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20 de julho de 2015 – Segunda-Feira - # 1.587
Parque Eólico Chapada do Piauí I está em fase de teste
Monyse Damasceno – Portal do Governo do Estado do Piauí – 18/07/2015
A primeira etapa da obra está sendo finalizada e será entregue no fim do mês de julho.
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Uma grande aposta do Governo do Piauí para o desenvolvimento do Estado são as fontes de energia renováveis.1
Entre os investimentos está o Complexo Eólico Chapada do Piauí I, localizado na Chapada do Araripe, divisa entre
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Subestação de Curral Novo do Piauí (Foto:Divulgação)
os estados do Piauí e Pernambuco. As condições favoráveis dessa região movimentam um sistema de captação e
transformação de energia eólica em energia elétrica que se destaca nacionalmente nos quesitos tecnologia e
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potencialidade.
Dentro desse complexo está o Parque Picos que gera 205,1 MW (MegaWatts) de potência. A energia produzida S
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esse parque vai alimentar a cidade de Picos, região Sul do estado, por meio da parceria entre a Chesf e a empresa
norte-americana ContourGlobal, com um investimento de R$ 830 milhões. “Essa obra é importante para o Piauí xe
para o Brasil, pois é um avanço da tecnologia para a geração de energia”, enfatiza o engenheiro da Chesf, Airtont
Freitas.
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A primeira etapa da obra já está sendo finalizada e será entregue no fim do mês de julho, de acordo com o
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secretário de Mineração, Luiz Coelho. A segunda etapa, que será entregue em janeiro de 2016, visa acrescentar 180
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MW, totalizando em geração de energia pelo Parque Picos 385 MW de potência.
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O Complexo
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O Complexo Eólico Chapada do Piauí I envolve mais duas obras grandiosas que dão continuidade ao processo dos
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parques eólicos. A Subestação Curral Novo do Piauí II, que está situada na Serra do Inácio, é responsável pela
captação e elevação da potência da energia eólica, já transformada em energia elétrica, produzida pelos parques do
Complexo, além de jogar essa energia na rede de transmissão. A obra abrange os municípios piauienses de
Bethânia e Curral Novo, além de Santa Filomena, no estado do Pernambuco, possuindo a capacidade de receber
1200 MW e de absorver dos parques 230 QW (QuiloWatts), o que elevará a produção para 500 QW, o que a torna a
maior subestação para energia eólica do Brasil.
Parque Eólico Ventos de Santo Onofre( Foto: Divulgação)
Outro investimento importante é a rede de transmissão, responsável por dar destino à produção de toda a energia do
Complexo Eólico. “Toda a energia elétrica não tem um endereçamento específico. Essa energia é disponibilizada
por uma rede de transmissão que alcança o consumidor onde ele estiver”, explica Airton Freitas. Dessa forma, a
energia renovável produzida no Piauí pode alcançar pessoas do Brasil inteiro, como será o caso de Minas Gerais e
Paraná, que já compraram parte dessa energia e são destinos certos.
Essas obras são grandes investimentos na produção energética do Piauí e que em curto prazo já beneficiam a
população de cidades como Marcolândia, Simões, entre outras do Sudeste piauiense. Dos R$ 6,2 bilhões de reais
em investimentos, cerca de R$ 1 milhão é pago aos pequenos proprietários rurais por meio do contrato de
arrendamento, além dos 5000 empregos diretos ao longo de toda a construção das obras e do estímulo à formação
profissional e ao empreendedorismo.
O calendário de atividades do Governo conta com outras obras e projetos em torno da potencialização da energia
eólica no Piauí, a construção e reparo de mais cinco parques estão agendadas até o fim de 2019, além da
implantação de 310 quilômetros de linhas de transmissão a serem construídos.
Setor ignora crise, cresce 2GW/ano e busca 10% da matriz elétrica
Cleber Dione Tentardini – Jornal Já – 17/07/2015
Elbia Gannoum, presidente executiva da Abeeolica / Foto Divulgação
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A Associação Brasileira de Energia Eólica – ABEEólica projeta chegar no ano de 2020 com 20GW de capacidade
instalada no país, o que representa 10% da matriz elétrica nacional.
O otimismo da entidade, que reúne cerca de 100 empresas, baseia-se no desempenho apresentado até agora, em
meio à crise econômica.
O setor tem hoje no país uma potência instalada de 6,6GW, o que dá 5% da matriz. Até o final do ano, serão
acrescidos mais 3,2GW, já em construção. Outros 14GW foram vendidos no último leilão de energias renováveis,
realizado pelo governo em abril. A cada ano, estão sendo vendidos entre 2 e 3GW.
“Vamos chegar em 2019 com 18GW instalados”, comemora a presidente da ABEEólica, Elbia Gannoum. A
executiva mineira falou com exclusividade ao JÁ sobre os principais avanços do setor e aproveitou para anunciar a
criação de uma rede de intercâmbio de tecnologias e experiências visando fortalecer a cadeia produtiva de energia
eólica.
Como estão os investimentos em energia eólica?
Elbia Gannoum – Hoje, pela primeira vez, o Brasil possui política para a energia eólica e promove debates e
eventos internacionais. Isso é importante para mostrar à sociedade o que a pesquisa científica traz de efeitos para a
economia. O Brasil é o segundo país mais atrativo do mundo em fontes renováveis, só perde para a China. No ano
passado, foi o quarto país que mais investiu no setor. Já é a décima economia em capacidade instalada de energia
eólica.
Essa crise não afetou o setor ?
O Brasil está enfrentando dificuldades de abastecimento devido à queda dos níveis dos reservatórios das
hidrelétricas, então, com crise ou sem crescimento, o país tem que contratar energia, manter a capacidade instalada,
e aí entra a necessidade de investimento em energia eólica. De cinco anos para cá, 50% da energia contratada no
país foi de energia a partir dos ventos porque é a segunda fonte mais barata do Brasil. A terceira fonte é 30 ou 40
reais mais cara. É o único setor que está crescendo, o único que está gerando empregos. Ano passado a indústria
eólica criou 37 mil empregos, enquanto nos demais setores foram fechados 100 mil postos de trabalho.
Quanto ao preço, só perde para a energia hidrelétrica. Qual foi o preço praticado no último leilão, em abril?
O preço do último leilão de energias renováveis se mostrou bem defasado em relação ao custo de produção da
eólica, porque as condições macroeconômicas mudaram muito no último ano. Câmbio, financiamento, taxa de juros
a longo prazo, participação do grau de financiamento do dinheiro do banco versus do acionista, então essas
mudanças que aconteceram de um ano pra cá pressionaram muito os custos de produção. Além disso, tem o fato de
as empresas terem de nacionalizar os produtos torna mais caro. O preço foi de R$ 179 por MWh, hoje nós
entendemos que tem de ser R$ 210. A energia vendida para a Usina Eólica Cerro Chato (Santana do Livramento)
foi de R$ 131, mas em valores atualizados é de R$ 205.
A produção de uma usina eólica no Brasil está muito aquém da capacidade instalada?
Estamos adaptando e estudando a tecnologia de ponta dos aerogeradores, que ainda vem de fora. Mas o nosso fator
de produtividade é da ordem de 50%, ao contrário da média mundial que é de 30%. Porque nós temos dos melhores
ventos do mundo.
Na época em que surgiram os primeiros parques no Brasil, nós fazíamos medições da velocidade do vento a 50
metros de altura. Então nos primeiros parques de Osório o cálculo era de que a produção média seria de 30% da
capacidade instalada, a mesma da Europa. A tecnologia mudou. Hoje são feitas medições a 120 metros do chão. E a
eficiência dos equipamentos melhorou bastante. A produção de energia eólica no Brasil está caminhando
rapidamente para assumir uma posição de liderança no mundo.
O Mapa Eólico foi atualizado em todo o país ?
Se antes, em 2001, quando foi feito o Mapa Eólico, o potencial de capacidade instalada no Brasil era de 143 GW,
hoje é superior a 400 GW. Ainda não se tem o número exato porque somente dois estados atualizaram seus atlas: o
Rio Grande do Sul tem 195 GW, a Bahia tem outros 195 GW. Aí, já temos quase os 400 GW. Então, esse potencial
é bem maior com essas novas tecnologias. Estamos, inclusive, criando uma rede que facilite a comunicação e a
troca de tecnologia entre os especialistas.
Como vai funcionar essa rede?
É a Rede Brasileira de Inovação de Energias Renováveis Complementares. Vai reunir pesquisadores, investidores e
financiadores de projetos de energia eólica. A ideia é colocar uma plataforma na Internet. O projeto está pronto e na
fase de captação de recursos. O objetivo é facilitar a troca de tecnologias e experiências e fortalecer a cadeia
produtiva de energia eólica.
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A indústria nacional de equipamentos eólicos está acompanhando o crescimento das usinas?
A exigência de conteúdo nacional está associada ao financiamento, pois 95% dos parques construídos no Brasil são
financiados pelo BNDES, logo tem de ser aplicada a política de nacionalização. A partir de 2010, quando se deu o
processo de crescimetno do setor, o programa de nacionalização da indústria de energia eólica, que já existia desde
o Proinfa (2002), começou a ser implementado com rigor. A partir de 2013, esse programa foi mudado e se tornou
mais exigente. Hoje, 80% das turbinas em parques eólicos no Brasil têm que ser nacionalizadas. Há um processo de
implementação gradual da nacionalização, que termina em junho de 2016. Estamos vivendo o auge dessa
nacionalizaçação e construindo, de fato, uma cadeia produtiva de energia eólica.
Mas há parques menores que não precisaram dos recursos do BNDES
Sim, esses parques que não pegaram dinheiro do BNDES compram equipamento diretamente de outros países. Não
tÊm esse impedimento e nem é bom que tenham mesmo, porque não faz sentido querer vetar o capital estrangeiro.
Temos dois parques no Brasil que pegaram recurso externos e trouxeram máquinas de fora. Há um parque pequeno
em Xangri-lá, que é da Honda, de 27MW, para autoprodução de energia. Os equipamentos são da Vestas,
totalmente importados, embora essa empresa também tenha fábrica no Brasil. E tem outro, em Barra dos
Coqueiros, que é investimento chinês, de 90MW.
Parque Geribatu, em Santa Vitória do Palmar / foto Antonio Henriqson
Havia um projeto de uma empresa indiana, que iria construir uma usina eólica grande em Tapes…
Há uma fábrica de aerogeradores indiana, a Suslon, que está no Brasil desde 2007, e suas turbinas são bem
comercializadas nos parques eólicos nacionais. Eles até participam do processo de construção, mas não investem
nos parques, pois são fornecedores de máquinas.
E existem fabricantes de aerogeradores e de pás, ou hélices, no país?
Sim, há sete fabricantes de turbinas operando ativamente no país, três em processo de instalação, três fabricantes de
pás e muitos fabricantes de torres e fonrnecedores de outros serviços. Por questão de logística, as fábricas tendem a
se instalar próximas aos parques eólicos. Então, a maioria está indo para o Nordeste. Há fábricas em São Paulo que
se instalaram antes desse crescimento da energia eólica. A primeira fábrica que chegou ao Brasil tem quase 20
anos, a Wobben, de Sorocaba.
E no Rio Grande do Sul?
Aqui há fábricas de torres, mas não de naceles, os aerogeradores. De pás, não há necessidade porque há uma
fábrica que começou um pouco depois da Wobben, que é a segunda maior fabricante do mundo, a Tecsis, em
Sorocaba, genuinamente brasileira, fundada por um engenheiro do ITA. E, há mais duas, um brasileira que se
instalou há dois anos no Ceará, e outra americana, em Pernambuco. Então essas três atendem à demanda.
Em termos de produção de energia, o Rio Grande do Sul perde para alguns estados nordestinos…
Hoje, os estados com maior capacidade instalada de produção de energia eólica são, na ordem, o Rio Grande do
Norte, Bahia, Ceará e Rio Grande do Sul.
Difícil competir com os ventos do litoral nordestino.
Isso de achar que os melhores ventos estão no litoral, depende muito de que local estamos falando. No Nordeste,
nós descobrimos que o melhor vento do país fica no semiárido baiano, na região de Xique-xique, onde a velocidade
média do ventos varia de 10 a 12 metros por segundo ou de 36 a 46 quilômetros por hora. Para se ter ideia, em
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Santa Vitória do Palmar, que registra um dos melhores ventos no RS, segundo o Atlas Eólico, 40% do vento
chegam a 8 m/s ou 28,8 km/h.
Executivos da, Eletrosul, Ministério de Minas e Energia e Eletrobras anunciando investimetnos no setor em 2011
Foto Umberto Caletti_Ascom Eletrosul
Rio Grande do Sul é mais atrativo, segundo especialista alemão
O Rio Grande do Sul tem condições de vento melhores do que a Alemanha para geração de energia eólica, segundo
o Jens Peter Molly, diretor geral do Grupo DEWI, empresa alemã com filial no Brasil, que atua na área de
consultoria. Ele esteve em Porto Alegre, no fim de junho, onde foi palestrante da 14ª edição do Congresso
Internacional de Engenharia do Vento.
Petter Molly conhece bem a realidade brasieira pois foi um dos autores do Programa de Incentivo às Fontes
Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), instituído no final do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2012,
com o objetivo de aumentar a produção de eletricidade a partir de três fontes alternativas: o vento, a biomassa e as
pequenas centrais hidrelétricas.
Segundo ele, a velocidade dos ventos em solo gaúcho fica na média de 8 metros por segundo, enquanto na
Alemanha oscila entre 6 e 7 m/s. Mas, pondera, mesmo em condições melhores que o país europeu, o Rio Grande
do Sul, assim como outras regiões brasileiras, sofre com a excessiva burocracia e com a falta de infraestrutura. Ele
exemplifica as diferenças: “A Alemanha tem 25 anos de experiência em energia eólica. Todas as regras são
transparentes para quem deseja investir neste setor. Lá, proprietários das terras receberem 10% do rendimento
anual, a possibilidade dos investidores obterem rendimento médio de 5 mil euros; no Brasil, os ganhos ainda são
inseguros, pois dependem de leilões do governo federal, e a liberação para funcionamento leva no mínimo sete
anos.”
Gestão de parques eólicos é assunto de conferência em São Paulo
Agência CanalEnergia – 17/07/2015
Nos dias 26 e 27 de outubro, será realizado em São Paulo a 3ª edição do Fórum Gestão Operacional de Parques
Eólicos. O objetivo da conferência é debater e criar oportunidades de interação entre profissionais que atuam na
operação de usinas eólicas de todo o Brasil.
Ainda em outubro, entre os dias 18 e 20, os desafios crescentes que o atendimento à demanda energética enfrenta
serão discutidos dentro do Smart Energy 2015 - Conferência Internacional de Energias Inteligentes, que vai ocorrer
no Paraná. O evento se propõe a analisar o momento atual do uso das fontes renováveis, a partir da visão dessas
fontes como alternativas de geração para a sociedade, por meio de sua inserção na matriz energética. Logística
reversa nos vários setores e aproveitamento de resíduos sólidos também estarão em pauta na reunião.
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Bahia tem mais uma eólica enquadrada no Reidi
Agência CanalEnergia – 17/07/2015
Projeto da EOL Caliandra recebeu R$ 23,1 milhões em investimentos, sem impostos
O Ministério de Minas e Energia autorizou na última quinta-feira, 16 de julho, o enquadramento no Regime
Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura da EOL Caliandra, na Bahia. Serão implantadas
duas turbinas na usina, que chegam a 5,4 MW de capacidade instalada. As obras terão início nesta sexta-feira, 17
de julho, e tem previsão de término para 2 de dezembro de 2016. O projeto demanda R$ 23,1 milhões em
investimentos, sem a incidência de impostos.
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Parque Eólico Chapada do Piauí I está em fase de teste