A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DO SISTEMA MUNICIPAL DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO COMO INSTRUMENTO ESTRUTURANTE DO SUAS NO MUNICÍPIO DE LONDRINA-PR Adriana Aparecida dos Santos1 Marcelle Diório de Souza2 RESUMO O presente trabalho constitui-se na apresentação da proposta de construção participativa do sistema municipal de monitoramento e avaliação como instrumento estruturante do SUAS no município de Londrina – PR Tal sistema tem como objetivo principal o estabelecimento de padrão de qualidade dos serviços socioassistenciais que compõem a política municipal de assistência social. Para tanto, este trabalho considera inicialmente as diretrizes da nova Política Nacional de Assistência Social, expressa através do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Em seguida, contextualiza a política de Assistência Social em Londrina – PR, apresenta os demais objetivos bem como a metodologia utilizada que tem como foco um processo gradual de discussão com os atores envolvidos, promovendo assim uma construção participativa. Além disso, destaca os aspectos conceituais que compõem os processos de monitoramento e de avaliação. O estudo busca ainda apresentar as competências dos atores responsáveis pelo monitoramento e avaliação da rede socioassistencial. Por fim, traz conclusões preliminares referentes à importância de um sistema de monitoramento e avaliação, para o aprimoramento da gestão da política pública de assistência social. Outra importante conclusão diz respeito à possibilidade de otimização do gasto público no financiamento das ações, bem como 1 Assistente Social, Gerente de Monitoramento e Avaliação da Secretaria Municipal de Assistência Social de Londrina, Mestre em Serviço Social e Política Social pela Universidade Estadual de Londrina – UEL. E-mail: [email protected]. Endereço: Avenida Duque de Caxias 635. Térreo. CEP: 86015-901. Londrina/PR. Fones: 43 3372-4355/99921832. 2 Assistente Social, com atuação na Gerência de Monitoramento e Avaliação da Secretaria Municipal de Assistência Social de Londrina, Mestranda em Serviço Social e Política Social pela Universidade Estadual de Londrina – UEL. E-mail: [email protected]. Endereço: Avenida Duque de Caxias 635. Térreo. CEP: 86015-901. Londrina/PR. Fones: 43 3372-4355/91062127. 1 o fornecimento de subsídios ao Conselho Municipal de Assistência Social, órgão de deliberação, para que este exerça de forma mais efetiva o controle social. PALAVRAS-CHAVE: Sistema, Monitoramento, Avaliação, SUAS. INTRODUÇÃO A Assistência Social como política de proteção social configura-se como mecanismo de garantia de um padrão básico de inclusão social. Esta concepção de proteção supõe conhecer os riscos, as vulnerabilidades sociais das pessoas sujeitos de sua ação, bem como os recursos necessários para afiançar segurança social. Isto supõe conhecer os riscos e as possibilidades de enfrentá-los. De acordo com a Política Nacional de Assistência Social, aprovada em setembro de 2004, parte-se de “uma visão social capaz de entender que a população tem necessidades, mas também possibilidades ou capacidades que devem e podem ser desenvolvidas”. Nesta concepção, a Assistência Social ao invés de restringir-se ao mero repasse de benefícios passa a atuar como potencializadora das capacidades individuais e coletivas, resgatando o acesso a bens e serviços públicos aos invisíveis à sociedade. A sociedade contemporânea tem fragilizado os vínculos sociais devido ao acirramento das relações capitalistas. Isto posto, as relações familiares e comunitárias acabam sofrendo os reflexos desta nova ordem social e econômica. Neste sentido o campo de ação da política deve garantir as seguintes seguranças: Segurança de rendimento implica na “garantia de que todos tenham uma forma monetária de garantir sua sobrevivência, independentemente de suas limitações para o trabalho ou do desemprego”; Segurança de acolhida, “opera como a provisão e necessidades humanas que começa com os direitos à alimentação, ao vestuário e ao abrigo, próprios a vida humana em sociedade”; Segurança de convívio que implica no resgate dos vínculos sociais considerando as dimensões multicultural, intergeracional, interterritorial, intersubjetivas, entre outras. 2 Tal assertiva coloca como desafio para a política de assistência social a ampliação do seu campo de atuação tendo como foco a construção de uma política que efetivamente construa uma rede de segurança que atue tanto no campo das necessidades quanto das potencialidades individuais e coletivas visando à promoção da autonomia e o protagonismo do usuário. O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) expresso na nova Política Nacional de Assistência Social “define e organiza os elementos essenciais e imprescindíveis à execução da política de Assistência Social, possibilitando a normatização dos padrões nos serviços, qualidade no atendimento, indicadores de avaliação e resultado, nomenclatura dos serviços e da rede socioassistencial e, ainda, os eixos estruturantes e de subsistemas”. Os eixos estruturantes que compõe a nova Política Nacional de Assistência Social são: matricialidade sócio-familiar; descentralização políticoadministrativa e territorialização; novas bases para relação entre Estado e sociedade civil; financiamento; controle social; o desafio da participação popular/cidadão/usuário; política de recursos humanos; a informação, o monitoramento e a avaliação”. O SUAS organiza os serviços socioassistenciais a partir das seguintes referências: a Vigilância Social que prima pela “produção, sistematização de informações, indicadores e índices territorializados das situações de vulnerabilidade e risco social e pessoal que incidem sobre famílias/pessoas nos diferentes ciclos da vida”; a Proteção Social e a Defesa Social e Institucional que implica na garantia do direito ao usuário de acesso à proteção básica e especial. São direitos dos usuários dos serviços socioassistenciais, entre outros: o atendimento digno, atencioso, respeitoso; o acesso otimizado da rede de serviços; a informação, o protagonismo e manifestação dos seus interesses; a oferta qualificada de serviços e a convivência familiar e comunitária. Para a consolidação da Política de Assistência Social e implementação do SUAS faz-se urgente a formulação e implantação de um sistema de monitoramento e avaliação e um sistema de informação, que permitam a mensuração da eficiência e da eficácia das ações previstas nos planos de Assistência Social; a transparência; o acompanhamento; a avaliação do sistema e a realização de 3 estudos, pesquisas e diagnósticos a fim de contribuir para a formulação da política pelas três esferas de governo. O monitoramento e a avaliação constituem-se ainda como parte integrante de planejamento institucional “como um componente estrutural do sistema descentralizado e participativo”, e que precisam ser tratados como setores estratégicos de gestão. JUSTIFICATIVA A Secretaria Municipal de Assistência Social de Londrina foi criada em 1991 e implantada em 1993, tendo como competência primordial gerenciar a Política de Assistência Social no âmbito do Município. A política de Assistência Social no Município se estruturou com base nas ações assistenciais desenvolvidas pela sociedade civil através de entidades filantrópicas. A intervenção governamental na área teve início em 1948, mas as ações eram pontuais e voltadas para as áreas de saúde e educação. Com a aprovação da Lei Orgânica da Assistência Social, n.º 8.742/93, que coloca a assistência social como política pública universal, compondo o tripé da Seguridade Social e a implantação da Secretaria de Assistência no âmbito do município são estabelecidas novas bases para a gestão desta área, sobretudo no que diz respeito ao financiamento e controle das ações das entidades não governamentais. Inicia-se também, a criação de serviços públicos. A política de Assistência organiza-se a partir das seguintes diretrizes: a descentralização político administrativa, a participação popular e a primazia da responsabilidade do Estado. Neste contexto, a partir da segunda metade da década de 1990, começam a ser implementados novos serviços públicos, tendo uma elevada ampliação a partir de 2000. Atualmente a Secretaria Municipal de Assistência Social financia 80 serviços socioassistenciais, sendo 35 da rede governamental e 45 da rede não governamental. 4 Entre as exigências da nova Política de Assistência Social, o monitoramento e a avaliação são instrumentos estruturantes da gestão, visto que se torna essencial a construção de estudos, pesquisa e diagnóstico acerca dos resultados alcançados pelos serviços, de modo a otimizar os recursos disponíveis para a referida política. Portanto, a estruturação do sistema de monitoramento e avaliação favorece a garantia da capacidade gerencial, técnica e administrativa aos atores da política de Assistência Social no município. Um plano de monitoramento e avaliação na área social deve incluir mecanismos de devolução de informações para que os Conselhos assumam papel de destaque no exercício do controle social e na reformulação das políticas do setor. Diante disso, o município de Londrina iniciou um processo participativo de construção do sistema municipal de monitoramento e avaliação, como parte integrante do planejamento institucional na implementação do SUAS. OBJETIVO GERAL • Construir de forma participativa um sistema municipal de monitoramento e avaliação da política de Assistência social no município de Londrina, visando o aprimoramento da gestão, a transparência e o controle social da rede socioassistencial. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Construir indicadores de avaliação de processo e resultados dos serviços socioassistenciais do município de Londrina; • Definir padrão de qualidade dos serviços socioassistenciais do município de Londrina; • Contribuir para o aprimoramento da proteção social; • Definir serviços que afianciem um padrão de segurança social; • Envolver a rede socioassistencial na definição dos parâmetros de qualidade; 5 • Aprofundar a discussão sobre a política pública de assistência social; • Capacitar os gestores a fim de que a avaliação seja de fato um instrumento de gestão da política de assistência social. REFERENCIAL O monitoramento e avaliação compreendem o conjunto de procedimentos de acompanhamento e análise, com o propósito de checar se as atividades e resultados realizados correspondem ao que foi planejado e se os objetivos previstos estão sendo alcançados. São mecanismos gerenciais de acompanhamento e controle de ações planejadas, com base em indicadores. Permitem a socialização de informações sobre resultados alcançados e o impacto dessas ações sobre a qualidade de vida da população. Monitoramento diz respeito à observação regular e sistemática do desenvolvimento das atividades, do uso dos recursos e da produção de resultados, comparando-os com o planejamento. Ele deve produzir informações e dados confiáveis para subsidiar a análise da razão de eventuais desvios, assim como das decisões de revisão do plano. Avaliação tem o papel de analisar criticamente o andamento do serviço /projeto, segundo seus objetivos, tendo por base as informações produzidas pelo monitoramento. No processo de avaliação é importante desenvolver meios e instrumentos para responder às seguintes perguntas: a. Os resultados do projeto estão sendo atingidos? b. O objetivo do projeto está sendo alcançado? Para que as respostas a estas perguntas não sejam apenas opiniões ou impressões, é necessário utilizar indicadores, que devem ser definidos logo na fase de planejamento, e não ao final. Assim, viabilizam o monitoramento, permitem reorientações de rumo e possibilitam o aprendizado sobre a realidade na qual intervém o projeto. 6 A construção de indicadores quantitativos e qualitativos se torna necessário para dimensionar os resultados e impactos obtidos. Os indicadores se referem a aspectos tangíveis e intangíveis da realidade. Os indicadores são parâmetros qualificados e/ou quantificados que servem para detalhar em que medida os objetivos de um projeto foram alcançados, dentro de um prazo delimitado de tempo e numa localidade específica. Como o próprio nome sugere, são uma espécie de "marca" ou sinalizador, que busca expressar algum aspecto da realidade sob uma forma que possamos observá-lo ou mensurá-lo. A primeira decorrência desta afirmação é, justamente, que eles indicam, mas não são a própria realidade. Baseiam-se na identificação de uma variável, ou seja, algum aspecto que varia de estado ou situação, variação esta que consideramos capaz de expressar um fenômeno que nos interessa. Os indicadores tangíveis são os facilmente observáveis e aferíveis quantitativa ou qualitativamente, como renda, escolaridade, saúde, organização, gestão, conhecimentos, habilidades, formas de participação, legislação, direitos legais, divulgação, oferta etc. Já os intangíveis são aqueles sobre os quais só podemos captar parcial e indiretamente algumas manifestações: consciência social, auto-estima, valores, atitudes, estilos de comportamento, capacidade empreendedora, liderança, poder, cidadania. Como são dimensões complexas da realidade, processos não lineares ou progressivos demandam um conjunto de indicadores que apreendam algumas de suas manifestações indiretas, "cercando" a complexidade do que pretendemos observar. Além disso, os indicadores podem ser quantitativos ou qualitativos. Quantitativos quando procuram focar processos satisfatoriamente traduzíveis em termos numéricos, tais como valores absolutos, médias, porcentagens, proporções etc. Qualitativos quando relacionados a processos onde é preferível utilizar referências de grandeza, intensidade ou estado, tais como forte/fraco, amplo/restrito, frágil/estruturado, ágil/lento, satisfatório/insatisfatório e assim por diante. A escolha dos indicadores em um projeto também ocorre em função dos ângulos que se quer avaliar: sua eficiência, eficácia, efetividade ou impacto. 7 • Eficiência diz respeito à boa utilização dos recursos (financeiros, materiais e humanos) em relação às atividades e resultados atingidos. • Eficácia observa se as ações do projeto permitiram alcançar os resultados previstos. • Efetividade examina em que medida os resultados do projeto, em termos de benefícios ou mudanças gerados, estão incorporados de modo permanente à realidade da população atingida. • Impacto diz respeito às mudanças em outras áreas não diretamente trabalhadas pelo projeto (temas, aspectos, públicos, localidades, organizações etc.), em virtude de seus resultados, demonstrando seu poder de influência e irradiação. COMPETÊNCIAS DOS ATORES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO • Orientar e controlar o cumprimento das normas relativas ao termo de cooperação técnico-financeiro estabelecido com a rede de entidades socioassistenciais não governamentais; • Implementar o Sistema de Monitoramento e Avaliação de programas, projetos e serviços socioassistenciais; • Suprir de informações Secretarias e Conselhos afins; • Propor e coordenar estudos e pesquisas necessários ao processo de planejamento, implementação e normatização de ações de interesse da política de Assistência Social; • Propor um estudo em grupo sobre a questão do monitoramento dos programas e projetos, sugerindo melhorias no aspecto gerencial; • Fazer monitoramento físico, financeiro e analítico das atividades e das ações executadas pelos serviços conveniados com o município na área da assistência social. 8 • Elaborar articuladamente o Plano de Avaliação dos programas, projetos e serviços socioassistenciais; • Avaliar e medir o impacto social gerado pelos programas, projetos e serviços na área da assistência social. INDICADORES DE AVALIAÇÃO A seguir apresenta-se alguns dos indicadores que nortearão o monitoramento e a avaliação dos serviços socioassistenciais da rede de atenção básica e especializada da política municipal de Assistência Social nas áreas de família, criança e adolescente, idoso, pessoa com deficiência. Família • Inserção e permanência em programas de alfabetização para adultos. • Inserção e permanência em cursos de qualificação profissional; • Melhoria nas condições de moradia; • Fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários; • Inserção em programa de tratamento de farmacodependência; • Inserção em programa de tratamento psico-social; • Acesso á recursos comunitários e rede de serviços; • Acesso aos recursos comunitários de lazer; • Garantia de renda; acesso a bens materiais; • Fortalecimento pessoal/auto estima; • Superação da condição de violência e/ou acolhimento em lugar seguro quando necessário; 9 • Inserção em atividades que lhe possibilite o desenvolvimento e o acesso a conhecimentos que colaborem para o planejamento de seu futuro. • Instalação em moradia fixa (residência, albergues). • Resgate da identidade civil. Criança e adolescente • Acesso, permanência e sucesso escolar. • Resgate de vínculos familiares; • Não permanência nas ruas em estratégia de sobrevivência, • Inserção em programas complementares á Inserção em programas de profissionalização e colocação profissional, de acordo com os preceitos do ECA – Lei n.º 8069-90; • Após cumprimento de medida socio-educativa, resgate dos vínculos escolares, sociais e comunitários; • Inserção em programas de orientação em saúde, com acompanhamento e avaliação sistemática da melhoria das condições físicas; • Inserção em programas de proteção á criança e ao adolescente e políticas sociais setoriais; • Inserção de crianças e ou adolescentes em situação de abandono, em família acolhedora; • Resgate da auto estima; • Superação da desnutrição; • Acesso a programas de saúde voltados a tratamento e prevenção de verminoses e outras doenças infecto contagiosas, decorrentes das condições sanitárias; • Inserção em ações de outras políticas que oportunizem a expressão cultural, lúdica e artística; 10 • Inserção em atividades que lhe possibilite o desenvolvimento e o Acesso a conhecimentos que colaborem para o planejamento de seu futuro. Pessoa com Deficiência • Resgate da auto estima; • Participação comunitária; • Acesso às demais políticas públicas; • Inserção em programas de qualificação profissional; • Inserção em programas de alfabetização e ou formação continuada; • Acesso à renda, benefícios e recursos comunitários; • Superação da condição de maus tratos; Idoso • Inserção em grupos de convivência; • Acesso aos recursos comunitários; • Acesso a cursos de alfabetização; • Acesso à renda e benefícios sociais; • Inserção em atividades que oportunizem as expressões lúdicas, culturais, artísticas e de lazer; • Superação do preconceito, • Superação da condição de abandono e/ou maus tratos; CRITÉRIOS DE QUALIDADE Os critérios de qualidade encontram-se pautados nas legislações vigentes: Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Orgânica da 11 Assistência Social, Lei de Diretrizes e Bases, Legislações referentes à pessoa com deficiência, Vigilância Sanitária, Estatuto do Idoso e Cartilha Pacto de Compromisso, elaborada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente que realizou em parceria com a rede de serviços um processo de reordenamento dos serviços que atuam nesta área no município. Estes critérios foram definidos de modo que expressem a organização prevista pelo SUAS, considerando os serviços de proteção social básica e especial, nos aspectos de gestão, recursos humanos, estrutura física e atendimento técnico. METODOLOGIA 1. Elaboração de proposta preliminar tendo por base referencial teórico sobre a temática e diagnóstico social do município de Londrina. 2. Definição da conceituação da vulnerabilidade e risco social no município de Londrina. 3. Discussão da proposta preliminar do sistema municipal de assistência social junto aos gestores da política de assistência social e instituições socioassistencias do município de Londrina. 4. Reelaboração da proposta preliminar a partir das contribuições apresentadas; 5. Apresentação da proposta preliminar no Conselho Municipal de Assistência Social para apreciação e deliberação. 6. Transformação da proposta aprovada pelo Conselho em Norma Técnica do órgão gestor da Política de assistência social no município de Londrina. RESULTADOS 12 § Permitir um maior controle social das ações na área da assistência social; § Subsidiar o Conselho Municipal de Assistência Social no processo de registro de entidades através da definição dos parâmetros de qualidade que expressam o desenvolvimento de ações no campo desta política. § Permitir maior profissionalização dos serviços socioassistenciais. § Otimizar o gasto público no financiamento de ações na área da assistência social. § Aprimorar o sistema de proteção social no município. CONCLUSÕES A presente proposta constitui-se num importante instrumento para o aprimoramento da política municipal de assistência social posto que busca normatizar o padrão de qualidade dos serviços a serem oferecidos ao público alvo desta política. Desta forma, retira-se do campo do atendimento dos necessitados para o atendimento das necessidades. É relevante ressaltar a importância de se alterar práticas arraigadas nas entidades instituídas por valores outros que não compõem o campo dos direitos sociais. Cabe ainda mencionar que a normatização de um sistema municipal de monitoramento e avaliação permite que tanto os serviços governamentais quanto os não governamentais tenham unicidade na condução da gestão da política de assistência social. E por fim ressalta-se a proeminência de indicadores de avaliação que subsidiem os serviços na elaboração de relatórios quali e quantitativos, bem como possibilite à equipe de monitoramento e avaliação da Secretaria Municipal de Assistência Social o acompanhamento sistemático desta política. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13 BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil: 1988. – Texto Constitucional de 05 de outubro de 1988 com as alterações adotadas pelas emendas constitucionais nº 1/97 a 16/97 e pelas emendas constitucionais de revisão nº1 a 6/94. Brasília: Câmara dos deputados, Coordenação de Publicações, 1997. BRASIL. Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Lei nº 8742 de 07/12/1993. LONDRINA, Prefeitura Municipal. Plano Municipal Plurianual de Assistência Social de Londrina 2002 a 2005. Londrina, 2001. LONDRINA. Plano Municipal de Assistência Social 2005. Londrina, Prefeitura Municipal, Secretaria de Assistência Social, 2004. LONDRINA. Proposta Preliminar do Sistema Municipal de Monitoramento e Avaliação. Londrina, Prefeitura Municipal, Secretaria de Assistência Social, Gerência de Monitoramento e Avaliação, 2005. LONDRINA. Diagnóstico Social. Londrina, Prefeitura Municipal, Secretaria de Assistência Social, Diretoria de Gestão do Sistema Municipal de Assistência Social, Gerência de Monitoramento e Avaliação, 2005. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE Á FOME. SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Política Nacional de Assistência Social. Brasília, novembro de 2004. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE Á FOME. SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Norma Operacional Básica. NOB/SUAS. Brasília, Julho, 2005. 14