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BOLETIM SEMANAL Nº 314 | 01.05.2013
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Tintas que não desbotam são inspirados em tecnologia maia
Os maias podem não ter previsto o fim do mundo, mas eles
inventaram uma tinta que se tornou a base de todos os pigmentos
que usamos hoje. Em 1931, os cientistas ficaram estupefatos ao
descobrir pinturas azuis muito vivas nas ruínas de Chichen Itza,
no México. Imediatamente batizado de "azul maia", o pigmento
impressionou pela estabilidade, mantendo a cor, sem desbotar,
desde os tempos pré-colombianos.
Esse antigo pigmento, que demonstrou ser realmente quase
imune à passagem do tempo, à erosão e à biodegradação, é
considerado o precursor dos modernos pigmentos híbridos.
Agora, pesquisadores da Universidade de Alicante, na
Espanha, inspirados pela antiga arte da produção de pigmentos
da civilização maia, desenvolveram um novo método para a
produção de um tipo de nanopigmento que combina o melhor dos
dois mundos, o orgânico e o inorgânico.
Os pigmentos híbridos são criados usando uma mistura de
compostos orgânicos e inorgânicos, onde a cor é devida a um
composto orgânico muito eficiente, mas instável à luz. Para
superar a deficiência, é usado um estabilizador inorgânico, como
se fosse um revestimento do pigmento, evitando a descoloração
com o passar do tempo.
A equipe do professor Francisco Verdú já sintetizou uma
paleta completa de cores dos novos nanopigmentos, que já foram
devidamente patenteados. Segundo o grupo, as propriedades
dos pós-coloridos garantem sua dispersão tanto em meios
polares como não polares, tornando-os úteis para várias aplicações industriais, tais como tintas para impressoras, paredes,
revestimentos, têxteis, papel, fibras sintéticas ou naturais,
cosméticos, materiais de embalagem poliméricos etc.
"Ao contrário dos pigmentos convencionais, que contêm
metais pesados na sua composição, podendo causar reações
alérgicas, processos cancerígenos etc, os nanopigmentos
híbridos estão livres de tais compostos", disse o professor. Além
disso, "a sua produção consome pouca energia e as matériasprimas empregadas são facilmente disponíveis, não-tóxicas e
apresentam uma excelente resistência ao calor, à radiação
ultravioleta, ao oxigênio e outros agentes ambientais, em
comparação com os corantes orgânicos alternativos", concluiu o
pesquisador.
Fonte: Portal Inovação Tecnológica
Custo de calça jeans paraguaia é 35% inferior ao do Brasil
O custo de produção de uma calça jeans no
Paraguai é 35% inferior ao do Brasil, aponta um
estudo realizado pela própria Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No
Brasil, uma calça jeans sai para o fabricante a
US$ 7,75. No Paraguai, US$ 5,73.
Esses números ajudam a explicar porque os
empresários do setor têxtil estão entre os mais
dispostos a investir no Paraguai. Nas confecções
paraguaias, os salários médios são cerca de 20%
mais baixos que no Brasil, o que, junto com uma
legislação trabalhista mais flexível, se transforma
num ímã para um setor intensivo em mão de obra,
mesmo após a desoneração da folha de pagamento promovida pelo governo Dilma Rousseff.
O ímpeto do setor têxtil e também do de
calçados é tão expressivo que está ajudando a
mudar o perfil do investimento brasileiro no
Paraguai. Na década passada, só grandes
companhias corriam o risco. Agora, a maior parte
dos investimentos é de pequenas e médias
empresas, variando de US$ 1 milhão a US$ 12
milhões, aponta o Centro de Análise e Difusão da
Economia do Paraguai (Cadep).
De acordo com levantamento do Cadep, a
Penalty está fabricando parte de seus produtos
em parceria com a Impar Paraguai. O grupo Dass,
que fabrica os tênis Fila, Umbro e Trhyon, investiu
US$ 5 milhões em uma fábrica no Paraguai.
A fabricante de toalhas Buddemeyer também
está produzindo no Paraguai. Segundo o diretor
comercial, Rafael Buddemeyer, a companhia
acaba de instalar uma joint venture com a Manufactura Pilar, empregando 50
pessoas. "Hoje compramos a matéria-prima na China, Índia e Paquistão, produzimos no Paraguai e no Brasil e exportamos para a Europa", diz o executivo.
Alexandre Bazza é outro empresário brasileiro do setor têxtil que apostou no
país vizinho e criou a Cortinerias de Paraguai, que fornece produtos para as
empresas brasileiras Bella Janela e Pernambucanas. "A logística é complexa
porque importamos os insumos da Ásia pelo porto de Buenos Aires, trazemos pelo
rio até Assunção e
por cam inh ão até
Ciu dad del Les te, Basf amplia demissões para unidades
mas vale a pena", diz.
de aditivos e pigmentos
No início do mês
passado, as vantaA Basf, maior fabricante mundial de produtos
gens de investir no
Paraguai chegaram a químicos, vai eliminar 500 empregos até 2015 em
virar tema de um unidades como as de aditivos plásticos e de pigmentos
seminário na Fiesp. para driblar a concorrência de baixo custo da Ásia.
As unidades da empresa na região da Basileia
O ev en to ca us ou
m a l - e s t a r e n t r e sofrerão o maior impacto da reestruturação, com 350
empresários do setor. cortes previstos, informou a companhia. Os negócios de
P a r a f o n t e s d o químicos para água, couro e setor têxtil também serão
governo brasileiro, a afetados.
A Basf está buscando se expandir em produtos
promoção comercial
"faz parte do jogo" e o químicos altamente especializados e de altas margens,
Brasil "também joga". apoiada em recentes aquisições de empresas de
A l é m d i s s o , a suplementos nutricionais e de defensivos agrícolas.
O grupo não informou quanto pretende economizar
integração produtiva
é benéfica para o com as demissões, que foram anunciadas em meio a
um programa de reestruturação em andamento que
Mercosul.
prevê elevar o lucro para 1 bilhão de euros até o fim de
Fonte: www.midi- 2015.
Fonte: Revista Exame
amax.com
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