REFERÊNCIA NUNES DA SILVA, F. et al (1999): “Transportes e Ambiente. Indicadores de integração”, Ministério do Ambiente/Direcção Geral do Ambiente, 111p. 1. ENQUADRAMENTO “ ... Relatório Final do estudo “Programa Operacional do Ambiente – Sector dos Transportes”, desenvolvimento no âmbito de um protocolo estabelecido entre a Direcção Geral do Ambiente (DGA) e o Centro de Sistemas Urbanos e Regionais (CESUR) do Instituto Superior Técnico (IST).” (p.1). 2. OBJECTIVO “ O seu objectivo primordial consiste na promoção de uma avaliação global das relações entre o sector dos transportes e o ambiente e na construção de um quadro de indicadores fundamentais para avaliação do sector dos transportes em termos da sua sustentabilidade, fornecendo aos decisores de política sectorial, directa e indirectamente relacionados com esta actividade, um quadro de referência que possibilite uma avaliação ex-ante e ex-post do grau de integração do ambiente no sector. Como objectivos específicos salientam-se: a) Identificar essas relações do ponto de vista quantitativo e qualitativo; b) Analisar as medidas de política aplicadas no quadro nacional e comunitário com a finalidade de alterar essas relações ou a sua intensidade; c) Prospectivar a evolução do sector dos transportes tendo em conta os dados actuais e potenciais; d) Avaliar a contribuição das políticas sectoriais e do ambiente para a sustentabilidade do sector dos transportes; e) Definir um conjunto de indicadores que permitam a avaliação e a monitorização das políticas e projectos de transportes. 3. ESTRUTURA 1. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS 2. METODOLOGIA Descrição da metodologia utilizada, a qual seguiu 4 etapas: Diagnóstico, Estruturação, avaliação e Propostas 3. EVOLUÇÃO DO SECTOR DOS TRANSPORTES EM PORTUGAL “...breve síntese da evolução do sistema de transportes em Portugal, procedendo-se à caracterização da oferta e procura dos transportes de passageiros e mercadorias. Ao mesmo tempo são analisadas as políticas seguidas a nível nacional para o sector dos transportes, apresentadas as principais linhas de força e as tendências estruturais que se verificam no sector.” (p.1) 1 4. OS TRANSPORTES E O AMBIENTE “... apresenta-se sumariamente a evolução das preocupações ambientais de âmbito geral e a evolução das preocupações ambientais relativas ao sector dos transportes.” (p.1) 5. POLÍTICAS AMBIENTE E ESTRATÉGIAS NA ÁREA DOS TRANSPORTES VERSUS Enquadramento, em termos de políticas e estratégias, das relações entre o sector dos transportes e o ambiente. 6. INDICADORES AMBIENTAIS Neste capítulo “... apresentam-se as principais características dos indicadores ambientais, enquanto instrumentos de avaliação dos resultados das políticas de transporte. Procedeu-se também à definição do problema depois de se terem identificado as áreas de incidência para as quais os impactes do desempenho do sector dos transportes são relevantes [áreas de incidência ambiental: ar, recursos hídricos, recursos energéticos, solo e resíduos sólidos e áreas de incidência social: mobilidade, ruído, acidentes, congestionamento e intrusão visual] tendo em conta as várias escalas de análise [global, regional e local]. Ainda neste capítulo procede-se à recolha dos indicadores internacionais e nacionais que permitem a monitorização dos impactes ambientais do sector dos transportes. Finalmente avaliou-se em que medida os indicadores inventariados abrangem as áreas de incidência identificadas e têm em conta as várias escalas de análise consideradas.” (p.1) 7. INTEGRAÇÃO DAS PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS NAS POLÍTICAS DE TRANSPORTE Neste capítulo, “... avalia-se em que medida a política e as medidas de actuação definidas no Plano Nacional de Política do Ambiente (PNPA) abrangem as diferentes áreas problema identificadas ... [e]... avalia-se a adequabilidade dos indicadores apurados na monitorização das Medidas de Actuação apresentadas no PNPA.” (p.1 e 2) 8. PROPOSTAS E RECOMENDAÇÕES Neste capítulo são apresentadas “... algumas reflexões acerca das medidas de políticas capazes de contribuir efectivamente para atingir um desempenho mais sustentável, no sector dos transportes ...” (p.2). É ainda apresentado “um conjunto de indicadores capazes de avaliar e monitorizar as políticas e projectos de transportes.” (p.2). 9. CONCLUSÕES (ver ponto seguinte) 10. BIBLIOGRAFIA. 4. CONCLUSÃO A situação dos transportes em Portugal têm como principais causas, a entrada na Comunidade Europeia e a melhoria da qualidade de vida a ela associada. No entanto, tal contexto continuou a caracterizar-se por uma manutenção das assimetrias regionais, surgindo esta de uma forma mais marcada ao longo de toda a faixa litoral de Portugal. Como consequências mais marcantes e tendência evolutiva, surgem o crescimento acentuado do parque automóvel e o aumento de mobilidade a si associado. Tal facto, 2 promoveu um aumento das trocas comerciais internas na Comunidade Europeia, provocando um aumento do transporte de mercadorias pelo modo rodoviário. Deve por isso ser motivo de superior atenção, a interacção dos transportes com o ambiente e consequentemente, a integração nas políticas de transportes, de todo um conjunto de medidas capazes de inverter este processo de crescente dependência do transporte rodoviário. É assim necessário que os objectivos intrínsecos às políticas de transportes, evoluam e se actualizem. Os autores identificam por isso, cinco objectivos1 (actualizados) tidos como primordiais, os quais integram diferentes tipos de medidas: 1. Redução do número de utilizadores do transporte motorizado individual; 2. Repartição equitativa do uso dos transportes de passageiros e de mercadorias; 3. Favorecimento de modos mais eficientes do ponto de vista energético; 4. Redução dos níveis de ruído e de emissões de gases poluentes; 5. Utilização mais racional, eficaz e eficiente do veículo motorizado. São ainda objectivos, todos aqueles que promovam políticas de transporte para as áreas urbanas e que tomem em consideração a segurança dos peões e a dos outros utilizadores rodoviários, potenciando deste modo a atractividade das cidades enquanto área de residência, pólos de emprego, compras ou espaço de recreio e lazer. Assim, a definição de indicadores de integração revela-se de particular importância uma vez que permite a avaliação e monitorização das políticas e projectos de transportes. Entretanto, os autores aproveitam a oportunidade para indicar outras questões que mesmo um conjunto fiável e actualizado de indicadores não consegue resolver. 1 Direcção Geral do Ambiente (1999): “Transportes e Ambiente. Indicadores de integração”, DGA, pp. 108-109 3