Universidade de Brasília EDEGAR MARANDOLA IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA SEGUNDO TEMPO NO MUNICÍPIO DE LONDRINA Londrina 2007 IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA SEGUNDO TEMPO NO MUNICÍPIO DE LONDRINA Edegar Marandola Monografia parcial para realizada como obtenção do requisito título de Especialista em Esporte Escolar, pelo Centro de Ensino a Distância, da Universidade de Brasília. Orientadora: Maria Aparecida Fernandes Londrina 2007 IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA SEGUNDO TEMPO NO MUNICÍPIO DE LONDRINA Edegar Marandola Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar, pelo Centro de Ensino a Distância, da Universidade de Brasília, pela Comissão formada pelos professores: Presidente: Membro: Professora Maria Aparecida Fernandes Especialista em Educação Professora Jane Dullius Doutora em Ciências da Saúde Londrina 2007 AGRADECIMENTOS Primeiramente À À Aos minha minha meus agradeço família, pelo orientadora, tutores a Deus, incentivo, pelo eletrônicos, por me carinho, empenho, pelas dar a graça compreensão dedicação orientações e e de e viver. respeito. colaboração. ensinamentos. A todos que direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho. Especialmente ao Ministério do Esporte, pela oportunidade de realizar este curso, que será de muita valia para minha vida profissional. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CEAD Centro de Educação a Distância CONFEF Conselho Federal de Educação Física FEL Fundação de Esportes de Londrina ME Ministério do Esporte UEL Universidade Estadual de Londrina UNB Universidade de Brasília UNOPAR Universidade Norte do Paraná SNEED Secretaria Nacional de Esporte Educacional LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Total de atendimentos do Programa Segundo Tempo no Brasil Tabela 2 – Cursos ministrados aos Monitores do Programa Segundo Tempo LISTA DE ANEXOS ANEXO 01 - Ficha Cadastral de Estagiário ANEXO 02 - Ficha de Supervisão ANEXO 03 - Cadastro Mensal de Alunos ANEXO 04 - Folha de Freqüência de Estagiário ANEXO 05 - Relatórios ANEXO 06 - Fotos 8 SUMÁRIO 1 JUSTIFICATIVA......................................................................................................9 1.2 SOCIABILIZAÇÃO NO ESPORTE...................................................................10 1.3 OBJETIVOS......................................................................................................11 1.3.1 Geral.........................................................................................................11 1.3.2 Específicos...............................................................................................11 1.4 PROGRAMA SEGUNDO TEMPO.....................................................................11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................13 2.1 ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO...............................................................13 2.2 ADMINISTRAÇÃO ESPORTIVA........................................................................14 2.3 ESPORTE..........................................................................................................15 3 MÉTODOS E TÉCNICAS.......................................................................................17 3.1 TIPO DE PESQUISA..........................................................................................17 3.2 COLETA DE DADOS.........................................................................................17 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO.......................................................................................18 4.1 BRASIL...............................................................................................................18 4.2 LONDRINA.........................................................................................................18 4.2.1 Escolha dos Núcleos e Monitores............................................................23 4.2.2 Cursos Oferecidos aos Participantes.......................................................25 4.2.3 Funcionamento dos Núcleos....................................................................26 5 CONCLUSÃO.........................................................................................................29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................30 ANEXOS 9 MARANDOLA, Edegar. Implantação e Desenvolvimento do Programa Segundo Tempo no Município de Londrina. Monografia do Curso de Especialização em Esporte Escolar. Capacitação Continuada do Ministério do Esporte. Universidade de Brasília. 2006. RESUMO O esporte é um meio educacional responsável por contribuir positivamente nas problemáticas de saúde e bem-estar, na diminuição de desigualdades, no resgate de valores e de princípios. É também um meio de socialização, de desenvolvimento cognitivo e motor, de promoção pessoal, capaz de tirar crianças e adolescentes das ruas e de situações de risco. Primando por tais objetivos o Ministério do Esporte criou o Programa Segundo Tempo e Londrina o implantou, buscando através do mesmo, solução, principalmente, para problemas sociais, contribuindo conseqüentemente para a formação de pessoas conscientes, tirando-os da ociosidade. Caracterizou-se em um programa de atividades físicas e esportivas realizado nas cinco regiões de Londrina, tendo como público alvo crianças e adolescentes de 7 a 17 anos de idade, matriculados em escolas públicas, em horários inversos ao escolar, proporcionando-lhes a prática de esportes gratuitamente. Foi desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Londrina (PML), através da Fundação de Esportes de Londrina (FEL), que contou com uma equipe de coordenadores, supervisores e estagiários de Educação Física e Ciência do Esporte, capacitados para o cumprimento das respectivas funções. Este estudo define-se como bibliográfico e tem por objetivo apresentar a implantação e o desenvolvimento do Programa Segundo Tempo, mostrando sua importância e necessidade para Londrina e demais cidades do país. Mostrando também os benefícios que os acadêmicos das áreas relacionadas tiveram com a possibilidade de confrontar a teoria com a prática. Projetos como esse, de cunho esportivo/social, constituem-se em recursos para a genuína formação de cidadãos. Palavras-chave: 1. Programa Segundo Tempo; 2. Fundação de Esportes de Londrina; 3. esporte; 4. socialização; 5. crianças e adolescentes. 10 1 JUSTIFICATIVA No ano de 2003, através da Medida Provisória n°103, foi criado o Ministério do Esporte, que tem como característica, “formular e implementar políticas públicas inclusivas de afirmação do esporte e do lazer, como direitos sociais dos cidadãos, colaborando para o desenvolvimento nacional e humano”. Dentro dessa característica, o Ministério planejou o acesso do esporte e lazer para as crianças e adolescentes de faixa etária escolar, pois segundo dados do Instituto Nacional de Educação e Pesquisas Educacionais (2000), somente 18,1% das escolas de ensino fundamental e médio possuem espaços adequados para a prática esportiva, ou seja, a grande maioria dos estudantes oriundos de estabelecimentos de ensino público, não tem acesso à prática esportiva. Tais estudantes, por serem privados do esporte, ficam expostos a contribuírem com o aumento da violência, uso de drogas, entre outros, por serem chamados num momento de ociosidade. Muitos projetos são criados pelos órgãos públicos para tentar mudar essa situação. Apesar de esses projetos serem criados com o propósito de suprir a falta da prática de esportes para as crianças, sabemos da dificuldade em gerenciar e organizar um projeto com verbas públicas. Há uma série de burocracias devido à legislação vigente, como por exemplo, a Lei de Responsabilidade Fiscal. O Ministério preocupado com a situação geral criou o Programa Segundo Tempo que, tem como principais objetivos: propiciar contato com a prática esportiva, desenvolver capacidades e habilidades motoras e implementar indicadores de acompanhamento e avaliação do esporte educacional no País. Vago apud Gerelus (1996), apresentou a idéia de que a escola pode reproduzir uma cultura de esporte que intervenha na história cultural da sociedade, através de um estado de tensão permanente. 11 Muito se sabe sobre o esporte na escola, tanto através de estudos, como de programas desenvolvidos através de órgãos públicos. Mas, sabe-se que o esporte, em muitas regiões do país, é financiado pelos apaixonados do esporte, muitas vezes voluntários, que não recebem nenhuma remuneração para isso, mas fazem tal trabalho simplesmente por amor. O Programa Segundo Tempo tem como finalidade a socialização das crianças e adolescentes matriculados em escolas públicas e a maior preocupação do projeto é a inserção de um grande número de alunos. Assim, a vivência esportiva será para a grande maioria, pois: “A socialização significa o processo de transmissão dos comportamentos socialmente esperados. Mais especificamente, a socialização para o desempenho de determinado papel social envolve a aquisição de capacidades (habilidades) físicas e sociais, valores, conhecimentos, atitudes, normas e disposições que podem ser aprendidas em uma ou mais instituições sociais, como por exemplo, a família, a escola, o esporte, e ainda através dos meios de comunicação”. (MARTINS et. al, 2005) 1.2 SOCIABILIZAÇÃO NO ESPORTE O esporte é um dos responsáveis pela socialização de muitas crianças que contam com poucas condições sociais e econômicas. A participação no esporte é um elemento que contribui para o desenvolvimento mental e social, pois oferece muitas oportunidades, como: aprender que existem outros além de nós, que para a convivência social precisamos obedecer a determinadas regras, ter determinado comportamento, aprender a conviver com vitórias e derrotas, ter independência e confiança em nós mesmos, responsabilidades e conhecimentos, o que desempenha um papel positivo funcional para todos os envolvidos. Com isso podemos afirmar que a socialização através do esporte pode ser considerada uma forma de controle social. A maioria das inclusões sociais decorridas do esporte é realizada através de projetos desenvolvidos pelos municípios ou outras entidades sociais, que buscam um número cada vez maior de crianças e adolescentes para atendimento, 12 pois assim poderão ser incluídos na sociedade de uma forma geral. As experiências com projetos sociais ligados ao esporte mostram que a atividade física, em especial no que diz respeito aos mais jovens, tem um fator motivador extremamente positivo. Os efeitos são sentidos no dia-a-dia, com crianças e adolescentes mais concentrados nas aulas, disciplinados e, principalmente, fora da rua. Tudo isso vem beneficiar: a sociedade, por não ter tantas crianças e adolescentes expostos a riscos; a própria família, por ter seus filhos participando de atividades físicas; e principalmente as crianças e adolescentes, por estarem praticando um esporte que gostam, oportunizando maior desenvolvimento de suas habilidades e motricidades. 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Geral Demonstrar o funcionamento do Programa Segundo Tempo no Município de Londrina. 1.3.2 Específicos Mostrar a organização e administração do programa para uma realização adequada; Analisar os benefícios que o programa trouxe para o município de Londrina, para as crianças e adolescentes atendidos, para os profissionais e acadêmicos envolvidos. 13 1.4 PROGRAMA SEGUNDO TEMPO A sociedade, através dos tempos, vem promovendo uma enorme exclusão das pessoas provindas das classes sociais mais baixas, talvez por terem poucas ou muitas vezes nenhuma condição de vida digna, devido à precariedade em que vivem, considerando a baixa renda versus o alto custo de uma inserção social. O esporte faz parte da sociedade e assim também promove a exclusão de muitos, por não terem condições de pagar para freqüentar clubes esportivos, de pagar para seus filhos participarem de escolinhas esportivas, entre outras. É certo que as escolas oferecem aulas de Educação Física, mas em forma de atividades que buscam especialmente o desenvolvimento e o crescimento de seus alunos em relação à motricidade e algumas outras habilidades físicas. Existem muitos projetos realizados pelos municípios, juntamente com órgãos que atuam para que haja a inclusão social de muitas crianças através do esporte, como também ajudam na detecção e seleção de talentos novos, na diminuição da violência e de envolvimentos com drogas, entre outras. O Programa Segundo Tempo é uma parceria do Ministério do Esporte, com o Ministério da Educação e com a Secretaria de Esporte Educacional, que busca democratizar o acesso à pratica esportiva de crianças e adolescentes matriculados em escolas públicas do Brasil, por meio de atividades esportivas oferecidas no contra-turno escolar, colaborando com a inclusão social, o bem-estar físico, promoção da saúde, disseminação da prática e da cultura desportiva do país e desenvolvimento intelectual de crianças e adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade social. 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO Para alcançarmos sucesso, é necessário planejar tudo o que fazemos, traçar objetivos e metas. Administrar todas as ações, ou seja, devemos administrar a nossa vida. A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência). Segundo Holanda apud Saddi (2003, p. 17), “Administrar é fazer administração, organizar, gerenciar alguma coisa, dirigir um negócio, um serviço, etc; governar, reger, gerir negócios públicos ou particulares; exercer função de administrador. E administração é a ação de administrar; conjunto de princípios, normas e funções que tem por fim ordenar os fatores de produção e controlar a sua produtividade e eficiência para se obter determinado resultado”. A administração deve ser realizada de forma clara, transparente, respeitando o conhecimento adquirido anteriormente, como também a formação e principalmente a responsabilidade legal. Portanto, é de fundamental importância considerar a idoneidade do administrador. Ainda conforme Capinussú (2002, p. 82) “O administrador enfim, haverá de ser líder em seu setor e de imporse pela competência profissional ou funcional, pela capacidade de trabalho, pelos sentimentos de justiça e humanidade e pela possibilidade se, por si só e corretamente, aquilatar os serviços concluídos e as utilidades resultantes, prevendo as suas conseqüências futuras”. Há pelo menos três tipos de habilidades necessárias para que o administrador possa executar eficazmente o processo administrativo: - Habilidade Técnica: consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para a realização de tarefas específicas, através da instrução, experiência e educação. 15 - Habilidade Humana: consiste na capacidade e no discernimento para trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes, motivações e aplicar uma liderança eficaz. - Habilidade Conceitual: consiste na habilidade para compreender as complexidades da organização global e o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da organização. Esta habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu grupo imediato. A adequada combinação dessas habilidades varia à medida que um indivíduo sobe na escala hierárquica, de posição de supervisão a posições de alta direção. 2.2 ADMINISTRAÇÃO ESPORTIVA A administração esportiva é uma área recente no Brasil, sendo assim pouco estudada pelos profissionais do esporte. Hoje está sendo mais conhecida pelos casos de mau gerenciamento e conduta dos atuantes. No Brasil a administração esportiva teve início em 1937, por intermédio da Lei n° 378 de 13 de março de 1937, que criou a Divisão de Educação Física do Ministério da Educação e Cultura. Mas, só foi priorizada a partir de 1995, quando o Presidente Fernando Henrique Cardoso criou o Ministério Extraordinário do Esporte (Saddi, 2003, p. 31). Nesse sentido, Melo (2005) enfatiza sobre a Lei Pelé, que exige a profissionalização da gerência dos clubes transformados em empresas. Foi aberto um novo nicho de mercado para pessoas qualificadas e especializadas, principalmente em administração, recursos humanos, finanças, contabilidade e marketing. Como já descrito anteriormente, temos que administrar tudo para conseguirmos chegar aos objetivos determinamos. Assim acontece também na área esportiva onde, para se conseguir obter os resultados planejados, deve haver uma 16 administração séria e especializada. Um administrador esportivo tem que ser qualificado, entender sobre assuntos de gerenciamento, de marketing, de organização, entre outros. Segundo Capinussú (2002, p. 83) “Ser administrador desportivo significa saber trabalhar coordenadamente com as autoridades políticas; saber criar as condições e ocasiões para as competições de grande repercussão; saber se relacionar com o público; saber utilizar a imprensa e os meios informativos em geral de forma justa e adequada, tendo sempre presente os objetivos pré-determinados e as necessidades de parte técnica”. 2.3 E SPORTE O esporte é uma prática que pode ser realizada por diferentes pessoas, diferentes faixas etárias, tendo diferentes objetivos; sendo às vezes voltado para a saúde, para as competições nos diferentes níveis, para a estética, para o aprendizado escolar ou simplesmente para o prazer e/ou lazer. Essa prática é desenvolvida de diversas formas, dependendo do objetivo estabelecido por cada um. A escolha pelo tipo de esporte, para a maioria, acontece de acordo com a afinidade. O Esporte é compreendido através de três manifestações esportivas, que na verdade são as formas de exercício direto e constituem-se nas suas efetivas dimensões: o esporte-educação, que é realizado nos estabelecimentos de ensinos; esporte-participação ou esporte popular, praticado pela sociedade, visando a saúde, lazer e o prazer; e o esporte-rendimento ou de performance, sendo esse caracterizado pelo treinamento esportivo sistematizado. (Tubino, 2001, p. 101). Em outras palavras, o esporte é uma atividade competitiva, institucionalizado, realizado conforme técnicas, habilidades e objetivos definidos pelas modalidades desportivas, determinadas por regras preestabelecidas que lhe dão forma, significado e identidade, podendo também, ser praticado com liberdade e finalidade lúdica, estabelecida por seus praticantes; realizado em ambiente diferenciado, inclusive na natureza. A atividade esportiva aplica-se ainda, na promoção da saúde e em âmbito educacional, de acordo com diagnóstico e/ou 17 conhecimento especializado, em complementação a interesses voluntários e/ou organização comunitária de indivíduos e grupos não especializados. (Confef, 2002, p. 7). 18 3 MÉTODOS E TÉCNICAS 3.1 TIPO DE PESQUISA A presente pesquisa se caracterizou como bibliográfica, pois segundo Vergara (1998), é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Caracterizou-se também como documental, tendo em vista que a coleta de dados foi realizada na Fundação de Esportes de Londrina. Não houve estudo de campo como meio exploratório, tendo em vista que o programa foi finalizado na cidade de Londrina, no mês de agosto de 2005. 3.2 COLETA DE DADOS Para a realização do estudo foi feito um levantamento de dados, na Fundação de Esportes de Londrina. 19 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO 4.1 BRASIL O Programa Segundo Tempo tem como alvo crianças e adolescentes matriculados em estabelecimentos de ensino públicos do país, principalmente nas áreas de risco social. Este termo é compreendido com base nas situações onde a criança e o adolescente são expostos ao perigo constante. Com isto, o Ministério do Esporte traçou uma meta de atendimentos para o programa: • Um milhão de crianças e adolescentes atendidos; • Mais de 600 municípios beneficiados; • 26 estados da federação, mais o Distrito Federal. Após aproximadamente três anos de Programa, verifica-se os seguintes números: Tabela 1 – Total de atendimentos do Programa Segundo Tempo no Brasil. ATENDIMENTOS Crianças e adolescentes Municípios NÚMERO 1 074 563 1 392 Estados 26 mais DF Núcleos 6 257 Fonte: Ministério do Esporte, outubro de 2006. 4.2 LONDRINA O Programa Segundo Tempo teve início em Maio de 2003, quando através do convênio n° 169/2003 foi repassado ao município a quantia de R$ 20 429.312,00 (quatrocentos e vinte e nove mil e trezentos e doze reais), para pagamento de Monitores (estagiários) e alimentação para as crianças participantes do Programa. A estrutura do Programa em Londrina se baseou conforme o Organograma abaixo: PROGRAMA SEGUNDO TEMPO - LONDRINA/PR Ministério do Esporte Secretaria Nacional de Esporte Educacional Coordenador Geral de Capacitação do Ministério Coordenador Geral do Convênio Fundação de Esportes de Londrina Auxiliar Coordenador Geral Convênio Coordenador de Núcleo Monitor de Núcleo Ainda conforme o Manual de Diretrizes e Orientações do Programa Segundo Tempo, cada elemento do organograma acima descrito, tem suas 21 atribuições e responsabilidades. Ao Coordenador Geral de Capacitação do Ministério, cabe: • Responder pela boa conduta de ação de capacitação no País, de forma articulada com a CEAD/UNB; • Planejar e organizar em conjunto com a CEAD/UNB, seus parceiros executores, com os Coordenadores Estaduais de Capacitação e os Coordenadores Gerais dos Convênios, a ação de capacitação em nível nacional; • Organizar, juntamente com o CEAD/UNB, com a Coordenação Estadual de Capacitação e os Coordenadores Gerais de cada convênio, o processo de inscrição das turmas de alunos, além de manter sua composição, com o acompanhamento geral do processo; • Possibilitar a articulação entre os Coordenadores Estaduais de Capacitação e os Coordenadores Gerais de cada convênio, de forma precisa e necessária para o bom funcionamento da capacitação; • Organizar e fiscalizar junto a CEAD/UNB, a entrega dos produtos previstos no contrato estabelecido entre as partes; • Analisar relatórios apresentados pelo CEAD/UNB, procurando sempre melhorar o trato da informação e da divulgação do Programa; • Estabelecer contato, sempre que necessário, com os Coordenadores estaduais de Capacitação e os Coordenadores Gerais dos convênios do Segundo Tempo; • Promover reuniões excepcionais, sempre que necessário, e que venham ao encontro dos interesses do projeto, e em beneficio dos alunos; • Manter sempre informados os órgãos de imprensa objetivando a constante divulgação de todas as atividades do programa junto à comunidade; • Desenvolver parcerias que objetivem o melhor desempenho do programa, agregando valores e benefícios aos participantes do projeto. (Brasil, 2004, p. 47). São atribuições e responsabilidades do Coordenador Geral do Convênio, planejar e organizar em conjunto com os Coordenadores de Núcleos e Monitores, todas as atividades inerentes ao bom funcionamento dos Núcleos, acompanhando a execução das mesmas: • Compor em conjunto com os Coordenadores, todas as turmas de alunos e manter sua composição, com o acompanhamento diário de freqüência, e acompanhamento de rendimento; • Acompanhar o processo de Atesto de relatório de vistoria de espaço físico de cada Núcleo; • Acusar a Coordenação Nacional do Programa o recebimento do material esportivo enviado pelo Programa pintando a liberdade, bem como, seus quantitativos e estado de uso dos mesmos; 22 • Analisar relatórios apresentados pelos Coordenadores de Núcleo e Monitores procurando sempre melhorar o trato das informações e da divulgação do Programa; • Encaminhar mensalmente relatório de atividades, para entidade responsável pelo convenio, incluindo Monitoramento quanto a desempenho dos alunos também em relação à escola, com copia para o Departamento de Esporte Escolar/SNEED/ME; • Registrar no Sistema de Informações do Programa (via Internet), as informações atualizadas referentes a relações nominais de recursos humanos envolvidos nas atividades; mediante senha específica, fornecida pela Coordenação deste Ministério do Esporte; • Encaminhar relatórios trimestrais ao Ministério do Esporte, com informações precisas sobre o andamento do programa, conforme orientações repassadas pela Coordenação Nacional; • Promover reuniões excepcionais, sempre que necessário, e que venham de encontro aos interesses do projeto, e em beneficio dos alunos; • Manter sempre informados os órgãos de imprensa objetivando a constante divulgação de todas as atividades do programa junto a comunidade; • Desenvolver parcerias que objetivem o melhor desempenho do programa, agregando valores e benefícios aos participantes do projeto; • Desenvolver demais atividades correlatas; • Providenciar montagem de buck com todo e qualquer material que seja publicado e encaminhar copia a Secretaria Nacional de Esporte Educacional; • Colher depoimentos escritos referentes ao Programa, de Pais, alunos, professores e outros. Sempre que ocorrer este tipo de manifestação, enviar o original para o Departamento de Esporte Escolar/SNEED/ME. (Brasil, 2004, p.48). Ao Coordenador de Núcleo, é de responsabilidade: • Zelar sempre pela segurança total dos alunos durante todo o período de permanência do Núcleo; • Providenciar espaço e instalações sempre em condições para o desenvolvimento das atividades; • Obter formalmente todas as autorizações necessárias ao bom desempenho das atividades dos membros da equipe e alunos; • Planejar coletivamente, preparar, observar as atividades desenvolvidas, debater, refletir e avaliar o Projeto junto aos Monitores que atuam no Núcleo sob sua responsabilidade e coordenação; • Manter o Coordenador geral sempre informado quanto a distorções apresentadas e imediatamente em conjunto com Monitores apresentar soluções; • Comunicar imediatamente quaisquer fatos que envolvam membro da equipe ou aluno em situação adversa; • Resolver todos os casos omissos, com imparcialidade e cortesia, comunicando imediatamente o fato a Coordenação-geral; • Promover reuniões periódicas pré-programadas, bem como outras atividades extras que possam enriquecer o projeto; 23 • Acompanhar o desempenho das atividades dos membros da equipe mantendo suas atuações padronizadas, harmônicas e coerentes com os princípios educacionais; • Acompanhar o desempenho das atividades de todos os membros da equipe, inclusive com a exigência de sua permanência diária pelo período de horas do desenvolvimento do Projeto; • Exigir e comprovar a freqüência de toda a equipe técnica e de alunos; • Exigir planejamento de atividades, semanal e mensal dos Monitores; • Exigir relatórios de atividade mensal aos Monitores; • Dentro de suas possibilidades, participar de forma gratuita, do processo de Capacitação em Esporte Escolar, oferecido pelo ministério do Esporte, de forma a adquirir, ao final dos 06 módulos, o título de “Especialista em Esporte Escolar”; • Apresentar planejamento e relatórios ao Coordenador Geral; • Cumprir na integra o plano de trabalho estabelecido bem como seus horários; • Colher depoimentos escritos referentes ao programa, de Pais, alunos, professores e outros. Sempre que ocorrer esse tipo de manifestação, enviar o original ao Departamento de Esporte Escolar/SNEED/ME. (Brasil, 2004, p.49). Os Monitores de Núcleos, também possuem suas atribuições e responsabilidades, que são: • Participar do Planejamento semanal e mensal, juntamente com o Coordenador do Núcleo, das atividades a serem desenvolvidas, de forma a organizar e desenvolver as atividades relativas ao ensino e funcionamento do Núcleo; • Solicitar providências junto ao Coordenador e demais membros da equipe objetivando otimizar o desenvolvimento de suas atividades; • Prestar todas as informações técnicas necessárias quando solicitadas; • Comunicar imediatamente ao Coordenador de Núcleo, quaisquer fatos que envolvam membro da equipe ou aluno em situação adversa; • Zelar pelo bom funcionamento de suas aulas; • Zelar sempre pela segurança total dos alunos durante todo o período de permanência do Núcleo; • Acompanhar a freqüência dos alunos, mantendo relatórios de freqüência atualizados mensalmente; • Responsabilizar-se, juntamente com a Coordenação do Núcleo, pela turma durante o desenvolvimento de sua atividade; • Apresentar planejamento de aulas semanal e mensal à Coordenação do Núcleo; • Dentro de suas possibilidades, participar de forma gratuita, do processo de Capacitação em Esporte Escolar, oferecido pelo Ministério do Esporte, de forma a adquirir, certificados de Cursos de Extensão em Esporte Escolar; 24 • Estabelecer sistema de diário, apontando as atividades desenvolvidas diariamente e semanalmente; • Elaborar e apresentar relatórios mensais sobre as atividades desenvolvidas, à Coordenação do Núcleo; • Desenvolver juntamente com o Coordenador de sua área, planejamento e relatório, levando-os a consideração da Coordenação geral; • Resolver todos os casos omissos, com imparcialidade e cortesia, comunicando imediatamente o fato a Coordenação do Núcleo; • Cumprir o plano de trabalho estabelecido e os horários; • Desenvolver demais atividades correlatas; • Colher depoimentos escritos referentes ao programa, de Pais, alunos e professores e outros. Sempre que ocorrer este tipo de manifestação, enviar o original a Secretaria Nacional de Esporte Educacional. (Brasil, 2004, p.50). 4.2.1 Escolha dos Núcleos e Monitores Após a assinatura do convênio, começou a escolha dos Núcleos e seus respectivos Coordenadores, quando foi definido o espaço físico destinado à pratica esportiva orientada, didático-pedágogica, no ambiente externo ou interno da escola. (Brasil, 2003, p.31). A princípio os Núcleos foram definidos seguindo critério determinado pelo Ministério do Esporte, que estabelecia que as escolas deveriam ter no mínimo 500 alunos matriculados para participarem do Programa. Porém, com o andamento do Programa, tal critério não foi completamente atingido, permitindo assim, a implantação dos Núcleos, conforme a necessidade e o interesse de cada Estabelecimento de Ensino. Até o mês de julho de 2005, o Programa Segundo Tempo atendia os seguintes estabelecimentos de ensino: CE Adélia Dionísia Barbosa CE Albino Feijó Sanches CE Ana Molina Garcia CE Antonio Moraes de Barros CE Beahir Edna Mendonça CE Benedita Rosa Resende CE Benjamin Constant CE Carlos de Almeida CE Cleia Godoy F. da Silva CE Heber Soares Vargas CE Humberto P. Coutinho CE José Aloísio Aragão – Aplicação CE Lucia Barros Lisboa CE Marcelino Champagnat 25 CE Maria José Aguilhera CE Newton Guimarães CE Olímpia Moraes Tormenta CE Polivalente CE Rina Francovig CE Roseli Piotto Roehring CE São José CE Thiago Terra - CAIC SUL CE Ubedulha C. Oliveira CE Vicente Rijo CE Willie Davids EE Barão do Rio Branco EE Fernando Barros Pinto EE Gabriel Carneiro Martins EE João Rodrigues da Silva EE José Carlos Pinotti EE Kazuco Ohara EE Lauro Gomes da Veiga Pessoa EE Monsenhor José Escrivã EE Olavo Garcia F. da Silva EE Rui Barbosa EE Vani Ruiz Viesse EM Carlos Kraemer / Célia Morais EM David Dequech EM Eugênio Brugin EM Francisco Pereira de Almeida Jr EM Senador Gaspar Velloso EM Hikoma Udihara EM Leonor Maestri de Held EM Mábio Gonçalves Palhano EM Miguel Bespalhok EM Moacyr Teixeira EM Nina Gardemann EM Salim Aboriham Escola Oficina Pestalozzi Paralelo à escolha dos Núcleos e seus respectivos Coordenadores, foi feita a seleção dos Monitores dos Núcleos. Para tal seleção, a FEL convidou alunos de graduação dos cursos de Ciência do Esporte – Universidade Estadual de Londrina e de Educação Física – Universidade Estadual de Londrina e Universidade Norte do Paraná, para preencherem uma ficha cadastral (anexo 01), onde além de dados pessoais, os interessados deveriam apresentar as modalidades esportivas que gostariam de desenvolver, como também informar em quais delas já possuíam alguma experiência. De posse dessa ficha cadastral, os Coordenadores do Programa, da Fundação de Esportes, selecionaram os Monitores que atendiam as 26 necessidades dos respectivos Núcleos. Tais Monitores foram chamados para uma reunião, onde foi apresentado o Programa, bem como seu funcionamento. Os universitários que atenderam às exigências do Programa e manifestaram interesse em participar, foram contratados pela Fundação de Esportes como monitores, para realizarem um trabalho de vinte horas semanais, recebendo uma bolsa auxílio de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais) mês. 4.2.2 Cursos Oferecidos aos Participantes Aos Monitores e Coordenadores de Núcleos, o Ministério do Esporte em parceria com a Universidade de Brasília, ofereceu gratuitamente cursos de Educação à Distância. Para os Coordenadores de Núcleos, os cursos foram oferecidos em seis módulos, e após o término, serão emitidos títulos de Especialistas em Esporte Escolar. Já aos Monitores, os cursos foram apresentados em dois módulos, e para o término são garantidos certificados de Cursos em Extensão de Esporte Escolar. A Fundação de Esportes, também ofereceu Cursos de Capacitação aos Monitores do Programa Segundo Tempo. No ano de 2005, a Fundação de Esportes ofereceu os seguintes cursos: Tabela 2 – Cursos ministrados aos Monitores do Programa Segundo Tempo. CURSO Apresentação do Programa Segundo Tempo Iniciação ao Voleibol Descoberta do Talento Esportivo MINISTRANTE Profª. Ms. Dalva Martins Rosa Prof. Esp. Marival Antonio Mazzio Prof. Ms. Antonio C. Dourado Fonte: Fundação de Esportes de Londrina, setembro de 2005. Os cursos oferecidos aos estagiários visavam aprimorar a formação acadêmica, bem como capacitá-los para um trabalho de iniciação esportiva com crianças e adolescentes, proporcionando uma troca de experiências entre todos os participantes; como também fortalecer a relação entre o professor aluno e o estagiário aluno. 27 O curso ministrado pela Profª. Ms. Dalva Martins Rosa explanou sobre o Programa Segundo Tempo. Explicou seu funcionamento, sua metodologia e a melhor maneira de trabalhar dentro dos seus princípios. Ressaltou também o cuidado que se deve ter ao trabalhar com crianças, principalmente em relação à disciplina, considerando sempre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Já o curso ministrado pelo Prof. Esp. Marival Antonio Mazzio foi totalmente prático. Falou sobre como trabalhar voleibol com as crianças, tanto em iniciação, que é o caso do mini-voleibol, quanto na idade mais avançada, com adolescentes do ensino médio. O último curso oferecido foi o de Descoberta do Talento Esportivo, quando o Prof. Ms. Antonio C. Dourando apresentou e explanou técnicas para detecção de novos talentos esportivos. Desenvolveu também testes práticos, simples e de fácil aplicabilidade. 4.2.3 Funcionamento dos Núcleos Após o monitor ser contratado pela FEL, os Coordenadores do Programa foram até o núcleo e o apresentaram ao Coordenador de Núcleo e a comunidade escolar. A partir desse momento, iniciou-se uma ampla divulgação do Programa no Estabelecimento de Ensino e região. Nessa divulgação, o Monitor estagiário se dirigiu até as salas de aula e fez uma breve explanação do Programa, e assim, convidou os alunos a participarem do referido Programa que foi desenvolvido dentro do Estabelecimento de Ensino. Cada Monitor desenvolveu suas atividades no contra-turno escolar, ou seja, para os alunos que estudavam no período matutino, o projeto foi oferecido à tarde e aos alunos do período vespertino, o projeto foi oferecido pela manhã. Dentro desses horários foi trabalhada a modalidade esportiva, conforme a preferência da comunidade. A criança ou adolescente que desejava participar do Programa procurava o Monitor e se inscrevia. Mas, para tal, foi necessária uma autorização dos pais ou responsáveis. Os alunos forneceram os seguintes dados aos Monitores: 28 • Nome completo; • Data de nascimento; • Endereço; • Telefone; • Nome dos pais; • Estabelecimento de Ensino onde estuda; • Renda Familiar; • Número de pessoas que moravam na casa. Os dados coletados foram repassados ao Ministério do Esporte, através do Portal do Programa Segundo Tempo. Nesse portal, os Monitores cadastraram todos os alunos participantes do Programa, formando assim um banco de dados, para um melhor acompanhamento do Ministério e dos profissionais envolvidos. Esses dados serviam também de orientação ao Ministério para fiscalização do convênio; para constatação do cumprimento dos objetivos. Caso os critérios não estivessem dentro do estabelecido, o Ministério do Esporte convocaria seus Técnicos a fariam uma visita aos locais que estivessem apresentando problemas. O Ministério do Esporte repassou através do convênio, materiais esportivos para os Núcleos desenvolverem o Programa. Os materiais foram distribuídos gratuitamente. Os mesmos vieram do Programa Pintando a Liberdade, onde detentos realizam confecção de bolas, redes e demais materiais esportivos, em troca de redução em suas penas. A Fundação de Esportes realizava supervisão nos Núcleos participantes do Programa. Técnicos e Supervisores, todos formados na área da Educação Física, visitavam os Núcleos, constatavam e registravam em ficha apropriada (anexo 02), o andamento do Programa, bem como a participação do Monitor e se o mesmo estava correspondendo à expectativa da comunidade escolar. Os Técnicos e Supervisores durante a visita, conversavam com os Coordenadores de Núcleos e com os Diretores dos estabelecimentos de ensino, para detecção, bem como busca de soluções dos problemas existentes e também para troca de experiências e sugestões. Mensalmente os Monitores encaminhavam para a Fundação de Esportes uma relação de cadastros dos alunos (anexo 03), como também sua folha 29 de freqüência (anexo 04). Ao final do estágio elaboravam um relatório sobre o desenvolvimento do Programa (anexo 05). Porém, com o vencimento do contrato entre a FEL e ME, em 31 de julho de 2005, a FEL protocolou um oficio junto ao ME solicitando a renovação do Programa em Londrina, obtendo uma resposta inesperada no aspecto de atendimento, pois conforme o Ministério, o objeto do convênio seria de 10(dez) meses ininterruptos ou 12(doze) meses considerando recessos escolares. Portanto, os Núcleos que iniciaram no Programa desde a assinatura do convênio, não poderiam mais participar no ano de 2005. Somente os Núcleos que não haviam completado tal período poderiam continuar no Programa, conseqüentemente utilizando verbas oriundas do convênio. Com isso, cerca de 20 estabelecimentos de ensino dentre os 49 participantes, deixaram de participar do Programa Segundo Tempo, o que provocou grande descontentamento em todos os envolvidos. 30 5 CONCLUSÃO O Município de Londrina-PR foi uma das cidades beneficiadas pelo Programa Segundo Tempo. O referido programa foi realizado através de um convênio entre o Ministério do Esporte e o Município, organizado e administrado pela Fundação de Esportes de Londrina (FEL), órgão da Prefeitura que teve como função desenvolver o programa no município, desde a contratação de estagiários até a escolha dos locais onde o mesmo foi desenvolvido, o que para a FEL foi de suma importância, pois além de trabalhar o aspecto social e esportivo das crianças, auxiliou os acadêmicos da área de Educação Física e Ciência do Esporte a terem um contato maior com a prática, auxiliando também na formação profissional dos mesmos. Para a implantação do programa, houve necessidade de conhecimentos sobre organização, administração, atividades esportivas, culturais e sociais, benefícios à sociedade em geral. Segundo Oliveira (2005), administração é o processo de planejar, organizar e controlar o uso de recursos, a fim de alcançar objetivos. Coube à Fundação de Esportes, através de recursos oriundos do Ministério do Esporte, fazer com que o programa atingisse suas metas e incluísse as crianças num contexto social e esportivo, dentro da própria escola ou colégio onde o Programa foi desenvolvido. Foram aplicadas dentro do programa, as modalidades esportivas de: futebol, handebol, voleibol, ginástica olímpica, atletismo, entre outros. Com a prática esportiva, as crianças passaram menos tempo nas ruas, sujeitas às condições adversas como: risco de contato com as drogas, violência e outros fatores que atormentam as sociedades nos dias de hoje e que impedem um maior desenvolvimento das mesmas. O presente estudo irá beneficiar a todos os envolvidos com o Programa Segundo Tempo, não somente no município de Londrina, mas a outros que participarem do programa. Através deste poderá haver melhoria e facilitação na organização e administração, por parte dos responsáveis pela execução do projeto em qualquer esfera e/ou localidade. 31 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANDRADE, Márcio Rogério Silveira de Andrade; ANDRADE, Marcelo de Mello. Administração Esportiva: Fundamentos. Brasília, [s.n.], 1986. CAMPI, Vanessa C. Desenvolvimento de Aparelhos Alternativos da Ginástica Olímpica para utilização no âmbito escolar. 2003 - Londrina. Trabalho de Conclusão de Curso da Licenciatura em Educação Física – Universidade Estadual de Londrina. CAPINASSU, José Maurício. Administração Desportiva Moderna. São Paulo: IBRASA, 2002. LONDRINA. Lei n° 7941 de 23 de novembro de 1999. Autoriza o Executivo Municipal a instituir a Fundação de Esportes de Londrina, com a finalidade de fomentar o esporte amador no Município de Londrina. Jornal Oficial, Londrina, PR, n. 189, 25 nov. 1999. MARTINS, Danielle Fabiane et al. O esporte como papel de uma reunião social. Disponível em: <http://www.presidentekennedy.br/rece/trabalhos- num1/artigo03.pdf>. Acesso em: 13 de outubro de 2006. MAXIMIANO, Antonio César Amauru. Introdução à Administração. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1986. MINISTÉRIO do Esporte. objetivos do Brasília, Ministério do Esporte, 2002. Apresenta os Programa Segundo Tempo. <http://www.esporte.gov.br/segundotempo/objetivos.htm>. outubro de 2006. Disponível Acesso em: em: 18 de 32 OLIVEIRA, Cezar Augusto de. O que é Administração. Disponível em: <www.professorcezar.adm.br/textos/0queeadministracao.pdf>. Acesso em: 18 de outubro de 2006. PIAZENTIN, Rodimar. Assessoria Municipal de Esportes: da criação à extinção. 2000. 44 f. Monografia (Licenciatura em educação Física) – Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Estadual de Londrina. SADDI, Welberth de Souza. Administração Esportiva em Órgãos Públicos: Uma Análise da Fundação de Esportes de Londrina. 2003. 102 f. Monografia (Bacharel em Ciência do Esporte) – Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Estadual de Londrina. TUBINO, Manuel G. Dimensões Sociais do Esporte. 2º ed. Revista 11: Cortez, 2001. VERGARA, Sylvia C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 2º ed. São Paulo: Atlas, 1998. 33 ANEXOS 34 ANEXO 01 - FICHA CADASTRAL DE ESTAGIÁRIO PROGRAMA SEGUNDO TEMPO Nome: Foto Curso da Graduação: Universidade: ( )UEL Período: ( )MATUTINO ( )UNOPAR ( )NOTURNO Naturalidade: Nacionalidade: Data de Nascimento: / / Idade: Sexo: ( ) Mas ( ) Fem Nº do RG: Nº do CPF: Endereço: Nº. Bairro: Cidade: CEP: Tel. Residencial: Comercial: Celular: Qual ano/período está cursando? Nome do Pai: Profissão: Nome da Mãe: Profissão: Informar a disponibilidade de horário, marcando com um X Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Manhã Tarde O candidato poderá indicar todas as modalidades que domina, destacando 1ª e 2ª opções ( ) Atletismo ( ) Futebol ( ) Handebol ( ) Taekwondo ( ) Basquete ( ) Futsal ( ) Voleibol ( ) Xadrez ( ) G. R. ( ) G. O. ( ) Judô ( ) Natação ( ) Tênis de Mesa ( ) Tênis de Campo ( ) Beisebol ( ) Karatê ( ) Recreação ( ) Canoagem ( ) Adm. Esportiva ( ) Outros ___________________________________ Assinatura do Estagiário Londrina,_______de______________200___ Obs. O acadêmico deverá anexar obrigatoriamente a esta ficha, os seguintes documentos: Cópia do RG, histórico do curso de graduação, carta de apresentação da universidade, currículo, comprovante de residência e foto 3x4. 35 CURRÍCULO DO ESTAGIÁRIO 1 – Experiências Gerais 1. 2. 3. 2 – Participação em Projetos – ( )Ensino ( )Pesquisa ( )Extensão Nome do Projeto Local 1. 2. 3. Período 3 – Já atuou com iniciação esportiva? Local Modalidade Período Modalidade Período Modalidade Período Modalidade Período 1. 2. 3. 4 – Já atuou como técnico? Equipe 1. 2. 3. 5 – Outras funções Discriminação 1. 2. 3. 5 – Atuação como atleta Discriminação 1. 2. 3. 4. 5. Obs. O acadêmico deverá anexar obrigatoriamente a esta ficha, os seguintes documentos: Cópia do RG, histórico do curso de graduação, carta de apresentação da universidade, currículo, comprovante de residência e foto 3x4. 36 ANEXO 02 - FICHA DE SUPERVISÃO Monitor(a): Tel: Horário: Data Núcleo: Tel: H o r á r io N° alunos E s p a ç o Fís i c o _____________________________________ Assinatura do Supervisor Obs ervaç ão 37 ANEXO 03 – CADASTRO MENSAL DOS ALUNOS Núcleo: Estagiário: Modalidade: Mês/Ano: Nome Escola Série 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. Idade Menor de 7 7a9 10 a 12 13 a 15 16 a 18 Acima 18 ESTATÍSTICA Feminino Masculino Idade Freqüência % 38 ANEXO 04 - FOLHA DE FREQÜÊNCIA DE ESTAGIÁRIO MÊS:_________________2005 ESTAGIÁRIO: 1º Expediente Dia Entrada 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Local do Estágio: 2º Expediente Saída Entrada Saída Nome do Coordenador: _ ___ ____ ___ ___ ___ ___ ___ ___ _ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ __ Assinatura do Estagiário Assinatura do Coordenador 39 ANEXO 05 - RELATÓRIO DO POGRAMA SEGUNDO TEMPO 1- Núcleo e Nome do Estagiário 2- Modalidade(s) - Metodologia desenvolvida - Conteúdo trabalhado 3- Local (quadra, campo, etc.) e condições de trabalho 4- Horário desenvolvido 5- Material utilizado 6- Número de crianças atendidas (anexar relatório de freqüência dos alunos por modalidade) 7- Auto-avaliação 8- Outras considerações Obs: Data de entrega do relatório: 30/11/2005. O relatório deverá ser feito em computador, fonte arial, tamanho 12. 40 ANEXO 06 – FOTOS DO PROGRAMA SEGUNDO TEMPO Xadrez Desfile Cívico Alusivo à Semana da Pátria Ginástica Rítmica Judô 41 Futebol de Campo Futsal Voleibol Basquetebol