Um glossário eletrizante
Tensão – É a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Sua unidade de medida é o volt, o nome é homenagem ao físico
italiano Alessandro Volta. Em outras palavras, a tensão elétrica é a "força" responsável pela movimentação de elétrons. O potencial
eléctrico mede a força que experimenta uma carga elétrica no seio de um campo elétrico, expressa pela Lei de Coulomb. É a
tendência que tem uma carga elétrica de ir de um ponto a outro. Normalmente toma-se um ponto que se considera tensão zero e
mede-se a tensão do resto dos pontos respeito a este.
Volt – Unidade de tensão elétrica, diferença de potencial ou força eletromotriz. Corresponde à tensão que, aplicada sobre a
resistência de 1 Ohm, produz a corrente de 1 ampère.
Corrente elétrica – Passagem dos elétrons através de um condutor, do pólo positivo para o negativo. Corrente contínua (CC) é
aquela em que os elétrons seguem continua e invariavelmente do pólo positivo para o negativo, como nas pilhas de uma lanterna.
Corrente alternada (CA) é o fluxo de elétrons ora num sentido ora noutro, sendo essa inversão de forma cíclica, em períodos de
tempo constantes. Ciclo é a série de valores que a corrente adquire durante um período. No Brasil, a freqüência legal é de 60 ciclos
por segundo, ou seja, 60 Hertz. Em outros países, pode ser de 50 Hertz, daí porque certos equipamentos (relógios elétricos, por
exemplo) comprados no exterior podem apresentar funcionamento anormal quando usados no Brasil.
Ampère – Unidade de medida de corrente elétrica que corresponde à corrente que separa em um segundo 1,118 mg de prata de
uma solução de nitrato de prata, ou seja, é a unidade prática de medida elétrica correspondente à intensidade de uma corrente
elétrica que, com a força eletromotriz de 1 volt, percorre um circuito com a resistência de 1 Ohm.
Potência – É, em física, a grandeza que determina a quantidade de energia concedida por uma fonte a cada unidade de tempo. Em
outros termos, potência é a rapidez com a qual uma certa quantidade de energia é transformada. A potência pode ser definida pela
variação de energia do sistema em determinado intervalo de tempo, o que significa dizer que a potência é a rapidez com a qual um
trabalho é realizado.
Watt – Unidade de medida da potência solicitada da linha pela carga, representa o consumo de energia de um equipamento. É igual
à potência de um joule por segundo, conforme a definição do inventor escocês James Watt (1736-1819)
Resistência – Nenhum material é perfeito condutor de corrente elétrica, todos oferecem algum nível de oposição à sua passagem,
semelhante ao atrito entre a água e os canos por onde ela passa. A resistência elétrica sempre produz calor e queda de tensão, e é
medida em ohms.
Ohm – O cientista Georg Simon Ohm observou a relação entre a tensão aplicada sobre uma resistência e a corrente que por ela flui:
para uma mesma resistência, um aumento da tensão aplicada corresponde a um aumento proporcional na corrente que flui através
da mesma. Mantendo constante a tensão, um aumento no valor da resistência corresponde a uma diminuição proporcional da
corrente que flui. Surgiu assim a Lei de Ohm: "A corrente que flui através de uma resistência é diretamente proporcional à tensão
aplicada e inversamente proporcional à resistência". A unidade de resistência elétrica é o Ohm, que corresponde à resistência de um
fio de mercúrio com seção de 1 milímetro quadrado e 1,063 m de comprimento, a zero grau centígrado.
Fusível – peça contendo um fio mais fino que o utilizado na rede elétrica, e portanto mais sensível às variações de tensão, partindose e assim cortando o fornecimento de energia elétrica. Com isso, a rede elétrica (e/ou telefônica) é protegida contra o equipamento
que já tenha sofrido curto-circuito, e se evita que o equipamento defeituoso seja ainda mais danificado pela continuidade do
fornecimento elétrico.
Disjuntor – Tipo de fusível que em lugar de se destruir apenas se desarma, sempre que ocorrer um curto-circuito nos condutores da
rede elétrica, antes que os efeitos térmicos e mecânicos desta corrente possam se tornar perigosos às próprias instalações. Também
desarma se houver excesso de consumo de corrente (ampères) dos equipamentos que alimenta, para não sobrecarregar os
condutores (fiação). Resolvido o problema na instalação, o disjuntor pode ser rearmado. Não protege contra descargas atmosféricas,
pois seu tempo de resposta é lento em relação ao raio.
Descarga atmosférica – Corrente elétrica com alta tensão e amperagem, ocorrida devido à diferença de potencial entre duas
cargas elétricas opostas ( nuvem-terra ; nuvem-nuvem; terra-nuvem, buscando reequilibrá-las eletricamente.
Raio – Descarga elétrica, acompanhada de explosão (trovão) e de luz (relâmpago) que se produz entre duas nuvens eletrizadas ou
entre a terra e as nuvens; centelha, corisco, faísca elétrica.
Relâmpago – Clarão vivo e rápido, proveniente de descarga elétrica entre duas nuvens ou entre uma nuvem e a terra.
Trovão – Estrondo produzido por descarga de eletricidade atmosférica.
Pára-raio – Haste colocada no ponto mais alto de uma edificação, ligada a um fio que segue até outra haste colocada no interior do
solo, com a função de conduzir os raios de forma segura, protegendo a estrutura da edificação. Não protege os equipamentos eletroeletrônicos existentes em suas proximidades, porque durante a transferência da corrente entre as duas hastes sobra uma corrente
eletrostática com tensão e corrente suficientes para danificar os equipamentos. A área de proteção de um pára-raio forma um cone
desde seu ponto mais alto até o solo, com abertura de 127 graus. Assim, o pára-raios protege uma área no solo correspondente a
um círculo cujo diâmetro é quatro vezes a altura da ponta superior desse pára-raios.
Gaiola de Faraday – Princípio de Física em que, no interior de uma superfície fechada, o campo elétrico é nulo. Com o objetivo de
blindar, proteger um corpo qualquer contra o efeito de um campo elétrico, constroem-se dispositivos chamados Gaiolas de Faraday,
constituídos de malhas metálicas que envolvem esse corpo, baseadas nesse princípio, desenvolvido pelo cientista inglês Michael
Faraday (1791-1867)
Transiente – Também chamado de surto, é um pico de tensão, transitório, geralmente com duração da ordem de uns
microsegundos. Ou seja, é uma elevação abrupta de tensão muito rápida, que pode ter origem interna ou externa. Interna, quando
equipamentos de grande porte, como condicionadores e compressores de ar, motores potentes etc. são desligados: a energia
sobressalente é distribuída na rede elétrica, formando um surto transitório, danoso aos equipamentos eletro-eletrônicos. Externa,
ainda mais danosa, por ter sua origem relacionadas a raios descarregados nas proximidades dos equipamentos eletro-eletrônicos,
com duração de alguns microsegundos; pode ocorrer também no restabelecimento da energia elétrica após uma interrupção do
fornecimento.
Filtro de linha – Tem a função de filtrar da rede elétrica “ruídos” que poderiam ser prejudiciais a equipamentos eletro-eletrônicos
sensíveis, como os microcomputadores. Não tem capacidade para proteger os equipamentos contra descargas atmosféricas ou
mesmo para estabilizar o fornecimento de energia.
Estabilizador – Equipamento destinado a alimentar os equipamentos eletro-eletrônicos a ele acoplados com energia elétrica
estabilizada na voltagem requerida (geralmente 127 ou 220 volts). Pode ter acessoriamente funções de transformador e filtro de
linha, mas o equipamento em si não se destina a proteger contra falta de energia e transientes.
No-break – Equipamento destinado a suprir a alimentação elétrica dos equipamentos a ele acoplados, quando é interrompido o
fornecimento pela concessionária de energia elétrica, evitando a paralisação da atividade realizada nos aparelhos a ele acoplados.
Para isso, o no-break (em inglês, "sem parada") utiliza baterias de 12 volts de corrente contínua que são transformados em 127 ou
220 volts de corrente alternada. O tempo de funcionamento do no-break durante a falta de energia da rede elétrica dependerá da
potência das baterias. O short-break é um tipo de no-break que mantém o fornecimento elétrico por uns poucos minutos (tempo
suficiente apenas para se fazer o correto encerramento dos programas em uso num computador e o seu desligamento normal).
Acumulador elétrico – Dispositivo que transforma a energia química em energia elétrica e vice-versa (as pilhas elétricas não
permitem essa reversão de energia elétrica para química), podendo assim acumular energia elétrica, as baterias são acumuladores
elétricos.
Capacitor – Condensador. Dispositivo que consegue armazenar uma carga elétrica num espaço bastante reduzido. Normalmente,
são placas ou folhas condutoras separadas por camadas finas de um dielétrico (ar, papel parafinado ou mica), sendo as placas em
lados opostos das camadas dielétricas carregadas de eletricidade de sinais contrários, por uma fonte de voltagem. A energia do
sistema carregado é armazenada no dielétrico polarizado, com a capacitância proporcional à área e à constante dielétrica da
camada dielétrica, e inversamente proporcional à sua espessura.
Indução elétrica – Um corpo carregado com certa carga elétrica, próximo a outro corpo, induz (provoca) o aparecimento, nesse
outro corpo, de uma carga igual e de sinal contrário (positivo x negativo).
Ionização – Aceleração de elétrons que resulta na produção de fluido condutor. Decomposição de uma substância em solução em
seus íons constituintes. Íon é uma partícula com carga elétrica positiva ou negativa, do tamanho de um átomo ou molécula, que
resulta da perda ou ganho de um ou mais elétrons por um átomo ou molécula, ou da dissociação eletrolítica de moléculas em
soluções em razão da variação de temperatura. ( O desprendimento de elétrons requer a adução de energia, quer por radiação ou
por choque, quer por altas temperaturas).
Dielétrico – Substância que não conduz corrente elétrica: transmite efeitos elétricos por indução, mas não por condução.
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