Sistemas Aéreos Não Tripulados:
Qualidade, e não apenas Quantidade
Capitão Kyle Greenberg, Exército dos EUA
E
M ABR 08, o Secretário de Defesa
Robert Gates proferiu uma palestra
no Air War College (Escola de Guerra
Aérea), na Base Aérea de Maxwell, na qual
elogiou a introdução de sistemas aéreos não
tripulados no arsenal da Força Aérea, como
um meio menos arriscado e mais versátil de
Inteligência, Vigilância e Reconhecimento
(IVR). Ele estimulou a Força Aérea a fornecer
mais sistemas aéreos não tripulados aos teatros
de operações (TO) do Iraque e do Afeganistão
e pediu que seus oficiais repensassem que
missões os equipamentos desse tipo poderiam ir
gradualmente assumindo dos meios tripulados1.
À época do discurso do Secretário, eu era
comandante de um pelotão de sistemas aéreos
não tripulados Shadow, em apoio a uma brigada
de combate empregada na Operação Iraqi Freedom. Embora tenha ficado orgulhoso com o fato
de o líder civil das Forças Armadas da nação
estar promovendo a especialidade pela qual
meus soldados haviam sido desdobrados para o
combate, eu me perguntei por que o Secretário
achava que nós precisávamos de mais sistemas
aéreos não tripulados. Cogitei que, em vez de
adquirir mais sistemas, o Exército e a Força
Aérea deviam se empenhar mais em melhorar
o planejamento e a execução das missões para
os sistemas aéreos não tripulados já existentes.
Os problemas com o emprego de sistemas
aéreos não tripulados não têm passado despercebidos. Desde 2005, o tribunal de contas dos EUA
(Government Accountability Office — GAO)
elaborou diversos relatórios que recomendam
que o Departamento de Defesa aperfeiçoe
vários aspectos das operações desses sistemas.
O GAO voltou a maioria desses relatórios para
o aprimoramento da interoperabilidade dos
sistemas aéreos não tripulados entre as Forças,
para o ajuste dos planos de aquisição de futuros
sistemas e para assegurar a ampliação segura
de seu uso no espaço aéreo nacional2. Um relatório, Unmanned Aircraft Systems: Advanced
Coordination and Increased Visibility Needed
to Optimize Capabilities (“Sistemas Aéreos Não
Tripulados: Coordenação Avançada e Maior
Visibilidade Necessárias para Otimizar Capacidades”, em tradução livre), porém, buscou
aprimorar o planejamento e a execução das operações de combate3. Esse relatório recomendou
que o Departamento de Defesa desenvolvesse
indicadores qualitativos e quantitativos para
mensurar a efetividade da cobertura dos sistemas
aéreos não tripulados para as tropas no terreno.
Também recomendou que o Departamento de
Defesa criasse um processo sistemático para
receber opiniões das comunidades de Inteligência e de operações, com o intuito de avaliar se os
meios de IVR estavam atendendo efetivamente
às exigências dos combatentes.
O Departamento se apoiou em organizações como o Centro de Lições Aprendidas do
Exército (Center for Army Lessons Learned)
para obter comentários sobre as operações de
sistemas aéreos não tripulados e criou uma
divisão de avaliação de IVR para desenvolver
indicadores para essas operações. Entretanto,
os indicadores desenvolvidos pela divisão de
avaliação são predominantemente quantitativos e não englobam as missões executadas por
sistemas aéreos não tripulados no nível tático,
que frequentemente coletam imagens em apoio
às operações nos escalões Divisão e Corpo de
Exército4.
O Capitão Kyle Greenberg, do Exército dos EUA, é Oficial
de Inteligência e serviu como comandante de pelotão
de sistema aéreo não tripulado tático Shadow, no 2º
Regimento de Cavalaria Stryker. Seu pelotão conduziu
missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento
para a Divisão Multinacional-Bagdá e para a Divisão
Multinacional-Norte, durante 15 meses. Formou-se pela
Academia Militar dos EUA.
MILITARY REVIEW  Janeiro-Fevereiro 2011
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Cortesia da Força Aérea dos EUA
Um RQ-4 Global Hawk em um voo para registrar dados de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento. Por causa da sua
ampla área de cobertura, o Global Hawk tornou-se uma útil ferramenta para registrar dados e enviá-los aos combatentes no
terreno.
Minhas observações pessoais nos escalões
Divisão e brigada me levaram a crer que as
medidas implantadas pelo Departamento,
em resposta às recomendações do GAO, não
foram eficazes em promover a melhoria do
emprego dos sistemas aéreos não tripulados,
do ponto de vista do combatente. Não observei
indicador algum que medisse a efetividade da
cobertura dos sistemas aéreos não tripulados
realizada por pelotões de Shadow nem constatei
um processo de feedback imediato e contínuo
entre as brigadas e batalhões que solicitavam
tal cobertura e os operadores dos sistemas que
executavam uma missão específica.
A realidade era que as missões do meu pelotão
no Iraque eram, em sua maioria, repetitivas e mal
sincronizadas com as operações correntes e com
a situação de Inteligência. Meu pelotão conduziu
12
as mesmas missões dia após dia, da mesma
forma que muitos dos sistemas aéreos não
tripulados de escalões superiores, que apoiavam
nossa brigada. Meu pelotão recebia retorno dos
apoiados apenas por meio de comunicações
diretas e informais entre os comandantes de
pelotão e os comandantes das tropas terrestres
que haviam solicitado a cobertura. A falta de
avanço na utilização de sistemas aéreos não
tripulados nos escalões Divisão e brigada me
estimulou a recomendar formas para melhorar
o planejamento e a execução de tais missões.
Embora o Exército vá começar, em breve, a
retirar Forças do TO no Iraque, as lições a
serem aprendidas com as operações de sistemas
aéreos não tripulados durante esse conflito
podem ajudar consideravelmente as tropas no
Afeganistão e em futuros conflitos assimétricos.
Janeiro-Fevereiro 2011  MILITARY REVIEW
SISTEMAS AÉREOS NÃO TRIPULADOS
Observações
Todas as manhãs, durante o desdobramento,
eu perguntava aos meus soldados que missões
precisávamos executar nas 24 horas seguintes.
Em geral, minha questão suscitava uma resposta
parecida: “As mesmas missões que conduzimos
no último mês”. As listas de alvos de IVR, que
são tabelas com os itinerários e as áreas táticas
de interesse a serem observadas pelos sistemas,
durante uma missão específica, raramente
mudavam de um dia para o outro, apesar das
atualizações recebidas do oficial de Inteligência
da brigada (E/2). As Unidades subordinadas
raramente atualizavam suas listas de alvos, de
modo que os sistemas pudessem confirmar ou
refutar as lacunas de Inteligência mais recentes
ou fornecer apoio direto para Unidades de
manobra em operações ofensivas.
O sargento-adjunto e o técnico de sistemas
aéreos não tripulados do meu pelotão me
auxiliaram tremendamente no esforço de
trabalhar com os setores de Inteligência de
brigada e batalhão, com o intuito de identificar
missões que se beneficiariam das capacidades
de coleta de imagens e de retransmissão de
comunicações do nosso pelotão de Shadow.
Obtivemos sucesso, caso a caso. Convencemos
algumas Unidades a redefinir as tarefas
dos sistemas aéreos não tripulados para
apoiarem operações ofensivas em busca de
indivíduos considerados alvos de alto valor.
Em outras ocasiões, persuadimos Unidades a
utilizar os sistemas para coletar imagens de
áreas desconhecidas pelas tropas no terreno.
Entretanto, também constatamos que, se
não instigássemos uma Unidade a melhorar
o planejamento de IVR, nossas missões
retomariam seu caráter repetitivo de sempre.
A dificuldade em otimizar o emprego de
sistemas aéreos não tripulados no TO não
era um fenômeno local apenas. Ao visitar um
batalhão de sistemas aéreos não tripulados de
escalão Corpo de Exército, nas proximidades,
ouvi reclamações parecidas dos operadores e
vi muitas listas de alvos de IVR semelhantes
às que eram utilizadas pelo meu pelotão. Até
os sistemas aéreos não tripulados mais caros e
de maior capacidade, como o Hunter e o Sky
Warrior, desempenhavam muitas das mesmas
missões dia após dia, com poucas orientações
MILITARY REVIEW  Janeiro-Fevereiro 2011
sobre o que confirmar ou refutar. Estava claro
que os meios não estavam sendo explorados
em seu pleno potencial e que as seções de
Inteligência (S/2) e os comandantes combatentes
não estavam maximizando sua capacidade de
coletar informações aproveitáveis para suas
tropas.
O problema mais comum era a propensão
das Unidades de manobra para encarregar os
sistemas aéreos não tripulados de observarem
as mesmas rotas e as mesmas áreas de interesse
todos os dias. Uma tendência que incomodava,
em especial, era a frequente utilização dos
sistemas aéreos não tripulados para detectar e
comunicar a presença de dispositivos explosivos
improvisados (improvised explosive devices
— IEDs) pelos oficiais de Inteligência dos
batalhões, durante missões de reconhecimento
de itinerário. Nenhum sistema aéreo não
tripulado de coleta de imagens — Raven,
Shadow, Hunter, Predator ou qualquer outro —
terá sucesso observando IEDs constantemente.
É muito difícil observar até mesmo pessoas
instalando-os. Isso exigiria que os sistemas
aéreos não tripulados estivessem no local certo
e no momento exato e que a Unidade terrestre
responsável apreendesse os suspeitos de instalar
os IEDs.
A utilização dos sistemas aéreos não
tripulados para observar áreas de interesse
idênticas, repetidas vezes, produziu resultados
medíocres similares. Nos raros casos em que o
sistema aéreo não tripulado observou atividades
aparentemente “suspeitas”, a Unidade que havia
solicitado a cobertura era quem decidia se iria
agir ou não. Algumas ações potencialmente
criminosas não foram verificadas, quando as
Unidades não puderam ou não se dispuseram a
responder aos relatos dos sistemas aéreos não
tripulados. Da mesma forma, quer estivessem
executando uma missão de reconhecimento de
itinerário quer de observação, nem o pelotão de
sistemas aéreos não tripulados nem a Unidade
apoiada observavam e analisavam a cobertura
com suficiente minúcia para estabelecer padrões
de comportamento do inimigo ou mudanças
significativas na paisagem que sugerissem
alguma atividade inimiga. Normalmente,
designamos os sistemas aéreos não tripulados
para conduzir missões de reconhecimento de
13
itinerário e de observação de áreas de interesse
à custa de melhores empregos das plataformas
de coleta de imagens.
A tendência das Unidades de constantemente
apresentar listas de alvos idênticas ou semelhantes
decorria do fato de as brigadas e os batalhões
desejarem maximizar a cobertura dos sistemas
aéreos não tripulados para aumentar a probabilidade
de que um sistema estivesse presente na sua área
...nenhum comandante
quer ser responsável por
um contratempo que tenha
ocorrido enquanto o sistema
estava sendo empregado por
“excesso de zelo”.
de operações no caso de ocorrer alguma atividade
significativa e inesperada do inimigo. Essa postura
de “excesso de zelo” é lógica. Um sistema aéreo
não tripulado deve estar sempre pronto para ser
dinamicamente reprogramado a fim de fornecer
imagens de eventos críticos, como o contato entre
as tropas e o inimigo ou a busca urgente de um
alvo. Entretanto, esse emprego por “excesso de
zelo” dos sistemas também é arriscado, pois exigir
que suas Unidades forneçam cobertura contínua
sobrecarrega consideravelmente seu efetivo e
suas capacidades de manutenção e de logística.
Em outras palavras, o Exército não pode mais se
permitir tal redundância.
O Shadow, por exemplo, só se destinava a
fornecer 12 horas de cobertura do alvo em um
período de 24 horas. O Hunter pode suportar
um ritmo operacional de 12 horas de cobertura
diária durante seis dias, seguidos de um dia de
manutenção com zero hora de voo5. Ultrapassar
esses limites aumenta a probabilidade de um
contratempo decorrente de falha mecânica por
desgaste dos sistemas, ou até mesmo de um
problema causado por erro humano devido à
fadiga de pilotos e mecânicos. Bons líderes e
soldados dedicados podem minimizar a maioria
dos riscos humanos e mecânicos relacionados com
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o aumento de cobertura, mas nenhum comandante
quer ser responsável por um contratempo que
tenha ocorrido enquanto o sistema estava sendo
empregado por “excesso de zelo”.
Reconhecidamente, elevar o número de
sistemas aéreos não tripulados no TO permitirá
que as Unidades recebam maior cobertura com
menos pressão sobre os recursos, mas não
aumentará necessariamente a efetividade geral
do seu emprego. Em uma cidade grande, por
exemplo, as restrições do espaço aéreo, por si só,
impedem que os sistemas aéreos não tripulados
sejam capazes de observar constantemente todas
as possíveis interseções e esconderijos suspeitos.
As Unidades precisam estabelecer um método
para disseminar informações para os operadores
dos sistemas, de modo que eles saibam onde e
quando observar. Em vez de apresentarem listas
de alvos idênticas todos os dias, as Unidades
devem incumbir os sistemas de missões apenas
para confirmar ou negar a presença de pessoas,
eventos ou atividades dentro das áreas de interesse
designadas, que sejam adaptadas à situação
corrente de operações e Inteligência.
Além disso, algumas Unidades que se
mostraram dispostas a sincronizar suas listas de
alvos com as operações em curso nem sempre
foram capazes de fazê-lo, porque o processo de
solicitação de cobertura era bastante demorado.
Ele precisava ser concluído entre 72 e 96 horas
antes do horário real de cobertura dos sistemas
aéreos não tripulados, em grande parte devido
ao ciclo de planejamento nos escalões Corpo de
Exército e Divisão. As Unidades dificilmente
apresentavam uma lista de alvos que refletisse a
situação de Inteligência corrente, se não podiam
saber ao certo quais operações seriam realizadas
com quatro dias de antecedência. Considerando
o desejo dos comandantes de manter os sistemas
aéreos não tripulados no ar e a dificuldade de
prever, com três a quatro dias de antecedência,
quais operações exigirão cobertura, não é difícil
entender por que os comandantes normalmente
enfatizam a quantidade de cobertura de IVR, em
vez da qualidade.
Recomendações de Curto Prazo
Para tornar a qualidade de IVR tão importante
quanto a quantidade, os comandantes nos escalões
Divisão e inferiores devem se concentrar em
Janeiro-Fevereiro 2011  MILITARY REVIEW
SISTEMAS AÉREOS NÃO TRIPULADOS
informações sobre as mesmas áreas de interesse
dia após dia é fazer com que os gestores de
coleta atualizem as listas de alvos de IVR,
de modo que reflitam a situação corrente de
operações e de Inteligência. Ao longo de cada
período de 24 horas, as Divisões e as brigadas
receberão dados da Inteligência de Sinais,
da Inteligência Humana e do indicador de
alvos móveis do sistema de radar conjunto
para vigilância e ataque de alvos, bem como
relatórios de patrulhas e de outras fontes de
informações, que exigirão confirmação antes
que se tornem Inteligência sobre a qual se
possa agir. Os sistemas aéreos não tripulados
não podem corroborar alguns desses relatórios
apenas com recursos de coleta de imagens. Eles
não serão capazes de determinar, por exemplo,
o nome do líder de uma célula de insurgentes ou
de identificar o local de um IED instalado uma
semana antes. Entretanto, um sistema aéreo não
tripulado talvez possa identificar a casa de um
líder de célula, se uma brigada possuir apenas
uma descrição e sua localização geral. Poderá,
Sgt Charles Wesson
três áreas. Primeiro, devem enfatizar repetidas
vezes às suas Segundas seções a importância
de atualizar constantemente as listas de alvos
de IVR, para que reflitam a situação corrente,
quanto às operações e à Inteligência. Segundo,
os gestores de coleta devem trabalhar com
os comandantes dos sistemas aéreos não
tripulados, para determinar como simplificar
as listas de alvos, habilitando os batalhões a
apresentarem pedidos de cobertura 24 horas
antes das missões, de modo que, com exceção
das mudanças de tarefas dinâmicas, possam
concluí-las 12 horas depois. Terceiro, os chefes
de equipe dos sistemas aéreos não tripulados
do Exército e da Força Aérea devem instruir
os comandantes e os oficiais de estado-maior
sobre os recursos e as limitações dos sistemas
e estabelecer um esquema para receber a
avaliação pós-ação das Unidades apoiadas, de
modo a melhorar o planejamento e a execução
de tais operações.
O modo mais efetivo de evitar observar
os mesmos itinerários e de realizar coleta de
Veículo do sistema aéreo não tripulado Shadow é lançado para conduzir uma missão de vigilância, em Bagdá, no Iraque.
MILITARY REVIEW  Janeiro-Fevereiro 2011
15
de Inteligência das brigadas e dos batalhões,
diminuir o tempo de espera das solicitações
de cobertura e estabelecer prioridades que
beneficiem as Unidades que empreguem os
sistemas efetivamente. Normalmente, os
operadores dos sistemas aéreos não tripulados
não necessitam de todas as informações e
detalhes constantes da maioria das listas de
alvos. Um operador precisa dispor apenas de
um enunciado de missão padronizado — e
essa missão se tornará mais efetiva com um
relatório de Inteligência detalhado, que pode
ser facilmente retirado dos sumários da Unidade
— e de instruções especiais importantes (ex.:
“evitar detecção acústica”).
Os gestores de coleta e os chefes de equipe
de sistemas aéreos não tripulados também
devem coordenar seus esforços para simplificar
o processo de solicitação, com o intuito de
diminuir o tempo que os S/2 dos batalhões
levam para preparar novas listas de alvos. As
metas devem ser que as solicitações de IVR
sejam apresentadas 24 horas antes de sua
Força Aérea dos EUA, Sgt Bennie J. Davis II
também, confirmar se há pessoas atravessando
um rio por uma passarela submersa logo abaixo
da superfície. No entanto, para que os sistemas
aéreos não tripulados identifiquem essas
informações, os operadores precisam de dados
atualizados e precisos, que lhes digam onde e
quando observar e o que confirmar ou refutar.
Não adianta nada para uma brigada solicitar
que os sistemas aéreos não tripulados observem
possíveis atividades inimigas com base em
relatos de fatos ocorridos meses antes. As
seções de Inteligência dos estados-maiores
devem utilizar dados de outras plataformas de
coleta para desenvolver e atualizar suas listas
de alvos diariamente. Os comandantes não
devem permitir que seus oficiais de Inteligência
solicitem cobertura de IVR para a mesma área,
dia após dia, sem que haja uma boa justificativa.
Além disso, os gestores de coleta e os
encarregados de sistemas aéreos não tripulados
devem trabalhar juntos, para determinar como
simplificar as listas de alvos de IVR, de modo a
minimizar a atividade improdutiva dos oficiais
Chefe de equipagem do RQ-4 Global Hawk prepara o sistema de aeronave não tripulada para o lançamento por meio do
controlador de teste de veículo (VTC) enquanto revê ordens técnicas.
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Janeiro-Fevereiro 2011  MILITARY REVIEW
SISTEMAS AÉREOS NÃO TRIPULADOS
utilização, e que sejam concluídas 12 horas
antes, sem considerar as missões que forem
redefinidas durante a execução. Embora isso dê
menos tempo às Unidades de sistemas aéreos
não tripulados para planejar suas missões, elas
receberão informações mais precisas e atuais.
Da mesma forma, os gestores de coleta nos
escalões Corpo de Exército, Divisão e brigada
devem dar a prioridade de cobertura de vídeo
full-motion primeiro às Unidades que estiverem
solicitando apoio para operações terrestres
e, em seguida, às Unidades que estiverem
tentando confirmar ou refutar informações
de outras fontes, ou coletar imagens para o
planejamento de futuras missões.
A terceira técnica que as Unidades podem
adotar imediatamente é ensinar aos comandantes
e ao estado-maior entre os escalões pelotão e
brigada as capacidades e as limitações das
plataformas dos sistemas aéreos não tripulados
e buscar obter suas observações sobre seu
emprego em proveito desses. O Comandante do
1º Batalhão, do 160º Regimento de Aviação de
Operações Especiais, observou que os soldados
devem entender a importância de todos os
sistemas de armas no campo de batalha, para
melhorar o desempenho no combate de Armas
combinadas6. Para que a tropa e os comandantes
compreendam devidamente as capacidades
desses sistemas, o treinamento deve ir além de
briefings insossos sobre “como utilizar sistemas
aéreos não tripulados”. É preciso que o chefe
de equipe forneça constante revisão sobre a
capacidade de a Unidade planejar a cobertura
e de se comunicar com os operadores, para que
se entendam plenamente as possibilidades dos
sistemas aéreos não tripulados.
O Manual de Campanha 3-24
— C o n t r a i n s u rg ê n c i a ( F M 3 - 2 4 —
Counterinsurgency) enfatiza o vínculo entre a
coleta de Inteligência e as operações terrestres:
“Sendo a Inteligência e as operações tão
intimamente ligadas, é importante que os
responsáveis pela coleta de dados tenham
ligação direta com os analistas e com os
operadores que eles apoiam”7. Os chefes de
equipe de sistemas aéreos não tripulados
devem coordenar diretamente com seções de
Inteligência e com os comandantes terrestres,
trabalhar com as centrais de Inteligência
MILITARY REVIEW  Janeiro-Fevereiro 2011
para aprimorar as listas de alvos, fornecendo
melhores informações para os operadores,
e coordenar com comandantes das Forças
terrestres e com os centros de operações
táticas durante o planejamento e a execução de
missões. Antes de toda missão em que sistemas
aéreos não tripulados forneçam apoio direto
As seções de Inteligência
dos estados-maiores devem
utilizar dados de outras
plataformas de coleta para
desenvolver e atualizar suas
listas de alvos diariamente.
às tropas terrestres, eles devem se comunicar
diretamente com o comandante dessas, visando
a coordenação dos detalhes finais: Quando é
necessário manter distância do alvo? Que áreas,
objetos ou atividades os sistemas aéreos não
tripulados devem identificar antes da chegada
das tropas?
Depois da missão, os chefes de equipe dos
sistemas aéreos não tripulados devem solicitar
a avaliação do comandante das tropas terrestres
em relação à cobertura: “Em que momentos
o sistema aéreo não tripulado foi audível?”;
“A Unidade terrestre observou diretamente a
partir da transmissão do sistema ou recebeu
relatórios via rádio dos operadores ou do centro
de operações táticas?”. Os chefes de equipe
também devem informar a Unidade apoiada se
ela está se comunicando bem com os operadores
dos sistemas aéreos e sugerir formas de melhorar
a comunicação para missões futuras. Uma
adequada análise pós-ação exige comunicação
direta entre os chefes de equipe dos sistemas
aéreos e a Unidade apoiada. Não bastará que esta
última preencha um formulário impresso ou um
questionário on-line. A coordenação direta com
o comandante da tropa terrestre, imediatamente
antes e depois de uma missão, leva apenas
alguns minutos e beneficia tanto os operadores
dos sistemas aéreos quanto as tropas no terreno.
17
Missões bem Cumpridas
Em certos casos, as Divisões e os escalões
subordinados já estão implantando essas
recomendações. As Divisões e as brigadas
empregam a coleta de imagens e os recursos
de retransmissão do sistema aéreo Shadow
em apoio às tropas que executam incursões
de Inteligência de Sinais e de Inteligência
Humana. Quando a minha Unidade conduziu
incursões como essas no TO, tanto a brigada
quanto o batalhão apoiados disponibilizaram
os dados de Inteligência mais recentes aos
operadores, para que eles entendessem o
esquema de manobra das tropas no terreno.
Durante missões de Inteligência Humana,
por exemplo, os operadores sabiam qual
era a “casa-alvo”, que itinerário as tropas
utilizariam para se aproximar dela e quando era
necessário manter distância. Durante missões
de Inteligência de Sinais, os operadores dos
sistemas aéreos sabiam qual era a área geral do
alvo e recebiam atualizações em tempo quase
real sobre suas atividades.
Os gestores de coleta e os oficiais de
O êxito do apoio dos sistemas
aéreos não tripulados a
incursões ofensivas também
exigia que os chefes de
equipe coordenassem com as
Unidades e com os batalhões
terrestres antes, durante e
depois da missão.
operações de brigada também implantaram
medidas que permitiram que as Unidades
subordinadas rapidamente entrassem em
contato e redefinissem as tarefas dos sistemas
aéreos não tripulados. A equipe de gestão
de coleta da brigada ajudava a identificar
as áreas onde havia maior probabilidade de
emprego das Forças de assalto terrestre. O
gestor de coleta se certificava, então, de que
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os sistemas atendessem às solicitações de
coleta de imagens dentro de uma distância de
20 minutos de voo da Força de assalto, para o
caso de ter tarefas reprogramadas. Essa medida
também possibilitava o apoio na retransmissão
de comunicações entre o centro de operações
táticas da brigada e as tropas terrestres, assim
que se iniciava uma incursão.
O êxito do apoio dos sistemas aéreos não
tripulados a incursões ofensivas também
exigia que os chefes de equipe coordenassem
com as Unidades e com os batalhões terrestres
antes, durante e depois da missão. O nosso
pelotão de sistemas aéreos não tripulados e
a gerência de coleta treinaram os batalhões
apoiados na melhor forma de emprego do
Shadow e de outros meios, no apoio às
incursões ofensivas. Os batalhões sabiam como
otimizar as tecnologias de apontador laser e de
retransmissão de comunicações do Shadow e
como manter os operadores atualizados sobre
a situação corrente, sem violar a segurança das
operações. O pelotão de sistemas aéreos não
tripulados também buscou obter a opinião dos
comandantes das Forças terrestres apoiadas,
da brigada e do batalhão. Isso possibilitou que
os operadores compreendessem melhor como
o seu desempenho ajudava as tropas e como
poderiam aperfeiçoar táticas para missões
futuras.
O emprego bem-sucedido do Shadow durante
a execução de operações ofensivas sugere que
algumas Unidades do Exército já tenham
implantado as recomendações discutidas
anteriormente. No entanto, é possível fazer
mais. As Divisões e as brigadas devem
trabalhar com suas Unidades subordinadas
para identificar missões ofensivas que possam
beneficiar-se da cobertura de sistemas aéreos
não tripulados. É preciso lembrar, também,
que esses sistemas conduzem missões que
não apoiam diretamente as tropas no terreno.
As Unidades necessitam de plataformas de
IVR para confirmar ou desmentir ações do
inimigo, coletar imagens recentes para missões
vindouras e fazer o levantamento de áreas não
cobertas adequadamente pelas tropas terrestres.
Para aperfeiçoar o emprego de meios de coleta
de imagens durante essas missões, as seções de
Inteligência e de sistemas aéreos do Exército
Janeiro-Fevereiro 2011  MILITARY REVIEW
Cortesia do autor
SISTEMAS AÉREOS NÃO TRIPULADOS
Um militar inspeciona um sistema aéreo não tripulado Shadow, antes do lançamento.
devem atualizar constantemente as listas de
alvos, reduzir o tempo de planejamento do
sistema e prover feedback contínuo para as
Unidades que estiverem recebendo a cobertura.
Recomendações
O Exército deve se concentrar na pesquisa
e no desenvolvimento de futuros sistemas
aéreos não tripulados, ao mesmo tempo em que
implanta mudanças imediatas para aumentar
a efetividade daqueles que já estiverem no
TO. Isso é particularmente importante porque
a recente retração econômica e a provável
redução do orçamento da Defesa irão levar o
Exército e a Força Aérea a transferir missões
aéreas tripuladas para meios não tripulados
mais econômicos. Durante um recente simpósio
da Associação de Oficiais dos EUA (Military
Officers Association of America), o General
James Cartwright, Subchefe da Junta de Chefes
de Estado-Maior dos EUA, admitiu que uma
solução de curto prazo seria aumentar a ênfase
em equipamentos como os veículos aéreos
MILITARY REVIEW  Janeiro-Fevereiro 2011
não tripulados 8. O Departamento de Defesa
provavelmente encontrará grande benefício se
decidir pelo aprimoramento das capacidades
e pelo aumento da produção de plataformas
aéreas de Inteligência de Sinais, de ataque ao
solo e de retransmissão de comunicações.
No Iraque, nossas plataformas aéreas de
Inteligência de Sinais foram, em geral, bem
empregadas e nunca lhes faltaram missões.
Todos os meios contavam com uma lista de alvos
que raramente era atendida na sua plenitude.
A insuficiência de cobertura aérea significava
que as Unidades terrestres só recebiam apoio
se pudessem enviar Forças terrestres para
apreender um alvo identificado. A existência
de plataformas adicionais permitia que uma
Unidade obtivesse mais informações sobre a
rotina de um alvo antes de tentar apreendê-lo,
possibilitando, assim que ela identificasse
possíveis esconderijos. Além disso, a inclusão
de equipamentos de Inteligência de Sinais,
em mais sistemas aéreos não tripulados com
recursos de coleta de imagens, irá conferir às
19
Unidades a capacidade de observar o terreno
em uma área de interesse e ajudar a identificar
alvos dinâmicos, no nível tático9.
A Força Aérea e o Exército também devem
pesquisar a possibilidade de acrescentar
equipamentos de Inteligência de Sinais em
outros sistemas aéreos não tripulados que
não estejam sendo utilizados dessa forma
A ampliação da frota de
sistemas aéreos não
tripulados das Forças
Armadas dos EUA levará
tempo e, mesmo depois
de concluída, só irá gerar
benefícios se os planejadores
do Exército nos escalões
Divisão e brigada fizerem um
esforço conjunto para otimizar
o emprego de cada sistema.
atualmente. Por exemplo, se todas as brigadas
de combate dispusessem de um Shadow
equipado para Inteligência de Sinais, poderiam
realizar incursões desse tipo com seus próprios
meios orgânicos. Prover veículos Shadow de
equipamentos de Inteligência de Sinais não é
uma tarefa fácil. Requer adaptar a estrutura da
aeronave de modo que ela possa transportar
uma carga útil maior, ao mesmo tempo em
que emite uma assinatura acústica menor.
Entretanto, se o Exército puder superar esses
obstáculos, as brigadas de combate irão
melhorar consideravelmente suas capacidades
de seleção de alvos.
Outro objetivo de longo prazo das duas
Forças deve ser o de continuar a pesquisa
e o desenvolvimento de novos sistemas
não tripulados armados. O Predator, o Sky
Warrior e algumas versões do Hunter já podem
transportar armas para proporcionar apoio de
20
fogo direto, substituindo elementos de aviação
de ataque tripulados, como o A-10 Thunderbolt
II da Força Aérea ou o AH-64 Apache do
Exército. Uma vantagem dos sistemas aéreos
não tripulados armados é sua capacidade de
conduzir um reconhecimento relativamente
silencioso e ainda assim apoiar pelo fogo,
quando necessário. Essa capacidade já exerce
uma função vital nas operações do Exército
dos EUA no Afeganistão. Segundo o Generalde-Brigada Jeffrey Schloesser, principal
Comandante dos EUA no leste do Afeganistão,
foram os ataques do Predator no Waziristão
que impediram que os insurgentes cruzassem
a fronteira com o Paquistão10. Considerando
o êxito dos sistemas aéreos não tripulados
presentemente operacionais, a Força Aérea e o
Exército deveriam pesquisar formas de instalar
armas em sistemas menores, como o Shadow
ou o Hunter, sem retirar suas cargas de coleta
de imagens.
A instalação de armas nos sistemas aéreos
não tripulados beneficiará as tropas no terreno.
Isso não invalida uma das principais vantagens
da aviação tripulada de combate: o fato de
que é mais fácil para as tropas terrestres se
comunicarem diretamente com os pilotos que
conduzem missões de apoio aéreo aproximado
do que com os operadores de sistemas aéreos
não tripulados. Em Jan 2009, o Coronel Daniel
Ball, chefe da Subseção de Aviação da Seção
de Operações (G3), do Comando das Forças do
Exército dos EUA, conduziu um painel com
comandantes aviadores do Exército sobre a
perspectiva deles quanto à Aviação do Exército
no terreno. Todos os participantes concordaram
que não há substituto para a interação direta
entre as Forças terrestres e as tripulações aéreas
durante uma missão de reconhecimento 11 .
Essa comunicação interpessoal não precisa se
restringir à realizada entre as tropas terrestres
e as tripulações das aeronaves. O sistema aéreo
não tripulado Predator, por exemplo, tem a
capacidade de executar a retransmissão aérea,
apesar disso só ocorrer quando controladores
aéreos táticos conjuntos falam diretamente
com operadores do sistema, para lançarem
munições. Alguns sistemas Shadow e Hunter
dispõem de equipamentos de retransmissão de
comunicações, que permitem que as tropas se
Janeiro-Fevereiro 2011  MILITARY REVIEW
SISTEMAS AÉREOS NÃO TRIPULADOS
comuniquem diretamente com os operadores
do sistema ou o utilizem como uma plataforma
de retransmissão.
Além de criar comunicações diretas
entre as tropas terrestres e os operadores de
sistemas aéreos não tripulados, equipamentos
de retransmissão podem aumentar
consideravelmente o alcance de comunicação
entre duas Unidades terrestres que operem
em áreas diferentes. O Exército fez um bom
trabalho ao equipar a maioria dos sistemas
Shadow no TO com um relé de transmissão,
que pode atuar como ponto de retransmissão
aérea para Unidades a uma distância de até 200
quilômetros. Entretanto, o Exército precisa
ampliar essa capacidade de retransmissão, de
modo que todos os sistemas Shadow e Hunter
passem a dispor dela. O Exército também deve
trabalhar com os fornecedores dos sistemas
Shadow e Hunter para melhorar a capacidade
do atual equipamento de retransmissão, em
particular para transmitir comunicações
seguras usando tanto a tecnologia de salto
de frequência como as frequências de canal
único. Até agora, essa tecnologia só foi capaz
de transmitir com segurança em frequências
de canal único.
Esforços para Otimizar o
Emprego
Independentemente de como o Exército
e a Força Aérea destinem as verbas para
o desenvolvimento de futuros sistemas
aéreos não tripulados, ambas as Forças irão
se beneficiar dos esforços para otimizar o
emprego dos sistemas atualmente em uso nos
TO do Afeganistão e do Iraque. Nove meses
após seu discurso na Base Aérea de Maxwell,
o Secretário Gates continuava a promover o
aumento da produção de sistemas aéreos não
tripulados. Em um artigo para a revista Foreign
Affairs, o Secretário Gates afirmou que o
Departamento de Defesa precisa determinar
quando “faz sentido utilizar aeronaves de
menores custo e tecnologia que possam ser
empregadas em grandes quantidades e usadas
por parceiros dos EUA”12. No nível estratégico
da guerra, essa ênfase é extremamente benéfica.
A transição de aeronaves tripuladas para não
tripuladas reduzirá as baixas e as exigências
orçamentárias.
Contudo, nos níveis operacional e tático,
os comandantes também devem enfatizar a
necessidade de aprimorar o uso de sistemas
aéreos não tripulados que já se encontram no
TO. A ampliação da frota de sistemas aéreos
não tripulados das Forças Armadas dos EUA
levará tempo e, mesmo depois de concluída,
só irá gerar benefícios se os planejadores
do Exército nos escalões Divisão e brigada
fizerem um esforço conjunto para otimizar o
emprego de cada sistema. Se o Secretário de
Defesa Gates e os comandantes dos Comandos
Combatentes Unificados não forçarem seus
comandantes subordinados a liderar esse
esforço, iniciativas no sentido de aumentar a
fabricação de sistemas aéreos não tripulados
podem se mostrar inócuas.MR
REFERÊNCIAS
1. Discurso para o Air War College, proferido pelo Secretário de Defesa
Robert M. Gates, Base Aérea de Maxwell, Alabama: 21 Abr 2008.
2. GOVERNMENT ACCOUNTABILITY OFFICE (GAO), Unmanned
Aircraft Systems: DOD Needs to More Effectively Promote Interoperability
and Improve Performance Assessments, GAO-06-49 (Washington, DC: 13 Dez
2005); e, GAO, Unmanned Aircraft Systems: New DOD Programs Can Learn
from Past Efforts to Craft Better and Less Risky Acquisition Strategies, GAO06-447 (Washington, DC: 15 Mar 2006); e GAO, Unmanned Aircraft Systems:
Federal Actions Needed to Ensure Safety and Expand Their Potential Uses within
the National Airspace System, GAO-08-511 (Washington, DC: 15 Mai 2008).
3. GAO, Unmanned Aircraft Systems: Advanced Coordination and Increased
Visibility Needed to Optimize Capabilities, GAO 07-836 (Washington, DC: 11
Jul 2007).
4. Extraído dos comentários do Departamento de Defesa em resposta às
recomendações do GAO em GAO 07-836 (Appendix II to GAO 07-836) e de
uma conversa telefônica com Matthew Ullengren, do GAO, em 16 Mar 09.
5. Field Manual (FM) 3.04-155: Army Unmanned Aircraft System Operations
(Washington, DC: U.S. Government Government Printing Office [GPO], 4 Abr
MILITARY REVIEW  Janeiro-Fevereiro 2011
2006), p. 4-4.
6. HAMES, Jacqueline M. “Training, UAVs, Key to Army Aviation in the
Field”, Army News Service, 9 Jan 2009, disponível em: <http://www.army.
mil/-news/2009/01/09/15645training-uavs-key-to-army-aviation-in-the-field/>
(5 Fev 2009).
7. FM 3-24, Counterinsurgency (Washington, DC: GPO, 15 Dez 2006),
p. 3-25.
8. SHANE III, Leo. “Pentagon Panel: Military to Face Tough Budget Cuts”,
Stars and Stripes, 19 Nov 2008.
9. As afirmações desse parágrafo se baseiam em uma discussão aprofundada
com o Cap Shawn Lonergan, oficial encarregado de Inteligência de Sinais do 2º
Regimento de Cavalaria Stryker, durante o segundo desdobramento no Iraque,
de Ago 2007 a Nov 2008.
10. DREAZEN, Yochi J. “Pakistan-U.S. Militaries Rebuild Strained
Alliance”, The Wall Street Journal Europe, (5 Jan 2009).
11. HAMES.
12. GATES, Robert. “A Balanced Strategy: Reprogramming the Pentagon
for a New Age”, Foreign Affairs (Jan/Fev 2009), p. 36.
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Sistemas Aéreos Não Tripulados: Qualidade, e não apenas