Operação no presídio de Novo Hamburgo abala negócios de facção - Operação no presídio de Novo Hamburgo abala negócios de facção - Região - Jornal NH 21° 14° Empréstimo Fácil 8 Novo Hamburgo, 23 de Julho de 2014 09:29 consignados.com.br A melhor Taxa do Mercado Confira. Simule e Contrate sem Sair de Casa REGIÃO Publicado em 22/07/2014 - 13h55 Última atualização em 22/07/2014 - 14h06 Operação no presídio de Novo Hamburgo abala negócios de facção Cem brigadianos e 45 agentes penitenciários fizeram pente-fino na cadeia Silvio Milani - [email protected] O Instituto Penal de Novo Hamburgo, dominado pela facção Os Manos, ficou ontem por cinco horas sob controle do Estado. Cem policiais militares e 45 agentes penitenciários acordaram os 218 presos, às 5h30, para revista pessoal e nas celas. A apreensão de 1,1 quilo de drogas, R$ 20.824 em dinheiro e 109 celulares quebrou a banca do grupo que explora o tráfico na cadeia e abalou a comunicação dos detentos. Ninguém foi autuado em flagrante por tráfico porque não houve identificação dos donos das drogas. “O material estava escondido em meias, potes, buracos na parede ou jogado no corredor”, comentou o diretor da casa, Cesar Corrales. Pelo mesmo motivo, segundo ele, também não foi possível provar posse de telefone. Já os quatro pegos com quantias maiores em dinheiro, de R$ 1 mil a R$ 2,4 mil, terão que se http://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2014/07/noticias/regiao/66676-operacao-no-presidio-de-novo-hamburgo-abala-negocios-de-faccao.html[23/07/2014 09:29:15] Operação no presídio de Novo Hamburgo abala negócios de facção - Operação no presídio de Novo Hamburgo abala negócios de facção - Região - Jornal NH explicar à Vara de Execuções Criminais (VEC). Como são condenados por tráfico, a suspeita é que vendam droga dentro e fora do presídio. “Essa operação conjunta foi extremamente bem-sucedida, mas agora precisamos redobrar a atenção na região, porque os presos vão querer recuperar o prejuízo com furtos e roubos de celulares, por exemplo”, destacou o comandante do 3o Batalhão de Polícia Militar de Novo Hamburgo, tenente-coronel Luiz Fernando Rodrigues. Ele frisa que a intenção é manter revistas frequentes. “O foco é o combate à criminalidade, pois todos sabemos que muitos assaltos e outros delitos são praticados por detentos daqui. Operações como essa acabam enfraquecendo os delinquentes.” São 156 do semiaberto e 62 do regime aberto. Somente a metade - 109 - tem carta de emprego e só precisa ficar à noite no cárcere. A outra parte não pode sair enquanto não conseguir autorização para o trabalho externo. Os manos A quadrilha surgiu há mais de dez anos no Vale do Sinos pelo tráfico de drogas e se tornou, com o nome de Os Manos, a maior facção dos presídios gaúchos. Em Novo Hamburgo, por exemplo, detentos são atraídos ao grupo em busca de proteção e trabalho no mundo do crime. Foto: Néia Dutra/GES O poder central da facção fica na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), onde está o líder, Paulo Márcio Duarte da Silva, o Maradona. A facção sofreu revés em abril de 2011, quando a Polícia Civil desarticulou o quartel-general da organização, no bairro São Jorge, em Novo Hamburgo. Parentes, amigos e a mulher de Maradona, que ele queria eleger vereadora do Município, foram presos. Para se rearticular, a quadrilha vem ampliando os negócios do tráfico com roubos e sequestros. Os Manos são inimigos de morte dos Bala na Cara, facção sediada em Porto Alegre. R$ 2,4 mil no bolso Ao ser perguntado sobre o que fazia com R$ 2,4 mil na cadeia, um condenado por tráfico veio com resposta que não convenceu os policiais: “É do refrigerante que eu vendo aqui dentro”. O dinheiro estava no bolso da camisa. Ele é apontado como um dos líderes da facção Os Manos no presídio de Novo Hamburgo. “Eu sou empresário” Outro apenado surpreendido com R$ 2 mil saiu-se com essa: “Eu sou empresário”. http://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2014/07/noticias/regiao/66676-operacao-no-presidio-de-novo-hamburgo-abala-negocios-de-faccao.html[23/07/2014 09:29:15] Operação no presídio de Novo Hamburgo abala negócios de facção - Operação no presídio de Novo Hamburgo abala negócios de facção - Região - Jornal NH Mais dois, com R$ 1,5 mil e R$ 1,3 mil, também terão que justificar o dinheiro na VEC. “O restante foi apreendido com apenados que tinham 200, 300 reais. Pode até ser do pagamento do trabalho externo, como alguns justificaram”, salientou o delegado regional penitenciário Luciano Lindemann. Ladrão que rouba ladrão Veja Mais: Drogas, dinheiro e celulares apreendidos em operação no Presídio de Novo Hamburgo: veja o vídeo Brigada Militar e Susepe fazem revista no presídio de Novo Hamburgo Mais de R$ 20 mil, 92 celulares e drogas são apreendidos em presídio Operação apreende drogas, celulares e dinheiro no presídio de Novo Hamburgo Segundo Lindemann, existe portaria da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) que limita em 100 reais o que o preso pode ter no regime fechado, para que ninguém tente se impor pelo poder aquisitivo. “No semiaberto não tem isso estipulado, mas o valor pode servir de parâmetro no semiaberto. E é perigoso ficar com muito dinheiro aqui na cadeia, pois não existe lugar mais propício para serem roubados.” Pão com celular Outra situação estranha foi a de um smartphone dentro de um pão de centeio. Um preso apresentou-se como dono do alimento, mas, quando constatado o aparelho entre as fatias, jurou que não sabia de nada. E era inocente mesmo. Na correria para se livrar do objeto proibido, um colega de galeria não identificado enxertou o telefone no pão. “Olha a chuva” O primeiro detento que percebe aproximação da fiscalização deve avisar os colegas de galeria. “Olha a chuva”, grita ele. E começam a “chover” pacotes com drogas, celulares e todo tipo de objeto pelas janelas e corredores. Armas perigosas Não foram encontradas armas de fogo, mas as quatro facas apreendidas deixaram o delegado penitenciário preocupado. “Elas podem ser até mais perigosas que um revólver, pois não chamam tanto a atenção. Podem ter entrado camufladas nos pertences dos presos ou lançadas pelo muro”, observou Lindemann. Sem rebelião O delegado penitenciário ressaltou que a operação não desencadeou motim ou rebelião. “Foi uma quebra da criminalidade dentro e fora do presídio. Vamos fazer mais seguidamente, em conjunto com a Brigada.” Uma equipe de ambulância e outra com caminhão do Corpo de Bombeiros ficaram de prontidão. A Brigada e a Susepe agiram por meio de mandado da juíza Vera Letícia Stein, da VEC de Novo Hamburgo. http://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2014/07/noticias/regiao/66676-operacao-no-presidio-de-novo-hamburgo-abala-negocios-de-faccao.html[23/07/2014 09:29:15] Operação no presídio de Novo Hamburgo abala negócios de facção - Operação no presídio de Novo Hamburgo abala negócios de facção - Região - Jornal NH “Um escritório do crime”, diz major Foto: Néia Dutra/GES Para o coordenador da operação, major Glademir Otero, as apreensões são a prova do perigo que o presídio representa para Novo Hamburgo e região. “Ali dentro é um escritório do crime. Estamos atentos às fugas e delitos praticados pelos apenados nas ruas. Temos que agir para que não se sintam à vontade na delinquência.” Os presos eram levados ao corredor pelos policiais, onde tiravam a roupa, e depois caminhavam até o pátio interno, para que os agentes penitenciários fizessem a vistoria nas celas e galerias. As ruas Adolfo Jaeger e Rio de Janeiro, laterais ao presídio, foram fechadas pela Brigada Militar durante a operação, que começou às 5h30 e terminou por volta das 10h30. O que foi apreendido 394 pedras de crack 290 buchas de maconha 11 tijolos de maconha 9 petecas de cocaína 20.824 reais em dinheiro 150 reais em notas falsas 109 celulares em uso 51 baterias avulsas 9 chips avulsos 109 carregadores 4 facas grandes 5 pacotes de cigarros contrabandeados 4 cachimbos para fumar crack 1 talão de cheques 1 touca ninja Publicidade http://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2014/07/noticias/regiao/66676-operacao-no-presidio-de-novo-hamburgo-abala-negocios-de-faccao.html[23/07/2014 09:29:15]