“Diferenças sim! Desigualdades Não! Por uma educação livre de discriminações” Instruções para tabulação Sobre a Semana de Ação Mundial A Semana de Ação Mundial é uma iniciativa da Campanha Global pela Educação e acontece desde 2003 para exigir que governos de todo o mundo cumpram os acordos internacionais da área, entre eles o Programa de Educação para Todos (Conferência Mundial de Educação, Dakar/Senegal, Unesco, 2000). No Brasil, a Semana é coordenada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, em parceria com outros movimentos, organizações e redes. Discriminação e preconceito na sociedade e na escola A escola é um espaço privilegiado para o enfrentamento e superação das discriminações por raça, gênero, etnia, renda, orientação sexual, diferenças físicas e deficiências, entre outras, não apenas por meio dos conteúdos disciplinares, mas também estando atenta para que comportamentos discriminatórios , presentes na sociedade, não sejam reproduzidos em seu interior. A atividade proposta abaixo, pode contribuir para o debate e para ampliar a compreensão sobre as várias formas de preconceito existentes. Iniciativa da consulta sobre discriminação e preconceito: Dê sua opinião sobre preconceito e discriminação na escola Sugerimos a realização de uma consulta, como parte das ações de mobilização e discussão da Semana de Ação Mundial 2011, que mais do que obter números e informações sobre o tema, seja uma oportunidade para que os sujeitos da comunidade escolar e as cidadãs e cidadãos preocupados com o direito à educação pública de qualidade no Brasil discutam suas opiniões e reflitam sobre uma problemática presente na sociedade e na escola: o preconceito e a discriminação. Esta consulta é composta inicialmente por perguntas sobre o perfil dos entrevistados e, posteriormente, oito questões específicas sobre a temática. Os interessados em participar desta iniciativa, deverão escolher entre dois formatos: 1 – Pesquisa online – acesse o link: https://spreadsheets.google.com/viewform?hl=pt_BR&pli=1&formkey=dGdmZF95elEtZXB6cUZlcz dmOERmMmc6MQ#gid=0 2 – Arquivo para impressão – neste caso os questionários respondidos devem ser encaminhados para: Para saber mais e participar de outras atividades, entre em www.campanhaeducacao.org.br e email: [email protected] Tel.: (11) 3159-1243 ramal (fixo – Embratel) - Cel.: (11) 8793-7711 Skype: campanhaeducacaobrasil contato: (TIM) - Cenário e Objetivos Esta consulta poderá ser realizada por/ e com toda a comunidade escolar (profissionais da educação, crianças e jovens, pais e mães), criando condições para que deem suas opiniões e façam sugestões, debatendo sobre os mais diversos tipos de discriminações que surgem no seu cotidiano. Profissionais da educação, pais e mães de crianças e adolescentes, ao entrevistarem ou serem entrevistados sobre o mesmo tema, terão uma oportunidade de diálogo entre as gerações e de busca compartilhada de ações que certamente contribuirão para a um mundo melhor para todos. COMO APLICAR A PESQUISA Momento 1 – Leitura coletiva do questionário Todas as pessoas que vão atuar aplicando a pesquisa devem receber uma cópia do questionário. Sugerimos que seja feita leitura coletiva em voz alta para verificar se todos entenderam o conteúdo, se existe alguma dúvida e para que todos se familiarizem com o questionário. Neste momento, sugerimos que não seja feita nenhuma discussão de conteúdo, sobretudo com opiniões do tipo “concordo, não concordo”, mas apenas uma leitura para que as pessoas que vão aplicar o questionário tenham uma visão geral do mesmo antes de partir para as entrevistas. Se for numa escola, essa leitura pode ser feita durante uma aula. Momento 2 – Aplicação do questionário Cada pessoa pode aplicar um ou mais questionários, ou seja, entrevistar uma ou mais pessoas. Para cada entrevista, deve ser usada uma folha separada do questionário. Cada entrevista dura, no máximo, 10 minutos. Se for numa escola, a aplicação pode ser feita na hora do intervalo, por exemplo. Dicas para aplicação do questionário • Explique brevemente para as pessoas abordadas o objetivo da Consulta e quem você é. Por exemplo, se for numa escola, diga seu nome, seu ano e que você está fazendo uma pesquisa sob orientação do(a) professor(a) tal, de tal área. • Explique que a pessoa não será identificada, mostre que o Questionário não possui um espaço para colocar o nome do entrevistado, apenas serão coletados dados de caracterização (idade, sexo, raça, ocupação, etc.) e as opiniões propriamente. • Leia uma pergunta por vez, de modo pausado, em voz alta e clara, e certifique-se de que o respondente entendeu a questão e também como respondê-la; • Todas as alternativas de cada questão têm que ser lidas para o entrevistado, mesmo que ele ou ela comece a responder antes de você terminar de ler. Nesse caso, peça desculpas e diga que você tem que seguir a orientação e ler tudo, mesmo que ele ou ela já tenha uma resposta. • No caso da última questão (8), leia uma frase por vez e marque a resposta. • Se necessário, pode ajudar o respondente, mas SEM interferir em suas respostas (ex.: repetindo a pergunta); • Lembre-se que não há respostas certas ou erradas. O que vale é a opinião de cada um. Não manifeste sua própria opinião ao respondente e respeite a resposta dele, sem comentá-la, ainda que você pense diferente. Afinal, o objetivo é conhecer a opinião de outras pessoas diferentes de nós. • Certifique-se que todas as questões foram respondidas; • Não deixe de fazer um treino antes de começar a leitura do questionário , assim você ficará mais seguro sobre como preencher o questionário e isso vai tornar a atividade mais ágil. Momento 3 – Discussão sobre como foi a aplicação Quando todas e todos os entrevistadores retornarem, sugerimos reservar uns 30 minutos para fazer uma conversa sobre como foi a aplicação do questionário. Houve resistência por parte dos entrevistados? Teve alguém que se recusou a participar? Por quê? Se for numa escola, essa discussão pode ser feita logo após o intervalo. Momento 4 – Tabulação dos resultados Sugerimos que seja feita tabulação manual dos resultados, que é um processo rápido e simples, exigindo apenas que se prepare antes a folha para o registro das respostas. Dicas para a Tabulação dos resultados • Utilize o arquivo anexo “Ficha para Tabulação” que ajudará na tabulação dos resultados; • Escolha uma pessoa que ficará responsável por anotar a totalização na “Ficha para Tabulação”. • Distribua os questionários entre todos os participantes; • Para dar início à tabulação, a primeira pergunta “Sexo”. Cada um deve separar os questionários que estão em suas mãos em duas pilhas. Uma com resposta “homem” e outra com a resposta “mulher”; • Depois de separado, conte quantos questionários estão em cada uma das duas pilhas e cante o número para o professor (ou a pessoa que estiver anotando). • O professor, por sua vez, anotará os totais de cada um dos alunos e depois deverá somar o resultado de todos e anotar este total no campo “TOTAIS” da “Ficha para Tabulação”. • Este processo deverá ser repetido para cada uma das questões. Análise e interpretação dos resultados Toda e qualquer análise de dados provenientes de pesquisa se inicia com a descrição dos resultados totalizados obtidos. No conjunto de dados deve-se destacar o que é mais comum, típico e o que é diferente, discrepante. Ao fazer essa contraposição dos resultados, temos condições de começar a esboçar nossa linha principal de análise e verificar em que medida as hipóteses iniciais se confirmam. Muitas vezes, encontraremos dados mais interessantes em análises feitas mediante cruzamentos de duas perguntas: principalmente as que qualificam os respondentes por sexo, idade, escolaridade etc. Uma orientação especial para a pergunta 8 é analisar as respostas “Concordo totalmente” e “Concordo em parte” como tendendo à discriminação, enquanto as respostas “Discordo” tendem à não discriminação. É interessante que, após a contagem das respostas, haja uma discussão sobre os resultados, permitindo a alunos, professores e outros participantes exporem suas próprias opiniões sobre o tema e sobre as respostas recebidas. É muito importante que essa conversa seja feita de forma a permitir que cada um possa dizer suas ideias, sabendo que será ouvido e respeitado em sua opinião, desde que também esteja aberto a ouvir a opinião dos demais. Essa troca de ideias e opiniões ajuda a conhecer diversas formas de pensar a respeito do tema e pode contribuir para formar novas opiniões. Sintetizando os resultados – Ao terminar a tabulação de todas as questões, vocês podem fazer contas simples que mostrem resultados percentuais. Primeiro, é preciso levantar o número total de pessoas entrevistadas. Por exemplo, digamos que 30 pessoas foram entrevistadas. Dessas 30, 6 responderam <sim> à pergunta 6. Aplicando regra de três simples (6 = 6 x 100 dividido por 30, ou seja 6 = 20%). Sintetizando, 20% dos entrevistados declaram que costumam discutir com seus familiares, amigos e/ou na sua escola, grupo ou comunidade sobre a questão da discriminação, seja ela racial, de gênero, de orientação sexual, de religião. Momento 5 – Discussão sobre os resultados Com a tabulação feita e a síntese dos resultados concluída, sugerimos que essa síntese seja colocada em um quadro que todos possam visualizar. Agora todo o grupo pode discutir os resultados e compará-los com alguns dados que constam no folder da SAM 2011. Os resultados são surpreendentes ou vocês já os esperavam? Eles são parecidos com os dados do folder? Os resultados são coerentes com os acontecimentos ou comportamentos que vocês verificam e/ou vivenciam no seu grupo, na sua escola ou na sua comunidade? O que leva as pessoas a terem posicionamentos preconceituosos ou atitudes discriminatórias? Dica: a síntese também pode ficar exposta para que outras pessoas tomem conhecimento dos resultados. Para facilitar o entendimento de quem não participou da atividade, sugerimos que a exposição contenha uma explicação básica sobre a atividade. Pesquisa Educativa sobre Discriminação e Preconceito na Escola (ou na organização, comunidade, bairro, etc.). Realizada em (data), pelos alunos do ano x, sob orientação do(a) professor(a) xxx (ou pelo grupo xx, da organização xx, adapte as informações à sua realidade). Número de pessoas entrevistadas: xx Resultados (vocês podem selecionar os resultados que mais lhes chamarem a atenção). 20% nonononono 55% xxxxxxxxxxxxxxxx 71% yyyyyyyyyyyyyyy Dica: Se quiser saber mais sobre o uso da metodologia de pesquisa de opinião na escola, consulte o site www.ipm.org.br, clique na opção nossa escola/nepso no menu superior à esquerda e acesse diversos materiais educativos sobre o assunto.