PROPEC REALIZAÇÃO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro Campus Nilópolis LABORATÓRIO DE ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS-LED/ NÚCLEO DE CRIAÇÃO AUDIOVISUAL-NUCA SUPERVISÃO: Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências Projeto Novos Talentos Edital CAPES nº33/2010 SUB-PROJETO 3 - Museus e Centro de Ciências Carlos Alberto Andrade Moreira Material elaborado a partir das atividades realizadas com alunos do Curso Normal do Instituto de Educação Governador Roberto Silveira (IEGRS). TIAGO MONTEIRO PRODUTO FINAL DO MESTRADO PROFISSIONAL DE: CARLOS ALBERTO ANDRADE MOREIRA AUTORES: CARLOS ALBERTO ANDRADE MOREIRA ALESSANDRO SILVA BRUNA ALVES DIANA DIAS EMANUELLE FELIX LUCIANA ELERES LUCIANA FERNANDES MAGDA CRISTINA PRISCILLA MARIA TAMIRES CAMPOS THATIANE NASCIMENTO PROJETO GRÁFICO: CARLOS ALBERTO ANDRADE MOREIRA ALEXANDRE BRITES DIAGRAMAÇÃO E FINALIZAÇÃO: ALEXANDRE BRITES RICARDO DE MORAES EQUIPE LED/NUCA: LEANDRO LUZ LEO DINIZ JAQUELINE FIGUEIREDO RAPHAELA MACHADO Zoobastidores: pequenas palestras sobre alimentação de animais selvagens em cativeiro e na natureza, explicando as diferenças como: dentições, garras, patas e bicos. O grupo também tem a oportunidade de conhecer a cozinha dos animais (onde são preparados os alimentos), o biotério (onde são criados os alimentos vivos), o sistema de cambeamento (manutenção de viveiro) e finaliza o passeio com um pequeno roteiro no zoológico. Zoo Especial: proporciona aos portadores de necessidades especiais experiências sensoriais referentes à relação homem-animal, com o intuito de despertar um vínculo afetivo-terapêutico e influenciar positivamente os parâmetros fisiológicos e psicológicos. a l e r Passa da a n u a F Inaugurada em setembro de 2004, foi um projeto de expansão do zoológico do Rio de Janeiro, onde os visitantes têm uma visão privilegiada e uma proximidade segura dos animais, sem interferir em seus hábitos. Esses animais estão alojados em ambientes próximos ao habitat natural, o que lhes propicia uma melhor qualidade de vida e bem-estar. A área de expansão abriga ainda o núcleo de exposição e educação ambiental do Projeto TAMAR, que se dedica à preservação de várias espécies de tartarugas marinhas. Caro professor, O objetivo desse material é proporcionar aos professores um instrumento para facilitar a exploração dos recursos educativos da Fundação RIOZOO de m a n e i r a multidisciplinar. Os temas abordados podem compreender desde a origem e evolução dos zoológicos até estudos da biodiversidade e comportamento animal, entre outros. Índice: Conceituando: O que é um jardim zoológico...........................2 Um pouco de História.................................................................3 O Roteiro.....................................................................................6 O RioZoo também possui projetos e programas especiais para visitação do zoológico: Projeto Zôo Educar: com o intuito de enriquecer, de forma educativa, a visitação, o projeto busca ampliar o interesse do público e estimular o desenvolvimento da curiosidade e da criatividade. Durante a visita...........................................................................7 Exemplos.....................................................................................8 Falando com o Técnico: proporciona ao visitante um contato direto com nossos profissionais. Torna-se possível que técnicos do Centro Educacional transmitam informações sobre a fauna e meio ambiente. Outros exemplos de roteiro.........................................................9 Programas especiais do RioZoo................................................10 Zoo da Melhor Idade: programa dedicado à terceira idade. Turmas com 30 participantes conhecem o funcionamento interno do Zoológico, a cozinha dos animais, o tratamento dedicado aos bichinhos, além de assistirem a palestras e participarem de brincadeiras ecológicas. O programa acontece mensalmente, sempre na última semana do mês, das 13h às 16h30min. Roteiro Mini Fazenda: principais diferenças e características dos animais domésticos em relação aos selvagens. Os visitantes têm a oportunidade de interagir com alguns animais (aproximando-se e acariciando) observando também, acompanhados de orientador, alguns animais selvagens comuns em áreas rurais e centros urbanos. Roteiro Fauna: estimular o aprendizado e o conhecimento a respeito dos animais selvagens, com abordagem voltada para hábitos alimentares, reprodução em cativeiro e na natureza, animais em extinção e curiosidades. Outros exemplos de roteiros que podem ser utilizados: Conceituando: O que é um jardim zoológico? Comportamento: ativo, parado, noturno, diurno, etc. Revestimento externo do corpo: presença de penas, pêlos, escamas, carapaça, etc. São espaços específicos para se manter animais, Aparência do revestimento externo: liso, enrugado, ressecado, tanto selvagens como domesticados, que podem coberto de lama, etc. ser exibidos ao público. Nele existem profissionais especializados como, por Formato da boca e dos dentes: bico, boca afilada, presas, etc., e sua exemplo, veterinários, tratadores, biólogos e zootecnistas, que relação com o ambiente em que vive e o tipo de alimento que consome. são responsáveis por cuidar da saúde mental e física dos animais, Formato dos pés ou patas: dedos afilados, pés em forma de ganchos, entre outros aspectos, fazendo com eles se sintam o mais unhas afiadas, etc., sua relação com o ambiente e o hábito de vida. próximo possível do seu habitat natural. Cores: cor das penas, pêlo, bico. Há diferença entre o macho e a fêmea? Qual(is)? Os zoológicos devem ser projetados Dimensões do animal: altura, comprimento, peso. com objetivos bem definidos, como a pesquisa, a preservação e a educação, Relações entre o nome científico ou popular e alguma característica sempre com o papel de proteger os animais e zelar pelo seu bemdo animal. Ex: cobo-de-meia-lua (Kobus ellipsiprymnus), grou-coroado estar. (Balearica pavonina), hipopótamo (Hippopotamus amphibius), tamanduábandeira (Myrmecophaga tridactyla). Sons: são muitos os meios de comunicação entre os animais. Tente identificá-los. Cheiros: cada animal tem seu cheiro típico, que ajuda na sua identificação e reprodução. Quem estiver atento, poderá percebê-los e reconhecê-los. Alimentação: existe a diferença entre alimentação na natureza e no ZOO. Observe nos recintos os alimentos fornecidos pelos tratadores. Acasalamento: rituais, convivência do casal, construção de ninhos. Filhotes: cuidado dos pais com os filhotes, quantidade, tamanho, cores diferentes, etc. Relações: cuidados familiares, convivência, entre outras. Animais de vida livre: caxinguelê, cigarras, borboletas, calangos, mico-estrela, aves como tucano, bem-te-vi, anu, pica-pau, joão-de-barro, etc. Atenção! Eles também não devem ser alimentados pelas pessoas. Um pouco de História: Exemplos: Fundação RioZoo O Jardim Zoológico do Rio de Janeiro é o mais antigo do Brasil e oferece uma mistura única de história e fauna exuberantes. No dia 16 de janeiro de 1888, o Barão de Drumond fundou, no Bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, o primeiro zoológico brasileiro. Seu objetivo era de tentar trazer, para dentro da cidade, um pouco da vida silvestre através da exposição de uma extensa coleção de espécies animais em uma área com riachos e lagos artificiais. No entanto, devido a dificuldades financeiras, este antigo zoológico terminou fechando suas portas ainda na década de 40. Em 18 de março de 1945, a cidade do Rio de Janeiro ganhou um novo zoológico no Parque da Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão. O local se destaca por uma grande área verde, além da sua presença na memória histórica do país, através da arquitetura que nos remete ao período em que a Família Real residia na cidade. Alternando períodos de prestígio e dificuldades, o Jardim Zoológico chegou aos tempos atuais e, em 1985, foi transformado na Fundação RIOZOO. A mudança proporcionou agilidade administrativa e abriu espaço para um processo de modernização que transformou a RIOZOO em uma respeitada instituição de pesquisa e educação ambiental, reconhecida no Brasil e no exterior. Traçando o objetivo: : O objetivo da visita é que os alunos entrem em contato com os animais nativos da fauna brasileira, percebam e discutam sua diversidade, características, habitat e maneiras de como fazer para reverter os efeitos da ação antrópica sobre eles. Atividade sugerida: Os alunos se dirigirão aos recintos dos animais, discutindo e fotografando com máquinas fotográficas ou aparelho de celular. Após a visita, podendo ser na escola, os alunos se dividirão em grupos e selecionarão as fotos para montarem uma apresentação (que será a avaliação da atividade), discutirão o que viram e darão a sua opinião sobre O Jardim Zoológico. Durante a visita: Desde 2002 o Jardim Zoológico da cidade do Rio de Janeiro investe em programas de enriquecimento ambiental, com os quais visa combater os efeitos Após o conhecimento das regras do local, porém adversos do estresse na vida independentemente das mesmas, monte com seus alunos algumas dos animais cativos, evitando condutas básicas de visita, para que eles saibam o que vão encontrar que eles manifestem distúrbios e entendam melhor a importância de conhecer e respeitar as comportamentais provocados pela pessoas, os animais e as plantas. vida em cativeiro e pela convivência com grande quantidade de público. Foram criados nos recintos ambientes interativos Exemplos de algumas regras básicas de conduta no zoo: para abrigar atividades “recreativas” que utilizam Evitar barulho excessivo; brinquedos, alimentos e demais objetos, permitindo ao animal Não jogar alimentos aos animais; apresentar um comportamento o mais próximo possível do real. Não atirar objetos nos animais; Em setembro de 2004, a Fundação RIOZOO inaugurou a Manter-se dentro dos limites estabelecidos para observação; Passarela da Fauna, um projeto de expansão do Zoo que Respeitar a vegetação local (não coletar exemplares); consiste numa área de 22 mil metros quadrados abertos ao Recolher o próprio lixo; público. O novo espaço passou a abrigar cervos, antas, Estabelecer um horário e um ponto de encontro (no caso dos capivaras, emas, animais aquáticos, tartarugas e aves marinhas. grupos saírem separados). Caminhando sobre a passarela, os visitantes têm uma visão privilegiada e uma proximidade segura dos animais sem interferir em seus hábitos. Os animais ficam alojados em ambientes semelhantes ao habitat natural, o que lhes propicia uma melhor qualidade de vida e bem-estar. A área de expansão abriga ainda o núcleo de exposição e educação ambiental do Projeto TAMAR, que se dedica à preservação de várias espécies de tartarugas marinhas. Tratase de um projeto de repercussão nacional que conta com o apoio da Petrobras e do IBAMA. É a primeira unidade do projeto sem ligação direta com o mar e o único núcleo de exposição no Estado do Rio de Janeiro. Em uma área de 138 mil metros quadrados encontram-se mais de dois mil animais distribuídos entre peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. No zoo ainda reproduzem-se espécies raras e ameaçadas de extinção, como a Arara-Azul-de-Lear e a Ararinha Azul. Com uma visitação mensal em torno de 70 mil pessoas e, em média, 110 turmas escolares, a Fundação RIOZOO tem como objetivo ser muito mais que apenas uma vitrine de animais. Sua maior tarefa é desenvolver o respeito e a preservação do meio ambiente, investindo em programas de educação, qualidade de vida e pesquisa baseada sempre no conceito “Conhecer para Preservar”. O Roteiro Deve-se construir o roteiro considerando aspectos importantes a respeito do planejamento da visita e a sua avaliação posterior. Planejamento da visita: Entrar em contato com o local a ser visitado e procurar saber sobre: - Dias e horários de funcionamento; - Taxa de entrada; - Infraestrutura disponível para grupos; - Programações educativas; - Verificar a possibilidade de transporte para levar os alunos até o local, conseguir a autorização da escola e dos responsáveis; - Preparar um roteiro, contendo informações sobre o local e alguns cuidados que os alunos devem tomar, como utilização de roupas adequadas e alimentação. As dicas de visitas e as regras do local também são pontos a serem vistos antes da saída para visita. Além disso, devemos atentar para os seguintes pontos: Defina os objetivos: o que fazer na visita? Defina a equipe e o número adequado de acompanhantes: todos os envolvidos devem conhecer os roteiros, bem como os objetivos da visita. Programe atividades interdisciplinares, assim todos participarão e a atividade será mais enriquecedora. Dinâmica da visita: o que será observado e falado? Haverá atividades especiais? As atividades serão individuais ou em grupo? Prepare uma lista com os nomes de todos os alunos que participarão da visita. Prepare os alunos para a visita: estimule-os a fazerem pesquisas sobre animais e plantas, dias ou semanas antes da data programada. Em aulas posteriores, explore bastante o que foi visto na ocasião da visita. Prepare os pais: eles devem estar cientes da importância e objetivos educativos da atividade.