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Interbio v.8 n.1 2014 - ISSN 1981-3775
AVALIAÇÃO RÁPIDA DA DIVERSIDADE DE HABITATS EM UM AMBIENTE
LÓTICO
RAPID ASSESSMENT OF HABITAT DIVERSITY IN A LOTIC ENVIRONMENT
CARVALHO, Emerson Machado1; BENTOS, Adriel Barboza2; PEREIRA, Nathaskia Silva3
Resumo
As atividades antrópicas causam degradação dos recursos hídricos e com isso propiciam uma ruptura na sinergia
ambiental. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar os parâmetros visuais, físicos e químicos no gradiente
longitudinal do riacho 2 de Junho (Glória de Dourados-MS) e analisar as alterações de origem antrópica
ocasionadas pela agricultura, pecuária e urbanização. Para o levantamento dos dados foi utilizado um protocolo
de avaliação rápida da diversidade de habitats (PAR) e equipamentos portáteis para os parâmetros físicos e
químicos. A média dos oito trechos analisados apresentou 39 ± 13,1 pontos e significa que o riacho encontra-se
“impactado”. A elevada variância observada deve-se a três trechos que apresentaram características de ambiente
“alterado” (40-43 pontos) e um trecho “natural” (67 pontos). Os parâmetros físicos e químicos que indicaram
degradação foram: condutividade elétrica da água com 84-205 µs nos trechos alterados/impactados e 67µs no
trecho natural; luminosidade, onde somente o trecho natural apresentou mata ciliar que filtrou até 95% da
incidência luminosa; oxigênio dissolvido que apresentou 4,0-6,4 mg.L-1, ou seja, os valores encontram-se no
limite para a sobrevivência da fauna aquática. Os valores de pH e de temperatura da água não indicaram
degradação no ambiente. Assim os resultados do PAR e dos parâmetros físicos e químicos constituem uma
eficiente ferramenta para avaliar a degradação em ambientes lóticos.
Palavras–chave: Avaliação de Impacto Ambiental, gestão de recursos hídricos, indicadores ambientais,
parâmetros ambientais.
Abstract
Human activities cause degradation of water resources and therefore provide a break in the environmental
synergy. The objective of this study was to evaluate the visual, physical and chemical parameters in the
longitudinal gradient of the 2 de Junho stream (Gloria de Dourados-MS) and analyze the anthropogenic changes
caused by agriculture and urbanization. For the data collection protocol for rapid assessment of habitat diversity
(PAR) and portable for physical and chemical parameters equipment was used. The means of the eight sites
analyzed showed 39 ± 13.1 points and means that the stream is "impacted". The high observed variance is due to
three sites that were characteristic of the environment "changed" (40-43 points) and a site "natural" (67 points).
The physical and chemical parameters that were indicated degradation: conductivity of the water presented 84205 µs in changed and impacted sites and 67 μs in the natural site. Riparian vegetation was observed only in the
natural site that filtered up to 95% of the light incidence. Dissolved oxygen showed 4.0 to 6.4 mg L-1 which
means that the values are within the limits for the survival of aquatic fauna. The pH and temperature of the water
showed no degradation in the environment. Thus the results of the PAR and the physical and chemical
parameters are an efficient tool to evaluate the degradation in lotic environments.
Keywords: Environmental Impact Assessment, environmental indicators, environmental parameters, water
resources.
1
Docente da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Dourados - MS.
Mestrando em Agroecologia e Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São
Carlos – SP.
3
Mestranda em Biologia Geral/Bioprospecção pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD),
Dourados – MS.
2
CARVALHO, Emerson Machado; BENTOS, Adriel Barboza; PEREIRA, Nathaskia Silva
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Introdução
Desde sua existência, o homem
mantém diversas relações de interação com
o ambiente à sua volta, modificando-o à sua
maneira e transformando-o de acordo com
suas necessidades. Atividades como
agricultura, pecuária e urbanização são
algumas das principais causadoras da
problemática ambiental, por necessitarem de
imediato o espaço físico e gerarem resíduos
que muitas vezes são despejados nos corpos
hídricos.
Diante do crescimento constante das
demandas urbana, agrícola e industrial é
possível perceber que o uso descontrolado
dos ambientes aquáticos tem provocado a
aceleração de processos de degradação dos
sistemas lóticos e de sua qualidade
ambiental (GORGOSINHO et al., 2004). Os
resultados dessas ações são facilmente
perceptíveis ao longo de toda a biosfera
terrestre. Rios e riachos, também conhecidos
como ambientes lóticos são ecossistemas
que vêm sofrendo intervenções ambientais e
alterações em sua paisagem decorrentes de
ações antrópicas, principalmente por causa
dos processos de urbanização e atividades
agropecuárias.
Numa visão mais ampla, a ocupação
das bacias hidrográficas e o consequente uso
dos recursos hídricos modificam as
características físicas, químicas e biológicas
dos corpos d’água e das margens ao longo
de seus cursos. Os riachos integram tudo o
que acontece nas áreas de entorno e isto
significa que eles estão intimamente
conectados
ao
ambiente
terrestre
(CALLISTO et al., 2001), sendo poucos os
que mantêm preservadas e íntegras suas
condições naturais (ALLAN, 1995). Assim,
os múltiplos impactos antrópicos sobre os
ecossistemas
aquáticos
têm
sido
responsáveis pela deterioração da qualidade
ambiental
de
bacias
hidrográficas
importantes para o território brasileiro
(CALLISTO et al., 2002, MINATTIFERREIRA; BEAUMORD, 2006).
Os agentes estressores desses
ecossistemas são de natureza e intensidade
variada e tem papel relevante na destruição
e
degradação
dos
habitats.
Esta
interferência, que se dá em diversos níveis,
age de diferentes maneiras sobre os
componentes do meio biótico e abiótico.
Assim, torna-se urgente o desenvolvimento
de métodos que auxiliem na conservação da
biodiversidade aquática, na compreensão de
padrões globais que determinam a qualidade
desses sistemas e, consequentemente, a
busca
pela
sustentabilidade
entre
desenvolvimento econômico e preservação
ambiental (RODRIGUES et al., 2010).
Há uma grande demanda por
métodos de avaliação dos ambientes lóticos
que sejam eficientes no diagnóstico
ambiental, objetivos na sua interpretação e
de baixo custo, porém, sem perder a
qualidade da informação. Os métodos
utilizados nesses diagnósticos devem ser
reaplicáveis, ou seja, amplos e padronizados
o suficiente para serem aplicados em outras
situações e/ou ambientes. Dessa forma, a
coleção de informações geradas deverá ser
útil para a tomada de decisão na gestão dos
recursos hídricos (MINATTI-FERREIRA;
BEAUMORD, 2004).
Protocolos para avaliação rápida da
integridade ambiental de rios e riachos são
amplamente
utilizados
atualmente,
permitindo a obtenção de dados em curto
prazo
e
com
custos
reduzidos
(CORGOSINHO
et
al.,
2004,
RODRIGUES; CASTRO, 2008, KRUPEK,
2010). Para uma caracterização rápida de
bacias hidrográficas, Callisto et al. (2002)
propôs a aplicação de um protocolo de
avaliação rápida da diversidade de habitats,
utilizando como instrumento uma avaliação
visual que possibilita caracterização in situ
da qualidade física global do habitat nos
segmentos fluviais. Além disso, ao contrário
dos métodos de monitoramento de qualidade
da água tradicionais, nos quais os valores
dos parâmetros físico-químicos são obtidos
através de equipamentos, muitas vezes
sofisticados e de alto custo, na aplicação do
protocolo não existe um aparelho que
forneça uma pontuação para o atributo
avaliado (RODRIGUES; CASTRO, 2008).
CARVALHO, Emerson Machado; BENTOS, Adriel Barboza; PEREIRA, Nathaskia Silva
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Diante do exposto, o objetivo desta
pesquisa foi avaliar a degradação antrópica
de um riacho com o auxílio de um protocolo
de avaliação rápida da diversidade de
habitats (PAR) e, complementarmente, com
o levantamento dos parâmetros físicos e
químicos da água.
Material e Métodos
localizado no município de Glória de
Dourados, sul da região Centro-Oeste do
Brasil e no Sudoeste de Mato Grosso do Sul
(Microrregião de Iguatemi), coordenadas
latitude 22º 25’ 03” S e longitude 54º 13'
57" W-GR. Os trechos ou pontos de
amostragem foram selecionado ao longo de
aproximadamente 15 km de extensão do
riacho e a distância entre os pontos foi de 12 km (Figura 1; Tabela 1).
O estudo foi realizado em oito
pontos de amostragem do riacho 2 de Junho,
Figura 1 – Imagem do riacho 2 de Junho na cidade de Glória de Dourados, MS (imagem
Google EarthTM serviço de mapa) destacando os pontos de amostragem dos parâmetros físicos
e quimicos e do PAR.
Tabela 1 - Coordenadas dos pontos de amostragem (PA) e principal ocupação do entorno.
PA
Coordenadas
Uso e ocupação
1
22°24'54,14"S 54°14'54,37"O
Campos de pastagem
2
22°24'59,91"S 54°14'44,56"O
Campos de pastagem
Vegetação ripária
3
22°25'2,10"S 54°14'32,62"O
4
22°25'4,36"S 54°14'19,96"O
Vegetação descomposta
5
22°25'10,49"S 54°14'10,02"O
Pastagem/residências
Represamento
6
22°25'14,41"S 54°14'2,76"O
7
22°25'17,92"S 54°13'45,64"O
Residências
8
22°25'20,89"S 54°13'15,82"O
Vegetação descomposta
A análise dos parâmetros visuais foi
realizada utilizando-se um Protocolo de
Avaliação Rápida da Diversidade de
Habitats (Quadro 1 e 2). Este protocolo foi
desenvolvido por Callisto et al. (2002),
adaptado dos protocolos propostos pela
CARVALHO, Emerson Machado; BENTOS, Adriel Barboza; PEREIRA, Nathaskia Silva
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Agência de Proteção Ambiental de Ohio,
EUA (EPA, 1987) e Hannaford et al.
(1997). A proposta de Callisto et al. (2002)
baseia-se na quantificação de 22 parâmetros;
os 10 primeiros parâmetros procuram
avaliar as características dos trechos e os
impactos ambientais decorrentes de
atividades antrópicas (Quadro 1); os
parâmetros de 11 a 22 foram adaptados do
protocolo utilizado por Hannaford et al.
(1997) e buscam avaliar as condições de
habitat e níveis de conservação das
condições naturais (Quadro 2). A pontuação
para cada parâmetro é atribuída através da
observação das condições do habitat. No
entanto, para permitir avaliar as pontuações
de cada um dos 22 parâmetros do protocolo
foi adotado, para a presente pesquisa, o
critério de ponto crítico, onde os valores
iguais ou inferiores a 50% da pontuação
foram considerados impactados e/ou
alterados. Assim, os valores ≤ que 2 do
Quadro 1 e os valores ≤ que 2,5 do Quadro
2 foram classificados como “pontos
críticos”.
Quadro 1 - Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats modificado do
protocolo da Agencia de Proteção Ambiental da cidade de Ohio EUA por Callisto et al.
(2002).
Parâmetros
4 pontos
1. Tipo de ocupação das
margens do corpo d’água
(principal atividade)
2. Erosão próxima e ou nas
margens do rio e assoreamento
do seu leito
3. Alterações antrópicas
4. Cobertura vegetal no leito
5. Odor da água
6. Oleosidade da água
7. Transparência da água
8. Odor do sedimento (fundo)
9. Oleosidade de fundo
10. Tipo de fundo
Vegetação
natural
Pontuação
2 pontos
Campo de pastagem/
Agricultura/
Monocultura/
Reflorestamento
0 pontos
Residencial/ Comercial/
Industrial
Ausente
Moderada
Acentuada
Ausente
Alterações de origem
doméstica (esgoto, lixo)
Parcial
Total
Alteração de origem
industrial/ urbana (fábricas,
siderurgias, canalização do
curso do rio)
Ausente
Nenhum
Ausente
Transparente
Esgoto (ovo podre)
Moderado
Turva (cor de chá forte)
Óleo/ Industrial
Abundante
Opaca ou colorida
Nenhum
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
Ausente
Pedras/ cascalho
Moderado
Lama/ areia
Abundante
Cimento/ canalizado
Soma
A somatória das notas atribuídas
para cada parâmetro fornece a pontuação
final do protocolo para cada local. Os
valores finais extremos da pontuação do
protocolo podem variar de zero (avançado
estado de degradação) a 100 (condições
prístinas ou sem degradação). A pontuação
final aponta as condições de preservação das
condições ecológicas do riacho no trecho em
foco. Callisto et al. (2002), define três níveis
de preservação: 0 a 40 pontos indicam
trechos impactados, 41 a 60 pontos trechos
alterados e superior a 61 pontos trechos
naturais.
Juntamente com o PAR, foram
retiradas cinco amostras de água de cada
ponto do riacho e mensurados os parâmetros
físicos e químicos como: potencial
hidrogeniônico (pH), temperatura (ºC),
oxigênio dissolvido (mg/L) e condutividade
elétrica da água (μS.cm-1). A luminosidade
(LUX) foi obtida através de medidas
próximas à superfície d’água e em local
contíguo aberto, ou seja, com 100% de
CARVALHO, Emerson Machado; BENTOS, Adriel Barboza; PEREIRA, Nathaskia Silva
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incidência luminosa, para mensurar o
percentual de filtragem dessa incidência
luminosa, através de uma regra de três
simples. Todos os parâmetros foram
mensurados através de equipamentos
portáteis à campo.
A coleta dos dados foi realizada em
julho de 2013 e o protocolo aplicado por
quatro acadêmicos voluntários previamente
treinados.
Para avaliar a diferença na pontuação
do protocolo (PAR) entre os pontos de
amostragem foi aplicada uma análise de
variância simples (One-Way ANOVA),
seguida de uma análise post-hoc de Tukey,
significativas em 5% de probabilidade (α =
0,05). Para verificar se existe correlação
entre os valores do protocolo e dos
parâmetros físicos e químicos foi utilizado o
teste de Spearman (α = 0,05). O programa
utilizado para as análises dos dados foi o
Estatística 7.0 (Statisoft Inc, Tulsa, OK,
USA). Os valores obtidos no protocolo
foram transformados em Arcsen, segundo
Zar (1999).
Quadro 2 - Protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats modificado de
Hannaford et al. (1997) por Callisto et al. (2002).
Parâmetros
11Tipos de
fundo
12Extensão de
rápidos
13Frequências
de rápidos
14Tipos de
substrato
5 pontos
Mais de 50% com
habitats
diversificados
(pedaços de
troncos,
submersos,
cascalhos e
estáveis).
Rápidos e
corredeiras bem
desenvolvidos;
remansos tão
largos quanto o
rio e com o
comprimento
igual ao dobro da
largura do rio.
Rápidos
relativamente
frequentes;
distâncias entre
remansos dividida
pela largura do rio
entre 5 e 7.
Seixos abundantes
(principalmente
em nascentes de
rios).
Pontuação
3 pontos
2 pontos
30 a 50 % de habitats 10 a 30 % de habitats
diversificados;
diversificados;
habitats adequados
disponibilidade de
para a manutenção
habitats insuficiente,
das populações de
substratos
organismos
frequentemente
aquáticos.
modificados.
Rápidos com a
largura igual à do rio,
mas com
comprimento menos
do que o dobro da
largura do rio.
Trechos rápidos
podem estar ausentes;
rápidos não tão largos
quanto o rio e seu
comprimento menos
que os dobro da
largura do rio.
Rápidos não
frequentes; distâncias
entre remansos
dividida pela largura
do rio entre 7 e 15.
Rápidos ou
corredeiras
ocasionais; habitats
formados pelos
contornos do fundo;
distância entre
remansos dividida
pela largura do rio
entre 15 e 25.
Fundo formado
predominantemente
por cascalho; alguns
seixos
Seixos abundantes;
cascalho comum.
0 ponto
Menos que 10 % de
habitats
diversificados;
ausência de habitats
óbvia; substrato
rochoso instável para
fixação dos
organismos.
Rápidos ou
corredeiras
inexistentes.
Geralmente com
lâmina d’água ‘lisa’
ou com rápidos rasos,
pobreza de habitats;
distância entre
rápidos dividida pela
largura do rio > 25.
Fundo pedregoso;
seixos ou lamoso.
Quadro 2 - Protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats modificado de
Hannaford et al. (1997) por Callisto et al. (2002). Continuação
CARVALHO, Emerson Machado; BENTOS, Adriel Barboza; PEREIRA, Nathaskia Silva
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Interbio v.8 n.1 2014 - ISSN 1981-3775
Parâmetros
15Deposição de
lama
5 pontos
Entre 0 e 25 % do
fundo coberto por
lama (silte e argila).
16Depósitos
sedimentares
Menos de 5 % do
fundo com
deposição de lama;
ausência de
deposição nos
remansos.
Provavelmente, a
correnteza arrasta
tudo o material fino.
17-Alterações
no canal do rio
Canalização
(retificação) ou
dragagem ausente
ou mínima; rio com
padrão normal.
18Características do fluxo
das águas
Fluxo relativamente
igual em toda a
largura do rio;
mínima quantidade
de substrato
exposta.
Acima de 90 % com
vegetação ripária
nativa, incluindo
árvores, arbustos ou
macrófitas, mínima
evidência de
desflorestamento;
todas as plantas
atingindo a altura
‘normal’.
19Presença de
vegetação
ripária.
20Estabilidade
das margens.
Margens estáveis;
evidência de erosão
mínima ou ausente;
pequeno potencial
para problemas
futuros. Menos de 5
% da margem
afetada.
Pontuação
3 pontos
2 pontos
Entre 25 e 50 % do Entre 50 e 75 % do
fundo coberto por
fundo coberto por
lama.
lama
Alguma evidência
de modificação no
fundo,
principalmente
aumento de
cascalho, areia ou
lama; 5 a 30 % do
fundo afetado,
suave deposição
nos remansos.
Alguma
canalização
presente,
normalmente
próximo à
construção de
pontes; evidência
de modificação há
mais de 20 anos.
Lâmina d’água
acima de 75 % do
canal do rio; ou
menos de 25 % do
substrato exposto.
Entre 70 e 90 %
com vegetação
ripária nativa;
desflorestamento
evidente mas não
afetando o
desenvolvimento
da vegetação;
maioria das plantas
atingindo a altura
‘normal’.
Moderadamente
estáveis; pequenas
áreas de erosão
frequentes. Entre 5
e 30 % da margem
com erosão.
0 ponto
Mais de 75 % do
fundo coberto por
lama.
Deposição
moderada de
cascalho novo, areia
ou lama nas
margens; entre 30 e
50 % do fundo
afetado; deposição
moderada nos
remansos.
Grandes depósitos de
lama, margens
assoreadas; mais de
50 % do fundo
modificado;
remansos ausentes
devido à significativa
deposição de
sedimentos.
Alguma
modificação
presente nas duas
margens; 40 a 80 %
do rio modificado.
Margens cimentadas;
acima de 80 % do rio
modificado.
Lâmina d’água
entre 25 e 75 % do
canal do rio, e/ou
maior parte do
substrato nos
rápidos exposto.
Entre 50 e 70 %
com vegetação
ripária nativa,
desflorestamento
óbvio; trechos com
solo exposto ou
vegetação
eliminada; menos
da metade das
plantas atingindo a
altura ‘normal’.
Moderadamente
instável; entre 30 e
60 % da margem
com erosão. Risco
elevado de erosão
durante enchentes.
Lâmina d’água
escassa e presente
apenas nos remansos.
Menos de 50 % da
vegetação ripária
nativa;
desflorestamento
muito acentuado.
Instável; muitas áreas
com erosão,
frequentes áreas
descobertas nas
curvas do rio; erosão
óbvia entre 60 e 100
% da margem.
Quadro 2 - Protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats modificado de
Hannaford et al. (1997) por Callisto et al. (2002). Continuação
CARVALHO, Emerson Machado; BENTOS, Adriel Barboza; PEREIRA, Nathaskia Silva
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Parâmetros
21Extensão da
vegetação
ripária.
22Presença de
plantas
aquáticas
5 pontos
Largura da
vegetação ripária
maior que 18 m;
sem influência de
atividades
antrópicas
(agropecuária,
estradas, etc).
Pequenas
macrófitas
aquáticas e/ou
musgos distribuídos
pelo leito
Pontuação
3 pontos
2 pontos
Largura da
Largura da
vegetação ripária
vegetação ripária
entre 12 e 18 m;
entre 6 e 12 m,;
mínima influência influência antrópica
antrópica.
intensa.
Macrófitas
aquáticas ou algas
filamentosas ou
musgos
distribuídos no
rio, substrato com
perifíton
Resultado e Discussão
A extensão analisada do riacho 2 de
Junho compreende, de montante à jusante,
um trecho de aproximadamente 20 km em
áreas periféricas ao perímetro urbano
(Figura 1), onde as principais ocupações são
Algas filamentosas
ou macrófitas em
poucas pedras ou
alguns remansos,
perifíton
abundantes e
biofilme.
0 ponto
Largura da vegetação
ripária menor que 6 m;
vegetação restrita ou
ausente devido à
atividade antrópica
Ausência de vegetação
aquática no leito do rio
ou grandes bancos de
macrófitas
campos
de
pastagem,
vegetação
descomposta (campos abandonados) e
algumas residências; no ponto médio do
riacho, área que cruza o perímetro urbano,
foi construída uma barragem que
corresponde à aproximadamente 20 m2 de
área alagada (Tabela 1).
Figura 2 - Valores hipotéticos (a) de um riacho com classificação “natural” e valores reais (b)
do riacho 2 de Julho, segundo o PAR (média dos oito pontos de amostragem).
A aplicação do PAR no riacho 2 de
Junho resultou no valor final de 39 pontos,
classificando-o em “impactado” (Figura 2b).
Em
comparação
com
os
valores
considerados ideais para um ambiente lótico
em excelente conservação (Figura 2a), o
riacho encontra-se bem abaixo das
CARVALHO, Emerson Machado; BENTOS, Adriel Barboza; PEREIRA, Nathaskia Silva
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qualidades observadas e utilizadas na
avaliação do protocolo.
Entre as características intrínsecas
que classificaram o riacho em um ambiente
impactado, somente os valores que
representam os parâmetros cinco a dez
foram identificados fora do ponto crítico
(Figura 2b). Estes parâmetros estão
relacionados ao odor, oleosidade e
transparência da água, e ao odor, oleosidade
e tipo do substrato do leito (Quadro 1). Com
isso, é possível constatar que a degradação
ao longo do riacho avaliado está
visualmente relacionada às características
morfométricas no uso e ocupação da área. À
medida que as transformações decorrentes
da ocupação do homem vão se
consolidando, paralelamente crescem os
impactos ambientais, sobretudo em função
do uso e manejo do solo e da falta de
planejamento em áreas de preservação,
gerando uma nova configuração espacial
urbana.
Figura 3 – Média ± desvio padrão (n = 4) do Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade
de Hábitat em cada ponto de amostragem do riacho 2 de Junho.
Ponto 1: 42 ± 9,8
Ponto 2: 43 ± 2,2
1
225,0
21
2
225,0
3
4,0
20
21
4
3,0
19
20
5
2,0
1,0
18
19
6
7
16
8
15
14
21
4
20
5
1,0
19
8
14
225,0
2
21
3
14
20
6
18
7
17
4
20
8
15
9
14
10
13
11
12
9
14
5
1,0
19
6
18
7
17
16
8
15
9
14
10
11
12
Na Figura 3 é possível observar cada
ponto amostrado e, no entanto, inferir sobre
a influência do uso e ocupação do homem
ao longo do contínuo do riacho analisado.
Os pontos 4, 5, 6 e 7 apresentaram as
menores pontuações e foram classificados
em impactados. Nestes trechos foram
observadas
principalmente
vegetação
descomposta, pastagem, residências e
represamento. Nos trechos 1, 2 e 8 foram
observadas no entorno áreas ocupadas por
pastagem e campos abandonados, sendo
classificados em alterado. No estudo de
Callisto et al. (2002), os trechos
11
12
Ponto 8: 41 ± 4,6
1
2
224,0
3
4,0
2
21
4
20
5
2,0
1,0
18
7
17
4
2,0
19
6
3
3,0
5
1,0
0,0
13
10
13
3,0
0,0
16
8
15
Ponto 7: 27 ± 2,2
2,0
0,0
17
16
11
225,0
3,0
19
7
1
4,0
6
17
12
21
5
1,0
10
13
3
4
2,0
18
9
2
3
0,0
8
10
2
4,0
3,0
19
6
15
1
1,0
5
7
11
1
5
20
1,0
Ponto 6: 25 ± 3,9
Ponto 5: 34 ± 8,5
2,0
4
2,0
12
4
21
16
9
13
3,0
3
4,0
0,0
15
11
4,0
225,0
3,0
6 18
16
12
225,0
1
2
7 17
10
13
18
3
4,0
17
9
19
225,0
0,0
17
20
2
2,0
18
Ponto 4: 35 ± 4,1
1
3,0
0,0
21
Ponto 3: 68 ± 8,3
1
6
0,0
16
8
15
9
14
10
13
11
7
16
8
15
9
14
10
13
12
11
12
classificados
em
alterados
também
apresentam intensa pressão de atividades
antrópicas, como criação de gado e
lançamentos pontuais de esgotos domésticos
in natura. Já nos trechos impactados os
autores observaram que a qualidade
ambiental estava seriamente comprometida,
devido à atividades de monocultura,
mineração e lançamento de esgotos
domésticos e industriais.
Apesar de não ter sido observado
atividades industriais e de mineração nos
trechos impactados do presente estudo, os
campos destinados à pastagem do gado, os
CARVALHO, Emerson Machado; BENTOS, Adriel Barboza; PEREIRA, Nathaskia Silva
53
Interbio v.8 n.1 2014 - ISSN 1981-3775
campos abandonados e os lançamentos de
esgoto in natura pelas residências
exerceram uma forte pressão no ambiente.
Com isso, semelhante às observações de
Callisto et al. (2002), os trechos impactados
também
foram
caracterizados
por
apresentarem intenso desflorestamento,
erosão nas margem e consequente
assoreamento do leito do riacho.
Por outro lado, o ponto 3 foi o único
trecho que apresentou pontuações, mesmo
que mínimas, para ser classificado em
natural. Uma das características deste trecho
que, consequentemente, contribuíram para
manutenção e conservação das qualidades
locais foi a integridade da vegetação ripária.
A análise de variância (One-Way ANOVA:
F7,168 = 6,20 e p < 0,001), seguida do teste
de Tukey (Tabela 2) também demonstrou
existir diferença significativa deste ponto
para os demais.
Tabela 2 – Resultado do teste de Tukey (comparações múltiplas) aplicado aos oito pontos de
amostragem do riacho 2 de Junho. *Valores significativos em 5% de probabilidade (p < 0,05).
Pontos
1
2
3
4
5
6
7
2
1,000
3
0,017 *
0,029 *
4
0,984
0,959
0,001 *
5
0,965
0,926
<0,001 *
1,000
6
0,287
0,205
<0,001 *
0,864
0,915
7
0,477
0,364
<0,001 *
0,959
0,980
0,999
8
1,000
0,999
0,009 *
0,995
0,987
0,384
0,586
Apesar do ponto 3 ter sido o único a
apresentar características naturais, ele está
localizado em um trecho médio do riacho,
formando assim uma “ilha de preservação”.
Rodrigues et al. (2008) faz uma crítica para
as tais “ilhas de preservação” ao discutir
sobre uma Unidade de Conservação.
Segundo os autores estes trechos não podem
estar isolados do seu contexto regional e
nacional, fazendo-se necessário objetivar o
gerenciamento em visão integrada que
busque a consorciação do desenvolvimento
com alternativas econômicas e sociais. Com
isso, será possível manter os trechos
avaliados preservados e reestabelecer as
condições naturais dos demais.
Embora protocolos baseados em
qualificações visuais sejam ferramentas de
simples aplicação, possibilitando uma
caracterização imediata do ambiente lótico,
devem ter sua aplicação sempre vinculada a
outros
estudos
concomitantes
(CORGOSINHO et al., 2004). Na presente
pesquisa, os parâmetros físicos e químicos
forneceram resultados complementares de
grande importância para fomentar os dados
do protocolo. Entre os parâmetros físicos e
químicos analisados (Tabela 3), o potencial
hidrogeniônico, a condutividade elétrica, o
oxigênio dissolvido na água e a
luminosidade
foram
indicadores
de
possíveis poluentes na água e degradação da
mata ciliar, corroborando com o resultado
do protocolo.
O oxigênio dissolvido na água, por
exemplo, ficou abaixo dos valores
regulamentado pela resolução nº 357 do
CONAMA (BRASIL, 2005), ou seja, foi
menor do que 5,0 mg/L. Estes valores são
decorrentes do resultado direto ou indireto
do processo de decomposição de despejos
orgânicos. Os valores baixos de pH,
juntamente com os valores elevados de
condutividade também são indicativos da
decomposição e entrada de compostos
orgânicos e inorgânicos
(SPERLING,
2005). Já o valor elevado de luminosidade
foi um indicativo da degradação da mata
nativa, onde, com exceção do ponto 3, todos
os trechos amostrados apresentaram 100%
de incidência luminosa na superfície da
água.
CARVALHO, Emerson Machado; BENTOS, Adriel Barboza; PEREIRA, Nathaskia Silva
54
Interbio v.8 n.1 2014 - ISSN 1981-3775
Tabela 3. Pontos de amostragem (PA) dos parâmetros físicos e químicos (média ± desvio
padrão; N = 5) da água: potencial hidrogeniônico (pH), temperatura (ºC), condutividade
elétrica (µs), oxigênio dissolvido (mg/L) e percentual de incidência luminosa (%LUX).
0C
PA
pH
µs
mg/L
%LUX
1
4,6 ± 0,18
21,7 ± 0,2
163 ± 20,9
5,8 ± 0,6
100
2
4,7 ± 0,04
19,7 ± 0,1
100 ± 1,5
6,2 ± 0,2
100
3
5,7 ± 0,62
19,8 ± 0,6
67 ± 10,4
5,4 ± 0,3
5
4
5,0 ± 0,41
22,0 ± 1,1
84 ± 22,4
5,5 ± 1,0
100
5
6,1 ± 0,03
21,2 ± 0,2
97 ± 8,0
6,4 ± 0,6
100
6
6,5 ± 0,17
21,0 ± 0,7
205 ± 26,6
4,0 ± 1,3
100
7
6,4 ± 0,10
21,0 ± 0,4
118 ± 11,5
5,2 ± 0,1
100
8
6,5 ± 0,16
20,8 ± 0,3
136 ± 15,2
4,5 ± 0,5
100
88
Média 5,7 ± 0,21
20,9 ± 0,4
121 ± 14,6
5,4 ± 0,6
Em suma, rios do cerrado tendem a
apresentar
baixa
condutividade,
concentrações elevadas de oxigênio
dissolvido, pH ligeiramente ácido e mata
ciliar (TUNDISI; TUNDISI, 2008). No
entanto, os padrões observados no riacho 2
de Junho não atendem a estas premissas.
Apesar dos valores físicos e
químicos corroborarem os valores do
protocolo, não foi observado correlação
significativa entre eles; somente entre
oxigênio dissolvido e pH foi observado
elevada correlação significativa (Tabela 4).
Apesar disso, o protocolo apresentou baixa
correlação negativa com o pH, temperatura,
condutividade e luminosidade e baixa
correlação positiva com oxigênio dissolvido.
Isso confirma os elevados valores de
condutividade e luminosidade associados à
baixa qualidade do ambiente apresentada no
protocolo. Da mesma forma, os valores
deplecionados de oxigênio dissolvido que
também estavam associados à baixa
qualidade ambiental.
Tabela 4 – Análise de Correlação (R = Teste de Spearman) entre os resultados do PAR e o
potencial hidrogeniônico (pH), temperatura (ºC), condutividade elétrica (µs), oxigênio
dissolvido (mg/L) e percentual de incidência luminosa (%LUX). *Valor significativo em 5%
de probabilidade.
PAR
pH
ºC
µs
mg/L
-0,623
pH
-0,443
-0,187
ºC
-0,452
0,311
0,084
µs
0,381
-0,731*
0,168
-0,452
mg/L
-0,577
0,083
0,415
0,577
0,082
%LUX
As pontuações do protocolo, bem
como, a maioria dos parâmetros avaliados,
indicaram para o riacho áreas alteradas e
impactadas pelas ações antrópicas. Direta ou
indiretamente a interferência antrópica sobre
este ecossistema foi imposta pelas
habitações, esgotos e deposição residual de
lixo doméstico (área urbana), junto com as
atividades agrícolas que contribuem para
formação
de
grandes
campos
de
monocultura e pastagem, além da criação de
gado, acelerando assim, os processos de
assoreamento do riacho (área rural).
Conclusão
As interferências antrópicas sobre o
riacho 2 de Junho têm atuado como os
principais agentes de descaracterização da
paisagem natural. Tais interferências foram
CARVALHO, Emerson Machado; BENTOS, Adriel Barboza; PEREIRA, Nathaskia Silva
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Interbio v.8 n.1 2014 - ISSN 1981-3775
responsáveis por uma baixa qualidade física
e química da água e, principalmente na
deterioração
das
características
morfométricas do riacho, como erosão das
margens, desflorestamento, assoreamento do
leito, entre outros.
O protocolo de avaliação rápida da
diversidade de habitats, juntamente com os
parâmetros físicos e químicos da água,
mostrou ser um eficiente método de
avaliação ambiental, com baixo custo, fácil
entendimento e simples aplicação. Através
da integração destas metodologias foi
possível apontar vários fatores que
indicaram impactos ambientais negativos no
ambiente decorrentes dos processos de
urbanização e dos avanços das fronteiras
agrícolas. Diante destes resultados torna-se
mais eficiente a implantação de programas
de monitoramente, manejo e conservação
dos recursos hídricos.
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