27 de setembro - Dia do idoso PREVENÇÃO NA TERCEIRA IDADE COMEÇA COM DIAGNÓSTICO PRECOCE Doenças ginecológicas mais frequentes podem ser controladas e prevenidas com detecção rápida A expectativa de vida dos brasileiros aumentou em 25,4 anos entre 1960 a 2010, passando da média de 48 anos para 73,4 anos de idade, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aumentando o número de brasileiras na 3ª idade. A médica e vice-presidente do Comitê de Uroginecologia da Sogimig (Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais), Rachel Silviano Brandão, explica que esse crescimento contribuiu significativamente para o estímulo de trabalhos e estudos específicos ligados à saúde e bem-estar desse grupo. “As doenças oncológicas, infecção do trato urinário e as disfunções miccionais estão entre as principais patologias ginecológicas nessa faixa etária”, informa Rachel. O câncer ginecológico tem a maior incidência entre as doenças oncológicas nesse período da vida, tornando o rastreamento e a prevenção dois importantes itens para abordagem da mulher na terceira idade. “Os exames como a mamografia e o ultrassom devem ser realizados, sendo o primeiro, como rotina anual e, o segundo, em casos Dariane Araújo (31) 2511 3111 8863 2937 dariane@ zoomcomunicac ao.com.br de suspeita da doença. O câncer de mama incide mais comumente em mulheres acima de 50 anos, assim como o câncer de endométrio e ovário, que também tem sua incidência aumentada nessa faixa etária. O controle ginecológico anual é de extrema importância para manutenção da qualidade de vida”, explica a médica. Segundo a especialista, a infecção do trato urinário também é comum em mulheres acima de 50 anos, devido a fatores como menopausa e a queda dos hormônios femininos. “O controle da queda hormonal, aliado a algumas mudanças de hábitos se tornam fundamentais para prevenir essas infecções. O tratamento profilático e a vacina oral também têm importante papel no tratamento e prevenção de novas crises”, alerta. As disfunções miccionais, englobando a urgência, frequência urinária aumentada (diurna ou noturna) e a incontinência urinária, também são bastante comuns nessa população. Os fatores inerentes ao envelhecimento predispõem a disfunções, como a falta dos hormônios e alterações neurológicas, que causam uma maior sensibilidade da bexiga, e uma dificuldade de inibir a contração da bexiga, impedindo a perda urinária. As doenças associadas às disfunções miccionais, como diabetes com neuropatia, AVC isquêmico, isquemia cerebral, Parkinson e mielopatias são mais comuns na 3ª idade. “Deve-se redobrar a atenção para essas disfunções, pois acarretam uma grande queda na qualidade de vida. Os sintomas com urgência miccional (desejo premente de urinar), frequência aumentada (intervalo de menos de duas horas entre as micções), noctúria (ato de levantar-se para urinar durante o sono por mais de duas vezes) e a perda urinária limitam a vida dessas mulheres”, ressalta a especialista.