ALOCAÇÃO DE AERONAVES A UM ESQUEMA DE VÔOS SEMINÁRIO: OTIMIZAÇÃO COMBINATÓRIA E PROGRAMAÇÃO LINEAR ALOCAÇÃO DE AERONAVES A UM ESQUEMA DE VÔOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA MESTRADO EM MODELAGEM COMPUTACIONAL DE CONHECIMENTO Prof. Dr. Henrique Pacca L. Luna Prof. Dr. João Soletti ALLAN GOMES DOS SANTOS [email protected] www.mcc007allangomes.cjb.net Maceió, 2004. ROTEIRO MOTIVAÇÃO OBJETIVOS INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA PROBLEMA DA ATRIBUIÇÃO MODELO DE ATRIBUIÇÃO E SUA SOLUÇÃO MODELO DE PROGRAMA LINEAR COMENTÁRIOS FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Motivação 1 ROTAER AIP - BRASIL MANUAL AUXILIAR DE ROTAS AÉREAS PUBLICACÒES DE INFORMAÇÕES AERONÁUTICAS Motivação 2 Maceió / Zumbi dos Palmares, MO SBMO 09 31 02S / 035 47 01W PUB 20N UTC-3 VFR IFR L21,23,26 INFRAERO 12 - L6 (1) (2), 12 - (2600 X 45 46/F/A/X/T L14,15) - L12 - 30 CMB - QUEROSENE / GASOLINA COM - TORRE 118.25 MET - CMA (1 A 10) RDONAV - ILS/DME 12 IMO (1) 109.30 VOR/DME MCE 115.10 NDB COM 340 AIS - (4) (82) 322-1773 R 320 RMK - a. OBS VAC para entrada ou saída do cicuito de tráfego b. Quando em aproximação visual, tomar cuidado para não confundir com a RWY 14/32 do Aeroclube de Alagoas, situado a SE, a 7NM (13Km). c. OBS concentração de urubus na aproximação final RWY 12. d. AD habilitado para o TFC AÉREO INTL. As solicitações de FLT INTL deverão ser encaminhadas ao DAC. (4) Aceita plano de vôo e notificação por telefone (82) 322-3000 Obs.:RWY 46 - Número de classificação do pavimento (número que indica a resistência de um pavimento para operações sem restrições) F - Pavimento flexivel (asfalto) A - Categoria de Resistência do Subleito (alta) X - Categoria de pressão máxima admissível dos pneus (média) T - Métodos de avaliação (técnica) OBJETIVOS Tecer algumas considerações sobre o significado prático da otimização no campo transporte aéreo; Determinar através da proposta de um problema o número necessário de aviões para realizar um serviço, identificando também a seqüência de vôos que cada avião deve cumprir. INTRODUÇÃO O estabelecimento dos horários de aviões comerciais depende, de um lado, da disponibilidade de aeronaves e de suas características de operação e desempenho e, de outro, dos aspectos ligados à demanda do transporte; O problema de otimizar o uso da frota é normalmente complexo, pois envolve um número de parâmetros bastante amplo, além de estar sujeito a condicionantes de ordem qualitativa ou de difícil quantificação. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA Otimizar uma frota homogênea de aviões comerciais a partir de um esquema de horários de vôo pré-fixado; Uma empresa aérea de pequeno porte serve as cidades A, B e C de acordo com o esquema de vôos apresentados no quadro 1; Deseja-se determinar o número necessário de aviões para realizar um circuito completo, identificando a melhor seqüência que cada avião deve realizar. QUADRO 1: Esquema de vôos a ser cumprido Vôo nº Da cidade Para cidade Horário de Partida Horário de Chegada 1 A B 9:00h 12:00h 2 A B 10:00h 13:00h 3 A B 15:00h 18:00h 4 A C 20:00h 24:00h 5 A C 22:00h 2:00h 6 B A 4:00h 7:00h 7 B A 11:00h 14:00h 8 B A 15:00h 18:00h 9 C A 7:00h 11:00h 10 C A 15:00h 19:00h PROBLEMA DA ATRIBUIÇÃO O problema da atribuição é um caso especial do Problema de Transporte onde cada unidade a ser alocada a partir de uma origem para um determinado destino é considerada individualmente, havendo igual número de origens e destinos; A formulação clássica do problema da atribuição é a seguinte: existem n indivíduos e n tarefas: são conhecidos os custos Cij correspondentes a todas as combinações de indivíduos e tarefas: trata-se de atribuir as tarefas a esses indivíduos, de modo que o custo total seja mínimo. (formar matrizes); PROBLEMA DA ATRIBUIÇÃO A formulação matemática do problema da atribuição é a seguinte: n n min Z Cij xij i 1 j 1 sujeito a: n x i 1 ij n x com: j 1 ij 1 (j = 1, 2, ..., n) 1 (i = 1, 2, ..., n) xij 0 O modelo matemático mostra que o problema da atribuição é um caso especial de Programação Linear; Assim, xij será igual a 1, se o elemento i for designado para a tarefa j, e xij = 0, no caso contrário. MODELO DE ATRIBUIÇÃO E SUA SOLUÇÃO O problema pode ser resolvido por meio de um modelo de atribuição, em que se minimiza o tempo morto global das aeronaves; Define-se a matriz A, cujo elemento aij representa o tempo morto dispendido pela aeronave, onde “i” instante de chegada e “j” instante de partida; Faz-se aij = α, indica a inviabilidade física da seqüência de vôos ij (chegada e partida diferentes); Exemplos: – a10,1 é igual a 14 horas (vôo nº 10 = 19:00h/cidade A - vôo nº 1 = 9:00h/cidade A); – a5,1 é infinito (α, ) ( vôo nº 5 = cidade C - vôo nº 1 = cidade A ) QUADRO 2: Matriz A analisando todas as sequências MODELO DE ATRIBUIÇÃO E SUA SOLUÇÃO Aplicando o algoritmo a cada uma das submatrizes, de acordo com a sistemática do Problema de atribuição, chega-se à seguinte matriz reduzida final: Quadro 3: Matriz A’ solução do algoritmo de atribuição Células assinaladas indicam uma solução ótima, no entanto outras soluções ótimas possíveis podem ser analisadas através do posicionamento dos zeros. 1 - 8 - 4 - 10 - 5 - 9 - 3 - 6 - 2 - 7 - 1 (uma das soluções ótimas) CÁLCULO DO NÚMERO MÍNIMO DE AERONAVES Uma aeronave, efetuando o circuito completo, gastará um tempo total que é múltiplo de 24 horas; O cálculo do tempo “T” = tempo de vôo + tempo de espera; Uma vez que o programa de vôo da empresa aérea é diário, divide-se o valor de T por 24, resultando assim o número de aviões necessários. No exemplo exposto, temos: N = 120/24 = 5 aviões necessários; Quadro 4: Cálculo do tempo T para uma aeronave realizar um circuito completo. Nº do Nº do Vôo Vôo Seguinte Tempo de Vôo (horas) Tempo de espera até o próximo Vôo (horas) Tempo decorrido entre partidas sucessivas (horas) 1 8 3 3 6 8 4 3 2 5 4 10 4 15 19 10 5 4 3 7 5 9 4 5 9 9 3 4 4 8 3 6 3 10 13 6 2 3 3 6 2 7 3 22 25 7 1 3 19 22 Total - 34 86 T=120 MODELO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR O objetivo do modelo é alocar as aeronaves às diversas rotas, de forma a minimizar os custos; atendendo, por outro lado, a demanda e respeitando certas restrições operacionais. C DCijanija ij a onde C é o custo global a ser minimizado , DCija representa o custo operacional direto da aeronave a operando na rota ij e nija o número diário de vôos diretos na rota que ligam i e j. As restrições do modelo são dadas: a) A demanda, em cada rota, deve ser atendida, ou seja, LF ija Sa nija Pij (para cada rota ij) a onde: LFija = fator de utilização médio (load factor) Sa = capacidade de assentos ofertados Pij = demanda média diária de passageiros b) A disponibilidade de aviões não deve ser excedida, ou seja, TB ija nija U a N a (para cada tipo de aeronave a) ij onde: TBija = representa o tempo de vôo Ua = utilização média diária Na = número de aparelhos disponíveis MODELO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR (Cont.) c) Equação de continuidade: em cada cidade atendida o número de chegadas diárias de um certo tipo de aeronave deve ser igual ao número de partidas,ou seja, n ija n jia 0 j (para cada cidade i e para cada tipo de aeronave a) j d) Um número diário mínimo de frequências deve ser oferecido em cada rota, ou seja, n ija NFij (para cada rota ij) a onde: NFij = número diário mínimo de frequência oferecida na rota ij e) O número máximo de decolagens a partir de uma cidade n ija a j NVi (para cada aeroporto i) onde: NVi = é o número máximo diário de decolagens no aeroporto i As dimensões máximas do Problema de Programação Linear podem ser estimadas como: i) número de variáveis E . a , onde E é o número de rotas (incluindo cada sentido separadamente) e “a“ é o número de tipos de aeronaves ii) número de restrições 2. E + a + Q. a + Q , onde Q é o número de cidades atendidas Exemplo, ligando as principais capitais brasileiras: Q = 12 cidades E = 24 rotas = 2 x 24 = 48 ligações a = 3 ( tipos aeronaves: B737, B727, E120) Assim, teremos: 144 variáveis e 147 restrições CONSIDERAÇÕES FINAIS A ESTRUTURAÇÃO DO ESQUEMA CONSTITUI UM PROCESSO CONTÍNUO. DE VÔOS FATORES POLÍTICOS E DE COMPETIÇÃO ENTRE AS EMPRESAS TÊM SIDO DOMINANTES NA DEFINIÇÃO DOS ESQUEMAS DE VÔO. DEVIDO AOS AUTOS CUSTOS OPERACIONAIS DO TRANSPORTE AÉREO, MINIMIZAR O TEMPO MORTO GLOBAL DAS AERONAVES TORNA-SE UM FATOR ATUAL DE SOBREVIVÊNCIA DAS EMPRESAS. OTIMIZAÇÃO MUITAS VEZES NÃO É UM PROCESSO DE BUSCA DO MELHOR ABSOLUTO MAS A PROCURA SISTEMÁTICA DO MELHOR PRÁTICO. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NOVAES, Antonio Galvão. Métodos de otimização, aplicações aos transportes: São Paulo. Ed. Edgard Blucher ltda, 1978. SIMPSON, R. W. Scheduling and Routing Models for Airline Systems. Publicações R68-3. Institute of Technology, 1969. LUNA, Henrique Pacca L., GOLDBARG, Marco Cesar. Otimização Combinatória e Programação Linear: Rio de JAneiro. Ed. Campus, 2000.