Rede municipal de ensino marca presença no camarote da Copasa Alunos da escola Professora Eleonora Pieruccetti desenvolvem trabalhos sobre esgotamento sanitário e são premiados com visita ao estádio Independência Arrancada alvinegra e mais uma vitória da Copasa no jogo de ontem, 22/9, entre Atlético Mineiro e Vasco, do Rio de Janeiro. A partida, disputada no estádio Independência, marcou a 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, série A, elevando a posição do time mineiro na tabela de classificação e mantendo a Copasa no ranking de educação ambiental e sanitária em todas as edições do Brasileiro em que esteve atuando. Alunos da escola municipal Professora Eleonora Pieruccetti foram os premiados da vez. Dando continuidade às ações de educação ambiental e sanitária, a Copasa desenvolveu um trabalho de mobilização na instituição, na semana passada. A Assistente de Programas Comunitários do Distrito Leste (DTLE), Maria Cândida de Oliveira, ministrou palestras com foco em esgoto, para cerca de 250 alunos. Após, os estudantes desenvolveram atividades diferenciadas, como música, desenhos, acrósticos, dentre outros, mostrando o que aprenderam sobre o tema. Os trabalhos foram avaliados por uma banca julgadora, formada por professores e outros funcionários da instituição, que selecionou as 37 melhores criações. Os alunos vencedores do concurso foram premiados com ingressos para assistir ao jogo no camarote da Companhia no Independência. Forma diferenciada para passar uma mensagem universal. Essa foi a preocupação das estudantes Amanda Gomes e Amanda Rosa, ao criarem uma música mostrando o que aprenderam sobre com a palestra. “Aprendemos muito com esse trabalho da Copasa na escola. Jogar lixo na rua e na rede de esgoto, nem pensar!”, enfatiza Amanda Gomes. E como falar de um tema nada agradável (esgoto) de forma leve e descontraída? “Resolvemos, então, compor uma música porque achamos que seria mais rápido e fácil para mostrarmos o quanto é importante o tratamento do esgoto”, explica Amanda Rosa. E para onde vai a água que utilizamos em nossas tarefas do dia a dia, como lavar louças e escovar os dentes? A missão de explicar esse caminho ficou a cargo do estudante Felipe Alves Rodrigues. Ele confeccionou um cartaz mostrando o passo a passo do tratamento de efluentes. “Antes do trabalho da Copasa conosco, eu acreditava que a água que eu usava em casa ia direto para o ribeirão, não sabia que passava por tratamento”, esclarece. E manda um recado: “Agora vou ser mais consciente e repassar o que aprendi para outras pessoas”. Espaço escolar como parceiro A escola municipal Professora Eleonora Pieruccetti, localizada no bairro Cachoeirinha, iniciou seu funcionamento em 1973, com turmas de 1ª e 5ª série, tendo ampliação até a 8ª série. Atualmente tem o 1º, 2º e 3º ciclos do ensino fundamental, com idade no diurno de 6 a 14 anos e no noturno, de 15 a 80 anos. Hoje conta com 1350 alunos matriculados, aproximadamente. Firmou parceria efetiva com a Copasa desde 2008, por meio do Programa Chuá. Já realizou visitas às Estações de Tratamento de Água (ETA) e palestras, contemplando cerca de mil alunos até então. Em 2004, com o tema da Campanha da Fraternidade “ÁGUA um bem de todos", colocou em prática um projeto para resguardar e recuperar o então chamado ribeirão Cachoeirinha, em frente à escola. Foi denominado “Manuelzinho, rascunho de um sonho”, em parceria com o Projeto Manuelzão, Copasa, Horizonte Têxtil, Prefeitura de Belo Horizonte (regional Nordeste), Fundação Municipal de Parques e Jardins (Parque Ecológico Renato Azeredo). Algumas intervenções pedagógicas foram feitas com ações afirmativas, como estudos pedagógicos, feira de artesanato e dia de festa na "Praça do Tronco" - nome eleito em votação. Outra ação didática bem sucedida foi a descoberta da carta cartográfica do ribeirão, que sua nascente foi bloqueada, que não havia mais água corrente em seu leito. O Passeio Ciclístico (na 5ª versão) foi agregado ao projeto, que hoje recebe o nome de Projeto Manuelzinho Implementando Sonhos. A educação ambiental tem, hoje, no espaço escolar, um ambiente totalmente voltado para as carências de muitos alunos que vivem uma realidade com limitações, principalmente no tocante a saneamento básico. De acordo com o diretor da escola Eleonora Pieruccetti, Rui Ferraz, por meio da parceria com a Copasa, foi possível tratar de um assunto muito importante, porém delicado. “Sabemos que em algumas comunidades de Belo Horizonte ainda não há esgoto tratado para todos”, lembra. E completa: “A iniciativa de conscientização, partindo da escola, fará com que o aluno retransmita as informações aos pais e amigos.” Para a professora Kátia Cristina de Carvalho, a experiência com a Copasa foi um acréscimo ao trabalho de educação ambiental que desenvolve na instituição. “Em casa, no meu dia a dia, já adoto os cuidados para conservação da rede de esgoto. Mas a conscientização deve ser uma atividade constante, a ser reforçada sempre com os alunos”, destaca. E o trabalho educativo da Copasa não para. As ações pedagógicas com premiação para acesso ao camarote serão desenvolvidas em outras escolas. Segundo a coordenadora do Setor de Apoio Comunitário (SAC) do Distrito Leste da Companhia, Marluce Nogueira, essa parceria traz a oportunidade para a Copasa construir uma nova forma de relacionar os temas água e esgoto no espaço escolar. “A iniciativa da Copasa de premiar o aluno é uma forma concreta de incentivá-lo a produzir conhecimento a partir da informação que a empresa leva à escola, principalmente sobre o produto esgoto”, afirma.