SR016 Women and power in birth A mulher e o poder sobre o parto Escola de Enfermagem, UFBa, [email protected] Brasil. [email protected]; Escola Isa Maria Nunes; Maria Aparecida Vasconcelos Moura de Enfermagem Anna Nery/UFRJ, ABENFO–RJ. This text is based on theoretical reflections about this theme and on the authors’ experiences and aims to link up gender relation, power and delivery care in health services. We discuss the appearance of medical knowledge supremacy in obstetrics, subordinating the empirical knowledge, that is, spontaneous knowledge and actions that were practiced by the solidarity of these women, emphasizing the predominance of this care model, in spite of advances in alternative birth care proposals. Our reflections are based on literature about the history of obstetrics, gender issues and power relations as an inherent characteristic of social relations, with a clear disadvantage for women. We comment on the alarming caesarean rates in Brazil as an expression of the women’s submission to institutional power, considering that decisions about the realization of this procedure leave out the parturient woman and subject her to the professionals’ unilateral judgment. We highlight the insertion of the obstetrical nurse in this context as an important propeller for change. Finally, we present positive perspectives and contributions, being women and nurses who take a great interest in such an important theme. Keywords: Obstetric nursing, Birth, Gender. Texto produzido a partir de reflexão teórica sobre a temática e nas experiências das autoras, na prática da enfermagem obstétrica. Estabelece vinculação entre as relações de gênero e poder e a atenção ao parto, nos serviços da saúde. Discute a supremacia do saber médico na obstetrícia, subjugando o conhecimento empírico, os saberes e fazeres espontâneos, praticados pela solidariedade dessas mulheres. Discute a institucionalização do parto e a supremacia do profissional médico sobre o corpo da mulher e sobre os demais profissionais. Enfatiza o predomínio deste modelo da atenção, apesar dos avanços nas propostas alternativas de atenção ao parto. A reflexão fundamenta-se em autoras dedicadas ao estudo da história da obstetrícia, das questões de gênero e relações de poder, enquanto característica inerente às relações sociais, de notável desvantagem para as mulheres. Comentam-se os índices alarmantes de cesárea no Brasil, como uma forma de expressão da submissão das mulheres ao poder institucional, considerando que a decisão sobre a realização desse procedimento, não inclui a parturiente, fazendo-a submissa ao julgamento unilateral dos profissionais. Ressalta a inserção da enfermeira obstetra como importante de mudanças. Como resultado, apontam-se perspectivas positivas e contribuições importantes das autoras, enquanto mulheres e enfermeiras, interessadas em tão importante temática. Palavras-chave: Enfermagem obstétrica, Parto, Gênero.