Semana sobre Tecnologia Tecnologia: como, quando e por quê? Para começo de conversa! Qual o papel da tecnologia na sua escola? Como ela se faz presente na sala de aula? E na formação dos professores? E na vida dos alunos em casa? O fato de vivermos em um mundo cada vez mais globalizado nos coloca como desafio a utilização das novas tecnologias integrada ao projeto pedagógico como uma das possibilidades de nos aproximarmos da geração que hoje está na escola. Mas o desafio não para por aí! Defender o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) em sala de aula significa assumir a ideia de que a equipe escolar precisa compreender como elas podem ajudar efetivamente no aprendizado dos alunos, para não representar apenas uma moda, um adendo, um mero enfeite. Ter em mente qual é a contribuição do uso da tecnologia garante o uso consciente dos recursos disponíveis no processo educacional. Os vídeos dessa semana vão tratar não somente dessas, mas de outras tantas questões e conhecimentos sobre a tecnologia que são fundamentais para avançarmos na reflexão sobre o tema! Orientações para professores, gestores e os pais compõem esta coletânea! Assistam! 1 Vídeos selecionados e minicurrículos dos palestrantes O QUE Ē A TECNOLOGIA PRA VOCÊ? – com Eny Muniz Vivemos hoje em um mundo emoldurado pela tecnologia e é sobre como isso reverbera e impacta na escola, principalmente na sala de aula, que Eny Muniz trata nessa assessoria. Ela destaca a importância de conhecermos o papel das novas mídias, da linguagem chamada “internetês”, dos gêneros textuais digitais e de como essas ferramentas podem auxiliar no trabalho realizado na escola. Como transformar a internet em uma nova e eficaz forma de ensinar e como criar um ambiente virtual de aprendizagem a partir das práticas de sala de aula são as reflexões propostas no programa. TECNOLOGIA EM CASA- QUAL O LIMITE? - com Eny Muniz Neste outro programa, a assessora fala sobre como a escola pode auxiliar os pais sobre uso da tecnologia pelos filhos em casa. Ela dá dicas que ajudam os profissionais da escola a orientar as famílias quanto ao tempo, locais mais indicados e conteúdos relacionados ao mundo virtual, ajudando-os a tomar decisões apropriadas para a utilização saudável dessas tecnologias. Afinal, formar os pais quanto ao uso da internet e seus limites é fundamental para uma melhor parceria entre escola e família. 2 Vídeos selecionados e minicurrículos dos palestrantes Sobre a palestrante: Eny Muniz é pedagoga, especialista em Língua Portuguesa e pós- graduada em Planejamento Escolar. Possui vasta experiência em sala de aula e formação de professores, elaboração de projetos educacionais, orientação e supervisão educacional. Atualmente, integra a equipe de Assessoria Pedagógica da Abril Educação, sendo responsável pelo desenvolvimento de cursos de formação de professores e treinamento de equipes internas. 3 Vídeos selecionados e minicurrículos dos palestrantes CYBERBULLYING: RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ESTABELECIMENTOS PRIVADOS DE ENSINO - com João Vitor Rozatti O convidado especial, João Victor Rozatti,professor universitário e especialista em Direito nas novas tecnologias, aborda, nesse programa, conceitos muito relevantes para o cotidiano escolar: bullying e cyberbullying. A partir destas definições, traduzidas em ações que vão desde a violência física, discriminação e humilhação, até a violência moral e que precisam ser conhecidas para ser evitadas, ele trata, do ponto de vista jurídico, sobre o alcance do código de direito dos consumidores e a responsabilidade dos estabelecimentos privados e das próprias famílias quanto a questões relacionadas a estes dois fenômenos, entre outros. Não perca! Sobre o palestrante: João Victor Rozatti é professor Assistente II DE da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia. Doutorando em Direito do Estado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, possui mestrado em Direito Civil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Autor da obra ”Propaganda Eleitoral na Internet” (Saraiva, 2014), em co-autoria com Auriney Brito, e de diversos artigos científicos em obras coletivas dedicadas ao estudo do Direito Eletrônico. 4 Vídeos selecionados e minicurrículos dos palestrantes O LUGAR DA INFÂNCIA NAS REDES SOCIAIS – com Flávio Paiva Nesse programa, o escritor e jornalista Flávio Paiva vai fala sobre o lugar da infância nas redes sociais. Ele explicita o fascínio exercido pelas redes sociais virtuais nos estudantes que, se por um lado, sentem conforto na sensação de liberdade e de segurança oferecida pelos relacionamentos na internet, por outro, sofrem com o isolamento e com a irritação decorrente da sensação de impotência a que se deparam quando saem das telas e se veem de volta à realidade concreta. A aproximação do mundo social real com o mundo social virtual é um tema urgente de coeducação geracional, local e global, que passa pela descoberta do lugar da infância na atual multiplicidade de comunidades educativas. Flavio Paiva ainda destaca que embora o real e o virtual sejam instâncias diferentes, ambas são passíveis do desenvolvimento de um mesmo processo educativo da imaginação, da sensibilidade e da inteligência. Sobre o palestrante: Flavio Paiva é jornalista, escritor, compositor brasileiro e colunista semanal do caderno Vida & Arte do jornal “O POVO”. Especialista em Gestão da Comunicação nas Organizações e graduado em Comunicação Social (Universidade Federal do Ceará. É autor de livros nas áreas de cultura, cidadania, gestão compartilhada, mobilização social, memória e infância, entre outros. 5 Vídeos selecionados e minicurrículos dos palestrantes TECNOLOGIA NO MUNDO, TECNOLOGIA NA ESCOLA - CURRÍCULO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – com Flavia Aidar Nesse programa, Flávia Aidar traz uma discussão, bastante atual, sobre o alcance e o desafio do trabalho na escola com as novas mídias. A partir de uma retomada histórica, ela explica como os modos de ler e escrever, sendo construções sociais, avançaram e como o advento da tecnologia que estamos presenciando hoje, com a diversidade dos aparatos tecnológicos de comunicação, nos coloca diante de profundas alterações nos modos de produção, relação e circulação da informação e do conhecimento. Para Flávia, a escola dos dias atuais deve dar um passo além de disponibilizar a tecnologia: ela deve contemplar os recursos digitais no seu projeto político-pedagógico, pois é inegável a presença e importância deles na vida de todos, o que exige grande esforço de observação e análise para a compreensão e apropriação crítica dos dispositivos digitais que impactam, cada dia mais, a escola e os modos de ensinar. 6 Vídeos selecionados e minicurrículos dos palestrantes Sobre a palestrante: Flávia Aidar é professora formada em História pela USP, com especialização em História da Arte pela FAAP e Infoeducação pela ECA-USP. Na Abril Educação, foi gerente da assessoria pedagógica, atuando em nível nacional na formação de formadores de professores para o trabalho didático com livros e recursos digitais. No Instituto Itaú Cultural, gerenciou a área de pesquisa e projetos educativos para a internet. Como formadora de educadores, colaborou por oito anos com o Projeto REBI – Rede de Bibliotecas Interativas para a SME de São Bernardo do Campo em parceria com a ECA/USP. Pela SEE-SP, trabalhou com formação a distância no programa Ensino Médio em Rede. 7 Vídeos selecionados e minicurrículos dos palestrantes OFICINA DE JOGOS DIGITAIS PARA CRIANÇAS COM O TINYTAP® com Paloma Epprecht Nesse programa, a professora Paloma Eprescht nos apresenta algumas possibilidades de trabalho a partir do uso de aplicativos próprios para crianças por meio da realização de uma oficina para a criação de jogos personalizados. Paloma nos apresenta o aplicativo TinyTap®,mostrando, passo-apasso, como criar, utilizando um tablet, quebra-cabeças, quizzes e outros jogos, e envolver os alunos em situações cada vez mais significativas em relação a construção de conhecimentos. Sobre a palestrante: Paloma Epprecht é pedagoga, consultora especialista no uso pedagógico da tecnologia e em avaliação de competências, professora na área de tecnologia do Colégio Visconde de Porto Seguro. Possui mestrado em Educação: Currículo pela PUC-SP. É também consultora pedagógica e membro do Conselho da ONG Instituto Paramitas. 8 Quer saber mais sobre o tema? Confira aqui! CONTINUANDO A CONVERSA! A escola e as novas Tecnologias de Informação e Conhecimento (TIC) Já faz algum tempo que o desenvolvimento de novas mídias digitais contribui para a modernização das tecnologias usadas pelas escolas. Instalação e uso dos laboratórios de informática, conteúdos digitais, acesso a sites na Internet, comunicação interna e com a comunidade por e-mails são só alguns dos recursos mais conhecidos e utilizados nestes primeiros anos de expansão da tecnologia digital. O que podemos observar é que este grande desenvolvimento das TIC, nas últimas décadas, teve como objetivo não apenas diversificar os equipamentos à disposição de escolas que tinham como propósito atualizar seu projeto pedagógico frente a demandas da sociedade da informação, mas também acompanhar a geração de alunos que estava imersa neste contexto. 9 Quer saber mais sobre o tema? Confira aqui! De modo geral, as escolas incorporaram ações que efetivamente representavam um aspecto indiscutível da modernização escolar: criação de domínios particulares na internet, estabelecimento de servidores dedicados a redes internas exclusivas, instalação de ambientes virtuais de aprendizagem, redes de comunicação sem fio, mesas eletrônicas, lousas digitais e portais educacionais, cada vez mais disponíveis. Contudo, especialistas chamam atenção para que não se confunda inovação tecnológica com a simples transposição de atividades e conteúdos para o ambiente virtual como forma de reduzir o papel do professor. É preciso estar atento e consciente para que o uso da tecnologia seja uma ferramenta que aprimore a qualidade das situações de ensino e aprendizagem, a partir de propostas que a integre como agente de mudanças educativas e, portanto, da promoção de novas formas de aprender e ensinar. 10 Quer saber mais sobre o tema? Confira aqui! Mas como formar as equipes escolares para o uso efetivo e produtivo das novas tecnologias? Embora esse seja um enorme desafio, em vários contextos educacionais, o cardápio tem sido variado e a promoção de oficinas mais técnicas, o uso de recursos para a organização de aulas, a edição de vídeos, entre outras ações, já compõem o trabalho pedagógico. Além disso, a discussão de práticas que usam a tecnologia de forma inovadora e criativa tem se mostrado outra porta de entrada para o conhecimento e apropriação de novos recursos educacionais. Discussões sobre o uso de redes sociais na sala de aula também podem iluminar questões bastante importantes sobre o uso de Facebook, Twitter e outras redes/ comunidades, como Edmodo, Google+, Youtube, Pinterest, para o trabalho com os alunos. Explorar recursos diversos da web 2.0, como ferramentas de produtividade, de curadoria de conteúdos digitais, de colaboração, comunicação e criação são outras possibilidades muito potentes nesse percurso, além da utilização de algumas ferramentas para o trabalho com portfólios digitais, que possibilitam a organização de arquivos/mídias diversas de forma simples, mas com possibilidades de design bastante interessantes. Algumas dessas ferramentas como o Google Sites, Weebly, Wix, vão nesta direção. 11 Quer saber mais sobre o tema? Confira aqui! Ainda sobre a necessidade de uma formação adequada, acreditamos ser fundamental, para o trabalho das equipes escolares, a reflexão sobre sua própria prática, considerando aspectos que são profundamente impactados pelo mundo digital, apresentados e discutidos nos vídeos dessa semana, tais como: as relações de interação entre o aluno, o professor e o conteúdo; o excessivo acesso à informação e a necessidade de filtros; o limite, para os pais sobre o uso com segurança deste recurso, entre outros. Saiba mais Você sabia que quando se fala da geração Z a referência são as pessoas nascidas entre 1990 e 2014? O termo “geração X” é utilizado para nomear as pessoas nascidas após o chamado “Baby Boom”, quando houve um aumento importante na taxa de natalidade dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, e corresponde às pessoas nascidas entre início dos anos 1960 e o final dos anos 1970 e início dos anos 1980. Já a geração Y compreende os nascidos entre 1980 e 1990, e também é conhecida como Millennium, sendo sucedida pela Geração Z. 12 Sugestões para a utilização dos programas • Assistir à coletânea de vídeos com o objetivo de conhecer os conteúdos envolvidos para desenvolver um plano de trabalho pode ser determinante. Aproveite para registrar palavras-chaves de cada programa com o objetivo de identificar os conceitos tratados relacionados ao trabalho realizado pela sua equipe. Em seguida, elabore questões pertinentes a cada um dos grupos (professores, pais e outros educadores) e proponha-as antes da exibição dos vídeos, para que assistam aos programas com um foco mais ajustado às problemáticas que se quer trabalhar: Exemplos: O que já fazemos em relação ao uso da tecnologia? Quais os maiores desafios enfrentados pela equipe escolar em relação ao uso das TICs? Quais os nossos desafios em relação ao trabalho com os alunos? Qual a relação dos conteúdos exibidos com a nossa prática? É possível dar passos na direção de criarmos projetos de uso da tecnologia na nossa escola? Como podemos envolver os pais? Essa modalidade de trabalho faz sentido para a nossa comunidade? Como os pais têm enfrentado a questão do uso da tecnologia em casa? Vamos fazer um glossário com os termos pouco conhecidos? 13 Sugestões para a utilização dos programas • • • Organizar grupos de discussão, após a exibição dos programas, para compartilhar as reflexões construídas. Sistematizar as principais contribuições dos programas e das leituras e compartilhá-las com o grupo. Sugerir leituras de aprofundamento sobre a tecnologia (as referências bibliográficas dos programas auxiliam na seleção de bons textos). Vale lembrar que ler os textos de modo analítico e reflexivo, procurando vislumbrar e construir associações e interligações com outros conceitos, ideias e estratégias, é fundamental para o avanço da prática pedagógica. shutterstock 14 Sugestões para a utilização dos programas • • Estabelecer planos individuais de trabalho, adaptados à demanda de cada grupo, e: – Propor uma questão de acordo com o tema que se pretende trabalhar. – Convidá-los a assistir aos programas que se relacionam com o trabalho realizado. – Incentivar o estudo junto aos pares de modo a construir seus próprios conceitos, reelaborando ideias e analisando situações reais, a partir deles, e elaborar um registro. – Estimular o debate sobre o tema e aprofundamento da discussão a partir das referências bibliográficas. – Sugerir mais leituras, seja com as referências apresentadas, seja mediante a busca de referências complementares na literatura disponível. No caso dos pais, os programas sugeridos, ou parte deles, também podem ser mostrados e compartilhados em reuniões. 15 Sugestões para a utilização dos programas • Avaliamos que estes são alguns dos passos que podem alavancar ainda mais o trabalho pedagógico da escola. São muitas as possibilidades de tratamento das questões que envolvem o ensino e a aprendizagem com sentido e esperamos que estas orientações possam ser úteis para tornar a prática escolar ainda mais significativa e útil, afinal, não temos mais dúvidas de que a tecnologia pode ajudar e muito a ensinar mais e melhor. Bom trabalho! shutterstock 16 Envie suas ideias e opiniões Central de Relacionamento [email protected] 0800 606 3009 www.canaleducar.net.br 17 Referências Bibliográficas ARENDT, Hannah. A condição humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. ________. A crise na educação: III e IV. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1972. p. 247 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL. Escolas e meios de comunicação – Uma união imposta pelas circunstâncias. Tecnologia educacional. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Tecnologia Educacional, n. 24, maio/jun., 1980, p. 1421. FANTE, Cleo. Entrevista: Os perigos do Cyberbullying nas escolas. Disponível em:<http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/educacao-entrevista00.asp?EditeCodigoDaPagina=4591>. Acesso em: 07 abr. 2011. GOMES. Luiz Flávio. Bullying: a violência que bulina a juventude. Disponível em:<http://www.novacriminologia.com.br/Artigos/ArtigoLer.asp?idArtigo=2735>. Acesso em: 24 mar. 2011. LEITE, Lígia Silva. (Coord.). Tecnologia educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. Colaboração de Cláudia Lopes Pocho, Márcia de Medeiros Aguiar, Marisa Narcizo Sampaio. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2004. MORAN, José Manoel. Como ver televisão – Leitura crítica dos meios de comunicação de massa. São Paulo: Paulinas, 1991. Observatório da infância. Conteúdo de bullying: release da pesquisa realizada entre 2002 e 2003 pela ABRAPIA com o apoio da Petrobras e do IBOPE, no município do Rio de Janeiro. Disponível em:<http://www.observatoriodainfancia.com.br/article.php3?id_article=232>. Acesso em: 15 mar. 2011. SAMPAIO, Marisa Narcizo; LEITE, Lígia Silva. Alfabetização tecnológica do professor. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1999. SILVA, Ana Beatriz Barbosa; Bullying, mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. STEIN, Joel. Millennials. The Me Me Me Generation. Revista Time. Califórnia, 2013. TinyTap.Disponível em: <http://www.tinytap.it>. Acesso em: 20 out. 2014. Tori, R.. A presença das tecnologias interativas na educação.In: Revista de Computação e Tecnologia v. 2, n. 1, 2010. Disponível em:<http://revistas.pucsp.br/index.php/ReCET/article/view/3850>. Acesso em: 17 abr. 2015. 18