Revista Brasileira de Física , Vol. 8, NP 3, 1978 Análise da Moderação de Neutrons Considerando o Espalhamento Linearmente Anisotrópico no C.M. A. SENRA MARTINEZ Programa de Engenharia Nuclear, COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro L. PINGUELLI ROSA iInstituto de Física da UFRJ, Rio de Janeiro Recebido em 12 de Setembro de 1977 The e f f e c t o f the a n i s o t r o p y o f t h e d i f f e r e n t i a l s c a t t e r i ng c r o s s - s e c t i o n , i n t h e c e n t e r o f mass, o f neutrons by n u c l e i , studied. i n n e u t r o n m o d e r a t i o n ,i s The t r a n s p o r t e q u a t i o n i s s o l v e d u s i n g t h e B1 approximation and t h e methods o f Selengut- Goertzel and G r e u l i n g - G o e r t z e l . T o d e t e r m i ne t h e mean v a l u e o f t h e s c a t t e r i n g a n g l e cosine, treated anisotropi- c a l l y , we have made use o f t h e s c a t t e r i n g d i f f e r e n t i a l c r o s s - s e c t i o n o f t h e r i g i d sphere model . The n e u t r o n spectrum was computed i n t h e cases o f i s o t r o p i c and a n i s o t r o p i c s c a t t e r i n g , the results being then con- f r o n t e d i n order t o estimate the e r r o r o f the i s o t r o p i c approximation. We have a l s o computed, i n b o t h cases, themean l e t a r g y incrementby neu- t r o n col l i s i o n wi t h O16 n u c l e i É . estudado o e f e i t o da a n i s o t r o p i a da seção de choque diferencial espalhamento, no c e n t r o de massa, de n e u t r o n s p o r núcleos, na ção de neutrons. A equação de t r a n s p o r t e de modera- é r e s o l v i d a u t i l i z a n d o a apro- ximação B1 e os métodos de Selengut- Goertzel e G r e u l i n g - G o e r t z e l . Para d e t e r m i n a r o v a l o r médio do coseno do â n g u l o de espalhamento, quando e s t e é t r a t a d o a n i s o t r o p i c a m e n t e , f o i u t i li z a d a a seção de choque d i f e r e n c i a l de espalhamento o b t i d a do modelo da e s f e r a r í g i d a . O espec- t r o de n e u t r o n s f o i c a l c u l a d o p a r a os casos de espalhamento i s o t r ó p i c o e anisotrópico e o s r e s u l t a d o s foram comparados com o o b j e t i v o d e ava- l i a r o e r r o cometido na aproximação i s o t r ó p i c a . Também f o i calculado, em ambos os casos, O acréscimo médio de l e t a r g i a por c o l i s ã o de neu- t r o n s com núcleos de O16. O e f e i t o da a n i s o t r o p i a do espalhamento e l á s t i c o de neutrons p o r núcleos moderadores, no sistema de c e n t r o de massa, tem sido, há muito tempo, o b j e t o de investigação na F í s i c a de Reatores. Um dos primei ros e mais relevantes trabalhos sobre o assunto f o i o de Zweifel e ~ u r w i t z l . Apesar de não s e r novo, e s t e assunto não f i c o u esgotado 2 , uma vez que há problemas para aplicações p r á t i c a s dos formalismos e x i s t e n t e s e há mui tos trabalhos que estudam a moderação de neutrons cons i derando o espalhamento i s o t r ó p i c o . Este t r a b a l h o .teve o r i gent na anã1 i s e do código L E O P A R D ~ ,o qual calcul a o espectro de neutrons e o u t r o s parâmetros f Í s i c o s de reatores nu- cleares a água l e v e e tem s i d o bastante usado na anã1 i s e do comportamento dos reatores em instalações no'país. Nessa a n i l i s e f o i v e r i f i - cado que seus c á l c u l o s , na f a i x a rápida de energia, são baseados na h i pótese de o espalhamento de neutrons por núcleos ser isotrópico no sistema c e n t r o de massa, embora incluam umà correção empírica devido à a n i s o t r o p i a . E apresentado aqui um tratamento t e ó r i c o mais r i g o r o s o e g e r a l em s u b s t i t u i ç ã o a essa correção, o qual pode s e r facilmente, in- troduzido no código de c á l c u l o . O espectro de neutrons e o acréscimo médio de l e t a r g i a por c o l i s ã o de neutrons com~nÚcleosde 016 foram os resultados escolhidos para comparar o tratamento apresentado neste t r a balho e o f o r n e c i d o no código LEOPARD. 2. ESPECTRO DE NEUTRONS A equação de Transporte de neutrons, no estado estacionârio,emum meio homogêneo, pode s e r expressa da seguinte forma 4 : A função J($,u,z) representa o f l u x o angular de neutrons, em uma p o s i - + ção r, com uma l e t a r g i a u e com a velocidade dos neutrons orientadapa3 ra uma d i r e ç ã o Q. As seções de choque macroscópicas defissão, de transf e r ê n c i a e t o t a l (absorção e espal hamento) são representadas r e s p e c t i 3 3 v a m n t e por C (u), z s ( u f + u , a f ~ ) e zt(u). f O p r i m e i r o termo ã direita da igualdade na equação ( I ) , c o r r e s p o n d e ao termo de f o n t e em uma forma e x p l í c i t a , onde v(u) é o número & d i o escrito de neutrons p o r f i s - são e ~ ( u )o espectro de f issão em função da l e t a r g i a . Esta equação pode ser r e s o l v i d a numericamente desde que sejam f e i t a s algumas a p r o x i mações, por exemplo a aproximação B 5. A dependência espacial do f l u x o N 3 angular ( r , u , ~ ) pode s e r expressa em termos do buckting geométrico, i s t o é: A seção de choque de t r a n s f e r ê n c i a da equação (1) pode ser aproximada no sistema l a b o r a t ó r i o por: onde v. ++ 3 = Q-Q' é o coseno do ângulo e n t r e os vetores Q e 8' referidos ao sistema l a b o r a t ó r i o . Expandindo ~ ~ ( u , ? $ em s é r i e dos p o l inômios de Legendre e s u b s t i t u i n d o na equação (1) juntamente com as equações (2) e (3) são o b t i d o s os c o e f i c i e n t e s da expansão; Fazendo m:=O e m=l estes c o e f i c i e n t e s são i n t e r p r e t a d o s fisicamente como sendo respectivamente o f l u x o e o mõdulo da c o r r e n t e de neutrons, e as equaç&s r e s u l t a n t e s serão as da aproximação B1 ', suposição No código LEOPARD estas equações são s impl i f i cadas usando a do espalhamento s e r i s o t r õ p i c o no c e n t r o de massa e u t i l i z a n d o os métodos de Greul i ng-Goertzel e Selengut- Goertzel respectivamente para a moderação de neutrons por núcleos mais pesados do que o Hidrogênio e por núcleos de H i d r i g ê n i o . A d i f e r e n ç a básica e n t r e os d o i s &todos 6 devida ao f a t o de um neutrom poder perder toda a sua energia em uma Ún i c a i n t e r a ç ã o com um núcleo de Hidrogênio, enquanto com os demais moderadores e l e perde 'apenas uma parcela de sua energia. Na. equação (5) é imposta a condição de normalização do f l u x o de neutrons, igualando a i n t e g r a l do termo de f i s s ã o unidade. Com isso é r e t i r a d a a necessidade do conhecimento do f l u x o de neutrons na região de t e rma1i zaçáo . 3. ESPALHAMENTO ISOTRÓPICO NO CENTRO DE MASSA A ÜI tima i n t e g r a l da equação ( 5 ) expressa o número de neutrons que se moderam de uma l e t a r g i a u' para a l e t a r g i a f i n a l u, devido çÕes com os diversos núcleos moderadores. a intera- Sendo o Hidrogênio um f o r t e moderador, é conveniente escrever a r e f e r i da i n t e g r a l , separando a cont r i b u i ç ã o do Hidrogênio, i s t o 6: onde cH e E i são respectivamente os ganho máximo de l e t a r g i a do neutron em uma c01 isão com núcleos de Hidrogênio e núcleos mais pesados do que o Hidrogênio. de de &deração O p r i m e i r o termo da equação acima, associado à densidade neutrons por nücleos de Hidrogênio, quando o espa- Ihamento é i s o t r õ p i c o no C.M., O segundo termo, associado pode s e r e s c r i t o na forma6p7 à densidade de moderac:ão p o r núcleos mais pesados do que o do H i droggnio pode ser representado por onde zH S i e 1 são respectivamente as seções de choque macroscÓpicas S espal harnento e l á s t i c o do Hidrogênio e dos elementos moderadores mais pesados do que o Hidrogênio. onde A . 2 de "iI', O parâmetro a,. è dado p e l a relação, 1. é o nümero de massa do elemento rwderador "ii1. Apl icando o tratamento de Greul ing- Goertzel ao termo q .(u) e em seguida somando a c o n t r i b u i ç ã o de todos os elementos moderadores "ii1 resulta, onde sendo 540 i é O parâmeti-o 1 um nümero associado a.cada elemento moderador "i", sendo dado p e l a rela ç ão 6 : De posse das equações a u x i l i a r e s (7) e (9)o c ó d i g o mericamente o sistema de equações acopladas LEOPARD r e s o l v e nu- da aproximação B1 , das quais sao determinados o f l u x o e a c o r r e n t e de neutrons. A c o r r e ~ ã o f e i t a no r e f e r i d o código, para l e v a r em conta o e f e i t o da a n i s o t r o p i a da seção de choque de espalharnento no C.M., râmetro X tron, resume-se em m d i f i c a r o pa- Este parâmetro acima d e f i n i d o independe da energia do neu- i' apenas dependendo do número de massa do elemento moderador. t r e t a n t o , o parâmetro ,Ai fornecido na b i b l i o t e c a de dados do En- código L E O P A R D ~ ' ~ ~s,o f r e uma variação com a energia para l e v a r em conta a a n i s o t r o p i a . Esta correção empirica não tem um c a r á t e r g e r a l , ela v i s t o que é f e i t . a em alguns i n t e r v a l o s de energia e para alguns elementos considerados moderadores na composição do r e a t o r PWR. Embora troduza assim uma correção devido à a n i s o t r o p i a , as equações se in- (9)e (101, como será v i s t o adiante, são v á l i d a s apenas no caso i s o t r ó p i c o . 4. ESPALHA,MENTO LINEARMENTE ANISOTRÓPICO Em s u b s t i t i i i ç ã o a essa correção será considerado o espalhamento 1 i n e a r mente a n i s u t r ó p i c o no sistema c e n t r o de massa. A p r o b a b i l i d a d e de um neutron, com uma l e t a r g i a i n i c i a l u', ter após uma c o l i s ã o com um núcleo de número de massa Ai, sua l e t a r g i a compre- endida e n t r e u e u+du, quando o espalhamento é linearmente a n i s o t r õ p i c o no c e n t r o de massa, é dada por5. onde G.(ui) Z é o v a l o r médio do coseno do ângulo de espalhamento (u) no sistema c e n t r o de massa. O termo rl .(u) para o espalhamento a n i s o t r õ p i c o assume a seguinte ex- L.' pressão: U rli(U) = 1 U-E 1 3ii(U1) ( i -- dui :E (u') 4 0 ( ~ ' ) i I -ai 1 -ai Seguindo o tratamento dado p o r Greul i n g - ~ o e r t z e l ! 5 ? no 8 caso do espal hamento i s o t r ó p i co, quando f o r f e i t a a soma sobre .todos os elementos mode radores "ireta " i- se na equação w l o r de q(u) para sendo onde (9), bastando que s e j a redef i n i do o O t r a t a m m t o i n t r o d u z i do f i c a completamente equacionado quando d e t e r minado o v a l o r médio do coseno do ângulo de espalhamento no sistema c e n t r o de massa. Tal v a l o r é d e f i n i d o por onde 6 a segão de choque d i f e r e n c i a l de espalhamnto no s i s t e - ma c e n t r o de massa. E conveniente para a nossa a n á l i s e expressar a se- ção de ch,oque em termos dos polinômios de Legendre, Esta expressão é truncada no segundo termo, a f i m de que a seção de choque de espalhamento possa s e r aproximada p o r uma forma l i n e a r do coseno do ângulo de espalhamento, no sistema c e n t r o de massa.Resulta então que, Para determinar os c o e f i c i e n t e s da equação (18) f o i usado um modelo f Ís i c o da seção de choque de espalhamento. O modelo e s c o l h i d o f o i o e s f e r a rigida11912, não só por e l e s e r esfericamente s i m é t r i c o , da logo, permi t e representar a dependência angular em função dos pol inõmios de Legendre, mas também porque e l e é a p l i c á v e l a baixas energias. Tomando apenas os termos R=O e R=1 da expressão da amplitude de espalhamentoem ondas p a r c i a i s deste modelo, obteremos o módulo do v e t o r de propagaas defasagens e K = =/A e O onde m é a massa reduzida do sistema neutron e núcleo moderador. sendo 6 çãoll Sendo R o r a i o da e s f e r a r í g i d a e levando em conta que para baixas energias KR<<~,é o b t i d a para a seção de choque uma aproximação 1inear em li, s = ~2 + 2 k 2 ~ 4 ~ (19) O v a l o r do r a i o R (aproximadamente i g u a l ao r a i o do núcleo do elemento m d e r a d o r ) é dado por13: o que conduz ao seguinte v a l o r médio do coseno do ângulo de espalhamento de neutrons p o r núcleos. onde K é a razão e n t r e a massa do núcleo espalhador e a massa do neu- tron. 5. RESULTADOS E COMPARAÇAO O formalismo apresentado na seção 3 deste t r a b a l h o 6 r e s o l v i d o numeri- camente p e l o código LEOPARD, na f a i x a rápida de energia. O código LEO- PARD anal i s a a d i f u s ã o dos neutrons em um r e a t o r PWR, sendo que o i n t e r v a l o de energia e s t á compreendido e n t r e O e 10 MeV. A f a i x a térmica, ou r e g i ã o de termal ização, compreende as energias e n t r e '0 e 0.625e~, sendo o r e s t a n t e da escala energética denominada de f a i x a rápida ou re- g i ã o de moderação. Na f a i x a térmica o c á l c u l o de m u l t i g r u p o é e s t r u - turado em 172 microgrupos e na rápida em34 microgrupos, sendo que após serem f e i t o s todos os c ã l c u l o s , os resultados são consensados em 4 macrogrupos; um térmico i t r ê s rápidos. As equações para o espalhamento ani s o t r õ p i co, apresentadas na seção 4, foram por nós incorporadas ao código LEOPARD em s u b s ~t iu i ção ao t r a t a mento por e s t e apresentado. A e s t a versão que usa o modelo t e ó r i c o da seção 4 denominamos de LEOPARD/l . Para f i n s de comparação r e t i ramos o tratamento .aproximado da ani s o t r o p i a apresentado no LEOPARD, resultando uma nova versão do código, qual não i n c l u i o e f e i t o da a n i s o t r o p i a . A e s t a a versão chamaremos de LEOPARD/O. Na tabela 1 são apresentados os f l u x o s de neutrons o b t i d o s pelos códigos LEOPAR.D/O, LEOPARD e LEOPARD/l para alguns grupos de energia, cu- j o s l i m i t e s i n f e r i o r e s são também apresentados nesta tabela. s i ç ã o para e s t e caso exemplo r a t u r a s do moderador e da p a s t i l h a respectivamente e 727?C, e a concentração de A compo- é fornecida na tabela 2, sendo as tempe- u~~~ iguais a 306?C no elemento combustivel de 1,8%. E notado a través de uma simples comparação dos resultados apresentados na tabela 1, que o e f e i t o da a n i s o t r o p i a da seção de choque de espa- lhamento na moderação de neutrons 6 maior nas energias mais elevadasda f a i x a rápida. Quali tativamente pode-ser a f i rmar que o espal hamento de neutrons F o r núcleos moderadores é a n i s o t r ó p i co para neutrons com energ i a s maiores do que 1 ,O MeV. Na f i g u r a 1 são comparados os acréscimos médios de l e t a r g i a por c01isão com nÜcleos de 016, ca1cu1ados nos códigos LEOPARD/O e LEOPARD/l com o f o r n e c i d o pela b i b l i o t e c a de dados do código LEOPARD. O t r o 5 . calculado no código LEOPARD/O é dado a n a l i t i c a m e n t e pela Z ção (1 I ) , enquanto o parâmetro calculado p e l o código LEOPARD/l - parâmeequa- é obti - do através da expressão E .-i; I sendo I e vi anal i t i camente fornez iil' i1 c i d o s respectivamente nas equaçoes (15) e (21). No caso i s o t r ó p i c o como era de se esperar o acréscimo médio de l e t a r g i a p o r c o l i s ã o é cons- ENERGIA INFERIOR LEOPARD DO GRUPO (eV) Tabela 1 - Fluxo de Neutrons. t a n t e em relação à energia do neutron. Para o caso do espalharnento 1inearmente a n i s o t r õ p i c o , é v e r i f i c a d o que t a l parâmetro decresce, com o crescimento da energia, em relação ao f o r n e c i d o p e l o c a s o i s o t r ó p i c o . A variação apresentada p e l o parâmetro calculado p e l o LEOPARD/l êmaior do que a do f o r n e c i d o p e l o LEOPARD. A redução sensível do a c r é s c i m médio 'RL-~LT_ PASTI LHA REVESTIMENTO MODERADOR EXTRA ELEMENTOS i a b e l i3 2 - Composição do Reator. Fig.1 - Acréscimo médio de letargia por colisão com um núcleo de 0-16. de l e t a r g i a p o r c o l i s ã o , quando é suposta a a n i s o t r o p i a n o s i s t e m a cent r o de massa, i m p l i c a em d i z e r que o processo de moderação é afetado p e l a a n i s o t r o p i a do espalhamento. Fisicamente i s s o se deve ao f a t o de que os núcleos moderadores f i c a m menos e f i c a z e s na redução da e n e r g i a dos n e u t r o n s . A redução do acréscimo médio de l e t a r g i a r e f l e t e a p r e domi nânc i a do espa 1hamento p a r a d i reções que e s t e j a m pouco a f a s t a d a s da d i r e ç ã o de i n c i d ê n c i a do n e u t r o n . Conclui-se que a a n i s o t r o p i a do espalhamento deve ser levada em consideração, no estudo da moderação de neutrons, na medida em que se desej e representar adequadamente o fenômeno f i s i c o . Embora o o b j e t i v o p r i n c i p a l dos códigos de simulação, por exemplo o LEOPARD, s e j a alcançado quando correções empiricas são realizadas, é Ú t i l . usar modelos f í s i c o s mais r e a l i s t a s a f i m de que o sucesso dos métodos não dependam do cancelamento eventual dos erros. 1 . P.F. Zweifel and H. Hurwitz Jr., Journal o f Applied Physics 25, 1241 (1954). 2. 0 . Rocca W.M. - Volmerange, Nuclear Science and Engi n e e r i ng 48,lO (1972) Stacey, J r . , Nuclear Science and Engineering 44, 194 (1971). . S. I toh and H. 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