Centro Espírita Léon Denis
Joanna de Ângelis
16o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE
JOANNA DE ÂNGELIS
Tema Central:
O Matrimônio
8/11/2015
MEDITEMOS:
A obrigação de respeitar os direitos alheios tira ao homem o
de pertencer-se a si mesmo?
“De modo algum, porquanto este é um direito que lhe vem da
natureza.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, cap. X, questão 827.)
Informações Gerais
8h às 8h30min
Chegada / Recepção
8h30min às 9h
Abertura e Sensibilização
9h às 9h30min
Palestra
9h30min às 9h40min
Deslocamento para as salas
9h40min às 10h30min
Estudo
10h30min às 10h45min
Intervalo
10h45min às 12h50min
Estudo
12h50min às 12h55min
Deslocamento para o salão
12h55min às 13h
Encerramento
LOCAL
DATA DA
REALIZAÇÃO
Centro Espírita Léon Denis
Bento Ribeiro
8 de novembro
Núcleo Espírita Léon Denis
Campo Grande
15 de novembro
Centro Espírita Antonio de Aquino
Magalhães Bastos
22 de novembro
Centro Espírita Bezerra de Menezes
Duque de Caxias
22 de novembro
Vila da Penha
29 de novembro
Núcleo Espírita Antonio de Aquino
Bangu
6 de dezembro
Centro Espírita Joanna de Ângelis
Sulacap
6 de dezembro
CENTROS PARTICIPANTES
Centro Espírita Irmão Clarêncio
Coordenação Geral: Vera Lúcia de Oliveira Bezerra
Organização Imediata: Ione de Souza Façanha
Organização de Conteúdo: Equipe de Estudo do Encontro
Finalização: Setor Editorial do CELD
Histórico do Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
1o Seminário Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2000
Tema Central: A Conquista de Si mesmo
2o Seminário Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2001
Tema Central: Referenciais para Identificação do Si
3o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2002
Tema Central: Os Níveis de Consciência e suas Consequências na
Sociedade
4o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2003
Tema Central: A Conquista do Si
5o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2004
Tema Central: O Ser Emocional
6o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2005
Tema Central: A Reencarnação
7o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2006
Tema Central: A Lei de Amor na Reprogramação Mental
8o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2007
Tema Central: O Amor e a Consciência da Imortalidade
9o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2008
Tema Central: A Consciência de Deus em nós
10o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2009
Tema Central: A Consciência de Deus em nós
11o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2010
Tema: A Consciência de Deus na Reconstrução do Lar
12o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2011
Tema: A Consciência de Deus em nós
13o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2012
Tema: Jesus e a Família no Pensamento de Joanna de Ângelis
14o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis – 2013
Tema: A Reencarnação e a Família no Pensamento de Joanna de Ângelis
15o Encontro sobre Joanna de Ângelis – 2014
Tema: Vida em Família
SUMÁRIO
Objetivos ....................................................................................
6
Joanna de Ângelis (Vida e Obra) ...............................................
7
Consciência e Responsabilidade ...............................................
8
1o Bloco de Ideias
11
Mostrar que os Laços de Família são da Lei da Natureza ........... 11
Responsabilidade no Matrimônio ...............................................
11
Identificar o Objetivo do Matrimônio ...........................................
14
Identificar o que é Preciso para o Êxito do Matrimônio ..............
14
Mostrar os Benefícios do Espiritismo para o Matrimônio ...........
15
Anticonceptivos e Planejamento Familiar ..................................
15
Identificar, Segundo a Autora, como o Homem pode Programar
a sua Família ..............................................................................
18
2o Bloco de Ideias
19
Problemas no Matrimônio .........................................................
19
Mostrar a Pedra Angular da Família ............................................
21
Desquite e Divórcio ....................................................................
22
Mostrar os Objetivos pelos quais os Espíritos afins Produzem
Vida Conjugal Equilibrada ...........................................................
25
Mostrar por que o Divórcio e Desquite são Soluções Legais ........
26
Joana de Cusa ...........................................................................
26
Refletindo com Joanna de Ângelis .............................................
30
Referências Bibliográficas ..........................................................
32
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
OBJETIVOS
GERAL:
•
Identificar no pensamento de Joanna de Ângelis, em linhas gerais, qual o
objetivo do matrimônio.
ESPECÍFICOS:
•
Mostrar que os laços de família são da Lei da Natureza
•
Identificar o que é preciso para o êxito do matrimônio.
•
Mostrar a pedra angular da família.
6
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Joanna de Ângelis (Vida e Obra)
Anjo da caridade e misericórdia. Assim é definida Joanna de Ângelis,
mentora espiritual do médium Divaldo Franco. Ela iniciou sua atuação em
benefício da humanidade desde antes da morte de Cristo, tornando-se
missionária dele por várias encarnações posteriores.
Em sua obra mediúnica, Joanna de Ângelis trata de temas filosóficos,
psicológicos e existenciais, fruto de suas passagens pela Terra e do trabalho
desenvolvido por ela no mundo espiritual.
Exemplos de humanidade, humildade e heroísmo, as vidas de Joanna
de Ângelis nos trazem a mais pura expressão do amor, visando a educação
moral e o consolo de inúmeras pessoas.
7
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Introdução
Consciência1 e Responsabilidade
A responsabilidade é manifestação evidente da aquisição de
consciência.
O ato de pensar, nem sempre faculta a visão correta, necessária à
responsabilidade, esta se alicerça2 no discernimento3 dos objetivos da
existência terrestre, propelindo o ser às ações enobrecedoras em clima de
dignificação.
A responsabilidade faculta o direcionamento dos deveres,
elegendo aqueles que são essenciais, em detrimento dos que aparentam
benefícios e não passam de suporte para mascarar a ilusão e o gozo.
A criatura responsável discerne o que realizar e como executá-lo.
A tendência para o bem é inata no ser humano, face à sua
procedência divina. O entorpecimento carnal, às vezes, bloqueia a faculdade
de direcionamento que a consciência proporciona.
A pessoa lúcida, como consequência, age com prudência, confiando
nos resultados que advirão, sem preocupar-se com o imediatismo, sabendo
que a semente de luz sempre se converte em claridade.
A inconsciência em que estagiam muitas criaturas respondem pela
agressividade e ignorância que nelas predominam.
A responsabilidade, advinda da consciência, promove o ser ao
estágio de lucidez, que o leva a aspirar pelas cumeadas da evolução
que passa a buscar, com acendrado4 devotamento.
A consciência da responsabilidade te conduzirá:
a nunca maldizeres o charco5, e sim a drená-lo;
a não cultivares problemas, antes, a solucioná-los;
a não ergueres barreiras que dificultem o progresso, porém, a te
tornares ponte que facilite o trânsito;
a não aguardares o êxito antes do trabalho; pois que, o primeiro
somente precede ao último na ordem alfabética dos dicionários;
1
Perfeita identificação do conhecimento e do fazer, do saber e do amar – Joanna de Ângelis – O Ser Consciente, cap. 6, “A
Consciência”.
2
O que sustenta uma construção; fortalecer, fazer com que fique sólido, firme, estável.
3
Habilidade para compreender algo com sensatez e clareza.
4
Depurado, afinado.
5
Água estagnada e imunda; poça de água repleta de resíduos orgânicos.
8
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
a não olhares para baixo, emocionalmente, onde repousam o pó e a
lama, entretanto, a fitares o alto onde fulguram os astros;
a não desistires da luta, perdendo a batalha não travada, todavia,
perseverando até o fim, pois que a esperança é a luz que brilha à frente,
apontando a trilha da vitória;
a não falares mal do próximo, considerando as tuas próprias
deficiências, ao invés disso, brindar-lhe palavras de estímulo;
a não te perturbares ante as incompreensões, porém a te sentires
vivo, e portanto, vulnerável aos fenômenos do trânsito humano;
a nunca pretenderes a paz sem os requisitos para cultuá-la no íntimo,
não obstante, a irradiares a alegria do bem, que fomenta a harmonia.
A responsabilidade não favorece a autopiedade nem a
presunção6, a debilidade moral, nem a violência, a volúpia7 dos desejos
vis8, nem os gozos entorpecedores.
É criativa e enriquecedora, porque sabe encontrar-se em processo de
elevação e de crescimento.
Louis Pasteur, combatido pelos acadêmicos do seu tempo, com
responsabilidade, prosseguiu até culminar na descoberta dos micróbios, da
profilaxia da raiva, do carbúnculo, e em geral de todas as doenças
contagiosas...
Kepler, perseguido, mas, consciente dos mapas celestes, insistiu até
apresentar uma admirável teoria do planeta Marte e formular outras leis que
passaram a honrar-lhe o nome.
Hansen, com responsabilidade, aprofundou a sonda da pesquisa, até
isolar o bacilo da lepra e salvar milhões de vidas.
Copérnico, anatematizado9, com responsabilidade, demonstrou o
duplo movimento dos planetas sobre si mesmos, e o sistema heliocêntrico,
pagando com alto preço a audácia da consciência.
O casal Curie, responsável, entregou-se às experiências fatigantes
que abriram novos horizontes para o conhecimento de materiais radiativos.
A responsabilidade é degrau de elevação da consciência, que plenifica
o homem e a mulher em todas as situações.
6
Pretensão; expressão de vaidade, afetação. Julgamento feito a partir de indícios, hipóteses ou aparências.
Excesso de prazer em geral:
8
De valor pequeno; ordinário; que não possui importância, insignificante.
9
Excomungado; pena ou tipo de maldição que se efetiva com a expulsão de uma pessoa do convívio religioso ou da própria igreja.
7
9
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Diante desta realidade, ALLAN KARDEC indagou aos Benfeitores
Espirituais, conforme se lê em O Livro dos Espíritos, na questão 780:
O progresso moral acompanha sempre o progresso intelectual?
“Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente. Dependendo, certamente, da consciência de responsabilidade.”
(Joanna de Ângelis. Momentos de Consciência, Consciência e Responsabilidade.)
É manifestação evidente da
aquisição de consciência
A
R
E
S
P
O
N
S
A
B
I
L
I
D
A
D
E
Se alicerça no discernimento
dos objetivos da existência
terrestre
A responsabilidade faculta o
direcionamento dos deveres
A criatura responsável discerne
o que realizar e como
executá-lo
A responsabilidade, advinda da
consciência, promove o ser ao
estágio de lucidez, que o leva a
aspirar pelas cumeadas da
evolução que passa a buscar
com acendrado devotamento.
Não favorece a autopiedade
nem a presunção, a debilidade
moral, nem a violência, a
volúpia dos desejos vis, nem
os gozos entorpecedores.
É degrau de elevação da
consciência, que plenifica o
homem e a mulher em todas
as situações.
10
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
1o Bloco de Ideias
Mostrar que os Laços de Família são da Lei da Natureza
Há pessoas que deduzem do fato de os filhotes serem abandonados
pelos seus pais que, entre os homens, os laços de família são
apenas o resultado dos costumes sociais e não uma Lei da Natureza;
que devemos pensar sobre isso?
“O homem tem um destino diferente do dos animais; por que, então,
quererem sempre identificá-lo com eles? Há nele algo, além das
necessidades físicas: há a necessidade do progresso; os laços sociais
são necessários ao progresso e os laços de família tornam mais
apertados os laços sociais; eis por que os laços de família constituem uma
Lei da Natureza. Deus quis que os homens aprendessem, desse modo, a
se amar como irmãos.” (Ver questão 205.)
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, cap. VII, questão 774.)
Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços
de família?
“Uma recrudescência do egoísmo.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, cap. VII, questão 775.)
Responsabilidade no Matrimônio
Interrogam, muitos discípulos do Evangelho: não é mais lícito o
desquite ou o divórcio, em considerando os graves problemas conjugais, à
manutenção de um matrimônio que culmine em tragédia? Não será mais
conveniente uma separação, desde que a desinteligência se instalou, ao
prosseguimento de uma vida impossível? Não têm direito, ambos os
cônjuges, a diversa tentativa de felicidade, ao lado de outrem, já que se não
entendem?
E muitas outras inquirições surgem, procurando respostas honestas
para o problema que dia a dia mais se agrava e avulta.
Inicialmente, deve ser examinado que o matrimônio em linhas
gerais é uma experiência de reequilíbrio das almas no orçamento
familiar. Oportunidade de edificação sob a bênção da prole — e, quando
11
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
fatores naturais coercitivos a impedem, justo se faz abrir os braços do amor
espiritual às crianças que gravitavam ao abandono — para amadurecer
emoções, corrigindo sensações e aprendendo fraternidade.
Não poucas vezes os nubentes, mal preparados para o consórcio
matrimonial, dele esperam tudo, guindados10 ao paraíso da fantasia,
esquecidos de que esse é um sério compromisso, e todo compromisso exige
responsabilidades recíprocas a benefício dos resultados que se deseja
colimar.
A “lua de mel” é imagem rica da ilusão, porquanto, no período primeiro
do matrimônio, nascem traumas e desajustes, inquietações e receios,
frustrações e revoltas, que despercebidos, quase a princípio, espocam mais
tarde em surdas guerrilhas ou batalhas lamentáveis no lar, em que o ódio e o
ciúme explodem, descontrolados, impondo soluções, sem dúvida, que sejam
menos danosas do que as trágicas.
Todavia, há que meditar, no que concerne aos compromissos de
qualquer natureza, que a sua interrupção, somente adia a data da justa
quitação. No casamento, não raro, o adiamento promove o ressurgir do
pagamento em circunstâncias mais dolorosas no futuro em que, a pesadas
renúncias e a fortes lágrimas, somente, se consegue a solução.
*
Indispensável que para o êxito matrimonial sejam exercitadas
singelas diretrizes de comportamento amoroso.
Há alguns sinais de alarme que podem informar a situação de
dificuldade antes de agravar a união conjugal:
silêncios injustificáveis quando os esposos estão juntos;
tédio inexplicável
companheira;
ante
a
presença
do
companheiro
ou
da
ira disfarçada quando o consorte ou a consorte emite uma opinião;
saturação dos temas habituais, versados em casa, fugindo para
intérminas leituras de jornais ou inacabáveis novelas de televisão;
irritabilidade contumaz sempre que se avizinha do lar;
desinteresse pelos problemas do outro;
falta de intercâmbio de opiniões.
10
Que foi levantado.
12
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Atritos contínuos que ateiam fagulhas de irascibilidade, capazes de
provocar incêndios em forma de agressão desta ou daquela maneira...
E muitos outros mais.
Antes que as dificuldades abram distâncias e os espinhos da
incompreensão produzam feridas, justo que se assumam atitudes de
lealdade, fazendo um exame das ocorrências e tomando-se providências
para sanar os males em pauta.
Assim, a honestidade lavrada na sensatez11, que manda “abrir-se
o coração” um para com o outro, consegue corrigir as deficiências e
reorganizar o panorama afetivo.
É natural que ocorram desacertos. Ao invés, porém, de separação,
reajustamento.
A questão não é de uma “nova busca”, mas de redescobrimento do
que já possui.
Antes da decisão precipitada, ceder cada um, no que lhe concerne,
em benefício dos dois.
Se o companheiro se desloca, lentamente, da família, refaça a esposa
o lar, tentando nova fórmula de reconquista e tranquilidade.
Se a companheira se afasta, afetuosamente, pela irritação ou pelo
ciúme, tolere o esposo, conferindo-lhe confiança e renovação de ideias.
O cansaço, o cotidiano, a apatia são elementos constritivos da
felicidade.
Nesse sentido, o cultivo dos ideais nobilitantes consegue estreitar os
laços do afeto e os objetivos superiores unem os corações, penetrando-os de
tal forma, que os dois se fazem um, a serviço do bem. E em tal particular, o
Espiritismo — a Doutrina do Amor e da Caridade por excelência —
consegue renovar o entusiasmo das criaturas, já que desloca o
indivíduo de si mesmo, ajuda-o na luta contra o egoísmo e concita-o12 à
responsabilidade ante as leis da vida, impulsionando-o ao labor
incessante em prol do próximo. E esse próximo mais próximo dele é o
esposo ou a esposa, junto a quem assumiu espontaneamente o dever
de amar, respeitar e servir.
11
12
Maneira ponderada de abordar um assunto vulnerável ou difícil.
Incentiva, instiga, incita.
13
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Assim, considerando, o Espiritismo, mediante o seu programa de
ideal cristão, é senda redentora para os desajustados e ponte de união
para os cônjuges, em árduas lutas, mas que não encontraram a paz.
(Joanna de Ângelis. SOS Família, cap. 4, “Responsabilidade no Matrimônio”.)
1) Identificar o Objetivo do Matrimônio
Inicialmente, deve ser examinado que o matrimônio, em linhas gerais,
é uma experiência de reequilíbrio das almas no orçamento familiar.
(Joanna de Ângelis. SOS Família, cap.4, “Responsabilidade no Matrimônio”.)
2) Identificar o que é Preciso para o Êxito do Matrimônio
Indispensável que para o êxito matrimonial sejam exercitadas singelas
diretrizes de comportamento amoroso. (...) Assim, a honestidade lavrada na
sensatez, que manda “abrir-se o coração” um para com o outro, consegue
corrigir as deficiências e reorganizar o panorama afetivo.
(Joanna de Ângelis. SOS Família, cap.4, “Responsabilidade no Matrimônio”.)
Causas Atuais das
Aflições
(E.S.E. Cap.V, item 4.)
Vida Atual
Imprevidência
Vidas Passadas
Orgulho
Ambição
14
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
3) Mostrar os Benefícios do Espiritismo para o Matrimônio
(...) o Espiritismo — a Doutrina do Amor e da Caridade por excelência
— consegue renovar o entusiasmo das criaturas, já que desloca o indivíduo
de si mesmo, ajuda-o na luta contra o egoísmo e concita-o à responsabilidade ante as leis da vida, impulsionando-o ao labor incessante em prol do
próximo. E esse próximo mais próximo dele é o esposo ou a esposa, junto a
quem assumiu espontaneamente o dever de amar, respeitar e servir.
(...) mediante o seu programa de ideal cristão, é senda redentora para
os desajustados e ponte de união para os cônjuges, em árduas lutas, mas
que não encontraram a paz.
(Joanna de Ângelis. SOS Família, cap.4, “Responsabilidade no Matrimônio”.)
Anticonceptivos e Planejamento Familiar
Alegações ponderosas que merecem consideração vêm sendo
arroladas para justificar-se a planificação familiar através do uso dos
anticonceptivos de variados tipos. São argumentos de caráter sociológico,
ecológico, econômico, demográfico, considerando-se com maior vigor os
fatores decorrentes das possibilidades de alimentação numa Terra tida como
semiexaurida de recursos para nutrir aqueles que se multiplicam
geometricamente com espantosa celeridade...
Entusiastas sugerem processos definitivos de impedimento procriativo
pela esterilização dos casais com dois filhos, sem maior exame da questão,
no futuro, transformando o indivíduo e a sua função genética em simples
máquina que somente deve ser acionada para o prazer, nem sempre capaz
de propiciar bem-estar e harmonia.
Sem dúvida, estamos diante de um problema de alta magnitude,
que deve ser, todavia, estudado à luz do Evangelho e não por meios
dos complexos cálculos frios da precipitação materialista.
O homem pode e deve programar a família que deseja e lhe
convém ter: número de filhos, período propício para a maternidade,
nunca, porém, se eximirá aos imperiosos resgates a que faz juz, tendo
em vista o seu próprio passado.
Melhor usar o anticonceptivo do que abortar...
15
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Os filhos, porém, não são realizações fortuitas, decorrentes de
circunstâncias secundárias, na vida. Procedem de compromissos aceitos
antes da reencarnação pelos futuros progenitores, de modo a edificarem a
família de que necessitam para a própria evolução. É-lhes lícito adiar a
recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que
se reencarnem por seu intermédio.
Irrisão13, porém, porquanto as Soberanas Leis da Vida dispõem
de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros
processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias
quiçá mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade e desses
cônjuges que ajam com leviandade14, em flagrante desconsideração aos
códigos divinos.
Assevera-se que procriar sem poder educar, ter filhos sem recursos
para cuidá-los, aumentando, incessantemente, a população da Terra,
representa condená-los à miséria e a sociedade do futuro a destino inditoso...
Ainda aí o argumento se reveste do sofisma materialista, que um dia
inspirou Malthus na sua conceituação lamentável e no não menos infeliz néomalthusianismo que adveio posteriormente...
Ninguém pode formular uma perfeita visão do porvir para a
Humanidade, e os futurólogos que aí se encontram têm estado confundidos
pelas próprias previsões, nas surpresas decorrentes da sucessão dos
acontecimentos ainda nos seus dias...
A cada instante recursos novos e novas soluções são encontrados
para os problemas humanos.
Escasso, porém, é o amor nos corações, cuja ausência fomenta a
fome de fraternidade, de afeição e de misericórdia, responsável pelas
misérias que se multiplicam em toda parte.
Não desejamos aqui reportar-nos às guerras de extermínio, que o
próprio homem tem engendrado e de que se utiliza a divindade para manter
o equilíbrio demográfico, tampouco às calamidades sísmicas que irrompem
cada dia voluptuosas, convidando a salutares reflexões.
Quando um filho enriquece um lar, traz com ele os valores
indispensáveis à própria evolução, intrínseca e extrinsecamente.
A cautela de que se utilizam alguns pais, aguardando comodidade
financeira para pensar na progenitura, nem sempre é válida, graças às
13
14
Sem importância ou irrisório.
Irresponsabilidade, ação sem reflexão.
16
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
próprias vicissitudes que conduzem uns à ruína econômica e outros à
abastança por meios imprevisíveis.
A programação da família não pode ser resultado da opinião genérica
dos demógrafos assustados, mas fruto do diálogo franco e ponderado dos
próprios cônjuges, que assumem a responsabilidade pelas atitudes de que
darão conta.
O uso dos anticonceptivos como a implantação no útero de
dispositivos anticoncepcionais, mesmo quando considerado legal, higiênico,
necessita possuir caráter moral, a fim de se evitarem danos de variada
consequência ética.
A chamada necessidade do “amor livre” vem impondo o uso
desordenado dos anovulatórios15, de certo modo favorecendo a libertinagem
humana, a degenerescência dos costumes, a desorganização moral, e,
consequentemente, social dos homens, que se tornam vulneráveis à
delinquência, à violência e às múltiplas frustrações que ora infelicitam
verdadeiras multidões que transitam inermes16 e hebetadas17, arrojando-se
aos abusos alucinógenos, à loucura, ao suicídio...
Experiências de laboratório com roedores, aos quais se permitem a
procriação incessante, hão demonstrado que a superpopulação em espaços
exíguos os alucina e os incapacita.
Daí defluem, apressados, que o mesmo se vem dando com o homem,
para justificarem a falência dos valores éticos, e utilizando-se da observação
a fim de fomentarem a necessidade de impedir-se a natalidade espontânea...
Em realidade, porém, os fatos demonstram que, com o homem, o fenômeno
não é análogo.
Quando os recursos do Evangelho forem realmente utilizados, a
pacificação e a concórdia dominarão os corações...
*
Antes das deliberações finalistas quanto à utilização deste ou
daquele recurso anticonceptivo, no falso pressuposto de diminuir a
densidade de habitantes, no mundo, recorre ao Evangelho, ora e
medita.
Deus tudo provê, sem dúvida, utilizando o próprio homem para
tais fins.
15
16
17
Que termina por sangramento uterino, sem que tenha havido ovulação.
Que não tem arma ou meio de defesa
Idiota, estúpido.
17
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Em toda parte na Criação vigem as leis do equilíbrio, particularmente
do equilíbrio biológico.
Olha em derredor e concordarás.
Os animais multiplicam-se, as espécies surgem ou desaparecem por
impositivos evolutivos, naturais.
Muitas espécies ora extintas sofreram a sanha18 do homem
desarvorado. Mas a ordem divina sempre programou com sabedoria a
reprodução e o desaparecimento automático.
O fantasma da fome de que se fala, mesmo quando a Terra não
possuía superpopulação, como as pestes e as guerras dizimou no passado
cidades, países inteiros.
Conserva os códigos morais insculpidos no espírito e organiza tua
família, confiante, entregando-te a Deus e porfiando no Bem, porquanto em
última análise dEle tudo procede como atento Pai de todos nós.
(Joanna de Ângelis. SOS Família, cap.7, “Anticonceptivos e Planejamento Familiar”.)
4) Identificar Segundo a Autora Espiritual, como o Homem pode
Programar a sua Família?
Sem dúvida, estamos diante de um problema de alta magnitude, que
deve ser, todavia, estudado à luz do Evangelho e não por meios dos
complexos cálculos frios da precipitação materialista.
O homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém
ter: número de filhos, período propício para a maternidade, nunca, porém, se
eximirá aos imperiosos resgates a que faz juz, tendo em vista o seu próprio
passado.
(...) Irrisão, porém, porquanto as Soberanas Leis da Vida dispõem de
meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à
porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias quiçá mui
dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade desses cônjuges que ajam
com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.
(...) Quando os recursos do Evangelho forem realmente utilizados a
pacificação e a concórdia dominarão os corações...
18
Fúria; ímpeto de raiva que controla alguém; exaltação intensa e violenta.
18
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
(...) Antes das deliberações finalistas quanto à utilização deste ou
daquele recurso anticonceptivo, no falso pressuposto de diminuir a densidade de habitantes, no mundo, recorre ao Evangelho, ora e medita.
Deus tudo provê, sem dúvida, utilizando o próprio homem para tais
fins.
(Joanna de Ângelis. SOS Família, cap.7, “Anticonceptivo e Planejamento Familiar”.)
São contrários à Lei da Natureza as leis e os costumes humanos que
têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução?
“Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral.”
a) “(...) Deus concedeu ao homem, sobre todos os seres vivos, um poder
de que ele deve usar, sem abusar. Pode, pois, regular a reprodução, de
acordo com as necessidades. Não deve opor-se-lhe sem necessidade.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, cap. IV, questão 693.)
2o Bloco de ideias
Problemas no Matrimônio
A exceção dos casos de relevantes compromissos morais, o
matrimônio, na Terra, constitui abençoada oportunidade redentora a dois,
que não se pode desconsiderar sem gravames complicados.
Em toda união conjugal as responsabilidades são recíprocas, exigindo
de cada nubente uma expressiva contribuição, em benefício do êxito de
ambos, no tentame encetado.
Pedra angular19 da família — o culto dos deveres morais —, a
construção do lar nele se faz mediante as linhas seguras do
enobrecimento dos cônjuges, objetivando o equilíbrio da prole.
Somente reduzido número de pessoas, se prepara convenientemente,
antes de intentar o consórcio matrimonial; a ausência desse cuidado, quase
sempre, ocasiona desastre imediato de consequências lamentáveis.
Açulados20 por paixões de várias ordens, que se estendem desde a
atribulação sexual, aos jogos dos interesses monetários, deixam-se colher
19
20
Elemento essencial que dá existência àquilo que se chama de fundamento da construção.
Provocados, atiçados.
19
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
por afugentes desvarios, que redundam maior débito entre os consorciados e
em relação à progenitura...
Iludidos, face aos recursos da atual situação tecnológica, adiam, de
início, o dever da paternidade sob justificativas indébitas, convertendo o
tálamo conjugal em recurso para o prazer como para a leviandade com que
estiolam os melhores planos por momento acalentados...
Logo despertam, espicaçados por antipatias e desajustes que lhes
parecem irreversíveis, supõem que somente a separação constitui fórmula
solucionadora quando não derrapam nas escabrosidades que conduzem aos
lúgubres crimes passionais.
Com a alma estiolada, quando a experiência se lhes converteu em
sofrimento, partem para novos conúbios21 amorosos, carregando lembranças
tormentosas, que se transformam em pesadas cargas emocionais desequilibrantes.
Alguns, dentre os que jazem vitimados por acerbas incompreensões e
anseiam refazer o caminho, se identificam com outros espíritos aos quais se
apegam, sôfregos, explicando tratar-se de almas gêmeas ou afins, não
receando desfazer um ou dois lares para constituir outro, por certo, de
efêmera duração.
Outros, saturados, debandam na direção de aventuras vis, envenenando-se vagarosamente.
Enquanto a juventude lhes acena oportunidades, usufruem-nas, sem
fixações de afeto, nem intensidade de abnegação. Surpreendidos pela
velhice prematura, que o desgaste lhes impõe, ou chegados à idade do
cansaço natural, inconformam-se, acalentando pessimismo e cultivando os
resíduos das paixões e mágoas que os enlouquecem, a pouco e pouco.
*
O amor é de origem divina. Quanto mais se doa, mais multiplica sem
jamais exaurir-se.
Partidários da libertinagem, porém, empenham-se em insensata
cruzada para torná-lo livre, como se jamais não o houvera sido. Confundemno com sensualidade e pensam convertê-lo apenas em instinto primitivo,
padronizado pelos impulsos da sexualidade atribulada.
Liberdade para amar, sem dúvida, disciplina para o sexo, também.
21
Casamento, matrimônio.
20
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Amor é emoção, sexo sensação.
Compreensivelmente, mesmo nas uniões mais ajustadas, irrompem
desentendimentos, incompreensões, discórdias que o amor suplanta.
O matrimônio, desse modo, é uma sociedade de ajuda mútua, cujos
bens são os filhos — Espíritos com os quais nos encontramos vinculados
pelos processos e necessidades da evolução.
Pensa, portanto, refletindo antes de casar. Reflexiona, porém, muito
antes de debandar, após assumidos os compromissos.
As dúvidas projetadas para o futuro sempre surgem em horas
inesperadas com juros capitalizados. O que puderes reparar agora não
transfiras para amanhã. Enquanto luz tua ensancha, produze bens valiosos e
não te arrependerás.
*
Tendo em vista a elevação do casamento, Jesus abençoou-o em
Caná com a sua presença, tornando-o como parte inicial do seu ministério
público entre os homens.
E Paulo, o discípulo por excelência, pensando nos deveres de
incorruptibilidade matrimonial, escreveu, conforme Epístola número 5, aos
Efésios, nos versículos 22 e 25: “as mulheres sejam sujeitas a seus maridos,
como ao Senhor... Assim também devem os maridos amar a suas mulheres
como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo”.
Em tão nobre conceito não há subserviência feminina nem pequenez
masculina, antes, ajustamento dos dois para a felicidade no matrimônio.
(Joanna de Ângelis. SOS Família, cap.5, “Problemas no Matrimônio”.)
5) Mostrar a Pedra Angular da Família
Pedra angular da família — o culto dos deveres morais —, a
construção do lar, nele se faz, mediante as linhas seguras do enobrecimento
dos cônjuges, objetivando o equilíbrio da prole.
(Joanna de Ângelis. SOS Família, cap.5, “Problemas no Matrimônio”.)
21
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Desquite e Divórcio
Na sua generalidade o matrimônio é laboratório de reajustamentos
emocionais e oficina de reparação moral, através dos quais Espíritos
comprometidos se unem para elevados cometimentos no ministério familial.
Sem dúvida, reencontros de Espíritos afins produzem vida
conjugal equilibrada, em clima de contínua ventura22, através da qual
missionários do saber e da bondade estabelecem a união, objetivando
nobres desideratos23, em que empenham todas as forças.
Outras vezes, programando a elaboração de uma tarefa relevante
para o futuro deles mesmos, se penhoram numa união conjugal que lhes
enseje24 reparação junto aos desafetos e às vítimas indefesas do passado,
para cuja necessidade de socorrer e elevar compreendem ser inadiável.
Fundamental, entretanto, em tais conjunturas, a vitória dos cônjuges
sobre o egoísmo, granjeando recursos que os credenciem a passos mais
largos, na esfera das experiências em comum.
Normalmente, porém, através do consórcio matrimonial, exercitam-se
melhor as virtudes morais, que devem ser trabalhadas em benefício do lar e
da compreensão de ambos os comprometidos na empresa redentora.
Nessas circunstâncias a prole, quase sempre vinculada por desajustes
pretéritos, é igualmente convocada ao buril25 da lapidação, na oficina
doméstica, de cujos resultados surgem compromissos vários em relação ao
futuro individual de cada membro do clã, como do grupo em si mesmo.
Atraídos por necessidades redentoras, mas despreparados para elas,
os membros do programa afetivo, não poucas vezes, descobrem, de
imediato a impossibilidade de continuarem juntos.
De certo modo, a precipitação resultante do imediatismo materialista
que turba o discernimento, quase sempre pelo desequilíbrio no
comportamento sexual, é responsável pelas alianças de sofrimento, cuja
harmonia difícil, quase sempre, culmina em ódios ominosos26 ou tragédias
lamentáveis.
Indispensável, no matrimônio, não se confundir paixão com amor,
interesse sexual com afeição legítima.
22
Contentamento pelo sucesso obtido; felicidade.
Aquilo que é objetivo de desejo, aspiração.
Experencie, facilite, motive, possibilite, proporcione.
25
Instrumento de aço cuja ponta cortante em V é usada para gravar em metal ou madeira para impelir traços afilados.
26
Que tende a ser detestável; execrável.
23
24
22
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Causa preponderante nos desajustes conjugais o egoísmo, que se
concede valores e méritos superlativos em detrimento do parceiro a quem se
está vinculado.
Mais fascinados pelas sensações brutalizantes do que pelas emoções
enobrecidas, fogem os nubentes desavisados um do outro a princípio pela
imaginação e depois pela atitude, abandonando a tolerância e a compreensão, de pronto iniciando o comércio da animosidade ou dando corpo às
frustrações, que degeneram em atritos graves e enfermidades perturbadoras.
Comprometem-se, realmente, a ajudar-se com lealdade, estruturam-se
nos elementos das lições evangélicas, compreendem e aceitam como
legítimas a transitoriedade do corpo e o valor da experiência provacional; e
assim, se evitariam incontáveis dramas, inumeráveis desastres do lar, que
ora desarticulam as famílias e infelicitam a sociedade.
O casamento é contrato de deveres recíprocos em que se devem
empenhar os contratantes a fim de lograrem o êxito do cometimento.
A sociedade materialista, embora disfarçada de religiosa, facilita o
rompimento dos liames27 que legalizam o desposório28 por questões de
somenos importância, facultando à grande maioria dos comprometidos
perseguirem sensações novas, com que desbordam pela via de alucinações
decorrentes de sutis como vigorosas obsessões resultantes do comportamento passado e do desassisamento29 do presente.
O divórcio como o desquite são, em consequência, soluções legais
para o que moralmente já se encontra separado.
Evidente, que tal solução é sempre meritória por evitar atitudes mais
infelizes, que culminam em agravamento de conduta para os implicados na
trama dos reajustamentos de que não se evadirão.
Volverão a encontrar-se, sem dúvida, quiçá em posição menos
afortunada, oportunamente.
Imprescindível que, antes da atitude definitiva para o desquite ou o
divórcio, tudo se envide30 em prol da reconciliação, inda mais considerando
quanto os filhos merecem que os pais se imponham uma união respeitável,
de cujo esforço muito dependerá a felicidade deles.
27
Vínculo; tudo aquilo cujo propósito é ligar, unir ou prender uma coisa ou pessoa.
Promessas do casamento.
29
Sem juízo; desatinado.
30
Aplicar com obstinação, com zelo (recursos, métodos, providências, diligências etc.).
28
23
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Períodos difíceis ocorrem em todo e qualquer empreendimento
humano.
Na dissolução dos vínculos matrimoniais, o que padeça a prole, será
considerado como responsabilidade dos genitores, que se somassem
esforços poderiam ter contribuído com proficiência31 através da renúncia
pessoal, para a dita dos filhos.
*
Se te encontras na difícil conjuntura de uma decisão que implique em
problema para os teus filhos, para e medita. Necessitam de ti, mas também
do outro membro-base da família.
Não te precipites, através de soluções que, às vezes, complicam as
situações.
Dá tempo a que a outra parte desperte, concedendo-lhe ensancha
para o reajustamento.
De tua parte permanece no posto.
Não sejas tu quem tome a decisão.
A humildade e a perseverança no dever conseguem modificar
comportamentos, reacendendo a chama do entendimento e do amor,
momentaneamente apagada.
Não te apegues ao outro, porém, até a consumação da desgraça.
Se alguém não mais deseja, espontaneamente, seguir contigo, não te
transformes em algema ou prisão.
Cada ser ruma pela rota que melhor lhe apraz e vive conforme lhe
convém. Estará, porém, onde quer que vá sob o clima que merece.
Tem paciência e confia em Deus.
Quando se modifica uma circunstância ou muda uma situação, não
infiras32 disso que a vida, a felicidade, se acabaram.
Prossegue animado de que aquilo que hoje não tens será fortuna
amanhã em tua vida.
Se estiveres a sós e não dispuseres de forças, concede-te outra
oportunidade, que enobrecerás pelo amor e pela dedicação.
31
32
Capacidade para realizar algo, dominar certo assunto e ter aptidão em determinada área do conhecimento.
Alcance; compreenda; deduza; depreenda; entenda; perceba; saiba.
24
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Se te encontrares ao lado de um cônjuge difícil ama-o, assim mesmo,
sem deserção33, fazendo dele a alma amiga com quem estás incurso pelo
pretérito, para a construção de um porvir ditoso que a ambos dará a paz,
facultando, desse modo, a outros Espíritos que se revincularão pela carne, a
ocasião excelente para a redenção.
(Joanna de Ângelis. SOS Família, cap.6, “Desquite e Divórcio”.)
6) Mostrar os Objetivos pelos quais os Espíritos afins Produzem Vida
Conjugal Equilibrada.
Sem dúvida, reencontros de Espíritos afins produzem vida conjugal
equilibrada, em clima de contínua ventura, através da qual missionários do
saber e da bondade estabelecem a união, objetivando nobres desideratos,
em que empenham todas as forças.
(Joanna de Ângelis, SOS Família, cap.6, “Desquite e Divórcio”.)
A obrigação de respeitar os direitos alheios tira ao homem o de
pertencer-se a si mesmo?
“De modo algum, porquanto este é um direito que lhe vem da natureza.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, cap. X, questão 827.)
Cresce atualmente, o número de divórcios, separações, etc. Qual a
solução para esses relacionamentos desencontrados?
O amor, porém, entre duas ou mais pessoas somente será pleno, se elas
estiverem no mesmo nível. A solução, para os relacionamentos perturbadores, não é a separação, como supõem muitos. Rompendo-se com alguém,
não pode o indivíduo crer-se livre para um outro tentame, que lhe resultaria
feliz, porquanto o problema não é da relação em si, mas do seu estado
íntimo, psicológico. Para tanto, como forma de equacionamento, só a adoção
do amor com toda a sua estrutura renovadora, saudável, de plenificação,
consegue o êxito almejado, porquanto, para onde ou para quem o indivíduo
se transfira, conduzirá toda a sua memória social, o seu comportamento e o
que é. Desse modo, transferir-se não resolve problemas. Antes, deve
solucionar-se para trasladar-se, se for o caso, depois.
(Joanna de Ângelis, O Homem Integral, cap.7, “Plenificação Interior – Relacionamentos
Perturbadores”.)
33
Abandono do serviço militar, sem licença.
25
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
7) Mostrar por que o Divórcio e Desquite são Soluções Legais.
O divórcio como o desquite são, em consequência soluções legais
para o que moralmente já se encontra separado.
(Joanna de Ângelis, SOS Família, cap.6, “Desquite e Divórcio”.)
Joana de Cusa
“Entre a multidão que invariavelmente acompanhava a Jesus nas
pregações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e
nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum.
Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Ântipas, na cidade
onde se conjugavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores.
Joana possuía verdadeira fé; contudo, não conseguiu forrar-se às
amarguras domésticas, porque seu companheiro de lutas não aceitava as
claridades do Evangelho. Considerando seus dissabores íntimos, a nobre
dama procurou o Messias, numa ocasião em que ele descansava em casa
de Simão, e lhe expôs a longa série de suas contrariedades e padecimentos.
O esposo não tolerava a doutrina do Mestre. Alto funcionário de Herodes, em
perene contato com os representantes do Império, repartia as suas
preferências religiosas, ora com os interesses da comunidade judaica, ora
com os deuses romanos, o que lhe permitia viver em tranquilidade fácil e
rendosa. Joana confessou ao Mestre os seus temores, suas lutas e
desgostos no ambiente doméstico, expondo suas amarguras em face
das divergências religiosas existentes entre ela e o companheiro.”
Qualidades ressaltadas: rara dedicação, nobre caráter e possuía
verdadeira fé.
“Após ouvir-lhe a longa exposição, Jesus lhe ponderou:
“Joana, só há um Deus, que é o Nosso Pai, e
só existe uma fé para as nossas relações com o seu
amor. Certas manifestações religiosas, no mundo,
muitas vezes não passam de vícios populares nos
hábitos exteriores. Todos os templos da Terra são de
pedra; eu venho, em nome de Deus, abrir o templo da
fé viva no coração dos homens. Entre o sincero
discípulo do Evangelho e os erros milenários do
mundo, começa a travar-se o combate sem sangue
da redenção espiritual. Agradece ao Pai o haver-te
Vai, filha!... Sê fiel!
26
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
julgado digna do bom trabalho, desde agora. Teu esposo não te
compreende a alma sensível? Compreender-te-á um dia. Leviano e
indiferente? Ama-o, mesmo assim. Não te acharias ligada a ele se não
houvesse para isso razão justa. Servindo-o com amorosa dedicação,
estarás cumprindo a vontade de Deus. Falas-me de teus receios e de tuas
dúvidas. Deves, pelo Evangelho, amá-lo ainda mais. Os sãos não precisam
de médico. Além disso, não poderemos colher uvas nos abrolhos, mas
podemos amanhar o solo que produziu cardos envenenados, a fim de
cultivarmos nele mesmo a videira maravilhosa do amor e da vida.”
Joana deixava entrever no brilho suave dos olhos a íntima
satisfação que aqueles esclarecimentos lhe causavam; mas,
patenteando todo o seu estado d’alma, interrogou:
“Mestre, vossa palavra me alivia o espírito atormentado;
entretanto, sinto dificuldade extrema para um entendimento recíproco
no ambiente do meu lar. Não julgais acertado que lute por impor os
vossos princípios? Agindo assim, não estarei reformando o meu
esposo para o céu e para o vosso reino?”
O Cristo sorriu serenamente e retrucou:
“Quem sentirá mais dificuldade em estender as mãos fraternas,
será o que atingiu as margens seguras do conhecimento com o Pai, ou
aquele que ainda se debate entre as ondas da ignorância ou da
desolação, da inconstância ou da indolência do espírito? Quanto à
imposição das ideias — continuou Jesus, acentuando a importância de suas
palavras —, por que motivo Deus não impõe a sua verdade e o seu amor aos
tiranos da Terra? Por que não fulmina com um raio o conquistador
desalmado que espalha a miséria e a destruição, com as forças sinistras da
guerra? A sabedoria celeste não extermina as paixões, transforma-as.
Aquele que semeou o mundo de cadáveres desperta, às vezes, para Deus,
apenas com uma lágrima. O Pai não impõe a reforma a seus filhos
esclarece-os no momento oportuno. Joana, o apostolado do Evangelho é o
de colaboração com o céu, nos grandes princípios da redenção. Sê fiel a
Deus, amando o teu companheiro do mundo, como se fora teu filho.
Não percas tempo em discutir o que não seja razoável. Deus não trava
contendas com as suas criaturas e trabalha em silêncio, por toda a Criação.
Vai!... Esforça-te também no silêncio e, quando convocada ao esclarecimento, fala o verbo doce ou enérgico da salvação, segundo as circunstâncias!
Volta ao lar e ama o teu companheiro como o material divino que o céu
colocou em tuas mãos para que talhes uma obra de vida, sabedoria e
amor!”... Joana de Cusa experimentava um brando alívio no coração.
27
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
Enviando a Jesus um olhar de carinhoso agradecimento, ainda lhe
ouviu as últimas palavras:
“Vai, filha!... Sê fiel”!
*
Desde esse dia, memorável para a sua existência, a mulher de
Cusa experimentou na alma a claridade constante de uma resignação
sempre pronta ao bom trabalho e sempre ativa para a compreensão de
Deus. Como se o ensinamento do Mestre estivesse agora gravado
indelevelmente em sua alma, considerou que, antes de ser esposa na Terra,
já era filha daquele Pai que, do Céu, lhe conhecia a generosidade e os
sacrifícios. Seu espírito divisou em todos os labores uma luz sagrada e
oculta. Procurou esquecer todas as características inferiores do
companheiro, para observar somente o que possuía ele de bom,
desenvolvendo, nas menores oportunidades, o embrião vacilante de
suas virtudes eternas. Mais tarde, o céu lhe enviou um filhinho, que veio
duplicar os seus trabalhos; ela, porém, sem olvidar as recomendações de
fidelidade que Jesus lhe havia feito, transformava suas dores num hino de
triunfo silencioso em cada dia.
Os anos passaram e o esforço perseverante lhe multiplicou os bens da
fé, na marcha laboriosa do conhecimento e da vida. As perseguições
políticas desabaram sobre a existência do seu companheiro. Joana, contudo,
se mantinha firme. Torturado pelas ideias odiosas de vingança, pelas dívidas
insolváveis, pelas vaidades feridas, pelas moléstias que lhe verminaram o
corpo, o ex-intendente de Ântipas voltou ao plano espiritual, numa noite de
sombras tempestuosas. Sua esposa, todavia, suportou os dissabores mais
amargos, fiel aos seus ideais divinos edificados na confiança sincera.
Premida pelas necessidades mais duras, a nobre dama de Cafarnaum
procurou trabalho para se manter com o filhinho que Deus lhe confiara.
Algumas amigas lhe chamaram a atenção, tomadas de respeito humano.
Joana, no entanto, buscou esclarecê-las, alegando que Jesus igualmente
havia trabalhado, calejando as mãos nos serrotes de modesta carpintaria e
que, submetendo-se ela a uma situação de subalternidade no mundo, se
dedicara primeiramente ao Cristo, de quem se havia feito escrava devotada.
Cheia de alegria sincera, a viúva de Cusa esqueceu o conforto da nobreza
material, dedicou-se aos filhos de outras mães, ocupou-se com os mais
subalternos afazeres domésticos, para que seu filhinho tivesse pão. Mais
tarde, quando a neve das experiências do mundo lhe alvejou os primeiros
anéis da fronte, uma galera romana a conduzia em seu bojo, na qualidade de
serva humilde.
28
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
*
No ano 68, quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas,
vamos encontrar, num dos espetáculos sucessivos do circo, uma velha
discípula do Senhor amarrada ao poste do martírio, ao lado de um homem
novo, que era seu filho.
Ante o vozerio do povo, foram ordenadas as primeiras flagelações.
“Abjura!”... — exclama um executor das ordens imperiais, de olhar
cruel e sombrio.
A antiga discípula do Senhor contempla o céu, sem uma palavra de
negação ou de queixa. Então o açoite vibra sobre o rapaz seminu, que
exclama, entre lágrimas:
“Repudia a Jesus, minha mãe!”... Não vês que nos perdemos?!
Abjura!.. Por mim, que sou teu filho!”...
Pela primeira vez, dos olhos da mártir corre a fonte abundante das
lágrimas. As rogativas do filho são espadas de angústia que lhe retalham o
coração.
“Abjura!... Abjura!”...
Joana ouve aqueles gritos, recordando a existência inteira. O lar
risonho e festivo, as horas de ventura, os desgostos domésticos, as emoções
maternais, os fracassos do esposo, sua desesperação e sua morte, a viuvez,
a desolação e as necessidades mais duras... Em seguida, ante os apelos
desesperados do filhinho, recordou que Maria também fora mãe e, vendo o
seu Jesus crucificado no madeiro da infâmia, soubera conformar-se com os
desígnios divinos. Acima de todas as recordações, como alegria suprema de
sua vida, pareceu-lhe ouvir ainda o Mestre, em casa de Pedro, a lhe dizer:
“Vai filha! Sê fiel!” então, possuída de força sobre-humana, a viúva de Cusa
contemplou a primeira vítima ensanguentada e, fixando no jovem um olhar
profundo e inexprimível, na sua dor e na sua ternura, exclamou firmemente:
“Cala-te, meu filho! Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício.
Saibamos sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades
transitórias do mundo, é preciso ser fiel a Deus!”...
A esse tempo, com os aplausos delirantes do povo, os verdugos lhe
incendiavam, em derredor, achas de lenha embebidas em resina inflamável.
Em poucos instantes, as labaredas lamberam-lhe o corpo envelhecido. Joana
de Cusa contemplou com serenidade a massa de povo que lhe não entendia
29
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
o sacrifício. Os gemidos de dor lhe morriam abafados no peito opresso. Os
algozes da mártir cercaram-lhe de impropérios a fogueira:
“O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer?”
— perguntou um dos verdugos.
A velha discípula, concentrando a sua capacidade de resistência, teve
ainda forças para murmurar:
“Não apenas a morrer, mas também a vos amar!”...
Nesse instante, sentiu que a mão consoladora do Mestre lhe tocava
suavemente os ombros, e lhe escutou a voz carinhosa e inesquecível: “Tem
bom ânimo!... Joana Eu aqui estou!”...
(Humberto de Campos, Boa Nova, cap. 15. “Joana de Cusa”.)
Refletindo com Joanna de Ângelis
(...) mulher de rara dedicação e nobre caráter (...) Joana possuía verdadeira fé; contudo, não conseguiu forrar-se às amarguras domésticas (...)
(...) a nobre dama procurou o Messias (...) Joana confessou ao Mestre
os seus temores, suas lutas e desgostos no ambiente doméstico, expondo
suas amarguras (...)
“Após ouvir-lhe a longa exposição, Jesus lhe ponderou:
(...) Teu esposo não te compreende a alma sensível? Compreenderte-á um dia. Leviano e indiferente? Ama-o, mesmo assim. Não te acharias
ligada a ele se não houvesse para isso razão justa.
Joana deixava entrever no brilho suave dos olhos a íntima satisfação
que aqueles esclarecimentos lhe causavam; mas, patenteando todo o seu
estado d’alma, interrogou:
“Mestre, vossa palavra me alivia o espírito atormentado; entretanto,
sinto dificuldade extrema para um entendimento recíproco no ambiente do
meu lar. Não julgais acertado que lute por impor os vossos princípios?
Agindo assim, não estarei reformando o meu esposo para o céu e para o
vosso reino?”...
30
16o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “O Matrimônio”
O Cristo sorriu serenamente e retrucou:
“Quem sentirá mais dificuldade em estender as mãos fraternas, será o
que atingiu as margens seguras do conhecimento com o Pai, ou aquele que
ainda se debate entre as ondas da ignorância ou da desolação, da
inconstância ou da indolência do espírito? (...) Sê fiel a Deus, amando o teu
companheiro do mundo, como se fora teu filho. Não percas tempo em discutir
o que não seja razoável.” (...) Joana de Cusa experimentava um brando
alívio no coração. Enviando a Jesus um olhar de carinhoso agradecimento,
ainda lhe ouviu as últimas palavras:
“Vai, filha!... Sê fiel!”...
Desde esse dia, memorável para a sua existência, a mulher de Cusa
experimentou na alma a claridade constante de uma resignação sempre
pronta ao bom trabalho e sempre ativa para a compreensão de Deus. (...)
Procurou esquecer todas as características inferiores do companheiro, para
observar somente o que possuía ele de bom, desenvolvendo, nas menores
oportunidades, o embrião vacilante de suas virtudes eternas.
É com essa vivência, com a fé, a resignação e a vontade talhadas na
alma que nossa benfeitora traz valiosos ensinamentos à cerca do
matrimônio, desfazendo mitos, mas ampliando nossa visão como espírito
imortal que somos, a fim de não desperdiçarmos este grande laboratório de
reajustamentos emocionais e oficina de reparação moral, através dos quais
Espíritos comprometidos se unem para elevados cometimentos no ministério
familial.
A obrigação de respeitar os direitos alheios tira ao
homem o de pertencer-se a si mesmo?
“De modo algum, porquanto este é um direito que lhe vem
da natureza.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, cap. X, questão 827.)
31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CARNEIRO,Celeste. A Veneranda Joanna de Ângelis. 4.ed. Livraria Espírita Alvorada
Editora, Salvador, Bahia: 1995.
CAMPOS, Humberto de. Boa Nova. Psicografado por Francisco Cândido Xavier, 20.ed. Rio
de Janeiro: FEB.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3.ed.
Eletrônica. 2004.
HOUAISS, Antônio, Dicionário Eletrônico. Versão Eletrônica 3. Editora Objetiva, Rio de
Janeiro: 2009.
Joanna de Ângelis. O Homem Integral. Psicografado por Divaldo P. Franco, 11.ed. Livraria
Espírita Alvorada Editora, Salvador, BA: 1990.
______________. E outros espíritos. SOS Família. Psicografado por Divaldo P. Franco,
1.ed. Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, BA: 1994.
______________. Momentos de Consciência. Psicografado por Divaldo P. Franco, 2. ed.
Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, BA: 1991.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, 1.ed. Ed. CELD. Rio de Janeiro:2001.
______________. O Livro dos Espíritos. 1.ed. CELD. Rio de Janeiro: 2009.
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