Universidade Federal de São Paulo COREME Residência MÉDICA - 2012 Ano Opcional em Obstetrícia e Ginecologia e Áreas de Atuação em Obstetrícia e Ginecologia Nome do Candidato N.Inscrição INSTRUÇÕES • Verifique se este caderno de prova contém um total de 30 questões, numeradas de 1 a 30. Se o caderno estiver incompleto, solicite outro ao fiscal da sala. Não serão aceitas reclamações posteriores. • Para cada questão existe apenas UMA resposta correta. • Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher UMA resposta. • Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu. VOCÊ DEVE • Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão a que você está respondendo. • Verificar, no caderno de prova, qual a letra (A, B, C, D, E) da resposta que você escolheu. • Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS fazendo um traço no quadrinho que aparece abaixo dessa letra. ATENÇÃO • Marque as respostas com caneta esferográfica azul ou preta. • Marque apenas uma letra para cada questão: mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão. • Responda a todas as questões. • Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos eletrônicos. • Você terá 2:00h para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas. "Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia". edudata 1. Quais os progestagênios são derivados da família da 19-nortestosterona? (A) (B) (C) (D) (E) Linestrinol, diacetado etinodiol e norgestimato Acetato de megestrol e linestrenol Trimegestone e drosperinona Acetato de clomadinona e acetado de ciproterona Acetato nortindrone e medrogestone. 2. O limite medial (ápice) da axila é definido: (A) (B) (C) (D) (E) pela borda medial do músculo pequeno peitoral pela borda lateral do músculo pequeno peitoral pelo ligamento costoclavicular ou ligamento de Halsted entre as bordas lateral e medial do músculo pequeno peitoral pelo músculo grande dorsal 3. Paciente de 50 anos submeteu-se a radioterapia pélvica há 3 anos por carcinoma espinocelular do colo uterino, estádio clínico IVA, com comprometimento de mucosa vesical, segundo informações no relatório médico. Atualmente, apresenta hematúria franca sem outros sintomas associados. A biópsia de mucosa vesical guiada por cistoscopia revelou recidiva tumoral em região de trígono vesical. Exames de imagem não evidenciam metástases à distância. Não há suspeita de comprometimento de fórnices vaginais, paramétrios ou reto pela neoplasia. A melhor conduta a ser adotada é: (A) (B) (C) (D) (E) Exenteração pélvica completa Histerectomia radical ampliada Radioterapia pélvica Quimioterapia paliativa Exenteração pélvica anterior 4. Paciente de 60 anos, assintomática, traz ultrassom transvaginal evidenciando eco endometrial de 8 mm. Submeteu-se a histeroscopia diagnóstica, sendo visibilizada formação polipóide regular com pedículo séssil em toda a parede posterior da cavidade uterina. A conduta complementar preconizada é: (A) (B) (C) (D) (E) Nova histeroscopia diagnóstica com biópsia dirigida da formação polipóide Histeroscopia cirúrgica com exérese do pólipo para definição histológica Curetagem semiótica após dilatação cervical Seguimento clínico e ultra-sonográfico, se ausência de sangramento Histerectomia total, com biópsia de congelação do endométrio 2 – UNIFESP – Residência Médica – 2012 – Obstetrícia e Ginecologia 5. Paciente de 78 anos apresenta lesão numular de 1 cm em grande lábio direito. Submeteu-se a biópsia incisional ambulatorial: carcinoma espinocelular com invasão estromal de 3 mm. No momento da cirurgia, a lesão havia evoluído clinicamente para 3 cm no maior diâmetro, sem comprometer linha média. A melhor conduta seria: (A) (B) (C) (D) (E) Vulvectomia radical, linfonodo sentinela inguinal esquerda Vulvectomia simples esquerda, linfonodo sentinela inguinal ipsilateral Ressecção ampliada esquerda exclusiva com margem de 2 cm Ressecção ampliada esquerda com margem de 2 cm, linfonodo sentinela inguinal ipsilateral Vulvectomia radical, linfonodo sentinela inguinal bilateral 6. Paciente submeteu-se a cirurgia de Wertheim-Meigs devido a carcinoma espinocelular do colo uterino. Após estudo anatomopatológico das peças cirúrgicas, verificou-se tumor restrito ao colo. Em qual das situação abaixo NÃO seria indicada radioterapia pélvica complementar? (A) (B) (C) (D) (E) diâmetro < 4cm, invasão estromal > 2/3, invasão angiolinfática presente, vagina livre de neoplasia, margens livres diâmetro < 2cm, invasão estromal < 2/3, invasão angiolinfática presente, vagina proximal comprometida, margens livres diâmetro >2cm, invasão estromal > 1/3, invasão angiolinfática ausente, vagina livre de neoplasia, margens livres diâmetro <5cm, invasão estromal < 1/3, invasão angiolinfática presente, vagina comprometida<2mm de neoplasia, margens livres diâmetro <2cm, invasão estromal <1/3, invasão angiolinfática ausente, vagina comprometida<3mm, margem exígua 7. A probabilidade de malignidade entre os achados mamográficos BI-RADS categoria 3 é de: (A) Cerca de 2% (B) De 2% a 5% (C) De 5% a 10% (D) De 10% a 15% (E) De 15% a 20% 8. Assimetria focal quando palpável é classificada, segundo o sistema BI-RADS: (A) (B) (C) (D) (E) Categoria 0 Categoria 2 Categoria 3 Categoria 4 Categoria 5 UNIFESP – Residência Médica – 2012- Obstetrícia e Ginecologia - 3 9. Mulher de 50 anos em exame de rotina ginecológica refere desconforto gástrico e episódios de dispepsia de longa data. Já não menstrua há 11 meses. Nunca engravidou por opção e sempre usou condom. O exame digital pélvico é dificultado por moderada espessura da parede abdominal. O exame ultrassonográfico transvaginal sugere a presença de formação complexa anexial à direita. Optou-se por exploração cirúrgica a céu aberto e observou-se formação anexial de consistência cística, com 10 cm no maior diâmetro, de superfície lisa, regular e discretamente vascularizada. A superfície de corte mostrou presença de papilas intracísticas. A conduta adotada foi histerectomia total abdominal e salpingooforectomia bilateral. Qual é o tipo histológico mais provável? (A) (B) (C) (D) (E) teratoma cístico imaturo cistoadenocarcinoma mucinoso cistoadenoma seroso disgerminoma cistoadenocarcinoma indiferenciado 10. Mulher com 20 anos de idade fez exame citopatológico cérvico-vaginal que revelou presença de células com relação núcleo citoplasma aumentado, halo perinuclear e multinucleação. Apresentou, ainda, laudo colposcópico referindo muco opalescente, JEC em -3 e zona de transformação normal. Qual o diagnóstico mais provável? (A) (B) (C) (D) (E) Cervicite crônica bacteriana Infecção por Herpesvirus tipo 2 Neoplasia intraepitelial de alto grau Infecção por papilomavirus humano Processo proliferativo inespecífico 11. Mulher de 77 anos com queixa de perda de urina aos grandes esforços há 10 anos. Há 6 meses, começou a ter perda não relacionada ao esforço, durante o dia e a noite, em quantidade variável. Ao exame, apresenta o ponto C em +3, ponto Aa em +5 e ponto Ap em -3. Após a realização de estudo urodinâmico, preconiza-se (A) (B) (C) (D) (E) Tratamento medicamentoso de houver contrações não inibidas do detrusor Cirurgia de alça e colporrafia se for confirmada incontinência urinária de esforço, associada, a anticolinérgicos no pós-operatório Histerectomia vaginal e cirurgia de alça se a pressão de perda for inferior a 60cmH2O Cirurgia de Burch, se pressão de perda for superior a 90 cmH20, com correção da retocele e anticolinérgicos no pós-operatório Tratamento conservador supervisionado por fisioterapeuta antes de indicar cirurgia 4 – UNIFESP – Residência Médica – 2012 – Obstetrícia e Ginecologia 12. MAS, 15 anos, procura o ginecologista para orientação contraceptiva. Refere que seus pais desconhecem que tem atividade sexual e que não pretende contar a eles. Durante o exame ginecológico, são encontradas verrugas genitais suspeitas para HPV. Após esclarecer as dúvidas da jovem quanto à vida sexual com segurança, o ginecologista deve (A) (B) (C) (D) (E) Solicitar a presença de um familiar responsável para prescrever o contraceptivo e tratar as lesões Prescrever contraceptivo, biopsiar e tratar as lesões suspeitas com autorização da paciente Prescrever o contraceptivo, mas solicitar a um responsável que autorize a realização de biópsia Orientar o uso de preservativo, cauterizar as lesões verrucosas e esclarecer sobre a necessidade da presença de um adulto responsável para prescrição de medicamentos Avisar os responsáveis a respeito da suspeita de HPV por se tratar de doença sexualmente transmissível antes de instituir qualquer tratamento 13. Um casal usa como método contraceptivo a pílula hormonal combinada. No último ciclo, a mulher esqueceu-se de tomar dois comprimidos da cartela, e o casal teve relação sexual sem outro método contraceptivo adicional há 36 horas. Sabendo-se que ainda faltam 8 comprimidos na cartela e eles não têm intenção de engravidar, a orientação médica deve ser: (A) (B) (C) (D) (E) Prescrever de imediato levonorgestrel 0,75 mg, duas doses com intervalo de 12 horas. Esclarecer que o risco de gravidez é mínimo, não sendo necessário usar pílula do dia seguinte Orientar o uso correto do contraceptivo hormonal, explicando que o prazo para uso da pílula do dia seguinte já se esgotou Prescrever dose única de levonogestrel 1,75 mg até 72 horas do ato sexual Interromper a cartela de pílula para provocar fluxo menstrual e evitar a possível nidação 14. Mulher jovem com quadro de corrimento vaginal espesso e purulento, cuja análise microbiológica mostrou a presença de diplococos Gram-negativos agrupados aos pares no interior de leucócitos. Pensando no agente etiológico, qual deve ser o tratamento? (A) (B) (C) (D) (E) Doxicilina 100 mg 2 vezes ao dia por sete a 10 dias Valaciclovir 500 mg via oral 2 vezes ao dia por 5 dias Metronidazol 2 g via oral em dose única Itraconazol 200 mg duas vezes ao dia por 1 dia Penicilina benzatina 4.800.000 UI IM e probenecida 1 g via oral UNIFESP – Residência Médica – 2012- Obstetrícia e Ginecologia - 5 15. Paciente de 47 anos, apresentava fluxo papilar hemorrágico espontâneo na mama esquerda há dois meses. No exame físico, não se palpava tumor e o sinal do ponto gatilho era positivo às 6 horas. Mamografia normal, porém mostrando mamas densas. O ultrassom revelou ectasia ductal às 6 horas, com tumor sólido em seu interior medindo 7mm. Qual a melhor conduta? (A) (B) (C) (D) (E) Ductografia previamente à biópsia Exérese cirúrgica sem congelação Punção-biópsia com agulha fina Biópsia percutânea com agulha grossa com propulsor automático (“core biopsy”) Mamotomia 16. Gestante na 20ª. semana de gestação, não tendo apresentado nenhuma alteração ultra-sonográfica anterior, retorna ao pré-natal com ultra-som morfológico do 2º. Trimestre revelando a presença de cisto de 5 mm em plexo coróide direito, sem outras alterações. Em vista deste diagnóstico, qual a melhor conduta a ser tomada? (A) (B) (C) (D) (E) Indicar cariótipo, pois esta anomalia está associada à Trissomia do Cromossomo 18. Indicar cariótipo apenas se o cisto de plexo coróide aumentar de tamanho em 1 mês. Solicitar ecocardiograma fetal e sugerir acompanhamento ultra-sonográfico, pois se trata de marcador menor para aneuploidias. Se o cisto de plexo coróide aumentar muito de volume, deverá ser puncionado para evitar compressão do córtex cerebral subjacente. Indicar cariótipo, pois esta anomalia está associada à Trissomia do Cromossomo 21. 17. A principal vantagem do uso de Atosiban na inibição do trabalho de parto prematuro, quando comparado aos betadrenérgicos, é: (A) (B) (C) (D) (E) promover menos efeitos colaterais maternos. ser mais eficiente. ser mais barato o uso da via oral pode ser estendido por 7 dias. potencializa o efeito do corticóide 18. Quanto ao uso de prostaglandinas para indução do parto, é correto afirmar: (A) (B) (C) (D) (E) Devem ser utilizadas quando o índice de Bishop for maior que 5. Estão contraindicadas nos casos de rotura prematura de membranas. A F 2 alfa é a mais utilizada em obstetrícia, com esse objetivo. O misoprostol não deve ser utilizado naquelas com cesárea prévia Não é permitido o seu uso no Brasil 6 – UNIFESP – Residência Médica – 2012 – Obstetrícia e Ginecologia 19. No período gestacional NÃO ocorre modificações na resposta sexual como: (A) (B) (C) (D) (E) lubrificação aumentada contração uterina com risco de trabalho parto prematuro após o orgasmo diminuição do desejo diminuição da resposta orgásmica aumento da incidência de dispareunia 20. Paciente com quadro de dor abdominal intensa e sangramento vaginal em regular quantidade, procura PS de pequena cidade, sem posto de Instituto Médico-Legal. Apresenta-se descorada, pulso fino. Referia ter ciclos menstruais irregulares. Usava como método contraceptivo preservativo e contava ter usado pílula do dia seguinte em duas ocasiões nos três últimos meses, mas cerca de 5 minutos após a entrada no PS, a paciente entrou em estado de choque e evoluiu para morte. Em relação ao tipo de morte e ao que deve ser colocado no item I do modelo internacional de atestado de óbito como causas, é verdadeiro afirmar: (A) (B) (C) (D) (E) Não é morte materna. No atestado deve constar no item A: choque hemorrágico e no item B: abortamento precoce Trata-se de morte obstétrica indireta. No atestado deve constar no item A: abdome agudo e no item B: gravidez ectópica rota Trata-se de morte materna. No atestado deve constar no item A: anemia aguda e no item B: gravidez ectópica rota Não é morte obstétrica, pois a gravidez não foi confirmada por ultra-som. No atestado deve constar no item A: parada cardio-respiratória e no item B: hemorragia Trata-se de morte obstétrica não relacionada. No atestado deve constar no item A: hemorragia , no item B: abdome agudo e no item C: gravidez 21. Sobre a translucência nucal é INCORRETO dizer que: (A) (B) (C) (D) (E) É marcador importante para a S. de Down É marcador importante para cardiopatias Sua medida deve ser realizada entre 11 semanas e 3 dias e 14 semanas Quando acima de 3,5mm a chance de cardiopatia fetal é 3% Tem sensibilidade de 93% para detecção das aneuploidias UNIFESP – Residência Médica – 2012- Obstetrícia e Ginecologia - 7 22. Assinale a alternativa ERRADA em relação aos aspectos obstétricos observados em mulheres portadoras de transplante renal. (A) (B) (C) (D) (E) Dentre as causas frequentes de disfunção do enxerto, encontram-se as seguintes possibilidades: compressão ureteral pelo útero gravídico, infecção urinária, préeclâmpsia e a nefro toxicidade determinada pela ciclosporina. Em relação aos possíveis efeitos teratogênicos associados ao uso de imunossupressores, a ciclosporina, a prednisona e o tacrolimus parecem não se associar à maior risco de malformações. Por outro lado, não existe segurança para a utilização do micofenolato mofetil, sendo que sua interrupção deve ser aconselhada naquelas mulheres que planejam sua gestação. Alguns fatores estão associados com melhor prognóstico da gestação entre transplantadas renais. Estão incluídos: creatinina plasmática inferior a 1,5 mg%; doses de ciclosporina inferiores a 5,0 mg/Kg/dia; ausência de dilatação pielocalicial. Em gestantes portadoras de transplante renal o diagnóstico de pré-eclâmpsia pode ser dificultado pelas características clínicas frequentes destas pacientes como elevação da pressão arterial e achados laboratoriais como proteinúria e plaquetopenia decorrentes do uso de imunossupressores. Considerando as diversas alternativas de imunossupressão, a lactação pode ser liberada para puérperas que utilizam ciclosporina associada à prednisona. Porém a lactação deve se suprimida nas pacientes que utilizam tacrolimus e/ou micofenolato mofetil. 23. Em relação ao tratamento da pré-eclâmpsia grave e/ou eclâmpsia, podemos afirmar: (A) (B) (C) (D) (E) Considerando o ritmo de diurese de pelo menos 50,0 ml/hora e dose de manutenção de 2,0 gramas/hora, os níveis plasmáticos seguros de sulfato de magnésio encontram-se na faixa de 10,0 a 15,0 mEq/l. Supondo que após 5 minutos da instalação das doses de sulfato de magnésio (4,0g/ev + 2,0 g ev/hora) em gestante com eclâmpsia, esta apresente nova convulsão, a melhor conduta para esta situação consiste na aplicação de 10,0 mg de diazepam IM e iniciar hidantalização. Nas situações de oligúria, o uso de diuréticos de alça ou expansão de volume pode trazer mais riscos que benefícios. O uso de drogas com ação vasodilatadora como a hidralazina ou a dopamina, podem auxiliar na ampliação da diurese. Não existem razões aceitáveis para a adoção de conduta expectante em pacientes com pré-eclâmpsia grave com idade gestacional acima de 34 semanas. Após a estabilização do quadro clínico, caso se decida pela indução do parto, pacientes que estão utilizando sulfato de magnésio necessitarão de doses superiores de misoprostol e/ou ocitocina para indução ou condução do parto. Em pacientes com eclâmpsia, verifica-se a presença de menor relaxamento muscular. Por ocasião da cesárea, o uso de curare pode facilitar o bloqueio anestésico peridural, porém sua ação pode potencializar o efeito do sulfato de magnésio, induzindo parada respiratória. 8 – UNIFESP – Residência Médica – 2012 – Obstetrícia e Ginecologia 24. Em relação às Síndromes Hipertensivas da Gestação, todas as afirmações estão corretas, com uma exceção: (A) (B) (C) (D) (E) O papel da terapia anti-hipertensiva em pacientes portadoras de hipertensão arterial leve ou moderada (pressão diastólica menor que 100 mmHg) parece incerta. Não há evidencias que esta conduta possa modificar o curso clínico da doença nem melhorar o prognóstico perinatal, ainda que possa reduzir o risco de crises hipertensivas. O uso de ácido acetil salicílico e de dieta rica em cálcio, pode reduzir os riscos de pré-eclâmpsia em pacientes portadoras de hipertensão arterial crônica. Porém, o uso de diuréticos tiazídicos e adoção de dieta hipossódica não apresentam ação preventiva para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia. Não existem evidências que identifiquem vantagens entre as diversas opções de hipotensores em gestantes portadoras de hipertensão arterial crônica. As alternativas mais utilizadas são a metildopa, os diuréticos tiazídicos, os betabloquedores e bloqueadores de canais de cálcio. Hipotensores como metil-dopa , atenolol, pindolol, nifedipina e prazozin podem ser utilizados na gestação em pacientes com hipertensão arterial crônica. O captopril é exceção a esta regra, ou seja, não deve ser utilizado, ainda que possa ser liberado durante a lactação. Em relação ao risco para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia (PE), algumas situações implicam em risco diferenciado. Podemos incluir neste grupo: primigesta ou que gestante pela primeira vez de seu novo parceiro, antecedente de PE em gestação anterior, antecedente familiar (mãe) de PE e portadoras de síndrome de anticorpo antifosfolípide. 25. Gemiligesta de 32 semanas procura maternidade com a queixa de parada dos movimentos fetais. Foi realizado ultrassom que visibilizou gravidez gemelar monocoriônica monoamniótica com óbito dos fetos por enovelamento dos cordões umbilicais. Para que ocorra a gravidez monocoriônica-monoamniótica em que período pós-concepção deve ter ocorrido o evento: (A) Entre o 1º e o 2º dia (B) Entre o 3º e o 4º dia (C) Entre o 5º e o 6º dia (D) Entre o 7º e o 8º dia (E) Entre o 9º e o 10º dia 26. Paciente de 28 anos, IVG, teve 3 abortamentos no primeiro trimestre e 1 parto prematuro com óbito neonatal precoce associado a pré-eclampsia. Devemos orientar, a principio: (A) Pesquisa de mutação do fator V de Leiden e FAN (B) Pesquisa de anticorpos anticardiolipina e anticoagulante lupico (C) Biopsia endometrial na segunda metade do ciclo menstrual (D) Cariotipo do casal e histerossalpingografia (E) Pesquisa de citocinas pro inflamatórias do tipo Th1 UNIFESP – Residência Médica – 2012- Obstetrícia e Ginecologia - 9 27. Paciente de 20 anos, primigesta, em seguimento pós mola hidatiforme completa, apresenta três medidas semanais consecutivas de β hCG em elevação. Ultra-som de pelve mostra área miometrial hipervascularizada, cavidade uterina com conteúdo sugestivo de coágulos. Devemos realizar: (A) (B) (C) (D) (E) radiografia de tórax, ultra-som de abdome total e quimioterapia curetagem uterina sob visão ultra-sonografica ressonância magnética de pelve para complementação diagnostica mais uma dosagem de β hCG para orientar esquema quimioterapico videohisteroscopia com biopsia dirigida da área miometrial descrita 28. Com relação ao assinclitismo, podemos dizer que: (A) (B) (C) (D) (E) O assinclitismo posterior é mais frequente, e mais encontradiço em primigestas O assinclitismo posterior é reconhecido quando a sutura sagital encontra-se mais próxima do sacro O assinclitismo posterior ocorre porque o útero se posiciona em anteversão pronunciada, em consequência da hipotonia da parede abdominal Na insinuação do pólo cefálico, a sequência mais comum é assinclitismo anterior, sinclitismo e assinclitismo posterior No assinclitismo posterior, o parietal posterior desce depois do anterior 29. Segundo estudos de Caldeyro-Barcia, a contração uterina do trabalho de parto tem as seguintes características: (A) (B) (C) (D) (E) A duração total é de cerca de 70 segundos, com tônus mais elevado, de cerca de 10mmHg No período expulsivo, a média da atividade uterina é de 100 unidades montevideu A intensidade mínima necessária para a dilatação do colo uterino é de 40mmHg A duração total é de cerca de 200 segundos, sendo dolorosa por 60 segundos A contração e o relaxamento tem a mesma duração 30. Gestante de 33 semanas com gravidez gemelar procurou o PS com queixa de edema importante em membro inferior esquerdo há 3 dias e referindo também contrações e perda de líquido há 2 horas. No exame foi constatada a presença de trombose venosa profunda de MIE e trabalho de parto com bolsa rota. Qual a conduta: (A) (B) (C) (D) (E) Inibição do trabalho de parto e corticóide com resolução do parto em 48 horas Resolução do parto e anticoagulação após a intervenção Inibição do trabalho de parto e antibiótico Inibição do trabalho de parto e início da anticoagulação Resolução do parto após estabilização do quadro de TVP 10 – UNIFESP – Residência Médica – 2012 – Obstetrícia e Ginecologia UNIFESP – Residência Médica – 2012- Obstetrícia e Ginecologia - 11 12 – UNIFESP – Residência Médica – 2012 – Obstetrícia e Ginecologia