EDIÇÃO 8 // DIRETOR: PAULO FERREIRA
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A REVISTA MAISACTUAL
DIOGO RIBEIRO
GRANDE REPORTAGEM COM
O MINHOTO QUE DÁ SHOW
NO FREESTYLE MOTOCROSS.
CONHEÇA-O AQUI E AGORA NA
MAIS DESPORTO
SIMONE FAGGIOLI
ENTREVISTA COM
APD BRAGA
FOI O GRANDE
VENCEDOR DA RAMPA
DA FALPERRA.
FERNANDO MONTEIRO,
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO
DE BASQUETEBOL DE BRAGA
VENCEU TAÇA DE PORTUGAL
EM BASQUETEBOL DE CADEIRAS
DE RODAS
5
// MAIS DESPORTO
FICHA TÉCNICA
EDI
TORI
AL
EDIÇÃO 8 // MAIO 2013
DIRETOR
Paulo Ferreira _ CP - 9633
[email protected]
REDAÇÃO
Paulo Ferreira
Paulo Ferreira _ CP - 9633
Sandra Macedo Pimenta _ CP - 8593
[email protected]
Já lá vai algum tempo desde que nos falamos pela última vez.
Ainda assim, diz a sabedoria popular que “mais vale tarde do
que nunca”. Como tem sido hábito destacamos, uma vez mais,
aquilo que de melhor se tem feito no Minho. Acredite que há
pano para mangas. Nesta edição levamos até si alguns dos temas que têm estado em evidência nos últimos dias. Já ouviu
falar de Diogo Ribeiro? É um jovem de Braga que faz maravilhas
em cima de uma moto. Pratica Freestyle motocross e - embora
não o admita – é dos poucos portugueses que tem valor para
chegar ao nível profissional. Leia a reportagem e gostará de
saber mais sobre Diogo Ribeiro.
Mas há mais. Destaque para o aniversário do ABC/Minho. A principal equipa de andebol do distrito já está na terceira idade (79),
mas mostra-se rija e com muita vontade de continuar a marcar
o desporto nacional e minhoto. Falamos, ainda, com Fernando
Monteiro. Sabe quem é? É nada mais, nada menos que presidente da Associação de Basquetebol de Braga. Numa entrevista, o
dirigente desvendou o estado da modalidade. Se quiser saber
muito mais terá que ler a revista. Use e abuse. Não faltam bons
temas. Antes da despedida a Mais Desporto não pode deixar de
dar os parabéns ao SC Braga pela conquista da Taça da Liga.
Parabéns Gverreiros do Minho. Por agora é tudo. Até à próxima.
COLABORADORES
José Carvalho
FOTOGRAFIA
Redação Mais Desporto
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PROPRIEDADE
Paulo Ferreira
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N.I.P.C. 502 383 925
Registo no ICS no 126 235
Depósito Legal no 14424/99
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// MAIS DESPORTO
ANDEBOL
ABC/UMINHO
79º
FESTEJA
ANIVERSÁRIO
MAIS DESPORTO //
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ANDEBOL
O ABC/UMinho está de parabéns. A principal equipa de andebol de Braga
comemorou o 79º aniversário, que foi festejado com a realização de uma gala
com pompa e circunstância. Durante a noite homenagearam-se todos aqueles
que se distinguiram em 2012.
O
presidente da direção do ABC/UMinho, Luís Teles, fez as honras da casa,
agradeceu a presença do público e
revelou otimismo para o futuro. “Quisemos,
neste momento em que atravessámos algumas dificuldades, marcar este aniversário como
uma vontade de andar para a frente e construir
algo, mesmo em tempos difíceis como os que
enfrentámos, de forma a mostrar que há uma
dinâmica que se mantém. A vontade em conse-
guir que o ABC se mantenha como o clube que,
até agora, tem representado muito dignamente
a cidade de Braga, a região do Minho e Portugal
nunca esfriará. Tem todo o sentido festejar este
aniversário, como um esforço para reunir os academistas que têm apoiado o clube e dizer que
contamos com eles para continuar a crescer”.
Quanto aos homenageados da noite, Luís
Teles congratulou-os referindo que, indepen-
dentemente dos vencedores, todos mereciam
o prémio. “Não fomos nós que os elegemos,
isto foi posto à votação e todos associados do
ABC elegeram aqueles que consideram justos
vencedores. Ainda assim, fica uma palavra de
apreço aos vencidos”, disse.
Na festa anual da turma academista marcaram presença, entre outros, António Marques
(presidente da AIM), Manuel Barros (Instituto
Português do Desporto e Juventude), António
Cunha (Reitor da UM), Vítor Sousa (vice-presidente da Câmara de Braga), Palmira Maciel e
Hugo Pires, vereadores da CMB, os elementos
que compõem o plantel do ABC, com destaque
para o técnico Carlos Resende, diretores do
clube minhoto e elementos ligados à
turma bracarense.
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// MAIS DESPORTO
ANDEBOL
Parceria com
mais anos
de trabalho e
Gloria
OS
MELHORES
DE 2012
A ‘família academista’ votou, entre
os vários nomeados, os seguintes
elementos em cada uma das
categorias em concurso:
Adepto do Ano: Maria Sameiro Costa
Dirigente do Ano: António Costa
Treinador do Ano: José Vieira
Equipa do Ano: Juvenis
Jogador Revelação do Ano: Virgílio Pereira
Atleta do Ano: Pedro Seabra Marques
MAIS DESPORTO //
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António Cunha, reitor da Universidade do Minho,
foi o anfitrião da festa do ABC/UMinho e mostrou-se muito satisfeito por poder festejar mais
um aniversário de uma instituição que é parceira
da sua ‘casa’, num projeto que muito lhe agrada. “Fiz questão de saudar o ABC pelo que tem
feito pelo andebol nacional e lembrar que a parceria celebrada entre as duas instituições é uma
mais-valia para ambas e que tem dado frutos. A
Universidade do Minho possui a equipa que é
atualmente campeã europeia universitária de andebol. Somos uma universidade que tem cerca
de 20 mil alunos e dos quais cerca de 10 mil praticam desporto”, destacou.
DESPORTO
GUIMARÃES
“MANDA” NO
DESPORTO
EM 2013
Depois da Capital Europeia da Cultura em 2012, Guimarães é, em 2013, Cidade
Europeia do Desporto (CED). O Multiusos de Guimarães foi palco da cerimónia de
apresentação do programa, Guimarães Cidade Europeia do Desporto (CED) 2013.
MAIS DESPORTO //
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DESPORTO
M
ais de 600 jovens de escolas e associações desportivas minhotas deram
corpo à cerimónia de abertura das
iniciativas que, durante todo o ano de 2013, justificarão o título de Cidade Europeia do Desporto
(CED) que Guimarães reparte com outras oito localidades (Cremona, Modena, Reggio Calabria e
Alba, de Itália; Lorca, Estepona e Castelldefels, de
Espanha; e Lisburn, do Reino Unido).
Amadeu Portilha, presidente da Comissão Ex-
ecutiva e vereador do Desporto da Câmara
Municipal de Guimarães, foi o principal orador
da cerimónia, que contou com as presenças
de várias figuras do desporto, destacando-se
Neno e Dulce Félix. Durante a cerimónia foi
ainda anunciada a assinatura de um protocolo entre a organização de Guimarães 2013 e o
Governo, que prevê uma ajuda de 100 mil euros, a juntar aos 500 mil euros que a Câmara
Municipal de Guimarães já consignou ao evento que colocará, de novo, Guimarães na ribalta.
Alexandre Mestre, secretário de Estado do
Desporto e da Juventude, destacou o «enfoque» dado à investigação desportiva e à «descoberta» de novos talentos e a distinção de CED.
«Depois do ano absolutamente excecional que
a Capital Europeia da Cultura nos proporcionou, queremos dar continuidade ao processo
de dinamização e internacionalização de Guimarães, onde a ousadia e o conhecimento são a matriz da atuação comunitária”, afirmou.
13
// MAIS DESPORTO
DESPORTO
Amadeu Portilha descreveu a iniciativa como
«um exemplo» para «o país e para a Europa da
capacidade de organização e de empreendedorismo» de Guimarães, com um programa
que inclui «uma média de dois eventos por
semana». As motivações de Guimarães 2013,
a primeira cidade portuguesa a receber este
evento, disse Portilha, «vão mais além» da
promoção da prática desportiva. «Queremos
conferir uma nova dimensão ao desporto,
promovendo novas modalidades, reforçando
MAIS DESPORTO //
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a oferta desportiva. Queremos chamar a Guimarães competições com projeção internacional que constituam uma mais-valia para a
economia local», apontou.
Para além da prática desportiva, a CED Guimarães 2013 tem outros méritos», segundo
Alexandre Mestre. «É de destacar o enfoque à
investigação presente no programa do evento.
Assim como o envolvimento da comunidade
do mundo escolar e uma temática que é muito
cara a este Governo, a identificação de talentos», referiu.
No total, são nove as cidades europeias que,
em 2013, ostentam este título. Cerca de 20
mil atletas de 50 modalidades deverão passar
por Guimarães, e está prevista a realização
de uma iniciativa por cada semana do próximo ano. O Campeonato Europeu de Boccia,
a Festa Nacional de Ginástica, os X Jogos do
Eixo Atlântico e os Campeonatos Nacionais
Universitários já constam do calendário.
BILHAR
CRAQUES DO
BILHAR PASSARAM
POR BRAGA
MAIS DESPORTO //
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BILHAR
O IV grande torneio Dynamic Pool já acabou, mas o quinto já esta a ser planeado.
A principal casa do Bilhar de Braga fez o convite e mais de 60 jogadores aceitaram.
A prova decorreu durante três meses e teve como principal valia o facto de ser
jogado em três variantes: Pool, Pool Português e Snooker.
F
eitas as contas, o grande vencedor foi
João Paulo Monteiro, que na final derrotou Rui Sérgio arrecadando, assim, o
primeiro lugar. Para além do troféu, o jogador
bracarense encheu os bolsos. O price-money
de 1265 Euros foi direto para a sua carteira. No
jogo mais esperado de todo o torneio, João
Paulo Monteiro não foi de modos e bateu o
adversário, por 6-0. No final e depois de se ter
sagrado campeão, Monteiro deixou claro que
a vitória não foi tão fácil como possa parecer.
«Ao contrário do que se possa imaginar, este
triunfo foi complicado. O meu colega teve o
azar de falhar duas jogadas cruciais e isso
deu me vantagem. Ainda assim, não foi fácil
e, neste caso, os números podem enganar»,
sublinhou.
João Paulo Monteiro aproveitou para deixar
um elogio à organização. «Este torneio tem
vindo a melhor de edição em edição. Cada
vez tem melhores jogadores e todos os jogos
são renhidos. A par disso, a organização é
fantástica e daí o sucesso do torneio.
Prova disso é que já vai para o quinto», referiu.
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// MAIS DESPORTO
BILHAR
JÚLIO BARBOSA
CONSIDEROU
TORNEIO «UM
SUCESSO»
Júlio Barbosa é um dos principais rostos do Dynamic Pool. Engenhou todo o torneio e no final
mostrou-se orgulhoso. «Temos crescido em todas as edições e esta não foi exceção. Quanto à
organização tentamos cumprir escrupulosamente
o delineado e se calhar o segredo do sucesso foi
esse». Quanto ao V Grande Torneio Dynamic
Pool já está no papel e tem, inclusive, um mês
pré-definido. «Para a próxima edição não tencionamos mudar grande coisa. Pura e simplesmente
tentaremos cativar mais jogadores, mas se mantivermos este número é excelente. Temos como
meta iniciá-lo em Junho e tudo faremos para levar
esse objetivo avante», concluiu.
MAIS DESPORTO //
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// MAIS DESPORTO
BASQUETEBOL
HÁ FALTA DE
CULTURA DO
BASQUETEBOL
Tal como Marco Paulo, Fernando Monteiro, de 55 anos, também tem dois amores.
Um é o basquetebol, outro é os números. Iniciou a sua ligação à modalidade
ainda catraio e nunca mais carregou no off. Acumula a função de presidente
da Associação Basquetebol de Braga e de dirigente do V. Guimarães. Bancário
de profissão vê passar pelas suas mãos muito do futuro dos dois cargos, mas
nem assim se sente importante. Numa entrevista à Mais Desporto mete o
dedo na ferida e diz para onde caminha a modalidade. Como amante que é do
Basquetebol faz aquilo que poucos fazem: indica alternativas.
Como surgiu o seu interesse
pelo Basquetebol?
O interesse surgiu nas aulas de ginástica. Tive
um professor que deu iniciação ao Basquetebol e fomos obrigados aprender. Lembro-me
que ninguém gostava, inclusive eu. Preferia
futebol. Mas com o andar da carruagem comecei a gostar e desde os 12 anos que estou na
modalidade ininterruptamente. Já fui jogador,
treinador e dirigente.
Passou grande parte da
sua carreia no Francisco de
Holanda…
Antigamente havia pouca ou nenhuma margem de escolha (risos). Para se ter uma noção
quando era iniciado competia com equipas da
associação do Porto porque no Minho havia
pouquíssimas equipas. Comecei na equipa do
Francisco de Holanda e por lá andei durante
quase toda a carreira, exceto um ano que fui
para o Coelima fazer de treinador e jogador.
Como a experiência não correu muito bem voltei à base.
Alguma vez pensou chegar
a presidente da Associação
Basquetebol de Braga (ABB)?
Não! Foi-me feito um convite aquando da saída do antigo presidente e numa fase inicial
não achei muita piada à ideia. Isto porque sou
dirigente do V. Guimarães e não podia aban-
MAIS DESPORTO //
20
donar o clube e deixei logo no ar a ideia que
iria recusar. Numa fase posterior o presidente
da Assembleia Geral contactou os clubes e eles
não se opuseram. Desta forma, neste momento estou dos dois lados, situação que não me
agrada. O projeto que estou inserido está assente em duas ou três pessoas e falhando uma
é complicado. E quer queiramos, quer não esta
dicotomia pode ser mal interpretada.
De que forma tenta contornar
as más interpretações?
Tento ser imparcial e não ser influenciável.
Lembro-me que a determinada altura tivemos
que tomar uma decisão muito delicada e diretamente ligada ao V. Guimarães e a minha atitude passou por sair da sala e deixar os outros
membros decidir.
Não tem sido fácil conjugar os
dois cargos?
Tem tido os seus momentos. Felizmente ainda
não houve nenhuma decisão que me obrigasse
a ponderar deixar um dos cargos. Tenho contado com o apoio quer do clube, quer da associação.
Se tivesse que deixar cair um
dos cargos, qual deixaria?
(silêncio) O de presidente da Associação de
Basquetebol do Minho. A minha ligação ao V.
Guimarães é de décadas.
E enquanto presidente da ABB o
que o preocupa?
A falta de cultura do distrito. Não há, de forma vincada, a cultura do basquetebol. Essa é a principal
entrave do desenvolvimento e, ao mesmo tempo,
é urgente massificar a modalidade. Neste momento, é mais fácil um clube fechar portas do que
outro aparecer. Temos noção que as dificuldades
económicas são mais que muitas e nós também
as sentimos. Aparte dessa questão é notória que
a associação já melhorou muitos aspetos dos
campeonatos distritais e tudo fará para que assim continue. A nível nacional somos bastante
respeitados pela nossa organização e pela forma
como honramos os nossos compromissos.
Já preside a ABB há algum
tempo. Que balanço faz deste
período?
Nós temos um ponto que podemos aferir. Todos
os anos tem havido um encontro de seleções no
Algarve. Das primeiras vezes que fomos estávamos no fundo do ranking. Este ano já estamos
no sétimo e com o passar do tempo queremos
melhorar ainda mais. Este é um exemplo do
trabalho que temos feito a vários níveis. Queremos melhorar, mas de uma forma sustentada e
isso tem acontecido paulatinamente. Em termos
de equipas é importante referir que temos duas
equipas no principal campeonato nacional, que
é o V. Guimarães e Basquete clube de Barcelos.
Isto para lhe dizer quer somos das poucas associações que contam com dois clubes na principal
competição.
Partindo desse principio
como perspetiva o futuro da
modalidade?
O futuro da modalidade não é risonho, tal como
não é para outra qualquer. Há falta de recursos financeiros, mas no Basquetebol ainda há
um problema estrutural. A liga profissional de
basquetebol foi uma liga aparte da federação. Era
um campeonato onde se gastava rios de dinheiro
BASQUETEBOL
FERNANDO MONTEIRO
Presidente da Associação Basquetebol de Braga
e dirigente do V. Guimarães
HÁ CLUBES
PRESOS POR
ARAMES
e que tinha pouco ou nenhum retorno. As equipas estavam recheadas de jogadores estrangeiros
que ocuparam o espaço da dita prata da casa.
Enfim, isto para lhe dizer que aposta no jogador
estrangeiro em detrimento do português foi duplamente mau: primeiro eram jogadores caros
que levaram muito dinheiro dos clubes e depois
encostaram às boxes jogadores portugueses
com muita qualidade.
equipas fazem sempre os mesmos jogos contra
as mesmas equipas, com os mesmos árbitros,
etc. É preciso uma alteração a esse nível. Nos
campeonatos nível sénior o caminho passava
por convergir os campeonatos. Outra coisa que
seria equacionável era descobrir uma forma para
que haja mais jogos. Um campeonato tem pouco mais de 25 jogos e com este número é muito
difícil evoluir.
Considera que ainda há uma
falta de aposta nos jogadores
portugueses?
Há, mas em certos aspetos o jogador português
também se põe a jeito. Deixe-me explicar-lhe:
há poucos jogadores portugueses com qualidade para jogar nas melhores equipas e como
são poucos pensam que tem a legitimidade para
pedir mundos e fundos. O que acontece é que há
demasiados jogadores estrangeiros. Uns caros,
é certo, outros nem tanto. Os clubes quando
começam a fazer contas rapidamente chegam à
conclusão que eventualmente é mais barato contratar alguém de fora do que um português. Eu
defendo que há que dar espaço aos portugueses,
mas também deve existir bom senso da parte deles. A par disto tudo, os clubes têm a obrigação
de olhar para a formação.
E acha que a solução está
próxima?
Não, por duas razões. Os clubes não têm dinheiro
e a própria federação também não. Daí que esteja
a ser equacionado arranjar uma sinergia para que
o Basquetebol siga outro caminho.
Isso envolveria mais trabalho e isso não nos assusta. O nosso objetivo é o desenvolvimento da
modalidade e no dia que isso não acontecer eu
bato com a porta. Se será benéfica ou não, não
sei. Estou certo, porém, que a federação tomará
a decisão a pensar na evolução da modalidade.
Acabou de falar em sinergias e
as escolas são o principal motor
de busca de novos talentos!
O que está a ser feito nesse
capítulo?
Temos um projeto que é o ‘compal’. São torneios
nas escolas em que, posteriormente, é feita uma
final e uma triagem dos melhores. Isto para lhe
dizer que este tipo de torneios são fundamentais
para descobrir novos talentos. Só com este tipo
de iniciativas é possível captar novos valores.
Acha que o futuro da modalidade
passa pela formação?
Forçosamente! Neste momento estamos, entre
aspas, numa guerra porque pretendemos uma
alteração nos campeonatos da formação porque,
com este modelo, não conseguimos fazer evoluir
o jogador português. Há necessidade de fazer alterações profundas para que novos valores aparecem e com mais qualidade.
O que é que o Basquetebol pode
dar que não tem dado?
Mais atenção. É muito bonito organizar torneios,
finais, entregar prémios e depois não se dar o
devido seguimento. É imperial que quer a modalidade, quer as escolas sintam que podem usufruir
de uma relação mais próxima.
Por falar em evolução há quem
se queixe que a modalidade está
a evoluir a duas velocidades,
concorda?
Completamente! O que acontece é que as principais associações preenchem os principais
campeonatos com os seus clubes colocando as
outras associações numa competição de nível inferior. Ou seja, se pretendemos que a modalidade
evolua é fundamental que as associações estejam todas minimamente equiparadas. Se houver
uma discrepância muito grande é natural que haja
um crescimento a duas ou mais velocidades.
Se lhe dessem oportunidade
de mudar alguma coisa no
Basquetebol o que mudaria?
Mudava muita coisa! A primeira atitude era no que
diz respeito aos campeonatos da formação. As
A Federação Portuguesa de
Basquetebol colocou em cima
da mesa a hipótese de juntar
a Associação de Basquetebol
de Braga com a de Viana
do Castelo? É benéfica ou
prejudicial para as associações?
Qual é a sua principal
preocupação enquanto
presidente da Associação
Basquetebol de Braga?
Acima de tudo é ver que cada vez há menos
clubes e começo a pensar quais vão desistir. Eu
tenho a preocupação de me inteirar e sei que há
muitos clubes presos por arames. Outra situação
é o facto de haver clubes que têm formação e não
têm séniores e outros têm séniores e não têm formação. Tem que haver uma interligação para dar
seguimento e haver um trabalho com consequência sempre devidamente fundamentado.
21
// MAIS DESPORTO
FUTSAL
EM NOGUEIRÓ MORA
UM GRANDE DO
FUTSAL MINHOTO
Em Braga quando se fala de futsal vem à cabeça a equipa sénior da Associação
Social, Cultural e Recreativa de Nogueiró, ASCREDNO. Quem olha para dentro
de uma modalidade em franca expansão no nosso País não pode esquecer este
monstro minhoto.
A
formação de Nogueiró, que se sagrou
campeã no campeonato da AF Braga 1ª
Divisão em 2000/01 e campeã nacional
da III Divisão em 2007/08 vive, por esta altura,
momentos de grande aperto, no que diz respeito
ao nível financeiro e desportivo.
À revista Mais Desporto, o presidente, Vítor Dantas, referiu que este ano tem sido dos mais difíceis desde que está na direção do Clube. Assume
MAIS DESPORTO //
22
a responsabilidade de a equipa estar a lutar pela
manutenção na III Divisão, Nacional, pelo facto
de ter planeado a temporada bastante tarde.
“Assumo a responsabilidade pelo mau início da
temporada, reconheço que foi em cima da hora,
mas fi-lo por uma causa “ASCREDNO”, sinto-me
cansado e estes últimos anos à frente do clube
tem-me desgastado e o que mais me preocupa
é que se não for eu o clube pode fechar portas e
esse seria o meu maior desgosto”, advertiu.
O mau início de temporada permitiu a que a
equipa técnica, liderada por Nelo Darque e Rui
Paredes, tivesse de reforçar o plantel para a segunda volta. Vítor Dantas reconhece que não é
fácil contratar jogadores que praticam a modalidade apenas por carolice, uma vez que o clube
não tem possibilidades de remunerar os atletas.
“Hoje em dia são poucos os que jogam sem ser
FUTSAL
“BONS
DE BOLA” é
uma escolinha de
futsal, criada em parceria
com o Grupo Desportivo
André Soares, para crianças de
ambos os sexos, dos 4 aos 12
anos e que desenvolve as suas
atividades no Pavilhão do Colégio
da Nossa Srª das Graças em
Real (Braga). Os jogos são
realizados Pavilhão
Gimnodesportivo de
Nogueiró
por dinheiro”, reconhece.
Apesar de todas as dificuldades que o clube atravessa, Vitor Dantas promete continuar a lutar
para que o emblema minhoto continue a ser uma
referência do futsal na região norte. ”Lutarei para
dar continuidade a um projeto que já tem mais de
dez anos, com momentos indiscritíveis”, salientou.
O atual presidente adverte, mais uma vez, para as
dificuldades e pede ajuda a tudo quanto aparece.
À Junta de Freguesia pediu para ajudar as camadas jovens, pois considera “ser o futuro do clube”.
Pese embora todas as dores de cabeça, Vitor Dantas sente-se feliz por comandar esta nau que conta com a ajuda da autarquia bracarense para as
deslocações dos atletas nos jogos realizados fora
da cidade de Braga, e pelo facto do ASCREDNO
ter um pavilhão próprio, que é gerido pelo clube
que ajuda a atenuar as despesas realizadas ao
longo da época.
Bons de Bola
são vistos como
investimento
garantido
Outra fonte de empenho do emblema minhoto são
as escolinhas. Este ano apenas com o escalão de
Benjamins, mas, ao que tudo indica, para a próxima época pode receber mais jovens. Para tal, “é
preciso apelar à voluntariedade das pessoas”. O
clube está satisfeito com a evolução, mas ambiciona chegar a outro nível.
A ASCREDNO tem, atualmente, uma equipa de
formação em competição, no caso concreto os
Benjamins Sub-11, orientada pelos irmãos Hélder
e Alexandre Barroso, que semanalmente se dedicam de corpo e alma a formar crianças para a
prática do desporto, também conhecida por Bons
de Bola, o nome que deu início a este projeto em
Janeiro de 2011.
Alexandre Barroso referiu que “nunca é demais
salientar que o objetivo deste projeto é proporcionar oportunidade para que as crianças pratiquem
desporto, possam viver experiências agradáveis,
fazer novos amigos, aprender novas habilidades,
bem como adquirir hábitos de autodisciplina e persistência”.
23
// MAIS DESPORTO
PARAPENTE
Pilotos do
AbouaAboua
vão
sobrevoar
país
D
aniel Pinheiro e Sérgio Oliveira, dois pilotos do clube de parapente AbouaAboua, sediado
em Amares, resolveram criar
um projeto que os levará a
sobrevoar Portugal. ‘iFlyPortugal’ é a designação do projeto que, segundo Sérgio Oliveira, “nasce da paixão que
ambos os pilotos têm por voar”. A iniciativa
tem com objetivo apresentar todo o potencial
da modalidade.
“Portugal, em 2013, será palco de vários
eventos nacionais e internacionais de parapente o que reforça o interesse do público em
geral pela modalidade, em experimentar, praticar e divulgar”, diz Sérgio Oliveira.
Os mentores esperam que até ao início da aven-
MAIS DESPORTO //
24
tura apareçam apoios de entidades que estejam
em sintonia com o projeto. “Será uma excelente
forma de divulgar as regiões que já albergam a
modalidade parapente”, expõe Sérgio Oliveira.
‘iFly’ foi a sigla escolhida por “passar rápido
uma mensagem ao público-alvo”. Os interessados em acompanhar o andamento deste projeto, devem fazê-lo através do site http://www.
iflyportugal.com.
25
// MAIS DESPORTO
FREESTYLE MOTOCROSS
O ÁS
DAS DUAS
RODAS
Ainda é um jovem, mas já leva quase quinze anos de carreira. Ele é uma estrela do
Freestyle Motocross. É natural de Braga e já se fez grande entre os profissionais
da modalidade. Chama-se Diogo Ribeiro, tem 25 anos, e ainda vai dar muito que
falar. Antes que lhe tentem apresentar conheça-o agora mesmo pela mão da
Mais Desporto!
O
amor pelas duas rodas começou
ainda menino. Com sete anos descobriu a forte ligação às motos.
O responsável, diz, “foi o pai”. Deu os primeiros saltos no Trial onde chegou a sagra-se
campeão Nacional. A ligação tornava-se ainda
mais forte. Os títulos aguçaram o interesse e a
vontade de descobrir novos caminhos. Juntou
uns trocos e comprou uma mota de enduro. O
que ele não fazia ideia era o que se seguia. Por
curiosidade, lançou-se às feras e ao Freestyle
motocross. Já lá vão sete anos de amor e nem
MAIS DESPORTO //
26
as quedas o levaram a ponderar deixar tudo
para trás. Pelo contrário. Em Vilaça possuía
um terreno que adaptou a uma mini-pista. Em
colaboração com o pai construiu uma rampa
“para fazer uns saltos”, mas sem entrar em
loucuras. Diogo é extremamente calculoso.
Certifica-se na sua postura em cima da mota
e no seu discurso. Fala com a certeza do que
diz. Não age por impulso. É assim seja no
dia-a-dia, seja a metros do chão . Foi com a
devida precaução que se iniciou neste Mundo.
“Eu comecei devagar. Fui fazendo uns saltos
pequenos depois passei para uns maiores e,
por fim, para uns mais arriscados. Ainda assim, quando cheguei a esta etapa tinha as
anteriores mais do que bem treinadas. Leva
muito tempo aperfeiçoar a técnica”, diz.
Praticou e praticou muito até entrar em
demonstrações. A primeira vez aconteceu em
2007. Um amigo de Setúbal convidou-o e até
hoje não tem parado. Diogo assegura estar
sempre disponível. “Da minha parte nunca
houve algum entrave. Gostava era de receber
ainda mais convites”, refere com um sorriso.
FREESTYLE MOTOCROSS
FALTA DE
ESPAÇOS
PREOCUPA
BRACARENSE
Diogo dá o que tem e o que não tem e deixa claro
que quer progredir. Para haver evolução precisa
de espaço para treinar. Salvo os investimentos
a seu cargo tem pouca ou nenhuma margem
de manobra. “Infelizmente há poucos espaços
aonde se possa treinar Freestyle motocross.
Não tem havido um desenvolvimento quer em
termos competitivos, quer na possibilidade de
aperfeiçoamento. Eu acredito que se tivesse ao
meu alcance mais espaços aonde pudesse treinar já estaria noutro nível. No que depende de mim
sempre que tenho tempo e espaço treino”.
MEIA-DÚZIA DE
PRATICANTES
Este não é o único problema da modalidade.
Há mais e o bracarense desvenda-os. “Portugal ainda está numa fase embrionária, isto
é, não possui condições para o Freestyle ser
reconhecido no nosso país. Isto porque somos poucos praticantes. Pelas minhas contas somos meia-dúzia”. O jovem nomeia os
restantes. “O facto de sermos tão poucos faz
com que não exista uma federação da modalidade e, simultaneamente, não haja uma competição regular. No Freestyle, tal como nas
restantes modalidades, sem competição é muito complicado um atleta
evoluir”, sublinha.
27
// MAIS DESPORTO
FREESTYLE MOTOCROSS
FUTURO PODE
PASSAR POR
ESPANHA
É aqui mesmo que entra em cena a persistência de Diogo Ribeiro. Não baixa os braços e
vai à luta como uma verdadeiro guerreiro do
Minho. Em Sevilha, Espanha, encontrou um
espaço que lhe permite treinar. Mais do que
isso, evoluir. Aliás, muito mais do que isso: tornar-se profissional.
“Em Sevilha tenho a oportunidade de ser
acompanhado. Lá treino com umas condições
MAIS DESPORTO //
28
do melhor que há e,
talvez mais importante que isso, sou supervisionado pelo Dany Torres. Um dos melhores
da modalidade que me dá conselhos chave.
Da última vez que lá estive foram cerca de
duas semanas e considero que evolui mais
nesse período do que em quatro anos. Ao
ser acompanhado tenho um feedback do que
faço, em Portugal treino sozinho e não tenho a
real perceção da forma como executo as manobras”, sustenta. O senhor duas rodas admite que o seu futuro poderá passar pela terra
de nuestros hermanos.
Diogo Ribeiro é atento. É através de vídeos e
pesquisas sobre o assunto que vê o que de
novo se faz. Não diz que não a nenhum exercício, mas demora até mostrá-lo ao público. É
tudo uma questão de aplicação. Diogo insiste
e persiste. Sempre com muita concentração.
Até porque, segundo ele, “há muito boa gen-
te” que tem um conceito errado de
Freestyle Motocross.
“A maior parte das pessoas pensam que o
Freestyle é mais perigoso que o Motocross,
mas estão redondamente enganadas. No
Motocross fazem-se saltos muito, mas muito
mais arriscados em condições bem piores.
Aliás, um maluco não faz Freestyle motocross
por isso mesmo, é preciso muita concentração, muita calma e, acima de tudo, muito
treino. No motocross procura-se adrenalina”.
No entanto, a pergunta impõe-se: Se esta
modalidade é mais segura por que será que
o Motocross tem centenas de praticantes e
o Freestyle apenas seis? A resposta de Diogo Ribeiro foi perentória: “Há uma mentalidade fechada em Portugal. Em Espanha há
centenas de praticantes de Freestyle. É uma
questão de mentalidade e, pelos vistos, os
portugueses ainda não se deram ao trabalho
de querer conhecer a modalidade”, destaca.
FREESTYLE MOTOCROSS
EMPENHADO
EM DIVULGAR A
MODALIDADE
Para não haver mal-entendidos, Diogo Ribeiro já
andou por escolas do distrito apresentar o Freestyle aos mais novos. Este é um dos muitos projetos que o bracarense tem em mente. “Tenho
alguns objetivos em mente. O primeiro está relacionado com o facto de ter comprado um camião
para futuros espetáculos. Neste momento, estou
adaptá-lo e no futuro servirá para demonstrações,
provas, etc. Mais tarde gostava de criar ou ter
um local que permitisse a prática de várias modalidades. Algo que incentivasse a população ao
desporto. Para tal, necessitarei de apoios, obviamente”, adianta.
Até chegar altura, ainda há outros planos em
carteira. “Primeiramente, estou a negociar com
uma empresa o agenciamento da minha carreira. Logo que isso aconteça, tenciono ir para Espanha. Treinar com os melhores e tornar-me muito
melhor do que sou hoje. Quero evoluir”.
Apesar de ainda ser muito novo, Diogo já venceu
muitos prémios, mas há dois que têm um lugar especial na estante. “Um deles foi em 2010, no campo pequeno, quando participei numa prova com
seis internacionais. A segunda foi em 2008, em
Gouveia, quando competi com três profissionais
e fiquei em segundo, sendo eu o único amador”,
momentos que assegura nunca esquecer.
LICENCIATURA
EM ARQUITETURA
FICA PARA
SEGUNDO PLANO
Para além da paixão por motos, este menino
de 25 anos tem um forte amor por arquitetura.
Licenciou-se em arquitetura paisagista, mas diz
que não vê o futuro risonho na área. “Se todas
as áreas estão más a minha está uma desgraça”,
diz com um tom revoltante. Como otimista que é
vê na crise uma ótima oportunidade para apostar
tudo no Freestyle motocross.
Para concluir, este pioneiro caracteriza-se como
um piloto muito calmo, estratégico e que usa e
abusa das bases do Trial, que diz ser fundamental
para o Freestyle. Um menino que cresceu pelas
ruas de Braga, que se apaixonou pelas motos,
que ganhou maturidade no Freestyle e que se
fez homem a metros do chão. Completamente in
love pela modalidade, Diogo quer levar o nome
de Portugal longe com o selo bracarense. Com
ou sem moto, o piloto vai provando que é fibra
do Minho, no fundo, um guerreiro do Minho.
29
// MAIS DESPORTO
FUTEBOL
ONZE DE
RIBEIRINHO
Ribeiro é um dos grandes talentos do futebol amador.
Não teve a sorte de outros e, por isso, nunca chegou ao
nível profissional. Neste momento, defende as cores do
Vilaverdense e é uma das principais armas do clube. Joga
como extremo e as suas fintas intimidam os adversários.
Para a Mais Desporto não foi em fintas e revelou aquele
que é para si o melhor onze de sempre….
ROBERTO
CARLOS
BUFFON
RICARDO
CARVALHO
CRISTIANO
RONALDO
NESTA
PATRICK
VIEIRA
MESSI
ZIDANE
DANIEL
ALVES
RONALDO
FIGO
MAIS DESPORTO //
30
31
// MAIS DESPORTO
CRÓNICA
Os segredos da
Canoagem de
velocidade
Sérgio Faria
A
canoagem é uma modalidade desportiva
multifacetada que engloba pro-vas de
pista, maratona, rios desportivos, águas
bravas, caiaque de mar, caiaque pólo, kayak surf,
waveski, surfski e turismo, pratica-se em caiaque
ou em canoa, sendo modalidade Olímpica na disciplina de velocidade, desde os longínquos Jogos
Olímpicos de Berlim em 1936. As vertentes de
lazer são muito importantes e, em países como
os Estados Unidos da América e Canadá, a canoagem de lazer é uma das principais actividades
de ocupação dos tempos livres. Em Portu-gal, a
competição de pista, dita de “velocidade”, é a
especialidade mais conheci-da e que mais praticantes conquista, tal notoriedade deve-se essencialmente ao excelente trabalho desenvolvido
nas últimas décadas, que culminou na conquista
da primeira medalha Olímpica nos últimos Jogos
Olímpicos de Londres – 2012 (Prata K2 1000m).
Desenvolve-se, normalmente, em canais construídos artifi-cialmente, com 2.000 metros de
comprimento e 3 metros de profundidade, sendo
MAIS DESPORTO //
32
todo o percurso reto e separado por nove pistas
individuais. Estas competições disputam-se em
embarcações muito elegantes, reduzindo, desta
forma, o atrito à água e tornando-se deste modo
muito mais rápidas, mas também muito mais instáveis. São denominadas de caiaque
(K), as quais o atleta
rema sentado com
uma pagaia, e de
canoa (C), as quais
o atleta rema de joelho com uma pá.
As distâncias olímpicas regulamentares compreendem
actualmente os 200,
500 e 1000 metros, de ambos os géneros, nas
categorias de K-1, K-2, K-4, C-1 e C-2, sendo
que a letra corresponde ao tipo de embarcação
e o algarismo o número de tripulantes. Podemos
concluir que a modalidade está actualmente com
uma boa “remada”, tendo a nossa Selecção Nacional de Canoagem, nas provas interna-cionais,
conquistado o seu espaço sendo altamente temida pelas grandes potên-cias. A nível nacional, o
Minho continua, sem sombra de dúvida, a ser a
grande incubadora
de talentos e, ano
após ano, novos valores despertam para
a modali-dade.
CANOAGEM
VILA DE PRADO
RECEBE CAMPEONATO
EUROPEU DE
CANOAGEM
que encararemos com muita vontade e determinação porque, para além da competição, é
uma iniciativa capaz de valorizar os recursos
naturais e as pessoas. Por isso mesmo, é um
evento que vai mobilizar todos os agentes de
promoção e desenvolvimento do território,
a nível da gastronomia, do artesanato, das
nossas casas de turismo, a potencialidade do
território e dos nossos recursos naturais que
vão promover a visibilidade e o enriquecimento socioeconómico do concelho”, mencionou.
A
vila de Prado recebe, de 6 a 9 de Junho, o campeonato europeu de maratonas em canoagem, que registará a
presença de cerca de 400 atletas, em representação de 25 países. O evento foi apresentado à imprensa pelo comitê organizador de
2013 ECA Canoa maratona European.
A sala foi pequena para todos os amantes da
modalidade. A cerimónia realizou-se nas instalações do Clube Náutico de Prado e contou com a presença Mário Santos, Vice-Presidente da Associação Europeia de Canoagem
e presidente da Federação Portuguesa de
canoagem, António Vilela, presidente Câmara
Municipal de Vila Verde, e José Ramalho,
campeão europeu em K1 e medalha de prata
no Campeonato Mundial de 2012 em Canoa
Maratona.
Esta é a primeira vez que Portugal organiza
um campeonato desta dimensão. Em Junho
todos os caiaques pararão nas instalações do
Clube Náutico de Prado. A organização está a
cargo do clube pradense, da Câmara Municipal de Vila Verde e da Federação Portuguesa
de Canoagem.
Horácio Lima, presidente do clube pradense,
considerou, na apresentação da prova, que o
“voto de confiança depositado no CN Prado
como parceiro para a organização do evento
é o reconhecimento do trabalho realizado ao
longo dos anos, em prol do desenvolvimento
da canoagem”, disse. Lima mostrou-se orgulhoso pela organização e motivado para a
realização do evento onde referiu que as expectativas são elevadas.
António Vilela diz
que esta é uma
oportunidade
de ouro para o
concelho
Paulo Gomes
entusiasmado
com a prova
Paulo Gomes, presidente da Junta de Freguesia de Prado, evidenciou a sua alegria pela
organização da prova. “É com enorme regozijo
que em nome de todos os pradenses vamos
acolher a prova maior a realizar na região norte
da modalidade, situação que só é possível
porque aqui existe um clube que é exemplo e
referência, a nível nacional e internacional, na
formação de jovens”, disse.
António Vilela, presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, apresentou-se orgulhoso com a realização da prova nas margens
do cavado anunciando que está é mais uma
forma de projetar a região a nível Internacional, deixando claro que o apoio da autarquia
a esta prova vai ser total. “Este é um desafio
33
// MAIS DESPORTO
AUTOMOBILISMO
FAGGIOLI VOLTA A
SER O MELHOR NA
RAMPA DA FALPERRA
Faggioli foi rei e senhor da Rampa da Falperra. A exemplo no ano passado o
italiano foi o mais rápido e conquistou a 34.ª edição. Para além de arrecadar o
troféu, Faggioli bateu o recorde . O melhor tempo da Falperra pertenceu agora ao
italiano que registou 1m,51, 365 segundos, o que corresponde a uma média de
mais de 168 km/h. O Campeonato de Portugal de Montanha foi discutido até ao
baixar da bandeira xadrez onde Tiago Reis bateu Pedro Salvador.
S
imone Faggioli. Este italiano não tem
dado hipóteses aos concorrentes. Foi
assim no ano passado e em 2013. Na
34.ª Rampa da Falperra o piloto, ao volante do Ossela FA 3, justificou o porquê de ser
o campeão europeu. Na estrada bracarense
MAIS DESPORTO //
34
não deu hipótese à concorrência e escreveu
o seu nome na história da prova. Faggioli bateu o recorde da subia e mantém a hegemonia
no Campeonato da Europa. No que toca ao
campeonato português o cenário é diferente.
Pedro Salvador ainda pregou um susto a Tiago
Reis, mas este viria a ser o melhor na Rampa da
Falperra. Nem o problema do alternador condicionou o desempenho de Reis que acabou com
uma vantagem de três décimas sobre Salvador.
Paulo Ramalho completa o pódio alcançando a
terceira posição.
AUTOMOBILISMO
Tiago Reis na frente
do Campeonato
português de
Montanha
Tiago Reis conquistou a segunda vitória consecutiva no Nacional depois de uma noite de
muito trabalho para solucionar o problema
elétrico do Norma. Tiago Reis deu o máximo
e colheu os louros de uma noite atribulada
onde a desistência foi posta em cima da mesa.
“Estou muito contente com esta vitória, pois
ontem cheguei mesmo a equacionar desistir,
depois do problema de alternador e se agora
estou a festejar devo-o aos meus mecânicos”,
disse.
Pedro Salvador acabou no segundo posto e
mostrou-se contente com o resultado tendo
em conta algumas condicionantes. “Foi um
fim-de-semana de aprendizagem, em que tive
que aprender como guiar e como afinar o Silver
Car. Recebi o carro esta semana e a primeira
vez que me sentei nele e o guiei foi ontem. Portanto, com todas estas condicionantes e com
a certeza de que este não é o traçado
mais favorável ao carro, estou muito
contente com o resultado”, sublinhou.
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35
// MAIS DESPORTO
AUTOMOBILISMO
Rui Costa foi o mais
forte nos clássicos
Rui Costa, ao volante de um Ford Escort RS, esteve imparável nos clássicos. O piloto português
mostrou toda a sua qualidade e ainda venceu os
H75.
Nas restantes classes, Jorge Loures no Ford
Cortina foi o único participante nos Históricos
até 65, Pedro Fins foi o melhor nos H71com o
Lotus Elan, Hélder Silva fez o melhor resultado
dos Históricos de 81 com o BMW. Nos H85 Rui
Setas num Renault 5 GT Turbo foi o mais rápido.
Jovem bracarense Barbosa Ferreira
Rui Dinis estreoufaz balanço
se com um Aston positivo
Martin
O jovem bracarense Rui Dinis estreou-se Rampa da Falperra ao volante de um Aston Martin
da equipa veloso Motorsport. À terceira corrida do Campeonato Português de Montanha,
cumpriu os 5,2 km em 2m29s.461, a uma
média de 125.25 km/h. Rui Dinis acabou na
10.ª posição.
MAIS DESPORTO //
36
Barbosa Ferreira, presidente do Clube Automóvel do Minho e diretor da 34.ª edição da
Rampa da Falperra, fez um balanço positivo
da prova. Após o término das corridas, Barbosa Ferreira destacou a obtenção de recordes
entre pilotos e o reforço de segurança. “Nós
reforçámos a segurança, passiva no que diz
respeito aos rails, porque os pilotos arriscam
e as máquinas cada vez estão melhores. Arriscam mais em função daquilo que vêm e
daquilo que sentem. Quando sentem segurança, estão mais habilitados para arriscar”.
Para o diretor da prova a Rampa da Falperra
“pode ser considerada um sucesso”.
FUTEBOL
COIMBRA TEM MAIS
ENCANTO INVADIDA
POR GVERREIROS
P
or momentos, Coimbra perdeu o preto
das tradições académicas e foi invadida
por uma legião de Gverreiros do Minho.
O SC Braga foi à cidade dos estudantes disputar a final da Taça da Liga e arrastou milhares de
adeptos. De autocarro, comboio ou carro todos
os caminhos foram dar a Coimbra. Os bracarenses chegaram equipados a rigor e deram
outra cor ao distrito do centro do país.
À chegada o ponto de encontro foi nas imediações do Estádio Cidade de Coimbra. Tempo
para ensaiar uns cânticos, beber umas cervejas
e consolar o estômago. Como verdadeiros minhotos, grande parte dos adeptos arsenalistas
levou a mítica merenda. Muita comida, mas,
sobretudo, muita bebida. Partilhada até com
quem nunca se viu na vida, certo é que os
Gverreiros do Minho de bancada deram uma
verdadeira lição de tática no campeonato da
solidariedade. Se no relvado foram os jogadores que brilharam, fora dele os adeptos do
SC Braga não estiveram em pior performance.
Em Coimbra ou em Braga fizeram uma festa de
fazer inveja a qualquer clube.
37
// MAIS DESPORTO
CRÓNICA
Futebol de ataque,
com contenção
defensiva na
cerca
O
futebol vive dias cada vez mais difíceis. Já não há por onde fugir a esta
realidade. Os campeonatos profissionais estão repletos de clubes falidos, desde
a primeira liga ao campeonato da 3ª divisão.
Grave, muito grave. Mas gravíssimo é o facto
de esta situação se estender aos campeonatos distritais, com clubes que, naturalmente, já
vivem o dia-a-dia com dificuldades económicas.
Alguns clubes fazem “das tripas coração” para
pagar prémios a jogadores seniores, para assegurar equipamentos a todas as suas equipas,
até para garantir o “lanchinho” no final dos jogos, para todos os seus jogadores da formação.
Recentemente, mais um dilema surgiu no panorama futebolístico do nosso país. As requisição
de forças policiais para os jogos deixa de ser
obrigatória e a falta de dinheiro dos clubes levam
ao óbvio. A não obrigação de requisição “obriga” os clubes a realizarem os jogos sem forças
de autoridade, evitando assim mais um gasto. A
crise aperta, os portugueses estão “sensíveis” e
os campos de futebol têm uma nova nuance. Há
uma linha que separa o bom espectáculo futebolístico produzido dentro das quatro linhas e a
tensão na assistência, que pode ser despontada
por um simples lance duvidoso ou um “bate-boca” na bancada entre adeptos ou familiares de
jogadores. E, diga-se, é uma linha demasiado
transparente que injustifica esta decisão de
contenção de custos. Já há registos de jogos
interrompidos por situações similares. E se o futebol é um espectáculo, que tem de transmitir e
provocar emoção e alegria, estes condimentos
não se podem tornar negativos. Não faz sentido
um pai de um miúdo, que jogue num qualquer
clube da nossa região ou país, levar o seu filho para um jogo, sabendo que o mesmo corre
perigo. O bom senso tem de vigorar para que o
próprio desporto continue a ser um local e um
MAIS DESPORTO //
38
momento de convívio,
de alegria e, no caso de
escalões de formação, de
alguma pedagogia e educação/formação.
Não é muito positivo abordar este
tipo de temas e gostaria de privilegiar
qualquer tema futebolístico intrínseco
ao jogo em si, às equipas e seus jogadores, às tácticas e outros aspectos de
jogo. Contudo, é inevitável referir a situação gravosa pela qual o futebol pode enveredar com a falta de policiamento nos estádios e
campos de futebol, provocada por quem define
e produz a lei, e que permite aos clubes darem
mais um passo na “contenção defensiva” da
sua situação económica. Portanto, faço um
sublinhado, terá de imperar o bom senso entre
todos os intervenientes do espectáculo desportivo, incluindo os adeptos e assistentes de cada
partida. Porque será mesmo de fora do relvado
que poderão, inclusive, nascer os problemas no
seu interior, entre jogadores e com a própria equipa de arbitragem.
O futebol nunca perderá, por seu turno, o seu
lado mais positivo. E a Associação de Futebol
de Braga faz parte da história do futebol português. Está a celebrar o seu 90º aniversário e
pode regozijar-se de ter uma gestão equilibrada e de ter crescido exponencialmente ao longo das últimas décadas. Os seus associados
mais mediáticos são forças vivas no panorama
futebolístico português. Pode-se orgulhar de
ser a única associação de futebol com quatro clubes no campeonato primodivisionário.
Sporting de Braga, Vitória de Guimarães, Gil
Vicente e Moreirense são quatro emblemas
de respeito no futebol português e na primeira
liga. Aliás, existe hoje um Braga com um vin-
culo europeu. É desta forma que a AFBraga se
afirma como a maior associação futebolística
do país, contando ainda com o ponto alto da
Taça UEFA das Regiões, realizada no Minho
e conquistada pela Selecção da Associação
de Futebol de Braga. Um Selecção com jogadores amadores de equipas do distrito, que
mostraram a sua valia e uma grande qualidade,
apesar da sua juventude. Este momento alto foi
muito importante para ficar bem demonstrada a
qualidade da formação nas equipas do distrito.
As equipas da AFBraga apostam na formação
e há resultados evidentes, que seriam ainda
mais gritantes e mais produtivos se houvesse
mais dinheiro, mais crianças e, possivelmente,
a tão esperada academia do Braga. Entretanto,
há exemplos recentes que dão crédito às formações minhotas: Hugo Vieira, Nelson Oliveira, Bruno Gama e os mais experientes Quim e
Hugo Viana, mostram de forma clara o talento
e qualidade proveniente da nossa região. O que
se pode desejar à AFBraga? Venham mais 90,
com mais êxitos das suas equipas nos campeonatos nacionais, a mesma competitividade
nos seus campeonatos distritais e a sua óbvia
excelência na formação. Mais jogadores minhotos triunfarão.
DESPORTO
GALARDÕES
‘A NOSSA TERRA’
Valores minhotos distinguidos
O
s Galardões ‘A nossa Terra’ proporcionou mais uma noite repleta em
emoção. Mais um tributo a cidadãos
e entidades que se destacaram em ações de
relevo em prol do concelho e nas mais variadas
áreas. A XVI edição dos Galardões ‘A Nossa Terra’, a exemplo das anteriores, premiou pessoas
com mérito e valor.
José Ferreira, responsável da Direnor e mentor
do evento, lembrou que nos tempos que correm é cada vez mais difícil levar em frente um
evento desta envergadura. “É muito difícil pôr
de pé uma iniciativa como esta que envolve largas centenas de pessoas, empresas e personalidades do concelho. Uma iniciativa que só se
torna possível pelo percurso que fizemos para
trás, ou seja, seria muito difícil se estivéssemos a
iniciar hoje este processo e ele vingasse”, disse.
A casa comercial ‘Pic Pic’ foi a primeira distinção
da noite no sector do ‘Comércio/Serviços’. No
sector ‘Industrial’ o galardão foi entregue à empresa de metalurgia, ‘Etma’. Na categoria da
‘Restauração/ Pastelaria/Hotelaria’ foi distinguido o restaurante ‘Cozinha da Sé’. A médica Cristina Nogueira Silva arrebatou o prémio
‘Juventude’. O grupo de música tradicional e
popular portuguesa, ‘Canto D’Aqui’ recebeu
o galardão ‘Música’. Nas ‘Artes Tradicionais e
Populares’ foi distinguida Ana Maria Azevedo.
João Araújo, coordenador geral do Núcleo de
Braga do Corpo Nacional d Escutas foi distinguido na área do ‘Associativismo’. Fernando
Pinheiro foi distinguido com o galardão ‘Artes
e Cultura’. A A.R.C.U.M.- Associação Recreativa e Cultural Universitária do Minho levou o
galardão ‘Associação Cultural e Recreativa’. No
‘Desporto’ a distinção coube a Melissa Antunes,
jovem atleta que se destaca no futsal e no futebol de onze. A noite de gala consagrou ainda
a ‘Associação de Basquetebol de Braga’ com
o troféu ‘Associação Desportiva’. Na categoria
de ‘Organismo Público’ o reconhecimento foi
para o trabalho desenvolvido pelo Regimento de
Cavalaria de Braga e Panoias foi a junta galardo-
ada na edição deste ano. Cecília Leão venceu
na categoria ‘Ciências e Educação’ e o galardão
‘Entidade Área de Ensino’ foi entregue à EB 2,
3 de Lamaçães. O prémio ‘Altruísmo’ foi para o
padre Roberto Mariz pelo seu trabalho em prol
da comunidade. À Santa Casa da Misericórdia
de Braga, que este ano comemora 500 anos,
foi atribuído o galardão ‘Instituição de Solidariedade Social’. O troféu ‘Evento’ foi atribuído à
Rampa da Falperra. O prémio ‘Carreira foi para o
Cónego António Macedo’ e o galardão saudade
coube ao advogado António Pedro Losa. Com
o galardão ‘Personalidade’ foi distinguido Emanuel Silva. O Conservatório de Música Calouste
Gulbenkian arrecadou o prémio ‘Entidade’.
Convém recordar que os regulamentos não permitem que uma identidade ou personalidade
seja premiada mais do que uma vez na mesma
categoria.
39
// MAIS DESPORTO
DEPORTO ADAPTADO
APD BRAGA VENCE
TAÇA DE PORTUGAL
A
APD Braga venceu, por 58 – 47, a final
da Taça de Portugal do Campeonato
de Basquetebol em cadeira de rodas.
A partida foi disputada Pavilhão Municipal do
Casal Vistoso, em Lisboa, frente à APD Sintra.
Depois ter afastado a APD Leiria no dia anterior, por 62 – 31, a equipa bracarense vence,
pela primeira vez na história da equipa, a Taça
de Portugal.
Depois de um fim-de-semana de vitórias, em
que os bracarenses derrotaram as equipas
APD Leiria e APD Sintra, vencedora da Taça
de Portugal em 2012 e a campeã nacional
MAIS DESPORTO //
40
da época de 2012, respetivamente, a equipa prepara-se para disputar a meia-final do
Campeonato Nacional frente a Sintra, que derrotou no passado fim-de-semana.
“A final da Taça disputada no passado
fim-de-semana foi uma partida difícil e emocionante, que colocou à prova a resiliência,
capacidade técnica e estratégica dos nossos
atletas, que enfrentaram uma APD Sintra forte
e que chegou a conseguir a vantagem. No
entanto, após mudanças de estratégia, conseguimos afirmar a liderança que nos trouxe
a nossa primeira Taça. A primeira de muitas.
Acreditamos!”, refere explica Ricardo Vieira,
técnico da APD Braga.
Para o Campeonato Nacional, as expectativas do mesmo responsável são positivas,
“com uma motivação e estímulo psicológico
favorável devido aos excelentes resultados
obtidos na Taça. No entanto, a APD Sintra não
é uma equipa fácil, pelo que para já, estamos
concentrados em continuar a trabalhar arduamente, como temos feito até aqui. Trabalho e
espírito de equipa serão o nosso maior aliado
dia 18.”
FUTSAL - AF BRAGA
Ficha de Jogo (Final da Taça):
APD Braga:
M, Dias (33); A, Azevedo (6); F, Carneiro (7); J, Palmeira (2); J, Silva (4) – Cinco inicial
F, Costa; M, Vieira; J, Gomes (6); J, Ribeiro; R, Mendes; S, Nogueira; H, Morgado
APD Sintra:
I, Levy (4); P, Gonçalves (17); J, Cardoso; R, Lourenço (8); R, Nicolau – Cinco inicial
P, Dias (18); J, Monteiro; J, Delgado; P, Fonseca
41
// MAIS DESPORTO
OUTROS ASSUNTOS
A elegante
melancolia do
crepúsculo
O Grupo de Taekwondo de Prado tem sido uma pedra fulcral na
evolução, desenvolvimente incentivo à prática da modalidade, que já
persiste na vila de Prado há mais de 24 anos.
Por intermédio das aulas ministradas pelo instrutor Paulo Gonçalves,
alguns dos praticantes da vila têm obtido troféus a nível nacional e,
neste momento, existem vários cinturões negros no ativo. O Gymnoprado, local onde Paulo Gonçalves treina os atletas, e o Grupo Desportivo
de Prado celebraram uma parceria que foi apresentada de forma oficial
no passado dia 18 de Março nas instalações do GD Prado. Os envolvidos na parceria agradeceram a disponibilidade e confiança que neles foi
depositada pela direção do GD Prado.
Camané visita
Centro Cultural Vila
Flor este Sábado
Camané sobe ao palco do Centro Cultural Vila Flor para apresentar, pela
primeira vez, o seu mais recente disco, uma coletânea com alguns dos
seus maiores sucessos, que inclui ainda temas originais.
Desde 1995 que os discos de Camané se têm tornado grandes sucessos,
todos eles com caraterísticas próprias e bem definidas. Se em “Do Amor
e dos Dias” Camané reuniu as suas Songs of Love and Hate e nos conduziu “pela intrigante paisagem sentimental de que somos capazes, muitas
vezes sem sequer nos darmos conta do caminho que estamos a percorrer” (Carlos Vaz Marques), 2013 será o ano de reflexão musical, fazendo
uma viagem pela sua carreira, com o lançamento de uma coletânea. Mas
como a arte de Camané é a procura constante de boas canções, de contar
histórias e o que nelas está escondido, este trabalho irá contemplar também alguns temas novos, inéditos e surpreendentes. O primeiro concerto
da tournée de lançamento deste novo disco irá ter lugar em Guimarães, no
Centro Cultural Vila Flor.
Aurea no
Theatro Circo
Aurea apresenta Soul Notes Acústico. Com a edição do novo álbum, Aurea
inicia uma nova etapa do seu percurso, apresentando nos palcos nacionais
e internacionais um espectáculo que conta com um alinhamento, cenário e
energia renovados, cheio de Soul Notes.
Acompanhada por cinco músicos da sua banda, Aurea apresenta-se agora
num concerto em que a proximidade com o público é ainda mais evidente,
mais marcante, mais envolvente.
Soul Notes é constituído exclusivamente por temas originais e segue a
linha de composição do primeiro trabalho. Nesse sentido, o novo álbum
- gravado e produzido pela Blim Records -, apresenta um conjunto de
canções intemporais que irão deliciar os amantes de música. Não fossem
elas reflexo de episódios, vivências e emoções que inspiraram Aurea e que
por todos os motivos, a cantora desejou partilhar com o mundo em Soul
Notes. O espetáculo está marcado para 11 de Maio, às 21H30.
MAIS DESPORTO //
42
José James inicia
digressão em
Guimarães
José James é uma espécie de fenómeno, um esgrimista da voz, além de
um good looking guy. Jovem, bonito, com um timbre sublime, presença de
palco, bandleader, virtuoso, criativo, com uma banda que daria um capítulo
à parte. Através de uma fusão estruturada de jazz, soul e hip-hop, a sua
música transcende as fronteiras dos géneros. Tendo já gravado com Chico
Hamilton, McCoy Tyner e Junior Mance, José James vem agora a Portugal
apresentar o seu mais recente trabalho, “No Beginning No End”, editado
pela Blue Note. Ver e ouvir José James é uma experiência de alto grau de
deleite, seja ele visual ou auditiva. Guimarães, Porto e Lisboa têm o prazer
de acolher um dos artistas de momento, considerado por muitos uma futura lenda! Como alguém disse certo dia “he has the Gift”… Ou em português
bem claro, ele tem o dom! Um concerto obrigatório.
43
// MAIS DESPORTO
MINÍMAS
CICLISMO
Taça de portugal de
juniores realiza-se
em palmeira no dia
12 de maio
TAEKWONDO
GD Prado e
Gymnoprado
celebram parceria
O Grupo de Taekwondo de Prado tem sido uma pedra fulcral na
evolução, desenvolvimente incentivo à prática da modalidade, que já
persiste na vila de Prado há mais de 24 anos.
Por intermédio das aulas ministradas pelo instrutor Paulo Gonçalves,
alguns dos praticantes da vila têm obtido troféus a nível nacional e,
neste momento, existem vários cinturões negros no ativo. O Gymnoprado, local onde Paulo Gonçalves treina os atletas, e o Grupo Desportivo
de Prado celebraram uma parceria que foi apresentada de forma oficial
no passado dia 18 de Março nas instalações do GD Prado. Os envolvidos na parceria agradeceram a disponibilidade e confiança que neles foi
depositada pela direção do GD Prado.
Pontuável para a Taça de Portugal de Juniores, disputa-se no dia 12
de Maio o 11º Circuito de Palmeira / Prémio Peixoto Alves, prova que
homenageará a velha glória do ciclismo português e vencedor da Volta a
Portugal de 1965. O início está marcado para as 10 horas (Centro Cívico
de Palmeira, Rua Belo Horizonte) e o final previsto para as 12h16 (junto
à Igreja de Palmeira, Travessa de Mira Cávado).
BOCCIA
Domingos vieira é
campeão regional
norte de boccia bc 4
Domingos Vieira voltou a fazer das suas. Desta vez, o atleta do SC Braga sagrou-se campeão regional e levou, mais uma vez, o nome do clube
ao pódio. A glória foi alcançada no campeonato nacional de Boccia
da zona Norte. Para além de Vieira, o SC Braga fez-se representar por
Carlos Clemente (BC1), Joaquim Soares (BC2), Joana Pereira (BC4) e
Alexandrina Oliveira (BC1).
Ténis
BASQUETEBOL
Equipas de cadetes
femininas do sc
braga em destaque
A Equipa de Cadetes Femininas do SC Braga obteve uma importante vitória
com a ED Viana (70-60), até esta jornada líder invicta, demonstrando a qualidade da equipa. O encontro não se adivinha fácil e as bracarenses levaram o
jogo para prolongamento a poucos segundos do tempo regulamentar. Nesse
período foi mais forte conseguiu uma vantagem de dez pontos que lhe garante a liderança do Torneio Interassociações.
MAIS DESPORTO //
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Joana Ferreira
sagra-se campeã
regional absoluta
Joana Ferreira (Clube de Ténis de Braga) e Raquel Mateus (JIC) sagraram-se campeãs regionais absolutos em pares femininos no decorrer do
campeonato Regional Absoluto, prova rainha da Associação de Ténis
do Porto aberta a todos os escalões etários, e que decorreu nas instalações do Ginásio Clube Vilacondense. Em representação do C.T. Braga
estiveram Teresa Santos, Joana Ferreira, Afonso Faria, Alexandre Silva e
Francisco Caldas. Nas instalações do Ala de Nun’Álvares de Gondomar
receberam o seu segundo Torneio Juvenil, prova oficial destinada aos
escalões de sub 14 e sub 18.
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DIOGO RIBEIRO - Minho Actual