vs. Usina nuclear http://www.youtube.com/watch?v=b4Q9O1vICWs&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=kHXMiYsFSrU&feature=related 1 Processo Nuclares Profa. Dra. Marcia M. Meier 2 Radioatividade Reações nucleares Geração de radiação gama Geração de energia a partir do núcleo do átomo ≠ Reações Químicas Transformação da matéria Geração de energia a partir dos elétrons do átomo 1 g CH4(g) + 2O2(g) → CO2 + 2H2O 1,0 g Urânio-235 → Tório-231 + partículas alfa E = 52 kJ E = 82.000kJ 3 Radioatividade História 1896 – Becquerel, óxido de urânio próximo a filme fotográfico - Marie Curie e Pierre Curie = descobriram Tório(Th), Rádio (Ra) e Polônio (Po) 1898 – Rutherford identificou os tipos de radiação advinda de átomos radioativos ao atravessar um feixe através de eletrodos carregados. 4 Radioatividade História 4,5 x 109 a. Núcleos que modificam suas estruturas espontaneamente e emitem radiação são chamados de radioativos. 2,5 x 105 a. 1.600a. 8 x 104 a. 3,8 d 3 min Fissão Nuclear = Fragmentação do átomo Fusão Nuclear = Junção de núcleos 5 A descoberta da estrutura atômica Datação por isótopo de Carbono-14 Número de massa, A = massa dos prótons e nêutrons 12 A ZX 14 6C 6C Número atômico , Z= número de prótons 14 0 → 7N + -1e Radioativo, decaindo a 14N meia vida =5.730 anos Elemento Símbolo Z A Abundância, % Carbono-12 12C 6 12 98,90 Carbono-13 13C 6 13 1,10 Carbono-14 14C 6 14 1 x 10-10 (ser vivo) 6 Radioatividade Equações nucleares • Núcleons: partículas no núcleo: – p+: próton – n0: nêutron. • Número de massa: (A) o número de p+ + n0. • Número atômico (Z): o número de p+. • Isótopos: têm o mesmo número de p+ e números diferentes de n0. • Nas equações nucleares, o número de núcleons é conservado: 238 U 92 → 23490Th + 42He Partícula alfa = He2+ 7 Radioatividade Equações nucleares • Na decomposição do 131I é emitido um elétron. A emissão beta é equivalente à conversão do nêutron (11n) em um próton (1p ou 1H) e um elétron, consequentemente 1 1 ocorre aumento do número atômico em 1 unidade: I → 53 131 • Xe 54 131 +-1oe Partícula Beta O número total de prótons e nêutrons antes de uma reação nuclear deve ser o mesmo que o número total de núcleons depois da reação. 8 Radioatividade γ • A radiação gama (ou raios gama, ) consistem em radiação com uma freqüência muito elevada, portanto, baixo comprimento de onda e elevado nível energético: E=hν • Não altera Z •Não altera A • Quase sempre acompanha outra emissão radioativa porque ela representa a energia perdida quando os núcleons restantes se organizam em arranjos mais estáveis (“núcleos excitados”). • Não são mostrados quando representamos as reações nucleares. 9 Radioatividade Tipos de decaimento radioativo • Tipos de radiação : – Radiação α é a perda de 42He pelo núcleo. – Radiação β é a perda de um elétron pelo núcleo (neutro que se transformou em próton) – Radiação γ é a perda de fóton de alta energia pelo núcleo. • Na química nuclear, para garantir a conservação dos núcleons escrevemos todas as partículas com seus números atômicos e de massa: 42He e 42α representam a radiação α; o e = partícula β. -1 10 Radioatividade Tipos de decaimento radioativo 11 Radioatividade Tipos de decaimento radioativo • Os núcleons podem sofrer decaimento: 1 p+ → 1 n + 0 e+ (emissão de pósitron ou de β+) 1 0 1 antipartícula do elétron 0 -1e -+0 1 1p + 1e → 200γ (aniquilação de pósitron) + 0-1e- → 10n (captura de elétron) 1 • + 0n → 11p+ + 0-1e- (emissão β) Um pósitron é uma partícula com a mesma massa de um elétron, mas com uma carga positiva. 12 Padrão de estabilidade Nuclear 13 Radioatividade Tipos de decaimento radioativo • Emissão de próton e de nêutron: são eventos menos comuns Perda de um próton: acarreta a diminuição de 1 unidade de A e Z. Ex.: 57 30 Zn → 56 29 Cu + 11p Perda de um nêutron: acarreta a diminuição de 1 unidade de A. Ex.: 91 34 Se → 90 34 Se + 10n 14 Radioatividade β+ 15 Exercite: a) Decaimento alfa b) Decaimento beta c) Decaimento pósitron d) Emissão pósitron e) Captura de elétron 16 Padrão de estabilidade Nuclear Razão nêutron-próton • • • • • O próton tem massa e carga altas. Conseqüentemente, a repulsão próton-próton é grande. No núcleo, os prótons estão muito próximos uns dos outros. As forças coesivas no núcleo são chamadas de forças nucleares fortes. Os nêutrons estão envolvidos com a força nuclear forte. À medida que mais prótons são adicionados (o núcleo fica mais pesado), a repulsão próton-próton aumenta. 17 Padrão de estabilidade Nuclear Razão nêutron-próton • • Quanto mais pesado o núcleo, mais nêutrons são necessários para a estabilidade. A faixa de estabilidade desvia da razão nêutron-próton de 1:1 para massa atômica alta. A > 2Z A = 2Z 18 Padrão de estabilidade Nuclear Modelos • Estudos de modelos para explicar as partículas subatômicas do núcleo: • Niels Bohr: Modelo da gota líquida propõe que os núcleons se empacotam juntos de forma semelhante às moléculas, os núcleos da superfície estão menos fortemente ligados e são mais facilmente perdidos. A > 2Z • Modelo coletivo: núcleons ocupam níveis quantizados de energia, mas interagem entre si através de uma força intensa e através da força eletrostática A = 2Z 19 Padrão de estabilidade Nuclear Razão nêutron-próton • No Bi (83 prótons), a faixa de estabilidade acaba e todos os núcleos são instáveis. – Os núcleos acima da faixa de estabilidade sofrem emissão β. Um elétron é perdido e o número de nêutrons diminui, o número de prótons aumenta. – Os núcleos abaixo da faixa de estabilidade sofrem emissão β+ou captura de elétron. Isso resulta no aumento do número de nêutrons e na redução do número de prótons. – Os núcleos com números atômicos maiores que 83 normalmente sofrem emissão α. O número de prótons e nêutrons diminui. 20 Padrão de estabilidade Nuclear Números Mágicos: • Núcleos com 2, 8, 20, 28, 50 ou 82 prótons e 2, 8,20, 28,50, 82 e 126 nêutrons, geralmente são mais estáveis que núcleos que não contêm esse número de núcleons. • Núcleos com números pares tanto de prótons quanto de nêutrons geralmente são mais estáveis que os com números ímpares de núcleons. No de isótopos estáveis Prótons Nêutrons 157 Par Par 53 Par Ímpar 50 Ímpar Par 5 ímpar Ímpar 21 Padrão de estabilidade Nuclear Exercite: 1) Considerando a banda de estabilidade representada no gráfico ao lado, determine o modo de decaimento de: a) Carbono-14 b) Xenônio-118 2) Quais dos núcleos a seguir são especialmente estáveis: 4 He 2 40 Ca 20 98 Tc 43 22 Padrão de estabilidade molecular Série de radioatividade • • • Um núcleo normalmente sofre mais de uma transição em sua trajetória para a estabilidade. A série de reações nucleares que acompanham essa trajetória é a série radioativa. Os núcleos resultantes do decaimento radioativo são chamados de núcleos filhos. 23 Padrão de estabilidade nuclear Série de radioatividade 4,5 x 109 a. 238U, Para o o primeiro decaimento é para 234Th (decaimento α). O 234Th sofre emissão β para 234Pa e para 234U. O 234U sofre decaimento α (várias vezes) para 230Th, 226Ra, 222Rn, 218Po, e 214Pb. O 214Pb sofre emissão β (duas vezes) através de 214Bi para 214Po o qual sofre decaimento α para 210Pb. O 210Pb sofre emissão β para 210Bi e 210Po o qual decompõese (α) para o 206Pb estável. 2,5 x 105 a. 1.600a. 8 x 104 a. 3,8 d 3 min 24 Transmutações nucleares Uso de partículas carregadas • • Transmutações nucleares são a colisão entre os núcleos. Por exemplo, as transmutações nucleares podem ocorrer usando partículas α de alta velocidade . Primeira transmutação nuclear foi realizada por Rutherford em 1919: 14N + 4α → 17O + 1p • A reação acima é escrita em notação simplificada: 14N(α,p)17O • Para superar as forças eletrostáticas, as partículas carregadas precisam ser aceleradas antes de reagirem. 25 Transmutações nucleares https://www.ipen.br/sitio/?idc=153 26 Transmutações nucleares Uso de partículas carregadas • • • • Um cíclotron consiste de eletrodos em forma de D (dês) com um grande ímã circular acima e abaixo da câmara. As partículas entram na câmara de vácuo e são aceleradas ao fazerem os dês alternativamente positivos e negativos. Os ímãs acima e abaixo dos dês mantêm as partículas movendo-se em uma trajetória circular. Quando as partículas estão movendo-se a uma velocidade suficiente, elas não podem escapar do cíclotron e atingem o alvo. 27 Transmutações nucleares Uso de partículas neutras • É mais fácil para um nêutron do que para um próton conseguir aproximar-se do núcleo-alvo. É uma espécie neutra, portanto, não é repelido pela carga nuclear, não é necessário acerelá-lo para chocar-se com os núcleos. • Um exemplo de transmutação induzido por nêutron é a formação de Cobalto60: 58 Fe +1 n → 59 Fe 26 0 26 59 Fe → 59 Co + 0 e Decaimento β: 26 27 -1 Absorção de nêutron: 59 27Co + 10n → 60 27Co O Cobalto-60 é utilizado no tratamento do câncer. 28 Velocidades de decaimento radioativo • O tempo necessário para que metade da concentração de qualquer amostra de material radioativo decaia é chamado de tempo de meia vida, t1/2. • O 90Sr tem uma meia-vida de 28,8 anos. Se 10 g de amostra está presente em t = 0, logo, 5,0 g estará presente após 28,8 anos, 2,5 g após 57,6 anos, e assim por diante. • O 90Sr decai como a seguir 90 38Sr → 9039Y + 0-1e • Cada isótopo tem uma meia-vida característica. • • As meia-vidas não são afetadas pela temperatura, pressão ou composição química. Radioisótopos naturais tendem a ter meia-vida mais longa do que radioisótopos sintéticos. 29 Velocidades de decaimento radioativo • • O decaimento é um processo cinético de primeira ordem O tempo necessário para que metade da concentração de qualquer amostra de material radioativo decaia é chamado de tempo de meia vida, t1/2. • O 90Sr tem uma meia-vida de 28,8 anos. Se 10 g de amostra está presente em t = 0, logo, 5,0 g estará presente após 28,8 anos, 2,5 g após 57,6 anos, e assim por diante. • O 90Sr decai como a seguir 90 38Sr → 9039Y + 0-1e • Cada isótopo tem uma meia-vida característica. • • As meia-vidas não são afetadas pela temperatura, pressão ou composição química. Radioisótopos naturais tendem a ter meia-vida mais longa do que radioisótopos sintéticos. 30 Velocidades de decaimento radioativo Cálculos baseados em meia vida • • • • O decaimento radioativo é um processo de primeira ordem. No decaimento radioativo, a constante k é a constante de decaimento. A velocidade de decaimento é chamada de atividade (desintegrações por unidade de tempo). Se N0 é o número inicial de núcleos e Nt é o número de núcleos no tempo t, logo Nt ln = −kt N0 31 Velocidades de decaimento radioativo Cálculos baseados em meia vida • Com a definição de meia-vida (o tempo gasto para Nt = ½N0), obtemos t1/ 2 = 0 , 693 k 32 Velocidades de decaimento radioativo 33 Velocidades de decaimento radioativo • • • • • • • • As meias-vidas podem variar de frações de segundo a milhões de anos. Os radioisótopos naturais podem ser usados para determinar a idade de uma amostra. Esse processo é conhecido como datação radioativa. O carbono 14 é usado para determinar as idades de compostos orgânicos, uma que as meias-vidas são constantes. Supomos que a razão de 12C para 14C tem sido constante através dos tempos. Para detectarmos o 14C, o objeto deve ter menos que 50 mil anos de idade. A meia-vida do 14C é 5.730 anos. Ele sofre decaimento para 14N por meio de emissão β: 14 C→ 14 N + 0 e 6 7 -1 34 Velocidades de decaimento radioativo Exercite: 1) Uma rocha contém 0,257 mg de chumbo-206 para cada miligrama de urânio-238. A meiavida para o decaimento de urânio-238 a chumbo-206 é de 4,5 x 109 anos. Qual a idade da rocha? 35 Detecção de radioatividade • • • • • A matéria é ionizada pela radiação. O contador Geiger determina a quantidade de ionizações através da detecção de uma corrente elétrica. Uma janela fina é penetrada pela radiação e provoca a ionização do gás Ar. O gás ionizado carrega uma carga e então a corrente é produzida. O pulso de corrente produzido quando a radiação entra é amplificado e contado. 36 Detecção de radioatividade 37 Detecção de radioatividade Rastreadores radioativos • • Os rastreadores radioativos são usados para seguir um elemento através de uma reação química. A fotossíntese foi estudada utilizando-se o 14C: • O dióxido de carbono é marcado com 14C. 38 Variações de energia nas reações nucleares • Einstein mostrou que a massa e a energia são proporcionais: E = mc • • • • 2 Se um sistema perde massa, ele perde energia (exotérmico). Se um sistema ganha massa, ele ganha energia (endotérmico). Uma vez que c2 é um número grande (8,99 × 1016 m2/s2). Pequenas variações na massa causam grandes variações na energia. Massa e energia que variam nas reações nucleares são bem maiores do que nas reações químicas. 39 Variações de energia nas reações nucleares – – – – 238 U → 234 Th + 4 He 92 90 2 para 1 mol das massas serem 238,0003 g → 233,9942 g + 4,015 g. A variação na massa durante a reação é 233,9942 g + 4,015 g – 238,0003 g = -0,0046 g. O processo é exotérmico porque o sistema perdeu massa. Para calcular a variação de energia por mol de 23892U: ( ) ∆E = ∆ mc 2 = c 2∆m ( )( = 2.9979 × 108 m/s 2 − 0.0046 × 10−3 kg ) = −4.1× 1011 J 40 Fissão nuclear • • A separação de núcleos pesados é exotérmica para grandes números de massa. Durante a fissão, o nêutron que entra deve se mover vagarosamente porque é absorvido pelo núcleo, O núcleo pesado de 235U pode se separar em muitos núcleos filhos diferentes, por exemplo, • 1 n 0 + 23592U → 14256Ba + 9136Kr + 310n libera 3,5 × 10-11 J por núcleo de 235U. Ou 1 n 0 + 23592U → 13752Te + 9740Zr + 210n Mais de 200 isótopos diferentes de 35 elementos distintos têm sido descobertos entre os produtos da fissão de urânio-235. Muitos são radioativos. 41 Fissão nuclear • • • • • • Para toda fissão de 235U, são produzidos 2 nêutrons. Cada nêutron produzido pode causar a fissão de um outro núcleo de 235U. O número de fissões e a energia aumentam rapidamente. Finalmente, forma-se uma reação em cadeia. Sem controle, ocorre uma explosão. Considere a fissão de um núcleo que resulta em nêutrons filhos. 42 Fissão nuclear • • • Uma massa mínima de material capaz de sofrer fissão nuclear é necessária para que uma reação em cadeia (ou para que os nêutrons escapam antes de causarem uma outra fissão). Quando têm-se material suficiente para uma reação em cadeia, temos massa crítica. Abaixo de massa crítica (massa subcrítica) os nêutrons escapam e não ocorre reação em cadeia. 43 Fissão nuclear Reatores nucleares • • • • Usam a fissão como uma fonte de energia. Usa uma massa subcrítica de 235U (enriquece-se o 238U com cerca de 3% de 235U). Os grânulos de 235UO2 enriquecidos são revestidos com Zr ou tubos de aço inoxidável. Os tubos de controle são compostos de Cd ou B, que absorvem nêutrons. 44 Fissão nuclear Reatores nucleares • • Os moderadores são inseridos para diminuir a velocidade dos nêutrons. O calor produzido no núcleo do reator é removido por um fluido de resfriamento para um gerador de vapor e o vapor impulsiona um gerador elétrico. Cd e B 45 Fissão nuclear 46 Fussão nuclear • • • Núcleos leves podem fundir para formarem núcleos mais pesados. A maioria das reações no Sol são de fusão. O Sol é composto por 73% de H, 26% de He e apenas 1% de todos os outros elementos. 1 H +1 H → 2 H + 0 e 1 1 1 1 1 H + 2 H → 3 He 1 1 2 3 He + 3 He → 4 He + 2 1 H 2 2 2 1 3 He + 1 H → 4 He + 0 e 2 1 2 1 • • • Os produtos de fusão normalmente não são radioativos, logo a fusão é uma boa fonte de energia. Além disso, o hidrogênio necessário para a reação pode ser facilmente fornecido pela água do mar. No entanto, altas energia são necessárias para superar a repulsão entre os núcleos antes que a reação possa ocorrer. 47 Fussão nuclear • • • Altas energias são alcançadas em altas temperaturas: as reações são termonucleares. A fusão do tritium e do deuterium requer cerca de 40.000.000 K: 2 H + 3 H → 4 He + 1 n 1 1 2 0 Estas temperaturas podem ser alcançadas em uma bomba nuclear ou um tokamak. 48 Fussão nuclear • • Um tokamak é um frasco magnético: fortes campos magnéticos controlam um plasma de alta temperatura para que ele não entre em contato com as paredes. (Nenhum material conhecido consegue sobreviver às temperaturas para fusão.) Até hoje, cerca de 3.000.000 K foi alcançado em um tokamak. 49 Efeitos biológicos da radiação • • • • O poder de penetração da radiação é uma função da massa. Conseqüentemente, a radiação γ (massa zero) penetra muito além da radiação β, que penetra muito além da radiação α. A radiação absorvida pelo tecido causa excitação (radiação não-ionizante) ou ionização (radiação ionizante). A radiação ionizante é muito mais prejudicial do que a radiação não-ionizante. 50 Efeitos biológicos da radiação • • • • A maior parte da radiação ionizante interage com a água nos tecidos para formar H2O+. Os íons de H2O+ reagem com água para produzir H3O+ e OH. OH tem um elétron desemparelhado. Ele é chamado de radical hidróxido. Os radicais livres geralmente sofrem reações em cadeia. 51 Efeitos biológicos da radiação Radônio • • • • • O núcleo de 22286Rn é um produto do 23892U. A exposição ao radônio responde por mais da metade da exposição anual de 360 mrem à radiação ionizante. O Rn é um gás nobre, logo é extremamente estável. Conseqüentemente, ele é inalado e exalado sem que ocorra qualquer reação química. A meia-vida do Rn é 3,82 dias. 52 Efeitos biológicos da radiação Radônio • Ele decai como a seguir: → 21884Po + 42He As partículas α produzidas têm um RBE alto. Conseqüentemente, suspeita-se que o Rn inalado provoque câncer de pulmão. O quadro é complicado pela constatação de que o 218Po também tem uma meia-vida curta (3,11 min) : 218 Po → 214 Pb + 4 He 84 82 2 222 • • • 86Rn 53 Efeitos biológicos da radiação Radônio • • O 218Po fica preso aos pulmões onde ele continuamente produz partículas α. A EPA (Agência de Proteção Ambiental Norte-americana) recomenda que os níveis de 222Rn nas residências seja mantido abaixo de 4 pCi por litro de ar. 54 Efeitos biológicos da radiação Medicina Nuclear • Diagnóstico por imagens Ex: administração de iodo-131 (emissor beta e gama, t1/2= 8,04 dias) para formar imagens da disfunção da tireóide que produz o hormônio tiroxina que controla o metabolismo humano. Acompanha-se a taxa de absorção do iodo pelo hormônio. 55 Efeitos biológicos da radiação Medicina Nuclear • O radiosótopo ideal para uso de diagnóstico deveria possuir algumas qualidades: emitir partículas gama, pois estas tem um grande poder de penetração, e podem sair do organismo; não emitir, preferencialmente, partículas alfa ou beta; o tempo de meia-vida deve ser ideal: nem tão curto, que não possa ser detectado a tempo, nem tão longo, onde atividade ainda existiria após o diagnóstico. Felizmente, a natureza nos presenteou com um isótopo que atende a quase todas as necessidades: o tecnécio-99. 56 Efeitos biológicos da radiação Medicina Nuclear 57 Efeitos biológicos da radiação Medicina Nuclear 58