Instituto Federal de Santa Catarina Introdução ao monitoramento de algas nocivas e ficotoxinas Ficotoxinas Marinhas Mathias Alberto Schramm Luis Antonio de Oliveira Proença Thiago Pereira Alves Ficotoxinas Biotoxinas Organismo produtor Natureza da toxina Forma de incorporação Medusas Peptídios Contato Moluscos Peptídios, alcalóides Inoculação Insetos Peptídios Inoculação Anfíbios Alcalóides Contato Répteis Peptídios Inoculação Aves Alcalóides Contato; ingestão Mamíferos Peptídios Inoculação Microalgas Diversas naturezas: alcalóides, Contato, inalação, éteres policíclicos, iminas, etc. ingestão. Ficotoxinas marinhas ● São Metabólitos secundários ● ● ● Micromoléculas que possuem geralmente estruturas complexas, baixo peso molecular, marcante atividade biológica e são encontradas geralmente em concentrações baixas. São substâncias de composição química variada, sintetizadas por microalgas. Qual o significado ecológico? Ficotoxinas marinhas ● ● ● ● Através de diferentes mecanismos de ação promovem efeitos nocivos (tóxicos) sobre outros organismos. Alguns destes compostos são nocivos aos humanos, provocando diferentes sintomas. As que podem ser transmitidas por alimentos (recursos pesqueiros) tem especial importância para a saúde pública. Por este motivo o controle sanitário dos recursos pesqueiros é fundamental antes do consumo. Ficotoxinas marinhas ● Impactos Ficotoxinas marinhas ● No Brasil, são poucos os registros de intoxicações de humanos por ficotoxinas, mas as florações nocivas e as contaminações de recursos pesqueiros ocorrem. Ficotoxinas Material examinado Data Local Ácido Okadáico Carne de mexilhões 1996 Armação do Itapocoroy (SC) Saxitoxina e congêneres Carne de mexilhões 1997 Armação do Itapocoroy (SC) Ácido Domóico Floração de Pseudo-nitzschia pseudodelicatissima 2001 Armação do Itapocoroy (SC) Lipofílicas (DSP) Carne de mexilhão Perna perna 2004 São Francisco do Sul (SC) Saxitoxina e congêneres Carne de mexilhão Perna perna 2006 Penha (SC) Lipofílicas (DSP) Carne de mexilhão Perna perna e ostra C. gigas 2007 Florianópolis, Palhoça, Bombinhas e Governador Celso Ramos (SC) Lipofílicas (DSP) Carne de molusco Donax sp. de praia arenosa 2007 São Francisco do Sul (SC) Ácido Okadáico Carne de mexilhão P. perna e ostra C. gigas 2008 Palhoça (SC) e Florianópolis (SC) Ácido Okadáico e DTX-1 Floração de Dinophysis acuminata 2008 São Francisco do Sul (SC) Lipofílicas (DSP) Carne de mexilhão Perna perna de banco natural 2008 Norte da Ilha, Florianópolis (SC) Ácido Domóico Carne de mexilhão Perna perna, ostra C. gigas e vieira 2009 Baía Sul Florianópolis (SC) e Palhoça (SC) Ácido Okadáico Carne de mexilhão Perna perna 2009 Baía Sul Florianópolis (SC) e Palhoça (SC) Ácido Okadáico Carne de mexilhão Perna perna e ostra C. gigas 2010 Bombinhas (SC) Como chegam aos humanos • Contato direto com a pele na água. • Pelo aerosol (ondas quebrando na praia). • Pela ingestão de água de consumo. • Pela ingestão de pescado. • Outras formas. Ficotoxinas nos alimentos • As toxinas das algas não modificam o sabor ou cheiro do fruto do mar. • As toxinas não tem cor e não podem ser detectadas pelo pescador ou pelo consumidor. • As toxinas não são destruídas pelo cozimento ou processamento dos produtos. Ficotoxinas ● ● Historicamente as ficotoxinas foram agrupadas e nomeadas de acordo com os sintomas produzidos e a origem da intoxicação em humanos: ● Paralytic Shellfish Poisoning – causa paralisia. ● Diarrheic Shellfish Poisoning – causa diarréia. ● Cyanotoxins – produzida por cianobactérias. ● Hepatotoxins – causam lesões no fígado. ● Neurotoxins – afetam o sistema nervoso. Existe uma tendência a readequação nomenclatura dessas substâncias. na Ficotoxinas em recursos pesqueiros ● Na classificação baseada nas estruturas ou características químicas, segundo o CODEX – Committee on fish and fisheries products (Expert consultation 2004 – FAO/IOC/WHO),foram agrupadas em: ● grupo dos azaspirácidos (AZA) ● grupo das iminas cíclicas ● grupo do ácido domóico (DA) ● grupo do ácido okadáico (OA) ● grupo das brevetoxinas (BTX) ● grupo das pectenotoxinas (PTX) ● grupo da saxitoxina (STX) ● grupo da yessotoxina (YTX) ● grupo da ciguatoxina (CTX) Ficotoxinas marinhas ● ● ● ● As ficotoxinas marinhas também podem ser agrupadas de acordo com suas características de solubilidade como hidrossolúveis (hidrofílicas) e lipofílicas. É em função dessas características que são acumuladas em diferentes órgãos e tecidos. Entre as hidrossolúveis encontram-se as toxinas dos grupos da saxitoxina e do ácido domóico. As demais toxinas são lipofílicas, em diferentes graus. Em alguns casos tem características mistas (apolar-polar). Toxinas hidrosolúveis ● ● ● ● ● Grupo Saxitoxina São potentes neurotoxinas que causam efeitos neurológicos severos. Produzidas principalmente por espécies de dinoflagelados dos gêneros Gymnodinium, Alexandrium. Elas bloqueiam a corrente de excitação das células nervosas e musculares, resultando em paralisia, com morte por asfixia. Paralytic Shellfish Poisoning (PSP) Toxinas hidrosolúveis ● Grupo Saxitoxina (PSP) Toxinas hidrosolúveis Grupo Saxitoxina (PSP) Fator de Toxicidade das Toxinas Paralisantes STX = 1 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 dcGTX-4 dcGTX-1 dcNEO GTX-6 C1 C3 C4 GTX-5 C2 GTX-2 dcSTX GTX-3 dcGTX-2 GTX-4 dcGTX-3 NEO 0 GTX-1 0,1 STX ● Toxinas hidrosolúveis ● ● ● ● ● Ácido domóico O ácido domóico é um aminoácido análogo ao ácido glutâmico, classificado como neuro-excitante ou excito-toxina, produzido por espécies de diatomáceas do gênero Pseudonitzschia. Esta toxina atua na despolarização dos neurônios provocando a ruptura das sinapses, interferindo na neurotransmissão no cérebro. O ácido domóico imita a ação do ácido glutâmico, o que explica por que a amnésia é o efeito final dessa síndrome. Amnesic Shellfish Poisoning (ASP) Toxinas hidrosolúveis ● Ácido domóico (ASP) Toxinas liposolúveis ● ● ● ● As toxinas lipofílicas associadas a moluscos e peixes são em sua maioria poliéteres, não polares ou com baixa polaridade, facilmente solubilizados em solventes orgânicos como acetona, metanol, clorofórmio, diclorometano, etc. Essas toxinas são divididas em diferentes grupos : a) Ácido Okadáico; b) Pectenotoxina; c) Yessotoxina; d) Azaspirácidos; e) Iminas Cíclicas; f) Brevetoxina; g) Ciguatoxina. Além dessas toxinas, outros poliéteres podem representar problemas emergentes, como o caso da palytoxina e análogos, produzidos por dinoflagelados bentônicos. Toxinas liposolúveis ● ● ● ● ● Ácido okadáico O grupo do ácido okadáico e seus congêneres, as dinophysistoxinas, é o principal responsável pela síndrome diarréica – Diarrheic Shellfish Poisoning (DSP). Estas ficotoxinas são poliéteres termo-estáveis, isolados de várias espécies de dinoflagelados marinhos pertencentes aos gêneros Dinophysis e Prorocentrum. As ficotoxinas desse grupo apresentam potente efeito de inibição das proteínas fosfatase, com inflamação das células do trato digestivo, causando diarréia. Em SC já foram encontrados AO, DTX-1 e DTX-2. Toxinas liposolúveis ● Ácido okadáico (DSP) Ácido Ocadáico: R1= CH3; R2=R3=R4=H Dtx-1: R1=R2= CH3; R3=R4=H Dtx-2: R1= H; R2= CH3; R3=R4=H Dtx-3: R1=R2= CH3; R3= acyl; R4=H Dtx-4: R1= CH3; R2=R3=H; R4= Dtx-5a: R1= CH3; R2=R3=H; R4= Dtx-5b: R1= CH3; R2=R3=H; R4= Toxinas liposolúveis Toxinas liposolúveis ● ● ● ● ● ● Grupo Yessotoxinas As toxinas desse grupo são éteres policíclicos com 11 anéis, uma extremidade insaturada e a outra com dois éteres sulfatados. Saem no extrato de DSP!!! Mais de 90 análogos diferentes são conhecidos. Podem ser produzidas pelos dinoflagelados Protoceratium reticulatum e Lingulodinium polyedrum, ainda não foram descritos para águas brasileiras. Entretanto, já foram detectadas a presença de YTX e 45-hyd-YTX em amostras de mexilhão em SC. Yessotoxinas apresentam toxicidade somente em injeções intraperitoneais. Nenhum efeito adverso foi observado em humanos. Toxinas liposolúveis ● Grupo Yessotoxinas Yessotoxina (YTX): R1= SO3Na; R2= 45-Hydroxi-YTX: R1= SO3Na; R2= 45,46,47-Trinor-YTX: R1= SO3Na; R2= Homo-YTX: R1= SO3Na; R2= 45-Hydroxi-Homo-YTX: R1= SO3Na; R2= 1-Desulfo-YTX: Carboxy-YTX: R1= H; R2= R1= SO3Na; R2= Toxinas liposolúveis ● ● ● ● ● ● Grupo Azaspirácidos As ficotoxinas desse grupo apresentam em sua estrutura química uma amina heterocíclica terminal e um grupo funcional carboxílico alifático. Atualmente, mais de 20 compostos análogos fazem parte desse grupo. Saem no extrato de DSP!!! Provocam náuseas, vômitos, diarréia e cólicas abdominais agudas nos consumidores de moluscos como ostras, mexilhões, vieiras e berbigões. Produzido por Azadinium spinosum, ainda não descrito para águas brasileiras. Em SC já foram detectadas em P. perna as variantes AZA-1 e AZA-2 Toxinas liposolúveis ● Grupo Azaspirácidos Toxinas liposolúveis ● ● ● Grupo Pectenotoxinas A principal ficotoxina deste grupo é a Pectenotoxina-2 (PTX-2), produzida por algumas espécies de microalgas do gênero Dinophysis. Quinze análogos diferentes já foram descritos até o ano de 2009. Em SC já foi encontrada a PTX-2. ● Sempre aparecem associadas ao grupo Okadáico. ● Saem no extrato de DSP!!! ● Não apresentam o mesmo mecanismo de ação do ácido okadáico e dinophysistoxinas, não produzindo diarréia. Toxinas liposolúveis ● Grupo Pectenotoxinas Ptx-1: R= CH2OH; R no C7 Ptx-2: R= CH3; R no C7 Ptx-3: R= CHO; R no C7 Ptx-4: R= CH2OH; S no C7 Ptx-5: R= não identificado Ptx-6: R= COOH; R no C7 Toxinas liposolúveis ● ● ● ● ● Grupo Iminas Cíclicas São compostas por estruturas macrocíclicas com uma função imina, incluindo a gymnodimina, espirolídeos, pinnatoxinas, pteriatoxinas, entre outras. Descobertas devido a sua toxicidade aguda em injeções intraperitoneais de extratos lipofílicos em camundongos. Quando presentes em concentrações elevadas, matam rapidamente os animais, interferindo nos ensaios de ácido okadáico e dos azaspirácidos. Potencial tóxico através da ingestão extremamente reduzido. Até o momento sem evidências de efeito tóxico em humanos por ingestão de moluscos. Toxinas liposolúveis ● Grupo Iminas Cíclicas Spirolídeos Gymnodiminas Gymnodimina A Gymnodimina B Spirolídeo B Spirolídeo C Spirolídeo D Desmetil-Spirolídeo C Desmetil-Sperolídeo D Toxinas liposolúveis ● ● ● ● Grupo Brevetoxinas São éteres policíclicos arranjados em duas configurações estruturais básicas (tipo A e tipo B), produzidos pelo dinoflagelado Karenia brevis. Responsável pela síndrome neurotóxica pelo consumo de mariscos (Neurotoxic Shellfish Poisoning – NSP) por produzir sintomas neurológicos e gastrointestinais em humanos. As brevetoxinas também foram associadas mortandades de peixes e mamíferos marinhos. a Toxinas liposolúveis ● Grupo Brevetoxinas Brevetoxina-A (BTX-A): Brevetoxina-B (BTX-B): R= Brevetoxina-C (BTX-C): R= Dehydrobrevetoxina-B: R= Toxinas liposolúveis ● ● ● ● Grupo Ciguatoxinas Ciguatera é uma intoxicação alimentar causada por um grupo de potentes ficotoxinas que acumulam na carne de peixes e é considerada um dos maiores problemas econômicos e sociais em regiões tropicais e sub-tropicais. A ciguatera é causada por um “coquetel” de toxinas, entre elas as ciguatoxinas, maitotoxinas e ácido okadáico. Esses poliéteres provocam desde distúrbios gastrointestinais a neurológicos. Outras toxinas, como a palytoxina, ovatoxina também podem estar envolvidas na intoxicação ciguatérica. Toxinas liposolúveis ● Grupo Ciguatoxinas Ciguatoxina Maitotoxina Toxinas liposolúveis ● Grupo Prymnesinas Toxinas liposolúveis ● Grupo Palytoxinas Palytoxina Putative Palytoxina Ovatoxina-A Ovatoxina-B Ovatoxina-C Ovatoxina-D Ovatoxina-E Toxinas liposolúveis Toxina Fórmula PM DL50(ug/Kg) Origem Ácido Okadáico C44H68O13 804 200 Dinophysis spp.; Prorocentrum lima Dinophysistoxina-1 C45H70O13 818 160 Dinophysis spp.; Prorocentrum lima Dinophysistoxina-2 C44H68O13 804 --- Dinophysis spp.; Prorocentrum lima Dinophysistoxina-3 C61H100O14 1056 250 Dinophysis spp.; Prorocentrum lima Pectenotoxina-1 C47H70O15 874 250 Dinophysis fortii Pectenotoxina-2 C47H70O14 858 230 Dinophysis fortii Pectenotoxina-6 C47H68O16 888 500 Dinophysis fortii Yessotoxina C55H80O21S2Na2 1141 100 Protoceretium reticulatum, Lingulodinium polyedra Brevetoxina B C50H70O14 894 60 Karenia brevis 42-dihidroBrevetoxina B C50H72O14 896 --- Karenia brevis Brevetoxina B3 C64H100O17 1164 300 Karenia brevis Ciguatoxina C60H86O19 1110 0,35 Gambierdiscus toxicus Maitotoxina C164H256O68S2Na2 3422 0,05 Gambierdiscus toxicus Síndromes associadas a moluscos ● Paralytic Shellfish Poisoning – (PSP) ● ● Amnesic Shellfish Poisoning – (ASP) ● ● Stx, dc-Stx, Neo-Stx, dc-Neo-Stx, Gtx’s AD, epi-AD, iso-AD Diarrheic Shellfish Poisoning – (DSP) ● AO, Dtx’s, AZA, YTX. Limites ● Regulamento do Brasil Fonte Toxinas de referência Limites máximos Método de detecção Normas Saxitoxinas 800 g de equivalente de Método biológico INI n.7 (Stx, Neo-Stx, dc-Stx, saxitoxina / Kg HPLC – FLD 08/05/2012 dc-Neo-Stx, etc.....) (400MU/100g) e outros Ácido Domóico 20 mg de ác. domóico / Kg HPLC – DAD Portaria n.204 28/06/2012 LC-MS/MS Ácido Okadáico + 160 g de equivalente de LC-MS/MS Dinophysistoxinas ácido okadáico / Kg Método biológico (Dtx-1, Dtx-2, Dtx-3) e outros Yessotoxinas 1 mg de equivalente de LC-MS/MS (Ytx, 45 OH Ytx, Homo yessotoxinas / Kg Método biológico Ytx, 45 OH Homo Ytx) e outros Azaspirácidos 160 g de equivalente de LC-MS/MS (AZA1, AZA2, AZA3) azaspirácido / Kg Método biológico e outros Café? Instituto Federal de Santa Catarina Introdução ao monitoramento de algas nocivas e ficotoxinas Bioacumulação de ficotoxinas em moluscos Mathias Alberto Schramm Luis Antonio de Oliveira Proença Thiago Pereira Alves BIOACUMULAÇÃO Bioacumulação em organismos ● Organismos filtradores e não filtradores. Fatores que influenciam Metabolismo dos organismos (moluscos ou outros) Período da vida do organismo (moluscos ou outros) Temperatura da água (relação com a fisiologia) Salinidade Tipo de hábitat/vida (fixo, cultivo/natural, superfície/fundo) Qualidade e quantidade de alimento (espécies de algas) Tempo de exposição ao organismo toxigênico Tipo de toxina e organismos produtores Outros…. Tipo de toxina ● ● Toxinas liposolúvies ● Afinidade por tecidos ● Bioacumulação na cadeia trófica (ciguatera) Toxinas hidrosolúveis ● Afinidade por tecidos x eliminação Liposolúvies – glândula digestiva Hidrosolúvies – corpo inteiro Tipo de microalga ● ● Algumas microalgas produzem toxinas sob diferentes condições (hora produzem, hora não). Algumas algas tem comportamento diferenciado segundo o ambiente dia /noite, estratificação Pseudo-nitzschia spp Dinophysis spp Gymnodinium spp Ácido domóico Ácido epi-domóico Ácido okadáico Dinophysistoxinas Saxitoxina e derivados Tipo de microalga ● ● Efeito de “diluição” entre as espécies presentes. Efeito da toxina sobre o organismo filtrador (rejeição/ diminuição na velocidade de filtração) Tipo de organismo ● Ostras (nativa ou japonesa). ● Mexilhão. ● Berbigão. ● Vieira. Exemplo ● Mean SD N maximo Diferença de acúmulo de toxinas DSP entre mexilhão e ostra em Santa Catarina – evento de 2008 data site sal Tot. Phyto D.acum Dac/pt DSPCG ugHPCG DSPPP ugHPPP PP/CG ratio 7/4/2008 8 32 293371 1400 0,477 -1 270,75 1 946,73 3,5 9/4/2008 8 1202340 1800 0,150 -1 132,6 1 626,0 4,7 11/4/2008 8 32 589147 1350 0,229 -1 92,5 1 320,0 3,5 14/4/2008 8 33 192374 900 0,468 -1 101,9 1 1115,5 11,0 16/4/2008 8 35 102199 450 0,440 -1 63,4 -1 1445,8 22,8 11/4/2008 20 32 690143 1620 0,235 -1 32,4 1 470,8 14,5 14/4/2008 20 34 156304 1500 0,960 -1 115,7 1 1666,7 14,4 16/4/2008 20 35 126246 1600 1,267 -1 95,3 1 2422,4 25,4 16/4/2008 21 35 78152 950 1,216 -1 131,7 1 712,7 5,4 9/4/2008 27 32 579528 6600 1,139 -1 80,8 1 1049,3 13,0 11/4/2008 27 32 512197 17600 3,436 -1 67,7 1 879,2 13,0 14/4/2008 27 35 504983 3300 0,653 -1 74,7 1 804,9 10,8 16/4/2008 27 34 45689 1500 3,283 -1 201,0 1 614,6 3,1 39550,6 17,6 33,4 390205,6 3120,8 1,1 -1,0 112,3 0,8 1005,7 11,2 3,1 8,2 1,4 345721,7 4796,0 1,1 0,0 43,2 0,6 591,4 7,2 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13,0 201,0 2422,4 Alimentação seletiva em ostras Brânquias de ostras: 2 tipos de filamentos Capaz de transporte bidirecional; seleção de partículas nas brânquias e palpos labiais Alimento Boca Partículas indesejáveis Slide cedido por Luiz Mafra Jr. Adaptado de Ward et al., 1994 Alimentação seletiva em mexilhões Brânquias de mexilhões (G) : somente filamentos ordinários Transporte de partículas simples e unidirecional; seleção somente nos palpos labiais (P) Ventral Posterior Pseudofezes (Boca) Anterior Alimento Partículas indesejáveis Dorsal Slide cedido por Luiz Mafra Jr. Tipo de hábitat / forma de cultivo ● Bancos naturais ● Cultivo suspenso fixo ● Cultivo em espinhéis (long-lines) ● Cultivo de mesa ● Cultivo de fundo Tipo de hábitat / forma de cultivo