Informações à imprensa Março de 2015 SP-‐ARTE TERÁ, PELA PRIMEIRA VEZ, SETOR CURADO DEDICADO À PERFORMANCE Parte da programação da SP-Arte desde a 3ª edição da feira, em 2007, a performance ganhará, pela primeira vez, um setor dedicado a ela – Performance , nesta 11ª edição da feira, que acontece entre os dias 9 e 12 de abril, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera. Realizado em parceria com a Galeria Vermelho e o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Performance estará situado no 3° andar do Pavilhão com coordenação de Cauê Alves, curador assistente do Pavilhão Brasileiro da 56a Bienal de Veneza; com curadoria de Juliana Moraes, professora da universidade parceira, e Marcos Gallon, da galeria Vermelho e curador da Mostra de Performance Arte VERBO. Performance O setor Performance contará com doze artistas apresentando 14 performances de própria autoria e será um campo não só para a prática, mas também para discussão da performance e de seus processos de documentação. Além disso, no setor Open Plan, além de mais de 15 trabalhos, alguns dos quais inéditos, dez estudantes de Artes Visuais da Belas Artes vão reencenar uma performance de James Lee Byars (1932-1997), artista minimalista, performático e conceitual que foi um dos personagens mais intrigantes que agitou o cenário de arte internacional ao longo da segunda metade do século 20, precursor de performance na arte contemporânea. Os alunos vão se revezar na apresentação de Breath (Two in a Hat), - a obra mais minimalista entre as diversas performances “sociais” concebidas por Byars –, que consiste em dois performers unidos por um chapéu, convidados a respirarem em uníssono, como em uma comunicação yoga. Serão entre quatro e cinco atos diários de cerca de uma hora cada, em todos os dias do evento. ARENA: Dia 8 - ABERTURA para convidados / quarta-feira Diálogos silenciosos (Anna Leite, 2014) Instalação: 13h às 16h Performance: 16h às 21h Sinopse: A performer, trajando vestido de algodão cru, age sobre instalação formada por chão de lona branca (6mx10m), varais de fio de aço, mesa redonda de madeira ao centro, talheres e louças, cestos de vime cheios de cabelos e diversas vasilhas com mel, melado e glucose. Durante horas, a artista junta tufos de cabelo com o mel/melado/glucose e pendura a mistura nos varais. Aos poucos, a gravidade puxa os pedaços de massa para o chão. O vestido da performer, assim como o chão, os varais e os utensílios,vão se manchando com os materiais que a performer junta, sempre em gestos simples, com as mãos. Dia 9 / quinta-feira Diálogos silenciosos (Anna Leite, 2014) Performance: 13h às 16h Parábola (Leonardo Akio, 2010) Performance: 17h às 18h30 Sinopse: O objeto performático consiste em longa haste de ferro com suporte para o corpo. A ponta do objeto é colocada na quina entre a parede e o chão, e os performers usam o peso de seus corpos para vergar a linha de ferro. Colocada à altura dos quadris, o prolongamento entre objeto e pernas forma uma parábola. Psicoretrato (Tatiana Schmidt, 2010) Performance: 19h às 20h30 Sinopse: A artista se senta em prateleira a dois metros do chão vestindo figurino preto que oculta o rosto e os braços. Quatro pernas (preenchidas com espuma) saem de sua bacia, que se prolongam em direção ao chão, enroscando-se umas sobre as outras. Imóvel, seu corpo parece um boneco, a não ser nos pequenos movimentos de respiração e correção de postura. Reconhecer-se (Mylene Signe, 2010) Performance: 21h às 22h Sinopse: A performer entra em espaço preparado com uma cadeira de madeira, mesa branca, bacias com água e tigelas com pedaços de gaze engessada. Ela se despe, senta-se e engessa a frente de seu corpo dos pés até o pescoço. Após alguns minutos, com movimentos sutis, ela desgruda o molde de si, levanta-se da cadeira, veste-se e sai do espaço, deixando sentada a imagem de seu corpo em gesso. Dia 10 / sexta-feira Donas, sete histórias impessoais (Márcio Moreno, 2009) Performance: sessões às 14h, 15h e 16h Sinopse: Vestindo macacão de trabalho amarelo e portando uma mala preta, o performer entra no espaço previamente construído com diferentes nichos formados por caixotes de madeira e objetos, além de uma mesa de madeira retangular no centro. Ele se senta e liga o ipod já posicionado sobre a mesa. Escuta-se gravação de uma senhora contando evento autobiográfico; a seguir, o artista executa uma ação no espaço que remete à fala da senhora, distorcendo-a sutilmente. Com movimentos meticulosamente estudados, repete-se o gesto de escutar uma gravação e executar uma ação similar até que a narrativa se torne cada vez mais absurda. Vociferação itinerante (Victoria Pekny, 2013) Performance: 17h30 às 18h30 Sinopse: A performer, sentada numa cadeira, mergulha uma caneta de bico de pena em sua boca cheia de nanquim e, a seguir, escreve sobre seu rosto. O gesto se repete inúmeras vezes, e seus traços criam manchas gráficas na superfície da pele com pedaços de palavras e linhas sobrepostas. A mesma ação é executada mergulhando a caneta em diferentes orifícios do rosto, como nariz e orelha. Psicoretrato (Tatiana Schmidt, 2010) Performance: 19h30 às 21h Dia 11 / sábado Corpo fechado (Felipe Vasconcellos, 2014) Performance: 14h às 15h Sinopse: Pendurado a 3m do chão, o performer veste roupa que o cobre inteiramente com moedas, formando uma imagem dourada e brilhante. A obra expõe a reificação do corpo e seu valor de mercado em diferentes áreas, como a moda e o trabalho, passando também pela venda da experiência estética. A herança do silêncio (Anna Leite, 2013) Performance: 16h às 17h30 Sinopse: A performer veste uma grande saia branca estendida circularmente ao redor de seu corpo, sobre a qual se encontram várias xícaras antigas vazias. Ela se abaixa e puxa muito lentamente o tecido, até que uma xícara fique ao seu alcance. A artista pega um dos muitos bules ao seu redor e serve café na xícara, repetindo a mesma ação até que toda a saia tenha sido puxada para perto do seu corpo. A seguir, a performer se levanta e caminha para fora do espaço puxando, com muito esforço, a saia com todas as xícaras e bules, que se quebram e derramam o café pelo chão. Anna continua, nesta obra, sua pesquisa sobre atividades femininas em extinção. Vociferação itinerante (Victoria Pekny, 2013) Performance: 18h30 às 19h30 Palhaço ergométrico (Felipe Bittencourt, 2010) Performance: 20h00 às 21h00 Sinopse: O performer, usando maquiagem e nariz de palhaço, senta-se em bicicleta ergométrica posicionada no centro do espaço. Ele deve andar no aparelho até que toda a maquiagem escorra pelo suor. Dia 12 / domingo Eu sou você (Merien Rodrigues, 2009) Performance: 14h às 15h Instalação: 15h às 16h30 Sinopse: A artista entra no espaço vestida com calça e blusa pretas e portando um grande guarda-chuva preto fechado. Ela se coloca sob um cone pendurado no teto, abre o guarda-chuva, coloca-o sobre sua cabeça e puxa uma corda fina que pende do cone. Areia começa a escorrer sobre o guarda-chuva, que a artista manipula em círculos sobre sua cabeça. Os grãos acumulam-se ao redor de seu corpo, formando um círculo branco sobre o chão escuro. Quando a areia termina, a performer caminha para o cone à frente e repete a mesma ação, e assim sucessivamente. No final, ela deixa o espaço e fica a instalação com os círculos de areia desenhados no chão. Palhaço ergométrico (Felipe Bittencourt, 2010) Performance: 17h30 às 18h30 Feita à mão (Luiza Oliveira, 2014) Performance: 19h às 21h Sinopse: A performer leva a grande trama de tricô, feita com os braços, pelos corredores da feira, até a arena. Ela continua a tecer até o encerramento do evento. CORREDORES E RAMPA Desajuste (Jorge Feitosa, 2012) Interminente, durante toda a feira. Sinopse: O artista veste terno preto, camisa branca, gravata e tênis. Ele caminha pelo espaço puxando, com uma corda amarrada em sua cintura, uma tábua de madeira a 5cm do chão, sobre rodas, na qual uma jovem, vestindo malha cor da pele, deita-se encolhida de lado. A moça parece dormir, totalmente passiva. O performer cuida para que a jovem não caia do carrinho, às vezes ajeitando-a no meio do percurso. Jorge Feitosa discute o peso e o amor de carregar seu lado feminino. AO REDOR DO PRÉDIO Feita à mão (Luiza Oliveira, 2014) Quinta e sexta das 18h às 21h, sábado das 15h30 às 19h30, domingo das 17h às 19h. Sinopse: A performer faz tricô com seus braços, criando uma trama gigante e colorida que vai se aglomerando ao seu redor. Às vezes, ela caminha amarrada à trama para mudar de lugar. Parábola (Leonardo Akio, 2010) Domingo: 15h às 16h30 Sinopse: Um grupo de performers cria parábolas em volta do prédio pressionando os objetos performáticos na quina da parede/chão. AO LADO DA ENTRADA DO PRÉDIO Identidades (Julia Cavazzini, 2014) Contínuo, durante toda a feira. Sinopse: Sobre uma mesa encontram-se uma máquina de escrever e muitos papéis que imitam RGs. A performer monta, na hora, documentos para os espectadores. Todas as informações são inventadas de acordo com a imaginação da artista, inclusive alguns traços da personalidade. O documento é entregue ao espectador. DENTRO E FORA DO PRÉDIO Reflexos (Felipe Vasconcellos, 2013) Domingo Sinopse: O performer veste roupa formada por pequenos espelhos, cobrindo inclusive seu rosto, mãos e pés. Ele caminha lentamente por espaços internos e externos, prédios e parques, colocando-se perto dos transeuntes, sem nunca falar. As reações dos espectadores são as mais diversas, do encantamento à repulsa, do riso à agressão. GALERIA VERMELHO Dia 11 / sábado Parábola (Leonardo Akio, 2010) 14h às 15h Sinopse: O objeto performático consiste em longa haste de ferro com suporte para o corpo. A ponta do objeto é colocada na quina entre a parede e o chão, e os performers usam o peso de seus corpos para vergar a linha de ferro. Colocada à altura dos quadris, o prolongamento entre objeto e pernas forma uma parábola. Reconhecer-se (Magaly Mylene, 2010) Sinopse: A performer entra em espaço preparado com uma cadeira de madeira, mesa branca, bacias com água e tigelas com pedaços de gaze engessada. Ela se despe, senta-se e engessa a frente de seu corpo dos pés até o pescoço. Após alguns minutos, com movimentos sutis, ela desgruda o molde de si, levanta-se da cadeira, veste-se e sai do espaço, deixando sentada a imagem de seu corpo em gesso. 14h30 às 15h15 Eu sou você (Merien Rodrigues, 2009) Sinopse: A artista entra no espaço vestida com calça e blusa pretas e portando um grande guarda-chuva preto fechado. Ela se coloca sob um cone pendurado no teto, abre o guarda-chuva, coloca-o sobre sua cabeça e puxa uma corda fina que pende do cone. Areia começa a escorrer sobre o guarda-chuva, que a artista manipula em círculos sobre sua cabeça. Os grãos acumulam-se ao redor de seu corpo, formando um círculo branco sobre o chão escuro. Quando a areia termina, a performer caminha para o cone à frente e repete a mesma ação, e assim sucessivamente. No final, ela deixa o espaço e fica a instalação com os círculos de areia desenhados no chão. SP-Arte 2015 A 11ª edição da feira, que acontece entre os dias 9 e 12 de abril, no Pavilhão da Bienal, contará com 140 galerias (83 nacionais e 57 estrangeiras). Entre as novidades estão a Alexander Gray (NY), The Approach (Londres) e a Goodman Gallery (Johanesburgo), primeira galeria da África a participar da SP-Arte. Pela primeira vez, a feira ocupará os três andares do Pavilhão, com os novos setores curados: Open Plan (curadoria de Jacopo Crivelli Visconti), no qual instalações dialogarão de maneira direta com o espaço arquitetônico, e o Performance, com curadoria de Juliana de Moraes, professora de Artes Visuais do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, e Marcos Gallon, curador da mostra VERBO, dedicada à performance, realizada pela galeria Vermelho. A feira realizará também a 2ª edição do Solo (curadoria de Rodrigo Moura e María Inés Rodríguez), dedicado às mostras individuais. A Feira também receberá, entre outros, a artista Marina Abramovic, a escritora Sarah Thornton e a curadora da Bienal de Istambul Carolyn Christov-Bakargiev. Flickr: https://www.flickr.com/photos/sp-arte/ SP-Arte Datas abertas ao público: 9, 10, 11 e 12 de abril de 2015 Pré-estreia VIP e imprensa: 8 de abril de 2015 Pavilhão da Bienal Parque do Ibirapuera, Portão 3 São Paulo, Brasil Entrada: R$ 40,00 [geral] R$ 20,00 [meia*] *estudantes, portadores de deficiência e idosos [necessária a apresentação de documento] O Vale-Cultura poderá ser utilizado para o abatimento de 50% do valor do ingresso. Informações para a imprensa: A4 Comunicação – +55 (11) 3897-4122 Danilo Thomaz – [email protected] Neila Carvalho – [email protected]