UNIDOS NO CAMINHO DA ESPERANÇA
Carta Pastoral sobre o Sínodo Diocesano
de Leiria-Fátima
1. No ano de 1545, no dia 22 de Maio – faz agora 450 anos – o Papa Paulo III criou a
Diocese de Leiria. No documento fundacional, o Papa salienta que esta nova Diocese fará
aumentar e melhorar o “culto divino e a salvação das almas” (Bula Pro excellenti apostolicae
sedis). Desde então, esta “porção do Povo de Deus” fez longa caminhada de fé e de serviço,
procurando acolher os dons divinos e corresponder fielmente à missão que lhe está confiada:
ser “sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano”
(LG 1), particularmente dos homens e mulheres que vivem nesta região.
Da história da Diocese fazem parte o doloroso período da extinção (de 1882 a 1918) e
a alegria da restauração (em 17 de Janeiro de 1918).
As aparições da Virgem Maria em Fátima, no ano de 1917, e a mensagem que deixou
aos três pastorinhos constituem um precioso dom para esta Igreja Particular e uma especial
vocação: viver e difundir a mensagem de conversão, de oração e de paz. João Paulo II achou
por bem atribuir-lhe a designação de Leiria-Fátima (Bula Qua Pietate, de 13.05.1984), nome
que o meu ilustre Predecessor teve a inspiração de declarar como verdadeiro programa.
2. Durante o presente ano haverá vários actos comemorativos do 450º aniversário da
criação da Diocese e da Cidade de Leiria. Não deixa de ser significativo que ambas, Diocese
e Cidade, nasçam no mesmo dia: devemos ver aí um sinal de que a Igreja e a cidade não
podem ignorar-se. A Igreja existe e caminha na cidade dos homens para ser mensageira e
instrumento da salvação divina (cfr GS 44).
Os actos comemorativos evocarão os acontecimentos históricos e salientarão o seu
significado. Conhecer a história vivida pela Diocese é importante para compreender muitas
das suas características e dos seus condicionalismos. Ao mesmo tempo estimula a caminhada,
sob o exemplo e a dedicação de quantos nos antecederam.
Não basta, todavia, a esta Igreja Particular, conhecer e celebrar o passado. É preciso
preparar o futuro na fidelidade à própria identidade, renovando-se e tornando-se mais apta
para cumprir a sua missão no meio dos homens deste tempo. Por isso, é necessário que a
celebração aniversária expresse claramente uma dimensão apostólica e pastoral.
3. Há sete anos, nos dias 3 e 4 de Dezembro de 1988, a Diocese viveu com entusiasmo
e esperança o Congresso de Leigos, preparado ao longo de um ano nos vários grupos das
comunidades cristãs. Foi um acontecimento memorável, que fez vibrar e rejuvenescer muitos
membros do Povo de Deus. Dele saíram válidas propostas para a renovação da nossa Igreja,
algumas delas já concretizadas, pelo menos em parte.
O acontecimento do Congresso veio a produzir frutos, nomeadamente na maior
consciência dos leigos quanto à sua vocação e empenho na edificação da Igreja. Temos,
agora, ocasião de atender à última proposta, que apontava para “a realização de um sínodo
diocesano”. O nosso Sínodo será, pois, a concretização de um voto do Congresso dos Leigos,
assinalando, no seu início, os 450 anos da Diocese, e preparando, desde já, o Jubileu do ano
2000.
Venho anunciar, oficial e solenemente, o sínodo Diocesano e convocar, com alegria e
esperança, todos os Diocesanos, mesmo os não crentes ou não praticantes, para a celebração
deste Sínodo ou Concílio particular da diocese de Leiria-Fátima (Cfr. cc. 460–468 do
C.D.C.).
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O Sínodo será um caminho de renovação
4. Mediante o grande acontecimento que foi o II Concílio Ecuménico do Vaticano,
concluído há trinta anos, o Espírito Santo produziu uma nova consciência e compreensão da
Igreja, à luz do Evangelho e da Tradição cristã.
Embora presente na diversidade dos povos e regiões, a Igreja Universal concretiza-se
em múltiplas porções do Povo de Deus, as dioceses ou Igrejas Particulares. Em cada uma
destas Igrejas Particulares, como diz o Concílio, “está e opera a Igreja de Cristo, una, santa
católica e apostólica” (CD 11).
Na Igreja, todos os fiéis, independentemente da sua condição e vocação específica,
participam do sacerdócio de Jesus Cristo, recebido pelo baptismo; são chamados à santidade e
ao apostolado, pelo dom do Espírito, que em todos habita e actua.
Todos devem, por isso, contribuir para a edificação da Igreja e colaborar no
cumprimento da sua missão no mundo, com os próprios dons que cada um recebeu de Deus
para o bem comum.
Cada cristão situa-se na Igreja conforme a vocação e os carismas que lhe deu o
Espírito Santo. Há então unidade, diversidade, serviço mútuo e comunhão nas comunidades
cristãs, na medida em que todos os seus membros acolhem, reconhecem e põem ao serviço
uns dos outros e de todos os bens espirituais e os talentos concedidos por Deus.
5. O Sínodo diocesano é a caminhada em conjunto de todo o Povo de Deus e a
assembleia de cristãos, que exprimem e concretizam a concepção conciliar da Igreja como
mistério de comunhão e de missão: obra e graça de Deus que chama, transforma, congrega e
envia uma comunidade humana como testemunha, mensageira e instrumento do Seu amor
salvífico no meio dos outros homens.
Enquanto caminho, o acontecimento sinodal mobiliza toda a Igreja Particular para
tornar-se peregrina e partir em obediência à Palavra de Deus, ao encontro dos homens, com
os quais caminha e aos quais é enviada.
Como assembleia, o Sínodo reúne representantes do Povo de Deus para reflectirem
em comum, tomarem consciência mais perfeita da identidade da Igreja e discernirem os
meios mais adequados para a sua missão. Trata-se, assim, de um exercício efectivo de
participação e de corresponsabilidade para a renovação permanente da Igreja.
No contexto das circunstâncias do mundo e do tempo em que vivemos, o Sínodo será
certamente um tempo de graça, em que se descobrirão novas energias que o Espírito infunde
nas pessoas e nas comunidades abertas à sua acção.
Em Sínodo, caminhamos unidos
6. O Sínodo não é apenas a assembleia que, durante um certo tempo e mais do que
uma vez se reúne para rezar, reflectir e debater determinados assuntos sobre a vida e a fé da
Igreja. Trata-se, sobretudo, de entrar num tempo privilegiado para todos. Como Povo de Deus
que se renova sem cessar, aberto aos impulsos do Espírito, a Igreja avança e solidifica-se na
medida da conversão interior dos seus membros. Em clima de grande abertura, de mútua
confiança e de indelével esperança, o Sínodo adquire mais sentido na perspectiva dinâmica do
Povo de Deus que caminha.
A convocação da Diocese para a celebração do Sínodo constitui um apelo a todos os
fiéis e às comunidades para se porem a caminho, juntos, à escuta dos apelos e sinais de Deus.
Pôr-se a caminho em obediência a Deus, reunir-se com os irmãos na fé, para reflectir e
partilhar, prestar atenção aos outros, dialogar com eles e orar em comum, serão os elementos
mais significativos do Sínodo.
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Um povo convocado e enviado em missão
7. À imagem do que o Concílio Vaticano II foi para a Igreja Universal, assim será o
Sínodo para a Igreja Particular. O Concílio propôs-se “fomentar a vida cristã entre os fiéis,
adaptar melhor às necessidades do nosso tempo as instituições susceptíveis de mudança,
promover tudo o que pode ajudar à união de todos os crentes em Cristo, e fortalecer o que
pode contribuir para chamar todos ao seio da Igreja” (SC 1). Nesta mesma linha, o Sínodo
deverá ser, para a Diocese, ocasião de tomada de consciência de si mesma como povo
convocado por Deus e por Ele enviado ao mundo.
O Sínodo destina-se a colocar a Igreja Particular em atitude de aprofundamento da sua
identidade e missão. Constituirá também o itinerário teológico e pedagógico mais normal para
assumir o desafio da Nova Evangelização.
8. A todos os fiéis católicos é lançado o desafio de aprofundarem a comunhão eclesial
e o compromisso na missão comum, para a qual são chamados pelo baptismo, confirmação e
eucaristia.
Serão elaborados temas de reflexão sobre as condições e razões de vida, sobre a
missão dos cristãos em geral e dos grupos. A comunidade diocesana deve, por conseguinte,
prosseguir o itinerário sinodal, voltada para o mundo, procurando discernir as luzes e as
sombras aí existentes e empenhando-se concretamente na busca de critérios de vida e de
acção para os homens de hoje.
Ritmo da caminhada sinodal
9. O Sínodo é uma caminhada comum que envolve todos os membros e comunidades
da Diocese. Tem como ponto de partida o anúncio solene. Quanto ao momento da chegada,
esta apenas se pode entrever. É que o Sínodo, qual novo Pentecostes, lança a Igreja para
tempos intermináveis de actividade, sempre renovada e reenviada pelo Espírito. Todavia, é
preciso respeitar o ritmo e as regras básicas dos grupos humanos, o que não aconselha a
prolongar demasiado o tempo, particularmente intenso, dos trabalhos sinodais.
O empenho sinodal não pode impedir o desenrolar normal das actividades habituais
das comunidades, dos movimentos e dos organismos. O espírito sinodal estará sempre activo,
para a renovação e aquisição de uma maior eficácia apostólica. Mais do que promover novas
actividades, o Sínodo deverá imprimir novo dinamismo à vida e à missão da Igreja.
10. O tempo sinodal alternará momentos diferenciados e complementares de
preparação bem cuidada e minuciosa, em comissões e grupos restritos, com os momentos de
participação generalizada, de recolha e análise, de propostas e aprovações, de promulgação,
de celebração e envio em missão. Deste modo, as comunidades locais e os movimentos, que
se desejam em permanente estado sinodal e oração, serão chamados apenas ciclicamente a
uma participação imediata, fazendo chegar às comissões especiais o pulsar real da vida e as
interpelações do Espírito.
11. O ritmo sinodal desenrolar-se-á em três etapas principais. Começará com um
tempo de sensibilização e informação, que se seguirá ao anúncio e vai concretizar-se também
numa consulta–mensagem a cada Diocesano. Depois, virá o tempo de reflexão por grupos e
movimentos, de assembleias paroquiais e vicariais. É a etapa de preparação, para a qual é
indispensável a participação de todos. Finalmente, realizar-se-á a assembleia sinodal, com a
presença e participação dos representantes do Povo de Deus.
Estas etapas não se concluem num só ciclo; podem desencadear outros, reiterando o
processo normal de vaivém, como aprendizagem de um modo de participação activa e
orgânica.
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12. A caminhada sinodal decorrerá ao ritmo da vida, aproveitando os momentos mais
significativos do ano pastoral. Assim, os primeiros passos serão os seguintes:
— 2 de Abril de 1995 – peregrinação diocesana ao santuário de Fátima – anúncio
solene do Sínodo.
— 15 de Junho de 1995 – Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo: dar-se-á a
conhecer a síntese elaborada das respostas à consulta-mensagem. Começará a estruturação e
preparação de grupos de base, nas paróquias, nos movimentos e nos institutos.
— 1 de Outubro de 1995: Dia da Diocese – lançamento do trabalho por grupos; nas
vésperas, haverá uma assembleia com o clero e os responsáveis dos movimentos, serviços e
grupos. Esta reflexão por grupos prolongar-se-á até ao princípio de 1996.
— Fevereiro de 1996. durante este mês deverão reunir-se as assembleias paroquiais,
vicariais, de movimentos e de institutos, para apresentação dos resultados dos grupos.
Segue-se o tratamento dos dados recolhidos e a marcação da primeira assembleia
sinodal.
Orgânica sinodal e estruturas de animação
13. O Sínodo pressupõe uma orgânica e por isso haverá os seguintes níveis de
estrutura: central, vicarial e paroquial, nos movimentos e obras, e na vida consagrada. Os
serviços diocesanos bem como os Conselhos Presbiteral e Pastoral darão o seu contributo em
conformidade com as suas competências específicas.
14. Ao nível dos serviços centrais, haverá as seguintes estruturas:
a) A Comissão central, composta pelo Vigário Geral, o Coordenador Geral, um
pároco, um padre dos serviços diocesanos, um religioso, uma religiosa e quatro leigos. Cabelhe a responsabilidade global da animação e realização do Sínodo, nomeadamente:
• acompanhar toda a sua actividade na Diocese;
• planear e programar as assembleias sinodais;
• preparar, com a ajuda das comissões especializadas, a documentação necessária ao
andamento dos trabalhos.
b) O Secretariado Permanente é composto pelo Coordenador Geral e mais quatro
pessoas. Compete-lhe dar seguimento às orientações e decisões da Comissão Central e
executar as seguintes tarefas:
• coordenar as comissões especializadas e outros grupos de trabalho;
• apoiar as equipas das vigararias, dos movimentos e dos institutos de vida consagrada;
• manter a ligação com os párocos e os serviços diocesanos;
• preparar as assembleias diocesanas;
• distribuir o material necessário aos grupos de reflexão, recolher e tratar os dados;
• organizar ficheiros e garantir o funcionamento de uma secretaria com os meios
necessários.
Ao Coordenador Geral compete, em relação com a Comissão Central e com a ajuda
do Secretariado Permanente, promover, animar e coordenar os trabalhos de preparação e
realização do Sínodo, ao nível central, e motivar e apoiar, na medida do possível, os outros
níveis.
c) As Comissões especializadas serão formadas por elementos dos correspondentes
secretariados e outras pessoas.
A Comissão teológico-pastoral, composta por peritos em Sagrada Escritura,
Teologia, Pastoral e Direito Canónico, terá as funções seguintes:
• elaborar documentos de reflexão para os grupos;
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• reflectir e reelaborar as sínteses dos contributos dos grupos de base;
• apresentar o “instrumento de trabalho” para a assembleia sinodal;
• apoiar a Comissão Central na elaboração do documento final de cada assembleia sinodal.
À Comissão Litúrgica, constituída por peritos em liturgia e espiritualidade, compete:
• redigir textos para a oração e celebrações litúrgicas;
• preparar e orientar as celebrações litúrgicas das assembleias sinodais.
A Comissão das Comunicações Sociais, formada por peritos na matéria, tem como
tarefa:
• promover a divulgação do acontecimento sinodal;
• estudar a elaboração de um cartaz, desdobrável e outros meios de sensibilização sobre o
Sínodo;
• elaborar e divulgar notícias sobre a caminhada sinodal nas suas diferentes fases e nos
vários níveis.
15. Ao nível vicarial haverá uma equipa, orientada pelo vigário e constituída por um
representante de cada paróquia. Compete-lhe:
• estabelecer a ligação entre os serviços centrais e as equipas paroquiais;
• coordenar estas equipas e reuni-las sempre que necessário;
• garantir a orientação e dinamização das assembleias vicariais;
• elaborar a síntese vicarial com os contributos de cada paróquia e enviá-la ao Secretariado
Permanente.
16. Ao nível paroquial haverá uma equipa com o pároco e os animadores dos grupos.
Será sua tarefa:
• promover o trabalho de reflexão em grupos;
• garantir o material de informação e reflexão para os mesmos;
• promover assembleias paroquiais;
• convidar e ouvir as pessoas que habitualmente não participam na vida da comunidade
cristã;
• promover a dinâmica sinodal nos diferentes grupos e serviços da paróquia: catequese,
acção socio-caritativa, liturgia, família, movimentos...;
• fazer a síntese do contributo de todos os grupos da paróquia.
17. Ao nível dos movimentos haverá uma equipa, que pode coincidir com a própria
direcção diocesana, e à qual compete:
• promover a participação dos membros do movimento na dinâmica sinodal;
• realizar, se for o caso, assembleias do movimento;
• recolher os contributos dos diferentes grupos e apresentar uma síntese ao Secretariado
Permanente.
18. Ao nível dos institutos de vida consagrada também haverá uma equipa
constituída pelas instâncias locais da CNIR, FNIRF e FNIS, à qual compete:
• animar todos os institutos e comunidades residentes na Diocese a constituírem ou
integrarem grupos sinodais;
• fazer chegar os materiais de informação e reflexão a cada instituto, comunidade ou
grupo;
• promover assembleias de reflexão e partilha sobre a temática sinodal;
• recolher, sintetizar e apresentar os contributos das comunidades e dos grupos ao
Secretariado Permanente.
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O Sínodo é de toda a Diocese e para todas as pessoas
19. O Sínodo é uma caminhada em Igreja. Ninguém deve excluir-se nem ser posto à
margem; todos devem ser motivados e mobilizados. O êxito deste acontecimento depende da
abertura ao Espírito, da generosidade e da capacidade de escuta e discernimento dos sinais e
impulsos de Deus.
É indispensável também a qualidade dos instrumentos de reflexão e oração, a
capacidade de coordenação, a conjugação de esforços e a colaboração. Todos os membros da
comunidade diocesana devem empenhar-se, sem cepticismo nem conformismo.
É necessário aproveitar os carismas, com a maior disponibilidade de cada um. Não
desconheceremos os condicionalismos reais da Diocese, mas procuraremos agir com
confiança e criatividade no melhor aproveitamento das nossas potencialidades.
20. A Igreja não existe para si mesma mas em função da evangelização e salvação de
todos os homens. O itinerário sinodal incluirá formas de aproximação e de abertura aos que se
afastaram e aos que nunca estiveram inseridos. Para todos haverá um espaço aberto onde a
mensagem de cada um poderá servir para a edificação e o enriquecimento mútuos.
O Sínodo será celebrado com o concurso generoso de todos os membros da Igreja
diocesana, bispo, padres, membros dos institutos de vida consagrada e leigos.
A força da Diocese em caminhada sinodal estará em assumir-se na sua identidade e
deixar-se impulsionar pelo Espírito. No respeito pelas diferenças e no contributo dos
carismas, vamos caminhar na Verdade e na Unidade de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Entregamo-nos à protecção de Santo Agostinho e Nossa Senhora de Fátima
21. Ao iniciarmos a nossa caminhada sinodal, invocamos a protecção de Santo
Agostinho e Nossa Senhora de Fátima, padroeiros da Diocese, e rezamos:
Santo Agostinho, padroeiro de Leiria- Fátima,
Tu que, depois de longa e difícil procura,
foste encontrado pelo Senhor e te entregaste a Ele,
Intercede junto do Pai
por esta Igreja de Leiria-Fátima
que está a iniciar a sua caminhada sinodal,
para que saiba acolher,
compreender e praticar a Palavra do Evangelho,
conhecer a sêde de Deus que existe no coração dos homens
e tornar-se para todos mensageira da Boa Nova.
Senhora de Fátima,
que te dignaste visitar esta Diocese,
aparecendo a três crianças
e confiando-lhes uma mensagem de paz e salvação,
ensina-nos a sermos dóceis ao Espírito
e a fazermos o que o teu Filho nos diz hoje.
Que saibamos viver a Palavra de Deus
e a mensagem que nos confiaste em Fátima.
Amen.
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Oração sinodal
22. Com Maria e Santo Agostinho, caminhamos para a Santíssima Trindade, fonte e
meta da vida de cada homem e da Igreja. Rezemos todos os dias, se possível em família:
Senhor nosso Deus,
Pai Criador, Filho Redentor, Espírito Santificador,
nesta caminhada sinodal da Diocese de Leiria-Fátima,
abre-nos à aceitação dos teus desígnios,
para os recolhermos em nossos corações,
como Maria, nossa Mãe.
Inspira-nos o desejo sincero de vivermos unidos,
atentos aos anseios e interpelações dos homens de hoje.
Renova a nossa Fé,
cimenta a esperança que nos anima
e concede-nos viver em caridade,
abertos ao diálogo e generosos na partilha.
Ensina-nos a colaborar,
corresponsáveis e alegres,
na construção do Teu Reino.
Faz-nos solidários com os mais necessitados,
cooperantes com todos os homens de boa vontade
e testemunhas do Teu amor.
Pai infinitamente bom,
pedimos-Te todas estas graças,
pelo Teu Filho Jesus Cristo
e na unidade do Espírito Santo.
Amen.
Leiria, 2 de Abril de 1995
† Serafim de Sousa Ferreira e Silva,
Bispo de Leiria-Fátima
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