UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO DE BIOLOGIA – BACHARELADO EM BIOLOGIA ÊNFASE EM BIOPATOLOGIA GRÃOS DE PÓLEN ALERGÓGENOS NO MÊS DE SETEMBRO, CANOAS, RS SABRINA CASTELO BRANCO FUCHS CANOAS, DEZEMBRO DE 2007. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO DE BIOLOGIA – BACHARELADO EM BIOLOGIA ÊNFASE EM BIOPATOLOGIA GRÃOS DE PÓLEN ALERGÓGENOS NO MÊS DE SETEMBRO, CANOAS, RS Projeto de Pesquisa em cumprimento ao disposto para realização da Disciplina de Estágio em Biopatologia Sabrina Castelo Branco Fuchs Soraia Girardi Bauermann (Orientadora) Ítalo Abrantes Sampaio (Coordenador do TCC I) ULBRA “ ...Viver e não ter a vergonha de ser feliz, Cantar, cantar e cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz...” Gonzaguinha SUMÁRIO RELAÇÃO DAS TABELAS....................................................................................... v RELAÇÃO DAS FIGURAS........................................................................................ vi AGRADECIMENTOS................................................................................................ vii RESUMO.................................................................................................................. viii ABSTRACT............................................................................................................... ix 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 01 2. OBJETIVOS.......................................................................................................... 04 3. SINTOMATOLOGIA.............................................................................................. 05 4. ÁREA DE ESTUDO.............................................................................................. 08 5. MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................... 09 5.1. CONFECÇÃO DO COLETOR DE PÓLEN.................................................. 09 5.2. EXPOSIÇÃO DO COLETOR DE PÓLEN.................................................... 09 5.3. PROCESSAMENTO DAS AMOSTRAS....................................................... 10 5.4. ANÁLISE E CONTAGEM DOS GRÃOS...................................................... 10 6. METEOROLOGIA................................................................................................. 12 7. RESULTADOS...................................................................................................... 15 8. DISCUSSÃO......................................................................................................... 24 9. CONCLUSÃO....................................................................................................... 27 BIBLIOGRAFIA......................................................................................................... 28 ANEXOS................................................................................................................... 30 RELAÇÃO DE TABELAS Tabela I - Média a partir da tabela completa da Estação de observação Meteorológica da ULBRA - Setembro / 2007................................................ 12 Tabela II - Contagem semanal de pólen – 03.09.07 a 10.09.07 (semana 1) 17 Tabela III - Contagem semanal de pólen – 10.09.07 a 17.09.07 (semana 2) 18 Tabela IV - Contagem semanal de pólen –17.09.07 a 24.09.07 (semana 3) 19 Tabela V - Contagem semanal de pólen – 24.09.07 a 01.10.07 (semana 4) 20 Tabela VI - Contagem total de pólen – 03.09.07 a 01.10.07 ....................... 21 RELAÇÃO DE FIGURAS Figura 1 - Foto do Coletor artesanal........................................................................ 13 Figura 2 - Foto do mapa do Campus ...................................................................... 14 Figura 3 - Gráfico da semana 1 - principais tipos polínicos em porcentagem......... 17 Figura 4 - Gráfico da semana 2 - principais tipos polínicos em porcentagem......... 18 Figura 5 - Gráfico da semana 3 - principais tipos polínicos em porcentagem......... 19 Figura 6 - Gráfico da semana 4 - principais tipos polínicos em porcentagem......... 20 Figura 7 - Gráfico mensal com somatório dos principais tipos polínicos em porcentagem............................................................................................................. 22 Figura 8 - Gráfico do conteúdo polínico semanal..................................................... 22 Figura 9 - Foto dos grãos de pólen em microscopia óptica .................................... 23 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar à minha orientadora Profª. Drª. Soraia Girardi Baeurmann, por idealizar esse projeto e mostrar que podemos unir biopatologia com ecologia de modo harmonioso, por me fornecer toda a bibliografia necessária, por disponibilizar o uso do laboratório e material para minhas análises e pela ajuda com a elaboração do trabalho; ao Prof. Dr. Sérgio Augusto de Loreto Bordignon pela ajuda na identificação das espécies e pelas fotografias das plantas; à colega e amiga Bióloga Andreia Cardoso Pacheco Evaldt pela enorme dedicação, companheirismo e pelos ensinamentos; à todos os colegas do Laboratório de Palinologia pelo incentivo e auxílio; à Estação Meteorológica da ULBRA, à Divisão de Engenharia e Arquitetura da ULBRA; aos meus pais Edson Castelo Branco (in memorium) e Vera Maria Castelo Branco por me ensinarem que sem estudo e educação não chegamos à lugar algum; aos meus irmãos Priscila Castelo Branco e Raphael Castelo Branco pelo apoio e incentivo; à minha grande amiga Isabel Menezes pelo auxílio com o Abstract e pelo enorme carinho que sempre me trata; à todos meus amigos que sempre me apoiaram e demonstraram interesse pelo meu trabalho; e por último mas o mais especial ao meu marido Aristides Sarmento Fuchs pelo carinho, compreensão, incentivo, auxílio e patrocínio. RESUMO Grãos de Pólen alergógenos no mês de setembro, Canoas, RS Sabrina Castelo Branco Fuchs Soraia Girardi Bauermann O presente trabalho descreve coleta e análise do conteúdo polínico atmosférico no Campus da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) em Canoas, Rio Grande do Sul (Brasil), durante o mês de setembro do ano de 2007. Foi utilizado um coletor de pólen artesanal que foi exposto ao ar livre em um determinado ponto da Universidade, posteriormente as lâminas contidas no coletor foram preparadas no laboratório e analisadas através de microscopia óptica. Este estudo foi elaborado para averiguar se no Campus Canoas da ULBRA existem plantas que possam causar a polinose, ou seja, doença das vias respiratórias causada por inalação de pólen. O mês de setembro foi escolhido por ser o mês do inicio da primavera, sendo assim, há uma grande quantidade de espécies entrando no período da floração. Foram identificados 3295 grãos de pólen distribuídos em 19 tipos polínicos diferentes. Dos quais aproximadamente 2353 grãos são considerados alergógenos no mês de setembro no Campus da ULBRA - Canoas As duas primeiras semanas foram responsáveis por 25% dos grãos. A semana com maior conteúdo polínico foi a terceira com 31% e a quarta semana a menos representativa com apenas 19% do total de grãos de pólen PALAVRAS-CHAVE: Alergia, Pólen, Polinose ABSTRACT Allergogenic pollen grains in September, Canoas, RS Sabrina Castelo Branco Fuchs Soraia Girardi Bauermann The current research describes the collect and analysis of the atmospheric pollinic content at the Campus of the Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), in Canoas, Rio Grande do Sul (Brazil), during the month of September of the year 2007. It was used a homemade pollen collector which was exposed to fresh air in a definite point of the university’s campus. Lately the blades contained in the collector were prepared in laboratory and analyzed through optic microscopy. This research was elaborated to identify the pollinic flora of the Campus Canoas da ULBRA, which can causes pollinosis, in other words, respiratory lines disease due to inhalation of allergogenic pollen grains. The month of September was strategically chosen because it is the beginning of the spring, so there’s a huge quantity of species entering at the flowering period. 3133 pollen grains, distributed in 16 taxa, were identified. It was identified 3295 pollen grains distributed in 19 pollinics different types. Approximately 2353 grains of them are considered allergogenic on September in the Campus of ULBRA – Canoas. The first two weeks were responsible for 25% of the pollen grains. The week with more pollinic content was the third one with 31%; and the fourth week was the least representative with only 19% of the total pollen grains. KEY-WORDS: Allergy, Pollen, Pollinosys. Grãos de Pólen alergógenos no mês de setembro, Canoas, RS¹ Sabrina Castelo Branco Fuchs² & Soraia Girardi Bauermann³ ¹ Projeto de Pesquisa em cumprimento ao disposto para realização da Disciplina de Estágio em Biopatologia I ² Departamento de Biologia, Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Canoas, Caixa Postal 124, 92425-900 Canoas, RS, Brasil. E-mail: [email protected] ³ Departamento de Biologia, Laboratório de Palinologia, Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Canoas, Caixa Postal 124, 92425-900, Av. Farroupilha, 8.001, Canoas, RS, Brasil. E-mail: [email protected] 1. INTRODUÇÃO O grão de pólen é a célula masculina necessária para a propagação da semente das plantas. São partículas de tamanho muito reduzido, como se fosse um pó, geralmente invisível a olho nu. Apesar da imensa variedade de vegetais existentes, apenas cerca de 10% das espécies são consideradas como fontes de alergia. O sistema imunológico pode falhar e não cumprir com sua obrigação ou até mesmo voltar-se contra o indivíduo. Pode ocorrer de duas maneiras, com funcionamento insuficiente, ou seja, imunodeficiência, ou tendo seu funcionamento exagerado em relação às substâncias que normalmente são toleradas pela maioria, esse processo chama-se alergia. Uma alergia é uma situação na qual o organismo apresenta uma resposta imunológica (de defesa) diferente da resposta protetora esperada, causando alterações indesejáveis. O termo “alergia” vem do grego “allos”, que significa alterações do estado original. Então, a alergia é uma reação específica do sistema de defesa do organismo a substâncias normalmente inofensivas. Pessoas que tem alergias freqüentemente são sensíveis a mais de uma substância. (ABC DA SAÚDE). Existem vários tipos de agentes causadores de alergia, mas nesse trabalho nos deteremos a Polinose. A Polinose ou “febre do feno” (hay fever) é uma doença alérgica das vias respiratórias, causada por inalação de grãos de pólen atmosférico. Estes se encontram no ar durante a época de polinização de determinadas plantas, produzindo rino-conjuntivite e/ou asma brônquica. Apesar do nome, não existe febre e o feno não é o único responsável pelos sintomas. Existe sim, uma sensação de febre, simulando um desagradável estado gripal (Vieira, 2001). O primeiro registro de sua ocorrência foi feito por Mohammed Al Razi, provavelmente no ano de 865 (Varney, 1991). Para a Europa a primeira descrição data de 1530 na Espanha (Oehling, 1995). No Brasil o primeiro relato, veio através do estudo pioneiro de Carini em 1908. E na década de 40 surgiram relatos de sinais de rinite alérgica sazonal. Havendo uma grande lacuna a partir dessa época, com a retomada da temática nas décadas de 70 e 80. Ainda na década de 80 Vieira & Negreiros (1986, 1989), passaram a considerar Caxias do Sul como uma região endêmica de polinose com 4,8% da população acometida de tal moléstia. No Rio Grande do Sul, foram desenvolvidos os trabalhos pioneiros de Lima et al. (1946). Aqui no Sul do Brasil, o pólen de gramíneas é basicamente a principal causa de rinite estacional, durante os meses da primavera. Com as estações do ano bem definidas, com um inverno extenso e rigoroso de baixas temperaturas, temos uma primavera exuberante. Embora sejam as gramíneas o principal agente em nosso meio, outras espécies como árvores contendo pólen alergógenos poderão juntar-se de maneira eventual e secundariamente, tais como: Acácia, Eucalipto, Ligustro, Plâtanus e Ciprestes. No Brasil, acredita-se que a doença polínica deve ser sempre lembrada nas latitudes maiores de 25º S, com altitudes próximas ou superiores a 400 metros, e sob a influência climática da continentalidade. São, portanto, aquelas no Sul do País onde a Araucária (Pinheiro) é nativa. Não que esta conífera seja usualmente incitante da doença, porém serve-nos como um “marcador biológico” de estações climáticas bem definidas (Vieira, 2001). A crescente presença de tipos polínicos aeroalergógenos deve-se principalmente às alterações ocorrentes na cobertura vegetal original do estado do RS, que baixou de 40% para 2,6% nos últimos anos, segundo o antigo IBDF, sendo substituídas por extensas monoculturas de gramíneas (Vieira, 1993). Ocorreu fato semelhante também em Santa Catarina e Paraná. Associam-se a isto as modificações de práticas agrícolas, a introdução de gramíneas com potencial alergizante ( p.ex. Lolium multiflorum – “azevém”), que crescem desordenadamente em terrenos abandonados dentro e na periferia das cidades, ao longo de rodovias entre outros. Pesquisa epidemiológica em algumas cidades do RS, estima prevalência de polinose em 4,8% na serra gaúcha (Caxias do Sul) e 2,4% no Planalto médio (Passo Fundo). (ASBAI, 2006) Em 1998, Bauermann et al. realizaram um levantamento da chuva polínica em Canoas, detectando a presença de estações polínicas nesta região, bem como o reconhecimento de diversos tipos polínicos alergizantes. 2. OBJETIVOS Este trabalho teve por objetivo conhecer os tipos polínicos ocorrentes no Campus da Ulbra - Canoas durante o mês de setembro. Buscou-se, também, a identificação botânica dos principais tipos polínicos e sua correlação como potencial agente alergógeno. 3. SINTOMATOLOGIA A polinose pode aparecer em sua forma pura ou associada a alérgenos perenes, tais como dermatofagóides, poeira domiciliar, fungos, epitélio de animais. Portanto, poderemos ter sintomatologia exclusivamente estacional ou durante todo o ano, porém exacerbada na primavera. A repetição por mais de uma estação polínica dos sintomas clássicos de rinoconjuntivite associados ou não à asma brônquica, pressupõe de modo seguro o diagnóstico clínico. A característica desta moléstia é sua periodicidade anual, repetindo-se os sintomas sempre na mesma época do ano, quando ocorre polinização. O fator etiológico principal são grãos de pólen de plantas alergógenas que se depositam nas mucosas, produzindo reação alérgica inflamatória. Em geral estes pólens são leves, transportados pelo vento, de pequenas dimensões (entre 20 a 40 micrômetros de diâmetro) e incitam a doença nos indivíduos sensibilizados em uma concentração aproximada de 50 grãos por m3 de ar. Entretanto, ao final da estação polínica, pelas sucessivas exposições este limiar baixa, podendo menores quantidades tais como 10-20 grãos por m3 de ar ser responsável pelos sintomas. (ASBAI, 2006) A doença polínica é conhecida em várias partes do mundo, possuindo elevada incidência em determinadas regiões da Europa e dos Estados Unidos (8,2% da população é acometida pela doença). No Brasil seu início é muito recente, ocorrendo principalmente nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O pólen de gramíneas é basicamente a principal causa de rinite estacional na Europa e também entre nós no sul do Brasil durante os meses da primavera (Setembro – Outubro – Novembro). As pessoas têm alergia ao pólen, pois os minúsculos grãos se alojam no nariz, ficando presos numa camada de muco pegajoso. Indo para a garganta, onde são engolidos ou expelidos, em geral sem nenhum efeito nocivo. Mas às vezes o pólen ativa o sistema imunológico devido a hipersensibilidade à imunoglobulina E (IgE). O sistema imunológico de uma pessoa alérgica encara a proteína de certos tipos de pólen como ameaça, com isso o corpo reage produzindo anticorpos (IgE) que se fixam aos mastócitos encontrados nos tecidos. Com isso os mastócitos liberam histamina em quantidades excessivas, fazendo com que os vasos sanguíneos se dilatem e fiquem mais permeáveis. Para os que sofrem de alergia, o pólen aciona um alarme falso, provocando coriza, inchaço e prurido ocular com hiperemia conjuntival, lacrimejamento, prurido nasal ou faringo-palatal, ausência ou presença de obstrução nasal, hiperreatividade brônquica com asma associada pode acontecer em 15%-20% dos indivíduos. Tudo parece um incrível resfriado que pode durar anualmente três meses de sofrimento. O exame das vias aéreas revela a presença de reação inflamatória, com edema da mucosa nasal e aumento dos cornetos, com secreção mucosa transparente. O citograma da secreção nasal pode mostrar um aumento significativo de eosinófilos , em geral superior a 10%. (ASBAI, 2006) Para amenizar esses sintomas, um médico pode recomendar antihistamínicos para combater ou prevenir sintomas, descongestionantes para tratar a congestão nasal, e/ou spray nasal contendo corticosteróides ou substâncias para prevenir sintomatologia. Como o nome sugere, esses medicamentos inibem a ação da histamina. Essa substância é o grande malfeitor que faz com que aumente o fluxo de sangue nas membranas mucosas, com isso pode haver: prurido, manchas vermelhas ou olhos vermelhos, maior quantidade de muco no nariz ou brônquios, e conseqüentemente inchaço dessas membranas mucosas. Um anti-histamínico serve para evitar esses sintomas da alergia (JANSSEN CILAG, 2007). Existe uma outra opção chamada de imunoterapia (comumente denominadas “vacinas”), onde os extratos alergênicos são injetados gradualmente em pequenas doses para reduzir a sensibilidade. (ASBAI, 2006) A polinose pode ser tão rigorosa a ponto de ocorrer comprometimento ocular, levando a um maior ou menor lacrimejamento, fotofobia, prurido ocular e sensação de queimadura conjuntiva. Esse quadro clínico de alta sensibilização pode se agravar ainda mais, causando febres, dermatites, urticárias e edema (Oehling, 1995). Com o aumento da idade os sintomas tendem a diminuir, entretanto, podem persistir ou aparecer na velhice (Baiocchi, 1996). 4. ÁREA DE ESTUDO Canoas está localizada no centro da Região Metropolitana de Porto Alegre. Limita-se com os municípios de Esteio, Cachoeirinha, Nova Santa Rita e Porto Alegre. A vegetação na área do Campus da ULBRA e arredores, não conta mais com sua cobertura vegetal original. O Campus Canoas é composto de ambientes construídos por paisagismo que preza pela beleza e por mostrar a diversidade das plantas e por isso a maioria da vegetação é exótica. Algumas das espécies existentes no campus são: Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae), Nectandra megapotamica Mez.(Lauraceae), Inga marginata Willd. (Mimosaceae) e Campomanesia xanthocarpa Berg (Myrtaceae), Bidens pilosa L. (Asteraceae), Senecio brasiliensis (Spreng) Less. (Asteraceae), Cynodon dactylon (L.) Pers. (Poaceae), Dodonaea viscosa (L.) Jacq. (Sapindaceae), Lantana camara L. (Verbenaceae) e Calliandra tweedii Benth. (Mimosaceae), Solanum sisymbriifolium Lam. (Solanaceae) entre outras. Entre as espécies introduzidas, arbóreas, podemos citar: Várias espécies do gênero Eucalyptus (Myrtaceae), Pinus elliottii Engelm. (Pinaceae) e Ligustrum japonicum Thunb (Oleaceae). A altitude média está em torno de 32m. O clima, segundo Nimer (1989), está classificado como Mesotérmico Brando Superúmido, com temperatura média de 24°C. 5 – MATERIAIS E MÉTODOS 5.1. CONFECÇÃO DO COLETOR DE PÓLEN O material polínico foi obtido através de um coletor de pólen gravimétrico, de fabricação artesanal, (figura 1). O mesmo consiste de um cilindro de isopor preso a uma base pesada de mármore, por meio de fios de aço. Foram dispostas 5 (cinco) lâminas de vidro nesse cilindro de isopor, sendo 4 (quatro) ao redor do coletor, formando uma cruz, em posição vertical e 1 (uma) em cima do coletor, em posição horizontal, possibilitando com isso, a captura de pólen em todas as direções. Foi colocado numeração de 01 a 05 no coletor, onde 01 aponta para o Norte, 02 aponta para o Leste, 03 para o Sul, 04 para o Oeste e a 05 fica na posição horizontal abrangendo todos os pontos cardiais. Sempre que foi feito a troca das lâminas tomou-se o cuidado para que se mantivesse a mesma ordem numérica. As lâminas dispostas no coletor tiveram sua superfície coberta por uma fina camada de vaselina sólida, para garantir a aderência dos grãos de pólen. 5.2. EXPOSIÇÃO DO COLETOR DE PÓLEN Esse aparelho coletor foi colocado no telhado das passarelas cobertas da ULBRA, com localização exata entre o prédio 02 e o prédio 04 que está indicada no mapa completo do Campus (Figura 2), a uma altura de 2,80 metros do chão. Este local foi selecionado por apresentar boa circulação de ventos, não estar encoberto por vegetação e ser de fácil acesso. O coletor ficou no local de 03 (três) de setembro de 2007 a 01 (primeiro) de outubro de 2007, totalizando 29 dias de coleta. O jogo de cinco lâminas foi trocado semanalmente (todas as segundas-feiras), totalizando quatro trocas, perfazendo um total de 20 lâminas. 5.3. PROCESSAMENTO DAS AMOSTRAS Após uma semana de exposição as cinco lâminas coletoras eram recolhidas, colocadas no interior de caixa plástica vedada, transportadas para o laboratório e processadas. Em laboratório, cada uma das lâminas coletoras foi cuidadosamente raspada com lâmina de barbear e seu conteúdo foi transferido para lâmina biológica devidamente identificada. A esta lâmina permanente adicionou-se gelatina glicerinada com safranina (corante). Para que houvesse a diluição e homogeinização da gelatina glicerinada com a vaselina, as mesmas foram colocadas numa placa de Malassez, que pode chegar à uma temperatura de até 100°C. A mistura foi revolvida com um bastão de vidro e, após obter uma amostra homogênea, a mesma foi coberta com lamínula de vidro. O conjunto da lâmina e lamínula foram girados 180º e colocados sobre papel absorvente durante 24 hrs. Esta técnica foi realizada para que os grãos de pólen se depositassem mais próximos à lamínula facilitando sua observação.em microscópio óptico. Passadas 24 hrs as lâminas foram lutadas com esmalte de unhas transparente. Essas lâminas permanentes foram devidamente etiquetadas, catalogadas e depositadas na palinoteca do laboratório de palinologia. 5.4. ANÁLISE E CONTAGEM DOS GRÃOS As análises foram feitas em microscópio óptico modelo Leica com as objetivas de 400X e 1.000X. Os grãos foram fotografados com câmera digital Sony.As fotos dos grãos de pólen foram tratadas no programa Corel photo paint 12. Foram realizadas análises qualitativas e quantitativas do material polínico. Na análise qualitativa determinou-se botanicamente os grãos de pólen, sempre que possível, até o nível de família ou gênero. Os grãos de pólen amassados, pouco preservados ou cuja identificação não foi possível, foram classificados como indeterminados. Na análise quantitativa, foram contados todos os grãos contidos em cada uma das 20 lâminas permanentes obtidas. Estes dados constituíram a base para as análises matemáticas realizadas. Os nomes botânicos e das autoridades correspondentes foram obtidos através de consulta à literatura especializada e/ou a banco de dados (THE INTERNATIONAL PLANT INDEX). As comparações polínicas adotadas no trabalho seguem: Barth & Melhem (1988); Erdtman (1960) e Salgado-Laboriau (1973). 6. METEOROLOGIA O clima da região Sul por estar quase que completamente abaixo do trópico de capricórnio e por ter grande parte de seu território acima de 300 metros, se difere bastante do clima das outras regiões do país. É a única região do país que pode sofrer com fenômenos quase que desconhecidos do Brasil, como neve, chuva congelada e geada. As características são de clima subtropical com chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Durante o período de coleta dos grãos de pólen a temperatura mínima foi 4,2°C na semana 4 e a máxima foi 33,6°C na semana 1. As semanas 3 e 4 tiveram a maior ocorrência de ventos destacando-se a semana 4. O índice pluviométrico para o mês de setembro ficou entre 100 e 200 mm de precipitação (CPTEC, 2007). Tabela I - Média a partir da tabela completa da Estação de observação Meteorológica da ULBRA - Setembro / 2007 DADOS METEOROLÓGICOS - SETEMBRO / 2007 Semana 1 Direção do Vento Velocidade do Vento (m/s) SE Semana 2 SE Semana 3 SE Semana 4 E 2,0 2,3 3,5 3,9 Temperatura Máx. (°C) 27,1 25,8 19,8 20,2 Temperatura Min. (°C) 18,3 18 15 12,1 Umidade Relativa % 84,1 90,4 94,1 81,4 7 . RESULTADOS Foram identificados 3295 grãos de pólen distribuídos em 19 tipos polínicos diferentes. Os grãos de pólen que não puderam ser relacionados a nenhum táxon botânico foram classificados como indeterminados. Os tipos polínicos: Asteraceae, Malpighiaceae, Mimosa, Moraceae, Myrtaceae, Pinus e Poaceae, apareceram nas quatro semanas. Enquanto, Piper foi identificado nas três primeiras semanas, Prunus, Pyrus e Ericaceae apareceram somente na primeira semana e com pouca representatividade. Já o gênero Faramea surgiu nas lâminas a partir da segunda semana e Symplocos, Malvaceae e Bauhinia a partir da terceira semana. O tipo polínico Fragaria teve uma pequena expressão somente na terceira semana. E Alnus e Sebastiania surgiram na quarta semana, com apenas um representante cada. Também na quarta semana pode-se identificar grãos de Anacardiaceae. Na primeira semana foram contabilizados 823 grãos de pólen. Os tipos polínicos mais representativos foram: Pinus com 368 grãos de pólen e Malpighiaceae com 304 grãos de pólen (Tabela II), atingindo primeiro e segundo lugar com 45% e 37% respectivamente (Figura 3). A família Myrtaceae nessa semana ficou em terceiro lugar com apenas 7% do total dos grãos. Já na segunda semana Myrtaceae ocupa o primeiro lugar com 41% do total encontrado, 813 grãos de pólen (Tabela III). O gênero Mimosa também teve nesta semana um grande aumento, passando de 2% na semana 1 para 13% nesta semana (Figura 4). Pinus e Malpighiaceae ficaram bem abaixo dos resultados encontrados na primeira semana. Na terceira semana Myrtaceae se mantem estável com 42% do total (Figura 5), nesta semana houve um aumento do conteúdo polínico e novos tipos polínicos apareceram nas amostras (Tabela IV). Pinus teve um pequeno aumento passando de 12% na semana anterior para 18% nesta semana. Na quarta semana foi detectada uma baixa considerável no conteúdo polínico contido nas lâminas coletoras, apenas 630 grãos de pólen foram encontrados (Tabela V). Com essa redução houve uma queda no percentual das Myrtaceae, mas com 32% continuam em primeiro lugar (Figura 6). A família Poaceae tive uma grande ascensão na quarta semana, ocupando assim, o segundo lugar no gráfico com 25% do total. Ao longo do mês de setembro o tipo polínico melhor representado foi o da família das Myrtaceae, com 1027 grãos de pólen distribuídos nas quatro semanas de estudo (Tabela VI), contabilizando assim um total de 31% dos 3295 grãos de pólen encontrados. O segundo lugar é conferido ao Pinus, que alguns autores também descrevem como alergógenos, que apesar de altos e baixos, ficou com 21% do total mensal (Figura 7). Em terceiro lugar com 11% do conteúdo polínico analisado, ficaram empatados Malpighiaceae com 371 grãos de pólen e Poaceae com 367 grãos de pólen, sendo Poaceae considerada segundo vários autores um dos grandes causadores de polinose. A família Moraceae que também foi citada com algum potencial alergógeno, obteve 6% do total polínico avaliado alcançando o quarto lugar no gráfico. Os demais tipos polínicos encontrados obtiveram valores iguais ou menores a 4% do total. Quanto à porcentagem total dos grãos de pólen analisados, cada uma das duas primeiras semanas foram responsáveis por 25% do total. A semana com maior conteúdo polínico foi a terceira com 31% e a quarta semana a menos representativa com apenas 19% do total de 3295 grãos de pólen (Figura 8). Para representar a diversidade polínica foram feitas micrografias dos principais grãos de pólen (figura 9), que atestam a variabilidade mostrada nos gráficos. Tabela II - Contagem semanal de pólen – 03.09.2007 a 10.09.2007 (semana 1) TIPO POLÍNICO QUANTIDADE Asteraceae Ericaceae Malpighiaceae Mimosa Moraceae Myrtaceae Pinus Piper Poaceae Prunus Pyrus indeterminados TOTAL SEMANAL 15 4 304 15 5 57 368 5 29 1 5 15 823 50% Pinus 45% Malpighiaceae 40% QUANTIDADE EM PERCENTUAL Myrtaceae 35% Poaceae 30% Asteraceae 25% Mimosa 20% indeterminados 15% Moraceae 10% Piper 5% Pyrus 0% SEMANA 1 Figura 3 – Gráfico da semana 1 - principais tipos polínicos em porcentagem. Tabela III - Contagem semanal de pólen – 10.09.2007 a 17.09.2007 (semana 2) TIPO POLÍNICO Asteraceae Faramea Malpighiaceae Mimosa Moraceae Myrtaceae Pinus Piper Poaceae indeterminados TOTAL SEMANAL QUANTIDADE 24 2 52 106 35 336 96 52 86 23 812 45% Myrtaceae 40% Mimosa 35% QUANTIDADE EM PERCENTUAL Pinus 30% Poaceae 25% Malpighiaceae 20% Piper 15% Moraceae 10% Asteraceae 5% indeterminados 0% SEMANA 2 Figura 4 - Gráfico da semana 2 - principais tipos polínicos em porcentagem. Tabela IV - Contagem semanal de pólen – 17.09.2007 a 24.09.2007 (semana 3) TIPO POLÍNICO Asteraceae Bauhinia Faramea Fragaria Malpighiaceae Malvaceae Moraceae Mimosa Myrtaceae Pinus Piper Poaceae Symplocos indeterminados TOTAL SEMANAL QUANTIDADE 5 2 43 3 14 8 120 15 430 185 5 95 60 45 1030 45% Myrtaceae 40% Pinus 35% QUANTIDADE EM PERCENTUAL Moraceae 30% Poaceae 25% Symplocos 20% indeterminados Faramea 15% Malpighiaceae 10% Mimosa 5% Malvaceae 0% SEMANA 3 Figura 5 - Gráfico da semana 3 - principais tipos polínicos em porcentagem. Tabela V - Contagem semanal de pólen – 24.09.2007 a 01.10.2007 (semana 4) TIPO POLÍNICO Alnus Anacardiaceae Asteraceae Bauhinia Faramea Malpighiaceae Malvaceae Mimosa Moraceae Myrtaceae Pinus Poaceae Sebastiania Symplocos indeterminados TOTAL SEMANAL QUANTIDADE 1 32 15 1 37 1 20 11 40 204 51 157 1 7 52 630 35% Myrtaceae Poaceae 30% indeterminados QUANTIDADE EM PERCENTUAL 25% Pinus Moraceae 20% Faramea 15% Anacardiaceae Malvaceae 10% Asteraceae 5% Mimosa Symplocos 0% SEMANA 4 Figura 6 - Gráfico da semana 4 - principais tipos polínicos em porcentagem. Tabela VI - Contagem total de pólen – 03.09.2007 a 01.10.2007. TIPOS POLÍNICOS Alnus Anacardiaceae Asteraceae Bauhinia Ericaceae Faramea Fragaria Malpighiaceae Malvaceae Mimosa Moraceae Myrtaceae Pinus Piper Poaceae Prunus Pyrus Sebastiania Symplocos Indeterminados TOTAL SEMANAL 03.09/10.09 10.09/17.09 17.09/24.09 24.09/01.10 0 0 15 0 4 0 0 304 0 15 5 57 368 5 29 1 5 0 0 15 823 0 0 24 0 0 2 0 52 0 106 35 336 96 52 86 0 0 0 0 23 812 0 0 5 2 0 43 3 14 8 15 120 430 185 5 95 0 0 0 60 45 1030 1 32 15 1 0 37 0 1 20 11 40 204 51 0 157 0 0 1 7 52 630 TOTAL POR TIPO POLÍNICO 1 32 59 3 4 82 3 371 28 147 200 1027 700 62 367 1 5 1 67 135 3295 35% Myrtaceae Pinus 30% Malpighiaceae Poaceae QUANTIDADE EM PERCENTUAL 25% Moraceae Mimosa 20% Indeterminados 15% Faramea Symplocos 10% Piper Asteraceae 5% Anacardiaceae Malvaceae 0% TOTAL MENSAL POR TIPO POLÍNICO Figura 7 - Gráfico mensal com somatório dos principais tipos polínicos em porcentagem. 19% 25% SEMANA 1 SEMANA 2 SEMANA 3 SEMANA 4 31% 25% Figura 8 - Gráfico do conteúdo polínico semanal. 8 – DISCUSSÃO Notou-se nesse estudo a presença de vários tipos polínicos considerados com algum potencial alergógenos, tais como: Myrtaceae, Poaceae, Asteraceae, Pinus e Moraceae. Analisando os resultados obtidos no Campus da ULBRA - Canoas no mês de setembro de 2007, pode-se dizer que existe concordância com alguns trabalhos citados na bibliografia estudada. Contudo fica difícil fazer comparações e associações com os mesmos, pois a maioria dos trabalhos consultados, estudaram uma estação polínica, que dura mais ou menos três meses, ou são estudos que se prolongam por um ano. Sendo assim existem diversos tipos polínicos considerados potencialmente alergógenos que não foram encontrados no presente trabalho. Podemos afirmar que Myrtaceae e Poaceae se fizeram presentes, de maneira acentuada. Estes mesmos resultados foram encontrados em outros trabalhos de chuva polínica realizados no Estado, como os de, Lorscheitter at al. (1986), Bauermann & Neves (1999), Pedron at al. (1999) e Ávila & Bauermann (2001). Na segunda semana nota-se que as Myrtaceae dão um salto de 7% para 41% do total analisado, mantendo-se em primeiro lugar até o final do estudo, indicando assim a época de sua floração. E segundo Lorscheitter et al. (1986) o pico da floração das Myrtaceae é em outubro e novembro, fazendo-nos pensar que essa porcentagem tende a aumentar. Essa família segundo Bauermann & Neves (1999) e Pedron at al. (1999) é considerado com potencial alergógeno. Já as Poaceae tiveram um aumento considerável somente na última semana demonstrando que floresce um pouco mais tarde. Quanto às Malpighiaceae, que não são consideradas alergógenas, mostraram sua maior expressão na primeira semana com 304 grãos de pólen contados, tendo um acentuado declínio ao longo das semanas, chegando à quarta semana com apenas um representante nas lâminas. No trabalho de chuva polínica de Bernd & Lorscheitter (1992) os autores afirmam que o período de maior floração do Pinus é julho e agosto. Podemos confirmar esses dados em nossas análises, onde na primeira semana o gênero foi o que teve maior expressão polínica e foi caindo ao longo das semanas, com exceção da terceira semana, onde nos dias quinze a dezessete de setembro a velocidade dos ventos estava muito alta , comprovando assim que o gênero Pinus é anemófilo e que quanto maior a velocidade do vento maior sua dispersão. O gênero Mimosa também teve um grande aumento nessa semana de ventos fortes, podendo ser comparada ao Pinus quanto à anemofilia. A família Asteraceae que também é considerada como potencial alergógeno manteve um baixo nível de grãos apresentados, não causando preocupação aos alérgicos que transitam no Campus Canoas. A família Moraceae que segundo Pedron at al. (1999) também pode causar polinose, ficou em quarto lugar neste estudo com apenas duzentos grãos de pólen encontrados ao longo do mês de coleta. Tendo sua mais expressiva representação na terceira semana, onde houve os ventos fortes. Condições geográficas e topográficas do local, densidade populacional, nível de industrialização e fatores climáticos como temperatura, umidade, grau de insolação e velocidade dos ventos, segundo Bernd & Lorscheitter (1992) influenciam a quantidade de grãos de pólen no ar. Então é provável que a diminuição dos grãos encontrados na quarta semana seja resultante das chuvas e demais condições climáticas que ocorreram em especial no período do dia vinte oito a trinta de setembro. Apesar de a quarta semana ter demonstrado, segundo os dados meteorológicos obtidos, ser a semana com maior velocidade dos ventos, pode-se concluir então, que a chuva impediu a dispersão dos grãos, ou ainda, retirou a maior parte da cobertura de vaselina sólida das lâminas expostas. Existem na literatura alguns conselhos para as pessoas que sofrem com a polinose, mas que não são nada funcionais devido a correria do dia-a-dia, são eles: não cortar relva, não dirigir moto, mas se tiver de o fazer deve-se proteger olhos, boca e nariz, não caminhar em grandes espaços relvados, não sair de casa em dias com vento forte e/ou quente e seco, não secar a roupa ao ar livre, não viajar para lugares com muita vegetação. Devido a antropização do Campus Canoas, onde plantas exóticas e com potencial alergógeno são utilizadas em larga escala pelo paisagismo, os freqüentadores do local ficam expostos aos grãos de pólen carregados pelo vento. O Campus Canoas é um ambiente aberto com uma boa extensão territorial, favorecendo assim a dispersão polínica. 9. CONCLUSÃO Os resultados ora obtidos permitem as seguintes conclusões: 1) Apesar da alta umidade relativa do ar, foi verificada uma quantidade significativa de grãos de pólen, aproximadamente 2353 grãos, considerados alergógenos no mês de setembro no Campus da ULBRA - Canoas. 2) As alterações ecológicas causadas pelo homem podem aumentar a quantidade de pólen alergógeno na atmosfera, como mostra o alto nível de Myrtaceae, que pode ser representado por Eucalyptus, por exemplo, uma planta exótica. 3) Nos dias quentes com sol e vento há maior quantidade de pólen na atmosfera, fato que é ruim para o doente. Enquanto nos dias com chuva os pólens são logo arrastados ao chão causando menor irritação das vias aéreas. 4) O conhecimento do conteúdo polínico no Campus da ULBRA Canoas no mês de setembro de 2007, fornece as perspectivas básicas para que sejam desenvolvidos novos estudos sobre polinose. 5) Sugere-se que sejam fomentados trabalhos de alergologia com grãos de pólen junto à área médica do Campus BIBLIOGRAFIA ABC DA SAÚDE 2007 Disponível na World Wide Web em <http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?18>. Acesso em outubro de 2007 ASBAI – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALERGIA E IMUNOPATOLOGIA. 2007. Disponível em <http://www.sbai.org.br/index.php?modulo=publico4> acesso em setembro de 2007. AVILA, I.R.; BAUERMANN, S.G. 2001. Espectros de precipitação polínica durante as estações de outono-inverno no município de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas - série Botânica, v. 51, p. 51-58. BAIOCCHI JR., G. 1996. Definição, classificação e epidemiologia das rinites. 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Ítalo Nascimento DATA DESCRIÇÃO 13/08 segunda 13/08 segunda 15/08 quarta 17/08 sexta 17/08 sexta 20/08 segunda 22/08 quarta 24/08 sexta 27/08 segunda 29/08 quarta 31/08 sexta 31/08 sexta 03/09 segunda 05/09 quarta 05/09 quarta 07/09 sexta 10/09 segunda 12/09 quarta 14/09 sexta 17/09 segunda 19/09 quarta 19/09 quarta 21/09 sexta 24/09 segunda 26/09 quarta 28/09 sexta 01/10 segunda 03/10 quarta 05/10 sexta 08/10 segunda 10/10 quarta 12/10 sexta 15/10 segunda 16/10 terça 17/10 quarta 19/10 sexta 22/10 segunda 23/10 terça 24/10 quarta 26/10 sexta 29/10 segunda 30/10 terça conversa inicial com Soraia Falar com Sr. Walter - prefeitura (a partir das 13h) Falar com Roberta do curso de farmácia - pedir vaselina sólida Falar com José Eduardo - estação metereológica entrega da folha do prof orientador - projeto de pesquisa Tirar dúvidas do local do coletor com Sr. Walter e Soraia Pesquisar literatura Comprar cilindro de isopor Acertar com Soraia detalhes do coletor Confecção do coletor Pesquisar literatura Últimos detalhes do coletor Colocar primeiro coletor Conferir experimento no campo Pesquisar literatura Feriado Recolher 1° coletor e colocar 2° coletor Processar lâminas Conferir experimento no campo Recolher 2° coletor e colocar 3° coletor Processar lâminas Conferir experimento no campo Conferir experimento no campo Recolher 3° coletor e colocar 4° coletor Processar lâminas Conferir experimento no campo Recolher o 4° coletor Processar lâminas Montar tabelas com resultados polínicos Organização do trabalho escrito Conferência das lâminas com Soraia Feriado Limpeza das fotos para a plate assistir TCC I dos colegas que já fizeram a cadeira Conferência das lâminas com Soraia Organização do trabalho escrito Organização do trabalho escrito assistir TCC I dos colegas que já fizeram a cadeira Conferência das lâminas com Soraia Limpeza das fotos para a plate Falar com Sonia divisão de arq. e engenharia - sobre o mapa do campus assistir TCC I dos colegas que já fizeram a cadeira 31/10 quarta 02/11 sexta 05/11 segunda 07/11 quarta 09/11 sexta 12/11 segunda 03/12 segunda 04/12 terça 05/12 quarta 06/12 quinta 07/12 sexta Organização do trabalho escrito Feriado Finalização do trabalho escrito Montagem da apresentação em power point Montagem da apresentação em power point Encaminhamento para a banca apresentação pública apresentação pública apresentação pública apresentação pública apresentação pública Tabela 02 - Parecer meteorológico completo da ESTAÇÃO DE OBSERVAÇÃO METEOROLÓGICA da ULBRA UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL DECAr – Divisão de Estudos de Clima, Ar e Solos Área de Meteorologia ESTAÇÃO DE OBSERVAÇÃO METEOROLÓGICA Latitude: 29°53’06’ S – Longitude: 51°09’26’’ W – Altitude: 34,2488 metros Data de início: 13 de junho de 1992 Dados Meteorológicos - Setembro/2007 Dados Meteorológicos Temperatura Instantânea³ Direção Velocidade / Umidade Data Hora Temperatura Temperatura do do vento Temperatura Relativa Máxima¹(°C) Mínima² (°C) Vento (m/s) Termômetro (%) de Bulbo Seco (°C) 09:00 SW 0,9 17,4 0,6 17,2 80 01/09 15:00 W 1,8 19,0 0,6 18,8 77 21:00 W 0,6 19,0 18,4 74 09:00 S 0,7 19,1 6,0 17,8 92 02/09 15:00 SE 3,4 18,2 17,4 18,2 90 21:00 E 4,3 18,2 15,1 15,1 99 09:00 E 0,4 21,2 7,2 21,2 89 03/09 15:00 SE 4,6 25,4 13,2 24,4 63 21:00 SE 2,8 24,2 17,4 18,0 92 09:00 SE 2,9 20,8 8,8 20,8 82 04/09 15:00 N 2,6 33,6 14,6 31,8 80 21:00 SE 2,7 30,4 23,8 24,0 89 09:00 S 0,5 19,7 12,8 19,7 87 05/09 15:00 W 3,3 34,0 18,4 32,4 35 21:00 S 1,9 32,2 19,8 20,0 93 06/09 09:00 N 2,6 19,4 10,6 19,4 92 07/09 08/09 09/09 10/09 11/09 12/09 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 NE SE SE E E NE SE E E SE E E E E NE NW E N S SE 2 0,5 0,4 1,4 2,3 0,3 2,4 3,1 0,3 2,4 3 1,1 1,6 2,7 0,3 1 1,3 0,4 1,4 4 25,4 25,0 22,0 29,6 29,2 32,0 24,0 28,6 29,0 28,2 18,8 32,6 28,4 24,4 30,2 24,8 16,4 20,2 15,8 21,8 22,2 25,0 18,0 23,0 25,8 15,3 7,8 29,0 23,8 18,2 18,2 20,8 25,0 20,6 22,0 29,6 22,6 25,4 24,0 28,6 25,8 26,4 18,8 15,0 24,2 23,0 25,2 21,0 87 98 89 83 95 87 85 81 86 86 81 91 98 89 92 94 Dados Meteorológicos Temperatura Instantânea Direção Velocidade / Umidade Data Hora Temperatura Temperatura do do vento Temperatura Relativa Máxima (°C) Mínima (°C) Vento (m/s) Termômetro (%) de Bulbo Seco (°C) 09:00 E 2,2 22,2 17,2 20,2 92 13/09 15:00 W 1,7 29,2 20,0 28,8 89 21:00 SE 2,1 28,4 22,4 22,8 95 09:00 SE 0,6 21,8 10,4 21,8 86 14/09 15:00 W 2,8 31,4 16,0 30,0 77 21:00 NE 1,2 30,0 21,0 21,4 94 09:00 SE 3,3 21,6 16,2 19,8 95 15/09 15:00 SE 4,7 21:00 SE 3,5 20,8 17,8 20,4 94 09:00 S 2,5 24,9 18,3 20,0 94 16/09 15:00 S 4,3 22,0 19,7 21,3 92 21:00 SE 6,1 24,8 17,8 18,0 92 09:00 SE 7,9 19,2 10,8 19,2 90 17/09 15:00 SE 10,4 21,8 16,8 19,0 83 21:00 SE 3,5 19,0 16,4 17,0 88 18/09 19/09 20/09 21/09 22/09 23/09 24/09 25/09 26/09 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 09:00 15:00 21:00 SE NE N W W E SE E NE S SE S S E S E NW SW W W W W S SE E E SE 1,9 3,2 3,6 4,7 5 1 2,3 2,9 4,3 1,6 2,7 1 2,3 3,6 0,8 3,5 2,9 4,6 6,6 9,3 4,8 2,4 2,7 5,9 4,8 7,9 2,9 19,4 19,8 24,2 23,8 18,0 18,6 18,8 16,2 19,4 19,6 20,0 12,6 17,2 17,4 11,6 18,0 18,0 19,6 20,8 20,2 15,4 10,2 16,6 15,2 12,9 12,8 16,4 10,4 16,0 18,2 16,6 4,2 9,8 12,6 4,4 10,2 12,0 5,2 10,0 11,6 18,2 19,8 23,2 15,8 16,2 17,6 18,4 16,2 19,4 18,6 18,0 16,8 12,6 17,0 13,0 4,6 17,4 12,4 19,6 16,4 11,8 98 87 83 96 99 98 94 92 94 96 98 96 83 100 72 83 76 93 69 87 88 Dados Meteorológicos Temperatura Instantânea Direção Velocidade / Umidade Data Hora Temperatura Temperatura do do vento Temperatura Relativa Máxima (°C) Mínima (°C) Vento (m/s) Termômetro (%) de Bulbo Seco (°C) 09:00 SE 1,1 16,2 8,9 16,2 94 27/09 15:00 N 2,7 23,8 14,6 23,6 80 21:00 E 1 23,8 19,6 19,8 96 09:00 SW 0,9 18,6 10,2 18,6 51 28/09 15:00 SW 1,2 24,8 16,0 24,0 73 21:00 E 2,4 24,6 17,4 17,8 94 09:00 29/09 15:00 21:00 09:00 30/09 15:00 21:00 E SE E E SE SE 0,9 5,6 4,9 3,5 5,6 4,9 17,8 24,2 24,4 23,4 24,4 23,4 12,4 15,4 14,8 11,4 18,0 15,6 15,6 23,6 18,6 18,6 23,6 19,4 91 68 73 81 73 84 ¹ Temperatura Máxima: Temperatura máxima registrada entre o intervalo de leitura; ² Temperatura Mínima: Temperatura mínima registrada entre o intervalo de leitura; ³ Temperatura Instantânea: Temperatura registrada no momento da leitura. Tabela 03. Orçamento Sabrina Castelo Branco Fuchs Material utilizado para o TCC I ITEM DESCRIÇÃO DO MATERIAL DE CONSUMO VALOR QTDE UNITÁRIO VALOR TOTAL 1 Lâminas 1 caixa R$ 4,50 R$ 4,50 2 Lamínulas 1 caixa R$ 5,20 R$ 5,20 3 Lâminas de barbear 10 unidades R$ 0,20 R$ 2,00 4 Vaselina sólida 1 tubo R$ 4,15 R$ 4,15 5 Folhas A4 500 folhas R$ 11,50 R$ 11,50 6 Papel alumínio 1 rolo R$ 2,05 R$ 2,05 7 Cilindro de isopor 1 unidade R$ 1,50 R$ 1,50 8 Pedra de mármore 2 unidades R$ 2,50 R$ 5,00 9 Arame fino 2 metros R$ 1,50 R$ 3,00 10 Gelatina glicerinada 1 frasco R$ 15,00 R$ 15,00 11 Folha para impressão de fotos 4 folhas R$ 1,00 R$ 4,00 12 Caixa para lâminas 50 lugares 1 caixa R$19,90 R$ 19,90 13 Safranina 25g 1 embalagem R$ 48,94 R$ 48,94 14 Lenço de papel 1 caixa R$ 2,60 R$ 2,60 15 Luvas de procedimento P 1 caixa R$ 12,00 R$ 12,00 TOTAL R$ 141,34