA ARTES CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CIÊNCIA POLÍTICA COMUNICAÇÃO DEMOGRAFIA DIREITO ECONOMIA ECONOMIA DOMÉSTICA EDUCAÇÃO FILOSOFIA GEOGRAFIA HUMANA E REGIONAL HISTÓRIA LETRAS LINGÜÍSTICA MUSEOLOGIA PSICOLOGIA SERVIÇO SOCIAL SOCIOLOGIA TEOLOGIA TURISMO XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 343 CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES 344 A CONTABILIDADE DE CUSTOS COMO FATOR DETERMINANTE NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA: UM ESTUDO DE CASO NA COOPERATIVA DE LATICÍNIOS DE TEÓFILO OTONI (CLTO), MG Sorele C. Veiga; Stéfani F. Silva Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO Para que as empresas permaneçam no mercado e alcancem seus objetivos, a globalização tem exigido que estas busquem permanentemente o aprimoramento de seus processos como forma de garantir a qualidade e o baixo custo dos seus produtos e/ou serviços. A informação neste tipo mercado é determinante para o sucesso empresarial. Em virtude disso, conhecer custos torna-se relevante quando da tomada de decisão e controle das operações. A contabilidade de custos é o ramo das Ciências Contábeis responsável pelo auxílio e controle das operações, sendo sua mais importante função, a de fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão. Ela permite também acompanhar o efetivamente ocorrido para a comparação com valores anteriormente definidos. Quanto à decisão, seu papel consiste no fornecimento de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre medidas de introdução ou corte de preços de venda, opção de compra ou produção, entre outros (MARTINS, 2008). Antes de definir suas políticas de produção e de vendas, é preciso determinar o método de custeio que melhor se adéqüe à organização assim como, proporcione aos gestores as informações necessárias à tomada de decisão. Um dos métodos mais adotados pelas organizações brasileiras é o Método de Custeio por Absorção, que objetiva a apropriação de todos os gastos decorrentes do processo de fabricação aos produtos, classificando estes custos (gastos com produção) em diretos e indiretos. Neste contexto, este trabalho objetiva-se em verificar se o sistema de custeio por Absorção atende às expectativas dos gestores da Cooperativa de Laticínios de Teófilo Otoni (CLTO) quanto às informações utilizadas na tomada de decisão para a formação de preço dos produtos. Tendo como objetivos específicos, mapear o Método de custeio por Absorção da referida cooperativa, verificar se as informações geradas pelo método de custeio atendem às necessidades dos gestores e verificar se as informações geradas pelo sistema de custos são utilizadas para precificação. A Cooperativa de Laticínios de Teófilo Otoni (CLTO) está localizada no eixo-sul do país, às margens da BR-116 (nordeste de Minas Gerais), contribuindo para o abastecimento do mercado lácteo, principalmente, das regiões nordeste e sudeste brasileiros. A pesquisa será exploratória e de natureza qualitativa. Será realizado um estudo de caso, pesquisa bibliográfica e pesquisa documental por meio de fontes primárias e secundárias. A coleta de dados será feita através de contato direto com os responsáveis pelo setor de custos da cooperativa para se obter informações e documentos sobre os custos da instituição. Posteriormente, será utilizada uma entrevista direcionada aos gestores com um roteiro previamente estabelecido, a fim de identificar quais informações geradas pelo método de custeio adotado pela cooperativa são utilizadas quando da tomada de decisão. Apoio: UFVJM, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Uilcleides Braga da Silva, Kenia Fabiana Cota Mendonça. 345 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DOS CUSTOS PARA O SETOR VAREJISTA DE VESTUÁRIOS: ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE TEÓFILO OTONI, MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO Mudanças significativas vêm ocorrendo ao longo dos anos no ambiente competitivo das empresas, como avanços na tecnologia da informação, as melhorias significativas na comunicação e transporte, a globalização das informações e dos mercados e as mudanças no sistema de produção, exigindo técnicas e controles de custos mais eficazes. Faz se necessário uma nova remodelagem para gestão de custos que busque sistemas mais compatíveis com a realidade empresarial, na tentativa de minimizar desperdícios e custos e maximizar qualidade. O trabalho objetivou verificar como é praticada a gestão de custos pelos administradores do comércio varejista do setor de vestuário de Teófilo Otoni, MG. Partido do objetivo geral, mais detalhadamente pretende-se: identificar os métodos de controle e avaliação dos estoques e os métodos de custeio utilizados; identificar como são utilizadas pelos gestores as informações geradas pela Contabilidade de Custos; e os impactos dessas informações nos resultados. O estudo trata-se de uma pesquisa exploratória, envolvendo pesquisa de campo no município de Teófilo Otoni/MG, onde foi feito levantamento de dados através de aplicação de questionários padronizados aos gestores do comércio varejista de vestuário, e em seguida tabulação e análise dos resultados com o auxílio do software SPSS® (Statistical Package for the Social Sciences). A interpretação dos resultados buscou uma construção interativa com o tema estudado. A população foi obtida junto à Junta Comercial de Minas Gerias e a amostra foi selecionada de forma aleatória. Com a análise dos dados, foi possível revelar que os gestores apresentam dificuldades quanto à gestão de seus custos, e grande maioria desconsideram gastos indiretos de comercialização. A maioria desses gestores apura os gastos da empresa e valorizam seus produtos com base no custo histórico e custo de reposição. No tocante aos critérios de avaliação estoques, pode se afirmar que os critérios mais utilizados foram: PEPS e Média Ponderada. Muitos dos que controlam seus estoques periodicamente fazem com freqüência anual, e ainda para atendimento do fisco. Os métodos de custeio utilizados pelos gestores do comércio varejista de vestuário de Teófilo Otoni são o Custeio por Absorção, Custeio Variável e o Custeio Pleno. Para esses gestores a informação de custos é muito importante para tomar decisões mais precisas, embora não é comum o recebimento de tais informações e orientações de seus contadores. Alegam ainda que a contabilidade é feita apenas para atendimento do fisco e não para fins gerenciais, mas que uma informação confiável em momento oportuno teria impactos positivos nos resultados e na precificação dos produtos, garantindo a continuidade do negócio. Apoio: FAPEMIG, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Gabriela Silva, Calebe O. Araújo, Milena P. Matos, Maria P. S. L. Costa 346 A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES NÃO-FORMAIS NO ENSINO DE CIÊNCIAS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO A educação é uma prática social presente em diferentes espaços e momentos da vida em sociedade, porém é a educação escolar que cumpre um importante papel nos processos formativos. Por isso, existe a necessidade de investigar a educação crítica para a conscientização e formação da autonomia dos estudantes, pensar e propor uma educação de qualidade que se faça crítica. Esta intervenção consiste no desenvolvimento de atividades que proporcionam a aprendizagem de conteúdos formais em espaços não-formais, sendo direcionada com objetivos bem definidos por acadêmicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, durante a disciplina de Laboratório de Ensino II, visando otimizar o processo de ensino-aprendizagem de estudantes de quatro turmas do 7º ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual de Diamantina/MG, acerca do tema “Qualidade da Água, Qualidade da Vida”, proposto no Currículo Básico Comum (CBC), numa abordagem multidisciplinar. Foram realizadas quatro atividades: apresentação de um vídeo educativo sobre a preservação dos recursos naturais e meio ambiente; palestra sobre a hidrografia de Diamantina/MG, análise da conta de água com enfoque nos diferentes tipos de cobrança, metros cúbicos de água consumidos ao mês/dia e uso consciente da água; visita à Estação de Tratamento de Água (ETA), com o objetivo de propiciar uma participação efetiva e postura ativa e crítica dos estudantes sobre as etapas de tratamento da água consumida pela população. Essas atividades foram idealizadas e organizadas pelos universitários contando com a participação dos professores de geografia e matemática das turmas de 7º ano, além de funcionários da ETA e outros colaboradores. Para verificar se houve contribuição efetiva dessas atividades para o aprendizado dos estudantes, acerca do tema, foram aplicados dois questionários, um anteriormente e outro após a intervenção. Após análise destes questionários observou-se que, em geral, as atividades nãoformais propiciaram um aumento de 57% para 85% no conhecimento dos alunos a respeito do tema; sendo a diferença mais perceptível nas turmas três e quatro, que são compostas pelos alunos considerados de baixo rendimento escolar. Foi observado grande interesse e motivação dos estudantes durante a realização das atividades, o que possibilitou a construção, pelos mesmos, de conhecimentos relativos a importância de se preservar os recursos naturais e o meio ambiente, e o impacto dessa preservação na qualidade de vida, sendo que esta conscientização contribui não só com o desempenho escolar destes alunos, mas também com a formação dos mesmos quanto cidadãos. Contudo, este trabalho vem reforçar a importância de aulas não-formais para estudantes do ensino básico, onde, a questão metodológica, a abordagem dos temas e conteúdos científicos apresentados por meio de diferentes recursos e estratégias dinâmicas pode contribuir com o aprendizado efetivo. Apoio: PROEXC UFVJM DCBIO XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Marisa Helena A. Souza, Kelly Cristine B. Cruz, Cristina S. Caetano 347 A INFLUÊNCIA DA RE-CONFIGURAÇÃO FAMILIAR NA MANIFESTAÇÃO DA NEGLIGÊNCIA DOS PAIS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / SOCIOLOGIA No século XIX consolida-se o conceito de infância como uma fase específica da vida, definindo a criança como ser em processo de desenvolvimento, e por isso objeto de cuidados dos adultos. Na família, esses cuidados são inicialmente percebidos como função materna. Paralelamente, como conseqüência do processo de modernização das sociedades ocidentais, as mulheres lutam por direitos iguais aos homens e por liberdade de escolha. Progressivamente, as lutas femininas alteram os limites entre o mundo público (masculino), e privado (feminino), e por isso as funções exercidas no contexto familiar sofrem alterações, surgindo daí novas composições familiares. O objetivo da pesquisa é discutir como as mudanças na estrutura familiar colaboram para a visibilidade da violência doméstica contra crianças e adolescentes, e para a sua manifestação, em especial, através da Negligência. No Brasil, esta visibilidade relaciona-se com transformações ocorridas especialmente a partir da década de 1980. Neste contexto, que coincide com o fim da ditadura militar, amplia-se a luta das mulheres por direitos iguais aos dos homens. Com o fim do regime ditatorial o país cria novas leis, e em 1990 aprova o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que protege estes sujeitos sociais de qualquer violência, incluindo a praticada pelos pais. A igualdade de direitos entre os gêneros, a inserção da mulher no mercado de trabalho, a promulgação do ECA e a recente percepção em relação à violação de direitos de crianças e adolescentes são partes de um mesmo processo histórico-social. Em estudo preliminar de 290 casos de violação de direitos de crianças e adolescentes registrados no Conselho Tutelar de Governador Valadares, observa-se que 74% dos casos inserem-se na categoria intrafamiliar e que 47% destes correspondem à Negligência. Isso em um contexto de predomínio de famílias monoparentais femininas. Disso infere-se que com o fim da imposição dos limites de gênero entre o mundo público e privado, os papeis familiares ficaram confusos. Isso gera prejuízo à criança e adolescente, que estão em processo de desenvolvimento. O movimento feminista e a criação do ECA são fatos relativamente novos, se comparados com o tempo de predomínio do modelo familiar patriarcal. Portanto, é possível concluir que a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes, e especialmente a Negligência, inserem-se no processo de readaptação familiar aos novos valores sociais. Apoio: FAPEMIG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Fernanda L. C. Moreira 348 A PROPAGANDA ANTICOMUNISTA DO INSTITUTO DE PESQUISA E ESTUDOS SOCIAIS (IPÊS) NO ADVENTO DO GOLPE DE 1964 Email: e-mail: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / SOCIOLOGIA Durante o governo de João Goulart (1961-1964), uma forte articulação política contra os comunistas foi exercida por setores conservadores da sociedade brasileira. Dentre eles, o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES), era constituído por um grupo de profissionais que associavam em suas produções publicitárias anticomunistas, o caráter social ao cívico e em seus dez anos de existência fez do IPES um importante instrumento de educação política contra o comunismo. Durante os anos de 1962 a 1964 a produção maciça de filmes, panfletos, cartilhas, livros, programas de rádio entre várias formas de produções propagandísticas foram lançadas pelo IPES, e seu principal objetivo era alcançar inúmeros públicos e alertá-los sobre os perigos do “domínio vermelho’ em território brasileiro. A pesquisa analisa principalmente as obras cinematográficas do IPES, que produziu 14 filmes com a direção de Jean Manzon, com temas que iam da situação socioeconômica nacional até demonização de “ideologias alienígenas”. Tais produções tinham repercussão em diversos setores da vida social, sobretudo, nas camadas mais baixas e menos alfabetizadas da população. A forma de análise desses filmes passa pelo estudo dos roteiros, montagem, trilhas sonoras, etc. e o impacto de novas linguagens cinematográficas no público brasileiro. Noutro momento da pesquisa, analisamos as dimensões da campanha anticomunista, que adquiriu um grau mais acentuado durante o governo de Jango, não só pelo IPES mais também por órgãos civis como o CAMDE – Campanha da Mulher pela Democracia (que teve grande participação no golpe) e o IBAD – Instituto Brasileiro de Ação Democrática (que teve sua maior atuação entre os anos de 1961 a 1962). Ao fim dos estudos, podemos parcialmente concluir que a “luta contra os vermelhos”, apresentada pelas produções ipesianas, eram fachadas para a articulação da queda do presidente Goulart e que, em especial tais organizações de caráter social e cívico eram, na verdade, projetos de “governo paralelo” que apoiaram a golpe militar em março de 1964. Apoio: FAPEMIG. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Felipe C. Amador, Danielle Piuzana, Marcelino Morais, Marcelo Fagundes, Márcio Lima, Bernardo Gontijo 349 A UTILIZAÇÃO DA CARTOGRAFIA NA ARQUEOLOGIA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / GEOGRAFIA HUMANA E REGIONAL A Cartografia utilizada tradicionalmente em investigações arqueológicas, seja para prospecção ou caracterização das áreas de escavação, tem como suporte ambientes cartográficos analógicos e digitais. O uso da Cartografia nas atividades arqueológicas torna-se quase obrigatória por auxiliar e definir estratégias das atividades de campo, caracterização geoespacial de regiões estudadas, cadastro e espacialização de sítios descobertos bem como os artefatos líticos e cerâmicos encontrados. A utilização da Cartografia necessita de uma definição de observação espacial, ou seja, a escolha de uma escala de trabalho. Assim, os elementos presentes nas atividades e nos diversos ambientes arqueológicos deverão ser representados e espacializados respeitando sempre a precisão gráfica, ou seja, a menor grandeza medida no terreno, capaz de ser representada em determinada escala. Nessa realidade a cartografia de áreas menores como os abrigos arqueológicos receberão o detalhamento de uma cartografia de traço do tipo planta, já complexos arqueológicos que abrangem grandes áreas terão suas informações cartografadas em mapas. Hodiernamente documentos e instrumentos utilizados nas atividades da cartografia tornaram-se mais acessíveis em decorrência do desenvolvimento de equipamentos como os GPS´s e ao avanço tecnológico dos ambientes virtuais, assim bases cartográficas, imagens de satélite e alguns softwares podem ser consultados e utilizados de forma livre, tornando o uso da cartografia mais presente em diversas atividades de pesquisa. A cartografia digital por meio do SIG (Sistema de Informação Geográfica) auxilia na construção de bancos de dados que podem gerar o cruzamento de diversas informações tendo como resultado a produção de diversos documentos cartográficos que auxiliarão na interpretação das informações levantadas, bem como, na tomada de possíveis decisões principalmente aquelas ligadas à proteção e preservação de sítios arqueológicos. Já a cartografia tradicional aguça o olhar do pesquisador sobre os diversos aspectos naturais da região estudada. O objetivo do presente trabalho é analisar a potencialidade do uso desses dois ambientes cartográficos nas investigações arqueológicas do Laboratório de Arqueologia e Estudo da Paisagem da UFVJM contribuindo assim na formação de pesquisadores e profissionais capazes de gerar croquis, plantas e mapas com as devidas espacializações e sínteses das informações coletadas em campo além de interpretações mais eficientes e precisas, contribuindo amplamente na compreensão do contexto social e cultural de sítios arqueológicos. Apoio: Laboratório de Arqueologia e Estudos da Paisagem - GIPE (Grupo Integrado de Pesquisas do Espinhaço). XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Janderson Rubens Tameirão,Orientador: Profº Marcelo Fagundes 350 A VARIABILIDADE DA INDÚSTRIA LÍTICA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO MENDES II, BACIA DO PARDO PEQUENO, DIAMANTINA, MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA Este trabalho tem como objetivo apresentar os estudos sobre variabilidade da indústria lítica do sítio arqueológico Mendes II, ou seja, nossa intenção é discutir como grupos pré-históricos que viveram na área entre 10 mil e 1,2 mil anos A.P., utilizaram rochas e minerais para a produção de diferentes ferramentas e como esse estudo coopera para a compreensão do modo de vida e cultura no passado. O sítio arqueológico denominado de Mendes II é um abrigo em rocha quartzítica e se destaca dentre os demais da região pela grande quantidade e também variabilidade de sua cultura material lítica (utensílios produzidos em rochas ou minerais), justificando, assim, os estudos aqui realizados, uma vez que essas ferramentas constituem partes importantes da formação do registro arqueológico, possibilitando que o arqueólogo faça inferências sobre as técnicas e escolhas utilizadas na elaboração e produção artefatual e, assim, inferir como se dava a organização social destes grupos pré-históricos. Além da quantidade imensa de ferramentas líticas, o Mendes II se destaca por ter sido a área de captação de matéria-prima (site catchment) e pela presença de registros rupestres. Outra característica do sítio que deve ser apresentada é seu uso em longa duração, tanto em tempos pré-históricos quanto históricos, sendo até hoje utilizado como acampamento temporário de garimpeiros e coletores de sempre-vivas. Para o estudo das indústrias líticas, utilizamos como metodologia o conceito etnográfico de cadeias operatórias que, em poucas palavras, pode ser definido como o estudo sistemático e diacrônico de todas as etapas de produção de uma dada ferramenta: da concepção mental do que é necessário para as necessidades de um grupo, da captação matéria-prima, dos gestos técnicos que deram origem a forma e design da ferramenta, seu uso social, reutilização/ reciclagem, até os processos de descarte ou perda. Assim, a metodologia utilizada focou no instrumento de pedra para observação, descrição e análise dos processos técnicos envolvidos. Dentro desta perspectiva foi possível observar uma grande quantidade instrumentos produzidos em quartzito proveniente do próprio afloramento rochoso ao qual o sítio está inserido. Alguns desses artefatos foram classificados como instrumentos de expedientes ou expeditos (instrumentos produzidos para uso local e de utilização rápida), além da ocorrência de alguns instrumentos de curadoria (instrumentos produzidos e pensados para uso futuro) como raspadores plano-convexos. Dessa forma, o conteúdo do sítio Mendes II demostrou ser de suma importância para compreensão da tecnologia empregada na produção de ferramentas líticas, sendo suas informações fundamentais para um quadro mais assertivo da pré-histórica regional e mineira. Apoio: LAEP XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Carla G. Silva, Maria Gabriela P. Bicalho, Maria Celeste R. F. de Souza, Cristiane M. Netto 351 ABORDAGENS SOBRE AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR PRESENCIAL Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO Temos assistido na contemporaneidade a incorporação cada vez maior das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), principalmente as digitais, aos nossos modos de vida que encontram-se cada vez mais “dependentes” dessas ferramentas. O campo da Educação não fica alheio a essa incorporação como mostram os estudos de Belloni (1999); Levy(1998); Vigneron(1986); Picanço (2008). Este trabalho apresenta uma pesquisa bibliográfica relativa à abordagem sobre a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no ensino superior presencial. Constitui uma das etapas de uma pesquisa que discute a relação com o saber de estudantes do ensino superior, mediadas pelas TICs. Foi realizado um mapeamento das referências encontradas na base de dados SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e em todos os Grupos de Trabalho (GTs) da ANPEd (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação), entre os anos de 2000 a 2010, adotando como critério de busca os termos “educação” e “tecnologia”. Foram encontradas cento e dezenove (119) referências, das quais vinte e duas (22) referem- se ao ensino superior presencial. Essas, depois de analisadas, foram divididas em três grupos: experiências com as TICS no ensino superior, as relações dos estudantes com as TICs e a formação profissional mediada pelas TICs. Sete trabalhos se inserem na primeira temática, seis mencionam a segunda e nove foram classificados na ultima temática citada. Verificou-se que, nos trabalhos analisados, as tecnologias são apresentadas como um meio “salvador” do processo educativo, e as razões que justificam a inserção das TICs nos processos de ensino-aprendizagem no ensino superior encontram-se mais frequentemente atreladas aos aspectos instrumentais. Na maioria dos estudos, os alunos são apresentados como “nativos digitais” e professores como “estrangeiros digitais”. Apoio: PIBIC/UNIVALE XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ana Caroline D. Silva, André R. S. Garraffoni 352 ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE DIAMANTINA (MG) A RESPEITO DO RIO GRANDE: DADOS PRELIMINARES Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO Os recursos naturais existentes atualmente vêem sofrendo grandes impactos ambientais decorrentes das atividades humanas. Uma das áreas ambientais que está vivenciando tais consequências é a dos recursos hídricos. A degradação da qualidade das águas e dos rios ocorre devido à introdução exagerada de poluentes que excedem a capacidade de ciclagem da matéria orgânica realizada pelos microorganismos presentes na água, resultando assim na morte dos mesmos. Diante deste problema, o presente estudo teve como objetivo analisar e entender a percepção ambiental de alunos de duas escolas públicas da cidade de Diamantina, MG, (Escola Estadual Professora Ayna Tôrres e Escola Estadual Professor Gabriel Mandacaru) a respeito do Rio Grande. Essas duas escolas foram escolhidas por critérios de localização geográfica, uma vez que a primeira encontra-se afastada do curso do rio e a segunda está inserida adjacente ao corpo d’água, além de existirem diferenças socioeconômicas entre ambas. Foram aplicados questionários, que continham 25 questões de múltiplas escolhas e abertas, em quatro turmas de 2° anos do Ensino Médio, sendo duas turmas em cada escola. Foram selecionados aleatoriamente 42 questionários de cada escola, para ser realizada uma análise dos dados. Foi possível observar que os alunos de ambas as escolas, ou seja, independente da distância destas com o rio e das diferenças socioeconômicas, não possuem conhecimento a respeito das leis que protegem as águas e também da geografia do rio (nascente e percurso), mas reconhecem a situação degradada em que o rio encontra-se. Além disso, percebeu-se ao longo do estudo que o tema é pouco abordado nas escolas do nível fundamental e médio de Diamantina, o que acarreta na baixa percepção ambiental dos alunos, levando-os a crer que não há mudanças efetivas a serem feitas pela Prefeitura Municipal em prol da recuperação do rio, e, portanto, não exercendo seus direitos e deveres de cidadãos. Apoio: PIBID, UFVJM. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Ubiratan Pires, Mirian L. A. F. Pacheco e Marcelo Fagundes 353 ANÁLISE TAFONÔMICA DOS RESTOS DE VERTEBRADOS HOLOCÊNICOS RESGATADOS NO SÍTIO ARQUEOLÓGICO SERRA DOS ÍNDIOS, DIAMANTINA, MINAS GERAIS Email: [email protected]: [email protected]; [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA A Zooarqueologia tem por objetivo estudar as relações que as sociedades humanas estabeleceram com a fauna no passado. Deste modo, os restos esqueletais de vertebrados resgatados em registros holocênicos podem apresentar assinaturas atribuídas ao ser humano, enquanto agente tafonômico. Não raro, são evidenciadas marcas de descarne, desarticulação e preparo nas partes anatômicas de animais que constituíram itens da caça e da alimentação humanas. Todavia, em alguns casos, restos faunísticos podem representar um viés intrusivo no registro (e.g. remanescentes de pellets de corujas) e não constituem, portanto, vestígios de atividades humanas. Neste contexto, uma vez que auxilia na discriminação entre contextos zooculturais e pós-deposicionais, a Tafonomia tem se revelado imprescindível na interpretação do registro zooarqueológico. Diante do exposto, esse trabalho teve por objetivo discriminar, entre zooculturais e pós-deposicionais, os componentes esqueletais resgatados no abrigo Serra dos Índios, distrito de Planalto de Minas, Diamantina, MG. Para tanto, os restos faunísticos foram identificados e analisados sob estereomicroscópio para verificação de assinaturas tafonômicas, tais como, marcas de uso, de corte e fragmentação, abrasão, corrosão, ação do fogo e da água, marcas de polimento biológico, bem como de outros agentes naturais e/ou humanos sobre os restos orgânicos, inerentes à zona tafonomicamente ativa. A partes anatômicas, apresentavam marcas de corrosão e polimento recentes e, não raro, encontravam-se articuladas e/ou com preservação de tecidos moles. Assim, os restos faunísticos identificados não constituíram táxons relatados como componentes da dieta de populações humanas que ocuparam abrigos em contextos pré-históricos (e.g. equimídeos, microroedores e micromarsupiais). Deste modo, foi possível concluir que, os restos faunísticos até agora resgatados no sítio Serra dos Índios, constituem um viés zooarqueológico de caráter pós-deposicional. Apoio: CNPq XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 ILZIANE C. MARTINS, FERNANDA C. A. TAMEIRÃO, LUISA IZUMI, ROSICLEY J. OLIVEIRA, SILVÉRIO K. JÚNIOR, TATIELLY R. ROCHA, MARCELO FAGUNDES 354 ANÁLISE TECNOLÓGICA DA CERÂMICA ARQUEOLÓGICA DOS SÍTIOS, SÃO GONÇALO DO ABAETÉ, MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA O estudo da tecnologia cerâmica pré-histórica tem sido uma das maiores preocupações da arqueologia brasileira, uma vez que por meio dela podemos inferir acerca de características caras de como grupos pré-históricos viviam, suas dietas, suas relações simbólicas (vida e morte), enfim o modo de vida e cultura de diferentes grupos, ágrafos e extintos. Partindo desse princípio, nosso trabalho tem como objetivo realizar a análise dos atributos tecnológicos de dois conjuntos cerâmicos provenientes dos sítios Canos o8 e Canoas 09, ambos na bacia do São Francisco, município de São Gonçalo do Abaeté, Minas Gerais. O conjunto cerâmico desses sítios está representados por 1235 fragmentos divididos entre bordas, fragmentos de parede e bases, além disso, foi possível evidenciar uma rodela de fuso, artefato que indica que o grupo (ou grupos), conheciam a técnica de tecelagem. Como metodologia de análise foram feitas várias leituras sobre o assunto, seguido da limpeza e tombamento do material. Com a curadoria do material realizada, partimos para classificação tipológica (separação do material em bordas, paredes, bojos e bases) e análise dos atributos principais: espessura da parede, tipo e borda e lábio, tipo de pasta, inferência sobre técnicas de produção e queima, etc. Como esses resultados esperamos estabelecer um perfil técnico para a cerâmica, ou seja, um quadro geral de seus principais atributos tecnológicos e, dessa forma, contribuir para a compreensão de modo de vida e cultura dos grupos pré-históricos que ocuparam o vale do São Francisco Mineiro. Apoio: Laboratório de Arqueologia e Estudos da Paisagem XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Liliam Fernandes 355 ARTESÃS DE MENDANHA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / SOCIOLOGIA ARTESÃS DE MENDANHA Liliam Fenandes e-mail: [email protected] Área de Conhecimento/Sub‐Área: Ciências sócias,Humanas,Letras e Artes/ Sociologia Mendanha , possui toda uma tradição garimpeira, mas atualmente não se pode mais garimpar, uma alternativa foi o artesanato como é influente no Vale do Jequitinhonha,cada região com suas peculiaridades e características próprias. Em Mendanha , não seria diferente, com o embargo total das lavras do garimpo em 1995, a população local ficou desempregada, procurando meios para sobreviver o êxodo de jovens , e de famílias ocorreram muito nesta época. As mulheres para passarem seu tempo e ganhar algum dinheiro , ingressaram no artesanato, a maioria eram meninas e moças que aprenderiam o oficio, o dinheiro não era muito mas dava para comprar algo para comer.A atividade artesanal constitui importante fonte complementar de renda para população o bordado em ponto cruz que era ensinado por D.Dalva, há 22 anos atrás , atualmente quem ensina é sua filha Verônica, a equipe denominada de “Mãos que fazem arte” trabalham sob encomenda, esse dinheiro é dividido para comprar material e pagar quem fez o bordado. O artesanato em ponto cruz em Mendanha não é uma fonte de renda estável depende do fluxo de vendas, como qualquer negocio, mas hoje em dia ele auxilia as famílias da comunidade não todas, pois depende da força de vontade de aprender o oficio do bordado de cada um e são poucas as meninas e moças que gostam. Durante muito tempo, a idéia de uma identidade cultural não era devidamente problematizada no campo das ciências humanas. Com o desenvolvimento das sociedades modernas, muitos teóricos tiveram grande preocupação em apontar o enorme “perigo” que o avanço das transformações tecnológicas, econômicas e políticas poderiam oferecer a determinados grupos sociais. Nesse âmbito, principalmente os folcloristas, defendiam a preservação de certas práticas e tradições. Por outro lado, algumas recentes teorias culturais desenvolvidas no campo das Ciências Humanas desempenharam o papel inovador de questionar o próprio conceito de identidade cultural. De acordo com essa nova corrente, muito em voga com o desenvolvimento da globalização, a identidade cultural não pode ser vista como sendo um conjunto de valores fixos e imutáveis que definem o indivíduo e a coletividade a qual ele faz parte. . APOIO: UFVJM. Apoio: UFVJM, Rodrigo Czajka XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Iete Xavier M. Lyra, Rafael de L. Moreira 356 AS IMPLICAÇÕES DO ALISAMENTO DE RESULTADOS NAS EMPRESAS BRASILEIRAS LISTADAS NOS SEGMENTOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DA BOVESPA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO O Alisamento de Resultados Contábeis tem sido amplamente discutido e estudado em meio acadêmico e profissional, principalmente devido à insegurança provocada por escândalos financeiros no mercado de capitais com a falência repentina de companhias aparentemente lucrativas como Enron e Worldcom, provocando prejuízos bilionários para milhares de investidores ao redor do mundo. O fenômeno pode ser entendido como um tratamento dado pelos gestores às demonstrações contábeis a fim de diminuir flutuações no lucro, divulgando informações contábeis distorcidas aos usuários externos. Daí a tomada de decisão é ineficiente e pode trazer prejuízos aos stakeholders. A pesquisa objetivou analisar as implicações do alisamento de resultados nas empresas listadas nos segmentos de governança corporativa da Bovespa – tendo como amostra 90 companhias nos quatro níveis. Para tanto averiguou-se nas empresas a existência de alisamento de resultados em suas demonstrações contábeis, aplicando-se uma métrica de alisamento de resultados apoiada em um modelo por análise de coeficientes de variação do lucro e das vendas proposta por Eckel (1981), onde foi analisado o comportamento das oscilações nos lucros e vendas das companhias. Por meio do estudo foi possível observar a real existência de alisamento de resultados nos níveis de governança corporativa da Bovespa. Observa-se que mesmo nas empresas que fazem parte dos níveis de governança, onde se idealiza uma possível diminuição da assimetria de informações entre os usuários das informações financeiras, há a prática do alisamento de resultados contábeis. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Iesser S. Kumaira, Oscar Neto de A. Bispo, Antônio C. Guedes Zappalá, José W. P. V. Silva 357 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO EM COOPERATIVAS DE CRÉDITO DE TEÓFILO OTONI/MG: ANÁLISES PELO ECONOMIC VALUE ADDED (EVA) Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO Visando a busca de uma ferramenta de avaliação de desempenho baseada na criação de valor econômico, esse estudo objetivou demonstrar se as cooperativas de crédito sediadas em Teófilo Otoni/MG, estão criando valor aos seus associados. A metodologia de pesquisa baseouse no cálculo do índice Economic Value Added (EVA®), o qual representa o lucro residual, após remuneração do custo do capital próprio e de terceiros. A pesquisa foi realizada utilizando-se uma série de tempo em quatro anos (2006, 2007, 2008 e 2009). Os dados foram coletados por meio de entrevistas com perguntas informais e, dados obtidos nas publicações obrigatórias junto ao Banco Central do Brasil. O resultado atendeu de maneira significativa aos objetivos propostos, visto que demonstrou ser possível a aplicação conceitual do índice EVA® nesse segmento financeiro bem como da sua importância para a tomada de decisões por parte dos órgãos estatutários das cooperativas de crédito em geral. Constatou-se que, as cooperativas de crédito, em sua maioria absoluta, não utilizam de ferramentas de mensuração de agregação de valor ao capital dos seus associados. Em média, somente a cooperativa DeltaCredi adicionou valor ao seu capital investido em 1,06%, já que os resultados médios do EVA® das outras cooperativas analisadas foram 1,52% e 1,03% negativos, respectivamente para a BetaCredi e ZetaCredi. Sabe-se que as políticas econômicas do governo influenciam decisivamente no Custo Médio Ponderado de Capitais – CMPC – das instituições financeiras, o que impacta diretamente na apuração do EVA®. Como as taxas CDI e Selic foram parametrizadas como determinantes do custo de capital de terceiros e custo do capital próprio, no ano de 2008, talvez devido à crise financeira mundial, o governo aumentou essas taxas em 34% e 22% respectivamente, o que fez com que o CMPC desse ano fosse impactado positivamente, elevando seus valores em relação ao ano de 2007. Foi verificado que, em todas as cooperativas estudadas, quando se estabelece uma correlação entre o índice EVA® e as operações de crédito há uma tendência que elas adquiram posições opostas, ou seja, com a variação do índice para baixo há uma tendência de que as operações de crédito estejam sendo maiores. Verifica-se que, há correlação negativa forte para todas as cooperativas, entendendose que o volume bruto de operações de crédito não é o fator importante para ganho econômico e sim que a variável estabelecida pelo índice das receitas operacionais sobre essas operações de crédito são as que surtem efeitos economicamente positivos, pois sua correlação com o EVA® adquirem tendências opostas. Pelo exposto, apurou-se que, se medidas administrativas e gerenciais forem tomadas as cooperativas de crédito que atuam no mercado financeiro de Teófilo Otoni/MG são capazes de criar valor econômico adotando como medida o EVA®. Apoio: XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Tatiane M. de Assis,Cosme D. Barbosa, Fabrício F. Neves, Maria P. S. Lima Costa 358 BULLYING: O DESAFIO DA ESCOLA NA ATUALIDADE Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO A escola, como instituição educadora, vem sentindo os reflexos de uma geração infanto-juvenil que está crescendo influenciada por imagens de comportamento violento, agressivo, criminoso e instável do mundo atual. O fazer docente na contemporaneidade exige olhar atento para as demandas da sociedade. Nesse sentido, é impar a efetivação de atividades alicerçadas em vivências cidadãs, de respeito às regras de convivência e à resolução pacífica dos conflitos. O bullying constitui-se em uma subcategoria bem delimitada de agressão ou comportamento agressivo, caracterizado pela repetitividade e assimetria de forças, com a intenção de causar dano físico ou moral, seja por abuso físico, agressões verbais ou exclusão social. Os ataques podem ocorrer também por vias eletrônicas, esse tipo de bullying tem sido referido como bullying eletrônico ou cyberbullyin.Objetivou-se com esse trabalho diagnosticar a existência de bullying no âmbito escolar, identificando as potenciais vítimas e agressores, além de trabalhar na conscientização dos alunos. Para a coleta de dados foi elaborado um questionário diagnóstico com cunho qualitativo/quantitativo composto por 6 questões discursivas relacionadas ao tema para quatro turmas do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública de Diamantina, sendo o mesmo reaplicado ao final do trabalho. Foram ministradas 2 palestras abordando o tema bullying e 2 filmes no eixo violência /escola, sendo feitos debates logo após cada atividade. A identificação dos possíveis agressores e das vítimas foi feita por meio de observações em sala de aula. A média de idade dos alunos foi de 15 anos. Diagnosticou-se que 10% dos alunos não souberam definir o bullying, sendo que no segundo questionário 100% dos alunos conceituaram de forma correta. Quanto ao ser vítima de bullying 57% dos alunos alegaram terem sido vítimas de discriminação, número que subiu para 73% na segunda análise, 93% dos alunos entrevistados já observaram algum tipo de violência dentro da escola,ficando inalterado no segundo questionário. A realização de trabalhos escolares pautados na discriminação foi relatada por 62% dos alunos, sendo esse número inferior ao obtido no segundo questionário (87%). Cerca de 85% dos alunos acreditam que o bullying interfere no rendimento escolar , número que variou para 87% no segundo questionário. Os possíveis agressores identificados durante as observações em sala de aula possuem um perfil bastante semelhante, são alunos em busca de “auto-afirmação”, de “aceitação da turma”. Já as potenciais vítimas, são alunos que possuem características marcantes, como por exemplo, biótipo, etnia, orientação sexual, nível cognitivo, e até mesmo dificuldade de relacionamento com as pessoas. Através da execução do referido trabalho foi possível modificar os conceitos dos alunos quanto ao Bullying, sendo capazes de reconhecer os tipos de preconceitos que ocorrem dentro do âmbito escolar. Apoio: Proexc UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Isadora M. S. Cordeiro;Lidiane A. da Silva; Matheus S. Santos; Elisângela Fernandes; Marcelo Fagundes 359 CADEIA OPERATÓRIA LÍTICA DOS SÍTIOS CANOAS, VALE DO SÃO FRANCISCO, MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA O estudo da tecnologia lítica é extremamente importante para pesquisas de grupos ágrafos e extintos, uma vez que nos traz informações valiosas de como essas populações viviam, o que comiam, sua mobilidade e relações com ambiente circundante. Na região do Vale de São Francisco, em território da cidade de São Gonçalo do Abaeté, Minas Gerais; foram identificados doze sítios arqueológicos, sendo nomeados por Canoas sendo que foram coletados seiscentos e cinquenta peças (650). Entre os achados arqueológicos, o que se apresentou em maior número foram as ferramentas líticas (de pedras), sobretudo confeccionais em arenito silicificado, quartzito, quartzo e sílex. Esses sítios arqueológicos encontram-se a céu aberto, alguns em áreas de pastagem de pouca vegetação e outros em morros que não apresentam vegetação, sendo que em alguns houve impactos antrópicos degradando os sítios. Cabe destacar que a grande maioria estava assentada em neossolo litólico, sem sedimentação, e, portanto, em superfície. Na análise laboratorial dos conjuntos líticos foi possível identificar diferentes categorias de artefatos, tantos os de curadoria (mais bem trabalhados, feitos em antecipação ao uso) e os expeditos ou expedientes (feitos para solucionar um problema ocasional, momentâneo). O objetivo desse trabalho, nesse ínterim, é apresentar os resultados da análise da cadeia operatória lítica desses conjuntos artefatuais, de modo que possamos compreender as diferentes etapas de produção, uso e descarte dos mesmos. A justificativa para tal intento é a possibilidade de garimpar dados inequívocos acerca da tecnologia lítica e suas relações diretas com a organização social de populações humanas na pré-história do vale do São Francisco. Por meio de nossa análise, sabemos da enorme importância dos conjuntos líticos para os estudos arqueológicos e, portanto, esperamos como resultado a compreensão de maneira mais assertiva os gestos técnicos que propiciaram a produção do conjunto artefatual, bem como seu uso social, cooperando sensivelmente para os estudos de tecnologia da pré-história mineira. Apoio: Laboratorio de Arqueologia e Estudo da Paisagem. XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Patricia Silva Lima 360 CATEGORIAS ESTILÍSTICAS DO SÍTIO LAJEADO, MENDANHA, DIAMANTINA, MINAS GERAIS Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA No denominado Alto Jequitinhonha, faz algum tempo que o PAAJ (Projeto Arqueológico Alto Jequitinhonha), tem evidenciado uma quantidade significativa de sítios arqueológicos, sobretudo aqueles com presença de arte rupestre. São em sua maioria abrigos sob rocha com presença de figurações rupestres, grande parte filiada a denominada Tradição Planalto de Arte Rupestre, comum a toda a região central do estado de Minas Gerais, mas com presença de sítios em outros estados (GO, BA, SP e PR). De modo geral, trata-se de figurações com grande presença de grafismos zoomorfos, sobretudo representados por cervídeos e peixes, de composição monocromática e com a presença de sobreposição de diferentes painéis, sendo também abundantes as pinturas geométricas muito simples (bastonetes, traços, pontos, etc.). O sítio Lajeado está localizado na Serra da Catita, região de Mendanha, Diamantina, MG, distante cerca de 130 metros da margem direita do rio Jequitinhonha e a 60 metros do córrego Lajeado, de onde deriva seu nome. Trata-se de um grande paredão em quartzito com presença de diferentes painéis rupestres. Sua extensão em linha reta é de 41,36 metros e apresenta uma grande quantidade de pinturas (162 no total), distribuídas em vários painéis que variam entre cervídeos, aves, mamíferos não reconhecíveis, geométricos além de pinturas históricas. Em meio a estas informações, nosso objetivo é analisar e classificar a arte rupestre do sitio Lajeado, bem como identificar a técnica e materiais utilizados para sua produção. A pesquisa se desenvolve vinculada ao Laboratório de Arqueologia e Estudo da Paisagem (LAEP/UFVJM) e, com a somatória com demais resultados de outras pesquisas possibilitará a compreensão da relação inter-sítios, a fim de se compreender se há relações entre o sítio Lajeado I e outros na mesma área. Como metodologia, além do intenso inventário fotográfico e filmagens, temos realizados decalques, que consiste a cópia em plástico dos painéis rupestres, a fim de se evidenciar as relações diacrônicas entre as figurações e os painéis. A arte rupestre de um sitio levantas vários questionamentos que nos levam a pensar o motivo pelo qual elas foram pintadas exatamente no lugar em que se encontram e qual a relação existente entre elas e a paisagem em que se inserem, como resultado pretendemos inferir acerca dessas relações. Apoio: Inexistente XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Erik. A. Oliveira, Marcelo Fagundes 361 CATEGORIAS ESTILÍSTICAS NA ARTE RUPESTRE DO ALTO JEQUITINHONHA: O SÍTIO MENDES I, DIAMANTINA, MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA O sítio arqueológico Mendes I está localizado nas proximidades da calha do rio Pardo Pequeno, no distrito do mesmo nome, em terras do município de Diamantina, MG. Está inserido no bioma de Cerrado, mais precisamente em uma área de campo rupestre, tendo como característica principal a presença de diferentes painéis com pinturas rupestres que, a priori, se tratam de diferentes ocupações pré-históricas na área. Nesse sentido é um sítio de extrema importância para o seu contexto regional e suas relações com os diversos sítios encontrados em sua entorno. Tratando-se de uma assentamento pré-histórico de características peculiares, nossa pesquisa se justifica pelo fato de seus resultados poderem cooperar sensivelmente para compreensão da ocupação pré-histórica da Serra do Espinhaço. O objetivo desse trabalho é apresentar os resultados até então obtidos acerca do estudo das categorias estilísticas evidenciadas nas pinturas rupestres desse abrigo, de modo que possamos indicar, ou sua, sua filiação às diferentes tradições rupestres evidenciadas em Minas Gerais. A princípio pode-se enquadrá-lo como filiado a denominada Tradição Planalto caracterizada pela presença de representações de cervídeos e peixes, em sua maioria, geralmente monocromáticos, pintados em vermelho e sem formas cenas coerentes. Apesar de muitas das figurações enquadrarem-se nessa ordem geral, existem particularidades nesse sítio arqueológico que nos fez repensar sua simples filiação à Tradição. Foram constatadas duas técnicas de pintura nesse sítio: uso de pincel ou dedos e o crayon (lápis). As figurações mais constantes são os cervídeos e peixes, mas há outros mamíferos e aves representadas, além disso, há figuração bicromáticas, com o uso do vermelho e amarelo. Também se observou a presença dos chamados trocadilhos gráficos, que seria o aproveitamento de uma figuração para transformá-la em outras imagens; além de muitas sobreposições que, a princípio, partimos da hipótese de negação de ocupações anteriores. Como metodologia de análise, além das diversas visitas aos sítios (oito campanhas até o momento), foram realizadas várias fotografias (com máquina digital de alta resolução e em diferentes momentos dos dias), filmagens e decalque do sítio arqueológico (técnica de cópia das pinturas em plástico transparente). Pretendemos, dessa forma, cooperar para a compreensão de como populações pré-históricas ocuparam a face meridional do Espinhaço e, sobretudo, como suas marcas podem cooperar para a compreensão do modo de vida e cultura no passado. Apoio: Laboratório de Arqueologia e Estudos da Paisagem XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Claubert W. G. de Menezes 362 CIÊNCIA, MISTICISMO E ESPIRITUALIDADE: UM ESTUDO TRANSDISCIPLINAR Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / FILOSOFIA A busca pelo Sagrado, pelo Místico e Espiritual na humanidade, tem sido realizada pelo ser humano desde sua compreensão como ser “inteligente”. Atualmente, essa busca inclui desde cientistas, religiosos, místicos e mesmo a população em geral. Instituições seculares consolidadas em bases religiosas têm registrado perda no número de fiéis e de profissionais institucionalizados, indicando uma tendência de mudança que se caracteriza mais na busca do espiritual, e muito menos do religioso doutrinário. Este trabalho teve o objetivo de revisar estudos publicados no Brasil que abordam a relação da Ciência, Religião e Espiritualidade, com a tendência de mudança de pensamento sobre a natureza humana e a construção de novos valores de identidade de nossa sociedade contemporânea. Surge nesse inicio de milênio uma nova ligação entre Ciência e Espiritualidade, ainda que seja uma evolução dos modelos antigos do pensamento histórico humano. A Espiritualidade reaparece como uma propriedade emergente, na linguagem da Teoria do Caos, como um sistema complexo, dinâmico e adaptativo, envolvendo o ser humano em sua integridade na busca de sua complexidade crescente. A metodologia cientifica apoiada na razão, se alia com a intuição, diante de descobertas conflitantes e “estranhas” que surgiram com o estudo da natureza atômica da matéria. Nasceu então nas últimas décadas do século XX a abordagem científica transdisciplinar que engloba as dimensões artísticas, intuitivas, religiosas (menos dogmáticas) e a espiritual na tentativa de compreender a natureza. No Brasil, o interesse pelo tema abordado se transparece em eventos nacionais e até internacionais como o “II Congresso Mundial de Transdisciplinaridade” e o” I Congresso da URCI, Universidade Rose-croix Internacional”. Hoje, a ciência tende a tomar novos rumos de maior questionamento e entendimento de descobertas “estranhas” da física quântica e da Teoria do Caos, Fractais, Complexidade, Astronomia, Psicologia entre outras áreas do estudo humano. Tais questionamentos poderão levar a respostas importantes no plano individual, e talvez ao nível de uma comunidade, contribuindo assim em objetivos verdadeiramente em comum para a preservação da espécie humana. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 363 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI Mayara Cornélia Maforte,Keilla Dayane S.Oliveira,Daniela C. da S. Campos,Elizete Aparecida de Magalhães,Vasconcelos Reis Wakim,Naldeir dos Santos Vieira Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO Tendo em vista a utilidade do conceito de competências gerenciais no contexto da administração universitária, este estudo foi conduzido para identificar as competências gerenciais necessárias aos Pró-Reitores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Simultaneamente, buscou-se fazer um levantamento de documentos relacionados à função de Pró-Reitor na UFVJM, assim como descrever a função de Pró-Reitor, identificar a percepção dos sujeitos sociais da pesquisa sobre a natureza do exercício da função de Pró-Reitor, além de identificar as competências gerenciais necessárias aos Pró-Reitores. Acredita-se que o mapeamento das competências gerenciais representou uma tentativa de refletir sobre a capacitação para exercer papéis gerenciais na administração universitária, que tem sido intitulada como administração amadora. Procedeu-se a uma revisão bibliográfica sobre o assunto e, posteriormente, entrevistas semi-estruturadas com ocupantes da função de Pró-Reitor e servidores diretamente subordinados a estes. As verbalizações dos entrevistados foram analisadas utilizando-se a técnica de Análise de Conteúdo, sendo que trechos importantes foram destacados, surgindo, então, categorias de análise. Foram apuradas, por meio das entrevistas, as atribuições não previstas do Pró-Reitor, que se referem, na maioria dos casos, a atividades ligadas à interação com os membros da comunidade acadêmica. Segundo os entrevistados, o gerenciamento dos conflitos entre os funcionários é inerente à função de Pró-Reitor, sendo uma importante atribuição, pois, esses conflitos podem afetar o cumprimento de objetivos e projetos organizacionais. As competências citadas como necessárias a um Pró-Reitor, foram: conhecimento do funcionamento da Universidade, conhecimento da legislação, negociação, planejamento, capacidade de liderança, capacidade de motivar a equipe, trabalho em equipe, credibilidade, representação, honestidade e paciência. Percebeu-se que esses atributos de competência representam padrões de comportamento dos dirigentes, aceitos pela comunidade acadêmica e que garantem a permanência de um indivíduo na função de Pró-Reitor. Apoio: Fapemig XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Calebe O.Araújo Gabriela Silva Milena P.Matos Maria P.S.L.Costa 364 CONCEITOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA – UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO Modificar a cultura da avaliação nas escolas e construir uma prática de avaliação que supere o modelo de avaliação classificatória e excludente é o objetivo deste trabalho. Ao analisar as práticas avaliativas nas escolas observa-se que a avaliação é utilizada como forma de controle, de poder e coerção em sala de aula determinando quem está apto ou quem não está apto. É preciso que os professores reconheçam a necessidade de rever a lógica classificatória e excludente da avaliação e que possam perceber que seu poder e autoridade devem estar fundados na qualidade da proposta, nos dispositivos pedagógicos desenvolvidos a partir do projeto e não na avaliação como instrumento de coerção. Constatar a dificuldade do aluno é muito importante, mas não para poder lhe atribuir “uma nota justa”, e sim para saber exatamente onde está o problema e intervir a fim de resgatar a aprendizagem que ainda não se deu a contento. O desafio que se coloca é evitar que a avaliação formal desvie o sentido real da avaliação que é a produção da aprendizagem significativa para todos. Em síntese, desenvolver uma nova postura avaliativa requer construir, desconstruir e re-construir a concepção e a prática da avaliação e romper com a cultura de memorização, classificação, seleção e exclusão, tão presente no sistema de ensino. Contudo, deve-se trabalhar buscando instrumentos avaliativos que melhor permitam um diagnóstico que aponte as necessidades individuais de cada aluno, permitindo as intervenções necessárias para que ocorra uma aprendizagem significativa. O projeto de extensão intitulado como “Instrumentos de avaliação da aprendizagem no Ensino de Ciências e Biologia – Uma proposta de formação continuada”, tem o objetivo de desenvolver nas escolas públicas pertencentes à Superintendência Regional de Ensino (S.R.E.) de Diamantina junto aos professores de ciências e biologia, quais as concepções acerca dos instrumentos utilizados na avaliação da aprendizagem contribuindo para a formação dos docentes e melhoria da aprendizagem dos alunos, através do levantamento e discussão dos diferentes instrumentos de avaliação utilizados pelos professores, bem como da eficácia e eficiência dos instrumentos de avaliação utilizados nas escolas, possibilitando uma reflexão do papel do professor perante o objetivo principal da avaliação. Pretendemos defender um tipo de avaliação que leve o aluno a construir o seu processo de aprendizagem através da metacognição e meta-aprendizagem transformando a avaliação em instrumento de aprendizagem com novos significados. Apoio: PROEXC PIBEX UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Maria do P.S.L.Costa 365 CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DO CURSO DE CIENCIAS BIOLÓGICAS ACERCA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO Do ponto de vista institucional o estágio curricular supervisionado é disciplina obrigatória nos cursos de licenciatura. Historicamente no Brasil as licenciaturas foram criadas nos antigos cursos de Filosofia e as disciplinas pedagógicas, dentre elas, o estágio Supervisionado encontrava-se nos últimos anos do Curso, no conhecido modelo 3+1. Na literatura do campo educacional é caracterizado como modelo da racionalidade técnica..onde o professor é visto como especialista que na sua prática cotidiana aplica as regras advindas do conhecimento técnico-cientifico-pedagógico, como base para a sua ação.Nessa concepção o Estágio Supervisionado é o lócus deste conhecimento e a sala de aula “espaços de acontecimentos” e enfrentamentos” e o que se tem observado é a impossibilidade formativa para tal enfrentamento.Pesquisar as concepções dos alunos estagiários um curso de formação de professores instaura um processo de reflexão em cada um dos participantes sobre suas próprias concepções. Com quais expectativas e qual entendimento acerca da disciplina Estágio Supervisionado no Curso de Ciências Biológicas os alunos e alunas chegavam e terminavam o semestre letivo a partir dos olhares dos(as) estagiários(as)? Isso se transforma em possibilidade de formação inicial, formação continuada de formadores e transformação dos cursos de licenciatura. É neste sentido que nos propusemos a desenvolver uma pesquisa coletiva. As aulas de Orientação para a Prática Profissional I e II do Curso de licenciatura em Ciências Biológicas durante os semestres letivos de 2010/2011, e o processo de orientação , acompanhamento do Estágio Supervisionado foram consideradas como espaço de ensino/campo de pesquisa.Os recursos metodológicos utilizados foram questionários, entrevistas semi-estruturadas e análise dos relatórios de estágio.A busca de expectativas e entendimento da compreensão do estágio, da importância desta disciplina para a formação profissional dos alunos se pautava em “falas” , “conversas” e “verdades” dentro do grupo: escolhi este curso porque queria ser biólogo, nunca pensei em ser professor.Professora a teoria é uma coisa,a prática é outra. “Professora, eu pensava que estágio era chegar na escola e entrar para a sala e dar aulas”. Comecei ansiosa para finalmente dar aulas, mas não foi isso que aconteceu. Tive que ficar horas analisando regimento, PPP, estrutura da escola, escrevendo projeto. Terminei o semestre e quase não dei aulas, foi frustrante. O entendimento da prática como aplicação da teoria se faz bastante presente no discurso dos alunos. Atrelada à dicotomia teoria/prática as turmas de estágio apresentavam uma preocupação central dos conteúdos. O desafio no espaço do estágio que ainda vive no confronto de um modelo de formação pautado na racionalidade técnica é o de retomar o estágio como fonte potencial de investigação para todos os sujeitos envolvidos, as salas de aula da Universidade e das escolas de educação básica, campos de estágio. Apoio: PROEXC UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Marcelo Henrique Santos; Sueli Siqueira 366 CONDIÇÕES DE SAÚDE DO EMIGRANTE INTERNACIONAL AO RETORNAR PARA SUA TERRA NATAL Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / PSICOLOGIA CONDIÇÕES DE SAÚDE DO EMIGRANTE INTERNACIONAL AO RETORNAR PARA SUA TERRA NATAL Marcelo Henrique Santos; Sueli Siqueira e-mail: [email protected] Palavraschave: Emigração; Retorno; Saúde. Área do conhecimento: CIÊNCIAS SOCIAIS. HUMANAS, LETRAS E ARTES => PSICOLOGIA – 7.07.00.00-1 A Microrregião de Governador Valadares situada ao Leste de Minas Gerais é no território nacional é o local onde se configura o primeiro fluxo migratório de brasileiros para o exterior. Os primeiros emigrantes saíram na década de 1960, contudo o boom emigratório ocorre na segunda metade da década de 1980. O destino inicialmente eram os Estados Unidos e Canadá. No final dos anos 1990 outros fluxos são configurados, principalmente para Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido. Em quase sua totalidade esses migrantes atuam no mercado de trabalho secundário. O projeto migratório é movido pela possibilidade de fazer uma poupança e retornar em condição socioeconômica melhor. Para alcançar seu objetivo, a maioria trabalha em mais de um emprego e por longas horas. As condições de trabalho são precárias. O stress, a péssima alimentação, a tensão por viver em um país estrangeiro muitas vezes sem documentação, colocam em risco a saúde física e psicológica do emigrante. Em que condições de saúde os emigrantes retornam para a terra natal? Para responder a essa questão foram aplicados 194 entrevistas formais nas 25 cidades da Microrregião. Os dados nos permitem afirmar que a maioria (59,9%) dos emigrantes retornados eram casados, estudaram até o 2°grau completo (37,1%) e quando emigram estavam na faixa etária de 18 à 30 anos (55,7%). O principal país de destino eram os Estados Unidos (84,0%). Dentre os retornados, 57,2% afirmam ter adquirido alguma doença durante o período de emigração. As principais doenças foram: psicossomáticas (4,1%); fraturas (19,6%). A maioria (32,0%) afirma que não tinha cuidados regulares com a saúde e o acesso a programas de saúde no exterior era restrito devido a sua condição de emigrante indocumentado e a necessidade de trabalhar muitas horas. Relatam que para solucionar problemas de saúde geralmente se automedicavam ou buscavam recursos caseiros. Ao retornar (57,7%) utilizam o serviço público de saúde. A partir da análise dos dados pode-se concluir que a carga excessiva de trabalho, a falta de segurança no trabalho, o stress pela condição de emigrante indocumentado, a falta de lazer e a não acessibilidade aos programas de saúde no país de destino tem como conseqüência a saúde comprometida do emigrante quando retorna. Na discussão de quem perde e quem ganha com a emigração internacional de trabalhadores, (BORJAS,1996) podemos considerar que o país de origem paga um alto preço ao ter seus cidadãos retornando com a saúde comprometida pelo trabalho sem segurança, árduo e mal remunerado nos países de destino. APOIO: UNIVALE, FAPEMIG Apoio: UNIVALE, FAPEMIG XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Álisson Gonçalves dos Santos, Santúsia Nunes Rabelo 367 CONHECENDO O MERCADO LOCAL: DIAGNÓSTICO DE POSSÍVEIS DEMANDAS DE TREINAMENTO Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ADMINISTRAÇÃO Atualmente, a Psicologia Organizacional tem se caracterizado como um instrumento de compreensão e aproximação da realidade biopsicossocial de colaboradores em ambiente ocupacional. O leque abrangente de aspectos contemplados por essa disciplina, permite uma visão dinâmica e global da organização, além de subsidiar uma leitura mais fidedigna das reais circunstancias as quais se encontram o trabalhador. O presente trabalho tem como objetivo fazer o levantamento de necessidades de treinamento em diversos segmentos do mercado de trabalho em Teófilo Otoni – MG. Para isto, realizou-se uma pesquisa de natureza exploratória, com a participação de alunos do curso de Administração de Empresa da UFVJM, Campus Mucuri. Foi realizada aplicação de trinta questionários (qualitativos) abordando dez temas de interesse da área da Psicologia Organizacional (Satisfação, Stress, Personalidade e Emoção, Inteligência Emocional, Sofrimento Psíquico, Dinâmica de Grupo, Processo Perceptivo, Comportamento Individual, Desenvolvimento e Aprendizagem. A pesquisa foi realizada nos segmentos de serviços, vendas, transporte, educação, saúde, varejo e cooperativas, por meio do qual se verificou que a comunidade local é heterogênea, com baixa qualificação profissional e conhecimento cientifico restrito sobre as temáticas sugeridas. Nesse sentido, se destacaram cinco temáticas: a primeira delas foi a satisfação, na qual percebeu-se que em geral, os entrevistados conhecem o conceito, têm percepção social do problema, mas não apresentam medidas profiláticas e de combate a insatisfação no trabalho. Constatou-se ainda que as principais causas de insatisfação nas organizações abordadas foram: o salário, a dificuldade de relacionamento com o chefe e com os colegas, a falta de reconhecimento e o excesso de trabalho. Na temática stress, apresentou-se depoimentos confusos e contraditórios; verificouse que apesar da dificuldade conceitual é possível ter percepção social. Com relação a personalidade, percebeu-se que apesar de haver certa compreensão conceitual, há contradições no que tange a informações da empresa na prática. Na temática inteligência emocional, verificou grande dificuldade de interpretação das questões, o que resultou em diversas respostas evasivas. Em relação ao sofrimento psíquico, se destacou a dificuldade conceitual e o testemunho de que o cliente aparece como figura central no surgimento de doença mental. Percebeu-se que as temáticas evidenciadas acima, aparecem como senso comum, apesar de fazerem parte do cotidiano dos participantes, estes não apresentam conhecimento científico sobre as diversas temáticas podendo ser, portanto utilizadas para justificar a implantação de treinamentos e cursos de desenvolvimento de pessoal na área de Psicologia Aplicada às Organizações. Apoio: UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Eliane Ferreira, Prof. Marcelo Fagundes 368 CONJUNTOS ESTILÍSTICOS DO SÍTIO SERRA DOS ÍNDIOS: ESTUDO DA ARTE RUPESTRE NO ALTO JEQUITINHONHA, PLANALTO DE MINAS, MG Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / ARQUEOLOGIA A região de Diamantina, Minas Gerais, tem sido objeto de pesquisas arqueológicas no decorrer do último ano, pela equipe do Projeto arqueológico Alto Jequitinhonha – PAAJ/LAEP/UFVJM, o qual tem analisado o registro rupestre e a cultura material de diversos sítios arqueológicos da região. Este trabalho apresenta, em resumo, o resultado da pesquisa de iniciação científica (IC), intitulada “Conjuntos estilísticos do Sítio Serra dos Índios: estudo da arte rupestre no alto Jequitinhonha, Planalto de Minas, MG”, realizada do ínterim do ano de 2010. A região de Planalto de Minas, localizada a 100 km de Diamantina, apresenta sítios arqueológicos de arte rupestre de grande relevância para a compreensão do contexto arqueológico regional, sobretudo porque trazem informações a respeito dos processos de uso e ocupação do território em tempos pré-históricos. O sítio Serra dos Índios apresenta figurações rupestres que , a priori, estariam filiadas a Tradição Planalto de Arte Rupestre, comum em todo o Brasil central, onde predomina a temática de cervídeos monocromáticos sobre os demais grafismos zoomorfos e geométricos. Para a análise das figurações desse sítio, inclusive de poder caracterizá-los como inseridos, ou não, a Tradição Planalto; foram realizados, além de intenso inventário digital representado por fotografias e filmagens, calques em tamanho natural das figurações e painéis, que consiste na cópia em plástico de todos os painéis rupestres de um sítio arqueológico. Esses calques, por sua vez, revelaram sobreposições e figuras que não eram visíveis nas fotografias. Estas sobreposições nos levaram a crer que o sítio foi ocupado por mais de um período ou por mais de um grupo cultural. Os resultados obtidos estão sendo comparados aos demais sítios estudados pelo PAAJ/LAEP/UFVJM e comporão o banco de dados a respeito da pré-história da região de Diamantina, cooperando para compreensão do modo de vida e cultura das populações pré-históricas regionais. Apoio: PAAJ/LAEP/UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Rafael Henrique N Almeida 369 CONY E CALLADO: DOIS PARADIGMAS DE RESISTÊNCIA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / SOCIOLOGIA No Brasil, em março de 1964, ocorreu um golpe de estado que possibilitou a ascensão dos militares ao poder. A partir de então, foi implementado um regime ditatorial que restringiu o exercício da cidadania, da liberdade e da oposição, atuando com violência contra os movimentos de resistência ao novo regime. A partir deste contexto, surgem inúmeros movimentos culturais e artísticos que atuaram na crítica dos governos militares e das políticas por eles implementadas. Estas resistências emergiram, entre outros, do teatro (como o Arena, Opinião e Oficina), do cinema (Cinema Novo), da música (música de protesto) e da literatura (romance de resistência). Na literatura, esse tipo de romance ganha força e visibilidade no pós64. Empregamos o conceito de “romantismo revolucionário” com a proposta de descrever um processo que advinha da vontade de transformação da história do nosso país devido os mandos e desmandos da Ditadura Militar; conceito que revela um modelo de homem fundamentado na idealização de um autêntico “homem do povo”, com raízes rurais, do interior do país e que não esteja contaminado pela modernidade urbana capitalista. Neste sentido, as literaturas de Antonio Callado (Quarup) e Carlos Heitor Cony (Pessach: a travessia), possibilitam uma análise comparativa, com intuito de identificar nelas não somente o elemento de resistência, mas a consciência “romântico-revolucionária” de seus autores.. Dessa forma, a pesquisa em andamento procura levantar nestas obras as alegorias da revolução e os modelos de resistência de esquerda constituídos na área artístico-cultural e de que maneira estes modelos se expressaram nos romances Pessach: a travessia, de Carlos Heitor Cony e Quarup, de Antonio Callado. Apoio: Iniciação Científica/REUNI XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Camila Matos, Dayane Vieira, Jéssica Araújo, Manaara Ribeiro, Renata Moreira, Tainá Souza, Rubianara Aparecida da Conceição, Wellington de Oliveira. 370 ENTRE O CRIME E O CASTIGO: O BULLYING COMO PRÁTICA DE VIOLÊNCIA NA ESCOLA Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / EDUCAÇÃO ENTRE O CRIME E O CASTIGO: O BULLYING COMO PRÁTICA DE VIOLÊNCIA NA ESCOLA Camila Matos, Dayane Vieira, Jéssica Araújo, Manaara Ribeiro, Renata Moreira, Tainá Souza, Rubianara Aparecida da Conceição, Wellington de Oliveira. E-mail: [email protected] Área de Conhecimento/Sub‐Área: Ciências Humanas/Educação. Um tema bastante crescente, polêmico e desafiante em nossa sociedade desde a última década, e que vem se destacando, sobretudo no ambiente escolar é o bullying, expressão que representa diferentes formas de agressão e humilhação. Sabendo que é na escola que a criança tem a primeira experiência social significativa fora do núcleo familiar e é nela que irão reproduzir muitos dos padrões afetivos e comportamentais assimilados na família e no contexto sócio cultural no qual vive, nota-se a necessidade em promover a prevenção do bullying,a fim de obter mudanças e de melhorar o ambiente e o mundo em que se vive, resgatando valores e formando uma geração mais pacífica. Então, através de diversas atividades criar um espírito de cooperação entre os mesmos, utilizando-se de levantamento de dados em pesquisa quantitativa e qualitativa por meio de questionários, colaboração direta de professores de outras disciplinas na montagem de gráficos, gincanas de conhecimento, júri simulado, confecção de cartazes, murais, cartilhas e palestras por profissionais da área da psicologia. Tal interesse em aplicar esse projeto à instituição está vinculado em responder tais perguntas: Será que a escola saberá lidar sozinha de forma efetiva e adequada com essa situação? Os profissionais da educação estão preparados para dar uma resposta efetiva para reduzir o bullying?Conforme as atividades realizadas durante os meses de março e abril, o trabalho estará constantemente incluído no meio escolar, uma vez que faz parte da realidade não só do aluno, como de toda a comunidade. Por meio dele, pode-se notar como que a escola necessita da interação e socialização dos alunos, do entendimento a cerca dos valores e ações dependendo de situações vivenciadas e de terem um ambiente que incentive a tolerância, o respeito e a compreensão, em prol das boas relações e consequentemente um melhor rendimento por parte do aluno. Não se trata de dar aulas sobre valores humanos e morais, mas construir na consciência dos educandos os valores necessários e importantes à vida social. Apoio: Capes e UFVJM XIII Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica III Mostra de Pós-Graduação 09 a 13 de Maio de 2011 Amanda S. de Jesus; José C. Freire 371 ENTRE O SENSO COMUM E A CRÍTICA: O PAPEL DOS INTELECTUAIS SEGUNDO GRAMSCI Email: [email protected] Área/Sub-área: CIÊNCIAS SOCIAIS, HUMANAS, LETRAS E ARTES / FILOSOFIA A concepção de “intelectuais” em Gramsci está ligada com a maneira pela qual estes se colocam no complexo contexto sócio-político. A noção corrente de intelectual, tido como especialista, cede lugar à figura que tem a função de mediador das relações sociais. Cabe aos intelectuais a difusão do projeto econômico-político das classes dominantes ou, de outro lado, o desenvolvimento de um projeto alternativo, no qual se afirme a hegemonia das classes subalternas. Nesse caso, pode-se falar em intelectual orgânico, ou seja, aquele que se coloca na dinâmica de organizador do corpo social, de formação de opinião. O intelectual tem uma função de coágulo da formação de todo o \"bloco histórico\", entendido por Gramsci como sistema articulado e orgânico de alianças sociais ligadas por ideologias comuns. Cabe ao intelectual realizar a articulação dentro do organismo social. Ele tem um papel educativo, pedagógico. Nesse ponto, o tema do intelectual orgânico se aproxima com o do senso comum. Visto que a filosofia da práxis, no modo como Gramsci compreende o materialismo histórico de Marx, aparece como possibilidade de organização da consciência das classes subalternas, cabe ao intelectual destas classes problematizar o senso comum, no sentido de torná-lo crítico. A perspectiva gramsciana possibilita pensar-se a superação da sociedade capitalista para além do determinismo econômico que marcou o marxismo ortodoxo, segundo o qual o método de Marx se transformou numa ciência rigorosa, com marcas positivistas. Como cada grupo social tem a necessidade da função ideológica e homogênea exercida pelos intelectuais, as classes procuram criar seus próprios intelectuais orgânicos que irão lhe servir. Assim, cabe ao intelectual agir como porta-voz, organizando a cultura e transmitindo as ideologias da classe dominante ou das classes subalternas através daquilo que Gr