Nome: Adriana Cristina Costa Oliva
Nível: Doutorado - defesa em 01/10/10
Orientador Profª. Adj. Suzely Adas Saliba Moimaz
Banca:
Profª. Drª. Suzely Adas Saliba Moimaz
Prof. Dr. Renato Moreira Arcieri
Prof. Dr. Joildo Guimarães Santos
Profª. Drª. Cristina Berger Fadel
Prof. Dr. Eduardo Daruge Júnior
Título: Percepção do Cirurgião-dentista sobre o trabalho no
Sistema Único de Saúde
Avaliar os serviços de saúde é fundamental para garantir a qualidade
na prestação de serviços. O objetivo deste estudo foi conhecer as
condições de trabalho, relacionadas ao trabalho no Sistema Único de
Saúde, por meio da percepção do cirurgião-dentista, avaliando: a
satisfação profissional com o emprego público e remuneração, as
condições ergonômicas e sanitárias do ambiente de trabalho e a
qualidade de vida e saúde dos profissionais relacionadas ao ambiente
de trabalho. Realizou-se uma pesquisa transversal, tipo inquérito e
observacional. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas com
83 cirurgiões-dentistas, atuantes em 12 municípios paulistas. As
informações foram processadas no software Epi Info 2000 versão
3.2.2. As variáveis analisadas foram: tipo de ingresso, regime de
trabalho, carga horária, remuneração percebida, existência de plano
de carreira, satisfação com o emprego público, aspectos sanitários e
ergonômicos relacionados à distribuição de equipamentos no
consultório odontológico, presença da auxiliar na equipe, satisfação
com o trabalho efetuado e com o ambiente físico odontológico,
segurança, saúde, lazer e renda. Os resultados apontam que 19%
dos entrevistados não prestaram concurso público para ingressar no
sistema público. O regime de trabalho estatutário foi mais adotado
47(57%). Notaram-se jornadas de trabalho distintas: 47(57%) de
20h, 7(8%) de 30h e 29(35%) de 40h. Estavam insatisfeitos com a
remuneração 55(66%) profissionais, notando-se, ainda, a ausência
do plano de carreira em 11municípios; 70(84%) profissionais
afirmaram estar “satisfeito” e “muito satisfeito” com o emprego
público. Observou-se que 21(28%) profissionais trabalhavam
sozinhos; nos 34 consultórios, autoclave foi o meio mais utilizado
15(44%); 31(91%) lixeiras de lixo comum e 23(68%) de lixo
contaminado eram inadequadas; 13(38%) não tinham lavatórios para
mãos, 23(68%) havia toalheiro de papel, em 20(59%) saboneteiras
adequadas e, em 5(15%), o compressor estava dentro do
consultório. Quanto à adequação dos consultórios para o trabalho
auxiliado, 19(56%) apresentaram auxiliares e, em todos, foram
observados inadequações. Dos 53 profissionais que sentem algum
tipo de dor, 40(75%) relataram que a dor interfere no trabalho. O
ambiente físico para 58 (70%) profissionais não é saudável; 57(69%)
consideram seguros seus ambientes de trabalho; apenas 23(28%)
possui oportunidade de lazer; 75(90%) não têm dinheiro para
satisfazer suas necessidades e, 32(39%) “bastante” e 51(61%)
“extremamente” atribuem sentido ao trabalho que fazem. Conclui-se
que: o plano de carreira não é realidade nos municípios estudados;
apesar da maioria dos profissionais estarem “insatisfeitos” com a
remuneração, quase a totalidade está “satisfeito” com o emprego
público; as auxiliares estão presentes nas Unidades da Estratégia da
Família e nos Centros de Especialidades por exigência legal e foram
encontradas condições sanitárias e ergonômicas inadequadas; os
profissionais estão satisfeitos com seu emprego e julgam seu trabalho
de extrema importância. Embora se sintam seguros no local de
trabalho, sublinham aspectos negativos: a falta de organização do
trabalho, o ambiente físico de trabalho insalubre, a dor física que
interfere no trabalho, além de haver pouco dinheiro para satisfazer
suas necessidades e poucas oportunidades de lazer.
Palavras-chave: Odontologia. Odontólogos. Qualidade de vida.
Recursos humanos em odontologia. Saúdepública. Serviços de saúde.
Satisfação no emprego.
Nome: Sérgio Donha Yarid
Nível: Doutorado - defesa em 18/08/2010
Orientador Profª. Adj. Doris Hissako Sumida
Título: Diabetes Mellitus: avaliação do grau de conhecimento
de acadêmicos de odontologia e de cirurgiões-dentistas
Banca: Profª. Drª.Dóris Hissako Sumida
Prof. Dr. Renato Moreira Arcieri
Profª. Drª.Cléa Adas Saliba Garbin
Prof. Dr.Eduardo Daruge Júnior
Prof. Dr.José Roberto de Magalhães Bastos
O Diabetes Mellitus (DM) é considerado um problema de saúde
pública, e o Cirurgião-Dentista deve estar alerta para os sinais e
sintomas do DM em seus pacientes, pelo impacto que pode causar à
saúde destes. Este estudo tem por objetivos: a) verificar o
conhecimento científico dos acadêmicos do último ano de odontologia
sobre a doença DM e os aspectos relacionados ao atendimento
odontológico do paciente portador dessa enfermidade; b) averiguar o
conhecimento dos Cirurgiões-Dentistas que atuam na atenção básica
do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre o DM; c) revisar a literatura
na busca de atualizar o conhecimento a respeito do diagnóstico,
atendimento preventivo e terapêutico em odontologia do paciente
portador de Diabetes. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da FOA-UNESP (2008-2433). Para verificar o conhecimento
dos acadêmicos, realizou-se um estudo tipo inquérito com 59 alunos
matriculados no último ano do curso de odontologia da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba em 2008. O segundo estudo desenvolveuse nos municípios de Birigui-SP,Maringá-PR e Três Lagoas-MS e
contou com a participação de 76 Cirurgiões-Dentistas que atuam na
atenção básica do SUS. Utilizou-se de instrumento desenvolvido para
o estudo e as questões receberam tratamento quantitativo. A revisão
de literatura foi realizada com umabusca de artigos publicados nos
últimos 10 anos (2000 – 2010) nas bases de dados PubMed,
Biblioteca Virtual de Saúde e Web of Science. Usamos as seguintes
palavras-chaves nesta busca: Diabetes Mellitus; odontologia; saúde
bucal; e doença periodontal. De acordo com os resultados obtidos
junto aos estudantes de Odontologia: 30,5% dos acadêmicos sabem
a correta definição de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM 1); quanto à
definição do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM 2), 10,2% assinalaram a
resposta correta; 76,3% conhecem outros tipos de DM; 23,7%
relataram ser o DM 2 o mais prevalente; a obesidade, a
hereditariedade e a falta de atividade física regular foram as
condições mais apontadas como fatores de risco para o DM; sobre os
principais sintomas do DM, 94,9% dos
alunos assinalaram
corretamente; quanto à faixa normal de glicose na corrente
sanguínea em jejum, 6,8% assinalaram a resposta correta; a respeito
das manifestações bucais do paciente portador de DM, a doença
periodontal, o hálito cetônico e a xerostomia, foram os mais
assinalados; sobre a relação entre doença periodontal e DM, 79,7%
assinalaram a alternativa correta; quanto as alterações agudas que
podem estar presentes em pacientes portadores de diabetes durante
atendimento odontológico, 47,4% assinalaram corretamente; quanto
ao procedimento correto no atendimento ao paciente diabéticos com
hipoglicemia, 47,4% responderam corretamente;
94,9% dos
pesquisados assinalaram erroneamente modalidades de tratamento
que resultariam em cura do DM. Quanto aos CirurgiõesDentistas, predominou o sexo feminino e faixa etária entre 31 a 40
anos. O tempo de exercício profissional concentrou-seentre 06 a 10
anos e 16 a 20 anos. Os resultados junto a estes profissionais
mostram que: a maioria (94,7%) prestou consultas odontológicas a
pacientes portadores de diabetes; muitos (97,4%) sabem o que é
DM; sobre outros tipos de DM, 77,6% afirmaram que conhecem,
sendo o mais citado (por 55,9%), o DM Gestacional; o DM2 foi
apontado como o mais prevalente por 59,2%; a faixa normal de
glicose em jejum foi citada corretamente por 2,6% dos
participantes;
a
obesidade
foi apontada por 98,7% dos
participantes como fator de risco para o DM; grande parte (96,0%)
assinalaram corretamente quais os principais sinais e sintomas que
levam à suspeita de DM; a doença periodontal foi apontada por
92,1% como manifestação bucal do paciente portador de DM.
Conclui-se que: a) os acadêmicos de odontologia, futuros
Cirurgiões-Dentistas, necessitam de melhor orientação; b) que o
Cirurgião-Dentista deve desenvolver um conhecimento específico
sobre o DM, estando atento aos níveis normais de glicemia e
pronto para identificar e atender o portador de DM; c) por meio
do aumento do conhecimento do Cirurgião-Dentista sobre as
alterações bucais do portador de DM é possível o diagnóstico precoce
da patologia, além da realização de procedimentos odontológicos
adequados a pacientes com esta enfermidade.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Manifestações
orais. Assistência odontológica. Medicina bucal. Estudantes de
odontologia. Educação em odontologia.
Nome: DANIELA COELHO DE LIMA
Nível: Doutorado-defesa em 13/08/2010
Orientador: Prof Titular Nemre Adas Saliba
Banca: Profª. Drª.Nemre Adas Saliba
Profª. Drª.Maria Lúcia Marçal Mazza Sundefeld
Prof. Dr. Cezar Augusto Casotti
Prof. Dr. Alessandro Aparecido Pereira
Prof. Dr. José Luiz Carvalho de Oliveira
Título: Traumatismo alvéolo-dentário: prevalência em
crianças e conhecimento de educadores do ensino
fundamental
As lesões traumáticas dentárias são consideradas em certas partes do
mundo um importante problema de saúde pública, não somente
porque a sua prevalência é elevada, mas também porque resulta em
impacto substancial na qualidade de vida das crianças. O presente
estudo avaliou o conhecimento e a atitude dos educadores do ensino
fundamental da rede pública de Alfenas/MG, Brasil, sobre as Lesões
Traumáticas Dentárias (LTDs) e ainda a prevalência e os fatores de
risco entre crianças de 6 a 12 anos. Para tanto foram entrevistados
212 educadores na faixa etária de 23 a 64 anos, sendo que 93,4%
apresentavam formação universitária e 25,5% tinham até cinco anos
de experiência profissional. Quanto ao treinamento de primeirossocorros, 34% o haviam realizado durante sua formação acadêmica
ou por vontade própria (22,6%). Entre esses, apenas 7,1% haviam
recebido treinamento envolvendo o conteúdo das LTDs. Apenas 7,5%
estavam satisfeitos com o conhecimento sobre trauma dental e
somente 12,3% sentiam-se preparados para atuar frente a essa
intercorrência. Somente 10,8% haviam presenciado algum tipo de
LTDs. Em relação à busca de auxílio dentro da escola, em caso de
trauma dental, 53,3% se direcionariam a diretora e 8% ao cirurgiãodentista da escola. A primeira conduta dos professores frente à
fratura e avulsão dentária seria o contato com os pais da criança
(63,2% e 58,5%, respectivamente). Frente a um dente avulsionado,
47,2% realizariam a conduta adequada manuseando o dente pela
coroa. A maioria dos professores (90,1%) faria um reimplante dental
de dentes permanentes, sendo isto feito imediatamente (71,2%).
Quanto ao meio de armazenamento do dente avulsionado, 36,3%
dos professores acondicionariam o elemento em um líquido, sendo o
leite (46,7%) e o soro (24,7%) os mais mencionados. Os meios secos
mais citados foram o papel (18,9%) e gaze ou algodão (15,1%). A
maioria (96,2%) afirmou que gostaria de receber informações sobre
trauma dental. Quanto a ocorrência das LTDs e fatores de risco
relacionados foram examinadas 1635 crianças com idade média de
8,82 anos adotando-se os critérios de Children`s Dental Health
Survey do Reino Unido para as LTDs e Dental Aesthetic Índex para as
alterações oclusais. A prevalência das lesões dentárias foi de 13,6%
havendo relação significante com o sexo (P= 0,0014) e a idade
(P<0,0001). Os dentes mais afetados foram os incisivos centrais
superiores (57,4%) e a fratura de esmalte (52%) foi a mais
prevalente. A queda ou tombo foi a causa mais comum das LTDs
(43,9%) ocorrendo na maioria das vezes em casa (23,3%) e na rua
(19,7%). Houve associações estatisticamente significantes entre o
trauma dentário e as variáveis overjet maior que 3 mm (P=0,0007),
selamento labial deficiente (P=0,0275), respiração bucal(P=0,0007),
desalinhamento dental superior (P=0,0003) e mordida topo a topo
(P=0,0271). Frente a esses resultados, conclui-se que os professores
possuem algum conhecimento sobre as LTDs, mas na maioria das
vezes o mesmo se apresenta de forma inadequada, ocasionando
falta de atitude frente a essas injúrias. Além disso, observou-se uma
prevalência de 13,6% das LTDs e que as mesmas estiveram
relacionadas ao sexo, idade, overjet, selamento labial inadequado,
respiração bucal, desalinhamento dental superior e mordida topo a
topo.
Palavras-chave: Conhecimento. Docentes. Epidemiologia. Etiologia.
Fatores de risco. Traumatismos dentários.
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Nome: Adriana Cristina Costa Oliva Nível: Doutorado