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JORNAL DE NOTÍCIAS
QUARTA-FEIRA 26/2/14
LEONEL DE CASTRO / GLOBAL IMAGENS
HISTÓRIADE//CARPINTARIA CSJ. Começou por ser uma empresa
familiar. Hoje executa espaços comerciais de várias marcas,
um pouco por todo o Mundo Por Alexandra Lopes
Eles decoraram
a loja do Camp Nou
Espaço comercial do
Barcelona é cartão de visita
da empresa de Famalicão
ão produz carros de bois
porque não tem encomendas”. Só por isso. A afirmação é feita em tom de brincadeira mas ilustra bem a evolução e
crescimento da Carpintaria S. José,
em Vila Nova de Famalicão. Liderada
por quatro irmãos, sempre acompanhados pelo pai, a empresa dedica-se
à decoração de lojas, mas também à
produção de todo o tipo de mobiliário e outros serviços de carpintaria
destinados a nichos de mercado.
A decoração da megaloja oficial do
Futebol Clube de Barcelona, em
Camp Nou, é uma das bandeiras da
firma que trabalha na execução e remodelação de espaços comerciais
para várias marcas, espalhadas por
todo o Mundo.
Tudo começou com o pai de António Machado, fundador da Carpintaria S. José (CSJ), que arrastou os filhos. António sempre foi carpinteiro,
até que em 1989 fundou a sua própria
empresa.
Seguiram-no dois filhos e pouco de-
N
pois os outros dois. Cada um é “completamente autónomo” na área da
firma que lhe é destinada, mas unidos na evolução e crescimento da carpintaria.
Os quatro irmãos são exímios na recordação de cada história, cada momento, cada adversidade que passaram. “São momentos que nos marcam porque fazem parte da nossa
evolução”, justificam. A empresa começou com cinco carpinteiros e tem
agora 80 funcionários. “Começamos
com cinco carpinteiros, depois começamos a fazer os acabamentos e fizemos nós uma cabina de pintura e continuamos sempre a evoluir”, conta
“Ajudo os filhos.
Sinto-me bem aqui,
já fazparte
da minha
vida”
António Machado
Fundador da CSJ
Joaquim Machado, um dos responsáveis. Atualmente, cerca de 70% da
produção da CSJ destina-se à exportação. O crescimento da carpintaria
fez com que, em 2002, António e os
filhos se lançassem na construção de
uma nova fábrica. Foi nesta altura
que se lançaram na execução de espaços comerciais.
“Começamos com um convite, um
“pedido de socorro” para uma loja e
nunca mais paramos”, conta José António Machado constatando que são
conhecidos pela “qualidade” do trabalho mas também pelo cumprimento de prazos.
É seguindo estes lemas que a CSJ
continua a investir. Tem em curso a
construção de um armazém para logística de grandes volumes e vai construir uma nova linha de acabamentos. Num total de 800 mil euros, o investimento engloba também a aquisição de uma nova máquina e a instalação de um sistema de aquecimento
em toda a fábrica, que usará os resíduos como fonte de energia.
Apesar de serem os quatro filhos
que gerem mais diretamente a CSJ,
António anda sempre por lá. “Ajudo
os filhos. Sinto-me bem aqui, já faz
parte da minha vida”, diz o fundador.
[ CARTAS DO LEITOR ]
Tampas
& tampões
Mais do mesmo...
para variar
Tinhaexames marcados para
o Hospital Pedro Hispano a
que não pude comparecer,
porestaracamado comgripe.
Seguindo instruções do
próprio hospital, foi tentado
ocontactotelefónicoparainformardaimpossibilidade de
comparecer e, do mesmo
passo, remarcar os exames.
Como se prova pela fatura
daPT, foramfeitas cinco tentativas, ininterruptas, que tiveram a duração de 118 minutos e 40 segundos, sem
que fosse atendido pelos respetivos serviços.
Numa dessas tentativas,
perguntei ao telefonista se o
atendimento era feito por
profissionais ouporvoluntários, sendo-me respondido
que a central atendia com
prontidão – e era verdade –,
estando o problema nos serviços para onde a chamada
era encaminhada.
A solução foi a minha mulherdeslocar-se pessoalmente ao hospital, onde lhe foi
dito que a situação radicava
na falta de pessoal, o que fazia com que desviassem pessoas para outros serviços.
Por isto, vamos às recomendações:
1)Ao ministro daSaúde, recomendo que providencie o
fornecimento de tampões
para os ouvidos do pessoal,
pois deve ser doentio levar
cerca de duas horas com um
telefone a tocar.
2) Aos portugueses, recomendamos que deem uma
tampa nos muitos “desviadores” que pululam neste
país.
António Ferreira
Quanto ao desvio de fundos
comunitários para Lisboa,
uma fatalidade nacional, ou
muito me engano ou está a
preparar-se arábulado costume: oNorte protesta, fala, esperneia; e Lisboa lá fica com
os dinheiros. Como diz acanção, “semprefoiassimesempre assim será”.
José Ferreira
[email protected]
Portugal tem
uma terceira via
Até que ponto um cidadão é
obrigado aacatarumanorma
legal cuja redação contenha
erros de português, gramaticais ou semânticos, ou particularismos locais ou regionais, emespecialsecausarem
ambiguidades de interpretaçãoqueprovoquemprejuízos
acidadãos, aoEstado, ouaoutras entidades? E temos que
acatarumanormaquecontenha palavras ou construções
gramaticais inglesas ou de
outras línguas, quando existem equivalentes na língua?
J.Vasconcelos
Ainda é cedo para definir
qual a estratégia no período
pós-troika.Atualmente, falase em duas hipóteses: 1) Programa cautelar; e 2) Saída
limpa à irlandesa.
Um programacautelar, que
tem a duração de um ano, é
uma rede de segurança que
garantefinanciamentoaPortugal, caso o regresso aos
mercados sejafeitaataxas de
jurodemasiadoelevadas.Obviamente que o BCE e outras
instituições europeias vão
exigircontrapartidas, masserãomaislevesdoquenumsegundoresgate. Sejacomofor,
no período pós-troika continuará a existir austeridade e
dependência face à ajuda externa. Nocasodasaídaàirlandesa, Portugal teria que conseguir empréstimos no mercadofinanceiroadezanosinferiores acercade 4%, parase
desvinculardefinitivamente
dos organismos da troika.
Mas, eis que surge uma terceira via, avançada pelo economista chefe do BCE, Peter
Praet: oprogramademonitorização. Isto é, o acompanhamento por determinada(s)
instituição(ões) europeia(s)
no pós-troika, para obter determinadoscompromissosde
políticaeconómico-financeira a longo prazo. Uma coisa é
certa, Portugal só conseguirá
atingirdeterminados valores
num espaço de vinte a trinta
anos. Éocasodadívidapública, queatualmenterepresentacercade 130% do PIB e que
deverá atingir cerca de 60%;
e do défice orçamental, que
de4,5% doPIBdeverápassar,
a longo prazo, para 0,5%.
Será que a austeridade se
vai manter por este tempo
todo? Ou os governos futuros optarão por teorias económicas de crescimento?
CarlosVasconcelos
[email protected]
[email protected]
[email protected]
E se as leis
são mal escritas?
Os textos devem ser breves, no máximo 600 carateres, e enviados para [email protected]. Reservamo-nos o direito de os resumir ou não publicar. Não damos, por telefone, razões da escolha.
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Jornal de Notícias - Carpintaria São José